E eu vi outro sinal no céu, grande e admirável: Sete anjos, tendo as sete últimas pragas; porque nelas é consumada a ira de Deus.
LTT
E vi outro grande e admirável sinal no céu: sete anjos, tendo sete flagelos, que são os últimos ((últimos,) porque, nestes flagelos, foi consumada a ira de Deus).
BJ2
Vi ainda um outro sinal grande e maravilhoso no céu: sete Anjos com sete pragas, as últimas, pois com estas o furor de Deus estará consumado.
VULG
Et vidi aliud signum in cælo magnum et mirabile, angelos septem, habentes plagas septem novissimas : quoniam in illis consummata est ira Dei.
ap 15: 2
Versão
Versículo
ARA
Vi como que um mar de vidro, mesclado de fogo, e os vencedores da besta, da sua imagem e do número do seu nome, que se achavam em pé no mar de vidro, tendo harpas de Deus;
ARC
E vi um como mar de vidro misturado com fogo; e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus.
TB
Vi um como mar de vidro, misturado de fogo, e os que venceram a besta, a sua imagem e o número de seu nome, que estavam em pé sobre o mar de vidro, com as harpas de Deus.
E eu vi como se fosse um mar de vidro misturado com fogo; e aos que haviam obtido a vitória sobre a besta, e sobre a sua imagem, e sobre sua marca, e sobre o número de seu nome, ficarem sobre o mar de vidro, tendo as harpas de Deus.
LTT
E vi como se fosse um mar de vidro tendo sido misturado com fogo; e vi(também) aqueles que estão saindo vitoriosos (para- fora- da ①(primeira) Besta- Feroz (o Anticristo), e para- fora- da ① imagem dela (a primeira Besta- Feroz), e para- fora- da ① marca- sinal dela, e para- fora- do ① número de o nome dela), tendo eles se postado- de- pé sobre o mar de vidro, tendo as harpas de Deus.
BJ2
Vi também como que um mar de vidro misturado com fogo, e os que venceram a Besta, sua imagem e o número do seu nome: estavam de pé sobre o mar de vidro e seguravam as cítaras de Deus,
VULG
Et vidi tamquam mare vitreum mistum igne, et eos, qui vicerunt bestiam, et imaginem ejus, et numerum nominis ejus, stantes super mare vitreum, habentes citharas Dei :
ap 15: 3
Versão
Versículo
ARA
e entoavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e admiráveis são as tuas obras, Senhor Deus, Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações!
ARC
E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei dos santos.
TB
Cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo:
E eles cantam a canção de Moisés, o servo de Deus, e a canção do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são tuas obras, Senhor Deus Todo-Poderoso; justos e verdadeiros são os teus caminhos, tu, Rei de santos.
LTT
E cantam o cântico ① de Moisés, o escravo de Deus, a saber, o cântico do Cordeiro, dizendo: "Grandes e maravilhosas são as tuas obras, ó Senhor (Jesus) ② Deus, o Todo-Poderoso! Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Tu, o Rei dos santos 1808.
BJ2
cantando o cântico de Moisés,[s] o servo de Deus, e o cântico do Cordeiro: "Grandes e maravilhosas são as tuas obras, ó Senhor Deus, todo-poderoso; teus caminhos são justos e verdadeiros, ó Rei das nações.
VULG
et cantantes canticum Moysi servi Dei, et canticum Agni, dicentes : Magna et mirabilia sunt opera tua, Domine Deus omnipotens : justæ et veræ sunt viæ tuæ, Rex sæculorum.
ap 15: 4
Versão
Versículo
ARA
Quem não temerá e não glorificará o teu nome, ó Senhor? Pois só tu és santo; por isso, todas as nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus atos de justiça se fizeram manifestos.
ARC
Quem te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o teu nome? Porque só tu és santo; por isso todas as nações virão, e se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos são manifestos.
TB
Quem não te temerá, Senhor, e quem não glorificará o teu nome? Pois só tu és santo. Todas as nações virão e se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos foram manifestos.
Quem não te temerá, ó Senhor, e não glorificará o teu nome? Porque tu somente és santo; porque todas as nações virão e adorarão diante de ti, porque os teus juízos foram feitos manifestos.
LTT
Quem há que não Te tema, ó Senhor (Jesus) ①, e glorifique o Teu nome? Porque só Tu és santo; por isso todas as nações virão e adorarão diante de Ti, porque já os Teus justos- juízos foram manifestos."
BJ2
Quem não temeria, ó Senhor, e não glorificaria o teu nome? Sim! Só tu és santo! Todas as nações virão prostrar-se diante de ti, pois tuas justas decisões se tornaram manifestas".
VULG
Quis non timebit te, Domine, et magnificabit nomen tuum ? quia solus pius es : quoniam omnes gentes venient, et adorabunt in conspectu tuo, quoniam judicia tua manifesta sunt.
ap 15: 5
Versão
Versículo
ARA
Depois destas coisas, olhei, e abriu-se no céu o santuário do tabernáculo do Testemunho,
ARC
E depois disto olhei, e eis que o templo do tabernáculo do testemunho se abriu no céu.
TB
Depois disso, olhei, e abriu-se o santuário do tabernáculo do Testemunho no céu,
E os sete anjos saíram do templo, tendo as sete pragas, vestidos de linho puro e branco, e cingidos com cintos de ouro nos seus peitos.
LTT
E saíram os sete anjos (tendo os sete flagelos) provenientes- de- dentro- do lugar- santo (do Tabernáculo), tendo eles se vestido de linho puro e branco- resplandecente, e tendo sido cingidos ao redor (ao redor dos seus peitos) com cintos de ouro.
BJ2
e dele saíram os sete Anjos com as sete pragas. Estavam vestidos de linho puro, resplandecente, e cingidos à altura do peito com cintos de ouro.
VULG
et exierunt septem angeli habentes septem plagas de templo, vestiti lino mundo et candido, et præcincti circa pectora zonis aureis.
ap 15: 7
Versão
Versículo
ARA
Então, um dos quatro seres viventes deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da cólera de Deus, que vive pelos séculos dos séculos.
ARC
E um dos quatro animais deu aos sete anjos sete salvas de ouro, cheias da ira de Deus, que vive todo o sempre.
TB
Uma das quatro criaturas viventes deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da ira do Deus que vive pelos séculos dos séculos.
E um dos quatro animais deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da ira de Deus, que vive para sempre e sempre.
LTT
E exatamente uma proveniente- de- entre as quatro criaturas viventes ① deu aos sete anjos sete taças de ouro, estando elas cheias da ira de Deus, o Qual está vivendo para os séculos dos séculos.
BJ2
Um dos quatro Seres vivos entregou aos sete Anjos sete taças de ouro, cheias do furor do Deus que vive pelos séculos dos séculos.
VULG
Et unum de quatuor animalibus dedit septem angelis septem phialas aureas, plenas iracundiæ Dei viventis in sæcula sæculorum.
ap 15: 8
Versão
Versículo
ARA
O santuário se encheu de fumaça procedente da glória de Deus e do seu poder, e ninguém podia penetrar no santuário, enquanto não se cumprissem os sete flagelos dos sete anjos.
ARC
E o tempo encheu-se com o fumo da glória de Deus e do seu poder; e ninguém podia entrar no templo, até que se consumassem as sete pragas dos sete anjos.
TB
O santuário encheu-se do fumo da glória de Deus e do seu poder; e ninguém podia entrar no santuário, enquanto não se cumprissem as sete pragas dos sete anjos.
E o templo foi preenchido com a fumaça da glória de Deus, e de seu poder; e nenhum homem era capaz de entrar no templo, até que as sete pragas dos sete anjos fossem cumpridas.
LTT
E foi enchido o lugar- santo ①(do Tabernáculo) com a fumaça proveniente- de- dentro- da glória de Deus e proveniente- de- dentro- do Seu poder. E nenhum homem podia entrar para o lugar- santo (do Tabernáculo) ①, até que fossem consumados os sete flagelos dos sete anjos.
BJ2
O templo se encheu de fumaça por causa da glória de Deus e do seu poder, de modo que ninguém podia entrar[u] no templo, até que estivessem consumadas as sete pragas dos sete Anjos.
VULG
Et impletum est templum fumo a majestate Dei, et de virtute ejus : et nemo poterat introire in templum, donec consummarentur septem plagæ septem angelorum.
Referências Cruzadas
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Apocalipse 15:1
E olhei e ouvi um anjo voar pelo meio do céu, dizendo com grande voz: Ai! Ai! Ai dos que habitam sobre a terra, por causa das outras vozes das trombetas dos três anjos que hão de ainda tocar!
também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.
E da sua boca saía uma aguda espada, para ferir com ela as nações; e ele as regerá com vara de ferro e ele mesmo é o que pisa o lagar do vinho do furor e da ira do Deus Todo-Poderoso.
E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Apocalipse 15:2
E busquei dentre eles um homem que estivesse tapando o muro e estivesse na brecha perante mim por esta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei.
E eu, em verdade, vos batizo com água, para o arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu; não sou digno de levar as suas sandálias; ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo.
para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo;
E havia diante do trono um como mar de vidro, semelhante ao cristal, e, no meio do trono e ao redor do trono, quatro animais cheios de olhos por diante e por detrás.
E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos.
E, depois daqueles três dias e meio, o espírito de vida, vindo de Deus, entrou neles; e puseram-se sobre os pés, e caiu grande temor sobre os que os viram.
E engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse em presença da besta, dizendo aos que habitam na terra que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida de espada e vivia.
E, depois destas coisas, ouvi no céu como que uma grande voz de uma grande multidão, que dizia: Aleluia! Salvação, e glória, e honra, e poder pertencem ao Senhor, nosso Deus,
Sendo, pois, Abrão da idade de noventa e nove anos, apareceu o Senhor a Abrão e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda em minha presença e sê perfeito.
Então, cantou Moisés e os filhos de Israel este cântico ao Senhor; e falaram, dizendo: Cantarei ao Senhor, porque sumamente se exaltou; lançou no mar o cavalo e o seu cavaleiro.
E Arão e seus filhos queimavam perfumes sobre o altar do holocausto e sobre o altar do incenso, para toda obra do lugar santíssimo e para fazer expiação por Israel, conforme tudo quanto Moisés, servo de Deus, tinha ordenado.
E o rei chamou a Joiada, o chefe, e disse-lhe: Por que não fizeste inquirição entre os levitas, para que trouxessem de Judá e de Jerusalém a oferta de Moisés, servo do Senhor, e da congregação de Israel à Tenda do Testemunho?
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Anunciai, e chegai-vos, e tomai conselho todos juntos; quem fez ouvir isso desde a antiguidade? Quem, desde então, o anunciou? Porventura, não sou eu, o Senhor? E não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador, não há fora de mim.
E, chegando-se à cova, chamou por Daniel com voz triste; e, falando o rei, disse a Daniel: Daniel, servo do Deus vivo! Dar-se-ia o caso que o teu Deus, a quem tu continuamente serves, tenha podido livrar-te dos leões?
Sim, todo o Israel transgrediu a tua lei, desviando-se, para não obedecer à tua voz; por isso, a maldição, o juramento que está escrito na Lei de Moisés, servo de Deus, se derramou sobre nós; porque pecamos contra ele.
Quem é sábio, para que entenda estas coisas? Prudente, para que as saiba? Porque os caminhos do Senhor são retos, e os justos andarão neles, mas os transgressores neles cairão.
Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre e montado sobre um jumento, sobre um asninho, filho de jumenta.
E os quatro animais tinham, cada um, respectivamente, seis asas e, ao redor e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir.
E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação;
E cantavam um como cântico novo diante do trono e diante dos quatro animais e dos anciãos; e ninguém podia aprender aquele cântico, senão os cento e quarenta e quatro mil que foram comprados da terra.
Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados, eleitos e fiéis.
porque verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande prostituta, que havia corrompido a terra com a sua prostituição, e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos.
Com minha alma te desejei de noite e, com o meu espírito, que está dentro de mim, madrugarei a buscar-te; porque, havendo os teus juízos na terra, os moradores do mundo aprendem justiça.
Por mim mesmo tenho jurado; saiu da minha boca a palavra de justiça e não tornará atrás: que diante de mim se dobrará todo joelho, e por mim jurará toda língua.
Porque assim diz o Alto e o Sublime, que habita na eternidade e cujo nome é Santo: Em um alto e santo lugar habito e também com o contrito e abatido de espírito, para vivificar o espírito dos abatidos e para vivificar o coração dos contritos.
Então, o verás e serás iluminado, e o teu coração estremecerá e se alargará; porque a abundância do mar se tornará a ti, e as riquezas das nações a ti virão.
Porque, como os céus novos e a terra nova que hei de fazer estarão diante da minha face, diz o Senhor, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome.
Não me temereis a mim? ? diz o Senhor; não temereis diante de mim, que pus a areia por limite ao mar, por ordenança eterna, que ele não traspassará? Ainda que se levantem as suas ondas, não prevalecerão; ainda que bramem, não a traspassarão.
Quem te não temeria a ti, ó Rei das nações? Pois isso só a ti pertence; porquanto, entre todos os sábios das nações e em todo o seu reino, ninguém há semelhante a ti.
Ó Senhor, fortaleza minha, e força minha, e refúgio meu no dia da angústia! A ti virão as nações desde os fins da terra e dirão: Nossos pais herdaram só mentiras e vaidade, em que não havia proveito.
E, naquele dia, muitas nações se ajuntarão ao Senhor e serão o meu povo; e habitarei no meio de ti, e saberás que o Senhor dos Exércitos me enviou a ti.
E acontecerá que todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém subirão de ano em ano para adorarem o Rei, o Senhor dos Exércitos, e para celebrarem a Festa das Cabanas.
Mas, desde o nascente do sol até ao poente, será grande entre as nações o meu nome; e, em todo lugar, se oferecerá ao meu nome incenso e uma oblação pura; porque o meu nome será grande entre as nações, diz o Senhor dos Exércitos.
quando vier para ser glorificado nos seus santos e para se fazer admirável, naquele Dia, em todos os que creem (porquanto o nosso testemunho foi crido entre vós).
E ao anjo da igreja que está em Filadélfia escreve: Isto diz o que é santo,o que é verdadeiro, o que tem a chave de Davi, o que abre, e ninguém fecha, e fecha, e ninguém abre:
E os quatro animais tinham, cada um, respectivamente, seis asas e, ao redor e por dentro, estavam cheios de olhos; e não descansam nem de dia nem de noite, dizendo: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir.
E tocou o sétimo anjo a trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre.
dizendo com grande voz: Temei a Deus e dai-lhe glória, porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.
porque verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou a grande prostituta, que havia corrompido a terra com a sua prostituição, e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Apocalipse 15:5
Esta é a enumeração das coisas contadas do tabernáculo do Testemunho, que por ordem de Moisés foram contadas para o ministério dos levitas por mão de Itamar, filho de Arão, o sacerdote.
mas, tu, põe os levitas sobre o tabernáculo do Testemunho, e sobre todos os seus utensílios, e sobre tudo o que lhe pertence; eles levarão o tabernáculo e todos os seus utensílios; e eles o administrarão e assentarão o seu arraial ao redor do tabernáculo.
Mas os levitas assentarão as suas tendas ao redor do tabernáculo do Testemunho, para que não haja indignação sobre a congregação dos filhos de Israel; pelo que os levitas terão o cuidado da guarda do tabernáculo do Testemunho.
E abriu-se no céu o templo de Deus, e a arca do seu concerto foi vista no seu templo; e houve relâmpagos, e vozes, e trovões, e terremotos, e grande saraiva.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Apocalipse 15:6
E será que, quando entrarem pelas portas do átrio interior, se vestirão de vestiduras de linho; e não se porá lã sobre eles, quando servirem nas portas do átrio interior, dentro da casa.
E outro anjo saiu do templo, clamando com grande voz ao que estava assentado sobre a nuvem: Lança a tua foice e sega! É já vinda a hora de segar, porque já a seara da terra está madura!
Porque na mão do Senhor há um cálice cujo vinho ferve, cheio de mistura, e dá a beber dele; certamente todos os ímpios da terra sorverão e beberão as suas fezes.
Porque assim me disse o Senhor, o Deus de Israel: Toma da minha mão este copo de vinho do furor e darás a beber dele a todas as nações às quais eu te enviar.
porque eles mesmos anunciam de nós qual a entrada que tivemos para convosco, e como dos ídolos vos convertestes a Deus, para servir ao Deus vivo e verdadeiro
E havia diante do trono um como mar de vidro, semelhante ao cristal, e, no meio do trono e ao redor do trono, quatro animais cheios de olhos por diante e por detrás.
E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos.
e jurou por aquele que vive para todo o sempre, o qual criou o céu e o que nele há, e a terra e o que nela há, e o mar e o que nele há, que não haveria mais demora;
E foi o primeiro e derramou a sua taça sobre a terra, e fez-se uma chaga má e maligna nos homens que tinham o sinal da besta e que adoravam a sua imagem.
E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças cheias das últimas sete pragas e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a esposa, a mulher do Cordeiro.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Apocalipse 15:8
e quando eles uniformemente tocavam as trombetas e cantavam para fazerem ouvir uma só voz, bendizendo e louvando ao Senhor, e quando levantavam eles a voz com trombetas, e címbalos, e outros instrumentos músicos, para bendizerem ao Senhor, porque era bom, porque a sua benignidade durava para sempre, então, a casa se encheu de uma nuvem, a saber, a Casa do Senhor;
Disse-me, porém, o Senhor: Ainda que Moisés e Samuel se pusessem diante de mim, não seria a minha alma com este povo; lança-os de diante da minha face, e saiam.
E vi outro grande e admirável sinal no céu: sete anjos que tinham as sete últimas pragas, porque nelas é consumada a ira de Deus.
Notas de rodapé da LTT
As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
①
"para fora de": KJB e Bengel traduzem "ἐκ" como "acima, sobre".
a expressão "o lugar santo {3485 naos} do Tabernáculo do testemunho," v. Ap 15:5, parece indicar que, em 5, 6 e 8, {3485 naos} se refere ao lugar-santo, não ao Tabernáculo que o contém.
Gematria
Gematria é a numerologia hebraica, uma técnica de interpretação rabínica específica de uma linhagem do judaísmo que a linhagem Mística.
Sete (7)
Este número ocupa um lugar de relevância nas leis e costumes judaicos. Os ciclos normais na criação do mundo, o descanso, ou melhor, o reflexo dos atributos emocionais que o ser humano possui: Está intimamente ligado com assuntos sentimentais. Éuma expressão para uma dimensão espiritual. Também alude ao sustento, áj que quando es guarda oShabat (7° dia), cria-se oreceptáculo para o sustento abundante dos demais dias da semana. Todos os sétimos são queridos.
Sete (7)
Este número ocupa um lugar de relevância nas leis e costumes judaicos. Os ciclos normais na criação do mundo, o descanso, ou melhor, o reflexo dos atributos emocionais que o ser humano possui: Está intimamente ligado com assuntos sentimentais. Éuma expressão para uma dimensão espiritual. Também alude ao sustento, áj que quando es guarda oShabat (7° dia), cria-se oreceptáculo para o sustento abundante dos demais dias da semana. Todos os sétimos são queridos.
Sete (7)
Este número ocupa um lugar de relevância nas leis e costumes judaicos. Os ciclos normais na criação do mundo, o descanso, ou melhor, o reflexo dos atributos emocionais que o ser humano possui: Está intimamente ligado com assuntos sentimentais. Éuma expressão para uma dimensão espiritual. Também alude ao sustento, áj que quando es guarda oShabat (7° dia), cria-se oreceptáculo para o sustento abundante dos demais dias da semana. Todos os sétimos são queridos.
Sete (7)
Este número ocupa um lugar de relevância nas leis e costumes judaicos. Os ciclos normais na criação do mundo, o descanso, ou melhor, o reflexo dos atributos emocionais que o ser humano possui: Está intimamente ligado com assuntos sentimentais. Éuma expressão para uma dimensão espiritual. Também alude ao sustento, áj que quando es guarda oShabat (7° dia), cria-se oreceptáculo para o sustento abundante dos demais dias da semana. Todos os sétimos são queridos.
Mapas Históricos
Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
O Tabernáculo
século XV ou XIII a.C.
O QUE ERA O TABERNÁCULO? Enquanto o povo de Israel se encontrava acampado no deserto junto ao monte Sinai, o Senhor deu a Moisés instruções detalhadas para a construção de uma tenda de culto,' chamada de "santuário", "tabernáculo" e "tenda da congregação" O termo "tabernáculo" (da palavra latina tabernaculum, tenda) se referia à tenda de culto e ao átrio ao seu redor. A tenda propriamente dita era constituída do Santo Lugar, medindo 20 por 10 côvados (9 por 4,5 m) e do Lugar Santíssimo, também chamado de "Santo dos Santos", com 10 côvados (4,5 m) de cada lado, onde ficava a "arca da aliança". As duas partes do santuário eram separadas por uma cortina de fio azul, púrpura e escarlate. Ao redor da tenda de culto, havia um átrio retangular cercado de cortinas com 100 por 150 côvados (45 por 22,5 m). A estrutura era feita de madeira de acácia, resistente aos insetos como os cupins, comuns na península do Sinai. Sobre esta estrutura, era esticada uma cobertura feita de peles de carneiros e bodes, e de um animal cuja identificação ainda é incerta.? Há quem proponha que essas "peles finas" fossem provenientes de dugongos, mamíferos aquáticos encontrados no mar Vermelho, uma hipótese bem mais provável do que os "'exugos" mencionados na 5ersão Revista e Corrigida.
SANTUÁRIOS MÓVEIS DO EGITO E DO SINAI Moisés e seus artífices tinham à sua disposição a tecnologia egípcia tradicional de construção de santuários móveis. exemplo mais antigo do qual se tem conhecimento é estrutura de um pavilhão laminado em ouro da rainha Hetepheres (c. 2600 a.C.), a mãe de Khufu (Quéops), o faraó que construiu a grande pirâmide. Vários santuários móveis revestidos de ouro foram encontrados no túmulo do rei egípcio Tutankamon (1336-1327). Antes do êxodo, Moisés passou quarenta anos na península do Sinai com midianitas da família de sua esposa.? Um santuário em forma de tenda datado de 1100 a.C. proveniente de uma mina de core em Timna (Khibert Tibneh), no vale da Arabá ao sul do mar Morto, pode ter sido confeccionado por midianitas. Varas de madeira com vestígios de cortinas vermelhas e amarelas foram encontradas nesse local. Além da experiência egípcia, Moisés talvez tenha lançado mão de térnicas dos midianitas na construção do tabernáculo.
A MOBÍLIA DO TABERNÁCULO Vários objetos colocados no tabernáculo são descritos em detalhe em Êxodo 25:10-40; 27:1-8. O lugar de honra foi reservado para a "arca da aliança", uma arca de madeira de acácia revestida de ouro medindo 1,1 m de comprimento e 70 centímetros de largura e altura, contendo as duas tábuas de pedra onde os Dez Mandamentos haviam sido gravados. Sobre sua tampa de ouro maciço ficavam dois querubins com as asas estendidas. O nome dessa tampa, chamada tradicionalmente de "propiciatório", deriva do verbo hebraico "expiar" ou "fazer propiciação". Nas laterais da arca havia quatro argolas de ouro, pelas quais eram passadas varas de acácia revestidas de ouro para carregar a arca, um método semelhante àquele usado para carregar uma caixa encontrada no túmulo de Tutankamon Reconstituição do tabernáculo, a Arca da aliança e o candelabro de ouro podem ser vistos dentro da tenda de adoração.
Apêndices
Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Referências em Livro Espírita
Não foram encontradas referências em Livro Espírita.
Referências em Outras Obras
CARLOS TORRES PASTORINO
ap 15:3
Sabedoria do Evangelho - Volume 4
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13 CARLOS TORRES PASTORINO
MT 16:24-28
24. Jesus disse então o seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, neguese a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.
25. Porque aquele que quiser preservar sua alma. a perderá; e quem perder sua alma por minha causa, a achará.
26. Pois que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma?
27. Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com seus mensageiros, e então retribuirá a cada um segundo seu comportamento.
28. Em verdade vos digo, que alguns dos aqui presentes absolutamente experimentarão a morte até que o Filho do Homem venha em seu reino. MC 8:34-38 e MC 9:1
34. E chamando a si a multidão, junto com seus discípulos disse-lhes: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.
35. Porque quem quiser preservar sua alma, a perderá; e quem perder sua alma por amor de mim e da Boa-Nova, a preservará.
36. Pois que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?
37. E que daria um homem em troca de sua alma?
38. Porque se alguém nesta geração adúltera e errada se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, também dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na glória de seu Pai com seus santos mensageiros". 9:1 E disse-lhes: "Em verdade em verdade vos digo que há alguns dos aqui presentes, os quais absolutamente experimentarão a morte, até que vejam o reino de Deus já chegado em força".
LC 9:23-27
23. Dizia, então, a todos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me.
24. Pois quem quiser preservar sua alma, a perderá; mas quem perder sua alma por amor de mim, esse a preservará.
25. De fato, que aproveita a um homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar-se ou causar dano a si mesmo?
26. Porque aquele que se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória, na do Pai e na dos santos mensageiros.
27. Mas eu vos digo verdadeiramente, há alguns dos aqui presentes que não experimentarão a morte até que tenham visto o reino de Deus.
Depois do episódio narrado no último capítulo, novamente Jesus apresenta uma lição teórica, embora bem mais curta que as do Evangelho de João.
Segundo Mateus, a conversa foi mantida com Seus discípulos. Marcos, entretanto, revela que Jesu "chamou a multidão" para ouvi-la, como que salientando que a aula era "para todos"; palavras, aliás, textuais em Lucas.
Achava-se a comitiva no território não-israelita ("pagão") de Cesareia de Filipe, e certamente os moradores locais haviam observado aqueles homens e mulheres que perambulavam em grupo homogêneo.
Natural que ficassem curiosos, a "espiar" por perto. A esses, Jesus convida que se aproximem para ouvir os ensinamentos e as exigências impostas a todos os que ambicionavam o DISCIPULATO, o grau mais elevado dos três citados pelo Mestre: justos (bons), profetas (médiuns) e discípulos (ver vol. 3).
As exigências são apenas três, bem distintas entre si, e citadas em sequência gradativa da menor à maior. Observamos que nenhuma delas se prende a saber, nem a dizer, nem a crer, nem a fazer, mas todas se baseiam em SER. O que vale é a evolução interna, sem necessidade de exteriorizações, nem de confissões, nem de ritos.
No entanto, é bem frisada a vontade livre: "se alguém quiser"; ninguém é obrigado; a espontaneidade deve ser absoluta, sem qualquer coação física nem moral. Analisemos.
Vimos, no episódio anterior, o Mestre ordenar a Pedro que "se colocasse atrás Dele". Agora esclarece: " se alguém QUER ser SEU discípulo, siga atrás Dele". E se tem vontade firme e inabalável, se o QUER, realize estas três condições:
1. ª - negue-se a si mesmo (Lc. arnésasthô; Mat. e Mr. aparnésasthô eautón).
2. ª - tome (carregue) sua cruz (Lc. "cada dia": arátô tòn stáurou autoú kath"hêméran);
3. ª - e siga-me (akoloutheítô moi).
Se excetuarmos a negação de si mesmo, já ouvíramos essas palavras em MT 10:38 (vol. 3).
O verbo "negar-se" ou "renunciar-se" (aparnéomai) é empregado por Isaías (Isaías 31:7) para descrever o gesto dos israelitas infiéis que, esclarecidos pela derrota dos assírios, rejeitaram ou negaram ou renunciaram a seus ídolos. E essa é a atitude pedida pelo Mestre aos que QUEREM ser Seus discípulos: rejeitar o ídolo de carne que é o próprio corpo físico, com sua sequela de sensações, emoções e intelectualismo, o que tudo constitui a personagem transitória a pervagar alguns segundos na crosta do planeta.
Quanto ao "carregar a própria cruz", já vimos (vol. 3), o que significava. E os habitantes da Palestina deviam estar habituados a assistir à cena degradante que se vinha repetindo desde o domínio romano, com muita frequência. Para só nos reportarmos a Flávio Josefo, ele cita-nos quatro casos em que as crucificações foram em massa: Varus que fez crucificar 2. 000 judeus, por ocasião da morte, em 4 A. C., de Herodes o Grande (Ant. Jud. 17. 10-4-10); Quadratus, que mandou crucificar todos os judeus que se haviam rebelado (48-52 A. D.) e que tinham sido aprisionados por Cumarus (Bell. Jud. 2. 12. 6); em 66 A. D. até personagens ilustres foram crucificadas por Gessius Florus (Bell. Jud. 2. 14. 9); e Tito que, no assédio de Jerusalém, fez crucificar todos os prisioneiros, tantos que não havia mais nem madeira para as cruzes, nem lugar para plantá-las (Bell. Jud. 5. 11. 1). Por aí se calcula quantos milhares de crucificações foram feitas antes; e o espetáculo do condenado que carregava às costas o instrumento do próprio suplício era corriqueiro. Não se tratava, portanto, de uma comparação vazia de sentido, embora constituindo uma metáfora. E que o era, Lucas encarrega-se de esclarecê-lo, ao acrescentar "carregue cada dia a própria cruz". Vemos a exigência da estrada de sacrifícios heroicamente suportados na luta do dia a dia, contra os próprios pendores ruins e vícios.
A terceira condição, "segui-Lo", revela-nos a chave final ao discipulato de tal Mestre, que não alicia discípulos prometendo-lhes facilidades nem privilégios: ao contrário. Não basta estudar-Lhe a doutrina, aprofundar-Lhe a teologia, decorar-Lhe as palavras, pregar-Lhe os ensinamentos: é mister SEGUILO, acompanhando-O passo a passo, colocando os pés nas pegadas sangrentas que o Rabi foi deixando ao caminhar pelas ásperas veredas de Sua peregrinação terrena. Ele é nosso exemplo e também nosso modelo vivo, para ser seguido até o topo do calvário.
Aqui chegamos a compreender a significação plena da frase dirigida a Pedro: "ainda és meu adversário (porque caminhas na direção oposta a mim, e tentas impedir-me a senda dolorosa e sacrificial): vai para trás de mim e segue-me; se queres ser meu discípulo, terás que renunciar a ti mesmo (não mais pensando nas coisas humanas); que carregar também tua cruz sem que me percas de vista na dura, laboriosa e dorida ascensão ao Reino". Mas isto, "se o QUERES" ... Valerá a pena trilhar esse áspero caminho cheio de pedras e espinheiros?
O versículo seguinte (repetição, com pequena variante de MT 10:39; cfr. vol. 3) responde a essa pergunta.
As palavras dessa lição são praticamente idênticas nos três sinópticos, demonstrando a impress ão que devem ter causado nos discípulos.
Sim, porque quem quiser preservar sua alma (hós eán thélei tên psychên autòn sõsai) a perderá (apolêsei autên). Ainda aqui encontramos o verbo sôzô, cuja tradução "salvar" (veja vol. 3) dá margem a tanta ambiguidade atualmente. Neste passo, a palavra portuguesa "preservar" (conservar, resguardar) corresponde melhor ao sentido do contexto. O verbo apolesô "perder", só poderia ser dado também com a sinonímia de "arruinar" ou "degradar" (no sentido etimológico de "diminuir o grau").
E o inverso é salientado: "mas quem a perder "hós d"án apolésêi tên psychên autoú), por minha causa (héneken emoú) - e Marcos acrescenta "e da Boa Nova" (kaì toú euaggelíou) - esse a preservará (sósei autén, em Marcos e Lucas) ou a achará (heurêsei autén, em Mateus).
A seguir pergunta, como que explicando a antinomia verbal anterior: "que utilidade terá o homem se lucrar todo o mundo físico (kósmos), mas perder - isto é, não evoluir - sua alma? E qual o tesouro da Terra que poderia ser oferecido em troca (antállagma) da evolução espiritual da criatura? Não há dinheiro nem ouro que consiga fazer um mestre, riem que possa dar-se em troca de uma iniciação real.
Bens espirituais não podem ser comprados nem "trocados" por quantias materiais. A matemática possui o axioma válido também aqui: quantidades heterogêneas não podem somar-se.
O versículo seguinte apresenta variantes.
MATEUS traz a afirmação de que o Filho do Homem virá com a glória de seu Pai, em companhia de Seus Mensageiros (anjos), para retribuir a cada um segundo seus atos. Traduzimos aqui dóxa por "glória" (veja vol. 1 e vol. 3), porque é o melhor sentido dentro do contexto. E entendemos essa glória como sinônimo perfeito da "sintonia vibratória" ou a frequência da tônica do Pai (Verbo, Som). A atribui ção a cada um segundo "seus atos" (tên práxin autoú) ou talvez, bem melhor, de acordo com seu comportamento, com a "prática" da vida diária. Não são realmente os atos, sobretudo isolados (mesmo os heroicos) que atestarão a Evolução de uma criatura, mas seu comportamento constante e diuturno.
MARCOS diz que se alguém, desta geração "adúltera", isto é, que se tornou "infiel" a Deus, traindo-O por amar mais a matéria que o espírito, e "errada" na compreensão das grandes verdades, "se envergonhar" (ou seja "desafinar", não-sintonizar), também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier com a glória do Pai, em companhia de Seus mensageiros (anjos).
LUCAS repete as palavras de Marcos (menos a referência à Boa Nova), salientando, porém, que o Filho do Homem virá com Sua própria glória, com a glória do Pai, e com a glória dos santos mensageiros (anjos).
E finalmente o último versículo, em que só Mateus difere dos outros dois, os quais, no entanto, nos parecem mais conformes às palavras originais.
Afirma o Mestre "alguns dos aqui presentes" (eisin tines tõn hõde hestótõn), os quais não experimentar ão (literalmente: "não saborearão, ou mê geúsôntai) a morte, até que vejam o reino de Deus chegar com poder. Mateus em vez de "o reino de Deus", diz "o Filho do Homem", o que deu margem à expectativa da parusia (ver vol. 3), ainda para os indivíduos daquela geração.
Entretanto, não se trata aqui, de modo algum, de uma parusia escatológica (Paulo avisa aos tessalonicenses que não o aguardem "como se já estivesse perto"; cfr. 1. ª Tess. 2: lss), mas da descoberta e conquista do "reino de Deus DENTRO de cada um" (cfr. LC 17:21), prometido para alguns "dos ali presentes" para essa mesma encarnação.
A má interpretação provocou confusões. Os gnósticos (como Teodósio), João Crisóstomo, Teofilacto e outros - e modernamente o cardeal Billot, S. J. (cfr. "La Parousie", pág. 187), interpretam a "vinda na glória do Filho do Homem" como um prenúncio da Transfiguração; Cajetan diz ser a Ressurreição;
Godet acha que foi Pentecostes; todavia, os próprios discípulos de Jesus, contemporâneos dos fatos, não interpretaram assim, já que após a tudo terem assistido, inclusive ao Pentecostes, continuaram esperando, para aqueles próximos anos, essa vinda espetacular. Outros recuaram mais um pouco no tempo, e viram essa "vinda gloriosa" na destruição de Jerusalém, como "vingança" do Filho do Homem; isso, porém, desdiz o perdão que Ele mesmo pedira ao Pai pela ignorância de Seus algozes (D. Calmet, Knabenbauer, Schanz, Fillion, Prat, Huby, Lagrange); e outros a interpretaram como sendo a difusão do cristianismo entre os pagãos (Gregório Magno, Beda, Jansênio, Lamy).
Penetremos mais a fundo o sentido.
Na vida literária e artística, em geral, distinguimos nitidamente o "aluno" do "discípulo". Aluno é quem aprende com um professor; discípulo é quem segue a trilha antes perlustrada por um mestre. Só denominamos "discípulo" aquele que reproduz em suas obras a técnica, a "escola", o estilo, a interpretação, a vivência do mestre. Aristóteles foi aluno de Platão, mas não seu discípulo. Mas Platão, além de ter sido aluno de Sócrates, foi também seu discípulo. Essa distinção já era feita por Jesus há vinte séculos; ser Seu discípulo é segui-Lo, e não apenas "aprender" Suas lições.
Aqui podemos desdobrar os requisitos em quatro, para melhor explicação.
Primeiro: é necessário QUERER. Sem que o livre-arbítrio espontaneamente escolha e decida, não pode haver discipulato. Daí a importância que assume, no progresso espiritual, o aprendizado e o estudo, que não podem limitar-se a ouvir rápidas palavras, mas precisam ser sérios, contínuos e profundos.
Pois, na realidade, embora seja a intuição que ilumina o intelecto, se este não estiver preparado por meio do conhecimento e da compreensão, não poderá esclarecer a vontade, para que esta escolha e resolva pró ou contra.
O segundo é NEGAR-SE a si mesmo. Hoje, com a distinção que conhecemos entre o Espírito (individualidade) e a personagem terrena transitória (personalidade), a frase mais compreensível será: "negar a personagem", ou seja, renunciar aos desejos terrenos, conforme ensinou Sidarta Gotama, o Buddha.
Cientificamente poderíamos dizer: superar ou abafar a consciência atual, para deixar que prevaleça a super-consciência.
Essa linguagem, entretanto, seria incompreensível àquela época. Todavia, as palavras proferidas pelo Mestre são de meridiana clareza: "renunciar a si mesmo". Observando-se que, pelo atraso da humanidade, se acredita que o verdadeiro eu é a personagem, e que a consciência atual é a única, negar essa personagem e essa consciência exprime, no fundo, negar-se "a si mesmo". Diz, portanto, o Mestre: " esse eu, que vocês julgam ser o verdadeiro eu, precisa ser negado". Nada mais esclarece, já que não teria sido entendido pela humanidade de então. No entanto, aqueles que seguissem fielmente Sua lição, negando seu eu pequeno e transitório, descobririam, por si mesmos, automaticamente, em pouco tempo, o outro Eu, o verdadeiro, coisa que de fato ocorreu com muitos cristãos.
Talvez no início possa parecer, ao experimentado: desavisado, que esse Eu verdadeiro seja algo "externo".
Mas quando, por meio da evolução, for atingido o "Encontro Místico", e o Cristo Interno assumir a supremacia e o comando, ele verificará que esse Divino Amigo não é um TU desconhecido, mas antes constitui o EU REAL. Além disso, o Mestre não se satisfez com a explanação teórica verbal: exemplificou, negando o eu personalístico de "Jesus", até deixá-lo ser perseguido, preso, caluniado, torturado e assassinado. Que Lhe importava o eu pequeno? O Cristo era o verdadeiro Eu Profundo de Jesus (como de todos nós) e o Cristo, com a renúncia e negação do eu de Jesus, pode expandir-se e assumir totalmente o comando da personagem humana de Jesus, sendo, às vezes, difícil distinguir quando falava e agia "Jesus" e quando agia e falava "o Cristo". Por isso em vez de Jesus, temos nele O CRISTO, e a história o reconhece como "Jesus", O CRISTO", considerando-o como homem (Jesus) e Deus (Cristo).
Essa anulação do eu pequeno fez que a própria personagem fosse glorificada pela humildade, e o nome humano negado totalmente se elevasse acima de tudo, de tal forma que "ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na Terra e debaixo da terra" (Filp. 2:10).
Tudo isso provocou intermináveis discussões durante séculos, por parte dos que não conseguiram penetrar a realidade dos acontecimentos, caracterizados, então, de "mistério": são duas naturezas ou uma? Como se realizou a união hipostática? Teria a Divindade absorvido a humanidade?
Por que será que uma coisa tão clara terá ficado incompreendida por tantos luminares que trataram deste assunto? O Eu Profundo de todas as criaturas é o Deus Interno, que se manifestará em cada um exatamente na proporção em que este renunciar ao eu pequeno (personagem), para deixar campo livre à expressão do Cristo Interno Divino. Todos somos deuses (cfr. Salmo 81:6 e JO 10:34) se negarmos totalmente nosso eu pequeno (personagem humana), deixando livre expansão à manifestação do Cristo que em todos habita. Isso fez Jesus. Se a negação for absoluta e completa, poderemos dizer com Paulo que, nessa criatura, "habita a plenitude da Divindade" (CL 2:9). E a todos os que o fizerem, ser-lhes-á exaltado o nome acima de toda criação" (cfr. Filp. 2:5-11).
Quando isto tiver sido conseguido, a criatura "tomará sua cruz cada dia" (cada vez que ela se apresentar) e a sustentará galhardamente - quase diríamos triunfalmente - pois não mais será ela fonte de abatimentos e desânimos, mas constituirá o sofrimento-por-amor, a dor-alegria, já que é a "porta estreita" (MT 7:14) que conduzirá à felicidade total e infindável (cfr. Pietro Ubaldi, "Grande Síntese, cap. 81).
No entanto, dado o estágio atual da humanidade, a cruz que temos que carregar ainda é uma preparação para o "negar-se". São as dores físicas, as incompreensões morais, as torturas do resgate de carmas negativos mais ou menos pesados, em vista do emaranhado de situações aflitivas, das "montanhas" de dificuldades que se erguem, atravancando nossos caminhos, do sem-número de moléstias e percalços, do cortejo de calúnias e martírios inomináveis e inenarráveis.
Tudo terá que ser suportado - em qualquer plano - sem malsinar a sorte, sem desesperos, sem angústias, sem desfalecimentos nem revoltas, mas com aceitação plena e resignação ativa, e até com alegria no coração, com a mais sólida, viva e inabalável confiança no Cristo-que-é-nosso-Eu, no Deus-
Imanente, na Força-Universal-Inteligente e Boa, que nos vivifica e prepara, de dentro de nosso âmago mais profundo, a nossa ascensão real, até atingirmos TODOS, a "plena evolução crística" (EF 4:13).
A quarta condição do discipulato é também clara, não permitindo ambiguidade: SEGUI-LO. Observese a palavra escolhida com precisão. Poderia ter sido dito "imitá-Lo". Seria muito mais fraco. A imitação pode ser apenas parcial ou, pior ainda, ser simples macaqueação externa (usar cabelos compridos, barbas respeitáveis, vestes talares, gestos estudados), sem nenhuma ressonância interna.
Não. Não é imitá-Lo apenas, é SEGUI-LO. Segui-Lo passo a passo pela estrada evolutiva até atingir a meta final, o ápice, tal como Ele o FEZ: sem recuos, sem paradas, sem demoras pelo caminho, sem descanso, sem distrações, sem concessões, mas marchando direto ao alvo.
SEGUI-LO no AMOR, na DEDICAÇÃO, no SERVIÇO, no AUTO-SACRIFÍCIO, na HUMILDADE, na RENÚNCIA, para que de nós se possa afirmar como Dele foi feito: "fez bem todas as coisas" (MC 7. 37) e: "passou pela Terra fazendo o bem e curando" (AT 10:38).
Como Mestre de boa didática, não apresenta exigências sem dar as razões. Os versículos seguintes satisfazem a essa condição.
Aqui, como sempre, são empregados os termos filosóficos com absoluta precisão vocabular (elegantia), não deixando margem a qualquer dúvida. A palavra usada é psychê, e não pneuma; é alma e nã "espírito" (em adendo a este capítulo daremos a "constituição do homem" segundo o Novo Testamento).
A alma (psychê) é a personagem humana em seu conjunto de intelecto-emoções, excluído o corpo denso e as sensações do duplo etérico. Daí a definição da resposta 134 do "Livro dos Espíritos": "alma é o espírito encarnado", isto é, a personagem humana que habita no corpo denso.
Aí está, pois, a chave para a interpretação do "negue-se a si mesmo": esse eu, a alma, é a personagem que precisa ser negada, porque, quem não quiser fazê-lo, quem pretender preservar esse eu, essa alma, vai acabar perdendo-a, já que, ao desencarnar, estará com "as mãos vazias". Mas aquele que por causa do Cristo Interno - renunciar e perder essa personagem transitória, esse a encontrará melhorada (Mateus), esse a preservará da ruína (Marcos e Lucas).
E prossegue: que adiantará acumular todas as riquezas materiais do mundo, se a personalidade vai cair no vazio? Nada de material pode ser-lhe comparado. No entanto, se for negada, será exaltada sobre todas as coisas (cfr. o texto acima citado, Filp. 2:5-11).
Todas e qualquer evolução do Espírito é feita exclusivamente durante seu mergulho na carne (veja atrás). Só através das personagens humanas haverá ascensão espiritual, por meio do "ajustamento sintônico". Então, necessidade absoluta de consegui-lo, não "se envergonhando", isto é, não desafinando da tônica do Pai (Som) que tudo cria, governa e mantém. Enfrentar o mundo sem receio, sem" respeitos humanos", e saber recusá-lo também, para poder obter o Encontro Místico com o Cristo Interno. Se a criatura "se envergonha" e se retrai, (não sintoniza) não é possível conseguir o Contato Divino, e o Filho do Homem também a evitará ("se envergonhará" dessa criatura). Só poderá haver a" descida da graça" ou a unificação com o Cristo, "na glória (tônica) do Pai (Som-Verbo), na glória (tônica) do próprio Cristo (Eu Interno), na glória de todos os santos mensageiros", se houver a coragem inquebrantável de romper com tudo o que é material e terreno, apagando as sensações, liquidando as emoções, calando o intelecto, suplantando o próprio "espírito" encarnado, isto é, PERDENDO SUA ALMA: só então "a achará", unificada que estará com o Cristo, Nele mergulhada (batismo), "como a gota no oceano" (Bahá"u"lláh). Realmente, a gota se perde no oceano mas, inegavelmente, ao deixar de ser gota microscópica, ela se infinitiva e se eterniza tornando-se oceano...
Em Mateus é-nos dado outro aviso: ao entrar em contato com a criatura, esta "receberá de acordo com seu comportamento" (pláxin). De modo geral lemos nas traduções correntes "de acordo com suas obras". Mas isso daria muito fortemente a ideia de que o importante seria o que o homem FAZ, quando, na realidade, o que importa é o que o homem É: e a palavra comportamento exprime-o melhor que obras; ora, a palavra do original práxis tem um e outro sentido.
Evidentemente, cada ser só poderá receber de acordo com sua capacidade, embora todos devam ser cheios, replenos, com "medida sacudida e recalcada" (cfr. Lc. 5:38).
Mas há diferença de capacidade entre o cálice, o copo, a garrafa, o litro, o barril, o tonel... De acordo com a própria capacidade, com o nível evolutivo, com o comportamento de cada um, ser-lhe-á dado em abundância, além de toda medida. Figuremos uma corrente imensa, que jorra permanentemente luz e força, energia e calor. O convite é-nos feito para aproximar-nos e recolher quanto quisermos.
Acontece, porém, que cada um só recolherá conforme o tamanho do vasilhame que levar consigo.
Assim o Cristo Imanente e o Verbo Criador e Conservador SE DERRAMAM infinitamente. Mas nós, criaturas finitas, só recolheremos segundo nosso comportamento, segundo a medida de nossa capacidade.
Não há fórmulas mágicas, não há segredos iniciáticos, não peregrinações nem bênçãos de "mestres", não há sacramentos nem sacramentais, que adiantem neste terreno. Poderão, quando muito, servir como incentivo, como animação a progredir, mas por si, nada resolvem, já que não agem ex ópere operantis nem ex opere operatus, mas sim ex opere recipientis: a quantidade de recebimento estará de acordo com a capacidade de quem recebe, não com a grandeza de quem dá, nem com o ato de doação.
E pode obter-se o cálculo de capacidade de cada um, isto é, o degrau evolutivo em que se encontra no discipulato de Cristo, segundo as várias estimativas das condições exigidas:
a) - pela profundidade e sinceridade na renúncia ao eu personalístico, quando tudo é feito sem cogitar de firmar o próprio nome, sem atribuir qualquer êxito ao próprio merecimento (não com palavras, mas interiormente), colaborando com todos os "concorrentes", que estejam em idêntica senda evolutiva, embora nos contrariem as ideias pessoais, mas desde que sigam os ensinos de Cristo;
b) - pela resignação sem queixas, numa aceitação ativa, de todas as cruzes, que exprimam atos e palavras contra nós, maledicências e calúnias, sem respostas nem defesas, nem claras nem veladas (já nem queremos acenar à contra-ataques e vinganças).
c) - pelo acompanhar silencioso dos passos espirituais no caminho do auto-sacrifício por amor aos outros, pela dedicação integral e sem condições; no caminho da humildade real, sem convencimentos nem exterioridades; no caminho do serviço, sem exigências nem distinções; no caminho do amor, sem preferências nem limitações. O grau dessas qualidades, todas juntas, dará uma ideia do grau evolutivo da criatura.
Assim entendemos essas condições: ou tudo, à perfeição; ou pouco a pouco, conquistando uma de cada vez. Mas parado, ninguém ficará. Se não quiser ir espontaneamente, a dor o aguilhoará, empurrandoo para a frente de qualquer forma.
No entanto, uma promessa relativa à possibilidade desse caminho é feita claramente: "alguns dos que aqui estão presentes não experimentarão a morte até conseguirem isso". A promessa tanto vale para aquelas personagens de lá, naquela vida física, quanto para os Espíritos ali presentes, garantindo-selhes que não sofreriam queda espiritual (morte), mas que ascenderiam em linha reta, até atingir a meta final: o Encontro Sublime, na União mística absoluta e total.
Interessante a anotação de Marcos quando acrescenta: O "reino de Deus chegado em poder". Durante séculos se pensou no poder externo, a espetacularidade. Mas a palavra "en dynámei" expressa muito mais a força interna, o "dinamismo" do Espírito, a potencialidade crística a dinamizar a criatura em todos os planos.
O HOMEM NO NOVO TESTAMENTO
O Novo Testamento estabelece, com bastante clareza, a constituição DO HOMEM, dividindo o ser encarnado em seus vários planos vibratórios, concordando com toda a tradição iniciática da Índia e Tibet, da China, da Caldeia e Pérsia, do Egito e da Grécia. Embora não encontremos o assunto didaticamente esquematizado em seus elementos, o sentido filosófico transparece nítido dos vários termos e expressões empregados, ao serem nomeadas as partes constituintes do ser humano, ou seja, os vários níveis em que pode tornar-se consciente.
Algumas das palavras são acolhidas do vocabulário filosófico grego (ainda que, por vezes, com pequenas variações de sentido); outras são trazidas da tradição rabínica e talmúdica, do centro iniciático que era a Palestina, e que já entrevemos usadas no Antigo Testamento, sobretudo em suas obras mais recentes.
A CONCEPÇÃO DA DIVINDADE
Já vimos (vol, 1 e vol. 3 e seguintes), que DEUS, (ho théos) é apresentado, no Novo Testamento, como o ESPÍRITO SANTO (tò pneuma tò hágion), o qual se manifesta através do Pai (patêr) ou Lógos (Som Criador, Verbo), e do Filho Unigênito (ho hyiós monogenês), que é o Cristo Cósmico.
DEUS NO HOMEM
Antes de entrar na descrição da concepção do homem, no Novo Testamento, gostaríamos de deixar tem claro nosso pensamento a respeito da LOCALIZAÇÃO da Centelha Divina ou Mônada NO CORA ÇÃO, expressão que usaremos com frequência.
A Centelha (Partícula ou Mônada) é CONSIDERADA por nós como tal; mas, na realidade, ela não se separa do TODO (cfr. vol. 1); logo, ESTÁ NO TODO, e portanto É O TODO (cfr. JO 1:1).
O "TODO" está TODO em TODAS AS COISAS e em cada átomo de cada coisa (cfr. Agostinho, De Trin. 6, 6 e Tomás de Aquino, Summa Theologica, I, q. 8, art. 2, ad 3um; veja vol. 3, pág. 145).
Entretanto, os seres e as coisas acham-se limitados pela forma, pelo espaço, pelo tempo e pela massa; e por isso afirmamos que em cada ser há uma "centelha" ou "partícula" do TODO. No entanto, sendo o TODO infinito, não tem extensão; sendo eterno, é atemporal; sendo indivisível, não tem dimensão; sendo O ESPÍRITO, não tem volume; então, consequentemente, não pode repartir-se em centelhas nem em partículas, mas é, concomitantemente, TUDO EM TODAS AS COISAS (cfr. l. ª Cor. 12:6).
Concluindo: quando falamos em "Centelha Divina" e quando afirmamos que ela está localizada no coração, estamos usando expressões didáticas, para melhor compreensão do pensamento, dificílimo (quase impossível) de traduzir-se em palavras.
De fato, porém, a Divindade está TODA em cada célula do corpo, como em cada um dos átomos de todos os planos espirituais, astrais, físicos ou quaisquer outros que existam. Em nossos corpos físicos e astral, o coração é o órgão preparado para servir de ponto de contato com as vibrações divinas, através, no físico, do nó de Kait-Flake e His; então, didaticamente, dizemos que "o coração é a sede da Centelha Divina".
A CONCEPÇÃO DO HOMEM
O ser humano (ánthrôpos) é considerado como integrado por dois planos principais: a INDIVIDUALIDADE (pneuma) e a PERSONAGEM ou PERSONALIDADE; esta subdivide-se em dois: ALMA (psychê) e CORPO (sôma).
Mas, à semelhança da Divindade (cfr. GN 1:27), o Espírito humano (individualidade ou pneuma) possui tríplice manifestação: l. ª - a CENTELHA DIVINA, ou Cristo, partícula do pneuma hágion; essa centelha que é a fonte de todo o Espirito, está localizada e representada quase sempre por kardia (coração), a parte mais íntima e invisível, o âmago, o Eu Interno e Profundo, centro vital do homem;
2. ª - a MENTE ESPIRITUAL, parte integrante e inseparável da própria Centelha Divina. A Mente, em sua função criadora, é expressa por noús, e está também sediada no coração, sendo a emissora de pensamentos e intuições: a voz silenciosa da super-consciência;
3. ª - O ESPÍRITO, ou "individualização do Pensamento Universal". O "Espírito" propriamente dito, o pneuma, surge "simples e ignorante" (sem saber), e percorre toda a gama evolutiva através dos milênios, desde os mais remotos planos no Antissistema, até os mais elevados píncaros do Sistema (Pietro Ubaldi); no entanto, só recebe a designação de pneuma (Espírito) quando atinge o estágio hominal.
Esses três aspectos constituem, englobamente, na "Grande Síntese" de Pietro Ubaldi, o "ALPHA", o" espírito".
Realmente verificamos que, de acordo com GN 1:27, há correspondência perfeita nessa tríplice manifesta ção do homem com a de Deus: A - ao pneuma hágion (Espírito Santo) correspondente a invisível Centelha, habitante de kardía (coração), ponto de partida da existência;
B - ao patêr (Pai Criador, Verbo, Som Incriado), que é a Mente Divina, corresponde noús (a mente espiritual) que gera os pensamentos e cria a individualização de um ser;
C - Ao Filho Unigênito (Cristo Cósmico) corresponde o Espírito humano, ou Espírito Individualizado, filho da Partícula divina, (a qual constitui a essência ou EU PROFUNDO do homem); a individualidade é o EU que percorre toda a escala evolutiva, um Eu permanente através de todas as encarnações, que possui um NOME "escrito no livro da Vida", e que terminará UNIFICANDO-SE com o EU PROFUNDO ou Centelha Divina, novamente mergulhando no TODO. (Não cabe, aqui, discutir se nessa unificação esse EU perde a individualidade ou a conserva: isso é coisa que está tão infinitamente distante de nós no futuro, que se torna impossível perceber o que acontecerá).
No entanto, assim como Pneuma-Hágion, Patêr e Hyiós (Espírito-Santo, Pai e Filho) são apenas trê "aspectos" de UM SÓ SER INDIVISÍVEL, assim também Cristo-kardía, noús e pneuma (CristoSABEDORIA DO EVANGELHO coração, mente espiritual e Espírito) são somente três "aspectos" de UM SÓ SER INDIVÍVEL, de uma criatura humana.
ENCARNAÇÃO
Ao descer suas vibrações, a fim de poder apoiar-se na matéria, para novamente evoluir, o pneuma atinge primeiro o nível da energia (o BETA Ubaldiano), quando então a mente se "concretiza" no intelecto, se materializa no cérebro, se horizontaliza na personagem, começando sua "crucificação". Nesse ponto, o pneuma já passa a denominar-se psychê ou ALMA. Esta pode considerar-se sob dois aspectos primordiais: a diánoia (o intelecto) que é o "reflexo" da mente, e a psychê propriamente dita isto é, o CORPO ASTRAL, sede das emoções.
Num último passo em direção à matéria, na descida que lhe ajudará a posterior subida, atinge-se então o GAMA Ubaldiano, o estágio que o Novo Testamento designa com os vocábulos diábolos (adversário) e satanás (antagonista), que é o grande OPOSITOR do Espírito, porque é seu PÓLO NEGATIVO: a matéria, o Antissistema. Aí, na matéria, aparece o sôma (corpo), que também pode subdividir-se em: haima (sangue) que constitui o sistema vital ou duplo etérico e sárx (carne) que é a carapaça de células sólidas, último degrau da materialização do espírito.
COMPARAÇÃO
Vejamos se com um exemplo grosseiro nos faremos entender, não esquecendo que omnis comparatio claudicat.
Observemos o funcionamento do rádio. Há dois sistemas básicos: o transmissor (UM) e os receptores (milhares, separados uns dos outros).
Consideremos o transmissor sob três aspectos: A - a Força Potencial, capaz de transmitir;
B - a Antena Emissora, que produz as centelas;
C - a Onda Hertziana, produzida pelas centelhas.
Mal comparando, aí teríamos:
a) - o Espirito-Santo, Força e Luz dos Universos, o Potencial Infinito de Amor Concreto;
b) - o Pai, Verbo ou SOM, ação ativa de Amante, que produz a Vida
c) - o Filho, produto da ação (do Som), o Amado, ou seja, o Cristo Cósmico que permeia e impregna tudo.
Não esqueçamos que TUDO: atmosfera, matéria, seres e coisas, no raio de ação do transmissor, ficam permeados e impregnados em todos os seus átomos com as vibrações da onda hertziana, embora seja esta invisível e inaudível e insensível, com os sentidos desarmados; e que os três elementos (Força- Antena e Onda) formam UM SÓ transmissor o Consideremos, agora, um receptor. Observaremos que a recepção é feita em três estágios:
a) - a captação da onda
b) - sua transformação
c) - sua exteriorização Na captação da onda, podemos distinguir - embora a operação seja uma só - os seguintes elementos: A - a onda hertziana, que permeia e impregna todos os átomos do aparelho receptor, mas que é captada realmente apenas pela antena;
B - o condensador variável, que estabelece a sintonia com a onda emitida pelo transmissor. Esses dois elementos constituem, de fato, C - o sistema RECEPTOR INDIVIDUAL de cada aparelho. Embora a onda hertziana seja UMA, emitida pelo transmissor, e impregne tudo (Cristo Cósmico), nós nos referimos a uma onda que entra no aparelho (Cristo Interno) e que, mesmo sendo perfeita; será recebida de acordo com a perfeição relativa da antena (coração) e do condensador variável (mente). Essa parte representaria, então, a individualidade, o EU PERFECTÍVEL (o Espírito).
Observemos, agora, o circuito interno do aparelho, sem entrar em pormenores, porque, como dissemos, a comparação é grosseira. Em linhas gerais vemos que a onda captada pelo sistema receptor propriamente dito, sofre modificações, quando passa pelo circuito retificador (que transforma a corrente alternada em contínua), e que representaria o intelecto que horizontaliza as ideias chegadas da mente), e o circuito amplificador, que aumenta a intensidade dos sinais (que seria o psiquismo ou emoções, próprias do corpo astral ou alma).
Uma vez assim modificada, a onda atinge, com suas vibrações, o alto-falante que vibra, reproduzindo os sinais que chegam do transmissor isto é, sentindo as pulsações da onda (seria o corpo vital ou duplo etérico, que nos dá as sensações); e finalmente a parte que dá sonoridade maior, ou seja, a caixa acústica ou móvel do aparelho (correspondente ao corpo físico de matéria densa).
Ora, quanto mais todos esses elementos forem perfeitos, tanto mais fiel e perfeito será a reprodução da onda original que penetrou no aparelho. E quanto menos perfeitos ou mais defeituosos os elementos, mais distorções sofrerá a onda, por vezes reproduzindo, em guinchos e roncos, uma melodia suave e delicada.
Cremos que, apesar de suas falhas naturais, esse exemplo dá a entender o funcionamento do homem, tal como conhecemos hoje, e tal como o vemos descrito em todas as doutrinas espiritualistas, inclusive
—veremos agora quiçá pela primeira vez - nos textos do Novo Testamento.
Antes das provas que traremos, o mais completas possível, vejamos um quadro sinóptico: θεός DEUS πνεϋµα άγιον Espírito Santo λόγος Pai, Verbo, Som Criador υίός - Χριστό CRISTO - Filho Unigênito άνθρωπος HOMEM иαρδία - Χριστ
ό CRISTO - coração (Centelha)
πνεϋµα νους mente individualidade πνεϋµα Espírito φυΧή διάγοια intelecto alma φυΧή corpo astral personagem σώµα αίµα sangue (Duplo) corpo σάρ
ξ carne (Corpo)
A - O EMPREGO DAS PALAVRAS
Se apresentada pela primeira vez, como esta, uma teoria precisa ser amplamente documentada e comprovada, para que os estudiosos possam aprofundar o assunto, verificando sua realidade objetiva. Por isso, começaremos apresentando o emprego e a frequência dos termos supracitados, em todos os locais do Novo Testamento.
KARDÍA
Kardía expressa, desde Homero (Ilíada, 1. 225) até Platão (Timeu, 70 c) a sede das faculdades espirituais, da inteligência (ou mente) e dos sentimentos profundos e violentos (cfr. Ilíada, 21,441) podendo até, por vezes, confundir-se com as emoções (as quais, na realidade, são movimentos da psychê, e não propriamente de kardía). Jesus, porém, reiteradamente afirma que o coração é a fonte primeira em que nascem os pensamentos (diríamos a sede do Eu Profundo).
Com este último sentido, a palavra kardía aparece 112 vezes, sendo que uma vez (MT 12:40) em sentido figurado.
MT 5:8, MT 5:28; 6:21; 9:4; 11:29; 12:34 13-15(2x),19; 15:8,18,19; 18;35; 22;37; 24:48; MC 2:6, MC 2:8; 3:5;
Noús não é a "fonte", mas sim a faculdade de criar pensamentos, que é parte integrante e indivisível de kardía, onde tem sede. Já Anaxágoras (in Diógenes Laércio, livro 2. º, n. º 3) diz que noús (o Pensamento Universal Criador) é o "’princípio do movimento"; equipara, assim, noús a Lógos (Som, Palavra, Verbo): o primeiro impulsionador dos movimentos de rotação e translação da poeira cósmica, com isso dando origem aos átomos, os quais pelo sucessivo englobamento das unidades coletivas cada vez mais complexas, formaram os sistemas atômicos, moleculares e, daí subindo, os sistemas solares, gal áxicos, e os universos (cfr. vol. 3. º).
Noús é empregado 23 vezes com esse sentido: o produto de noús (mente) do pensamento (nóêma), usado 6 vezes (2. ª Cor. 2:11:3:14; 4:4; 10:5; 11:3; Filp. 4:7), e o verbo daí derivado, noeín, empregado
14 vezes (3), sendo que com absoluta clareza em João (João 12:40) quando escreve "compreender com o coração" (noêsôsin têi kardíai).
LC 24. 45; RM 1:28; RM 7:23, RM 7:25; 11:34; 12:2; 14. 5; l. ª Cor. 1. 10; 2:16:14:14,15,19; EF 4:17, EF 4:23; Filp.
Pneuma, o sopro ou Espírito, usado 354 vezes no N. T., toma diversos sentidos básicos: MT 15:17; MT 16:9, MT 16:11; 24:15; MC 7:18; MC 8:17; MC 13:14; JO 12:40; RM 1:20; EF 3:4, EF 3:20; 1. ª Tim. 1:7;
2. ª Tim. 2:7; HB 11:13
1. Pode tratar-se do ESPÍRITO, caracterizado como O SANTO, designando o Amor-Concreto, base e essência de tudo o que existe; seria o correspondente de Brahman, o Absoluto. Aparece com esse sentido, indiscutivelmente, 6 vezes (MT 12:31, MT 12:32; MC 3:29; LC 12:10; JO 4:24:1. ª Cor. 2:11).
Os outros aspectos de DEUS aparecem com as seguintes denominações:
a) - O PAI (ho patêr), quando exprime o segundo aspecto, de Criador, salientando-se a relação entre Deus e as criaturas, 223 vezes (1); mas, quando se trata do simples aspecto de Criador e Conservador da matéria, é usado 43 vezes (2) o vocábulo herdado da filosofia grega, ho lógos, ou seja, o Verbo, a Palavra que, ao proferir o Som Inaudível, movimenta a poeira cósmica, os átomos, as galáxias.
(1) MT 5:16, MT 5:45, MT 5:48; MT 6:1, MT 6:4, MT 6:6, MT 6:8,9,14,15,26,32; 7:11,21; 10:20,29,32,33; 11:25,27; 12:50; 13:43; 15:13; 16:17,27; 18:10,14,19,35; 20:23; 23:9; 24:36; 25:34:26:29,39,42,53; MC 8:25; MC 11:25, MC 11:32; MC 11:14:36; LC 2:49; LC 2:6:36;9:26;10:21,22;11:2,13;12:30,32;22:29,42;23:34,46;24:49;JO 1:14, JO 1:18; JO 1:2:16;3:35;4:21,23;5:1 7,18,19,20,21,22,23,26,36,37,43,45,46,27,32,37,40,44,45,46,57,65;8:18,19,27,28,38,41,42,49,54;10:1 5,17,18,19,25,29,30,32,35,38;11:41;12:26,27,28,49,50;13:1,3;14:2,6,7,8,9,10,11,13,16,20,21,24,26,28, 31,15:1,8,9,10,15,16,23,24,26;16:3,10,15,17,25,26,27,28,32;17:1,5,11,21,24,25; 18:11; 20:17,21;AT 1:4, AT 1:7; AT 1:2:33;Rom. 1:7;6:4;8:15;15:6;1. º Cor. 8:6; 13:2; 15:24; 2. º Cor. 1:2,3; 6:18; 11:31; Gól. 1:1,3,4; 4:6; EF 1:2, EF 1:3, EF 1:17; EF 2:18; EF 2:3:14; 4:6; 5:20; FP 1:2; FP 2:11; FP 4:20; CL 1:2, CL 1:3, CL 1:12:3:17; 1. 0 Teõs. 1:1,3; 3:11,13; 2° Tess. 1:1 2; : 2:16; 1. º Tim. 1:2; 2. º Tim. 1:2; TT 1:4; Flm. 3; HB 1:5; HB 12:9; Tiago 1:17, Tiago 1:27:3:9; 1° Pe. 1:2,3,17; 2. º Pe. 1:17, 1. º JO 1:2,3; 2:1,14,15,16, 22,23,24; 3:1; 4:14; 2. º JO 3,4,9; Jud. 9; AP 1:6; AP 2:28; AP 3:5, AP 3:21; 14:1. (2) MT 8:8; LC 7:7; JO 1:1, JO 1:14; 5:33; 8:31,37,43,51,52,55; 14:23,24; 15:20; 17:61417; 1. º Cor. 1:13; 2. º Cor. 5:19; GL 6:6; Filp. 2:6; Cor. 1:25; 3:16; 4:3; 1. º Tess. 1:6; 2. º Tess. 3:1; 2. º Tim. 2:9; Heb. : 12; 6:1; 7:28; 12:9; Tiago, 1:21,22,23; 1. ° Pe. 1:23; 2. º Pe. 3:5,7; 1. º JO 1:1,10; 2:5,7,14; AP 19:13.
b) - O FILHO UNIGÊNITO (ho hyiós monogenês), que caracteriza o CRISTO CÓSMICO, isto é, toda a criação englobadamente, que é, na realidade profunda, um dos aspectos da Divindade. Não se trata, como é claro, de panteísmo, já que a criação NÃO constitui a Divindade; mas, ao invés, há imanência (Monismo), pois a criação é UM DOS ASPECTOS, apenas, em que se transforma a Divindade. Esta, além da imanência no relativo, é transcendente como Absoluto; além da imanência no tempo, é transcendente como Eterno; além da imanência no finito, é transcendente como Infinito.
A expressão "Filho Unigênito" só é usada por João (1:14,18; 13:16,18 e 1. a JO 4:9). Em todos os demais passos é empregado o termo ho Christós, "O Ungido", ou melhor, "O Permeado pela Divindade", que pode exprimir tanto o CRISTO CÓSMICO que impregna tudo, quanto o CRISTO INTERNO, se o olhamos sob o ponto de vista da Centelha Divina no âmago da criatura.
Quando não é feita distinção nos aspectos manifestantes, o N. T. emprega o termo genérico ho theós Deus", precedido do artigo definido.
2. Além desse sentido, encontramos a palavra pneuma exprimindo o Espírito humano individualizado; essa individualização, que tem a classificação de pneuma, encontra-se a percorrer a trajetória de sua longa viagem, a construir sua própria evolução consciente, através da ascensão pelos planos vibratórios (energia e matéria) que ele anima em seu intérmino caminhar. Notemos, porém, que só recebe a denominação de pneuma (Espírito), quando atinge a individualização completa no estado hominal (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 79: "Os Espíritos são a individualização do Princípio Inteligente, isto é, de noús).
Logicamente, portanto, podemos encontrar espíritos em muitos graus evolutivos, desde os mais ignorantes e atrasados (akátharton) e enfermos (ponêrón) até os mais evoluídos e santos (hágion).
Todas essas distinções são encontradas no N. T., sendo de notar-se que esse termo pneuma pode designar tanto o espírito encarnado quanto, ao lado de outros apelativos, o desencarnado.
Eis, na prática, o emprego da palavra pneuma no N. T. :
MT 8:16; MT 10:1; MT 12:43, MT 12:45; MC 1:23, MC 1:27; 3:11, 30; 5:2, 8, 13; 6:7; 7:25; 9:19; LC 4:36; LC 6:18; LC 7:21; LC 8:2; LC 10:20; LC 11:24, LC 11:26; 13:11; AT 5:16; AT 8:7; AT 16:16, AT 19:12, AT 19:13, AT 19:15, AT 19:16; RM 11:8:1. ° Cor. 2:12; 2. º Cor. 11:4; EF 2:2; 1. º Pe. 3:19; 1. º JO 4:2, 6; AP 13:15; AP 16:13; AP 18:2.
c) - pneuma como "espírito" no sentido abstrato de "caráter", 7 vezes: (JO 6:63; RM 2:29; 1. ª Cor. 2:12:4:21:2. ª Cor. 4:13; GL 6:1 e GL 6:2. ª Tim. 1:7)
d) - pneuma no sentido de "sopro", 1 vez: 2. ª Tess. 2:8 Todavia, devemos acrescentar que o espírito fora da matéria recebia outros apelativo, conforme vimos (vol. 1) e que não é inútil recordar, citando os locais.
PHÁNTASMA, quando o espírito, corpo astral ou perispírito se torna visível; termo que, embora frequente entre os gregos, só aparece, no N. T., duas vezes (MT 14:26 e MC 6:49).
ÁGGELOS (Anjo), empregado 170 vezes, designa um espírito evoluído (embora nem sempre de categoria acima da humana); essa denominação específica que, no momento em que é citada, tal entidade seja de nível humano ou supra-humano - está executando uma tarefa especial, como encarrega de "dar uma mensagem", de "levar um recado" de seus superiores hierárquicos (geralmente dizendo-se "de Deus"): MT 1:20, MT 1:24; 2:9, 10, 13, 15, 19, 21; 4:6, 11; 8:26; 10:3, 7, 22; 11:10, 13; 12:7, 8, 9, 10, 11, 23; 13:39, 41, 49; 16:27; 18:10; 22:30; 24:31, 36; 25:31, 41; 26:53; 27:23; 28:2, 5; MC 1:2, MC 1:13; 8:38; 12:25; 13:27, 32; LC 1:11, LC 1:13, LC 1:18, LC 1:19, 26, 30, 34, 35, 38; 4:10, 11; 7:24, 27; 9:26, 52; 12:8; 16:22; 22:43; 24:23; JO 1:51; JO 12:29; JO 20:12 AT 5:19; AT 6:15; AT 7:30, AT 7:35, AT 7:38, AT 7:52; 12:15; 23:8, 9; RM 8:38; 1. ° Cor. 4:9; 6:3; 11:10; 13:1; 2. º Cor. 11:14; 12:7; GL 1:8; GL 3:19; GL 4:14; CL 2:18; 2. º Tess. 1:7; 1. ° Tim. 3:16; 5:21; HB 1:4, HB 1:5, HB 1:6, HB 1:7, 13; 2:2, 5, 7, 9, 16; 12:22; 13:2; Tiago 2:25; 1. º Pe. 1:4, 11; Jud. 6; AP 1:1, AP 1:20; 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 5, 7, 9, 14; 5:2, 11; 7:1, 11; 8:2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 13; 9:1, 11, 13, 14, 15; 10:1, 5, 7, 8, 9, 10; 11:15; 12:7, 9, 17; 14:6, 9, 10, 15, 17, 18, 19; 15:1, 6, 7, 8, 10; 16:1, 5; 17:1, 7; 18:1, 21; 19:17; 20:1; 21:9, 12, 17; 22:6, 8, 16. BEEZEBOUL, usado 7 vezes: (MT 7. 25; 12:24, 27; MC 3:22; LC 11:15, LC 11:18, LC 11:19) só nos Evangelhos, é uma designação de chefe" de falange, "cabeça" de espíritos involuído.
DAIMÔN (uma vez, em MT 8:31) ou DAIMÓNION, 55 vezes, refere-se sempre a um espírito familiar desencarnado, que ainda conserva sua personalidade humana mesmo além túmulo. Entre os gregos, esse termo designava quer o eu interno, quer o "guia". Já no N. T. essa palavra identifica sempre um espírito ainda não-esclarecido, não evoluído, preso à última encarnação terrena, cuja presença prejudica o encarnado ao qual esteja ligado; tanto assim que o termo "demoníaco" é, para Tiago, sinônimo de "personalístico", terreno, psíquico. "não é essa sabedoria que desce do alto, mas a terrena (epígeia), a personalista (psychike), a demoníaca (demoniôdês). (Tiago, 3:15)
MT 7:22; MT 9:33, MT 9:34; 12:24, 27, 28; 10:8; 11:18; 17:18; MC 1:34, MC 1:39; 3:15, 22; 6:13; 7:26, 29, 30; 9:38; 16:9, 17; LC 4:33, LC 4:35, LC 4:41; 7:33; 8:2, 27, 29, 30, 33, 35, 38; 9:1, 42, 49; 10:17; 11:14, 15, 18, 19, 20; 13:32; JO 7:2; JO 8:48, JO 8:49, JO 8:52; 10:20, 21; AT 17:18; 1. ª Cor. 10:20, 21; 1. º Tim. 4:1; Tiago 2:16; Apoc 9:20; 16:24 e 18:2.
Ao falar de desencarnados, aproveitemos para observar como era designado o fenômeno da psicofonia: I - quando se refere a uma obsessão, com o verbo daimonízesthai, que aparece 13 vezes (MT 4:24;
8:16, 28, 33; 9:32; 12:22; 15:22; Marc 1:32; 5:15, 16, 18; LC 8:36; JO 10:21, portanto, só empregado pelos evangelistas).
II - quando se refere a um espírito evoluído, encontramos as expressões:
• "cheio de um espírito (plêrês, LC 4:1; AT 6:3, AT 6:5; 7:55; 11:24 - portanto só empregado por Lucas);
• "encher-se" (pimplánai ou plêthein, LC 1:15, LC 1:41, LC 1:67; AT 2:4; AT 4:8, AT 4:31; 9:17; 13:19 - portanto, só usado por Lucas);
• "conturbar-se" (tarássein), JO 11:33 e JO 13:21).
Já deixamos bem claro (vol 1) que os termos satanás ("antagonista"), diábolos ("adversário") e peirázôn ("tentador") jamais se referem, no N. T., a espíritos desencarnados, mas expressam sempre "a matéria, e por conseguinte também a "personalidade", a personagem humana que, com seu intelecto vaidoso, se opõe, antagoniza e, como adversário natural do espírito, tenta-o (como escreveu Paulo: "a carne (matéria) luta contra o espírito e o espírito contra a carne", GL 5:17).
Esses termos aparecem: satanãs, 33 vezes (MT 4:10; MT 12:26; MT 16:23; MC 1:13; MC 3:23, MC 3:26; 4:15; 8:33; LC 10:18; LC 11:18; LC 13:16; LC 22:3; JO 13:27, JO 13:31; AT 5:3; AT 26:18; RM 16:20; 1. º Cor. 5:5; 7:5; 2. º Cor. 2:11; 11:14; 12:17; 1. ° Tess. 2:18; 2. º Tess. 2:9; 1. º Tim. 1:20; 5:15; AP 2:9, AP 2:13, AP 2:24; 3:9; 12:9; 20:2, 7); diábolos, 35 vezes (MT 4:1, MT 4:5, MT 4:8, MT 4:11; 13:39; 25:41; LC 4:2, LC 4:3, LC 4:6, LC 4:13; 8:12; JO 6:70; JO 8:44; JO 13:2; AT 10:38; AT 13:10; EF 4:27; EF 6:11; 1. º Tim. 3:6, 7, 11; 2. º Tim. 2:26; 3:3 TT 2:3; HB 2:14; Tiago, 4:7; 1. º Pe. 5:8; 1. º JO 3:8, 10; Jud. 9; AP 2:10; AP 12:9, AP 12:12; 20:2,10) e peirázôn, duas vezes (MT 4:3 e MT 4:1. ª Tess. 3:5).
DIÁNOIA
Diánoia exprime a faculdade de refletir (diá+noús), isto é, o raciocínio; é o intelecto que na matéria, reflete a mente espiritual (noús), projetando-se em "várias direções" (diá) no mesmo plano. Usado 12 vezes (MT 22:37; MC 12:30: LC 1:51; LC 10:27: EF 2:3; EF 4:18; CL 1:21; HB 8:10; HB 10:16; 1. ª Pe. 1:13; 2. ª Pe. 3:1; 1. ª JO 5:20) na forma diánoia; e na forma dianóêma (o pensamento) uma vez em LC 11:17. Como sinônimo de diánoia, encontramos, também, synesis (compreensão) 7 vezes (MC 12:33; LC 2:47; 1. ª Cor. 1:19; EF 3:4; CL 1:9 e CL 2:2; e 2. ª Tim. 2:7). Como veremos logo abaixo, diánoia é parte inerente da psychê, (alma).
PSYCHÊ
Psychê é a ALMA, isto é, o "espírito encarnado (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 134: " alma é o espírito encarnado", resposta dada, evidentemente, por um "espírito" afeito à leitura do Novo Testamento).
A psychê era considerada pelos gregos como o atualmente chamado "corpo astral", já que era sede dos desejos e paixões, isto é, das emoções (cfr. Ésquilo, Persas, 841; Teócrito, 16:24; Xenofonte, Ciropedia, 6. 2. 28 e 33; Xen., Memoráveis de Sócrates, 1. 13:14; Píndaro, Olímpicas, 2. 125; Heródoto, 3. 14; Tucídides, 2. 40, etc.) . Mas psychê também incluía, segundo os gregos, a diánoia ou synesis, isto é, o intelecto (cfr. Heródoto, 5. 124; Sófocles, Édipo em Colona, 1207; Xenofonte, Hieron, 7. 12; Plat ão, Crátilo, 400 a).
No sentido de "espírito" (alma de mortos) foi usada por Homero (cfr. Ilíada 1. 3; 23. 65, 72, 100, 104;
Odisseia, 11. 207,213,222; 24. 14 etc.), mas esse sentido foi depressa abandonado, substituído por outros sinônimos (pnenma, eikôn, phántasma, skiá, daimôn, etc.) .
Psychê é empregado quase sempre no sentido de espírito preso à matéria (encarnado) ou seja, como sede da vida, e até como a própria vida humana, isto é, a personagem terrena (sede do intelecto e das emoções) em 92 passos: Mar. 2:20; 6:25; 10:28, 39; 11:29; 12:18; 16:25, 26; 20:28; 22:37; 26:38; MC 3:4; MC 8:35, MC 8:36, MC 8:37; 10:45; 12:30; 14:34; LC 1:46; LC 2:35; LC 6:9; LC 9:24(2x), 56; 10:27; 12:19, 20, 22, 23; 14:26; 17:33; 21:19; JO 10:11, JO 10:15, JO 10:17, JO 10:18, 24; 12:25, 27; 13:37, 38; 15:13; AT 2:27, AT 2:41, AT 2:43; 3:23; 4:32; 7:14; 14:2, 22; 15:24, 26; 20:10, 24; 27:10, 22, 37, 44; RM 2:9; RM 11:3; RM 13:1; RM 16:4; 1. º Cor. 15:45; 2. º Cor. 1:23; 12:15; EF 6:6; CL 3:23; Flp. 1:27; 2:30; 1. º Tess. 2:8; 5:23; HB 4:12; HB 6:19; HB 10:38, HB 10:39; 12:3; 13:17; Tiago 1:21; Tiago 5:20; 1. º Pe. 1:9, 22; 2:11, 25; 4:19; 2. º Pe. 2:8, 14; 1. º JO 3:16; 3. º JO 2; AP 12:11; AP 16:3; AP 18:13, AP 18:14.
Note-se, todavia, que no Apocalipse (6:9:8:9 e 20:4) o termo é aplicado aos desencarnados por morte violenta, por ainda conservarem, no além-túmulo, as características da última personagem terrena.
O adjetivo psychikós é empregado com o mesmo sentido de personalidade (l. ª Cor. 2:14; 15:44, 46; Tiago, 3:15; Jud. 19).
Os outros termos, que entre os gregos eram usados nesse sentido de "espírito desencarnado", o N. T.
não os emprega com essa interpretação, conforme pode ser verificado:
SKIÁ (sombra) - MT 4:16; MC 4:32; LC 1:79; AT 5:15; CL 2:17; HB 8:5; HB 10:1.
Também entre os gregos, desde Homero, havia a palavra thumós, que era tomada no sentido de alma encarnada". Teve ainda sentidos diversos, exprimindo "coração" quer como sede do intelecto, quer como sede das paixões. Fixou-se, entretanto, mais neste último sentido, e toda, as vezes que a deparamos no Novo Testamento é, parece, com o designativo "força". (Cfr. LC 4:28; AT 19:28; RM 2:8; 2. ª Cor. 12:20; GL 5:20; EF 4:31; CL 3:8; HB 11:27; AP 12:12; AP 14:8, AP 14:10, AP 14:19; 15:1, 7; 16:1, 19; 18:3 e 19:15)
SOMA
Soma exprime o corpo, geralmente o físico denso, que é subdividido em carne (sárx) e sangue (haima), ou seja, que compreende o físico denso e o duplo etérico (e aqui retificamos o que saiu publicado no vol. 1, onde dissemos que "sangue" representava o astral).
Já no N. T. encontramos uma antecipação da moderna qualificação de "corpos", atribuída aos planos ou níveis em que o homem pode tornar-se consciente. Paulo, por exemplo, emprega soma para os planos espirituais; ao distinguir os "corpos" celestes (sómata epouránia) dos "corpos" terrestres (sómata epígeia), ele emprega soma para o físico denso (em lugar de sárx), para o corpo astral (sôma psychikôn) e para o corpo espiritual (sôma pneumatikón) em 1. ª Cor. 15:40 e 44.
No N. T. soma é empregado ao todo 123 vezes, sendo 107 vezes no sentido de corpo físico-denso (material, unido ou não à psychê);
MT 5:29, MT 5:30; 6:22, 25; 10:28(2x); 26:12; 27:58, 59; MC 5:29; MC 14:8; MC 15:43; LC 11:34; LC 12:4, LC 12:22, LC 12:23; 17:37; 23:52, 55; 24:3, 23; JO 2:21; JO 19:31, JO 19:38, JO 19:40; 20:12; Aros. 9:40; RM 1:24; RM 4:19; RM 6:6, RM 6:12; 7:4, 24; 8:10, 11, 13, 23; 12:1, 4; 1. º Cor. 5:13; 6:13(2x), 20; 7:4(2x), 34; 9:27; 12:12(3x),14, 15(2x), 16 (2x), 17, 18, 19, 20, 22, 23, 24, 25; 13:3; 15:37, 38(2x) 40). 2. 0 Cor. 4:40; 5:610; 10:10; 12:2(2x); Gól. 6:17; EF 2:16; EF 5:23, EF 5:28; Ft. 3:21; CL 2:11, CL 2:23; 1. º Tess. 5:23; HB 10:5, HB 10:10, HB 10:22; 13:3, 11; Tiago 2:11, Tiago 2:26; 3:2, 3, 6; 1. º Pe. 2:24; Jud. 9; AP 18:13. Três vezes como "corpo astral" (MT 27:42; 1. ª Cor. 15:14, duas vezes); duas vezes como "corpo espiritual" (1. º Cor. 15:41); e onze vezes com sentido simbólico, referindo-se ao pão, tomado como símbolo do corpo de Cristo (MT 26:26; MC 14:22; LC 22:19; RM 12:5; 1. ª Cor. 6:15; 10:16, 17; 11:24; 12:13, 27; EF 1:23; EF 4:4, EF 4:12, EF 4:16; Filp. 1:20; CL 1:18, CL 1:22; 2:17; 3:15).
HAIMA
Haima, o sangue, exprime, como vimos, o corpo vital, isto é, a parte que dá vitalização à carne (sárx), a qual, sem o sangue, é simples cadáver.
O sangue era considerado uma entidade a parte, representando o que hoje chamamos "duplo etérico" ou "corpo vital". Baste-nos, como confirmação, recordar que o Antigo Testamento define o sangue como "a alma de toda carne" (LV 17:11-14). Suma importância, por isso, é atribuída ao derramamento de sangue, que exprime privação da "vida", e representa quer o sacrifício em resgate de erros e crimes, quer o testemunho de uma verdade.
A palavra é assim usada no N. T. :
a) - sangue de vítimas (HB 9:7, HB 9:12, HB 9:13, HB 9:18, 19, 20, 21, 22, 25; 10:4; 11:28; 13:11). Observe-se que só nessa carta há preocupação com esse aspecto;
b) - sangue de Jesus, quer literalmente (MT 27:4, MT 27:6, MT 27:24, MT 27:25; LC 22:20; JO 19:34; AT 5:28; AT 20:28; RM 5:25; RM 5:9; EF 1:7; EF 2:13; CL 1:20; HB 9:14; HB 10:19, HB 10:29; 12:24; 13:12, 20; 1. ª Pe. 1:2,19; 1. ª JO 1:7; 5:6, 8; AP 1:5; AP 5:9; AP 7:14; AP 12:11); quer simbolicamente, quando se refere ao vinho, como símbolo do sangue de Cristo (MT 26:28; MC 14:24; JO 6:53, JO 6:54, JO 6:55, JO 6:56; 1. ª Cor. 10:16; 11:25, 27).
c) - o sangue derramado como testemunho de uma verdade (MT 23:30, MT 23:35; 27:4; LC 13:1; AT 1:9; AT 18:6; AT 20:26; AT 22:20; RM 3:15; HB 12:4; AP 6:10; 14,: 20; 16:6; 17:6; 19:2, 13).
d) - ou em circunstâncias várias (MC 5:25, MC 5:29; 16:7; LC 22:44; JO 1:13; AT 2:19, AT 2:20; 15:20, 29; 17:26; 21:25; 1. ª Cor. 15:50; GL 1:16; EF 6:12; HB 2:14; AP 6:12; AP 8:7; AP 15:3, AP 15:4; 11:6).
SÁRX
Sárx é a carne, expressão do elemento mais grosseiro do homem, embora essa palavra substitua, muitas vezes, o complexo soma, ou seja, se entenda, com esse termo, ao mesmo tempo "carne" e "sangue".
Apesar de ter sido empregada simbolicamente por Jesus (JO 6:51, JO 6:52, JO 6:53, JO 6:54, 55 e 56), seu uso é mais literal em todo o resto do N. T., em 120 outros locais: MT 19:56; MT 24:22; MT 26:41; MC 10:8; MC 13:20; MC 14:38; LC 3:6; LC 24:39; JO 1:14; JO 3:6(2x); 6:63; 8:15; 17:2; AT 2:7, AT 2:26, AT 2:31; RM 1:3; RM 2:28; RM 3:20; RM 4:1; RM 6:19; RM 7:5, RM 7:18, RM 7:25; 8:3, 4(2x), 5(2x), 6, 7, 8, 9, 13(2x); 9:358; 11:14; 13:14; 1. º Cor. 1:2629; 5:5; 6:16; 7:28;10:18; 15:39(2x),50; 2. º Cor. 1:17; 4:11; 5:16; 7:1,5; 10:2,3(2x); 1:18; 12:7; GL 2:16, GL 2:20; 3:3; 4:13, 14, 23; 5:13, 16, 17, 19, 24; 6:8(2x), 12, 13; EF 2:3, EF 2:11, EF 2:14; 5:29, 30, 31; 6:5; CL 1:22, CL 1:24; 2:1, 5, 11, 13, 18, 23; 3:22, 24; 3:34; 1. º Tim. 3:6; Flm. 16; HB 5:7; HB 9:10, HB 9:13; 10:20; 12:9; Tiago 5:3; 1. º Pe. 1:24; 3;18, 21; 4:1, 2, 6; 2. º Pe. 2:10, 18; 1. º JO 2:16; 4:2; 2. º JO 7; Jud. 7, 8, 23; AP 17:16; AP 19:21.
B - TEXTOS COMPROBATÓRIOS
Respiguemos, agora, alguns trechos do N. T., a fim de comprovar nossas conclusões a respeito desta nova teoria.
Comecemos pela distinção que fazemos entre individualidade (ou Espírito) e a personagem transitória humana.
INDIVIDUALIDADE- PERSONAGEM
Encontramos essa distinção explicitamente ensinada por Paulo (l. ª Cor. 15:35-50) que classifica a individualidade entre os "corpos celestiais" (sómata epouránia), isto é, de origem espiritual; e a personagem terrena entre os "corpos terrenos" (sómata epígeia), ou seja, que têm sua origem no próprio planeta Terra, de onde tiram seus elementos constitutivos (físicos e químicos). Logo a seguir, Paulo torna mais claro seu pensamento, denominando a individualidade de "corpo espiritual" (sôma pneumatikón) e a personagem humana de "corpo psíquico" (sôma psychikón). Com absoluta nitidez, afirma que a individualidade é o "Espírito vivificante" (pneuma zoopioún), porque dá vida; e que a personagem, no plano já da energia, é a "alma que vive" (psychê zôsan), pois recebe vida do Espírito que lhe constitui a essência profunda.
Entretanto, para evitar dúvidas ou más interpretações quanto ao sentido ascensional da evolução, assevera taxativamente que o desenvolvimento começa com a personalidade (alma vivente) e só depois que esta se desenvolve, é que pode atingir-se o desabrochar da individualidade (Espírito vivificante).
Temos, pois, bem estabelecida a diferença fundamental, ensinada no N. T., entre psychê (alma) e pneuma (Espírito).
Mas há outros passos em que esses dois elementos são claramente distinguidos:
1) No Cântico de Maria (LC 1:46) sentimos a diferença nas palavras "Minha alma (psychê) engrandece o Senhor e meu Espírito (pneuma) se alegra em Deus meu Salvador".
2) Paulo (Filp. 1:27) recomenda que os cristãos tenham "um só Espírito (pneuma) e uma só alma (psychê), distinção desnecessária, se não expressassem essas palavras coisas diferentes.
3) Ainda Paulo (l. ª Tess. 5:23) faz votos que os fiéis "sejam santificados e guardados no Espírito (pneuma) na alma (psychê) e no corpo (sôma)", deixando bem estabelecida a tríade que assinalamos desde o início.
4) Mais claro ainda é o autor da Carta dos Hebreus (quer seja Paulo Apolo ou Clemente Romano), ao
. utilizar-se de uma expressão sintomática, que diz: "o Logos Divino é Vivo, Eficaz; e mais penetrante que qualquer espada, atingindo até a divisão entre o Espirito (pneuma) e a alma (psychê)" (HB 4:12); aí não há discussão: existe realmente uma divisão entre espírito e alma.
5) Comparando, ainda, a personagem (psiquismo) com a individualidade Paulo afirma que "fala não palavras aprendidas pela sabedoria humana, mas aprendidas do Espírito (divino), comparando as coisas espirituais com as espirituais"; e acrescenta, como esclarecimento e razão: "o homem psíquico (ho ánthrôpos psychikós, isto é, a personagem intelectualizada) não percebe as coisas do Espírito Divino: são tolices para ele, e não pode compreender o que é discernido espiritualmente; mas o homem espiritual (ho ánthrôpos pneumatikós, ou, seja, a individualidade) discerne tudo, embora não seja discernido por ninguém" (1. ª Cor. 2:13-15).
Portanto, não há dúvida de que o N. T. aceita os dois aspectos do "homem": a parte espiritual, a tríade superior ou individualidade (ánthrôpos pneumatikós) e a parte psíquica, o quaternário inferior ou personalidade ou personagem (ánthrôpos psychikós).
O CORPO
Penetremos, agora, numa especificação maior, observando o emprego da palavra soma (corpo), em seu complexo carne-sangue, já que, em vários passos, não só o termo sárx é usado em lugar de soma, como também o adjetivo sarkikós (ou sarkínos) se refere, como parte externa visível, a toda a personagem, ou seja, ao espírito encarnado e preso à matéria; e isto sobretudo naqueles que, por seu atraso, ainda acreditam que seu verdadeiro eu é o complexo físico, já que nem percebem sua essência espiritual.
Paulo, por exemplo, justifica-se de não escrever aos coríntios lições mais sublimes, porque não pode falar-lhes como a "espirituais" (pnenmatikoí, criaturas que, mesmo encarnadas, já vivem na individualidade), mas só como a "carnais" (sarkínoi, que vivem só na personagem). Como a crianças em Cristo (isto é, como a principiantes no processo do conhecimento crístico), dando-lhes leite a beber, não comida, pois ainda não na podem suportar; "e nem agora o posso, acrescenta ele, pois ainda sois carnais" (1. ª Cor. 3:1-2).
Dessa forma, todos os que se encontram na fase em que domina a personagem terrena são descritos por Paulo como não percebendo o Espírito: "os que são segundo a carne, pensam segundo a carne", em oposição aos "que são segundo o espírito, que pensam segundo o espírito". Logo a seguir define a "sabedoria da carne como morte, enquanto a sabedoria do Espírito é Vida e Paz" (Rom, 8:5-6).
Essa distinção também foi afirmada por Jesus, quando disse que "o espírito está pronto (no sentido de" disposto"), mas a carne é fraca" (MT 26:41; MC 14:38). Talvez por isso o autor da Carta aos Hebreus escreveu, ao lembrar-se quiçá desse episódio, que Jesus "nos dias de sua carne (quando encarnado), oferecendo preces e súplicas com grande clamor e lágrimas Àquele que podia livrá-lo da morte, foi ouvido por causa de sua devoção e, não obstante ser Filho de Deus (o mais elevado grau do adeptado, cfr. vol. 1), aprendeu a obediência por meio das coisas que sofreu" (Heb, 5:7-8).
Ora, sendo assim fraca e medrosa a personagem humana, sempre tendente para o mal como expoente típico do Antissistema, Paulo tem o cuidado de avisar que "não devemos submeter-nos aos desejos da carne", pois esta antagoniza o Espírito (isto é constitui seu adversário ou diábolos). Aconselha, então que não se faça o que ela deseja, e conforta os "que são do Espírito", assegurando-lhes que, embora vivam na personalidade, "não estão sob a lei" (GL 5:16-18). A razão é dada em outro passo: "O Senhor é Espírito: onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2. ª Cor. 3:17).
Segundo o autor da Carta aos Hebreus, esta foi uma das finalidades da encarnação de Jesus: livrar a personagem humana do medo da morte. E neste trecho confirma as palavras do Mestre a Nicodemos: "o que nasce de carne é carne" (JO 3:6), esclarecendo, ao mesmo tempo, no campo da psicobiologia, (o problema da hereditariedade: dos pais, os filhos só herdam a carne e o sangue (corpo físico e duplo etérico), já que a psychê é herdeira do pneuma ("o que nasce de espírito, é espírito", João, ibidem). Escreve, então: "como os filhos têm a mesma natureza (kekoinônêken) na carne e no sangue, assim ele (Jesus) participou da carne e do sangue para que, por sua morte, destruísse o adversário (diábolos, a matéria), o qual possui o império da morte, a fim de libertá-las (as criaturas), já que durante toda a vida elas estavam sujeitas ao medo da morte" (HB 2:14).
Ainda no setor da morte, Jesus confirma, mais uma vez, a oposição corpo-alma: "não temais os que matam o corpo: temei o que pode matar a alma (psychê) e o corpo (sôma)" (MT 10:28). Note-se, mais uma vez, a precisão (elegantia) vocabular de Jesus, que não fala em pneuma, que é indestrutível, mas em psychê, ou seja, o corpo astral sujeito a estragos e até morte.
Interessante observar que alguns capítulos adiante, o mesmo evangelista (MT 27:52) usa o termo soma para designar o corpo astral ou perispírito: "e muitos corpos dos santos que dormiam, despertaram".
Refere-se ao choque terrível da desencarnação de Jesus, que foi tão violento no plano astral, que despertou os desencarnados que se encontravam adormecidos e talvez ainda presos aos seus cadáveres, na hibernação dos que desencarnam despreparados. E como era natural, ao despertarem, dirigiram-se para suas casas, tendo sido percebidos pelos videntes.
Há um texto de Paulo que nos deixa em suspenso, sem distinguirmos se ele se refere ao corpo físico (carne) ou ao psíquico (astral): "conheço um homem em Cristo (uma individualidade já cristificada) que há catorze anos - se no corpo (en sômai) não sei, se fora do corpo (ektòs sômatos) não sei: Deus
sabe foi raptado ao terceiro céu" (l. ª Cor. 12:2). É uma confissão de êxtase (ou talvez de "encontro"?), em que o próprio experimentador se declara inapto a distinguir se se tratava de um movimento puramente espiritual (fora do corpo), ou se tivera a participação do corpo psíquico (astral); nem pode verificar se todo o processo se realizou com pneuma e psychê dentro ou fora do corpo.
Entretanto, de uma coisa ele tem certeza absoluta: a parte inferior do homem, a carne e o sangue, esses não participaram do processo. Essa certeza é tão forte, que ele pode ensinar taxativamente e sem titubeios, que o físico denso e o duplo etérico não se unificam com a Centelha Divina, não "entram no reino dos céus", sendo esta uma faculdade apenas de pneuma, e, no máximo, de psychê. E ele o diz com ênfase: "isto eu vos digo, irmãos, que a carne (sárx) e o sangue (haima) NÃO PODEM possuir o reino de Deus" (l. ª Cor. 15:50). Note-se que essa afirmativa é uma negação violenta do "dogma" da ressurreição da carne.
ALMA
Num plano mais elevado, vejamos o que nos diz o N. T. a respeito da psychê e da diánoia, isto é, da alma e do intelecto a esta inerente como um de seus aspectos.
Como a carne é, na realidade dos fatos, incapaz de vontades e desejos, que provêm do intelecto, Paulo afirma que "outrora andávamos nos desejos de nossa carne", esclarecendo, porém, que fazíamos "a vontade da carne (sárx) e do intelecto (diánoia)" (EF 2:3). De fato "o afastamento e a inimizade entre Espírito e corpo surgem por meio do intelecto" (CL 1. 21).
A distinção entre intelecto (faculdade de refletir, existente na personagem) e mente (faculdade inerente ao coração, que cria os pensamentos) pode parecer sutil, mas já era feita na antiguidade, e Jerem ías escreveu que YHWH "dá suas leis ao intelecto (diánoia), mas as escreve no coração" (JR 31:33, citado certo em HB 8:10, e com os termos invertidos em HB 10:16). Aí bem se diversificam as funções: o intelecto recebe a dádiva, refletindo-a do coração, onde ela está gravada.
Realmente a psychê corresponde ao corpo astral, sede das emoções. Embora alguns textos no N. T.
atribuam emoções a kardía, Jesus deixou claro que só a psychê é atingível pelas angústias e aflições, asseverando: "minha alma (psychê) está perturbada" (MT 26:38; MC 14:34; JO 12:27). Jesus não fala em kardía nem em pneuma.
A MENTE
Noús é a MENTE ESPIRITUAL, a individualizadora de pneuma, e parte integrante ou aspecto de kardía. E Paulo, ao salientar a necessidade de revestir-nos do Homem Novo (de passar a viver na individualidade) ordena que "nos renovemos no Espírito de nossa Mente" (EF 4:23-24), e não do intelecto, que é personalista e divisionário.
E ao destacar a luta entre a individualidade e a personagem encarnada, sublinha que "vê outra lei em seus membros (corpo) que se opõem à lei de sua mente (noús), e o aprisiona na lei do erro que existe em seus membros" (RM 7:23).
A mente espiritual, e só ela, pode entender a sabedoria do Cristo; e este não se dirige ao intelecto para obter a compreensão dos discípulos: "e então abriu-lhes a mente (noún) para que compreendessem as Escrituras" (LC 24:45). Até então, durante a viagem (bastante longa) ia conversando com os "discípulos de Emaús". falando-lhes ao intelecto e provando-lhes que o Filho do Homem tinha que sofrer; mas eles não O reconheceram. Mas quando lhes abriu a MENTE, imediatamente eles perceberam o Cristo.
Essa mente é, sem dúvida, um aspecto de kardía. Isaías escreveu: "então (YHWH) cegou-lhes os olhos (intelecto) e endureceu-lhes o coração, para que não vissem (intelectualmente) nem compreendessem com o coração" (IS 6:9; citado por JO 12:40).
O CORAÇÃO
Que o coração é a fonte dos pensamentos, nós o encontramos repetido à exaustão; por exemplo: MT 12:34; MT 15:18, MT 15:19; Marc 7:18; 18:23; LC 6:45; LC 9:47; etc.
Ora, se o termo CORAÇÃO exprime, límpida e indiscutivelmente, a fonte primeira do SER, o "quarto fechado" onde o "Pai vê no secreto" MT 6:6), logicamente se deduz que aí reside a Centelha Divina, a Partícula de pneuma, o CRISTO (Filho Unigênito), que é UNO com o Pai, que também, consequentemente, aí reside. E portanto, aí também está o Espírito-Santo, o Espírito-Amor, DEUS, de que nosso Eu é uma partícula não desprendida.
Razão nos assiste, então, quando escrevemos (vol. 1 e vol. 3) que o "reino de Deus" ou "reino dos céus" ou "o céu", exprime exatamente o CORAÇÃO; e entrar no reino dos céus é penetrar, é MERGULHAR (batismo) no âmago de nosso próprio EU. É ser UM com o CRISTO, tal como o CRISTO é UM com o PAI (cfr. JO 10. 30; 17:21,22, 23).
Sendo esta parte a mais importante para a nossa tese, dividamo-la em três seções:
a) - Deus ou o Espírito Santo habitam DENTRO DE nós;
b) - CRISTO, o Filho (UNO com o Pai) também está DENTRO de nós, constituindo NOSSA ESSÊNCIA PROFUNDA;
c) - o local exato em que se encontra o Cristo é o CORAÇÃO, e nossa meta, durante a encarnação, é CRISTIFICAR-NOS, alcançando a evolução crística e unificando-nos com Ele.
a) -
A expressão "dentro de" pode ser dada em grego pela preposição ENTOS que encontramos clara em LC (LC 17:21), quando afirma que "o reino de Deus está DENTRO DE VÓS" (entòs humin); mas tamb ém a mesma ideia é expressa pela preposição EN (latim in, português em): se a água está na (EM A) garrafa ou no (EM O) copo, é porque está DENTRO desses recipientes. Não pode haver dúvida. Recordese o que escrevemos (vol. 1): "o Logos se fez carne e fez sua residência DENTRO DE NÓS" (JO 1:14).
Paulo é categórico em suas afirmativas: "Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita dentro de vós" (1. ª Cor. 3:16).
Οΰи οίδατε ότι ναός θεοϋ έστε иαί τό πνεϋµα τοϋ θεοϋ έν ϋµϊν οίиεί;
E mais: "E não sabeis que vosso corpo é o templo do Espírito Santo que está dentro de vós, o qual recebestes de Deus, e não pertenceis a vós mesmos? Na verdade, fostes comprados por alto preço. Glorificai e TRAZEI DEUS EM VOSSO CORPO" (1. ª Cor. 6:19-20).
Esse Espírito Santo, que é a Centelha do Espírito Universal, é, por isso mesmo, idêntico em todos: "há muitas operações, mas UM só Deus, que OPERA TUDO DENTRO DE TODAS AS COISAS; ... Todas essas coisas opera o único e mesmo Espírito; ... Então, em UM Espírito todos nós fomos MERGULHADOS en: UMA carne, judeus e gentios, livres ou escravos" (1. ª Cor. 12:6, 11, 13).
Καί διαιρέσεις ένεργηµάτων είσιν, ό δέ αύτός θεός ό ένεργών τα πάντα έν πάσιν... Дάντα δέ ταύτα ένεργεί τό έν иαί τό αύτό πνεύµα... Кαί γάρ έν ένί πνεύµατι ήµείς πάντες είς έν σώµα έβαπτίσθηµεν, είτε ̉Ιουδαίοι εϊτε έλληνες, είτε δούλοι, εϊτε έλεύθεροι. Mais ainda: "Então já não sois hóspedes e estrangeiros, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus, superedificados sobre o fundamento dos Enviados e dos Profetas, sendo a própria pedra angular máxima Cristo Jesus: em Quem toda edificação cresce no templo santo no Senhor, no Qual tamb ém vós estais edificados como HABITAÇÃO DE DEUS NO ESPÍRITO" (EF 2:19-22). " Αρα ούν ούиέτι έστε ζένοι иαί πάροιиοι, άλλά έστε συµπολίται τών άγίων иαί οίиείοι τού θεού, έποιиοδοµηθέντες έπί τώ θεµελίω τών άποστόλων иαί προφητών, όντος άиρογωνιαίου αύτού Χριστόύ #cite Іησού, έν ώ πάσα οίиοδοµή συναρµολογουµένη αύζει είς ναόν άγιον έν иυρίώ, έν ώ иαί ύµείς συνοιиοδοµείσθε είς иατοιиητήεριον τού θεού έν πνεµατ
ι.
Se Deus habita DENTRO do homem e das coisas quem os despreza, despreza a Deus: "quem despreza estas coisas, não despreza homens, mas a Deus, que também deu seu Espírito Santo em vós" (1. ª Tess. 4:8).
João dá seu testemunho: "Ninguém jamais viu Deus. Se nos amarmos reciprocamente, Deus permanecer á DENTRO DE NÓS, e o Amor Dele, dentro de nós, será perfeito (ou completo). Nisto sabemos que permaneceremos Nele e Ele em nós, porque DE SEU ESPÍRITO deu a nós" (1. ª JO 4:12-13).
θεόν ούδείς πώποτε τεθέαται: έάν άγαπώµεν άλλήλους, ό θεός έν ήµϊν µένει, иαί ή άγάπη αύτοϋ τε- τελειωµένη έν ήµϊν έστιν. Εν τουτω γινώσиοµεν ότι έν αύτώ µένοµεν иαί αύτός έν ήµϊν, ότι έи τοϋ πνεύµατος αύτοϋ δέδώиεν ήµϊ
ν.
b) -
Vejamos agora os textos que especificam melhor ser o CRISTO (Filho) que, DENTRO DE NÓS. constitui a essência profunda de nosso ser. Não é mais uma indicação de que TEMOS a Divindade em nós, mas um ensino concreto de que SOMOS uma partícula da Divindade. Escreve Paulo: "Não sabeis que CRISTO (Jesus) está DENTRO DE VÓS"? (2. ª Cor. 13:5). E, passando àquela teoria belíssima de que formamos todos um corpo só, cuja cabeça é Cristo, ensina Paulo: "Vós sois o CORPO de Cristo, e membros de seus membros" (l. ª Cor. 12:27). Esse mesmo Cristo precisa manifestar-se em nós, através de nós: "vossa vida está escondida COM CRISTO em Deus; quando Cristo se manifestar, vós também vos manifestareis em substância" (CL 3:3-4).
E logo adiante insiste: "Despojai-vos do velho homem com seus atos (das personagens terrenas com seus divisionismos egoístas) e vesti o novo, aquele que se renova no conhecimento, segundo a imagem de Quem o criou, onde (na individualidade) não há gentio nem judeu, circuncidado ou incircunciso, bárbaro ou cita, escravo ou livre, mas TUDO e EM TODOS, CRISTO" (CL 3:9-11).
A personagem é mortal, vivendo a alma por efeito do Espírito vivificante que nela existe: "Como em Adão (personagem) todos morrem, assim em CRISTO (individualidade, Espírito vivificante) todos são vivificados" (1. ª Cor. 15:22).
A consciência de que Cristo vive nele, faz Paulo traçar linhas imorredouras: "ou procurais uma prova do CRISTO que fala DENTRO DE MIM? o qual (Cristo) DENTRO DE VÓS não é fraco" mas é poderoso DENTRO DE VÓS" (2. ª Cor. 13:3).
E afirma com a ênfase da certeza plena: "já não sou eu (a personagem de Paulo), mas CRISTO QUE VIVE EM MIM" (GL 2:20). Por isso, pode garantir: "Nós temos a mente (noús) de Cristo" (l. ª Cor. 2:16).
Essa convicção traz consequências fortíssimas para quem já vive na individualidade: "não sabeis que vossos CORPOS são membros de Cristo? Tomando, então, os membros de Cristo eu os tornarei corpo de meretriz? Absolutamente. Ou não sabeis que quem adere à meretriz se torna UM CORPO com ela? Está dito: "e serão dois numa carne". Então - conclui Paulo com uma lógica irretorquível - quem adere a Deus é UM ESPÍRITO" com Deus (1. ª Cor. 6:15-17).
Já desde Paulo a união sexual é trazida como o melhor exemplo da unificação do Espírito com a Divindade. Decorrência natural de tudo isso é a instrução dada aos romanos: "vós não estais (não viveis) EM CARNE (na personagem), mas EM ESPÍRITO (na individualidade), se o Espírito de Deus habita DENTRO DE VÓS; se porém não tendes o Espírito de Cristo, não sois Dele. Se CRISTO (está) DENTRO DE VÓS, na verdade o corpo é morte por causa dos erros, mas o Espírito vive pela perfeição. Se o Espírito de Quem despertou Jesus dos mortos HABITA DENTRO DE VÓS, esse, que despertou Jesus dos mortos, vivificará também vossos corpos mortais, por causa do mesmo Espírito EM VÓS" (RM 9:9-11). E logo a seguir prossegue: "O próprio Espírito testifica ao nosso Espírito que somos filhos de Deus; se filhos, (somos) herdeiros: herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo" (RM 8:16). Provém daí a angústia de todos os que atingiram o Eu Interno para libertar-se: "também tendo em nós as primícias do Espírito, gememos dentro de nós, esperando a adoção de Filhos, a libertação de nosso corpo" (RM 8:23).
c) -
Finalmente, estreitando o círculo dos esclarecimentos, verificamos que o Cristo, dentro de nós, reside NO CORAÇÃO, onde constitui nosso EU Profundo. É ensinamento escriturístico.
Ainda é Paulo que nos esclarece: "Porque sois filhos, Deus enviou o ESPÍRITO DE SEU FILHO, em vosso CORAÇÃO, clamando Abba, ó Pai" (GL 4:6). Compreendemos, então, que o Espírito Santo (Deus) que está em nós, refere-se exatamente ao Espírito do FILHO, ao CRISTO Cósmico, o Filho Unigênito. E ficamos sabendo que seu ponto de fixação em nós é o CORAÇÃO.
Lembrando-se, talvez, da frase de Jeremias, acima-citada, Paulo escreveu aos coríntios: "vós sois a nossa carta, escrita em vossos CORAÇÕES, conhecida e lida por todos os homens, sendo manifesto que sois CARTA DE CRISTO, preparada por nós, e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo; não em tábuas de pedra, mas nas tábuas dos CORAÇÕES CARNAIS" (2. ª Cor. 3:2-3). Bastante explícito que realmente se trata dos corações carnais, onde reside o átomo espiritual.
Todavia, ainda mais claro é outro texto, em que se fala no mergulho de nosso eu pequeno, unificandonos ao Grande EU, o CRISTO INTERNO residente no coração: "CRISTO HABITA, pela fé, no VOSSO CORAÇÃO". E assegura com firmeza: "enraizados e fundamentados no AMOR, com todos os santos (os encarnados já espiritualizados na vivência da individualidade) se compreenderá a latitude, a longitude a sublimidade e a profundidade, conhecendo o que está acima do conhecimento, o AMOR DE CRISTO, para que se encham de toda a plenitude de Deus" (EF 3:17).
Quando se dá a unificação, o Espírito se infinitiza e penetra a Sabedoria Cósmica, compreendendo então a amplitude da localização universal do Cristo.
Mas encontramos outro ensino de suma profundidade, quando Paulo nos adverte que temos que CRISTIFICAR-NOS, temos que tornar-nos Cristos, na unificação com Cristo. Para isso, teremos que fazer uma tradução lógica e sensata da frase, em que aparece o verbo CHRIO duas vezes: a primeira, no particípio passado, Christós, o "Ungido", o "permeado da Divindade", particípio que foi transliterado em todas as línguas, com o sentido filosófico e místico de O CRISTO; e a segunda, logo a seguir, no presente do indicativo. Ora, parece de toda evidência que o sentido do verbo tem que ser O MESMO em ambos os empregos. Diz o texto original: ho dè bebaiôn hemãs syn humin eis Christon kaí chrísas hemãs theós (2. ª Cor. 1:21).
Completando, enfim, o ensino - embora ministrado esparsamente - vem o texto mais forte e explícito, informando a finalidade da encarnação, para TÔDAS AS CRIATURAS: "até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, ao Homem Perfeito, à medida da evolução plena de Cristo" (EF 4:13).
Мέρχι иαταντήσωµεν οί πάντες είς τήν ένότητα τής πίστοως. иαί τής έπιγνώσεως τοϋ υίοϋ τοϋ θεοϋ, είς άνδρα τελειον, είς µέτρον ήλιиίας τοϋ πληρώµατος τοϋ Χριστοϋ. Por isso Paulo escreveu aos Gálatas: "ó filhinhos, por quem outra vez sofro as dores de parto, até que Cristo SE FORME dentro de vós" (GL 4:19) (Тεиνία µου, ούς πάλιν ώδίνω, µέρχις ού µορφωθή Χριστός έν ύµϊ
ν).
Agostinho (Tract. in Joanne, 21, 8) compreendeu bem isto ao escrever: "agradeçamos e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos", (Christus facti sumus); e Metódio de Olimpo ("Banquete das dez virgens", Patrol. Graeca, vol. 18, col. 150) escreveu: "a ekklêsía está grávida e em trabalho de parto até que o Cristo tome forma em nós, até que Cristo nasça em nós, a fim de que cada um dos santos (encarnados) por sua participação com o Cristo, se torne Cristo". Também Cirilo de Jerusalém ("Catechesis mystagogicae" 1. 3. 1 in Patr. Graeca vol. 33, col. 1. 087) asseverou: " Após terdes mergulhado no Cristo e vos terdes revestido do Cristo, fostes colocados em pé de igualdade com o Filho de Deus... pois que entrastes em comunhão com o Cristo, com razão tendes o nome de cristos, isto é, de ungidos".
Todo o que se une ao Cristo, se torna um cristo, participando do Pneuma e da natureza divina (theías koinônoí physeôs) (2. ª Pe. 1:3), pois "Cristo é o Espírito" (2. ª Cor. 3:17) e quem Lhe está unido, tem em si o selo (sphrágis) de Cristo. Na homilia 24,2, sobre 1. ª Cor. 10:16, João Crisóstomo (Patrol.
Graeca vol. 61, col. 200) escreveu: "O pão que partimos não é uma comunhão (com+união, koinônía) ao corpo de Cristo? Porque não disse "participação" (metoché)? Porque quis revelar algo mais, e mostrar uma associação (synápheia) mais íntima. Realmente, estamos unidos (koinônoúmen) não só pela participação (metéchein) e pela recepção (metalambánein), mas também pela UNIFICAÇÃO (enousthai)".
Por isso justifica-se o fragmento de Aristóteles, supra citado, em Sinésio: "os místicos devem não apenas aprender (mathein) mas experimentar" (pathein).
Essa é a razão por que, desde os primeiros séculos do estabelecimento do povo israelita, YHWH, em sua sabedoria, fazia a distinção dos diversos "corpos" da criatura; e no primeiro mandamento revelado a Moisés dizia: " Amarás a Deus de todo o teu coração (kardía), de toda tua alma (psychê), de todo teu intelecto (diánoia), de todas as tuas forças (dynameis)"; kardía é a individualidade, psychê a personagem, dividida em diánoia (intelecto) e dynameis (veículos físicos). (Cfr. LV 19:18; DT 6:5; MT 22:37; MC 12:13; LC 10:27).
A doutrina é uma só em todos os sistemas religiosos pregados pelos Mestres (Enviados e Profetas), embora com o tempo a imperfeição humana os deturpe, pois a personagem é fundamentalmente divisionista e egoísta. Mas sempre chega a ocasião em que a Verdade se restabelece, e então verificamos que todas as revelações são idênticas entre si, em seu conteúdo básico.
ESCOLA INICIÁTICA
Após essa longa digressão a respeito do estudo do "homem" no Novo Testamento, somos ainda obrigados a aprofundar mais o sentido do trecho em que são estipuladas as condições do discipulato.
Há muito desejaríamos ter penetrado neste setor, a fim de poder dar explicação cabal de certas frases e passagens; mas evitamo-lo ao máximo, para não ferir convicções de leitores desacostumados ao assunto.
Diante desse trecho, porém, somos forçados a romper os tabus e a falar abertamente.
Deve ter chamado a atenção de todos os estudiosos perspicazes dos Evangelhos, que Jesus jamais recebeu, dos evangelistas, qualquer título que normalmente seria atribuído a um fundador de religião: Chefe Espiritual, Sacerdote, Guia Espiritual, Pontífice; assim também, aqueles que O seguiam, nunca foram chamados Sequazes, Adeptos, Adoradores, Filiados, nem Fiéis (a não ser nas Epístolas, mas sempre com o sentido de adjetivo: os que mantinham fidelidade a Seus ensinos). Ao contrário disso, os epítetos dados a Jesus foram os de um chefe de escola: MESTRE (Rabbi, Didáskalos, Epistátês) ou de uma autoridade máxima Kyrios (SENHOR dos mistérios). Seus seguidores eram DISCÍPULOS (mathêtês), tudo de acordo com a terminologia típica dos mistérios iniciáticos de Elêusis, Delfos, Crotona, Tebas ou Heliópolis. Após receberem os primeiros graus, os discípulos passaram a ser denominado "emissários" (apóstolos), encarregados de dar a outros as primeiras iniciações.
Além disso, é evidente a preocupação de Jesus de dividir Seus ensinos em dois graus bem distintos: o que era ministrado de público ("a eles só é dado falar em parábolas") e o que era ensinado privadamente aos "escolhidos" ("mas a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus", cfr. MT 13:10-17 ; MC 4:11-12; LC 8:10).
Verificamos, portanto, que Jesus não criou uma "religião", no sentido moderno dessa palavra (conjunto de ritos, dogmas e cultos com sacerdócio hierarquicamente organizado), mas apenas fundou uma ESCOLA INICIÁTICA, na qual preparou e "iniciou" seus DISCÍPULOS, que Ele enviou ("emissários, apóstolos") com a incumbência de "iniciar" outras criaturas. Estas, por sua vez, foram continuando o processo e quando o mundo abriu os olhos e percebeu, estava em grande parte cristianizado. Quando os "homens" o perceberam e estabeleceram a hierarquia e os dogmas, começou a decadência.
A "Escola iniciática" fundada por Jesus foi modelada pela tradição helênica, que colocava como elemento primordial a transmissão viva dos mistérios: e "essa relação entre a parádosis (transmissão) e o mystérion é essencial ao cristianismo", escreveu o monge beneditino D. Odon CaseI (cfr. "Richesse du Mystere du Christ", Les éditions du Cerf. Paris, 1964, pág. 294). Esse autor chega mesmo a afirmar: " O cristianismo não é uma religião nem uma confissão, segundo a acepção moderna dessas palavras" (cfr. "Le Mystere du Culte", ib., pág. 21).
E J. Ranft ("Der Ursprung des Kathoíischen Traditionsprinzips", 1931, citado por D . O. Casel) escreve: " esse contato íntimo (com Cristo) nasce de uma gnose profunda".
Para bem compreender tudo isso, é indispensável uma incursão pelo campo das iniciações, esclarecendo antes alguns termos especializados. Infelizmente teremos que resumir ao máximo, para não prejudicar o andamento da obra. Mas muitos compreenderão.
TERMOS ESPECIAIS
Aiôn (ou eon) - era, época, idade; ou melhor CICLO; cada um dos ciclos evolutivos.
Akoueíu - "ouvir"; akoueín tòn lógon, ouvir o ensino, isto é, receber a revelação dos segredos iniciáticos.
Gnôse - conhecimento espiritual profundo e experimental dos mistérios.
Deíknymi - mostrar; era a explicação prática ou demonstração de objetos ou expressões, que serviam de símbolos, e revelavam significados ocultos.
Dóxa - doutrina; ou melhor, a essência do conhecimento profundo: o brilho; a luz da gnôse; donde "substância divina", e daí a "glória".
Dynamis - força potencial, potência que capacita para o érgon e para a exousía, infundindo o impulso básico de atividade.
Ekklêsía - a comunidade dos "convocados" ou "chamados" (ékklêtos) aos mistérios, os "mystos" que tinham feito ou estavam fazendo o curso da iniciação.
Energeín - agir por dentro ou de dentro (energia), pela atuação da força (dybamis).
Érgon - atividade ou ação; trabalho espiritual realizado pela força (dynamis) da Divindade que habita dentro de cada um e de cada coisa; energia.
Exêgeísthaí - narrar fatos ocultos, revelar (no sentido de "tirar o véu") (cfr. LC 24:35; JO 1:18; AT 10:8:15:12, 14).
Hágios - santo, o que vive no Espírito ou Individualidade; o iniciado (cfr. teleios).
Kyrios - Senhor; o Mestre dos Mistérios; o Mistagogo (professor de mistérios); o Hierofante (o que fala, fans, fantis, coisas santas, hieros); dava-se esse título ao possuidor da dynamis, da exousía e do érgon, com capacidade para transmiti-los.
Exousía - poder, capacidade de realização, ou melhor, autoridade, mas a que provém de dentro, não "dada" de fora.
Leitourgia - Liturgia, serviço do povo: o exercício do culto crístico, na transmissão dos mistérios.
Legómena - palavras reveladoras, ensino oral proferido pelo Mestre, e que se tornava "ensino ouvido" (lógos akoês) pelos discípulos.
Lógos - o "ensino" iniciático, a "palavra" secreta, que dava a chave da interpretação dos mistérios; a" Palavra" (Energia ou Som), segundo aspecto da Divindade.
Monymenta - "monumentos", ou seja, objetos e lembranças, para manter viva a memória.
Mystagogo o Mestre dos Mystérios, o Hierofante.
Mystérion - a ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação; donde, o ensino revelado apenas aos perfeitos (teleios) e santos (hágios), mas que devia permanecer oculto aos profanos.
Oikonomía - economia, dispensação; literalmente "lei da casa"; a vida intima de cada iniciado e sua capacidade na transmissão iniciática a outros, (de modo geral encargo recebido do Mestre).
Orgê - a atividade ou ação sagrada; o "orgasmo" experimentado na união mística: donde "exaltação espiritual" pela manifestação da Divindade (erradamente interpretado como "ira").
Parábola - ensino profundo sob forma de narrativa popular, com o verdadeiro sentido oculto por metáforas e símbolos.
Paradídômi - o mesmo que o latim trádere; transmitir, "entregar", passar adiante o ensino secreto.
Parádosis - transmissão, entrega de conhecimentos e experiências dos ensinos ocultos (o mesmo que o latim tradítio).
Paralambánein - "receber" o ensino secreto, a "palavra ouvida", tornando-se conhecedor dos mistérios e das instruções.
Patheín - experimentar, "sofrer" uma experiência iniciática pessoalmente, dando o passo decisivo para receber o grau e passar adiante.
Plêrôma - plenitude da Divindade na criatura, plenitude de Vida, de conhecimento, etc.
Redençãoa libertação do ciclo de encarnações na matéria (kyklos anánkê) pela união total e definitiva com Deus.
Santo - o mesmo que perfeito ou "iniciado".
Sêmeíon - "sinal" físico de uma ação espiritual, demonstração de conhecimento (gnose), de força (dynamis), de poder (exousía) e de atividade ou ação (érgon); o "sinal" é sempre produzido por um iniciado, e serve de prova de seu grau.
Sophía - a sabedoria obtida pela gnose; o conhecimento proveniente de dentro, das experiências vividas (que não deve confundir-se com a cultura ou erudição do intelecto).
Sphrágis - selo, marca indelével espiritual, recebida pelo espírito, embora invisível na matéria, que assinala a criatura como pertencente a um Senhor ou Mestre.
Symbolos - símbolos ou expressões de coisas secretas, incompreensíveis aos profanos e só percebidas pelos iniciados (pão, vinho, etc.) .
Sótería - "salvação", isto é, a unificação total e definitiva com a Divindade, que se obtém pela "redenção" plena.
Teleíos - o "finalista", o que chegou ao fim de um ciclo, iniciando outro; o iniciado nos mistérios, o perfeito ou santo.
Teleisthai - ser iniciado; palavra do mesmo radical que teleutan, que significa "morrer", e que exprime" finalizar" alguma coisa, terminar um ciclo evolutivo.
Tradítio - transmissão "tradição" no sentido etimológico (trans + dare, dar além passar adiante), o mesmo que o grego parádosis.
TRADIÇÃO
D. Odon Casel (o. c., pág. 289) escreve: "Ranft estudou de modo preciso a noção da tradítio, não só como era praticada entre os judeus, mas também em sua forma bem diferente entre os gregos. Especialmente entre os adeptos dos dosis é a transmissão secreta feita aos "mvstos" da misteriosa sôtería; é a inimistérios, a noção de tradítio (parádosis) tinha grande importância. A paraciação e a incorporação no círculo dos eleitos (eleitos ou "escolhidos"; a cada passo sentimos a confirmação de que Jesus fundou uma "Escola Iniciática", quando emprega os termos privativos das iniciações heléntcas; cfr. " muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos" - MT 22. 14), características das religiões grecoorientais. Tradítio ou parádosis são, pois, palavras que exprimem a iniciação aos mistérios. Tratase, portanto, não de uma iniciação científica, mas religiosa, realizada no culto. Para o "mysto", constitui uma revelação formal, a segurança vivida das realidades sagradas e de uma santa esperança. Graças a tradição, a revelação primitiva passa às gerações ulteriores e é comunicada por ato de iniciação. O mesmo princípio fundamental aplica-se ao cristianismo".
Na página seguinte, o mesmo autor prossegue: "Nos mistérios, quando o Pai Mistagogo comunica ao discípulo o que é necessário ao culto, essa transmissão tem o nome de traditio. E o essencial não é a instrução, mas a contemplação, tal como o conta Apuleio (Metamorphoses, 11, 21-23) ao narrar as experiências culturais do "mysto" Lúcius. Sem dúvida, no início há uma instrução, mas sempre para finalizar numa contemplação, pela qual o discípulo, o "mysto", entra em relação direta com a Divindade.
O mesmo ocorre no cristianismo (pág. 290).
Ouçamos agora as palavras de J. Ranft (o. c., pág. 275): "A parádosis designa a origem divina dos mistérios e a transmissão do conteúdo dos mistérios. Esta, à primeira vista, realiza-se pelo ministério dos homens, mas não é obra de homens; é Deus que ensina. O homem é apenas o intermediário, o Instrumento desse ensino divino. Além disso... desperta o homem interior. Logos é realmente uma palavra intraduzível: designa o próprio conteúdo dos mistérios, a palavra, o discurso, o ENSINO. É a palavra viva, dada por Deus, que enche o âmago do homem".
No Evangelho, a parádosis é constituída pelas palavras ou ensinos (lógoi) de Jesus, mas também simbolicamente pelos fatos narrados, que necessitam de interpretação, que inicialmente era dada, verbalmente, pelos "emissários" e pelos inspirados que os escreveram, com um talento superior de muito ao humano, deixando todos os ensinos profundos "velados", para só serem perfeitamente entendidos pelos que tivessem recebido, nos séculos seguintes, a revelação do sentido oculto, transmitida quer por um iniciado encarnado, quer diretamente manifestada pelo Cristo Interno. Os escritores que conceberam a parádosis no sentido helênico foram, sobretudo, João e Paulo; já os sinópticos a interpretam mais no sentido judaico, excetuando-se, por vezes, o grego Lucas, por sua convivência com Paulo, e os outros, quando reproduziam fielmente as palavras de Jesus.
Se recordarmos os mistérios de Elêusis (palavra que significa "advento, chegada", do verbo eléusomai," chegar"), ou de Delfos (e até mesmo os de Tebas, Ábydos ou Heliópolis), veremos que o Novo Testamento concorda seus termos com os deles. O logos transmitido (paradidômi) por Jesus é recebida (paralambánein) pelos DISCÍPULOS (mathêtês). Só que Jesus apresentou um elemento básico a mais: CRISTO. Leia-se Paulo: "recebi (parélabon) do Kyrios o que vos transmiti (parédote)" (l. ª Cor. 11:23).
O mesmo Paulo, que define a parádosis pagã como "de homens, segundo os elementos do mundo e não segundo Cristo" (CL 2:8), utiliza todas as palavras da iniciação pagã, aplicando-as à iniciação cristã: parádosis, sophía, logo", mystérion, dynamis, érgon, gnose, etc., termos que foram empregados também pelo próprio Jesus: "Nessa hora Jesus fremiu no santo pneuma e disse: abençôo-te, Pai, Senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e hábeis, e as revelaste aos pequenos, Sim, Pai, assim foi de teu agrado. Tudo me foi transmitido (parédote) por meu Pai. E ninguém tem a gnose do que é o Filho senão o Pai, e ninguém tem a gnose do que é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quer revelar (apokalypsai = tirar o véu). E voltando-se para seus discípulos, disse: felizes os olhos que vêem o que vedes. Pois digo-vos que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram, e ouvir o que ouvis, e não ouviram" (LC 10:21-24). Temos a impressão perfeita que se trata de ver e ouvir os mistérios iniciáticos que Jesus transmitia a seus discípulos.
E João afirma: "ninguém jamais viu Deus. O Filho Unigênito que esta no Pai, esse o revelou (exêgêsato, termo específico da língua dos mistérios)" (JO 1:18).
"PALAVRA OUVIDA"
A transmissão dos conhecimentos, da gnose, compreendia a instrução oral e o testemunhar das revelações secretas da Divindade, fazendo que o iniciado participasse de uma vida nova, em nível superior ( "homem novo" de Paulo), conhecendo doutrinas que deveriam ser fielmente guardadas, com a rigorosa observação do silêncio em relação aos não-iniciados (cfr. "não deis as coisas santas aos cães", MT 7:6).
Daí ser a iniciação uma transmissão ORAL - o LOGOS AKOÊS, ou "palavra ouvida" ou "ensino ouvido" - que não podia ser escrito, a não ser sob o véu espesso de metáforas, enigmas, parábolas e símbolos.
Esse logos não deve ser confundido com o Segundo Aspecto da Divindade (veja vol. 1 e vol. 3).
Aqui logos é "o ensino" (vol. 2 e vol. 3).
O Novo Testamento faz-nos conhecer esse modus operandi: Paulo o diz, numa construção toda especial e retorcida (para não falsear a técnica): "eis por que não cessamos de agradecer (eucharistoúmen) a Deus, porque, recebendo (paralabóntes) o ENSINO OUVIDO (lógon akoês) por nosso intermédio, de Deus, vós o recebestes não como ensino de homens (lógon anthrópôn) mas como ele é verdadeiramente: o ensino de Deus (lógon theou), que age (energeítai) em vós que credes" (l. ª Tess. 2:13).
O papel do "mysto" é ouvir, receber pelo ouvido, o ensino (lógos) e depois experimentar, como o diz Aristóteles, já citado por nós: "não apenas aprender (matheín), mas experimentar" (patheín).
Esse trecho mostra como o método cristão, do verdadeiro e primitivo cristianismo de Jesus e de seus emissários, tinha profunda conexão com os mistérios gregos, de cujos termos específicos e característicos Jesus e seus discípulos se aproveitaram, elevando, porém, a técnica da iniciação à perfeição, à plenitude, à realidade máxima do Cristo Cósmico.
Mas continuemos a expor. Usando, como Jesus, a terminologia típica da parádosis grega, Paulo insiste em que temos que assimilá-la interiormente pela gnose, recebendo a parádosis viva, "não mais de um Jesus de Nazaré histórico, mas do Kyrios, do Cristo ressuscitado, o Cristo Pneumatikós, esse mistério que é o Cristo dentro de vós" (CL 1:27).
Esse ensino oral (lógos akoês) constitui a tradição (traditio ou parádosis), que passa de um iniciado a outro ou é recebido diretamente do "Senhor" (Kyrios), como no caso de Paulo (cfr. GL 1:11): "Eu volo afirmo, meus irmãos, que a Boa-Nova que preguei não foi à maneira humana. Pois não na recebi (parélabon) nem a aprendi de homens, mas por uma revelação (apokálypsis) de Jesus Cristo".
Aos coríntios (l. ª Cor. 2:1-5) escreve Paulo: "Irmãos, quando fui a vós, não fui com o prestígio do lógos nem da sophía, mas vos anunciei o mistério de Deus. Decidi, com efeito, nada saber entre vós sen ão Jesus Cristo, e este crucificado. Fui a vós em fraqueza, em temor, e todo trêmulo, e meu logos e minha pregação não consistiram nos discursos persuasivos da ciência, mas numa manifestação do Esp írito (pneuma) e do poder (dynamis), para que vossa fé não repouse na sabedoria (sophía) dos homens, mas no poder (dynamis) de Deus".
A oposição entre o logos e a sophia profanos - como a entende Aristóteles - era salientada por Paulo, que se referia ao sentido dado a esses termos pelos "mistérios antigos". Salienta que à sophia e ao logos profanos, falta, no dizer dele, a verdadeira dynamis e o pnenma, que constituem o mistério cristão que ele revela: Cristo.
Em vários pontos do Novo Testamento aparece a expressão "ensino ouvido" ou "ouvir o ensino"; por exemplo: MT 7:24, MT 7:26; 10:14; 13:19, 20, 21, 22, 23; 15:12; 19:22; MC 4:14, MC 4:15, MC 4:16, MC 4:17, 18, 19, 20; LC 6:47; LC 8:11, LC 8:12, LC 8:13, LC 8:15; 10:39; 11:28; JO 5:24, JO 5:38; 7:40; 8:43; 14:24; AT 4:4; AT 10:44; AT 13:7; AT 15:7; EF 1:13; 1. ª Tess. 2:13; HB 4:2; 1. ª JO 2:7; Ap. 1:3.
DYNAMIS
Em Paulo, sobretudo, percebemos o sentido exato da palavra dynamis, tão usada nos Evangelhos.
Pneuma, o Espírito (DEUS), é a força Potencial ou Potência Infinita (Dynamis) que, quando age (energeín) se torna o PAI (érgon), a atividade, a ação, a "energia"; e o resultado dessa atividade é o Cristo Cósmico, o Kosmos universal, o Filho, que é Unigênito porque a emissão é única, já que espaço e tempo são criações intelectuais do ser finito: o Infinito é uno, inespacial, atemporal.
Então Dynamis é a essência de Deus o Absoluto, a Força, a Potência Infinita, que tudo permeia, cria e governa, desde os universos incomensuráveis até os sub-átomos infra-microscópicos. Numa palavra: Dynamis é a essência de Deus e, portanto, a essência de tudo.
Ora, o Filho é exatamente o PERMEAADO, ou o UNGIDO (Cristo), por essa Dynamis de Deus e pelo Érgon do Pai. Paulo já o dissera: "Cristo... é a dynamis de Deus e a sophía de Deus (Christòn theou dynamin kaí theou sophían, 1. ª Cor. 1:24). Então, manifesta-se em toda a sua plenitude (cfr. CL 2:9) no homem Jesus, a Dynamis do Pneuma (embora pneuma e dynamis exprimam realmente uma só coisa: Deus): essa dynamis do pneuma, atuando através do Pai (érgon) toma o nome de CRISTO, que se manifestou na pessoa Jesus, para introduzir a humanidade deste planeta no novo eon, já que "ele é a imagem (eikôn) do Deus invisível e o primogênito de toda criação" (CL 1:15).
EON
O novo eon foi inaugurado exatamente pelo Cristo, quando de Sua penetração plena em Jesus. Daí a oposição que tanto aparece no Novo Testamento Entre este eon e o eon futuro (cfr., i. a., MT 12:32;
MC 10:30; LC 16:8; LC 20:34; RM 12:2; 1. ª Cor. 1:20; 2:6-8; 3:18:2. ª Cor. 4:4; EF 2:2-7, etc.) . O eon "atual" e a vida da matéria (personalismo); O eon "vindouro" é a vida do Espírito ó individualidade), mas que começa na Terra, agora (não depois de desencarnados), e que reside no âmago do ser.
Por isso, afirmou Jesus que "o reino dos céus está DENTRO DE VÓS" (LC 17:21), já que reside NO ESPÍRITO. E por isso, zôê aiónios é a VIDA IMANENTE (vol, 2 e vol. 3), porque é a vida ESPIRITUAL, a vida do NOVO EON, que Jesus anunciou que viria no futuro (mas, entenda-se, não no futuro depois da morte, e sim no futuro enquanto encarnados). Nesse novo eon a vida seria a da individualidade, a do Espírito: "o meu reino não é deste mundo" (o físico), lemos em JO 18:36. Mas é NESTE mundo que se manifestará, quando o Espírito superar a matéria, quando a individualidade governar a personagem, quando a mente dirigir o intelecto, quando o DE DENTRO dominar o DE FORA, quando Cristo em nós tiver a supremacia sobre o eu transitório.
A criatura que penetra nesse novo eon recebe o selo (sphrágis) do Cristo do Espírito, selo indelével que o condiciona como ingresso no reino dos céus. Quando fala em eon, o Evangelho quer exprimir um CICLO EVOLUTIVO; na evolução da humanidade, em linhas gerais, podemos considerar o eon do animalismo, o eon da personalidade, o eon da individualidade, etc. O mais elevado eon que conhecemos, o da zôê aiónios (vida imanente) é o da vida espiritual plenamente unificada com Deus (pneuma-dynamis), com o Pai (lógos-érgon), e com o Filho (Cristo-kósmos).
DÓXA
Assim como dynamis é a essência de Deus, assim dóxa (geralmente traduzida por "glória") pode apresentar os sentidos que vimos (vol. 1). Mas observaremos que, na linguagem iniciática dos mistérios, além do sentido de "doutrina" ou de "essência da doutrina", pode assumir o sentido específico de" substância divina". Observe-se esse trecho de Paulo (Filp. 2:11): "Jesus Cristo é o Senhor (Kyrios) na substância (dóxa) de Deus Pai"; e mais (RM 6:4): "o Cristo foi despertado dentre os mortos pela substância (dóxa) do Pai" (isto é, pelo érgon, a energia do Som, a vibração sonora da Palavra).
Nesses passos, traduzir dóxa por glória é ilógico, não faz sentido; também "doutrina" aí não cabe. O sentido é mesmo o de "substância".
Vejamos mais este passo (l. ª Cor. 2:6-16): "Falamos, sim da sabedoria (sophia) entre os perfeitos (teleiois, isto é, iniciados), mas de uma sabedoria que não é deste eon, nem dos príncipes deste eon, que são reduzidos a nada: mas da sabedoria dos mistérios de Deus, que estava oculta, e que antes dos eons Deus destinara como nossa doutrina (dóxa), e que os príncipes deste mundo não reconheceram. De fato, se o tivessem reconhecido, não teriam crucificado o Senhor da Doutrina (Kyrios da dóxa, isto é, o Hierofante ou Mistagogo). Mas como está escrito, (anunciamos) o que o olho não viu e o ouvido não ouviu e o que não subiu sobre o coração do homem, mas o que Deus preparou para os que O amam.
Pois foi a nós que Deus revelou (apekalypsen = tirou o véu) pelo pneuma" (ou seja, pelo Espírito, pelo Cristo Interno).
MISTÉRIO
Mistério é uma palavra que modificou totalmente seu sentido através dos séculos, mesmo dentro de seu próprio campo, o religioso. Chamam hoje "mistério" aquilo que é impossível de compreender, ou o que se ignora irremissivelmente, por ser inacessível à inteligência humana.
Mas originariamente, o mistério apresentava dois sentidos básicos:
1. º - um ensinamento só revelado aos iniciados, e que permanecia secreto para os profanos que não podiam sabê-lo (daí proveio o sentido atual: o que não se pode saber; na antiguidade, não se podia por proibição moral, ao passo que hoje é por incapacidade intelectual);
2. º - a própria ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação completa.
Quando falamos em "mistério", transliterando a palavra usada no Novo Testamento, arriscamo-nos a interpretar mal. Aí, mistério não tem o sentido atual, de "coisa ignorada por incapacidade intelectiva", mas é sempre a "ação divina revelada experimentalmente ao homem" (embora continue inacessível ao não-iniciado ou profano).
O mistério não é uma doutrina: exprime o caráter de revelação direta de Deus a seus buscadores; é uma gnose dos mistérios, que se comunica ao "mysto" (aprendiz de mística). O Hierofante conduz o homem à Divindade (mas apenas o conduz, nada podendo fazer em seu lugar). E se o aprendiz corresponde plenamente e atende a todas as exigências, a Divindade "age" (energeín) internamente, no "Esp írito" (pneuma) do homem. que então desperta (egereín), isto é, "ressurge" para a nova vida (cfr. "eu sou a ressurreição da vida", JO 11:25; e "os que produzirem coisas boas (sairão) para a restauração de vida", isto é, os que conseguirem atingir o ponto desejado serão despertados para a vida do espírito, JO 5-29).
O caminho que leva a esses passos, é o sofrimento, que prepara o homem para uma gnose superior: "por isso - conclui O. Casel - a cruz é para o cristão o caminho que conduz à gnose da glória" (o. c., pág. 300).
Paulo diz francamente que o mistério se resume numa palavra: CRISTO "esse mistério, que é o Cristo", (CL 1:27): e "a fim de que conheçam o mistério de Deus, o Cristo" (CL 2:2).
O mistério opera uma união íntima e física com Deus, a qual realiza uma páscoa (passagem) do atual eon, para o eon espiritual (reino dos céus).
O PROCESSO
O postulante (o que pedia para ser iniciado) devia passar por diversos graus, antes de ser admitido ao pórtico, à "porta" por onde só passavam as ovelhas (símbolo das criaturas mansas; cfr. : "eu sou a porta das ovelhas", JO 10:7). Verificada a aptidão do candidato profano, era ele submetido a um período de "provações", em que se exercitava na ORAÇÃO (ou petição) que dirigia à Divindade, apresentando os desejos ardentes ao coração, "mendigando o Espírito" (cfr. "felizes os mendigos de Espírito" MT 5:3) para a ele unir-se; além disso se preparava com jejuns e alimentação vegetariana para o SACRIF ÍCIO, que consistia em fazer a consagração de si mesmo à Divindade (era a DE + VOTIO, voto a Deus), dispondo-se a desprender-se ao mundo profano.
Chegado a esse ponto, eram iniciados os SETE passos da iniciação. Os três primeiros eram chamado "Mistérios menores"; os quatro últimos, "mistérios maiores". Eram eles:
1 - o MERGULHO e as ABLUÇÕES (em Elêusis havia dois lagos salgados artificiais), que mostravam ao postulante a necessidade primordial e essencial da "catarse" da "psiquê". Os candidatos, desnudos, entravam num desses lagos e mergulhavam, a fim de compreender que era necessário "morrer" às coisas materiais para conseguir a "vida" (cfr. : "se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só; mas se morrer dá muito fruto", JO 12:24). Exprimia a importância do mergulho dentro de si mesmo, superando as dificuldades e vencendo o medo. Ao sair do lago, vestia uma túnica branca e aguardava o segundo passo.
2 - a ACEITAÇÃO de quem havia mergulhado, por parte do Mistagogo, que o confirmava no caminho novo, entre os "capazes". Daí por diante, teria que correr por conta própria todos os riscos inerentes ao curso: só pessoalmente poderia caminhar. Essa confirmação do Mestre simbolizava a "epiphanía" da Divindade, a "descida da graça", e o recem-aceito iniciava nova fase.
3 - a METÂNOIA ou mudança da mente, que vinha após assistir a várias tragédias e dramas de fundo iniciático. Todas ensinavam ao "mysto" novato, que era indispensável, através da dor, modificar seu" modo de pensar" em relação à vida, afastar-se de. todos os vícios e fraquezas do passado, renunciar a prazeres perniciosos e defeitos, tornando-se o mais perfeito (téleios) possível. Era buscada a renovação interna, pelo modo de pensar e de encarar a vida. Grande número dos que começavam a carreira, paravam aí, porque não possuíam a força capaz de operar a transmutação mental. As tentações os empolgavam e novamente se lançavam no mundo profano. No entanto, se dessem provas positivas de modifica ção total, de serem capazes de viver na santidade, resistindo às tentações, podiam continuar a senda.
Havia, então, a "experiência" para provar a realidade da "coragem" do candidato: era introduzido em grutas e câmaras escuras, onde encontrava uma série de engenhos lúgubres e figuras apavorantes, e onde demorava um tempo que parecia interminável. Dali, podia regressar ou prosseguir. Se regressava, saía da fileira; se prosseguia, recebia a recompensa justa: era julgado apto aos "mistérios maiores".
4 - O ENCONTRO e a ILUMINAÇÃO, que ocorria com a volta à luz, no fim da terrível caminhada por entre as trevas. Através de uma porta difícil de ser encontrada, deparava ele campos floridos e perfumados, e neles o Hierofante, em paramentação luxuosa. que os levava a uma refeição simples mas solene constante de pão, mel, castanhas e vinho. Os candidatos eram julgados "transformados", e porSABEDORIA DO EVANGELHO tanto não havia mais as exteriorizações: o segredo era desvelado (apokálypsis), e eles passavam a saber que o mergulho era interno, e que deviam iniciar a meditação e a contemplação diárias para conseguir o "encontro místico" com a Divindade dentro de si. Esses encontros eram de início, raros e breves, mas com o exercício se iam fixando melhor, podendo aspirar ao passo seguinte.
5 - a UNIÃO (não mais apenas o "encontro"), mas união firme e continuada, mesmo durante sua estada entre os profanos. Era simbolizada pelo drama sacro (hierõs gámos) do esponsalício de Zeus e Deméter, do qual nasceria o segundo Dionysos, vencedor da morte. Esse matrimônio simbólico e puro, realizado em exaltação religiosa (orgê) é que foi mal interpretado pelos que não assistiam à sua representação simbólica (os profanos) e que tacharam de "orgias imorais" os mistérios gregos. Essa "união", depois de bem assegurada, quando não mais se arriscava a perdê-la, preparava os melhores para o passo seguinte.
6 - a CONSAGRAÇÃO ou, talvez, a sagração, pela qual era representada a "marcação" do Espírito do iniciado com um "selo" especial da Divindade a quem o "mysto" se consagrava: Apolo, Dyonisos, Isis, Osíris, etc. Era aí que o iniciado obtinha a epoptía, ou "visão direta" da realidade espiritual, a gnose pela vivência da união mística. O epopta era o "vigilante", que o cristianismo denominou "epískopos" ou "inspetor". Realmente epopta é composto de epí ("sobre") e optos ("visível"); e epískopos de epi ("sobre") e skopéô ("ver" ou "observar"). Depois disso, tinha autoridade para ensinar a outros e, achando-se preso à Divindade e às obrigações religiosas, podia dirigir o culto e oficiar a liturgia, e também transmitir as iniciações nos graus menores. Mas faltava o passo decisivo e definitivo, o mais difícil e quase inacessível.
7 - a PLENITUDE da Divindade, quando era conseguida a vivência na "Alma Universal já libertada".
Nos mistérios gregos (em Elêusis) ensinava-se que havia uma Força Absoluta (Deus o "sem nome") que se manifestava através do Logos (a Palavra) Criador, o qual produzia o Filho (Kósmo). Mas o Logos tinha duplo aspecto: o masculino (Zeus) e o feminino (Deméter). Desse casal nascera o Filho, mas também com duplo aspecto: a mente salvadora (Dionysos) e a Alma Universal (Perséfone). Esta, desejando experiências mais fortes, descera à Terra. Mas ao chegar a estes reinos inferiores, tornouse a "Alma Universal" de todas as criaturas, e acabou ficando prisioneira de Plutão (a matéria), que a manteve encarcerada, ministrando-lhe filtros mágicos que a faziam esquecer sua origem divina, embora, no íntimo, sentisse a sede de regressar a seu verdadeiro mundo, mesmo ignorando qual fosse.
Dionysos quis salvá-la, mas foi despedaçado pelos Titãs (a mente fracionada pelo intelecto e estraçalhada pelos desejos). Foi quando surgiu Triptólemo (o tríplice combate das almas que despertam), e com apelos veementes conseguiu despertar Perséfone, revelando lhe sua origem divina, e ao mesmo tempo, com súplicas intensas às Forças Divinas, as comoveu; então Zeus novamente se uniu a Deméter, para fazer renascer Dionysos. Este, assumindo seu papel de "Salvador", desce à Terra, oferecendose em holocausto a Plutão (isto é, encarnando-se na própria matéria) e consegue o resgate de Perséfone, isto é, a libertação da Alma das criaturas do domínio da matéria e sua elevação novamente aos planos divinos. Por esse resumo, verificamos como se tornou fácil a aceitação entre os grego, e romanos da doutrina exposta pelos Emissários de Jesus, um "Filho de Deus" que desceu à Terra para resgatar com sua morte a alma humana.
O iniciado ficava permeado pela Divindade, tornando-se então "adepto" e atingindo o verdadeiro grau de Mestre ou Mistagogo por conhecimento próprio experimental. Já não mais era ele, o homem, que vivia: era "O Senhor", por cujo intermédio operava a Divindade. (Cfr. : "não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim", GL 2:20; e ainda: "para mim, viver é Cristo", Filp. 1:21). A tradição grega conservou os nomes de alguns dos que atingiram esse grau supremo: Orfeu... Pitágoras... Apolônio de Tiana... E bem provavelmente Sócrates (embora Schuré opine que o maior foi Platão).
NO CRISTIANISMO
Todos os termos néo-testamentários e cristãos, dos primórdios, foram tirados dos mistérios gregos: nos mistérios de Elêusis, o iniciado se tornava "membro da família do Deus" (Dionysos), sendo chamado.
então, um "santo" (hágios) ou "perfeito" (téleios). E Paulo escreve: "assim, pois, não sois mais estran geiros nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus. ’ (EF 2:19). Ainda em Elêusis, mostrava-se aos iniciados uma "espiga de trigo", símbolo da vida que eternamente permanece através das encarnações e que, sob a forma de pão, se tornava participante da vida do homem; assim quando o homem se unia a Deus, "se tornava participante da vida divina" (2. ª Pe. 1:4). E Jesus afirmou: " Eu sou o PÃO da Vida" (JO 6. 35).
No entanto ocorreu modificação básica na instituição do Mistério cristão, que Jesus realizou na "última Ceia", na véspera de sua experiência máxima, o páthos ("paixão").
No Cristianismo, a iniciação toma sentido puramente espiritual, no interior da criatura, seguindo mais a Escola de Alexandria. Lendo Filon, compreendemos isso: ele interpreta todo o Antigo Testamento como alegoria da evolução da alma. Cada evangelista expõe a iniciação cristã de acordo com sua própria capacidade evolutiva, sendo que a mais elevada foi, sem dúvida, a de João, saturado da tradição (parádosis) de Alexandria, como pode ver-se não apenas de seu Evangelho, como também de seu Apocalipse.
Além disso, Jesus arrancou a iniciação dos templos, a portas fechadas, e jogou-a dentro dos corações; era a universalização da "salvação" a todos os que QUISESSEM segui-Lo. Qualquer pessoa pode encontrar o caminho (cfr. "Eu sou o Caminho", JO 14:6), porque Ele corporificou os mistérios em Si mesmo, divulgando-lhes os segredos através de Sua vida. Daí em diante, os homens não mais teriam que procurar encontrar um protótipo divino, para a ele conformar-se: todos poderiam descobrir e utir-se diretamente ao Logos que, através do Cristo, em Jesus se manifestara.
Observamos, pois, uma elevação geral de frequência vibratória, de tonus, em todo o processo iniciático dos mistérios.
E os Pais da Igreja - até o século 3. º o cristianismo foi "iniciático", embora depois perdesse o rumo quando se tornou "dogmático" - compreenderam a realidade do mistério cristão, muito superior, espiritualmente, aos anteriores: tornar o homem UM CRISTO, um ungido, um permeado da Divindade.
A ação divina do mistério, por exemplo, é assim descrita por Agostinho: "rendamos graças e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos" (Tract. in Joanne, 21,8); e por Metódio de Olímpio: "a comunidade (a ekklêsía) está grávida e em trabalho de parto, até que o Cristo tenha tomado forma em nós; até que o Cristo nasça em nós, para que cada um dos santos, por sua participação ao Cristo, se torne o cristo" (Patrol. Graeca, vol. 18, ccl. 150).
Temos que tornar-nos cristos, recebendo a última unção, conformando-nos com Ele em nosso próprio ser, já que "a redenção tem que realizar-se EM NÓS" (O. Casel, o. c., pág. 29), porque "o único e verdadeiro holocausto é o que o homem faz de si mesmo".
Cirilo de Jerusalém diz: "Já que entrastes em comunhão com o Cristo com razão sois chamados cristos, isto é, ungidos" (Catechesis Mystagogicae, 3,1; Patrol. Graeca,, 01. 33, col. 1087).
Essa transformação, em que o homem recebe Deus e Nele se transmuda, torna-o membro vivo do Cristo: "aos que O receberam, deu o poder de tornar-se Filhos de Deus" (JO 1:12).
Isso fez que Jesus - ensina-nos o Novo Testamento - que era "sacerdote da ordem de Melquisedec (HB 5:6 e HB 7:17) chegasse, após sua encarnação e todos os passos iniciáticos que QUIS dar, chegasse ao grau máximo de "pontífice da ordem de Melquisedec" (HB 5:10 e HB 6:20), para todo o planeta Terra.
CRISTO, portanto, é o mistério de Deus, o Senhor, o ápice da iniciação a experiência pessoal da Divindade.
através do santo ensino (hierôs lógos), que vem dos "deuses" (Espíritos Superiores), comunicado ao místico. No cristianismo, os emissários ("apóstolos") receberam do Grande Hierofante Jesus (o qual o recebeu do Pai, com Quem era UNO) a iniciação completa. Foi uma verdadeira "transmiss ão" (traditio, parádosis), apoiada na gnose: um despertar do Espírito que vive e experimenta a Verdade, visando ao que diz Paulo: "admoestando todo homem e ensinando todo homem, em toda sabedoria (sophía), para que apresentem todo homem perfeito (téleion, iniciado) em Cristo, para o que eu também me esforço (agõnizómenos) segundo a ação dele (energeían autou), que age (energouménen) em mim, em força (en dynámei)". CL 1:28-29.
Em toda essa iniciação, além disso, precisamos não perder de vista o "enthousiasmós" (como era chamado o "transe" místico entre os gregos) e que foi mesmo sentido pelos hebreus, sobretudo nas" Escolas de Profetas" em que eles se iniciavam (profetas significa "médiuns"); mas há muito se havia perdido esse "entusiasmo", por causa da frieza intelectual da interpretação literal das Escrituras pelos Escribas.
Profeta, em hebraico, é NaVY", de raiz desconhecida, que o Rabino Meyer Sal ("Les Tables de la Loi", éd. La Colombe, Paris, 1962, pág. 216/218) sugere ter sido a sigla das "Escolas de Profetas" (escolas de iniciação, de que havia uma em Belém, de onde saiu David). Cada letra designaria um setor de estudo: N (nun) seriam os sacerdotes (terapeutas do psicossoma), oradores, pensadores, filósofos;
V (beth) os iniciados nos segredos das construções dos templos ("maçons" ou pedreiros), arquitetos, etc. ; Y (yod) os "ativos", isto é, os dirigentes e políticos, os "profetas de ação"; (aleph), que exprime "Planificação", os matemáticos, geômetras, astrônomos, etc.
Isso explica, em grande parte, porque os gregos e romanos aceitaram muito mais facilmente o cristianismo, do que os judeus, que se limitavam a uma tradição que consistia na repetição literal decorada dos ensinos dos professores, num esforço de memória que não chegava ao coração, e que não visavam mais a qualquer experiência mística.
TEXTOS DO N. T.
O termo mystérion aparece várias vezes no Novo Testamento.
A - Nos Evangelhos, apenas num episódio, quando Jesus diz a Seus discípulos: "a vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus" (MT 13:11; MC 4:11; LC 8:10).
B - Por Paulo em diversas epístolas: RM 11:25 - "Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério... o endurecimento de Israel, até que hajam entrado todos os gentios".
Rom. 16:15 - "conforme a revelação do mistério oculto durante os eons temporais (terrenos) e agora manifestados".
1. ª Cor. 2:1 "quando fui ter convosco... anunciando-vos o mistério de Deus".
1. ª Cor. 2:4-7 - "meu ensino (logos) e minha pregação não foram em palavras persuasivas, mas em demonstração (apodeíxei) do pneúmatos e da dynámeôs, para que vossa fé não se fundamente na sophía dos homens, mas na dynámei de Deus. Mas falamos a sophia nos perfeitos (teleiois, iniciados), porém não a sophia deste eon, que chega ao fim; mas falamos a sophia de Deus em mistério, a que esteve oculta, a qual Deus antes dos eons determinou para nossa doutrina". 1. ª Cor. 4:1 - "assim considerem-nos os homens assistentes (hypêrétas) ecônomos (distribuidores, dispensadores) dos mistérios de Deus".
1. ª Cor. 13:2 - "se eu tiver mediunidade (prophéteía) e conhecer todos os mistérios de toda a gnose, e se tiver toda a fé até para transportar montanhas, mas não tiver amor (agápé), nada sou". l. ª Cor. 14:2 - "quem fala em língua (estranha) não fala a homens, mas a Deus, pois ninguém o ouve, mas em espírito fala mistérios". 1. ª Cor. 15:51 - "Atenção! Eu vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados".
EF 1:9 - "tendo-nos feito conhecido o mistério de sua vontade"
EF 3:4 - "segundo me foi manifestado para vós, segundo a revelação que ele me fez conhecer o mistério (como antes vos escrevi brevemente), pelo qual podeis perceber, lendo, minha compreensão no mistério do Cristo".
EF 3:9 - "e iluminar a todos qual a dispensação (oikonomía) do mistério oculto desde os eons, em Deus, que criou tudo".
EF 5:32 - "este mistério é grande: mas eu falo a respeito do Cristo e da ekklésia.
EF 9:19 - "(suplica) por mim, para que me possa ser dado o logos ao abrir minha boca para, em público, fazer conhecer o mistério da boa-nova".
CL 1:24-27 - "agora alegro-me nas experimentações (Pathêmasin) sobre vós e completo o que falta das pressões do Cristo em minha carne, sobre o corpo dele que é a ekklêsía, da qual me tornei servidor, segundo a dispensação (oikonomía) de Deus, que me foi dada para vós, para plenificar o logos de Deus, o mistério oculto nos eons e nas gerações, mas agora manifestado a seus santos (hagioi, iniciados), a quem aprouve a Deus fazer conhecer a riqueza da doutrina (dóxês; ou "da substância") deste mistério nas nações, que é CRISTO EM VÓS, esperança da doutrina (dóxês)".
CL 2:2-3 - "para que sejam consolados seus corações, unificados em amor, para todas as riquezas da plena convicção da compreensão, para a exata gnose (epígnôsin) do mistério de Deus (Cristo), no qual estão ocultos todos os tesouros da sophía e da gnose".
CL 4:3 - "orando ao mesmo tempo também por nós, para que Deus abra a porta do logos para falar o mistério do Cristo, pelo qual estou em cadeias".
2. ª Tess. 2:7 - "pois agora já age o mistério da iniquidade, até que o que o mantém esteja fora do caminho".
1. ª Tim. 3:9 - "(os servidores), conservando o mistério da fé em consciência pura".
1. ª Tim. 2:16 - "sem dúvida é grande o mistério da piedade (eusebeías)".
No Apocalipse (1:20; 10:7 e 17:5, 7) aparece quatro vezes a palavra, quando se revela ao vidente o sentido do que fora dito.
CULTO CRISTÃO
Depois de tudo o que vimos, torna-se evidente que não foi o culto judaico que passou ao cristianismo primitivo. Comparemos: A luxuosa arquitetura suntuosa do Templo grandioso de Jerusalém, com altares maciços a escorrer o sangue quente das vítimas; o cheiro acre da carne queimada dos holocaustos, a misturar-se com o odor do incenso, sombreando com a fumaça espessa o interior repleto; em redor dos altares, em grande número, os sacerdotes a acotovelar-se, munidos cada um de seu machado, que brandiam sem piedade na matança dos animais que berravam, mugiam dolorosamente ou balavam tristemente; o coro a entoar salmos e hinos a todo pulmão, para tentar superar a gritaria do povo e os pregões dos vendedores no ádrio: assim se realizava o culto ao "Deus dos judeus".
Em contraste, no cristianismo nascente, nada disso havia: nem templo, nem altares, nem matanças; modestas reuniões em casas de família, com alguns amigos; todos sentados em torno de mesa simples, sobre a qual se via o pão humilde e copos com o vinho comum. Limitava-se o culto à prece, ao recebimento de mensagens de espíritos, quando havia "profetas" na comunidade, ao ensino dos "emissários", dos "mais velhos" ou dos "inspetores", e à ingestão do pão e do vinho, "em memória da última ceia de Jesus". Era uma ceia que recebera o significativo nome de "amor" (ágape).
Nesse repasto residia a realização do supremo mistério cristão, bem aceito pelos gregos e romanos, acostumados a ver e compreender a transmissão da vida divina, por meio de símbolos religiosos. Os iniciados "pagãos" eram muito mais numerosos do que se possa hoje supor, e todos se sentiam membros do grande Kósmos, pois, como o diz Lucas, acreditavam que "todos os homens eram objeto da benevolência de Deus" (LC 2:14).
Mas, ao difundir-se entre o grande número e com o passar dos tempos, tudo isso se foi enfraquecendo e seguiu o mesmo caminho antes experimentado pelo judaísmo; a força mística, só atingida mais tarde por alguns de seus expoentes, perdeu-se, e o cristianismo "foi incapaz - no dizer de O. Casel - de manterse na continuação, nesse nível pneumático" (o. c. pág. 305). A força da "tradição" humana, embora condenada com veemência por Jesus (cfr. MT 15:1-11 e MT 16:5-12; e MC 7:1-16 e MC 8:14-11; veja atrás), fez-se valer, ameaçando as instituições religiosas que colocam doutrinas humanas ao lado e até acima dos preceitos divinos, dando mais importância às suas vaidosas criações. E D. Odon Casel lamenta: " pode fazer-se a mesma observação na história da liturgia" (o. c., pág. 298). E, entristecido, assevera ainda: "Verificamos igualmente que a concepção cristã mais profunda foi, sob muitos aspectos, preparada muito melhor pelo helenismo que pelo judaísmo. Lamentavelmente a teologia moderna tende a aproximar-se de novo da concepção judaica de tradição, vendo nela, de fato, uma simples transmiss ão de conhecimento, enquanto a verdadeira traditio, apoiada na gnose, é um despertar do espírito que VIVE e EXPERIMENTA a Verdade" (o. c., pág. 299).
OS SACRAMENTOS
O termo latino que traduz a palavra mystérion é sacramentum. Inicialmente conservou o mesmo sentido, mas depois perdeu-os, para transformar-se em "sinal visível de uma ação espiritual invisível".
No entanto, o estabelecimento pelas primeiras comunidades cristãs dos "sacramentos" primitivos, perdura até hoje, embora tendo perdido o sentido simbólico inicial.
Com efeito, a sucessão dos "sacramentos" revela exatamente, no cristianismo, os mesmos passos vividos nos mistérios grego. Vejamos: 1- o MERGULHO (denominado em grego batismo), que era a penetração do catecúmeno em seu eu interno. Simbolizava-se na desnudação ao pretendente, que largava todas as vestes e mergulhava totalmente na água: renunciava de modo absoluto as posses (pompas) exteriores e aos próprios veículos físicos, "vestes" do Espírito, e mergulhava na água, como se tivesse "morrido", para fazer a" catarse" (purificação) de todo o passado. Terminado o mergulho, não era mais o catecúmeno, o profano. Cirilo de Jerusalém escreveu: "no batismo o catecúmeno tinha que ficar totalmente nu, como Deus criou o primeiro Adão, e como morreu o segundo Adão na cruz" (Catechesis Mistagogicae,
2. 2). Ao sair da água, recebia uma túnica branca: ingressava oficialmente na comunidade (ekklêsía), e então passava a receber a segunda parte das instruções. Na vida interna, após o "mergulho" no próprio íntimo, aguardava o segundo passo.
2- a CONFIRMAÇÃO, que interiormente era dada pela descida da "graça" da Força Divina, pela" epifanía" (manifestação), em que o novo membro da ekklêsía se sentia "confirmado" no acerto de sua busca. Entrando em si mesmo a "graça" responde ao apelo: "se alguém me ama, meu Pai o amará, e NÓS viremos a ele e permaneceremos nele" (JO 14:23). O mesmo discípulo escreve em sua epístola: "a Vida manifestou-se, e a vimos, e damos testemunho. e vos anunciamos a Vida Imanente (ou a Vida do Novo Eon), que estava no Pai e nos foi manifestada" (l. ª JO 1:2).
3- a METÁNOIA (modernamente chamada "penitência") era então o terceiro passo. O aprendiz se exercitava na modificação da mentalidade, subsequente ao primeiro contato que tinha tido com a Divindade em si mesmo. Depois de "sentir" em si a força da Vida Divina, há maior compreensão; os pensamentos sobem de nível; torna-se mais fácil e quase automático o discernimento (krísis) entre certo e errado, bem e mal, e portanto a escolha do caminho certo. Essa metánoia é ajudada pelos iniciados de graus mais elevados, que lhe explicam as leis de causa e efeito e outras.
4- a EUCARISTIA é o quarto passo, simbolizando por meio da ingestão do pão e do vinho, a união com o Cristo. Quem mergulhou no íntimo, quem recebeu a confirmação da graça e modificou seu modo de pensar, rapidamenle caminha para o encontro definitivo com o Mestre interno, o Cristo.
Passa a alimentar-se diretamente de seus ensinos, sem mais necessidade de intermediários: alimentase, nutre-se do próprio Cristo, bebe-Lhe as inspirações: "se não comeis a carne do Filho do Homem e não bebeis seu sangue, não tendes a vida em vós. Quem saboreia minha carne e bebe meu sangue tem a Vida Imanente, porque minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é
verdadeiramente bebida. Quem come minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele" (JO 6:53 ss).
5- MATRIMÔNIO é o resultado do encontro realizado no passo anterior: e o casamento, a FUSÃO, a união entre a criatura e o Criador, entre o iniciado e Cristo: "esse mistério é grande, quero dizê-lo em relação ao Cristo e à ekklêsia", escreveu Paulo, quando falava do "matrimônio" (EF 5:32). E aqueles que são profanos, que não têm essa união com o Cristo, mas antes se unem ao mundo e a suas ilusões, são chamados "adúlteros" (cfr. vol. 2). E todos os místicos, unanimemente, comparam a união mística com o Cristo ti uma união dos sexos no casamento.
6- a ORDEM é o passo seguinte. Conseguida a união mística a criatura recebe da Divindade a consagra ção, ou melhor, a "sagração", o "sacerdócio" (sacer "sagrado", dos, dotis, "dote"), o "dote sagrado" na distribuição das graças o quinhão especial de deveres e obrigações para com o "rebanho" que o cerca. No judaísmo, o sacerdote era o homem encarregado de sacrificar ritualmente os animais, de examinar as vítimas, de oferecer os holocaustos e de receber as oferendas dirigindo o culto litúrgico. Mais tarde, entre os profanos sempre, passou a ser considerado o "intemediário" entre o homem e o Deus "externo". Nessa oportunidade, surge no Espírito a "marca" indelével, o selo (sphrágis) do Cristo, que jamais se apaga, por todas as vidas que porventura ainda tenha que viver: a união com essa Força Cósmica, de fato, modifica até o âmago, muda a frequência vibratória, imprime novas características e a leva, quase sempre, ao supremo ponto, à Dor-Sacrifício-Amor.
7- a EXTREMA UNÇÃO ("extrema" porque é o último passo, não porque deva ser dada apenas aos moribundos) é a chave final, o último degrau, no qual o homem se torna "cristificado", totalmente ungido pela Divindade, tornando-se realmente um "cristo".
Que esses sacramentos existiram desde os primeiros tempos do cristianismo, não há dúvida. Mas que não figuram nos Evangelhos, também é certo. A conclusão a tirar-se, é que todos eles foram comunicados oralmente pela traditio ou transmissão de conhecimentos secretos. Depois na continuação, foram permanecendo os ritos externos e a fé num resultado interno espiritual, mas já não com o sentido primitivo da iniciação, que acabamos de ver.
Após este escorço rápido, cremos que a afirmativa inicial se vê fortalecida e comprovada: realmente Jesus fundou uma "ESCOLA INICIÁTICA", e a expressão "logos akoês" (ensino ouvido), como outras que ainda aparecerão, precisam ser explicadas à luz desse conhecimento.
* * *
Neste sentido que acabamos de estudar, compreendemos melhor o alcance profundo que tiveram as palavras do Mestre, ao estabelecer as condições do discipulato.
Não podemos deixar de reconhecer que a interpretação dada a Suas palavras é verdadeira e real.
Mas há "mais alguma coisa" além daquilo.
Trata-se das condições exigidas para que um pretendente possa ser admitido na Escola Iniciática na qualidade de DISCÍPULO. Não basta que seja BOM (justo) nem que possua qualidades psíquicas (PROFETA). Não é suficiente um desejo: é mistér QUERER com vontade férrea, porque as provas a que tem que submeter-se são duras e nem todos as suportam.
Para ingressar no caminho das iniciações (e observamos que Jesus levava para as provas apenas três, dentre os doze: Pedro, Tiago e João) o discípulo terá que ser digno SEGUIDOR dos passos do Mestre.
Seguidor DE FATO, não de palavras. E para isso, precisará RENUNCIAR a tudo: dinheiro, bens, família, parentesco, pais, filhos, cônjuges, empregos, e inclusive a si mesmo: à sua vontade, a seu intelecto, a seus conhecimentos do passado, a sua cultura, a suas emoções.
A mais, devia prontificar-se a passar pelas experiências e provações dolorosas, simbolizadas, nas iniciações, pela CRUZ, a mais árdua de todas elas: o suportar com alegria a encarnação, o mergulho pesado no escafandro da carne.
E, enquanto carregava essa cruz, precisava ACOMPANHAR o Mestre, passo a passo, não apenas nos caminhos do mundo, mas nos caminhos do Espírito, difíceis e cheios de dores, estreitos e ladeados de espinhos, íngremes e calçados de pedras pontiagudas.
Não era só. E o que se acrescenta, de forma enigmática em outros planos, torna-se claro no terreno dos mistérios iniciáticos, que existiam dos discípulos A MORTE À VIDA DO FÍSICO. Então compreendemos: quem tiver medo de arriscar-se, e quiser "preservar" ou "salvar" sua alma (isto é, sua vida na matéria), esse a perderá, não só porque não receberá o grau a que aspira, como ainda porque, na condição concreta de encarnado, talvez chegue a perder a vida física, arriscada na prova. O medo não o deixará RESSUSCITAR, depois da morte aparente mas dolorosa, e seu espírito se verá envolvido na conturbação espessa e dementada do plano astral, dos "infernos" (ou umbral) a que terá que descer.
No entanto, aquele que intimorato e convicto da realidade, perder, sua alma, (isto é, "entregar" sua vida do físico) à morte aparente, embora dolorosa, esse a encontrará ou a salvará, escapando das injunções emotivas do astral, e será declarado APTO a receber o grau seguinte que ardentemente ele deseja.
Que adianta, com efeito, a um homem que busca o Espírito, se ganhar o mundo inteiro, ao invés de atingir a SABEDORIA que é seu ideal? Que existirá no mundo, que possa valer a GNOSE dos mistérios, a SALVAÇÃO da alma, a LIBERTAÇÃO das encarnações tristes e cansativas?
Nos trabalhos iniciáticos, o itinerante ou peregrino encontrará o FILHO DO HOMEM na "glória" do Pai, em sua própria "glória", na "glória" de Seus Santos Mensageiros. Estarão reunidos em Espírito, num mesmo plano vibratório mental (dos sem-forma) os antigos Mestres da Sabedoria, Mensageiros da Palavra Divina, Manifestantes da Luz, Irradiadores da Energia, Distribuidores do Som, Focos do Amor.
Mas, nos "mistérios", há ocasiões em que os "iniciantes", também chamados mystos, precisam dar testemunhos públicos de sua qualidade, sem dizerem que possuem essa qualidade. Então está dado o aviso: se nessas oportunidades de "confissão aberta" o discípulo "se envergonhar" do Mestre, e por causa de "respeitos humanos" não realizar o que deve, não se comportar como é da lei, nesses casos, o Senhor dos Mistérios, o Filho do Homem, também se envergonhará dele, considerá-lo-á inepto, incapaz para receber a consagração; não mais o reconhecerá como discípulo seu. Tudo, portanto, dependerá de seu comportamento diante das provas árduas e cruentas a que terá que submeter-se, em que sua própria vida física correrá risco.
Observe-se o que foi dito: "morrer" (teleutan) e "ser iniciado" (teleusthai) são verbos formados do mesmo radical: tele, que significa FIM. Só quem chegar AO FIM, será considerado APTO ou ADEPTO (formado de AD = "para", e APTUM = "apto").
Nesse mesmo sentido entendemos o último versículo: alguns dos aqui presentes (não todos) conseguirão certamente finalizar o ciclo iniciático, podendo entrar no novo EON, no "reino dos céus", antes de experimentar a morte física. Antes disso, eles descobrirão o Filho do Homem em si mesmos, com toda a sua Dynamis, e então poderão dizer, como Paulo disse: "Combati o bom combate, terminei a carreira, mantive a fidelidade: já me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia - e não só a mim, como a todos os que amaram sua manifestação" (2. ª Tim. 4:7-8).
Comentários Bíblicos
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Beacon
Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Apocalipse Capítulo 15 do versículo 1 até o 8
O capítulo 15 apresenta o cenário para o derramar das pragas contidas nas sete taças. Ele consiste de três visões:
1) os anjos que esperam;
2) os santos vitoriosos; , 3) os anjos emergentes. O Capítulo 16 apresenta uma descrição de cada uma das sete pragas.
a) Os anjos que esperam (15.1). Esse versículo realmente forma um cabeçalho para o conteúdo dos capítulos 15:16. João viu outro grande e admirável sinal no céu: sete anjos que tinham as sete últimas pragas, porque nelas é consumada a ira de Deus. Há um caráter final acerca disso. A linguagem mostra que essas pragas chegarão ao seu clímax. Consumada literalmente significa "completa" ou "termina-da". Ira é thymos, "raiva ardente". O pecado, que afligiu a humanidade por tanto tem-po, precisa ser erradicado.
Os santos vitoriosos (15:2-4). João viu um como mar de vidro misturado com fogo (2). Provavelmente, esse é o mesmo mar de vidro relatado em 4.6. Lá ele é descrito como "semelhante ao cristal" em sua transparência. Aqui ele tinha uma incandescência rosada, como se estivesse misturado com fogo. Swete sugere: "A incandescência ver-melha do mar representava o fogo pelo qual os mártires passaram, e mais claramente, a ira prestes a cair sobre o mundo, que os havia condenado".'
Sobre esse mar vítreo, como se fosse um chão sólido, estavam parados os que saí-ram vitoriosos da besta — literalmente, "os que vinham vitoriosos da besta selva-gem". Lenski comenta: "Os conquistadores chegaram como vitoriosos 'saindo da' batalha com a besta selvagem, com sua imagem, e o número do seu nome".' Esse número, é claro, é 666 (13.18). Esses vitoriosos têm as harpas de Deus; isto é, harpas que Deus tinha dado a eles, ou que pertenciam ao serviço de Deus. As harpas já foram menciona-das em 5.9 e 14.2.
Esses harpistas cantam e tocam. Eles cantam o cântico de Moisés, servo de Deus (3). O contexto mostra que a referência não é ao cântico final de Moisés em Deuteronômio 32. Em vez disso, trata-se do hino de louvor cantado no mar Vermelho quando Deus libertou os israelitas dos egípcios perseguidores (Êx 15). Esse hino também era um cântico de livramento da besta ameaçadora.
Mas eles também cantaram o cântico do Cordeiro. Eles são vitoriosos com Cristo sobre todo o poder do inimigo. Para as pessoas da época de João, isso significava o impe-rador perseguidor. Para os cristãos de várias épocas, têm ocorrido muitas aplicações. No fim dessa era, será a vitória sobre o Anticristo.
O hino de adoração encontrado no restante do versículo 3 e no versículo 4 é composto quase que inteiramente de palavras e frases do Antigo Testamento (e.g., Sl 86:8-10; 111.2; 139.14; Am 4:13). Deus é louvado pelas suas obras maravilhosas. A frase Rei dos san-tos não recebe muito apoio dos melhores manuscritos. A escolha fica entre "Rei das na-ções" (Phillips) e "Rei das eras" (RSV).145 O contexto pode favorecer levemente a frase "Rei das nações", que é o que a besta afirmava ser. No fim, todas as nações virão e se prostrarão diante de ti (4). Porque os juízos (dihaiomata, atos justos) são manifes-tos ("se tornaram manifestos", NVI).
Os anjos emergentes (15:5-8). João escreve: E, depois disto (gr., dessas coisas), olhei ("vi", mesmo verbo que no v. 1), e eis que o templo (santuário) do tabernáculo do testemunho se abriu no céu (5). Aqui o autor de Apocalipse prefere a referência ao Tabernáculo — chamado de "tenda do Testemunho" (Nm 9:15) — em vez referir-se ao Templo posterior. O autor da epístola aos Hebreus faz a mesma coisa. Isso provavelmen-te ocorre porque seu plano foi dado por revelação divina.
Os sete anjos que tinham as sete pragas saíram do templo. Eles estavam vestidos de linho puro e resplandecente, com cintos de ouro, como os sacerdotes no Templo.
Um dos quatro animais ("criaturas viventes"; veja comentários em Ap 4:6) deu aos sete anjos sete salvas de ouro, cheias da ira de Deus (7). A palavra grega para salvas, phiale, é encontrada somente em Apocalipse (Ap 5:8-15.7; 16:1-17; 17.1; 21.9). Ela significa "uma taça rasa, usada para derramar libações, etc".' Outros significados atuais de salva podem induzir ao erro. Diversas traduções trazem "sete taças de ouro".
Esse Deus, cuja ira será derramada sobre os rebeldes, é o que vive para todo o sempre. O autor de Hebreus adverte que "Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo" (Hb 10:31).
Nesse momento o templo encheu-se com a fumaça da glória de Deus e do seu poder (8). Swete observa: "Fumaça é um símbolo da Presença Divina no AT quando a majestade impressionante de Deus se manifesta".' Ninguém podia en-trar no santuário até que se consumassem (ou "completassem") as sete pragas (cf. Êx 40:35-1 Rs 8.10).
Champlin
Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Apocalipse Capítulo 15 versículo 1
Nesta quinta seção, apresenta-se a visão de sete anjos que derramam sobre o mundo os cálices cheios de vinho da ira de Deus (conforme Ap 14:19).
Champlin - Comentários de Apocalipse Capítulo 15 versículo 2
Champlin - Comentários de Apocalipse Capítulo 15 versículo 3
O cântico de Moisés: Conforme Ap 14:3; alusão a Ex 15:1-18. A menção do mar recorda a vitória de Deus sobre os egípcios no mar Vermelho (Êx 14). Este cap. e o seguinte contêm muitas alusões às pragas do Egito e ao êxodo dos israelitas (ver as notas a Ap 16:2-10 e também Ap 16:13,).Ap 15:3Das nações: Outros manuscritos dizem: dos santos.
Champlin - Comentários de Apocalipse Capítulo 15 versículo 4
Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Apocalipse Capítulo 15 do versículo 1 até o 8
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15.1-16.21 O ciclo das sete taças da ira de Deus compõe o quarto ciclo de visões que conduzem à segunda vinda (Introdução: Características e Temas: Forma Literária). A cena inicial da adoração (15.1-16,1) lembra a adoração ao redor do trono de Deus nos caps. 4 e 5. Os vencedores alegram-se na presença de Deus (15.3,4). Sete anjos resplandecentes recebem taças da presença de Deus no templo. As taças simbolizam o cálice da ira de Deus que embriaga as nações (14.10; 16.19; Is 51:17,20,22; Jr 25:15-29; Lm 4:21; Ez 23:31-34; Hc 2:16). Ao comando de Deus, as taças são derramadas (16.1), resultando em sete flagelos finais. Os flagelos conduzem à segunda vinda, “pois com estes se consumou a cólera de Deus” (15.1).
As sete taças apresentam semelhanças notáveis com as sete trombetas. As primeiras quatro taças, semelhante às primeiras quatro trombetas, resultam em devastação nas quatro partes maiores da criação: terra, mar, água doce e céu. Semelhante às trombetas, as taças lembram as pragas contra o Egito. Mas as taças provocam juízos mais severos do que provocaram as trombetas. Os juízos das trombetas afetaram tipicamente uma terça parte do total, mas as taças afetam o todo.
Essas taças simbolizam os juízos de Deus contra malfeitores. O padrão geral pode incluir tanto os juízos contra o império romano descrente como a crise final que conduz à segunda vinda (Introdução: Dificuldades de Interpretação).
* 15.2 mar de vidro. Ver nota em 4.6.
os vencedores. Os santos através de suas orações, têm uma função a desempenhar nos juízos de Deus (6.9-11). Como no cap. 7, eles são protegidos dos juízos que caem sobre a terra.
* 15.3 cântico de Moisés. Uma alusão a Êx 15. Semelhante aos israelitas, os santos são libertos da opressão idólatra através de flagelos enviados por Deus.
Justos. Os atos de juízo de Deus nunca são arbitrários ou movidos por ódio, mas pagamento justo por más ações (v. 4; 16.5,7; 19.2,11).
* 15.5 santuário. A área interna da habitação celeste de Deus já foi descrita nos caps. 4 e 5 (nota).
*
15.6 linho puro e resplandecente. No Antigo Testamento, o linho era vestimenta sacerdotal (Êx 28:42; Lv 16:4). Com isso enfatiza-se a santidade dos juízos de Deus (v. 3, nota).
* 15.7 quatro seres viventes. Ver nota em 4.6.
*
15.8 fumaça. Fumaça ou nuvem espessa acompanha freqüentemente a presença de Deus, especialmente quando ele está irado. As associações incluem o monte Sinai (Êx 19:9,16,18; 20:18) e as visões de Isaías e Ezequiel (Is 6:4; Ez 1:4; conforme Nm 12:5; Sl 18:8,11; 74:1).
Matthew Henry
Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Apocalipse Capítulo 15 do versículo 1 até o 8
15:1 Às últimas sete pragas também lhes chama os julgamentos dos sete taças. Começam virtualmente no capítulo 16. Assim como no caso das pragas anteriores, estas são universais e culminarão na abolição de toda maldade ("consumava-se a ira de Deus") e o fim do mundo.15:2 É possível que este seja o "mar de vidro" descrito em 4.6, localizado diante do trono de Deus. Os que estão em pé são vitoriosos, venceram a Satanás e a sua besta maligna.15:3, 4 O cântico do Moisés celebrou a liberação do Israel do Egito (Exodo 15). A canção do Cordeiro celebra a liberação final do povo de Deus do poder de Satanás.15.5-8 O tabernáculo do testemunho é uma tradução grega da expressão hebréia "tabernáculo de reunião" (Ex 40:34-35). A imagem nos translada ao tempo do êxodo no deserto quando o arca do pacto (símbolo da presença de Deus entre seu povo) residia no tabernáculo. Os anjos que saíram do templo estavam vestidos de branco e cintos de ouro rodeavam seus peitos. Suas vestimentas recordam a do supremo sacerdote, e mostram que estão livres de corrupção, imoralidade e injustiça. A fumaça que enche o templo é a manifestação da glória de Deus e de seu poder. Não há maneira de escapar do julgamento de Deus.15:8 Nosso reinado eterno com Cristo não começará até que todo o maligno seja destruído por seu julgamento. Os fiéis devem aguardar que se revele seu tempo.
Wesley
Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Apocalipse Capítulo 15 do versículo 1 até o 8
A. Outro vislumbre do céu (15: 1-4) 1 E vi no céu outro sinal grande e admirável, sete anjos, que tinham sete pragas, que são o último, porque nelas é terminar a ira de Deus. 2 E vi como que um mar de vidro misturado com fogo; e os que saem vitoriosos da besta, e da sua imagem e do número do seu nome, de pé junto ao mar de vidro, tendo harpas de Dt 3:1 . Em todos os casos, há aqueles que cantam louvores a Deus. No atual cenário, como no capítulo 7 , quem canta são os redimidos, a Igreja, aqui descrito em termos da luta com os animais do capítulo 13 . Os santos têm sido vitorioso, mas sua música não mencionar o fato. Eles cantavam o cântico de Moisés ... eo cântico do Cordeiro .
A música é composta quase inteiramente a partir de citações do Antigo Testamento, que mostra mais uma vez a saturação de João nas Escrituras Hebraicas. A música gravada dificilmente corresponde à sua descrição; no entanto, a razão pode ser que,
Na presença de Deus os mártires esquecem de si mesmas; os seus pensamentos são absorvidos pelas novas maravilhas que os cercam; a glória de Deus, eo poderoso esquema das coisas em que seus próprios sofrimentos e vitória fazem parte infinitesimal, estão se abrindo diante deles: eles começam a ver as grandes questões do drama do mundo, e nós ouvimos a doxologia com que cumprimentar o seu primeira visão desanuviada de Deus e Suas obras.
Verdadeiro louvor nunca é auto-consciente; ela é sempre dissolvido no respectivo objecto. A teologia do hino é breve e direto ao ponto. O caráter de Deus Todo-Poderoso é conhecido por suas obras ou atos que são grandes e maravilhosas, justos e verdadeiros . Todas as nações temerão e adoração (reverência) Ele que é Rei dos séculos (nações).
B. ABERTO TEMPLE (15: 5-8) 5 Depois destas coisas olhei, e o templo do tabernáculo do testemunho no céu se abriu: 6 e saiu do templo os sete anjos que tinham as sete pragas, dispostas com preciosa pedra, pura e brilhante, e cingida sobre os seus seios com cintos de ouro. 7 e um dos quatro seres viventes deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da ira de Deus, que vive para todo o sempre. 8 E o santuário se encheu de fumaça pela glória de Deus , e pelo seu poder; e nenhum foi capaz de entrar no templo, até que as sete pragas dos sete anjos deve ser concluído.
O templo foi mencionado várias vezes antes desta (Ap 3:12 ; Ap 7:15 ; Ap 14:15 , Ap 14:17 ), sem qualquer descrição. Parece que o escritor tinha em mente, como o protótipo, o tabernáculo do deserto em vez de o Templo de Jerusalém. Ele a chama de o templo do tabernáculo do testemunho . Esse mesmo termo é usado da tenda em Nu 9:15 . O autor da Epístola aos Hebreus também usou a tenda para sua analogia do sacerdócio de Cristo. Em ambos os casos, foi escolhido "como a contrapartida do celestial Presence-Chamber ... devido à sensação de que o Tabernáculo era o arquétipo do Templo mais tarde, e era mesmo construída sobre um plano divinamente" (Ex 25:40) . Para João, o templo nunca é distinto do trono como a morada de Deus. Anjos são ditos "diante de Deus" (8: 2 ), para ser "em pé ao redor do trono" (Ap 7:11 ), em pé "sobre o altar" (Ap 8:3 ; 15: 6 ). Eles são mensageiros de Deus, descrito como vestidos com pedras preciosas (ou de linho), pura e brilhante .
João já havia visto uma "porta aberta no céu" (4: 1 ). Agora ele vê o templo abriu visão -a mais clara para a presença de Deus do que nunca. O templo se encheu de fumaça procedente da glória e do poder de Deus. Isso lembra a visão de Isaías no Templo (Isa. 6: 4 ), onde o fumo foi o resultado de um encontro pessoal entre Isaías e Deus. Foi sentimento de de Isaías "vergonha, ... constrangimento, o choque ofuscante de um encontro pessoal com Aquele a quem ele era totalmente incapaz de cumprir." Tudo o que João viu no templo era fumaça, a evidência da ira de Deus, de modo que em breve será derramado sobre a terra. E ele não se aproximar para ver mais e um vislumbre foi suficiente. Nenhum foi capaz de entrar no templo . Várias implicações podem ser extraídas deste. Em primeiro lugar, o que se João tinha sido dada nenhuma outra visão de Deus do que isso! Pior-pensamento que se a humanidade nunca tinha visto o amor de Deus como é em Jesus Cristo! Em segundo lugar, há algumas pessoas que, por causa do pecado voluntário e desobediência, nunca vai ver Deus, exceto envolto no manto da sua ira. Em terceiro lugar, ira repulsa e nunca empates. O evangelho da salvação é o evangelho do amor de Deus, e aquele que se sente compelido a pregar a ira de Deus deve fazê-lo no amor se ele iria conquistar as pessoas. João aqui não vê amor e salvação, só raiva e punição. E a imagem não vai mudar até que as sete pragas dos sete anjos deve ser concluído .
E agora os sete anjos [vêm] do templo , a presença de Deus, e receber cada uma taça de ira que ele vai derramar sobre o mundo iníquo. E, assim, por pouco tempo, e na cor escura, o cenário celestial é novamente descrito, em preparação para uma outra interpretação sétuplo repetição de desgraças.
Wiersbe
Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Apocalipse Capítulo 15 do versículo 1 até o 8
João apresenta uma cena do céu (Ap 4:0) antes da abertura dos selos e uma visão semelhante antes do soar das trombetas (Ap 8:1-66). João fita essas cenas:
I. Os vitoriosos e o cântico deles (15:1-4)
Já encontramos esses santos, eles são os crentes do período da tribulação que se negaram a dobrar os joelhos perante a besta e perderam a vida por causa de Cristo (Ap 12:11; Ap 13:7-66), contudo não pode tocar no templo celestial, apenas blasfemá- lo (13:6). A abertura do templo é outro lembrete de que Deus man-terá a aliança com seu povo, Israel. Muitos crentes judeus fugiram para Edom, Moabe e Amom, cidades em que Deus os protegerá. Outros mor-rerão por causa da fé, como também muitos gentios.
Sete anjos saem do templo. Sete é o número de conclusão, e completa-se o julgamento de Deus sobre a terra depois que os sete an-jos derramarem essas taças da có-lera. Os anjos saem do Santo dos Santos, onde estão guardadas a arca e as tábuas da Lei. O mundo per-verso desafiou a Lei do Senhor e lhe desobedeceu e, agora, chega o julgamento. A vestimenta dos anjos indica santidade e realeza. O "linho puro" lembra a vestimenta dos sa-cerdotes do Antigo Testamento; as cintas de ouro falam do rei. Outro lembrete de que os santos de Deus são "reino [e] sacerdotes" (Ap 1:6), um sacerdócio real. A vestimenta deles também nos leva à descrição de Cristo apresentada em 1:3, pois ele é o Sumo Sacerdote "segundo a ordem de Melquisedeque".
Um dos seres viventes entrega as taças da cólera aos anjos. Toda a natureza (simbolizada pelos seres viventes) experimentará a cólera de Deus.
Agora, o templo enche-se de fumaça proveniente da glória de Deus. No Antigo Testamento, a glória de Deus encheu a tenda (Êx 40:34-35) na consagração do ta- bernáculo, como também encheu o templo quando, no Antigo Testa-mento, foi consagrado (2Co 7:1-47). Durante esses eventos, não houve fumaça como manifestação da gló-ria. Todavia, aqui, há fumaça, em geral um sinal de julgamento (9:2). Toda a casa encheu-se de fumaça quando o profeta Isaías viu a gló-ria de Deus (Is 6:4). Isso aconteceu porque a mensagem de Isaías era de julgamento, como também de mise-ricórdia. João afirma que ninguém podia entrar no templo até que se derramassem as taças da cólera do Senhor. Nenhum santo ou anjo po-dia entrar no templo para interceder pelas nações do mundo. As nações estão "além da intercessão", aca-bou-se a longanimidade de Deus, e seu julgamento está para cair.
Os estudiosos de profecias não concordam em relação à organização cronológica dos selos, das trombetas e das taças. Muitos estudiosos acredi-tam que esses três conjuntos de julga-mentos seguiram-se um ao outro: os sete selos levaram às trombetas, e es-sas, às taças, como três partes de um telescópio. Se isso for verdade, então as sete trombetas e as sete taças estão contidas no sétimo selo. Isso poderia sugerir que, na verdade, os sete selos são abertos ao longo dos sete anos da tribulação, e, no final, as trombetas e as taças vêm em rápida sucessão. William R. Newell, em seu magní-fico comentário sobre Apocalipse, sustenta que os primeiros seis selos serão abertos nos primeiros três anos e meio da tribulação, e o sétimo selo (que inclui as trombetas e as taças), na última parte da tribulação.
Russell Shedd
Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Apocalipse Capítulo 15 do versículo 1 até o 8
15.2 Em pé no mar de vidro. Na sua primeira visão do trono de Deus, João viu este mar representando a separação do homem. de Deus (4.6n). Agora, os crentes (mártires, 4.12, 13) têm o direito de acesso a Deus. Harpas. Instrumentos de louvor celebram a vitória dos vencedores (5.8).
15.3 O cântico de Moisés. O cântico de Moisés louva a Deus por causa do Seu poder, da libertação que concede e da Sua retidão revelada ao liberar, Israel (Êx 15:1-18). Assim também, os crentes perante o trono foram resgatados de um poder ainda mais terrível do que o do Egito, pelo próprio Cristo, maior do que Moisés (Jo 1:17; Jo 6:32; He 3:2-58).
15.3.4 Há no Apocalipse vários hinos de louvor que exaltam a Senhor Jesus Cristo como Rei, Senhor e Juiz das nações. Ele é Soberano da história: Ap 5:9-66; Ap 7:10, Ap 7:12; Ap 12:10-66 n).
15.4 Todos os nações virão. Pode referir-se aos crentes de todas as nacionalidades e raças que se converteram (conforme 5.9; 7,9) ou ao Milênio previsto em Is 2:3; Is 11:10; Mq 4:2-33; Zc 14:16-38; Cf.Ap 19:15; Ap 20:3-66). Assim, também, foi quando a Templo de Salomão foi consagrado (2Cr 7:1-14; conforme Is 6:4).
NVI F. F. Bruce
Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Apocalipse Capítulo 15 do versículo 1 até o 8
IV AS ÚLTIMAS SETE PRAGAS (15.1— 16.21)
1) Apresentação dos sete anjos e o cântico da vitória dos redimidos (15:1-8) v. 1. outro sinal, grande e maravilhoso: Conforme 12.1,3. sete anjos com as sete últimas pragas: Conforme o v. 6, que parece ser adiantado pelo v. 1. Mas, antes que se diga mais sobre os sete anjos, João descreve outra visão dos mártires abençoados, v. 2. um mar de vidro misturado com fogo: Conforme 4.6; o fogo que é acrescentado aqui pode simbolizar o juízo a ser consumado nas sete últimas pragas, os que tinham vencido a besta: Esse é o sentido verdadeiro; “os que saíram vitoriosos da besta” (ARC) é mais literal, mas o grego imita aqui a construção hebraica (lit. “vencer de”). Eles tinham conquistado a vitória ao se recusar a adorar a besta, a sua imagem ou ser selados com o número do seu nome (conforme 13 15:17-14:9-11). em pé, junto ao mar. Ou, talvez, “sobre o mar de vidro” (“no”, ARA); a preposição epi é ambígua. De qualquer forma, eles estão em pé diante do trono celestial (conforme 7.9). Eles seguravam harpas que lhes haviam sido dadaspor Deus: Conforme os harpistas em 14.2. Esse grupo lembra os 144:000Dt 14:0:
Ele é a Rocha, as suas obras são perfeitas, e todos os seus caminhos são justos. E Deus fiel, que não comete erros; justo e reto ele é.
No entanto, o cântico dos v. 3,4 é um poema constituído de citações de trechos de diversas partes do AT. Grandes e maravilhosas são as tuas obras: Conforme Sl 104:24-111.2; 139.14. Senhor Deus todo-poderoso: Conforme 4.8 (fazendo eco de Is 6:3). Justos e verdadeiros são os teus caminhos: Conforme Sl 145:17. 6 Rei das nações: Ou “Rei Eterno”; conforme Jr 10:10. A leitura variante bem fundamentada usada aqui pela NVI, incluindo o “ó”, se deve à influência de Jr 10:7: “Quem não te temerá, ó rei das nações?”. Uma variante com pouca evidência nos manuscritos é “Rei dos santos” (ARC). v. 4. Pois tu somente és santo: Conforme Sl 86:10-99.3,5,9. Todas as nações virão à tua presença e te adorarão: Conforme Sl 86:9. v. 5.... que se abriu nos céus o santuário, o tabernáculo da aliança: A abertura do santuário, denotando o desenrolar e o cumprimento do propósito de Deus, lembra 11.19, e pode bem ser uma retomada, depois dos “sinais” e de outras visões que se interpuseram. Nesse caso, assim como a abertura do sétimo selo foi a deixa para o toque das sete trombetas (8.lss), o toque da sétima trombeta é a deixa para o derramar das sete taças da ira sobre a terra. v. 6. Estavam vestidos de linho puro e resplandecente: Eles estão vestidos de roupas sacerdotais para a sua terrível liturgia. A variante extraordinária “pedra” (gr. lithori) em vez de linho (gr. linon) é preferida por alguns com base no princípio de que a leitura mais difícil é a original; ela tem sido explicada em termos das pedras no peitoral do sumo sacerdote, ou da descrição do rei de Tiro em Ez 28:13: “todas as pedras preciosas o enfeitavam”.
Mas o peso da evidência aqui favorece “linho”, tinham cinturões de ouro ao redor do peito: Como o Filho do homem (1.13). v. 7. sete taças de ouro cheias da ira de Deus: Um contraste com as sete taças de ouro contendo as orações dos santos (5.8), e mesmo assim o derramamento da ira sobre os habitantes da terra é a resposta àquelas orações (6.10; 8.3ss). v. 8. O santuário ficou cheio da fumaça da glória de Deus: A nuvem envolve a shekinah divina como em Êx 40:34,35; lRs 8.10ss; Is 6:4. Por mais que o juízo de Deus possa ser adiado, uma vez que começa prossegue com rapidez terrível. Os sete receptáculos da sua ira não são frascos de gargalo fino (VA), dos quais o conteúdo goteja, mas vasilhas largas, rasas, cujo conteúdo é derramado imediatamente quando elas são viradas. Mas, enquanto a estranha e rápida obra está em progresso, o santuário é inacessível; o significado pode ser que o tempo para a intercessão passou.
Moody
Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Apocalipse Capítulo 14 do versículo 1 até o 21
Assim como há os capítulos introdutórios que precedem os juízos apresentados pela abertura dos sete selos e pelo tocar das sete trombetas, aqui também, precedendo a última série dos juízos, temos um capítulo introdutório.
Moody - Comentários de Apocalipse Capítulo 15 do versículo 1 até o 4
Moody - Comentários de Apocalipse Capítulo 15 do versículo 5 até o 8
5-8. João diz que viu no céu o santuário do tabernáculo do testemunho . . . no céu (v. Ap 15:5). Esta é a última vez que a palavra aparece traduzida para santuário neste livro (cons. Ap 11:19). Desse santíssimo lugar saíram cinco anjos, com as sete pragas que estão para serem derramadas sobre a terra, taças ... cheias da cólera de Deus (v. Ap 15:7). Exatamente antes desta série ter início, somos informados de que o santuário está cheio de fumaça, procedente da glória de Deus e do seu poder (v. Ap 15:8), o que nos faz lembrar a inacessibilidade divina no Sinai (Ex 19:21), e a visão de Isaías (Is 6:4,Is 6:5).
John Albert Bengel, o grande exegeta do século passado, comentou esta passagem: "Quando Deus derrama Sua fúria seria bom que até mesmo aqueles que estão em paz com Ele se afastem um pouco, em atitude de profunda reverência até que pouco a pouco o céu se desanuvie novamente" (Introduction to the Exposition of the Apocalypse, in loco).
Francis Davidson
O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Apocalipse Capítulo 15 do versículo 1 até o 8
VIII. AS SETE TAÇASAp 15:1-66; Ap 16:10-66). O terremoto, depois da sétima trombeta, parece ser o mesmo que se segue à sétima taça, somente que se descreve em mais detalhe (Ap 11:19; Ap 16:17). Desta maneira, as taças dão uma mais plena revelação do que já, se tinha revelado sob os juízos das trombetas, junto com certas novas características. Quanto aos vitoriosos junto ao mar de vidro (2), o seu cântico celebra a iminente conversão das nações que se segue à consumação dos "atos de justiça" de Deus (4); a visão, portanto, exulta nos efeitos das últimas pragas antes de anunciar a sua vinda; isto é proléptico e serve para sublinhar a afirmação do vers. 1, "nelas se cumpre a ira de Deus".
a) Visões introdutórias às taças (Ap 15:1-66) -O mar de vidro é misturado com fogo, por causa do juízo iminente. Os confessores têm desafiado a besta, recusando-se a adorar a sua imagem e abjurando a marca que é o número do seu nome (2). O cântico de Moisés... e o cântico do Cordeiro são um, recordando o cântico triunfante dos israelitas nas praias do Mar Vermelho (Ex 15). O nome de Moisés é ligado com o de Cristo porque um livramento semelhante, ainda que muito maior, tem sido conseguido de um inimigo semelhante, se bem que muito maior. É comum nos profetas a comparação de redenção final com o êxodo (cfr. Is 51:9-23). Cada linha do cântico é reminescente dos profetas e salmistas: Grandes e maravilhosas são as tuas obras (cfr. Sl 111:2; Sl 98:1; Sl 139:14); justos e verdadeiros são os teus caminhos (cfr. Sl 145:17; Dt 32:4); Rei dos Santos (das nações ARA). Quem te não temerá...? (3-4; cfr. Jr 10:7); todas as nações virão (4; cfr. Sl 86:9); os teus atos de justiça se fizeram manifestos (cfr. Is 26:9; Sl 98:2). A aproximação e o culto das nações parecem antecipar a sua conversão no milênio.
2. A SEGUNDA VISÃO (Ap 16:5-66) -O tabernáculo se chamava "a tenda do testemunho" (Nu 9:15), desde que a arca, contendo as tábuas da aliança, nele se guardavam. Uma vez que a arca mais tarde ficava no templo, o próprio templo às vezes se chamava o tabernáculo (Sl 84:1-19; Ez 41:1). Aqui, por conseguinte, a segunda cláusula deve ser traduzida "o templo, a saber, o tabernáculo do testemunho no céu, foi aberto". Ressalta que os juízos que estão para se executar são a expressão da justiça de Deus. Uma versão diz que os anjos estavam "vestidos de pedras preciosas, puras e resplandecentes", em vez de linho puro e resplandecente, como na Almeida. Porém as palavras gregas para "pedras" (lithon) e "linho" (linon) são muito semelhantes, de maneira que é difícil dizer qual é certa. Ver, contudo, Ez 28:13. As taças de ouro, como os recipientes da ira de Deus, podem ter sido sugeridas pelo freqüente uso, no Velho Testamento, de "cálices", para denotar a medida de Deus de juízo sobre os pecadores (cfr. Ap 14:9-66). O templo encheu-se com o fumo da glória de Deus (8). Para semelhantes ocasiões deste fenômeno no Velho Testamento, ver Êx 40:35; 2Cr 7:2-14; Is 6:4; Ez 10:4; Ez 44:4.
John MacArthur
Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Apocalipse Capítulo 15 do versículo 1 até o 8
Então eu vi no céu outro sinal grande e admirável: sete anjos, que tinham sete pragas, que são os últimos, porque neles a ira de Deus está terminado. E vi como que um mar de vidro misturado com fogo, e os que haviam sido vitorioso sobre a besta ea sua imagem e do número do seu nome, de pé no mar de vidro, segurando harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, o servo de Deus, eo cântico do Cordeiro, dizendo: "Grandes e maravilhosas são as tuas obras, O Senhor Deus, o Todo-Poderoso; Justos e verdadeiros são os teus caminhos, Rei das nações! Quem não temerá, ó Senhor, e glorificarão o teu nome? Para Só Tu és santo; Para todas as nações virão e se prostrarão diante You, Para teus atos de justiça se fizeram manifestos. " Depois destas coisas olhei, e o templo do tabernáculo do testemunho no céu se abriu, e os sete anjos que tinham as sete pragas saíram do templo, vestidos de linho, limpo e brilhante, e cingiu em torno de seus baús com faixas douradas . Então, um dos quatro seres viventes deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da ira de Deus, que vive para todo o sempre. E o templo encheu-se com a fumaça da glória de Deus e do seu poder; e ninguém foi capaz de entrar no templo, até que as sete pragas dos sete anjos se acabaram. ( 15: 1-8 )
Quando eles pensam sobre o futuro, as pessoas se preocupam com muitas coisas. A destruição do meio ambiente, o aquecimento global, a agitação política e instabilidade, o terrorismo, o crime, o colapso económico e financeiro, ea queda contínua nos valores morais que destroem todos os relacionamentos são todos motivos de preocupação. Uma outra causa para a ansiedade é a sensação de vazio abandonado fomentada pela anti-Deus filosofia do humanismo. Para aqueles que acreditam que Deus não existe pessoal, não há ninguém em casa no universo, para que eles não têm para onde recorrer para obter respostas definitivas, ajuda ou significado.
Mas o que é verdadeiramente assustador sobre o futuro não é nenhuma dessas coisas; o que deve parar o coração dos pecadores é o que Deus vai fazer. Raiva e fúria julgamento de Deus é uma realidade terrível que paira apenas sobre o horizonte da história humana (cf. Sl 96:13. ;Sl 98:9 ; 2Tm 4:12Tm 4:1. , porque "Deus é um juiz justo, e Deus está zangado com o ímpio todos os dias" () Sl 7:11 ).
Ao longo da história humana, Deus derramou sua ira em juízo sobre os pecadores. O pecado de Adão no Éden trouxe toda a raça humana sob julgamento ( Rm 5:12 ). Por dia de Noé, as pessoas se tornaram tão maus que Deus enviou o julgamento cataclísmico do dilúvio para destruir o mundo (cf. Gênesis 6:5-8 ). Somente Noé e os que com ele na arca foram poupados. Séculos de desobediência pelo povo judeu, finalmente, levou a seu julgamento, como primeiro o reino do norte de Israel e, em seguida, o reino do sul de Judá foi para o cativeiro.
Ira e julgamento de Deus foram os temas constantes dos profetas do Antigo Testamento. Eles freqüentemente alertou para o próximo Dia do Senhor, se um julgamento histórico iminente, ou o dia final escatológico do Senhor. Todo o Dia histórico dos julgamentos Senhor fosse previews da última e mais terrível Dia do Senhor. (Para mais informações sobre o Dia do Senhor, ver Apocalipse 1:11, A Commentary MacArthur Novo Testamento . [Chicago: Moody, 1999], 199ff)
Isaías advertiu sobre o julgamento de Deus: Wail, para o dia do Senhor está próximo! Ele virá como destruição do Todo-Poderoso. Portanto, todas as mãos cairá mole, E o coração de cada homem vai derreter. Eles serão aterrorizados, Dores e angústia vai tomar posse deles; Eles vão se contorcer como uma mulher em trabalho de parto, Eles vão olhar para o outro com espanto, Seus rostos em chamas. Eis que o dia do Senhor está chegando, Cruel, com fúria e ira ardente, Para tornar a terra em desolação; E Ele vai exterminar os pecadores.
Ezequiel descreveu o Dia do Senhor, como "um tempo de castigo para as nações" ( Ez 30:3 ). Amos gritou para os pecadores em Israel, "Prepare-se para conhecer o seu Deus" ( Am 4:12 ). O profeta Sofonias deu a seguinte descrição assustadora do Dia do Senhor:
Perto é o grande dia do Senhor, Perto e vindo muito rapidamente; Ouça, o dia do Senhor! Nele, o guerreiro grita amargamente. Um dia de ira é que dia, Um dia de tribulação e de angústia, Um dia de destruição e desolação, Um dia de trevas e escuridão, Um dia de nuvens e densas trevas, Um dia de trombeta e grito de guerra Contra as cidades fortificadas E as torres altas de canto. Trarei angústia sobre os homens Para que eles andarão como cegos, Porque pecaram contra o SENHOR; E o seu sangue será derramado como poeira Ea sua carne como esterco. Nem a sua prata nem o seu ouro Será capaz de entregá-los No dia da ira do Senhor; E toda a terra será devorada No fogo do seu zelo, Pois Ele vai fazer um fim completo, Na verdade um aterrorizante, De todos os habitantes da Terra.
Job advertiu que "o mau é preservado para o dia da calamidade, eles serão levados adiante no dia de fúria" ( Jó 21:30 ).
Os desabafos históricos de queda a ira de Deus em várias categorias. Em primeiro lugar é o que poderia ser chamado de "semear e colher" ira. As pessoas pecam e sofrem as conseqüências lógicas de que o pecado; "Aqueles que lavram iniquidade e aqueles que semeiam o mal colhê-la" ( Jó 4:8 ). Um segundo tipo de ira é a ira cataclísmico, quando Deus envia maciça, acórdão destrutivo. Esse julgamento pode engolir o mundo inteiro, assim como fez com o Dilúvio ( Gn 6:8 ), ou de uma região menor, como quando Deus destruiu Sodoma e Gomorra ( Gênesis 19:1-29 ). Romanos capítulo 1 revela ira de abandono de Deus, quando Paulo três vezes usou a frase "Deus os entregou" para demonstrar abandono judicial de Deus dos pecadores, a remoção de contenção para as conseqüências mortais de suas escolhas pecaminosas ( vv. 24 , 26 , 28 ). Os 4:17 declara: "Efraim está entregue aos ídolos; deixá-lo sozinho." Como observado anteriormente, julgamento temporal de Deus é derramado em Dia histórico dos julgamentos Senhor. Finalmente, há a eterna ira, ira escatológico de Deus que, no futuro, ser derramado em todo o mundo ( 1Ts 1:10. ; 1Ts 5:9. ) trará a ira de Deus para o mundo pecaminoso (cf. Mt 13:1 ; At 16:23 , At 16:33 ; 2Co 6:52Co 6:5. ). Ezequiel descreveu-o como "algo como um firmamento, como o brilho impressionante de cristal" (Ez 1:22 ).
Mas a beleza tranquila do mar foi misturado com o fogo do juízo de Deus, que estava prestes a ser derramado sobre a terra. Aqueles que rejeitam a graça e misericórdia a face de Deus "uma expectativa terrível de julgamento e a fúria de um fogo que consumirá os adversários" (He 10:27 ), porque "o nosso Deus é um fogo consumidor" ( Hb. 0:29 ) . Fogo é freqüentemente associado na Escritura com o julgamento de Deus (cf. Nu 11:1 ; Dt 9:3 ; 2Ts 1:72Ts 1:7 descreve a sua ressurreição e recompensa. Em 13: 7 diz da besta (Anticristo), "Ele também foi dado a ele para fazer guerra aos santos e vencê-los." Mas o triunfo da Anticristo será de curta duração, e, no final, os santos da Tribulação será concedido triunfo sobre ele, que prevalece sob a pressão a que o mundo sucumbiu (cf. 13: 4 , 14-17 ; 14: 9 , 11 ; 19 : 20 ).
Não só os santos da tribulação triunfar sobre o animal, mas também sobre sua imagem e do número do seu nome. compadrio da besta, o falso profeta, irá realizar muitas maravilhas da mentira para enganar as pessoas. Uma delas será a criação de uma imagem da besta, o que ele vai pedir a todos para adorar sob pena de morte (veja a discussão 13 14:5-13:15'>de 13 14:5-13:15'>13 14:15 no capítulo 5 deste volume). O falso profeta também vai exigir que todos recebam uma marca que representa o nome ou da besta, ou o número do seu nome. Aqueles que não têm essa marca vai enfrentar a execução e não será capaz de comprar ou vender (veja a discussão sobre 13:17 no capítulo 5 deste volume). Mas os crentes da Tribulação será, pelo poder de Deus, eternamente triunfar sobre toda a empresa de Satanás, a besta e do falso profeta. Mesmo aqueles martirizados por sua fé triunfante receberão suas recompensas gloriosas ( 20: 4 ).
Que os santos da tribulação são vistos segurando harpas de Deus indica que eles estão se regozijando e cantando louvores a Deus. Harps também foram associados com louvor no início Apocalipse ( 5: 8 ; 14: 2 ), uma vez que são muitas vezes no Antigo Testamento (cf . 2Sm 6:5. ; Ne 12:27. ; Sl 33:2 ; Sl 144:9. )
Os incrédulos serão condenados ao inferno eterno por maltratar o povo de Deus, pois que os maus tratos revela seu mal, corações impenitentes: "Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda:" Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos; porque tive fome, e me destes nada para comer, eu estava com sede, e me destes de beber; fui estrangeiro, e você não convidou-me dentro; estava nu, e não me vestistes;. doente e na prisão e não fostes visitar-me ' Em seguida, eles próprios também vai responder: 'Senhor, quando te vimos com fome, ou com sede, ou estrangeiro, ou nu, ou enfermo, ou na prisão, e não cuidar de você?' Então Ele lhes responderá: 'Em verdade vos digo que, na medida em que você não fez isso a um dos menores desses, você não fez isso a mim.' "( Mt 25:1 , 21-23 )
Os crentes retratados aqui são sujeitos os terrores da Tribulação e sofreu dolorosas, mortes violentas como mártires. No entanto, apesar de ter sofrido a perseguição mais intensa do mundo nunca vai saber, a sua fé, que é um dom de Deus, irá perdurar. Eventualmente, eles vão ficar em triunfo diante do trono de Deus, vendo como Deus toma vingança contra os seus perseguidores.
O Caráter de Deus
E cantavam o cântico de Moisés, o servo de Deus, eo cântico do Cordeiro, dizendo:
"Grandes e maravilhosas são as tuas obras, O Senhor Deus, o Todo-Poderoso; Justos e verdadeiros são os teus caminhos, Rei das nações! Quem não temerá, ó Senhor, e glorificarão o teu nome? Para Só Tu és santo; Para todas as nações virão e se prostrarão diante You, Para teus atos de justiça se fizeram manifestos. " ( 15: 3-4 )
A música cantada pelos santos glorificados diante do trono é um hino de louvor a Deus. O motivo final da ira de Deus é Sua, caráter justo santo, o que exige que ele julgar os pecadores. É natureza santa de Deus, que em breve será revelado no julgamento contra seus perseguidores, que provoca esta canção do redimido. O cântico de Moisés é a primeira de várias músicas gravadas no Antigo Testamento. Os israelitas cantaram uma canção de louvor quando o Senhor deu-lhes água no deserto ( Números 21:17-18. ). Moisés ensinou os filhos de Israel uma canção de recordação pouco antes de sua morte ( Deut. 31: 19-22 ; 32: 1-44 ). Esse cântico de Moisés não está em vista aqui, porque lida com a infidelidade de Israel e punição de Deus da nação antes de sua restauração. O contexto de Apocalipse 15 não é um de infidelidade, mas da fidelidade que triunfa. Deborah e Barak cantou uma canção de vitória triunfante comemorando a derrota dos cananeus, cujas forças foram conduzidos pelo Sísera notória de Israel ( Jz. 5: 1-31 ). Havia uma canção cantada ao Senhor como parte da restauração da verdadeira adoração nos dias de Ezequias ( 2Cr 29:27 ).Além disso, Davi e outros escreveram os Salmos, o hinário do antigo Israel, e Salomão escreveu o Cântico dos Cânticos.
O cenário histórico para o cântico de Moisés vem da época do Êxodo. Como o servo de Deus, Moisés foi chamado para liderar o povo de Israel da escravidão no Egito. Deus os livrou do exército de Faraó perseguindo por dividindo o Mar Vermelho, o empilhamento de água em ambos os lados de um caminho, assim permitindo que os israelitas atravessar com segurança em terra seca. Depois que eles estavam a salvo do outro lado, as águas colapso afogou o exército egípcio. Do outro lado do Mar Vermelho, os israelitas cantaram uma canção de louvor a Deus por sua libertação.
Então Moisés e os filhos de Israel cantaram este cântico ao Senhor, e disse: "Cantarei ao Senhor, porque Ele é exaltado; O cavalo e seu cavaleiro Ele lançou no mar. O Senhor é a minha força e canção, E Ele é a minha salvação; Este é o meu Deus, e eu o louvarei; Deus de meu pai, e eu vou exaltar Ele. O Senhor é um guerreiro; O Senhor é o seu nome. Carros de Faraó e seu exército Lançou no mar; E a escolhida de seus oficiais foram submersos no Mar Vermelho. Os abismos cobri-los; Eles desceram às profundezas como pedra. Sua mão direita, ó Senhor, é majestoso no poder, Sua mão direita, Senhor, quebra o inimigo. E com a grandeza de sua excelência Você derrubar aqueles que se levantam contra ti; Você envia a tua ira ardente, e consome-los como joio. Na explosão das tuas narinas as águas estavam empilhados, As águas que fluem se levantou como um monte; Os abismos coalharam-se no coração do mar. O inimigo dizia: 'Vou buscar, alcançarei, repartirei os despojos; Meu desejo será gratificado contra eles; Vou tirar a minha espada, a minha mão os destruirá. " Você estragou com seu vento, o mar os cobriu; Afundaram-se como chumbo em grandes águas. Quem é como tu entre os deuses, ó Senhor? Quem é como tu, glorificado em santidade, Impressionante em louvores, operando maravilhas? Você estendeu a sua mão direita, A terra os tragou. Em tua benignidade Você levou o povo que resgataste; Em sua força Você guiou para sua santa morada. Os povos ouviram e estremeceram; A angústia tomou conta dos habitantes de Philistia. Então os príncipes de Edom se pasmaram; Os líderes de Moabe, tremores apertos eles; Todos os habitantes de Canaã já derreteu. Terror e medo queda sobre eles; Pela grandeza do teu braço, emudecem como pedra; Até que seu povo passasse, ó Senhor, Até as pessoas passam mais de quem você comprou. Você vai trazê-las e plantá-las no monte da tua herança, O lugar, Senhor, o que você fez para a sua habitação, O santuário, ó Senhor, que as tuas mãos estabeleceram. O Senhor reinará para todo o sempre. "
O cântico de Moisés era um cântico de vitória e libertação para os justos, e ao mesmo tempo de julgamento e ira sobre os inimigos de Deus. Os santos da tribulação, reunidos em triunfo em um lugar de proteção e segurança, vai ecoar o mesmo cântico de libertação cantada há muito tempo pelo povo de Israel.
Além de cantar novamente com o novo significado do cântico de Moisés, que liderou Israel na redenção do Egito, os santos remidos diante do trono de Deus também vai cantar o cântico do Cordeiro, que é seu Redentor eterna. Essa música foi ouvida pela primeira vez em 5: 8-14 :
Logo que tomou o livro, os quatro seres viventes e os vinte e quatro Anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, cada um segurando uma harpa e taças de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos. E cantavam um cântico novo, dizendo: . — "Tu és digno de receber o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto, e comprado por Deus com seus homens de sangue de toda tribo, língua, povo e nação Você tê-los feito para ser um reino de sacerdotes para o nosso Deus, e eles reinarão sobre a terra ". E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono e dos seres viventes e dos anciãos; eo número deles era miríades de miríades e milhares de milhares, dizendo com grande voz, — "Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, honra, glória e louvor." E a toda criatura que está no céu e na terra e debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, dizerem, — "Àquele que está sentado no trono, e ao Cordeiro, seja o louvor, honra e glória e poder para todo o sempre." E os quatro seres viventes diziam: "Amém". E os anciãos prostraram-se e adoraram. Como o cântico de Moisés, o cântico do Cordeiro expressa os temas da fidelidade de Deus, a libertação do seu povo, eo julgamento de seus inimigos. Comentador João Phillips compara e contrasta as duas músicas:
O cântico de Moisés foi cantada no Mar Vermelho, o cântico do Cordeiro é cantada no mar de cristal; o cântico de Moisés era uma canção de triunfo sobre o Egito, o cântico do Cordeiro é uma canção de triunfo sobre Babilônia; o cântico de Moisés contou como Deus trouxe o Seu povo, o cântico do Cordeiro diz como Deus traz o Seu povo em; o cântico de Moisés foi a primeira música nas Escrituras, o cântico do Cordeiro é o último. O cântico de Moisés comemorou a execução do inimigo, a expectativa dos santos, e da exaltação do Senhor; o cântico do Cordeiro lida com os mesmos três temas. ( Explorando Apocalipse, rev ed [Chicago: Moody, 1987; reimpressão, Neptune, NJ: Loizeaux, 1991].., 187)
As palavras da canção gravada aqui não correspondem exactamente nem o cântico de Moisés em Êxodo 15 , ou o cântico do Cordeiro , em Apocalipse 5 . Mas os temas e muitos dos termos-chave são semelhantes. Esta canção acrescenta algumas novas estrofes para a canção triunfo do povo redimido de Deus, mas cada uma de suas linhas encontra eco no Antigo Testamento. Grandes e maravilhosas são as tuas obras é uma reminiscência de Sl 139:14 ; Gn 48:3. ; cf. Dt 32:4. ). A frase para todas as nações virão e se prostrarão diante de Você cita Sl 86:9 ; 1Sm 12:71Sm 12:7 ; e Mq 6:5 ). "Será que Deus pervertido justiça? Ou será que o Todo-Poderoso perverte o que é certo?" pede Jó 8:3 ). Depois de Deus atos justos de julgamento foram revelados durante a Tribulação, o tempo previsto por Isaías virá: "E será a partir de lua nova a lua nova e de sábado a sábado, toda a humanidade virá a curvar-se diante de mim, ' diz o Senhor "( Is 66:23 ). Esse tempo vai marcar a primeira fase do cumprimento de Filipenses 2:10-11 : "Em nome de Jesus se dobre todo joelho, daqueles que estão no céu, na terra e debaixo da terra, e toda língua ... confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai ".
O Plano de Deus
Depois destas coisas olhei, e o templo do tabernáculo do testemunho no céu se abriu, e os sete anjos que tinham as sete pragas saíram do templo, vestidos de linho, limpo e brilhante, e cingiu em torno de seus baús com faixas douradas . Então, um dos quatro seres viventes deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da ira de Deus, que vive para todo o sempre. E o templo encheu-se com a fumaça da glória de Deus e do seu poder; e ninguém foi capaz de entrar no templo, até que as sete pragas dos sete anjos se acabaram. ( 15: 5-8 )
Cada um dos jogadores Angelicalais neste drama vai cumprir o seu dever atribuído de acordo com o plano de Deus. Ele sempre foi o propósito de Deus para julgar os pecadores e destruir o pecado. O "eterno fogo ... tem [já], preparado para o diabo e seus anjos" ( Mt 25:41 ), e aguarda por aqueles a quem Deus vai sentença de um dia para o castigo eterno lá. Santos anjos de Deus aguardam o momento em que vai jogar o seu papel no julgamento dos pecadores de Deus (cf. 13 Matt:. 41-42 , 49-50 ). Aqui, em uma nova visão, eles recebem os actos de execução.
Como faz todo Apocalipse (cf. 4: 1 ; 6: 2 , 5 , 8 , 7: 9 ; 14: 1 , 14 ; 19:11 ), a frase , depois destas coisas, olhei introduz uma surpreendente, nova visão dramática. Algo está prestes a chamar a atenção de João longe dos santos redimidos cantam seus louvores antes glorioso trono de Deus. Essa nova visão revelou-lhe os julgamentos Bowl ( 16: 1-21 ), mas em primeiro lugar, João, vi os anjos que realizarão esses julgamentos. Enquanto ele observava, . o templo do tabernáculo do testemunho no céu se abriu O apóstolo tinha visto uma visão semelhante em uma visão mais cedo, o que antecipou esta abertura, quando "o templo de Deus, que está no céu se abriu; ea arca da Sua aliança apareceu em seu templo, e havia relâmpagos e sons e trovões e um terremoto e uma grande chuva de granizo "( 11:19 ). Naos ( templo ) refere-se ao Santo dos Santos, o santuário interior, onde a presença de Deus habita, enfatizando que Deus é a fonte das pragas. O sacrário foi, por vezes referido como o tabernáculo do testemunho ( Ex 38:21. ; Nu 1:50. , Nu 1:53 ; Nu 10:11 ; At 7:44 ), pois o item mais importante era a arca da aliança, às vezes chamado a arca do testemunho ( Ex 25:22. ; 26: 33-34 ; Ex 30:6 ; . Nu 4:5 ; Nu 4:16 Josh. ). Foi assim chamado porque ele continha o testemunho, as duas tábuas de pedra em que Deus havia escrito os Dez Mandamentos ( Ex 25:16. , Ex 25:21 ; Ex 40:20 ; cf. Sl 78:5 ). Como convém a tão gloriosa, santos, seres majestosos, os anjos estavam cingidos ao redor de seus baús com faixas douradas, que funciona através do torso do ombro até a cintura.
Após solenemente procedente do santuário interior do templo celestial de Deus, os sete anjos receberam os meios pelos quais eles vão despejar o julgamento de Deus. Um dos quatro seres viventes (querubins; uma ordem de anjos do alto escalão; 4: 6 , 8-9 ; 5: 6 , 8 , 11 , 14 ; 6: 1 ,6 ; 07:11 ; 14: 3 ; 19: 4 ; Ez 1:1 ; cf. 1Sm 4:41Sm 4:4 ) . deu aos sete anjos sete taças de ouro cheias da ira de Deus, que vive para sempre e sempre Phialas ( tigelas ) refere-se a discos rasas. . As imagens não é a de um córrego que está sendo derramado gradualmente para fora de um jarro, mas de todo o conteúdo dos discos rasas sendo lançado para baixo em uma inundação instantânea do julgamento Bowls faziam parte do mobiliário do templo ( 1Rs 7:50 ; 2 Reis 0:13 ; 25:15 ; 1Cr 28:17. ; Zc 14:20. ) e foram associados com os sacrifícios ( Ex 27:3 ), também simbolizado gloriosa presença de Deus no tabernáculo do Antigo Testamento ou templo ( Ex. 40: 34-35 ; 1 Reis 8:10-11 ; . Is 6:1 —4 ). Esta fumaça também simboliza a ira de Deus; assim, ninguém foi capaz de entrar no templo, até as sete pragas dos sete anjos se acabaram. A nuvem da glória permanecerá no templo celestial até que a Terra está completamente eliminadas, purificados, e preparada para o rei e seu reino.
A cena descrita neste capítulo estabelece o pano de fundo para os julgamentos definitivos, finais, derramado em capítulo 16 Uma vez que a ira de Deus foi derramado sobre Jesus Cristo por causa do que Ele fez por pecadores.; no futuro, a ira será derramada sobre os pecadores por causa do que eles fizeram com Jesus Cristo. É verdade que "O Senhor é ... longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" ( 2Pe 3:9 ). Eles vão pagar um preço terrível por não acatar a advertência da Escritura: "Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações" ( He 3:15. ; 4: 7 ).
Barclay
O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Apocalipse Capítulo 15 do versículo 1 até o 8
Poderia ter-se pensado que João se deteria depois de ter falado da colheita e do trapiche do juízo. Mas ainda fica muito que ele sabe e deve
nos dizer. Ainda deve falar dos horrores últimos, do reino dos santos durante mil anos e da conflagração final, que precederá à bem— aventurança eterna. João amontoará horror sobre horror. Falou das sete
trombetas. Agora se referirá à vazão dos sete taças da ira de Deus. Esta ordem é típica da forma em que escreviam os autores apocalípticos. Tendiam a construir seus livros ordenando os materiais em grupos de
sete e de três. Os três grupos de sete que encontramos em Apocalipse representam, na mente do escritor apocalíptico, a totalidade e a perfeição.
A cena se localiza no céu. Antes de nos falar dos sete anjos que
sustentam em suas mãos os sete copos da ira, João descreve os que sofreram martírio por Cristo. Estão de pé, junto ao mar de vidro. Já vimos este mar de vidro em Ap 4:6. Aqui se acrescenta um detalhe. O vidro está misturado com fogo. Esta diferença com relação à descrição anterior é muito natural, dadas as circunstâncias. Trata-se, aqui, de uma passagem de juízo, e o fogo, nas Escrituras, representa simbolicamente o juízo divino (veja-se Ex 9:24, Mt 3:12; He 12:29).
Toda a cena está iluminada com a luz macabra do fogo do juízo. Muito em breve nos falará a respeito do Cântico de Moisés. Trata-
se do cântico que Moisés entoou quando os filhos de Israel atravessaram triunfantes o Mar Vermelho. Do mesmo modo, segundo H. B. Swete, os mártires atravessaram o mar de seus sofrimentos e chegaram à margem
do mar de vidro que se encontra no céu. Esta é a imagem do Israel espiritual, o Israel de Deus, que reproduz uma cena da história do Israel étnico.
Diz-se que os mártires saíram vitoriosos e conquistadores de sua
luta contra as forças do Anticristo. Tal afirmação é muito significativa
pelo paradoxal. Os mártires morreram, e morreram das maneiras mais selvagens, cruéis e agonizantes que se possam imaginar. Entretanto, é dito que saíram vencedores. Sua vitória consiste, precisamente, no fato de que tenham morrido. Se tivessem conservado sua vida sendo infiéis à fé teriam sido derrotados. Várias vezes os registros da Igreja Primitiva descrevem o dia do martírio como um dia de vitória. Na crônica do martírio de Santa Perpétua lemos: "Amanheceu o dia de sua vitória. E caminharam da prisão até o anfiteatro como se fossem partindo ao céu, felizes, com seus rostos serenos". Pode suceder, freqüentemente, que a morte seja uma vitória maior que continuar vivendo, a vida deve às vezes interpretar-se como uma derrota. Jesus diz: “Quem quiser salvar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a vida por minha causa achá-la-á” (Mt 16:25). A verdadeira vitória não é viver de maneira segura, fugir dos conflitos, preservar a vida graças à prudência e os cuidados. A verdadeira vitória é enfrentar o pior que o mal possa nos fazer e chegado o caso, se for necessário, manter nossa fidelidade até a morte. "Que Deus te negue a paz", disse Unamuno, o místico espanhol, "e dê a glória".
Os mártires vitoriosos cantam dois cânticos. Cantam o cântico do Cordeiro, que como já vimos é a canção que somente eles podem conhecer e aprender (Ap 14:3) e cantam o Cântico de Moisés, o servo de
Deus. Este hino é aquele que Moisés cantou em sua celebração do triunfo, depois do cruzamento do Mar Vermelho. Encontramos este cântico em Êxodo15:1-19: “O SENHOR é a minha força e o meu
cântico; ele me foi por salvação... O SENHOR reinará por todo o sempre”. Este cântico de Moisés estava gravado na memória do povo judeu. Cantava-se no serviço vespertino dos sábados nas sinagogas. Em todo serviço religioso judeu a recitação do Shema, o credo de Israel, era
seguida sempre por dois cânticos. Ainda continua sendo assim. Um
destes refere-se precisamente ao cântico de Moisés: "Verdadeiramente Tu és Jeová, nosso Deus e o Deus de nossos pais, nosso Rei e o Rei de nossos pais, nosso Salvador e o Salvador de nossos pais, nosso Criador, a Rocha de nossa salvação, nossa Ajuda e nosso Libertador. Teu nome é desde sempre e para sempre, não há outro Deus além de ti. Aqueles que foram libertados cantaram um cântico novo ao teu Nome junto à margem do Mar. Juntos louvaram e reconheceram que Tu és o Rei. E disseram Jeová reinará, e seu Reino não terá fim. Bendito seja o Senhor que salvou a Israel."
A canção de Moisés rememora a maior libertação na história do povo de Israel, e os mártires vitoriosos, que atravessaram o mar da
perseguição para chegar vitoriosos até as margens do céu, cantam, precisamente, essa canção.
Mas os mártires têm também seu cântico novo, sua própria canção
de louvor. Há duas coisas que sobressaem nesta canção dos mártires.
Compõe-se quase totalmente de citações do Antigo Testamento. A seguir copiaremos as palavras de cada uma das partes do cântico tal
como aparece no Apocalipse, e depois as referências do Antigo Testamento que cada porção evoca.
É numa passagem como esta que podemos nos dar conta do profundo conhecimento do Antigo Testamento que João possuía. Quando os mártires buscaram palavras para louvar a Deus por sua
bondade e sua magnificência foi nas Escrituras que as encontraram.
Há outra coisa nesta canção dos mártires triunfantes que surpreenderá a qualquer pessoa. Não encontramos nela nem uma só
palavra que se refira à sua vitória ou ao que eles fizeram. Não há uma só menção de seu triunfo. Desde o começo até o fim do cântico é, em sua totalidade, um louvor lírico da magnificência de Deus.
O céu é um lugar onde os homens são capazes de esquecer-se de si mesmos, de seus logros, conquistas e vitórias, e de lembrar somente a Deus.
R. H. Charles o diz de uma maneira muito bela: "Na perfeita visão de Deus o eu fica totalmente esquecido".
H. B. Swete complementa: "Na presença de Deus os mártires se esquecem de si mesmos, seus pensamentos são absorvidos pelas novas
maravilhas que os rodeiam, a glória de Deus e a visão do esquema universal da história, no qual seus próprios sofrimentos não são nada mais que uma parte infinitesimal. Todo o destino, tal qual o forjou Deus
em seu desígnio, está agora aberto perante sua vista. Começam, então, a dar-se conta de qual é o resultado final do grande drama da história. Portanto ouvimos a doxologia com que respondem a sua primeira visão
de Deus e de suas obras."
No céu veremos os grandes propósitos eternos de Deus e também a parte que nos tocou desempenhar neles. Perceberemos nossa pequenez na presença da grandeza divina. No céu a grandeza de Deus nos será manifestada de maneira plena. Por fim, lembraremos que não há nada de importância, exceto Deus. O céu é precisamente céu porque nele, por fim, nosso eu e a importância que nos atribuímos, perdem-se na presença da grandeza da glória de Deus.
À medida que esta cena se desenvolve, João vê o que chama de Tabernáculo do testemunho. O Tabernáculo do testemunho é um nome
que encontramos várias vezes no Antigo Testamento para referir-se ao Tabernáculo ou tenda que Israel construiu no deserto (Nu 9:15, Nu 17:7, Nu 18:12). É evidente, portanto, que João, nesta imagem, não vê o
Templo de Jerusalém, mas sim o antigo Tabernáculo de Israel no deserto.
É deste Tabernáculo que saem os sete anjos vingadores. Qual é o
significado simbólico desta procissão de anjos que saem do Tabernáculo? O que é o que colocam no centro do lugar Santo, dentro do Tabernáculo? No lugar Santo estava a arca da Aliança, um arca ou baú onde se guardavam as Tábuas da Lei, a essência dos mandamentos que Deus tinha dado ao povo de Israel no deserto. Em outras palavras, estes anjos saem do lugar onde descansa a Lei de Deus. Saem, portanto, para demonstrar como funciona essa lei. Saem para demonstrar mediante a vingança divina que nenhum homem ou nação pode desafiar impunemente a vontade de Deus. Vêm do lugar onde se conserva a Lei de Deus, na arca, porque reivindicarão essa Lei na Terra, demonstrando que não se pode desobedecê-la.
Estão vestidos com uma vestimenta brilhante e cingidos com um cinto de ouro no peito.
A vestimenta dos anjos simboliza três coisas:
Vestem os hábitos sacerdotais. A vestimenta de linho branco e o cinturão de ouro que lhes cinge o peito é a roupa que distingue ao sumo
sacerdote. O sumo sacerdote é algo assim como o principal representante de Deus perante os homens. Estes anjos vêm ao mundo como representantes da ira vingadora de Deus.
Vestem a roupa que distingue os reis. Príncipes e reis, em Israel, usavam esta mesma classe de vestimenta. Estes anjos descem sobre os homens com o poder do Rei dos reis da Terra.
O brilho que se desprende da vestimenta é característico dos habitantes do céu. O homem jovem que estava na tumba de Jesus no dia
de Páscoa estava vestido com uma longa túnica branca (Mc 16:5; Mt 28:3). Os anjos são habitantes do céu, que vêm à Terra para executar os decretos de Deus:
Um dos quatro seres viventes entrega as taças da ira de Deus. Quando analisávamos a imagem dos quatro seres viventes, a primeira vez que os vimos aparecer em cena, em Ap 4:7, vimos que o primeira era
como um leão, o segundo como um boi, o terceiro como um homem e o quarto como uma águia. Vimos, do mesmo modo, que embora representam simbolicamente aos querubins, é bem possível que
simbolizem tudo o que tem de forte, valente, sábio e rápido na natureza e no mundo. É justo, portanto, que um destes seres entregue aos anjos as taças da ira divina, que produzirão desastres no mundo; o simbolismo
desta imagem pode muito bem ser que a natureza fica nas mãos de Deus para cumprir os seus propósitos.
Que a glória de Deus seja representada por uma nuvem de fumaça é
uma imagem freqüente no Antigo Testamento. Na visão que Isaías teve da santidade divina, todo o Templo se encheu com a fumaça da glória (Is 6:4).
Também aparece no Antigo Testamento a idéia de que ninguém pode aproximar-se à fumaça que cobre a glória de Deus. Sucede tanto no tabernáculo do deserto como no Templo (Êxodo40:34-35; 1Reis8:10-11).
Encontramos, aqui, uma dupla idéia. Por um lado, está o conceito de que os propósitos de Deus muitas vezes serão, necessariamente obscuros para os homens. Nenhum homem pode penetrar a mente de Deus; por outro lado, temos a idéia de que a santidade e a glória de Deus são tais que o homem não pode aproximar-se delas por direito próprio.
Mas R. H. Charles vê ainda mais nesta passagem. Ninguém pode vir ao Templo até que as sete pragas tenham sido completadas. O templo permanecerá fechado até que as pragas tenham completado seu propósito
de juízo. Para Charles isto significa que nenhum rogo nem oração humana pode deter o juízo de Deus. A justiça de Deus é vingar as injustiças dos homens, e não há nada que se possa fazer para deter esse
inexorável juízo, ou para desviá-lo, até que se tenha completado seu propósito.
Dicionário
Admirável
Dicionário Comum
adjetivo masculino e femininoQue pode ou deve ser admirado; que causa admiração; capaz de provocar respeito ou estima. Que pode surpreender; espantoso: meu professor tinha uma inteligência admirável. Que impressiona; que causa encantamento; fantástico: Brasília tem uma arquitetura admirável. pluralAdmiráveis. Etimologia (origem da palavra admirável). Do latim admirabilis.e.
2.
FiguradoDar aparência de vida a (algo que é material).
3.
Dar alento, força, coragem.
=
ENCORAJAR, ESTIMULAR
4.
Promover o desenvolvimento de.
=
FOMENTAR, FAVORECER
5.
Imprimir movimento.
verbo pronominal
6.
Cobrar ânimo, valor.
7.
Infundir ânimo (um ao outro).
verbo intransitivo
8.
[Moçambique, Informal]
Ser bom (ex.: a massala anima).
a·ni·mal (latim animal, -alis)
nome masculino
1.
[Biologia]
Ser vivo multicelular, com capacidade de locomoção e de resposta a estímulos, que se nutre de outros seres vivos.
2.
Ser vivo irracional, por oposição ao homem (ex.: animal doméstico; animal selvagem).
=
ALIMÁRIA
3.
[Depreciativo]
Pessoa bruta, estúpida ou grosseira.
=
ALIMÁRIA
adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros
4.
Relativo a ou próprio de animal, geralmente por oposição às plantas ou aos minerais (ex.: gordura animal; instinto animal; reino animal).
5.
FiguradoQue é relativo à sensualidade ou à lascívia.
=
CARNAL, FÍSICO, LASCIVO, LÚBRICO, LIBIDINOSO, SENSUAL, VOLUPTUOSO
≠
CASTO, ESPIRITUAL
animal de companhia O mesmo que animal de estimação.
animal de estimação Animal que se considera pertencer a um ou mais seres humanos, vivendo dentro de casa ou em dependências desta, mantendo geralmente com eles uma relação de companhia, interacção, dependência ou afeição.
animal de tiro Animal usado para puxar um veículo.
animal doméstico Animal que vive ou é criado dentro de casa ou em dependências desta.
Existem aproximadamente 292 referências a “anjos” nas Escrituras, ou seja, 114 no Antigo e 178 no Novo Testamento. Esse número registra mais de 60 referências ao “anjo do Senhor”, mas não inclui as relacionadas aos dois anjos chamados pelo nome na Bíblia, Gabriel (Dn 8:16; Dn 9:21; Lc 1:19-26) e Miguel (Dn 10:13-21; Dn 12:1; Jd 9; Ap 12:7). Existem também mais de 60 referências aos querubins, seres celestiais que são citados freqüentemente em conexão com a entronização simbólica de Deus no Tabernáculo e no Templo (Ex 25:18-20; Ex 37:7-9; 1Rs 6:23-25; Rs 8:6-7; 2Cr 3:7-14; Ez 10:1-20; Hb 9:5).
Os anjos no Antigo Testamento
A palavra usada no Antigo Testamento, para designar anjo, significa simplesmente “mensageiro”. Normalmente, constituía-se em um agente de Deus, para cumprir algum propósito divino relacionado com a humanidade. Exemplo: dois anjos foram a Sodoma alertar Ló e sua família sobre a iminente destruição da cidade, como punição do Senhor por sua depravação (Gn 19:1-12-15).
Os anjos trazem direção, ajuda ou encorajamento Em outras ocasiões, um anjo atuou na direção de uma pessoa, para o fiel cumprimento da vontade de Deus. Exemplo: o servo de Abraão foi enviado à Mesopotâmia, a fim de encontrar uma esposa para Isaque entre seus parentes, depois que Abraão lhe disse que o Senhor “enviaria seu anjo” adiante dele, para que o ajudasse a alcançar seu propósito (Gn 24:8-40).
Às vezes os anjos apareciam, no Antigo Testamento, para encorajar o povo de Deus. Assim, o patriarca Jacó, depois que saiu de Berseba, teve um sonho em Betel, no qual viu uma escada “posta na terra, cujo topo chegava ao céu; e os anjos de Deus subiam e desciam por ela” (Gn 28:12). Por meio dessa experiência, o Senhor falou com Jacó e tornou a prometer-lhe que seria o seu Deus, cuidaria dele e, depois, o traria à Terra Prometida (Gn 28:13-15).
Essa proteção divina é vista pelo salmista como extensiva a todos os que genuinamente colocam a confiança no Deus vivo: “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra” (Sl 34:7; cf. 91:11-12).
Uma das referências mais interessantes aos anjos foi quando Moisés enviou mensageiros ao rei de Edom. Ao registrar as dificuldades enfrentadas durante o cativeiro egípcio, o legislador comentou: “Mas quando clamamos ao Senhor, ele ouviu a nossa voz, enviou um anjo, e nos tirou do Egito” (Nm 20:16). Infelizmente, a lembrança da ajuda divina no passado não foi suficiente e a passagem pelo território edomita foi negada (Nm 20:18-20).
Os anjos como executores do juízo de Deus Houve ocasiões em que os anjos tiveram um papel preponderante no propósito divino (Gn 19:12-2Sm 24:16-17). Uma ilustração contundente de um anjo no exercício do juízo divino é encontrada em I Crônicas 21:15: “E Deus mandou um anjo para destruir a Jerusalém”. Nesse caso, felizmente, a aniquilação da cidade foi evitada: “Então o Senhor deu ordem ao anjo, que tornou a meter a sua espada na bainha” (1Cr 21:27). A justiça de Deus foi temperada com a misericórdia divina. Por outro lado, houve ocasiões quando a teimosa oposição ao Senhor foi confrontada com a implacável fúria divina, como nas pragas que caíram sobre o Egito. “Atirou para o meio deles, quais mensageiros de males, o ardor da sua ira, furor, indignação e angústia” (Sl 78:49).
Um dos casos mais dramáticos de retaliação divina ocorreu na derrota de Senaqueribe, em 701 a.C., em resposta à oração do rei Ezequias: “E o Senhor enviou um anjo que destruiu a todos os homens valentes, os chefes e os oficiais no arraial do rei da Assíria” (2Cr 32:21s.; cf. 2Rs 19:35; Is 37:36). A mesma ação que produziu juízo contra os inimigos de Deus trouxe livramento ao seu povo.
Anjos interlocutores Eles aparecem com freqüência no livro de Zacarias, onde um anjo interlocutor é citado várias vezes (Zc 1:14-18,19; 2:3;4:1-5; 5:5-10; 6:4-5; cf. Ed 2:44-48; Ed 5:31-55). Assim lemos, quando o anjo do Senhor levantou a questão sobre até quando a misericórdia divina seria negada a Jerusalém: “Respondeu o Senhor ao anjo que falava comigo, palavras boas, palavras consoladoras” (Zc 1:13). O anjo então transmitiu ao profeta a mensagem dada por Deus (Zc 1:14-17). Esse papel do mensageiro do Senhor de comunicar a revelação divina ao profeta traz luz sobre o Apocalipse, onde um papel similar é dado a um anjo interlocutor (Ap 1:1-2; Ap 22:6).
Os anjos e o louvor a Deus Um dos mais bonitos papéis desempenhados pelos anjos no Antigo Testamento é o louvor. O salmista exortou: “Bendizei ao Senhor, anjos seus, magníficos em poder, que cumpris as suas ordens, que obedeceis à sua voz. Bendizei ao Senhor, todos os seus exércitos celestiais, vós, ministros seus, que executais a sua vontade” (Sl 103:20-21). Semelhantemente, o Salmo 148 convoca os anjos a louvar ao Senhor junto com todos os seres criados: “Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todos os seus exércitos celestiais” (v. 2). Quando Deus criou a Terra, todos os anjos (conforme trazem algumas versões) rejubilaram (Jó 38:7). Da mesma maneira, os serafins — criaturas celestiais que são citadas somente na visão de Isaías — ofereciam louvor e adoração, por sua inefável santidade: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória” (Is 6:2-4). O próprio nome desses seres (“aqueles que queimam”) indica sua pureza como servos de Deus. Nesse texto, uma grande ênfase é colocada sobre a santidade do Senhor e a importância do louvor por parte dos anjos que o servem.
Os anjos no período intertestamentário
Os anjos foram particularmente proeminentes na literatura judaica no período entre os dois testamentos (2 Esdras 6:3; Tobias 6:5; 1 Macabeus 7:41; 2 Macabeus 11:6). Alguns anjos, segundo os livros apócrifos, eram conhecidos pelo nome (Uriel, em 2 Esdras 5:20 e Rafael, em Tobias 5: 4) e, a partir daí, desenvolveram-se elaboradas angelologias. Tobias, por exemplo, falou sobre “sete santos anjos que apresentam as orações dos santos e entram na presença da glória do Santo”. O livro apócrifo “Os Segredos de Enoque”, que apresenta um forte interesse pelos anjos, menciona quatro deles pelo nome, os quais são líderes e desempenham funções específicas no plano divino (1 Enoque 40:9-10). No entanto, este ensino sobre os anjos é restrito e saturado do elemento especulativo, o qual tornou-se tão dominante no período intertestamentário.
Os anjos no Novo Testamento
No Novo Testamento, a palavra grega angelos significa “mensageiro” (usada com referência a João Batista, Mc 1:2-4) ou um “anjo”. Os anjos são mencionados muitas vezes nos Evangelhos, Atos, Hebreus e Apocalipse e ocasionalmente nos outros livros. Os anjos e os nascimentos de João e de Jesus O elemento do louvor certamente marcou presença no NT. Em Lucas, o nascimento de Jesus é anunciado por uma “multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, paz na terra entre os homens...” (Lc 2:13-14). Assim, também no NT os anjos participam do louvor e da adoração ao Senhor, da mesma maneira que faziam no AT. O louvor a Deus era uma de suas atividades primárias (Ap 5:11-12).
Vários outros aspectos da história do nascimento de Jesus são dignos de nota. Primeiro, o anjo do Senhor teve um papel preponderante no anúncio dos nascimentos tanto de João Batista como de Jesus, ao aparecer a José (Mt 1:20-24; Mt 2:13), a Zacarias (Lc 1:11-20) e aos pastores (Lc 2:9-12). Segundo, o anjo Gabriel fez o anúncio para Zacarias e Maria (Lc 1:19-26). Lucas destacou também a participação de Gabriel na escolha do nome de Jesus (2:21; cf. 1:26-38).
Os anjos e a tentação de Jesus Durante a tentação, o Salmo 91:11-12 foi citado pelo diabo, para tentar Jesus e fazê-lo colocar a fidelidade de Deus à prova (Mt 4:5-7; Lc 4:9-12). Cristo recusou-se a aceitar a sugestão demoníaca e é interessante que Marcos destacou o ministério dos anjos em seu relato da tentação (Mc 1:13). Da mesma maneira, no final de seu registro sobre este assunto, Mateus declarou: “Então o diabo o deixou, e chegaram os anjos e o serviram” (Mt 4:11). A promessa divina do Salmo 91 foi assim cumprida, mas no tempo e na maneira de Deus (cf. Lc 22:43).
Os anjos e o tema do testemunho Os anjos são citados várias vezes em conexão com a vida cristã. O testemunho de Cristo era importante, pois era visto contra o pano de fundo da eternidade: “Qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do homem, quando vier na sua glória e na do Pai e dos santos anjos” (Lc 9:26). O testemunho cristão tem um significado solene, com relação à nossa situação final na presença de Deus e dos anjos: “Digo-vos que todo aquele que me confessar diante dos homens também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus. Mas quem me negar diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus” (Lc 12:8-9; cf. Mt 10:32-33; Ap 3:5). Em adição, Lucas destacou também a alegria trazida pelo arrependimento sincero: “Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (Lc 15:10).
Os anjos e o dia do SenhorMateus destacou o papel dos anjos no dia do Senhor. Na Parábola do Joio, por exemplo, Jesus disse aos discípulos: “A ceifa é o fim do mundo, e os ceifeiros são os anjos. . . Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o que causa pecado e todos os que cometem iniqüidade” (Mt 13:39). Semelhantemente, na Parábola da Rede, os anjos participam no julgamento final: “Virão os anjos e separarão os maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha de fogo, onde haverá pranto e ranger de dentes” (Mt 13:49-50). Em Mateus 16:27, os anjos são vistos como agentes de Deus, os quais terão um papel significativo no processo judicial: “Pois o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com seus anjos, e então recompensará a cada um segundo as suas obras”. No final dos tempos, Deus “enviará os seus anjos, com grande clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus” (Mt 24:31).
Os anjos em cenas de morte e ressurreição Os anjos são mencionados na intrigante passagem sobre o homem rico e Lázaro, onde “morreu o mendigo e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão”; por outro lado, “morreu também o rico e foi sepultado” (Lc 16:22). O destino eterno dos dois foi muito diferente e mostrou um forte contraste com o contexto de suas vidas na Terra!
Anjos apareceram no túmulo vazio, logo depois da ressurreição de Jesus Cristo (Mt 28:2-5; Lc 24:23; Jo 20:12). Mateus escreveu que um “anjo do Senhor” rolou a pedra que fechava o túmulo, e citou sua impressionante aparência e a reação aterrorizada dos guardas (Mt 28:2-3). Ele também registrou as instruções do anjo para as mulheres (Mt 28:5-7; cf. Mc 16:5-7; Lc 24:4-7). De acordo com o evangelho de João, Maria Madalena encontrou “dois anjos vestidos de branco” e depois o próprio Cristo ressurrecto (Jo 20:11-18; cf. At 1:10-11).
Os anjos em outras referências nos evangelhos Mateus chamou a atenção para o papel dos anjos guardiões, que protegem o povo de Deus (Mt 18:10; cf. Sl 34:7; Sl 91:11; At 12:11). Incluiu também o ensino de Jesus sobre o casamento no estado futuro: “Na ressurreição nem casam nem são dados em casamento; serão como os anjos de Deus no céu” (Mt 22:30; cf. Lc 20:36). Finalmente, há o sombrio repúdio dos que estarão ao lado esquerdo do Rei, na passagem sobre os bodes e as ovelhas: “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 25:41). A partir desta passagem, fica claro que alguns dos anjos pecaram e uniram-se ao maligno e consequentemente também receberão o castigo eterno (cf. Is 14:12-17; Ez 28:12-19; 2Pe 2:4; Jd 6).
Em seu evangelho, João registrou o comentário de Jesus para Natanael: “Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem” (Jo 1:51). Essa passagem lembra o sonho que Jacó teve em Betel (Gn 28:10-17), onde os anjos faziam algo similar. Aqui, a ideia é que Cristo, como o Filho de Deus, será o elo de ligação entre o céu e a terra.
Os anjos no livro de Atos Lucas fez muitas referências aos anjos em Atos. “O anjo do Senhor” abriu as portas das prisões para os apóstolos em várias ocasiões (At 5:19; At 12:7-11). Mais tarde, “o anjo do Senhor” encorajou Paulo no meio de uma tempestade no mar, com uma mensagem de conforto e a certeza do livramento (At 27:23-24). Por outro lado, “o anjo do Senhor” trouxe juízo contra um inimigo do povo de Deus (o rei Herodes) como no AT: “No mesmo instante o anjo do Senhor feriu-o, porque não deu glória a Deus, e, comido de bichos, expirou” (At 12:23). Deus guiava seu povo e usava seus anjos, embora os saduceus racionalistas negassem a existência deles (At 23:8).
Os anjos nas cartas de Paulo Paulo tinha menos a dizer sobre anjos do que se poderia esperar, embora reconhecesse que a luta do cristão era contra “principados e potestades” (Ef 6:12; cf. 2:2; Jo12:31; 14:30). Estava convencido de que nem os anjos e nem qualquer outro poder criado separariam os verdadeiros cristãos do amor de Deus em Cristo (Rm 8:38-39).
Paulo mencionou os anjos caídos, e lembrou aos crentes pecaminosos de Corinto que “os santos” julgariam os anjos (1Co 6:3). Também admitiu que “o próprio Satanás se transforma em anjo de luz” (2Co 11:14). Esse comentário afirma ser necessário estarmos em constante vigilância, para resistirmos a tais ataques enganadores. Embora os anjos tenham desempenhado um papel importante no tocante à colocação da lei divina em atividade (Gl 3:19), certamente não deveriam ser adorados Cl 2:18). Na verdade, ao escrever aos gálatas, Paulo diz que “ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos anunciamos, seja anátema” (Gl 1:8). Ele reconhecia com gratidão a bondade inicial dos gálatas, pois “me recebestes como a um anjo de Deus” (Gl 4:14). Ao escrever aos tessalonicenses, Paulo declarou solenemente que os oponentes do cristianismo, os quais perseguiam os crentes, seriam punidos, “quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo...” (2Ts 1:7-8). Deus ainda estava no controle de sua criação.
Duas passagens em I Timóteo devem ser observadas. Na primeira, os anjos são mencionados num antigo hino muito bonito (1Tm 3:16). Na segunda, uma séria advertência é feita ao jovem líder cristão, não só na presença de Deus e de Cristo, mas também diante “dos anjos eleitos” (1Tm 5:21), em contraste com Satanás e os outros anjos caídos.
Os anjos no livro de Hebreus Os anjos são citados muitas vezes na carta aos Hebreus (Hb 2:16; Hb 12:22; Hb 13:2), mas são considerados inferiores a Cristo (Hb 1:5-14). São cuidadosamente definidos no primeiro capítulo como “espíritos ministradores, enviados para servir a favor dos que hão de herdar a salvação” (Hb 1:14). São introduzidos numa passagem que adverte os discípulos a atentar para a grande salvação oferecida em Cristo (Hb 2:1-2). Anjos inumeráveis fazem parte da Jerusalém celestial e isso é mencionado como um incentivo a mais, para que os destinatários não recaíssem no Judaísmo (Hb 12:22-24; cf. Mt 26:53).
Os anjos em I Pedro, II Pedro e Judas O plano divino da salvação é tão maravilhoso que desperta a curiosidade dos anjos (1Pe 1:12). A ascensão de Cristo ao Céu, entre outras coisas, significou que anjos, autoridades e potestades foram colocados em submissão a Ele (1Pe 3:22). Referências sombrias à condenação dos anjos caídos em II Pedro e Judas são feitas nas passagens que apontam solenemente os erros dos falsos mestres e sua absoluta destruição (2Pe 2:4; Jd 6). Em II Pedro 2:11, um forte contraste é feito entre os anjos bons e os maus.
Os anjos no livro de ApocalipseEm Apocalipse, as cartas são endereçadas “ao anjo” das sete igrejas (Ap 2:12-18;3:1-14). Em cada um dos casos, a referência é feita aos pastores das igrejas, os quais eram os mensageiros de Deus para o seu povo, numa época de crise iminente. Por outro lado, existem também muitas citações aos anjos como seres sobrenaturais, por todo o livro (Ap 5:2-11;7:1-11; 8:3-8; 14:6-10; 19:17; 20:1).
A limitação do espaço nos restringe a quatro observações: primeira, os anjos aqui, como em outros lugares na Bíblia, são descritos como executores do juízo de Deus sobre a Terra (Ap 9:15; Ap 16:3-12); segunda, o papel do anjo interlocutor, observado em Zacarias, também é encontrado em Apocalipse (Ap 1:1-2; Ap 10:7-9; Ap 22:6); terceira, é observada uma divisão entre os anjos bons e os maus. “E houve guerra no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão. E o dragão e os seus anjos batalhavam” (Ap 12:7). Nesta batalha, o lado divino saiu vitorioso: o diabo “foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele” (Ap 12:9); quarta, os anjos verdadeiros adoram a Deus e reúnem-se no louvor a Cristo ao redor do trono divino (Ap 5:11-12).
Sumário
A Bíblia tem muito a dizer sobre os anjos. Eles foram criados e não devem ser adorados ou louvados. Pelo contrário, são servos sobrenaturais de Deus, que participam dos seus propósitos, tanto de juízo como de salvação. São agentes e mensageiros do Senhor, trabalhando em favor dos seus filhos e protegendo-os. Os anjos participam da adoração a Deus e cumprem a sua vontade na Terra. Alguns, entretanto, se rebelaram contra o Senhor e aliaram-se a Satanás. Estes serão julgados junto com o diabo. A.A.T.
Autor: Paul Gardner
Besta
Dicionário Comum
substantivo femininoArma portátil composta por um arco de madeira, ou de aço, cujas extremidades estão ligadas por uma corda que, ativada pelo gatilho, é esticada para arremessar setas ou balas de metal (pelouros). [Pejorativo] Pessoa ignorante, sem instrução; pouco esclarecida. [Pejorativo] Indivíduo sem humanidade; grosseiro, bruto. Qualquer animal irracional; cavalgadura, quadrúpede. adjetivoDiz-se de quem é pouco inteligente; burro, estúpido. Etimologia (origem da palavra besta). Do latim besta.bestia.
Fonte: Priberam
Dicionário da Bíblia de Almeida
Besta 1) Animal de quatro patas, de grande porte; animal de carga (Is 46:1).
2) Em sentido figurado, um monstro que representa a força bruta, a imoralidade e a oposição a Deus (Is 30:6, RA; Ap 13).
ca·mi·nho (latim vulgar *camminus, de origem celta)
nome masculino
1.
Nome genérico de todas as faixas de terreno que conduzem de um a outro lugar.
2.
Estrada, atalho, vereda.
3.
Espaço que se percorre.
4.
Direcção.
5.
Meio, via.
6.
Destino.
7.
[Náutica]
Rumo.
arrepiar caminho Voltar para trás.
=
RETROCEDER
caminho coberto
[Fortificação]
Espaço para passagem ao longo da contra-escarpa, no exterior do fosso de uma fortificação.
caminho coimbrão Ramerrão, rotina.
caminho de cabras Caminho estreito, íngreme e acidentado.
caminho de pé posto Caminho que resulta da passagem repetida de pessoas.
=
ATALHO, CARREIRO
caminho de ronda
[Fortificação]
Espaço estreito que serve de passagem ao longo do alto das muralhas de uma fortificação para serviço das ameias.
=
ADARVE
cortar caminho Encurtar o percurso, encontrando um caminho mais curto.
=
ATALHAR
de caminho De seguida.
=
IMEDIATAMENTE, LOGO
De passagem.
Na mesma ocasião; ao mesmo tempo.
=
SIMULTANEAMENTE
ser meio caminho andado
[Informal]
Estar realizada boa parte do esforço ou do trabalho que é preciso fazer para concretizar algo.
1.
Acessório que consiste numa fita ou correia, com fivela ou outro tipo de fecho, que aperta a cintura.
2.
Tira de peça de roupa que rodeia a cintura.
=
CINTA, CÓS
3.
[Desporto]
Tira colorida usada à cintura que identifica o nível do praticante de determinados desportos como caraté ou judo (ex.: cinto negro).
=
CINTURÃO
4.
O mesmo que cinto de segurança.
5.
Faixa de terreno cercado.
=
CERCA, CERRADO
6.
Aquilo que rodeia.
=
CERCO
7.
Zona.
apertar o cinto Reduzir gastos, sobretudo em época de crise.
=
POUPAR
cinto de castidade Dispositivo cujo objectivo era impedir a troca de contactos sexuais.
cinto de ligas Faixa usada à cintura, dotada de fitas que se prendem às meias.
cinto de salvação Dispositivo insuflável ou de material flutuante que se coloca à volta do tronco, por baixo dos braços.
cinto de segurança Dispositivo ajustável de segurança que prende o passageiro ao banco, impedindo-o de ser projectado de determinados veículos.
=
CINTO
Fonte: Priberam
Como
Dicionário de Sinônimos
assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).
Fonte: Dicio
Dicionário Comum
como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.
Fonte: Priberam
Cordeiro
Dicionário Comum
substantivo masculinoFilhote de ovelha; anho. Figurado Pessoa dócil. Cordeiro de Deus, Jesus Cristo. Cordeiro pascal, cordeiro imolado anualmente pelos israelitas para comemorar a saída do Egito.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
São diversas as palavras que no A.T. se traduzem por ‘cordeiro’. A mais livremente usada, especialmente em Levítico e Números, refere-se ao cordeiro macho. o cordeiro pascal tanto podia ser um cordeiro, como um cabrito (Êx 12:5), visto como a respectiva palavra hebraica se aplica aos dois animais. o cordeiro aparecia notavelmente entre os sacrifícios ordenados pela Lei. Era oferecido todos os dias (Êx 29:38 – Nm 28:3) – e designadamente no sábado (Nm 28:9 – cp com Ez 46:4-13 -) – na Páscoa (Êx 12:5), no Pentescoste (Lv 23:18), na Festa dos Tabernáculos (Nm 29:13), eem outras ocasiões. No N.T. há três palavras gregas traduzidas como ‘cordeiro’. o cordeiro aparece como símbolo de inocência e da impotência no Antigo e Novo Testamento (is 11:6-53.7 – cp com Lc 10:3, e At 8:32). (*veja Sacrifício, e Cordeiro de Deus.)
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da Bíblia de Almeida
Cordeiro 1) Filhote ainda novo da ovelha; carneirinho. Sua carne servia de alimento e era usada nos SACRIFÍCIOS (Ex 29:39).
substantivo masculino[Música] Ode sobre assunto religioso cantada nas igrejas. Poema ou hino entoado com o propósito de louvar, adorar, algo ou alguém. Etimologia (origem da palavra cântico). Canticum.
Fonte: Priberam
Dicionário de Sinônimos
canto, canção, hino. – O cântico é um “hino religioso, solene, e mesmo heroico”. – Canto é “toda composição poética que pode ser cantada”. – Canção é termo muito mais próprio do que canto para significar “a poesia que é própria para ser cantada”. Designa particularmente o poema lírico sobre tema popular. – O hino é “um cântico que pode ser patriótico, religioso, panegírico”, etc.
Fonte: Dicio
Céu
Dicionário da Bíblia de Almeida
Céu 1) Uma das grandes divisões do UNIVERSO (Gn 1:1).
2) Lugar onde moram Deus, os seres celestiais e os salvos que morrem (Is 66:1; Mt 24:36; 2Co 5:1).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Céu 1. No evangelho de Mateus, no plural, perífrase empregada no lugar de Deus como, por exemplo, o Reino de Deus é descrito como o Reino dos céus (Mt 5:10; 6,20; 21,25; Lc 10:20; 15,18.21; Jo 3:27).
m. Gourgues, El más allá en el Nuevo Testamento, Estella 41993; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Bíblico
Segundo os judeus, havia pelo menos três céus: o primeiro era a região nublada do ar, onde voam os pássaros, que por isso mesmo são chamados ‘as aves dos céus’ (Jó 35:11). É a este que se referem aquelas passagens em que se fala do orvalho do céu, das nuvens do céu, e do vento do céu. o segundo céu era aquela parte do espaço, onde luzem o Sol, a Lua, e as estrelas, e que se chama o ‘firmamento’, ou a expansão do céu (Gn 1:8). o terceiro, segundo pensavam os judeus, achava-se simbolizado pelo Santo dos Santos, e era a Casa de Deus e dos santos anjos. Foi este o céu, donde veio Cristo, e para o qual subiu depois da Sua ressurreição (At 1:11), e donde há de vir outra vez (1 Ts 4.16). A este mesmo céu foi Paulo arrebatado (2 Co 12.2). Não é como os outros céus, perceptíveis à vista humana (Jo 3:12-13 – Hb 8:1 – e 9.24). Alguns judeus distinguiam sete céus (Testamento dos doze Patriarcas, Levi 2 e 3 – Livro dos Segredos de Enoque, 3.21). Com respeito ao céu, como eterna morada dos remidos, sabemos que é um lugar, que foi para eles preparado por Jesus Cristo (Jo 14:2) – um lugar de felicidade 1Co 2:9), e de glória (2 Tm 2,11) – e é, também, um repouso, em que se está livre de toda inquietação (Hb 4:10-11). Chama-se ‘reino’ (Mt 25:34 – Tg 2:5 – 2 Pe 1,11) – Paraíso (Lc 23:43 – Ap 2:7) – uma herança (1 Pe 1,4) – cidade (Hb 11:10). Nesta abençoada morada servem os remidos a Deus, inteiramente livres do mal da alma e do corpo (Ap 7:15-16), em completa alegria e felicidade (Sl 16:11), vida essa acima da nossa compreensão 1Co 2:9).
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da FEB
Em geral, a palavra céu designa o espaço indefinido que circunda a Terra, e mais particularmente a parte que está acima do nosso horizonte. Vem do latim coelum, formada do grego coilos, côncavo, porque o céu parece uma imensa concavidade. Os antigos acreditavam na existência de muitos céus superpostos, de matéria sólida e transparente, formando esferas concêntricas e tendo a Terra por centro. [...] Segundo a opinião mais comum, havia sete céus e daí a expressão – estar no sétimo céu – para exprimir perfeita felicidade. [...] A teologia cristã reconhece três céus: o primeiro é o da região do ar e das nuvens; o segundo, o espaço em que giram os astros, e o terceiro, para além deste, é a morada do Altíssimo, a habi-tação dos que o contemplam face a face.[...]As diferentes doutrinas relativamente aoparaíso repousam todas no duplo errode considerar a Terra centro do Uni-verso, e limitada a região dos astros Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3, it• 1 e 2
[...] é o espaço universal; são os plane-tas, as estrelas e todos os mundos supe-riores, onde os Espíritos gozamplenamente de suas faculdades, sem astribulações da vida material, nem as an-gústias peculiares à inferioridade. Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1016
[...] O Céu é o espaço infinito, a multidão incalculável de mundos [...]. Referencia: FLAMMARION, Camille• Deus na Natureza• Trad• de M• Quintão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - t• 4, cap• 1
[...] o Céu que Deus prometeu aos que o amam é também um livro, livro variado, magnífico, cada uma de cujas páginas deve proporcionar-nos emoções novas e cujas folhas os séculos dos séculos mal nos consentirão voltar até a última. Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 6a efusão
O Céu de Jesus é o reinado do Espírito, é o estado da alma livre, que, emancipando-se do cativeiro animal, ergue altaneiro vôo sem encontrar mais obstáculos ou peias que a restrinjam. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Céu de Jesus
O Céu representa uma conquista, sem ser uma imposição. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 2
[...] em essência, é um estado de alma que varia conforme a visão interior de cada um. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Céu
[...] o céu começará sempre em nós mesmos [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Céu e inferno
Toda a região que nomeamos não é mais que uma saída gloriosa com milhões de portas abertas para a celeste ascensão. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 57
Céu – esferas espirituais santificadas onde habitam Espíritos Superiores que exteriorizam, do próprio íntimo, a atmosfera de paz e felicidade. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 8
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Comum
substantivo masculinoEspaço infinito no qual se localizam e se movem os astros. Parte do espaço que, vista pelo homem, limita o horizonte: o pássaro voa pelo céu. Reunião das condições climáticas; tempo: hoje o céu está claro. Local ou situação feliz; paraíso: estou vivendo num céu. Religião Deus ou a sabedoria ou providência divina: que os céus nos abençoem. Religião Local para onde vão as boas almas: o reino dos Céus. Religião A reunião dos anjos, dos santos que fazem parte do Reino de Deus. Por Extensão Atmosfera ou parte dela situada acima de uma região na superfície terrestre. expressãoA céu aberto. Ao ar livre: o evento será a céu aberto. Mover céus e terras. Fazer todos os esforços para obter alguma coisa. Cair do céu. Chegar de imprevisto, mas numa boa hora: o dinheiro caiu do céu. Etimologia (origem da palavra céu). Do latim caelum; caelus.i.
Fonte: Priberam
Depois
Dicionário Comum
advérbioSeguidamente; numa circunstância posterior: chegou depois das 21h. Atrás; de modo posterior, na parte de trás: saiu depois da banda. Ademais; em adição a: o tumulto foi desordeiro e, depois, se opôs ao governo. Etimologia (origem da palavra depois). De origem questionável.
Fonte: Priberam
Dicionário de Sinônimos
logo. – Segundo Lac. – “ambos estes advérbios indicam tempo que se segue ao atua1; porém logo designa termo mais próximo, e depois termo mais remoto. Logo ao sair da missa montaremos a cavalo; e depois de darmos um bom passeio, iremos jantar com teu tio”.
Fonte: Dicio
Deus
Dicionário Comum
substantivo masculinoO ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito. Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem. Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo. Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza. Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe. Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina. Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoO ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito. Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem. Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo. Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza. Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe. Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina. Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.
Fonte: Priberam
Dicionário Etimológico
Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus
Dicionário Bíblico
i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador. (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8). (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael). (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel. (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel. (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética. (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6 – os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13 – Mt 3:17). ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto. (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir. (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda. (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1 – At 17:24 – Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado. (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra: (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16). (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença. iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)
Fonte: Dicionário Adventista
Quem é quem na Bíblia?
Introdução
(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.
Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).
As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).
A existência do único Deus
A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).
Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).
No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.
Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.
O Deus criador
A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.
O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também Jó 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).
No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).
Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).
O Deus pessoal
O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).
O Deus providencial
Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.
Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).
A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (Jó 1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).
Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).
A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).
O Deus justo
A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.
O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).
Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.
Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.
Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).
Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).
Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).
O Deus amoroso
É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.
Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.
A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.
Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).
A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.
O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).
“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).
O Deus salvador
O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).
A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).
Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).
Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).
Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).
Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).
O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).
A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.
O Deus Pai
Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.
Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).
O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).
Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).
Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).
O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.
Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).
Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).
Os nomes de Deus
Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus. O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.
Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).
Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).
Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.
É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).
Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente. El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).
A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).
O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2). Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.
Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor. Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.). Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.). Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (Jó 6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros. Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.
A Trindade
O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).
Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).
No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).
Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).
São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.
Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).
As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.
Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).
Conclusão
O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.
P.D.G.
Autor: Paul Gardner
Dicionário da Bíblia de Almeida
Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]
O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).
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NOMES DE DEUS
Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:
Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).
Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.
Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).
Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4. 18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).
Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.
Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.
Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.
Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.
m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...
Autor: César Vidal Manzanares
Diante
Dicionário Comum
advérbioEm frente ou à frente; em primeiro lugar: sentou-se diante. locução adverbialEm, por ou para diante. Num tempo futuro: de agora em diante tudo vai ser diferente. locução prepositivaDiante de. Localizado à frente de: colocou o livro diante do computador. Em companhia de: falou a verdade diante do júri. Como resultado de: diante das circunstâncias, decidiu pedir demissão. Etimologia (origem da palavra diante). De + do latim inante.
Fonte: Priberam
Déu
Dicionário Comum
substantivo masculinoUsa-se na locução andar de em: andar à procura de alguma coisa, de casa em casa, de porta em porta.
Fonte: Priberam
E
Dicionário Comum
conjunçãoConjunção que liga palavras e orações com mesma função. Indica adição: pai e mãe extremosos. Indica oposição: falou muito, e não disse nada. Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal. Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos. Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira. Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses. Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois. Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram. Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias? substantivo masculinoA quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e. Maneira de representar essa letra (e). numeral[Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série. Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
conjunçãoConjunção que liga palavras e orações com mesma função. Indica adição: pai e mãe extremosos. Indica oposição: falou muito, e não disse nada. Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal. Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos. Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira. Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses. Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois. Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram. Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias? substantivo masculinoA quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e. Maneira de representar essa letra (e). numeral[Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série. Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.
Fonte: Priberam
Eis
Dicionário Comum
advérbioAqui está; veja, perceba, olhe: eis o prêmio que tanto esperava. Eis que/quando. De maneira inesperada; subitamente: eis que, inesperadamente, o cantor chegou. Etimologia (origem da palavra eis). De origem questionável.
Fonte: Priberam
Entrar
Dicionário Comum
verbo intransitivo Passar para dentro, introduzir-se, penetrar: entrar sem convite. Recolher-se à casa. Intrometer-se, intervir, interferir: não entre em briga de marido e mulher. Invadir. Encaixar-se, ajustar-se: a chave não entra na fechadura. Ser admitido, adotar uma profissão, fazer parte de: entrar para a Academia, o magistério, um partido. Ser um dos elementos constituintes de: entra muito orgulho no seu procedimento. Iniciar: entrar em negociações, entrar na matéria.
Indicativo de extracção (esbagoar), separação (escolher).
Fonte: Priberam
Fogo
Dicionário Comum
substantivo masculinoDesenvolvimento simultâneo de calor, de luz e de chama produzido pela combustão viva de certos corpos, como a madeira, o carvão etc. Fogueira, incêndio, labareda, lume. Fogão ou lugar onde se cozinha ou se faz fogo para qualquer fim; lareira: conversávamos junto ao fogo. Calor intenso e molesto: o dia de hoje foi um fogo. Figurado Veemência, ardor, paixão: o fogo da cólera. Fuzilaria, guerra, combate. Figurado Fogo de palha, entusiasmo passageiro ou aparente. Figurado Excitação, ardência sexual: mulher de muito fogo. Negar fogo, falhar, iludir, desanimar. Pegar fogo, incendiar-se, inflamar-se. Fazer fogo, acender. Comer fogo, fazer alguma coisa com grande sacrifício ou passar dificuldades. Figurado Atiçar fogo, açular, incitar. Brincar com o fogo, expor-se ao perigo, arriscar-se. Figurado Ser fogo, ser difícil, irredutível, indomável, intransigente. A fogo lento, pouco a pouco. Tocar fogo na canjica, animar. Figurado Pôr as mãos no fogo (por alguém), responsabilizar-se, confiar em. interjeiçãoVoz de disparo em combate ou aviso de incêndio. substantivo masculino pluralFogos de artifício, peças pirotécnicas fáceis de inflamar para festejos juninos e outras comemorações.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Deus revelou a Sua presença na sarça ardente por meio do fogo (Êx 3:2), e desceu ao monte Sinai entre chamas e relâmpagos (Êx 19:18). Aquele fogo que desceu do céu, primeiramente sobre o altar do tabernáculo, e mais tarde sobre o altar do templo de Salomão, quando da sua dedicação, ali se conservou constantemente alimentado, e cuidadosamente sustentado de dia e de noite pelos sacerdotes. o fogo para fins sagrados, que não fosse obtido do altar, era chamado ‘fogo estranho’ – e por ser este usado por Nadabe e Abiú, foram estes sacerdotes mortos com fogo que veio de Deus (Lv 10:1-2 – Nm 3:4 – 26.61). o emprego do fogo para fundir metais já era conhecido dos hebreus no tempo do Êxodo (32.24). Em dia de sábado nenhum lume se acendia para qualquer fim doméstico (Êx 35:3 – Nm 15:32-36). os adoradores do deus Moloque, ou queimavam os seus filhos no fogo, ou os faziam passar por ele (2 Rs 16.3 – 21.6 – 2 Cr 33.6). o Espirito Santo é comparado ao fogo (Mt 3:11 – At 2:3), sendo a sua obra converter e purificar as almas, inflamando-as de amor a Deus e de zelo pela Sua Glória. A Palavra de Deus é, também, apresentada como semelhante ao fogo (Jr 23:29). Empregam-se, além disso, os termos ‘fogo’ e ‘chama’, para exprimir vivos sentimentos e a inspiração divina, e descrever calamidades temporais e futuros castigos (Sl 66:12 – Jr 20:9 – Jl 2:30 – Ml 3:2 – Mt 25:41 – Mc 9:43).
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da FEB
[...] No pensamento de Jesus, o fogo eterno não podia passar, portanto, de simples figura, pouco lhe importando fosse essa figura interpretada à letra, desde que ela servisse de freio às paixões humanas. [...] Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6, it• 7
Imagem, semelhante a tantas outras, tomada como realidade. [...] O homem não encontrou comparação mais enérgica do que a do fogo, pois, para ele, o fogo é o tipo do mais cruel suplício e o símbolo da ação mais violenta. Por isso é que a crença no fogo eterno data da mais remota antiguidade, tendo-a os povos modernos herdado dos mais antigos. Por isso também é que o homem diz, em sua linguagem figurada: o fogo das paixões; abrasar de amor, de ciúme, etc. Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 974 e 974a
[...] A Teologia reconhece hoje que a palavra fogo é usada figuradamente e que se deve entender como significando fogo moral. [...] Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1009
O fogo exprime emblematicamente a expiação como meio de purificação e, portanto, de progresso para o Espírito culpado. Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3
Fonte: febnet.org.br
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Fogo Um dos símbolos com o qual se descreve o castigo eterno: o inferno (Mt 5:22). Passagens como as de Lc 3:16 ou 12:49ss. referem-se, evidentemente, à dupla opção de vida diante da qual se coloca todo ser humano: ou aceitar o Evangelho de Jesus, o messias, e ser mergulhado (batizado) no Espírito Santo ou rejeitá-lo e ser lançado ao fogo eterno, destinado ao diabo e a seus anjos (Mt 25:41-46).
C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Las sectas frente a la Biblia, Madri 1992.
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Etimológico
Fogo (que em latim se dizia "ignis" = ignição do carro) tem origem noutra palavra latina, "focu", cujo primeiro sentido é lar doméstico, lareira, e só posteriormente passou a significar fogo. Por via culta, "focu" nos deu foco, já com sentidos novos.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus
Fumaça
Dicionário Comum
substantivo femininoGrande massa de fumo que sobe de coisa incendiada. A porção de fumo que se toma de um jato aspirando cachimbo, charuto ou cigarro. Partículas sólidas, finamente divididas, suspensas (misturadas) num gás. A uma mistura de nevoeiro e fumaça dá-se o nome de smog. A maior parte da fumaça é produzida por partículas de carbono, originadas pela queima de combustíveis.
Fonte: Priberam
Glória
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Glória No judaísmo, uma das hipóstases de Deus (Ex 16:10; 33,20; Lc 9:31-34). Para João, ela se encarnou em Jesus (Jo 1:14), o que confirma a afirmação de que este é Deus (Jo 1:1;20,28).
2) A majestade e o brilho que acompanham a revelação da presença e do poder de Deus (Sl 19:1); (Is 6:3); (Mt 16:27); (Jo 1:14); (Rm 3:23). 3 O estado do novo corpo ressuscitado, espiritual e imortal, em que os salvos serão transformados e o lugar onde eles viverão (1Co 15:42-54); (Fhp 3)
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário da FEB
É que a glória maior de um Espírito é a perfeita identificação com o Pai Eterno, no cumprimento superior de Sua Divina 5ontade, na auto-entrega total pelo bem do próximo, na selagem final, com o próprio sangue, com as próprias lágrimas, com a própria vida, de uma exemplificação irretocável de amor soberano e incondicional, de trabalho sublime, de ensino levado às últimas conseqüências, em favor de todos. Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Glória Maior
Tudo passa na Terra e a nossa glória, / Na alegria ou na dor, / É refletir na luta transitória / A sublime vontade do Senhor. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Bíblico
Qualidade essencial do caráter de Deus (Sl. 63.2); sua glória é o sue valor, a sua dignidade. Tudo o que há nele comprova ser ele digno de receber louvor, honra e respeito. No NT, Jesus é revelado como o Senhor da glória (1Co 2:8). Na Bíblia, glória está muitas vezes associada a brilho ou esplendor (Lc 2:9).
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
substantivo femininoHonra, fama que se alcança pelas virtudes, talentos, boas ações e por características excepcionais. Religião Beatitude celeste; bem-aventurança, céu: a glória do reino de Deus. Louvor que se oferece a; homenagem, exaltação: glória a Deus. Excesso de grandeza; beleza, magnificência: o prêmio foi dedicado aos homens de honra e glória. Algo ou alguém muito conhecido, que é razão de orgulho, de louvor: ele foi a glória do time. [Artes] Auréola, halo, resplendor que simboliza a santidade na pintura, escultura ou decoração. Etimologia (origem da palavra glória). Do latim gloria.ae.
Fonte: Priberam
Dicionário de Sinônimos
honra, celebridade, fama, renome, nomeada, reputação, crédito, conceito, lustre, distinção. – Destas duas palavras diz magistralmente Roq.: “A glória é, como disse Cícero, uma brilhante e mui extensa fama que o homem adquire por ter feito muitos e grandes serviços, ou aos particulares, ou à sua pátria, ou a todo o gênero humano. Honra, como aqui entendemos, é a demonstração exterior com que se venera a alguém por seu mérito e ações heroicas; no mesmo sentido em que disse Camões: O fraudulento gosto que se atiça. C’ uma aura popular, que honra se chama. (Lus., IV, 95) Pela glória empreende o homem voluntariamente as coisas mais dificultosas; a esperança de alcançá-la o impele a arrostar os maiores perigos. Pela honra se empreendem 68 Isto parece demais: generosidade assim excederia à própria caridade cristã. O que está no uso corrente é que generoso é antônimo de somítico ou mesquinho, avarento, sovina: generosidade é a nobre qualidade de ser franco em distribuir com os outros os bens que estão a nosso alcance. O homem generoso não faz questão de ninharias; remunera largamente os que lhe prestam algum serviço; atende aos que precisam de sua solicitude, fortuna ou valimento; põe-se ao lado dos pequenos, ampara os desvalidos. 414 Rocha Pombo coisas não menos dificultosas, nem menos arriscadas; quão diferente é, no entanto, o objeto em cada uma destas paixões! A primeira é nobre e desinteressada, e obra para o bem público; a segunda é cobiçosa e egoísta, só por si e para si obra. Aquela é a glória verdadeira que faz os heróis; esta é a vã glória, ou glória falsa que instiga os ambiciosos; sua verdadeira pintura foi traçada por mão de mestre nesta estância dos Lusíadas: Dura inquietação d’alma e da vida, Fonte de desamparos e adulterios, Sagaz consumidora conhecida De fazendas, de reinos e de imperios; Chamam-te ilustre, chamam-te subida, Sendo digna de infames vituperios; Chamam-te fama e gloria soberana, Nomes com que se o povo necio engana! (Lus., IV, 96) A honra pomposa e triunfal, que recebeu em Goa d. João de Castro depois da heroica defesa de Diu, deixaria mui obscurecida sua glória se ele não nos legara, no momento tremendo de ir dar contas ao Criador, aquelas memoráveis palavras, que são a medida de seu desinteresse e o exemplo de verdadeira glória nunca depois imitado: “Não terei, senhores, pejo de vos dizer que ao Viso-Rei da Índia faltam nesta doença as comodidades, que acha nos hospitais o mais pobre soldado. Vim a servir, não vim a comerciar ao Oriente; a vós mesmos quis empenhar os ossos de meu filho, e empenhei os cabelos da barba, porque para vos assegurar, não tinha outras tapeçarias nem baixelas. Hoje não houve nesta casa dinheiro com que se me comprasse uma galinha; porque, nas armadas que fiz, primeiro comiam os soldados os salários do Governador que os soldos de seu Rei; e não é de espantar que esteja pobre um pai de tantos filhos”. (Vida de d. João de Castro, 1. IV.) Considerada a palavra honra como representando a boa opinião e fama adquirida pelo mérito e virtude, diferença-se ainda da glória em que ela obriga ao homem a fazer sem repugnância e de bom grado tudo quanto pode exigir o mais imperioso dever. Podemos ser indiferentes à glória, porém de modo nenhum à honra. O desejo de adquirir glória arrasta muitas vezes o soldado até à temeridade; a honra o contém não poucas nos limites de sua obrigação. Pode a glória mal-entendida aconselhar empresas loucas e danosas; a honra, sempre refletida, não conhece outra estrada senão a do dever e da virtude. – Celebridade é “a fama que tem já a sanção do tempo; a fama ruidosa e universal”; podendo, como a simples fama, ser tomada a boa ou má parte: tanto se diz – a celebridade de um poeta, como – a celebridade de um bandido. – Fama é “a reputação em que alguém é tido geralmente”. Inclui ideia de atualidade, e pode ser também boa ou má, mesmo quando empregada sem restritivo. Advogado de fama (= de nomeada, de bom nome). Não lhe invejo a fama (= má fama, fama equívoca). – Renome é “a boa fama, a grande reputação que se conquistou por ações ou virtudes”; é a qualidade de “ser notável, de ter o nome repetido geralmente e com acatamento”. – Nomeada é “fama ligeira, que dura pouco, e nem sai de um pequeno círculo”. Tanta nomeada para acabar tão triste... Fugaz nomeada... – Reputação é menos que fama, é mais que nomeada; é “a conta em que alguém é tido no meio em que vive. Pode ser boa ou má, falsa ou duvidosa”. – Crédito é como se disséssemos “a qualidade que dá ideia do valor, do bom nome de alguém”. Diminui-se o crédito de F.; mas decerto que não se macula, nem se nega propriamente o crédito de uma pessoa. – Conceito é “a opinião que se forma de alguém”, podendo igualmente ser bom ou mau. – Lustre e distinção confundem-se: mas o primeiro dá melhor a ideia da evi- Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 415 dência brilhante em que fica a pessoa que se destacou do comum pela perícia, pela correção, pelo heroísmo.
Fonte: Dicio
Grande
Dicionário Comum
adjetivoDe tamanho maior ou fora do normal: cabeça grande. Comprido, extenso ou longo: uma corda grande. Sem medida; excessivo: grandes vantagens. Numeroso; que possui excesso de pessoas ou coisas: uma grande manifestação; uma grande quantia de dinheiro. Que transcende certos parâmetros: grande profundeza. Que obteve fortes consequências: grande briga; grandes discussões. Forte; em que há intensidade: grande pesar. Com muita eficiência: a água é um grande medicamento natural. Importante; em que há importância: uma grande instituição financeira. Adulto; que não é mais criança: o menino já está grande. Notável; que é eficiente naquilo que realiza: um grande músico. Cujos atributos morais e/ou intelectuais estão excesso: grande senhor. Magnânimo; que exprime um comportamento nobre. Fundamental; que é primordial: de grande honestidade. Que caracteriza algo como sendo bom; positivo: uma grande qualidade. Que é austero; rígido: um grande problema. Território circundado por outras áreas adjacentes: a Grande Brasília. substantivo masculinoPessoa que se encontra em idade adulta. Quem tem muito poder ou influência: os grandes estavam do seu lado. Etimologia (origem da palavra grande). Do latim grandis.e.
1.
Que tem dimensões maiores do que o habitual (ex.: saco grande).
=
AVANTAJADO
≠
MIÚDO, PEQUENO, REDUZIDO
2.
Cuja extensão é maior do que a média (ex.: rio grande).
=
COMPRIDO, EXTENSO, LONGO
≠
CURTO, PEQUENO
3.
Que é maior do que aquilo que devia ser (ex.: o chapéu não me serve, é muito grande).
≠
PEQUENO
4.
Que é de estatura acima da média (ex.: criança grande).
≠
PEQUENO
5.
Que se desenvolveu oui cresceu (ex.: planta grande).
=
CRESCIDO, DESENVOLVIDO, MEDRADO
≠
PEQUENO
6.
Que atingiu a maioridade (ex.: as pessoas grandes podem ser muito complicadas).
=
ADULTO, CRESCIDO
7.
Que se prolonga no tempo; que dura bastante (ex.: dias grandes; férias grandes).
=
COMPRIDO
≠
BREVE, CURTO, EFÉMERO, FUGAZ
8.
Que apresenta grande quantidade de algo (ex.: família grande).
=
NUMEROSO, QUANTIOSO
≠
PEQUENO
9.
Que tem importância ou influência (ex.: um grande banqueiro).
=
IMPORTANTE, INFLUENTE, PODEROSO, PRESTIGIOSO
≠
DESIMPORTANTE, INSIGNIFICANTE, IRRELEVANTE, PEQUENO
10.
Difícil, grave (ex.: um grande problema).
≠
INSIGNIFICANTE, IRRELEVANTE, SIMPLES
11.
Que é intenso, forte (ex.: um grande amor).
≠
FRACO, LEVE
12.
[Pejorativo]
Que é ou existe em elevado grau (ex.: grande mentiroso).
13.
Que se destaca ou sobressai positivamente em relação a outros (ex.: grandes nomes do cinema).
=
EMINENTE, ILUSTRE, RESPEITÁVEL
≠
DESCONHECIDO, IGNOTO, MODESTO
14.
Que revela coragem, heroísmo (ex.: foi um grande bombeiro).
=
CORAJOSO, HERÓICO, VALENTE
≠
COBARDE, FRACO
15.
Que mostra bondade ou generosidade (ex.: um grande coração).
=
BOM, BONDOSO, GENEROSO, MAGNÂNIMO
≠
MAU, MESQUINHO, RUIM, TORPE, VIL
16.
Que é excessivo, exagerado (ex.: fugiram a grande velocidade).
=
ALTO
≠
BAIXO, REDUZIDO
17.
Que tem muita qualidade ou muito valor (ex.: um grande filme).
=
EXCELENTE, EXTRAORDINÁRIO, FABULOSO, MAGNÍFICO, ÓPTIMO
≠
MAU, PÉSSIMO, RUIM
18.
Que é considerável, importante (ex.: grande satisfação).
19.
Que é composto por muitos elementos (ex.: grande comunidade de pescadores).
=
NUMEROSO
≠
PEQUENO, REDUZIDO
20.
Que é relativo a uma cidade e às suas zonas periféricas (ex.: mapa da Grande São Paulo; região da Grande Lisboa). [Geralmente com inicial maiúscula.]
nome de dois géneros
21.
Pessoa alta.
22.
Indivíduo adulto.
=
CRESCIDO
≠
PEQUENO
23.
Indivíduo com poder e influência.
à grande Com largueza.
à grande e à francesa De modo grandioso; com grande ostentação ou esplendor.
Fonte: Priberam
Imagem
Dicionário Bíblico
É uma representação artificial de alguma pessoa ou coisa, a qual se usa como objeto de adoração. E, nesta circunstância, é sinônima de ídolo. Mica, indivíduo da tribo de Efraim, mandou fazer uma imagem de prata (Jz 17:3-4). Além disso, persuadiu um levita a que fosse seu sacerdote. Era esta imagem consultada como oráculo, e publicamente foi instalada junto dos danitas. o neto de Moisés tornou-se seu sacerdote, e o cargo continuou a ser exercido na sua família (Jz 18:4-6 e 14 a 31). Gideão também fez uma estola sacerdotal com o ouro tirado ao inimigo, e a colocou em ofra (Jz 8:24-27) – essa estola tornou-se um ídolo que trouxe grande mal a israel e a Gideão.
substantivo femininoRepresentação de uma pessoa ou uma coisa pela pintura, escultura, desenho etc.; imitação, cópia. Pequena estampa que representa um assunto religioso ou qualquer outro. Reprodução visual de um objeto dada por um espelho, um instrumento de óptica. Figurado Parecença, semelhança: o homem foi feito à imagem de Deus. Figurado Representação das pessoas, dos objetos no espírito: a imagem dela me persegue. [Literatura] Processo pelo qual se tornam mais vivas as ideias, emprestando ao objeto uma forma mais sensível: há belas imagens neste poema. Representação por imagem, escultura, quadro etc.: a imagem de Santa Rita. Figurado O que traz consigo um conceito simbólico de: esta frase é a imagem do fascismo. Ideia que alguém tem de um produto, conceito etc., em relação a seu público-alvo: a imagem do cliente que pretende alcançar. [Ótica] Reprodução de um objeto que, pela junção dos raios luminosos emanados por ele, ocorre depois de passar por um sistema óptico. [Psicologia] Experiência sensorial que se pode invocar na ausência de um estímulo. [Psicologia] Representação mental de um conceito, ideia, algo que está no âmbito do abstrato. [Matemática] Na aplicação do conjunto C ao conjunto D, o elemento de C que corresponde a um elemento dado de D. Etimologia (origem da palavra imagem). Do latim imago.ginis.
Fonte: Priberam
Ira
Dicionário Comum
substantivo femininoRaiva, sentimento intenso e permanente de ódio, mágoa e rancor que, normalmente contra uma ou algumas pessoas, é gerado por uma ofensa, dando origem a uma situação agressiva. Manifestação desse sentimento ou o que é causado por ele: sua ira acabou causando o fim do seu casamento. Por Extensão Indignação agressiva, violenta: a ira do povo! Por Extensão Vingança ou sentimento impulsionado pelo desejo de se vingar: não se deve brincar com a ira dos deuses. Etimologia (origem da palavra ira). Do latim ira.ae.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo femininoRaiva, sentimento intenso e permanente de ódio, mágoa e rancor que, normalmente contra uma ou algumas pessoas, é gerado por uma ofensa, dando origem a uma situação agressiva. Manifestação desse sentimento ou o que é causado por ele: sua ira acabou causando o fim do seu casamento. Por Extensão Indignação agressiva, violenta: a ira do povo! Por Extensão Vingança ou sentimento impulsionado pelo desejo de se vingar: não se deve brincar com a ira dos deuses. Etimologia (origem da palavra ira). Do latim ira.ae.
Fonte: Priberam
Quem é quem na Bíblia?
1. O jairita, mencionado junto com Zadoque e Abiatar em II Samuel 20:26 como “ministro de Davi”. Os jairitas eram da tribo de Manassés (Nm 32:41). Isso pode significar que os que não pertenciam à tribo de Levi foram autorizados a exercer algumas funções sacerdotais durante o reinado de Davi.
2. Filho de Iques, de Tecoa, era um dos “trinta” guerreiros valentes de Davi.
Como comandante do exército do rei, estava de prontidão com seus homens todo sexto mês de cada ano e tinha 24:000 soldados sob suas ordens (2Sm 23:26-1Cr 11:28; 1Cr 27:9).
2. O itrita, outro dos guerreiros valentes de Davi (2Sm 23:38-1Cr 11:40).
Autor: Paul Gardner
Dicionário da Bíblia de Almeida
Ira CÓLERA (Sl 30:5); (Ef 4:26). A ira de Deus é a sua reação contra o pecado, a qual o leva a castigar o pecador (Ez 7:8-9); (Ap 16:19). Porém maior do que a ira de Deus é o seu amor, que perdoa aqueles que se arrependem e mudam de vida (Is 54:7-8); (Rm 9:22-23). “Filhos da ira” quer dizer “sujeitos ao castigo” de Deus (Ef 2:3). A ira de Deus é a sua reação contra o pecado, a qual o leva a castigar o pecador (Ez 7:8-9); (Ap 16:19). Porém maior do que a ira de Deus é o seu amor, que perdoa aqueles que se arrependem e mudam de vida (
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário Comum
substantivo femininoRaiva, sentimento intenso e permanente de ódio, mágoa e rancor que, normalmente contra uma ou algumas pessoas, é gerado por uma ofensa, dando origem a uma situação agressiva. Manifestação desse sentimento ou o que é causado por ele: sua ira acabou causando o fim do seu casamento. Por Extensão Indignação agressiva, violenta: a ira do povo! Por Extensão Vingança ou sentimento impulsionado pelo desejo de se vingar: não se deve brincar com a ira dos deuses. Etimologia (origem da palavra ira). Do latim ira.ae.
Fonte: Priberam
Irã
Dicionário Bíblico
Cidadão
Fonte: Dicionário Adventista
Quem é quem na Bíblia?
Um dos chefes de Edom, mencionado em conexão com Magdiel, descendente de Esaú (Gn 36:43-1Cr 1:54).
Autor: Paul Gardner
Junto
Dicionário Comum
juntoadj. 1. Posto em contato; chegado, unido. 2. Reunido. 3. Adido: Embaixador brasileiro junto ao Vaticano. 4. Chegado, contíguo, muito próximo. Adv. 1. Ao pé, ao lado. 2. Juntamente.
pagar o justo pelo pecador Recair um castigo ou uma consequência sobre quem não tem culpa ou sobre um grupo onde há inocentes e culpados.
Fonte: Priberam
Linho
Dicionário da Bíblia de Almeida
Linho Erva de folhas e flores pequenas (Ex 9:31), cujo caule fornece uma fibra usada para fazer fios e tecidos do mesmo nome (Pv 7:16). O tecido era usado para fazer roupas finas (Gn 41:42); (Ex 28:5-42); (2Cr 5:12). O véu do Templo também era de linho fino (2Cr 3.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário Comum
substantivo masculinoPlanta herbácea da família das lináceas, cultivada na Europa, de excelentes fibras têxteis. Estas fibras também são utilizadas como diurético. Do grão se faz uma farinha que serve para cataplasmas emolientes e um óleo secativo empregado em pintura. Tecido feito com as fibras dessa planta.
Fonte: Priberam
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Linho Planta da qual se extraía fibra destinada à fabricação de roupas luxuosas que ocasionalmente tinham uso litúrgico. Desse material eram as vestimentas usadas pelo protagonista abastado da parábola do homem rico e de Lázaro (Lc 16:19ss.).
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Comum
substantivo masculinoPlanta herbácea da família das lináceas, cultivada na Europa, de excelentes fibras têxteis. Estas fibras também são utilizadas como diurético. Do grão se faz uma farinha que serve para cataplasmas emolientes e um óleo secativo empregado em pintura. Tecido feito com as fibras dessa planta.
3.
Exposição (geralmente escrita) em que se manifesta o que é preciso, ou o que se deseja que se saiba.
4.
Coisa manifestada.
5.
Declaração feita à alfândega, ou suas delegações, dos géneros que se trazem sujeitos a direitos.
dar ao manifesto Fazer essa declaração.
Fonte: Priberam
Mar
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Mar Designação que se dá ao lago de Tiberíades (Mt 4:13). Os evangelhos relatam episódios de Jesus caminhando sobre suas águas e dando ordens às suas ondas (Mt 8:24-27; 14,24-27; Mc 4:37-41; 6,47-50; Lc 8:23-25; Jo 6:17-20), como o fez YHVH em tempos passados (Sl 89:9ss.; Jn 1; Na 1:4).
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Comum
substantivo masculinoGrande extensão de água salgada; oceano: o mar ocupa uma grande parte da superfície da Terra. Uma parte limitada ou a água que compõe essa grande extensão: o mar Cáspio; banho de mar. A região situada na costa; área no litoral de: este final de semana vou para o mar! Figurado Grande quantidade; o que é imenso: ganhou um mar de dinheiro na loteria. Figurado Excesso de líquido que escoa ou derramamento exagerado de: mar de sangue. Figurado O que provoca fascinação, admiração; excessivamente belo. Etimologia (origem da palavra mar). Do latim mare.is.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
os hebreus davam o nome de mar a qualquer grande massa de água. Esse termo compreendia o oceano (Gn 1:2 – 1 Rs 10.22 – Jó 38:8) – o Mediterrâneo, que era chamado o mar último, o mar ocidental, tendo ainda vários outros nomes (Dt 11:24 – 34.2 – J12.20 – Êx 23:31 – 1 Rs 4.20 – Sl 80:11) – o mar Vermelho (Êx 10:19 – Js 24:6) – o mar Morto (ou Salgado) (Nm 34:3 – Js 18:19) – o mar da Galiléia (ou Quinerete) (Nm 34:11 – Mt 4:15 – Mc 3:7) – o mar de Jazer, um pequeno lago que fica perto de Hesbom (Jr 48:32). Além disso, aplicava-se algumas vezes a palavra aos grandes rios, como o Nilo (is 11:15), o Eufrates, o Tigre, que estavam sujeitos aos transbordamentos anuais, sendo inundados os territórios circunjacentes.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da Bíblia de Almeida
Mar Na Bíblia, qualquer grande extensão de Água, salgada (mar Mediterrâneo) ou doce (lago da Galiléia).
1) Os mares mencionados na Bíblia são: a) MEDITERRÂNEO, ou o Mar, ou mar dos Filisteus, ou Grande, ou Ocidental (Nu 34:6); b) MORTO, ou da Arabá, ou Oriental, ou Salgado (Js 3:16); c) VERMELHO, ou de Sufe, ou do Egito (Ex 13:18); d) ADRIÁTICO (At 27:27).
2) Os lagos são os seguintes: a) da GALILÉIA, ou de Genesaré, ou de Quinerete, ou de Tiberíades (Mt 4:18); b) de MEROM (Js 11:5).
substantivo masculinoGrande extensão de água salgada; oceano: o mar ocupa uma grande parte da superfície da Terra. Uma parte limitada ou a água que compõe essa grande extensão: o mar Cáspio; banho de mar. A região situada na costa; área no litoral de: este final de semana vou para o mar! Figurado Grande quantidade; o que é imenso: ganhou um mar de dinheiro na loteria. Figurado Excesso de líquido que escoa ou derramamento exagerado de: mar de sangue. Figurado O que provoca fascinação, admiração; excessivamente belo. Etimologia (origem da palavra mar). Do latim mare.is.
Fonte: Priberam
Dicionário de Sinônimos
oceano. – Resumindo Bourg. e Berg. diz um autor: “Designa-se com estas palavras a vasta extensão de água salgada que cobre a maior parte da superfície do nosso planeta”. – Mar é o termo que ordinariamente se aplica para designar alguma das partes dessa extensão; e também para designar o conjunto das águas que circulam o globo, mas só quando esse conjunto é considerado de modo vago e geral (em sentido absoluto) e mais quanto à natureza que à vastidão dessa extensão. Dizemos: o mar e o céu; o mar é imenso; as areias do mar. E dizemos também o mar Báltico; o mar do Norte; o mar, os mares da costa, etc. Oceano designa em geral a vasta extensão dos mares. Usa-se, porém, às vezes para designar somente uma das suas partes, mas só quando essa parte forma uma das grandes divisões em que o mar se considera: o oceano Atlântico e o oceano Pacífico são as duas grandes divisões do oceano. – Antigamente dizia-se também – o mar Atlântico.
Fonte: Dicio
Dicionário da FEB
O mar é a fotografia da Criação. Todo ele se pode dizer renovação e vida, tendo em si duas forças em contínuo trabalho – a da atração e a da repulsão, M que se completam na eterna luta, pois, se faltasse uma, nulo estaria o trabalho da outra. Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Um adeus
O mar, gigante a agitar-se / Em primitivos lamentos, / É o servidor do equilíbrio / Dos terrestres elementos. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18
adjetivoQue está confusamente ajuntado a outras coisas; misto. Adicionado. Associado. Etimologia (origem da palavra misturado). Particípio de misturar.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
adjetivoQue está confusamente ajuntado a outras coisas; misto. Adicionado. Associado. Etimologia (origem da palavra misturado). Particípio de misturar.
Fonte: Priberam
Moisés
Quem é quem na Bíblia?
Moisés era filho de Anrão (da tribo de Levi) e Joquebede; era irmão de Arão e Miriã. Nasceu durante os terríveis anos em que os egípcios decretaram que todos os bebês do sexo masculino fossem mortos ao nascer. Seus pais o esconderam em casa e depois o colocaram no meio da vegetação, na margem do rio Nilo, dentro de um cesto de junco. A descoberta daquela criança pela princesa, filha de Faraó, foi providencial e ela salvou a vida do menino. Seu nome, que significa “aquele que tira” é um lembrete desse começo obscuro, quando sua mãe adotiva lhe disse: “Eu o tirei das águas”.
Mais tarde, o Senhor o chamou para ser líder, por meio do qual falaria com Faraó, tiraria seu povo do Egito e o levaria à Terra Prometida. No processo desses eventos 1srael sofreu uma transformação, pois deixou de ser escravo de Faraó para ser o povo de Deus. Os israelitas formaram uma comunidade, mais conhecida como o povo da aliança, estabelecida pela graça e pela soberania de Deus (veja Aliança).
O Antigo Testamento associa Moisés com a aliança, a teocracia e a revelação no monte Sinai. O grande legislador foi o mediador da aliança mosaica [do Sinai] (Ex 19:3-8; Ex 20:18-19). Esse pacto foi uma administração da graça e das promessas, pelas quais o Senhor consagrou um povo a si mesmo por meio da promulgação da Lei divina. Deus tratou com seu povo com graça, deu suas promessas a todos que confiavam nele e os consagrou, para viverem suas vidas de acordo com sua santa Lei. A administração da aliança era uma expressão concreta do reino de Deus. O Senhor estava presente com seu povo e estendeu seu governo especial sobre ele. A essência da aliança é a promessa: “Eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo” (Ex 6:7; Dt 29:13; Ez 11:20).
Moisés foi exaltado por meio de sua comunhão especial com o Senhor (Nm 12:68; Dt 34:10-12). Quando Arão e Miriã reclamaram contra a posição privilegiada que ele ocupava, como mediador entre Yahweh e Israel, ele nada respondeu às acusações (Nm 12:3). Pelo contrário, foi o Senhor quem se empenhou em defender seu servo (Nm 12:6-8).
O Senhor confirmou a autoridade de Moisés como seu escolhido, um veículo de comunicação: “A ele me farei conhecer... falarei com ele...” (v. 6; veja Dt 18:18). Separou-o como “seu servo” (Ex 14:31; Dt 34:5; Js 1:1-2) — uma comunhão de grande confiança e amizade entre um superior e um subalterno. Moisés, de maneira sublime, permaneceu como servo de Deus, mesmo depois de sua morte; serviu como “cabeça” da administração da aliança até o advento da Nova aliança no Senhor Jesus Cristo (Nm 12:7; veja Hb 3:2-5). De acordo com este epitáfio profético de seu ministério, Moisés ocupou um lugar único como amigo de Deus. Experimentou o privilégio da comunhão íntima com o Senhor: “E o Senhor falava com Moisés” (Ex 33:9).
A diferença fundamental entre Moisés e os outros profetas que vieram depois dele está na maneira direta pela qual Deus falava com este seu servo. Ele foi o primeiro a receber, escrever e ensinar a revelação do Senhor. Essa mensagem estendeu-se por todos os aspectos da vida, inclusive as leis sobre santidade, pureza, rituais, vida familiar, trabalho e sociedade. Por meio de Moisés, o Senhor planejou moldar Israel numa “comunidade separada”. A revelação de Deus os tornaria imunes às práticas detestáveis dos povos pagãos, inclusive a adivinhação e a magia. Esta palavra, dada pelo poder do Espírito, transformaria Israel num filho maduro.
A posição e a revelação de Moisés prefiguravam a posição única de Jesus. O grande legislador serviu ao reino de Deus como um “servo fiel” (Hb 3:2-5), enquanto Cristo é “o Filho de Deus” encarnado: “Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa” (Hb 3:6). Moisés, como o Senhor Jesus, confirmou a revelação de Deus por meio de sinais e maravilhas (Dt 34:12; veja também Ex 7:14-11:8; 14:5 a 15:21).
Embora Moisés ainda não conhecesse a revelação de Deus em Cristo, viu a “glória” do Senhor (Ex 34:29-35). O apóstolo Paulo confirmou a graça de Deus na aliança mosaica quando escreveu à igreja em Roma: “São israelitas. Pertencem-lhes a adoção de filhos, a glória, as alianças, a lei, o culto e as promessas. Deles são os patriarcas, e deles descende Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém” (Rm 9:4-5)
Moisés, o maior de todos os profetas antes da encarnação de Jesus, falou sobre o ministério de outro profeta (Dt 18:15-22). Foi testemunha de Deus para Israel de que um cumprimento ainda maior os aguardava: “Moisés, na verdade, foi fiel em toda a casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar” (Hb 3:5). A natureza desse futuro não era nada menos do que o resto que viria (Hb 4:1-13) em Cristo, por causa de quem Moisés também sofreu (Hb 11:26).
A esperança escatológica da revelação mosaica não é nada menos do que a presença de Deus no meio de seu povo. A escatologia de Israel começa com as alianças do Senhor com Abraão e Israel. Moisés — o servo de Deus, o intercessor, o mediador da aliança — apontava para além de sua administração, para uma época de descanso. Ele falou sobre este direito e ordenou que todos os membros da comunidade da aliança ansiassem pelo descanso vindouro na celebração do sábado (heb. “descanso”), o sinal da aliança (Ex 31:14-17) e da consagração de Israel a uma missão sagrada (Ex 31:13), a fim de serem abençoados com todos os dons de Deus na criação (Dt 26:18-19; Dt 28:3-14). Moisés percebeu dolorosamente que o povo não entraria naquele descanso, devido à sua desobediência e rebelião (Dt 4:21-25). Ainda assim, falou sobre uma nova dispensação, aberta pela graça de Deus, da liberdade e da fidelidade (Dt 4:29-31; Dt 30:5-10: 32:39-43). Ele olhou para o futuro, para uma época de paz, tranqüilidade e plena alegria na presença de Deus, de bênção e proteção na Terra Prometida (Dt 12:9-10; Dt 25:19; Ex 33:14; Js 1:13).
Essa esperança, fundamentada na fidelidade de Deus (Dt 4:31), é expressa mais claramente no testemunho final de Moisés, “o Hino do Testemunho” (Dt 32). Nele, o grande legislador recitou os atos do amor de Deus em favor de Israel (vv.1-14), advertiu contra a rebelião e o sofrimento que isso acarretaria (vv.15-35) e confortou os piedosos com a esperança da vingança do Senhor sobre os inimigos e o livramento do remanescente de Israel e das nações (vv. 36-43). Fez até uma alusão à grandeza do amor de Deus pelos gentios! (vv. 36-43; Rm 15:10).
O significado escatológico do Hino de Moisés reverbera nas mensagens proféticas de juízo e de esperança, justiça e misericórdia, exclusão e inclusão, vingança e livramento. A administração mosaica, portanto, nunca tencionou ser um fim em si mesma. Era apenas um estágio na progressão do cumprimento da promessa, aliás, um estágio importantíssimo!
Como precursor da tradição profética, Moisés viu mais da revelação da glória de Deus do que qualquer outro homem no Antigo testamento (Ex 33:18; Ex 34:29-35). Falou sob a autoridade de Deus. Qualquer um que o questionasse desafiava a autoridade do Senhor. Israel encontrava conforto, graça e bênção, porque em Moisés se reuniam os papéis de mediador da aliança e intercessor (Ex 32:1-34:10; Nm 14:13-25). Ele orou por Israel, falou ousadamente como seu advogado diante do Senhor e encorajou o povo a olhar além dele, próprio, para Deus (veja Profetas e Profecias). W.A.VG.
Autor: Paul Gardner
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Moisés Levita da casa de Amram (Ex 6:18.20), filho de Jocabed. Conforme o Antigo Testamento, deveria ser morto como conseqüência do decreto genocida do faraó (provavelmente Tutmósis 3, embora outros apontem Ramsés II) que ordenara a morte dos meninos israelitas. Deixado nas águas do Nilo por sua mãe, foi recolhido por uma irmã do faraó, que o educou (Êx 2). Após matar um egípcio que maltratava alguns israelitas, precisou exilar-se, indo viver na terra de Madiã (Ex 2:11-15). Nesse local foi pastor, teve esposa e filhos e recebeu uma revelação de Deus, que o enviava ao Egito para libertar Israel (Êx 3). Retornou então e, em companhia de seu irmão Aarão, tentou convencer o faraó (possivelmente Amenotep II, Menreptá, segundo outros) para que deixasse o povo sair. O fato aconteceu somente depois de uma série de pragas, especialmente após a última em que morreu seu primogênito (Êx 5:13). A perseguição que o monarca egípcio empreendeu teve um final desastroso no mar dos Juncos. A marcha de Israel pelo deserto levou-o até o Sinai, onde Moisés recebeu os Dez mandamentos, assim como um código de leis para regerem a vida do povo (Ex 20:32-34). Conforme o Talmude, foi também quando receberam a lei oral. A falta de fé do povo — manifestada na adoração de uma imagem em forma de bezerro enquanto Moisés estava no monte — malograria logo mais a entrada na Terra Prometida. Moisés morreu sem entrar nela e o mesmo sucedeu com a geração libertada do Egito, exceto Josué e Caleb.
A figura de Moisés é de uma enorme importância e a ele se atribui a formação de um povo cuja vida centrar-se-ia no futuro, certamente com altos e baixos, mas em torno do monoteísmo.
O judaísmo da época de Jesus considerava-o autor da Torá (Mt 22:24; Mc 7:10; 10,3ss.) e mestre de Israel (Mt 8:4; 23,2; Jo 7:22ss.). Jesus atribui-lhe uma clara importância quando se apresentou como messias (Jo 5:39-47). Lamentou que seu papel tivesse sido usurpado pelos escribas (Mt 23:2ss.) e que muitos citassem Moisés como excusa para sua incredulidade (Jo 7:28ss.). Jesus considerou-se superior a Moisés, a cuja Lei deu uma nova interpretação (Mt 5:17- 48). Essa visão — confirmada pela narrativa da Transfiguração (Mt 17:3) — aparece também no cristianismo posterior (Jo 1:17.45).
J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y...; f. f. Bruce, Acts...; C. Vidal Manzanares, El Hijo de Ra, Barcelona 1992; Idem, El judeo-cristianismo...
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário da Bíblia de Almeida
Moisés Líder escolhido por Deus para libertar os israelitas da escravidão do Egito (Exo 2—18), para fazer ALIANÇA 1, com eles (Exo 19—24), para torná-los povo de Deus e nação independente (Exo 25—) (Num 36) e para prepará-los a fim de entrarem na terra de Canaã (Deu 1—33). Nasceu de pais israelitas, mas foi adotado pela filha do faraó do Egito, onde foi educado (Ex 2:1-10); (At 7:22). Após colocar-se ao lado de seu povo e matar um egípcio, fugiu para MIDIÃ 2, onde se casou com Zípora (Ex 2:11-22) Passados 40 anos, Deus o chamou e o pôs como líder da libertação do povo de Israel (Exo 3) Por mais 40 anos Moisés cumpriu o mandado de Deus e morreu às portas da terra de Canaã, no monte NEBO (Dt 34). Alguns estudiosos colocam a data da morte de Moisés em torno de 1440 a.C., e outros a colocam por volta de 1225 a.C., dependendo da posição sob
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário Bíblico
Salvo das águas. (Êx 2:10) – mais provavelmente, porém, é termo egípcio, significando filho, criança. Foi o grande legislador dos hebreus, filho de Anrão e Joquebede, da tribo de Levi. Ele nasceu precisamente no tempo em que o Faraó do Egito tinha resolvido mandar matar todas as crianças recém-nascidas do sexo masculino, pertencentes à família israelita (Êx 2:1-4 – 6.20 – At 7:20 – Hb 11:23). A sua mãe colocou-o num ‘cesto de junco’, à borda do Nilo. A filha de Faraó, que o salvou, deu-lhe o nome de Moisés, e educou-o como seu filho adotivo, de maneira que pôde ele ser instruído em toda a ciência dos egípcios (Êx 2:5-10 – At 7:21-22). Quando depois é mencionado, já ele era homem. Vendo que um israelita recebia bastonadas de um egípcio, e julgando que ninguém o via, matou o egípcio e enterrou o cadáver na areia. Mas alguém tinha observado o ato, e Moisés, sabendo disto, fugiu para a terra de Midiã, onde casou com Zípora, filha de Jetro, chefe ou sacerdote das tribos midianitas, tornando-se pastor dos rebanhos de seu sogro (Êx 2:11-21 – At 7:29). Foi no retiro e simplicidade da sua vida de pastor que Moisés recebeu de Deus a ordem de ir livrar os filhos de israel. Resolveu, então, voltar para o Egito, acompanhando-o sua mulher e os seus dois filhos – mas não tardou muito que ele os mandasse para a casa de Jetro, permanecendo eles ali até que tornaram a unir-se em Refidim, quando ele estava à frente da multidão dos israelitas. Pouco depois de se ter separado da mulher e dos filhos, encontrou Arão que, em negociações posteriores, foi o orador, visto como Moisés era tardo na fala (Êx 4:18-31). A ofensa de Moisés em Meribá foi três vezes repetida (Nm 20:1-13 – 27,14) – não acreditava que a água pudesse sair da rocha por simples palavras – então, desnecessariamente, feriu a rocha duas vezes, revelando com isto uma impaciência indesculpável – não atribuiu a glória do milagre inteiramente a Deus, mas antes a si próprio e a seu irmão: ‘porventura faremos sair água desta rocha?’ Faleceu quando tinha 120 anos de idade, depois de lhe ter mostrado o Senhor, do cume do monte Nebo, na cordilheira de Pisga, a Terra Prometida, na sua grande extensão. Este ‘ o sepultou num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor – e ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura’ (Dt 34:6). o único traço forte do seu caráter, que em toda a confiança podemos apresentar, acha-se em Nm 12:3: ‘Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.’ A palavra ‘manso’ não exprime bem o sentido – a idéia que a palavra hebraica nos dá é, antes, a de ser ele ‘muito sofredor e desinteressado’. Ele juntou-se aos seus compatriotas, vivendo eles a mais terrível escravidão (Êx 2:11 – 5,4) – ele esqueceu-se de si próprio, para vingar as iniqüidade de que eram vítimas os hebreus (Êx 2:14) – quis que seu irmão tomasse a direção dos atos libertadores em lugar de ele próprio (Êx4,13) -além disso, desejava que toda a gente hebréia recebesse dons semelhantes aos dele (Nm 11:29). Quando lhe foi feito o oferecimento de ser destruído o povo, podendo ele ser depois a origem de uma grande nação (Êx 32:10), pediu, na sua oração a Deus, que fosse perdoado o pecado dos israelitas, ‘ae não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste’ (Êx 32:32). (A respeito da conduta de Moisés na sua qualidade de libertador e legislador dos israelitas, vejam-se os artigos: Lei, Faraó, Pragas (as dez), Mar Vermelho, etc.)
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
substantivo masculinoEspécie de cesta acolchoada que serve de berço portátil para recém-nascidos; alcofa. Religião Profeta que, para cristãos e judeus, foi responsável pela escritura dos dez mandamentos e dos cinco primeiros livros da Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), sendo a junção destes o livro sagrado dos Judeus (a Torá ou Tora); nesta acepção, usar com letras maiúsculas. Etimologia (origem da palavra moisés). Do nome próprio Moisés, do hebraico "Moshe", talvez do termo egípcio "mesu",.
Nações Designação geral dos povos não-israelitas (Ex 34:24; Lc 24:47). “Nação”, no singular, é usado também para Israel (Gn 12:2; Ex 19:6).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Nome
Dicionário Comum
substantivo masculinoDenominação; palavra ou expressão que designa algo ou alguém. A designação de uma pessoa; nome de batismo: seu nome é Maria. Sobrenome; denominação que caracteriza a família: ofereceu seu nome. Família; denominação do grupo de pessoas que vivem sob o mesmo teto ou possuem relação consanguínea: honrava seu nome. Fama; em que há renome ou boa reputação: tinha nome na universidade. Apelido; palavra que caracteriza alguém. Quem se torna proeminente numa certa área: os nomes do cubismo. Título; palavra ou expressão que identifica algo: o nome de uma pintura. Gramática Que designa genericamente os substantivos e adjetivos. Etimologia (origem da palavra nome). Do latim nomen.inis.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Entre os hebreus dava-se o nome auma criança, umas vezes quando nascia (Gn 35:18), e outras quando se circuncidava (Lc 1:59), fazendo a escolha ou o pai, ou a mãe (Gn 30:24 – Êx 2:22 – Lc 1:59-63). Algumas vezes o nome tinha referência a certas circunstâncias relacionadas com o nascimento ou o futuro da criança, como no caso de isaque (Gn 21:3-6), de Moisés (Êx 2:10), de Berias (1 Cr 7.23). isto era especialmente assim com os nomes compostos de frases completas, como em is 8:3. Acontecia, também, que certos nomes de pessoas sugeriam as suas qualidades, como no caso de Jacó (Gn 27:36) e Nabal (1 Sm 25.25). Eram por vezes mudados os nomes, ou aumentados, em obediência a certas particularidades, como no caso de Abrão para Abraão (Gn 17:5), de Gideão para Jerubaal (Jz 6:32), de Daniel para Beltessazar (Dn 1:7), e de Simão, Pedro (Mt 16:18). Alem disso, devemos recordar que, segundo a mentalidade antiga, o nome não somente resumia a vida do homem, mas também representava a sua personalidade, com a qual estava quase identificado. E por isso a frase ‘em Meu nome’ sugere uma real comunhão com o orador Divino. Houve lugares que receberam o seu nome em virtude de acontecimentos com eles relacionados, como Babel (Gn 11:9), o Senhor proverá (Gn 22:14), Mara (Êx 15:23), Perez-Uzá (2 Sm 6.8), Aceldama (At l.19). Para o nome de Deus, *veja Jeová, Senhor.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da Bíblia de Almeida
Nome Palavra que designa uma pessoa ou coisa. Nos tempos bíblicos o nome, às vezes, estava relacionado com algum fato relativo ao nascimento (Gn 35:18 v. BENONI); outras vezes expressava uma esperança ou uma profecia (Os 1:6; Mt 1:21-23). Era costume, no tempo de Jesus, o judeu ter dois nomes, um hebraico e outro romano (At 13:9). Partes dos nomes de Deus entravam, às vezes, na composição dos nomes (v. ELIAS, JEREMIAS, JESUS). Na invocação do nome de Deus chama-se a sua pessoa para estar presente, abençoando (Nu 6:22-27; Mt 28:19; Fp 6:24). Tudo o que é feito “em nome” de Jesus é feito pelo seu poder, que está presente (At 3:6; 4:10-12). Na oração feita “em nome de Jesus” ele intercede por nós junto ao Pai (Jo 15:16; Rm 8:34). Em muitas passagens “nome” indica a própria pessoa (Sl 9:10).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Não
Dicionário Comum
advérbioModo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não. Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados. Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não? Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes? Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não! substantivo masculinoAção de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho. Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
advérbioModo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não. Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados. Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não? Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes? Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não! substantivo masculinoAção de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho. Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
Fonte: Priberam
Número
Dicionário da FEB
Os números, como as vibrações, possuem a sua mística natural, mas, em face de nossos imperativos de educação, temos de convir que todos os números, como todas as vibrações, serão sagrados para nós, quando houvermos santificado o coração para Deus, sendo justo, nesse particular, copiarmos a antiga observação do Cristo sobre o sábado, esclarecendo que os números foram feitos para os homens, porém, os homens não foram criados para os números. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 142
[...] os números podem ser fatores de observação e catalogação da atividade, mas nunca criaram a vida. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 198
N O Referencia:
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Comum
substantivo masculinoA soma das várias unidades que compõem alguma coisa. Reunião dos algarismos que assinalam o telefone. Valor preciso ou quantidade delimitada. Quantidade mínima de pessoas para que uma votação se inicie. Num espetáculo de variedades, as cenas ou quadros que são exibidos. Numa publicação, a separação das edições que são publicadas. Gramática Classe gramatical que assinala o que está no singular ou no plural. Número Ordinal. Numa sequência, o que expressa a posição: 1º, 2º. Número Cardinal. O que descreve a quantidade dos elementos de um conjunto. Etimologia (origem da palavra número). Do latim numerus.i.
Fonte: Priberam
O
Dicionário Comum
substantivo masculinoDécima quinta letra que compõe o alfabeto português e sua quarta vogal. apositivoQue, numa série, está após o elemento designado pela letra "n": fileira O. Gramática Como artigo, refere-se aos nomes masculinos, acompanhando-os: o carro; o caderno. Gramática Restringe a referência de um substantivo ao ser, ou coisa, percebido no contexto, situação ou texto: o juiz começará o julgamento. pronome demonstrativoFaz com que qualquer palavra ou expressão se torne um substantivo: o nascer do dia. Gramática Usa-se como sinônimo de: isso, aquilo, quando se referir a um substantivo não determinado: falou o que não devia e foi embora. pronome pessoalDe mesmo sentido que "a ele": insultou-o, mas pediu desculpas. [Símbolo] Representação do Oxigênio (elemento químico), simbolizado por O. Forma abreviada de Oeste (ponto cardeal situado no lado em que o sol se põe), simbolizado por O. Etimologia (origem da palavra o). Do pronome arcaico, lo; pelo latim illu.m.
Fonte: Priberam
Obras
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Obras A obra fundamental de Jesus é sua morte na cruz em favor dos homens (Jo 17:4) e através da qual o Pai se revela (Jo 14:9ss.). Jesus deixa bem claro quais são as boas obras e quais não são (Jo 3:19-21). A obra de Deus — que exige de cada pessoa para sua salvação — é que creia em Jesus (Jo 6:29. Comp.com Jo 12:36ss.; 3,16-17; 5,24 etc.).
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário da FEB
As obras que construímos na Terra são raízes profundas de nossa alma, retendo nosso coração no serviço. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
6.
Expulsar os excrementos pelo ânus.
=
DEFECAR, EVACUAR
o·bra (latim opera, -ae, trabalho manual)
nome feminino
1.
Produto de um agente.
2.
Produção intelectual.
3.
Manifestação dos sentimentos.
4.
Edifício em construção.
5.
Compostura, conserto.
6.
Qualquer trabalho.
7.
[Informal]
Tarefa ou empresa difícil e custosa (ex.: acabar isto foi obra!).
8.
[Popular]
Tramóia; malícia.
obra de Cerca de (ex.: o caminho até lá é obra de 7 quilómetros).
=
APROXIMADAMENTE, QUASE
obra de arte Artefacto, objecto ou construção que é considerado com valor estético ou artístico.
[Pouco usado]
Designação dada a pontes, aquedutos, viadutos, túneis ou qualquer outro tipo de estrutura necessária à construção de estradas.
obra de fancaria Trabalho pouco esmerado, feito à pressa, tendo-se apenas em vista o lucro.
obras mortas
[Náutica]
Parte de uma embarcação que não se encontra submersa, acima da linha de água.
obras vivas
[Náutica]
Parte de uma embarcação que se encontra submersa, entre o lume de água e a quilha.
Fonte: Priberam
Ouro
Dicionário Bíblico
o uso do ouro era comum entre os hebreus. Várias partes do templo, dos ornatos, e dos utensílios eram cobertos deste precioso metal (Êx 36:34-38 – 1 Rs 7.48 a 50) – e muitos vasos dos ricos, bem como os seus ornamentos pessoais e insígnias dos seus cargos, eram de ouro. ofir (Jó 28:16), Parvaim (2 Cr 3.6), Seba e Ramá (Ez 27:22-23), são mencionados como lugares que produziam ouro. Era abundante nos tempos antigos (1 Cr 22.14 – 2 Cr 1.15 – 9.9 – Dn 3:1 – Na 2.9), mas não era empregado na fabricação de moeda, nem usado como padrão de valor.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
substantivo masculino[Química] Elemento químico, metálico e de muito valor, com número atômico 79; representado por Au. Esse metal precioso, brilhante e de cor amarela: moeda de ouro. Figurado Demonstração de riqueza: aquela família é puro ouro! Figurado Cor amarela e brilhante: rio que reluz a ouro. substantivo masculino pluralUm dos naipes do baralho, com forma de losango e cor vermelha. expressãoCoração de ouro. Coração generoso. Nadar em ouro. Ser muito rico, viver na opulência. Ouro de lei. Ouro cujos quilates são determinados por lei. Ouro fino. Ouro sem liga. Ouro branco. Liga de ouro, paládio e cobre; no Brasil, o algodão, considerado como fonte de riqueza. Ouro vermelho. Liga de ouro e cobre. Pagar a peso de ouro. Pagar muito caro. Figurado Mina de ouro. Fonte de riquezas, de grandes benefícios, de negócios consideráveis e seguros. Valor ouro. Valor de um objeto expresso numa unidade monetária conversível em ouro. Nem tudo que reluz é ouro (provérbio). As exterioridades, as riquezas aparentes nem sempre correspondem à realidade. Etimologia (origem da palavra ouro). Do latim aurum.i.
Fonte: Priberam
Dicionário Etimológico
Do latim "aurum", ouro, radicado em "aur", palavra pré-romana que já designava o metal precioso. O gramático latino Sextus Pompeius Festus, que viveu no século I, já registra a forma popular "orum", praticada pelos funcionários do Império Romano em suas províncias, inclusive em Portugal e na Espanha. Isso explica que em português seja "ouro", em espanhol "oro", em francês "or", em italiano "oro". Apenas o latim clássico conservou a inicial "a". Todas as línguas-filhas apoiaram-se no latim coloquial.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Ouro Metal precioso que Israel conhecia desde a Antigüidade. Mateus incluiu-o entre os presentes ofertados ao Menino pelos magos (Mt 2:11). Jesus ordena a seus discípulos que não o levem consigo (Mt 10:9) e censura os que o sobrepõem — por seu valor material — às coisas espirituais, pois só estas podem acompanhá-los (Mt 23:16ss.).
Autor: César Vidal Manzanares
Peito
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Peito Essa parte do corpo humano estava relacionada com alguns aspectos mais íntimos da pessoa. Bater no peito era sinal de arrependimento (Lc 18:13; 23,48) ou de lamentação (Mt 11:17; 24,30; Lc 8:52; 23,27). Reclinar-se sobre o peito de um amigo denotava grande afeto e confiança (Jo 13:25; 21,20).
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Comum
substantivo masculinoParte do tronco, entre o pescoço e o abdome, que contém os pulmões e o coração. Seio da mulher. Pulmões: doença do peito. Parte que contém as costelas com a carne que as envolve: peito de peru. Figurado Ânimo, valor, coragem. Tomar a peito, empenhar-se. Do peito, do íntimo da alma. A peito, com decisão. Bater nos peitos, arrepender-se.
Fonte: Priberam
Poder
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Poder Nos evangelhos, encontra-se a afirmativa de que este mundo é campo de batalha entre dois poderes, não humanos, mas espirituais: o de Deus e o de Satanás e seus demônios. Ante essa realidade espiritual, as demais análises são superficiais e fora de foco. Jesus manifesta o poder de Deus nos milagres (Mt 12:22-30; Lc 19:37). É um poder que reside nele e dele sai (Mc 5:30; Lc 4:14), que vence o mal (Mc 3:26ss.; Lc 10:19) e que ele confia a seus discípulos (Mc 16:17).
Quanto ao poder político, os evangelhos consideram-no controlado pelo diabo — que o ofereceu a Jesus (Lc 4:5-8) — e afirmam que esse poder é incompatível com a missão de Jesus. Este o repudiou (Jo 6:15) e claramente declarou que seu Reino não era deste mundo (Jo 18:36-37). Os discípulos não devem copiar os padrões de conduta habituais na atividade política e sim tomar como exemplo a conduta de Jesus como Servo de YHVH (Lc 22:24-30).
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário da FEB
O poder, na vida, constitui o progresso. O poder é um atributo da sabedoria; a sabedoria a resultante da experiência; a experiência o impulsor de aperfeiçoamento; o aperfeiçoamento o dinamismo do progresso. Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 3, cap• 15
6) Espírito mau (1Co 15:24), RA). V. POTESTADE e PRINCIPADO.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário Comum
verbo transitivo direto e intransitivoPossuir a capacidade ou a oportunidade de: podemos fazer o trabalho; mais pode o tempo que a pressa. verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivoTer habilidade (física, moral ou intelectual) de; exercer influência sobre: ele pode nadar muitos quilômetros; o diretor pensa que pode. verbo transitivo direto Ser autorizado para; ter permissão para: os adolescentes não podem beber. Possuir o necessário para: eles podiam trabalhar. Estar sujeito a: naquele temporal, o atleta pode se machucar. Ter possibilidade (s): para alcançar (alguma coisa); conseguir: com a queda do adversário, o oponente pôde ganhar. Demonstrar calma e paciência para: ele está sempre agitado, não se pode acalmar nunca? Possuir excesso de vigor para: eles puderam vencer os obstáculos. Estar autorizado moralmente para; ter um pretexto ou justificação para: tendo em conta seu excesso de conhecimento, podia conseguir o emprego. Possuir características necessárias para aguentar (alguma coisa): nunca pôde ver acidentes. Possuir a chance ou a vontade de: não puderam entrevistar o presidente. Demonstrar controle acerca de: o professor não pode com os alunos desobedientes. substantivo masculinoAutorização ou capacidade de resolver; autoridade. Ação de governar um país, uma nação, uma sociedade etc.: poder déspota. Esse tipo de poder caracterizado por seus efeitos: poder presidencial. Capacidade de realizar certas coisas; faculdade: nunca teve o poder de fazer amigos. Superioridade absoluta utilizada com o propósito de chefiar, governar ou administrar, através do uso de influência ou de obediência. Ação de possuir (alguma coisa); posse. Atributo ou habilidade de que alguma coisa consiga realizar certo resultado; eficácia: o poder nutritivo do espinafre é excelente. Característica ou particularidade da pessoa que se demonstra capaz de; perícia: o palestrante tinha o poder de encantar o público. Excesso de alguma coisa; abundância: um poder de tiros que se alastrou pelo bairro. Força, energia, vitalidade e potência. Etimologia (origem da palavra poder). Do latim possum.potes.potùi.posse/potēre.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
verbo transitivo direto e intransitivoPossuir a capacidade ou a oportunidade de: podemos fazer o trabalho; mais pode o tempo que a pressa. verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivoTer habilidade (física, moral ou intelectual) de; exercer influência sobre: ele pode nadar muitos quilômetros; o diretor pensa que pode. verbo transitivo direto Ser autorizado para; ter permissão para: os adolescentes não podem beber. Possuir o necessário para: eles podiam trabalhar. Estar sujeito a: naquele temporal, o atleta pode se machucar. Ter possibilidade (s): para alcançar (alguma coisa); conseguir: com a queda do adversário, o oponente pôde ganhar. Demonstrar calma e paciência para: ele está sempre agitado, não se pode acalmar nunca? Possuir excesso de vigor para: eles puderam vencer os obstáculos. Estar autorizado moralmente para; ter um pretexto ou justificação para: tendo em conta seu excesso de conhecimento, podia conseguir o emprego. Possuir características necessárias para aguentar (alguma coisa): nunca pôde ver acidentes. Possuir a chance ou a vontade de: não puderam entrevistar o presidente. Demonstrar controle acerca de: o professor não pode com os alunos desobedientes. substantivo masculinoAutorização ou capacidade de resolver; autoridade. Ação de governar um país, uma nação, uma sociedade etc.: poder déspota. Esse tipo de poder caracterizado por seus efeitos: poder presidencial. Capacidade de realizar certas coisas; faculdade: nunca teve o poder de fazer amigos. Superioridade absoluta utilizada com o propósito de chefiar, governar ou administrar, através do uso de influência ou de obediência. Ação de possuir (alguma coisa); posse. Atributo ou habilidade de que alguma coisa consiga realizar certo resultado; eficácia: o poder nutritivo do espinafre é excelente. Característica ou particularidade da pessoa que se demonstra capaz de; perícia: o palestrante tinha o poder de encantar o público. Excesso de alguma coisa; abundância: um poder de tiros que se alastrou pelo bairro. Força, energia, vitalidade e potência. Etimologia (origem da palavra poder). Do latim possum.potes.potùi.posse/potēre.
Fonte: Priberam
Poderoso
Dicionário Bíblico
hebraico: Shadai, forte
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
adjetivoQue tem muito poder, grande influência. Que possui poder, força e influência; influente. Que pode dispor de grandes recursos. Que, numa sociedade, ocupa uma boa posição; bem colocado. Que ocasiona um efeito intenso, marcante; energético. Que faz com que alguém mude de opinião, de intenção: argumento poderoso. substantivo masculinoIndivíduo que tem poder, que exerce sua influência econômica, social; quem é muito rico ou ocupa uma posição social de destaque. Etimologia (origem da palavra poderoso). Poder + oso.
2.
[Por extensão]
Grande desgraça pública.
=
CALAMIDADE
3.
Pessoa ou coisa importuna.
4.
Grande abundância de objectos importunos, desagradáveis ou nocivos.
rogar pragas Desejar o mal de alguém; lançar maldição.
=
PRAGUEJAR
tantos como pragas Muitíssimos (diz-se geralmente do que é prejudicial).
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Em latim, “chagas”. Calamidades que de modo intenso e difundido afligem uma região ou um conjunto de homens. Na Bíblia são famosas as Pragas do Egito narradas no livro do Êxodo como castigos com os quais Deus abrandou o coração do faraó para qe permitisse aos israelitas a saída do Egito (cf. Êx 7:12). Os especialistas vêem esta sequência de calamidades relacionada com fenômenos não desconhecidos na região, mas que vieram com uma intensidade e sequência tal, que foram claramente vistos como força e sinal de Deus em favor de seu povo.
Fonte: Dicionário Adventista
Puro
Dicionário Comum
adjetivoSem mistura, alteração ou modificação: vinho puro. Figurado Sem mácula; incorrupto: consciência pura. Que são se corrompeu pelo pecado, pelo mal; imaculado: alma pura. Que expressa honestidade, sinceridade; sincero: amizade pura. Que se apresenta de modo claro, transparente: dia puro. Desprovido de expressões estranhas; correto: estilo puro. Que nunca teve uma relação sexual, não fala sobre sexo ou se mantém virgem; casto: religioso puro. Sem culpa; livre: puro de qualquer crime. Que se apresenta incontestável, completo; absoluto: pura verdade. [Química] Corpo puro. Corpo de composição química invariável. Etimologia (origem da palavra puro). Do latim purus.a.um.
numeral cardinalTrês mais um. numeral ordinalO quarto de uma série: casa 4. substantivo masculinoAlgarismo que exprime o número 4. Ficar de quatro, apoiar-se nos pés e nas mãos ao mesmo tempo. Executar a quatro mãos, tocarem ao mesmo tempo duas pessoas (ao piano, p. ex.). O diabo a quatro, confusão, balbúrdia. De quatro costados, inteiramente, totalmente.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
numeral cardinalTrês mais um. numeral ordinalO quarto de uma série: casa 4. substantivo masculinoAlgarismo que exprime o número 4. Ficar de quatro, apoiar-se nos pés e nas mãos ao mesmo tempo. Executar a quatro mãos, tocarem ao mesmo tempo duas pessoas (ao piano, p. ex.). O diabo a quatro, confusão, balbúrdia. De quatro costados, inteiramente, totalmente.
Fonte: Priberam
Rei
Dicionário Comum
substantivo masculinoMonarca; aquele que detém o poder soberano num reino. Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa. Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete. Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira. Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez. Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas. substantivo masculino pluralReis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos. Gramática Feminino: rainha. Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
l. o título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl 10:16 – 47.7 – 1 Tm 1.17). 2. Este título foi aplicado a Jesus Cristo, como rei dos judeus (Mt 27:11-37, e refs.). 3. No A.T. o título de rei emprega-se em um sentido muito lato, não só falando dos grandes potentados da terra, como os Faraós do Egito (Gn 41:46) e o rei da Pérsia (Ed 1:1), mas tratando-se também de pequenos monarcas, como o rei de Jericó (Js 2:2 – cp com Jz 1:7). 4. Também se usa o título: a respeito do povo de Deus (Ap 1:6) – e da morte, como quando se diz ‘rei dos terrores’ (Jó 18:14) – e do ‘crocodilo’, como na frase ‘é rei sobre todos os animais orgulhosos’ (Jó 41:34). 5. Na história dos hebreus sucedeu o governo dos reis ao dos juizes. A monarquia, existente nos povos circunvizinhos, foi uma concessão de Deus (1 Sm 8.7 – 12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo. Esse desejo, que já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8:22-23), e na escolha de Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9:6), equivalia à rejeição da teocracia (1 Sm 8.7), visto como o Senhor era o verdadeiro rei da nação (1 Sm 8.7 – is 33:22). A própria terra era conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25:23). Todavia, não foi retirado o cuidado de Deus sobre o seu povo (1 Sm 12.22 – 1 Rs 6.13). A monarquia assim constituída era hereditária, embora a sucessão não fosse necessariamente pela linha dos primogênitos, pois Davi nomeou Salomão como seu sucessor de preferência a Adonias, que era o seu filho mais velho nessa ocasião. A pessoa do rei era inviolável (1 Sm 24.5 a 8 – 2 Sm 1.14). Quando a coroa era colocada na cabeça do monarca, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2 Sm 5.3 – 1 Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar obediência – e confirmavam a sua palavra com o beijo de homenagem (1 Sm 10.1). os rendimentos reais provinham dos campos de trigo, das vinhas, e dos olivais (1 Sm 8.14 – 1 Cr 27.26 a 28), e do produto dos rebanhos (1 Sm 21.7 – 2 Sm 13.23 – 1 Cr 27.29 a 31 – 2 Cr 26.10), pertencendo aos reis a décima parte nominal do que produziam os campos de trigo, as vinhas, e os rebanhos (1 Sm 8.15 e 1l). A renda do rei também se constituía do tributo que pagavam os negociantes que atravessavam o território hebraico (1 Rs 10,15) – dos presentes oferecidos pelos súditos (1 Sm 10:27 – 16.20 – 1 Rs 10.25 – Sl 72:10) – e dos despojos da guerra e as contribuições das nações conquistadas (2 Sm 8.2,7,8,10 – 1 Rs 4.21 – 2 Cr 27.5). Além disso, tinha o rei o poder de exigir o trabalho forçado, o que era para ele causa de aumentarem os seus bens. Devia, também, Salomão ter auferido lucros das suas empresas comerciais pelo mar (1 Rs 1020 – Davi, rei em Hebrom (2 Sm 2.1 a 4). 22.17,18 – 2 Sm 1.15).
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
substantivo masculinoMonarca; aquele que detém o poder soberano num reino. Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa. Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete. Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira. Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez. Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas. substantivo masculino pluralReis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos. Gramática Feminino: rainha. Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.
Fonte: Priberam
Dicionário da Bíblia de Almeida
Rei 1) Governador de um IMPÉRIO 1, (At 1:2), de um país (1Sm 8:5; Mt 2:1) ou de uma cidade-estado (Gn 14:2). Ocorrendo a morte do rei, um descendente seu o sucede no trono (1Rs 2:11-12).
resplandecenteadj. .M e f. Que resplandece; resplendente, resplendoroso.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
adjetivoQue ou aquilo que resplandece; que brilha ou reluz; luzente, brilhante: pôr do sol resplandecente. Figurado Que demonstra ou apresenta luz: comportamento resplandecente. Etimologia (origem da palavra resplandecente). Resplandecer + nte.
Fonte: Priberam
Reí
Quem é quem na Bíblia?
(Heb. “amigável”). Um dos homens que, junto com o sacerdote Zadoque e o profeta Natã, entre outros, permaneceram fiéis ao desejo de Davi de colocar seu filho Salomão no trono, como seu sucessor (1Rs 1:8). Outro filho do rei, Adonias, tentou usurpar o reino; Salomão, entretanto, seguiu cuidadosamente os conselhos de Natã e de Zadoque e garantiu seu direito à sucessão. Para mais detalhes, veja Natã.
1.
Livre de perigo, de risco, de doença, de incómodo, etc.
2.
Que obteve a bem-aventurança.
3.
Que não sofreu dano.
preposição
4.
À excepção de, excepto, afora, senão, salvante.
a salvo Em lugar seguro, sem risco.
salvo seja Locução com que se indica que não se deseja que o mal de que se está falando ataque a quem fala ou a quem ouve.
Confrontar: calvo.
sal·va
nome feminino
1.
Descarga de tiros de armas de fogo em sinal de regozijo ou em honra de alguém.
2.
FiguradoGrande número de palavras ou de sons uns a seguir aos outros.
=
ENFIADA, ROSÁRIO, SÉRIE
3.
Aplauso manifestado com as mãos.
4.
Espécie de bandeja redonda ou ovalada.
5.
Ressalva; escusa; condição.
6.
BotânicaNome de várias plantas lamiáceas.
7.
AntigoSalve-rainha.
Confrontar: calva.
Fonte: Priberam
Santo
Dicionário da FEB
[...] bons Espíritos [...] são seus mensageiros e os executores de sua vontade [de Deus]. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A prece
O mais santo [é] [...] aquele que descer da própria grandeza, estendendo mãos fraternas aos miseráveis e sofredores, elevando-lhes a alma dilacerada aos planos da alegria e do entendimento. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Jesus no lar• Pelo Espírito Neio Lúcio• Prefácio de Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 24
Santo – atributo dirigido a determinadas pessoas que aparentemente atenderam, na Terra, à execução do próprio dever. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 8
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Comum
adjetivoQue se refere à divindade; considerado sagrado. Relacionado com religião, com ritos sagrados. Que recebeu canonização, passando a ser cultuado pelos fiéis. Que vive de acordo com as leis de Deus e da Igreja. Por Extensão Que é puro em sua essência; perfeito: santo casamento. Por Extensão Que demonstra inocência; simples: esse aí é um santo! Por Extensão Cuja conduta serve de exemplo e modelo. Por Extensão Que não se consegue violar nem corromper: preceito santo. Por Extensão Que faz bem; que tem utilidade; eficaz: santo motorista. Religião Diz-se dos dias que antecedem do domingo de Páscoa, em que a igreja não permite o trabalho, sendo consagrados ao culto religioso. substantivo masculinoA imagem da pessoa que foi alvo dessa canonização. Quem recebeu canonização e é cultuado pelos fiéis. Aquele que vive de acordo com as regras de Deus e da Igreja. Pessoa cuja conduta e/ou comportamento servem como exemplo ou modelo. Por Extensão Indivíduo que se mostra inocente; ingênuo. Religião Designação atribuída aos orixás, entidades, em cultos afro-brasileiros. Etimologia (origem da palavra santo). Do latim sanctus.a.um.
2) Título de Deus que ressalta a sua SANTIDADE 1, (Hc 1:12; Is 5:24, Santo de Israel).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Santo No Antigo Testamento, considerava-se santo todo aquele que era consagrado ao Senhor (a terra, o sábado, os sacrifícios etc.) e — muito especialmente — Deus é Santo exatamente para contrapor-se a tudo que é pecaminoso (Is 6). O povo de Israel tinha a especial obrigação de ser santo, isto é, consagrado a Deus (Dt 7:6; 14,2; 26,19 etc.). Nos evangelhos, recebem esse atributo os anjos (Mc 8:38), os profetas (Lc 1:70), o Templo (Mt 24:15) e, por antonomásia, Jesus (Mc 1:24; Lc 1:35; Jo 6:69). A chamada para ser santo só pode ser ouvida a partir da perspectiva que Jesus oferece, pois é ele que santifica os homens (Jo 17:17-19).
C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Diccionario de las tres...
Autor: César Vidal Manzanares
Santos
Dicionário Bíblico
Esta palavra no A.T. representadas palavras hebraicas, significando uma delas (1). piedoso (Sl 30:4, e freqüentes vezes nos Salmos, e também em 1 Sm 2.9 – 2 Cr 6.41 – Pv 2:8) – e a outra (2). separado, aplicando-se o termo aos anjos (Sl 89:5-7), e aos homens (Dt 33:3 – cp.com o vers. 2 – Sl 16:3 – 34.9 – Dn 7:18, etc.). É esta última palavra, no seu equivalente grego, que no N.T. é adotada com uma designação característica da comunidade cristã (At 9:13 – Rm 1:7 – 1 Co 1.2 – 2 Co 1.1, etc.). E assim, por aquela expressão se indica, em primeiro lugar, a chamada e estado do crente cristão – e, em segundo lugar, as qualidades próprias do crente, as quais derivam de tão alto privilégio. A Escritura não autoriza, de nenhum modo, a limitação da palavra a pessoas de especial santidade. (*veja Santificação.)
2.
Que vive segundo a lei de Deus ou segundo preceitos religiosos.
3.
Dedicado a Deus.
4.
Bem-aventurado, sagrado.
5.
Que deve ser cumprido ou respeitado.
=
SAGRADO
6.
ReligiãoDestinado ao culto ou a uma celebração religiosa, correspondo por vezes a um feriado (ex.: dia santo).
=
SANTIFICADO
7.
ReligiãoQue precede o domingo de Páscoa (ex.: quinta-feira santa, sábado santo).
8.
Que inspira ou deve inspirar grande respeito ou veneração.
9.
ReligiãoUsa-se antes do nome masculino de um santo começado por vogal (ex.: Santo António) ou antes de um nome feminino de uma santa (ex.: Santa Teresa). [Confrontar: são]
10.
Essencialmente puro; perfeito em tudo.
11.
Inocente; imaculado; inviolável.
12.
Eficaz; que cura.
adjectivo e nome masculino
adjetivo e nome masculino
13.
Que ou quem foi canonizado e santificado por uma igreja.
14.
Que ou quem morreu em estado de santidade.
15.
Que ou quem tem uma extraordinária bondade, tem qualidades superiores ou tem um comportamento irrepreensível.
nome masculino
16.
Imagem ou representação de uma pessoa canonizada (ex.: comprou mais dois santos no antiquário).
não haver santo que valha Não haver solução (ex.: com esta maré de azar, não há santo que nos valha).
santo de casa não faz milagre O mesmo que santos da casa não fazem milagres
santo de pau carunchoso O mesmo que santo de pau oco.
santo de pau oco Estátua de madeira de um santo, oca por dentro.
[Informal]
Pessoa que finge ou parece ser o que não é.
=
FINGIDO, SONSO
santos da casa não fazem milagres Expressão que se usa para indicar que é mais fácil contar com a ajuda de estranhos do que com a daqueles que nos são mais próximos.
2.
Que vive segundo a lei de Deus ou segundo preceitos religiosos.
3.
Dedicado a Deus.
4.
Bem-aventurado, sagrado.
5.
Que deve ser cumprido ou respeitado.
=
SAGRADO
6.
ReligiãoDestinado ao culto ou a uma celebração religiosa, correspondo por vezes a um feriado (ex.: dia santo).
=
SANTIFICADO
7.
ReligiãoQue precede o domingo de Páscoa (ex.: quinta-feira santa, sábado santo).
8.
Que inspira ou deve inspirar grande respeito ou veneração.
9.
ReligiãoUsa-se antes do nome masculino de um santo começado por vogal (ex.: Santo António) ou antes de um nome feminino de uma santa (ex.: Santa Teresa). [Confrontar: são]
10.
Essencialmente puro; perfeito em tudo.
11.
Inocente; imaculado; inviolável.
12.
Eficaz; que cura.
adjectivo e nome masculino
adjetivo e nome masculino
13.
Que ou quem foi canonizado e santificado por uma igreja.
14.
Que ou quem morreu em estado de santidade.
15.
Que ou quem tem uma extraordinária bondade, tem qualidades superiores ou tem um comportamento irrepreensível.
nome masculino
16.
Imagem ou representação de uma pessoa canonizada (ex.: comprou mais dois santos no antiquário).
não haver santo que valha Não haver solução (ex.: com esta maré de azar, não há santo que nos valha).
santo de casa não faz milagre O mesmo que santos da casa não fazem milagres
santo de pau carunchoso O mesmo que santo de pau oco.
santo de pau oco Estátua de madeira de um santo, oca por dentro.
[Informal]
Pessoa que finge ou parece ser o que não é.
=
FINGIDO, SONSO
santos da casa não fazem milagres Expressão que se usa para indicar que é mais fácil contar com a ajuda de estranhos do que com a daqueles que nos são mais próximos.
Fonte: Priberam
Sempre
Dicionário Comum
advérbioEm todo tempo; a toda hora; perpetuamente ou eternamente: espero que nosso casamento seja sempre assim. De um modo contínuo; em que há continuidade; constantemente ou continuamente: está sempre irritado. Em que há ou demonstra hábito; que se desenvolve ou ocorre de maneira habitual; geralmente: almoça sempre no trabalho. De um modo invariável; de qualquer modo; invariavelmente: com alunos ou não, o professor vem sempre à escola. Em que há finalidade; por fim; enfim: fez uma crítica construtiva, isso sempre ajuda. Na realidade; de maneira verdadeira; realmente: é um absurdo o que você fez! Sempre é um patife! conjunçãoQue expressa adversão; no entanto ou todavia: machuca-me o seu comportamento, sempre te escuto. substantivo masculinoTudo que se refere ao tempo (passado ou futuro). Etimologia (origem da palavra sempre). Do latim semper.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
sempre adv. 1. A toda a hora, a todo o momento, em todo o tempo. 2. Constantemente, continuamente, sem cessar. 3. Afinal, enfi.M 4. Com efeito, efetivamente. Conj. Contudo, entretanto, no entanto, todavia. S. .M Todo o tempo (o passado, o presente, o futuro).
Fonte: Priberam
Senhor
Dicionário Bíblico
o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29 – At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da FEB
[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações. Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho
Fonte: febnet.org.br
Dicionário da Bíblia de Almeida
Senhor 1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.
2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.
Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).
Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.
W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Comum
substantivo masculinoProprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto. História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal. Pessoa nobre, de alta consideração. Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você. Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas. Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si. Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui. Pessoa distinta: senhor da sociedade. Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas. Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos. Antigo O marido em relação à esposa. adjetivoSugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel! Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.
Fonte: Priberam
Servo
Dicionário Comum
substantivo masculinoQuem não é livre; privado de sua liberdade. Quem age com obediência ou servindo alguém: servo de Deus. História Numa sociedade feudal, quem pertencia a um senhor sem ser escravo. Quem oferece ou realiza serviços; criado. Quem se submete ao poder de um senhor por pressão ou violência. adjetivoQue não é livre; cuja liberdade foi retirada. Que está sujeito aos poderes de um senhor; escravo. Que realiza ou oferece serviços; serviçal. Etimologia (origem da palavra servo). Do latim servus.i.
3) Pessoa que presta culto e obedece a Deus (Dn 3:26; Gl 1:10) ou a Jesus Cristo (Gl 1:10). No NT Jesus Cristo é chamado de “o Servo”, por sua vida de perfeita obediência ao Pai, em benefício da humanidade (Mt 12:18; RA: At 3:13; 4.27).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário Bíblico
Por esta palavra se traduzem duas palavras hebraicas, que ocorrem freqüentemente no A.T., e que significam rapaz, pessoa de serviço, ou um escravo. A palavra é, algumas vezes, empregada a respeito de pessoas humildes (Gn 32:18-20), e também com relação a altos oficiais da corte (Gn 40:20 – 2 Sm 10.2,4). Uma terceira palavra implica aquele que está às ordens de alguém para o ajudar (Êx 33:11). Mas, pela maior parte das vezes, no A.T., trata-se de um escravo. De igual modo, no N.T., a palavra ‘servo’ aparece como tradução das indicadas palavras hebraicas, significando criada da casa (como em Lc 16:13), ou um rapaz (como em Mt 8:6), ou ainda um agente (como em Mt 26:58) – mas na maioria dos casos o termo refere-se a um escravo (Mt 8:9, etc.). Esta palavra aplicavam-na os apóstolos a si mesmos, como sendo os servos de Deus (At 4:29 – Tt 1:1 – Tg 1:1) e de Jesus Cristo (Rm 1:1 – Fp 1:1 – Jd 1). (*veja Escravidão.)
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
substantivo masculinoQuem não é livre; privado de sua liberdade. Quem age com obediência ou servindo alguém: servo de Deus. História Numa sociedade feudal, quem pertencia a um senhor sem ser escravo. Quem oferece ou realiza serviços; criado. Quem se submete ao poder de um senhor por pressão ou violência. adjetivoQue não é livre; cuja liberdade foi retirada. Que está sujeito aos poderes de um senhor; escravo. Que realiza ou oferece serviços; serviçal. Etimologia (origem da palavra servo). Do latim servus.i.
Fonte: Priberam
Sete
Dicionário Comum
numeralNúmero que vem imediatamente após o seis, na sequência natural dos números inteiros: os sete dias da semana. substantivo masculinoAlgarismo que representa o número sete: 77 escreve-se com dois setes. A carta do baralho marcada com esse número. [Brasil] Pop. Pintar o sete, exceder-se, fazer diabruras, divertir-se à vontade; O mesmo que pintar a manta, pintar a saracura e pintar. locução adverbialA sete chaves, muito seguramente, de modo inviolável, muito bem (guardado, escondido, fechado): guarde o segredo a sete chaves.
Fonte: Priberam
Quem é quem na Bíblia?
Terceiro filho de Adão e Eva, quando Adão tinha 130 anos de idade. Nasceu depois que Caim matou Abel. Gênesis 4:25 diz que Eva deu-lhe esse nome porque “Deus me deu outro descendente em lugar de Abel, que Caim matou”. O vocábulo hebraico talvez derive do verbo “conceder” ou “apontar”. Devido ao pecado de Caim e à morte de Abel, a linhagem oficial de Adão e Eva foi estabelecida por meio de Sete, gerado à semelhança e conforme a imagem de Adão (Gn 5:3-8).
Sete teve um filho chamado Enos (Gn 4:26-1Cr 1: 1) e foi nessa época “que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”. Esse fato provavelmente é citado para enfatizar que foi por meio de Sete que a linhagem piedosa teve continuidade. Essa tornou-se a linhagem messiânica através de Noé, Abraão, Davi e finalmente Jesus (Lc 3:38). P.D.G.
Autor: Paul Gardner
Dicionário Bíblico
o uso do número sete sugere-nos considerações particulares a seu respeito. Pela primeira vez aparece na narrativa da criação (Gn 2:1-3), e acha-se na lei com relação às festas (Êx 2. 15 – Lv 25. 8 – Dt 16. 9), e à consagração de sacerdotes e altares (Êx 29:30-35,37), ao estado da pessoa imunda (Lv 12:2), ao espargimento de sangue (Lv 4:6), e de azeite (Lv 14:16). Com respeito a pessoas em número de sete notam-se: filhos (Rt 4:15 – 1 Sm 2.5 – Jr 15:9 – At 19:14), conselheiros (Ed 7:14 – Et 1:10-14) – donzelas (Et 2:9) – homens de sabedoria (Pv 26:16), homens necessitados (Ec 11:2), mulheres (Ap 8:2), espíritos (Ap 1:4), demônios (Mc 16:9). Coisas em sete: animais (Gn 7:2), vacas e espigas de trigo (Gn 41:2-7), altares (Nm 23:1) colunas (Pv 9:1), correntes de água (is 11:15), varas e tranças (Jz 16:7-13), olhos (Zc 3:9), estrelas (Am 5:8), selos (Ap 5:1) etc. Sete vezes, em algumas passagens, é a inclinação (Gn 33:3), o castigo (Lv 26:18-21), o louvor a Deus (Sl 119:164), o pagamento (Pv 6:31), o perdão (Mt 18:22). Fazia-se, também, uso do número sete como número redondo (Jó 5:19, etc.), e como sete vezes mais, no sentido de inteiramente (Gn 4:15).
Sete 1. Número que simboliza uma totalidade (Mt 18:21ss.; Mc 8:5.20). 2. O número de frases pronunciadas por Jesus na cruz, as quais são convencionalmente conhecidas como “Sete Palavras” (Mt 27:46 e par.; Lc 23:34; 23,43; 23,46; Jo 19:26-27; 19,28; 19,30).
Sinal Milagre que mostra o poder de Deus (Ex 4:30); (1Co 1:22).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário Comum
substantivo masculinoExpressão, gesto ou qualquer outra manifestação, feita com o intuito de avisar, advertir, mostrar ou conjecturar alguma coisa: sinal com a mão; sinal de trânsito; sinal de chuva. Movimento de quem quer comunicar alguma coisa; aceno: fiz sinal, mas ela não me viu. Qualquer indício de; vestígio, prova: não ficou sinal do crime. Vestígio do aparecimento de alguma coisa: sinal da presença de dinossauros. Particularidade física; mancha, cicatriz: tem um sinal na testa. Signo convencionado, usado como meio de comunicação à distância: sinal de fumaça. Marca deixada em razão da presença de algo ou alguém; impressão: isso é sinal de que ele esteve aqui! Firma, rótulo, letreiro, etiqueta feita para avisar ou indicar algo; indicação. Ato de provar, de demonstrar; prova, demonstração: em sinal de agradecimento. Presságio do que está por vir; prenúncio: mau sinal. Anúncio sobre alguma coisa; aviso: deu o sinal na hora certa. Toque de campainha; sineta: não ouvimos o sinal do recreio. [Comércio] Valor pago como garantia de um contrato ou ajuste; penhor, arras: tive deixar um sinal da metade do valor de compra. [Linguística] Associação arbitrária de um significado e um significante. [Linguística] Signos, grafemas de qualquer linguagem: sinais algébricos; sinais ortográficos. [Medicina] Sintoma que indica o aparecimento de alguma doença: sinal de pneumonia. Poste de sinais que indica aos maquinistas ou motoristas se a via está livre ou não; semáforo. [Popular] Corte na orelha do animal, que serve de marca. expressãoAvançar o sinal. Dar partida ao carro antes de o sinal abrir, no sentido figurado: antecipar-se, atrever-se: avançou o sinal comigo e já levou um fora! Dar sinal de si. Tornar manifesta a existência de algo ou de alguém; manifestar-se. Fazer sinal. Exprimir por gestos convencionais. Não dar sinal de vida. Parecer morto; não dar notícia, não aparecer (onde devia estar ou costuma estar). Etimologia (origem da palavra sinal). Do latim signalis.
Fonte: Priberam
São
Dicionário Comum
adjetivoQue se encontra em perfeito estado de saúde; sadio: homem são. Que não está estragado: esta fruta ainda está sã. Que contribui para a saúde; salubre: ar são. Figurado Concorde com a razão; sensato, justo: política sã. Por Extensão Que não está bêbado nem embriagado; sóbrio: folião são. Sem lesão nem ferimento; ileso, incólume: são e salvo. Que age com retidão; justo: julgamento são; ideias sãs. Em que há sinceridade, franqueza; franco: palavras sãs. substantivo masculinoParte sadia, saudável, em perfeito estado de algo ou de alguém. Aquele que está bem de saúde; saudável. Característica da pessoa sã (sensata, justa, sincera, franca). Condição do que está completo, perfeito. expressãoSão e salvo. Que não corre perigo: chegou em casa são e salvo! Etimologia (origem da palavra são). Do latim sanus.a.um. substantivo masculinoForma abreviada usada para se referir a santo: São Benedito! Etimologia (origem da palavra são). Forma sincopada de santo.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
adjetivoQue se encontra em perfeito estado de saúde; sadio: homem são. Que não está estragado: esta fruta ainda está sã. Que contribui para a saúde; salubre: ar são. Figurado Concorde com a razão; sensato, justo: política sã. Por Extensão Que não está bêbado nem embriagado; sóbrio: folião são. Sem lesão nem ferimento; ileso, incólume: são e salvo. Que age com retidão; justo: julgamento são; ideias sãs. Em que há sinceridade, franqueza; franco: palavras sãs. substantivo masculinoParte sadia, saudável, em perfeito estado de algo ou de alguém. Aquele que está bem de saúde; saudável. Característica da pessoa sã (sensata, justa, sincera, franca). Condição do que está completo, perfeito. expressãoSão e salvo. Que não corre perigo: chegou em casa são e salvo! Etimologia (origem da palavra são). Do latim sanus.a.um. substantivo masculinoForma abreviada usada para se referir a santo: São Benedito! Etimologia (origem da palavra são). Forma sincopada de santo.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
sãoadj. 1. Que goza de perfeita saúde, sadio. 2. Completamente curado. 3. Salubre, saudável, sadio. 4. Que não está podre ou estragado. 5. Reto, justo. 6. Impoluto, puro; sem defeitos. 7. Ileso, incólume, salvo. 8. Justo, razoável. 9. Inteiro, intacto, sem quebra ou defeito (objeto). Sup. abs. sint.: saníssimo. Fe.M: sã. S. .M 1. Indivíduo que tem saúde. 2. A parte sã de um organismo.
Fonte: Priberam
Sô
Dicionário Comum
substantivo masculinoSenhor; forma informal utilizada para se dirigir à pessoa que tem certa autoridade, poder ou é proprietária de algo: sô advogado; sô Francisco. Gramática Usado como interlocutório pessoal: anda logo, sô, corre atrás da namorada. Não confundir com: só. Etimologia (origem da palavra sô). Forma Red. de senhor; do latim senior.oris.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Rei egípcio, de descendência etiópica, cujo nome por extenso era Sabaku, pertencendo à vigésima-quinta dinastia. oséias, que desejou livrar-se do jugo da Assíria, procurou para esse fim o auxilio e a aliança de Sô (2 Rs 17.4). A conseqüência desta aliança foi desastrosa, pois oséias foi feito prisioneiro pelos assírios que haviam invadido o reino de israel, tomando Samaria e levando as dez tribos para o cativeiro. Muitos, contudo, pensam que Sô era apenas um vice-rei no Delta. (*veja oséias, israel e Samaria.)
Fonte: Dicionário Adventista
Quem é quem na Bíblia?
Oséias, o último monarca do reino do Norte, tentara escapar da opressão dos assírios, ao recusar-se a pagar os pesados tributos exigidos e ao enviar mensageiros para buscar a ajuda de Sô, faraó do Egito (2Rs 17:4). Essa atitude fez com que Salmaneser, rei da Assíria, mandasse prender Oséias e ordenasse a invasão de Israel. Não se sabe ao certo quem era exatamente esse faraó egípcio. Alguns eruditos sugerem que se tratava de Shabako, que governou o Egito por volta de 716 a.C., mas isso o colocaria numa época muito posterior à dos eventos narrados, desde que Oséias foi rei no período entre 732 a 722 a.C. Sô também é identificado por alguns estudiosos com Osorcom IV, de Tanis (nome da cidade mencionada na Bíblia como Zoã). Essa sugestão é apoiada pela mensagem de Isaías contra o Egito, na qual o profeta destacou que aquela nação não servia para nada e mencionou especificamente “os príncipes de Zoã” (Is 19:11-15). Outras sugestões ainda são apresentadas. P.D.G.
substantivo masculinoSenhor; forma informal utilizada para se dirigir à pessoa que tem certa autoridade, poder ou é proprietária de algo: sô advogado; sô Francisco. Gramática Usado como interlocutório pessoal: anda logo, sô, corre atrás da namorada. Não confundir com: só. Etimologia (origem da palavra sô). Forma Red. de senhor; do latim senior.oris.
Fonte: Priberam
Tabernáculo
Dicionário Comum
substantivo masculinoLiturgia cat. Pequeno armário, situado sobre o altar, e no qual se conservam as hóstias consagradas. Tenda em que os hebreus guardavam a arca da aliança. Figurado Residência, habitação, morada. Mesa de trabalho do ourives. Festa dos tabernáculos, uma das três grandes solenidades hebraicas, celebrada depois da colheita, sob as tendas, em memória do acampamento no deserto, após a saída do Egito.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
l. A construção do tabernáculo, com uma descrição das coisas que encerrava, acha-se narrada em Êxodo, caps. 25,26, 27,36,37,38. o tabernáculo, onde se realizava o culto público, desde que os israelitas andaram pelo deserto até ao reinado de Salomão, era não só o templo de Deus, mas também o palácio do Rei invisível. Era a ‘Sua santa habitação’, o lugar em que Ele encontrava o Seu povo, tendo com os israelitas comunhão – era, pois, o ‘tabernáculo da congregação’, isto é, o templo do encontro de Deus com o homem. Tinha a forma de um retângulo, construído com tábuas de acácia, tendo 18 metros de comprimento, e seis metros de largura. Eram as tábuas guarnecidas de ouro, e unidas por varas do mesmo metal, com a sua base de prata. Havia em volta ricos estofos e bordados custosos de várias cores (Êx 26:1-14). o lado oriental não era formado de tábuas, mas fechado por uma cortina de algodão, suspensa de varões de prata, que eram sustentados por cinco colunas, cobertas de ouro. o interior achava-se dividido em duas partes por um véu ou cortina bordada com figuras de querubins e outros ornamentos (Êx 26:36-37). A parte anterior, por onde se entrava, chamava-se o lugar santo (Hb 9:2) – o fundo do tabernáculo, ocupando um espaço menor, era o Santo dos Santos, isto é, o Lugar Santíssimo. Aqui estava a arca da aliança ou do testemunho, que era um cofre de madeira de acácia, guarnecido de finíssimo ouro por dentro e por fora, com uma tampa de ouro, em cujas extremidades estavam colocados dois áureos querubins, com as asas estendidas. Por cima estava ‘o Glória’, símbolo da presença de Deus: ficava entre eles, e vinha até à cobertura da arca – ‘o propiciatório’. A arca continha as duas tábuas de pedra, o livro da Lei, uma urna com maná, e a vara de Arão (Êx 25:21 – Dt 31:26 – Hb 9:4). Na primeira parte do tabernáculo estava o altar de ouro do incenso (Êx 30:1-10) – (para a exposição de Hb 9:3-4, *veja Altar), um candelabro de ouro maciço com sete braços (Êx 25:31-39), e uma mesa de madeira de acácia, chapeada de ouro, sobre a qual estavam os pães da proposição, e talvez o vinho (Êx 25:23-30). Em volta do tabernáculo havia um espaço de cem côvados de comprimento por cinqüenta de largura, fechado por cortinas de linho fino, que se sustentavam em varões de prata, e iam de uma coluna à outra. Estas colunas eram em número de vinte, com bases de bronze, tendo três metros de altura. A entrada era pelo lado oriental, e estava defendida por uma cortina, em que havia figuras bordadas de jacinto, de púrpura, e de escarlate (Êx 27:9-19). Era neste pátio, sem cobertura, que se realizavam todos os serviços públicos da religião e eram oferecidos os sacrifícios. Perto do centro estava o altar de cobre, com cinco côvados de comprimento por cinco de largura, tendo nos seus quatro cantos umas proeminências chamadas ‘chifres’ (Êx 27:1-8 – Sl 118:27). os vários instrumentos deste altar eram de bronze, sendo de ouro os do altar do incenso (Êx 25:31-40 – 27.3 – 38.3). No átrio, entre o altar de bronze e o tabernáculo, havia uma grande bacia, também de bronze, onde os sacerdotes efetuavam as suas abluções antes dos atos do culto (Êx 30:17-21). Sobre o altar via-se continuamente vivo o lume, que ao principio aparecia miraculosamente, e que depois era conservado pelos sacerdotes (Lv 6:12 – 9.24 – 10.1). É provável que, antes de ser edificado o próprio tabernáculo, fosse usada por Moisés uma tenda menor, para ali ser feita a adoração a Deus, fora do campo, que se chamava ‘a tenda da congregação’ (Êx 33:7). Deve dizer-se que todos os materiais para o tabernáculo podiam ter sido obtidos na península do Sinai, pois era simples a sua construção. Vejam-se os artigos que tratam separadamente das diversas partes do tabernáculo.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da Bíblia de Almeida
Tabernáculo Grande barraca na qual eram realizados os atos de adoração durante o tempo em que os israelitas andaram pelo deserto, depois da sua saída do Egito (Êx 25—27). O tabernáculo continuou a ser usado até que o TEMPLO foi construído, no tempo do rei Salomão.
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FESTA DOS TABERNÁCULOS
Festa dos israelitas para lembrar o tempo em que os seus antepassados haviam morado em barracas na viagem pelo deserto, do Egito à TERRA PROMETIDA (Lv 23:33-36). Começava no dia 15 do mês de ETANIM e durava uma semana (mais ou menos a primeira semana de outubro).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Templo
Dicionário Bíblico
Vamos fazer a descrição de trêstemplos em Jerusalém – o templo de Salomão – o templo reedificado sob a direção de Neemias – e o templo de Herodes. 1. Templo de Salomão. A edificação do templo foi a grande tarefa do reinado de Salomão. A madeira empregada na construção foi trazida do Líbano pelos operários fenícios, que em grande número foram empregados nesta obra, e outras semelhantes. Preparou-se o emadeiramento antes de ser levado até ao mar, sendo depois feita a sua condução em navios até Jope, e deste porto de mar até Jerusalém, numa distância apenas de 64 km, mais ou menos (1 Rs 5.9). Semelhantemente, as grandes pedras eram cortadas, cinzeladas, e cuidadosamente marcadas antes de serem mandadas para Jerusalém. Foram empregados neste trabalho milhares de operários. Havia 160.000 palestinos divididos em duas classes: a primeira compreendia israelitas nativos, dos quais 30:000, ou aproximadamente 1 por 44 da população vigorosa do sexo masculino, foram arregimentados para aquela obra numa ‘leva’. Estes homens trabalhavam em determinados espaços de tempo, funcionando 10.000 durante um mês, depois do que voltavam por dois meses para suas casas. A segunda classe de operários (1 Rs 5.15 – 2 Cr 2.17,18), era constituída por 150.000 homens, dos quais 70:000 eram carregadores, e 80.000 serradores de pedra. os da primeira dasse, sendo hebreus, eram trabalhadores livres, que trabalhavam sob a direção de inteligentes artífices de Hirão, ao passo que os da outra classe, que eram os representantes dos antigos habitantes pagãos da Palestina, eram realmente escravos (1 Rs 9.20,21 – 2 Cr 2.17,18 – 8.7 a 9). Além destes homens foram nomeados 3:300 oficiais (1 Rs 5.16), com 550 ‘chefes’ (1 Rs 9.23), dos quais 250 eram, na verdade, israelitas nativos (2 Cr 8.10). o contrato entre Salomão e Hirão era assim: Salomão devia dar providências para a manutenção e salário dos homens de Hirão, que haviam de receber certa quantidade de trigo batido, cevada, vinho e azeite (2 Cr 2,10) – ao passo que, enquanto os materiais para a edificação fossem requisitados, impunha Hirão, por esse beneficio, uma contribuição anual de 20.000 medidas de trigo, e 20 medidas do melhor azeite do mercado. A Fenícia dependia principalmente da Palestina para seu abastecimento de pão e azeite (Ez 27:17 – At 12:20). o mestre de obras, que o rei Hirão mandou, chamava-se Hirão-Abi, um homem que descendia dos judeus, pela parte da mãe (2 Cr 2.13,14). o templo estava voltado para o oriente – quer isto dizer que os adoradores, entrando pela parte oriental, tinham em frente o Lugar Santíssimo e olhavam para o ocidente – e, com efeito, sendo o véu desviado para o lado, a arca na parte mais funda do Santuário era vista, estando voltada para o oriente. Entrando, pois, pelo lado oriental, o crente achar-se-ia no vestíbulo, que ocupava toda a largura do templo, isto é, cerca de 9 metros, com uma profundidade de 10,5 metros. Propriamente o Santuário tinha 27 metros de comprimento, por 9 de largura, e 13,5 de altura – constava do Santo Lugar e do Santo dos Santos. Estas medições dizem respeito ao interior – se se quiser saber qual seria a área do templo, temos já de considerar para a avaliação as paredes e a cadeia circunjacente de construções laterais. Estas câmaras serviam para armazenagem dos vasos sagrados – também, talvez, de quartos de dormir para uso dos sacerdotes que estavam de serviço no templo. Era a entrada nessas câmaras por uma porta, que estava ao meio do frontispício do sul, de onde também havia uma escada de caracol que ia ter aos compartimentos superiores (1 Rs 6.8). As janelas do próprio templo, que deviam estar acima do telhado das câmaras, eram de grades, não podendo ser abertas (1 Rs 6.4). os objetos mais proeminentes no vestíbulo eram dois grandes pilares, Jaquim e Boaz, que Hirão formou por ordem de Salomão (1 Rs 7.15 a 22). Jaquim (‘ele sustenta’) e Boaz (‘nele há força’), apontavam para Deus, em Quem se devia firmar, como sendo a Força e o Apoio por excelência, não só o Santuário, mas também todos aqueles que ali realmente entravam. o vestíbulo dava para o Santo Lugar por meio de portas de dois batentes. Estas portas eram feitas de madeira de cipreste, sendo os seus gonzos de ouro, postos em umbrais de madeira de oliveira. Tinham a embelezá-las diversas figuras esculpidas de querubins entre palmeiras, e por cima delas botões de flor a abrir e grinaldas. Dentro do Santuário todos os móveis sagrados eram de ouro, sendo os exteriores feitos de cobre. o sobrado, as paredes (incrustadas, se diz, de pedras preciosas), e o teto eram cobertos de ouro. Tudo isto devia luzir com grande brilho à luz dos sagrados candelabros, sendo dez, e de ouro puro, os que estavam no Santo Lugar, cada um deles com sete braços: havia cinco do lado direito e cinco do lado esquerdo, em frente do Santo dos Santos (1 Rs 7.49). A entrada para o Santo dos Santos estava vedada por um véu ‘de estofo azul, púrpura, carmesim e linho fino’, e bordados nele se viam querubins (2 Cr 3.14). Entre os castiçais estava o altar do incenso, feito de madeira de cedro, e coberto de ouro (1 Rs 6.20,22 – 7,48) – e colocados à direita e à esquerda estavam dez mesas de ouro com os pães da proposição (2 Cr 4.8). os instrumentos necessários para o uso desta sagrada mobília eram, também, de ouro puro (1 Rs 7.49,50). Passava-se do Santo Lugar para o Santo dos Santos por portas de dois batentes, feitas de madeira de oliveira. Dentro do Santo dos Santos estava a arca, a mesma que tinha estado no tabernáculo. Salomão mandou pôr do lado setentrional da mesma arca e do lado do sul duas gigantescas figuras de querubim, esculpidas em madeira de oliveira, e revestidas de ouro. Cada um deles tinha a altura de 4,5 metros, e os dois com as suas asas estendidas, cobrindo o propiciatório, tinham a largura de 4,5 metros. Saía-se do vestíbulo para o átrio interior, ou ‘pátio dos sacerdotes’ (1 Rs 6.36 – 2 Cr 4.9). Era este um pavimento, formado de grandes pedras, como também o era o ‘pátio grande’ do povo (2 Cr 4.9). No ‘pátio dos sacerdotes’ estava o altar dos holocaustos (1 Rs 8.64), de bronze, com 4,5 metros de altura, sendo a base de 9 me
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Templo Santuário destinado ao culto divino. No judaísmo, estava situado em Jerusalém. O primeiro foi construído por Salomão, em torno de 950 d.C., e substituiu o tabernáculo portátil e os santuários locais. Levantado sobre o monte do templo, identificado como o monte Moriá, tinha uma superfície de 30x10x15m aproximadamente. Entrava-se por um pórtico ladeado por dois pilares de bronze denominados Jaquin e Booz e, em seu interior, havia um vestíbulo (ulam), uma sala principal (hekal) e o Santíssimo (Debir), ao qual só o Sumo Sacerdote tinha acesso uma vez por ano, no dia de Yom Kippur. Dentro do Templo, destinado às tarefas do culto, estavam o altar para os sacrifícios, a arca e os querubins, a menorah de ouro e a mesa para a exposição do pão.
Os sacerdotes ou kohanim realizavam o culto diário no Hekal, existindo no pátio do Templo exterior uma seção reservada para eles (ezrat cohanim). Nos outros dois pátios havia lugar para os homens (ezrat 1srael) e para as mulheres de Israel (ezrat nashim). Esse Templo foi destruído no primeiro jurbán.
Reconstruído depois do regresso do exílio babilônico (c. 538-515 a.C.), passou por uma ambiciosa remodelação feita por Herodes (20 a.C.), que incluía uma estrutura duplicada da parte externa. Durante esse período, o Sumo Sacerdote desfrutou de considerável poder religioso, qual uma teocracia, circunstância desastrosa para Israel à medida que a classe sacerdotal superior envolvia-se com a corrupção, o roubo e a violência, conforme registram as próprias fontes talmúdicas.
Destruído no ano 70 pelos romanos, dele apenas restou o muro conhecido por Muro das Lamentações. A sinagoga viria a suprir, em parte, o Templo como centro da vida espiritual.
Jesus participou das cerimônias do Templo, mas condenou sua corrupção (Mt 5:23ss.; 12,2-7; 23,16-22; Lc 2:22-50). Anunciou sua destruição (Mt 23:38ss.; 24,2; 26,60ss.; 27,39ss.), o que não pode ser considerado “vaticinium ex eventu” já que, entre outras razões, está registrado em Q, que é anterior a 70 d.C. Essa destruição, prefigurada pela purificação do Templo (Mt 21:12ss. e par.), aconteceria por juízo divino. O episódio recolhido em Mt 27:51 e par. — que, curiosamente, conta com paralelos em alguma fonte judaica — indica que a existência do Templo aproximava-se do seu fim.
J. Jeremias, Jerusalén...; A. Edersheim, El Templo...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; Idem, Diccionario de las tres...
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário da Bíblia de Almeida
Templo Edifício construído no monte Moriá, em Jerusalém, no qual estava centralizado o culto a Javé em Israel. Substituiu o TABERNÁCULO. O primeiro Templo foi construído por Salomão, mais ou menos em 959 a.C., e destruído pelos babilônios em 586 a.C. (2Rs 25:8-17). O Templo propriamente dito media 27 m de comprimento por 9 de largura por 13,5 de altura. Estava dividido em duas partes: o LUGAR SANTÍSSIMO (Santo dos Santos), que media 9 m de comprimento, e o LUGAR SANTO, que media 18 m. Encostados nos lados e nos fundos do Templo, havia três andares de salas destinadas a alojar os sacerdotes e servir como depósito de ofertas e de objetos. Na frente havia um PÓRTICO, onde se encontravam duas colunas chamadas Jaquim e Boaz. No Lugar Santíssimo, onde só o sumo sacerdote entrava uma vez por ano, ficava a ARCA DA ALIANÇA, cuja tampa era chamada de PROPICIATÓRIO. No Lugar Santo, onde só entravam os sacerdotes, ficavam o ALTAR de INCENSO, a mesa dos PÃES DA PROPOSIÇÃO e o CANDELABRO. Do lado de fora havia um altar de SACRIFÍCIOS e um grande tanque de bronze com água para a purificação dos sacerdotes. Em volta do altar estava o pátio (ÁTRIO) dos sacerdotes (1Rs 5—7; a NTLH tem as medidas em metros). A construção do segundo Templo foi feita por Zorobabel. Começou em 538 a.C. e terminou em 516 a.C., mais ou menos (Ed 6). O terceiro Templo foi ampliado e embelezado por Herodes, o Grande, a partir de 20 a.C. Jesus andou pelos seus pátios (Jo 2:20). As obras só foram concluídas em 64 d.C. Nesse Templo havia quatro pátios: o dos sacerdotes, o dos homens judeus, o das mulheres judias e o dos GENTIOS. No ano 70, contrariando as ordens do general Tito, um soldado romano incendiou o Templo, que nunca mais foi reconstruído. No seu lugar está a mesquita de Al Acsa. O Templo da visão de Ezequiel é diferente dos outros (Ez 40—46).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário da FEB
[...] O templo é a casa onde se reúnem os que prestam culto à divindade. Não importa que se lhe chame igreja, mesquita, pagode ou centro. É sempre o local para onde vão aqueles que acreditam no Criador e que em seu nome se agregam, se unem, se harmonizam. Referencia: IMBASSAHY, Carlos• Religião: refutação às razões dos que combatem a parte religiosa em Espiritismo• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - Def•
Templo de fé é escola do coração. Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Templo de fé
Templo é o Universo, a Casa de Deus tantas vezes desrespeitada pelos desatinos humanos. Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Desvios da fé
A rigor, os homens deviam reconhecer nos templos o lugar sagrado do Altíssimo, onde deveriam aprender a fraternidade, o amor, a cooperação no seu programa divino. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 65
O templo é obra celeste no chão planetário objetivando a elevação da criatura [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19
Fonte: febnet.org.br
Dicionário de Sinônimos
igreja (igrejório, igrejário, igrejinha, igrejola), basílica, ermida, capela, delubro, fano, edícula, santuário. – Segundo S. Luiz, “convêm estes vocábulos (os três primeiros) em exprimir a ideia genérica de lugar destinado para o exercício público da religião; mas com suas diferenças”. – Templo refere-se diretamente à divindade; igreja, aos fiéis; basílica, à magnificência, ou realeza do edifício. – Templo é propriamente o lugar em que a divindade habita e é adorada. – Igreja é o lugar em que se ajuntam os fiéis para adorar a divindade e render-lhe culto. Por esta só diferença de relações, ou de modos de considerar o mesmo objeto, vê-se que templo exprime uma ideia mais augusta; e igreja, uma ideia menos nobre. Vê-se ainda que templo é mais próprio do estilo elevado e pomposo; e igreja, do estilo ordinário e comum. Pela mesma razão se diz que o coração do homem justo é o templo de Deus; que os nossos corpos são templos do Espírito Santo, etc.; e em nenhum destes casos poderia usar-se o vocábulo igreja. – Basílica, que significa própria e literalmente “casa régia”, e que na antiguidade eclesiástica se aplicou às igrejas por serem casas de Deus, Rei Supremo do Universo – hoje se diz de algumas igrejas principais, mormente quando os seus edifícios são vastos e magníficos, ou de fundação régia. Tais são as basílicas de S. Pedro e de S. João de Latrão em Roma; a basílica patriarcal em Lisboa, etc. Quando falamos das falsas religiões, damos às suas casas de oração, ou o nome geral de templo, ou os nomes particulares de mesquita, mochamo, sinagoga, pagode, etc., segundo a linguagem dos turcos e mouros, dos árabes, judeus, gentios, etc. – Igreja e basílica somente se diz dos templos cristãos, e especialmente dos católicos romanos”. – Os vocábulos igrejário, igrejório, igrejinha e igrejola são diminutivos de igreja, sendo este último, igrejola, o que melhor exprime a ideia da insignificância do edifício. A primeira, igrejário, pode aplicar-se ainda com a significação de – “conjunto das igrejas de uma diocese ou de uma cidade”. – Ermida Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 473 é propriamente igrejinha em paragem desolada; e também pequeno, mas belo e artístico templo em aldeia, ou povoado. – Capela é “propriamente a sala destinada ao culto, o lugar onde se faz oração nos conventos, nos palácios, nos colégios, etc. Em sentido mais restrito, é pequena igreja pobre de bairro, de fazenda, de sítio, ou de povoação que não tem ainda categoria eclesiástica na diocese”. – Delubro = templo pagão; capela de um templo; e também o próprio ídolo. – Fano – pequeno templo pagão; lugar sagrado, onde talvez se ouviam os oráculos. – Edícula = pequena capela ou ermida dentro de um templo ou de uma casa; oratório, nicho. – Santuário = lugar sagrado, onde se guardam coisas santas, ou onde se exercem funções religiosas.
Fonte: Dicio
Dicionário Comum
substantivo masculinoEdifício consagrado ao culto religioso; igreja. Local em que se realizam as sessões da maçonaria. Nome de uma ordem religiosa Ver templários. Figurado Lugar digno de respeito: seu lar é um templo.
Fonte: Priberam
Testemunho
Dicionário Comum
substantivo masculinoDeclaração feita pela testemunha, pela pessoa que estava presente ou viu algum acontecimento ou crime; depoimento. O que pode ser usado para comprovar a veracidade ou existência de algo; prova. Registro que se faz com o intuito de fundamentar algo, geralmente uma uma passagem da própria vida: testemunho religioso; comprovação. Geologia Os restos ou aquilo que resta de antigas superfícies destruídas pelo efeito da erosão. Ação ou efeito de testemunhar, de manifestar algo por palavras ou gestos. Etimologia (origem da palavra testemunho). Do latim testimonium.
Fonte: Priberam
Dicionário da Bíblia de Almeida
Testemunho 1) Declaração de uma TESTEMUNHA 1, (Ex 20:16); (Mc 14:55)
1.
[Vestuário]
[Vestuário]
Peça de roupa, geralmente feminina, com ou sem mangas, de comprimento e formato variável, que cobre o tronco e as pernas (ex.: vestido curto; vestido de noiva).
2.
Objecto que serve para vestir.
=
VESTE, VESTUÁRIO
substantivo masculinoSubstância sólida, transparente e frágil, que resulta da fusão de areia silicosa, cal e carbonato de sódio ou potássio. Lâmina, frasco ou qualquer objeto feito dessa substância. Por Extensão Conteúdo de um frasco ou vidro: tomou dois vidros de remédio. Figurado Pessoa muito suscetível ou melindrosa.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
A invenção do vidro é de época remotíssima, existindo já esse artefato no ano 2000 (a.C.) pelo menos, embora a única referência no A.T. se ache em Jó 28:17, com o nome de cristal. o brilho e a transparência do vidro fazem parte das imagens do Apocalipse (4.6 – 15.2 – 21.18, 21). A arte de fazer espelhos por meio do vidro, coberto de uma camada de mercúrio, ainda não era conhecida, ou pelo menos, não se praticava. os espelhos eram feitos de metal polido. Neste sentido se devem compreender as passagens de Êx. 38.8 – Jó 37:18 – is 3:23 – 1 Co 13.12 -2 Co 3.18 e Tg 1:23. Esta espécie de espelhos estava sujeita a muitas imperfeições. Por isso a frase ‘agora vemos como em espelho’, quer dizer obscuramente, indistintamente.
Fonte: Dicionário Adventista
º
Dicionário Comum
ò
| contr.
ó
| interj.
ó
| s. m.
o
| art. def. m. sing.
| pron. pess.
| pron. dem.
o
| s. m.
| adj. 2 g.
| símb.
ô
| s. m.
ò (a + o)
contracção
contração
[Arcaico]
Contracção da preposição a com o artigo ou pronome o.
1.
Décima quarta letra do alfabeto da língua portuguesa (ou décima quinta, se incluídos o K, W e Y). [É aberto como em avó, fechado como em avô, átono ou mudo como em mudo, e tem o valor de u em o [artigo], etc.]
2.
[Por extensão]
Círculo, anel, elo, redondo.
3.
Quando em forma de expoente de um número, designa que esse número é ordinal, ou significa grau ou graus.
adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros
4.
Décimo quarto, numa série indicada por letras (ou décimo quinto, se incluídos o K, W e Y).
símbolo
5.
Símbolo de oeste.
6.
[Química]
Símbolo químico do oxigénio. (Com maiúscula.)
Plural: ós ou oo.
ô (latim o)
nome masculino
[Brasil]
Palavra usada para chamar ou invocar.
=
Ó
Indicativo de extracção (esbagoar), separação (escolher).
Fonte: Priberam
últimas
Dicionário Comum
últimass. f. pl. 1. O ponto extremo. 2. Extrema penúria. 3. Momento decisivo; hora H. 4. A hora da morte; a agonia. 5. Pop. Notícias recentes. Estar nas últimas: achar-se prestes a morrer.
Fonte: Priberam
Strongs
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep
em, por, com etc.
ἑπτά
(G2033)
heptá (hep-tah')
2033επτα hepta
número primário; TDNT - 2:627,249; n indecl
sete
ἔσχατος
(G2078)
éschatos (es'-khat-os)
2078εσχατως eschatos
superlativo, provavelmente de 2192 (no sentido de contigüidade); TDNT - 2:697,264; adj
extremo
último no tempo ou no lugar
último numa série de lugares
último numa suceção temporal
último
último, referindo-se ao tempo
referente a espaço, a parte extrema, o fim, da terra
de posição, grau de valor, último, i.e., inferior
ἔχω
(G2192)
échō (ekh'-o)
2192εχω echo
incluindo uma forma alternativa σχεω scheo, usado apenas em determinados tempos), verbo primário; TDNT - 2:816,286; v
ter, i.e. segurar
ter (segurar) na mão, no sentido de utilizar; ter (controlar) possessão da mente (refere-se a alarme, agitação, emoção, etc.); segurar com firmeza; ter ou incluir ou envolver; considerar ou manter como
ter, i.e., possuir
coisas externas, tal com possuir uma propriedade ou riquezas ou móveis ou utensílios ou bens ou comida, etc.
usado daqueles unidos a alguém pelos laços de sangue ou casamento ou amizade ou dever ou lei etc, de atênção ou companhia
julgar-se ou achar-se o fulano-de-tal, estar em certa situação
segurar mesmo algo, agarrar algo, prender-se ou apegar-se
estar estreitamente unido a uma pessoa ou uma coisa
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
μέγας
(G3173)
mégas (meg'-as)
3173μεγας megas
[incluindo as formas prolongadas, feminino megale, plural megaloi, etc., cf também 3176, 3187]; TDNT - 4:529,573; adj
grande
da forma externa ou aparência sensível das coisas (ou de pessoas)
em particular, de espaço e suas dimensões, com referência a
massa e peso: grande
limite e extensão: largo, espaçoso
medida e altura: longo
estatura e idade: grande, velho
de número e quantidade: numeroso, grande, abundante
de idade: o mais velho
usado para intensidade e seus graus: com grande esforço, da afeições e emoções da mente, de eventos naturais que afetam poderosamente os sentidos: violento, poderoso, forte
atribuído de grau, que pertence a
pessoas, eminentes pela habilidade, virtude, autoridade, poder
coisas altamente estimadas por sua importância: de grande momento, de grande peso, importância
algo para ser altamente estimado por sua excelência: excelente
esplêndido, preparado numa grande escala, digno
grandes coisas
das bênçãos preeminentes de Deus
de coisas que excedem os limites de um ser criado, coisas arrogantes (presunçosas) cheio de arrogância, depreciador da majestade de Deus
ἄγγελος
(G32)
ángelos (ang'-el-os)
32αγγελος aggelos
de aggello [provavelmente derivado de 71, cf 34] (trazer notícias); TDNT 1:74,12; n m
um mensageiro, embaixador, alguém que é enviado, um anjo, um mensageiro de Deus
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
ὁράω
(G3708)
horáō (hor-ah'-o)
3708οραω horao
propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v
ver com os olhos
ver com a mente, perceber, conhecer
ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
de um suposto derivado da raiz de 4591; TDNT - 7:200,1015; n n
sinal, marca, símbolo
aquilo pelo qual uma pessoa ou algo é distinto de outros e é conhecido
sinal, prodígio, portento, i.e., uma ocorrência incomum, que transcende o curso normal da natureza
de sinais que prognosticam eventos notáveis prestes a acontecer
de milagres e prodígios pelos quais Deus confirma as pessoas enviadas por ele, ou pelos quais homens provam que a causa que eles estão pleiteando é de Deus
realizar, executar, completar, cumprir, (de forma que o realizado corresponda àquilo que foi dito; ordem, comando, etc.)
com especial referência ao assunto tema, cumprir os conteúdos de um comando
com referência também à forma, fazer exatamente como ordenado, e geralmente envolvendo a noção de tempo, realizar o último ato que completa um processo, realizar, cumprir
pagar
de tributo
"Está consumado” Jo 19:30 Cristo satisfez a justiça de Deus pela morte por todos para pagar pelos pecados do eleito. Estes pecados nunca poderão ser punidos outra vez já que isto violaria a justiça de Deus. Os pecados podem ser punidos apenas uma vez, seja por um substituto ou por você mesmo.
αὐτός
(G846)
autós (ow-tos')
846αυτος autos
da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron
ViG1492εἴδωG1492G5627 como queG5613ὡςG5613 um marG2281θάλασσαG2281 de vidroG5193ὑάλινοςG5193, mescladoG3396μίγνυμιG3396G5772 de fogoG4442πῦρG4442, eG2532καίG2532 os vencedoresG3528νικάωG3528G5723 daG1537ἐκG1537 bestaG2342θηρίονG2342, daG1537ἐκG1537 suaG846αὐτόςG846 imagemG1504εἰκώνG1504 eG2532καίG2532 do númeroG706ἀριθμόςG706 do seuG846αὐτόςG846 nomeG3686ὄνομαG3686, que se achavam em péG2476ἵστημιG2476G5761 noG1909ἐπίG1909 marG2281θάλασσαG2281 de vidroG5193ὑάλινοςG5193, tendoG2192ἔχωG2192G5723 harpasG2788κιθάραG2788 de DeusG2316θεόςG2316;
Apocalipse 15: 2 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
usado da semelhança moral dos homens renovados com Deus
a imagem do Filho de Deus, à qual os verdadeiros cristãos são transformados, é semelhante não somente ao corpo celestial, mas também ao estado de mente mais santo e abençoado, que Cristo possui
a imagem de alguém
alguém no qual a semelhança de outro é vista
aplicado ao homem por causa de seu poder de comando
a Cristo por causa de sua natureza divina e absoluta excelência moral
ἐκ
(G1537)
ek (ek)
1537εκ ek ou εξ ex
preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep
de dentro de, de, por, fora de
ἐπί
(G1909)
epí (ep-ee')
1909επι epi
uma raíz; prep
sobre, em cima de, em, perto de, perante
de posição, sobre, em, perto de, acima, contra
para, acima, sobre, em, através de, contra
ἔχω
(G2192)
échō (ekh'-o)
2192εχω echo
incluindo uma forma alternativa σχεω scheo, usado apenas em determinados tempos), verbo primário; TDNT - 2:816,286; v
ter, i.e. segurar
ter (segurar) na mão, no sentido de utilizar; ter (controlar) possessão da mente (refere-se a alarme, agitação, emoção, etc.); segurar com firmeza; ter ou incluir ou envolver; considerar ou manter como
ter, i.e., possuir
coisas externas, tal com possuir uma propriedade ou riquezas ou móveis ou utensílios ou bens ou comida, etc.
usado daqueles unidos a alguém pelos laços de sangue ou casamento ou amizade ou dever ou lei etc, de atênção ou companhia
julgar-se ou achar-se o fulano-de-tal, estar em certa situação
segurar mesmo algo, agarrar algo, prender-se ou apegar-se
estar estreitamente unido a uma pessoa ou uma coisa
θάλασσα
(G2281)
thálassa (thal'-as-sah)
2281θαλασσα thalassa
provavelmente prolongado de 251; n f
o mar
usado para o mar em geral
usado especificamente do Mar Mediterrâneo ou Mar Vermelho
de cristãos, que permanecem firmes na sua fé até a morte diante do poder de seus inimigos, tentações e perseguições
quando alguém é processado pela lei, vencer o caso, manter a causa de alguém
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
ὄνομα
(G3686)
ónoma (on'-om-ah)
3686ονομα onoma
de um suposto derivado da raiz de 1097 (cf 3685); TDNT - 5:242,694; n n
nome: univ. de nomes próprios
o nome é usado para tudo que o nome abrange, todos os pensamentos ou sentimentos do que é despertado na mente pelo mencionar, ouvir, lembrar, o nome, i.e., pela posição, autoridade, interesses, satisfação, comando, excelência, ações, etc., de alguém
pessoas reconhecidas pelo nome
a causa ou razão mencionada: por esta causa, porque sofre como um cristão, por esta razão
ὁράω
(G3708)
horáō (hor-ah'-o)
3708οραω horao
propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v
ver com os olhos
ver com a mente, perceber, conhecer
ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
eG2532καίG2532 entoavamG103ᾄδωG103G5719 o cânticoG5603ᾠδήG5603 de MoisésG3475ΜωσῆςG3475, servoG1401δοῦλοςG1401 de DeusG2316θεόςG2316, eG2532καίG2532 o cânticoG5603ᾠδήG5603 do CordeiroG721ἀρνίονG721, dizendoG3004λέγωG3004G5723: GrandesG3173μέγαςG3173 eG2532καίG2532 admiráveisG2298θαυμαστόςG2298 são as tuasG4675σοῦG4675 obrasG2041ἔργονG2041, SenhorG2962κύριοςG2962 DeusG2316θεόςG2316, Todo-PoderosoG3841παντοκράτωρG3841! JustosG1342δίκαιοςG1342 eG2532καίG2532 verdadeirosG228ἀληθινόςG228 são os teusG4675σοῦG4675 caminhosG3598ὁδόςG3598, ó ReiG935βασιλεύςG935 das naçõesG40ἅγιοςG40!
Apocalipse 15: 3 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
num sentido amplo, reto, justo, vituoso, que guarda os mandamentos de Deus
daqueles que se consideram justos, que se orgulham de serem justos, que se orgulham de suas virtudes, seja reais ou imaginárias
inocente, irrepreensível, sem culpa
usado para aquele cujo o modo de pensar, sentir e agir é inteiramente conforme a vontade de Deus, e quem por esta razão não necessita de reticação no coração ou na vida
na verdade, apenas Cristo
aprovado ou aceitado por Deus
num sentido mais restrito, dar a cada um o que merece e isto em um sentido judicial; emitir um juízo justo em relação aos outros, seja expresso em palavras ou mostrado pelo modo de tratar com eles
que tem não apenas o nome do objeto em consideração e semelhança com ele, mas que participa da essência do mesmo, correspondendo em todos os sentidos ao significado da idéia transmitida pelo nome. Real, genuíno, verdadeiro
oposto ao que é fictício, imitação, imaginário, simulado ou pretendido
apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
chamar pelo nome, chamar, nomear
gritar, falar de, mencionar
μέγας
(G3173)
mégas (meg'-as)
3173μεγας megas
[incluindo as formas prolongadas, feminino megale, plural megaloi, etc., cf também 3176, 3187]; TDNT - 4:529,573; adj
grande
da forma externa ou aparência sensível das coisas (ou de pessoas)
em particular, de espaço e suas dimensões, com referência a
massa e peso: grande
limite e extensão: largo, espaçoso
medida e altura: longo
estatura e idade: grande, velho
de número e quantidade: numeroso, grande, abundante
de idade: o mais velho
usado para intensidade e seus graus: com grande esforço, da afeições e emoções da mente, de eventos naturais que afetam poderosamente os sentidos: violento, poderoso, forte
atribuído de grau, que pertence a
pessoas, eminentes pela habilidade, virtude, autoridade, poder
coisas altamente estimadas por sua importância: de grande momento, de grande peso, importância
algo para ser altamente estimado por sua excelência: excelente
esplêndido, preparado numa grande escala, digno
grandes coisas
das bênçãos preeminentes de Deus
de coisas que excedem os limites de um ser criado, coisas arrogantes (presunçosas) cheio de arrogância, depreciador da majestade de Deus
Μωσεύς
(G3475)
Mōseús (moce-yoos')
3475Μωσευς Moseus ou Μωσης Moses ou Μωυσης Mouses
de origem hebraica 4872משה; TDNT - 4:848,622; n pr m
Moisés = “o que foi tirado”
legislador do povo judaico e num certo sentido o fundador da religião judaica. Ele escreveu os primeiros cinco livros da Bíblia, comumente mencionados como os livros de Moisés.
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
QuemG5101τίςG5101 nãoG3364οὐ μήG3364 temeráG5399φοβέωG5399G5680 eG2532καίG2532 não glorificaráG1392δοξάζωG1392G5661 o teuG4675σοῦG4675 nomeG3686ὄνομαG3686, ó SenhorG2962κύριοςG2962? PoisG3754ὅτιG3754 sóG3441μόνοςG3441 tu és santoG3741ὅσιοςG3741; porG3754ὅτιG3754 isso, todasG3956πᾶςG3956 as naçõesG1484ἔθνοςG1484 virãoG2240ἥκωG2240G5692 eG2532καίG2532 adorarãoG4352προσκυνέωG4352G5692 dianteG1799ἐνώπιονG1799 de tiG4675σοῦG4675, porqueG3754ὅτιG3754 os teusG4675σοῦG4675 atos de justiçaG1345δικαίωμαG1345 se fizeram manifestosG5319φανερόωG5319G5681.
Apocalipse 15: 4 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
sozinho (sem companhia), desamparado, destituído de ajuda, sozinho, único, somente
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
ὄνομα
(G3686)
ónoma (on'-om-ah)
3686ονομα onoma
de um suposto derivado da raiz de 1097 (cf 3685); TDNT - 5:242,694; n n
nome: univ. de nomes próprios
o nome é usado para tudo que o nome abrange, todos os pensamentos ou sentimentos do que é despertado na mente pelo mencionar, ouvir, lembrar, o nome, i.e., pela posição, autoridade, interesses, satisfação, comando, excelência, ações, etc., de alguém
pessoas reconhecidas pelo nome
a causa ou razão mencionada: por esta causa, porque sofre como um cristão, por esta razão
ὅσιος
(G3741)
hósios (hos'-ee-os)
3741οσιος hosios
de afinidade incerta; TDNT - 5:489,734; adj
purificado de pecado, livre de iniqüidade, observando religiosamente cada obrigação moral, santo, puro, piedoso
não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa
πᾶς
(G3956)
pâs (pas)
3956πας pas
que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj
individualmente
cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
coletivamente
algo de todos os tipos
... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)
προσκυνέω
(G4352)
proskynéō (pros-koo-neh'-o)
4352προσκυνεω proskuneo
de 4314 e um provável derivado de 2965 (significando beijar, como um cachorro que lambe a mão de seu mestre); TDNT - 6:758,948; v
beijar a mão de alguém, em sinal de reverência
entre os orientais, esp. persas, cair de joelhos e tocar o chão com a testa como uma expressão de profunda reverência
no NT, pelo ajoelhar-se ou prostrar-se, prestar homenagem ou reverência a alguém, seja para expressar respeito ou para suplicar
usado para reverência a pessoas e seres de posição superior
aos sumo sacerdotes judeus
a Deus
a Cristo
a seres celestes
a demônios
σύ
(G4771)
sý (soo)
4771συ su
pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron
tu
τίς
(G5101)
tís (tis)
5101τις tis
τíς (Strong G5101)
Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
Possui relação com
τις (Strong G5100)
Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)
tornar manifesto ou visível ou conhecido o que estava escondido ou era desconhecido, manifestar, seja por palavras, ou ações, ou de qualquer outro modo
tornar atual e visível, perceptível
tornar conhecido pelo ensino
tornar manifesto, ser feito conhecido
de uma pessoa
expor à visão, tornar manifesto, mostrar-se, aparecer
tornar-se conhecido, ser claramente identificado, totalmente entendido
DepoisG3326μετάG3326 destas coisasG5023ταῦταG5023, olheiG1492εἴδωG1492G5627, eG2532καίG2532 abriu-seG455ἀνοίγωG455G5648 noG1722ἔνG1722 céuG3772οὐρανόςG3772 o santuárioG3485ναόςG3485 do tabernáculoG4633σκηνήG4633 do TestemunhoG3142μαρτύριονG3142,
Apocalipse 15: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
tenda, tabernáculo, (feito de ramos verdes, ou peles de animais, ou outros materiais)
(tabernacles)
Substantivo - Feminino no Plural acusativo
ἐν
(G1722)
en (en)
1722εν en
preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep
em, por, com etc.
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
μαρτύριον
(G3142)
martýrion (mar-too'-ree-on)
3142μαρτυριον marturion
de um suposto derivado de 3144; TDNT - 4:474,564; n n
da palavra primária naio (habitar); TDNT - 4:880,625; n m
usada do templo de Jerusalém, mas somente do edifício sagrado (santuário) em si mesmo, consistindo do Santo Lugar e do Santo dos Santos (no grego clássico é usada para o santuário ou cubículo do templo onde a imagem de ouro era colocada, e que não deve ser confundido com todo o complexo de edifícios)
qualquer templo ou santuário pagão
metáf. o templo espiritual que consiste dos santos de todos os tempos reunidos por e em Cristo
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
ὁράω
(G3708)
horáō (hor-ah'-o)
3708οραω horao
propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v
ver com os olhos
ver com a mente, perceber, conhecer
ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
eG2532καίG2532 os seteG2033ἑπτάG2033 anjosG32ἄγγελοςG32 que tinhamG2192ἔχωG2192G5723 os seteG2033ἑπτάG2033 flagelosG4127πληγήG4127 saíramG1831ἐξέρχομαιG1831G5627 doG1537ἐκG1537 santuárioG3485ναόςG3485, vestidosG1746ἐνδύωG1746G5765 de linhoG3043λίνονG3043 puroG2513καθαρόςG2513 eG2532καίG2532 resplandecenteG2986λαμπρόςG2986 eG2532καίG2532 cingidosG4024περιζώννυμιG4024G5772 ao peitoG4738στῆθοςG4738 comG4012περίG4012 cintasG2223ζώνηG2223 de ouroG5552χρύσεοςG5552.
Apocalipse 15: 6 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep
de dentro de, de, por, fora de
ἐνδύω
(G1746)
endýō (en-doo'-o)
1746ενδυοω enduo
de 1722 e 1416 (no sentido de entrar em uma veste) TDNT - 2:319,192; v
com menção do lugar do qual alguém sai, ou o ponto do qual ele parte
daqueles que deixam um lugar por vontade própria
daqueles que são expelidos ou expulsos
metáf.
sair de uma assembléia, i.e. abandoná-la
proceder fisicamente, descender, ser nascido de
livrar-se do poder de alguém, escapar dele em segurança
deixar (a privacidade) e ingressar no mundo, diante do público, (daqueles que pela inovação de opinião atraem atenção)
de coisas
de relatórios, rumores, mensagens, preceitos
tornar-se conhecido, divulgado
ser propagado, ser proclamado
sair
emitido seja do coração ou da boca
fluir do corpo
emanar, emitir
usado de um brilho repentino de luz
usado de algo que desaparece
usado de uma esperança que desaparaceu
ἑπτά
(G2033)
heptá (hep-tah')
2033επτα hepta
número primário; TDNT - 2:627,249; n indecl
sete
ἔχω
(G2192)
échō (ekh'-o)
2192εχω echo
incluindo uma forma alternativa σχεω scheo, usado apenas em determinados tempos), verbo primário; TDNT - 2:816,286; v
ter, i.e. segurar
ter (segurar) na mão, no sentido de utilizar; ter (controlar) possessão da mente (refere-se a alarme, agitação, emoção, etc.); segurar com firmeza; ter ou incluir ou envolver; considerar ou manter como
ter, i.e., possuir
coisas externas, tal com possuir uma propriedade ou riquezas ou móveis ou utensílios ou bens ou comida, etc.
usado daqueles unidos a alguém pelos laços de sangue ou casamento ou amizade ou dever ou lei etc, de atênção ou companhia
julgar-se ou achar-se o fulano-de-tal, estar em certa situação
segurar mesmo algo, agarrar algo, prender-se ou apegar-se
estar estreitamente unido a uma pessoa ou uma coisa
ζώνη
(G2223)
zṓnē (dzo'-nay)
2223ζωνη zone
provavelmente semelhante a raiz de 2218; TDNT - 5:302,702; n f
cinta, cinto, servindo não somente para cingir vestes, mas também, desde que tivesse uma cavidade, para carregar dinheiro
καθαρός
(G2513)
katharós (kath-ar-os')
2513καθαρος katharos
de afinidade incerta; TDNT - 3:413,381; adj
limpo, puro
fisicamente
purificado pelo fogo
numa comparação, como uma vinha limpa pela poda e bem preparado para carregar de frutas
num sentido levítico
limpar, o uso do que não é proibido, que não torna impuro
eticamente
livre de desejo corrupto, de pecado e culpa
livre de qualquer mistura com o que é falso; genuíno, sincero
coisas esplêndidas, i.e., luxúrias ou elegância na roupa ou estilo
λίνον
(G3043)
línon (lee'-non)
3043λινον linon
provavelmente, palavra raiz; n n
roupa de linho, feito da fibra de linho
ἄγγελος
(G32)
ángelos (ang'-el-os)
32αγγελος aggelos
de aggello [provavelmente derivado de 71, cf 34] (trazer notícias); TDNT 1:74,12; n m
um mensageiro, embaixador, alguém que é enviado, um anjo, um mensageiro de Deus
ναός
(G3485)
naós (nah-os')
3485ναος naos
da palavra primária naio (habitar); TDNT - 4:880,625; n m
usada do templo de Jerusalém, mas somente do edifício sagrado (santuário) em si mesmo, consistindo do Santo Lugar e do Santo dos Santos (no grego clássico é usada para o santuário ou cubículo do templo onde a imagem de ouro era colocada, e que não deve ser confundido com todo o complexo de edifícios)
qualquer templo ou santuário pagão
metáf. o templo espiritual que consiste dos santos de todos os tempos reunidos por e em Cristo
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
EntãoG2532καίG2532, umG1520εἷςG1520 dosG1537ἐκG1537 quatroG5064τέσσαρεςG5064 seres viventesG2226ζῶονG2226 deuG1325δίδωμιG1325G5656 aos seteG2033ἑπτάG2033 anjosG32ἄγγελοςG32 seteG2033ἑπτάG2033 taçasG5357φιάληG5357 de ouroG5552χρύσεοςG5552, cheiasG1073γέμωG1073G5723 da cóleraG2372θυμόςG2372 de DeusG2316θεόςG2316, queG3588ὁG3588 viveG2198ζάωG2198G5723 pelosG1519εἰςG1519 séculosG165αἰώνG165 dos séculosG165αἰώνG165.
Apocalipse 15: 7 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
(incluindo o neutro [etc.] hen); TDNT - 2:434,214; numeral
um
ἐκ
(G1537)
ek (ek)
1537εκ ek ou εξ ex
preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep
O santuárioG3485ναόςG3485 se encheuG1072γεμίζωG1072G5681 de fumaçaG2586καπνόςG2586 procedenteG1537ἐκG1537 da glóriaG1391δόξαG1391 de DeusG2316θεόςG2316 eG2532καίG2532 doG1537ἐκG1537 seuG846αὐτόςG846 poderG1411δύναμιςG1411, eG2532καίG2532 ninguémG3762οὐδείςG3762 podiaG1410δύναμαιG1410G5711 penetrarG1525εἰσέρχομαιG1525G5629 noG1519εἰςG1519 santuárioG3485ναόςG3485, enquantoG891ἄχριG891 não se cumprissem osG5055τελέωG5055G5686 seteG2033ἑπτάG2033 flagelosG4127πληγήG4127 dos seteG2033ἑπτάG2033 anjosG32ἄγγελοςG32.
Apocalipse 15: 8 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
a majestade real que pertence a Ele como supremo governador, majestade no sentido da perfeição absoluta da divindade
algo que pertence a Cristo
a majestade real do Messias
o interior absolutamente perfeito ou a excelência pessoal de Cristo; a majestade
dos anjos
como transparece na sua aparência brilhante exterior
a mais gloriosa condição, estado de exaltação
da mesma condição de Deus Pai no céu, para a qual Cristo foi elevado depois de ter concluído sua obra na terra
a condição de gloriosa bem-aventurança à qual os cristãos verdadeiros entrarão depois do retorno do seu Salvador do céu
δύναμαι
(G1410)
dýnamai (doo'-nam-ahee)
1410δυναμαι dunamai
de afinidade incerta; TDNT - 2:284,186; v
ser capaz, ter poder quer pela virtude da habilidade e recursos próprios de alguém, ou de um estado de mente, ou através de circunstâncias favoráveis, ou pela permissão de lei ou costume
de homens ou animais, quando se dirigem para uma casa ou uma cidade
de Satanás tomando posse do corpo de uma pessoa
de coisas: como comida, que entra na boca de quem come
metáf.
de ingresso em alguma condição, estado das coisas, sociedade, emprego
aparecer, vir à existência, começar a ser
de homens, vir perante o público
vir à vida
de pensamentos que vêm a mente
ἐκ
(G1537)
ek (ek)
1537εκ ek ou εξ ex
preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep
de dentro de, de, por, fora de
ἑπτά
(G2033)
heptá (hep-tah')
2033επτα hepta
número primário; TDNT - 2:627,249; n indecl
sete
θεός
(G2316)
theós (theh'-os)
2316θεος theos
de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m
deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
Deus, Trindade
Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
Cristo, segunda pessoa da Trindade
Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
dito do único e verdadeiro Deus
refere-se às coisas de Deus
seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
representante ou vice-regente de Deus
de magistrados e juízes
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
καπνός
(G2586)
kapnós (kap-nos')
2586καπνος kapnos
de afinidade incerta; n m
fumar
ἄγγελος
(G32)
ángelos (ang'-el-os)
32αγγελος aggelos
de aggello [provavelmente derivado de 71, cf 34] (trazer notícias); TDNT 1:74,12; n m
um mensageiro, embaixador, alguém que é enviado, um anjo, um mensageiro de Deus
ναός
(G3485)
naós (nah-os')
3485ναος naos
da palavra primária naio (habitar); TDNT - 4:880,625; n m
usada do templo de Jerusalém, mas somente do edifício sagrado (santuário) em si mesmo, consistindo do Santo Lugar e do Santo dos Santos (no grego clássico é usada para o santuário ou cubículo do templo onde a imagem de ouro era colocada, e que não deve ser confundido com todo o complexo de edifícios)
qualquer templo ou santuário pagão
metáf. o templo espiritual que consiste dos santos de todos os tempos reunidos por e em Cristo
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
οὐδείς
(G3762)
oudeís (oo-dice')
3762ουδεις oudeis incluindo feminino ουδεμια oudemia e neutro ουδεν ouden
realizar, executar, completar, cumprir, (de forma que o realizado corresponda àquilo que foi dito; ordem, comando, etc.)
com especial referência ao assunto tema, cumprir os conteúdos de um comando
com referência também à forma, fazer exatamente como ordenado, e geralmente envolvendo a noção de tempo, realizar o último ato que completa um processo, realizar, cumprir
pagar
de tributo
"Está consumado” Jo 19:30 Cristo satisfez a justiça de Deus pela morte por todos para pagar pelos pecados do eleito. Estes pecados nunca poderão ser punidos outra vez já que isto violaria a justiça de Deus. Os pecados podem ser punidos apenas uma vez, seja por um substituto ou por você mesmo.
αὐτός
(G846)
autós (ow-tos')
846αυτος autos
da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron
ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
ele, ela, isto
o mesmo
ἄχρι
(G891)
áchri (akh'-ree)
891αχρι achri αχρις achris
semelhante a 206 (pela idéia de término, ponto final); prep/conj