Enciclopédia de Amós 1:1-15

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

am 1: 1

Versão Versículo
ARA Palavras que, em visão, vieram a Amós, que era entre os pastores de Tecoa, a respeito de Israel, nos dias de Uzias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel, dois anos antes do terremoto.
ARC AS palavras de Amós, que estava entre os pastores de Técoa, o que ele viu a respeito de Israel, nos dias de Uzias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel, dois anos antes do terremoto.
TB As palavras de Amós, que era entre os pastores de Tecoa, as quais viu no tocante a Israel, nos dias de Uzias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel, dois anos antes do terremoto.
HSB דִּבְרֵ֣י עָמ֔וֹס אֲשֶׁר־ הָיָ֥ה בַנֹּקְדִ֖ים מִתְּק֑וֹעַ אֲשֶׁר֩ חָזָ֨ה עַל־ יִשְׂרָאֵ֜ל בִּימֵ֣י ׀ עֻזִיָּ֣ה‪‬‪‬ מֶֽלֶךְ־ יְהוּדָ֗ה וּבִימֵ֞י יָרָבְעָ֤ם בֶּן־ יוֹאָשׁ֙ מֶ֣לֶךְ יִשְׂרָאֵ֔ל שְׁנָתַ֖יִם לִפְנֵ֥י הָרָֽעַשׁ׃
BKJ As palavras de Amós, que estava entre os pastores de Tecoa, as quais viu a respeito de Israel, nos dias de Uzias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel, dois anos antes do terremoto.
LTT As palavras de Amós, que estava entre os pastores de Tecoa, as quais viu a respeito de Israel, nos dias de Uzias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel, dois anos antes do terremoto.
BJ2 Palavras de Amós, um dos pastores de Técua.[a] O que ele viu contra Israel, nos dias de Ozias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão,[b] filho de Joás, rei de Israel, dois anos antes do terremoto.[c]
VULG Verba Amos, qui fuit in pastoribus de Thecue, quæ vidit super Israël in diebus Oziæ, regis Juda, et in diebus Jeroboam, filii Joas, regis 1sraël, ante duos annos terræmotus.

am 1: 2

Versão Versículo
ARA Ele disse: O Senhor rugirá de Sião e de Jerusalém fará ouvir a sua voz; os prados dos pastores estarão de luto, e secar-se-á o cimo do Carmelo.
ARC E disse: O Senhor bramará de Sião e de Jerusalém dará a sua voz; nas habitações dos pastores haverá pranto, e secar-se-á o cume do Carmelo.
TB Ele disse: Jeová rugirá de Sião e de Jerusalém fará ouvir a sua voz; as pastagens dos pastores prantearão, e o cume do Carmelo secará.
HSB וַיֹּאמַ֓ר ׀ יְהוָה֙ מִצִיּ֣וֹן‪‬‪‬ יִשְׁאָ֔ג וּמִירוּשָׁלִַ֖ם יִתֵּ֣ן קוֹל֑וֹ וְאָֽבְלוּ֙ נְא֣וֹת הָרֹעִ֔ים וְיָבֵ֖שׁ רֹ֥אשׁ הַכַּרְמֶֽל׃ פ
BKJ Ele disse: o -SENHOR bramará de Sião, e proferirá sua voz de Jerusalém; e as habitações dos pastores lamentarão, e o cume do Carmelo secará.
LTT Ele disse: O SENHOR bramará de Sião, e de Jerusalém fará ouvir a Sua voz; as habitações dos pastores (nas pastagens) chorarão- lamentando, e secar-se-á o cume do Carmelo.
BJ2 Ele disse: Iahweh rugirá de Sião,[d] de Jerusalém levantará a sua voz, e murcharão as pastagens dos pastores e secará o cimo do Carmelo.
VULG Et dixit : Dominus de Sion rugiet, et de Jerusalem dabit vocem suam ; et luxerunt speciosa pastorum, et exsiccatus est vertex Carmeli.

am 1: 3

Versão Versículo
ARA Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Damasco e por quatro, não sustarei o castigo, porque trilharam a Gileade com trilhos de ferro.
ARC Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Damasco, e por quatro, não retirarei o castigo, porque trilharam a Gileade com trilhos de ferro.
TB Assim diz Jeová: Por causa de três transgressões de Damasco, sim, de quatro, não desviarei o seu castigo, porque trilharam a Gileade com trilhos de ferro.
HSB כֹּ֚ה אָמַ֣ר יְהוָ֔ה עַל־ שְׁלֹשָׁה֙ פִּשְׁעֵ֣י דַמֶּ֔שֶׂק וְעַל־ אַרְבָּעָ֖ה לֹ֣א אֲשִׁיבֶ֑נּוּ עַל־ דּוּשָׁ֛ם בַּחֲרֻצ֥וֹת הַבַּרְזֶ֖ל אֶת־ הַגִּלְעָֽד׃
BKJ Assim diz o -SENHOR: por três transgressões de Damasco, e por quatro, não retirarei o seu castigo, pois eles debulharam a Gileade com instrumentos de debulha de ferro.
LTT Assim diz o SENHOR: "Por três transgressões de Damasco, e por quatro, não retirarei dele o castigo, porque debulharam- batendo a Gileade com instrumentos- de- bater feitos de ferro.
BJ2 Assim falou Iahweh: Pelos três crimes de Damasco, pelos quatro,[f] não o revogarei![g] Porque esmagaram Galaad com debulhadoras de ferro,[h]
VULG Hæc dicit Dominus : Super tribus sceleribus Damasci, et super quatuor non convertam eum, eo quod trituraverint in plaustris ferreis Galaad.

am 1: 4

Versão Versículo
ARA Por isso, meterei fogo à casa de Hazael, fogo que consumirá os castelos de Ben-Hadade.
ARC Por isso porei fogo à casa de Azael, e ele consumirá os palácios de Benadade.
TB Porém meterei na casa de Hazael um fogo que devorará os palácios de Ben-Hadade.
HSB וְשִׁלַּ֥חְתִּי אֵ֖שׁ בְּבֵ֣ית חֲזָאֵ֑ל וְאָכְלָ֖ה אַרְמְנ֥וֹת בֶּן־ הֲדָֽד׃
BKJ Por isso colocarei fogo à casa de Hazael, que consumirá os palácios de Ben-Hadade.
LTT Por isso enviarei fogo contra a casa de Hazael, e isto consumirá os palácios- fortalecidos- sobre- lugares- altos de Ben-Hadade.
BJ2 eu enviarei fogo à casa de Hazael e devorará os palácios de Ben-Adad;[i]
VULG Et mittam ignem in domum Azaël, et devorabit domos Benadad.

am 1: 5

Versão Versículo
ARA Quebrarei o ferrolho de Damasco e eliminarei o morador de Biqueate-Áven e ao que tem o cetro de Bete-Éden; e o povo da Síria será levado em cativeiro a Quir, diz o Senhor.
ARC E quebrarei o ferrolho de Damasco, e exterminarei o morador de Biqueate-Áven, e ao que tem o cetro de Bete-Éden; e o povo da Síria será levado em cativeiro a Quir, diz o Senhor.
TB Quebrarei o ferrolho de Damasco, e exterminarei do vale de Áven o morador, e, da casa de Éden, aquele que tem o cetro; e o povo da Síria será levado em cativeiro a Quir, diz Jeová.
HSB וְשָֽׁבַרְתִּי֙ בְּרִ֣יחַ דַּמֶּ֔שֶׂק וְהִכְרַתִּ֤י יוֹשֵׁב֙ מִבִּקְעַת־ אָ֔וֶן וְתוֹמֵ֥ךְ שֵׁ֖בֶט מִבֵּ֣ית עֶ֑דֶן וְגָל֧וּ עַם־ אֲרָ֛ם קִ֖ירָה אָמַ֥ר יְהוָֽה׃ פ
BKJ E também quebrarei a tranca de Damasco, e exterminarei o habitante do vale de Áven, e aquele que possui o cetro da casa de Éden; e o povo da Síria será levado em cativeiro a Quir, diz o SENHOR.
LTT E quebrarei o ferrolho de Damasco, e exterminarei o habitante do vale de Aven, e ao que segura o cetro da casa de Éden ‹Bete-Éden›; e o povo da Síria será levado em cativeiro a Quir, diz o SENHOR.
BJ2 eu quebrarei o ferrolho de Damasco, exterminarei o habitante de Biceat-Áven, e de Bet-Éden,[j] aquele que segura o cetro, o povo de Aram será deportado para Quir,[l] disse Iahweh.
VULG Et conteram vectem Damasci : et disperdam habitatorem de campo idoli, et tenentem sceptrum de domo voluptatis : et transferetur populus Syriæ Cyrenen, dicit Dominus.

am 1: 6

Versão Versículo
ARA Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Gaza e por quatro, não sustarei o castigo, porque levaram em cativeiro todo o povo, para o entregarem a Edom.
ARC Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Gaza, e por quatro, não retirarei o castigo, porque levaram em cativeiro todos os cativos para os entregarem a Edom.
TB Assim diz Jeová: Por causa de três transgressões de Gaza, sim, de quatro, não desviarei o seu castigo, porque levaram cativo todo o povo, para o entregarem a Edom.
HSB כֹּ֚ה אָמַ֣ר יְהוָ֔ה עַל־ שְׁלֹשָׁה֙ פִּשְׁעֵ֣י עַזָּ֔ה וְעַל־ אַרְבָּעָ֖ה לֹ֣א אֲשִׁיבֶ֑נּוּ עַל־ הַגְלוֹתָ֛ם גָּל֥וּת שְׁלֵמָ֖ה לְהַסְגִּ֥יר לֶאֱדֽוֹם׃
BKJ Assim diz o -SENHOR: por três transgressões de Gaza, e por quatro, não retirarei o seu castigo, pois eles levaram em cativeiro todos os cativos, para os entregarem a Edom;
LTT Assim diz o SENHOR: Por três transgressões de Gaza, e por quatro, não retirarei dele o castigo, porque levaram em cativeiro todos os cativos para os entregarem a Edom.
BJ2 Assim falou Iahweh: Pelos três crimes de Gaza, pelos quatro, não o revogarei! Porque deportaram populações inteiras, para entregá-las a Edom,
VULG Hæc dicit Dominus : Super tribus sceleribus Gazæ, et super quatuor non convertam eum, eo quod transtulerint captivitatem perfectam, ut concluderent eam in Idumæa.

am 1: 7

Versão Versículo
ARA Por isso, meterei fogo aos muros de Gaza, fogo que consumirá os seus castelos.
ARC Por isso porei fogo ao muro de Gaza, e ele consumirá os seus palácios.
TB Porém meterei aos muros de Gaza um fogo que devorará os palácios dela;
HSB וְשִׁלַּ֥חְתִּי אֵ֖שׁ בְּחוֹמַ֣ת עַזָּ֑ה וְאָכְלָ֖ה אַרְמְנֹתֶֽיהָ׃
BKJ mas eu enviarei fogo ao muro de Gaza, que consumirá os seus palácios;
LTT Por isso enviarei fogo contra o muro de Gaza, e isto consumirá os seus palácios- fortalecidos- sobre- lugares- altos .
BJ2 enviarei fogo contra as muralhas de Gaza, e ele devorará os seus palácios;
VULG Et mittam ignem in murum Gazæ, et devorabit ædes ejus.

am 1: 8

Versão Versículo
ARA Eliminarei o morador de Asdode e o que tem o cetro de Asquelom e volverei a mão contra Ecrom; e o resto dos filisteus perecerá, diz o Senhor.
ARC E exterminarei o morador de Asdode, e o que tem o cetro de Ascalom, e tornarei a minha mão contra Ecrom; e o resto dos filisteus perecerá, diz o Senhor Jeová.
TB de Asdode exterminarei o morador e, de Asquelom, aquele que tem o cetro; tornarei a minha mão contra Ecrom, e perecerá o resto dos filisteus, diz Jeová.
HSB וְהִכְרַתִּ֤י יוֹשֵׁב֙ מֵֽאַשְׁדּ֔וֹד וְתוֹמֵ֥ךְ שֵׁ֖בֶט מֵֽאַשְׁקְל֑וֹן וַהֲשִׁיב֨וֹתִי יָדִ֜י עַל־ עֶקְר֗וֹן וְאָֽבְדוּ֙ שְׁאֵרִ֣ית פְּלִשְׁתִּ֔ים אָמַ֖ר אֲדֹנָ֥י יְהוִֽה׃ פ
BKJ e exterminarei o habitante de Asdode, e aquele que possui o cetro de Asquelom, e tornarei a minha mão contra Ecrom; e o restante dos filisteus perecerá, diz o Senhor DEUS.
LTT E exterminarei o habitante de Asdode, e o que segura o cetro de Ascalom, e tornarei a Minha mão contra Ecrom; e o remanescente dos filisteus perecerá, diz o Senhor DEUS.
BJ2 exterminarei o habitante de Azoto, e de Ascalon, aquele que segura o cetro. Voltarei a minha mão contra Acaron[m] perecerá o resto[n] dos filisteus, disse o Senhor Iahweh.
VULG Et disperdam habitatorem de Azoto, et tenentem sceptrum de Ascalone : et convertam manum meam super Accaron, et peribunt reliqui Philisthinorum, dicit Dominus Deus.

am 1: 9

Versão Versículo
ARA Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Tiro e por quatro, não sustarei o castigo, porque entregaram todos os cativos a Edom e não se lembraram da aliança de irmãos.
ARC Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Tiro, e por quatro, não retirarei o castigo, porque entregaram todos os cativos a Edom, e não se lembraram da aliança dos irmãos.
TB Assim diz Jeová: Por causa de três transgressões de Tiro, sim, de quatro, não desviarei o seu castigo, porque entregaram o povo todo a Edom e não se lembraram da aliança de irmãos.
HSB כֹּ֚ה אָמַ֣ר יְהוָ֔ה עַל־ שְׁלֹשָׁה֙ פִּשְׁעֵי־ צֹ֔ר וְעַל־ אַרְבָּעָ֖ה לֹ֣א אֲשִׁיבֶ֑נּוּ עַֽל־ הַסְגִּירָ֞ם גָּל֤וּת שְׁלֵמָה֙ לֶאֱד֔וֹם וְלֹ֥א זָכְר֖וּ בְּרִ֥ית אַחִֽים׃
BKJ Assim diz o -SENHOR: Por três transgressões de Tiro, e por quatro, não retirarei o seu castigo, pois eles entregaram todos os cativos a Edom, e não se lembraram do pacto dos irmãos;
LTT Assim diz o SENHOR: Por três transgressões de Tirus, e por quatro, não retirarei dele o castigo, porque entregaram todos os cativos a Edom, e não se lembraram da aliança dos irmãos.
BJ2 Assim falou Iahweh: Pelos três crimes de Tiro, pelos quatro, não o revogarei! Porque entregaram populações inteiras de cativos a Edom e não se lembraram da aliança de irmãos,[o]
VULG Hæc dicit Dominus : Super tribus sceleribus Tyri, et super quatuor non convertam eum, eo quod concluserint captivitatem perfectam in Idumæa, et non sint recordati fœderis fratrum.

am 1: 10

Versão Versículo
ARA Por isso, meterei fogo aos muros de Tiro, fogo que consumirá os seus castelos.
ARC Por isso porei fogo ao muro de Tiro, e ele consumirá os seus palácios.
TB Porém meterei aos muros de Tiro um fogo que lhe devorará os palácios.
HSB וְשִׁלַּ֥חְתִּי אֵ֖שׁ בְּח֣וֹמַת צֹ֑ר וְאָכְלָ֖ה אַרְמְנֹתֶֽיהָ׃ פ
BKJ mas eu enviarei fogo ao muro de Tiro, que consumirá os seus palácios.
LTT Por isso enviarei fogo contra o muro de Tirus, e isto consumirá os seus palácios- fortalecidos- sobre- lugares- altos .
BJ2 enviarei fogo contra as muralhas de Tiro, e ele devorará os seus palácios.
VULG Et mittam ignem in murum Tyri, et devorabit ædes ejus.

am 1: 11

Versão Versículo
ARA Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Edom e por quatro, não sustarei o castigo, porque perseguiu o seu irmão à espada e baniu toda a misericórdia; e a sua ira não cessou de despedaçar, e reteve a sua indignação para sempre.
ARC Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Edom, e por quatro, não retirarei o castigo, porque perseguiu a seu irmão à espada, e baniu toda a misericórdia; e a sua ira despedaça eternamente, e retém a sua indignação para sempre.
TB Assim diz Jeová: Por causa de três transgressões de Edom, sim, de quatro, não desviarei o seu castigo, porque perseguiu a seu irmão com a espada, e pôs de lado toda a compaixão, e a sua ira despedaçou perpetuamente, e conservou a sua indignação para sempre.
HSB כֹּ֚ה אָמַ֣ר יְהוָ֔ה עַל־ שְׁלֹשָׁה֙ פִּשְׁעֵ֣י אֱד֔וֹם וְעַל־ אַרְבָּעָ֖ה לֹ֣א אֲשִׁיבֶ֑נּוּ עַל־ רָדְפ֨וֹ בַחֶ֤רֶב אָחִיו֙ וְשִׁחֵ֣ת רַחֲמָ֔יו וַיִּטְרֹ֤ף לָעַד֙ אַפּ֔וֹ וְעֶבְרָת֖וֹ שְׁמָ֥רָה נֶֽצַח׃
BKJ Assim diz o -SENHOR: Por três transgressões de Edom, e por quatro, não retirarei o seu castigo, pois perseguiu a seu irmão com espada, e baniu toda a compaixão; e sua ira despedaçou eternamente, e ele guardou sua ira para sempre;
LTT Assim diz o SENHOR: Por três transgressões de Edom, e por quatro, não retirarei dele o castigo, porque perseguiu a seu irmão à espada, e lançou fora ① todas as suas misericórdias; e a sua ira despedaçou eternamente, e conservou a sua ira para sempre.
BJ2 Assim falou Iahweh: Pelos três crimes de Edom, pelos quatro, não o revogarei! Porque perseguiu à espada o seu irmão[p] e sufocou a sua misericórdia, guardou para sempre a sua ira[q] e conservou seu furor eternamente,
VULG Hæc dicit Dominus : Super tribus sceleribus Edom, et super quatuor non convertam eum, eo quod persecutus sit in gladio fratrem suum, et violaverit misericordiam ejus, et tenuerit ultra furorem suum, et indignationem suam servaverit usque in finem.

am 1: 12

Versão Versículo
ARA Por isso, meterei fogo a Temã, fogo que consumirá os castelos de Bozra.
ARC Por isso porei fogo a Temã, e ele consumirá os palácios de Bozra.
TB Porém meterei a Temã um fogo que devorará os palácios de Bozra.
HSB וְשִׁלַּ֥חְתִּי אֵ֖שׁ בְּתֵימָ֑ן וְאָכְלָ֖ה אַרְמְנ֥וֹת בָּצְרָֽה׃ פ
BKJ mas eu enviarei fogo a Temã, que consumirá os palácios de Bozra.
LTT Por isso enviarei fogo contra Temã, e isto consumirá os palácios- fortalecidos- sobre- lugares- altos de Bozra.
BJ2 enviarei fogo contra Temã,[r] e ele devorará os palácios de Bosra.
VULG Mittam ignem in Theman, et devorabit ædes Bosræ.

am 1: 13

Versão Versículo
ARA Assim diz o Senhor: Por três transgressões dos filhos de Amom e por quatro, não sustarei o castigo, porque rasgaram o ventre às grávidas de Gileade, para dilatarem os seus próprios limites.
ARC Assim diz o Senhor: Por três transgressões dos filhos de Amom, e por quatro, não retirarei o castigo, porque fenderam as grávidas de Gileade, para dilatarem os seus termos.
TB Assim diz Jeová: Por causa de três transgressões dos filhos de Amom, sim, de quatro, não desviarei o seu castigo, porque fenderam o ventre às grávidas de Gileade, para dilatarem os seus termos.
HSB כֹּ֚ה אָמַ֣ר יְהוָ֔ה עַל־ שְׁלֹשָׁה֙ פִּשְׁעֵ֣י בְנֵֽי־ עַמּ֔וֹן וְעַל־ אַרְבָּעָ֖ה לֹ֣א אֲשִׁיבֶ֑נּוּ עַל־ בִּקְעָם֙ הָר֣וֹת הַגִּלְעָ֔ד לְמַ֖עַן הַרְחִ֥יב אֶת־ גְּבוּלָֽם׃
BKJ Assim diz o -SENHOR: Por três transgressões dos filhos de Amom, e por quatro, não retirarei o seu castigo, pois eles rasgaram ao meio as grávidas de Gileade, para que eles pudessem ampliar as suas fronteiras;
LTT Assim diz o SENHOR: Por três transgressões dos filhos de Amom, e por quatro, não retirarei dele o castigo, porque fenderam o ventre às grávidas de Gileade, para dilatarem os seus limites.
BJ2 Assim falou Iahweh: Pelos três crimes dos filhos de Amon, pelos quatro, não o revogarei! Porque abriram as entranhas das mulheres grávidas de Galaad para alargar o seu território,
VULG Hæc dicit Dominus : Super tribus sceleribus filiorum Ammon, et super quatuor non convertam eum, eo quod dissecuerit prægnantes Galaad ad dilatandum terminum suum.

am 1: 14

Versão Versículo
ARA Por isso, meterei fogo aos muros de Rabá, fogo que consumirá os seus castelos, com alarido no dia da batalha, com turbilhão no dia da tempestade.
ARC Por isso porei fogo ao muro de Rabá, e ele consumirá os seus palácios, com alarido no dia da batalha, com tempestade no dia da tormenta.
TB Porém meterei aos muros de Rabá um fogo que lhe devorará os palácios, com alarido no dia da batalha, com tempestade no dia do turbilhão.
HSB וְהִצַּ֤תִּי אֵשׁ֙ בְּחוֹמַ֣ת רַבָּ֔ה וְאָכְלָ֖ה אַרְמְנוֹתֶ֑יהָ בִּתְרוּעָה֙ בְּי֣וֹם מִלְחָמָ֔ה בְּסַ֖עַר בְּי֥וֹם סוּפָֽה‪‬‪‬
BKJ por isso, porei fogo ao muro de Rabá, e ele consumirá o seus palácios, com gritos no dia da batalha, com tempestade no dia da tormenta;
LTT Por isso acenderei um fogo contra o muro de Rabá, e isto consumirá os seus palácios- fortalecidos- sobre- lugares- altos , com alarido no dia da batalha, com tempestade no dia do forte redemoínho.
BJ2 atearei fogo nas muralhas de Rabá,[s] e ele devorará os seus palácios, com grito, no dia da batalha, com tempestade no dia da borrasca;
VULG Et succendam ignem in muro Rabba, et devorabit ædes ejus in ululatu in die belli, et in turbine in die commotionis.

am 1: 15

Versão Versículo
ARA O seu rei irá para o cativeiro, ele e os seus príncipes juntamente, diz o Senhor.
ARC E o seu rei irá para o cativeiro, ele e os seus príncipes juntamente, diz o Senhor.
TB O seu rei irá para o cativeiro, ele e seus príncipes juntamente, diz Jeová.
HSB וְהָלַ֥ךְ מַלְכָּ֖ם בַּגּוֹלָ֑ה ה֧וּא וְשָׂרָ֛יו יַחְדָּ֖ו אָמַ֥ר יְהוָֽה׃ פ
BKJ e o seu rei irá para o cativeiro, ele e seus príncipes juntamente, diz o -SENHOR.
LTT E o seu rei irá para o exílio- em- cativeiro, ele e os seus príncipes juntamente, diz o SENHOR.
BJ2 o seu rei irá para o exílio, ele juntamente com os seus príncipes, disse Iahweh.
VULG Et ibit Melchom in captivitatem, ipse et principes ejus simul, dicit Dominus.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Amós 1:1

Êxodo 3:1 E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto e veio ao monte de Deus, a Horebe.
II Samuel 14:2 enviou Joabe a Tecoa, e tomou de lá uma mulher sábia, e disse-lhe: Ora, finge que estás de luto; veste vestes de luto, e não te unjas com óleo, e sejas como uma mulher que há já muitos dias está de luto por algum morto.
I Reis 19:19 Partiu, pois, Elias dali e achou a Eliseu, filho de Safate, que andava lavrando com doze juntas de bois adiante dele; e ele estava com a duodécima. Elias passou por ele e lançou a sua capa sobre ele.
II Reis 14:21 E todo o povo de Judá tomou a Azarias, que já era de dezesseis anos, e o fizeram rei em lugar de Amazias, seu pai.
II Reis 14:23 No décimo quinto ano de Amazias, filho de Joás, rei de Judá, começou a reinar em Samaria Jeroboão, filho de Jeoás, rei de Israel, e reinou quarenta e um anos.
II Crônicas 11:6 Edificou, pois, a Belém, e a Etã, e a Tecoa,
II Crônicas 20:20 E, pela manhã cedo, se levantaram e saíram ao deserto de Tecoa; e, saindo eles, pôs-se em pé Josafá e disse: Ouvi-me, ó Judá e vós, moradores de Jerusalém: Crede no Senhor, vosso Deus, e estareis seguros; crede nos seus profetas e prosperareis.
II Crônicas 26:1 Então, todo o povo tomou a Uzias, que era da idade de dezesseis anos, e o fez rei em lugar de Amazias, seu pai.
Salmos 78:70 Também elegeu a Davi, seu servo, e o tirou dos apriscos das ovelhas.
Isaías 1:1 Visão de Isaías, filho de Amoz, a qual ele viu a respeito de Judá e Jerusalém, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá.
Jeremias 1:1 Palavras de Jeremias, filho de Hilquias, dos sacerdotes que estavam em Anatote, na terra de Benjamim.
Jeremias 6:1 Fugi para salvação vossa, filhos de Benjamim, do meio de Jerusalém; tocai a buzina em Tecoa e levantai o facho sobre Bete-Haquerém; porque da banda do Norte espreita um mal e um grande quebrantamento.
Jeremias 7:27 Dir-lhes-ás, pois, todas estas palavras, mas não te darão ouvidos; chamá-los-ás, mas não te responderão.
Oséias 1:1 Palavra do Senhor que foi dita a Oseias, filho de Beeri, nos dias de Uzias, Jotão, Acaz, Ezequias, reis de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel.
Amós 7:9 Mas os altos de Isaque serão assolados, e destruídos os santuários de Israel; e levantar-me-ei com a espada contra a casa de Jeroboão.
Amós 7:14 E respondeu Amós e disse a Amazias: Eu não era profeta, nem filho de profeta, mas boieiro e cultivador de sicômoros.
Miquéias 1:1 Palavra do Senhor que veio a Miqueias, morastita, nos dias de Jotão, Acaz e Ezequias, reis de Judá, a qual ele viu sobre Samaria e Jerusalém.
Zacarias 14:5 E fugireis pelo vale dos meus montes (porque o vale dos montes chegará até Azel) e fugireis assim como fugistes do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá; então, virá o Senhor, meu Deus, e todos os santos contigo, ó Senhor.
Mateus 1:8 e Asa gerou a Josafá, e Josafá gerou a Jorão, e Jorão gerou a Uzias,
Mateus 4:18 E Jesus, andando junto ao mar da Galileia, viu dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, os quais lançavam as redes ao mar, porque eram pescadores.
I Coríntios 1:27 Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Amós 1:2

I Samuel 25:2 E havia um homem em Maom, que tinha as suas possessões no Carmelo; e era este homem mui poderoso, e tinha três mil ovelhas e mil cabras, e estava tosquiando as suas ovelhas no Carmelo.
Provérbios 20:2 Como o bramido do leão é o terror do rei; o que provoca a sua ira peca contra a sua própria alma.
Isaías 33:9 A terra geme e pranteia, o Líbano se envergonha e se murcha, Sarom se tornou como um deserto, Basã e Carmelo foram sacudidos.
Isaías 35:2 Abundantemente florescerá e também regurgitará de alegria e exultará; a glória do Líbano se lhe deu, bem como a excelência do Carmelo e de Sarom; eles verão a glória do Senhor, a excelência do nosso Deus.
Isaías 42:13 O Senhor, como poderoso, sairá; como homem de guerra, despertará o zelo; clamará, e fará grande ruído, e sujeitará os seus inimigos.
Jeremias 12:4 Até quando lamentará a terra, e se secará a erva de todo o campo? Pela maldade dos que habitam nela, perecem os animais e as aves; porquanto dizem: Ele não verá o nosso último fim.
Jeremias 14:2 Anda chorando Judá, e as suas portas estão enfraquecidas; andam de luto até ao chão, e o clamor de Jerusalém vai subindo.
Jeremias 25:30 Tu, pois, lhes profetizarás todas estas palavras e lhes dirás: O Senhor, desde o alto, bramirá e fará ouvir a sua voz desde a morada da sua santidade; terrivelmente bramirá contra a sua habitação, com grito de alegria, como dos que pisam as uvas, contra todos os moradores da terra.
Jeremias 50:19 E farei tornar Israel para a sua morada e pastará no Carmelo e em Basã; e fartar-se-á a sua alma no monte de Efraim e em Gileade.
Oséias 13:8 Como urso que tem perdido seus filhos, os encontrarei, lhes romperei as teias do seu coração; e ali os devorarei como leão; as feras do campo os despedaçarão.
Joel 1:9 Foi cortada a oferta de manjar e a libação da Casa do Senhor; os sacerdotes, servos do Senhor, estão entristecidos.
Joel 1:16 Porventura o mantimento não está cortado de diante de nossos olhos? A alegria e o regozijo, da Casa de nosso Deus?
Joel 2:11 E o Senhor levanta a sua voz diante do seu exército; porque muitíssimos são os seus arraiais; porque poderoso é, executando a sua palavra; porque o dia do Senhor é grande e mui terrível, e quem o poderá sofrer?
Joel 3:16 E o Senhor bramará de Sião e dará a sua voz de Jerusalém, e os céus e a terra tremerão; mas o Senhor será o refúgio do seu povo e a fortaleza dos filhos de Israel.
Amós 3:7 Certamente o Senhor Jeová não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas.
Amós 4:7 Além disso, retive de vós a chuva, faltando ainda três meses para a ceifa; e fiz chover sobre uma cidade e sobre outra cidade não fiz chover; sobre um campo choveu, mas o outro, sobre o qual não choveu, se secou.
Amós 9:3 E, se se esconderem no cume do Carmelo, buscá-los-ei e dali os tirarei; e, se se ocultarem aos meus olhos no fundo do mar, ali darei ordem à serpente, e ela os morderá.
Naum 1:4 Ele repreende o mar, e o faz secar, e esgota todos os rios; desfalecem Basã e Carmelo, e a flor do Líbano se murcha.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Amós 1:3

I Reis 19:17 E há de ser que o que escapar da espada de Hazael, matá-lo-á Jeú; e o que escapar da espada de Jeú, matá-lo-á Eliseu.
II Reis 8:12 Então, disse Hazael: Por que chora meu senhor? E ele disse: Porque sei o mal que hás de fazer aos filhos de Israel; porás fogo às suas fortalezas, e os seus jovens matarás à espada, e os seus meninos despedaçarás, e as suas pejadas fenderás.
II Reis 10:32 Naqueles dias, começou o Senhor a diminuir os termos de Israel porque Hazael os feriu em todas as fronteiras de Israel,
II Reis 13:3 Pelo que a ira do Senhor se acendeu contra Israel, o qual deu-os na mão de Hazael, rei da Síria, e na mão de Ben-Hadade, filho de Hazael, todos aqueles dias.
II Reis 13:7 Não deixou a Jeoacaz mais povo, senão só cinquenta cavaleiros, e dez carros, e dez mil homens de pé; porquanto o rei da Síria os tinha destruído e os tinha feito como o pó, trilhando-os.
Jó 5:19 Em seis angústias, te livrará; e, na sétima, o mal te não tocará.
Jó 19:3 Já dez vezes me envergonhastes; vergonha não tendes de contra mim vos endurecerdes.
Provérbios 6:16 Estas seis coisas aborrece o Senhor, e a sétima a sua alma abomina:
Eclesiastes 11:2 Reparte com sete e ainda até com oito, porque não sabes que mal haverá sobre a terra.
Isaías 7:8 Mas a cabeça da Síria será Damasco, e o cabeça de Damasco, Rezim; e, dentro de sessenta e cinco anos, Efraim será quebrantado e deixará de ser povo.
Isaías 8:4 Porque, antes que o menino saiba dizer meu pai ou minha mãe, se levarão as riquezas de Damasco e os despojos de Samaria, diante do rei da Assíria.
Isaías 17:1 Peso de Damasco. Eis que Damasco será tirada e já não será cidade, mas um montão de ruínas.
Isaías 41:15 Eis que te preparei trilho novo, que tem dentes agudos; os montes trilharás e moerás; e os outeiros tornarás como a palha.
Jeremias 49:23 Contra Damasco. Envergonhou-se Hamate e Arpade e, porquanto ouviram más novas, desmaiaram; no mar há angústia; não se pode sossegar.
Amós 1:6 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Gaza e por quatro, não retirarei o castigo, porque levaram em cativeiro todos os cativos para os entregarem a Edom.
Amós 1:9 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Tiro e por quatro, não retirarei o castigo, porque entregaram todos os cativos a Edom e não se lembraram da aliança dos irmãos.
Amós 1:11 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Edom e por quatro, não retirarei o castigo, porque perseguiu a seu irmão à espada e baniu toda a misericórdia; e a sua ira despedaça eternamente, e retém a sua indignação para sempre.
Amós 1:13 Assim diz o Senhor: Por três transgressões dos filhos de Amom e por quatro, não retirarei o castigo, porque fenderam as grávidas de Gileade, para dilatarem os seus termos.
Amós 2:1 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Moabe e por quatro, não retirarei o castigo, porque queimou os ossos do rei de Edom, até os reduzir a cal.
Amós 2:4 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Judá e por quatro, não retirarei o castigo, porque rejeitaram a lei do Senhor e não guardaram os seus estatutos; antes, se deixaram enganar por suas próprias mentiras, após as quais andaram seus pais.
Amós 2:6 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Israel e por quatro, não retirarei o castigo, porque vendem o justo por dinheiro e o necessitado por um par de sapatos.
Zacarias 9:1 Peso da palavra do Senhor contra a terra de Hadraque e Damasco, que é o seu repouso; porque o olhar do homem e de todas as tribos de Israel se volta para o Senhor.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Amós 1:4

Juízes 9:19 se em verdade e sinceridade usastes com Jerubaal e com a sua casa hoje, alegrai-vos com Abimeleque, e também ele se alegre convosco.
Juízes 9:57 Como também todo o mal dos homens de Siquém fez tornar sobre a cabeça deles; e a maldição de Jotão, filho de Jerubaal, veio sobre eles.
I Reis 19:15 E o Senhor lhe disse: Vai, volta pelo teu caminho para o deserto de Damasco, vem e unge a Hazael rei sobre a Síria.
I Reis 20:1 E Ben-Hadade, rei da Síria, ajuntou todas as suas forças; e trinta e dois reis, e cavalos, e carros havia com ele; e subiu, e cercou a Samaria, e pelejou contra ela.
II Reis 6:24 E sucedeu, depois disso, que Ben-Hadade, rei da Síria, ajuntou todo o seu exército; e subiu e cercou a Samaria.
II Reis 8:7 Depois, veio Eliseu a Damasco, estando Ben-Hadade, rei da Síria, doente; e lho anunciaram, dizendo: O homem de Deus é chegado aqui.
II Reis 13:3 Pelo que a ira do Senhor se acendeu contra Israel, o qual deu-os na mão de Hazael, rei da Síria, e na mão de Ben-Hadade, filho de Hazael, todos aqueles dias.
II Reis 13:25 E Jeoás, filho de Jeoacaz, tornou a tomar as cidades das mãos de Ben-Hadade, que este tinha tomado das mãos de Jeoacaz, seu pai, na guerra; três vezes Jeoás o feriu e recuperou as cidades de Israel.
II Crônicas 16:2 Então, tirou Asa a prata e o ouro dos tesouros da Casa do Senhor e da casa do rei; e enviou a Ben-Hadade, rei da Síria, que habitava em Damasco, dizendo:
Jeremias 17:27 Mas, se não me derdes ouvidos, para santificardes o dia de sábado e para não trazerdes carga alguma, quando entrardes pelas portas de Jerusalém no dia de sábado, então, acenderei fogo nas suas portas, o qual consumirá os palácios de Jerusalém e não se apagará.
Jeremias 49:27 E acenderei fogo no muro de Damasco, o qual consumirá os palácios de Ben-Hadade.
Ezequiel 30:8 E saberão que eu sou o Senhor, quando eu puser fogo ao Egito e forem destruídos todos os que lhe davam auxílio.
Ezequiel 39:6 E enviarei um fogo sobre Magogue e entre os que habitam seguros nas ilhas; e saberão que eu sou o Senhor.
Oséias 8:14 Porque Israel se esqueceu do seu Criador e edificou palácios, e Judá multiplicou cidades fortes; mas eu enviarei um fogo contra as suas cidades, e ele consumirá os seus palácios.
Amós 1:7 Por isso porei fogo ao muro de Gaza, e ele consumirá os seus palácios.
Amós 1:10 Por isso, porei fogo ao muro de Tiro, e ele consumirá os seus palácios.
Amós 1:12 Por isso, porei fogo a Temã, e ele consumirá os palácios de Bozra.
Amós 1:14 Por isso, porei fogo ao muro de Rabá, e ele consumirá os seus palácios, com alarido no dia da batalha, com tempestade no dia da tormenta.
Amós 2:2 Por isso, porei fogo a Moabe, e ele consumirá os palácios de Queriote; e Moabe morrerá com grande estrondo, com alarido, com som de buzina.
Amós 2:5 Por isso, porei fogo a Judá, e ele consumirá os palácios de Jerusalém.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Amós 1:5

II Reis 16:9 E o rei da Assíria lhe deu ouvidos; pois o rei da Assíria subiu contra Damasco, e tomou-a, e levou o povo para Quir, e matou a Rezim.
Isaías 43:14 Assim diz o Senhor, teu Redentor, o Santo de Israel: Por amor de vós, enviei inimigos contra a Babilônia e a todos farei descer como fugitivos, isto é, os caldeus, nos navios com que se vangloriavam.
Jeremias 50:36 A espada virá sobre os mentirosos, e ficarão insensatos; a espada virá sobre os seus valentes, e desmaiarão.
Jeremias 51:30 Os valentes de Babilônia cessaram de pelejar, ficaram nas fortalezas, desfaleceu a sua força, tornaram-se como mulheres; incendiaram as suas moradas, quebrados foram os seus ferrolhos.
Lamentações de Jeremias 2:9 Abateram as suas portas; ele destruiu e quebrou os seus ferrolhos; o seu rei e os seus príncipes estão entre as nações onde não há lei, nem acham visão alguma do Senhor os seus profetas. Jode.
Amós 9:7 Não sois vós para mim, ó filhos de Israel, como os filhos dos etíopes? Diz o Senhor. Não fiz eu subir a Israel da terra do Egito, e aos filisteus, de Caftor, e aos siros, de Quir?
Naum 3:13 Eis que o teu povo no meio de ti será como mulheres; as portas da tua terra estarão de todo abertas aos teus inimigos; o fogo consumirá os teus ferrolhos.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Amós 1:6

I Samuel 6:17 Estas, pois, são as hemorroidas de ouro que enviaram os filisteus ao Senhor, em expiação da culpa: por Asdode uma, por Gaza outra, por Asquelom outra, por Gate outra, por Ecrom outra;
II Crônicas 21:16 Despertou, pois, o Senhor contra Jeorão o espírito dos filisteus e dos arábios, que estão da banda dos etíopes.
II Crônicas 28:18 Também os filisteus deram sobre as cidades da campina e do Sul de Judá e tomaram Bete-Semes, e Aijalom, e Gederote, e Socó, e os lugares da sua jurisdição, e Timna, e os lugares da sua jurisdição, e Ginzo, e os lugares da sua jurisdição; e habitaram ali.
Isaías 14:29 Não te alegres, toda a Filístia, por ser quebrada a vara que te feria; porque da raiz da cobra sairá um basilisco, e o seu fruto será uma serpente ardente, voadora.
Jeremias 47:1 Palavra do Senhor que veio a Jeremias, o profeta, contra os filisteus, antes que Faraó ferisse a Gaza.
Jeremias 47:4 por causa do Dia que vem para destruir a todos os filisteus, para cortar de Tiro e de Sidom todo o resto que os socorra; porque o Senhor destruirá os filisteus, o resto da ilha de Caftor.
Ezequiel 25:15 Assim diz o Senhor Jeová: Visto como os filisteus usaram de vingança e executaram vingança de coração com malícia, para destruírem com perpétua inimizade,
Ezequiel 35:5 Pois que guardas inimizade perpétua e abandonaste os filhos de Israel à violência da espada, no tempo da extrema iniquidade.
Joel 3:6 e vendestes os filhos de Judá e os filhos de Jerusalém aos filhos dos gregos, para os apartar para longe dos seus termos;
Amós 1:3 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Damasco e por quatro, não retirarei o castigo, porque trilharam a Gileade com trilhos de ferro.
Amós 1:9 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Tiro e por quatro, não retirarei o castigo, porque entregaram todos os cativos a Edom e não se lembraram da aliança dos irmãos.
Amós 1:11 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Edom e por quatro, não retirarei o castigo, porque perseguiu a seu irmão à espada e baniu toda a misericórdia; e a sua ira despedaça eternamente, e retém a sua indignação para sempre.
Obadias 1:11 No dia em que estiveste em frente dele, no dia em que os forasteiros levavam cativo o seu exército, e os estranhos entravam pelas suas portas, e lançavam sortes sobre Jerusalém, tu mesmo eras um deles.
Sofonias 2:4 Porque Gaza será desamparada, e Asquelom, assolada; Asdode ao meio-dia será expelida, e Ecrom, desarraigada.
Zacarias 9:5 Asquelom o verá e temerá, também Gaza e terá grande dor, igualmente Ecrom, porque a sua esperança será iludida; e o rei de Gaza perecerá, e Asquelom não será habitada.
Atos 8:26 E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda do Sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserto.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Amós 1:7

Deuteronômio 32:35 Minha é a vingança e a recompensa, ao tempo em que resvalar o seu pé; porque o dia da sua ruína está próximo, e as coisas que lhes hão de suceder se apressam a chegar.
Deuteronômio 32:41 Se eu afiar a minha espada reluzente e travar do juízo a minha mão, farei tornar a vingança sobre os meus adversários e recompensarei os meus aborrecedores.
II Reis 18:8 Ele feriu os filisteus até Gaza, como também os termos dela, desde a torre dos atalaias até à cidade forte.
II Crônicas 26:6 Porque saiu, e guerreou contra os filisteus, e quebrou o muro de Gate, e o muro de Jabné, e o muro de Asdode, e edificou cidades em Asdode e entre os filisteus.
Salmos 75:7 Mas Deus é o juiz; a um abate e a outro exalta.
Salmos 94:1 Ó Senhor Deus, a quem a vingança pertence, ó Deus, a quem a vingança pertence, mostra-te resplandecente!
Jeremias 25:18 a Jerusalém, e às cidades de Judá, e aos seus reis, e aos seus príncipes, para fazer deles um deserto, um espanto, um assobio e uma maldição, como hoje se vê;
Jeremias 47:1 Palavra do Senhor que veio a Jeremias, o profeta, contra os filisteus, antes que Faraó ferisse a Gaza.
Amós 1:4 Por isso, porei fogo à casa de Hazael, e ele consumirá os palácios de Ben-Hadade.
Sofonias 2:4 Porque Gaza será desamparada, e Asquelom, assolada; Asdode ao meio-dia será expelida, e Ecrom, desarraigada.
Zacarias 9:5 Asquelom o verá e temerá, também Gaza e terá grande dor, igualmente Ecrom, porque a sua esperança será iludida; e o rei de Gaza perecerá, e Asquelom não será habitada.
Romanos 12:19 Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Amós 1:8

II Crônicas 26:6 Porque saiu, e guerreou contra os filisteus, e quebrou o muro de Gate, e o muro de Jabné, e o muro de Asdode, e edificou cidades em Asdode e entre os filisteus.
Salmos 81:14 Em breve eu abateria os seus inimigos e voltaria a minha mão contra os seus adversários.
Isaías 1:25 E voltarei contra ti a minha mão e purificarei inteiramente as tuas escórias; e tirar-te-ei toda a impureza.
Isaías 14:29 Não te alegres, toda a Filístia, por ser quebrada a vara que te feria; porque da raiz da cobra sairá um basilisco, e o seu fruto será uma serpente ardente, voadora.
Isaías 20:1 No ano em que veio Tartã a Asdode, enviando-o Sargão, rei da Assíria, e guerreou contra Asdode, e a tomou,
Jeremias 47:4 por causa do Dia que vem para destruir a todos os filisteus, para cortar de Tiro e de Sidom todo o resto que os socorra; porque o Senhor destruirá os filisteus, o resto da ilha de Caftor.
Ezequiel 25:16 portanto, assim diz o Senhor Jeová: Eis que eu estendo a mão contra os filisteus, e arrancarei os quereteus, e destruirei o resto da costa do mar.
Amós 3:9 Fazei ouvir isto nos palácios de Asdode e nos palácios da terra do Egito e dizei: Ajuntai-vos sobre os montes de Samaria e vede os grandes alvoroços no meio dela e os oprimidos dentro dela.
Sofonias 2:4 Porque Gaza será desamparada, e Asquelom, assolada; Asdode ao meio-dia será expelida, e Ecrom, desarraigada.
Zacarias 9:6 E um bastardo habitará em Asdode, e exterminarei a soberba dos filisteus.
Zacarias 13:7 Ó espada, ergue-te contra o meu Pastor e contra o varão que é o meu companheiro, diz o Senhor dos Exércitos; fere o Pastor, e espalhar-se-ão as ovelhas; mas volverei a minha mão para os pequenos.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Amós 1:9

II Samuel 5:11 E Hirão, rei de Tiro, enviou mensageiros a Davi, e madeira de cedro, e carpinteiros, e pedreiros, que edificaram a Davi uma casa.
I Reis 5:1 E enviou Hirão, rei de Tiro, os seus servos a Salomão (porque ouvira que ungiram a Salomão rei em lugar de seu pai), porquanto Hirão sempre tinha amado a Davi.
I Reis 9:11 (para o que Hirão, rei de Tiro, trouxera a Salomão madeira de cedro e de faia e ouro, segundo todo o seu desejo). Então, deu o rei Salomão a Hirão vinte cidades na terra de Galileia.
II Crônicas 2:8 Manda-me também madeira de cedros, faias, e algumins do Líbano; porque bem sei eu que os teus servos sabem cortar madeira no Líbano; e eis que os meus servos estarão com os teus servos,
Isaías 23:1 Peso de Tiro. Uivai, navios de Társis, porque está assolada, a ponto de não haver nela casa nenhuma, e de ninguém mais entrar nela; desde a terra de Quitim lhes foi isto revelado.
Jeremias 25:22 e a todos os reis de Tiro, e a todos os reis de Sidom, e aos reis das ilhas dalém do mar;
Jeremias 47:4 por causa do Dia que vem para destruir a todos os filisteus, para cortar de Tiro e de Sidom todo o resto que os socorra; porque o Senhor destruirá os filisteus, o resto da ilha de Caftor.
Ezequiel 26:1 E sucedeu, no undécimo ano, ao primeiro do mês, que veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Joel 3:4 E também que tendes vós comigo, Tiro e Sidom e todos os termos da Fenícia? É tal o pago que vós me dais? Pois, se me pagais assim, bem depressa farei cair a vossa paga sobre a vossa cabeça.
Amós 1:6 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Gaza e por quatro, não retirarei o castigo, porque levaram em cativeiro todos os cativos para os entregarem a Edom.
Amós 1:11 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Edom e por quatro, não retirarei o castigo, porque perseguiu a seu irmão à espada e baniu toda a misericórdia; e a sua ira despedaça eternamente, e retém a sua indignação para sempre.
Zacarias 9:2 E também Hamate nela terá termo, e Tiro, e Sidom, ainda que sejam mui sábias.
Mateus 11:21 Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que se teriam arrependido com pano de saco grosseiro e com cinza.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Amós 1:10

Ezequiel 26:12 E roubarão as tuas riquezas, e saquearão as tuas mercadorias, e derribarão os teus muros, e arrasarão as tuas casas preciosas; e as tuas pedras, e as tuas madeiras, e o teu pó lançarão no meio das águas.
Amós 1:4 Por isso, porei fogo à casa de Hazael, e ele consumirá os palácios de Ben-Hadade.
Amós 1:7 Por isso porei fogo ao muro de Gaza, e ele consumirá os seus palácios.
Zacarias 9:4 Eis que o Senhor a despojará e ferirá no mar a sua força, e ela será consumida pelo fogo.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Amós 1:11

Gênesis 27:40 E pela tua espada viverás e ao teu irmão servirás. Acontecerá, porém, que, quando te libertares, então, sacudirás o seu jugo do teu pescoço.
Números 20:14 Depois, Moisés desde Cades mandou mensageiros ao rei de Edom, dizendo: Assim diz teu irmão Israel: Sabes todo o trabalho que nos sobreveio;
Deuteronômio 2:4 E dá ordem ao povo, dizendo: Passareis pelos termos de vossos irmãos, os filhos de Esaú, que habitam em Seir; e eles terão medo de vós; porém guardai-vos bem.
Deuteronômio 23:7 Não abominarás o edomita, pois é teu irmão; nem abominarás o egípcio, pois estrangeiro foste na sua terra.
II Crônicas 28:17 Além disso, também os edomitas vieram, e feriram a Judá, e levaram presos em cativeiro.
Salmos 83:3 Astutamente formam conselho contra o teu povo e conspiram contra os teus protegidos.
Salmos 85:5 Estarás para sempre irado contra nós? Estenderás a tua ira a todas as gerações?
Salmos 137:7 Lembra-te, Senhor, dos filhos de Edom no dia de Jerusalém, porque diziam: Arrasai-a, arrasai-a, até aos seus alicerces.
Eclesiastes 7:9 Não te apresses no teu espírito a irar-te, porque a ira abriga-se no seio dos tolos.
Isaías 21:11 Peso de Dumá. Gritam-me de Seir: Guarda, que houve de noite? Guarda, que houve de noite?
Isaías 34:1 Chegai-vos, nações, para ouvir; e vós, povos, escutai; ouça a terra, e a sua plenitude, o mundo e tudo quanto produz.
Isaías 57:16 Porque para sempre não contenderei, nem continuamente me indignarei; porque o espírito perante a minha face se enfraqueceria, e as almas que eu fiz.
Isaías 63:1 Quem é este que vem de Edom, de Bozra, com vestes tintas? Este que é glorioso em sua vestidura, que marcha com a sua grande força? Eu, que falo em justiça, poderoso para salvar.
Jeremias 49:7 Contra Edom. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Acaso, não há mais sabedoria em Temã? Já pereceu o conselho dos sábios? Corrompeu-se a sua sabedoria?
Lamentações de Jeremias 4:21 Regozija-te e alegra-te, ó filha de Edom, que habitas na terra de Uz; o cálice chegará também para ti; embebedar-te-ás e te descobrirás. Tau.
Ezequiel 25:12 Assim diz o Senhor Jeová: Pois que Edom se houve vingativamente para com a casa de Judá, e se fizeram culpadíssimos, quando se vingaram dela,
Ezequiel 35:1 E veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
Joel 3:19 O Egito se tornará uma assolação, e Edom se fará um deserto de solidão, por causa da violência que fizeram aos filhos de Judá, em cuja terra derramaram sangue inocente.
Obadias 1:1 Visão de Obadias: Assim diz o Senhor Jeová a respeito de Edom: Temos ouvido a pregação do Senhor, e foi enviado às nações um embaixador, dizendo: Levantai-vos, e levantemo-nos contra ela para a guerra.
Miquéias 7:18 Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade e que te esqueces da rebelião do restante da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na benignidade.
Malaquias 1:2 Eu vos amei, diz o Senhor; mas vós dizeis: Em que nos amaste? Não foi Esaú irmão de Jacó? ? disse o Senhor; todavia amei a Jacó
Malaquias 1:4 Ainda que Edom diga: Empobrecidos somos, porém tornaremos a edificar os lugares desertos, assim diz o Senhor dos Exércitos: Eles edificarão, e eu destruirei, e lhes chamarão Termo-de-Impiedade e Povo-Contra-Quem-O-Senhor-Está-Irado-Para-Sempre.
Efésios 4:26 Irai-vos e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira.
Efésios 5:1 Sede, pois, imitadores de Deus, como filhos amados;
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Amós 1:12

Gênesis 36:11 E os filhos de Elifaz foram: Temã, Omar, Zefô, Gaetã e Quenaz.
Gênesis 36:33 E morreu Belá; e Jobabe, filho de Zerá, de Bozra, reinou em seu lugar.
Isaías 34:6 A espada do Senhor está cheia de sangue, está cheia da gordura de sangue de cordeiros e de bodes, da gordura dos rins de carneiros; porque o Senhor tem sacrifício em Bozra e grande matança na terra de Edom.
Jeremias 49:7 Contra Edom. Assim diz o Senhor dos Exércitos: Acaso, não há mais sabedoria em Temã? Já pereceu o conselho dos sábios? Corrompeu-se a sua sabedoria?
Jeremias 49:13 Porque por mim mesmo jurei, diz o Senhor, que Bozra servirá de espanto, de opróbrio, de assolação e de execração; e todas as suas cidades se tornarão em assolações perpétuas.
Jeremias 49:20 Portanto, ouvi o conselho do Senhor, que ele decretou contra Edom, e os seus desígnios, que ele intentou contra os moradores de Temã; certamente, os menores do rebanho os arrastarão; certamente, assolará as suas moradas sobre eles.
Jeremias 49:22 Eis que, como águia, subirá, e voará, e estenderá as asas sobre Bozra; e o coração dos valentes de Edom, naquele dia, será como o coração da mulher que está em suas dores.
Obadias 1:9 E os teus valentes, ó Temã, estarão atemorizados, para que da montanha de Esaú seja cada um exterminado pela matança.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Amós 1:13

Deuteronômio 2:19 e chegarás até defronte dos filhos de Amom; não os molestes e com eles não contendas, porque da terra dos filhos de Amom te não darei herança, porquanto aos filhos de Ló a tenho dado por herança.
Deuteronômio 23:3 Nenhum amonita ou moabita entrará na congregação do Senhor; nem ainda a sua décima geração entrará na congregação do Senhor, eternamente.
Juízes 10:7 E a ira do Senhor se acendeu contra Israel, e vendeu-o em mão dos filisteus e em mão dos filhos de Amom.
Juízes 11:15 dizendo-lhe: Assim diz Jefté: Israel não tomou nem a terra dos moabitas nem a terra dos filhos de Amom;
I Samuel 11:1 Então, subiu Naás, amonita, e sitiou a Jabes-Gileade; e disseram todos os homens de Jabes a Naás: Faze aliança conosco, e te serviremos.
II Samuel 10:1 E aconteceu, depois disso, que morreu o rei dos filhos de Amom, e seu filho Hanum reinou em seu lugar.
II Reis 24:2 E Deus enviou contra Jeoaquim as tropas dos caldeus, e as tropas dos siros, e as tropas dos moabitas, e as tropas dos filhos de Amom; e as enviou contra Judá, para o destruir, conforme a palavra que o Senhor falara pelo ministério de seus servos, os profetas.
II Crônicas 20:1 E sucedeu que, depois disso, os filhos de Moabe, e os filhos de Amom, e, com eles, alguns outros dos amonitas vieram à peleja contra Josafá.
II Crônicas 20:10 Agora, pois, eis que os filhos de Amom e de Moabe e os das montanhas de Seir, pelos quais não permitiste que passasse Israel, quando vinham da terra do Egito, mas deles se desviaram e não o destruíram,
Neemias 2:19 O que ouvindo Sambalate, o horonita, e Tobias, o servo amonita, e Gesém, o arábio, zombaram de nós, e desprezaram-nos, e disseram: Que é isso que fazeis? Quereis rebelar-vos contra o rei?
Neemias 4:7 E sucedeu que, ouvindo Sambalate, e Tobias, e os arábios, e os amonitas, e os asdoditas que tanto ia crescendo a reparação dos muros de Jerusalém, que já as roturas se começavam a tapar, iraram-se sobremodo.
Salmos 83:7 de Gebal, de Amom, de Amaleque e a Filístia com os moradores de Tiro.
Isaías 5:8 Ai dos que ajuntam casa a casa, reúnem herdade a herdade, até que não haja mais lugar, e fiquem como únicos moradores no meio da terra!
Jeremias 49:1 Contra os filhos de Amom. Assim diz o Senhor: Acaso, não tem filhos Israel, nem tem herdeiros? Por que, pois, herdou Malcã a Gade, e o seu povo habitou nas suas cidades?
Ezequiel 21:28 E tu, ó filho do homem, profetiza e dize: Assim diz o Senhor Jeová acerca dos filhos de Amom e acerca do seu desprezo; dize, pois: A espada, a espada está desembainhada, açacalada para a matança, para consumir, para reluzir;
Ezequiel 25:2 Filho do homem, dirige o rosto contra os filhos de Amom e profetiza contra eles.
Ezequiel 35:10 Visto como dizes: Os dois povos e as duas terras serão meus, e os possuiremos, sendo que o Senhor se achava ali,
Oséias 13:16 Samaria virá a ser deserta, porque se rebelou contra o seu Deus; cairão à espada, seus filhos serão despedaçados, e as suas mulheres grávidas serão abertas pelo meio.
Amós 1:3 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Damasco e por quatro, não retirarei o castigo, porque trilharam a Gileade com trilhos de ferro.
Habacuque 2:5 Tanto mais que, por ser dado ao vinho, é desleal; um homem soberbo, que não se contém, que alarga como o sepulcro o seu desejo e, como a morte, que não se farta, ajunta a si todas as nações e congrega a si todos os povos.
Sofonias 2:8 Eu ouvi o escárnio de Moabe e as injuriosas palavras dos filhos de Amom, com que escarneceram do meu povo e se engrandeceram contra o seu termo.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Amós 1:14

Deuteronômio 3:11 (Porque só Ogue, rei de Basã, ficou do resto dos gigantes; eis que o seu leito, um leito de ferro, não está porventura em Rabá dos filhos de Amom? De nove côvados o seu comprimento, e de quatro côvados a sua largura, pelo côvado de um homem.)
II Samuel 12:26 Entretanto, pelejou Joabe contra Rabá, dos filhos de Amom, e tomou a cidade real.
Jó 39:25 Ao soar das buzinas, diz: Eia! E de longe cheira a guerra, e o trovão dos príncipes, e o alarido.
Salmos 83:15 assim persegue-os com a tua tempestade e assombra-os com o teu torvelinho.
Isaías 9:5 Porque toda a armadura daqueles que pelejavam com ruído e as vestes que rolavam no sangue serão queimadas, servirão de pasto ao fogo.
Isaías 30:30 E o Senhor fará ouvir a glória da sua voz e fará ver o abaixamento do seu braço, com indignação de ira, e a labareda do seu fogo consumidor, e raios, e dilúvio, e pedra de saraiva.
Jeremias 49:2 Portanto, eis que vêm dias, diz o Senhor, em que farei ouvir em Rabá dos filhos de Amom o alarido de guerra, e tornar-se-á num montão de ruínas, e os lugares da sua jurisdição serão queimados; e Israel herdará aqueles que o herdaram, diz o Senhor.
Ezequiel 25:5 E farei de Rabá uma estrebaria de camelos e dos filhos de Amom, um curral de ovelhas; e sabereis que eu sou o Senhor.
Daniel 11:40 E, no fim do tempo, o rei do Sul lutará com ele, e o rei do Norte o acometerá com carros, e com cavaleiros, e com muitos navios; e entrará nas terras, e as inundará, e passará.
Amós 2:2 Por isso, porei fogo a Moabe, e ele consumirá os palácios de Queriote; e Moabe morrerá com grande estrondo, com alarido, com som de buzina.
Zacarias 7:14 E os espalharei com tempestade entre todas as nações que eles não conheceram, e a terra será assolada atrás deles, de sorte que ninguém passará por ela, nem se voltará, porque têm feito da terra desejada uma desolação.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Amós 1:15

Jeremias 49:3 Uiva, ó Hesbom, porque é destruída Ai; clamai, ó filhas de Rabá, cingi-vos de panos de saco, lamentai e dai voltas pelos valados, porque Malcã irá em cativeiro, e os seus sacerdotes e os seus príncipes juntamente.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

ou "destruiu", ou "aniquilou".



Gematria

Gematria é a numerologia hebraica, uma técnica de interpretação rabínica específica de uma linhagem do judaísmo que a linhagem Mística.

Dois (2)

A natureza dualística existente no cosmo. O positivo e negativo, o bem e o mal, céus e terra, anoite e o dia, ..., Etc. É a pluralidade das criaturas existentes no mundo, isto é, as coisas tangíveis; a matéria.

quatro (4)

As quatro direções (norte, sul, leste e oeste) juntamente com os elementos básicos do mundo físico (fogo, ar, água e terra). A união dos níveis de interpretação da Torá (pshat - literal, remez - alusivo, drush - alegórico e sod - místico). O conjunto completo da família (pai, mãe, filho e filha). Também representa a humildade e a auto-anulação perante Deus.

quatro (4)

As quatro direções (norte, sul, leste e oeste) juntamente com os elementos básicos do mundo físico (fogo, ar, água e terra). A união dos níveis de interpretação da Torá (pshat - literal, remez - alusivo, drush - alegórico e sod - místico). O conjunto completo da família (pai, mãe, filho e filha). Também representa a humildade e a auto-anulação perante Deus.

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As quatro direções (norte, sul, leste e oeste) juntamente com os elementos básicos do mundo físico (fogo, ar, água e terra). A união dos níveis de interpretação da Torá (pshat - literal, remez - alusivo, drush - alegórico e sod - místico). O conjunto completo da família (pai, mãe, filho e filha). Também representa a humildade e a auto-anulação perante Deus.

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As quatro direções (norte, sul, leste e oeste) juntamente com os elementos básicos do mundo físico (fogo, ar, água e terra). A união dos níveis de interpretação da Torá (pshat - literal, remez - alusivo, drush - alegórico e sod - místico). O conjunto completo da família (pai, mãe, filho e filha). Também representa a humildade e a auto-anulação perante Deus.

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As quatro direções (norte, sul, leste e oeste) juntamente com os elementos básicos do mundo físico (fogo, ar, água e terra). A união dos níveis de interpretação da Torá (pshat - literal, remez - alusivo, drush - alegórico e sod - místico). O conjunto completo da família (pai, mãe, filho e filha). Também representa a humildade e a auto-anulação perante Deus.



Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

OS PATRIARCAS: AS EVIDÊNCIAS BÍBLICAS

Início do segundo milênio a.C.

UM CONTEXTO CRONOLÓGICO

Gênesis 12:50 trata da relação de Deus com um homem, Abraão, e seus descendentes: Isaque, Jacó (Israel) e seus doze filhos, dos quais José é o mais destacado. É difícil situar os "patriarcas", como costumam ser chamados, num período histórico exato. Para isso, é preciso considerar, em grande medida, a data fornecida para um acontecimento posterior da história bíblica, a saber, o êxodo, para o qual são definidas duas datas (como veremos em detalhes mais adiante).
Uma das datas para o êxodo é 1447 a.C.' Considerando-se que os israelitas permaneceram no Egito durante 430 anos, pode-se concluir que Jacó e seus filhos chegaram ao Egito em 1877 a.C. Assim, Abraão deve ter nascido na metade do século XXII a.C.
A outra data para o êxodo é c. 1270 a.C. Aceitando-se os mesmos dados mencionados acima, Abraão deve ter nascido por volta de 2000 a.C.
Alguns estudiosos também consideram que a estadia de Israel no Egito foi mais curta e situam os patriarcas num período posterior (mais próximo de nossa época), entre os séculos 20 e XVI a.C., a Média Idade do Bronze II.

ABRÃO VIAJA DE UR PARA HARÀ Tera, o pai de Abrão (como ele era conhecido naquele tempo), deixou "Ur dos caldeus"* e se assentou em Harà, na fronteira norte da Mesopotâmia, 32 km a sudeste da atual cidade turca de Urfa. Para alguns, Ur e Urfa se referem ao mesmo lugar, mas, nesse caso, Abrão teria voltado pelo mesmo caminho de onde veio antes de partir para Canaâ. Na verdade, a designação "Ur dos caldeus" resolve a questão. Os caldeus foram um povo que viveu no sul do Iraque do final do segundo milênio em diante.
Assim, Ur dos caldeus deve ser identificada com a cidade famosa de Ur, no sul do Iraque, conhecida hoje como Tell el- Muqayyar. Ur era um dos centros de uma civilização sofisticada vários séculos antes de Abraão, como indicam o Cemitério Real de Ur e o zigurate (templo em forma de torre) de Ur-Nammu, datados respectivamente de c. 2500 a.C. e 2113-2096 a.C.

ABRÃO VIAJA DE CANAÁ PARA O EGITO

Quando Abrão estava com cerca de 75 anos de idade, ele respondeu ao chamado de Deus para deixar seu país, seu povo e a casa de seu pai e se dirigir à terra que o Senhor lhe mostraria.* Abrão foi para Canaã, a terra prometida, mas uma grave escassez de alimento o levou a buscar refúgio no Egito. Lá, sua esposa Sarai (chamada posteriormente de Sara) chamou a atenção do Faraó.

EM CANAÃ

Ao voltar a Canaã, Abrão se tornou extremamente rico em rebanhos, prata e ouro. Tinha tantos rebanhos que precisou se separar de seu sobrinho, Ló, o qual escolheu armar suas tendas próximo a Sodoma, cujos habitantes eram conhecidos por sua grande perversidade. De acordo com Gênesis 19:24-25, "fez o Senhor chover enxofre e fogo, da parte do Senhor, sobre Sodoma e Gomorra. E subverteu aquelas cidades, e toda a campina". Não há dúvidas que Sodoma e Gomorra ficavam próximas, ou talvez debaixo, do atual mar Morto, mas é impossível determinar a localização exata das duas cidades proporção extraordinária de sal (25 por cento) do mar Morto pode ser evidência dessa calamidade.
Abrão (Pai exaltado) se tornaria Abraão (Pai de muitos)." ¡ Agar, a serva de Sara, lhe deu à luz Ismael e a própria Sara lhe deu à luz Isaque (o filho da promessa).° Quando Sara faleceu em Quiriate-Arba (atual Hebrom), Abraão comprou de Efrom, o heteu, um campo com uma caverna e ali sepultou a esposa. Posteriormente, Abraão, seu filho Isaque, Rebeca, esposa de Isaque, seu filho Jacó e Lia, a esposa de Jacó, também foram sepultados nesse local.
Isaque reabriu os poços que haviam sido cavados por Abraão no vale de Gerar e, de acordo com João 4:5-6, Jacó cavou um poço em Sicar, próximo a Siquém.
Fica evidente que os patriarcas eram homens de grande riqueza e influência em Canaã. Abrão tinha trezentos e dezoito "homens dos mais capazes" à sua disposição.' Aliás, a expressão "homens dos mais capazes" é bastante antiga, pois também aparece em textos egípcios de execração (maldição) do final do século XIX a.C. Os patriarcas se casaram com parentas: Isaque se casou com Rebeca, sobrinha neta de seu pai, e Jacó se casou com suas primas Lia e Raquel. Essas três mulheres eram da região de Harã, também chamada Harâ- Naharaim e Pada-Arã.

 

 

Por Paul Lawrence


Árvore genealógica dos patriarcas
Árvore genealógica dos patriarcas
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.

OS REIS DE JUDÁ

930-701 a.C.
Voltamo-nos agora para os acontecimentos em Tudá, o reino do sul, cujo governo era centrado em Jerusalém. Os reis que ocuparam o trono de Davi depois de Roboão constituíram uma dinastia muito mais estável e duradoura do que os governantes de Israel, o reino do norte.

SISAQUE ATACA ROBOÃO
Roboão (930-913 a.C.) estava no trono há apenas cinco anos (em 926 a.C.) quando teve de enfrentar a grande invasão de Sisaque, rei do Egito. Sisaque levou embora alguns dos tesouros do templo e do palacio real, inclusive os escudos de ouro feitos por Salomão. O rei do Egito deve ser identificado com Shosheng (945-924 a.C.), o fundador da vigésima segunda dinastia.
Sisaque I deixou no templo de Amun, Karnak, um relevo com uma cena triunfal que traz o nome de várias cidades da Palestina permite fazer uma reconstrução detalhada de sua campanha. Uma estela quebrada com as cártulas distintivas de Shosheng 1 to1 encontrada em Megido.

ZERÁ ATACA ASA
Asa (910 869 a.C.), neto de Roboão, derrotou um exército invasor numeroso liderado por Zerá, o etiope (ou cuxita), no vale de Zefatà, próximo a Maressa.? Etiópia (ou Cuxe) era uma região que ia do sul de Assuâ no Egito até Cartum no Sudão. Zerá não ceve ser identificado com o rei contemporâneo do Egito, Osorkon I (924 889 a.C.), pois os nomes não podem ser equivalentes. Convém observar que o livro de Crônicas não chama Zerá de "rei" e, portanto, talvez ele fosse um comandante de Osorkon I. Uma vez que o rei já era idoso na época da campanha, pode ter preferido enviar um general para liderar expedição à Palestina.

A LINHAGEM DE DAVI É AMEAÇADA POR ATALIA
Apesar do Senhor ter prometido a Davi que sua linhagem seria estabelecida para sempre, houve um momento em que ela quase foi extinta. Jeorão (848-841 a.C.), rei de Judá, se casou com Atalia, filha do perverso rei Acabe (873-853 a.C.). Quando Jeú, o rei de Israel, matou Acazias, o filho de Jeorão, Atalia tomou o trono de Judá e se manteve no poder por seis anos (841-835 a.C.). Atalia exterminou todos da família real, exceto um filho de Acazias chamado Joás que ainda era bebè e ficou escondido no templo, sem conhecimento da rainha, durante os seis anos de seu reinado. O sumo sacerdote loiada liderou um golpe bem-sucedido contra a rainha Atalia e o menino Joás foi coroado em seu lugar.

UZIAS
Diz-se que Uzias (também chamado de Azarias) reinou 52 anos sobre Judá. Há evidências claras de que esse período incluiu uma co-regência com seu pai, Amazias, de 792 a.C.até a morte de Amazias em 767 .C. Semelhantemente, Jotão, filho de Uzias, foi regente com ele até a morte de Uzias em 740 a.C. De acordo com o registro bíblico, Uzis reconstruiu Elate, no golfo de Ácaba, derrotou os filisteus e árabes, construiu torres no deserto, cavou cisternas, aumentou o potencial agrícola da terra e desenvolveu máquinas para atirar flechas e pedras grandes. Não se sabe ao certo se tais máquinas eram catapultas (que, de acordo com o escritor grego Diodoro Sículo," foram inventadas apenas em 399 .C.) ou se eram construções especiais sobre os muros e torres que permitiam aos defensores atirar pedras na cabeça dos soldados atacantes. O retrato positivo de Uzias apresentado pelos livros de Reis e Crônicas é contrabalançado com a revelação de que, depois de oferecer incenso sem autorização no templo do Senhor, Uzias foi acometido de uma doença de pele grave, traduzida de forma tradicional, porém anacrônica, como "lepra". Uzias se mudou para uma casa afastada e permaneceu excluído do templo até o final de sua vida. Entrementes, seu filho Jotão governou como regente.

ACAZ
Acaz (735-715 .C.), rei de Judá, é lembrado especificamente por sua perversidade. "Andou no caminho dos reis de Israel e até queimou a seu filho como sacrifício, segundo as abominações dos gentios, que o Senhor lançara de diante dos filhos de Israel" (2Rs 16:3). Tratamos anteriormente de como Acaz lidou com a ameaça de Peca, rei de Israel, pedindo ajuda a Tiglate-Pileser III (746-727 a.C.), rei da Assíria. Além de colocar um novo altar no templo do Senhor, Acaz remove os painéis laterais e as bacias dos suportes móveis de bronze que Salomão havia feito para o templo, tirou o "mar de fundição" de cima dos bois de bronze, colocando-o sobre uma base de pedra, e remove também o passadiço coberto que se usava no sábado e a entrada real do templo. Os profetas contemporâneos 1saías e Miquéias descrevem superstições e práticas pagas abomináveis.

A AMEAÇA ASSÍRIA SOB SARGÃO Il
Vimos que Samaria, a capital do reino do norte, foi tomada pelos assírios em 722 .C. Depois de organizar a deportação dos israelitas de Samaria, o novo rei assírio, Sargão II (722-705 a.C.), avançou para o sul pela planície costeira em 720 a.C., conquistando Gaza e, talvez, Ecrom e Gibetom. Em 712 a.C., Sargão enviou seu turtanu, ou comandante supremo, para reprimir uma rebelião na cidade costeira de Asdode. Um estela fragmentária erigida pelo comandante supremo de Sargão Il foi encontrada em Asdode. O profeta Isaías valeu-se da captura de Asdode para advertir o povo contra a confiança no Egito como um aliado contra a ameaça crescente da Assíria. E os assírios viriam a ameaçar a própria existência do reino de Judá nos acontecimentos marcantes do ano de 701 a.C., tema dos próximos dois capítulos.
invasões contra Judá entre 926-712 a.C. O reino de Judá foi -invadido várias vezes pelo sul por Sisaque, rei do Egito, e por Zera, o cuxita. Pelo norte, foi invadido por Sargão, rei da Assíria, e seu tartà ou comandante supremo
invasões contra Judá entre 926-712 a.C. O reino de Judá foi -invadido várias vezes pelo sul por Sisaque, rei do Egito, e por Zera, o cuxita. Pelo norte, foi invadido por Sargão, rei da Assíria, e seu tartà ou comandante supremo
expansão do Império Assírio em c. 850-650 a.C. A Assíria tornou-se a principal potência no Oriente Próximo. Estabeleceu um império por todo o crescente fértil e conquistou até o Egito por um breve período.
expansão do Império Assírio em c. 850-650 a.C. A Assíria tornou-se a principal potência no Oriente Próximo. Estabeleceu um império por todo o crescente fértil e conquistou até o Egito por um breve período.

PALESTINA - DISTRITOS GEOPOLÍTICOS

Antes de nos envolvermos numa análise mais aprofundada dos aspectos topográficos naturais da Palestina, é necessário definir e, em poucas palavras, delinear certos termos que as Escrituras usam para designar as várias subdivisões geográficas e/ou geopolíticas da terra. Mas, para isso, será proveitoso introduzir, primeiro, dois vocábulos geográficos modernos que, às vezes, são empregados para designar essa terra: Cisjordânia ("deste lado o lado ocidental do rio Jordão") e Transjordânia ("do outro lado [o lado oriental] do rio Jordão"). Já vimos como, em várias épocas, o rio Jordão serviu de fronteira tanto geográfica quanto política. E, antes de prosseguir, é fundamental entender a natureza temporária dessas subdivisões. As fronteiras de um distrito específico podem ter variado ao longo dos séculos, e não é possível estabelecê-las com precisão em cada período. Esse problema é especialmente agravado quando se tenta determinar as fronteiras de um distrito que existiu durante um longo período da história bíblica, talvez durante mais de um milênio. Além do mais, é necessário levar em conta que uma mesma área geográfica frequentemente tinha nomes diferentes em períodos diferentes.

CISJORDÂNIA
De uma perspectiva geopolítica, pode-se dizer que a Cisiordânia esteve dividida em quatro distritos durante a maior parte da história bíblica. Indo do norte para o sul, essas quatro secções foram: Fenícia, Galileia, Samaria e Judá/Judeia.

FENÍCIA
No Antigo Testamento, a Fenícia é em geral definida como uma área litorânea estreita, que se estendia por cerca de 200 quilômetros, desde o rio el-Kabir até o monte Carmelo, e, no lado oriental, era flanqueada pelas montanhas do Líbano e da Galileia. Na época do Novo Testamento, o monte Carmelo já havia caído nas mãos de monarcas de Tiro,62 de sorte que, para o lado sul, a Fenícia chegava até a planície de Dor. A Fenícia foi o cenário de dois milagres da Bíblia: em Sarepta, Eliseu ressuscitou o filho de uma viúva, o qual havia parado de respirar (1Rs 17:8-24), e, na região de Tiro e Sidom, Jesus curou a filha de uma mulher siro-fenícia (Mc 7:24-30). A Fenícia também recebeu várias das primeiras viagens apostólicas.

GALILEIA
Imediatamente a leste da região sul da Fenícia, ficava o distrito da Galileia, o território mais setentrional que o Israel antigo chegou a ocupar. A área central da Galileia se estendia do rio Litani e da região de Dá, no norte, até o vale de Jezreel, no sul, medindo cerca de 80 quilômetros de norte a sul e uns 40 quilômetros de leste a oeste. Em todas as épocas, o distrito esteve dividido por um estreito vale lateral que acompanhava uma falha geológica que saía de Aco/Ptolemaida, rumava para o leste e chegava até a moderna Rosh Pinna (apenas cerca de 16 quilômetros ao norte do mar da Galileia). Esse vale de Beth Kerem divide a Galileia em duas subdivisões: Alta Galileia e Baixa Galileia.3 A distinção é geográfica e não administrativa. O terreno acidentado e praticamente intransponível da Alta Galileia chega a mais de 1.000 metros de altitude, e parte de sua região central é a mais elevada de toda a Cisiordânia (o iebel Jarmuk fica mais de 1.200 metros acima do nível do mar). Na Baixa Galileia, os cumes ficam abaixo de 600 metros de altura. A maioria das referências à Galileia, inclusive todas as do Novo Testamento, é à Baixa Galileia. Por causa de sua localização no norte, a Galileia talvez fosse mais vulnerável à assimilação cultural e ao domínio militar (Is 9:1; Mt 4:15-16; 2Rs 15:29). Embora a Galileia tenha sido habitada pelas tribos de Naftali, Issacar, Zebulom e talvez parte de Aser durante o período da ocupação, a partir do cativeiro babilônico (1Rs 9:10-14) a sua população gentílica passou a ser majoritária. Por isso, o distrito era suspeito tanto do ponto de vista ideológico (Jo 1:46; cp. 7.41,52) quanto do linguístico (Mt 26:73b). Apesar disso, a Galileia se tornou muito importante, igualmente, para judeus e cristãos. Para os judeus, após a destruição de Jerusalém em 70 d.C., a cidade de Tiberíades se converteu, pouco a pouco, no centro da erudição talmúdica; ali o Sinédrio se reuniu pela última vez e a Mishná foi editada; ali se concentraram as famílias de Ben Asher e Ben Naphtali, da tradição massorética; ali também o venerado Códice Aleppo (a mais antiga e mais completa Bíblia hebraica existente) foi criado e é onde se encontram os túmulos dos sábios judeus Maimônides, rabino Akiva e Johanan ben Zekkai. Para os cristãos, a Galileia foi um centro das atividades de Jesus. Ele passou a infância no pacato vilarejo de Nazaré, baseou seu ministério no importante centro de Cafarnaum e, o que talvez seja o mais interessante, ali realizou a maioria de seus milagres públicos.

SAMARIA
Ao sul da Galileia, fica a terceira subdivisão: Samaria. Anteriormente era conhecida como região montanhosa de Efraim (Is 17:15-19.50; Jz 3:27-4.5; 1Sm 1:1-9.4; 1Rs 4:8-2Rs 5,22) e não deve ser confundida com a região montanhosa de Judá (v. a seguir). Por fim, o distrito de Samaria ganhou esse nome devido à terceira e última capital do Reino do Norte (1Rs 16:24). A região central de Samaria se estendia da borda do vale de Jezreel, rumo ao sul, chegando até as proximidades de uma linha topográfica natural que, saindo de Jericó para o oeste, passava pelo uádi Makkuk e ia até Ofra. A partir dali, a fronteira avancava além de Betel e Bete-Horom Superior, onde começava sua descida até Aijalom (cp. ]s 10.11,12) para, então, terminar na planície Costeira, em frente de Gezer. Assim, a Samaria abrangia uma área aproximada de 65 quilômetros de norte a sul e uns 50 quilômetros de leste a oeste (com base na descrição feita por Josefo, infere-se que a Samaria do Novo Testamento foi ligeiramente reduzida em sua área ao sul) 64 O centro geográfico natural de Samaria era a cidade de Siquém, situada no vale entre o monte Ebal e o monte Gerizim, e adjacente à atual cidade de Nablus. Ali a principal estrada rumo ao norte procedente de Jerusalém (estrada da Serra Central) se conectava com uma estrada secundária (estrada lateral de Efraim), que ligava Samaria tanto ao Mediterrâneo quanto ao rio Jordão. Por isso, não é de surpreender que Siquém tenha testemunhado períodos de ocupação prolongada que remontam a 4000 a.C. Durante boa parte do segundo milênio a.C., Siquém competiu com Jerusalém pela supremacia sobre a Palestina central. Esse local foi o primeiro lugar onde Abraão erigiu um altar e adorou ao Senhor em Canaã (Gn 12:6); onde os ossos de José finalmente encontraram descanso (Is 24:32; cp. Gn 50:25-26: Êx 13.19): onde, pela primeira vez 1srael tentou instituir a monarquia (Iz 9); onde aconteceu a divisão da monarquia unida de Israel (1Rs 12:1-16): onde esteve localizada a primeira capital do reino setentrional de Israel (1Rs 12:25) e onde lesus confrontou uma mulher iunto ao poco (Jo 4:5). Embora ofuscada pela cidade de Samaria durante a maior parte do período da monarquia dividida, a ascendência de Siquém foi reafirmada depois que os assírios deram fim ao Reino do Norte, em 722 a.C. Cativos estrangeiros foram estabelecidos em cidades samaritanas (2Rs 17:24-34). Alguns dos refugiados adotaram vários elementos da fé judaica e, com o tempo, passaram a se considerar judeus (e.g., Ed 4:2). Mas sua tentativa de se tornarem membros da comunidade judaica foi em grande medida repudiada pelos judeus pós-exílicos, o que gerou uma hostilidade religiosa que durou todo o restante do período bíblico (Lc 9:52-53; Jo 4:9-8.48). Assim mesmo, o samaritanismo sobreviveu aos séculos. Um relato medieval localizou em Damasco cerca de 400 samaritanos. Estimativas atuais sobre a população samaritana em Israel vão de 550 a 800 pessoas que, todos os anos, continuam a celebrar a Páscoa no alto do monte Gerizim, o monte sagrado deles (Jo 4:20).

JUDÁ
A quarta principal subdivisão geopolítica da Cisiordânia era Judá, que relatos históricos mais antigos chamavam de região montanhosa de Judá (Js 11:21-15.48; 20.7; 21.11; cp. 2C 21.11; 27.4; Lc 1:65). De acordo com II Reis 23:8, Judá ia de Geba, uma cidade estratégica localizada cerca de 8 quilômetros ao norte de Jerusalém, até tão ao sul quanto Berseba (Zc 14:10). Assim, quando compreendido também no contexto do limite norte de Israel na cidade de Da, isso está de acordo com a fórmula recorrente no Antigo Testamento ("de Da até Berseba"), que denota as fronteiras efetivas da região central de Israel (Jz 20:1-1Sm 3.20 2Sm 3:10-17.11; 24.2,15; 1Rs 4:25). Ainda é possível delinear especificamente a região central de Judá a partir de seu eixo lateral, indo para o leste até a descida abrupta para o deserto de Judá (Jesimom [Nm 21:20; cp. 1Sm 26:1 - Haquila, em frente de Jesimom]) e para o oeste até a descida íngreme e rochosa que termina num valado estreito que a separa da Sefelá (v. a seguir). A região central de ludá media não mais de 80 quilômetros de norte a sul e apenas uns 30 quilômetros de leste a oeste. Só raramente Judá atraiu o interesse dos construtores de impérios, pois era um território bem pequeno, em grande parte constituído de amplas áreas de terra incultivável, que ficava bastante isolado das rotas internacionais e nunca experimentou prosperidade material independente. Um estudioso descreveu Judá como uma terra isolada que promovia um estilo de vida pastoril e era o ambiente para fortalezas, altares e vilarejos.

IDUMEIA
Além das quatro principais entidades geopolíticas da Cisjordânia, a província da Idumeia desempenhou um papel secundário na política do período pós-exílico e do Novo Testamento. Idumeia é o nome grego aplicado especificamente a refugiados edomitas que fugiram para o noroeste para evitar a crescente pressão feita por seus vizinhos nabateus. Embora oscilasse bastante, ora separado da Judeia, ora a ela reanexado, o território idumeu chegou a cobrir a região que vai de Bete-Zur, perto de Hebrom, até Berseba, sua extremidade sul, e do mar Morto até os limites da planície da Filístia. Por fim, governantes macabeus subjugaram a Idumeia. Um deles (Alexandre laneu) nomeou Antipatro, um chefe local, para governar a região. É irônico que Herodes, o Grande, no devido tempo descendesse de Antípatro. Na condição de "rei dos judeus" (Mt 2:1), Herodes não se dispôs muito a descentralizar sua autoridade.

TRANSJORDÂNIA
A Transjordânia do Antigo Testamento é constituída de cinco entidades geopolíticas. Do norte para o sul, elas são. Basa, Gileade, Mishor, Moabe e Edom. O termo "Transjordânia" define especificamente a área que vai do monte Hermom até o golfo de Ácaba (cerca de 400 quilômetros de distância) e do vale do Jordão até as margens do deserto Oriental (entre 50 e 130 quilômetros). A natureza geopolítica dessa região é, na realidade, muito mais complicada do que a da vizinha Cisjordánia. Tentar, numa única análise, tratar da Transiordânia tanto do Antigo quanto do Novo Testamento é possível apenas em parte e, com certeza, trata-se de uma tarefa suscetível a imprecisão. Mas também aqui o propósito básico é fornecer a localização aproximada de entidades geopolíticas mencionadas nas Escrituras.

BASÃ
Basà significa "terra frutífera/plana" (Js 9:10-1Rs 4.13; 2Rs 10:33) e é o nome do território que as forças de Israel tomaram do controle de Ogue (Nm 21:33-35). Incluía 60 cidades muradas (Dt 3:4-5) e foi designado para Manassés Oriental (Dt 3:13). Do norte para o sul, Basa se estendia por aproximadamente 55 quilômetros, do monte Hermom (Js 12:45) até o rio Yarmuk,67 e, para o leste, chegava até Quente (Nm 32:42) e Salca (Dt 3:10), cidades situadas no monte Haura. Na época do Novo Testamento, a região ao norte do Yarmuk consistia basicamente nas províncias que formavam a tetrarquia de Herodes Filipe, filho de Herodes, o Grande.

GILEADE
A segunda entidade básica da Transjordânia é Gileade. Embora pareça que a Bíblia às vezes empregue essa palavra num sentido genérico, referindo-se a toda a Transiordânia ocupada (Dt 34:1-4; Js 22:9), a entidade geopolítica Gileade designa especificamente o domo elevado, montanhoso e ovalado que, do ponto de vista topográfico, é uma extensão oriental da elevação de Samaria (Jz 10:4-1Sm 13 7:25m 2.9; 2Rs 10:33). Esse domo começa a se elevar a apenas uns poucos quilômetros ao sul do Yarmuk e se estende na direção sul, chegando aproximadamente até o uádi Husban. que deságua no Jordão em frente a Jericó.
Longitudinalmente, o domo de Gileade era dividido por um desfiladeiro profundo, escavado pelo rio Jaboque, que separou Gileade em duas metades (cp. Js 12:5-13.31, a metade norte; Dt 3:12; Is 12:2, a metade sul). Na fronteira oriental, é possível delimitar Gileade apenas negativamente: não incluía a terra de Amom (Nm 21:23-24; Jz 11:13; cp. 1Sm 11:1-4), de modo que, em seu quadrante sudeste, não alcançava o deserto Oriental.
Em contraste com o significado do nome de seus vizinhos ao norte (Basa significa "terra plana") e ao sul (Mishor significa "planalto/chapada*), o provável significado do nome Gileade (terra acidentada") pode ajudar a esclarecer suas fronteiras.
Assim delineada, a região montanhosa de Gileade (Gn 31:21-23,25; Dt 3:12) cobria uma área de aproximadamente 55 quilômetros de norte a sul e não mais de uns 50 quilômetros de leste a oeste. Quase todo o norte de Gileade se tornou parte da herança de Manassés Oriental, ao passo que o sul foi entregue à tribo de Gade . A totalidade do domo foi de fato colonizada por Israel, provavelmente porque a altitude elevada permitia chover o suficiente para criar condições para um pouco de florestamento, agricultura e criação de animais (2Sm 18:6; Nm 32:1-4, 16,26; Js 22:8). Embora não saibamos sua exata natureza, o "bálsamo de Gileade", que tinha propriedades medicinais, era muito valorizado na Antiguidade (Jr 8:22-46.11; cp. Gn 37:25). Muitas cidades gregas que haviam sido estabelecidas durante o período alexandrino formaram um núcleo transjordaniano de oposição (em grande parte malsucedida) à independência judaica obtida pelos asmoneus. Mas, quando as legiões de Pompeu deram fim ao domínio asmoneu, muitas daquelas cidades foram devolvidas a seus compatriotas helênicos. Em alguns casos, certas cidades consideraram necessário constituir ligas para proteção mútua contra os vizinhos não gregos, assim como também estavam unidas em termos econômicos e sociais. Uma dessas confederações, conhecida como Decápolis ("dez cidades"), era constituída de localidades situadas principalmente ao longo das estradas comerciais do centro e do norte da Transiordânia.
Esse grupo é mencionado tanto na Bíblia (Mt 4:25: Mc 5:20-7.
31) quanto em fontes clássicas. No período do Novo Testamento, as cidades provavelmente incluíam, do norte para o sul, Damasco, Rafana, Canata, Hipos, Gadara, Citópolis, Pela, Diom, Gerasa e Filadélfia? Embora o propósito de uma confederação helenística assim tão pouco estruturada se choque com qualquer tentativa de definir fronteiras geográficas claras, é possível concluir que a região central da Decápolis se estendia transversalmente à região montanhosa de Gileade.

MISHOR
Ao sul da Gileade do Antigo Testamento, ficava o Mishor ("planalto", p. ex., Dt 3:10-4.43; Js 20:8), que se estendia por cerca de 40 quilômetros, desde Hesbom (Is 13:10) e Medeba (Is 13:16), no norte, até as cidades de Aroer (Is 13:9) e Dibom (Jr 48:22), situadas no sul, logo ao norte do cânion do Arnom e perto da Estrada Real. Outras cidades localizadas no Mishor eram Nebo (Ir 48.22). Sitim (onde os israelitas tiveram relações sexuais ilícitas com mulheres moabitas INm 25:1s.|).
Bete-Peor (perto de onde Moisés foi sepultado [Is 13:20; Dt 34:6] e onde Balaão pronunciou suas bêncãos desfavoráveis [Nm 22:41-23.13,141) e Bezer, uma das cidades israelitas de refúgio (Dt 4:43). O Mishor se tornou a heranca da tribo de Rúben. No entanto, como do ponto de vista geográfico o Mishor ficava a meio caminho entre a região central de Israel e a região central de Moabe, a luta para controlá-lo teve início ainda no período dos juízes (Jz 3:12-30, implícito). prosseguindo na época da monarquia unida (1Sm 14:47;25m 8.2,12) e chegando até os dias de Acabe e do rei moabita Messa. Mas, no pensamento dos profetas, o controle israelita da região do Mishor havia sido cedido aos mobitas (Is 15:1-9; 16.8,9; Jr 48:1-5,21-25,34-36,45-47; Ez 25:8-11). E provável que esse vaivém político ajude a explicar por que, apesar de descenderem do primogênito de Jacó (Gn 29:32-49.3,4), os rubenitas aparentemente foram incapazes de desempenhar um papel importante na história posterior de Israel.

MOABE/PEREIA
O planalto mais elevado que, partindo do Arnom, estendia-se para o sul, chegando até o ribeiro de Zerede, era a região mais importante e central do território moabita, tendo como capital a cidade de Quir-Haresete (2Rs 3:25; Is 16:7; cp. Nm 22:36; Is 15:1 ['Quir de Moabe", que é a forma encontrada na ARA, significa "cidade de Moabe"|). Durante o período do Novo Testamento, o distrito da Pereia? ocupava a região ocidental daquilo que havia sido o Mishor e Moabe. O historiador Josefo escreveu que, no norte, o distrito de Pereia chegava até a cidade de Pela e, no sul, até Maqueronte (uma cidade-fortaleza de onde se avistava o mar Morto e onde Herodes Antipas decapitou João Batista). Além disso, Josefo relata que Pereia começava no rio Jordão e ia para o leste, chegando até Filadélfia, e informa que a capital da Pereia era Gadara (T. Gadur, que não se deve confundir com a Gadara da Decápolis [Umm Qeis]) 73 Causam perplexidade as fronteiras norte e leste informadas por Josefo, pois tanto Pela quanto Filadélfia faziam parte da região da Decápolis. Talvez sua descrição signifique que as fronteiras das cidades-estados de Pela e Filadélfia encostavam na Pereia. De qualquer maneira, os geógrafos bíblicos justificadamente seguem critérios arqueológicos e topográficos, estabelecendo a fronteira oriental basicamente numa linha norte-sul que começa no norte, nas vizinhanças do jebel Munif, no alto Arnom. Parece que, dali, a fronteira norte acompanhou os contornos a jusante do uádi Yabis até sua foz no rio Jordão, em frente a Enom.

EDOM
O último distrito transiordaniano a ser listado é Edom, às vezes conhecido como Seir (Gn 32:3; Nm 24:18: Jz. 5.4; Is 21:11) ou monte Seir (Gn 14:6; Dt 1:2-2.5). Edom designa a terra e o reino situados no alto da estreita e longa cadeia de montanhas imponentes que, partindo do ribeiro de Zerede, dirige-se para o sul, quase até o golfo de Ácaba. No entanto, as terras centrais de Edom, saindo do ribeiro de Zerede, estendiam-se para o sul por cerca de 110 quilômetros até um planalto de onde se avista o uádi Hasma, parte de uma enorme dissecação no solo recoberta de areia, a qual se estendia na direção sudeste e era a porta de entrada para o sul da Arábia. A maioria dos cumes de Edom ultrapassa os 1:200 metros acima do nível do mar e, em mais da metade de sua extensão longitudinal, o terreno elevado fica acima dos 1:500 metros. E esse cenário assustador ficava claramente limitado, a oeste, pela Arabá e, a leste, pelas planícies do deserto Oriental. O resultado é que Edom propriamente dito media apenas 16 a 24 quilômetros num eixo leste-oeste, tendo, ao longo da serra altaneira, uma série de fortalezas e cidades que basicamente acompanhavam a Estrada Real. A combinação de fortificações tanto naturais quanto feitas pelo homem tornava Edom uma barreira intransponível para tráfego lateral. Cerca de 40 quilômetros ao sul de Zerede, uma falha geológica criou um cánion que, partindo da A rabá, abre-se em leque para o leste por mais ou menos 14 quilômetros. No fim desse uádi notável, ficava a antiga Punom, um centro importante de mineração de cobre e onde, de acordo com a Biblia (Nm 33:42), os israelitas acamparam durante a viagem de Cades-Barneia para as planícies de Moabe. Moisés solicitou ao rei de Edom permissão para que Israel atravessasse o território edomita para chegar à Estrada Real (Nm 20:14-21). Mas o rei rejeitou o pedido, o que exigiu que o grupo israelita vigiasse cerca de 160 quilômetros a mais por terreno árido e num calor escaldante, apenas para desviar de Edom (Dt2.1-8).
Sem dúvida, essa derrota psicológica foi relacionada com o incidente das "serpentes ardentes" (Nm 21:4-9; 33:42-49), em que Moisés foi forçado a erguer uma serpente de cobre nesse deserto. Com base no contexto geográfico, é possível entender por que a recusa do rei edomita não foi desafiada, apesar de ser improvável que os edomitas fossem numericamente superiores aos israelitas. Os penhascos imensos e as gargantas íngremes de Edom, mesmo nas encostas menos escarpadas do desfiladeiro de Punom, eram um alvo inacessível que, por capricho edomita, continuaria em esplêndido isolamento (Ob3). Situado junto às montanhas edomitas ocidentais e cerca de 32 quilômetros ao sul de Punom, há um cânion que se parece com uma cratera e contém as impressionantes ruínas de Petra, a fabulosa capital do Reino Nabateu, mais tarde ocupada pelos romanos.? Embora não se saiba quais foram seus ancestrais, os nabateus vieram a ocupar Edom no terceiro século a.C. e, já no primeiro século a.C., sua influência era sentida desde Damasco até Gaza e também até o interior da Arábia. Boa parte de seu poder era resultado do controle que exerciam sobre parte de uma lucrativa rede comercial que, àquela época, estendia-se do interior da atual Arábia Saudita até o Mediterrâneo Ocidental Chegava-se a Petra através de um estreito corredor de cerca de 1.600 metros, flanqueado em ambos os lados por elevados penhascos perpendiculares que, em alguns lugares, quase se tocavam. A bacia onde se situava a cidade propriamente dita era cercada de desfiladeiros de arenito, nos quais foram escavados estruturas e túmulos daquilo que, na Antiguidade, foi uma cidade de grande riqueza.
Por cerca de 65 quilômetros para o sul a partir da região central de Edom, descendo do uádi Hasma para o uádi Yutm, próximo ao golfo de Ácaba, fica uma cadeia bem estreita de intransitáveis montanhas de granito. Essas montanhas de Midia elevam-se a alturas que chegam perto de 1.750 metros acima do nível do mar. Nessa região, vestígios arqueológicos revelam uma cultura totalmente distinta de sua contraparte palestina e que é, às vezes, descrita como midianita. É nesta "cultura midianita que alguns estudiosos acreditam que Moisés talvez tenha se refugiado quando fugiu do faraó e ali serviu a seu sogro, um sacerdote de Midia (Ex 2:15-17:3.1).

Distritos do Antigo Testamento
Distritos do Antigo Testamento
Distritos do Novo Testamento
Distritos do Novo Testamento

As condições climáticas de Canaã

CHUVA
No tempo de Moisés e Josué, como nos dias de hoje, a chuva era de suma importância para o clima de Canaã "Porque a terra que passais a possuir não é como a terra do Egito, donde saístes, em que semeáveis a vossa semente e, com o pé, a regáveis como a uma horta; mas a terra que passais a possuir é terra de montes e de vales; da chuva dos céus beberá as águas" (Dt 11:10-11).
Os ventos prevalecentes vindos do mar Mediterrâneo que trazem consigo umidade são forçados a subir quando se deparam com os montes da região oeste e perdem essa umidade na forma de chuva. Passada essa barreira natural, os índices pluviométricos caem drasticamente e, alguns quilômetros depois, a terra se transforma em deserto. Esse fenômeno é exemplificado de forma clara pela comparação entre os índices pluviométricos anuais da cidade moderna de Jerusalém (cerca de 600 mm) com os de Jericó, apenas 20 km de distância (cerca de 160 mm).
O índice pluviométrico anual de Jerusalém é quase o mesmo de Londres, mas em Jerusalém concentra-se em cerca de cinquenta dias de chuva por ano, enquanto em Londres se distribui ao longo de mais ou menos trezentos dias. Em geral, esse índice aumenta em direção ao norte; assim, nos montes ao norte da Galileia a chuva pode chegar a 1.000 mm por ano. Por outro lado, nas regiões sul e leste da Palestina fica abaixo de 300 mm, condições nas quais a agricultura geralmente se torna impraticável.

MUDANÇAS CLIMÁTICAS
A terra de Canaã descrita no Antigo Testamento parece mais fértil do que hoje. A pastagem excessiva, especialmente por rebanhos caprinos, provocou a erosão e perda de fertilidade do solo. Sem dúvida, a terra está mais desmatada devido ao uso de madeira para a construção e combustível e à devastação provocada por inúmeras guerras e cercos.' No entanto, não há nenhuma evidência de que os índices pluviométricos atuais apresentem diferenças consideráveis em relação as dos tempos bíblicos. A erosão das encostas dos montes simplesmente aumentou o escoamento de água e, portanto, as tornou menos férteis.

O CALENDÁRIO DE CANAÃ
Normalmente, não ocorrem chuvas entre a segunda quinzena de maio e a primeira quinzena de outubro. Da segunda quinzena de junho à primeira quinzena de setembro, a vegetação seca sob o calor abafado do verão. A temperatura mais alta registrada na região foi de 51° C no extremo sul do mar Morto. As primeiras chuvas que normalmente começam a metade de outubro, mas podem atrasar até janeiro, amolecem o solo, permitindo o início da aragem. As principais culturas - o trigo e a cevada - eram semeadas nessa época. A chuva continua a cair periodicamente ao longo de todo o inverno, culminando com as chuvas serôdias em abril ou início de maio, que fazem os grãos dos cereais incharem pouco antes da colheita. A cevada era menos valorizada do que o trigo, mas tinha a vantagem de crescer em solos mais pobres e ser colhida mais cedo. A colheita da cevada Coincidia com a festa da Páscoa, no final de março ou em abril e a do trigo com a festa de Pentecoste, sete semanas depois. Uvas, azeitonas, figos e outras frutas eram colhidos no outono. O inverno pode ser frio e úmido, chegando a nevar. Uma quantidade considerável de neve cai sobre Jerusalém mais ou menos a cada quinze anos. A neve é mencionada várias vezes no Antigo Testamento. Por exemplo, um homem chamado Benaia entrou numa cova e matou um leão "no tempo da neve". Numa ocorrência extraordinária, uma chuva de granizo matou mais cananeus do que os israelitas com suas espadas. A chuva no nono mês (dezembro) causou grande aflição ao povo assentado na praça em Jerusalém.° No mesmo mês, o rei Jeoaquim estava assentado em sua casa de inverno diante de um braseiro aceso.• Era necessário usar o fogo para se aquecer até o início de abril, como se pode ver claramente no relato da negação de Pedro. Um problema associado à estação das chuvas, especialmente na região costeira e junto ao lago da Galileia, era o míldio, que na tradução portuguesa por vezes é chamado de "ferrugem". O termo se refere ao mofo em roupas e casas, um mal que devia ser erradicado, e também a uma doença que afetava as plantações.

SECAS
Em algumas ocasiões, o ciclo de chuvas era interrompido e a terra sofria grandes secas. A mais conhecida ocorreu no tempo de Elias e, sem dúvida, teve efeitos devastadores, como a grave escassez de alimentos.° Esse tipo de ocorrência havia sido predito pelo autor de Deuteronômio. A desobediência ao Senhor traria sua maldição sobre a terra: "Os teus céus sobre a tua cabeça serão de bronze; e a terra debaixo de ti será de ferro. Por chuva da tua terra, o Senhor te dará pó e cinza; dos céus, descerá sobre ti, até que sejas destruído" (Dt 28:23-24).

terra cultivável no vale de Dota
terra cultivável no vale de Dota
chuvas
chuvas
Temperaturas na Palestina
Temperaturas na Palestina
Temperaturas na Palestina
Temperaturas na Palestina

A Agricultura de Canaã

A VEGETAÇÃO NATURAL
A. Palestina apresenta diversos tipos de clima desde o alpino até o tropical e o desértico. Em decorrência disso, possui uma vegetação extremamente variada, sendo que foram registradas 2.780 espécies de plantas. Mais de vinte espécies de árvores são mencionadas na Bíblia, desde as palmeiras da região tropical de Jericó até os cedros e florestas de coníferas do Líbano. Nem todas as árvores podem ser identificadas com precisão botânica; alguns termos talvez abrangessem várias espécies diferentes. Por exemplo, o termo hebraico usado para maçá também pode incluir o damasco.' As alfarrobeiras, de cujos frutos o filho pródigo comeu, são conhecidas apenas na bacia do Mediterrâneo. Nem todas as árvores mencionadas na Bíblia eram encontradas em Canaã. O olíbano (o termo hebraico é traduzido na Bíblia como "incenso") e a mirra do sul da Arábia e o cedro do Líbano são exemplos típicos, mas o sândalo, talvez uma espécie de junípero, também era importado do Líbano." Outras árvores provenientes de terras distantes foram introduzidas em Canaã, como no caso da amoreira - a amoreira-branca é originária da China e a amoreira-preta, do Irá. Nos meses de primavera, os campos ficam cobertos de flores, os "lírios do campo" "aos quais Jesus se referiu no sermão do monte (Mt 6:28).

O REINO ANIMAL
A Palestina abriga 113 espécies de mamíferos, 348 espécies de aves e 68 espécies de peixes. Possui 4.700 espécies de insetos, dos quais cerca de dois mil são besouros e mil são borboletas No Antigo Testamento, chama a atenção a grande variedade de animais, aves e insetos com a qual os habitantes de Canaã tinham contato. Davi matou um leão e um urso, dois animais que, para alívio da população atual, não são mais encontrados na região. Outros animais, como os bugios, eram importados de terras distantes." Um grande número de aves "mundas" não podia ser consumido como alimento. Mas quem, em sã consciência, comeria um abutre? Algumas dessas aves "imundas" talvez fossem migratórias, não tendo Canaã como seu hábitat. Os padres de migração dessas aves talvez não fossem compreendidos, mas certamente eram conhecidos. Alguns insetos voadores eram "limpos" e, portanto, podiam ser consumidos. João Batista parece ter aprendido a apreciar o sabor de "gafanhotos e mel silvestre" (Mic 1.6).

CULTURAS
O trigo e a cevada eram usados para fazer pão. Também se cultivavam lentilhas e feijões. Ervas como a hortelã, o endro e o cominho, das quais os fariseus separavam os dízimos zelosamente, eram usados para temperar alimentos de sabor mais suave. Os espias enviados por Moisés a Canaã voltaram trazendo um cacho de uvas enorme, e também romãs e figos. As uvas eram transformadas em vinho "que alegra o coração do homem" (SI 104,15) e em "bolos de passas" (Os 3:1). Do fruto das oliveiras extraía-se o azeite que, além de ser queimado em lamparinas para iluminar as casas, também era usado para fins alimentícios e medicinais e na unção de reis e sacerdotes. O linho era cultivado para a confecção de roupas. Também havia árvores de amêndoa, pistácia e outras nozes.

A CRIAÇÃO DE ANIMAIS
Canaã era considerada uma "terra que mana leite e mel" (Ex 3:8) e descrita desse modo cerca de quinze vezes no Antigo Testamento antes dos israelitas entrarem na terra. O leite era proveniente de ovelhas, cabras e também de vacas. Estes animais também forneciam lã, pelos e couro, respectivamente. Sua carne era consumida, mas, no caso da maioria do povo, somente em festas especiais, como a Páscoa, na qual cada família israelita devia sacrificar um cordeiro.! Caso fossem seguidas à risca, as prescrições do sistema sacrifical para toda a comunidade israelita exigiam a oferta anual de mais de duas toneladas de farina, mais de 1.300 l de azeite e vinho, 113 bois, 32 carneiros 1:086 cordeiros e 97 cabritos. O tamanho dos rebanhos e sua necessidade de pastagem adequada limitavam as regiões onde podiam ser criados. O território montanhoso no norte da Galileia era particularmente apropriado. Os touros de Basá, uma região fértil a leste do lago da Galileia, eram conhecidos por sua força. Além de bois e carneiros, o suprimento diário de alimentos para o palácio de Salomão incluía veados, gazelas, corços e aves cevadas.'* Não se sabe ao certo a natureza exata destas últimas; talvez fossem galinhas, conhecidas no Egito desde o século XV a.C.Os camelos, coelhos e porcos eram considerados "imundos" e, portanto, não deviam ser consumidos.

Uma descrição de Canaã
"Tu fazes rebentar fontes no vale, cujas áquas correm entre os montes; dão de beber a todos os animais do campo; os jumentos selvagens matam a sua sede. Junto delas têm as aves do céu o seu pouso e, por entre a ramagem, desferem o seu canto. Do alto de tua morada, regas os montes; a terra farta-se do fruto de tuas obras. Fazes crescer a relva para os animais e as plantas, para o serviço do homem, de sorte que da terra tire o seu pão, o vinho, que alegra o coração do homem, o azeite, que lhe dá brilho ao rosto, e o alimento, que lhe sustém as forças. Avigoram-se as árvores do SENHOR e os cedros do Líbano que ele plantou, em que as aves fazem seus ninhos; quanto à cegonha, a sua casa é nos ciprestes. Os altos montes são das cabras montesinhas, e as rochas, o refúgio dos arganazes. SALMO 104:10-18

ciclo agrícola do antigo Israel e suas festas principais.
ciclo agrícola do antigo Israel e suas festas principais.
Principais produtos agrícolas da Palestina e da Transjordânia
Principais produtos agrícolas da Palestina e da Transjordânia

VISÃO PANORÂMICA DA GEOGRAFIA DO TERRITÓRIO HERDADO PELO ISRAEL BÍBLICO

TOPOGRAFIA FÍSICA
UMA TERRA PEQUENA
No estudo da terra de Israel, uma das primeiras descobertas que se faz é o reconhecimento de seu pequeno tamanho.
De acordo com a definição dada acima, a área central da herança do Israel bíblico na Cisjordânia cobre cerca de 17.600 quilômetros quadrados e sua herança na Transjordânia incorpora mais 10:100 quilômetros quadrados, o que perfaz uma área total de aproximadamente 27.700 quilômetros quadrados. Desse modo, a área total do território é quase a mesma do estado de Alagoas, da Bélgica ou de Ruanda, ou ainda do lago Erie, nos Estados Unidos.
Os leitores atuais da Bíblia tendem a pensar em termos de territórios imensos e com frequência ficam bastante surpresos quando percebem, por exemplo, que a distância entre o mar da Galileia e a costa mediterrânea, em linha reta, é de 55 quilômetros. Há uma distância de apenas 148 a 185 quilômetros entre a margem ocidental do deserto Oriental (no leste da Jordânia) e o Mediterrâneo. E a distância entre o mar da Galileia e Jerusalém é só cerca de 120 quilômetros. Conforme dito anteriormente, as extremidades tradicionais norte e sul da região central de Israel são, com frequência, descritas na Bíblia como "desde Da até Berseba" Na verdade, esses dois pontos extremos estão separados por uma distância da ordem de apenas 280 quilômetros. Em termos de Brasil, o equivalente aproximado seria de São Paulo a Poços de Caldas" ou "de Natal a Recife" Nos Estados Unidos, a distância aproximada seria "de Los Angeles a San Diego" e, na Europa, "de Milão a Veneza". O tamanho do território envolvido é surpreendentemente pequeno.

UMA TERRA DE LOCALIZAÇÃO ESTRATÉGICA
Apesar do tamanho diminuto, essa terra está estrategicamente situada em um contexto tanto intercontinental quanto interoceânico. Como ponte terrestre intercontinental, na Antiguidade era a única opção para qualquer viagem por terra entre a África, de um lado, e a Ásia ou a Europa, de outro. Como ponte terrestre interoceânica, fica ao lado da única massa de terra que separa o mundo do oceano Índico e o mundo do oceano Atlântico. Neste último aspecto, desde a Antiguidade remota uma vasta rede de comércio e comunicação tem levado para o Crescente Fértil bens provenientes de mundos bem longínquos (cravo vindo da Tailândia; canela, da Malásia; cássia, seda, cálamo, espicanardo, índigo, painço e gergelim, da Índia; lápis-lazúli e estanho, do Afeganistão; prata, da Espanha).
Por ser, na Antiguidade, ponto de contato tanto terrestre quanto marítimo, essa terra também se tornou uma ponte cultural internacional. Sua localização estratégica faz com que seja o lugar em que o Oriente se encontra com o Ocidente e o Norte com o Sul. Desde a Antiguidade remota, grandes potências com aspirações políticas e econômicas internacionais estiveram junto a suas fronteiras. Em termos históricos, o que acontecia nessa terra era quase sempre resultado do que estava ocorrendo ou havia recentemente ocorrido nos domínios de um de seus vizinhos. Foram, de fato, raros os momentos em que cidadãos dessa terra foram donos do próprio destino.
Durante o período bíblico a sorte dessa terra minúscula, mas estratégica, foi em grande parte determinada por gente de fora, fossem egípcios, assírios, babilônios, persas, partos, gregos, selêucidas, ptolomaicos ou romanos. Nesse aspecto, os filisteus e até mesmo os próprios israelitas têm de ser considerados estrangeiros que migraram para ali. A mesma tendência continuou existindo na história pós-bíblica, com os califas muçulmanos, os cruzados cristãos, os mamelucos egípcios, os turcos otomanos e os mandatários britânicos.
Por essa "ponte" marcharam os exércitos de Tutmés III, Amenhotep II, Seti I, Ramsés II, Merneptah, Sisaque I, Neco II, Salmaneser III, Tiglate-Pileser III, Salmaneser V, Sargão II, Senaqueribe, Esar-Hadom, Assurbanipal, Nabucodonosor II, Cambises II, Xerxes 1, Artaxerxes III, Alexandre III (o Grande), Ptolomeu I, Antíoco III, Antíoco IV, Herodes, o Grande, Pompeu, Vespasiano, Tito, Saladino, Ricardo Coração de Leão, Napoleão e Edmund Allenby, além de um número enorme de generais menos conhecidos.
Essa terra continua sendo uma das áreas mais instáveis e estratégicas do mundo.

UMA TERRA VARIADA
Apesar da pequena extensão, essa terra reflete uma variedade surpreendente, quase como a de um mosaico. Do ponto de vista sociológico, a variedade é evidente na menção aos vários "eus" na terra: girgaseus, cananeus, heveus, heteus, amorreus, perizeus, jebuseus, quenezeus, cadmoneus, queneus, refains etc. (Gn 10:16-18; 15:19-21; Ex 3:8-13.5; Nm 13:29; Dt 7:1-20.17; Js 3:10-12.8; 24.11; Jz 3:5-1Rs 9.20; cp. At 13:19). Na perspectiva da história colonialista, a terra foi conhecida por diversos nomes: Canaã, Palestina, Hatti, Djahy, Hurru, Retenu etc. Mas a ideia de variedade apresentada a seguir tem a ver com a topografia multiforme e diversificada da terra. Em seu eixo lateral, ela está dividida em pelo menos quatro zonas fisiográficas distintas.

PLANÍCIE COSTEIRA
A designação "planície Costeira" se refere à faixa marítima longitudinal que começa na extremidade sul da planície filisteia (no uádi el-Arish) e vai para o norte, chegando até a extremidade norte da planície de Aser (perto da atual Rosh HaNigra, que corresponde ao final da "Linha Verde", a fronteira atual entre Israel e Líbano). Essa planície é internamente segmentada por três obstáculos naturais - o monte Carmelo, o rio Crocodilo e o rio larcom - criando quatro planícies distintas. Além do mais, por motivos geográficos que serão explicados adiante, é conveniente subdividir a planície mais ao norte. Assim, a planície Costeira é constituída de cinco partes, que, do norte para o sul, são conhecidas como: (1) a planície de Aser (de Rosh HaNigra até as proximidades de Aco; cp. Is 17:10-11; 19:24-26); (2) a planície de Aco (a baía que tem forma de crescente e se estende ao redor do monte Carmelo; cp. Jz 4:13-16; 5.21); (3) a planície de Dor (uma faixa de terra bem estreita e situada entre o monte Carmelo e o rio Crocodilo; cp. Js 17:15-18); (4) a planície de Sarom (a área de terras baixas que vai do pântano do rio Crocodilo para o sul, até o Jarcom; cp. 1Rs 4:10-1Cr 5.16; 27.29; Is 33:9-35.2; 65.10; Ct 2:1); (5) a planície Filisteia (a região ao sul do larcom).
A planície costeira pode ser caracterizada com três palavras: "baixa" (uma referência à sua altitude relativa), "aberta" (uma referência à topografia plana) e "fértil (uma referência à produtividade agrícola da planície em tempos modernos).
Com exceção de umas poucas elevações situadas mais para dentro do continente, na extremidade oriental da Filístia, que chegam a quase 200 metros acima do nível do mar, a altitude da maior parte da planície Costeira é inferior a 100 metros, e boa parte dela tem uma altitude inferior a 45 metros acima do nível do mar.75 Uma análise do mapa revela que, nessa planície, as cidades bíblicas tendiam a se localizar não no seu centro, mas sim ao longo da costa (Aco, Cesareia, Jope, Asquelom e Gaza) ou em direção à sua margem oriental (Socó, Afeque, Gezer, Ecrom, Gate e Ziclague). De igual maneira, o mapa mostra que a artéria de transporte internacional (a chamada Grande Estrada Principal) corria ao longo da margem oriental dessa planície e não pelo centro. O mais provável é que a baixa altitude e a natureza relativamente nivelada da planície, combinadas com as serras de arenito calcário ao longo de grande parte da costa mediterrânea, que impediam uma drenagem natural, criavam uma área pantanosa bastante grande na planície durante toda a Antiguidade.
Esse obstáculo geográfico é a provável razão para o fato de a planície Costeira ter desempenhado um papel insignificante, quase nulo, na história bíblica. Exceto dois breves relatos sobre Gerar (Gn 20:26), nas narrativas patriarcais não há nenhuma referência a essa planície . Nenhuma das batalhas da ocupação israelita aconteceu ali, nenhuma área da planície foi habitada por Israel no início de sua ocupação , ali não havia cidades de refúgio e quase nenhuma das cidades levíticas, dali nenhum juiz nem profeta de Israel fez convocação ao povo, e nada aconteceu ali referente ao ministério registrado de Jesus.
Além de ser baixa, a planície também é aberta. Ao contrário da Cadeia Montanhosa Central da Galileia-Samaria-Judá, que, do ponto de vista geográfico, tendia a permanecer mais fechada e isolada devido à sua topografia elevada e sinuosa, a planície Costeira oferecia um terreno favorável à circulação, sem nenhum obstáculo Embora a terra, no geral, tenha sido descrita pouco antes neste texto como ponte terrestre internacional, era especialmente a planície Costeira, ao sul do monte Carmelo, que constituía essa ponte. Essa abertura também implicava mobilidade.
Durante o início do período bíblico, conflitos militares envolveram uso de carros de guerra (e.g., Ex 14:6; Dt 20:1; Js 11:4; Jz 1:19-4.3; 2Sm 1:6; observe-se também a proibição em Dt 17:16). Em contraste com as montanhas vizinhas, essa planície oferecia um terreno favorável ao uso de carros, inclusive a ataques-relâmpago, que não seriam barrados por grandes rochas ou terreno montanhoso. Aliás, há uma notável correspondência entre a área em que os cananeus conseguiam rodar seus carros e a área que Israel não conquistou durante o período de ocupação (Js 17:16-18). Ao mesmo tempo, essa abertura pode ajudar a explicar por que, depois do período bíblico, os filisteus não conseguiram sobreviver como entidade política nativa, ao passo que os israelitas, mais isolados, foram capazes de manter um sentimento duradouro de identidade nacional.
Por fim, essa planície é fértil; ou pelo menos se tornou fértil em tempos recentes. Uma olhada num mapa do Israel moderno mostra que a maior parte da região ocidental que o Plano da ONU para partição da Palestina, de 1947, designou para Israel está situada na planície Costeira, que, naquela época, era extremamente pantanosa e até mesmo infestada de malária. Entretanto, depois que a área foi devidamente drenada na década de 1950, houve grande prosperidade agrícola, pois se descobriram camadas profundas de riquíssimo solo arável resultante da erosão das montanhas ao lado e, como consequência, houve um grande e bem-sucedido esforço agrícola.

CADEIA MONTANHOSA CENTRAL
Constituída das regiões montanhosas da Galileia, Samaria, Judá e Neguebe, em sua natureza e topografia a Cadeia Montanhosa Central é exatamente o oposto da planície Costeira. A planície é "baixa, aberta e fértil"; a cadeia montanhosa é "alta, fechada e estéril". Enquanto, em seu ponto mais elevado, a planície chega a apenas uns 200 metros acima do nível do mar, em seu ponto mais baixo a Cadeia Montanhosa Central fica cerca de 450 metros acima do nível do mar, com muitos trechos superando os 900 metros. Onde as duas zonas se encontram, esse contraste de altitude pode ser bem pronunciado. É possível subir cerca de 800 metros viajando apenas de cinco a sete quilômetros do Mediterrâneo para o interior. Além do mais, a cadeia central é fechada. Essa cadeia, que na realidade é uma série de serras sinuosas e conectadas, funciona como barreira natural à circulação lateral.com exceção do ponto onde é interrompida pelo vale de lezreel/ Esdraelom. Em alguns lugares, para ir de um lado para o outro, além de ter de superar a ondulação difícil, era necessário atravessar até quatro ou cinco serras diferentes, separadas umas das outras por leitos profundos de uádis. Devido a seu terreno elevado e revolvido, a cadeia central é mais isolada e menos suscetível a aventureirismo internacional ou a ataques estrangeiros. Só raramente essa zona se revelou atraente para aqueles que construíam impérios. Por fim, a cadeia central é estéril e improdutiva. Constituída de calcário duro, sem minerais preciosos ou outros recursos naturais, e com grandes áreas que sofreram erosão e ficaram apenas com a pedra nua, parece improvável que alguma vez essa área montanhosa estéril, com somente 15 a 50 quilômetros de largura, tenha sido considerada capital político. No entanto, é justamente nessa região montanhosa que se desenrola boa parte da história bíblica. E aí que os patriarcas viveram, construíram altares e se comunicaram com seu Deus. É onde aconteceram as batalhas da conquista , onde Israel ocupou sua terra e foram fundadas muitas de suas instituições nacionais . É também onde, em seu devido momento, estiveram localizadas as capitais do Reino do Norte (Siquém, mais tarde Tirza e finalmente Samaria) e do Reino do Sul (Jerusalém). É aí que o judaísmo pós-exílico se estabeleceu e onde aconteceu boa parte do ministério registrado de Cristo . Galileia. Embora seja uma extensão das montanhas mais altas do Líbano, ainda assim a região elevada da Alta Galileia apresenta uma topografia bem complexa. O jebel Jarmuk (monte Merom) é o ponto mais alto de toda a Cisjordânia, mas é cercado por outros cumes que chegam a alturas superiores a 900 metros. Apesar de a Alta Galileia ter uma precipitação pluviométrica maior, seu terreno elevado e sua topografia fragmentada a tornam menos adequada para ocupação intensa. Na região nunca se estabeleceu aquilo que se pode chamar de cidade grande. No lado leste, a Baixa Galileia mantém o contorno irregular de sua vizinha no norte. Vê-se ali um enorme e alto afloramento de calcário, que, no flanco oriental, despenca no mar da Galileia. Nessa região se incluem o monte Tabor, os penhascos de Arbela e os vulcânicos Cornos de Hattin. Em contraste, as áreas central e oeste da Baixa Galileia apresentam o terreno mais plano de todo a cadeia central. A região é composta de várias serras paralelas que estão num eixo mais ou menos leste-oeste, entre as quais existem bacias relativamente abertas que são quase contíguas no lado ocidental. Vale de Jezreel/Esdraelom. Entre a região montanhosa da Baixa Galileia e a da Samaria, estende-se um vale que, em última instância, liga o vale do Jordão à planície Costeira, em Aco. Esse vale, que tem a forma de uma flecha apontada para o Mediterrâneo, é conhecido no Antigo Testamento hebraico como o vale de lezreel ("Deus semeou" ou "que Deus semeie"; e.g., Js 17:16; Jz 6:33; Os 1:5-2.
22) e, na época do Novo Testamento, por seu equivalente grego, Esdraelom.7 A estreita haste da flecha, em alguns pontos com não mais de três quilômetros de largura, estende-se de Bete-Sea até a cidade de Jezreel, margeada, no norte, pelo monte Moré e, no sul, pelo monte Gilboa, e drenada pelo rio Harode. Perto desse território ocorreu a triunfante vitória de Gideão sobre os midianitas (Jz
7) e a humilhante derrota de Saul nas mãos dos filisteus (1Sm 29:31). A base da ponta da flecha se estende por cerca de 28 quilômetros, a partir dos arredores, ao norte de Jenin, até o monte Tabor e, desses dois pontos, estende-se por cerca de 32 quilômetros até seu vértice, logo a oeste de Jocneão e perto do rio Quisom, em cujo pântano o carro de Sísera ficou atolado (Jz 5:21; cf. SI 83.9). A ponta dessa flecha, às vezes chamada de planície de Megido (2Cr 35:22; Zc 12:11), é baixa e plana. A planície é coberta por uma camada extremamente grossa de terra preta, em alguns lugares com mais de 90 metros de profundidade, e que se formou com a decomposição e erosão de basaltos da Galileia. Enquanto a planície de Jezreel tinha muitos acessos, o acesso para a principal artéria de transporte, conhecida como Grande Estrada Principal era em Megido. Os vinte estratos arqueológicos dessa cidade refletem uma ocupação quase contínua até o início do período romano. Na verdade, a cidade de Megido, uma base militar permanente, teve enorme importância durante cada período de sua história, sem exceção; não é exagero afirmar que, do ponto de vista militar, foi um dos pontos mais estratégicos de todo o sudoeste do Crescente Fértil. A partir do final do quarto milênio a.C. até o próprio século 20, Megido tem sido palco de repetidos confrontos militares. Samaria. Ao sul de Jezreel fica o distrito montanhoso de Samaria - que, em termos de altitude, vegetação e clima, é uma área intermediária e de transição entre a Galileia e Judá. No extremo noroeste, devido à sua beleza (Ct 7:5) e fertilidade (Is 35:2; Jr 50:19), o monte Carmelo ("vinha/jardim de Deus") era proverbial na Bíblia. Nos textos antigos está amplamente atestado que o monte era lugar de um santuário? Foi talvez nesse contexto que o monte Carmelo serviu de cenário para a disputa religiosa de Elias com os profetas de Baal (1Rs 18:17-40) e, em outra ocasião, como lugar de retiro espiritual para Eliseu (2Rs 2:25-4.25). No extremo nordeste, a região montanhosa de Samaria também é conhecida como as montanhas de calcário de Gilboa. Outros montes de Samaria, o monte Ebal e o monte Gerizim, cercam o vale em que Siquém, a principal cidade, está localizada. Samaria é toda montanhosa, e os cumes de j. el-Qurein, j. 'Ayrukabba, j. 'en-'Ena e j. el-'Asur (Baal-Hazor, cp. 2Sm 13:23) dominam o horizonte.
Embora montanhosa, Samaria também é entremeada por várias planícies pequenas e vales abertos, uma das quais está situada perto do ponto em que as encostas do Carmelo e do Gilboa se encontram, nas proximidades da cidade de Dotã . Entre as bacias de Samaria, essa planície de Dota é a maior e a mais intensamente cultivada, e é onde José foi vendido como escravo (Gn 37:12-28). Outra depressão, a planície comprida e estreita de Mikhmetat, vai de Siquém para o sul, até ser interrompida pelo j. Rahwat.
Ela é cortada pelo divisor de águas ao longo do qual a estrada da Serra Central ruma na direção de Jerusalém. Indo de Socó até Siquém e dividindo lateralmente o oeste de Samaria, fica o vale baixo conhecido como u. Shekhem. De modo parecido, indo de Tirza até o vale do Jordão e dividindo o leste de Samaria, encontra-se a fratura acentuada, conhecida como u. Far'ah. Juntos, esses dois vales são o ponto mais baixo de toda Samaria. Constituíam os caminhos mais fáceis e mais utilizados para atravessar a serra central de Samaria, o que ajuda a explicar por que determinados locais foram escolhidos para capitais de Israel durante o período do reino dividido (Siquém, Tirza, Samaria). Judá. Conquanto não haja uma fronteira geológica definida separando Samaria e Judá, existe uma acentuada diferença na topografia das duas regiões. A precipitação maior de chuva em Samaria contribuiu para a ocorrência de muito mais erosão e para a formação de uádis com leitos mais profundos. Judá é mais um planalto, menos seccionado devido a seu clima mais seco. À medida que se caminha para o sul de Judá, o terreno se torna mais adverso, mais irregular e mais estéril. A principal característica da superfície de Judá são rochas nuas e amplas áreas de pedras quebradas e soltas, sem nenhuma terra por causa da ação da chuva. Só ao longo da bacia hidrográfica, nas vizinhanças de Ramá e entre Belém e Hebrom, é que o solo de Judá permite o cultivo. Nas demais áreas, o solo superficial, que sofre erosão nas chuvas torrenciais de inverno, tem impedido em grande parte o cultivo da terra.
A apenas cerca de oito quilômetros a sudeste de Jerusalém, começa o deserto de Judá (Nm 21:20-1Sm 26.1,2; cp. Mc 1:4). Espetáculo assustador de desolação, o deserto de Judá, também conhecido como lesimom, é um deserto verdadeiro E uma terra despovoada, deprimente, selvagem, rochosa e improdutiva, e praticamente sem nenhuma ocorrência de chuva (SI 63.1). Até mesmo os nômades beduínos dos dias de hoje tendem a evitar a aridez e o terreno irregular desse deserto. Em sua margem oriental, o deserto de Judá mergulha quase verticalmente até o vale do Jordão abaixo e em alguns lugares a descida chega a 1.350 metros. Entre Jericó e a ponta sul do mar Morto, existem mais de 20 desfiladeiros profundos que foram cavados por uádis. Contudo, no período bíblico, esses uádis eram estreitos e sinuosos demais para permitirem estradas importantes e, por esse motivo, Judá estava naturalmente isolada no lado oriental. O profeta Isaías anunciou, porém, um tempo em que até a topografia contorcida e acidentada do deserto de Judá será endireitada e nivelada e todos os lugares escarpados serão aplanados (Is 40:3-4; ср. 41:18-20; 51.3).
No lado oeste, o final da cadeia central de Judá é apenas um pouco menos abrupto. Uma vala estreita e rasa (uádi Ghurab, uádi Sar) faz divisão entre a região montanhosa e uma região com topografia distinta, conhecida como Sefelá ("contraforte". cp. Dt 1:7; Js 9:1-10.40; 12.8; Iz 1.9; 1Rs 10:27-1C 27.28; 2Cr 9:27-26.10; 28.18; Jr 17:26-32.44; 33.13; Ob 19).
A Sefelá começa no vale de Aijalom e se estende para o sul por cerca de 55 quilômetros até a área de T. Beit Mirsim. Esses contrafortes cobrem uma área de aproximadamente 13 a 16 quilometros de largura e, o que e importante, estendem-se para o oeste até a vizinhança do que foram as cidades filisteias de Gezer, Ecrom e Gate . Composta principalmente de calcário macio, com uma superfície ondulante inclinando suavemente para o lado oeste, entrecortada por alguns uádis importantes e férteis, a Sefelá era uma zona intermediária entre a cadeia central de Judá (ocupada pelos israelitas) e o sul da planície Costeira (ocupada pelos filisteus).
Não é surpresa que, na Bíblia, a área tenha sido cenário de vários episódios de guerra motivada por razões econômicas entre os israelitas e os filisteus (Jz 15:4-5; 2Sm 23:11-12). Aliás, é possível que as disputas entre filisteus e israelitas fossem provocadas justamente pelo desejo de ambos os povos de dominar e explorar os ricos vales agrícolas da Sefelá.
Inicialmente, o Neguebe ("terra seca"; e.g., Gn 24:62; Nm 13:29; Js 15:19; Jz 1:15) designava o deserto estéril ao sul de Judá (e.g. Is 15:2-4; 18.19; 1Sm 27:10-2Sm 24.7; cp. os leques aluvianos que se estendem de Berseba até Arade). Ao longo do tempo, o sentido da palavra evoluiu e, pelo fato de essa região estéril ficar no sul, passou a ter o sentido de um ponto cardeal e, assim, designar o sul de quase qualquer lugar (Is 11:2; Zc 14:10-1Sm 30.14).
Hoje o Neguebe inclui aquilo que a Bíblia chama de deserto de Zim (Nm 20:1-34.3; Js 15:1) e o deserto de Para (Nm 10:12; Dt 1:1). A região do moderno Neguebe apresenta um ambiente adverso à atividade humana ou à sua povoação por um grande número de pessoas. A área depende totalmente de chuva, sempre escassa e incerta, embora o território tenha alguns poços nas vizinhanças de Berseba (Gn 26:18-22) e Cades-Barneia.
A localização estratégica da Palestina
A localização estratégica da Palestina
As regiões geográficas da Palestina
As regiões geográficas da Palestina
Altitude da Palestina
Altitude da Palestina
Samaria
Samaria
O vale de Jezreel
O vale de Jezreel

GEOLOGIA DA PALESTINA

GEOLOGIA
Pelas formações rochosas que afloram basicamente na área que fica ao sul do mar Morto, no leste do Sinai, nos muros da Arabá e nos cânions escavados pelos rios da Transjordânia e também a partir de rochas encontradas nos modernos trabalhos de perfuração, é possível reconstruir, em linhas gerais, a história geológica da terra. Esses indícios sugerem a existência de extensa atividade, de enormes proporções e complexidade, demais complicada para permitir um exame completo aqui. Apesar disso, como a narrativa da maneira como Deus preparou essa terra para seu povo está intimamente ligada à criação de montes e vales (Dt 8:7-11.11; SI 65.6; 90.2; cp. Ap 6:14), segue um esboço resumido e simplificado dos processos que, ao que parece, levaram à formação desse cenário.


Toda essa região fica ao longo da borda fragmentada de uma antiga massa de terra sobre a qual repousam, hoje, a Arábia e o nordeste da África. Sucessivas camadas de formações de arenito foram depositadas em cima de uma plataforma de rochas ígneas (vulcânicas), que sofreram transformações - granito, pórfiro, diorito e outras tais. Ao que parece, as áreas no sul e no leste dessa terra foram expostas a essa deposição por períodos mais longos e mais frequentes. Na Transjordânia, as formações de arenito medem uns mil metros, ao passo que, no norte e na Cisjordânia, elas são bem mais finas. Mais tarde, durante aquilo que os geólogos chamam de "grande transgressão cretácea", toda a região foi gradual e repetidamente submersa na água de um oceano, do qual o atual mar Mediterrâneo é apenas resquício. Na verdade, " grande transgressão" foi uma série de transgressões recorrentes, provocadas por lentos movimentos na superfície da terra. Esse evento levou à sedimentação de muitas variedades de formação calcária. Um dos resultados disso, na Cisjordânia, foi a exposição da maior parte das rochas atualmente, incluindo os depósitos cenomaniano, turoniano, senoniano e eoceno.
Como regra geral, depósitos cenomanianos são os mais duros, porque contêm as concentrações mais elevadas de sílica e de cálcio. Por isso, são mais resistentes à erosão (e, desse modo, permanecem nas elevações mais altas), mas se desfazem em solos erosivos de qualidade superior (e.g., terra-roxa). São mais impermeáveis, o que os torna um componente básico de fontes e cisternas e são mais úteis em construções. Ao contrário, os depósitos senonianos são os mais macios e, por isso, sofrem erosão comparativamente rápida. Desfazem-se em solos de constituição química mais pobre e são encontrados em elevacões mais baixas e mais planas. Formações eocenas são mais calcárias e misturadas com camadas escuras e duras de pederneira, às vezes entremeadas com uma camada bem fina de quartzo de sílica quase pura. No entanto, nos lugares onde eles contêm um elevado teor de cálcio, como acontece na Sefelá, calcários eocenos se desintegram e formam solos aluvianos marrons. Em teoria, o aluvião marrom é menos rico do que a terra-roxa, porém favorece uma gama maior de plantações e árvores, é mais fácil de arar, é menos afetado por encharcamento e, assim, tem depósitos mais profundos e com textura mais acentuada.
Em resumo, de formações cenomanianas (e também turonianas) surgem montanhas, às vezes elevadas e escarpadas, atraentes para pedreiros e para pessoas que querem morar em cidades mais seguras. Formações eocenas podem sofrer erosão de modo a formar planícies férteis, tornando-as desejáveis a agricultores e a vinhateiros, e depósitos senonianos se desfazem em vales planos, que os viajantes apreciam. Uma comparação entre os mapas mostra o grande número de estreitas valas senonianas que serviram de estradas no Levante (e.g., do oeste do lago Hula para o mar da Galileia; a subida de Bete-Horom; os desfiladeiros do Jocneão, Megido e Taanaque no monte Carmelo; o fosso que separa a Sefelá da cadeia central; e o valo diagonal de Siquém para Bete-Sea). O último ato do grande drama cretáceo incluiu a criação de um grande lago, denominado Lisan. Ele inundou, no vale do Jordão, uma área cuja altitude é inferior a 198 metros abaixo do nível do mar - a área que vai da extremidade norte do mar da Galileia até um ponto mais ou menos 40 quilômetros ao sul do atual mar Morto. Formado durante um período pluvial em que havia precipitação extremamente pesada e demorada, esse lago salobro foi responsável por depositar até 150 metros de estratos sedimentares encontrados no terreno coberto por ele.
Durante a mesma época, cursos d'água também escavaram, na Transjordânia, desfiladeiros profundos e espetaculares. À medida que as chuvas foram gradualmente diminuindo e a evaporação fez baixar o nível do lago Lisan, pouco a pouco foram sendo expostas nele milhares de camadas de marga, todas elas bem finas e carregadas de sal. Misturados ora com gesso ora com calcita negra, esses estratos finos como papel são hoje em dia a característica predominante do rifte do sul e da parte norte da Arabá. Esse período pluvial também depositou uma grande quantidade de xisto na planície Costeira e criou as dunas de Kurkar, que se alinham com a costa mediterrânea. Depósitos mais recentes incluem camadas de aluvião arenoso (resultante da erosão pela água) e de loesse (da erosão pelo vento), características comuns da planície Costeira nos dias atuais.

A Geologia da Palestina
A Geologia da Palestina

HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA

HIDROLOGIA
Não é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv 26:3-20). Mais tarde, quando estava na iminência de se lancar em sua missão de ocupar Canaã, o povo recebeu as descrições mais vívidas e completas das características hidrológicas daquela terra. "Pois a terra na qual estais entrando para tomar posse não é como a terra do Egito, de onde saístes, em que semeáveis a semente e a regáveis a pé [referência ou a um tipo de dispositivo usado para puxar água que era movimentado com os pés ou a comportas de irrigação que podiam ser erguidas com os pés para permitir que as águas entrassem em canais secundários], como se faz a uma horta; a terra em que estais entrando para dela tomar posse é terra de montes e de vales, que bebe as águas da chuva do céu; terra cuidada pelo SENHOR, teu Deus, cujos olhos estão continuamente sobre ela, desde o princípio até o fim do ano" (Dt 11:10-12).
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt 28:12-2Cr 7.13,14; J6 5.10; 28.25,26; 36.27,28; SI 65:9-13 135:7-147.8,18; Is 30:23-25; Ez 34:26; Os 6:3; Am 9:6; Zc 10:1; MI 3.10; Mt 5:45; At 14:17; Hb 6:7). De modo análogo, Deus tem a prerrogativa soberana de reter a chuva como sinal de sua insatisfação e juízo (e.g., Dt 28:22-24; 1Rs 8:35-36; 17.1; 2Cr 6:26-27; Jó 12.15; Is 5:6; Jr 3:3-14:1-6; Am 4:7-8; Zc 14:17). 110 Parece que os autores das Escrituras empregaram essa realidade teológica justamente por causa das implicações hidrológicas dinâmicas que teriam sido por demais óbvias para quem quer que tentasse sobreviver em Canaã. Para o israelita antigo, a chuva era um fator providencialmente condicionado.
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs 17:1; Ag 1:10-11; cp. Gn 27:39-25m 1.21; Is 26:19; Os 14:5; Jó 29.19). 112 Com certeza, poucos agricultores na América do Norte ou Europa tiveram boas colheitas principalmente como resultado de orvalho.
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs 16:32-33; 19:10-14), e o sincretismo deles se tornou o tema triste e recorrente do livro de Juízes. Aqueles dessa geração posterior não deram ouvidos às exortações proféticas e logo descobriram que, na prática, eram cananeus - pessoas que, por meio do culto da fertilidade, procuravam garantir que houvesse chuva suficiente. O baalismo cananeu estava envolvido com uma cosmovisão cíclica (e não com uma linear), em que o mundo fenomênico, a saber, as forças da natureza, era personificado. Dessa maneira, os adeptos do baalismo eram incapazes de perceber que as estações do ano eram de uma periodicidade regular e mecânica. A variação e a recorrência das estações eram vistas em termos de lutas cósmicas. Quando a estação seca da primavera começava com a consequente cessação de chuva e a morte da vegetação, inferiam erroneamente que o deus da esterilidade (Mot) havia assassinado seu adversário, Baal. Por sua vez, quando as primeiras chuvas do outono começavam a cair, tornando possível a semeadura e, mais tarde, a colheita, de novo o baalismo cometia o erro de inferir que o deus da fertilidade (Baal) havia ressuscitado e retornado à sua posição proeminente.
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt 4:26; cp. Jr 2:7-8,22,23; 11.13; Os 4:12-14; Mq 1:7). Mas, apesar de todas as advertências, ao que parece a realidade hidrológica da terra levou os israelitas a suporem que também necessitavam de rituais cananeus para sobreviver num lugar que dependia tanto da chuva (1Sm 12:2-18; 1Rs 14:22-24; 2Rs 23:6-7; 2Cr 15:16: Jr 3:2-5; Ez 8:14-15; 23:37-45). Israel logo começou a atribuir a Baal, e não a lahweh, as boas dádivas da terra (Is 1:3-9; Jr 2:7; Os 2:5-13) e, por fim, os israelitas chegaram ao ponto de chamar lahweh de "Baal" (Os 2:16). O tema bíblico recorrente de "prostituir-se" tinha um sentido muito mais profundo do que uma mera metáfora teológica (Jz 2:17-8.27,33; 1Cr 5:25; Ez 6:9; Os 4:12-9.1; cp. Dt 31:16-1Rs 14.24; 2Rs 23:7). Além do mais, no fim, a adoção dessa degeneração contribuiu para a derrota e o exílio de Israel (e.g., 1Cr 5:26-9.1; SI 106:34-43; Jr 5:18-28; 9:12-16; 44:5-30; Ez 6:1-7; 33:23-29).
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt 6:3-31.20; Is 5:6; Jr 11:5), de igual forma as Escrituras, mais tarde, utilizam a metáfora para tornar a apresentar esse forte contraste entre o Egito e Cana (e.g., Dt 11:9-12; 26.8,9; Jr 32:21-23; Ez 20:6). Nesse aspecto, o texto de Deuteronômio 11:8-17 é especialmente revelador: aí a terra de leite e mel será um lugar em que a fertilidade estará condicionada à fé em contraste com a fertilidade garantida do Egito.
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is 7:15-25). A palavra para "leite" (halab) é usada com frequência para designar o leite de cabra e ovelha (Êx 23.19; Dt 14:21-1Sm 7.9; Pv 27:26-27), raramente para se referir ao leite de vaca (Dt 32:14) e nunca ao de camela. Ocasionalmente a palavra para "mel" (debash) é interpretada como referência a uma calda ou geleia feita de uvas ou tâmaras ou secretada por certas árvores, mas é quase certo que, nesse contexto, deve se referir ao mel de abelha. A palavra é usada especificamente com abelhas (d°bórá, cp. Jz 14:8-9) e aparece com vários vocábulos diferentes que designam favo (Pv 24:13; Ct 4:11; cp. 1Sm 14:25-27; SI 19.10; Pv 16:24; Ct 5:1). Na descrição encontrada em textos egípcios mais antigos, Canaã tinha seu próprio suprimento de mel,16 uma observação importante à luz do fato bem estabelecido de que a apicultura doméstica era conhecida no Egito desde tempos remotos. Escavações arqueológicas realizadas em 2007 na moderna Rehov/Reobe, logo ao sul de Bete-Sea, encontraram vestígios inconfundíveis de apicultura doméstica em Canaã, datada radiometricamente do período da monarquia unida. Além de mel, restos tanto de cera de abelha quanto de partes de corpos de abelha foram tirados do apiário, e acredita-se que as fileiras de colmeias achadas ali até agora eram capazes de produzir até 450 quilos de mel todos os anos.
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is 7:15-25; J6 20,17) e de áreas de pastagem não cultivadas. Nenhum é produto de terra cultivada. Diante disso, deve-se concluir que os produtos primários de leite e mel são de natureza pastoril e não agrícola. Portanto, a terra é descrita como uma esfera pastoril.
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm 11:4-9). Enquanto andava pelo deserto, o povo de Israel se desiludiu com a dieta diária e monótona de maná e passou a desejar a antiga dieta no Egito (peixe, pepino, melão, alho-poró, cebola e alho). Além de peixe, os alimentos pelos quais ansiavam eram aqueles que podiam ser plantados e colhidos. Em outras palavras. enquanto estavam no Egito, a dieta básica dos israelitas era à base de produtos agrícolas e nada há nesse texto sobre a ideia de pastoralismo. O Egito parece ser apresentado basicamente como o lugar para o lavrador trabalhar a terra, ao passo que a terra da heranca de Israel é basicamente apresentada como o lugar para o pastor criar animais. Isso não quer dizer que não houvesse pastores no Egito (ep. Gn 46:34) nem que não houvesse lavradores em Canaã (cp. Mt 22:5); mas dá a entender que o Egito era predominantemente um ambiente agrícola, ao passo que Canaã era predominantemente de natureza pastoril. Ao se mudar do Egito para uma "terra que dá leite e mel", Israel iria experimentar uma mudanca impressionante de ambiente e estilo de vida É provável que isso também explique por que a Bíblia quase não menciona lavradores, vacas e manadas e, no entanto, está repleta de referências pastoris:


Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:


Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).

Os solos da Palestina
Os solos da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Índice pluviométrico na Palestina
Índice pluviométrico na Palestina

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

CIDADES DO MUNDO BÍBLICO

FATORES QUE INFLUENCIARAM A LOCALIZAÇÃO
Várias condições geográficas influenciaram a localização de assentamentos urbanos no mundo bíblico. Em termos gerais, nesse aspecto, eram cinco os principais fatores que podiam ser determinantes:


(1) acesso à água;
(2) disponibilidade de recursos naturais;
(3) topografia da região;
(4) topografia do lugar;
(5) linhas naturais de comunicação. Esses fatores não eram mutuamente excludentes, de sorte que às vezes era possível que mais de um influenciasse na escolha do lugar exato de uma cidade específica.


O mais importante desses fatores era a ponderação sobre o acesso à água, em especial antes da introdução de aquedutos, sifões e reservatórios. Embora seja correto afirmar que a água era um aspecto central de todos os assentamentos num ambiente normalmente árido, parece que a localização de algumas cidades dependeu exclusivamente disso. Dois exemplos são: Damasco (situada no sopé oriental dos montes Antilíbano, num vasto oásis alimentado pelos caudalosos rios Abana e Farfar (2Rs 5:12) e Tadmor (localizada num oásis luxuriante e fértil no meio do deserto Oriental). Devido à disponibilidade de água doce nesses lugares, aí foram encontrados assentamentos bem anteriores à aurora da história bíblica, e esses dois estão entre alguns dos assentamentos mais antigos ocupados ininterruptamente no mundo bíblico. Outras cidades foram estabelecidas de modo a estarem bem perto de recursos naturais. A localização de Jericó, um dos assentamentos mais velhos da antiga Canaã, é uma excelente ilustração. A Jericó do Antigo Testamento foi construída ao lado de uma fonte excepcionalmente grande, mas também é provável que a cidade tenha sido estabelecida ali porque aquela fonte ficava perto do mar Morto e de seus recursos de betume. O betume era um produto primário de grande valor, com inúmeros usos. Na Antiguidade remota, o mar Morto era uma das poucas fontes conhecidas desse produto, de sorte que o betume dali era recolhido e transportado por todo o Egito e boa parte do Crescente Fértil. Como consequência, uma motivação econômica inicialmente levou à região uma colônia de operários e logo resultou na fundação de uma povoação nas proximidades. De modo análogo, a localização da antiga cidade de Sardes, situada próxima da base do monte Tmolo e junto do ribeiro Pactolo, foi com certeza determinada pela descoberta de ouro naquele lugar, o que criou sua renomada riqueza.
Sabe-se de moedas feitas com uma liga de ouro e prata que foram cunhadas em Sardes já no sétimo século a.C.
A localização de algumas cidades se deveu à topografia da região. Já vimos como a posição de Megido foi determinada para controlar um cruzamento de estradas num desfiladeiro na serra do monte Carmelo. Da mesma maneira, a cidade de Bete-Horom foi posicionada para controlar a principal via de acesso para quem vai do oeste para o interior das montanhas de Judá e Jerusalém. A topografia regional também explica a posição de Corinto, cidade portuária de localizacão estratégica que se estendeu desordenadamente no estreito istmo de 5,5 quilômetros de terra que separa o mar Egeu do mar Adriático e forma a única ligação entre a Grécia continental e a península do Peloponeso.
Outras cidades estavam situadas de acordo com o princípio de topografia local. Com exceção do lado norte, em todos os lados Jerusalém estava rodeada por vales profundos com escarpas superiores a 60 metros. Massada era uma mesa elevada e isolada, cercada por penhascos rochosos e escarpados de mais de 180 metros de altura em alguns lugares.
A cidade de Samaria estava em cima de uma colina isolada de 90 metros de altura e cercada por dois vales com encostas íngremes. Como consequência da topografia local, essas cidades comumente resistiam melhor a ataques ou então eram conquistadas só depois de um longo período de cerco. Por fim, linhas naturais de comunicação podem ter determinado a localização de alguns assentamentos urbanos. Uma ilustracão clássica desse critério é Hazor - uma plataforma bastante fortificada, uma capital de província (Is 11:10) e um tell de 0,8 quilômetros quadrados que era um dos maiores de Canaã. A localização da cidade foi ditada pela posição e trajeto da Grande Estrada Principal. Durante toda a Antiguidade, Hazor serviu de porta de entrada para a Palestina e pontos mais ao sul, e com frequência textos seculares se referem a ela associando-a ao comércio e ao transporte. Da mesma forma, é muito provável que linhas de comunicação tenham sido o fator determinante na escolha do lugar onde as cidades de Gaza e Rabá/Ama vieram a ser estabelecidas.
Também é muito improvável que várias cidades menores iunto à via Inácia, a oeste de Pela (Heracleia, Lychnidos e Clodiana), tivessem se desenvolvido não fosse a existência e a localização dessa artéria de grande importância. E existem localidades ao longo da Estrada Real da Pérsia (tais como Ciyarbekir e Ptéria) cuja proeminência, se não a própria existência, deve-se à localizacão daquela antiga estrada. Como os fatores que determinavam sua localização permaneciam bem constantes. no mundo bíblico cidades tanto pequenas quanto grandes experimentavam, em geral, um grau surpreendente de continuidade de povoação. Mesmo quando um local era destruído ou abandonado por um longo período, ocupantes posteriores eram quase sempre atraídos pelo(s) mesmo(s) fator(es) que havia(m) sido determinante(s) na escolha inicial do lugar. Os colonos subsequentes tinham a satisfação de poder usar baluartes de tijolos cozidos, segmentos de muros ainda de pé, pisos de terra batida, fortificações, silos de armazenagem e poços. À medida que assentamentos sucessivos surgiam e caíam, e com frequência as cidades eram muitas vezes construídas literalmente umas em cima das outras, a colina plataforma (tell) em cima da qual se assentavam (Js 11:13; Jr 30:18-49.
2) ia ficando cada vez mais alta, com encostas mais íngremes em seu perímetro, o que tornava o local gradativamente mais defensável. Quando esse padrão se repetia com frequência, como é o caso de Laquis, Megido, Hazor e Bete-Sea, o entulho de ocupação podia alcançar 20 a 30 metros de altura.

A CORRETA IDENTIFICAÇÃO DE CIDADES ANTIGAS
Isso leva à questão da identificação de locais, o que é crucial para os objetivos de um atlas bíblico. A continuidade de ocupação é útil, mas a identificação segura de lugares bíblicos não é possível em todos os casos devido a dados documentais insuficientes e/ou a um conhecimento limitado da geografia. Muitos nomes não foram preservados e, mesmo quando um topônimo sobreviveu ou, em tempos modernos, foi ressuscitado e aplicado a determinado local, tentativas de identificação podem estar repletas de problemas. Existem casos em que um nome específico experimentou mudança de local. A Jericó do Antigo Testamento não ficava no mesmo lugar da Jericó do Novo Testamento, e nenhum dos dois. lugares corresponde à moderna Jericó. Sabe-se que mudanças semelhantes ocorreram com Siquém, Arade, Berseba, Bete-Sea, Bete-Semes, Tiberíades etc. Mudanças de nomes também acontecem de uma cultura para outra ou de um período para outro. A Rabá do Antigo Testamento se tornou a Filadélfia do Novo Testamento, que, por sua vez, transformou-se na moderna Amã. A Aco do Antigo Testamento se tornou a Ptolemaida do Novo Testamento, que, por sua vez, tornou-se a Acre dos cruzados.
A Siquém do Antigo Testamento se tornou a Neápolis do Novo Testamento, a qual passou a ser a moderna Nablus. E em alguns casos uma mudança de nome aconteceu dentro de um Testamento (e.g., Luz/Betel, Quiriate-Arba/Hebrom, Quiriate-Sefer/Debir e Laís/Dá). Frequentemente a análise desses casos exige uma familiaridade bastante grande com a sucessão cultural e as inter-relações linguísticas entre várias épocas da história da Palestina. Mesmo assim, muitas vezes a identificação do lugar continua difícil. Existe também o problema de homonímia: mais de um lugar pode ter o mesmo nome. As Escrituras falam de Afeque ("fortaleza") 143 no Líbano (Js 13:4), na planície de Sarom (1Sm 4:1), na Galileia (Js 19:30) e em Gola (1Rs 20:26-30). I Existe Socó ("lugar espinhoso") 45 na Sefelá (1Sm 17:1), em Judá (Is 15:48) e na planície de Sarom (1Rs 4:10). 16 Conforme ilustrado aqui, normalmente a homonímia acontece devido ao fato de os nomes dos lugares serem de sentido genérico: Hazor significa "terreno cercado", Belém significa "celeiro", Migdal significa "torre", Abel significa "campina", Gibeá significa "colina'", Cades significa "santuário cultual", Aim significa "fonte", Mispá significa "torre de vigia", Rimom significa "romã/ romázeira" e Carmelo significa "vinha de Deus". Por isso não é surpresa que, na Bíblia, mais de um lugar seja associado com cada um desses nomes. Saber exatamente quando postular outro caso de homonímia sempre pode ser problemático na criação de um atlas bíblico. Outra dimensão da mesma questão complexa acontece quando um mesmo nome pode ser aplicado alternadamente a uma cidade e a uma província ou território ao redor, como no caso de Samaria (1Rs 16:24, mas 1Rs 13:32), Jezreel (1Rs 18:45-46, mas Js 17:16), Damasco (Gn 14:15, mas Ez 27:18) ou Tiro (1Rs 7:13, mas 2Sm 24:7).
A despeito dessas dificuldades, em geral três considerações pautam a identificação científica de lugares bíblicos: atestação arqueológica, tradição ininterrupta e análise literária/ topográfica."7 A primeira delas, que é a mais direta e conclusiva, identifica determinada cidade por meio de uma inscrição desenterrada no lugar. Embora vários exemplos desse tipo ocorram na Síria-Mesopotâmia, são relativamente escassos na Palestina. Documentação assim foi encontrada nas cidades de Gezer, Arade, Bete-Sea, Hazor, Ecrom, Laquis, Taanaque, Gibeão, Dá e Mefaate.


Lamentavelmente a maioria dos topônimos não pode ser identificada mediante provas epigráficas, de modo que é necessário recorrer a uma das outras duas considerações. E possivel utilizar a primeira delas, a saber, a sobrevivência do nome, quando, do ponto de vista léxico, o nome permaneceu o mesmo e nunca se perdeu a identidade do local. Esse critério é suficientemente conclusivo, embora se aplique a bem poucos casos: Jerusalém, Hebrom, Belém e Nazaré. Muitos lugares modernos com nomes bíblicos são incapazes de oferecer esse tipo de apoio de tradição ininterrupta. Como consequência, tendo em vista as mudanças de nome e de lugar, isso suscita a questão óbvia - que continua sendo debatida em vários contextos - de até que ponto essas associações são de fato válidas. Aparentemente essas transferências não aconteceram de forma aleatória e impensada. Mudanças de localização parecem estar confinadas a um raio pequeno. Por exemplo, a Jericó do Antigo Testamento, a Jericó do Novo Testamento e a moderna Jericó estão todas dentro de uma área de apenas 8 quilômetros, e em geral o mesmo se aplica a outras mudanças de localização.
Ocasionalmente, quando acontece uma mudança de nome, o nome original do lugar é preservado num aspecto geográfico das proximidades. O nome Bete-Semes (T. er-Rumeilah) se reflete numa fonte contígua (Ain Shems); da mesma forma, Yabis, o nome moderno do uádi, é provavelmente uma forma que reflete o nome do local bíblico de Jabes(-Gileade], ao lado do qual ficava, na Antiguidade. Quando os dados arqueológicos proporcionam provas irrefutáveis do nome bíblico de um local, é bem comum que aquele nome se reflita em seu nome moderno. Por exemplo, a Gibeão da Bíblia é hoje em dia conhecida pelo nome de el-Jib; o nome Taanaque, que aparece na Bíblia, reflete-se em seu nome moderno de T. Tilinnik; a Gezer bíblica tem o nome refletido no nome moderno T. Jezer. Conquanto a associação de nomes implique alguns riscos, com frequência pode propiciar uma identificação altamente provável.
Um terceiro critério usado na identificação de lugares consiste em análise literária e topográfica. Textos bíblicos frequentemente oferecem uma pista razoavelmente confiável quanto à localização aproximada de determinado lugar. Um exemplo é a localização da Ecrom bíblica, uma das principais cidades da planície filisteia. As Escrituras situam Ecrom junto à fronteira norte da herança de Judá, entre Timna e Siquerom (Is 15:11), embora, na verdade, o local tenha sido designado para a tribo de Da (Is 19:43). Nesse aspecto, a sequência das cidades neste último texto é significativa: Ecrom está situada entre as cidades da Sefelá (Zorá, Estaol, Bete-Semes e Aijalom) e outras situadas nas vizinhanças de Jope, no litoral (Bene-Beraque e Gate-Rimom), o que fortalece a suposição de que se deve procurar Ecrom perto da fronteira ocidental da Sefelá (Js 19:41-42,45). Além do mais, Ecrom era a cidade mais ao norte dentro da área controlada pelos filisteus (Js 13:3) e era fortificada (1Sm 6:17-18). Por fim, Ecrom estava ligada, por uma estrada, diretamente a Bete-Semes e, ao que se presume, separada desta última por uma distância de um dia de viagem ou menos (1Sm 6:12-16). Desse modo, mesmo sem o testemunho posterior de registros neoassírios,149 Ecrom foi procurada na moderna T. Migne, um tell situado onde a planície Filisteia e a Sefelá se encontram, na extremidade do vale de Soreque, no lado oposto a Bete-Semes.
Ali, a descoberta de uma inscrição que menciona o nome do lugar bíblico confirmou a identificação.150 Contudo, existem ocasiões em que a Bíblia não fornece dados suficientes para identificar um lugar. Nesses casos, o geógrafo histórico tem de recorrer a uma análise de fontes literárias extrabíblicas, do antigo Egito, Mesopotâmia, Síria ou Ásia Menor. Alternativamente, a identificação de lugares é com frequência reforçada por comentários encontrados em várias fontes:


De qualquer maneira, mesmo quando todas essas exigências são atendidas, não se deve apresentar como definitiva a identificação de lugares feita apenas com base em análise topográfica. Tais identificações só devem ser aceitas tendo-se em mente que são resultado de uma avaliação probabilística.

Principais cidades da Palestina
Principais cidades da Palestina
Principais cidades da Palestina
Principais cidades da Palestina
Principais sítios arqueológicos no mundo bíblico
Principais sítios arqueológicos no mundo bíblico
Principais sítios arqueológicos da Palestina
Principais sítios arqueológicos da Palestina

ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO

UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO
Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.

No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era.
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo.
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.

DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade.
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros.
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:


Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).

A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.

A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21.
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.

A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.

VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem.

Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
As estradas da Palestina
As estradas da Palestina

OS VIZINHOS DE ISRAEL E JUDÁ

O LEGADO DE DAVI E SALOMÃO
Durante o reinado de Davi, Israel conquistou vários povos vizinhos, mas não todos. Ao norte, Hirão de Tiro e outros reis fenícios governavam uma faixa ao longo da costa do Mediterrâneo correspondente de forma aproximada a atual Líbano. Mais ao sul, também junto ao Mediterrâneo, os filisteus mantiveram sua independência. Do lado leste do rio Jordão e a leste e sul do mar Morto, Davi conquistou Amom, Moabe e Edom. Depois de derrotar Hadadezer de Zobá, Davi parece ter conseguido controlar parte da Síria até o rio Eufrates. Nos anos depois da morte de Salomão, essas regiões readquiriram sua independência.

AMOM
O centro do reino de Amom era a grande cidadela de Rabá- Amom (atual Amã, capital da Jordânia). Os amonitas eram descendentes de Ben-Ami, filho de Ló (sobrinho de Abraão) (com sua filha mais nova) A região a oeste que se estendia até o vale do Jordão entre os ribeiros Jaboque e Arnom era ocupada pelos amorreus.

MOABE
O reino de Moabe se concentrava no planalto entre o ribeiro de Arnom, que corria por um vale de até 500 m de profundidade, e o ribeiro de Zerede, a leste do mar Morto. Sua cidade mais importante era Quir-Haresete, a magnífica fortaleza de Kerak. A região ao norte do rio Arnom era chamada de Misor, ou campinas de Moabe. Os moabitas eram descendentes de Ló com sua filha mais vela. Rute, a bisavó de Davi, era moabita. Moabe era uma região conhecida pela criação de ovinos e, por algum tempo, teve de pagar a Israel um tributo anual de cem mil cordeiros e a lã de cem mil carneiros.

EDOM
Os edomitas eram descendentes de Esaú, o irmão mais velho de Jacó. Ocupavam o território ao sul do mar Morto e a sudeste do ribeiro de Zerede. Essa região montanhosa também era chamada de monte Seir, que significa "peludo", pois era coberta de uma vegetação densa constituída, em sua maior parte, de arbustos. Abrangia a Arabá, ou deserto de Edom, a grande depressão que liga o mar Morto ao mar Vermelho. Sua capital, Sela, pode ser identificada com Petra, a cidade que viria a ser conhecida como a espetacular capital rosada dos árabes nabateus.

A REGIÃO AO SUL DO MAR MORTO
Ao sul de uma linha imaginária entre Gaza e Berseba, estendendo-se para o leste até o sul do mar Morto, fica o deserto de Zim. Essa área extensa que constitui a parte norte do deserto do Sinai apresenta um índice pluviométrico anual inferior a 200 mm e, portanto, não pode ser usada para a agricultura. Judá procurou exercer controle sobre Edom e essa região. Os portos de Eziom-Geber (possivelmente Tell el-Kheleifeh) e Elate no norte do golfo de Ácaba permitiam que Judá tivesse acesso ao mar Vermelho e seu comércio valioso.

OS FILISTEUS
Quatro cidades filistéias, Ecrom, Asdode, Asquelom e Gaza, permaneceram independentes do controle de Israel e Judá. Apenas Gate foi controlada pelo reino de Judá.

O LÍBANO
Os montes da região norte da Galileia são separados das cadeias de montanhas do Líbano ao norte pelo vale profundo do rio Litani que desemboca no Mediterrâneo alguns quilômetros ao norte de Tiro. As montanhas de até 3.088 m de altura que passam cerca da metade do ano cobertas de neve explicam o nome "Líbano", que significa "branco". As coníferas e cedros do Líbano forneciam a madeira de melhor qualidade do Antigo Oriente Próximo, cobiçadas por reis da Mesopotâmia e do Egito, e também por Salomão, que adquiriu dessa região a madeira para o templo do Senhor em Jerusalém. A leste da cadeia de montanhas do Líbano encontra-se o vale de Becá. As montanhas formam uma barreira natural, impedindo que as chuvas cheguem ao vale onde o índice pluviométrico anual não passa de 250 mm. Os rios Orontes e Litani correm, respectivamente, ao longo do norte e do sul do vale para o mar Mediterrâneo. A leste de Becá fica a cadeia de montanhas do Antilíbano, cujo pico mais alto é o do monte Hermom (também chamado de Sirion ou Senir) com 2.814 m de altura. A costa mediterrânea do Libano possui

DO OUTRO LADO DO MAR
Os fenícios da costa do Líbano eram exímios marinheiros. Salomão contratou marujos de Hirão, rei de Tiro, para seus empreendimentos comerciais no mar Vermelho. Os israelitas, por sua vez, eram um povo ligado à terra que mostrava pouco entusiasmo pelo mar, como o salmista deixa claro: "Subiram até aos céus, desceram até aos abismos; no meio destas angústias, desfalecia-lhes a alma. Andaram, e cambalearam como ébrios, e perderam todo tino. Então, na sua angústia, clamaram ao Senhor, e ele os livrou das suas tribulações" (SI 107:26-28).

A SÍRIA
A leste da cadeia do Antilíbano fica o país chamado hoje de Síria. Este foi o nome que os romanos deram à região, que incluía a Palestina, quando Pompeu a conquistou em 63 .C. e a transformou numa província romana. No tempo do Antigo Testamento, a região ao redor de Damasco e mais ao norte era chamada de Hara. Davi firmou alianças com os reis arameus de Gesur (a leste do mar da Galileia) e Hamate. Conquistou Zoba (ao norte de Damasco), estendendo seu domínio até o rio Eufrates. Damasco recobrou sua independência durante o reinado de Salomão quando um certo Rezom passou a controlar a região. Ben-Hadade II, Hazael e Ben-Hadade IlI, reis posteriores de Damasco, entraram em conflito repetidamente com Israel, o reino do norte.

A LESTE DO JORDÃO
Basã e Gileade, a leste do rio Jordão, faziam parte da terra prometida, e, portanto, não eram vizinhos de Israel. Entretanto, a fim de fornecer uma descrição mais abrangente, devemos tratar dessas terras do outro lado do rio. Nessa região, os ventos frios do deserto que, no inverno, sopram sobre os montes orientais impedem o cultivo de oliveiras e, em alguns lugares, também de vinhas.

Vizinhos de Israel e Judá
Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam. em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.

Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Vizinhos de Israel e Judá Muitas nações vizinhas de Israel e Judá haviam em algum momento, feito parte do reino de Davi.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cidade de Petra, na Jordânia, escavada na rocha; talvez identificável com a cidade de Sela no Antigo Testamento. Aqui, uma vista do templo ou tumba nabatéia de el-Khazne.
Cedros nas montanhas do Líbano.
Cedros nas montanhas do Líbano.

ASSÍRIA: A AMEAÇA VINDA DO NORTE

metade do século IX a 722 a.C.
A ASCENSÃO DA ASSÍRIA
O território da Assíria ficava cerca de 900 km a nordeste de Israel, na região correspondente ao atual Iraque, uma terra montanhosa, regada pelo rio Tigre que nasce na região montanhosa do leste da Turquia. No início do século IX a.C., o exército assírio realizou campanhas para proteger suas fronteiras e exigir tributos de estados vizinhos. O rei assírio Assurbanipal I (884-859 a.C.) é conhecido porter realizado quatorze grandes expedições durante os 25 ands do seu reinado. Em suas inscrições, ele se gaba com freqüência da sua própria crueldade (ver página 87). Para celebrar a construção do seu novo palácio em Kalhu (Calá em hebraico, a atual Nimrud), cerca de 35 km ao sul de Mosul, Assurbanipal otereceu um banquete suntuoso durante dez dias para 64.574 convidados.
Em 853 a.C., Salmaneser III (859-824 a.C.), o sucessor de Assurbanipal, enfrentou uma coalizão da qual fazia parte o rei israelita Acabe. Isto se deu em Qarqar, junto ao Orontes, na Síria. De acordo com os registros assírios, Acabe usou dois mil carros na batalha. Numa ocasião posterior durante seu reinado, em 841 a.C., Salmaneser encontrou outro rei israelita. O famoso Obelisco Negro de Nimrud (atualmente no Museu Britânico) mostra leú, ou seu embaixador, pagando tributo a Salmaneser. Cortesãos formam uma longa fila para entregar seus tributos: ouro, prata e frutas. Representantes de outros estados trazem elefantes, camelos, bactrianos e macacos.

O DECLÍNIO DA ASSÍRIA
Trinta e um dos 35 anos de reinado de Salmaneser III foram dedicados à guerra. Depois de sua morte, em 824 a.C., monarcas assírios mais fracos permitiram que grande parte da Síria passasse ao controle do reino arameu de Damasco que, por sua vez, também reduziu o território de leú Na primeira metade do século VIII a.C, governadores de províncias já exerciam grande autoridade sobre vastas extensões de terra em detrimento da monarquia central assíria. E nesse período que o livro de Reis situa o profeta israelita Jonas que predisse a expansão do reino do norte sob Jeroboão II (781-753 a.C.).

JONAS
O livro de Jonas narra como, a princípio, esse profeta resistiu ao chamado de Deus para ir a Nínive, uma das principais cidades da Assíria, proclamar o iminente julgamento do Senhor contra a cidade.° Sem dúvida, Jonas tinha ouvido falar da crueldade dos assirios e acreditava que um povo como esse merecia o castigo de Deus. O profeta tentou fugir tomando um navio que ia para Társis, talvez o vale Guadalquivir, no sul da Espanha ou Sardenha, na direção contrária de Nínive. Depois de uma tempestade violenta, Jonas foi lançado ao mar, engolido e vomitado por um "peixe grande". Talvez de forma surpreendente, o povo de Nínive aceitou a mensagem de Jonas. O livro termina mostrando o profeta aborrecido com a morte de uma planta, provavelmente uma espécie de mamona, ao invés de se alegrar com o livramento de cento e vinte mil pessoas. Em Tonas 3.6 o rei é chamado de "rei de Nínive", e não o título assírio comum no Antigo Testamento, "rei da Assíria". O decreto registrado em 3.7 foi publicado "por mandado do rei e seus grandes (seus nobres). É possível que, de fato, esse governante fosse rei de Nínive, mas dificilmente exercia poder sobre uma região mais ampla; dai o seu titulo no livro de Jonas. Talvez tivesse sido obrigado a entregar o controle de parte considerável do seu reino a governadores provinciais poderosos, cuja autoridade e influência ele reconheceu ao publicar seu decreto.

TIGLATE-PILESER III
A Assíria voltou a ganhar força durante o reinado de Tiglate-Pileser III (746-727 a.C.). Menaém, rei de Israel (752-741 a.C.), teve de pagar um tributo pesado de mil talentos de prata (c. 34 toneladas) a Tiglate- Pileser, ou seja, cinquenta silos de prata (600 g) cobrados de cada homem rico. Em 734 a.C, uma coalizão de resistência à Assíria havia se formado na região da Síria. Rezim, rei de Damasco, e Peca, rei de Israel (739-731 a.C.), tentaram forcar Acaz, rei de Judá, a se aliar a eles e fazer frente aos assírios. Rezim e Peca invadiram Judá com a intenção de depor Acaz e colocar no trono o "filho de Tabeal". 5 Isaías profetizou o fim de Damasco e Efraim (Israel): "Isto não subsistirá, nem tampouco acontecerá. Mas a capital da Síria será Damasco, e o cabeça de Damasco, Rezim, e dentro de 65 anos Efraim será destruído e deixará de ser povo" (Is 7:7-8).
A solução encontrada por Acaz foi usar ouro e prata do templo e do palácio real para pagar Tiglate-Pileser para atacar Damasco. Quando Tiglate-Pileser aceitou a proposta e capturou Damasco, Acaz foi visitá-lo na cidade síria. Ali, viu um altar e ordenou que o sacerdote Urias desenhasse uma planta detalhada para construir um altar em Jerusalém." A substituição do altar de bronze no templo de Jerusalém por esse altar pagão foi considerada um sinal de apostasia da parte de Acaz.
Damasco caiu em 732 a.C.e o exército assírio marchou para o sul, em direcão a Israel, tomando do reino do norte a maior parte do seu território, inclusive toda região de Gileade e da Galiléia e deportando seus habitantes para a Assíria. Uma camada de cinzas de 1 m de profundidade em Hazor comprova os atos de Tiglate-Pileser. Em seus registros, o rei da Assíria afirma ter deposto Peca e colocado Oséias em seu lugar. De acordo com o livro de Reis, Oséias assassinou Peca, e é possível conjeturar que Tiglate-Pileser conspirou com Oséias, de modo a garantir um governante de confiança no trono de Israel.
Oséias (731-722 a.C.) foi o último rei de Israel. Os reis assírios subseqüentes, Salmaneser V e Sargão Il, conquistaram Samaria e exilaram os israelitas restantes em terras longínquas do Império Assírio que, na época, ainda estava em expansão. A crueldade de Assurbanipal "Capturei vários soldados com vida. Cortei braços e mãos de alguns; de outros cortei o nariz, orelhas e extremidades. Arranguei os olhos de muitos soldados. Fiz uma pilha de vivos e outra de cabeças. Pendurei as cabeças nas árvores ao redor da cidade. Queimei os meninos e meninas adolescentes"
O que foi servido no banquete suntuoso de Assurbanipal:
1.000 bois 1:000 novilhos 14:000 ovelhas, 500 cervos.
1.000 patos, 500 gansos 10:000 pombos 10:000 peixes,
10.000 ovos 10:000 pães, 10.000 jarras de cerveja, 10.000 odes de vinho, 300 jarros de azeite...
"Durante dez dias, ofereci banquetes, vinho, banhos, óleos e honrarias a 69.574 pessoas, inclusive as que foram convocadas de todas as terras c o povo de Calah e depois os mandei de volta às suas terras em paz e alegria
O rei Jeú de Israel (ou seu embaixador) curva-se diante de Salmaneser III (841 a.C), rei da Assíria. Obelisco negro de Salmaneser Ill, de Calá (Nimrud), Iraque
O rei Jeú de Israel (ou seu embaixador) curva-se diante de Salmaneser III (841 a.C), rei da Assíria. Obelisco negro de Salmaneser Ill, de Calá (Nimrud), Iraque
Campanha dos assírios contra a Síria e Palestina Os assírios, provenientes da região correspondente hoie ao norte do Iraque, empreenderam diversas campanhas militares contra a Síria e Palestina. O mapa mostra as principais incursões no perí odo
Campanha dos assírios contra a Síria e Palestina Os assírios, provenientes da região correspondente hoie ao norte do Iraque, empreenderam diversas campanhas militares contra a Síria e Palestina. O mapa mostra as principais incursões no perí odo
O exército assírio em campanha militar durante o reinado de Salmaneser III (859-824 a.C.). Relevo dos portões de bronze de Balawat, Iraque.
O exército assírio em campanha militar durante o reinado de Salmaneser III (859-824 a.C.). Relevo dos portões de bronze de Balawat, Iraque.
A Assiria no início da seculo VIll a.C. No começo do século VIll a.C., os governadores de províncias assírias Shamshi-ilu e Nergal-eresh controlavam extensas áreas de terra. Foi nesse período que o profeta Jonas visitou a cidade assíria de Ninive.
A Assiria no início da seculo VIll a.C. No começo do século VIll a.C., os governadores de províncias assírias Shamshi-ilu e Nergal-eresh controlavam extensas áreas de terra. Foi nesse período que o profeta Jonas visitou a cidade assíria de Ninive.

JARDIM DO ÉDEN

Deus criou, para o primeiro casal, um lugar para morar, um lugar em que havia árvores, rios e animais, um lugar que veio a ser conhecido como "Éden" (Gn 2:4b-15). A dramaticidade desse relato arrebatador tem fascinado leitores de todas as idades, tem levado filósofos e teólogos a reflexões sérias e profundas e tem sido a inspiração para a pena de muitos poetas e para o pincel de muitos pintores. Mas, quando tentamos reconstruir o contexto geográfico desse texto bíblico e localizar o Éden, descobrimos que, em vários níveis, muito permanece envolto na obscuridade.

O verbo do qual deriva a palavra "Éden" sempre aparece com sentido ambíguo no Antigo Testamento. Outros substantivos homônimos de Éden chegam a ocorrer no Antigo Testamento, estando relacionados com: (1) o nome de alguém (2Cr 29:12-31.15); (2) coisas deleitosas/preciosas (2Sm 1:24; SI 36.8; Jr 51:34); (3) uma região ou território na Mesopotâmia (2Rs 19:12; Is 37:12; Ez 27:23; Am 1:5). Apesar disso, continua sendo difícil confirmar a exata nuança de determinado substantivo, a menos que seja possível encontrar um cognato fora da Bíblia, em textos do antigo Oriente Próximo, em contextos bem nítidos e esclarecedores.

No caso de "Éden", um cognato (edinu) aparece em acádico/ sumério, designando uma planície ou estepe presumivelmente situada em algum lugar da Mesopotâmia. Em ugarítico e, mais recentemente, em aramaico, uma palavra semelhante ('dn) parece denotar um lugar fértil e bem irrigado. Felizmente a citação em acádico aparece em um texto léxico ao lado de seu equivalente sumério e a atestação em aramaico se encontra num texto bilíngue aramaico e acádico, em que a palavra correspondente no lado em acádico também denota um sentido de abundância ou profusão. Com isso, a interpretação mais comum desses dados é que eles sugerem que o Éden deveria estar situado numa área relativamente fértil da estepe da Mesopotâmia ou perto dela.

A interpretação costumeira é que o relato bíblico está escrito da perspectiva de Canaã. Desse modo, a localização do Éden para o lado do oriente (Gn 2:8) também aponta na direção da Mesopotâmia. Além disso, o Éden é descrito como um "jardim" (Gn 2:15), onde era possível encontrar um rio (2,10) e ribeiros/fontes para regar o solo (2.6). Tendo em mente o escasso suprimento de água em Canaã, é talvez previsível que o escritor bíblico tivesse tomado um termo acádico emprestado para descrever uma situação inexistente em seu próprio ambiente: a abundância de água. A observação inicial, que situa o Éden numa área fértil em algum lugar da planície mesopotâmica, é reforçada por outros dois fatores: (1) sabe-se que dois dos rios mencionados na narrativa - o Tigre e o Eufrates - atravessavam a Mesopotâmia; (2) o nome bíblico associado a cada um desses dois rios corresponde exatamente ao nome encontrado em textos mesopotâmicos.

Tentativas fantasiosas de situar o Éden na Etiópia, Austrália, Índia, Paquistão, Egito, Alemanha, Suécia, Mongólia, Américas, África, ilhas Seicheles, Extremo Oriente, oceano Índico, linha do equador, Polo Norte ou qualquer outro lugar não merecem atenção. Nem são mais plausíveis aqueles esforços de interpretação segundo a qual a narrativa apresenta quatro rios que, na Antiguidade, acreditava-se que circundavam o globo. Tal hipótese pressupõe que a passagem tem natureza lendária e/ou que o escritor bíblico não conhecia seu mundo. Nossa observação inicial também não concorda com uma interpretação alegórica existente na igreja antiga (e.g., Orígenes) de que o Éden era um paraíso da alma. Essa interpretação associa os quatro rios às virtudes da prudência, coragem, justiça e domínio próprio, criando um paraíso de perfeição divina - mas um paraíso que está além das esferas geográfica e histórica.

Contudo, mesmo depois de aceitar um contexto mesopotâmico para o jardim, a identificação dos dois primeiros rios - Pisom e Giom - continua sendo problemática. Com exceção de umas poucas referências incidentais em escritos judaicos posteriores, esses dois rios não são atestados em nenhum outro texto antigo. Seus nomes não têm nenhuma semelhança com quaisquer nomes pelos quais os rios daquela região são conhecidos hoje em dia, e as próprias palavras sugerem que poderiam ser descrição do movimento do rio e não o seu nome (pisom significa "descer em cascata/jorrar'", e giom significa "borbulhar/permear").

Apesar disso, já desde o primeiro século d.C. tem sido costumeiro identificar o Pisom com o rio Ganges e o Giom com o Nilo, embora correspondências alternativas para o Pisom incluam os rios 1ndo e Danúbio e uma alternativa para o Giom seria a fonte de Giom, em Jerusalém. Jerônimo deve receber o crédito de ter introduzido na tradição cristã a identificação dos quatro rios como o Tigre, o Eufrates, o Ganges e o Nilo. Também são inúteis as tentativas de identificar o Pisom e o Giom com base em suas supostas relações com os descendentes de Havilá e Cuxe (Gn 2:11-13). No caso de Havila, o Antigo Testamento menciona pelo menos dois clãs com esse nome (Gn 10:7-29), não sendo possível demonstrar que qualquer um deles estivesse localizado na Mesopotâmia. De modo análogo, na Bíblia, Cuxe normalmente designa uma área do Sudão, embora em pelo menos um texto (Gn 10:8) o termo possa estar se referindo aos cassitas, uma dinastia de um povo que ocupou uma área da Babilônia durante boa parte do segundo milênio a.C.

A menção a ouro e bdélio em Havilá (Gn 2:12) também não ajuda numa busca geográfica. Na Antiguidade, o ouro era encontrado em lugares longínquos como Índia e Egito, mas também era bem comum em boa parte da Mesopotâmia e não estava limitado a qualquer região específica. Quanto ao bdélio, até mesmo a tradução da palavra continua sendo duvidosa: pode se referir a uma pedra preciosa, como rubi ou cristal de rocha, ou a uma substância medicinal aromática, como algum tipo de goma resinosa.

O mapa mostra uma área setentrional (urartiana) e uma meridional (suméria), nas quais é possível que o jardim estivesse localizado. Pode-se apresentar um argumento bem convincente em favor de cada um desses pontos de vista. O ponto de vista urartiano busca apoio em Gênesis 2:10, que afirma que um rio saía para regar o jardim e então se dividia em quatro braços. Os proponentes desse ponto de vista sustentam que esse texto exige situar o Éden num lugar de onde rios irradiam. Uma parte das nascentes do Tigre, de um lado, e uma das principais fontes do alto Eufrates (Murad Su), de outro, surgem no planalto urartiano, a oeste do lago Van, próximo da moderna cidade de Batman, na Turquia, estando separadas uma da outra por pouco mais de 800 metros.

Aproximadamente na mesma região ficam as nascentes dos rios Araxes e Choruk. Com frequência, defensores de uma hipótese setentrional identificam esses rios com o Pisom e o Giom.

Proponentes do ponto de vista sumério buscam apoio em Gênesis 2:12b (NVI), que associa o rio Pisom ao lugar da "pedra de ônix. Na Bíblia, a palavra "Onix" é regularmente explicitada mediante a anteposição da palavra "pedra" (Ex 25:7-28.9; 35.9,27; 39.6; 1Cr 29:2, NVI), o que, no caso dos demais minerais, é raro no Antigo Testamento. No mundo mesopotâmico, o único mineral que vinha acompanhado da palavra "pedra" é conhecido hoie em dia como lápis-lazúli, uma pedra azul-escura de valor elevado que, em toda a Mesopotâmia e em outras regiões, era geralmente usada em ornamentos régios ou oficiais (observe-se a inclusão do ônix como parte da ornamentação das vestes do sumo sacerdote [Êx 28.20; 39.13]).

Caso a palavra traduzida por "ônix" de fato se referisse ao lápis-lazúli, o ponto de vista sumério ganharia grande reforço, visto que, na Antiguidade, só existia uma fonte conhecida desse mineral - o Afeganistão. O lápis-lazúli era levado para a Mesopotâmia por vias de transporte que começavam no sul, mas aparentemente não pelas que partiam do norte. Textos acádicos mencionam o "rio de lápis-lazúli, que é identificado com o rio Kerkha ou o rio Karun, ou um trecho do baixo Tigre, logo acima de sua confluência com o Eufrates. No entanto, a expressão nunca é empregada para um rio do centro ou do norte da Mesopotâmia. Por esse motivo, alguns estudiosos propõem uma localizacão suméria para o rio Pisom e, nesse cenário, o candidato mais provável ao Giom é ou o rio Karun, ou o rio Kerkha, ou o uádi al-Batin (que, conforme se sabe, foi um rio verdadeiro que atravessava o deserto da Arábia e desaguava no curso de água Shatt el-Arab, logo ao norte do golfo Pérsico). No século 16. João Calvino introduziu, na teologia cristã, uma modificação do ponto de vista sumério, embora em grande parte sua exegese tenha sido emprestada de Agostinho Steuco, estudioso do Antigo Testamento que, à época, também era o bibliotecário do papa.7 Steuco afirmava que "quatro fontes/bracos" (Gn 2:10b) era uma referência tanto ao lugar onde os rios surgiam quanto ao lugar onde desembocavam no mar. Com essa ideia, Calvino sustentou que eles eram, de fato, quatro bracos distintos de um único rio dentro de Éden, com os dois cursos d'água de cima descendo de suas fontes até dentro do jardim e os dois de baixo fluindo do jardim e descendo até o golfo Pérsico. Calvino descreveu o que equivale a um alto Eufrates e um baixo Eufrates, e um alto Tigre e um baixo Tigre, havendo, no meio do mapa, um ponto de confluência onde suas águas se misturavam durante uma curta distância. De acordo com o reformador nesse ponto havia uma ilha onde o Eden estava localizado. Apesar da análise geográfica imprecisa de Calvino e até mesmo de sua exegese forçada, por mais de 200 anos sua localização do Éden teve destaque na história de comentários e de Bíblias protestantes.

Uma advertência extra é necessária. Ao descrever acontecimentos mais antigos da Bíblia, alguns atlas bíblicos20 e outras fontes cartográficas? fazem referência a uma "antiga costa litorânea" que se estendia por cerca de 200 quilômetros para o norte do golfo Pérsico e chegava até Ur, desse modo inundando (e na prática eliminando) a denominada localização suméria do Éden. Com base em investigações científicas publicadas por volta de 1900, mas com ideias talvez já existentes no primeiro século d.C., essa teoria se baseia na hipótese geológica de que o delta avançou pouco a pouco (e sempre nesse sentido) da região de Ur (e Samarra junto ao Tigre) até a atual costa litorânea. o que aconteceu, ao longo do tempo, exclusivamente como resultado da sedimentação depositada pelos rios Tigre e Eufrates. Com essa pressuposição, a teoria fez ainda outras pressuposições uniformitaristas quanto à datação e à distância e afirmou que esta "antiga costa litorânea" devia ser datada de aproximadamente 5000-4000 a.C. Pesquisas mais recentes, tanto geológicas quanto paleoclimatológicas, demonstraram, de forma definitiva, que essas suposições anteriores eram bem prematuras e não são mais defensáveis. Hoje sabemos que, por volta de 5000 a 4000 a.C., os níveis do mar eram mais baixos do que os níveis atuais, em geral em cerca de três metros. Atualmente submersas a pouca distância do litoral, ruínas de habitações daquele período são conhecidas no lado norte do golfo Pérsico, o que indica que, naquela época, a antiga costa litorânea do golfo Pérsico se estendia mais para o sul, e não mais para o norte. Na realidade, a sedimentação provocada pelos rios Tigre e Eufrates, embora seja bem ampla e acentuada a partir das vizinhanças de Samarra (Tigre) e Ramadi (Eufrates) até quase o ponto onde os rios se unem para formar o canal Shatt el-Arab, é praticamente inexistente dali para o sul, nos 160 quilômetros seguintes até chegar à atual costa litorânea do golfo Pérsico. Em função disso, não se pode desconsiderar o ponto de vista sul/sumério sobre o Éden apenas com base nesse tipo de análise geográfica ultrapassada.

O Jardim do Éden
O Jardim do Éden

A AMEAÇA FILISTÉIA

séculos XII a XI a.C.
QUEM ERAM OS FILISTEUS
Sem dúvida, os filisteus representavam a ameaça mais séria à nação de Israel. Em seu quinto ano de reinado - 1180 a.C. Ramsés Ill, rei do Egito, derrotou os "povos do mar" numa batalha naval corrida, provavelmente, na foz do Nilo. Seus atos foram registrados em relevos entalhados nas paredes do templo consagrado a Amon em Medinet Habu, na margem ocidental do Nilo, próximo a Tebas. Esses relevos mostram os povos do mar chegando no Egito em carroções e embarcações .com suas famílias e pertences (parte do povo se deslocou por terra, acompanhando a costa do Levante). Um dos grupos dos povos do mar, chamado de pereset, é retratado usando adornos para a cabeça feitos com penas ou pedaços de junco alinhados perpendicularmente a uma faixa horizontal. Esse grupo corresponde as filisteus do Antign Testamento.
Um dos símbolos pictográficos encontrados num disco de argila em Festo, Creta, datado do século XVII a.C., mostra um adorno para a cabeça bastante parecido com os de Medinet Habu. Esta semelhança e a referência de Amós a Caftor' como local de procedência dos filisteus indicam que eram um grupo de origem cretense. A designação Caftor é equiparada com o nome egípcio Keftyw ("Creta"). E provável que os filisteus tenham sido expulsos de Creta por outros povos do mar, cuja identidade não vem ao caso aqui. Porém, estudos de anéis anuais de árvores europeias e mudanças de nível em turfeiras e lagos sugerem a ocorrência de uma crise no clima da Europa c. 1200 a.C., fato que pode ter desencadeado as migrações.
Os egípcios afirmavam ter conquistado uma grande vitória em sua batalha contra os povos do mar. O Papiro de Harris de Ramsés IV (1153-1147 a.C.) - um papiro com 40 m de comprimento no qual se encontram registrados os acontecimentos do reinado de Ramsés III - declara: "Derrotei todos aqueles que ultrapassaram os fronteiras do Egito, vindos de suas terras. Aniquilei o povo danuna vindo de suas ilhas, os tiekker e os pereset (filisteus)... os sherden e os weshwesh do mar foram exterminados". Os filisteus derrotados se assentaram na planície costeira do sul da Palestina, daí o nome dessa região.

A CULTURA FILISTÉIA
À chegada dos filisteus na Palestina é marcada em termos arqueológicos por suas cerâmicas peculiares (Período Micênico HIC1b), bastante semelhantes a exemplares egeus. Os filisteus foram o primeiro povo a usar o ferro na Palestina e, portanto, arqueologicamente, sua chegada também é marcada pela transição da Idade do Bronze para a Idade do Ferro. Devido ao monopólio desse metal pelos filisteus, os israelitas se tornarem dependentes de seus ferreiros para afar ferramentas. Cinco cidades filistéias importantes foram fundadas na costa do Mediterrâneo ou próximo a esta: Gaza, Asquelom, Asdode, Ecrom e Gate. O governante da cidade era chamado, em hebraico, de seren, um termo usado apenas para governantes filisteus e associado, por meio da língua grega, à palavra "tirano".

SANSÃO
O juiz Sangar libertou Israel dos filisteus, mas quem recebe destaque é Sansão, o juiz com forças sobre-humanas demonstradas quando ele matou mil homens com a queixada de um jumento e carregou a porta da cidade de Gaza até o alto de um monte? que julgou sobre Israel durante doze anos.* Seu ponto fraco, a atração por mulheres estrangeiras, o levou a perder os cabelos, a força e a visão. Apesar de seus atos de heroísmo dramáticos, Sansão não livrou Israel da opressão filistéia.

SAMUEL
Os filisteus representavam uma ameaça inigualável.' Eram soldados disciplinados possuíam armas superiores às dos israelitas. Cansados de invadir e saquear periodicamente o território de Israel, procuraram conquistá-lo em caráter definitivo. Deslocando-se do litoral para o interior, ocuparam grande parte dos montes da região central. Foi nesse contexto que Samuel cresceu na cidade de Siló, na região montanhosa de Efraim. Ali ficava o tabernáculo, ao qual haviam sido acrescentadas algumas construções permanentes," formando um complexo chamado de "templo do Senhor"." Durante sua juventude, Samuel foi instruído pelo sacerdote idoso Eli. Ao atingir a idade adulta, Samuel foi reconhecido como profeta do Senhor em todo o Israel, desde Da até Berseba. Também atuou como juiz, percorrendo um circuito que incluía Betel, Gilgal, Mispa e Ramá, a cidade onde morava.

OS FILISTEUS TOMAM A ARCA
De acordo com o livro de Samuel, depois que os filisteus mataram quatro mil israelitas no campo de batalha em Afeca, o povo pediu que a arca da Aliança fosse trazida de Siló para o acampamento israelita em Ebenézer (possivelmente Izbet Sarteh). Quando os filisteus ouviram os gritos de júbilo dos israelitas, pensaram que um deus havia chegado ao acampamento de Israel. Na batalha subsequente, os israelitas foram massacrados: trinta mil soldados, inclusive os dois filhos rebeldes de Eli, morreram e a arca da aliança foi tomada. Ao receber essa notícia, Eli caiu da cadeira onde estava assentado, quebrou o pescoço e morreu. Sua nora também morreu durante o parto, exclamando: "Foi-se a glória de Israel" (1Sm 4:22).
jarro de cerveja filisteu, com coador embutido para remover as cascas da cevada. Asdode, século XIl a.C
jarro de cerveja filisteu, com coador embutido para remover as cascas da cevada. Asdode, século XIl a.C
O mapa mostra o circuito percorrido por Samuel nos montes ao norte de Jerusalém ao exercer a função de juiz.
O mapa mostra o circuito percorrido por Samuel nos montes ao norte de Jerusalém ao exercer a função de juiz.
A chegada dos filisteus A chegada dos filisteus na costa da Palestina foi parte de uma migração mais ampla de um grupo chamado de Povos do Mar, os quais o rei egipcio Ramsés Ill derrotou numa batalha naval na foz do rio Nilo, em 1180 a.C.
A chegada dos filisteus A chegada dos filisteus na costa da Palestina foi parte de uma migração mais ampla de um grupo chamado de Povos do Mar, os quais o rei egipcio Ramsés Ill derrotou numa batalha naval na foz do rio Nilo, em 1180 a.C.
esquife antropóide feito de argila, encontrado em Bete-Seá; século XIl a XI a.C.
esquife antropóide feito de argila, encontrado em Bete-Seá; século XIl a XI a.C.
batalha naval entre Ramsés Ill e os Povos do Mar (1180 a.C.). Relevo do templo de Amon em Medinet Habu, Egito. Os guerreiros filisteus são representados usando seus ornamentos característicos a cabeça.
batalha naval entre Ramsés Ill e os Povos do Mar (1180 a.C.). Relevo do templo de Amon em Medinet Habu, Egito. Os guerreiros filisteus são representados usando seus ornamentos característicos a cabeça.

O COMÉRCIO DE TIRO

586 a.C.
TIRO
A cidade de Tiro ficava numa ilha próxima à costa do atual Líbano. Tiro prosperou através do comércio com o Egito e dominou grande parte das cidades da costa e do interior do Líbano. Hirão (969-936 a.C.), rei de Tiro, enviou madeira de cedro e coníferas a Salomão (970-930 a.C.) para a construção do templo do Senhor em Jerusalém.' Tiro fundou colônias em várias regiões do Mediterrâneo: Citium em Chipre (a Quitim mencionada em Gn 10:4 e Ez 27:6), Karetepe na Turquia, e outros locais na Sicília e Sardenha. Sua colônia em Társis, destino de Jonas em sua tentativa de fuga, talvez ficasse no vale de Guadalquivir, no sul da Espanha. Sem dúvida, sua colônia mais famosa era Cartago, na Tunísia, fundada (segundo a tradição) em 814 a.C. Tiro passou, posteriormente, ao controle assírio, mas com o declínio da Assíria no final do reinado de Assurbanipal (c. 636-627 a.C.), a cidade recobrou a autonomia e grande parte do comércio marítimo. De acordo com o historiador judeu Flávio Josefo, o rei babilônio Nabucodonosor II sitiou a cidade de Tiro durante treze anos, de c. 587 a 574 a.C.

EZEQUIEL PROFETIZA CONTRA TIRO
Ezequiel profetizou acerca de várias nações vizinhas. No décimo primeiro ano do exílio de 597 a.C, ou seja, em 586 a.C., Ezequiel profetizou contra Tiro. Jerusalém seria capturada pelo exército babilônico sob o comando de Nabucodonosor em 18 de julho desse mesmo ano. Numa profecia feita, provavelmente, em 13 de fevereiro ou 15 de março de 586 a.C., Ezequiel vê Tiro se regozijando com a queda de Jerusalém: "Bem feito! Está quebrada a porta dôs povos; abriu-se para mim; eu me tornarei rico, agora que ela está assolada" (Ez 26:2). O ponto de vista de Deus, revelado por intermédio de Ezequiel, é um tanto diferente. Nabucodonosor cercaria Tiro; a cidade seria destruída, suas torres seriam derrubadas, os escombros seriam espalhados. Tiro seria transformada em rocha descalvada, um lugar para estender redes de pesca, e jamais seria reconstruída. A falta de evidências contemporâneas não permite verificar de que maneira os detalhes dessa profecia se concretizaram no cerco de Nabucodonosor, mas, sem dúvida, se cumpriram quando, em 332 a.C, Alexandre, o Grande, construiu um quebra-mar até a ilha e tomou a cidade, depois de sitia-la durante sete meses.

O LAMENTO POR TIRO
Em Ezequiel 27:1-36, o profeta lamenta por Tiro. Depois tratar demoradamente do comércio da cidade, prenuncia sua ruína, assemelhando-a a um naufrágio. Essa passagem é a descrição mais detalhada do comércio no Antigo Testamento e nos permite observar não apenas a abrangência dos contatos comerciais da cidade, mas também a variedade de produtos comercializados. Não é de admirar que Tiro controlasse comércio de madeira e a construção de barcos. As coníferas eram abundantes em Senir (monte Hermom). ou seia. em toda a cadeia de montanhas do Antilíbano. Cedros do Líbano eram usados para construir mastros e carvalhos de Basã, na Transjordânia, eram empregados para confeccionar remos. Um pinho de Quitim usado no convés e nos bancos era decorado com martim. Não se sabe ao certo de onde vinha marfim. mas necessario pressupor que era proveniente da África, pois elefantes sírios, uma subespécie dos elefantes indianos, podiam ser encontrados no vale do Eufrates, na Síria, até c. 800 a.C. O Egito fornecia linho fino bordado para as velas; os toldos eram tingidos de azul e púrpura, com extratos de moluscos de Elisá, em Chipre.
Os remadores eram homens das cidades costeiras de sidom e Arvade. Os homens de Tiro, talvez marinheiros de uma classe superior, eram pilotos. Homens de Gebal (isto é, Biblos) eram encarregados de manter a embarcação calafetada, enquanto homens da Pérsia, de Lídia (oeste da Turquia) e Pute (Líbia) eram mercenários. Homens de Arvade e Heleque, cidades costeiras ao norte (Cilícia, na Turquia) e Gamade (possivelmente no norte da Turquia) eram encarregados de defender a cidade. Não se sabe ao certo a localização de Társis, provavelmente a cidade mais distante com a qual Tiro negociava. Talvez fosse a colônia que Tiro havia fundado no vale de Guadalquivir, no sul da Espanha, ou suas colônias na Sardenha ou Sicília, ou ainda, numa região bem mais próxima, a cidade de Tarso, no sul da atual Turquia. Não obstante sua localização, Társis tinha vários metais (prata, ferro, estanho e chumbo) e os comerciava com Tiro. Javà, Tubal e Meseque artigos de bronze. A cidade de Togarma, também na atual lurqua (provavelmente a cidade moderna de Gürün), era conhecida antiguidade pela criação de cavalos. Os habitantes de Dedà (Rodes) também realizavam comércio com liro e pagavam com presas de elefante e um tipo de madeira traduzido como "bano" De cor preta avermelhada e proveniente das regioes mais secas da Africa tropical, essa madeira não era o ébano verdadeiro, desconhecido naquela época.
A descrição dos produtos da Síria (Harà): esmeralda (ou turquesa), tecido púrpura, obras bordadas, linho fino, coral e pedras preciosas (ou rubis), se encaixa melhor com Edom, a região ao sul do mar Morto que possuía acesso ao mar Vermelho (onde havia coral) e à península do Sinai (onde havia turquesa). No hebraico, o nome Edom difere em apenas uma letra do nome Harã, de modo que é plausível emendar essa parte do texto. Em troca das mercadorias de Tiro, Judá e Israel davam trigo de Minite, em Amom, mel, azeite e bálsamo, um produto pelo qual Gileade era conhecida
Damasco, na Síria, negociava com produtos de seus arredores: vinho de Helbon e là de Saar: Com uma pequena emenda, pode-se ler no texto hebraico que os mercadores de Damasco também negociavam barris de vino de Uzal, correspondente à região de ur Abdin no sudeste da Turquia, de onde Nabucodonosor (605-562 aC.) mandava buscar seu vinho. Também comercializavam duas especiarias: cássia (a flor da canela) e cálamo (um tipo de cana). Dificilmente as esperarias usadas nesse período ram adquiridas da índia ou de lugares mais distantes do Oriente, de onde vinham no tempo do Império Romano. É mais provável que fossem provenientes do sul da Arábia.
A lista termina com os outros parceiros comerciais de Tiro. A localização de Harà, Eden, Sabá e da Assíria é conhecida. Harà ficava no sudeste da Turquia, enquanto Éden era situada mais ao sul, na atual Síria. Sabá é o atual lêmen e a Assíria ficava na região correspondente ao norte do Iraque. Cane talvez ficasse próxima de Harà, mas trata-se apenas de uma conjetura. Quilmade talvez se refira aos medos, do Irâ. Os produtos comercializados com esses povos ram ricos e variados: lindas roupas, tecido púrpura, bordados e tapetes de várias cores, com cordas trançadas e resistentes, sendo estes últimos um produto característico de toda a região nos dias de hoje.

O FIM DE TIRO
O comércio de Tiro, descrito de forma tão vívida por Ezequiel, estava condenado. "O vento oriental te quebrou no coração dos mares. As tuas riquezas, as tuas mercadorias, os teus bens, os teus marinheiros, os teus pilotos, os calafates, os que faziam os teus negócios e todos os teus soldados que estão em ti, juntamente com toda a multidão do povo que está no meio de ti, se afundarão no coração dos mares no dia da tua ruína" (Ez 27:26b-27). Tiro, a grande potência marítima, haveria de naufragar.
Parceiros comerciais de Tiro O amplo comércio de Tiro é descrito em detalhes em Ezequiel 27. Os números no: dois mapas (páginas 106 e 107) referem-se a versículc desse capitulo.
Parceiros comerciais de Tiro O amplo comércio de Tiro é descrito em detalhes em Ezequiel 27. Os números no: dois mapas (páginas 106 e 107) referem-se a versículc desse capitulo.
Parceiros comerciais de Tiro O amplo comércio de Tiro é descrito em detalhes em Ezequiel 27. Os números no: dois mapas (páginas 106 e 107) referem-se a versículc desse capitulo.
Parceiros comerciais de Tiro O amplo comércio de Tiro é descrito em detalhes em Ezequiel 27. Os números no: dois mapas (páginas 106 e 107) referem-se a versículc desse capitulo.
A cidade de Tiro submete- se ao rei assírio Salmaneser IlI (859-824 a.C.). Relevo das portas de bronze de Balawat, Iraque.
A cidade de Tiro submete- se ao rei assírio Salmaneser IlI (859-824 a.C.). Relevo das portas de bronze de Balawat, Iraque.

GUERRAS: ESTRATEGIAS, ARMAS E FORTALEZAS

AS GUERRAS NO ANTIGO TESTAMENTO
Logo em seus primeiros capítulos, a Bíblia registra um ato de violência: "Sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou" (Gn 4:8). A violência dos habitantes da terra antes do dilúvio é citada como uma dos principais motivos pelos quais o Senhor resolve destruir sua criação.' Devido à sua localização geográfica entre o Egito e o Oriente Próximo, a Palestina foi palco de inúmeras guerras. Para os autores bíblicos, porém, a guerra era, com frequência, um sinal da ira de Deus, um castigo pela desobediência dos israelitas: "O Senhor te fará cair diante dos teus inimigos; por um caminho, sairás contra eles, e, por sete caminhos, fugirás diante deles (….] O teu cadáver servirá de pasto a todas as aves dos céus e aos animais da terra; e ninguém haverá que os espante" (Dt 28:250-26).
Certas limitações foram impostos os israelitas com respeito à sua conduta na guerra. Ao cercar uma cidade, por exemplo, um exército não devia derrubar as árvores frutíferas. Porém, as guerras também são vistas sob outra ótica no Antigo Testamento. O Senhor ordenou que os israelitas destruíssem os cananeus, citando como motivo a perversidade desses povos.' Quem não cumpriu à risca as instruções de Deus para travar essa "guerra santa" sofreu consequências terríveis.

O EXÉRCITO ISRAELITA
O serviço militar era obrigação religiosa dos adultos do sexo masculino com mais de vinte anos de idade, mas os recém-casados, os medrosos e os de coração tímido, entre outros, eram dispensados. Saul reuniu homens de grande coragem para formar sua guarda pessoal. Davi tinha os seus "trinta" valentes (na verdade, eram trinta e sete) e um exército com duas partes distintas: uma força permanente constituída de soldados de carreira e uma milicia popular composta de reservistas. O rei também usava os serviços de mercenários estrangeiros: os queretitas (talvez cretenses), os peletitas e os geteus (filisteus).

O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
As guerras da antiguidade promoveram o desenvolvimento de novas armas e, conseqüentemente, de novas medidas defensivas para neutralizá-las, como mostram os três exemplos a seguir.

1. O ARCO COMPOSTO E A ARMADURA DE ESCAMAS
Figuras de arcos aparecem em vários monumentos do Egito e da Mesopotâmia do final do quarto milênio a.C.Mas o arco composto ou reforçado, constituído de quatro materiais diferentes - madeira, chifres e tendões ou nervos de animais e cola - possuía alcance muito mais longo (cerca de 300 a 400 m) e maior poder de penetração. A primeira imagem de um arco composto pode ser vista na estela do rei acádio Naram- Sin (2291-2255 a.C.), encontrada em Susã, no sudoeste do Irã, mas esse tipo de arma só se tornou comum na metade do segundo milênio .C. Seu uso mais amplo levou à criação da armadura de escamas, cujo exemplo mais antigo é proveniente de Nuzi, na Mesopotâmia e datado de 1500 a.C. Outro exemplo de uma armadura de escamas pode ser visto em uma pintura na parede do túmulo de Kenamun em Tebas, no Egito, datado do reinado de Amenófis 2 (1427-1401 a.CJ. E as próprias escamas foram encontradas em Tebas no palácio de Amenófis 3 (1391-1353 a.C.).

2. OS CARROS DE GUERRA E AS PORTAS DAS CIDADES
Existem evidências de carros de duas e quatro rodas puxados por onagros (burros selvagens) na Mesopotâmia desde 2800 a.C.e veículos desse tipo aparecem no Estandarte de Ur (c. 2500 a.C.). Construídos com rodas sólidas, eram lentos e difíceis de manobrar. Carros puxados por cavalos são mencionados em textos de Mari na Síria, datados do século XVIII aC. Consistiam, basicamente, em plataformas móveis para armas que podiam ser direcionadas rapidamente para áreas críticas da batalha. Eram veículos complexos, produzidos apenas por nações ricas com técnicas avançadas e seu uso era limitado a terrenos planos e regulares. Os egípcios e os hititas, as principais potências da metade do segundo milênio a.C., não tardaram em incorporá-los aos seus exércitos. Sua aparência é exemplificada claramente pelo famoso carro da tumba de Tutankamon (1336-1327 a.C.). Até a metade do segundo milênio a.C,, os atacantes se deslocavam na transversal pelas encostas dos montes onde ficavam as torres e se aproximavam da porta da cidade seguindo um percurso paralelo aos muros. A posição de o desenvolvimento dos carros, as portas da cidade podiam ser atacadas de frente, o que tornou obsoletas as portas em forma de "L". As portas foram estendidas de modo a conter várias câmaras, nas quais outras portas podiam ser acrescentadas. As portas duplas centrais tinham de ser largas o suficiente para permitir a passagem de carros, mas eram reforçadas por dentro com ferrolhos enormes. Torres foram acrescentadas aos muros, para que os defensores pudessem atingir os atacantes e fazer frente às rampas de terra que eram encostadas nas muralhas.
Apesar dos cananeus terem adotado os carros de guerra e os introduzido no Egito, os israelitas demoraram a incorporá-los ao seu exército. Sem dúvida, isto se deveu, em parte, ao fato de ocuparem uma região montanhosa. Quando derrotou Hadadezer, rei do estado arameu de Zobá, Davi tomou mil carros dele. Ao que parece, o rei de Israel não percebeu seu potencial militar ou, talvez, não quis ter gastos com forragem e estábulo, pois mandou jarretar ou aleijar quase todos os cavalos, deixando apenas cem intactos." Coube a Salomão desenvolver o uso de carros de guerra em seu reino. Acabe, rei de Israel (873 853 a.C.), forneceu dois mil carros para a coalizão da Síria e Palestina contra a Assíria na batalha de Qargar junto ao rio Orontes, na Síria, em 853 a.C.

3. OS ARÍETES E OS MUROS DAS CIDADES
A representação mais antiga de um ariete provavelmente se encontra nas pinturas de Beni Hasan, no Egito, datadas de c. 1900 a.C., mas apenas no século IX a.C.os assírios começaram a usar os aríetes com eficácia significativa. A extremidade de ferro do aríete podia ser impelida com força contra o muro e, uma vez alojada entre as pedras, podia ser movimentada de um lado para o outro para deslocá-las. O aríete era protegido dos defensores por uma estrutura comprida em forma de caixa e feita de madeira. Posteriormente, o ariete passou a ser suspenso da parte superior dessa estrutura, permitindo que fosse balançado para frente e para trás. No início da monarquia em Israel, as cidades eram protegidas por muros de "casamata". Dois muros paralelos com cerca de um metro e meio de espessura, afastados por um vão de aproximadamente dois metros, eram unidos por muros transversais em intervals regulars. Quando os assírios começaram a usar os aríetes, algumas cidades se cercaram com muros sólidos de 3 a 4 m de espessura. O muro da cidade de Mispa (Tell en-Nasbeh) possuía 600 m de extensão e dez torres com uma altura provável de 12m. Foi construído sobre uma rampa íngreme, o que sem dúvida era uma proteção adicional contra um ataque com aríetes.

A GUERRA NO NOVO TESTAMENTO
Ao contrário do Antigo Testamento, a guerra no Novo Testamento não é vista em termos políticos. A luta do cristão não é contra carne e sangue. E uma luta espiritual contra as forças do mal, travada nas regiões celestes. Os cristãos devem se revestir de toda a armadura de Deus a fim de permanecerem inabaláveis quando vier o dia mau." O exército romano chegou a controlar um império que se estendia desde o muro de Adriano no norte da Inglaterra até o Eufrates, chegando a ter de 25 a 35 legiões, cada uma com um máximo de seis mil soldados de infantaria. Uma legião era dividida em dez coortes, cada uma com cerca de seiscentos homens. A coorte era dividida em seis centúrias, comandadas por um centurião. As legiões eram apoiadas por unidades de cavalaria integradas por quinhentos homens. Alguns soldados desempenhavam funções especiais: escreventes, porta- estandartes, mensageiros, médicos, carrascos e cavalariços. Na primeira metade do século I a.C., havia três mil soldados em Cesaréia, na costa palestina do Mediterrâneo, e uma coorte (seiscentos homens) em Jerusalém, no forte de Antônia e no palácio do governador. Reforços eram enviados de Cesaréia durante as festas ou quando ocorriam agitações populares.
Guerra e fortalezas no Antigo Testamento O mapa mostra lugares de origem de alguns dos principais mercenários: os queretitas, peletitas e geteus (filisteus de Gate).
Guerra e fortalezas no Antigo Testamento O mapa mostra lugares de origem de alguns dos principais mercenários: os queretitas, peletitas e geteus (filisteus de Gate).
O rei egípcio Tutankamon (1336-1327) em seu carro de guerra. Pintura de um baú encontrado na tumba de Tutankamon.
O rei egípcio Tutankamon (1336-1327) em seu carro de guerra. Pintura de um baú encontrado na tumba de Tutankamon.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Gênesis e as viagens dos patriarcas

Informações no mapa

Carquemis

Alepo

Ebla

Hamate

Tadmor (Palmira)

Hobá

Sídon

Damasco

GRANDE MAR

Tiro

Asterote-Carnaim

Megido

Dotã

Siquém

Sucote

Penuel

Betel

Gileade

Belém

CANAÃ

Gaza

Hebrom

MOABE

Torrente do Egito

Gerar

Berseba

Poço de Reobote

Bozra

Sur

Poço de Beer-Laai-Roi

Gósen

Ramessés

Om

Mênfis

EGITO

Rio Nilo

Cades, En-Mispate

Deserto de Parã

EDOM, SEIR

Temã

Avite

El-Parã (Elate)

Harã

PADÃ-ARÃ

Rio Eufrates

Mari

ASSÍRIA

Nínive

Calá

Assur

Rio Hídequel (Tigre)

MESOPOTÂMIA

ELÃO

Babel (Babilônia)

SINEAR (BABILÔNIA)

CALDEIA

Ereque

Ur

Siquém

Sucote

Maanaim

Penuel, Peniel

Vale do Jaboque

Rio Jordão

Betel, Luz

Ai

Mte. Moriá

Salém (Jerusalém)

Belém, Efrate

Timná

Aczibe

Manre

Hebrom, Quiriate-Arba

Caverna de Macpela

Mar Salgado

Planície de Savé-Quiriataim

Berseba

Vale de Sidim

Neguebe

Zoar, Bela

?Sodoma

?Gomorra

?Admá

?Zeboim


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

am 1:2
Sabedoria do Evangelho - Volume 5

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 19
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 10:10-21


10. "O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir; eu vim para que elas tenham vida e a tenham abundante.

11. Eu sou o Bom Pastor. O bom pastor aplica sua alma sobre as ovelhas.

12. O mercenário, não sendo pastor, de quem as ovelhas não são próprias, vê vir o lobo e deixa as ovelhas e foge, e o lobo as agarra e dispersa,

13. porque é mercenário e não interessam as ovelhas 14. Eu sou o Bom Pastor, conheço as minhas (ovelhas) e as minhas me conhecem,

15. assim como me conhece o Pai e eu conheço o Pai; e aplico minha alma sobre as ovelhas.

16. E tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; estas devo trazer, e ouvirão minha voz e haverá um rebanho, um pastor.

17. Por isso o Pai me ama, porque aplico minha alma para que de novo a recolha.

18. Ninguém a tira de mim, mas eu de mim mesmo a aplico. Tenho o poder de recolhê-la: esse mandamento recebi de meu Pai".

19. Por causa desses ensinos, houve de novo divergência entre os judeus.

20. Muitos deles diziam: "Ele tem obsessor e tresvaria, por que o escutais?"

21. Outros diziam: "Essas palavras não são de um obsedado; pode acaso um obsessor abrir os olhos aos cegos"?



Sem intervalo, no resumo de João, passa-se à segunda aplicação da parábola, em que Jesus se diz "O Bom Pastor".


A figura de pastor, com aplicação ao guia espiritual, já era comum no Antigo Testamento. É atribuída a YHWH "a rocha de Israel" por Moisés (GN 49:24); e o próprio YHWH verbera os pastores de Israel porque relapsos (Ez. 34:1-10) e diz que ele mesmo será o pastor de seu povo (Ez. 34:11-31), salientando que "suscitará sobre eles um só pastor, que as apascentará, meu servo amado (1). Ele as apascentará e servirá de pastor. Eu YHWH serei seu Elohim, e meu servo amado será príncipe entre eles" (2).


(1) As traduções trazem "meu servo David". Ora, David reinou em Israel de 1055 a 1015 A. C., ao passo que Ezequiel escreveu essa profecia no cativeiro da Babilônia, com Oconias, em 592 A. C., isto é, mais de quatrocentos anos depois de David. A não ser que se queira aceitar que Jesus seio o reencarnação de David, o que parece contradizer os fatos, temos que admitir não se possa falar no futuro de uma personagem passado. Evidente, então, que nesse passo david é um substantivo comum, e como tal temos traduzi-lo: "o amado".


(2) Outros passos do A. T. em que "pastor" tem esse sentido de "guia" espiritual: NM 27:17; 1RS 22:17; 2CR. 18:16; Judit, 11:15; Ecl. 12:11; EC 18:13; Cânt. 1:7; IS 13:20; IS 31:4; IS 38:12; IS 40:11; IS 44:28; (referindo-se a Ciro); 56. 11; 63:11; Jeremias, 2:8; 3:15; 6:3; 10:21; 12:10; 17:16; 22:22; 23:1, 2, 4; 25:34-36; 31;10; 33:12; 43:12; 49:19; 50:6, 44; 51:23; EZ 37:24; Amós, 1:2; Miq. 5:5; Nah. 3:18; ZC 10:2, ZC 10:3; 11:3, 5, 8, 16, 17; 18:17. No Novo Testamento. MT 9. 36; 25:32: Mt 26:31: MC 6. 34:14:27; 1. º Cor. 9; 7; EF 4:11; 1. º Pe. 2:25; 5:2, 4. E em JO 21:15-17, Jesus encarrega Pedro de cuidar de Seu "rebanho".

Nesta segunda interpretação da parábola é dado um passo adiante. Salienta Jesus, de início, que o "ladrão" só vai ao rebanho para "roubar, matar e destruir", ao passo que Ele veio para vitalizá-las mais abundantemente (perissóm). E afirma: "eu sou o bom pastor": caracterizando-o pelo que faz: "aplica sua alma sobre as ovelhas". Aqui afastamo-nos das traduções correntes que trazem: "dá a vida pelas ovelhas". Vejamos o original: ho poimên ho kalos tên psychén autoú títhêsin hypèr tõn probátôn; ora, títhêmi só tem contra si dídômi (dar) no papiro 45, numa emenda posterior do Sinaítico, em D e na versão latina e siríaca sinaítica; e títhêmi significa "depositar, colocar e aplicar" (como prefere o Professor José Oiticica, "Os 7 Eu Sou", 1958, pág. 7): tên psychên é a "alma", o princípio espiritual vivificador; e hypér pode ser "em favor de", sem dúvida, mas o sentido principal é "sobre", e há razões para mantêlo.


Não devemos modificar, na tradução, o significado das palavras, sob pena de escapar-nos o sentido profundo que elas exprimem.


Enquanto o mercenário foge e abandona as ovelhas ao ver o lobo, o pastor a elas se dedica, porque as ovelhas são de sua propriedade e ele as ama e as conhece uma a uma pelo nome. Mas outras há que não são deste aprisco e mister será reuni-las para que haja um só rebanho, um só pastor. Notemos que no original não há a cópula "e". Essa universalidade de "salvação" é assinalada por Paulo: "todos vós sois UM em Cristo" (GL 3:28): "há um só Espírito... até que TODOS cheguemos" à perfeição (EF 4:4, EF 4:13).


O vers. 8, ao invés das traduções vulgares que trazem: "tenho direito de dar minha vida e de reassumila" (coisa sem sentido) diz no original: "tenho o poder de aplicar minha alma e tenho o poder de recolhêla", também aqui concordando com a opinião do Prof. José Oiticica.


Novas discussões (cfr. JO 7:43 e JO 9:16) causaram esse ensino, uns apontando Jesus como obsedado, outros não acreditando que um obsessor pudesse ter aberto os olhos a um cego de nascença.


Examinemos, agora, a parte muito mais importante do ensino, que tem que entender-se penetrando em profundidade as palavras do rápido resumo que João nos legou.


Analisemos segundo a interpretação dada, no capítulo anterior, aos termos utilizados. Estamos no plano a que denominamos "mais amplo". "O ladrão vem apenas para roubar, matar e destruir". Trata-se da personagem (a matéria, com seu peso; as sensações com seus gozos; as emoções com seus descontroles apaixonados; o intelecto com sua rebeldia analista e discursiva), também chamada "antagonista" (satanás) ou adversário (diabo) que pode mesmo considerar-se um "ladrão" da espiritualidade. Realmente a personagem "rouba, mata e destrói" tudo o que é espiritual, pois só vê e percebe as coisas da matéria e dos sentidos. O Cristo Cósmico, entretanto, penetra tudo e todos, dando-lhes Vida, e "age" para que essa Vida seja mais abundante e plena, mais rica e vibrante, do que a simples "vida" psíquica dos veículos inferiores.


Então chega-nos a declaração enfática: "eu sou o BOM PASTOR", o que governa o conjunto das ovelhas, o que vive nelas e por elas, que delas cuida e as ama, que constitui a "alma grupo" de todo o rebanho, "a cabeça de todo o corpo" (cfr. 1. ª Cor. 11:3; EF 4:15 e EF 5:23; CL 1:18 e CL 2:10).


A esta segue-se a frase que foi modificada por não ter sido entendida: "

"o bom pastor aplica sua alma sobre suas ovelhas", ou seja, o Cristo utiliza e aplica toda a Sua alma, a Sua força cristônica, sobre Suas criaturas, para fazê-las evoluir a fim de alcançá-Lo. Isso foi representado ao vivo com o cuspo misturado à terra, para ser colocado sobre os olhos do cego de nascença. O que também exprime que só através da encarnação, do mergulho na matéria, é que o ser pode trabalhar por sua evolução.


Aqui entram mais dois elementos de comparação: o mercenário e o lobo. O "mercenário" é o intelecto, que "faz as vezes" de pastor, isto é, que em nome do pastor (Mente Crística) toma conta dos veículos inferiores. No entanto, sendo mercenário, não cuida como deve do tesouro que lhe foi confiado; é quando aparecem os lobos (as paixões desordenadas vorazes, insaciáveis, trazidas pelos instintos, pelos desejos, pelas necessidades). O mercenário "se retira", deixando campo aberto e livre às paixões, aos lobos. A frase é de sentido usual e corrente: perturbação dos sentidos, obliteração intelectual, a ira cega, e tantas outras expressões que demonstram que realmente nos grandes embates emocionais, os lobos paralisam o intelecto, amordaçam a acuidade de racionar, e o corpo e o psiquismo são estraçalhados pelos paroxismos passionais, agarrados e desorientados pelos rapaces devoradores, que roubam, matam e destroem.


Assim age o intelecto "mercenário", porque as células não lhe pertencem e não lhe interessam, já que é simples coordenador, como governo central, substituto eventual e temporário da Mente. Além disso, julga-se a autoridade máxima e única que tem a capacidade de resolver seus problemas e os da per sonagem, pois chega até a ignorar a existência da Mente abstrata: ele vem "de baixo" (sobe), e a Mente é "de cima"; ele pertence ao Antissistema, a Mente ao sistema; ele representa o polo negativo, a Mente o positivo: ele é o chefe dos veículos inferiores, a Mente é espiritual. Daí, com frequência, recusar o intelecto a espiritualização e confessar-se materialista e ateu, só acreditando no que a ele chega através dos sentidos, e não da PORTA que é o Cristo.


Já com o Cristo o caso difere fundamentalmente. Ele conhece uma a uma cada célula (cfr. MT 10:30; LC 12:7 e LC 21:18), porque de dentro de cada uma, embora também de fora (imanente e transcendente) a impele à evolução, ajudando-lhe a escalada ascensional. As células lhe pertencem, porque são condensação Sua, quando Se sacrificou, baixando Suas vibrações até o Antissistema, a fim de provocarlhes a individuação que lhes forneça a diferenciação do Todo, para o aprendizado. O Cristo Interno, por isso, APLICA SUA ALMA sobre cada uma das células, e por isso as conhece plenamente, tanto quanto conhece o Pai e é conhecido pelo Pai; pois assim como Ele é UM com o Pai e o Pai UM com Ele, assim Ele é UM com as células e as células são UM com Ele.


Como agora estamos considerando as células já evoluídas ao estágio hominal (na acepção do "plano mais amplo"), neste sentido o Cristo afirma também que conhece cada ser humano tanto quanto é conhecido pelo Pai e vice-versa, porque o Cristo é UM com cada uma de Suas criaturas, embora cada criatura ainda não saiba que é UM com Ele. E não o sabe porque se acha dissociada Dele pelo intelecto da personagem que, tendo vindo "de baixo", ainda é cega de nascença: o mercenário ainda não conhece o pastor verdadeiro e chega até ao cúmulo de negar Sua existência...


Acontece, porém, que na evolução do planeta Terra, onde foram reunidas todas as antigas células, hoje seres humanos, houve várias trocas de domicílio. A Terra recebeu, sabemo-lo, pela generosidade de seus Mentores, grande grupo de "espíritos" provenientes de Capela e outros planetas, que não pertencem a evolução terrena, assim como também muitos dos nativos da Terra estão estagiando em outros planetas ("Na casa de meu Pai há muitas moradas", JO 14:2). A quais se refere o Cristo?


Aos que estão em outros planetas e que precisam ser trazidos para cá, a fim de formarem o conjunto com seus antigos companheiros? Os aos que estão aqui, mas "não são deste aprisco", aos quais, porém, é mister unir aos deste, para que formem um todo? De qualquer forma - ou trazendo os de fora para cá, quando o planeta tiver evoluído para recebê-los, ou conquistando os estranhos que aqui estão - o fato é que deverá formar-se um só rebanho, uma só humanidade, um só pastor; da mesma forma que cada corpo possui um só Espírito, assim a humanidade possui uma só "alma grupo". Para reunir a todos, será utilizado o processo científico da sintonização de vibrações ("ouvir a voz", isto é, igualar a frequência vibratória do SOM).


A ação do Cristo, embora constante ("Meu Pai age até agora, eu também ajo") JO 5:17) é sentida por nós intermitentemente, porque Ele tem "o poder de aplicar e o poder de recolher" Sua força cristônica, segundo Sua vontade, sem que por ninguém seja coagido. Realmente, em muitos momentos sentimos o "apelo" que nos ativa o desejo de encontrá-Lo. Daí a teoria da "graça", que não chega quando nós queremos, mas quando a vontade divina o determina, por ser o melhor momento para cada um de nós. Então, podemos interpretar a "graça" como uma atuação mais forte do Cristo Interno dentro de cada um, aplicando a vibração do SOM, "Sua alma", e buscando dar-nos a tônica, para que, de nossa parte, busquemos sintonizar com essa nota básica. A tônica é o AMOR, por isso o Pai vibra como Amante e o Cristo age como Amado (david), constituindo o "príncipe" entre todos. Essa é a ordem do Pai.


O Cristo, portanto, é o bom pastor, o chefe de todo o rebanho que atualmente constitui a humanidade terrestre; conhece todas e cada uma de Suas ovelhas, e aplica Sua força a cada uma delas no momento mais oportuno; e quando elas começam a agir por si, recolhe essa força, a fim de permitir que elas trabalhem pessoalmente por sua própria evolução. Indispensável que aprendam a trabalhar sozinhas, assumindo a responsabilidade plena seus atos.


No campo iniciático, o Cristo é o Bom Pastor, ou seja, o verdadeiro Hierofante e Rei, dentro de nós ("Um só é vosso Mestre, o Cristo", MT 23:10). As criaturas que agem em Seu nome, os intelectos personalísticos que se fazem passar por Mestre, são simples agentes que vêm "de baixo", mercenários e ladrões de almas, que roubam, matam e destroem tudo o que é verdadeiramente espiritual, para seu próprio proveito vaidoso, de terem sequazes que os endeusem. São numerosos e enganam a muitos só não chegando conquistar as ovelhas escolhidas, porque estas conhecem a "voz" do verdadeiro pastor, e não seguem estranhos. Os SONS que produzem são diferentes, fora da tônica do AMOR do Cristo.


Os que são realmente emissários Seus, esses jamais falam em seus próprios nomes, não aceitam sequer o nome de mestres, sabem que nada sabem, e que tudo o que lhes vem, é proveniente do Cristo Interno que neles age. Não fazem seguidores, porque convidam apenas os homens e acompanhá-los no cortejo do Cristo, para onde todos caminham, uns mais à frente, outros mais à retaguarda, uns com "guias" do rebanho, com a campainha ao pescoço, outros colaborando, mas todos simples ovelhas do único rebanho do único pastor.


O evangelista assinala, ainda uma vez, a divergência entre os religiosas ("judeus"): uns julgando obsedado aquele que transmite os ensinos do Cristo, outros, porém, "sentindo" em sua voz a doce tônica do AMOR, que faz os cegos verem, isto é, que ilumina os intelectos, e comove os corações, atraindo-os ao Cristo.


Que a voz do Bom Pastor seja sempre o guia de nossos Espíritos, para que jamais percamos o rumo certo, para que não erremos pelas estradas invias, para que nos libertemos dos lobos vorazes, e só vivamos pelo AMOR e para o AMOR.


am 1:13
Sabedoria do Evangelho - Volume 7

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 21
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 9:1-41


1. E passando (Jesus) viu um homem cego de nascença.

2. Perguntaram-lhe seus discípulos, dizendo: "Rabbi, quem errou, ele ou seus pais, para que nascesse cego?

3. Respondeu Jesus: "Nem ele errou, nem seus pais, mas para que se manifeste nele a ação de Deus;

4. nós devemos executar as ações de quem me enviou enquanto é dia; vem a noite, quando ninguém pode agir;

5. cada vez que eu esteja no mundo, sou a luz do mundo".

6. Dizendo isso, cuspiu no chão e fez lama com o cuspo e ungiu sua lama sobre os olhos (do cego e disse-lhe:

7. "Vai levar-te na piscina de Siloé (que significa Enviado). Ele foi, pois, lavou-se e regressou vendo.

8. Então os vizinhos e os que costumavam vê-lo antes, porque era mendigo, diziam: "Não é esse o que se sentava e mendigava"?

9. Uns dizem: "É ele mesmo"; outros diziam: "Não é, mas é parecido com ele"; ele mesmo dizia: sou eu".

10. Perguntavam-lhe então: "Como te foram abertos os olhos"? ..... ...

11. Respondeu ele "O homem chamado Jesus fez lama, ungiu-ma sobre os olhos e disseme: vai a Siloé e lava-te; então fui, lavei-me e vi"

12. Perguntaram-lhe: "Onde está ele"? Respondeu: "Não sei".

13. Levaram o ex-cego aos fariseus.

14. Ora, era sábado o dia em que Jesus fez lama e lhe abriu os olhos.

15. De novo, então, os fariseus perguntaram-lhe como via. Respondeu-lhes ele: "Ungiume lama sobre meus olhos, lavei-me e vejo".

16. Diziam, pois, alguns dos fariseus: "Este homem não é de Deus, porque não observa o Sábado". Outros porém diziam: "Como pode um homem errado fazer semelhantes sinais"? E havia divergência entre eles.

17. Disseram, então, ao cego de novo: "Que dizes tu a respeito dele, visto que te abriu os olhos"? Ele respondeu: "Que é profeta".

18. Mas os judeus não acreditaram, a respeito dele, que fora cego e via, até que chamaram os pais do que recebera a vista,

19. e os interrogaram dizendo: É este vosso filho, que vós dizeis ter nascido cego? Como, pois, vê agora"?

20. Responderam seus pais e disseram: "Sabemos que este é nosso filho o nasceu cego;

21. ma como agora vê, não sabemos; ou quem lhe abriu os olhos, não sabemos: interrogaio, já tem idade, ele mesmo falará a seu respeito".

22. Isso disseram seus pais, porque temiam os judeus, porque os judeus já haviam combinado que se alguém confirmasse o Cristo, seria expulso da sinagoga.

23. Por isso disseram seus pais: "Já tem idade, interrogai-o".

24. Chamaram, pois, pela segunda vez o homem que fora cego e disseram-lhe: "Dá glória a Deus: nós sabemos que esse homem é errado".

25. Ele respondeu: "Se é errado, não sei; uma coisa sei: eu era cego e agora vejo".

26. Disseram-lhe, pois: "Que te fez? Como te abriu os olhos"?

27. Respondeu-lhes: "Já volo disse e não ouviste; por que quereis ouvir de novo? Acaso também vós quereis ser seus discípulos"?

28. Injuriaram-no e disseram: "Tu és discípulo dele; nós somos é discípulos de Moisés;

29. sabemos que Deus falou a Moisés, mas este não sabemos donde é".

30. Respondeu o homem e disse-lhes: "Nisto está o admirável, que não saibais donde ele é, e (no entanto) ele me abriu os olhos.

31. Sabemos que Deus não ouve os errados, mais se alguém for reverente (a Deus) fizer a vontade dele, a este ouve.

32. Desde séculos não se ouviu que alguém abrisse os olhos a um cego de nascença,

33. Se esse homem não fosse de Deus, não poderia fazer nada".

34. Replicaram eles e disseram-lhe: "Tu nasceste todo em erros e nos ensinas"? E o lançaram fora.

35. Ouviu Jesus que o lançaram fora e, encontrando-o, disse-lhe: "Crês no Filho do Homem"?

36. Respondeu ele e disse: "Quem é; Senhor, para que eu creia nele"?

37. Disse-lhe Jesus: "Já o viste e é ele quem fala contigo".

38. E ele disse, "Creio, Senhor", e prostrou-se diante dele.

39. E disse Jesus: "Para um arbitramento vim a este mundo, para que os que não vêem, vejam, e os que vêem se tornem cegos".

40. Ouvindo isto, (alguns) dos fariseus que estavam com ele disseram-lhe: "Acaso somos nós também cegos"?

41. Disse-lhes Jesus: "Se fosseis cegos, não teríeis erro: mas agora dizeis: nós vemos; vosso erro permanece".



O discípulo amado soube dispor a ordem de sua narrativa de tal forma que logo após a revelação da teimosia dos "judeus" que NÃO QUERIAM VER, ele apresenta um fato (verdadeiro símbolo, que estudaremos a seguir) demonstrando a razão de ser de os judeus não crerem.


Certos hermeneutas acham que este fato não se seguiu ao tumulto no templo: "é inadmissível que Jesus se tenha mostrado à luz do dia imediatamente após a tentativa de assassinato a que escapara, antes que a efervescência da multidão inimiga se tivesse acalmado" (Pirot, o. c,, vol. 10, página 389). É não conhecer a psicologia de um "líder", julgando-o pela craveira comum dos mortais medrosos. Ao contrário, entendemos que as palavras de João salientam precisamente a sequência imediata dos fatos. Jesu "se esconde e sai do templo" e, ao sair da cidade com seus discípulos pela porta de Siloé, "passando, vê o cego de nascença", e faz questão de curá-lo, mesmo sem ser solicitado, para dar uma demonstração irrecusável das verdades que havia proclamado. Assim como se dissesse: "Não acreditam em minhas palavras? pois vejam os fatos".


Esse cego - sabemo-lo pelo desenrolar dos acontecimentos - era figura conhecida pela longa permanência naquela "porta de Siloé", pois aí o viam todos diariamente a esmolar e lhe conheciam a história.


Os próprios discípulos galileus, que só raramente iam a Jerusalém, também tinham ciência disso, e aproveitam a oportunidade para provocar uma explicação de teorias, cuja certeza não haviam adquirido.


Nem pensam na cura, que também a eles devia figurar-se "impossível". Mas os doutos explicavam que as enfermidades constituíam o resgate (castigo) de crimes cometidos anteriormente. No entanto, as Escrituras manifestavam-se dúbias e confusas em sua interpretação literal.


Em Êxodo (20:5 e 34:7), em Números (Números 14:18) e no Deuteronômio (Deuteronômio 5:9) afirma-se que Deus "visitará a iniquidade dos pais nos filhos sobre os terceiro e quartos", o que era explicado literalmente que os filhos "pagam" pelos pais. Todavia, no próprio Deuteronômio (Deuteronômio 24:16) está escrito: "não se farão morrer os pais pelos filhos nem os filhos pelos pais: cada homem será morto pelos seus erros". Essa mesma teoria da responsabilidade pessoal (1) é citada e reafirmada em Deuteronômio 7:9-3, em Ezequiel (18:1-32 e 33:20), em Job (34-11), nos Salmos (Salmos 28:4), nos Provérbios (12:14 e 29), em Isaías (Isaías 3:11), em Jeremias 31:29-3, nas Lamentações (3:64) e no Eclesiástico (16:15).


(1) Veja citações completas em "La Reencarnación en el Antigua Testamento", de C. Torres Pastorino, pág. 32 (Edições Sabedoria).


A qual das duas opiniões ater-se? Serão castigados os filhos pelos erros dos pais? Ou o resgate dos erros é pedido exclusivamente ao que errou? Ali estava um caso típico, um cego de nascenças: "Quem errou, para que este nascesse cego: ele mesmo ou seus pais"?


Lógico que na segunda hipótese apresentada, de estar cego por causa dos erros dos pais, a teoria do resgate dos filhos por culpas dos pais seria confirmada. Mas na primeira hipótese de ele mesmo haver errado, se confirmaria a teoria da responsabilidade pessoal, segundo o ensinamento das vidas terrenas múltiplas (reencarnação), já que o homem nascera cego; logo, só poderia ter cometido o erro em vida anterior. A segurança da pergunta é sinal evidente de que os discípulos não colocaram a menor dúvida a respeito da lei comprovada da reencarnação. E o Mestre não os corrige: ao contrário, confirma-lhes a certeza, quando responde: "ele mesmo não errou". Logo, viveu antes, sim, mas a cegueira atual não é o resgate de erros seus de vidas anteriores, não é cármica. Mas também não é o resgate de culpas dos pais.


A ideia de que todo e qualquer sofrimento era "castigo" estava generalizada nos povos antigos, e Plantão mesmo cita a comparação órfica de que o corpo "sôma" é uma sepultura ou cárcere (sêma) ou isolamento (phrousão) que a alma recebe como punição de seus erros anteriores, após ficar "errando cá e lá no espaço", quando não agiu tem durante a vida (cfr. Filolau, fragm. 15 D, e Plantão, Crátilo. 40 a; Górgias, 493 a; e Fedon, 62 b).


Diante da pergunta dos discípulos, o Mestre explica que não é assim baseando-se num caso concreto, que tem diante de si. A frase citada por João, embora resumida e esquemática, deixa clara a lição para quem já tenha compreendido a mecânica evolutiva. Afirma Jesus que não houve erro, nem dele próprio em vida anterior, nem de seus pais, ou seja, que a cegueira não é cármica, mas simplesmente uma experimentação ou provação (pathós) que serve de acicate para provocar avanço mais rápido daquela criatura, verdadeiro "aguilhão evolutivo".


O ensino é límpido: nasceu assim cego "para que nele se manifestasse a ação (érga) de Deus", ou seja, para que se faça sentir o impulso divino, que o constrange a evoluir. Não se trata, portanto, de resgate cármico, mas de provação, tanto que veremos como o ex-cego reagiu corajosa e ousadamente contra as autoridades, com o destemor próprio da criatura evoluída, que não se submete a mentiras e injustiças.


A interpretação corrente, de que "nasceu cego" só para que Jesus pudesse operar um "milagre", é de inconcebível fragilidade e irracional. Tantos meios haveria de realizar prodígios, que seria absurdo e monstruoso ter que sacrificar durante anos um filho de Deus, na cegueira, só para ser curado sem alarde, como o foi a posteriori, tendo sido mesmo posto em dúvida o fato, porque não foi público. Essa suposição de um Deus que não sabe fazer as coisas certas fere a racionalidade equilibrada de quem tenha um pouco de bom-senso. Qual o pai que deixaria um filho preso durante anos num cubículo sem luz, unicamente para que mais tarde viesse outro filho seu e mostrasse à humanidade que tinha a chave para abrir o cubículo e trazê-lo à luz? Por que supor sempre uma Divindade tão inferior às suas próprias criaturas?


Mas prossigamos na análise do texto.


No vers. 4. preferimos: "Nós devemos executar" (aleph, B, D, L, T, W, Z, lambda, psi, papiros 66 e 75, uncial 0124, mss. da siríaca palestiniana, etiópica e copta bohaírica. e Orígenes, Jerônimo, Cirilo de Alenxandria e Nonio, a "EU devo executar" (A, C, K, X, delta, theta, pi. psi, fam 1 e 13, vários minúsculos, versões siríacas e latinas). No entanto, é preferível "ME enviou" (os mesmos testemunhos citados acima, em primeiro lugar, exceto aleph, L e W) a "NOS enviou" (trazido por papiros 66 e 75, aleph, L, W, e os testemunhos da segunda citação). A lição foi manuseada pela dificuldade de concordar o plural "Nós", com o singular "me".


Nesse versículo aprendemos que a ação (érba) divina precisa manifestar-se e realizar-se através dos próprios homens, e isso só pode fazer-se "enquanto é dia", ou seja, quando a luz do Cristo nos possibilita a visão dos acontecimentos: se sobrevierem as trevas das perseguições, e entenebrecimento da Mente, a noite da alma que só vê a matéria, não se pode mais agir (as ações divinas).


O vers. 5 é iniciado com hótan, composto de hóte, "quando" e da partícula an, que exprime eventualidade e repetição, devendo, então traduzir-se hótan por "cada vez que" ou "todas as vezes que" (latim: totiens) (Cfr. Liddell and Scott, "Greek-English Lexicon, 1086, ad verbum). Daí a tradução que demos, divergente das comuns: "cada vez que (todas as vezes que) eu esteja no mundo, sou a luz do mundo".


Isso faz-nos perceber, irrecusavelmente, que aquela vez, narrada nos Evangelhos, não foi a única vez que Jesus esteve encarnado neste planeta.


Jesus utiliza-se novamente da saliva (cfr. vol. 4), com que faz lama, misturando-a à terra do chão, e com ela bezunta os olhos nati-mortos do cego; e envia-o a lavar-se na piscina de Siloé.


O nome hetraico tradicional é Siloáh, os massoretas marcaram a pronúncia Seláh; o grego transcreveu Siloám e significa "envio" (de águas). Era aplicado à fonte natural intermitente, única existente dentro da cidade de Jerusalém (cfr. Flávio Josefo, Bel1. JD 5, 41; 6, 1; 9, 4 e 12, 2; Tácito, Hist. 5,12). Daí ser dita "a" fonte. Mas aplicava-se também ao canal, construído por Ezequias (cfr. 2CR. 32:30) que desviou as águas do rio Gihon cavando subterraneamente na rocha um canal retilíneo de 550 m de extensão por baixo da cidade, até fazê-lo desembocar a oeste de Jerusalém, onde se construíra a "piscina do rei" (EDr. 3:15); mas o nome Siloé também se aplicou a essa piscina balneária (kolybêthra, vol. 3). À época de Jesus, tinha 22 m de norte a sul, 23 m de leste a oeste, e 5,5 m de profundidade. Hoje ainda existe, com 15 m por 5 m de largura e igual profundidade, com o nome de birkét Silôân, sendo ainda chamada

"Ain Umm ed-Deradj (fonte dos degraus) ou ‘Ain Sitti-Mariam (Fonte de Maria).


O nome Siloé estendera-se à porta da cidade e à região, e parece claro que foi nessa porta que Jesus viu o cego mandando-o à piscina, que lhe devia ser tem conhecida e ficava próxima ao local em que se achava. Tratando-se de uma piscina balneária, nada impedia que o cego cumprisse a determinação de Jesus e mergulhasse. "Lava-te", disse Jesus, e não apenas "lava teus olhos". E após mergulhar, verificou com assombro que conquistara a visão.


O regozijo e o espanto fizeram que a nova se espalhasse. Os vizinhos - deve ter corrido para casa a fim de participara boa-nova aos seus não queriam acreditar no que viam. É ele, não é ele, levantava-se a discussão, tão estranha era a ocorrência. Foram ao cego, amontoados à porta de sua casa: "és tu"? - "Sou eu"; - "É ele": Diante do fato incontestável, convenceram-se.


Como foi? O cego narra o ocorrido em palavras simples, embora se sinta, na sequência singela, um toque de emoção: lama nos olhos... vai lavar-te... fui... lavei-me... vi! O choque dos vizinhos amigos e parentes foi tão violento pelo inesperado, que agarraram o homem e deliberaram levá-lo aos chefes da religião, aos fariseus todo-poderosos. Nem quiseram esperar pelo dia seguinte. Foram no próprio sábado em que se deu o fenômeno inexplicável e nunca ouvido.


E subiram todos eles em bloco as escadarias do templo, levando de roldão o ex-cego, que não cabia em si de alegria por ver as maravilhas do sol a bailar sobre o outro brilhante e sobre o mármore branco do monumento erguido a YHWH. Queriam levar consigo, também, o herói, o curador, mas onde estaria esse Jesus? A resposta foi desconcertante: "Não sei"!


Os céticos fariseus duvidaram. Começou o inquérito prudente, iniciado pela pergunta como foi. Nova repetição do beneficiado. Surge, então, a questão do quando, e a resposta de que fora naquele mesmo sábado fez explodir incontroláveis os preconceitos humanos, procurando abafar o maravilhoso do ato: esse homem não é de Deus, pois se o fora, teria respeitado o sábado, obedecendo aos fariseus e a suas exigências, como, no entender deles, o próprio Deus o fazia. Para os religiosos desse tipo de religiões organizadas Deus não pode sair da linha de conduta que eles traçam: está sujeito a eles, como pequena e dútil marionete que eles manobram à vontade.


Mas entre eles, havia alguns não fanatizados, que chegaram a aventar a hipótese arriscada, de que não seria possível a uma pessoa que errasse fora dos caminhos de Deus, a realização de uma cura espetacular: era um cego de nascença! A discussão afervorou-se entre eles, sob os olhares atônitos do excego.


Resolveram pedir a opinião dele. E ele foi franco e intimorato: é um profeta.


Desconfiaram, então, os julgadores mais severos, que se tratava de uma farsa: naturalmente estava tudo combinado. Ele se dizia cego de nascença e curado, mas não era verdade. Onde estavam seus pais? Estes o reconheceriam, e não teriam coragem de mentir... Talvez saindo do meio da pequena multidão que o acompanhara, apresentaram-se logo. Sim. Aquele era o filho deles não havia dúvida, e realmente nascera cego. Que acontecera, então? Bem, perguntem a ele tem idade suficiente... Que responda. Acovardaram-se, com medo de serem excomungados. Era comum, àquela época, (como ainda hoje, em muitas corporações religiosas) em três graus: a excomunhão vitalícia (herem) que chegava à confiscação dos bens: a expulsão da sinagoga por trinta dias (niddui) que obrigava ao luto e a deixar crescer barba e cabelos; e a separação por uma semana (nezipha), menos grave.


O texto original grego diz homologêsêi christón, literalmente, "falasse igual ao Cristo", ou "fosse igual ao Cristo", (de homo = igual e logéô = falo); algumas traduções vulgares seguem o códice D, único que dá "confessasse ser ele o Cristo"; outras trazem: "ser Jesus o Cristo". Mas não é isso o que diz o original. Exprime uma ideia de "iniciados": que os profanos não conheciam e por isso não podiam compreender: se alguém falasse ou fosse igual, se igualasse, ou mesmo, em última instância "confirmasse" no sentido de "aceitasse" ou "sintonizasse" com o Cristo.


Passam as autoridades, então, a sugestionar o ex-cego: se a cura foi feita num sábado, indiscutivelmente "esse homem é um errado" (1), está "fora do caminho certo. Mas o benefício não se enreda na armadilha: bom ou mau, não sei: sei que era cego e agora vejo! É o fato que derruba qualquer argumento teórico, filosófico ou teológico.


(1) Evitamos, na tradução, as termos que variaram na semântica, o fim de não dar ideias errôneas e anacrônicas do que foi dito. Assim, hamartía é o erro e Pramartolos, o errado, o que perdeu o caminho. Não dizemos "pecado", nem "pecador", pois estas palavras assumiram o significado específico de "ofensa a Deus", como se a Divindade fosse uma criatura mutável que pudesse ofenderse, zangar-se com os homens, e depois, perdoasse, quando estes se arrependessem. No sentido iniciático, hamartolós é o "profano", o "que está ainda no caminho errado".


Tentam, agora, pegá-lo em contradição: "como foi mesmo"? O homem já estava cansado e apela para a ironia: contar outra vez? Já disse como foi. Ou quererão tornar-se seus discípulos? A ironia fere como uma chicotada e faltos de argumentos, recorrem à injúria. Ainda se envaidecem de ser discípulos de Moisés, mas "esse" de onde vem? O carpinteiro não possuía as credenciais, os títulos, a submissão a eles. Valores e fatos de nada adiantavam, sem que tivessem "reconhecido a firma". A ironia continua, com laivos de sarcasmo: "não sabeis donde é, coisa estranha, mas ele me abriu os olhos" ... O descontrole chega ao máximo: "nasceste todo em pecados, e pretendes ensinar-nos"? O que confirma oficialmente a tese de que a doença, sobretudo a de nascença, é resgate cármico; e indiretamente confirma, sem dúvida, o conhecimento da lei da reencarnação por parte do Sinédrio. E acabam expulsando-o do templo. Tratava-se de uma testemunha incômoda cuja presença atestava a impotência deles sobre aquele carpinteiro e os deixava perplexos e sem saída.


O ex-cego demonstrara seu destemor e se comportara varonilmente diante do perigo. Jesus o procura para recorfortá-lo. A alegria da cura fora diminuída pela decepção diante de homens que ele, talvez, esperava, em sua ingenuidade simples, ergueriam hosanas a YHWH pela maravilha que ocorrera em Israel, onde "nunca se ouvira dizer que um cego de nascença recuperara a visão". Jesus o procura e o encontra. "Crês no Filho do Homem"? Atônito ele pergunta: "Quem é ele"? E Jesus, tal como o fizera com a samaritana, se revela a ele.


A expressão "Filho do Homem aparece em pap. 66 e 75, aleph, B, D, W, versões sahídica, achimimiana, faiúmica, boaírica (mss) e siríaca sinaítica; copta: é mais segura que "Filho de Deus", evidente emenda posterior de A, K, L, X, delta, theta, psi, omega, alguns minúsculos e das versões latinas.


Diante do novo iluminado, declara Jesus ter vindo para um arbitramento (krima) a fim de que os cegos vejam e os videntes se tornem cegos. É a afirmação clara de que o fato deve ser interpretado como alegoria ou símbolo.


Alguns fariseus que se achavam presentes quiseram saber imprudentemente (a verdade ofusca e cega) se acaso eles fariseus eram cegos. A resposta de Jesus é sábia: se fossem realmente cegos, e nada conhecessem, a respeito da verdade, não haveria erro da parte deles; mas eles mesmos se diziam sábios, competentes. que viam, e nisso consistia o erro que permanecia neles.


A explicação teórica da lição anterior deve ter sido completa, levando a verdadeira LUZ a alguns dos Espíritos de discípulos ali presentes, adiantando-os na senda. Mas talvez em alguns deles tenha havido maior dificuldade de compreensão. Como agir diante do mundo, depois de iluminados? O ideal não seria revelar tudo isso aos chefes religiosos? Que maravilha se as maiores autoridades das religiões conseguissem VER o que ocorria àqueles que recebiam a iluminação interior! Como progrediria a humanidade se os dirigentes da religião oficial comprovassem a Realidade do Espírito! A humanidade poderia rapidamente modificar-se. Eles mesmos abandonariam o egoísmo ambicioso, para viverem a doação de si mesmos aos desamparados. Perceberiam a vaidade e falácia das coisas da terra e subiriam aos píncaros da espiritualidade, seriam "iluminados".


O Mestre ouviu, embaraçado por não querer desiludi-los, a explosão da esperança em seus corações.


E resolveu dar-lhes um exemplo vivo. Nada melhor que um cego de nascença, para servir à alegoria, demonstrando que nem sequer a iluminação física seria reconhecida, quanto mais a espiritual que se oculta no fundo d"alma.


A demonstração prática foi completa, revelando a dificuldade de uma criatura obter a iluminação interior e o Encontro Sublime, se para isso não está preparada evolutivamente.


Procuremos analisar cada linha e cada entrelinha da narrativa de João e do fato que foi realizado bem a propósito, como exemplificação do que é "ser a luz do mundo". Observamos anteriormente (cfr. vol. 3) que o Mestre agia primeiro para explicar depois. Aqui a ordem foi invertida.


O evangelista, bem imbuído do ensino aprendido em sua vivência, soube ocultar em suas palavras, com rara sabedoria, tudo o que foi dito aos discípulos de boca a ouvido, e que não deveria ser divulgado naquele momento da História. Só muito mais tarde poderia ser publicado, quando a humanidade fosse abrindo os olhos de ver, os ouvidos e ouvir e sobretudo o coração de entender.


A lição parece ter sido provocada pelos próprios discípulos, ávidos de conhecimento mais profundo do ensino místico do Cristo.


Já vimos que a primeira parte se refere às causas das doenças, Nem todas constituem resgates cármicos de ações de vidas anteriores: algumas há que são "aguilhão evolutivo". Os termos registrados pelo narrador resumem a lição em algumas linhas, onde só o essencial é dado a lume, para que os profanos não penetrassem o significado total, mais tarde, viria a inspiração para que se revelassem um pouco mais do teor da lição. Mas a palavra érga, "ação", levanta a pista. Estando Deus dentro de todos e de tudo, a ação divina se manifesta de dentro para fora.


No entanto, a este segue-se logo outro ensino de capital importância. Fala o Cristo Interno a Seus discípulos: "Nós devemos executar as ações de Quem lhe enviou". A Centelha crística é enviada ou projetada pelo Pai (SOM) e se reveste de forma e veículo físicos para, de dentro, fazer evoluir o Espírito que dela se individuou. O processo é conhecido não precisamos repeti-lo. No homem, a Centelha continua seu trabalho de impulsionar à evolução. Mas o grosso da humanidade não alcançou ainda o contato e a comunicação direta com essa Centelha, pois nem sequer atingiu o conhecimento intelectual desse fato. A Seus discípulos, já iluminados, o Cristo afirma que a verdadeira evolução é proveniente dessa ação divina interna, e que Ela só pode efetivar-se "enquanto é dia", pois vem a noite quando ninguém pode agir. Parece enigmático o resumo que João faz do ensino.


Mas, sentindo isso, ele apressou-se a acilitar a explicação: "cada vez que eu esteja no mundo, sou a luz do mundo", isto é todas as vezes que me manifesto no coração da criatura, ilumino-a, tornando-a dia (LUZ) para que ela tenha claro seu caminho.


Segundo o Prof, José Oiticica, o termo "mundo", exprime os veículos físicos. Logo conforme escreve ("Os Sete eu sou", 1958, pág. 7), o significado da frase é: "O Cristo encerrado nos veículos físicos da manifestação é a luz desses veículos".


Mas enquanto o Cristo se mantém "adormecido no fundo do barco" (MT 8:24, MC 4:38, LC 8:23) levantam-se as tempestades nas trevas da noite do Espírito e ele não pode agir, não consegue dar os passos evolutivos (ergázethai = evoluir) porque perde o rumo certo, desvia-se da rota "erra" (hamartánô) o caminho.


Passa então ao ensino prático, de ação física, reveladora do processo espiritual. Começa mostrando que o Cristo Cósmico lança de Si uma Centelha ("cospe no chão",) a qual se mistura com os elementos materiais (terra), formando um corpo físico (lama) cuja VIDA é a Centelha (cuspo). Estando esta oculta num corpo, enquanto assim se mantiver, a criatura é cega de nascença; mas quando essa criatura receber o impacto no intelecto (olhos) poderá reaver a visão. Para isso, é mister cristificar (o verbo grego usado aqui é epichriô, composto de chriô, ungir, cujo particípio passado é christós) o cérebro (visão). Maravilhosa lição contida numa pequena palavra! Por isso, unge (cristifica) os olhos do cego de nascença (de quem se acha na ignorância completa) e manda-o "lavar-se na piscina de Siloé", ou seja, manda que mergulhe (batismo) nas águas (na interpretação alegórica da doutrina) do Enviado (isto é, do Cristo, o Enviado do Pai).


Haverá lição mais clara e explícita para indicar-nos o caminho certo do Encontro com o Cristo Interno?


O cego é dito "de nascença" porque só nascera como ser humano "de baixo", e jamais conhecera a luz do alto (José de Oiticica, o. c., pág. G). Podemos, também, interpretar como um ensino o cuspir na terra: só através da Encarnação, ao mergulho da essência crítica na matéria e especialmente depois que se lavou, mergulhando nos Ensinos alegóricos (não os literais) do Enviado ao Pai, é que o Espírito pode evoluir.


Quando isso ocorre com uma criatura, a modificação é tão radical e profunda, que todos os "vizinhos" (sejam células, órgão, veículos físicos, ou pessoas externas) chegam a duvidar se trate daquele mesmo que estavam habituados a ver triste, sorumbático, miserável, a mendigar nas esquinas um pouco de felicidade, como tantos que vemos a correr ansiosos pelas instituições espiritualistas, mendigando luz sem obtê-la, e permanecendo cegos, desorientados, angustiados. Mas, cuidado com os equívocos: muitos há que experimentam arrebatamentos, êxtases, iluminações ou "samádhis" e acreditam que isso constitua a União definitiva. São passos decisivos para alcançá-la, mas ainda não são o final ansiado. Aqui, neste capítulo, trata-se exatamente da obtenção da União por meio da iluminação.


Verificado o resultado, vem o desejo de todos de saber como foi isso conseguido. A resposta do recémiluminado esquematiza o processo com extrema simplicidade: o homem chamado Jesus (a individualidade) fez lama (misturou a Centelha divina com a matéria, plasmou o corpo físico), ungiu-ma sobre os olhos (cristificou-me a capacidade intelectiva) e ordenou-me que me lavasse (mergulhasse) nas águas (na interpretação alegórica da doutrina) de Siloé (do Enviado do Pai, o Cristo Interno); fui (obedeci: faça-se a tua vontade), lavei-me (mergulhei no coração) e vi (encontrei-me com a Centelha divina). A concisão da frase, em sua singeleza, transmite esperançosa mensagem a todos os que lêem o sentido, e não apenas as palavras; a todos os que "sentem", e não apenas vêem as letras impressas.


Continua o desejo de saber mais: "Onde está ele"? A resposta só podia ser a que foi dada: "Não sei".


Como saber ONDE se encontra o Infinito, ONDE se situa o Eterno, ONDE se aloja o Ilimitado? Impossível dizê-lo, porque impossível sabê-lo: está em todo lugar e em nenhum lugar, já que não se localiza no espaço: é inespacial; está sempre presente, mas sempre ausente, pois não se manifesta no tempo: é eterno e atemporal; é o grande todo e o grande nada; é o Absoluto em que mergulha o relativo que não pode defini-Lo nem percebê-Lo; é invisível aos nossos olhos, insensível a nossos sentidos, pois vibra em outra dimensão, só perceptível à superconsciência do Eu profundo, quando este desperta para a Realidade.


Vem a seguir uma lição para aqueles que se encontram na escola da Iniciação, na "Assembleia do Caminho": a exemplificação o que sempre ocorrera com eles em relação aos profanos. Ao descobrirem um Iniciado verdadeiro (não os que se dizem tais, mas os que realmente o são, e nunca dizem a quem quer que seja) eles querem forçá-lo a limitar-se numa religião, a restringir-se numa seita, a filiarse a um partido, cerceando sua liberdade sob o jugo dos poderosos da Terra. E de modo geral o círculo escolhido é dos piores e mais farisaicos e anáticos que quererão obrigá-lo ao obedecer a todos os preconceitos e conveniências humanas, por mais ilógicas e absurdas.


O processo utilizado é descrito em pormenores, finalizando com a excomunhão, inevitável para que as organizações religiosas oficiais mantenham sua "autoridade" e supremacia sobre os profanos; a presença de um iluminado entre eles viria ofuscá-los diante do público, obumbrando-lhes a ignorância travestida de sabedoria. Corpo estranho que perturbaria os interesses materiais ardentemente buscados e que jamais são suficientes para aplacar-lhes a ambição.


Mas a criatura iluminada procura demonstrar com fatos, mesmo perante assembleias hostis, a verdade que experimentou, apresentando todos os testemunhos pedidos, embora, firme na sua convicção e na experiência vivida (fui cego e agora vejo) não se deixe abater nem intimidar. Já os profanos amedrontamse com as ameaças; os "judeus" (religiosos ortodoxos) podem excomungá-los.


Observemos que o verbo homologeâ significa literalmente "falar igual", donde "ser igual", "ser conforme"," confirmar". Dele se derivam o nosso "homologar". Vemos nesse verbo o sinônimo mais aproximado do nosso atual verbo "sintonizar", ou seja, vibrar na mesma tônica, expressões que àquela época não podiam ser proferidas, por serem desconhecidas as ondas elétricas e hertzianas (1).


(1) Confessamos que essa interpretação pode causar estranheza a alguns leitores, porque nós mesmos a estranhamos. Mas temos sempre procurado ser sinceros e honestos, escrevendo com toda fidelidade as ideias que chegam, algumas tão inesperadamente (como esta) que chegamos a ficar atônitos.


Mas depois de recebê-la ficamos inteiramente de acordo com ela (homologêkamen), sentimo-la, houve perfeita sintonia mental. Assim também a condenação dos profanos virá fatalmente, traduzida em lutas contínuas e perseguições contra todos os que conseguirem SINTONIZAR O CRISTO.


Não fosse tão nova e chocante a ideia, inclusive constituindo o termo forte anacronismo, e o teríamos colocado na própria tradução do texto evangélico, porque, a nosso ver, "sintonizar" é o verbo moderno que traduz mais perfeitamente homologéo.


Uma lição que precisa ser bem aproveitada é o final do capítulo.


Inicialmente observemos que houve uma iluminação, resultante da ação crística (atuação da "graça") e do mergulho (atuação do "livre arbítrio"). A visão lhe chegou nova (não houve "recuperação", pois era cego de nascença). Mas o Encontro não havia sido atingido, apesar da "cristificação" que lhe foi proporcionada antes do mergulho. Compreendemos, então, que essa "cristificação" foi o apelo crístico interno da "graça", num primeiro chamamento.


Como, porém, a criatura obedeceu - é o caso de dizer - cegamente, e teve a coragem moral de arrostar as autoridades sem esmorecer (inclusive o próprio intelecto perquiridor) e recebeu com humildade o castigo do mundo que o expulsou do templo externo das personalidades, aí então, e só então, o Cristo se manifesta a ele. Pergunta-lhe se crê, se pretende "ser fiel", ou seja, manter a fidelidade ao Filho do Homem (ou Filho de Deus). E a boa-vontade é total: "Quem é ele para que lhe possa ser fiel"?


O Cristo se revela (tira o véu = apokálypsai) e ele o VÊ em todo o Seu esplendor divino. E aniquilase diante dele ("prostra-se"). Lógico que tudo isso se passa no íntimo da criatura. Expulsa do templo exterior da personagem, houve outro mergulho no templo interno do coração, e aí, de fato, se dá o Encontro Sublime. Coroamento celestial de uma experiência fascinante que arrebata e transforma uma vida.


O Cristo, cada vez que se revela a este mundo - a uma criatura produz inesquecível efeito. Mas esse efeito possui duas acêtas antagônicas: os que não vêem, os que são cegos, tornam-se videntes, iluminados pelo Cristo. Mas aqueles que julgam ver, com a fraca luminosidade do intelecto, projetand "sua" cultura vaidosa e oca ("a sabedoria do mundo é estultícia diante de Deus", 1CO 3:19) esses tornam-se cegos. Em outras palavras, os que são humildes e, ainda que sábios, reconhecem sua ignorância e anseiam pelo Espírito, são iluminados pela luz interior (agem enquanto é dia) e passam a ver tudo pelo prisma da verdadeira Sabedoria. Mas aqueles que só vêem as coisas materiais e por isso se julgam videntes, esses diante do Espírito se tornam cegos, e passam a não perceber mais nada. A explicação dada aos fariseus confirma esse ponto de vista. E por isso "permanecem no erro", isto é, continuam a vaguear por tempos intermináveis nas sendas ilusórias do mundo físico da personagem, presos à roda das encarnações.



Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

AMOM

Atualmente: JORDÂNIA
Região dos amonitas a leste do Mar Morto. Estas terras não pertenciam aos israelitas no tempo da conquista. Os amonitas foram incorporados no império assírio, babilônico e persa. Posteriormente, nos períodos de independência, constituíram ameaça para Israel até o tempo dos Macabeus.
Mapa Bíblico de AMOM


ASCALOM

Atualmente: GAZA
Fortaleza filistéia mencionada nas narrativas sobre Sansão: Juízes 14:19. Em 1920 foi encontrada fortificações dos hicsos, objetos de cultura egeucipiota, edifícios helenisticos e romanos.
Mapa Bíblico de ASCALOM


ASDODE

Atualmente: ISRAEL
Ver Azoto
Mapa Bíblico de ASDODE


AZOTO

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:31.817, Longitude:34.633)
Nome Atual: Asdode
Nome Grego: Ἄζωτος
Atualmente: Israel
Azoto no período greco-romano; povoação filistéia a 4,5 km do mar, ao norte de Gaza. Atos 17:15. Cidade que hospedou a arca no templo de Dagon: I Samuel 5. Mencionada no Antigo Testamento sob o nome de Asdode.
Mapa Bíblico de AZOTO


CARMELO

Atualmente: ISRAEL
Atual cidade de Haifa. Lugar em que o profeta Elias desafiou os profetas de Baal

Monte Carmelo ou Monte do Carmo é uma montanha na costa de Israel com vista para o Mar Mediterrâneo. A grande cidade israelita de Haifa localiza-se parcialmente sobre o Monte Carmelo, além de algumas outras cidades menores, como Nesher e Tirat Hakarmel.

O seu nome deriva do hebraico Karmel, que significa "jardim", "campo fértil" ou "vinha do Senhor" (carmo significa "vinha", el significa "senhor").

Segundo a Bíblia, neste local se deu o duelo espiritual entre o profeta Elias e os profetas de Baal. Na ocasião, Elias provou, aos homens, que o Deus de Israel era o verdadeiro Deus, e não Baal. Na história narrada pela Bíblia, o Monte Carmelo é citado como o local onde Elias desconcertou os profetas Baal, levando, de novo, o povo de Israel à obediência ao Senhor.

Foi também no Monte Carmelo que, segundo a Bíblia, Elias fez descer fogo do céu, que consumiu por duas vezes os 50 soldados com o seu capitão, que o rei Acazias tinha mandado ali para prender o profeta, em virtude de ter este feito parar os seus mensageiros que iam consultar Baal Zebube, deus de Ecrom (II Reis 1:9-15).

A Bíblia ainda cita esta montanha como o local em que a mulher sunamita que perdera seu filho, foi encontrar-se com o profeta Eliseu (II Reis, capítulo 4, versículos 8:31) para entender a sua perda.

A montanha também é o local de origem da Ordem Carmelita: ali, viviam eremitas entregues à oração e à penitência, inspirados no exemplo de vida austera de Elias. Esses eremitas, que, ali, construíram uma capela dedicada a Nossa Senhora do Carmo, teriam dado origem à ordem e à devoção a Nossa Senhora do Carmo. Com a perseguição muçulmana no século XII, a ordem e a devoção teriam se espalhado pelo Ocidente.

O Monte Carmelo é considerado um lugar sagrado aos seguidores da Fé Bahá'í, e é o local do Centro Mundial Bahá'í e do Santuário do Báb. A localização dos lugares sagrados Bahá'ís têm suas origens com o exílio e a prisão do fundador da religião, Bahá'u'lláh, próximo a Haifa pelo Império Otomano durante o domínio do Império Otomano na Palestina.

O Santuário do Báb é a estrutura onde estão os restos mortais do Báb, fundador do Babismo e antecessor de Bahá'u'lláh na Fé Bahá'í. A localização precisa do santuário no Monte Carmelo foi designada por Bahá'u'lláh mesmo, e os restos do Báb permanecem ali desde 21 de março de 1909 em um mausoléu de seis salas construído de pedras locais. A construção do santuário com um domo de ouro foi concluída sobre o mausoléu em 1952, e uma série de patamares decorativos ao redor do santuário foram concluídos em 2001. O marbles branco usado vem da mesma fonte antiga que as principais obras de arte Atenienses usaram, o Monte Pentélico.

Bahá'u'lláh, fundador da Fé Bahá'í, escreveu na Epístola do Carmelo que a área ao redor do santuário seria o lugar da sede administrativa da religião; os edifícios administrativos Bahá'ís estão construídos nas adjacências dos patamares decorativos, e são referidos como edifícios do Arco, devido à forma de seu arranjo físico.

Mapa Bíblico de CARMELO


DAMASCO

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:33.5, Longitude:36.3)
Nome Atual: Damasco
Nome Grego: Δαμασκός
Atualmente: Síria
Uma das cidades mais antigas do mundo. Gênesis 15:2; Atos 9:2
Mapa Bíblico de DAMASCO


ÉDEN

Atualmente: IRAQUE, BAHREIN
O Jardim do Éden, situado em algum lugar da Mesopotâmia, existiu provavelmente num local próximo às nascentes dos rios Tigre e Eufrates (Gênesis 2:10-14), embora alguns autores, indiquem a possibilidade de localização, próximo à foz desses rios ou na região de Bahrein.

Na tradição judaico-cristã, o Jardim do Éden (em hebraico: גַּן־עֵדֶן – gan-ʿḖḏen), também chamado de Paraíso, é o "jardim de Deus" descrito no Livro do Gênesis e no Livro de Ezequiel. Gênesis 13:10 se refere ao "jardim de Deus", e as "árvores do jardim" são mencionadas em Ezequiel 31. O Livro de Zacarias e o Livro dos Salmos também se referem a árvores e água sem mencionar explicitamente o Éden.

Assim como as narrativas da criação e do dilúvio do Gênesis e o relato da Torre de Babel, a história do Éden é sobre a vida de um rei mesopotâmico, como um homem primordial, que é colocado em um jardim divino para guardar a Árvore da Vida. A Bíblia hebraica descreve Adão e Eva andando nus no Jardim do Éden devido à sua inocência.

A localização do Éden é descrita no Livro do Gênesis como a fonte de quatro rios tributários. O Jardim do Éden é rejeitado por alguns estudiosos. Entre aqueles que o consideram real, houve várias sugestões para sua localização: no Golfo Pérsico; no sul da Mesopotâmia (atual Iraque), onde os rios Tigre e Eufrates correm para o mar; e na Armênia.

O nome deriva do acadiano edinnu, que vem da palavra suméria edin, que significa "planície" ou "estepe" e está intimamente relacionada a uma palavra de raiz aramaica que significa "frutífera e bem regada". Outra interpretação associa o nome a uma palavra hebraica para "prazer"; assim, a Bíblia de Douay-Rheims em Gênesis 2:8 tem a expressão "e o Senhor Deus havia plantado um paraíso de prazer" em vez de "um jardim no Éden". O termo hebraico é traduzido como "prazer" no ditado secreto de Sara em Gênesis 18:12.

No Livro de Génesis, no jardim do Éden, Deus fez toda a espécie de árvores agradáveis à vista e de saborosos frutos para comer. Nele também colocou, ao centro, a Árvore da Vida e a Árvore da Ciência do Bem e do Mal. Um rio nascia no Éden e ia regar o jardim, dividindo-se a seguir em quatro braços. Segundo a descrição bíblica, O nome do primeiro é Pisom, rio que rodeia toda a região de Havilá, onde se encontra ouro puro, bdélio e Ónix ou pedra Sardônica. O nome do segundo rio é Ghion, o qual rodeia toda a terra de Cuxe. O nome do terceiro é o Tigre, e corre ao oriente da Assíria. O quarto rio é o Eufrates. Não se sabe ao certo onde situam-se os rios Pison e Gihon. O historiador Flávio Josefo identifica-os como sendo o rio Ganges o Pison e o rio Nilo como o Gihom.

A árvore do conhecimento tinha um fruto que, segundo Eva, manipulada pela serpente (supostamente simbolizando satanás) devia ser bom para comer, pois era de atraente aspecto e precioso para a inteligência. Contudo, apesar de atraente, ou talvez por isso, era o fruto proibido original.

Os relatos que originaram o Gênesis seriam provenientes de uma época em que os mares eram mais baixos. A região do Golfo Pérsico tem uma profundidade média de 50 metros e máxima de 90 metros, portanto toda a área era região acima do nível do mar. Os dois rios atualmente não identificados possivelmente seriam rios que chegariam ao golfo vindos do Irã ou da Península Arábica.[carece de fontes?]

Várias tradições fazem referências ao fruto proibido de diversas maneiras:

Ainda outros argumentam que em vista da ordem de ‘serem fecundos e tornarem-se muitos, e de encherem a terra’ (Gên 1:28), o fruto da árvore não poderia ser o símbolo de relações sexuais, visto que esta seria a única maneira de haver procriação. Também há a argumentação de que não podia significar apenas a faculdade de reconhecer o certo e o errado, porque a obediência à ordem de Deus exigia esta discriminação moral, neste caso, não seria o fruto o responsável pelo conhecimento do mal, mas a desobediência. Quanto a referir-se ao conhecimento obtido ao atingir a madureza, argumenta-se que não seria pecado por parte do homem atingir este estágio, nem lógico que seu Criador o obrigasse a continuar imaturo.[carece de fontes?]

Mapa Bíblico de ÉDEN


EDOM

Atualmente: JORDÂNIA
Edom – Significa vermelho. Esta região tem este nome devido a coloração de sua formação rochosa. Teve como sua capital durante o império grego, a cidade de Petra. Nesta região viveu um povo chamado nabateu, que controlava as rotas ao sul da Arábia. Nação formada pelos descendendes de Esaú, irmão de Jacó. Localizada a sudeste do Mar Morto.
Mapa Bíblico de EDOM


GALAAD

Atualmente: JORDÂNIA
Território israelita a leste do Rio Jordão. Região de altitudes elevadas. Lugar de origem dos Juizes Jair e Jefté e do profeta Elias. Foi em Galaad que o povo de ISRAEL se reuniu antes de cruzar o rio Jordão em direção a Jericó. Mais tarde, as tribos de Rúben e de Gad se estabeleceram ali.
Mapa Bíblico de GALAAD


GAZA

Atualmente: GAZA
Sansão arrancou a porta da cidade.
Mapa Bíblico de GAZA


GILEADE

Atualmente: JORDÂNIA
Região que se estende por cerca de 112 km paralela ao Jordão entre os rios Hieromax ao norte e Arnom ao sul.

Na Bíblia, "Gileade" significa o "monte de testemunho" ou "monte de testemunha", (Gênesis 31:21), uma região montanhosa a leste do rio Jordão, situado no Reino da Jordânia. Também é referido pelo nome aramaico Jegar-Saaduta, que carrega o mesmo significado que o hebraico (Gênesis 31:47). Devido a sua característica montanhosa é chamada de "o monte de Gileade" (Gênesis 31:25). É também chamada de "a terra de Gileade" (Números 32:1), e às vezes simplesmente de "Gileade" (Salmos 60:7, Gênesis 37:25). Como um todo, incluiu os territórios da tribo de Gade, Rúben e a metade oriental de Manassés (Deuteronômio 3:13; Números 32:40). Foi delimitada a norte por Basã e ao sul por Moabe e Amom (Gênesis 31:21; Deuteronômio 3:12-17). Na Bíblia, Gileade é citada no Livro de Jeremias como uma cidade que comercializava ervas medicinais.

Mapa Bíblico de GILEADE


ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL


JERUSALÉM

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:31.783, Longitude:35.217)
Nome Atual: Jerusalém
Nome Grego: Ἱεροσόλυμα
Atualmente: Israel
Jerusalém – 760 metros de altitude (Bronze Antigo) Invasões: cercada por Senequaribe em 710 a.C.; dominada pelo Faraó Neco em 610, foi destruída por Nabucodonosor em 587. Depois do Cativeiro na Babilônia, seguido pela restauração do templo e da cidade, Jerusalém foi capturada por Ptolomeu Soter em 320 a.C., e em 170 suas muralhas foram arrasadas por Antíoco Epifânio. Em 63 a.C. foi tomada por Pompeu, e finalmente no ano 70 de nossa era foi totalmente destruída pelos romanos.

Localizada em um planalto nas montanhas da Judeia entre o Mar Mediterrâneo e o mar Morto, é uma das cidades mais antigas do mundo. De acordo com a tradição bíblica, o rei Davi conquistou a cidade dos jebuseus e estabeleceu-a como a capital do Reino Unido de Israel, enquanto seu filho, o rei Salomão, encomendou a construção do Primeiro Templo.
Mapa Bíblico de JERUSALÉM


SIÃO

Atualmente: ISRAEL
Monte Sião

Coordenadas: 31° 46' 18" N 35° 13' 43" E

Monte Sião (em hebraico: הַר צִיוֹן; romaniz.: Har Tsiyyon; em árabe: جبل صهيون; romaniz.: Jabel Sahyoun) é um monte em Jerusalém localizado bem ao lado da muralha da Cidade Antiga e historicamente associado ao Monte do Templo. O termo é frequentemente utilizado para designar a Terra de Israel.

A etimologia da palavra "Sião" ("ṣiyyôn") é incerta.

Mencionado na Bíblia em II Samuel (II Samuel 5:7) como sendo o nome do local onde estava uma fortaleza jebusita conquistada pelo rei Davi, sua origem provavelmente é anterior à chegada dos antigos israelitas. Se for semítico, pode ser derivado da raiz hebraica "ṣiyyôn" ("castelo"), da árabe "ṣiyya" ("terra seca") ou ainda da árabe "šanā" ("proteger" ou "cidadela"). É possível que o termo também esteja relacionado à raiz árabe "ṣahî" ("subir até o topo") ou "ṣuhhay" ("torre" ou "o cume da montanha"). Uma relação não-semítica com a palavra hurriana "šeya" ("rio" ou "riacho") também já foi sugerida.

Sahyun (em árabe: صهيون, Ṣahyūn ou Ṣihyūn) é a palavra para "Sião" em árabe e em siríaco. Um vale chamado "Wâdi Sahyûn" (uádi significa "vale") aparentemente preserva o nome original e está localizado a aproximadamente três quilômetros do Portão de Jaffa da Cidade Velha.

A frase "Har Tzion" aparece nove vezes na Bíblia judaica, mas escrita com um tsade e não um zayin.

De acordo com o relato em II Samuel (II Samuel 5:7), depois de conquistar a "fortaleza de Sião", David construiu ali seu palácio e a Cidade de David. O local foi mencionado também em Isaías 60:14, nos Salmos e em I Macabeus (ca. século II a.C.).

Depois da conquista da cidade jebusita, o monte da Cidade Baixa foi dividido em diversas partes. A mais alta, ao norte, tornou-se o local onde estava o Templo de Salomão. Com base em escavações arqueológicas que revelaram seções da muralha deste primeiro templo, acredita-se que ali era de fato o antigo Monte Sião.

No final do período do Primeiro Templo, Jerusalém se expandiu para o oeste. Pouco antes da conquista romana de Jerusalém e da destruição do Segundo Templo, Josefo descreveu o Monte Sião como uma colina do outro lado do vale para o oeste. Assim, a colina ocidental que se estendia pelo sul da Cidade Velha acabou sendo conhecida como "Monte Sião" e assim permanece desde então. No final do período romano, uma sinagoga foi construída na entrada da estrutura conhecida como "Túmulo de Davi", provavelmente por causa da crença de que Davi teria trazido a Arca da Aliança até ali vinda de Bete-Semes e Quiriate-Jearim antes da construção do Templo.

Em 1948, o Monte Sião foi ligado ao bairro de Yemin Moshe, em Jerusalém Ocidental, através de um túnel estreito. Durante a guerra da independência, uma forma alternativa para evacuar feridos e transportar suprimentos aos soldados que estavam no alto do monte se fez necessária. Um teleférico capaz de carregar 250 kg foi instalado e era operado apenas à noite para evitar ser detectado. O aparelho ainda existe e está no Hotel Monte Sião.

Entre 1948 e 1967, quando a Cidade Velha esteve sob ocupação jordaniana, aos israelenses foi negada a permissão de irem até seus lugares santos. O Monte Sião foi designado uma terra de ninguém entre Israel e Jordânia. O monte era o local mais próximo do local do antigo Templo de Jerusalém ainda acessível aos israelenses. Até a reconquista de Jerusalém Oriental durante a Guerra dos Seis Dias, os israelenses subiam no teto do Túmulo de Davi para orar.

A sinuosa estrada que leva ao topo do Monte Sião é conhecida como "Caminho do Papa" ("Derekh Ha'apifyor") e foi pavimentada em homenagem às históricas visitas a Jerusalém pelo papa Paulo VI em 1964.

Entre os mais importantes estão a Abadia da Dormição, o Túmulo de Davi e a Sala da Última Ceia. A maior parte dos historiadores e arqueologistas não acreditam que o "Túmulo de Davi" seja de fato o local onde estaria enterrado o rei Davi. A Câmara do Holocausto ("Martef HaShoah"), a precursora do Yad Vashem, também está no Monte Sião, assim como o cemitério protestante onde Oscar Schindler, um "justo entre as nações" que salvou mais de 1 200 judeus durante o Holocausto, está enterrado.

Em 1874, o britânico Henry Maudsley descobriu uma grande seção de rochas e diversos grandes tijolos de pedra no Monte Sião que, acredita-se, formavam a base da "Primeira Muralha" citada por Josefo. Muitas delas haviam sido utilizadas para construir uma murada de contenção à volta do portão principal da escola do bispo Gobat (local que depois ficou conhecido como "Instituto Americano para Estudos da Terra Santa" e a "Universidade de Jerusalém").

Mapa Bíblico de SIÃO


SÍRIA

Atualmente: SÍRIA
Em todos os tempos bíblicos, a Siria foi cruzada por rotas que ligavam as civilizações do norte com a do Egito, ao sul. Os sírios ou arameus, descendem de Arã, filho de Sem, neto de Noé. País muçulmano com 86% de sua população islâmica e 8,9% cristã. Por volta do ano 700, com a expansão muçulmana, Damasco transformou-se na capital do Império Árabe. Entre 1516 e 1918, foi dominada pelo Império Turco-Otomano. A Síria reivindicou a devolução das Colinas de Golã, ocupadas por Israel na Guerra dos Seis Dias em 1967. Na Antiguidade, a Síria localizava-se a sudoeste da Armênia, a leste da Ásia Menor e do Mediterrâneo, ao norte da Palestina e a oeste da Assíria e partes da Arábia, cortada na direção norte-sul pela cordilheira do Líbano, a mais ocidental, a Ante-Líbano, a oriental, em cujo extremo sul fica o Monte Hermon. Os sírios ou arameus, descendem de Arã, filho de Sem, neto de Noé. Os arameus eram um povo de língua semítica, estreitamente aparentado com os israelitas segundo Deuteronômio 26:5. Nos dias patriarcais esta região era constituída por pequenos reinos independentes que mantinham o nome da cidade principal. Supõese que Harã de Gênesis 11:31, era centro comercial e militar e ficava no distrito de Padã-Arã, onde Abraão habitou com seu pai e onde deixou sua parentela para sair para Canaã. Ao tempo do patriarca, pertencia ao noroeste da Mesopotâmia, vindo mais tarde incorporar-se à Síria, cuja capital, Damasco continua até hoje, sendo a mais antiga cidade viva da Terra, com cerca de 4:900 anos. A Síria foi conquistada por israelitas, assírios, babilônicos, persas, gregos e romanos. Na época de Salomão já haviam desenvolvido a escrita alfabética e utilizavam papiro, pena e tinta em lugar do barro cozido utilizado nas demais regiões. Isto contribuiu para que o idioma aramaico se estendesse pelo Oriente Médio, substituindo o assírio incorporado durante o cativeiro na Babilônia. O aramaico foi levado para a Palestina durante o retorno do exílio e chegou a ser o idioma corrente no tempo de Jesus. Os selêucidas, reis sírios, dominaram a Síria após a morte de Alexandre. Mas logo depois, as ambições da Síria no sentido de conquistar todo o Oriente Médio e a Grécia colocaram-na em contraste com a potência nascente de Roma, que a derrotou obrigando-a a ceder territórios e a pagar indenizações de guerra. A Síria também foi o primeiro país estrangeiro a receber o cristianismo pelo testemunho dos cristãos perseguidos em Antioquia, conforme Atos 11:26.
Mapa Bíblico de SÍRIA


TECOA

Atualmente: ISRAEL
Região de pastos, contígua ao deserto de Judá. Amós 1:1 e II Crônicas 20:20

Tecoa, ou Tuquʿ(Árabe تقوع, Hebráicoתקוע) é uma cidade Israelense da Província de Belém, localizada à 12 km ao sudeste de Belém na Cisjordânia.

Mapa Bíblico de TECOA


TIRO

Clique aqui e abra o mapa no Google (Latitude:33.267, Longitude:35.217)
Nome Atual: Sur
Nome Grego: Τύρος
Atualmente: Líbano
Cidade portuária com porto importante. Ez 27:3
Mapa Bíblico de TIRO


JUDÁ

O Reino de Judá limitava-se ao norte com o Reino de Israel, a oeste com a inquieta região costeira da Filístia, ao sul com o deserto de Neguev, e a leste com o rio Jordão, o mar Morto e o Reino de Moabe. Sua capital era Jerusalém.
Mapa Bíblico de JUDÁ


Ecrom

A cidade de Ecrom (em hebraico: עֶקְרוֹן; romaniz.: Eqron ou Ekron) foi uma das cinco cidades filisteias no sudoeste de Canaã. Era uma cidade na divisa da fronteira entre a Filisteia e o Reino de Judá, num local (agora Tel Micne) perto da pequena vila de Aquir. Encontra-se a 35 km a sudoeste de Jerusalém, e 18 quilômetros ao norte da cidade de Gate, na divisa da planície ocidental (litoral). As escavações realizadas no período de 1981 - 1996 fizeram de Ecrom um dos melhores locais filisteus já documentados.

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Ecrom foi uma região indígena de Canaã. A cidade cananeia tinha quase desaparecido num incêndio no século XIII a.C., mas foi reconstruída por filisteus no começo da idade do ferro, por volta dos anos 1:200 a.C..

Ecrom é mencionada livro de Josué capítulo 13, versículo 3:

Josué 3:13 relata Ecrom como uma cidade na fronteira dos filisteus e uma das cinco maiores cidades filisteias, e Josué 15:11 menciona como uma das cidades satélites e as vilas de Ecrom. A cidade foi concedida mais tarde à tribo de Dã (Josué 19:43), mais tarde porém, veio a ser novamente dos filisteus. Foi o último lugar para onde os filisteus teriam levado a arca da aliança quando a roubaram de Israel. A presença da Arca teria provocado "uma confusão mortífera" nesta cidade, de modo que a Arca foi finalmente devolvida aos judeus (I Samuel 5:10-6:1 - 8,16, 17).

Havia ali um grande santuário de Baal. O ídolo de Baal que foi adorado era chamado Baal-Zebube (Dono das Moscas) ou 'Belzebu: (II Reis 1:2):

As fontes não hebraicas também fazem referências a Ecrom. Uma colheita em Ecrom de 712 a.C. aparece em relevos das paredes do palácio de Sargão II da Assíria em Corsabade.

Nas inscrições reais de Senaqueribe, rei da Assíria entre 704 e 681 a.C., no relato de sua terceira campanha (em 701 a.C.) na região Levante, Padî, rei de Ecrom, é descrito como aliado assírio que foi preso pelos nobres da cidade e entregue ao rei Ezequias, de Judá. Após intervenção assíria em Jerusalém, capital de Judá, Padî foi recolado no trono de Ecrom, tendo recebido, assim como outros reis da região, parte das terras de Judá, separadas após a intervenção assíria.

Em 1996 foi descoberta a inscrição de Tel Mikné com o nome da cidade filisteia de Ecrom e uma lista de seus reis. As escavações no complexo do famoso templo, no imenso palácio de Senaqueribe, recuperaram artefatos significativos para a arqueologia bíblica, incluindo uma inscrição dedicada ao "rei" de Ecrom Aquis. A inscrição identifica claramente o local, e mostra a genealogia real, na ordem: dos pais aos filhos: Iair, Ada, Iacide, Padi, Aquis.

Asdode e Ecrom sobreviveram e transformaram-se em cidade-estados poderosas dominadas pela Assíria no século VII a.C.. A cidade pode ter sido destruída pelo rei de Babilônia Nabucodonosor II por volta de 603 a.C., segundo a descrição de I Macabeus 10:89.

Mapa Bíblico de Ecrom


Quir

Quir, ou Quir de Moabe - Isaías 15:1. As duas fortalezas de Moabe eram Ar e Quir, as quais posteriormente seriam Quir-Harasete(Isaías 16:7).

Mapa Bíblico de Quir


Rabá

Rabá - (Rab'bath)

(1.) "Rabá dos filhos de Amom, a cidade principal dos Amonitas, entre as colinas orientais, cerca de 32 quilômetros a leste do Jordão, ao sul das duas correntezas que uniram-se ao Rio Jaboque.

(2.) Uma cidade na região montanhosa de Judá (Josué 15:60), possivelmente a ruína de Rubá, 9,7 quilômetros ao nordeste de Bete-Jeribim.

(3.)Rabá também conhecida como "Cidade das águas".

Mapa Bíblico de Rabá



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Introdução ao Livro de Amós
O Livro de

AMÓS

Oscar E Reed

Introdução

Amós viveu e escreveu na primeira metade do século VIII a.C. durante o reinado de Jeroboão II, monarca do Reino do Norte. Talvez a data de 755 a.C. melhor se ajuste às condições apresentadas no livro. Seu ensino é de significação particular, porque inaugu-rou uma linha de ministérios proféticos que levou o povo de Israel a um entendimento mais profundo sobre o caráter de Jeová. Somente a revelação de Deus em Jesus Cristo é maior que esta compreensão da natureza divina. Foi pelos ensinos de Amós e das pesso-as depois dele que os israelitas conseguiram "sobreviver ao fim trágico de Israel como nação, e tornar-se o veículo da revelação distintiva de Deus para o mundo".'

A. O Autor e o Pano de Fundo Histórico

Há pouco mais de um século, pensava-se que Amós fosse apenas um dos profetas menores; hoje, em virtude dos estudos exegéticos e críticos, o livro recebe destacada posição na literatura bíblica. Considera-se sua linguagem um dos melhores exemplos do puro estilo hebraico.

Amós foi o primeiro dos profetas literários que se aplicou a eliminar os elementos pagãos que se insinuaram na vida religiosa e social de Israel. Ele, como os outros, teve de reavivar o ideal mosaico que advoga que Deus exige santidade de vida. Estes profetas "moralizaram" a religião e também a universalizaram. O Deus em cujo nome falavam, não era apenas o Senhor deles, mas o Deus do mundo inteiro.

Como no caso de Joel, muito pouco sabemos sobre a pessoa de Amós, exceto alguns indícios que podemos depreender das evidências internas do livro. Sabemos que viveu nos dias de Jeroboão II (782-753 a.C.). Ao levarmos em conta que um longo período de prosperidade precedeu os dias do profeta, deduzimos que seu ministério se deu na se-gunda metade do reinado de Jeroboão.

Amós morava em Judá, mas sua mensagem profética foi entregue em Israel e para essa nação. Este fato levanta uma pergunta interessante concernente à relação de sua mensagem para Judá. Amós pretendia excluir Judá da destruição pronunciada para Israel e os povos vizinhos? Ou pretendia incluir Judá? Este comentarista é inclinado a crer na última opção. Amós não cogitava poupar o Reino do Sul. Temos, então, de aceitar que pretendia incluir Judá na destruição comum que se abateria sobre Israel e as nações circunvizinhas. Por que escolheu Betel, e não Jerusalém, para o cenário do seu ministé-rio? A resposta provável é que considerava essencialmente um os dois ramos do povo israelita e que, dos dois, o Reino do Norte era o mais importante.

O centro da vida nacional estaria em Betel, o santuário do monarca do Reino do Norte. Era este o lugar estratégico para um profeta começar seu ministério. Ali, sua mensagem produziria o efeito mais imediato e forte.
Amós nega o título de nabi (profeta profissional). Com esta atitude, quer dizer que não pertencia à ordem profética e não tinha recebido o treinamento para isso. Designa-se cidadão de posição social humilde pertencente à classe mais pobre. Em vista deste fato, imaginamos como adquiriu o grau de cultura que manifestadamente possuía. Entre os hebreus, o conhecimento e a cultura não eram peculiares aos ricos e às classes de profissionais. Mesmo o treinamento inicial de todo israelita o equipava religiosa e cultu-ralmente, a despeito de sua posição social.

Mesmo assim, Amós era homem simples, um boiadeiro e cultivador de sicômoros, a comida dos pobres. Seu pai não era profeta, nem possuía formação nobre como Isaías. Sua casa ficava em Tecoa, quase 20 quilômetros ao sul de Jerusalém (ver mapa 2), onde a vida espiritual genuína e a pura adoração a Deus sobreviviam no acidentado interior montanhoso.

O chamado era de Deus. O próprio Amós diz que Jeová o "tirou" do serviço referente ao rebanho. Este ato indica que um poder não dele mesmo o tomava de súbito. Esta também é a implicação de Am 3:8, onde o profeta diz: "Bramiu o leão, quem não temerá? Falou o Senhor JEOVÁ, quem não profetizará?" Havia um fogo ardente retido em seus ossos que o compelia a falar. Amós era um homem com uma mensagem de Jeová e tinha de livrar-se desse peso.

Ao considerar que o seu chamado era divino, Amós foi honesto, corajoso e dinâmico. Ressentia-se profundamente com os males sociais dos seus dias e ficava irritado com a injustiça e a desonestidade. Obteve um discernimento profundo sobre as questões pecu-liares de Deus, bem como acerca das relações nacionais e internacionais. Sua língua era como um chicote para os opressores e mel para os oprimidos.

B. A Mensagem

As grandes concepções fundamentais que subjazem a mensagem de destruição pro-clamada por Amós torna-o uma figura importante na história da fé religiosa. Os israelitas de sua época sentiam-se certos do favor divino por duas razões: Primeira, não foram eles escolhidos por Deus? Segunda, eles zelavam minuciosamente de todos os detalhes da adoração. Para Amós, porém, estes dois pilares de confiança popular eram canas quebra-das — sequer ofereciam a mais trivial base de garantia do favor divino.

Era verdade que Jeová escolhera Israel para ser o seu povo peculiar. Ele se colocou numa relação especialmente íntima com a nação. Mas este fato não significava, como supunham, que tinham o monopólio do favor divino ou que o cuidado protetor de Jeová se limitava a Israel. Seu favor era universal, procedente do Deus que não tolerava rivais.
A primazia que Israel possuía estava na revelação especial que Deus lhe dera sobre seu caráter e vontade. Mas os israelitas rejeitaram esta revelação. Israel, portanto, não tinha vantagem sobre as outras nações. Quando pecavam, não significavam a Jeová mais que os distantes e desprezados etíopes. Foi deste modo que Amós lidou com a pre-tensão nacional de seus dias.
Com a confiança popular em ritos e cerimônias, o profeta foi ainda mais severo, mas é erro supor que Amós queria condenar todos os ritos e cerimônias em si. Ele não era tão idealista quanto a estar cego ao fato de que a verdadeira devoção precisa de "dias e tempos" e formas externas para seu exercício. O que o profeta contestava era a substitui-ção do espírito de devoção interno por estes ritos externos.
Contra a confiança popular nos sacrifícios, a eleição não qualificada de um povo escolhido e a providência especial de Deus pela nação, Amós estabeleceu o princípio de que a única esperança de Israel estava na justiça. E sobre esta virtude, o profeta queria dizer o que era certo no sentido absoluto do termo, tanto objetiva quanto subjetivamente: respeito pela personalidade própria e pela dos outros.

Amós designou expressamente dois males: a opressão dos pobres pelos ricos e a corrupção do sistema judicial em Israel. Nestas mazelas, a vida humana era literalmen-te negociada pela troca. Na opinião do profeta, esta situação era o cúmulo da iniqüidade e o extremo da insensatez. Por isso, exortou os homens: "Buscai o SENHOR e vivei"; e: "Buscai o bem e não o mal, para que vivais" (Am 5:6-14). Desta forma, Amós identificou a religião com a lei moral. Buscar Jeová é procurar o bem. Não há outro meio de entrar em comunhão com Deus. A religião é a principal força preservadora na sociedade e estímulo poderosíssimo para o desenvolvimento das mais sublimes aptidões humanas.

Nosso estudo sobre os ensinos de Amós não estaria completo se omitíssemos as pala-vras de esperança registradas em 9:8-15. Claro que, apesar de todas as suas previsões sombrias, o profeta não havia perdido a esperança de Israel ser salvo, e certamente não lhe faltava a convicção de que pelo menos alguns "viveriam". Amós era homem de paixão intensa que via propósito em tudo. O elemento ideológico permeia a totalidade de seu livro. É incrível que alguém como ele não tivesse atinado no que aconteceria depois da destruição de Israel.

Mesmo que Amós tivesse uma perspectiva esperançosa para o futuro, estava subor-dinado à tendência vigente de seu ensino. Sua tarefa primária era confirmar as reivindi-cações da lei moral em oposição ao formalismo material e a pretensão nacional de seus dias. Sua maior significação estava na eficácia com que moralizou a concepção de reli-gião em sua exigência de justiça nacional e pessoal.


Beacon - Comentários de Amós Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
SEÇÃO

O JULGAMENTO IMINENTE

Amós 1:1— 2.16

A profecia de Amós divide-se em três partes com uma estabelecida unidade que não deixa dúvida sobre sua autoria e motivação. A predição de julgamento imediato está no âmago do ministério de Amós. Ele proclamou essa mensagem habilmente, ao começar com os gentios, exortar os judeus e terminar com Israel, o povo a quem ele pessoalmente se dirige. "O israelita ouviria com certa satisfação interior as faltas dos seus vizinhos e os julgamentos com que eles incorreriam".1 Mas, Israel seria me-dido exatamente pelo mesmo padrão aplicado aos outros povos e com um julgamento não menos severo.

A. TÍTULO E TEMA, 1.1,2

O autor da profecia identifica-se como pastor' de Tecoa (1), que viveu nos reinados de Uzias, rei de Judá, e de Jeroboão, rei de Israel. A cidade de Tecoa situava-se ao sul de Judá (cf. 2 Cron 11.6; 20.20). Amós afirma que era apenas um pastor e "cultivador de sicômoros" (Am 7:14). Vemos, então, que o profeta não era um próspero proprietário de ove-lhas, mas um pastor modesto e um "podador de árvores" que estava determinado a não ser classificado como nabi (profeta profissional). Ele era o tipo de pessoa que Israel "in-sistia em silenciar" (cf. Am 2:11-12).3

Os estudantes do livro datariam a profecia com mais precisão se porventura conse-guissem identificar o terremoto (cf. Zc 14:5) mencionado no versículo 1, o qual eviden-temente era bem conhecido na época do ministério de Amós. Sabemos, porém, que este profeta estava em atividade durante o apogeu do próspero reinado de Jeroboão II, algum tempo antes da morte do rei em 753 a.C. (ver diagrama A).

Amós inicia sua profecia com a confirmação de um tema declarado primeiramente por Joel (Jl 3:16) : O SENHOR bramará de Sião e de Jerusalém dará a sua voz (2). Foi o próprio Deus que falou por meio de Amós. A figura foi dada para advertir os violadores do concerto que estavam tranqüilos em sua prosperidade. Tinham de saber que o julga-mento de Deus viria sobre Israel como também para o mundo pagão — até o cume do Carmelo se secaria.'

B. ORÁCULOS CONTRA NAÇÕES VIZINHAS, Am 1:3-2.3

Esta subdivisão foi compilada com habilidade para apresentar o "peso" ou sentença contra as nações estrangeiras. Claro que só elogia os povos no intuito de prepará-los para o tremendo golpe que vem imediatamente a seguir.

  1. Damasco (1:3-5)

O primeiro oráculo é contra Damasco (3; ver mapa 2), a capital do reino arameu (sírio), com o qual Israel estivera em guerra por grande parte do século VIII a.C. Três, o número perfeito, é seguido por quatro, que indica um número maior de crimes em sua pior forma. A medida da iniqüidade estava cheia, além de toda proporção.

Gileade, a área mais exposta à invasão síria (ver mapa 2), foi sujeita a "rodas com pontas de ferro" (NTLH) ; "trilhos de ferro pontudos" (NVI). Estes trilhos de ferro eram grossos rolos com dentes entalhados, que tinham sido usados para destruir e mutilar a carne humana. É uma referência à destruição que Hazael ocasionou em Gileade, fato registrado em II Reis 10:32-33.

O versículo 4 identifica os líderes sírios que tinham pecado contra Gileade (a história é contada em 2 Rs 8-13). Hazael foi o fundador da dinastia que Ben-Hadade (Ben-Hadá II), seu filho, representou. A casa de Hazael representa a dinastia, e Ben-Hadade, o rei específico (cf. Is 17:1-3; Jr 49:23-27; Zc 9:1-4). A parte final do versículo 5 demonstra o poder de Jeová em seu julgamento. O profeta ouve o rompimento do ferrolho de Damas-co (as fortificações da cidade) e vê o massacre dos habitantes de Biqueate-Áven (5). O restante da Síria será levado à distante e remota Quir — tudo isto pela palavra do SE-NHOR. 'Esta profecia cumpriu-se quando Tiglate-Pileser, rei da Assíria (ver diagrama A), conquistou Damasco durante o reinado de Acaz, governante de Judá (2 Rs 16.9). A palavra final, diz o SENHOR, identifica a autoridade com que o oráculo é proclamado.

  1. Filístia (1:6-8)

Destruição semelhante deve acontecer com os filisteus (ver comentários no v. 3). Gaza (6), a principal cidade da Filístia, é usada como símbolo da nação. Era importante centro de caravanas que transitavam pela estrada entre o Egito e a Síria. Situava-se ao sul de Judá, perto do mar Mediterrâneo (ver mapa 2). A acusação específica contra os filisteus é que eles levaram em cativeiro todos os cativos; ou seja, tomaram cativo um povo inteiro e o entregaram a Edom, inimigo mortal de Israel. É uma referência à invasão dos filisteus nos dias de Jeorão (2 Cr 21.16; cf. J13.4). Os versículos 7:8 auten-ticam o fato de que toda a Filístia está inclusa na destruição futura. Julgamento seme-lhante virá sobre todas as suas cidades importantes: Gaza (7), Asdode (8), Asquelom e Ecrom. Todas estão inclusas para serem exterminadas pela mão do Senhor JEOVÁ.

A ironia do julgamento de Deus é evidente. Os próprios edumeus, a quem os israelitas foram vendidos, serão aqueles que venderão os filisteus em escravidão. (Os edumeus tinham um porto no mar Vermelho e eram notórios traficantes de escravos.)

  1. Tiro (1.9,10)

Os grandes pecados de Tiro são simbolizados novamente por três transgressões... e por quatro (9; cf.comentários no v. 3). A transgressão é maior, porque os habitantes de Tiro não se lembraram da aliança dos irmãos, ou seja, o antigo pacto entre Salomão e Hirão (I Reis 5:1-12). Ainda que não se possam confirmar as ocasiões históricas, talvez a acusação indique que Tiro entregou os israelitas a Edom no tráfico de escravos. Não há registro de um rei de Israel ou de Judá ter guerreado contra a Fenícia (Tiro). Por causa de seu pecado, nem mesmo a magnífica cidade de Tiro escaparia do julgamento de Jeová (10), conforme declarou Amós (ver Ez 28 para inteirar-se de uma descrição de Tiro).

  1. Edom (1.11,12)

Existia uma marcante hostilidade entre Israel e Edom, mesmo antes do exílio. Amós não condenou um pecado em particular, mas destacou o ódio implacável de Edom na perseguição de Israel à espada (11), a absoluta falta de misericórdia e o ininterrupto espírito de ira contra seu irmão.'

Como nos oráculos anteriores, o julgamento seria por fogo a Temã, que consumirá os palácios de Bozra (12), a capital de Edom, situada ao sul do mar Morto. Temã era provavel-mente um distrito ao norte de Bozra (ver mapa 3). Ambos simbolizavam a totalidade de Edom.

  1. Amom (1:13-15)

O território de Amom estendia-se ao longo do rio Jordão até ao leste de Gileade. A acusação específica: Eles fenderam as grávidas de Gileade (13) ; era só o clímax de uma sucessão de crueldades contra Israel. Mas os israelitas também poderiam ter sido acusados de ofensa semelhante (II Reis 15:16).

Igual ao castigo de Edom, a importante cidade de Rabá (14, "a grande") seria quei-mada no dia da batalha. Nessa ocasião, o invasor pareceria uma tempestade que devasta tudo que há pela frente. A profecia se encerra com o oráculo de destruição contra o rei e seus príncipes (15), que irão para o cativeiro.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Introdução ao Capítulo 1 do Livro de Amós
Introdução ao Livro O profeta e o seu meio Amós foi um dos grandes profetas do séc. VIII a.C., muito embora ele mesmo preferisse ver a si mesmo como um homem simples, dedicado aos seus afazeres rurais como um “entre os pastores de Tecoa” (Am 1:1). Assim o declara na sua controvérsia com o sacerdote Amasias, que o acusa de trair o rei de Israel: “Eu não sou profeta, nem discípulo de profeta, mas boieiro e colhedor de sicômoros” (Am 7:14). Houve, todavia, um dia em que aconteceu a transformação de Amós no mensageiro enviado por Deus para profetizar no Reino do Norte. Como ele mesmo disse: “O SENHOR me tirou de após o gado e o SENHOR me disse: Vai e profetiza ao meu povo de Israel” (Am 7:15). Distante uns 10 km ao sul de Belém, próximo ao mar Morto e como que suspensa entre as montanhas de Judá, situava-se a pequena cidade de Tecoa. Amós residia ali, mas, por algum motivo que ignoramos, a sua atividade profética desenvolveu-se no Reino do Norte. Deve ter começado em torno do ano 750 a.C., “dois anos antes do terremoto” (conforme Zc 14:5), durante o reinado de Jeroboão II (783-743 a.C.). Aquela era uma época de prosperidade para o reino. Sob o cetro de Jeroboão, o comércio com outros países enriqueceu o Estado; Israel voltou ao esplendor dos dias de Davi e, por força das armas (Am 6:13), conseguiu recuperar territórios que havia perdido no lado oriental do Jordão (2Rs 14:25). Certamente, os êxitos militares e o aumento da riqueza despertaram no povo grande entusiasmo; mas, no devido tempo, foram a causa do crescimento da desigualdade entre os diversos estratos sociais. Os ricos aumentaram as suas riquezas, enquanto que os pobres submergiam cada vez mais na miséria. O povo humilde sofria a opressão dos poderosos, uma opressão agravada pela corrupção dos juízes e dos tribunais de justiça (Am 2:6-7; Am 5:7-12). Até mesmo a vida religiosa havia se corrompido. O culto contaminou-se com as práticas pagãs de outros povos (Am 5:26), e as cerimônias religiosas, exteriormente esplendorosas, perderam a sua autenticidade e sua piedade sincera (Am 5:21-23). O livro e a sua mensagem O livro de Amós (= Am) começa com o anúncio do castigo que as nações e cidades vizinhas de Israel sofrerão por causa da crueldade da sua conduta na guerra. Damasco, Bete-Éden, Gaza, Asdode e outros lugares são mencionados em uma série de oráculos que precedem o da condenação a que Judá e Israel também tornaram-se merecedoras (Am 1:3-16); pois, mesmo sendo o povo escolhido, Deus não deixará impunes os pecados que cometeram. Muito ao contrário, precisamente por causa da sua eleição, o compromisso contraído por Israel e a sua responsabilidade aos olhos de Deus são maiores. Em conseqüência, mais severo será o castigo merecido pela sua conduta (Am 3:1-2). A mensagem central de Amós representa, dessa forma, uma dura crítica contra a sociedade israelita da época. O profeta ataca a injustiça social reinante, o enriquecimento por parte de muitos à custa dos pobres, explorados sem compaixão (Am 3:10; Am 5:11; Am 8:4-6); o suborno e a prevaricação de juízes e tribunais (Am 5:12); a opressão, a violência e até a escravidão a que os mais pobres são submetidos (Am 2:6; Am 8:6). O profeta proclama que o SENHOR não ficará indiferente diante de pecados como estes, mas castigará aqueles que os cometem (Am 2:13-16; Am 4:2-3; Am 5:18-20; Am 8:3); em vista disso, urge a todo o Israel: “Prepara-te, ó Israel, para te encontrares com o teu Deus” (Am 4:12). A última parte do livro (Am 7:1-10) contém uma série de visões que anunciam a impossibilidade de se escapar do juízo de Deus, do castigo iminente que lhes há de sobrevir apesar dos apelos insistentes de Amós (Am 7:2,Am 7:5). Porém, ainda que tais juízos e o castigo anunciados sejam inevitáveis, também é certo que Deus não quer destruir a Israel, mas reedificá-lo e restaurá-lo, para que continue sendo, já em liberdade, o povo da sua eleição (Am 9:11-15). Esboço: 1. Juízos contra as nações vizinhas (Am 1:1-5) 2. Juízo contra Israel (Am 2:6-16) 3. Denúncias e ameaças (Am 3:1-14) 4. Visões de castigo (Am 7:1-10) 5. Restauração futura de Israel (Am 9:11-15)

Champlin - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 1
Que era entre os pastores:
Hebr. noqued, termo que designa não um simples pastor, mas um proprietário e criador de rebanhos. Amós gozava, pois, de uma boa situação econômica antes de ser chamado a exercer a missão profética. Conforme Am 7:14.Am 1:1 Tecoa:
Povoado de Judá, situado a uns 9 km ao sul de Belém. Conforme 2Sm 14:2; 2Cr 11:6.Am 1:1 O nome Israel refere-se aqui ao conjunto das tribos israelitas que, depois da morte de Salomão, se rebelaram contra Judá e formaram o Reino do Norte (ver 1Rs 12:1-24,). Ainda que Amós fosse de Judá, foi enviado a anunciar a sua mensagem no reino de Israel. Conforme Am 7:12,Am 7:15.Am 1:1 Uzias, também chamado de Azarias (2Rs 15:1-7), reinou sobre Judá entre os anos 783:742 a.C. Conforme 2Cr 26:1-23.Am 1:1 Jeroboão:
Trata-se de Jeroboão II, rei de Israel (786-746), em cujo longo e brilhante reinado Israel alcançou o apogeu da sua expansão territorial e da sua prosperidade econômica (conforme 2Rs 14:23-29). Amós revelará o lado negativo daquele pujante período:
o luxo demasiado e o excessivo afã por lucro (Am 6:1; Am 8:5), a falsa religiosidade (Am 5:21-23) e o desprezo absoluto pela justiça (Am 2:6-8; Am 4:1; Am 5:7; Am 8:4,Am 8:6).Am 1:1 Este terremoto ocorreu em torno do ano 750 a.C., em uma data que não se pode determinar com exatidão. Deve ter produzido grande impacto, já que é novamente mencionado muito tempo mais tarde (Zc 14:5). Ver Am 8:8,

Champlin - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 2
Este v. é uma espécie de prólogo, no qual se enfatiza o poder irresistível da palavra de Deus. Quando o SENHOR fala, a sua palavra se realiza infalivelmente, e essa eficácia se manifesta não só na história humana, como também nos elementos do mundo natural. Conforme Is 55:10-11; Jr 1:12; Ez 12:25.Am 1:2 Sião:
Ver Sl 2:6,Am 1:2 Jr 25:30; Jl 3:16.Am 1:2 O monte Carmelo era símbolo de fertilidade e beleza. Um Carmelo seco e desértico sugere, ao contrário, a idéia da mais extrema miséria e desolação. Ver 1Rs 18:19, e o Índice de Mapas.

Champlin - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 3
A seção que segue distingue-se de outras coleções de mensagens contra as nações pagãs (conforme 13 1:23-1'>Is 13:23; Jr 46:51; Ez 25:32; Sf 2:4-15), porque aqui a série culmina com um oráculo contra o reino de Israel (Am 2:6-16). Amós, com efeito, denuncia em primeiro lugar os crimes das nações vizinhas e lhes anuncia o respectivo castigo. Mas, em seguida, dando ao seu discurso um rumo totalmente imprevisível, dirige-se aos israelitas e lhes faz ver que não são menos culpados do que os seus vizinhos. Conforme Rm 2:17-24.Am 1:3 Damasco:
Principal cidade da Síria e capital de um importante reino arameu, inimigo tradicional de Israel. No ano 732 a.C., os assírios conquistaram esse reino e deportaram os seus habitantes. Conforme 2Rs 16:9; Is 7:8; Is 8:4; Is 17:1-3; Zc 9:1. Ver o Índice de Mapas.Am 1:3 Por três transgressões de Damasco e por quatro:
Esta fórmula fixa, que aparece no começo de cada série de oráculos, quer transmitir a idéia de que já se encheu a medida do mal. Conforme Am 1:6,Am 1:9,Am 1:11,Am 1:13; Am 2:1,Am 2:4,Am 2:6.Am 1:3 Gileade:
Região situada ao sul de Damasco e ao oriente do rio Jordão, sujeita a freqüentes ataques dos arameus (2Rs 10:32-33). Ver o Índice de Mapas.Am 1:3 Trilhos de ferro:
Instrumentos de madeira com dentes de ferro, que eram utilizados para trilhar o grão. Aqui, trata-se de uma metáfora para dar uma idéia da brutalidade com que Damasco havia tratado os seus inimigos. Aos povos pagãos, que desconheciam a lei mosaica, Amós acusa de atrocidades e delitos contra a humanidade:
guerras de extermínio, deportações em massa, tráfico de escravos e violação de alianças solenemente firmadas. Conforme Am 1:6,Am 1:9,Am 1:11,Am 1:13; Am 2:1.

Champlin - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 4
O fogo, algumas vezes em sentido literal e, outras, em sentido figurado, é para Amós uma manifestação da ira do SENHOR. Conforme Am 1:4,Am 1:7,Am 1:10,Am 1:12; Am 2:2,Am 2:5; Am 5:6; Am 7:4.Am 1:4 Ben-Hadade:
2Rs 13:3.

Champlin - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 5
Biqueate-Áven significa, em hebraico, vale da maldade, e Bete-Éden, casa de prazer. Trata-se, provavelmente, de dois nomes simbólicos para Damasco, com o objetivo de ressaltar quão culpáveis são os seus moradores.Am 1:5 Quir:
Ver Am 9:7,

Champlin - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 6
Conforme 2Cr 21:16-17; Jl 3:4-8.

Champlin - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 8
Gaza, Asdode, Asquelom e Ecrom eram cidades que faziam parte da chamada “Pentápolis filistéia”. Ver Js 11:22, Js 13:3,Am 1:6-8; Jr 47; Ez 25:15-17; Jl 3:4-8; Sf 2:4-7; Zc 9:5-7.

Champlin - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 9
Tiro:
Ver 1Rs 5:1, e o Índice de Mapas.Am 1:9 Aliança de irmãos:
Isto é, um tratado entre Tiro e Israel (conforme 1Rs 5:12) ou com outra nação vizinha.

Champlin - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 11
Edom:
Nação situada ao sul do mar Morto, nas montanhas de Seir. Ver Jr 49:7, e o Índice de Mapas.

Champlin - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 12
Temã e Bozra eram cidades nas quais residiam os chefes de Edom. Ver Jr 49:7, Jr 49:13,Am 1:11-12; Is 63:1-6; Ez 25:12-14; Ez 35:1-15.

Champlin - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 13
Amom:
Reino situado ao oriente do Jordão, na fronteira com Gileade. Ver Jr 49:1, e o Índice de Mapas. Conforme também Jr 49:1-6; Ez 21:28-32; Ez 25:1-7.Am 1:13 Rasgaram o ventre às grávidas:
O fato de assassinar os que ainda não são capazes de viver fora do seio materno manifestava o mais absoluto desprezo pela vida humana. Poder-se-ia pensar, no entanto, que Amós não condena apenas um ato de crueldade, mas também um intento de genocídio:
ao impedir os novos nascimentos, pretendia-se extirpar o povo vencido.

Champlin - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 14
Rabá: Capital do reino de Amom, também chamada de Rabá dos filhos de Amom; hebr. Rabat-Amom. Ver Jr 49:2,

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Introdução ao Livro de Amós
O Livro de AMÓS

Autor Tecoa, em Judá, uma aldeia cerca de 8 km ao sul de Belém, era o lar do profeta Amós (1.1). Ele era um homem de muitos ofícios: pastor (1.1), boiadeiro e colhedor de sicômoros (7.14). Embora sua formação tenha sido rural e aparentemente distante dos centros de conhecimento, Amós com toda certeza conhecia as nações circunvizinhas e estava familiarizado com a história internacional da época (1.3—2.3). Ele também conhecia a história do povo da aliança e a própria aliança, como o demonstram suas numerosas referências à lei. Amós não tinha formação de profeta (7.14), mas o Senhor soberanamente o chamou para este ofício. Amós exerceu seu ministério essencialmente no reino do Norte de Israel (7.15), embora suas profecias também se referissem aos pecados de Judá (2.4,5; conforme 9.11).

Data e Ocasião O ministério profético de Amós se realizou durante os reinados de Uzias (às vezes denominado Azarias), de Judá (792-740 a.C.) e de Jeroboão II de Israel (793-753 a.C.). Durante o reinado de Jeroboão houve paz entre Judá e Israel. De acordo com as profecias de Jonas, filho de Amitai (2Rs 14:25), ele havia restaurado os limites de Israel. O reino do Norte havia enriquecido e vivia uma falsa sensação de segurança, encorajada pelo enfraquecimento do Egito, da Babilônia e especialmente da Assíria, que entrara em declínio temporário após a morte de Adad-nirari III (810-783 a.C.). Por cerca de quarenta anos 1srael não sofreu nenhuma séria ameaça dos exércitos assírios.

Sob Tiglate-Pileser III (745-727 a.C.), a Assíria ganhou nova força e se expandiu para o norte e o oeste. Judá logo tornou-se vassala da Assíria, e o estado de Damasco, que estivera entre Israel e a Assíria, passou a fazer parte do império assírio (2Rs 16:7-9).

Tiglate-Pileser III foi sucedido por seu filho Salmaneser V (727-722 a.C.), que continuou a política paterna de expansão para o oeste, e forçou Oséias, rei de Israel, a tornar-se seu vassalo. Contudo, Oséias se rebelou e erroneamente buscou no Egito uma ajuda que jamais recebeu. Então Salmaneser sitiou a Samaria; e depois de três anos, tomou a capital israelita (722 a. C.) pondo fim ao reino do Norte de Israel (2Rs 17:3-6).

Características e Temas Amós deve ter proferido as profecias de seu livro em diferentes locais do reino do Norte, tais como a Samaria e Betel (7.12,13). Contrariamente às mensagens dos profetas anteriores (à exceção, talvez, de Joel), as palavra de Amós foram preservadas em documentos escritos, como os dos seus contemporâneos 1saías e Oséias. Era essencial que essas grandes mensagens a respeito dos processos legais da aliança fossem preservadas, não só como lembrança da história de Israel, mas pelas promessas de restauração e redenção que continham.

Amós ataca duas áreas principais de pecado geralmente criticadas pelos profetas: a idolatria e a injustiça social. O problema básico de Israel era sua falsa religiosidade — “tendo forma de piedade, negando-lhes, entretanto, o poder” (2Tm 3.5). Embora Israel mantivesse as formalidades rituais da lei, e mesmo se excedesse nelas (4.4-5), a idolatria era muito comum (2Rs 17:9-17; Am 5:26), assim como a violência e a injustiça (2.6-8; 4.1).

O Deus que encontramos em Amós é o mesmo Criador que fez o homem à sua imagem e semelhança. Ele é Deus, e não há outro. Ele não tolera a idolatria, que é na verdade a adoração a demônios (Dt 32:16,17; 1Co 10:20). O Senhor é soberano e é capaz de levantar uma nação contra a outra como castigo (1.3—2.3), um processo que continuará até a sua volta. Deus é também o Juiz de Israel, o povo de sua aliança, disposto a levantar contra ele uma outra nação (6.14). Mas apesar de tudo isso, ele é um Deus de amor, que deseja a vida, não a morte de seu povo. Acima de tudo, seu desejo é “buscai ao Senhor e vivei” (5.4; 1Tm 2:3,4) .

O Senhor enviou sinais a Israel em forma de sede, fome, destruição, gafanhotos, epidemias e derrotas militares, mas o povo se recusou a ver sua mão nesses acontecimentos (4.6-11). O castigo era inevitável (4.12—5.20), e essa punição foi retratada em uma série de profecias verbais e visionárias que previram a destruição total e o exílio. Mas o Senhor castiga aqueles que ama e seu castigo é um sinal de fidelidade ao povo de sua aliança. Sua promessa de restaurar “o tabernáculo caído de Davi” (9.11), e o futuro decisivo de seu povo é retratado em uma descrição final que se assemelha ao Éden em sua abundância e bênçãos (9.13-15).

Esboço de Amós

I. Introdução (1.1,2)
II. Juízos pronunciados contra as nações (1.3—2.16)

A. Oráculos contra os inimigos de Israel (1.3—2.3)

B. Oráculos contra Judá e Israel (2.4-16)

III. Profecias contra Israel (caps. 3—6)

A. O castigo divino é iminente (cap. 3)

1. Origem histórica e ratificação da profecia (3.1-8)

2. Chamado às testemunhas pagãs (3.9,10)

3. O castigo anunciado (3.11-15)

B. A cegueira espiritual de Israel (cap. 4)

1. Acusação formal do pecado social e religioso (4.1-5)

2. Retrospecto histórico dos castigos passados (4.6-11)

3. Outros castigos anunciados (4.12,13)

C. Lamento e chamado ao arrependimento (5.1-17)

1. Lamento pelo Israel decaído (5.1-3)

2. Admoestações e acusações formais (5.4-17)

D. Não há como escapar ao castigo de Deus (5.18—6.14)

1. Oráculos de ais contra o sincretismo e a complacência de Israel

(5.18—6.7)

2. Castigo contra o orgulho e a injustiça (6.8-14)

IV. Visões da retribuição divina (7.1—9.10)

A. O castigo evitado pela intercessão (7.1-6)

1. Visão dos gafanhotos (7.1-3)

2. Visão do fogo (7.4-6)

B. Castigo inevitável (7.7—9.10)

1. Visão de um muro e de um prumo (7.7-9)

2. Confrontação com o sacerdote Amazias (7.10-17)

3. Visão de frutos de verão (cap. 8)

4. Visão do Senhor junto ao altar (9.1-10)

V. Restauração e Bênção (9.11-15)

A. Restauração da dinastia de Davi (9.11,12)

B. Bênção de abundância (9.13-15)


Genebra - Comentários de Amós Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
*

1:1

Amós apresenta aqui a si mesmo e à sua profecia, especificando a época em que a palavra de Deus lhe foi dada.

Palavras que, em visão, vieram a Amós. As mensagens proféticas são introduzidas com essa fórmula (conforme Jr 1:1). A frase tem um pano-de-fundo alicerçado na aliança (Dt 1:1: "São estas as palavras que Moisés falou a todo o Israel"). Especificamente, Amós, o profeta é o mensageiro do processo jurídico movido por Deus contra uma desobediente nação de Israel.

pastores. O termo hebraico provavelmente refere-se a pastores de um tipo especial de ovelhas, conhecidas por seu tipo de lã extremamente fina. O rei de Moabe é identificado como quem possuía tais ovelhas (2Rs 3:4).

Tecoa. Essa vila ficava a oito quilômetros ao sul de Belém. Por causa de suas boas terras de pastagem, sustentava a muitos pastores com os seus rebanhos.

terremoto. Visto que esse era um evento memorável em uma região sujeita a terremotos, seria relembrado como um ato de juízo divino, conforme se vê em Zc 14:5.

* 1:2

O SENHOR. Ver notas em Êx 3:15.

Rugirá. Na qualidade de pastor, Amós conheceria bem o rugido aterrorizante de um leão quando atacava (1Sm 17:34-37). O próprio Senhor ruge de Sião para anunciar o seu julgamento (Jr 25:30; Jl 3:16). Essas palavras de abertura, ameaçando o julgamento, estabelecem o tom para aquilo que vem em seguida.

prados... secar-se-á. O julgamento do Senhor afetará a terra inteira, desde os campos de pastagem até o topo do monte Carmelo, rico em pomares e vinhedos (Lv 26:19; Dt 28:23,24).

* 1.3—2.16

Essa série de profecias começa com seis nações gentílicas: a Síria, a Filístia, a Fenícia, Edom, Amom e Moabe. E então, dramaticamente, os oráculos voltam-se contra Judá (2.4,5) e Israel (2.6-16).

* 1:3

Por três transgressões... e por quatro. Esse refrão, repetido a cada profecia, é um exemplo de paralelismo que usa números ascendentes para efeito de ênfase (conforme Sl 62:11; Mq 5:5). Esse artifício padrão, na antiga poesia do Oriente Próximo não deve ser entendido literalmente, mas significa "por muitas transgressões".

Damasco. Davi derrotou e guarneceu de soldados essa cidade real da Síria (2Sm 8:6). Durante o reinado de Salomão, porém, Damasco se desvencilhou do jugo israelita, tendo Rezom como rei (1Rs 11:23-25).

trilhos de ferro. Os trilhos era uma tábua de madeira munida com dentes de ferro ou de basalto, fixados na parte de baixo. Um boi puxava o trilho sobre os grãos, enquanto que aquele que o manuseava ficava de pé sobre o mesmo. Os sírios são acusados de ter tratado Gileade com extrema crueldade (2Rs 13:7).

* 1:4

meterei fogo. Esse refrão, que aparece em cada uma das mensagens, também se acha em Oséias (8,14) e Jeremias (17.27; 21.14; 29.27 e 50.32). O fogo era largamente compreendido no antigo Oriente Próximo como um instrumento de julgamento divino. Com freqüência também era usado na guerra, e era considerado uma maneira pela qual um deus expurgava um povo rebelde qualquer. Essa compreensão pagã também reflete uma verdade revelada nas Escrituras: o verdadeiro Deus, de fato, julgará pelo fogo (2Pe 3:7 nota).

Hazael. O rei da Síria (c. de 841 - 801 a.C.), cujo reinado foi predito pelo profeta Eliseu (2Rs 8:13).

Castelos. Esses "castelos" parecem ter sido fortalecidos à posição de palácios-cidadelas da nobreza antiga.

Ben-Hadade. Esse é um título de trono, como o "Faraó" do Egito. Provavelmente, o terceiro rei com esse nome está em pauta. O primeiro ajudou o rei de Judá, Asa, contra o rei Baasa (1Rs 15:18-20). O segundo, Ben-Hadade II, foi assassinado pelo usurpador Hazael (2Rs 8:14,15). O filho de Hazael, Ben-Hadade III, foi contemporâneo de Jeoacaz, de Israel (2Rs 13:25). Foi ele quem fez o exército de Israel como "o pó, trilhando-os" (2Rs 13:7).

* 1:5

eliminarei. Esse verbo é com freqüência usado para indicar o aniquilamento mediante a guerra (Js 23:4; Is 10:7).

o morador. Lit., "aquele que se assenta", provavelmente o rei. A palavra hebraica é usada para indicar Deus sentado ou entronizado como Rei, em Sl 2:4; 22:3 ("entronizado"); 29.10.

Biqueate-Áven. Lit., "vale da Iniqüidade". Possivelmente, refere-se à antiga Heliópolis da Síria, atualmente chamada Baalbeque, no vale do Becá do Líbano. Ao que tudo indica era um centro da adoração ao sol.

Bete-Éden. Provavelmente era um distrito a cerca de trezentos e vinte quilômetros a nordeste de Damasco (não deve ser confundido com o jardim do Éden, Gn 2:8 nota) e era governado por um rei vassalo sírio. O objetivo do paralelismo entre o Biqueate-Áven e Bete-Éden é indicar que não somente Damasco, mas também seus territórios, serão destruídos.

Síria... Quir. O território original dos sírios (9.7), Quir, se tornará o lugar do exílio deles.

* 1:6

Gaza. A cidade mais ao sul das cinco cidades reais dos filisteus, Asquelom, Asdode, Ecrom, Gate e Gaza. Localizada entre o Egito e Canaã, Gaza era um centro comercial natural.

em cativeiro todo o povo. Ou seja, um grupo inteiro de exilados (ver também o v. 9). O comércio dos filisteus incluía escravos. Os prisioneiros de guerra usualmente tornavam-se escravos, mas aqui uma população inteira foi vendida à escravidão. A referência aparente é à captura e venda de israelitas durante o reinado de Jeorão (2Cr 21:16,17; Jl 3:3,6).

Edom. Esse antigo irmão de Israel (Gn 25:30) recebeu israelitas como escravos da parte dos filisteus. Por causa de seu papel nesse pecado entre irmãos, Gaza, que representa a Filístia como um todo, era agora sentenciada.

* 1:8

Asdode. Uma forte e próspera cidade da Filístia, localizada a vinte e nove quilômetros a nordeste de Gaza.

Ascalom. A terceira cidade real da Filístia ficava a meio-caminho entre Gaza e Asdode, na costa do Mediterrâneo.

Ecrom. A localização exata dessa cidade real da Filístia é incerta; um número de locais a nordeste de Asdode têm sido sugeridos. Gate, a quinta cidade real, não é mencionada porque ela já havia sido derrotada por Hazael (2Rs 12:17), e, novamente, por Sargão II (722-705 a.C.). A Assíria foi o instrumento primário de julgamento divino contra todas essas cidades, e todas as quatro foram subseqüentemente mencionadas nos anais da Assíria como vassalos de Esar-Hadom (681—
669) e Assurbanipal (668—627).

* 1:9

Tiro. Uma das duas principais cidades fenícias (a outra é Sidom) mencionada nas cartas cananéias de Tell-el-Amarna (século XIV a.C.). O nome Tiro significa "pederneira". Tiro foi construída em uma grande rocha no mar, e era considerada virtualmente inexpugnável até o século IV a.C., quando Alexandre o Grande conquistou a cidade construindo um caminho elevado até ela.

entregaram todos os cativos. Ver notas no v. 6.

não se lembraram da aliança. Essa frase denota a observância das obrigações do pacto e é uma frase padrão nos antigos pactos ou tratados internacionais (conforme Gn 9:15; Êx 2:24; Lv 26:42). Tiro não manteve seus tratados com Israel.

de irmãos. No antigo Oriente Próximo, os reis que se compactuavam por tratados chamavam-se "irmãos". Foi por isso que Hirão, de Tiro, chamou Salomão de "meu irmão" (1Rs 9:13; conforme 1Rs 5:12), dentro do contexto das relações de tratado com Davi (2Sm 5:11). Mais tarde, Acabe continuou a relação de amizade com a Fenícia casando-se com Jezabel, filha de Etbaal, o rei de Sidom (1Rs 16:31).

* 1:11

perseguiu o seu irmão à espada. Ver nota no v. 6. Esses eventos do reinado de Jeorão incluem a revolta de Edom e a aliança com os filisteus e os árabes, que atacaram Judá e entraram em Jerusalém, saqueando o palácio real e deportando a família real (2Cr 21:16,17; Ob 10:14).

* 1:12

Temã. Temã foi um neto de Esaú (Gn 36:11,15). O clã que dele descendia deu seu nome à região ao sul de Edom, bem como é uma aldeia a cerca de vinte e quatro quilômetros de Petra. Aqui, está em pauta a região de Temã. Seus habitantes eram famosos por sua sabedoria (2:11; Jr 49:7).

Bozra. Essa era a cidade mais ao norte de Edom, a cerca de cinqüenta e seis quilômetros de Petra. Ao mencionar suas regiões nos extremos norte e sul, Amós designa Edom inteiro à destruição.

* 1:13

filhos de Amom. Os amonitas descendiam de Ben-Ami, que era filho do truque e incesto da filha mais jovem de Ló (Gn 19:34-38). Eles viviam entre Harã e Moabe.

rasgaram o ventre às grávidas. Essa atrocidade em particular também foi praticada por outros, incluindo Hazael, da Síria (2Rs 8:12), Menaém, de Israel (2Rs 15:16) e pela Assíria (Os 13:16). O propósito aparente foi aniquilar descendentes que poderiam tentar reivindicar o território.

dilatarem os seus próprios limites. Os reis do antigo Oriente Próximo e Médio orgulhavam-se, tipicamente, de que tinham estendido as fronteiras de suas terras. Ao assim fazerem, imaginavam que estavam efetuando o desejo de seus deuses.

* 1:14

Rabá. Uma forma abreviada da referência inteira: "Rabá dos filhos de Amom" (Dt 3:11; 2Sm 12:26). Sua localização é a moderna cidade de Amã, na Jordânia.

turbilhão... tempestade. Nas Escrituras, a figura de uma tempestade violenta e destruidora é, com frequência, usada para indicar o tumulto da batalha, bem como para indicar a ira de Deus, ou, de fato, para ambas as coisas ao mesmo tempo (Sl 83:15; Is 5:28; 17:13; 29:6; 66:15; Jr 4:13; 23:19 e 25.32).

ele e os seus príncipes juntamente. De conformidade com a prática assíria regular, um rei vencido, sua casa e seus oficiais seriam levados juntamente para o exílio. Sob Salmaneser III (858—824 a.C.), a Assíria conquistou Amom, tornando esse país um vassalo assírio.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Introdução ao Livro de Amós
Amós

Cronologia

Jeroboam 2 sobe ao trono do Israel 793 a.C.

Amós começa a profetizar no Israel 760

Oseas começa a profetizar no Israel 753

O rei Salum morre assassinado 752

Termina o ministério do Amós 750

Isaías começa a profetizar no Judá 740

DADOS ESSENCIAIS:

PeROPÓSITO:

Pronunciar o julgamento de Deus sobre o Israel (reino do norte) devido à displicência, a idolatria e a opressão contra os pobres

AUTOR:

Amós

DESTINATÁRIOS:

Israel, o reino do norte, e todo o povo de Deus

DATA:

Talvez durante os reinados do Jeroboam 2 no Israel e Uzías no Judá (ao redor de 760-750 a.C.).

MARCO HISTÓRICO:

O povo rico do Israel desfrutava de paz e prosperidade. sentiam-se autosatisfechos e oprimiam aos pobres, inclusive os vendiam como escravos. Logo Assíria conquistaria ao Israel e os ricos passariam também a ser escravos.

VERSÍCULO CHAVE:

< Mas corra o julgamento como as águas, e a justiça como impetuoso arroio > (5.24).

PESSOAS CHAVE:

Amós, Amasías, Jeroboam 2

LUGARES CHAVE:

Bet-o, Samaria

CARACTERÍSTICAS PARTICULARES:

Amós utiliza metáforas surpreendentes a partir de sua experiência como pastor e agricultor, um carro cheio (2.13), um leão rugiente (3.8), uma ovelha despedaçada (3.12), umas vacas consentidas (4.1), e um canastillo de frutas (8.1, 2).

QUANDO escutamos: < É um homem de Deus >, pensamos em um famoso evangelista, um reverendo, um missionário ou em uns desses que ministran na universidade. Enfim, pensamos nos operários cristãos profissionais que pregam e ensinam a Palavra de Deus por vocação.

Amós foi um homem de Deus; uma pessoa cuja vida esteve dedicada a servir ao Senhor, e cujo estilo de vida refletiu esta devoção. Amós era laico. Pastoreava um rebanho e cuidava as figueiras silvestres na campina do Judá. Não era filho de profeta nem de sacerdote. Como um humilde pastor, pôde ter permanecido na Tecoa, realizando seu trabalho, ganhando o sustento de sua família e adorando a Deus. Entretanto, Deus deu ao Amós uma visão do futuro (1,2) e lhe disse que levasse sua mensagem ao Israel, o reino do norte (7.15). Amós obedeceu e demonstrou ser um verdadeiro homem de Deus.

Através dos séculos, a mensagem do Amós teve um impacto no povo de Deus. As nações da atualidade precisam escutá-lo também. Apesar de que os irmãos do Judá estavam divididos, os israelitas do norte seguiam sendo o povo de Deus. Entretanto, viviam detrás de um infundado marco religioso, adorando ídolos e oprimindo aos pobres. Amós, um pastor do reino do sul, valente, forte e honrado, confrontou ao povo com o pecado e lhe advertiu do julgamento iminente.

O livro do Amós começa descrevendo a este humilde pastor que observa suas ovelhas. Deus lhe dá uma visão do que está a ponto de lhe acontecer ao Israel. Deus condena a todas as nações que pecaram em seu contrário e ferido a seu povo. Começando com Síria e seguindo rapidamente para Filistéia, Tiro, Edom, Amón e Moab. Todas são condenadas e quase podemos escutar aos israelitas gritando: < Amém! > Inclusive Judá, a terra natal do Amós, inclui-se na muito severo denuncia de Deus (2.4, 5). Quanto terá gozado a audiência do Amós estas palavras! De repente, entretanto, Amós se volta contra o povo do Israel e pronuncia o castigo de Deus que lhe sobrevirá. Os seguintes quatro capítulos enumeram e descrevem o pecado do povo. Não cabe dúvida de por que Amasías, o sacerdote, trata de deter a predicación (7.10-13). Amós, corajosamente, continua relatando as visões do castigo futuro que Deus lhe tinha dado (capítulos 8:9). depois dos capítulos que falam do castigo, o livro conclui com uma mensagem de esperança. À larga, Deus restauraria a seu povo e o engrandeceria de novo (9.8-15).

Quando você leia o livro do Amós, fique no lugar daqueles israelitas e escute a mensagem de Deus. Está satisfeito consigo mesmo? ocuparam as preocupações o lugar de Deus em sua vida? Esquece aos que têm necessidade e oprime aos pobres? Imagine ao igual a Amós, fazendo fielmente o que Deus lhe encomendou. Também você pode ser um homem ou uma mulher de Deus. Escute o claro chamado e faça o que Deus lhe ordena.

Bosquejo

1. Anúncio do castigo (1.1-2,16)

2. Razões do castigo (3.1-6,14)

3. Visões do castigo (7.1-9,15)

Amós fala com uma grande franqueza ao denunciar o pecado. Choca-se com os falsos líderes religiosos de seus dias, e não se intimida nem pelos sacerdotes nem pelo rei. Continua declarando sua mensagem com valentia. Deus também espera sinceridade e retidão de todas as pessoas e nações na atualidade. Muitas das condições que prevaleciam no Israel durante o tempo do Amós são evidentes nas sociedades atuais. Necessitamos o valor do Amós para esquecer o perigo e nos levantar em contra do pecado.

Megatemas

TEMA

EXPLICAÇÃO

IMPORTÂNCIA

Todos respondem a Deus

Amós pronunciou o castigo de Deus sobre todas as nações vizinhas. Logo, incluiu o Judá e ao Israel. Deus tem o controle supremo sobre todas as nações. Todos são responsáveis ante ele.

Todas as pessoas terão que prestar contas por seu pecado. Quando aqueles que rechaçam a Deus parecem levar a dianteira, não inveje sua prosperidade, nem sinta lástima por você mesmo. Recorde que todos devemos responder ante Deus pela forma em que vivemos.

Autosatisfechos

Todo o povo era otimista, os negócios estavam em seu esplendor, o povo estava feliz (exceto os pobres e os oprimidos). Com todo o luxo e as comodidades chegou a auto-suficiência, e um falso sentimento de segurança. Entretanto, a prosperidade trouxe corrupção e destruição.

Um presente que se contente em si mesmo leva a um futuro desastroso. Não se congratule pelas bênções e os benefícios do que agora desfruta. Tudo provém de Deus. Se se encontrar mais satisfeito com você mesmo que com Deus, recorde que nada tem significado sem ele. Uma atitude de auto-suficiência pode provocar sua queda.

Opressão dos pobres

O rico e poderoso povo da Samaria, a capital do Israel, voltou-se próspero, ambicioso e injusto. A escravidão ilegal e imoral chegou como resultado dos excessivos impostos e da apropriação das terras. Além disso, havia crueldade e indiferença para os pobres. Deus estava cansado da cobiça e não tolerará a injustiça.

Deus criou a todas as pessoas; portanto, esquecer ao pobre é esquecer aos que Deus ama e aos que Cristo deveu salvar. Devemos ir mais à frente do sentimento de angústia pelos pobres e oprimidos. Devemos atuar com compaixão para deter a injustiça e ajudar aos que padecem necessidade.

Religião supérflua

Apesar de que muita gente abandonou a fé verdadeira em Deus, seguia fingindo ser religiosa. Levavam a cabo rituais religiosos, em vez de ter integridade espiritual e praticar a obediência sincera a Deus.

A mera participação em uma cerimônia ou ritual está muito longe de ser uma verdadeira religião. Deus quer que confiemos nele, não que finjamos mediante rituais ou ações vões. Não trate de impressionar a outros com rituais quando Deus espera uma obediência e um compromisso sinceros.


Matthew Henry - Comentários de Amós Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
AMOS foi profeta do Israel (o reino do norte) desde 760-750 a.C.

Ambiente da época: Israel desfrutava de prosperidade econômica e paz. Isto provocou que a sociedade se voltasse egoísta e materialista. Enriquecido-los não tinham em conta as necessidades dos menos afortunados. O povo se centrava em si mesmo e sentia indiferença para Deus.

Mensagem principal: Amós falou contra os que exploravam ou esqueciam aos necessitados.

Importância da mensagem: Acreditar em Deus é algo mais que um assunto pessoal. Deus faz um chamado para que todos os crentes trabalhem contra a injustiça da sociedade e para que ajudem aos menos afortunados.

Profetas contemporâneos: Jonás (793-753) Oseas (753-715)

1:1 Amós era pastor e cultivava figueiras no reino do sul (Judá), mas profetizou no reino do norte (Israel). Israel estava politicamente na cúpula de seu poder e sua economia era muito próspera. Entretanto, a nação se corrompeu espiritualmente. adoravam-se ídolos em toda a terra e sobre tudo no Bet-o, onde se supunha que se encontrasse o centro religioso da nação. Ao igual a Oseas, Deus enviou ao Amós para denunciar a corrupção social e religiosa do povo. Aproximadamente 30 ou 40 anos depois que Amós profetizou, Assíria destruiu a cidade capital, Samaria, e conquistou a nação (722 a.C.). Uzías reinou no Judá desde 792-740 a.C.; Jeroboam 2 reinou no Israel desde 793-753.

1:1 Tecoa, a terra natal do Amós, estava localizada na escarpada nação ovejera do Judá, a 16 km de Jerusalém. Muito antes de que Amós nascesse, uma mulher da Tecoa fez que Davi se reconciliasse com o Absalón, seu filho rebelde (2Sm 14:1-23).

1:1 Amós cuidava ovelhas, um trabalho muito pouco "espiritual", entretanto, converteu-se em um instrumento para levar a mensagem de Deus. Talvez seu trabalho não o faça sentir-se "espiritual" nem com êxito, mas é um de fundamental importância se estiver no lugar que Deus quer. O pode obrar através de você para realizar coisas extraordinárias, sem importar quão comum seja sua ocupação.

1:1 O profeta Zacarías e outras narrações históricas desta época mencionam um terremoto (Zc 14:5).

1:2 Na Bíblia, freqüentemente a Deus lhe representa como um pastor e seu povo como ovelhas. Como pastor, dirige e protege às ovelhas. Entretanto, também se descreve como um leão feroz, preparado para devorar aos malvados e infiéis (Os 11:10).

1:2 Carmelo significa campo frutífero. Era uma região muito fértil. Para que este lugar se secasse, a seca devia ser muito severo.

1:3 Damasco era a capital de Síria. No passado, Síria foi um dos inimigos acérrimos do Israel. depois da derrota de Síria, por Assíria, em 802 a.C. (2Rs 16:9), Damasco já não representou uma verdadeira ameaça.

1.3-2.6 Amós pronunciou o castigo de Deus às nações que rodeavam as fronteiras do Israel, inclusive Judá. Possivelmente o povo do Israel se alegrou quando escutou a reprimenda ditada contra aquelas nações. Mas mais tarde Amós proclamou o castigo de Deus sobre o Israel. Não puderam encontrar desculpas para seu pecado, já que pensavam que os pecados de seus vizinhos eram piores. Deus não faz distinção entre as pessoas. Deus julga a todos por igual, com justiça e imparcialidade.

1.3-2.6 A acusação de que estas nações "tinham pecado uma e outra vez" ecoa nestes versículos, ao avaliar Deus nação detrás nação. Cada uma se negou a cumprir com os mandamentos de Deus. O pecado está acostumado a voltar-se parte de nosso estilo de vida. Evitar ou negar o problema não nos ajudará. Devemos começar o processo de mudança confessando nossos pecados a Deus, e lhe pedindo que nos perdoe. Do contrário, não temos outra esperança mas que continuar pecando.

1:4 A casa do Hazael se refere ao reino de Síria. Ben-adad foi o filho do Hazael (2Rs 13:24).

1:5 Os sírios foram escravos no Kir e agora estavam livres (9.7). Decretar que os sírios retornassem ao Kir era como dizer que os israelitas deviam voltar para o Egito como escravos (Exodo 1).

1.7, 8 Asdod, Ecrón, Gaza e Ascalón eram quatro das cinco cidades principais de Filistéia, um inimigo que freqüentemente ameaçava ao Israel. A quinta cidade, Gad, já se tinha destruído. portanto, Amós lhe dizia que toda a nação de Filistéia seria destruída por seus pecados.

1:9 Tiro era uma das duas cidades principais de Fenícia. feito-se alguns tratados com esta cidade devido a que lhes proporcionava madeira de cedro para construir o palácio do Davi e o templo de Deus (2Sm 5:11; 2 Rsseis 5).

1:11, 12 Tanto Edom como o Israel descendiam do Isaque. Edom do Esaú, filho do Isaque, e Israel do irmão gêmeo do Esaú, Jacó (Gn 25:19-28; Gn 25:27). Mas estas duas nações, ao igual aos dois irmãos, sempre estiveram em conflito. Edom se regozijou pela desgraça do Israel. Como resultado, Deus prometeu destruir ao Edom totalmente, desde o Temán no sul, até a Bosra no norte.

1.13-15 Os amorreos descendiam da relação incestuosa do Lot e sua filha menor (Gn 19:30-38). Eram hostis com o Israel, e apesar de que o Israel começou a adorar seus ídolos, continuaram atacando (Jz 10:6-8). depois de que Saul foi ungido rei do Israel, sua primeira vitória em batalha foi contra os amorreos (1 Smamuel 11). Rabá era a cidade capital do Amón. A profecia do Amós sobre a destruição do Amón se cumpriu por meio da invasão de Assíria.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Introdução ao Livro de Amós
O livro de Amós

Por Claude A. Ries

Esboço

I. os vícios das Nações (Jl 1:1)

B. Os Seis juízos sobre as nações circundantes (1: 3-2: 3)

. 1 Damasco (1: 3-5)

. 2 Philistia (1: 6-8)

. 3 Tiro (1: 9-10)

. 4 Edom (1: 11-12)

. 5 Ammon (1: 13-15)

. 6 Moab (2: 1-3)

C. Os dois acórdãos em Judá e Israel (2: 4-16)

. 1 Judá (2: 4-5)

. 2 Israel (2: 6-16)

. um a acusação (2: 6-8)

. b As circunstâncias agravantes (2: 9-12)

. c O Julgamento (2: 13-16)

II. a vileza DE ISRAEL (Jl 3:1)

. 1 alegação do Profeta (3: 1-8)

. 2 Proclamação do Profeta (3: 9-12)

. 3 Testemunho O Unidas (3: 13-15)

B. Ouvi esta palavra: Israel é rebelde e voluntarioso (4: 1-12)

. 1 As mulheres de Samaria (4: 1-3)

. 2 o sacrilégio de Israel (4: 4-5)

. 3 a teimosia de Israel (4: 6-11)

4. O encontro com o Senhor (4: 12-13)

C. Ouvi esta palavra: Israel será destruído (5: 1-6: 14)

. 1 O lamento de Amos (5: 1-3)

. 2 do convite de buscar o Senhor (5: 4-9)

. 3 A denúncia da injustiça (5: 10-13)

. 4 o convite para buscar a justiça (5: 14-15)

. 5 a admoestação Quanto Dia de Jeová (5: 16-20)

. 6 a rejeição da adoração de Israel (5: 21-27)

7. O auto-engano do Complacent (6: 1-6).

. 8 A retribuição pelos pecados de Israel (6: 7-14)

III. visões de Amós (Jl 7:1)

B. Vision of the Fire: Oração restringe Julgamento (7: 4-6)

C. Visão do Plumb-Line: Não Intercessão (7: 7-9)

D. Um Interlúdio: Amos, o Profeta e Amazias, o sacerdote (7: 10-17)

E. Visão do cesto de fruta madura: Chegou o fim (8: 1-3)

F. Um Interlúdio: Renovado Exposé de Pecados e Punição de Israel (8: 4-14)

. 1 avaro Merchants castigado (8: 4-6)

. 2 Julgamento Jeová Decretos (8: 7-10)

. 3 fome da Palavra de Deus prevalece (8: 11-14)

G. Vision of Unrelenting Vengeance (9: 1-6)

H. Um Interlúdio: A Remissório e uma Promessa (9: 7-15)

. 1 A Remissório do Juízo (9: 7-10)

. 2 A promessa de restauração (9: 11-15)

Introdução

I. AUTORIA

A. The Man

Amos, um pastor de Tekoa, 12 milhas ao sul de Jerusalém (conforme 2Cr 20:20 ), era um profeta leigo. Ele não era um pregador profissional, mas um fazendeiro comum que conhecia a Deus e tinha ouvido falar. "Jeová me levou" foi o seu testemunho simples e franca. E Amos cumpridas sem hesitação, e tornou-se porta-voz de Deus para Israel pecaminoso.

Amos revelou o plano de fundo da pobreza a partir do qual ele veio quando ele falou de si mesmo como um fazendeiro e um pincher de sicômoro frutas (Am 7:14 ). Mas, sob a unção e capacitar d'Aquele que o chamou, ele se tornou negrito (7: 16-17 ), sem medo (3: 1-8 ), e Frank (1: 1-2: 6 ), mas manteve uma estrutura humilde da mente (Am 7:14 ), um coração obediente (Am 7:15 ), uma alma articulado (5: 14-15 ), e um espírito de intercessão (7: 1-6 ).

Em seu destemor e ousadia santa, ele se assemelha a Elias. Em sua denúncia do pecado, ele nos lembra de João Batista. Em seus fundamentos de uma mudança radical de vida, ele soa como Martin Luther. Ele é severo, auto-suficiente, possuidor de uma mente lógica e uma imaginação forte. Seu amor do campo e do país derrama em cada página.

Amos tinha um conhecimento experimental de Deus. Ele fala intimamente de Deus oitenta vezes nos nove capítulos. Ficamos com vislumbres de seu chamado ao longo do livro, especialmente em Am 1:2 ; e 7: 14-17 . O chamado de Deus veio a ele com a força e rapidez do rugido de um leão (Am 3:8 ). Jeová era o instigador de sua chamada, e Amos foi o destinatário pronto e obediente dessa chamada, assim como o Apóstolo Paulo (conforme At 26:19 ).A sua resposta é observada em Am 3:8 e Am 7:1 os únicos capítulos próximos integralmente a partir de Amos. Como o tema do poder criador de Deus não é suposto ter sido sublinhado no dia da Amos, porções, Ct 4:13 ; Ct 5:8 ; e 9: 5-6 que descreve poder de Jeová na criação são descartadas como tendo vindo da pena de Amos. Fosbroke, observando a forma de expressão rítmica Amos ', especialmente as sílabas acentuadas (cf., por exemplo, Am 4:4 ).

No entanto, o testemunho em favor de interpolações não é unânime. Motorista, embora um membro da escola fundamental, pesando as acusações contra a integridade completa do livro, conclui, "pode-se duvidar se não existem considerações que prejudicam o seu poder de persuasão." Corvo considera que "os críticos fabricar um Amos ideal a partir de uma parte de seu livro e, em seguida, afirmar que outras declarações do livro não concordo com esse ideal. "É a crença de Keil e Delitzsch que os endereços em capítulos 4-6 reflectem claramente a entrega original, e que os capítulos Am 1:1 e 2 foram escritos na época, o livro foi compilado pela primeira vez, esses pensamentos, que se baseia aqueles oralmente expressa. O escritor moderno, Raymond Calkins, que é muito mais em sintonia com a escola crítica, depois de examinar os chamados interpolações de Amos, faz uma observação aguçada:

É uma operação delicada, e uma pergunta se é necessário lidar tão radicalmente com o texto como alguns têm feito. Para rejeitar um verso, por exemplo, porque não vemos a conexão, é certamente arbitrária e "operações críticas podem facilmente fazer violência às formas literárias".

Quando alguém se aproxima o livro de Amós de um bem como um ponto de vista negativo positivo, e lembra que "a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo" (2Pe 1:21 ), dando promessa e esperança para os filhos justos de homens.

Significativas palavras repetidas com freqüência ajudar a dar uma visão sobre o teor do pensamento de um escritor. Em Amos, estas palavras são: transgressão, o mal, o castigo, a fome, calamidade, tumulto, choro, ai, escuridão, rugido, oprimir, devorar, choram, perecer, massacre, cortado, abatida, virar-se, entregar-se, totalmente destruir. De outra conotação são essas palavras muitas vezes repetidas como: palácios, altares, cidade, ofertas, vinho, trompete, remanescente, pobre, carente. Os mandamentos de Deus também aparecem frequentemente: ouvir, buscar, girar; buscar a justiça, buscai a justiça. O "i vontades" de Deus são dignas de nota, como é a cláusula ", e vós não o voltou a mim."

A maioria das palavras pertencem ao negativo e retratam mal e julgamento. Três são comandos positivos para ouvir, procuram, e virar, proferidas por um profeta suplicando. O "eu quiser" retratar a soberania de Deus, e as repetidas "e vós não o voltou a mim", revela um Deus decepcionado e de coração partido, quebrado por causa da dureza de aveia do homem é seguir sua rebelião.

O pecado de Israel é completamente exposta na pregação de Amós:

(1) Eles fizeram escravos com os pobres (Am 2:6 ).

(5) Eles tentaram calar a boca dos profetas (Am 2:12 ).

(6) Eles se fez de surdo aos apelos de Deus (3: 1-10 ).

(7) Eles cometeram roubo em lugares altos (Am 3:10 ).

(8) Eles oprimidos os pobres (Am 4:1 ).

(10) Eles foram duro de coração (4: 6-11 ).

(11) Eles aceitaram subornos (Am 5:12 ).

(12) Eles eram idólatras (Am 5:26 ).

(13) Eles eram egoístas (6: 4-6 ).

(14) Eles estavam orgulhosos (Am 6:13 ).

(15) Eles perseguiram os servos de Deus (7: 10-13 ).

(16) Eles estavam tortos no negócio (Am 8:5 ).

Como punição por estes pecados, Amos prometeu: (1) os smitings de Deus a pessoas e bens (conforme Am 3:11 , Am 3:15 ; Am 4:7 ; Am 5:3 ), e (3) "Israel certamente será levado cativo para fora da sua terra" (Am 7:11 ).

V. THE BOOK AT A GLANCE

Tema do livro: Samaria deve ser destruído.

Peg do livro: ". Por três transgressões, ... sim, para quatro"

Versículo-chave do livro: 2: 6 .


Wesley - Comentários de Amós Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
I. os vícios das Nações (Jl 1:1)

1 As palavras de Amós, que estava entre os pastores de Tecoa, o que ele viu a respeito de Israel, nos dias de Uzias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel, dois anos antes do terremoto.

2 E ele disse: Senhor brama de Sião, e proferir sua voz de Jerusalém; e os prados dos pastores lamentam, e ao cume do Carmelo murcharão.

O prólogo dá o assunto, data e confirmação divina de Amos da seguinte forma: (1) O assunto: As palavras de Amós, ... o que ele viu a respeito de Israel. Ele viu -His palavras eram janelas de abertura discernimento sobre os atos eternos de Deus. (2) A data: ., nos dias de Uzias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão ... rei de Israel, dois anos antes do terremoto (". Introdução" Veja "Date" sob) (3) A confirmação divina: o Senhor brama de Sião, e proferir sua voz de Jerusalém. Deus é revelada a Amos como um Deus que odeia e castiga o pecado. Ele é tanto um Deus de justiça, como Ele é um Deus de amor e misericórdia. As referências à origem do enunciado de Deus, como Sião e Jerusalém são dignos de nota. A maior parte do ministério registrou Amos 'era o Reino do Norte, um reino Deus havia chamado a existir em punição por desvio de Salomão em direção a idolatria. Mas o próprio Amos era do Reino do Sul, e para ele como para os profetas do norte, Jerusalém ainda era o único assento legítimo de culto, o lugar onde o Senhor habitou entre os homens.

B. OS SEIS DECISÕES EM nações vizinhas (1: 3-2: 3)

Era, aparentemente, numa altura em que milhares de israelitas foram migrando para Bethel para uma das festas e bacanais religiosas anuais em honra do bezerro de ouro (conforme 1Rs 12:32 ), que o até então desconhecido e cerca de folheados camponês de Judá apareceu em cena. Ele começou a falar com os celebrantes montados e sua eloqüência rapidamente capturou um público crescente. Sua mensagem era simples e clara, redigida em figuras de linguagem familiar para as pessoas comuns que dirigiu. Ele denunciou o pecado, e para o deleite de seus ouvintes, ele começou a falar de pecados de seus vizinhos. Ele pronunciou julgamento sobre sete nações vizinhas, começando no ponto mais distante de Israel e, em seguida, circulando rodada e volta Samaria, aproximando-se cada vez. WW Branco tem graficamente retratado estratégia Amos 'da seguinte maneira.

De Damasco (1)

de Gaza (2)

a Tiro (3)

de Edom (4)

para Ammon (5)

para Moab (6)

a Judá (7)

para Israel (8)

1. Damasco (1: 3-5)

3 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Damasco, sim, por quatro, não retirarei o castigo; porque trilharam a Gileade com trilhos de ferro. 4 Por isso porei fogo à casa de Hazael, e ele consumirá os palácios de Ben-Hadade. 5 E eu vou quebrar o ferrolho de Damasco, e exterminarei o morador desde o vale de Aven, e ele que tem o cetro da casa do Éden; eo povo da Síria será levado em cativeiro a Quir, diz o Senhor.

Amos começou com Damasco, capital da Síria, um dos inimigos mais implacáveis ​​de Israel. Por mais de dois séculos contenda havia prevalecido entre a Síria e Israel. Amos iniciou aqui o uso de sua parte introdutória que se tornou tão familiar antes que ele finalmente atingiu seu alvo real, Por três transgressões, ... sim, por quatro, não retirarei o castigo . E ele também limitou-se, como fez com todas as nações subseqüentes, exceto Judá e Israel, não a três pecados ou quatro pecados ou sete pecados, mas apenas para um em seu pronunciamento do juízo. Porque eles trilharam a Gileade com trilhos de ferro. Gilead foi a região do planalto de Israel a leste do rio Jordão e a parte mais facilmente e mais frequentemente atacados pelos sírios. É possível que isso se refere a seus repetidos ataques lá, ou talvez para o abate cruel de homens, mulheres e crianças Eliseu tinha previsto cerca de cinquenta anos antes se realizaria sob Hazael (conforme 2Rs 8:12 ; 2Rs 10:32) . Eu porei fogo à casa de Hazael, e ele consumirá os palácios de Ben-Hadade. O fogo era um símbolo da guerra. Hazael tinha sido o mais forte dos reis da Síria, morrendo cerca de quarenta anos antes de Amos. Ben-Hadade era o nome do antecessor de Hazael, e também do filho e sucessor de Hazael. À medida que os sírios tinham fazia guerra contra Israel, então guerra iria invadir o coração da nação, quebrando suas defesas, cortando seus habitantes e seus reis, e levando seu povo em cativeiro a Quir, agora para o nordeste. Dentro de 50 anos, essas calamidades se abateu sobre a Síria (conforme 2Rs 16:9)

6 Assim diz o SENHOR: Por três transgressões de Gaza, sim, por quatro, não retirarei o castigo; porque levaram cativo todo o povo, para o entregarem a Edom. 7 Por isso porei fogo ao muro de Gaza, e ele consumirá os seus palácios. 8 E exterminarei o morador de Ashdod, e ele que tem o cetro de Ashkelon; e tornarei a minha mão contra Ecrom; eo resto dos filisteus perecerá, diz o Senhor Deus.

Enquanto Gaza, usado aqui como típico das cinco cidades dos filisteus, foi totalmente culpado de três transgressões ... sim, ... quatro, apenas um foi escolhido para a atenção por Amos. Foi o tráfico de seres humanos, populações inteiras sendo apreendidos e vendidos como escravos, como se fossem tantas gado. Enquanto Ashdod, Ashkelon, e Ekron, todas as outras grandes cidades dos filisteus, exceto Gate, são mencionados, Gaza foi provavelmente o mercado de escravos capital, uma vez que foi no principal rota de caravanas para o Egito. Amos previsto como punição a destruição do poder dos filisteus e da nacionalidade.

3. Tiro (1: 9-10)

9 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Tiro, sim, por quatro, não retirarei o castigo; porque entregaram todo o povo de Edom, e não se lembraram da aliança dos irmãos. 10 Por isso porei fogo ao muro de Tiro, e ele consumirá os seus palácios.

O terceiro objeto da ira de Amós foi Tyre, o grande porto fenício ao noroeste de Israel. As relações entre Israel e Tiro quase sempre foi pacífica, e desde que a aliança dos irmãos estabelecida entre Davi e Salomão e Hiram de Tiro (conforme 2Sm 5:11. ; 1Rs 5:1 ), tinha sido bastante amigável e cooperativa. No entanto, Tiro tinha agora se juntou Philistia na escravização em massa de israelitas. Um incêndio, novamente típico de guerra, era para ser enviado contra Tiro, uma previsão parcialmente cumprida pelos assírios e Nabucodonosor, mas finalmente levada à sua conclusão por Alexandre, o Grande.

4. Edom (1: 11-12)

11 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Edom, sim, por quatro, não retirarei o castigo; porque perseguiu a seu irmão à espada, e baniu toda a compaixão; ea sua ira despedaçou eternamente, e conservou a sua indignação para sempre. 12 Por isso porei fogo a Temã, e ele consumirá os palácios de Bozra .

Edom havia sido mencionado duas vezes já nos pronunciamentos Amos de julgamento, em conjunto com o comércio de escravos dos filisteus e dos pneus (Am 1:6 ). Seu prazer em receber os pobres coitados dos vizinhos ocidentais de Israel haviam escravizado, e na realização de incursões assassinas ao longo das fronteiras de Israel, foi feito tudo o mais repreensível em que Israel foi de Edom irmão -o duas nações eram descendentes de Jacó e Esaú, o gêmeo filhos de Isaque. Um incêndio, ea guerra que tipificado, estava prevista para as fortalezas de Edom.

5. Ammon (1: 13-15)

13 Assim diz o Senhor: Por três transgressões dos filhos de Amom, sim, por quatro, não retirarei o castigo; porque eles dilaceraram às grávidas de Gileade, para que possam ampliar sua fronteira. 14 Mas porei fogo ao muro de Rabá, e ele consumirá os seus palácios, com alarido no dia da batalha, com um tempestade no dia da tormenta, 15 e seu rei irá para o cativeiro, ele e os seus príncipes juntamente, diz o Senhor.

Ammon, perto vizinho a leste de Israel do rio Jordão e ao norte do Mar Morto, foi o quinto objeto de denúncia Amos '. O único pecado de seus muitos escolhido para repreensão específica era seu abate cruel de mulheres e crianças indefesas por nascer emGilead, região do planalto leste do Jordão de Israel. Guerra e cativeiro também viria a Ammon. Esses vizinhos menores de Israel foram tragados pelas invasões subsequentes da área pelos assírios e babilônios.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Introdução ao Livro de Amós
Amós

Os eventos desse relato ocorreram cerca Dt 25:0 revela a essência do livro. Amós anseia por ver a nação obedecendo a Deus e executando a justiça dele na terra. No capítulo 6, Amós continua a lamentar o pecado do povo: indiferença e indulgência (vv. 1-6); injustiça, imoralidade e ido-latria (vv. 7-14). "Ai dos que andam à vontade em Sião" — que descrição de alguns crentes de hoje!

  1. Ele olha adiante (7—9)

Nessa parte final de sua mensagem, Amós tem cinco visões e desco-bre nelas o que Deus fará com as nações. (1) Visão dos gafanhotos (7:1-3) — os gafanhotos estão para destruir a safra, mas Amós interce-de, e o Senhor os detém. (2) Visão do fogo (7:4-6) — uma terrível ari-dez dominou a terra, o profeta orou, e o Senhor libertou a terra. (3) Visão do prumo (7:7-9) — o Senhor estava ao lado de um muro (não "sobre" ele) e testa-o com o prumo para ver se é reto. Deus mede Israel, e este não está de acordo com sua Palavra, por isso o julgamento está a cami-nho. Nesse ponto da mensagem de

Amós, Amazias, o "sacerdote ofi-cial", não pôde mais ficar calado e interrompeu-o com as seguintes pa-lavras: "Vai-te, ó vidente, foge para a terra de Judá, e ali come o teu pão, e ali profetiza". Em outras pa-lavras: "Você não é patriota! Pegue seu caixote de pregar e vá pregar nas colinas". Amós não ficou com medo. Ele disse ao falso sacerdote: "O Senhor me disse: Vai e profetiza ao meu povo de Israel. [...] [e você, Amazias, pagará por suas conces-sões e pecados, pois] sua mulher se prostituirá na cidade, e teus filhos e tuas filhas cairão à espada".

  1. cesto de frutos de verão (8:1-14) — para entender essa vi-são, devemos fazer um breve estu-do de hebraico. A palavra hebraica para "frutos de verão" é hayitz e, no versículo 2, a palavra para "fim" é hatz. Essas palavras têm grafia e som semelhantes, e Amós usou uma para levar à outra. "Chegou o fim, pois 1srael, como os frutos de verão, está maduro para o julgamento." Nos versículos 4:14, mais uma vez o profeta enumera os pecados do povo: roubar os necessitados (8:4); reclamar porque os dias santos in-terferem nos negócios (8:5); estabe-lecer preços abusivos que lesam o pobre (8:6). Deus adverte que envia-rá sua fúria sobre o povo não apenas por meio de calamidades naturais, mas também na forma de fome pela Palavra do Senhor. Eles não ouviram a Palavra quando tinham a oportu-nidade para isso, por essa razão, ele afastará sua Palavra deles. Nesse dia, os ídolos de Dã e Berseba não farão bem a eles (8:14).
  2. Visão no altar (9:1-10) — aqui, Amós vê o próprio Senhor, e não algum símbolo. Por que Deus está junto ao altar? Porque o jul-gamento inicia-se na casa do Se-nhor (1Pe 4:17). As pessoas têm devoção exterior, mas não a since-ra, de coração. Deus ordena que os umbrais se rompam — e o teto caia. Os versículos 8:9 apresentam o que o Senhor planeja fazer. Ele compara o julgamento que está a caminho com o peneirar do trigo (Lc 22:31-42). Os grãos bons (os crentes verdadeiros, o remanescen-te crente) serão salvos, mas o joio será queimado.

Amós encerra com uma nota de vitória, Jl 9:11-30 cita os versículos 11:12 no primeiro concilio da igreja. Hoje, Deus cha-ma das nações um povo para seu nome, a igreja, e, quando a igreja es-tiver completa, ele retornará, restau-rará o tabernáculo (casa) de Davi e estabelecerá o reino judeu. A terra se tornará produtiva de novo, e o povo será abençoado para sempre.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Introdução ao Livro de Amós
Amós

Análise

A tonalidade da mensagem de Amós é estabelecida pela grande proclamação feita no início de sua profecia (1.2). De Sião a voz do Senhor, como o rugir de um leão, será ouvida a proferir juízo. Por debaixo da película respeitável de prosperidade material, Amós desvenda a massa decadente de formalismo religioso e de corrupção espiritual (5.12, 21). Ele salienta a total desconsideração para com os direitos e a personalidade humanos (2.6), e destaca a deterioração da moralidade e da justiça social (2.7, 8). O profeta tinha um remédio para a enfermidade que ameaçava a vida da nação. Que os homens buscassem ao Senhor, que se arrependessem e estabelecessem a justiça, e, assim, viveriam (5.14, 15). Porém, para frisar a desesperadora situação do caso Amós adverte que os responsáveis pelos males na terra não se "entristeciam" com o desastre iminente (6,6) Conseqüentemente, nada restaria para Israel senão a destruição (9:1-8). O Dia do Senhor não seria dia da vindicação de Israel, como algumas pessoas pensavam, mas antes, uma asseveração das reivindicações do caráter moral de Deus contra aqueles que O haviam repudiado. Somente quando isso fosse reconhecido é que seria estabelecido o resplendor do Reino Davídico. Mas aquele Dia era inevitável (9:11-15). A mensagem de Amós consiste principalmente em um "clamor pela justiça”.
Autor

Nativo de Tecoa, lugar cerca de 19 quilômetros ao sul de Jerusalém, Amós fora um pastor e tratador de sicômoros (figos) (1.1; 7.14, 15). Quando liderava o rebanho, a chamada de Deus ao ministério profético foi ouvida por ele, e, profetizou no reino do norte por um breve período, na segunda metade do reinado de Jeroboão II (785-744 a.C.), rei de Israel, e durante o reinado de Uzias (780-740 a.C.), rei de Judá (1.1).


Russell Shedd - Comentários de Amós Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
1.1 Amós. O nome é considerado uma forma familiar de Amasias (conforme 2Cr 17:16). Profetizou entre 765 e 750 a.C., no norte, completando seu ministério uns dez anos antes de Isaías começar a profetizar no sul, em Judá. Não é, porém, o Amoz que se registra como o pai de Isaías (Is 1:1), o nome é diferente no heb Tecoa. Uma cidadezinha que se situava 8 km ao sul de Belém, em Judá. A respeito de Israel. Isto foi escrito pouco antes do tempo em que as dez tribos do norte (Israel) foram levadas ao cativeiro.

1.2 Sião. Ou Jerusalém, a cidade onde se situava o templo de Deus. Carmelo. Uma bela montanha junto ao mar, extremamente abundante em pastagens, oliveiras e vinhedos, que aqui simbolizam a prosperidade.

1.3 A expressão "três ou quatro" significa "muitos e vários". Damasco. Capital da Síria, poderoso reino ao norte de Israel. Trilharam a Gileade. Ver 2Rs 13:7.

1.4 Ben-Hadade. Filho de Hazael, rei em Damasco.

1.5 Da Síria será levado. Profecia cumprida em 732 a.C., quando Tiglate-Pileser III levou o povo de Damasco ao cativeiro em Quir (2Rs 16:9). Quir é o lugar de onde vinham os arameus ou sírios (9.7). Biqueate-Áven. "Vale da Iniqüidade". Bete-Éden. "Casa da luxúria".

1.7 Fogo. Esta profecia cumpriu-se no reinado de Ezequias (2Rs 18:8).

1.8 Filisteus. Esta nação dividia-se em cinco cidades: Gaza; Gate, Asdode, Ascalom e Ecrom. Depois da invasão mencionada no v. 7n, os filisteus ainda foram reduzidos por Psamético, do Egito, e pelos exércitos de Alexandre Magno.

1.9 Tiro. Grande cidade marítima, cujo rei, Hirão, tinha feito aliança com Davi (1Rs 5:12).

Agora estava vendendo escravos hebreus.
1.10 Meterei fogo. Tiro foi terrivelmente assaltada durante 13 anos, pelo rei Nabucodonosor da Babilônia, entre 532 e 570 a.C. e destruída por Alexandre Magno em 332 a.C.

1.12 Temã... Bozra. Duas cidades de Edom, que representam a nação.

1.13 Amom. Amom e Moabe (2,1) receberam os seus nomes e descendência das duas filhas de Ló, formando antigos reinos a leste do Jordão. O propósito do ato desumano de Amom, descrito aqui, era deixar Israel sem defensores para o caso de uma futura invasão; assim os amonitas esperavam estender seus termos à custa dos israelitas.

1.14 Rabá. A capital de Amom, a única cidade amonita mencionada na Bíblia.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Introdução ao Livro de Amós
Amós

J. KEIR HOWARD
1. O pano de fundo histórico
O profeta Amós foi o primeiro dos grandes profetas clássicos cujas palavras foram registradas em forma escrita, e ele provavelmente é o maior dos chamados Profetas Menores. As suas palavras foram proclamadas durante o reinado de Jeroboão II, filho de Jeoás, que reinou sobre Israel de 786 a 746 a.G. Essa foi a época em que o Reino do Norte de Israel atingiu o seu ponto mais alto de prosperidade e paz. O pai de Jeroboão, Jeoás (801—786 a.C.), havia sido um líder forte e vigoroso, e durante o seu reinado Israel tinha conseguido tirar vantagem das mudanças no equilíbrio de forças em todo o Oriente Médio. O espinho do norte, a Síria, havia sido efetivamente removido como resultado de derrotas anteriores diante da Assíria, e, como resultado, tanto Israel quanto a Filístia, que tinham sido vassalos da Síria, puderam aproveitar a oportunidade e se revoltar contra o governo do rei da Síria. A Síria agora era tributária da Assíria, mas a preocupação dos governantes assírios estava em outros lugares, e esse fato, junto com a incapacidade de seus governantes nesse período, impediu-os de consolidar os seus sucessos. O resultado foi que Jeoás conseguiu firmar a sua própria posição, reconquistando o território que anteriormente havia sido perdido para a Síria.
Na época em que Jeroboão II subiu ao trono de Israel, grande parte das terras anteriormente perdidas para a dinastia araméia da Síria tinha sido reconquistada. Além disso, havia paz com Judá, o Reino do Sul, depois de um longo período de conflitos e, embora em muitos aspectos Judá fosse subserviente a Israel, não obstante, havia agora um espírito de cooperação e empreendimentos conjuntos que resultou em forte intercâmbio e comércio entre os dois reinos. A ascensão de Jeroboão ao trono de Israel prenunciou um tempo de prosperidade e esplendor que foi correspondido por um período equivalente de avanços econômicos em Judá sob o reinado do seu contemporâneo Uzias.

Os sucessos militares do seu pai continuaram sob o próprio Jeroboão, que prosseguiu com a guerra contra a Síria, tirando vantagem da fraqueza interna daquele país naquela época e também do fato de que eles mesmos estavam preocupados com o conflito contínuo com o reino de Hamate. Assim, Jeroboão conseguiu estender as suas fronteiras quase até os limites do antigo reino de Davi, e também insistiu numa forte política de expan-sionismo na Transjordânia (v. 2Rs 14:25). Os sucessos militares de Jeroboão II foram acompanhados do desenvolvimento que deu à economia do país. A Fenícia continuava sendo o poder comercial predominante no Oriente Médio nessa época, e Israel tinha extraído benefícios consideráveis do seu relacionamento próximo com esse país. Tributos eram cobrados de todas as caravanas que atravessavam 1srael, e, agora que as principais rotas comerciais estavam efetivamente debaixo do seu controle, isso aumentou consideravelmente as receitas do tesouro. Por conseqüência disso, Samaria tinha sido elevada de uma pequena capital de uma nação de segunda categoria a um centro comercial de importância respeitável na região oriental do Mediterrâneo.

A expansão crescente e o comércio em desenvolvimento trouxeram riquezas para o país, mas, simultaneamente às riquezas crescentes houve um crescimento daqueles males sociais que haviam caracterizado a prosperidade do reinado de Salomão; os ricos ficaram muito ricos, e os pobres, ainda mais pobres. “A antiga estrutura econômica homogênea de Israel deu lugar às fortes distinções das riquezas e dos privilégios” (J. L. Mays). O aumento das riquezas levou a amplos projetos de construção, e as edificações simples de tijolos de dias anteriores deram lugar a construções de pedra talhada e decorações de marfim que haviam tornado famoso o palácio de Acabe (2Rs 22:39), um padrão importado originariamente dos fenícios e agora imitado amplamente (3.12,13). As escavações em Samaria e em outros lugares confirmam o esplendor desse período da história de Israel, mas também destacam as distinções na sociedade da época, pois, se durante o século X as casas parecem ter sido de tamanho uniforme, durante o século VIII havia uma área de casas grandes e caras e outra de estruturas e moradias amontoadas e desordenadas. (Conforme R. de Vaux, Ancient Israel, 2. ed., 1965, p. 72ss.)

Amós ataca com freqüência essa divisão entre ricos e pobres e, em especial, o luxo dos ricos por um lado e a miséria dos pobres por outro. Ele pinta um retrato vívido das circunstâncias da época. Destaca as muitas belas construções da capital Samaria (3.10), mas também aponta para o fato de que os proprietários dessas construções, os ricos mercadores e outros, eram homens que não se intimidavam com nada para aumentar os seus lucros. Eles odiavam qualquer dia em que não pudessem fazer negócios (8.5). Os ricos apreciavam a vida preguiçosa e tolerante, impelidos pela voracidade e ganância das suas mulheres que exigiam mais e mais luxos (4.1,2; 6:1-6), e suas casas estavam repletas de tudo que pudesse significar uma vida opulenta e confortável (3.12; 6.4), enquanto, por outro lado, os pobres eram sujeitados a uma ímpia exploração econômica (2:6-8; 4.1; 5:10-12; 8:4-6). O negociante pequeno era forçado a abandonar os negócios pelos grandes monopólios e não conseguia obter no tribunal reparação alguma pelas injustiças sofridas, pois a corte estava nas mãos de “cartéis” e, por conseqüência, a justiça era pervertida, testemunhas eram compradas e os juízes subornados (2.6; 8.5,6;
5.10). A justiça oferecida era de fato um cálice amargo (5.7), pois os processos legais haviam sido totalmente corrompidos e eram na verdade usados como ferramentas de opressão. A corte tinha se tornado em pouco mais do que um mercado em que o pobre era escravizado e em que o último pedaço de terra lhe era arrancado à força e os seus direitos eram violados impunemente (2.7).
Lado a lado com a degradação da ordem social, estava a perversão da religião de Israel, uma questão também exposta habilmente por Amós. A “canaanização” da adoração a Javé tinha prosseguido a passos rápidos sob Roboão e Jeroboão I desde os dias de Salomão e do colapso do reino unido. Em Israel, tornou-se visível que a adoração a Javé, mesmo mantendo a continuidade, havia se tornado inextricavelmente associada com as práticas degradantes da adoração cananéia, embora talvez seja adequado dizer que nunca chegou às profundezas da apostasia que atingiu em Judá sob o governo de Manassés. E interessante observar que o exame dos ós-tracos de Samaria desse período fornece um número de nomes compostos com Baal que é equivalente a quase a metade dos nomes compostos com Javé (W. F. Albright, Archaeology and the Religion of Israel, 1942, p. 160). Pode parecer que, fora essas vozes isoladas como as de Amós ou Oséias, até os profetas se degeneraram em oportunistas, cegados pela complacência da nação. A religião certamente estava prosperando no país, mas era uma religião completamente divorciada da realidade. Era em grande parte um ativismo e uma demonstração exterior com as multidões enchendo os santuários em épocas das grandes festas (4.4,5; 5.5). Os rituais eram bem elaborados (5:21-24), mas eram acompanhados de características como a prostituição cultual e orgias e bacanais que faziam parte dos cultos de fertilidade das nações à volta de Israel (2.7,8). Não havia vida verdadeira e nenhuma evidência de que valores espirituais tivessem algum lugar, e Javé foi prestigiado com uma presunção que beirava a arrogância (5:14-20; 6.3).

Essa foi a situação a que Amós se dirigiu com a palavra de Javé. Na superfície, essa situação era radiante e parecia cheia de esperança para o futuro, mas Amós conseguia ver o que Israel não conseguia, ou seja, que a abdicação propositada dos princípios divinos para a nação havia conduzido à corrosão gradativa de todo o fundamento da sociedade. O país deveria ser comparado com um cesto de frutas de verão maduras demais, que serviam somente para serem jogadas fora e destruídas (8.2).
2. O profeta
O profeta Amós é conhecido somente no livro em que os seus oráculos foram colecionados e preservados. Para os compiladores dos livros proféticos, a coisa que importava era a mensagem, e não o homem que a transmitiu. Não obstante, é possível obter um retrato do profeta com base nas escassas informações que o livro fornece. Na época em que iniciou o seu ministério profético, Amós estava morando na região desértica do sul de Judá, na região de Tecoa (1.1). Tecoa era uma pequena cidade no topo de um monte, a aproximadamente 20 quilômetros de Jerusalém e a 10 quilômetros a sudeste de Belém. Ele parece ter nascido no Reino do Sul e era cidadão de Judá (1.1; 7.12). Tecoa era o centro de uma grande região de criação de ovelhas, e esse é na verdade o ofício que Amós exercia. Amós afirma que, quando Javé o chamou ao ofício profético, estava cuidando do gado (7.14).

O próprio profeta usa duas expressões a respeito de Sl mesmo nesse versículo: cuido do gado e faço colheita de figos silvestres (“sicômoro”

ARA e ARC). Em 1.1, no entanto, uma terceira expressão é usada: nõqêd, traduzida por criador de ovelhas, que era usada para descrever o criador de uma espécie específica de ovelhas do deserto altamente valorizadas por conta da excelência da lã que produziam. A palavra é incomum, ocorrendo ainda somente em 2Rs 3.4 com respeito a Mesa, rei de Moabe. A inferência é que o termo se refira a um proprietário de ovelhas que tinha outros pastores sob suas ordens, e Amós pode bem ter sido um homem importante e respeitado em sua comunidade. De forma nenhuma, deve se pensar nele como um homem bruto e inculto. Como E. W. Heaton observou (The Old Testament Prophets, 1958, p. 19): “É peculiarmente difícil estabelecer a sua posição social, mas um crítico tão articulado da corrupção da sociedade urbana dificilmente poderia ter sido um simples matuto do campo”.

Parece que Amós aumentava sua renda com um pequeno pomar de “figos silvestres”. Talvez fossem amoras silvestres que eram remoídas ou esmagadas para aumentar a concentração de açúcar. Não crescem em Tecoa, mas, junto ao mar Morto, ao qual a região ao redor da cidade desce para o leste, onde essas frutas podem ter sido cultivadas. E impossível reconstruir a carreira de Amós em qualquer sentido real. Parece, no entanto, que a sua atividade principal tenha se concentrado em Betei, embora haja a possibilidade de que tenha pregado também em Samaria. Certamente foi em Betei que ele entrou em conflito com as instituições religiosas do Reino do Norte, e muitas das suas palavras combinam com a congregação que se reunia nesse local para a festa do outono (e.g., 2.8; 3.14; 4.4; 5.5; 6:21-27). É possível que o seu ministério não tenha durado além desse um ano sugerido pelo primeiro versículo (1.1).
Amós emerge da coleção dos seus ditos como um homem com a profunda convicção do chamado de Deus e a profunda convicção da mensagem que ele tinha de anunciar. “Vemos em Amós um sucessor digno de Elias, um homem incendiado pelo zelo pelo avivamento da religião e da moralidade social, para quem as práticas cananéias do javismo oficial eram quase tão repugnantes quanto eram particularmente os ritos pagãos” (W. F. Albright, From the Stone Age to Christianity, 2. ed., 1957, p. 313). O chamado que ele recebeu “o arrancou da sua vida normal e o colocou em outro país gritando ‘Ai’ à sua sociedade, religião e governo em nome de Deus. Ele se tornou exclusivamente o mensageiro cuja vida era o meio da sua mensagem” (J. L. Mays).


3) A mensagem
Amós provavelmente conhecia bem Israel, pois deve ter visitado os seus mercados para vender seus produtos. As suas falas testemunham de um conhecimento profundo da situação. A característica essencial da mensagem de Amós pode ser resumida na palavra “justiça”, compreendida como aquilo que Deus exige. Ele veio a uma nação em que os fracos, pobres, aflitos e inocentes estavam sofrendo diversas formas de injustiça, sendo vendidos como escravos, e eram espoliados e explorados. A profecia de Amós é uma acusação contra o Reino do Norte por ter permitido que a situação chegasse a esse ponto. Por serem seguidores de Javé, a justiça, no sentido da conduta correta e da vida correta orientadas de acordo com a lei de Deus, deveria ter caracterizado a nação. A profecia de Amós veio como resposta de Deus à injustiça e à iniqiiidade. Os fracos e os pobres haviam clamado a Javé, e a resposta de Javé veio por meio da profecia de Amós. E uma mensagem de condenação e escuridão não abrandadas, que consiste totalmente em juízo sobre uma nação irreligiosa.
As suas palavras foram dirigidas contra as três áreas da vida da nação: a administração da justiça nos tribunais, a afluência e fartura dos abastados e o estado do culto nos vários santuários. Aos olhos de Amós, o tribunal parecia representar a instituição central da vida da nação, pois era aí que a justiça deveria ser revelada e a eqiiidade estabelecida. O tribunal deveria defender o fraco e o pobre, mas, na verdade, como Amós observou, a justiça que era ministrada aos pobres era amarga como absinto (5.7). Os processos legais eram totalmente corrompidos e usados como ferramentas de opressão. Amós também dirigiu a sua atenção à afluência das classes abastadas. E importante reconhecer que ele não direcionou a sua mensagem de juízo contra os ricos porque ele fosse asceta, mas, antes, a riqueza que ele denunciava era a riqueza obtida com a opressão dos pobres por intermédio da injustiça social, e isso, por sua vez, provinha da forma da religião da nação. Era uma religião vazia de conteúdo, embora repleta de rituais. Amós insistiu em que Deus não tinha tempo para uma religião ritualista sem coração. A verdadeira religião precisa ser demonstrada por meio de ação, e a ação que Deus exige é eqiiidade verdadeira. Essa eqiiidade deve se mostrar na compaixão, misericórdia e justiça social. Israel era uma nação privilegiada, mas o privilégio está relacionado à responsabilidade, e Israel havia esquecido as obrigações da responsabilidade que estava contida na adoração a Javé.
O comportamento de Israel era tal que o juízo já estava à porta. Como o leão pronto para saltar sobre a sua presa, assim Javé estava pronto para trazer juízo sobre o seu povo. Javé já não iria mais poupar o povo (7.8; 8.2), mas passaria no meio do seu povo com juízo tão severo que os removeria da face da terra (5.17). “O Deus que deu a Israel o seu passado não vai lhes dar futuro algum como vindicação da sua vontade contra a deles. Os oráculos proferidos por Amós não oferecem esperança de futuro algum para o Israel de Jeroboão” (J. L. Mays).

A mensagem de Amós é apresentada em estilo claro e veemente. O profeta demonstra um domínio amplo de habilidades retóricas, suas sentenças são bem formuladas e, acima de tudo, ele possui uma habilidade extraordinária no uso de ilustrações. A maioria delas foi colecionada nas suas observações e experiências da vida no campo. Ele usa a imagem do leão fugindo com a ovelha que roubou do rebanho e as tentativas vãs de resgate (3.12). Ele fala de ferramentas usadas na debulha (1,3) e armadilhas para pássaros selvagens (3.5). Ele se refere à atividade de pescadores (4,2) como também a coisas como pragas e ferrugem e outros aspectos da vida conhecidos por aqueles que também eram homens do campo. Em todos esses retratos dos eventos naturais, mais especificamente daqueles de desastres e catástrofes, ele demonstra a observação cuidadosa do mundo à sua volta. A NVI mostra bem o aspecto de que a grande maioria dos oráculos que compõem o livro de Amós está em forma
poética. A poesia era um meio em que o profeta era versado, e muitos hoje concordariam com as palavras de G. A. Smith (EB) na sua avaliação de Amós como alguém cuja maestria do puro estilo hebraico nunca foi suplantada por nenhum dos seus sucessores. “O texto é um dos mais bem-preservados dos livros proféticos” (E. Hammershaimb). Há pouquíssimos trechos em que o texto apresenta dificuldades sérias, e essas serão observadas no comentário.

ANÁLISE

I.    PRÓLOGO (1.1,2)

II.    ORÁCULOS CONTRA AS NAÇÕES (1.3—2.16)


1)    Os pecados de Damasco (1:3-5)

2)    Os pecados da Filístia (1:6-8)

3)    Os pecados da Fenícia (1.9,10)

4)    Os pecados de Edom (1.11,12)

5)    Os pecados de Amom (1:13-15)

6)    Os pecados de Moabe (2:1-3)

7)    Os pecados de Judá (2.4,5)

8)    Os pecados de Israel (2:6-16)

III.    A TERRA CORRUPTA (3.1—6.14)


1)    O juízo é inevitável (3:1-8)

2)    A causa do juízo (3:9-11)

3)    O juízo é completo (3:12-15)

4)    As mulheres de Samaria (4:1-3)

5)    O culto em Israel (4.4,5)

6)    A obstinação de Israel (4:6-14)

7)    Um lamento pela nação (5:1-3)

8)    Um apelo à nação (5:4-17)

9)    O dia de Javé (5:18-20)

10)    A religião vã (5:21-27)

11)    Os ricos preguiçosos (6:1-7)

12)    A destruição iminente (6:8-14)

IV.    VISÕES DE CONDENAÇÃO (7.1—8.3)


1)    Os gafanhotos (7:1-3)

2)    O fogo (7:4-6)

3)    O prumo (7:7-9)

4)    O conflito com Amazias (7:10-17)

5)    Os frutos de verão (8:1-3)

V CHEGOU A HORA (8.4—9.10)


1)    Uma terra corrupta (8:4-8)

2)    Um dia de escuridão (8.9,10)

3)    Um novo tipo de fome (8:11-14)

4)    Javé sobre o altar (9:1-6)

5)    A soberania de Deus (9:7-10)

VI. EPÍLOGO — A RESTAURAÇÃO PROMETIDA (9:11-15)


NVI F. F. Bruce - Comentários de Amós Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
I. PRÓLOGO (1.1,2)
Os dois primeiros versículos constituem a introdução a toda a coletânea de oráculos. O v. 1 pode ser considerado o título posto no início da coletânea. Esse versículo conta ao leitor que o livro é constituído de ditos — Palavras. Conta também quem disse essas palavras, a quem as disse e quando. A data é bem específica, dois anos antes do terremoto. Esse evento é mencionado em outro lugar no ATOS somente em Zc 14:5, e tem-se a impressão de que foi um evento de natureza particularmente catastrófica. Josefo (AntIX. 10,4) e rabinos posteriores o sincronizam com a expulsão do leproso Uzias do templo (2Cr 26:1; Sl 39:3-19; Pv 30:15Pv 30:16,Pv 30:21-20). A lei de Israel proibia expressamente esse comércio (Ex 21:16).

Em virtude de seu crime, os Estados filisteus seriam subjugados e destruídos. Amós mencionou pelo nome quatro de cinco cidades-Estado. A omissão notória de Gate suscitou uma variedade de problemas, incluindo a suspeição de que esse oráculo pressupõe a destruição de Gate em 711 a.C. pelos exércitos de Sargão por causa de sua participação na rebelião contra a Assíria (v. Is 20:3). No entanto, há outras possibilidades que oferecem uma explicação melhor para a ausência do nome. Gate, com freqüência, era incluída no território judaico e pode ter estado sob a autoridade de Asdode nesse período.


3) Os pecados da Fenícia (1.9,10)
O oráculo contra Tiro, representando toda a nação da Fenícia, continua seguindo o padrão, mas preenche os detalhes de forma ligeiramente diferente dos ditos anteriores acerca de Damasco e Gaza. Os fenícios foram talvez a maior nação de comerciantes do mundo antigo, e a compra e venda de seres humanos semelhantes a eles era provavelmente apenas mais uma faceta dos seus amplos negócios. Tiro havia suplantado Sidom como a cidade dominante na época de Amós e era famosa em todo o leste do Mediterrâneo por causa de seu amplo comércio (v. 1Sm 23:0; 1Rs 9:13). (Acerca desse assunto, v. mais detalhes em J. Priest, “The Covenant of Brothers”, JBL 84 [1964], p. 400-1). O castigo que estava prestes a cair sobre Tiro era idêntico ao de Gaza (v. 10). O castigo de Deus também dessa vez seria executado por agentes humanos.


4) Os pecados de Edom (1.11,12)
Com o oráculo contra Edom, a série se dirige para a região a sudeste de Israel. A nação de Edom estava situada ao longo da Arabá ao sul do extremo inferior do mar Morto. Em toda a história dos tempos bíblicos, Edom esteve intimamente envolvido com a vida de Israel e sempre foi considerado um dos seus inimigos hereditários. O profeta destaca Temã, possivelmente uma cidade no sul, e Bozra, um centro importante no norte (talvez a capital; v. Gn 36:33), para menção especial, mostrando que o juízo de Deus vai cair sobre toda a terra de norte a sul (v. 12). O pecado de Edom foi contra o seu irmão (v. 11). E uma referência clara a Israel. O parentesco entre Jacó e Esaú é sublinhado nas histórias patriarcais, e Edom é citado com freqüên-cia como irmão de Israel (Nu 20:14; Dt 2:4;

23:3-7; Ob 10:12; Ml 1:2,Ml 1:3). A acusação afirma expressamente que Edom se negou a ter compaixão e perseguiu seu irmão implacavelmente e com ira incessante — perpetuando para sempre a sua ira (v. 11). A sua hostilidade, sem dúvida, foi demonstrada nos constantes conflitos fronteiriços.

O crime específico é a violação das obrigações de parentesco, e o problema surge em relação ao período que está em vista. Edom esteve sob forte controle de Judá desde o tempo de Davi até o reinado de Uzias, exceto por um breve período no reinado de Jeorão (c. 850 a.C.). Portanto, é difícil encaixar um retrato de hostilidade vingativa contínua nesse período, embora Amós possa ter se fundamentado em tradições que se perderam com respeito à conduta de Edom durante a luta anterior pela independência. Por outro lado, há inúmeros textos no ATOS que estão associados especificamente à conduta de Edom contra Judá no período que seguiu imediatamente o exílio (Am 1:10; Lm 4:21,Lm 4:22). É interessante observar que Obadias destaca precisamente o mesmo ponto de Amós, que Edom traiu as obrigações de parentesco em relação a seu irmão Judá. E possível que os textos do ATOS que falam da inimizade de Edom também venham do mesmo período (Is 34:5Is 34:6; Jr 49:7; Os 3:19 e Sl 137:7). “Edom explorou o colapso de Judá ao máximo, agindo de forma vingativa contra refugiados e constantemente se apropriando de território de Judá no sul” (J. L. Mays).


5) Os pecados de Amom (1:13-15)
O reino de Amom estava situado a leste do Jordão, com Moabe ao sul e Gileade ao norte, ocupando grande parte do que é hoje a Jordânia. Em certa época, Amom pertenceu ao império davídico, mas se tornou independente com rei próprio logo após a morte de Salomão. A referência no v. 13 aparenta ser a um período de conflitos fronteiriços conduzidos pelos amonitas para expandir o seu território para dentro de Gileade. O ato especialmente desumano de matar mulheres grávidas nessa área (v. 13) às vezes era uma característica da guerra naqueles tempos (2Rs 8:12; 2Rs 15:16; Dn 13:16) e, aliás, também acontece em dias mais recentes. Era especialmente comum em guerras fronteiriças em que o propósito era aterrorizar e também dizimar a população residente. O castigo de Javé é descrito em termos militares; o inimigo iria varrer Rabá, a capital dos amonitas (no local da atual Amã) como ventos violentos num dia de tempestade, consumindo a cidade com chamas e destruindo tudo que estivesse diante dele (v. 14). Os conceitos de tempestade e vendavais com freqüêncía são combinados nas descrições proféticas das catástrofes que anunciariam o juízo de Javé (conforme Jr 23:19Jr 30:23; Dn 13:15 etc.). A tempestade de Javé é a forma que vai assumir a sua ira contra os seus inimigos, e o juízo assim assume a forma do iminente dia de Javé (v. mais detalhes em 5:18-20), considerado aqui não em termos escatológicos, mas como um evento específico no qual Deus traz a guerra como castigo catastrófico sobre toda a área. O resultado seria que tanto o rei quanto a sua corte iriam para o exílio (v. 15).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 1

1. Palavras, que . . . vieram a Amós. Às vezes um profeta referese à sua profecia como "a palavra de Jeová" (por exemplo, Jl 1:1; Jn 1:1; Mq 1:1). Mas nesta declaração (cons. meu Am 1:11) as palavras da profecia são declaradas serem as palavras de Jeová. A origem divina das palavras do profeta está enfatizado pela frase, em visão. A palavra hazah, "ele viu", geralmente caracteriza o método sobrenatural da recepção da mensagem divina (cons. Is 1:1). A mensagem era de Deus e não de Amós. Que era entre os pastores. A palavra hebraica para pastores não é a palavra comum para pastor, ro'eh, mas noqêd, que significa que o rebanho de Amós não era do tipo comum. A palavra se refere a alguém que cuida de ovelhas anãs, de pernas curtas. Ajuda a explicar a expressão árabe, "mais vil que um naqqad". Esta raça de ovelhas é valiosa por sua lã boa e abundante. Além desta referência em Amós, noqêd só se encontra em 2Rs 3:4, onde se refere a Mesa, rei de Moabe, e foi traduzido para "criador de gado". Os arqueólogos encontraram-na na linha 30 da Pedra Moabita de Mesa. Com base em 2Rs 3:4, os judeus têm insistido que Amós era um rico proprietário de ovelhas, com outros interesses além de suas ovelhas (cons. Am 7:14) e que ele voluntariamente se submeteu à aflição por causa dos pecados de Israel. Mas esta interpretação não é um resultado espontâneo. Tecoa. Uma vila em Judá, 9,60 quilômetros a sudoeste de Belém e 19,20 quilômetros a sudoeste de Jerusalém. As terras à volta da colina sobre a qual Tecoa estava localizada eram rochosas mas ricas em pastagens. A respeito de Israel. Embora haja alusões a Judá na profecia, as palavras de Amós destinavam-se a Israel. Uzias . . . Jeroboão. Veja Data e Antecedentes. Dois anos antes do terremoto. O terremoto mencionado tem a intenção de ser uma observação cronológica. Devia ter sido um terremoto fora do comum para ser assim mencionado, uma vez que os terremotos eram muito comuns naquela região. O profeta Zacarias também se refere a este terremoto (Zc 14:5). Josefo (Antiq. xi. Zc 10:4) relaciona-o com o pecado de Uzias em agir como sacerdote (2Cr 26:16).


Moody - Comentários de Amós Capítulo 1 do versículo 1 até o 2

INTRODUÇÃO

A Data e os Antecedentes. O primeiro versículo da profecia de Amós, junto com Am 7:10-13; Am 3:15; Am 4:1; Am 5:7-12; Os 6:8, Os 6:9; Os 12:7, Os 12:8).

Crê-se generalizadamente que Amós profetizou em cerca de 760 A.C. O período de Amós foi um período de segurança política para Israel, que se refletiu no orgulho e negligência das classes governantes.

A luta com a Síria terminou com a vitória de Israel; Jeroboão tinha restabelecido "os termos de Israel, desde a entrada de Hamate até ao mar da planície" (2Rs 14:25). Esta atitude de negligência caracterizou os últimos anos do reinado de Jeroboão e não o princípio dele. A ameaça do poder assírio sob Tiglate-Pileser III (745-727 A.C.; veja comentário sobre Am 1:14) ainda não se desenvolvera. O terremoto mencionado em Am 1:1 não ajuda na determinação mais definida da data do ministério do profeta.

A Vida de Amós. Amós era nativo de Tecoa, localizada no deserto de Judá, 19,2 quilômetros ao sul de Jerusalém. Era um pastor, que suplementava seus ganhos tomando conta de sicômoros (figueiras bravas; Am 1:1; Am 7:14, Am 7:15). Não há registro de sua família. Deus o chamou enquanto apascentava seu rebanho. Sua declaração de que o Senhor o chamou diretamente (Am 7:15) coloca-o ao lado de todos os profetas que experimentaram uma revelação direta de Deus. Embora Amós fosse nativo de Judá, profetizou no Reino do Norte. Sua pregação despertou tal antagonismo, entretanto, que ele retornou a Judá, onde registrou a sua mensagem. A maneira de Amós escrever indica que ele não era uma pessoa inculta, mas tinha profundo conhecimento de história e dos problemas de sua época. Sua linguagem, rica em figuras e símbolos, está ao lado dos mais finos estilos literários do Velho Testamento.

A Mensagem de Amós. A grande proclamação no começo desta profecia (Am 1:2) estabelece o tom da mensagem de Amós. A voz do Senhor, como o rugido de um leão, será ouvida em julgamento desde Sião. O profeta revela a corrupção espiritual sob o formalismo religioso e prosperidade material da época (Am 5:12, Am 5:21). Ele castiga os líderes pela deterioração da justiça social e da moral (Am 2:7, Am 2:8), e destaca seu total desrespeito para com a personalidade e direitos humanos (Am 2:6). Ele insiste que o povo de Deus deve buscar o Senhor e se arrepender e que deve impor a justiça para que haja vida (Am 5:14, Am 5:15). Mas como o povo de Israel não se arrependia, nada mais restava para ele a não ser a destruição

(Am 9:1-8). O Dia do Senhor será uma asserção das reivindicações do caráter moral de Deus sobre aqueles que o repudiaram. Quando isto for reconhecido, ficará estabelecida a glória do prometido reino davídico; e esse dia é inevitável (Am 9:11-15). A mensagem de Amós é principalmente um "grito por justiça".

COMENTÁRIO

I. Profecias Contra as Nações. 1:1 - 2:16.

Am 1:1, Am 1:2.

O sobrescrito (Am 1:1) serve de título para todo o livro e identifica o escritor. Ele coloca o livro em seu encaixe histórico. A proclamação (Am 1:2) cria o espírito e o caráter da profecia como um todo.


Moody - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 2

2. Rugirá. O verbo hebraico sha'ag descreve o rugido de um leão quando este salta sobre a sua presa. Expressa a proximidade do juízo; pois quando o pastor ouve o rugido, ele sabe que o ataque já está sendo efetuado, e é tarde demais para salvar as ovelhas. A palavra reflete a origem de Amós, que, na qualidade de pastor, estava familiarizado com o terror que o salto do leão encerrava, e o usou simbolicamente, aplicando-o ao juízo do Senhor que era iminente (cons. Jl 3:16). Este versículo é o texto do livro. Sião . . . Jerusalém. Aos verdadeiros adoradores do Senhor, estes termos representavam o centro da teocracia e da vida nacional. Os prados ... estarão de luto. As pastagens secarão. Isto reflete novamente a vida pastoril de Amós. Secar-se-á o cume do Carmelo. Carmelo significa terra ajardinada e é a terra mais fértil do pais. O fato indica a severidade da seca que haveria (com. Is 33:9; Na 1:4).


Moody - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 3

3. Por três transgressões . . . e por quatro. A palavra traduzida para transgressões, na realidade significa rebeliões, e a expressão se refere aos inumeráveis atos maus cometidos e à verdade que Deus é longânimo e não age apressadamente em juízo. Damasco. De acordo com a tradição da região, é a cidade mais velha do mundo, e os árabes acham que ela é o jardim do mundo. Era a capital da Síria, o maior dos reinos armênios. Não sustarei. Ou, não intervirei. E uma referência ao rato de que na natureza das coisas, por causa das rebeldias de Damasco, o juízo era inevitável, a não ser que Deus interviesse. Trilharam a Gileade. Os corpos das vítimas eram rasgados pelos dentes das debulhadoras.


Moody - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 3

B. Acusação das Nações Vizinhas. 1:3 - 2:3. Amós foi um profeta de Israel, mas ele deu início à sua pregação com o aviso de que o juízo estava para se desencadear sobre as nações vizinhas. Deste modo ele foi capaz de mostrar que, desde que as outras nações iam ser castigadas, Israel também não poderia escapar. Tendo ela pregado a verdade através dos profetas do Senhor, sua condenação era maior que a das nações que não possuíam esta verdade.


Moody - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 4

4. À casa de Hazael. Hazael, cuja subida ao trono foi predita por Eliseu (Il Rs. Am 8:7-13), foi o fundador da dinastia síria que governou no tempo de Amós. Ele foi contemporâneo de Jorão (li Rs. 8:29), Jeú (2Rs 10:31, 2Rs 10:32) e Jeoacaz (2Rs 13:22). Casa de Hazael é uma referência ao seu palácio real, conforme indicado pelo paralelismo da parte seguinte do versículo. Ben-Hadade. O filho e sucessor de Hazael (2Rs 13:3, 2Rs 13:25).


Moody - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 5

5. O ferrolho de Damasco. Os ferrolhos eram usados para trancar os portões das cidades antigas. Por meio de sinédoque referem-se às defesas. de uma cidade (Jz 16:3; 1Rs 4:13; Jr 51:30; Lm 2:9). Biqueate-Áven. Um vale cerca de quatro horas de viagem de Damasco. Ao que tem o cetro. O mais alto oficial. Bate-Éden. Não o Éden de Gn 2:8, mas a residência de verão do rei, não muito longe de Damasco. Quir. De acordo com Am 9:7, foi o lar original dos sírios (armênios), e foi para Quir que foram exilados (2Rs 16:9). Sua localização é desconhecida.


Moody - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 6

6. Gaza. Este juízo é contra os filisteus em geral, mas especialmente contra Gaza, a cidade mais importante das cinco cidades filistéias (1Sm 6:17). Gaza, que fica sobre uma junção de rotas comerciais, era culpada de tráfico de escravos. Comunidades israelitas inteiras eram vendidas a Edom, o mais acerbo inimigo de Israel.


Moody - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 7

7. Muros. Uma referência à força da cidade.


Moody - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 8

8. Asdode. . . Ascalom . . . Ecrom. Amós omite Gade entre as cinco cidades filistéias importantes, talvez porque já perdera a sua influência (2Cr 26:6). O resto ... perecerá. A destruição será completa.


Moody - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 9

9. Tiro. Tiro, com sua localização sobre uma ilha e seus dois portos, veio a ser muito poderosa. Era grande centro comercial (Is 23:13), e tal como Gaza, ocupava-se com o tráfico de escravos. Não se lembraram da aliança de irmãos. Uma referência a uma aliança entre Salomão e Irão de Tiro (1Rs 5:12), que tinha implicações espirituais além de acordos políticos (1Rs 5:7), e talvez também proibisse o comércio de escravos hebreus. Irão chama Salomão de "irmão" (1Rs 9:13), e diversas passagens indicam que durante um longo período Israel e Tiro desfrutaram de relações amistosas (2Sm 5:11; 1Rs 5:1-12; 1Rs 16:31).


Moody - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 11

11. Edom. As Escrituras traçam a inimizade entre Edom e Israel até a rivalidade existente entre Jacó e Esaú, dos quais as duas nações descendiam. A palavra significa vermelho (Gn 25:25, Gn 25:30). Perseguiu o seu irmão à espada. Não é uma referência a qualquer exemplo específico mas uma descrição da atitude tradicional de Edom para com Israel (Nu 20:17-21; 2Cr 21:8-10; 2Rs 8:20-22).


Moody - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 12

12. Temã. Outro nome para Edom (Jr 49:7; Ob 1:8; Hc 3:3). Usado paralelamente com Edom em Jr 49:20. Bozra. Uma das importantes cidades de Edom (Is 63:1; Jr 49:22).


Moody - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 13

13. Filhos de Amom. Descendentes de Ben-Ami, filho de Ló e uma de suas filhas (Gn 19:38). Eram mais nômades que os vizinhos moabitas. Rasgaram o ventre às grávidas de Gileade. Esses crimes talvez aconteceram quando Hazael (Am 1:3, Am 1:4) também atacou

Gileade (2Rs 8:12; 2Rs 10:32, 2Rs 10:33).


Moody - Comentários de Amós Capítulo 1 versículo 14

14. Rabá. Uma referência a "Rabá dos filhos de Amom" (Dt 3:16; 2Sm 12:26-31; Jr 49:2; Ez 21:20). Era a capital dos amonitas. Esta profecia talvez fosse cumprida com a invasão de Amom pelos assírios. Tiglate-Pileser. III (745-727 A.C.), o Pul de 2Rs 15:19, em suas inscrições menciona Sanipu, Reis de Amom, em uma lista de reis que foram obrigados a lhe pagar tributo. Outros da lista eram Salamanu de Moabe, Qaushmalaca de Edom, Mitinti de Asquelom, Hanno de Gaza, Acaz de Judá e Menaém de Samaria. O assírio Senaqueribe (705-681 A.C.) diz que Buduilu de Amom, Etbaal de Sidom, Mitinti de Asdode e outros pagaram-lhe tributo e lhe beijaram os pés.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Introdução ao Livro de Amós
AMÓS

INTRODUÇÃO

I. O FUNDO HISTÓRICO

Amós, um dos maiores dos chamados profetas "menores" (Cornill o chama de uma das mais maravilhosas aparições na história do espírito humano), profetizou durante os dias de Uzias, rei de Judá e de Jeroboão II, rei de Israel. É impossível determinar o ano exato de sua profecia, mas provavelmente foi cerca de 760 A. C. A referência ao terremoto (Jl 1:1), que evidentemente tinha sido memorável (cfr. a alusão de Zacarias ao mesmo, em Zc 14:5, muito tempo depois), não nos ajuda muito a fixar uma data absolutamente certa.

Em 803 A. C., Adade-Nirari III, da Assíria, infligiu uma esmagadora derrota sobre a confederação síria. Esse enfraquecimento do vizinho nortista de Israel e subseqüente preocupação da Assíria com outros locais, deu a Jeoás e a seu filho, Jeroboão II, uma supremacia na parte norte da Palestina e na Síria provavelmente desconhecida por qualquer de seus predecessores. Israel estava novamente livre para apropriar-se de novos territórios e isso fez com o maior zelo, particularmente, às expensas da Síria. Todas as principais estradas estavam em suas mãos e Samaria, a capital, se tornou ponto de encontro dos mercadores que viajavam entre a Mesopotâmia e o Egito. Ali se juntavam as caravanas vindas de várias partes do mundo oriental e Samaria se tornou o empório de mercadorias de toda espécie. As crescentes atividades comerciais trouxeram a Israel enormes lucros e uma poderosa classe comerciante se desenvolveu, o que teve largas repercussões sobre o resto dos habitantes.

Essa prosperidade comercial deu origem a um grande programa de edificação de "casa de inverno" e "casa de verão" (Jl 3:15), bem como "casa de marfim". Samaria contava com muitos palácios (Jl 3:10) que pertenciam não só ao próprio rei, mas aos ricos príncipes-comerciantes que se tinham enriquecido no comércio. Essas grandes casas se tornaram, antes de muito tempo, depósitos de toda espécie de luxos (Jl 3:12; Jl 6:4). A oportunidade de enriquecer tornou os comerciantes ansiosos para aumentar seus lucros, tanto por meios honestos como por artifícios desonestos. Mostravam-se impacientes para com os sábados e as luas novas (Jl 8:5). Nesse tráfico mundano eram impelidos por suas mulheres, que exigiam luxos cada vez maiores (Jl 4:1).

O ditado que "o dinheiro corrompe" foi verdadeiramente exemplificado no reino do norte durante os dias de Jeroboão II. O desejo de riquezas teve resultados desastrosos, tanto para o comerciante como para o pobre aldeão. Os ricos príncipes-comerciantes se tornaram desmoralizados, corruptos e injustos; os pobres eram oprimidos, roubados e maltratados. Amós pertencia à classe pobre dos aldeões e provavelmente sabia, por amarga experiência própria, a que indignidades haviam sido sujeitados os pobres e oprimidos. Os ricos ficavam cada vez mais ricos e os pobres tornavam-se cada vez mais empobrecidos. Qualquer propriedade possuída pelo pequeno proprietário tinha de ser vendida, devido à força bruta de circunstâncias adversas. Para Amós, pois, não havia justiça na terra. Os que emprestavam dinheiro tomavam as próprias roupas das pessoas para servirem de garantia pela dívida. Os juízes eram influenciados pelo suborno e isso significava vitória para a injustiça e derrota para a verdade (Jl 8:6). Nenhuma testemunha honesta podia ser encontrada nos tribunais. "O homem honesto perdia o direito da verdade, da propriedade e da vida". A piedade tornou-se uma qualidade rara e os pobres eram mantidos com as costas na parede (Jl 2:6). O pequeno proprietário independente e o proprietário aldeão, lutavam numa batalha perdida. As áreas menores de terreno eram absorvidas nas propriedades mais vastas.

No que dizia respeito à religião, os santuários de Betel e de Gilgal, especialmente o de Betel, estavam apinhados de adoradores. A adoração a Baal certamente havia sido suprimida por Jeú, o sucessor de Acabe, mas o espírito, se não a forma, havia permanecido nos santuários autorizados, onde supostamente Jeová era adorado. Ali o opressor do pobre, o rico a regalar-se em seus luxos, adorava com uma consciência embotada ou morta. Externamente tudo era feito de conformidade com a regra, mas não havia verdadeira adoração segundo a compreendemos hoje. Israel tinha cessado de viver perante Deus, tal como havia acontecido no deserto, sob Moisés, e agora estava meramente existindo para Deus. Os santuários talvez estivessem apinhados de adoradores, mas Deus não se achava presente. A superstição e a imoralidade tinham tomado o lugar da piedade e da sinceridade. A religião estava totalmente divorciada da conduta e passou-se algum tempo antes que Israel pudesse entender que essas duas coisas devem seguir paralelas. (Ver Apêndice I de Reis, "A Religião de Israel sob a Monarquia").

O reino de Jeroboão, portanto, era uma terra de extremos contrastantes: os ricos eram muito ricos e os pobres eram muito pobres. Sob tais condições era inevitável que crescessem a insatisfação e o desassossego. Conforme ficou demonstrado pelos acontecimentos subseqüentes, o país estava maduro para a guerra civil. Após a morte de Jeroboão houve três reis no espaço de um ano. Revolução seguia-se a revolução e no período de alguns poucos anos uma parte do reino de Israel havia desaparecido, enquanto que o restante se mantinha numa independência precária, dependendo da boa vontade da Assíria. Tais condições sociais não podiam prolongar-se indefinidamente; de fato, tinham em si mesmas a sentença de morte. Amós foi um daqueles homens que perceberam o fato. Ele percebeu a negra nuvem de julgamento surgir no horizonte. Havia forças sociais, morais e políticas em operação que realizariam a vontade de Deus e executariam o juízo que já tinha sido decretado. Israel, efetivamente, "um cesto de frutos de verão" (qayits), e seu fim (qeyts) não podia ser adiado (Jl 8:2).

II. O PROFETA

Amós era nativo de Tecoa, uma pequena cidade cerca de dez quilômetros de Belém. Não era cortesão como Isaías, nem sacerdote como Jeremias, mas pastor e cultivador de sicômoros. Por meio das comparações que ele freqüentemente empregou, fica claro que ele estava plena e pessoalmente familiarizado com as dificuldades e perigos da vida de boieiro. A vida lhe era difícil e havia pouco luxo. Por outro lado, seu negócio o levava certamente a cidades e mercados importantes onde, sem dúvida, se encontrava com caravanas de muitas terras. Um homem de seu calibre sempre mantém os ouvidos abertos para as notícias sobre homens e seus feitos em outros lugares. Isso explica seu surpreendente conhecimento sobre outras terras e outros povos. Conforme mostram os capítulos iniciais de seu livro, ele sabia muita coisa sobre a história, as origens e feitos das nações circunvizinhas. Devido a tais experiências e moldado por sua observação pessoal e condições na terra desenvolveu-se ele como homem duro e severo, grande combatente, legítimo campeão dos pobres.

Embora não pertencesse à linha de profetas, nem à escola de profetas, foi chamado, à semelhança de Eliseu, das atividades diárias de seus deveres para a dignidade do ministério profético. Não havia dúvidas em sua mente, nem deixava ele qualquer dúvida na mente de outros homens, que havia sido chamado por Deus, assim como Moisés tinha sido chamado, quando ocupado em tarefa semelhante à sua. Para Amós seu caso não foi que se tornou profeta a fim de ganhar a vida; mas se tratava de abandonar suas atividades para tornar-se profeta. Ele não fazia tentativa para esconder sua vida passada ou emprego e não se envergonhava de tornar conhecido seu nascimento humilde. O fogo de Deus queimava em sua alma e, à semelhança do apóstolo Paulo, séculos mais tarde, bem poderia ele ter dito "Ai de mim se eu não falar". Ele via a corrupção, o pecado e a vergonha do povo a quem Deus havia tirado do Egito e não podia fazer silêncio. A vereda para a qual foi chamado a palmilhar não era de sua escolha. O Deus das extremidades da terra, com Quem ele tinha comungado freqüente e longamente na solidão do deserto de Tecoa, tinha uma mensagem a Seu povo rebelde do norte e era por intermédio de Amós que essa mensagem de justiça e julgamento devia ser anunciada.

III. A MENSAGEM DO PROFETA

A mensagem de Amós era de julgamento e punição quase sem alívio. Embora nos últimos poucos versículos do livro relampejem algumas notas de otimismo, revelando a largueza da misericórdia de Deus através do trono davídico restaurado, a mensagem inteira, todavia, desse intrépido mensageiro de Deus, precisa ser incrustada no contexto de desastre iminente. Certamente que ele não agradava aos ouvidos populares, mas mantinha os olhos na mensagem divina que lhe cumpria proclamar. Pecado nacional conduz a julgamento nacional e quanto maiores o privilégio e a oportunidade de uma nação, maior também deve ser seu julgamento.

Tanto quanto dizia respeito ao Israel de Jeroboão, externamente tudo parecia estar em ordem, mas a condenação estava prestes a cair sobre todos. Assim como um leão se prepara para saltar sobre a presa, igualmente Jeová estava pronto para visitar Seu povo com julgamento. A terra inteira sentiria o impacto desse julgamento. Por muitas e muitas vezes Israel havia sido advertida, mas sem o menor proveito. Quando o povo continua a desviar os ouvidos da vontade de Deus, então tem de arcar com as conseqüências.

Em adição à corrupção moral que havia resultado em opressão social e em injustiça legal, havia a questão dos falsos santuários de Betel e Gilgal. Pois Deus abomina tão asquerosos rituais. Ele não tolerava suas festas, seus festivais e suas ricas ofertas. Pois tudo não passava de zombaria; tudo era estranho para Ele. No deserto, nos dias passados, nada disso havia. Qual a dose de influência era exercida sobre Amós, para ele ser contrário à adoração em Betel e Gilgal, pelo fato de ser ele do sul, não precisamos interrogar agora. Pouca dúvida pode haver, contudo, que tais santuários, estabelecidos pouco depois da divisão do reino salomônico, eram considerados, por todos verdadeiros "ortodoxos" do reino do sul, como abominações contra o Senhor. Tais santuários, anuncia o profeta, serão totalmente destruídos. Jeová já se encontrava ao pé do altar (Jl 9:1-30) e arruinaria totalmente o local.

Para esses pecados-expressos para com o homem por meio da opressão social e da injustiça, e para com Deus por meio das abomináveis práticas de Betel e Gilgal-só podia haver um resultado-Israel ser completamente rejeitada. Se o privilégio é a medida da responsabilidade, então a rebelião de Israel era imperdoável. Deus havia tirado Israel do Egito, tinha-o guiado pelo deserto e havia-lhe dado possessão de uma terra boa, além de ter posto profetas em seu meio. O castigo para sua transgressão devia ser proporcional à sua gravidade; portanto, Israel seria totalmente rejeitado. O fato que Jeová tinha tirado Israel do Egito agora não significaria mais que os outros fatos que retirara os filisteus de Creta e os sírios de Quir. A sentença já havia sido decretada e o julgamento seria executado prontamente. Como o carro de uma eira, assim Ele esmagaria a nação inteira (Jl 2:13-30).

A mensagem de Amós se fundamenta na firme convicção que Jeová é Deus de justiça. Essa justiça está em conflito com a injustiça do homem e havia-lhe declarado guerra. O resultado desse conflito seria o juízo mais severo possível contra o homem. O ensino de Amós é de caráter ético, mas, tal como os outros profetas do oitavo século antes de Cristo, ele não baseava seu ensino sobre o que havia de bom e reto no homem, mas sobre o que sabia sobre a natureza de Deus. Para Amós, portanto, o "pecado" é mais que a mera transgressão, mais que o mero lapso moral em vista de algum código estabelecido; é rebelião contra Deus. Israel estava em relação de aliança com Jeová. Essa relação impunha-lhe deveres e seu pecado consistia em haver repudiado os deveres inerentes a essa relação divino-humana. Israel se havia rebelado contra Jeová.

Embora cidadão do reino do sul, a mensagem de Amós era dirigida para e contra o reino do norte. De fato, ele foi o último profeta enviado ao reino do norte. No todo, bem pouco ele diz sobre seu próprio povo. Esse silêncio, contudo, não deve ser entendido como a querer ensinar que o reino do sul estava livre daqueles pecados que o profeta via no norte e que tão veementemente denunciava. Ele fora chamado para falar a Israel, que estava maduro para o juízo e se confinou quase exclusivamente a essa parte da nação.

Mas Amós também tinha algo a dizer sobre as nações circunvizinhas. Se condenava Israel por pecar contra uma lei que Deus lhe tinha tornado conhecida, por outro lado aplicava um padrão bem diferente para as nações que não estavam em relação de aliança com Deus. O que Amós via nas nações circunvizinhas era o espetáculo, capaz de partir o coração, de uma crueldade que ignorava todos os direitos humanos, que negava toda compaixão e que tornava as relações entre as nações semelhantes às lutas entre as feras. Para qualquer lado para onde o profeta olhasse, havia sempre algo ausente-a piedade natural do homem para com seu semelhante. E o que tornava pior a situação era a vantagem trivial que tal conduta proporcionava. Gaza vendeu uma vila inteira à escravidão para ganhar algum dinheiro. O rei de Moabe queima os ossos de um inimigo para satisfazer seus desejos de vingança. E assim continua a história. O senso de amizade do homem com o homem havia desaparecido. Tal mundo não podia continuar, pois a própria base de sua continuação já não existia.

Embora Amós não tivesse treinamento acadêmico, não foi ultrapassado por nenhum de seus sucessores no que diz respeito a vivacidade, vigor e simplicidade de linguagem. Seu estilo é simples, mas cheio de energia e elegância. O professor Robertson Smith defende Amós como mestre de puro estilo hebraico. Os termos que empregou eram todos familiares para seus contemporâneos, pois suas observações são todas derivadas da vida diária. Nenhum outro profeta nos forneceu tais metáforas tiradas da natureza com uma variedade tão fresca, vívida e variada. Ele se refere aos trilhos de ferro de debulhador (Jl 1:3), à tempestade (Jl 1:14); aos cedros e carvalhos com suas profundas raízes (Jl 2:9); ao leão faminto a rugir na floresta (Jl 3:4); à ave apanhada ao laço (Jl 3:5); ao pastor que sai em socorro da ovelha (Jl 3:12); aos anzóis e redes do pescador (Jl 4:2); às chuvas parciais (Jl 4:7); ao bolor e à ferrugem, às colinas e ventos ao nascer do sol, às estrelas, aos criadores lamentosos, aos terremotos, aos eclipses, ao grão peneirado numa peneira, ao refugo do trigo, às tendas consertadas, etc.

Tal foi esse grande profeta "menor". Vivendo perto de Deus ele conhecida a vontade do Senhor e tinha Sua mensagem. Embora não gozasse de popularidade, como de fato aconteceu a quase todo profeta de Israel, ele proclamava com zelo imorredouro a mensagem que Jeová lhe tinha confiado, pois, juntamente com Martinho Lutero, Amós poderia ter dito: "Não posso fazer outra coisa; portanto, ajuda-me, ó Deus".


Francis Davidson - Comentários de Amós Capítulo 1 do versículo 1 até o 2
I. PRÓLOGO Am 1:1-2

As palavras de Amós (1). Há apenas um Amós no Antigo Testamento e esse é o escritor deste livro. Sua ocupação era a de boieiro e pastor. A palavra empregada não é a usual roeh, mas noqed, que significa criador de uma espécie peculiar de ovelha do deserto, dotada de pernas curtas e cara feia, mas altamente valiosa devido à sua lã. Essa palavra só se encontra novamente em 2Rs 3:4, onde é traduzida como "contratador de gado". Até hoje há um provérbio árabe que expressa desprezo: "Vil como um naqqad". O que ele viu (1). A palavra chaxah era usada para a visão profética específica. O escopo dessa mensagem era a respeito de Israel. Amós foi profeta de Deus para o reino do norte e foi o último profeta enviado a esse reino. O profeta recebeu sua visão nos dias de Uzias (cerca de 791-740 A. C.), rei de Judá, e de Jeroboão II (cerca de 793-753 A. C.), rei de Israel. Na sentença seguinte essa profecia é limitada a dois anos antes do terremoto. É impossível, contudo, fixar o ano exato desse terremoto particular, mas que havia deixado uma profunda impressão é testificado pelo fato que, após muitas décadas, Zacarias se refere a ele (Zc 14:5). O Senhor bramará... (2). Deus estava prestes a falar de modo dramático e quando Ele fala seguem-se certas conseqüências. A palavra bramar (sha’ag) tem o sentido do rugido do leão, quando salta sobre a presa. O julgamento de Deus, conforme Amós o via, não estava distante, mas já estava a caminho e logo se revelaria com todas suas espantosas conseqüências. Além disso, não viria de Betel ou de Gilgal, mas de Sião, o centro da autoridade religiosa, e de Jerusalém, o próprio lugar da habitação de Jeová, é que Sua voz seria ouvida. Uma das conseqüências previstas é que secar-se-á o cume do Carmelo (2). O Carmelo, um promontório sobre o mar, com 400 metros de altura, ao sul da baía de Acre e cena dos grandes prodígios de Elias, é considerado como a mais frutífera e notável colina do norte. Seu nome, que quer dizer "terra-ajardinada", testifica quanto à sua fertilidade. Não admira, pois, que os pastores lamentar-se-ão, pois, se o Carmelo haveria de ressecar-se com a seca, que outras pastagens poderiam ser encontradas na terra?

Esses versículos iniciais nos fornecem a substância da mensagem de Amós. Não importa quão segura pareça a ovelha em seu suculento pasto, o rugido do leão indica quão enganosas podem ser as aparências. Israel estava-se alimentando em ricas pastagens e, pelo menos externamente, tudo parecia seguro; mas não era essa a realidade. O julgamento era iminente e, além disso, inescapável.


Francis Davidson - Comentários de Amós Capítulo 1 do versículo 3 até o 5
II. DECLARAÇÃO DA DESTRUIÇÃO DAS NAÇÕES Am 1:3-2.16

À semelhança da maioria dos outros profetas, Amós tinha oráculos que eram contra determinadas nações estrangeiras. Mas, diferentemente dos outros profetas, porém, ele introduz esses oráculos para que precedam e conduzam à acusação contra seu próprio povo. Uma a uma são citadas pelo nome, são alistados seus pecados, e são condenadas. Em cada caso a fórmula seguida é a mesma: primeiramente seus crimes são nomeados e então são proclamadas as conseqüências. Os pecados, em quase cada caso, são pecados de relações estrangeiras-guerra arbitrária, massacre e sacrilégio. A ocupação de Amós sem dúvida o levava a muitos mercados, onde se encontrava com caravanas vindas de muitas terras e assim ele deve ter aprendido muita coisa sobre as nações que rodeavam 1srael e Judá. Ao expor e denunciar esses bárbaros ultrajes, Amós prepara o caminho para a verdadeira palavra de julgamento, que é dirigida contra Israel, cujos pecados são maiores que os daquelas nações, pois eram pecados não tanto contra outros povos, mas contra seu próprio povo e parentela. Outrossim, o pecado de Israel era mais grave que o das nações circunvizinhas em vista de seus privilégios e de sua luz recebida terem sido muito maiores.

a) Damasco (Síria) (Am 1:3-5)

Por três transgressões... e por quatro... (3). Desde os tempos mais antigos têm sido feitas tentativas para encontrar significação simbólica para esses números, mas provavelmente se trata de tradução literal de uma expressão idiomática que significa "por muitos crimes". Moffatt traduz como "crime sobre crime", e T. H. Robinson como "por tantos crimes". A Síria inteira é abarcada por esta referência à sua capital, Damasco. A Síria era o vizinho mais importante de Israel e ficava na linha das conquistas da Assíria. Durante muitos anos, antes de Jeroboão II, Israel esteve engajada em guerra mortal contra a Síria e a menção de Damasco certamente chamava imediatamente a atenção. A fórmula não retirarei o castigo (lit., "não o farei voltar") é repetido em Jl 1:6, Jl 1:9, Jl 1:11, Jl 1:13; Jl 2:1, Jl 2:4, Jl 2:6. Trilhos de ferro (3). Eram e continuam sendo, no oriente, e em muitos outros lugares, tábuas entalhadas e dotadas de dentes de ferro, puxadas por cavalos ou mulas sobre o grão amontoado. Dessa maneira, a palha era cortada em pequenos pedaços e o grão era libertado. De algum modo semelhantemente cruel a Síria havia tratado (trilharam) Gileade. Quando foi perpetrada essa barbaridade não é esclarecido, mas provavelmente foi praticada por Hazael, quando conquistou Gileade, nos dias de Jeú e Joacaz (2Rs 10:32 e segs.).

>Am 1:4

Porei fogo... (4). Fogo é, aqui, símbolo da guerra. O julgamento envolveria tanto a dinastia como o povo da Síria. Hazael e Ben-Hadade foram os dois mais cruéis opressores de Israel. A profecia que sua dinastia pereceria deve ter dado um prazer peculiar a Israel. Quebrarei o ferrolho (5); isto é, Damasco seria aberta ao inimigo (cfr. Dt 3:5). Biqueate-Áven (lit., "vale de idolatria") tem sido identificada de diversos modos. O prof. G. A. Smith a identifica com Baalbeque; outros pensam que a referência é ao largo e fértil oásis da própria Damasco. Bete-Éden (5). Havia um lugar chamado Bit-adini (assírio para "casa de Éden") no médio Eufrates, e alguns eruditos bíblicos mantêm que esta é uma referência àquele lugar. O contexto, entretanto, exige algum lugar na região de Damasco, que até hoje é o paraíso do mundo árabe. Será levado em cativeiro (5), provavelmente se refere à orientação assíria no que diz respeito aos povos nativos que eram subjugados. Quir permanece não-identificada (a Vulgata tem "Cirene"). Segundo Jl 9:7 essa era a pátria original dos sírios. Haveriam de retornar a ela quando deixassem de ser nação.


Francis Davidson - Comentários de Amós Capítulo 1 do versículo 6 até o 8
b) Gaza (Filístia) (Am 1:6-8)

Do extremo norte o profeta se volta em seguida para o sul. Gaza era a cidade mais sulista dos filisteus na beira do deserto, e na junção de rotas de caravanas. Provavelmente era sua posição estratégica que a fazia envolver-se profundamente no tráfico de escravos. Embora este oráculo seja dirigido particularmente contra Gaza, sem dúvida se refere também à Filístia inteira. Levaram em cativeiro... (6). Uma instância típica de brutalidade. Não é dito aqui quais foram os cativos e nem a ocorrência é datada, mas os cativos foram vendidos aos edomitas. Assaltos dessa espécie, sem dúvida, eram suficientemente freqüentes naqueles dias (cfr. 2Cr 21:16). Tal como no caso de Damasco, o julgamento cairia não apenas contra Gaza mas contra os baluartes dos filisteus também e o país inteiro seria visitado e assolado pelo fogo da guerra.


Francis Davidson - Comentários de Amós Capítulo 1 do versículo 9 até o 10
c) Tiro (Am 1:9-10)

Os crimes de Tiro (representando a Fenícia inteira, como Gaza representava a Filístia) eram vender escravos e esquecer-se da aliança dos irmãos (9). O tráfico de escravos florescia não apenas entre os filisteus, mas igualmente entre os fenícios. É difícil dizer o que significa a aliança dos irmãos. Talvez se refira ao pacto entre Hirão e Salomão (1Rs 5:12; 1Rs 9:13), ou, talvez, a algum outro pacto posterior. O castigo seria novamente o fogo, isto é, a guerra (10). Tiro foi destruída pelos assírios e mais tarde, outra vez, por Nabucodonosor. Alexandre, o Grande, a capturou e vendeu 30.000 de seus habitantes como escravos.


Francis Davidson - Comentários de Amós Capítulo 1 do versículo 11 até o 12
d) Edom (Am 1:11-12)

Edom já foi mencionada duas vezes (Jl 1:6, Jl 1:9) como participante dos crimes de outras nações: agora a tempestade se abate contra ela. Perseguiu a seu irmão (11); isto é, Israel. Baniu toda a misericórdia (11; lit., "endureceu sua compaixão"). É salientada a natureza perpétua e incansável desse ódio. Sempre houve grande inimizade entre Israe1e Edom, particularmente após o exílio. O castigo aqui, como nos demais lugares, é novamente o fogo (guerra). Temã (12; Ob 9), aparentemente, era um distrito ao norte de Edom, e Bozra era uma cidade de alguma importância.


Francis Davidson - Comentários de Amós Capítulo 1 do versículo 13 até o 15
e) Amom (Am 1:13-15)

O crime de Amom (13) é particularmente brutal e revoltante, mas parecia ser bastante comum nas guerras semitas (cfr. 2Rs 8:12; Dn 13:16; Na 3:10), e não é totalmente desconhecido até os nossos dias. Para alargar suas fronteiras faziam guerra contra as crianças ainda não nascidas. As conseqüências seriam que Raba, sua capital, cidade cerca de quarenta quilômetros ao nordeste do extremo norte do mar Morto seria assaltada e destruída (14) e o rei e os príncipes iriam para o cativeiro (15).


Profetas Menores

Justiça e Esperança, Mensagem dos profetas menores por Dionísio Pape, da Aliança Bíblica Universitária
Profetas Menores - Introdução ao Livro de Amós
  • O VAQUEIRO PROFETA
  • AMÓS

    Amós vivia num período histórico de grande prosperidade ilusória. A nação de Israel, no norte da Palestina, tinha experimentado no reinado do inteligente monarca Jeroboão II um desenvolvimento inigualado. Em Samaria, a metrópole, havia a frenética construção de novos prédios; dinheiro era gasto à toa, e a sociedade era entregue à vida de estonteante luxúria. Amós não era natural de Israel. Nascera num lar humilde no reino de Judá, no Sul. Viu a luz do dia na pobre aldeia de Tecoa, na região árida do sertão que se estende até o Mar Morto, ao Leste, e até o deserto de Negev ao Sul. O povoado não gozava de nenhum prestígio, sendo apenas uma encruzilhada nas estradas utilizadas pelas inúmeras caravanas que atravessavam o Oriente Médio. Naquele lugarejo inóspito Deus preparou um rude pregoeiro da justiça.

    Desde a meninice, Amós aprendeu a digladiar-se com as forças ingentes da natureza fera do sertão. Conseguiu algum pasto para as poucas cabeças de rês que dificilmente eram sustentadas na aridez requeimada do sertão judaico. Raras eram as frutas que apareciam naquelas plagas pedregosas, mas o menino Amós sabia onde colher os pequenos figos dos sicômoros espalhados na pouca sombra de penhascos seculares. Provavelmente vendia as frutinhas aos árabes que acompanhavam as caravanas, ou na feira de Belém, que distava apenas dez quilômetros.
    Arrancava o jovem Amós uma existência sacrificada do sertão. Muitas vezes pouco se comia entre a alvorada sobre o deserto oriental e o pôr-do-sol rosado, atrás dos píncaros lúgubres das montanhas da Judéia. A fome, a sede e o cansaço eram os seus companheiros constantes. Ao mesmo tempo, o jovem Amós sabia que as caravanas levavam a farta opulência oriental para a grande metrópole de Samaria. Tinha ouvido falar daquela sociedade urbana, onde muitos nem trabalhavam, onde a gangrena da luxúria desenfreada roía a medula da nação. Tinha aprendido que no paço real, e nos círculos sociais da elite, não se observava mais aos pé da letra a lei de Moisés. Aprendia que grassava a mais devassa podridão entre os mais privilegiados. Não ignorava o fato de que a maioria do povo, explorado e frustrado como ele, sustentava aquela minoria opressora. Sentia crescer no seu coração o desejo de falar sobre o assunto.
    Passavam diariamente as caravanas portadoras de artigos de luxo. Quando os camelos, de marcha lenta, paravam na encruzilhada de Tecoa, Amós se informava da fabulosa carga destinada à distante metrópole israelita. Sedas finíssimas, tapetes felpudos, louças fragílimas, pedras preciosas, móveis luxuosos, vinhos raros, frutas cristalizadas, e uma infinidade de artigos de luxo atravessavam a pobre aldeia na encruzilhada. Estes produtos não chagavam às cálidas mãos dos sertanejos rudes de Tecoa. Os tecoanos silenciosos nunca entendiam por que o destino os tinha eleito para a labuta opressiva, enquanto outros tinham o direito de viver sem trabalhar, e usufruir da opulência fantástica dos empórios orientais.
    Nas casas toscas de adubo na circunvizinhança de Tecoa, a vida nunca melhorava. As vezes, depois do labor do dia, sob o sol causticante que requeimava o solo infértil do sertão, os habitantes recebiam notícias dos palacetes em construção em Samaria, dos jardins e pomares, das alamedas e praças públicas. Em contraste com a cidadezinha sertaneja, a longínqua metrópole parecia ser uma cidade paradisíaca.
    Amós amava a Deus, o Deus da justiça, o Deus que ampara o pobre e necessitado. Como conciliar esta contradição na terra santa do Senhor Deus de Israel? O jovem crente no Senhor não pôde silenciar frente à desigualdade social. Começou a pregar com o vocabulário simples e direto de vaqueiro, falando do Deus verdadeiro e justo que ama o seu povo, e anunciando um juízo divino contra uma sociedade materialista e opressora. Por mais inverossímil que pareça, dois anos depois de Amós iniciar sua nova carreira de pregador leigo, houve um sinal confirmador da sua mensagem. Ocorreu um abalo sísmico de severidade inédita (Am 1:1). Os pobres desabrigados das casas de taipa perderam pouco, mas a demolição das mansões e dos palacetes representou uma perda estarrecedora. Para o pregador sertanejo, não podia haver indicação mais clara da intervenção divina.
    "O Senhor rugirá de Sião!" (Am 1:2), bradou o profeta. Confirmado na sua convicção de que Deus iria julgar a nação vizinha, Amós não perdeu mais tempo entre os seus. Ele não precisava pregar a justiça aos tecoanos, oprimidos pelo sistema desumano de crassa exploração ao próximo. Despediu-se depressa, e se dirigiu à nação de Israel, ao norte.
    Com a ingenuidade do entusiasmo juvenil, Amós se lançou no ministério profético, sem se mergulhar nos estudos teológicos. Várias escolas de profetas atraíam jovens sisudos em cada época, mas Amós soube ler os sinais dos tempos, e para ele a palavra do Senhor se comparava ao rugido do leão (Am 1:2). Nunca chegou a estudar hermenêutica, nem exegese textual. Não pretendia imitar o estilo polido de um Isaías. Sabia que um julgamento pior do que o terremoto viria, e que o povo estava inconsciente do perigo.
    Amós começou o seu ministério em Samaria, anunciando os juízos do Senhor contra as nações ímpias. Sem muita experiência didática, o profeta inculto aproveitou um método ainda utilizado em regiões de pouca oportunidade escolar, e cantava a sua mensagem. A Bíblia conserva miraculosamente oito estrofes deste cancioneiro primitivo (1.3 - 2.16). Antes da invenção da imprensa, as nações dependiam deste método para insuflar um povo contra o inimigo. São muitas as canções de desprezo patriótico conservadas no Velho Testamento. Como trovador medieval, Amós cantava ao ar livre, para deleite dos transeuntes curiosos, atraídos pelo espetáculo incomum de um cantor sertanejo, vestindo trajes típicos.
    O cantor rústico denunciou na primeira estrofe o inimigo tradicional de Israel:

    "Quebrarei o ferrolho de Damasco! "(Am 1:5)

    Não houve quem se opusesse a este sentimento nacionalista. Amós conseguiu aprovação total da sua mensagem. Deus que julgasse Damasco! Amós continuou cantando, enquanto outros se uniam aos espectadores. A segunda estrofe prometeu fogo divino sobre a detestada Gaza, cidade dos filisteus. Mais uma vez, todos concordaram plenamente com sentimentos tão justos (Am 1:7). Depois veio a vez de Tiro, cidade cosmopolita, rainha do Mediterrâneo, e rival de Samaria quanto à vida luxuosa (Am 1:9). Todos desejavam que Deus minasse a economia dela. E a canção castigou depois Edom (Am 1:11). Quem podia simpatizar com o reino que controlava todo o tráfego norte-sul no deserto? Quem podia se esquecer de que foi Edom que interditou aos primeiros israelitas a entrada em Canaã? Deus que os consumisse com fogo! Gritos de apoio acompanhavam a canção. Amém, irmão!
    Amós continuou cantando mensagens de juízo. Chegou a vez de Amom, na Transjordânia, cujos soldados mereciam a censura de todo povo civilizado, por causa das atrocidades inenarráveis perpetradas em guerra. Que Deus fosse como turbilhão contra eles! (Am 1:13)
    Amós não se esqueceu do julgamento de Moabe, cujos líderes mandaram queimar os restos mortais dum rei inimigo. Que Deus matasse os seus príncipes! (Am 2:3)
    A esta altura a multidão dos ouvintes aguardava a próxima estrofe. O rude sertanejo já tinha julgado todos os inimigos vizinhos de Israel. E agora? A multidão atenta ficou surpresa ao ouvir a estrofe que seguiu:

    "Assim diz o Senhor: por três transgressões de Judá, e por quatro . . ." (Am 2:4)

    Todo mundo reconhecia Amós como natural de Judá. Como se explicava que anunciava um julgamento contra o seu próprio povo? Por que o julgava? Não por ter cometido atrocidade, nem por ódio infrene. Amós continuou cantan-

    "Porque rejeitaram a lei do Senhor,
    e não guardaram os seus estatutos,
    antes as suas próprias mentiras os enganaram,
    e após elas andaram seus pais". (Am 2:4)

    Amós abandonou o argumento político, a favor do religioso. Judá seria julgada pela sua infidelidade ao SENHOR! O povo não tinha guardado a Palavra de Deus. Esquecera-se dos seus ensinos. E, logo em seguida, a vida nacional perdeu as características bíblicas de piedade e honestidade. A canção de Amós não era mais modinha popular. De repente se tornou corinho de crente.
    A multidão aclamou a honestidade intrépida do jovem de Judá, que ousava falar de fogo divino consumindo a santa cidade de Jerusalém, cidade capital do profeta. O trovador do Senhor prendeu a atenção indivisa dos ouvintes. Começou a entoar firmemente a última estrofe:

    "Assim diz o SENHOR: por três transgressões de Israel e por quatro . . ." (Am 2:6)

    Nem bem pronunciado o nome da capital samaritana, sentiu-se um calafrio nos ouvintes. Aos olhos deles, o genial cantor sertanejo se transformava imediatamente na figura desprezível e ridícula de um matuto injurioso. Os elegantes cidadãos da capital silenciaram, enquanto Amós apontava para as injustiças berrantes praticadas contra os humildes.

    "Os juizes vendem o justo por dinheiro, e condenam o necessitado por causa de um par de sandálias! (Am 2:6)

    Ninguém podia negar que os tribunais sempre favoreciam os que se serviam de meios venais para ganhar a causa. Assim sendo, havia duas leis, uma para o rico, e outra para o pobre. Amós prosseguiu cantando a mensagem acusadora:

    "Suspiram pelo pó da terra sobre a cabeça dos pobres!" (Am 2:7)

    Os donos das grandes fazendas não queriam entregar aos pobres nem uma nesga de terra para o seu próprio uso. Com ironia Amós declarou que os ricos cobiçavam até o pó da terra, colado às frontes suadas dos trabalhadores!
    A canção profética continuava a alfinetar as consciências:

    "Um homem e seu pai coabitam com
    a mesma jovem e assim
    profanam o meu santo nome." (Am 2:7)

    Todos os homens sabiam que, não obstante a profissão de fé no Senhor, a licenciosidade dos lupanares e a doce sedução de corpos bronzeados na praia constituíam o principal interesse masculino. Na luta titânica entre a carne e o espírito, este perdia e aquela ganhava.
    Com olhar severo, o rude pregoeiro da justiça prosseguiu, relembrando os grandes atos intervenientes do Senhor na história do povo. Deus fê-lo subir da terra do Egito, destruindo os seus inimigos, e levantando profetas dentre os filhos de Israel.

    "Mas vós aos nazireus destes a beber vinho, e aos profetas ordenastes, dizendo: Não profetizeis." (Am 2:12)

    O nazireu fazia voto de não tomar bebida alcoólica, e de não cortar o cabelo. Os israelitas enfraqueciam os que tinham assumido esses solenes votos ao Senhor, animando-os a agir contrariamente. Dos profetas nada se pedia nos cultos, senão uma cerimônia empolgante. Nada de pregação da Palavra de Deus! O culto cantado bastava. O profeta era benquisto se dirigisse o programa especial, sem mensagem nenhuma. Religião sem Palavra de Deus. Culto sem pregação.
    Deus falou pela boca de Amós, como rugido de leão:

    "Eis que farei oscilar a terra debaixo de vós como oscila um carro carregado de feixes." (Am 2:13)

    As palavras de advertência profética ecoaram na esplêndida praça pública da linda metrópole. Alguns se lembraram logo do terremoto que sacudira a terra em tempos recentes. Outros passaram a ludibriar do sertanejo desprestigioso. Uns poucos refletiram com evidente sobriedade. E a maioria ficou indiferente, e o humilde mas intrépido filho de Tecoa rematou o refrão fatídico:

    "E o mais corajoso entre os valentes
    fugirá nu naquele dia, disse o Senhor." (Am 2:16)

    Criou manchetes a canção de Amós na bela cidade de Samaria. Na capital, tudo exalava paz e prosperidade. Exímio na diplomacia, o rei Jeroboão II reatara alianças com os tradicionais inimigos de Israel, conseguindo um clima de paz inaudita. Seu tino administrativo garantia para a capital e para a classe privilegiada uma vida nababesca. E agora chegava esse forasteiro doido proclamando o fim do mundo. Com certeza, o sábio rei seria altamente competente no futuro como no presente. Por que temer?
    Amós se atreveu a falar em público novamente. Desta vez não cantou mas, falando o linguajar de sertanejo, apelou para o raciocínio dos ouvintes irrefletidos. A sorte não existe para o povo de Deus! Tudo se explica por causa e efeito.

    "Andarão dois juntos, se não houver entre eles acordo?" (Am 3:3)

    Dois negociantes se encontram porque marcam a hora. Dois namorados andam de mãos dadas porque de antemão já marcaram o lugar do encontro. A rapaziada de Samaria entendia perfeitamente bem a lógica de Amós'

    "Rugirá o leão no bosque, sem que tenha presa?" (Am 3:4)

    Mesmo os que não se interessavam pela caça, preferindo ficar nas elegantes mansões da metrópole, sabiam que o leão silencia enquanto anda à procura da rapina. Só ruge depois de tomá-la.

    "Tocar-se-á trombeta na cidade, sem que o povo se estremeça?" (Am 3:6)

    Claro que não. O estremecimento se explica pela causa, a trombeta que anuncia a guerra. Os mais velhos cidadãos na cidade real de Samaria nunca se esqueciam do pânico que tomou posse da cidade quando exército sírio a invadiu. Amós prendeu a atenção de todos ao pronunciar a frase seguinte:

    "Sucederá algum mal à cidade,
    sem que o Senhor o tenha feito?" (Am 3:6)
    "Rugiu o leão, quem não temerá?
    Falou o Senhor Deus,
    quem não profetizará?" (Am 3:8)

    Agora o profeta declarava nitidamente que um inimigo cercaria a cidade para destruí-la, e com elas seriam derrubadas as casas de inverno e as casas de verão (Am 3:15). A causa dessa destruição era a chocante injustiça e a opressão perpetradas contra os humildes e os pobres. Não se poderia dar um jeito. Nem era questão de sorte na vida. Teriam que colher o que haviam semeado.

    As belas damas da corte passeavam nas alamedas da cidade maravilhosa de Samaria. Andavam vestidas com as últimas criações, nas mais leves sedas importadas do estrangeiro. Seguia-as, como incenso celeste, a delicada fragrância de perfumes exóticos, tão caros que o trabalho de um agricultor durante o ano todo nem daria para adquirir um frasquinho do precioso líquido. Em Tecoa, Amós não ganharia num mês o suficiente para comprar uma daquelas bolsas de senhoras feitas de couro finíssimo, com prendedor de prata trabalhado como asa de pássaro.
    A lembrança da pobreza do sertão escaldou o espírito do jovem profeta abnegado. Cada senhora levava consigo dinheiro suficiente para alimentar uma família inteira no interior, por muitas semanas ou meses. Na cidade, tanto dinheiro esbanjado. No sertão, tanta penúria. Na capital, uma festa por dia. No interior, a fome, a cada dia. Amós não conseguiu conter a crescente onda de protesto dentro do seu coração. Em alta voz, pediu a palavra:

    "Ouvi esta palavra, vacas de Basã, que estais no monte de Samaria, oprimis os pobres, esmagais os necessitados, e dizeis a vossos maridos: dai cá, e bebamos." (Am 4:1)

    Um arrepio de indignação atônita se registrou com estas palavras tão grosseiras. Pelo menos o pregador descortês captou a atenção das belas senhoras por um momento. Nada sabendo de homilética, Amós misturou as metáforas, pois continuou dizendo:

    "Jurou o Senhor Deus pela sua santidade, que dias estão para vir sobre vós, em que vos levarão com anzóis e as vossas restantes com fisga de pesca." (Am 4:2)

    Amós comparou as damas da alta sociedade a vacas gordas no pasto. Elas, no entanto, seriam semelhantes a peixes tomados com anzóis, naquele dia da tomada da tão próspera cidade pelos seus inimigos, quando elas iriam para o cativeiro.
    Existia na nação um espírito profundamente religioso. Israel se gabava de sua cultura religiosa e de seu espírito moderno de ampla tolerância. Em matéria de fé, achava que toda religião era boa, e que não se devia condenar qualquer crença praticada com sinceridade. Para mostrar ao mundo que a religião nacional tinha raízes históricas profundas, o clero organizava uma romaria anual, visitando os lugares santos. Os peregrinos em festa chegavam primeiro em Betei, onde o patriarca Jacó tivera a visão da escada celestial. A próxima parada era Gilgal, lugar do encontro de Samuel com Deus. Em seguida, os romeiros iam até Berseba, oásis no deserto do Negev, para relembrar a presença do pai Abraão naquele lugar santo,séculos antes.
    Em verdade, a romaria anual tinha mais o aspecto de festa do que de ato religioso. Os comerciantes aproveitavam o ensejo com preços inflacionados. Muitos peregrinos passavam mais tempo visitando amigos e parentes do que participando das orações. E, felizmente, não havia pregações incômodas.
    Na ocasião da visita de Amós, todos se preparavam, como sempre, para a romaria. Achavam que isso servia como demonstração positiva da sua fé, face às acusações do jovem pregador. Para surpresa geral de todos, o profeta do sertão ergueu a voz nos seguintes termos:

    "Assim diz o SENHOR à casa de Israel:
    Buscai-me e vivei.
    Porém não busqueis a Betei,
    Nem venhais a Gilgal,
    nem passeis a Berseba, ...
    Buscai ao SENHOR e vivei,
    para que não irrompa na casa de José
    como um fogo que a consuma!" (Am 5:4-6)

    Sem uma relação pessoal com o Senhor, sem buscá-lo, a religiosidade da romaria nada valeria em termos espirituais, e os lugares santos seriam destruídos. Deus contemplava as transgressões sociais em Israel:

    "... afligis o justo, tomais suborno, e rejeitais os necessitados." (Am 5:12)

    A religião divorciada da moral e da compaixão é anátema; aos olhos do Senhor. Ele promete estar com o seu povo somente quando este busca o bem e aborrece o mal (Am 5:15). O profeta conhecia a índole do povo de Israel, e previu as conseqüências da rejeição da mensagem:

    "Em todas as praças haverá pranto."

    Como no dia de hoje, muitos naquela época falavam do Dia do Senhor como solução final de todos os problemas, sem perceber que a sua vinda marcaria o julgamento do povo do Senhor.

    "Ai de vós que desejais o dia do Senhor! Para que desejais vós o dia do Senhor? É dia de trevas e não de luz." (Am 5:18)

    Israel pensava que a vinda do Senhor marcaria o julgamento das nações ímpias e o reconhecimento por elas da supremacia de Israel. Tragicamente, a nação não entendeu que o Dia do Senhor seria o julgamento do próprio povo de Deus. Em nossos dias, sai do prelo uma abundância de livros sobre a segunda vinda de Cristo. Porém, a maioria tenta interpretar os acontecimentos políticos à luz da profecia, sem mencionar o fato de que a volta de

    Cristo iniciará o julgamento da igreja! Como diz Paulo, "todos compareceremos perante o tribunal de Deus" (Rm 14:10). E Pedro afirma: "A ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada; ora, se vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus?" (1Pe 5:17).

    Tanto no Novo como no Velho Testamento, os judeus nunca acreditaram que fosse possível Deus julgar o seu povo. A destruição de Samaria em 722 a.C. e o exílio babilônico de Judá em 587 a.C. são advertências contra toda presunção. Dificilmente aprendemos as lições da História. É salutar lembrar que a matança de um milhão de judeus, fervorosos para com a Bíblia, mas desobedientes a ela, no ano 70 de nossa era, é mensagem para nós. Deus julgará o crente desobediente severamente. O fato de ser salvo eternamente não lhe exclui o comparecimento perante o tribunal de Cristo, com a possibilidade da perda do galardão. Escrevendo sobre "o dia", isto é, sobre o dia do Senhor, Paulo revela que:

    "... qual seja a obra de cada um
    o próprio fogo o provará
    ... se a obra de alguém se queimar,
    sofrerá ele dano; mas esse mesmo
    será salvo, todavia, como

    que através do fogo." (1Co 3:13, 1Co 3:15)

    Com a vinda de Cristo, toda a nossa vida, todo o nosso testemunho (ou a falta dele) serão avaliados pelo SENHOR, e muitos descobrirão que as coisas pelas quais viviam não tinham valor permanente. Serão queimados. Desaparecerão. As coisas feitas para Cristo o Senhor permanecerão para toda a eternidade. Para evitarmos a tolice de gastar a vida inutilmente, é preciso ter os olhos fitos sempre na segunda vinda de Cristo.

    Amós lamentou a triste cegueira dos israelitas, pois não percebiam a relação entre o seu comportamento e o dia do Senhor. Lançou mão de um exemplo tirado da sua própria vida de camponês para salientar o perigo em que jaz o povo indiferente.

    "Como se um homem fugisse de diante do leão, e se encontrasse com ele o urso; ou como se, entrando em casa, encostando a mão à parede, fosse mordido duma cobra." (Am 5:19)

    A parábola do vaqueiro dispensava esclarecimento. O homem da parábola escaparia do leão, e fugiria do urso, mas seria destinado à destruição, não evitando a serpente. Assim seria Israel. A compassiva mão do Senhor a poupara diversas vezes, mas chegaria a hora do julgamento divino, contra as injustiças sociais e a devassidão moral no país.
    Os habitantes da sofisticada metrópole adotaram uma filosofia religiosa dicótoma, separando corpo e alma de tal maneira que praticavam a libidinagem mais desenfreada do corpo durante a semana, para assumirem ares de pomposa religiosidade solene no sábado do Senhor, para o bem da alma. O corajoso profeta Amós repulsou essa hedionda aberração da verdade:

    "Aborreço, desprezo as vossas festas, e com as
    vossas assembléias solenes não
    tenho nenhum prazer . . .
    Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos;
    porque não ouvirei as melodias
    das tuas liras." (Am 5:21, Am 5:23)

    A mocidade israelita não gostou desse pregador matuto. Não estavam os jovens sempre presentes no culto, e alguns até mesmo no coral? Não respeitavam bem as campanhas? Não faziam parte de várias atividades religiosas? E agora vinha esse sertanejo forasteiro alegando que todo aquele tempo gasto em culto nada valia, sem uma consagração como nunca houvera. Esse Amós nunca ouvira falar da necessidade biológica do homem? Não sabia que, afinal de contas, não se pode ser perfeito aqui em baixo na terra? A Bíblia não diz também que o rei Davi teve muita experiência erótica? Os argumentos e os protestos se proliferaram contra as acusações moralizadoras de Amós. Nos círculos respeitados da elite era inaceitável esse tipo de pregação de juízo, e condenação do pecado lascivo. Amós se sentiu sem apoio. A juventude israelita gostava de cantar hinos, mas gostava também de divertir-se com os amigos que não eram inibidos por tanto ensino da Bíblia. Um pé na igreja, o outro no mundo. Amizade com todos era o seu ideal, e não a intransigência moral desse pregador de fora. Uma gargalhada de desprezo irrompeu no meio da rapaziada. O pregador sertanejo, imperturbável, lançou-lhes a última palavra:

    "Por isso vos desterrarei, para além de Damasco, diz o SENHOR, cujo nome é o Deus dos exércitos." (Am 5:27)

    Tal pai, qual filho. Amós observava os costumes corrompidos dos pais em Samaria. Os "filhos de papai" se guiam fielmente a vida de materialismo crasso e de luxúria infrene que testemunhavam em casa. Amós dirigiu-se agora aos genitores da juventude transviada:

    "Vós, que imaginais estar longe o dia mau,
    e fazeis chegar o trono da violência;
    que dormis em camas de marfim,
    e vos espreguiçais sobre os vossos leitos,
    e comeis os cordeiros do rebanho,
    e os bezerros do cevadouro . . .
    que bebeis vinho em taças,
    e vos ungis com o mais excelente óleo;. . .
    Portanto, agora ireis em cativeiro! " (Am 6:3-7)

    Encolerizado, Amós apontou para o mau uso do dinheiro na sociedade. Na região de Tecoa, muita gente deitava-se no chão. Alguns possuíam uma cama primitiva, ou rede. Mas aqui, na riquíssima capital de Israel, os burgueses conciliavam o sono em camas de marfim. O valor só do marfim pagaria um agricultor no sertão por mais de um ano! Amós se lembrou do gado de casa, e a luta sacrificada para salvar um cordeiro ou bezerro ameaçado pelas feras, os ladrões e os próprios elementos da natureza. Mas, aqui em Samaria, os donos de rês nem se preocupavam se os animais não chegassem à maturidade. Em vez de conservar os rebanhos, os senhores se alimentavam todos os dias de filé-mignon, e das melhores carnes, dizimando o patrimônio nacional. Quem se alimentasse com tais quitutes no sertão seria considerado louco.
    Na cidade opulenta os pratos requintados eram servidos com rios de vinho, em taças em vez de copos. No sertão somente na ocasião de um casamento ou de um enterro se servia às vezes um copinho de vinho, mas não em circunstâncias normais. Na metrópole, porém, o vinho corria como água.
    Nos seus palacetes suntuosos, os habitantes da cidade capital tinham festa diária, sendo cada refeição o fruto do suor e labor dos paupérrimos irmãos de Amós, labutando vida bastante sofrida. E não somente as damas, mas os homens também se perfumavam como galantes ociosos num paço em ocaso, gastando uma fortuna com os mais excelentes perfumes importados de países exóticos. Amós calculou rapidamente a despesa diária numa só mansão, e a soma atingia o salário de um ano no sertão. Rijo de ânimo, Amós profetizou em praça pública num dos bairros mais esnobes da cidade:

    "Eis que o SENHOR ordena e será destroçada em ruínas a casa grande, e a pequena, feita em pedaços!" (Am 6:11)

    A notícia perturbadora da pregação de juízo correu rapidamente da rua para os círculos mais elegantes e exclusivos. Chegou a notícia na capela real, onde Amazias, capelão de S.M. Jeroboão II, franziu a testa. A comunicação pareceu-lhe ser conspiração perigosa, visto que Amós já anunciara a queda da cidade e o exílio do povo. Embora despretenciosa, a mensagem do rude sertanejo pôde abalar algumas pessoas nervosas, e o capelão resolveu denunciar incontinenti o impertinente pregador-vaqueiro. Pior ainda, o audacioso profeta do sertão tinha tido a temeridade de vaticinar a morte do próprio monarca.
    Tudo indica que o rei Jeroboão II pouco se importunou com a notícia. Provavelmente considerou Amós como um desses visionários messiânicos que em cada geração se levantam entre os analfabetos dos sertões, arrastando um punhal de adeptos para o seu inevitável fim desastroso. Fosse como fosse, o rei não mandou prender o pregador sedicioso. Bastou mandá-lo para fora do país, pela instrumentalidade do capelão. Amazias encontrou o sertanejo dentro da própria capela real, e não perdeu tempo em entregar o recado do rei:

    "Vai-te, ó vidente, foge para a terra de Judá e ali come o teu pão, e ali profetiza; mas em Betei, daqui por diante, já não profetizarás, porque é o santuário do rei e o templo do reino" (Am 7:12, Am 7:13)
    Com desprezo mordaz, respondeu Amós:
    "Eu não sou profeta, nem discípulo de profeta,

    mas boieiro e colhedor de sicômoros!" (Am 7:14)

    Amazias recebia um gordo salário pelas suas funções como capelão real. Amós não recebia mercê alguma. Se haveria de comer pão em Judá, não seria provimento de cargo religioso que o sustentaria. Era boieiro, e visto que o dinheiro nem dava para se viver do trabalho, era obrigado a aumentar a pitança miserável pela venda, a um preço irrisório, das pequenas frutas de sicômoro palestino colhidas durante umas poucas semanas de verão. Amós não era pregador assalariado. Pregava por conta própria, sacrificando-se para falar a verdade, nua e crua, dizendo que a profissão de fé no SENHOR, sem vida moral e sem compaixão para os pobres, é uma revoltante nulidade!
    Terminou o diálogo entre o capelão magnificamente paramentado e o humilde profeta do Senhor, delgado de talhe, e vestindo o trajo tradicional de couro. Nunca mais se encontrariam. Com o olhar místico de vidente, Amós proferiu sua última sentença:

    "Assim diz o SENHOR,
    tua mulher se prostituirá na cidade,
    e teus filhos e tuas filhas cairão à espada,
    e a tua terra será repartida a cordel,
    e tu morrerás na terra imunda,
    e Israel certamente será levado cativo
    para fora da sua terra! " (Am 7:17)

    Amós cumpriu a sua missão ingrata e perigosa. Antes de deixar a nação de Israel, sua terra missionária, ele não perdeu a ocasião de advertir o povo do perigo em que jazia enquanto não voltasse ao Senhor. Quão solenes são os juízos do Altíssimo! Quão soberbo é o coração humano que não acredita num juízo final para todos, inclusive para o povo de Deus! Quão presunçoso aquele que pensa que uma profissão de fé, alguma assistência aos cultos, alguma contribuição ocasional aos cofres sacros compensam a falta de pureza moral, de honestidade, e de compaixão!

    No caminho de volta, Amós anunciou as suas visões apocalípticas, chamando o povo ao arrependimento e à fé no SENHOR. Mas o povo, desde o rei no trono até o homem na rua da capital, endureceu o coração. A cidade parecia tão segura, tão rica, e a vida tão aprazível, que a mensagem de Amós foi tida como a alucinação de um alienado. Nada de conversão em massa. Aparente fracasso da campanha. No entanto, Amós não se desanimou.
    Como todos os profetas do SENHOR, Amós vivia na esperança certa do triunfo final do Senhor. A apostasia materialista de Israel não podia ofuscar os raios rutilantes da glória vindoura do dia do Senhor. Quantos profetas anelaram a sua chegada, falando "daquele Dia!" E assim é que Amós rematou a sua obra monumental, erguendo os olhos para ver um Israel restaurado, um povo de Deus purificado:

    "Naquele dia levantarei o tabernáculo caído de Davi, repararei as suas brechas." (Am 9:11)

    Jeroboão II não era da linhagem de Davi, a quem o Senhor prometera o reino em perpetuidade. Séculos de pois, o apóstolo João, escrevendo a respeito de Jesus, testificou: "E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós" (Jo 1:14). A palavra "habitou" traduz o grego eskenosen que significa literalmente "levantou tenda" ou "levantou tabernáculo". Foi por Jesus que Deus levantou o tabernáculo de Davi, e assim se cumpriu a profecia messiânica escrita por Amós uns sete séculos antes.

    Sob o futuro reino de Cristo haverá a verdadeira prosperidade. Não o privilégio de uma minoria que explora a maioria, mas a conseqüência de todos praticarem a justiça, a compaixão e o amor para com o próximo, seja quem for.

    "Eis que vêm dias, diz o SENHOR,
    em que o que lavra segue logo ao que ceifa,
    e o que pisa as uvas ao que lança a semente;
    os montes destilarão mosto,
    e todos os outeiros se derreterão." (Am 9:13)

    Em nosso mundo do século XX, em que opera ainda a maldição proferida na hora da queda do homem, há uma abundância adequada para todos os quatro bilhões que habitam no planeta. A cobiça, esta praga humana que exige lucros cada vez maiores, faz com que a metade da humanidade tenha fome, enquanto a outra metade vive fartamente, jogando fora milhares de toneladas de comida cada dia. Mas não será sempre assim. Um dia, "naquele dia", quando Cristo tomar conta do mundo, quando houver novos céus e nova terra, cumprir-se-á o último sonho do heróico compeão do Senhor, Amós de Tecoa no sertão, que prometeu:

    "Plantá-los-ei na sua terra,
    e, dessa terra que lhes dei, já não serão arrancados,
    diz o SENHOR teu Deus." (Am 9:15)


    Dicionário

    Alarido

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Barulho excessivo; que está repleto de ruídos; muitas vozes em simultâneo; gritaria, berreiro, algazarra.
    Choradeira, lamurias ou clamor de guerra.
    Etimologia (origem da palavra alarido). De origem questionável.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Gritaria; algazarra
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário de Sinônimos
    gritaria, celeuma, berreiro, vozeria, clamor, bramido, algazarra, tumulto, turba, alvoroço, barulho, bulha, arruído, rumor, borborinho, sussurro, murmúrio, murmurinho. – Alarido – diz d. José de Lacerda – “conforme a origem árabe, significa o clamor que se levanta ao travar-se a peleja. Por extensão, designa a vozeria dos que se travam de razões, contendem ou bulham, e também as vozes lastimosas dos que pranteiam, ou se amesquinham. – Gritaria designa multidão de gritos, ou vozes em confusão e descompassadas. – Celeuma, segundo a origem grega, designa certo canto ou cantilena cadenciosa que os marujos e outros operários entoam quando trabalham para se animarem mutuamente, e compassarem com as vozes, as forças que empregam na manobra, ou no trabalho, etc. Por extensão, dá-se o nome de celeuma à vozeria, grito ou alarido”. – Berreiro é “grito ou gritaria monótona, como o berro de alguns animais”. – Vozeria diz propriamente “multidão confusa de vozes”. – Clamor é “como gritaria grave e aflita, pedindo, protestando, ameaçando”. – Bramido é “clamor de cólera, de ameaça, e até de dores violentas, que fazem mais bramar que gemer”. – Algazarra é adaptação do árabe: era “vozeria, gritaria, que os moiros levantavam em qualquer acometimento ou conflito de guerra.” (Aul.). Incorporamo-lo para designar a desordem e confusão de vozes no meio das quais nada se discerne. – Tumulto é “grande comoção e alarido, desordem estrondosa”. – Turba, na acepção com que figura neste grupo, é “conjunto de vozes desordenadas formando ‘coro de arruídos’”. – Alvoroço é “manifestação estrondosa de alegria, de entusiasmo, ou de ódio”. – Barulho é termo vulgar que corresponde a tumulto: é apenas um tumulto menos grave, de menores proporções. – Bulha será um barulho insignificante, mais arrelia, rusga que barulho. – Arruído é quase tumulto, é “a confusão, a desordem, os motins destacados de uma comoção ou revolta”. – Rumor é mais “eco de vozeria, repercussão de desordem, de arruído que propriamente essas coisas”. – Sussurro é palavra onomatopaica desig- 150 Rocha Pombo nando “rumor menos perceptível e mais confuso”. – Murmúrio é “leve sussurro como de água corrente, ou de viração em arvoredo”. – Murmurinho é como “vozeria abafada, sussurro de multidão falando a um tempo e mal contido”. – Borborinho é também voz onomatopaica, ou talvez desfiguração de murmurinho, tendo a mesma significação.
    Fonte: Dicio

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Alarido Gritaria (Ex 32:17)
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Aliança

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Anel de noivado e casamento.
    Casamento.
    Figurado União, mistura: aliança de autoridade e doçura.
    Arca da aliança,
    v. ARCA.

    Aliança de palavras, aproximação de duas palavras contraditórias formando uma expressão original; oxímoro. (Ex.: Ele vê o invisível e escuta o silêncio.).
    Antiga aliança, pacto que, segundo a Bíblia, Deus concluiu com Adão, Noé, Abraão e Moisés.
    Nova aliança, a religião cristã, e seus livros sagrados.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Etimológico
    Vem do latim alligare, "compor, ligar-se a". Já no português medieval significa um comprometimento mútuo, seja no sentido religioso, político ou jurídico. Na tradição bíblica, houve duas Alianças entre Deus e os homens: o Novo Testamento corresponde ao cristianismo (a Nova Aliança), enquanto o Antigo corresponde ao judaísmo (a Antiga Aliança). Acredita-se que o povo judeu transportava, em seu êxodo, uma arca com as Tábuas da Lei que Moisés recebeu no Monte Sinai, contendo os Dez Mandamentos: a legendária Arca da Aliança, que Indiana Jones encontra no filme Os Caçadores da Arca Perdida. A partir do séc. 13, aliança passa a significar também "laço matrimonial que une duas famílias", até que, alguns séculos depois, assume o seu significado atual de "anel de casamento".
    Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

    Dicionário Bíblico
    Concerto, pacto. Era um contrato, ou convenção que solenemente se realizava entre homem e homem, ou entre homem e Deus. Exemplos do primeiro caso ocorrem em Gn 21:27, e 31,44,45 – Js 9:6-15. o concerto entre Deus e o homem de tal modo predomina nas Escrituras que definitivamente se deu ao Cânon já completo os títulos do Antigo Testamento (isto é, a antiga aliança), e Novo Testamento. l. o Antigo Testamento. A palavra ‘aliança’ é usada, primeiramente, falando-se das promessas de Deus a Noé (Gn 6:18 – 9.9 a
    16) – mas o fato característico de um pacto entre Deus e o Seu povo escolhido, israel, principia em Abraão, com as promessas a este feitas nos caps. 12 a 15 do Gênesis, ratificadas por solene concerto ritual, sempre repetidas e ampliadas (Gn 17:19-22.16). Da parte de Abraão se manifestava a fé (15,6) e a obediência (17.1,9 : 22.16). Conforme ao estabelecido nessa aliança, começa a narração do Êxodo, assentando que Deus ‘lembrou-se da sua aliança com Abraão, com isaque e com Jacó’ (Êx 2:24). A promulgação da Lei no monte Sinai foi preparada com a recordação de ter Deus libertado israel, e com as promessas de outras bênçãos sob condição de obediência. Moisés escreveu todas as palavras do Senhor’ no ‘Livro do Concerto’, e depois dos sacrifícios expiatórios leu-o diante do povo, que respondeu: ‘Tudo o que falou o Senhor, faremos, e obedeceremos’ – e depois disto ele aspergiu o povo com ‘o sangue da aliança’ (Êx 19:4-6 e 24.4 a 8). É a este pacto que geralmente se fazem referências por todo o A. T., e em notáveis declarações do N.T. As tábuas da Lei foram, mais tarde, colocadas na ‘Arca da Aliança’, que era considerada como símbolo do SENHoR, e lugar da Sua manifestação (Êx 25:21, etc.). E assim como ‘comer do sal de qualquer homem’ significava um penhor de amizade, assim ‘o sal da aliança’ devia ser acrescentado a toda a oferta de manjares, como lembrança santa dos sagrados laços entre Deus e o Seu povo escolhido (Lv 2:13 – *veja Nm 18:19 – 2 Cr 13.5). o pacto de uma perpétua realeza na descendência de Davi (2 Sm 23,5) acha-se consignado em 2 Sm 7. As referências que no A.T. se fazem à Aliança estabelecida entre Deus e o Seu povo são abundantes, com a declaração de que houve quebra da parte dos israelitas, que se esqueceram do concerto, transgredindo as determinações divinas. Todas estas incriminações culminam na grande profecia de Jr 31:31-34, que anuncia ‘uma nova aliança’, não somente exigindo obediência, mas criando aquele poder de amor, cuja lei deve estar escrita no coração. No cumprimento desta profecia passamos da antiga aliança para a nova. 2. A Nova Aliança (para o sentido da palavra testamento, *veja Testamento). Segundo a mais antiga narração da instituição da Santa Ceia, Jesus disse: ‘Este cálice é a Nova aliança no meu sangue’ 1Co 11:25 – *veja Mt 26:28Mc 14:24Lc 22:20). Há, aqui, uma referência ao Êxodo(24,8) – Jesus ia criar uma nova relação entre Deus e os homens, fundada como a antiga sobre o sacrifício, o sacrifício de Si próprio. No desenvolvimento desta verdade, nos escritos do N.T., os apóstolos concentram de um modo natural todo o poder da nova aliança no sangue de Cristo (Rm 3:25 – Ef1.7 – Hb 9:14 – 1 Pe 1.19 – 1 Jo 1:7Ap 1:5, etc.). o pensamento da própria aliança é proeminente em 2 Co 3.6 – Gl 3:15, e especialmente em Hb 8:10-12.24 e 13.20. *veja na palavra Testamento outros pontos de vista.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário de Sinônimos
    liga, confederação, coalizão. – “Aliança é a união de vontades e forças para fins determinados. A aliança entre soberanos (ou entre Estados) forma-se por via de tratados; e as condições, com que é estabelecida, convertem-se em regras de direito público, que obrigam as nações que se aliaram”. – Liga é uma semelhante união, porém menos duradoira, e não requer as formalidades com que se estipulam as alianças, nem produz resultados iguais. Aliança diz-se com respeito às pessoas e às coisas; porém liga, comumente, refere-se às pessoas. A palavra aliança toma-se indiferentemente, podendo ser boa ou má; pelo contrário a palavra liga toma-se quase sempre em mau sentido. – Confederação é “uma união, que, para realizar-se, supõe maior formalidade; e tem lugar mediante convenções particulares, entre reis, povos, corporações, etc.” (D. José de Lacerda). – Coalizão – diz Bruns., – “é uma espécie de liga momentânea, e dela difere em que a liga se celebra geralmente entre Estados, ou entre partidos que não têm interesses opostos; enquanto que a coalizão se faz entre Estados, ou entre partidos que, em circunstâncias normais, têm interesses ou sustentam princípios diametralmente contrários. A coalizão visa a um fim; conseguido este, cada Estado, ou cada partido volta ao seu anterior antagonismo, ou à anterior indiferença”.
    Fonte: Dicio

    Dicionário de Sinônimos
    união, casamento, consórcio, matrimônio, núpcias, bodas, noivado. – Neste grupo, “a palavra aliança refere-se ao que da união é aparente e se relaciona com as convenções sociais. Assim dizemos que a diferença de religião, a desproporção das fortunas, etc., não impediram a aliança de duas famílias. Há homens que contraem alianças que não estão em relação com a nobreza da sua prosápia. – União é a palavra que mais se relaciona com as conveniências pessoais dos cônjuges. Duas pessoas de gostos diametralmente opostos formam uma união desgraçada. – Casamento é o vocábulo que exprime a associação do homem e da mulher, sem nenhuma outra ideia acessória”. (Bruns.). – Matrimônio, segundo Roq., exprime o contrato, entre homem e mulher, pelo qual dá um ao outro poder sobre seu corpo. É termo genérico do direito das gentes, que se refere precisamente ao contrato, sem relação necessária às leis religiosas ou civis de cada nação. – Núpcias é palavra latina, nuptiœ, e refere-se propriamente às solenidades legais, ao rito e aparato com que costuma celebrar-se o matrimônio. – Bodas, do castelhano boda, significa o festim doméstico, o banquete nupcial, com que se soleniza esta festa de família. – Noivado é “expressão vulgar com que se designa a cerimônia religiosa do matrimônio católico, e também as bodas que a este se seguem”.
    Fonte: Dicio

    Quem é quem na Bíblia?

    Quando estudamos os personagens bíblicos, é importante entender não só o contexto social, geográfico e histórico de cada um, mas também sua situação espiritual. Qualquer discussão sobre eles, quanto à sua posição teológica, deve levar em conta o tratamento de Deus para com o seu povo como a nação do pacto. O vocábulo “aliança” é uma designação especial do relacionamento que Deus graciosamente estabeleceu e por meio do qual mantém uma estreita comunhão com seres humanos frágeis e pecaminosos, geração após geração. O AT fala sobre várias alianças. Todas elas foram reunidas debaixo de um mesmo guarda-chuva na “nova aliança” confirmada na morte sacrificial do Senhor Jesus Cristo. Todas as alianças de Deus na Bíblia são graciosas por natureza. As da graça são convenientemente divididas em duas épocas: a da Antiga e a da Nova Aliança.

    A Antiga Aliança

    A Antiga Aliança (AA) é a administração soberana da promessa e da bênção, por meio das quais o Senhor Deus consagrou Israel como seu povo, sob a sanção de sua santa Lei. Foi uma boa aliança, que serviu como preparação para a Nova Aliança (NA). A excelência da NA pode ser melhor apreciada quando estudada à luz da AA.

    Aliança no antigo Oriente Próximo

    A etimologia da palavra hebraica para aliança, berît, é incerta. Várias alternativas foram sugeridas, mas até o momento nenhuma delas recebeu a aceitação geral. A prática, contudo, de se fazer aliança, é bem conhecida. Os heteus tinham uma forma bem desenvolvida, que incluía seis partes:
    (i): preâmbulo (introdução das partes); (ii) prólogo histórico (pano de fundo das relações no passado); (iii) estipulações; (iv) preservação (detalhes sobre onde o documento seria guardado e quando seria lido);
    v. lista de testemunhas (muitas vezes eram deuses, no Antigo Oriente Próximo) e (vi) uma relação de bênçãos e maldições. Embora as formas das alianças fossem diferentes em cada nação, é indiscutível o fato de que o conceito da aliança era bem arraigado na prática legal no Oriente Próximo.

    O vocábulo “aliança” é aplicado ao acordo entre iguais (alianças entre dois indivíduos, como, por exemplo, o pacto entre Jônatas e Davi) e entre um rei/senhor feudal e seus súditos (aliança feudal). O relacionamento dentro da aliança envolvia privilégios e responsabilidades. Assegurava às partes envolvidas compromisso e proteção mútuos, pela observação das estipulações impostas por ambas as partes. A formalização da aceitação dos termos da aliança freqüentemente era acompanhada pelo ritual da morte de um animal, o qual era esquartejado, e uma ou ambas as partes submetiamse à maldição de ter a mesma sorte, caso infringisse os termos da aliança.

    Aliança como uma metáfora

    O conceito bíblico de aliança deve ser avaliado contra o pano de fundo do Antigo Oriente. Deus tomou uma prática legal comum e usou-a para definir a comunhão entre Ele e seu povo. Dessa maneira, a aliança é uma ilustração ou uma metáfora da comunhão do Senhor com os seres humanos. Essa metáfora é rica e variegada na Bíblia, pois a aliança define o relacionamento entre as partes, delineia os termos (privilégios e obrigações), fortalece a lealdade ao Senhor (bênçãos e maldições), contextualiza o relacionamento com outra geração (cerimônia da renovação) e sofre transformações (Antiga em Nova Aliança, nacional/familiar em aliança universal).

    A Aliança com a Criação

    O pano de fundo da AA é encontrado em duas alianças prévias: a aliança com a Criação e a aliança com Abraão. Na primeira, o Senhor assumiu um compromisso com toda a existência e incluiu os seres humanos. Embora a terminologia da aliança não seja usada formalmente em Gênesis 1:2, a ideia é implícita. Ela se torna explícita na narrativa do Dilúvio, na qual o senhor prometeu a Noé que confirmaria a aliança, a despeito da destruição causada pelo dilúvio. “Mas contigo estabelecerei a minha aliança” (Gn 6:18; cf. Os 2:18; Is 54:9). Depois do Dilúvio, o Senhor confirmou sua aliança com Noé, de acordo com a qual prometeu preservar a vida sobre a Terra (Gn 9:8-17), enquanto tornava os seres humanos responsáveis pela preservação de suas próprias vidas (vv. 4-6).

    A Aliança Abraâmica

    Promessa e bênção A base da AA é a aliança com Abraão; de acordo com ela, Deus prometeu estar com ele, aumentar sua família, estar com seus descendentes, protegêlos na terra de Canaã e torná-los uma fonte de bênçãos para as nações (Gn 12:2-3). O Grande Rei prometeu proteger e livrar seus súditos (Gn 15:1-17). Essa promessa de estar entre os seres humanos como o Emanuel (Deus conosco; Is 7:14; Is 8:8) não era algo novo na história da redenção. Afinal, o Senhor prometera proteger Caim (Gn 4:15). A novidade era que Deus comprometeu-se com uma família, para ser seu protetor. A certeza de sua proteção é ainda mais ampla pela promessa de sua bênção. Como a proposta era a palavra de Deus para livrar seu povo, a bênção era sua promessa de assegurar prosperidade, felicidade e segurança.

    Tanto a promessa como a bênção foram incorporadas na Aliança Abraâmica (Gn caps. 15 e 17). O pacto foi feito inicialmente entre Abraão e o Senhor numa cerimônia solene de sacrifício (Gn 15). Deus andou entre as partes dos animais sacrificados, e garantiu assim que a responsabilidade pelo cumprimento das condições da aliança era do Todo-poderoso. As promessas e bênçãos foram reafirmadas e elaboradas numa confirmação do pacto, pouco antes do nascimento de Isaque (Gn 17).

    Renovação A proteção de Deus vai além de nossa imaginação. O Senhor confirmou as promessas e a aliança com Isaque e Jacó, porque era fiel à sua palavra de estar com os descendentes de Abraão. Israel veio a conhecê-lo como o Deus que ultrapassava as gerações, “o Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó” (Ex 3:6). Quando o Senhor renovava sua aliança com cada nova geração, desejava que o povo de Israel também reafirmasse seu pacto. A renovação era importante na história da redenção, quando os participantes compartilhavam da identificação histórica com um legado e um convite para participar. O Senhor abriu os privilégios da aliança para todos os descendentes de Abraão. Ainda assim, implícita na herança do pacto estava também a promessa de que todos os reinos e nações seriam participantes com os descendentes de Abraão: “Quanto a mim, é esta a minha aliança contigo: Serás pai de muitas nações” (Gn 17:4). Essa dimensão abriu uma cláusula de proteção para todos os gentios que buscassem abrigo no Deus de Abraão durante a AA e serviu como preparação para a perspectiva cósmica da NA.

    Fé viva A Aliança Abraâmica também é o pano de fundo, de outras maneiras, para a AA. Primeiro, mantém a fé viva como requisito da fidelidade ao pacto. Confiança total é a essência do que Deus requer do homem: “Anda na minha presença, e sê perfeito” (Gn 17:1). Como um resumo da vontade do Senhor, ela inclui duas dimensões.
    (1). É uma confiança em Deus e na sua liberdade de livrar quando e da maneira que Ele escolher. Abraão tinha tal fé: “Creu Abraão no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça” (Gn 15:6). Deus lhe fizera promessas e, embora sem saber como o Senhor faria para cumprir sua palavra, ele se submeteu à sua soberania.
    (2). Fé viva também inclui a dimensão ativa de lealdade, por meio da demonstração do amor a Deus e pela obediência à sua vontade. O Senhor esperava que Abraão fosse um homem íntegro (Gn 17:1), que modelaria e ensinaria seus filhos na piedade: “Pois eu o escolhi para que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, para que pratiquem a justiça e o juízo, a fim de que o Senhor faça vir sobre Abraão o que acerca dele tem falado” (Gn 18:19).

    A fé viva, como uma expressão de submissão e lealdade, pode ser testada. Repetidamente o Senhor comprovou a fé de Abraão por meio da fome, da esterilidade de Sara e da rivalidade. O teste mais severo de sua lealdade aconteceu quando Deus pediu seu filho Isaque em sacrifício (Gn 22). Depois da morte dele, o Senhor o elogiou, devido à sua vida piedosa: “Porque Abraão obedeceu à minha voz, e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis” (Gn 26:5).

    Eleição Segundo, a ideia de eleição é prevalecente. Assim como o Senhor feudal pensa com quem fará uma aliança, Deus escolheu livremente a Abraão. Essa posição privilegiada não foi concedida a ele por mérito: “Pois eu o escolhi” (Gn 18:19). Além do mais, a posição de Israel também foi adquirida pela graça, pois a escolha deles não foi devido à sua justiça: “Não é por causa da tua justiça, nem pela retidão do teu coração que entras a possuir a sua terra, mas pela impiedade destas nações o Senhor teu Deus as expulsa de diante de ti, e para confirmar a palavra que o Senhor teu Deus jurou a teus pais, Abraão, Isaque e Jacó” (Dt 9:5).

    A presença de Deus Terceiro, o foco central na Aliança Abraâmica é a promessa da presença de Deus: “Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência depois de ti em suas gerações, como aliança perpétua, para ser o teu Deus, e da tua descendência depois de ti” (Gn 17:7; cf. 26:3). Essa mensagem envolve três aspectos.

    (1). É a base para o cumprimento das promessas e o recebimento da sua bênção. Essa dimensão é mais desenvolvida no ensino bíblico sobre o reino de Deus.


    (2). É a base para a ética exigida pelo Senhor como um comportamento adequado em sua presença (Gn 17:1). Essa ideia desenvolve-se melhor na legislação da AA e também no ensino sobre o custo do discipulado, ou seja, os requisitos para se entrar no reino de Deus.


    (3). É a base para a escatologia. Diante da realidade das adversidades da vida, o homem piedoso coloca sua esperança na promessa de Deus de que Ele habitará entre seu povo. Sua presença é a garantia da proteção contra as dificuldades e a segurança de sua bênção. Essa dimensão é mais desenvolvida: no Tabernáculo/Templo, na AA; no advento de Jesus Cristo e do Espírito Santo, na NA; e na esperança da gloriosa vinda do Senhor. Deve ficar bem claro que existem muitas conexões entre a AA e a NA. A AA é preparatória da NA, pois prepara o leitor do Novo Testamento para entender conceitos tais como reino de Deus, o custo do discipulado e a importância da ética à luz da promessa da vinda de Jesus em glória.

    A fidelidade de Deus

    A base para a AA é a imutável promessa da fidelidade de Deus. A reputação do Senhor está em jogo nas experiências do seu povo. O evento do Êxodo foi o contexto concreto no qual Deus demonstrou sua fidelidade à Aliança Abraâmica. Depois de muitos anos de escravidão, Ele tirou seu povo do Egito, sob a liderança de Moisés, em meio a muitos sinais e maravilhas. O Êxodo foi o momento histórico que marcou o fato de Deus separar um povo para si. Esse momento dramático tornou-se ainda mais significativo por dois acontecimentos subseqüentes. Primeiro, a passagem pelo meio do mar Vermelho confirmou o poder de Yahweh para sobrepor-se aos poderes militares e políticos deste mundo, bem como às estruturas religiosas do Egito. Somente Ele é Deus: “Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu glorificado em santidade, terrível em louvores, operando maravilhas?” (Ex 15:11). Segundo, a revelação no monte Sinai marcou a constituição de Israel como o povo de Deus. Essa revelação é singularmente importante. Revela o amor do Todo-poderoso por seu povo: “Vistes o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a mim” (Ex 19:4). Assim como o Êxodo marca sua fidelidade à promessa patriarcal, ao lidar bondosamente com os descendentes dos patriarcas, a revelação do Sinai marca o propósito de Deus de estabelecer seu reino entre seu povo: “Embora toda a terra seja minha, vós me sereis reino sacerdotal e nação santa” (Ex 19:5-6).

    A lei de Deus

    O povo recebeu um sublime chamado, para ser “um reino sacerdotal e nação santa” (Ex 19:6). Para servir ao Senhor, contudo, era necessário que Israel soubesse como agradá-lo. Para essa finalidade, a revelação do Sinai iniciou uma nova relação entre os israelitas e Deus. Por um lado, o relacionamento era pela graça, pois Ele se comprometera a ser o Senhor de seu povo e habitar no meio dele (Ex 29:45-46); o símbolo dessa habitação era o Tabernáculo. Por outro lado, a relação implicava também em que Deus apresentasse os requisitos para que os israelitas vivessem em sua presença e soubessem quanto às punições (sanções) pela desobediência.

    A “lei” foi o símbolo desse relacionamento. Seus requerimentos adquirem um aspecto sinistro à luz da rebelião de Israel. Durante os 40 anos no deserto, eles resistiram ao senhorio de Deus — antes, durante e depois do Sinai. Essas duas dimensões — graça e punição — criaram uma tensão que encontrou uma solução somente na Nova Aliança.

    A Aliança

    A definição da AA combina esses dois pontos de tensão: a AA é a administração soberana de promessa e bênção, pela qual o Senhor Deus consagrou Israel como seu povo, sob a aprovação de sua santa Lei.

    A aliança é boa De acordo com essa definição a AA tem quatro aspectos. Primeiro, a aliança é um relacionamento soberano e gracioso. Como qualquer pacto iniciado por Deus, o relacionamento é do tipo rei/vassalo. O Senhor escolhe, inicia e determina com quem e como Ele se relaciona. Ele se compromete a ser um Senhor gracioso, prometendo e mantendo sua promessa. A Aliança Mosaica não é diferente nesse aspecto.

    Segundo, promessas e bênçãos fazem parte da aliança. Estão intimamente ligadas na herança de Israel, “terra que mana leite e mel” (Dt 11:9). Os recursos de Canaã são expressões concretas da bondade de Deus: “Então darei a chuva da vossa terra a seu tempo, as primeiras e as últimas, para que recolhais o vosso trigo, o vosso vinho, e o vosso azeite. Darei erva nos vossos campos ao vosso gado, e comereis e vos fartareis” (Dt 11:14-15; cf 7:13; cf 28:3-6). Na experiência concreta da vida dos israelitas em Canaã, encontramos uma importante expressão do cuidado de Deus por seu povo e sua criação. A existência deles prefigura a promessa do Senhor de fazer uma nova criação, na qual o seu povo encontrará descanso e segurança.

    Terceiro, o povo é consagrado ao Senhor. Toda a nação foi dedicada ao Senhor, apesar de a maioria do povo não ter fé nele. Deus considerava Israel como uma nação e tratou os israelitas favoravelmente, devido ao fato de serem descendentes de Abraão. Eles são santos em sua natureza, ou seja, separados de qualquer coisa que o Senhor tenha criado. Como o Santo de Israel, Deus escolheu os hebreus para ser seu povo, isto é, foram separados para Ele. O relacionamento íntimo entre Deus e os israelitas seria a base da ética: “Sede santos porque eu, o Senhor vosso Deus, sou santo” (Lv 19:2; cf.1Pe 1:15-16).

    Quarto, a Lei tem um lugar proeminente. A obediência à Lei é um importante aspecto da AA. O Decálogo (leis morais) apresenta o que o Senhor espera dos membros da comunidade da aliança com relação a Si mesmo (adoração e cerimonial) e com relação uns aos outros (Ex 20:2-17). Outros mandamentos ampliam o Decálogo. Estão em duas categorias; leis que especificam a vida de adoração a Deus (leis cerimoniais e relacionadas com o culto) e leis que regulam especificamente o relacionamento com o próximo (leis civis). Essa maneira de olhar para os mandamentos do Senhor tem levado à tradicional divisão: lei moral, cerimonial e civil. Embora a diferenciação seja bem definida, acontecem interseções. Por exemplo, no sábado (lei cerimonial), um indivíduo não deveria contratar o trabalho de outro israelita (lei civil). Muitas leis civis têm implicações morais distintas, como o falar a verdade (lei moral) diante de um tribunal (lei civil).

    No coração do sistema legal está o que é também o cerne do relacionamento na aliança. É um meio de ensinar aos israelitas como devem andar diante do Senhor e ser um povo íntegro, como aconteceu com Abraão (Gn 17:1). Isso foi mais bem entendido pelos profetas. No livro de Jeremias, Deus disse: “Eu sou o Senhor, que faço misericórdia, juízo e justiça na terra, porque destas coisas me agrado, diz o Senhor” (Jr 9:24). No livro de Miquéias, Deus falou algo similar: “Ele te declarou, ó homem, o que é bom. E o que é que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus?” (Mq 6:8; cf. Os 6:6). A lei reflete o caráter de Deus. Por meio das regulamentações detalhadas, Ele ensinou ao povo qual era sua definição de amor, justiça, fidelidade e misericórdia. Se não fosse pela Lei, o povo não saberia o que o Senhor requer dos seres humanos. O ensino de Jesus sobre o amor a Deus e ao próximo é uma interpretação do que já fora ensinado no Antigo Testamento. Assim, sua ênfase também é na fé viva como o requisito essencial e em andar na presença do Senhor como o motivo principal para a vida.

    O Senhor também disse ao seu povo que o pecado, tanto individual como corporativo, deveria ser incluído no tratado. As leis das ofertas e dos sacrifícios (Lv
    7) demonstram a gravidade de qualquer infração aos mandamentos, como também a santidade de Deus. A presença do Senhor no meio do povo era incompatível com o pecado. Portanto, os indivíduos deveriam confessar suas transgressões diante de Deus e sacrificar um animal, conforme prescrito na Lei de Moisés, como “propiciação” pelos pecados. Para assegurar que nenhuma transgressão não confessada na comunidade jamais quebrasse a comunhão do povo com Deus, a fim de não incorrer na ira divina, o sacerdote entrava no Santíssimo Lugar, um vez por ano, no dia da Expiação, para santificar a “santa morada de Deus”. Além disso, os indivíduos faziam ofertas em ação de graças, as quais retratavam a expressão de gratidão a Deus por sua bondade; eram feitas também ofertas comunitárias, quando então celebravam, como comunidade, o privilégio de fazerem parte da aliança.

    A Aliança é temporária A AA era deficiente em quatro pontos. Primeiro, a Lei revela o pecado e torna o pecador culpado (Rm 5:13). O AT não esconde os pecados dos santos, quando os sacerdotes, os reis e o povo em geral transgridem os mandamentos de Deus. A Lei como sistema é aterradora, porque a quebra de uma parte torna-se a transgressão de todo o relacionamento da aliança (Tg 2:10).

    Segundo, a obediência à Lei não pode prover propiciação pelo pecado. A transgressão quebra a comunhão com Deus. As muitas estipulações concernentes às ofertas e aos sacrifícios servem como um lembrete do pecado individual e corporativo e a constante deficiência do ser humano diante do Senhor. A Lei revelou a pecaminosidade e a rebelião do homem. A morte de Jesus Cristo satisfez essa deficiência, de uma vez por todas: “Por isso ele é o mediador de uma nova aliança, para que, intervindo a morte para remissão dos pecados que havia sob a primeira aliança, os chamados recebam a promessa da herança eterna” (Hb 9:15; veja também Hb 8:9).

    Terceiro, mesmo quando os santos experimentavam uma transformação pela obra do Espírito Santo em suas vidas, na AA, o Espírito geralmente não estava presente com poder e glória como atua agora nos cristãos. A obra do Espírito Santo desde o advento de Cristo explica uma mudança radical; a Lei é um guia que guarda alguém de cometer transgressão, de forma que, antes do Pentecostes, ela era um professor, pois ensinava, por meio de seus muitos detalhes, como o povo de Deus devia viver. Quarto, as punições estão ligadas a qualquer infração da Lei. A maldição (Dt 28:15-68) ameaçava constantemente o povo de Deus, privando-o da alegria da salvação. Desse ponto em diante, Israel deveria viver com a tensão entre obediência e desobediência, bênção e maldição, libertação e rejeição. O Senhor Jesus carregou a maldição da Lei por nós (Gl 3:13) e, dessa maneira, nos libertou desse aspecto negativo da AA.

    Uma perspectiva profética

    Os profetas falaram de um novo começo, quando previram o final da antiga dispensação, caracterizada pela rebelião, idolatria e orgulho humano. Muitos israelitas sentiam-se aceitos por Deus por meio de seu compromisso religioso com o Templo, os sacrifícios e as orações (Is 1:11-16). Esqueciam facilmente o que o Senhor realmente desejava: obediência, em vez de sacrifícios, e lealdade mais do que religiosidade (Mq 6:6-8). Os israelitas entenderam muito pouco que o juízo de Deus estava prestes a dizimá-los, lançar os sobreviventes em desgraça e forçá-los a fazer perguntas, tais como: “O Senhor nos abandonou para sempre?” (Is 64:12; Lm). Tinham transformado o Santo de Israel em um simples fetiche. Por isso, os profetas pintaram um quadro sobre o futuro exílio e falavam sobre as ruínas do Templo, dos palácios e de Jerusalém, para um povo obstinado. Os exílios assírio e babilônico representaram uma ruptura no relacionamento da aliança, quando o Templo e o reinado dos descendentes de Davi deixaram de existir. Os sacerdotes não podiam mais servir de intermediários. Os reis não podiam mais protegê-los. Ao invés disso, as maldições descritas na aliança os alcançaram: adversidades, perda da produtividade, esterilidade, enfermidades, desastres naturais, fome, guerras, morte e finalmente o exílio para as 12 tribos (Dt 28:15-68; Dt 30:1-5).

    Mas os profetas previram a restauração da terra e o surgimento de um novo povo que retornaria do exílio. Como Moisés predissera a deportação como juízo divino (Dt 28:64-68), assim também eles falaram sobre um novo começo após o exílio. A experiência da deportação deveria fazê-los ficar de joelhos, quando a angústia se abatesse sobre os sobreviventes: “Nem ainda no meio dessas nações acharás repouso, nem a planta do teu pé descansará, pois ali o Senhor te dará tremor de coração, desfalecimento de olhos, e desmaio de alma. A tua vida estará suspensa como por um fio diante de ti, e viverás sobressaltado de noite e de dia, e não acreditarás na tua própria vida. Pela manhã dirás: Ah! quem me dera ver a noite! E à tarde dirás: Ah! quem me dera ver a manhã! por causa do medo que tomará conta do teu coração, e pelo que verás com os teus olhos” (Dt 28:65-67).

    A base para a proclamação da esperança também repousa na AA. Moisés tinha encorajado o povo a voltar para Deus em sua angústia: “E te converteres ao Senhor teu Deus, tu e teus filhos, de todo o teu coração e de toda a tua alma, e deres ouvidos à sua voz conforme tudo o que te ordeno hoje, então o Senhor teu Deus te fará voltar do teu cativeiro, e se compadecerá de ti, e tornará a ajuntar-te dentre todas as nações entre as quais te espalhou” (Dt 30:2-3). Ele delineou os passos para a reconciliação: arrependimento (vv. 2,3); circuncisão do coração (v.6); obediência de todo o coração (vv. 8,10); e o deleite do Senhor em seu povo (v.9). Dois desses passos são expressões da responsabilidade humana: arrependimento e obediência. Os outros dois são obra de Deus: circuncisão do coração (requisito para arrependimento e obediência) e prazer do Senhor em seu povo. O relacionamento da aliança pode ser assim restaurado. Esse era essencialmente o evangelho de Moisés.

    O evangelho de Moisés encontrou eco nos profetas. Isaías falou sobre o exílio e a restauração motivada pela mudança da ira para misericórdia: “Por breve momento te deixei, mas com grande compaixão te recolherei” (Is 54:7). A restauração do exílio foi o início de uma renovação da aliança: “Embora as montanhas se desviem, e os outeiros tremam, contudo o meu constante amor não se desviará de ti, nem será removida a aliança da minha paz, diz o Senhor, que se compadece de ti” (Is 54:10).

    Ezequiel representou o passado e o futuro em termos de pastores ímpios (Ez 34:110), comparados com o Bom Pastor. Os primeiros levaram as ovelhas à destruição. O Bom Pastor faria uma aliança de paz, a fim de reverter a maldição em bênção (Ez 37:26) e garantir segurança e transformação espiritual do povo (v. 28), mediante a habitação de Deus no meio dele: “Porei o meu santuário no meio deles para sempre. O meu tabernáculo estará com eles; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (vv. 26,27).

    Somente Jeremias usou a frase “nova aliança” (Jr 31:31; cf. Hb 8:8-12). A NA é primeiramente e acima de tudo uma renovação da AA. Apesar disso, a restauração é uma aliança melhor, na qual há provisão para uma mudança de coração, uma motivação interna, uma democratização, o conhecimento de Deus e perdão (Jr 31:33-34). A menção dessa passagem em Hebreus 8:8-12 — a mais longa citação de um texto do AT — é um importante comentário sobre Jeremias 31. O autor conecta a NA não somente com o retorno do exílio, mas especialmente com o advento de Jesus Cristo. A fidelidade de Deus para com Israel na época da restauração foi uma preparação para sua obra de graça e redenção em seu Filho Unigênito.

    Moisés e os profetas estavam em sintonia na estimativa que fizeram quanto à AA. Haveria outra aliança, na qual o povo de Deus conheceria e serviria ao Senhor de todo o coração.


    A Nova Aliança

    O ensino de Jesus sobre a Nova Aliança

    O Senhor Jesus nasceu sob a AA e cumpriu perfeitamente a Lei de Moisés. Contrariamente à perspectiva de muitos, Ele não aboliu a Lei de Deus ou argumentou contra ela com os fariseus. Pelo contrário, colocou de lado as tradições humanas e interpretou a Lei da maneira que o Senhor tencionava que seu povo aprendesse sobre a prática do amor, da compaixão e da justiça. Mateus registra o compromisso de Jesus para com a Lei, nestas palavras: “Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim para destruí-los, mas para cumpri-los. Em verdade vos digo que até que o céu e a terra passem, nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido. Qualquer que violar um destes mais pequenos mandamentos, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus” (Mt 5:17-19). Jesus era perfeito em sua obediência ao Pai e renunciou à própria vida para poder levar os seres humanos à presença de Deus. Sua vida e ensino testificam tanto sobre o seu zelo pela santidade do Senhor como sobre sua compaixão pelos pecadores.

    A Igreja é o corpo dos salvos pelos quais Cristo morreu. Jesus comparou a Si mesmo com o pastor que se dispõe a dar a vida pelas ovelhas (Jo 10:11). A morte de Cristo é a mais elevada demonstração de sua lealdade para com o Pai, mas também marca a transição da Antiga para a Nova Aliança. O sacrifício de sua vida pela Igreja encerrou a época dos sacrifícios, do Templo, do sacerdócio e das cerimônias. A Igreja lembraria sua morte como uma confirmação da nova comunhão que o Pai estabeleceu com todos os que crêem no Filho. Eles participam da NA, sobre a qual Jesus falou pouco tempo antes de morrer: “Este é o cálice da Nova Aliança no meu sangue derramado por vós” (Lc 22:20).

    O testemunho apostólico

    Os apóstolos continuaram o testemunho de Cristo. Pregaram que Jesus é o Messias de Deus. É o legítimo descendente de Davi que está sentado no seu trono, à destra do Pai (At 2:30). Cristo é o fiel sacerdote que, por meio de sua vida, morte, ressurreição, ascensão e glorificação, tem a posição privilegiada de reconciliar os pecadores com Deus. A Igreja como a nova comunidade do Senhor participa da nova aliança da graça, a qual pode ser definida como “uma administração da graça e da promessa”, na qual o Pai consagra um povo — gentios ou judeus — para si, em união com seu Filho. Dessa maneira Ele confirma a nova posição deles pela presença regeneradora e santificadora do Espírito Santo, que sela os salvos para o dia da redenção. Os “sinais e selos” da NA são o batismo e a ceia do Senhor. O primeiro é o sinal que sela a graça de Deus e confirma a nova vida em Cristo. O segundo é o sinal que sela a graça de Deus e confirma os benefícios do Senhor Jesus nesta vida e para sempre.

    Paulo

    O apóstolo Paulo ensinou que a comunhão na NA está baseada na AA e é uma continuação dela. Em Romanos 1:8 ele desenvolve uma extensa argumentação sobre a universalidade do pecado, a condenação de Deus e o estado dos homens sem Cristo. Toda a humanidade está condenada à morte eterna, devido à sua identificação com Adão (Rm 5). Em Cristo, entretanto, o crente é uma nova criatura, é escravo da justiça (Rm 6:19), é filho de Deus por adoção e compartilha da nova herança por meio do Espírito Santo (Rm 8).

    Apesar disso, a Lei ainda é um instrumento da graça que leva à justiça: “De sorte que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus...” (Rm 7:25). Paulo também escreveu: “A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros, pois quem ama ao próximo cumpriu a lei” (Rm 13:8; cf. vv. 9,10). Claramente, a AA era uma administração da graça, conforme Paulo pondera sobre seus muitos benefícios: “Pertencem-lhes a adoção de filhos, a glória, as alianças, a lei, o culto e as promessas. Deles são os patriarcas, e deles descende Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém” (Rm 9:4-5).

    A adoção de filhos Os judeus são “israelitas”, uma designação pela qual eles próprios referem-se uns aos outros. Paulo, como judeu, identificou-se com seu povo mais intimamente: “Meus irmãos, que são meus compatriotas, segundo a carne. São israelitas” (vv. 3,4). O vocábulo “israelita” aqui significa “eleito de Deus, o povo da aliança do Deus Único”. São os herdeiros das promessas e das alianças.

    Em que sentido eles eram também filhos de Deus por adoção? Enquanto o AT é reticente na descrição da comunhão de Deus com o povo de sua aliança, em termos de adoção, o apóstolo interpreta a condição privilegiada dos israelitas à luz da ficção legal romana. A adoção pertence aos judeus! Vários argumentos sustentam essa conexão. Primeiro, Deus chamou Israel para ser seu filho, seu primogênito (Ex 4:22; Dt 14:1; Dt 32:6-18: Is 1:2; Is 43:6; Is 45:11; Is 64:8; Jr 31:9; Os 1:10; Os 11:1, Ml 2:10). Segundo, Isaías apelou para a fidelidade do Senhor para com a aliança com base no relacionamento Pai-filho (Is 63:16; Is 64:8). A complementação do apóstolo à metáfora da adoção é extremamente importante. Em vez de interromper a continuidade entre a AA e a NA pela definição da AA como uma perda da adoção, ele demonstra essa experiência dentro da ideia de adoção!

    A glória Algumas traduções interpretam o texto original grego, onde fala simplesmente “a glória”, como a “glória do Senhor”. A frase é usada para referir-se à revelação da glória de Deus para Israel (Ex 24:15-17; Ex 40:34-35). Yahweh revelou sua glória no Sinai (Ex 19:24-15-17; 40:34-35). O Tabernáculo/Templo era o foco da revelação da glória do Senhor ((Ex 29:42-46). A glória perdida foi readquirida em Israel. A glória fora perdida por causa do pecado (Rm 3:23). Era o dom de Deus para os que o buscassem e lhe agradassem (Rm 2:7-10). Israel recebera essas bênçãos de maneira especial, porque Yahweh estendera sua glória a eles. Em sua presença está a possibilidade da alegria na vida. Essa “glória” era o presente de Deus para Israel, no relacionamento da aliança (Sl 8:5). A esperança dada pelos profetas incluía a promessa de uma época de glória. Isaías falou da glória do povo de Deus em termos de plenitude de salvação, alegria, vitalidade, bênção e luz (Is 35:2; Is 59:19-60:3; 9 a 66:18-19). Para o apóstolo Paulo a esperança da glória é Jesus Cristo e a base da esperança repousa na ressurreição de Cristo (Rm 5:2; Rm 6:4). Em certo sentido, Israel também compartilha da esperança desta glória.

    As alianças A expressão “as alianças” (Rm 9:4) apresenta as vantagens de Israel como o povo da aliança de maneira ambígua. O apóstolo provavelmente tinha em mente todos os pactos do AT, mas seu argumento em Romanos dá base para a inferência de que os judeus possuíam uma comunhão natural com a AA, por nascimento, mas também receberam os oráculos que prometiam a dispensação de uma nova aliança (cf. 1Co 11:25-2Co 3:6-14; Gl 4:24).

    A Lei O vocábulo grego nomothesia pode ser traduzido na forma ativa (“a doação da lei”) ou na forma passiva (“o recebimento da lei”). Para o apóstolo Paulo, tanto o dom como o recebimento da Lei eram expressões da condição do eleito e do favor que Israel tinha diante do Senhor. Aqui este termo não tem uma conotação negativa. A Lei é um dom de Deus e uma parte da comunhão especial da adoção, das alianças e das promessas. Não deve ser vista de forma negativa, como no argumento de Paulo aos gálatas.

    O culto O vocábulo grego latreia (“culto, adoração”) é uma designação técnica para a adoração de Deus no Templo, que inclui os rituais da purificação, das ofertas e dos sacrifícios. Pode, contudo, ter o sentido mais amplo de adoração “espiritual”. Em Romanos 12:1, Paulo encorajou os cristãos de Roma a apresentar um “culto espiritual”, isto é, o serviço de Deus com o coração e a mente.

    As promessas Elas estão na principal posição da aliança e da condição privilegiada de Israel, como filhos de Deus por adoção. O entendimento de Paulo sobre as promessas veio por meio de seu conhecimento das Escrituras e pela revelação de Cristo, na Nova Aliança. Ele se alegrou nas promessas aos seus ancestrais (Rm 15:8), enquanto afirmava que as mesmas eram confirmadas em Jesus Cristo. A confirmação exigiu a encarnação. O Verbo tinha de se tornar um servo com o propósito de estender os privilégios e promessas da aliança aos gentios (Rm 15:8). A encarnação, o ministério, a morte, a ressurreição e a glorificação de Jesus Cristo representaram a demonstração do Pai sobre sua fidelidade às promessas (2Co 1:20). Algumas delas ainda são escatológicas, pois aguardam o pleno cumprimento na vinda do Senhor. Enquanto aguardamos, contudo, a plenitude da revelação, o Espírito Santo é o depósito, o penhor do que está para vir (1Co 1:22). Em outras palavras, Ele é a garantia do presente e a alegria escatológica das promessas. É o presente escatológico de Deus.

    Essas duas dimensões afetaram grandemente o entendimento de Paulo sobre as promessas. Desde que tais bênçãos são históricas e escatológicas, seu cumprimento estende-se a todos os filhos de Deus (judeus e gentios) e a toda a criação do Senhor. Isso explica por que Paulo destaca Abraão como “herdeiro do mundo” (Rm 4:13) e pai de todos os filhos de Deus (Rm 4:16; Gl 3:14; Gl 4:23-28). Isso também mostra que o apóstolo não restringiu as bênçãos de Deus aos judeus, porque as promessas do Senhor a Israel ainda são válidas.

    Os patriarcas e os ancestrais humanos de Cristo O termo “patriarcas” inclui os patriarcas propriamente ditos e todos os israelitas fiéis. Aqui Paulo faz alusão à privilegiada história de Israel. A história da redenção (patriarcas, Egito, escravidão, deserto, conquista, reino, exílio e restauração) é a história das raízes de Israel. O apóstolo olha positivamente para elas, quando conclui: “Assim que, quanto ao evangelho, são inimigos por causa de vós; mas quanto à eleição, amados por causa dos patriarcas” (Rm 11:28).

    Abraão é o pai dos gentios (Rm 4:16-17; Gl 3:4), da mesma maneira que Isaque (Rm 9:10) e Jacó (Rm 9:6). A unidade dos privilégios dos judeus e cristãos repousa na vinda de Jesus. O Cristo (Messias) “descende deles segundo a carne”, a única maneira de estabelecer sua linhagem com Israel. Esta é uma séria restrição, na qual Paulo enfatizou a distinção entre a posição natural dos israelitas, segundo a carne, e a natureza espiritual dos privilégios e dos que compartilham de tais bênçãos com Israel. O Messias é Deus e homem, Espírito e carne, o Filho de Deus e a semente de Davi (Rm 1:3-4).

    Isso quer dizer que, embora os privilégios tenham sido dados a Israel, eles pertencem apenas aos que recebem Cristo como o Messias. A descendência física é importante, mas o discernimento espiritual é muito mais. Jesus é homem e Deus, israelita e eterno. Portanto, os israelitas que rejeitam ao Messias, desprezam o próprio Deus! Ainda assim, isso não deve ser interpretado de modo a sugerir que a posição de Israel seja inferior.

    Concluindo, o apóstolo não separa os privilégios do antigo e do novo. Existe uma continuidade inerente entre a AA e a NA. Claramente, a diferença está no advento de Jesus Cristo, pelo qual as promessas, a glória, as alianças e a Lei têm um significado ainda maior. Além disso, Ele estendeu os benefícios também aos gentios. Portanto, o argumento de Paulo aqui é a favor da continuidade.

    O apóstolo debateu-se com a aparente descontinuidade. Os gentios, que vão a Cristo pela fé, recebem o Espírito de adoção e são enxertados nas promessas, alianças e na glória que pertencem aos filhos de Deus. Os judeus, contudo, em sua maioria, têm rejeitado a Jesus como Messias. Como pode ser isto? Teria Deus abandonado o seu povo?

    A carta aos Romanos, de 9 a 11, estabelece a reflexão de Paulo sobre a questão da fidelidade de Deus, o evangelho da justiça e a continuidade do plano divino. O apóstolo coloca-se na lacuna entre o Senhor e Israel. Ele defende a grandeza e a profundidade do amor de Deus em Jesus Cristo (Rm 8:38-39), mas questiona sobre como relacionar o desejo do Senhor com seus planos para Israel. Teria Deus abandonado Israel e por isso alterado seus propósitos? Se foi assim, o Evangelho mudou. Paulo rejeita que tenha havido tal mudança. Ele olha para a fidelidade de Deus, a base da esperança para o povo da Nova Aliança de Deus (Rm 8:31-39), como o sustentáculo da esperança para os judeus.

    Carta aos Hebreus

    O autor da carta aos Hebreus compara os caminhos de Deus no passado com os do Senhor em Jesus Cristo, em termos de AA versus NA. Na AA, Deus falou por intermédio de Moisés e os profetas (Hb 1:1; Hb 3:1-2), ofereceu ao povo o descanso do sábado, no qual eles não entraram (Hb 4:11), perdoou-o por meio das figuras e dos símbolos da instituição do Tabernáculo/Templo, do sacerdócio e dos sacrifícios de animais (Hb 9:1-10) e permitiu que Israel chegasse a Ele, mas em meio à ameaça de morte (Hb 12:18-21). Na NA, contudo, o Pai revelou sua glória em Cristo (Hb 1:2-4), instaurou o verdadeiro descanso (Hb 4:9-13), perdoou, porque Jesus é o Sumo Sacerdote por cuja propiciação muitos serão justificados (Hb 4:14-5:10; 8:1-13 9:11-10:
    18) e estabeleceu um acesso mais amplo até Ele (Hb 12:22-24).

    Claramente, a NA é muito superior à AA. Como deveríamos olhar para a NA: em termos de contraste ou como um aperfeiçoamento (Hb 8:6)? A administração anterior (AA) era boa, mas antecipou uma aliança melhor (NA). A revelação do que era “melhor” não necessariamente invalidou completamente o que era bom. Mudanças sem dúvida aconteceram. Primeiro, Jesus Cristo é o foco, a revelação superior, o sacrifício único, o Sumo Sacerdote exaltado e o mediador da NA. Moisés, os profetas e os sacerdotes ainda são servos fiéis de Deus, mas passam para um lugar secundário em relação a Cristo. Assim, o AT deve levar em conta o que o Senhor revelou no NT. Um cristão que se aproxima do AT não pode interpretá-lo apropriadamente sem a luz do NT. O oposto é igualmente verdadeiro: o NT só pode ser interpretado à luz do AT. De que outra maneira apreciaríamos as realizações, o ministério e a mensagem de Jesus Cristo?

    O AT é imperfeito no sentido de que não é a revelação final de Deus, a manifestação plena de seu amor, a revelação total de sua glória e o instrumento de reconciliação do povo consigo. Moisés era um servo fiel do Senhor, mas era também o mensageiro de um futuro ainda maior (Hb 3:1-5). Como porta-voz de uma nova dispensação da administração de Deus, ele olhou adiante, para o advento de Jesus Cristo (Hb 3:5; Hb 11:26). As instituições associadas a Moisés — Tabernáculo/Templo, o sistema sacerdotal e o das ofertas e sacrifícios — foram expressões temporárias da revelação do amor e da glória de Deus e da reconciliação.

    A revelação de Deus em Jesus Cristo abriu uma nova dispensação: a da administração da Nova Aliança. Ele é o resplendor da glória de Deus (Hb 1:3), o Filho (Hb 3:6) e o Sumo Sacerdote Mediador (Hb 4:15; Hb 5:5; Hb 8:1-2; Hb 12:24). O autor da carta aos Hebreus, entretanto, não olha apenas para a revelação do Senhor em Cristo, no presente. Longe disto! Ele examinou o envolvimento de Deus no passado, durante a AA. Enquanto aponta o presente ministério de Jesus para o povo, ele encoraja os cristãos a perseverar, aprender com o passado e aguardar a plenitude da salvação. Esse acontecimento refere-se ao futuro. É escatológico. Em outras palavras, Moisés encorajou as gerações futuras a buscar o Messias. Agora que Ele já veio, os apóstolos, pregadores e mestres da Palavra de Deus encorajam os cristãos a olhar para a frente, para a plena realização, para a revelação de Cristo, para o futuro glorioso do qual somente Jesus tem a chave. Em outras palavras, a mensagem da carta aos Hebreus é escatológica. Isto explica por que ele fala sobre o descanso no qual devemos fazer todo esforço para entrar (Hb 4:11). Isto mostra por que fala de uma maior salvação (Hb 9:28). O autor defende o envolvimento de Deus no passado (Moisés, os profetas), no presente (Jesus Cristo como Mediador) e no futuro (salvação), ao interpretar a variedade das ações de Deus na AA e na NA, a fim de descortinar o plano único de Deus e a natureza multiforme de sua fidelidade: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente” (Hb 13:8). W.A. e V.G.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Aliança
    1) Acordo que Deus, por causa do seu amor (Dt 7:8-9), fez com o seu povo. Essa aliança (pacto, contrato, concerto) consiste no seguinte: o SENHOR, cumprindo sua promessa aos patriarcas (Gn 17:1-8); 28:13-15), era o Deus de Israel, e Israel era o povo de De us, o SENHOR (Ex 6:7); 19:4-6). Deus abençoava o povo, e este, por sua vez, lhe obedecia (Dt 7:7-11). Em cumprimento à palavra profética (Jr 31:31-34) , Deus fez uma nova aliança (testamento), que foi confirmada ou selada por meio da morte de Cristo (Mc 14:2)

    2) Contrato feito por autoridades de uma ou mais nações ou cidades-estado, acertando condições de paz, ajuda mútua, comércio, etc. (1Sm 11:1). 3 Trato feito entre pessoas (2Sa 3)
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Amom

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Amom [Compatriota ? Povo ?] -

    1) Filho de Ló e pai dos amonitas, também chamado de Ben-Ami (Gn 19:38)

    2) Décimo quinto rei de Judá, que reinou 2 anos (642 a 640 a.C.), depois de Manassés, seu pai (2Rs 21:18-26).

    3) Prefeito de SAMARIA 2, (1Rs 22:15-28).

    4) Deus de NÔ (Jr 46:25).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Quem é quem na Bíblia?

    1. Filho de Manassés (2Rs 21:18-19; 2Cr 33:20-21) e décimo quinto rei de Judá, reinou por dois anos. Prosseguiu com as práticas idólatras do pai — a adoração de Moloque e a continuação dos rituais da fertilidade que eram tão abomináveis para o amor zeloso de Deus. O próprio Manassés arrependeu-se tarde demais, num momento de desespero que se seguiu à derrota nas mãos dos assírios (2Cr 33). Evidentemente, sua conversão foi muito demorada, para ter alguma influência sobre o filho Amom, que “não se humilhou perante o Senhor, como Manassés, seu pai, se humilhara” (2Cr 33:22-23). Amom era odiado pelo povo, que já suportara o suficiente da tirania de seu pai; foi assassinado por seus servos, com 24 anos de idade (2Cr 33:24). Em seu lugar, o povo colocou Josias, seu filho, como rei.


    2. Deus egípcio, de segunda classe, adorado pelos sacerdotes de Amom, sobre o qual Jeremias pronunciou a destruição (Jr 46:25).


    3. Governador de Samaria que colocou Micaías na prisão, a fim de obedecer às ordens de Acabe. O rei não gostara da mensagem do profeta concernente à morte dele (1Rs 22:26-2Cr 18:25).


    4. Um dos cativos que retornaram do exílio babilônico no tempo de Neemias (Ne 7:59; Ed 2:57 onde é chamado de Ami). Descendente de um dos servos de Salomão. S.V.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário Bíblico
    o nome de um povo (1 Sm 11.11 – Sl83,7) – mais geralmente amonitas, filhos de Amom. Segundo se lê em Gn 19:38, eles descendiam de Ben-Ami, o filho de L6. os amonitas eram uma raça de terríveis salteadores, tão cruéis que chegavam a vazar os olhos aos seus inimigos (1 Sm 11.2), e rasgavam o ventre das mulheres grávidas (Am 1:13). o território amonita ficava ao oriente do Jordão e nordeste do mar Morto, estando o país de Moabe ao sul. A sua principal cidade era Rabá (2 Sm 11.1 – Ez 2L5 – Am 1:14). Eles nunca obtiveram um palmo de terreno do lado ocidental do rio Jordão, apesar das suas incursões. os israelitas não podiam ver os amonitas, porque estes não os auxiliaram, quando do Egito se dirigiam para Canaã (Dt 23:4), e porque tomaram parte no caso de Balaão (Dt 23:4, e Ne 13:1). A animosidade entre os dois povos continuou em numerosas lutas, de que reza a sua história. Todavia, certa mulher amonita, Naamá, foi uma das mulheres de Salomão, e mãe de Roboão (1 Rs 14.21). o deus da tribo era Milcom (uma semelhança do ídolo Moloque), a abominação dos filhos de Amom (1 Rs 11.5).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Amós

    Dicionário Comum
    masc. pl. de amo

    a·mo
    (alteração de ama)
    nome masculino

    1. Dono da casa (em relação aos empregados). = PATRÃO, SENHOR

    2. Pessoa que chefia. = CHEFE, PATRÃO

    3. Antigo Forma de tratamento atribuída a reis e príncipes.

    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Condutor de carga. l. Autor do livro que com o seu nome está na coleção dos ‘Doze Profetas’ ou ‘Profetas menores’ – provavelmente a sua profecia é a mais antiga dos escritos proféticos. Quanto ao tempo em que Amós escreveu, como parece que ele exerceu o seu ministério nos reinados de Uzias e Jeroboão ii (1.1), deve ter sido contemporâneo de oséias. A missão de Amós era exercida tendo em vista as dez tribos (7.10 a 13). Todavia, ele não pertencia ao reino de israel, mas habitava em Tecoa, talvez sua terra natal, cidade ao sul de Belém, na orla das grandes pastagens da montanhosa região de Judá. A respeito da sua vida pessoal, era pastor e lavrador (7.14), e não ‘profeta, nem discípulo de profeta’ – quer isto dizer que não tinha sido educado para esta missão, mas foi chamado para profetizar ao povo de israel pela força irresistível de Deus (3.8 – 7.15). A este fato alude o profeta, quando Amazias, o sacerdote idólatra de Betel, o acusou de conspirar contra Jeroboão. A sua primitiva ocupação devia afastar qualquer suspeita de ligação política com a casa de Davi, e ele faz sobressair a soberania e sabedoria Daquele que procura os Seus ministros tanto na tenda dos pastores como no palácio dos reis, dando a cada um a aptidão necessária para cumprimento dos seus deveres. 2. Filho de Naum na genealogia de Cristo (Lc 3:25).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Quem é quem na Bíblia?

    (Heb. “carga ou carregador”). Único personagem com esse nome no Antigo Testamento, era fazendeiro e homem de negócios em Judá, chamado como leigo para pronunciar uma mensagem de condenação e juízo contra o reino do Norte, Israel. Ele nada cita sobre sua família ou linhagem, mas proporciona informações numa quantidade acima do comum sobre sua época de modo geral e sobre seu contexto geográfico, cronológico e cultural em particular.

    Amós era natural de Tecoa, uma pequena vila 10 quilômetros ao sul de Belém, de onde era também a mulher sábia que Joabe procurou para aconselhar Davi a respeito de Absalão (2Sm 14:120). Sua ocupação, segundo suas próprias palavras, era a de pastor de ovelhas, mas a palavra usada aqui (noqed) sugere algo mais do que simplesmente alguém que cuida de rebanhos. A outra ocorrência da mesma palavra no Antigo Testamento (2Rs 3:4), é usada para descrever Mesa, rei dos moabitas, que claramente não era pastor. É mais provável que Amós fosse um mercador de ovelhas ou algo semelhante, e é assim que a sua ocupação deve ser entendida. Essa ideia tem apoio em Amós 7:14, onde ele se refere a si mesmo como um boqer, outro termo raro para “pastor”. Apesar de boqer sem dúvida relacionar-se de alguma maneira ao termo baqar, um vocábulo comum para “(gado) rebanho”, Amós 7:15 conecta o trabalho do profeta com o rebanho, não com o gado. Assim, era um homem envolvido com ovelhas, mas não necessariamente um pastor.

    O profeta também descreve a si mesmo como “cultivador de sicômoros” (Am 7:14). O termo hebraico aqui para a frase inteira é boles, uma palavra que, na base dos textos da Septuaginta e do grego clássico, provavelmente se refere a cortar e amassar o fruto, a fim de torná-lo comestível. De qualquer maneira, parece que Amós era especialista no cultivo de figos, bem como um comerciante de ovelhas bem-sucedido. A importância disso está no fato de que Deus chamou um homem ocupado e próspero, e separou-o de seus interesses seculares, para realizar uma missão entre os israelitas, o rebanho de Deus, errante e pecaminoso.

    Fica claro que o ministério de Amós foi breve — talvez apenas uma missão, por alguns dias — devido à sua declaração de abertura, de acordo com a qual sua comissão veio nos dias do rei Uzias, de Judá (790-739 a.C.), e do rei Jeroboão, de Israel (793-753 a C.); mais especificamente, “dois anos antes do terremoto” (Am 1:1). Essa catástrofe, tão grande que ainda foi lembrada 240 anos mais tarde pelo profeta Zacarias (Zc 14:5), ocorreu por volta de 760 a.C. Portanto, 762 a.C. seria a data precisa do ministério de Amós contra os santuários ilícitos de Jeroboão (Am 7:10-13).

    O único local citado em suas mensagens é Betel, um dos principais lugares de adoração estabelecidos por Jeroboão I, logo depois da divisão do reino em 931 a.C. (1Rs 12:29-33). Esse ato ímpio de criar locais ilegítimos para adoração, a fim de competir com o único autorizado pelo Senhor (isto é, em Jerusalém), resultou numa profecia de que o altar de Betel seria finalmente destruído e seus sacerdotes, mortos (1Rs 13:1-3). Isso aconteceu como parte das reformas realizadas pelo rei Josias, 300 anos mais tarde (2Rs 23:15-16), e o próprio Amós ajudou a preparar o caminho para que o culto de Betel fosse denunciado (Am 3:14; Am 5:5). Foi sua firme mensagem que ocasionou sua expulsão de Betel, por Jeroboão II e seu sacerdote Amazias, sob as acusações caluniosas de que Amós visava apenas a ganho financeiro (Am 7:12).

    Atingido por essa interpretação equivocada de seus motivos, Amós replicou que “não era nem profeta, nem filho de profeta” (Am 7:14), mas um homem de negócios que Yahweh tinha chamado. Com essa alegação, Amós desfaz qualquer conexão entre ele e os profetas “profissionais” ou vocacionados. Os “filhos dos profetas” (veja 2Rs 2:7; etc.) eram homens que freqüentavam um curso específico para o ministério. Amós queria que Amazias entendesse que ele não fazia parte de tal escola, embora a considerasse digna de toda honra, mas apenas um leigo enviado por Deus, que escolhe e usa a quem quer. Em adição ao conteúdo profundamente importante da mensagem em si, há também a lição da própria vida de Amós. Aqueles que são chamados e comissionados pelo Senhor não precisam de credenciais formais nem qualificações, para serem bem-sucedidos em cumprir seus propósitos. E.M.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Amós [Carregador]

    Um dos PROFETAS MENORES, nascido em Tecoa, no Reino de Judá. Era pastor de ovelhas e cultivador de SICÔMOROS. Profetizou nos reinados de Uzias, de Judá, e de Jeroboão II, de Israel (Am 1:1; 7.14).









    --

    LIVRO DE AMÓS

    Livro que contém as mensagens de Amós, pronunciadas aí pelo ano 750 a.C. Em nome de Deus, Amós denuncia a injustiça, a corrupção e a opressão. O povo não era sincero na prática da religião. O profeta apela para que o povo se arrependa e se volte para Deus, fazendo o bem e odiando o mal. Por meio de visões, Deus revela a Amós que castigará o seu povo, mas não o destruirá. No futuro, Deus fará com que a nação volte a gozar da paz e da prosperidade que tinha tido no passado.

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Anos

    Dicionário Comum
    ano | s. m. | s. m. pl.
    masc. pl. de ano

    a·no 1
    (latim annus, -i)
    nome masculino

    1. [Astronomia] Tempo, de aproximadamente 365 dias e um quarto, que a Terra demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

    2. [Astronomia] Tempo que um planeta demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

    3. Período de 12 meses consecutivos (ex.: tem um contrato de um ano).

    4. Idade ou tempo de existência, medido em períodos de 12 meses (ex.: a empresa vai fazer 26 anos).

    5. Período de duração aproximada de 12 meses ou menos, em relação às actividades que aí se desenvolvem ou aos acontecimentos que nele acontecem (ex.: ano lectivo, ano judicial).

    6. Nível de escolaridade que corresponde a um ano escolar ou lectivo (ex.: o menino está no segundo ano).


    anos
    nome masculino plural

    7. Dia em que se completa um ou mais anos sobre a data de um acontecimento ou do nascimento de alguém (ex.: festa de anos; prenda de anos; anos de casamento). = ANIVERSÁRIO


    ano bissexto
    Ano com 366 dias, em que Fevereiro tem 29 dias, por oposição a ano comum.

    ano civil
    Divisão do calendário gregoriano, com 365 ou 366 dias (se for ano bissexto), que principia a 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro.

    ano comum
    Ano com 365 dias, em que Fevereiro tem 28 dias, por oposição a ano bissexto.

    ano de safra
    Ano abundante.

    ano económico
    Período que, para efeitos administrativos, principia em 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro seguinte.

    ano escolar
    Período compreendido entre o início e o fim de todas as actividades escolares.

    ano lectivo
    Período compreendido entre o início das aulas e o fim das aulas ou das actividades escolares.

    ano natural
    O mesmo que ano civil.

    ano novo
    Ano que começa.

    Noite de passagem de ano de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro.

    ano planetário
    [Astronomia] Tempo que um planeta gasta a fazer a sua revolução à volta do Sol.

    ano sabático
    Religião Último ano de um ciclo de sete anos, no calendário judaico, em que nãso são permitidas certas actividades agrícolas nem a cobrança de dívidas.

    Ano lectivo concedido a professores para investigação ou formação.

    ano secular
    Último ano de cada século (ex.: o ano 2000 foi o ano secular do século XX).

    ano sideral
    [Astronomia] Tempo que o Sol, no seu movimento aparente, gasta para voltar ao mesmo ponto do céu em relação às constelações. (A sua duração é de 365 dias, 6 horas, 9 minutos, 9 segundos.)

    fazer anos
    Completar mais um ano de existência.

    muitos anos a virar frangos
    [Portugal, Informal] Muita experiência (ex.: não tem problemas com saltos altos, são muitos anos a virar frangos).

    verdes anos
    A juventude.


    a·no 2
    (latim anus, -i, ânus)
    nome masculino

    O mesmo que ânus.

    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    ano | s. m. | s. m. pl.
    masc. pl. de ano

    a·no 1
    (latim annus, -i)
    nome masculino

    1. [Astronomia] Tempo, de aproximadamente 365 dias e um quarto, que a Terra demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

    2. [Astronomia] Tempo que um planeta demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

    3. Período de 12 meses consecutivos (ex.: tem um contrato de um ano).

    4. Idade ou tempo de existência, medido em períodos de 12 meses (ex.: a empresa vai fazer 26 anos).

    5. Período de duração aproximada de 12 meses ou menos, em relação às actividades que aí se desenvolvem ou aos acontecimentos que nele acontecem (ex.: ano lectivo, ano judicial).

    6. Nível de escolaridade que corresponde a um ano escolar ou lectivo (ex.: o menino está no segundo ano).


    anos
    nome masculino plural

    7. Dia em que se completa um ou mais anos sobre a data de um acontecimento ou do nascimento de alguém (ex.: festa de anos; prenda de anos; anos de casamento). = ANIVERSÁRIO


    ano bissexto
    Ano com 366 dias, em que Fevereiro tem 29 dias, por oposição a ano comum.

    ano civil
    Divisão do calendário gregoriano, com 365 ou 366 dias (se for ano bissexto), que principia a 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro.

    ano comum
    Ano com 365 dias, em que Fevereiro tem 28 dias, por oposição a ano bissexto.

    ano de safra
    Ano abundante.

    ano económico
    Período que, para efeitos administrativos, principia em 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro seguinte.

    ano escolar
    Período compreendido entre o início e o fim de todas as actividades escolares.

    ano lectivo
    Período compreendido entre o início das aulas e o fim das aulas ou das actividades escolares.

    ano natural
    O mesmo que ano civil.

    ano novo
    Ano que começa.

    Noite de passagem de ano de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro.

    ano planetário
    [Astronomia] Tempo que um planeta gasta a fazer a sua revolução à volta do Sol.

    ano sabático
    Religião Último ano de um ciclo de sete anos, no calendário judaico, em que nãso são permitidas certas actividades agrícolas nem a cobrança de dívidas.

    Ano lectivo concedido a professores para investigação ou formação.

    ano secular
    Último ano de cada século (ex.: o ano 2000 foi o ano secular do século XX).

    ano sideral
    [Astronomia] Tempo que o Sol, no seu movimento aparente, gasta para voltar ao mesmo ponto do céu em relação às constelações. (A sua duração é de 365 dias, 6 horas, 9 minutos, 9 segundos.)

    fazer anos
    Completar mais um ano de existência.

    muitos anos a virar frangos
    [Portugal, Informal] Muita experiência (ex.: não tem problemas com saltos altos, são muitos anos a virar frangos).

    verdes anos
    A juventude.


    a·no 2
    (latim anus, -i, ânus)
    nome masculino

    O mesmo que ânus.

    Fonte: Priberam

    Antes

    Dicionário Comum
    antes adv. 1. Em tempo anterior. 2. Em lugar anterior. 3. De preferência. 4. Em realidade, realmente. adj. Contado de então para trás (di-Zse de tempo): Dois anos antes.
    Fonte: Priberam

    Asdode

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Fortaleza, castelo. Cidade bem fortificada, dominando a planície da Filístia. Está situada no cimo de um monte, e domina a entrada da Palestina, para quem vai do Egito, devendo a este fato a sua grande importância histórica. Asdode foi, também, a sede principal do culto de Dagom. Acha-se quase 50 km. distante da fronteira meridional da Palestina, cinco do mar Mediterrâneo, e, aproximadamente, a meio caminho entre Gaza e Jope. Ainda que coubesse à tribo de Judá, nunca foi conquistada pelos israelitas (Js 15:47). Mas é mencionada como ponto de ofensivas operações contra eles. Quando o rei Uzias derrubou a muralha da cidade, estabeleceu redutos sobre os montes adjacentes a fim de estar a salvo contra futuros ataques (2 Cr 26.6). Ainda no tempo de Neemias conservava as suas características de raça e de linguagem (Ne 13:23-24). A única referência que se faz no N. T. a este lugar está em relação com a viagem de Filipe, que voltava de Gaza (At 8:40). Hoje é uma insignificante povoação, com o nome de Esdud, sem padrões alguns da sua antiga importância.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Asdode Uma das cinco cidades principais dos filisteus. Era um centro de adoração de DAGOM. A ARCA DA ALIANÇA foi levada para lá e depois devolvida (1Sm 5:1-7). Em At 8:40 é chamada de Azoto, seu nome mais recente.
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Asquelom

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Asquelom Porto e uma das cinco cidades principais dos filisteus. Judá a tomou (Jz 1:18), mas os filisteus a retomaram e retiveram durante a maior parte do tempo do AT. A cidade foi condenada por Amós (Am 1:6-8), por Sofonias (Zep 2:4,7) e por Zacarias (Zc 9:5).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Assim

    Dicionário Comum
    advérbio Deste modo, desta forma: assim caminha a humanidade.
    Igual a, semelhante a; do mesmo porte ou tamanho de: não me lembro de nenhum terremoto assim.
    Em que há excesso; em grande quantidade: havia gente assim!
    Do mesmo tamanho; desta altura: o meu filho já está assim.
    conjunção Portanto; em suma, assim sendo: você não estudou, assim não conseguiu passar no vestibular.
    Gramática Utilizado para dar continuidade ao discurso ou na mudança de pensamento: vou ao cinema amanhã; assim, se você quiser, podemos ir juntos.
    locução adverbial De valor concessivo-adversativo. Assim mesmo, mesmo assim ou ainda assim; apesar disso, todavia, entretanto: advertiram-no várias vezes, mesmo assim reincidiu.
    locução interjeição Assim seja. Queira Deus, amém; oxalá.
    expressão Assim ou assado. De uma maneira ou de outra.
    Assim que. Logo que: assim que ele chegar vamos embora!
    Assim como. Bem como; da mesma maneira que: os pais, assim como os filhos, também já foram crianças.
    Etimologia (origem da palavra assim). Do latim ad sic.
    Fonte: Priberam

    Aven

    Dicionário Bíblico
    vaidades
    Fonte: Dicionário Adventista

    Batalha

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Combate geral entre dois exércitos ou duas armadas.
    Qualquer combate; peleja, luta.
    Figurado Luta, esforços para vencer dificuldades.
    Figurado Controvérsia, contenda.
    Jogo de cartas com dois parceiros.
    Figurado Cavalo de batalha, assunto predileto, argumento principal; grande dificuldade.
    Fonte: Priberam

    Ben

    Dicionário Bíblico
    hebraico: filho
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Ben Palavra hebraica que quer dizer “filho” (Gn 19:38).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Bete

    Dicionário Bíblico
    hebraico: casa
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Bete V. ALFABETO HEBRAICO 2.
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Bozra

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Aprisco. l. A cidade real de Jobabe, rei de Edom (Gn 36:33 – 1 Cr 1.44), situada no território montanhoso, que fica perto da fronteira setentrional do país, a meio caminho entre Petra e o mar Morto. Era terra afamada pelos seus carneiros, e foi assunto para proféticas denunciações (is 34:6 – 63.1 – Jr 49:13-22Am 1:12Mq 2:12.). o lugar que representa a antiga cidade de Bozra chama-se hoje el-Buseira ao sueste do mar Morto. Carneiros e bodes, que isaías menciona, ainda se encontram na vizinhança daquela povoação. 2. Cidade de Moabe, nas colinas arenosas a leste do mar Morto. Sofreu na geral desolação do país (Jr 48:24). o rei Mesa declara na Pedra Moabita que ele a tinha reedificado.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Carmelo

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Mosteiro dos carmelitas.
    Etimologia (origem da palavra carmelo). Carmel, nome próprio.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Lugar bem coberto de vegetação l. Uma montanha que nos fornece notável e característica feição de Canaã. Entra no mar Mediterrâneo formando um grande promontório, e estende-se pela terra dentro, quase em linha reta, numa distância de mais de 19 km. para o sueste, terminando repentinamente num despenhadeiro. Forma como que uma barreira entre a planície marítima de Sarom ao sul e as terras interiores de Esdrelom ao norte. o monte Carmelo é formado de pedra calcária dura, abundante em cavernas. Na montanha são, por vezes, encontradas pedras redondas, conhecidas pelo nome de ‘melões de Elias’. São, realmente, o que os geólogos chamam ‘geodos’. o carmelo acha-se ainda revestido daquela excelente vegetação que sugeriu aos profetas algumas das suas favoritas ilustrações (is 33:9Mq 7:14). o carmelo coube à tribo de Aser (Js 19:26) – e o rei de ‘Jacanã, ou Jocneão do Carmelo’ era um dos chefes cananeus, que foram derrotados por Josué (12.22). o monte Carmelo é, para nós, muito interessante pela sua conexão com a história dos dois grandes profetas de israel – Elias e Eliseu. Foi ali que Elias desconcertou os profetas de Baal, levando de novo o povo de israel à obediência ao Senhor. Deu-se este acontecimento na extremidade oriental da cordilheira. Deste sítio devia ser distintamente visível a cidade de Jezreel onde estavam o palácio de Acabe e o templo de Jezabel. E na base da montanha claramente se via o tortuoso leito do Quisom. Depois da mortandade subiu Elias ao cume do Carmelo, ali orando pela desejada chuva (1 Rs 18.17 a 46). Foi, também, no monte Carmelo que Elias fez descer fogo do céu, que consumiu por duas vezes os cinqüenta soldados com o seu capitão, que o rei Acazias tinha mandado ali para prender o profeta, em virtude de ter este feito parar os seus mensageiros que iam consultar Baal-Zebube, deus de Ecrom (2 Rs l.9 a 15). Depois de Elias ser elevado ao céu, foi Eliseu ao monte Carmelo, mas somente uma vez – recebeu ali a sunamita, aquela consternada mãe, cujo filho lhe foi restituído vivo (2 Rs 4.25). 2. Cidade na região montanhosa de Judá (Js 15:55), e que nos é familiar por ter sido a residência de Nabal (1 Sm
    25) e a terra natal da predileta esposa de Davi, a carmelita Abigail (1 Sm 27.3 – 1 Cr 3.1). Foi este, sem duvida, o lugar, onde Saul levantou um monumento depois de ter alcançado vitória na batalha com os amalequitas (1 Sm 15.12). Ali, também, o rei Uzias tinha as suas vinhas (2 Cr 26.10). As ruínas da cidade, que hoje se chama Curmul, estão 16 km. abaixo de Hebrom. Entre elas são notáveis um castelo com grande fortaleza e um grande e belo reservatório.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Carmelo
    1) Aldeia de Judá, que ficava perto de Hebrom (1Sm 25:2).


    2) Monte situado na costa do mar Mediterrâneo, na direção oeste do lago da Galiléia (1Rs 18:19).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Casa

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
    Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
    Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
    Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
    Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
    [Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
    Em costura, fenda usada para pregar botões.
    [Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
    [Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
    Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
    Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
    Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
    Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
    Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
    [Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
    Em costura, fenda usada para pregar botões.
    [Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
    [Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
    Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    No sentido mais lato da palavra “baytith” emprega-se para significar qualquer habitação, fixa, ou mutável. Pode ter-se derivado de uma raiz que significa passar a noite. Também o tabernáculo de Deus, embora tenha sido apenas uma tenda, é, algumas vezes, chamado a casa, a residência de Deus. Pouca mudança tem havido no sistema de edificar casas no oriente. As ruas das cidades são geralmente estreitas, tendo, por vezes de um e de outro lado uma carreira de lojas. Por detrás destas estão as habitações. Se entrarmos numa das principais casas, passaremos, primeiramente, por um corredor, onde se vêem bancos de cada lado, e é ali que o senhor da casa recebe qualquer indivíduo, quando quer tratar dos seus negócios, sendo a poucas pessoas permitido passar adiante. Para além desta entrada, o privilegiado visitante é recebido no pátio, ou quadrângulo, que geralmente é pavimentado de mármore ou outra substância dura, e não tem cobertura. Este pátio dá luz e ar a vários compartimentos que têm portas para aquele quadrângulo. Com o fim de receber hóspedes, é o pavimento coberto de esteiras ou tapetes – e visto como estão seguros contra qualquer interrupção de fora, é o lugar mais próprio para recepções e diversões. o pátio é, geralmente, rodeado de um claustro, sobre o qual, quando acontece ter a casa mais de um andar, é levantada uma galeria para cada andar nas mesmas dimensões que o claustro, tendo uma balaustrada para impedir o povo de cair. As janelas que deitam para a rua são pequenas e altamente colocadas, sendo fechadas por meio de um sistema de tábuas furadas e esculpidas em vez de vidro. Deste modo fica oculto o morador, podendo, contudo, obter uma vista do que se passa fora. Todavia, as janelas dos andares superiores são, freqüentemente, de considerável grandeza, e construídas numa saliência para fora da parede da casa. Foi esta a espécie da janela pela qual foi atirada Jezabel por mandado de Jeú. Nas casas dos ricos a parte mais baixa das paredes é adornada de tapeçarias de veludo ou damasco, suspensas em ganchos, podendo esses ornamentos subir ou descer segundo se quer (Et 1:6). A parte superior das paredes é adornada de um modo mais permanente, ao passo que os tetos são, algumas vezes, feitos de madeira preciosa e odorífera (Jr 22:14). os sobrados destes esplêndidos quartos são cobertos de lajes pintadas, ou de pedra mármore. Algumas vezes eram feitos de estuque, coberto de ricos tapetes. Em todos os casos, os quartos de mulheres estão separados, embora a separação não fossem outros tempos tão estrita como é hoje entre os hebreus. Nas casas de certa pretensão havia um quarto para hóspedes. o telhado das casas orientais é quase sempre plano. Compõe-se de vigas de madeira, cobertas de pedra ou argamassa, para proteger os moradores contra o sol e as chuvas, e também, para lhes proporcionar um sítio muito agradável ao ar livre quando está bom o tempo. Em volta deste telhado há um parapeito, não muito alto, para segurança das pessoas (Dt 22:8). Na Palestina o povo dorme nos terraços da casa, durante o tempo de mais calor, em caramanchões feitos de ramos ou de junco (Ne 8:16). o quarto dos hóspedes é, algumas vezes, construído sobre o telhado, e como para este se sobe por uma escada exterior, pode o hóspede entrar ou sair sem comunicar-se com a família. Várias ocupações domésticas são efetuadas nestes lugares altos da casa, como estender a roupa para secar, e espalhar figos, uvas, etc., para se fazer passas. E algumas vezes também foram usados estes lugares para o culto idolátrico (2 Rs 23.12 – Jr 32:29). As tendas, usadas durante a Festa do Tabernáculo, eram levantadas sobre telhados planos, que eram também escolhidos para os moradores se lamentarem em ocasião de grande aflição. os fogões não existem nas casas orientais, mas a família serve-se de braseiros, acontecendo, também, acenderem o lume no pátio aberto. Todavia, a cozinha tinha uma elevação feita de tijolo, com cavidades, em que se fazia a necessária fogueira. Havia os lugares para cozinhar, aos quais se refere Ez 46:23. Além dos caramanchões para uso no verão, havia, também, compartimentos especialmente protegidos, que se usavam no tempo frio. As casas dos pobres no oriente são construções muito fracas, sendo as paredes feitas de barro, canas e junco (*veja 4:19). Pode o ladrão penetrar facilmente dentro destas habitações (24:16Mt 24:43). Algumas vezes estas moradas de barro, e mesmo de tijolo, constavam de uma sala somente, sendo ainda uma parte dela separada para o gado. o exterior de todas as casas, tanto dos ricos como dos pobres, apresenta uma fraca aparência. Nada mais se observa, geralmente, do que uma nua parede branca, com pequenas janelas, gelosias e uma simples porta. (*veja Tenda, Tabernáculo, Cabana.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário de Sinônimos
    morada, vivenda, palácio, palacete, tugúrio, teto, chalé, lar, fogo, canto, palheiro, palhoça, choupana, casebre, cabana, tenda, barraca, arribana, choça, colmo, habitação, mansarda, pardieiro, biombo, cômodo, prédio, solar, castelo. – Habitação é, de todos os vocábulos deste grupo, o mais genérico. De “ato de habitar”, que é o que significa propriamente esta palavra habitação, passou a designar também a própria casa, que se habita: casa, ou palácio, ou choupana, ou biombo – tudo será habitação. – Casa é “o edifício de certas proporções destinado à habitação do homem”; e por extensão, designa, em linguagem vulgar, toda parte onde se abrigam alguns animais: a casa do escaravelho; a casa dos coelhos, etc. – Morada é “à habitação onde se mora, ou onde se fica por algum tempo, onde alguém se aloja provisoriamente”. – Vivenda é a “habitação onde se vive”, e sugere a ideia da maior ou menor comodidade com que a gente aí se abriga e vive. Por isso, usa-se quase sempre com um adjetivo: bela vivenda; vivenda detestável. – Palácio é “o edifício de proporções acima do normal, grandioso e magnífico”. Palacete é diminutivo de palácio, designando, portanto, “prédio rico e elegante”. – Tugúrio (latim tugurium, de tegere “cobrir”) é “o abrigo onde qualquer vivente se recolhe, ou habitualmente ou por algum tempo”. Este nome dá-se também, por modéstia ou por falsa humildade, à própria habitação magnífica. – Teto (latim tectum, também de tegere) é quase o mesmo que tugúrio: apenas teto não se aplica a um abrigo de animais, e sugere melhor a ideia de conchego, de proteção, de convívio amoroso: “teto paterno”; “era-lhe o céu um teto misericordioso”. – Chalé é palavra da língua francesa, hoje muito em voga, significando “casa de escada exterior, no estilo suíço, ordinariamente revestida de madeira, cujo teto de pouca inclinação é coberto de feltro, asfalto ou ardósia, e forma grande saliência sobre as paredes”. (Aul.). – Lar é a “habitação considerada como abrigo tranquilo e seguro da família”. – Fogos é o nome que se dá, nas estatísticas, às casas habitadas de um distrito, de uma cidade, ou de uma povoação: “a aldeia vizinha não chega a ter cem fogos”. – Canto, aqui, é “o lugar, o sítio, a morada humilde e desolada, onde alguém como que se refugia afastando-se do mundo”. – Palheiro é propriamente o lugar onde se guarda palha: designa, portanto, neste grupo, “abrigo ou habitação muito rústica e grosseira”. – Palhoça é “pequena casa coberta de palha”. – Choupana é – diz Aul. – “casa rústica de madeira, ou de ramos de árvores para habitação de pastores”. – Cabana (do italiano capánna) é “casinha coberta de colmo ou de palha, onde se abrigam à noite os camponeses, junto ou no meio das roças ou lavouras”. – Casebre é “pequena casa velha e arruinada, onde mora gente muito pobre”. – Tenda é “armação coberta para abrigo provisório ou de passagem em caminho ou em campanha”. – Barraca é “tenda ligeira, coberta de tela de lona ordinariamente”. – Arribana é “palheiro que serve mais para guarda de animais e trem de viagem propriamente que para habitação, prestando-se quando muito para pernoite ao abrigo de intempéries”. – Choça é “habitação ainda mais rústica e grosseira que a choupana”. Dizemos que o selvagem procura a sua choça (e não, pelo menos com a mesma propriedade –, a sua choupana). – Colmo, aqui, é “o colmo tomado pela cabana que é dele coberta”. – Mansarda afasta-se um pouco do francês de que a tomamos (mansarde é propriamente água-furtada ou trapeira, isto é – o último andar de uma casa tendo a janela ou janelas já abertas no telhado): tem, no português usual, mais a significação de “habitação 256 Rocha Pombo humilde, incômoda e difícil, onde há pobreza”. – Pardieiro é – diz Aul. – “edifício velho e em ruínas”: “Já me cansam estas perpétuas ruínas, estes pardieiros intermináveis” (Garrett). – Biombo é “um pequeno recinto separado de uma sala por meio de tabique móvel, e que serve de dormitório, de gabinete”, etc. Costuma-se dizer: “vou para o meu biombo” para significar que se vai para casa. – Cômodo, aqui, é “uma parte de prédio que se aluga por baixo preço e por pouco tempo ordinariamente”. – Prédio (latim prœdium, do prœs “garante, penhor, fiador”) é propriamente “bem de raiz, propriedade real”; mas, aqui, designa “a casa que é nossa própria, a propriedade que consta da casa e do terreno onde está construída”. – Solar é “a propriedade (terras e casa) considerada como representando uma tradição de família, tendo passado por herança de pais a filhos desde alguns séculos”. – Castelo era antiga habitação fortificada, fora das cidades, e onde residiam os grandes senhores feudais. Hoje é “habitação nobre, luxuosa, onde se vive com opulência”.
    Fonte: Dicio

    Dicionário da FEB
    [...] Aqui [no mundo etéreo], temos o poder de moldar a substância etérea, conforme pensamos. Assim, também as nossas casas são produtos das nossas mentes. Pensamos e construímos. É uma questão de vibração do pensamento e, enquanto mantivermos essas vibra ções, conservaremos o objeto que, du rante todo esse tempo, é objetivo para os nossos sentidos.
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 10

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Casa Construção em que pessoas moram. Na Palestina as casas eram feitas de pedra. Os pobres viviam às vezes em cavernas. As pessoas errantes, que se deslocavam em busca de alimentos e de pastagens para os seus rebanhos, viviam em barracas feitas com peles de cabra ou de camelo (Gn 4:20). No litoral do mar Mediterrâneo construíam-se casas de barro. O teto era feito de palha e barro.
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Castigo

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Castigo Ver Inferno.
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    castigo s. .M 1. Sofrimento corporal ou moral infligido a um culpado. 2. Pena, punição. 3. Importunação, mortificação, ralação. 4. Admoestação.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Castigo Sofrimento imposto a quem é culpado (Pv 11:21). Os pais castigam os filhos (Pv 19:18). Os tribunais condenam os culpados (Rm 13:4). Deus castiga (He 10:29-31). Os condenados eram castigados com AÇOITE (Dt 25:2-3) e ou jogados na prisão (v. CALABOUÇO e (At 16:19-24). A lei de Moisés previa a pena de morte para vários crimes (Ex 21:12-17), 22-23; 22:18-20; (Dt 22:20-25). Os judeus APEDREJAR; os romanos cortavam a cabeça ou CRU
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Bíblico
    punição do culpado
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    [...] A conseqüência natural, derivada desse falso movimento [da alma]; uma certa soma de dores necessária a desgostá-lo [o culpado] da sua deformidade, pela experimentação do sofrimento. O castigo é o aguilhão que estimula a alma, pela amargura, a se dobrar sobre si mesma e a buscar o porto de salvação. O castigo só tem por fim a reabilitação, a redenção. Querê-lo eterno, por uma falta não eterna, é negar-lhe toda a razão de ser. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1009

    Fonte: febnet.org.br

    Cativeiro

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Privação da liberdade; situação de escravo; servidão, escravidão.
    Lugar onde se está cativo, preso, principalmente em relação a alguém que foi sequestrado: polícia descobriu mais um cativeiro!
    Gaiola ou lugar completamente fechado usado para criar animais.
    Figurado Falta de liberdade moral, espiritual; domínio.
    Etimologia (origem da palavra cativeiro). De cativo + eiro.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Escravidão
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Cativeiro
    1) Situação dos judeus quando foram derrotados e levados como prisioneiros para a Assíria ou para a Babilônia (Am 7:11)

    2) Lugar onde alguém fica como prisioneiro (Ap 13:10).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Cativos

    Dicionário Comum
    masc. pl. de cativo

    ca·ti·vo
    (latim captivus, -a, -um, cativo, capturado)
    adjectivo
    adjetivo

    1. Reduzido a cativeiro.

    2. Subjugado, sujeito, obrigado.

    3. Impedido; embaraçado.

    4. Diz-se do balão que uma amarra não deixa passar além de certa altura.

    5. Diz-se da cor que desbota ou se suja facilmente.

    6. Diz-se do género de que o comprador tem de pagar direitos.

    7. Diz-se da missa que o padre tem de aplicar por certa intenção.

    8. Diz-se dos rendimentos hipotecados.

    nome masculino

    9. Prisioneiro; escravo.

    10. [Brasil] Mineral titânio.

    Fonte: Priberam

    Cetro

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Bastão curto encimado por um ornato que os soberanos trazem na mão direita em certas cerimônias: coroa, cetro e globo são as insígnias da realeza.
    Figurado O poder ou a dignidade real; seu exercício, o próprio soberano.
    Etimologia (origem da palavra cetro). Do latim sceptrum.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Palavra grega significando propriamente bastão curto, que é uma insígnia de reis, de governadores e doutras pessoas de autoridade (Gn 49:10Nm 24:17is 14:5). o cetro serve, também, de vara de correção e para mostrar a suprema autoridade que castiga ou humilha (Sl 2:9Pv 22:15 – etc.). o cajado do pastor era, também, chamado cetro (Lv 27:32) – nesta passagem a palavra vara é a queem outros lugares se traduz por cetro (*veja também Mq 7:14). os cetros eram feitos de ferro, de ouro, de prata, e doutros metais (Sl 2:9 – 125,3) – e também os havia de marfim e de madeira preciosa. Do mesmo modo se usava metaforicamente a palavra para exprimir predomínio (Gn 49:10) – e ao governo de Deus se chama o ‘cetro de equidade’ (Sl 45:6Hb 1:8).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Cetro Bastão usado pelos reis como símbolo do seu poder e autoridade (Et 5:2).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Cume

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Parte mais elevada, alta de; cimo, topo: o cume da montanha.
    Figurado O mais alto grau; que chegou ao auge, apogeu: cume da fama.
    Parte superior de; extremidade, topo.
    Etimologia (origem da palavra cume). Do latim culmen.inis, "parte de cima".
    Fonte: Priberam

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Cume TOPO (Lc 4:29).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Damasco

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Fruto dourado semelhante ao pêssego, porém menor e com pele mais lisa.
    Tanto o damasco fresco quanto o seco podem ser comidos crus ou cozidos em geléias, tortas e pudins. Do caroço do damasco fabrica-se um licor.O damasqueiro atinge cerca de 9m de altura. É árvore de clima ameno. Floresce precocemente, por isso não pode ser cultivado em regiões sujeitas às geadas de primavera. O damasqueiro é originário da Ásia, de onde foi trazido para o Brasil. É cultivado de Minas Gerais ao Rio Grande do Sul, especialmente nos planaltos.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    A mais importante e uma das mais antigas cidades da Síria, situada numa fértil planície, quase circular, com 48 km. de diâmetro – é banhada pelo Barada e o Awaj (Abana e Farfar). Dista de Jerusalém para o nordeste 218 km. Foi, por séculos, um centro comercial (Ez 27:18-47.16 a 18). Já era conhecida no tempo de Abraão, e foi terra natal do seu mordomo Eliezer (Gn 14:35-15.2). A não ser no curto período de tempo em que Damasco esteve sujeita a Davi e Salomão, era esta cidade a capital do reino independente da Síria, e com esta nação está a sua história estreitamente ligada. Foi conquistada a cidade de Damasco pelo rei Davi, sendo obrigada a pagar um certo tributo (2 Sm 8.5,6 – e 1 Cr 1S.5 a
    7) – mas no tempo de Salomão foi retomada por um guerreiro de nome Rezom (1 Rs 11.23 a 25). Ben-Hadade i, rei da Síria, sendo subornado por Asa, rei de Judá, quebrou a sua aliança com Baasa, e invadiu o reino de israel (1 Rs 15.18 a 20 – 2 Cr 16.2 a 4), continuando a guerra com israelitas no tempo de onri (1 Ra 20.34). Ben-Hadade ii cercou Samaria, mas sem resultado, no tempo do rei Acabe – depois voltou, mas foi de novo posto em debandada, firmando, porém, uma aliança com Acabe (1 Rs 20.1 a 34). Três anos mais tarde foi a guerra renovada, tendo sido Acabe derrotado e morto (1 Rs 22.1,37). o general Naamã foi mandado de Damasco à Samaria para curar-se da lepra (2 Rs 5). Pela segunda vez foi cercada a cidade de Samaria por Ben-Hadade, mas em vão (2 Rs 6.24). Hazael foi visitado por Eliseu em Damasco, e designado como sucessor de Ben-Hadade (2 Rs 8.7 a 15). Este mesmo Hazael foi derrotado pelos assírios, mas alcançou vitória contra Jorão e Acazias (2 Rs 8.28,29). os sírios assolaram a terra de israel ao oriente do Jordão, no reinado de Jeú (2 Rs 10.32, 33 – e Am 1:3-5) – cercaram e tomaram Gate (2 Rs 12.17 e Am 6:2) – ameaçaram Jerusalém (2 Rs 12.18 – 2 Cr 24,23) – oprimiram israel no reinado de Jeoacaz (2 Rs 13 3:7-22). Ben-Hadade iii foi também um rei opressor – mas perdeu as cidades que Hazael tinha tomado (2 Rs 13.25), ficando Jeoás vitorioso conforme o vaticínio de Eliseu (2 Rs 13 14:19) – também Jeroboão atacou a cidade de Damasco (2 Rs 14.28). Rezim, juntamente com Peca, rei de israel, atacou Jerusalém não sendo bem sucedido, mas levou numerosos cativos e recuperou Elate (2 Rs 16.5,6 – 2 Cr 28.5 – e is 7:1-9). Tiglate-Pileser, rei da Assíria, instigado por Acaz, tomou Damasco, matou Rezim e transportou para Quir os habitantes desta cidade, como tinha sido predito por Amós – e assim terminou o reino de Damasco (2 Rs 16.9 a 12 – is 17:1-3Jr 49:23-27Am 1:5). Nos tempos do N.T. fazia Damasco parte do reino de Aretas, um árabe que conservava o seu poder, estando sujeito aos romanos (2 Co 11.32). Foi perto daquela cidade que se deu a conversão de S. Paulo (At 9). Damasco gozou de prosperidade comercial, quase sem interrupção, e ainda hoje é uma cidade que tem para cima de 100.000 habitantes. A planície produz nozes, romãs, figos, ameixas, damascos, limões, peras e maçãs – e nos arredores existem famosas vinhas. o trânsito por Damasco foi em todos os tempos mais lucrativo do que propriamente o seu comércio direto. As caravanas entre o Egito e a Síria, e entre Tiro e Assíria e o oriente passavam geralmente, todas elas por Damasco. (*veja Ben-Hadade e Hazael.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Damasco Capital da Síria (1Rs 15:18; At 9:1-25).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dara

    Dicionário Bíblico
    hebraico: pérola da Sabedoria ou coração de sabedoria
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Dará

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Dia

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    o ‘calor do dia’ (Mt 20:12) significa o tempo das nove horas, quando no oriente o sol resplandece vivamente no Céu. ‘Pela viração do dia’ (Gn 3:8) é justamente antes do sol posto. Antes do cativeiro, os judeus dividiam a noite em três vigílias: a primeira vigília durava até à meia-noite (Lm 2:19), a média ia da meia-noite até ao cantar do galo (Jz 7:19), e a da manhã prolongava-se até ao nascer do sol (Êx 14:24). No N.T., porém, há referências a quatro vigílias, divisão que os judeus receberam dos gregos e romanos: a primeira desde o crepúsculo até às nove horas (Mc 11:11Jo 20:19) – a segunda, desde as nove horas até à meia-noite (Mc 13:35) – a terceira, desde a meia-noite até às três da manhã (Mc 13:35) – e a quarta, desde as três horas até ao romper do dia (Jo 18:28). o dia achava-se dividido em doze partes (Jo 11:9). A hora terceira, a sexta, e a nona, eram consagradas à oração (Dn 6:10, At 2:15, e 3.1). Parte de um dia era equivalente nos cálculos ao dia todo (Mt 12:40). os judeus não tinham nomes especiais para os dias da semana, mas contavam-nos desde o sábado. Usa-se, também, a palavra ‘dia’, como significando dia de festa (os 7:5), e dia de ruína (18:20, e os 1:11). Deve ser notado que no cálculo da duração de um reinado, por exemplo, conta-se uma pequena parte do ano por um ano completo. E assim se um rei subia ao trono no último dia do ano, o dia seguinte era o princípio do segundo ano do seu reinado. (*veja Cronologia, Tempo, Ano.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    Entre os índios e em geral no Oriente, a palavra que trasladamos por dia tem uma significação primitiva, que corresponde exatamente ao termo caldeu sare, revolução.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - O Velho Testamento

    [...] todo dia é também oportunidade de recomeçar, reaprender, instruir ou reerguer.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    Cada dia é oportunidade de ascensão ao melhor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 58

    [...] cada dia é um ramo de bênçãos que o Senhor nos concede para nosso aperfeiçoamento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    No livro da existência, cada dia é uma página em branco que confiarás ao tempo, gravada com teus atos, palavras e pensamentos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é nova oportunidade de orar, de servir e semear. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é desafio sereno da Natureza, constrangendo-nos docemente à procura de amor e sabedoria, paz e elevação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é a oportunidade desvendada à vitória pessoal, em cuja preparação falamos seguidamente de nós, perdendo-lhe o valor.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é um país de vinte e quatro províncias. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada dia é oportunidade de realizar o melhor. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] o dia que deixas passar, vazio e inútil, é, realmente, um tesouro perdido que não mais voltará.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Diante do tempo

    O dia e a noite constituem, para o homem, uma folha do livro da vida. A maior parte das vezes, a criatura escreve sozinha a página diária, com a tinta dos sentimentos que lhe são próprios, nas palavras, pensamentos, intenções e atos, e no verso, isto é, na reflexão noturna, ajudamo-la a retificar as lições e acertar as experiências, quando o Senhor no-lo permite.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 41

    [...] Cada dia é uma página que preencherás com as próprias mãos, no aprendizado imprescindível. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 31

    [...] O dia constitui o ensejo de concretizar as intenções que a matinal vigília nos sugere e que à noite balanceamos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Dia
    1) Período de 24 horas (Rm 8:36;
    v. HORAS).


    2) Tempo em que a terra está clara (Rm 13:12).


    3) O tempo de vida (Ex 20:12).


    4) Tempos (Fp 5:16, plural).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Dia O oposto à noite, à qual segue (Lc 21:37; Jo 9:4). Também espaço temporal de 24 horas. Os romanos contavam o dia de meia-noite a meia-noite — prática que perdura entre nós —, enquanto os judeus contemporâneos de Jesus iniciavam o dia com o surgimento da lua, concluindo-o no dia seguinte pela tarde. Para designar um dia completo, costumava-se empregar a expressão “noite e dia” (Mc 4:27; 5,5; Lc 2:37).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
    Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
    As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
    Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
    Época atual; atualidade: as notícias do dia.
    Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
    Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
    Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.
    Fonte: Priberam

    Dias

    Dicionário Comum
    substantivo masculino plural Tempo de vida, de existência, dias de vida, vida.
    Etimologia (origem da palavra dias). Pl de dia.
    Fonte: Priberam

    Dissê

    Dicionário Comum
    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.

    Fonte: Priberam

    Diz

    Dicionário Comum
    3ª pess. sing. pres. ind. de dizer
    2ª pess. sing. imp. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.

    Fonte: Priberam

    Dois

    Dicionário Comum
    numeral Um mais um (2); o número imediatamente após o 1; segundo.
    Equivalente a essa quantidade: dois carros na garagem.
    Segundo dia do mês: dia um, dia dois.
    Segundo elemento numa contagem, série, lista.
    substantivo masculino Algarismo que representa esse número (2).
    Nota dois: tirei dois no exame.
    Carta do baralho, marcada com dois pontos: o dois de ouros.
    Etimologia (origem da palavra dois). Do latim duos; pelo espanhol dos.
    Fonte: Priberam

    Ecrom

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Ecrom Uma das cinco cidades principais dos filisteus, dada a JUDÁ 2, (Js 15:45-46).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Bíblico
    hebraico: extirpação
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Edom

    Dicionário Bíblico
    Vermelho. Foi este o nome dado a Esaú por motivo da cor vermelha da sopa de lentilhas, pela qual ele vendeu a Jacó o seu direito de primogenitura (Gn 25:30 – 36.1). 2. o país que nos tempos do N.T. era conhecido pelo nome de iduméia (Mc 3:8). Primitivamente se chamava ‘monte Seir’ (escabroso), e era então habitado pelos horeus (Gn 14:6). Estendia-se desde o mar Morto até ao mar Vermelho, sendo Elate e Eziom-Geber os portos idumeus (Dt 2:8). É um território estreito e montanhoso, com 160 km de comprimento por 32 de largura, sendo a altura média acima do nível do mar uns 600 metros. Limita-se ao oriente pelo deserto da Arábia, sendo a sua fronteira ocidental vizinha de Judá. É uma região de profundos vales e de férteis planícies, com um clima magnífico, mas o aspecto geral do país é áspero e inculto (Jr 49:16 – e ob 3:4). Foi esta terra que Esaú ocupou logo depois da morte de seu pai isaque (Gn 36:6-8). Foi subjugada pelos seus descendentes (Dt 2:12). os idumeus (descendentes de Esaú ou Edom) eram um povo guerreiro, habitantes das cavernas, como tinham sido os horeus, a quem eles tinham afugentado daqueles sítios (Jr 49:16), sendo além disso idólatras (2 Cr 25.14). Eles recusaram aos hebreus a passagem pelo seu território (Nm 20:14-21 e 21.4), e foram acusados de inveterado ódio para com o povo israelita (Ez 25:12). Saul fez guerra aos idumeus, e Davi os subjugou completamente depois de terrível carnificina (1 Sm 14.47 – 2 Sm 8.14). A partir deste tempo ficaram os reis de Edom tributários dos reis de Judá até ao reinado de Josafá (1 Rs 22.47). A partir daí mantiveram a sua independência e fizeram repetidos ataques a Judá (2 Cr 28.17). A sua hostilidade perversa (Ez 25:12) trouxe sobre eles os males profetizados por isaías (34.5 a 15 – 63.1 a 6), por Jeremias, (49.7 a 12, e nas Lm 4:21), por Ezequiel (25.14), por Joel (3.19), e por Amós (1.11,12). Durante o tempo do cativeiro dos israelitas, avançaram os idumeus na direção do noroeste, ocupando muitas cidades ao sul de Judá e Simeão – mas ao mesmo tempo perderam a parte meridional do seu próprio território, sendo-lhes conquistado pelos nabateanos, poderosa tribo de árabes. Em tempos posteriores o nome de Edom, ou iduméia, estendia-se a todo o território desde o deserto da Arábia até ao Mediterrâneo. Era Bozra (Bezer) a cidade capital, mas a principal fortaleza era Petra (Sela), esse maravilhoso e quase inexpugnável lugar, talhado na rocha viva (*veja Petra). As palavras dos profetas foram completamente cumpridas – ‘Edom se fará um deserto abandonado’ (Jr 49:17Jl 3:19). É hoje de tal sorte o deserto de Edom, que a gente se espanta, e pergunta como é que uma região tão estéril e acidentada pôde, em tempos antigos, ser adornada de cidades, e habitada por um poderoso e opulento povo! o seu atual aspecto devia desmentir a sua história, se essa história não fosse confirmada por muitos vestígios de sua primitiva grandeza, pelos sinais de uma antiga cultura, isto é, pelas ruínas de cidades e fortificações, vendo-se ainda também os restos de muralhas e de estradas empedradas.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Edom [Vermelho] -

    1) Um dos nomes de Esaú, como lembrança de ter vendido o seu direito de PRIMOGENITURA por um prato de lentilhas (Gn 25:30)

    2) País dos descendentes de Esaú (Nu 20:18-21) , que ficava ao sul do mar Morto.
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Espada

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Uma das mais antigas armas de combate, constituída de longa espada lâmina de aço.
    O homem começou a fazer armas logo após descobrir a arte de trabalhar os metais. As mais antigas espadas de que temos notícia foram as dos assírios, gauleses e gregos. Suas espadas eram armas curtas e de dois gumes, feitas e bronze. A espada romana era uma arma curta, reta, de aço com uma ponta aguda e dois gumes.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Etimológico
    Do grego spathé que em latim deu spatha = arma branca, forma de uma lâmina fina e pontiaguda, podendo ser de um, o que é mais comum, ou de dois gumes, citada no Apocalipse 1:16.
    Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

    Dicionário Bíblico
    A espada era curta e larga, geralmente com um só gume, mas algumas vezes com dois, quando a sua função era a de instrumento perfurante. A sua forma era muito variável, sendo muitas vezes direita, outras curva. Era sempre levada sobre a coxa esquerda, e por esta razão pôde Eúde ocultar uma espada curta ou um punhal sobre a coxa direita, sem desconfiança, visto que era canhoto (Jz 3:16). A espada é a mais antiga arma ofensiva mencionada na Bíblia. Foi com ela que os filhos de Jacó assassinaram os siquemitas (Gn 34:25). É muitas vezes sinônimo de guerra: ‘o Senhor mandará a espada à terra.’ ‘A espada da boca’ (5:15Sl 57:4) é a conversa perniciosa, a falsa acusação, a difamação, a calúnia. A Palavra de Deus é, na sua força penetrante, comparada a uma espada de dois gumes (Hb 4:12). As palavras: ‘Da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes’ (Ap 1:16) exprimem a força da Sua Palavra, quer se considere a Sua graça, ou o Seu juízo.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    [...] A espada é, para Deus, um punhal fratricida que os códigos sociais tornaram legal, e, portanto, sobre ela não pode incidir sua bênção luminosa. [...]
    Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - L• 7, cap• 3

    Com Jesus [...] a espada é diferente. Voltada para o seio da Terra, representa a cruz em que Ele mesmo prestou o testemunho supremo do sacrifício e da morte pelo bem de todos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Espada Arma que consta de uma lâmina comprida e pontuda, afiada dos dois lados (1Sm 17:51); (Mt 26:51); (He 4:12).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Ferro

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Metal duro e maleável, o mais importante, por sua utilização industrial e tecnológica, de símb. Fe, peso atômico 26, massa atômica 55,847.
    Ponta de ferro de uma lança.
    Espada, florete: cruzar o ferro.
    Poética Arma assassina: ferro homicida.
    Semicírculo com que se protegem os cascos das patas dos cavalos etc.
    Ferramentas, instrumentos, utensílios de arte ou ofício, ou utilidade em geral: ferro de engomar.
    Barra de ferro ou de arma maleável que apresenta uma forma qualquer: ferro em T, em.
    substantivo masculino Haste de ferro que serve de armação para concreto armado.
    Lâmina de ferro que constitui a parte cortante ou perfurante de um objeto.
    Idade do ferro, período pré-histórico em que o homem começou a utilizar o ferro em seus utensílios.
    A ferro e fogo, com toda violência.
    Malhar em ferro frio, perder tempo.
    Estrada de ferro, sistema de viação através de trens.
    Lançar ferro, fundear o navio.
    Ferros velhos, trastes de oficina.
    Meter a ferros, encarcerar.
    De ferro, que se assemelha ao ferro, que tem a dureza do ferro (nos sentidos próprio e figurado): mão de ferro; coração de ferro.
    substantivo masculino plural Algemas, grilhões: meteram-no em ferros.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    A primeira menção que se faz do ferro na Bíblia é em Gn 4:22, onde é citado Tubalcaim como forjador de instrumentos cortantes de bronze e ferro. Que os assírios usavam este metal em grande escala, mostra-se isto pelas descrições do explorador Layard, que achou serras e facas nas ruínas de Nínive. A fundição do ferro acha-se representada nas esculturas egípcias, devendo, por isso, ter sido conhecido o uso dos foles pelo ano 1500 a.C. Além disso, têm sido encontradas chapas de ferro, ligando as fiadas de pedras no interior das Pirâmides. Deste modo o trabalho em ferro é muito antigo, embora não se diga na Bíblia que Moisés fez uso desse metal quando erigiu o tabernáculo, ou que Salomão o empregou em qualquer parte do templo em Jerusalém. Todavia, no Pentateuco acham-se referências à sua grande dureza (Lv 26:19Dt 28:23-48) – ao leito de ferro do rei ogue de Basã (Dt 3:11) – às minas de ferro (Dt 8:9) – e também aquela dura escravidão dos israelitas no Egito é comparada ao calor da fornalha para fundição do ferro (Dt 4:20). Vemos também na Bíblia que as espadas, os machados e instrumentos de preparar pedra eram feitos de ferro (Nm 35:16Dt 19:5 – 27.5). o ‘ferro do Norte’ (Jr 15:12) era, talvez, o endurecido ferro produzido no litoral do mar Euxino pelo povo daqueles sítios, que, segundo se diz, descobriu a arte de temperar o aço. Figuradamente é usado o ferro como símbolo da força (40:18), e da aflição (Sl 107:10), etc.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Ferrolho

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Trinco de ferro usado para fechar portas e janelas; tranca, tranqueta: porta sem ferrolho.
    Peça de metal que trava a culatra de algumas armas de fogo, especialmente fuzis.
    [Esporte] Posicionamento de quem joga na defesa; retranca.
    Etimologia (origem da palavra ferrolho). Do latim veruculum, "espeto pequeno".
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Tranca
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Ferrolho Peça corrediça de ferro usada para trancar portas e janelas (Dt 3:5).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Filho

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Filho
    1) Pessoa do sexo masculino em relação aos pais (Gn 4:17)

    2) Descendente (Ml 3:6); (Lc 1:16). 3 Morador de um país (Am 9:7) ou de uma cidade (Jl 3:6).

    4) Membro de um grupo (2Rs 2:15), RC).

    5) Qualidade de uma pessoa (Dt 13:13), RC; (2Sm 3:34); (Mc 3:17); (Lc 10:6); (Jo 12:36).

    6) Tratamento carinhoso (1
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da FEB
    Nossos filhos são companheiros de vidas passadas que retornam ao nosso convívio, necessitando, em sua grande maioria, de reajuste e resgate, reconciliação e reeducação. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

    [...] todo filho é um empréstimo sagrado que, como tal, precisa ser valorizado, trabalhando através do amor e da devoção dos pais, para posteriormente ser devolvido ao Pai Celestial em condição mais elevada. [...]
    Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 1

    O filhinho que te chega é compromisso para a tua existência.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    [...] os filhos [...] são companheiros de vidas passadas que regressam até nós, aguardando corrigenda e renovação... [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 39

    Os filhos são doces algemas de nossa alma.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Os filhos não são almas criadas no instante do nascimento [...]. São companheiros espirituais de lutas antigas, a quem pagamos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias puras, por créditos de outro tempo. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49

    Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do mundo maior, de vez que todos nós integramos grupos afins.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vida e sexo• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2

    [...] Os filhos são as obras preciosas que o Senhor confia às mãos [dos pais], solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 135

    [...] os filhos são associados de experiência e destino, credores ou devedores, amigos ou adversários de encarnações do pretérito próximo ou distante, com os quais nos reencontraremos na 5ida Maior, na condição de irmãos uns dos outros, ante a paternidade de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário Comum
    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
    Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
    Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
    Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
    Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
    Por Extensão A cria de descente de algum animal.
    Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
    [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
    Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
    adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
    substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
    Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.
    Fonte: Priberam

    Filhós

    Dicionário Comum
    substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).
    Fonte: Priberam

    Filisteus

    Dicionário Bíblico
    É desconhecida a significação, talvez querendo dizer imigrantes – os filisteus habitavam as terras baixas de Judá ao longo da costa, desde Jope até ao deserto de Gaza. o território tinha cinco divisões, cada uma das quais com a sua capital – Asdode ou Azoto, Gaza, Ascalom, Gate e Ecrom, sendo as duas últimas cidades situadas no interior. Estes cinco distritos formavam uma confederação de que Asdode era a capital federal (1 Sm 6,17) – e por isso foi para ali levada a arca (1 Sm 5.1). É muito incerta a DATA do estabelecimento deste povo em Canaã, mas eles venceram o Avim, tendo vindo de Caftor (Dt 2:23Jr 47:4Am 9:7). Quando os israelitas entraram no país, bem depressa estiveram em conflito com os filisteus, que obstinadamente resistiram aos invasores, obrigando uma parte da tribo de Dã a emigrar para as proximidades do monte Hermom (Jz 18). o poder dos filisteus aumentou durante o governo dos juizes e de Saul – foi Davi, que depois da morte do seu antecessor, de um modo notável uniu as tribos e os derrotou. (*veja Sansão.) A parte superior do território dos filisteus foi reclamada pelos descendentes de Efraim (1 Rs 15.27 – 16.15), que, contudo, não puderam expulsar os habitantes. A Filístia em nenhum tempo fez parte do Reino de israel (2 Rs 1.3 – 8,2) – jamais o seu povo deixou de atacar os israelitas, praticando terrivelmente a pilhagem, e prendendo os habitantes para vendê-los como escravos (1 Sm 10.5 – 13 3:17 – 14.21 – 23.1 – 28.1 – 29.11 – 31.1 a 12). Esta situação durou até que Tiglate-Pileser (734 a.C.) invadiu todo o país, subjugando os filisteus até Gaza. Alguns anos depois revoltaram-se contra Sargom (is
    20) e Senaqueribe. Ezequias foi envolvido na luta, por ter recebido o rei de Ecrom, que antes tinha estado em boas relações com a Assíria. o rei Ezequias havia restabelecido sobre a Filístia, o poder que Salomão tinha adquirido (2 Rs 18.8). Nesta ação foi o rei de Judá auxiliado pelos egípcios que se apoderaram dos lugares baixos do país (is 19:18). Mas Senaqueribe, na guerra com os egípcios, tomou Ascalom. outras cidades se submeteram aos assírios, perdendo Ezequias, também, certas porções do seu território. Por muito tempo os assírios tiveram a cidade de Asdode em seu poder, até que os egípcios, sob Psamético i, a subjugou (Jr 25:20). Neco, o seguinte egípcio, quando voltava da batalha de Megido, conquistou Gaza. Ainda outra vez os filisteus ficaram esmagados entre as duas potências em luta, o Egito e a Caldéia, pois Nabucodonosor, percorrendo o país levou cativa, depois de grande mortandade, quase toda a população (Jr 47). o velho ódio dos filisteus para com os judeus se patenteou durante o cativeiro (Ez 25:15-17). Todavia, desde a volta do cativeiro, a história dos filisteus é absorvida nas lutas dos reinos vizinhos.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Filisteus Povo que habitava a planície da costa do mar Mediterrâneo em Canaã, desde Jope até o Sul de Gaza. Tinham cinco grandes cidades: Asdode, Gaza, Asquelom, Gate e Ecrom (Js 13:3). Os israelitas viviam sempre em luta contra eles.

    =====================

    MAR DOS FILISTEUS

    V. MEDITERRÂNEO, MAR (Ex 23:31).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Fogo

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Desenvolvimento simultâneo de calor, de luz e de chama produzido pela combustão viva de certos corpos, como a madeira, o carvão etc.
    Fogueira, incêndio, labareda, lume.
    Fogão ou lugar onde se cozinha ou se faz fogo para qualquer fim; lareira: conversávamos junto ao fogo.
    Calor intenso e molesto: o dia de hoje foi um fogo.
    Figurado Veemência, ardor, paixão: o fogo da cólera.
    Fuzilaria, guerra, combate.
    Figurado Fogo de palha, entusiasmo passageiro ou aparente.
    Figurado Excitação, ardência sexual: mulher de muito fogo.
    Negar fogo, falhar, iludir, desanimar.
    Pegar fogo, incendiar-se, inflamar-se.
    Fazer fogo, acender.
    Comer fogo, fazer alguma coisa com grande sacrifício ou passar dificuldades.
    Figurado Atiçar fogo, açular, incitar.
    Brincar com o fogo, expor-se ao perigo, arriscar-se.
    Figurado Ser fogo, ser difícil, irredutível, indomável, intransigente.
    A fogo lento, pouco a pouco.
    Tocar fogo na canjica, animar.
    Figurado Pôr as mãos no fogo (por alguém), responsabilizar-se, confiar em.
    interjeição Voz de disparo em combate ou aviso de incêndio.
    substantivo masculino plural Fogos de artifício, peças pirotécnicas fáceis de inflamar para festejos juninos e outras comemorações.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Etimológico
    Fogo (que em latim se dizia "ignis" = ignição do carro) tem origem noutra palavra latina, "focu", cujo primeiro sentido é lar doméstico, lareira, e só posteriormente passou a significar fogo. Por via culta, "focu" nos deu foco, já com sentidos novos.
    Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

    Dicionário Bíblico
    Deus revelou a Sua presença na sarça ardente por meio do fogo (Êx 3:2), e desceu ao monte Sinai entre chamas e relâmpagos (Êx 19:18). Aquele fogo que desceu do céu, primeiramente sobre o altar do tabernáculo, e mais tarde sobre o altar do templo de Salomão, quando da sua dedicação, ali se conservou constantemente alimentado, e cuidadosamente sustentado de dia e de noite pelos sacerdotes. o fogo para fins sagrados, que não fosse obtido do altar, era chamado ‘fogo estranho’ – e por ser este usado por Nadabe e Abiú, foram estes sacerdotes mortos com fogo que veio de Deus (Lv 10:1-2Nm 3:4 – 26.61). o emprego do fogo para fundir metais já era conhecido dos hebreus no tempo do Êxodo (32.24). Em dia de sábado nenhum lume se acendia para qualquer fim doméstico (Êx 35:3Nm 15:32-36). os adoradores do deus Moloque, ou queimavam os seus filhos no fogo, ou os faziam passar por ele (2 Rs 16.3 – 21.6 – 2 Cr 33.6). o Espirito Santo é comparado ao fogo (Mt 3:11At 2:3), sendo a sua obra converter e purificar as almas, inflamando-as de amor a Deus e de zelo pela Sua Glória. A Palavra de Deus é, também, apresentada como semelhante ao fogo (Jr 23:29). Empregam-se, além disso, os termos ‘fogo’ e ‘chama’, para exprimir vivos sentimentos e a inspiração divina, e descrever calamidades temporais e futuros castigos (Sl 66:12Jr 20:9Jl 2:30Ml 3:2Mt 25:41Mc 9:43).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    [...] No pensamento de Jesus, o fogo eterno não podia passar, portanto, de simples figura, pouco lhe importando fosse essa figura interpretada à letra, desde que ela servisse de freio às paixões humanas. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6, it• 7

    Imagem, semelhante a tantas outras, tomada como realidade. [...] O homem não encontrou comparação mais enérgica do que a do fogo, pois, para ele, o fogo é o tipo do mais cruel suplício e o símbolo da ação mais violenta. Por isso é que a crença no fogo eterno data da mais remota antiguidade, tendo-a os povos modernos herdado dos mais antigos. Por isso também é que o homem diz, em sua linguagem figurada: o fogo das paixões; abrasar de amor, de ciúme, etc.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 974 e 974a

    [...] A Teologia reconhece hoje que a palavra fogo é usada figuradamente e que se deve entender como significando fogo moral. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1009

    O fogo exprime emblematicamente a expiação como meio de purificação e, portanto, de progresso para o Espírito culpado.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Fogo Um dos símbolos com o qual se descreve o castigo eterno: o inferno (Mt 5:22). Passagens como as de Lc 3:16 ou 12:49ss. referem-se, evidentemente, à dupla opção de vida diante da qual se coloca todo ser humano: ou aceitar o Evangelho de Jesus, o messias, e ser mergulhado (batizado) no Espírito Santo ou rejeitá-lo e ser lançado ao fogo eterno, destinado ao diabo e a seus anjos (Mt 25:41-46).

    C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Las sectas frente a la Biblia, Madri 1992.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Gaza

    Dicionário Bíblico
    Legar forte. Cidade dos filisteus, e que Josué incorporou na tribo de Judá. Era uma das cinco fortalezas dos filisteus, situada na parte meridional da Palestina (1 Sm 6.17), entre Ráfia e Ascalom, 96 km. ao sudoeste de Jerusalém. Josué não pôde subjugá-la. Judá conseguiu conquistar Gaza, mas esta fortaleza não permaneceu por muito tempo em seu poder. As suas portas foram levadas por Sansão (Jz 16:1-3), que esteve mais tarde ali como prisioneiro, e ali ‘virava um moinho no cárcere’. Um dia fez cair o templo de Dagom, matando os príncipes e o povo que ali estavam, ficando Sansão também morto sob os destroços (Jz 16:21-30). Nos reinados de Jotão e de Acaz recuperou Gaza a sua independência, mas foi de novo subjugada por Ezequias (2 Rs 18.8). Mais tarde ficou sujeita aos egípcios, persas e caldeus, e foi tomada por Alexandre Magno depois de um cerco de cinco meses. Alexandre Janeu a conquistou depois, sendo infligidas espantosas barbaridades aos seus habitantes. Foi reedificada por Gabínio, e colocada sob a proteção de Roma. Hoje somente existem restos da sua primitiva grandeza. A moderna Guzzeh está numa elevação: as casas são construídas de pedra, mas a aparência é muito fraca. A vista em redor é bela, e os produtos vegetais apresentam-se viçosos e odoríferos.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Gaza Cidade filistéia (Js 10:41); (Jz 1:18); 16.1; (2Rs 18:8); (At 8:26).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    gaza s. f. Gaze.
    Fonte: Priberam

    Gileade

    Quem é quem na Bíblia?

    (Heb. “banco de rochas”). 1. Neto de Manassés e filho de Maquir, tornou-se o líder do clã dos gileaditas (Nm 26:29-30; Nm 27:1-1Cr 2:21-23). Seu nome foi dado a uma região a leste do rio Jordão. A distribuição dessa terra é registrada em Josué 17.


    2. Pai de Jefté, um dos juízes de Israel: “O seu pai era Giileade; a sua mãe era uma prostituta” (Jz 11:1). Os filhos de Gileade com sua esposa legítima mais tarde expulsaram Jefté de casa, a fim de que não recebesse nenhuma herança do pai. O fato de ele também ser descrito como gileadita (ou seja, vivia na região de Gileade) tem levado alguns teólogos a questionar se Gileade era realmente um nome ou simplesmente um patronímico. O contexto, entretanto, sugere que realmente trata-se de um nome próprio.


    3. Pai de Jaroa e filho de Micael, era um gadita que vivia em Basã, na região de Gileade. Novamente é possível que, em razão de sua família viver em Gileade, possa se considerar outro patronímico. O contexto do nome, entretanto, que aparece bem no meio de uma genealogia, torna essa possibilidade mais improvável (1Cr 5:14-16). P.D.G.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Gileade Região montanhosa e florestal que ficava a leste do Jordão (Gn 31:21), famosa pelo bálsamo que produzia (Jr 8:22; Mq 7:14; Js 10:8—12.7).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Bíblico
    Região pedregosa. 1. Território montanhoso ao oriente do Jordão, ocupado por Gade, Rúben, e a meia tribo de Manassés – por vezes a palavra significa toda a região que fica ao oriente do rio Jordão (Dt 34:1Js 22:9Jz 20:1). o país era acidentado, rico de florestas, com ricas pastagens (Nm 32:1), e produzia especiarias e gomas aromáticas (Gn 37:25Jr 8:22 – 46.11). Ali acampou Jacó quando foi alcançado por Labão (Gn 31:21-25) – foi tomado pelos israelitas (Nm 21:24-25, 32 a 35 – Dt 2:32-36 – 3.1 a
    10) – era a terra de Jair (Jz 10:3) – de Jefté (Jz 11:1-7 a 11), e de Elias (1 Rs 17,1) – foi refúgio dos israelitas, quando se livravam dos filisteus (1 Sm 13.7), refugiando-se ali também os filhos de Saul (2 Sm 2.8, 9), e mais tarde Davi quando fugia de Absalão, que o seguiu até aqueles sítios (2 Sm 17.24,26) – e no reinado de Jeú foi o país de Gileade conquistado por Hazael, rei da Síria (2 Rs 10.33). o ‘bálsamo de Gileade’ era a seiva de uma árvore que cresce naquela região. É uma substância branca, viscosa, que depressa se coagula, e é de valor para cura de inflamações. No tempo de Alexandre Magno valia duas vezes o seu peso em prata. Maanaim, a capital meridional de Gileade, ainda hoje existe com o nome de Mukhmah. Ao norte havia o lugar de Jabes-Gileade, que hoje se chama Wadi-Yabir. Ao noroeste de Rabate-Amom, na parte sul, as ruínas de Jubeiá indicam o sítio de Jogbeá, sendo até este lugar que os midianitas foram perseguidos por Gideão (Jz 8:11). Sucote, para onde se dirigiu Jacó depois que Esaú se apartou dele, acha-se hoje identificado com Tell Der”ala, ao norte de Jaboque, e Mispa com Sufe. 2. A palavra Gileade também se encontra como nome de pessoa (Nm 26:29Jz 11:1 – 1 Cr 5.14).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Hadade

    Dicionário Bíblico
    (Talvez ‘o que lança o raio’.) o título do deus do Tempo, a que se prestava culto na Palestina e na Síria. 1. Filho de ismael, que também se chamava Hadar (Gn 25:15 – 1 Cr 1.30). 2. Filho de Bedade, rei de Edom, sendo Avite, a capital deste pais (Gn 36:35 – 1 Cr 1.46). 3. outro rei, o último dos reis de Edom. Depois da sua morte, os governadores do país tiveram o nome dos príncipes (1 Cr 1.51). Em Gn 36:39 é chamado Hadar. A sua principal cidade era Pai ou Pau (1 Cr 1.50). 4. o Filho de Bedade, rei de Edom. Foi levado para o Egito pelos servos do seu pai, quando Joabe, general das tropas de Davi, extirpou a todo o varão em Edom. Hadade era apenas então uma criança. o rei do Egito deu-lhe posição, casa e terras, e casou-o com a irmã da sua própria mulher. Depois da morte de Davi, desejou Hadade voltar ao seu país. Faraó procurou detê-lo no Egito, porque uma forte amizade se manifestava entre as famílias de ambos, mas por fim consentiu na sua partida. Voltando para Edom, começou Hadade a levantar embaraços a Salomão – não sabemos sobre isso nenhuma particularidade (1 Rs 11.14 a25).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Quem é quem na Bíblia?

    1. Filho de Ismael e neto de Abraão e Hagar; era o líder do seu clã (Gn 25:15-1Cr 1:30).


    2. Filho de Bedade, tornou-se rei de Edom depois da morte de Husão (Gn 36:35-36; 1Cr 1:46-47). Ficou famoso por sua vitória sobre os midianitas, na região de Moabe. Vivia na cidade de Avite e depois de sua morte seu sucessor no trono foi Samlá. Reinou na época anterior à monarquia em Israel (Gn 36:31).


    3. Rei de Edom, sucedeu Baal-Hanã. Sua cidade chamava-se Pau e sua esposa era Meetabel, filha de Matrede (Gn 36:39 — onde é chamado de Hadar: 1Cr 1:50-51).


    4. Edomita, “da estirpe real de Edom”, foi levantado pelo Senhor como adversário do rei Salomão (1Rs 11:14), que experimentou grande prosperidade e tinha extraordinária sabedoria enquanto manteve uma atitude de total confiança no Senhor, no início de seu reinado. Quando, porém, tornou-se muito influente no mundo, foi tentado a estabelecer laços com outras famílias reais, por meio de casamentos, sem dúvida por razões políticas. Cada esposa levou para Jerusalém seus próprios deuses. Assim, Salomão não só quebrou a lei de Deus, ao casar-se com mulheres estrangeiras, mas também permitiu a introdução de divindades estrangeiras na cidade santa (veja Js 23:12-13; Dt 7:3). Os seus casamentos com mulheres estrangeiras causaram a ira de Deus. Gradualmente, suas esposas “lhe perverteram o coração para seguir a outros deuses” (1Rs 11:4-6). Claramente criou uma ruptura na aliança que fizera com o Senhor, após a construção do Templo (1Rs 9:6-9).

    Na época do rei Davi, os edomitas foram destruídos pelo exército de Israel. Hadade, que na época era apenas um jovem, fugiu para o Egito, onde foi bem recebido e casou-se com a própria cunhada do Faraó, irmã de Tafnes, rainha do Egito. Seu filho, Genubate, foi criado na corte real egípcia. Quando Hadade soube que Davi estava morto, retornou para lutar contra Salomão, o que efetivamente fez, e sempre manteve uma guerrilha contra Israel. Como o escritor de I Reis estava interessado somente em mostrar como Salomão estava sendo punido por Deus, nada mais se sabe sobre Hadade; provavelmente se estabeleceu em Edom e continuou a lutar contra Salomão até o final de seu reinado (1Rs 11:14-25). P.D.G.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Hadade [Poderoso ? Trovão ?] -

    1) Rei de Edom (Gn 36:35)

    2) Membro da família real de EDOM que se revoltou contra Salomão (1Rs 11:14-25).

    3) O último dos antigos reis de Edom (1Cr 1:50).

    4) O deus sírio do trovão (v. HADADE-RIMOM).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Hazael

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    A quem Deus vê. A vida de Hazael, rei de Damasco, é profundamente maléfica. Era oficial de alta patente, que servia o rei Ben-Hadade. Este, estando em certa ocasião doente, mandou Hazael a Eliseu, para saber deste profeta se ele, Ben-Hadade, recuperaria a saúde. o profeta Eliseu, em obediência à ordem dada por Deus a Elias, ungiu rei a Hazael, e ao mesmo tempo lhe disse que a doença de Ben-Hadade não era fatal, mas que morreria, reinando ele em seu lugar. E Hazael notou que a profecia se havia cumprido, porque matando ele a Ben-Hadade, se apoderou do trono. Foi contemporâneo de Jorão, Jeú, e Joacás, reis de israel. No obelisco Preto, que está no Museu Britânico, é ele mencionado, como pagando tributo com Jeú a Salmaneser ii, rei de Assíria, no ano 842 a.C. A pergunta que ele fez ao profeta Eliseu (2 Rs 8.13): ‘Pois que é teu servo, este cão, para fazer tão grandes coisas?’ mostra bem que ele não se horrorizou com o que acabava de ouvir, mas hipocritamente se considera indigno da alta posição anunciada. As cruéis barbaridades, que por ele foram infligidas a israel, acham-se narradas em 2 Rs 8.12 e 10.32… e 12.17. (*veja também 1 Rs 19.15 a 18 e Am 1:4.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Quem é quem na Bíblia?

    Ungido para ser rei da Síria, sob a ordem específica do Senhor (1Rs 19:15). Ele e Jeú foram escolhidos por Deus como instrumentos de juízo contra Israel e a casa de Acabe, o qual era extremamente perverso e idólatra. Hazael era um oficial do exército sírio. Certa vez, Ben-Hadade, o rei da Síria, enviou-o ao encontro do profeta Eliseu, que se dirigia a Damasco, para saber se ficaria bom de certa enfermidade. O profeta então chorou, ao contemplar o sofrimento de seu povo Israel nas mãos de Hazael, e disse que o senhor dele morreria. Aquele oficial então retornou ao seu país e matou BenHadade (2Rs 8:8-15), para se tornar rei da Síria, de 843 a 798 a.C.

    Logo depois que Hazael chegou ao poder, Jorão, filho de Acabe, e Acazias, rei de Judá, fizeram uma aliança e saíram para fazer guerra contra ele; Jorão, porém, foi ferido na batalha (2Rs 8:25-29; 2Cr 22:5-6). Posteriormente, como castigo de Deus contra a idolatria de Acabe, seu pai, Jor1ão foi morto por Jeú, que se tornou rei de Israel (2Rs 9:14-15). O Senhor então enviou mais castigo contra seu povo, devido à infidelidade religiosa e ao pecado, ao permitir que Hazael capturasse grandes extensões de terra dos israelitas (2Rs 10:32). Quando o referido rei sírio dirigiu-se ao sul de Israel, conquistou grande parte do território de Efraim e voltou-se para atacar o reino de Judá e a cidade de Jerusalém (2Rs 12:17-18). O rei Joás então enviou os tesouros do Templo como tributo, de maneira que Hazael desistiu de atacar a santa cidade.

    Por vários anos Deus permitiu que Hazael oprimisse seu povo, até que finalmente o rei Jeoacaz, de Israel, voltou-se para o Senhor e Deus ouviu sua oração (2Rs 13:3-5). Quando começaram a orar, “o Senhor teve misericórdia deles, e se compadeceu deles, e tornou para eles, por amor da sua aliança com Abraão, Isaque e Jacó” (2Rs 13:23). Hazael morreu e Jeoás, filho de Jeoacaz, rei de Israel, lutou contra seu filho, Ben-Hadade, e reconquistou grande parte do território israelita (2Rs 13:24-25).

    O profeta Amós também falou contra a família de Hazael, por todo o mal que cometera ao atacar Israel, e disse que seus palácios seriam destruídos (Am 1:4). Embora o Senhor tenha permitido que o rei sírio vencesse muitas batalhas, porque era sua vontade levar Israel ao arrependimento e à verdadeira adoração, Hazael, no entanto, era responsável pelas muitas atrocidades que cometera contra o povo de Deus. P.D.G.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Hazael [Deus Vê]

    Rei da Síria, que reinou de 841 a 798 a. C. em lugar de Ben-Hadade, a quem assassinou. Dominou e castigou o povo de Israel e esteve a ponto de atacar Jerusalém (2Rs 8:7-15:28-29; 10.32; 12:17-18; 13 3:22-24).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Indignação

    Dicionário Bíblico
    Repulsa; revolta
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    [...] A indignação rara, quando justa e construtiva, no interesse geral, é sempre um bem, se sabemos orientá-la, em I serviço da elevação; contudo, a indignação diária, a propósito de tudo, de todos e de nós mesmos, é um hábito pernicioso, de conseqüências imprevisíveis.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Indignação Raiva provocada por alguma injustiça ou ação reprovável (Sl 78:49; Rm 2:8).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    indignação s. f. Sentimento de cólera, de repulsa ante uma ação vergonhosa, injuriosa, injusta etc.
    Fonte: Priberam

    Ira

    Quem é quem na Bíblia?

    1. O jairita, mencionado junto com Zadoque e Abiatar em II Samuel 20:26 como “ministro de Davi”. Os jairitas eram da tribo de Manassés (Nm 32:41). Isso pode significar que os que não pertenciam à tribo de Levi foram autorizados a exercer algumas funções sacerdotais durante o reinado de Davi.


    2. Filho de Iques, de Tecoa, era um dos “trinta” guerreiros valentes de Davi.

    Como comandante do exército do rei, estava de prontidão com seus homens todo sexto mês de cada ano e tinha 24:000 soldados sob suas ordens (2Sm 23:26-1Cr 11:28; 1Cr 27:9).


    2. O itrita, outro dos guerreiros valentes de Davi (2Sm 23:38-1Cr 11:40).

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Ira CÓLERA (Sl 30:5); (Ef 4:26). A ira de Deus é a sua reação contra o pecado, a qual o leva a castigar o pecador (Ez 7:8-9); (Ap 16:19). Porém maior do que a ira de Deus é o seu amor, que perdoa aqueles que se arrependem e mudam de vida (Is 54:7-8); (Rm 9:22-23). “Filhos da ira” quer dizer “sujeitos ao castigo” de Deus (Ef 2:3). A ira de Deus é a sua reação contra o pecado, a qual o leva a castigar o pecador (Ez 7:8-9); (Ap 16:19). Porém maior do que a ira de Deus é o seu amor, que perdoa aqueles que se arrependem e mudam de vida (
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Raiva, sentimento intenso e permanente de ódio, mágoa e rancor que, normalmente contra uma ou algumas pessoas, é gerado por uma ofensa, dando origem a uma situação agressiva.
    Manifestação desse sentimento ou o que é causado por ele: sua ira acabou causando o fim do seu casamento.
    Por Extensão Indignação agressiva, violenta: a ira do povo!
    Por Extensão Vingança ou sentimento impulsionado pelo desejo de se vingar: não se deve brincar com a ira dos deuses.
    Etimologia (origem da palavra ira). Do latim ira.ae.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Raiva, sentimento intenso e permanente de ódio, mágoa e rancor que, normalmente contra uma ou algumas pessoas, é gerado por uma ofensa, dando origem a uma situação agressiva.
    Manifestação desse sentimento ou o que é causado por ele: sua ira acabou causando o fim do seu casamento.
    Por Extensão Indignação agressiva, violenta: a ira do povo!
    Por Extensão Vingança ou sentimento impulsionado pelo desejo de se vingar: não se deve brincar com a ira dos deuses.
    Etimologia (origem da palavra ira). Do latim ira.ae.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Raiva, sentimento intenso e permanente de ódio, mágoa e rancor que, normalmente contra uma ou algumas pessoas, é gerado por uma ofensa, dando origem a uma situação agressiva.
    Manifestação desse sentimento ou o que é causado por ele: sua ira acabou causando o fim do seu casamento.
    Por Extensão Indignação agressiva, violenta: a ira do povo!
    Por Extensão Vingança ou sentimento impulsionado pelo desejo de se vingar: não se deve brincar com a ira dos deuses.
    Etimologia (origem da palavra ira). Do latim ira.ae.
    Fonte: Priberam

    Irmão

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Nascido do mesmo pai e da mesma mãe.
    Figurado Pessoa que possui um proximidade afetiva muito grande em relação a outra: considero-o como um irmão.
    Adepto das mesmas correntes, filosofias, opiniões e crenças religiosas que outro: irmão na fé cristã.
    Nome que se dão entre si os religiosos e os maçons.
    expressão Irmãos de armas. Companheiros de guerra.
    Irmãos consanguíneos. Irmãos que compartilham apenas o mesmo pai.
    Irmãos germanos. Irmãos que possuem o mesmo pai e a mesma mãe.
    Irmãos gêmeos. Irmãos nascidos do mesmo parto.
    Irmãos uterinos. Filhos da mesma mãe, mas de pais diferentes.
    Irmãos colaços. Os que foram amamentados pela mesma mulher, mas de mães diferentes - irmãos de leite.
    Irmãos siameses. Irmãos que compartilham o mesmo corpo.
    Figurado Irmãos siameses. Pessoas inseparáveis, embora não sejam realmente irmãs.
    Etimologia (origem da palavra irmão). Do latim germanus.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Com vários sentidos aparece a palavra ‘irmão’, nas Sagradas Escrituras. Diversas vezes a significação é: um parente próximo (Gn 29:12) – um sobrinho (Gn 14:16) – um indivíduo da mesma tribo (2 Sm 19,12) – uma pessoa da mesma raça (Êx 2:11) – e, metaforicamente, qualquer semelhança (Lv 19:1730:29Pv 18:9). Também se usa por um amigo, um companheiro de trabalho, um discípulo (Mt 25:40). Este nome era geralmente empregado pelos cristãos, quando falavam dos que tinham a mesma crença religiosa (At 9:17 – 22.13). os judeus reservavam o termo ‘irmão’ para distinguir um israelita, mas Cristo e os Seus apóstolos estendiam a todos os homens a significação do nome (Lc 10:29-30 – 1 Co 5.11).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    [...] para os verdadeiros espíritas, todos os homens são irmãos, seja qual for a nação a que pertençam. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

    Em hebreu a palavra – irmão – tinha várias acepções. Significava, ao mesmo tempo, o irmão propriamente dito, o primo co-irmão, o simples parente. Entre os hebreus, os descendentes diretos da mesma linha eram considerados irmãos, se não de fato, ao menos de nome, e se confundiam muitas vezes, tratando-se indistintamente de irmãos e irI mãs. Geralmente se designavam pelo nome de irmãos os que eram filhos de pais-irmãos, os que agora chamais primos-irmãos.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    Irmão, portanto, é também expressão daquele mesmo sentimento que caracteriza a verdadeira mãe: amor. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Quem são meus irmãos?

    Irmão é todo aquele que perdoa / Setenta vezes sete a dor da ofensa, / Para quem não há mal que o bem não vença, / Pelas mãos da humildade atenta e boa. / É aquele que de espinhos se coroa / Por servir com Jesus sem recompensa, / Que tormentos e lágrimas condensa, / Por ajudar quem fere e amaldiçoa. / Irmão é todo aquele que semeia / Consolação e paz na estrada alheia, / Espalhando a bondade que ilumina; / É aquele que na vida transitória / Procura, sem descanso, a excelsa glória / Da eterna luz na Redenção Divina.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 6

    [...] é talvez um dos títulos mais doces que existem no mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    Fonte: febnet.org.br

    Irmãos

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Irã

    Quem é quem na Bíblia?

    Um dos chefes de Edom, mencionado em conexão com Magdiel, descendente de Esaú (Gn 36:43-1Cr 1:54).

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário Bíblico
    Cidadão
    Fonte: Dicionário Adventista

    Israel

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.
    Fonte: Priberam

    Quem é quem na Bíblia?

    Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Israel [O Que Luta com Deus] -

    1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

    2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

    3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
    v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

    4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

    Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

    Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...

    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Bíblico
    Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Jeová

    Dicionário Comum
    substantivo masculino No Antigo Testamento, designação de Deus, ser absoluto e sobrenatural que, segundo o cristianismo, está acima de todas as coisas; Iavé ou Javé.
    Gramática Palavra que deve ser grafada com a inicial maiúscula.
    Etimologia (origem da palavra jeová). Do hebráico jehovah.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    (Para significação, *veja mais abaixo.) o mais antigo exemplo que se conhece do emprego da palavra Jeová, é do ano 1518 d.C., e é devido à má compreensão de um termo hebraico, cujas consoantes são Yhwk. Depois do cativeiro tinham os judeus tão grande respeito a este nome, que, na verdade, somente era usado, segundo algumas autoridades, pelo sumo sacerdote, uma só vez no ano, no dia da expiação. Todavia, Yhwk ocorre muito freqüentemente na Sagrada Escritura – e por isso outra palavra, Adonai (Senhor), a substituiu na leitura em alta voz, e foi adotada pelos tradutores nas diversas línguas estrangeiras (em grego Kyrios – em latim Dominus). E desta maneira se perdeu a verdadeira pronúncia de Yhwk. Quando, porém, foram acrescentadas às consoantes hebraicas (no oitavo e nono século d.C.) as letras vogais, as de Adonai foram dadas a Yhwk em vez das suas próprias. Por esta razão, se o primeiro ‘a’ fosse levemente disfarçado seria possível ler-se Yehowah – e foi isto o que realmente aconteceu. Com estas vogais se pretendeu, tanto quanto possível, designar várias formas do verbo hebraico e sugerir assim, numa só palavra, Jeová, estas idéias: ‘o que será’, ‘o que é’, e ‘Aquele que foi’. Embora isto seja pura imaginação, concorda com a frase que se encontra no Ap 1:4. Primitivamente, sem dúvida, Yhwk representava aquele tempo de um verbo hebraico que implica continuidade (o tempo chamado ‘imperfeito’), e com as suas vogais se lia Yahaweh ou Yahwek. A sua significação era provavelmente ‘Aquele que é’, ou ‘Aquele que será’, sugerindo plena vida com infinitas possibilidades. Para isto há a seguinte explicação: Quando Moisés quis informar-se a respeito do nome de Deus, foi esta a resposta: ‘o Ente “Eu sou o que sou”, “ou Serei o que serei”, me mandou vir ter contigo.’ Este nome significa, então, o Ser que subsiste por Si, o qual proverá a respeito do Seu Povo. Quanto a saber-se até que ponto o nome era conhecido do povo de israel, antes da chamada de Moisés, não é possível aprofundar o assunto. Por um lado, explicitamente diz Deus: ‘Eu sou o Senhor: e eu apareci a Abraão, a isaque, e a Jacó, como Deus, o Todo-poderoso (El-Saddai) – mas pelo meu nome, o Senhor, não lhes fui perfeitamente conhecido.’ Por outro lado, freqüentemente ocorre esse nome no livro de Gênesis, e acham-se vestígios dele, com aplicação a um certo deus, nos primitivos documentos babilônicos. Tudo bem considerado, é provável que o uso da palavra no Gênesis seja devido a escritores ou copistas, posteriores à chamada de Moisés, e que, embora a palavra fosse conhecida antes desse tempo, não estava formalmente identificada com o verdadeiro Deus. Seja como for, a palavra era tão expressiva, tão cheia de promessas para um homem que começa a sua vida, e para uma nação que estava a ponto de entrar numa carreira de proveito para todo o mundo, que a sua escolha não somente revelava a natureza de Deus, mas também assegurava o bom resultado do Seu povo. Era o nome do pacto com Deus, e estava revestido de poder. (*veja Deus.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Jeová V. SENHOR (hebraico ????, YHVH; Is 12:2, RC).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Jeroboão

    Quem é quem na Bíblia?

    Dois reis de Israel tinham este nome:

    1Jeroboão I (930-909 a.C.) Os registros sobre Jeroboão aparecem em I Reis 11:26-14:20 e II Crônicas 10:1-13:20. Era um homem proeminente da tribo de Efraim, a quem o rei Salomão colocou como supervisor de todo o trabalho forçado. Essa nomeação real colocou Jeroboão no centro de um conflito político entre as tribos do Norte e as do Sul. As esposas estrangeiras de Salomão o levaram a adorar falsos deuses (1Rs 11:1-13) e o Senhor levantou muitos adversários contra ele (vv. 14-25). Jeroboão foi o maior deles. O profeta Aías anunciou que Deus dividiria o reino e daria a este súdito dez das doze tribos (vv. 26-39). Essa divisão foi adiada, entretanto, quando Salomão tentou matar Jeroboão, o qual fugiu para o Egito (v. 40).

    Depois da morte de Salomão, Jeroboão se uniu a outros representantes das tribos do Norte, os quais pediram a Roboão (sucessor do rei Salomão) que aliviasse a severa política dos trabalhos forçados de seu pai (1Rs 12:1-24). Depois de três dias de discussão, Roboão recusou o pedido e insensatamente ameaçou seus trabalhadores com condições ainda piores. Como resultado, Jeroboão liderou uma rebelião contra a casa de Davi e tornou-se rei sobre as dez tribos do Norte.

    A Bíblia não condena Jeroboão por essa rebelião. Na verdade, o relato bíblico indica que ele tinha motivos, devido às ameaças de Roboão de acrescentar mais dificuldades aos trabalhadores. O trono de Jerusalém tinha violado tão profundamente suas prerrogativas que se tornara um governo ilegítimo. Em duas ocasiões o Senhor aprovou explicitamente Jeroboão como rei das tribos do Norte. Prometeu-lhe especificamente uma dinastia tão duradoura quanto a da linhagem de Davi, desde que permanecesse fiel (1Rs 11:38). Além disso, quando Roboão reuniu suas tropas e preparou-se para atacar Jeroboão, o profeta Semaías ordenou em nome do Senhor que voltassem (1Rs 12:24).

    Mesmo assim, os problemas logo surgiram para Jeroboão. Ficou preocupado com a possibilidade de seu povo voltar-se para a casa de Davi, se freqüentasse o Templo em Jerusalém para adorar ao Senhor (1Rs 12:26-27). Por essa razão, inaugurou dois centros de culto alternativo, um em Betel, alguns quilômetros ao norte de Jerusalém, e o outro no extremo norte de Israel, na região de Dã. Essa atitude não foi simplesmente contra Roboão, mas também um desafio contra o Senhor, que estabelecera o Templo em Jerusalém como o lugar de sua presença especial e o único local de adoração (1Rs 8:27-30). Além disso, Jeroboão misturou a adoração a Deus com o culto a Baal. Erigiu bezerros de ouro em Betel e Dã e pronunciou essas palavras, reminescentes de Arão (Ex 32:4-5): “Vês aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito” (1Rs 12:28). Ele também construiu altares em vários lugares altos por todo seu reino. Nomeou seus sacerdotes e criou suas próprias festas de adoração (1Rs 12:31-33).

    A falsa religião criada por Jeroboão suscitou a ira de Deus contra ele. Um profeta anônimo anunciou que um rei chamado Josias um dia destruiria o altar de Betel (1Rs 13:2-3). Essa predição se cumpriu quando este monarca estendeu sua reforma religiosa também a Israel, o reino do Norte (2Rs 23:15). Além disso, o próprio profeta Aías, que proferira boas palavras a Jeroboão (1Rs 11:29-39), anunciou que as ações do rei trariam desastre sobre sua dinastia (1Rs 14:1-16). Essa profecia cumpriu-se quando Baasa assassinou o filho de Jeroboão, Nadabe, e o resto de sua família (1Rs 15:27-28).

    A idolatria do rei Jeroboão tornou-se um padrão pelo qual o escritor dos livros dos Reis comparou todos os demais governantes do Norte. Freqüentemente mencionava que o rei “andou em todos os caminhos de Jeroboão” (1Rs 16:26-2Rs 14:24). Assim como Davi era o modelo do rei íntegro, Jeroboão era o modelo do monarca ímpio. Essa lembrança constante de seu pecado indica a maneira como o Senhor tratou contra a idolatria durante a história de Israel.

    2Jeroboão II (793 a 752 a.C.) Filho de Jeoás, foi o quarto rei da dinastia de Jeú. Seu longo reinado sobre Israel (quarenta e um anos) recebeu uma atenção relativamente pequena nos registros de II Reis (2Rs 14:23-29), mas foi alvo de muitas profecias nos livros de Amós e Oséias.

    Jeroboão II liderou Israel numa época de prosperidade sem precedentes. A Assíria havia enfraquecido a Síria, que dessa maneira não representava mais uma ameaça para Israel. Os próprios assírios estavam preocupados com a guerra na Armênia. Conseqüentemente, Jeroboão teve liberdade para executar uma agressiva expansão de seu território. O profeta Jonas predissera que ele restauraria as fronteiras dos dias de Salomão e realmente o rei alcançou esse objetivo (2Rs 14:25). O Senhor usou esse governante para salvar Israel de anos de dificuldades e problemas (2Rs 14:27).

    A prosperidade do reino de Jeroboão, entretanto, levou a muitos males. Amós condenou a grande lacuna que havia entre os ricos e os pobres (Am 2:6-7); denunciou os rituais religiosos vazios (Am 5:21-24) e a falsa segurança (Am 6:1-8). Esses e outros pecados levaram o profeta a predizer a queda de Israel (Am 6:8-14). Jeroboão e seu povo recusaram-se a dar ouvidos às palavras de Amós (Am 7:10-17) e em 722 a.C. Samaria caiu diante do exército assírio.

    O reinado de Jeroboão II é uma advertência sobre quão facilmente a prosperidade leva à corrupção. Embora Deus tivesse abençoado a nação de muitas maneiras, a bênção do Senhor tornou-se ocasião para a desobediência e a destruição decorrente dela. R.P.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    que o povo se multiplique
    Fonte: Dicionário Adventista

    Jerusalém

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Existia, com o nome de Uruslim, isto é, Cidade de Salim ou Cidade da Paz, uma cidade no mesmo sítio de Jerusalém, antes de terem os israelitas atravessado o rio Jordão ao entrarem na Palestina. inscrições da coleção de Tel el-Amarna mostram que naquele tempo (cerca de 1400 a.C.) era aquela povoação um lugar de alguma importância, cujo governador estava subordinado ao Egito. o nome aparece já com a forma de Jerusalém em Js 10:1. os judeus identificavam-na com Salém, de que Melquisedeque foi rei (Gn 14:18 – *veja também Sl 76. 2). os atuais habitantes, judeus e cristãos, conservam o nome de Yerusalim, embora sob o poder dos romanos fosse conhecida pelo nome de Aelia Capitolina, e seja pelos maometanos chamada El-Kuds, o Santuário, tendo ainda outros títulos, segundo as suas conexões. Quanto à sua situação estava Jerusalém entre as tribos de Judá e Benjamim, distante do Mediterrâneo 51 km, do rio Jordão 30 km, de Hebrom 32 km, e 58 km de Samaria. Acha-se edificada no alto de uma larga crista montanhosa, que atravessa o país de norte a sul, e está sobre duas elevações, que se salientam do platô para o sul, e são acessíveis apenas por estradas dificultosas. Esta proeminência está entre dois desfiladeiros, que tornam a aproximação difícil, a não ser pelo norte, e por isso constitui uma defesa natural. Do lado oriental está o vale de Cedrom, que também é chamado vale de Josafá. Ao sudoeste e pelo sul se vê outro desfiladeiro, o vale de Hinom. Estas duas ravinas unem-se no Poço de Jacó (Bir Eyab), numa profundidade de 200 metros, medida desde a parte superior do platô. A cidade, possuindo tais defesas naturais, as montanhas circunjacentes, e os profundos desfiladeiros, forma, assim, uma compacta fortaleza montanhosa (Sl 87:1 – 122.3 – 125.1,2). Com respeito à história de Jerusalém, começa no A.T.com o aparecimento de Melquisedeque, rei de Salém, que abençoou Abraão (Gn 14:18-20 – *veja Hb 7:1). No cap. 10 de Josué, fala-se de Adoni-Zedeque, rei de Jerusalém, o qual formou uma liga contra o povo de Gibeom, que tinha feito um acordo com Josué e os israelitas invasores. Josué prendeu e mandou executar os cinco reis confederados, incluindo o rei de Jerusalém – mas, embora as cidades pertencentes aos outros quatro fossem atacadas, é certo ter escapado naquela ocasião a cidade de Jerusalém. Ela é nomeada entre ‘as cidades no extremo sul da tribo dos filhos de Judá’ (Js 15:21-63) – e é notada a circunstância de não terem podido os filhos de Judá expulsar. os jebuseus, habitantes daquela cidade, habitando juntamente os invasores com o povo invadido. A sua conquista definitiva está indicada em Jz 1:8. Mais tarde os jebuseus parece que fizeram reviver a sua confiança na fortaleza da sua cidade. Quando Davi, cuja capital era então Hebrom, atacou Jerusalém (2 Sm 5), os habitantes mofaram dele (2 Sm 5.6). A réplica de Davi foi fazer uma fala aos seus homens, que resultou na tomada da ‘fortaleza de Sião’. E então foi a capital transferida para Jerusalém, aproximadamente no ano 1000 a.C., vindo ela a ser ‘a cidade de Davi’. Para aqui trouxe este rei a arca, que saiu da casa de obede-Edom (2 Sm 6.12). Sendo ferido o povo por causa da sua numeração, foi poupada a cidade de Jerusalém (2 Sm 24,16) – e na sua gratidão comprou Davi a eira de Araúna, o jebuseu, e levantou ali um altar (2 Sm 24.25), preparando-se para construir naquele sítio um templo (1 Cr 22.1 a
    4) – mas isso só foi levado a efeito por Salomão (1 Rs 6.1 a 38). Quando o reino se dividiu, ficou sendo Jerusalém a capita! das duas tribos, fiéis a Roboão (1 Rs 14.21). No seu reinado foi tomada por Sisaque, rei do Egito (1 Rs 14,25) – e no tempo do rei Jeorão pelos filisteus e árabes (2 Cr 21.16,17) – e por Joás, rei de israel, quando o seu rei era Amazias (2 Cr 25.23,24). No reinado de Acaz foi atacada pelo rei Rezim, da Síria, e por Peca, rei de israel, mas sem resultado (2 Rs 16.5). Semelhantemente, foi a tentativa de Senaqueribe no reinado de Ezequias (2 Rs 18.19 – 2 Cr 32 – is 36:37). Quando governava Manassés, os seus pecados e os do povo foram a causa da prisão do rei e da sua deportação para Babilônia (2 Cr 33.9 a 11). Josias realizou em Jerusalém uma reforma moral e religiosa (2 Cr 34.3 a 5). Quando, no período de maior decadência, reinava Joaquim, foi a cidade cercada e tomada pelas forças de Nabucodonosor, rei da Babilônia, que deportou para aquele império o rei e o povo, à exceção dos mais pobres dos seus súditos (2 Rs 24.12 a 16). Zedequias foi colocado no trono, mas revoltou-se. Vieram outra vez as tropas de Nabucodonosor, e então Jerusalém suportou um prolongado cerco – mas, por fim, foi tomada, sendo destruído o templo e os melhores edifícios, e derribadas as suas muralhas (2 Rs 25). No tempo de Ciro, como se acha narrado em Esdras, voltou o povo do seu cativeiro, sendo o templo reedificado, e restaurada a Lei. As muralhas foram levantadas por Neemias (Ne 3). Alexandre Magno visitou a cidade, quando o sumo sacerdócio era exercido por Jadua, que é mencionado em Ne 12:11-22. Morto Alexandre, e feita a divisão das suas conquistas, ficou a Judéia nos limites dos dois Estados rivais, o Egito e a Síria. Como efeito dessa situação raras vezes tinham os judeus uma paz duradoura. Ptolomeu Soter tomou a cidade pelo ano 320 a.C., a qual foi fortificada e embelezada no tempo de Simão, o Justo, no ano 300 a.C., mais ou menos (Ecclus. 50). Antíoco, o Grande, conquistou-a em 203 (a.C.) – mas em 199 foi retomada por Scopas, o general alexandrino. Após a derrota dos egípcios, infligida por Antíoco, caiu novamente Jerusalém sob o seu domínio em 19S. Foi depois tomada por Antíoco Epifanes, que profanou o templo, e ergueu um altar pagão no lugar do altar do Senhor (Dn 11:31) – mas no ano 165 foi a cidade reconquistada por Judas Macabeu. Pompeu apoderou-se dela em 65 a.C., e foi saqueada pelos partos no ano 40. Retomou-a Herodes, o Grande, no ano 37 a.C. : foi ele quem restaurou o templo, levantando o edifício que foi visitado por Jesus Cristo. Com respeito ao lugar que ocupava Jerusalém na alma dos hebreus, *veja Sl 122:6 – 137.5,6 – is 62:1-7 – cp.com 1 Rs 8.38 – Dn 6:10 e Mt 5:35. A Jerusalém do N.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Jerusalém [Lugar de Paz] - Cidade situada a uns 50 km do mar Mediterrâneo e a 22 km do mar Morto, a uma altitude de 765 m. O vale do Cedrom fica a leste dela, e o vale de Hinom, a oeste e ao sul. A leste do vale de Cedrom está o Getsêmani e o monte das Oliveiras. Davi tornou Jerusalém a capital do reino unido (2Sm 5:6-10). Salomão construiu nela o Templo e um palácio. Quando o reino se dividiu, Jerusalém continuou como capital do reino do Sul. Em 587 a.C. a cidade e o Templo foram destruídos por Nabucodonosor (2Rs 25:1-26). Zorobabel, Neemias e Esdras reconstruíram as muralhas e o Templo, que depois foram mais uma vez destruídos. Depois um novo Templo foi construído por Herodes, o Grande. Tito, general romano, destruiu a cidade e o Templo em 70 d.C. O nome primitivo da cidade era JEBUS. Na Bíblia é também chamada de Salém (Gn 14:18), cidade de Davi (1Rs 2:10), Sião (1Rs 8:1), cidade de Deus (Sl 46:4) e cidade do grande Rei (Sl 48:2). V. os mapas JERUSALÉM NO AT e JERUSALÉM NOS TEM
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Jerusalém Tem-se interpretado o nome dessa cidade como “cidade da paz”. Na Bíblia, aparece pela primeira vez como Salém (Gn 14:18), com a qual costuma ser identificada. A cidade foi tomada pelos israelitas que conquistaram Canaã após a saída do Egito, mas não a mantiveram em seu poder. Pelo ano 1000 a.C., Davi tomou-a das mãos dos jebuseus, transformando-a em capital (2Sm 5:6ss.; 1Cr 11:4ss.), pois ocupava um lugar central na geografia do seu reino. Salomão construiu nela o primeiro Templo, convertendo-a em centro religioso e local de peregrinação anual de todos os fiéis para as festas da Páscoa, das Semanas e das Tendas. Em 587-586 a.C., houve o primeiro Jurban ou destruição do Templo pelas tropas de Nabucodonosor. Ao regressarem do exílio em 537 a.C., os judeus empreenderam a reconstrução do Templo sob o incentivo dos profetas Ageu, Zacarias e Malaquias; mas a grande restauração do Templo só aconteceu, realmente, com Herodes e seus sucessores, que o ampliaram e o engrandeceram. Deve-se a Herodes a construção das muralhas e dos palácios-fortalezas Antônia e do Palácio, a ampliação do Templo com a nova esplanada, um teatro, um anfiteatro, um hipódromo e numerosas moradias. O fato de ser o centro da vida religiosa dos judeus levou os romanos a fixarem a residência dos governadores em Cesaréia, dirigindo-se a Jerusalém somente por ocasião de reuniões populares como nas festas.

    No ano 70 d.C., aconteceu o segundo Jurban ou destruição do Templo, desta vez pelas mãos das legiões romanas de Tito. Expulsos de Jerusalém após a rebelião de Bar Kojba (132-135 d.C.), os judeus do mundo inteiro jamais deixaram de esperar o regresso à cidade, de forma que, em meados do séc. XIX, a maioria da população hierosolimita era judia. Após a Guerra da Independência (1948-1949), a cidade foi proclamada capital do Estado de Israel, embora dividida em zonas árabe e judia até 1967.

    Jesus visitou Jerusalém com freqüência. Lucas narra que, aos doze anos, Jesus se perdeu no Templo (Lc 2:41ss.) e várias foram as visitas que ele realizou a essa cidade durante seu ministério público (Lc 13:34ss.; Jo 2:13). A rejeição dos habitantes à sua mensagem fez Jesus chorar por Jerusalém, destinada à destruição junto com o Templo (Lc 13:31-35). Longe de ser um “vaticinium ex eventu”, essa visão aparece em Q e deve ser anterior ao próprio Jesus. Em Jerusalém, Jesus foi preso e crucificado, depois de purificar o Templo.

    O fato de esses episódios terem Jerusalém por cenário e de nela acontecerem algumas aparições do Ressuscitado e igualmente a experiência do Espírito Santo em Pentecostes pesou muito na hora de os apóstolos e a primeira comunidade judeu-cristã fixarem residência (At 1:11).

    J. Jeremías, Jerusalén en tiempos de Jesús, Madri 1985; C. Vidal Manzanares, El Judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; A. Edersheim, Jerusalén...; E. Hoare, o. c.; f. Díez, o. c.

    Autor: César Vidal Manzanares

    Joás

    Dicionário Bíblico
    l. Um descendente de Benjamim porBequer (1 Cr 7.8). 2. Um dos oficiais da casa de Davi (1 Cr 27.28). 3. Este e o seguinte nome são palavras diferentes das duas anteriores o Senhor é forte. Pai de Gideão, que manteve no seu próprio lugar um altar e um poste-ídolo a Baal. Todavia, quando Gideão, na obediência a Deus, derrubou o altar de Baal, defendeu Joás o filho contra os que se levantaram contra ele (Jz 6:31). 4. Filho de Acabe (1 Rs 22.26). 5. Rei de Judá. Foi o único dos filhos de Acazias que escapou ao massacre, que Atalia ordenara (2 Rs 11.2). Foi salvo por Joseba, e oculto no templo pelo espaço de seis anos. No fim deste tempo foi Joás, por meio de uma revolução, elevado ao trono de Salomão, sendo ele o único sobrevivente que descendia deste rei. Começou então, um período de prosperidade, sendo restabelecida a verdadeira religião. Mas, quando morreu Joiada, ele, influenciado por maus conselheiros, restaurou o culto de Baal, estabelecendo também postes-ídolos em honra de Astorete. Zacarias o censurou, mas Joás mandou que ele fosse apedrejado no vestíbulo do templo. Recebeu depois a recompensa da sua barbaridade. o pais foi saqueado por Hazael, rei da Síria – e Joás, tendo adoecido, foi morto na cama pelos seus criados (2 Cr 24.20 a 25). o seu reinado teve a duração de quarenta anos. Foi sepultado em Jerusalém, mas o seu corpo não foi levado para os sepulcros dos reis de Judá (2 Rs 11.2 e seg. – 2 Cr 24.25). 6. Rei de israel, Joás, ou também Jeoás, era filho de Jeoacaz, a quem sucedeu – e foi pai de Jeroboão ii (2 Rs 14.1). Em conseqüência de uma visita que Jeoás fez a Eliseu, já moribundo, prometeu-lhe o profeta que ele havia de alcançar três vitórias na luta com seus inimigos g Rs 13 14:19). Por três vezes derrotou Hadade, reconquistando algumas cidades que os sírios tinham tomado. Saiu, também, vitorioso numa guerra que teve com Amazias, rei de Judá (2 Cr 25 e seg.). A causa desta guerra foi extraordinária. Ele tinha tomado a soldo por 100 talentos de prata um exército de guerreiros de israel, com o fim de tomarem parte numa expedição contra Edom. Mas sendo persuadido a ir ao combate sem esses homens, mandou-os embora. Ficaram as tropas mercenárias enfurecidas com este procedimento, e, no caminho para as terras de israel, saquearam um certo número de cidades de Judá. Amazias, para vingar-se da afronta, declarou guerra a Joás. Este rei derrotou Amazias em Bete-Semes, derribou o muro de Jerusalém, e saqueou a cidade e o templo, levando para o seu pais alguns dos seus habitantes, como reféns. Ele morreu em Samaria (2 Rs 13.9 e seg. – 14.1 a 27 – 2 Cr 25 – os 1:1Am 1:1). 7. Um judaíta que aparentemente tinha domínio em Moabe (1 Cr 4.22). 8. Um dos heróis que foram auxiliar Davi em Zielague. Alcançou, por isso, o segundo posto no comando das tropas (1 Cr 12.3). JoBABE. Grito agudo. 1. Filho de Joctã (Gn 10:29 – 1 Cr 1.23). 2. Rei de Edom (Gn 36:33-34 – 1 Cr 1.44). 3. Rei de Madom, ao norte de Canaã, derrotado por Josué em Merom (Js 11:1). 4. Um benjamita (1 Cr 8.9). 5 Um benjamita (1 Cr 8.18).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Quem é quem na Bíblia?

    (Heb. “o Senhor tem dado”).


    1. Filho de Bequer e neto de Benjamim (1Cr 7:8).


    2. Mencionado em I Crônicas 4:22, como líder na tribo de Judá. Junto com outros, é listado como membro do grupo de oleiros que viviam em Moabe.


    3. O abiezrita. Um anjo apareceu a Gideão, seu filho, quando este trabalhava no lagar, perto do “carvalho que está em Ofra” (Jz 6:11). Ali, o referido jovem foi desafiado a liderar os israelitas na vitória contra os midianitas. Joás interviu a favor do filho, quando Gideão destruiu um altar dedicado a Baal. Obviamente ele era um homem que permanecera fiel ao Senhor e ficou atônito, quando presenciou os homens de Belial no propósito de matar seu filho, por desejar obedecer a Yahweh (vv. 20-31). A fé demonstrada em sua resposta à multidão hostil é impressionante: “Contendereis vós por Baal? Livrá-lo-eis vós? Qualquer que por ele contender, ainda esta manhã será morto. Se é deus, por si mesmo contenda quando alguém lhe derrube o seu altar” (v. 31). Gideão prosseguiu em sua missão, até que finalmente tornou-se um dos maiores juízes de Israel.


    4. Arqueiro hábil e ambidestro, da tribo de Benjamim; filho de Semaá. Primeiro lutou no exército de Saul e depois uniu-se a Davi em Ziclague (1Cr 12:3).


    5. Um dos superintendentes durante o reinado de Davi. Era responsável pelos depósitos de azeite (1Cr 27:28).


    6. Rei de Judá, tinha sete anos de idade quando chegou ao trono, em 835 a.C. Era filho do rei Acazias e sua mãe chamava-se Zibia (2Rs 11:2-2Rs 12:1). Quando seu pai foi morto por Jeú, Atalia, sua avó, usurpou o poder. Mandou matar todos os descendentes da família real; Jeoseba, porém, tia do garoto, o escondeu no Templo, onde seu marido Jeoiada era o sumo sacerdote. Naquele local, o menino foi bem criado e conheceu a Lei do Senhor, até que Jeoiada decidiu que já tinha idade suficiente para ser apresentado ao povo e assumir o trono, com o apoio de alguns oficiais do exército (2Cr 24:1-3). “Então Jeoiada fez aliança entre o Senhor e o rei e o povo, que seriam o povo do Senhor. Fez também aliança entre o rei e o povo” (2Rs 11:17). Os judeus então derrubaram o templo dedicado a Baal. Enquanto Joás crescia e governava a nação, o escritor dos livros de Reis comenta: “Fez Joás o que era reto aos olhos do Senhor todos os dias em que o sacerdote Jeoiada o dirigia” (2Rs 12:2). Durante o tempo em que foi influenciado pelo sumo sacerdote, Joás ordenou que o Templo fosse reformado. Decidiu estabelecer um imposto para este propósito, como Moisés fizera no deserto (2Cr 24:9), mas os levitas não implementaram o projeto imediatamente (2Rs 12:7-2Cr 24:4-6). Posteriormente, muito dinheiro e diversos tesouros foram doados pelo povo e o Templo foi totalmente reformado e remobiliado. Enquanto Jeoiada viveu, os sacrifícios foram oferecidos regularmente no Templo do Senhor (2Cr 24:13-16).

    Durante esse período Joás casou-se com duas mulheres e teve vários filhos (2Cr 24:3). Lamentavelmente, assim que o fiel sacerdote Jeoiada morreu, o rei foi influenciado por outros líderes e não pelos sacerdotes e, como seus antecessores, envolveu-se com os cultos pagãos (2Cr 24:17-18). O Senhor enviou profetas para adverti-lo sobre os perigos de seus atos, mas ele não deu atenção. Um desses mensageiros foi Zacarias, filho do sacerdote Jeoiada. O Espírito do Senhor desceu sobre ele, o qual falou aos judeus, a fim de advertir que o povo e o rei desobedeciam aos mandamentos de Deus. Por isso, o Senhor os abandonaria, (2Cr 24:20). Ao invés de se arrependerem, apedrejaram Zacarias até a morte, no próprio átrio do Templo; o rei Joás foi responsabilizado ele mesmo por esta ação (vv. 21,22). Conforme registra o escritor de Crônicas: “Porque Judá havia deixado o Senhor, Deus de seu pais. Assim executaram os sírios os juízos de Deus contra Joás” (2Cr 24:24). Dentro de um ano os sírios invadiram Judá. Durante algum tempo o rei manteve-se fora de um conflito direto, pois enviou diversos presentes ao rei da Síria (2Rs 12:17-18), mas finalmente foi morto por um grupo de oficiais de Jerusalém, depois que muitos tesouros foram mandados para Damasco. Os oficiais o mataram porque havia ordenado a morte do profeta Zacarias (2Cr 24).

    Talvez mais do que com qualquer outro rei, a influência de um sacerdote fiel ao Senhor sobre a nação e seus governantes foi revelada nos primeiros anos do reinado de Joás. Jeoiada cumpriu tudo o que Deus esperava dele como sumo sacerdote. Instruiu fielmente o jovem rei nos caminhos do Senhor e liderou a nação, dos bastidores, numa adoração fiel a Deus. Esta deveria ser a função contínua dos sacerdotes; mas, assim como os reis, eram falíveis e, após a morte de Jeoiada, parece que não havia ninguém que o substituísse, em termos de influência espiritual na corte real. Joás era facilmente influenciável. Talvez fosse demasiadamente dependente de Jeoiada, e foi colocado no trono ainda muito criança. Ou talvez sua fé nunca tenha sido baseada num compromisso pessoal com o Senhor. Sem um rei ou um sacerdote fiel, o juízo de Deus sobre a nação veio rapidamente. As últimas palavras de Zacarias, antes de morrer, “O Senhor o verá, e o requererá” (2Cr 24:22) foram proféticas e se cumpriram logo depois. Após um reinado de 40 anos, Joás morreu de forma ignominiosa em 796 a.C.


    7. Em algumas versões da Bíblia o 12o rei de Israel (Jeoás) é também chamado de Joás. Para mais detalhes, veja Jeoás.


    8. Filho do rei Acabe, de Israel; foi o responsável pelo local onde o profeta Micaías ficou preso (1Rs 22:26-2Cr 18:25). P.D.G.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Joás [Javé Deu ? Javé Sustenta ?]

    Oitavo rei de Judá, que reinou 40 anos (835-796 a.C.). Tornou-se rei por iniciativa do sumo sacerdote Joiada, após ter sido salvo de Atalia pela tia Jeoseba, esposa de Joiada (2Rs 11). Sob a orientação de Joiada, Joás restaurou a religião de Javé; mas, depois da morte do sacerdote, Joás se desviou de Javé. Por isso foi derrotado pelos sírios e depois foi morto pelos seus próprios servos (2Cr 24:17-26).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Judá

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Judá
    1) Quarto filho de Jacó e Lia (Gn 29:35). Aparece como líder entre os irmãos (Gn 37:26-27); 43:3-10; 44:16-34). Casou com mulher cananéia (Gn 38:1-11) e foi pai de gêmeos com Tamar, sua nora (Gn 38:12-30). Recebeu de Jacó a bênção do CETRO (Gn 49:8-12). Foi antepassado de Davi (Rth 4:12,18-2)

    2) e de Cristo (Mt 1:3)

    2) Uma das 12 TRIBOS do povo de Israel, formada pelos descendentes de JUDÁ 1. Na divisão da terra, essa tribo recebeu a maior parte do sul da Palestina (Jos 15:1-12:2) 0-63).

    3) Reino localizado no sul da Palestina. Foi formado quando as dez tribos do Norte se revoltaram contra Roboão e formaram o Reino de Israel sob o comando de Jeroboão I, em 931 a.C. (1Rs 12;
    v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ). Durou até 587 a.C., quando Jerusalém, sua capital, foi tomada e arrasada pelos babilônios, e o povo foi levado ao CATIVEIRO (1Rs 12—22; 2Rs; (2Ch 11—36).

    4) Nome usado em Esdras (5.8; 9.9), Neemias (2,7) e Ageu (1.1,14; 2,2) a fim de indicar a PROVÍNCIA para onde os
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Quem é quem na Bíblia?

    1. Nascido em Padã-Arã, era o quarto filho de Jacó e Lia (Gn 29:35; Gn 35:23). Tornou-se o progenitor de uma das doze tribos de Israel. Pouco se sabe sobre ele; quando os irmãos decidiram matar José, Judá falou com eles e recusou-se a participar do assassinato de alguém de sua própria carne e sangue; sugeriu que o vendessem como escravo para os mercadores midianitas (Gn 37:26-27).

    Em certa ocasião, Judá saiu para passar uns dias com seu amigo Hira, em Adulão, onde conheceu e casou-se com uma mulher filha de um cananeu chamado Sua. Teve vários filhos com ela (Gn 38:1-11). Um deles, chamado Er, era ímpio e foi morto pelo Senhor (v. 7). A esposa dele, cujo nome era Tamar, foi dada a seu irmão Onã, o qual recusou-se a ter filhos com ela. Ele também foi morto, por não obedecer ao Senhor nesta questão. Em vez de dá-la ao seu terceiro filho, Judá mandou-a para a casa de seu pai e lhe disse que levasse uma vida de viúva. Algum tempo depois, a esposa de Judá morreu e ele foi novamente visitar seu amigo Hira. Tamar, usando de um estratagema, seduziu o próprio sogro e engravidou. Quando soube de tudo, Judá reconheceu que não a tratara com justiça; por ser viúva, levou-a para sua casa, onde cuidou dela. Quando deu à luz, Tamar teve gêmeos: Perez e Zerá (Gn 38:26-30; Gn 46:12).

    Há um grande contraste entre o pecado sexual de Judá, ao aproximar-se de uma mulher que se fazia passar por prostituta (Gn 38), e a fidelidade de José, o qual recusou-se a deitar com a esposa de Potifar. Todo o relato sobre Judá é narrado pelo escritor bem no meio da história do sofrimento de José, na prisão, devido ao seu comportamento íntegro (Gn 37:39-40).

    Judá aparece novamente em cena quando os irmãos viajaram pela segunda vez ao Egito, a fim de comprar alimentos, durante a fome que assolava a humanidade. Ele lembrou ao pai que o primeiro-ministro do Egito avisara que não os receberia a menos que levassem o irmão mais novo, Benjamim, junto com eles (ainda não sabiam que era José, desejoso de ver o irmão). Judá prometeu ao pai que ele próprio se ofereceria como refém para que Benjamim regressasse do Egito em segurança. Sem dúvida, tanto Jacó como Judá percebiam que havia possibilidade de perderem mais um membro da família (Gn 43:8). Parece que ele se tornou o líder dos irmãos, nos contatos que tiveram com José (Gn 44:14-34). Finalmente, o governador revelou sua identidade e trouxe todos eles, inclusive Jacó, para viver no Egito. Judá levou todos os familiares para a terra de Gósen (Gn 46:28).

    Quando estava próximo da morte, Jacó abençoou seus filhos e profetizou que Judá seria a maior de todas as tribos. Predisse que o cetro (símbolo da realeza) jamais se apartaria de sua mão (Gn 49:8-10).

    Quando a terra de Canaã foi distribuída entre as tribos, no tempo de Moisés e de Josué, Judá recebeu como herança a região ao redor de Hebrom, ao sul de Jerusalém. A bênção de Jacó sobre este filho provou ser correta e duradoura. Judá permaneceu a tribo abençoada por Deus e, depois da invasão de Israel pelos assírios, tornou-se o reino abençoado por Deus. O rei Davi era descendente de Judá e entre os seus filhos, no futuro, estaria o Salvador Jesus. Desta maneira, o cetro seria estabelecido para sempre entre os descendentes de Judá (Lc 3:33).


    2. Um dos levitas que se casaram com mulheres estrangeiras depois do retorno do exílio na Babilônia (Ed 10:23).


    3. Filho de Senua, da tribo da Benjamim, foi colocado como segundo superintendente da cidade de Jerusalém, após o exílio na Babilônia (Ne 11:9).


    4. Um dos levitas que ajudaram no ministério da música no Templo, após o retorno do exílio na Babilônia (Ne 12:8).


    5. Um dos líderes da tribo de Judá que participaram do culto de dedicação dos muros de Jerusalém, quando a obra de reconstrução foi concluída, na época de Neemias (Ne 12:34).


    6. Outro envolvido na celebração da festa de dedicação dos muros de Jerusalém, sob a liderança de Neemias (Ne 12:36). P.D.G.

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário Bíblico
    Louvor. É este um nome que em diversos lugares aparece com a forma de Judas e de Juda. E também a Judéia se chama Judá em certo número de exemplos. 1. Pela primeira vez ocorre em Gn 29:35 – é Lia que dá esse nome ao seu quarto filho quando disse: ‘Esta vez louvarei o Senhor. E por isso lhe chamou Judá.’ Nasceu em Harã, na Mesopotâmia. À exceção de José, ele figura mais vezes na história de israel do que qualquer dos seus irmãos. Foi ele que aconselhou a venda de José aos mercadores ismaelitas, querendo evitar a sua morte (Gn 37:26-27). Ele se nos apresenta como o diretor dos negócios da família e, como se diz em 1 Cr 5.2, ‘foi poderoso entre os seus irmãos’. Naquelas memoráveis viagens ao Egito, para comprar trigo, foi Judá que fez objeções ao fato de querer Jacó conservar Benjamim junto de si – e foi ele também que, oferecendo os seus próprios filhos como reféns, fez todos os esforços para trazer de novo Benjamim (Gn 43:3-10). Em todas as ocorrências dramáticas entre os filhos de israel e seu irmão José, bem como no caso de ser a família removida para o Egito, foi Judá quem sempre falou pelos outros. E Jacó reconheceu a ascendência de Judá sobre seus irmãos, o que se mostra nas últimas palavras que o patriarca lhe dirigiu: ‘os filhos de teu pai se inclinarão a ti’ (Gn 49:8-10). Judá teve cinco filhos, dois dos quais morreram novos. os outros três, Selá, Perez e Sera, foram com seu pai para o Egito (Gn 46:12). Estes filhos nasceram na Palestina numa parte do país, de que a família, já uma tribo, se apossou de novo, no tempo da conquista. (*veja Judá, Judéia.) 2. Levita do tempo de Zorobabel, que auxiliou a restaurar o templo (Ed 3:9). Provavelmente devia ler-se Hodavias. 3. Levita que mandou embora a sua mulher estranha (Ed 10:23). 4. Um indivíduo da tribo de Benjamim. o superintendente de uma parte de Jerusalém, no tempo de Neemias (Ne 11:9). 5. Levita, provavelmente o mesmo que Judá 2 (Ne 12:8). 6. Chefe dos que fizeram a dedicação dos muros, ou então, talvez, devamos compreender por esse nome a própria tribo (Ne 12:34). 7. Um sacerdote na dedicação dos muros (Ne 12:36).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Levado

    Dicionário Comum
    levado adj. 1. Buliçoso, vivo. 2. Azougado, pândego. 3. Traquinas, irrequieto, travesso.
    Fonte: Priberam

    Misericórdia

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Misericórdia O termo reúne em si o sentimento de compaixão (Mt 9:36; 14,14; 15,32; 20,34; Mc 9:22; Lc 10:33; 7,13 15:20) e, ocasionalmente, a fidelidade à Aliança. É este último sentido que explica, pelo menos em parte (comp. Jo 3:16), a busca do pecador por parte de Deus (Lc 1:54.72; Mt 5:7; 23,23). Deus é um Deus de misericórida (Lc 1:50) e essa virtude deve ser encontrada também nos discípulos de Jesus (Mt 9:13; 12,7; 18,23-35; Lc 6:36; 10,37).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Bíblico
    Compaixão pela miséria alheia. indulgência, graça, perdão, piedade.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Misericórdia
    1) Bondade (Js 2:14, RA).


    2) Bondade, AMOR e GRAÇA de Deus para com o ser humano, manifestos no perdão, na proteção, no auxílio, no atendimento a súplicas (Ex 20:6; Nu 14:19, RA; Sl 4:1). Essa disposição de Deus se manifestou desde a criação e acompanhará o seu povo até o final dos tempos (Sl 136, RA; Lc 1:50).


    3) Virtude pela qual o cristão é bondoso para com os necessitados (Mt 5:7; Jc 2:13).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Sentimento de pesar ou de caridade despertado pela infelicidade de outrem; piedade, compaixão.
    Ação real demonstrada pelo sentimento de misericórdia; perdão concedido unicamente por bondade; graça.
    Antigo Local onde os doentes, órfãos ou aqueles que padeciam, eram atendidos.
    Antigo Punhal que outrora os cavaleiros traziam à cintura no lado oposto da espada que lhes servia para matar o adversário, caso ele não pedisse misericórdia.
    Misericórdia divina. Atribuição de Deus que o leva a perdoar os pecados e faltas cometidas pelos pecadores.
    Bandeira de misericórdia. Pessoa bondosa, sempre pronta a ajudar o próximo e a desculpar-lhe os defeitos e faltas.
    Golpe de misericórdia. O Ferimento fatal feito com o punhal chamado misericórdia; o golpe mortal dado a um moribundo.
    Mãe de misericórdia. Denominação dada à Virgem Maria para designar a sua imensa bondade.
    Obras de misericórdia. Nome dado aos quatorze preceitos da Igreja, em que se recomendam diferentes modos de exercer a caridade, como: visitar os enfermos, dar de comer a quem tem fome etc.
    Estar à misericórdia de alguém. Depender da piedade de alguém.
    Pedir misericórdia. Suplicar caridade.
    Etimologia (origem da palavra misericórdia). Do latim misericordia.ae.
    Fonte: Priberam

    Dicionário da FEB
    A misericórdia é o complemento da brandura, porquanto, aquele que não for misericordioso não poderá ser brando e pacífico. Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10, it• 4

    Fonte: febnet.org.br

    Morador

    Dicionário Comum
    adjetivo, substantivo masculino Que ou aquele que habita, que reside em algum sítio ou localidade; habitante, residente.
    Vizinho ou inquilino.
    [Brasil: Nordeste] Agregado, trabalhador que reside em propriedade rural.
    Fonte: Priberam

    Muro

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Obra de alvenaria, adobe, taipa, tijolo etc., destinada a cercar um recinto, a proteger um povoado ou cidade, ou separar um lugar de outro.
    Murada.
    Por Extensão Tudo que possa servir para separar uma coisa de outra, ou defendê-la.
    Figurado Defesa, proteção, auxílio.
    Figurado Obstáculo intransponível.
    Lugar cerrado para guardar colmeias.
    Ver parede.
    Fonte: Priberam

    Mão

    Dicionário Bíblico
    As mãos eram empregadas tanto metaforicamente como cerimonialmente.
    (a): Beijar a mão de alguém era um ato de adoração (31:26-27): ‘Se olhei para o sol, quando resplandecia,…beijos Lhe atirei com a mão… ‘ *veja também 1 Rs 19.18.
    (b): Prestar juramento era acompanhado em todas as nações do ato de levantar a mão.
    (c): Dar a mão sempre significou paz, amizade e confiança (2 Rs 10.15).
    (d): Sentar-se alguém à mão direita era indicio de alta mercê (Sl 16:11 – 77.10), sendo o Filho de Deus muitas vezes representado como estando sentado à mão direita de Seu Pai (Hb 1:13 – *veja também Sl 110:1). Satanás estava à mão direita do sumo sacerdote Josué como acusador (Zc 3:1) – mas, sob outro ponto de vista, o Salmista diz: ‘o Senhor, tenho-o sempre à minha presença – estando ele à minha direita não serei abalado’ (Sl 16:8).
    (e): A imposição das mãos compreende-se de diferentes maneiras no Antigo e Novo Testamento. Muitas vezes se toma no sentido de ordenação e consagração de sacerdotes e ministros entre judeus e cristãos (Nm 8:10At 6:6 – 13.3 – 1 Tm 4.14). Deus designou Moisés para pôr as suas mãos sobre Josué, como seu sucessor (Nm 27:18). Jacó pôs as suas mãos sobre Efraim e Manassés, quando os abençoava (Gn 48:14). Quando o sumo sacerdote proferia a bênção, ele tinha a sua mão levantada sobre o povo (Lv 9:22). Semelhantemente, quando os israelitas apresentavam no tabernáculo ofertas pelos pecados, os sacerdotes punham as suas mãos sobre as vítimas, para expiação (Lv 1:4). Neste testemunho o ofertante reconhecia pelos seus pecados que era digno da morte, sendo compreendido que esses pecados apagavam-se no sacrifício, consagrando-se ele a Deus. A mão das testemunhas se levantava contra o idólatra para executar a sentença de morte (Dt 13:9 – 17.7). o nosso Salvador pôs as mãos sobre as cabeças das crianças, quando as abençoava (Mc 10:16) – e o Espirito Santo era conferido aos que eram batizados, pela imposição das mãos dos apóstolos (At 8:17 – 19.6). Pilatos lavou as mãos em sinal de inocência (Mt 27:24).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Mão Medida de comprimento igual a 7,4 cm. É a medida da palma da mão na base dos dedos. É 1/3 do PALMO e 1/6 do CÔVADO (Ex 37:12), RC; RA, quatro dedos).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Mão Símbolo do poder de Deus, digno de confiança (Mt 4:6). O Pai colocou tudo nas mãos de Jesus (Mt 3:12; Lc 3:17; Jo 3:45; 13,3), do qual provém a onipotência do Filho (Jo 10:28ss). Em Jesus, o uso das mãos está ligado à bênção (Mt 19:13-15; Mc 10:16; Lc 24:50) e à cura (Mc 6:5; 8,23-25; Lc 4:40; 13,13); o mesmo pode ser observado em seus discípulos (Mt 9:18; Mc 7:32; 16,18).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Não

    Dicionário Comum
    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
    Fonte: Priberam

    Palavras

    Dicionário Comum
    fem. pl. de palavra

    pa·la·vra
    (latim parabola, -ae)
    nome feminino

    1. [Linguística] [Linguística] Unidade linguística com um significado, que pertence a uma classe gramatical, e corresponde na fala a um som ou conjunto de sons e na escrita a um sinal ou conjunto de sinais gráficos. = TERMO, VOCÁBULO

    2. Mensagem oral ou escrita (ex.: tenho que lhe dar uma palavra).

    3. Afirmação ou manifestação verbal.

    4. Permissão de falar (ex.: não me deram a palavra).

    5. Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: confiamos na sua palavra).

    6. Doutrina, ensinamento.

    7. Capacidade para falar ou discursar.

    interjeição

    8. Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso.


    dar a sua palavra
    Prometer, comprometer-se.

    de palavra
    Que cumpre aquilo que promete; em que se pode confiar (ex.: governante de palavra).SEM PALAVRA

    de poucas palavras
    Que fala pouco (ex.: herói de poucas palavras). = CALADOFALADOR

    palavra de ordem
    Palavra ou conjunto de palavras que serve para marcar uma posição para reivindicar algo, geralmente pela repetição.

    palavra de honra
    Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso (ex.: ninguém vende mais barato, palavra de honra!). = PALAVRA

    Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: dou-lhe a minha palavra de honra, não se vai arrepender). = PALAVRA

    palavra gramatical
    Gramática Palavra que não tem valor semântico ou referente externo e expressa uma relação gramatical, como, por exemplo, as preposições ou as conjunções.

    palavra primitiva
    Gramática Palavra que não é formada a partir de outra da mesma língua e que serve de base à formação de outras palavras.

    palavras cruzadas
    Jogo ou passatempo em que se deve preencher uma grelha de palavras que se entrecruzam de forma vertical e horizontal, a partir de pistas.

    passar a palavra
    Dizer a mais pessoas para que se conheça. = DIFUNDIR, DIVULGAR

    retirar a palavra
    Retractar-se.

    Não deixar continuar no uso da palavra, geralmente em assembleia deliberativa.

    sem palavra
    Que não cumpre aquilo que promete; em que não se pode confiar (ex.: homem sem palavra).DE PALAVRA

    tirar a
    (s): palavra
    (s): da boca de alguém
    Anteceder-se à fala de outra pessoa, dizendo o que ela prentendia dizer.

    última palavra
    Decisão definitiva (ex.: nós demos a nossa opinião, mas a última palavra é dele).

    voltar com a palavra atrás
    Negar o que disse anteriormente. = DESDIZER-SE

    Não cumprir o prometido. = DESDIZER-SE

    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    fem. pl. de palavra

    pa·la·vra
    (latim parabola, -ae)
    nome feminino

    1. [Linguística] [Linguística] Unidade linguística com um significado, que pertence a uma classe gramatical, e corresponde na fala a um som ou conjunto de sons e na escrita a um sinal ou conjunto de sinais gráficos. = TERMO, VOCÁBULO

    2. Mensagem oral ou escrita (ex.: tenho que lhe dar uma palavra).

    3. Afirmação ou manifestação verbal.

    4. Permissão de falar (ex.: não me deram a palavra).

    5. Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: confiamos na sua palavra).

    6. Doutrina, ensinamento.

    7. Capacidade para falar ou discursar.

    interjeição

    8. Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso.


    dar a sua palavra
    Prometer, comprometer-se.

    de palavra
    Que cumpre aquilo que promete; em que se pode confiar (ex.: governante de palavra).SEM PALAVRA

    de poucas palavras
    Que fala pouco (ex.: herói de poucas palavras). = CALADOFALADOR

    palavra de ordem
    Palavra ou conjunto de palavras que serve para marcar uma posição para reivindicar algo, geralmente pela repetição.

    palavra de honra
    Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso (ex.: ninguém vende mais barato, palavra de honra!). = PALAVRA

    Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: dou-lhe a minha palavra de honra, não se vai arrepender). = PALAVRA

    palavra gramatical
    Gramática Palavra que não tem valor semântico ou referente externo e expressa uma relação gramatical, como, por exemplo, as preposições ou as conjunções.

    palavra primitiva
    Gramática Palavra que não é formada a partir de outra da mesma língua e que serve de base à formação de outras palavras.

    palavras cruzadas
    Jogo ou passatempo em que se deve preencher uma grelha de palavras que se entrecruzam de forma vertical e horizontal, a partir de pistas.

    passar a palavra
    Dizer a mais pessoas para que se conheça. = DIFUNDIR, DIVULGAR

    retirar a palavra
    Retractar-se.

    Não deixar continuar no uso da palavra, geralmente em assembleia deliberativa.

    sem palavra
    Que não cumpre aquilo que promete; em que não se pode confiar (ex.: homem sem palavra).DE PALAVRA

    tirar a
    (s): palavra
    (s): da boca de alguém
    Anteceder-se à fala de outra pessoa, dizendo o que ela prentendia dizer.

    última palavra
    Decisão definitiva (ex.: nós demos a nossa opinião, mas a última palavra é dele).

    voltar com a palavra atrás
    Negar o que disse anteriormente. = DESDIZER-SE

    Não cumprir o prometido. = DESDIZER-SE

    Fonte: Priberam

    Pastores

    Dicionário Comum
    masc. pl. de pastor
    2ª pess. sing. pres. conj. de pastorar

    pas·tor |ô| |ô|
    (latim pastor, -oris)
    nome masculino

    1. Pessoa que guarda, guia e apascenta o gado. = PEGUREIRO, ZAGAL

    2. Pessoa que dá conselhos ou orientações relativos aos assuntos do espírito. = GUIA ESPIRITUAL

    3. Figurado Cura de almas, pároco.

    4. Ministro protestante.

    5. Cão usado para guardar e conduzir rebanhos.

    adjectivo
    adjetivo

    6. Que faz ou leva vida de pastor.


    bom Pastor
    Jesus Cristo.

    pastor universal
    O papa.


    pas·to·rar -
    (pastor + -ar)
    verbo intransitivo

    Levar os gados ao campo e guardá-los enquanto pastam.

    Fonte: Priberam

    Porei

    Dicionário Comum
    1ª pess. sing. fut. ind. de pôr

    pôr -
    (latim pono, ponere)
    verbo transitivo

    1. Deixar ficar algo num local ou levar algo até lá. = COLOCARRETIRAR, TIRAR

    2. Colocar, dispor.

    3. Depositar.

    4. Usar uma peça de vestuário ou de calçado. = CALÇAR, VESTIR

    5. Adornar com.

    6. Aplicar, assentar.

    7. Empregar.

    8. Colocar dentro (ex.: pôs a mão no bolso). = INTRODUZIR, METER

    9. Incutir.

    10. Fazer chegar a um sítio (ex.: o metro põe-nos lá rapidamente).

    11. Estabelecer.

    12. Fazer consistir.

    13. Cifrar.

    14. Imputar.

    15. Fixar.

    16. Lançar (em leilão).

    17. Apostar.

    18. Concorrer com.

    19. Gastar, demorar-se.

    20. Impor.

    21. Atribuir, notar.

    22. Mostrar, expor.

    23. Incluir.

    24. Intercalar.

    25. Escrever (ex.: ponha a frase no futuro).

    26. Supor.

    27. Propor; formular.

    28. Atribuir (ex.: já puseste nome ao gato?).

    29. Fazer ficar (ex.: o miúdo põe o avô bem-disposto). = DEIXAR

    verbo transitivo e intransitivo

    30. Expelir (o ovo).

    verbo pronominal

    31. Colocar-se.

    32. Dedicar-se.

    33. Aventurar-se.

    34. Exercitar-se.

    35. Pousar (a ave).

    36. Deslocar-se para.

    37. Chegar a (ex.: pões-te em casa num instante).

    38. Ficar (ex.: ponho-me boa depressa).

    39. Desaparecer na linha do horizonte (ex.: o sol hoje põe-se às 19h35).

    40. Dar início a determinada acção (ex.: pôs-se aos gritos).

    verbo auxiliar

    41. Usa-se, seguido de um verbo no infinitivo, precedido pela preposição a, para indicar início da acção (ex.: pôs-se a gritar).

    nome masculino

    42. Declínio de um astro no horizonte. = OCASO

    43. Aspecto do céu (no ocaso).

    44. Acto de pôr (a ave). = POSTURA

    45. Disposição.

    Confrontar: por.

    por
    preposição

    1. Designativa de várias relações: modo (ex.: por força), causa (ex.: por doença), meio (ex.: por terra ou por água), tempo (ex.: por um ano), etc.


    por que
    [Brasil] Usa-se para questionar a causa de algo (ex.: Por que você fez isso?).

    por quê
    [Brasil] Por que razão (ex.: você ficou furioso por quê?).

    Nota: no português europeu, as locuções "por que" e "por quê" escrevem-se aglutinadamente, "porque" e "porquê".
    Confrontar: pôr.


    Ver também dúvida linguística: porque / por que, porquê / por quê.
    Fonte: Priberam

    Povo

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Conjunto das pessoas que vivem em sociedade, compartilham a mesma língua, possuem os mesmos hábitos, tradições, e estão sujeitas às mesmas leis.
    Conjunto de indivíduos que constituem uma nação.
    Reunião das pessoas que habitam uma região, cidade, vila ou aldeia.
    Conjunto de pessoas que, embora não habitem o mesmo lugar, possuem características em comum (origem, religião etc.).
    Conjunto dos cidadãos de um país em relação aos governantes.
    Conjunto de pessoas que compõem a classe mais pobre de uma sociedade; plebe.
    Pequena aldeia; lugarejo, aldeia, vila: um povo.
    Público, considerado em seu conjunto.
    Quantidade excessiva de gente; multidão.
    [Popular] Quem faz parte da família ou é considerado dessa forma: cheguei e trouxe meu povo!
    substantivo masculino plural Conjunto de países, falando em relação à maioria deles: os povos sul-americanos sofreram com as invasões europeias.
    Designação da raça humana, de todas as pessoas: esperamos que os povos se juntem para melhorar o planeta.
    Etimologia (origem da palavra povo). Do latim populus, i “povo”.
    Fonte: Priberam

    Pranto

    Dicionário da FEB
    [...] é vibração dolorosa, tão angustiosa que comunica ao observador a amargura deprimente, e sabe-se por que e por quem alguém sofre e chora, porque o pensamento do sofredor reflete as imagens que o torturam, focaliza cenas e o drama todo no qual se debate, revela-se seja o observador espiritual de elevada categoria ou de inferior condição na hierarquia da vida invisível. [...]
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• O drama da Bretanha• Pelo Espírito Charles• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 8

    [...] O pranto e o ranger de dentes são os remorsos que brotam das consciências dos culpados.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    [...] pranto e ranger de dentes – sabeis que alegoricamente aludem aos sofrimentos e torturas morais, às expiações que, visando exclusivamente a seu aperfeiçoamento moral e a seu progresso, o Espírito tem que sofrer e sofre na erraticidade, de modo apropriado e proporcionado aos crimes e faltas que cometeu.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    O pranto é a água da purificação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O pranto é a preparação do sorriso.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - No correio do coração

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário Comum
    pranto s. .M 1. Choro, lágrimas, lamentação. 2. Antiga poesia elegíaca em que se lamenta a morte de pessoa ilustre.
    Fonte: Priberam

    Quatro

    Dicionário Comum
    numeral cardinal Três mais um.
    numeral ordinal O quarto de uma série: casa 4.
    substantivo masculino Algarismo que exprime o número 4.
    Ficar de quatro, apoiar-se nos pés e nas mãos ao mesmo tempo.
    Executar a quatro mãos, tocarem ao mesmo tempo duas pessoas (ao piano, p. ex.).
    O diabo a quatro, confusão, balbúrdia.
    De quatro costados, inteiramente, totalmente.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    numeral cardinal Três mais um.
    numeral ordinal O quarto de uma série: casa 4.
    substantivo masculino Algarismo que exprime o número 4.
    Ficar de quatro, apoiar-se nos pés e nas mãos ao mesmo tempo.
    Executar a quatro mãos, tocarem ao mesmo tempo duas pessoas (ao piano, p. ex.).
    O diabo a quatro, confusão, balbúrdia.
    De quatro costados, inteiramente, totalmente.
    Fonte: Priberam

    Quir

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    cidade fortificada
    Fonte: Dicionário Adventista

    Rabá

    Dicionário Bíblico
    cidade principal
    Fonte: Dicionário Adventista

    Rei

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Rei
    1) Governador de um IMPÉRIO 1, (At 1:2), de um país (1Sm 8:5; Mt 2:1) ou de uma cidade-estado (Gn 14:2). Ocorrendo a morte do rei, um descendente seu o sucede no trono (1Rs 2:11-12).


    2) Título de Deus (Ml 1:14) e de Jesus (Mt 21:5; Ap 7:14; 19.16).


    3) Rei do Egito,
    v. FARAÓ.

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Bíblico
    l. o título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl 10:16 – 47.7 – 1 Tm 1.17). 2. Este título foi aplicado a Jesus Cristo, como rei dos judeus (Mt 27:11-37, e refs.). 3. No A.T. o título de rei emprega-se em um sentido muito lato, não só falando dos grandes potentados da terra, como os Faraós do Egito (Gn 41:46) e o rei da Pérsia (Ed 1:1), mas tratando-se também de pequenos monarcas, como o rei de Jericó (Js 2:2 – cp com Jz 1:7). 4. Também se usa o título: a respeito do povo de Deus (Ap 1:6) – e da morte, como quando se diz ‘rei dos terrores’ (18:14) – e do ‘crocodilo’, como na frase ‘é rei sobre todos os animais orgulhosos’ (41:34). 5. Na história dos hebreus sucedeu o governo dos reis ao dos juizes. A monarquia, existente nos povos circunvizinhos, foi uma concessão de Deus (1 Sm 8.7 – 12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo. Esse desejo, que já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8:22-23), e na escolha de Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9:6), equivalia à rejeição da teocracia (1 Sm 8.7), visto como o Senhor era o verdadeiro rei da nação (1 Sm 8.7 – is 33:22). A própria terra era conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25:23). Todavia, não foi retirado o cuidado de Deus sobre o seu povo (1 Sm 12.22 – 1 Rs 6.13). A monarquia assim constituída era hereditária, embora a sucessão não fosse necessariamente pela linha dos primogênitos, pois Davi nomeou Salomão como seu sucessor de preferência a Adonias, que era o seu filho mais velho nessa ocasião. A pessoa do rei era inviolável (1 Sm 24.5 a 8 – 2 Sm 1.14). Quando a coroa era colocada na cabeça do monarca, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2 Sm 5.3 – 1 Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar obediência – e confirmavam a sua palavra com o beijo de homenagem (1 Sm 10.1). os rendimentos reais provinham dos campos de trigo, das vinhas, e dos olivais (1 Sm 8.14 – 1 Cr 27.26 a 28), e do produto dos rebanhos (1 Sm 21.7 – 2 Sm 13.23 – 1 Cr 27.29 a 31 – 2 Cr 26.10), pertencendo aos reis a décima parte nominal do que produziam os campos de trigo, as vinhas, e os rebanhos (1 Sm 8.15 e 1l). A renda do rei também se constituía do tributo que pagavam os negociantes que atravessavam o território hebraico (1 Rs 10,15) – dos presentes oferecidos pelos súditos (1 Sm 10:27 – 16.20 – 1 Rs 10.25 – Sl 72:10) – e dos despojos da guerra e as contribuições das nações conquistadas (2 Sm 8.2,7,8,10 – 1 Rs 4.21 – 2 Cr 27.5). Além disso, tinha o rei o poder de exigir o trabalho forçado, o que era para ele causa de aumentarem os seus bens. Devia, também, Salomão ter auferido lucros das suas empresas comerciais pelo mar (1 Rs 1020 – Davi, rei em Hebrom (2 Sm 2.1 a 4). 22.17,18 – 2 Sm 1.15).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
    Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
    Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
    Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
    Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
    Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
    substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
    Gramática Feminino: rainha.
    Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.
    Fonte: Priberam

    Respeito

    Dicionário da FEB
    Respeito: É o sentimento fundamental que possibilita a aquisição de noções morais.
    Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2

    Olvide a discussão intempestiva. Recorde que o respeito ao semelhante é o alicerce da paz.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 90

    Fonte: febnet.org.br

    Resto

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Resto
    1) SOBREVIVENTE (Jr 42:2).


    2) Pequeno número de fiéis (Rm 11:5, RC).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Reí

    Quem é quem na Bíblia?

    (Heb. “amigável”). Um dos homens que, junto com o sacerdote Zadoque e o profeta Natã, entre outros, permaneceram fiéis ao desejo de Davi de colocar seu filho Salomão no trono, como seu sucessor (1Rs 1:8). Outro filho do rei, Adonias, tentou usurpar o reino; Salomão, entretanto, seguiu cuidadosamente os conselhos de Natã e de Zadoque e garantiu seu direito à sucessão. Para mais detalhes, veja Natã.

    Autor: Paul Gardner

    Secar

    Dicionário Comum
    verbo transitivo Privar de água, pôr a seco: secar um tanque, um pântano.
    Esgotar, estancar.
    verbo intransitivo Murchar: com o sol secaram as flores.
    verbo pronominal Diminuir, acabar: nos olhos secou-se o pranto.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    secar
    v. 1. tr. dir. Fazer evaporar ou tirar a umidade a; tornar enxuto. 2. tr. dir. Tirar o excesso de água por meio de drenage.M 3. tr. dir. Fazer ressequir, desidratar para conservação. 4. tr. dir., Intr. e pron. Tornar(-se) seco; murchar(-se), ressequir (-se). 5. Intr. e pron. Debilitar-se, definhar-se, mirrar-se, perder as forças. 6. Intr. Pop. Dar azar; trazer má sorte.
    Fonte: Priberam

    Sempre

    Dicionário Comum
    advérbio Em todo tempo; a toda hora; perpetuamente ou eternamente: espero que nosso casamento seja sempre assim.
    De um modo contínuo; em que há continuidade; constantemente ou continuamente: está sempre irritado.
    Em que há ou demonstra hábito; que se desenvolve ou ocorre de maneira habitual; geralmente: almoça sempre no trabalho.
    De um modo invariável; de qualquer modo; invariavelmente: com alunos ou não, o professor vem sempre à escola.
    Em que há finalidade; por fim; enfim: fez uma crítica construtiva, isso sempre ajuda.
    Na realidade; de maneira verdadeira; realmente: é um absurdo o que você fez! Sempre é um patife!
    conjunção Que expressa adversão; no entanto ou todavia: machuca-me o seu comportamento, sempre te escuto.
    substantivo masculino Tudo que se refere ao tempo (passado ou futuro).
    Etimologia (origem da palavra sempre). Do latim semper.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    sempre adv. 1. A toda a hora, a todo o momento, em todo o tempo. 2. Constantemente, continuamente, sem cessar. 3. Afinal, enfi.M 4. Com efeito, efetivamente. Conj. Contudo, entretanto, no entanto, todavia. S. .M Todo o tempo (o passado, o presente, o futuro).
    Fonte: Priberam

    Senhor

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da FEB
    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho

    Fonte: febnet.org.br

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).

    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...

    Autor: César Vidal Manzanares

    Sera

    Dicionário Bíblico
    abundância
    Fonte: Dicionário Adventista

    Será

    Quem é quem na Bíblia?

    (Heb. “abundância”). Filha de Aser, a qual, juntamente com seus irmãos, é listada entre os que desceram ao Egito com Jacó (Gn 46:17; Nm 26:46-1Cr 7:30).

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário Comum
    substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
    Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
    Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
    Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
    Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
    Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
    Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.
    Fonte: Priberam

    Siria

    Dicionário Bíblico
    A Síria, também chamada Arã por virtude do nome daquele patriarca, cujos descendentes a povoaram, compreendia o país que ficava entre o rio Eufrates ao oriente, e o Mediterrâneo ao ocidente, com a Cilicia ao norte, e o deserto da Arábia ao sul, excluindo a Palestina. Todavia, os limites da Síria nunca foram bem determinados, e o nome era vagamente usado. A Síria possuía muitas cidades famosas dentro dos seus limites. Entre essas, as principais eram Damasco, Antioquia, Selêucia, Palmira e Laodicéia. Era composta a Síria de uma reunião de pequenos Estados, lutando uns com os outros pela supremacia, mas com resultados indefinidos. o reino de Damasco era o principal – e, depois dos dias de Abraão, aparece pela primeira vez na história da Bíblia, aliado contra Davi com Hadadezer, rei de Zobá (2 Sm 8.5). o resultado da guerra foi a submissão da Síria a Davi – mas no reinado de Salomão houve contra este rei uma revolta de que era chefe Rezom de Zobá, que também se apoderou de Damasco (1 Rs 11.23 a 25). Desde esse tempo ficaram os reinos da Síria independentes de israel, com quem tiveram repetidas guerras sob o governo da dinastia de Hadade, tornando-se notável o cerco de Samaria, tão maravilhosamente malogrado (2 Rs 6 e 7). Depois disto assassinou Hazael o rei da Síria, e usurpou o trono, oprimindo o reino de israel – mas a seu tempo foi vencido por Jeoás, rei de israel (2 Rs 13 22:25). Jeroboão ii alcançou superioridade, e passado algum tempo vê-se o reino da Síria, sendo Rezim o soberano, em aliança com israel contra Acaz, rei de Judá. *veja a notável passagem de isaías (7.1 a 6). E desta luta se derivou o seguinte: o rei Acaz chamou em seu auxilio o monarca assírio, Tiglate-Pileser, seguindo-se uma série de rápidos acontecimentos, de que provieram o revés e a morte de Rezim e o ser a cidade de Damasco absorvida pela Assíria. Desde esse tempo deixaram os estados da Síria de ter qualquer existência independente, tornando-se uma parte do grande império da Assíria, de onde passaram mais tarde para o domínio dos babilônios, depois para o dos persas, e em seguida para o dos generais de Alexandre Magno, que, pela primeira vez, fizeram daqueles pequenos Estados um grande e próspero reino. As inscrições de Tiglate-Pileser comemoram a queda de Damasco, a derrota de Rezim, que pelo seu nome é mencionado, e apresentam o nome de Hadade, como sendo o de uma divindade da Síria. Nos tempos do N.T., a Síria, já província romana, abrangia a Palestina, que não obstante a sua dependência tinha um governador propriamente seu ou procurador. Assim, por ocasião do nascimento de Jesus, era legado da Síria C. Sentio Saturnino (9 a 6 a.C.), a quem sucederam P. Quintílio Varo (6 a 4 a.C.), e P. Sulpício Quirino (3 a 2 a.C.). E quando o Salvador Jesus foi crucificado era, legado L. Aélio Lâmia, e Pôncio Pilatos, o procurador.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Sião

    Dicionário Etimológico
    antigo nome, que o antigo povo thai dava aos seus vizinhos birmaneses, e provavelmente deriva do topônimo do idioma pali "suvarnabhuma", "terra do ouro", com a parte final, a raiz pali "sama", que de diversas maneiras denota diferentes nuances de cor, freqüentemente marrom ou amarelo, mas às vezes verde ou preto.
    Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

    Dicionário Bíblico
    (2 Sm 5.7, etc.). A fortaleza de Jerusalém.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Sião
    1) Fortaleza dos JEBUSEUS (2Sm 5:7);
    v. CIDADE DE DAVI 1).

    2) O monte, antes chamado de Moriá, onde foi construído o TEMPLO (2Cr 3:1). 3 A cidade de Jerusalém (2Rs 19:21) ou a terra de Israel (Is 34:8).

    4) O céu (He 12:22).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Sião Colina de Jerusalém, ao sul do Templo e ao norte de Siloé. Às vezes, identifica-se com Jerusalém (Mt 21:5; Jo 12:15).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Dicionário Comum
    substantivo masculino [Música] Antigo instrumento musical chinês, espécie de flauta de pã, composta de uma série de tubos de bambu de diversos comprimentos.
    Etimologia (origem da palavra sião). Do topônimo Sião.
    Fonte: Priberam

    Síria

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Síria V. ARÃ 2.
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    síria | s. f.
    Será que queria dizer síria?

    sí·ri·a
    (origem obscura)
    nome feminino

    1. [Portugal: Alentejo] Compleição, constituição física.

    2. [Portugal: Trás-os-Montes] Consistência ou robustez das pernas.

    3. Animação, vivacidade.

    5. [Viticultura] Casta de uva branca, cultivada no interior de Portugal. = ALVADURÃO, ROUPEIRO

    Fonte: Priberam

    Dicionário Etimológico
    (as-Souriya) - do nome em antigo grego para a Assíria, embora a área central da Assíria estaeja atualmente localizada no moderno Iraque. Antes dos gregos, a região do moderno estado da Síria era conhecido como Aram, de onde procede o idioma aramaico, uma antiga língua franca do Oriente Médio, ainda falada em alguns vilarejos nos dias atuais.
    Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

    Tecoa

    Dicionário Bíblico
    Talvez signifique o ato de armartendas, ou o soar das trombetas (*veja Jr 6:1). É hoje Tukua, que fica 8 km ao sul de Belém, 11 km ao nordeste de Bete-Zur, num território de pastagem e montanhoso, que principia perto de Hebrom e se estende para o oriente, na direção do mar Morto. Asur, um neto de Judá, é chamado seu ‘pai’, evidentemente o seu fundador (1 Cr 4.5). Era a terra natal daquela discreta mulher que foi mandada a Davi com o fim de o reconciliar com Absalão (2 Sm 14,2) – também a de um dos homens valentes de Davi (2 Sm 23.26 – 1 Cr 11.28 – 27,9) – e a do profeta Amós (Am 1:1). Foi fortificada pelo rei Roboão (2 Cr 11,6) – e reocupada pelos judeus depois da volta do cativeiro (Ne 3:5-27). o povo que vivia por aqueles sítios devia ter-se dedicado, principalmente, à vida de pastor – e então Tecoa pouco mais podia ter sido do que um grupo de tendas, às quais voltavam os homens, em ocasiões de folga, das vizinhas pastagens, e nas quais habitavam as famílias durante a ausência dos seus chefes. Este é, ainda, o caráter daquele lugarejo.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Tecoa Cidade de Judá situada 20 km ao sul de Jerusalém. Amós era natural de Tecoa (Am 1:1).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Tem

    Dicionário Comum
    substantivo deverbal Ação de ter; ato de receber ou de passar a possuir alguma coisa: ele tem uma casa; a empresa tem muitos funcionários.
    Gramática A grafia têm, com acento, refere-se à forma plural: eles têm uma casa; as empresas têm muitos funcionários.
    Etimologia (origem da palavra tem). Forma Der. de ter.
    Fonte: Priberam

    Tema

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Assunto, matéria: dissertou sobre um tema difícil.
    Proposição que deve ser desenvolvida por um aluno: sorteou-se o tema da composição.
    Liturgia Texto da Escritura que serve de base para o sermão.
    Música Idéia musical constituída por um fragmento melódico ou rítmico sobre o qual se compõe uma peça.
    Gramática Segmento vocabular formado pelo radical ampliado por uma vogal temática e que está pronto para receber desinências e sufixos.
    Fonte: Priberam

    Quem é quem na Bíblia?

    Filho de Ismael, portanto neto de Abraão e Hagar, foi líder de clã (Gn 25:15-1Cr 1:30).

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Assunto, matéria: dissertou sobre um tema difícil.
    Proposição que deve ser desenvolvida por um aluno: sorteou-se o tema da composição.
    Liturgia Texto da Escritura que serve de base para o sermão.
    Música Idéia musical constituída por um fragmento melódico ou rítmico sobre o qual se compõe uma peça.
    Gramática Segmento vocabular formado pelo radical ampliado por uma vogal temática e que está pronto para receber desinências e sufixos.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Filho de ismael, tendo a tribo o seu nome, e sendo o país ocupado pela gente que a formava (Gn 25:15 – 1 Cr 1.30 – 6:19is 21:14Jr 25:23). Teyma é ainda uma cidade bem conhecida do norte da Arábia, na estrada das caravanas de Damasco.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Tempestade

    Dicionário Comum
    substantivo feminino Temporal; perturbação atmosférica violenta, geralmente associada à chuva forte, ao granizo, ao vento, aos trovões, raios ou nevascas: tempestade de neve.
    Figurado Sofrimento ou desgraça: "depois da tempestade vem a bonança".
    Figurado Agitação; grande confusão: o divórcio foi a tempestade da sua vida.
    Figurado Barulho repentino, intenso e violento.
    Figurado Perturbação moral: tempestade de sentimentos.
    Tempestade em copo d'água. Efeito negativo, exagerado e causado por algo insignificante: vivia fazendo tempestade em copo d'água!
    Etimologia (origem da palavra tempestade). Do latim tempestas.atis.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    tempestade s. f. 1. Agitação violenta da atmosfera, acompanhada muitas vezes de relâmpagos, trovões, chuva e granizo. 2. Temporal, procela. 3. Grande estrondo. 4. Agitação, desordem, perturbação.
    Fonte: Priberam

    Temá

    Quem é quem na Bíblia?

    Chefe de uma das famílias de servidores do Templo cujos descendentes retornaram do exílio na Babilônia nos dias de Esdras e dedicaram-se ao trabalho no Santuário (Ed 2:53; Ne 7:55).

    Autor: Paul Gardner

    Temã

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Temã Cidade de EDOM 2, conhecida pela sabedoria do seu povo (Jr 49:7).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Quem é quem na Bíblia?

    Líder edomita, neto de Esaú e Ada (mulher cananita); era filho de Elifaz (Gn 36:11-15,42; 1Cr 1:36-53).

    Autor: Paul Gardner

    Termos

    Dicionário Comum
    substantivo masculino plural Condição, maneira apresentada por algo ou por alguém, num dado momento: nestes termos, não aceito o contrato.
    Conteúdo escrito ou verbal: termos de um projeto, de uma conversa.
    Expressão ou teor próprio de uma área, âmbito científico: termos técnicos.
    Gramática Numa oração, o que expressa uma função: termos da oração.
    [Matemática] O que compõe uma operação matemática: termos de uma subtração, de uma adição.
    Etimologia (origem da palavra termos). Plural de termo, do latim terminus.i 'limite, fim'.
    Fonte: Priberam

    Terremoto

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Abalo ou trepidação na superfície terrestre, originário de um foco subterrâneo; tremor de terra.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    As terras da Bíblia sempre foram sujeitas a terremotos – no vale do Jordão e na região do mar Morto há muitos vestígios da ação vulcânica. Estas forças interiores foram, provavelmente, os instrumentos de destruição, na ruína das cidades da planície (Gn 19:25) – e o tremor de terra juntou-se à terrível presença e juízos de Deus (Êx 19:18 – 1 Rs 19.11). Por esta razão se vê estar o terremoto no simbolismo da profecia (is 29:6Mc 13:8Ap 16:18). Nos dias de Saul acha-se registrado um tremor de terra, quando se trata do feito de armas, que Jônatas e seu escudeiro realizaram (1 Sm 14.15). No reinado de Uzias dois terremotos são mencionados de forma a fazer crer que foram uma memorável catástrofe (Am 1:1Zc 14:5). Josefo liga o fato com a impiedade do rei, que julgou que devia oferecer incenso no altar de ouro, e descreve o caso com linguagem muito semelhante à da profecia de Zc 14:4. (Josefo, Ant iX. 10.4.) Segundo a narração de S. Mateus, a morte de Jesus foi assinalada por um terremoto, abrindo-se os túmulos e aparecendo os mortos (Mt 27:51-54). E, na cidade de Filipos, Paulo e Silas puderam livrar-se da prisão em virtude de um fenômeno semelhante (At 16:26).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Tiro

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Ação ou efeito de atirar; disparar qualquer arma de fogo: tiro certeiro.
    A carga disparada pela arma de fogo; disparo: tiro de revólver.
    Bala; carga que se dispara de cada vez: revólver de seis tiros.
    Distância que alcança a carga ou o disparo.
    Figurado Produzir resultado seguro e imediato.
    Lugar ou curso no qual se aprende a atirar com armas de fogo ou se faz exercício com elas.
    Ação de puxar carros por cavalgadura: cavalo de tiro.
    Calabre ou tirante com que se une o boi ou a besta tanto à charrua como à carruagem.
    locução adverbial De um tiro. De uma só vez.
    Dar um tiro em. Acabar, liquidar ou encerrar um assunto, um trabalho etc.
    [Brasil] Informal. Dar um tiro na praça. Causar prejuízo ao outro através de uma falência fraudulenta.
    Sair o tiro pela culatra. Quando o resultado de uma ação é o contrário do que esperava quem a praticou.
    Ser tiro e queda. De pontaria certa.
    Ângulo de tiro. Ângulo formado pela linha de tiro com as horizontais do plano de tiro.
    Plano de tiro. O plano vertical que passa pela linha de tiro de uma arma de fogo.
    Tiro de cavalos, de bois etc. Parelha de cavalos, de bois etc.
    Tiro cego. Tiro sem pontaria certa; disparado à queima-roupa.
    Etimologia (origem da palavra tiro). Forma regressiva de tirar.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    É hoje Es-Sur, uma pobre povoação Foi, em tempos antigos, uma fortificada cidade da Fenícia, situada sobre uma península rochosa, primitivamente uma ilha da parte oriental do Mediterrâneo, colonizada pela gente de Sidom (is 23:2-12 – cf Gn 10:15). Foi cedida à tribo de Aser, e ocupada, não tendo sido expulsos os seus habitantes (Js 19:29Jz 1:31-32 – 2 Sm 24.7). Tiro forneceu materiais e artífices para Davi construir o seu palácio, e Salomão o templo (2 Sm 5.11 – 1 Rs 5 – 7.13,14 – 9.11 a 14, 27 – 10.22 – 16.31 – 1 Cr 14.1 – 22.4 – 2 Cr 2). Foi denunciada pelos profetas (is 23 – Jr 25:22 – 47.4 – Ez 26:27-28Jl 3:4-8Am 1:9-10Zc 9:2-4). A cidade de Tiro alcançou grande poder e esplendor. Cerca de 150 anos depois da edificação do templo de Salomão, estabeleceu a grande colônia de Cartago – assenhoreou-se da ilha de Chipre, que continha preciosas minas de cobre – e exerceu domínio sobre Sidom. Foi cercada por Salmaneser, mas sem resultado (Ez 27). o cerco posto por Nabucodonosor durou treze anos, seguindo-se uma pequena sujeição ao império da Babilônia, ou uma aliança com aquela potência (Jr 27:3-8Ez 29:18-20). De Tiro foram de novo fornecidos materiais para a edificação do segundo templo, e além disso outros produtos (Ed 3:7Ne 13:16). Jesus andou pelas vizinhanças da cidade, que estava afastada de Nazaré uns 65 km (Mt 11:21 – 15.21 – Mc 3:8 – 7.24 – Lc 6:17 – 10.13). Foi a residência de pessoas cristãs (At 21. 3 a 6). Tiro, diferente de outras celebradas cidades do antigo mundo, comerciais e independentes como ela, era uma monarquia e não uma república, conservando esta forma de governo até à completa perda da sua independência. Desde tempos remotíssimos foram os tírios conhecidos pela sua aptidão para toda a obra artística de cobre ou de metal amarelo. A madeira de cedro para o templo foi levada em jangadas de Tiro a Jope, numa distancia de 118 km, estando Jope distante de Jerusalém cerca de 51 km. Hirão, rei de Tiro, mandou a Salomão marinheiros, para a viagem a ofir e à india. Por outro lado, era a Palestina o celeiro da Fenícia, fornecendo-lhe, além do trigo, o azeite, e mel, e bálsamo. Tiro era afamada pela manufatura de uma certa tinta de púrpura. Até ao fim do século décimo-terceiro da nossa era, a cidade de Tiro, tendo sobrevivido à queda dos impérios da Macedônia e de Roma, foi uma grande cidade, comparada com a qual era Roma de DATA recente. Por fim caiu diante das armas conquistadoras dos maometanos. Tiro perdeu a sua qualidade de ilha, quando foi cercada por Alexandre Magno, edificando este rei um molhe, que pôs a cidade em comunicação com o continente. o molhe foi alargado pelos depósitos de areia, e agora a língua de terra tem de largura uns quinhentos metros.
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Tiro Porto da Fenícia situado numa ilha ao norte do Carmelo e ao sul de Sidom (1Rs 9:10-14); Is 23; Ez 26:28; (Mc 7:24-31); (At 21:3-7).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário de Jesus e Evangelhos
    Tiro Como Sidônia, um antigo porto fenício no Mediterrâneo (Mt 11:21ss.; 15,21ss.; Mc 3:8; 7,24.31; Lc 6:17; 10,13ss.).
    Autor: César Vidal Manzanares

    Tormenta

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Tormenta Tempestade (Sl 107:29).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Trilhos

    Dicionário Comum
    masc. pl. de trilho

    tri·lho 1
    (derivação regressiva de trilhar)
    nome masculino

    1. Barra metálica sobre que assentam as rodas dos vagões e de outros veículos. = CALHA, CARRIL

    2. Figurado Trilha, caminho.

    3. Norma, exemplo.

    4. Modo de proceder, de pensar.

    5. Vestígio, rasto.


    tri·lho 2
    (latim tribulum, -i, espécie de grade para debulha do trigo)
    nome masculino

    1. [Agricultura] Cilindro de madeira com dentes de ferro com que se debulham os cereais na eira.

    2. Utensílio com que se bate a coalhada, para fazer queijo.

    Fonte: Priberam

    Três

    Dicionário Comum
    numeral Dois mais um; quantidade que corresponde a dois mais um (3).
    Que ocupa a terceira posição; terceiro: capítulo três.
    substantivo masculino O número três: escrevam um três.
    Terceiro dia de um mês: o 3 de julho.
    Representação gráfica desse número; em arábico: 3; em número romano: III.
    locução adverbial A três por dois. A cada instante: eles brigam a três por dois.
    Etimologia (origem da palavra três). Do latim tres.tria.
    Fonte: Priberam

    Uzias

    Dicionário Bíblico
    o Senhor é minha força. 1. Rei de Judá, e filho do assassinado rei Amazias, sendo colocado no trono pelo povo, quando tinha dezesseis anos (2 Cr 26.1 e seg.). Foi um rei sábio, que fortaleceu e consolidou a sua nação durante um longo reinado de cinqüenta e dois anos (808-9 a 756-7 a.C.). Também é conhecido pelo nome de Azarias. A sua primeira e bem sucedida campanha foi contra os edomitas, a quem tirou Elate (*veja esta palavra) que eles tinham arrancado das fracas mãos de Jorão oitenta anos antes. Este importante porto do golfo de Acabá foi por ele fortificado, e transformado em centro do seu comércio eom os estrangeiros (2 Rs 14.22 – 2 Cr 26.2). Em seguida levantou-se contra os filisteus e certas tribos árabes do sul, derrotando-os e impondo-lhes tributos. os amonitas foram também compelidos, ou por prudência, ou por necessidade, a enviar presentes a Uzias (2 Cr 26.6 a 8). Também este rei fortaleceu grandemente as defesas de Jerusalém, construindo sobre as muralhas novos e terríveis engenhos de destruição. É atribuída a Uzias a invenção da catapulta e da balista para o arremesso de grandes pedras e dardos (2 Cr 26.15). Estas máquinas de guerra acham-se representadas nas esculturas assírias. Ele equipou um exército, que se diz ter sido de 307.500 homens, com as melhores armas do tempo, de maneira que era temido das nações circunvizinhas (2 Cr 26.7,8). Para beneficiar o povo, mandou abrir poços e animou a agricultura, dando ele próprio o exemplo, pois cultivou os campos e plantou vinhas. Edificou torres com o fim de proteger os rebanhos e as manadas contra os ladrões e as feras (2 Cr 26.10). Uzias foi um verdadeiro e firme adorador do Senhor, procurando os conselhos do profeta Zacarias (2 Cr 26,5) – mas tornou-se altivo, e o seu orgulho trouxe sobre ele um terrível castigo. Ele intentou queimar incenso sobre o altar de Deus, ato que somente o sumo sacerdote podia praticar – mas fizeram-lhe forte oposição o sumo sacerdote Azarias e alguns outros. irado com a resistência destes sacerdotes procurou à força satisfazer o seu desejo, mas Deus o feriu de lepra (2 Rs 15.5 – 2 Cr 26.16 e seg.). Como ficou leproso, teve de abandonar o seu palácio e viver fora da cidade, governando como regente o seu filho Jotão. Quando morreu, foi sepultado num sepulcro especial (2 Cr 26.23). (*veja Azarias.) 2. Filho de Uriel, um levita e ascendente de Samuel (1 Cr 6.24). 3. Um dos superintendentes de Davi (1 Cr 27,25) 4. Sacerdote que havia casado com mulher estrangeira no tempo de Esdras (Ed 10:21). 5. Pai de Ataías (Ne 11:4).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Quem é quem na Bíblia?

    (Heb. “o Senhor é minha força”).


    1. Rei de Judá, governou aproximadamente de 791 a 740/39 a.C. O relato mais longo sobre ele encontra-se em II Crônicas 26, que diz que ele reinou por 52 anos. Governou como co-regente junto com seu pai Amazias, o qual, nos primeiros anos de seu reinado, provavelmente estava preso no reino do Norte. Sua mãe chamava-se Jecolia e era de Jerusalém. Uzias liderou Judá num período de grande prosperidade que culminou num rápido declínio (II Reis 15:1-7 chama-o de Azarias).

    O cronista deseja que o leitor entenda que, assim como seu pai Amazias, Uzias teve grande sucesso “enquanto buscou ao Senhor” (v. 5). Certamente na primeira parte de seu reinado ele “fez o que era reto aos olhos do Senhor” (v. 4) e isso trouxe a bênção de Deus nas lutas contra os filisteus, árabes e amonitas. Durante este tempo, Uzias era ensinado sobre a fé por um profeta chamado Zacarias, o qual é mencionado somente neste texto (v. 5). A fama deste rei espalhou-se muito além das fronteiras de Judá e chegou até o Egito (vv. 6-8). Fortificou a cidade de Jerusalém e construiu postos de vigia no deserto. Juntou um poderoso e enorme exército, muito bem equipado, e até mesmo desenvolveu novos tipos de armas para serem usadas na defesa dos muros da cidade (vv. 9-15).

    Como, porém, acontece com muitas pessoas que se tornam poderosas e famosas, Uzias ficou orgulhoso e desobedeceu ao Senhor. Entrou no Templo para oferecer sacrifícios, o que só os sacerdotes tinham permissão para fazer, de acordo com a Lei de Deus. Sacerdotes corajosos, liderados por Azarias, opuseram-se ao rei e denunciaram o pecado que ele cometera. Uzias aborreceu-se com os sacerdotes, mas, no mesmo instante, ficou leproso, “visto que o Senhor o ferira” (vv. 1620). A lepra era um mal que impedia a pessoa de entrar no Templo e, assim, foi o castigo apropriado para o crime do rei. II Reis 15:1-7 relata muito pouco sobre o reinado de Uzias. Depois de ser afligido com a lepra, provavelmente teve seu filho Jotão como co-regente (v. 5), o qual posteriormente foi seu sucessor no trono (vv. 13 30:32-34; veja também Mt 1:8-9). Durante o reinado de Uzias, os profetas Isaías, Amós e Oséias fizeram pronunciamentos (Is 1:1; Is 6:1; Is 7:1; Os 1:1; Am 1:1). A preocupação deles com a riqueza e o orgulho é evidente em todas as profecias feitas naquele período. O rápido declínio de Judá nos últimos anos de reinado de Uzias era parte do juízo de Deus, que vem sobre o orgulhoso que o ignora. O Senhor enviou também um terremoto como parte do juízo sobre a nação. O tremor de terra foi tão forte que Amós o usou como referência para indicar uma data particular e o profeta Zacarias tempos mais tarde o mencionou para ilustrar o que Deus faria no final para julgar a terra (Am 1:1; Zc 14:5).


    2. Filho de Uriel e pai de Saul, do clã dos coatitas, da tribo de Levi (1Cr 6:24).


    3. Pai de um certo Jônatas, o qual era responsável pelos “tesouros dos campos, das cidades, das aldeias, das torres” do rei Davi; portanto, era um dos superintendentes pessoais do rei (1Cr 27:25).


    4. Descendente de Harim, viveu no tempo de Esdras; foi um dos judeus que se casaram com mulheres estrangeiras, em vez de escolher uma esposa na tribo de Judá (Ed 10:21).


    5. Pai de Ataías e descendente de Perez, da tribo de Judá. Ataías se estabeleceu em Jerusalém depois do exílio na Babilônia (Ne 11:4). P.D.G.


    6. Asteratita, pertencia ao grupo dos “trinta” guerreiros valentes de Davi, os quais saíam com ele para as batalhas e lideravam o povo de Israel na guerra (1Cr 11:44).

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Uzias Décimo rei de Judá, que reinou de 781 a 740 a.C., depois de Amazias, seu pai (2Rs 14:21); 15:1-7). V. AZARIAS (2Cr 26:1).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Dicionário Comum
    -
    Fonte: Priberam

    Voz

    Dicionário Comum
    substantivo feminino [Anatomia] Vibração nas pregas vocais que produz sons e resulta da pressão do ar ao percorrer a laringe.
    Capacidade de falar; fala: perdeu a voz durante o discurso.
    [Música] Parte vocal de uma composição musical: melodia em três vozes.
    [Música] Emissão vocal durante o canto: voz soprano, contralto etc.
    Figurado Conselho que se dá a alguém; advertência, apelo: escutar a voz dos mais velhos.
    [Jurídico] Intimação oral em tom alto: voz de prisão.
    Boato generalizado; rumores: é voz corrente a sua nomeação.
    Direito de falar numa assembleia, reunião etc.: tem voz, mas sem direito a voto.
    Maneira de pensar; opinião própria; ponto de vista: nunca tive voz na minha casa.
    Avaliação que se pauta numa previsão; prognóstico: presidente que não ouvia a voz do mercado.
    Sugestão que alguém dá a si próprio: nunca escutou a voz do coração.
    Gramática Categoria verbal caracterizada pela sua relação com o sujeito (com a categoria gramatical que concorda com o verbo), indicando o modo: voz ativa, voz passiva.
    Gramática Expressão verbal; palavra.
    [Zoologia] Som próprio de alguns animais.
    Frase ou palavra que expressa uma ordem: voz de comando.
    Etimologia (origem da palavra voz). Do latim vox.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    substantivo feminino [Anatomia] Vibração nas pregas vocais que produz sons e resulta da pressão do ar ao percorrer a laringe.
    Capacidade de falar; fala: perdeu a voz durante o discurso.
    [Música] Parte vocal de uma composição musical: melodia em três vozes.
    [Música] Emissão vocal durante o canto: voz soprano, contralto etc.
    Figurado Conselho que se dá a alguém; advertência, apelo: escutar a voz dos mais velhos.
    [Jurídico] Intimação oral em tom alto: voz de prisão.
    Boato generalizado; rumores: é voz corrente a sua nomeação.
    Direito de falar numa assembleia, reunião etc.: tem voz, mas sem direito a voto.
    Maneira de pensar; opinião própria; ponto de vista: nunca tive voz na minha casa.
    Avaliação que se pauta numa previsão; prognóstico: presidente que não ouvia a voz do mercado.
    Sugestão que alguém dá a si próprio: nunca escutou a voz do coração.
    Gramática Categoria verbal caracterizada pela sua relação com o sujeito (com a categoria gramatical que concorda com o verbo), indicando o modo: voz ativa, voz passiva.
    Gramática Expressão verbal; palavra.
    [Zoologia] Som próprio de alguns animais.
    Frase ou palavra que expressa uma ordem: voz de comando.
    Etimologia (origem da palavra voz). Do latim vox.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Comum
    voz s. f. 1. Produção de sons na laringe dos animais, especialmente na laringe humana, com auxílio do ar emitido pelos pulmões. 2. A faculdade de emitir esses sons. 3. A faculdade de falar. 4. Linguage.M 5. Grito, clamor. 6. Ordem dada em voz alta. 7. Boato, fama. 8. Palavra, dicção, frase. 9. Fon. Som que uma vogal representa na escrita. 10. Mús. Parte vocal de uma peça de música. 11. Mús. Nas fugas para piano e para órgão, cada uma das diferentes alturas em que o tema é desenvolvido. 12. Gra.M Aspecto ou forma com que um verbo indica a ação. 13. Opinião. 14. Sugestão íntima.
    Fonte: Priberam

    éden

    Dicionário Comum
    substantivo masculino Religião Região descrita na Bíblia como o lugar onde Deus criou um jardim para Adão e Eva; paraíso.
    Por Extensão Local cujas características indicam o paraíso como um lugar ideal, perfeito, tranquilo e pacífico (com inicial minúscula): aquele resort era um verdadeiro éden!
    Etimologia (origem da palavra Éden). Pelo latim Eden, "paraíso".
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Delícias 1. o Éden é o jardim ou paraíso, que Deus preparou para receber o homem (Gn 2:8). A localidade do Jardim do Éden não pode ser exatamente determinada, embora dois dos seus quatro rios sejam indubitavelmente o Tigre e o Eufrates. Não tem dado resultado a identificação de Pisom e de Giom. Talvez o ‘rio’ que se tornou em quatro cabeças seja o golfo Pérsico, para o qual o Tigre e o Eufrates com dois outros rios corriam primitivamente. Provavelmente se pensou que o golfo era como um rio, explicando os fenômenos das marés a sua divisão em quatro partes. Desta maneira estaria o Éden nas férteis planícies de Babilônia. outras referências ao Éden ‘o Jardim do Senhor’, se acham em is 51:3 – e em Ez 28:13 – 31.9 e 36.35. Nestas passagens, como na narrativa do Gênesis e em outros lugares, a versão dos LXX usa a palavra persa paraíso ou jardim do Senhor. E por isso no N.T. o Paraíso vem a ser o restaurado Éden, a ideal habitação dos bem-aventurados após a ressurreição (Lc 23:43 – 2 Co 12.4 – e Ap 2:7). (*veja Paraíso.) 2. Um gersonita, filho de Joá (2 Cr 29.12). 3. Um levita do tempo de Ezequias, que foi nomeado para distribuir as oblações (2 Cr 31.15). 4. Um dos mercados do comércio de Tiro, que foi tomado por um rei assírio. Parece ter sido a habitação dos Bit-Adini, a que se referem as inscrições assírias, sendo a sua situação pouco mais ou menos a 320 km ao nordeste de Damasco. Eles tinham sido levados cativos para Telassar, na parte oriental do rio Tigre (2 Rs 19.12 – is 37:12Ez 27:23).
    Fonte: Dicionário Adventista

    Quem é quem na Bíblia?

    Durante o avivamento no reinado de Ezequias, quando o povo voltou-se novamente para Deus, muitos levitas foram designados para tarefas específicas no Templo. Éden, filho de Joá, foi dos que receberam a tarefa de ajudar Coré na distribuição das ofertas do povo pelas cidades dos sacerdotes, “segundo as suas turmas” (2Cr 29:12-2Cr 31:15).

    Autor: Paul Gardner

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Éden [Delícia] -

    1) Jardim onde Deus pôs Adão e Eva. Ficava em algum lugar entre os rios Tigre e Eufrates (Gn 2:15)

    2) Região da MESOPOTÂMIA conquistada pelos assírios (2Rs 19:12).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Amós 1: 1 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    As palavras de Amós, que estava entre os pastores de Tecoa, as quais viu a respeito de Israel, nos dias de Uzias, rei de Judá, e nos dias de Jeroboão, filho de Joás, rei de Israel, dois anos antes do terremoto.
    Amós 1: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    766 a.C.
    H1121
    bên
    בֵּן
    crianças
    (children)
    Substantivo
    H1697
    dâbâr
    דָּבָר
    discurso, palavra, fala, coisa
    (and speech)
    Substantivo
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H2372
    châzâh
    חָזָה
    ver, perceber, olhar, observar, profetizar, providenciar
    (shall provide)
    Verbo
    H3063
    Yᵉhûwdâh
    יְהוּדָה
    Judá
    (Judah)
    Substantivo
    H3101
    Yôwʼâsh
    יֹואָשׁ
    filho do rei Acazias e o oitavo rei de Judá
    ([pertained] to Joash)
    Substantivo
    H3117
    yôwm
    יֹום
    dia
    (Day)
    Substantivo
    H3379
    Yârobʻâm
    יָרׇבְעָם
    o primeiro rei do reino do norte, Israel, quando este dividiu-se após a morte de Salomão e
    (And Jeroboam)
    Substantivo
    H3478
    Yisrâʼêl
    יִשְׂרָאֵל
    Israel
    (Israel)
    Substantivo
    H4428
    melek
    מֶלֶךְ
    rei
    (king)
    Substantivo
    H5349
    nôqêd
    נֹקֵד
    ()
    H5818
    ʻUzzîyâh
    עֻזִּיָּה
    filho do rei Amazias, de Judá, e rei de Judá ele próprio por 52 anos; também ‘Azarias’
    (of Uzziah)
    Substantivo
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H5986
    ʻÂmôwç
    עָמֹוס
    um profeta do Senhor que profetizou no reino do norte; natural de Tecoa, em Judá,
    (of Amos)
    Substantivo
    H6440
    pânîym
    פָּנִים
    o rosto
    (the face)
    Substantivo
    H7494
    raʻash
    רַעַשׁ
    tremor, estrondo, estremecimento
    (an earthquake)
    Substantivo
    H8141
    shâneh
    שָׁנֶה
    ano
    (and years)
    Substantivo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula
    H8620
    Tᵉqôwaʻ
    תְּקֹועַ
    um judaíta, filho de Assur e neto de Hezrom n. pr. l.
    (to Tekoah)
    Substantivo


    בֵּן


    (H1121)
    bên (bane)

    01121 בן ben

    procedente de 1129; DITAT - 254; n m

    1. filho, neto, criança, membro de um grupo
      1. filho, menino
      2. neto
      3. crianças (pl. - masculino e feminino)
      4. mocidade, jovens (pl.)
      5. novo (referindo-se a animais)
      6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
      7. povo (de uma nação) (pl.)
      8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
      9. um membro de uma associação, ordem, classe

    דָּבָר


    (H1697)
    dâbâr (daw-baw')

    01697 דבר dabar

    procedente de 1696; DITAT - 399a; n m

    1. discurso, palavra, fala, coisa
      1. discurso
      2. dito, declaração
      3. palavra, palavras
      4. negócio, ocupação, atos, assunto, caso, algo, maneira (por extensão)

    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    חָזָה


    (H2372)
    châzâh (khaw-zaw')

    02372 חזה chazah

    uma raiz primitiva; DITAT - 633; v

    1. ver, perceber, olhar, observar, profetizar, providenciar
      1. (Qal)
        1. ver, observar
        2. ver como um vidente em estado de êxtase
        3. ver, perceber
          1. com a inteligência
          2. ver (por experiência)
          3. providenciar

    יְהוּדָה


    (H3063)
    Yᵉhûwdâh (yeh-hoo-daw')

    03063 יהודה Y ehuwdaĥ

    procedente de 3034, grego 2448 Ιουδα e 2455 Ιουδας; DITAT - 850c; n pr m Judá = “louvado”

    1. o filho de Jacó com Lia
    2. a tribo descendente de Judá, o filho de Jacó
    3. o território ocupado pela tribo de Judá
    4. o reino composto pelas tribos de Judá e Benjamim que ocuparam a parte do sul de Canaã depois da nação dividir-se dois reinos após a morte de Salomão
    5. um levita na época de Esdras
    6. um supervisor de Jerusalém na época de Neemias
    7. um músico levita na época de Neemias
    8. um sacerdote na época de Neemias

    יֹואָשׁ


    (H3101)
    Yôwʼâsh (yo-awsh')

    03101 יואש Yow’ash

    ou יאשׂ Yo’ash (2Cr 24:1)

    uma forma de 3060; n pr m Joás ou Jeoás = “dado pelo Senhor”

    1. filho do rei Acazias e o oitavo rei de Judá
    2. filho do rei Jeoacaz e o décimo-segundo governante do reino do norte, Israel
    3. pai de Gideão
    4. um filho do rei Acabe
    5. um descendente de Selá, o filho de Judá; ou o filho de Selá ou o filho de Joquim
    6. filho de Semaá, o gibeatita, que recorreu a Davi em Ziclague

    יֹום


    (H3117)
    yôwm (yome)

    03117 יום yowm

    procedente de uma raiz não utilizada significando ser quente; DITAT - 852; n m

    1. dia, tempo, ano
      1. dia (em oposição a noite)
      2. dia (período de 24 horas)
        1. como determinado pela tarde e pela manhã em Gênesis 1
        2. como uma divisão de tempo
          1. um dia de trabalho, jornada de um dia
      3. dias, período de vida (pl.)
      4. tempo, período (geral)
      5. ano
      6. referências temporais
        1. hoje
        2. ontem
        3. amanhã

    יָרׇבְעָם


    (H3379)
    Yârobʻâm (yaw-rob-awm')

    03379 ירבעם Yarob am̀

    procedente de 7378 e 5971; n pr m Jeroboão = “o povo contenderá”

    1. o primeiro rei do reino do norte, Israel, quando este dividiu-se após a morte de Salomão e as dez tribos separaram-se de Judá e Benjamim e do reino sob o filho de Salomão, Reoboão; a idolatria foi introduzida no início do seu reinado
    2. o oitavo rei do reino do norte, Israel, filho de Joás, e o quarto na dinastia de Jeú; durante o seu reinado os invasores sírios foram afastados e o reino foi restaurado às suas antigas fronteiras, porém a idolatria do reino continuou

    יִשְׂרָאֵל


    (H3478)
    Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

    03478 ישראל Yisra’el

    procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

    Israel = “Deus prevalece”

    1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
    2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
      1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
      2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
      3. o nome da nação depois do retorno do exílio

    מֶלֶךְ


    (H4428)
    melek (meh'-lek)

    04428 מלך melek

    procedente de 4427, grego 3197 Μελχι; DITAT - 1199a; n m

    1. rei

    נֹקֵד


    (H5349)
    nôqêd (no-kade')

    05349 נקד noqed

    particípio ativo da mesma raiz que 5348; DITAT - 1411a; n m

    1. criador de ovelhas, negociante de ovelhas, pastor de ovelhas

    עֻזִּיָּה


    (H5818)
    ʻUzzîyâh (ooz-zee-yaw')

    05818 עזיה ̀Uzziyah ou עזיהו Uzziyahuw

    procedente de 5797 e 3050, grego 3604 Οζιας; n pr m Uzias = “minha força é Javé”

    1. filho do rei Amazias, de Judá, e rei de Judá ele próprio por 52 anos; também ‘Azarias’
    2. um levita coatita e antepassado de Samuel
    3. um sacerdote dos filhos de Harim que casou com uma esposa estrangeira na época de Esdras
    4. um judaíta, pai de Ataías ou Utai
    5. pai de Jônatas, um dos supervisores de Davi

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    עָמֹוס


    (H5986)
    ʻÂmôwç (aw-moce')

    05986 עמוס Àmowc

    procedente de 6006; n pr m Amós = “carga”

    1. um profeta do Senhor que profetizou no reino do norte; natural de Tecoa, em Judá, próxima a Belém, e um pastor por ofício; autor do livro profético que tem o seu nome

    פָּנִים


    (H6440)
    pânîym (paw-neem')

    06440 פנים paniym plural (mas sempre como sing.) de um substantivo não utilizado פנה paneh

    procedente de 6437; DITAT - 1782a; n. m.

    1. face
      1. face, faces
      2. presença, pessoa
      3. rosto (de serafim or querubim)
      4. face (de animais)
      5. face, superfície (de terreno)
      6. como adv. de lugar ou tempo
        1. diante de e atrás de, em direção a, em frente de, adiante, anteriormente, desde então, antes de
      7. com prep.
        1. em frente de, antes de, para a frente de, na presença de, à face de, diante de ou na presença de, da presença de, desde então, de diante da face de

    רַעַשׁ


    (H7494)
    raʻash (rah'-ash)

    07494 רעש ra ash̀

    procedente de 7493; DITAT - 2195a; n. m.

    1. tremor, estrondo, estremecimento
      1. terremoto
      2. tremura, tremor (de uma pessoa)
      3. vibração, agitação (de um dardo)

    שָׁנֶה


    (H8141)
    shâneh (shaw-neh')

    08141 שנה shaneh (somente no pl.), ou (fem.) שׂנה shanah

    procedente de 8138; DITAT - 2419a; n. f.

    1. ano
      1. como divisão de tempo
      2. como medida de tempo
      3. como indicação de idade
      4. curso de uma vida (os anos de vida)

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)

    תְּקֹועַ


    (H8620)
    Tᵉqôwaʻ (tek-o'-ah)

    08620 תקוע T eqowa ̂ ̀

    uma forma de 8619; n. pr. m.

    Tecoa = “uma cerca” n. pr. m.

    1. um judaíta, filho de Assur e neto de Hezrom n. pr. l.
    2. uma cidade na região montanhosa de Judá próxima a Hebrom, edificada pelo rei Roboão, de Judá; lugar de nascimento de Amós
    3. um deserto onde o rei Josafá, de Judá, derrotou os filhos de Moabe, de Amon e os do monte Seir

    (nas pastagens)
    Amós 1: 2 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Ele disse: O SENHOR bramará de Sião, e de Jerusalém fará ouvir a Sua voz; as habitações dos pastores (nas pastagens) chorarão- lamentando, e secar-se-á o cume do Carmelo.
    Amós 1: 2 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    766 a.C.
    H3001
    yâbêsh
    יָבֵשׁ
    tornar seco, murchar, estar seco, ficar seco, ser secado, estar murcho
    (were dried up)
    Verbo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3389
    Yᵉrûwshâlaim
    יְרוּשָׁלַ͏ִם
    de Jerusalém.
    (of Jerusalem)
    Substantivo
    H3760
    Karmel
    כַּרְמֶל
    uma montanha na costa mediterrânea do norte de Israel, logo abaixo de Haifa
    (in Carmel)
    Substantivo
    H4999
    nâʼâh
    נָאָה
    pasto, habitação, habitação de pastor, morada, prado
    (pastures)
    Substantivo
    H5414
    nâthan
    נָתַן
    E definir
    (And set)
    Verbo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H56
    ʼâbal
    אָבַל
    cobrir-se de luto, lamentar
    (and mourned)
    Verbo
    H6726
    Tsîyôwn
    צִיֹּון
    de Sião
    (of Zion)
    Substantivo
    H6963
    qôwl
    קֹול
    a voz
    (the voice)
    Substantivo
    H7218
    rôʼsh
    רֹאשׁ
    cabeça, topo, cume, parte superior, chefe, total, soma, altura, fronte, começo
    (heads)
    Substantivo
    H7462
    râʻâh
    רָעָה
    apascentar, cuidar de, pastar, alimentar
    (a keeper)
    Verbo
    H7580
    shâʼag
    שָׁאַג
    (Qal) rugir
    (roared)
    Verbo


    יָבֵשׁ


    (H3001)
    yâbêsh (yaw-bashe')

    03001 יבש yabesh

    uma raiz primitiva; DITAT - 837; v;

    1. tornar seco, murchar, estar seco, ficar seco, ser secado, estar murcho
      1. (Qal)
        1. fazer secar, ser secado, estar sem umidade
        2. estar ressecado
      2. (Piel) tornar seco, ressecar
      3. (Hifil)
        1. secar, fazer secar
          1. secar (água)
          2. tornar seco, murchar
          3. exibir sequidão

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    יְרוּשָׁלַ͏ִם


    (H3389)
    Yᵉrûwshâlaim (yer-oo-shaw-lah'-im)

    03389 שלםירו Y eruwshalaim raramentê ירושׂלים Y eruwshalayim̂

    um dual (em alusão aos seus dois montes principais [a pontuação verdadeira, ao menos conforme a leitura antiga, parece ser aquele de 3390]), provavelmente procedente de (o particípio passivo de) 3384 e 7999, grego 2414 Ιεροσολυμα e 2419 Ιερουσαλημ; n pr loc Jerusalém = “ensino de paz”

    1. a cidade principal da Palestina e capital do reino unido e, depois da divisão, capital de

      Judá


    כַּרְמֶל


    (H3760)
    Karmel (kar-mel')

    03760 כרמל Karmel

    o mesmo que 3759; DITAT - 1042; n pr loc Carmelo = “campo fértil”

    1. uma montanha na costa mediterrânea do norte de Israel, logo abaixo de Haifa
    2. uma cidade nas montanhas no lado oeste do mar Morto e ao sul de Hebrom

    נָאָה


    (H4999)
    nâʼâh (naw-aw')

    04999 נאה na’ah ou (plural) נאות

    procedente de 4998, grego 3484 Ναιν; DITAT - 1322a; n f

    1. pasto, habitação, habitação de pastor, morada, prado
      1. pasto, prado
      2. habitação

    נָתַן


    (H5414)
    nâthan (naw-than')

    05414 נתן nathan

    uma raiz primitiva; DITAT - 1443; v

    1. dar, pôr, estabelecer
      1. (Qal)
        1. dar, conceder, garantir, permitir, atribuir, empregar, devotar, consagrar, dedicar, pagar salários, vender, negociar, emprestar, comprometer, confiar, presentear, entregar, produzir, dar frutos, ocasionar, prover, retribuir a, relatar, mencionar, afirmar, esticar, estender
        2. colocar, estabelecer, fixar, impor, estabelecer, designar, indicar
        3. fazer, constituir
      2. (Nifal)
        1. ser dado, ser concedido, ser providenciado, ser confiado a, ser garantido a, ser permitido, ser emitido, ser publicado, ser afirmado, ser designado
        2. ser estabelecido, ser posto, ser feito, ser imposto
      3. (Hofal)
        1. ser dado, ser concedido, ser abandonado, ser entregue
        2. ser colocado sobre

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    אָבַל


    (H56)
    ʼâbal (aw-bal')

    056 אבל ’abal

    uma raiz primitiva; DITAT - 6; v

    1. cobrir-se de luto, lamentar
      1. (Qal) cobrir-se de luto, lamentar
        1. referindo-se a seres humanos
        2. referindo-se a objetos inanimados (fig.)
          1. referindo-se aos portões
          2. referindo-se à terra
      2. (Hifil)
        1. lamentar, levar a lamentar (fig.)
      3. (Hitpael)
        1. lamentar
        2. fazer o papel daquele que lamenta

    צִיֹּון


    (H6726)
    Tsîyôwn (tsee-yone')

    06726 ציון Tsiyown

    o mesmo (geralmente) que 6725, grego 4622 σιων; DITAT - 1910; n. pr. l. Sião = “lugar escalvado”

    1. outro nome para Jerusalém, especialmente nos livros proféticos

    קֹול


    (H6963)
    qôwl (kole)

    06963 קול qowl ou קל qol

    procedente de uma raiz não utilizada significando chamar em voz alta; DITAT - 1998a,2028b; n. m.

    1. voz, som, ruído
      1. voz
      2. som (de instrumento)
    2. leveza, frivolidade

    רֹאשׁ


    (H7218)
    rôʼsh (roshe)

    07218 ראש ro’sh

    procedente de uma raiz não utilizada aparentemente significando sacudir; DITAT - 2097; n. m.

    1. cabeça, topo, cume, parte superior, chefe, total, soma, altura, fronte, começo
      1. cabeça (de homem, de animais)
      2. topo, cume (referindo-se à montanha)
      3. altura (referindo-se às estrelas)
      4. líder, cabeça (referindo-se a homem, cidade, nação, lugar, família, sacerdote)
      5. cabeça, fronte, vanguarda, começo
      6. o principal, selecionado, o melhor
      7. cabeça, divisão de exército, companhia, grupo
      8. soma

    רָעָה


    (H7462)
    râʻâh (raw-aw')

    07462 רעה ra ah̀

    uma raiz primitiva; DITAT - 2185,2186; v

    1. apascentar, cuidar de, pastar, alimentar
      1. (Qal)
        1. cuidar de, apascentar
          1. pastorear
          2. referindo-se ao governante, mestre (fig.)
          3. referindo-se ao povo como rebanho (fig.)
          4. pastor, aquele que cuida dos rebanhos (substantivo)
        2. alimentar, pastar
          1. referindo-se a vacas, ovelhas, etc. (literal)
          2. referindo-se ao idólatra, a Israel como rebanho (fig.)
      2. (Hifil) pastor, pastora
    2. associar-se com, ser amigo de (sentido provável)
      1. (Qal) associar-se com
      2. (Hitpael) ser companheiro
    3. (Piel) ser um amigo especial

    שָׁאַג


    (H7580)
    shâʼag (shaw-ag')

    07580 שאג sha’ag

    uma raiz primitiva; DITAT - 2300; v.

    1. (Qal) rugir
      1. referindo-se ao leão, conquistador, SENHOR, grito de angústia

    Amós 1: 3 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Por três transgressões de Damasco, e por quatro, não retirarei dele o castigo, porque debulharam- batendo a Gileade com instrumentos- de- bater feitos de ferro.">Assim diz o SENHOR: "Por três transgressões de Damasco, e por quatro, não retirarei dele o castigo, porque debulharam- batendo a Gileade com instrumentos- de- bater feitos de ferro.
    Amós 1: 3 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    766 a.C.
    H1270
    barzel
    בַּרְזֶל
    ferro
    (and iron)
    Substantivo
    H1568
    Gilʻâd
    גִּלְעָד
    Gileade / monte de testemunho
    (Gilead)
    Substantivo
    H1758
    dûwsh
    דּוּשׁ
    pisar, debulhar
    (when he treads out)
    Verbo
    H1834
    Dammeseq
    דַּמֶּשֶׂק
    conduzir, ser líder, ir adiante
    (related)
    Verbo - Pretérito Imperfeito do indicativo médio ou passivo - 3ª pessoa do plural
    H2742
    chărûwts
    חֲרוּץ
    com ponta afiada, afiado, diligente n m
    (sharp pointed things)
    Adjetivo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3541
    kôh
    כֹּה
    Então
    (So)
    Advérbio
    H3808
    lôʼ
    לֹא
    não
    (not)
    Advérbio
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H6588
    peshaʻ
    פֶּשַׁע
    transgressão, rebelião
    (my trespass)
    Substantivo
    H702
    ʼarbaʻ
    אַרְבַּע
    e quatro
    (and four)
    Substantivo
    H7725
    shûwb
    שׁוּב
    retornar, voltar
    (you return)
    Verbo
    H7969
    shâlôwsh
    שָׁלֹושׁ
    três
    (three)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    בַּרְזֶל


    (H1270)
    barzel (bar-zel')

    01270 ברזל barzel

    talvez procedente da raiz de 1269; DITAT - 283a; n m

    1. ferro
      1. ferro
        1. minério de ferro
        2. como material de mobília, utensílios, implementos
    2. ferramenta de ferro
    3. aspereza, força, opressão (fig.)

    גִּלְעָד


    (H1568)
    Gilʻâd (ghil-awd')

    01568 דגלע Gil ad̀

    provavelmente procedente de 1567; DITAT - 356 n pr loc

    Gileade ou gileaditas = “região rochosa”

    1. uma região montanhosa limitada a oeste pelo Jordão, ao norte por Basã, ao leste pelo planalto árabe, e ao sul por Moabe e Amom; algumas vezes chamado de ’monte Gileade’ ou ’terra de Gileade’ ou somente ’Gileade’. Dividida em Gileade do norte e do sul
    2. uma cidade (com o prefixo ’Jabes’)
    3. o povo da região n pr m
    4. filho de Maquir e neto de Manassés
    5. pai de Jefté
    6. um gadita

    דּוּשׁ


    (H1758)
    dûwsh (doosh)

    01758 דוש duwsh ou דושׂ dowsh ou דישׂ diysh

    uma raiz primitiva; DITAT - 419; v

    1. pisar, debulhar
      1. (Qal) pisar, esmagar, debulhar
      2. (Nifal) ser esmagado
      3. (Hofal) ser debulhado

    דַּמֶּשֶׂק


    (H1834)
    Dammeseq (dam-meh'-sek)

    01834 דמשק Dammeseq ou דומשׁק Duwmeseq ou דרמשׁק Darmeseq

    de origem estrangeira, grego 1154 δαμασκος; n pr loc Damasco = “em silêncio está o tecelão de pano de saco”

    1. uma antiga cidade comercial, capital da Síria, localizada na planície oriental do Hermom, 205 km (130 milhas) ao nordeste de Jerusalém

    חֲרוּץ


    (H2742)
    chărûwts (khaw-roots')

    02742 חרוץ charuwts ou חרץ charuts

    particípio pass. de 2782; DITAT - 752a,b,753a adj

    1. com ponta afiada, afiado, diligente n m
    2. decisão severa, decisão
    3. trincheira, fosso, vala
    4. ouro (poético)

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    כֹּה


    (H3541)
    kôh (ko)

    03541 כה koh

    procedente do prefixo k e 1931; DITAT - 955; adv dem

    1. assim, aqui, desta forma
      1. assim, então
      2. aqui, aqui e ali
      3. até agora, até agora...até então, enquanto isso

    לֹא


    (H3808)
    lôʼ (lo)

    03808 לא lo’

    ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

    uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

    1. não
      1. não (com verbo - proibição absoluta)
      2. não (com modificador - negação)
      3. nada (substantivo)
      4. sem (com particípio)
      5. antes (de tempo)

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    פֶּשַׁע


    (H6588)
    peshaʻ (peh'-shah)

    06588 פשע pesha ̀

    procedente de 6586; DITAT - 1846a; n. m.

    1. transgressão, rebelião
      1. transgressão (contra indivíduos)
      2. transgressão (nação contra nação)
      3. transgressão (contra Deus)
        1. em geral
        2. reconhecida pelo pecador
        3. como Deus lida com ela
        4. como Deus perdoa
      4. culpa de transgressão
      5. castigo por transgressão
      6. oferta por transgressão

    אַרְבַּע


    (H702)
    ʼarbaʻ (ar-bah')

    0702 ארבע ’arba masculino ̀ ארבעה ’arba ah̀

    procedente de 7251; DITAT - 2106a; n, adj m, f

    1. quatro

    שׁוּב


    (H7725)
    shûwb (shoob)

    07725 שוב shuwb

    uma raiz primitiva; DITAT - 2340; v.

    1. retornar, voltar
      1. (Qal)
        1. voltar, retornar
          1. voltar
          2. retornar, chegar ou ir de volta
          3. retornar para, ir de volta, voltar
          4. referindo-se à morte
          5. referindo-se às relações humanas (fig.)
          6. referindo-se às relações espirituais (fig.)
            1. voltar as costas (para Deus), apostatar
            2. afastar-se (de Deus)
            3. voltar (para Deus), arrepender
            4. voltar-se (do mal)
          7. referindo-se a coisas inanimadas
          8. em repetição
      2. (Polel)
        1. trazer de volta
        2. restaurar, renovar, reparar (fig.)
        3. desencaminhar (sedutoramente)
        4. demonstrar afastamento, apostatar
      3. (Pual) restaurado (particípio)
      4. (Hifil) fazer retornar, trazer de volta
        1. trazer de volta, deixar retornar, pôr de volta, retornar, devolver, restaurar, permitir voltar, dar em pagamento
        2. trazer de volta, renovar, restaurar
        3. trazer de volta, relatar a, responder
        4. devolver, retribuir, pagar (como recompensa)
        5. voltar ou virar para trás, repelir, derrotar, repulsar, retardar, rejeitar, recusar
        6. virar (o rosto), voltar-se para
        7. voltar-se contra
        8. trazer de volta à memória
        9. demonstrar afastamento
        10. reverter, revogar
      5. (Hofal) ser devolvido, ser restaurado, ser trazido de volta
      6. (Pulal) trazido de volta

    שָׁלֹושׁ


    (H7969)
    shâlôwsh (shaw-loshe')

    07969 שלוש shalowsh ou שׂלשׂ shalosh masc. שׂלושׂה sh elowshaĥ ou שׂלשׂה sh eloshaĥ

    um número primitivo; DITAT - 2403a; n m/f

    1. três, trio
      1. 3, 300, terceiro

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo

    Amós 1: 4 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Por isso enviarei fogo contra a casa de Hazael, e isto consumirá os palácios- fortalecidos- sobre- lugares- altos de Ben-Hadade.
    Amós 1: 4 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    766 a.C.
    H1004
    bayith
    בַּיִת
    casa
    (within inside)
    Substantivo
    H1130
    Ben-Hădad
    בֶּן־הֲדַד
    o rei da Síria, contemporâneo de Asa de Judá
    (Ben-hadad)
    Substantivo
    H2371
    Chăzâʼêl
    חֲזָאֵל
    um rei da Síria; enviado por seu mestre, Ben-Hadade, ao profeta Eliseu, para procurar
    (Hazael)
    Substantivo
    H398
    ʼâkal
    אָכַל
    comer, devorar, queimar, alimentar
    (freely)
    Verbo
    H759
    ʼarmôwn
    אַרְמֹון
    ()
    H784
    ʼêsh
    אֵשׁ
    fogo
    (burning)
    Substantivo
    H7971
    shâlach
    שָׁלַח
    enviar, despedir, deixar ir, estender
    (he put forth)
    Verbo


    בַּיִת


    (H1004)
    bayith (bah'-yith)

    01004 בית bayith

    provavelmente procedente de 1129 abreviado; DITAT - 241 n m

    1. casa
      1. casa, moradia, habitação
      2. abrigo ou moradia de animais
      3. corpos humanos (fig.)
      4. referindo-se ao Sheol
      5. referindo-se ao lugar de luz e escuridão
      6. referindo-se á terra de Efraim
    2. lugar
    3. recipiente
    4. lar, casa no sentido de lugar que abriga uma família
    5. membros de uma casa, família
      1. aqueles que pertencem à mesma casa
      2. família de descendentes, descendentes como corpo organizado
    6. negócios domésticos
    7. interior (metáfora)
    8. (DITAT) templo adv
    9. no lado de dentro prep
    10. dentro de

    בֶּן־הֲדַד


    (H1130)
    Ben-Hădad (ben-had-ad')

    01130 בן הדד Ben-Hadad

    procedente de 1121 e 1908; n pr m

    Ben-Hadade = “filho de [do falso deus] Hadade”

    1. o rei da Síria, contemporâneo de Asa de Judá
    2. o filho de Hazael, também rei da Síria

    חֲזָאֵל


    (H2371)
    Chăzâʼêl (khaz-aw-ale')

    02371 חזאל Chaza’el ou חזהאל Chazah’el

    procedente de 2372 e 410; n pr m Hazael = “alguém que vê Deus”

    1. um rei da Síria; enviado por seu mestre, Ben-Hadade, ao profeta Eliseu, para procurar remédio para a lepra de Ben-Hadade; aparentemente matou Ben-Hadade mais tarde, assumiu o trono, e logo engajou-se numa guerra com os reis de Judá e Israel pela posse da cidade de Ramote-Gileade

    אָכַל


    (H398)
    ʼâkal (aw-kal')

    0398 אכל ’akal

    uma raiz primitiva; DITAT - 85; v

    1. comer, devorar, queimar, alimentar
      1. (Qal)
        1. comer (tendo o ser humano como sujeito)
        2. comer, devorar (referindo-se aos animais e pássaros)
        3. devorar, consumir (referindo-se ao fogo)
        4. devorar, matar (referindo-se à espada)
        5. devorar, consumir, destruir (tendo coisas inanimadas como sujeito - ex., peste, seca)
        6. devorar (referindo-se à opressão)
      2. (Nifal)
        1. ser comido (por homens)
        2. ser devorado, consumido (referindo-se ao fogo)
        3. ser desperdiçado, destruído (referindo-se à carne)
      3. (Pual)
        1. fazer comer, alimentar
        2. levar a devorar
      4. (Hifil)
        1. alimentar
        2. dar de comer
      5. (Piel)
        1. consumir

    אַרְמֹון


    (H759)
    ʼarmôwn (ar-mone')

    0759 ארמון ’armown

    procedente de uma raiz não utilizada (significando ser elevado); DITAT - 164a; n m

    1. cidadela, palácio, fortaleza

    אֵשׁ


    (H784)
    ʼêsh (aysh)

    0784 אש ’esh

    uma palavra primitiva; DITAT - 172; n f

    1. fogo
      1. fogo, chamas
      2. fogo sobrenatural (junto com teofania)
      3. fogo (para cozinhar, assar, crestar)
      4. fogo do altar
      5. a ira de Deus (fig.)

    שָׁלַח


    (H7971)
    shâlach (shaw-lakh')

    07971 שלח shalach

    uma raiz primitiva; DITAT - 2394; v

    1. enviar, despedir, deixar ir, estender
      1. (Qal)
        1. enviar
        2. esticar, estender, direcionar
        3. mandar embora
        4. deixar solto
      2. (Nifal) ser enviado
      3. (Piel)
        1. despedir, mandar embora, enviar, entregar, expulsar
        2. deixar ir, deixar livre
        3. brotar (referindo-se a ramos)
        4. deixar para baixo
        5. brotar
      4. (Pual) ser mandado embora, ser posto de lado, ser divorciado, ser impelido
      5. (Hifil) enviar

    ‹Bete-Éden›
    Amós 1: 5 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E quebrarei o ferrolho de Damasco, e exterminarei o habitante do vale de Aven, e ao que segura o cetro da casa de Éden ‹Bete-Éden›; e o povo da Síria será levado em cativeiro a Quir, diz o SENHOR.
    Amós 1: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    766 a.C.
    H1004
    bayith
    בַּיִת
    casa
    (within inside)
    Substantivo
    H1237
    biqʻâh
    בִּקְעָה
    vale
    (a plain)
    Substantivo
    H1280
    bᵉrîyach
    בְּרִיחַ
    tranca
    (bars)
    Substantivo
    H1540
    gâlâh
    גָּלָה
    descobrir, remover
    (and he was uncovered)
    Verbo
    H1834
    Dammeseq
    דַּמֶּשֶׂק
    conduzir, ser líder, ir adiante
    (related)
    Verbo - Pretérito Imperfeito do indicativo médio ou passivo - 3ª pessoa do plural
    H206
    ʼÂven
    אָוֶן
    um nome usado desdenhosamente para os seguintes lugares de culto idólatra
    (of Aven)
    Substantivo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3427
    yâshab
    יָשַׁב
    e morava
    (and dwelled)
    Verbo
    H3772
    kârath
    כָּרַת
    cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer
    (be cut off)
    Verbo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H5730
    ʻêden
    עֵדֶן
    luxo, coisas delicadas, delícia, finuras
    (this pleasure)
    Substantivo
    H5971
    ʻam
    עַם
    as pessoas
    (the people)
    Substantivo
    H7024
    Qîyr
    קִיר
    ()
    H758
    ʼĂrâm
    אֲרָם
    a nação Arã ou Síria
    (and Aram)
    Substantivo
    H7626
    shêbeṭ
    שֵׁבֶט
    vara, bordão, ramo, galho, clava, cetro, tribo
    (The scepter)
    Substantivo
    H7665
    shâbar
    שָׁבַר
    quebrar, despedaçar
    (to break)
    Verbo
    H8551
    tâmak
    תָּמַךְ
    agarrar, segurar, sustentar, alcançar, conseguir, segurar com firmeza
    (and he held up)
    Verbo


    בַּיִת


    (H1004)
    bayith (bah'-yith)

    01004 בית bayith

    provavelmente procedente de 1129 abreviado; DITAT - 241 n m

    1. casa
      1. casa, moradia, habitação
      2. abrigo ou moradia de animais
      3. corpos humanos (fig.)
      4. referindo-se ao Sheol
      5. referindo-se ao lugar de luz e escuridão
      6. referindo-se á terra de Efraim
    2. lugar
    3. recipiente
    4. lar, casa no sentido de lugar que abriga uma família
    5. membros de uma casa, família
      1. aqueles que pertencem à mesma casa
      2. família de descendentes, descendentes como corpo organizado
    6. negócios domésticos
    7. interior (metáfora)
    8. (DITAT) templo adv
    9. no lado de dentro prep
    10. dentro de

    בִּקְעָה


    (H1237)
    biqʻâh (bik-aw')

    01237 בקעה biq ah̀

    procedente de 1234; DITAT - 271b; n f

    1. vale
    2. planície, vale aplainado

    בְּרִיחַ


    (H1280)
    bᵉrîyach (ber-ee'-akh)

    01280 בריח b eriyacĥ

    procedente de 1272; DITAT - 284b; n m

    1. tranca
      1. de madeira
      2. dos portões das cidades
    2. referindo-se a tribulação, uma fortaleza, referindo-se à terra como uma prisão (fig.)

    גָּלָה


    (H1540)
    gâlâh (gaw-law')

    01540 גלה galah

    uma raiz primitiva; DITAT - 350; v

    1. descobrir, remover
      1. (Qal)
        1. descobrir
        2. remover, partir
        3. ir para exílio
      2. (Nifal)
        1. (reflexivo)
          1. descobrir-se
          2. descobrir-se ou mostrar-se
          3. revelar-se (referindo-se a Deus)
        2. (passivo)
          1. ser ou estar descoberto
          2. ser ou estar exposto, ser ou estar descoberto
          3. ser revelado
        3. ser removido
      3. (Piel)
        1. descobrir (nudez)
          1. nudez
          2. em geral
        2. expor, descobrir, estar descoberto
        3. tornar conhecido, mostrar, revelar
      4. (Pual) ser ou estar descoberto
      5. (Hifil) levar para o exílio, exilar
      6. (Hofal) ser levado para o exílio
      7. (Hitpael)
        1. ser descoberto
        2. revelar-se

    דַּמֶּשֶׂק


    (H1834)
    Dammeseq (dam-meh'-sek)

    01834 דמשק Dammeseq ou דומשׁק Duwmeseq ou דרמשׁק Darmeseq

    de origem estrangeira, grego 1154 δαμασκος; n pr loc Damasco = “em silêncio está o tecelão de pano de saco”

    1. uma antiga cidade comercial, capital da Síria, localizada na planície oriental do Hermom, 205 km (130 milhas) ao nordeste de Jerusalém

    אָוֶן


    (H206)
    ʼÂven (aw'-ven)

    0206 און ’Aven

    o mesmo que 205; n pr loc Áven = “vaidade”

    1. um nome usado desdenhosamente para os seguintes lugares de culto idólatra
      1. uma cidade no Egito, possivelmente Om (Ez 30:17)
      2. Betel e a sua adoração ao bezerro (Os 10:8)
      3. Uma cidade ou região na Síria (Am 1:5)

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    יָשַׁב


    (H3427)
    yâshab (yaw-shab')

    03427 ישב yashab

    uma raiz primitiva; DITAT - 922; v

    1. habitar, permanecer, assentar, morar
      1. (Qal)
        1. sentar, assentar
        2. ser estabelecido
        3. permanecer, ficar
        4. habitar, ter a residência de alguém
      2. (Nifal) ser habitado
      3. (Piel) estabelecer, pôr
      4. (Hifil)
        1. levar a sentar
        2. levar a residir, estabelecer
        3. fazer habitar
        4. fazer (cidades) serem habitadas
        5. casar (dar uma habitação para)
      5. (Hofal)
        1. ser habitado
        2. fazer habitar

    כָּרַת


    (H3772)
    kârath (kaw-rath')

    03772 כרת karath

    uma raiz primitiva; DITAT - 1048; v

    1. cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer aliança
      1. (Qal)
        1. cortar fora
          1. cortar fora uma parte do corpo, decapitar
        2. derrubar
        3. talhar
        4. entrar em ou fazer uma aliança
      2. (Nifal)
        1. ser cortado fora
        2. ser derrubado
        3. ser mastigado
        4. ser cortado fora, reprovar
      3. (Pual)
        1. ser cortado
        2. ser derrubado
      4. (Hifil)
        1. cortar fora
        2. cortar fora, destruir
        3. derrubar, destruir
        4. remover
        5. deixar perecer
      5. (Hofal) ser cortado

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    עֵדֶן


    (H5730)
    ʻêden (ay'-den)

    05730 עדן ̀eden ou (fem.) עדנה ̀ednah

    procedente de 5727; DITAT - 1567a; n m/f

    1. luxo, coisas delicadas, delícia, finuras
    2. delícia

    עַם


    (H5971)
    ʻam (am)

    05971 עם ̀am

    procedente de 6004; DITAT - 1640a,1640e; n m

    1. nação, povo
      1. povo, nação
      2. pessoas, membros de um povo, compatriotas, patrícios
    2. parente, familiar

    קִיר


    (H7024)
    Qîyr (keer)

    07024 קיר Qiyr

    o mesmo que 7023; n. pr. l. Quir = “muro”

    1. um lugar na Mesopotâmia

    אֲרָם


    (H758)
    ʼĂrâm (arawm')

    0758 ארם ’Aram

    procedente do mesmo que 759; DITAT - 163 Arã ou arameus = “exaltado” n pr m

    1. a nação Arã ou Síria
    2. o povo siro ou arameu Arã = “exaltado” n m
    3. quinto filho de Sem
    4. um neto de Naor
    5. um descendente de Aser

    שֵׁבֶט


    (H7626)
    shêbeṭ (shay'-bet)

    07626 שבט shebet

    procedente de uma raiz não utilizada com o provável sentido ramificar; DITAT - 2314a; n. m.

    1. vara, bordão, ramo, galho, clava, cetro, tribo
      1. vara, bordão
      2. cabo (referindo-se a espada, dardo)
      3. bordão (apetrecho de um pastor)
      4. bastão, cetro (sinal de autoridade)
      5. clã, tribo

    שָׁבַר


    (H7665)
    shâbar (shaw-bar')

    07665 ברש shabar

    uma raiz primitiva; DITAT - 2321; v.

    1. quebrar, despedaçar
      1. (Qal)
        1. quebrar, arrombar ou derrubar, destroçar, destruir, esmagar, extinguir
        2. quebrar, romper (fig.)
      2. (Nifal)
        1. ser quebrado, ser mutilado, ser aleijado, ser arruinado
        2. ser quebrado, ser esmagado (fig)
      3. (Piel) despedaçar, quebrar
      4. (Hifil) irromper, dar à luz
      5. (Hofal) ser quebrado, ser despedaçado

    תָּמַךְ


    (H8551)
    tâmak (taw-mak')

    08551 תמך tamak

    uma raiz primitiva; DITAT - 2520; v.

    1. agarrar, segurar, sustentar, alcançar, conseguir, segurar com firmeza
      1. (Qal)
        1. agarrar, conseguir, alcançar
        2. sustentar, amparar
        3. manter, guardar
        4. segurar-se um no outro
      2. (Nifal) ser agarrado, ser segurado

    Amós 1: 6 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Assim diz o SENHOR: Por três transgressões de Gaza, e por quatro, não retirarei dele o castigo, porque levaram em cativeiro todos os cativos para os entregarem a Edom.
    Amós 1: 6 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    766 a.C.
    H123
    ʼĔdôm
    אֱדֹם
    Edom
    (Edom)
    Substantivo
    H1540
    gâlâh
    גָּלָה
    descobrir, remover
    (and he was uncovered)
    Verbo
    H1546
    gâlûwth
    גָּלוּת
    exílio, exilados
    (of the exile)
    Substantivo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3541
    kôh
    כֹּה
    Então
    (So)
    Advérbio
    H3808
    lôʼ
    לֹא
    não
    (not)
    Advérbio
    H5462
    çâgar
    סָגַר
    fechar, prender
    (and closed up)
    Verbo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H5804
    ʻAzzâh
    עַזָּה
    outro nome para ’Gaza’, uma cidade dos filisteus localizada no extremo sudoeste da
    (Gaza)
    Substantivo
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H6588
    peshaʻ
    פֶּשַׁע
    transgressão, rebelião
    (my trespass)
    Substantivo
    H702
    ʼarbaʻ
    אַרְבַּע
    e quatro
    (and four)
    Substantivo
    H7725
    shûwb
    שׁוּב
    retornar, voltar
    (you return)
    Verbo
    H7969
    shâlôwsh
    שָׁלֹושׁ
    três
    (three)
    Substantivo
    H8003
    shâlêm
    שָׁלֵם
    שלם
    (full)
    Adjetivo


    אֱדֹם


    (H123)
    ʼĔdôm (ed-ome')

    0123 אדם ’Edom ed-ome’ ou (forma completa) אדום ’Edowm ed-ome’

    procedente de 122; DITAT - 26e, grego 2401 Ιδουμαια; n pr m

    Edom = “vermelho”

    1. Edom
    2. Edomita, idumeu - descendentes de Esaú
    3. terra de Edom, Iduméia - terra ao sul e sudeste da Palestina

    גָּלָה


    (H1540)
    gâlâh (gaw-law')

    01540 גלה galah

    uma raiz primitiva; DITAT - 350; v

    1. descobrir, remover
      1. (Qal)
        1. descobrir
        2. remover, partir
        3. ir para exílio
      2. (Nifal)
        1. (reflexivo)
          1. descobrir-se
          2. descobrir-se ou mostrar-se
          3. revelar-se (referindo-se a Deus)
        2. (passivo)
          1. ser ou estar descoberto
          2. ser ou estar exposto, ser ou estar descoberto
          3. ser revelado
        3. ser removido
      3. (Piel)
        1. descobrir (nudez)
          1. nudez
          2. em geral
        2. expor, descobrir, estar descoberto
        3. tornar conhecido, mostrar, revelar
      4. (Pual) ser ou estar descoberto
      5. (Hifil) levar para o exílio, exilar
      6. (Hofal) ser levado para o exílio
      7. (Hitpael)
        1. ser descoberto
        2. revelar-se

    גָּלוּת


    (H1546)
    gâlûwth (gaw-looth')

    01546 גלות galuwth

    procedente de 1540; DITAT - 350b; n f

    1. exílio, exilados
    2. (DITAT) cativeiro

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    כֹּה


    (H3541)
    kôh (ko)

    03541 כה koh

    procedente do prefixo k e 1931; DITAT - 955; adv dem

    1. assim, aqui, desta forma
      1. assim, então
      2. aqui, aqui e ali
      3. até agora, até agora...até então, enquanto isso

    לֹא


    (H3808)
    lôʼ (lo)

    03808 לא lo’

    ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

    uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

    1. não
      1. não (com verbo - proibição absoluta)
      2. não (com modificador - negação)
      3. nada (substantivo)
      4. sem (com particípio)
      5. antes (de tempo)

    סָגַר


    (H5462)
    çâgar (saw-gar')

    05462 סגר cagar

    uma raiz primitiva; DITAT - 1462; v

    1. fechar, prender
      1. (Qal)
        1. fechar
        2. trancar, prender
        3. trancado, preso, fechado
      2. (Nifal)
        1. ser fechado
        2. ser fechado ou trancado
      3. (Piel) fechar, entregar
      4. (Pual) ser fechado
      5. (Hifil)
        1. entregar
        2. fechar, prender

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    עַזָּה


    (H5804)
    ʻAzzâh (az-zaw')

    05804 עזה Àzzah

    procedente de 5794, grego 1048 γαζα; n f pr loc

    Aia ou Gaza = “o forte”

    1. outro nome para ’Gaza’, uma cidade dos filisteus localizada no extremo sudoeste da Palestina, perto do Mediterrâneo

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    פֶּשַׁע


    (H6588)
    peshaʻ (peh'-shah)

    06588 פשע pesha ̀

    procedente de 6586; DITAT - 1846a; n. m.

    1. transgressão, rebelião
      1. transgressão (contra indivíduos)
      2. transgressão (nação contra nação)
      3. transgressão (contra Deus)
        1. em geral
        2. reconhecida pelo pecador
        3. como Deus lida com ela
        4. como Deus perdoa
      4. culpa de transgressão
      5. castigo por transgressão
      6. oferta por transgressão

    אַרְבַּע


    (H702)
    ʼarbaʻ (ar-bah')

    0702 ארבע ’arba masculino ̀ ארבעה ’arba ah̀

    procedente de 7251; DITAT - 2106a; n, adj m, f

    1. quatro

    שׁוּב


    (H7725)
    shûwb (shoob)

    07725 שוב shuwb

    uma raiz primitiva; DITAT - 2340; v.

    1. retornar, voltar
      1. (Qal)
        1. voltar, retornar
          1. voltar
          2. retornar, chegar ou ir de volta
          3. retornar para, ir de volta, voltar
          4. referindo-se à morte
          5. referindo-se às relações humanas (fig.)
          6. referindo-se às relações espirituais (fig.)
            1. voltar as costas (para Deus), apostatar
            2. afastar-se (de Deus)
            3. voltar (para Deus), arrepender
            4. voltar-se (do mal)
          7. referindo-se a coisas inanimadas
          8. em repetição
      2. (Polel)
        1. trazer de volta
        2. restaurar, renovar, reparar (fig.)
        3. desencaminhar (sedutoramente)
        4. demonstrar afastamento, apostatar
      3. (Pual) restaurado (particípio)
      4. (Hifil) fazer retornar, trazer de volta
        1. trazer de volta, deixar retornar, pôr de volta, retornar, devolver, restaurar, permitir voltar, dar em pagamento
        2. trazer de volta, renovar, restaurar
        3. trazer de volta, relatar a, responder
        4. devolver, retribuir, pagar (como recompensa)
        5. voltar ou virar para trás, repelir, derrotar, repulsar, retardar, rejeitar, recusar
        6. virar (o rosto), voltar-se para
        7. voltar-se contra
        8. trazer de volta à memória
        9. demonstrar afastamento
        10. reverter, revogar
      5. (Hofal) ser devolvido, ser restaurado, ser trazido de volta
      6. (Pulal) trazido de volta

    שָׁלֹושׁ


    (H7969)
    shâlôwsh (shaw-loshe')

    07969 שלוש shalowsh ou שׂלשׂ shalosh masc. שׂלושׂה sh elowshaĥ ou שׂלשׂה sh eloshaĥ

    um número primitivo; DITAT - 2403a; n m/f

    1. três, trio
      1. 3, 300, terceiro

    שָׁלֵם


    (H8003)
    shâlêm (shaw-lame')

    08003 שלם shalem

    procedente de 7999; DITAT - 2401d; adj

    1. completo, salvo, pacífico, perfeito, inteiro, todo, em paz
      1. completo
        1. inteiro, perfeito
        2. completo
      2. seguro, ileso
      3. paz (referindo-se à aliança de paz, mente)
        1. perfeito, completo (referindo-se ao observar o relacionamento da aliança)

    Amós 1: 7 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Por isso enviarei fogo contra o muro de Gaza, e isto consumirá os seus palácios- fortalecidos- sobre- lugares- altos .
    Amós 1: 7 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    766 a.C.
    H2346
    chôwmâh
    חֹומָה
    a parede / o muro
    (the wall)
    Substantivo
    H398
    ʼâkal
    אָכַל
    comer, devorar, queimar, alimentar
    (freely)
    Verbo
    H5804
    ʻAzzâh
    עַזָּה
    outro nome para ’Gaza’, uma cidade dos filisteus localizada no extremo sudoeste da
    (Gaza)
    Substantivo
    H759
    ʼarmôwn
    אַרְמֹון
    ()
    H784
    ʼêsh
    אֵשׁ
    fogo
    (burning)
    Substantivo
    H7971
    shâlach
    שָׁלַח
    enviar, despedir, deixar ir, estender
    (he put forth)
    Verbo


    חֹומָה


    (H2346)
    chôwmâh (kho-maw')

    02346 חומה chowmah

    particípio ativo de uma raiz não utilizada aparentemente significando juntar; DITAT - 674c; n f

    1. muro

    אָכַל


    (H398)
    ʼâkal (aw-kal')

    0398 אכל ’akal

    uma raiz primitiva; DITAT - 85; v

    1. comer, devorar, queimar, alimentar
      1. (Qal)
        1. comer (tendo o ser humano como sujeito)
        2. comer, devorar (referindo-se aos animais e pássaros)
        3. devorar, consumir (referindo-se ao fogo)
        4. devorar, matar (referindo-se à espada)
        5. devorar, consumir, destruir (tendo coisas inanimadas como sujeito - ex., peste, seca)
        6. devorar (referindo-se à opressão)
      2. (Nifal)
        1. ser comido (por homens)
        2. ser devorado, consumido (referindo-se ao fogo)
        3. ser desperdiçado, destruído (referindo-se à carne)
      3. (Pual)
        1. fazer comer, alimentar
        2. levar a devorar
      4. (Hifil)
        1. alimentar
        2. dar de comer
      5. (Piel)
        1. consumir

    עַזָּה


    (H5804)
    ʻAzzâh (az-zaw')

    05804 עזה Àzzah

    procedente de 5794, grego 1048 γαζα; n f pr loc

    Aia ou Gaza = “o forte”

    1. outro nome para ’Gaza’, uma cidade dos filisteus localizada no extremo sudoeste da Palestina, perto do Mediterrâneo

    אַרְמֹון


    (H759)
    ʼarmôwn (ar-mone')

    0759 ארמון ’armown

    procedente de uma raiz não utilizada (significando ser elevado); DITAT - 164a; n m

    1. cidadela, palácio, fortaleza

    אֵשׁ


    (H784)
    ʼêsh (aysh)

    0784 אש ’esh

    uma palavra primitiva; DITAT - 172; n f

    1. fogo
      1. fogo, chamas
      2. fogo sobrenatural (junto com teofania)
      3. fogo (para cozinhar, assar, crestar)
      4. fogo do altar
      5. a ira de Deus (fig.)

    שָׁלַח


    (H7971)
    shâlach (shaw-lakh')

    07971 שלח shalach

    uma raiz primitiva; DITAT - 2394; v

    1. enviar, despedir, deixar ir, estender
      1. (Qal)
        1. enviar
        2. esticar, estender, direcionar
        3. mandar embora
        4. deixar solto
      2. (Nifal) ser enviado
      3. (Piel)
        1. despedir, mandar embora, enviar, entregar, expulsar
        2. deixar ir, deixar livre
        3. brotar (referindo-se a ramos)
        4. deixar para baixo
        5. brotar
      4. (Pual) ser mandado embora, ser posto de lado, ser divorciado, ser impelido
      5. (Hifil) enviar

    Amós 1: 8 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E exterminarei o habitante de Asdode, e o que segura o cetro de Ascalom, e tornarei a Minha mão contra Ecrom; e o remanescente dos filisteus perecerá, diz o Senhor DEUS.
    Amós 1: 8 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    766 a.C.
    H136
    ʼĂdônây
    אֲדֹנָי
    senhor
    (Lord)
    Substantivo
    H3027
    yâd
    יָד
    a mão dele
    (his hand)
    Substantivo
    H3069
    Yᵉhôvih
    יְהֹוִה
    Deus
    (GOD)
    Substantivo
    H3427
    yâshab
    יָשַׁב
    e morava
    (and dwelled)
    Verbo
    H3772
    kârath
    כָּרַת
    cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer
    (be cut off)
    Verbo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H6
    ʼâbad
    אָבַד
    perecer, desvanecer, extraviar-se, ser destruído
    (is destroyed)
    Verbo
    H6138
    ʻEqrôwn
    עֶקְרֹון
    a cidade mais ao norte dentre as 5 principais cidades dos filisteus; localizada nas terras
    (of Ekron)
    Substantivo
    H6430
    Pᵉlishtîy
    פְּלִשְׁתִּי
    habitante da Filístia; descendentes de Mizraim que imigraram de Caftor (Creta?) para a
    (Philistim)
    Adjetivo
    H7611
    shᵉʼêrîyth
    שְׁאֵרִית
    resto, sobra, restante, remanescente
    (a posterity)
    Substantivo
    H7626
    shêbeṭ
    שֵׁבֶט
    vara, bordão, ramo, galho, clava, cetro, tribo
    (The scepter)
    Substantivo
    H7725
    shûwb
    שׁוּב
    retornar, voltar
    (you return)
    Verbo
    H795
    ʼAshdôwd
    אַשְׁדֹּוד
    uma importante cidade dos filisteus junto ao Mar Mediterrâneo a oeste de Jerusalém,
    (and in Ashdod)
    Substantivo
    H831
    ʼAshqᵉlôwn
    אַשְׁקְלֹון
    ()
    H8551
    tâmak
    תָּמַךְ
    agarrar, segurar, sustentar, alcançar, conseguir, segurar com firmeza
    (and he held up)
    Verbo


    אֲדֹנָי


    (H136)
    ʼĂdônây (ad-o-noy')

    0136 אדני ’Adonay

    uma forma enfática de 113; DITAT - 27b; n m

    1. meu senhor, senhor
      1. referindo-se aos homens
      2. referindo-se a Deus
    2. Senhor - título, usado para substituir Javé como expressão judaica de reverência

    יָד


    (H3027)
    yâd (yawd)

    03027 יד yad

    uma palavra primitiva; DITAT - 844; n f

    1. mão
      1. mão (referindo-se ao homem)
      2. força, poder (fig.)
      3. lado (referindo-se à terra), parte, porção (metáfora) (fig.)
      4. (vários sentidos especiais e técnicos)
        1. sinal, monumento
        2. parte, fração, porção
        3. tempo, repetição
        4. eixo
        5. escora, apoio (para bacia)
        6. encaixes (no tabernáculo)
        7. um pênis, uma mão (significado incerto)
        8. pulsos

    יְהֹוִה


    (H3069)
    Yᵉhôvih (yeh-ho-vee')

    03069 יהוה Y ehoviĥ

    uma variação de 3068 [usado depois de 136, e pronunciado pelos judeus

    como 430, para prevenir a repetição do mesmo som, assim como em outros lugares

    3068 é pronunciado como 136]; n pr de divindade

    1. Javé - usado basicamente na combinação ‘Senhor Javé’
      1. igual a 3068 mas pontuado com as vogais de 430

    יָשַׁב


    (H3427)
    yâshab (yaw-shab')

    03427 ישב yashab

    uma raiz primitiva; DITAT - 922; v

    1. habitar, permanecer, assentar, morar
      1. (Qal)
        1. sentar, assentar
        2. ser estabelecido
        3. permanecer, ficar
        4. habitar, ter a residência de alguém
      2. (Nifal) ser habitado
      3. (Piel) estabelecer, pôr
      4. (Hifil)
        1. levar a sentar
        2. levar a residir, estabelecer
        3. fazer habitar
        4. fazer (cidades) serem habitadas
        5. casar (dar uma habitação para)
      5. (Hofal)
        1. ser habitado
        2. fazer habitar

    כָּרַת


    (H3772)
    kârath (kaw-rath')

    03772 כרת karath

    uma raiz primitiva; DITAT - 1048; v

    1. cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer aliança
      1. (Qal)
        1. cortar fora
          1. cortar fora uma parte do corpo, decapitar
        2. derrubar
        3. talhar
        4. entrar em ou fazer uma aliança
      2. (Nifal)
        1. ser cortado fora
        2. ser derrubado
        3. ser mastigado
        4. ser cortado fora, reprovar
      3. (Pual)
        1. ser cortado
        2. ser derrubado
      4. (Hifil)
        1. cortar fora
        2. cortar fora, destruir
        3. derrubar, destruir
        4. remover
        5. deixar perecer
      5. (Hofal) ser cortado

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    אָבַד


    (H6)
    ʼâbad (aw-bad')

    06 אבד ’abad

    uma raiz primitiva; DITAT - 2; v

    1. perecer, desvanecer, extraviar-se, ser destruído
      1. (Qal)
        1. perecer, morrer, ser exterminado
        2. perecer, desaparecer (fig.)
        3. ser perdido, extraviado
      2. (Piel)
        1. destruir, matar, causar perecer, entregar (como perdido), exterminar
        2. exterminar, eliminar, causar desaparecer, (fig.)
        3. causar extraviar-se, perder
      3. (Hifil)
        1. destruir, matar, exterminar
          1. referente ao juízo divino
        2. nome de reis (fig.)

    עֶקְרֹון


    (H6138)
    ʻEqrôwn (ek-rone')

    06138 עקרון Èqrown

    procedente de 6131; n. pr. loc.

    Ecrom = “emigração” ou “arrancar pelas raízes”

    1. a cidade mais ao norte dentre as 5 principais cidades dos filisteus; localizada nas terras baixas de Judá e mais tarde dadas a Dã

    פְּלִשְׁתִּי


    (H6430)
    Pᵉlishtîy (pel-ish-tee')

    06430 פלשתי P elishtiŷ

    gentílico procedente de 6429; adj.

    filisteu = “imigrantes”

    1. habitante da Filístia; descendentes de Mizraim que imigraram de Caftor (Creta?) para a costa marítima de Canaã

    שְׁאֵרִית


    (H7611)
    shᵉʼêrîyth (sheh-ay-reeth')

    07611 שארית sh e’eriytĥ

    procedente de 7604; DITAT - 2307b; n. f.

    1. resto, sobra, restante, remanescente
      1. resto, o que é deixado
      2. restante, descendentes

    שֵׁבֶט


    (H7626)
    shêbeṭ (shay'-bet)

    07626 שבט shebet

    procedente de uma raiz não utilizada com o provável sentido ramificar; DITAT - 2314a; n. m.

    1. vara, bordão, ramo, galho, clava, cetro, tribo
      1. vara, bordão
      2. cabo (referindo-se a espada, dardo)
      3. bordão (apetrecho de um pastor)
      4. bastão, cetro (sinal de autoridade)
      5. clã, tribo

    שׁוּב


    (H7725)
    shûwb (shoob)

    07725 שוב shuwb

    uma raiz primitiva; DITAT - 2340; v.

    1. retornar, voltar
      1. (Qal)
        1. voltar, retornar
          1. voltar
          2. retornar, chegar ou ir de volta
          3. retornar para, ir de volta, voltar
          4. referindo-se à morte
          5. referindo-se às relações humanas (fig.)
          6. referindo-se às relações espirituais (fig.)
            1. voltar as costas (para Deus), apostatar
            2. afastar-se (de Deus)
            3. voltar (para Deus), arrepender
            4. voltar-se (do mal)
          7. referindo-se a coisas inanimadas
          8. em repetição
      2. (Polel)
        1. trazer de volta
        2. restaurar, renovar, reparar (fig.)
        3. desencaminhar (sedutoramente)
        4. demonstrar afastamento, apostatar
      3. (Pual) restaurado (particípio)
      4. (Hifil) fazer retornar, trazer de volta
        1. trazer de volta, deixar retornar, pôr de volta, retornar, devolver, restaurar, permitir voltar, dar em pagamento
        2. trazer de volta, renovar, restaurar
        3. trazer de volta, relatar a, responder
        4. devolver, retribuir, pagar (como recompensa)
        5. voltar ou virar para trás, repelir, derrotar, repulsar, retardar, rejeitar, recusar
        6. virar (o rosto), voltar-se para
        7. voltar-se contra
        8. trazer de volta à memória
        9. demonstrar afastamento
        10. reverter, revogar
      5. (Hofal) ser devolvido, ser restaurado, ser trazido de volta
      6. (Pulal) trazido de volta

    אַשְׁדֹּוד


    (H795)
    ʼAshdôwd (ash-dode')

    0795 אשדוד ’Ashdowd

    procedente de 7703, grego 108 Αζωτος; n pr loc

    Asdode = “poderoso”

    1. uma importante cidade dos filisteus junto ao Mar Mediterrâneo a oeste de Jerusalém, atual Esdud.

    אַשְׁקְלֹון


    (H831)
    ʼAshqᵉlôwn (ash-kel-one')

    0831 אשקלון ’Ashq elown̂

    provavelmente procedente de 8254 no sentido de lugar em que se pesa (i.e. mercado); n pr loc

    Asquelom = “o fogo da infâmia: Eu serei pesado”

    1. uma cidade marítima dos filisteus, a sudoeste de Jerusalém

    תָּמַךְ


    (H8551)
    tâmak (taw-mak')

    08551 תמך tamak

    uma raiz primitiva; DITAT - 2520; v.

    1. agarrar, segurar, sustentar, alcançar, conseguir, segurar com firmeza
      1. (Qal)
        1. agarrar, conseguir, alcançar
        2. sustentar, amparar
        3. manter, guardar
        4. segurar-se um no outro
      2. (Nifal) ser agarrado, ser segurado

    Amós 1: 9 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Assim diz o SENHOR: Por três transgressões de Tirus, e por quatro, não retirarei dele o castigo, porque entregaram todos os cativos a Edom, e não se lembraram da aliança dos irmãos.
    Amós 1: 9 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    766 a.C.
    H123
    ʼĔdôm
    אֱדֹם
    Edom
    (Edom)
    Substantivo
    H1285
    bᵉrîyth
    בְּרִית
    Minha aliança
    (my covenant)
    Substantivo
    H1546
    gâlûwth
    גָּלוּת
    exílio, exilados
    (of the exile)
    Substantivo
    H2142
    zâkar
    זָכַר
    lembrar, recordar, trazer à mente
    (And remembered)
    Verbo
    H251
    ʼâch
    אָח
    seu irmão
    (his brother)
    Substantivo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3541
    kôh
    כֹּה
    Então
    (So)
    Advérbio
    H3808
    lôʼ
    לֹא
    não
    (not)
    Advérbio
    H5462
    çâgar
    סָגַר
    fechar, prender
    (and closed up)
    Verbo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H6588
    peshaʻ
    פֶּשַׁע
    transgressão, rebelião
    (my trespass)
    Substantivo
    H6865
    Tsôr
    צֹר
    ()
    H702
    ʼarbaʻ
    אַרְבַּע
    e quatro
    (and four)
    Substantivo
    H7725
    shûwb
    שׁוּב
    retornar, voltar
    (you return)
    Verbo
    H7969
    shâlôwsh
    שָׁלֹושׁ
    três
    (three)
    Substantivo
    H8003
    shâlêm
    שָׁלֵם
    שלם
    (full)
    Adjetivo


    אֱדֹם


    (H123)
    ʼĔdôm (ed-ome')

    0123 אדם ’Edom ed-ome’ ou (forma completa) אדום ’Edowm ed-ome’

    procedente de 122; DITAT - 26e, grego 2401 Ιδουμαια; n pr m

    Edom = “vermelho”

    1. Edom
    2. Edomita, idumeu - descendentes de Esaú
    3. terra de Edom, Iduméia - terra ao sul e sudeste da Palestina

    בְּרִית


    (H1285)
    bᵉrîyth (ber-eeth')

    01285 ברית b eriytĥ

    procedente de 1262 (no sentido de cortar [como 1254]); DITAT - 282a; n f

    1. acordo, aliança, compromisso
      1. entre homens
        1. tratado, aliança, associação (homem a homem)
        2. constituição, ordenança (do monarca para os súditos)
        3. acordo, compromisso (de homem para homem)
        4. aliança (referindo-se à amizade)
        5. aliança (referindo-se ao casamento)
      2. entre Deus e o homem
        1. aliança (referindo-se à amizade)
        2. aliança (ordenação divina com sinais ou promessas)
    2. (expressões)
      1. fazer uma aliança
      2. manter a aliança
      3. violação da aliança

    גָּלוּת


    (H1546)
    gâlûwth (gaw-looth')

    01546 גלות galuwth

    procedente de 1540; DITAT - 350b; n f

    1. exílio, exilados
    2. (DITAT) cativeiro

    זָכַר


    (H2142)
    zâkar (zaw-kar')

    02142 זכר zakar

    uma raiz primitiva; DITAT - 551; v

    1. lembrar, recordar, trazer à mente
      1. (Qal) lembrar, recordar
      2. (Nifal) ser trazido à lembrança, ser lembrado, estar no pensamento, ser trazido à mente
      3. (Hifil)
        1. fazer lembrar, relembrar
        2. levar a relembrar, manter na lembrança
        3. mencionar
        4. registrar
        5. fazer um memorial, fazer lembrança

    אָח


    (H251)
    ʼâch (awkh)

    0251 אח ’ach

    uma palavra primitiva; DITAT - 62a; n m

    1. irmão
      1. irmão (mesmos pais)
      2. meio-irmão (mesmo pai)
      3. parente, parentesco, mesma tribo
      4. um em relação a outro (relacionamento recíproco)
      5. (fig.) referindo-se a semelhança

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    כֹּה


    (H3541)
    kôh (ko)

    03541 כה koh

    procedente do prefixo k e 1931; DITAT - 955; adv dem

    1. assim, aqui, desta forma
      1. assim, então
      2. aqui, aqui e ali
      3. até agora, até agora...até então, enquanto isso

    לֹא


    (H3808)
    lôʼ (lo)

    03808 לא lo’

    ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

    uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

    1. não
      1. não (com verbo - proibição absoluta)
      2. não (com modificador - negação)
      3. nada (substantivo)
      4. sem (com particípio)
      5. antes (de tempo)

    סָגַר


    (H5462)
    çâgar (saw-gar')

    05462 סגר cagar

    uma raiz primitiva; DITAT - 1462; v

    1. fechar, prender
      1. (Qal)
        1. fechar
        2. trancar, prender
        3. trancado, preso, fechado
      2. (Nifal)
        1. ser fechado
        2. ser fechado ou trancado
      3. (Piel) fechar, entregar
      4. (Pual) ser fechado
      5. (Hifil)
        1. entregar
        2. fechar, prender

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    פֶּשַׁע


    (H6588)
    peshaʻ (peh'-shah)

    06588 פשע pesha ̀

    procedente de 6586; DITAT - 1846a; n. m.

    1. transgressão, rebelião
      1. transgressão (contra indivíduos)
      2. transgressão (nação contra nação)
      3. transgressão (contra Deus)
        1. em geral
        2. reconhecida pelo pecador
        3. como Deus lida com ela
        4. como Deus perdoa
      4. culpa de transgressão
      5. castigo por transgressão
      6. oferta por transgressão

    צֹר


    (H6865)
    Tsôr (tsore)

    06865 צר Tsor ou צור Tsowr

    o mesmo que 6864, grego 5184 Τυρος e 4947 συρια; DITAT - 1965; n. pr. l. Tiro = “uma rocha”

    1. a cidade fenícia na costa do Mediterrâneo

    אַרְבַּע


    (H702)
    ʼarbaʻ (ar-bah')

    0702 ארבע ’arba masculino ̀ ארבעה ’arba ah̀

    procedente de 7251; DITAT - 2106a; n, adj m, f

    1. quatro

    שׁוּב


    (H7725)
    shûwb (shoob)

    07725 שוב shuwb

    uma raiz primitiva; DITAT - 2340; v.

    1. retornar, voltar
      1. (Qal)
        1. voltar, retornar
          1. voltar
          2. retornar, chegar ou ir de volta
          3. retornar para, ir de volta, voltar
          4. referindo-se à morte
          5. referindo-se às relações humanas (fig.)
          6. referindo-se às relações espirituais (fig.)
            1. voltar as costas (para Deus), apostatar
            2. afastar-se (de Deus)
            3. voltar (para Deus), arrepender
            4. voltar-se (do mal)
          7. referindo-se a coisas inanimadas
          8. em repetição
      2. (Polel)
        1. trazer de volta
        2. restaurar, renovar, reparar (fig.)
        3. desencaminhar (sedutoramente)
        4. demonstrar afastamento, apostatar
      3. (Pual) restaurado (particípio)
      4. (Hifil) fazer retornar, trazer de volta
        1. trazer de volta, deixar retornar, pôr de volta, retornar, devolver, restaurar, permitir voltar, dar em pagamento
        2. trazer de volta, renovar, restaurar
        3. trazer de volta, relatar a, responder
        4. devolver, retribuir, pagar (como recompensa)
        5. voltar ou virar para trás, repelir, derrotar, repulsar, retardar, rejeitar, recusar
        6. virar (o rosto), voltar-se para
        7. voltar-se contra
        8. trazer de volta à memória
        9. demonstrar afastamento
        10. reverter, revogar
      5. (Hofal) ser devolvido, ser restaurado, ser trazido de volta
      6. (Pulal) trazido de volta

    שָׁלֹושׁ


    (H7969)
    shâlôwsh (shaw-loshe')

    07969 שלוש shalowsh ou שׂלשׂ shalosh masc. שׂלושׂה sh elowshaĥ ou שׂלשׂה sh eloshaĥ

    um número primitivo; DITAT - 2403a; n m/f

    1. três, trio
      1. 3, 300, terceiro

    שָׁלֵם


    (H8003)
    shâlêm (shaw-lame')

    08003 שלם shalem

    procedente de 7999; DITAT - 2401d; adj

    1. completo, salvo, pacífico, perfeito, inteiro, todo, em paz
      1. completo
        1. inteiro, perfeito
        2. completo
      2. seguro, ileso
      3. paz (referindo-se à aliança de paz, mente)
        1. perfeito, completo (referindo-se ao observar o relacionamento da aliança)

    Amós 1: 10 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Por isso enviarei fogo contra o muro de Tirus, e isto consumirá os seus palácios- fortalecidos- sobre- lugares- altos .
    Amós 1: 10 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    766 a.C.
    H2346
    chôwmâh
    חֹומָה
    a parede / o muro
    (the wall)
    Substantivo
    H398
    ʼâkal
    אָכַל
    comer, devorar, queimar, alimentar
    (freely)
    Verbo
    H6865
    Tsôr
    צֹר
    ()
    H759
    ʼarmôwn
    אַרְמֹון
    ()
    H784
    ʼêsh
    אֵשׁ
    fogo
    (burning)
    Substantivo
    H7971
    shâlach
    שָׁלַח
    enviar, despedir, deixar ir, estender
    (he put forth)
    Verbo


    חֹומָה


    (H2346)
    chôwmâh (kho-maw')

    02346 חומה chowmah

    particípio ativo de uma raiz não utilizada aparentemente significando juntar; DITAT - 674c; n f

    1. muro

    אָכַל


    (H398)
    ʼâkal (aw-kal')

    0398 אכל ’akal

    uma raiz primitiva; DITAT - 85; v

    1. comer, devorar, queimar, alimentar
      1. (Qal)
        1. comer (tendo o ser humano como sujeito)
        2. comer, devorar (referindo-se aos animais e pássaros)
        3. devorar, consumir (referindo-se ao fogo)
        4. devorar, matar (referindo-se à espada)
        5. devorar, consumir, destruir (tendo coisas inanimadas como sujeito - ex., peste, seca)
        6. devorar (referindo-se à opressão)
      2. (Nifal)
        1. ser comido (por homens)
        2. ser devorado, consumido (referindo-se ao fogo)
        3. ser desperdiçado, destruído (referindo-se à carne)
      3. (Pual)
        1. fazer comer, alimentar
        2. levar a devorar
      4. (Hifil)
        1. alimentar
        2. dar de comer
      5. (Piel)
        1. consumir

    צֹר


    (H6865)
    Tsôr (tsore)

    06865 צר Tsor ou צור Tsowr

    o mesmo que 6864, grego 5184 Τυρος e 4947 συρια; DITAT - 1965; n. pr. l. Tiro = “uma rocha”

    1. a cidade fenícia na costa do Mediterrâneo

    אַרְמֹון


    (H759)
    ʼarmôwn (ar-mone')

    0759 ארמון ’armown

    procedente de uma raiz não utilizada (significando ser elevado); DITAT - 164a; n m

    1. cidadela, palácio, fortaleza

    אֵשׁ


    (H784)
    ʼêsh (aysh)

    0784 אש ’esh

    uma palavra primitiva; DITAT - 172; n f

    1. fogo
      1. fogo, chamas
      2. fogo sobrenatural (junto com teofania)
      3. fogo (para cozinhar, assar, crestar)
      4. fogo do altar
      5. a ira de Deus (fig.)

    שָׁלַח


    (H7971)
    shâlach (shaw-lakh')

    07971 שלח shalach

    uma raiz primitiva; DITAT - 2394; v

    1. enviar, despedir, deixar ir, estender
      1. (Qal)
        1. enviar
        2. esticar, estender, direcionar
        3. mandar embora
        4. deixar solto
      2. (Nifal) ser enviado
      3. (Piel)
        1. despedir, mandar embora, enviar, entregar, expulsar
        2. deixar ir, deixar livre
        3. brotar (referindo-se a ramos)
        4. deixar para baixo
        5. brotar
      4. (Pual) ser mandado embora, ser posto de lado, ser divorciado, ser impelido
      5. (Hifil) enviar

    Amós 1: 11 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Assim diz o SENHOR: Por três transgressões de Edom, e por quatro, não retirarei dele o castigo, porque perseguiu a seu irmão à espada, e lançou fora ① todas as suas misericórdias; e a sua ira despedaçou eternamente, e conservou a sua ira para sempre.
    Amós 1: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    766 a.C.
    H123
    ʼĔdôm
    אֱדֹם
    Edom
    (Edom)
    Substantivo
    H251
    ʼâch
    אָח
    seu irmão
    (his brother)
    Substantivo
    H2719
    chereb
    חֶרֶב
    espada, faca
    (sword)
    Substantivo
    H2963
    ṭâraph
    טָרַף
    despedaçar, rasgar, arrancar
    (surely)
    Verbo
    H3069
    Yᵉhôvih
    יְהֹוִה
    Deus
    (GOD)
    Substantivo
    H3541
    kôh
    כֹּה
    Então
    (So)
    Advérbio
    H3808
    lôʼ
    לֹא
    não
    (not)
    Advérbio
    H5331
    netsach
    נֶצַח
    eminência, perpetuidade, força, vitória, duradouro, eternidade
    (the Strength)
    Substantivo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H5678
    ʻebrâh
    עֶבְרָה
    derramamento, inundação, excesso, fúria, ira, arrogância
    (and their wrath)
    Substantivo
    H5703
    ʻad
    עַד
    perpetuidade, para sempre, futuro contínuo
    (and ever)
    Substantivo
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H639
    ʼaph
    אַף
    narina, nariz, face
    (into his nostrils)
    Substantivo
    H6588
    peshaʻ
    פֶּשַׁע
    transgressão, rebelião
    (my trespass)
    Substantivo
    H702
    ʼarbaʻ
    אַרְבַּע
    e quatro
    (and four)
    Substantivo
    H7291
    râdaph
    רָדַף
    estar atrás, seguir, perseguir, correr atrás de
    (and pursued [them])
    Verbo
    H7356
    racham
    רַחַם
    ventre n. m. abs. pl. intens.
    (mercy)
    Substantivo
    H7725
    shûwb
    שׁוּב
    retornar, voltar
    (you return)
    Verbo
    H7843
    shâchath
    שָׁחַת
    destruir, corromper, arruinar, deteriorar
    (Now was corrupt)
    Verbo
    H7969
    shâlôwsh
    שָׁלֹושׁ
    três
    (three)
    Substantivo
    H8104
    shâmar
    שָׁמַר
    guardar, vigiar, observar, prestar atenção
    (and to keep it)
    Verbo


    אֱדֹם


    (H123)
    ʼĔdôm (ed-ome')

    0123 אדם ’Edom ed-ome’ ou (forma completa) אדום ’Edowm ed-ome’

    procedente de 122; DITAT - 26e, grego 2401 Ιδουμαια; n pr m

    Edom = “vermelho”

    1. Edom
    2. Edomita, idumeu - descendentes de Esaú
    3. terra de Edom, Iduméia - terra ao sul e sudeste da Palestina

    אָח


    (H251)
    ʼâch (awkh)

    0251 אח ’ach

    uma palavra primitiva; DITAT - 62a; n m

    1. irmão
      1. irmão (mesmos pais)
      2. meio-irmão (mesmo pai)
      3. parente, parentesco, mesma tribo
      4. um em relação a outro (relacionamento recíproco)
      5. (fig.) referindo-se a semelhança

    חֶרֶב


    (H2719)
    chereb (kheh'-reb)

    02719 חרב chereb

    procedente de 2717; DITAT - 732a; n f

    1. espada, faca
      1. espada
      2. faca
      3. ferramentas para cortar pedra

    טָרַף


    (H2963)
    ṭâraph (taw-raf')

    02963 טרף taraph

    uma raiz primitiva; DITAT - 827; v

    1. despedaçar, rasgar, arrancar
      1. (Qal) despedaçar, rasgar
      2. (Nifal) ser despedaçado
      3. (Poal) ser despedaçado
      4. (Hifil) providenciar alimento

    יְהֹוִה


    (H3069)
    Yᵉhôvih (yeh-ho-vee')

    03069 יהוה Y ehoviĥ

    uma variação de 3068 [usado depois de 136, e pronunciado pelos judeus

    como 430, para prevenir a repetição do mesmo som, assim como em outros lugares

    3068 é pronunciado como 136]; n pr de divindade

    1. Javé - usado basicamente na combinação ‘Senhor Javé’
      1. igual a 3068 mas pontuado com as vogais de 430

    כֹּה


    (H3541)
    kôh (ko)

    03541 כה koh

    procedente do prefixo k e 1931; DITAT - 955; adv dem

    1. assim, aqui, desta forma
      1. assim, então
      2. aqui, aqui e ali
      3. até agora, até agora...até então, enquanto isso

    לֹא


    (H3808)
    lôʼ (lo)

    03808 לא lo’

    ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

    uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

    1. não
      1. não (com verbo - proibição absoluta)
      2. não (com modificador - negação)
      3. nada (substantivo)
      4. sem (com particípio)
      5. antes (de tempo)

    נֶצַח


    (H5331)
    netsach (neh'-tsakh)

    05331 נצח netsach ou נצח netsach

    procedente de 5329; DITAT - 1402a; n m

    1. eminência, perpetuidade, força, vitória, duradouro, eternidade
      1. eminência
      2. duração da vida
      3. resistência em tempo, perpétuo, contínuo, até o fim
      4. eternidade, eterno

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    עֶבְרָה


    (H5678)
    ʻebrâh (eb-raw')

    05678 עברה ̀ebrah

    procedente de 5676; DITAT - 1556d; n f

    1. derramamento, inundação, excesso, fúria, ira, arrogância
      1. inundação, excesso, explosão
      2. arrogância
      3. ira ou fúria excessiva

    עַד


    (H5703)
    ʻad (ad)

    05703 עד ̀ad

    procedente de 5710; DITAT - 1565a; n m

    1. perpetuidade, para sempre, futuro contínuo
      1. antigo (referindo-se ao tempo passado)
      2. para sempre (referindo-se ao tempo futuro)
        1. de existência contínua
      3. para sempre (referindo-se à existência de Deus)

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    אַף


    (H639)
    ʼaph (af)

    0639 אף ’aph

    procedente de 599; DITAT - 133a; n m

    1. narina, nariz, face
    2. ira

    פֶּשַׁע


    (H6588)
    peshaʻ (peh'-shah)

    06588 פשע pesha ̀

    procedente de 6586; DITAT - 1846a; n. m.

    1. transgressão, rebelião
      1. transgressão (contra indivíduos)
      2. transgressão (nação contra nação)
      3. transgressão (contra Deus)
        1. em geral
        2. reconhecida pelo pecador
        3. como Deus lida com ela
        4. como Deus perdoa
      4. culpa de transgressão
      5. castigo por transgressão
      6. oferta por transgressão

    אַרְבַּע


    (H702)
    ʼarbaʻ (ar-bah')

    0702 ארבע ’arba masculino ̀ ארבעה ’arba ah̀

    procedente de 7251; DITAT - 2106a; n, adj m, f

    1. quatro

    רָדַף


    (H7291)
    râdaph (raw-daf')

    07291 רדף radaph

    uma raiz primitiva; DITAT - 2124; v.

    1. estar atrás, seguir, perseguir, correr atrás de
      1. (Qal)
        1. perseguir, pôr em fuga, seguir no encalço de, acompanhar
        2. perseguir, molestar (fig.)
        3. seguir, procurar obter (fig.)
        4. correr atrás de (um suborno) (fig.)
      2. (Nifal)
        1. ser perseguido
        2. aquele que é perseguido (particípio)
      3. (Piel) buscar ardentemente, procurar alcançar ardentemente, perseguir
      4. (Pual) ser perseguido, ser afugentado
      5. (Hifil) perseguir

    רַחַם


    (H7356)
    racham (rakh'-am)

    07356 רחם racham

    procedente de 7355; DITAT - 2146a n. m.

    1. ventre n. m. abs. pl. intens.
    2. compaixão

    שׁוּב


    (H7725)
    shûwb (shoob)

    07725 שוב shuwb

    uma raiz primitiva; DITAT - 2340; v.

    1. retornar, voltar
      1. (Qal)
        1. voltar, retornar
          1. voltar
          2. retornar, chegar ou ir de volta
          3. retornar para, ir de volta, voltar
          4. referindo-se à morte
          5. referindo-se às relações humanas (fig.)
          6. referindo-se às relações espirituais (fig.)
            1. voltar as costas (para Deus), apostatar
            2. afastar-se (de Deus)
            3. voltar (para Deus), arrepender
            4. voltar-se (do mal)
          7. referindo-se a coisas inanimadas
          8. em repetição
      2. (Polel)
        1. trazer de volta
        2. restaurar, renovar, reparar (fig.)
        3. desencaminhar (sedutoramente)
        4. demonstrar afastamento, apostatar
      3. (Pual) restaurado (particípio)
      4. (Hifil) fazer retornar, trazer de volta
        1. trazer de volta, deixar retornar, pôr de volta, retornar, devolver, restaurar, permitir voltar, dar em pagamento
        2. trazer de volta, renovar, restaurar
        3. trazer de volta, relatar a, responder
        4. devolver, retribuir, pagar (como recompensa)
        5. voltar ou virar para trás, repelir, derrotar, repulsar, retardar, rejeitar, recusar
        6. virar (o rosto), voltar-se para
        7. voltar-se contra
        8. trazer de volta à memória
        9. demonstrar afastamento
        10. reverter, revogar
      5. (Hofal) ser devolvido, ser restaurado, ser trazido de volta
      6. (Pulal) trazido de volta

    שָׁחַת


    (H7843)
    shâchath (shaw-khath')

    07843 שחת shachath

    uma raiz primitiva; DITAT - 2370; v.

    1. destruir, corromper, arruinar, deteriorar
      1. (Nifal) estar inutilizado, estar deteriorado, estar corrompido, estar estragado, estar ferido, estar arruinado, estar apodrecido
      2. (Piel)
        1. deteriorar, aruinar
        2. perverter, corromper, agir corruptamente (moralmente)
      3. (Hifil)
        1. deteriorar, arruinar, destruir
        2. perverter, corromper (moralmente)
        3. destruidor (particípio)
      4. (Hofal) deteriorado, arruinado (particípio)

    שָׁלֹושׁ


    (H7969)
    shâlôwsh (shaw-loshe')

    07969 שלוש shalowsh ou שׂלשׂ shalosh masc. שׂלושׂה sh elowshaĥ ou שׂלשׂה sh eloshaĥ

    um número primitivo; DITAT - 2403a; n m/f

    1. três, trio
      1. 3, 300, terceiro

    שָׁמַר


    (H8104)
    shâmar (shaw-mar')

    08104 שמר shamar

    uma raiz primitiva; DITAT - 2414; v.

    1. guardar, vigiar, observar, prestar atenção
      1. (Qal)
        1. guardar, ter a incumbência de
        2. guardar, vigiar, manter vigilância e custódia, proteger, salvar vida
          1. vigiar, vigia (particípio)
        3. observar, esperar por
        4. olhar, observar
        5. guardar, reter, entesourar (na memória)
        6. manter (dentro de limites), conter
        7. observar, celebrar, guardar (o sábado ou a aliança ou mandamentos), cumprir (voto)
        8. guardar, preservar, proteger
        9. guardar, reservar
      2. (Nifal)
        1. estar prevenido, tomar precauções, tomar cuidado, precaver-se
        2. guardar-se, conter-se, abster-se
        3. ser guardado, ser vigiado
      3. (Piel) vigiar, prestar atenção
      4. (Hitpael) guardar-se de

    Amós 1: 12 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Por isso enviarei fogo contra Temã, e isto consumirá os palácios- fortalecidos- sobre- lugares- altos de Bozra.
    Amós 1: 12 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    766 a.C.
    H1224
    Botsrâh
    בׇּצְרָה
    uma cidade em Edom
    (of Bozrah)
    Substantivo
    H398
    ʼâkal
    אָכַל
    comer, devorar, queimar, alimentar
    (freely)
    Verbo
    H759
    ʼarmôwn
    אַרְמֹון
    ()
    H784
    ʼêsh
    אֵשׁ
    fogo
    (burning)
    Substantivo
    H7971
    shâlach
    שָׁלַח
    enviar, despedir, deixar ir, estender
    (he put forth)
    Verbo
    H8487
    Têymân
    תֵּימָן
    filho de Elifaz, neto de Esaú, e um dos nobres de Edom
    (Teman)
    Substantivo


    בׇּצְרָה


    (H1224)
    Botsrâh (bots-raw')

    01224 בצרה Botsrah

    o mesmo que 1223; n pr loc

    Bozra = “curral de ovelhas” ou “fortaleza”

    1. uma cidade em Edom
    2. uma cidade em Moabe

    אָכַל


    (H398)
    ʼâkal (aw-kal')

    0398 אכל ’akal

    uma raiz primitiva; DITAT - 85; v

    1. comer, devorar, queimar, alimentar
      1. (Qal)
        1. comer (tendo o ser humano como sujeito)
        2. comer, devorar (referindo-se aos animais e pássaros)
        3. devorar, consumir (referindo-se ao fogo)
        4. devorar, matar (referindo-se à espada)
        5. devorar, consumir, destruir (tendo coisas inanimadas como sujeito - ex., peste, seca)
        6. devorar (referindo-se à opressão)
      2. (Nifal)
        1. ser comido (por homens)
        2. ser devorado, consumido (referindo-se ao fogo)
        3. ser desperdiçado, destruído (referindo-se à carne)
      3. (Pual)
        1. fazer comer, alimentar
        2. levar a devorar
      4. (Hifil)
        1. alimentar
        2. dar de comer
      5. (Piel)
        1. consumir

    אַרְמֹון


    (H759)
    ʼarmôwn (ar-mone')

    0759 ארמון ’armown

    procedente de uma raiz não utilizada (significando ser elevado); DITAT - 164a; n m

    1. cidadela, palácio, fortaleza

    אֵשׁ


    (H784)
    ʼêsh (aysh)

    0784 אש ’esh

    uma palavra primitiva; DITAT - 172; n f

    1. fogo
      1. fogo, chamas
      2. fogo sobrenatural (junto com teofania)
      3. fogo (para cozinhar, assar, crestar)
      4. fogo do altar
      5. a ira de Deus (fig.)

    שָׁלַח


    (H7971)
    shâlach (shaw-lakh')

    07971 שלח shalach

    uma raiz primitiva; DITAT - 2394; v

    1. enviar, despedir, deixar ir, estender
      1. (Qal)
        1. enviar
        2. esticar, estender, direcionar
        3. mandar embora
        4. deixar solto
      2. (Nifal) ser enviado
      3. (Piel)
        1. despedir, mandar embora, enviar, entregar, expulsar
        2. deixar ir, deixar livre
        3. brotar (referindo-se a ramos)
        4. deixar para baixo
        5. brotar
      4. (Pual) ser mandado embora, ser posto de lado, ser divorciado, ser impelido
      5. (Hifil) enviar

    תֵּימָן


    (H8487)
    Têymân (tay-mawn')

    08487 תימן Teyman ou תמן Teman

    o mesmo que 8486;

    Temã = “sul” n. pr. m.

    1. filho de Elifaz, neto de Esaú, e um dos nobres de Edom
    2. a tribo que se originou de 1, conhecida pela sabedoria do seu povo n. pr. l.
    3. a região ocupada pelos descendentes de 1, localizada a leste da Iduméia

    Amós 1: 13 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Assim diz o SENHOR: Por três transgressões dos filhos de Amom, e por quatro, não retirarei dele o castigo, porque fenderam o ventre às grávidas de Gileade, para dilatarem os seus limites.
    Amós 1: 13 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    766 a.C.
    H1121
    bên
    בֵּן
    crianças
    (children)
    Substantivo
    H1234
    bâqaʻ
    בָּקַע
    rachar, fender, abrir em dois, dividir, partir, romper, quebrar, rasgar
    (burst open)
    Verbo
    H1366
    gᵉbûwl
    גְּבוּל
    a fronteira
    (the border)
    Substantivo
    H1568
    Gilʻâd
    גִּלְעָד
    Gileade / monte de testemunho
    (Gilead)
    Substantivo
    H2030
    hâreh
    הָרֶה
    ()
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3541
    kôh
    כֹּה
    Então
    (So)
    Advérbio
    H3808
    lôʼ
    לֹא
    não
    (not)
    Advérbio
    H4616
    maʻan
    מַעַן
    para o fim que
    (to the end that)
    Substantivo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H5921
    ʻal
    עַל
    sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
    ([was] on)
    Prepostos
    H5983
    ʻAmmôwn
    עַמֹּון
    de Amon
    (of Ammon)
    Substantivo
    H6588
    peshaʻ
    פֶּשַׁע
    transgressão, rebelião
    (my trespass)
    Substantivo
    H702
    ʼarbaʻ
    אַרְבַּע
    e quatro
    (and four)
    Substantivo
    H7337
    râchab
    רָחַב
    ser ou ficar amplo, ser ou ficar grande
    (has made room)
    Verbo
    H7725
    shûwb
    שׁוּב
    retornar, voltar
    (you return)
    Verbo
    H7969
    shâlôwsh
    שָׁלֹושׁ
    três
    (three)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    בֵּן


    (H1121)
    bên (bane)

    01121 בן ben

    procedente de 1129; DITAT - 254; n m

    1. filho, neto, criança, membro de um grupo
      1. filho, menino
      2. neto
      3. crianças (pl. - masculino e feminino)
      4. mocidade, jovens (pl.)
      5. novo (referindo-se a animais)
      6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
      7. povo (de uma nação) (pl.)
      8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
      9. um membro de uma associação, ordem, classe

    בָּקַע


    (H1234)
    bâqaʻ (baw-kah')

    01234 עבק baqa ̀

    uma raiz primitiva; DITAT - 271; v

    1. rachar, fender, abrir em dois, dividir, partir, romper, quebrar, rasgar
      1. (Qal)
        1. fender, abrir em dois
        2. partir, rachar
      2. (Nifal)
        1. fender-se, rasgar-se, romper-se
        2. irromper
      3. (Piel)
        1. fender, despedaçar, estraçalhar
        2. rasgar, quebrar
      4. (Pual)
        1. ser rasgado
        2. ser rompido
        3. ser despedaçado
      5. (Hifil)
        1. arrombar
        2. romper
      6. (Hofal) ser arrombado
      7. (Hitpael) arrebentar-se, fender totalmente

    גְּבוּל


    (H1366)
    gᵉbûwl (gheb-ool')

    01366 גבול g ebuwl̂ ou (forma contrata) גבל g ebul̂

    procedente de 1379; DITAT - 307a; n m

    1. fronteira, território
      1. fronteira
      2. território (porção de terra contida dentro dos limites)
      3. região, território (da escuridão) (fig.)

    גִּלְעָד


    (H1568)
    Gilʻâd (ghil-awd')

    01568 דגלע Gil ad̀

    provavelmente procedente de 1567; DITAT - 356 n pr loc

    Gileade ou gileaditas = “região rochosa”

    1. uma região montanhosa limitada a oeste pelo Jordão, ao norte por Basã, ao leste pelo planalto árabe, e ao sul por Moabe e Amom; algumas vezes chamado de ’monte Gileade’ ou ’terra de Gileade’ ou somente ’Gileade’. Dividida em Gileade do norte e do sul
    2. uma cidade (com o prefixo ’Jabes’)
    3. o povo da região n pr m
    4. filho de Maquir e neto de Manassés
    5. pai de Jefté
    6. um gadita

    הָרֶה


    (H2030)
    hâreh (haw-reh')

    02030 הרה hareh ou הרי hariy

    procedente de 2029; DITAT - 515a; n f

    1. grávida

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    כֹּה


    (H3541)
    kôh (ko)

    03541 כה koh

    procedente do prefixo k e 1931; DITAT - 955; adv dem

    1. assim, aqui, desta forma
      1. assim, então
      2. aqui, aqui e ali
      3. até agora, até agora...até então, enquanto isso

    לֹא


    (H3808)
    lôʼ (lo)

    03808 לא lo’

    ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

    uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

    1. não
      1. não (com verbo - proibição absoluta)
      2. não (com modificador - negação)
      3. nada (substantivo)
      4. sem (com particípio)
      5. antes (de tempo)

    מַעַן


    (H4616)
    maʻan (mah'-an)

    04616 מען ma aǹ

    procedente de 6030; DITAT - 1650g; subst

    1. propósito, intento prep
      1. por causa de
      2. em vista de, por causa de
      3. para o propósito de, para aquela intenção, a fim de que conj
      4. a fim de

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    עַל


    (H5921)
    ʻal (al)

    05921 על ̀al

    via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

    1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
      1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
      2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
      3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
      4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
      5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
      6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
      7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
      8. para (como um dativo) conj
    2. por causa de, porque, enquanto não, embora

    עַמֹּון


    (H5983)
    ʻAmmôwn (am-mone')

    05983 עמון Àmmown

    procedente de 5971; DITAT - 1642; n pr m Amom = “tribal”

    1. um povo que habitou na Transjordânia descendente de Ló através de Ben-Ami

    פֶּשַׁע


    (H6588)
    peshaʻ (peh'-shah)

    06588 פשע pesha ̀

    procedente de 6586; DITAT - 1846a; n. m.

    1. transgressão, rebelião
      1. transgressão (contra indivíduos)
      2. transgressão (nação contra nação)
      3. transgressão (contra Deus)
        1. em geral
        2. reconhecida pelo pecador
        3. como Deus lida com ela
        4. como Deus perdoa
      4. culpa de transgressão
      5. castigo por transgressão
      6. oferta por transgressão

    אַרְבַּע


    (H702)
    ʼarbaʻ (ar-bah')

    0702 ארבע ’arba masculino ̀ ארבעה ’arba ah̀

    procedente de 7251; DITAT - 2106a; n, adj m, f

    1. quatro

    רָחַב


    (H7337)
    râchab (raw-khab')

    07337 רחב rachab

    uma raiz primitiva; DITAT - 2143; v.

    1. ser ou ficar amplo, ser ou ficar grande
      1. (Qal) ser largo, ser aumentado
      2. (Nifal) pastagem ampla ou espaçosa (particípio)
      3. (Hifil)
        1. tornar amplo
        2. alargar

    שׁוּב


    (H7725)
    shûwb (shoob)

    07725 שוב shuwb

    uma raiz primitiva; DITAT - 2340; v.

    1. retornar, voltar
      1. (Qal)
        1. voltar, retornar
          1. voltar
          2. retornar, chegar ou ir de volta
          3. retornar para, ir de volta, voltar
          4. referindo-se à morte
          5. referindo-se às relações humanas (fig.)
          6. referindo-se às relações espirituais (fig.)
            1. voltar as costas (para Deus), apostatar
            2. afastar-se (de Deus)
            3. voltar (para Deus), arrepender
            4. voltar-se (do mal)
          7. referindo-se a coisas inanimadas
          8. em repetição
      2. (Polel)
        1. trazer de volta
        2. restaurar, renovar, reparar (fig.)
        3. desencaminhar (sedutoramente)
        4. demonstrar afastamento, apostatar
      3. (Pual) restaurado (particípio)
      4. (Hifil) fazer retornar, trazer de volta
        1. trazer de volta, deixar retornar, pôr de volta, retornar, devolver, restaurar, permitir voltar, dar em pagamento
        2. trazer de volta, renovar, restaurar
        3. trazer de volta, relatar a, responder
        4. devolver, retribuir, pagar (como recompensa)
        5. voltar ou virar para trás, repelir, derrotar, repulsar, retardar, rejeitar, recusar
        6. virar (o rosto), voltar-se para
        7. voltar-se contra
        8. trazer de volta à memória
        9. demonstrar afastamento
        10. reverter, revogar
      5. (Hofal) ser devolvido, ser restaurado, ser trazido de volta
      6. (Pulal) trazido de volta

    שָׁלֹושׁ


    (H7969)
    shâlôwsh (shaw-loshe')

    07969 שלוש shalowsh ou שׂלשׂ shalosh masc. שׂלושׂה sh elowshaĥ ou שׂלשׂה sh eloshaĥ

    um número primitivo; DITAT - 2403a; n m/f

    1. três, trio
      1. 3, 300, terceiro

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo

    Amós 1: 14 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Por isso acenderei um fogo contra o muro de Rabá, e isto consumirá os seus palácios- fortalecidos- sobre- lugares- altos , com alarido no dia da batalha, com tempestade no dia do forte redemoínho.
    Amós 1: 14 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    766 a.C.
    H2346
    chôwmâh
    חֹומָה
    a parede / o muro
    (the wall)
    Substantivo
    H3117
    yôwm
    יֹום
    dia
    (Day)
    Substantivo
    H3341
    yâtsath
    יָצַת
    acender, queimar, colocar fogo
    ([that] you shall set)
    Verbo
    H398
    ʼâkal
    אָכַל
    comer, devorar, queimar, alimentar
    (freely)
    Verbo
    H4421
    milchâmâh
    מִלְחָמָה
    de / da guerra
    (of war)
    Substantivo
    H5492
    çûwphâh
    סוּפָה
    vendaval
    (in Suphah)
    Substantivo
    H5591
    çaʻar
    סַעַר
    tempestade, redemoinho
    (by a whirlwind)
    Substantivo
    H7237
    Rabbâh
    רַבָּה
    a principal cidade dos amonitas localizada a leste do Jordão
    ([is] in Rabbath)
    Substantivo
    H759
    ʼarmôwn
    אַרְמֹון
    ()
    H784
    ʼêsh
    אֵשׁ
    fogo
    (burning)
    Substantivo
    H8643
    tᵉrûwʻâh
    תְּרוּעָה
    alarme, aviso, som de tempestade, grito, grito ou toque de guerra ou de alerta ou de
    (of blowing of trumpets)
    Substantivo


    חֹומָה


    (H2346)
    chôwmâh (kho-maw')

    02346 חומה chowmah

    particípio ativo de uma raiz não utilizada aparentemente significando juntar; DITAT - 674c; n f

    1. muro

    יֹום


    (H3117)
    yôwm (yome)

    03117 יום yowm

    procedente de uma raiz não utilizada significando ser quente; DITAT - 852; n m

    1. dia, tempo, ano
      1. dia (em oposição a noite)
      2. dia (período de 24 horas)
        1. como determinado pela tarde e pela manhã em Gênesis 1
        2. como uma divisão de tempo
          1. um dia de trabalho, jornada de um dia
      3. dias, período de vida (pl.)
      4. tempo, período (geral)
      5. ano
      6. referências temporais
        1. hoje
        2. ontem
        3. amanhã

    יָצַת


    (H3341)
    yâtsath (yaw-tsath')

    03341 יצת yatsath

    uma raiz primitiva; DITAT - 899; v

    1. acender, queimar, colocar fogo
      1. (Qal) acender fogo
      2. (Nifal)
        1. ser aceso
        2. ser deixado desolado
      3. (Hifil) colocar fogo, acender

    אָכַל


    (H398)
    ʼâkal (aw-kal')

    0398 אכל ’akal

    uma raiz primitiva; DITAT - 85; v

    1. comer, devorar, queimar, alimentar
      1. (Qal)
        1. comer (tendo o ser humano como sujeito)
        2. comer, devorar (referindo-se aos animais e pássaros)
        3. devorar, consumir (referindo-se ao fogo)
        4. devorar, matar (referindo-se à espada)
        5. devorar, consumir, destruir (tendo coisas inanimadas como sujeito - ex., peste, seca)
        6. devorar (referindo-se à opressão)
      2. (Nifal)
        1. ser comido (por homens)
        2. ser devorado, consumido (referindo-se ao fogo)
        3. ser desperdiçado, destruído (referindo-se à carne)
      3. (Pual)
        1. fazer comer, alimentar
        2. levar a devorar
      4. (Hifil)
        1. alimentar
        2. dar de comer
      5. (Piel)
        1. consumir

    מִלְחָמָה


    (H4421)
    milchâmâh (mil-khaw-maw')

    04421 מלחמה milchamah

    procedente de 3898 (no sentido de luta); DITAT - 1104c; n f

    1. batalha, guerra

    סוּפָה


    (H5492)
    çûwphâh (soo-faw')

    05492 סופה cuwphah

    procedente de 5486; DITAT - 1478b; n f

    1. vendaval

      Sufa = “favo de mel: inundação” n pr loc

    2. um lugar a leste do Jordão

    סַעַר


    (H5591)
    çaʻar (sah'-ar)

    05591 סער ca ar̀ ou (fem.) סערה c e ̂ arah̀

    procedente de 5590; DITAT - 1528; n m/f

    1. tempestade, redemoinho
      1. tempestade

    רַבָּה


    (H7237)
    Rabbâh (rab-baw')

    07237 רבה Rabbah

    fem. de 7227; n. pr. l. Rabá = “grande”

    1. a principal cidade dos amonitas localizada a leste do Jordão
    2. uma cidade em Judá; localização incerta

    אַרְמֹון


    (H759)
    ʼarmôwn (ar-mone')

    0759 ארמון ’armown

    procedente de uma raiz não utilizada (significando ser elevado); DITAT - 164a; n m

    1. cidadela, palácio, fortaleza

    אֵשׁ


    (H784)
    ʼêsh (aysh)

    0784 אש ’esh

    uma palavra primitiva; DITAT - 172; n f

    1. fogo
      1. fogo, chamas
      2. fogo sobrenatural (junto com teofania)
      3. fogo (para cozinhar, assar, crestar)
      4. fogo do altar
      5. a ira de Deus (fig.)

    תְּרוּעָה


    (H8643)
    tᵉrûwʻâh (ter-oo-aw')

    08643 תרועה t eruw ̂ ah̀

    procedente de 7321; DITAT - 2135b; n. f.

    1. alarme, aviso, som de tempestade, grito, grito ou toque de guerra ou de alerta ou de alegria
      1. alarme de guerra, grito de guerra, grito de batalha
      2. toque (para marcha)
      3. grito de alegria (com motivação religiosa)
      4. grito de alegria (em geral)

    Amós 1: 15 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E o seu rei irá para o exílio- em- cativeiro, ele e os seus príncipes juntamente, diz o SENHOR.
    Amós 1: 15 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    766 a.C.
    H1473
    gôwlâh
    גֹּולָה
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    H1931
    hûwʼ
    הוּא
    ele / ela / o / a
    (it)
    Pronome
    H1980
    hâlak
    הָלַךְ
    ir, andar, vir
    (goes)
    Verbo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3162
    yachad
    יַחַד
    juntos
    (together)
    Substantivo
    H4428
    melek
    מֶלֶךְ
    rei
    (king)
    Substantivo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H8269
    sar
    שַׂר
    Os princípes
    (The princes)
    Substantivo


    גֹּולָה


    (H1473)
    gôwlâh (go-law')

    01473 גולה gowlah ou (forma contrata) גלה golah

    particípio ativo de 1540; DITAT - 350a; n f

    1. exilados, exílio, cativeiro
      1. exilados (col)
      2. exílio, cativeiro (sentido abtrato)

    הוּא


    (H1931)
    hûwʼ (hoo)

    01931 הוא huw’ do qual o fem. (além do Pentateuco) é היא hiy’

    uma palavra primitiva; DITAT - 480 pron 3p s

    1. ele, ela
      1. ele mesmo, ela mesma (com ênfase)
      2. retomando o suj com ênfase
      3. (com pouca ênfase seguindo o predicado)
      4. (antecipando o suj)
      5. (enfatizando o predicado)
      6. aquilo, isso (neutro) pron demons
    2. aquele, aquela (com artigo)

    הָלַךְ


    (H1980)
    hâlak (haw-lak')

    01980 הלך halak

    ligado a 3212, uma raiz primitiva; DITAT - 498; v

    1. ir, andar, vir
      1. (Qal)
        1. ir, andar, vir, partir, proceder, mover, ir embora
        2. morrer, viver, modo de vida (fig.)
      2. (Piel)
        1. andar
        2. andar (fig.)
      3. (Hitpael)
        1. percorrer
        2. andar ao redor
      4. (Nifal) liderar, trazer, levar embora, carregar, fazer andar

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    יַחַד


    (H3162)
    yachad (yakh'-ad)

    03162 יחד yachad

    procedente de 3161; DITAT - 858b; n m

    1. união, unidade adv
    2. junto, ao todo, todos juntos, igualmente

    מֶלֶךְ


    (H4428)
    melek (meh'-lek)

    04428 מלך melek

    procedente de 4427, grego 3197 Μελχι; DITAT - 1199a; n m

    1. rei

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    שַׂר


    (H8269)
    sar (sar)

    08269 שר sar

    procedente de 8323; DITAT - 2295a; n. m.

    1. príncipe, governante, líder, chefe, comandante, oficial, capitão
      1. comandante, chefe
      2. vassalo, nobre, oficial (sob as ordens do rei)
      3. capitão, general, comandante (militar)
      4. chefe, líder, superintendente (de outras classes de funcionários)
      5. líderes, príncipes (referindo-se a ofícios religiosos)
      6. anciãos (referindo-se aos líderes representativos do povo)
      7. príncipes-mercadores (referindo-se à hierarquia dignidade)
      8. anjo protetor
      9. Soberano dos soberanos (referindo-se a Deus)
      10. diretor