Enciclopédia de Isaías 53:1-12

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

is 53: 1

Versão Versículo
ARA Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor?
ARC QUEM deu crédito à nossa pregação? e a quem se manifestou o braço do Senhor?
TB Quem creu a nossa mensagem? E a quem foi revelado o braço de Jeová?
HSB מִ֥י הֶאֱמִ֖ין לִשְׁמֻעָתֵ֑נוּ וּזְר֥וֹעַ יְהוָ֖ה עַל־ מִ֥י נִגְלָֽתָה׃
BKJ Quem tem acreditado em nosso relato? E a quem é o braço do SENHOR revelado?
LTT "Quem deu crédito à nossa pregação ①? E a quem se manifestou o braço do SENHOR?
BJ2 Quem creu naquilo que ouvimos, e a quem se revelou[c] o braço de Iahweh?
VULG Quis credidit auditui nostro ? et brachium Domini cui revelatum est ?

is 53: 2

Versão Versículo
ARA Porque foi subindo como renovo perante ele e como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas nenhuma beleza havia que nos agradasse.
ARC Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz duma terra seca; não tinha parecer nem formosura; e, olhando nós para ele, nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos.
TB Crescia diante dele, como servo e como raiz que sai de uma terra seca. Ele não tinha beleza nem formosura; quando olhávamos para ele, não mostrava beleza, para que nele tivéssemos prazer.
HSB וַיַּ֨עַל כַּיּוֹנֵ֜ק לְפָנָ֗יו וְכַשֹּׁ֙רֶשׁ֙ מֵאֶ֣רֶץ צִיָּ֔ה לֹא־ תֹ֥אַר ל֖וֹ וְלֹ֣א הָדָ֑ר וְנִרְאֵ֥הוּ וְלֹֽא־ מַרְאֶ֖ה וְנֶחְמְדֵֽהוּ׃
BKJ Porque ele crescerá diante dele como uma tenra planta, e como uma raiz de terra seca; não tem forma, nem formosura; e quando nós viermos a vê-lo, não haverá beleza para que nós devamos desejá-lo.
LTT Porque Ele foi subindo como Renovo ① perante Ele, e como Raiz de uma terra seca; não tinha forma nem formosura e, olhando nós para Ele, não havia boa aparência nEle, para que O desejássemos.
BJ2 Ele cresceu diante dele como um renovo, como raiz[d] que brota de uma terra seca; não tinha beleza nem esplendor que pudesse atrair o nosso olhar, nem formosura capaz de nos deleitar.
VULG Et ascendet sicut virgultum coram eo, et sicut radix de terra sitienti. Non est species ei, neque decor, et vidimus eum, et non erat aspectus, et desideravimus eum :

is 53: 3

Versão Versículo
ARA Era desprezado e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso.
ARC Era desprezado, e o mais indigno entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos: e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
TB Era desprezado e rejeitado dos homens; um varão de dores e que tinha experiência de enfermidades. Como um de quem os homens escondiam o rosto, era ele desprezado, e dele não fizemos caso.
HSB נִבְזֶה֙ וַחֲדַ֣ל אִישִׁ֔ים אִ֥ישׁ מַכְאֹב֖וֹת וִיד֣וּעַ חֹ֑לִי וּכְמַסְתֵּ֤ר פָּנִים֙ מִמֶּ֔נּוּ נִבְזֶ֖ה וְלֹ֥א חֲשַׁבְנֻֽהוּ׃
BKJ Ele é desprezado e rejeitado dentre os homens, um homem de dores e familiarizado com a tristeza. E nós escondemos dele nossas faces, igualmente. Ele foi desprezado e nós o tivemos por nada.
LTT Era desprezado, e O mais rejeitado entre os homens, Varão de dores, e experimentado nos sofrimentos ①; e, como Um de Quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dEle caso algum.
BJ2 Era desprezado e abandonado pelos homens, um homem sujeito à dor, familiarizado com a enfermidade, como uma pessoa de quem todos escondem o rosto; desprezado, não fazíamos caso nenhum dele.
VULG despectum, et novissimum virorum, virum dolorum, et scientem infirmitatem, et quasi absconditus vultus ejus et despectus, unde nec reputavimus eum.

is 53: 4

Versão Versículo
ARA Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.
ARC Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
TB Verdadeiramente, foi ele quem tomou sobre si as nossas enfermidades e carregou com as nossas dores; e nós o reputávamos como aflito, ferido de Deus e oprimido.
HSB אָכֵ֤ן חֳלָיֵ֙נוּ֙ ה֣וּא נָשָׂ֔א וּמַכְאֹבֵ֖ינוּ סְבָלָ֑ם וַאֲנַ֣חְנוּ חֲשַׁבְנֻ֔הוּ נָג֛וּעַ מֻכֵּ֥ה אֱלֹהִ֖ים וּמְעֻנֶּֽה׃
BKJ Certamente ele suportou nossas dores e carregou nossas tristezas. Contudo, nós o consideramos atingido, ferido de Deus e afligido.
LTT Verdadeiramente Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre Si; e nós O considerávamos como tendo sido golpeado, ferido de Deus, e oprimido.
BJ2 E no entanto, eram as nossas enfermidades que ele levava sobre si, as nossas dores que ele carregava. Mas nós o tínhamos como vítima do castigo, ferido por Deus e humilhado.
VULG Vere languores nostros ipse tulit, et dolores nostros ipse portavit ; et nos putavimus eum quasi leprosum, et percussum a Deo, et humiliatum.

is 53: 5

Versão Versículo
ARA Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
ARC Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades: o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
TB Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, esmagado por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos devia trazer a paz caiu sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos nós sarados.
HSB וְהוּא֙ מְחֹלָ֣ל מִפְּשָׁעֵ֔נוּ מְדֻכָּ֖א מֵעֲוֺנֹתֵ֑ינוּ מוּסַ֤ר שְׁלוֹמֵ֙נוּ֙ עָלָ֔יו וּבַחֲבֻרָת֖וֹ נִרְפָּא־ לָֽנוּ׃
BKJ Porém, ele foi ferido por nossas transgressões, ele foi esmagado por nossas iniquidades. O castigo de nossa paz estava sobre ele e pelos açoites que o feriram nós somos curados.
LTT Mas Ele foi traspassado por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo- corretivo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduraS # fomos sarados.
BJ2 Mas ele foi trespassado por causa das nossas transgressões, esmagado em virtude das nossas iniqüidades. O castigo que havia de trazer-nos a paz, caiu sobre ele, sim, por suas feridas fomos curados.
VULG Ipse autem vulneratus est propter iniquitates nostras ; attritus est propter scelera nostra : disciplina pacis nostræ super eum, et livore ejus sanati sumus.

is 53: 6

Versão Versículo
ARA Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.
ARC Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho: mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.
TB Todos nós temos andado desgarrados como ovelhas; temo-nos desviado cada um para o seu caminho; e Jeová fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós.
HSB כֻּלָּ֙נוּ֙ כַּצֹּ֣אן תָּעִ֔ינוּ אִ֥ישׁ לְדַרְכּ֖וֹ פָּנִ֑ינוּ וַֽיהוָה֙ הִפְגִּ֣יעַ בּ֔וֹ אֵ֖ת עֲוֺ֥ן כֻּלָּֽנוּ׃
BKJ Todos nós como ovelhas temos nos desviado. Nós temos nos afastado, cada um para seu próprio caminho, e o SENHOR tem posto sobre ele a iniquidade de todos nós.
LTT Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu próprio caminho; mas o SENHOR fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos.
BJ2 Todos nós como ovelhas, andávamos errantes, seguindo cada um o seu próprio caminho, mas Iahweh fez cair sobre ele a iniqüidade de todos nós.
VULG Omnes nos quasi oves erravimus, unusquisque in viam suam declinavit : et posuit Dominus in eo iniquitatem omnium nostrum.

is 53: 7

Versão Versículo
ARA Ele foi oprimido e humilhado, mas não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a boca.
ARC Ele foi oprimido, mas não abriu a sua boca: como um cordeiro foi levado ao matadouro, e, como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a sua boca.
TB Ele foi oprimido, contudo, humilhou-se a si mesmo e não abriu a boca. Como o cordeiro que é levado ao matadouro e como a ovelha que é muda diante dos que a tosquiam, assim não abriu ele a boca.
HSB נִגַּ֨שׂ וְה֣וּא נַעֲנֶה֮ וְלֹ֣א יִפְתַּח־ פִּיו֒ כַּשֶּׂה֙ לַטֶּ֣בַח יוּבָ֔ל וּכְרָחֵ֕ל לִפְנֵ֥י גֹזְזֶ֖יהָ נֶאֱלָ֑מָה וְלֹ֥א יִפְתַּ֖ח פִּֽיו׃
BKJ Ele foi oprimido e ele foi afligido, contudo, ele não abriu a sua boca. Ele é trazido como um cordeiro para o matadouro, e como uma ovelha muda perante os seus tosquiadores está, assim ele não abriu sua boca.
LTT Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a Sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os tosquiadores dela, assim Ele não abriu a Sua boca.
BJ2 Foi maltratado, mas livremente humilhou-se e não abriu a boca, como um cordeiro conduzido ao matadouro;[e] como uma ovelha que permanece muda na presença dos seus tosquiadores ele não abriu a boca.
VULG Oblatus est quia ipse voluit, et non aperuit os suum ; sicut ovis ad occisionem ducetur, et quasi agnus coram tondente se obmutescet, et non aperiet os suum.

is 53: 8

Versão Versículo
ARA Por juízo opressor foi arrebatado, e de sua linhagem, quem dela cogitou? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido.
ARC Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? porquanto foi cortado da terra dos viventes: pela transgressão do meu povo foi ele atingido.
TB Pela opressão e pelo juízo, foi ele arrebatado, e, quanto à sua geração, quem considerou que ele foi cortado da terra dos viventes? Por causa da transgressão do meu povo, foi ele ferido.
HSB מֵעֹ֤צֶר וּמִמִּשְׁפָּט֙ לֻקָּ֔ח וְאֶת־ דּוֹר֖וֹ מִ֣י יְשׂוֹחֵ֑חַ כִּ֤י נִגְזַר֙ מֵאֶ֣רֶץ חַיִּ֔ים מִפֶּ֥שַׁע עַמִּ֖י נֶ֥גַע לָֽמוֹ׃
BKJ Ele foi tirado da prisão e do juízo: E quem declarará sua geração? Porque ele foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo foi ele chagado.
LTT Da prisão e do juízo foi tirado; e quem declarará a Sua geração? Porquanto foi cortado fora da terra dos viventes; pela transgressão do Meu povo foi o ferimento sobre Ele. ①
BJ2 Após detenção e julgamento, foi preso. Dentre os seus contemporâneos,[f] quem se preocupou com o fato de ter ele sido cortado da terra dos vivos, de ter sido ferido pela transgressão do seu povo?[g]
VULG De angustia, et de judicio sublatus est. Generationem ejus quis enarrabit ? quia abscissus est de terra viventium : propter scelus populi mei percussi eum.

is 53: 9

Versão Versículo
ARA Designaram-lhe a sepultura com os perversos, mas com o rico esteve na sua morte, posto que nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca.
ARC E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; porquanto nunca fez injustiça, nem houve engano na sua boca.
TB Deram-lhe a sepultura com os ímpios, e com o rico esteve na sua morte, ainda que ele não tinha cometido violência, nem havia dolo na sua boca.
HSB וַיִּתֵּ֤ן אֶת־ רְשָׁעִים֙ קִבְר֔וֹ וְאֶת־ עָשִׁ֖יר בְּמֹתָ֑יו עַ֚ל לֹא־ חָמָ֣ס עָשָׂ֔ה וְלֹ֥א מִרְמָ֖ה בְּפִֽיו׃
BKJ E ele fez a sua sepultura com o perverso e com o rico em sua morte, porquanto ele não tinha feito nenhuma violência, nem engano algum estava em sua boca.
LTT E Ele designou que a Sua sepultura fosse posta juntamente com a dos ímpios, e com o rico na Sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na Sua boca.
BJ2 Deram-lhe sepultura com os ímpios, o seu túmulo está com os ricos,[h] se bem que não tivesse praticado violência nem tivesse havido engano em sua boca.
VULG Et dabit impios pro sepultura, et divitem pro morte sua, eo quod iniquitatem non fecerit, neque dolus fuerit in ore ejus.

is 53: 10

Versão Versículo
ARA Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade e prolongará os seus dias; e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos.
ARC Todavia, ao Senhor agradou o moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.
TB Todavia foi do agrado de Jeová esmagá-lo; deu-lhe enfermidades. Quando a sua alma fizer uma oferta pelo pecado, ele verá a sua semente, prolongará os seus dias, e na sua mão será próspera a boa vontade de Jeová.
HSB וַיהוָ֞ה חָפֵ֤ץ דַּכְּאוֹ֙ הֶֽחֱלִ֔י אִם־ תָּשִׂ֤ים אָשָׁם֙ נַפְשׁ֔וֹ יִרְאֶ֥ה זֶ֖רַע יַאֲרִ֣יךְ יָמִ֑ים וְחֵ֥פֶץ יְהוָ֖ה בְּיָד֥וֹ יִצְלָֽח׃
BKJ Contudo, agradou ao SENHOR feri-lo. Ele o submeteu a padecimento. Quando tu vieres a fazer da alma dele uma oferta pelo pecado, ele verá sua descendência; ele prolongará seus dias e a vontade do SENHOR prosperará nas mãos dele.
LTT Todavia, ao SENHOR agradou moê-lO, fazendo-O sofrer; quando a Sua alma se puser por sacrifício pela transgressão, verá a Sua semente, prolongará os Seus dias; e o bom prazer do SENHOR prosperará na Sua mão.
BJ2 Mas Iahweh quis feri-lo, submetê-lo à enfermidade. Mas, se ele oferece[i] a sua vida como sacrifício pelo pecado, certamente verá uma descendência, prolongará os seus dias, e por meio dele o desígnio de Deus há de triunfar.
VULG Et Dominus voluit conterere eum in infirmitate. Si posuerit pro peccato animam suam, videbit semen longævum, et voluntas Domini in manu ejus dirigetur.

is 53: 11

Versão Versículo
ARA Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si.
ARC O trabalho da sua alma ele verá, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos: porque as iniquidades deles levará sobre si.
TB Ele verá o fruto do trabalho de sua alma e ficará satisfeito; pelo seu conhecimento, o meu Servo justo justificará a muitos, e as iniquidades deles, ele as tomará sobre si.
HSB מֵעֲמַ֤ל נַפְשׁוֹ֙ יִרְאֶ֣ה יִשְׂבָּ֔ע בְּדַעְתּ֗וֹ יַצְדִּ֥יק צַדִּ֛יק עַבְדִּ֖י לָֽרַבִּ֑ים וַעֲוֺנֹתָ֖ם ה֥וּא יִסְבֹּֽל׃
BKJ Ele verá o penoso trabalho de sua alma e estará satisfeito. Pelo seu conhecimento meu justo servo justificará muitos, porque ele carregará as iniquidades deles.
LTT Ele verá o fruto do trabalho da Sua alma, e ficará satisfeito; com o Seu conhecimento o Meu Servo, o Justo, justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará Ele sobre Si.
BJ2 Após o trabalho fatigante da sua alma ele verá a luz[j] e se fartará. Pelo seu conhecimento, o justo, meu Servo, justificará a muitos e levará sobre si as suas transgressões.
VULG Pro eo quod laboravit anima ejus, videbit et saturabitur. In scientia sua justificabit ipse justus servus meus multos, et iniquitates eorum ipse portabit.

is 53: 12

Versão Versículo
ARA Por isso, eu lhe darei muitos como a sua parte, e com os poderosos repartirá ele o despojo, porquanto derramou a sua alma na morte; foi contado com os transgressores; contudo, levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu.
ARC Pelo que lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e pelos transgressores intercede.
TB Por isso, lhe darei a sua parte com os grandes, e com os fortes ele partilhará os despojos; porque derramou a sua alma até a morte e foi contado com os transgressores. Contudo, levou sobre si os pecados de muitos e intercedeu pelos transgressores.
HSB לָכֵ֞ן אֲחַלֶּק־ ל֣וֹ בָרַבִּ֗ים וְאֶת־ עֲצוּמִים֮ יְחַלֵּ֣ק שָׁלָל֒ תַּ֗חַת אֲשֶׁ֨ר הֶעֱרָ֤ה לַמָּ֙וֶת֙ נַפְשׁ֔וֹ וְאֶת־ פֹּשְׁעִ֖ים נִמְנָ֑ה וְהוּא֙ חֵטְא־ רַבִּ֣ים נָשָׂ֔א וְלַפֹּשְׁעִ֖ים יַפְגִּֽיעַ׃ ס
BKJ Portanto, eu dividirei para ele uma porção com o grande e ele dividirá o despojo com o forte, porque ele tem derramado a sua alma até a morte, e ele foi contado com os transgressores, e ele carrega o pecado de muitos e fez intercessão pelos transgressores.
LTT Por isso Lhe designarei a parte dos muitos, e Ele repartirá o despojo para os poderosos; porquanto derramou a Sua alma até a morte, e foi contado com os transgressores; mas Ele levou sobre Si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores.
BJ2 Eis por que lhe darei um quinhão entre as multidões; com os fortes repartirá os despojos, visto que entregou a sua alma à morte e foi contado com os transgressores, mas na verdade levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores fez intercessão.
VULG Ideo dispertiam ei plurimos, et fortium dividet spolia, pro eo quod tradidit in mortem animam suam, et cum sceleratis reputatus est, et ipse peccata multorum tulit, et pro transgressoribus rogavit.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Isaías 53:1

Isaías 40:5 E a glória do Senhor se manifestará, e toda carne juntamente verá que foi a boca do Senhor que disse isso.
Isaías 51:9 Desperta, desperta, veste-te de força, ó braço do Senhor; desperta como nos dias passados, como nas gerações antigas; não és tu aquele que cortou em pedaços a Raabe e feriu o dragão?
Isaías 52:10 O Senhor desnudou o seu santo braço perante os olhos de todas as nações; e todos os confins da terra verão a salvação do nosso Deus.
Isaías 62:8 Jurou o Senhor pela sua mão direita e pelo braço da sua força: Nunca mais darei o teu trigo por comida aos teus inimigos, nem os estranhos beberão o teu mosto, em que trabalhaste.
Mateus 11:25 Naquele tempo, respondendo Jesus, disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelaste aos pequeninos.
Mateus 16:17 E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus.
João 1:7 Este veio para testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.
João 1:12 Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome,
João 12:38 para que se cumprisse a palavra do profeta Isaías, que diz: Senhor, quem creu na nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do Senhor?
Romanos 1:16 Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego.
Romanos 10:16 Mas nem todos obedecem ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na nossa pregação?
I Coríntios 1:18 Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus.
I Coríntios 1:24 Mas, para os que são chamados, tanto judeus como gregos, lhes pregamos a Cristo, poder de Deus e sabedoria de Deus.
Efésios 1:18 tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Isaías 53:2

Isaías 11:1 Porque brotará um rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará.
Isaías 52:14 Como pasmaram muitos à vista dele, pois a sua aparência estava tão desfigurada, mais do que o de outro qualquer, e a sua figura, mais do que a dos outros filhos dos homens.
Jeremias 23:5 Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; sendo rei, reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra.
Ezequiel 17:22 Assim diz o Senhor Jeová: Também eu tomarei o topo do cedro e o plantarei; do principal dos seus renovos cortarei o mais tenro e o plantarei sobre um monte alto e sublime.
Zacarias 6:12 E fala-lhe, dizendo: Assim fala e diz o Senhor dos Exércitos: Eis aqui o homem cujo nome é Renovo; ele brotará do seu lugar e edificará o templo do Senhor.
Marcos 6:3 Não é este o carpinteiro, filho de Maria e irmão de Tiago, e de José, e de Judas, e de Simão? E não estão aqui conosco suas irmãs? E escandalizavam-se nele.
Marcos 9:12 E, respondendo ele, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro e todas as coisas restaurará; e, como está escrito do Filho do Homem, que ele deva padecer muito e ser aviltado.
Lucas 2:7 E deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.
Lucas 2:39 E, quando acabaram de cumprir tudo segundo a lei do Senhor, voltaram à Galileia, para a sua cidade de Nazaré.
Lucas 2:51 E desceu com eles, e foi para Nazaré, e era-lhes sujeito. E sua mãe guardava no coração todas essas coisas.
Lucas 9:58 E disse-lhe Jesus: As raposas têm covis, e as aves do céu, ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a cabeça.
João 1:10 estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu.
João 9:28 Então, o injuriaram e disseram: Discípulo dele sejas tu; nós, porém, somos discípulos de Moisés.
João 18:40 Então, todos voltaram a gritar, dizendo: Este não, mas Barrabás! E Barrabás era um salteador.
João 19:5 Saiu, pois, Jesus, levando a coroa de espinhos e a veste de púrpura. E disse-lhes Pilatos: Eis aqui o homem.
João 19:14 E era a preparação da Páscoa e quase à hora sexta; e disse aos judeus: Eis aqui o vosso rei.
Romanos 8:3 Porquanto, o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne,
Filipenses 2:6 que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus.
I Pedro 2:14 quer aos governadores, como por ele enviados para castigo dos malfeitores e para louvor dos que fazem o bem.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Isaías 53:3

Deuteronômio 32:15 E, engordando-se Jesurum, deu coices; engordaste-te, engrossaste-te e de gordura te cobriste; e deixou a Deus, que o fez, e desprezou a Rocha da sua salvação.
Salmos 22:6 Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo.
Salmos 69:10 Chorei, e castiguei com jejum a minha alma, mas até isto se me tornou em afrontas.
Salmos 69:19 Bem conheces a minha afronta, e a minha vergonha, e a minha confusão; diante de ti estão todos os meus adversários.
Salmos 69:29 Eu, porém, estou aflito e triste; ponha-me a tua salvação, ó Deus, num alto retiro.
Isaías 49:7 Assim diz o Senhor, o Redentor de Israel, o seu Santo, à alma desprezada, ao que as nações abominam, ao servo dos que dominam: Os reis o verão e se levantarão; os príncipes diante de ti se inclinarão, por amor do Senhor, que é fiel, e do Santo de Israel, que te escolheu.
Isaías 50:6 As costas dou aos que me ferem e a face, aos que me arrancam os cabelos; não escondo a face dos que me afrontam e me cospem.
Isaías 53:4 Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.
Isaías 53:10 Todavia, ao Senhor agradou o moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os dias, e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.
Miquéias 5:1 Agora, ajunta-te em esquadrões, ó filha de esquadrões; pôr-se-á cerco contra nós; ferirão com a vara no queixo ao juiz de Israel.
Zacarias 11:8 E destruí os três pastores num mês, porque se angustiou deles a minha alma, e também a sua alma teve fastio de mim.
Zacarias 11:12 E eu disse-lhes: Se parece bem aos vossos olhos, dai-me o que me é devido e, se não, deixai-o. E pesaram o meu salário, trinta moedas de prata.
Mateus 26:37 E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito.
Mateus 26:67 Então, cuspiram-lhe no rosto e lhe davam murros, e outros o esbofeteavam,
Mateus 27:9 Então, se realizou o que vaticinara o profeta Jeremias: Tomaram as trinta moedas de prata, preço do que foi avaliado, que certos filhos de Israel avaliaram.
Mateus 27:39 E os que passavam blasfemavam dele, meneando a cabeça
Mateus 27:63 dizendo: Senhor, lembramo-nos de que aquele enganador, vivendo ainda, disse: Depois de três dias, ressuscitarei.
Marcos 9:12 E, respondendo ele, disse-lhes: Em verdade Elias virá primeiro e todas as coisas restaurará; e, como está escrito do Filho do Homem, que ele deva padecer muito e ser aviltado.
Marcos 14:34 E disse-lhes: A minha alma está profundamente triste até a morte; ficai aqui e vigiai.
Marcos 15:19 E feriram-no na cabeça com uma cana, e cuspiram nele, e, postos de joelhos, o adoravam.
Lucas 8:53 E riam-se dele, sabendo que estava morta.
Lucas 9:22 dizendo: É necessário que o Filho do Homem padeça muitas coisas, e seja rejeitado dos anciãos e dos escribas, e seja morto, e ressuscite ao terceiro dia.
Lucas 16:14 E os fariseus, que eram avarentos, ouviam todas essas coisas e zombavam dele.
Lucas 18:31 E, tomando consigo os doze, disse-lhes: Eis que subimos a Jerusalém, e se cumprirá no Filho do Homem tudo o que pelos profetas foi escrito.
Lucas 19:41 E, quando ia chegando, vendo a cidade, chorou sobre ela,
Lucas 23:18 Mas toda a multidão clamou à uma, dizendo: Fora daqui com este e solta-nos Barrabás.
João 1:10 estava no mundo, e o mundo foi feito por ele e o mundo não o conheceu.
João 8:48 Responderam, pois, os judeus e disseram-lhe: Não dizemos nós bem que és samaritano e que tens demônio?
João 11:35 Jesus chorou.
Atos 3:13 O Deus de Abraão, e de Isaque, e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu Filho Jesus, a quem vós entregastes e perante a face de Pilatos negastes, tendo ele determinado que fosse solto.
Hebreus 2:15 e livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão.
Hebreus 4:15 Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
Hebreus 5:7 O qual, nos dias da sua carne, oferecendo, com grande clamor e lágrimas, orações e súplicas ao que o podia livrar da morte, foi ouvido quanto ao que temia.
Hebreus 12:2 olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Isaías 53:4

Salmos 69:26 Pois perseguem a quem afligiste e conversam sobre a dor daqueles a quem feriste.
Isaías 53:5 Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados.
Isaías 53:11 O trabalho da sua alma ele verá e ficará satisfeito; com o seu conhecimento, o meu servo, o justo, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si.
Mateus 8:17 para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías, que diz: Ele tomou sobre si as nossas enfermidades e levou as nossas doenças.
Mateus 26:37 E, levando consigo Pedro e os dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e a angustiar-se muito.
João 19:7 Responderam-lhe os judeus: Nós temos uma lei, e, segundo a nossa lei, deve morrer, porque se fez Filho de Deus.
Gálatas 3:13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;
Hebreus 9:28 assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação.
I Pedro 2:24 levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.
I Pedro 3:18 Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito,
I João 2:2 E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Isaías 53:5

Gênesis 3:15 E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
Isaías 53:6 Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.
Isaías 53:10 Todavia, ao Senhor agradou o moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os dias, e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.
Daniel 9:24 Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e ungir o Santo dos santos.
Zacarias 13:7 Ó espada, ergue-te contra o meu Pastor e contra o varão que é o meu companheiro, diz o Senhor dos Exércitos; fere o Pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas; mas volverei a minha mão para os pequenos.
Mateus 20:28 bem como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em resgate de muitos.
Romanos 3:24 sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus,
Romanos 4:25 o qual por nossos pecados foi entregue e ressuscitou para nossa justificação.
Romanos 5:6 Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.
Romanos 5:15 Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa; porque, se, pela ofensa de um, morreram muitos, muito mais a graça de Deus e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos.
I Coríntios 15:3 Porque primeiramente vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras,
II Coríntios 5:21 Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.
Efésios 5:2 e andai em amor, como também Cristo vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.
Hebreus 9:12 nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.
Hebreus 9:28 assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação.
Hebreus 10:10 Na qual vontade temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, feita uma vez.
Hebreus 10:14 Porque, com uma só oblação, aperfeiçoou para sempre os que são santificados.
I Pedro 2:24 levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.
I Pedro 3:18 Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito,
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Isaías 53:6

Salmos 69:4 Aqueles que me aborrecem sem causa são mais do que os cabelos da minha cabeça; aqueles que procuram destruir-me sendo injustamente meus inimigos, são poderosos; então, restituí o que não furtei.
Salmos 119:176 Desgarrei-me como a ovelha perdida; busca o teu servo, pois não me esqueci dos teus mandamentos.
Isaías 53:10 Todavia, ao Senhor agradou o moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os dias, e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.
Isaías 55:7 Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno, os seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.
Isaías 56:11 E estes cães são gulosos, não se podem fartar; e eles são pastores que nada compreendem; todos eles se tornam para o seu caminho, cada um para a sua ganância, cada um por sua parte.
Ezequiel 3:18 Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; não o avisando tu, não falando para avisar o ímpio acerca do seu caminho ímpio, para salvar a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua maldade, mas o seu sangue da tua mão o requererei.
Mateus 18:12 Que vos parece? Se algum homem tiver cem ovelhas, e uma delas se desgarrar, não irá pelos montes, deixando as noventa e nove, em busca da que se desgarrou?
Lucas 15:3 E ele lhes propôs esta parábola, dizendo:
Romanos 3:10 como está escrito: Não há um justo, nem um sequer.
Romanos 4:25 o qual por nossos pecados foi entregue e ressuscitou para nossa justificação.
Tiago 5:20 saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador salvará da morte uma alma e cobrirá uma multidão de pecados.
I Pedro 2:25 Porque éreis como ovelhas desgarradas; mas, agora, tendes voltado ao Pastor e Bispo da vossa alma.
I Pedro 3:18 Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito,
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Isaías 53:7

Mateus 26:63 E Jesus, porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.
Mateus 27:12 E, sendo acusado pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos, nada respondeu.
Marcos 14:61 Mas ele calou-se e nada respondeu. O sumo sacerdote lhe tornou a perguntar e disse-lhe: És tu o Cristo, Filho do Deus Bendito?
Marcos 15:5 Mas Jesus nada mais respondeu, de maneira que Pilatos se maravilhava.
Lucas 23:9 E interrogava-o com muitas palavras, mas ele nada lhe respondia.
João 19:9 E entrou outra vez na audiência e disse a Jesus: De onde és tu? Mas Jesus não lhe deu resposta.
Atos 8:32 E o lugar da Escritura que lia era este: Foi levado como a ovelha para o matadouro; e, como está mudo o cordeiro diante do que o tosquia, assim não abriu a sua boca.
I Pedro 2:23 o qual, quando o injuriavam, não injuriava e, quando padecia, não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente,
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Isaías 53:8

Salmos 22:12 Muitos touros me cercaram; fortes touros de Basã me rodearam.
Salmos 69:12 Aqueles que se assentam à porta falam contra mim; sou a canção dos bebedores de bebida forte.
Isaías 53:5 Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e, pelas suas pisaduras, fomos sarados.
Isaías 53:12 Pelo que lhe darei a parte de muitos, e, com os poderosos, repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu.
Daniel 9:26 E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas assolações.
Mateus 1:1 Livro da geração de Jesus Cristo, Filho de Davi, Filho de Abraão.
Mateus 26:65 Então, o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou; para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que bem ouvistes, agora, a sua blasfêmia.
João 11:49 E Caifás, um deles, que era sumo sacerdote naquele ano, lhes disse: Vós nada sabeis,
João 19:7 Responderam-lhe os judeus: Nós temos uma lei, e, segundo a nossa lei, deve morrer, porque se fez Filho de Deus.
Atos 8:33 Na sua humilhação, foi tirado o seu julgamento; e quem contará a sua geração? Porque a sua vida é tirada da terra.
Romanos 1:4 declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, ? Jesus Cristo, nosso Senhor,
I Pedro 3:18 Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito,
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Isaías 53:9

Isaías 42:1 Eis aqui o meu Servo, a quem sustenho, o meu Eleito, em quem se compraz a minha alma; pus o meu Espírito sobre ele; juízo produzirá entre os gentios.
Mateus 27:57 E, vinda já a tarde, chegou um homem rico de Arimateia, por nome José, que também era discípulo de Jesus.
Marcos 15:43 chegou José de Arimateia, senador honrado, que também esperava o Reino de Deus, e ousadamente foi a Pilatos, e pediu o corpo de Jesus.
Lucas 23:50 E eis que um homem por nome José, senador, homem de bem e justo
João 19:38 Depois disso, José de Arimateia (o que era discípulo de Jesus, mas oculto, por medo dos judeus) rogou a Pilatos que lhe permitisse tirar o corpo de Jesus. E Pilatos lho permitiu. Então, foi e tirou o corpo de Jesus.
I Coríntios 15:4 e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras,
II Coríntios 5:21 Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.
Hebreus 4:15 Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
Hebreus 7:26 Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus,
I Pedro 2:22 o qual não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano,
I João 3:5 E bem sabeis que ele se manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Isaías 53:10

Salmos 16:9 Portanto, está alegre o meu coração e se regozija a minha glória; também a minha carne repousará segura.
Salmos 21:4 Vida te pediu, e lha deste, mesmo longura de dias para sempre e eternamente.
Salmos 22:30 Uma semente o servirá; falará do Senhor de geração em geração.
Salmos 45:16 Em lugar de teus pais será a teus filhos que farás príncipes sobre toda a terra.
Salmos 69:26 Pois perseguem a quem afligiste e conversam sobre a dor daqueles a quem feriste.
Salmos 72:7 Nos seus dias florescerá o justo, e abundância de paz haverá enquanto durar a lua.
Salmos 72:17 O seu nome permanecerá eternamente; o seu nome se irá propagando de pais a filhos, enquanto o sol durar; e os homens serão abençoados nele; todas as nações lhe chamarão bem-aventurado.
Salmos 85:10 A misericórdia e a verdade se encontraram; a justiça e a paz se beijaram.
Salmos 89:29 E conservarei para sempre a sua descendência; e, o seu trono, como os dias do céu.
Salmos 89:36 A sua descendência durará para sempre, e o seu trono será como o sol perante mim;
Salmos 110:3 O teu povo se apresentará voluntariamente no dia do teu poder, com santos ornamentos; como vindo do próprio seio da alva, será o orvalho da tua mocidade.
Salmos 147:11 O Senhor agrada-se dos que o temem e dos que esperam na sua misericórdia.
Salmos 149:4 Porque o Senhor se agrada do seu povo; ele adornará os mansos com a salvação.
Isaías 9:7 Do incremento deste principado e da paz, não haverá fim, sobre o trono de Davi e no seu reino, para o firmar e o fortificar em juízo e em justiça, desde agora e para sempre; o zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.
Isaías 42:1 Eis aqui o meu Servo, a quem sustenho, o meu Eleito, em quem se compraz a minha alma; pus o meu Espírito sobre ele; juízo produzirá entre os gentios.
Isaías 46:10 que anuncio o fim desde o princípio e, desde a antiguidade, as coisas que ainda não sucederam; que digo: o meu conselho será firme, e farei toda a minha vontade;
Isaías 53:3 Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
Isaías 53:12 Pelo que lhe darei a parte de muitos, e, com os poderosos, repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu.
Isaías 55:11 assim será a palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia; antes, fará o que me apraz e prosperará naquilo para que a enviei.
Isaías 62:3 E serás uma coroa de glória na mão do Senhor e um diadema real na mão do teu Deus.
Jeremias 32:41 E alegrar-me-ei por causa deles, fazendo-lhes bem; e os plantarei nesta terra certamente, com todo o meu coração e com toda a minha alma.
Ezequiel 33:11 Dize-lhes: Vivo eu, diz o Senhor Jeová, que não tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho e viva; convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que razão morrereis, ó casa de Israel?
Ezequiel 37:25 E habitarão na terra que dei a meu servo Jacó, na qual habitaram vossos pais; e habitarão nela, eles, e seus filhos, e os filhos de seus filhos, para sempre; e Davi, meu servo, será seu príncipe eternamente.
Daniel 7:13 Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele.
Daniel 9:24 Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e ungir o Santo dos santos.
Miquéias 7:18 Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade e que te esqueces da rebelião do restante da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na benignidade.
Sofonias 3:17 O Senhor, teu Deus, está no meio de ti, poderoso para te salvar; ele se deleitará em ti com alegria; calar-se-á por seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo.
Zacarias 13:7 Ó espada, ergue-te contra o meu Pastor e contra o varão que é o meu companheiro, diz o Senhor dos Exércitos; fere o Pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas; mas volverei a minha mão para os pequenos.
Mateus 3:17 E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.
Mateus 17:5 E, estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; escutai-o.
Lucas 1:33 e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim.
Lucas 15:5 E, achando-a, a põe sobre seus ombros, cheio de júbilo;
Lucas 15:23 e trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos e alegremo-nos,
João 6:37 Tudo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.
João 12:24 Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto.
Atos 2:24 ao qual Deus ressuscitou, soltas as ânsias da morte, pois não era possível que fosse retido por ela.
Romanos 6:9 sabendo que, havendo Cristo ressuscitado dos mortos, já não morre; a morte não mais terá domínio sobre ele.
Romanos 8:8 Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.
Romanos 8:32 Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes, o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?
II Coríntios 5:21 Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus.
Gálatas 3:13 Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós, porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro;
Efésios 1:5 e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade,
Efésios 1:9 descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo,
Efésios 5:2 e andai em amor, como também Cristo vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.
II Tessalonicenses 1:11 Pelo que também rogamos sempre por vós, para que o nosso Deus vos faça dignos da sua vocação e cumpra todo desejo da sua bondade e a obra da fé com poder;
Hebreus 2:13 E outra vez: Porei nele a minha confiança. E outra vez: Eis-me aqui a mim e aos filhos que Deus me deu.
Hebreus 7:27 que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente, por seus próprios pecados e, depois, pelos do povo; porque isso fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo.
Hebreus 9:14 quanto mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará a vossa consciência das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?
Hebreus 9:25 nem também para a si mesmo se oferecer muitas vezes, como o sumo sacerdote cada ano entra no Santuário com sangue alheio.
Hebreus 10:6 holocaustos e oblações pelo pecado não te agradaram.
Hebreus 13:10 Temos um altar de que não têm direito de comer os que servem ao tabernáculo.
I Pedro 2:24 levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.
I João 4:9 Nisto se manifestou 4o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos.
Apocalipse 1:18 e o que vive; fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém! E tenho as chaves da morte e do inferno.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Isaías 53:11

Isaías 42:1 Eis aqui o meu Servo, a quem sustenho, o meu Eleito, em quem se compraz a minha alma; pus o meu Espírito sobre ele; juízo produzirá entre os gentios.
Isaías 45:25 Mas no Senhor será justificada e se gloriará toda a descendência de Israel.
Isaías 49:3 E me disse: Tu és meu servo, e Israel, aquele por quem hei de ser glorificado.
Isaías 53:4 Verdadeiramente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus e oprimido.
Isaías 53:8 Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes e pela transgressão do meu povo foi ele atingido.
Isaías 53:12 Pelo que lhe darei a parte de muitos, e, com os poderosos, repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos e pelos transgressores intercedeu.
Mateus 20:28 bem como o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a sua vida em resgate de muitos.
Lucas 22:44 E, posto em agonia, orava mais intensamente. E o seu suor tornou-se em grandes gotas de sangue que corriam até ao chão.
João 10:14 Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.
João 12:24 Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto.
João 12:27 Agora, a minha alma está perturbada; e que direi eu? Pai, salva-me desta hora; mas para isso vim a esta hora.
João 16:21 A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz a criança, já se não lembra da aflição, pelo prazer de haver nascido um homem no mundo.
João 17:3 E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste.
Romanos 3:22 isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem; porque não há diferença.
Romanos 4:24 mas também por nós, a quem será tomado em conta, os que cremos naquele que dos mortos ressuscitou a Jesus, nosso Senhor,
Romanos 5:9 Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.
Romanos 5:18 Pois assim como por uma só ofensa veio o juízo sobre todos os homens para condenação, assim também por um só ato de justiça veio a graça sobre todos os homens para justificação de vida.
I Coríntios 6:11 E é o que alguns têm sido, mas haveis sido lavados, mas haveis sido santificados, mas haveis sido justificados em nome do Senhor Jesus e pelo Espírito do nosso Deus.
II Coríntios 4:6 Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo.
Gálatas 4:19 Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto, até que Cristo seja formado em vós;
Filipenses 3:8 E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo
Tito 3:6 que abundantemente ele derramou sobre nós por Jesus Cristo, nosso Salvador,
Hebreus 9:28 assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação.
Hebreus 12:2 olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.
I Pedro 2:24 levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.
I Pedro 3:18 Porque também Cristo padeceu uma vez pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-nos a Deus; mortificado, na verdade, na carne, mas vivificado pelo Espírito,
II Pedro 1:2 graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor.
II Pedro 3:18 antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora como no dia da eternidade. Amém!
I João 2:1 Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo.
II João 1:1 O ancião à senhora eleita e a seus filhos, aos quais amo na verdade e não somente eu, mas também todos os que têm conhecido a verdade,
II João 1:3 A graça, a misericórdia, a paz, da parte de Deus Pai e da do Senhor Jesus Cristo, o Filho do Pai, sejam convosco na verdade e amor.
Apocalipse 5:9 E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação;
Apocalipse 7:9 Depois destas coisas, olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos;
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Isaías 53:12

Gênesis 3:15 E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
Salmos 2:8 Pede-me, e eu te darei as nações por herança e os confins da terra por tua possessão.
Salmos 22:14 Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram; o meu coração é como cera e derreteu-se dentro de mim.
Isaías 49:24 Tirar-se-ia a presa ao valente? Ou os presos justamente escapariam?
Isaías 52:13 Eis que o meu servo operará com prudência; será engrandecido, e elevado, e mui sublime.
Isaías 52:15 Assim, borrifará muitas nações, e os reis fecharão a boca por causa dele, porque aquilo que não lhes foi anunciado verão, e aquilo que eles não ouviram entenderão.
Isaías 53:6 Todos nós andamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho, mas o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.
Isaías 53:8 Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes e pela transgressão do meu povo foi ele atingido.
Isaías 53:10 Todavia, ao Senhor agradou o moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os dias, e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.
Daniel 2:45 Da maneira como viste que do monte foi cortada uma pedra, sem mãos, e ela esmiuçou o ferro, o cobre, o barro, a prata e o ouro, o Deus grande fez saber ao rei o que há de ser depois disso; e certo é o sonho, e fiel a sua interpretação.
Mateus 12:28 Mas, se eu expulso os demônios pelo Espírito de Deus, é conseguintemente chegado a vós o Reino de Deus.
Mateus 26:38 Então, lhes disse: A minha alma está cheia de tristeza até à morte; ficai aqui e vigiai comigo.
Mateus 26:42 E, indo segunda vez, orou, dizendo: Meu Pai, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade.
Marcos 15:27 E crucificaram com ele dois salteadores, um à sua direita, e outro à esquerda.
Lucas 22:37 porquanto vos digo que importa que em mim se cumpra aquilo que está escrito: E com os malfeitores foi contado. Porque o que está escrito de mim terá cumprimento.
Lucas 23:25 E soltou-lhes o que fora lançado na prisão por uma sedição e homicídio, que era o que pediam; mas entregou Jesus à vontade deles.
Lucas 23:32 E também conduziram outros dois, que eram malfeitores, para com ele serem mortos.
Atos 26:18 para lhes abrires os olhos e das trevas os converteres à luz e do poder de Satanás a Deus, a fim de que recebam a remissão dos pecados e sorte entre os santificados pela fé em mim.
Romanos 8:34 Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.
Filipenses 2:8 e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz.
Filipenses 2:17 E, ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, folgo e me regozijo com todos vós.
Colossenses 1:13 Ele nos tirou da potestade das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor,
Colossenses 2:15 E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo.
I Timóteo 2:5 Porque há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem,
Tito 2:14 o qual se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.
Hebreus 2:14 E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo,
Hebreus 7:25 Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.
Hebreus 9:24 Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer, por nós, perante a face de Deus;
Hebreus 9:26 Doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas, agora, na consumação dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo.
Hebreus 9:28 assim também Cristo, oferecendo-se uma vez, para tirar os pecados de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para a salvação.
Hebreus 12:2 olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.
I João 2:1 Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo.
I João 2:12 Filhinhos, escrevo-vos porque, pelo seu nome, vos são perdoados os pecados.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

"À nossa pregação" literalmente é "ao que foi ouvido proveniente- de nós".


 ①

"renovo": jovem ramo de árvore.


 ①

"experimentado nos sofrimentos", ou "conhecedor das (nossas) enfermidades". "Enfermidades" é a mesma palavra do v. 4 e refere-se tanto ao nosso pecado como às nossas fraquezas físicas.


 #

Wycliffe, Tyndale, Cranmer, Geneva, KJB, Darby,


Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

OS PROFETAS HEBREUS POSTERIORES

740-571 a.C.
ISAÍAS
O profeta Isaías iniciou seu ministério em 740 a.C., ano do falecimento de Uzias, rei de Judá. Viveu até, pelo menos, o assassinato de Senaqueribe, rei da Assíria, em 681 a.C.1 De acordo com a tradição judaica posterior, Isaías foi serrado ao meio durante o reinado de Manassés (686-641 a.C.), um acontecimento possivelmente mencionado em Hebreus 11:37. A obra extensa de Isaías é divida em duas partes por um interlúdio histórico (capítulos 36:39). Nos capítulos da primeira parte (1--35), Isaías se dirige a Judá e várias das nações vizinhas. Os capítulos da segunda parte (40--66) trazem uma mensagem para o povo de Judá no exílio. Uma vez que Isaías não viveu até o exílio de Judá na Babilônia em 586 a.C. e fez uma previsão específica acerca de Ciro,° o qual autorizou a volta dos judeus do exílio em 583 a.C., muitos estudiosos afirmam que os capítulos da segunda parte foram escritos posteriormente por outro Isaías. Porém, vários paralelos verbais claros entre a primeira e a segunda seção especialmente a expressão "o Santo de Israel" que ocorre doze vezes na primeira parte e quatorze na segunda, mas somente seis vezes no restante do Antigo Testamento são considerados evidências de que a obra foi escrita por apenas um autor.
Isaías vislumbra uma era messiânica futura. Um rei da linhagem de Davi reinará com justiça. O servo justo do Senhor será ferido por Deus e oprimido, mas, depois de sofrer, "Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si" (Is 53:11).

JEREMIAS
O profeta Jeremias iniciou seu ministério em 626 a.C., o décimo terceiro ano de Josias, rei de Judá, e continuou a profetizar até depois do exílio de Judá na Babilônia em 586 a.C. O livro de Jeremias, o mais longo da Bíblia, segue uma ordem temática, e não cronológica. Originário de uma família sacerdotal de Anatote, próximo a Jerusalém, Jeremias descreve a sua vida e conflitos pessoais em mais detalhes do que qualquer outro profeta do Antigo Testamento. Estava convicto de que, por não haver cumprido suas obrigações para com Deus, Judá não veria o cumprimento das promessas do Senhor. O juízo de Deus repousava sobre Judá. Em outras palavras, o reino do sul estava condenado. Entretanto, ainda havia esperança: "Eis aí vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá [….] Na mente lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo [….] Todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor. Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei" (r 31.31,336,34b).

EZEQUIEL
Ezequiel que, como Jeremias, era de uma família sacerdotal, estava entre os dez mil judeus exilados na Babilônia em 596 a.C.Treze datas fornecidas no livro desse profeta permitem reconstituir seu ministério com exatidão. No dia 31 de julho de 593 a.C., Ezequiel, talvez com cerca de trinta anos de idade na época, foi chamado para ser profeta através de uma visão espantosa da glória do Senhor junto ao canal de Quebar, perto de Nipur, no sul da Babilônia. Ele viu a glória do Senhor deixar o templo de Jerusalém e se dirigir aos exilados na Babilônia. Enquanto Ezequiel estava no exílio, Jerusalém foi tomada pelos babilônios. De acordo com o relato de Ezequiel, sua esposa faleceu em 14 de agosto de 586 a.C. no dia em que o templo foi queimado, mas o profeta só soube da destruição de Jerusalém em 8 de janeiro de 585 a.C. Ezequiel continuou a profetizar até, pelo menos, 26 de abril de 571 a.C. Também ele viu que havia uma luz de esperança ao fim do túnel da tragédia do exílio. O Senhor daria nova vida aos ossos secos de sua nação extinta, fazendo-a levantar-se novamente como um exército poderoso. Conduziria o povo de volta à terra, faria uma aliança de paz com ele e colocaria seu santuário no meio de Israel para sempre. Os últimos nove capítulos de sua profecia descrevem em detalhes um templo restaurado numa terra restaurada.

PROFECIAS CONTRA AS NAÇÕES
Os profetas do Antigo Testamento não profetizaram apenas contra Israel e Judá. Jonas recebeu ordem de ir a Nínive, a capital da Assíria. Sua profecia é a mais curta de todo o Antigo Testamento: "Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida" (n 3.4). Sem dúvida, também é a que teve mais resultado, pois a cidade inteira se vestiu de pano de saco, clamou a Deus com urgência e, desse modo, para decepção de Jonas, evitou o castigo divino. Amós profetizou contra seis nações vizinhas (Am 1:3-2.3). Seus ouvintes certamente aplaudiram a condenação explícita das atrocidades desses povos, mas esta satisfação durou pouco, pois o profeta também condenou a perversidade do seu próprio povo. Judá foi condenada por rejeitar a lei do Senhor, e Israel, por oprimir os pobres. Em geral, não há registro de que as nações em questão chegaram a ouvir as palavras do profeta e, muito menos, compreendê-las, mas a longa profecia escrita de Jeremias contra a Babilônia foi levada para lá por um dos exilados. Depois que as palavras do profeta foram lidas, supostamente em hebraico, e não em babilônico, uma pedra foi amarrada ao rolo contendo a profecia e este foi lançado no rio Eufrates. Dentre as nações estrangeiras às quais os profetas se referiram, as que mais recebem destaque são os filisteus, Edom e Moabe, que são mencionados em cinco pronunciamentos proféticos.
: Vista aérea das ruínas da Babilônia. Após ser reconstruída por Nabucodonosor (606-562 a.C.), a cidade tinha uma área de 1.012 hectares.
: Vista aérea das ruínas da Babilônia. Após ser reconstruída por Nabucodonosor (606-562 a.C.), a cidade tinha uma área de 1.012 hectares.
Planta do templo de Ezequiel Em 28 de abril de 573 a.C. o profeta Ezequiel recebeu uma visão de um enorme templo restaurado, cuja planta ele descreve em pormenores nos capitulos 40-43 de sua profecia.
Planta do templo de Ezequiel Em 28 de abril de 573 a.C. o profeta Ezequiel recebeu uma visão de um enorme templo restaurado, cuja planta ele descreve em pormenores nos capitulos 40-43 de sua profecia.
Profecias contra as nações Vários profetas hebreus profetizaram contra as nações vizinhas. As referências mostram em que passagens bíblicas essas predições foram feitas.
Profecias contra as nações Vários profetas hebreus profetizaram contra as nações vizinhas. As referências mostram em que passagens bíblicas essas predições foram feitas.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Emmanuel

is 53:1
A Caminho da luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 12
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

A manjedoura.


A manjedoura assinalava o ponto inicial da lição salvadora do Cristo, como a dizer que a humildade representa a chave de todas as virtudes.

Começava a era definitiva da maioridade espiritual da Humanidade terrestre, de vez que Jesus, com a sua exemplificação divina, entregaria o código da fraternidade e do amor a todos os corações.

Debalde os escritores materialistas de todos os tempos vulgarizaram o grande acontecimento, ironizando os altos fenômenos mediúnicos que o precederam. As figuras de Simeão, (Lc 2:25) Ana, (Lc 2:36) Isabel, (Lc 1:39) , , bem como a personalidade sublimada de Maria, têm sido muitas vezes objeto de observações injustas e maliciosas; mas a realidade é que somente com o concurso daqueles mensageiros da Boa Nova, portadores da contribuição de fervor, crença e vida, poderia Jesus lançar na Terra os fundamentos da verdade inabalável.


O Cristo e os essênios.


Muitos séculos depois da sua exemplificação incompreendida, há quem o veja entre os essênios, aprendendo as suas doutrinas, antes do seu messianismo de amor e de redenção. As próprias Esferas mais próximas da Terra, que pela força das circunstâncias se acercam mais das controvérsias dos homens que do sincero aprendizado dos Espíritos estudiosos e desprendidos do orbe, refletem as opiniões contraditórias da Humanidade, a respeito do Salvador de todas as criaturas.

O Mestre, porém, não obstante a elevada cultura das escolas essênias, não necessitou da sua contribuição. Desde os seus primeiros dias na Terra, mostrou-se tal qual era, com a superioridade que o planeta lhe conheceu desde os tempos longínquos do princípio.


Cumprimento das profecias de Israel.


Do seu divino apostolado nada nos compete dizer em acréscimo das tradições que a cultura evangélica apresentou em todos os séculos posteriores à sua vinda à Terra, reafirmando, todavia, que a sua lição de amor e de humildade foi única em todos os tempos da Humanidade.

Dele asseveraram os profetas de Israel, muito tempo antes da manjedoura e do calvário: — “Levantar-se-á como um arbusto verde, vivendo na ingratidão de um solo árido, onde não haverá graça nem beleza. Carregado de opróbrios e desprezado dos homens, todos lhe voltarão o rosto. Coberto de ignomínias, não merecerá consideração. É que Ele carregará o fardo pesado de nossas culpas e de nossos sofrimentos, tomando sobre si todas as nossas dores. Presumireis na sua figura um homem vergando ao peso da cólera de Deus, mas serão os nossos pecados que o cobrirão de chagas sanguinolentas e as suas feridas hão de ser a nossa redenção. Somos um imenso rebanho desgarrado, mas, para nos reunir no caminho de Deus, Ele sofrerá o peso das nossas iniquidades. Humilhado e ferido, não soltará o mais leve queixume, deixando-se conduzir como um cordeiro ao sacrifício. O seu túmulo passará como o de um malvado e a sua morte como a de um ímpio. Mas, desde o momento em que oferecer a sua vida, verá nascer uma posteridade e os interesses de Deus hão de prosperar nas suas mãos.” (Paráfrase da Is 53:1 sobre o Salvador)


A grande lição.


Sim, o mundo era um imenso rebanho desgarrado. Cada povo fazia da religião uma nova fonte de vaidades, salientando-se que muitos cultos religiosos do Oriente caminhavam para o terreno franco da dissolução e da imoralidade; mas o Cristo vinha trazer ao mundo os fundamentos eternos da verdade e do amor. Sua palavra, mansa e generosa, reunia todos os infortunados e todos os pecadores. Escolheu os ambientes mais pobres e mais desataviados para viver a intensidade de suas lições sublimes, mostrando aos homens que a verdade dispensava o cenário suntuoso dos areópagos, dos fóruns e dos templos, para fazer-se ouvir na sua misteriosa beleza. Suas pregações, na praça pública, verificam-se a propósito dos seres mais desprotegidos e desclassificados, como a demonstrar que a sua palavra vinha reunir todas as criaturas na mesma vibração de fraternidade e na mesma estrada luminosa do amor. Combateu pacificamente todas as violências oficiais do judaísmo, renovando a Lei Antiga com a doutrina do esclarecimento, da tolerância e do perdão. Espalhou as mais claras visões da vida imortal, ensinando às criaturas terrestres que existe algo superior às pátrias, às bandeiras, ao sangue e às leis humanas. Sua palavra profunda, enérgica e misericordiosa, refundiu todas as filosofias, aclarou o caminho das ciências e já teria irmanado todas as religiões da Terra, se a impiedade dos homens não fizesse valer o peso da iniquidade na balança da redenção.


A palavra divina.


Não nos compete fornecer uma nova interpretação das palavras eternas do Cristo, nos Evangelhos. Semelhante interpretação está feita por quase todas as escolas religiosas do mundo, competindo apenas às suas comunidades e aos seus adeptos a observação do ensino imortal, aplicando-a a si próprias, no mecanismo da vida de relação, de modo que se verifique a renovação geral, na sublime exemplificação, porque, se a manjedoura e a cruz constituem ensinamento inolvidável, muito mais devem representar, para nós outros, os exemplos do Divino Mestre, no seu trato com as vicissitudes da vida terrestre.

De suas lições inesquecíveis, decorrem consequências para todos os departamentos da existência planetária, no sentido de se renovarem os institutos sociais e políticos da Humanidade, com a transformação moral dos homens dentro de uma nova era de justiça econômica e de concórdia universal.

Pode parecer que as conquistas do verdadeiro Cristianismo sejam ainda remotas, em face das doutrinas imperialistas da atualidade, mas é preciso reconhecer que dois mil anos já dobaram sobre a palavra divina. Dois mil anos em que os homens se estraçalharam em seu nome, inventando bandeiras de separatividade e destruição. Incendiaram e trucidaram, em nome dos seus ensinos de perdão e de amor, massacrando esperanças em todos os corações. Contudo, o século que passa deve assinalar uma transformação visceral nos departamentos da vida. A dor completará as obras generosas da verdade cristã, porque os homens repeliram o amor em suas cogitações de progresso.


Crepúsculo de uma civilização.


Uma nuvem de fumo vem-se formando, há muito tempo, nos horizontes da Terra cheia de indústrias de morte e destruição. Todos os países são convocados a conferirem os valores da maturação espiritual da Humanidade, verificada no orbe há dois milênios. O progresso científico dos povos e as suas mais nobres e generosas conquistas são reclamados pelo banquete do morticínio e da ambição, e, enquanto a política do mundo se sente manietada ante os dolorosos fenômenos do século, registram-se nos espaços novas atividades de trabalho, porque a direção da Terra está nas mãos misericordiosas e augustas do Cordeiro.


O exemplo do Cristo.


Sem nos referirmos, porém, aos problemas da política transitória do mundo, lembremos, ainda, que a lição do Cristo ficou para sempre na Terra, como o tesouro de todos os infortunados e de todos os desvalidos. Sua palavra construiu a fé nas almas humanas, fazendo-lhes entrever os seus gloriosos destinos. Haja necessidade e tornaremos a ver a crença e a esperança reunindo-se em novas catacumbas romanas, para reerguerem o sentido cristão da civilização da Humanidade.

É, muitas vezes, nos corações humildes e aflitos que vamos encontrar a divina palavra cantando o hino maravilhoso dos bem-aventurados.

E, para fechar este capítulo, lembrando a influência do Divino Mestre em todos os corações sofredores da Terra, recordemos o episódio do monge de Manilha, que, acusado de tramar a liberdade de sua pátria contra o jugo dos espanhóis, é condenado à morte e conduzido ao cadafalso.

No instante do suplício, soluça desesperadamente o mísero condenado: — “Como, pois, será possível que eu morra assim inocente? Onde está a justiça? Que fiz eu para merecer tão horrendo suplício?”

Mas um companheiro corre ao seu encontro e murmura-lhe aos ouvidos: — “Jesus também era inocente!…”

Passa, então, pelos olhos da vítima, um clarão de misteriosa beleza. Secam-se as lágrimas e a serenidade lhe volta ao semblante macerado, e, quando o carrasco lhe pede perdão, antes de apertar o parafuso sinistro, ei-lo que responde resignado: — “Meu filho, não só te perdoo como ainda te peço cumpras o teu dever.”



is 53:1
Antologia Mediúnica do Natal

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 69
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

A manjedoura.


A manjedoura assinalava o ponto inicial da lição salvadora do Cristo, como a dizer que a humildade representa a chave de todas as virtudes.

Começava a era definitiva da maioridade espiritual da Humanidade terrestre, de vez que Jesus, com a sua exemplificação divina, entregaria o código da fraternidade e do amor a todos os corações.

Debalde os escritores materialistas de todos os tempos vulgarizaram o grande acontecimento, ironizando os altos fenômenos mediúnicos que o precederam. As figuras de Simeão, (Lc 2:25) Ana, (Lc 2:36) Isabel, (Lc 1:39) , , bem como a personalidade sublimada de Maria, têm sido muitas vezes objeto de observações injustas e maliciosas; mas a realidade é que somente com o concurso daqueles mensageiros da Boa Nova, portadores da contribuição de fervor, crença e vida, poderia Jesus lançar na Terra os fundamentos da verdade inabalável.


O Cristo e os essênios.


Muitos séculos depois da sua exemplificação incompreendida, há quem o veja entre os essênios, aprendendo as suas doutrinas, antes do seu messianismo de amor e de redenção. As próprias Esferas mais próximas da Terra, que pela força das circunstâncias se acercam mais das controvérsias dos homens que do sincero aprendizado dos Espíritos estudiosos e desprendidos do orbe, refletem as opiniões contraditórias da Humanidade, a respeito do Salvador de todas as criaturas.

O Mestre, porém, não obstante a elevada cultura das escolas essênias, não necessitou da sua contribuição. Desde os seus primeiros dias na Terra, mostrou-se tal qual era, com a superioridade que o planeta lhe conheceu desde os tempos longínquos do princípio.


Cumprimento das profecias de Israel.


Do seu divino apostolado nada nos compete dizer em acréscimo das tradições que a cultura evangélica apresentou em todos os séculos posteriores à sua vinda à Terra, reafirmando, todavia, que a sua lição de amor e de humildade foi única em todos os tempos da Humanidade.

Dele asseveraram os profetas de Israel, muito tempo antes da manjedoura e do calvário: — “Levantar-se-á como um arbusto verde, vivendo na ingratidão de um solo árido, onde não haverá graça nem beleza. Carregado de opróbrios e desprezado dos homens, todos lhe voltarão o rosto. Coberto de ignomínias, não merecerá consideração. É que Ele carregará o fardo pesado de nossas culpas e de nossos sofrimentos, tomando sobre si todas as nossas dores. Presumireis na sua figura um homem vergando ao peso da cólera de Deus, mas serão os nossos pecados que o cobrirão de chagas sanguinolentas e as suas feridas hão de ser a nossa redenção. Somos um imenso rebanho desgarrado, mas, para nos reunir no caminho de Deus, Ele sofrerá o peso das nossas iniquidades. Humilhado e ferido, não soltará o mais leve queixume, deixando-se conduzir como um cordeiro ao sacrifício. O seu túmulo passará como o de um malvado e a sua morte como a de um ímpio. Mas, desde o momento em que oferecer a sua vida, verá nascer uma posteridade e os interesses de Deus hão de prosperar nas suas mãos.” (Paráfrase da Is 53:1 sobre o Salvador)


A grande lição.


Sim, o mundo era um imenso rebanho desgarrado. Cada povo fazia da religião uma nova fonte de vaidades, salientando-se que muitos cultos religiosos do Oriente caminhavam para o terreno franco da dissolução e da imoralidade; mas o Cristo vinha trazer ao mundo os fundamentos eternos da verdade e do amor. Sua palavra, mansa e generosa, reunia todos os infortunados e todos os pecadores. Escolheu os ambientes mais pobres e mais desataviados para viver a intensidade de suas lições sublimes, mostrando aos homens que a verdade dispensava o cenário suntuoso dos areópagos, dos fóruns e dos templos, para fazer-se ouvir na sua misteriosa beleza. Suas pregações, na praça pública, verificam-se a propósito dos seres mais desprotegidos e desclassificados, como a demonstrar que a sua palavra vinha reunir todas as criaturas na mesma vibração de fraternidade e na mesma estrada luminosa do amor. Combateu pacificamente todas as violências oficiais do judaísmo, renovando a Lei Antiga com a doutrina do esclarecimento, da tolerância e do perdão. Espalhou as mais claras visões da vida imortal, ensinando às criaturas terrestres que existe algo superior às pátrias, às bandeiras, ao sangue e às leis humanas. Sua palavra profunda, enérgica e misericordiosa, refundiu todas as filosofias, aclarou o caminho das ciências e já teria irmanado todas as religiões da Terra, se a impiedade dos homens não fizesse valer o peso da iniquidade na balança da redenção.


A palavra divina.


Não nos compete fornecer uma nova interpretação das palavras eternas do Cristo, nos Evangelhos. Semelhante interpretação está feita por quase todas as escolas religiosas do mundo, competindo apenas às suas comunidades e aos seus adeptos a observação do ensino imortal, aplicando-a a si próprias, no mecanismo da vida de relação, de modo que se verifique a renovação geral, na sublime exemplificação, porque, se a manjedoura e a cruz constituem ensinamento inolvidável, muito mais devem representar, para nós outros, os exemplos do Divino Mestre, no seu trato com as vicissitudes da vida terrestre.

De suas lições inesquecíveis, decorrem consequências para todos os departamentos da existência planetária, no sentido de se renovarem os institutos sociais e políticos da Humanidade, com a transformação moral dos homens dentro de uma nova era de justiça econômica e de concórdia universal.

Pode parecer que as conquistas do verdadeiro Cristianismo sejam ainda remotas, em face das doutrinas imperialistas da atualidade, mas é preciso reconhecer que dois mil anos já dobaram sobre a palavra divina. Dois mil anos em que os homens se estraçalharam em seu nome, inventando bandeiras de separatividade e destruição. Incendiaram e trucidaram, em nome dos seus ensinos de perdão e de amor, massacrando esperanças em todos os corações. Contudo, o século que passa deve assinalar uma transformação visceral nos departamentos da vida. A dor completará as obras generosas da verdade cristã, porque os homens repeliram o amor em suas cogitações de progresso.


Crepúsculo de uma civilização.


Uma nuvem de fumo vem-se formando, há muito tempo, nos horizontes da Terra cheia de indústrias de morte e destruição. Todos os países são convocados a conferirem os valores da maturação espiritual da Humanidade, verificada no orbe há dois milênios. O progresso científico dos povos e as suas mais nobres e generosas conquistas são reclamados pelo banquete do morticínio e da ambição, e, enquanto a política do mundo se sente manietada ante os dolorosos fenômenos do século, registram-se nos espaços novas atividades de trabalho, porque a direção da Terra está nas mãos misericordiosas e augustas do Cordeiro.


O exemplo do Cristo.


Sem nos referirmos, porém, aos problemas da política transitória do mundo, lembremos, ainda, que a lição do Cristo ficou para sempre na Terra, como o tesouro de todos os infortunados e de todos os desvalidos. Sua palavra construiu a fé nas almas humanas, fazendo-lhes entrever os seus gloriosos destinos. Haja necessidade e tornaremos a ver a crença e a esperança reunindo-se em novas catacumbas romanas, para reerguerem o sentido cristão da civilização da Humanidade.

É, muitas vezes, nos corações humildes e aflitos que vamos encontrar a divina palavra cantando o hino maravilhoso dos bem-aventurados.

E, para fechar este capítulo, lembrando a influência do Divino Mestre em todos os corações sofredores da Terra, recordemos o episódio do monge de Manilha, que, acusado de tramar a liberdade de sua pátria contra o jugo dos espanhóis, é condenado à morte e conduzido ao cadafalso.

No instante do suplício, soluça desesperadamente o mísero condenado: — “Como, pois, será possível que eu morra assim inocente? Onde está a justiça? Que fiz eu para merecer tão horrendo suplício?”

Mas um companheiro corre ao seu encontro e murmura-lhe aos ouvidos: — “Jesus também era inocente!…”

Passa, então, pelos olhos da vítima, um clarão de misteriosa beleza. Secam-se as lágrimas e a serenidade lhe volta ao semblante macerado, e, quando o carrasco lhe pede perdão, antes de apertar o parafuso sinistro, ei-lo que responde resignado: — “Meu filho, não só te perdoo como ainda te peço cumpras o teu dever.”



is 53:1
Há dois mil anos...

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 8
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Mais de dez anos correram, silenciosamente amargurados, depois de 58, sobre a vida comum das personagens desta história.

Somente em 68, conseguira a política conciliatória de grande número de patrícios, entre os quais Públio Lêntulus, o definitivo afastamento de Domício Nero  e suas nefandas crueldades. Todavia, a ascensão de Galba  durara poucos meses e aquele ano de 69 ia definir grandes acontecimentos na vida do Império.

Lutas numerosas encheram a cidade de pavor e sangue.

A terrível contenda entre Otão  e Vitélio  dividira todas as classes da família romana em facções hostis, que se odiavam ao extremo.

Afinal, a famosa batalha de Bedriaco  dava o trono a Vitélio, que instaurou novo círculo de crueldades em todos os setores políticos.

 

A diplomacia interna, porém, vigiava na sombra, examinando atentamente a situação, de modo a não permitir a continuidade de novo surto de extermínio e de infâmia.

Vitélio apenas conservou o governo por oito meses e dias, porque, no mesmo ano de 69, as legiões do território africano, trabalhadas pela orientação sutil dos que haviam derribado Nero e seus asseclas, proclamaram Vespasiano  para a suprema investidura do Império. O novo imperador, que ainda se encontrava no campo de seus feitos de armas, empenhado na pacificação da Judeia  distante, satisfazia as exigências mais avançadas de todas as classes civis e militares, sendo recebido em triunfo para o posto supremo, iniciando-se, assim, a era prestigiosa dos Flávios. 

 

Vespasiano integrava aquele grupo de patrícios operosos que contribuíra, sem alardes, para a queda dos tiranos.

Amigo pessoal de Públio Lêntulus, o imperador se tornara famoso, não só por suas vitórias militares, mas também por seu criterioso tirocínio político, evidenciado em Roma desde os dias turbulentos de Calígula. 

Sob a sua orientação administrativa, ia abrir-se uma trégua nas imoralidades governamentais, inaugurar-se-ia novo período de compreensão das necessidades populares e, na rota dos seus planos econômico-financeiros, o Império ia caminhar para os dias regeneradores de uma era nova.

Públio recebeu todos os acontecimentos com a velada alegria possível aos seus 67 anos de lutas e fortes experiências da vida. Sob a claridade serena da velhice, todavia, sua fibra moral e resistência física eram as mesmas de sempre.

 

Dentro da perspectiva de melhores dias para as realizações patrióticas, considerava, agora, como bem empregado, todo o tempo que roubara à , para atender ao trabalho do bem coletivo; e foi nesse estado de espírito, com a consciência satisfeita pelo dever cumprido, de conformidade com as suas concepções, que se dirigiu ao palácio para atender a chamado especial do imperador, que, muitas vezes, não deixou de recorrer ao conselho dos seus mais antigos companheiros de ideal.

— Senador — disse-lhe Vespasiano, na intimidade tranquila de um dos magníficos gabinetes da residência imperial —, mandei chamá-lo para me amparar com a sua tradicional dedicação ao Império, na solução de assunto que julgo de suma importância. 

— Dizei, Augusto!… — respondeu Públio, comovido.

Mas o imperador, gentil, cortou-lhe a palavra:

— Não, meu caro, entendamo-nos com a velha intimidade de outros tempos. Deixemos, por um instante, os protocolos.

 

E, vendo que o senador esboçava um sorriso de reconhecimento à sua palavra fluente e generosa, continuou a expor a questão que o interessava:

— Chamado a Roma para o cargo supremo, não ousei desobedecer às sagradas injunções que me impeliam ao cumprimento desse grande dever, embora obrigado a deixar meu filho na obra de pacificação da Judeia amotinada, trabalho esse que considerarei, em toda a vida, o meu melhor esforço pela vitalidade do Império, no desdobramento de suas gloriosas tradições.

Acontece, todavia, que o cerco de Jerusalém se vai prolongando demasiado, acarretando as mais sérias consequências para meus projetos econômicos, no programa restaurador que me propus realizar no governo.

Suponho que o meu valoroso Tito esteja necessitando de um conselho de civis, além dos assistentes militares que o acompanham na arrojada empresa, e lembrei-me de organizá-lo tão somente com os amigos mais íntimos, que conheçam Jerusalém e suas cercanias.

Quando das minhas primeiras incursões na edilidade, tive conhecimento dos seus processos na reforma administrativa da Judeia, sabendo, portanto, da sua permanência em Jerusalém há mais de vinte anos.

Era, pois, meu desejo que aceitasse, com outros poucos companheiros nossos, a incumbência de orientar melhor a tática militar de meu filho. Tito está necessitando da cooperação política de quem conheça a cidade nos menores recantos, bem como os seus idiomas populares, de maneira a vencer a situação que se vai tornando cada vez mais penosa.

 

Públio Lêntulus pensou na filha doente, um instante, mais, recordando-se da dedicação absoluta de Ana, que poderia perfeitamente substituir seus zelos por algum tempo, respondeu com decisão e energia:

— Meu nobre imperador, vossa palavra augusta é a palavra do Império. O Império manda e eu obedeço, honrando-me em cumprir vossas determinações e correspondendo aos impulsos generosos da vossa confiança.

— Muito agradecido! — falou Vespasiano, estendendo-lhe a mão, extremamente satisfeito. — Tudo estará pronto, de modo que sua partida, e de mais dois ou três amigos nossos, se verifique dentro de duas semanas, o mais tardar.

 

Assim aconteceu.

Depois das dolorosas despedidas da filha, que ficara aos cuidados da serva dedicada, no palácio do Aventino,  o senador tomava a suntuosa galera que, largando de Óstia,  penetrou depressa o mar largo, rumo à Judeia.

O velho patrício reviveu, com penosa serenidade, as peripécias da , quando a felicidade era para ele incompreensível, em companhia da esposa e dos dois filhinhos.

Sim, a pequenina figura de Márcus, o filho desaparecido, parecia surgir novamente a seus olhos, sob uma auréola de radioso e santificado enlevo…

 

Um dia, em Cafarnaum,  levado pelas palavras caluniosas de Sulpício Tarquínius, duvidou da honorabilidade da mulher, acreditando, mais tarde, que o rapto da criança fosse uma consequência da sua infidelidade. Mas Lívia agora estava redimida de todas as culpas, no tribunal da sua consciência. Seus sacrifícios domésticos e a morte heroica no circo constituíam a prova máxima da sublimada pureza do seu coração. Naqueles instantes de meditação, figurava-se-lhe que voltara ao passado com os seus sofrimentos intermináveis, esbarrando sempre na sombra pesada do mistério, quando tentava reler as páginas desse doloroso capítulo da sua existência.

A que abismos insondáveis e desconhecidos teria sido levado o pequenino que lhe perpetuaria a estirpe nobre?

Suas emoções paternais pareciam alarmar-se de novo, depois de tantos anos e tantos padecimentos em família.

 

Mas, embora lhe flutuassem no íntimo as mais penosas dúvidas, o senador, na rigidez da sua enfibratura moral, preferia crer, consigo mesmo, que Márcus Lêntulus havia sido assassinado por malfeitores vulgares, dados ao roubo e ao terrorismo, para nunca mais requisitar os seus desvelos paternais.

Assim quereria crer, mas aquela viagem afigurava-se-lhe uma análise de suas lembranças mais queridas e mais pungentes.

De tarde, ao suave clarão do crepúsculo no Mediterrâneo, parecia-lhe ver ainda o vulto de Lívia acalentando o pequenino, ou falando-lhe ao coração em termos afetuosos de consolação, supondo lobrigar, igualmente, a figura de Comênio, o servo de confiança, entre os subalternos e escravos.

 

Em companhia de três outros conselheiros civis, chegou sem maior dificuldade ao destino, colocando-se esse reduzido conselho de íntimos do imperador à imediata disposição de Tito, que lhe aproveitou carinhosamente os pareceres, utilizando com grande êxito as suas opiniões, filhas de largas experiência da região e dos costumes.

O filho do imperador era generoso e leal para com todos os compatriotas, que o consideravam como benfeitor e amigo. Mas, para os adversários, Tito era de uma crueldade sem nome.

Em torno da sua figura ardente e desassombrada, desdobravam-se legiões numerosas de soldados que combatiam encarniçadamente.

 

O cerco de Jerusalém, terminado em 70,  foi um dos mais impressionantes da história da humanidade.

A cidade foi sitiada, justamente quando intermináveis multidões de peregrinos, vindos de todos os pontos da província, se haviam reunido junto ao templo famoso, para as festas dos pães ázimos. Daí, o excessivo número de vítimas e as lutas acérrimas da célebre resistência.

O número de mortos nos terríveis recontros elevou-se a mais de um milhão, fazendo os romanos, quase cem mil prisioneiros, dos quais onze mil foram massacrados pelas legiões vitoriosas, depois da escolha dos homens válidos, entre cenas penosas de sangue e de selvajaria por parte dos soldados.

 

O velho senador sentia-se amargurado com aqueles pavorosos espetáculos de carnificina, mas cumpria-lhe desempenhar a palavra dada e era com o melhor espírito de coragem que dava pleno cumprimento ao seu mandato.

Seus pareceres e conhecimentos foram, muitas vezes, utilizados com êxito, tornando-se íntimo conselheiro do filho do imperador.

Diariamente em companhia de um amigo, o senador Pompílio Crasso, visitava os postos mais avançados das forças atacantes, verificando a eficácia da nova orientação observada pela estratégia militar dos seus patrícios. Os chefes de operações várias vezes lhes chamaram a atenção, para não avançarem muito em suas atitudes de desassombro, mas Públio Lêntulus não manifestava o menor receio, realizando, na sua idade, minuciosos serviços de reconhecimento topográfico da famosa cidade.

 

Afinal, na véspera da queda de Jerusalém, já se lutava quase corpo a corpo em todos os pontos de penetração, havendo incursões de parte a parte nos campos inimigos, com recíprocas crueldades contra todos os que tivessem a infelicidade de cair prisioneiros.

Apesar do zelo de que eram cercados, Públio e o amigo, em virtude da coragem de que davam testemunho, caíram nas mãos de alguns adversários que, ao lhes observarem a indumentária de altos dignitários da Corte Imperial, os conduziram imediatamente a um dos chefes da desesperada resistência, instalado num casarão à guisa de quartel, próximo da Torre Antônia. 

 

Públio Lêntulus, observando as cenas de selvajaria e sangue da plebe anônima e amotinada, que exterminava numerosos cidadãos romanos sob as suas vistas, lembrou a tarde dolorosa do Calvário, em que o piedoso profeta de Nazaret sucumbira na cruz, sob a vozeada terrificante das multidões enfurecidas. Enquanto caminhava tangido com brutalidade e aspereza, o velho senador considerava igualmente que, se aquele momento assinalasse a sua morte, devia morrer heroicamente, como sua própria mulher, em holocausto aos seus princípios, embora houvesse fundamental diferença entre o reino de Jesus e o império de César. A ideia de deixar Flávia Lentúlia órfã do seu afeto preocupava-lhe o íntimo; todavia, ponderava que a filha teria no mundo a dedicação generosa e assídua de Ana, bem como o amparo material da sua fortuna.

Foi nesse estado de espírito, surpreso com a sucessão dos acontecimentos, que atravessou longas ruas cheias de movimento, de gritos, de impropérios e de sangue.

 

Jerusalém, tomada de assombro, mobilizava as derradeiras energias para evitar a ruína completa.

Ao cabo de algumas horas, extenuados de fadiga e sede, Públio e o amigo foram introduzidos no sombrio gabinete de um chefe judeu, que expedia as mais impiedosas ordens de suplício e morte para todos os romanos presos, revidando às atrocidades do inimigo.

Bastou que Públio fitasse aquele velho israelita de traços característicos, para procurar, sofregamente, uma figura semelhante no acervo de suas lembranças mais íntimas e mais remotas.

Não pôde, porém, de pronto, identificar aquela personagem.

 

O velho chefe, contudo, pousou nele o olhar astuto e, fazendo um gesto de satisfação, exclamou com uma chispa de ódio a lhe transparecer de cada palavra:

— Ilustríssimos senadores — enfatizou com ironia e desprezo —, eu vos conheço de longos anos…

E, fixando Públio, acentuou com malícia:

— Sobretudo, honro-me com a presença do orgulhoso senador Públio Lêntulus, antigo legado de Tibério  e de seus sucessores nesta província perseguida e flagelada pelas pragas romanas. Ainda bem que as forças do destino não me permitiram partir para a outra vida, na minha velhice trabalhosa, sem me desafrontar de uma injúria inolvidável.

 

Avançando para o velho patrício que o contemplava supinamente surpreendido, repetia com insistência irritante:

— Não me reconheceis?…

O senador, porém, tinha o semblante a evidenciar o seu penoso abatimento físico, em face daquela rude provação da sua vida; debalde, encarava a figura franzina e maquiavélica de André de Gioras, agora com elevado ascendente nos trabalhos do templo famoso, em vista da fortuna que conseguira amealhar.

Verificando a impossibilidade de ser identificado pelo prisioneiro, cuja presença, ali, mais o interessava e que lhe respondera a todas as perguntas com silencioso gesto negativo, o velho judeu retornou com sarcasmo:

— Públio Lêntulus, sou André de Gioras, o pai a quem insultaste um dia com o excesso da tua autoridade orgulhosa. Lembras-te agora?

O prisioneiro fez um sinal afirmativo com a cabeça.

Vendo, porém, que o seu atrevimento não o intimidava, o chefe de Jerusalém insistia exasperado:

— E porque não te humilhas neste momento, diante de minha autoridade? Ignoras, porventura, que posso hoje decidir dos teus destinos?… Qual a razão por que não me pedes comiseração?

 

Públio estava exausto. Lembrou os seus primeiros dias em Jerusalém, daquele agricultor inteligente e revoltado. Procurou rememorar, intimamente, as providências que adotara na qualidade de homem público, a fim de que o filho do judeu voltasse ao lar paterno, não se lembrando de haver destilado tanto fel naquele coração irresignado. Deliberara nada dizer, diante da sua figura exasperada e truculenta, atendendo às suas íntimas disposições espirituais, mas, em face da ousada insistência, sem abdicar as antigas tradições de orgulho e vaidade que o caracterizavam noutros tempos, e como se desejasse demonstrar desassombro em tão penosas circunstâncias, replicou, afinal, com energia:

— Se vos julgais aqui no cumprimento de uma obrigação sagrada, acima de qualquer sentimento particular e menos digno, não espereis que se vos peça comiseração, pelo fato de cumprirdes o vosso dever.

 

André de Gioras franziu o sobrolho, exasperado com a resposta imprevista, andando de um lado para outro no amplo gabinete, como se estivesse a cogitar o melhor meio de executar a tremenda vingança.

Depois de alguns momentos de sombrio silêncio, como se houvesse chegado a uma solução condigna dos seus tigrinos projetos, chamou com voz soturna um dos guardas numerosos ordenando:

— Vai depressa e dize a Ítalo, de minha parte, que deve aqui estar amanhã, às primeiras horas, de modo a cumprir minhas determinações.

E enquanto o emissário saía, dirigiu-se aos dois prisioneiros nestes termos:

— A queda de Jerusalém está iminente, mas darei a última gota de sangue da minha velhice para exterminar as víboras do vosso povo. Vossa raça maldita veio cevar-se na cidade eleita, mas eu exulto com a minha vingança em vós ambos, orgulhosos dignitários do império da impiedade e do crime! Quando se abrirem as portas de Jerusalém, terei executado meus implacáveis desígnios!

Calando-se, bastou um gesto para que os dois amigos fossem atirados numa enxovia escura e úmida, onde passaram uma noite terrível de conjeturas dolorosas, trocando amarguradas confidências.

 

Na manhã seguinte, eram chamados à prova suprema.

Já se ouviam na cidade os primeiros rumores das forças romanas vitoriosas, entregando-se ao terror e ao saque da população humilhada e inerme.

Por toda a parte, o êxodo precipitado de mulheres e crianças em gritaria infernal e angustiosa; mas, naquele casarão de grossas paredes de pedra, refugiara-se considerável número de chefes e combatentes, para a resistência suprema.

Públio e Pompílio foram conduzidos a uma sala ampla, de onde podiam ouvir o ruído crescente da vitória das armas imperiais, depois de lances dramáticos e cruentos, em tanto tempo de terror, de rapina e de luta; todavia, ali, naquele compartimento espaçoso e fortificado, tinham à frente centenas de guerreiros armados e alguns chefes políticos da resistência israelita, que os contemplavam com supremo desprezo.

 

Diante do avanço vitorioso das legiões romanas, era de notar a inquietação e o pavor que dominavam todos os semblantes, mas havia um interesse geral pelos dois prisioneiros importantes do Império, como se eles representassem o último objeto em que se pudessem cevar o ódio e a vingança.

Modificando, todavia, aquela situação indecisa, André de Gioras tomou a palavra em voz estranha e sinistra, que retumbou por todos os ângulos da casa:

— Senhores! estamos chegando ao fim da nossa desesperada defesa, mas temos o consolo de guardar dois grandes chefes da amaldiçoada política de rapina do Império Romano!… Um deles é Pompílio Crasso, que começou a sua carreira de homem público nesta província desventurada, inaugurando um longo período de terror entre os nossos compatriotas infelizes! O outro, senhores, é Públio Lêntulus, orgulhoso legado de Tibério e de seus sucessores na Judeia humilhada de todos os tempos; que escravizou nossos filhos ainda jovens e organizou processos criminosos em todas as zonas provinciais, fomentando o pavor de nossos irmãos perseguidos e flagelados, lá da sua residência senhorial da Galileia!… Pois bem! antes que os malditos soldados da pilhagem imperial nos aprisionem e aniquilem, cumpramos nossos desígnios!…

 

Todos os presentes ouviram-lhe a palavra, como se fora a ordem suprema de um chefe a quem se devesse obedecer cegamente.

Os dois senadores foram, então, amarrados com pesadas peças de ferro aos postes do suplício, sem liberdade para qualquer movimento, restringindo suas expressões de mobilidade aos olhos silenciosos e serenos no sacrifício.

— Nossa vingança — voltava o odiento israelita a explicar — deve obedecer ao critério da Antiguidade. Primeiramente, deverá morrer Pompílio Crasso, por ser o mais velho e para que o vaidoso senador Públio Lêntulus compreenda o nosso esforço para eliminar a vitalidade do seu Império maldito.

Pompílio fitou longamente o amigo, como se estivesse fazendo suas despedidas angustiosas e mudas, na hora extrema.

— Nicandro, este trabalho te compete — exclamou André, voltando-se para um dos companheiros.

E dando ao vigoroso soldado uma espada sinistra, acrescentou com profunda ironia:

— Tira-lhe o coração para o amigo, que deverá conservar a cena de hoje na sua memória, para sempre.

 

Os olhos do condenado brilharam de intensa angústia, enquanto as faces descoravam ao extremo, acusando as emoções dolorosas que lhe iam na alma. Entre ele e o companheiro de amargura, foi trocado, então, um olhar inesquecível.

Em minutos rápidos, Públio Lêntulus assistiu ao desenrolar da operação nefanda.

A cabeça branca do supliciado pendeu ao primeiro golpe de espada e do seu tórax encarquilhado foi arrancado violentamente o coração palpitante, sangrento.

Entretanto, o senador sobrevivente ouvia já o rumor dos patrícios vitoriosos que se aproximavam, afigurando-se-lhe que já se lutava corpo a corpo, às portas daquela turbulenta assembleia da vindita e do crime. A monstruosa cena estarrecia-lhe o ânimo, sempre otimista e decidido, mas não perdeu a compostura altiva e rígida que ele a si mesmo se impunha, naquele angustioso transe.

 

Terminada a execução de Pompílio, feita à pressa, porquanto todos os presentes tinham consciência da horrorosa situação que os esperava diante dos triunfadores, André de Gioras levantou novamente a voz:

— Meus amigos — afirmou soturnamente —, ao mais velho, a penalidade misericordiosa da morte; mas, a este patrício infame que nos ouve, concederemos a pena amarga da vida, dentro do sepulcro das suas ilusões desvairadas, de vaidade e orgulho!… Públio Lêntulus, o antigo emissário dos imperadores, deverá viver!… Sim, mas sem os olhos que lhe clarearam o caminho do egoísmo supremo sobre os nossos grandes infortúnios!… Deixá-lo-emos com vida, para que nas trevas da sua noite busque ver com os olhos dos escravos que ele espezinhou no curso da vida. [Vide o cumprimento da lei de causa e efeito narrado por seu amigo Flamínio Sevérus]

 

Havia um penoso silêncio interior, embora se ouvisse, lá fora, o patear dos cavalos e o tinir das armaduras, aliados ao rumor sinistro de vozes praguejantes no ataque e na resistência desesperada do último reduto.

André de Gioras parecia, porém, embriagado com a volúpia de sua vingança e, mantendo o equilíbrio da assistência naquela hora trágica do destino que a todos aguardava, com a palavra magnética e persuasiva exclamou energicamente:

— Ítalo, compete às tuas mãos a tarefa deste momento.

 

Da assistência compacta e inquieta destacou-se um homem, aparentando quase quarenta anos de idade, surpreendendo o senador pelos seus traços finos de patrício. Seus olhares encontraram-se e ele supôs descobrir naquela alma um laço de afinidade estranha e incompreensível.

Ítalo? Aquele nome não lhe recordava alguma coisa das proximidades da sua Roma inesquecida? Por que motivo estaria ali aquele homem, evidentemente de sangue nobre, combatendo ao lado dos judeus amotinados e intoxicados de ódio? Por sua vez, o verdugo, indicado pela voz soberana de André, parecia inclinado à ternura e à piedade por aquele homem velho e sereno, de mãos e pés amarrados ao poste da injúria, como que hesitava sobre se devia cumprir o sinistro e despiedado desígnio do seu chefe.

Daí a minutos, surgia, de uma porta larga e sombria, um guerreiro israelita, trazendo em ampla bandeja de bronze uma lâmina de ferro incandescente, cuja ponta aguçada repousava entre brasas vivas.

 

Contemplando com interesse a enigmática figura de Ítalo, na vitalidade da idade adulta, o senador, silencioso, não podia dissimular a curiosidade em face do seu vulto ereto e delicado.

André, porém, gozando o quadro e percebendo a acurada atenção do condenado, arrancou-o daquele estado de conjetura e surpresa, ironizando:

— Então, senador, estais admirando o porte nobre de Ítalo?… Lembrai-vos de que se os patrícios se dão ao luxo de possuir escravos israelitas, os senhores da Judeia também apreciam os servos de tipo romano. Aliás, sou obrigado a considerar que é sempre perigoso guardarmos um escravo como este, na cidade, em vista da praga do patriciado, hoje excessivo por toda a parte; mas eu consegui manter este homem de trabalho no ambiente rural, até agora…

 

Públio Lêntulus mal poderia decifrar o sentido oculto daquelas irônicas palavras, não lhe sobrando tempo, ali, para qualquer introspecção. Observou que André se calara, atendendo à urgência com que devia ser levada a efeito a operação em perspectiva, de modo a não se perder o vermelho incandescente da lâmina fatídica. Diante de muitos olhares atônitos e desesperados, que não sabiam se fixavam a cena macabra ou se atentavam para a ruidosa penetração das forças de Tito a quebrarem naquele instante os obstáculos do último reduto, o algoz implacável entregou a Ítalo o terrível instrumento do sacrifício.

— Ítalo — recomendou com a máxima energia —, este minuto é precioso… Vamos queimar-lhe as pupilas, de modo a lhe proporcionarmos uma sepultura de sombras eternas, dentro da vida.

 

O pobre homem, todavia, sensibilizado até às lágrimas, em face do suplício que deveria infligir por suas mãos, parecia indeciso e titubeante.

— Senhor… — disse súplice, sem conseguir formular objeções.

— Porque hesitas?… — revidou André, tiranicamente, cortando-lhe a palavra. — Será preciso o chicote para que me obedeças?

Ítalo tomou, então, da lâmina, humildemente. Aproximou-se de leve do condenado, cheio de resignação e de fortaleza interior. Antes do instante supremo, seus olhares se encontraram, trocando vibrações de simpatia recíproca. Públio Lêntulus ainda lhe fixou o porte, tocado de incontestável nobreza, esfacelada em suas linhas mais características pelos trabalhos mais impiedosos e mais rudes; e tão grande foi a atração que experimentou por aquele homem, fixado pelos seus olhos em plena luz, pela vez derradeira, que chegou a se recordar, inexplicavelmente, do seu pequenino Márcus, considerando que, se ele ainda vivesse num ambiente tão hostil, deveria ter aquele porte e aquela idade.

 

As mãos de Ítalo, trêmulas e hesitantes, aproximaram-se dos seus olhos exaustos, como se o fizesse numa doce atitude de carinho; mas o ferro incandescente, com a rapidez do relâmpago, feriu-lhe as pupilas orgulhosas e claras, mergulhando-as na treva para todo o sempre.

Nisso, observou a vítima que uma gritaria infernal reboava em toda a sala.

Uma dor indefinível irradiava-se da queimadura, fazendo-lhe experimentar atrozes padecimentos.

Ele nada mais divisava, além das trevas espessas que lhe cobriam o espírito, mas adivinhava que as forças vitoriosas chegavam tardiamente para libertá-lo.

No meio dos ruídos ensurdecedores, André de Gioras ainda se aproximou do condenado, falando-lhe ao ouvido:

— Poderia matar-te, senador infame, mas quero que vivas. Vou revelar-te, agora, quem é Ítalo, teu algoz do último instante!…

 

Mas um golpe violento de espada, brandida por um legionário romano, fizera o velho israelita cair ao solo sem sentidos, enquanto certeira punhalada atingia Ítalo, indeciso na sua estupefação, que caiu pesadamente junto do supliciado, abraçando-lhe os pés, num gesto significativo e supremo.

Vozes amigas rodearam, então, Públio Lêntulus, naquele ambiente tumultuário. Desataram-lhe imediatamente os pés e as mãos, restituindo-lhe a liberdade dos movimentos, enquanto outros legionários retiravam o cadáver de Pompílio Crasso, com o peito vazio, num quadro pavoroso de selvajaria sanguinosa.

 

Serenados os primeiros tumultos e guardando as mais penosas dúvidas sobre as palavras reticenciosas do inimigo implacável, Públio Lêntulus, antes de se dirigir pelo braço dos companheiros ao comando das forças em operações, onde receberia os primeiros socorros, recomendou que tratassem com o máximo respeito o cadáver de Ítalo, que jazia ao lado de um montão de despojos sangrentos, no que foi atendido, obtemperando-lhe, porém, um companheiro:

— Senador, antes de tudo, não vos esqueçais do vosso estado, que está requerendo de todos nós os mais urgentes cuidados.

E como se quisesse provocar uma explicação espontânea do ferido, quanto ao seu interesse pelo morto, acentuou delicadamente:

— Não foi esse homem quem vos infligiu o horrendo suplício?

À vista da pergunta inopinada e necessitando justificar sua atitude perante os compatriotas que o ouviam, Públio exclamou com voz pungente:

— Enganai-vos, meus amigos. Esse homem, cujo cadáver agora não vejo, era nosso conterrâneo, prisioneiro de muito tempo pela sanha vingativa de um poderoso senhor de Jerusalém…

Observai-lhe os traços nobres e concordareis comigo!…

 

E enquanto se retirava amparado pelos amigos, a fim de receber socorros imediatos e imprescindíveis, supôs haver cumprido um dever, em pronunciando aquelas palavras, porque misteriosas vozes lhe falavam ao coração, acerca daquele olhar generoso que pousara em seus olhos pela última vez.

Vários dias esteve Jerusalém entregue ao saque e à desordem, levados a efeito pela soldadesca do Império, faminta de prazeres e envenenada no vinho sinistro do triunfo. Todos os chefes da resistência israelita foram presos, a fim de comparecerem em Roma para o último sacrifício, em homenagem às festas comemorativas da vitória. Entre eles incluía-se André de Gioras, que, restabelecido das escoriações recebidas, representava um dos que deveriam ser exterminados para gáudio da assistência festiva na Capital do Império.

Depois da matança de onze mil prisioneiros feridos ou inválidos, massacrados pelas legiões vencedoras; depois dos pavorosos espetáculos da destruição e saque do templo magnífico, no qual Israel julgava contemplar a sua obra eterna e divina para todas as gerações da sua posteridade prolífica, voltou a caravana compacta dos vencidos e vencedores, cheia de riquezas ilícitas e troféus maravilhosos, de modo a exibir em Roma todos os ornamentos ilustrativos da vitória, entre vibrações tumultuárias e cânticos de triunfo.

 

Numa galera confortável e tranquila, viajou Públio Lêntulus, resignado dentro da noite compacta da sua cegueira, rodeado de amigos prestimosos que tudo faziam por minorar-lhe os sofrimentos morais.

Antes de chegar a Roma, vezes muitas cogitou da melhor maneira de se dirigir diretamente a André, para arrancar-lhe a verdade e serenar as dúvidas íntimas, quanto à identidade do escravo de tipo romano, que o ferira para sempre, nos preciosos dons da vista. Ele, porém, agora, estava cego, e para realizar esse desejo teria de empregar um largo processo de providências, de colaboração estranha, e, assim, não havia atinado com a melhor maneira de ouvir o judeu sem ferir as tradições de dignidade pessoal, mantida em todos os tempos da vida pública.

 

Foi, ainda, nesse impasse que chegou, novamente, ao palácio do Aventino, acompanhado de numerosos companheiros de labores políticos, surpreendendo amarguradamente o coração da filha com a notícia trágica e dolorosa da sua cegueira.

Ana, qual anjo fraterno, valorosa irmã de todos os infortunados, sincera discípula do Cristianismo, esperou carinhosamente o seu senhor, junto de Flávia que exclamava cheia de incoercível desalento:

— Meu pai, meu pai, mas que desgraça!…

O velho patrício, todavia, no seu otimismo, confortava-lhe o espírito, obtemperando:

— Filha, não te dês ao trabalho de conjeturar a fundo os problemas do destino. Em todos os acontecimentos da vida temos de louvar os soberanos desígnios dos Céus e espero que te encorajes de novo, porque somente assim viverei agora, junto de ti, em consolação afetuosa e recíproca! Foi o próprio destino que me afastou compulsoriamente das lides do Estado, a fim de viver doravante somente por ti.

Abraçaram-se então efusivamente, fundiram-se em beijos do mesmo infortúnio, vibrações cariciosas de duas almas presas aos mesmos padecimentos.

 

Públio Lêntulus, porém, embora o necessário descanso, e apesar da cegueira que lhe impossibilitava as iniciativas, não perdeu a esperança de ouvir a palavra do inimigo implacável, ainda uma vez, e, para isso, aguardou o dia ansiosamente esperado pelo povo romano, das soberanas festas do triunfo.

Convém acentuar que o velho senador foi conduzido a cidade imediatamente, em virtude da sua especialíssima situação; mas o vencedor e as suas legiões infindáveis entrariam em Roma com todos os faustosos protocolos dos triunfadores, de conformidade com os numerosos regulamentos da própria antiga República.

No dia aprazado, toda a Capital, com a sua população de um milhão e meio de habitantes, aproximadamente, aguardava as magníficas comemorações da vitória.

 

Desde as primeiras horas do dia começaram a grupar-se às portas da cidade as legiões vencedoras, desarmadas, vestindo delicadas túnicas de seda, ostentando soberbas auréolas de louro. Transpondo as portas da cidade, sob os aplausos estrondosos de multidões sem fim, foi-lhes oferecido esplêndido banquete, presidido pelo próprio imperador e seu filho.

Vespasiano  e Tito, logo após as cerimônias do Senado, no Pórtico de Otávia,  encaminharam-se para a Porta Triunfal.  Ali, ofereceram um sacrifício aos deuses e tomaram os símbolos do triunfo nas aparatosas festividades imperiais. Realizada essa cerimônia, pôs-se em marcha o grande cortejo, ao qual Públio Lêntulus não faltou, com a secreta intenção de ouvir a palavra reveladora do chefe prisioneiro, cujo cadáver, depois dos sacrifícios daquele dia seria atirado às águas do Tibre, de acordo com as tradições vigentes.

 

Todos os troféus das batalhas sanguinolentas e todos os vencidos, em número considerável, eram levados igualmente em procissão na festa indescritível.

À frente do cortejo imenso, seguia incalculável quantidade de obras de ouro puro, enfeitadas de cores variadas e berrantes, e, logo após, pedras preciosas em número incontável não só em coroas de fulgurante beleza como também em estofos que maravilhavam os espectadores pela variedade, sendo de notar que todos esses tesouros eram carregados por jovens legionários trajando túnicas de púrpura com graciosos ornamentos dourados.

Depois da exibição dos tesouros conquistados pelo triunfador, vinham, às centenas, as estátuas dos deuses, talhadas em marfim, em ouro, em prata, de tamanhos prodigiosos.

Em seguida aos deuses, todo um exército de animais, das mais variadas espécies, e dos quais se distinguiam numerosos dromedários e elefantes cobertos de magníficas pedrarias.

Acompanhando os animais, a multidão compacta e acabrunhada dos prisioneiros vulgares, exibindo sua miséria e olhares tristes, procurando ocultar dos espectadores impiedosos e irreverentes os ferros pesados que os maniatavam.

Após os prisioneiros sucumbidos, passavam os simulacros das cidades vencidas e humilhadas, confeccionados com grande esmero, sustentados nos ombros de soldados numerosos, semelhantes aos modernos carros alegóricos das festas carnavalescas. Havia representações de todas as cidades destruídas e saqueadas, de batalhas vitoriosas, sem faltar o arrasamento dos campos, a queda de muralhas e os incêndios devastadores.

 

Depois desses símbolos, eram os despojos riquíssimos dos povos vencidos e das cidades conquistadas, principalmente os de Jerusalém, carregados com muito desvelo pelos legionários. Sob os aplausos gritantes e irreverentes da turba que se apinhava por toda a parte, desfilaram as estátuas representando as figuras de Abraão  e Sara,  bem como de todas as personalidades reais da família de David,  e mais todos os objetos sagrados do famoso templo de Jerusalém,  tal a mesa dos Pães de Proposição,  feita de ouro maciço, as trombetas do Jubileu,  o castiçal de ouro com sete braços,  os paramentos de alto valor intrínseco, os véus sagrados do Templo, e, por fim, a Lei  dos judeus que seguia atrás de todos os despojos materiais, pilhados pelas forças triunfadoras. Cada objeto era carregado em andores preciosos e bem ornamentados, ao ombro dos legionários romanos coroados de louros.

Após os textos da Lei, seguia Simão, o desventurado chefe supremo de todos os movimentos da resistência de Jerusalém, acompanhado dos seus três auxiliares diretos, inclusive André de Gioras. Todos esses chefes da longa e desesperada resistência vestiam de preto e caminhavam solenemente para o sacrifício, depois de exibidos em todas as comemorações festivas do triunfo.

 

Em seguida, vinham os carros soberbos e magníficos dos triunfadores. Após a passagem deslumbrante de Vespasiano,  passava Tito num oceano de púrpura, de sedas e de vermelhão, simbolizando o próprio Júpiter, na embriaguez da sua vitória.

No séquito de honra, passava igualmente o senador valetudinário e cego, não mais pelo prazer das homenagens, mas com o secreto desejo de ouvir a palavra de André, antes do trágico momento em que o seu corpo balançasse sobre as águas lodosas do Tibre, no instante da consumação do último suplício, sob os aplausos delirantes do povo.

Após os carros imperiais dos vencedores e seus áulicos mais íntimos, vinha o exército compacto, entoando os hinos da vitória, enquanto todas as ruas e praças, foros e pórticos, terraços e janelas, se pejavam de incalculáveis multidões curiosas.

O cortejo movimentou-se solenemente, desde a Porta Triunfal  até o Capitólio.  Longas horas foram gastas no trajeto, através do sinuoso caminho, porquanto a festividade era consumada de molde a levar seus esplendores pelos recantos mais aristocráticos do patriciado romano.

 

Em dado instante, todavia, antes de se elevar à colina, todo o cortejo parou e os olhos ansiosos da multidão convergiram para Simão e seus três companheiros, auxiliares diretos da sua chefia na resistência da cidade famosa.

Públio Lêntulus, embora cego, mas afeito ao tradicionalismo daquelas comemorações, compreendeu que era chegado o instante supremo.

Em virtude do seu caso especialíssimo e considerando a deferência que a autoridade julgava dever-lhe, o imperador preocupava-se com a sua situação no cortejo, recomendando ao filho, Domiciano, atender a quaisquer providências de que viesse a precisar em tais circunstâncias.

Naquele momento, debaixo das vibrações ruidosas do delírio popular, procedia-se ao flagício de Simão, diante de toda a Roma embriagada e vitoriosa, enquanto André de Gioras e os dois companheiros eram conduzidos à Prisão Mamertina, onde aguardariam o chefe, após a flagelação, para a morte em conjunto, de maneira que os cadáveres pudessem ser arrastados através das Gemônias  e, sob as vistas do povo, atirados às correntes do Tibre.

 

De alma ansiosa, mas disposto a realizar seus desígnios, o senador chamou o príncipe a cuja assistência fora recomendado, expressando-lhe o desejo de dirigir a palavra a um dos prisioneiros, em particular e em condições secretas, no que foi imediatamente atendido.

Domiciano tomou-lhe do braço com atenção e, conduzindo-o a uma dependência da prisão sinistra, determinou a vinda de André a um cubículo isolado e secreto, conforme o desejo de Públio, aguardando o fim da entrevista numa sala próxima, juntamente com alguns guardas, tão logo penetrou o condenado para o interrogatório do antigo político do Senado.

Defrontando-se, os dois inimigos tiveram estranha sensação de mal-estar. Públio Lêntulus não mais podia vê-lo, mas se os seus olhos já não tinham expressão emotiva, crestadas para sempre as pupilas claras e enérgicas, seu perfil ereto manifestava as emoções que o dominavam.

— Senhor André — exclamou o senador, profundamente emocionado —, contra todos os meus hábitos provoquei este encontro secreto, de modo a esclarecer minhas dúvidas sobre as palavras reticenciosas em Jerusalém, no dia em que consumastes vossas impiedosas determinações a meu respeito. Não quero, agora, entrar em pormenores sobre a vossa atitude, mas tão somente informar-vos, neste momento em que a justiça do Império vos toma à sua conta que tudo fiz por devolver-vos o filho prisioneiro, cumprindo um dever de humanidade, ao receber as vossas súplicas. Lamento que as minhas providências tardias não alcançassem o efeito desejado, fermentando tão violenta odiosidade no vosso coração. Agora, porém, não mais ordeno. Um cego não pode determinar providências de qualquer natureza, em face das penosas injunções da sua própria vida, mas solicito o vosso esclarecimento, sobre a personalidade do escravo que me crestou a vista para sempre!…

 

André de Gioras estava igualmente abatidíssimo na sua decrepitude enfermiça. Comovido pela atitude daquele pai humilhado e infeliz e fazendo o íntimo retrospecto dos seus atos criminosos, naquelas horas supremas de sua vida, respondeu amargamente compungido:

— Senador Lêntulus, a hora da morte é diferente de todas as outras que o destino concede à nossa existência à face deste mundo… É por isso, talvez, que sinto o meu ódio agora transformado em piedade, avaliando o vosso sofrimento amargo e rude. Desde que fui preso, venho considerando os erros da minha vida criminosa… Trabalhando no Templo e vivendo para o culto da Lei de Moisés, só agora reconheço que Deus concede liberdade de ação a todos os seus filhos, mormente aos seus sacerdotes, tocando-lhes, porém, a consciência, no momento da morte, quando nada mais resta senão a apresentação da alma falida, diante de um tribunal a que ninguém pode mentir ou subornar!… Sei que é tarde para regredir no caminho percorrido, a fim de refazer os nossos atos; mas um sentimento novo me faz falar-vos aqui com a sinceridade do coração, que, acicatado pelo julgamento divino, já não pode enganar a ninguém.

Há quase quarenta anos, vossa austeridade orgulhosa determinou a prisão do meu único filho, remetendo-o impiedosamente para as galeras, e debalde implorei a vossa clemência de homem público, para o meu espírito desamparado… Das galeras, contudo, meu pobre Saul foi remetido para Roma onde foi vendido, miseravelmente, num mercado de escravos, ao Senador Flamínio Sevérus…

 

Nesse instante, o cego, que escutava atenta e eminentemente emocionado, ao identificar, naquela narrativa, o algoz da filha, interrompeu-a, perguntando:

— Flamínio Sevérus?

— Sim, era também, como vós, um senador do Império.

Profundamente emocionado, ao ligar os fatos dolorosos de sua família à pessoa do antigo liberto, mas necessitando de todas as energias morais para dominar-se, o senador recalcou no íntimo a sua amargura, conservando-se em atitude de expressivo silêncio, enquanto o condenado prosseguia:

— Saul, todavia, foi feliz… Abraçou a liberdade e fez fortuna, voltando de vez em quando a Jerusalém, onde me ajudou a prosperar; mas, devo revelar-vos que, não obstante os textos da Lei por mim pregada muitas vezes, que nos manda desejar ao próximo o que desejaríamos para nós mesmos, (Lv 19:18) não cruzei os braços ante a vossa arbitrariedade criminosa, jurando vingar-me a qualquer preço; para isto, numa noite tranquila roubei o vosso pequenino Márcus na vossa residência de Cafarnaum, de cumplicidade com uma de vossas servas, que mais tarde tive de envenenar, para que não viesse a revelar o segredo e tolher meus sinistros propósitos, quando a vossa ansiedade paterna instituiu, em Jerusalém, o prêmio de um Grande Sestércio  a quem descobrisse o paradeiro do pequenino… Lembrareis, por certo, da criada Sémele, que morreu repentinamente em vossa casa…

 

Enquanto André de Gioras se detinha na triste confissão que lhe tocava as fibras mais íntimas da alma, representando cada palavra um estilete de amargura a lhe retalhar o coração, Públio Lêntulus chegava tardiamente ao conhecimento de todos os fatos, recordando os angustiosos martírios da companheira, como esposa caluniada e mãe carinhosa.

Impressionado, porém, com o seu silêncio doloroso, André continuava:

— Pois bem, senador; obedecendo aos meus sentimentos condenáveis, raptei vosso filhinho, que cresceu humilhado nos mais rudes trabalhos da lavoura… aniquilei-lhe a inteligência… favoreci-lhe o ingresso nos vícios mais desprezíveis, pelo prazer diabólico de humilhar um romano inimigo, até que culminei na minha vindita em nosso encontro inesperado! Mas, agora, estou diante da morte e não sei enxergar mais a nossa situação, senão como pais desventurados… sei que vou comparecer breve no tribunal do mais íntegro dos juízes, e, se vos fosse possível, eu desejava que me désseis um pouco de paz com o vosso perdão!

 

O velho senador do Império não saberia explicar as suas profundas dores, ouvindo aquelas revelações angustiosas e amargas. Ouvindo André, sentia ímpetos de perguntar pelo filhinho em criança, por suas tendências, pelas suas aspirações da mocidade; desejava inteirar-se dos seus trabalhos das suas predileções, mas cada palavra daquela confissão amargurosa era uma punhalada nos seus sentimentos mais sagrados. Qual estátua muda do infortúnio, ainda ouviu o prisioneiro repetir, quase em lágrimas, arrancando-o das suas divagações sombrias e tormentosas:

— Senador — insistia ele, suplicando tristemente —, perdoai-me! Quero compreender o espírito da minha Lei, apesar do último instante!… Relevai meu crime e dai-me forças para comparecer diante da luz de Deus!…

Públio ouvia-lhe a voz súplice, enquanto uma lágrima de dor indescritível rolava dos seus olhos tristes e apagados.

Perdoar? Mas, como? Não fora ele, Públio, o ofendido e a vítima de uma existência inteira? Singulares emoções abalavam-lhe o íntimo, enquanto numerosos soluços lhe morriam na garganta opressa.

 

Diante dele estava o inimigo implacável que procurara aflitivamente, por consecutivos e longos anos de infelicidade. Mas, na sua introspecção, sabia entender, igualmente, as próprias culpas, recordando os excessos da sua severidade vaidosa. Também ele ali estava como um cadáver ambulante, no seio das sombras espessas. De que valeram as honrarias e o orgulho desenfreado? Todas as suas esperanças de ventura estavam mortas. Todos os seus sonhos aniquilados. Senhor de fortuna considerável, não viveria mais, no mundo, senão para carregar o esquife negro das ilusões despedaçadas. Todavia, seu íntimo se recusava ao perdão da hora extrema. Foi então que se lembrou de Jesus e de sua doutrina de amor e piedade pelos inimigos. O mestre de Nazaret perdoara a todos os seus algozes e ensinara aos discípulos que o homem deve perdoar setenta vezes sete vezes. (Mt 18:21) Recordou, igualmente, que, por Jesus, sua esposa imaculada morrera nas ignomínias do circo infamante; por Jesus voltara Flamínio do reino das sombras, para incliná-lo, um dia, ao perdão e à piedade…

Os ruídos de fora denunciavam que a hora derradeira de André estava próxima. O próprio Simão já caminhava vacilante e ensanguentado, depois do açoite, para o interior da prisão, epilogando o suplício.

Foi então que Públio Lêntulus, abandonando todas as tradições de orgulho e vaidade, sentiu que no íntimo d’alma brotava uma fonte de linfa cristalina. Copiosas lágrimas desceram-lhe às faces rugosas e macilentas, das órbitas sem expressão, dos olhos mortos e, como se desejasse fitar o inimigo com os olhos espirituais, a fim de mostrar-lhe a sua comiseração, exclamou em voz firme:

— Estais perdoado…

 

Voltando imediatamente à sala contígua e sem esperar qualquer resposta, compreendeu que era chegada a última hora do inimigo.

Daí a minutos, o cadáver de André de Gioras era arrastado às Gemônias,  para ser atirado ao Tibre silencioso.

O senador nada mais percebeu do restante das numerosas cerimônias no Templo de Júpiter.

O cortejo era agora iluminado pela claridade de mil fachos colocados pelos escravos em quarenta elefantes, por ordem de Tito, ao cair das primeiras sombras da noite, mas o senador, acabrunhado nos seus padecimentos morais, regressava em liteira ao palácio do Aventino, onde se fechou nos seus apartamentos particulares, alegando grande cansaço.

Tateando na sua noite, abraçou-se à cruz de Simeão, que lhe fora deixada pela crença da esposa, molhando-a com as lágrimas da sua desventura.

Em meditações amargas e dolorosas, pôde então compreender que Lívia vivera para Deus e ele para César, recebendo ambos compensações diversas na estrada do destino. E enquanto o jugo de Jesus fora suave e leve para sua mulher, seu altivo coração estava preso ao terrível jugo do mundo, sepultado nas suas dores irremediáveis, sem claridade e sem esperanças.




— Vespasiano esteve em Roma logo após a sua proclamação — Nota de Emmanuel

 

is 53:1
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários aos Atos dos Apóstolos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 50
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

8 Estêvão, cheio de graça e poder, realizava prodígios e grandes sinais entre o povo. 9 Levantaram-se alguns dos [que eram] da sinagoga chamada dos Libertos, dos cirineus, dos alexandrinos, dos [provenientes] da Cilícia e da Ásia, e debatiam com Estêvão. 10 E não podiam resistir à sabedoria e ao espírito com que falava. 11 Então subornaram varões que diziam: temos ouvido este [homem] falando palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus. — (At 6:8)


Saulo e Sadoc entraram na igreja humilde de Jerusalém,  notando a massa compacta de pobres e miseráveis que ali se aglomeravam com um raio de esperança nos olhos tristes.

O pavilhão singelo, construído à custa de tantos sacrifícios, não passava de grande telheiro revestido de paredes frágeis, carente de todo e qualquer conforto.

, e surpreenderam-se singularmente com a presença do jovem doutor da Lei, que se popularizara na cidade pela sua oratória veemente e pelo acurado conhecimento das Escrituras.


Os generosos galileus ofereceram-lhe o banco mais confortável. Ele aceitou as gentilezas que lhe dispensavam, sorrindo com indisfarçável ironia de tudo que ali se lhe deparava. Intimamente, considerava que o próprio Sadoc fora vítima de falsas apreciações. Que podiam fazer aqueles homens ignorantes, irmanados a outros já envelhecidos, valetudinários e doentes? Que podiam significar de perigoso para a Lei de Israel aquelas crianças ao abandono, aquelas mulheres semimortas, em cujo coração pareciam aniquiladas todas as esperanças? Experimentava grande mal-estar defrontando tantos rostos que a lepra havia devastado, que as úlceras malignas haviam desfigurado impiedosamente. Aqui, um velhote com chagas purulentas envolvidas em panos fétidos; além, um aleijado mal coberto de molambos, ao lado de órfãos andrajosos que se acomodavam com humildade.


O conhecido doutor da Lei notou a presença de várias pessoas que lhe acompanhavam a palavra na interpretação dos textos de Moisés, na Sinagoga dos cilícios, outras que seguiam de perto as suas atividades no Sinédrio,  onde a sua inteligência era tida como penhor de esperança racial. Pelo olhar, compreendeu que esses amigos ali estavam igualmente pela primeira vez. Sua visita, ao templo ignorado dos galileus sem-nome, atraíra muitos afeiçoados do farisaísmo  dominante, ansiosos pelos serviços eventuais que pudessem destacá-los e recomendá-los às autoridades mais importantes. Saulo concluiu que aquela fração do auditório fazia ato de presença e de solidariedade em qualquer providência que houvesse de tomar. Pareceu-lhe natural e lógica aquela atitude, conveniente aos fins a que se propunha. Não se contavam fatos incríveis, operados pelos adeptos do “”? Não seriam grosseiras e escandalosas mistificações? Quem diria que tudo aquilo não fosse o produto ignóbil de bruxarias e sortilégios condenáveis? Na hipótese de lhe identificar qualquer finalidade desonesta, podia contar, mesmo ali, com grande número de correligionários, dispostos a defender o rigoroso cumprimento da Lei, custasse-lhes embora os mais pesados sacrifícios.


Notando um que outro quadro menos grato ao seu olhar acostumado aos ambientes de luxo, evitava fixar os aleijados e doentes que se acotovelavam no recinto, chamando a atenção de Sadoc, com observações irônicas e pitorescas. Quando o vasto recinto, desnudo de ornatos e símbolos de qualquer natureza, de todo se encheu, um jovem permeou as filas extensas, ladeado de Pedro e João, galgando os três um estrado quase natural, formado de pedras superpostas.

— Estêvão!… É Estêvão!…

Vozes abafadas inculcavam  o pregador, enquanto seus admiradores mais fervorosos apontavam para ele com jubiloso sorriso.

Inesperado silêncio mantinha todas as frontes em singulares expectativas. O moço, magro e pálido, em cuja assistência os mais infelizes julgavam encontrar um desdobramento do amor do Cristo, orou em voz alta suplicando para si e para a assembleia a inspiração do Todo-Poderoso. Em seguida, abriu um livro em forma de rolo e leu uma passagem das anotações de Mateus:

— Mas, ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel; e, indo, pregai dizendo: é chegado o Reino dos Céus. 

Estêvão ergueu alto os olhos serenos e fulgurantes, e, sem se perturbar com a presença de Saulo e dos seus numerosos amigos, começou a falar mais ou menos nestes termos, com voz clara e vibrante:

— “Meus caros, eis que chegados são os tempos em que o Pastor vem reunir as ovelhas em torno do seu zelo sem limites. Éramos escravos das imposições pelos raciocínios, mas hoje somos livres pelo Evangelho do Cristo Jesus. Nossa raça guardou, de épocas imemoriais, a luz do Tabernáculo e Deus nos enviou seu Filho sem mácula. Onde estão, em Israel, os que ainda não ouviram as mensagens da Boa Nova? Onde os que ainda não se felicitaram com as alegrias da nova fé? Deus enviou sua resposta divina aos nossos anseios milenários, a revelação dos Céus aclara os nossos caminhos. Consoante as promessas da profecia de todos quantos choraram e sofreram por amor ao Eterno, o Emissário Divino veio até ao antro de nossas dores amargas e justas, para iluminar a noite de nossas almas impenitentes, para que se nos desdobrassem os horizontes da redenção. O Messias atendeu aos problemas angustiosos da criatura humana, com a solução do amor que redime todos os seres e purifica todos os pecados. Mestre do trabalho e da perfeita alegria da vida, suas bênçãos representam nossa herança. Moisés foi a porta, o Cristo é a chave. Com a coroa do martírio adquiriu, para nós outros, a láurea imortal da salvação. Éramos cativos do erro, mas seu sangue nos libertou. Na vida e na morte, nas alegrias de Caná, (Jo 2:1) como nas angústias do Calvário, (Lc 23:33) pelo que fez e por tudo que deixou de fazer em sua gloriosa passagem pela Terra, Ele é o Filho de Deus iluminando o caminho.


“Acima de todas as cogitações humanas, fora de todos os atritos das ambições terrestres, seu Reino de paz e luz esplende na consciência das almas redimidas.


“Ó Israel! tu que esperaste por tantos séculos, tuas angústias e dolorosas experiências não foram vãs!… Enquanto outros povos se debatiam nos interesses inferiores, cercando os falsos ídolos de falsa adoração e promovendo, simultaneamente, as guerras de extermínio com requintes de perversidade, tu, Israel, esperaste o Deus justo. Carregaste os grilhões da impiedade humana, na desolação e no deserto; converteste em cânticos de esperança as ignomínias do cativeiro; sofreste o opróbrio dos poderosos da Terra; viste os teus varões e as tuas mulheres, os teus jovens e as tuas crianças exterminados sob o guante das perseguições, mas nunca descreste da justiça dos Céus! Como o Salmista, afirmaste com teu heroísmo que o amor e a misericórdia vibram em todos os teus dias! (Sl 23:6) Choraste no caminho longo dos séculos, com as tuas amarguras e feridas. Como , viveste da tua fé, subjugada pelas algemas do mundo, mas já recebeste o sagrado depósito de Jeová — O Deus único!… Oh! esperanças eternas de Jerusalém, cantai de júbilo, regozijai-vos, embora não tivéssemos sido fiéis inteiramente à compreensão, por conduzir o Cordeiro Amado aos braços da cruz. Suas chagas, todavia, nos compraram para o Céu, com o alto preço do sacrifício supremo!…


“Isaías o contemplou, vergado ao peso de nossas iniquidades, (Is 53:1) florescendo na aridez dos nossos corações, qual flor do Céu num solo adusto, mas, revelou também, que, desde a hora da sua extrema renúncia, na morte infamante, a sagrada causa divina prosperaria para sempre em suas mãos.


“Amados, onde andarão aquelas ovelhas que não souberam ou não puderam esperar? Procuremo-las para o Cristo, como dracmas perdidas (Lc 15:8) do seu desvelado amor! Anunciemos a todos os desesperançados as glórias e os júbilos do seu Reino de paz e de amor imortal!..


“A nos retinha no espírito de nação, sem conseguir apagar de nossa alma o desejo humano de supremacia na Terra. Muitos de nossa raça hão esperado um príncipe dominador, que penetrasse em triunfo a Cidade Santa, com os troféus sangrentos de uma batalha de ruína e morte; que nos fizesse empunhar um cetro odioso de força e tirania. Mas o Cristo nos libertou para sempre. Filho de Deus e emissário da sua glória, seu maior mandamento confirma , quando recomenda o amor a Deus acima de todas a coisas de todo o coração e entendimento, (Mt 22:37) acrescentando, no mais formoso decreto divino, que nos amemos uns aos outros, como Ele próprio nos amou. (Jo 15:12)


“Seu Reino é o da consciência reta e do coração purificado ao serviço de Deus. Suas portas constituem o maravilhoso caminho da redenção espiritual, abertas de par em par aos filhos de todas as nações.


“Seus discípulos amados virão de todos os quadrantes. Fora de suas luzes haverá sempre tempestade para o viajor vacilante da Terra que, sem o Cristo, cairá vencido nas batalhas infrutuosas e destruidoras das melhores energias do coração. Somente o seu Evangelho confere paz e liberdade. É o tesouro do mundo. Em sua glória sublime os justos encontrarão a coroa de triunfo, os infortunados o consolo, os tristes a fortaleza do bom ânimo, os pecadores a senda redentora dos resgates misericordiosos.


“É verdade que o não havíamos compreendido. No grande testemunho, os homens não entenderam sua divina humildade e os mais afeiçoados o abandonaram. Suas chagas clamaram pela nossa indiferença criminosa. Ninguém poderá eximir-se dessa culpa, visto sermos todos herdeiros das suas dádivas celestiais. Onde todos gozam do benefício, ninguém pode fugir à responsabilidade. Essa a razão por que respondemos pelo crime do Calvário. Mas, suas feridas foram a nossa luz, seus martírios o mais ardente apelo de amor, seu exemplo o roteiro aberto para o bem sublime e imortal.


“Vinde, pois, comungar conosco à mesa do banquete divino! Não mais as festas do pão putrescível, mas o eterno alimento da alegria e da vida… Não mais o vinho que fermenta, mas o néctar confortante da alma, diluído nos perfumes do amor imortal.


“O Cristo é a substância da nossa liberdade. Dia virá em que o seu Reino abrangerá os filhos do Oriente e do Ocidente, num amplexo de fraternidade e de luz. Então, compreenderemos que o Evangelho é a resposta de Deus aos nossos apelos, em face da . A Lei é humana; o Evangelho é divino. Moisés é o condutor; O Cristo, o Salvador. Os profetas foram mordomos fiéis; Jesus, porém, é o Senhor da Vinha. Com a Lei, éramos servos; com o Evangelho, somos filhos livres de um Pai amoroso e justo!…”


Nesse ínterim, Estêvão sustou a palavra que lhe fluía harmoniosa e vibrante dos lábios, inspirada nos mais puros sentimentos. Os ouvintes de todos os matizes não conseguiram ocultar o assombro, ante os seus conceitos de vigorosas revelações. A multidão embevecera-se com os princípios expostos. Os mendigos, ali aglomerados, endereçavam ao pregador um sorriso de aprovação, bem significativo de jubilosas esperanças. João fixava nele os olhos enternecidos, identificando, mais uma vez, no seu verbo ardente, a mensagem evangélica interpretada por um discípulo dileto do Mestre inesquecível, nunca ausente dos que se reúnem em seu nome.


Saulo de Tarso, emotivo por temperamento, fundia-se na onda de admiração geral; mas, altamente surpreendido, verificou a diferença entre a Lei e o Evangelho anunciado por aqueles homens estranhos, que a sua mentalidade não podia compreender. Analisou, de relance, o perigo que os novos ensinos acarretavam para o dominante. Revoltara-se com a prédica ouvida, nada obstante a sua ressonância de misteriosa beleza. Ao seu raciocínio, impunha-se eliminar a confusão que se esboçava, a propósito de Moisés. A Lei era uma e única. Aquele Cristo que culminou na derrota, entre dois ladrões, surgia a seus olhos como um mistificador indigno de qualquer consideração. A vitória de Estêvão na consciência popular, qual a verificava naquele instante, causava-lhe indignação. Aqueles galileus poderiam ser piedosos, mas não deixavam de ser criminosos pela subversão dos princípios invioláveis da raça.


O orador preparava-se para retomar a palavra, momentaneamente interrompida e aguardada com expectação de júbilo geral, quando o jovem doutor se levantou ousadamente e exclamou, quase colérico, frisando os conceitos com evidente ironia.

— “Piedosos galileus, onde o senso de vossas doutrinas estranhas e absurdas? Como ousais proclamar a falsa supremacia de um nazareno obscuro sobre Moisés, na própria Jerusalém onde se decidem os destinos das tribos de Israel invencível? Quem era esse Cristo? Não foi um simples carpinteiro?”


Ao orgulhoso entono da inesperada apóstrofe, houve no ambiente um tal ou qual retraimento de temor, mas, dos desvalidos da sorte, para quem a mensagem do Cristo era o alimento supremo, partiu para Estêvão um olhar de defesa e jubiloso entusiasmo. Os Apóstolos da Galileia  não conseguiam dissimular seu receio. Tiago estava lívido. Os amigos de Saulo notaram-lhe a máscara escarninha. O pregador também empalidecera, mas revelava no olhar resoluto o mesmo traço de imperturbável serenidade. Fitando o doutor da Lei, o primeiro homem da cidade que se atrevera a perturbar o esforço generoso do evangelismo, sem trair a seiva de amor que lhe desbordava do coração, fez ver a Saulo a sinceridade das suas palavras e a nobreza dos seus pensamentos. E antes que os companheiros voltassem a si da surpresa que os assomara, com admirável presença de espírito, indiferente à impressão do temor coletivo, obtemperou:

— “Ainda bem que o Messias fora carpinteiro: porque, nesse caso, a Humanidade já não ficaria sem abrigo. Ele era, de fato, o Abrigo da paz e da esperança! Nunca mais andaremos ao léu das tempestades nem na esteira dos raciocínios quiméricos de quantos vivem pelo cálculo, sem a claridade do sentimento.”


A resposta concisa, desassombrada, desconcertou o futuro rabino, habituado a triunfar nas esferas mais cultas, em todas as justas da palavra. Enérgico, ruborizado, evidenciando cólera profunda, mordeu os lábios num gesto que lhe era peculiar e acrescentou com voz dominadora:

— “Aonde iremos com semelhantes excessos de interpretação, em torno de um mistificador vulgar, que o Sinédrio puniu com a flagelação e a morte? Que dizer de um Salvador que não conseguiu salvar-se a si mesmo? Emissário revestido de celestes poderes, como não evitou a humilhação da sentença infamante? O Deus dos exércitos, que sequestrou a nação privilegiada ao cativeiro, que a guiou através do deserto abrindo-lhe a passagem do mar; que lhe saciou a fome com o maná divino e, por amor, transformou a rocha impassível em fonte de água viva, não teria meios, outros, de assinalar o seu enviado senão com uma cruz de martírio, entre malfeitores comuns? Tendes, nesta casa, a glória do Senhor Supremo, assim barateada? Todos os doutores do Templo  conhecem a história do impostor que celebrizais com a simplicidade da vossa ignorância! Não vacilais em rebaixar nossos próprios valores, apresentando um Messias dilacerado e sangrento, sob os apupos do povo?!… Lançais vergonha sobre Israel e desejais fundar um novo reino? Seria justo dardes a conhecer, inteiramente, a nós outros, o móvel das vossas fábulas piedosas.”


Estabelecida uma pausa na sua objurgatória, o orador voltou a falar com dignidade:

— “Amigo, bem se dizia que o Mestre chegaria ao mundo para confusão de muitos em Israel. (Lc 2:34) Toda a história edificante do nosso povo é um documento da revelação de Deus. No entanto, não vedes nos efeitos maravilhosos com que a Providência guiou as tribos hebreias, no passado, a manifestação do carinho extremo de um Pai desejoso de construir o futuro espiritual de crianças queridas do seu coração? Com o correr do tempo, observamos que a mentalidade infantil enseja mais vastos princípios educativos. O que ontem era carinho, é hoje energia oriunda das grandes expressões amorosas da alma. O que ontem era bonança e verdor, para nutrição da sublime esperança, hoje pode ser tempestade, para dar segurança e resistência. Antigamente, éramos meninos até no trato com a revelação; agora, porém, os varões e as mulheres de Israel atingiram a condição de adultos no conhecimento. O Filho de Deus trouxe a luz da verdade aos homens, ensinando-lhes a misteriosa beleza da vida, com o seu engrandecimento pela renúncia. Sua glória resumiu-se em amar-nos, como Deus nos ama. Por essa mesma razão, Ele ainda não foi compreendido. Acaso poderíamos aguardar um salvador de acordo com os nossos propósitos inferiores? Os profetas afirmam que as estradas de Deus podem não ser os caminhos que desejamos, e que os seus pensamentos nem sempre se poderão harmonizar com os nossos. Que dizermos de um Messias que empunhasse o cetro no mundo, disputando com os príncipes da iniquidade um galardão de triunfos sangrentos? Porventura a Terra já não estará farta de batalhas e cadáveres? Perguntemos a um general romano quanto lhe custou o domínio da aldeia mais obscura; consultemos a lista negra dos triunfadores, segundo as nossas ideias errôneas da vida. Israel jamais poderia esperar um Messias a exibir-se num carro de glórias magnificentes do Plano material, suscetível de tombar no primeiro resvaladouro do caminho. Essas expressões transitórias pertencem ao cenário efêmero, no qual a púrpura mais fulgurante volta ao pó. Ao contrário de todos os que pretenderam ensinar a virtude, repousando na satisfação dos próprios sentidos, Jesus executou sua tarefa entre os mais simples ou mais desventurados, onde, muitas vezes, se encontram as manifestações do Pai, que educa, através da esperança insatisfeita e das dores que trabalham, do berço ao túmulo, a existência humana. O Cristo edificou, entre nós, seu Reino de amor e paz, sobre alicerces divinos. Sua exemplificação está projetada na alma humana, com luz eterna! Quem de nós, então, compreendendo tudo isso, poderá identificar no Emissário de Deus um príncipe belicoso? Não! O Evangelho é amor em sua expressão mais sublime. O Mestre deixou-se imolar transmitindo-nos o exemplo da redenção pelo amor mais puro. Pastor do imenso rebanho, Ele não quer se perca uma só de suas ovelhas bem-amadas, nem determina a morte do pecador. O Cristo é vida, e a salvação que nos trouxe está na sagrada oportunidade da nossa elevação, como filhos de Deus, exercendo os seus gloriosos ensinamentos.”


Depois de uma pausa, o doutor da Lei já se erguia para revidar, quando Estêvão continuou:

— “E agora, irmãos, peço vênia para concluir minhas palavras. Se não vos falei como desejáveis, falei como o Evangelho nos aconselha, arguindo a mim próprio na íntima condenação de meus grandes defeitos. Que a bênção do Cristo seja com todos vós.”

Antes que pudesse abandonar a tribuna para confundir-se com a multidão, o futuro rabino levantou-se de chofre e observou enraivecido:

— Exijo a continuação da arenga! Que o pregador espere, pois não terminei o que preciso dizer.

Estêvão replicou serenamente:

— Não poderei discutir.

— Por quê? — perguntou Saulo irritadíssimo. — Estais intimado a prosseguir.

— Amigo — elucidou o interpelado calmamente —, o Cristo aconselhou que devemos dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. (Mt 22:21) Se tendes alguma acusação legal contra mim, exponde-a sem receio e vos obedecerei; mas, no que pertence a Deus, só a Ele compete arguir-me.


Tão alto espírito de resolução e serenidade, quase desconcertou o doutor do Sinédrio; compreendendo, porém, que a impulsividade somente poderia prejudicar-lhe a clareza do pensamento, acrescentou mais calmo, apesar do tom imperioso que deixava transparecer toda a sua energia:

— Mas eu preciso elucidar os erros desta casa. Necessito perguntar e haveis de responder-me.

— No tocante ao Evangelho — replicou Estêvão —, já vos ofereci os elementos de que podia dispor, esclarecendo o que tenho ao meu alcance. Quanto ao mais este templo humilde é construção de fé e não de justas casuísticas. Jesus teve a preocupação de recomendar a seus discípulos que fugissem do fermento das discussões e das discórdias. Eis por que não será lícito perdermos tempo em contendas inúteis, quando o trabalho do Cristo reclama o nosso esforço.

— Sempre o Cristo! sempre o impostor! — trovejou Saulo, carrancudo. — Minha autoridade é insultada pelo vosso fanatismo, neste recinto de miséria e de ignorância. Mistificadores, rejeitais as possibilidades de esclarecimento que vos ofereço; galileus incultos, não quereis considerar o meu nobre cartel de desafio. Saberei vingar a Lei de Moisés, da qual se tripudia. Recusais a intimativa, mas não podereis fugir ao meu desforço. Aprendereis a amar a verdade e a honrar Jerusalém, renunciando ao nazareno insolente, que pagou na cruz os criminosos desvarios. Recorrerei ao Sinédrio para vos julgar e punir. O Sinédrio tem autoridade para desfazer vossas condenáveis alucinações.


Assim concluindo, parecia possesso de fúria. Mas nem assim logrou perturbar o pregador, que lhe respondeu de ânimo sereno:

— Amigo, o Sinédrio tem mil meios de me fazer chorar, mas não lhe reconheço poderes para obrigar-me a renunciar ao amor de Jesus-Cristo.

Dito isso, desceu da tribuna com a mesma humildade, sem se deixar empolgar pelo gesto de aprovação que lhe endereçavam os filhos do infortúnio, que ali o ouviam como a um defensor de sagradas esperanças.


Alguns protestos isolados começaram a ser ouvidos. Fariseus irritados vociferavam insolências e remoques. A massa agitava-se, prevendo atrito iminente; mas, antes que Estêvão caminhasse dez passos para o interior junto dos companheiros, e antes que Saulo o alcançasse com outras objeções pessoais e diretas, uma velhinha maltrapilha apresentou-lhe uma jovem pobremente vestida e exclamou cheia de confiança:

— Senhor! sei que continuais a bondade e os feitos do profeta de Nazaré, que um dia me salvou da morte, apesar dos meus pecados e fraquezas. Atendei-me também, por piedade! Minha filha emudeceu há mais de um ano. Trouxe-a de Dalmanuta até aqui, vencendo enormes dificuldades, confiada na vossa assistência fraternal!

O pregador refletiu, antes de tudo, no perigo de qualquer capricho pessoal da sua parte, e, desejoso de atender à suplicante, contemplou a doente com sincera simpatia e murmurou:

— De nós nada temos, mas é justo esperar do Cristo as dádivas que nos sejam necessárias. Ele que é justo e generoso não te esquecerá na distribuição santificada da sua misericórdia.

E, como atuado por força estranha, acrescentava:

— Hás de falar, para louvor do bom Mestre!…

Então, viu-se um fato singular que impressionou de súbito a numerosa assembleia. Com um raio de infinita alegria nos olhos, a enferma falou:

— Louvarei ao Cristo de toda minhalma, eternamente.


Ela e a genitora, tomadas de forte comoção, caíram, ali mesmo, de joelhos e beijaram-lhe as mãos; Estêvão, entretanto, tinha agora os olhos mareados de pranto, profundamente sensibilizado. Era o primeiro a comover-se e admirar a proteção recebida, e não tinha outro meio que não o das lágrimas sinceras para traduzir a intensidade do seu reconhecimento.

Os fariseus, que se aproximavam no intuito de comprometer a paz do recinto humilde, recuaram estupefatos. Os pobres e os aflitos, como se houvessem recebido um reforço do Céu para o êxito da crença pura, encheram a sala de exclamações de sublime esperança.

Saulo observava a cena sem poder dissimular a própria ira. Se possível, desejaria esfrangalhar Estêvão em suas mãos. No entanto, apesar do temperamento impulsivo, chegou à conclusão de que um ato agressivo levaria os amigos presentes a um conflito de sérias proporções. Refletiu, igualmente, que nem todos os adeptos do “Caminho” estavam, como o pregador, em condições de circunscrever a luta ao plano das lições de ordem espiritual, e, de certa maneira, não recusariam a luta física. De relance, notou que alguns estavam armados, que os anciães traziam fortes cajados de arrimo, e os aleijados exibiam rijas muletas. A luta corporal, naquele recinto de construção frágil, teria consequências lamentáveis. Procurou coordenar melhores raciocínios. Teria a Lei a seu favor. Poderia contar com o Sinédrio. Os sacerdotes mais eminentes eram amigos devotados. Lutaria com Estêvão até dobrar-lhe a resistência moral. Se não conseguisse submetê-lo, odiá-lo-ia para sempre. Na satisfação dos seus caprichos, saberia remover todos os obstáculos.


Reconhecendo que Sadoc e mais dois companheiros iam iniciar o tumulto, gritou-lhes em voz grave e imperiosa:

— Vamo-nos! Os adeptos do “Caminho” pagarão muito caro a sua ousadia.

Nesse momento, quando todos os fariseus se dispunham a lhe atender a voz de comando, o moço de Tarso  notou que Estêvão se encaminhava para o interior da casa, passando-lhe rente aos ombros. Saulo sentiu-se abalado em todas as fibras do seu orgulho. Fixou-o, quase com ódio, mas o pregador correspondeu-lhe com um olhar sereno e amistoso.

Tão logo se retirou o jovem doutor da Lei com os companheiros numerosos que não conseguiam disfarçar o seu despeito, os Apóstolos galileus passaram a considerar, com grande receio, as consequências que poderiam advir do inesperado episódio.


No dia seguinte, como de costume, Saulo de Tarso, à tardinha, entrava em casa de Zacarias, deixando transparecer na fisionomia a contrariedade que lhe ia no íntimo. Depois de aliviar-se um tanto dos pensamentos sombrios que o atribulavam, graças ao carinho da noiva amada, por ela instado a dizer os motivos de tamanha preocupação, narrou-lhe os acontecimentos da véspera, acrescentando:

— Esse Estêvão pagará caríssimo a humilhação que pretendeu infligir-se publicamente. Seus raciocínios sutis podem confundir os menos argutos e necessário é fazermos preponderar nossa autoridade em face dos que não têm competência para versar os princípios sagrados. Hoje mesmo conversei com alguns amigos relativamente às providências que nos cumpre tomar. Os mais tolerantes alegam o caráter inofensivo dos galileus, pacíficos e caritativos, mas sou de opinião que uma ovelha má põe o rebanho a perder.

— Acompanho-te na defesa das nossas crenças — advertiu a moça satisfeita —, não devemos abandonar nossa fé ao trato e ao sabor das interpretações individuais e incompetentes.


Depois de um pausa:

— Ah! se estivesse conosco, seria teu braço forte na exposição dos conhecimentos sagrados. Certamente, ele teria prazer em defender o contra qualquer expressão menos razoável e fidedigna.

— Combateremos o inimigo que ameaça a genuinidade da revelação divina — exclamou Saulo — e não cederei terreno aos inovadores incultos e cavilosos.

— Esses homens são muitos? — perguntou Abigail apreensiva.

— Sim, e o que os torna mais perigosos é o mascararem as intenções com atos piedosos, por exaltar a imaginação versátil do povo com pretensos poderes misteriosos, naturalmente alimentados à custa de feitiçarias e sortilégios.

— Em qualquer hipótese — advertiu a jovem depois de refletir um momento — convém proceder com serenidade e prudência, para evitar os abusos de autoridade. Quem sabe são criaturas mais necessitadas de educação que de castigo?

— Sim, já pensei em tudo isso. Aliás, não pretendo incomodar os galileus simplórios e despretensiosos que se cercam, em Jerusalém, de inválidos e doentes, dando-nos a impressão de loucos pacíficos. Contudo, não posso deixar de reprimir o orador, cujos lábios, a meu ver, destilam poderoso veneno no espírito volúvel das massas sem consciência perfeita dos princípios esposados. Aos primeiros importa esclarecer, mas o segundo precisa ser anulado, visto não se lhe conhecerem os fins, quiçá criminosos e revolucionários.

— Não tenho como desaprovar as tuas ilações — concluiu a jovem, condescendente.

Em seguida, como de costume, palestraram sobre os sentimentos sagrados do coração, notando-se que o moço de Tarso encontrava singular encanto e caricioso bálsamo nas observações afetuosas da companheira querida.


Passados alguns dias, tomavam-se em Jerusalém providências para que Estêvão fosse levado ao Sinédrio e ali interrogado sobre a finalidade colimada com as prédicas do “Caminho”.

Dada a intercessão conciliatória de , o feito se resumiria a uma discussão em que o pregador das novas interpretações definisse perante o mais alto tribunal da raça os seus pontos de vista, a fim de que os sacerdotes, como juízes e defensores da lei, expusessem a verdade nos devidos termos.

O convite à requesta chegou à igreja humilde, mas Estêvão se esquivou, alegando que não seria razoável disputar, em obediência aos preceitos do Mestre, apesar dos argumentos do filho de Alfeu, a quem intimidava a perspectiva de uma luta com as autoridades em evidência, parecendo-lhe que a recusa chocaria a opinião pública. Saulo, a seu turno, não poderia obrigar o antagonista a corresponder ao desafio, mesmo porque, o Sinédrio só poderia empregar meios compulsórios no caso de uma denúncia pública, depois da instauração de um processo em que o denunciado fosse reconhecido como blasfemo ou caluniador.

Ante a reiterada escusa de Estêvão, o doutor de Tarso exasperou-se. E depois de irritar a maioria dos companheiros contra o adversário, arquitetou vasto plano, de modo a forçá-lo à polêmica desejada, na qual buscaria humilhá-lo diante de todos os maiorais do judaísmo dominador.


Depois de uma das sessões comuns do Tribunal, Saulo chamou um de seus amigos serviçais e falou-lhe em voz baixa:

— Neemias, nossa causa precisa de um cooperador decidido e lembrei-me de ti para a defesa dos nossos princípios sagrados.

— De que se trata? — perguntou o outro com enigmático sorriso. — Mandai e estou pronto a obedecer.

— Já ouviste falar num falso taumaturgo chamado Estêvão?

— Um dos tais homens detestáveis do “Caminho”? Já lhe ouvi a própria palavra e por sinal que reconheci nas suas ideias as de um verdadeiro alucinado.

— Ainda bem que o conheces de perto — replicou o jovem doutor, satisfeito. — Necessito de alguém que o denuncie como blasfemo em face da Lei e lembrei-me da tua cooperação neste sentido.

— Só isso? — interrogou o interpelado, astutamente. — É coisa fácil e agradável. Pois não o ouvi dizer que o carpinteiro crucificado é o fundamento da verdade divina? Isso é mais que blasfêmia. Trata-se de um revolucionário perigoso, que deve ser punido como caluniador de Moisés.

— Muito bem! — exclamou Saulo num largo sorriso. — Conto, pois, contigo.


No dia imediato, Neemias compareceu ao Sinédrio e denunciou o generoso pregador do Evangelho como blasfemo e caluniador, acrescentando criminosas observações de própria conta. Na peça acusatória, Estêvão figurava como feiticeiro vulgar, mestre de preceitos subversivos em nome de um falso Messias que Jerusalém havia crucificado anos antes, mediante idênticas acusações. Neemias inculcava-se como vítima da perigosa seita que lhe atingira e disturbara a própria família, e afirmava-se testemunha de baixos sortilégios por ele praticados, em prejuízo de outrem.

Saulo de Tarso anotou as mínimas declarações, acentuando os detalhes comprometedores.

A notícia estourou na igreja do “Caminho”, produzindo efeitos singulares e dolorosos. Os menos resolutos, com Tiago à frente, deixaram-se empolgar por considerações de toda ordem, receosos de se verem perseguidos; mas Estêvão, com Simão Pedro e João, mantinha-se absolutamente sereno, recebendo com bom ânimo a ordem de responder corajosamente ao libelo.

Cheio de esperança, rogava a Jesus não o desamparasse, de modo a testemunhar a riqueza da sua fé evangélica.

E esperou o ensejo com fidelidade e alegria.




Mt 10:6 (Nota de Emmanuel)


(Paulo e Estêvão, FEB Editora. , pp. 79 a 92. Indicadores 1 a 40)


is 53:1
Paulo e Estêvão

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 3
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

A jornada se fez sem incidentes. Entretanto, em sua nova soledade, o moço tarsense reconhecia que forças invisíveis proviam-lhe a mente de grandiosas e consoladoras inspirações. Dentro da noite cheia de estrelas, tinha a impressão de ouvir uma voz carinhosa e sábia, a traduzir-se por apelos de infinito amor e de infinita esperança. Desde o instante em que se desligara da companhia amorável de e sua mulher, quando se sentiu absolutamente só para os grandes empreendimentos do seu novo destino, encontrou energias interiores até então imprevistas, por desconhecidas.


Não podia definir aquele estado espiritual, mas o caso é que dali por diante, sob a direção de Jesus, conservava-se a seu lado como companheiro fiel.

Aquelas exortações, aquelas vozes brandas e amigas que o assistiram em todo o curso apostolar e atribuídas diretamente ao Salvador, provinham do generoso mártir do “”, que o seguiu espiritualmente durante trinta anos, renovando-lhe constantemente as forças para execução das tarefas redentoras do Evangelho.


Jesus quis, dessarte, que a primeira vítima das perseguições de Jerusalém  ficasse para sempre irmanada ao primeiro algoz dos prosélitos de sua doutrina de vida e redenção.

Ao invés dos sentimentos de remorso e perplexidade em face do passado culposo; da saudade e desalento que, às vezes, lhe ameaçavam o coração, sentia agora radiosas promessas no espírito renovado, sem poder explicar a sagrada origem de tão profundas esperanças. Não obstante as singulares alterações fisionômicas que a vida, o regime e o clima do deserto lhe produziram, entrou em Damasco com alegria sincera na alma agora devotada, absolutamente, ao serviço de Jesus.


Com júbilo indefinível abraçou o velho , pondo-o ao corrente de suas edificações espirituais. O respeitável ancião retribuiu-lhe o carinho com imensa bondade. Dessa vez, o ex-rabino não precisou insular-se numa pensão entre desconhecidos, porque os irmãos do “Caminho” lhe ofereceram franca e amorosa hospitalidade. Diariamente, repetia a emoção confortadora a que comparecera, antes de recolher-se ao deserto. A pequena assembleia fraternal congregava-se todas as noites, trocando ideias novas sobre os ensinamentos do Cristo, comentando os acontecimentos mundanos à luz do Evangelho, permutando objetivos e conclusões. Saulo foi informado de todas as novidades atinentes à doutrina, experimentando os primeiros efeitos do choque entre os judeus e os amigos do Cristo, a propósito da circuncisão. Seu temperamento apaixonado percebeu a extensão da tarefa que lhe estava reservada. Os fariseus formalistas, da sinagoga, não mais se insurgiam contra as atividades do “Caminho”, desde que o seguidor de Jesus fosse, antes de tudo, fiel observador dos princípios de Moisés. Somente Ananias e alguns poucos perceberam a sutileza dos casuístas que provocavam deliberadamente a confusão em todos os setores, atrasando a marcha vitoriosa da Boa Nova redentora. O ex-doutor da Lei reconheceu que, na sua ausência, o processo de perseguição tornara-se mais perigoso e mais imperceptível, porquanto, às características cruéis, mas francas, do movimento inicial, sucediam as manifestações de hipocrisia farisaica, que, a pretexto de contemporização e benignidade, mergulhariam a personalidade de Jesus e a grandeza de suas lições divinas em criminoso e deliberado olvido. Coerente com as novas disposições do foro íntimo, não pretendia voltar à sinagoga de Damasco, para não parecer um mestre pretensioso a pugnar pela salvação de outrem, antes de cuidar do aperfeiçoamento próprio; mas, diante do que via e coligia com alto senso psicológico, compreendeu que era útil arrostar todas as consequências e demonstrar as disparidades do formalismo farisaico com o Evangelho: o que era a circuncisão e o que era a nova fé. Expondo a Ananias o projeto de fomentar a discussão em torno do assunto, o velhinho generoso estimulou-lhe os propósitos de restabelecer a verdade em seus legítimos fundamentos.

Para esse fim, no segundo sábado de sua permanência na cidade, o vigoroso pregador compareceu à sinagoga. Ninguém reconheceu o rabino de Tarso  na sua túnica rafada, na epiderme tostada de sol, no rosto descarnado, no brilho mais vivo dos olhos profundos.

Terminada a leitura e a exposição regulamentares, franqueada a palavra aos sinceros estudiosos da religião, eis que o desconhecido galga a tribuna dos mestres de Israel e, buscando interessar a numerosa assistência, falou primeiramente do caráter sagrado da , detendo-se, apaixonado, nas promessas maravilhosas e sábias de , até que penetrou o estudo dos profetas. Os presentes escutavam-no com profunda atenção. Alguns se esforçavam por identificar aquela voz que lhes não parecia estranha. A pregação vibrante suscitava ilações de grande alcance e beleza. Imensa luz espiritual transbordava dos raptos altiloquentes.


Foi aí que o ex-rabino, conhecendo o poder magnético já exercido sobre o vultoso auditório, começou a falar do Messias Nazareno comparando sua vida, feitos e ensinamentos, com os textos que o anunciavam nas sagradas escrituras.

Quando abordava o problema da circuncisão, eis que a assembleia rompe em furiosa gritaria.

— É ele!… É o traidor!… clamavam os mais audaciosos, depois de identificar o ex-doutor de Jerusalém. — Pedra ao blasfemo!… É o bandido da seita do “Caminho”!…


Os chefes do serviço religioso, por sua vez, reconheceram o antigo companheiro, agora considerado trânsfuga da Lei, a quem se deviam impor castigos rudes e cruéis.

Saulo assistia à repetição da mesma cena de quando se fazia ouvir na seleta reunião, com a presença dos levitas de Chipre.  Enfrentou impassível a situação, até que as autoridades religiosas conseguissem acalmar os ânimos turbulentos.

Após as fases mais agudas do tumulto, o arquisinagogo, tomando posição, determinou que o orador descesse da tribuna para responder ao seu interrogatório.

O convertido de Damasco compreendeu de relance toda a calma de que necessitava para sair-se com êxito daquela difícil aventura, e obedeceu de pronto, sem protestar.

— Sois Saulo de Tarso, antigo rabino em Jerusalém? — perguntou a autoridade com ênfase.

— Sim, pela graça do Cristo Jesus! — respondeu em tom firme e resoluto.

— Não vem ao caso referências quaisquer ao carpinteiro de Nazaret! Interessa-nos, tão só, a vossa prisão imediata, de acordo com as instruções recebidas do Templo  — explicou o judeu em atitude solene.

— Minha prisão? — interrogou Saulo admirado.

— Sim.

— Não vos reconheço o direito de efetuá-la — esclareceu o pregador.


Diante daquela atitude enérgica, houve um movimento de admiração geral.

— Por que relutais? O que só vos cumpre é obedecer.

Saulo de Tarso fixou-o com decisão, explicando:

— Nego-me porque, não obstante haver modificado minha concepção religiosa, sou doutor da Lei e, além disso, quanto à situação política, sou cidadão romano e não posso atender a ordens verbais de prisão.

— Mas estais preso em nome do Sinédrio. 

— Onde o mandado?


A pergunta imprevista desnorteou a autoridade. Havia mais de dois anos, chegara de Jerusalém o documento oficial, mas ninguém podia prever aquela eventualidade. A ordem fora arquivada cuidadosamente, mas não podia ser exibida de pronto, como exigiam as circunstâncias.

— O pergaminho será apresentado dentro de poucas horas — acrescentou o chefe da sinagoga um tanto indeciso.

E como a justificar-se, acrescentava:

— Desde o escândalo da vossa última pregação em Damasco, temos ordem de Jerusalém para vos prender.

Saulo fixou-o com energia, e, voltando-se para a assembleia, que lhe observava a coragem moral, tomada de pasmo e admiração, disse alto e bom som:

— Varões de Israel, trouxe ao vosso coração o que possuía de melhor, mas rejeitais a verdade trocando-a pelas formalidades exteriores. Não vos condeno. Lastimo-vos, porque também fui assim como vós outros. Entretanto, chegada a minha hora, não recusei o auxílio generoso que o Céu me oferecia. Lançais-me acusações, vituperais minhas atuais convicções religiosas; mas, qual de vós estaria disposto a discutir comigo? Onde o sincero lutador do campo espiritual que deseje sondar, em minha companhia, as santas escrituras?


Profundo silêncio seguiu-se ao repto.

— Ninguém? — perguntou o ardoroso artífice da nova fé, com um sorriso de triunfo — Conheço-vos, porque também palmilhei esses caminhos. Entretanto, convenhamos em que o farisaísmo  nos perdeu, atirando nossas esperanças mais sagradas num oceano de hipocrisias. Venerais na sinagoga; tendes excessivo cuidado com as fórmulas exteriores, mas qual a feição da vossa vida doméstica? Quantas dores ocultais sob a túnica brilhante! Quantas feridas dissimulais com palavras falaciosas! Como eu, devíeis sentir imenso tédio de tantas máscaras ignóbeis! Se fôssemos apontar os feitos criminosos que se praticam à sombra da Lei, não teríamos açoites para castigar os culpados; nem o número exato das maldições indispensáveis à pintura de semelhantes abominações! Padeci de vossas úlceras, envenenei-me também nas vossas trevas e vinha trazer-vos o remédio imprescindível. Recusais-me a cooperação fraterna; entretanto, em vão recalcitrais perante os processos regeneradores, porque somente Jesus poderá salvar-nos! Trouxe-vos o Evangelho, ofereço-vos a porta de redenção para nossas velhas mazelas e inda quereis compensar meus esforços com o cárcere e a maldição? Recuso-me a receber semelhantes valores em troca de minha iniciativa espontânea!… Não podereis prender-me, porque a palavra de Deus não está algemada. Se a rejeitais, outros me compreenderão. Não é justo abandonar-me aos vossos caprichos, quando o serviço, a fazer, me pede dedicação e boa vontade.


Os próprios diretores da reunião pareciam dominados por forças magnéticas, poderosas e indefiníveis.

O moço tarsense passeou o olhar dominador sobre todos os presentes, revelando a rigidez do seu ânimo poderoso.

— Vosso silêncio fala mais que as palavras — concluiu quase com audácia. — Jesus não vos permite a prisão do servo humilde e fiel. Que a sua bênção vos ilumine o espírito na verdadeira compreensão das realidades da vida.

Assim dizendo, caminhou resoluto para a porta de saída, enquanto o olhar assombrado da assembleia lhe acompanhava o vulto, até que, a passo firme, desapareceu em uma das ruas estreitas que desembocavam na grande praça.


Como se despertasse, após o audacioso desafio, a reunião degenerou em acaloradas discussões. O arquisinagogo, que parecia sumamente impressionado com as declarações do ex-rabino, não ocultava a indecisão, relutando entre as verdades amargas de Saulo e a ordem de prisão imediata. Os companheiros mais enérgicos procuraram levantar-lhe o espírito de autoridade. Era preciso prender o atrevido orador a qualquer preço. Os mais decididos puseram-se à procura imediata do pergaminho de Jerusalém e, logo que o encontraram, resolveram pedir auxílio às autoridades civis, promovendo diligências. Daí a três horas, todas as medidas para a prisão do audacioso pregador estavam assentadas. Os primeiros contingentes foram movimentados às portas da cidade. Em cada uma postou-se pequeno grupo de fariseus, secundados por dois soldados, a fim de burlarem qualquer tentativa de evasão.

Em seguida, iniciaram a devassa em bloco, na residência de todas as pessoas suspeitas de simpatia e relações com os discípulos do Nazareno.


Saulo, por sua vez, afastando-se da sinagoga, procurou avistar-se com Ananias, ansioso da sua palavra amorosa e conselheira.

O sábio velhinho ouviu a narração do acontecido, aprovando-lhe as atitudes.

— Sei que o Mestre — dizia o moço por fim — condenou as contendas e jamais andou entre os discutidores; mas, também, jamais contemporizou com o mal. Estou pronto a reparar meu passado de culpas. Afrontarei as incompreensões de Jerusalém, a fim de patentear minha transformação radical. Pedirei perdão aos ofendidos pela insensatez da minha ignorância, mas, de modo algum poderei fugir ao ensejo de afirmar-me sincero e verdadeiro. Acaso serviria ao Mestre, humilhando-me diante das explorações inferiores? Jesus lutou quanto possível e seus discípulos não poderão proceder de outro modo.


O bondoso ancião acompanhava-lhe as palavras com sinais afirmativos. Depois de confortá-lo com a sua aprovação, recomendou-lhe a maior prudência. Seria razoável afastar-se quanto antes dali, do seu tugúrio. Os judeus de Damasco conheciam a parte que tivera na sua cura. Por causa disso, muita vez lhes suportara as injúrias e remoques. Certo, procurá-lo-iam, ali, para prendê-lo. Assim, era de opinião que se recolhesse à casa da consóror lavadeira, onde costumavam orar e estudar o Evangelho. Ela saberia acolhê-lo com bondade.

Saulo atendeu ao conselho sem hesitar.

Daí a três horas, o velho Ananias era procurado e interpelado. Atenta a sua conduta discreta, foi recolhido ao cárcere para ulteriores averiguações.


O fato é que, inquirido pela autoridade religiosa, apenas respondia:

— Saulo deve estar com Jesus.

Nos seus escrúpulos de consciência, o generoso velhinho entendia que, desse modo, não mentia aos homens nem comprometia um amigo fiel. Depois de preso e incomunicável 24 horas, deram-lhe liberdade após receber castigos dolorosos. A aplicação de vinte bastonadas deixara-lhe o rosto e as mãos gravemente feridos. Contudo, logo que se viu livre, esperou a noite e, cautamente, encaminhou-se à choupana humilde onde se realizavam as prédicas do “Caminho”. Reencontrando-se com o amigo, expôs-lhe o plano que vinha remediar a situação.

— Quando criança — exclamou Ananias prazeroso — assisti à fuga de um homem sobre os muros de Jerusalém.

E como se recapitulasse os pormenores do fato, na memória cansada, perguntou:

— Saulo, terias medo de fugir num cesto de vime?

— Por quê? — disse o moço sorridente. — Moisés não começou a vida num cesto sobre as águas? (Ex 2:1)


O velho achou graça na alusão e esclareceu o projeto. Não muito longe dali, havia grandes árvores junto dos muros da cidade. Alçariam o fugitivo num grande cesto, e depois, com insignificantes movimentos, ele poderia descer do outro lado, em condições de encetar a viagem para Jerusalém, conforme pretendia. O ex-rabino experimentou imensa alegria. Na mesma hora, a dona da casa foi buscar o concurso dos três irmãos de mais confiança. E quando o céu se fez mais sombrio, depois das primeiras horas da meia-noite, um pequeno grupo se reunia junto a muralha, em ponto mais distante do centro da cidade. Saulo beijou as mãos de Ananias, quase com lágrimas. Despediu-se em voz baixa dos amigos, enquanto um lhe entregava volumoso pacote de bolos de cevada. Na copa da árvore frondosa e escura, o mais jovem esperava o sinal. O moço tarsense entrou na sua embarcação improvisada e a evasão se deu no âmbito silencioso da noite.


Do outro lado, saiu lesto do cesto, deixando-se empolgar por estranhos pensamentos. Seria justo fugir assim? Não havia cometido crime algum. Não seria covarde deixar de comparecer perante a autoridade civil para os esclarecimentos necessários? Ao mesmo tempo, considerava que sua conduta não provinha de sentimentos pueris e inferiores, pois ia a Jerusalém desassombrado, buscaria avistar-se com os antigos companheiros, falar-lhes-ia abertamente, concluindo que também não seria razoável entregar-se inerme ao fanatismo tirânico da Sinagoga de Damasco.


Aos primeiros raios de sol, o fugitivo ia longe. Levava consigo os bolos de cevada como única provisão, e o Evangelho presenteado por como lembrança de tanto tempo de solidão e de luta.

A jornada foi assaz difícil e penosa. O cansaço obrigava-o a paradas constantes. Mais de uma vez recorreu à caridade alheia, no trajeto penoso. Com auxílio de camelos, cavalos ou dromedários, a viagem de Damasco a Jerusalém não exigia menos de uma semana de marchas exaustivas. Saulo, porém, ia a pé. Poderia talvez valer-se do concurso definitivo de alguma caravana, onde conseguisse os recursos imprescindíveis, mas preferiu familiarizar a vontade poderosa com os obstáculos mais duros. Quando a fadiga lhe sugeria o desejo de aguardar a cooperação eventual de outrem, buscava vencer o desânimo, punha-se novamente de pé, apoiava-se em cajados improvisados.


Depois de suaves recordações no local em que tivera a visão gloriosa do Messias ressuscitado, voltou a experimentar carinhosas emoções ao penetrar na Palestina,  atravessando vagarosamente extensas regiões da Galileia.  Fazia questão de conhecer o teatro das primeiras lutas do Mestre, identificar-se com as paisagens mais queridas, visitar Cafarnaum  e Nazaret,  ouvir a palavra dos filhos da região. Naquele tempo, já o ardoroso Apóstolo dos gentios desejava inteirar-se de todos os fatos referentes à vida de Jesus, ansiava por coordená-los com segurança, de maneira a legar aos irmãos em Humanidade o melhor repositório de informações sobre o Emissário Divino.


Quando chegou a Cafarnaum, um crepúsculo de ouro entornava maravilhas de luz na bucólica paisagem. O ex-rabino desceu religiosamente às margens do lago.  Embebeu-se na contemplação das águas, marulhosas. Pensando em Jesus, no poder do seu amor, chorou, dominado por singular emoção. Queria ter sido pescador humilde para captar os ensinamentos sublimes na fonte de suas palavras generosas e imortais.


Por dois dias, ali permaneceu em suave embevecimento. Sem revelar-se, procurou , que o recebeu de boa vontade. Mostrou-lhe sua dedicação e conhecimento do Evangelho, falou da oportunidade de suas anotações. O filho de Alfeu alegrou-se ao contágio daquela palavra inteligente e confortadora. Saulo viveu em Cafarnaum horas deliciosas para o seu espírito emotivo. Fora ao local das pregações do Mestre; mais adiante, a casinha de ; além, a coletoria onde o Mestre fora chamar Levi para o desempenho de importante papel entre os apóstolos. Abraçou homens fortes, da localidade, que tinham sido cegos e leprosos, curados pelas mãos misericordiosas do Messias; foi a Dalmanuta, onde conheceu . Enriqueceu o mundo impressivo de suas observações, colhendo informes inéditos.


Daí a dias, depois de repousar em Nazaret, ei-lo às portas da cidade santa dos israelitas, extenuado de fadiga, das caminhadas penosas, das noites de vigília cujos sofrimentos muita vez lhe pareceram sem-fim.

Em Jerusalém, todavia, aguardavam-no outras surpresas não menos dolorosas.

Estava empolgado por ansiosas interrogações. Não mais tivera notícia dos pais, dos amigos, da irmã carinhosa, dos familiares sempre vivos na sua retentiva. Como o receberiam os companheiros mais sinceros? Não poderia esperar amáveis recepções do Sinédrio. O episódio de Damasco dava-lhe a perceber o estado de ânimo dos membros do Tribunal. Certo, fora sumariamente expulso do cenáculo mais conspícuo da raça. Em compensação, fora admitido pelo Cristo no cenáculo infinito das verdades eternas.


Dominado por essas reflexões, atravessou a porta da cidade, recordando o tempo em que, numa biga veloz, saía, noutro local, buscando a casa de Zacarias, na direção de Jope.  As reminiscências das horas mais venturosas da mocidade encheram-lhe os olhos de pranto. Os transeuntes de Jerusalém estavam longe de imaginar quem era aquele homem magro e pálido, barba grande e olhos encovados, que passava arrastando-se de fadiga.

Após grande esforço, atingiu um prédio residencial do seu conhecimento. O coração palpitou-lhe apressado. Como simples mendigo, bateu à porta, em ansiosa expectativa.

Um homem de semblante severo atendeu secamente.

— Podeis informar, por favor — disse com humildade —, se ainda aqui reside uma senhora chamada Dalila?

— Não —, respondeu o outro, ríspido.


Aquele olhar duro não ensejava novas perguntas, mas, ainda assim, aventurou:

— Poderíeis dizer, por obséquio, para onde se mudou?

— Ora esta! — replicou o dono da casa irritadiço — dar-se-á que tenha de prestar contas a um mendigo? Daqui a pouco o senhor me perguntará se comprei esta casa; depois me pedirá o preço, exigirá datas, reclamará novas informações sobre os antigos moradores, tomará meu tempo com mil interrogações ociosas.

E, fixando em Saulo os olhos impassíveis, rematou de chofre:

— Nada sei, está ouvindo? Ponha-se na rua!…


O fugitivo de Damasco voltou serenamente para a via pública, enquanto o homenzinho dava expansão aos nervos doentes, batendo a porta com estrondo.

O ex-discípulo de refletiu na realidade amarga daquela primeira recepção simbólica. Jerusalém, certamente, nunca mais poderia conhecê-lo. Não obstante a impressão dolorosa, não se deixaria empolgar pelo desânimo. Resolveu procurar Alexandre, parente de Caifás  e seu companheiro de atividades no Sinédrio  e no Templo.  Cansadíssimo, bateu-lhe à porta, com minguadas esperanças. Um servo da casa, depois da primeira pergunta, vinha trazer-lhe a alvissareira notícia de que o amo não se demoraria a atender.

Com efeito, daí a pouco, Alexandre recebia o desconhecido com indisfarçável surpresa.


Satisfeito por conseguir a atenção de um velho amigo, Saulo adiantou-se, cumprimentando-o com efusão.

O israelita ilustre não conseguiu ocultar o desapontamento e sentenciou com alguma generosidade nas palavras:

— Amigo, a que vindes a esta casa?

— Será possível que me não reconheças? — interrogou bem-humorado, apesar da imensa fadiga.

— Vossa fisionomia não me é de todo estranha, entretanto…

— Alexandre! — exclamou por fim, prazenteiro — não te recordas mais de Saulo?

Um grande abraço foi a resposta do amigo, que perguntava solícito, modificando o tratamento:

— Muito bem! Até que enfim! Graças a Deus vejo que estás curado! Não me enganei esperando que voltasses! Grande é o poder do Deus de Moisés!


Saulo compreendeu de pronto a ambiguidade daquelas expressões. Sentindo dificuldade em fazer-se entendido, procurava o melhor meio de explicar-se com êxito, enquanto o amigo prosseguia:

— Mas que aspecto é este? Olha que mais pareces um beduíno do deserto… Dize-me: quanto tempo durou a enfermidade pertinaz?

Saulo encheu-se de coragem e acentuou:

— Mas, há engano com certeza, ou estarás mal informado, porque nunca estive doente.

— Impossível! — disse Alexandre visivelmente desapontado depois de tantas demonstrações afetuosas. — Jerusalém anda repleta de lendas a teu respeito. Sadoc veio até aqui, há três anos, pedir providências enérgicas do Sinédrio para que se esclarecesse tua situação e, depois de longos debates, levou uma ordem de prisão contra ti. Desde essa época, lutei desesperadamente para que se modificassem as disposições da peça condenatória. Provei que, se havias adotado uma atitude simpática para com a gente do “Caminho”, certo, essa decisão obedecia a fins que não estávamos habilitados a compreender de pronto, como, por exemplo, o de sondar melhor a extensão de suas atividades revolucionárias.


Saulo não pôde conter-se e revidou, antes que o amigo continuasse:

— Mas, nesse caso, seria um hipócrita refalsado e indigno do cargo e de mim mesmo.

O outro, contrafeito, carregou o sobrolho.

— Aliás, ponderei todas as hipóteses e como não podia tomar-te por hipócrita — acentuou Alexandre procurando emendar a mão — consegui provar que tua atitude em Damasco provinha de transitória demência. Não era justo pensar de outro modo, mesmo porque, do contrário, serias também insincero conosco, na esfera do farisaísmo.


O ex-rabino sentiu a delicadeza do impasse. Havia renovado as concepções religiosas, mas estava diante de um amigo. Quando muitos o abandonavam, aquele o recebia fraternalmente. Era necessário não magoá-lo. Todavia, era impossível mascarar a verdade. Sentiu os olhos úmidos. Impunha-se-lhe testemunhar o Cristo a qualquer preço, embora tivesse de perder as maiores afeições do mundo.

— Alexandre — disse humildemente —, é verdade que iniciei o grande movimento de perseguição ao “Caminho”; mas, agora, é indispensável confessar que me enganei. Os Apóstolos galileus têm razão. Estamos no limiar de grandes transformações. Às portas de Damasco, Jesus me apareceu na sua gloriosa ressurreição e exortou-me ao serviço do seu Evangelho de amor.

A palavra saía-lhe tímida, lavada no desejo de não ferir as crenças do amigo, que, não obstante, deixava transparecer profunda decepção no rosto lívido.

— Não digas tais absurdos! — exclamou irônico e sorridente — desgraçadamente, vejo que o mal continua minando-te as forças físicas e mentais. A Sinagoga de Damasco tinha razão. Se não te conhecesse da infância, dar-te-ia agora o título de blasfemo e desertor.


O moço tarsense, não obstante a energia viril, estava desapontado.

— Aliás — prosseguiu o outro, assumindo ares de protetor —, desde o início de tua viagem não concordei com o mísero cortejo que levavas. Jonas e Demétrio são quase boçais, e Jacob vive de caduquices. Com semelhante companhia, qualquer perturbação da tua parte haveria de acarretar grandes desastres morais para a nossa posição.

— No entanto, Alexandre — dizia o ex-rabino um tanto humilhado —, devo insistir na verdade. Vi com estes olhos o Messias de Nazaret; ouvi-lhe a palavra de viva voz. Compreendendo os erros em que vivia, na minha defeituosa concepção da fé, demandei o deserto. Lá estive três anos em serviço rude e longas meditações. Minha convicção não é superficial. Creio, hoje, que Jesus é o Salvador, o Filho do Deus Vivo.

— Pois tua enfermidade — repetia Alexandre altaneiro, modificando o diapasão da intimidade — transtornou a vida de toda a tua família. Envergonhados com as notícias chegadas da Síria  Jaques e Dalila mudaram-se de Jerusalém para a Cilícia.  Quando soube da ordem de prisão lavrada pelo Sinédrio contra a tua pessoa, tua mãe faleceu em Tarso.  Teu pai, que te educou com esmero, esperando da tua inteligência os maiores galardões de nossa raça, vive acabrunhado e infeliz. Teus amigos, cansados de suportar as ironias do povo, em Jerusalém, vivem esquivos e humilhados depois de te procurarem em vão. Não te doerá a visão deste quadro? Uma dor como esta não bastará para refazer-te o equilíbrio mental?


O ex-doutor da Lei tinha o coração ralado de angústia. Tantos dias ansiosos, tantas amarguras vividas no intuito de lograr alguma compreensão e repouso junto dos seus, via, agora, era tudo ilusão e ruinaria. A família desorganizada, a mãe morta, o pai infeliz; os amigos execravam-no; Jerusalém lançava-lhe ironias.

Vendo-o em tal atitude, o amigo regozijava-se intimamente, esperando ansioso o efeito de suas palavras.


Depois de concentrar-se um minuto, Saulo acentuou:

— Lamento ocorrências tão tristes e tomo a Deus por testemunha de que não cooperei intencionalmente para isso. No entanto, mesmo aqueles que ainda não aceitaram o Evangelho deveriam compreender, segundo a antiga Lei, que não devemos ser orgulhosos. , nada obstante a energia das recomendações, ensinou a bondade. Os profetas, que lhe sucederam, foram emissários de mensagens profundas para o nosso coração, que se perdia na iniquidade. nos concitou a buscar Jeová para conseguirmos viver. Lastimo que os meus afeiçoados se julguem ofendidos; mas é preciso considerar que, antes de ouvir qualquer julgamento ocioso do mundo, devemos buscar os juízos de Deus.


— Quer dizer que persistes nos teus erros? — perguntou Alexandre quase hostil.

— Não me sinto enganado. Dada a incompreensão geral — comentou o ex-rabino dignamente —, também me encontro em penosa situação; mas o Mestre não me faltará com o seu auxílio. Lembro-me dele e experimento grande conforto. Os afetos da família e a consideração dos amigos eram no mundo minha única riqueza. Contudo, encontrei nas anotações de Levi o caso de um moço rico, que me ensina a proceder nesta hora.  Desde a infância procurei cumprir rigorosamente meus deveres; mas, se é preciso lançar mão da riqueza que me resta, para alcançar a iluminação de Jesus, renunciarei à própria estima deste mundo!…


Alexandre pareceu comover-se com o tom melancólico das últimas palavras. Saulo dava a impressão de alguém que estivesse prestes a chorar.

— Estás fundamente transtornado — objetou Alexandre —, só um demente poderia proceder assim.

— não era um louco e aceitou Jesus como o Messias prometido — acrescentou o ex-doutor invocando a venerável memória do grande rabino.

— Não creio! — disse o outro com ar superior.

Saulo baixou a fronte silencioso. Grande a humilhação daquela hora. Depois de havido como demente, era tido por mentiroso. Apesar disso, no auge da perplexidade, considerou que o amigo não estava em condições de compreende-lo integralmente. Refletia na situação embaraçosa, quando Alexandre voltou a dizer:

— Infelizmente, preciso convencer-me do estado precário do teu cérebro. Por enquanto, poderás ficar em Jerusalém à vontade, mas será justo não multiplicar o escândalo da tua enfermidade, com falsos panegíricos do carpinteiro de Nazaret. A decisão do Sinédrio que consegui com tantos sacrifícios, poderia modificar-se. Quanto ao mais — terminava como a despedi-lo —, sabes que continuo às tuas ordens para uma retificação definitiva de atitudes, a qualquer tempo.


Saulo compreendeu a advertência; não era preciso dilatar a entrevista. O amigo expulsava-o com boas maneiras.

Em dois minutos achou-se novamente na via pública. Era quase meio-dia, um dia quente. Sentiu sede e fome. Consultou a bolsa, estava quase vazia. Um resto do que recebera das mãos generosas do irmão de Gamaliel, ao deixar Palmira definitivamente. Procurou a pensão mais modesta de uma das zonas mais pobres da cidade. Em seguida a frugal refeição e antes que caíssem as sombras cariciosas da tarde, encaminhou-se esperançado para o velho casarão reformado, onde Simão Pedro e companheiros desenvolviam toda a atividade em prol da causa de Jesus.

No trajeto, recordou-se de quando fora ouvir Estêvão em companhia de Sadoc. Como tudo, agora, se passava inversamente! O crítico, de outrora, voltava para ser criticado. O juiz, transformado em réu, mergulhava o coração em singulares ansiedades. Como o receberiam na igreja do “Caminho”?


Parou à frente da habitação humilde. Pensava em Estêvão, mergulhado no passado, de alma opressa. Ante os colegas do Sinédrio, entestando as autoridades do , outra era a sua atitude. Conhecia-lhes as fraquezas peculiares, passara também pelas máscaras farisaicas e podia aquilatar de seus erros clamorosos. No entanto, defrontando os Apóstolos galileus, sagrada veneração se lhe impunha à consciência. Aqueles homens poderiam ser rudes e simples, podiam viver distanciados dos valores intelectuais da época, mas tinham sido os primeiros colaboradores de Jesus. Além disso, não poderia aproximar-se deles sem experimentar profundo remorso. Todos haviam sofrido vexames e humilhações por sua causa. Não fosse Gamaliel, talvez o próprio Pedro teria sido lapidado… Precisava consolidar as noções de humildade para manifestar seus desejos ardentes de cooperação sagrada com o Cristo. Em Damasco, lutara na sinagoga contra a hipocrisia de antigos companheiros; em Jerusalém, enfrentara Alexandre com todo o desassombro; entretanto, parecia-lhe que outra deveria ser sua atitude ali, onde tinha necessidade de renúncia para alcançar a reconciliação com aqueles a quem havia ferido.


Assomado de profundas reflexões, bateu à porta quase trêmulo.

Um dos auxiliares do serviço interno, de nome Prócoro,  veio atender solicitamente.

— Irmão — disse o moço tarsense em tom humilde —, podeis informar se Pedro está?

— Vou saber — respondeu o interpelado, amistoso.

— Caso esteja — acrescentou Saulo algo indeciso —, dizei-lhe que Saulo de Tarso deseja falar-lhe em nome de Jesus.


Prócoro gaguejou um “sim”, com extrema palidez, fixou no visitante os olhos assombrados e afastou-se com dificuldade, sem dissimular a enorme surpresa. Era o perseguidor que voltava, depois de três anos. Lembrava-se, agora, daquela primeira discussão com Estêvão, em que o grande pregador do Evangelho sofrera tantos insultos. Em poucos momentos alcançava a câmara onde e confabulavam sobre os problemas internos. A notícia caiu entre ambos como uma bomba. Ninguém poderia prever tal coisa. Não acreditavam na lenda que Jerusalém enfeitava com detalhes desconhecidos, em cada comentário. Impossível que o algoz implacável dos discípulos do Senhor estivesse convertido à causa do seu Evangelho de amor e redenção.

O ex-pescador do “Caminho”, antes de recambiar o portador ao inesperado visitante, mandou chamar para resolverem os três a decisão a tomar.

O filho de Alfeu, transformado em rígido asceta, arregalou os olhos.


Depois das primeiras opiniões que traduziam receios justos e emitidas precipitadamente, Simão exclamou com grande prudência:

— Em verdade, ele nos fez o mal que pôde; entretanto, não é por nós que devemos temer e sim pela obra do Cristo que nos está confiada.

— Aposto em que toda essa história da conversão se resume numa farsa, a fim de que venhamos a cair em novas ciladas — replicou Tiago um tanto displicente.

— Por mim — disse João —, peço a Jesus nos esclareça, embora me recorde dos açoites que Saulo mandou aplicar-me no cárcere. Antes de tudo, é indispensável saber se o Cristo, de fato, lhe apareceu às portas de Damasco.

— Mas saber como? — dizia Pedro com profunda compreensão — Nosso material de reconhecimento é o próprio Saulo. Ele é o campo que revelará ou não a planta sagrada do Mestre. A meu ver, tendo a zelar um patrimônio que nos não pertence, somos obrigados a proceder como aconselha a prudência humana. Não é justo abrirmos as portas, quando não lhe conhecemos o intuito. Da primeira vez que aqui esteve, Saulo de Tarso foi tratado com o respeito que o mundo lhe consagrava. Busquei-lhe o melhor lugar para que ouvisse a palavra de Estêvão. Infelizmente, sua atitude desrespeitosa e irônica provocou escândalo, que culminou na prisão e morte do companheiro. Veio espontaneamente e voltou para prender-nos. Ao carinho fraternal, que lhe oferecemos, retribuiu com algemas e cordas. Assim me externando, também não devo esquecer a lição do Mestre, relativamente ao perdão, (Mt 18:21) e por isso reafirmo que não penso por nós, mas pelas responsabilidades que nos foram conferidas.


Ante considerações tão justas, os outros calaram, enquanto o ex-pescador acrescentava:

— Por conseguinte, não me é permitido recebe-lo nesta casa, sem maior exame, ainda que me não falte sincera boa vontade para isso. Resolvendo o assunto por essa forma, convocarei uma reunião para hoje à noite. O assunto é muito grave. Saulo de Tarso foi o primeiro perseguidor do Evangelho. Quero que todos cooperem comigo nas decisões a tomar, pois, de mim mesmo, não quero parecer nem injusto, nem imprevidente.

E depois de longa pausa, dizia para o emissário:

— Vai, Prócoro. Dize-lhe que volte depois, que não posso deixar os quefazeres mais urgentes.

— E se ele insistir? — perguntou o diácono preocupado.

— Se ele de fato aqui vem em nome de Jesus, saberá compreender e esperar.


Saulo aguardava ansiosamente o mensageiro. Era-lhe preciso encontrar alguém que o entendesse e lhe sentisse a transformação. Estava exausto. A igreja do “Caminho” era a derradeira esperança.

Prócoro transmitiu-lhe o recado com grande indecisão. Não era preciso mais para que tudo compreendesse. Os Apóstolos galileus não acreditavam na sua palavra. Agora examinava a situação com mais clareza. Percebia a indefinível e grandiosa misericórdia do Cristo visitando-o, inesperadamente, no auge do seu abismo espiritual às portas de Damasco. Pelas dificuldades para ir ter com Jesus, avaliava quanta bondade e compaixão seriam necessárias para que o Mestre o acolhesse, endereçando-lhe sagradas exortações, no encontro inesquecível.


O diácono fixou-o com simpatia. Saulo recebera a resposta altamente desapontado. Ficou pálido e trêmulo, como que envergonhado de si mesmo. Além disso, tinha aspecto doentio, olhos encovados, era pele e osso.

— Compreendo, irmão — disse de olhos molhados — Pedro tem motivos justos…

Aquelas palavras comoveram a Prócoro no mais íntimo da alma e, evidenciando seu bom desejo de ampará-lo, exclamou a demonstrar perfeito conhecimento dos fatos:

— Não trazeis de Damasco alguma apresentação de Ananias?

— Já tenho comigo as do Mestre.

— Como assim? — perguntou o diácono admirado.

— Jesus disse em Damasco — falou o visitante com serenidade — que mostraria quanto me compete sofrer por amor ao seu nome.


Intimamente, o ex-doutor da Lei sentia imensa saudade dos irmãos de Damasco, que o haviam tratado com a maior simplicidade. Entretanto, considerou, simultaneamente, que semelhante proceder era justo, porquanto dera provas na sinagoga e junto de Ananias, de que sua atitude não comportava simulação. Ao refletir que Jerusalém o recebia, em toda parte, como vulgar mentiroso, sentiu lágrimas quentes lhe afluírem aos olhos. Mas, para que o outro não lhe visse a sensibilidade ferida, exclamou justificando-se:

— Tenho os olhos cansados pelo sol do deserto! Podereis fornecer-me um pouco de água fresca?

O diácono atendeu prontamente.

Daí a instantes, Saulo mergulhava as mãos num grande jarro, lavando os olhos em água pura.

— Voltarei depois — disse em seguida, estendendo a mão ao auxiliar dos apóstolos, que se afastou impressionado.


Amargando a fraqueza orgânica, o cansaço, o abandono dos amigos, as desilusões mais acerbas, o moço de Tarso retirou-se cambaleante.

À noite, consoante deliberara, Simão Pedro, evidenciando admirável bom-senso, reuniu os companheiros de mais responsabilidade para considerar o assunto. Além dos Apóstolos galileus, estavam presentes os irmãos Nicanor, Prócoro,  Pármenas,  Timon,  Nicolau  e Barnabé, este último incorporado ao grupo de auxiliares mais diretos da igreja, por suas elevadas qualidades de coração.

Com permissão de Pedro, Tiago iniciou as conversações, manifestando-se contrário a qualquer espécie de auxílio imediato ao convertido da última hora. João ponderou que Jesus tinha poder para transformar os Espíritos mais perversos, como para levantar os mais infortunados da sorte. Prócoro relatou suas impressões a respeito do pertinaz perseguidor do Evangelho, ressaltando a compaixão que seu estado de saúde despertava nos corações mais insensíveis. Chegada a sua vez, Barnabé esclareceu que, ainda em Chipre, antes de transferir-se definitivamente para Jerusalém, ouvira alguns levitas descreverem a coragem com que o convertido falara na Sinagoga de Damasco, logo após a visão de Jesus.


O ex-pescador de Cafarnaum solicitou pormenores do companheiro, impressionado com a sua opinião. Barnabé explicou quanto sabia, manifestando o desejo de que resolvessem a questão com a maior benevolência.

Nicolau, percebendo a atmosfera de boa vontade que se formava em torno da figura do ex-rabino, objetava com a sua rigidez de princípios:

— Convenhamos que não é justo esquecer os aleijados que se encontram nesta casa, vítimas da odiosa truculência dos asseclas de Saulo. É das escrituras que se exija cuidado com os lobos que penetram no redil sob a pele das ovelhas. (Mt 7:15) O doutor da Lei, que nos fez tanto mal, sempre deu preferência às grandes expressões espetaculares contra o Evangelho, no Sinédrio. Quem sabe nos prepara atualmente nova armadilha de grande efeito?


A tal pergunta, o bondoso Barnabé curvou a fronte, em silêncio. Pedro notou que a reunião se dividia em dois grupos. De um lado estavam ele e João chefiando os pareceres favoráveis; do outro, Tiago e Filipe encabeçavam o movimento contrário. Acolhendo a admoestação de Nicolau, exprimiu-se com brandura:

— Amigos, antes da enunciação de qualquer ponto de vista pessoal, conviria refletirmos na bondade infinita do Mestre. Nos trabalhos de minha vida, anteriores ao Pentecostes, confesso que as faltas de toda sorte aparecem no meu caminho de homem frágil e pecador. Não hesitava em apedrejar os mais infelizes e cheguei, mesmo, a advertir o Cristo para faze-lo! Como sabeis, fui dos que negaram o Senhor na hora extrema. Entretanto, depois que nos chegou o conhecimento pela inspiração celeste, não será justo olvidarmos o Cristo em qualquer iniciativa. Precisamos pensar que, se Saulo de Tarso procura valer-se de semelhantes expedientes para desferir novos golpes nos servidores do Evangelho, então ele é ainda mais desgraçado que antes, quando nos atormentava abertamente. Sendo, pois, um necessitado, de qualquer modo não vejo razões para lhe recusarmos mãos fraternas.


Percebendo que Tiago preparava-se para defender o parecer de Nicolau, Simão Pedro continuou, depois de ligeira pausa:

— Nosso irmão acaba de referir-se ao símbolo do lobo que surge no redil com a pele das ovelhas generosas e humildes. Concordo com essa expressão de zelo. Também eu não pude acolher Saulo, quando hoje nos bateu à porta, atento à responsabilidade que me foi confiada. Nada quis decidir sem o vosso concurso. O Mestre nos ensinou que nenhuma obra útil se poderá fazer na Terra sem a cooperação fraternal. Mas, aproveitando o parecer enunciado, examinemos, com sinceridade, o problema imprevisto. Em verdade, Jesus recomendou nos acautelássemos contra o fermento dos fariseus, esclarecendo que o discípulo deverá possuir consigo a doçura das pombas e a prudência das serpentes. (Mt 10:16) Convenhamos em que, de fato, Saulo de Tarso possa ser o lobo simbólico. Ainda aí, após esse conhecimento hipotético, teríamos profunda questão a resolver. Se estamos numa tarefa de paz e de amor, que fazer com o lobo, depois da necessária identificação? Matar? Sabemos que isso não entra em nossa linha de conta. Não seria mais razoável refletir nas possibilidades da domesticação? Conhecemos homens rudes que conseguem dominar cães ferozes. Onde estaria, pois, o espírito que Jesus nos legou como sagrado patrimônio, se por temores mesquinhos deixássemos de praticar o bem?


A palavra concisa do Apóstolo tivera efeito singular. O próprio Tiago parecia desapontado pelas anteriores reflexões. Em vão Nicolau procurou argumentos novos para formular outras objeções. Observando o pesado silêncio que se fizera, Pedro sentenciou serenamente:

— Desse modo, amigos, proponho convidarmos Barnabé para visitar pessoalmente o doutor de Tarso, em nome desta casa. Ele e Saulo não se conhecem, valorizando-se melhor semelhante oportunidade, porque, ao vê-lo, o moço tarsense nada terá que recordar do seu passado em Jerusalém. Se fosse visitado, pela primeira vez, por um de nós, talvez se perturbasse, julgando nossas palavras como de alguém que lhe fosse pedir contas.

João aplaudiu a ideia calorosamente. Em face do bom-senso que as expressões de Pedro revelavam, Tiago e Filipe mostravam-se satisfeitos e tranquilos. Combinou-se a diligência de Barnabé para o dia seguinte. Aguardariam Saulo de Tarso com interesse. Se, de fato sua conversão fosse real, tanto melhor.


O diácono de Chipre destacava-se por sua grande bondade. Sua expressão carinhosa e humilde, seu espírito conciliador, contribuíam, na igreja, para a solução pacífica de todos os assuntos.

Com um sorriso generoso, Barnabé abraçou o ex-rabino, pela manhã, na pensão em que ele se hospedara. Nenhum traço da sua nova personalidade indiciava aquele perseguidor famoso, que fizera Simão Pedro decidir a convocação dos amigos para resolver o seu acolhimento. O ex-doutor da Lei era todo humildade e estava doente. Indisfarçável fadiga transparecia-lhe nos mínimos gestos. A fisionomia não iludia um grande sofrimento. Correspondia às palavras afetuosas do visitante com um sorriso triste e acanhado. Via-se-lhe, entretanto, a satisfação que a visita lhe causava. O gesto espontâneo de Barnabé sensibilizava-o. A seu pedido, Saulo contou-lhe a viagem a Damasco e a gloriosa visão do Mestre, que constituía o marco inolvidável da sua vida. O ouvinte não dissimulou simpatias. Em poucas horas sentia-se tão identificado com o novo amigo, quais se fossem conhecidos de longos anos. Após a conversação, Barnabé pretextou qualquer coisa para dirigir-se ao dono da hospedaria, a quem pagou as despesas da hospedagem. Em seguida, convidou-o a acompanhá-lo à igreja do “Caminho”. Saulo não deixou de hesitar, enquanto o outro insistia.

— Receio — disse o moço tarsense um tanto indeciso —, pois já ofendi muito a Simão Pedro e demais companheiros. Só por acréscimo de misericórdia do Cristo consegui uma réstia de luz, para não perder totalmente meus dias.

— Ora essa! — exclamou Barnabé, batendo-lhe no ombro com bonomia — quem não terá errado na vida? Se Jesus nos tem valido a todos, não é porque o mereçamos, mas pela necessidade de nossa condição de pecadores.


Em poucos minutos, encontravam-se a caminho, notando o emissário de Pedro o penoso estado de saúde do antigo rabino. Muito pálido e abatido, parecia caminhar com esforço; tremiam-lhe as mãos, sentia-se febril. Deixava-se levar como alguém que conhecesse a necessidade de amparo. Sua humildade comovia o outro, que, a seu respeito, ouvira tantas referências desairosas.

Chegados a casa, Prócoro lhes abriu a porta, mas, desta vez, Saulo não ficaria a esperar indefinidamente. Barnabé tomou-lhe a mão, afetuoso, e dirigiram-se para o vasto salão, onde Pedro e Timon os esperavam. Saudaram-se em nome de Jesus. O antigo perseguidor empalidecera mais. Por sua vez, ao vê-lo, Simão não ocultou um movimento de espanto ao notar-lhe a diferença física.


Aqueles olhos encovados, a extrema fraqueza orgânica, falavam aos Apóstolos galileus de profundos sofrimentos.

— Irmão Saulo — disse Pedro comovido —, Jesus quer que sejas bem-vindo a esta casa.

— Assim seja — respondeu o recém-chegado, de olhos úmidos.

Timon abraçou-o com palavras afetuosas, em lugar de João que se ausentara ao amanhecer, a serviço da confraria de Jope.

Em breves momentos, vencendo o constrangimento do primeiro contato com os amigos pessoais do Mestre depois de tão longa ausência, o moço tarsense, atendendo-lhes ao pedido, relatava a jornada de Damasco com todos os pormenores do grande acontecimento, evidenciando singular emotividade nas lágrimas que lhe banhavam o rosto. Sensibilizara-se, sobremaneira, ao relembrar tamanhas graças. Pedro e Timon já não tinham dúvidas. A visão do ex-rabino tinha sido real. Ambos em companhia de Barnabé, seguiram a descrição até ao fim, com olhos cheios de pranto. Efetivamente, o Mestre voltara, a fim de converter o grande perseguidor da sua doutrina. Requisitando Saulo de Tarso para o redil do seu amor revelara, mais uma vez, a lição imortal do perdão e da misericórdia.


Terminada a narrativa, o ex-doutor da Lei estava cansado e abatido. Instado a explanar suas novas esperanças, seus projetos de trabalho espiritual, bem como o que pretendia fazer em Jerusalém, confessou-se desde logo profundamente reconhecido por tanto interesse afetuoso e falou com certa timidez:

— Necessito entrar numa fase ativa de trabalho com que possa desfazer meu passado culposo. É verdade que fiz todo o mal à igreja de Jesus, em Jerusalém; mas, se a misericórdia de Jesus dilatar minha permanência no mundo, empregarei o tempo em estender esta casa de amor e paz a outros lugares da Terra.

— Sim — replicou Simão ponderadamente —, certo que o Messias renovará tuas forças, de modo a poderes atender a tão nobre cometimento, na época oportuna.


Saulo parecia confortar-se com a palavra de encorajamento; deixando perceber que desejava consolidar a confiança dos ouvintes, arrancou das dobras da túnica rafada um rolo de pergaminhos e, apresentando-o ao ex-pescador de Cafarnaum, disse sensibilizado:

— Aqui está uma relíquia da amizade de Gamaliel que trago invariavelmente comigo. Pouco antes de morrer, ele deu-me a cópia das anotações de Levi, concernentes à vida e feitos do Salvador. Tinha em grande conta estas notas, porque as recebeu desta casa, na primeira visita que lhe fez.

Simão Pedro, evocando gratas recordações, tomou os pergaminhos com vivo interesse. Saulo verificava que o presente de Gamaliel tivera a finalidade prevista pelo generoso doador. Desde esse instante, os olhos do antigo pescador fixaram-se nele com mais confiança. Pedro falou da bondade do generoso rabino, informando-se da sua vida em Palmira; dos seus últimos dias, do seu traspasse. O discípulo atendia satisfeito.


Voltando ao assunto das suas novas perspectivas, explicou-se mais amplamente, sempre humilde:

— Tenho muitos planos de trabalho para o futuro, mas, sinto-me combalido e doente. O esforço da última viagem, sem recursos de qualquer natureza agravou-me a saúde. Sinto-me febril, o corpo dolorido, a alma exausta.

— Tens falta de dinheiro? — interrogou Simão bondosamente.

— Sim… — respondeu hesitante.

— Essas necessidades — esclareceu Pedro — já foram providas em parte. Não te preocupes em demasia. Recomendei a Barnabé que pagasse as primeiras despesas da hospedaria e, quanto ao mais, convidamos-te a repousar conosco o tempo que quiseres. Esta casa é também tua. Usa de nossas possibilidades como te aprouver.


O hóspede sensibilizou-se. Recordando o passado, sentia-se ferido no seu amor-próprio; mas, ao mesmo tempo, rogava a Jesus o auxiliasse para não desprezar as oportunidades de aprendizado.

— Aceito… — respondeu em voz reticenciosa, revelando acanhamento —, ficarei convosco enquanto minha saúde necessitar de tratamento…

E como se tivesse extrema dificuldade em acrescentar um pedido ao favor que aceitava, depois de longa pausa em que se lhe notava o esforço para falar, solicitou comovedoramente:

— Caso fosse possível, desejaria ocupar o mesmo leito em que Estêvão foi recolhido, generosamente, nesta casa.

Barnabé e Pedro ficaram altamente emocionados. Todos haviam combinado não fazer alusão ao pregador massacrado sob apupos e pedradas. Não queriam relembrar o passado perante o convertido de Damasco, ainda mesmo que sua atitude não fosse essencialmente sincera.


Ouvindo-o, o antigo pescador de Cafarnaum chegou quase a chorar. Com extrema dedicação, satisfez-lhe o pedido e, assim, foi ele conduzido ao interior, onde se acomodou entre lençóis muito alvos. Pedro fez mais: compreendendo a profunda significação daquele desejo, trouxe ao convertido de Damasco os singelos pergaminhos que o mártir utilizava diariamente no estudo e meditação da Lei, dos Profetas e do Evangelho. Apesar da febre, Saulo regozijou-se. Tomado de profunda comoção, nas passagens prediletas dos pergaminhos sagrados, leu o nome de “Abigail”, grafado diversas vezes. Ali estavam frases peculiares à dialética da noiva amada, datas que coincidiam, perfeitamente, com as suas revelações íntimas, quando ambos se entretinham a falar do passado, no pomar de Zacarias. A palavra “Corinto” era repetida muitas vezes. Aqueles documentos pareciam ter uma voz. Falavam-lhe ao coração, de um grande e santo amor fraternal. Ouvia-a em silêncio e guardou as conclusões avaramente. Não revelaria a ninguém suas íntimas dores. Bastavam aos outros os grandes erros da sua vida pública, os remorsos, as retificações que, apesar de verificadas em campo aberto, raros amigos conseguiam compreender. Observando-lhe a atitude de constante meditação, Pedro desdobrou-se na tarefa de assistência fraternal. Eram as palavras amigas, os comentários acerca do poder de Jesus, os caldos suculentos, as frutas substanciosas, a palavra de bom ânimo. Por tudo isso, sensibilizava-se o doente, sem saber como traduzir sua gratidão imperecível.


Entretanto, notou que Tiago, filho de Alfeu, receoso, talvez, dos seus antecedentes, não se dignava dirigir-lhe uma palavra. Arvorado em rígido cumpridor da Lei de Moisés, dentro da igreja do “Caminho”, era percebido, de vez em quando, pelo moço tarsense, qual sombra impassível a deslizar, balbuciando preces silenciosas, entre os enfermos. A princípio, sentiu quanto lhe doía aquele desinteresse; mas logo considerou a necessidade de humilhar-se diante de todos. Nada fizera, ainda, que pudesse positivar suas novas convicções. Quando dominava no Sinédrio, também não perdoava as adesões de última hora.


Logo que entrou a convalescer, já plenamente identificado com a afeição de Pedro, pediu-lhe conselhos sobre os planos que tinha em mente, encarecendo a máxima franqueza, para que pudesse enfrentar a situação, por mais duras que lhe fossem as circunstâncias.

— De minha parte — disse o Apóstolo ponderadamente — não me parece razoável permaneceres em Jerusalém, por enquanto, neste período de renovação. Para falar com sinceridade, há que considerar teu novo estado d’alma como a planta preciosa que começa a germinar. É necessário dar liberdade ao germe divino da fé. Na hipótese da tua permanência aqui, encontrarias, diariamente, de um lado os sacerdotes intransigentes em guerra contra o teu coração; e do outro, as pessoas incompreensíveis, que falam nas extremas dificuldades do perdão, embora conheçam, de sobra, as lições do Mestre nesse sentido. Não deves ignorar que a perseguição aos simpatizantes do “Caminho” deixou traços muito profundos na alma popular. Não raro, aqui chegam pessoas mutiladas, que amaldiçoam o movimento. Isso para nós, Saulo, está num passado que jamais voltará; contudo, essas criaturas não o poderão compreender assim, de pronto. Em Jerusalém estarias mal colocado. O germe de tuas novas convicções encontraria mil elementos hostis e talvez ficasses à mercê da exasperação.


O rapaz ouviu as advertências ralado de angústia, sem protestar. O Apóstolo tinha razão. Em toda a cidade encontraria críticas soezes e destruidoras.

— Voltarei a Tarso… — disse com humildade —, é possível que meu velho pai compreenda a situação e ajude meus passos. Sei que Jesus abençoará meus esforços. Se é preciso recomeçar a existência, recomeçá-la-ei no lar de onde provim…

Simão contemplou-o com ternura, admirado daquela transformação espiritual.


Diariamente, ambos reatavam as palestras amistosas. O convertido de Damasco, inteligência fulgurante, revelava curiosidade insaciável a respeito da personalidade do Cristo, dos seus mínimos feitos e mais sutis ensinamentos. Outras vezes, solicitava ao ex-pescador todos os informes possíveis sobre Estêvão, regozijando-se com as lembranças de Abigail, embora guardasse avaramente os pormenores do seu romance da mocidade. Inteirou-se, então, dos pesados trabalhos do pregador do Evangelho quando no cativeiro; da sua dedicação a um patrício de nome Sérgio Paulo; da fuga em miserável estado de saúde, no porto palestinense; do ingresso na igreja do “Caminho” como indigente, das primeiras noções do Evangelho e consequente iluminação em Cristo Jesus. Encantava-se, ouvindo as narrativas simples e amorosas de Pedro, que revelava sua veneração ao mártir evitando melindrá-lo na sua condição de verdugo repeso.


Logo que pôde levantar-se da cama, foi ouvir as pregações naquele mesmo recinto onde insultara o irmão de Abigail, pela primeira vez. Os expositores do Evangelho eram, mais frequentemente, Pedro e Tiago. O primeiro falava com profunda prudência, embora se valesse de maravilhosas expressões simbólicas. O segundo, entretanto, parecia torturado pela influência judaizante. Tiago dava a impressão de reingresso na maioria dos ouvintes, nos regulamentos farisaicos. Suas preleções fugiam ao padrão de liberdade e de amor em Jesus-Cristo. Revelava-se encarcerado nas concepções estreitas do judaísmo dominante. Longos períodos de seus discursos referiam-se às carnes impuras, às obrigações para com a Lei, aos imperativos da circuncisão. A assembleia também parecia completamente modificada. A igreja assemelhava-se muito mais a uma sinagoga comum. Israelitas, em atitude solene, consultavam pergaminhos e papiros que continham as prescrições de Moisés. Saulo procurou, em vão, a figura impressionante dos sofredores e aleijados que vira no recinto, quando ali esteve pela primeira vez. Curiosíssimo, notou que Simão Pedro atendia-os numa sala contígua, com grande bondade. Aproximou-se mais e pôde observar que, enquanto a pregação reproduzia a cena exata das sinagogas, os aflitos se sucediam ininterruptamente na sala humilde do ex-pescador de Cafarnaum. Alguns saiam conduzindo bilhas de remédio, outros levavam azeite e pão.


Saulo impressionou-se. A igreja do “Caminho” parecia muito mudada. Faltava-lhe alguma coisa. O ambiente geral era de asfixia de todas as ideias do Nazareno. Não mais encontrou ali a grande vibração de fraternidade e de unificação de princípios pela independência espiritual. Depois de aturadas reflexões, tudo atribuía à falta de Estêvão. Morto este, extinguira-se o esforço do Evangelho livre; pois fora ele o fermento divino da renovação. Somente agora se capacitava da grandeza da sua elevada tarefa.


Quis pedir a palavra, falar como em Damasco, zurzir os erros de interpretação, sacudir a poeira que se adensava sobre o imenso e sagrado idealismo do Cristo, mas lembrou as ponderações de Pedro e calou-se. Não era justo, por enquanto, verberar o procedimento de outrem, quando não dera obras de si mesmo, por testemunhar a própria renovação. Se tentasse falar, podia ouvir, talvez, reprimendas justas. Além disso, notava que os conhecidos de outros tempos, frequentadores agora da igreja do “Caminho”, sem abandonar, de modo algum, seus princípios errôneos, olhavam-no de soslaio, sem dissimular desprezo, considerando-o em perturbação mental. No entanto, era com esforço supremo que sopitava o desejo de terçar armas, mesmo ali, para restauração da verdade pura.


Após a primeira reunião, procurou oportunidade de estar a sós com o ex-pescador de Cafarnaum, a fim de se inteirar das inovações observadas.

— A tempestade que desabou sobre nós — explicou Pedro generosamente, sem qualquer alusão ao seu procedimento de outrora — levou-me a sérias meditações. Desde a , notei que Tiago sofrera profundas transformações. Entregou-se a uma vida de grande ascetismo e rigoroso cumprimento da Lei de Moisés. Pensei muito na mudança das suas atitudes, mas, por outro lado, considerei que ele não é mau. É companheiro zeloso, dedicado e leal. Calei-me para mais tarde concluir que tudo tem uma razão de ser. Quando as perseguições apertaram o cerco, a atitude de Tiago, embora pouco louvável, quanto à liberdade do Evangelho, teve seu lado benéfico. Os delegados mais truculentos respeitaram-lhe o devocionismo moisaico e suas amizades sinceras no judaísmo nos permitiram a manutenção do patrimônio do Cristo. Eu e João tivemos horas angustiosas, na consideração desses problemas. Estaríamos sendo insinceros, falsearíamos a verdade? Ansiosamente rogamos a inspiração do Mestre. Com o auxílio de sua divina luz, chegamos a criteriosas conclusões. Seria justo lutar a videira ainda tenra com a figueira brava? Se fôssemos atender ao impulso pessoal de combater os inimigos da independência do Evangelho, esqueceríamos fatalmente, a obra coletiva. Não é lícito que o timoneiro, por testemunhar a excelência de conhecimentos náuticos, atire o barco contra os rochedos, com prejuízo de vida para quantos confiaram no seu esforço. Consideramos, assim, que as dificuldades eram muitas e precisávamos, enquanto mínima fosse a nossa possibilidade de ação, conservar a árvore do Evangelho ainda tenra, para aqueles que viessem depois de nós. Além do mais, Jesus ensinou que só conseguimos elevados objetivos, neste mundo, cedendo alguma coisa de nós mesmos. Por intermédio de Tiago, o farisaísmo acede em caminhar conosco. Pois bem: consoante os ensinamentos do Mestre, caminharemos as milhas possíveis. E julgo mesmo que, se Jesus assim nos ensinou, é porque na marcha temos a oportunidade de ensinar alguma coisa e revelar quem somos.


Enquanto Saulo o contemplava com redobrada admiração pelos judiciosos conceitos emitidos, o Apóstolo rematava:

— Isso passa! A obra é do Cristo. Se fosse nossa, falharia por certo, mas nós não passamos de simples e imperfeitos cooperadores.

Saulo guardou a lição e recolheu-se pensativo. Pedro parecia-lhe muito maior agora, no seu foro íntimo. Aquela serenidade, aquele poder de compreensão dos fatos mínimos, davam-lhe ideia da sua profunda iluminação espiritual.


De saúde refeita, antes de qualquer deliberação sobre o novo caminho a tomar, o moço tarsense desejou rever Jerusalém num impulso natural de afeição aos lugares que lhe sugeriam tantas lembranças cariciosas. Visitou o Templo, experimentando o contraste das emoções. Não se animou a penetrar no Sinédrio, mas procurou, ansioso, a Sinagoga dos cilicianos, onde presumia reencontrar as amizades nobres e afáveis de outros tempos. Entretanto, mesmo ali onde se reuniam os conterrâneos residentes em Jerusalém, foi recebido friamente. Ninguém o convidou ao labor da palavra. Apenas alguns conhecidos de sua família apertaram-lhe a mão secamente, evitando-lhe a companhia, de modo ostensivo. Os mais irônicos, terminados os serviços religiosos, dirigiram-lhe perguntas, com sorrisos escarninhos. Sua conversão às portas de Damasco era glosada com ditérios acerados e deprimentes.

— Não seria algum sortilégio dos feiticeiros do “Caminho”? — diziam uns. — Não seria Demétrio que se vestira de Cristo e lhe deslumbrara os olhos doentes e fatigados? — interrogavam outros.


Percebeu as ironias de que estava sendo objeto. Tratavam-no como demente. Foi aí que, sem sopitar a impulsividade do coração honesto, subiu ousadamente num estrado e falou com orgulho:

— Irmãos da Cilícia,  estais enganados. Não estou louco. Não buscais arguir-me porque eu vos conheço e sei medir a hipocrisia farisaica.

Estabeleceu-se luta imediata. Velhos amigos vociferavam impropérios. Os mais ponderados cercaram-no como se o fizessem a um doente e pediram-lhe que se calasse. Saulo precisou fazer um esforço heroico para conter a indignação. A custo, conseguiu dominar-se e retirou-se. Em plena via pública, sentia-se assaltado por ideias escaldantes. Não seria melhor combater abertamente, pregar a verdade sem consideração pelas máscaras religiosas que enchiam a cidade? A seus olhos, era justo refletir na guerra declarada aos erros farisaicos. E se, ao contrário das ponderações de Pedro, assumisse em Jerusalém a chefia de um movimento mais vasto, a favor do Nazareno? Não tivera a coragem de perseguir-lhe os discípulos, quando os doutores do Sinédrio eram todos complacentes? Por que não assumir, agora, a atitude da reparação, encabeçando um movimento em contrário? Havia de encontrar alguns amigos que se lhe associassem ao esforço ardente. Com esse gesto, auxiliaria o próprio irmão na sua tarefa dignificante em prol dos necessitados.


Fascinado com tais perspectivas, penetrou no Templo famoso. Recordou os dias mais recuados da infância e da primeira juventude. O movimento popular no recinto já lhe não despertava o interesse de outrora. Instintivamente, aproximou-se do local onde Estêvão sucumbira. Lembrou a cena dolorosa, detalhe por detalhe. Penosa angústia assomava-lhe ao coração. Orou com fervor ao Cristo. Entrou na sala onde estivera a sós com Abigail, a ouvir as últimas palavras do mártir do Evangelho. Compreendia, enfim, a grandeza daquela alma que o perdoara in extremis. Cada palavra do moribundo ressoava-lhe agora, estranhamente, nos ouvidos. A elevação de Estêvão fascinava-o. O pregador do “Caminho” havia-se imolado por Jesus! Por que não faze-lo também? Era justo ficar em Jerusalém, seguir-lhe os passos heroicos, para que a lição do Mestre fosse compreendida. Na recordação do passado, o moço tarsense mergulhava-se em preces fervorosas. Suplicava a inspiração do Cristo para seus novos caminhos. Foi aí que o convertido de Damasco, exteriorizando as faculdades espirituais, fruto das penosas disciplinas, observou que um vulto luminoso surgia inopinadamente a seu lado, falando-lhe com inefável ternura:

— Retira-te de Jerusalém, porque os antigos companheiros não aceitarão, por enquanto, o testemunho!


Sob o palio de Jesus, Estêvão seguia-lhe os passos na senda do discipulado, embora a posição transcendente de sua assistência invisível. Saulo, naturalmente, cuidou que era o próprio Cristo o autor da carinhosa advertência e, fundamente impressionado, demandou a igreja do “Caminho”, informando a Simão Pedro o que ocorrera.

— Entretanto — acabou dizendo ao generoso Apóstolo que o ouvia admirado —, não devo ocultar que tencionava agitar a opinião religiosa da cidade, defender a causa do Mestre, restabelecer a verdade em sua feição integral.


Enquanto o ex-pescador escutava em silêncio, como a reforçar a resposta, o novo discípulo continuava:

— Estêvão não se entregou ao sacrifício? Sinto que nos falta aqui uma coragem igual à do mártir, sucumbido às pedradas da minha ignorância.

— Não, Saulo — replicou Pedro com firmeza —, não seria razoável pensar assim. Tenho maior experiência da vida, embora não tenha cabedais de inteligência semelhantes aos teus. Está escrito que o discípulo não poderá ser maior que o mestre. (Lc 6:40) Aqui mesmo, em Jerusalém, vimos Judas cair numa cilada igual a esta. Nos dias angustiosos do Calvário, em que o Senhor provou a excelência e a divindade do seu amor e, nós, o amargo testemunho da exígua fé, condenamos o infortunado companheiro. Alguns irmãos nossos mantêm, até o presente, a opinião dos primeiros dias; mas em contato com a realidade do mundo, cheguei à conclusão de que Judas foi mais infeliz que perverso. Ele não acreditava na validade das obras sem dinheiro, não aceitava outro poder que não fosse o dos príncipes do mundo. Estava sempre inquieto pelo triunfo imediato das ideias do Cristo. Muitas vezes, vimo-lo altercar, impaciente, pela construção do Reino de Jesus, adstrito aos princípios políticos do mundo. O Mestre sorria e fingia não entender as insinuações, como quem estava senhor do seu divino programa. Judas, antes do apostolado, era negociante. Estava habituado a vender a mercadoria e receber o pagamento imediato. Julgo, nas meditações de agora, que ele não pôde compreender o Evangelho de outra forma, ignorando que Deus é um credor cheio de misericórdia, que espera generosamente a todos nós, que não passamos de míseros devedores. Talvez amasse profundamente o Messias, contudo, a inquietação fê-lo perder na oportunidade sagrada. Tão só pelo desejo de apressar a vitória, engendrou a tragédia da cruz, com a sua falta de vigilância.


Saulo ouvia assombrado aquelas considerações justas e o bondoso Apóstolo continuava:

— Deus é a Providência de todos. Ninguém está esquecido. Para que ajuízes melhor da situação admitamos que fosses mais feliz que Judas. Figuremos tua vitória pessoal no feito. Concedamos que pudesses atrair para o Mestre toda a cidade. E depois? Deverias e poderias responder por todos os que aderissem ao teu esforço? A verdade é que poderias atrair, nunca, porém, converter. Como não te fosse possível atender a todos, em particular, acabarias execrado pela mesma forma. Se Jesus, que tudo pode neste mundo sob a égide do Pai, espera com paciência a conversão do mundo, por que não poderemos esperar, de nossa parte? A melhor posição da vida é a do equilíbrio. Não é justo desejar fazer nem menos, nem mais do que nos compete, mesmo porque o Mestre sentenciou que a cada dia bastam os seus trabalhos. (Mt 6:34)


O convertido de Damasco estava surpreso a mais não poder. Simão apresentava argumentos irretorquíveis. Sua inspiração assombrava-o.

— À vista do que ocorreu — prosseguiu o ex-pescador serenamente —, importa que te vás logo que caia a noite. A luta iniciada na Sinagoga dos cilícios é muito mais importante que os atritos de Damasco. É possível que amanhã procurem encarcerar-te. Além disso, a advertência recebida no Templo não é de molde a procrastinarmos providências indispensáveis.

Saulo concordou de boamente com o alvitre. Poucas vezes na vida escutara observações tão sensatas.

— Pretendes voltar à Cilícia? — disse Pedro com inflexão paternal.

— Já não tenho mais aonde ir — respondeu com resignado sorriso.

— Pois bem, partirás para Cesareia.  Temos ali amigos sinceros que te poderão auxiliar.


O programa de Simão Pedro foi rigorosamente cumprido. À noite, quando Jerusalém se envolvia em grande silêncio, um cavaleiro humilde transpunha as portas da cidade, na direção dos caminhos que conduziam ao grande porto palestinense.

Torturado pelas apreensões constantes da sua nova vida, chegou a Cesareia decidido a não se deter ali muito tempo. Entregou as cartas de Pedro que o recomendavam aos amigos fiéis. Recebido com simpatia por todos, não teve dificuldades em retomar o caminho da cidade natal.

Dirigindo-se agora para o cenário da infância, sentia-se extremamente comovido com as mínimas recordações. Aqui, um acidente do caminho a sugerir cariciosas lembranças; ali, um grupo de árvores envelhecidas a despertarem especial atenção. Várias vezes, passou por caravanas de camelos que lhe faziam relembrar as iniciativas paternas. Tão intensa lhe fora a vida espiritual nos últimos anos, tão grandes as transformações, que a vida do lar se lhe figurava um sonho bom, de há muito desvanecido. Através de Alexandre, recebera as primeiras notícias de casa. Lamentava a partida de sua mãe, justamente quando tinha maior necessidade da sua compreensão afetuosa; mas entregava a Jesus os seus cuidados, nesse particular. Do velho pai não era razoável esperar um entendimento mais justo. Espírito formalista, radicado ao farisaísmo de maneira integral, certo não aprovaria a sua conduta.


Atingiu as primeiras ruas de Tarso,  de alma opressa. As recordações sucediam-se ininterruptas.

Batendo à porta do lar paterno, pela fisionomia indiferente dos servos compreendeu como voltava transformado. Os dois criados mais antigos não o reconheceram. Guardou silêncio e esperou. Ao fim de longa espera, o genitor foi recebê-lo. O velho Isaac amparando-se ao cajado, nas adiantadas expressões de um reumatismo pertinaz, não dissimulou um gesto largo de espanto. É que reconhecera de pronto o filho.

— Meu filho!… — disse com voz enérgica, procurando dominar a emoção — será possível que os olhos me enganem?

Saulo abraçou-o afetuosamente, dirigindo-se ambos para o interior.


Isaac sentou-se e, buscando penetrar o íntimo do filho, com o olhar percuciente interrogou em tom de censura:

— Será que estás mesmo curado?

Para o rapaz, tal pergunta era mais um golpe desferido na sua sensibilidade afetiva. Sentia-se cansado, derrotado, desiludido; necessitava de alento para recomeçar a existência num idealismo maior e até o pai o reprovava com perguntas absurdas! Ansioso de compreensão, retrucou de maneira comovedora:

— Meu pai, por piedade, acolhei-me!… Não estive doente, mas sou agora necessitado pelo espírito! Sinto que não poderei reiniciar minha carreira na vida sem algum repouso!… Estendei-me vossas mãos!…

Conhecendo a austeridade paterna e a extensão das próprias necessidades naquela hora difícil do seu caminho, o ex-doutor de Jerusalém humilhou-se inteiramente, pondo na voz toda a fadiga que se lhe represava no coração.


O ancião israelita contemplou-o firme, solene, e sentenciou sem compaixão:

— Não estiveste doente? Que significa então a triste comédia de Damasco? Os filhos podem ser ingratos e conseguem esquecer, mas os pais, se nunca os retiram do pensamento, sabem sentir melhor a crueldade do seu proceder… Não te doeria ver-nos vencidos e humilhados com a vergonha que lançaste sobre nossa casa? Ralada de desgostos, tua mãe encontrou lenitivo na morte; mas, eu? Acreditas-me insensível à tua deserção? Se resisti, foi porque guardava a esperança de buscar Jeová, supondo que tudo não passasse de mal-entendido, que uma perturbação mental houvesse atirado contigo na incompreensão e nas críticas injustificáveis do mundo!… Criei-te com todo o desvelo que um pai, da nossa raça, costuma dedicar ao único filho varão.. Sintetizavas gloriosas promessas para nossa estirpe. Sacrifiquei-me por ti, cumulei-te de afagos, não poupei esforços para que pudesses contar com os mestres mais sábios, cuidei da tua mocidade, enchi-te com a ternura do coração e é desse modo que retribuis as dedicações e os carinhos do lar?


Saulo podia enfrentar muitos homens armados, sem abdicar a coragem desassombrada que lhe assinalava as atitudes. Podia verberar o procedimento condenável dos outros, ocupar a mais perigosa tribuna para o exame das hipocrisias humanas, mas, diante daquele velhinho que não mais podia renovar a fé, e considerando a amplitude dos seus sagrados sentimentos paternais, não reagiu e começou a chorar.

— Choras? — continuou o ancião com grande secura. — Mas eu nunca te dei exemplos de covardia! Lutei com heroísmo nos dias mais difíceis, para que nada te faltasse. Tua fraqueza moral é filha do perjúrio, da traição. Tuas lágrimas vêm do remorso inelutável! Como enveredaste, assim, pelo caminho da mentira execrável? Com que fim engendraste a cena de Damasco para repudiar os princípios que te alimentaram do berço? Como abandonar a situação brilhante do rabino de quem tanto esperávamos, para arvorar-se em companheiro de homens desclassificados, que nunca tiveram a tradição amorosa de um lar?


Ante as acusações injustas, o moço tarsense soluçava, talvez pela primeira vez na vida.

— Quando soube que ias desposar uma jovem sem pais conhecidos — prosseguia o velho implacável —, surpreendi-me e esperei que te pronunciasses diretamente. Mas tarde, Dalila e o marido eram compelidos a deixar Jerusalém precipitadamente, ralados de vergonha com a ordem de prisão que a Sinagoga de Damasco requisitava contra ti. Várias vezes conjeturei se não seria essa criatura inferior, que elegeste, a causa de tamanhos desastres morais. Há mais de três anos levanto-me diariamente para refletir no teu criminoso proceder em detrimento dos mais sagrados deveres!


Ao ouvir aqueles conceitos injustos à pessoa de Abigail, o rapaz cobrou ânimo e murmurou com humildade:

— Meu pai, essa criatura era uma santa! Deus não a quis neste mundo! Talvez, se ela ainda vivesse, teria eu o cérebro mais equilibrado para harmonizar a minha nova vida.

O pai não gostou da resposta, embora a objeção fosse feita em tom de obediência e carinho.

— Nova vida? — glosou irritado — que queres com isso dizer?

Saulo enxugou as lágrimas e respondeu resignado:

— Quero dizer que o episódio de Damasco não foi ilusão e que Jesus reformou minha vida.

— Não poderias ver em tudo isso rematada loucura? — continuou o pai com espanto. — Impossível! como abandonar o amor da família, as tradições veneráveis do teu nome, as esperanças sagradas dos teus, para seguir um carpinteiro desconhecido?


Saulo compreendeu o sofrimento moral do genitor quando assim se exprimia. Teve ímpetos de atirar-se-lhe nos braços amorosos; falar-lhe do Cristo, proporcionar-lhe entendimento real da situação. Mas, prevendo simultaneamente a dificuldade de se fazer compreendido, observava-o resignado, enquanto ele prosseguia de olhos úmidos, revelando a mágoa e a cólera que o dominavam.

— Como pode ser isso? Se a doutrina malfadada do carpinteiro de Nazaret impõe criminosa indiferença pelos laços mais santos da vida, como negar-lhe nocividade e bastardia? Será justo preferir um aventureiro, que morreu entre malfeitores, ao pai digno e trabalhador que envelheceu no serviço honesto de Deus?!…

— Mas, pai — dizia o moço em voz súplice —, o Cristo é o Salvador prometido!…

Isaac pareceu agravar a própria fúria.

— Blasfemas? — gritou. — Não temes insultar a Providência Divina? As esperanças de Israel não poderiam repousar numa fronte que se esvaiu no sangue do castigo, entre ladrões!… Estás louco! Exijo a reconsideração de tuas atitudes.


Enquanto fazia uma pausa, o convertido objetou:

— É certo que meu passado está cheio de culpas quando não hesitei em perseguir as expressões da verdade; mas, de três anos a esta parte, não me recordo de ato algum que necessite reconsideração.

O ancião pareceu atingir o auge da cólera e exclamou áspero:

— Sinto que as palavras generosas não quadram à tua razão perturbada. Vejo que tenho esperado em vão, para não morrer odiando alguém. Infelizmente, sou obrigado a reconhecer nas tuas atuais decisões um louco, ou um criminoso vulgar. Portanto, para que nossas atitudes se definam, peço-te que escolhas em definitivo, entre mim e o desprezível carpinteiro!…


A voz paternal, ao enunciar semelhante intimativa, era abafada, vacilante, evidenciando profundo sofrimento. Saulo compreendeu e, em vão, procurava um argumento conciliador. A incompreensão do pai angustiava-o. Nunca refletiu tanto e tão intensamente no ensino de Jesus sobre os laços de família. (Mt 12:48) Sentia-se estreitamente ligado ao generoso velhinho, queria ampará-lo na sua rigidez intelectual, abrandar-lhe a feição tirânica, mas compreendia as barreiras que se antepunham aos seus desejos sinceros. Sabia com que severidade fora formado o seu próprio caráter. Prejulgando a inutilidade dos apelos afetivos, murmurou entre humilde e ansioso:

— Meu pai, ambos precisamos de Jesus!…

O velho, inflexível, endereçou-lhe um olhar austero e retrucou com aspereza:

— Tua escolha está feita! Nada tens a fazer nesta casa!…


O velhinho estava trêmulo. Via-se-lhe o esforço espiritual para tomar aquela decisão. Criado nas concepções intransigentes da Lei de Moisés, Isaac sofria como pai; entretanto, expulsava o filho depositário de tantas esperanças, como se cumprisse um dever. O coração amoroso sugeria-lhe piedade, mas o raciocínio do homem, encarcerado nos dogmas implacáveis da raça, abafava-lhe o impulso natural.

Saulo contemplou-o em atitude silenciosa e suplicante. O lar era a derradeira esperança que ainda lhe restava. Não queria crer na última perda. Cravou no ancião os olhos quase lacrimosos e, depois de longo minuto de expectação, implorou num gesto comovedor que lhe não era habitual:

— Falta-me tudo, meu pai. Estou cansado e doente! Não tenho dinheiro algum, necessito da piedade alheia.

E acentuando a queixa dolorosa:

—Também vós me expulsais?!…


Isaac sentiu que a rogativa lhe vibrava no mais íntimo do coração. Mas, julgando talvez que a energia era mais eficiente que a ternura, no caso, respondeu secamente:

— Corrige as tuas impressões, porque ninguém te expulsou. Foste tu que votaste os amigos e os afetos mais puros ao supremo abandono!… Tens necessidades? É justo que peças ao carpinteiro as providências acertadas… Ele que fez tamanhos absurdos, terá poder bastante para valer-te.


Imensa dor represou-se no espírito do ex-rabino. As alusões ao Cristo doíam-lhe muito mais que as reprimendas diretas que recebera. Sem conseguir refrear a própria angústia, sentiu que lágrimas ardentes rolavam-lhe nas faces queimadas pelo sol do deserto. Nunca experimentara pranto assim amargo. Nem mesmo na cegueira angustiosa, consequente à visão de Jesus, chorara tão penosamente. Não obstante esquecido numa pensão sem-nome, cego e acabrunhado, sentia a proteção do Mestre que o convocara ao seu divino serviço. Guardava a impressão de estar mais perto do Cristo. Regozijava-se nas dores mais acerbas, pelo fato de haver recebido, às portas de Damasco, o seu apelo glorioso e direto. Mas, depois de tudo, procurava, em vão, apoio nos homens para iniciar a sagrada tarefa. Os mais amigos recomendavam-lhe a distância. Por último, ali estava o pai, velho e abastado, a recusar-lhe a mão no instante mais doloroso da vida. Expulsava-o. Manifestava aversão por suas ideias regeneradoras. Não lhe tolerava a condição de amigo do Cristo. No pranto que lhe borbulhava dos olhos, recordou-se, porém, de . Quando todos o abandonavam em Damasco, surgira o mensageiro do Mestre, restituindo-lhe o bom ânimo. Seu pai falara-lhe, ironicamente, dos poderes do Senhor. Sim, Jesus não lhe faltaria com os recursos indispensáveis. Lançando ao genitor um olhar inolvidável, disse humildemente:

— Então, adeus, meu pai!… Dizeis bem, porque estou certo de que o Messias não me abandonará!…


A passos indecisos, aproximou-se da porta de saída. Vagou o olhar nevoado de pranto pelos antigos adornos da sala. A poltrona de sua mãe estava na posição habitual. Recordou o tempo em que os olhos maternos liam para ele as primeiras noções da Lei. Julgou divisar-lhe a sombra a lhe acenar com amoroso sorriso. Jamais experimentara tamanho vácuo no coração. Estava só. Teve receio de si mesmo, porquanto, jamais se vira em tais conjunturas.

Depois da meditação dolorosa, retirou-se em silêncio. Olhou, indiferente, o movimento da rua, como alguém que houvesse perdido todo o interesse de viver.

Não dera ainda muitos passos, no seu incerto destino, quando ouviu chamarem-no com insistência.

Deteve-se à espera e verificou tratar-se de velho servidor do pai, que corria ao seu encalço.

Em poucos instantes, o criado entregava-lhe uma bolsa pesada, exclamando em tom amistoso:

— Vosso pai manda este dinheiro como lembrança.


Saulo experimentou no íntimo a revolta do “homem velho”. Imaginou invocar a própria dignidade para devolver a dádiva humilhante. Assim procedendo ensinaria ao pai que era filho e não mendigo. Dar-lhe-ia uma lição, mostraria o valor próprio, mas considerou, ao mesmo tempo, que as provações rigorosas talvez se verificassem com assentimento de Jesus, para que seu coração ainda voluntarioso aprendesse a verdadeira humildade. Sentiu que havia vencido muitos tropeços; que se havia mostrado superior em Damasco e em Jerusalém que dominara as hostilidades do deserto; que suportara a ingratidão dos climas e as canseiras dolorosas; mas, que o Mestre agora lhe sugeria a luta consigo mesmo, para que o “homem do mundo” deixasse de existir, ensejando o renascimento do coração enérgico, mas amoroso e terno, do discípulo. Seria, talvez, a maior de todas as batalhas. Assim compreendeu, num relance, e buscando vencer-se a si mesmo, tomou a bolsa com resignado sorriso, guardou-a humildemente entre as dobras da túnica, saudou o servo com expressões de agradecimento e disse, esforçando-se por evidenciar alegria:

— Sinésio, conte a meu pai o contentamento que me causou com a sua carinhosa oferta e diga-lhe que rogo a Deus que o ajude.


Seguindo o curso incerto de sua nova situação, viu na atitude paterna o reflexo dos antigos hábitos do judaísmo. Como pai, Isaac não queria parecer ingrato e inflexível, procurando ampará-lo; mas como fariseu nunca lhe suportaria a renovação das ideias.

Com ar indiferente, tomou leve refeição em modesta locanda. Entretanto, não conseguia tolerar o movimento das ruas. Tinha sede de meditação e silêncio. Precisava ouvir a consciência e o coração, antes de assentar os novos planos de vida. Procurou afastar-se da cidade. Como eremita anônimo, buscou o campo agreste. Depois de muito caminhar sem destino, atingiu os arredores do Tauro. Começava o cortejo das sombras tristes da tarde. Exausto de fadiga, descansou junto de uma das inumeráveis cavernas abandonadas. Muito ao longe, Tarso repousava entre arvoredos. As auras vespertinas vibravam no ambiente, sem perturbar a placidez das coisas. Mergulhado na quietude da Natureza, Saulo recuou mentalmente ao dia da sua radical transformação. Lembrou o abandono na pensão de Judas, a indiferença de Sadoc à sua amizade. Rememorou a primeira reunião de Damasco, na qual suportara tantos apupos, ironias e sarcasmos. Demandara Palmira, ansioso pela assistência de Gamaliel, a fim de penetrar a causa do Cristo, mas o nobre mestre lhe aconselhara o insulamento no deserto. Recordou as duras dificuldades do tear e a carência de recursos de toda a espécie, no oásis solitário. Naqueles dias silenciosos e longos, jamais pudera esquecer a noiva morta, lutando por erguer-se, espiritualmente, acima dos sonhos desmoronados. Por mais que estudasse o Evangelho, intimamente experimentava singular remorso pelo sacrifício de Estêvão, que, a seu ver, fora a pedra tumular do seu noivado futuroso. Suas noites estavam cheias de infinitas angústias. Às vezes, em pesadelos dolorosos, sentia-se de novo em Jerusalém, assinando sentenças iníquas. As vítimas da grande perseguição acusavam-no, olhando-o assustadas, como se a sua fisionomia fosse a de um monstro. A esperança no Cristo reanimava-lhe o espírito resoluto. Depois de provas ásperas, deixara a solidão para regressar à vida social. Novamente em Damasco a sinagoga o recebeu com ameaças. Os amigos de outros tempos, com profunda ironia, lançavam-lhe epítetos cruéis. Foi-lhe necessário fugir como criminoso comum, saltando muros pela calada da noite. Depois, buscara Jerusalém, na esperança de fazer-se compreendido. Contudo, Alexandre, em cujo espírito culto pretendia encontrar melhor entendimento, recebera-o como visionário e mentiroso. Extremamente fatigado, batera à porta da igreja do “Caminho”, mas fora obrigado a recolher-se a uma reles hospedaria, por força das suspeitas justas dos Apóstolos da Galileia. Doente e abatido, fora levado à presença de Simão Pedro, que lhe ministrara lições de alta prudência e excessiva bondade, mas, a exemplo de Gamaliel, aconselhara-lhe prévio recolhimento, discrição, aprendizado em suma. Embalde procurava um meio de harmonizar as circunstâncias, de maneira a cooperar na obra do Evangelho e todas as portas pareciam fechadas ao seu esforço. Afinal, dirigira-se a Tarso, ansioso do amparo familiar para reiniciar a vida. A atitude paterna só lhe agravara as desilusões. Repelindo-o, o genitor lançava-o num abismo. Agora começava a compreender que, reencetar a existência, não era volver à atividade do ninho antigo, mas principiar, do fundo d’alma, o esforço interior, alijar o passado nos mínimos resquícios, ser outro homem enfim.

Compreendia a nova situação, mas não pôde impedir as lágrimas que lhe afloravam copiosas.


Quando deu acordo de si, a noite havia fechado de todo. O céu oriental resplandecia de estrelas. Ventos suaves sopravam de longe, refrescando-lhe a fronte incandescida. Acomodou-se como pôde, entre as pedras agrestes, sem coragem de eximir-se ao silêncio da Natureza amiga. Não obstante prosseguir no curso de suas amargas reflexões, sentia-se mais calmo. Confiou ao Mestre as preocupações acerbas, pediu o remédio da sua misericórdia e procurou manter-se em repouso. Após a prece ardente, cessou de chorar, figurando-se-lhe que uma força superior e invisível lhe balsamizava as chagas da alma opressa.


Breve, em doce quietude do cérebro dolorido, sentiu que o sono começava a empolgá-lo. Suavíssima sensação de repouso proporcionava-lhe grande alívio. Estaria dormindo? Tinha a impressão de haver penetrado uma região de sonhos deliciosos. Sentia-se ágil e feliz. Tinha a impressão de que fora arrebatado a uma campina tocada de luz primaveril, isenta e longe deste mundo. Flores brilhantes, como feitas de névoa colorida, desabrochavam ao longo de estradas maravilhosas, rasgadas na região banhada de claridades indefiníveis. Tudo lhe falava de um mundo diferente. Aos seus ouvidos toavam harmonias suaves, dando ideia de cavatinas executadas ao longe, em harpas e alaúdes divinos. Desejava identificar a paisagem, definir-lhe os contornos, enriquecer observações, mas um sentimento profundo de paz deslumbrava-o inteiramente. Devia ter penetrado um reino maravilhoso, porquanto os portentos espirituais que se patenteavam a seus olhos excediam todo entendimento. 


Mal não havia despertado desse deslumbramento, quando se sentiu presa de novas surpresas com a aproximação de alguém que pisava de leve, acercando-se de mansinho. Mais alguns instantes, viu Estêvão e Abigail à sua frente, jovens e formosos, envergando vestes tão brilhantes e tão alvas que mais se assemelhavam a peplos de neve translúcida.

Incapaz de traduzir as sagradas comoções de sua alma, Saulo de Tarso ajoelhou-se e começou a chorar.

Os dois irmãos, que voltavam a encorajá-lo, aproximaram-se com generoso sorriso.

— Levanta-te, Saulo! — disse Estêvão com profunda bondade.

— Que é isso? Choras? — perguntou Abigail em tom blandicioso. — Estarias desalentado quando a tarefa apenas começa?


O moço tarsense, agora de pé, desatou em pranto convulsivo. Aquelas lágrimas não eram somente um desabafo do coração abandonado no mundo. Traduziam um júbilo infinito, uma gratidão imensa a Jesus, sempre pródigo de proteção e benefícios. Quis aproximar-se, oscular as mãos de Estêvão, rogar perdão para o nefando passado, mas foi o mártir do “Caminho” que, na luz de sua ressurreição gloriosa, aproximou-se do ex-rabino e o abraçou efusivamente, como se o fizesse a um irmão amado. Depois, beijando-lhe a fronte, murmurou com ternura:

— Saulo, não te detenhas no passado! Quem haverá, no mundo, isento de erros?! Só Jesus foi puro!…


O ex-discípulo de Gamaliel sentia-se mergulhado em verdadeiro oceano de venturas. Queria falar das suas alegrias infindas, agradecer tamanhas dádivas, mas indômita emoção lhe selava os lábios e confundia o coração. Amparado por Estêvão, que lhe sorria em silêncio, viu Abigail mais formosa que nunca, recordando-lhe as flores da primavera na casa humilde do caminho de Jope. Não pôde furtar-se às reflexões do homem, esquecer os sonhos desfeitos, lembrando-os, acima de tudo, naquele glorioso minuto da sua vida. Pensou no lar que poderia ter constituído; no carinho com que a jovem de Corinto lhe cuidaria dos filhos afetuosos; no amor insubstituível que sua dedicação lhe poderia dar. Mas, compreendendo-lhe os mais íntimos pensamentos, a noiva espiritual aproximou-se, tomou-lhe a destra calejada nos labores rudes do deserto e falou comovidamente:

— Nunca nos faltará um lar… Tê-lo-emos no coração de quantos vierem à nossa estrada. Quanto aos filhos, temos a família imensa que Jesus nos legou em sua misericórdia… os filhos do Calvário são nossos também… Eles estão em toda parte, esperando a herança do Salvador.


O moço tarsense entendeu a carinhosa advertência, arquivando-a no imo do coração.

— Não te entregues ao desalento — continuou Abigail, generosa e solícita —; nossos antepassados conheceram o Deus dos Exércitos, que era o dono dos triunfos sangrentos, do ouro e da prata do mundo; nós, porém, conhecemos o Pai, que é o Senhor de nosso coração. A Lei nos destacava a fé, pela riqueza das dádivas materiais nos sacrifícios; mas o Evangelho nos conhece pela confiança inesgotável e pela fé ativa ao serviço do Todo-Poderoso. É preciso ser fiel a Deus, Saulo! Ainda que o mundo inteiro se voltasse contra ti, possuirias o tesouro inesgotável do coração fiel. A paz triunfante do Cristo é a da alma laboriosa, que obedece e confia… Não tornes a recalcitrar contra os aguilhoes. Esvazia-te dos pensamentos do mundo. Quando hajas esgotado a derradeira gota da poça dos enganos terrenos, Jesus encherá teu espírito de claridades imortais!…


Experimentando infindo consolo, Saulo chegava a perturbar-se pela incapacidade de articular uma frase. As exortações de Abigail calar-lhe-iam para sempre. Nunca mais permitiria que o desânimo se apossasse dele. Enorme esperança represava-se agora em seu íntimo. Trabalharia para o Cristo em todos os lugares e circunstâncias. O Mestre sacrificara-se por todos os homens. Dedicar-lhe a existência representava um nobre dever. Enquanto formulava estes pensamentos recordou a dificuldade de harmonizar-se com as criaturas. Encontraria lutas. Lembrou a promessa de Jesus, de que estaria presente onde houvesse irmãos reunidos em seu nome. (Mt 18:20) Mas tudo lhe pareceu subitamente difícil naquela rápida operação intelectual. As sinagogas combatiam-se entre si. A própria igreja de Jerusalém tendia, novamente, às influências judaizantes. Foi aí que Abigail respondeu, de novo, aos seus apelos íntimos, exclamando com infinito carinho:


— Reclamas companheiros concordes contigo nas edificações evangélicas. Mas é preciso lembrar que Jesus não os teve. Os apóstolos não puderam concordar com o Mestre senão com o auxílio do Céu, depois da Ressurreição e do Pentecostes. Os mais amados dormiam, enquanto Ele, agoniado, orava no horto. Uns negaram-no, outros fugiram na hora decisiva. Concorda com Jesus e trabalha. O caminho para Deus está subdividido em verdadeira infinidade de Planos. O Espírito passará sozinho de uma Esfera para outra. Toda elevação é difícil, mas somente aí encontramos a vitória real. Recorda a “porta estreita” (Mt 7:14) das lições evangélicas e caminha. Quando seja oportuno, Jesus chamará ao teu labor os que possam concordar contigo, em seu nome. Dedica-te ao Mestre em todos os instantes de tua vida. Serve-o com energia e ternura, como quem sabe que a realização espiritual reclama o concurso de todos os sentimentos que enobreçam a alma.


Saulo estava enlevado. Não poderia traduzir as sensações cariciosas que lhe represavam no coração tomado de inefável contentamento. Esperanças novas bafejavam-lhe a alma. Em sua retina espiritual desdobrava-se radioso futuro. Quis mover-se, agradecer a dádiva sublime, mas a emoção privava-o de qualquer manifestação afetiva. Entretanto, pairava-lhe no espírito uma grande interrogação. Que fazer, doravante, para triunfar? Como completar as noções sagradas que lhe competia exemplificar praticamente, sem anotação de sacrifícios?

Deixando perceber que lhe ouvia as mais secretas interpelações, Abigail adiantou-se, sempre carinhosa:

— Saulo, para certeza da vitória no escabroso caminho, lembra-te de que é preciso dar: Jesus deu ao mundo quanto possuía e, acima de tudo, deu-nos a compreensão intuitiva das nossas fraquezas, para tolerarmos as misérias humanas…


O moço tarsense notou que Estêvão, nesse ínterim, se despedia, endereçando-lhe um olhar fraterno.

Abigail, por sua vez, apertava-lhe as mãos com imensa ternura. O ex-rabino desejaria prolongar a deliciosa visão para o resto da vida, manter-se junto dela para sempre; contudo, a entidade querida esboçava um gesto de amoroso adeus. Esforçou-se, então, por catalogar apressadamente suas necessidades espirituais, desejoso de ouvi-la relativamente aos problemas que o defrontavam. Ansioso de aproveitar as mínimas parcelas daquele glorioso, fugaz minuto, Saulo alinhava mentalmente grande número de perguntas. Que fazer para adquirir a compreensão perfeita dos desígnios do Cristo?

— ! — respondeu Abigail espontaneamente.


Mas, como proceder de modo a enriquecermos na virtude divina? Jesus aconselha o amor aos próprios inimigos. Entretanto, considerava quão difícil devia ser semelhante realização. Penoso testemunhar dedicação, sem o real entendimento dos outros. Como fazer para que a alma alcançasse tão elevada expressão de esforço com Jesus-Cristo?

— ! — esclareceu a noiva amada, sorrindo bondosamente.


Abigail tinha razão. Era necessário realizar a obra de aperfeiçoamento interior. Desejava ardentemente faze-lo. Para isso insulara-se no deserto, por mais de mil dias consecutivos. Todavia, voltando ao ambiente do esforço coletivo, em cooperação com antigos companheiros, acalentava sadias esperanças que se converteram em dolorosas perplexidades. Que providências adotar contra o desânimo destruidor?

— ! — disse ela ainda, num gesto de terna solicitude, como quem desejava esclarecer que a alma deve estar pronta a atender ao programa divino, em qualquer circunstância, extreme de caprichos pessoais.


Ouvindo-a, Saulo considerou que a esperança fora sempre a companheira dos seus dias mais ásperos. Saberia aguardar o porvir com as bênçãos do Altíssimo. Confiaria na sua misericórdia. Não desdenharia as oportunidades do serviço redentor. Mas… os homens? Em toda parte medrava a confusão nos espíritos. Reconhecia que, de fato, a concordância geral em torno dos ensinamentos do Mestre Divino representava uma das realizações mais difíceis, no desdobramento do Evangelho; mas, além disso, as criaturas pareciam igualmente desinteressadas da verdade e da luz. Os israelitas agarravam-se à Lei de Moisés, intensificando o regime das hipocrisias farisaicas; os seguidores do “Caminho” aproximavam-se novamente das sinagogas, fugiam dos gentios, submetiam-se, rigorosamente, aos processos da circuncisão. Onde a liberdade do Cristo? Onde as vastas esperanças que o seu amor trouxera à Humanidade inteira, sem exclusão dos filhos de outras raças? Concordava em que se fazia indispensável amar, trabalhar, esperar; entretanto, como agir no âmbito de forças tão heterogêneas? Como conciliar as grandiosas lições do Evangelho com a indiferença dos homens?

Abigail apertou-lhe as mãos com mais ternura, a indicar as despedidas, e acentuou docemente:

— !…


Em seguida, seu vulto luminoso pareceu diluir-se como se fosse feito de fragmentos de aurora.

Empolgado pela maravilhosa revelação, Saulo viu-se só, sem saber como coordenar as expressões do próprio deslumbramento. Na região, que se coroava de claridades infinitas, sentiam-se vibrações de misteriosa beleza. Aos seus ouvidos continuavam chegando ecos longínquos de sublimes harmonias siderais, que pareciam traduzir mensagens de amor, oriundas de sóis distantes… Ajoelhou-se e orou! Agradeceu ao Senhor a maravilha das suas bênçãos. Daí a instantes, como se energias imponderáveis o reconduzissem ao ambiente da Terra, sentiu-se no leito rústico, improvisado entre as pedras. Incapaz de esclarecer o prodigioso fenômeno, Saulo de Tarso contemplou os céus, embevecido.


O infinito azul do firmamento não era um abismo em cujo fundo brilhavam estrelas… A seus olhos, o espaço adquiria nova significação; devia estar cheio de expressões de vida, que ao homem comum não era dado compreender. Haveria corpos celestes, como os havia terrestres. A criatura não estava abandonada, em particular, pelos poderes supremos da Criação. A bondade de Deus excedia a toda a inteligência humana. Os que se haviam libertado da carne voltavam do Plano espiritual por confortar os que permaneciam a distância. Para Estêvão, ele fora verdugo cruel; para Abigail, noivo ingrato. Entretanto, permitia o Senhor que ambos regressassem à paisagem caliginosa do mundo, reanimando-lhe o coração. A existência planetária alcançava novo sentido nas suas elucubrações profundas. Ninguém estaria abandonado. Os homens mais miseráveis teriam no Céu quem os acompanhasse com desvelada dedicação. Por mais duras que fossem as experiências humanas, a vida, agora, assumia nova feição de harmonia e beleza eternas.


A Natureza estava calma. O luar esplendia no alto em vibrações de encanto indefinível. De quando em quando, o vento sussurrava de leve espalhando mensagens misteriosas. Lufadas cariciosas acalmavam a fronte do pensador, que se embevecia na recordação imediata de suas maravilhosas visões do mundo invisível.

Experimentando uma paz até então desconhecida acreditou que renascia naquele momento para uma existência muito diversa. Singular serenidade tocava-lhe o espírito. Uma compreensão diferente felicitava-o para o reinício da jornada no mundo. Guardaria , para sempre. O o a e o seriam seus companheiros inseparáveis. Cheio de dedicação por todos os seres, aguardaria as oportunidades que Jesus lhe concedesse abstendo-se de provocar situações, e, nesse passo, saberia tolerar a ignorância ou a fraqueza alheias, ciente de que também ele carregava um passado condenável, que, nada obstante, merecera a compaixão do Cristo.


Somente muito depois, quando as brisas leves da madrugada anunciavam o dia, o ex-doutor da Lei conseguiu conciliar o sono. Quando despertou, era manhã alta. Muito ao longe, Tarso havia retomado o seu movimento habitual.

Ergueu-se encorajado como nunca. O colóquio espiritual com Estêvão e Abigail renovara-lhe as energias. Lembrou, instintivamente, a bolsa que o pai lhe havia mandado. Retirou-a para calcular as possibilidades financeiras de que podia dispor para novos cometimentos. A dádiva paterna fora abundante e generosa. Contudo, não conseguia atinar, de pronto, com a decisão preferível.

Depois de muito refletir, decidiu adquirir um tear. Seria o recomeço da luta. A fim de consolidar as novas disposições interiores, julgou útil exercer em Tarso o mister de tecelão, visto que ali, na terra do seu berço, se ostentara como intelectual de valor e aplaudido atleta.


Dentro em pouco, era reconhecido pelos conterrâneos como humilde tapeceiro.

A notícia teve desagradável repercussão no lar antigo, motivando a mudança do velho Isaac, que, após deserdá-lo ostensivamente, transferiu-se para uma de suas propriedades à margem do Eufrates, onde esperou a morte junto de uma filha, incapaz de compreender o primogênito muito amado.

Assim, durante três anos, o solitário tecelão das vizinhanças do Tauro exemplificou a humildade e o trabalho, esperando devotadamente que Jesus o convocasse ao testemunho.




Mt 19:16.


Mais tarde na 2Cor 12:2, Saulo afirmava: — “Conheço um homem em Cristo que há 14 anos (se no corpo não sei, se fora do corpo não sei; Deus o sabe) foi arrebatado até ao terceiro Céu. E sei que o tal homem foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, de que ao homem não é lícito falar.” Dessa gloriosa experiência o Apóstolo dos gentios extraiu novas conclusões sobre suas ideias notáveis, referentemente ao corpo espiritual. (Nota de Emmanuel)


is 53:4
Jesus em Nós

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 2
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

CHICO — É verdade.



CHICO — Eu tenho aprendido com os amigos espirituais que o Antigo Testamento é o símbolo do homem batendo às portas da Providência Divina, pedindo uma revelação de luz para que a estrada da criatura humana seja iluminada, e que o Novo Testamento é a resposta da Divina Providência ao homem, muitas vezes, desesperado e se dando a esse caminho.

Os profetas significam a pergunta e Jesus a resposta.

Então, eles ensinam, esses amigos da Espiritualidade, que nós devemos considerar os antigos profetas como nossos antepassados autênticos, aqueles que nos deram bases para que fosse feita a genealogia de Nosso Senhor Jesus-Cristo, aqui na Terra, sabendo nós que Ele é considerado filho de nossa Mãe Santíssima, Maria de Nazaré, da tribo de Davi.

Nós devemos aos nossos antepassados o maior respeito e no texto de Isaías, (Is 53:4) no Antigo Testamento, existem trechos que são absolutamente proféticos, anunciando aquele que viria até nós para se sobrecarregar de nossas dificuldades, para liquidá-las.

Basta que se leia o livro de Isaías, para que vejamos a importância do Judaísmo e que o Cristianismo é filho do Judaísmo. Consequentemente, portanto, nós não poderemos encontrar diferença nenhuma, mas sim, um respeito muito grande para com aqueles que sofreram e lutaram para que Jesus viesse até nós.


Francisco Cândido Xavier
Emmanuel


André Luiz

is 53:1
Opinião espírita

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 53
Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira
André Luiz
O Evangelho segundo o Espiritismo—

Natural e nem podia ser de outro modo.

Respirará na Terra por alvo de permanente observação à guisa de ator supliciado na ribalta da vida…

Caminhando sob a ironia de muitos qual um peregrino sem pouso certo…

Incompreendido nos melhores propósitos, figurando-se pobre sentenciado a sistemático abandono sem apelação de qualquer natureza…

Considerado na categoria de louco, muita vez, pelos entes mais caros…

Dilapidado nos interesses imediatos, como se estivesse automaticamente deserdado de todos os bens…

Preterido onde se encontre qual se fosse irresponsável…

Experimentado por golpes e zombarias, sob o guante da antipatia gratuita…

Sobrecarregado de obrigações à maneira de escravo, submetido às exigências e caprichos de muita gente…

Espancado nos sentimentos qual se trouxesse no peito um coração de mármore…

Perseguido nas realizações, cercado de desafetos que ajuntou sem querer…

Mal interpretado nas palavras que profira, qual forasteiro a expressar-se por idioma desconhecido…

Desajustado onde more, apontado por estrangeiro no próprio rincão natal…

Injuriado nos pontos de vista, parecendo o indesejável representante de detestada minoria…

Ferido nas próprias aspirações, como se nunca devesse necessitar de carinho…

Contrariado em todos os desejos, qual criança que vagueia, enjeitada de todos…

Sacrificado nas menores aquisições, lembrando um pária sem apoio e sem rumo…

Tentando a quedas morais em cada momento, à maneira de viajante numa estrada marginada de abismos…

Condenado sem culpa qual inocente no banco dos réus…

Humilhado sem razão à feição do homem reto inconsideradamente relacionado por malfeitor…


Qual acontecia ao cristão simples e verdadeiro da era apostólica, assim viverá todo espírita sincero que aspire à renovação de si mesmo, realmente consagrado a servir com Jesus pela vitória do Evangelho. [O texto acima é uma paráfrase do Is 53:1 que profetizou as angústias que faríamos sofrer o SENHOR]




(Psicografia de Waldo Vieira)



Diversos

is 53:2
Falando a Terra

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 12
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Indubitavelmente, a morte do corpo é uma caixa de surpresas, que nem sempre são as mais agradáveis à nossa formação.

O homem vaidoso presume-se o centro de todas as atenções em seu quadro social, nas horas rápidas da carne, e chega a se julgar herói, com direito ao respeito de todos, por força de algum serviço que lhe haja afixado o nome nas galerias da evidência; mas o ciclone da realidade sopra, impetuoso, e dá por terra com esse ídolo de pés de barro, que fragorosamente se abate do altar a que se elevou.

Desce a alma à espessa corrente do humano, sorvendo o licor do esquecimento, enquanto as células físicas lhe reclamam cuidado; e, retomando lugar nas antigas fileiras de quantos se debatem no rio da ilusão, procura, com sede, o néctar da fantasia, que lhe confere simplesmente o sonho louco de transitório domínio.

Sempre a velha história do amblíope no país dos cegos. Enxergando imperfeitamente aquilo que os demais estão impossibilitados de ver, exorna a cabeça com a láurea de uma soberania ridícula, pois que, em verdade, mais cedo que supõe, é compelido a renovar os órgãos visuais para a contemplação mais justa da vida.

Antigamente, combatíamos o cativeiro e brandíamos o tacape da nossa indignação contra a megalomania escravagista. Usávamos a lâmina da palavra e fomentávamos o espírito revolucionário contra a displicência dos senhores rurais que mantinham na América o feudalismo da crueldade, pretendendo encontrar neles, com o nosso requinte de sarcasmo, os monstros infernais do chicote e da senzala, que a aristocracia do dinheiro e do poder metamorfoseava em sorridentes barões. E, ainda hoje, admitimos que não incorríamos em erro, zurzindo-lhes o costado com o látego da frase corretiva, semelhante ao cáustico que o médico, por zelo profissional, aplica numa chaga viva; entretanto, se o nosso concurso valeu, indiscutivelmente, para libertar milhares de companheiros asfixiados no tronco da humilhação ou enclausurados no quilombo da angústia, livrando-os da perseguição sistemática de capatazes impiedosos, em despertando além da morte reconhecemo-nos na situação de misérrimos escravos de nossas próprias paixões. Nós, que havíamos advogado a causa da abolição, que subíramos à tribuna para estigmatizar a maldade dos poderosos, que choráramos, expondo em público a miséria dos mais infelizes, acordávamos, por nossa vez, sob pesados grilhões.

Onde o maior grau de inconsciência? No homem que, por ignorância, procura aproveitar os braços de seu irmão para favorecer o próprio interesse, ou naquele que, embora integrado no pleno conhecimento das suas responsabilidades, se rende à tirania dos impulsos inferiores, que lhe aniquilam a vida?

Se eu pudesse voltar ao mundo, sem hesitação retomaria meus velhos sonhos de liberdade, mas não deixaria de observar os princípios enobrecedores na luta prática.

Quem não faz quanto ensina nos arraiais do bem, pode ser um sonhador, benéfico para os outros, mas infinitamente perigoso para si mesmo.

Aqui, encontrei muitos ricos que se aproveitaram de minha palavra para a reconciliação com a própria consciência, e que me estenderam fraternas mãos para meu reerguimento. Eu era o clínico enfermo, que os doentes melhorados ou restaurados vinham auxiliar.

O homem, cuja inteligência superara o ambiente em que nascera, cuja língua dominava multidões e que esvurmara as úlceras sociais do seu tempo, vivera distanciado de si mesmo, sem coragem de aplicar aos próprios sentimentos o cautério que prescrevia à alheia conduta.

A morte, porém, é processo revelador de caracteres e corações, e hoje compreendo que, se noutro tempo era necessário delir a nódoa da escravidão nas órbitas exteriores da vida, reconheço também que o cativeiro das paixões, no mundo interno, é o domínio das trevas sobre nós, exigindo-nos enorme capacidade de renúncia para derribá-lo, com vistas ao reassentamento dos princípios que nos sustentam o ser em função do Supremo Bem.

Agora, observo, com mais clareza, a missão do Divino Libertador. Jesus, naturalmente, não encabeçou qualquer movimento de extinção da escravocracia de seu tempo, não porque abonasse a indébita apropriação do trabalho de muitos por alguns, mas pela extrema compaixão, que muito mais a merecem dominadores do que servos.

Aos seus olhos compassivos, aquele que repousava molemente sobre as almofadas do poder se lhe afigurava mais digno de piedade que o infortunado cativo, desfeito em copioso suor. Os mais infelizes não se encontravam nos serviços pesados do ministrar-se a alimentação, a higiene ou o ensino, mas na glória vazia dos titulares e dos libertos, impando de autoridade e de ouro, sem recursos, no entanto, para o desenvolvimento espiritual, encastelados na fortaleza da ilusão e da ignorância que a situação lhes impunha ou que os privilégios lhes outorgavam.

Escravidão! Escravidão! Quantos contrastes surpreendentes encerras! Não raro, o homem que se vale dos semelhantes para fins inconfessáveis, simplesmente estaciona, desditoso, na estrada, para favorecer o engrandecimento íntimo dos que o servem, quando não se impõe sobre os demais, arrojando-se, então ao despenhadeiro da miserabilidade.

O progresso pede ação, luta e sacrifício. Muitas vezes, quando supomos subir entre os homens, estamos descendo perante as leis que nos regem; ao passo que muita gente, considerada verme rastejante nos últimos degraus da torre social ao mundo, está realmente em sublime processo de elevação e aperfeiçoamento.


Do Mestre imperecível profetizou Isaías:

— “Nascerá como arbusto verde em terreno estéril!… Viverá na secura do chão árido, sem graça nem beleza… Asfixiado de ignomínias, caminhará sob o desprezo dos homens. Assediado pelo sarcasmo do povo, não merecerá consideração!….É que Ele suportará o fardo imenso de nossas culpas, avocando a si os nossos padecimentos. Muitos enxergarão n’Ele um homem desditoso, dobrado ao peso da cólera de Deus, mas os nossos próprios delitos é que serão úlceras dolorosas a atormentá-lo… Todavia, em suas chagas encontraremos a nossa redenção. Somos o rebanho disperso no mundo e, para congregar-nos no caminho reto, sofrerá Ele o peso de nossas iniquidades… Amargurado e ferido, não desferirá o mais leve queixume, deixando-se conduzir qual cordeiro ao sacrifício. A sua morte passará como sendo a de um malfeitor, mas, desde o momento em que oferecer a sua vida por amor a todos, verá surgir numerosa descendência e os interesses divinos encontrarão milagrosa prosperidade em suas mãos!…” (Is 53:2)


O maior apostolado que o mundo conheceu foi realizado no cativeiro do serviço e da renúncia, com amor e com alegria.

Sirva-nos, deste modo, a Divina Lição.


is 53:11
Irmãos Unidos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 16
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Dez opiniões, em torno de Jesus, nas revelações do Velho Testamento, dos Evangelhos e da Doutrina Espírita.


1 — De Isaías: “Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito…” — Is 53:11.


2 — Do Mensageiro Angélico: “Não temais; eis que vos trago novas de grande alegria que o será para todo o povo, pois, hoje, na cidade de David vos nasceu o Salvador, que é o Cristo Senhor.” — Lc 2:10.


3 — De João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo.” — Jo 1:29.


4 — De Nicodemos: “Rabi, sabemos que és Mestre, vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele.” — Jo 3:2.


5 — De Simão Pedro: “Tu és o Cristo, filho de Deus vivo.” — Mt 16:16.


6 — De Pilatos: “Não vejo neste homem culpa alguma.” — Lc 23:4.


7 — De Allan Kardec: “Mas o papel de Jesus não foi o de um simples legislador moralista, tendo por exclusiva autoridade a sua palavra. Cabia-lhe dar cumprimento às profecias que lhe anunciaram o advento; a autoridade lhe vinha da natureza excepcional do seu Espírito e da sua missão divina.” — .


8 — Do Espírito de Verdade: “Jesus-Cristo é o vencedor do mal…” — .


9 — Do Espírito de Fénelon: “Um dia, Deus em sua inesgotável caridade, permitiu que o homem visse a verdade varar as trevas. Esse dia foi o do advento do Cristo.” — .


10 — E tendo Allan Kardec formulado a seguinte pergunta ao Mundo Espiritual: “Qual o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao Homem, para lhe servir de guia e modelo?” Os Espíritos Instrutores que orientaram a Codificação Kardequiana responderam: “” — .


(.Humberto de Campos)


Honório Onofre de Abreu

is 53:4
O Evangelho por Dentro

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 40
Wagner Gomes da Paixão
Honório Onofre de Abreu

MT 22:45


PORTANTO, SE DAVI O CHAMA SENHOR, COMO ELE É SEU FILHO?

PORTANTO, - Todos os processos da existência física caracterizam-se por indução ao despertamento moral, de vez que o supremo objetivo da vida material é a revelação das potências da alma (O Livro dos Espíritos, questão 167; O Espírito da Verdade, Capítulo 82). A terminologia PORTANTO, abrindo caminho de luminosa verdade - estribada em fatos - representa a culminância do aprendizado que Jesus propõe à Humana Família.


SE DAVI O CHAMA SENHOR, - A história da Terra se prende a ascendentes espirituais que remontam à aurora dos tempos conhecidos e exercitados por nós, os antigos habitantes do Orbe (Gn 1:1-5; A Caminho da Luz, Capítulo 1, subtítulo OS PRIMEIROS TEMPOS DO ORBE TERRESTRE).


Através do regime da interdependência, a evolução se processa no Cosmos, em cadeias de cooperação e sugestão ativa, tanto quanto por ondas de trabalho e realizações de natureza coletiva (Pensamento e Vida, Capítulo 8). Reconhecendo essa dinâmica de indução ao progresso e à iluminação interior, embora os tropeços e viciações, que tão somente terminam por confirmar o poder inviolável do Amor, fácil se torna a identificação de Jesus, o Cristo de Deus, por máxima autoridade de nosso Planeta, guiando seus habitantes e harmonizando, com sabedoria, todos os processos aqui vigentes, no rumo da perfeição 120 que Ele - senhor de todas as possibilidades - domina e estampa no próprio Espírito (A Caminho da Luz, Capítulo 1, subtítulo O DIVINO ESCULTOR; A Gênese, Capítulo 17, item 26; Hb 2:14-18; Hb 3:5-6).


COMO ELE É SEU FILHO? - As experiências amadurecem os raciocínios, depurando impressões e sentimentos. somente nessa base, que podemos denominar de ABERTURA DO CAMPO MENTAL, os indivíduos logram enxergar e sorver o conteúdo das revelações divinas, pois passam a atender e nutrir seus anseios de crescimento e floração na Vida Eterna (O Livro dos Espíritos, questões 779 a 780b; Jo 14:9-12).


Analisando os registros bíblicos a respeito de Davi, percebemos nele um servidor na escala evolutiva e em bases genealógicas para que Jesus surgisse em cumprimento das profecias (com base nas causas, os Espíritos superiores podem profetizar as consequências, dentro do fluxo expansionista da evolução dos seres) e para fixação de novos ciclos de progresso comum (is 53:4-5), o que efetivamente ocorreu, pois foi inaugurada na Terra a Era da Verdadeira Moral, com o Evangelho do Amor (Mt 5:17-18; O Evangelho segundo o Espiritismo, Capítulo 1, itens 3:4).


Em verdade, o filho é sempre a resultante dos propósitos que se formalizam no pai. Em termos morais e espirituais, o que detém maior autoridade é o senhor, fecundando com seu poder os que remanescem na evolução e tão somente a partir de sincera abertura de coração, por boa vontade e em humildade, será possível vencer-se a si mesmo, a seu orgulho e egoísmo, que, por sua vez, restringem a percepção real da vida e da felicidade interior (O Livro dos Espíritos, questão 798; Mt 19:23; Instrumentos do Tempo, Capítulos 9:17).



Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

is 53:4
Sabedoria do Evangelho - Volume 2

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 16
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 8:16-17


16. Ao chegar a tarde, trouxeramlhe muitos obsidiados; e ele expeliu os espíritos com a palavra e curou todos os doentes,


17. para cumprir-se o que foi dito através do profeta Isaias: "Ele mesmo tomou as nossas fraquezas, e removeu nossas enfermidades".


MC 1:32-34


32. Ao chegar a tarde, estando sol já posto, traziam-lhe todos os doentes e obsidiados:


33. e toda a cidade estava reunida diante da porta.


34. Então curou muitos que se achavam doentes de diversas moléstias e expulsou muitos desencarnados e não permitiu que os desencarnados falassem, porque sabiam (quem ele era).


LC 4:40-41


40. Ao por do sol, todos os que tinham enfermos de várias moléstias lhos trouxeram; e ele, impondo as mãos sobre cada um deles, os curou.


41. Também de muitos saíram os espíritos desencarnados, gritando: "Tu és o Filho de Deus"". Ele, repreendendoos, não lhes permitia que falassem, porque sabiam que ele era o Cristo.


A libertação do obsidiado, na sinagoga, espalhou-se por toda Cafarnaum, muito favorecendo a divulga ção o fato de, aos sábados, não podendo trabalhar nem perambular, ficarem os israelitas à frente de suas casas, em longas conversas, cujo teor corria de rua em rua.


O resultado é que, logo após terminar o descanso ritualístico, às 18 horas ("logo após o por do sol", como bem esclarece Marcos), todos se movimentarem para levar seus enfermos e obsedados à residência de Jesus, na casa de Pedro.


As expressões "muitos" e "todos" são equivalentes. Mateus cita Isaías (Isaías 53:4) pelo texto hebraicomassor ético; aí, porém, se afirma que "o Messias deverá tomar sobre si (fisicamente) as enfermidades", o que não é o caso.


Lucas mostra Jesus a proibir que os "espíritos" desencarnados falem a seu respeito, "porque sabiam que ele era o Cristo". A todos Jesus atendia carinhosamente, livrando os obsidiados e curando os enfermos.


Mais uma lição de SERVIÇO, que jamais deve ser negado pela individualidade: é através da libertação das personalidades ainda presas ao resgate das dívidas do passado, que as criaturas poderão um dia compreender o caminho que se lhes abre diante. Só uma pessoa, que pode superar seus problemas, consegue atingir a visão da estrada a percorrer.


Ensina-nos, também, que mesmo o Espírito liberto, e a viver na individualidade, deve cuidar de seus veículos físicos, procurando curar-se de suas doenças, libertando-os de seus apegos e obsessões pelas coisas materiais. Pelo fato de havermos passado a um degrau superior, nem por isso devemos descuidar, e muito menos maltratar, os veículos inferiores que nos ajudam na caminhada: o motorista deve cuidar bem do seu automóvel, senão poderá este deixá-lo no meio da estrada.


Evitemos, porém, intransigentemente que nos teçam elogios, ainda que esses elogios digam a verdade.


Não basta gabar-se: nem mesmo que os outros o façam deve ser permitido por nós. Por mais elevados que estejamos, seremos os primeiros a reconhecer que muito nos falta a percorrer: a humildade REAL é, como definiu uma grande amiga nossa, "o conhecimento de nossa participação na Vida", portanto a simplicidade da aceitação daquilo que se nos apresenta, e não as palavras e impressões que possam provir de outros a nosso respeito.


is 53:7
Sabedoria do Evangelho - Volume 1

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 25
CARLOS TORRES PASTORINO
MT 3:13-17

13. Depois veio Jesus da Galileia ao Jordão ter com João, para ser mergulhado por ele.


14. Mas João objetava-lhe: "Eu é que preciso ser mergulhado por ti e tu vens a mim"?


15. Respondeu-lhe Jesus: "Deixa por agora; porque assim nos convém cumprir toda justiça". Então ele anuiu.


16. E Jesus tendo mergulhado, saiu logo da água; e eis que se abriram os céus e viu o espírito de Deus descer como pomba sobre ele,


17. e uma voz dos céus disse: "Este é meu filho amado, com quem estou satisfeito".


MC 1:9-11

9. Naqueles dias veio Jesus de Nazaré da Galileia, e foi mergulhado por João no Jordão.


10. Logo ao sair da água, viu os céus se abrirem e o espírito, como pomba, descer sobre ele.


11. E ouviu-se uma voz dos céus: "Tu és meu Filho amado, estou satisfeito contigo".


LC 3:21-22

21. Quando todo o povo havia sido mergulhado, tendo sido Jesus também mergulhado, e estando a orar, o céu abriu-se


22. e o espírito santo desceu como pomba sobre ele em forma corpórea, e veio uma voz do céu: "Tu és meu Filho amado, estou satisfeito contigo. "


Pela cronologia que estudamos, o Mergulho de Jesus deve ter ocorrido cerca de dois a três meses antes da Páscoa do ano 29 (782 de Roma), tendo Jesus perto de 35 anos (Santo Irineu, Patrologia Graeca, vol. 7, col. 783 e seguintes, diz que "no batismo" tinha Jesus 30 anos; no início de sua missão, 40 anos; e à sua morte, 50 anos; baseia-se em motivos místicos e em JO 8:57). A expressão de Lucas "cerca de 30 anos" apenas serve para justificar que Jesus já tinha a idade legal (30 anos) para começar sua" vida pública".


As igrejas orientais celebram, desde o 4. º século, a data do mergulho a 6 de janeiro, no mesmo dia em que comemoram a visita dos magos ou epifania (Duchesne, Origines du culte chrétien, 4. ª edição, páginas 263 e 264).


Pela tradição, parece que o ato foi celebrado na margem direita (ou ocidental) do Jordão, nas cercanias de Jericó.


Os "Pais" da igreja buscam "razões" para o mergulho ou "batismo" de Jesus: para dar exemplo ao povo; por humildade; para autorizar o mergulho de João, aprovando-o: para provocar o testemunho do Espírito, revelando-se ao Batista; para santificar as águas do Jordão com sua presença e com os fluídos que saíam de seu corpo; para confirmar a abolição do rito judaico do "batismo"; para aprovar o rito joanino, etc. João procurou evitar o mergulho de Jesus. O verbo diekóluen está no imperfeito de repetição: "esforçava-se por evitá-lo", com várias razões, dizendo: "eu é que devo ser mergulhado por ti".


João conhecia Jesus perfeitamente. Com efeito, sendo Isabel e Maria "parentas" (primas?), tendo Maria" se apressado a visitar Isabel" em sua gravidez, e com ela morando durante três meses, é evidente que as relações entre as duas famílias eram de intimidade, e Jesus e João se hão de ter encontrado várias vezes, embora, pela prolongada ausência de Jesus (dos 12 aos 35 anos) e pela estada de João no deserto, talvez se não tivessem visto nos, últimos anos.


A resposta de Jesus é incisiva: "deixa por enquanto". A necessidade, salientada por Jesus, de "cumprir toda justiça", tem o sentido de "realizar tudo o que está previsto com justeza", ou "fazer tudo direito como convém".


E João anuiu, realizando o mergulho de Jesus, com o que demonstrou também verdadeira humildade (não a falsa humildade, que se recusa a ajudar um superior, dando-se "como indigno" ...) : houve a tentativa de recusa sincera, mas logo a seguir, dadas as razões, houve anuência, sem afetação.


Agora chegamos aos fatos, que enumeramos para facilitar o comentário: 1) Jesus mergulha e sai imediatamente (eythys) da água. Aqui chamamos a atenção do leitor para o mergulho (batismo) que não era por aspersão nem por derramamento de água na cabeça, mas era realmente mergulho, tanto que Jesus "sai da água", onde havia mergulhado totalmente (com cabeça e tudo), costume que se manteve na igreja católica até, pelo menos, o século XI, notando-se que só era conferido a pessoas adultas, acima da idade da razão. Cirilo de Jerusalém (Catecismo, 20,2) ao discursar aos recém "batizados", diz: "à vossa entrada (no batistério) tirastes a túnica, imagem do homem velho que despistes. Assim desnudados, imitáveis a nudez de Cristo na Cruz... coisa admirável: estáveis nus diante de todos e não tínheis acanhamento: éreis a imagem de nosso primeiro pai, Adão". E na vida de. João Crisóstomo (Patrologia Graeca, vol. 47, col. 10) Paládio escreve: " Era Sábado-santo. A cerimônia do batismo ia começar e os catecúmenos nus esperavam o momento de descer na água. Foi quando irrompeu um bando de soldados que invadiu a igreja para expulsar os fiéis. Corre o sangue e as mulheres fogem nuas, pois lhes não permitiram apanhar suas roupas".


Lucas acrescenta: "estando Jesus a orar", coisa que esse evangelista de modo geral registra (cfr.


LC 5:16; LC 6:12; LC 9:18; LC 11:1; LC 22:24), talvez compreendendo o grande valor da prece e demonstrando que, em todas as ocasiões mais graves, Jesus elevava seu pensamento em prece.


Figura "O MERGULHO DE JESUS" - Desenho de Bida, gravura de L. Massad 2) os céus se abriram - céus ou ar atmosférico. Como se abriram? Daria ideia de que algo tivesse sido visto por trás da abertura. O que? Ou seria apenas uma luz mais forte que tivesse aparecido, dando a impressão de abertura? Marcos usa a expressão "os céus se fenderam" ou "rasgaram" (mesmo termo que se emprega para roupa ou rede que se rompe), verbo que também hoje se diz: "um raio rasgou os céus". Por aqui se vê que céu ou céus exprime a atmosfera, e não um lugar de delícias. 3) é visto o Espírito (Marcos e João), o Espírito de Deus (Mateus), o Espírito o Santo (Lucas). Mas de que forma foi percebido o Espírito? 4) "com a forma (Lucas: corporalmente) de uma pomba". Os quatro evangelistas empregam a conjunção comparativa "COMO". Nenhum deles diz que ERA uma pomba, mas que era COMO uma pomba. O advérbio "corporalmente" (somatikó) empregado por Lucas indica a razão de haver sido comparado o Espírito a uma pomba: era a aparência do corpo de uma pomba. Trata-se da shekinah, luz que desce em forma de V muito aberto: tanto assim que todas as figurações artísticas, desde os mais remotos tempos, apresentam uma pomba de frente, e de asas abertas, e jamais pousada e de asas fechadas. Os artistas possuem forte intuição. 5) descer sobre ele ("e permanecer", João). Todas essas ocorrências narradas (que numeramos de 2 a 5) são fenômenos físicos de vidência. A luz não estava parada, mas se movimentava, descendo sobre Jesus. Essa descida é que empresta a forma maior profundidade ao centro e maior elevação dos lados fazendo que pareça (imagem óptica bem achada) uma pomba em voo. O Espírito desceu sobre Jesus, sem forma, como uma luz que descia. Nele penetrou e permaneceu. Mas parecia, ou era como uma pomba. 6) e ouviu-se uma voz do céu. A própria atmosfera vibrou noutro fenômeno físico de audiência, desta vez com rumor de voz humana, que emitiu um som e articulou palavras claras, audíveis e compreendidas:

"este é meu Filho amado, com quem estou satisfeito", isto é, que aprovei, que me agradou.


Tendo-o chamado "meu Filho", deve supor tratar-se de um Espírito Superior ao de Jesus, que O amava como um pai ama o filho.


A expressão é de carinho. Comum ser dado e recebido esse tratamento por parte de pessoas que não são pais e filhos: sacerdotes assim tratam os fiéis, professores a seus alunos, superiores a seus subordinados, mais velhos a mais moços. E nas reuniões mediúnicas, então, é quase de praxe que assim o "espíritos" tratem os encarnados. Não significa, em absoluto, que a voz tenha sido de DEUS-PAI, simplesmente porque DEUS ABSOLUTO não é antropomórfico, não possui atributos humanos (em que idioma falaria Deus?).


Todos os fenômenos narrados são manifestações de efeitos físicos (vidência e audiência) que frequentemente ocorrem em reuniões espiritistas, com as mesmas características, percebidas por médiuns videntes e clariaudientes: céu que se abre, luzes que descem, vozes que falam. Para quem está habituado a assistir a essas cenas, elas se tornam naturais e familiares, embora sempre impressionem profundamente, pelas revelações que trazem. Autores antigos gregos e romanos, são férteis em narrativas desse gênero.


Quem percebeu esses fenômenos? Apenas João ou todos os presentes? Mateus e Marcos dão-nos a impressão de que só João viu e ouviu. Lucas nada diz: apresenta o fato. O evangelista João coloca as palavras na boca do Batista, como única testemunha ocular, não acenando à voz.


JO 1:29-34

29. No dia seguinte, viu João a Jesus que vinha a ele e disse: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o erro do mundo!


30. Este é o mesmo de quem eu disse: Depois de mim vem um homem, que começou antes de mim, porque existia primeiro que eu ;


31. eu não o sabia, mas para que ele fosse manifestado a Israel, é que eu vim mergulhar na água".


32. E João deu testemunho, dizendo: "Vi o Espírito descer do céu como pomba e permanecer sobre ele.


33. Eu não o sabia, mas aquele que me enviou para mergulhar na água, disse-me: "Aquele sobre quem vires descer o Espirito e ficar sobre ele, esse é o que mergulha num espírito santo".


34. E eu vi e testifiquei que ele é o Escolhido de Deus.


Mantivemos separado o texto de João, embora houvesse repetição de algumas cenas, porque a narrativa diverge dos sinópticos.


Em primeiro lugar, o evangelista que tanta importância dá à numerologia, assinala "no dia seguinte", reportando-se ao interrogatório do sinédrio, coisa de que os outros não cogitam. Não há necessidade, cremos, de interpretar ao pé da letra. Diríamos: "na segunda etapa". Mais adiante (versículo 35) ele repetirá a mesma expressão com o mesmo sentido, revelando então os três passos da evolução do caso: Primeiro, o interrogatório da personalidade (João), estabelecendo seus limites reais; segundo, o mergulho na individualidade, que passa a agir através da personalidade; terceiro, a transferência dos discípulos (de João) que abandonam também a personalidade, para aderirem à individualidade (Jesus).


Mas voltemos ao texto.


João viu Jesus vir até ele. Essa narrativa é posterior ao mergulho de Jesus, contado logo após, como fato já vivido anteriormente (vers’ 32, 33). E ele atesta diante dos discípulos: "Eis o Cordeiro de Deus que tira o erro do mundo".


Que significará "Cordeiro de Deus"? Seria uma alusão ao cordeiro pascal? ou ao "Servo de Yahweh" (ebed YHWH) segundo Isaías: "como um cordeiro levado à matança e como uma ovelha diante do tosquiador" (IS 53:7) ?


Ao cordeiro se atribuía a qualidade de "expiar os pecados do mundo", coisa que jamais foi atribuída a Jesus (cfr. Strack-Billerbeck, Kommentar zum neuen Testament aus Talmud und Midrasch München, 1924, tomo 2, pág. 368). A semelhança com Isaías é mais aparente que real. Além disso, o verbo empregado por João "tirar o erro" (airein) para esclarecer a verdade, é bem diverso do utilizado por Isaías (pherein) "tomar sobre si o erro, para expiá-lo como vítima". Nem pode admitir-se que, nessa época, se cogitasse de um Messias sofredor. Não obstante, alguns hermeneutas explicam, pelo sentido interno, que no momento da teofania (manifestação divina) do mergulho, João tenha compreendido todo o alcance da missão sacrificial de Jesus, tendo-lhe então aplicado a expressão "Cordeiro de Deus" no sentido exato de Isaías (veja capítulo 52:13-15 e 53:1-12).
Recordemos, de passagem que o latim AGNUS (cordeiro), como símbolo de pureza, aproxima-se de IGNIS (fogo) que, em sânscrito, língua-máter do latim, é AGNÍ com o sentido de fogo purificador, fogo do holocausto. Logo a seguir, João repete a frase sibilina que costumava dizer a seus discípulos: "depois de mim vem um homem, que começou antes de mim, porque existia primeiro que eu". Analisemo-la. " Homem", no. sentido de macho, de varão (ανηρ) . "Vem depois de mim" (οπισω µου), com significado temporal, isto é, aparecerá entre vós depois de mim"; e segue "que começou antes de mim", quer dizer "nasceu na eternidade, tornou-se ser" (γεγονεν, no perfeito) antes de mim (εµπροσθεν µου) .
Alguns interpretam "que me superou", ou "que passou à minha frente". E dá a razão: "porque existia primeiro que eu " (οτι πρωτος µου ην) . Clara aqui a reencarnação, ou, pelo menos, a preexistência dos espíritos. Jesus, COMO HOMEM, existia antes de João: então, COMO HOMEM, tomou corpo. E a conclusão lógica é que, se ficar provado que UM SÓ homem existiu antes do nascimento, fica automaticamente provada a preexistência PARA TODOS. E se a preexistência de UM SÓ espírito for comprovada, ele só poderá nascer na Terra por meio da "encarnação". E se pode realizar esse feito uma vez, poderá realizá-lo quantas vezes quiser ou de que necessitar para sua evolução.

Depois, concedendo uma explicação aos discípulos, o Batista revela-lhes por que fez essas afirmativas.


"Eu não o sabia, mas vim mergulhar na água para que ele fosse manifestado a Israel".


As traduções vulgares trazem "eu não o conhecia". Mas o verbo ηδειν do texto (mais-que-perfeito do perfeito presente do indicativo οιδα do verbo ειδω e portanto com sentido de imperfeito do indicativo), tem o significado primordial de "saber", ou "estar informado".

Então o Batista confessa que não tinha informação ou conhecimento total da missão de seu parente Jesus, mas que tinha vindo à Terra (reencarnado) para que ele, o Messias, pudesse manifestar-se. O testemunho do mergulho de Jesus era imprescindível para que João o reconhecesse como Messias, e como tal o apresentasse ao povo. Com isso, compreendemos melhor a frase de Jesus em Mateus: "deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda justiça", isto é, ajustar-nos ao que está previsto.


E continuam os esclarecimentos, dando o motivo por que soube de que se tratava "vi o Espirito descer do céu COMO pomba e PERMANECER sobre ele" . O pormenor de que o Espírito (não "santo" nem de "Deus", concordando com Marcos) "permaneceu" sobre Jesus, parece ser valioso e será repisado adiante.


Repete: "eu não o sabia", e explica: "mas aquele que me enviou para mergulhar na água, disse-me". A notícia de que "alguém" enviou João Batista à Terra (logo preexistência e reencarnação) é de suma importância e confirma as palavras do evangelista JO 1:6. Quem será esse "alguém" que enviou João à Terra? Acreditamos que o próprio Jesus (Yahweh) antes de encarnar, firmando-lhe na memória um fato típico que não seria esquecido: aquele sobre quem vires descer o Espírito e permanecer sobre ele, esse é o que mergulha num espírito santo" (em grego sem artigo). O sinal foi cumprido no mergulho de Jesus, que o evangelista supõe conhecido e dele não fala.


E conclui: "eu vi e testifiquei que esse é o Escolhido de Deus". As traduções vulgares trazem "Filho de Deus", lição dos manuscritos Borgianus (T), século 5. º; Freerianus (W), século 5. º; Seidelianus II (H), Mosquensis (VI) e Campianus (M) do século 9. º. Mas preferimos a lição o "Escolhido de Deus" (О Εκλεκτος του Θεου), porque é atestada por mais antigos e importantes manuscritos: Papyrus Oxhirincus (Londres, do século 3. º), pelo sinaítico (séc. 4. º), Vercellensis (séc. 4. º), Veronensis (séc. 4. º), e pelas versões siríacas sinaítica (séc. 4. º) e curetoniana (séc. 5. º), pela sahídica, assim como pela Vetus Latina (codex Palatinus, séc. 4. º), bem como por Ambrósio, que foi bispo de Milão no século 4. º.

Além disso, a expressão "Escolhido de Deus" é muito empregada no grego dos LXX e em o Novo Testamento (cfr. IS 43:20; SL 105:4; Sap. 3:9; 2CR 8:15; MT 20:16; MT 22:14; MT 24:22, MT 24:24, MT 24:31; MC 13:20, MC 13:22, MC 13:27; LC 18:7; LC 23:35; JO 1:34 (este); RM 8:33 e RM 16:13; CL 3:12; 1TM 5:21; 2TM 2:10; TT 1:1; 1PE 1:1; 1PE 2:4, 1PE 2:6, 1PE 2:9; 2 JO 1, 13; AP 17:14).


Temos, pois, razões ponderáveis para aceitar nossa versão, que dá a medida das coisas nesse momento: João viu e deu testemunho, de que Ele, Jesus, era o "escolhido de Deus" para a missão de Messias, o Enviado Crístico.


No mergulho de Jesus, encontramos farto material de estudo.


Diz a Teosofia que, no momento do mergulho, o "espírito" de Jesus saiu do corpo, deixando-o para que nele entrasse, como entrou, o "espírito" do Cristo, que aí permaneceu até o momento da crucifica ção.


A ideia está expressa de maneira incompreensível. Mas assim mesmo, através dessas palavras, percebemos a realidade do que houve.


Jesus, como personalidade, manifestou tão grande humildade, que se aniquilou a si mesmo. E o aniquilamento da personalidade, pela renúncia a qualquer vaidade e orgulho, foi tão grande, que não mais agiu daí por diante. E isso fez que, através de Jesus, só aparecesse e só agisse o seu Cristo Interno, isto é, a Sua individualidade Crística, o Eu divino. Essa é a meta de todas as criaturas: "quem quiser seguir-me, negue-se a si mesmo" (MT 16:24), anule sua personalidade, com a humildade máxima, e então poderá seguir a mesma estrada que Jesus, que a viveu antes para dar-nos o exemplo vivo e palpitante de humildade e aniquilamento.


João Batista é o protótipo da personalidade já espiritualizada.


Nasce antes de Jesus, o que exprime que a evolução da personalidade se dá antes da individualidade.


João é "a voz que clama preparando o caminho para o Senhor", ou seja, para a individualidade. Daí dizer (JO 3:30): "é necessário que Ele (Jesus, a individualidade) cresça, e que eu (João, a personalidade) diminua". Não fora esse o sentido, haveria contradição com o que foi antes dito: "é tão grande, que não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias". Se já era tão superior a João, porque teria que CRESCER? E se João era tão pequeno, por que teria que DIMINUIR? Não seria o caso de João dever progredir, aperfeiçoar-se, CRESCER, para tornar-se grande como Jesus? A meta não é o crescimento espiritual? Mas aí se trata é da oposição entre a personalidade e a individualidade: para que a segunda CRESÇA só há um caminho: é fazer que a primeira DIMINUA até ANULARSE.


Só assim podemos compreender essa frase de João. O intelecto iluminado de João percebe a Luz da Verdade, a Bondade do Amor e o Fogo do Poder de Cristo, e o anuncia como o "Cordeiro de Deus", pregando a necessidade da metánoia, isto é, da "reforma mental", a fim de perceber o "reino de Deus" que, diz ele, "se aproxima de vós", ou melhor, porque estais prestes a penetrar os mistérios recônditos do Eu Supremo.


O conhecido "batismo" deve ser entendido no sentido real e pleno da palavra original grega: MERGULHO.


Com efeito, é o mergulho consciente na presença de Deus dentro de nós, em nosso coração, mergulho esse que dá o desenvolvimento pleno à individualidade, ao Espírito.


João, a personalidade, só realiza o "mergulho na água", isto é, o mergulho exterior; mas Jesus (a individualidade) veio exemplificar-nos o mergulho "no fogo" (AGNÍ) da Centelha de Deus em nosso coração - por isso, em nossos comentários acenamos à semelhança da raiz latina AGNUS (cordeiro), em grego "Amnós", com o sânscrito "agní" - e "no Espírito", ou seja, no Eu profundo, nosso verdadeiro Eu espiritual que é o Cristo Cósmico.


ESPÍRITO


Vamos aproveitar para esclarecer a distinção que fazemos das diversas acepções da palavra ESPÍRITO.


Ora o escrevemos entre aspas e com inicial minúscula: o "espírito", e queremos então referir-nos ao termo comum de espírito desencarnado, isto é, ao espírito da criatura que ainda está preso à personalidade, com um rótulo, ou seja, um NOME: por exemplo, o "espírito" de João, o "espírito" de Antônio, etc. Doutras vezes escrevemos a palavra com inicial maiúscula: o Espírito, e com isso significamos a individualidade, ou seja, o trio superior composto de Centelha Divina, Mente e Espírito, mas sem nome, não sujeito a tempo e espaço. Então, quando o Espírito se prende à personalidade, passa a ser o "espírito" de uma criatura humana, encarnada ou desencarnada. O Espírito é o que está em contato com o Eu Profundo, enquanto o "espírito" está em contato com o "eu" pequeno, que tem um nome. Somos forçados a fazer estas distinções para que as ideias fiquem bem claras. Além desses, temos o "Espírito" de Deus, ou o "Espírito" Santo, que é a manifestação cósmica da Divindade, também chamado o Cristo Cósmico, de que todos somos uma partícula, um reflexo; em nós, o Cristo é denominado "Cristo Interno" ou Centelha Divina, e é a manifestação divina em cada um de nós. Não se pense, entretanto, que a reunião de todas as Centelhas divinas ou "mônadas" das criaturas forme o Cristo Cósmico. Não! Ele está imanente (dentro de todos nós), mas é INFINITO e, portanto, é transcendente a todos, porque existe ALÉM de todos infinitamente. O mergulho de que falamos exprime, em primeiro lugar, o ENCONTRO do "espírito" (personalístico) com o seu próprio Esp írito (individualidade), e depois disso, em segundo lugar, a absorção do Espírito no mais recôndito de seu EU profundo, ou seja, a UNIFICAÇÃO do Espírito com o Cristo Interno, com sua consequente INTEGRAÇÃO com o Cristo Cósmico.


Quando a criatura dá esse mergulho profundo, o Espírito de Deus "desce sobre ele e nele permanece", porque a união é definitiva e absorvente. Para conseguir-se o mergulho, temos que ir ao encontro de Deus em nosso coração, mas também temos que aguardar que Deus desça a nós, ou seja, temos que esperar a "ação da graça", para então realizar-se o Encontro Sublime.


A forma de pomba, percebida pelo Batista e por ele salientada, simboliza a paz interior permanente, essa "paz que o mundo não dá" (JO 14:27). E a Voz divina o revela aos ouvidos internos do mensageiro, como o "Filho Amado", como o "escolhido", confessando-se satisfeito com ele.


Esse mergulho foi compreendido por Paulo de Tarso. Escreveu ele: "todos quantos fostes mergulhados em Cristo, vos revestistes de Cristo" (GL 3:27). Desde que o homem mergulha em seu íntimo, passa a ser revestido do Cristo Interno, como foi Jesus. Quase que o interior se torna exterior, e a personalidade, ao anular-se, cede lugar à individualidade que começa a manifestar-se externamente:

"não sou mais eu (personalidade) que vivo: é Cristo (individualidade) que vive em, mim" (GL 2:20).


E acrescenta: "agora Cristo será engrandecido em meu corpo (personalidade), quer pela vida, quer pela morte, pois para mim o viver é Cristo, e o morrer (a personalidade) é lucro" (FP 1:20-21) . E explica: "por isso nós, de agora em diante, não conhecemos a ninguém segundo a carne (a personalidade): ainda que tenhamos conhecido a Cristo segundo a carne, agora, contudo, não O conhecemos mais desse modo; se alguém está em Cristo, é nova criatura; passou o que era velho e se fez novo (2CO 5:16-17). Esclarece mais: "pois morrestes (na personalidade) e vossa vida está escondida com Cristo em Deus " (CL 3:3). E Pedro Apóstolo, localizando a Centelha divina no coração, aconselha: " santificai Cristo em vossos corações" (1PE 3:15).


Nesse estado, após o mergulho interno no coração, a criatura passa a ser o "escolhido" ou o "Filho de Deus", porque purificou (santificou) seu coração de todo apego personalístico ("bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus", MT 5:8), e estão com a "pomba" da paz divina permanente, pacificando-se e pacificando a todos ("bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados Filhos de Deus", MT 5:9). E assim perdem o apego a pai, mãe, esposa, filhos e a si mesmos, e seguem ao Cristo Interno em seus corações ("quem ama - ou se apega - a seu pai ou mãe ou filho ou filha mais do que a mim (Cristo), não é digno de mim... o que acha sua vida (personalística) perdê-laá (porque morrerá um dia), mas o que perde (renuncia) sua vida (personalística) por minha causa, achá-la-á, MT 10:37-39).


O homem que atingiu esse ápice sublime, no mergulho dentro de seu Espírito e do Fogo da Centelha,

"tira o erro do mundo"(liquidai seu carma) e, por seu exemplo de amor e de humildade, revela a todos o Caminho certo, o Caminho Crístico, que leva à Verdade e à Vida (João,14:6).


Paulo ainda explica: "ou ignorais que todos os que fomos mergulhados em Cristo Jesus, mergulhamos na morte dele"? (RM 6:3). Quer dizer, os que tomam contato com a Individualidade, fizeram a personalidade perecer "crucificada na carne" (a Cruz é o símbolo do corpo - de pernas juntas e braços abertos - e exprime o quaternário inferior da personalidade: corpo denso, duplo etérico, corpo astral e intelecto). Por isso: "num só Espírito (Cristo) fomos todos nós mergulhados num corpo" (1CO 12:13). A comparação do mergulho no Espírito é feita, exemplificando-se com o ato oposto, quando o "espírito" mergulha num corpo (reencarnação): assim como ao nascer o "espírito" mer gulha na carne, assim nós todos, embora ainda crucificados na carne, teremos que mergulhar a personalidade no Espírito e no Fogo, fazendo que essa personalidade se aniquile, se anule, pereça.


Com isso, com a anulação da personalidade, será tirado o "erro" do mundo, porque ninguém mais terá pruridos de vaidade, nem sentirá o amor-próprio ferido, nem se magoará, porque SABE que nada externo poderá atingir seu verdadeiro EU, que está em Cristo. Teremos o perdão em toda a sua amplitude, a ausência de raivas e ódios, reinando apenas o Amor e a Humildade em todos. O adversário será dominado. O adversário (diabo ou satanás) é a própria personalidade vaidosa e cheia de empáfia de cada um de nós. Liquidada a personalidade, acaba a separação e acaba o erro no mundo.


is 53:11
Sabedoria do Evangelho - Volume 6

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 28
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 20:20-28


20. Então veio a ele a mãe dos filhos de Zebedeu, com os filhos dela, prostrando-se e rogando algo.

21. Ele disse-lhe, pois: "Que queres"? Respondeu-lhe: "Dize que estes meus dois filhos se sentem um à tua direita e outro à tua esquerda em teu reino"

22. Retrucando, Jesus disse: "Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que estou para beber"? Disseram-lhe: "Podemos"! 23. Disse-lhes: "Sem dúvida bebereis o meu cálice; mas sentar à minha direita ou esquerda, não me compete concedê-lo, mas àquele para quem foi preparado por meu Pai".

24. E ouvindo os dez, indignaram-se contra os dois irmãos.

25. Chamando-os, porém, Jesus disse: "Sabeis que os governadores dos povos os tiranizam e os grandes os dominam.

26. Assim não será convosco; mas quem quiser dentre vós tornar-se grande, será vosso servidor,

27. e quem quiser dentre vós ser o primeiro, será vosso servo,

28. assim como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua alma como meio-de-libertação para muitos".

MC 10:35-45


35. E aproximaram-se dele Tiago e João os filhos de Zebedeu, dizendo-lhe: "Mestre, queremos que, se te pedirmos, nos faças".

36. Ele disse-lhes: "Que quereis que vos faça"?

37. Responderam-lhe eles: "Dá-nos que nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda na tua glória".

38. Mas Jesus disse-lhes: "Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que eu bebo, ou ser mergulhados no mergulho em que sou mergulhado"? 39. Eles retrucaram-lhe: "Podemos"! Então Jesus disse-lhes: "O cálice que eu bebo, bebereis, e sereis mergulhados no mergulho em que sou mergulhado,

40. mas o sentar à minha direita ou esquerda, não me cabe concedê-lo, mas a quem foi dado".

41. E ouvindo isso, os dez começaram a indignarse contra Tiago e João.

42. E chamando-os, disse-lhes Jesus: "Sabeis que os reconhecidos como governadores dos povos os tiranizam e seus grandes os dominam.

43. Não é assim, todavia, convosco: mas o que quiser tornar-se grande dentre vós, será vosso servidor,

44. e o que quiser dentre vós ser o primeiro, será servo de todos.

45. Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua alma como meio de libertação para muitos".



Lucas (Lucas 18:34) salientara que os discípulos "nada haviam entendido e as palavras de Jesus permaneciam ocultas para eles, que não tiveram a gnose do que lhes dizia". Mateus e Marcos trazem, logo depois, a prova concreta da verdade dessa assertiva.


Mateus apresenta o episódio como provocado pela mãe de Tiago e de João, com uma circunlocução típica oriental, que designa a mãe pelos filhos: "veio a mãe dos filhos de Zebedeu com os filhos dela", ao invés do estilo direto: "veio a esposa de Zebedeu com seus filhos". Trata-se de Salomé, como sabemos por Marcos (Marcos 15:40) confrontado com Mateus (Mateus 27:56). Lagrange apresenta num artigo (cfr. "L’Ami du Clergé" de 1931, pág. 844) a hipótese de ser Salomé irmã de Maria mãe de Jesus, portanto sua tia.


Sendo seus primos, o sangue lhe dava o direito de primazia. Em nossa hipótese (vol. 3), demos Salomé como filha de Joana de Cuza, esta sim, irmã de Maria. Então Salomé seria sobrinha de Maria e prima em 1. º grau de Jesus (sua "irmã"), sendo Tiago e João "sobrinhos de Jesus", como filhos de sua "irmã"

Salomé. Então, sendo seus sobrinhos, a razão da consanguinidade continuava valendo. Além disso, Salomé como sua irmã, tinha essa liberdade, e se achava no direito de pedir, pois dera a Jesus seus dois filhos e ainda subvencionava com seu dinheiro as necessidades de Jesus e do Colégio apostólico (cfr. LC 8:3 e MC 15:41).


Como na resposta Jesus se dirige frontalmente aos dois, Marcos suprimiu a intervenção materna: realmente eles estavam de pleno acordo com o pedido, tanto que, a seu lado, aguardavam ansiosos a palavra de Jesus. A interferência materna foi apenas o "pistolão" para algo que eles esperavam obter.


Como pescadores eram humildes; mas elevados à categoria de discípulos e emissários da Boa-Nova, acende-se neles o fogo da ambição, que era justa, segundo eles, pois gozavam da maior intimidade de Jesus, que sempre os distinguia, destacando-os, juntamente com Pedro, dos demais companheiros, nos momentos mais solenes (cfr. Mat, 9:1; 17:1; MC 1:29; MC 5:37; MC 9:12; MC 14:33; LC 8:51). Tinham sido, também, açulados pela promessa de se sentarem todos nos doze "tronos", julgando Israel (MT 19:28), então queriam, como todo ser humano, ocupar os primeiros lugares (MT 23:6 e LC 14:8-10).


A cena é descrita com pormenores. Embora parente de Jesus, Salomé lhe reconhece o valor intrínseco e a grandeza, e prostra-se a Seus pés, permanecendo silenciosa e aguardando que o Mestre lhe dirija a palavra em primeiro lugar: "que queres"?


Em Marcos a resposta é dos dois: "Queremos" (thélomen) o que exprime um pedido categórico, não havendo qualquer dúvida nem hesitação quanto à obtenção daquilo que se pede: não é admitida sequer a hipótese de recusa : "queremos"!


Jesus não os condena, não os expulsa da Escola, não os apresenta à execração pública, não os excomunga; estabelece um diálogo amigável, em que lhes mostra o absurdo espiritual do pedido, valendose do episódio para mais uma lição. Delicadamente, porém, é taxativo na recusa. Sabe dizer um NÃO sem magoar, dando as razões da negativa, explicando o porquê é obrigado a não atender ao pedido: não depende dele. Mas não titubeia nem engana nem deixa no ar uma esperança inane.


Pelas expressões de Jesus, sente-se nas entrelinhas a tristeza de quem percebe não estar sendo entendido: "não sabeis o que pedis" Essa resposta lembra muito aquela frase proferida mais tarde, em outras circunstâncias: "Não sabem o que fazem"! (LC 23:34).


Indaga então diretamente: "podeis beber o cálice que estou para beber ou ser mergulhado no mergulho em que sou mergulhado"? A resposta demonstra toda a presunção dos que não sabem, toda a pretensão dos que que ignoram: "podemos"!


Jesus deve ter sorrido complacente diante dessa mescla de amor e de ambição, de disposição ao sacrif ício como meio de conquistar uma posição de relevo! Bem iguais a nós, esses privilegiados que seguiram Jesus: entusiasmo puro, apesar de nossa incapacidade!


Cálice (em grego potêrion, em hebraico kôs pode exprimir. no Antigo Testamento, por vezes, a alegria (cfr. SL 23:5; SL 116:13; Lament 4:21); mas quase sempre é figura de sofrimento (cfr. SL 75:8; 1s.


51:17,22; EZ 23:31-33).


Baptízein é um verbo que precisa ser bem estudado; as traduções correntes insistem em transliterar a palavra grega, falando em batismo e batizar, que assume novo significado pela evolução semântica, no decorrer dos séculos por influência dos ritos eclesiásticos e da linguagem litúrgica. Batismo tomou um sentido todo especial, atribuído ao Novo Testamento, apesar de ignorado em toda a literatura anterior e contemporânea dos apóstolos. Temos que interpretar o texto segundo a semântica da época, e não pelo sentido que a palavra veio a assumir séculos depois, por influências externas.


Estudemos o vocábulo no mais autorizado e recente dicionário ("A Greek English Lexicon", de Liddell

& Scott, revised by Henry Stuart Jones, Londres, 1966), in verbo (resumindo): "Baptizô, mergulhar, imergir: xíphos eis sphagên, "espada mergulhada na garganta" (Josefo Rell. Jud.


2. 18. 4): snáthion eis tò émbryon "espátula no recém-nascido" Soranus, médico do 2. º séc. A. C. 2. 63); na voz passiva: referindo-se à trepanação Galeno, 10, 447. Ainda: báptison seautòn eis thálassau e báptison Dionyson pros tên thálassan, "mergulhado no mar" (Plutarco 2. 166 a e 914 d); na voz passiva com o sentido de "ser afogado", Epicteto, Gnomologium 47. Baptízô tinà hypnôi, "mergulho algu ém no sono" (Anthologia Graeca, Evenus elegíaco do 5. º séc. A. C.) e hynnôi bebantisméns "mergulhado no sono letárgico" (Archígenes, 2. º séc., apud Aécio 63); baptízô eis anaisthesían kaì hypnon," mergulhado na anestesia e no sono " (Josefo, Ant. JD 10, 9, 4); psychê bebaptisménê lypêi" alma mergulhada na angústia" (Libânio sofista, 4. º séc. A. D., Orationes, 64,115)".


Paulo (Rom, 6:3-4) fala de outra espécie de batismo: "porventura ignorais que todos os que fomos mergulhados em Cristo Jesus, fomos mergulhados em sua morte? Fomos sepultados com ele na morte pelo mergulho, para que, como Cristo despertou dentre os mortos pela substância do Pai, assim nós andemos em vida nova".


Até agora tem sido interpretado este trecho como referente aos sofrimentos físicos de Tiago, decapitado em Jerusalém por Herodes Agripa no ano 44 (cfr. AT 12:2) e de João, que morreu de morte natural, segundo a tradição, mas foi mergulhado numa caldeira de óleo fervente diante da Porta Latina (Tertuliano, De Praescriptione, 36 Patrol. Lat. vol. 2, col, 49) e foi exilado na ilha de Patmos (Jerônimo, Patrol. Lat. vol. 26, col. 143).


As discussões maiores, todavia, se prendem à continuação. Pois Jesus confirma que eles beberão seu cálice e mergulharão no mesmo mergulho, mas NÃO CABE a Ele conceder o lugar à sua direita ou esquerda! Só o Pai! Como? Sendo Jesus DEUS, segundo o credo romano, sendo UM com o Pai, NÃO PODE resolver? Só o Pai; E Ele NÃO SABE? Não tem o poder nem o conhecimento do que se passaria no futuro? Por que confirmaria mais uma vez aqui que o Pai era maior que Ele (JO 14:28)?


Como só o Pai conhecia "o último dia" (MT 24:36). Como só o Pai conhecia "os tempos e os momentos" (AT 1:7). Como resolver essa dificuldade? Como uma "Pessoa" da Trindade poderá não ter conhecimento das coisas? Não são três "pessoas" mas UM SÓ DEUS?


Os comentadores discutem, porque estão certos de que o "lugar à direita e à esquerda" se situa NO CÉU. Knabenbauer escreve: neque Messias in terra versans primas in caelo sedes nunc petentibus quibusque assignare potest, ac si vellet Patris aeterni decretum mutare vel abrogare (Cursus Sacrae Scripturae, Paris, 1894, pág. 281), ou seja: "nem o Messias, estando na Terra, pode dar os primeiros lugares no Céu aos que agora pedem, como se pretendesse mudar ou ab-rogar o decreto do Pai eterno".


Outros seguem a mesma opinião, como Loisy, "Les Évangiles Synoptiques", 1908, tomo 2, página 238; Huby, "Êvangile selon Saint Marc", 1924, pág. 241; Lagrange, "L’Évangile selon Saint Marc", 1929,pág. 280, etc. etc.


Os séculos correram sobre as discussões infindáveis, sem que uma solução tivesse sido dada, até que no dia 5 de junho de 1918, após tão longa perplexidade, o "Santo Ofício" deu uma solução ao caso.


Disse que se tratava do que passaria a chamar-se, por uma "convenção teológica", uma APROPRIAÇÃO, ou seja: "além das operações estritamente trinitárias, todas as obras denominadas ad extra (isto é, "fora de Deus") são comuns às pessoas da Santíssima Trindade; mas a expressão corrente - fiel à iniciativa de Jesus - reserva e apropria a cada uma delas os atos exteriores que tem mais afinidade com suas relações hipostáticas".


Em outras palavras: embora a Trindade seja UM SÓ DEUS, no entanto, ao agir "para fora", ao Pai competem certos atos, outros ao Filho, e outros ao Espírito Santo. Não sabemos, todavia, como será possível a Deus agir "para fora", se Sua infinitude ocupa todo o infinito e mais além!


Os dois irmãos, portanto, pretendem apropriar-se dos dois primeiros lugares, sem pensar em André, que foi o primeiro chamado, nem em Pedro, que recebeu diante de todos as "chaves do reino". Como verificamos, a terrível ambição encontrou terreno propício e tentou levar à ruína a união dos membros do colégio apostólico, e isso ainda na presença física de Jesus! Que não haveria depois da ausência Dele?


Swete anota que os dez se indignaram, mas "pelas costas" dos dois, e não diante deles; e isto porque foi empregada pelo narrador a preposição perí, e não katá, que exprimiria a discussão face a face.


Há aqui outra variante. Nas traduções vulgares diz-se: "não me pertence concedê-lo, mas será dado àqueles para quem está destinado por meu Pai". No entanto, o verbo hetoimózô significa mais rigorosamente" preparar ". Ora, aí encontramos hétoímastai, perfeito passivo, 3. ª pessoa singular; portanto," foi preparado".


Jesus entra com a sublime lição da humildade e do serviço, que, infelizmente, ainda não aprendemos depois de dois mil anos: é a vitória através do serviço prestado aos semelhantes. O exemplo vivo e palpitante é o próprio caso Dele: "Vim" (êlthen) indica missão especial da encarnação (cfr. MC 1:38 e 2:17; e IS 52:13 a 53:12). E essa vinda especial foi para SERVIR (diakonêsai), e não para ser servido (diakonêthênai), fato que foi exaustivamente vivido pelo Mestre diante de Seus discípulos e em relação a eles.


O serviço é para libertação (lytron). Cabe-nos estudar o significado desse vocábulo. "Lytron" é, literalmente" meio-de-libertação", a que também se denomina "resgate". O resgate era a soma de dinheiro dada ao templo, ao juiz ou ao "senhor" para, com ela, libertar o escravo. O termo é empregado vinte vezes na Septuaginta (cfr. Hatche and Redpath, "Concordance to the Septuagint", in verbo) e corresponde a quatro palavras do texto hebraico massorético: a kôfer, seis vezes; a pidion e outros derivados de pâdâh, sete vezes; a ga"al ou ge"ullah, cinco vezes, e a mehhir, uma vez; exprime sempre a compensa ção, em dinheiro, para resgatar um homicídio ou uma ofensa grave, ou o preço pago por um objeto, ou o resgate de um escravo para comprar-lhe a liberdade. E a vigésima vez aparece em Números (Números 3:12) quando o termo lytron exprime a libertação por substituição: os levitas podiam servir de lytron, substituindo os primogênitos de Israel no serviço do Templo.

Temos, portanto, aí, a única vez em que lytron não é dinheiro, mas uma pessoa humana, que substitui outra, para libertá-la de uma obrigação imposta pela lei.


Em vista disso, a igreja romana interpretou a crucificação de Jesus como um resgate de sangue dado por Deus ao Diabo (!?), afim de comprar a liberdade dos homens! Confessemos que deve tratar-se de um deus mesquinho, pequenino, inferior ao "diabo", e de tal modo sujeito a seus caprichos, que foi constrangido a entregar seu próprio filho à morte para, com o derramamento de seu sangue, satisfazerlhe os instintos sanguinários; e o diabo então, ébrio de sangue, abriu a mão e permitiu (!) que Deus pudesse carregar para seu céu algumas das almas que lhe estavam sujeitas... Como foi possível que tantas pessoas inteligentes aceitassem uma teoria tão absurda durante tantos séculos? ... Isso poderia ocorrer com espíritos inferiores em relação a homens encarnados, como ainda hoje vemos em certos" terreiros" de criaturas fanatizadas, e como lemos também em Eusébio (Patrol. Graeca, vol. 21, col. 85) que transcreve uma notícia de Philon de Byblos, segundo o qual os reis fenícios, em caso de calamidade, sacrificavam seus filhos mais queridos para aplacar seu "deus", algum "exu" atrasadíssimo.


Monsenhor Pirot (o. c. vol. 9, pág. 530) diz textualmente: "entregando-se aos sofrimentos e à morte, é que Jesus pagará o resgate de nossa pobre humanidade, e assim a livrará do pecado que a havia escravizado ao demônio"!


Uma palavra ainda a respeito de polloí que, literalmente, significa "’muitos". Pergunta-se: por que resgate" de muitos" e não "de todos"? Alguns aduzem que, em vários pontos do Novo Testamento, o termo grego polloí corresponde ao hebraico rabbim, isto é, "todos" (em grego pántes), como em MT 20:28 e MT 26:28; em MC 14:24; em RM 5:12-19 e em IS 53:11-12).


Sabemos que (MT 1:21) foi dado ao menino o nome de Jesus, que significa "Salvador" porque libertar á "seu povo de seus erros"; e Ele próprio dirá que traz a libertação para os homens (LC 4:18).


Esta lição abrange vários tópicos:

  • a) o exemplo a ser evitado, de aspirar, nem mesmo interior e subconscientemente, aos primeiros postos;

  • b) a necessidade das provas pelas quais devem passar os candidatos à iniciação: "beber o cálice" e "ser mergulhados";

  • c) a decisão, em última instância, cabe ao Pai, que é superior a Jesus (o qual, portanto, não é Deus no sentido absoluto, como pretendem os católicos romanos, ortodoxos e reformados);

  • d) a diferença, mais uma vez sublinhada, entre personagem e individualidade, sendo que esta só evolui através da LEI DO SERVIÇO (5. º plano).


Vejamo-lo em ordem.


I - É próprio da personagem, com seu "eu" vaidoso e ambicioso, querer projetar-se acima dos outros, em emulação de orgulho e egoísmo. São estes os quatro vícios mais difíceis de desarraigar da personagem (cfr. Emmanuel, "Pensamento e Vida", cap. 24), e todos os quatro são produtos do intelecto separatista e antagonista da individualidade.


O pedido de Tiago (Jacó) e de João, utilizando-se do "pistolão" de sua mãe, é típico, e reflete o que se passa com todas as criaturas ainda hoje. Neste ponto, as seitas cristãs que se desligaram recentemente do catolicismo (reformados e espiritistas) fornecem exemplos frisantes.


Entre os primeiros, basta que alguém julgue descobrir nova interpretação de uma palavra da Bíblia, para criar mais uma ramificação, em que ele EVIDENTEMENTE será o primeiro, o "chefe".


O mesmo se dá entre os espiritistas. Pululam "centros" e "tendas" que nascem por impulso vaidoso de elementos que se desligam das sociedades a que pertenciam para fundar o SEU centro ou a SUA tenda: ou foram preteridos dos "primeiros lugares à direita e à esquerda" do ex-chefe; ou se julgam mais capazes de realização que aquele chefe que, segundo eles, não é dinâmico; ou discordam de alguma interpretação da doutrina; ou querem colocar em evidência o SEU "guia", que acham não estar sendo bastante "prestigiado" (quando não é o próprio "guia" (!) que quer aparecer mais, e incita o seu" aparelho" a fundar outro centro PARA Ele!); ou a criatura quer simplesmente colocar-se numa posição de destaque de que não desfrutava (embora jamais confesse essa razão); ou qualquer outro motivo, geralmente fútil e produto da vaidade, do orgulho, do egoísmo e da ambição. Competência? Cultura?


Adiantamento espiritual? Ora, o essencial é conquistar a posição de "chefe"! Há ainda muitos Tiagos e Joões, e também muitas Salomés, que buscam para seus filhos ou companheiros os primeiros lugares, e tanto os atenazam com suas palavras e reclamações, que acabam vencendo. Que se abram os olhos e se examinem as consciências, e os exemplos aparecerão por si mesmos.


Tudo isso é provocado pela ânsia do "eu" personalístico, de destacar-se da multidão anônima; daí as" diretorias" dos centros e associações serem constituídas de uma porção de NOMES, só para satisfazer à vaidade de seus portadores, embora estes nada façam e até, por vezes, atrapalhem os que fazem.


O Antissistema é essencialmente separatista e divisionista, e por isso o dizemos " satânico" (opositor).


II - As "provas" são indispensáveis para que as criaturas sejam aprovadas nos exames. E por isso Jesus salienta a ignorância revelada pelo pedido de quem queria os primeiros postos, sem ter ainda superado a" dificuldades do caminho: "não sabeis o que pedis"!


O cálice que deve beber o candidato é amargo: são as dores físicas, os sofrimentos morais, as angústias provocadas pela aniquilação da personalidade e pela destruição total do "eu" pequeno, que precisa morrer para que a individualidade cresça (cfr. JO 3:30); são as calúnias dos adversários e: , sobretudo, dos companheiros de ideal que o abandonam, com as desculpas mais absurdas, acusandoo de culpas inexistentes, embora possam "parecer" verdadeiras: mas sempre falando pelas costas, sem dar oportunidade ao acusado de defender-se: são os martírios que vêm rijos: as prisões materiais (raramente) mas sobretudo as morais: por laços familiares; as torturas físicas (raras, hoje), mas principalmente as do próprio homem, criadas pelo "eu" personalístico, que o incita a largar tudo e a trocar os sacrifícios por uma vida fácil e tranquila, que lhe é tão simples de obter...


Mas, além disso, há outra prova: o MERGULHO na "morte".


Conforme depreendemos do sentido de baptízô que estudamos, pode o vocábulo significar: mergulhar ou imergir na água; mergulhar uma espada no corpo de alguém; mergulhar uma faca para operar cirurgicamente; mergulhar alguém no sono letárgico, ou mergulhar na morte.


Podemos, pois, interpretar o mergulho a que Jesus se refere como sendo: o mergulho no "coração" para o encontro com o Cristo interno; o mergulho que Ele deu na atmosfera terrena, provindo de mundos muito superiores ao nosso; o mergulho no sono letárgico da "morte", para superação do quinto grau iniciático, do qual deveria regressar à vida, tal como ocorrera havia pouco com Lázaro; ou outro, que talvez ainda desconheçamos. Parece-nos que a referência se fez à iniciação.


Estariam os dois capacitados a realizar esse mergulho e voltar à vida, sem deixar que durante ele se rompesse o "cordão prateado"? Afoitamente responderam eles: "podemos"! Confiavam nas próprias forças. Mas era questão de tempo para preparar-se. João teve tempo, Tiago não... Com efeito, apenas doze anos depois dessa conversa, (em 42 A. D.) Tiago foi decapitado, não conseguindo, pois, evitar o rompimento do "umbigo fluídico". Mas João o conseguiu bem mais tarde, quando pode sair com vida (e Eusébio diz "rejuvenescido") da caldeira de óleo fervente, onde foi literalmente mergulhado.


A esse mergulho, então, parece-nos ter-se referido Jesus: mergulho na morte com regresso à vida, após o "sono letárgico" mais ou menos prolongado, que Ele realizaria pouco mais tarde.


Esse mergulho é essencial para dar ao iniciado o domínio sobre a morte (cfr. "a morte não dominará mais além dele", RM 6:9; "por último, porém, será destruída a morte", 1CO 15:26; "a morte foi absorvida pela vitória; onde está, ó morte, tua vitória? onde está, ó morte, teu estímulo"?, 1CO

15:54-55; "Feliz e santo é o que tem parte na primeira ressurreição: sobre estes a segunda morte não tem poder, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com Ele durante os mil anos": AP 20:6). De fato, a superação do quinto grau faz a criatura passar ao sexto, que é o sacerdócio (cfr. vol. 4).


Modernamente o sacerdócio é conferido por imposição das mãos, com rituais específicos, após longa preparação. No catolicismo, ainda hoje, percebemos muitos resquícios das iniciações antigas, como podemos verificar (e o experimentamos pessoalmente). Em outras organizações que "se" denominam" ordens iniciáticas", o sacerdócio é apenas um título pro forma, simples paródia para lisonjear a vaidade daqueles de quem os "Chefes" querem, em retribuição, receber também adulações, para se construírem fictício prestígio perante si mesmos.


O sacerdócio REAL só pode ser conferido após o mergulho REAL, efetivo e consciente, plenamente vitorioso, no reino da morte. Transe doloroso e arriscado para quem não esteja à altura: "podeis ser mergulhados no mergulho em que sou mergulhado"?


A morte, realizada em seu simulacro, no sono cataléptico era rito insubstituível no Egito, onde se utilizava, por exemplo, a Câmara do Rei, na" pirâmide de Quéops, para o que lá havia (e ainda hoje lá está), o sarcófago vazio, onde se deitavam os candidatos. Modernamente, Paul Brunton narra ter vivido pessoalmente essa experiência (in "Egito Secreto"). Também na Grécia os candidatos passavam por essa prova, sob a proteção de Hades e Proserpina, nos mistérios dionisíacos; assim era realizado em Roma (cfr. Vergílio, Eneida, canto VI e Plotino, Enéadas, sobretudo o canto V); assim se, fazia em todas as escolas antigas, como também, vimo-lo, ocorreu com Lázaro.


Superada essa morte, o vencedor recebia seu novo nome, o hierónymos (ou seja, hierós, "sagrado";


ónymos, "nome"), donde vem o nome "Jerônimo"; esse passava a ser seu nome sacerdotal, o qual, de modo geral, exprimia sua especialidade espiritual, intelectual ou artística; costume que ainda se conserva na igreja romana, sobretudo nas Ordens Monásticas (cfr. vol. 5, nota) (1). O catolicismo prepara para o sacerdócio com cerimônias que lembram e "imitam" a morte, da qual surge o candidato, após a "ordenação", como "homem novo" e muitas vezes com nome diferente.


(1) Veja-se, também, a esse respeito: Ephemerides Archeologicae, 1883, pág. 79; C. I. A., III, 900; Luciano, Lexiphanes, 10; Eunapio, In Maximo, pág. 52; Plutarco, De Sera Numinis Vindicta, 22.


III - Já vimos que Jesus, cônscio de Sua realidade, sempre se colocou em posição subalterna e submissa ao Pai, embora se afirmasse "unido a Ele e UNO com Ele" (JO 10:30, JO 10:38; 14:10, 11, 13;


16:15, etc. etc.) .


Vejamos rapidamente alguns trechos: "esta é a vontade do Pai que me enviou" (JO 6:40), logo vontade superior à Sua, e autoridade superior, pois só o superior pode "enviar" alguém; "falo como o Pai me ensinou" (JO 8:28), portanto, o inferior aprende com o superior, com quem sabe mais que ele; "o Pai me santificou" (JO 10. 36), o mais santo santifica o menos santo; "O Pai que me enviou, me ordenou" (JO 12:49), só um inferior recebe ordens e delegações do superior; "falo como o Pai me disse" (JO 12:50), aprendizado de quem sabe menos com quem sabe mais; "o Pai, em mim, faz ele mesmo as obras" (JO 14:11), logo, a própria força de Jesus provém do Pai, e reconhecidamente não é sua pessoal; "o Pai é maior que eu" (JO 14:28), sem necessidade de esclarecimentos; "como o Pai me ordenou, assim faço" (JO 14:31); "não beberei o cálice que o Pai me deu"? (JO 18:11), qual o inferior que pode dar um sofrimento a um superior? "como o Pai me enviou, assim vos envio" (JO 20:21); e mais: "Quem me julga é meu Pai" (JO 8:54); "meu Pai, que me deu, é maior que tudo" (JO 10:29); "eu sou a videira, meu Pai é o viticultor" (JO 15:1), portanto, o agricultor é superior à planta da qual cuida; "Pai, agradeço-te porque me ouviste" (JO 11:41), jamais um superior ora a um inferior, e se este cumpre uma "ordem" não precisa agradecer-lhe; "Pai, salva-me desta hora" (JO 12:27), um menor não tem autoridade para "salvar" um maior: sempre recorremos a quem está acima de nós; e mais: "Pai, afasta de mim este cálice" (MC 14:36); "Pai, se queres, afasta de mim este cálice" (LC 22:42); "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem" (LC 23:34), e porque, se fora Deus, não diria: "perdoo-lhes eu"? e o último ato de confiança e de entrega total: "Pai, em tuas mãos entrego meu espírito" (LC 23:46), etc.


Por tudo isso, vemos que Jesus sempre colocou o Pai acima Dele: "faça-se a tua vontade, e não a minha" (MT 26:42, LC 22:42). Logo, não se acredita nem quer fazer crer que seja o Deus Absoluto, como pretendeu torná-Lo o Concílio de Nicéia (ano 325), contra os "arianos", que eram, na realidade, os verdadeiros cristãos, e dos quais foram assassinados, em uma semana, só em Roma, mais de 30. 000, na perseguição que contra eles se levantou por parte dos "cristãos" romanos, que passaram a denominar-se "católicos".


Natural que, não sendo a autoridade suprema, nem devendo ocorrer as coisas com a simplicidade suposta pelos discípulos, no restrito cenário palestinense, não podia Jesus garantir coisa alguma quanto ao futuro. Daí não poder NINGUÉM garantir "lugares determinados" no fabuloso "céu", como pretenderam os papas católicos ao vender esses lugares a peso de ouro (o que provocou o protesto veemente de Lutero); nem mesmo ter autoridade para afirmar que A ou B são "santos" no "céu", como ainda hoje pretendem com as "canonizações". Julgam-se eles superiores ao próprio Jesus, que humilde e taxativamente asseverou: "não me compete, mas somente ao Pai"! A pretensão vaidosa dos homens não tem limites! ...


IV - A diferença entre a personagem dominadora e tirânica, representada pelo exemplo dos "governadores de povos" e dos "grandes", e a humildade serviçal da individualidade" é mais uma vez salientada.


Aqueles que seguem o Cristo, têm como essencial SERVIR ATRAVÉS DO AMOR e AMAR ATRAVÉS

DO SERVIÇO.


Essa é a realidade profunda que precisa encarnar em nós. Sem isso, nenhuma evolução é possível.


O próprio Jesus desceu à Terra para servir por amor. E esse amor foi levado aos extremos imagináveis, pois além do serviço que prestou à humanidade, "deu sua alma para libertação de muitos".


Esta é uma das lições mais sublimes que recebemos do Mestre.


Quem não liquidou seu personalismo e passou a "servir", em lugar de "ser servido", está fora da Senda.


DAR SUA ALMA, que as edições vulgares traduzem como "dar sua vida", tem sentido especial. O fato de "dar sua vida" (deixar que matem o corpo físico) é muito comum, é corriqueiro, e não apresenta nenhum significado especial, desde o soldado que "dá sua vida" para defender, muitas vezes, a ambição de seus chefes, até a mãe que "dá sua vida" para colocar mundo mais um filho de Deus; desde o fanático que "dá sua vida" para favorecer a um grupo revolucionário, até o cientista que também "dá sua vida" em benefício do progresso da humanidade; desde o mantenedor da ordem pública que "dá sua vida" para defender os cidadãos dos malfeitores, até o nadador, que "dá sua vida" para salvar um quase náufrago; muitas centenas de pessoas, a cada mês, dão suas vidas pelos mais diversos motivos, reais ou imaginários, bons ou maus, filantrópicos ou egoístas, materiais ou espirituais.


Ora, Jesus não deu apenas sua vida, o que seria pouca coisa, pois com o renascimento pode obter-se outro corpo, até bem melhor que o anterior que foi sacrificado.


Jesus deu SUA ALMA, Sua psychê, toda a Sua sensibilidade amorosa, num sacrifício inaudito, trazendoa de planos elevados, onde só encontrava a felicidade, para "mergulhar" na matéria grosseira de um planeta denso e atrasado, imergindo num oceano revolto de paixões agudas e descontroladas, tendo que manter-se ligado aos planos superiores para não sucumbir aos ataques mortíferos que contra Ele eram assacados. Sua aflição pode comparar-se, embora não dê ainda ideia perfeita, a um mergulhador que descesse até águas profundas do oceano, suportando a pressão incomensurável de muitas toneladas em cada centímetro quadrado do corpo. Pressão tão grande que sufoca, peso tão esmagador que oprime. Nem sempre o físico resiste. E quando essa pressão provém do plano astral, atingindo diretamente a psychê, a angústia é muito mais asfixiante, e só um ser excepcional poderá suportá-la sem fraquejar.


Jesus deu Sua psychê para libertação de muitos. Realmente, muitos aproveitaram o caminho que ele abriu. Todos, não. Quantos se extraviaram e se extraviam pelas estradas largas das ilusões, pelos campos abertos do prazer, aventurando-se no oceano amplo de mâyâ, sem sequer desconfiar que estão passeando às tontas, sem direção segura, e que não alcançarão a pleta neste eon; e quantos, também, despencam ladeira abaixo, aos trambolhões, arrastados pelas paixões que os enceguecem, pelos vícios que os ensurdecem, pela indiferença que os paralisa; e vão de roldão estatelar-se no fundo do abismo, devendo aguardar outras oportunidades: nesta, perderam a partida e não conseguiram a liberdade gloriosa dos Filhos de Deus.


Muitos, entretanto, já se libertaram. São os que se esquecem de si mesmos, os que deixam de existir e se transformam em pão, para alimentar a fome da humanidade: a fome física, a fome intelectual, a fome espiritual; e transubstanciam seu sangue em vinho de sabedoria, em vinho de santidade, em vinho de amor, para inebriar as criaturas com o misticismo puro da plenitude crística, pois apresentam a todos, como Mestre, apenas o Cristo de Deus, e desaparecem do cenário: sua personalidade morre, para surgir o Cristo em seu lugar; seu intelecto cala, para erguer-se a voz diáfana do Cristo; suas emoções apagam-se, para que só brilhe o amor do Cristo. E através deles, os homens comem o Pão Vivo descido do céu, que é o Cristo, e bebem o sangue da Nova Aliança, que é o Cristo, e retemperam suas energias e se alçam às culminâncias da perfeição, porque mergulham nas profundezas da humildade e do amor.


Essa é a libertação, que teve como lytron ("meio-de-libertação") a sublime psychê de Jesus. Para isso, Ele deu Sua psychê puríssima e santa; entregando-a à humanidade que O não entendeu... e quis assassiná-Lo, porque Ele falava uma linguagem incompreensível de liberdade, a linguagem da liberdade, a linguagem da paz, a linguagem da sabedoria e do amor.


Deu sua psychê generosa e amoravelmente, para ajudar a libertar os que eram DELE: células de Seu prístino corpo, que Lhe foram dadas pelo Pai, ao Qual Ele pediu que, onde Ele estivesse, estivessem também aqueles que Lhe foram doados (JO 17:24), para que o Todo se completasse, a cabeça e os membros (cfr. 1CO 12:27). A esse respeito já escrevemos (cfr. vol. 1 e vol. 5).


is 53:12
Sabedoria do Evangelho - Volume 8

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 11
CARLOS TORRES PASTORINO

LC 22:35-38


35. E disse-lhes: "Quando vos enviei sem bolsa, sem alforge e sem sandálias, não vos faltou algo"? Eles disseram: "Nada".

36. Então lhes disse: "Mas agora, o que tem bolsa, segure-a; igualmente o alforge; e o que não tem, venda sua capa e compre um facão,

37. pois digo-vos que deve realizar-se em mim o (que está) escrito: Foi contado entre os sem-lei, porque tem fim o que me diz respeito".

38. Eles disseram-lhe: Senhor, eis aqui dois facões. Disse-lhes ele: "São bastante".



Trecho privativo de Lucas, que relembra as recomendações feitas mais aos discípulos (os 10:4) que aos emissários (os 9:1). No momento, essas recomendações deixam de ter valor, pois Jesus "será contado entre os sem-lei", conforme as palavras citadas de Isaías (Isaías 53:12).


Como discípulos de um condenado político, não podiam contar com boa recepção nem hospitalidade, devendo bastar-se a si mesmos, pois de ora em diante viverão entre adversários, serão desprezados e até odiados e caçados à morte, por causa de Jesus.


Os discípulos não entenderam a alegoria do facão. A respeito dessa incompreensão, Cirilo de Alexandria (in Lagrange, o. c. pág. 558) sugere que Jesus deve ter tido "um sorriso indulgente e melancólico" (mononouchi diagelai tên phônen).


Bonifácio VIII, na bula Unam Sanctam, interpreta os dois facões como símbolos do poder temporal e do espiritual: precisava de uma defesa para sua ambição terrena.


Frase embaraçosa é a que traduzimos "tem fim o que me diz respeito (tò peri emoú télos échei). Estud á-la-emos adiante.


Entretanto, indefensável é a tradução das edições vulgares, que trazem "espada", em lugar de "facão".


O grego máchaira exprime de fato "facão", o facão do açougueiro, do pescador, do mateiro, do jardineiro, ou então a "cimitarra" curva, em oposição à espada reta que era dita xíphos. Não podem compreenderse essas "espadas" nas mão dos discípulos, simples pescadores, que se reuniam para comer a páscoa. Se ainda fossem oficiais do exército! Alguns autores servem-se dessa má tradução para buscar provar que Jesus era apenas simples subversivo contra o poder romano, e estava, na realidade, agregando o povo em torno de si para deslanchar uma revolução armada. E daí sua condenação política e ter sido entregue aos romanos. No entanto, por toda a Sua vida e Seus ensinamentos, não é possível crer-se que Jesus tivesse sequer pensado em revolução armada. Daí ser impossível crer que Seus discípulos tivessem "espadas" consigo... Seria o mesmo absurdo que acreditar que o Mahatma Gandhi possu ísse uma metralhadora automática, ou mesmo simples espingarda para combater os ingleses...


Que tivessem facões, era compreensível: eram pescadores, e levavam consigo seus pertences, Embora nem todos o fizessem.


No trajeto rápido entre o cenáculo e o monte das Oliveiras, aparece o diálogo que, embora curto, constitui lição proveitosa.


Trata-se porém de magnífico simbolismo, baseando-se numa lição anterior, do qual foi deduzido o presente ensino. Lamentavelmente ainda não foi entendido até aqui pelos comentadores ortodoxos, ou melhor, jamais encontramos nenhum comentário que tenha atingido o cerne da lição.


O fato nada lhes faltou, e eles o testificam, quando foram enviados desprovidos de elementos materiais para satisfazer a suas necessidades vitais e sem acessórios para seu conforto físico.


A lição: nos momentos de dificuldades, quando assomados pelas forças negativas, não pode o discípulo permanecer desprevenido e inerme, a fim de não ser surpreendido e aniquilado pelos adversários, Indispensável, pois, que se muna dos meios espirituais, representados pelas obras de SERVIÇO, que equivalem ao dinheiro no plano físico (bolsa); que carregue suas baterias e acumuladores com a prece que alimenta a alma (alforge); e que dispense a proteção da defesa passiva (capa) para assumir a iniciativa da ação pela palavra (facão), como Paulo definiu: "Tomai o capacete da salvação e o facão do espírito, que é a palavra de Deus" (EF 6:17). E na epístola aos hebreus (hebreus 4:12) lemos ainda: "A palavra de Deus é viva e eficaz, e mais cortante que qualquer faca de dois gumes, e penetra até a divisão entre a alma e o espírito".


Então, ao invés de deixar-se levar pelas circunstâncias, aguardando benefícios dos outros, os discípulos deverão, em meio às dificuldades do caminho que crescerão muito, tomar a iniciativa e providenciar para si mesmos os meios de que carecem para realizar suas tarefas. E esses meios serão todos espirituais: prece que alimenta o espírito (alforge), obras de serviço que produzem merecimento e evolução (bolsa) e palavra candente e cortante que atinja as almas de todos aqueles a quem se dirigem (facão). Nada de ficar envolvidos no comodismo da espera (na capa), aguardando que as forças do Alto façam tudo: Deus se manifesta aos homens por intermédio dos próprios homens. E os discípulos são os homens designados para essa ação divina de atuação eficiente. "Tem fim o que me diz respeito" exprime o término de sua missão entre os homens, na qualidade de Jesus humano encarnado. Tudo o que se refere à humanidade de Sua vida na Palestina, chega ao fim.


Mais algumas horas de permanência entre os homens e tudo acabará com a "morte de Osíris" na cruz, depois da qual deverá desaparecer para todos os profanos, como se realmente tivesse desencarnado, só podendo aparecer diante dos iniciados que compreenderiam o alcance de Seus atos (cfr. vol. 5). Portanto, quanto a Ele pessoalmente, finalizará dentro de horas Sua tarefa. Daí em diante, competirá a eles a ação. E para essa ação, é indispensável a iniciativa, não a expectativa.


Na realidade, houve ainda incompreensão dos discípulos quanto ao simbolismo dos facões. Basta observar a alusão aos que estavam na cintura dos dois mais "cuidadosos", segundo a interpretação que o mundo empresta à defesa do corpo, mais importante para ele que o Espírito.



Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

DOR

ISRAEL
Mapa Bíblico de DOR



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Isaías Capítulo 53 do versículo 1 até o 12
2. A Superficial Avaliação Humana (Is 53:1-3)

Os homens dos dias de Isaías até hoje têm visto essa idéia profética acerca de um Messias sofredor como algo inacreditável. Quem deu crédito à nossa pregação? (1). Mais especificamente: "Quem poderia acreditar naquilo que ouvimos?". Ou: "Quem tem dado qualquer crédito à nossa história?". Não é humanamente possível reconciliar grandeza com sofrimento. Quando as pessoas são prósperas, dizemos: "Você deve estar viven-do da forma correta!". Mas quando ocorrem revezes, dizemos: "Você deve ter pecado!". Nenhuma das avaliações está completamente ou sempre correta.

Aqui fala a consciência de uma humanidade desperta e penitente. O profeta expres-sou de forma clara esse estado (cf. Jo 12:37-43, Comentário do NT Amplificado sobre esse ponto). As palavras pronunciadas pelo profeta são aquelas em que o Espírito Santo inter-preta o escândalo da cena.

A quem se manifestou o braço do SENHOR? A palavra para braço é zeroa' e indi-ca o forte braço de Deus intervindo nas questões da humanidade. Desta forma, a expres-são indica a ação decisiva de Deus. O braço do Eterno opera livramento e salvação.

Se o versículo 1 consiste em exclamações, o versículo 2 é formado de explanações. A frase: [Ele] foi subindo (2) é melhor traduzida como: "Ele cresceu", porque assim ex-pressa a plena força do tempo histórico. Essa frase é anunciada profeticamente acerca de um acontecimento futuro como se fosse um fato que já tivesse ocorrido. Deus percebe a história em qualquer de seus desenvolvimentos como fato, embora o evento fosse ocorrer cerca de 700 anos depois do profeta Isaías. Perante ele significa: "diante de Javé, sob o olho de Deus e em conformidade com a sua vontade e propósito".

Como renovo indica um rebento. O termo hebraico é yoneq e vem do verbo yanaq, significando "sugar". A referência aqui é a um "broto". Assim, o profeta, mais uma vez, está pensando em um "rebento" ou "broto" do tronco de uma árvore que foi cortada. Anteriormente, ele havia falado do Messias como um "rebento" do toco de Jessé (11.1). Assim, Ele deve crescer como um "broto" de um toco de uma árvore morta. (Observe aqui novamente a evidência da unidade autoral para a profecia de Isaías).

Escondidos estão os santos de Deus,

Não assegurados por um grande sinal angélico; Nem o vestuário fino, nem o cetro dourado do reino, Os tornam divinos.'

Como raiz de uma terra seca lembra o fato de que as plantas de Deus brotam e crescem em lugares improváveis. O termo hebraico aqui é shoresh (raiz). O conceito de Isaías acerca do Messias no que se refere ao "servo sofredor" tanto o vê como Renovo quanto como Raiz de uma personalidade teantropista (antropomorfista). Ele cresce da terra seca (hb. eres siyah). Isaías, sem dúvida, estava ciente do fato de que os líderes da igreja geralmente vêm dos lugares mais distantes e insignificantes da habitação huma-na. A Palestina era um pequeno pedaço de terra nada promissor de onde surgiu o Messi-as, e a pequena Belém na pequena Judá era absolutamente insignificante. Em Nazaré, Ele cresceu sob as vistas de Deus em circunstâncias simples e humildes.

Não tinha parecer nem formosura (A ARC traz na nota de rodapé: "formosura ou beleza"). Não havia nada nele majestoso ou de caráter nobre que atraísse a admiração humana. A pergunta nos dias de Jesus era: "Pode alguma coisa boa vir de Nazaré?" Ele era simplesmente o glamouroso Nazareno. Existe uma diferença entre "glamour" e "gló-ria". Nenhuma beleza víamos, para que o desejássemos. O Servo carecia dessa "aparência formosa" (hb. mar'eh) que torna o exterior atraente. Ele é evitado porque foi desfigurado pela maldade humana.

Era desprezado e o mais indigno (3). Os termos hebraicos são nibhzeh, "olhado com desprezo", e hadhel, "abandonado" (cf. Mt 26:31-56; Jo 16:32). A solidão é muitas vezes a coroa da tristeza e sofrimento. Desprezado e o mais indigno ("rejeitado") entre os homens — primeiro pelos governantes, segundo pela multidão e terceiro pelos discípulos. Dessa forma, o Cristo trilhou a solitária via dolorosa.

Homem de dores, i.e., um homem afligido. O hebraico é 'ish makh' oboth. O corpo de Jesus era internamente sensível ao sofrimento. Alguns, às vezes, têm levantado dúvi-das se isso de fato aconteceu. Mas, se isso não aconteceu, então Ele não foi inteiramente humano e parece que Isaías indica de forma clara a humanidade de Jesus. Experimen-tado nos trabalhos, yedhia holi, "experimentado no sofrimento" — "tocado pelo fato de sentir as nossas enfermidades" (Hb 4:15; cf. Hb 2:18).

Como um de quem os homens escondiam o rosto, i.e., viravam seus rostos em horror, para não olhar para Ele. Não fizemos dele caso algum; não o reconhecemos como alguém que tivesse alguma importância (cf. Jo 1:10-11). Não o consideramos, por-que o julgávamos um fanático isolado; conseqüentemente, ninguém se compadeceu dele. Estas são algumas implicações legítimas do hebraico.

Deixando de lado a avaliação humana, vamos considerar algumas das realidades divinas incluídas aqui.

3. O Sofrimento Vicário da nossa Salvação (53:4-6)

A palavra de abertura, verdadeiramente (4), nessa estrofe visa focar nossa aten-ção no aspecto-chave do enigma do sofrimento do Justo. Uma tradução melhor seria "certamente". G. F. Handel baseou um dos seus mais importantes hinos do seu famoso oratório, O Messias, nesse texto. Ele tomou sobre si as nossas enfermidades. É importante notar que o pronome nossas é enfático nesse caso. Nossas foram as enfer-midades que Ele carregou; nossas foram as dores que Ele tomou. Nós o reputamos por aflito, ferido [...] e oprimido. E foi por causa dos seus açoites que nós fomos sarados. O termo hebraico para levou, nasa, significa: "levantar e levar embora". As-sim, o cristão que olha para o Calvário exclama: "Ele levou meus pecados para lá com Ele" (cf. Mt 8:17; Cl 2:14). Mas o hebraico holayim (dores) parece indicar mais especi-ficamente "doenças", e o grego da Septuaginta indica não somente nossas fraquezas mas também nossas doenças.

Nós o reputamos por aflito — aqui notamos a avaliação falsa do homem em rela-ção à dor. Ferido de Deus, i.e., sob o flagelo de Deus. Achávamos que Ele estava debaixo do castigo divino. Oprimido, me'unneh, humilhado, degradado e afligido.

Nós fizemos nossa avaliação, mas os fatos do caso são: Ele foi ferido pelas nossas transgressões (5). Isso inclui uma expiação vicária. O termo hebraico meholal real-mente quer dizer trespassado, perfurado, ou seja, pregado. Pregado por causa das nos-sas transgressões (pesha') que, na verdade, eram rebeldia. Assim, "Ele foi trespassado por causa da nossa rebeldia". A dor era sua, em decorrência do nosso pecado. Rebeldia é o elemento básico de todo pecado humano. Moído pelas nossas iniqüidades indica que o Redentor foi quebrantado por causa da nossa "maldade inata". O hebraico, medhukkah, significa completamente moído ou despedaçado, e awonoth significa não somente "iniqüidade" mas "maldade torcida e pervertida". O causa do pecado é basica-mente uma perversidade incorrigível.

O castigo que nos traz a paz estava sobre ele, i.e., sua "punição" nos trouxe paz. O castigo tem a ver com sofrimento disciplinador. O termo hebraico para paz é rico em significado. Ele não indicava somente paz, mas saúde, bem-estar, prosperidade e inteire-za. Pelas suas pisaduras, fomos sarados significa literalmente, "somos sarados pe-las feridas que ele sofreu". A idéia é que através das suas pisaduras há cura para nós. O sofrimento do Servo não é apenas vicário mas redentor e restaurador. A doutrina da cura divina tanto no Antigo como no Novo Testamento tem sido com freqüência negligenciada pelas igrejas, e deixada para a distorção feita pelos fanáticos.

Todos nós andamos desgarrados como ovelhas (6). Kullanu indica "todos nós", "as massas" da humanidade, o mundo todo. Ta ah (desgarrados) significa "desviando-se do caminho e se envolvendo em dificuldades". Essa é a descrição viva que Isaías faz da maneira como a humanidade é composta. Ovelhas abandonadas sempre se desviam, e como viajantes elas estão indefesas e perdidas. Essa cláusula também é a confissão de um Israel arrependido (S1119.176), de uma humanidade arrependida (1 Pe 2.25), confir-mada pelo desejo do nosso Salvador (Mt 9:36; Jo 10:11).

Cada um se desviava pelo seu caminho. O homem prefere seu próprio caminho em lugar do caminho de Deus. Ele transferiu sua lealdade ao ídolo da sua própria vonta-de e desejos, seu próprio intelecto e tendências inatas, se tornando completamente egoís-ta. O homem pecador procura viver uma vida independente. Essa é a culpa habitual da humanidade. Mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. Deus tornou-se o Servo Sofredor, proveu a expiação vicária, e levou, em seu Filho, as iniqüidades do mundo. Desde então, a dor vicária tem se tornado o adorno mais elevado da vida. Deus não castiga o justo com o ímpio (Gn 18:25). Ele aceita o sofrimento do justo em lugar do ímpio (Mc 10:45).

4. A Resistência Paciente na Humilhação (53:7-9)

Aqui o profeta descreve os acontecimentos da Sexta-feira Santa. Ele foi oprimido (7), "tratado rudemente". Ele foi "afligido" (NVI), ou seja, humilhado Ele estava se hu-milhando. Ele permitiu ser afligido. Foi, portanto, uma aceitação voluntária que carac-terizou o Cristo manso e amável, que se curvou diante do abuso dos servos de Caifás e dos soldados de Pilatos. Não abriu a boca. Essa observação do profeta acerca do Sofre-dor paciente ocorre duas vezes nesse versículo. Ele não abriria a sua boca. Em primeiro lugar, Ele não precisava se defender, visto que nenhuma acusação válida foi feita contra Ele. Em segundo lugar, seu julgamento foi apenas uma farsa judicial conduzida por hi-pócritas sem princípios, reivindicando motivos piedosos, enquanto naquele exato mo-mento estavam violando as leis judaicas da jurisprudência; por conseguinte, nenhuma defesa faria diferença. Ele falou ao Sinédrio somente quando o silêncio significaria uma renúncia da sua divindade e de ser o Messias (Mt 26:63-64). Diante de Pilatos, Ele so-mente falou quando o silêncio significaria a renúncia da sua realeza. E diante do inces-tuoso Herodes, o Tetrarca, não falou uma só palavra. Como um cordeiro, foi levado ao matadouro. O termo hebraico yubhal indica que Ele foi levado ao altar do sacrifício (cf. Jo 1:36; Ap 5:12). Foi uma sentença de morte predeterminada que já havia sido deci-dida antes mesmo do julgamento ou de se dar ouvidos a Ele. Assim, Ele sofreu o destino de um cordeiro sacrifical. Como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, as-sim esse Sofredor divino suportou em silêncio.

Da opressão e do juízo foi tirado (8). O hebraico sugere que foi por crime judicial que Ele foi levado e por tirania que foi morto. Diversos livros têm sido escritos acerca da ilegalidade do julgamento e da morte de Jesus. A tradução de Moffatt é válida "Eles o mataram injustamente". Gordon traz: "Por meio de violência no julgamento ele foi elimi-nado" (Smith-Goodspeed).

Quem contará o tempo da sua vida? A indiferença da opinião pública e a atitude apática das massas são muitas vezes chocantes. Ninguém parecia estar preocupado com o seu destino. Seus juízes não estavam interessados em apurar a verdade sobre o Prisi-oneiro, mas somente em se livrar dele. Pela transgressão do meu povo foi ele atin-gido, diz o profeta; "foi abatido pelos nossos pecados" (Moffatt).

Puseram a sua sepultura com os ímpios (9). O termo hebraico resha'im significa "ímpios, ou homens culpados". Os homens designaram ao Servo não um sepultamento digno de um santo, com reverência e honra, mas de um opressor injusto por quem ne-nhum homem lamentou. Em outras palavras, a desonra o perseguiu até a sepultura. Sua morte foi uma execução oficial. E com o rico, na sua morte significa, de forma mais completa: "e com um rico em sua morte trágica". José de Arimatéia era um homem rico. Seu sepulcro, recém-escavado na rocha, tornou-se o local do sepultamento de Jesus. Alguns intérpretes entendem "criminoso" em vez de rico, mas 'ashir significa um homem de riquezas. Porquanto nunca fez injustiça ("nenhuma violência", NVI; cf. 16:17) significa que Ele não tinha feito nada que merecesse uma morte como essa. Nem houve engano na sua boca. Ele era um Homem inocente. A humanidade descarregou sua raiva no tratamento cruel ao Santo de Deus. Mas, "quando o mal egoísta tenta mascarar-se como justiça, acaba preparando seu próprio desmascaramento"?'

5. A Reversão Divina em Exaltação (53:10-12)

Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo (10). Os manuscritos do mar Morto trazem: "Mas Yahweh agradou-se em esmagá-lo e trespassá-lo". Em resumo, Deus permitiu a injúria. Moffatt, no entanto, enxerga a Ressurreição nesse versículo ao traduzi-lo da seguinte forma: "Mas o Eterno escolheu vindicar seu servo, livrando sua vida da angús-tia; ele permitiu que prosperasse plenamente, numa vida prolongada pela posteridade".

Quando a sua alma se puser por expiação do pecado — aqui o termo hebraico nephesh (alma) significa mais plenamente "pessoa". Lamsa traduziu esse texto na Peshitta da seguinte forma: "Ele deu a sua vida como oferta pelo pecado". O hebraico também poderia servir de base para a seguinte tradução: "Verdadeiramente, Ele deu-se a si mesmo como Oferta pelo pecado". Asham realmente indica "oferta pela culpa" (cf. Lv 5:14-6.7; 7:1-7). Verá a sua posteridade, uma posteridade espiritual. Prolongará os dias, porque ao morrer Ele torna a viver (Jo 12:24). O bom prazer do SENHOR prosperará na sua mão. O hebraico, hephes, pode significar não somente "o bom prazer" mas também o propósito. Na mão desse Sofredor o propósito do Deus eterno é elevado. "Sua satisfação mais nobre é ser a testemunha viva da obra salvadora que Ele cumpriu. [...] Para Ele basta saber que o propó-sito do Senhor será realizado de maneira certa e alegre pela sua poderosa mão"?'

Mais uma vez, Deus fala do veredicto final, nos versículos 11:12.

Depois do trabalho da sua alma ele verá a luz; Ele ficará satisfeito com o seu conhecimento.

O meu servo justificará a muitos, E ele levará as suas iniqüidades."

O trabalho da sua alma ele verá (11). Por intermédio de todo o seu trabalho labori-oso, Ele não se desgastará em vão, porque o seu trabalho tem um propósito. E ficará satisfeito, porque a partir de agora, sua cruz será seu trono, e em conseqüência da sua morte Ele governará as gerações. Ele encontrará satisfação no fato de a sua morte ser eficaz para a salvação. Com o seu conhecimento é uma frase que pode ser mal compre-endida, a não ser que sejamos cuidadosos em perceber que no hebraico bedha'to significa "pelo conhecimento dele ou acerca dele". Somos salvos ao conhecer o Redentor pessoalmen-te. Cristo não salva os pecadores por causa da iluminação deles, mas por causa do seu sacrifício expiatório. Somente é salvo aquele que o conhece como Salvador pessoal, pela fé. Assim, pela sua sábia submissão ao seu Pai, Ele concederá a muitos a sua própria justiça. Meu servo, o justo é uma expressão dita por Deus. O Servo Ideal também é o Rei Ideal. Deus, no fim, vindicará o seu Servo. Cristo, portanto, se torna o Vitorioso poderoso. Aqui o serviço do Servo para Deus e para os homens alcança seu ponto máximo. Por ser Justo, Ele conquista a justiça para muitos, e torna as iniqüidades deles a sua carga. Justificará a muitos significa "tornar as massas justas". Desta forma, está incluída nesse plano o "todo aquele que" (cf. 1 Pe 3.18). É através dele que alcançamos esta nova qualidade de vida em um plano mais elevado. Porque as iniqüidades deles levará sobre si ou, como Moffatt colocou: "foi a culpa deles que Ele levou". A tradução de Lamsa traz: "Ele justificará os justos; porque Ele é um servo de muitos e levará os seus pecados".

Pelo que [...] darei a parte de muitos ("Por isso eu lhe darei uma porção entre os grandes", NVI; v. 12). Foi Jesus quem disse como se tornar grande (Mc 10:43-45). Sem dúvida, Ele tinha em mente essa promessa de Deus quanto à sua recompensa. "Pelo que darei a ele os muitos como sua porção". E, com os poderosos (com os nume-rosos), repartirá ele o despojo. A Versão Berkeley traz: "Por isso, eu lhe darei sua porção entre os grandes, e ao lado de poderosos ele repartirá os despojos". O apóstolo Paulo, sem dúvida, compreendeu o significado completo desse texto, ao escrever: "Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome" (Fp 2:9). O próprio Deus expressa a razão disso: porquanto derramou a sua alma (vida) na morte. Ele realizou o sacrifício mais elevado para o homem, atraindo, dessa forma, toda humanidade para si em gratidão e adoração. Foi contado com os transgressores. "Ele deixou-se enumerar entre rebeldes" (Moffatt). O Sinédrio con-denou Jesus por blasfêmia porque Ele afirmou ser o Messias e reivindicou sua filiação singular com Deus (Mac 14:61-64; Lc 22:37). Ele levou sobre si o pecado de muitos. Nasa' (levou) significa "ergueu e levou embora". Muitos, rabbim, significa "todos, as massas". Ele se interpôs pelo pecado do mundo. Há uma solidariedade total com essa raça humana, e esse grande Filho da Raça "suportou na sua morte o castigo do pecado da raça humana. Assim [Ele] expressou a aversão de Deus pelo pecado ao tornar possí-vel o fundamento imediato e a formação gradual de uma nova raça de pessoas que deverá finalmente manifestar o amor moral de Deus".25

Pelos transgressores intercedeu quando clamou: "Pai, perdoa-lhes". Ele não morreu como uma vítima indigna e queixosa, invocando a vingança de Deus contra os seus assassinos. Em vez disso, orou para que fossem perdoados.

Esse Servo ainda era uma promessa futura no tempo do profeta, mas em Jesus Cristo de Nazaré esse sonho profético torna-se realidade, incorporado em carne e san-gue. Ele é o cumprimento em detalhes dessa profecia.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Isaías Capítulo 53 versículo 1
Conforme Rm 10:16.Is 53:1 Conforme Jo 12:38.

Champlin - Comentários de Isaías Capítulo 53 versículo 3
Conforme Sl 22:6-7; Is 49:7.

Champlin - Comentários de Isaías Capítulo 53 versículo 4
Conforme Mt 8:17.

Champlin - Comentários de Isaías Capítulo 53 versículo 5
Conforme 1Pe 2:24.

Champlin - Comentários de Isaías Capítulo 53 versículo 6
Conforme 1Pe 2:25.

Champlin - Comentários de Isaías Capítulo 53 versículo 7
Conforme Ap 5:6.

Champlin - Comentários de Isaías Capítulo 53 versículo 8
At 8:32-33.

Champlin - Comentários de Isaías Capítulo 53 versículo 9
Rico:
Tradução provável; hebr. um rico. Outra tradução possível:
gente perversa.Is 53:9 Conforme 1Pe 2:22.

Champlin - Comentários de Isaías Capítulo 53 versículo 11
Ele verá: Segundo um manuscrito antigo e a versão grega (LXX): verá a luz.

Champlin - Comentários de Isaías Capítulo 53 versículo 12
Conforme Mc 15:28; Lc 22:37.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Isaías Capítulo 53 do versículo 1 até o 12
*

53:1

nossa pregação? O evangelho proclamado pelo remanescente crente.

* 53:2

como raiz duma terra seca. As origens de Cristo não eram promissoras (Zc 4:10; Jo 1:46).

* 53:3

Era desprezado... rejeitado. Ver 49.7; Sl 22:6; Lm 1:1-3; 2:15,16.

* 53:4

ferido de Deus. Eles pensavam assim a respeito do Servo porque a Lei dizia: “O que for pendurado no madeiro é maldito de Deus” (Dt 21:23; Gl 3:13). Os espectadores pensavam que Cristo estava sofrendo somente o que merecia, mas a sua experiência de dor e angústia era por seu povo (1Pe 2:24). O extremo de seu sofrimento mostra que a sua compaixão é real e não apenas teórica (Hb 2:17,18).

* 53:5

fomos sarados. Os sofrimentos de Cristo removeram a pena que o seu povo, de outra forma, teria de pagar, e, como resultado, ele desfez em nós os efeitos do pecado. A própria morte será anulada finalmente (1Co 15:26).

* 53:6

Todos nós. Da mesma forma que todos pecamos, assim também ele morreu por todos nós (2Co 5:14,15). Ver “Redenção Definida”, em Jo 10:15.

desgarrados como ovelhas. Ver 1Pe 2:25. Ver “Pecado Original e Depravação Total”, em Sl 51:5.

fez cair sobre ele. A culpa pelos nossos pecados foi transferida para Jesus, e ele se ofereceu como sacrifício em nosso lugar. É como Paulo escreveu: Deus “o fez pecado por nós” (2Co 5:21).

* 53:7

como cordeiro...como ovelha. Cristo é o Cordeiro de Deus (Jo 1:29; 1Co 5:7; Ap 5:6), em obediência e submissão a Deus (conforme Mt 26:63; 27:12,14; 1Pe 2:23).

* 53:8

Por juízo opressor foi arrebatado. Jesus foi morto em resultado de uma tremenda injustiça. Ver “A Expiação”, em Rm 3:25.

* 53:9

com os perversos...com o rico. Embora o povo judeu tenha imaginado que Jesus estivesse morrendo como um criminoso comum, pela intervenção de José de Arimatéia, ele foi sepultado honrosamente. Seu sofrimento em prol dos pecadores tinha sido um completo sucesso.

nunca fez injustiça... nem dolo. Jesus era sábio e justo (1Pe 2:22), mas morreu como se fosse um criminoso (Lc 23:33).

* 53:10

ao SENHOR agradou. Essa notável declaração exprime uma grande verdade, porquanto Cristo foi entregue “pelo determinado desígnio e presciência de Deus” (At 2:23).

sua posteridade. A posteridade de Cristo é formada por aqueles que vierem à vida por meio de sua morte (Jo 12:24; Gl 3:29).

* 53:11

seu conhecimento. Temos aqui uma referência ao seu discernimento quanto ao plano divino (52.13, nota).

o Justo. Ver Rm 5:19.

justificará. “Justificar” significa “declarar justo”. A justiça de Cristo é lançada na conta de seu povo (53.6, nota), e por sua vez ele tomou sobre si a culpa dos seus a fim de “levar as iniquidades” deles. Ver “Justificação e Mérito”, em Gl 3:11.

* 53:12

por isso, eu. O Senhor dividirá os despojos da vitória com seu Servo triunfante (52.13).

derramou a sua alma na morte. Ele deu sua própria vida pelos pecados de outros (v. 4; Lc 22:37; Fp 2:7,8; Hb 9:28; 1Pe 2:24.

intercedeu. Ele orou pelos pecadores (Lc 23:34; Hb 7:25).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Isaías Capítulo 53 do versículo 1 até o 12
53.1ss Este capítulo segue falando do Messías, Jesus, quem sofreria pelo pecado de todos. Uma profecia assim é surpreendente! Quem acreditaria que Deus decidiria salvar ao mundo mediante um Servo humilde e sofrido em vez de um rei glorioso? A idéia é contrária ao orgulho humano e à maneira de pensar do mundo. Entretanto, Deus trabalha freqüentemente em formas inesperadas. A fortaleza do Messías se mostra através de sua humildade, sofrimento e misericórdia.

53:2 Não havia nada na aparência física deste Servo que fora atrativo. Israel calculou mal a importância do Servo, considerariam-no como um homem comum. Mas mesmo que Jesus não atraía por sua aparência física, trouxe salvação e sanidade. Muita gente calcula mal a importância da vida e obra do Jesus, e necessitam cristãos para assinalar sua extraordinária natureza.

53:3 Este varão de dores o desprezaram e rechaçaram os que estavam a seu redor e até o dia de hoje acontece o mesmo. Alguns o rechaçam porque lhe opõem. Outros desprezam a Cristo e seu grande dom de perdão. Você o rechaça, esquece-o ou o aceita?

53.4, 5 Como podia uma pessoa do Antigo Testamento entender a idéia de Cristo morrendo por nossas culpas (rebeliões e pecados), em realidade carregando com o castigo que merecíamos? Os sacrifícios sugeriam esta idéia, mas uma coisa é matar a um cordeiro e outra muito distinta é pensar no Servo escolhido de Deus ocupando o lugar do cordeiro. Mas Deus abria a um flanco a cortina do tempo para permitir que a gente da época do Isaías olhasse mais adiante para o sofrimento do futuro Messías e o perdão resultante que ficaria ao alcance de toda a humanidade.

53:6 Isaías fala a respeito de como o Israel se separou do caminho de Deus e o compara a uma ovelha errante. Contudo, Deus enviaria ao Messías para fazê-la voltar para redil. Nós temos a oportunidade de olhar ao passado para ver e conhecer a identidade do Messías prometido, quem veio e morreu por nossos pecados. Mas se virmos tudo o que Jesus fez e o seguimos rechaçando, cometemos um pecado maior que os israelitas da antigüidade, quem não pôde ver o que nós vemos. Entregou- sua vida ao Jesucristo, o "bom pastor" (Jo 10:11-16) ou segue parecendo-se com a ovelha errante?

53.7-12 No Antigo Testamento, o povo oferecia animais como sacrifícios por seus pecados. Aqui, o Servo do Senhor sem pecado algum, oferece-se a si mesmo por nossos pecados. O é o Cordeiro (53,7) devotado pelos pecados de todas as pessoas (Jo 1:29; Ap 5:6-14). O Messías sofreu por nosso bem, levando nossos pecados para nos fazer aceptos a Deus. O que podemos dizer ante tanto amor? Como responderemos ao?

53:11 "Justificará meu servo justo a muitos" fala da enorme família de crentes que serão justos, não por suas obras, mas sim pela grande obra do Messías na cruz. têm-se como justos porque clamaram a Cristo, o Justo, como seu Salvador e Senhor (vejam-se Rm 5:18; 2Co 5:21). Despojarão-se de sua vida de pecado e se vestirão com a bondade de Cristo (Ef 4:22-23).


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Isaías Capítulo 53 do versículo 1 até o 12
2. A vida, o sofrimento ea morte do Servo (53: 1-9)

1 Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem o braço do Senhor foi revelado? 2 Para ele cresceu diante dele como um renovo, e como raiz de uma terra seca: ele não tem forma nem formosura; e quando olhávamos para ele, nenhuma beleza que o desejássemos. 3 Era desprezado, eo mais rejeitado entre os homens; um homem de dores, e experimentado nos sofrimentos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado; e não fizemos dele caso alg1.

4 Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas dores, e as nossas dores; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. 5 Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele; e pelas suas pisaduras fomos sarados. 6 Todos nós, como ovelhas, nos desviamos; virámos cada um para o seu próprio caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos.

7 Ele foi oprimido, mas quando ele estava aflito, ele não abriu a boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha que diante de seus tosquiadores é burro, ele não abriu a sua boca. 8 Da opressão e do juízo foi tirado; e os da sua geração, que entre eles considerou que ele fora cortado da terra dos viventes pela transgressão do meu povo a quem o curso era devido ? 9 E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com um homem rico na sua morte; embora nunca tivesse cometido injustiça, nem houve engano na sua boca.

Apesar das profecias, quando Cristo veio muitos não acreditaram nele, e dizia-se que este foi um cumprimento de Is 53:1 , Jo 12:41 ; Rm 10:16. ). Não é afirmado que está falando aqui, mas pode ser o profeta Isaías, na maravilha que a sua mensagem não é acreditado e que há tão poucos justos. A mensagem (lit., "o que temos ouvido") é a notícia sobre o braço (pode) de Jeová, que se revela na obra do servo.

O fato de que os verbos em 53: 1-10a estão no pretérito tem levado alguns a encontrar a confirmação para a teoria de que o escritor estava descrevendo alguém que já tinha vivido antes de seu tempo, mas isso não é uma consequência necessária. Nós encontramos o futuro (Heb imperfeito.) Tensa em ambos 52: 13-15 e Is 53:10 ). Isto não é só porque ele não era o que os homens esperado ou que se esperam, mas também porque o seu sofrimento marcado sua aparência. Homens tantas vezes julgar pelas aparências exteriores, e perder o melhor das bênçãos que Deus prepara para eles. Que Deus nos ensine a reconhecer e aceitar o que Ele oferece!

Versículo Is 53:3 enfatiza rejeição do homem do servo. Ele está fazendo uma declaração forte para aplicar isso a Jesus, para dizer que Ele era desprezado ; mas é verdade. Também é verdade que os homens que ignorá-lo hoje realmente desprezam. Para deixar de aceitá-Lo é a rejeitá-Lo. Quando tantos desprezam hoje, não é de admirar que Ele é chamado de um homem de dores, e experimentado nos sofrimentos . Rejeição pecaminosa do homem dele em seu próprio tempo de vida lhe causou mais sofrimento do que a Sua dor física.

A verdade surpreendente do sofrimento do servo do pecado é enfatizada nos versículos 4:5 pela ênfase hebraico sobre os pronomes. Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas dores -que Jesus cumpridas porque Ele nos amou e que não poderia suportá-los nós mesmos.

Existe um forte contraste aqui com 46: 1-2 , onde constatou-se que os deuses das nações não podem suportar até mesmo o seu próprio peso, e muito menos o homem ajuda com suas cargas. Mas Deus, o Senhor, criador do céu e da terra, é capaz de suportar todo o peso de nossos pecados e tristezas, e isso ele faz em Jesus Cristo (conforme Mt 8:17 , onde esta declaração é aplicada diretamente a Jesus) .

A doutrina do sofrimento vicário para os pecados dos outros chega a um clímax maravilhoso aqui, de modo que temos de dizer que Isaías, sob a inspiração do Espírito Santo, ultrapassou em muito o conhecimento humano, e descrito em detalhe surpreendente a expiação do pecado operada pelo sofrimento de Jesus Cristo. Ele não se limita a dizer que o servo tira o pecado e sofrimento, mas que ele leva-los para si e carrega-los para os outros. Isaías não compreender o significado completo de tudo o que ele disse, e nós também não; mas podemos entender mais após o evento e após as explicações do Novo Testamento sobre ele do que Isaías poderia oito séculos antes de acontecer. Mais uma vez, devemos dizer que o servo nesta e em outras passagens não pode ser menor do que o próprio Jesus. É, portanto, uma profecia direta do Messias, na inspiradora detalhes. Além disso, deve-se salientar que esta foi a interpretação dos judeus até controvérsias com os cristãos levou a desistir. JA Alexander declara: ". A mesma interpretação foi mantida, quase sem exceção, na 1greja Cristã, até perto do final do século XVIII, quando foi abandonado pelos teólogos alemães, juntamente com as doutrinas da expiação e inspiração profética" No entanto, enquanto era nossos pecados Jesus foi de rolamento, nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus (v. Is 53:4 ), uma vez que Ele estava sofrendo como se pelos pecados de sua autoria, embora Ele não tinha pecado (1Pe 2:20. ; 1Pe 3:18 ; Rm 8:3 ).

As expressões do verso Is 53:5 tem a ver principalmente com o perdão dos pecados ea cura da alma. A palavra hebraica rafa' (curado) é usado mais frequentemente em sentidos figurados do que da cura de doenças físicas (Is 6:10 ; Is 19:22 ; Is 30:26 ; Jr 6:14. ; Jr 8:11; Jr 33:6. ; 1Pe 2:24. ; conforme Mq 2:5 ). É claro desde o paralelismo da passagem que a referência principal é o perdão dos pecados e cura espiritual. Este pensamento é continuado no versículo 6 , onde a pecaminosidade teimoso do homem é descrito; e afirma-se que, por causa de nossos pecados, o Senhor fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos . Todospecaram (Rm 3:23 ), por isso tudo precisa deste redenção.

Nos versículos 7:9 , vemos o sofrimento, morte e sepultamento do servo. É incrível o quanto ingenuidade tem sido dispendido nestes versos para torná-los aplicáveis ​​a Israel na Babilônia, sofrimento e figurativamente morrer pelos pecados do mundo inteiro.Não vai dar certo, e estamos melhor aconselhados a tomar o simples fato de que Deus revelou a Isaías a obra do Servo ideal do Senhor de tal maneira que sua descrição foi cumprida em detalhes por Jesus, em Seu sofrimento, morte e sepultamento .

Esta passagem aponta para o fato de que Jesus voluntariamente deixou-se aflitos (v. Is 53:7 ), e não protestou. Sua era tanto um passivo e um ativo submissão ao sofrimento (At 8:32 ). Ele era como um cordeiro, não só em sua apresentação tranquila até a morte, mas também no que Ele era um sacrifício pelo pecado (1Pe 1:19 ).

O versículo 8 é um pouco ambígua em hebraico, e tem sido interpretada de diversas formas. North traduz: "Depois da prisão e condenação ele foi retirado, e sobre o seu destino, que refletiu?" Esta é a melhor interpretação à luz do cumprimento. E mais uma vez se afirma claramente que Ele morreu pelos pecados dos outros (v. Is 53:8 ). Estas palavras têm causado tanta preocupação para alguns que eles sugeriram várias emendas. No entanto, é literalmente verdade que Jesus morreu com os ímpios e Seu túmulo foi planejada para estar com eles, mas em que ele foi enterrado com um homem rico na sua morte . Isso surgiu porque (com margem, em vez de embora) Ele era realmente inocente.

Mais uma vez o profeta procura eliminar um mal-entendido, ao afirmar que tudo isso não foi feito para o servo, contra a vontade de Deus, mas que agradou o Senhor esmagá-lo (v. Is 53:10 ). Isso não significa, é claro, significa que Deus estava feliz em ver Jesus sofrer, mas, sim, que a vontade de Deus dirigiu este sofrimento para os pecados dos outros, a fim de que o mundo pode ter a oferta de salvação do pecado. Quando Jesus foi condenado à morte, seu destino não foi colocada nas mãos de homens pecadores por causa da incapacidade de Deus para impedi-lo. Dizem-nos que isso era parte do plano. Jesus disse: "Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida, para que eu possa levá-la novamente. Ninguém ma tira de mim, mas eu a dou por mim mesmo. Eu tenho poder para a dar, e tenho poder para tomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai "( Jo 10:17 ). Notamos que Isaías não só apresenta o fato de que esse sofrimento é a vontade de Deus, mas também que essa morte não é o fim da questão. Ele declara que, após o servo morre como uma oferta pelo pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias . Se este capítulo está falando do Messias, um indivíduo, então não é fácil escapar à conclusão de que Isaías tem aqui descrito uma ressurreição pessoal de morte. Não seria rentável para rastrear todas as formas em que a ressurreição foi negado aqui, mas pode-se mencionar que Sellin e Staerk, com sua teoria peculiar de que o funcionário foi Joaquim, negou que ele morreu, embora Sellin depois voltou atrás. Torrey e outros com uma interpretação coletiva ou alegórica do servo, negar tanto a morte e ressurreição com esta passagem. Mas esses argumentos não foram convincentes, e nem tem os dos escritores escandinavos. A maneira mais simples é aceitar o cumprimento do Novo Testamento e interpretação do presente como falar da morte e ressurreição de Jesus Cristo, sob a inspiração do Espírito Santo. A Igreja primitiva aceitou este, como fez Jesus (conforme Lc 24:1ff , como um exemplo).

3. Resultando Triumph do Servo (53: 10-12)

10 No entanto, da vontade do Senhor esmagá-lo; Pôs-lhe a tristeza: quando tu deverás fazer sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua . posteridade, prolongará os seus dias, e o prazer do Senhor prosperará na sua Mc 11:1 Ele verá o fruto do trabalho de sua alma, e ficará satisfeito; com o conhecimento de si mesmo o meu servo, o justo, justificará a muitos; e ele deve suportar as suas iniqüidades. 12 Pelo que lhe darei o seu quinhão com os grandes, e repartirá ele o despojo com os fortes; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores.

Além da referência à ressurreição do servo, estamos também disse no versículo 10 que Deus fez a sua alma (vida) uma oferta pelo pecado . A palavra hebraica 'asham (oferta) é a palavra usada regularmente para a "oferta pela culpa" (ver Lv 5:1 ; Lv 7:1; 1Sm 6:3 ; Rm 8:3 ; 1Jo 2:2 ; He 9:14 . Certamente este é um dos pontos altos de toda a Bíblia, e no coração de sua grande Boa Nova.

O pensamento do sacrifício vicário continua no versículo 11 e tornou-se ainda mais explícito: E ele deve suportar as suas iniqüidades. Aquele que não tem pecado leva nossos pecados sobre si mesmo e leva a culpa deles, de modo a levá-los para longe de nós.

Como consequência desta conclusão bem sucedida do trabalho do Servo do Senhor, lemos de sua grande exaltação (v. Is 53:12 ). Para que não haja qualquer dúvida a respeito de porque o servo é tão altamente exaltado, dizem-nos, mais uma vez de seu sofrimento vicário: porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores (conforme Lc 22:37 ): ainda ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores.

Esta é uma daquelas passagens que nos levam a ficar sem palavras como a ouvimos. O que mais podemos acrescentar a tal capítulo?


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Isaías Capítulo 53 do versículo 1 até o 12
Is 53:0; Mt 8:17; At 8:32-44; Mc 15:28; Lc 22:37; Rm 10:16 e 1Pe 2:24 comprovam que esses versí-culos aplicam-se a Jesus Cristo. O Novo Testamento cita ou refere-se a Is 53:0. A nação estava estéril e seca quando ele apareceu. Eles tinham uma forma de religião, contudo não tinham vida, e, por ele trazer vida, o rejeitaram. Que Elo- mem notável, humano ("ele brota-rá"), contudo divino. Isso ofendeu os judeus, que não acreditavam que Deus vi ria como um Servo (Mt 6:1-40). Sua aparência física era co-mum, não tinha beleza ou qualquer atrativo especial aos olhos huma-nos. Para os que o conheciam, ele era "o mais formoso dos filhos dos homens" (Sl 45:1 ss). Ele foi despre-zado (não querido, olhado de cima a baixo), rejeitado (abandonado por seus discípulos, por sua nação e por seu mundo), pouco estimado (não muito valorizado, não desejado). Todavia, ele começou a fazer o bem e a ajudar o desamparado. O fato de que os homens pudessem tratar dessa forma o próprio Filho de Deus apenas mostra a perversidade do coração humano.

  1. A redenção (Is 53:4-23)

Por que um homem inocente como Jesus Cristo morreu dessa forma ter-rível na cruz? Esses versículos ex-plicam a razão disso: ele tomou o lugar dos pecadores e sofreu o jul-gamento por eles. Veja 1Pe 2:24 e 2Co 5:21. Observe o pre-ço que ele pagou: (1) traspassado ou ferido refere-se à morte dele na cruz, traspassado por pregos — Jo 19:37; Zc 12:10; (2) mo- ído, o que significa ser "esmagado" sob um fardo, o peso do pecado que foi depositado sobre ele; (3) castigo ou punição como se ele tivesse que-brado a lei, nesse caso com o ver- gão do açoite.

No entanto, esses sofrimentos físicos não foram nada compara-dos com os sofrimentos espirituais da cruz, quando ele tomou sobre si nossas transgressões (vv. 5,8), nos-sa rebelião e quebra deliberada da Lei do Senhor; nossa iniqüidade (vv. 5-6); a desonestidade da nossa na-tureza; nossas enfermidades e dores (v. 4); nossas misérias e o resultado infeliz de nossos pecados. Somos pecadores por nascimento ("Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas") e por escolha ("cada um se desviava pelo caminho"). Veja Sl 58:3 e Rm 5:12ss. O versículo 6 começa com o "todos" de condenação, mas termina com o "todos" de salvação. Ele morreu por todos nós. Esses versículos são o cerne do evangelho — "Cristo mor-reu por nossos pecados".

  1. A resignação (Is 53:7-23)

Ele não foi tratado com justiça. Foi oprimido, humilhado, tratado rude-mente. Ele não reclamou nem gri-tou. Eles zombaram dele e o arras-taram de um lugar para outro, mas ele ficou mudo e manso como uma ovelha. Ele é o "Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo" (Jo 1:29). O versículo 8 sugere que o tiraram com violência da prisão e não permitiram que houvesse justi-ça. Veja At 8:33 e Mt 27:22-40). Deus prome-teu ao Filho que ele teria uma "se-pultura no jardim" e cumpriu a pro-messa. "[Ele] nunca fez injustiça, nem dolo algum se achou em sua boca". Os homens foram injustos, porém Deus foi justo. Ao se subme-ter totalmente à vontade do Senhor, Cristo deu-nos um exemplo e tanto (1Pe 2:18-60). Devemos glorificar a Cristo, entregando-nos à vontade dele quando os homens nos tratam com injustiça (como farão porque seguimos a Cristo).

  1. A recompensa (Is 53:10-23)

Deus planejou tudo isso, e seu pla-no obteve sucesso total. Verifique as passagens 52:13 42:1-4 que relatam o sucesso da obra do Salva-dor. Esses versículos do capítulo 53 mostram-nos o lado da cruz focado em Deus: "Ao Senhor agradou". Isso quer dizer que Deus se regozijou com o sofrimento e a morte de seu Filho? Não. Agradou-lhe ver a obra da salvação concluída, o sacrifício aceito e o pecado expiado. Agora, o Deus santo, em sua graça, podia salvar os pecadores indignos. Em-bora os homens perversos tenham matado Cristo, a obra deles foi anu-lada para cumprir o propósito de Deus (At 2:22-44). A morte de Cris-to não foi um "exemplo moral"; foi uma oferta pelo pecado (v. 10). Ele morreu em nosso lugar.

Qual foi a recompensa de Cristo, além da alegria de ter feito a vontade de seu Pai? Ele foi ressus-citado dos mortos ("Prolongará os seus dias") e ganhou uma família espiritual ("Verá a sua posterida-de"). O versículo 11 traz o retrato de uma família espiritual quando descreve o "trabalho" de sua alma na cruz. VejaSl 22:30 e He 2:13.Is 9:6 chama Cris-to de "Pai da Eternidade", e esta é razão disso: sua morte e o "tra-balho" na cruz tornaram possível a existência da família de Deus formada pelos pecadores salvos. Essas são as pessoas que ele jus-tificou e declarou justas por meio de sua graça.

O versículo 12 apresenta outra recompensa do Servo fiel: uma he-rança do Pai. Ele conquistou Satanás e o pecado; agora, divide os despo- jos (Ef 4:8). Cristo foi pouco estima-do quando esteve na terra, mas ago-ra está entre os "poderosos". Os reis se curvarão diante dele (52:13,15; Sl 72:8-19; Ap 19:14ss). Sl 2:0). Ele intercedeu pelos transgressores, orando por eles (Lc 23:34,Lc 23:43). Não falou quando os homens o maltrata-ram com crueldade, mas falou a fa-vor dos pecadores perdidos. E, hoje, ele intercede pelos seus (Rm 8:34). Não há julgamento sobre eles, por-que ele tomou tudo sobre si mesmo. Você crê nele como seu Salvador?


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Isaías Capítulo 53 do versículo 1 até o 12
53.1 Quem creu. Refere-se à incredulidade e à cegueira de Israel, características do mundo daquela época e de hoje. Refere-se à revelação de Deus, que é a Escritura, e Àquele que se revela na mesma, o Salvador.

53.2.3 A humilhação de Cristo. O homem natural não percebe aparência nem atração em Cristo. Só a fé abre os olhos para ver a formosura do Sofredor do Gólgota.

53.3 Rejeitado. Por homens cujos pecados estava expiando.

53.4.5 Ele... nós. O pecado e o castigo pertencem a nós; Cristo, sem mácula nem culpa, voluntariamente assumiu ambos em nosso favor.

53.7 Humilhado. Ou "humilhou-se", pois a vontade do Seu Pai era também a Sua vontade. Não abriu a boca. A paciência a coragem e a livre vontade na paixão de Cristo.

53.8 Do meu povo. Os padecimentos de Cristo em prol da humanidade resgatam todos quantos nEle crêem, os quais, então, se tornam povo de Deus.

53.9 Assim se cumpriu: Jesus foi crucificado entre dois ladrões, e sepultado no túmulo do rico, José de Arimatéia.
53.10 Verá a sua posteridade. Jesus haveria de morrer, mas não ficaria sem ver o fruto da Sua morte, pois depois da ressurreição ainda deu a grande comissão para Seus discípulos, e prometeu Sua presença real entre eles, Mt 28:18-40. É o fruto que o grão de trigo produz ao morrer, Jo 12:24; Ef 1:19-49; Ef 2:1-49. Prolongará os seus dias. Cristo, ressuscitado, vive por toda a eternidade (Rm 6:9-45; Ap 1:18).

53.11.12 A suficiência do sacrifício de Cristo.
53.11 Fruto. A palavra não consta da heb mas o contexto a exige; cada pessoa que se converte a Jesus Cristo é mais um resultado da Sua obra expiatória.

53.12 Contado com os transgressores. Foi crucificado entre dois ladrões e considerado, pelo poderio judaico, um criminoso perigoso. Realmente, carregando sobre si, na cruz, os pecados do mundo, e pagando, em nome da humanidade, as conseqüências de toda a maldade, Jesus recebeu, imputada à Sua Pessoa, a culpa de todos os transgressores (1Pe 2:24). Pelos transgressores intercedeu. Os primeiros transgressores que o estavam crucificando (Lc 23:34). Desde então, está assentado à direita da Majestade nas alturas, vivendo sempre para interceder por aqueles que se convertem (He 1:4; He 7:25).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Isaías Capítulo 53 do versículo 1 até o 12
53.1ss. Esses versículos refletem sobre a humilhação do Servo, retratada em termos de enfermidade. A reação natural a esses sofrimentos é desviar o olhar e afastar-se de quem sofre (v. 2); mas, mais do que isso, era comum no mundo do antigo Israel rejeitar e desprezar pessoas em sofrimento profundo, pois este era visto como um sinal certo do desagrado de Deus, como testifica o livro de Jó. Mas uma explanação muito diferente é apropriada para a humilhação do Servo — tão diferente que os espectadores estão incrédulos diante da notícia (v. 1). Eles são forçados a rever a sua forma de pensar, não somente em virtude do que ouvem, mas em virtude do braço do Senhor, i.e., a revelação do poder de Deus ao transformar a desonra do Servo em glória e poder.

53:4-9. Agora é apresentada a explanação: os sofrimentos do Servo não eram resultado de pecados graves próprios, como todos poderiam ter pensado, mas inteiramente e indubitavelmente em favor dos outros —por causa [...] do meu povo (v. 8), o profeta reconhece. Eles tinham pecado (v. 5,6), ele não (v. 9); os pecados deles trouxeram profunda aflição sobre ele, porém eles — os culpados — não colheram retribuição mas bênção (v. 5). O retrato de enfermidade muda no v. 7; o Servo é retratado agora como um homem sendo julgado pela sua vida, inocente mas mesmo assim condenado e executado. Essa mudança tem a intenção não tanto de predizer a natureza exata dos sofrimentos de Cristo, mas de destacar o caráter do Servo; ele na verdade não é como um homem doente resignado e paciente, sofrendo estoicamente, mas alguém que propositadamente escolhe não se defender de falsas acusações, da condenação e da execução. Somente ao aceitar pacientemente o sofrimento, ele poderia levar bênçãos a outros.

Observações: (1) o v. 8 é notoriamente problemático, tanto em relação ao texto como em relação ao significado; a formulação da NEB (“Sem proteção, sem justiça...”) tem boa fundamentação; (2) e com os ricos em sua morte (v. 9): aqui também há dificuldades, e o significado poderia ser: “e o seu túmulo com os malfeitores”, um paralelo exato com a primeira linha.

53,10ss. As atitudes inconstantes dos seres humanos são agora contrastadas com a atitude, os atos e o propósito invariáveis de Deus. Foi da vontade do Senhor que o Servo sofresse, como uma oferta pela culpa-, foi igualmente a sua vontade que o Servo prosseguisse até o triunfo como um rei conquistador (v. 12). Assim, além do túmulo ele prolongará os seus dias, de acordo com os propósitos de Deus, e verá sua prole (mais uma imagem humana). O destaque está menos no triunfo do Servo, por mais importante que isso seja, do que na bênção que também vai levar a outros: haverá intercessão pelos transgressores, o pecado de muitos será carregado; muitos serão justificados.

Observação: os v. 10,11 são também muito difíceis de serem compreendidos completamente, em virtude de incertezas no texto e na linguagem. A formulação da NEB deveria ser estudada cuidadosamente; é melhor que a da NVI em alguns aspectos, mas não totalmente satisfatória. Ela usa evidência textual dos manuscritos do mar Morto.

Qual era a relevância de toda essa passagem para os exilados? Em primeiríssimo lugar, ela trouxe esperança e segurança: a nação, que logo seria restaurada, no tempo devido teria o seu rei. Ele seria suficientemente poderoso para silenciar as nações e mesmo assim suficientemente justo para satisfazer as rígidas exigências de Deus (conforme Jr 23:5,Jr 23:6). Acima de tudo, ele levaria cura e justiça à nação que tinha tão evidentemente necessitado disso nos séculos passados. Em segundo lugar, a passagem os chamou para o caminho da responsabilidade; como expressa o comentário do NT desse texto: “Seja a atitude de vocês...” (Fp 2:5). Encontramos aqui a verdade geral de que o sofrimento é com fre-qüência o caminho de Deus para o sucesso (de acordo com a definição dele de sucesso) e, com isso, um chamado implícito de olhar retrospectivamente para os sofrimentos do passado (e.g., os anos do exílio) e extrair benefícios e proveito deles. Há também um chamado implícito para se buscar, aqui e agora, a justiça da provisão de Deus. Finalmente, não devemos omitir o fato de que a promessa do advento do Servo-Messias para servir e governar o seu povo reforçou o chamado para deixar a Babilônia (52.11). O que Deus queria era ver o seu povo de volta na sua própria terra, reunido, reconstruindo e buscando trilhar os caminhos da justiça (conforme 55:3-7).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Isaías Capítulo 40 do versículo 1 até o 24

VOLUME VIII. O LIVRO DO CONFORTO. 40:1 - 66:24.

Seção I. O Propósito da Paz. 40:1 - 48:22.


Moody - Comentários de Isaías Capítulo 53 do versículo 1 até o 3

Isaías 53

Is 53:1-3. O Servo, na opinião dos homens, seria rejeitado e desprezado.


Moody - Comentários de Isaías Capítulo 53 do versículo 4 até o 6

4-6. O Servo conforme visto por Deus seria o Redentor vicário.


Moody - Comentários de Isaías Capítulo 53 do versículo 7 até o 9

7-9. Quando vistos pelo homem, os sofrimentos do Messias seriam uma trágica infelicidade na vida de um inocente.


Moody - Comentários de Isaías Capítulo 53 do versículo 10 até o 12

10-12. Deus vê os sofrimentos do Messias como a redenção dos pecadores e o triunfo sobre a morte.


Dúvidas

Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
Dúvidas - Comentários de Isaías Capítulo 53 versículo 3
Is 53:3 - Jesus foi desprezado pelos homens, ou foi respeitado por eles?


PROBLEMA:
Segundo Isaías, Jesus foi "desprezado e o mais rejeitado entre os homens". Contudo, no Evangelho, até mesmo os inimigos do Jesus pareciam respeitá-lo, como fez Pilatos ao dizer: "Eu não acho nele crime algum" (Jo 18:38). Os soldados romanos que crucificaram Jesus exclamaram: "Verdadeiramente, este homem era justo" (Lc 23:47). De fato, Lucas diz que Jesus "crescia em... graça, diante do Deus e dos homens" (Lc 2:52). Qual é a verdade, então: Jesus foi respeitado ou desprezado?

SOLUÇÃO: Ambas as colocações são verdadeiras. De uma maneira geral, ele foi respeitado por seus amigos e rejeitado por seus inimigos. Ele foi honrado por seus discípulos, mas crucificado por seus inimigos.

Além disso, em geral Jesus foi mais aceito no seu ministério inicial, mas o antagonismo tornou-se mais intenso no seu ministério posterior. Assim, depende de quem esteja falando e a que período esteja se referindo, no que diz respeito à questão de Jesus ter sido desprezado ou respeitado.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Isaías Capítulo 53 do versículo 1 até o 12
Is 53:1

2. A SUA VIDA E SOFRIMENTO DE MORTE (Is 53:1-23). Depois da introdução precedente, o profeta passa a ampliar a sua visão do plano divino de redenção do mundo. Esse mundo a ser remido é surpreendido e assombrado ao ver sofrimento tão estranho, e imagina, de princípio, que ele deve provir da mão do Deus. Observada, porém, a vida impecável do Servo, torna-se evidente que em padecimentos tão grandes Ele está, na realidade, sofrendo por causa de outros. No reconhecimento deste fato, desponta também a consciência de que os espectadores estão implicados; vêem que Ele tem sofrido injustamente e que esse sofrimento deveria ter recaído sobre eles. Quando esse sofrimento culmina na morte, porém, compreendem que esta fazia parte da vontade de Deus, parte do estranho plano de destruição do mal e de implantação da perfeita justiça. E assim que Ele ganha o galardão do Vencedor. Só assim muitos serão desviados das suas veredas de injustiça para as sendas da paz e da vida.

Todo o capítulo está impregnado de mistério. Somos nele apresentados ao Servo sofredor de Jeová duma forma que "emudece os lábios e força a alma a curvar-se completamente prostrada pelo espanto e assombro". Tão grande é esta revelação que "a piedade está deslocada e a simpatia é irreverente". É impossível não sentir que está patente aqui a grandeza do mistério do poderoso ato de Deus no tempo como na eternidade. Perante esta visão do Salvador padecente, só podemos olhar, admirar e adorar.

Para fins de estudo, estes nove versículos podem ser divididos em três breves seções. É-nos apresentada primeiro a Pessoa rejeitada (1-3), depois o Sofredor substituto (4-6), e, finalmente, o Cordeiro expiatório (7-9).

Ao apresentar a Pessoa rejeitada, o profeta mostra-A claramente primeiro conforme vista por Deus e depois conforme vista pelos homens. "Foi subindo como Renovo perante Ele" (2). Assim se descreve mediante uma bela comparação tudo aquilo que sugere a juventude eterna. Todavia, não era assim que os homens O viam. Em contraste imediato e notável, seguem-se as palavras: "E como raiz duma terra seca". Nada indica aqui que o Servo fosse deformado ou antipático, ou feio. O que se diz, sim, e duma maneira incisiva, é que os homens eram cegos para a Sua beleza. As seguintes palavras resumem tudo o que se diz acerca da Sua pessoa: "Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores e experimentado nos trabalhos" (3).

Apresentado o Servo assim pessoalmente rejeitado, o profeta mostra que os Seus sofrimentos tinham um poder substitutivo (4-6). Olhando para Ele, os homens tinham pensado que todo aquele padecimento era uma visitação de Deus: Aflito, ferido de Deus (4). A mesma filosofia tinha dominado o pensamento dos amigos de Jó, que o julgavam afligido por Deus em conseqüência de qualquer pecado e que, afinal, não tinham razão. Foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades (5). Os homens não tinham visto nEle qualquer beleza por serem cegos, e também aqui não vêm qualquer missão nesta dor, porque o seu espírito não estava iluminado pela luz que vem do alto. O profeta proclama aqui a grande verdade que o sofrimento é substitutivo e que aquela agonia era preciosa.

Os três versículos seguintes (7-9) conduzem-nos ao santo lugar do sacrifício, onde o Cordeiro efetua a expiação: silencioso no meio das injustiças que Lhe são feitas; conduzido para ser cortado da terra dos viventes (8); agente da expiação das transgressões do povo. É este o ponto culminante da apresentação do sofredor pessoal e do sofredor vicarial, o Cordeiro expiatório quebrantado pela transgressão do Meu povo (8).

Quem deu crédito à nossa pregação? (1), ou melhor, "àquilo que ouvimos?" O profeta refere-se às passagens anteriores respeitantes ao Servo, com as suas incríveis mensagens, de sofrimento e censura. Esta queixa é uma confissão de penitência. A voz é a do profeta falando em nome do povo. Ao mesmo tempo, há uma forte sugestão de incredulidade: "Quem poderia acreditar em tal coisa?" Como raiz duma terra seca (2). No passado da nação nada poderia dar esperanças de grandeza assim, nem havia fosse o que fosse no tempo ou no ambiente que cercou o nascimento do Salvador para explicar a Sua presença. Experimentado nos trabalhos (3); C. R. North traduz: "familiarizado com a doença", isto é, a lepra; deste modo esta frase constituiria um quadro do contato do salvador com o pecado. Compare-se com 2Co 5:21. Nós O reputamos (4). O Servo levava sobre Si os pecados dos que O contemplavam e que imaginavam que Ele sofria um castigo enviado por Deus por causa do Seu próprio pecado (compare-se com Mt 8:17). O castigo que nos traz a paz (5), isto é, o castigo graças ao qual obtivemos a nossa paz com Deus. Quem contará o tempo da Sua vida? (8): "e, quanto à Sua geração, quem dentro dela considerou que Ele tivesse sido cortado da terra dos vivos?" ou, segundo C. R. North, "e quem refletiu sobre o Seu destino?" Com o rico na Sua morte (9). Os dirigentes do Povo tinham pensado que o Servo deveria ser enterrado vergonhosamente, como um criminoso, mas a maravilhosa providência do Seu Deus foi mais forte e Jesus foi sepultado com os ricos na Sua morte (ver Mt 27:57-40).

>Is 53:10

3. O RESULTADO GLORIOSO DOS SEUS SOFRIMENTOS (Is 53:10-23). No versículo 10 a nota é já diferente, e chegamos à proclamação do triunfo do Senhor. Começa ele com as palavras: "Todavia, ao Senhor agradou moê-lO", e desta forma a nossa contemplação ergue-se até ao nível da divina vontade. O Servo sofre assim porque Deus quis que desta forma muitos fossem trazidos à justiça pela Sua obediência. Para além das trevas da dor e da sombra da morte, descortina-se a alvorada radiosa da ressurreição. Ele viverá para ver uma descendência espiritual e subir ao trono como Vencedor incomparável.

Ao Senhor agradou (10), isto é, o eterno propósito de Deus. Quando a Sua alma se puser por expiação do pecado (10). Este versículo tem sido traduzido de variadíssimas maneiras, mas o sentido geral é bem claro. Da morte e sacrifício surgirão a novidade da vida ressurreta e a semente santa da Igreja remida de Deus. Bom prazer do Senhor (10), isto é, o propósito de Deus, que é a salvação do homem. O trabalho da Sua alma Ele verá e ficará satisfeito (11), frase esta que em grande parte constitui um prolongamento dos pensamentos do versículo 10. É impossível a alma dos remidos maravilhar-se mais do que durante a leitura deste versículo. O manuscrito do Mar Morto apóia a versão da Septuaginta: No meio do Seu trabalho, Ele verá a luz (ver He 12:2). Com o Seu conhecimento (11): "pelo conhecimento que, como Salvador e Servo, Ele tem da vontade de Deus, da Sua justiça e do caminho da salvação e que, transmitido aos homens, lhes dá uma compreensão semelhante do caminho divino", ou então: "pelo conhecimento dEle, conhecimento esse que produzirá a fé e salvará assim a vida". A parte de muitos (12), os frutos da vitória dados ao Servo.


Dicionário

Aflito

Dicionário Comum
adjetivo Que expressa ou sente aflição; que está angustiado; preocupado.
Que demonstra excesso de ansiedade; agoniado.
Que sente náusea; enjoado.
substantivo masculino Indivíduo que sente aflição; preocupado.
Etimologia (origem da palavra aflito). Do latim afflictus.a.um.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Aflito Angustiado, desesperado, preocupado, agoniado (Sl 86:1); (Lc 2:48), RA).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Alma

Dicionário Comum
substantivo feminino Princípio espiritual do homem que se opõe ao corpo.
Religião Composição imaterial de uma pessoa que perdura após sua morte; espírito.
Qualidades morais, boas ou más: alma nobre.
Consciência, caráter, sentimento: grandeza de alma.
Figurado Quem habita algum lugar; habitante: cidade de 20.000 almas.
Figurado Origem principal: esse homem era a alma do movimento.
Expressão de animação; vida: cantar com alma.
Condição essencial de: o segredo é a alma do negócio.
[Artilharia] O vazio interior de uma boca de fogo: a alma do canhão.
[Música] Pequeno pedaço de madeira que, colocado no interior de um instrumento de cordas, comunica as vibrações a todas as partes do instrumento: a alma de um violino.
Armação de ferro, de uma escultura modelada.
Etimologia (origem da palavra alma). Do latim anima.ae, sopro, ar, origem da vida.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
O termo “alma” é a tradução do hebraico nephesh. Em Gênesis 2:7, o termo denota o homem como um ser vivente depois que o fôlego de vida penetrou no corpo físico, formado com os elementos da terra.  Nephesh enfatiza a individualidade existente em cada ser vivente e não representa parte de uma pessoa; é a própria pessoa, sendo, em muitos casos, traduzido exatamente como ‘pessoa’ (Gn 14:21; Nm 5:6; Dt 10:22; cf. Sl 3:2) ou “eu” (a própria pessoa) (Lv 11:43-1Rs 19:4; Is 46:2). O uso do termo grego psuche em o Novo Testamento é similar àquele de nephesh no Antigo. O corpo e a alma existem em conjunto; ambos formam uma união indivisível. A alma não tem existência consciente separada do corpo. Não existe qualquer texto que indique a possibilidade de a alma sobreviver ao corpo, mantendo-se como entidade consciente.
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário de Sinônimos
espírito, ânimo, eu, coração. – Segundo Roq., “alma, no entender de alguns etimologistas, vem de anima, termo latino que vem do grego anemos, “ar, sopro, alento”; outros, e talvez com mais razão, derivam a palavra alma do verbo latino alo... alere, “vivificar, nutrir”. Seja qual for sua etimologia, representa esta palavra, em sua significação mais lata, o princípio, a causa oculta da vida, do sentimento, do movimento de todos os seres viventes”. – Espírito é a palavra latina spiritus, de spiro... are, “respirar”, e vale o mesmo que sopro ou hálito, ar que se respira. Espírito difere de alma, primeiro em encerrar a ideia de princípio subtil, invisível que não é essencial ao outro vocábulo; segundo, em denotar inteligência, faculdades intelectuais ativas que àquele só são acessórias. Os filósofos materialistas têm querido negar à alma humana a qualidade de espiritual, mas nenhum se lembrou ainda de dizer que o espírito era matéria. Alma desperta ideia de substância simples, que anima ou animou o corpo, sendo que espírito só indica substância imaterial, inteligente e livre, sem relação nenhuma com o corpo. Deus, os anjos, os demônios são espíritos, mas não são almas; as substâncias espirituais que animaram os corpos humanos, ainda depois de separadas deles, chamam-se almas; e assim dizemos: as almas do Purgatório; almas do outro mundo, a que os franceses chamam revenants. Vieira disse, falando do demônio: “É espírito: vê as almas”. Os gregos designavam a alma pela palavra psyche, “que quer dizer respiração”, “sopro”; e davam-lhe a mesma extensão que nós damos à palavra alma... Daí vem chamar-se psicologia à parte da filosofia que trata da alma. No sentido figurado, alma refere-se aos atos, aos sentimentos, aos afetos; espírito, ao pensamento, à inteligência. Diz-se que um homem tem a alma grande, nobre, briosa; e que tem o espírito penetrante, profundo, vasto. Falando do homem, alma e espírito nem sempre são sinônimos perfeitos; isto é, nem em todos os casos se podem empregar indiferentemente, senão em alguns; tal é aquele de Vieira em que, querendo encarecer o valor da alma sobre o corpo, diz: “Tudo isto que vemos (no 166 Rocha Pombo homem) com os próprios olhos é aquele espírito sublime, ardente, grande, imenso – a alma (II, 71). – Ânimo é a mesma palavra latina animus, de anemos, grego, do mesmo modo que anima. Na sua significação primitiva vale o mesmo que alma, espírito; porém o uso tem preferido este vocábulo para designar a faculdade sensitiva e seus atos: representa, pois, quase sempre valor, esforço, ou intenção, vontade; e nisto se distingue de alma e espírito (se bem que nem sempre essencialmente). Segundo os afetos que o ânimo experimenta, pode ele ser baixo, abatido, humilde, vil, ou altivo, elevado, soberbo, nobre, esforçado: o que com propriedade (em muitos casos) não se poderia dizer de alma, e ainda menos de espírito”. Como notamos entre parênteses, nem sempre é de rigor a distinção que faz Roq. Também dizemos: espírito baixo ou altivo; alma esforçada ou abatida, vil ou soberba. – Em linguagem filosófica, eu é a alma, é o conjunto das faculdades que formam a individualidade psicológica. Particularmente, quando se considera a alma como ser pensante, ou quando nela se vê apenas a faculdade intelectual, chamamo-la espírito. – Coração só pode ser tido como sinônimo de alma e de espírito: de alma, quando exprime, como esta, “órgão dos afetos”; de espírito, quando é tomado como sede da fortaleza moral, da coragem etc.
Fonte: Dicio

Dicionário da FEB
[...] ser imaterial e individual que em nós reside e sobrevive ao corpo. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

A alma é um Espírito encarnado, sendo o corpo apenas o seu envoltório. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

[...] a alma, Espírito encarnado que tem no corpo a sua habitação [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 135

[...] o Espiritismo nos apresenta a alma, como um ser circunscrito, semelhante a nós, menos o envoltório material de que se despojou, mas revestido de um invólucro fluídico, o que já é mais compreensível e faz que se conceba melhor a sua individualidade. [...] As relações da alma com a Terra não cessam com a vida; a alma, no estado de Espírito, constitui uma das engrenagens, uma das forças vivas da Natureza; não é mais um ser inútil, que não pensa e já não age senão para si durante a eternidade; é sempre e por toda parte um agente ativo da vontade de Deus. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Discursos•••, 2

O principal agente da saúde, que a restitui quando perdida e a preserva, impedindo o desenvolvimento de qualquer enfermidade [...] é a alma.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 9

[...] A alma, no curso da sua existência terrena e ainda por muito tempo após a morte do corpo, está bem revestida de uma forma, guarda bem uma identidade pessoal (e neste sentido é limitada), mas isso não impede que sua atividade seja, apesar de tudo, radiante e que esse estado de incessante irradiação se estenda desmedidamente na existência espiritual. [...]
Referencia: BOECHAT, Newton• Ide e pregai• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1989• -

[...] a alma, tal como o átomo, longe de ser uma estrutura simples, é um sistema dinâmico, formado por múltiplos elementos que, por assim dizer, gravitam em torno de um núcleo central (Aksakof).
Referencia: CERVIÑO, Jayme• Além do inconsciente• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

[...] ser concreto, dono de um organismo físico perfeitamente delimitado.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

[...] é una, e cada essência espiritual é individual, é pessoal. Nenhuma alma pode transmutar-se noutra, substituir outra. Portanto, uma unidade irredutível, que tem a existência em si.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

A alma é um ser transcendental.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 13

[...] um ser concreto, com individualidade, porque, mesmo durante a vida, é esse ser ao qual se deu o nome de alma ou de espírito, que pode separar-se do corpo e manifestar sua realidade objetiva nos fenômenos de desdobramento.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 13

[...] princípio independente da matéria, que dirige o corpo, e a que chamamos alma.
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 1

[...] é uma realidade que se afirma pelo estudo dos fenômenos do pensamento; que jamais se a poderia confundir com o corpo, que ela domina; e que, quanto mais se penetra nas profundezas da fisiologia, tanto mais se revela, luminosa e clara, aos olhos do pesquisador imparcial, a existência de um princípio pensante.
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 1

[...] a esta força que vela sobre o corpo e o conduz, chamamos alma.
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 2

É o eu consciente que adquire, por sua vontade, todas as ciências e todas as virtudes, que lhe são indispensáveis para elevar-se na escala dos seres. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 3, cap• 3

[...] A alma do homem é que é o seu eu pensante e consciente.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

A alma é o princípio da vida, a causa da sensação; é a força invisível, indissolúvel que rege o nosso organismo e mantém o acordo entre todas as partes do nosso ser. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 10

A alma, princípio inteligente, centro da força, foco da consciência e da personalidade.
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4, cap• 29

A [...] [é] um centro imperecível de força e de vida, inseparável de sua forma sutilíssima. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 4

A alma [...] vem de Deus; é, em nós, o princípio da inteligência e da vida. Essência misteriosa, escapa à análise, como tudo quanto dimana do Absoluto. Criada por amor, criada para amar, tão mesquinha que pode ser encerrada numa forma acanhada e frágil, tão grande que, com um impulso do seu pensamento, abrange o Infinito, a alma é uma partícula da essência divina projetada no mundo material.
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9

Cada alma é um foco de vibrações que a vontade põe em movimento. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 20

A palavra alma e seus equivalentes em nossas línguas modernas (espírito, por exemplo) ou nas línguas antigas, como anima, animus (transcrição latina do grego), spiritus, atma, alma (vocábulo sânscrito ligado ao grego, vapor), etc. implicam todas a idéia de sopro; e não há dúvida de que a idéia de alma e de espírito exprimiu primitivamente a idéia de sopro nos psicólogos da primeira época. Psyche, mesmo, provém do grego, soprar.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 3

[...] a alma não é um sopro; é uma entidade intelectual.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 3

[...] a alma é uma substância que existe por si mesma.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 9

A alma é uma substância invisível, impalpável, imponderável, fora das nossas condições de observação física. Nossas medidas de espaço não lhe podem ser aplicadas do mesmo modo que as do tempo. Ela pode manifestar-se a centenas e milhares de quilômetros de distância. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 3, cap• 12

[...] a alma não é uma sucessão de pensamentos, uma série de manifestações mentais e, sim, um ser pessoal com a consciência de sua permanência.
Referencia: FLAMMARION, Camille• Deus na Natureza• Trad• de M• Quintão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - t• 3, cap• 2

Nossas almas não são puros Espíritos. São substâncias fluídicas. Agem e se comunicam entre si por meios materiais, porém matéria sutil, invisível, imponderável.
Referencia: FLAMMARION, Camille• Estela• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - No domínio do desconhecido

A alma é um ser intelectual, pensante, imaterial na essência. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 1a narrativa

[...] imaterial, imensurável, intransmissível, consciente. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 1a narrativa

[...] a alma é uma entidade individual, [...] é ela quem rege as moléculas para organizar a forma vivente do corpo humano.
Referencia: FLAMMARION, Camille• Urânia• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 1

[...] A alma é uma chama velada. Quando lhe colocamos os santos olhos do amor, ela esplende e ilumina. Quando a descuidamos, ela se entibia e morre...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Auto-iluminação

É a faculdade que Deus deu ao homem de se perpetuar pelo tempo afora e pelo Universo.
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 8

[...] a alma é atributo divino, criado por Deus, e espalhado, fragmentado, pelo Universo, tendo cada fragmento individualidade própria, ação independente, função definida, trajetória certa, e missão determinada [...].
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 28

A alma é que sente, que recebe, que quer, segundo as impressões que recebe do exterior, e mesmo independente delas, pois que também recebe impressões morais, e tem idéias e pensamentos sem a intervenção dos sentidos corporais.
Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• A loucura sob novo prisma: estudo psíquico-fisiológico• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

A alma é o princípio causal do pensamento; ou, antes, é ela quem pensa e o transmite pelo cérebro, seu instrumento.
Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• A loucura sob novo prisma: estudo psíquico-fisiológico• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

[...] a alma, o princípio inteligente que subsiste à morte da carne, que zomba das investigações materialistas, que escapa ao trabalho grosseiro das necropsias, que se não deixa encerrar nas quatro paredes negras do caixão funerário.
Referencia: Ó, Fernando do• Marta• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 15

A Alma ou Essência, parcela do Poder Absoluto, e, como este, eterna, imortal; sede de potências máximas, ou faculdades, que exatamente denunciam a sua origem, funções tais como a Inteligência, a Consciência, o Pensamento, a Memória, a Vontade, o Sentimento, e demais atributos que sobrevivem através da Eternidade e que da criatura hu mana fazem a imagem e a semelhança do seu Criador, pois Deus, o Ser Absoluto, possui estes mesmos atributos (além de muitos outros que ainda ignoramos), em grau supremo, enquanto que a criatura os possui em grau relativo, visto que é essência sua, sendo, portanto, a Alma, sede de tais atributos, o verdadeiro ser!
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

[...] a alma é luz que se eleva à grandeza divina.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Amar e servir• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mensagem

[...] A alma não é uma entidade metafísica, mas, sim, um centro imperecível de força e de vida, inseparável de sua forma sutilíssima. Preexistia ao nosso nascimento e a morte carece de ação sobre ela. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Joana D’arc

Nossa alma é um universo de sombras e claridades. Seu destino é a perfeição. [...]
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 8

A alma é a sede da vida. É ela que pensa, que sente, que imprime à matéria esta ou aquela forma, que dá ao rosto esta ou aquela expressão.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A letra e o espírito

[...] a alma humana é uma consciência formada, retratando em si as leis que governam a vida e, por isso, já dispõe, até certo ponto, de faculdades com que influir na genética, modificando-lhe a estrutura, porque a consciência responsável herda sempre de si mesma, ajustada às consciências que lhe são afins. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 7

A Toda alma é templo vivo, que guarda ilimitada reserva de sabedoria e amor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - O tempo

A alma humana, nestes vinte séculos de Cristianismo, é uma consciência esclarecida pela razão, em plena batalha pela conquista dos valores iluminativos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

[...] a alma é a sede viva do sentimento [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

[...] Intimamente justaposta ao campo celular, a alma é a feliz prisioneira do equipamento físico, no qual influencia o mundo atômico e é por ele influenciada, sofrendo os atritos que lhe objetivam a recuperação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Alma A parte não-material e imortal do ser humano (Mt 10:28), sede da consciência própria, da razão, dos sentimentos e das emoções (Gn 42:21;
v. IMORTALIDADE). Os dicotomistas entendem que o ser humano é corpo e alma, sendo espírito sinônimo de alma. Os tricotomistas acreditam que o ser humano é corpo, alma e espírito. “Alma vivente” quer dizer “ser vivo” (Gn 2:7). Na Bíblia muitas vezes a palavra “alma” é empregada em lugar do pronome pessoal: “Livra a minha alma da espada” quer dizer “salva-me da espada” (Sl 22:20, NTLH). Outras vezes “alma” em hebraico, quer dizer “pessoa” em português (Nu 9:13).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Alma Parte espiritual do homem, distinta de seu corpo. Embora o conceito bíblico esteja longe da rígida dicotomia entre corpo e alma que caracteriza, por exemplo, o hinduísmo ou o platonismo, o certo é que também existia a crença de uma categoria distinta do corpo que se identificava com o mais íntimo do ser. Assim aparece no Antigo Testamento como um “eu” espiritual que sobrevive consciente depois da morte (Is 14:9ss.; Ez 32:21ss.). Ainda que se insista que o pecado causa a morte da alma (Ez 18:4), isso não implica, em caso algum, a inconsciência ou aniquilação do sujeito. A morte física elimina seu corpo e destrói os planos que fizera (Sl 146:4), porém seu espírito volta-se para Deus (Ec 12:7), persistindo. A idéia da imortalidade da alma ainda era evidente durante o período intertestamentário e refletida, entre outros, pelo historiador judeu Flávio Josefo em seu “Discurso aos gregos acerca do Hades”. Os rabinos contemporâneos de Jesus — assim como o Talmude judeu posterior — insistiram também no conceito da imortalidade da alma e da sua sobrevivência consciente (para ser atormentada conscientemente na geena ou feliz no seio de Abraão) após a morte física. Em nossos dias, considera-se que a crença na imortalidade da alma é uma das doutrinas básicas do judaísmo, especialmente no seu setor reformado. Em um de seus ensinamentos mais conhecidos (Lc 16:19ss.), Jesus ressaltou que, no momento da morte, a alma da pessoa recebe um castigo ou uma recompensa consciente, e descreveu o primeiro em termos sensíveis como o fogo (Mc 9:47-48; Lc 16:21b-24), choro e ranger de dentes (Mt 8:12; 13 42:24-51 etc.) etc. Apesar de tudo, no ensinamento de Jesus não se considera a consumação escatológica concluída na resssurreição (Jo 5:28-29; Mt 25:46). Ao recusar a idéia do sono inconsciente das almas, da mortalidade da alma e da aniquilação, ao mesmo tempo que ressaltava a esperança da ressurreição, Jesus conservava a visão já manifestada no Antigo Testamento e, muito especialmente, no judaísmo do Segundo Templo, com exceções como a dos saduceus.

A. Cohen, o. c.; J. Grau, Escatología...; J. L. Ruiz de la Peña, La otra dimensión, Santander 1986; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Diccionario de las tres..; m. Gourges, El más allá en el Nuevo Testamento, Estella 41993.

Autor: César Vidal Manzanares

Beleza

Dicionário Comum
substantivo feminino Característica, particularidade, caráter ou atributo do que é belo; expressão própria de belo; boniteza, encanto ou lindeza.
Essência do ser ou daquilo que pode incitar uma sensação de êxtase; que desperta admiração ou prazer por meio dos sentidos: a beleza das sinfonias de Beethoven; aquela lasanha estava uma beleza.
Particularidade do que contém equilíbrio, simetria, grandiosidade, harmonia etc: a beleza de uma obra artística; a beleza de uma música; a beleza de um sorriso.
Característica do que ou de quem provoca admiração e/ou de identificação (moral ou intelectual) por seu conteúdo: boas intenções de pensamento.
Pessoa bela: sua filha é uma beleza.
substantivo feminino plural Belezas. Mechas encaracoladas que caem sobre a testa; pega-rapaz.
Etimologia (origem da palavra beleza). Do italiano bellezza.
Fonte: Priberam

Dicionário da FEB
[...] a beleza real consiste na forma que mais afastada se apresenta da animalidade e que melhor reflete a superioridade intelectual e moral do Espírito, que é o ser principal. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Teoria da beleza

Beleza é bondade fecunda, compreensão permanente, inalterável serenidade da alma para ajudar, sem restrições, a todos os romeiros da regeneração e da dor...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De longe

[...] o belo é o esplendor da verdade. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• Deus na Natureza• Trad• de M• Quintão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - t• 4, cap• 2

Fonte: febnet.org.br

Boca

Dicionário Comum
substantivo feminino Cavidade anatômica que compõe a parte inicial do tubo digestivo, através da qual é possível ingerir alimentos.
Por Extensão Parte externa dessa cavidade composta pelos lábios.
O que se assemelha a uma boca (cavidade): boca de vulcão.
Abertura de uma superfície, objeto, recipiente: boca de garrafa.
Buraco através do qual a bala é lançada (numa arma de fogo): boca de fuzil.
Abertura do fogão por meio da qual o fogo é expelido: fogão de 4 bocas.
Parte inicial de uma rua: boca da avenida, de rua.
Figurado Pessoa que depende de outra: lá em casa são 6 bocas famintas!
[Popular] Excelente oportunidade, com benefícios.
[Gíria] Local onde é possível comprar e vender drogas.
Geografia Embocadura de rio.
Geografia Parte inicial de uma baía, canal etc.
Abertura por onde sai o ar (num órgão, instrumento etc.).
interjeição Modo usado para pedir ou dar uma ordem de silêncio.
Etimologia (origem da palavra boca). Do latim buccam.
Fonte: Priberam

Bom

Dicionário Comum
adjetivo Que tem o necessário para; que cumpre as exigências de: um bom carro; um bom trabalhador; um bom cidadão.
Que expressa bondade: um bom homem.
Que gosta de fazer o bem; generoso, caridoso: bom para os pobres.
Indulgente; que demonstra afeto: bom pai; bom marido.
Útil; que traz vantagem; que tem utilidade: boa profissão; boa crítica.
Feliz, favorável, propício: boas férias; boa estrela.
Violento, forte: um bom golpe, boa surra.
Saudável; que deixou de estar doente: ficou bom da tuberculose.
Confiável; que está de acordo com a lei: documento bom.
Apropriado; que se adapta às situações: é bom que você não se atrase.
Afável; que demonstra informalidade: bom humor!
Em proporções maiores do que as habituais: um bom pedaço de carne.
substantivo masculino Quem expressa bondade e retidão moral: os bons serão recompensados.
Característica gratificante: o bom dele é seu amor pela família.
interjeição Denota consentimento: Bom! Continue assim!
Utilizado no momento em que se pretende mudar de assunto: bom, o negócio é o seguinte!
Etimologia (origem da palavra bom). Do latim bonus.a.um.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Bom V. RETIDÃO 1, (Sl 125:4); (Mt 5:45).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Braço

Dicionário Comum
substantivo masculino Primeira parte do membro superior do homem, situada entre a espádua e o cotovelo.
Por Extensão O membro superior inteiro.
Suporte lateral de um assento: braço de cadeira.
Figurado Trabalhador, operário: a construção necessita de braços.
Cada uma das hastes horizontais da cruz.
Ter o braço comprido, ter influência.
Receber de braços abertos, acolher com alegria.
Ficar de braços cruzados, nada fazer.
Dar o braço a torcer, mudar de opinião, reconhecendo que não tinha razão, que estava errado.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo masculino Primeira parte do membro superior do homem, situada entre a espádua e o cotovelo.
Por Extensão O membro superior inteiro.
Suporte lateral de um assento: braço de cadeira.
Figurado Trabalhador, operário: a construção necessita de braços.
Cada uma das hastes horizontais da cruz.
Ter o braço comprido, ter influência.
Receber de braços abertos, acolher com alegria.
Ficar de braços cruzados, nada fazer.
Dar o braço a torcer, mudar de opinião, reconhecendo que não tinha razão, que estava errado.
Fonte: Priberam

Cair

Dicionário Comum
verbo intransitivo Perder o equilíbrio, levar uma queda: ele quis correr e caiu.
Lançar de cima para baixo; precipitar: a chuva caiu.
Colocar num nível inferior: a bolsa de valores caiu.
Estar decadente; apresentar um declínio; decair: o ditador caiu.
Lançar com rapidez; atirar-se: cair aos pés de alguém.
Ser aprisionado: cair numa armadilha, cair em mãos inimigas.
Deixar de existir; sucumbir: caiu no campo de honra.
Ser arrastado, para baixo, pelo próprio peso: a cadeira caiu.
Ficar pendente: os cabelos caem-lhe sobre os ombros.
verbo transitivo indireto [Informal] Estar envolvido em; ter participação; participar: caiu na bandidagem.
Figurado Condenar com veemência; criticar: caiu sobre o réu com acusações.
[Informal] Estar encantado, apaixonado por; apaixonar: cair de amor.
verbo intransitivo Figurado Estar a ponto de terminar; declinar: cai o dia.
Destacar-se do que se estava ligado; soltar-se: as folhas caem.
Ter como acontecimento; chegar: esta festa cai numa quinta-feira.
Mudar de estado, de condição; tornar-se (como verbo de ligação): cair doente.
expressão Cair bem. Assentar bem, vir a propósito: o vestido lhe cai bem.
Cair em desgraça. Perder o apoio, a proteção, a simpatia.
Cair no esquecimento. Ser completamente esquecido.
Cair em ruínas. Desmoronar-se lentamente.
Etimologia (origem da palavra cair). Do latim cadere.
Fonte: Priberam

Caminho

Dicionário Comum
substantivo masculino Faixa de terreno para trânsito de pedestres ou de veículos; estrada.
Figurado Meio de alcançar um resultado; direção: o caminho do sucesso.
Espaço a percorrer de um lugar para outro: a linha reta é o caminho mais curto entre dois pontos.
Roteiro de viagem; itinerário: vou pelo caminho mais curto.
Modo como uma sequência de acontecimentos ocorre; tendência: neste país a educação segue pelo caminho errado.
Antigo Rumo marítimo: o caminho das Índias.
expressão Caminho de ferro. Via de comunicação que utiliza veículos sobre trilhos de ferro entre cidades, países etc.; estrada de ferro.
Etimologia (origem da palavra caminho). Do latim camminus; de origem celta.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
Esta palavra aparece na Bíbliano sentido de via, de estrada (Gn 16:7Nm 14:25 – Mc 10. 32). Muitas vezes o termo ‘caminho’ significa os simples hábitos da vida – ‘endireitai os vossos caminhos’ – ‘todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra’ (Gn 6:12 – 19.31 – Jr 32:19). ‘Caminho do Senhor’ quer dizer o que Ele é em relação a nós: ‘os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos’ (is 55:8). ir ‘pelo caminho de todos os da terra’ (Js 23:14) significa estar para morrer, na sua viagem para a sepultura. Caminho duro representa o caminho dos pecadores (Jz 2:19). Jesus Cristo é chamado o Caminho (Jo 14:6), pois que é por Ele somente que os crentes obtêm a comunicação com o Pai. Estas expressões ‘o Caminho’, ‘este Caminho’, usavam-se a respeito da crença e prática cristãs (At 9:2 – 19.9,23 – 22.4 – 24.14,22), talvez para contrastar com o sistema judaico de regras para a vida diária, chamadas Halacote ou Caminhos.
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário de Sinônimos
estrada, via, trilha, raia, vicina, carreiro, azinhaga, picada, senda, vereda, atalho. – Todas estas palavras têm de comum a propriedade de designar “espaço aberto conduzindo de um lugar a outro”. – Caminho não sugere mais que a ideia de “espaço ou trilho livre entre dois pontos”. – Estrada é “caminho largo, construído com mais ou menos arte, e de modo que se preste ao tráfego de veículos”. Há estradas de rodagem, estradas de ferro, etc. Por influência do francês, já se diz também – caminho de ferro. – Via só dá ideia do meio de comunicação entre um e outro ponto. É assim que tanto dizemos – via terrestre, como – via marítima, ou fluvial (e não – estrada, nem mesmo caminho). – Trilha (ou trilho) é caminho estreito, aberto por entre obstácu- 248 Rocha Pombo lo. Nesta acepção, trilha é vocábulo mais próprio e mais usado do que trilho, pois este designa melhor o sulco, a passagem rápida para transpor um embaraço. – Raia é, aqui, “uma curta trilha destinada a jogos de corrida”. – Vicina é termo pouco usado, empregando-se, em vez dele, a locução – caminho vicinal – para indicar os “pequenos caminhos, que levam de um caminho geral ou de uma estrada, para os lugares vizinhos”. – Carreiro é “caminho estreito, aberto pelo tráfego de carros”. – Azinhaga é também “caminho estreito”, mas sugere a ideia de “complicado e escuso”. – Picada é “trilha mal aberta em floresta, cortando-se apenas as árvores, numa certa direção”. – Senda, se se atende à respetiva origem (do latim semita de semis + iter) deve significar “meio caminho”, ou caminho muito estreito por onde mal pode passar-se. Não se compreende como é tão usada esta palavra na frase – a senda..., e até – “a larga” senda do progresso... Talvez só se explique isso pela beleza fônica do vocábulo. – Vereda é “trilha tão maldistinta que apenas parece marcar o rumo seguido”. – Atalho é “caminho estreito, trilha, azinhaga por onde se evitam as longas curvas do caminho geral”.
Fonte: Dicio

Dicionário da FEB
O caminho celeste é o dia que o Pai nos concede, quando aproveitado por nós na prática do bem. Cada hora, desse modo, transforma-se em abençoado trecho dessa estrada divina, que trilharemos até o encontro com a grandeza e a perfeição do Supremo Criador, e cada oportunidade de bom serviço, durante o dia, é um sinal da confiança de Deus, depositada em nós. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O caminho oculto• Pelo Espírito Veneranda• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 19

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Caminho CAMINHO DO SENHOR

Nomes dados à religião dos primeiros cristãos e ao seu modo de vida (At 19:9; 22.4).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Caminho A estrada que conduz à vida eterna. Jesus ensinou que não existia uma pluralidade de caminhos; apenas que ele era o único que levava ao Pai (Jo 14:4-6). Em termos humanos, esse caminho é tão estreito que segui-lo é impossível sem uma prévia conversão (Mt 7:13ss.; Mt 5:20; 18,8ss.; 25,21.23).
Autor: César Vidal Manzanares

Caso

Dicionário Comum
substantivo masculino O que acontece, ou pode acontecer; fato, ocorrência, acontecimento.
Situação que define um acontecimento; circunstância, conjuntura.
Reunião do que ocorre num dado momento; ocorrência.
[Popular] Aventura amorosa fora do casamento: estou tendo um caso.
[Popular] Pessoa com quem se tem essa aventura: foi meu caso por anos!
Narrativa breve; historieta, conto, história.
Gramática Flexão que indica a função sintática: caso nominativo.
expressão Vir ao caso. Ser a propósito: isso não vem ao caso!
De caso pensado. De maneira premeditada: fugiu de caso pensado.
Em todo (qualquer) caso. Seja como for: em todo caso, vamos!
Fazer caso de. Dar importância: fica fazendo caso com qualquer coisa!
Dar-se o caso. Acontecer alguma coisa.
Caso de consciência. Dúvida de procedimento.
Etimologia (origem da palavra caso). Do latim casus.
Fonte: Priberam

Dicionário de Sinônimos
conjuntura, circunstância, situação, suposição, hipótese. – Bruns. distingue assim as três primeiras palavras deste grupo: “Caso se diz do que se considera possível: em caso de desgraça; se se der o caso de não ter ele filhos. Particularmente se diz de todas as hipóteses que se podem considerar nas ciências abstratas. Também se diz de um fato que apresenta tal ou tal caráter, sempre que este fato se possa relacionar com princípio geral: aos casos particulares não têm os magistrados senão leis gerais para aplicar. – Circunstância (do latim circumstantia, de circumstare ‘estar à roda de’) diz-se das particularidades de um fato, ou das coisas que, separadas do fato, têm com ele alguma relação imediata: os crimes perdem muito da sua gravidade quando neles ocorrem circunstâncias atenuantes. – Conjuntura é o vocábulo com que se indica o conjunto de circunstâncias que nem estão no fato, nem com ele se relacionam imediatamente, mas que, contudo, têm com ele alguma relação. Um sinonimista francês, Roubaud, compara a conjuntura com a circunstância dizendo: A conjuntura e a circunstância estão para o fato como dois círculos concêntricos estão para um ponto dado: a circunstância é o círculo circunscrito na conjuntura, porque esta só de longe se relaciona com o ponto de que aquela está próxima. A conjuntura, assim como a circunstância, pode ser favorável ou desfavorável.” – Situação é, aqui, “o conjunto de circunstâncias que determinam o estado ou a condição de uma coisa, pessoa, sucesso, etc., num dado momento.” A situação em que me encontro agora; a situação atual do país; a situação da França em 93. – De suposição e hipótese escreve Roq.: “Além da primeira diferença que há entre estas palavras (e que consiste em ser um, suposição, termo vulgar, e outro, termo científico, distinguem-se mais em que: a hipótese é uma suposição puramente ideal, e a suposição toma-se por uma proposição ou verdadeira ou aprovada. A hipótese é mais certa, menos precária; funda-se numa verdade filosófica; a suposição é gratuita, só tem por base a verossimilhança. – A hipótese toma-se muitas vezes por um conjunto de proposições unidas e ordenadas, de modo que formam um corpo ou sistema. Os sistemas de Descartes, de Newton, de Leibnitz chamam-se hipóteses e não suposições. A hipótese refere-se às ciências: à instrução, à inteligência, à explicação das coisas; a suposição é mais familiar, entra na conversação ordinária, e muitas vezes se toma em mau sentido, como alegação, gratuita ou falsa, que não tem outro fundamento que a má vontade da pessoa que supõe.” Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 257
Fonte: Dicio

Castigo

Dicionário Comum
castigo s. .M 1. Sofrimento corporal ou moral infligido a um culpado. 2. Pena, punição. 3. Importunação, mortificação, ralação. 4. Admoestação.
Fonte: Priberam

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Castigo Ver Inferno.
Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Bíblico
punição do culpado
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Castigo Sofrimento imposto a quem é culpado (Pv 11:21). Os pais castigam os filhos (Pv 19:18). Os tribunais condenam os culpados (Rm 13:4). Deus castiga (He 10:29-31). Os condenados eram castigados com AÇOITE (Dt 25:2-3) e ou jogados na prisão (v. CALABOUÇO e (At 16:19-24). A lei de Moisés previa a pena de morte para vários crimes (Ex 21:12-17), 22-23; 22:18-20; (Dt 22:20-25). Os judeus APEDREJAR; os romanos cortavam a cabeça ou CRU
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário da FEB
[...] A conseqüência natural, derivada desse falso movimento [da alma]; uma certa soma de dores necessária a desgostá-lo [o culpado] da sua deformidade, pela experimentação do sofrimento. O castigo é o aguilhão que estimula a alma, pela amargura, a se dobrar sobre si mesma e a buscar o porto de salvação. O castigo só tem por fim a reabilitação, a redenção. Querê-lo eterno, por uma falta não eterna, é negar-lhe toda a razão de ser. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1009

Fonte: febnet.org.br

Como

Dicionário de Sinônimos
assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).
Fonte: Dicio

Dicionário Comum
como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.
Fonte: Priberam

Conhecimento

Dicionário Etimológico
Esta palavra vem de uma base Indoeuropéia gn-, que gerou, em Grego, gnosis, "conhecimento" e seus derivados. Gnóme significava "razão, entendimento".
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

Dicionário da FEB
O pensamento espírita, neste ponto, não deixa margem para muita divagação. O conhecimento há de ser limitado, porque somos naturalmente limitados. Mas o Espírito progride em conhecimento e em moralidade, cedo ou tarde, como aprendemos em O Livro dos Espíritos – questão 192. Então, à medida que o Espírito desenvolve todo o seu potencial, não apenas intelectual, mas também moralmente, tem mais possibilidades de avançar no conhecimento. Se não pode chegar à essência absoluta das coisas porque não tem instrumentos adequados a este tipo de inquirição, pelo menos adquire uma visão mais lúcida e cada vez mais profunda e ampliada. O velho problema do conhecimento da coisa em si mesma dividiu muito os círculos filosóficos. Para uns, o conhecimento humano é todo exterior, pois ninguém chega à essência. Para outros, há possibilidades de ir além do aspecto formal. E onde a Doutrina Espírita nos deixa, a este respeito? Ela nos deixa exatamente neste ponto: embora reconhecendo a nossa incapacidade para chegar às últimas causas, temos meios de progredir no conhecimento e ultrapassar as restrições pela matéria. É questão de maturidade e perseverança, pois a verdade não está nos objetos nem tampouco nas fórmulas e nos conceitos: a verdade é luz interior!
Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 34

[...] O conhecimento é progressivo, o que significa, em última análise, que se enriquece de experiências do passado e aquisições do presente. Os fatos são os mesmos, como são as mesmas as leis e a matéria-prima da experiência científica. Mas em cada época se aplicam reflexões novas ou se aduzem elementos renovadores. É o enriquecimento, de etapa em etapa.
Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 35

[...] é fruto de longa paciência, de ardorosa boa vontade e de profunda meditação.
Referencia: DEJEAN, Georges• A nova luz• Trad• de Guillon Ribeiro• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] [A aquisição do] conhecimento da verdade e do dever, que é o sustentáculo supremo, a mais necessária arma para as lutas da existência.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

[...] é claridade que deve derruir a ignorância, começando em quem o conduz, e é sombra que se disfarça com certas excrescências morais que atestam a pequena evolução real do ser. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 8

Asas da evolução, o conhecimento e o amor constituem a força da sabedoria que liberta a criatura.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 8

O conhecimento real não é construção de alguns dias. É obra do tempo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Agenda cristã• Pelo Espírito André Luiz• 42a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 43

Fonte: febnet.org.br

Dicionário Comum
conhecimento s. .M 1. Ato ou efeito de conhecer. 2. Idéia, noção; informação, notícia. 3. Consciência da própria existência. 4. Ligação entre pessoas que têm algumas relações. 5. Co.M Documento correspondente ao embarque de certa mercadoria. S. .M pl. Saber, instrução, perícia.
Fonte: Priberam

Contado

Dicionário Comum
contado adj. 1. Cuja quantidade ou número se verificou; computado. 2. Narrado, referido.
Fonte: Priberam

Cordeiro

Dicionário da Bíblia de Almeida
Cordeiro
1) Filhote ainda novo da ovelha; carneirinho. Sua carne servia de alimento e era usada nos SACRIFÍCIOS (Ex 29:39).

2) Jesus, o Cordeiro de Deus (Jo 1:29).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Bíblico
São diversas as palavras que no A.T. se traduzem por ‘cordeiro’. A mais livremente usada, especialmente em Levítico e Números, refere-se ao cordeiro macho. o cordeiro pascal tanto podia ser um cordeiro, como um cabrito (Êx 12:5), visto como a respectiva palavra hebraica se aplica aos dois animais. o cordeiro aparecia notavelmente entre os sacrifícios ordenados pela Lei. Era oferecido todos os dias (Êx 29:38Nm 28:3) – e designadamente no sábado (Nm 28:9 – cp com Ez 46:4-13 -) – na Páscoa (Êx 12:5), no Pentescoste (Lv 23:18), na Festa dos Tabernáculos (Nm 29:13), eem outras ocasiões. No N.T. há três palavras gregas traduzidas como ‘cordeiro’. o cordeiro aparece como símbolo de inocência e da impotência no Antigo e Novo Testamento (is 11:6-53.7 – cp com Lc 10:3, e At 8:32). (*veja Sacrifício, e Cordeiro de Deus.)
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário Comum
substantivo masculino Filhote de ovelha; anho.
Figurado Pessoa dócil.
Cordeiro de Deus, Jesus Cristo.
Cordeiro pascal, cordeiro imolado anualmente pelos israelitas para comemorar a saída do Egito.
Fonte: Priberam

Cortado

Dicionário Comum
substantivo masculino Roda-viva, apuros, perseguição.
Perseguição doméstica, contínua e miúda; exigência incessante: trazer alguém num cortado.
Quarta parte da antiga moeda chamada boliviano.
Fonte: Priberam

Crédito

Dicionário Comum
substantivo masculino Confiança ou segurança na verdade de alguma coisa; crença.
O que deve ser dado a outrem; o que é devido a alguém.
Em contabilidade, o que representa saldo (positivo), por oposição a débito.
Valor que se obtém por antecipação para uma compra e que deve ser pago posteriormente: crédito para a compra da casa.
Reputação de solvência; boa fama: ter crédito na praça.
Figurado Digno de valor; influência, valimento: ter crédito com os outros.
Figurado Que tem autoridade, valia, importância: homem de crédito. Valor atribuído a cada disciplina, que deve ser cursada, para conclusão de um curso universitário.
expressão Comprar a crédito ou fiado. Receber o objeto comprado sem o pagar logo.
Crédito comercial, industrial, agrícola etc. Facilidade de ter adiantamentos de dinheiro para a prosperidade do comércio, da indústria, da agricultura etc.
Crédito real. O que é garantido por hipoteca de bens imóveis.
Etimologia (origem da palavra crédito). Do latim creditum.i, "crença".
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Crédito
1) O dinheiro que alguém tem numa conta (Fp 4:17, RA).


2) “Dar crédito a” quer dizer “acreditar em” (Pv 14:15).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Darei

Dicionário Comum
1ª pess. sing. fut. ind. de dar

dar -
(latim do, dare)
verbo transitivo

1. Ceder gratuitamente (ex.: dar um cigarro).

2. Entregar como presente (ex.: não dou mais brinquedos a ninguém). = OFERECER, PRESENTEARRECEBER

3. Fazer doação de. = DOAR

4. Fazer esmola de. = ESMOLAR

5. Passar para a posse ou para as mãos de (ex.: já demos a procuração ao advogado). = CONCEDER, CONFERIR, ENTREGAR, OUTORGARTIRAR

6. Tornar disponível (ex.: deram mais uma oportunidade ao candidato; dar uma ajuda; dar atenção). = CONCEDER, PROPICIAR, PROPORCIONARRECUSAR

7. Distribuir (ex.: dar cartas).

8. Tornar patente ou visível (ex.: quando estiver pronto, dê um sinal; ele já dá mostras de cansaço).

9. Gerar ou produzir (ex.: a árvore já deu muitas laranjas).

10. Ser suficiente para algo ou alguém (ex.: uma garrafa dá cerca de 5 copos; a comida não dá para tantos convidados). = BASTAR, CHEGAR

11. Ter algo como resultado (ex.: isto dá uma bela história; a nota do exame não dá para passar).

12. Ter determinado resultado aritmético; ser igual a (ex.: dois mais dois dá quatro).

13. Entregar uma quantia em troca de bem ou serviço (ex.: dei demasiado dinheiro pelo casaco). = PAGARRECEBER

14. Sacrificar (ex.: dar a vida).

15. Destinar, consagrar, dedicar (ex.: todas as manhãs dá uma hora ao ioga).

16. Receber uma quantia em troca de bem ou serviço (ex.: disse à vendedora que lhe desse dois quilos de arroz). = VENDER

17. Fazer tomar (ex.: já deu o medicamento ao doente?). = ADMINISTRAR, MINISTRAR

18. Administrar um sacramento (ex.: dar a extrema-unção).

19. Fazer uma acção sobre alguma coisa para alterar a aparência (ex.: falta dar uma demão na parede; dê uma limpeza a este quarto, por favor). = APLICAR

20. Fazer sair de si ou de algo que pertence a si (ex.: dar gritos; dar vivas; dar um tiro). = SOLTAR

21. Provocar o efeito de uma acção física (ex.: dar um abraço; dar uma cabeçada; dar um beijo; dar um pontapé). = APLICAR

22. Ser a causa de (ex.: este cheirinho dá fome; dar vontade). = ORIGINAR, PROVOCAR

23. Despertar ideias ou sentimentos (ex.: temos de lhes dar esperança). = IMPRIMIR

24. Ministrar conhecimentos (ex.: a professora dá português e latim). = ENSINAR

25. Receber ou abordar conhecimentos (ex.: já demos esta matéria nas aulas).

26. Aparecer subitamente no seguimento de algo (ex.: deu-lhe um enfarte; os remorsos que lhe deram fizeram-no confessar). = SOBREVIR

27. Tomar conhecimento na altura em que acontece (ex.: a vítima nem deu pelo furto). = APERCEBER-SE, NOTAR

28. Achar, descobrir, encontrar (ex.: deu com a fotografia escondida no livro).

29. Avisar, comunicar, participar (ex.: o chefe vai dar as instruções; dar ordens).

30. Incidir, bater (ex.: a luz dava nos olhos).

31. Ir ter a ou terminar em (ex.: os rios vão dar ao mar). = DESEMBOCAR

32. Ter determinadas qualidades que permitam desempenhar uma actividade (ex.: eu não dava para professor).

33. Promover ou organizar (ex.: dar uma festa; dar cursos de formação).

34. Transmitir ou manifestar (ex.: dar parabéns; dar condolências; dar um recado).

35. Trazer algo de novo a alguém ou a algo (ex.: ele deu algumas ideias muito interessantes).

36. Ser divulgado ou noticiado, transmitido (ex.: isso deu nas notícias; o falecimento deu na rádio, mas não na televisão). = PASSAR

37. Atribuir uma designação a algo ou alguém (ex.: ainda não deu nome ao cão).

38. Fazer cálculo ou estimativa de (ex.: eu dava 40 anos à mulher; deram-lhe poucos meses de vida). = CALCULAR, ESTIMAR

39. Estar virado em determinada direcção (ex.: a varanda dá para o mar; o quarto dá sobre a rua).

40. [Brasil, Calão] Ter relações sexuais com (ex.: ela dá para quem ela quiser).

41. Conseguir ou ser possível (ex.: sei que prometemos, mas não deu para ir). [Verbo impessoal]

42. Começar a fazer algo (ex.: agora é que me deu para arrumar o quarto).

43. Permitir a alguém uma acção (ex.: deu a ler a tese ao orientador; não quis dar a conhecer mais pormenores).

44. É usado como verbo de suporte, quando seguido de certos nomes, sendo equivalente ao verbo correlativo de tais nomes (ex.: dar entrada é equivalente a entrar).

verbo transitivo e intransitivo

45. Estar em harmonia para formar um todo esteticamente agradável (ex.: essa cortina não dá com a decoração da sala; a camisa e as calças não dão). = COMBINAR, CONDIZER

verbo transitivo e pronominal

46. Ter determinado julgamento sobre algo ou alguém ou sobre si (ex.: deu o trabalho por terminado; antes do julgamento, já a davam como culpada; nunca se dá por vencido). = CONSIDERAR, JULGAR

verbo intransitivo

47. Estar em funcionamento (ex.: o televisor não dá). = FUNCIONAR

48. Acontecer (ex.: há pouco deu uma chuvada). [Verbo unipessoal]

verbo pronominal

49. Ter relações sociais ou afectivas (ex.: ele não se dá com ninguém; os vizinhos dão-se bem). = CONVIVER

50. Viver em harmonia (ex.: não se dá com a irmã; eram amigos, mas agora não se dão).

51. Fazer algo com dedicação ou muita atenção ou concentração (ex.: acho que nos demos completamente a este projecto; nunca se deu aos estudos). = APLICAR-SE, DEDICAR-SE, EMPENHAR-SE

52. Ter determinado resultado (ex.: ele vai dar-se mal agindo assim).

53. Adaptar-se ou ambientar-se (ex.: esta planta não se dá dentro de casa).

54. Sentir-se (ex.: acho que nos daríamos bem aqui).

55. Render-se, apresentar-se, entregar-se.

56. Ter lugar (ex.: os fogos deram-se durante a noite). [Verbo unipessoal] = ACONTECER, OCORRER, SOBREVIR, SUCEDER

57. Efectuar-se, realizar-se (ex.: o encontro deu-se ao final da tarde). [Verbo unipessoal]

58. Apresentar-se como ou fazer-se passar por (ex.: dava-se por médico, mas nunca tirou o curso). = INCULCAR-SE

59. Agir de determinada forma ou ter determinado comportamento ou iniciativa (ex.: o jornalista não se deu ao trabalho de confirmar a informação; dar-se à maçada; dar-se ao desfrute).

verbo copulativo

60. Tornar-se (ex.: ela deu uma boa profissional).


dar certo
[Informal] Ter bom resultado ou o resultado esperado (ex.: claro que a empresa vai dar certo!). = RESULTARDAR ERRADO

dar de si
Abalar, ceder, desmoronar.

dar em
Tornar-se, ficar (ex.: se continuar assim, eles vão dar em malucos).

dar errado
[Informal] Ser malsucedido; não obter sucesso ou o resultado desejado (ex.: essa história tem tudo para dar errado).DAR CERTO

dar para trás
[Informal] Recuar em determinada posição (ex.: ele disse que concordava, mas no último momento, deu para trás).

dar tudo por tudo
[Informal] Fazer todos os esforços possíveis para alcançar um objectivo.

quem dera
[Informal] Usa-se para exprimir desejo. = OXALÁ, TOMARA

tanto dá
[Informal] Expressão para indicar indiferença. = TANTO FAZ


Ver também dúvida linguística: "provêem" segundo o Acordo Ortográfico de 1990.
Fonte: Priberam

Despojo

Dicionário Comum
substantivo masculino Revestimento, enfeite ou cobertura, que se retirou, arrancou ou caiu: as folhas que caem são despojos; a pele e as penas dos animais são despojos.
[Militar] Aquele que se considera adversário numa disputa; inimigo.
Ação ou efeito de despojar, de retirar o adorno, a proteção; despojamento.
substantivo masculino plural Os restos, sobras; fragmentos: despojos mortais.
Etimologia (origem da palavra despojo). Do espanhol despojo.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
Presa de guerra; roubar; saquear
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Despojo Aquilo que se tirou do inimigo depois da vitória (Sl 119:162; Lc 11:22).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Deus

Quem é quem na Bíblia?
Introdução

(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

A existência do único Deus

A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

O Deus criador

A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

O Deus pessoal

O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

O Deus providencial

Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

O Deus justo

A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

O Deus amoroso

É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

O Deus salvador

O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

O Deus Pai

Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

Os nomes de Deus

Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


A Trindade

O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

Conclusão

O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

P.D.G.

Autor: Paul Gardner

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...

Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário da Bíblia de Almeida
Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

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NOMES DE DEUS

Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


2) DEUS (Gn 1:1);


3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


12) REDENTOR (19:25);


13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


18) Pastor (Gn 49:24);


19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Etimológico
Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

Dicionário Bíblico

i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
(a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
(b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
(c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
(d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
(e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
(f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
(a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
(b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
(c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
(d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
(1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
(2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário Comum
substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.
Fonte: Priberam

Dias

Dicionário Comum
substantivo masculino plural Tempo de vida, de existência, dias de vida, vida.
Etimologia (origem da palavra dias). Pl de dia.
Fonte: Priberam

Dores

Dicionário Comum
substantivo feminino plural As sensações penosas provocadas pelo trabalho de parto; o sofrimento físico causado pelo parto: estava com as dores.
Religião Corresponde aos sete padecimentos da Virgem Maria, conhecidos pelas sete dores ou pelas dores de Nossa Senhora.
Etimologia (origem da palavra dores). Plural de dor.
Fonte: Priberam

Déu

Dicionário Comum
substantivo masculino Usa-se na locução andar de em: andar à procura de alguma coisa, de casa em casa, de porta em porta.
Fonte: Priberam

Enfermar

Dicionário Comum
verbo intransitivo Ficar doente, adoecer.
verbo pronominal Tornar-se enfermo, fazer-se doente.
Fonte: Priberam

Engano

Dicionário Comum
substantivo masculino Ato ou efeito de enganar (-se).
Falta de acerto; erro, desacerto.
Logro, burla.
Confusão, equívoco.
Fonte: Priberam

Dicionário da FEB
O engano é precioso contraste a ressaltar as linhas configurativas da atitude melhor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 28

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Engano
1) Erro causado por descuido (Gn 43:12), RA).

2) Armadilha; falsidade (Sl 50:19); (At 13:10).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Era

Dicionário da Bíblia de Almeida
Era Período longo de tempo que começa com uma nova ordem de coisas (Lc 20:35, RA).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Comum
substantivo feminino Época fixa a partir da qual se começam a contar os anos.
Figurado Época notável em que se estabelece uma nova ordem de coisas: a era romântica; a era espacial.
Período histórico que se sobressai por suas características próprias, por situações e acontecimentos importantes.
Qualquer intervalo ou período de tempo; século, ano, época.
expressão Era Cristã. Tempo que se inicia a partir do nascimento de Jesus Cristo.
Era Geológica. Cada uma das cinco grandes divisões da história da Terra.
Etimologia (origem da palavra era). Do latim aera.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
outro
Fonte: Dicionário Adventista

Erã

Quem é quem na Bíblia?

Um dos netos de Efraim e filho de Sutela. Tornou-se líder do clã dos eranitas.

Autor: Paul Gardner

Experimentado

Dicionário Comum
experimentado adj. 1. Submetido a prova. 2. Experiente.
Fonte: Priberam

Expiação

Dicionário Comum
substantivo feminino Purificação das faltas, falhas ou delitos e crimes realizados.
Reparação ou sofrimento pelo qual se repara uma culpa; castigo.
Modo usado para reparar um crime ou falta; penitência.
Religião Segundo o Antigo Testamento, seção de contrição, composta por sacrifícios através dos quais se pretendia o perdão dos pecados.
Etimologia (origem da palavra expiação). Do latim expiatio.onis.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
Ato mediante o qual os pecadores são reconciliados com Deus – pela eliminação do pecado, que faz separação entre Deus e os pecadores. O Dia da Expiação, no AT, era um jejum anual, quando o sumo sacerdote entrava no Santo dos Santos para fazer expiação pelos pecados do povo (Lv 16). Os sacrifícios oferecidos no Dia da Expiação purificavam a nação inteira do pecado – até mesmo das transgressões inconscientes. Posteriormente, a morte de Cristo fez a expiação definitiva a favor dos crentes, tornando desnecessário qualquer sacrifício (Hb 9:23-28).
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da FEB
[...] O prazo da expiação está subordinado ao melhoramento do culpado.
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5, it• 7

Até que os últimos vestígios da falta desapareçam, a expiação consiste nos sofrimentos físicos e morais que lhe são conseqüentes, seja na vida atual, seja na vida espiritual após a morte, ou ainda em nova existência corporal.
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 7

A felicidade real do Espírito culpado consiste no cumprimento exato da lei de ação e reação, que faz cada Espírito sofrer em si mesmo os danos causados ao próximo. Expiações dolorosas, no hoje, redundarão em paz da consciência no amanhã, quando sofremos dentro dos preceitos evangélicos. Nenhum Espírito caminhará para a frente, na senda do aperfeiçoamento espiritual, sem antes saldar suas dívidas com a Justiça Divina.
Referencia:

Expiações redentoras são, também, as mãos do amor trabalhando as substâncias do ser para o fanal glorioso.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 5

O Espírito não pediu aquela encarnação, porque no seu estado de atraso e endurecimento, de obstinação no mal, não seria capaz de compreender a necessidade de progredir, de ser bom. [...] A vida de expiação lhe é imposta pela Lei das leis! Não foi uma existência solicitada, pedida para fins de reabilitação. É uma encarnação imposta pelo Alto, com o fim misericordioso de despertar a criatura para as alegrias do bem: Arrancar a alma às trevas e jogá-la às claridades do Amor.
Referencia: Ó, Fernando do• Almas que voltam• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

[...] A conseqüência do mal praticado, o esforço para o reparar.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3

A expiação, de que fala a Doutrina Espírita, não é senão a purgação purificadora do mal que infeccionou o espírito. Este, através dela, restaura a própria saúde e se liberta das impurezas que o afligem e lhe retardam a felicidade.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

A expiação é a primeira conseqüência da falta ou crime praticado, mediante a qual a consciência do criminoso acaba por despertar para o arrependimento [...].
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

O caminho expiatório é um trilho de sofrimentos e reparações [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

[...] é a pena imposta ao malfeitor que comete um crime.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 246

[...] a recuperação ou a expiação podem ser consideradas como essa mesma su bida, devidamente recapitulada, através de embaraços e armadilhas, miragens e espinheiros que nós mesmos criamos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Evolução em dois mundos• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 19

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Expiação O perdão dos pecados daqueles que se arrependem deles e os confessam, acompanhado de reconciliação com Deus, através do SACRIFÍCIO de uma vítima inocente. No AT a vítima era um animal, figura e símbolo do Cristo crucificado (Lv 1—7; Hc 9:19-28).

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V. DIA DA EXPIAÇÃO.

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Expiação Reconciliação efetuada entre Deus e os homens, fundamentada na morte de um ser inocente e perfeito, sobre o qual recaía o castigo da falta no lugar do transgressor. Com base nisso, realizavam-se sacrifícios em Yom Kippur (Lv 16:23.26-32; Nu 29:7-11) pelos pecados do povo.

O Antigo Testamento ressalta que o messias, conhecido como servo de YHVH, carregaria sobre si os pecados de todo o povo (Is 53:6) e morreria por eles (Is 53:5-10). Essas idéias foram abolidas do judaísmo posterior ao segundo jurban, em parte porque era impossível continuar com o sistema de sacrifícios expiatórios do Templo, em parte porque se ligavam aos conceitos dos cristãos.

Segundo as fontes, Jesus reconheceu a si mesmo como servo messiânico de Is 53 e referiu-se à sua morte como expiação pelos pecados da humanidade (Mc 10:45), tal como manifestou na Última Ceia aos discípulos (Ver Eucaristia). Sem dúvida, seus discípulos interpretaram a morte de Jesus como a expiação oferecida por alguém perfeito e inocente pelos pecados do mundo (Hb 9:1-12:24-28). Esperavam que aquela morte cessaria, mais cedo ou mais tarde, o sistema de sacrifícios do templo de Jerusalém (Hc 8:13) e o fato de assim ter sido confirmou a fé que tinham na veracidade de sua interpretação. Da expiação se deduzia que ninguém podia salvar-se pelas próprias obras — e se assim fosse Cristo não teria de morrer (Gl 2:21) — e que o único caminho de salvação era aceitar pela fé o sacrifício expiatório de Cristo na cruz (Rm 3:19-31).

K. Barth, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; L. Morris, The Cross in the New Testament, Exeter 1979; J. Denney, The Death of Christ, Londres 1970; H. Cousin, Los textos evangélicos de la Pasión, Estella 21987.

Autor: César Vidal Manzanares

Ferido

Dicionário Comum
adjetivo, substantivo masculino Que ou quem recebeu ferimento.
Figurado Ofendido, magoado.
Fonte: Priberam

Formosura

Dicionário Comum
substantivo feminino Particularidade ou atributo do que é formoso; em que há beleza; boniteza.
Algo ou alguém muito bonito; mulher excessivamente bonita; lindeza: sua filha é uma formosura.
Etimologia (origem da palavra formosura). Formos
(o): + ura.
Fonte: Priberam

Homem

Dicionário da FEB
O homem é um pequeno mundo, que tem como diretor o Espírito e como dirigido o corpo. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 27

O homem compõe-se de corpo e espírito [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3

H [...] é o filho de suas obras, durante esta vida e depois da morte, nada devendo ao favoritismo: Deus o recompensa pelos esforços e pune pela negligência, isto por tanto tempo quanto nela persistir.
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6

O homem é uma alma encarnada. Antes da sua encarnação, existia unida aos tipos primordiais, às idéias do verdadeiro, do bem e do belo; separa-se deles, encarnando, e, recordando o seu passado, é mais ou menos atormentada pelo desejo de voltar a ele.
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Introd•

Há no homem três coisas: 1º – o corpo ou ser material análogo aos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2º – a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; 3º – o laço que prende a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

O homem é filho de suas próprias obras; e as diferenças humanas são filhas do uso que cada um faz da sua liberdade.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 18

[...] é uma obra que glorifica seu incompreensível Autor.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

[...] é, desde o princípio, o Verbo fora de Deus, a sucessão eterna, a mutabilidade sem término.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

[...] é um ser progressivo e perfectível que sempre girará dentro da instabilidade. [...]
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 1

O homem é, essencialmente, um Espírito imortal, que não desaparece, portanto, com a morte orgânica, com o perecimento do corpo físico. [...] O homem é um Espírito, que se utiliza de vários corpos materiais, os corpos físicos, e de um semimaterial, fluídico, o corpo astral ou perispírito, para realizar, em várias etapas, chamadas encarnações, a evolução, a que está sujeito, por sua própria natureza.
Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2

Sabemos hoje que o homem é um anjo nascente e que séculos correrão sobre séculos antes de finda a empresa de seu apuro.
Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 21

[...] é o homem um ser imortal, evolvendo incessantemente através das gerações de um determinado mundo, e, em seguida, de mundo em mundo, até a perfeição, sem solução de continuidade!
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A progressividade da revelação divina 4

Urge compreendamos que, qualquer que seja a posição em que se achem situados, todos os homens são proletários da evolução e que a diversidade de funções no complexo social é tão indispensável à sua harmonia quanto às variadas finalidades dos órgãos o são ao equilíbrio de nosso organismo.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A lei de igualdade

Contrariando a Teologia tradicional, a Doutrina Espírita nos ensina (no que, aliás, é apoiada pela Ciência) que o homem surgiu neste mundo, não como H H uma criatura perfeita, que veio a decair depois por obra de Satanás, mas como um ser rude e ignorante, guardando traços fortes de sua passagem pela animalidade. Criado, entretanto, à imagem e semelhança de Deus, possui, latentes, todos os atributos da perfeição, inclusive o Amor, carecendo tão-somente que os desenvolva.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 12

[...] cada indivíduo é, espiritualmente, filho de si mesmo, ou melhor, traz, ao nascer, uma bagagem de boas ou más aquisições feitas em outras existências, que lhe constituem o caráter, o modo de ser todo pessoal [...].
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 15

Afirma Esquiros que cada um de nós é o autor e por assim dizer o obreiro de seus destinos futuros. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 1

[...] O homem é o universo reduzido. Se cada um pudesse deixar-se narrar, teríamos a mais maravilhosa história do mundo.
Referencia: DELGADO, América• Os funerais da Santa Sé• Pelo Espírito Guerra Junqueiro• Prefácio de Manuel Quintão• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Guerra Junqueiro

O homem possui dois corpos: um de matéria grosseira, que o põe em relação com o mundo físico; outro fluídico, por meio do qual entra em relação com o mundo invisível.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

[...] O homem é [...] o seu próprio juiz, porque, segundo o uso ou o abuso de sua liberdade, torna-se feliz ou desditoso. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4, cap• 39

Deus é o Espírito Universal que se exprime e se manifesta na Natureza, da qual o homem é a expressão mais alta.
Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9

Todo homem é um espelho particular do Universo e do seu Criador. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O porquê da vida: solução racional do problema da existência• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

[...] é a síntese de todas as formas vivas que o precederam, o último elo da longa cadeia de vidas inferiores que se desenrola através dos tempos. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9

[...] a observação dos fatos e a experiência provam que o ser humano não é somente um corpo material dotado de várias propriedades, mas também um ser psíquico, dotado de propriedades diferentes das do organismo animal.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 2

Preferimos a definição de Bonald: “O homem é uma inteligência servida por órgãos”. Declaremo-lo: o homem é essencialmente espírito, quer o saiba quer o ignore. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 3

[...] Sois constituídos por uma verdadeira multidão de seres grupados e submetidos pela atração plástica da vossa alma pessoal, a qual, do centro do ser, formou o corpo, desde o embrião, e reuniu em torno dele, no respectivo microcosmo, todo um mundo de seres destituídos ainda de consciência da sua individualidade.
Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 5a narrativa

[...] é mordomo, usufrutuário dos talentos de que se encontra temporariamente investido na condição de H donatário, mas dos quais prestará contas. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 17

Os homens são espíritos em provas, como os vês, como os encontras.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20

O homem não deve ser considerado como a máquina para o prazer, mas o ser eterno em contínuo processo de crescimento. O corpo é-lhe instrumento por ele mesmo – o Espírito que o habita – modelado conforme as necessidades que o promovem e libertam. A visão global do ser – Espírito, perispírito e matéria – é a que pode dar sentido à vida humana, facultando o entendimento das leis que a regem.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 16

O grande e superior investimento da Divindade é o homem, na inexorável marcha da ascensão libertadora.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 22

[...] o homem é o que pensa, o que faz e deseja.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 7

[...] todos somos a soma dos próprios atos, na contabilidade das experiências acumuladas desde priscas eras que não lobrigamos tão cedo conhecer. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

O homem é, na verdade, a mais alta realização do pensamento divino, na Terra, caminhando para a glória total, mediante as lutas e os sacrifícios do dia-a-dia.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio – solução insolvável

[...] O homem é um projetista de si mesmo com plena liberdade de, assim, autoprojetar-se. [...]
Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2

[...] é o que ele mesmo pode ou quer ser; por isso, o homem é sempre um problema em si mesmo e também encerra em si a solução. [...]
Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2

[...] O homem nasce imperfeito: chega a este mundo trazendo um duplo capital, o de suas faltas anteriores, que lhe cumpre expiar, ou de suas más tendências, que lhe cumpre reprimir; e o das virtudes adquiridas ou de aspirações generosas, que lhe cabe desenvolver. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 21a efusão

Todos os homens são filhos de Deus, todos estão destinados a tornar-se anjos [...].
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 29a efusão

[...] O homem, como dínamo psíquico, a que os complexos celulares se ajustam em obediência às leis que governam a matéria perispiritual, ainda é de compreensão muito difícil.
Referencia: MICHAELUS• Magnetismo Espiritual• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

[...] o homem é aquilo que pensa. É a força do seu pensamento que modela os seus atos e, por conseguinte, o seu estado de espírito, sua posição evolutiva, e a melhor ou pior situação humana nas vidas que se encadeiam. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 21

[...] o homem é, na essência, um Espírito imortal, cuja experiência e sabedoria se acumulam ao cabo de um rosário imenso de vidas, desde que começam a raiar nele os primeiros clarões da consH H ciência até que alcance os mais elevados graus de conhecimento e moral. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

[...] Será bom não esquecer que somos essência de Deus [...].
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Devassando o invisível• Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

[...] Será necessário que o homem compreenda que, como parcela divina que é, veio ao mundo também para colaborar na obra de aperfeiçoamento do planeta em que vive, e essa colaboração certamente subentenderá auxílio às almas mais frágeis do que a dele, que gravitam ao seu lado nas peripécias da evolução. [...]
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Devassando o invisível• Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

[...] somos o resultado das atividades do nosso passado, como hoje plantamos as sementes do nosso futuro.
Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3

O homem, regra geral, é um ser milenarmente viciado em atitudes negativas, assimilando, assim, com lamentável freqüência, vibrações tóxicas que o desajustam espiritualmente, da mesma forma que sofre constantes distúrbios digestivos quem não faz uso de alimentação adequada.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Sintonia da atitude

[...] o homem, apesar de sua aparência material, é essencialmente um ser espiritual e, como tal, seu destino não está jungido para sempre à matéria, mas apenas temporariamente.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 37

Cada criatura humana é uma irradiação da Força Divina, independentemente de seu estágio evolutivo. [...]
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 7

[...] é um Espírito eterno, continuando sua trajetória após o túmulo e voltando a viver neste mesmo mundo de aprendizado e resgates, onde os papéis individuais podem ser invertidos [...].
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 12

[...] O homem é co-autor dessa entidade misteriosa que é ele mesmo. Nascemos de Deus, fonte inexaurível da vida, e renascemos todos os dias, em nós mesmos, através das transformações por que passamos mediante a influência da auto-educação, cumprindo-se assim aquele célebre imperativo de Jesus: Sede perfeitos como o vosso Pai celestial é perfeito.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

[...] O homem é obra viva, inteligente e consciente de si própria. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 15

O homem renovado para o bem é a garantia substancial da felicidade humana. [...] O homem, herdeiro do Céu, refletirá sempre a Paternidade Divina, no nível em que se encontra.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Agenda cristã• Pelo Espírito André Luiz• 42a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Informando o leitor

No mundo assim também é: / O homem, na Humanidade, / É o viajor demandando / As luzes da eternidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartilha da Natureza• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - O carro

Todos nós somos dínamos viventes, nos mais remotos ângulos da vida, com o infinito por clima de progresso e com a eternidade por meta sublime. Geramos H raios, emitimo-los e recebemo-los constantemente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O homem não é um acidente biológico na Criação. É o herdeiro divino do Pai Compassivo e Todo Sábio que lhe confere no mundo a escola ativa de elevação e aprimoramento para a imortalidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é o legislador da própria existência e o dispensador da paz ou da desesperação, da alegria ou da dor de si mesmo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] o homem, acima de tudo, é espírito, alma, vibração, e esse espírito, salvo em casos excepcionais, se conserva o mesmo após a morte do corpo, com idênticos defeitos e as mesmas inclinações que o caracterizavam à face do mundo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 30

[...] Todos somos, por enquanto, espíritos imperfeitos, nos quadros evolutivos do trabalho que nos compete desenvolver e complementar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

Cada um de nós é um mundo por si, porque o Criador nos dotou a cada um de características individuais, inconfundíveis.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

O homem é inquilino da carne, com obrigações naturais de preservação e defesa do patrimônio que temporariamente usufrui.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Saúde

Lembre-se que você mesmo é: o melhor secretário de sua tarefa, o mais eficiente propagandista de seusideais,a mais clara demonstração de seusprincípios,o mais alto padrão do ensino superiorque seu espírito abraça,e a mensagem viva das elevadas noçõesque você transmite aos outros.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 29

Expurguemos a mente, apagando recordações indesejáveis e elevando o nível de nossas esperanças, porque, na realidade, somos arquitetos de nossa ascensão.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

Toda pessoa humana é aprendiz na escola da evolução, sob o uniforme da carne, constrangida ao cumprimento de certas obrigações [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Lugar depois da morte

O homem encarnado na Terra [...] é uma alma eterna usando um corpo perecível, alma que procede de milenários caminhos para a integração com a verdade divina [...]. Somos, todos, atores do drama sublime da evolução universal, através do amor e da dor [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13

Depois da morte física, o que há de mais surpreendente para nós é o reencontro da vida. Aqui [no plano espiritual] aprendemos que o organismo perispirítico que nos condiciona em matéria leve e mais plástica, após o sepulcro, é fruto igualmente do processo evolutivo. Não somos criações milagrosas, destinadas ao H H adorno de um paraíso de papelão. Somos filhos de Deus e herdeiros dos séculos, conquistando valores, de experiência em experiência de milênio a milênio. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

O homem terrestre não é um deserdado. É filho de Deus, em trabalho construtivo, envergando a roupagem da carne; aluno de escola benemérita, onde precisa aprender a elevar-se. A luta humana é sua oportunidade, a sua ferramenta, o seu livro.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - Novo amigo

Cada homem é uma casa espiritual que deve estar, por deliberação e esforço do morador, em contínua modificação para melhor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 133

[...] é um anjo decaído, em conseqüência do mau uso que fez de seu livre-arbítrio [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Volta Bocage• Sonetos do Espírito de Manuel Maria de Barbosa du Bocage; com apreciação, comentários e glossário pelo prof• L• C• Porto Carreiro Neto• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Filhos do Eterno, todos somos cidadãos da eternidade e somente elevamos a nós mesmos, a golpes de esforço e trabalho, na hierarquia das reencarnações.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 46

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Homem
1) Qualquer indivíduo pertencente à espécie animal racional (Gn 2:15). O ser humano é composto de corpo e alma. Foi criado à imagem e semelhança de Deus, podendo, por isso, ter comunhão com ele (Gn 1:26);
v. IMAGEM DE DEUS).

2) Os seres humanos; a humanidade (Gn 1:26), hebraico adham; (Ef 6:6). 3 Ser humano do sexo masculino (Pv 30:19).

4) Ser humano na idade adulta (1Co 13:11).

5) “Velho homem” é a nossa velha natureza humana pecadora (Rm 6:6) em contraste com o “novo homem”, que é a natureza espiritual do regenerado (Ef 2:15).

6) “Homem interior” é o eu mais profundo (Rm 7:22) em contraste com o “homem exterior”
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Comum
substantivo masculino Indivíduo dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
Espécie humana; humanidade: a evolução social do homem.
Pessoa do sexo masculino.
Esposo, marido, companheiro.
A criatura humana sob o ponto de vista moral: todo homem é passível de aperfeiçoamento.
Etimologia (origem da palavra homem). Do latim homo.inis.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
As principais palavras traduzidas por ‘homem’ no A.T. são :
(1). Adam (Gn 1:26, etc.) É, também, um termo coletivo, que se emprega ‘por humanidade’, e que se distingue de Deus.
(2). ish (Gn 2:24, etc.), um indivíduo do sexo masculino.
(3). Enosh (Gn 6:4, etc.), a raça humana, como seres mortais.
(4). Geber (Êx 10:11, etc.), homem na sua robustez. No N.T. as principais palavras são
(1). Aner (Lc 1:27, etc.), homem da idade madura –
(2). Anthropos (Mt 4:4, etc.), homem em oposição a animal.
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário Comum
substantivo masculino Indivíduo dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
Espécie humana; humanidade: a evolução social do homem.
Pessoa do sexo masculino.
Esposo, marido, companheiro.
A criatura humana sob o ponto de vista moral: todo homem é passível de aperfeiçoamento.
Etimologia (origem da palavra homem). Do latim homo.inis.
Fonte: Priberam

Homens

Dicionário Comum
masc. pl. de homem

ho·mem
(latim homo, -inis)
nome masculino

1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


abominável homem das neves
Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

de homem para homem
Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

homem de armas
Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

homem de Deus
Figurado O que é bondoso, piedoso.

[Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

homem de Estado
[Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

homem de lei(s)
Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

homem de letras
Literato, escritor.

homem de mão
Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

homem de Neandertal
[Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

homem de negócios
Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

homem de palha
[Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

homem de partido
[Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

homem de pé
Peão.

homem público
Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

Plural: homens.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
masc. pl. de homem

ho·mem
(latim homo, -inis)
nome masculino

1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


abominável homem das neves
Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

de homem para homem
Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

homem de armas
Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

homem de Deus
Figurado O que é bondoso, piedoso.

[Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

homem de Estado
[Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

homem de lei(s)
Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

homem de letras
Literato, escritor.

homem de mão
Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

homem de Neandertal
[Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

homem de negócios
Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

homem de palha
[Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

homem de partido
[Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

homem de pé
Peão.

homem público
Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

Plural: homens.
Fonte: Priberam

Indigno

Dicionário da Bíblia de Almeida
Indigno
1) Que não é merecedor (1Co 6:2)

2) Detestável (Ml 2:9).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Comum
indigno adj. 1. Di-Zse de pessoa ou ato que inspira indignação. 2. Di-Zse de pessoa que não é digna, que não merece o que te.M
Fonte: Priberam

Iniquidade

Dicionário Comum
substantivo feminino Qualidade de iníquo, contrário à equidade, à justiça.
Aquilo que injusto, oposto ao que é justo e igualitário.
Ato ou comportamento contrário à moral, à religião, à igualdade.
Comportamento ou ação perversa e maldosa; malevolência.
Etimologia (origem da palavra iniquidade). Do latim iniquitas.atis.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
Maldade; perversidade
Fonte: Dicionário Adventista

Iniqüidade

Dicionário Bíblico
Maldade; perversidade
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Iniqüidade Pecado que consiste em não reconhecer igualmente o direito de cada um, em não ser correto, em ser perverso (Sl 25:11); 51.5; (Is 13:11); (Mt 7:23); (He 1:9).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Injustiça

Dicionário Comum
injustiça s. f. 1. Falta de justiça. 2. Ação injusta.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Injustiça
1) Ato que não é justo nem direito, e que uma pessoa pratica contra alguém (Dt 25:16); (1Co 6:8)

2) Decisão de juiz contrária àquilo que seria justo e direito (Lv 19:5).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Justo

Dicionário Bíblico
Reto. 1. o sobrenome de José, também chamado Barsabás, que foi nomeado para suceder como apóstolo a Judas iscariotes (At 1:23). 2. Um crente de Corinto, hospedeiro de Paulo (At 18:7). 3. Um cristão romano, judeu, que estava com Paulo, quando este escreveu a sua epístola à igreja de Colossos, e a quem o Apóstolo chamou cooperador (C14.11). o seu primeiro nome era Jesus.
Fonte: Dicionário Adventista

Quem é quem na Bíblia?

1. Sobrenome de José Barsabás. Foi indicado, juntamente com Matias, para substituir Judas 1scariotes no colégio apostólico (At 1:23). Foi discípulo de Jesus durante todo o seu ministério público, desde o tempo de João Batista. Também testemunhou a ressurreição e a ascensão; portanto, possuía as qualificações necessárias para ser um apóstolo (vv. 21,22). Depois de orarem em busca da direção divina, Matias foi o escolhido, por meio de sorteio (vv. 24-26).


2. Tito Justo, morador de Corinto, mencionado em Atos 18:7 como “homem temente a Deus”, em cuja casa Paulo se hospedou depois de ser proibido de pregar na sinagoga, que ficava exatamente ao lado de sua casa. O abrigo que ele concedeu ao apóstolo provocou consideravelmente os judeus. Como de costume, a abordagem de Paulo visava primeiramente aos israelitas e, em seguida, aos gentios, quando os judeus não queriam mais ouvir. Tito Justo provavelmente era um cidadão romano e começou a adorar a Deus sob a influência do ensino judaico. Sua hospitalidade proporcionou a Paulo um local relativamente seguro, de onde pôde prosseguir com seu ministério na cidade.


3. Jesus Justo uniu-se a Paulo na saudação aos colossenses (Cl 4:11). Foi um dos amigos pessoais do apóstolo durante sua primeira prisão em Roma. Paulo chama a atenção para o fato de que ele era um judeu convertido, o que lhe proporcionava um conforto especial em meio à tribulação. P.D.G.

______________

1 Nas versões da Bíblia em português esta expressão, “filhos de Jásen”, foi traduzida como nome próprio, “Bene-Jásen” (Nota do Tradutor)

2 Idem

L

Autor: Paul Gardner

Dicionário da FEB
Ser perfeitamente justo é atributo da Natureza Divina; sê-lo no mais alto grau das suas possibilidades é glória do homem.
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 15

O justo é aquele que se esforça por trilhar os caminhos do Senhor e por não sair deles; é o que pratica, em toda a extensão, as virtudes impostas aos homens como condição para chegarem a Deus; é o que pratica a verdadeira caridade; o que se oculta, vela seus atos e palavras, se faz humilde ante os homens e procura mesmo fazer-se humilde no segredo do coração [...]. O justo é aquele que faz o bem sem egoísmo, sem idéia preconcebida, sem esperar o reconhecimento dos beneficiados ou o louvor dos indiferentes e, ainda mais, sem contar com a recompensa que possa obter do Mestre. O justo é aquele que tem fé, forte e tenaz, que não pode ser abalada, que a tudo resiste, fé bondosa para com todos, que não se impõe pela força, que se insinua pouco a pouco pelo exemplo e pela prática das boas obras [...].
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

[...] o justo, [...] onde estiver, é sempre um cooperador de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 150

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Justo
1) Certo; legítimo (peso: Lv 19:16; causa: Sl 17:1).


2) A pessoa que, numa causa judicial, tem razão (Dt 25:1).


3) No sentido religioso judeu, aquele que pratica a Lei e as cerimônias judaicas (Mc 2:17).


4) A pessoa que está corretamente relacionada com Deus pela fé (Rm 1:17) e, por isso, procura nos seus pensamentos, motivos e ações obedecer àquilo que Deus, em sua Palavra, estabelece como modelo de vida (Rm 4:3;
v. JUSTIÇA 2, e 3).


5) A pessoa que está de acordo com a justiça de Deus (Sl 145:17;
v. JUSTIÇA 1).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Comum
justo adj. 1. Conforme à justiça, à razão e ao direito. 2. Reto, imparcial, íntegro. 3. Exato, preciso. 4. dir. Legítimo. 5. Que tem fundamento; fundado. 6. Merecido: Pena justa. 7. Que ajusta bem, que se adapta perfeitamente. 8. Ajustado. 9. Estreito, apertado, cingido. S. .M 1. Homem virtuoso, que observa exatamente as leis da moral ou da religião. 2. O que é conforme à justiça. 3. Gír. Chefe de polícia. Adv. Exatamente, justamente.
Fonte: Priberam

Juízo

Dicionário Comum
substantivo masculino Ação de julgar; faculdade intelectual de julgar, entender, avaliar, comparar e tirar conclusões; julgamento.
Apreciação acerca de algo ou alguém; opinião.
Qualidade de quem age responsável e conscientemente; prudência.
[Popular] Capacidade de agir racionalmente; razão: perder o juízo.
[Jurídico] Tribunal em que questões judiciais são deliberadas ou analisadas: o divórcio está em juízo.
[Jurídico] Reunião das ações realizadas pelos juízes no exercício de suas funções.
Etimologia (origem da palavra juízo). Do latim judicium.ii.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Juízo
1) Ato de Deus baseado em sua JUSTIÇA, pelo qual ele condena ou absolve as pessoas (Sl 97:2)

2) Sentença dada por Deus (Jr 48:47). 3 A palavra de Deus, suas leis e suas promessas (Sl 119:39).

4) Na expressão “juízo final” ou outras semelhantes, o tempo em que Deus, ou o MESSIAS, julgará todas as pessoas, condenando os maus e salvando os JUSTOS (Sl 1:5); (Mt 10:15); (At 24:25).

5) Julgamento feito de acordo com a vontade de Deus, no dia-a-dia e nos tribunais (Sl 72:1); (Pv 21:3).

6) O próprio tribunal (Sl 112:5). 7)
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Levado

Dicionário Comum
levado adj. 1. Buliçoso, vivo. 2. Azougado, pândego. 3. Traquinas, irrequieto, travesso.
Fonte: Priberam

Matadouro

Dicionário da Bíblia de Almeida
Matadouro Lugar onde se matam animais para consumo público (Is 53:7).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Comum
substantivo masculino Abatedouro de gado para consumo público.
Grande mortandade; carnificina, massacre.
Lugar insalubre.
Fonte: Priberam

Maís

Dicionário Comum
substantivo masculino Variedade de milho graúdo, bem desenvolvido.
Não confundir com: mais.
Etimologia (origem da palavra maís). Do espanhol maíz.
Fonte: Priberam

Morte

Dicionário Comum
substantivo feminino Óbito ou falecimento; cessação completa da vida, da existência.
Extinção; falta de existência ou ausência definitiva de alguma coisa: morte de uma espécie; morte da esperança; morte de uma planta.
Figurado Sofrimento excessivo; pesar ou angústia: a perda do filho foi a morte para ele.
Figurado Ruína; destruição completa e definitiva de: a corrupção é, muitas vezes, o motivo da morte da esperança.
Por Extensão Representação da morte, caracterizada por um esqueleto humano que traz consigo uma foice.
Entre a vida e a morte. Estar sob a ameaça de morrer.
Morte aparente. Estado em que há redução das funções vitais do corpo.
Etimologia (origem da palavra morte). Do latim mors.mortis.
Fonte: Priberam

Dicionário Etimológico
vem diretamente do Latim mors. Em épocas mais recuadas, quando ela se fazia presente de modo mais visível, o Indo-Europeu criou a raiz mor-, "morrer", da qual descendem as palavras atuais sobre a matéria. Dentre elas, mortandade, "número elevado de mortes, massacre", que veio do Latim mortalitas, "mortalidade". Dessa mesma palavra em Latim veio mortalidade, "condição do que é passível de morrer".
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

Dicionário Bíblico
Fim da vida física. A morte espiritual significa separação em relação a Deus (Ef 2:1-5). A palavra é também empregada nos seguintes sentidos:
1) o fim de um modo pecaminoso de viver (Rm 6:4-8) e
2) a derradeira irreversível separação em relação a Deus após o juízo (Ap 20:11-15).
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da FEB
A extinção da vida orgânica acarreta a separação da alma em conseqüência do rompimento do laço fluídico que a une ao corpo, mas essa separação nunca é brusca. O fluido perispiritual só pouco a pouco se desprende de todos os órgãos, de sorte que a separação só é completa e absoluta quando não mais reste um átomo do perispírito ligado a uma molécula do corpo. “A sensação dolorosa da alma, por ocasião da morte, está na razão direta da soma dos pontos de contados existentes entre o corpo e o perispírito, e, por conseguinte, também da maior ou menor dificuldade que apresenta o rompimento. Não é preciso portanto dizer que, conforme as circunstâncias, a morte pode ser mais ou menos penosa. [...] O último alento quase nunca é doloroso, uma vez que ordinariamente ocorre em momento de inconsciência, mas a alma sofre antes dele a desagregação da matéria, nos estertores da agonia, e, depois, as angústias da perturbação. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1, it• 4 e 7

[...] transformação, segundo os desígnios insondáveis de Deus, mas sempre útil ao fim que Ele se propõe. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

A morte, para os homens, mais não é do que uma separação material de alguns instantes.
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 28, it• 60

[...] é a libertação dos cuidados terrenos [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 291

A morte é apenas a destruição do envoltório corporal, que a alma abandona, como o faz a borboleta com a crisálida, conservando, porém, seu corpo fluídico ou perispírito.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 12

[...] começo de outra vida mais feliz. [...]
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

[...] a morte, conseqüentemente, não pode ser o término, porém simplesmente a junção, isto é, o umbral pelo qual passamos da vida corpórea para a vida espiritual, donde volveremos ao proscênio da Terra, a fim de representarmos os inúmeros atos do drama grandioso e sublime que se chama evolução.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual

[...] é um estágio entre duas vidas. [...]
Referencia: DEJEAN, Georges• A nova luz• Trad• de Guillon Ribeiro• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] uma lei natural e uma transformação necessária ao progresso e elevação da alma. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

[...] A morte mais não é que uma transformação necessária e uma renovação, pois nada perece realmente. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 13

[...] uma porta aberta para formas impalpáveis, imponderáveis da existência [...].
Referencia: DENIS, Léon• O Além e a sobrevivência do ser• Trad• de Guillon Ribeiro• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• -

A morte é uma simples mudança de estado, a destruição de uma forma frágil que já não proporciona à vida as condições necessárias ao seu funcionamento e à sua evolução. [...] A morte é apenas um eclipse momentâneo na grande revolução das nossas existências; mas, basta esse instante para revelar-nos o sentido grave e profundo da vida. [...] Toda morte é um parto, um renascimento; é a manifestação de uma vida até aí latente em nós, vida invisível da Terra, que vai reunir-se à vida invisível do Espaço. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10

[...] é o estado de exteriorização total e de liberação do “eu” sensível e consciente. [...] é simplesmente o retorno da alma à liberdade, enriquecida com as aquisições que pode fazer durante a vida terrestre; e vimos que os diferentes estados do sono são outros tantos regressos momentâneos à vida do Espaço. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 11

O nada não existe; a morte é um novo nascimento, um encaminhar para novas tarefas, novos trabalhos, novas colheitas; a vida é uma comunhão universal e eterna que liga Deus a todos os seus filhos.
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 20

A morte é uma modificação – não da personalidade, porém da constituição dos princípios elevados do ser humano. [...]
Referencia: ERNY, Alfred• O psiquismo experimental: estudo dos fenômenos psíquicos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - pt• 2, cap• 2

[...] A morte é o maior problema que jamais tem ocupado o pensamento dos homens, o problema supremo de todos os tempos e de todos os povos. Ela é fim inevitável para o qual nos dirigimos todos; faz parte da lei das nossas existências sob o mesmo título que o do nascimento. Tanto uma como outro são duas transições fatais na evolução geral, e entretanto a morte, tão natural como o nascimento, parece-nos contra a Natureza.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 1

[...] Quer a encaremos de frente ou quer afastemos a sua imagem, a morte é o desenlace supremo da Vida. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 1

[...] Fenômeno de transformação, mediante o qual se modificam as estruturas constitutivas dos corpos que sofrem ação de natureza química, física e microbiana determinantes dos processos cadavéricos e abióticos, a morte é o veículo condutor encarregado de transferir a mecânica da vida de uma para outra vibração. No homem representa a libertação dos implementos orgânicos, facultando ao espírito, responsável pela aglutinação das moléculas constitutivas dos órgãos, a livre ação fora da constrição restritiva do seu campo magnético.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 7

A morte é sempre responsabilidade pelos sofrimentos que ferem as multidões. Isto porque há uma preferência geral pela ilusão. Todos, porém, quantos nascem encontram-se imediatamente condenados à morte, não havendo razões para surpresas quando a mesma ocorre. No entanto, sempre se acusa que a famigerada destruidora de enganos visita este e não aquele lar, arrebata tal pessoa e M não aquela outra, conduz saudáveis e deixa doentes...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Culto ao sofrimento

A tradição védica informa que o nascimento orgânico é morte, porque é uma viagem no mundo de sombras e de limites, quanto que a morte é vida, por ensejar a libertação do presídio da matéria para facultar os vôos nos rios do Infinito. Possivelmente, por essa razão, o sábio chinês Confúcio, escreveu: Quando nasceste todos riam e tu choravas. Vive, porém, de tal forma que, quando morras, todos chores, mas tu sorrias. [...] Concordando com essa perspectiva – reencarnação é morte e desencarnação é vida! [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Iluminação para a ação

A morte se traduz como uma mudança vibratória que ocorre entre dois estados da vida: físico e fluídico. Através dela se prossegue como se é. Nem deslumbramento cerúleo nem estarrecimento infernal de surpresa. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11

A morte, examinada do ponto de vista terrestre, prossegue sendo a grande destruidora da alegria e da esperança, que gera dissabores e infortúnios entre os homens. [...] do ponto de vista espiritual, a morte significa o retorno para o lar, donde se procede, antes de iniciada a viagem para o aprendizado na escola terrena, sempre de breve duração, considerando-se a perenidade da vida em si mesma.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 21

[...] Morrer é renascer, volver o espírito à sua verdadeira pátria, que é a espiritual. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 1, cap• 5

[...] A morte, à semelhança da semente que se despedaça para germinar, é vida que se desenlaça, compensadora. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 2, cap• 9

Etimologicamente, morte significa “cessação completa da vida do homem, do animal, do vegetal”. Genericamente, porém, morte é transformação. Morrer, do ponto de vista espiritual, nem sempre é desencarnar, isto é, liberar-se da matéria e das suas implicações. A desencarnação é o fenômeno de libertação do corpo somático por parte do Espírito, que, por sua vez, se desimanta dos condicionamentos e atavismos materiais, facultando a si mesmo liberdade de ação e de consciência. A morte é o fenômeno biológico, término natural da etapa física, que dá início a novo estado de transformação molecular. A desencarnação real ocorre depois do processo da morte orgânica, diferindo em tempo e circunstância, de indivíduo para indivíduo. A morte é ocorrência inevitável, em relação ao corpo, que, em face dos acontecimentos de vária ordem, tem interrompidos os veículos de preservação e de sustentação do equilíbrio celular, normalmente em conseqüência da ruptura do fluxo vital que se origina no ser espiritual, anterior, portanto, à forma física. A desencarnação pode ser rápida, logo após a morte, ou se alonga em estado de perturbação, conforme as disposições psíquicas e emocionais do ser espiritual.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Morte e desencarnação

[...] morrer é prosseguir vivendo, apesar da diferença vibratória na qual se expressará a realidade.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Morrendo para viver

Morrer é desnudar-se diante da vida, é verdadeira bênção que traz o Espírito de volta ao convívio da família de onde partiu...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Processo desencarnatório

A morte é a desveladora da vida.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Identificação dos Espíritos

[...] a morte traduz, em última análise, o ponto de partida do estágio terrestre para, assim, a alma, liberta dos liames carnais, ascender a mundos superiores numa mesma linha de continuidade moral, intelectual e cultural, integralmente individualizada nos seus vícios e virtudes, nas suas aspirações e ideais, para melhor poder realizar a assimilação das experiências colhidas durante a sua encarnação na matéria física e planetária. [...]
Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Da evolução e da Divindade

[...] a morte não é o remate dos padecimentos morais ou físicos, e sim uma transição na vida imortal. [...] A morte é o despertar de todas as faculdades do espírito entorpecidas no túmulo da carne e, então, liberto das sombras terrenas.
Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 3

A morte não é, como dizem geralmente, o sono eterno; é, antes, o despertar da alma – que se acha em letargia enquanto constrangida no estojo carnal – despertar que, às vezes, dura tempo bem limitado, porque lhe cumpre retornar à Terra, a desempenhar nova missão; não é o esvaimento de nenhum dos atributos anímicos; é o revigoramento e o ressurgimento de todos eles, pois é quando a inteligência se torna iluminada como por uma projeção elétrica, para se lhe desvendarem todas as heroicidades e todos os delitos perpetrados no decorrer de uma existência. [...]
Referencia: GAMA, Zilda• Na sombra e na luz• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - L• 1, cap• 7

[...] é um ponto-e-vírgula, não um ponto final. [...]
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - Um gênero e duas épocas

[...] a morte é uma passagem para outra vida nova. [...]
Referencia: KRIJANOWSKI, Wera• A vingança do judeu Pelo Espírito Conde J• W• Rochester• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - pt• 2, o homem propõe e Deus dispõe

[...] prelúdio de uma nova vida, de um novo progresso.
Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• Uma carta de Bezerra de Menezes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• -

[...] a morte – ou seja, libertação do Espírito – é tão simples e natural que a grande maioria, por um espaço de tempo maior ou menor, nem mesmo sabe o que aconteceu e continua presa aos ambientes onde viveu na carne, numa atmosfera de pesadelo que não entende e da qual não consegue sair. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 15

M [...] a extinção da vida física não é uma tragédia que se possa imputar a Deus, mas um processo pelo qual a própria vida se renova. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

A morte é oportunidade para que pensemos na existência da alma, na sua sobrevivência e comunicabilidade com os vivos da Terra, através dos médiuns, da intuição, ou durante o sono. A morte é, ainda, ensejo para que glorifiquemos a Indefectível Justiça, que preside a vida em todas as suas manifestações. Na linguagem espírita, a morte é, tão-somente, transição de uma para outra forma de vida. Mudança de plano simplesmente. [...] a morte não é ocorrência aniquiladora da vida, mas, isto sim, glorioso cântico de imortalidade, em suas radiosas e sublimes manifestações.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 34

[...] nada mais é do que a transição de um estado anormal – o de encarnação para o estado normal e verdadeiro – o espiritual!
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Apres•

[...] a morte não é mais do que o prosseguimento da vida transportada para ambientes diferentes [...].
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

Morte que é vida admirável e feliz, ou tormentosa; vida exuberante, à luz do Cristo ou nas sombras do remorso e do mal. Mas vida eterna prometida por Jesus, que é, agora, mais bem compreendida. [...]
Referencia: RAMOS, Clóvis• 50 anos de Parnaso• Prefácio de Francisco Thiesen; apresentação de Hernani T• Sant’Anna• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 6

[...] a morte é, na realidade, o processo renovador da vida.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Amar e servir• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 42

Não te amedronte, filha minha, a morte, / Que ela é qual simples troca de vestido: / Damos de mão a um corpo já puído, / Por outro mais esplêndido e mais forte. [...] A morte, filha minha, é a liberdade! / É o vôo augusto para a luz divina, / Sob as bênçãos de paz da Eternidade! / É bem começo de uma nova idade: / Ante-manhã formosa e peregrina / Da nossa vera e grã felicidade.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A morte

[...] A morte não existe; e aquilo a que damos esse nome não é mais que a perda sofrida pela alma de parte das mônadas, que constituem o mecanismo de seu corpo terreno, dos elementos vívidos que voltam a uma condição semelhante àquela em que se achavam, antes de entrarem no cenário do mundo. [...]
Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 1

[...] é simplesmente o nosso libertamento de um organismo pelo qual, apesar da grosseria dos sentidos, a nossa alma, invisível e perfectível, se nobilita [...].
Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 2

A morte é ponto de interrogação entre nós incessantemente colocado, o primeiro tema a que se ligam questões sem-número, cujo exame faz a preocupação, o desespero dos séculos, a razão de ser de imensa cópia de sistemas filosóficos. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Depois da morte

[...] é o remate da vida. [...]
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Convive com ele

[...] é a ressuscitadora das culpas mais disfarçadas pelas aparências do homem ou mais absconsas nas profundezas do espírito.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Em paz e paciência

A morte não é noite sem alvorada nem dia sem amanhã; é a própria vida que segue sempre.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A lei da morte

[...] Morrer é passar de um estado a outro, é despir uma forma para revestir outra, subindo sempre de uma escala inferior para outra, imediatamente superior.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Evolução

[...] a morte só é simples mergulho na vida espiritual, para quem soube ser realmente simples na experiência terrestre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 20

A morte do corpo constitui abençoada porta de libertação, para o trabalho maior.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] a morte transforma, profundamente, o nosso modo de apreciar e de ser, acendendo claridades ocultas, onde nossa visão não alcançaria os objetivos a atingir.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

É a morte um simples túnel, através do qual a carruagem de nossos problemas se transfere de uma vida para outra. Não há surpresas nem saltos. Cada viajante traz a sua bagagem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A morte é o passado que, quase sempre, reclama esquecimento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A morte é somente uma longa viagem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A morte é a grande niveladora do mundo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Toda morte é ressurreição na verdade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A morte é uma ilusão, entre duas expressões da nossa vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] A morte significa apenas uma nova modalidade de existência, que continua, sem milagres e sem saltos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Indubitavelmente, a morte do corpo é uma caixa de surpresas, que nem sempre são as mais agradáveis à nossa formação. [...] A morte, porém, é processo revelador de caracteres e corações [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Do Além

[...] é sempre um caminho surpreendente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De retorno

A morte é o banho revelador da verdade, porque a vida espiritual é a demonstração positiva da alma eterna.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Tudo claro

[...] a hora da morte é diferente de todas as outras que o destino concede à nossa existência à face deste mundo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 8

M A morte não provocada / É bênção que Deus envia, / Lembrando noite estrelada / Quando chega o fim do dia.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 38

A morte é renovação, investindo a alma na posse do bem ou do mal que cultivou em si mesma durante a existência.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Em saudação

Então, a morte é isto? uma porta que se fecha ao passado e outra que se abre ao futuro?
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 28

A morte é simplesmente um passo além da experiência física, simplesmente um passo. Nada de deslumbramento espetacular, nada de transformação imediata, nada de milagre e, sim, nós mesmos, com as nossas deficiências e defecções, esperanças e sonhos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 31

[...] a morte, por mais triste e desconcertante, é sempre o toque de ressurgir.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jornada acima

[...] a morte é chave de emancipação para quantos esperam a liberdade construtiva. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 41

A morte é simples mudança de veste [...] somos o que somos. Depois do sepulcro, não encontramos senão o paraíso ou o inferno criados por nós mesmos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

A morte física não é o fim. É pura mudança de capítulo no livro da evolução e do aperfeiçoamento. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Missionários da luz• Pelo Espírito André Luiz• 39a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Ante os tempos novos

A morte não é uma fonte miraculosa de virtude e sabedoria. É, porém, uma asa luminosa de liberdade para os que pagaram os mais pesados tributos de dor e de esperança, nas esteiras do tempo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Marte

[...] a morte representa para nós outros um banho prodigioso de sabedoria [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Carta a Gastão Penalva

O repouso absoluto no túmulo é a mais enganosa de todas as imagens que o homem inventou para a sua imaginação atormentada.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Carta a Gastão Penalva

[...] é campo de seqüência, sem ser fonte milagreira, que aqui ou além o homem é fruto de si mesmo. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Obreiros da vida eterna• Pelo Espírito André Luiz• 31a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - Rasgando véus

A morte física não é salto do desequilíbrio, é passo da evolução, simplesmente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Os mensageiros

A morte é simplesmente o lúcido processo / Desassimilador das formas acessíveis / À luz do vosso olhar, empobrecido e incerto.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Parnaso de Além-túmulo: poesias mediúnicas• Por diversos Espíritos• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - O mistério da morte

[...] A morte física, em qualquer circunstância, deve ser interpretada como elemento transformador, que nos cabe aproveitar, intensificando o conhecimento de nós mesmos e a sublimação de nossas qualidades individuais, a fim de atendermos, com mais segurança, aos desígnios de Deus. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 30

[...] A morte mais terrível é a da queda, mas a Terra nos oferece a medicação justa, proporcionando-nos a santa possibilidade de nos reerguermos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 1

[...] o instante da morte do corpo físico é dia de juízo no mundo de cada homem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 23

A morte para todos nós, que ainda não atingimos os mais altos padrões de humanidade, é uma pausa bendita na qual é possível abrir-nos à prosperidade nos princípios mais nobres. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

[...] A morte é lição para todos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Almas em desfile• Pelo Espírito Hilário Silva• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 22

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Morte
1) O fim da vida natural, que resultou da QUEDA em pecado (Gn 2:17; Rm 5:12). É a separação entre o espírito ou a alma e o corpo (Ec 12:7). Para os salvos, a morte é a passagem para a vida eterna com Cristo (2Co 5:1; Fp 1:23).


2) No sentido espiritual, morte é estar separado de Deus (Mt 13:49-50; 25.41; Lc 16:26; Rm 9:3), e a segunda morte é estar separado de Deus para sempre (Ap 20:6-14).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Morte Ver Alma, Céu, Geena, Hades, Juízo final, Ressurreição.
Autor: César Vidal Manzanares

Moído

Dicionário Comum
moído adj. 1. Que se moeu; triturado. 2. Cansado, fatigado. 3. Importunado, maçado.
Fonte: Priberam

Muda

Dicionário Comum
substantivo feminino Ação ou efeito de mudar, de alterar, trocar, transferir; mudança, alteração.
[Zoologia] Processo pelo qual um animal passa ao livrar-se da pele, pelos ou penas já gastos, substituindo-os por um novo revestimento corporal, geralmente ocorre numa época definida do ano, conhecida como a estação de muda do animal.
Parte da uma planta ou a planta inteira tirada de um canteiro no período anterior à plantação definitiva, para ser plantada em outro local.
Peça de roupa ou conjunto de roupas carregadas de um lugar para outro: leve uma muda de roupas para o hospital.
Alteração do tom da voz durante o período da adolescência.
Momento em que há troca das montarias, substituindo os animais cansados por outros descansados.
Etimologia (origem da palavra muda). Forma regressiva de mudar, do latim mutare.
Fonte: Priberam

Mão

Dicionário Bíblico
As mãos eram empregadas tanto metaforicamente como cerimonialmente.
(a): Beijar a mão de alguém era um ato de adoração (31:26-27): ‘Se olhei para o sol, quando resplandecia,…beijos Lhe atirei com a mão… ‘ *veja também 1 Rs 19.18.
(b): Prestar juramento era acompanhado em todas as nações do ato de levantar a mão.
(c): Dar a mão sempre significou paz, amizade e confiança (2 Rs 10.15).
(d): Sentar-se alguém à mão direita era indicio de alta mercê (Sl 16:11 – 77.10), sendo o Filho de Deus muitas vezes representado como estando sentado à mão direita de Seu Pai (Hb 1:13 – *veja também Sl 110:1). Satanás estava à mão direita do sumo sacerdote Josué como acusador (Zc 3:1) – mas, sob outro ponto de vista, o Salmista diz: ‘o Senhor, tenho-o sempre à minha presença – estando ele à minha direita não serei abalado’ (Sl 16:8).
(e): A imposição das mãos compreende-se de diferentes maneiras no Antigo e Novo Testamento. Muitas vezes se toma no sentido de ordenação e consagração de sacerdotes e ministros entre judeus e cristãos (Nm 8:10At 6:6 – 13.3 – 1 Tm 4.14). Deus designou Moisés para pôr as suas mãos sobre Josué, como seu sucessor (Nm 27:18). Jacó pôs as suas mãos sobre Efraim e Manassés, quando os abençoava (Gn 48:14). Quando o sumo sacerdote proferia a bênção, ele tinha a sua mão levantada sobre o povo (Lv 9:22). Semelhantemente, quando os israelitas apresentavam no tabernáculo ofertas pelos pecados, os sacerdotes punham as suas mãos sobre as vítimas, para expiação (Lv 1:4). Neste testemunho o ofertante reconhecia pelos seus pecados que era digno da morte, sendo compreendido que esses pecados apagavam-se no sacrifício, consagrando-se ele a Deus. A mão das testemunhas se levantava contra o idólatra para executar a sentença de morte (Dt 13:9 – 17.7). o nosso Salvador pôs as mãos sobre as cabeças das crianças, quando as abençoava (Mc 10:16) – e o Espirito Santo era conferido aos que eram batizados, pela imposição das mãos dos apóstolos (At 8:17 – 19.6). Pilatos lavou as mãos em sinal de inocência (Mt 27:24).
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Mão Medida de comprimento igual a 7,4 cm. É a medida da palma da mão na base dos dedos. É 1/3 do PALMO e 1/6 do CÔVADO (Ex 37:12), RC; RA, quatro dedos).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Mão Símbolo do poder de Deus, digno de confiança (Mt 4:6). O Pai colocou tudo nas mãos de Jesus (Mt 3:12; Lc 3:17; Jo 3:45; 13,3), do qual provém a onipotência do Filho (Jo 10:28ss). Em Jesus, o uso das mãos está ligado à bênção (Mt 19:13-15; Mc 10:16; Lc 24:50) e à cura (Mc 6:5; 8,23-25; Lc 4:40; 13,13); o mesmo pode ser observado em seus discípulos (Mt 9:18; Mc 7:32; 16,18).
Autor: César Vidal Manzanares

Nunca

Dicionário Comum
advérbio Jamais; em hipótese alguma: nunca fui corrompido.
De modo algum; em nenhuma situação: nunca contarei seu segredo.
De jeito nenhum; não: nunca na vida você irá nesta festa!
Em certo momento passado; já eu já gostei muito de chocolate! Quem nunca?
Etimologia (origem da palavra nunca). Do latim nunquam.
Fonte: Priberam

Não

Dicionário Comum
advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
Fonte: Priberam

Opressão

Dicionário Comum
substantivo feminino Ação de oprimir, de sujeitar alguém a alguma coisa.
Condição da pessoa ou daquilo que está sendo oprimido.
Submissão; sujeição conseguida pelo uso de força ou violência: opressão militar.
Sufocamento; sensação de falta de ar: opressão na região abdominal.
Cansaço; sensação de enfraquecimento causada pelo excesso de trabalho; falta de vigor físico.
Coação; humilhação moral.
Etimologia (origem da palavra opressão). Do latim oppressio.onis.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Opressão Perseguição; exploração (Sl 12:5; Is 10:1, RA).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Oprimido

Dicionário Comum
oprimido adj. Que sofre opressão; vexado, humilhado, opresso. S. .M Indivíduo oprimido.
Fonte: Priberam

Ovelha

Dicionário Comum
substantivo feminino A fêmea do carneiro, mamífero da família dos bovídeos, utilizado para o fornecimento de lã e de carne: ele criava ovelhas em sua fazenda.
Por Extensão Membros de uma igreja, paróquia ou diocese: o pastor e suas ovelhas.
Ovelha negra. Algo ou alguém se sobressai negativamente em relação aos demais: sempre fui a ovelha negra da empresa.
Etimologia (origem da palavra ovelha). Do latim ovicula.ae.
Fonte: Priberam

Dicionário da FEB
Suas “ovelhas” [de Jesus] são todos os Espíritos que, encarnados ou errantes, pertencem à Terra. As que o conhecem são os que praticam a moral pura por Ele pregada e lhe reconhecem a missão. As que não pertencem a este aprisco, mas que a Ele serão trazidas e lhe escutarão a voz, são os que ainda não praticam a sua moral, ou que, praticando-a, não lhe reconhecem, ainda a missão, sem, contudo, se mostrarem rebeldes ao progresso. São os que virão a praticar a sua moral e a lhe reconhecer a missão, depurando-se continuamente no cadinho do tempo e da reencarnação, percebendo, por esse meio, cada vez melhor, a luz e a verdade que ele trouxe aos homens e que a nova revelação vem fazer brilhar com vivo fulgor.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Ovelha Fêmea do CARNEIRO (Is 53:6-7).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Ovelhas

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Ovelhas Jesus empregou essa palavra de maneira simbólica para expressar sua compaixão e amor aos seres humanos desprovidos de bons pastores (Mt 9:36; 10,6) e à humanidade perdida que ele — o Bom Pastor que cuida realmente de suas ovelhas (Jo 10:1-27) — vem para redimir (Mt 18:12; Lc 15:4-6). Sua mansidão pode ser imitada pelos falsos profetas (Mt 7:15). Em sua missão evangelizadora, os discípulos assemelham-se às ovelhas em meio aos lobos (Mt 10:16; 26,31); em alguns casos, como o de Pedro, são chamados a ser pastores das outras ovelhas (Jo 21:16ss.).
Autor: César Vidal Manzanares

Parecer

Dicionário Comum
substantivo masculino Opinião especializada sobre alguma coisa: parecer médico.
[Jurídico] Juízo sobre uma questão jurídica emitido em processo por um órgão público ou funcionário especializado: parecer legal.
Opinião; modo de se expressar, de pensar; ação de julgar.
Aparência; aspecto físico: funcionários de bom parecer.
verbo predicativo e pronominal Assemelhar; possuir certa aparência: alguns animais parecem plantas; meu filho se parece com o avô; os filhos se parecem.
verbo predicativo Aparentar; ter determinada característica ou marca: o livro parece ficção, mas é realidade.
verbo transitivo indireto , transitivo indireto predicativo e intransitivo Aparecer de certo modo à opinião de alguém: pareceu ao padre que a igreja estava vazia; a aula de ontem pareceu-me ridícula; parece que o médico está doente.
verbo intransitivo Ser verdadeiro ou realizável: parece que ele vai ganhar.
Etimologia (origem da palavra parecer). Do latim paresco.is; parecere.
Fonte: Priberam

Parte

Dicionário Comum
substantivo feminino Porção; qualquer parcela de um todo: parte poluída da floresta.
Quinhão; porção atribuída a cada pessoa na divisão de algo: dividiu a herança em duas partes.
Local; território não determinado: gosta de caminhar em toda parte.
Lado; região ou área demarcada: a criminalidade está na parte afastada da cidade.
Responsabilidade; tarefa a cumprir: a parte do chefe é pagar os salários.
Cada um dos lados de um acordo ou litígio: não houve acordo entre as partes; as partes formaram uma empresa.
Aviso; anúncio feito oral ou verbalmente: deram parte da sociedade aos familiares.
Queixa; delação de um crime ou irregularidade: deram parte da empresa à polícia.
[Música] Cada elemento que compõe a estrutura de uma composição: parte de uma melodia.
Não confundir com: aparte.
Etimologia (origem da palavra parte). Do latim pars.tis.
Fonte: Priberam

Paz

Dicionário Comum
substantivo feminino Calma; estado de calmaria, de harmonia, de concórdia e de tranquilidade.
Sossego; em que há silêncio e descanso.
Falta de problemas ou de violência; relação tranquila entre pessoas.
[Política] Circunstância em que certos países não estão em guerra ou conflito; anulação das hostilidades entre nações, estabelecida por acordos de amizade.
[Psicologia] Calma interior; estado de espírito de quem não se perturba.
Fazer as pazes. Reconciliar-se com quem se tinha brigado.
Paz armada. Paz sustentada pelo temor que os inimigos têm um do outro.
Etimologia (origem da palavra paz). Do latim pax.pacis.
Fonte: Priberam

Dicionário da FEB
A suprema paz é fruto do esforço despendido para desenvolver a inteligência e alcançar as culminâncias da bondade.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

A suprema paz [...] é um estado de pureza de consciência e, para chegar a esse estado, o caminho é aquele que a Humanidade terrena, devido ao seu atraso espiritual, ainda não se decidiu a trilhar: o caminho do Amor e da Justiça!
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 50

P [...] a paz não é conquista da inércia, mas sim fruto do equilíbrio entre a fé no Poder Divino e a confiança em nós mesmos, no serviço pela vitória do bem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 3

[...] A paz tem que ser um reflexo de sentimentos generalizados, por efeito de esclarecimento das consciências.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Paz não é indolência do corpo. É saúde e alegria do espírito.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 79

No campo da evolução, a paz é conquista inevitável da criatura.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 10

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Paz Tradução do hebraico “SHALOM”, que não significa apenas ausência de guerra, inimizade e brigas, mas inclui também tranqüilidade, segurança, saúde, prosperidade e bem-estar material e espiritual para todos (Sl 29:11; Jo 20:21).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Paz Estado de tranqüilidade e harmonia que não se limita à ausência de guerra (Lc 14:32), mas que procede, fundamentalmente, da ação do messias de Deus (Lc 1:79; 2,14). Precisamente por essas características, a paz de Jesus é muito diferente da oferecida pelo mundo (Mt 10:34; Jo 14:27). Está alicerçada na ressurreição de Jesus (Jo 20:19-23); Senhor e Deus (Jo 20:28) e, por isso, suporta até mesmo a perseguição (Jo 16:33). É essa paz concreta que os filhos de Deus (Mt 5:9) difundem e anunciam ao mundo (Lc 7:50; 10,5).
Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Bíblico
O conceito bíblico de paz tem na raiz o significado de “totalidade”, de “inteireza” ou de “perfeição”. Entre as importantes gradações de sentido, temos “realização”, “maturidade”, “saúde”, “integridade”, “harmonia”, “segurança”, “bem-estar” e “prosperidade”. Conota, também a ausência de guerra e de perturbação.
Fonte: Dicionário Adventista

Pecado

Dicionário Bíblico

i. Um dos grandes objetivos da Bíblia é tratar dos fatos da vida humana, estabelecer a sua significação e efeito, e algumas vezes derramar luz sobre a sua causa. No caso do pecado há dois fatos principais: primeiro, que o homem é pecador – segundo, que todos cometem pecado. Pode, portanto, esperar-se que a Bíblia derramará luz sobre o sentido da palavra pecado e sobre os seus efeitos – e nos fará conhecer a causa da sua influência universal nos homens e o remédio para esse grande mal.
ii. Segundo a Bíblia, a causa dos pecados encontra-se de uma maneira definitiva (tanto quanto se considera a vida terrestre) no pecado dos nossos primeiros pais, com as suas conseqüências, transmitidas à posteridade. A este fato se chama a Queda. Basta dizer-se aqui, que, por mais baixo que estivesse o primeiro homem na escala da Humanidade, se ele era homem devia ter tido, na verdade, algum conhecimento rudimentar do bem ou do mal – e depois da sua primeira voluntária desobediência ao que lhe dizia a consciência, devia ter ficado numa situação moral inferior à dos tempos passados. A primeira transgressão feita com conhecimento do mal não pôde deixar de ser uma queda moral, por maior que fosse a sua sabedoria adquirida no caminho da vida. Além disso, há razão para acreditar que as crianças, nascidas após a queda, haviam certamente de participar da natureza dos seus pais, a ponto de ficarem mais fracas com respeito à moralidade do que não tendo os seus pais transgredido. Esta crença muito razoável apresenta-se como sendo o pensamento central da narrativa de Gn 3. o escritor bíblico está, evidentemente, revelando mais do que a simples enunciação do pecado de Adão e Eva como tal. Ele deseja fazer ver que a pena alcançou toda a Humanidade. Todos entram no mundo com a tendência original de uma modificada natureza para o mal. Não é, por conseqüência, para admirar que cada pessoa realmente caia no pecado. Nos capítulos seguintes são plenamente expostos os terríveis e profundos efeitos daquele primeiro pecado.
iii. os diferentes aspectos do pecado, que se apresentam aos escritores bíblicos, podem ver-se do modo mais próprio nos vários nomes que lhe dão. Porquanto a Bíblia é muito rica em termos que significam o pecado, o mal, a iniqüidade, a maldade, podendo ser mencionados neste lugar os mais importantes: 1. Palavras que têm o sentido de ‘falta, omissão, erro no fim em vista’, etc. Em hebraico há chêt e termos cognatos (Sl 51:9) – em grego, hamartia (Rm 3:9), hamartêma 1Co 6:18). 2. A perversão, a deturpação, implicando culpa, são faltas designadas pelo termo hebraico avon (1 Rs 17.18). 3. Há várias palavras que indicam a transgressão de uma lei, ou a revolta contra o legislador. Em hebreu peshã (Pv 28:13 – is õ3,5) – em grego parabasis (‘transgressão’, Rm 4:15), paraptoma (‘delito’, Ef 2:5), anômia (‘iniqiiidade’, 1 Jo 3:4, onde se lê: ‘hamartia é anômia’), asebeia (‘impiedade’, 2 Tm 2.16). 4. imoralidade, o hábito do pecado, e muitas vezes violência, se indicam com o hebraico rêshã (1 Sm 24.13), e o grego adikia (Lc 13:27). 5. A infidelidade, e a deslealdade para com Deus e o homem, são significadas pelo hebraico má”al (Js 22:22). 6. A culpa, que pede sacrifício expiatório, acha-se indicada pela palavra ãshãm (Pv 14:9). 7. o pecado é considerado como uma dívida na oração dominical, õpheilèma (Mt 6:12). iV Entre os grandes efeitos do pecado podem mencionar-se: l. o medo de Deus em contraste com o temor reverencioso e filial (Gn 3:10). 2. o endurecimento gradual da vontade contra o bem e as boas influências (Êx 7:13). A consunção da força e vida da alma, assemelhando-se à lepra que vai consumindo o corpo. 4. E tudo isto atinge o seu maior grau na separação de Deus (Gn 3:24Lv 13:46 – 2 Ts 1.9). *veja Na Bíblia, porém, o remédio para o pecado é, pelo menos, tão proeminente como a sua causa, a sua natureza, e o seu efeito. Freqüentes vezes, na realidade, se apela para os pecadores, a fim de que deixem os seus pecados, fazendo-lhes ver os grandes males que caem sobre eles – e ao mesmo tempo há as promessas de serem amavelmente recebidos por Deus todos os que se arrependem (notavelmente em 2 Sm 12.13), sendo os meios humanos o arrependimento e a fé. Mas tanto o A.T.como o N.T. claramente nos ensinam que é preciso mais alguma coisa. No cap. 53 de isaias, o sacrifício do Servo ideal nos patenteia os meios pelos quais se curam os pecados, pois que esse Servo é a pessoa que carregou com as nossas iniqüidades. outros sacrifícios eram apenas tipos deste particular sacrifício. *veja também Jo 1:29Cl 1:21-22. Este remédio torna efetiva a restauração de um direito divinamente estabelecido (Rm 5:1 – 1 Jo 1:9), para a remoção da mancha que caiu, inclusive, sobre os mais altos lugares por motivo do pecado, tocando a honra de Deus, e o seu templo (Hb 9:23-26) – e não só para a remoção dessa mancha, mas também para a gradual eliminação do pecado no crente (1 Jo 1:7-9), embora, enquanto exista neste mundo, nunca ele estará inteiramente livre da sua influência (Rm 7:23Gl 5:17 – 1 Jo 1:10). Não admira que o Filho de Deus tenha recebido o nome de Jesus, ‘porque ele salvará o seu povo dos pecados deles’ (Mt 1:21).
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da FEB
Pecar contra o Espírito Santo significa [...] empregarmos conscientemente qualquer forma de manifestação em discordância com as normas éticas que já tenhamos conseguido assimilar.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 45

[...] Entendamos a palavra pecado de forma ampla e mais completa, como sendo todo e qualquer desrespeito à ordem, atentado à vida e desequilíbrio moral íntimo. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 10

[...] Pecado é toda a infração à Lei de Deus. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pecado sem perdão

[...] O pecado é moléstia do espírito. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Pecado Falta de conformidade com a lei de Deus, em estado, disposição ou conduta. Para indicar isso, a Bíblia usa vários termos, tais como pecado (Sl 51:2); (Rm 6:2), desobediência (He 2:2), transgressão (Sl 51:1); (He 2:2), iniqüidade (Sl 51:2); (Mt 7:23), mal, maldade, malignidade (Pv 17:11); (Rm 1:29), perversidade (Pv 6:14); (At 3:26), RA), rebelião, rebeldia (1Sm 15:23); (Jr 14:7), engano (Sf 1:9); (2Ts 2:10), injustiça (Jr 22:13); (Rm 1:18), erro, falta (Sl 19:12); (Rm 1:27), impiedade (Pv 8:7); (Rm 1:18), concupiscência (Is 57:5), RA; 1(Jo 2:16), depravidade, depravação (Eze 16:27,43), 58, RA). O pecado atinge toda a raça humana, a partir de Adão e Eva (Gn 3; (Rm 5:12). O castigo do pecado é a morte física, espiritual e eterna (Rm 6:23). Da morte espiritual e eterna
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Comum
pecado s. .M 1. Transgressão de qualquer preceito ou regra. 2. Culpa, defeito, falta, vício.
Fonte: Priberam

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Pecado No judaísmo da época de Jesus — e no pensamento deste — é qualquer ofensa contra Deus, ação contrária à sua vontade ou violação a algum de seus mandamentos. Transgredir um preceito da Torá é pecado e tem também conseqüências negativas sobre a pessoa, afastando-a de Deus (Mt 9:13; 19,17-19).

Jesus enfatiza, principalmente, a necessidade de se eliminar as raízes profundas do pecado (Mt 5:27ss.; 6,22ss.; 15,1-20) e chama o pecador à conversão (Lc 11:4; 15,1-32; 13,1ss.; 18,13), porque Deus perdoa todo pecado, exceto a blasfêmia contra o Espírito Santo, isto é, a atitude de resistência ao perdão de Deus, a única atitude que impede a pessoa de recebê-lo. Por amor ao pecador, Jesus acolhe-o (Mt 11:19; Lc 15:1ss.; 19,7) e se entrega à morte expiatória (Mt 26:28; Lc 24:47). Quem recebe esse perdão deve também saber perdoar os pecados dos outros (Mt 18:15.21; Lc 17:3ss.).

R. Donin, o. c.; Y. Newman, o. c.; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo...

Autor: César Vidal Manzanares

Porquanto

Dicionário Comum
conjunção Porque; visto que: não foi ao casamento, porquanto perdeu o avião.
Gramática Utilizada para unir orações ou períodos que possuam as mesmas características sintáticas.
Gramática Tendo em conta o sentido, pode ser utilizada como conjunção explicativa, explicando ou justificando aquilo que havia sido dito ou escrito anteriormente.
Etimologia (origem da palavra porquanto). Por + quanto.
Fonte: Priberam

Posteridade

Dicionário da Bíblia de Almeida
Posteridade Os DESCENDENTES (Is 53:10).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Comum
substantivo feminino As gerações futuras; a humanidade futuramente ou as pessoas que aparecerão depois da geração atual: deixarei meu legado para a posteridade.
O tempo futuro, que ainda está por vir; futuro.
Glorificação futura; imortalidade.
Série de pessoas que têm a mesma origem; quem compartilha os mesmos ancestrais; descendência, progenitura.
Etimologia (origem da palavra posteridade). Do latim posteritas.atis.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
Imundo, desprezível, vil, baixo, ignóbil.
Fonte: Dicionário Adventista

Povo

Dicionário Comum
substantivo masculino Conjunto das pessoas que vivem em sociedade, compartilham a mesma língua, possuem os mesmos hábitos, tradições, e estão sujeitas às mesmas leis.
Conjunto de indivíduos que constituem uma nação.
Reunião das pessoas que habitam uma região, cidade, vila ou aldeia.
Conjunto de pessoas que, embora não habitem o mesmo lugar, possuem características em comum (origem, religião etc.).
Conjunto dos cidadãos de um país em relação aos governantes.
Conjunto de pessoas que compõem a classe mais pobre de uma sociedade; plebe.
Pequena aldeia; lugarejo, aldeia, vila: um povo.
Público, considerado em seu conjunto.
Quantidade excessiva de gente; multidão.
[Popular] Quem faz parte da família ou é considerado dessa forma: cheguei e trouxe meu povo!
substantivo masculino plural Conjunto de países, falando em relação à maioria deles: os povos sul-americanos sofreram com as invasões europeias.
Designação da raça humana, de todas as pessoas: esperamos que os povos se juntem para melhorar o planeta.
Etimologia (origem da palavra povo). Do latim populus, i “povo”.
Fonte: Priberam

Prazer

Dicionário Comum
substantivo masculino Sensação agradável de contentamento ou de alegria, normalmente relacionada à satisfação de um desejo, vontade ou necessidade; divertimento, diversão.
Demonstração de afabilidade; cortesia: temos o prazer de lhe entregar este prêmio.
Sensação de satisfação sexual.
Ação de se divertir; em que há divertimento.
verbo transitivo indireto , intransitivo e pronominal Provocar ou sentir uma sensação agradável.
Etimologia (origem da palavra prazer). Do latim placere.
Fonte: Priberam

Dicionário da FEB
[...] neste mundo é a fonte copiosa do sofrimento.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

[...] o prazer, freqüentemente, é produção de angústia [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 4

Fonte: febnet.org.br

Pregação

Dicionário Comum
substantivo feminino Ação de pregar, de discursar sobre um tema religioso; sermão.
Esse discurso de conteúdo religioso; prédica.
Por Extensão Discurso que busca convencer alguém sobre determinado assunto.
Por Extensão Conversa muito demorada ou enfadonha; lenga-lenga.
[Popular] Ato de repreender; em que há censura, repreensão, admoestação; reprimenda.
Etimologia (origem da palavra pregação). Pregar + ção.
Fonte: Priberam

Dicionário da FEB
[...] pregar o Evangelho do Reino dos Céus aos simples era pôr ao alcance de todos o conhecimento da imortalidade e do Pai comum. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6

O nobre cumprimento do dever com Jesus e com os homens é a melhor pregação. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 35

A vida moderna, com suas realidades brilhantes, vai ensinando às comunidades religiosas do Cristianismo que pregar é revelar a grandeza dos princípios de Jesus nas próprias ações diárias.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 7

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Pregação Anúncio da mensagem divina, tanto no AT (Is 53:1) como no NT (1Co 1:21).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Quando

Dicionário Comum
advérbio Denota ocasião temporal; em qual circunstância: disse que a encontraria, mas não disse quando.
Numa interrogação; em que momento no tempo: quando será seu casamento? Preciso saber quando será seu casamento.
Em qual época: quando partiram?
advérbio Rel. Em que: era na quadra quando as cerejeiras floriam.
conjunção Gramática Inicia orações subordinadas adverbiais denotando: tempo, proporção, condição e concessão.
conjunção [Temporal] Logo que, assim que: irei quando puder.
conjunção Prop. À medida que: quando chegaram ao hotel, tiveram muitos problemas.
conjunção [Condicional] Se, no caso de; acaso: só a trata bem quando precisa de dinheiro.
conjunção Conce. Embora, ainda que: vive reclamando quando deveria estar trabalhando.
locução conjuntiva Quando quer que. Em qualquer tempo: estaremos preparados quando quer que venha.
locução conjuntiva Quando mesmo. Ainda que, mesmo que, ainda quando: iria quando mesmo lho proibissem.
Etimologia (origem da palavra quando). Do latim quando.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
quando adv. Em que época, em que ocasião, em que tempo. Conj. 1. Posto que. 2. Mas.
Fonte: Priberam

Raiz

Dicionário Comum
substantivo feminino Órgão dos vegetais que fixa a planta no solo, absorvendo dele água e sais minerais indispensáveis à sua existência.
Botânica Parte por meio da qual um órgão é implantado em um tecido: raiz do dente, do cabelo etc.
Base de um objeto, geralmente enterrado no chão.
Parte situada na parte mais baixa de; base: raiz da montanha.
Figurado Princípio de; origem: cortar o mal pela raiz.
Figurado Algo que vincula; vínculo, elo: texto com raízes brasileiras.
Figurado Sentimento entre alguém e seu lugar de nascimento, sua cultura (mais usado no plural): lembrar de suas raízes.
[Odontologia] Parte do dente que está inserida no alvéolo dentário.
[Linguística] Morfema originário irredutível que contém o núcleo significativo comum a uma família linguística.
[Medicina] Aprofundação de certos tumores.
expressão Raiz de uma equação. Valor real ou complexo que satisfaz essa equação.
Botânica Raízes axiais (aprumadas). As que servem de eixo a outras raízes e radicelas: dente-de-leão, amor-dos-homens.
Botânica Raízes fasciculadas. Aquelas que saem em feixes do mesmo ponto; trigo.
Etimologia (origem da palavra raiz). Do latim radix.icis.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
raiz (a-i), s. f. 1. Parte inferior da planta por onde ela se fixa no solo e tira a nutrição. 2. Parte inferior do dente que se encrava no alvéolo. 3. A parte escondida ou enterrada de qualquer objeto. 4. Parte inferior; base. 5. Prolongamento profundo de certos tumores. 6. Origem, princípio, germe. 7.Gra.M Palavra primitiva de onde outras, derivadas, se forma.M 8. Mat. O número que é elevado a certa potência.
Fonte: Priberam

Renovo

Dicionário da Bíblia de Almeida
Renovo Broto; REBENTO (o MESSIAS: (Is 4:2); 11.1; (Jr 23:5); 33.15; (Zc 6:12).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Bíblico
Em isaías (11,1) usa-se esta palavra figurativamente, significando Messias. ‘Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes um renovo.’ Quando se representa Cristo como um delgado rebento, saindo do tronco de uma velha árvore, desbastada até à própria raiz e enfraquecida, e tornando-se depois uma árvore poderosa, faz-se referência à dignidade real de Cristo, provindo da decaída casa de Davi, e também à posição altíssima que havia de ter o Messias, após a Sua condição humilde sobre a terra (Jr 23:5 – 33.15 – Zc 3:8 – 6.12).
Fonte: Dicionário Adventista

Rico

Dicionário Comum
substantivo masculino Sujeito endinheirado; quem tem muitos bens materiais, propriedades, riquezas.
adjetivo Que tem uma grande quantidade de dinheiro, propriedades, bens materiais.
Que é farto; com abundância; abundante: colheita rica.
Muito gostoso ou agradável; delicioso.
Que se apresenta de modo benéfico; favorável.
Figurado Que expressa alegria, felicidade; satisfeito.
Figurado Que se apresenta de muitas maneiras; variável.
Figurado Muito amado e querido: ficou triste a morte de seu rico filho.
De teor magnificente, pomposo; magnânimo: o rico mercado de Veneza.
Figurado Com grande capacidade criativa; criativo: aluno rico em ideias!
Etimologia (origem da palavra rico). Do gótico reiks, com muito poder, poderoso.
Fonte: Priberam

Dicionário da FEB
é quem perde de si / Na soma da caridade.
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - cap• 89

Fonte: febnet.org.br

Rosto

Dicionário Comum
substantivo masculino Parte anterior da cabeça, limitada pelos cabelos, orelhas e parte inferior do queixo; cara; face, fisionomia, semblante.
A parte da medalha oposta ao anverso.
A primeira página do livro onde estão o título e o nome do autor; frontispício.
Figurado Aparência, aspecto, expressão, presença.
Frente, fronte; a parte fronteira de algo em relação ao observador.
Dar de rosto com, encontrar, enfrentar.
Rosto a rosto, cara a cara.
Fazer rosto a, encarar, enfrentar, resistir a, defrontar-se com.
Lançar (alguma coisa) no rosto de (alguém), acusar, provar-lhe a culpabilidade.
No rosto de, na presença de.
Virar (ou voltar) o rosto a (alguma coisa), evitá-la, não ter coragem de enfrentá-la; desprezá-la.
De rosto, de frente.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
rosto (ô), s. .M 1. Parte anterior da cabeça; cara, face. 2. Aparência, fisionomia, semblante, aspecto, presença. 3. Parte dianteira; frente, fronte. 4. A primeira página do livro, onde está o título e o nome do autor; frontispício.
Fonte: Priberam

Sarados

Dicionário Comum
masc. pl. part. pass. de sarar
masc. pl. de sarado

sa·rar -
verbo transitivo

1. Dar saúde a (quem está doente).

2. Curar.

verbo intransitivo

3. Curar-se.


sa·ra·do
(particípio de sarar)
adjectivo
adjetivo

1. Que sarou; que se encontra de boa saúde ou restabelecido. = CURADO

2. [Brasil, Informal] Que goza de boa saúde física e mental. = SADIO, SÃO, SAUDÁVEL

3. [Brasil, Informal] Que não tem medo. = AFOITO, VALENTÃO

4. [Brasil, Informal] Que revela esperteza, vivacidade; que não se deixa enganar. = ESPERTO, SABIDO, VIVO

5. [Brasil, Depreciativo] Que procura enganar os outros de propósito e por má-fé. = ESPERTALHÃO, FINÓRIO, MANHOSO, TRAPACEIRO, VELHACO

6. [Brasil, Informal] Que come muito. = COMILÃO, GLUTÃO

7. [Brasil, Informal] Que está exercitado pela ginástica, pela musculação ou pela prática desportiva (ex.: barriguinha sarada). = GINASTICADO, MALHADO

8. [Brasil: Rio de Janeiro] Que é bonito, elegante (ex.: moça sarada).

Fonte: Priberam

Satisfeito

Dicionário Comum
satisfeito adj. 1. Que se satisfez. 2. Contente. 3. Atendido, obedecido. 4. Que comeu ou bebeu até saciar-se; farto. 5. Alegre.
Fonte: Priberam

Seca

Dicionário Comum
substantivo feminino Estiagem; ausência de água; falta de chuva.
Lei seca. Lei que fiscaliza o consumo de álcool ingerido pelos motoristas brasileiros, para reduzir o número de acidentes no trânsito.
Etimologia (origem da palavra seca). Feminino de seco.
substantivo feminino Secagem; ação de tornar seco; deixar de possuir umidade.
[Informal] Conversa ou bate-papo demorado.
[Informal] Aborrecimento; ação de se aborrecer: o filme é uma seca.
[Informal] Azar; ausência de sorte.
substantivo masculino e feminino Pessoa que é muito chata.
Pronuncia-se: /séca/.
Etimologia (origem da palavra seca). Forma regressiva de secar.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
É a sua duração desde o meado de maio até ao meado de agosto, sendo preservada a vegetação pelo orvalho (Ag 1:11).
Fonte: Dicionário Adventista

Senhor

Dicionário da Bíblia de Almeida
Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...

Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Bíblico
o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário Comum
substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.
Fonte: Priberam

Dicionário da FEB
[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho

Fonte: febnet.org.br

Sepultura

Dicionário Comum
substantivo feminino Cova; local onde se enterram os mortos, os cadáveres.
Jazigo; a edificação colocada sobre essa cova.
Sepulcro; local onde há muitas mortes, muitas pessoas mortas.
Figurado Morte; término da existência.
Figurado Profundeza; cavidade vertical que não se alcança o fundo.
Etimologia (origem da palavra sepultura). Do latim sepultura.ae.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Sepultura Lugar onde se deposita um CADÁVER (Is 53:9); (Mc 14:8). As sepulturas, às vezes, eram nas cavernas; outras vezes, eram cavadas no chão ou nas rochas.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Servo

Dicionário Comum
substantivo masculino Quem não é livre; privado de sua liberdade.
Quem age com obediência ou servindo alguém: servo de Deus.
História Numa sociedade feudal, quem pertencia a um senhor sem ser escravo.
Quem oferece ou realiza serviços; criado.
Quem se submete ao poder de um senhor por pressão ou violência.
adjetivo Que não é livre; cuja liberdade foi retirada.
Que está sujeito aos poderes de um senhor; escravo.
Que realiza ou oferece serviços; serviçal.
Etimologia (origem da palavra servo). Do latim servus.i.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo masculino Quem não é livre; privado de sua liberdade.
Quem age com obediência ou servindo alguém: servo de Deus.
História Numa sociedade feudal, quem pertencia a um senhor sem ser escravo.
Quem oferece ou realiza serviços; criado.
Quem se submete ao poder de um senhor por pressão ou violência.
adjetivo Que não é livre; cuja liberdade foi retirada.
Que está sujeito aos poderes de um senhor; escravo.
Que realiza ou oferece serviços; serviçal.
Etimologia (origem da palavra servo). Do latim servus.i.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
Por esta palavra se traduzem duas palavras hebraicas, que ocorrem freqüentemente no A.T., e que significam rapaz, pessoa de serviço, ou um escravo. A palavra é, algumas vezes, empregada a respeito de pessoas humildes (Gn 32:18-20), e também com relação a altos oficiais da corte (Gn 40:20 – 2 Sm 10.2,4). Uma terceira palavra implica aquele que está às ordens de alguém para o ajudar (Êx 33:11). Mas, pela maior parte das vezes, no A.T., trata-se de um escravo. De igual modo, no N.T., a palavra ‘servo’ aparece como tradução das indicadas palavras hebraicas, significando criada da casa (como em Lc 16:13), ou um rapaz (como em Mt 8:6), ou ainda um agente (como em Mt 26:58) – mas na maioria dos casos o termo refere-se a um escravo (Mt 8:9, etc.). Esta palavra aplicavam-na os apóstolos a si mesmos, como sendo os servos de Deus (At 4:29Tt 1:1Tg 1:1) e de Jesus Cristo (Rm 1:1Fp 1:1 – Jd 1). (*veja Escravidão.)
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Servo
1) Empregado (Mt 25:14, NTLH).


2) ESCRAVO (Gn 9:25, NTLH).


3) Pessoa que presta culto e obedece a Deus (Dn 3:26; Gl 1:10) ou a Jesus Cristo (Gl 1:10). No NT Jesus Cristo é chamado de “o Servo”, por sua vida de perfeita obediência ao Pai, em benefício da humanidade (Mt 12:18; RA: At 3:13; 4.27).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Tempo

Dicionário da FEB
O tempo é a sucessão das coisas. Está ligado à eternidade, do mesmo modo que as coisas estão ligadas ao infinito. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 2

O tempo é apenas uma medida relativa da sucessão das coisas transitórias [...].
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 2

Não podemos dividir o tempo entre passado e presente, entre novo e velho, com a precisão com que balizamos o loteamento de um terreno. O tempo é uno e abstrato, não pode ser configurado entre fronteiras irredutíveis. Justamente por isso, todos os conceitos em função do tempo são relativos. Cada geração recebe frutos da geração anterior, sempre melhorando, do mesmo modo que a geração futura terá de so correr-se muito do acervo do passado. [...]
Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

[...] é a suprema renovação da vida. Estudando a existência humana, temos que o tempo é a redenção da Humanidade, ou melhor – o único patrimônio do homem.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

[...] a noção do tempo é essencialmente relativa e a medida da sua duração nada tem de real, nem de absoluta – separada do globo terrestre [...]. [...] o tempo não é uma realidade absoluta, mas somente uma transitória medida causada pelos movimentos da Terra no sistema solar. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• -

O tempo [...] somente se torna realidade por causa da mente, que se apresenta como o sujeito, o observador, o Eu que se detém a considerar o objeto, o observado, o fenômeno. Esse tempo indimensional é o real, o verdadeiro, existente em todas as épocas, mesmo antes do princípio e depois do fim. Aquele que determina as ocorrências, que mede, estabelecendo metas e dimensões, é o relativo, o ilusório, que define fases e períodos denominados ontem, hoje e amanhã, através dos quais a vida se expressa nos círculos terrenos e na visão lógica – humana – do Universo.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tempo, mente e ação

[...] O advogado da verdade é sempre o tempo.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 54

O tempo é inexorável enxugador de lágrimas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 2, cap• 6

[...] As dimensões tempo e espaço constituem limites para demarcar estágios e situações para a mente, nas faixas experimentais da evolução. [...]
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

Para o Espírito desencarnado o tempo não conta como para nós, e não está separado metodicamente em minutos, horas, dias, anos e séculos ou milênios, e muitos são os que perderam de vista os pontos de referência que permitem avaliar o deslocamento na direção do futuro.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Nas fronteiras do Além• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

[...] o tempo é a matéria-prima de que dispomos, para as construções da fé, no artesanato sublime da obra crística, de que somos humílimos serviçais.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Mensagem de fim de ano

O tempo é uma dimensão física que nasce do movimento, mas quando este supera a velocidade da luz, o tempo não consegue acompanhá-lo, anula-se, extingue-se. [...]
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Tempo e luz

[...] O tempo é, por definição, a trajetória de uma onda eletromagnética, do seu nascimento até a sua morte. Por isso ele é uma das dimensões fixas do nosso Universo, porque estável é, em nosso plano, a velocidade das ondas eletromagnéticas. O tempo, porém, somente pode existir em sistemas isolados, ou fechados, e tem a natureza de cada sistema. [...]
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

[...] O tempo é o maior selecionador do Cristo.
Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Testemunhos de Chico Xavier• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - Só os inúteis não possuem adversários

A Doutrina Espírita nos mostra que tempo e espaço são limites pertinentes à realidade física, o Espírito não precisa se prender a eles. Quando mencionamos o tempo como recurso imprescindível a uma transformação que depende, na verdade, de força de vontade e determinação, estamos adiando o processo e demonstrando que, no fundo, há o desejo de permanecer como estamos. O tempo é necessário para adquirir conhecimentos e informações, não para operar uma transformação psicológica.
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe

[...] O tempo é a nossa bênção... Com os dias coagulamos a treva ao redor de nós e, com os dias, convertê-la-emos em sublimada luz [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

[...] O tempo, como patrimônio divino do espírito, renova as inquietações e angústias de cada século, no sentido de aclarar o caminho das experiências humanas. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•

Tempo e esforço são as chaves do crescimento da alma.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 26

O tempo é o nosso grande benfeitor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O tempo é um conjunto de leis que nãopodemos ludibriar.O tempo é um empréstimo de Deus. Com ele erramos, com ele retificamos.O tempo é o campo sublime, que nãodevemos menosprezar.O tempo, na Terra, é uma bênçãoemprestada.O tempo é o mais valioso calmante dasprovações.O tempo é o químico milagroso daEterna Sabedoria, que nos governa osdestinos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Sabemos que o tempo é o nosso maisvalioso recurso perante a vida; mas tem-po, sem atividade criadora, tão-somen-te nos revela o descaso perante asconcessões divinas.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

O tempo é o rio da vida cujas águas nosdevolvem o que lhe atiramos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Umdia

Embora a dor, guarda o bem / Por teunobre e santo escudo. / O tempo é omago divino / Que cobre e descobretudo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Gotas de luz• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 36

[...] é o grande tesouro do homem e vin-te séculos, como vinte existências di-versas, podem ser vinte dias de provas,de experiências e de lutas redentoras
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Na intimidade de Emmanuel

[...] O tempo para quem sofre sem es-perança se transforma numa eternida-de de aflição.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

O tempo é a sublimação do santo, abeleza do herói, a grandeza do sábio, a crueldade do malfeitor, a angústia do penitente e a provação do companheiro que preferiu acomodar-se com as trevas.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20

[...] O sábio condutor de nossos destinos (...).
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 42

O tempo, contudo, assemelha-se ao professor equilibrado e correto que premia o merecimento, considera o esforço, reconhece a boa vontade e respeita a disciplina, mas não cria privilégio e nem dá cola a ninguém.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Precisamente

[...] O tempo, que é fixador da glória dos valores eternos, é corrosivo de todas as organizações passageiras na Terra e noutros mundos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz acima• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 16

[...] é o nosso explicador silencioso e te revelará ao coração a bondade infinita do Pai que nos restaura saúde da alma, por intermédio do espinho da desilusão ou do amargoso elixir do sofrimento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 63

O tempo é o tesouro infinito que o Criador concede às criaturas. [...] [...] é benfeitor carinhoso e credor imparcial simultaneamente. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 50

[...] é o nosso silencioso e inflexível julgador.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Na esfera íntima

O tempo é um empréstimo de Deus. Elixir miraculoso – acalma todas as dores. Invisível bisturi – sana todas as feridas, refazendo os tecidos do corpo e da alma. Com o tempo erramos, com ele retificamos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Carinho e reconhecimento

[...] é um patrimônio sagrado que ninguém malbarata sem graves reparações...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

O tempo é um rio tranqüilo / Que tudo sofre ou consente, / Mas devolve tudo aquilo / Que se lhe atira à corrente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

O tempo não volta atrás, / Dia passado correu; / Tempo é aquilo que se faz / Do tempo que Deus nos deu.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Tempo V. ANO; CALENDÁRIO; DIA; HORAS.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Comum
substantivo masculino Período sem interrupções no qual os acontecimentos ocorrem: quanto tempo ainda vai demorar esta consulta?
Continuidade que corresponde à duração das coisas (presente, passado e futuro): isso não é do meu tempo.
O que se consegue medir através dos dias, dos meses ou dos anos; duração: esse livro não se estraga com o tempo.
Certo intervalo definido a partir do que nele acontece; época: o tempo dos mitos gregos.
Parte da vida que se difere das demais: o tempo da velhice.
Figurado Ao ar livre: não deixe o menino no tempo!
Período específico que se situa no contexto da pessoa que fala ou sobre quem esta pessoa fala.
Circunstância oportuna para que alguma coisa seja realizada: preciso de tempo para viajar.
Reunião das condições que se relacionam com o clima: previsão do tempo.
Período favorável para o desenvolvimento de determinadas atividades: tempo de colheita.
[Esporte] Numa partida, cada uma das divisões que compõem o jogo: primeiro tempo.
[Esporte] O período total de duração de uma corrida ou prova: o nadador teve um ótimo tempo.
Gramática Flexão que define o exato momento em que ocorre o fato demonstrado pelo verbo; presente, pretérito e futuro são exemplos de tempos verbais.
Gramática As divisões menores em que a categoria do tempo se divide: tempo futuro; tempos do imperativo.
[Música] Unidade que mede o tempo da música, através da qual as relações de ritmo são estabelecidas; pulsação.
[Música] A velocidade em que essas unidades de medidas são executadas num trecho musical; andamento.
Etimologia (origem da palavra tempo). A palavra tempo deriva do latim tempus, oris, fazendo referência ao tempo dos acentos.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
os dois grandes fatores, empregados pelo homem primitivo para a determinação do tempo, devem ter sido (como ainda hoje acontece) o Sol e a Lua, sendo pelo Sol fixadas as unidades do tempo, o dia e o ano, e sugerindo a Lua a parte anual do mês, e a divisão deste em semanas. os hebreus, nos seus cálculos para regularem o tempo, serviam-se de dois sistemas: solar e lunar. l. o dia. o espaço de 24 horas, de sol a sol. Nos mais remotos tempos era mais natural considerar o nascer do sol como princípio do dia, segundo o costume dos babilônios, ou o pôr do sol, segundo o costume dos hebreus. Este último processo é, talvez, o mais fácil de todos, pela simples razão de que tem sido sempre para os homens coisa mais provável ver o ocaso do que o nascimento do sol. Por isso, na cosmogonia pré-histórica, registrada em Gn 1, lê-se: ‘da tarde e da manhã se fez um dia’. Este método de completar os dias encontra-se em toda a Bíblia, sendo ainda hoje seguido pelos judeus. 2. Divisões do dia. a) A tríplice divisão do dia em manhã, meio-dia, e tarde (*veja Sl 55:17) é evidente por si mesma. b) Em conexão com estas designações estão as vigílias da noite: eram três segundo o cômputo dos hebreus, e quatro segundo o sistema romano. c) outra maneira é a de dividir o dia em horas. A origem da divisão do dia em 12 ou 24 partes parece ter-se perdido na antigüidade, mas chegou até nós por meio da Babilônia. Entre os hebreus, bem como entre os romanos, contavam-se as horas de cada dia desde o nascer do sol até ao seu ocaso. A duração de cada hora não era um espaço certo de tempo, como entre nós, mas a duodécima parte do tempo em que o sol se mostrava acima do horizonte – e essa parte naturalmente variava segundo as estações. d) posterior divisão em minutos e segundos parece não ter sido conhecida dos hebreus (embora se diga ter vindo dos babilônios). 3. o mês. o mês era lunar com pouco mais de 29 dias, havendo, deste modo, em cada ano 12 meses e cerca de 11-1/4 dias. É, talvez, conveniente examinar o quadro que neste artigo apresentamos. (Estão em caracteres mais salientes os meses hebraicos mencionados na Bíblia, os quais constituem assuntos para artigos especiais.) Com o fim de completar aproximadamente o ano solar, eram intercalados, às vezes, alguns dias, ou mesmo duas ou três semanas, segundo o entendimento dos diretores sacerdotais do calendário. Mas é incerto até que ponto ia este sistema nos tempos bíblicos. A adição era feita depois do mês de adar, e chamava-se segundo adar. os doze meses solares parece serem o resultado de uma posterior divisão do ano solar, sendo a sua base os doze meses lunares. 4. o ano. a) Quando é que principia o ano? Entre nós, como também entre os romanos, começa quando o sol atinge aproximadamente o ponto mais baixo. Mas não era assim entre as hebreus. Eles tinham dois sistemas:
i. o sistema sagrado, oriundo da Babilônia, que principiava cerca do equinócio da primavera. Em conformidade com esta instituição eram regulados os tempos das festas sagradas. Também se menciona na Bíblia, com referência a acontecimentos seculares, como ‘Decorrido um ano, no tempo em que os reis costumam sair para a guerra’ (2 Sm 11.1).
ii. o sistema civil principiava com o equinócio do outono, quando se concluíam as colheitas. b) Com respeito aos agrupamentos de sete anos, e de sete vezes sete, *veja Ano. c) Quanto aos métodos de computar uma série de anos, *veja Cronologia. Além das diferentes eras, que ali são dadas, podemos mencionar o modo judaico de calcular o tempo desde a criação do mundo baseado na DATA bíblica. Segundo este cômputo, o ano de 1240 era de 5.000, “anno mundi”. Na fixação desta data, num livro ou num monumento, usa-se omitir a casa dos milhares. E assim, quando se lê num moderno livro judaico a DATA de 674, este número adicionado a 1240, representa 1914 d.C.
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário Etimológico
A palavra tempo tem origem no latim. Ela é derivada de tempus e temporis, que significam a divisão da duração em instante, segundo, minuto, hora, dia, mês, ano, etc. Os latinos usavam aevum para designar a maior duração, o tempo. A palavra idade, por exemplo, surgiu de aetatis, uma derivação de aevum.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

Terra

Dicionário Comum
substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
[Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
[Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
[Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
[Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
os hebreus tinham vários nomes para terra, especialmente Adama e Eretz. Adama, isto é a terra vermelha (Gn 1:25), denota, muitas vezes, terra arável (Gn 4:2). o termo é, também, empregado a respeito de um país, especialmente a Palestina (Gn 47:19Zc 2:12). Quando Naamã pediu uma carga de terra que dois mulos pudessem levar (2 Rs 5.17), ele foi influenciado pela idéia pagã de que o Senhor era um deus local, podendo apenas ser adorado com proveito no seu nativo solo. Eretz é a terra em oposição ao céu, ou a terra seca como distinta do mar (Gn 1:1-10). A palavra é, também, aplicada a toda a terra (Gn 18:18), ou a qualquer divisão dela (Gn 21:32), e mesmo ao chão que uma pessoa pisa (Gn 33:3). A frase ‘profundezas da terra’ (is 44:23) significa literalmente os vales, os profundos recessos, como as cavernas e subterrâneos, e figuradamente a sepultura. No N.T., além do termo vulgar ‘terra’, que corresponde às várias significações já apresentadas, há uma palavra especial que significa ‘ terra habitada’ (Lc 4:5Rm 10:18 – etc.), usando-se esta expressão de um modo especial a respeito do império Romano. Terra, num sentido moral, é oposta ao que é celestial e espiritual (*veja Jo 3:31 – 1 Co 15.47 a 49 – Tg 3:15, etc.).
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário de Sinônimos
terreno, solo, campo. – Terra sugere ideia das qualidades, das propriedades da massa natural e sólida que enche ou cobre uma parte qualquer da superfície da terra. – Terreno refere-se, não só à quantidade, ou à extensão da superfície, como ao destino que se lhe vai dar, ou ao uso a que se adapta. – Solo dá ideia geral de assento ou fundamento, e designa a superfície da terra, ou o terreno que se lavra, ou onde se levanta alguma construção. – Campo é solo onde trabalha, terreno de cultura, ou mesmo já lavrado. Naquela província há terras magníficas para o café; dispomos apenas de um estreito terreno onde mal há espaço para algumas leiras e um casebre; construiu o monumento em solo firme, ou lançou a semente em solo ingrato; os campos já florescem; temos aqui as alegrias da vida do campo.
Fonte: Dicio

Dicionário da FEB
[...] berço de criaturas cuja fraqueza as asas da Divina Providência protege, nova corda colocada na harpa infinita e que, no lugar que ocupa, tem de vibrar no concerto universal dos mundos.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 23

O nosso mundo pode ser considerado, ao mesmo tempo, como escola de Espíritos pouco adiantados e cárcere de Espíritos criminosos. Os males da nossa Humanidade são a conseqüência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos que a formam. Pelo contato de seus vícios, eles se infelicitam reciprocamente e punem-se uns aos outros.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3, it• 132

Disse Kardec, alhures, que a Terra é um misto de escola, presídio e hospital, cuja população se constitui, portanto, de homens incipientes, pouco evolvidos, aspirantes ao aprendizado das Leis Naturais; ou inveterados no mal, banidos, para esta colônia correcional, de outros planetas, onde vigem condições sociais mais elevadas; ou enfermos da alma, necessitados de expungirem suas mazelas através de provações mais ou menos dolorosas e aflitivas.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça

[...] é oficina de trabalho, de estudo e de realizações, onde nos cumpre burilar nossas almas. [...]
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Sede perfeitos

[...] é o calvário dos justos, mas é também a escola do heroísmo, da virtude e do gênio; é o vestíbulo dos mundos felizes, onde todas as penas aqui passadas, todos os sacrifícios feitos nos preparam compensadoras alegrias. [...] A Terra é um degrau para subir-se aos céus.
Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 11

O mundo, com os seus múltiplos departamentos educativos, é escola onde o exercício, a repetição, a dor e o contraste são mestres que falam claro a todos aqueles que não temam as surpresas, aflições, feridas e martírios da ascese. [...]
Referencia: EVANGELIZAÇÃO: fundamentos da evangelização espírita da infância e da juventude (O que é?)• Rio de Janeiro: FEB, 1987• -

[...] A Terra é um mundo de expiações e provas, já em fase de transição para se tornar um mundo de regeneração.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

[...] o Planeta terrestre é o grande barco navegando no cosmo, sacudido, a cada instante, pelas tempestades morais dos seus habitantes, que lhe parecem ameaçar o equilíbrio, a todos arrastando na direção de calamidades inomináveis. Por esta razão, periodicamente missionários e mestres incomuns mergulharam no corpo com a mente alerta, a fim de ensinarem comportamento de calma e de compaixão, de amor e de misericórdia, reunindo os aflitos em sua volta e os orientando para sobreviverem às borrascas sucessivas que prosseguem ameaçadoras.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

Quando o homem ora, anseia partir da Terra, mas compreende, também, que ela é sua mãe generosa, berço do seu progresso e local da sua aprendizagem. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

Assim se compreende porque a Terra é mundo de “provas e expiações”, considerando-se que os Espíritos que nela habitam estagiam na sua grande generalidade em faixas iniciais, inferiores, portanto, da evolução.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pensamento e perispírito

Apesar de ainda se apresentar como planeta de provas e expiações, a Terra é uma escola de bênçãos, onde aprendemos a desenvolver as aptidões e a aprimorar os valores excelentes dos sentimentos; é também oficina de reparos e correções, com recursos hospitalares à disposição dos pacientes que lhes chegam à economia social. Sem dúvida, é também cárcere para os rebeldes e os violentos, que expungem o desequilíbrio em processo de imobilidade, de alucinação, de limites, resgatando as graves ocorrências que fomentaram e praticaram perturbando-lhe a ordem e a paz.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Trilhas da libertação• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cilada perversa

O mundo conturbado é hospital que alberga almas que sofrem anemia de amor, requisitando as vitaminas do entendimento e da compreensão, da paciência e da renúncia, a fim de que entendimento e compreensão, paciência e renúncia sejam os sinais de uma vida nova, a bem de todos.
Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Hospital

[...] É um astro, como Vênus, como seus irmãos, e vagueia nos céus com a velocidade de 651.000 léguas por dia. Assim, estamos atualmente no céu, estivemos sempre e dele jamais poderemos sair. Ninguém mais ousa negar este fato incontestável, mas o receio da destruição de vários preconceitos faz que muitos tomem o partido de não refletir nele. A Terra é velha, muito velha, pois que sua idade se conta por milhões e milhões de anos. Porém, malgrado a tal anciania, está ainda em pleno frescor e, quando lhe sucedesse perecer daqui a quatrocentos ou quinhentos mil anos, o seu desaparecimento não seria, para o conjunto do Universo, mais que insignificante acidente.
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 4a efusão

[...] Por se achar mais distante do sol da perfeição, o nosso mundozinho é mais obscuro e a ignorância nele resiste melhor à luz. As más paixões têm aí maior império e mais vítimas fazem, porque a sua Humanidade ainda se encontra em estado de simples esboço. É um lugar de trabalho, de expiação, onde cada um se desbasta, se purifica, a fim de dar alguns passos para a felicidade. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 8a efusão

[...] A Terra tem que ser um purgatório, porque a nossa existência, pelo menos para a maioria, tem que ser uma expiação. Se nos vemos metidos neste cárcere, é que somos culpados, pois, do contrário, a ele não teríamos vindo, ou dele já houvéramos saído. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão

Nossa morada terrestre é um lugar de trabalho, onde vimos perder um pouco da nossa ignorância original e elevar nossos conhecimentos. [...]
Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• Uma carta de Bezerra de Menezes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• -

[...] é a escola onde o espírito aprende as suas lições ao palmilhar o longuíssimo caminho que o leva à perfeição. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

[...] o mundo, para muitos, é uma penitenciária; para outros, um hospital, e, para um número assaz reduzido, uma escola.
Referencia: Ó, Fernando do• Alguém chorou por mim• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

[...] casa de Deus, na específica destinação de Educandário Recuperatório, sem qualquer fator intrínseco a impedir a libertação do homem, ou a desviá-lo de seu roteiro ascensional.
Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

[...] é uma estação de inverno, onde o Espírito vem preparar-se para a primavera do céu!
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pref•

Feito o planeta – Terra – nós vemos nele o paraíso, o inferno e o purgatório.O paraíso para os Espíritos que, emigra-dos de mundos inferiores, encontram naTerra, podemos dizer, o seu oásis.O inferno para os que, já tendo possuí-do mundos superiores ao planeta Terra,pelo seu orgulho, pelas suas rebeldias, pelos seus pecados originais a ele desceram para sofrerem provações, para ressurgirem de novo no paraíso perdido. O purgatório para os Espíritos em transição, aqueles que, tendo atingido um grau de perfectibilidade, tornaram-se aptos para guias da Humanidade.
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Antes de tudo, recorda-se de que o nosso planeta é uma morada muito inferior, o laboratório em que desabrocham as almas ainda novas nas aspirações confusas e paixões desordenadas. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a guerra

O mundo é uma escola de proporções gigantescas, cada professor tem a sua classe, cada um de nós tem a sua assembléia.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Colegas invisíveis

A Terra é o campo de ação onde nosso espírito vem exercer sua atividade. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Por que malsinar o mundo?

[...] é valiosa arena de serviço espiritual, assim como um filtro em que a alma se purifica, pouco a pouco, no curso dos milênios, acendrando qualidades divinas para a ascensão à glória celeste. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 1

A Terra inteira é um templo / Aberto à inspiração / Que verte das Alturas [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia da espiritualidade• Pelo Espírito Maria Dolores• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1985• - cap• 4

A Terra é a escola abençoada, onde aplicamos todos os elevados conhecimentos adquiridos no Infinito. É nesse vasto campo experimental que devemos aprender a ciência do bem e aliá-la à sua divina prática. Nos nevoeiros da carne, todas as trevas serão desfeitas pelos nossos próprios esforços individuais; dentro delas, o nosso espírito andará esquecido de seu passado obscuro, para que todas as nossas iniciativas se valorizem. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

A Terra é uma grande e abençoada escola, em cujas classes e cursos nos matriculamos, solicitando – quando já possuímos a graça do conhecimento – as lições necessárias à nossa sublimação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53

O mundo atual é a semente do mundo paradisíaco do futuro. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Crônicas de além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• - cap• 25

Servidores do Cristo, orai de sentinela! / Eis que o mundo sangrando é campo de batalha, / Onde a treva infeliz se distende e trabalha / O coração sem Deus, que em sombra se enregela.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

No macrocosmo, a casa planetária, onde evolvem os homens terrestres, é um simples departamento de nosso sistema solar que, por sua vez, é modesto conjunto de vida no rio de sóis da Via-Láctea.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

No mundo terrestre – bendita escola multimilenária do nosso aperfeiçoamento espiritual – tudo é exercício, experimentação e trabalho intenso.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O orbe inteiro, por enquanto, / Não passa de um hospital, / Onde se instrui cada um, / Onde aprende cada qual.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O mundo, com as suas lutas agigantadas, ásperas, é a sublime lavoura, em que nos compete exercer o dom de compreender e servir.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O mundo é uma escola vasta, cujas portas atravessamos, para a colheita de lições necessárias ao nosso aprimoramento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Apesar dos exemplos da humildade / Do teu amor a toda Humanidade / A Terra é o mundo amargo dos gemidos, / De tortura, de treva e impenitência.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é o nosso campo de ação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é a nossa grande casa de ensino. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é uma escola, onde conseguimos recapitular o pretérito mal vivido, repetindo lições necessárias ao nosso reajuste.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra, em si mesma, é asilo de caridade em sua feição material.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é o campo de trabalho, em que Deus situou o berço, o lar, o templo e a escola.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é a Casa Divina, / Onde a luta nos ensina / A progredir e brilhar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O mundo em que estagiamos é casa grande de treinamento espiritual, de lições rudes, de exercícios infindáveis.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é um grande magneto, governado pelas forças positivas do Sol. Toda matéria tangível representa uma condensação de energia dessas forças sobre o planeta e essa condensação se verifica debaixo da influência organizadora do princípio espiritual, preexistindo a todas as combinações químicas e moleculares. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

O mundo é caminho vasto de evolução e aprimoramento, onde transitam, ao teu lado, a ignorância e a fraqueza.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71

O mundo não é apenas a escola, mas também o hospital em que sanamos desequilíbrios recidivantes, nas reencarnações regenerativas, através do sofrimento e do suor, a funcionarem por medicação compulsória.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Doenças da alma

O Universo é a projeção da mente divina e a Terra, qual a conheceis em seu conteúdo político e social, é produto da mente humana.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

O mundo é uma ciclópica oficina de labores diversíssimos, onde cada indivíduo tem a sua parcela de trabalho, de acordo com os conhecimentos e aptidões morais adquiridos, trazendo, por isso, para cada tarefa, o cabedal apri morado em uma ou em muitas existências.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Antíteses da personalidade de Humberto de Campos

A Terra é uma vasta oficina. Dentro dela operam os prepostos do Senhor, que podemos considerar como os orientadores técnicos da obra de aperfeiçoamento e redenção. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 39

A Terra é um plano de experiências e resgates por vezes bastante penosos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 338

A Terra deve ser considerada escola de fraternidade para o aperfeiçoamento e regeneração dos Espíritos encarnados.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 347

[...] é o caminho no qual a alma deve provar a experiência, testemunhar a fé, desenvolver as tendências superiores, conhecer o bem, aprender o melhor, enriquecer os dotes individuais.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 403

O mundo em que vivemos é propriedade de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Lembranças

[...] é a vinha de Jesus. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

[...] é uma escola de iluminação, poder e triunfo, sempre que buscamos entender-lhe a grandiosa missão.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

[...] abençoada escola de dor que conduz à alegria e de trabalho que encaminha para a felicidade com Jesus. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 28

Não olvides que o mundo é um palácio de alegria onde a Bondade do Senhor se expressa jubilosa.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alegria

[...] é uma vasta oficina, onde poderemos consertar muita coisa, mas reconhecendo que os primeiros reparos são intrínsecos a nós mesmos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6

A Terra é também a grande universidade. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Do noticiarista desencarnado

Salve planeta celeste, santuário de vida, celeiro das bênçãos de Deus! ...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 15

A Terra é um magneto enorme, gigantesco aparelho cósmico em que fazemos, a pleno céu, nossa viagem evolutiva.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

[...] é um santuário do Senhor, evolutindo em pleno Céu.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 12

Agradece, cantando, a Terra que te abriga. / Ela é o seio de amor que te acolheu criança, / O berço que te trouxe a primeira esperança, / O campo, o monte, o vale, o solo e a fonte amiga...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 33

[...] é o seio tépido da vida em que o princípio inteligente deve nascer, me drar, florir e amadurecer em energia consciente [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Evolução em dois mundos• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 13

Fonte: febnet.org.br

Tinha

Dicionário da Bíblia de Almeida
Tinha Doença da pele (Lv 13;
v. NTLH).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Tirado

Dicionário Comum
adjetivo Que se tirou.
Que sofreu tiragem.
Etimologia (origem da palavra tirado). Particípio de tirar.
Fonte: Priberam

Trabalho

Dicionário da FEB
O trabalho é Lei da Natureza, por isso mesmo que constitui uma necessidade, e a civilização obriga o homem a trabalhar mais, porque lhe aumenta as necessidades e os gozos.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 674

[...] O conceito da Doutrina é a de que o trabalho é toda ocupação útil. Não é apenas um conceito profissional. O trabalho espiritual, que se sobrepõe aos interesses imediatos, não pode ser avaliado segundo os conceitos pragmáticos. Mas é bom recordar que, em decorrência do Tratado de Versalhes, conseqüência da I Guerra Mundial, surgiu, inegavelmente, uma nova concepção a respeito do trabalho. Foi para aquele tempo o que poderia haver de mais avançado como conquista social, declaram os entendidos. Mas muito antes já a Doutrina Espírita consignava a dignidade do trabalho e a necessidade do repouso, preconizando princípios morais da moderna legislação trabalhista quando ensina textualmente: “O repouso serve para reparar as forças do corpo, e é também necessário a fim de deixar um pouco mais de liberdade à inteligência, para que se eleve acima da matéria.” Diz mais ainda: “A ociosidade seria um suplício em vez de ser um benefício.” Vejamos que é bem claro o pensamento espírita: além de ser uma necessidade, o trabalho é um dever social e espiritual. Idéia muito avançada para outros tempos, mas incorporada, hoje, à verdadeira filosofia do trabalho. Consulte-se O Livro dos Espíritos – Questões 675 a 684.
Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36

O trabalho é uma Lei Natural de Deus e o meio imposto ao homem para aperfeiçoar a sua inteligência, assegurar o seu progresso, o seu bem-estar e a sua felicidade.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 71

O trabalho é o instrumento de nossa auto-realização: suprimi-lo equivaleria a sustar o progresso individual e, conseqüentemente, a evolução da Humanidade.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Não andeis cuidadosos de vossa vida

[...] O trabalho não é um castigo, mas sim um meio regenerador pelo qual se fortifica e eleva a Humanidade. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6

O trabalho é uma lei para as humanidades planetárias, assim como para as sociedades do espaço. O trabalho é a honra, é a dignidade do ser humano. [...] é também um grande consolador, é um preservativo salutar contra nossas aflições, contra as nossas tristezas. Acalma as angústias do nosso espírito e fecunda a nossa inteligência. [...] é sempre um refúgio seguro na prova, um verdadeiro amigo na tribulação. [...] é a comunhão dos seres.
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 52

[...] é a prece ativa desses milhões de homens que lutam e penam na Terra, em beneficio da Humanidade.
Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

[...] é a maior fonte de progresso. Com o nosso esforço podemos melhorar o ambiente em que vivemos.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

[...] Ocupação em alguma obra ou ministério; exercício material ou intelectual para fazer ou conseguir alguma cousa. O trabalho [...] é Lei da Natureza, mediante a qual o homem forja o próprio progresso desenvolvendo as possibilidades do meio ambiente em que se situa, ampliando os recursos de preservação da vida, por meio das suas necessidades imediatas na comunidade social onde vive. [...] O trabalho, porém, apresenta-se ao homem como meio de elevação e como expiação de que tem necessidade para resgatar o abuso das forças entregues à ociosidade ou ao crime, na sucessão das existências pelas quais evolute. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 11

[...] nos mundos felizes onde o trabalho, em vez de ser impositivo, é conquista do homem livre que sabe agir no bem infatigável, servindo sempre e sem cessar.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 11

[...] é o ascensor que nos leva o espírito aos páramos luminosos.
Referencia: GAMA, Zilda• Na sombra e na luz• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - L• 2, cap• 5

[...] evolucionamos à custa do trabalho, que é a lei suprema de tudo que é criado, desde o microrganismo até os mundos e as estrelas.
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 2, cap• 31

[...] [É] toda ocupação útil.
Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 1

O trabalho foi, é e será sempre excelente e incomparável recurso para que, dando ocupação à própria mente, defenda e ilumine o homem a sua “casa mental”, preservando-a da incursão, perigosa e sorrateira, de entidades ou pensamentos parasitários.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 41

O trabalho, em tese, para o ser em processo de evolução, configura-se sob três aspectos principais: material, espiritual, moral. Através do trabalho material, propriamente dito, dignifica-se o homem no cumprimento dos deveres para consigo mesmo, para com a família que Deus lhe confiou, para com a sociedade de que participa. Pelo trabalho espiritual, exerce a fraternidade com o próximo e aperfeiçoa-se no conhecimento transcendente da alma imortal. No campo da atividade moral, lutará, simultaneamente, por adquirir qualidades elevadas, ou, se for o caso, por sublimar aquelas com que já se sente aquinhoado.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3

Trabalhar, por conseguinte, não é, em absoluto, rotineira execução de tarefas manuais ou intelectuais, condicionadas a determinado número de horas, especificadas no relógio de ponto. O trabalho é alguma coisa mais importante e influente no progresso espiritual. É darmos algo de nós, em favor de outrem, em forma de solidariedade e criação, porque o trabalho que não cria, nem opera renovações, é insulamento, a nos confinar nos estreitos limites do egoísmo esterilizante.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 26

[...] é realmente a fonte e a mola da vida.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Amar e servir• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 67

A canseira bendita do trabalho, / No suor do dever que desoprime, / É como o martelar de excelso malho / Que nos vai cinzelando, talho a talho, / Para o fulgor da perfeição sublime...
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Votos de irmã

[...] é a fonte das águas vivas que amassa o pão de todos e faz a alegria de cada um.
Referencia: VIEIRA, Waldo• De coração para coração• Pelo Espírito Maria Celeste• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 23

[...] é a escada luminosa para outras esferas, onde nos reencontraremos, como pássaros que, depois de se perderem uns aos outros, sob as rajadas do inverno, se reagrupam de novo ao sol abençoado da primavera...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 2

Vai e constrói. Segue e atende ao progresso. Avança, marcando a tua romagem com os sinais imperecíveis das boas obras!... O trabalho, entre a margens do amor e da reta consciência, é a estrada de luz que te reconduzirá ao Paraíso, a fim de que a Terra se transforme no divino espelho da glória de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 33

O trabalho é uma esponja bendita sobre as mágoas do mundo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O trabalho é um refúgio contra as aflições que dominam o mundo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O trabalho retém o mistério divino da iluminação íntima
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Nunca é demais qualquer referência ao trabalho, fator de evolução e burilamento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 26

Serve, reconhecendo que o trabalho é nossa herança comum, na jornada evolutiva [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 45

[...] o nosso melhor patrimônio é o trabalho com que nos compete ajudar-nos, mutuamente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

[...] o trabalho é sempre o instrutor do aperfeiçoamento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

[...] o trabalho e a fraternidade são as forças que geram na eternidade a alegria e a beleza imperecíveis.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 24

E o trabalho por mais rude, / No campo de cada dia, / É dádiva edificante / Do bem que nos alivia.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 42

O trabalho salvacionista não é exclusividade da religião: constitui ministério comum a todos, porque dia virá em que o homem há de reconhecer a Divina Presença em toda parte. A realização que nos compete não se filia ao particularismo: é obra genérica para a coletividade, esforço do servidor honesto e sincero, interessado no bem de todos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

Jamais olvidemos que o trabalho é o dom divino que Deus nos confiou para a defesa de nossa alegria e para a conservação de nossa própria saúde.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 7

O trabalho é uma instituição de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 7

Quem move as mãos no serviço, / Foge à treva e à tentação. / Trabalho de cada dia / É senda de perfeição.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 7

Trabalha e serve sempre, alheio à recompensa, / Que o trabalho, por si, é a glória que condensa / O salário da Terra e a bênção do Infinito.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Parnaso de Além-túmulo: poesias mediúnicas• Por diversos Espíritos• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Honra ao trabalho

[...] Está escrito que devemos comer o pão com o suor do rosto. O trabalho é o movimento sagrado da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 2

Trabalho – a santa oficina / De que a vida se engalana – / É a glória da luta humana / De que a Terra se ilumina.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Poetas redivivos• Por diversos Espíritos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 11

[...] única ferramenta que pode construir o palácio do repouso legítimo. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 13

[...] qualquer trabalho, desde que honesto, é título de glória para a criatura...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 20

[...] é o guia na descoberta de nossas possibilidades divinas, no processo evolutivo do aperfeiçoamento universal. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 20

[...] todo trabalho honesto, no mundo, é título da confiança divina. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 27

O trabalho é a escada divina de acesso aos lauréis imarcescíveis do espírito.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 9

O trabalho, desse modo, é o alicerce da existência produtiva, assim como a raiz é o fundamento da árvore.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Obrigação primeiramente

O trabalho é das maiores bênçãos de Deus no campo das horas. Em suas dádivas de realização para o bem, o triste se reconforta, o ignorante aprende, o doente se refaz, o criminoso se regenera.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20

Fonte: febnet.org.br

Dicionário Etimológico
A palavra trabalho vem do latim tripalium, termo formado pela junção dos elementos tri, que significa “três”, e palum, que quer dizer “madeira”.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

Dicionário Comum
substantivo masculino O emprego, o ofício ou a profissão de alguém: não tenho trabalho!
Grande dificuldade; trabalheira: isso meu deu um enorme trabalho!
Responsabilidade: seu trabalho é ajudar os jogadores de futebol.
Conjunto das atividades realizadas por alguém para alcançar um determinado fim ou propósito.
Os mecanismos mentais ou intelectuais utilizados na realização de algo; lugar em que são aplicados esses mecanismos: viver perto do seu trabalho.
Atenção empregada na realização ou fabricação de alguma coisa; esmero.
Desenvolvimento ou a elaboração de algo; fabricação: trabalho de marcenaria.
Resultado dessa fabricação: este bolo foi um belo trabalho de confeitaria.
Lição ou exercício destinado à prática de: trabalho escolar.
Produto fabricado a partir do funcionamento de algo: o trabalho de um carro.
Ação intermitente de uma força vinda da natureza acrescida ao seu efeito: o trabalho excessivo da chuva atrapalha certas plantações.
[Biologia] Quaisquer fenômenos realizados numa matéria ou substância, possibilitando uma alteração de seu aspecto ou forma.
[Política] Exercício humano que configura um elemento fundamental na realização de bens e/ou serviços.
[Política] Reunião dos indivíduos que fazem parte da vida econômica de uma nação.
[Física] Grandeza obtida a partir da realização de uma força e a extensão percorrida pelo ponto de sua execução em direção a mesma.
[Medicina] Processo orgânico de recuperação realizado no interior de certos tecidos: trabalho de cicatrização.
Religião Aquilo que é oferecido para receber proteção dos orixás.
Etimologia (origem da palavra trabalho). Forma Regressiva de trabalhar.
Fonte: Priberam

Trabalhos

Dicionário Comum
substantivo masculino plural Afazeres; negócios; serviços.
Exames, discussões e deliberações de uma assembleia, repartição, escritório, oficina etc.
Etimologia (origem da palavra trabalhos). Plural de trabalho.
Fonte: Priberam

Transgressão

Dicionário Comum
substantivo feminino Ação de transgredir, de infringir; violação, infração.
Violação ou não cumprimento de uma lei, ordem ou regulamento; infração: transgressão das leis de trânsito.
Geologia Entrada das águas do mar em áreas litorâneas, causada pelo aumento do nível do mar; inundação marítima.
Etimologia (origem da palavra transgressão). Do latim transgretio.onis.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
Desobediência; ato ou efeito transgredir; Ir além dos termos ou limites; atravessar. 2. Não observar, não respeitar (as leis ou regulamentos); infringir
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Transgressão Quebra de uma ordem, de um dever ou de uma lei (Is 43:25; Rm 5:14).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Traz

Dicionário Comum
substantivo deverbal Ação do verbo trazer; ato de transportar de um local para outro: o caminhão traz as mercadorias.
Ato de sugerir ou de fazer sugestões em relação a: um discurso que traz mentiras.
Ação de atrair a atenção de: o dinheiro traz falsos amigos.
Etimologia (origem da palavra traz). Forma Der. de trazer.
Fonte: Priberam

Vera

Dicionário Comum
fem. sing. de vero
Será que queria dizer verá?

ve·ro |é| |é|
adjectivo
adjetivo

1. Verdadeiro.

2. Exacto; real.

Fonte: Priberam

Vida

Dicionário Comum
substantivo feminino Conjunto dos hábitos e costumes de alguém; maneira de viver: tinha uma vida de milionário.
Reunião daquilo que diferencia um corpo vivo do morto: encontrou o acidentado sem vida; a planta amanheceu sem vida.
O que define um organismo do seu nascimento até a morte: a vida dos animais.
Por Extensão Tempo que um ser existe, entre o seu nascimento e a sua morte; existência: já tinha alguns anos de vida.
Por Extensão Fase específica dentro dessa existência: vida adulta.
Figurado Tempo de duração de alguma coisa: a vida de um carro.
Por Extensão Reunião dos seres caracterizados tendo em conta sua espécie, ambiente, época: vida terrestre; vida marítima.
Figurado Aquilo que dá vigor ou sentido à existência de alguém; espírito: a música é minha vida!
Reunião dos fatos e acontecimentos mais relevantes na existência de alguém; biografia: descrevia a vida do cantor.
O que uma pessoa faz para sobreviver: precisava trabalhar para ganhar a vida.
Figurado O que se realiza; prática: vida rural.
Etimologia (origem da palavra vida). Do latim vita.ae.
Fonte: Priberam

Dicionário da FEB
[...] A vida humana é, pois, cópia davida espiritual; nela se nos deparam emponto pequeno todas as peripécias daoutra. Ora, se na vida terrena muitasvezes escolhemos duras provas, visandoa posição mais elevada, porque não ha-veria o Espírito, que enxerga mais lon-ge que o corpo e para quem a vidacorporal é apenas incidente de curtaduração, de escolher uma existênciaárdua e laboriosa, desde que o conduzaà felicidade eterna? [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 266

A vida vem de Deus e pertence a Deus,pois a vida é a presença de Deus emtoda parte.Deus criou a vida de tal forma que tudonela caminhará dentro da Lei deEvolução.O Pai não criou nada para ficar na es-tagnação eterna.A vida, em essência, é evolução. [...
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

V A vida é uma demonstração palmar de que o homem vem ao mundo com responsabilidades inatas; logo, a alma humana em quem se faz efetiva tal responsabilidade é preexistente à sua união com o corpo.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 17

[...] é um dom da bondade infinita [...].
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

[...] é uma aventura maravilhosa, através de muitas existências aqui e alhures.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 16

[...] É o conjunto de princípios que resistem à morte.
Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

A vida é uma grande realização de solidariedade humana.
Referencia: CASTRO, Almerindo Martins de• O martírio dos suicidas: seus sofrimentos inenarráveis• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

[...] o conjunto das funções que distinguem os corpos organizados dos corpos inorgânicos. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 1

[...] É a Criação... [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 2

A vida é uma idéia; é a idéia do resultado comum, ao qual estão associados e disciplinados todos os elementos anatômicos; é a idéia da harmonia que resulta do seu concerto, da ordem que reina em suas ações.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 2

A vida terrestre é uma escola, um meio de educação e de aperfeiçoamento pelo trabalho, pelo estudo e pelo sofrimento.
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Resumo

Cada vida terrena [...] é a resultante de um imenso passado de trabalho e de provações.
Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 18

[...] é um cadinho fecundo, de onde deves [o Espírito] sair purificado, pronto para as missões futuras, maduro para tarefas sempre mais nobres e maiores.
Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 14

[...] é uma vibração imensa que enche o Universo e cujo foco está em Deus.
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

A vida é o bem maior que nos concede o Criador para o auto-aperfeiçoamento espiritual e somente o risco desse bem pode tornar admissível o sacrifício de uma vida que se inicia em favor de outra já plenamente adaptada à dimensão material e, por isso mesmo, em plena vigência da assunção dos seus compromissos para com a família e com a sociedade.
Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 6

[...] é um depósito sagrado e nós não podemos dispor de bens que nos não pertencem.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

A vida sem virtudes é lento suicídio, ao passo que, enobrecida pelo cumprimento do dever, santificada pelo amor universal, é o instrumento mais precioso do Espírito para o seu aperfeiçoamento indefinido.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

A vida é um sonho penoso, / Do qual nos desperta a morte.
Referencia: ERNY, Alfred• O psiquismo experimental: estudo dos fenômenos psíquicos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 2

[...] é uma força organizadora, que pode contrariar a tendência da matéria à V V desorganização. É uma força organizadora e pensante, que integra a matéria e a organiza, visto que, sem ela, toda matéria fica desorganizada.
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 2

[...] é um turbilhão contínuo, cuja diretiva, por mais complexa que seja, permanece constante. [...] (66, t. 2, cap.
1) [...] é uma força física inconsciente, organizadora e conservadora do corpo.
Referencia: FRANCINI, Walter• Doutor Esperanto: o romance de Lázaro Luís Zamenhof, criador da língua internacional• Com cartaprefácio do Dr• Mário Graciotti, da Academia Paulista de Letras• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - 1a narrativa

Considerada a vida uma sublime concessão de Deus, que se apresenta no corpo e fora dele, preexistindo-o e sobrevivendo-o, poder-se-á melhor enfrentar os desafios existenciais e as dificuldades que surgem, quando na busca da auto-iluminação. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impedimentos à iluminação

[...] é uma sinfonia de bênçãos aguardando teus apontamentos e comentários.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Tramas do destino• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 46

[...] é uma grande tecelã e nas suas malhas ajusta os sentimentos ao império da ordem, para que o equilíbrio governe todas as ações entre as criaturas.
Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 2, cap• 9

[...] é grande fortuna para quem deve progredir.
Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 3, cap• 7

Vidas são experiências que se aglutinam, formando páginas de realidade.
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Pról•

A vida física é oportunidade purificadora, da qual, em regra, ninguém consegue eximir-se. Bênção divina, flui e reflui, facultando aprimoramento e libertação.
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 1

[...] é o hálito do Pai Celeste que a tudo vitaliza e sustenta...
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 5

A vida terrena é um relâmpago que brilha por momentos no ambiente proceloso deste orbe, e logo se extingue para se reacender perenemente nas paragens siderais.
Referencia: GIBIER, Paul• O Espiritismo: faquirismo ocidental: estudo histórico crítico, experimental• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - L• 1, Na pista da verdade

[...] a nossa vida é um tesouro divino, que nos foi confiado para cumprir uma missão terrena [...].
Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - L• 9, cap• 1

[...] a vida humana é uma série ininterrupta de refregas e de desilusões...
Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - L• 9, cap• 22

[...] a vida humana é uma intérmina cadeia, uma corrente que se compõe de muitos elos, cada qual terminando no sepulcro, para de novo se soldar em ulterior encarnação até que o Espírito adquira elevadas faculdades, ou atinja a perfeição.
Referencia: GAMA, Zilda• Na sombra e na luz• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - L• 1, cap• 7

Vida e morte, uma só coisa, / Verdade de toda gente: / A vida é a flor que desponta / Onde a morte é uma semente.
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - cap• 173

[...] Em suas evoluções, a vida nada mais é que a manifestação cada vez mais completa do Espírito. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão

A vida, portanto, como efeito decorrente de um agente (princípio vital) sobre a matéria (fluido cósmico), tem, por V sustentação, a matéria e o princípio vital em estado de interação ativa, de forma contínua. Decorrente da mesma fonte original – pois reside no fluido magnético animal, que, por sua vez, não é outro senão o fluido vital – tem, contudo, a condição peculiar de veicular o contato com o princípio espiritual.
Referencia: MELO, Jacob• O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

[...] é amor e serviço, com Deus. [...]
Referencia: Ó, Fernando do• A dor do meu destino• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 2

A vida é a mais bela sinfonia de amor e luz que o Divino Poder organizou.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

Não vivi, pois a vida é o sentimento / De tudo o que nos toca em sofrimento / Ou exalta no prazer. [...] (185, Nova[...] é um combate insano e dolorido / Que temos de vencer. [...]
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sursum

[...] A vida é mesmo ingente aprendizado, / Onde o aluno, por vez desavisado, / Tem sempre ensanchas de recomeçar [...].
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Renovação

A vida humana não é um conjunto de artifícios. É escola da alma para a realidade maior.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mostremos o Mestre em nós

[...] é a manifestação da vontade de Deus: vida é amor.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo

[...] A vida, na sua expressão terrestre, é como uma árvore grandiosa. A infância é a sua ramagem verdejante. A mocidade se constitui de suas flores perfumadas e formosas. A velhice é o fruto da experiência e da sabedoria. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Boa nova• Pelo Espírito Humberto de Campos• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 9

[...] é a harmonia dos movimentos, resultante das trocas incessantes no seio da natureza visível e invisível. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 8

A vida em si é conjunto divino de experiências. Cada existência isolada oferece ao homem o proveito de novos conhecimentos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 22

[...] é trabalho, júbilo e criação na eternidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 68

A vida é sempre a iluminada escola.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 16

A vida é essência divina [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 17

A vida por toda parte / É todo um hino de amor, / Serve a nuvem, serve o vale, / Serve o monte, serve a flor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18

Lembrai-vos de que a vida é a eternidade em ascensão [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53

A oportunidade sagrada é a vida. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A vida é um campo divino, onde a infância é a germinação da Humanidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é a gloriosa manifestação de Deus. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

V V A vida é máquina divina da qual todos os seres são peças importantes e a cooperação é o fator essencial na produção da harmonia e do bem para todos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A vida é um câmbio divino do amor, em que nos alimentamos, uns aos outros, na ternura e na dedicação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Patrimônio da criação e divindade de todas as coisas, é a vida a vibração luminosa que se estende pelo infinito, dentro de sua grandeza e de seu sublime mistério.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é caminho em que nos cabe marchar para a frente, é sobretudo traçada pela Divina Sabedoria.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A vida é uma escola e cada criatura, dentro dela, deve dar a própria lição. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 26

[...] é um grande livro sem letras, em que as lições são as nossas próprias experiências.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião

A vida é uma corrente sagrada de elos perfeitos que vai do campo subatômico até Deus [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Notícias

A vida não é trepidação de nervos, a corrida armamentista ou a tortura de contínua defesa. É expansão da alma e crescimento do homem interior, que se não coadunam com a arte de matar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Apreciações

A vida é curso avançado de aprimoramento, através do esforço e da luta. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 54

A vida é processo de crescimento da alma ao encontro da Grandeza Divina.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71

E perceber o sentido da vida é crescer em serviço e burilamento constantes.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173

[...] é um jogo de circunstâncias que todo espírito deve entrosar para o bem, no mecanismo do seu destino. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Lembre-se de que a vida e o tempo são concessões de Deus diretamente a você, e, acima de qualquer angústia ou provação, a vida e o tempo responderão a você com a bênção da luz ou com a experiência da sombra, como você quiser.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 39

[...] é o carro triunfante do progresso, avançando sobre as rodas do tempo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13

Enquanto no corpo físico, desfrutas o poder de controlar o pensamento, aparentando o que deves ser; no entanto, após a morte, eis que a vida é a verdade, mostrando-te como és.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Espíritos transviados

A vida humana, pois, apesar de transitória, é a chama que vos coloca em contato com o serviço de que necessitais para ascensão justa. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

[...] afirmação de imortalidade gloriosa com Jesus Cristo!
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 8

[...] é uma longa caminhada para a vitória que hoje não podemos compreender. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Bilhete filial

V Todavia, é preciso lembrar que a vida é permanente renovação, propelindo-nos a entender que o cultivo da bondade incessante é o recurso eficaz contra o assédio de toda influência perniciosa.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Religião dos Espíritos: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 18a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Tentação e remédio

[...] é um cântico de trabalho e criação incessantes. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 24

[...] é aprimoramento incessante, até o dia da perfeição [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 60

[...] toda a vida, no fundo, é processo mental em manifestação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 23

A vida constitui encadeamento lógico de manifestações, e encontramos em toda parte a sucessão contínua de suas atividades, com a influenciação recípro ca entre todos os seres, salientando-se que cada coisa e cada criatura procede e depende de outras coisas e de outras criaturas.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 24

Fonte: febnet.org.br

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Isaías 53: 1 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

"Quem deu crédito à nossa pregação ①? E a quem se manifestou o braço do SENHOR?
Isaías 53: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H1540
gâlâh
גָּלָה
descobrir, remover
(and he was uncovered)
Verbo
H2220
zᵉrôwaʻ
זְרֹועַ
braço, antebraço, ombro, força
(the arms)
Substantivo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H4310
mîy
מִי
Quem
(Who)
Pronome
H539
ʼâman
אָמַן
apoiar, confirmar, ser fiel
(And he believed)
Verbo
H5921
ʻal
עַל
sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
([was] on)
Prepostos
H8052
shᵉmûwʻâh
שְׁמוּעָה
notícia, novas, rumor
(report)
Substantivo


גָּלָה


(H1540)
gâlâh (gaw-law')

01540 גלה galah

uma raiz primitiva; DITAT - 350; v

  1. descobrir, remover
    1. (Qal)
      1. descobrir
      2. remover, partir
      3. ir para exílio
    2. (Nifal)
      1. (reflexivo)
        1. descobrir-se
        2. descobrir-se ou mostrar-se
        3. revelar-se (referindo-se a Deus)
      2. (passivo)
        1. ser ou estar descoberto
        2. ser ou estar exposto, ser ou estar descoberto
        3. ser revelado
      3. ser removido
    3. (Piel)
      1. descobrir (nudez)
        1. nudez
        2. em geral
      2. expor, descobrir, estar descoberto
      3. tornar conhecido, mostrar, revelar
    4. (Pual) ser ou estar descoberto
    5. (Hifil) levar para o exílio, exilar
    6. (Hofal) ser levado para o exílio
    7. (Hitpael)
      1. ser descoberto
      2. revelar-se

זְרֹועַ


(H2220)
zᵉrôwaʻ (zer-o'-ah)

02220 זרוע z erowa ̂ ̀ ou (forma contrata) זרע z eroa ̂ ̀ e (fem.) זרועה z erow ̂ ah̀ ou זרעה z ero ̂ ah̀

procedente de 2232; DITAT - 583a; n f

  1. braço, antebraço, ombro, força
    1. braço
    2. braço (como símbolo de força)
    3. forças (políticas e militares)
    4. ombro (referindo-se ao animal sacrificado)

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

מִי


(H4310)
mîy (me)

04310 מי miy

um pronome interrogativo de pessoas, assim como 4100 é de coisas, quem? (ocasionalmente, numa expressão peculiar, também usado para coisas; DITAT - 1189; pron interr

1) quem?, de quem?, seria este, qualquer um, quem quer que


אָמַן


(H539)
ʼâman (aw-man')

0539 אמן ’aman

uma raiz primitiva; DITAT - 116; v

  1. apoiar, confirmar, ser fiel
    1. (Qal)
      1. apoiar, confirmar, ser fiel, manter, nutrir
        1. pai adotivo (substantivo)
        2. mãe adotiva, enfermeira
        3. pilares, suportes da porta
    2. (Nifal)
      1. ser estável, ser fiel, ser carregado, firmar
        1. ser carregado por uma enfermeira
        2. firmado, certificado, duradouro
        3. confirmado, estável, seguro
        4. verificado, confirmado
        5. digno de confiança, fiel, confiável
    3. (Hifil)
      1. permanecer firme, confiar, ter certeza, acreditar
        1. permanecer firme
        2. confiar, crer

עַל


(H5921)
ʻal (al)

05921 על ̀al

via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

  1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
    1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
    2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
    3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
    4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
    5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
    6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
    7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
    8. para (como um dativo) conj
  2. por causa de, porque, enquanto não, embora

שְׁמוּעָה


(H8052)
shᵉmûwʻâh (sehm-oo-aw')

08052 שמואה sh emuw ̂ ah̀

part. pass. de 8085; DITAT - 2412d; n. f.

  1. notícia, novas, rumor
    1. notícia, novidades, novas
    2. menção

Isaías 53: 2 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Porque Ele foi subindo como Renovo ① perante Ele, e como Raiz de uma terra seca; não tinha forma nem formosura e, olhando nós para Ele, não havia boa aparência nEle, para que O desejássemos.
Isaías 53: 2 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H1926
hâdâr
הָדָר
ornamento, esplendor, honra
(goodly)
Substantivo
H2530
châmad
חָמַד
desejar, cobiçar, ter prazer em, deliciar-se em
(that is pleasant)
Verbo
H3126
yôwnêq
יֹונֵק
Mâmon
(money)
Substantivo - masculino dativo singular
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H4758
marʼeh
מַרְאֶה
vista, aparência, visão
(to the sight)
Substantivo
H5927
ʻâlâh
עָלָה
subir, ascender, subir
(there went up)
Verbo
H6440
pânîym
פָּנִים
o rosto
(the face)
Substantivo
H6723
tsîyâh
צִיָּה
Na região selvagem
(in the wilderness)
Substantivo
H7200
râʼâh
רָאָה
e viu
(and saw)
Verbo
H776
ʼerets
אֶרֶץ
a Terra
(the earth)
Substantivo
H8328
sheresh
שֶׁרֶשׁ
raiz
(among you a root)
Substantivo
H8389
tôʼar
תֹּאַר
.. .. ..
(.. .. ..)
Substantivo


הָדָר


(H1926)
hâdâr (haw-dawr')

01926 הדר hadar

procedente de 1921; DITAT - 477b; n m

  1. ornamento, esplendor, honra
    1. ornamento
    2. esplendor, majestade
    3. honra, glória

חָמַד


(H2530)
châmad (khaw-mad')

02530 חמד chamad

uma raiz primitiva; DITAT - 673 v

  1. desejar, cobiçar, ter prazer em, deliciar-se em
    1. (Qal) desejar
    2. (Nifal) ser desejável
    3. (Piel) agradar-se muito, desejar muito n f
  2. desejabilidade, preciosidade

יֹונֵק


(H3126)
yôwnêq (yo-nake')

03126 יונק yowneq

particípio ativo de 3243; DITAT - 874a; n m

  1. criança de peito, lactente, árvore nova, planta nova

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

מַרְאֶה


(H4758)
marʼeh (mar-eh')

04758 מראה mar’eh

procedente de 7200; DITAT - 2095i; n m

  1. vista, aparência, visão
    1. vista, fenômeno, aspecto, aparência, visão
    2. o que é visto
    3. uma visão (sobrenatural)
    4. vista, visão (capacidade de ver)

עָלָה


(H5927)
ʻâlâh (aw-law')

05927 עלה ̀alah

uma raiz primitiva; DITAT - 1624; v

  1. subir, ascender, subir
    1. (Qal)
      1. subir, ascender
      2. encontrar, visitar, seguir, partir, remover, retirar
      3. subir, aparecer (referindo-se a animais)
      4. brotar, crescer (referindo-se a vegetação)
      5. subir, subir sobre, erguer (referindo-se a fenômeno natural)
      6. aparecer (diante de Deus)
      7. subir, subir sobre, estender (referindo-se à fronteira)
      8. ser excelso, ser superior a
    2. (Nifal)
      1. ser levado para cima, ser trazido para cima, ser levado embora
      2. levar embora
      3. ser exaltado
    3. (Hifil)
      1. levar ao alto, fazer ascender ou escalar, fazer subir
      2. trazer para cima, trazer contra, levar embora
      3. trazer para cima, puxar para cima, treinar
      4. fazer ascender
      5. levantar, agitar (mentalmente)
      6. oferecer, trazer (referindo-se a presentes)
      7. exaltar
      8. fazer ascender, oferecer
    4. (Hofal)
      1. ser carregado embora, ser conduzido
      2. ser levado para, ser inserido em
      3. ser oferecido
    5. (Hitpael) erguer-se

פָּנִים


(H6440)
pânîym (paw-neem')

06440 פנים paniym plural (mas sempre como sing.) de um substantivo não utilizado פנה paneh

procedente de 6437; DITAT - 1782a; n. m.

  1. face
    1. face, faces
    2. presença, pessoa
    3. rosto (de serafim or querubim)
    4. face (de animais)
    5. face, superfície (de terreno)
    6. como adv. de lugar ou tempo
      1. diante de e atrás de, em direção a, em frente de, adiante, anteriormente, desde então, antes de
    7. com prep.
      1. em frente de, antes de, para a frente de, na presença de, à face de, diante de ou na presença de, da presença de, desde então, de diante da face de

צִיָּה


(H6723)
tsîyâh (tsee-yaw')

06723 ציה tsiyah

procedente de uma raiz não utilizada significando ressecar; DITAT - 1909a; n. f.

  1. aridez, seca, deserto

רָאָה


(H7200)
râʼâh (raw-aw')

07200 ראה ra’ah

uma raiz primitiva; DITAT - 2095; v.

  1. ver, examinar, inspecionar, perceber, considerar
    1. (Qal)
      1. ver
      2. ver, perceber
      3. ver, ter visão
      4. examinar, ver, considerar, tomar conta, verificar, aprender a respeito, observar, vigiar, descobrir
      5. ver, observar, considerar, examinar, dar atenção a, discernir, distinguir
      6. examinar, fitar
    2. (Nifal)
      1. aparecer, apresentar-se
      2. ser visto
      3. estar visível
    3. (Pual) ser visto
    4. (Hifil)
      1. fazer ver, mostrar
      2. fazer olhar intencionalmente para, contemplar, fazer observar
    5. (Hofal)
      1. ser levado a ver, ser mostrado
      2. ser mostrado a
    6. (Hitpael) olhar um para o outro, estar de fronte

אֶרֶץ


(H776)
ʼerets (eh'-rets)

0776 ארץ ’erets

de uma raiz não utilizada provavelmente significando ser firme; DITAT - 167; n f

  1. terra
    1. terra
      1. toda terra (em oposição a uma parte)
      2. terra (como o contrário de céu)
      3. terra (habitantes)
    2. terra
      1. país, território
      2. distrito, região
      3. território tribal
      4. porção de terra
      5. terra de Canaã, Israel
      6. habitantes da terra
      7. Sheol, terra sem retorno, mundo (subterrâneo)
      8. cidade (-estado)
    3. solo, superfície da terra
      1. chão
      2. solo
    4. (em expressões)
      1. o povo da terra
      2. espaço ou distância do país (em medida de distância)
      3. planície ou superfície plana
      4. terra dos viventes
      5. limite(s) da terra
    5. (quase totalmente fora de uso)
      1. terras, países
        1. freqüentemente em contraste com Canaã

שֶׁרֶשׁ


(H8328)
sheresh (sheh'-resh)

08328 שרש sheresh

procedente de 8327; DITAT - 2471a; n. m.

  1. raiz
    1. raiz (literal)
    2. raiz (referindo-se ao povo em relação à estabilidade ou permanência) (fig.)
    3. raiz, fundo (como o nível mais inferior) (fig.)

תֹּאַר


(H8389)
tôʼar (to'-ar)

08389 אר ת to’ar

procedente de 8388; DITAT - 2491a; n. m.

  1. molde, forma, esboço, figura, aspecto

Isaías 53: 3 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Era desprezado, e O mais rejeitado entre os homens, Varão de dores, e experimentado nos sofrimentos ①; e, como Um de Quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dEle caso algum.
Isaías 53: 3 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H2310
châdêl
חָדֵל
assentado como fundamento, fundamento (de uma construção, parede, cidade)
(a foundation)
Substantivo - neutro acusativo singular
H2483
chŏlîy
חֳלִי
()
H2803
châshab
חָשַׁב
pensar, planejar, estimar, calcular, inventar, fazer juízo, imaginar, contar
(and he counted it)
Verbo
H3045
yâdaʻ
יָדַע
conhecer
(does know)
Verbo
H376
ʼîysh
אִישׁ
homem
(out of man)
Substantivo
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H4341
makʼôb
מַכְאֹב
dor, sofrimento
(of their sufferings)
Substantivo
H4480
min
מִן
de / a partir de / de / para
(from)
Prepostos
H4564
maçtêr
מַסְתֵּר
()
H6440
pânîym
פָּנִים
o rosto
(the face)
Substantivo
H959
bâzâh
בָּזָה
desprezar, menosprezar, desdém
(and despised)
Verbo


חָדֵל


(H2310)
châdêl (khaw-dale')

02310 חדל chadel

procedente de 2308; DITAT - 609b; adj

  1. rejeitado, abstinente, transitório, fugaz, carente

חֳלִי


(H2483)
chŏlîy (khol-ee')

02483 חלי choliy

procedente de 2470; DITAT - 655a; n m

  1. doença

חָשַׁב


(H2803)
châshab (khaw-shab')

02803 חשב chashab

uma raiz primitiva; DITAT - 767; v

  1. pensar, planejar, estimar, calcular, inventar, fazer juízo, imaginar, contar
    1. (Qal)
      1. pensar, considerar
      2. planejar, imaginar, significar
      3. acusar, imputar, considerar
      4. estimar, valorizar, considerar
      5. inventar
    2. (Nifal)
      1. ser considerado, ser pensado, ser estimado
      2. ser computado, ser reconhecido
      3. ser imputado
    3. (Piel)
      1. refletir, considerar, estar consciente de
      2. pensar em fazer, imaginar, planejar
      3. contar, considerar
    4. (Hitpael) ser considerado

יָדַע


(H3045)
yâdaʻ (yaw-dah')

03045 ידע yada ̀

uma raiz primitiva; DITAT - 848; v

  1. conhecer
    1. (Qal)
      1. conhecer
        1. conhecer, aprender a conhecer
        2. perceber
        3. perceber e ver, descobrir e discernir
        4. discriminar, distinguir
        5. saber por experiência
        6. reconhecer, admitir, confessar, compreender
        7. considerar
      2. conhecer, estar familiarizado com
      3. conhecer (uma pessoa de forma carnal)
      4. saber como, ser habilidoso em
      5. ter conhecimento, ser sábio
    2. (Nifal)
      1. tornar conhecido, ser ou tornar-se conhecido, ser revelado
      2. tornar-se conhecido
      3. ser percebido
      4. ser instruído
    3. (Piel) fazer saber
    4. (Poal) fazer conhecer
    5. (Pual)
      1. ser conhecido
      2. conhecido, pessoa conhecida, conhecimento (particípio)
    6. (Hifil) tornar conhecido, declarar
    7. (Hofal) ser anunciado
    8. (Hitpael) tornar-se conhecido, revelar-se

אִישׁ


(H376)
ʼîysh (eesh)

0376 איש ’iysh

forma contrata para 582 [ou talvez procedente de uma raiz não utilizada significando ser existente]; DITAT - 83a; n m

  1. homem
    1. homem, macho (em contraste com mulher, fêmea)
    2. marido
    3. ser humano, pessoa (em contraste com Deus)
    4. servo
    5. criatura humana
    6. campeão
    7. homem grande
  2. alguém
  3. cada (adjetivo)

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

מַכְאֹב


(H4341)
makʼôb (mak-obe')

04341 מכאב mak’ob

algumas vezes מכאוב mak’owb também (fem. Is 53:3) מכאבה mak’obah

procedente de 3510; DITAT - 940b; n m

  1. dor, sofrimento
    1. dor (física)
    2. dor (mental)

מִן


(H4480)
min (min)

04480 מן min

ou מני minniy ou מני minney (construto pl.) (Is 30:11)

procedente de 4482; DITAT - 1212,1213e prep

  1. de, fora de, por causa de, fora, ao lado de, desde, acima, do que, para que não, mais que
    1. de (expressando separação), fora, ao lado de
    2. fora de
      1. (com verbos de procedência, remoção, expulção)
      2. (referindo-se ao material de qual algo é feito)
      3. (referindo-se à fonte ou origem)
    3. fora de, alguns de, de (partitivo)
    4. de, desde, depois (referindo-se ao tempo)
    5. do que, mais do que (em comparação)
    6. de...até o, ambos...e, ou...ou
    7. do que, mais que, demais para (em comparações)
    8. de, por causa de, através, porque (com infinitivo) conj
  2. que

מַסְתֵּר


(H4564)
maçtêr (mas-tare')

04564 מסתר macter

procedente de 5641; DITAT - 1551e; n m

  1. (Hifil) esconderijo, ato de esconder, alguém que leva outros a se esconder

פָּנִים


(H6440)
pânîym (paw-neem')

06440 פנים paniym plural (mas sempre como sing.) de um substantivo não utilizado פנה paneh

procedente de 6437; DITAT - 1782a; n. m.

  1. face
    1. face, faces
    2. presença, pessoa
    3. rosto (de serafim or querubim)
    4. face (de animais)
    5. face, superfície (de terreno)
    6. como adv. de lugar ou tempo
      1. diante de e atrás de, em direção a, em frente de, adiante, anteriormente, desde então, antes de
    7. com prep.
      1. em frente de, antes de, para a frente de, na presença de, à face de, diante de ou na presença de, da presença de, desde então, de diante da face de

בָּזָה


(H959)
bâzâh (baw-zaw')

0959 בזה bazah

uma raiz primitiva; DITAT - 224; v

  1. desprezar, menosprezar, desdém
    1. (Qal) desprezar, tratar com desprezo
    2. (Nifal)
      1. ser desprezado
      2. ser desprezível
      3. ser vil, inútil
    3. (Hifil) tornar desprezível

Isaías 53: 4 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Verdadeiramente Ele tomou sobre Si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre Si; e nós O considerávamos como tendo sido golpeado, ferido de Deus, e oprimido.
Isaías 53: 4 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H1931
hûwʼ
הוּא
ele / ela / o / a
(it)
Pronome
H2483
chŏlîy
חֳלִי
()
H2803
châshab
חָשַׁב
pensar, planejar, estimar, calcular, inventar, fazer juízo, imaginar, contar
(and he counted it)
Verbo
H403
ʼâkên
אָכֵן
Certamente
(Surely)
Advérbio
H430
ʼĕlôhîym
אֱלֹהִים
Deus
(God)
Substantivo
H4341
makʼôb
מַכְאֹב
dor, sofrimento
(of their sufferings)
Substantivo
H5060
nâgaʻ
נָגַע
tocar, alcançar, bater
(shall you touch)
Verbo
H5221
nâkâh
נָכָה
golpear, açoitar, atingir, bater, sacrificar, matar
(should kill)
Verbo
H5375
nâsâʼ
נָשָׂא
levantar, erguer, carregar, tomar
(to bear)
Verbo
H5445
çâbal
סָבַל
carregar, carregar uma carga, arrastar-se
(to bear)
Verbo
H587
ʼănachnûw
אֲנַחְנוּ
nós
(we)
Pronome
H6031
ʻânâh
עָנָה
(Qal) estar ocupado, estar atarefado com
(and they shall afflict)
Verbo


הוּא


(H1931)
hûwʼ (hoo)

01931 הוא huw’ do qual o fem. (além do Pentateuco) é היא hiy’

uma palavra primitiva; DITAT - 480 pron 3p s

  1. ele, ela
    1. ele mesmo, ela mesma (com ênfase)
    2. retomando o suj com ênfase
    3. (com pouca ênfase seguindo o predicado)
    4. (antecipando o suj)
    5. (enfatizando o predicado)
    6. aquilo, isso (neutro) pron demons
  2. aquele, aquela (com artigo)

חֳלִי


(H2483)
chŏlîy (khol-ee')

02483 חלי choliy

procedente de 2470; DITAT - 655a; n m

  1. doença

חָשַׁב


(H2803)
châshab (khaw-shab')

02803 חשב chashab

uma raiz primitiva; DITAT - 767; v

  1. pensar, planejar, estimar, calcular, inventar, fazer juízo, imaginar, contar
    1. (Qal)
      1. pensar, considerar
      2. planejar, imaginar, significar
      3. acusar, imputar, considerar
      4. estimar, valorizar, considerar
      5. inventar
    2. (Nifal)
      1. ser considerado, ser pensado, ser estimado
      2. ser computado, ser reconhecido
      3. ser imputado
    3. (Piel)
      1. refletir, considerar, estar consciente de
      2. pensar em fazer, imaginar, planejar
      3. contar, considerar
    4. (Hitpael) ser considerado

אָכֵן


(H403)
ʼâkên (aw-kane')

0403 אכן ’aken

procedente de 3559 [compare com 3651]; DITAT - 86; adv

  1. certamente, verdadeiramente, de fato
    1. na verdade, de fato (afirmativa forte)
    2. mas de fato, mas na verdade (enfatizando um contraste)

אֱלֹהִים


(H430)
ʼĕlôhîym (el-o-heem')

0430 אלהים ’elohiym

plural de 433; DITAT - 93c; n m p

  1. (plural)
    1. governantes, juízes
    2. seres divinos
    3. anjos
    4. deuses
  2. (plural intensivo - sentido singular)
    1. deus, deusa
    2. divino
    3. obras ou possessões especiais de Deus
    4. o (verdadeiro) Deus
    5. Deus

מַכְאֹב


(H4341)
makʼôb (mak-obe')

04341 מכאב mak’ob

algumas vezes מכאוב mak’owb também (fem. Is 53:3) מכאבה mak’obah

procedente de 3510; DITAT - 940b; n m

  1. dor, sofrimento
    1. dor (física)
    2. dor (mental)

נָגַע


(H5060)
nâgaʻ (naw-gah')

05060 נגע naga ̀

uma raiz primitiva; DITAT - 1293; v

  1. tocar, alcançar, bater
    1. (Qal)
      1. tocar
      2. bater
      3. alcançar, estender
      4. ser machucado
        1. ferido (particípio)
    2. (Nifal) ser ferido, ser derrotado
    3. (Piel) golpear
    4. (Pual) ser ferido (por doença)
    5. (Hifil) fazer tocar, alcançar, aproximar, chegar
      1. levar a tocar, aplicar
      2. alcançar, estender, atingir, chegar, vir
      3. aproximar (referindo-se ao tempo)
      4. acontecer (referindo-se ao destino)

נָכָה


(H5221)
nâkâh (naw-kaw')

05221 נכה nakah

uma raiz primitiva; DITAT - 1364; v

  1. golpear, açoitar, atingir, bater, sacrificar, matar
    1. (Nifal) ser ferido ou golpeado
    2. (Pual) ser ferido ou golpeado
    3. (Hifil)
      1. ferir, golpear, bater, açoitar, bater palmas, aplaudir, dar um empurrão
      2. golpear, matar, sacrificar (ser humano ou animal)
      3. golpear, atacar, atacar e destruir, conquistar, subjugar, devastar
      4. golpear, castigar, emitir um julgamento sobre, punir, destruir
    4. (Hofal) ser golpeado
      1. receber uma pancada
      2. ser ferido
      3. ser batido
      4. ser (fatalmente) golpeado, ser morto, ser sacrificado
      5. ser atacado e capturado
      6. ser atingido (com doença)
      7. estar doente (referindo-se às plantas)

נָשָׂא


(H5375)
nâsâʼ (naw-saw')

05375 נשא nasa’ ou נסה nacah (Sl 4:6)

uma raiz primitiva; DITAT - 1421; v

  1. levantar, erguer, carregar, tomar
    1. (Qal)
      1. levantar, erguer
      2. levar, carregar, suportar, sustentar, agüentar
      3. tomar, levar embora, carregar embora, perdoar
    2. (Nifal)
      1. ser levantado, ser exaltado
      2. levantar-se, erguer-se
      3. ser levado, ser carregado
      4. ser levado embora, ser carregado, ser arrastado
    3. (Piel)
      1. levantar, exaltar, suportar, ajudar, auxiliar
      2. desejar, anelar (fig.)
      3. carregar, suportar continuamente
      4. tomar, levar embora
    4. (Hitpael) levantar-se, exaltar-se
    5. (Hifil)
      1. fazer carregar (iniqüidade)
      2. fazer trazer, ter trazido

סָבַל


(H5445)
çâbal (saw-bal')

05445 סבל cabal

uma raiz primitiva; DITAT - 1458; v

  1. carregar, carregar uma carga, arrastar-se
    1. (Qal) carregar (uma carga)
    2. (Pual) carregado (particípio)
    3. (Hitpael) tornar-se uma carga, arrastar-se

אֲנַחְנוּ


(H587)
ʼănachnûw (an-akh'-noo)

0587 אנחנו ’anachnuw

aparentemente procedente de 595; DITAT - 128; pron pess

  1. nós (primeira pess. pl. - normalmente usada para ênfase)

עָנָה


(H6031)
ʻânâh (aw-naw')

06031 ענה ̀anah

uma raiz primitiva [possivelmente melhor identificada com 6030 pela idéia de menosprezar ou intimidar]; DITAT - 1651,1652; v.

  1. (Qal) estar ocupado, estar atarefado com
  2. afligir, oprimir, humilhar, ser oprimido, ser curvado
    1. (Qal)
      1. ser abaixado, tornar-se baixo
      2. ser rebaixado, estar abatido
      3. ser afligido
      4. inclinar-se
    2. (Nifal)
      1. humilhar-se, curvar
      2. ser afligido, ser humilhado
    3. (Piel)
      1. humilhar, maltratar, afligir
      2. humilhar, ser humilhado
      3. afligir
      4. humilhar, enfraquecer-se
    4. (Pual)
      1. ser afligido
      2. ser humilhado
    5. (Hifil) afligir
    6. (Hitpael)
      1. humilhar-se
      2. ser afligido

Isaías 53: 5 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Mas Ele foi traspassado por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo- corretivo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduraS # fomos sarados.
Isaías 53: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H1792
dâkâʼ
דָּכָא
esmagar, ser esmagado, estar contrito, estar quebrantado
([which] are crushed)
Verbo
H1931
hûwʼ
הוּא
ele / ela / o / a
(it)
Pronome
H2250
chabbûwrâh
חַבּוּרָה
[os] dias
([the] days)
Substantivo - Dativo Feminino no Plural
H2490
châlal
חָלַל
profanar, contaminar, poluir, começar
([people] began)
Verbo
H4148
mûwçâr
מוּסָר
disciplina, castigo, correção
(the chastisement)
Substantivo
H5771
ʻâvôn
עָוֺן
perversidade, depravação, iniqüidade, culpa ou punição por iniqüidade
(my punishment)
Substantivo
H5921
ʻal
עַל
sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
([was] on)
Prepostos
H6588
peshaʻ
פֶּשַׁע
transgressão, rebelião
(my trespass)
Substantivo
H7495
râphâʼ
רָפָא
curar, tornar saudável
(and healed)
Verbo
H7965
shâlôwm
שָׁלֹום
completo, saúde, bem estar, paz
(in peace)
Substantivo


דָּכָא


(H1792)
dâkâʼ (daw-kaw')

01792 דכא daka’

uma raiz primitiva (veja 1794); DITAT - 427; v

  1. esmagar, ser esmagado, estar contrito, estar quebrantado
    1. (Nifal)
      1. estar esmagado
      2. estar contrito (fig.)
    2. (Piel) esmagar
    3. (Pual)
      1. ser esmagado, ser despedaçado
      2. ser levado a estar contrito
    4. (Hitpael) deixar-se ser esmagado

הוּא


(H1931)
hûwʼ (hoo)

01931 הוא huw’ do qual o fem. (além do Pentateuco) é היא hiy’

uma palavra primitiva; DITAT - 480 pron 3p s

  1. ele, ela
    1. ele mesmo, ela mesma (com ênfase)
    2. retomando o suj com ênfase
    3. (com pouca ênfase seguindo o predicado)
    4. (antecipando o suj)
    5. (enfatizando o predicado)
    6. aquilo, isso (neutro) pron demons
  2. aquele, aquela (com artigo)

חַבּוּרָה


(H2250)
chabbûwrâh (khab-boo-raw')

02250 חבורה chabbuwrah ou חברה chabburah ou חברה chaburah

procedente de 2266; DITAT - 598g; n f

  1. contusão, listra, ferida, golpe

חָלַל


(H2490)
châlal (khaw-lal')

02490 חלל chalal

uma raiz primitiva [veja 2470]; DITAT - 660,661; v

  1. profanar, contaminar, poluir, começar
    1. (Nifal)
      1. profanar-se, corromper-se, poluir-se
        1. ritualmente
        2. sexualmente
      2. ser poluído, ser contaminado
    2. (Piel)
      1. profanar, tornar comum, contaminar, poluir
      2. violar a honra de, desonrar
      3. violar (um acordo)
      4. tratar como comum
    3. (Pual) profanar (o nome de Deus)
    4. (Hifil)
      1. deixar ser profanado
      2. começar
    5. (Hofal) ser começado
  2. ferir (fatalmente), perfurar, furar
    1. (Qal) furar
    2. (Pual) ser morto
    3. (Poel) ferir, furar
    4. (Poal) ser ferido
  3. (Piel) tocar a flauta ou o pífaro

מוּסָר


(H4148)
mûwçâr (moo-sawr')

04148 מוסר muwcar

procedente de 3256; DITAT - 877b; n m

  1. disciplina, castigo, correção
    1. disciplina, correção
    2. castigo

עָוֺן


(H5771)
ʻâvôn (aw-vone')

05771 עון ̀avon ou עוון ̀avown (2Rs 7:9; Sl 51:5)

procedente de 5753; DITAT - 1577a; n m

  1. perversidade, depravação, iniqüidade, culpa ou punição por iniqüidade
    1. iniqüidade
    2. culpa de iniqüidade, culpa (como grande), culpa (referindo-se a condição)
    3. conseqüência ou punição por iniqüidade

עַל


(H5921)
ʻal (al)

05921 על ̀al

via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

  1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
    1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
    2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
    3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
    4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
    5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
    6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
    7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
    8. para (como um dativo) conj
  2. por causa de, porque, enquanto não, embora

פֶּשַׁע


(H6588)
peshaʻ (peh'-shah)

06588 פשע pesha ̀

procedente de 6586; DITAT - 1846a; n. m.

  1. transgressão, rebelião
    1. transgressão (contra indivíduos)
    2. transgressão (nação contra nação)
    3. transgressão (contra Deus)
      1. em geral
      2. reconhecida pelo pecador
      3. como Deus lida com ela
      4. como Deus perdoa
    4. culpa de transgressão
    5. castigo por transgressão
    6. oferta por transgressão

רָפָא


(H7495)
râphâʼ (raw-faw')

07495 רפא rapha’ ou רפה raphah

uma raiz primitiva; DITAT - 2196; v.

  1. curar, tornar saudável
    1. (Qal) curar
      1. referindo-se a Deus
      2. curandeiro, médico (referindo-se aos homens)
      3. referindo-se às feridas das nações (fig.)
      4. referindo-se às aflições individuais (fig.)
    2. (Nifal) ser curado
      1. literalmente (referindo-se a pessoas)
      2. referindo-se à água, cerâmica
      3. referindo-se a feridas da nação (fig.)
      4. referindo-se a aflições pessoais (fig.)
    3. (Piel) sarar
      1. literalmente
      2. referindo-se a problemas ou feridas da nação (fig.)
    4. (Hitpael) a fim de ser curado (infinitivo)

שָׁלֹום


(H7965)
shâlôwm (shaw-lome')

07965 שלום shalowm ou שׂלם shalom

procedente de 7999, grego 4539 σαλωμη; DITAT - 2401a; n m

  1. completo, saúde, bem estar, paz
    1. totalidade (em número)
    2. segurança, saúde (no corpo)
    3. bem estar, saúde, prosperidade
    4. paz, sossego, tranqüilidade, contentamento
    5. paz, amizade
      1. referindo-se às relações humanas
      2. com Deus especialmente no relacionamento proveniente da aliança
    6. paz (referindo-se a guerra)
    7. paz (como adjetivo)

Isaías 53: 6 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu próprio caminho; mas o SENHOR fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos.
Isaías 53: 6 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H1870
derek
דֶּרֶךְ
o caminho
(the way)
Substantivo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3605
kôl
כֹּל
cada / todo
(every)
Substantivo
H376
ʼîysh
אִישׁ
homem
(out of man)
Substantivo
H5771
ʻâvôn
עָוֺן
perversidade, depravação, iniqüidade, culpa ou punição por iniqüidade
(my punishment)
Substantivo
H6293
pâgaʻ
פָּגַע
encontrar, deparar, alcançar, solicitar, fazer intercessão
(and entreat)
Verbo
H6437
pânâh
פָּנָה
virar
(and turned their faces)
Verbo
H6629
tsôʼn
צֹאן
rebanho de gado miúdo, ovelha, ovinos e caprinos, rebanho, rebanhos
(of sheep)
Substantivo
H853
ʼêth
אֵת
-
( - )
Acusativo
H8582
tâʻâh
תָּעָה
vaguear, perambular, desgarrar, cambalear
(caused to wander)
Verbo


דֶּרֶךְ


(H1870)
derek (deh'-rek)

01870 דרך derek

procedente de 1869; DITAT - 453a; n m

  1. caminho, estrada, distância, jornada, maneira
    1. estrada, caminho, vereda
    2. jornada
    3. direção
    4. maneira, hábito, caminho
    5. referindo-se ao curso da vida (fig.)
    6. referindo-se ao caráter moral (fig.)

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

כֹּל


(H3605)
kôl (kole)

03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

  1. todo, a totalidade
    1. todo, a totalidade de
    2. qualquer, cada, tudo, todo
    3. totalidade, tudo

אִישׁ


(H376)
ʼîysh (eesh)

0376 איש ’iysh

forma contrata para 582 [ou talvez procedente de uma raiz não utilizada significando ser existente]; DITAT - 83a; n m

  1. homem
    1. homem, macho (em contraste com mulher, fêmea)
    2. marido
    3. ser humano, pessoa (em contraste com Deus)
    4. servo
    5. criatura humana
    6. campeão
    7. homem grande
  2. alguém
  3. cada (adjetivo)

עָוֺן


(H5771)
ʻâvôn (aw-vone')

05771 עון ̀avon ou עוון ̀avown (2Rs 7:9; Sl 51:5)

procedente de 5753; DITAT - 1577a; n m

  1. perversidade, depravação, iniqüidade, culpa ou punição por iniqüidade
    1. iniqüidade
    2. culpa de iniqüidade, culpa (como grande), culpa (referindo-se a condição)
    3. conseqüência ou punição por iniqüidade

פָּגַע


(H6293)
pâgaʻ (paw-gah')

06293 פגע paga ̀

uma raiz primitiva; DITAT - 1731; v.

  1. encontrar, deparar, alcançar, solicitar, fazer intercessão
    1. (Qal)
      1. encontrar, juntar
      2. encontrar (referindo-se à bondade)
      3. encontrar, cair sobre (referindo-se à hostilidade)
      4. encontrar, solicitar (referindo-se à petição)
      5. atingir, tocar (referindo-se à fronteira)
    2. (Hifil)
      1. fazer encontrar
      2. fazer solicitar
      3. fazer solicitação, intervir
      4. atacar
      5. alcançar o alvo

פָּנָה


(H6437)
pânâh (paw-naw')

06437 פנה panah

uma raiz primitiva; DITAT - 1782; v.

  1. virar
    1. (Qal)
      1. virar para ou de ou afastar-se
      2. virar e fazer
      3. passar, declinar (referindo-se ao dia)
      4. virar em direção a, aproximar (referindo-se a noite)
      5. virar e olhar, olhar, olhar para trás ou na direção de ou cuidar
    2. (Piel) afastar, tirar do caminho, esclarecer, desobstruir
    3. (Hifil)
      1. virar
      2. retornar, mostrar sinais de volta, virar as costas
    4. (Hofal) ser levado a voltar

צֹאן


(H6629)
tsôʼn (tsone)

06629 צאן tso’n ou צאון ts e’own̂ (Sl 144:13)

procedente de uma raiz não utilizada significando migrar; DITAT - 1864a; n. f. col.

  1. rebanho de gado miúdo, ovelha, ovinos e caprinos, rebanho, rebanhos
    1. rebanho de gado miúdo (geralmente de ovinos e caprinos)
    2. referindo-se a multidão (símile)
    3. referindo-se a multidão (metáfora)

אֵת


(H853)
ʼêth (ayth)

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo

תָּעָה


(H8582)
tâʻâh (taw-aw')

08582 תעה ta ah̀

uma raiz primitiva; DITAT - 2531; v.

  1. vaguear, perambular, desgarrar, cambalear
    1. (Qal) vaguear
      1. perambular (fisicamente)
      2. referindo-se à embriaguez
      3. referindo-se ao pecado (éticamente)
      4. confusão (mental)
    2. (Nifal)
      1. ser levado a vaguear, ser levado a cambalear (pessoa embriagada)
      2. ser desviado (eticamente)
    3. (Hifil) fazer vaguear
      1. fazer andar errante (fisicamente)
      2. fazer perambular (referindo-se à embriaguez)
      3. fazer errar, desencaminhar (mentalmente e moralmente)

Isaías 53: 7 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a Sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os tosquiadores dela, assim Ele não abriu a Sua boca.
Isaías 53: 7 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H1494
gazâz
גַּזָז
tosquiar, cortar
(to shear)
Verbo
H1931
hûwʼ
הוּא
ele / ela / o / a
(it)
Pronome
H2874
ṭebach
טֶבַח
abate, matança, animal
(an animal)
Substantivo
H2986
yâbal
יָבַל
trazer, liderar, carregar, conduzir, levar
(I should have been carried)
Verbo
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H481
ʼâlam
אָלַם
atar
(were binding)
Verbo
H5065
nâgas
נָגַשׂ
pressionar, conduzir, oprimir, cobrar, exercer pressão
(of their taskmasters)
Verbo
H6031
ʻânâh
עָנָה
(Qal) estar ocupado, estar atarefado com
(and they shall afflict)
Verbo
H6310
peh
פֶּה
boca
(her mouth)
Substantivo
H6440
pânîym
פָּנִים
o rosto
(the face)
Substantivo
H6605
pâthach
פָּתַח
abrir
(were opened)
Verbo
H7353
râchêl
רָחֵל
()
H7716
seh
שֶׂה
um do rebanho, cordeiro, ovelha, cabrito, ovelha nova, cabrito novo
([is] the lamb)
Substantivo


גַּזָז


(H1494)
gazâz (gaw-zaz')

01494 גזז gazaz

uma raiz primitiva [da mesma família que 1468]; DITAT - 336; v

  1. tosquiar, cortar
    1. (Qal)
      1. tosquiar
      2. tosquiador (particípio)
    2. (Nifal) ser cortado fora, ser destruído

הוּא


(H1931)
hûwʼ (hoo)

01931 הוא huw’ do qual o fem. (além do Pentateuco) é היא hiy’

uma palavra primitiva; DITAT - 480 pron 3p s

  1. ele, ela
    1. ele mesmo, ela mesma (com ênfase)
    2. retomando o suj com ênfase
    3. (com pouca ênfase seguindo o predicado)
    4. (antecipando o suj)
    5. (enfatizando o predicado)
    6. aquilo, isso (neutro) pron demons
  2. aquele, aquela (com artigo)

טֶבַח


(H2874)
ṭebach (teh'-bakh)

02874 טבח tebach

procedente de 2873; DITAT - 786a; n m

  1. abate, matança, animal
    1. matança, abate (de animais)
    2. abate (fig.)

יָבַל


(H2986)
yâbal (yaw-bal')

02986 יבל yabal

uma raiz primitiva; DITAT - 835; v

  1. trazer, liderar, carregar, conduzir, levar
    1. (Hifil)
      1. levar, trazer
      2. levar embora, liderar embora
      3. liderar, conduzir
    2. (Hofal)
      1. ser levado
      2. ser levado (à sepultura)
      3. ser trazido, ser guiado, ser conduzido

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

אָלַם


(H481)
ʼâlam (aw-lam')

0481 אלם ’alam

uma raiz primitiva; DITAT - 102; v

  1. atar
    1. (Nifal)
      1. ser mudo
      2. ser amarrado
    2. (Piel) atando (part.)

נָגַשׂ


(H5065)
nâgas (naw-gas')

05065 נגש nagas

uma raiz primitiva; DITAT - 1296; v

  1. pressionar, conduzir, oprimir, cobrar, exercer pressão
    1. (Qal)
      1. pressionar, conduzir
      2. cobrar
      3. condutor, feitor, governante, opressor, tirano, senhor, exator de tributo (particípio)
    2. (Nifal) ser duramente pressionado

עָנָה


(H6031)
ʻânâh (aw-naw')

06031 ענה ̀anah

uma raiz primitiva [possivelmente melhor identificada com 6030 pela idéia de menosprezar ou intimidar]; DITAT - 1651,1652; v.

  1. (Qal) estar ocupado, estar atarefado com
  2. afligir, oprimir, humilhar, ser oprimido, ser curvado
    1. (Qal)
      1. ser abaixado, tornar-se baixo
      2. ser rebaixado, estar abatido
      3. ser afligido
      4. inclinar-se
    2. (Nifal)
      1. humilhar-se, curvar
      2. ser afligido, ser humilhado
    3. (Piel)
      1. humilhar, maltratar, afligir
      2. humilhar, ser humilhado
      3. afligir
      4. humilhar, enfraquecer-se
    4. (Pual)
      1. ser afligido
      2. ser humilhado
    5. (Hifil) afligir
    6. (Hitpael)
      1. humilhar-se
      2. ser afligido

פֶּה


(H6310)
peh (peh)

06310 פה peh

procedente de 6284; DITAT - 1738; n. m. peh

  1. boca
    1. boca (referindo-se ao homem)
    2. boca (como órgão da fala)
    3. boca (referindo-se aos animais)
    4. boca, abertura (de um poço, rio, etc.)
    5. extremidade, fim pim
  2. um peso equivalente a um terço de um siclo, ocorre somente em 1Sm 13:21

פָּנִים


(H6440)
pânîym (paw-neem')

06440 פנים paniym plural (mas sempre como sing.) de um substantivo não utilizado פנה paneh

procedente de 6437; DITAT - 1782a; n. m.

  1. face
    1. face, faces
    2. presença, pessoa
    3. rosto (de serafim or querubim)
    4. face (de animais)
    5. face, superfície (de terreno)
    6. como adv. de lugar ou tempo
      1. diante de e atrás de, em direção a, em frente de, adiante, anteriormente, desde então, antes de
    7. com prep.
      1. em frente de, antes de, para a frente de, na presença de, à face de, diante de ou na presença de, da presença de, desde então, de diante da face de

פָּתַח


(H6605)
pâthach (paw-thakh')

06605 פתח pathach

uma raiz primitiva; DITAT - 1854,1855; v.

  1. abrir
    1. (Qal) abrir
    2. (Nifal) ser aberto, ser deixado solto
    3. (Piel)
      1. libertar
      2. soltar
      3. abrir, abrir-se
    4. (Hitpael) soltar-se
  2. entalhar, gravar
    1. (Piel) gravar
    2. (Pual) ser gravado

רָחֵל


(H7353)
râchêl (raw-kale')

07353 רחל rachel

procedente de uma raiz não utilizada significando viajar; DITAT - 2145a; n. f.

  1. ovelha

שֶׂה


(H7716)
seh (seh)

07716 שה seh ou שׁי sey

provavelmente procedente de 7582 com a idéia de levar para pastar; DITAT - 2237; n. m.

  1. um do rebanho, cordeiro, ovelha, cabrito, ovelha nova, cabrito novo
    1. ovelha, cabrito
    2. rebanho (coletivo)

Isaías 53: 8 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Da prisão e do juízo foi tirado; e quem declarará a Sua geração? Porquanto foi cortado fora da terra dos viventes; pela transgressão do Meu povo foi o ferimento sobre Ele. ①
Isaías 53: 8 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H1504
gâzar
גָּזַר
cortar, dividir, derrubar, cortar fora, cortar em dois, arrebatar, decretar
(Divide)
Verbo
H1755
dôwr
דֹּור
período, geração, habitação, moradia
(in his time)
Substantivo
H2416
chay
חַי
vivente, vivo
(life)
Adjetivo
H3588
kîy
כִּי
para que
(that)
Conjunção
H3947
lâqach
לָקַח
E levei
(And took)
Verbo
H4310
mîy
מִי
Quem
(Who)
Pronome
H4941
mishpâṭ
מִשְׁפָּט
julgamento, justiça, ordenação
(and judgment)
Substantivo
H5061
negaʻ
נֶגַע
golpe, praga, doença, marca, mancha de praga
([with] plagues)
Substantivo
H5971
ʻam
עַם
as pessoas
(the people)
Substantivo
H6115
ʻôtser
עֹצֶר
restrição, coerção
(through oppression)
Substantivo
H6588
peshaʻ
פֶּשַׁע
transgressão, rebelião
(my trespass)
Substantivo
H776
ʼerets
אֶרֶץ
a Terra
(the earth)
Substantivo
H7878
sîyach
שִׂיחַ
falar
(Speak)
Verbo
H853
ʼêth
אֵת
-
( - )
Acusativo


גָּזַר


(H1504)
gâzar (gaw-zar')

01504 גזר gazar

uma raiz primitiva; DITAT - 340; v

  1. cortar, dividir, derrubar, cortar fora, cortar em dois, arrebatar, decretar
    1. (Qal)
      1. cortar em dois, dividir
      2. derrubar
      3. cortar fora, destruir, exterminar
      4. decretar
    2. (Nifal)
      1. ser cortado fora, separado, excluído
      2. ser destruído, cortado fora
      3. ser decretado

דֹּור


(H1755)
dôwr (dore)

01755 דור dowr ou (forma contrata) דר dor

procedente de 1752; DITAT - 418b; n m

  1. período, geração, habitação, moradia
    1. período, idade, geração (período de tempo)
    2. geração (aqueles que vivem em um determinado período)
    3. geração (caracterizada por qualidade, condição, classe de homens)
    4. moradia, habitação

חַי


(H2416)
chay (khah'-ee)

02416 חי chay

procedente de 2421; DITAT - 644a adj

  1. vivente, vivo
    1. verde (referindo-se à vegetação)
    2. fluente, frescor (referindo-se à água)
    3. vivo, ativo (referindo-se ao homem)
    4. reflorecimento (da primavera) n m
  2. parentes
  3. vida (ênfase abstrata)
    1. vida
    2. sustento, manutenção n f
  4. ser vivente, animal
    1. animal
    2. vida
    3. apetite
    4. reavimamento, renovação
  5. comunidade

כִּי


(H3588)
kîy (kee)

03588 כי kiy

uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

  1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
    1. que
      1. sim, verdadeiramente
    2. quando (referindo-se ao tempo)
      1. quando, se, embora (com força concessiva)
    3. porque, desde (conexão causal)
    4. mas (depois da negação)
    5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
    6. mas antes, mas
    7. exceto que
    8. somente, não obstante
    9. certamente
    10. isto é
    11. mas se
    12. embora que
    13. e ainda mais que, entretanto

לָקַח


(H3947)
lâqach (law-kakh')

03947 לקח laqach

uma raiz primitiva; DITAT - 1124; v

  1. tomar, pegar, buscar, segurar, apanhar, receber, adquirir, comprar, trazer, casar, tomar esposa, arrebatar, tirar
    1. (Qal)
      1. tomar, pegar na mão
      2. tomar e levar embora
      3. tomar de, tirar de, pegar, carregar embora, tirar
      4. tomar para ou por uma pessoa, procurar, pegar, tomar posse de, selecionar, escolher, tomar em casamento, receber, aceitar
      5. tomar sobre si, colocar sobre
      6. buscar
      7. tomar, liderar, conduzir
      8. tomar, capturar, apanhar
      9. tomar, carregar embora
      10. tomar (vingança)
    2. (Nifal)
      1. ser capturado
      2. ser levado embora, ser removido
      3. ser tomado, ser trazido para
    3. (Pual)
      1. ser tomado de ou para fora de
      2. ser roubado de
      3. ser levado cativo
      4. ser levado, ser removido
    4. (Hofal)
      1. ser tomado em, ser trazido para
      2. ser tirado de
      3. ser levado
    5. (Hitpael)
      1. tomar posse de alguém
      2. lampejar (referindo-se a relâmpago)

מִי


(H4310)
mîy (me)

04310 מי miy

um pronome interrogativo de pessoas, assim como 4100 é de coisas, quem? (ocasionalmente, numa expressão peculiar, também usado para coisas; DITAT - 1189; pron interr

1) quem?, de quem?, seria este, qualquer um, quem quer que


מִשְׁפָּט


(H4941)
mishpâṭ (mish-pawt')

04941 משפט mishpat

procedente de 8199; DITAT - 2443c; n m

  1. julgamento, justiça, ordenação
    1. julgamento
      1. ato de decidir um caso
      2. lugar, corte, assento do julgamento
      3. processo, procedimento, litigação (diante de juízes)
      4. caso, causa (apresentada para julgamento)
      5. sentença, decisão (do julgamento)
      6. execução (do julgamento)
      7. tempo (do julgamento)
    2. justiça, direito, retidão (atributos de Deus ou do homem)
    3. ordenança
    4. decisão (no direito)
    5. direito, privilégio, dever (legal)
    6. próprio, adequado, medida, aptidão, costume, maneira, plano

נֶגַע


(H5061)
negaʻ (neh'-gah)

05061 נגע nega ̀

procedente de 5060; DITAT - 1293a; n m

  1. golpe, praga, doença, marca, mancha de praga
    1. golpe, ferida
    2. golpe (metafórico de doença)
    3. marca (de lepra)

עַם


(H5971)
ʻam (am)

05971 עם ̀am

procedente de 6004; DITAT - 1640a,1640e; n m

  1. nação, povo
    1. povo, nação
    2. pessoas, membros de um povo, compatriotas, patrícios
  2. parente, familiar

עֹצֶר


(H6115)
ʻôtser (o'-tser)

06115 עצר ̀otser

procedente de 6113; DITAT - 1675b; n. m.

  1. restrição, coerção
    1. restrição, coerção
    2. esterilidade (referindo-se ao útero)

פֶּשַׁע


(H6588)
peshaʻ (peh'-shah)

06588 פשע pesha ̀

procedente de 6586; DITAT - 1846a; n. m.

  1. transgressão, rebelião
    1. transgressão (contra indivíduos)
    2. transgressão (nação contra nação)
    3. transgressão (contra Deus)
      1. em geral
      2. reconhecida pelo pecador
      3. como Deus lida com ela
      4. como Deus perdoa
    4. culpa de transgressão
    5. castigo por transgressão
    6. oferta por transgressão

אֶרֶץ


(H776)
ʼerets (eh'-rets)

0776 ארץ ’erets

de uma raiz não utilizada provavelmente significando ser firme; DITAT - 167; n f

  1. terra
    1. terra
      1. toda terra (em oposição a uma parte)
      2. terra (como o contrário de céu)
      3. terra (habitantes)
    2. terra
      1. país, território
      2. distrito, região
      3. território tribal
      4. porção de terra
      5. terra de Canaã, Israel
      6. habitantes da terra
      7. Sheol, terra sem retorno, mundo (subterrâneo)
      8. cidade (-estado)
    3. solo, superfície da terra
      1. chão
      2. solo
    4. (em expressões)
      1. o povo da terra
      2. espaço ou distância do país (em medida de distância)
      3. planície ou superfície plana
      4. terra dos viventes
      5. limite(s) da terra
    5. (quase totalmente fora de uso)
      1. terras, países
        1. freqüentemente em contraste com Canaã

שִׂיחַ


(H7878)
sîyach (see'-akh)

07878 שיח siyach

uma raiz primitiva; DITAT - 2255; v.

  1. propor, meditar, cismar, confidenciar, falar, queixar, ponderar, murmurar
    1. (Qal)
      1. queixar
      2. cismar, meditar sobre, estudar, ponderar
      3. conversar, murmurar, falar
    2. (Polel) meditar, considerar, externar idéias

אֵת


(H853)
ʼêth (ayth)

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo

Isaías 53: 9 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

E Ele designou que a Sua sepultura fosse posta juntamente com a dos ímpios, e com o rico na Sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na Sua boca.
Isaías 53: 9 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H2555
châmâç
חָמָס
()
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H4194
mâveth
מָוֶת
morte, moribundo, Morte (personificada), reino dos mortos
(the death)
Substantivo
H4820
mirmâh
מִרְמָה
encontrar-se, juntar
(pondering [them])
Verbo - Presente do indicativo ativo - nominina feminino no singular
H5414
nâthan
נָתַן
E definir
(And set)
Verbo
H5921
ʻal
עַל
sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
([was] on)
Prepostos
H6213
ʻâsâh
עָשָׂה
E feito
(And made)
Verbo
H6223
ʻâshîyr
עָשִׁיר
rico, abastado n.
(The rich)
Adjetivo
H6310
peh
פֶּה
boca
(her mouth)
Substantivo
H6913
qeber
קֶבֶר
()
H7563
râshâʻ
רָשָׁע
os maus
(the wicked)
Adjetivo
H854
ʼêth
אֵת
de / a partir de / de / para
(from)
Prepostos


חָמָס


(H2555)
châmâç (khaw-mawce')

02555 חמס chamac

procedente de 2554; DITAT- 678a; n m

  1. violência, dano, crueldade, injustiça

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

מָוֶת


(H4194)
mâveth (maw'-veth)

04194 מות maveth

procedente de 4191; DITAT - 1169a; n m

  1. morte, moribundo, Morte (personificada), reino dos mortos
    1. morte
    2. morte por violência (como penalidade)
    3. estado de morte, lugar da morte

מִרְמָה


(H4820)
mirmâh (meer-maw')

04820 מרמה mirmah

procedente de 7411 no sentido de engano; DITAT - 2169b; n f

  1. engano, traição

נָתַן


(H5414)
nâthan (naw-than')

05414 נתן nathan

uma raiz primitiva; DITAT - 1443; v

  1. dar, pôr, estabelecer
    1. (Qal)
      1. dar, conceder, garantir, permitir, atribuir, empregar, devotar, consagrar, dedicar, pagar salários, vender, negociar, emprestar, comprometer, confiar, presentear, entregar, produzir, dar frutos, ocasionar, prover, retribuir a, relatar, mencionar, afirmar, esticar, estender
      2. colocar, estabelecer, fixar, impor, estabelecer, designar, indicar
      3. fazer, constituir
    2. (Nifal)
      1. ser dado, ser concedido, ser providenciado, ser confiado a, ser garantido a, ser permitido, ser emitido, ser publicado, ser afirmado, ser designado
      2. ser estabelecido, ser posto, ser feito, ser imposto
    3. (Hofal)
      1. ser dado, ser concedido, ser abandonado, ser entregue
      2. ser colocado sobre

עַל


(H5921)
ʻal (al)

05921 על ̀al

via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

  1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
    1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
    2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
    3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
    4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
    5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
    6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
    7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
    8. para (como um dativo) conj
  2. por causa de, porque, enquanto não, embora

עָשָׂה


(H6213)
ʻâsâh (aw-saw')

06213 עשה ̀asah

uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.

  1. fazer, manufaturar, realizar, fabricar
    1. (Qal)
      1. fazer, trabalhar, fabricar, produzir
        1. fazer
        2. trabalhar
        3. lidar (com)
        4. agir, executar, efetuar
      2. fazer
        1. fazer
        2. produzir
        3. preparar
        4. fazer (uma oferta)
        5. atender a, pôr em ordem
        6. observar, celebrar
        7. adquirir (propriedade)
        8. determinar, ordenar, instituir
        9. efetuar
        10. usar
        11. gastar, passar
    2. (Nifal)
      1. ser feito
      2. ser fabricado
      3. ser produzido
      4. ser oferecido
      5. ser observado
      6. ser usado
    3. (Pual) ser feito
  2. (Piel) pressionar, espremer

עָשִׁיר


(H6223)
ʻâshîyr (aw-sheer')

06223 עשיר ̀ashiyr

procedente de 6238; DITAT - 1714b adj.

  1. rico, abastado n.
  2. o rico, o abastado, homem rico

פֶּה


(H6310)
peh (peh)

06310 פה peh

procedente de 6284; DITAT - 1738; n. m. peh

  1. boca
    1. boca (referindo-se ao homem)
    2. boca (como órgão da fala)
    3. boca (referindo-se aos animais)
    4. boca, abertura (de um poço, rio, etc.)
    5. extremidade, fim pim
  2. um peso equivalente a um terço de um siclo, ocorre somente em 1Sm 13:21

קֶבֶר


(H6913)
qeber (keh'-ber)

06913 קבר qeber ou (fem.) קברה qibrah

procedente de 6912; DITAT - 1984a; n. m.

  1. túmulo, sepultura, tumba

רָשָׁע


(H7563)
râshâʻ (raw-shaw')

07563 רשע rasha ̀

procedente de 7561; DITAT - 2222b; adj.

  1. perverso, criminoso
    1. perverso, alguém culpado de crime (substantivo)
    2. perverso (hostil a Deus)
    3. perverso, culpado de pecado (contra Deus ou homem)

אֵת


(H854)
ʼêth (ayth)

0854 את ’eth

provavelmente procedente de 579; DITAT - 187; prep

  1. com, próximo a, junto com
    1. com, junto com
    2. com (referindo-se a relacionamento)
    3. próximo (referindo-se a lugar)
    4. com (poss.)
    5. de...com, de (com outra prep)

Isaías 53: 10 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Todavia, ao SENHOR agradou moê-lO, fazendo-O sofrer; quando a Sua alma se puser por sacrifício pela transgressão, verá a Sua semente, prolongará os Seus dias; e o bom prazer do SENHOR prosperará na Sua mão.
Isaías 53: 10 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H1792
dâkâʼ
דָּכָא
esmagar, ser esmagado, estar contrito, estar quebrantado
([which] are crushed)
Verbo
H2233
zeraʻ
זֶרַע
semente, semeadura, descendência
(seed)
Substantivo
H2470
châlâh
חָלָה
ser ou tornar-se fraco, estar ou tornar-se doente, ser ou tornar-se adoentado, estar ou
(sick)
Verbo
H2654
châphêts
חָפֵץ
comprazer-se em, ter prazer em, desejar, estar contente com
(he had delight)
Verbo
H2656
chêphets
חֵפֶץ
deleite, prazer
([as great] delight)
Substantivo
H3027
yâd
יָד
a mão dele
(his hand)
Substantivo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3117
yôwm
יֹום
dia
(Day)
Substantivo
H518
ʼim
אִם
se
(If)
Conjunção
H5315
nephesh
נֶפֶשׁ
alma, ser, vida, criatura, pessoa, apetite, mente, ser vivo, desejo, emoção, paixão
(that has)
Substantivo
H6743
tsâlach
צָלַח
(Qal) apressar
(had made prosperous)
Verbo
H7200
râʼâh
רָאָה
e viu
(and saw)
Verbo
H748
ʼârak
אָרַךְ
ser longo, prolongar
(a long)
Verbo
H7760
sûwm
שׂוּם
pôr, colocar, estabelecer, nomear, dispor
(and he put)
Verbo
H817
ʼâshâm
אָשָׁם
O Nifal é o “passivo” do Qal - ver 8851
(guiltiness)
Substantivo


דָּכָא


(H1792)
dâkâʼ (daw-kaw')

01792 דכא daka’

uma raiz primitiva (veja 1794); DITAT - 427; v

  1. esmagar, ser esmagado, estar contrito, estar quebrantado
    1. (Nifal)
      1. estar esmagado
      2. estar contrito (fig.)
    2. (Piel) esmagar
    3. (Pual)
      1. ser esmagado, ser despedaçado
      2. ser levado a estar contrito
    4. (Hitpael) deixar-se ser esmagado

זֶרַע


(H2233)
zeraʻ (zeh'-rah)

02233 זרע zera ̀

procedente de 2232; DITAT - 582a; n m

  1. semente, semeadura, descendência
    1. uma semeadura
    2. semente
    3. sêmem viril
    4. descendência, descendentes, posteridade, filhos
    5. referindo-se a qualidade moral
      1. um praticante da justiça (fig.)
    6. tempo de semear (por meton.)

חָלָה


(H2470)
châlâh (khaw-law')

02470 חלה chalah

uma raiz primitiva [veja 2342, 2456, 2490]; DITAT - 655; v

  1. ser ou tornar-se fraco, estar ou tornar-se doente, ser ou tornar-se adoentado, estar ou tornar-se aflito, estar ou tornar-se triste
    1. (Qal) ser fraco, estar doente
    2. (Piel)
      1. ser ou tornar-se fraco, sentir-se fraco
      2. tornar-se doente, ficar doente
      3. (CLBL) suplicar, orar, implorar
    3. (Nifal)
      1. tornar-se doente
      2. ser acometido de doença
      3. estar cansado
    4. (Pual) ser enfraquecido, tornar-se fraco
    5. (Hitpael) fazer-se adoecer
    6. (Hifil)
      1. tornar dolorido
      2. fazer adoecer
      3. mostrar sinais de doença, adoecer
      4. afligir
    7. (Hofal)
      1. ser feito doente
      2. ser ferido

חָפֵץ


(H2654)
châphêts (khaw-fates')

02654 חפץ chaphets

uma raiz primitiva; DITAT - 712,713; v

  1. comprazer-se em, ter prazer em, desejar, estar contente com
    1. (Qal)
      1. referindo-se aos homens
        1. ter prazer em, comprazer-se em
        2. deleitar, desejar, estar alegre em fazer
      2. referindo-se a Deus
        1. ter prazer em, comprazer-se em
        2. estar contente em fazer
  2. mover, curvar
    1. (Qal) curvar

חֵפֶץ


(H2656)
chêphets (khay'-fets)

02656 חפץ chephets

procedente de 2654; DITAT - 712b; n m

  1. deleite, prazer
    1. deleite
    2. desejo, anseio
    3. o bom prazer
    4. aquilo em que alguém se deleita

יָד


(H3027)
yâd (yawd)

03027 יד yad

uma palavra primitiva; DITAT - 844; n f

  1. mão
    1. mão (referindo-se ao homem)
    2. força, poder (fig.)
    3. lado (referindo-se à terra), parte, porção (metáfora) (fig.)
    4. (vários sentidos especiais e técnicos)
      1. sinal, monumento
      2. parte, fração, porção
      3. tempo, repetição
      4. eixo
      5. escora, apoio (para bacia)
      6. encaixes (no tabernáculo)
      7. um pênis, uma mão (significado incerto)
      8. pulsos

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

יֹום


(H3117)
yôwm (yome)

03117 יום yowm

procedente de uma raiz não utilizada significando ser quente; DITAT - 852; n m

  1. dia, tempo, ano
    1. dia (em oposição a noite)
    2. dia (período de 24 horas)
      1. como determinado pela tarde e pela manhã em Gênesis 1
      2. como uma divisão de tempo
        1. um dia de trabalho, jornada de um dia
    3. dias, período de vida (pl.)
    4. tempo, período (geral)
    5. ano
    6. referências temporais
      1. hoje
      2. ontem
      3. amanhã

אִם


(H518)
ʼim (eem)

0518 אם ’im

uma partícula primitiva; DITAT - 111; part condicional

  1. se
    1. cláusula condicional
      1. referindo-se a situações possíveis
      2. referindo-se a situações impossíveis
    2. em juramentos
      1. não
    3. se...se, se...ou, se..ou...ou
    4. quando, em qualquer tempo
    5. desde
    6. partícula interrogativa
    7. mas antes

נֶפֶשׁ


(H5315)
nephesh (neh'-fesh)

05315 נפש nephesh

procedente de 5314; DITAT - 1395a; n f

  1. alma, ser, vida, criatura, pessoa, apetite, mente, ser vivo, desejo, emoção, paixão
    1. aquele que respira, a substância ou ser que respira, alma, o ser interior do homem
    2. ser vivo
    3. ser vivo (com vida no sangue)
    4. o próprio homem, ser, pessoa ou indivíduo
    5. lugar dos apetites
    6. lugar das emoções e paixões
    7. atividade da mente
      1. duvidoso
    8. atividade da vontade
      1. ambíguo
    9. atividade do caráter
      1. duvidoso

צָלַח


(H6743)
tsâlach (tsaw-lakh')

06743 צלח tsalach ou צלח tsaleach

uma raiz primitiva; DITAT - 1916,1917; v.

  1. (Qal) apressar
  2. avançar, prosperar, progredir, obter sucesso, ser proveitoso
    1. (Qal) prosperar
    2. (Hifil)
      1. tornar próspero, conduzir a um bom resultado, fazer prosperar
      2. mostrar ou experimentar prosperidade, prosperar

רָאָה


(H7200)
râʼâh (raw-aw')

07200 ראה ra’ah

uma raiz primitiva; DITAT - 2095; v.

  1. ver, examinar, inspecionar, perceber, considerar
    1. (Qal)
      1. ver
      2. ver, perceber
      3. ver, ter visão
      4. examinar, ver, considerar, tomar conta, verificar, aprender a respeito, observar, vigiar, descobrir
      5. ver, observar, considerar, examinar, dar atenção a, discernir, distinguir
      6. examinar, fitar
    2. (Nifal)
      1. aparecer, apresentar-se
      2. ser visto
      3. estar visível
    3. (Pual) ser visto
    4. (Hifil)
      1. fazer ver, mostrar
      2. fazer olhar intencionalmente para, contemplar, fazer observar
    5. (Hofal)
      1. ser levado a ver, ser mostrado
      2. ser mostrado a
    6. (Hitpael) olhar um para o outro, estar de fronte

אָרַךְ


(H748)
ʼârak (aw-rak')

0748 ארך ’arak

uma raiz primitiva; DITAT - 162; v

  1. ser longo, prolongar
    1. (Qal) ser longo
    2. (Hifil)
      1. prolongar (os dias)
      2. estender (cordas da tenda)
      3. alongar, continuar longo

שׂוּם


(H7760)
sûwm (soom)

07760 שום suwm ou שׁים siym

uma raiz primitiva; DITAT - 2243; v.

  1. pôr, colocar, estabelecer, nomear, dispor
    1. (Qal)
      1. pôr, colocar, depositar, pôr ou depositar sobre, deitar (violentamente) as mãos sobre
      2. estabelecer, direcionar, direcionar para
        1. estender (compaixão) (fig.)
      3. pôr, estabelecer, ordenar, fundar, designar, constituir, fazer, determinar, fixar
      4. colocar, estacionar, pôr, pôr no lugar, plantar, fixar
      5. pôr, pôr para, transformar em, constituir, moldar, trabalhar, fazer acontecer, designar, dar
    2. (Hifil) colocar ou fazer como sinal
    3. (Hofal) ser posto

אָשָׁם


(H817)
ʼâshâm (aw-shawm')

0817 אשם ’asham

procedente de 816; DITAT - 180b; n m

  1. culpa, ofensa, pecado, culpabilidade
    1. ofensa, pecado, transgressão, falta
    2. culpa, culpabilidade
    3. compensacão (pela ofensa)
    4. oferta pelo pecado ou transgressão

Isaías 53: 11 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Ele verá o fruto do trabalho da Sua alma, e ficará satisfeito; com o Seu conhecimento o Meu Servo, o Justo, justificará a muitos; porque as iniquidades deles levará Ele sobre Si.
Isaías 53: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H1847
daʻath
דַּעַת
conhecimento
(of knowledge)
Substantivo
H1931
hûwʼ
הוּא
ele / ela / o / a
(it)
Pronome
H5315
nephesh
נֶפֶשׁ
alma, ser, vida, criatura, pessoa, apetite, mente, ser vivo, desejo, emoção, paixão
(that has)
Substantivo
H5445
çâbal
סָבַל
carregar, carregar uma carga, arrastar-se
(to bear)
Verbo
H5650
ʻebed
עֶבֶד
escravo, servo
(a servant)
Substantivo
H5771
ʻâvôn
עָוֺן
perversidade, depravação, iniqüidade, culpa ou punição por iniqüidade
(my punishment)
Substantivo
H5999
ʻâmâl
עָמָל
esforço, dificuldade, trabalho
(my troubles)
Substantivo
H6662
tsaddîyq
צַדִּיק
justo, lícito, correto
(righteous)
Adjetivo
H6663
tsâdaq
צָדַק
ser justo, ser correto
(She has been more righteous)
Verbo
H7200
râʼâh
רָאָה
e viu
(and saw)
Verbo
H7227
rab
רַב
muito, muitos, grande
([was] great)
Adjetivo
H7646
sâbaʻ
שָׂבַע
estar satisfeito, estar farto, estar cheio, estar empanturrado
(to the full)
Verbo


דַּעַת


(H1847)
daʻath (dah'-ath)

01847 דעת da ath̀

procedente de 3045; DITAT - 848c; n m/f

  1. conhecimento
    1. conhecimento, percepção, habilidade
    2. discernimento, compreensão, sabedoria

הוּא


(H1931)
hûwʼ (hoo)

01931 הוא huw’ do qual o fem. (além do Pentateuco) é היא hiy’

uma palavra primitiva; DITAT - 480 pron 3p s

  1. ele, ela
    1. ele mesmo, ela mesma (com ênfase)
    2. retomando o suj com ênfase
    3. (com pouca ênfase seguindo o predicado)
    4. (antecipando o suj)
    5. (enfatizando o predicado)
    6. aquilo, isso (neutro) pron demons
  2. aquele, aquela (com artigo)

נֶפֶשׁ


(H5315)
nephesh (neh'-fesh)

05315 נפש nephesh

procedente de 5314; DITAT - 1395a; n f

  1. alma, ser, vida, criatura, pessoa, apetite, mente, ser vivo, desejo, emoção, paixão
    1. aquele que respira, a substância ou ser que respira, alma, o ser interior do homem
    2. ser vivo
    3. ser vivo (com vida no sangue)
    4. o próprio homem, ser, pessoa ou indivíduo
    5. lugar dos apetites
    6. lugar das emoções e paixões
    7. atividade da mente
      1. duvidoso
    8. atividade da vontade
      1. ambíguo
    9. atividade do caráter
      1. duvidoso

סָבַל


(H5445)
çâbal (saw-bal')

05445 סבל cabal

uma raiz primitiva; DITAT - 1458; v

  1. carregar, carregar uma carga, arrastar-se
    1. (Qal) carregar (uma carga)
    2. (Pual) carregado (particípio)
    3. (Hitpael) tornar-se uma carga, arrastar-se

עֶבֶד


(H5650)
ʻebed (eh'-bed)

05650 עבד ̀ebed

procedente de 5647; DITAT - 1553a; n m

  1. escravo, servo
    1. escravo, servo, servidor
    2. súditos
    3. servos, adoradores (referindo-se a Deus)
    4. servo (em sentido especial como profetas, levitas, etc.)
    5. servo (referindo-se a Israel)
    6. servo (como forma de dirigir-se entre iguais)

עָוֺן


(H5771)
ʻâvôn (aw-vone')

05771 עון ̀avon ou עוון ̀avown (2Rs 7:9; Sl 51:5)

procedente de 5753; DITAT - 1577a; n m

  1. perversidade, depravação, iniqüidade, culpa ou punição por iniqüidade
    1. iniqüidade
    2. culpa de iniqüidade, culpa (como grande), culpa (referindo-se a condição)
    3. conseqüência ou punição por iniqüidade

עָמָל


(H5999)
ʻâmâl (aw-mawl')

05999 עמל ̀amal

procedente de 5998; DITAT - 1639a; n m/f

  1. esforço, dificuldade, trabalho
    1. dificuldade
    2. dificuldade, dano
    3. esforço, labuta

צַדִּיק


(H6662)
tsaddîyq (tsad-deek')

06662 צדיק tsaddiyq

procedente de 6663; DITAT - 1879c; adj.

  1. justo, lícito, correto
    1. justo, correto (no governo)
    2. justo, reto (na causa de alguém)
    3. justo, correto (na conduta e no caráter)
    4. justo (no sentido de alguém justificado e vindicado por Deus)
    5. certo, correto, lícito, legítimo

צָדַק


(H6663)
tsâdaq (tsaw-dak')

06663 צדק tsadaq

uma raiz primitiva; DITAT - 1879; v.

  1. ser justo, ser correto
    1. (Qal)
      1. ter uma causa justa, ter razão
      2. ser justificado
      3. ser justo (referindo-se a Deus)
      4. ser justo, ser correto (na conduta e no caráter)
    2. (Nifal) ser feito certo, ser justificado
    3. (Piel) justificar, fazer parecer justo, fazer alguém justo
    4. (Hifil)
      1. fazer ou promover justiça (na administração da lei)
      2. declarar justo, justificar
      3. justificar, vindicar a causa de, salvar
      4. tornar justo, voltar para a justiça
    5. (Hitpael) justificar-se

רָאָה


(H7200)
râʼâh (raw-aw')

07200 ראה ra’ah

uma raiz primitiva; DITAT - 2095; v.

  1. ver, examinar, inspecionar, perceber, considerar
    1. (Qal)
      1. ver
      2. ver, perceber
      3. ver, ter visão
      4. examinar, ver, considerar, tomar conta, verificar, aprender a respeito, observar, vigiar, descobrir
      5. ver, observar, considerar, examinar, dar atenção a, discernir, distinguir
      6. examinar, fitar
    2. (Nifal)
      1. aparecer, apresentar-se
      2. ser visto
      3. estar visível
    3. (Pual) ser visto
    4. (Hifil)
      1. fazer ver, mostrar
      2. fazer olhar intencionalmente para, contemplar, fazer observar
    5. (Hofal)
      1. ser levado a ver, ser mostrado
      2. ser mostrado a
    6. (Hitpael) olhar um para o outro, estar de fronte

רַב


(H7227)
rab (rab)

07227 רב rab

forma contrata procedente de 7231, grego 4461 ραββι; DITAT - 2099a,2099b adj.

  1. muito, muitos, grande
    1. muito
    2. muitos
    3. abundante
    4. mais numeroso que
    5. abundante, bastante
    6. grande
    7. forte
    8. maior que adv.
    9. muito, excessivamente n. m.
  2. capitão, chefe

שָׂבַע


(H7646)
sâbaʻ (saw-bah')

07646 שבע saba ̀ou שׁבע sabea ̀

uma raiz primitiva; DITAT - 2231; v.

  1. estar satisfeito, estar farto, estar cheio, estar empanturrado
    1. (Qal)
      1. estar farto (de comida)
      2. estar farto, estar satisfeito com, estar cheio, ter a porção de alguém, ter o desejo satisfeito
      3. ter em excesso, estar empanturrado, estar empanturrado com
        1. estar enfastiado de (fig.)
    2. (Piel) satisfazer
    3. (Hifil)
      1. satisfazer
      2. enriquecer
      3. saciar, saturar (com algo indesejado)

Isaías 53: 12 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Por isso Lhe designarei a parte dos muitos, e Ele repartirá o despojo para os poderosos; porquanto derramou a Sua alma até a morte, e foi contado com os transgressores; mas Ele levou sobre Si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores.
Isaías 53: 12 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H1931
hûwʼ
הוּא
ele / ela / o / a
(it)
Pronome
H2399
chêṭᵉʼ
חֵטְא
pecado
(my faults)
Substantivo
H2505
châlaq
חָלַק
dividir, compartilhar, saquear, distribuir, repartir, determinar
(And he divided himself)
Verbo
H3651
kên
כֵּן
tão / assim
(so)
Adjetivo
H4194
mâveth
מָוֶת
morte, moribundo, Morte (personificada), reino dos mortos
(the death)
Substantivo
H4487
mânâh
מָנָה
contar, calcular, numerar, designar, falar, indicar, preparar
(number)
Verbo
H5315
nephesh
נֶפֶשׁ
alma, ser, vida, criatura, pessoa, apetite, mente, ser vivo, desejo, emoção, paixão
(that has)
Substantivo
H5375
nâsâʼ
נָשָׂא
levantar, erguer, carregar, tomar
(to bear)
Verbo
H6099
ʻâtsûwm
עָצוּם
poderoso, vasto, numeroso
(and mighty)
Adjetivo
H6168
ʻârâh
עָרָה
estar descoberto, estar nu, pôr a descoberto, destituir, descobrir, esvaziar, arrasar,
(and emptied)
Verbo
H6293
pâgaʻ
פָּגַע
encontrar, deparar, alcançar, solicitar, fazer intercessão
(and entreat)
Verbo
H6586
pâshaʻ
פָּשַׁע
rebelar, transgredir, revoltar
(they have transgressed)
Verbo
H7227
rab
רַב
muito, muitos, grande
([was] great)
Adjetivo
H7998
shâlâl
שָׁלָל
presa, pilhagem, despojo, saque
(the spoil)
Substantivo
H834
ʼăsher
אֲשֶׁר
que
(which)
Partícula
H8478
tachath
תַּחַת
a parte de baixo, debaixo de, em lugar de, como, por, por causa de, baixo, para, onde,
([were] under)
Substantivo
H854
ʼêth
אֵת
de / a partir de / de / para
(from)
Prepostos


הוּא


(H1931)
hûwʼ (hoo)

01931 הוא huw’ do qual o fem. (além do Pentateuco) é היא hiy’

uma palavra primitiva; DITAT - 480 pron 3p s

  1. ele, ela
    1. ele mesmo, ela mesma (com ênfase)
    2. retomando o suj com ênfase
    3. (com pouca ênfase seguindo o predicado)
    4. (antecipando o suj)
    5. (enfatizando o predicado)
    6. aquilo, isso (neutro) pron demons
  2. aquele, aquela (com artigo)

חֵטְא


(H2399)
chêṭᵉʼ (khate)

02399 חטא chet’

procedente de 2398; DITAT - 638a; n m

  1. pecado
    1. pecado
    2. culpa pelo pecado
    3. punição pelo pecado

חָלַק


(H2505)
châlaq (khaw-lak')

02505 חלק chalaq

uma raiz primitiva; DITAT - 669; v

  1. dividir, compartilhar, saquear, distribuir, repartir, determinar
    1. (Qal)
      1. dividir, repartir
      2. determinar, distribuir
      3. determinar, conceder
      4. compartilhar
      5. dividir, saquear
    2. (Nifal)
      1. dividir-se
      2. ser dividido
      3. determinar, distribuir
    3. (Piel)
      1. dividir, repartir
      2. determinar, distribuir
      3. espalhar
    4. (Pual) ser dividido
    5. (Hifil) receber uma porção ou parte
    6. (Hitpael) dividir entre si
  2. ser liso, escorregadio, enganoso
    1. (Qal) ser liso, escorregadio
    2. (Hifil)
      1. ser lido
      2. bajular

כֵּן


(H3651)
kên (kane)

03651 כן ken

procedente de 3559; DITAT - 964a,964b adv

  1. assim, portanto, estão
    1. assim, então
    2. assim
    3. portanto
    4. assim...como (em conjunto com outro adv)
    5. então
    6. visto que (em expressão)
    7. (com prep)
      1. portanto, assim sendo (específico)
      2. até este ponto
      3. portanto, com base nisto (geral)
      4. depois
      5. neste caso adj
  2. reto, justo, honesto, verdadeiro, real
    1. reto, justo, honesto
    2. correto
    3. verdadeiro, autêntico
    4. verdade!, certo!, correto! (em confirmação)

מָוֶת


(H4194)
mâveth (maw'-veth)

04194 מות maveth

procedente de 4191; DITAT - 1169a; n m

  1. morte, moribundo, Morte (personificada), reino dos mortos
    1. morte
    2. morte por violência (como penalidade)
    3. estado de morte, lugar da morte

מָנָה


(H4487)
mânâh (maw-naw')

04487 מנה manah

uma raiz primitiva; DITAT - 1213; v

  1. contar, calcular, numerar, designar, falar, indicar, preparar
    1. (Qal)
      1. contar, numerar
      2. considerar, designar, encarregar
    2. (Nifal)
      1. ser contado, ser numerado
      2. ser considerado, ser designado
    3. (Piel) indicar, ordenar
    4. (Pual) indicado (particípio)

נֶפֶשׁ


(H5315)
nephesh (neh'-fesh)

05315 נפש nephesh

procedente de 5314; DITAT - 1395a; n f

  1. alma, ser, vida, criatura, pessoa, apetite, mente, ser vivo, desejo, emoção, paixão
    1. aquele que respira, a substância ou ser que respira, alma, o ser interior do homem
    2. ser vivo
    3. ser vivo (com vida no sangue)
    4. o próprio homem, ser, pessoa ou indivíduo
    5. lugar dos apetites
    6. lugar das emoções e paixões
    7. atividade da mente
      1. duvidoso
    8. atividade da vontade
      1. ambíguo
    9. atividade do caráter
      1. duvidoso

נָשָׂא


(H5375)
nâsâʼ (naw-saw')

05375 נשא nasa’ ou נסה nacah (Sl 4:6)

uma raiz primitiva; DITAT - 1421; v

  1. levantar, erguer, carregar, tomar
    1. (Qal)
      1. levantar, erguer
      2. levar, carregar, suportar, sustentar, agüentar
      3. tomar, levar embora, carregar embora, perdoar
    2. (Nifal)
      1. ser levantado, ser exaltado
      2. levantar-se, erguer-se
      3. ser levado, ser carregado
      4. ser levado embora, ser carregado, ser arrastado
    3. (Piel)
      1. levantar, exaltar, suportar, ajudar, auxiliar
      2. desejar, anelar (fig.)
      3. carregar, suportar continuamente
      4. tomar, levar embora
    4. (Hitpael) levantar-se, exaltar-se
    5. (Hifil)
      1. fazer carregar (iniqüidade)
      2. fazer trazer, ter trazido

עָצוּם


(H6099)
ʻâtsûwm (aw-tsoom')

06099 עצום ̀atsuwm ou עצם ̀atsum;

particípio passivo de 6105; DITAT - 1673d; adj

  1. poderoso, vasto, numeroso
    1. poderoso, forte (em número)
    2. numeroso, incontável

עָרָה


(H6168)
ʻârâh (aw-raw')

06168 ערה ̀arah

uma raiz primitiva; DITAT - 1692; v.

  1. estar descoberto, estar nu, pôr a descoberto, destituir, descobrir, esvaziar, arrasar, derramar
    1. (Piel)
      1. despir, desnudar
      2. descobrir esvaziando, esvaziar
      3. derramar
    2. (Hifil)
      1. desnudar, descobrir (referindo-se a ofensas sexuais)
      2. derramar
    3. (Nifal) ser derramado, ser exposto
    4. (Hitpael)
      1. expor-se, fazer-se despido
      2. derramar-se, esparramar-se (particípio)

פָּגַע


(H6293)
pâgaʻ (paw-gah')

06293 פגע paga ̀

uma raiz primitiva; DITAT - 1731; v.

  1. encontrar, deparar, alcançar, solicitar, fazer intercessão
    1. (Qal)
      1. encontrar, juntar
      2. encontrar (referindo-se à bondade)
      3. encontrar, cair sobre (referindo-se à hostilidade)
      4. encontrar, solicitar (referindo-se à petição)
      5. atingir, tocar (referindo-se à fronteira)
    2. (Hifil)
      1. fazer encontrar
      2. fazer solicitar
      3. fazer solicitação, intervir
      4. atacar
      5. alcançar o alvo

פָּשַׁע


(H6586)
pâshaʻ (paw-shah')

06586 פשע pasha ̀

uma raiz primitiva [idêntica a 6585 com a idéia de expansão]; DITAT - 1846; v.

  1. rebelar, transgredir, revoltar
    1. (Qal)
      1. rebelar, revoltar
      2. transgredir
    2. (Nifal) estar rebelado contra

רַב


(H7227)
rab (rab)

07227 רב rab

forma contrata procedente de 7231, grego 4461 ραββι; DITAT - 2099a,2099b adj.

  1. muito, muitos, grande
    1. muito
    2. muitos
    3. abundante
    4. mais numeroso que
    5. abundante, bastante
    6. grande
    7. forte
    8. maior que adv.
    9. muito, excessivamente n. m.
  2. capitão, chefe

שָׁלָל


(H7998)
shâlâl (shaw-lawl')

07998 שלל shalal

procedente de 7997; DITAT - 2400a; n m

  1. presa, pilhagem, despojo, saque
    1. presa
    2. saque, despojo, pilhagem (de guerra)
    3. pilhagem (privado)
    4. lucro (sentido ambíguo)

אֲשֶׁר


(H834)
ʼăsher (ash-er')

0834 אשר ’aher

um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

  1. (part. relativa)
    1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
    2. aquilo que
  2. (conj)
    1. que (em orações objetivas)
    2. quando
    3. desde que
    4. como
    5. se (condicional)

תַּחַת


(H8478)
tachath (takh'-ath)

08478 תחת tachath

procedente da mesma raiz que 8430; DITAT - 2504; n. m.

  1. a parte de baixo, debaixo de, em lugar de, como, por, por causa de, baixo, para, onde, conquanto n. m.
    1. a parte de baixo adv. acus.
    2. abaixo prep.
    3. sob, debaixo de
      1. ao pé de (expressão idiomática)
      2. suavidade, submissão, mulher, ser oprimido (fig.)
      3. referindo-se à submissão ou conquista
    4. o que está debaixo, o lugar onde alguém está parado
      1. em lugar de alguém, o lugar onde alguém está parado (expressão idiomática com pronome reflexivo)
      2. em lugar de, em vez de (em sentido de transferência)
      3. em lugar de, em troca ou pagamento por (referindo-se a coisas trocadas uma pela outra) conj.
    5. em vez de, em vez disso
    6. em pagamento por isso, por causa disso em compostos
    7. em, sob, para o lugar de (depois de verbos de movimento)
    8. de sob, de debaixo de, de sob a mão de, de seu lugar, sob, debaixo

אֵת


(H854)
ʼêth (ayth)

0854 את ’eth

provavelmente procedente de 579; DITAT - 187; prep

  1. com, próximo a, junto com
    1. com, junto com
    2. com (referindo-se a relacionamento)
    3. próximo (referindo-se a lugar)
    4. com (poss.)
    5. de...com, de (com outra prep)