Enciclopédia de Hebreus 1:1-14

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

hb 1: 1

Versão Versículo
ARA Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas,
ARC HAVENDO Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos nestes últimos dias pelo Filho,
TB Deus, tendo falado em tempos passados, ora mais, ora menos e de muitos modos, aos pais, pelos profetas,
BGB Πολυμερῶς καὶ πολυτρόπως πάλαι ὁ θεὸς λαλήσας τοῖς πατράσιν ἐν τοῖς προφήταις
BKJ Deus, que várias vezes e de diversas maneiras, falou no passado aos pais pelos profetas,
LTT  1519 1520 Muitas vezes e de muitas maneiras, desde antigamente, Deus havendo falado aos (nossos) pais nos profetas, nestes últimos dias ① nos falou em o Seu Filho,
BJ2 Muitas vezes e de modos diversos falou Deus, outrora, aos Pais pelos profetas;
VULG Multifariam, multisque modis olim Deus loquens patribus in prophetis :

hb 1: 2

Versão Versículo
ARA nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.
ARC A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.
TB nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, ao qual constituiu herdeiro de todas as coisas, por quem criou igualmente os mundos;
BGB ἐπ’ ἐσχάτου τῶν ἡμερῶν τούτων ἐλάλησεν ἡμῖν ἐν υἱῷ, ὃν ἔθηκεν κληρονόμον πάντων, δι’ οὗ καὶ ⸂ἐποίησεν τοὺς αἰῶνας⸃·
BKJ nestes últimos dias falou-nos pelo seu Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, por quem fez também os mundos.
LTT A Quem constituiu herdeiro de todas as coisas, por- operação- de Quem (o Filho) também aoS mundoS ① fez;
BJ2 agora, nestes dias que são os últimos,[a] falou-nos por meio do Filho,[b] a quem constituiu herdeiro de todas as coisas,[c] e pelo qual fez os séculos.[d]
VULG novissime, diebus istis locutus est nobis in Filio, quem constituit hæredem universorum, per quem fecit et sæcula :

hb 1: 3

Versão Versículo
ARA Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas alturas,
ARC O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas, pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da majestade nas alturas;
TB o qual, sendo o resplendor da sua glória e a imagem expressa da sua substância e sustentando todas as coisas com a palavra do seu poder, depois de fazer a purificação dos pecados, sentou-se à destra da Majestade, nas alturas,
BGB ὃς ὢν ἀπαύγασμα τῆς δόξης καὶ χαρακτὴρ τῆς ὑποστάσεως αὐτοῦ, φέρων τε τὰ πάντα τῷ ῥήματι τῆς δυνάμεως, ⸂δι᾽ αὑτοῦ⸃ καθαρισμὸν ⸂τῶν ἁμαρτιῶν ποιησάμενος⸃ ἐκάθισεν ἐν δεξιᾷ τῆς μεγαλωσύνης ἐν ὑψηλοῖς,
BKJ O qual, sendo o resplendor de sua glória, e a imagem expressa de sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da Majestade nas alturas;
LTT O Qual (Filho), sendo o resplendor da glória dEle (Deus) e sendo a exata expressão da substância dEle 1521 (Deus), e todas as coisas sustentando pela palavra do Seu (do Filho) poder, depois de por- operação- de Si mesmo a purificação havendo feito dos nossos pecados 1522, então assentou-Se à mão- direita da Majestade, nas alturas; Sl 110:1
BJ2 É ele o resplendor de sua glória e a expressão do seu ser;[e] sustenta o universo com o poder de sua palavra; e depois de ter realizado a purificação dos pecados, sentou-se nas alturas à direita da Majestade,
VULG qui cum sit splendor gloriæ, et figura substantiæ ejus, portansque omnia verbo virtutis suæ, purgationem peccatorum faciens, sedet ad dexteram majestatis in excelsis :

hb 1: 4

Versão Versículo
ARA tendo-se tornado tão superior aos anjos quanto herdou mais excelente nome do que eles.
ARC Feito tanto mais excelente do que os anjos, quanto herdou mais excelente nome do que eles.
TB feito tanto mais excelente que os anjos quanto tem herdado nome mais excelente que eles.
BGB τοσούτῳ κρείττων γενόμενος τῶν ἀγγέλων ὅσῳ διαφορώτερον παρ’ αὐτοὺς κεκληρονόμηκεν ὄνομα.
BKJ tendo sido feito tanto melhor do que os anjos, assim obteve por herança um nome mais excelente do que eles.
LTT Tanto mais excelente havendo Ele (o Filho) sido feito ① do que os anjos, quanto mais excelente nome do que eles tem Ele herdado.
BJ2 tão superior aos anjos quanto o nome que herdou excede o deles.
VULG tanto melior angelis effectus, quanto differentius præ illis nomen hæreditavit.

hb 1: 5

Versão Versículo
ARA Pois a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei Pai, e ele me será Filho?
ARC Porque, a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho?
TB Pois a qual dos anjos disse jamais:
BGB Τίνι γὰρ εἶπέν ποτε τῶν ἀγγέλων· Υἱός μου εἶ σύ, ἐγὼ σήμερον γεγέννηκά σε, καὶ πάλιν· Ἐγὼ ἔσομαι αὐτῷ εἰς πατέρα, καὶ αὐτὸς ἔσται μοι εἰς υἱόν;
BKJ Porque a qual dos anjos disse ele alguma vez: Tu és meu Filho, neste dia te gerei? E outra vez: Eu serei para ele um Pai, e ele será para mim um Filho?
LTT Porque, a qual dos anjos Ele (Deus) jamais disse: "Tu és o Filho Meu; Eu, hoje, Te tenho gerado 1523."? E, outra vez: "Eu Lhe serei por Pai, e, Ele, Me será por Filho."? Sl 2:7
BJ2 De fato, a qual dos anjos disse Deus jamais: Tu és o meu Filho, eu hoje te gerei? Ou ainda: Eu lhe serei pai, e ele me será filho?
VULG Cui enim dixit aliquando angelorum : Filius meus es tu, ego hodie genui te ? Et rursum : Ego ero illi in patrem, et ipse erit mihi in filium ?

hb 1: 6

Versão Versículo
ARA E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.
ARC E quando outra vez introduz no mundo o primogênito, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.
TB Mas, quando outra vez introduzir o primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem.
BGB ὅταν δὲ πάλιν εἰσαγάγῃ τὸν πρωτότοκον εἰς τὴν οἰκουμένην, λέγει· Καὶ προσκυνησάτωσαν αὐτῷ πάντες ἄγγελοι θεοῦ.
BKJ E outra vez, quando traz ao mundo o primogênito, diz: E que todos os anjos de Deus o adorem.
LTT Mas outra vez, ao trazer o primeiro- nascido 1524 (dEle) para dentro do mundo, diz: "E O adorem todos os anjos de Deus."
BJ2 E ao introduzir o Primogênito no mundo,[f] diz novamente: Adorem-no todos os anjos de Deus.
VULG Et cum iterum introducit primogenitum in orbem terræ, dicit : Et adorent eum omnes angeli Dei.

hb 1: 7

Versão Versículo
ARA Ainda, quanto aos anjos, diz: Aquele que a seus anjos faz ventos, e a seus ministros, labareda de fogo;
ARC E, quanto aos anjos diz: O que de seus anjos faz ventos, e de seus ministros labareda de fogo.
TB A respeito dos anjos, diz:
BGB καὶ πρὸς μὲν τοὺς ἀγγέλους λέγει· Ὁ ποιῶν τοὺς ἀγγέλους αὐτοῦ πνεύματα, καὶ τοὺς λειτουργοὺς αὐτοῦ πυρὸς φλόγα·
BKJ E dos anjos diz: Quem faz dos seus anjos espíritos, e de seus ministros uma chama de fogo.
LTT E, em verdade, em referência aos anjos, Deus diz: "Aquele que está fazendo ① os Seus anjos para serem ventos ②; e (está fazendo) os Seus prestadores- de- serviço- de- culto (os anjos), para serem labareda de fogo ③." Sl 104:4
BJ2 A respeito dos anjos, porém, ele declara: Torna em vendavais os seus anjos, e em chama de fogo[g] os seus ministros.
VULG Et ad angelos quidem dicit : Qui facit angelos suos spiritus, et ministros suos flammam ignis.

hb 1: 8

Versão Versículo
ARA mas acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; e: Cetro de equidade é o cetro do seu reino.
ARC Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino.
TB acerca do Filho, porém, diz:
BGB πρὸς δὲ τὸν υἱόν· Ὁ θρόνος σου ὁ θεὸς εἰς τὸν αἰῶνα τοῦ αἰῶνος, ⸂καὶ ἡ ῥάβδος τῆς εὐθύτητος⸃ ῥάβδος τῆς βασιλείας ⸀σου.
BKJ Mas ao Filho ele diz: Teu trono, ó Deus, é para sempre e sempre; cetro de justiça é o cetro do teu reino.
LTT Para com o Filho, porém, (Deus) diz: "O Teu trono, ó Deus, subsiste para os séculos dos séculos. Cetro de justiça ① é o cetro do Teu reinar.
BJ2 Ao Filho, porém, diz: O teu trono, ó Deus, é para os séculos dos séculos; o cetro da retidão é o cetro de sua realeza.[h] E:
VULG Ad Filium autem : Thronus tuus Deus in sæculum sæculi : virga æquitatis, virga regni tui.

hb 1: 9

Versão Versículo
ARA Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria como a nenhum dos teus companheiros.
ARC Amaste a justiça e aborreceste a iniquidade; por isso Deus, o teu Deus te ungiu, com óleo de alegria mais do que a teus companheiros.
TB Amaste a justiça e odiaste a iniquidade;
BGB ἠγάπησας δικαιοσύνην καὶ ἐμίσησας ἀνομίαν· διὰ τοῦτο ἔχρισέν σε ὁ θεός, ὁ θεός σου, ἔλαιον ἀγαλλιάσεως παρὰ τοὺς μετόχους σου·
BKJ Amaste a justiça e odiaste a iniquidade; por isso Deus, também o teu Deus, te ungiu com o óleo da alegria mais do que a teus companheiros.
LTT Amaste a justiça e odiaste o desprezo- às- leis. Em razão disso, Deus, ① a saber, o Teu Deus, Te ungiu com o óleo da exultação ②, acima dos Teus companheiros 1525." Sl 45:6-7
BJ2 Amaste a justiça e odiaste a iniqüidade, por isso, ó Deus, te ungiu o teu Deus com o óleo da alegria como a nenhum dos teus companheiros.[i]
VULG Dilexisti justitiam, et odisti iniquitatem : propterea unxit te Deus, Deus tuus, oleo exultationis præ participibus tuis.

hb 1: 10

Versão Versículo
ARA Ainda: No princípio, Senhor, lançaste os fundamentos da terra, e os céus são obra das tuas mãos;
ARC E: Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, e os céus são obra de tuas mãos:
TB E:
BGB καί· Σὺ κατ’ ἀρχάς, κύριε, τὴν γῆν ἐθεμελίωσας, καὶ ἔργα τῶν χειρῶν σού εἰσιν οἱ οὐρανοί·
BKJ E tu, -Senhor, no princípio estabeleceste a fundação da terra, e os céus são as obras de tuas mãos.
LTT E: "Tu, no princípio, ó Senhor, para a terra lançaste o fundamento, e obraS das Tuas mãos são os céus.
BJ2 Diz ainda: És tu, Senhor, que nas origens fundaste a terra; e os céus são obras de tuas mãos.
VULG Et : Tu in principio, Domine, terram fundasti : et opera manuum tuarum sunt cæli.

hb 1: 11

Versão Versículo
ARA eles perecerão; tu, porém, permaneces; sim, todos eles envelhecerão qual veste;
ARC Eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles, como roupa, envelhecerão,
TB eles perecerão, mas tu permaneces;
BGB αὐτοὶ ἀπολοῦνται, σὺ δὲ διαμένεις· καὶ πάντες ὡς ἱμάτιον παλαιωθήσονται,
BKJ Eles perecerão, mas tu permaneces; e todos eles envelhecerão como acontece com a vestimenta;
LTT Eles far-se-ão perecer, mas Tu permaneces; e todos eles, tais como uma roupa, se tornarão velhos- e- degradados;
BJ2 Eles perecerão; tu, porém, permanecerás; todos hão de envelhecer como um vestido;
VULG Ipsi peribunt, tu autem permanebis, et omnes ut vestimentum veterascent :

hb 1: 12

Versão Versículo
ARA também, qual manto, os enrolarás, e, como vestes, serão igualmente mudados; tu, porém, és o mesmo, e os teus anos jamais terão fim.
ARC E como um manto os enrolarás, e como um vestido se mudarão, mas tu és o mesmo, e os teus anos não acabarão.
TB Tu os enrolarás como um manto,
BGB καὶ ὡσεὶ περιβόλαιον ἑλίξεις αὐτούς, ⸂ὡς ἱμάτιον⸃ καὶ ἀλλαγήσονται· σὺ δὲ ὁ αὐτὸς εἶ, καὶ τὰ ἔτη σου οὐκ ἐκλείψουσιν.
BKJ e como um manto tu irás dobrá-los e eles serão mudados; mas tu és o mesmo, e os teus anos não falharão.
LTT E, como um manto- envolvente, Tu os dobrarás- como- um- rolo, e serão trocados. Tu, porém, (sempre) o mesmo és ①, e os Teus anos não terão fim."
BJ2 e a todos enrolarás como um manto, e serão mudados como vestimenta.[j] Tu, porém, és sempre o mesmo, e os teus anos jamais terão fim.
VULG et velut amictum mutabis eos, et mutabuntur : tu autem idem ipse es, et anni tui non deficient.

hb 1: 13

Versão Versículo
ARA Ora, a qual dos anjos jamais disse: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por estrado dos teus pés?
ARC E a qual dos anjos disse jamais: Assenta-te à minha destra até que ponha a teus inimigos por escabelo de teus pés?
TB Mas acerca de qual dos anjos jamais disse:
BGB πρὸς τίνα δὲ τῶν ἀγγέλων εἴρηκέν ποτε· Κάθου ἐκ δεξιῶν μου ἕως ἂν θῶ τοὺς ἐχθρούς σου ὑποπόδιον τῶν ποδῶν σου;
BKJ Mas a qual dos anjos disse ele alguma vez: Assenta-te à minha destra, até que ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés?
LTT A qual, porém, dos anjos tem Ele (Deus) dito, jamais: "Assenta-Te Tu à Minha mão- direita, até que Eu ponha os Teus inimigos por estrado- para- os- pés, os Teus pés"? Sl 110:1.
BJ2 A qual dos anjos disse ele jamais: Senta-te à minha direita, até que eu reduza os teus inimigos a escabelo dos teus pés?
VULG Ad quem autem angelorum dixit aliquando : Sede a dextris meis, quoadusque ponam inimicos tuos scabellum pedum tuorum ?

hb 1: 14

Versão Versículo
ARA Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para serviço a favor dos que hão de herdar a salvação?
ARC Não são porventura todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?
TB Não são todos eles espíritos ministrantes, enviados para exercer o seu ministério a favor dos que hão de herdar a salvação?
BGB οὐχὶ πάντες εἰσὶν λειτουργικὰ πνεύματα εἰς διακονίαν ἀποστελλόμενα διὰ τοὺς μέλλοντας κληρονομεῖν σωτηρίαν;
BKJ Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para servir àqueles que serão herdeiros da salvação?
LTT Porventura não são todos eles (os anjos) espíritos prestadores- de- serviço- de- culto, para uma ação- de- servir estando eles sendo enviados em favor daqueles estando para herdar a salvação? 1526
BJ2 Porventura, não são to-dos eles espíritos servidores, enviados ao serviço dos que devem herdar a salvação?
VULG Nonne omnes sunt administratorii spiritus, in ministerium missi propter eos, qui hæreditatem capient salutis ?

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Hebreus 1:1

Gênesis 3:15 E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar.
Gênesis 6:3 Então, disse o Senhor: Não contenderá o meu Espírito para sempre com o homem, porque ele também é carne; porém os seus dias serão cento e vinte anos.
Gênesis 6:13 Então, disse Deus a Noé: O fim de toda carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra.
Gênesis 8:15 Então, falou Deus a Noé, dizendo:
Gênesis 9:1 E abençoou Deus a Noé e a seus filhos e disse-lhes: frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra.
Gênesis 12:1 Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.
Gênesis 26:2 E apareceu-lhe o Senhor e disse: Não desças ao Egito. Habita na terra que eu te disser;
Gênesis 28:12 E sonhou: e eis era posta na terra uma escada cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela.
Gênesis 32:24 Jacó, porém, ficou só; e lutou com ele um varão, até que a alva subia.
Gênesis 46:2 E falou Deus a Israel em visões, de noite, e disse: Jacó! Jacó! E ele disse: Eis-me aqui.
Êxodo 3:1 E apascentava Moisés o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote em Midiã; e levou o rebanho atrás do deserto e veio ao monte de Deus, a Horebe.
Números 12:6 E disse: Ouvi agora as minhas palavras; se entre vós houver profeta, eu, o Senhor, em visão a ele me farei conhecer ou em sonhos falarei com ele.
Joel 2:28 E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.
Lucas 1:55 (como falou a nossos pais) para com Abraão e sua posteridade, para sempre.
Lucas 1:72 e para manifestar misericórdia a nossos pais, e para lembrar-se do seu santo concerto
Lucas 24:27 E, começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras.
Lucas 24:44 E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos.
João 7:22 Pelo motivo de que Moisés vos deu a circuncisão (não que fosse de Moisés, mas dos pais), no sábado circuncidais um homem.
João 9:29 Nós bem sabemos que Deus falou a Moisés, mas este não sabemos de onde é.
Atos 2:30 Sendo, pois, ele profeta e sabendo que Deus lhe havia prometido com juramento que do fruto de seus lombos, segundo a carne, levantaria o Cristo, para o assentar sobre o seu trono,
Atos 13:32 E nós vos anunciamos que a promessa que foi feita aos pais, Deus a cumpriu a nós, seus filhos, ressuscitando a Jesus,
Atos 28:23 E, havendo-lhe eles assinalado um dia, muitos foram ter com ele à pousada, aos quais declarava com bom testemunho o Reino de Deus e procurava persuadi-los à fé de Jesus, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas, desde pela manhã até à tarde.
Hebreus 2:2 Porque, se a palavra falada pelos anjos permaneceu firme, e toda transgressão e desobediência recebeu a justa retribuição,
I Pedro 1:10 Da qual salvação inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada,
II Pedro 1:20 sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação;
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Hebreus 1:2

Gênesis 49:1 Depois, chamou Jacó a seus filhos e disse: Ajuntai-vos, e anunciar-vos-ei o que vos há de acontecer nos derradeiros dias;
Números 24:14 Agora, pois, eis que me vou ao meu povo; vem, avisar-te-ei do que este povo fará ao teu povo nos últimos dias.
Deuteronômio 4:30 Quando estiveres em angústia, e todas estas coisas te alcançarem, então, no fim de dias, te virarás para o Senhor, teu Deus, e ouvirás a sua voz.
Deuteronômio 18:15 O Senhor, teu Deus, te despertará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, como eu; a ele ouvireis;
Deuteronômio 31:29 Porque eu sei que, depois da minha morte, certamente vos corrompereis e vos desviareis do caminho que vos ordenei; então, este mal vos alcançará nos últimos dias, quando fizerdes mal aos olhos do Senhor, para o provocar à ira com a obra das vossas mãos.
Salmos 2:6 Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte Sião.
Provérbios 8:22 O Senhor me possuiu no princípio de seus caminhos e antes de suas obras mais antigas.
Isaías 2:2 E acontecerá, nos últimos dias, que se firmará o monte da Casa do Senhor no cume dos montes e se exalçará por cima dos outeiros; e concorrerão a ele todas as nações.
Isaías 9:6 Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Isaías 44:24 Assim diz o Senhor, teu Redentor, e que te formou desde o ventre: Eu sou o Senhor que faço todas as coisas, que estendo os céus e espraio a terra por mim mesmo;
Isaías 45:12 Eu fiz a terra e criei nela o homem; eu o fiz; as minhas mãos estenderam os céus e a todos os seus exércitos dei as minhas ordens.
Isaías 45:18 Porque assim diz o Senhor que tem criado os céus, o Deus que formou a terra e a fez; ele a estabeleceu, não a criou vazia, mas a formou para que fosse habitada: Eu sou o Senhor, e não há outro.
Isaías 53:10 Todavia, ao Senhor agradou o moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os dias, e o bom prazer do Senhor prosperará na sua mão.
Jeremias 30:24 Não voltará atrás o furor da ira do Senhor, até que tenha executado e até que tenha cumprido os desígnios do seu coração; no fim dos dias, entendereis isto.
Jeremias 48:47 Mas farei voltar os cativos de Moabe no último dos dias, diz o Senhor. Até aqui o juízo de Moabe.
Ezequiel 38:16 e subirás contra o meu povo de Israel, como uma nuvem, para cobrir a terra; no fim dos dias, sucederá que hei de trazer-te contra a minha terra, para que as nações me conheçam a mim, quando eu me houver santificado em ti os seus olhos, ó Gogue.
Daniel 2:28 Mas há um Deus nos céus, o qual revela os segredos; ele, pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de ser no fim dos dias; o teu sonho e as visões da tua cabeça na tua cama são estas:
Daniel 10:14 Agora, vim para fazer-te entender o que há de acontecer ao teu povo nos derradeiros dias; porque a visão é ainda para muitos dias.
Oséias 3:5 Depois, tornarão os filhos de Israel e buscarão o Senhor, seu Deus, e Davi, seu rei; e temerão o Senhor e a sua bondade, no fim dos dias.
Miquéias 4:1 Mas, nos últimos dias, acontecerá que o monte da Casa do Senhor será estabelecido no cume dos montes e se elevará sobre os outeiros, e concorrerão a ele os povos.
Mateus 3:17 E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.
Mateus 17:5 E, estando ele ainda a falar, eis que uma nuvem luminosa os cobriu. E da nuvem saiu uma voz que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; escutai-o.
Mateus 21:38 Mas os lavradores, vendo o filho, disseram entre si: Este é o herdeiro; vinde, matemo-lo e apoderemo-nos da sua herança.
Mateus 26:63 E Jesus, porém, guardava silêncio. E, insistindo o sumo sacerdote, disse-lhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.
Mateus 28:18 E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.
Marcos 1:1 Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus.
Marcos 12:6 Tendo ele, pois, ainda um, seu filho amado, enviou-o também a estes por derradeiro, dizendo: Ao menos terão respeito ao meu filho.
João 1:3 Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.
João 1:14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
João 1:17 Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.
João 3:16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
João 3:25 Houve, então, uma questão entre os discípulos de João e um judeu, acerca da purificação.
João 13:3 Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus, e que ia para Deus,
João 15:15 Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor, mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer.
João 16:15 Tudo quanto o Pai tem é meu; por isso, vos disse que há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar.
João 17:2 assim como lhe deste poder sobre toda carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste.
Atos 2:17 E nos últimos dias acontecerá, diz Deus, que do meu Espírito derramarei sobre toda a carne; e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos jovens terão visões, e os vossos velhos sonharão sonhos;
Atos 10:36 A palavra que ele enviou aos filhos de Israel, anunciando a paz por Jesus Cristo (este é o Senhor de todos),
Romanos 1:4 declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, ? Jesus Cristo, nosso Senhor,
Romanos 8:17 E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.
I Coríntios 8:6 todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele.
I Coríntios 15:25 Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés.
Gálatas 4:4 mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei,
Efésios 1:10 de tornar a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra;
Efésios 1:20 que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e pondo-o à sua direita nos céus,
Efésios 3:9 e demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou;
Filipenses 2:9 Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome,
Colossenses 1:16 porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele.
Hebreus 1:5 Porque a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho?
Hebreus 1:8 Mas, do Filho, diz: Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos, cetro de equidade é o cetro do teu reino.
Hebreus 2:3 como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos, depois, confirmada pelos que a ouviram;
Hebreus 2:8 Todas as coisas lhe sujeitaste debaixo dos pés. Ora, visto que lhe sujeitou todas as coisas, nada deixou que lhe não esteja sujeito. Mas, agora, ainda não vemos que todas as coisas lhe estejam sujeitas;
Hebreus 5:8 Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu.
Hebreus 7:3 sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida, mas, sendo feito semelhante ao Filho de Deus, permanece sacerdote para sempre.
Hebreus 9:26 Doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas, agora, na consumação dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo.
Hebreus 11:3 Pela fé, entendemos que os mundos, pela palavra de Deus, foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente.
I Pedro 1:20 o qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado, nestes últimos tempos, por amor de vós;
II Pedro 3:3 sabendo primeiro isto: que nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências
Judas 1:18 os quais vos diziam que, no último tempo, haveria escarnecedores que andariam segundo as suas ímpias concupiscências.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Hebreus 1:3

I Crônicas 29:11 Tua é, Senhor, a magnificência, e o poder, e a honra, e a vitória, e a majestade; porque teu é tudo quanto há nos céus e na terra; teu é, Senhor, o reino, e tu te exaltaste sobre todos como chefe.
Jó 37:22 o esplendor de ouro vem do norte; pois em Deus há uma tremenda majestade.
Salmos 75:3 Dissolve-se a terra e todos os seus moradores, mas eu fortaleci as suas colunas. (Selá)
Salmos 110:1 Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés.
Eclesiastes 8:4 Porque a palavra do rei tem poder; e quem lhe dirá: Que fazes?
Miquéias 5:4 E ele permanecerá e apascentará o povo na força do Senhor, na excelência do nome do Senhor, seu Deus; e eles permanecerão, porque agora será ele engrandecido até aos fins da terra.
Mateus 22:24 dizendo: Mestre, Moisés disse: Se morrer alguém, não tendo filhos, casará o seu irmão com a mulher dele e suscitará descendência a seu irmão.
Marcos 16:19 Ora, o Senhor, depois de lhes ter falado, foi recebido no céu e assentou-se à direita de Deus.
Lucas 20:42 Visto como o mesmo Davi diz no livro dos Salmos: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita,
João 1:4 Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens;
João 1:14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
João 1:29 No dia seguinte, João viu a Jesus, que vinha para ele, e disse: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
João 14:9 Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?
Atos 2:33 De sorte que, exaltado pela destra de Deus e tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou isto que vós agora vedes e ouvis.
Atos 7:56 e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, que está em pé à mão direita de Deus.
Romanos 1:16 Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego.
Romanos 8:34 Quem os condenará? Pois é Cristo quem morreu ou, antes, quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.
II Coríntios 4:4 nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.
II Coríntios 4:6 Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo.
Efésios 1:20 que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e pondo-o à sua direita nos céus,
Colossenses 1:15 o qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;
Colossenses 3:1 Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus.
Hebreus 4:14 Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão.
Hebreus 7:27 que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente, por seus próprios pecados e, depois, pelos do povo; porque isso fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo.
Hebreus 8:1 Ora, a suma do que temos dito é que temos um sumo sacerdote tal, que está assentado nos céus à destra do trono da Majestade,
Hebreus 9:12 nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção.
Hebreus 9:16 Porque, onde há testamento, necessário é que intervenha a morte do testador.
Hebreus 9:26 Doutra maneira, necessário lhe fora padecer muitas vezes desde a fundação do mundo; mas, agora, na consumação dos séculos, uma vez se manifestou, para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo.
Hebreus 10:12 mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus,
Hebreus 12:2 olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.
I Pedro 1:21 e por ele credes em Deus, que o ressuscitou dos mortos e lhe deu glória, para que a vossa fé e esperança estivessem em Deus.
I Pedro 3:22 o qual está à destra de Deus, tendo subido ao céu, havendo-se-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e as potências.
II Pedro 1:16 Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas, mas nós mesmos vimos a sua majestade,
I João 1:7 Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo pecado.
I João 3:5 E bem sabeis que ele se manifestou para tirar os nossos pecados; e nele não há pecado.
Judas 1:25 ao único Deus, Salvador nosso, por Jesus Cristo, nosso Senhor, seja glória e majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém!
Apocalipse 3:21 Ao que vencer, lhe concederei que se assente comigo no meu trono, assim como eu venci e me assentei com meu Pai no seu trono.
Apocalipse 4:11 Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder, porque tu criaste todas as coisas, e por tua vontade são e foram criadas.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Hebreus 1:4

Salmos 2:7 Recitarei o decreto: O Senhor me disse: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei.
Efésios 1:21 acima de todo principado, e poder, e potestade, e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro.
Filipenses 2:9 Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome,
Colossenses 1:18 E ele é a cabeça do corpo da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência,
Colossenses 2:10 E estais perfeitos nele, que é a cabeça de todo principado e potestade;
II Tessalonicenses 1:7 e a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu, com os anjos do seu poder,
Hebreus 1:9 Amaste a justiça e aborreceste a iniquidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros.
Hebreus 2:9 vemos, porém, coroado de glória e de honra aquele Jesus que fora feito um pouco menor do que os anjos, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos.
I Pedro 3:22 o qual está à destra de Deus, tendo subido ao céu, havendo-se-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e as potências.
Apocalipse 5:11 E olhei e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono, e dos animais, e dos anciãos; e era o número deles milhões de milhões e milhares de milhares,
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Hebreus 1:5

II Samuel 7:14 Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e, se vier a transgredir, castigá-lo-ei com vara de homens e com açoites de filhos de homens.
I Crônicas 17:13 Eu lhe serei por pai, e ele me será por filho; e a minha benignidade não desviarei dele, como a tirei daquele que foi antes de ti.
I Crônicas 22:10 Este edificará casa ao meu nome; ele me será por filho, e eu a ele por pai; e confirmarei o trono de seu reino sobre Israel, para sempre.
I Crônicas 28:6 E me disse: Teu filho Salomão, ele edificará a minha casa e os meus átrios, porque o escolhi para filho e eu lhe serei por pai.
Salmos 2:7 Recitarei o decreto: O Senhor me disse: Tu és meu Filho; eu hoje te gerei.
Salmos 89:26 Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, e a rocha da minha salvação.
Atos 13:33 como também está escrito no Salmo segundo: Meu filho és tu; hoje te gerei.
Hebreus 5:5 Assim, também Cristo não se glorificou a si mesmo, para se fazer sumo sacerdote, mas glorificou aquele que lhe disse: Tu és meu Filho, hoje te gerei.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Hebreus 1:6

Deuteronômio 32:43 Jubilai, ó nações, com o seu povo, porque vingará o sangue dos seus servos, e sobre os seus adversários fará tornar a vingança, e terá misericórdia da sua terra e do seu povo.
Salmos 97:7 Confundidos sejam todos os que servem a imagens de escultura, que se gloriam de ídolos inúteis; prostrai-vos diante dele todos os deuses.
Provérbios 8:24 Antes de haver abismos, fui gerada; e antes ainda de haver fontes carregadas de águas.
Lucas 2:9 E eis que um anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor.
João 1:14 E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.
João 1:18 Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, este o fez conhecer.
João 3:16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Romanos 8:29 Porque os que dantes conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.
Colossenses 1:15 o qual é imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação;
Colossenses 1:18 E ele é a cabeça do corpo da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência,
Hebreus 1:5 Porque a qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, hoje te gerei? E outra vez: Eu lhe serei por Pai, e ele me será por Filho?
Hebreus 10:5 Pelo que, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo me preparaste;
I Pedro 3:22 o qual está à destra de Deus, tendo subido ao céu, havendo-se-lhe sujeitado os anjos, e as autoridades, e as potências.
I João 4:9 Nisto se manifestou 4o amor de Deus para conosco: que Deus enviou seu Filho unigênito ao mundo, para que por ele vivamos.
Apocalipse 1:5 e da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados,
Apocalipse 5:9 E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação;
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Hebreus 1:7

II Reis 2:11 E sucedeu que, indo eles andando e falando, eis que um carro de fogo, com cavalos de fogo, os separou um do outro; e Elias subiu ao céu num redemoinho.
II Reis 6:17 E orou Eliseu e disse: Senhor, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o Senhor abriu os olhos do moço, e viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu.
Salmos 104:4 Faz dos ventos seus mensageiros, dos seus ministros, um fogo abrasador.
Isaías 6:2 Os serafins estavam acima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobriam o rosto, e com duas cobriam os pés, e com duas voavam.
Ezequiel 1:13 E, quanto à semelhança dos animais, o seu parecer era como brasas de fogo ardentes, como uma aparência de tochas; o fogo corria por entre os animais, e o fogo resplandecia, e do fogo saíam relâmpagos.
Daniel 7:10 Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões estavam diante dele; assentou-se o juízo, e abriram-se os livros.
Zacarias 6:5 E o anjo respondeu e me disse: Estes são os quatro ventos do céu, saindo donde estavam perante o Senhor de toda a terra.
Hebreus 1:14 Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Hebreus 1:8

Deuteronômio 2:37 Somente à terra dos filhos de Amom não chegaste; nem a toda a borda do ribeiro de Jaboque, nem às cidades da montanha, nem a coisa alguma que nos proibira o Senhor, nosso Deus.
Deuteronômio 7:14 Bendito serás mais do que todos os povos; nem macho nem fêmea entre ti haverá estéril, nem entre os teus animais.
II Samuel 23:3 Disse o Deus de Israel, a Rocha de Israel a mim me falou: Haverá um justo que domine sobre os homens, que domine no temor de Deus.
Salmos 45:6 O teu trono, ó Deus, é eterno e perpétuo; o cetro do teu reino é um cetro de equidade.
Salmos 72:1 Ó Deus, dá ao rei os teus juízos e a tua justiça, ao filho do rei.
Salmos 72:7 Nos seus dias florescerá o justo, e abundância de paz haverá enquanto durar a lua.
Salmos 72:11 E todos os reis se prostrarão perante ele; todas as nações o servirão.
Salmos 99:4 E a força do Rei ama o juízo; tu firmas a equidade, fazes juízo e justiça em Jacó.
Salmos 145:13 O teu reino é um reino eterno; o teu domínio estende-se a todas as gerações.
Isaías 7:14 Portanto, o mesmo Senhor vos dará um sinal: eis que uma virgem conceberá, e dará à luz um filho, e será o seu nome Emanuel.
Isaías 9:6 Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Isaías 32:1 Reinará um rei com justiça, e dominarão os príncipes segundo o juízo.
Isaías 45:21 Anunciai, e chegai-vos, e tomai conselho todos juntos; quem fez ouvir isso desde a antiguidade? Quem, desde então, o anunciou? Porventura, não sou eu, o Senhor? E não há outro Deus senão eu; Deus justo e Salvador, não há fora de mim.
Isaías 45:25 Mas no Senhor será justificada e se gloriará toda a descendência de Israel.
Jeremias 23:5 Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; sendo rei, reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra.
Jeremias 38:15 Disse Jeremias a Zedequias: Se eu ta declarar, com certeza, não me matarás? E, aconselhando-te eu, ouvir-me-ás?
Oséias 1:7 Mas da casa de Judá me compadecerei e os salvarei pelo Senhor, seu Deus; pois não os salvarei pelo arco, nem pela espada, nem pela guerra, nem pelos cavalos, nem pelos cavaleiros.
Zacarias 9:9 Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre e montado sobre um jumento, sobre um asninho, filho de jumenta.
Zacarias 13:9 E farei passar essa terceira parte pelo fogo, e a purificarei, como se purifica a prata, e a provarei, como se prova o ouro; ela invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: É meu povo; e ela dirá: O Senhor é meu Deus.
Malaquias 3:1 Eis que eu envio o meu anjo, que preparará o caminho diante de mim; e, de repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o anjo do concerto, a quem vós desejais; eis que vem, diz o Senhor dos Exércitos.
Mateus 1:23 Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel. (Emanuel traduzido é: Deus conosco).
Lucas 1:16 E converterá muitos dos filhos de Israel ao Senhor, seu Deus,
João 10:30 Eu e o Pai somos um.
João 10:33 Os judeus responderam, dizendo-lhe: Não te apedrejamos por alguma obra boa, mas pela blasfêmia, porque, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo.
João 20:28 Tomé respondeu e disse-lhe: Senhor meu, e Deus meu!
Romanos 9:5 dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém!
I Coríntios 15:25 Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés.
I Timóteo 3:16 E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou em carne foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo e recebido acima, na glória.
Tito 2:13 aguardando a bem-aventurada esperança e o aparecimento da glória do grande Deus e nosso Senhor Jesus Cristo,
Hebreus 3:3 Porque ele é tido por digno de tanto maior glória do que Moisés, quanto maior honra do que a casa tem aquele que a edificou.
II Pedro 1:11 Porque assim vos será amplamente concedida a entrada no Reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
I João 5:20 E sabemos que já o Filho de Deus é vindo e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Hebreus 1:9

Salmos 2:2 Os reis da terra se levantam, e os príncipes juntos se mancomunam contra o Senhor e contra o seu ungido, dizendo:
Salmos 2:6 Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte Sião.
Salmos 11:5 O Senhor prova o justo, mas a sua alma aborrece o ímpio e o que ama a violência.
Salmos 23:5 Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos, unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda.
Salmos 33:5 Ele ama a justiça e o juízo; a terra está cheia da bondade do Senhor.
Salmos 37:28 Porque o Senhor ama o juízo e não desampara os seus santos; eles são preservados para sempre; mas a descendência dos ímpios será desarraigada.
Salmos 40:8 Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu; sim, a tua lei está dentro do meu coração.
Salmos 45:7 Tu amas a justiça e aborreces a impiedade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros.
Salmos 89:20 Achei a Davi, meu servo; com o meu santo óleo o ungi;
Salmos 89:26 Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, e a rocha da minha salvação.
Salmos 119:104 Pelos teus mandamentos, alcancei entendimento; pelo que aborreço todo falso caminho. Nun.
Salmos 119:128 Por isso, tenho, em tudo, como retos todos os teus preceitos e aborreço toda falsa vereda. Pê.
Provérbios 8:13 O temor do Senhor é aborrecer o mal; a soberba, e a arrogância, e o mau caminho, e a boca perversa aborreço.
Isaías 61:1 O Espírito do Senhor Jeová está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos e a abertura de prisão aos presos;
Isaías 61:3 a ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê ornamento por cinza, óleo de gozo por tristeza, veste de louvor por espírito angustiado, a fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado.
Isaías 61:8 Porque eu, o Senhor, amo o juízo, e aborreço a iniquidade; eu lhes darei sua recompensa em verdade e farei um concerto eterno com eles.
Amós 5:15 Aborrecei o mal, e amai o bem, e estabelecei o juízo na porta; talvez o Senhor, o Deus dos Exércitos, tenha piedade do resto de José.
Zacarias 8:17 e nenhum de vós pense mal no seu coração contra o seu companheiro, nem ame o juramento falso; porque todas estas coisas eu aborreço, diz o Senhor.
Lucas 4:18 O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração,
João 1:41 Este achou primeiro a seu irmão Simão e disse-lhe: Achamos o Messias (que, traduzido, é o Cristo).
João 3:34 Porque aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus, pois não lhe dá Deus o Espírito por medida.
João 20:17 Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.
Atos 4:27 Porque, verdadeiramente, contra o teu santo Filho Jesus, que tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel,
Atos 10:38 como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.
Romanos 12:9 O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem.
Romanos 15:13 Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo.
I Coríntios 1:9 Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para a comunhão de seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor.
II Coríntios 11:31 O Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que é eternamente bendito, sabe que não minto.
Gálatas 5:22 Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Efésios 1:3 Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo,
Filipenses 2:9 Pelo que também Deus o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome,
Hebreus 2:11 Porque, assim o que santifica como os que são santificados, são todos de um; por cuja causa não se envergonha de lhes chamar irmãos,
Hebreus 7:26 Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus,
I Pedro 1:3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua grande misericórdia, nos gerou de novo para uma viva esperança, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos,
I João 1:3 o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo.
Apocalipse 2:6 Tens, porém, isto: que aborreces as obras dos nicolaítas, as quais eu também aborreço.
Apocalipse 2:15 Assim, tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu aborreço.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Hebreus 1:10

Gênesis 1:1 No princípio, criou Deus os céus e a terra.
Deuteronômio 4:19 e não levantes os teus olhos aos céus e vejas o sol, e a lua, e as estrelas, todo o exército dos céus, e sejas impelido a que te inclines perante eles, e sirvas àqueles que o Senhor, teu Deus, repartiu a todos os povos debaixo de todos os céus.
Salmos 8:3 Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas que preparaste;
Salmos 19:1 Os céus manifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.
Salmos 102:25 Desde a antiguidade fundaste a terra; e os céus são obra das tuas mãos.
Provérbios 8:29 quando punha ao mar o seu termo, para que as águas não trespassassem o seu mando; quando compunha os fundamentos da terra,
Isaías 42:5 Assim diz Deus, o Senhor, que criou os céus, e os estendeu, e formou a terra e a tudo quanto produz, que dá a respiração ao povo que nela está e o espírito, aos que andam nela.
Isaías 48:13 Também a minha mão fundou a terra, e a minha destra mediu os céus a palmos; eu os chamarei, e aparecerão juntos.
Isaías 51:13 E te esqueces do Senhor, que te criou, que estendeu os céus e fundou a terra, e temes todo o dia o furor do angustiador, quando se prepara para destruir? Onde está o furor daquele que te atribulava?
Isaías 64:8 Mas, agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai; nós, o barro, e tu, o nosso oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos.
Jeremias 32:17 Ah! Senhor Jeová! Eis que tu fizeste os céus e a terra com o teu grande poder e com o teu braço estendido; não te é maravilhosa demais coisa alguma.
Zacarias 12:1 Peso da palavra do Senhor sobre Israel. Fala o Senhor, o que estende o céu, e que funda a terra, e que forma o espírito do homem dentro dele.
João 1:1 No princípio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.
Apocalipse 3:14 E ao anjo da igreja que está em Laodiceia escreve: Isto diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Hebreus 1:11

Salmos 10:16 O Senhor é Rei eterno; da sua terra serão desarraigados os gentios.
Salmos 29:10 O Senhor se assentou sobre o dilúvio; o Senhor se assenta como Rei perpetuamente.
Salmos 90:2 Antes que os montes nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a eternidade, tu és Deus.
Isaías 34:4 E todo o exército dos céus se gastará, e os céus se enrolarão como um livro, e todo o seu exército cairá como cai a folha da vide e como cai o figo da figueira.
Isaías 41:4 Quem operou e fez isso, chamando as gerações desde o princípio? Eu, o Senhor, o primeiro, e com os últimos, eu mesmo.
Isaías 44:6 Assim diz o Senhor, Rei de Israel e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro e eu sou o último, e fora de mim não há Deus.
Isaías 50:9 Eis que o Senhor Jeová me ajuda; quem há que me condene? Eis que todos eles, como vestes, se envelhecerão, e a traça os comerá.
Isaías 51:6 Levantai os olhos para os céus e olhai para a terra de baixo, porque os céus desaparecerão como a fumaça, e a terra se envelhecerá como uma veste, e os seus moradores morrerão como mosquitos; mas a minha salvação durará para sempre, e a minha justiça não será quebrantada.
Isaías 51:8 Porque a traça os roerá como a uma veste, e o bicho os comerá como à lã; mas a minha justiça durará para sempre, e a minha salvação, de geração em geração.
Isaías 65:17 Porque eis que eu crio céus novos e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão.
Mateus 24:35 O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.
Marcos 13:31 Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão.
Lucas 21:33 Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não hão de passar.
Hebreus 12:27 E esta palavra: Ainda uma vez, mostra a mudança das coisas móveis, como coisas feitas, para que as imóveis permaneçam.
II Pedro 3:7 Mas os céus e a terra que agora existem pela mesma palavra se reservam como tesouro e se guardam para o fogo, até o Dia do Juízo e da perdição dos homens ímpios.
Apocalipse 1:11 que dizia: O que vês, escreve-o num livro e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodiceia.
Apocalipse 1:17 E eu, quando o vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; eu sou o Primeiro e o Último
Apocalipse 2:8 E ao anjo da igreja que está em Esmirna escreve: Isto diz o Primeiro e o Último, que foi morto e reviveu:
Apocalipse 20:11 E vi um grande trono branco e o que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles.
Apocalipse 21:1 E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Hebreus 1:12

Êxodo 3:14 E disse Deus a Moisés: Eu Sou o Que Sou. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: Eu Sou me enviou a vós.
Salmos 90:4 Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite.
Salmos 102:26 Eles perecerão, mas tu permanecerás; todos eles, como uma veste, envelhecerão; como roupa os mudarás, e ficarão mudados.
João 8:58 Disse-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo que, antes que Abraão existisse, eu sou.
Hebreus 13:8 Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente.
Tiago 1:17 Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Hebreus 1:13

Josué 10:24 E sucedeu que, sendo trazidos aqueles reis a Josué, este chamou todos os homens de Israel e disse aos capitães da gente de guerra, que com eles foram: Chegai e ponde os vossos pés sobre os pescoços destes reis. E chegaram e puseram os seus pés sobre os seus pescoços.
Salmos 21:8 A tua mão alcançará todos os teus inimigos; a tua mão direita alcançará aqueles que te aborrecem.
Salmos 110:1 Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha mão direita, até que ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés.
Salmos 132:18 Vestirei os seus inimigos de confusão; mas sobre ele florescerá a sua coroa.
Isaías 63:3 Eu sozinho pisei no lagar, e dos povos ninguém se achava comigo; e os pisei na minha ira e os esmaguei no meu furor; e o seu sangue salpicou as minhas vestes, e manchei toda a minha vestidura.
Mateus 22:44 Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés.
Marcos 12:36 O próprio Davi disse pelo Espírito Santo: O Senhor disse ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo dos teus pés.
Lucas 19:27 E, quanto àqueles meus inimigos que não quiseram que eu reinasse sobre eles, trazei-os aqui e matai-os diante de mim.
Lucas 20:42 Visto como o mesmo Davi diz no livro dos Salmos: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita,
Atos 2:34 Porque Davi não subiu aos céus, mas ele próprio diz: Disse o Senhor ao meu Senhor: Assenta-te à minha direita,
Atos 7:55 Mas ele, estando cheio do Espírito Santo e fixando os olhos no céu, viu a glória de Deus e Jesus, que estava à direita de Deus,
I Coríntios 15:25 Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés.
Hebreus 1:3 O qual, sendo o resplendor da sua glória, e a expressa imagem da sua pessoa, e sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados, assentou-se à destra da Majestade, nas alturas;
Hebreus 10:12 mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, está assentado para sempre à destra de Deus,
Apocalipse 19:11 E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O que estava assentado sobre ele chama-se Fiel e Verdadeiro e julga e peleja com justiça.
Apocalipse 20:15 E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Hebreus 1:14

Gênesis 19:15 E, ao amanhecer, os anjos apertaram com Ló, dizendo: Levanta-te, toma tua mulher e tuas duas filhas que aqui estão, para que não pereças na injustiça desta cidade.
Gênesis 32:1 E foi também Jacó o seu caminho, e encontraram-no os anjos de Deus.
Gênesis 32:24 Jacó, porém, ficou só; e lutou com ele um varão, até que a alva subia.
I Reis 22:19 Então, disse ele: Ouve, pois, a palavra do Senhor: Vi o Senhor assentado sobre o seu trono, e todo o exército do céu estava junto a ele, à sua mão direita e à sua esquerda.
Jó 1:6 E vindo um dia em que os filhos de Deus vieram apresentar-se perante o Senhor, veio também Satanás entre eles.
Salmos 34:7 O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra.
Salmos 91:11 Porque aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para te guardarem em todos os teus caminhos.
Salmos 103:20 Bendizei ao Senhor, anjos seus, magníficos em poder, que cumpris as suas ordens, obedecendo à voz da sua palavra.
Salmos 104:4 Faz dos ventos seus mensageiros, dos seus ministros, um fogo abrasador.
Isaías 6:2 Os serafins estavam acima dele; cada um tinha seis asas: com duas cobriam o rosto, e com duas cobriam os pés, e com duas voavam.
Daniel 3:28 Falou Nabucodonosor e disse: Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos, que confiaram nele, pois não quiseram cumprir a palavra do rei, preferindo entregar os seus corpos, para que não servissem nem adorassem algum outro deus, senão o seu Deus.
Daniel 6:22 O meu Deus enviou o seu anjo e fechou a boca dos leões, para que não me fizessem dano, porque foi achada em mim inocência diante dele; e também contra ti, ó rei, não tenho cometido delito algum.
Daniel 7:10 Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões estavam diante dele; assentou-se o juízo, e abriram-se os livros.
Daniel 9:21 estando eu, digo, ainda falando na oração, o varão Gabriel, que eu tinha visto na minha visão ao princípio, veio voando rapidamente e tocou-me à hora do sacrifício da tarde.
Daniel 10:11 E me disse: Daniel, homem mui desejado, está atento às palavras que te vou dizer e levanta-te sobre os teus pés; porque eis que te sou enviado. E, falando ele comigo esta palavra, eu estava tremendo.
Mateus 1:20 E, projetando ele isso, eis que, em sonho, lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo.
Mateus 2:13 E, tendo-se eles retirado, eis que o anjo do Senhor apareceu a José em sonhos, dizendo: Levanta-te, e toma o menino e sua mãe, e foge para o Egito, e demora-te lá até que eu te diga, porque Herodes há de procurar o menino para o matar.
Mateus 13:41 Mandará o Filho do Homem os seus anjos, e eles colherão do seu Reino tudo o que causa escândalo e os que cometem iniquidade.
Mateus 13:49 Assim será na consumação dos séculos: virão os anjos e separarão os maus dentre os justos.
Mateus 18:10 Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre veem a face de meu Pai que está nos céus.
Mateus 24:31 E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.
Mateus 25:34 Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo;
Lucas 1:19 E, respondendo o anjo, disse-lhe: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado a falar-te e dar-te estas alegres novas.
Lucas 1:23 E sucedeu que, terminados os dias de seu ministério, voltou para sua casa.
Lucas 2:9 E eis que um anjo do Senhor veio sobre eles, e a glória do Senhor os cercou de resplendor, e tiveram grande temor.
Lucas 2:13 E, no mesmo instante, apareceu com o anjo uma multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus e dizendo:
Lucas 16:22 E aconteceu que o mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado.
Atos 5:19 Mas, de noite, um anjo do Senhor abriu as portas da prisão e, tirando-os para fora, disse:
Atos 10:3 Este, quase à hora nona do dia, viu claramente numa visão um anjo de Deus, que se dirigia para ele e dizia: Cornélio!
Atos 11:22 E chegou a fama destas coisas aos ouvidos da igreja que estava em Jerusalém; e enviaram Barnabé até Antioquia,
Atos 12:7 E eis que sobreveio o anjo do Senhor, e resplandeceu uma luz na prisão; e, tocando a Pedro no lado, o despertou, dizendo: Levanta-te depressa! E caíram-lhe das mãos as cadeias.
Atos 12:23 No mesmo instante, feriu-o o anjo do Senhor, porque não deu glória a Deus; e, comido de bichos, expirou.
Atos 13:2 E, servindo eles ao Senhor e jejuando, disse o Espírito Santo: Apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra a que os tenho chamado.
Atos 16:26 E, de repente, sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se moveram, e logo se abriram todas as portas, e foram soltas as prisões de todos.
Atos 27:23 Porque, esta mesma noite, o anjo de Deus, de quem eu sou e a quem sirvo, esteve comigo,
Romanos 8:17 E, se nós somos filhos, somos, logo, herdeiros também, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo; se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados.
Romanos 13:6 Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo.
Romanos 15:16 que eu seja ministro de Jesus Cristo entre os gentios, ministrando o evangelho de Deus, para que seja agradável a oferta dos gentios, santificada pelo Espírito Santo.
Romanos 15:27 Isto lhes pareceu bem, como devedores que são para com eles. Porque, se os gentios foram participantes dos seus bens espirituais, devem também ministrar-lhes os temporais.
II Coríntios 9:12 Porque a administração desse serviço não só supre as necessidades dos santos, mas também redunda em muitas graças, que se dão a Deus,
Gálatas 3:7 Sabei, pois, que os que são da fé são filhos de Abraão.
Gálatas 3:9 De sorte que os que são da fé são benditos com o crente Abraão.
Gálatas 3:29 E, se sois de Cristo, então, sois descendência de Abraão e herdeiros conforme a promessa.
Efésios 3:6 a saber, que os gentios são coerdeiros, e de um mesmo corpo, e participantes da promessa em Cristo pelo evangelho;
Filipenses 2:17 E, ainda que seja oferecido por libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, folgo e me regozijo com todos vós.
Filipenses 2:25 Julguei, contudo, necessário mandar-vos Epafrodito, meu irmão, e cooperador, e companheiro nos combates, e vosso enviado para prover às minhas necessidades;
II Tessalonicenses 1:7 e a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu, com os anjos do seu poder,
Tito 3:7 para que, sendo justificados pela sua graça, sejamos feitos herdeiros, segundo a esperança da vida eterna.
Hebreus 5:9 E, sendo ele consumado, veio a ser a causa de eterna salvação para todos os que lhe obedecem,
Hebreus 6:12 para que vos não façais negligentes, mas sejais imitadores dos que, pela fé e paciência, herdam as promessas.
Hebreus 6:17 Pelo que, querendo Deus mostrar mais abundantemente a imutabilidade do seu conselho aos herdeiros da promessa, se interpôs com juramento,
Hebreus 8:6 Mas agora alcançou ele ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor concerto, que está confirmado em melhores promessas.
Hebreus 10:11 E assim todo sacerdote aparece cada dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar pecados;
Tiago 2:5 Ouvi, meus amados irmãos. Porventura, não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam?
I Pedro 1:4 para uma herança incorruptível, incontaminável e que se não pode murchar, guardada nos céus para vós
I Pedro 1:12 Aos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam estas coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, para as quais coisas os anjos desejam bem atentar.
I Pedro 3:7 Igualmente vós, maridos, coabitai com ela com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus coerdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações.
Judas 1:14 E destes profetizou também Enoque, o sétimo depois de Adão, dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos,
Apocalipse 5:6 E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro animais viventes e entre os anciãos um Cordeiro, como havendo sido morto, e tinha sete pontas e sete olhos, que são os sete Espíritos de Deus enviados a toda a terra.

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 1519

Hebreus, NOTA PREAMBULAR:
Acreditamos que Hebreus foi o primeiro livro da Bíblia cujas palavras (cada letra) o Espírito Santo assoprou para PAULO escrever, em algum tempo entre 35 a 37 dC, quando passou 3 anos no deserto da Arábia (não muito depois de sua salvação), aprendendo diretamente de o Cristo Gl 1:11-18.
À objeção que Paulo foi designado por Deus para ser o apóstolo [primordialmente] para os gentios Rm 11:13; 1Tm 2:7; 2Tm 1:11 (ao passo que Pedro e os demais apóstolos continuaram o sendo [primordialmente] para os judeus Gl 2:7,Gl 2:8), pode ser respondido que:
1) Provavelmente foi por isso que Paulo, em Hebreus, não se assume como apóstolo (nem mesmo dá seu nome: este foi o propósito de o Deus soberano);
2) "Primordialmente" não implica "única e exclusivamente, sempre e sempre, sem exceção";
3) Deus também deu a Paulo o pregar e ensinar aos judeus At 9:15-4) Pedro, como apóstolo para os judeus, sempre avalizou os ensinos de Paulo 2Pe 3:15-16, isto faria com que os eles aceitassem Hebreus, mesmo na hipótese de ter sido escrito por Paulo.
Hebreus é a primeira das denominadas "epístolas universais" (He-Ap). Estas epístolas, embora, por um lado, tenham muito ensino para os crentes da dispensação das assembleias locais, por outro lado (assim como grande parte da Escritura Sagrada) nem sempre se referem e aplicam primariamente a tais assembleias locais.
Portanto:

A) Tudo que foi escrito por Paulo E explicitamente endereçado a uma assembleia local ou a um seu membro (isto inclui Rm- Fm e exclui He, mesmo que escrito por Paulo) aplica-se sempre (primária e direta e total e forçosamente) a nós, os salvos pertencentes à dispensação das assembleias locais. E
B) Todo o restante do Novo Testamento (Mt- At, He- Ap) (embora 100% inspirado verbal e plenária e inerrável e infalivelmente 2Tm 3:16; embora, mesmo que por exemplos e comparações indiretas, tendo sido escrito para o nosso ensino Rm 15:4; sendo proveitoso para doutrinar, redarguir, corrigir, e instruir 2Tm 3:16; e contendo muitas e maravilhosas aplicações para a atual dispensação das assembleias) na realidade é primariamente (ou pelo menos em algumas passagens, particularmente ao falar sobre a salvação ou a segunda vinda de o Cristo até à terra) intencionado e direcionado [primariamente] para:

B.A) O judeu ainda do Velho Testamento (e.g., a mensagem de João, o submersor); ou
B.B) O grupo misto (de antes da diáspora do ano
70) de judeus (o remanescente fiel de Israel) já salvos e judeus ainda no vestíbulo da salvação (sendo atraídos pelo Cristo mas ainda ligados ao Velho Testamento e ainda não estando realmente nEle) (e.g. Hb 6:1). Note que, se Hebreus sempre se aplicasse 100% a nós, então estaria ensinando que nenhum crente é participante de o Cristo e que somente se tornará isto no fim desta vida e se esteve firme até seu último segundo (Hb 3:14); que, se ele perdesse sua salvação, jamais poderia a receber de volta (Hb 6:1-6); e que, se ele pecar de propósito depois que foi salvo, então não há sacrifício que o livre de queimar eternamente no inferno (Hb 10:26-31)!!!; ou
B.C) Aqueles judeus (o remanescente fiel de Israel) que serão salvos durante os 7 anos da Tribulação (e.g. Mt 24:26), ou os seus descendentes que serão salvos durante o Milênio,

e só se aplica DIRETAMENTE a nós, da dispensação das assembleias locais, NA MEDIDA EM QUE NÃO CONFLITE com Rm- Fm.

Em particular, o livro de Hebreus algumas vezes se aplica:

B) A uma situação temporária e de TRANSIÇÃO, a um grupo de JUDEUS de antes da Diáspora do ano 70, grupo este que parece ser MISTO (contraste Hb 5:12-13 vs. Hb 6:9-11), tendo alguns membros já salvos e pertencentes a esta dispensação, e tendo outros membros ainda no vestíbulo da salvação, isto é, ainda (pelo menos parcialmente) crendo à maneira do Velho Testamento [isto é, já sendo atraídos para o Cristo, mas ainda NÃO realmente estando nEle! Somente nEle!]); e/ou
C) Àqueles judeus que serão salvos durante os 7 anos da Tribulação, ou durante o Milênio.
D) William Booth, fundador do Exército da Salvação, dizia "Hebreus é uma epístola de um hebreu escrevendo para hebreus, para que eles deixem de pensar e agir como hebreus."

Ver nota de rodapé seguinte, e http://solascriptura-tt.org/SoteriologiaESantificacao/HaSalvacaoPorMisturaFeObras-Helio.htm

Maiores detalhes sobre DISPENSACIONALISMO no site da Igreja de Quinta do Conde (http://www.iqc.pt.vu/):

Ser Dispensacionalista
As Dispensações
Dividindo bem a Palavra da Verdade
Os Princípios e as Dispensações de Deus
A Divisão Mais 1mportante da Bíblia
Distinções Bíblicas
Embaixadores de Cristo
Dons Sinais - Milagres
O Sábado
Os Ensinos de Jesus

(Muito da redação dessa nota preambular resultou de frutuoso diálogo com o irmão Victor Paço, mesmo que eventualmente não concordemos totalmente em alguns detalhes mais finos)


 1520

HEBREUS: Complemento da NOTA PREAMBULAR:
Sim, "toda- e- cada Escritura é dada- por- assopro- de- Deus e é proveitosa para doutrinação, para reprovação, para correição, para paternal- instrução- até- por- castigos (aquela (paternal- instrução- até- por- castigos) que é em justiça);" (2Tm 3:16); sim, "...tudo o que previamente foi escrito, para o nosso ensino foi previamente escrito, a fim de que, através da paciência e da consolação das Escrituras, esperança tenhamos." (Rm 15:4); sim, toda a Escritura tem sempre três aplicações: histórica, devocional e doutrinária; sim, nunca há problemas com a aplicação histórica e a devocional; mas são somente Rm - Fm que foram explicitamente escritas e sempre se aplicam total e DIRETAMENTE a nós, os crentes desta dispensação das assembleias locais. Repitamos: são somente Rm - Fm que sempre se aplicam direta e integralmente a nós. Portanto, sempre que há uma aparente contradição entre um verso desta parte e outro verso das demais partes da Bíblia (particularmente ao falar sobre a salvação ou a 2ª vinda de o Cristo até à terra), tudo fica fácil e imediatamente resolvido se ambos os contextos nos dão permissão (quase sempre o dão) para interpretar que o versículo em Rm - Fm se aplica diretamente a nós (os crentes da dispensação das assembleias locais), e o outro a outras pessoas, de outras dispensações. Repitamos, para que não deixemos dúvidas: tudo de toda a Bíblia que não contradiz algo de Rm - Fm se aplica a nós, mas se algum verso do restante da Bíblia aparentemente contradiz um verso de Rm – Fm (particularmente ao falar sobre a salvação ou a 2ª vinda de o Cristo até à terra), preste bem atenção ao seu contexto e notará que é bem possível que não se aplica direta e totalmente a nós, os salvos desta dispensação das assembleias locais.
Citamos Humberto Rafeiro "Toda a Escritura tem sempre três aplicações: histórica, devocional e doutrinária. Embora nunca haja problema com as duas primeiras, às vezes surge algum problema na aplicação doutrinária, quando esta é feita fora da dispensação e para o 'público alvo' a que se destina. Claro está que muitas vezes temos doutrina comum em várias dispensações e aos vários 'público alvo'. 'Não matarás' foi instituído na Lei mas ainda hoje está em vigor, portanto esta doutrina permeia todas as dispensações subsequentes à sua instauração pela lei. Mas quando vemos choque entre doutrinas, temos que ver [distinguir] a que dispensação essa doutrina pertence."


 ①

 ①

KJB.


 1521

Hb 1:3 "O QUAL (FILHO), SENDO O RESPLENDOR DA GLÓRIA DELE (DEUS) E SENDO A EXATA EXPRESSÃO DA SUBSTÂNCIA DELE (DEUS)": Tradutores da NIV americana aqui desprezam que {5481 charaktêr} é "a expressão exata", que {5277 hupostasêos}" é "o ser real", é "a substância real" de uma pessoa, e que, portanto, {5481 charaktêr 3588 tês 5287 hupostasews} deve ser traduzido como "a exata expressão da substância dEle (Deus)", e adulteram isto para "SENDO A EXATA REPRESENTAÇÃO DO SEU SER", que implica que o Cristo é uma réplica de Deus, não coigual, não em uma essência com o Pai e o Espírito Santo, mas é somente uma cópia, ou, pior, uma mera representação! Chequem alguns bons exegetas dos séculos passados.


 ①

 1523

Hb 1:5 "EU, HOJE, TE TENHO GERADO": o Palavra, a 2ª pessoa de a Trindade, é Deus eterno (Jo 1:1); mas recebeu corpo humano perfeito somente ao ser gerado pelo Espírito Santo dentro do útero de Maria, em um dia específico, quando o Palavra Eterno passou a ser, também, o Filho Unigênito de Deus.


 1524

Hb 1:6 - {3439 monogenes} (literalmente, MONO- GERADO, UNIGÊNITO), de Jo 1:14,Jo 1:18;Jo 3:16,Jo 3:18;Jo 4:9, refere-se à geração do corpo que foi dado a o Palavra eterno, no dia da Sua concepção no útero de Maria.
- "E O adorem todos os anjos de Deus" é citação de Sl 97:1, tal salmo refere-se à 2ª vinda de Cristo e ao Seu reinar, portanto Hb 1:6 também.
- O Verbo Eterno não é o PRIMOGÊNITO no sentido de ter sido o primeiro a ser criado: a maioria dos crentes interpreta {4416 prwtotokos} (literalmente, PRIMEIRO- PARIDO) como se referindo à infinitamente suprema PREEMINÊNCIA do Verbo Eterno (que é Deus Altíssimo e Criador), sobre toda a criação, à semelhança do direito de um primeiro nascido; eu interpreto que se refere ao fato de o corpo de o Cristo ter sido o primeiro a ser ressuscitado glorificado, ver Ap 1:15 e notas de Cl 1:15,Cl 1:18.


 ①

criados, no primeiro dia da criação.


 ②

"ventos": compare Ex 13:21-22; Sl 104:3? Ou "espíritos"?


 ③

"labareda de fogo": compare Ap 8:7-8;Ap 14:18;Ap 19:8?


 ①

Gr. "retidão".


 1525

Hb 1:9 "os Teus COMPANHEIROS": os companheiros de o Cristo são os salvos, no sentido que terão o mesmo tipo de corpo, glorificado, e estarão na eterna companhia dEle.


 ①

no Sl 45:7 Symmachus diz que pode ser considerado vocativo "Em razão disso, ó Deus, Te ungiu o Teu Deus."


 ②

exultação do perfeito triunfo Hb 12:2.


 ①

"és" ou "permaneces". Sl 102:25-27


 1526

Hb 1:14 ANJOS ESTÃO A SERVIÇO DOS CRENTES? NÃO! Os anjos são escravos executando as ordens somente de a Trindade, nunca dos homens. Mesmo quando as ordens de Deus aos Seus anjos são em favor dos homens, elas são segundo a soberana vontade e o plano dEle.


Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 1)

Reis do Reino de duas tribos, ao sul Reino de Judá
997 a.C.

Roboão: 17 anos

980

Abias (Abião): 3 anos

978

Asa: 41 anos

937

Jeosafá: 25 anos

913

Jeorão: 8 anos

c. 906

Acazias: 1 ano

c. 905

Rainha Atalia: 6 anos

898

Jeoás: 40 anos

858

Amazias: 29 anos

829

Uzias (Azarias): 52 anos

Reis do Reino de dez tribos, ao norte Reino de Israel
997 a.C.

Jeroboão: 22 anos

c. 976

Nadabe: 2 anos

c. 975

Baasa: 24 anos

c. 952

Elá: 2 anos

Zinri: 7 dias (c. 951)

Onri e Tibni: 4 anos

c. 947

Onri (sozinho): 8 anos

c. 940

Acabe: 22 anos

c. 920

Acazias: 2 anos

c. 917

Jeorão: 12 anos

c. 905

Jeú: 28 anos

876

Jeoacaz: 14 anos

c. 862

Jeoacaz e Jeoás: 3 anos

c. 859

Jeoás (sozinho): 16 anos

c. 844

Jeroboão II: 41 anos

Lista de profetas

Joel

Elias

Eliseu

Jonas

Amós


Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 2)

Reis do reino de Judá (continuação)
777 a.C.

Jotão: 16 anos

762

Acaz: 16 anos

746

Ezequias: 29 anos

716

Manassés: 55 anos

661

Amom: 2 anos

659

Josias: 31 anos

628

Jeoacaz: 3 meses

Jeoiaquim: 11 anos

618

Joaquim: 3 meses e 10 dias

617

Zedequias: 11 anos

607

Jerusalém e seu templo são destruídos pelos babilônios durante o reinado de Nabucodonosor. Zedequias, o último rei da linhagem de Davi, é tirado do trono

Reis do reino de Israel (continuação)
c. 803 a.C.

Zacarias: reinado registrado de apenas 6 meses

Em algum sentido, Zacarias começou a reinar, mas pelo visto seu reinado não foi plenamente confirmado até c. 792

c. 791

Salum: 1 mês

Menaém: 10 anos

c. 780

Pecaías: 2 anos

c. 778

Peca: 20 anos

c. 758

Oseias: 9 anos a partir de c. 748

c. 748

Parece que foi somente em c. 748 que o reinado de Oseias foi plenamente estabelecido ou recebeu o apoio do monarca assírio Tiglate-Pileser III

740

A Assíria conquista Samaria e domina 1srael; o reino de Israel de dez tribos, ao norte, chega ao seu fim

Lista de profetas

Isaías

Miqueias

Sofonias

Jeremias

Naum

Habacuque

Daniel

Ezequiel

Obadias

Oseias


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Saulo Cesar Ribeiro da Silva

hb 1:1
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários às Cartas de Paulo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
Saulo Cesar Ribeiro da Silva

Ao chegarmos ao sexto volume da coleção O Evangelho por Emmanuel, é preciso reconhecer que grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso, queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.

Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação Espírita Brasileira, particularmente à diretoria da instituição, pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa, e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.

Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.

Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor e à Ana Clara, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.

A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa através da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.

A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.

A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão Maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o Seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.

A Deus, inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.



hb 1:2
Fonte Viva

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 148
Página: 333
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
Saulo Cesar Ribeiro da Silva

“A quem constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo.” — PAULO (Hb 1:2)


Cede aos poderes humanos respeitáveis o que lhes cabe por direito lógico da vida, mas não te esqueças de dar ao Senhor o que lhe pertence. (Mt 22:21)

Esta fórmula conciliadora do Evangelho permanece, ainda, palpitante de interesse para o bem-estar do mundo.

Não convém concentrar em organizações mutáveis do Plano carnal todas as nossas esperanças e aspirações.

O homem interior renova-se diariamente. Por isso, a ciência que lhe atende as reclamações, nos minutos que passam, não é a mesma que o servia, nas horas que se foram, e a do futuro será muito diversa daquela que o auxilia no presente. A política do pretérito deu lugar à política das lutas modernas. Ao triunfo sanguinolento dos mais fortes ao tempo da selvageria sem peias, seguiu-se a autocracia militarista. A força cedeu à autoridade, a autoridade ao direito. No setor das atividades religiosas, o esforço evolutivo não tem sido menor.

Em vista de semelhantes realidades, por que te apaixonas, com tanta veemência, por criaturas falíveis e programas transitórios?

Os homens de hoje, por mais veneráveis, são herdeiros dos homens de ontem, empenhados na luta gigantesca pela redenção de si mesmos. Poderão prometer maravilhosos reinados de abastança e paz, liberdade e harmonia, entretanto, não fugirão ao serviço de corrigenda dos erros que herdaram, não só daqueles que os antecederam, no campo dos compromissos coletivos, mas igualmente de suas próprias experiências passadas, em tenebrosos desvios do sentimento.

A civilização de agora é sucessora das civilizações que faliram.

As nações que se restauram aproveitam as nações que se desfizeram.

As organizações que surgem na atualidade guardam a herança das que desapareceram na voragem da discórdia e da tirania.

Examinando a fisionomia indisfarçável da verdade, como hipertrofiar o sentimento, definindo-te, em absoluto, por instituições terrestres que carecem, acima de tudo, de teu próprio auxílio espiritual?

Como pode a casa sem teto abrigar-te da intempérie?

A planta do arranha-céu, inteligentemente traçada no pergaminho, ainda não é a construção mantenedora da legítima segurança.

Não existem, pois, razões que justifiquem os tormentos dos aprendizes do Cristo, angustiados pelas inquietudes políticas da hora que passa; semelhante estado dalma é simples produto de inadvertência perigosa, porque todos devemos saber que os homens falíveis não podem erguer obras infalíveis e que compete a nós outros, partidários do Mestre, a posição de trabalhadores sinceros, chamados a servir e cooperar na obra paciente e longa, mas definitiva e eterna, daquele a quem o Pai “constituiu herdeiro de tudo, por quem fez também o mundo”.



hb 1:11
Caminho, Verdade e Vida

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 72
Página: 159
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
Saulo Cesar Ribeiro da Silva

“Eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles, como roupa, envelhecerão.” — PAULO (Hb 1:11)


Fala-nos o Eclesiastes (Ec 3:1) das vaidades e da aflição dos homens, no torvelinho das ambições desvairadas da Terra.

Desde os primeiros tempos da família humana, existem criaturas confundidas nos falsos valores do mundo. Entretanto, bastaria meditar alguns minutos na transitoriedade de tudo o que palpita no campo das formas para compreender-se a soberania do Espírito.

Consultai a pompa dos museus e a ruína das civilizações mortas. Com que fim se levantaram tantos monumentos e arcos de triunfo? Tudo funcionou como roupagem do pensamento. A ideia evolutiu, enriqueceu-se o espírito e os envoltórios antigos permanecem a distância.

As mãos calejadas na edificação das colunas brilhantes aprenderam com o trabalho os luminosos segredos da vida. Todavia, quantas amarguras experimentaram os loucos que disputaram, até à morte, para possuí-las?

Valei-vos de todas as ocasiões de serviço, como sagradas oportunidades na marcha divina para Deus.

Valiosa é a escassez, porque traz a disciplina.

Preciosa é a abundância, porque multiplica as formas do bem.

Uma e outra, contudo, perecerão algum dia. Na Esfera carnal, a glória e a miséria constituem molduras de temporária apresentação. Ambas passam. Somente Jesus e a Lei Divina perseveram para nós outros, como portas de vida e redenção.




Honório Onofre de Abreu

hb 1:3
Religião Cósmica

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 3
Wagner Gomes da Paixão
Honório Onofre de Abreu
(Gênesis 1:1, JO 1:1-3, Hebreus 1:3, Colossenses 1:16-17, Salmos 19:1, Romanos 1:20)

Muito inspirador distender os olhos para o Céu e sonhar com os mundos felizes, guardando os pés chafurdados na Terra... Curiosamente, ao vencermos as faixas mais densas do planeta, entendemos o quão sagrado é esse solo terráqueo, esse alicerce de vida interior, sem o qual não lograríamos nos projetar ao Infinito... Por mais belas e habilidosas sejam as nossas mãos, elas não seriam o que são sem o apoio dos pés a segurar o corpo em que essas mãos se ajustam. Parece óbvio, mas há aí uma ciência e uma poesia que nos desafiam os sentidos. É o efeito da simplicidade que nunca será sinônimo de inexperiência ou ingenuidade. Naquele ambiente do Instituto de Pitágoras eu bem podia sorver o efeito da depuração espiritual de Seres muito avançados em escalas variadas, porque a nota dominante neles era a tal simplicidade. Uma sabedoria calma e diligente, humilde e fervorosa, como ainda não sentira e não vira na Terra... Definitivamente, a improvisação não é obra de Deus, apenas ansiedade ou vaidade do homem!


Busco, nestes singelos relatos, dividir as notas luminescentes do pensamento de Sócrates para um efeito didático, já que o meio por que pude colher as ondas de vida daquele Arauto do Cristo ultrapassam o mecanismo elementar de aprendizado terreno — que reduz consideravelmente as potências do Espírito que necessita reencarnar e viver mais de sensações do que de sentimentos eletivos. Aí no mundo, predomina a "sobrevivência", pois a grande maioria dos habitantes da Terra está em condição revisional de posturas elementares, para fixação dos alicerces morais. Aqui, no ambiente dos sábios e dos que buscam decifrar a natureza essencial do Criador e Pai, o que prevalece são os valores essenciais do Espírito — e notese que ainda não estamos falando dos anjos, dos arcanjos. O elo que se forma num grupamento como o que integrei por algum tempo se dá por afinidade mental, expressando os anseios de evolução consciente em Deus, mas com lastro em sentimentos laborados nas pelejas das reencarnações, mesmo que essas experiências não contenham, todas, um cunho de acerto e de correção, mas que expressem, porém, notas de conscientização e abertura de alma, de coração, para a vida mais alta.


Ao expor, com poderosa carga vibracional que nos impactou a todos, a verdade de que "pensamento é vida", o grande Instrutor encadeou, através de imagens sublimes que se projetavam de sua mente, o Princípio e o Verbo, os Seres e os mundos, os átomos e as consciências, os orbes e as mentes que os acrisolam em galáxias, em constelações, demonstrando que tudo está contido na Emanação Inteligentíssima de Deus... Ali estava a divina síntese: Deus, Espírito e Matéria! "As criações mentais ainda primitivas ajudam a formar os fulcros de vida embrionária, quando os Princípios Inteligentes se agrupam, formando ninhos de possibilidades energéticas como elementos coaguladores dos anseios imediatistas dos que apenas se despertam para a vida, com suas mentes embotadas pela matéria diversificada em que foram acalentados e donde surgem para a depuração psíquica, no rumo da espiritualidade genuína... ".


Ao sintetizar a Lei de Interdependência para surgimento de "campos vibratórios" como os que conhecemos na Crosta terrena, na feição de elementos minerais, vegetais e animais — que formam os alicerces para surgimento do homem —, vislumbrava as multiformas desses reinos naturais, recamados de vida e da vibração pulsante de Princípios e Seres, uns ansiando embrionariamente e outros coordenando a força desses anseios, num ensaio de humanização, prestes a se desabrochar em vida organizada e moral... "É real?... " - indagou o ex-esposo de Xantipa, provocandonos as percepções em desenvolvimento no Além. "Sim, essas cocriações elementares são reais para o universo da relatividade, porque no Plano do Absoluto, do Insondável, todas essas formalizações são irreais, são apenas "plasmagens" sem fundamento espiritual de longo curso... Os homens começam a estudar a força do pensamento e vão descobrindo que todo o sensório cerebral é simples decodificador da potência que estua no Cosmos. A música existe em cadências diversas, em oitavas múltiplas, para interpretação momentânea dos Seres, consoante sua capacidade de auscultação e sensibilidade, mas as notas essenciais que são ordenadas pelas pautas, compondo as sinfonias, revelam o sentimento do Criador, a se expressar na Criação em dinamismo e beleza sem fim. São ondas de amor que se propagam, se refundem, se reinventam... ".


O sublime expositor nos capacitava a compreender que as cadeias de pensamento são como as estruturas que vão da intimidade atômica às estrelas em conjugação, associando Princípios e Seres em evolução, em expansão de possibilidades, para cumprimento do determinismo divino: a perfeição e a felicidade!



Clóvis Tavares Flávio Mussa Tavares

hb 1:14
Luz na Escola

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 12
Francisco Cândido Xavier
Diversos
Clóvis Tavares Flávio Mussa Tavares

Já Augusto Comte dizia, em suas intuições do positivismo, que os vivos são sempre, e cada vez mais, governados, necessariamente, pelos “mortos”. Sim, os seres que atravessaram a porta da morte exercem sobre os que ficaram notáveis influências. E as entidades de luz são bem aqueles anjos de que fala o escritor da epístola aos hebreus, aqueles “espíritos ministradores enviados para servir em favor daqueles que hão de herdar a salvação”. (Hb 1:14.)

No Rio de Janeiro, em julho último, o prezado confrade Manuel Quintão, vice-presidente da Federação Espírita Brasileira, contou-me um fato que bem demonstra, insofismavelmente, a .

Estava o nosso irmão em julho do ano findo de 1939, e resolveu repor em seu lugar o piano da sala, afastado por motivo de limpeza do prédio. Ao segurá-lo, porém, ao dispender os esforços necessários, esquecido de que sua avançada idade não lhe permitiria tamanho gasto de energias, seu corpo, exausto das lutas da vida, não resiste e sofre o nosso confrade contorção da coluna vertebral, caindo ao chão, debaixo de fortes dores. É imediatamente levado para o leito, onde permanece, com a visita inesperada de violentas dores físicas. Enquanto o corpo padece, o espírito trabalha e pensamentos tristes invadem-lhe a mente. O nosso irmão julga não resistir ao choque violento e intimamente calcula que é chegada a hora de deixar a existência planetária. Não sente esperança de cura, notando os rigores da dor física que o retém ao leito.

Dois dias após o ocorrido, da cidade de Pedro Leopoldo o médium Francisco Cândido Xavier, ignorando completamente o acontecido no Rio de Janeiro, escreve pequena e aflitiva carta ao irmão Manuel Quintão, acompanhada de uma confortadora mensagem de Emmanuel. O sábio e bondoso Espírito, ciente do fato doloroso, escreve pelo lápis de Francisco Xavier palavras de ânimo dirigidas ao vice-presidente da Casa de Ismael. Ei-las:


Meu amigo, que Jesus te conceda constantemente ao coração os tesouros de sua paz sacrossanta, restaurando as tuas energias, postas a serviço da semeadura de suas verdade divinas. Não preciso das fórmulas humanas para levar-te a minha visita fraternal, com os meus votos de tranquilidade em nosso divino Mestre, mas sinto-me bem dentro da possibilidade de consolidar esses votos, com a cooperação do instrumento humano.

Temos estado junto de ti, insuflando-te ao coração a coragem necessária para as lutas terrestres. Os anos do mundo são bem os marcos da excursão pelo aprendizado e quando a alma encarnada se senta à beira do caminho, compelida pelo repouso forçado, é quando as meditações tristes a invadem, como se o coração mergulhasse num crepúsculo… Sim, meu amigo, é suave a contemplação das estrelas do céu da consciência, lavada das preocupações inferiores do mundo, mas na minha visita afetuosa e amiga eu ainda não te posso falar no descanso nas perspectivas celestes do Plano invisível, mas sim do trabalho que ainda nos compete no centro das tarefas terrenas. Também eu tenho o meu quinhão de fadigas, porquanto se o operário humano está envolto nas vibrações da carne, o trabalhador invisível encontra-se submerso nos fluidos que circundam os ambientes terrestres. E esses fluidos são, por vezes, bem pesados.

Amigos nossos te auxiliam com a necessária assistência espiritual infundindo-te novas forças, pois as leiras de “Ismael” esperam as tuas mãos. Bastará um repouso físico de mais alguns dias e as tuas reservas vitais, com a dispensa da misericórdia divina em teu favor, e em benefício de nossos trabalhos, estarão novamente restabelecidas.

Não te entregues aos pensamentos relativos às vésperas da Espiritualidade, porquanto a tua cooperação no serviço evangélico é ainda indispensável ao nosso próprio esforço no Plano terrestre. Em companhia de outros amigos espirituais, tenho cooperado, com a minha contribuição humilde, nas aplicações fluídicas, levadas a efeito para o teu restabelecimento físico e para a manutenção da tua serenidade interior.

Fica assim, registrada, em nosso livro do coração, a minha visita fraterna. E que o Mestre dos mestres te ampare o Espírito através das lutas na Terra, conservando-te, acima de tudo, a fé e a paz do espírito, é a súplica fervorosa do irmão e servo,


Emmanuel

Acompanhando a mensagem, verdadeiramente enigmática para o médium, este escreveu algumas linhas a Manuel Quintão:


Pedro Leopoldo, 9 de julho de 1939.

Meu caro Quintão,

[…] Psicografando a parte diária do novo romance de Emmanuel (50 anos depois), recebi estas páginas que este nosso amigo do Alto me pediu para endereçar-lhe. Estou muito preocupado… O meu amigo foi vítima de algum acidente? Estarei enganado? Nada direi a ninguém, nem mesmo ao Pedro, se chegar a vê-lo hoje à noite, até que me venha alguma confirmação daí. Permita Deus que esteja bem. Não sei o que terá acontecido. Peço-lhe escrever-me, ouviu? Escrevi-lhe no dia 2 e não posso dizer que suas notícias estejam demorando, pois hoje é 9. Mas em face do comunicado de Emmanuel, dirigido a si, tenho o coração em cuidados por sua saúde. Aguardo suas notícias com a urgência possível, para meu esclarecimento […].


Chico

O leitor tem diante do cérebro e do coração um fato indiscutível; é ocioso qualquer comentário. O fato é clamante.

O caso citado é trazido ao conteúdo desse testemunho humilde porque um outro fato, muitíssimo semelhante a esse, se deu aqui em Campos, com referência à mensagem de Olímpia de Andrade. Artur Xavier dos Santos ficou satisfeito com a mensagem de sua mãe adotiva, recebida a 27 de julho. No dia seguinte, Francisco Xavier embarcou de volta a Pedro Leopoldo. Duas semanas depois, justamente na noite de 9 de agosto, sexta-feira, após a reunião doutrinária de costume, sou procurado pelo Artur, que me pergunta se um espírito comunicando-se pode demonstrar desconhecimento da situação de amigos seus já desencarnados também. Respondi-lhe que sim, era fato comum e explicável. Então o nosso irmão Artur apresenta-me uma carta, vinda de Niterói, e recebida na véspera, onde lhe era noticiado, entre outros fatos, a desencarnação da Sra. Adelaide, ocorrida no dia 29 de maio passado. A Sra. Adelaide é a mesma referida na mensagem de Olímpia de Andrade. Artur inquiriu-me, assim, o motivo de Olímpia de Andrade, Espírito, haver enviado sua palavra afetuosa à Sra. Adelaide, se esta já não pertencia mais ao mundo material desde maio. Por que Olímpia desconhecia a nova situação de Adelaide? Respondi-lhe não haver nada de anormal no fato, lembrando que, na pátria espiritual, os espíritos têm variadas tarefas e situações e, por isso, nem sempre estão atualizados com os acontecimentos da Terra. Lembrei-lhe ainda o fato de, ele, Artur dos Santos, vivendo na Terra, desconhecer até a véspera a desencarnação da Sra. Adelaide, ocorrida em Niterói havia cerca de um mês. Campos situa-se próximo a Niterói, mas ambas as famílias não mantinham correspondência constante, em que pese os laços afetivos.  Desse modo, não são todos os Espíritos desencarnados, não obstante os laços respeitáveis que os ligam à Terra, que podem conhecer todos os acontecimentos planetários.

O jovem Artur demonstrou-se satisfeito com a explicação que a Doutrina fornece e que lhe foi transmitida. Entretanto, eu supus, intimamente, que Artur conservasse dúvidas íntimas. Achava que eu não lhe explicara convenientemente a simplicidade e naturalidade do fato.

A hora dessa conversação foi as 21h30 de sexta-feira, 9 de agosto de 1940. Dois dias depois, como no caso do amigo Quintão, escreve-me uma carta o irmão Xavier, nos seguintes termos:


Pedro Leopoldo, 11 de agosto de 1940.

Meu prezado Clóvis,

Meus votos de saúde […]. Já coloquei no correio uma carta registrada, que te enderecei com alguns cartões para irmãos nossos daí. Agora pego novamente a pena, como no dia que escrevi a Manuel Quintão (lembras do fato que ele te contou?) para te enviar a página inclusa que recebi na manhã de hoje e que Emmanuel me recomendou fosse destinada ao teu coração. Não devo duvidar se devo ou não enviar-te a mesma. Faço-o como o fiz com o Quintão e espero que me digas o que há. Do que houver espero as tuas notícias com a possível brevidade, ouviste? Se a mesma página não tiver significação, espero ainda, assim mesmo, as tuas notícias a respeito.

Escrevo-te apressadamente e deixarei estas linhas para que sejam postas ainda hoje no correio, porque tenciono ir agora a Belo Horizonte para voltar amanhã e quero aproveitar a primeira condução. Lembranças a todos. […] com um abraço, sou o teu irmão e servo humilde de sempre,


Chico

E anexo a mensagem de Emmanuel:

Meu amigo,

Deus te abençoe o coração.

A nossa irmã encontra-se em lutas que a entidade comunicante não conhece. Chegar em primeiro lugar numa corrida não indica que o vencedor da partida deva ser o mais sábio dos concorrentes.

Apesar de sentir-se consolada em seu mundo íntimo, a nossa irmã Olímpia está na situação de uma pessoa ausente do círculo estreito do plano familiar, fortalecendo-se depois de experiências muito penosas e rudes.

A lição a extrair-se é de que a morte do corpo é separação, mas nunca um milagre, como se fora um banho de sabedoria. É por esse motivo que, como nas demais escolas religiosas, o Espiritismo tem os seus problemas transcendentes, como o da observação em curso, cuja elucidação é do domínio do santuário, onde toda razão deve contar com as luzes purificadas do sentimento.


Emmanuel

Nada mais é preciso acrescentar. Discutam-se teorias, mas os fatos são indiscutíveis.


Clóvis Tavares


[Ação piedosa do bem, alterado para: Ação piedosa dos Espíritos do bem]


A distância de Campos a Niterói é de 240 km. Outro detalhe é que a comunicação à época, 1940, era feita quase que totalmente via correios. (N. O. Flávio Mussa Tavares.)



Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

hb 1:2
Sabedoria do Evangelho - Volume 2

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 2
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 3:16-21


16. Deus teve, pois, tanta predileção pelo mundo, que deu seu Filho, o Unigênito, para que todo o que nele crê, ao invés de perder-se, tenha a vida imanente.


17. Pois Deus não enviou seu Filho ao mundo para julgar o mundo, mas para que o mundo seja preservado por meio dele.


18. Quem nele crê não é julgado; o que não crê, já está julgado, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus.


19. O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, pois eram más suas obras,


20. porque todo o que faz coisas inferiores aborrece a luz, e não vem para a luz, para que suas obras não sejam inculpadas;


21. mas aquele que faz a verdade, chega-se para a luz, para que sejam manifestadas suas obras, porque foram feitas em Deus.


Neste ponto, o evangelista toma a palavra para comentar os ensinos de Jesus a Nicodemos. Os verbos são empregados agora no passado, e suas primeiras palavras ουτως γαρ são as que geralmente iniciam seus comentários pessoais (cfr. 2:25; 4:8; 5:13, 20; 6:6, 33; 13:11).
Convida-nos João a buscar a razão íntima dos ensinamentos: o amor de Deus, que é universal, e não apenas restrito aos elementos de uma determinada religião: Deus ama O MUNDO τον κοσµον.
Interessante observar o verbo utilizado no início do versículo. Em grego há três verbos que exprime "amar" : φιλειν, que é "amar de amizade, querer bem"; εραν, que significa "amar de amor, apaixonarse"; e αγαπειν que quer dizer "amar com preferência, ter predileção por". Neste trecho, é empregado esse último: "ter predileção ou carinho especial pelo mundo".

Tanto assim, que (oração consecutiva) deu seu Filho, aquele Filho Unigênito que é a própria manifesta ção divina nos universos ilimitados, o Cristo C6smco, para que "todo aquele que nele crê", e que viva a sua vida, não se perca. mas obtenha uma vida divina IMANENTE na perfeita união.


VIDA "ETERNA" = VIDA IMANENTE


A tradução corrente das palavras gregas ξωη αιωνιος é "VIDA ETERNA".

No entanto, essa interpretação não nos parece correta. Senão vejamos.


1. º - Se esse fora o sentido: "quem crer nele terá a vida eterna, isto significaria que, quem não cresse não teria a vida eterna, e portanto deveria ter seu "espírito" destruído, aniquilado (morte do espírito).


Mesmo se admitíssemos o "castigo eterno" (absurdo inconcebível), mesmo assim o espírito teria a vida eterna, embora não crendo em Jesus. Então, que "promessa" seria essa, que vantagem traria o fato de crer em Cristo?


2. º - Poderia admitir-se que Jesus aceitava, com isso, a doutrina dos fariseus, tão bem esplanada por Josefo (Ant. Jud. 18, 1, 3): "Os fariseus acreditam que possuem um vigor imortal e os virtuosos terão o poder de ressuscitar e viver de novo"; e mais (Bell. Jud. 2, 5, 11): "Ensinam os fariseus que as almas são imortais; que as almas dos justos passam, depois desta vida, para outros corpos, e as dos maus sofrem tormentos eternamente". Quando fala do suicídio, repete essa mesma teoria (Bell. Jud. 2, 5, 14): "Os corpos de todos os homens são, sem dúvida, mortais e feitos de matéria corruptível; mas a alma é sempre imortal e é uma partícula de Deus, que habita em nossos corpos... Recordam (os fariseus) que todos os espíritos puros, quando partem desta vida, obtêm um lugar mais santo no céu, donde, no transcurso dos tempos, são novamente enviados em corpos puros; ao passo que as almas dos que cometeram sua auto-destruição, são condenadas à região tenebrosa do hades".


Realmente, em linhas gerais, os livros do Novo Testamento confirmam e reproduzem as crenças dos fariseus. Mas não é só isso que está na promessa, pois isso seria obtido mesmo sem crer em Jesus, por qualquer fariseu sincero.


A solenidade da repetição dessa promessa, feita 45 vezes em o Novo Testamento, sobretudo por João (25 vezes), por Paulo (9 vezes), por Lucas Ev. e At. (5 vezes), por Mateus (3 vezes), por Marcos (2 vezes) e por Judas (1 vez), parece exprimir algo mais profundo e de grande importância.


Tentemos compreender, pesquisando o sentido do adjetivo empregado, assim como do substantivo do qual se originou.


O substantivo que exprime ETERNO, em grego, é άίδιος assim definido por Platão (Definições, 411a):
τό иατά πάντα Χρόνον иαί πρότερον όν иαί νύν µή έφθαρµένον, ou seja, "o que é anterior, e através de todo o tempo e agora, não podendo ser destruído".

Em outras palavras: "o que não tem princípio nem fim".


O advérbio άεί (sempre) também é colocado com a ideia de eternidade: ό άεί Χρόνος = o tempo eterno (Platão, Fedon, 103e).
Outro substantivo αίών - que é correntemente traduzido como "eterno" - aparece assim definido por Aristóteles: το τέλος τό πε ριέиον τόν τής έиάστου ζωής Χρόνον ... αίών έиάστου иέиλεται (Arist., Do Céu, 1,9,15), isto é: "o período que abarca o tempo da vida de cada um, chama-se o "aiôn" dele (a permanência na Terra).

Realmente, "aiôn" tem seu paralelo em latim aiuom (aevum), que deu, em português, a palavra "evo".


Desse substantivo originou-se o adjetivo αίώνιος, ος, ογ a que o "Greek-English Lexicon" (Oxford) dá os seguintes sentidos (jamais aparecendo "eterno", que realmente não tinha): " I - uma vida, a vida de alguém (sentido mais comum nos poetas) cfr. Homero, Odisseia, 5:160; Ilíada, 5:685 e 24:725;

Herodoto, 1, 32; Ésquilo, Prometeu, 862; Eumênides, 315; Sófocles, Ajax, 645.


2. uma época, uma geração, cfr. Ésquilo, Tebas, 744: Demócrito, 295, 2 ; Platão, Axíolos, 370 c.


3. uma parte da vida, cfr. Eurípedes, Andrômaca, 1215.


II - 1. longo espaço de tempo, uma idade (lat. aevum) cfr. Menandro, Incert 7; usado especialmente com preposiçõe "pelas idades, pelas gerações" ; cfr. Hesiodo, Teogonia, 609; Ésquilo, Suplicantes, 582 e 574; Agamemnon, 554; Platão, Timeu 37 d; Aristóteles, do Céu, 1. 19. 14; Licurgo, 155, 42; Filon, 2. 608.


2. um espaço de tempo claramente definido e destacado, uma era, uma idade. período, o "mundo presente" em oposição ao" mundo futuro"; cfr. MT 13:22; LC 16:8. Nesse sentido também usado no plural cfr. Romanos, 1:25: Filipenses, 4:20;


Efésios, 3:9; 1 Coríntios 2:7 e 1 Coríntios 2:1 Coríntios 10:11. etc. ".


Ora, "eterno" é filosoficamente, outra coisa; é o QUE ESTA FORA do tempo, como diz Aristóteles (Física, 4. 12, 221 b) : ώστε φανερόν ότι τά άεί όντα,ή άεί όντα, ούи έστιν έν Χρόνω: ού γάρ περιέΧεται
ύπό Χρόνον, ούδε µετρείται τό εί-ναι αύτών ύπό τού Χρόνου: σηµείον δέ τούτου ότι ούδε πάσΧει ούδεν ύπό τού Χρόνου ώς ούи όντα ένΧρόνω - que significa: "Vê-se, portanto, que os seres eternos, enquanto seres eternos, não estão no tempo, porque o tempo não os envolve, nem mede a existência deles; a prova é que o tempo não tem efeito sobre eles, porque eles não estão no tempo".

Quando se fala de "eterno" em grego, são as palavras que aparecem.


Mas há um trecho importante de Platão (Timeu, 37 e 38) em que sentimos bem a diferença entre αιδιος e αιωνιος . Vamos citá-lo na íntegra e no original, para bem compreender-se o sentido, e para quc os conhecedores controlem a veracidade do que afirmamos.
Ώς δέ иινηθέν αύτό иαί ζών ένόησεν τών άϊδίων θεών γεγο-νός άγαλµα ό γεννήσας πατήρ, ήγάσθη τε
иαί εύφρανθείς έτι δή µάλλον όµοιον πρός τό παράδειγµα έπενόησεν άπεργάσασθαι. Κα-θάπερ ούν αύτό τυγχάνει ζώον άίδιον όν,иαί τόδε τό πάν ούτως είς δύναµιν έπεχείρξσε τοίούτον άποτελεϊν. Н µέν ούν τού ζώ-ου φύσις έτύγχανεν ουσα αίώνιος, иαί τούτο µέν δή τώ γεννετώ παντελώς προσαπτειν ούи ή δυνατονúείиώ δ’έπενόει иίνητόν τί να αίώνος ποιήσαι, иαί διαиοσµών άµα ούρανόν ποιεί µένοντος
αίώνος έν ένί иατ’διαиοσµών άµα ούρανόν ποιεί µένοντος αίώνος έν ένί иατ’άριθµόν ίούσαν αίώνιον είиόνα, τούτον όν δή χρονον ώνοµάиαµεν. Нµέρας γάρ иαρ иαί νύиτας иαί µήνας иαί ένιαυτούς, ούи όντας πρίν ουρανον γενέσθαι, τόδε άµα έиείνω συνισταµένω τήν γένεσιν αύτών µηχανάται-ταΰτα δέ πάντα µέ-ρη χρόνου, иαί τό τ’ήν τό τ’έσται χρόνου γεγονότα είδη, & δή φέροντες λανθάνοµεν έπί τήν άίδιον αύσίαν ούи όρθώς. Λέγοµεν γάρ δή ώς ήν έστιν τε иαί έσται, τή δέ τό έστιν µόνον иατά τόν άγηθή λόγον προσήиει, τό δέ ήύ τό τ’έσται περί τήν έν χρόνω γένεσιν ίοϋσαν πρέπει λέγεσθαι-
иινήσεις γάρ έστον, τό δέ άέί иατά ταύτα έχον άиινήτως ούτε πρεσβύτερον ούτε νεώτε-ρον προσήиει γίγνεσθαι διά χρόνου ούδε γενέσθαι ποτέ ούδέ γε γονέναι νϋν ούδ’ είς αύθις έσεσθαι, τό παράπαν τε ούδέν όσα γε-νεσις τοϊς έν αίσθήσει φεροµένοις προσήψενάλλά χρόνου ταϋτα αίώνα µιµουµένου иαί
иατ’άριθµόν иυиλουµένου γέγονεν είδη-иαί πρός τούτοις έτι τά τοιάδε, τό τε γεγονός είναι γεγονός
иαί τό γιγνόµενον είναι γιγνόµενον, έτι τε τό γενεσοµενον εί-ναι γενεσοµενον иαί τό µή όν µή όν είναι, ών ούδέν άиριβές λέγοµεν ... χρόνος δ’ ούν µετ’ ούρανοϋ γέγονεν, άµα ίνα γεννη-θέντες άµα
иαί λυθώσιν, άν ποτε λύσις τις αύτών γίγνηται, иαί иατά τό παράδειγµα τής διαιωνίας φύσεως, ίν’ ώς όµοιότατος, αύ τώ иατά δύναµιν ή τό µέν γάρ δή παράδειγµα πάντα αίώνά έσ-τιν όν, ό δ’ αύ διά τέλους τόν άπαντα χρονον γεγονώς τε иαί ών иαί έσοµενος.
Eis a tradução literal, em que traduzimos αιωνιος por "permanente", para compreendermos bem as diferenças. Platão explica, pela boca de Timeu, qual a diferença entre eternidade e tempo, e fala na criação do tempo juntamente com o "céu", isto é, com a abóbada celeste. Esclarece que a eternidade é estável, imóvel, permanente em realidade, ao passo que o tempo imita essa permanência. com uma" permanência " relativa. Eis o texto: " Quando então o Pai Genitor percebeu que este (mundo), que foi a joia dos deuses eternos, se movia e vivia, ficou admirado e, alegrando-se, concebeu elaborá-lo ainda mais semelhante ao modelo. E como ele é um Vivente Eterno, e este é O TODO, empreendeu aperfeiçoá-lo dentro do possível. Sendo porém permanente a natureza do Vivente, não seria possível em vista disso igualar totalmente a ela o que teve princípio. Doutro lado, tinha feito uma imagem móvel do permanente e, organizando juntamente o céu, faz uma imagem permanente ritmada segundo o número, de acordo com a permanência imutável do UM, e isto é o que chamamos tempo.

Com efeito, não existindo os dias, as noites, os meses e os anos antes de ter sido produzido o céu, ele os produziu então juntamente com a constituição do mesmo. Todas essas coisas, porém, são parte do tempo, e o passado e o futuro são aspectos do tempo que evolui, e não percebemos que (falamos) impropriamente quando os aplicamos à essência eterna. Com efeito, dizemos que (ela) "era", "é" e "será"; mas uma única palavra verdadeiramente lhe convém: "é"; "era" e "será" só devem ser ditos a respeito da evolução que se processa no tempo, porque são movimentos; o eterno, porém, sendo imutável, não cabe (ser) mais velho, nem mais moço, nem evoluir através do tempo, nem ter aparecido outrora, nem ter acabado de aparecer agora, nem retroceder, nem (ter) qualquer qualidade que a evolução atribuiu às coisas que são percebidas, porque estes são aspectos pertencentes ao tempo, que imita a permanência e que gira segundo o número.


Além disso, estas outras expressões "o evoluído é (como se fora) mesmo evoluído", "o que evoluirá, evoluirá mesmo", "o não-ser é mesmo não-ser", são expressões inexatas... Então, o tempo evolui com o céu, para que, tendo nascido juntos, juntos também sejam dissolvidos – caso um dia se dê a dissolução dos mesmos - e (o tempo foi feito) segundo o modelo da natureza permanente, para que seja o mais semelhante possível a ela. Com efeito, o modelo é todo permanente, mas este (o tempo) é para sempre um tempo inteiro de passado, presente e futuro".


Agora vejamos o emprego dessas palavras em o Novo Testamento.


I - O substantivo αιδιος só aparece duas vezes:

1) na Epístola de Paulo aos Romanos (Romanos 1:20) "o Poder e a Divindade dele são eternos".


2) na Epístola de Judas (6-7), numa frase que é iniciada dizendo que Jesus salvou do Egito os israelitas (logo, sentido simbólico), e prossegue: "prendeu os anjos nos cárceres eternos sob a treva; Sodoma e Gomorra suportando a justiça do fogo permanente".


II - O substantivo αιων aparece 120 vezes, empregado com os sentidos: a) os séculos, isto é, uma época, um lapso de tempo (92 vezes);

MT 6:13; MT 21:19; MC 3:29; MC 11:14; Lc. 1:33. 55, 70; JO 4:14; 8:35 (2x), 51; 52; 10:28; 11:26; 12:34;


13:8; 14:6; AT 3:21; AT 15:18; RM 1:25;, 9:5; 11:36; 16:27; 1CO 2:7; 1CO 8:13; 1CO 10:11; 2CO 9:9; 2CO 11:31;


GL 1:5; EF 2:7; EF 3:9, EF 11:21 (2x); FP 4:20 (2x); CL 1:26; 1TM 1:17 (3x); 2TM 4:18 (2x); HB 1:2, HB 1:8 (2x); 5:6; 6:20; 7:17, 21, 24, 28; 11:13; 13:8, 21 (2x); 1PE 1:25; 1PE 4:11 (2x); 5:11 (2x); 1 JO
2:17; 2 JO 2; Jud. 13, 25 (2x); AP 1:6 (2x), 18 (2x); 4:9 (2x); 10 (2x); 5:13 (2x); 7:12 (2x); 10:6

(2x); 11:15 (2x); 14:11 (2x); 15:3, 7 (2x); 19:3 (2x); 20:10 (2x); 22:5 (2x).


b) o século, com o significado de "o mundo material" (em oposição ao mundo espiritual), ou com o sentido de "uma geração" – 28 vezes: MT 12:32; MT 13:22, MT 13:39, MT 13:40. 49; 24:3; 21:20; MC 4:19; MC 10:30; Lc. 16:8; 18:30; 20:34,35; RM 12:2; 1CO 1:20; 1CO 2:6 (2x), 8; 3:18; 2CO 4:4; EF 1:21; EF 2:2; 1TM 6:17; 2 Tim. - 4:20; TT 2:12; HB 6:5;


9:26; 1PE 3:18.


III - o adjetivo αιωνιος é empregado, ao lado de vários substantivos, qualificando-os, em 72 lugares: Uma única vez aparece com o sentido que pode ser interpretado como "eterno", usado por Paulo, em Romanos (Romanos 16:26) ao lado do substantivo "Deus" : Κατ’επιταγεν του αιωνιου θεου (segundo o preceito do Deus sempiterno), em oposição ao que escreve na 2. ª Coríntios (os 4:4) : o θεος του αιωνιος τουτου "o deus deste século", isto é, deste mundo.

Eis os sentidos : a) futuro, ou seja, no século ou na época vindoura, na vida seguinte, 19 vezes: MT 18:8; MT 25:41; MT 25:46; MC 3:29; LC 16:9; RM 16:25; 2 Th. 1:9; 2:16; 2TM 2:10; HB 5:9;


6:2; 9:12, 14, 15; 13:20; 1PE 5:10; 2PE 1:11; Jud. 7; Ap. 14:16.


b) permanente ou perene, no sentido de durar muito tempo, quase um século, 5 vezes:

2CO 4:17, 2CO 4:18; 5:1; 1TM 6:16; Film. 15.


c) os tempos atuais, ou seja, este século, 2 vezes:

2TM 1:9; TT 1:2.


d) com o substantivo VIDA (cujo sentido estudaremos agora), 45 vezes: MT 19:16, MT 19:29; 25:46; MC 10:17, MC 10:30; Lc. 10:25; 18:18. 30; AT 13:46 48; JO 3:15, 16, 36; 4:14,36;


5:24,39; 6:27, 40,47, 51, 54. 58, 68; 10:28; 12:25, 50; 17:2, 3; RM 2:7; RM 5:21; RM 6:22, RM 6:23; GL 6:8; 1 Tim. 1:16; 6:12; TT 1:2; TT 3:7; 1 JO 1:2; 2:25; 3:15; 5:11, 13, 20; Jud. 21.


O sentido de ζωή αίώνιος é dado pelo próprio Jesus, no evangelho de João, que é o que emprega mais vezes a expressão (25 vezes, contra 20 em todos os demais livros do novo Testamento). Lemos aí:
αύτη δέ έστιν ή αίώνιος ζωή, ϊνα γινώσиωσιν σέ, τόν µόνον άληθινόν θεόν, иαί όν άπέστειλας
‘Ιησοϋν χριστόν ou seja, "a vida IMANENTE é esta: 1) que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e

2) a quem enviaste, Jesus Cristo".


Por aí verificamos que a ζωήûαίώνιος NÃO É uma vida QUE DURA ETERNAMENTE (todas as vidas têm essa qualidade); não se refere à DURAÇÃO da vida, mas a uma QUALIDADE ESPECIFICA, que reside no CONHECIMENTO DA VERDADE TEOLÓGICA. E, ao conhecer essa verdade, haverá então a unificação total com o Cristo (cfr. JO 17:11,21,22), que dá a IMANÊNCIA perfeita, que resultar á na liberdade (cfr. JO 8:32) dos filhos de Deus (cfr. RM 8:21), que existe onde está o Espírito do Cristo (cfr. 1CO 10:29).
Paulo também explica qual a origem dessa VIDA IMANENTE, quando esclarece aos Romanos (Romanos 6:23):
τά γάρ όψώνα τής άµαρ-τίας θάνατος, τό δέ χαρισµα τοϋ θεοϋ ζωή αίώνιος, έν χριστώ ‘Ιησοϋ τώ
иυρίω ήµώ

ν isto é, "o salário do erro é a morte, a recompensa de Deus é a VIDA PERMANENTE em Cristo Jesus, o Senhor nosso".


Depois de tudo isso, podemos perceber a profundidade do sentido de "zoé aiónios".


É a VIDA PERMANENTE ou IMANENTE EM CRISTO. Em outros termos, é a união total do "eu" pequeno com o EU profundo, do "espírito" personalístico, com o Espírito ou Individualidade. A crença em Cristo, baseada no CONHECIMENTO e na CONVICÇÃO (fé), produzirá seus efeitos com a "nega ção da personalidade" (cfr. MT 16:24), que fica absorvida pela individualidade, pelo Cristo, que passa a "viver em nós" (cfr. GL 2:20 e GL 2:2CO 13:5). É o MERGULHO na Divindade, na qual nos dissolvemos, e isso se realiza através do Cristo.


Pelo oposição dos termos, salienta-se o significado: o erro nos trouxe a condição de encarnados, sujeitos à morte, e por isso o "salário do erro é o a morte". Mas a recompensa de Deus é o tirar-nos, quando nós o quisermos (por nosso esforço), desse cativeiro, dando-nos a VIDA IMANENTE de unifica ção com o Cristo, não mais sujeita a reencarnações e à morte.


Concluindo, pois, temos que "zoé aiónios": a) não pode ser vida "eterna" (como duração), de que todos participam; b) não pode ser vida "futura" (como reencarnação) porque todos os espíritos a vivem; c) não pode ser a vida "espiritual" (do "espírito") porque todos a têm, na alegria ou na dor.


Então, resta que é uma vida diferente dessas todas.


Por isso, compreendemos que só pode ser a vida NO REINO DE DEUS ou no REINO DOS CÉUS, que é a VIDA IMANENTE em Cristo.


Portanto, o melhor adjetivo para traduzir "aiónios", quando ao lado do substantivo VIDA, é IMANENTE, embora essa tradução não se encontre nos dicionários de grego.


No entanto, o sentido cabe perfeitamente. O latim manere significa "ficar". Com o preverbo PER, dá ideia de tempo ou duração; com o preverbo IN, exprime penetração, interiorização, união interna e íntima, "dentro de". Os dois são, pois, um mesmo verbo: MANERE, formando dois compostos: PERmanere e INmanere; e os sentidos também correspondem: a PERmanência é "ficar durante algum tempo" e a Imanência é "ficar dentro de", ou "penetrar em algo e lá permanecer".


Passemos ao versículo 17. Afirma o evangelista que Deus enviou seu Filho NÃO para julgar o mundo, mas para encaminhá-lo na direção certa.


Parece, à primeira vista, haver contradição entre essa frase e o que se diz logo adiante (5:22): "o Pai a ninguém julga, mas entregou todo julgamento ao Filho", acrescentando-se (5:27) : "Ele Lhe deu o poder de julgar, porque é Filho do Homem". Também em Mateus se descreve o Filho a julgar 25:31-3.


Entretanto, a contradição é mais aparente que real. Uma coisa é dizer que "o Filho julgará", ou "que o julgamento Lhe foi entregue", e outra, totalmente diferente, é dizer que foi essa a CAUSA da descida do Filho. Neste passo que comentamos, afirma-se que a RAZÃO de Sua vinda NÃO FOI o julgamento da humanidade (embora isto Lhe tenha sido colocado nas mãos), mas a missão de tirar a humanidade do caminho errado (αφεσις αµαρτιων) para orientá-la pelo caminho certo (σω-ζειν), isto é, para "preserv á-la" ou "salvá-la".

O sentido dos versículos seguintes (18-21) é bastante claro na sua interpretação literal, não carecendo de comentários.


Nesse trecho verificamos que mais clara se torna a linguagem mística de João.


O mundo - expresso pela palavra "cosmo (que significa "ordem" ou "harmonia do universo") - é a manifestação visível do Cristo Cósmico, ou seja, do "Filho Unigênito". Portanto, a própria exterioriza ção do Cosmo é, já de per si, uma doação que o Pai faz de seu "FILHO UNIGÊNITO".


Recordemos. Já falamos que Deus é O ESPÍRITO (JO 4:24), isto é, O AMOR, o qual, ao expandirse e manifestar-se, assume a atitude de PAI, ou VERBO (Logos, Palavra) isto é, O AMANTE, e que o resultado de sua manifestação ou exteriorização é O FILHO, que é o Universo em sua totalidade absoluta, e que, portanto, é realmente UNIGÊNITO, ou seja, o AMADO.


Por tudo isso, vemos que o CRISTO (CÓSMICO) é o FILHO UNIGÊNITO que está dentro de todos (sendo então chamado CRISTO INTERNO ou mônada divina).


Ora, todos aqueles espíritos que, por sua evolução, chegam a compreender, a buscar e a conseguir a Consciência Cósmica (ou consciência do Cristo Cósmico) também denominada União com o Cristo Interno - porque acreditaram nas palavras do Manifestante divino esses conseguirão a VIDA IMANENTE, a vida UNA com a Divindade que está em todos e em tudo, vida que flui internamente de dentro deles como fonte de água viva (cfr. JO 4:14). Esses não mais "se perderão" na ilusão da mat éria "satânica" ou opositora, a ela regressando constantemente vida após vida, mas empreenderão o caminho libertador da evolução sem fim.


E Jesus, o maior Manifestante da Divindade entre as criaturas terrenas - a quem Bahá’u’lláh denomin "Sua Santidade o Espírito" não veio para julgar os homens: apontou o caminho com Suas palavras e, muito mais, com Seus exemplos. Mas deixou as criaturas livres para escolher a estrada longa ou curta, larga ou estreita. A finalidade de Sua encarnação foi, apenas, conservar ou preservar o mundo, dando-lhe Seus exemplos, ensinando-lhe Sua doutrina, e derramando sobre o globo terrestre o Seu sangue vivificador.


No entanto, aqueles que não creem e se apegam à matéria (ao opositor ou satanás) já se julgam a si mesmos por sua própria atitude; ao renegar o Espírito ("mas aquele que se rebelar contra o Espírito, o Santo, não será libertado nem neste século (aiõni) nem no futuro", MT 12:33, cfr. MC 3:29 e LC 12:10) renunciam espontaneamente à evolução e, nem nesta encarnação nem na próxima, poder ão ser libertados do carma. Com efeito, a base ou o barema do julgamento é que a Luz Cristônica baixou até o mundo na Manifestação de Jesus; mas os homens preferiram as trevas à Luz. E justificase a preferência: suas obras (de separatismo, sectarismo, divisão, concorrência, egoísmo, ambição material, ódios, etc.) são más, ou seja, não sintonizam com o Amor que é Deus. Já aqueles que agem e vivem a Verdade, se aproximam vibracionalmente da Luz e deixam que suas obras se manifestem, porque, sendo realizadas em união total com o Amor (com Deus), são obras boas.


Mas, por que diz "crer NO NOME do Unigênito Filho de Deus" (vers. 18) ? O nome é a identificação da essência que se manifesta. Trata-se, portanto, de crer na manifestação do Filho de Deus, que é a Força Crística exteriorizada nos Universos (cfr. "seja santificado o Teu Nome", MT 6:9) a ela unindose a criatura através da "infinitização" própria, realizando a "consciência cósmica". O "nome" exprime, pois, a realidade mesma do Cristo divino que está em nós.


hb 1:4
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 16:24-28


24. Jesus disse então o seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, neguese a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


25. Porque aquele que quiser preservar sua alma. a perderá; e quem perder sua alma por minha causa, a achará.


26. Pois que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma?


27. Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com seus mensageiros, e então retribuirá a cada um segundo seu comportamento.


28. Em verdade vos digo, que alguns dos aqui presentes absolutamente experimentarão a morte até que o Filho do Homem venha em seu reino. MC 8:34-38 e MC 9:1


34. E chamando a si a multidão, junto com seus discípulos disse-lhes: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


35. Porque quem quiser preservar sua alma, a perderá; e quem perder sua alma por amor de mim e da Boa-Nova, a preservará.


36. Pois que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?


37. E que daria um homem em troca de sua alma?


38. Porque se alguém nesta geração adúltera e errada se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, também dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na glória de seu Pai com seus santos mensageiros". 9:1 E disse-lhes: "Em verdade em verdade vos digo que há alguns dos aqui presentes, os quais absolutamente experimentarão a morte, até que vejam o reino de Deus já chegado em força".


LC 9:23-27


23. Dizia, então, a todos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me.


24. Pois quem quiser preservar sua alma, a perderá; mas quem perder sua alma por amor de mim, esse a preservará.


25. De fato, que aproveita a um homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar-se ou causar dano a si mesmo?


26. Porque aquele que se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória, na do Pai e na dos santos mensageiros.


27. Mas eu vos digo verdadeiramente, há alguns dos aqui presentes que não experimentarão a morte até que tenham visto o reino de Deus.


Depois do episódio narrado no último capítulo, novamente Jesus apresenta uma lição teórica, embora bem mais curta que as do Evangelho de João.


Segundo Mateus, a conversa foi mantida com Seus discípulos. Marcos, entretanto, revela que Jesu "chamou a multidão" para ouvi-la, como que salientando que a aula era "para todos"; palavras, aliás, textuais em Lucas.


Achava-se a comitiva no território não-israelita ("pagão") de Cesareia de Filipe, e certamente os moradores locais haviam observado aqueles homens e mulheres que perambulavam em grupo homogêneo.


Natural que ficassem curiosos, a "espiar" por perto. A esses, Jesus convida que se aproximem para ouvir os ensinamentos e as exigências impostas a todos os que ambicionavam o DISCIPULATO, o grau mais elevado dos três citados pelo Mestre: justos (bons), profetas (médiuns) e discípulos (ver vol. 3).


As exigências são apenas três, bem distintas entre si, e citadas em sequência gradativa da menor à maior. Observamos que nenhuma delas se prende a saber, nem a dizer, nem a crer, nem a fazer, mas todas se baseiam em SER. O que vale é a evolução interna, sem necessidade de exteriorizações, nem de confissões, nem de ritos.


No entanto, é bem frisada a vontade livre: "se alguém quiser"; ninguém é obrigado; a espontaneidade deve ser absoluta, sem qualquer coação física nem moral. Analisemos.


Vimos, no episódio anterior, o Mestre ordenar a Pedro que "se colocasse atrás Dele". Agora esclarece: " se alguém QUER ser SEU discípulo, siga atrás Dele". E se tem vontade firme e inabalável, se o QUER, realize estas três condições:

1. ª - negue-se a si mesmo (Lc. arnésasthô; Mat. e Mr. aparnésasthô eautón).


2. ª - tome (carregue) sua cruz (Lc. "cada dia": arátô tòn stáurou autoú kath"hêméran);

3. ª - e siga-me (akoloutheítô moi).


Se excetuarmos a negação de si mesmo, já ouvíramos essas palavras em MT 10:38 (vol. 3).


O verbo "negar-se" ou "renunciar-se" (aparnéomai) é empregado por Isaías (Isaías 31:7) para descrever o gesto dos israelitas infiéis que, esclarecidos pela derrota dos assírios, rejeitaram ou negaram ou renunciaram a seus ídolos. E essa é a atitude pedida pelo Mestre aos que QUEREM ser Seus discípulos: rejeitar o ídolo de carne que é o próprio corpo físico, com sua sequela de sensações, emoções e intelectualismo, o que tudo constitui a personagem transitória a pervagar alguns segundos na crosta do planeta.


Quanto ao "carregar a própria cruz", já vimos (vol. 3), o que significava. E os habitantes da Palestina deviam estar habituados a assistir à cena degradante que se vinha repetindo desde o domínio romano, com muita frequência. Para só nos reportarmos a Flávio Josefo, ele cita-nos quatro casos em que as crucificações foram em massa: Varus que fez crucificar 2. 000 judeus, por ocasião da morte, em 4 A. C., de Herodes o Grande (Ant. Jud. 17. 10-4-10); Quadratus, que mandou crucificar todos os judeus que se haviam rebelado (48-52 A. D.) e que tinham sido aprisionados por Cumarus (Bell. Jud. 2. 12. 6); em 66 A. D. até personagens ilustres foram crucificadas por Gessius Florus (Bell. Jud. 2. 14. 9); e Tito que, no assédio de Jerusalém, fez crucificar todos os prisioneiros, tantos que não havia mais nem madeira para as cruzes, nem lugar para plantá-las (Bell. Jud. 5. 11. 1). Por aí se calcula quantos milhares de crucificações foram feitas antes; e o espetáculo do condenado que carregava às costas o instrumento do próprio suplício era corriqueiro. Não se tratava, portanto, de uma comparação vazia de sentido, embora constituindo uma metáfora. E que o era, Lucas encarrega-se de esclarecê-lo, ao acrescentar "carregue cada dia a própria cruz". Vemos a exigência da estrada de sacrifícios heroicamente suportados na luta do dia a dia, contra os próprios pendores ruins e vícios.


A terceira condição, "segui-Lo", revela-nos a chave final ao discipulato de tal Mestre, que não alicia discípulos prometendo-lhes facilidades nem privilégios: ao contrário. Não basta estudar-Lhe a doutrina, aprofundar-Lhe a teologia, decorar-Lhe as palavras, pregar-Lhe os ensinamentos: é mister SEGUILO, acompanhando-O passo a passo, colocando os pés nas pegadas sangrentas que o Rabi foi deixando ao caminhar pelas ásperas veredas de Sua peregrinação terrena. Ele é nosso exemplo e também nosso modelo vivo, para ser seguido até o topo do calvário.


Aqui chegamos a compreender a significação plena da frase dirigida a Pedro: "ainda és meu adversário (porque caminhas na direção oposta a mim, e tentas impedir-me a senda dolorosa e sacrificial): vai para trás de mim e segue-me; se queres ser meu discípulo, terás que renunciar a ti mesmo (não mais pensando nas coisas humanas); que carregar também tua cruz sem que me percas de vista na dura, laboriosa e dorida ascensão ao Reino". Mas isto, "se o QUERES" ... Valerá a pena trilhar esse áspero caminho cheio de pedras e espinheiros?


O versículo seguinte (repetição, com pequena variante de MT 10:39; cfr. vol. 3) responde a essa pergunta.


As palavras dessa lição são praticamente idênticas nos três sinópticos, demonstrando a impress ão que devem ter causado nos discípulos.


Sim, porque quem quiser preservar sua alma (hós eán thélei tên psychên autòn sõsai) a perderá (apolêsei autên). Ainda aqui encontramos o verbo sôzô, cuja tradução "salvar" (veja vol. 3) dá margem a tanta ambiguidade atualmente. Neste passo, a palavra portuguesa "preservar" (conservar, resguardar) corresponde melhor ao sentido do contexto. O verbo apolesô "perder", só poderia ser dado também com a sinonímia de "arruinar" ou "degradar" (no sentido etimológico de "diminuir o grau").


E o inverso é salientado: "mas quem a perder "hós d"án apolésêi tên psychên autoú), por minha causa (héneken emoú) - e Marcos acrescenta "e da Boa Nova" (kaì toú euaggelíou) - esse a preservará (sósei autén, em Marcos e Lucas) ou a achará (heurêsei autén, em Mateus).


A seguir pergunta, como que explicando a antinomia verbal anterior: "que utilidade terá o homem se lucrar todo o mundo físico (kósmos), mas perder - isto é, não evoluir - sua alma? E qual o tesouro da Terra que poderia ser oferecido em troca (antállagma) da evolução espiritual da criatura? Não há dinheiro nem ouro que consiga fazer um mestre, riem que possa dar-se em troca de uma iniciação real.


Bens espirituais não podem ser comprados nem "trocados" por quantias materiais. A matemática possui o axioma válido também aqui: quantidades heterogêneas não podem somar-se.


O versículo seguinte apresenta variantes.


MATEUS traz a afirmação de que o Filho do Homem virá com a glória de seu Pai, em companhia de Seus Mensageiros (anjos), para retribuir a cada um segundo seus atos. Traduzimos aqui dóxa por "glória" (veja vol. 1 e vol. 3), porque é o melhor sentido dentro do contexto. E entendemos essa glória como sinônimo perfeito da "sintonia vibratória" ou a frequência da tônica do Pai (Verbo, Som). A atribui ção a cada um segundo "seus atos" (tên práxin autoú) ou talvez, bem melhor, de acordo com seu comportamento, com a "prática" da vida diária. Não são realmente os atos, sobretudo isolados (mesmo os heroicos) que atestarão a Evolução de uma criatura, mas seu comportamento constante e diuturno.


MARCOS diz que se alguém, desta geração "adúltera", isto é, que se tornou "infiel" a Deus, traindo-O por amar mais a matéria que o espírito, e "errada" na compreensão das grandes verdades, "se envergonhar" (ou seja "desafinar", não-sintonizar), também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier com a glória do Pai, em companhia de Seus mensageiros (anjos).


LUCAS repete as palavras de Marcos (menos a referência à Boa Nova), salientando, porém, que o Filho do Homem virá com Sua própria glória, com a glória do Pai, e com a glória dos santos mensageiros (anjos).


E finalmente o último versículo, em que só Mateus difere dos outros dois, os quais, no entanto, nos parecem mais conformes às palavras originais.


Afirma o Mestre "alguns dos aqui presentes" (eisin tines tõn hõde hestótõn), os quais não experimentar ão (literalmente: "não saborearão, ou mê geúsôntai) a morte, até que vejam o reino de Deus chegar com poder. Mateus em vez de "o reino de Deus", diz "o Filho do Homem", o que deu margem à expectativa da parusia (ver vol. 3), ainda para os indivíduos daquela geração.


Entretanto, não se trata aqui, de modo algum, de uma parusia escatológica (Paulo avisa aos tessalonicenses que não o aguardem "como se já estivesse perto"; cfr. 1. ª Tess. 2: lss), mas da descoberta e conquista do "reino de Deus DENTRO de cada um" (cfr. LC 17:21), prometido para alguns "dos ali presentes" para essa mesma encarnação.


A má interpretação provocou confusões. Os gnósticos (como Teodósio), João Crisóstomo, Teofilacto e outros - e modernamente o cardeal Billot, S. J. (cfr. "La Parousie", pág. 187), interpretam a "vinda na glória do Filho do Homem" como um prenúncio da Transfiguração; Cajetan diz ser a Ressurreição;


Godet acha que foi Pentecostes; todavia, os próprios discípulos de Jesus, contemporâneos dos fatos, não interpretaram assim, já que após a tudo terem assistido, inclusive ao Pentecostes, continuaram esperando, para aqueles próximos anos, essa vinda espetacular. Outros recuaram mais um pouco no tempo, e viram essa "vinda gloriosa" na destruição de Jerusalém, como "vingança" do Filho do Homem; isso, porém, desdiz o perdão que Ele mesmo pedira ao Pai pela ignorância de Seus algozes (D. Calmet, Knabenbauer, Schanz, Fillion, Prat, Huby, Lagrange); e outros a interpretaram como sendo a difusão do cristianismo entre os pagãos (Gregório Magno, Beda, Jansênio, Lamy).


Penetremos mais a fundo o sentido.


Na vida literária e artística, em geral, distinguimos nitidamente o "aluno" do "discípulo". Aluno é quem aprende com um professor; discípulo é quem segue a trilha antes perlustrada por um mestre. Só denominamos "discípulo" aquele que reproduz em suas obras a técnica, a "escola", o estilo, a interpretação, a vivência do mestre. Aristóteles foi aluno de Platão, mas não seu discípulo. Mas Platão, além de ter sido aluno de Sócrates, foi também seu discípulo. Essa distinção já era feita por Jesus há vinte séculos; ser Seu discípulo é segui-Lo, e não apenas "aprender" Suas lições.


Aqui podemos desdobrar os requisitos em quatro, para melhor explicação.


Primeiro: é necessário QUERER. Sem que o livre-arbítrio espontaneamente escolha e decida, não pode haver discipulato. Daí a importância que assume, no progresso espiritual, o aprendizado e o estudo, que não podem limitar-se a ouvir rápidas palavras, mas precisam ser sérios, contínuos e profundos.


Pois, na realidade, embora seja a intuição que ilumina o intelecto, se este não estiver preparado por meio do conhecimento e da compreensão, não poderá esclarecer a vontade, para que esta escolha e resolva pró ou contra.


O segundo é NEGAR-SE a si mesmo. Hoje, com a distinção que conhecemos entre o Espírito (individualidade) e a personagem terrena transitória (personalidade), a frase mais compreensível será: "negar a personagem", ou seja, renunciar aos desejos terrenos, conforme ensinou Sidarta Gotama, o Buddha.


Cientificamente poderíamos dizer: superar ou abafar a consciência atual, para deixar que prevaleça a super-consciência.


Essa linguagem, entretanto, seria incompreensível àquela época. Todavia, as palavras proferidas pelo Mestre são de meridiana clareza: "renunciar a si mesmo". Observando-se que, pelo atraso da humanidade, se acredita que o verdadeiro eu é a personagem, e que a consciência atual é a única, negar essa personagem e essa consciência exprime, no fundo, negar-se "a si mesmo". Diz, portanto, o Mestre: " esse eu, que vocês julgam ser o verdadeiro eu, precisa ser negado". Nada mais esclarece, já que não teria sido entendido pela humanidade de então. No entanto, aqueles que seguissem fielmente Sua lição, negando seu eu pequeno e transitório, descobririam, por si mesmos, automaticamente, em pouco tempo, o outro Eu, o verdadeiro, coisa que de fato ocorreu com muitos cristãos.


Talvez no início possa parecer, ao experimentado: desavisado, que esse Eu verdadeiro seja algo "externo".


Mas quando, por meio da evolução, for atingido o "Encontro Místico", e o Cristo Interno assumir a supremacia e o comando, ele verificará que esse Divino Amigo não é um TU desconhecido, mas antes constitui o EU REAL. Além disso, o Mestre não se satisfez com a explanação teórica verbal: exemplificou, negando o eu personalístico de "Jesus", até deixá-lo ser perseguido, preso, caluniado, torturado e assassinado. Que Lhe importava o eu pequeno? O Cristo era o verdadeiro Eu Profundo de Jesus (como de todos nós) e o Cristo, com a renúncia e negação do eu de Jesus, pode expandir-se e assumir totalmente o comando da personagem humana de Jesus, sendo, às vezes, difícil distinguir quando falava e agia "Jesus" e quando agia e falava "o Cristo". Por isso em vez de Jesus, temos nele O CRISTO, e a história o reconhece como "Jesus", O CRISTO", considerando-o como homem (Jesus) e Deus (Cristo).


Essa anulação do eu pequeno fez que a própria personagem fosse glorificada pela humildade, e o nome humano negado totalmente se elevasse acima de tudo, de tal forma que "ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na Terra e debaixo da terra" (Filp. 2:10).


Tudo isso provocou intermináveis discussões durante séculos, por parte dos que não conseguiram penetrar a realidade dos acontecimentos, caracterizados, então, de "mistério": são duas naturezas ou uma? Como se realizou a união hipostática? Teria a Divindade absorvido a humanidade?


Por que será que uma coisa tão clara terá ficado incompreendida por tantos luminares que trataram deste assunto? O Eu Profundo de todas as criaturas é o Deus Interno, que se manifestará em cada um exatamente na proporção em que este renunciar ao eu pequeno (personagem), para deixar campo livre à expressão do Cristo Interno Divino. Todos somos deuses (cfr. Salmo 81:6 e JO 10:34) se negarmos totalmente nosso eu pequeno (personagem humana), deixando livre expansão à manifestação do Cristo que em todos habita. Isso fez Jesus. Se a negação for absoluta e completa, poderemos dizer com Paulo que, nessa criatura, "habita a plenitude da Divindade" (CL 2:9). E a todos os que o fizerem, ser-lhes-á exaltado o nome acima de toda criação" (cfr. Filp. 2:5-11).


Quando isto tiver sido conseguido, a criatura "tomará sua cruz cada dia" (cada vez que ela se apresentar) e a sustentará galhardamente - quase diríamos triunfalmente - pois não mais será ela fonte de abatimentos e desânimos, mas constituirá o sofrimento-por-amor, a dor-alegria, já que é a "porta estreita" (MT 7:14) que conduzirá à felicidade total e infindável (cfr. Pietro Ubaldi, "Grande Síntese, cap. 81).


No entanto, dado o estágio atual da humanidade, a cruz que temos que carregar ainda é uma preparação para o "negar-se". São as dores físicas, as incompreensões morais, as torturas do resgate de carmas negativos mais ou menos pesados, em vista do emaranhado de situações aflitivas, das "montanhas" de dificuldades que se erguem, atravancando nossos caminhos, do sem-número de moléstias e percalços, do cortejo de calúnias e martírios inomináveis e inenarráveis.


Tudo terá que ser suportado - em qualquer plano - sem malsinar a sorte, sem desesperos, sem angústias, sem desfalecimentos nem revoltas, mas com aceitação plena e resignação ativa, e até com alegria no coração, com a mais sólida, viva e inabalável confiança no Cristo-que-é-nosso-Eu, no Deus-

Imanente, na Força-Universal-Inteligente e Boa, que nos vivifica e prepara, de dentro de nosso âmago mais profundo, a nossa ascensão real, até atingirmos TODOS, a "plena evolução crística" (EF 4:13).


A quarta condição do discipulato é também clara, não permitindo ambiguidade: SEGUI-LO. Observese a palavra escolhida com precisão. Poderia ter sido dito "imitá-Lo". Seria muito mais fraco. A imitação pode ser apenas parcial ou, pior ainda, ser simples macaqueação externa (usar cabelos compridos, barbas respeitáveis, vestes talares, gestos estudados), sem nenhuma ressonância interna.


Não. Não é imitá-Lo apenas, é SEGUI-LO. Segui-Lo passo a passo pela estrada evolutiva até atingir a meta final, o ápice, tal como Ele o FEZ: sem recuos, sem paradas, sem demoras pelo caminho, sem descanso, sem distrações, sem concessões, mas marchando direto ao alvo.


SEGUI-LO no AMOR, na DEDICAÇÃO, no SERVIÇO, no AUTO-SACRIFÍCIO, na HUMILDADE, na RENÚNCIA, para que de nós se possa afirmar como Dele foi feito: "fez bem todas as coisas" (MC 7. 37) e: "passou pela Terra fazendo o bem e curando" (AT 10:38).


Como Mestre de boa didática, não apresenta exigências sem dar as razões. Os versículos seguintes satisfazem a essa condição.


Aqui, como sempre, são empregados os termos filosóficos com absoluta precisão vocabular (elegantia), não deixando margem a qualquer dúvida. A palavra usada é psychê, e não pneuma; é alma e nã "espírito" (em adendo a este capítulo daremos a "constituição do homem" segundo o Novo Testamento).


A alma (psychê) é a personagem humana em seu conjunto de intelecto-emoções, excluído o corpo denso e as sensações do duplo etérico. Daí a definição da resposta 134 do "Livro dos Espíritos": "alma é o espírito encarnado", isto é, a personagem humana que habita no corpo denso.

Aí está, pois, a chave para a interpretação do "negue-se a si mesmo": esse eu, a alma, é a personagem que precisa ser negada, porque, quem não quiser fazê-lo, quem pretender preservar esse eu, essa alma, vai acabar perdendo-a, já que, ao desencarnar, estará com "as mãos vazias". Mas aquele que por causa do Cristo Interno - renunciar e perder essa personagem transitória, esse a encontrará melhorada (Mateus), esse a preservará da ruína (Marcos e Lucas).


E prossegue: que adiantará acumular todas as riquezas materiais do mundo, se a personalidade vai cair no vazio? Nada de material pode ser-lhe comparado. No entanto, se for negada, será exaltada sobre todas as coisas (cfr. o texto acima citado, Filp. 2:5-11).


Todas e qualquer evolução do Espírito é feita exclusivamente durante seu mergulho na carne (veja atrás). Só através das personagens humanas haverá ascensão espiritual, por meio do "ajustamento sintônico". Então, necessidade absoluta de consegui-lo, não "se envergonhando", isto é, não desafinando da tônica do Pai (Som) que tudo cria, governa e mantém. Enfrentar o mundo sem receio, sem" respeitos humanos", e saber recusá-lo também, para poder obter o Encontro Místico com o Cristo Interno. Se a criatura "se envergonha" e se retrai, (não sintoniza) não é possível conseguir o Contato Divino, e o Filho do Homem também a evitará ("se envergonhará" dessa criatura). Só poderá haver a" descida da graça" ou a unificação com o Cristo, "na glória (tônica) do Pai (Som-Verbo), na glória (tônica) do próprio Cristo (Eu Interno), na glória de todos os santos mensageiros", se houver a coragem inquebrantável de romper com tudo o que é material e terreno, apagando as sensações, liquidando as emoções, calando o intelecto, suplantando o próprio "espírito" encarnado, isto é, PERDENDO SUA ALMA: só então "a achará", unificada que estará com o Cristo, Nele mergulhada (batismo), "como a gota no oceano" (Bahá"u"lláh). Realmente, a gota se perde no oceano mas, inegavelmente, ao deixar de ser gota microscópica, ela se infinitiva e se eterniza tornando-se oceano...

Em Mateus é-nos dado outro aviso: ao entrar em contato com a criatura, esta "receberá de acordo com seu comportamento" (pláxin). De modo geral lemos nas traduções correntes "de acordo com suas obras". Mas isso daria muito fortemente a ideia de que o importante seria o que o homem FAZ, quando, na realidade, o que importa é o que o homem É: e a palavra comportamento exprime-o melhor que obras; ora, a palavra do original práxis tem um e outro sentido.


Evidentemente, cada ser só poderá receber de acordo com sua capacidade, embora todos devam ser cheios, replenos, com "medida sacudida e recalcada" (cfr. Lc. 5:38).


Mas há diferença de capacidade entre o cálice, o copo, a garrafa, o litro, o barril, o tonel... De acordo com a própria capacidade, com o nível evolutivo, com o comportamento de cada um, ser-lhe-á dado em abundância, além de toda medida. Figuremos uma corrente imensa, que jorra permanentemente luz e força, energia e calor. O convite é-nos feito para aproximar-nos e recolher quanto quisermos.


Acontece, porém, que cada um só recolherá conforme o tamanho do vasilhame que levar consigo.


Assim o Cristo Imanente e o Verbo Criador e Conservador SE DERRAMAM infinitamente. Mas nós, criaturas finitas, só recolheremos segundo nosso comportamento, segundo a medida de nossa capacidade.


Não há fórmulas mágicas, não há segredos iniciáticos, não peregrinações nem bênçãos de "mestres", não há sacramentos nem sacramentais, que adiantem neste terreno. Poderão, quando muito, servir como incentivo, como animação a progredir, mas por si, nada resolvem, já que não agem ex ópere operantis nem ex opere operatus, mas sim ex opere recipientis: a quantidade de recebimento estará de acordo com a capacidade de quem recebe, não com a grandeza de quem dá, nem com o ato de doação.


E pode obter-se o cálculo de capacidade de cada um, isto é, o degrau evolutivo em que se encontra no discipulato de Cristo, segundo as várias estimativas das condições exigidas:

a) - pela profundidade e sinceridade na renúncia ao eu personalístico, quando tudo é feito sem cogitar de firmar o próprio nome, sem atribuir qualquer êxito ao próprio merecimento (não com palavras, mas interiormente), colaborando com todos os "concorrentes", que estejam em idêntica senda evolutiva, embora nos contrariem as ideias pessoais, mas desde que sigam os ensinos de Cristo;


b) - pela resignação sem queixas, numa aceitação ativa, de todas as cruzes, que exprimam atos e palavras contra nós, maledicências e calúnias, sem respostas nem defesas, nem claras nem veladas (já nem queremos acenar à contra-ataques e vinganças).


c) - pelo acompanhar silencioso dos passos espirituais no caminho do auto-sacrifício por amor aos outros, pela dedicação integral e sem condições; no caminho da humildade real, sem convencimentos nem exterioridades; no caminho do serviço, sem exigências nem distinções; no caminho do amor, sem preferências nem limitações. O grau dessas qualidades, todas juntas, dará uma ideia do grau evolutivo da criatura.


Assim entendemos essas condições: ou tudo, à perfeição; ou pouco a pouco, conquistando uma de cada vez. Mas parado, ninguém ficará. Se não quiser ir espontaneamente, a dor o aguilhoará, empurrandoo para a frente de qualquer forma.


No entanto, uma promessa relativa à possibilidade desse caminho é feita claramente: "alguns dos que aqui estão presentes não experimentarão a morte até conseguirem isso". A promessa tanto vale para aquelas personagens de lá, naquela vida física, quanto para os Espíritos ali presentes, garantindo-selhes que não sofreriam queda espiritual (morte), mas que ascenderiam em linha reta, até atingir a meta final: o Encontro Sublime, na União mística absoluta e total.


Interessante a anotação de Marcos quando acrescenta: O "reino de Deus chegado em poder". Durante séculos se pensou no poder externo, a espetacularidade. Mas a palavra "en dynámei" expressa muito mais a força interna, o "dinamismo" do Espírito, a potencialidade crística a dinamizar a criatura em todos os planos.


O HOMEM NO NOVO TESTAMENTO


O Novo Testamento estabelece, com bastante clareza, a constituição DO HOMEM, dividindo o ser encarnado em seus vários planos vibratórios, concordando com toda a tradição iniciática da Índia e Tibet, da China, da Caldeia e Pérsia, do Egito e da Grécia. Embora não encontremos o assunto didaticamente esquematizado em seus elementos, o sentido filosófico transparece nítido dos vários termos e expressões empregados, ao serem nomeadas as partes constituintes do ser humano, ou seja, os vários níveis em que pode tornar-se consciente.


Algumas das palavras são acolhidas do vocabulário filosófico grego (ainda que, por vezes, com pequenas variações de sentido); outras são trazidas da tradição rabínica e talmúdica, do centro iniciático que era a Palestina, e que já entrevemos usadas no Antigo Testamento, sobretudo em suas obras mais recentes.


A CONCEPÇÃO DA DIVINDADE


Já vimos (vol, 1 e vol. 3 e seguintes), que DEUS, (ho théos) é apresentado, no Novo Testamento, como o ESPÍRITO SANTO (tò pneuma tò hágion), o qual se manifesta através do Pai (patêr) ou Lógos (Som Criador, Verbo), e do Filho Unigênito (ho hyiós monogenês), que é o Cristo Cósmico.


DEUS NO HOMEM


Antes de entrar na descrição da concepção do homem, no Novo Testamento, gostaríamos de deixar tem claro nosso pensamento a respeito da LOCALIZAÇÃO da Centelha Divina ou Mônada NO CORA ÇÃO, expressão que usaremos com frequência.


A Centelha (Partícula ou Mônada) é CONSIDERADA por nós como tal; mas, na realidade, ela não se separa do TODO (cfr. vol. 1); logo, ESTÁ NO TODO, e portanto É O TODO (cfr. JO 1:1).


O "TODO" está TODO em TODAS AS COISAS e em cada átomo de cada coisa (cfr. Agostinho, De Trin. 6, 6 e Tomás de Aquino, Summa Theologica, I, q. 8, art. 2, ad 3um; veja vol. 3, pág. 145).


Entretanto, os seres e as coisas acham-se limitados pela forma, pelo espaço, pelo tempo e pela massa; e por isso afirmamos que em cada ser há uma "centelha" ou "partícula" do TODO. No entanto, sendo o TODO infinito, não tem extensão; sendo eterno, é atemporal; sendo indivisível, não tem dimensão; sendo O ESPÍRITO, não tem volume; então, consequentemente, não pode repartir-se em centelhas nem em partículas, mas é, concomitantemente, TUDO EM TODAS AS COISAS (cfr. l. ª Cor. 12:6).


Concluindo: quando falamos em "Centelha Divina" e quando afirmamos que ela está localizada no coração, estamos usando expressões didáticas, para melhor compreensão do pensamento, dificílimo (quase impossível) de traduzir-se em palavras.


De fato, porém, a Divindade está TODA em cada célula do corpo, como em cada um dos átomos de todos os planos espirituais, astrais, físicos ou quaisquer outros que existam. Em nossos corpos físicos e astral, o coração é o órgão preparado para servir de ponto de contato com as vibrações divinas, através, no físico, do nó de Kait-Flake e His; então, didaticamente, dizemos que "o coração é a sede da Centelha Divina".


A CONCEPÇÃO DO HOMEM


O ser humano (ánthrôpos) é considerado como integrado por dois planos principais: a INDIVIDUALIDADE (pneuma) e a PERSONAGEM ou PERSONALIDADE; esta subdivide-se em dois: ALMA (psychê) e CORPO (sôma).


Mas, à semelhança da Divindade (cfr. GN 1:27), o Espírito humano (individualidade ou pneuma) possui tríplice manifestação: l. ª - a CENTELHA DIVINA, ou Cristo, partícula do pneuma hágion; essa centelha que é a fonte de todo o Espirito, está localizada e representada quase sempre por kardia (coração), a parte mais íntima e invisível, o âmago, o Eu Interno e Profundo, centro vital do homem;


2. ª - a MENTE ESPIRITUAL, parte integrante e inseparável da própria Centelha Divina. A Mente, em sua função criadora, é expressa por noús, e está também sediada no coração, sendo a emissora de pensamentos e intuições: a voz silenciosa da super-consciência;


3. ª - O ESPÍRITO, ou "individualização do Pensamento Universal". O "Espírito" propriamente dito, o pneuma, surge "simples e ignorante" (sem saber), e percorre toda a gama evolutiva através dos milênios, desde os mais remotos planos no Antissistema, até os mais elevados píncaros do Sistema (Pietro Ubaldi); no entanto, só recebe a designação de pneuma (Espírito) quando atinge o estágio hominal.


Esses três aspectos constituem, englobamente, na "Grande Síntese" de Pietro Ubaldi, o "ALPHA", o" espírito".


Realmente verificamos que, de acordo com GN 1:27, há correspondência perfeita nessa tríplice manifesta ção do homem com a de Deus: A - ao pneuma hágion (Espírito Santo) correspondente a invisível Centelha, habitante de kardía (coração), ponto de partida da existência;


B - ao patêr (Pai Criador, Verbo, Som Incriado), que é a Mente Divina, corresponde noús (a mente espiritual) que gera os pensamentos e cria a individualização de um ser;


C - Ao Filho Unigênito (Cristo Cósmico) corresponde o Espírito humano, ou Espírito Individualizado, filho da Partícula divina, (a qual constitui a essência ou EU PROFUNDO do homem); a individualidade é o EU que percorre toda a escala evolutiva, um Eu permanente através de todas as encarnações, que possui um NOME "escrito no livro da Vida", e que terminará UNIFICANDO-SE com o EU PROFUNDO ou Centelha Divina, novamente mergulhando no TODO. (Não cabe, aqui, discutir se nessa unificação esse EU perde a individualidade ou a conserva: isso é coisa que está tão infinitamente distante de nós no futuro, que se torna impossível perceber o que acontecerá).


No entanto, assim como Pneuma-Hágion, Patêr e Hyiós (Espírito-Santo, Pai e Filho) são apenas trê "aspectos" de UM SÓ SER INDIVISÍVEL, assim também Cristo-kardía, noús e pneuma (CristoSABEDORIA DO EVANGELHO coração, mente espiritual e Espírito) são somente três "aspectos" de UM SÓ SER INDIVÍVEL, de uma criatura humana.


ENCARNAÇÃO


Ao descer suas vibrações, a fim de poder apoiar-se na matéria, para novamente evoluir, o pneuma atinge primeiro o nível da energia (o BETA Ubaldiano), quando então a mente se "concretiza" no intelecto, se materializa no cérebro, se horizontaliza na personagem, começando sua "crucificação". Nesse ponto, o pneuma já passa a denominar-se psychê ou ALMA. Esta pode considerar-se sob dois aspectos primordiais: a diánoia (o intelecto) que é o "reflexo" da mente, e a psychê propriamente dita isto é, o CORPO ASTRAL, sede das emoções.


Num último passo em direção à matéria, na descida que lhe ajudará a posterior subida, atinge-se então o GAMA Ubaldiano, o estágio que o Novo Testamento designa com os vocábulos diábolos (adversário) e satanás (antagonista), que é o grande OPOSITOR do Espírito, porque é seu PÓLO NEGATIVO: a matéria, o Antissistema. Aí, na matéria, aparece o sôma (corpo), que também pode subdividir-se em: haima (sangue) que constitui o sistema vital ou duplo etérico e sárx (carne) que é a carapaça de células sólidas, último degrau da materialização do espírito.


COMPARAÇÃO


Vejamos se com um exemplo grosseiro nos faremos entender, não esquecendo que omnis comparatio claudicat.


Observemos o funcionamento do rádio. Há dois sistemas básicos: o transmissor (UM) e os receptores (milhares, separados uns dos outros).


Consideremos o transmissor sob três aspectos: A - a Força Potencial, capaz de transmitir;


B - a Antena Emissora, que produz as centelas;


C - a Onda Hertziana, produzida pelas centelhas.


Mal comparando, aí teríamos:

a) - o Espirito-Santo, Força e Luz dos Universos, o Potencial Infinito de Amor Concreto;


b) - o Pai, Verbo ou SOM, ação ativa de Amante, que produz a Vida


c) - o Filho, produto da ação (do Som), o Amado, ou seja, o Cristo Cósmico que permeia e impregna tudo.


Não esqueçamos que TUDO: atmosfera, matéria, seres e coisas, no raio de ação do transmissor, ficam permeados e impregnados em todos os seus átomos com as vibrações da onda hertziana, embora seja esta invisível e inaudível e insensível, com os sentidos desarmados; e que os três elementos (Força-
Antena e Onda) formam UM SÓ transmissor o Consideremos, agora, um receptor. Observaremos que a recepção é feita em três estágios:

a) - a captação da onda


b) - sua transformação


c) - sua exteriorização Na captação da onda, podemos distinguir - embora a operação seja uma só - os seguintes elementos: A - a onda hertziana, que permeia e impregna todos os átomos do aparelho receptor, mas que é captada realmente apenas pela antena;


B - o condensador variável, que estabelece a sintonia com a onda emitida pelo transmissor. Esses dois elementos constituem, de fato, C - o sistema RECEPTOR INDIVIDUAL de cada aparelho. Embora a onda hertziana seja UMA, emitida pelo transmissor, e impregne tudo (Cristo Cósmico), nós nos referimos a uma onda que entra no aparelho (Cristo Interno) e que, mesmo sendo perfeita; será recebida de acordo com a perfeição relativa da antena (coração) e do condensador variável (mente). Essa parte representaria, então, a individualidade, o EU PERFECTÍVEL (o Espírito).


Observemos, agora, o circuito interno do aparelho, sem entrar em pormenores, porque, como dissemos, a comparação é grosseira. Em linhas gerais vemos que a onda captada pelo sistema receptor propriamente dito, sofre modificações, quando passa pelo circuito retificador (que transforma a corrente alternada em contínua), e que representaria o intelecto que horizontaliza as ideias chegadas da mente), e o circuito amplificador, que aumenta a intensidade dos sinais (que seria o psiquismo ou emoções, próprias do corpo astral ou alma).


Uma vez assim modificada, a onda atinge, com suas vibrações, o alto-falante que vibra, reproduzindo os sinais que chegam do transmissor isto é, sentindo as pulsações da onda (seria o corpo vital ou duplo etérico, que nos dá as sensações); e finalmente a parte que dá sonoridade maior, ou seja, a caixa acústica ou móvel do aparelho (correspondente ao corpo físico de matéria densa).


Ora, quanto mais todos esses elementos forem perfeitos, tanto mais fiel e perfeito será a reprodução da onda original que penetrou no aparelho. E quanto menos perfeitos ou mais defeituosos os elementos, mais distorções sofrerá a onda, por vezes reproduzindo, em guinchos e roncos, uma melodia suave e delicada.


Cremos que, apesar de suas falhas naturais, esse exemplo dá a entender o funcionamento do homem, tal como conhecemos hoje, e tal como o vemos descrito em todas as doutrinas espiritualistas, inclusive

—veremos agora quiçá pela primeira vez - nos textos do Novo Testamento.


Antes das provas que traremos, o mais completas possível, vejamos um quadro sinóptico:
θεός DEUS
πνεϋµα άγιον Espírito Santo
λόγος Pai, Verbo, Som Criador
υίός - Χριστό CRISTO - Filho Unigênito
άνθρωπος HOMEM
иαρδία - Χριστ

ό CRISTO - coração (Centelha)


πνεϋµα νους mente individualidade
πνεϋµα Espírito
φυΧή διάγοια intelecto alma
φυΧή corpo astral personagem
σώµα αίµα sangue (Duplo) corpo
σάρ

ξ carne (Corpo)


A - O EMPREGO DAS PALAVRAS


Se apresentada pela primeira vez, como esta, uma teoria precisa ser amplamente documentada e comprovada, para que os estudiosos possam aprofundar o assunto, verificando sua realidade objetiva. Por isso, começaremos apresentando o emprego e a frequência dos termos supracitados, em todos os locais do Novo Testamento.


KARDÍA


Kardía expressa, desde Homero (Ilíada, 1. 225) até Platão (Timeu, 70 c) a sede das faculdades espirituais, da inteligência (ou mente) e dos sentimentos profundos e violentos (cfr. Ilíada, 21,441) podendo até, por vezes, confundir-se com as emoções (as quais, na realidade, são movimentos da psychê, e não propriamente de kardía). Jesus, porém, reiteradamente afirma que o coração é a fonte primeira em que nascem os pensamentos (diríamos a sede do Eu Profundo).


Com este último sentido, a palavra kardía aparece 112 vezes, sendo que uma vez (MT 12:40) em sentido figurado.


MT 5:8, MT 5:28; 6:21; 9:4; 11:29; 12:34 13-15(2x),19; 15:8,18,19; 18;35; 22;37; 24:48; MC 2:6, MC 2:8; 3:5;


4:15; 6;52; 7;6,19,21; 8:11; 11. 23; 12:30,33; LC 1:17, LC 1:51, LC 1:66; 2;19,35,51; 3:5; 5:22; 6:45; 8:12,15;


9:47; 10:27; 12:34; 16:15; 21:14,34; 24;25,32,38; JO 12:40(2x); 13:2; 14:1,27; 16:6,22 AT 2:26, AT 2:37, AT 2:46; AT 4:32; 5:3(2x); 7:23,39,51,54; 8;21,22; 11;23. 13:22; 14:17; 15:9; 16;14; 21:13; 28:27(2x);


RM 1:21, RM 1:24; 2:5,15,29; 5:5; 6:17; 8:27; 9:2; 10:1,6,8,9,10; 16:16; 1. ª Cor. 2:9; 4:5; 7:37; 14:25; 2. ª Cor. 1:22; 2:4; 3:2,3,15; 4:6; 5:12; 6:11; 7:3; 8:16; 9:7; GL 4:6; EF 1:18; EF 3:17; EF 4:18; EF 5:19; EF 6:5, EF 6:22;


Filp. 1:7; 4:7; CL 2:2; CL 3:15, CL 3:16, CL 3:22; CL 4:8; 1. ª Tess. 2:4,17; 3:13; 2. ª Tess. 2:17; 3:5; 1. ª Tim. 1:5; 2. ª Tim.


2:22; HB 3:8, HB 3:10, HB 3:12, HB 3:15; HB 4:7, HB 4:12; 8:10; 10:16,22; Tiago, 1:26; 3:14; 4:8; 5:5,8; 1. ª Pe. 1:22; 3:4,15; 2. ª Pe. 1:19; 2:15; 1; 1. ª JO 3;19,20(2x),21; AP 2:23; AP 17:17; AP 18:7.


NOÚS


Noús não é a "fonte", mas sim a faculdade de criar pensamentos, que é parte integrante e indivisível de kardía, onde tem sede. Já Anaxágoras (in Diógenes Laércio, livro 2. º, n. º 3) diz que noús (o Pensamento Universal Criador) é o "’princípio do movimento"; equipara, assim, noús a Lógos (Som, Palavra, Verbo): o primeiro impulsionador dos movimentos de rotação e translação da poeira cósmica, com isso dando origem aos átomos, os quais pelo sucessivo englobamento das unidades coletivas cada vez mais complexas, formaram os sistemas atômicos, moleculares e, daí subindo, os sistemas solares, gal áxicos, e os universos (cfr. vol. 3. º).


Noús é empregado 23 vezes com esse sentido: o produto de noús (mente) do pensamento (nóêma), usado 6 vezes (2. ª Cor. 2:11:3:14; 4:4; 10:5; 11:3; Filp. 4:7), e o verbo daí derivado, noeín, empregado

14 vezes (3), sendo que com absoluta clareza em João (João 12:40) quando escreve "compreender com o coração" (noêsôsin têi kardíai).


LC 24. 45; RM 1:28; RM 7:23, RM 7:25; 11:34; 12:2; 14. 5; l. ª Cor. 1. 10; 2:16:14:14,15,19; EF 4:17, EF 4:23; Filp.


4:7; CL 2:18; 2. ª Tess. 2. 2; 1. ª Tim. 6:5; 2. ª Tim. 3:8; TT 1:15;AP 13:18.


PNEUMA


Pneuma, o sopro ou Espírito, usado 354 vezes no N. T., toma diversos sentidos básicos: MT 15:17; MT 16:9, MT 16:11; 24:15; MC 7:18; MC 8:17; MC 13:14; JO 12:40; RM 1:20; EF 3:4, EF 3:20; 1. ª Tim. 1:7;


2. ª Tim. 2:7; HB 11:13

1. Pode tratar-se do ESPÍRITO, caracterizado como O SANTO, designando o Amor-Concreto, base e essência de tudo o que existe; seria o correspondente de Brahman, o Absoluto. Aparece com esse sentido, indiscutivelmente, 6 vezes (MT 12:31, MT 12:32; MC 3:29; LC 12:10; JO 4:24:1. ª Cor. 2:11).


Os outros aspectos de DEUS aparecem com as seguintes denominações:

a) - O PAI (ho patêr), quando exprime o segundo aspecto, de Criador, salientando-se a relação entre Deus e as criaturas, 223 vezes (1); mas, quando se trata do simples aspecto de Criador e Conservador da matéria, é usado 43 vezes (2) o vocábulo herdado da filosofia grega, ho lógos, ou seja, o Verbo, a Palavra que, ao proferir o Som Inaudível, movimenta a poeira cósmica, os átomos, as galáxias.


(1) MT 5:16, MT 5:45, MT 5:48; MT 6:1, MT 6:4, MT 6:6, MT 6:8,9,14,15,26,32; 7:11,21; 10:20,29,32,33; 11:25,27; 12:50; 13:43; 15:13; 16:17,27; 18:10,14,19,35; 20:23; 23:9; 24:36; 25:34:26:29,39,42,53; MC 8:25; MC 11:25, MC 11:32; MC 11:14:36; LC 2:49; LC 2:6:36;9:26;10:21,22;11:2,13;12:30,32;22:29,42;23:34,46;24:49;JO 1:14, JO 1:18; JO 1:2:16;3:35;4:21,23;5:1 7,18,19,20,21,22,23,26,36,37,43,45,46,27,32,37,40,44,45,46,57,65;8:18,19,27,28,38,41,42,49,54;10:1 5,17,18,19,25,29,30,32,35,38;11:41;12:26,27,28,49,50;13:1,3;14:2,6,7,8,9,10,11,13,16,20,21,24,26,28, 31,15:1,8,9,10,15,16,23,24,26;16:3,10,15,17,25,26,27,28,32;17:1,5,11,21,24,25; 18:11; 20:17,21;AT 1:4, AT 1:7; AT 1:2:33;Rom. 1:7;6:4;8:15;15:6;1. º Cor. 8:6; 13:2; 15:24; 2. º Cor. 1:2,3; 6:18; 11:31; Gól. 1:1,3,4; 4:6; EF 1:2, EF 1:3, EF 1:17; EF 2:18; EF 2:3:14; 4:6; 5:20; FP 1:2; FP 2:11; FP 4:20; CL 1:2, CL 1:3, CL 1:12:3:17; 1. 0 Teõs. 1:1,3; 3:11,13; 2° Tess. 1:1 2; : 2:16; 1. º Tim. 1:2; 2. º Tim. 1:2; TT 1:4; Flm. 3; HB 1:5; HB 12:9; Tiago 1:17, Tiago 1:27:3:9; 1° Pe. 1:2,3,17; 2. º Pe. 1:17, 1. º JO 1:2,3; 2:1,14,15,16, 22,23,24; 3:1; 4:14; 2. º JO 3,4,9; Jud. 9; AP 1:6; AP 2:28; AP 3:5, AP 3:21; 14:1. (2) MT 8:8; LC 7:7; JO 1:1, JO 1:14; 5:33; 8:31,37,43,51,52,55; 14:23,24; 15:20; 17:61417; 1. º Cor. 1:13; 2. º Cor. 5:19; GL 6:6; Filp. 2:6; Cor. 1:25; 3:16; 4:3; 1. º Tess. 1:6; 2. º Tess. 3:1; 2. º Tim. 2:9; Heb. : 12; 6:1; 7:28; 12:9; Tiago, 1:21,22,23; 1. ° Pe. 1:23; 2. º Pe. 3:5,7; 1. º JO 1:1,10; 2:5,7,14; AP 19:13.


b) - O FILHO UNIGÊNITO (ho hyiós monogenês), que caracteriza o CRISTO CÓSMICO, isto é, toda a criação englobadamente, que é, na realidade profunda, um dos aspectos da Divindade. Não se trata, como é claro, de panteísmo, já que a criação NÃO constitui a Divindade; mas, ao invés, há imanência (Monismo), pois a criação é UM DOS ASPECTOS, apenas, em que se transforma a Divindade. Esta, além da imanência no relativo, é transcendente como Absoluto; além da imanência no tempo, é transcendente como Eterno; além da imanência no finito, é transcendente como Infinito.


A expressão "Filho Unigênito" só é usada por João (1:14,18; 13:16,18 e 1. a JO 4:9). Em todos os demais passos é empregado o termo ho Christós, "O Ungido", ou melhor, "O Permeado pela Divindade", que pode exprimir tanto o CRISTO CÓSMICO que impregna tudo, quanto o CRISTO INTERNO, se o olhamos sob o ponto de vista da Centelha Divina no âmago da criatura.


Quando não é feita distinção nos aspectos manifestantes, o N. T. emprega o termo genérico ho theós Deus", precedido do artigo definido.


2. Além desse sentido, encontramos a palavra pneuma exprimindo o Espírito humano individualizado; essa individualização, que tem a classificação de pneuma, encontra-se a percorrer a trajetória de sua longa viagem, a construir sua própria evolução consciente, através da ascensão pelos planos vibratórios (energia e matéria) que ele anima em seu intérmino caminhar. Notemos, porém, que só recebe a denominação de pneuma (Espírito), quando atinge a individualização completa no estado hominal (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 79: "Os Espíritos são a individualização do Princípio Inteligente, isto é, de noús).


Logicamente, portanto, podemos encontrar espíritos em muitos graus evolutivos, desde os mais ignorantes e atrasados (akátharton) e enfermos (ponêrón) até os mais evoluídos e santos (hágion).


Todas essas distinções são encontradas no N. T., sendo de notar-se que esse termo pneuma pode designar tanto o espírito encarnado quanto, ao lado de outros apelativos, o desencarnado.


Eis, na prática, o emprego da palavra pneuma no N. T. :

a) - pneuma como espírito encarnado (individualidade), 193 vezes: MT 1:18, MT 1:20; 3:11; 4:1; 5:3; 10:20; 26:41; 27:50; MC 1:8; MC 2:8; MC 8:12; MC 14:38; LC 1:47, LC 1:80; 3:16, 22; 8:55; 23:46; 24. 37, 39; JO 1:33; JO 3:5, JO 3:6(2x), 8; 4:23; 6:63; 7:39; 11:33; 13:21; 14:17, 26; 15:26; 16:13; 19-30, 20:22; AT 1:5, AT 1:8; 5:3; 32:7:59; 10:38; 11:12,16; 17:16; 18:25; 19:21; 20:22; RM 1:4, RM 1:9; 5:5; 8:2, 4, 5(2x), 6, 9(3x), 10, 11(2x),13, 14, 15(2x), 16(2x), 27; 9:1; 12:11; 14:17; 15:13, 16, 19, 30; 1° Cor. 2:4, 10(2x), 11, 12; 3:16; 5:3,4, 5; 6:11, 17, 19; 7:34, 40; 12:4, 7, 8(2x), 9(2x), 11, 13(2x); 14:2, 12, 14, 15(2x), 16:32; 15:45; 16:18; 2º Cor. 1:22; 2:13; 3:3, 6, 8, 17(2x), 18; 5:5; 6:6; 7:1, 13; 12:18; 13:13; GL 3:2, GL 3:3, GL 3:5; 4:6, 29; 5:5,16,17(2x), 18, 22, 25(2x1); 6:8(2x),18; EF 1:13, EF 1:17; 2:18, 22; 3:5, 16; 4:3, 4:23; 5:18; 6:17, 18; Philp. 1:19, 27; 2:1; 3:3; 4:23; CL 1:8; CL 2:5; 1º Tess. 1:5, 6; 4:8; 5:23; 2. º Tess. 2:13; 1. º Tim. 3:16; 4:22; 2. º Tim. 1:14; TT 3:5; HB 4:12, HB 6:4; HB 9:14; HB 10:29; HB 12:9; Tiago, 2:26:4:4; 1. º Pe. 1:2, 11, 12; 3:4, 18; 4:6,14; 1. º JO 3:24; JO 4:13; JO 5:6(2x),7; Jud. 19:20; AP 1:10; AP 4:2; AP 11:11.


b) - pneuma como espírito desencarnado:


I - evoluído ou puro, 107 vezes:


MT 3:16; MT 12:18, MT 12:28; 22:43; MC 1:10, MC 1:12; 12:36; 13. 11; LC 1:15, LC 1:16, LC 1:41, LC 1:67; 2:25, 27; 4:1, 14, 18; 10:21; 11:13; 12:12; JO 1:32; JO 3:34; AT 1:2, AT 1:16; 2:4(2x), 17, 18, 33(2x), 38; 4:8; 25, 31; 6:3, 10; 7:51, 55; 8:15, 17, 18, 19, 29, 39; 9:17, 31; 10:19, 44, 45, 47; 11:15, 24, 28; 13:2, 4, 9, 52; 15:8, 28; 16:6, 7; 19:1, 2, 6; 20:22, 28; 21:4, 11; 23:8, 9; 28:25; 1. º Cor. 12:3(2x), 10; 1. º Tess. 5:9; 2. º Tess. 2:2; 1. ° Tim. 4:1; HB 1:7, HB 1:14; 2:4; 3:7; 9:8; 10:15; 12:23; 2. º Pe. 1:21; 1. ° JO 4:1(2x), 2, 3, 6; AP 1:4; AP 2:7, AP 2:11, AP 2:17, AP 2:29; 3:1, 6, 13, 22; 4:5; 5:6; 14:13; 17:3:19. 10; 21. 10; 22:6, 17.


II - involuído ou não-purificado, 39 vezes:


MT 8:16; MT 10:1; MT 12:43, MT 12:45; MC 1:23, MC 1:27; 3:11, 30; 5:2, 8, 13; 6:7; 7:25; 9:19; LC 4:36; LC 6:18; LC 7:21; LC 8:2; LC 10:20; LC 11:24, LC 11:26; 13:11; AT 5:16; AT 8:7; AT 16:16, AT 19:12, AT 19:13, AT 19:15, AT 19:16; RM 11:8:1. ° Cor. 2:12; 2. º Cor. 11:4; EF 2:2; 1. º Pe. 3:19; 1. º JO 4:2, 6; AP 13:15; AP 16:13; AP 18:2.


c) - pneuma como "espírito" no sentido abstrato de "caráter", 7 vezes: (JO 6:63; RM 2:29; 1. ª Cor. 2:12:4:21:2. ª Cor. 4:13; GL 6:1 e GL 6:2. ª Tim. 1:7)


d) - pneuma no sentido de "sopro", 1 vez: 2. ª Tess. 2:8 Todavia, devemos acrescentar que o espírito fora da matéria recebia outros apelativo, conforme vimos (vol. 1) e que não é inútil recordar, citando os locais.


PHÁNTASMA, quando o espírito, corpo astral ou perispírito se torna visível; termo que, embora frequente entre os gregos, só aparece, no N. T., duas vezes (MT 14:26 e MC 6:49).

ÁGGELOS (Anjo), empregado 170 vezes, designa um espírito evoluído (embora nem sempre de categoria acima da humana); essa denominação específica que, no momento em que é citada, tal entidade seja de nível humano ou supra-humano - está executando uma tarefa especial, como encarrega de "dar uma mensagem", de "levar um recado" de seus superiores hierárquicos (geralmente dizendo-se "de Deus"): MT 1:20, MT 1:24; 2:9, 10, 13, 15, 19, 21; 4:6, 11; 8:26; 10:3, 7, 22; 11:10, 13; 12:7, 8, 9, 10, 11, 23; 13:39, 41, 49; 16:27; 18:10; 22:30; 24:31, 36; 25:31, 41; 26:53; 27:23; 28:2, 5; MC 1:2, MC 1:13; 8:38; 12:25; 13:27, 32; LC 1:11, LC 1:13, LC 1:18, LC 1:19, 26, 30, 34, 35, 38; 4:10, 11; 7:24, 27; 9:26, 52; 12:8; 16:22; 22:43; 24:23; JO 1:51; JO 12:29; JO 20:12 AT 5:19; AT 6:15; AT 7:30, AT 7:35, AT 7:38, AT 7:52; 12:15; 23:8, 9; RM 8:38; 1. ° Cor. 4:9; 6:3; 11:10; 13:1; 2. º Cor. 11:14; 12:7; GL 1:8; GL 3:19; GL 4:14; CL 2:18; 2. º Tess. 1:7; 1. ° Tim. 3:16; 5:21; HB 1:4, HB 1:5, HB 1:6, HB 1:7, 13; 2:2, 5, 7, 9, 16; 12:22; 13:2; Tiago 2:25; 1. º Pe. 1:4, 11; Jud. 6; AP 1:1, AP 1:20; 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 5, 7, 9, 14; 5:2, 11; 7:1, 11; 8:2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 13; 9:1, 11, 13, 14, 15; 10:1, 5, 7, 8, 9, 10; 11:15; 12:7, 9, 17; 14:6, 9, 10, 15, 17, 18, 19; 15:1, 6, 7, 8, 10; 16:1, 5; 17:1, 7; 18:1, 21; 19:17; 20:1; 21:9, 12, 17; 22:6, 8, 16. BEEZEBOUL, usado 7 vezes: (MT 7. 25; 12:24, 27; MC 3:22; LC 11:15, LC 11:18, LC 11:19) só nos Evangelhos, é uma designação de chefe" de falange, "cabeça" de espíritos involuído.


DAIMÔN (uma vez, em MT 8:31) ou DAIMÓNION, 55 vezes, refere-se sempre a um espírito familiar desencarnado, que ainda conserva sua personalidade humana mesmo além túmulo. Entre os gregos, esse termo designava quer o eu interno, quer o "guia". Já no N. T. essa palavra identifica sempre um espírito ainda não-esclarecido, não evoluído, preso à última encarnação terrena, cuja presença prejudica o encarnado ao qual esteja ligado; tanto assim que o termo "demoníaco" é, para Tiago, sinônimo de "personalístico", terreno, psíquico. "não é essa sabedoria que desce do alto, mas a terrena (epígeia), a personalista (psychike), a demoníaca (demoniôdês). (Tiago, 3:15)


MT 7:22; MT 9:33, MT 9:34; 12:24, 27, 28; 10:8; 11:18; 17:18; MC 1:34, MC 1:39; 3:15, 22; 6:13; 7:26, 29, 30; 9:38; 16:9, 17; LC 4:33, LC 4:35, LC 4:41; 7:33; 8:2, 27, 29, 30, 33, 35, 38; 9:1, 42, 49; 10:17; 11:14, 15, 18, 19, 20; 13:32; JO 7:2; JO 8:48, JO 8:49, JO 8:52; 10:20, 21; AT 17:18; 1. ª Cor. 10:20, 21; 1. º Tim. 4:1; Tiago 2:16; Apoc 9:20; 16:24 e 18:2.


Ao falar de desencarnados, aproveitemos para observar como era designado o fenômeno da psicofonia: I - quando se refere a uma obsessão, com o verbo daimonízesthai, que aparece 13 vezes (MT 4:24;


8:16, 28, 33; 9:32; 12:22; 15:22; Marc 1:32; 5:15, 16, 18; LC 8:36; JO 10:21, portanto, só empregado pelos evangelistas).


II - quando se refere a um espírito evoluído, encontramos as expressões:

• "cheio de um espírito (plêrês, LC 4:1; AT 6:3, AT 6:5; 7:55; 11:24 - portanto só empregado por Lucas);


• "encher-se" (pimplánai ou plêthein, LC 1:15, LC 1:41, LC 1:67; AT 2:4; AT 4:8, AT 4:31; 9:17; 13:19 - portanto, só usado por Lucas);


• "conturbar-se" (tarássein), JO 11:33 e JO 13:21).


Já deixamos bem claro (vol 1) que os termos satanás ("antagonista"), diábolos ("adversário") e peirázôn ("tentador") jamais se referem, no N. T., a espíritos desencarnados, mas expressam sempre "a matéria, e por conseguinte também a "personalidade", a personagem humana que, com seu intelecto vaidoso, se opõe, antagoniza e, como adversário natural do espírito, tenta-o (como escreveu Paulo: "a carne (matéria) luta contra o espírito e o espírito contra a carne", GL 5:17).


Esses termos aparecem: satanãs, 33 vezes (MT 4:10; MT 12:26; MT 16:23; MC 1:13; MC 3:23, MC 3:26; 4:15; 8:33; LC 10:18; LC 11:18; LC 13:16; LC 22:3; JO 13:27, JO 13:31; AT 5:3; AT 26:18; RM 16:20; 1. º Cor. 5:5; 7:5; 2. º Cor. 2:11; 11:14; 12:17; 1. ° Tess. 2:18; 2. º Tess. 2:9; 1. º Tim. 1:20; 5:15; AP 2:9, AP 2:13, AP 2:24; 3:9; 12:9; 20:2, 7); diábolos, 35 vezes (MT 4:1, MT 4:5, MT 4:8, MT 4:11; 13:39; 25:41; LC 4:2, LC 4:3, LC 4:6, LC 4:13; 8:12; JO 6:70; JO 8:44; JO 13:2; AT 10:38; AT 13:10; EF 4:27; EF 6:11; 1. º Tim. 3:6, 7, 11; 2. º Tim. 2:26; 3:3 TT 2:3; HB 2:14; Tiago, 4:7; 1. º Pe. 5:8; 1. º JO 3:8, 10; Jud. 9; AP 2:10; AP 12:9, AP 12:12; 20:2,10) e peirázôn, duas vezes (MT 4:3 e MT 4:1. ª Tess. 3:5).


DIÁNOIA


Diánoia exprime a faculdade de refletir (diá+noús), isto é, o raciocínio; é o intelecto que na matéria, reflete a mente espiritual (noús), projetando-se em "várias direções" (diá) no mesmo plano. Usado 12 vezes (MT 22:37; MC 12:30: LC 1:51; LC 10:27: EF 2:3; EF 4:18; CL 1:21; HB 8:10; HB 10:16; 1. ª Pe. 1:13; 2. ª Pe. 3:1; 1. ª JO 5:20) na forma diánoia; e na forma dianóêma (o pensamento) uma vez em LC 11:17. Como sinônimo de diánoia, encontramos, também, synesis (compreensão) 7 vezes (MC 12:33; LC 2:47; 1. ª Cor. 1:19; EF 3:4; CL 1:9 e CL 2:2; e 2. ª Tim. 2:7). Como veremos logo abaixo, diánoia é parte inerente da psychê, (alma).


PSYCHÊ


Psychê é a ALMA, isto é, o "espírito encarnado (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 134: " alma é o espírito encarnado", resposta dada, evidentemente, por um "espírito" afeito à leitura do Novo Testamento).


A psychê era considerada pelos gregos como o atualmente chamado "corpo astral", já que era sede dos desejos e paixões, isto é, das emoções (cfr. Ésquilo, Persas, 841; Teócrito, 16:24; Xenofonte, Ciropedia, 6. 2. 28 e 33; Xen., Memoráveis de Sócrates, 1. 13:14; Píndaro, Olímpicas, 2. 125; Heródoto, 3. 14; Tucídides, 2. 40, etc.) . Mas psychê também incluía, segundo os gregos, a diánoia ou synesis, isto é, o intelecto (cfr. Heródoto, 5. 124; Sófocles, Édipo em Colona, 1207; Xenofonte, Hieron, 7. 12; Plat ão, Crátilo, 400 a).


No sentido de "espírito" (alma de mortos) foi usada por Homero (cfr. Ilíada 1. 3; 23. 65, 72, 100, 104;


Odisseia, 11. 207,213,222; 24. 14 etc.), mas esse sentido foi depressa abandonado, substituído por outros sinônimos (pnenma, eikôn, phántasma, skiá, daimôn, etc.) .


Psychê é empregado quase sempre no sentido de espírito preso à matéria (encarnado) ou seja, como sede da vida, e até como a própria vida humana, isto é, a personagem terrena (sede do intelecto e das emoções) em 92 passos: Mar. 2:20; 6:25; 10:28, 39; 11:29; 12:18; 16:25, 26; 20:28; 22:37; 26:38; MC 3:4; MC 8:35, MC 8:36, MC 8:37; 10:45; 12:30; 14:34; LC 1:46; LC 2:35; LC 6:9; LC 9:24(2x), 56; 10:27; 12:19, 20, 22, 23; 14:26; 17:33; 21:19; JO 10:11, JO 10:15, JO 10:17, JO 10:18, 24; 12:25, 27; 13:37, 38; 15:13; AT 2:27, AT 2:41, AT 2:43; 3:23; 4:32; 7:14; 14:2, 22; 15:24, 26; 20:10, 24; 27:10, 22, 37, 44; RM 2:9; RM 11:3; RM 13:1; RM 16:4; 1. º Cor. 15:45; 2. º Cor. 1:23; 12:15; EF 6:6; CL 3:23; Flp. 1:27; 2:30; 1. º Tess. 2:8; 5:23; HB 4:12; HB 6:19; HB 10:38, HB 10:39; 12:3; 13:17; Tiago 1:21; Tiago 5:20; 1. º Pe. 1:9, 22; 2:11, 25; 4:19; 2. º Pe. 2:8, 14; 1. º JO 3:16; 3. º JO 2; AP 12:11; AP 16:3; AP 18:13, AP 18:14.


Note-se, todavia, que no Apocalipse (6:9:8:9 e 20:4) o termo é aplicado aos desencarnados por morte violenta, por ainda conservarem, no além-túmulo, as características da última personagem terrena.


O adjetivo psychikós é empregado com o mesmo sentido de personalidade (l. ª Cor. 2:14; 15:44, 46; Tiago, 3:15; Jud. 19).


Os outros termos, que entre os gregos eram usados nesse sentido de "espírito desencarnado", o N. T.


não os emprega com essa interpretação, conforme pode ser verificado:

EIDOS (aparência) - LC 3:22; LC 9:29; JO 5:37; 2. ª Cor. 5:7; 1. ª Tess. 5:22.


EIDÔLON (ídolo) - AT 7:41; AT 15:20; RM 2:22; 1. ª Cor. 8:4, 7; 10:19; 12; 2; 2. ª Cor. 6:16; 1. ª Tess.


1:9; 1. ª JO 5:21; AP 9:20.


EIKÔN (imagem) - MT 22:20; MC 12:16; LC 20:24; RM 1:23; 1. ª Cor. 11:7; 15:49 (2x) ; 2. ª Cor. 3:18; 4:4; CL 1:5; CL 3:10; HB 10:11; AP 13:14; AP 14:2, AP 14:11; 15:2; 19 : 20; 20 : 4.


SKIÁ (sombra) - MT 4:16; MC 4:32; LC 1:79; AT 5:15; CL 2:17; HB 8:5; HB 10:1.


Também entre os gregos, desde Homero, havia a palavra thumós, que era tomada no sentido de alma encarnada". Teve ainda sentidos diversos, exprimindo "coração" quer como sede do intelecto, quer como sede das paixões. Fixou-se, entretanto, mais neste último sentido, e toda, as vezes que a deparamos no Novo Testamento é, parece, com o designativo "força". (Cfr. LC 4:28; AT 19:28; RM 2:8; 2. ª Cor. 12:20; GL 5:20; EF 4:31; CL 3:8; HB 11:27; AP 12:12; AP 14:8, AP 14:10, AP 14:19; 15:1, 7; 16:1, 19; 18:3 e 19:15)


SOMA


Soma exprime o corpo, geralmente o físico denso, que é subdividido em carne (sárx) e sangue (haima), ou seja, que compreende o físico denso e o duplo etérico (e aqui retificamos o que saiu publicado no vol. 1, onde dissemos que "sangue" representava o astral).


Já no N. T. encontramos uma antecipação da moderna qualificação de "corpos", atribuída aos planos ou níveis em que o homem pode tornar-se consciente. Paulo, por exemplo, emprega soma para os planos espirituais; ao distinguir os "corpos" celestes (sómata epouránia) dos "corpos" terrestres (sómata epígeia), ele emprega soma para o físico denso (em lugar de sárx), para o corpo astral (sôma psychikôn) e para o corpo espiritual (sôma pneumatikón) em 1. ª Cor. 15:40 e 44.


No N. T. soma é empregado ao todo 123 vezes, sendo 107 vezes no sentido de corpo físico-denso (material, unido ou não à psychê);


MT 5:29, MT 5:30; 6:22, 25; 10:28(2x); 26:12; 27:58, 59; MC 5:29; MC 14:8; MC 15:43; LC 11:34; LC 12:4, LC 12:22, LC 12:23; 17:37; 23:52, 55; 24:3, 23; JO 2:21; JO 19:31, JO 19:38, JO 19:40; 20:12; Aros. 9:40; RM 1:24; RM 4:19; RM 6:6, RM 6:12; 7:4, 24; 8:10, 11, 13, 23; 12:1, 4; 1. º Cor. 5:13; 6:13(2x), 20; 7:4(2x), 34; 9:27; 12:12(3x),14, 15(2x), 16 (2x), 17, 18, 19, 20, 22, 23, 24, 25; 13:3; 15:37, 38(2x) 40). 2. 0 Cor. 4:40; 5:610; 10:10; 12:2(2x); Gól. 6:17; EF 2:16; EF 5:23, EF 5:28; Ft. 3:21; CL 2:11, CL 2:23; 1. º Tess. 5:23; HB 10:5, HB 10:10, HB 10:22; 13:3, 11; Tiago 2:11, Tiago 2:26; 3:2, 3, 6; 1. º Pe. 2:24; Jud. 9; AP 18:13. Três vezes como "corpo astral" (MT 27:42; 1. ª Cor. 15:14, duas vezes); duas vezes como "corpo espiritual" (1. º Cor. 15:41); e onze vezes com sentido simbólico, referindo-se ao pão, tomado como símbolo do corpo de Cristo (MT 26:26; MC 14:22; LC 22:19; RM 12:5; 1. ª Cor. 6:15; 10:16, 17; 11:24; 12:13, 27; EF 1:23; EF 4:4, EF 4:12, EF 4:16; Filp. 1:20; CL 1:18, CL 1:22; 2:17; 3:15).


HAIMA


Haima, o sangue, exprime, como vimos, o corpo vital, isto é, a parte que dá vitalização à carne (sárx), a qual, sem o sangue, é simples cadáver.


O sangue era considerado uma entidade a parte, representando o que hoje chamamos "duplo etérico" ou "corpo vital". Baste-nos, como confirmação, recordar que o Antigo Testamento define o sangue como "a alma de toda carne" (LV 17:11-14). Suma importância, por isso, é atribuída ao derramamento de sangue, que exprime privação da "vida", e representa quer o sacrifício em resgate de erros e crimes, quer o testemunho de uma verdade.


A palavra é assim usada no N. T. :

a) - sangue de vítimas (HB 9:7, HB 9:12, HB 9:13, HB 9:18, 19, 20, 21, 22, 25; 10:4; 11:28; 13:11). Observe-se que só nessa carta há preocupação com esse aspecto;


b) - sangue de Jesus, quer literalmente (MT 27:4, MT 27:6, MT 27:24, MT 27:25; LC 22:20; JO 19:34; AT 5:28; AT 20:28; RM 5:25; RM 5:9; EF 1:7; EF 2:13; CL 1:20; HB 9:14; HB 10:19, HB 10:29; 12:24; 13:12, 20; 1. ª Pe. 1:2,19; 1. ª JO 1:7; 5:6, 8; AP 1:5; AP 5:9; AP 7:14; AP 12:11); quer simbolicamente, quando se refere ao vinho, como símbolo do sangue de Cristo (MT 26:28; MC 14:24; JO 6:53, JO 6:54, JO 6:55, JO 6:56; 1. ª Cor. 10:16; 11:25, 27).


c) - o sangue derramado como testemunho de uma verdade (MT 23:30, MT 23:35; 27:4; LC 13:1; AT 1:9; AT 18:6; AT 20:26; AT 22:20; RM 3:15; HB 12:4; AP 6:10; 14,: 20; 16:6; 17:6; 19:2, 13).


d) - ou em circunstâncias várias (MC 5:25, MC 5:29; 16:7; LC 22:44; JO 1:13; AT 2:19, AT 2:20; 15:20, 29; 17:26; 21:25; 1. ª Cor. 15:50; GL 1:16; EF 6:12; HB 2:14; AP 6:12; AP 8:7; AP 15:3, AP 15:4; 11:6).


SÁRX


Sárx é a carne, expressão do elemento mais grosseiro do homem, embora essa palavra substitua, muitas vezes, o complexo soma, ou seja, se entenda, com esse termo, ao mesmo tempo "carne" e "sangue".


Apesar de ter sido empregada simbolicamente por Jesus (JO 6:51, JO 6:52, JO 6:53, JO 6:54, 55 e 56), seu uso é mais literal em todo o resto do N. T., em 120 outros locais: MT 19:56; MT 24:22; MT 26:41; MC 10:8; MC 13:20; MC 14:38; LC 3:6; LC 24:39; JO 1:14; JO 3:6(2x); 6:63; 8:15; 17:2; AT 2:7, AT 2:26, AT 2:31; RM 1:3; RM 2:28; RM 3:20; RM 4:1; RM 6:19; RM 7:5, RM 7:18, RM 7:25; 8:3, 4(2x), 5(2x), 6, 7, 8, 9, 13(2x); 9:358; 11:14; 13:14; 1. º Cor. 1:2629; 5:5; 6:16; 7:28;10:18; 15:39(2x),50; 2. º Cor. 1:17; 4:11; 5:16; 7:1,5; 10:2,3(2x); 1:18; 12:7; GL 2:16, GL 2:20; 3:3; 4:13, 14, 23; 5:13, 16, 17, 19, 24; 6:8(2x), 12, 13; EF 2:3, EF 2:11, EF 2:14; 5:29, 30, 31; 6:5; CL 1:22, CL 1:24; 2:1, 5, 11, 13, 18, 23; 3:22, 24; 3:34; 1. º Tim. 3:6; Flm. 16; HB 5:7; HB 9:10, HB 9:13; 10:20; 12:9; Tiago 5:3; 1. º Pe. 1:24; 3;18, 21; 4:1, 2, 6; 2. º Pe. 2:10, 18; 1. º JO 2:16; 4:2; 2. º JO 7; Jud. 7, 8, 23; AP 17:16; AP 19:21.


B - TEXTOS COMPROBATÓRIOS


Respiguemos, agora, alguns trechos do N. T., a fim de comprovar nossas conclusões a respeito desta nova teoria.


Comecemos pela distinção que fazemos entre individualidade (ou Espírito) e a personagem transitória humana.


INDIVIDUALIDADE- PERSONAGEM


Encontramos essa distinção explicitamente ensinada por Paulo (l. ª Cor. 15:35-50) que classifica a individualidade entre os "corpos celestiais" (sómata epouránia), isto é, de origem espiritual; e a personagem terrena entre os "corpos terrenos" (sómata epígeia), ou seja, que têm sua origem no próprio planeta Terra, de onde tiram seus elementos constitutivos (físicos e químicos). Logo a seguir, Paulo torna mais claro seu pensamento, denominando a individualidade de "corpo espiritual" (sôma pneumatikón) e a personagem humana de "corpo psíquico" (sôma psychikón). Com absoluta nitidez, afirma que a individualidade é o "Espírito vivificante" (pneuma zoopioún), porque dá vida; e que a personagem, no plano já da energia, é a "alma que vive" (psychê zôsan), pois recebe vida do Espírito que lhe constitui a essência profunda.


Entretanto, para evitar dúvidas ou más interpretações quanto ao sentido ascensional da evolução, assevera taxativamente que o desenvolvimento começa com a personalidade (alma vivente) e só depois que esta se desenvolve, é que pode atingir-se o desabrochar da individualidade (Espírito vivificante).


Temos, pois, bem estabelecida a diferença fundamental, ensinada no N. T., entre psychê (alma) e pneuma (Espírito).


Mas há outros passos em que esses dois elementos são claramente distinguidos:

1) No Cântico de Maria (LC 1:46) sentimos a diferença nas palavras "Minha alma (psychê) engrandece o Senhor e meu Espírito (pneuma) se alegra em Deus meu Salvador".


2) Paulo (Filp. 1:27) recomenda que os cristãos tenham "um só Espírito (pneuma) e uma só alma (psychê), distinção desnecessária, se não expressassem essas palavras coisas diferentes.


3) Ainda Paulo (l. ª Tess. 5:23) faz votos que os fiéis "sejam santificados e guardados no Espírito (pneuma) na alma (psychê) e no corpo (sôma)", deixando bem estabelecida a tríade que assinalamos desde o início.


4) Mais claro ainda é o autor da Carta dos Hebreus (quer seja Paulo Apolo ou Clemente Romano), ao


. utilizar-se de uma expressão sintomática, que diz: "o Logos Divino é Vivo, Eficaz; e mais penetrante que qualquer espada, atingindo até a divisão entre o Espirito (pneuma) e a alma (psychê)" (HB 4:12); aí não há discussão: existe realmente uma divisão entre espírito e alma.


5) Comparando, ainda, a personagem (psiquismo) com a individualidade Paulo afirma que "fala não palavras aprendidas pela sabedoria humana, mas aprendidas do Espírito (divino), comparando as coisas espirituais com as espirituais"; e acrescenta, como esclarecimento e razão: "o homem psíquico (ho ánthrôpos psychikós, isto é, a personagem intelectualizada) não percebe as coisas do Espírito Divino: são tolices para ele, e não pode compreender o que é discernido espiritualmente; mas o homem espiritual (ho ánthrôpos pneumatikós, ou, seja, a individualidade) discerne tudo, embora não seja discernido por ninguém" (1. ª Cor. 2:13-15).


Portanto, não há dúvida de que o N. T. aceita os dois aspectos do "homem": a parte espiritual, a tríade superior ou individualidade (ánthrôpos pneumatikós) e a parte psíquica, o quaternário inferior ou personalidade ou personagem (ánthrôpos psychikós).


O CORPO


Penetremos, agora, numa especificação maior, observando o emprego da palavra soma (corpo), em seu complexo carne-sangue, já que, em vários passos, não só o termo sárx é usado em lugar de soma, como também o adjetivo sarkikós (ou sarkínos) se refere, como parte externa visível, a toda a personagem, ou seja, ao espírito encarnado e preso à matéria; e isto sobretudo naqueles que, por seu atraso, ainda acreditam que seu verdadeiro eu é o complexo físico, já que nem percebem sua essência espiritual.


Paulo, por exemplo, justifica-se de não escrever aos coríntios lições mais sublimes, porque não pode falar-lhes como a "espirituais" (pnenmatikoí, criaturas que, mesmo encarnadas, já vivem na individualidade), mas só como a "carnais" (sarkínoi, que vivem só na personagem). Como a crianças em Cristo (isto é, como a principiantes no processo do conhecimento crístico), dando-lhes leite a beber, não comida, pois ainda não na podem suportar; "e nem agora o posso, acrescenta ele, pois ainda sois carnais" (1. ª Cor. 3:1-2).


Dessa forma, todos os que se encontram na fase em que domina a personagem terrena são descritos por Paulo como não percebendo o Espírito: "os que são segundo a carne, pensam segundo a carne", em oposição aos "que são segundo o espírito, que pensam segundo o espírito". Logo a seguir define a "sabedoria da carne como morte, enquanto a sabedoria do Espírito é Vida e Paz" (Rom, 8:5-6).


Essa distinção também foi afirmada por Jesus, quando disse que "o espírito está pronto (no sentido de" disposto"), mas a carne é fraca" (MT 26:41; MC 14:38). Talvez por isso o autor da Carta aos Hebreus escreveu, ao lembrar-se quiçá desse episódio, que Jesus "nos dias de sua carne (quando encarnado), oferecendo preces e súplicas com grande clamor e lágrimas Àquele que podia livrá-lo da morte, foi ouvido por causa de sua devoção e, não obstante ser Filho de Deus (o mais elevado grau do adeptado, cfr. vol. 1), aprendeu a obediência por meio das coisas que sofreu" (Heb, 5:7-8).


Ora, sendo assim fraca e medrosa a personagem humana, sempre tendente para o mal como expoente típico do Antissistema, Paulo tem o cuidado de avisar que "não devemos submeter-nos aos desejos da carne", pois esta antagoniza o Espírito (isto é constitui seu adversário ou diábolos). Aconselha, então que não se faça o que ela deseja, e conforta os "que são do Espírito", assegurando-lhes que, embora vivam na personalidade, "não estão sob a lei" (GL 5:16-18). A razão é dada em outro passo: "O Senhor é Espírito: onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2. ª Cor. 3:17).


Segundo o autor da Carta aos Hebreus, esta foi uma das finalidades da encarnação de Jesus: livrar a personagem humana do medo da morte. E neste trecho confirma as palavras do Mestre a Nicodemos: "o que nasce de carne é carne" (JO 3:6), esclarecendo, ao mesmo tempo, no campo da psicobiologia, (o problema da hereditariedade: dos pais, os filhos só herdam a carne e o sangue (corpo físico e duplo etérico), já que a psychê é herdeira do pneuma ("o que nasce de espírito, é espírito", João, ibidem). Escreve, então: "como os filhos têm a mesma natureza (kekoinônêken) na carne e no sangue, assim ele (Jesus) participou da carne e do sangue para que, por sua morte, destruísse o adversário (diábolos, a matéria), o qual possui o império da morte, a fim de libertá-las (as criaturas), já que durante toda a vida elas estavam sujeitas ao medo da morte" (HB 2:14).


Ainda no setor da morte, Jesus confirma, mais uma vez, a oposição corpo-alma: "não temais os que matam o corpo: temei o que pode matar a alma (psychê) e o corpo (sôma)" (MT 10:28). Note-se, mais uma vez, a precisão (elegantia) vocabular de Jesus, que não fala em pneuma, que é indestrutível, mas em psychê, ou seja, o corpo astral sujeito a estragos e até morte.


Interessante observar que alguns capítulos adiante, o mesmo evangelista (MT 27:52) usa o termo soma para designar o corpo astral ou perispírito: "e muitos corpos dos santos que dormiam, despertaram".


Refere-se ao choque terrível da desencarnação de Jesus, que foi tão violento no plano astral, que despertou os desencarnados que se encontravam adormecidos e talvez ainda presos aos seus cadáveres, na hibernação dos que desencarnam despreparados. E como era natural, ao despertarem, dirigiram-se para suas casas, tendo sido percebidos pelos videntes.


Há um texto de Paulo que nos deixa em suspenso, sem distinguirmos se ele se refere ao corpo físico (carne) ou ao psíquico (astral): "conheço um homem em Cristo (uma individualidade já cristificada) que há catorze anos - se no corpo (en sômai) não sei, se fora do corpo (ektòs sômatos) não sei: Deus

sabe foi raptado ao terceiro céu" (l. ª Cor. 12:2). É uma confissão de êxtase (ou talvez de "encontro"?), em que o próprio experimentador se declara inapto a distinguir se se tratava de um movimento puramente espiritual (fora do corpo), ou se tivera a participação do corpo psíquico (astral); nem pode verificar se todo o processo se realizou com pneuma e psychê dentro ou fora do corpo.


Entretanto, de uma coisa ele tem certeza absoluta: a parte inferior do homem, a carne e o sangue, esses não participaram do processo. Essa certeza é tão forte, que ele pode ensinar taxativamente e sem titubeios, que o físico denso e o duplo etérico não se unificam com a Centelha Divina, não "entram no reino dos céus", sendo esta uma faculdade apenas de pneuma, e, no máximo, de psychê. E ele o diz com ênfase: "isto eu vos digo, irmãos, que a carne (sárx) e o sangue (haima) NÃO PODEM possuir o reino de Deus" (l. ª Cor. 15:50). Note-se que essa afirmativa é uma negação violenta do "dogma" da ressurreição da carne.


ALMA


Num plano mais elevado, vejamos o que nos diz o N. T. a respeito da psychê e da diánoia, isto é, da alma e do intelecto a esta inerente como um de seus aspectos.


Como a carne é, na realidade dos fatos, incapaz de vontades e desejos, que provêm do intelecto, Paulo afirma que "outrora andávamos nos desejos de nossa carne", esclarecendo, porém, que fazíamos "a vontade da carne (sárx) e do intelecto (diánoia)" (EF 2:3). De fato "o afastamento e a inimizade entre Espírito e corpo surgem por meio do intelecto" (CL 1. 21).


A distinção entre intelecto (faculdade de refletir, existente na personagem) e mente (faculdade inerente ao coração, que cria os pensamentos) pode parecer sutil, mas já era feita na antiguidade, e Jerem ías escreveu que YHWH "dá suas leis ao intelecto (diánoia), mas as escreve no coração" (JR 31:33, citado certo em HB 8:10, e com os termos invertidos em HB 10:16). Aí bem se diversificam as funções: o intelecto recebe a dádiva, refletindo-a do coração, onde ela está gravada.


Realmente a psychê corresponde ao corpo astral, sede das emoções. Embora alguns textos no N. T.


atribuam emoções a kardía, Jesus deixou claro que só a psychê é atingível pelas angústias e aflições, asseverando: "minha alma (psychê) está perturbada" (MT 26:38; MC 14:34; JO 12:27). Jesus não fala em kardía nem em pneuma.


A MENTE


Noús é a MENTE ESPIRITUAL, a individualizadora de pneuma, e parte integrante ou aspecto de kardía. E Paulo, ao salientar a necessidade de revestir-nos do Homem Novo (de passar a viver na individualidade) ordena que "nos renovemos no Espírito de nossa Mente" (EF 4:23-24), e não do intelecto, que é personalista e divisionário.


E ao destacar a luta entre a individualidade e a personagem encarnada, sublinha que "vê outra lei em seus membros (corpo) que se opõem à lei de sua mente (noús), e o aprisiona na lei do erro que existe em seus membros" (RM 7:23).


A mente espiritual, e só ela, pode entender a sabedoria do Cristo; e este não se dirige ao intelecto para obter a compreensão dos discípulos: "e então abriu-lhes a mente (noún) para que compreendessem as Escrituras" (LC 24:45). Até então, durante a viagem (bastante longa) ia conversando com os "discípulos de Emaús". falando-lhes ao intelecto e provando-lhes que o Filho do Homem tinha que sofrer; mas eles não O reconheceram. Mas quando lhes abriu a MENTE, imediatamente eles perceberam o Cristo.


Essa mente é, sem dúvida, um aspecto de kardía. Isaías escreveu: "então (YHWH) cegou-lhes os olhos (intelecto) e endureceu-lhes o coração, para que não vissem (intelectualmente) nem compreendessem com o coração" (IS 6:9; citado por JO 12:40).


O CORAÇÃO


Que o coração é a fonte dos pensamentos, nós o encontramos repetido à exaustão; por exemplo: MT 12:34; MT 15:18, MT 15:19; Marc 7:18; 18:23; LC 6:45; LC 9:47; etc.


Ora, se o termo CORAÇÃO exprime, límpida e indiscutivelmente, a fonte primeira do SER, o "quarto fechado" onde o "Pai vê no secreto" MT 6:6), logicamente se deduz que aí reside a Centelha Divina, a Partícula de pneuma, o CRISTO (Filho Unigênito), que é UNO com o Pai, que também, consequentemente, aí reside. E portanto, aí também está o Espírito-Santo, o Espírito-Amor, DEUS, de que nosso Eu é uma partícula não desprendida.


Razão nos assiste, então, quando escrevemos (vol. 1 e vol. 3) que o "reino de Deus" ou "reino dos céus" ou "o céu", exprime exatamente o CORAÇÃO; e entrar no reino dos céus é penetrar, é MERGULHAR (batismo) no âmago de nosso próprio EU. É ser UM com o CRISTO, tal como o CRISTO é UM com o PAI (cfr. JO 10. 30; 17:21,22, 23).


Sendo esta parte a mais importante para a nossa tese, dividamo-la em três seções:

a) - Deus ou o Espírito Santo habitam DENTRO DE nós;


b) - CRISTO, o Filho (UNO com o Pai) também está DENTRO de nós, constituindo NOSSA ESSÊNCIA PROFUNDA;


c) - o local exato em que se encontra o Cristo é o CORAÇÃO, e nossa meta, durante a encarnação, é CRISTIFICAR-NOS, alcançando a evolução crística e unificando-nos com Ele.


a) -


A expressão "dentro de" pode ser dada em grego pela preposição ENTOS que encontramos clara em LC (LC 17:21), quando afirma que "o reino de Deus está DENTRO DE VÓS" (entòs humin); mas tamb ém a mesma ideia é expressa pela preposição EN (latim in, português em): se a água está na (EM A) garrafa ou no (EM O) copo, é porque está DENTRO desses recipientes. Não pode haver dúvida. Recordese o que escrevemos (vol. 1): "o Logos se fez carne e fez sua residência DENTRO DE NÓS" (JO 1:14).


Paulo é categórico em suas afirmativas: "Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita dentro de vós" (1. ª Cor. 3:16).


Οΰи οίδατε ότι ναός θεοϋ έστε иαί τό πνεϋµα τοϋ θεοϋ έν ϋµϊν οίиεί;

E mais: "E não sabeis que vosso corpo é o templo do Espírito Santo que está dentro de vós, o qual recebestes de Deus, e não pertenceis a vós mesmos? Na verdade, fostes comprados por alto preço. Glorificai e TRAZEI DEUS EM VOSSO CORPO" (1. ª Cor. 6:19-20).


Esse Espírito Santo, que é a Centelha do Espírito Universal, é, por isso mesmo, idêntico em todos: "há muitas operações, mas UM só Deus, que OPERA TUDO DENTRO DE TODAS AS COISAS; ... Todas essas coisas opera o único e mesmo Espírito; ... Então, em UM Espírito todos nós fomos MERGULHADOS en: UMA carne, judeus e gentios, livres ou escravos" (1. ª Cor. 12:6, 11, 13).


Καί διαιρέσεις ένεργηµάτων είσιν, ό δέ αύτός θεός ό ένεργών τα πάντα έν πάσιν... Дάντα δέ ταύτα ένεργεί τό έν иαί τό αύτό πνεύµα... Кαί γάρ έν ένί πνεύµατι ήµείς πάντες είς έν σώµα έβαπτίσθηµεν,
είτε ̉Ιουδαίοι εϊτε έλληνες, είτε δούλοι, εϊτε έλεύθεροι.
Mais ainda: "Então já não sois hóspedes e estrangeiros, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus, superedificados sobre o fundamento dos Enviados e dos Profetas, sendo a própria pedra angular máxima Cristo Jesus: em Quem toda edificação cresce no templo santo no Senhor, no Qual tamb ém vós estais edificados como HABITAÇÃO DE DEUS NO ESPÍRITO" (EF 2:19-22). " Αρα ούν ούиέτι έστε ζένοι иαί πάροιиοι, άλλά έστε συµπολίται τών άγίων иαί οίиείοι τού θεού,
έποιиοδοµηθέντες έπί τώ θεµελίω τών άποστόλων иαί προφητών, όντος άиρογωνιαίου αύτού Χριστόύ
#cite Іησού, έν ώ πάσα οίиοδοµή συναρµολογουµένη αύζει είς ναόν άγιον έν иυρίώ, έν ώ иαί ύµείς
συνοιиοδοµείσθε είς иατοιиητήεριον τού θεού έν πνεµατ

ι.


Se Deus habita DENTRO do homem e das coisas quem os despreza, despreza a Deus: "quem despreza estas coisas, não despreza homens, mas a Deus, que também deu seu Espírito Santo em vós" (1. ª Tess. 4:8).


Тοιγαρούν ό άθετών ούи άνθρωπον άθετεί, άλλά τόν θεόν τόν иαί διδόντα τό πνεύµα αύτού τό άγιον είς ύµάς.

E a consciência dessa realidade era soberana em Paulo: "Guardei o bom depósito, pelo Espírito Santo que habita DENTRO DE NÓS" (2. ª Tim. 1:14). (20)


Тήν иαλήν παραθήиην φύλαζον διά πνεύµατος άγίου τού ένοιиούντος έν ήµϊ

ν.


João dá seu testemunho: "Ninguém jamais viu Deus. Se nos amarmos reciprocamente, Deus permanecer á DENTRO DE NÓS, e o Amor Dele, dentro de nós, será perfeito (ou completo). Nisto sabemos que permaneceremos Nele e Ele em nós, porque DE SEU ESPÍRITO deu a nós" (1. ª JO 4:12-13).


θεόν ούδείς πώποτε τεθέαται: έάν άγαπώµεν άλλήλους, ό θεός έν ήµϊν µένει, иαί ή άγάπη αύτοϋ τε-
τελειωµένη έν ήµϊν έστιν. Εν τουτω γινώσиοµεν ότι έν αύτώ µένοµεν иαί αύτός έν ήµϊν, ότι έи τοϋ
πνεύµατος αύτοϋ δέδώиεν ήµϊ

ν.


b) -


Vejamos agora os textos que especificam melhor ser o CRISTO (Filho) que, DENTRO DE NÓS. constitui a essência profunda de nosso ser. Não é mais uma indicação de que TEMOS a Divindade em nós, mas um ensino concreto de que SOMOS uma partícula da Divindade. Escreve Paulo: "Não sabeis que CRISTO (Jesus) está DENTRO DE VÓS"? (2. ª Cor. 13:5). E, passando àquela teoria belíssima de que formamos todos um corpo só, cuja cabeça é Cristo, ensina Paulo: "Vós sois o CORPO de Cristo, e membros de seus membros" (l. ª Cor. 12:27). Esse mesmo Cristo precisa manifestar-se em nós, através de nós: "vossa vida está escondida COM CRISTO em Deus; quando Cristo se manifestar, vós também vos manifestareis em substância" (CL 3:3-4).


E logo adiante insiste: "Despojai-vos do velho homem com seus atos (das personagens terrenas com seus divisionismos egoístas) e vesti o novo, aquele que se renova no conhecimento, segundo a imagem de Quem o criou, onde (na individualidade) não há gentio nem judeu, circuncidado ou incircunciso, bárbaro ou cita, escravo ou livre, mas TUDO e EM TODOS, CRISTO" (CL 3:9-11).


A personagem é mortal, vivendo a alma por efeito do Espírito vivificante que nela existe: "Como em Adão (personagem) todos morrem, assim em CRISTO (individualidade, Espírito vivificante) todos são vivificados" (1. ª Cor. 15:22).


A consciência de que Cristo vive nele, faz Paulo traçar linhas imorredouras: "ou procurais uma prova do CRISTO que fala DENTRO DE MIM? o qual (Cristo) DENTRO DE VÓS não é fraco" mas é poderoso DENTRO DE VÓS" (2. ª Cor. 13:3).


E afirma com a ênfase da certeza plena: "já não sou eu (a personagem de Paulo), mas CRISTO QUE VIVE EM MIM" (GL 2:20). Por isso, pode garantir: "Nós temos a mente (noús) de Cristo" (l. ª Cor. 2:16).


Essa convicção traz consequências fortíssimas para quem já vive na individualidade: "não sabeis que vossos CORPOS são membros de Cristo? Tomando, então, os membros de Cristo eu os tornarei corpo de meretriz? Absolutamente. Ou não sabeis que quem adere à meretriz se torna UM CORPO com ela? Está dito: "e serão dois numa carne". Então - conclui Paulo com uma lógica irretorquível - quem adere a Deus é UM ESPÍRITO" com Deus (1. ª Cor. 6:15-17).


Já desde Paulo a união sexual é trazida como o melhor exemplo da unificação do Espírito com a Divindade. Decorrência natural de tudo isso é a instrução dada aos romanos: "vós não estais (não viveis) EM CARNE (na personagem), mas EM ESPÍRITO (na individualidade), se o Espírito de Deus habita DENTRO DE VÓS; se porém não tendes o Espírito de Cristo, não sois Dele. Se CRISTO (está) DENTRO DE VÓS, na verdade o corpo é morte por causa dos erros, mas o Espírito vive pela perfeição. Se o Espírito de Quem despertou Jesus dos mortos HABITA DENTRO DE VÓS, esse, que despertou Jesus dos mortos, vivificará também vossos corpos mortais, por causa do mesmo Espírito EM VÓS" (RM 9:9-11). E logo a seguir prossegue: "O próprio Espírito testifica ao nosso Espírito que somos filhos de Deus; se filhos, (somos) herdeiros: herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo" (RM 8:16). Provém daí a angústia de todos os que atingiram o Eu Interno para libertar-se: "também tendo em nós as primícias do Espírito, gememos dentro de nós, esperando a adoção de Filhos, a libertação de nosso corpo" (RM 8:23).


c) -


Finalmente, estreitando o círculo dos esclarecimentos, verificamos que o Cristo, dentro de nós, reside NO CORAÇÃO, onde constitui nosso EU Profundo. É ensinamento escriturístico.


Ainda é Paulo que nos esclarece: "Porque sois filhos, Deus enviou o ESPÍRITO DE SEU FILHO, em vosso CORAÇÃO, clamando Abba, ó Pai" (GL 4:6). Compreendemos, então, que o Espírito Santo (Deus) que está em nós, refere-se exatamente ao Espírito do FILHO, ao CRISTO Cósmico, o Filho Unigênito. E ficamos sabendo que seu ponto de fixação em nós é o CORAÇÃO.


Lembrando-se, talvez, da frase de Jeremias, acima-citada, Paulo escreveu aos coríntios: "vós sois a nossa carta, escrita em vossos CORAÇÕES, conhecida e lida por todos os homens, sendo manifesto que sois CARTA DE CRISTO, preparada por nós, e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo; não em tábuas de pedra, mas nas tábuas dos CORAÇÕES CARNAIS" (2. ª Cor. 3:2-3). Bastante explícito que realmente se trata dos corações carnais, onde reside o átomo espiritual.


Todavia, ainda mais claro é outro texto, em que se fala no mergulho de nosso eu pequeno, unificandonos ao Grande EU, o CRISTO INTERNO residente no coração: "CRISTO HABITA, pela fé, no VOSSO CORAÇÃO". E assegura com firmeza: "enraizados e fundamentados no AMOR, com todos os santos (os encarnados já espiritualizados na vivência da individualidade) se compreenderá a latitude, a longitude a sublimidade e a profundidade, conhecendo o que está acima do conhecimento, o AMOR DE CRISTO, para que se encham de toda a plenitude de Deus" (EF 3:17).


Кατοιиήσαι τόν Χριστόν διά τής πίστεως έν ταϊς иαρδίαις ύµών, έν άγάπη έρριζωµένοι иαί τεθεµελιωµένοι, ϊνα έζισγύσητε иαταλαβέσθαι σύν πάσιν τοϊςάγίοιςτί τό πλάτος иαί µήиος иαί ύψος
иαί βάθος, γνώσαι τε τήν ύπερβάλλουσαν τής γνώσεως άγάπην τοϋ Χριστοϋ, ίνα πληρωθήτε είς πάν τό πλήρωµα τού θεοϋ.

Quando se dá a unificação, o Espírito se infinitiza e penetra a Sabedoria Cósmica, compreendendo então a amplitude da localização universal do Cristo.


Mas encontramos outro ensino de suma profundidade, quando Paulo nos adverte que temos que CRISTIFICAR-NOS, temos que tornar-nos Cristos, na unificação com Cristo. Para isso, teremos que fazer uma tradução lógica e sensata da frase, em que aparece o verbo CHRIO duas vezes: a primeira, no particípio passado, Christós, o "Ungido", o "permeado da Divindade", particípio que foi transliterado em todas as línguas, com o sentido filosófico e místico de O CRISTO; e a segunda, logo a seguir, no presente do indicativo. Ora, parece de toda evidência que o sentido do verbo tem que ser O MESMO em ambos os empregos. Diz o texto original: ho dè bebaiôn hemãs syn humin eis Christon kaí chrísas hemãs theós (2. ª Cor. 1:21).


#cite Ο δέ βεβαιών ήµάς σύν ύµίν είς Χριστόν иαί χρίσας ήµάς θεό

ς.


Eis a tradução literal: "Deus, fortifica dor nosso e vosso, no Ungido, unge-nos".


E agora a tradução real: "Deus, fortificador nosso e vosso, em CRISTO, CRISTIFICA-NOS".


Essa a chave para compreendermos nossa meta: a cristificação total e absoluta.


Logo após escreve Paulo: "Ele também nos MARCA e nos dá, como penhor, o Espírito em NOSSOS CORAÇÕES" (2. ª Cor. 1:22).


#cite Ο иαί σφραγισάµενος ήµάς иαί δούς τόν άρραβώνα τόν πνεύµατος έν ταϊς иαρδϊαις ήµώ

ν.


Completando, enfim, o ensino - embora ministrado esparsamente - vem o texto mais forte e explícito, informando a finalidade da encarnação, para TÔDAS AS CRIATURAS: "até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, ao Homem Perfeito, à medida da evolução plena de Cristo" (EF 4:13).


Мέρχι иαταντήσωµεν οί πάντες είς τήν ένότητα τής πίστοως. иαί τής έπιγνώσεως τοϋ υίοϋ τοϋ θεοϋ,
είς άνδρα τελειον, είς µέτρον ήλιиίας τοϋ πληρώµατος τοϋ Χριστοϋ.
Por isso Paulo escreveu aos Gálatas: "ó filhinhos, por quem outra vez sofro as dores de parto, até que Cristo SE FORME dentro de vós" (GL 4:19) (Тεиνία µου, ούς πάλιν ώδίνω, µέρχις ού µορφωθή Χριστός έν ύµϊ

ν).


Agostinho (Tract. in Joanne, 21, 8) compreendeu bem isto ao escrever: "agradeçamos e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos", (Christus facti sumus); e Metódio de Olimpo ("Banquete das dez virgens", Patrol. Graeca, vol. 18, col. 150) escreveu: "a ekklêsía está grávida e em trabalho de parto até que o Cristo tome forma em nós, até que Cristo nasça em nós, a fim de que cada um dos santos (encarnados) por sua participação com o Cristo, se torne Cristo". Também Cirilo de Jerusalém ("Catechesis mystagogicae" 1. 3. 1 in Patr. Graeca vol. 33, col. 1. 087) asseverou: " Após terdes mergulhado no Cristo e vos terdes revestido do Cristo, fostes colocados em pé de igualdade com o Filho de Deus... pois que entrastes em comunhão com o Cristo, com razão tendes o nome de cristos, isto é, de ungidos".


Todo o que se une ao Cristo, se torna um cristo, participando do Pneuma e da natureza divina (theías koinônoí physeôs) (2. ª Pe. 1:3), pois "Cristo é o Espírito" (2. ª Cor. 3:17) e quem Lhe está unido, tem em si o selo (sphrágis) de Cristo. Na homilia 24,2, sobre 1. ª Cor. 10:16, João Crisóstomo (Patrol.


Graeca vol. 61, col. 200) escreveu: "O pão que partimos não é uma comunhão (com+união, koinônía) ao corpo de Cristo? Porque não disse "participação" (metoché)? Porque quis revelar algo mais, e mostrar uma associação (synápheia) mais íntima. Realmente, estamos unidos (koinônoúmen) não só pela participação (metéchein) e pela recepção (metalambánein), mas também pela UNIFICAÇÃO (enousthai)".


Por isso justifica-se o fragmento de Aristóteles, supra citado, em Sinésio: "os místicos devem não apenas aprender (mathein) mas experimentar" (pathein).


Essa é a razão por que, desde os primeiros séculos do estabelecimento do povo israelita, YHWH, em sua sabedoria, fazia a distinção dos diversos "corpos" da criatura; e no primeiro mandamento revelado a Moisés dizia: " Amarás a Deus de todo o teu coração (kardía), de toda tua alma (psychê), de todo teu intelecto (diánoia), de todas as tuas forças (dynameis)"; kardía é a individualidade, psychê a personagem, dividida em diánoia (intelecto) e dynameis (veículos físicos). (Cfr. LV 19:18; DT 6:5; MT 22:37; MC 12:13; LC 10:27).


A doutrina é uma só em todos os sistemas religiosos pregados pelos Mestres (Enviados e Profetas), embora com o tempo a imperfeição humana os deturpe, pois a personagem é fundamentalmente divisionista e egoísta. Mas sempre chega a ocasião em que a Verdade se restabelece, e então verificamos que todas as revelações são idênticas entre si, em seu conteúdo básico.


ESCOLA INICIÁTICA


Após essa longa digressão a respeito do estudo do "homem" no Novo Testamento, somos ainda obrigados a aprofundar mais o sentido do trecho em que são estipuladas as condições do discipulato.


Há muito desejaríamos ter penetrado neste setor, a fim de poder dar explicação cabal de certas frases e passagens; mas evitamo-lo ao máximo, para não ferir convicções de leitores desacostumados ao assunto.


Diante desse trecho, porém, somos forçados a romper os tabus e a falar abertamente.


Deve ter chamado a atenção de todos os estudiosos perspicazes dos Evangelhos, que Jesus jamais recebeu, dos evangelistas, qualquer título que normalmente seria atribuído a um fundador de religião: Chefe Espiritual, Sacerdote, Guia Espiritual, Pontífice; assim também, aqueles que O seguiam, nunca foram chamados Sequazes, Adeptos, Adoradores, Filiados, nem Fiéis (a não ser nas Epístolas, mas sempre com o sentido de adjetivo: os que mantinham fidelidade a Seus ensinos). Ao contrário disso, os epítetos dados a Jesus foram os de um chefe de escola: MESTRE (Rabbi, Didáskalos, Epistátês) ou de uma autoridade máxima Kyrios (SENHOR dos mistérios). Seus seguidores eram DISCÍPULOS (mathêtês), tudo de acordo com a terminologia típica dos mistérios iniciáticos de Elêusis, Delfos, Crotona, Tebas ou Heliópolis. Após receberem os primeiros graus, os discípulos passaram a ser denominado "emissários" (apóstolos), encarregados de dar a outros as primeiras iniciações.


Além disso, é evidente a preocupação de Jesus de dividir Seus ensinos em dois graus bem distintos: o que era ministrado de público ("a eles só é dado falar em parábolas") e o que era ensinado privadamente aos "escolhidos" ("mas a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus", cfr. MT 13:10-17 ; MC 4:11-12; LC 8:10).


Verificamos, portanto, que Jesus não criou uma "religião", no sentido moderno dessa palavra (conjunto de ritos, dogmas e cultos com sacerdócio hierarquicamente organizado), mas apenas fundou uma ESCOLA INICIÁTICA, na qual preparou e "iniciou" seus DISCÍPULOS, que Ele enviou ("emissários, apóstolos") com a incumbência de "iniciar" outras criaturas. Estas, por sua vez, foram continuando o processo e quando o mundo abriu os olhos e percebeu, estava em grande parte cristianizado. Quando os "homens" o perceberam e estabeleceram a hierarquia e os dogmas, começou a decadência.


A "Escola iniciática" fundada por Jesus foi modelada pela tradição helênica, que colocava como elemento primordial a transmissão viva dos mistérios: e "essa relação entre a parádosis (transmissão) e o mystérion é essencial ao cristianismo", escreveu o monge beneditino D. Odon CaseI (cfr. "Richesse du Mystere du Christ", Les éditions du Cerf. Paris, 1964, pág. 294). Esse autor chega mesmo a afirmar: " O cristianismo não é uma religião nem uma confissão, segundo a acepção moderna dessas palavras" (cfr. "Le Mystere du Culte", ib., pág. 21).


E J. Ranft ("Der Ursprung des Kathoíischen Traditionsprinzips", 1931, citado por D . O. Casel) escreve: " esse contato íntimo (com Cristo) nasce de uma gnose profunda".


Para bem compreender tudo isso, é indispensável uma incursão pelo campo das iniciações, esclarecendo antes alguns termos especializados. Infelizmente teremos que resumir ao máximo, para não prejudicar o andamento da obra. Mas muitos compreenderão.


TERMOS ESPECIAIS


Aiôn (ou eon) - era, época, idade; ou melhor CICLO; cada um dos ciclos evolutivos.


Akoueíu - "ouvir"; akoueín tòn lógon, ouvir o ensino, isto é, receber a revelação dos segredos iniciáticos.


Gnôse - conhecimento espiritual profundo e experimental dos mistérios.


Deíknymi - mostrar; era a explicação prática ou demonstração de objetos ou expressões, que serviam de símbolos, e revelavam significados ocultos.


Dóxa - doutrina; ou melhor, a essência do conhecimento profundo: o brilho; a luz da gnôse; donde "substância divina", e daí a "glória".


Dynamis - força potencial, potência que capacita para o érgon e para a exousía, infundindo o impulso básico de atividade.


Ekklêsía - a comunidade dos "convocados" ou "chamados" (ékklêtos) aos mistérios, os "mystos" que tinham feito ou estavam fazendo o curso da iniciação.


Energeín - agir por dentro ou de dentro (energia), pela atuação da força (dybamis).


Érgon - atividade ou ação; trabalho espiritual realizado pela força (dynamis) da Divindade que habita dentro de cada um e de cada coisa; energia.


Exêgeísthaí - narrar fatos ocultos, revelar (no sentido de "tirar o véu") (cfr. LC 24:35; JO 1:18; AT 10:8:15:12, 14).


Hágios - santo, o que vive no Espírito ou Individualidade; o iniciado (cfr. teleios).


Kyrios - Senhor; o Mestre dos Mistérios; o Mistagogo (professor de mistérios); o Hierofante (o que fala, fans, fantis, coisas santas, hieros); dava-se esse título ao possuidor da dynamis, da exousía e do érgon, com capacidade para transmiti-los.


Exousía - poder, capacidade de realização, ou melhor, autoridade, mas a que provém de dentro, não "dada" de fora.


Leitourgia - Liturgia, serviço do povo: o exercício do culto crístico, na transmissão dos mistérios.


Legómena - palavras reveladoras, ensino oral proferido pelo Mestre, e que se tornava "ensino ouvido" (lógos akoês) pelos discípulos.


Lógos - o "ensino" iniciático, a "palavra" secreta, que dava a chave da interpretação dos mistérios; a" Palavra" (Energia ou Som), segundo aspecto da Divindade.


Monymenta - "monumentos", ou seja, objetos e lembranças, para manter viva a memória.


Mystagogo – o Mestre dos Mystérios, o Hierofante.


Mystérion - a ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação; donde, o ensino revelado apenas aos perfeitos (teleios) e santos (hágios), mas que devia permanecer oculto aos profanos.


Oikonomía - economia, dispensação; literalmente "lei da casa"; a vida intima de cada iniciado e sua capacidade na transmissão iniciática a outros, (de modo geral encargo recebido do Mestre).


Orgê - a atividade ou ação sagrada; o "orgasmo" experimentado na união mística: donde "exaltação espiritual" pela manifestação da Divindade (erradamente interpretado como "ira").


Parábola - ensino profundo sob forma de narrativa popular, com o verdadeiro sentido oculto por metáforas e símbolos.


Paradídômi - o mesmo que o latim trádere; transmitir, "entregar", passar adiante o ensino secreto.


Parádosis - transmissão, entrega de conhecimentos e experiências dos ensinos ocultos (o mesmo que o latim tradítio).


Paralambánein - "receber" o ensino secreto, a "palavra ouvida", tornando-se conhecedor dos mistérios e das instruções.


Patheín - experimentar, "sofrer" uma experiência iniciática pessoalmente, dando o passo decisivo para receber o grau e passar adiante.


Plêrôma - plenitude da Divindade na criatura, plenitude de Vida, de conhecimento, etc.


Redençãoa libertação do ciclo de encarnações na matéria (kyklos anánkê) pela união total e definitiva com Deus.


Santo - o mesmo que perfeito ou "iniciado".


Sêmeíon - "sinal" físico de uma ação espiritual, demonstração de conhecimento (gnose), de força (dynamis), de poder (exousía) e de atividade ou ação (érgon); o "sinal" é sempre produzido por um iniciado, e serve de prova de seu grau.


Sophía - a sabedoria obtida pela gnose; o conhecimento proveniente de dentro, das experiências vividas (que não deve confundir-se com a cultura ou erudição do intelecto).


Sphrágis - selo, marca indelével espiritual, recebida pelo espírito, embora invisível na matéria, que assinala a criatura como pertencente a um Senhor ou Mestre.


Symbolos - símbolos ou expressões de coisas secretas, incompreensíveis aos profanos e só percebidas pelos iniciados (pão, vinho, etc.) .


Sótería - "salvação", isto é, a unificação total e definitiva com a Divindade, que se obtém pela "redenção" plena.


Teleíos - o "finalista", o que chegou ao fim de um ciclo, iniciando outro; o iniciado nos mistérios, o perfeito ou santo.


Teleisthai - ser iniciado; palavra do mesmo radical que teleutan, que significa "morrer", e que exprime" finalizar" alguma coisa, terminar um ciclo evolutivo.


Tradítio - transmissão "tradição" no sentido etimológico (trans + dare, dar além passar adiante), o mesmo que o grego parádosis.


TRADIÇÃO


D. Odon Casel (o. c., pág. 289) escreve: "Ranft estudou de modo preciso a noção da tradítio, não só como era praticada entre os judeus, mas também em sua forma bem diferente entre os gregos. Especialmente entre os adeptos dos dosis é a transmissão secreta feita aos "mvstos" da misteriosa sôtería; é a inimistérios, a noção de tradítio (parádosis) tinha grande importância. A paraciação e a incorporação no círculo dos eleitos (eleitos ou "escolhidos"; a cada passo sentimos a confirmação de que Jesus fundou uma "Escola Iniciática", quando emprega os termos privativos das iniciações heléntcas; cfr. " muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos" - MT 22. 14), características das religiões grecoorientais. Tradítio ou parádosis são, pois, palavras que exprimem a iniciação aos mistérios. Tratase, portanto, não de uma iniciação científica, mas religiosa, realizada no culto. Para o "mysto", constitui uma revelação formal, a segurança vivida das realidades sagradas e de uma santa esperança. Graças a tradição, a revelação primitiva passa às gerações ulteriores e é comunicada por ato de iniciação. O mesmo princípio fundamental aplica-se ao cristianismo".


Na página seguinte, o mesmo autor prossegue: "Nos mistérios, quando o Pai Mistagogo comunica ao discípulo o que é necessário ao culto, essa transmissão tem o nome de traditio. E o essencial não é a instrução, mas a contemplação, tal como o conta Apuleio (Metamorphoses, 11, 21-23) ao narrar as experiências culturais do "mysto" Lúcius. Sem dúvida, no início há uma instrução, mas sempre para finalizar numa contemplação, pela qual o discípulo, o "mysto", entra em relação direta com a Divindade.


O mesmo ocorre no cristianismo (pág. 290).


Ouçamos agora as palavras de J. Ranft (o. c., pág. 275): "A parádosis designa a origem divina dos mistérios e a transmissão do conteúdo dos mistérios. Esta, à primeira vista, realiza-se pelo ministério dos homens, mas não é obra de homens; é Deus que ensina. O homem é apenas o intermediário, o Instrumento desse ensino divino. Além disso... desperta o homem interior. Logos é realmente uma palavra intraduzível: designa o próprio conteúdo dos mistérios, a palavra, o discurso, o ENSINO. É a palavra viva, dada por Deus, que enche o âmago do homem".


No Evangelho, a parádosis é constituída pelas palavras ou ensinos (lógoi) de Jesus, mas também simbolicamente pelos fatos narrados, que necessitam de interpretação, que inicialmente era dada, verbalmente, pelos "emissários" e pelos inspirados que os escreveram, com um talento superior de muito ao humano, deixando todos os ensinos profundos "velados", para só serem perfeitamente entendidos pelos que tivessem recebido, nos séculos seguintes, a revelação do sentido oculto, transmitida quer por um iniciado encarnado, quer diretamente manifestada pelo Cristo Interno. Os escritores que conceberam a parádosis no sentido helênico foram, sobretudo, João e Paulo; já os sinópticos a interpretam mais no sentido judaico, excetuando-se, por vezes, o grego Lucas, por sua convivência com Paulo, e os outros, quando reproduziam fielmente as palavras de Jesus.


Se recordarmos os mistérios de Elêusis (palavra que significa "advento, chegada", do verbo eléusomai," chegar"), ou de Delfos (e até mesmo os de Tebas, Ábydos ou Heliópolis), veremos que o Novo Testamento concorda seus termos com os deles. O logos transmitido (paradidômi) por Jesus é recebida (paralambánein) pelos DISCÍPULOS (mathêtês). Só que Jesus apresentou um elemento básico a mais: CRISTO. Leia-se Paulo: "recebi (parélabon) do Kyrios o que vos transmiti (parédote)" (l. ª Cor. 11:23).


O mesmo Paulo, que define a parádosis pagã como "de homens, segundo os elementos do mundo e não segundo Cristo" (CL 2:8), utiliza todas as palavras da iniciação pagã, aplicando-as à iniciação cristã: parádosis, sophía, logo", mystérion, dynamis, érgon, gnose, etc., termos que foram empregados também pelo próprio Jesus: "Nessa hora Jesus fremiu no santo pneuma e disse: abençôo-te, Pai, Senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e hábeis, e as revelaste aos pequenos, Sim, Pai, assim foi de teu agrado. Tudo me foi transmitido (parédote) por meu Pai. E ninguém tem a gnose do que é o Filho senão o Pai, e ninguém tem a gnose do que é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quer revelar (apokalypsai = tirar o véu). E voltando-se para seus discípulos, disse: felizes os olhos que vêem o que vedes. Pois digo-vos que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram, e ouvir o que ouvis, e não ouviram" (LC 10:21-24). Temos a impressão perfeita que se trata de ver e ouvir os mistérios iniciáticos que Jesus transmitia a seus discípulos.


E João afirma: "ninguém jamais viu Deus. O Filho Unigênito que esta no Pai, esse o revelou (exêgêsato, termo específico da língua dos mistérios)" (JO 1:18).


"PALAVRA OUVIDA"


A transmissão dos conhecimentos, da gnose, compreendia a instrução oral e o testemunhar das revelações secretas da Divindade, fazendo que o iniciado participasse de uma vida nova, em nível superior ( "homem novo" de Paulo), conhecendo doutrinas que deveriam ser fielmente guardadas, com a rigorosa observação do silêncio em relação aos não-iniciados (cfr. "não deis as coisas santas aos cães", MT 7:6).


Daí ser a iniciação uma transmissão ORAL - o LOGOS AKOÊS, ou "palavra ouvida" ou "ensino ouvido" - que não podia ser escrito, a não ser sob o véu espesso de metáforas, enigmas, parábolas e símbolos.


Esse logos não deve ser confundido com o Segundo Aspecto da Divindade (veja vol. 1 e vol. 3).


Aqui logos é "o ensino" (vol. 2 e vol. 3).


O Novo Testamento faz-nos conhecer esse modus operandi: Paulo o diz, numa construção toda especial e retorcida (para não falsear a técnica): "eis por que não cessamos de agradecer (eucharistoúmen) a Deus, porque, recebendo (paralabóntes) o ENSINO OUVIDO (lógon akoês) por nosso intermédio, de Deus, vós o recebestes não como ensino de homens (lógon anthrópôn) mas como ele é verdadeiramente: o ensino de Deus (lógon theou), que age (energeítai) em vós que credes" (l. ª Tess. 2:13).


O papel do "mysto" é ouvir, receber pelo ouvido, o ensino (lógos) e depois experimentar, como o diz Aristóteles, já citado por nós: "não apenas aprender (matheín), mas experimentar" (patheín).


Esse trecho mostra como o método cristão, do verdadeiro e primitivo cristianismo de Jesus e de seus emissários, tinha profunda conexão com os mistérios gregos, de cujos termos específicos e característicos Jesus e seus discípulos se aproveitaram, elevando, porém, a técnica da iniciação à perfeição, à plenitude, à realidade máxima do Cristo Cósmico.


Mas continuemos a expor. Usando, como Jesus, a terminologia típica da parádosis grega, Paulo insiste em que temos que assimilá-la interiormente pela gnose, recebendo a parádosis viva, "não mais de um Jesus de Nazaré histórico, mas do Kyrios, do Cristo ressuscitado, o Cristo Pneumatikós, esse mistério que é o Cristo dentro de vós" (CL 1:27).


Esse ensino oral (lógos akoês) constitui a tradição (traditio ou parádosis), que passa de um iniciado a outro ou é recebido diretamente do "Senhor" (Kyrios), como no caso de Paulo (cfr. GL 1:11): "Eu volo afirmo, meus irmãos, que a Boa-Nova que preguei não foi à maneira humana. Pois não na recebi (parélabon) nem a aprendi de homens, mas por uma revelação (apokálypsis) de Jesus Cristo".


Aos coríntios (l. ª Cor. 2:1-5) escreve Paulo: "Irmãos, quando fui a vós, não fui com o prestígio do lógos nem da sophía, mas vos anunciei o mistério de Deus. Decidi, com efeito, nada saber entre vós sen ão Jesus Cristo, e este crucificado. Fui a vós em fraqueza, em temor, e todo trêmulo, e meu logos e minha pregação não consistiram nos discursos persuasivos da ciência, mas numa manifestação do Esp írito (pneuma) e do poder (dynamis), para que vossa fé não repouse na sabedoria (sophía) dos homens, mas no poder (dynamis) de Deus".


A oposição entre o logos e a sophia profanos - como a entende Aristóteles - era salientada por Paulo, que se referia ao sentido dado a esses termos pelos "mistérios antigos". Salienta que à sophia e ao logos profanos, falta, no dizer dele, a verdadeira dynamis e o pnenma, que constituem o mistério cristão que ele revela: Cristo.


Em vários pontos do Novo Testamento aparece a expressão "ensino ouvido" ou "ouvir o ensino"; por exemplo: MT 7:24, MT 7:26; 10:14; 13:19, 20, 21, 22, 23; 15:12; 19:22; MC 4:14, MC 4:15, MC 4:16, MC 4:17, 18, 19, 20; LC 6:47; LC 8:11, LC 8:12, LC 8:13, LC 8:15; 10:39; 11:28; JO 5:24, JO 5:38; 7:40; 8:43; 14:24; AT 4:4; AT 10:44; AT 13:7; AT 15:7; EF 1:13; 1. ª Tess. 2:13; HB 4:2; 1. ª JO 2:7; Ap. 1:3.


DYNAMIS


Em Paulo, sobretudo, percebemos o sentido exato da palavra dynamis, tão usada nos Evangelhos.


Pneuma, o Espírito (DEUS), é a força Potencial ou Potência Infinita (Dynamis) que, quando age (energeín) se torna o PAI (érgon), a atividade, a ação, a "energia"; e o resultado dessa atividade é o Cristo Cósmico, o Kosmos universal, o Filho, que é Unigênito porque a emissão é única, já que espaço e tempo são criações intelectuais do ser finito: o Infinito é uno, inespacial, atemporal.


Então Dynamis é a essência de Deus o Absoluto, a Força, a Potência Infinita, que tudo permeia, cria e governa, desde os universos incomensuráveis até os sub-átomos infra-microscópicos. Numa palavra: Dynamis é a essência de Deus e, portanto, a essência de tudo.


Ora, o Filho é exatamente o PERMEAADO, ou o UNGIDO (Cristo), por essa Dynamis de Deus e pelo Érgon do Pai. Paulo já o dissera: "Cristo... é a dynamis de Deus e a sophía de Deus (Christòn theou dynamin kaí theou sophían, 1. ª Cor. 1:24). Então, manifesta-se em toda a sua plenitude (cfr. CL 2:9) no homem Jesus, a Dynamis do Pneuma (embora pneuma e dynamis exprimam realmente uma só coisa: Deus): essa dynamis do pneuma, atuando através do Pai (érgon) toma o nome de CRISTO, que se manifestou na pessoa Jesus, para introduzir a humanidade deste planeta no novo eon, já que "ele é a imagem (eikôn) do Deus invisível e o primogênito de toda criação" (CL 1:15).


EON


O novo eon foi inaugurado exatamente pelo Cristo, quando de Sua penetração plena em Jesus. Daí a oposição que tanto aparece no Novo Testamento Entre este eon e o eon futuro (cfr., i. a., MT 12:32;


MC 10:30; LC 16:8; LC 20:34; RM 12:2; 1. ª Cor. 1:20; 2:6-8; 3:18:2. ª Cor. 4:4; EF 2:2-7, etc.) . O eon "atual" e a vida da matéria (personalismo); O eon "vindouro" é a vida do Espírito ó individualidade), mas que começa na Terra, agora (não depois de desencarnados), e que reside no âmago do ser.


Por isso, afirmou Jesus que "o reino dos céus está DENTRO DE VÓS" (LC 17:21), já que reside NO ESPÍRITO. E por isso, zôê aiónios é a VIDA IMANENTE (vol, 2 e vol. 3), porque é a vida ESPIRITUAL, a vida do NOVO EON, que Jesus anunciou que viria no futuro (mas, entenda-se, não no futuro depois da morte, e sim no futuro enquanto encarnados). Nesse novo eon a vida seria a da individualidade, a do Espírito: "o meu reino não é deste mundo" (o físico), lemos em JO 18:36. Mas é NESTE mundo que se manifestará, quando o Espírito superar a matéria, quando a individualidade governar a personagem, quando a mente dirigir o intelecto, quando o DE DENTRO dominar o DE FORA, quando Cristo em nós tiver a supremacia sobre o eu transitório.


A criatura que penetra nesse novo eon recebe o selo (sphrágis) do Cristo do Espírito, selo indelével que o condiciona como ingresso no reino dos céus. Quando fala em eon, o Evangelho quer exprimir um CICLO EVOLUTIVO; na evolução da humanidade, em linhas gerais, podemos considerar o eon do animalismo, o eon da personalidade, o eon da individualidade, etc. O mais elevado eon que conhecemos, o da zôê aiónios (vida imanente) é o da vida espiritual plenamente unificada com Deus (pneuma-dynamis), com o Pai (lógos-érgon), e com o Filho (Cristo-kósmos).


DÓXA


Assim como dynamis é a essência de Deus, assim dóxa (geralmente traduzida por "glória") pode apresentar os sentidos que vimos (vol. 1). Mas observaremos que, na linguagem iniciática dos mistérios, além do sentido de "doutrina" ou de "essência da doutrina", pode assumir o sentido específico de" substância divina". Observe-se esse trecho de Paulo (Filp. 2:11): "Jesus Cristo é o Senhor (Kyrios) na substância (dóxa) de Deus Pai"; e mais (RM 6:4): "o Cristo foi despertado dentre os mortos pela substância (dóxa) do Pai" (isto é, pelo érgon, a energia do Som, a vibração sonora da Palavra).


Nesses passos, traduzir dóxa por glória é ilógico, não faz sentido; também "doutrina" aí não cabe. O sentido é mesmo o de "substância".


Vejamos mais este passo (l. ª Cor. 2:6-16): "Falamos, sim da sabedoria (sophia) entre os perfeitos (teleiois, isto é, iniciados), mas de uma sabedoria que não é deste eon, nem dos príncipes deste eon, que são reduzidos a nada: mas da sabedoria dos mistérios de Deus, que estava oculta, e que antes dos eons Deus destinara como nossa doutrina (dóxa), e que os príncipes deste mundo não reconheceram. De fato, se o tivessem reconhecido, não teriam crucificado o Senhor da Doutrina (Kyrios da dóxa, isto é, o Hierofante ou Mistagogo). Mas como está escrito, (anunciamos) o que o olho não viu e o ouvido não ouviu e o que não subiu sobre o coração do homem, mas o que Deus preparou para os que O amam.


Pois foi a nós que Deus revelou (apekalypsen = tirou o véu) pelo pneuma" (ou seja, pelo Espírito, pelo Cristo Interno).


MISTÉRIO


Mistério é uma palavra que modificou totalmente seu sentido através dos séculos, mesmo dentro de seu próprio campo, o religioso. Chamam hoje "mistério" aquilo que é impossível de compreender, ou o que se ignora irremissivelmente, por ser inacessível à inteligência humana.


Mas originariamente, o mistério apresentava dois sentidos básicos:

1. º - um ensinamento só revelado aos iniciados, e que permanecia secreto para os profanos que não podiam sabê-lo (daí proveio o sentido atual: o que não se pode saber; na antiguidade, não se podia por proibição moral, ao passo que hoje é por incapacidade intelectual);


2. º - a própria ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação completa.


Quando falamos em "mistério", transliterando a palavra usada no Novo Testamento, arriscamo-nos a interpretar mal. Aí, mistério não tem o sentido atual, de "coisa ignorada por incapacidade intelectiva", mas é sempre a "ação divina revelada experimentalmente ao homem" (embora continue inacessível ao não-iniciado ou profano).


O mistério não é uma doutrina: exprime o caráter de revelação direta de Deus a seus buscadores; é uma gnose dos mistérios, que se comunica ao "mysto" (aprendiz de mística). O Hierofante conduz o homem à Divindade (mas apenas o conduz, nada podendo fazer em seu lugar). E se o aprendiz corresponde plenamente e atende a todas as exigências, a Divindade "age" (energeín) internamente, no "Esp írito" (pneuma) do homem. que então desperta (egereín), isto é, "ressurge" para a nova vida (cfr. "eu sou a ressurreição da vida", JO 11:25; e "os que produzirem coisas boas (sairão) para a restauração de vida", isto é, os que conseguirem atingir o ponto desejado serão despertados para a vida do espírito, JO 5-29).


O caminho que leva a esses passos, é o sofrimento, que prepara o homem para uma gnose superior: "por isso - conclui O. Casel - a cruz é para o cristão o caminho que conduz à gnose da glória" (o. c., pág. 300).


Paulo diz francamente que o mistério se resume numa palavra: CRISTO "esse mistério, que é o Cristo", (CL 1:27): e "a fim de que conheçam o mistério de Deus, o Cristo" (CL 2:2).


O mistério opera uma união íntima e física com Deus, a qual realiza uma páscoa (passagem) do atual eon, para o eon espiritual (reino dos céus).


O PROCESSO


O postulante (o que pedia para ser iniciado) devia passar por diversos graus, antes de ser admitido ao pórtico, à "porta" por onde só passavam as ovelhas (símbolo das criaturas mansas; cfr. : "eu sou a porta das ovelhas", JO 10:7). Verificada a aptidão do candidato profano, era ele submetido a um período de "provações", em que se exercitava na ORAÇÃO (ou petição) que dirigia à Divindade, apresentando os desejos ardentes ao coração, "mendigando o Espírito" (cfr. "felizes os mendigos de Espírito" MT 5:3) para a ele unir-se; além disso se preparava com jejuns e alimentação vegetariana para o SACRIF ÍCIO, que consistia em fazer a consagração de si mesmo à Divindade (era a DE + VOTIO, voto a Deus), dispondo-se a desprender-se ao mundo profano.


Chegado a esse ponto, eram iniciados os SETE passos da iniciação. Os três primeiros eram chamado "Mistérios menores"; os quatro últimos, "mistérios maiores". Eram eles:

1 - o MERGULHO e as ABLUÇÕES (em Elêusis havia dois lagos salgados artificiais), que mostravam ao postulante a necessidade primordial e essencial da "catarse" da "psiquê". Os candidatos, desnudos, entravam num desses lagos e mergulhavam, a fim de compreender que era necessário "morrer" às coisas materiais para conseguir a "vida" (cfr. : "se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só; mas se morrer dá muito fruto", JO 12:24). Exprimia a importância do mergulho dentro de si mesmo, superando as dificuldades e vencendo o medo. Ao sair do lago, vestia uma túnica branca e aguardava o segundo passo.


2 - a ACEITAÇÃO de quem havia mergulhado, por parte do Mistagogo, que o confirmava no caminho novo, entre os "capazes". Daí por diante, teria que correr por conta própria todos os riscos inerentes ao curso: só pessoalmente poderia caminhar. Essa confirmação do Mestre simbolizava a "epiphanía" da Divindade, a "descida da graça", e o recem-aceito iniciava nova fase.


3 - a METÂNOIA ou mudança da mente, que vinha após assistir a várias tragédias e dramas de fundo iniciático. Todas ensinavam ao "mysto" novato, que era indispensável, através da dor, modificar seu" modo de pensar" em relação à vida, afastar-se de. todos os vícios e fraquezas do passado, renunciar a prazeres perniciosos e defeitos, tornando-se o mais perfeito (téleios) possível. Era buscada a renovação interna, pelo modo de pensar e de encarar a vida. Grande número dos que começavam a carreira, paravam aí, porque não possuíam a força capaz de operar a transmutação mental. As tentações os empolgavam e novamente se lançavam no mundo profano. No entanto, se dessem provas positivas de modifica ção total, de serem capazes de viver na santidade, resistindo às tentações, podiam continuar a senda.


Havia, então, a "experiência" para provar a realidade da "coragem" do candidato: era introduzido em grutas e câmaras escuras, onde encontrava uma série de engenhos lúgubres e figuras apavorantes, e onde demorava um tempo que parecia interminável. Dali, podia regressar ou prosseguir. Se regressava, saía da fileira; se prosseguia, recebia a recompensa justa: era julgado apto aos "mistérios maiores".


4 - O ENCONTRO e a ILUMINAÇÃO, que ocorria com a volta à luz, no fim da terrível caminhada por entre as trevas. Através de uma porta difícil de ser encontrada, deparava ele campos floridos e perfumados, e neles o Hierofante, em paramentação luxuosa. que os levava a uma refeição simples mas solene constante de pão, mel, castanhas e vinho. Os candidatos eram julgados "transformados", e porSABEDORIA DO EVANGELHO tanto não havia mais as exteriorizações: o segredo era desvelado (apokálypsis), e eles passavam a saber que o mergulho era interno, e que deviam iniciar a meditação e a contemplação diárias para conseguir o "encontro místico" com a Divindade dentro de si. Esses encontros eram de início, raros e breves, mas com o exercício se iam fixando melhor, podendo aspirar ao passo seguinte.


5 - a UNIÃO (não mais apenas o "encontro"), mas união firme e continuada, mesmo durante sua estada entre os profanos. Era simbolizada pelo drama sacro (hierõs gámos) do esponsalício de Zeus e Deméter, do qual nasceria o segundo Dionysos, vencedor da morte. Esse matrimônio simbólico e puro, realizado em exaltação religiosa (orgê) é que foi mal interpretado pelos que não assistiam à sua representação simbólica (os profanos) e que tacharam de "orgias imorais" os mistérios gregos. Essa "união", depois de bem assegurada, quando não mais se arriscava a perdê-la, preparava os melhores para o passo seguinte.


6 - a CONSAGRAÇÃO ou, talvez, a sagração, pela qual era representada a "marcação" do Espírito do iniciado com um "selo" especial da Divindade a quem o "mysto" se consagrava: Apolo, Dyonisos, Isis, Osíris, etc. Era aí que o iniciado obtinha a epoptía, ou "visão direta" da realidade espiritual, a gnose pela vivência da união mística. O epopta era o "vigilante", que o cristianismo denominou "epískopos" ou "inspetor". Realmente epopta é composto de epí ("sobre") e optos ("visível"); e epískopos de epi ("sobre") e skopéô ("ver" ou "observar"). Depois disso, tinha autoridade para ensinar a outros e, achando-se preso à Divindade e às obrigações religiosas, podia dirigir o culto e oficiar a liturgia, e também transmitir as iniciações nos graus menores. Mas faltava o passo decisivo e definitivo, o mais difícil e quase inacessível.


7 - a PLENITUDE da Divindade, quando era conseguida a vivência na "Alma Universal já libertada".


Nos mistérios gregos (em Elêusis) ensinava-se que havia uma Força Absoluta (Deus o "sem nome") que se manifestava através do Logos (a Palavra) Criador, o qual produzia o Filho (Kósmo). Mas o Logos tinha duplo aspecto: o masculino (Zeus) e o feminino (Deméter). Desse casal nascera o Filho, mas também com duplo aspecto: a mente salvadora (Dionysos) e a Alma Universal (Perséfone). Esta, desejando experiências mais fortes, descera à Terra. Mas ao chegar a estes reinos inferiores, tornouse a "Alma Universal" de todas as criaturas, e acabou ficando prisioneira de Plutão (a matéria), que a manteve encarcerada, ministrando-lhe filtros mágicos que a faziam esquecer sua origem divina, embora, no íntimo, sentisse a sede de regressar a seu verdadeiro mundo, mesmo ignorando qual fosse.


Dionysos quis salvá-la, mas foi despedaçado pelos Titãs (a mente fracionada pelo intelecto e estraçalhada pelos desejos). Foi quando surgiu Triptólemo (o tríplice combate das almas que despertam), e com apelos veementes conseguiu despertar Perséfone, revelando lhe sua origem divina, e ao mesmo tempo, com súplicas intensas às Forças Divinas, as comoveu; então Zeus novamente se uniu a Deméter, para fazer renascer Dionysos. Este, assumindo seu papel de "Salvador", desce à Terra, oferecendose em holocausto a Plutão (isto é, encarnando-se na própria matéria) e consegue o resgate de Perséfone, isto é, a libertação da Alma das criaturas do domínio da matéria e sua elevação novamente aos planos divinos. Por esse resumo, verificamos como se tornou fácil a aceitação entre os grego, e romanos da doutrina exposta pelos Emissários de Jesus, um "Filho de Deus" que desceu à Terra para resgatar com sua morte a alma humana.


O iniciado ficava permeado pela Divindade, tornando-se então "adepto" e atingindo o verdadeiro grau de Mestre ou Mistagogo por conhecimento próprio experimental. Já não mais era ele, o homem, que vivia: era "O Senhor", por cujo intermédio operava a Divindade. (Cfr. : "não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim", GL 2:20; e ainda: "para mim, viver é Cristo", Filp. 1:21). A tradição grega conservou os nomes de alguns dos que atingiram esse grau supremo: Orfeu... Pitágoras... Apolônio de Tiana... E bem provavelmente Sócrates (embora Schuré opine que o maior foi Platão).


NO CRISTIANISMO


Todos os termos néo-testamentários e cristãos, dos primórdios, foram tirados dos mistérios gregos: nos mistérios de Elêusis, o iniciado se tornava "membro da família do Deus" (Dionysos), sendo chamado.


então, um "santo" (hágios) ou "perfeito" (téleios). E Paulo escreve: "assim, pois, não sois mais estran geiros nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus. ’ (EF 2:19). Ainda em Elêusis, mostrava-se aos iniciados uma "espiga de trigo", símbolo da vida que eternamente permanece através das encarnações e que, sob a forma de pão, se tornava participante da vida do homem; assim quando o homem se unia a Deus, "se tornava participante da vida divina" (2. ª Pe. 1:4). E Jesus afirmou: " Eu sou o PÃO da Vida" (JO 6. 35).


No entanto ocorreu modificação básica na instituição do Mistério cristão, que Jesus realizou na "última Ceia", na véspera de sua experiência máxima, o páthos ("paixão").


No Cristianismo, a iniciação toma sentido puramente espiritual, no interior da criatura, seguindo mais a Escola de Alexandria. Lendo Filon, compreendemos isso: ele interpreta todo o Antigo Testamento como alegoria da evolução da alma. Cada evangelista expõe a iniciação cristã de acordo com sua própria capacidade evolutiva, sendo que a mais elevada foi, sem dúvida, a de João, saturado da tradição (parádosis) de Alexandria, como pode ver-se não apenas de seu Evangelho, como também de seu Apocalipse.


Além disso, Jesus arrancou a iniciação dos templos, a portas fechadas, e jogou-a dentro dos corações; era a universalização da "salvação" a todos os que QUISESSEM segui-Lo. Qualquer pessoa pode encontrar o caminho (cfr. "Eu sou o Caminho", JO 14:6), porque Ele corporificou os mistérios em Si mesmo, divulgando-lhes os segredos através de Sua vida. Daí em diante, os homens não mais teriam que procurar encontrar um protótipo divino, para a ele conformar-se: todos poderiam descobrir e utir-se diretamente ao Logos que, através do Cristo, em Jesus se manifestara.


Observamos, pois, uma elevação geral de frequência vibratória, de tonus, em todo o processo iniciático dos mistérios.


E os Pais da Igreja - até o século 3. º o cristianismo foi "iniciático", embora depois perdesse o rumo quando se tornou "dogmático" - compreenderam a realidade do mistério cristão, muito superior, espiritualmente, aos anteriores: tornar o homem UM CRISTO, um ungido, um permeado da Divindade.


A ação divina do mistério, por exemplo, é assim descrita por Agostinho: "rendamos graças e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos" (Tract. in Joanne, 21,8); e por Metódio de Olímpio: "a comunidade (a ekklêsía) está grávida e em trabalho de parto, até que o Cristo tenha tomado forma em nós; até que o Cristo nasça em nós, para que cada um dos santos, por sua participação ao Cristo, se torne o cristo" (Patrol. Graeca, vol. 18, ccl. 150).


Temos que tornar-nos cristos, recebendo a última unção, conformando-nos com Ele em nosso próprio ser, já que "a redenção tem que realizar-se EM NÓS" (O. Casel, o. c., pág. 29), porque "o único e verdadeiro holocausto é o que o homem faz de si mesmo".


Cirilo de Jerusalém diz: "Já que entrastes em comunhão com o Cristo com razão sois chamados cristos, isto é, ungidos" (Catechesis Mystagogicae, 3,1; Patrol. Graeca,, 01. 33, col. 1087).


Essa transformação, em que o homem recebe Deus e Nele se transmuda, torna-o membro vivo do Cristo: "aos que O receberam, deu o poder de tornar-se Filhos de Deus" (JO 1:12).


Isso fez que Jesus - ensina-nos o Novo Testamento - que era "sacerdote da ordem de Melquisedec (HB 5:6 e HB 7:17) chegasse, após sua encarnação e todos os passos iniciáticos que QUIS dar, chegasse ao grau máximo de "pontífice da ordem de Melquisedec" (HB 5:10 e HB 6:20), para todo o planeta Terra.


CRISTO, portanto, é o mistério de Deus, o Senhor, o ápice da iniciação a experiência pessoal da Divindade.


através do santo ensino (hierôs lógos), que vem dos "deuses" (Espíritos Superiores), comunicado ao místico. No cristianismo, os emissários ("apóstolos") receberam do Grande Hierofante Jesus (o qual o recebeu do Pai, com Quem era UNO) a iniciação completa. Foi uma verdadeira "transmiss ão" (traditio, parádosis), apoiada na gnose: um despertar do Espírito que vive e experimenta a Verdade, visando ao que diz Paulo: "admoestando todo homem e ensinando todo homem, em toda sabedoria (sophía), para que apresentem todo homem perfeito (téleion, iniciado) em Cristo, para o que eu também me esforço (agõnizómenos) segundo a ação dele (energeían autou), que age (energouménen) em mim, em força (en dynámei)". CL 1:28-29.


Em toda essa iniciação, além disso, precisamos não perder de vista o "enthousiasmós" (como era chamado o "transe" místico entre os gregos) e que foi mesmo sentido pelos hebreus, sobretudo nas" Escolas de Profetas" em que eles se iniciavam (profetas significa "médiuns"); mas há muito se havia perdido esse "entusiasmo", por causa da frieza intelectual da interpretação literal das Escrituras pelos Escribas.


Profeta, em hebraico, é NaVY", de raiz desconhecida, que o Rabino Meyer Sal ("Les Tables de la Loi", éd. La Colombe, Paris, 1962, pág. 216/218) sugere ter sido a sigla das "Escolas de Profetas" (escolas de iniciação, de que havia uma em Belém, de onde saiu David). Cada letra designaria um setor de estudo: N (nun) seriam os sacerdotes (terapeutas do psicossoma), oradores, pensadores, filósofos;

V (beth) os iniciados nos segredos das construções dos templos ("maçons" ou pedreiros), arquitetos, etc. ; Y (yod) os "ativos", isto é, os dirigentes e políticos, os "profetas de ação"; (aleph), que exprime "Planificação", os matemáticos, geômetras, astrônomos, etc.


Isso explica, em grande parte, porque os gregos e romanos aceitaram muito mais facilmente o cristianismo, do que os judeus, que se limitavam a uma tradição que consistia na repetição literal decorada dos ensinos dos professores, num esforço de memória que não chegava ao coração, e que não visavam mais a qualquer experiência mística.


TEXTOS DO N. T.


O termo mystérion aparece várias vezes no Novo Testamento.


A - Nos Evangelhos, apenas num episódio, quando Jesus diz a Seus discípulos: "a vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus" (MT 13:11; MC 4:11; LC 8:10).


B - Por Paulo em diversas epístolas: RM 11:25 - "Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério... o endurecimento de Israel, até que hajam entrado todos os gentios".


Rom. 16:15 - "conforme a revelação do mistério oculto durante os eons temporais (terrenos) e agora manifestados".


1. ª Cor. 2:1 – "quando fui ter convosco... anunciando-vos o mistério de Deus".


1. ª Cor. 2:4-7 - "meu ensino (logos) e minha pregação não foram em palavras persuasivas, mas em demonstração (apodeíxei) do pneúmatos e da dynámeôs, para que vossa fé não se fundamente na sophía dos homens, mas na dynámei de Deus. Mas falamos a sophia nos perfeitos (teleiois, iniciados), porém não a sophia deste eon, que chega ao fim; mas falamos a sophia de Deus em mistério, a que esteve oculta, a qual Deus antes dos eons determinou para nossa doutrina". 1. ª Cor. 4:1 - "assim considerem-nos os homens assistentes (hypêrétas) ecônomos (distribuidores, dispensadores) dos mistérios de Deus".


1. ª Cor. 13:2 - "se eu tiver mediunidade (prophéteía) e conhecer todos os mistérios de toda a gnose, e se tiver toda a fé até para transportar montanhas, mas não tiver amor (agápé), nada sou". l. ª Cor. 14:2 - "quem fala em língua (estranha) não fala a homens, mas a Deus, pois ninguém o ouve, mas em espírito fala mistérios". 1. ª Cor. 15:51 - "Atenção! Eu vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados".


EF 1:9 - "tendo-nos feito conhecido o mistério de sua vontade"

EF 3:4 - "segundo me foi manifestado para vós, segundo a revelação que ele me fez conhecer o mistério (como antes vos escrevi brevemente), pelo qual podeis perceber, lendo, minha compreensão no mistério do Cristo".


EF 3:9 - "e iluminar a todos qual a dispensação (oikonomía) do mistério oculto desde os eons, em Deus, que criou tudo".


EF 5:32 - "este mistério é grande: mas eu falo a respeito do Cristo e da ekklésia.


EF 9:19 - "(suplica) por mim, para que me possa ser dado o logos ao abrir minha boca para, em público, fazer conhecer o mistério da boa-nova".


CL 1:24-27 - "agora alegro-me nas experimentações (Pathêmasin) sobre vós e completo o que falta das pressões do Cristo em minha carne, sobre o corpo dele que é a ekklêsía, da qual me tornei servidor, segundo a dispensação (oikonomía) de Deus, que me foi dada para vós, para plenificar o logos de Deus, o mistério oculto nos eons e nas gerações, mas agora manifestado a seus santos (hagioi, iniciados), a quem aprouve a Deus fazer conhecer a riqueza da doutrina (dóxês; ou "da substância") deste mistério nas nações, que é CRISTO EM VÓS, esperança da doutrina (dóxês)".


CL 2:2-3 - "para que sejam consolados seus corações, unificados em amor, para todas as riquezas da plena convicção da compreensão, para a exata gnose (epígnôsin) do mistério de Deus (Cristo), no qual estão ocultos todos os tesouros da sophía e da gnose".


CL 4:3 - "orando ao mesmo tempo também por nós, para que Deus abra a porta do logos para falar o mistério do Cristo, pelo qual estou em cadeias".


2. ª Tess. 2:7 - "pois agora já age o mistério da iniquidade, até que o que o mantém esteja fora do caminho".


1. ª Tim. 3:9 - "(os servidores), conservando o mistério da fé em consciência pura".


1. ª Tim. 2:16 - "sem dúvida é grande o mistério da piedade (eusebeías)".


No Apocalipse (1:20; 10:7 e 17:5, 7) aparece quatro vezes a palavra, quando se revela ao vidente o sentido do que fora dito.


CULTO CRISTÃO


Depois de tudo o que vimos, torna-se evidente que não foi o culto judaico que passou ao cristianismo primitivo. Comparemos: A luxuosa arquitetura suntuosa do Templo grandioso de Jerusalém, com altares maciços a escorrer o sangue quente das vítimas; o cheiro acre da carne queimada dos holocaustos, a misturar-se com o odor do incenso, sombreando com a fumaça espessa o interior repleto; em redor dos altares, em grande número, os sacerdotes a acotovelar-se, munidos cada um de seu machado, que brandiam sem piedade na matança dos animais que berravam, mugiam dolorosamente ou balavam tristemente; o coro a entoar salmos e hinos a todo pulmão, para tentar superar a gritaria do povo e os pregões dos vendedores no ádrio: assim se realizava o culto ao "Deus dos judeus".


Em contraste, no cristianismo nascente, nada disso havia: nem templo, nem altares, nem matanças; modestas reuniões em casas de família, com alguns amigos; todos sentados em torno de mesa simples, sobre a qual se via o pão humilde e copos com o vinho comum. Limitava-se o culto à prece, ao recebimento de mensagens de espíritos, quando havia "profetas" na comunidade, ao ensino dos "emissários", dos "mais velhos" ou dos "inspetores", e à ingestão do pão e do vinho, "em memória da última ceia de Jesus". Era uma ceia que recebera o significativo nome de "amor" (ágape).


Nesse repasto residia a realização do supremo mistério cristão, bem aceito pelos gregos e romanos, acostumados a ver e compreender a transmissão da vida divina, por meio de símbolos religiosos. Os iniciados "pagãos" eram muito mais numerosos do que se possa hoje supor, e todos se sentiam membros do grande Kósmos, pois, como o diz Lucas, acreditavam que "todos os homens eram objeto da benevolência de Deus" (LC 2:14).


Mas, ao difundir-se entre o grande número e com o passar dos tempos, tudo isso se foi enfraquecendo e seguiu o mesmo caminho antes experimentado pelo judaísmo; a força mística, só atingida mais tarde por alguns de seus expoentes, perdeu-se, e o cristianismo "foi incapaz - no dizer de O. Casel - de manterse na continuação, nesse nível pneumático" (o. c. pág. 305). A força da "tradição" humana, embora condenada com veemência por Jesus (cfr. MT 15:1-11 e MT 16:5-12; e MC 7:1-16 e MC 8:14-11; veja atrás), fez-se valer, ameaçando as instituições religiosas que colocam doutrinas humanas ao lado e até acima dos preceitos divinos, dando mais importância às suas vaidosas criações. E D. Odon Casel lamenta: " pode fazer-se a mesma observação na história da liturgia" (o. c., pág. 298). E, entristecido, assevera ainda: "Verificamos igualmente que a concepção cristã mais profunda foi, sob muitos aspectos, preparada muito melhor pelo helenismo que pelo judaísmo. Lamentavelmente a teologia moderna tende a aproximar-se de novo da concepção judaica de tradição, vendo nela, de fato, uma simples transmiss ão de conhecimento, enquanto a verdadeira traditio, apoiada na gnose, é um despertar do espírito que VIVE e EXPERIMENTA a Verdade" (o. c., pág. 299).


OS SACRAMENTOS


O termo latino que traduz a palavra mystérion é sacramentum. Inicialmente conservou o mesmo sentido, mas depois perdeu-os, para transformar-se em "sinal visível de uma ação espiritual invisível".


No entanto, o estabelecimento pelas primeiras comunidades cristãs dos "sacramentos" primitivos, perdura até hoje, embora tendo perdido o sentido simbólico inicial.


Com efeito, a sucessão dos "sacramentos" revela exatamente, no cristianismo, os mesmos passos vividos nos mistérios grego. Vejamos:
1- o MERGULHO (denominado em grego batismo), que era a penetração do catecúmeno em seu eu interno. Simbolizava-se na desnudação ao pretendente, que largava todas as vestes e mergulhava totalmente na água: renunciava de modo absoluto as posses (pompas) exteriores e aos próprios veículos físicos, "vestes" do Espírito, e mergulhava na água, como se tivesse "morrido", para fazer a" catarse" (purificação) de todo o passado. Terminado o mergulho, não era mais o catecúmeno, o profano. Cirilo de Jerusalém escreveu: "no batismo o catecúmeno tinha que ficar totalmente nu, como Deus criou o primeiro Adão, e como morreu o segundo Adão na cruz" (Catechesis Mistagogicae,

2. 2). Ao sair da água, recebia uma túnica branca: ingressava oficialmente na comunidade (ekklêsía), e então passava a receber a segunda parte das instruções. Na vida interna, após o "mergulho" no próprio íntimo, aguardava o segundo passo.


2- a CONFIRMAÇÃO, que interiormente era dada pela descida da "graça" da Força Divina, pela" epifanía" (manifestação), em que o novo membro da ekklêsía se sentia "confirmado" no acerto de sua busca. Entrando em si mesmo a "graça" responde ao apelo: "se alguém me ama, meu Pai o amará, e NÓS viremos a ele e permaneceremos nele" (JO 14:23). O mesmo discípulo escreve em sua epístola: "a Vida manifestou-se, e a vimos, e damos testemunho. e vos anunciamos a Vida Imanente (ou a Vida do Novo Eon), que estava no Pai e nos foi manifestada" (l. ª JO 1:2).


3- a METÁNOIA (modernamente chamada "penitência") era então o terceiro passo. O aprendiz se exercitava na modificação da mentalidade, subsequente ao primeiro contato que tinha tido com a Divindade em si mesmo. Depois de "sentir" em si a força da Vida Divina, há maior compreensão; os pensamentos sobem de nível; torna-se mais fácil e quase automático o discernimento (krísis) entre certo e errado, bem e mal, e portanto a escolha do caminho certo. Essa metánoia é ajudada pelos iniciados de graus mais elevados, que lhe explicam as leis de causa e efeito e outras.


4- a EUCARISTIA é o quarto passo, simbolizando por meio da ingestão do pão e do vinho, a união com o Cristo. Quem mergulhou no íntimo, quem recebeu a confirmação da graça e modificou seu modo de pensar, rapidamenle caminha para o encontro definitivo com o Mestre interno, o Cristo.


Passa a alimentar-se diretamente de seus ensinos, sem mais necessidade de intermediários: alimentase, nutre-se do próprio Cristo, bebe-Lhe as inspirações: "se não comeis a carne do Filho do Homem e não bebeis seu sangue, não tendes a vida em vós. Quem saboreia minha carne e bebe meu sangue tem a Vida Imanente, porque minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é

verdadeiramente bebida. Quem come minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele" (JO 6:53 ss).


5- MATRIMÔNIO é o resultado do encontro realizado no passo anterior: e o casamento, a FUSÃO, a união entre a criatura e o Criador, entre o iniciado e Cristo: "esse mistério é grande, quero dizê-lo em relação ao Cristo e à ekklêsia", escreveu Paulo, quando falava do "matrimônio" (EF 5:32). E aqueles que são profanos, que não têm essa união com o Cristo, mas antes se unem ao mundo e a suas ilusões, são chamados "adúlteros" (cfr. vol. 2). E todos os místicos, unanimemente, comparam a união mística com o Cristo ti uma união dos sexos no casamento.


6- a ORDEM é o passo seguinte. Conseguida a união mística a criatura recebe da Divindade a consagra ção, ou melhor, a "sagração", o "sacerdócio" (sacer "sagrado", dos, dotis, "dote"), o "dote sagrado" na distribuição das graças o quinhão especial de deveres e obrigações para com o "rebanho" que o cerca. No judaísmo, o sacerdote era o homem encarregado de sacrificar ritualmente os animais, de examinar as vítimas, de oferecer os holocaustos e de receber as oferendas dirigindo o culto litúrgico. Mais tarde, entre os profanos sempre, passou a ser considerado o "intemediário" entre o homem e o Deus "externo". Nessa oportunidade, surge no Espírito a "marca" indelével, o selo (sphrágis) do Cristo, que jamais se apaga, por todas as vidas que porventura ainda tenha que viver: a união com essa Força Cósmica, de fato, modifica até o âmago, muda a frequência vibratória, imprime novas características e a leva, quase sempre, ao supremo ponto, à Dor-Sacrifício-Amor.


7- a EXTREMA UNÇÃO ("extrema" porque é o último passo, não porque deva ser dada apenas aos moribundos) é a chave final, o último degrau, no qual o homem se torna "cristificado", totalmente ungido pela Divindade, tornando-se realmente um "cristo".


Que esses sacramentos existiram desde os primeiros tempos do cristianismo, não há dúvida. Mas que não figuram nos Evangelhos, também é certo. A conclusão a tirar-se, é que todos eles foram comunicados oralmente pela traditio ou transmissão de conhecimentos secretos. Depois na continuação, foram permanecendo os ritos externos e a fé num resultado interno espiritual, mas já não com o sentido primitivo da iniciação, que acabamos de ver.


Após este escorço rápido, cremos que a afirmativa inicial se vê fortalecida e comprovada: realmente Jesus fundou uma "ESCOLA INICIÁTICA", e a expressão "logos akoês" (ensino ouvido), como outras que ainda aparecerão, precisam ser explicadas à luz desse conhecimento.


* * *

Neste sentido que acabamos de estudar, compreendemos melhor o alcance profundo que tiveram as palavras do Mestre, ao estabelecer as condições do discipulato.


Não podemos deixar de reconhecer que a interpretação dada a Suas palavras é verdadeira e real.


Mas há "mais alguma coisa" além daquilo.


Trata-se das condições exigidas para que um pretendente possa ser admitido na Escola Iniciática na qualidade de DISCÍPULO. Não basta que seja BOM (justo) nem que possua qualidades psíquicas (PROFETA). Não é suficiente um desejo: é mistér QUERER com vontade férrea, porque as provas a que tem que submeter-se são duras e nem todos as suportam.


Para ingressar no caminho das iniciações (e observamos que Jesus levava para as provas apenas três, dentre os doze: Pedro, Tiago e João) o discípulo terá que ser digno SEGUIDOR dos passos do Mestre.


Seguidor DE FATO, não de palavras. E para isso, precisará RENUNCIAR a tudo: dinheiro, bens, família, parentesco, pais, filhos, cônjuges, empregos, e inclusive a si mesmo: à sua vontade, a seu intelecto, a seus conhecimentos do passado, a sua cultura, a suas emoções.


A mais, devia prontificar-se a passar pelas experiências e provações dolorosas, simbolizadas, nas iniciações, pela CRUZ, a mais árdua de todas elas: o suportar com alegria a encarnação, o mergulho pesado no escafandro da carne.


E, enquanto carregava essa cruz, precisava ACOMPANHAR o Mestre, passo a passo, não apenas nos caminhos do mundo, mas nos caminhos do Espírito, difíceis e cheios de dores, estreitos e ladeados de espinhos, íngremes e calçados de pedras pontiagudas.


Não era só. E o que se acrescenta, de forma enigmática em outros planos, torna-se claro no terreno dos mistérios iniciáticos, que existiam dos discípulos A MORTE À VIDA DO FÍSICO. Então compreendemos: quem tiver medo de arriscar-se, e quiser "preservar" ou "salvar" sua alma (isto é, sua vida na matéria), esse a perderá, não só porque não receberá o grau a que aspira, como ainda porque, na condição concreta de encarnado, talvez chegue a perder a vida física, arriscada na prova. O medo não o deixará RESSUSCITAR, depois da morte aparente mas dolorosa, e seu espírito se verá envolvido na conturbação espessa e dementada do plano astral, dos "infernos" (ou umbral) a que terá que descer.


No entanto, aquele que intimorato e convicto da realidade, perder, sua alma, (isto é, "entregar" sua vida do físico) à morte aparente, embora dolorosa, esse a encontrará ou a salvará, escapando das injunções emotivas do astral, e será declarado APTO a receber o grau seguinte que ardentemente ele deseja.


Que adianta, com efeito, a um homem que busca o Espírito, se ganhar o mundo inteiro, ao invés de atingir a SABEDORIA que é seu ideal? Que existirá no mundo, que possa valer a GNOSE dos mistérios, a SALVAÇÃO da alma, a LIBERTAÇÃO das encarnações tristes e cansativas?


Nos trabalhos iniciáticos, o itinerante ou peregrino encontrará o FILHO DO HOMEM na "glória" do Pai, em sua própria "glória", na "glória" de Seus Santos Mensageiros. Estarão reunidos em Espírito, num mesmo plano vibratório mental (dos sem-forma) os antigos Mestres da Sabedoria, Mensageiros da Palavra Divina, Manifestantes da Luz, Irradiadores da Energia, Distribuidores do Som, Focos do Amor.


Mas, nos "mistérios", há ocasiões em que os "iniciantes", também chamados mystos, precisam dar testemunhos públicos de sua qualidade, sem dizerem que possuem essa qualidade. Então está dado o aviso: se nessas oportunidades de "confissão aberta" o discípulo "se envergonhar" do Mestre, e por causa de "respeitos humanos" não realizar o que deve, não se comportar como é da lei, nesses casos, o Senhor dos Mistérios, o Filho do Homem, também se envergonhará dele, considerá-lo-á inepto, incapaz para receber a consagração; não mais o reconhecerá como discípulo seu. Tudo, portanto, dependerá de seu comportamento diante das provas árduas e cruentas a que terá que submeter-se, em que sua própria vida física correrá risco.


Observe-se o que foi dito: "morrer" (teleutan) e "ser iniciado" (teleusthai) são verbos formados do mesmo radical: tele, que significa FIM. Só quem chegar AO FIM, será considerado APTO ou ADEPTO (formado de AD = "para", e APTUM = "apto").


Nesse mesmo sentido entendemos o último versículo: alguns dos aqui presentes (não todos) conseguirão certamente finalizar o ciclo iniciático, podendo entrar no novo EON, no "reino dos céus", antes de experimentar a morte física. Antes disso, eles descobrirão o Filho do Homem em si mesmos, com toda a sua Dynamis, e então poderão dizer, como Paulo disse: "Combati o bom combate, terminei a carreira, mantive a fidelidade: já me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia - e não só a mim, como a todos os que amaram sua manifestação" (2. ª Tim. 4:7-8).


hb 1:5
Sabedoria do Evangelho - Volume 8

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 19
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 26:59-68


59. Mas os principais sacerdotes e o sinédrio todo procuravam um falso testemunho contra Jesus a fim de condená-lo à morte,

60. e não acharam (embora) muitas testemunhas falsas se tenham apresentado. Finalmente apareceram duas,

61. dizendo: Ele disse: posso destruir o Santuário de Deus e em três dias reedificá-lo.

62. E levantando-se o Sumo-Sacerdote disselhe: Nada respondes? Que testificam eles contra ti?

63. Mas Jesus calava. E O Sumo-Sacerdote disselhe: Conjuro-te pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo, o Filho de Deus.

64. Disse-lhe Jesus: "Tu o disseste; além disso digo-vos: desde agora vereis o filho do homem sentado à direita do Poder e vindo sobre as nuvens do céu".

65. Então o Sumo-Sacerdote rasgou seu manto dizendo: Blasfemou! Que ainda temos necessidade de testemunhas? Vedes que agora ouvistes a blasfêmia!

66. Que vos parece? Respondendo, eles disseram: É réu de morte.

67. Então cuspiram-lhe no rosto e deram socos e esbofetearam,

68. dizendo: Profetiza-nos, ó Cristo, quem te bateu?

LC 22:63-71


63. E os homens que o guardavam zombavam dele, batendo

64. e, pondo-lhe urna venda, perguntavam dizendo: Profetiza: quem é que te bateu?

65. E blasfemando diziam muitas (coisas) con-

Mar. 14:55-65
55. Mas os principais sacerdotes e todo o sinédrio procuravam um testemunho contra Jesus para condená-lo à morte e não acharam,

56. pois muitos testemunhavam falsamente contra ele, mas seus testemunhos não eram concordantes.

57. E levantando-se davam falso testemunho contra ele, dizendo:

58. Nós lhe ouvimos dizer: eu destruirei este santuário manufaturado, e em três dias edificarei outro não manufaturado.

59. E nem assim era concordante o testemunho deles.

60. E levantando-se o Sumo-Sacerdote no meio, interrogou Jesus dizendo: Não respondes nada? Que testificam estes contra ti?

61. Mas ele calava e não respondeu nada De novo o Sumo-Sacerdote interrogou-o e disselhe: Tu és o Cristo o Filho do Bendito?

62. E Jesus disse: "Eu sou, e vereis o filho do homem sentado à direita do Poder e vindo com as nuvens do céu".

63. E o Sumo-Sacerdote, rasgando sua túnica, disse: Que temos ainda necessidade de testemunhas?

64. Ouvistes a blasfêmia. Que vos parece? E todos os julgaram ser réu de morte.

65. E Começaram alguns a cuspir nele e, cobrindolhe o rosto, a esbofeteá-lo, dizendolhe: Profetiza! E os guardas retiraram-no a pauladas.

67. dizendo: Se tu és o Cristo, dize-nos. Respondeu-lhes: "Se vos disser, não acreditareis,

68. e se vos interrogar, não me respondereis.

69. Desde agora estará o filho do homem sentaSABEDORIA DO EVANGELHO tra ele.

66. E quando se fez dia, reuniu-se o Conselho dos Anciãos do Povo, dos principais sacerdotes e dos escribas e o retiraram para o sinédrio deles do à direita do poder de Deus".

70. Disseram todos: Então tu és o Filho de Deus? E ele retrucou-lhes: "Vós dizeis que eu sou".

71. Então disseram: Ainda temos necessidade de testemunhas? Pois nós mesmos ouvimos de sua boca.



Mateus afirma que era procurada uma "testemunha falsa", mas a expressão de Marcos é mais fiel à realidade: era procurada uma testemunha contra Jesus, mas que, para eles, fosse verdadeira. Daí a dificuldade de encontrá-la. Muitos apareciam com as mais variadas afirmativas, embora fosse impossível colocá-las de acordo.


E o Deuteronômio (Deuteronômio 17:6) exigia textualmente: "Com a palavra de duas ou três testemunhas se fará matar quem deve morrer; não será morto com a palavra de uma só testemunha".


Finalmente surgiram duas, cujas acusações coincidiram basicamente, embora lhes diferisse a forma, conforme deduzimos dos textos de Mateus e Marcos. Dizia um: "posso destruir", revelando a capacidade de fazê-lo; o outro diz: "destruirei", afirmativa clara de intenção subversiva dolosa. O primeiro falava de reconstrução material: "posso destruir e reedificar"; o segundo distinguia o "Santuário manufaturado" (feito por mãos de homens) e a reconstrução de outro espiritualmente edificado. Portanto, a concordância não era absoluta: apenas coincidiam na ideia fundamental. A frase proferida por Jesus (JO 2:19) dizia: "se o destruirdes" ... e o evangelista assevera que se referia ao "santuário de seu corpo físico".


Instigado a pronunciar-se a respeito da acusação, Jesus permaneceu calado, o que causou admiração a Caifás, habituado a súbitos e raivosos gritos de protesto do réu, interessado em defender-se a qualquer preço.


Nada obtendo por esse caminho, coloca-se o Sumo-Sacerdote na posição de seu cargo e coage a vítim "pelo Deus vivo" a declarar se é, ou não, o "Cristo, o Filho de Deus".


FILHO DE DEUS


Aqui dividem-se os exegetas, afirmando uns (Loisy "Les Evangiles Sinoptiques", t. 2, pág. 604; M.


Maillet, "Jesus, Fils de Dieu", pág. 52; Strack e Billerbeck, o. c., pág. 1. 006, etc.), que a designação" Cristo" e "Filho de Deus" representam uma unidade, com o sentido único de "Messias".


Outros (Buzy, "Evangile selon Saint Marc", pág. 358; Durand, "Evangile selon Saint Matthieu", pág.,
444; Prat, "Jesus-Christ, sa vie, sa doctrine, son oeuvre", t. 2, pág. 349, etc.) acham que a pergunta é dupla:
1. ª se é o Cristo (Messias);
2. ª se é o Filho de Deus no sentido metafísico e teológico, ou seja, se é a "segunda pessoa da santíssima Trindade".

Estes últimos não observaram o anacronismo dessa interpretação, pois a teoria da Trindade só se foi plasmando lentamente, chegando ao ponto atual séculos mais tarde. Mas aqui só nos interessa estudar o sentido, na época, da expressão "Filho de Deus" e seu desenvolvimento nas primeiras décadas, a fim de provar que Caifás jamais pôde entender sua pergunta nesse segundo sentido.


O mosaísmo era estritamente monoteísta, não admitindo qualquer sombra de multiplicidade de "aspectos" na Divindade. Portanto é historicamente inadmissível que o Sumo-Sacerdote colocasse essa questão em termos teológicos, perguntando a um homem se era "Filho de Deus" sensu stricto.


O judaísmo aceitava essa expressão alegoricamente, isto é, era possível a qualquer um ser "Filho de Deus" por ADOÇÃO, inclusive quando a aplicavam ao Messias esperado, pois se baseavam no Salmo (2:7) que cantava: "Tu és meu filho, eu hoje te serei". E qualquer judeu, sem nenhum perigo de blasf êmia, podia declarar-se "Filho de Deus" em sentido amplo, como empregou Pedro (MT 16:16) para afirmar que Jesus era "o Cristo, o Filho do Deus vivo" (cfr. vol. 4).


A partir daí temos, pois, três sentidos que se foram superpondo no decurso dos séculos:
a) FILHO DE DEUS em sentido metafórico ou alegórico, segundo o pensamento judaico: filho POR ADOÇÃO;
b) FILHO DE DEUS no sentido físico ou material (carnal), por influência do paganismo: um Deus fecundava uma mulher, produzindo um filho;
c) FILHO DE DEUS no sentido metafísico ou teológico: consubstancial com a Divindade.

I - FILHO POR ADOÇÃO


Nos "Atos dos Apóstolos" encontramos Jesus apresentado como "um homem de quem Deus deu testemunho e através do qual fez prodígios e sinais" (AT 2:22). Em Atenas, Paulo diz que Jesus é "o homem pelo qual Deus decidiu discriminar a humanidade" (AT 17:31). Era, pois, o Filho de Deus no sentido metafórico: "Sirvo a Deus, pregando seu Filho" (RM 1:9); "Deus vos chamou à sociedade de seu filho Jesus, o Cristo" (1CO 1:9): "o Cristo Jesus, Filho de Deus, que vos pregamos" (2CO

1:19), etc. ; tudo isso decorre do Salmo citado "Tu és meu filho, eu hoje te gerei", composto em homenagem de um príncipe macabeu (João Hircan?) mas atribuído a Jesus desde os primórdios por Seus discípulos (cfr. AT 13:33 e HB 1:5 e HB 5:5). Para os primeiros cristãos, esse Salmo foi a patente da realeza de Jesus como filho de David.


Mas essa filiação divina é encontrável em outros passos do Antigo Testamento, tendo sido sempre interpretada como filiação ADOTIVA, não sendo considerado blasfêmia dizer-se, nesse sentido, Filho de Deus, como não o era afirmar-se o "Messias".


No Êxodo 4:22-3 lemos "Assim diz YHWH: Israel é meu filho primogênito... deixa ir meu filho".


No Deuteronômio (Deuteronômio 14:1), falando a todo o povo, está: "Sois filhos de YHWH vosso Deus". Isaías (63:16) escreveu: "Pois tu és nosso Pai... agora, YHWH, és nosso Pai". Em Jeremias (Jeremias 31:9) YHWH assevera: "Tornei-me Pai de Israel". No livro da Sabedoria, de Salomão, o autor descreve vividamente, no capítulo 2, o comportamento das criaturas do Antissistema, que infalivelmente investem contra as do Sistema (então como agora), dizendo entre outras coisas: "Cerquemos o justo porque é inútil para nós e contrário às nossas obras... ele diz ter conhecimento de Deus e se diz Filho de Deus" 2:12-3.


E, logo a seguir: "Ele julga-nos de pouca valia e se afasta de nosso modo de viver como de coisas imundas e prefere as sendas dos bons, glorificando-se de ter Deus como Pai. Vejamos, pois, se são verdadeiras suas palavras e verifiquemos qual será seu fim, e saberemos o resultado: se, com efeito, é verdadeiro Filho de Deus, Ele o receberá e o livrará das mãos dos adversários" (Sab. 2:16-18). Tamb ém no Eclesiástico (4:11) lemos as palavras do mestre ao discípulo: "E tu serás obediente como um Filho do Altíssimo " e mais à frente (36:14): "Apiada-se de Israel, que igualaste a teu filho primogênito".


YHWH, pois, o Deus dos judeus, era Pai de todos os israelitas e, por extensão, de todos os homens, no pensamento de Paulo (cfr. RM 1:7; 1CO 1:3; 2CO 1:2; EF 1:2; Filp. 1:2; CL 1:3; 2. ª Tes. 1:2; GL 1:3; 1. ª Tim. 1:2; Tito, 1:4, etc.) Ainda em meados do 2. º século Justino escreve a Tryphon, o judeu (Diál. 48, 2; Patrol. Gr. vol. 6, col. 581; cfr. Lagrange, "Le Messianisme", pág. 218): "Entre vós reconhecem que Jesus é o Cristo (Messias), mesmo afirmando que ele é homem nascido de homens (ánthrôpon ex anthrôpôn genómenon).


II - FILHO CARNAL DE DEUS


Até o final do 1. º século, a maioria dos cristão provinha do judaísmo, mas a partir daí inverte-se a situa ção, e o número dos de origem "pagã" supera de muito o dos do judaísmo.


Ora, na mitologia do paganismo era comum encontrarem-se deuses que possuíam sexualmente mulheres mortais (geralmente virgens), dando origem a filhos: os semi-deuses, os heróis, os grandes vultos.


Facílimo foi adaptar essa concepção divina a Maria, supostamente possuída por um deus, para dar nascimento a um semi-deus, fato que Lucas (proveniente do paganismo e não do judaísmo) aceitou com facilidade, sendo reproduzida a cena com o seguinte diálogo (LC 1:34-35): "Como será, pois não conheço homem? - Um Espírito Santo virá sobre ti e o Poder do Altíssimo te cobrirá, POR ISSO o menino que nascerá de ti será chamado Filho de Deus".


Então Jesus passou a ser considerado fisicamente Filho de Deus, que nessa situação recebeu o nome d "Espírito-Santo".


Como se teria processado a concepção, a penetração do sêmen no útero de Maria? Na cena do mergulho ("Batismo") o Espírito Santo é apresentado numa forma semelhante a uma pomba, que afirma ser Jesus seu Filho. Teria sido essa forma apresentada também para a concepção de Jesus no ventre de Maria, à imitação da forma de cisne, assumida por júpiter para fecundar Leda’?


O mesmo Justino diz a Tryphon (1. ª Apol. 33, 4) que a concepção se deu sem que Maria perdesse a virgindade (kyophorêsai parthênon oúsan pepoiêkê).


Mas o judeu Tryphon objeta: "Nas fábulas gregas diz-se que Danae, ainda virgem, deu à luz Perseu, porque Júpiter a possuíra sob a forma de uma chuva de ouro. Devias envergonhar-te de narrar a mesma coisa. Seria melhor dizeres que teu Jesus era um homem como os outros e demonstrar, pelas Escrituras, se puderes, que ele é o Cristo, porque sua conduta conforme a lei e perfeita lhe mereceu essa dignidad " (Diál. 67,2).


A isso Justino responde (Apol. 54, 2) com argumento fraco e infantil: "Sabendo os demônios, pelos profetas, que o Cristo devia vir, apresentaram muitos pretensos filhos de Júpiter, pensando que conseguiriam fazer passar a história de Cristo como uma fábula semelhante à invenção dos poetas".


Então, para os pagãos que chegavam ao cristianismo, era fácil aceitar que, como Júpiter o fazia, tamb ém o Deus dos judeus podia ter relações sexuais com Maria para gerar Jesus. (Notemos que a raiz de Júpiter - IAO pater - é a mesma de IAU-hé).


Logicamente a interpretação pagã de filho carnal de Deus era superior à ideia de simples filho adotivo, defendida pelos judeus.


III - FILHO CONSUBSTANCIAL DE DEUS


O terceiro passo, que eleva Jesus a filho consubstancial de Deus é iniciado ainda pelo próprio Justino, figura que teve larga repercussão no segundo século da era cristã. Nasceu ele na cidade de Flávia Neápolis, a antiga e famosa cidade de Siquém, no ano 100, e aos trinta anos ingressou no cristianismo. Em suas obras (o "Diálogo" e as duas "Apologias", a l. ª, ou grande e a 2. ª ou pequena) assistimos a toda a elaboração da doutrina teológica que predominaria mais tarde na igreja cristã romana.


Para Justino, depois de certo tempo, Jesus passa a ser Filho de Deus no sentido metafísico, ainda não eterno, como o Pai, pois foi gerado em determinado momento da eternidade, quando então recebe, legitimamente, o título de "Filho" (2. ª Apol. 6,3): "Seu Filho, o único que deve ser chamado Filho; (ho mónos legómenos kyrios hyiós), o Verbo que estava com Deus antes das criaturas (ho lógos prò tôn poiematôn kaì synón), que foi gerado quando, no início, fez e elaborou todas as coisas por meio dele (kaì gennômenos hóte tên archên di"autoú pánta éktise).

Teófilo ("Ad Aulólicum", 2, 22 e 2, 10) tenta explicar como e quando foi o Verbo gerado, e diz que a voz ouvida por Adão só pode ter sido o Verbo de Deus, que também é Filho, e "existe de toda eterni dade, envolvido (endiathêton) no seio de Deus. Quando Deus quis criar o mundo, gerou o Verbo proferindoo (tòn lógon êgénnêse prophorikón) e fazendo dele o primogênito de toda a criação".


Mas tudo isso ocorria um século depois do interrogatório de Caifás, que jamais poderia compreender nem admitir o atributo de Filho de Deus, a não ser por adoção, como todo o povo israelita.


Concluindo, vemos que a pergunta do Sumo-Sacerdote NÃO PODE ser interpretada como filiação nem física nem metafísica do Inefável, mas apenas como filiação ADOTIVA, como aposto gramatical de MESSIAS.


* * *

Em Mateus a resposta é "Tu o disseste"; em Marcos é mais categórico: "Eu sou". Até aí, nada poderia ter ocorrido, nenhuma acusação poderia ser levantada, e o réu não apresentava motivos de condenação à morte.


Lucas registra o diálogo de modo diferente, com a pergunta que supõe pedido de esclarecimento: se Jesus é, ou não é, o Messias. E este responde com lógica que: se ele disser que é o Messias, eles não acreditarão; e se fizer perguntas esclarecedoras, eles não responderão.


Mas, de uma forma ou de outra, a frase acrescentada, e coincidente nos três sinópticos é que provocou celeuma e atraiu a condenação à morte como blasfêmia:

—"Desde agora vereis o Filho do Homem sentado à direita do Poder e vindo com as nuvens do céu".


Ao ouvir as ousadas assertivas daquele operário altivo, porque cônscio de sua realidade, mas na condição humilhante de prisioneiro algemado, a irritação e o despeito foram incontroláveis no Sumo-

Sacerdote, pois a vítima se dizia, com firmeza tranquila e segurança absoluta, muito superior a ele, autoridade máxima da religião israelita.


E sua reação foi a tradicional: "rasgou suas túnicas’, hábito que vigorava entre os judeus em sinal de protesto, de luto, de dor (cfr. NM 14:6; 2SM 13:19; Esd. 9:3; JÓ 1:20 e JÓ 2:12; JR 36:24 e AT 14:14).


As túnicas (em Mateus tà imátia, em Marcos toús chitônas, no plural porque era hábito vestirem duas ou três nos dias frios, uma por cima da outra), eram rasgadas pela costura (descosturadas violentamente) a partir da gola, por cerca de um palmo (30 cm).


Com a palavra do acusado, afirmando-se não apenas o Messias mas o "Senhor de David", pois fora convidado por YHWH a sentar-se à sua direita; e atribuindo que a ele se referia a visão de Daniel, perdiam valor as testemunhas trazidas. A confissão "blasfematória" era evidente. E triunfante, o Sumo-

Sacerdote aproveita a palavra do réu e consulta o Sinédrio: "Que vos parece"? A resposta veio, parece, unânime e pronta: "É réu de morte"!


Essa condenação não aparece em Lucas. Tendo-o apresentado, no início de seu Evangelho, segundo a concepção pagã, como filho carnal de Deus, podia chegar, neste ponto, à conclusão lógica. E depois da afirmativa de Jesus, de que "se sentaria à direita do Poder de Deus", fazem a indagação ilativa: " Então és Filho de Deus"? Ao que Jesus responde, confirmando-o, embora indiretamente: "Vós dizeis que eu sou"!


A expressão "desde agora" (em Mateus ap"árti, em Marcos apò toú nún) é a afirmação da dignidade que seria conquistada com seu sacrifício; "vereis" (ópsesthe) refere-se a uma visão espiritual; a alusão à sua vinda com as nuvens do céu não aparece em Lucas.

A citação de sentar-se à direita do Poder (isto é, de Deus), é baseada no Salmo (110:1) que reza: "Diz o Senhor ao meu Senhor, senta-se à minha direita, até que ponha teus inimigos como escabelo a teus pés". Essa assertiva era demais forte, pois assim igualava-se a YHWH, assegurando que tinha lugar de honra ao lado dele; já na Festa dos Tabernáculos, em outubro, escapara de ser apedrejado por ter dado a entender a mesma coisa (JO 10:33).


A segunda parte decalca as palavras de Daniel (Daniel 7:13) quando confessa: "Vi nas visões noturnas, e eis que vinha com as nuvens do céu um como Filho do Homem, que se chegou até o Ancião dos Dias".


Essa mesma afirmativa já fora feita perante seus discípulos, quando o Mestre lhes falava das dores do "últimos tempos" (cfr. MT 24:30 e MC 13:26; ver vol. 7).


Depois da condenação, o ódio do Antissistema se derrama como metal liquefeito sobre ele, retirado do Sinédrio para aguardar sua ida ao palácio do Procurador Romano: só este tinha poder para ratificar e executar a sentença de morte.


Como fosse voz corrente de que se tratava de um profeta, os guardas (alguns comentadores dizem ter sido os próprios componentes do Sinédrio) cobrem-lhe os olhos com um pano e pedem que adivinhe quem bateu: confusão ainda hoje corrente entre profeta (médium) e adivinho. Nessas horas extravaza o violento e desumano instinto de sadismo dos seres ainda animalizados da humanidade, que batem, socam, cospem, maltratam, revelando a perversidade inata que ainda conservam.


Como sempre, descobrimos preciosa lição que, infelizmente, não é ainda bem compreendida por grande parte da humanidade, e de modo especial contra ela se rebelam os que se encontram a meio caminho da jornada evolutiva: os que já superaram quase toda a fase negativa do Antissistema e dele começam a destacar-se, mas ainda não se firmaram no campo do Sistema, que só agora penetram em passos ainda inseguros e hesitantes.


Dessa forma, negam-se a aceitar, e positivamente não entendem, por que os bons são encarniçadamente perseguidos neste planeta. A alegação baseia-se no escândalo de observar que os Espíritos Superiores não tomam a defesa dos bons, salvando-os das mãos dos maus. Gostariam que as virtudes celestiais fulminassem os perversos, tal como João e Tiago, os "Boanerges" (cfr. MC 3:17), queriam que Jesus fizesse descer fogo sobre a aldeia que se recusou recebê-lo! O próprio Jesus que PODIA solicitar doze legiões de defensores, preferiu submeter-se à Lei e ao que é natural no Antissistema, conforme está descrito no já citado cap. 2 do Livro da Sabedoria, cuja leitura e meditação aconselhamos.


Os dois pólos, negativo e positivo, que constituem respectivamente o Antissistema e o Sistema, encontramse emborcados, como dois funis, um ligado ao outro pela boca mais larga. Tudo o que num é bom, no outro é mau, e vice-versa, em posição absolutamente invertida e contrária.


E como as criaturas encarnam na Terra rigorosamente segundo sua tônica vibratória, pela Lei Universal de sintonia, a maioria da humanidade se encontra na zona intermediária entre Sistema e Anti-

Sistema. Os que, em seu íntimo, já renunciaram ao mal, mas ainda não atingiram degraus mais elevados do Sistema, encarnam nessa faixa em que predomina o divisionismo egoísta, e sofrem o atrito doloroso que arranca do ferro a ferrugem e o fogo consumidor que separa da ganga o ouro puro. E se alguém, dos degraus mais elevados, resolve sacrificar-se e imiscuir-se nas zonas mais baixas para qualquer trabalho regenerador, inevitavelmente terá que submeter-se à situação ambiental predominante, sofrendo os mesmos impactos, embora não no mereça.


Mas não poderia caminhar-se na Senda evolutiva pela trilha do AMOR, sem necessidade de mergulhar no negro abismo do sofrimento? Teoricamente, sim; mas cremos que somente nos planos mais elevados, onde reine o amor de modo absoluto, sem sombras sequer de egoísmo (nem pessoais, nem familiares, nem grupais), pois é o egoísmo que gera o sofrimento. Quem não se libertou totalmente do egoísmo, é automaticamente atraído para o ambiente egoísta, onde predominam ódio, concorrência desleal, violência, falsidade, engano, maldade, mentira, perseguições e destruição.


Descendo das altitudes sublimes, Jesus resolveu, voluntariamente, embrenhar-se no cipoal das paixões de uma humanidade ainda animalizada, a fim de indicar o caminho da libertação. Além dos ensinos teóricos, mister era-lhe dar o exemplo prático de como agir, e por isso resolveu viver e experimentar (páthein) em Si mesmo todas as dificuldades por que deveriam passar aqueles que O seguissem.


E como soara a hora de ascender mais um posto na escala evolutiva, e como para esse passo importante era indispensável sujeitar-se a fim exame rigoroso, a fim de comprovar sua coragem e avaliar sua força, aproveitou-se desse ensejo para executar os dois planos de uma vez; e baixando suas vibra ções o mais que pôde, revestiu o escafandro de carne, para permanecer pregado ao solo do planeta.


Ipso facto, caiu em cheio no ambiente do Antissistema, preparado para receber todo o choque que isso lhe provocaria. Para avaliarmos bem melhor o que passou, imaginemos que um de nós humanos, no ponto atual em que se encontra a humanidade, encarnasse conscientemente numa vara de porcos e agisse de modo diferente deles; que não sofreria? Muito, sem dúvida; mas de certo menos, do que sofreu Jesus na humanidade!


Entre as feras humanas do Antissistema Jesus prosseguiu tranquilamente sua trajetória, até chegar a hora aprazada, quando então se submeteu às provas previstas para sua ascensão. O "Alto-Comando" do Antissistema foi todo mobilizado para essa ocasião. E o exemplo que essa vítima do amor imenso que nos dedica deu a todos nós, mantendo a dignidade, foi dos mais sublimes, calando quando a pergunta era feita fora das normas legais, e corajosamente respondendo quando o indagante possuía autoridade para fazê-lo.


Mas diante do sofrimento, não abriu a boca, como previra Isaías 53:7-3: "Ele foi oprimido, contudo humilhou-se a si mesmo e não abriu a boca. Como o cordeiro que é levado ao matadouro e como a ovelha que é muda diante dos que as tosquiam, assim não abriu ele a boca. Pela opressão e pelo juízo foi ele arrebatado, e quanto à sua geração, quem considerou que ele foi cortado da terra dos viventes?


Por causa da transgressão de meu povo foi ele ferido. Deram-lhe a sepultura com os ímpios e com o rico esteve em sua morte, embora não tenha cometido violência nem houvesse dolo em sua boca".


No entanto, outra consideração que deduzimos dessa lição in artículo mortis (quase poderíamos dizer), é a coragem indômita de afirmar a Verdade acima de tudo. Não se utilizou da desculpa da modéstia, para negar Sua qualidade real. E isso causa tremenda irritação entre os homens ainda envolvidos pela atmosfera do pólo negativo, não só porque não podem dizer o mesmo de si mesmos, com porque não podem admitir que haja seres, iguais externamente a eles, e no entanto espiritual e culturalmente superiores. A inveja e o egoísmo não admitem superioridade nos outros.


E quando não existe a arma da violência, em virtude de maior evolução dos meios sociais humanos, outras armas talvez piores são utilizadas: a maledicência e a calúnia, as campanhas de arrasamento moral dos seres de fato superiores, a fim de desmoralizá-los perante a opinião pública.


O exemplo de Jesus, o Mestre incomparável, é claro e insofismável: à pergunta se era Filho de Deus, ou seja, se pertencia ao Sistema, responde altaneiramente: "EU SOU". A resposta deve ter soado, especialmente se foi - e deve ter sido - proferida em hebraico, como uma afirmativa insustentável, pois a expressão EU SOU, em hebraico, é exatamente YHWH, o nome impronunciável, a não ser pelo próprio Sumo-Sacerdote uma vez por ano.


Paremos um instante em profunda meditação. De olhos fechados para a neiramente: "EU SOU". A resposta deve ter soado, especialmente se foi - e deve ter sido - proferida em hebraico, como uma afirmativa insustentável, pois matéria que nos circunda, revejamos a cena: aquele operário cansado, algemado, simples, cercado de adversários ferrenhos, está diante do Sumo-Sacerdote, paramentado a rigor, no trono de sua gloriosa posição suprema. E o réu, cabeça erguida, pronuncia o Nome Indizível diante de todos, afirmando-se ser aquele que todos acreditavam ser o "Deus dos judeus", o Espírito-

Guia da raça, o Supremo Ser para eles, e acrescenta, além disso, as frases do Salmo - de que fora convidado para sentar-se à direita do Altíssimo - do grande profeta Daniel, de que viria, com as nuvens do céu. Que espanto inenarrável deve ter percorrido aquela assembleia, como um arrepio de medo, diante da inqualificável ousadia daquela figura já abatida pela noite indormida, mas, segundo eles, ridiculamente altiva, a proferir uma legítima blasfêmia, imperdoável e merecedora da imediata condenação à morte: "é réu de morte"!


Essa atuação teve numerosos imitadores: por muito menos que isso, a igreja romana queimou muitos homens nas fogueiras da inquisição de triste memória. Nenhuma autoridade humana pode admitir que um ser, socialmente inferior, se diga espiritualmente superior, com autoridade mais elevada que a concedida pelos homens. Nenhum elemento do Antissistema aceitará, jamais, que um homem igual a eles, confesse possuir categoria mais elevada, ainda que pelos exemplos de suas obras se possa deduSABEDORIA DO EVANGELHO zir a realidade da afirmativa. Isso porque o Antissistema não aprendeu a lição de Jesus: "Conhecereis as árvores pelos seus frutos: nenhuma árvore má produzirá bons frutos, e nenhuma árvore boa produzirá maus frutos" (MT 12:33). Até hoje, o Antissistema pretende julgar a árvore por ela mesma: se é alta ou baixa, frondosa ou raquítica, reta ou torta, lisa ou espinhosa, sem levar em consideração os frutos que produza. Essa maneira de julgar tem produzido numerosos hipócritas no seio da humanidade.


Estejamos todos preparados para dar testemunho certo daquilo que realmente somos, diante de quem quer que seja, empregando o mesmo método utilizado por Jesus diante do tribunal religioso dos judeus.


Quando acossados pela maledicência e pela calúnia, proferidas por aqueles que não possuem autoridade moral para fazê-lo, saibamos calar, pois o silêncio é a melhor resposta; soframos em silêncio, orando por aqueles que, mal informados, se deixam levar pelo ódio inato que os mina como chama oculta. Um dia, quando na mesma posição, experimentarão as mesmas acusações.


Quando interrogados por quem tenha o direito legal de fazê-lo, a respeito daquilo que realmente somos, respondamos corajosamente, de acordo com a consciência límpida que tivermos a nosso respeito, sem nos deixarmos levar pelo orgulho, mas também sem nos escondermos por trás da bandeira esfarrapada de uma falsa modéstia: quem sabe e tem consciência de saber, esse é sábio verdadeiro.


Mas, se a vida nos trouxer a felicidade de não sermos colocados no fogo cruzado dos adversários do polo negativo, caminhemos tranquilos, sem esquecer-nos de agradecer ao Pai por essa felicidade sem nome, de não sermos atacados e despedaçados.


De qualquer forma, em qualquer circunstância, recordemos que o que de fato vale, é o fruto que produzirmos em benefício da humanidade, são as lições escritas ou faladas, e sobretudo é a lição do exemplo de desprendimento e de bondade, de perdão e de amor para com todos. Poderão atingir nossa personagem terrena, mas nosso Eu verdadeiro jamais será atingido: foi maltratado, batido, cuspido, ridiculizado o corpo físico de Jesus, mas Seu Eu profundo, o Cristo, não foi tocado, nem até Ele chegaram as ofensas animalescas da violência e do despeito de homens involuídos cheios de ódio.


Essa lição, que Jesus nos ensinou com Seu exemplo sublime, é sempre oportuna para todos os que vivemos no ambiente do pólo negativo, e que, por vezes, acossados pela vaidade de nosso pequeno eu mesquinho, gostaríamos de ripostar aos que nos acusam, devolvendo ofensa por ofensa, e procurando defender-nos das acusações gratuitas: Jesus calava e em Seu coração suplicava que o Pai lhes perdoasse, "pois não sabiam o que diziam".


Obrigado, Mestre, pela lição do Teu exemplo!


hb 1:13
Sabedoria do Evangelho - Volume 6

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 20
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 19:23-30


23. Jesus, pois, disse a seus discípulos: "Em verdade vos digo que um rico entrará com dificuldade no reino dos céus.

24. Novamente vos digo: mais fácil é um camelo passar pelo buraco de uma agulha, que um rico entrar no reino de Deus".

25. Ouvindo isso, os discípulos muito se chocaram e perguntaram: "quem pode, então, salvar-se"?

26. Olhando-os, porém, Jesus disse-lhes: "Aos homens isso é impossível, mas a Deus tudo é possível".

27. Respondendo, então, Pedro disse-lhe: "Eis que nós abandonamos tudo e te seguimos; que, pois, será para nós"?

28. Mas Jesus disse-lhes: "Em verdade vos digo, que vós, que me seguistes na reencarnação, cada vez que o Filho do Homem se sentar no trono de sua glória, sentareis também vós sobre doze tronos, discriminando as doze tribos de Israel.

29. E todo que tenha abandonado casas ou irmãos ou irmãs ou pai ou mãe ou esposa ou filhos ou campos por causa do meu nome, receberá o cêntuplo e participará da vida imanente.

30. Muitos primeiros, porém, serão últimos, e últimos serão primeiros".

MC 10:23-31


23. Olhando em torno, disse Jesus a seus discípulos: "Como entrarão com dificuldade no reino dos céus os que têm riquezas"!

24. Os discípulos porém se horrorizaram com as palavras dele. Mas respondendo Jesus disselhes: "Filhos, como é difícil entrar no reino de Deus!

25. É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, que um rico entrar no reino de Deus".

26. Eles se chocaram terrivelmente, dizendo uns aos outros: "E quem poderá salvar-se"? 27. Olhando-os, Jesus disse: "Aos homens isso é impossível, mas não a Deus, pois tudo é possível a Deus".

28. Começou Pedro a dizer-lhe: "Eis que nós deixamos tudo e te seguimos".

29. Disse Jesus: "Em verdade vos digo, ninguém que tenha deixado casa ou irmãos ou irmãs ou mãe ou pai ou filhos ou terras, por minha causa e por causa da Boa Nova,

30. que não receba agora, nesta oportunidade, o cêntuplo de casas e irmãos e irmãs e mães e filhos e campos, com perseguições, e no eon vindouro a vida imanente.

31. Muitos primeiros, porém, serão últimos, e últimos serão primeiros".

LC 18:24-30


24. Vendo, então, Jesus que ele se tornara triste, disse: "Como dificilmente os que têm riquezas entrarão no reino de Deus!

25. Pois é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, que um rico entrar no rei no de Deus".

26. Disseram, então, os ouvintes: "E quem pode salvar-se"?

27. Ele disse: "O impossível entre os homens é possível para Deus".

28. Disse Pedro, então: "Eis que deixamos nossas coisas e te seguimos...

29. Então ele disse-lhes: "Em verdade vos digo que ninguém há que abandone casa ou esposa ou irmãos ou pais ou filhos por causa do reino de Deus,

30. que não receba muito mais nesta oportunidade e a vida imanente no eon vindouro".



Neste trecho, temos os primeiros comentários feitos por Jesus, enquanto se afastava o jovem rico, triste e preocupado (stygnasas, "de sobrecenho carregado") com a luta íntima que nele se travara entre a vontade incontrolável de seguir o Mestre, e o apego descontrolado a seus bens, entre o amor ao Espírito e o amor à matéria.


Marcos anota que Jesus "olhou em torno de si" (periblepsámenos), observando com penetração psicol ógica o efeito que nos discípulos causara a cena, e o que produziriam suas palavras. E disse: "Como os ricos entram com dificuldade no reino dos céus!" O advérbio dyskólôs, "dificilmente", é usado apenas aqui nos três sinópticos.


A impressão recolhida no semblante dos discípulos foi de horror. Justamente eles pensavam que os ricos entrariam muito mais facilmente: que não consegue um homem com dinheiro? Então Jesus resolve aprofundar o espanto e chocá-los, para que jamais esqueçam a lição, e faz uma comparação que os deixa boquiabertos: "é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, que um rico entrar no reino dos céus".


Teofilacto, no século 11°, em seus comentários evangélicos (Patrol. Graeca vol. 123) sugere que, em lugar de kámelos, "camelo", devia ler-se cámilos, "cabo", "corda grossa", aceitando a hipótese já lançada por Cirilo de Alexandria, em sua obra "Contra Julianum", cap. 6. º. Mas isso nada resolve. Além do que a expressão de Jesus encontra eco nos escritos rabínicos: "ninguém sonha com uma palmeira de ouro, nem com um elefante a passar pelo buraco de uma agulha" (Rabbi Raba, cfr. Strack e Billerbeck, vol. I, pág. 828). Ora, na época de Jesus os camelos eram comuns à vida cotidiana, ao passo que os elefantes constituíam recordações vagas de séculos atrás, por ocasião das guerras macedônicas. E o mesmo Jesus utiliza outra comparação com o camelo: "vós, que coais um mosquito e engolis um camelo" (MT 23:24).


A exclamação cheia de ternura, com que Jesus se dirige a seus discípulos, chamando-os "meus filhos" (tékna) parece querer abrandar o choque traumático que lhes causara. Na expressão "os que têm riquezas", o substantivo empregado é chrêmata, que engloba bens móveis e imóveis, ao passo que ktêmata exprime apenas os imóveis.


No vers. 24 alguns códices trazem "Filhos, como é difícil aos que confiam nas riquezas entrar no reino dos céus". Esse adendo, na opinião dos hermeneutas, é glosa antiga, para justificar os ricos que não queriam desfazer-se de suas riquezas, mas cuja amizade interessava ao clero. Knabenbauer (Cursus Sacrae Scripturae Paris, 1894, pág. 271) esclarece muito atiladamente: si glossa est, apte et opportune addebatur; neque enim opes incursat, sed eos qui ultra modus iis inhaerent, isto é, "se é uma glosa, foi acrescentada adequada e oportunamente; pois não condena as riquezas, mas aqueles que a elas se apegam além da medida".


O trauma leva os discípulos (Lucas diz "os ouvintes") a interrogar-se entre si: "e quem poderá salvarse"?


Realmente todos os seres humanos têm posses, embora as de alguns seja constituída de alguns trapos para cobrir a nudez. Há então clara distinção entre pobreza efetiva e pobreza afetiva. A primeira, por maior que seja, talvez a posse de simples lata velha para beber água, pode envolver apego que provoque briga se alguém lha quiser tirar: enquanto a segunda, mesmo que se possuam bens quantiosos, é mantida com a psicologia do mero gerente ou mordomo, sem nenhum apego afetivo em relação a ela.


Após a explicação de que a Deus nada é impossível, que corta o espanto com a faca da esperança, afiada na pedra da fé e umedecida com o azeite da confiança no Amor divino, Pedro anima-se e "começa a interrogar" a respeito dos discípulos. Não transparece, em sua indagação, nem egoísmo nem ambição, mas a curiosidade temperamental e ansiosa, típica dos inquietos: "e nós? Afinal, nós deixamos tudo e te seguimos... que acontecerá a nós"?


A resposta de Jesus, registrada por Mateus, tem um pormenor que não aparece nos outros.


Analisemos: amén légô humin (em verdade vos digo) hóti hymeis hoí akolouthésantés moi (que vós que me seguistes), en têi palligenesíai (na reencarnação), hotan kathísêi ho hyiós toú anthrôpou (cada vez que se sente o filho do homem) epi thrônou doxês autoú (sobre o trono de sua glória) kathêsesthe kaì hymeis (sentareis também vós) epì dôdeka thronoús (sobre doze tronos) krínontes tàs dôdeka phylàs toú Israêl (discriminando as doze tribos de Israel).


Temos que assinalar a expressão en têi paliggenesíai, "na reencarnação", termo familiar aos pitagóricos e estoicos, para exprimir o que chamamos hoje, ainda, de reencarnação: o renascimento na matéria do espírito imortal; com ele também era designada outrora a "transformação do mundo", nos passos evolutivos que o planeta vai conquistando através dos milênios. Flávio emprega a palavra para exprimir a restauração de Israel, sentido provavelmente corrente na época, entre os israelitas, o que fez que os discípulos pensassem que Jesus vinha operar essa restauração; e isso quiçá tenha provocado o pedido de Tiago e de João (MC 10:35) logo a seguir. Philon de Alexandria usa essa palavra para designar o renascimento do planeta após o dilúvio. E Paulo de Tarso (Tito, 3:5) com o sentido material de reencarna ção e o sentido espiritual de nascimento na individualidade ou transição do psiquismo ao espírito, tendo como resultado o surgir do "homem novo".


Outra observação quanto ao "trono de glória", que o Talmud denomina kissê kakkabod, quando diz: " Há sete coisas que precederam de 2000 anos o mundo: a Torah, o trono de glória, o jardim do Eden, a geena, a penitência, o santuário de sabedoria, e o nome do Messias. Onde estava escrita a Torah? Com fogo negro sobre fogo branco, estava ela colocada nos joelhos de Deus, e Deus estava sentado no trono de glória, e o trono de glória se mantinha no firmamento, que está acima da cabeça dos animais sagrados" (cfr. Strack e Billerbeck, tomo I, pág, 975).


Jesus fala nos "doze tronos", contando ainda com Judas e nas "doze tribos" de Israel que, já à Sua época, não mais se achavam divididas, pois séculos antes tinham sido conquistadas e dominadas pela tribo de Judá, unificando-se num só bloco. Sua existência, pois, era apenas simbólica.


Essa frase consolida a interpretação de "palingenesia" dada por Flávio Josefo: a restauração do reino de Israel, tornando a dividi-lo em doze tribos soberanas, cada uma das quais seria governada por um dos doze discípulos. Os Apocalipses (cfr. 4. º Esdras 7:75) falam na renovação messiânica do mundo," quando o Todo-Poderoso vier renovar Sua criação ". Mas embora se acreditasse que o Messias julgaria o mundo (cfr. MT 25:31ss), neste trecho é dito que o julgamento seria feito pelos doze, a exemplo dos" juízes" de Israel (como os "sufetas" de Cartago). Já Paulo fala que "os santos julgarão o mundo" (l. ª Cor. 6:2).


A promessa de julgar (ou discriminar) é benefício honroso, mas transitório, pois é um "ato", que logo finalizará.


Outras coisas, porém são ditas, a seguir, estendendo a todos os discípulos, contemporâneos e futuros, que tiverem abandonado tudo "por causa dele". Marcos acrescenta: "E por causa do Evangelho.


(1) A palavra Evangelho ("Boa-Notícia") é frequente no vocabulário de Marcos, sendo empregada oito vezes: 1:1; 1:14; 1:15; 8:35; 10:29; 13:10; 14:9 e 16:15, contra 4 vezes em MT 4:23; MT 9:35; MT 24:14 e MT 26:13, e nenhuma vez nos outros dois evangelistas.


A enumeração do que se abandona compreende: casas, pai, mãe, esposa, filhos, irmãos, irmãs e campos.


(2) Em Mateus, o códice Vaticano, o mss. 2148, a ítala a e n, a versão siríaca palestinense, os pais Irineu (latino) e Orígenes omitem "esposa" ; mas o termo aparece nos códices sinaítico, C; K, L, W, X, delta, theta, nos mss. f 13, 28, 33, 565, 700, 892, 1009, 1010, 1071, 1079, 1195, 1216, 1230, 1241, 1242, 1253, 1344, 1365, 1546, 1646, 2174, os leccionários bizantinos, as ítalas áurea, c, i, gl, h, l, q, a vulgata clementina as versões siríacas peschitta, curetoniana, harclense, as coptas saídica e boaídica, a armênia, a etiópica, a georgiana, os pais Basílio, João Crisóstomo, Cirilo e João Damasceno.


Quem, pois, deixar tudo isso, receberá "o cêntuplo AGORA, nesta oportunidade" (nyn en tôi kairôi toútôi), que só podemos interpretar como "nesta presente vida física", pois logo a seguir se fala "no eon vindouro", ou seja, na próxima existência.


A promessa de abandonar UM e ganhar CEM tem trazido dificuldades aos hermeneutas da letra. Jerônimo, porém, já dissera: qui carnalia pro Salvatore dimíserit, spiritualia récipit, ou seja: "quem pelo Salvador deixar as coisas, recebe as espirituais" (Patrol. Lat. vol. 26, col. 139), interpretação também apoiada por Ambrósio (Patrol. Lat. vol. 15, col. 1296).


Outros acenam à ampliação de bens e de "família" espiritual que lucram todos os que deixam a família sanguínea, tendo como pais os superiores (Jesus, aqui mesmo, chama seus discípulos de "filhos"); como irmãos, todos os companheiros de crença (cfr. 2PE 1:4, etc.) ; os "convertidos" são chamados" filhos" (cfr. GL 4:19; 1CO 15:58; 2CO 6:11-13) e Paulo chega a chamar "mãe", à mãe de Rufus (RM 16:13); quanto aos bens, eram eles colocados em comum (cfr. AT 2:44; AT 4:32; AT 11:29, AT 11:30; 16:15; GL 2:10 e GL 2:2CO 8:1 a 9:15).


Lebreton ("Le Centuple Promis", in "Recherches de Science Religieuse", tomo 20, 1930, pág. 42-44) diz que "a renúncia nos torna senhores da riqueza, ao invés de escravos dela", lembrando Paulo: tamquam nihil habentes et omnia possidentes, isto é, "como nada tendo, mas tudo possuindo" (2CO 6:10).


Marcos avisa que esse cêntuplo virá "com perseguições", embora seja promessa contida nos três sin ópticos que, "no eon vindouro", o renunciante alcançará a "vida imanente".


O ensinamento todo termina com uma máxima axiomática: "muitos primeiros serão últimos, e últimos serão primeiros". O venerável Beda (Patrol. Lat. vol. 92, col. 234) comenta: vide enim judam de apóstolo in apóstatam versum et dícito quod multi erunt primi novissimi; vide latronem in cruce factum confessorem eodemque die quo pro suis crucifixus est peccatis, gratia fidei cum Christo in paradiso gaudentem, et dícito quod et novissimi erunt primi, que significa: "vê Judas, que de apóstolo se tornou apóstata e dize que muitos primeiros serão últimos; vê o ladrão, que na cruz se tornou confessor, e no mesmo dia em que foi crucificado por seus pecados, gozando com Cristo no paraíso, e dize que também os últimos serão os primeiros".


Após o exemplo dado com o episódio do "moço rico", chegam as lições teóricas explicativas, com outros exemplos e parábolas, que vamos agora começar a ver.


O comentário do Mestre precisa ser interpretado em espírito, lembrando-se, mais uma vez, que o "reino dos céus" não é O CÉU, para o qual a alma iria após a morte física, lá permanecendo para a eternidade; mas antes, uma conquista realizada AQUI, NA TERRA.


Observamos que foi isso que o moço rico pediu: a VIDA IMANENTE, na união definitiva com o Cristo Interno. E o Cristo, manifestando-se através de Jesus, ensinou-lhe - nós o vimos - que para obtê-la com perfeição era mister vender tudo e distribuir o resultado aos mendigos, para depois segui-LO internamente. O que dificulta as interpretações das igrejas dogmáticas é ficarem rasteiras na letra material. Realmente, enquanto houver riquezas e bens, NÃO É POSSIVEL a união íntima e permanente, porque a preocupação com a gerência dos bens, por maior que seja o desapego, distrai a criatura, levando-a para fora de si, e portanto desligando-a de seu interior, do Cristo.


Mais fácil seria passarmos um camelo pelo buraco de uma agulha, que servirmos a dois senhores tão opostos: Deus Interno (Espírito) e Dinheiro externo (matéria, que é satanás). Temos que desfazer-nos do segundo, se quisermos conquistar o primeiro.


A Deus é possível chamar com tanta insistência um rico, que ele abandone tudo e "se salve", embora criatura humana alguma o consiga.


Estudemos, agora, o vers. 28 de Mateus em seus vários sentidos ocultos e simbólicos.


Anotemos de início que o Cristo deixa de responder à primeira parte da pergunta de Pedro: "nós que deixamos tudo o que nos pertencia (tà idíia), para só esclarecer o segundo inciso: "te seguimos", dando a entender que o importante não é tanto "abandonar tudo", mas sim "seguí-Lo".


Reproduzamos o versículo: "Vós que me seguistes, na reencarnação, cada vez que o Filho do Homem se sentar sobre o trono de sua glória, também Vós sentareis sobre doze tronos, discriminando as doze tribos de Israel".


Vimos que a interpretação primeira feita pelos discípulos dizia respeito à libertação de Israel e sua soberania absoluta no mundo, tanto que Salomé, mãe de Tiago e João, pede para seus filhos os lugares mais honrosos à direita e à esquerda do novo Rei (MC 10:35).


Outra interpretação que dura há séculos refere-se à "renovação do mundo", confundida com a parusia, ou seja, a segunda vinda de Jesus ao planeta para julgá-lo. Já aqui os apóstolos serão juízes de toda a humanidade.


Há mais, porém, se aprofundarmos o sentido. Neste caso, leríamos assim, parafraseando o texto: "Vós que me seguistes", designando os que O buscaram no imo de seus corações, e O encontraram e com Ele se uniram.


"Na reencarnação", que exprimiria a reencarnação do globo terráqueo, que se dá a cada surgimento de nova sub-raça. Sete sub-raças constituem uma "raça-raiz"; sete raças-raíz formam uma "ronda" e sete rondas completam um "manvantara", após o qual vem o pralaya, ou repouso.


Cada sub-raça tem sua evolução confiada a um Servidor, que vem a Terra sempre acompanhado por doze discípulos que O assistem e Lhe ajudam a tarefa. Segundo essa doutrina oculta, a promessa feita aos doze discípulos ali presentes, era que eles O acompanhariam sempre em Suas encarnações, "cada vez que se sentasse no Trono de Sua glória" ou, talvez melhor, "em Sua Cátedra gloriosa" de ensino universalista; eles formariam sempre o conjunto de outras doze cátedras, a fim de espalhar o ensino e" discriminar", ou melhor "passar pelo crivo" (sentido literal de krínein) os homens e as nações de todo o planeta, que é dividido em doze raios geométricos, representados pelos doze signos do zodíaco.


Outra leitura pode ser feita através das palavras que "ocultam" o pensamento profundo. Nesta interpretação, temos que suprimir a vírgula após as palavras "me seguistes", como o fazem Wescott e Hort em sua edição grega de 1881, lendo-se, então: "vós que me seguistes na reencarnação". Compreendemos: " vós que me acompanhastes nesta encarnação, recebereis, em vossos doze tronos separados, nova consagração iniciática evolutiva, cada vez que o Filho do Homem der mais um passo à frente, obtendo o direito de sentar-se no trono glorioso da vitória".


Podemos ainda entender como um ensino dado especialmente para as Escolas Iniciáticas: os que seguiram e acompanharam o Cristo em seus corações, terão a oportunidade de conquistar a cátedra doutrinária do ensino esotérico, para distribuí-lo aos seus discípulos no planeta, após a indispensável discriminação preliminar.


Avançando um pouco mais, podemos perceber das expressões do versículo que estudamos, um sentido mais profundo: quando a criatura que segue o Cristo, unificando-se a ELE totalmente durante sua encarnação terrena, tornando-se, portanto, Filho do Homem, ela, criatura encarnada, experimentará todas as sensações gloriosas dele. E cada vez que Ele se infinitizar na glória do Trono excelso da divina Luz, ela também se sentará em seu pequeno trono de glória, podendo daí discriminar (distinguir) as "doze tribos de Israel", ou seja, os doze caracteres básicos da humanidade, conhecendo a criação toda em toda a sua amplitude, mediante a "ciência infusa" obtida pela intuição instantânea, da visão direta, pela convivência (ou simultaneidade de vivência) com o Espírito (individualidade) unido à Luz do Espírito Santo, por meio do Pai Verbo de Sabedoria, através do Cristo Interno, partícula indivisa do Cristo Cósmico ou Terceiro aspecto da Divindade. A obtenção dessa indescritível e indizível felicidade por parte da personagem terrena encarnada, pode considerar-se efetiva divinização, consagrando seu privilegiado possuidor como Adepto de alta categoria, como Manifestante divino, como Mestre em toda a amplitude do termo. Essa interpretação cabe, em sua íntegra acepção, àquela personagem histórica que nos acostumamos a amar com todo o ardor de nossos corações, e que se denominou JESUS DE NAZARÉ. Unindo-se, em Sua encarnação, ao Cristo, Sua personagem humana de Filho do Homem pode sentar-se no trono de glória à mão direita do Pai (cfr. MT 25:31 e MT 26:64; MC 14:62, LC 22:69 e AT 7:55, AT 7:56), como já dissera David, o Bem-Amado: "Disse o Senhor ao meu Senhor, senta-te à minha mão direita".


No campo da Fraternidade Branca, cujo chefe supremo é Melquisedec, o Ancião dos Dias, o PAI a que se referia Jesus, o Trono de Glória é onde Ele pontifica no Grande Concílio, em Shamballa.


Quando o Filho do Homem se sentar em Seu trono de glória, como Chefe e Guia do Sexto Raio da Devoção, os doze discípulos que O acompanharam em Sua reencarnação na Galileia, permanecerão a Seu lado, fazendo a discriminação das "doze tribos de Israel", ou seja, dos doze grandes grupos religiosos em que se subdivide a humanidade e que sucederam, espiritualmente, às doze tribos: hinduísmo, judaísmo, zoroatrismo, taoismo, xintoísmo, confucionismo, budismo, catolicismo (romano e ortodoxo), islamismo, catolicismo reformado, naturismo (umbanda) e espiritismo. Realmente, após seu sacrifício e por meio dele, Jesus "se tornou Sumo Sacerdote da Ordem de Melquisedec" (Hbr. 6:20) assumindo Seu trono de glória como um dos sete Espíritos que assistem diante do Todo-Poderoso Senhor da Terra (cfr. AP 1:4). E por isso escreveu David: "Disse o Senhor (Melquisedec) ao meu Senhor (YHWH-Jesus) senta-te à minha mão direita" (SL 110:1; MT 22:44,. MC 12:36; LC 20:42; AT 2:34; HB 1:13 e HB 12:2).


Mas prossigamos no texto, para não alongar-nos demasiado. Verificamos que além desse resultado (mais que recompensa) temos outros fatos citados a respeito do "deixamos tudo".


Observemos que há uma citação nominal não apenas dos bens terrenos (casas e campos), mas dos parentes de primeiro grau, um a um, sejam consanguíneos, como pai, mãe, filhos, irmãos e irmãs, como não-consanguíneos, a esposa (ou esposo).


A igreja, com a vida monástica, colocou à letra a aplicação dessas palavras; e os monges abandonam mesmo seus parentes, chegando até, em algumas ordens a trocar de nome, para dedicar-se ao serviço do Cristo, numa renúncia total e absoluta. Magnífico exemplo, apesar dos defeitos "humanos" que sobrevieram às regra, rígidas, isto é, ao abuso que se introduziu no uso. Mas, terrenamente o sentido é esse mesmo: Cristo acima de tudo, mesmo dos amores mais belos e legítimos. Se houver objeções, dificuldades, lutas, tudo deve ser deixado para seguir o Cristo. Se houver amor por parte desses parentes, eles acompanharão o seguidor do Cristo. Se o não acompanharem, é porque mais amam a si mesmos e a suas comodidades, que ao Cristo e ao buscador do Cristo: que fiquem, pois, onde mais lhes agrada. Os atletas se libertam, por vezes, até das vestes que lhes impedem ou atrapalham a carreira.


Assim deve fazer aquele que resolve correr atrás do Amor que nos chama com gemidos inenarráveis (RM 8:26).


Mas não apenas os parentes "externos" deverão ser abandonados para seguir-se o Cristo: também os parentes "internos" que constituem nossa própria personagem: veículos físicos, sangue e emoções, fenômenos do astral, raciocínios e vaidades intelectuais, tudo tem que ser sacrificado, se constituir óbice para seguir o Cristo.


No entanto, a todos os que deixarem essas coisas, será dado cem vezes mais EM VALOR, pois conseguirão o domínio de tudo. Que importam as coisas materiais transitórias, a quem possui o Espírito imperecível? Cem vezes mais vale este. E o amor do Cristo é superior ao amor de cem mães, de cem pais, de cem esposas, ou filhos, ou irmãos, ou irmãs, e a posse do Espírito faz sentir a nulidade da posse temporária tão rápida e ilusória de um pedaço do planeta, ou de uma casa que a poeira do tempo destrói e derruba.


A interpretação materialista da igreja romana, como sói acontecer, acena com centenas de irmãos encarnados nas ordens religiosas, e centenas de casas conventuais de pedra, não compreendendo que nenhuma vantagem espiritual traria isso ao seguidor do Cristo: trocaria uma ilusão material por outras cem, mas todas transitórias e perecíveis. A promessa refere-se ao abandono do material para conquista do espiritual. Tanto que Marcos esclarece "com perseguições" por parte de todos os que permanecem presos à matéria (satanás) do Antissistema.


E o final do versículo reforça esta interpretação quando adita: "e a VIDA IMANENTE", ou seja, a permanente unificação interna do Espírito com o Cristo.


Aqui lembramos ainda uma vez (cfr. vol. 2, vol. 3 e vol. 5) que a "vida eterna" das traduções correntes nada significaria, já que essa vida eterna TODOS OS ESPÍRITOS a possuem por intrínseca natureza, inclusive os maus. Quanto mais avançamos na interpretação dos textos evangélicos, mais solidificamos nossa convicção de que é certo o caminho que palmilhamos.


Resta-nos examinar a última frase: "muitos últimos serão primeiros, e muitos primeiros serão últimos".


O espanto de muitos espiritualistas, qualquer que seja sua situação ou "posto", será incalculável, ao se verem preteridos na vida espiritual por pecadores, ateus, materialistas. Mas não menor será o assombro destes ao se verem acima daqueles que eles consideravam luminares vivos e indiscutíveis da vida religiosa.


Os homens julgam pela aparência, pelas posições, pelas vestes e pela "virtude" externa. Mas nada disso significa realidade intrínseca, nem serve de qualificação para a vida espiritual. Apenas o SER, a vibração específica do Espírito, é que situa o homem no plano vibratório próprio. Ora, quantas vezes a bondade do materialista será achada superior à do espiritualista, pelo simples fato de que o primeiro é bom sem nada esperar de retribuição, ao passo que o segundo se faz de bom na secreta e íntima esperança de obter um lugar no "céu" ou em "Nosso Lar" ... O que torna sua bondade simples jogo de interesses e expectativa de polpudas recompensas espirituais após a desencarnação.


No entanto, sabemos que a frase "os últimos serão os primeiros" possui um sentido esotérico muito profundo e iniciático, que o ocultismo representa pela serpente que morde a própria cauda, onde o princípio e o fim se unem para formar o círculo perfeito. Daí o simbolismo do Sol que ilumina; o círculo perfeito, em que não há princípio nem fim (eterno) é o dispensador da luz.


Comentando a esse respeito, Luiz Goulart chamou a atenção para a representação da "hóstia" na igreja católica, que dá ao pão a forma circular: o sol que ilumina. Sendo a hóstia a manifestação da divindade, poderia a igreja ter-lhe dado a forma do triângulo equilátero, representativo da Trindade

... No entanto, o símbolo ocultista do Sol prevaleceu, tanto que o "ostensório" é feito com o acréscimo externo dos raios de ouro (dourados) do sol. E quando em exposição, o "Santíssimo" figura, exatamente, um sol no apogeu de sua trajetória: cheio e brilhante.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Introdução ao Livro de Hebreus
A Epístola aos

HEBREUS

Introdução

A. Autoria

A epístola aos Hebreus é anônima. Esse é o fato isolado mais importante em rela-ção à sua origem. Sua autenticidade não está sendo questionada. Tudo que podemos fazer é observar a evidência externa fornecida pela Igreja e a evidência interna da própria epístola, e a partir delas tirarmos nossas próprias conclusões em relação a quem foi o seu autor.

1. Evidência Externa

Clemente de Roma (95 d.C.) usa Hebreus 3:2-11.37 em sua primeira epístola aos Coríntios 17:1-5. O Pastor de Hermas (datada por Goodspeed em 95-100 d.C.) também mostra estar familiarizado com esta epístola. Ela não se encontra no Cânone Muratoriano (final do século II).

Westcott escreve: "Perto do final do século II encontram-se evidências de que existia um conhecimento dessa epístola em Alexandria, no norte da África, na 1tália, e no Oeste europeu. Desde o tempo de Pantaenus acreditava-se em Alexandria que a Epístola aos Hebreus, pelo menos indiretamente, era obra do apóstolo Paulo e de autoridade canônica; e esta opinião, apoiada em diferentes formas por Clemente e Orígenes, veio a ser aceita de modo geral pelas igrejas gregas orientais no século III".1

"Aproximadamente na mesma época, uma tradução latina da epístola recebeu um reconhecimento limitado no norte da Africa, mas não como uma obra do apóstolo Paulo".2

"Na Itália e no Oeste europeu, a epístola não foi reconhecida como sendo de Paulo e, conseqüentemente, pelo que tudo indica, não era reconhecida como canônica".3 Nas ver-sões siríacas, ela era claramente tratada como um apêndice das epístolas paulinas.

Westcott declara mais adiante: "Em resumo, quando o livro começou a circular, três opiniões distintas acerca dele já haviam obtido aceitação local. Em Alexandria, a epísto-la grega era vista não como um escrito direto de Paulo, mas, indiretamente, como uma tradução livre das suas palavras ou uma reprodução dos seus pensamentos. No norte da África, ela era conhecida até certo ponto como obra de Barnabé e reconhecida como auto-ridade secundária. Em Roma e no Oeste europeu, não foi incluída na coleção das epísto-las paulinas e não tinha peso apostólico".4

Em seguida, nos voltamos diretamente ao testemunho dos antigos Pais da Igreja. Clemente de Alexandria (195 d.C.) acreditava que a epístola aos Hebreus foi escrita por Paulo aos judeus na língua hebraica (aramaica) e, mais tarde, traduzida por Lucas e publicada entre os gregos. Conforme citado por Eusébio, ele escreveu: "Mas é provável que o título, Paulo, o apóstolo, não foi prefixado à epístola. Ao escrever aos Hebreus, que haviam formado um preconceito em relação a ele, e suspeitavam dele, ele sabiamente oculta seu nome, para evitar um prejulgamento do conteúdo da epístola".5 Se Paulo, de fato, escreveu Hebreus, esta é a melhor sugestão que poderia ser feita quanto ao motivo de omitir o seu nome no início da epístola.

A opinião de Orígenes (220 d.C.), o maior estudioso bíblico da Igreja Antiga, é citada com freqüência. Ele disse: "Parece que os pensamentos são do apóstolo, mas o estilo e a fraseologia pertencem a uma outra pessoa que anotava o que o apóstolo dizia, e escrevia, quando lhe convinha, o que o seu mestre havia falado [...] Mas quem de fato escreveu a epístola, somente Deus sabe".6

Westcott conclui: "Os alexandrinos ressaltavam o aspecto da canonicidade e, certos dela, colocaram-na junto com os escritos de Paulo. Os Pais orientais enfatizavam o as-pecto da autoria e, acreditando que a epístola não era propriamente de Paulo, negaram sua autoridade canônica [...]Acreditamos que a autoridade canônica da epístola independe de ser ou não de autoria paulina. A percepção espiritual do Oriente pode ser unida ao testemunho histórico do Ocidente. E, se entendemos que o julgamento do Espírito se faz sentir por meio da consciência da comunidade cristã, então nenhum livro da Bíblia é mais reconhecido por meio do consentimento universal, ao dar uma visão divina dos fatos do Evangelho repleta de lições para todos os tempos, do que a epístola aos Hebreus."'
Quando nos voltamos para o período da Reforma, notamos que Erasmo expressou suas dúvidas, não quanto à autoridade do livro, mas quanto à sua autoria. Lutero negou a autoria paulina e sugeriu que pudesse ter sido escrito por Apoio. Calvino disse que não conseguia aceitar a autoria paulina. Ele acreditava que provavelmente Lucas, ou Cle-mente, escreveram esse livro.

2. Evidência Interna

Há similaridades no estilo e vocabulário entre a epístola aos Hebreus e os escritos de Lucas e Clemente de Roma. A descrição de Apoio em Atos (18:24-25) encaixa-se no perfil de autoria dessa epístola. Mas a Igreja Antiga não apresenta qualquer pista de que Apoio te-nha sido o autor da Epístola aos Hebreus. Devemos deixar o assunto sem solução definida.

Muitos estudiosos têm destacado a clara diferença entre as epístolas de Paulo e a epístola aos Hebreus. Paulo escreve num estilo abrupto e com mudanças repentinas. Por outro lado, o estilo de Hebreus é "cuidadosamente polido e ritmicamente construído".8

A estrutura também é diferente. Paulo apresenta primeiro a doutrina e então a aplicação prática. Mas Hebreus alterna entre doutrina e exortação pelo menos uma meia dezena de vezes.
Também há uma diferença teológica. O livro de Hebreus é construído em torno do sumo sacerdócio de Cristo. A cristologia de Paulo, um dos assuntos mais importantes em suas epístolas, nunca toca nesse aspecto.

Este conjunto de fatos tem levado praticamente todos os estudiosos, quer liberais ou conservadores, a descartar a autoria de Paulo para o livro de Hebreus. Mesma a igreja católica romana tem modificado sua posição. Wikenhauser, um estudioso católico, escre-veu: "Paulo não pode ter sido o autor imediato".9

B. Data

Kuemmel representa a posição liberal atual quando escreve: "A epístola foi prova-velmente escrita entre 80 e 90".' Concordamos com Westcott, no entanto, quando diz: "A carta pode ter sido escrita no período crítico entre 64 d.C., durante o governo de Gessius Florus, e 67 d.C., no início da guerra judaica, mais provavelmente pouco antes do início desta guerra"."

C. Destinatários

A visão tradicional é que o livro de Hebreus foi escrito para os cristãos judeus na Palestina. Mas Theodor Zahn sugere que ele se destinava ao grupo de cristãos judeus em Roma. Os cristãos de Jerusalém eram pobres e dependiam das ofertas das igrejas gentílicas. No entanto, Hebreus 6:10 indica que os leitores de Hebreus muitas vezes ajudaram os cristãos pobres. Alguns sugerem que Hebreus foi escrito para Alexandria. Mas essa idéia tem pouco apoio.

Em 1836 sugeriu-se pela primeira vez que Hebreus foi dirigido basicamente aos gentios. A maioria dos estudiosos protestantes hodiernos defende essa posição, junta-mente com os católicos. Wikenhauser escreve: "Precisamos admitir que as evidências hoje deixam claro que a Epístola aos Hebreus não foi dirigida aos cristãos judeus em primeiro lugar".'Kuemmel concorda. Mas J. Cambier diz: "No entanto, a ênfase ao lon-go da carta acerca da superioridade da nova dispensação religiosa comparada com a antiga é melhor explicada se pensarmos na epístola como sendo enviada aos cristãos judeus".13Para nós, este argumento parece irrefutável. Concordamos com Donald Guthrie quando escreve: "Um claro contrapeso a favor dos cristãos judeus precisa ser admitido, se o título tradicional do livro deve merecer algum crédito".14 Everett F. Harrison diz: "O caráter hebraico-cristão da epístola parece suficientemente provado".'

"Os da Itália vos saúdam" (13,24) é mais corretamente traduzido por: "Aqueles que vêm da Itália enviam saudações" (RSV). O texto grego traz: "aqueles longe de" (apo). O fato de a primeira notícia de Hebreus vir de Roma (1 Clemente) é um suporte considerá-vel para a idéia de que esta epístola foi escrita para Roma. Esta é a posição da maioria dos estudiosos hoje. Guthrie e Harrison deixam esta questão em aberto. Harrison parece favorecer a idéia dos destinatários serem os cristãos da Palestina.

D. Propósito

Isto depende, é claro, de como identificamos os leitores. O ponto de vista tradicional que Guthrie descreve como "o mais amplamente difundido"' é que Hebreus foi escrito para advertir os cristãos judeus contra a apostasia de voltar ao judaísmo. A intenção da epístola parece claramente ser de mostrar a superioridade do cristianismo em relação ao judaísmo. Os versículos de abertura, bem como os primeiros capítulos, mostram o caráter definitivo de Jesus Cristo como a revelação final e perfeita de Deus à humanidade.

A palavra-chave de Hebreus é "melhor" (ou "superior" ou "mais excelente"). Cristo é superior aos anjos, a Moisés ou Josué. O cristianismo é uma aliança superior. O cristianismo tem um descanso melhor, um sacerdócio melhor e altar e sacrifício melho-res. Tudo isso seria obviamente mais significativo para os leitores judaico-cristãos do que para os gentios.

—Ralph Earle


Beacon - Comentários de Hebreus Capítulo 1 do versículo 1 até o 14
SEÇÃO I

A PESSOA DE CRISTO É DEFINITIVA

Hebreus 1:1-4.16

A. MAIS DO QUE UM ANJO — UM FILHO, 1:1-2.4

1. O Deus que Fala (1.1,
- 2a)

Os primeiros quatro versículos formam um único período e constituem o prólogo de Hebreus. Nele lemos acerca da auto-revelação de Deus em seu Filho visível e histórico e a função deste Filho na criação, revelação, providência e redenção.
A sanidade e a certeza diante do caos e do murmúrio de muitas vozes são possíveis somente na redescoberta do fato de que Deus falou. Deus é iminente e transcendente nos afazeres dos homens. Jesus Cristo é o Autor e a Origem da fé cristã; ao nos defrontarmos com sua pessoa e ministério terreno estamos nos defrontando com Deus.

a) A revelação passada de Deus (1.1a). O autor inspirado está se referindo aqui não à revelação geral na natureza e na consciência, feita a todos os homens, mas à revelação especial, feita aos pais, i.e., à nação hebraica e seus antepassados. A pessoa de Deus, junto com sua santidade de caráter e vontade soberana para seu povo, foi revelada "mui-tas vezes e de várias maneiras".' Embora os tempos e os métodos variassem bastante, a forma era uniforme — pelos profetas. O escritor aos Hebreus está determinado a aju-dar seus companheiros hebreus vacilantes a ouvir a mensagem completa de Deus trans-mitida por meio do seu Filho. É uma mensagem que excede em muito o que havia sido revelado até então, uma mensagem de redenção perfeita e que em seu caráter definitivo constitui um ultimato solene. Jesus não veio para negociar com o Diabo, mas para derrotar o usurpador com sua própria arma, a morte, e reivindicar aquilo que é seu (Hb 2:8-15; 1 Co 15.24,25).

A ação de Jesus em criar o universo material é secundária (sugerida por dia — por, lit., "por meio de" — com o genitivo) à do Pai, que é principal. Este é um conceito difícil e o seu significado completo pode nos iludir. Há uma base aqui para a doutrina de que o

Filho é o Logos (Palavra) eterno, ao mesmo tempo que é o meio de expressão da divinda de. Portanto, mesmo antes da criação, o Logos era essa natureza em Deus que possuía a capacidade de comunicação e concreção em potencial. Embora não seja o demiurgo dos gnósticos, o Logos era, não obstante, o mediador entre a ordem matéria-espaço-tempo e o espírito puro. Quando essas idéias dualistas de domínio (herdeiro) e criatividade são percebidas, mesmo que de forma vaga, a enormidade do pecado da rejeição de Cristo torna-se evidente (Jo 1:10-11).5

  1. A expressão da Pessoa essencial de Deus (1.3ab). Fica claro que esse Filho não é somente um Agente mas um Aspecto (podíamos assim dizer) da própria divindade. Ele não pode ser dissociado do ser essencial do Pai. Em primeiro lugar, como o esplendor da sua glória, Ele revela de forma perfeita a majestade de Deus.' No entanto, mais do
    que isto, Ele é a expressa imagem da sua pessoa (cf. Cl 1:15) ou, como a NVI traduz: a "expressão exata do seu ser". Isto é mais do que a imagem de Deus na qual o homem foi criado e, certamente, muito mais do que a expressão da santidade de Deus por meio dos
    seus atos poderosos; não é nada menos do que a revelação de forma concreta e visível do próprio Deus. Mas, visto que não vemos no Filho encarnado a expressão exata ou com-pleta dos atributos absolutos de imensidade, imutabilidade, ou infinitude, podemos infe-rir que o ser essencial de Deus é primariamente santo e, em Jesus, vemos a expressão exata da personalidade em sua atividade criativa e amor redentor.'
  2. 0 braço da providência de Deus (1.3c). O Filho não é apenas o Agente da criação, mas Ele é o Agente da providência, sustentando todas as coisas pela palavra do seu

poder. O poder de nosso Senhor não está na sua habilidade mobilizadora, mas somente na sua palavra falada. "Quero; sê limpo. E logo ficou purificado da lepra" (Mt 8:3). "En‑
tão, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança" (Mt 8:26). Em muitas dessas ocasiões, na verdade, ao longo de todo seu ministério, este domínio tranqüilo sobre a natureza foi exibido. Seus milagres não eram o exercício de um dom
especial que Deus podia ter dado temporariamente a um homem; eles eram o exercício de suas próprias prerrogativas. Como tal, eles não eram nada mais do que reflexos tími-dos desse controle e supervisão mais amplos que mantêm o equilíbrio e a precisão no universo. E Aquele que é o Senhor das estrelas e planetas é Senhor das circunstâncias em nossa vida.

Esse senhorio pertence essencialmente ao Filho eterno. Na natureza humana da sua teantrópica pessoa Ele era sujeito à lei natural, como homem: Ele foi amamentado na sua infância; Ele cresceu em estatura e faculdades mentais; teve fome e sede; sofreu dor, tanto no corpo como na alma. Nosso Senhor nunca usou o seu poder para escapar ou alivi‑
ar os fortes vínculos com sua humanidade (Mt 4:3). Como Filho nascido de uma virgem, Ele foi sujeito à vontade de seu Pai, e "aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu" (5.8). Mas seu senhorio essencial nunca se alterou. Quando ensinou e agiu, falou e agiu como homem, em respeito constante ao Pai. Porém, ao mesmo tempo, Ele falou e agiu
quer perdoando pecados ou curando corpos ou ressuscitando mortos ou acalmando as tempestades — com a segurança e a realeza do Senhor. A dialética do humano e do divino encontra sua síntese em suas próprias palavras: "Eu e o Pai somos um" (Jo 10:30). Esta é a identidade tríplice que o escritor aos Hebreus procura estabelecer de ma-neira tão meticulosa no início do seu discurso: Agente na criação, o Logos da revelação, e o Senhor da providência.

3. O Senhor Vitorioso (1.3e-2,4)

  1. O trono retomado (1.3e). Este Senhor divino é Aquele que assentou-se à destra da Majestade, nas alturas. Aqui temos o sujeito principal e o predicado do versículo 3. Tudo o mais modifica, identificando sua pessoa e especificando sua obra terrena. A figura é de uma exaltação triunfante. Sua missão está cumprida, e Ele toma o seu lugar como "Vice-gerente" do Pai (simbolizado pela destra). Esse é o seu lugar legítimo, onde exer-cita seu pleno poder como advogado (Mt 29:18).8
  2. Sua superioridade em relação aos anjos (1:4-14). A afirmação final no prólogo é que Jesus era mais excelente do que os anjos (v. 4). Esta é uma conclusão tirada do fato de que ele retomou o seu lugar à direita do Pai. Então o autor prossegue em compro-var sua conclusão, a partir do AT. Se o Messias prometido pode ser demonstrado a partir das especificações do AT de ser mais do que um anjo, a afirmação da sua identidade como o Filho eterno será fortalecida. Qualquer objeção dos hebreus no campo escriturístico será removida, e a própria exposição do escritor acerca da pessoa do nosso Senhor será grandemente fortalecida. No versículo 4, portanto, encontramos uma demonstração de sua superioridade, e nos versículos 5:14 encontramos a alegação de que a superioridade do Senhor foi predita no AT.'
  3. Superioridade demonstrada pelos acontecimentos (1.4). A NVI traduz este versículo da seguinte maneira: "tornando-se tão superior aos anjos quanto o nome que herdou é superior ao deles". A medida da sua superioridade, em outras palavras, é a medida da diferença qualitativa entre Filho e criatura. Os verbos aqui sugerem reali-zação, reconhecidamente como uma adoção subseqüente à sua obediência e como uma recompensa a ela. O Deus-homem, como tal, observado do ponto de vista da sua humi-lhação e ministério terreno, ganhou o direito de ocupar o honrado "lugar e posição" (NT Amplificado). Ele tornou-se superior aos anjos por causa da sua vitória pública. E em-bora tenha obtido o direito de retomar o seu lugar, o mais excelente nome foi herda-do (v. 2, "herdeiro de tudo"), uma possível referência ao nascimento virginal e à filiação pré-encarnada de Cristo.
  4. Superioridade provada pelas Escrituras (1:5-14). Nesta passagem há seis cita-ções distintas. O autor desafia seus leitores a citarem o nome do anjo a quem Deus disse:

Tu és meu Filho, hoje te gerei (5; SI 2.7).1° A segunda citação (2 Sm 7,14) é uma aplicação a Cristo de uma promessa feita inicialmente a Davi em relação a Salomão. A terceira, da LXX, não pode ser claramente localizada no AT, embora haja uma idéia similar em Salmos 97:7; mas o argumento aqui é claro, que os anjos de Deus não seriam levados a adorar um igual. A própria citação é introduzida por uma clara referência à encarnação: quando outra vez introduz no mundo o Primogênito (6), ou "quando ele introduz o Filho primogênito novamente no mundo habitável" (NT Amplificado)."

Anjos são "espíritos", ventos, e os ministros angélicos são como labareda de fogo (7) ; mas em forte contraste, o Filho reina em um trono [...] pelos séculos dos séculos (8).12 A eqüidade é o cetro — o princípio de governo e a base de autoridade. Isto emerge da santidade imaculada do Filho no trono, que amou a justiça e aborreceu a iniqüidade (9). O verdadeiro caráter é revelado, não por confissões pomposas, mas por preferências secretas. O que alguém ama e odeia é um verdadeiro indicador da sua alma. O Rei justo planeja implantar este tipo de afeição santa e aborrecimento santo em seus subordina-dos. Este é o aspecto afetivo da santidade cristã. Por causa da integridade do nosso Senhor, o Pai o exaltou com óleo de alegria, mais do que a seus companheiros (possivelmente significando irmãos terrenos; cf. 12.2).

A aplicação do Salmo 102 a Jesus nos versículos 10:12 é uma interpretação ainda mais radical ou ousada do AT. Este salmo é dirigido a Javé (Yahweh), Aquele cujo nome o judeu devoto não podia pronunciar; no entanto, o autor aos Hebreus afirma que este texto se refere ao nosso Senhor. Ou o seu argumento aqui é totalmente sem sentido ou ele distingue pelo Espírito Santo uma aplicação do AT a Jesus que não pode ser percebi-da superficialmente (cf. Lucas 24:27). O próprio texto é uma reafirmação da divindade eterna e imutável de Cristo, em uma linguagem poética sublime.

Finalmente, ele repete o desafio — agora com uma declaração de Salmos 110:1 — que o versículo 5 expressa da seguinte forma: Porque a qual dos anjos disse jamais [...1? Esta declaração também foi usada por Jesus como prova de que o Cristo era muito mais do que o filho de Davi (Mt 22:41-46). Mas, enquanto a ênfase de Jesus estava no senhorio do Messias, a ênfase de Hebreus é que somente ao Filho, não a um anjo, foi dito o seguinte: Assenta-te à minha destra, até que ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés (13). A proclamação do versículo 3 de que Jesus "assentou-se à destra da Majestade" é vista como sendo o cumprimento da profecia. Em contraste com o lugar do Filho no trono, os anjos estão ocupados constantemente com a ministração, em uma função subordinada, aos que hão de herdar a salvação (14), i.e., os crentes. Deveria ser uma grande consolação saber que os filhos de Deus têm o Filho e o Espírito como advogados, além da ajuda pessoal dos anjos.

Ao olhar para trás, podemos ver como o escritor, ao buscar apoio para a sua posição concernente ao Filho no AT, inclui elementos relacionados à humilhação do nosso Senhor como homem e elementos relacionados à sua glória pré-encarnada e pós-ressurreição. Trata-se da mesma Pessoa. Quando seu argumento está completo, o autor muda para a primeira de várias aplicações exortativas.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Introdução ao Capítulo 1 do Livro de Hebreus
Introdução ao Livro Caráter e objetivo da epístola No prólogo da chamada Epístola aos Hebreus (= Hb) lemos: “Havendo Deus, outrora, falado... pelos profetas, nestes últimos dias, nos falou pelo Filho” (He 1:1-2). Em Cristo, Deus culmina a sua revelação, a qual já antes havia iniciado ao falar “de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas” (He 1:1); porque Cristo é a Palavra eterna, a mesma Palavra dita por Deus aos antepassados. A Epístola aos Hebreus põe em destaque o caráter único de Jesus, o Filho de Deus, e a sua categoria superior a qualquer outra (He 1:2-4), seja dos anjos (He 1:4-18), de Moisés (He 3:1-13) ou do sacerdócio levítico (He 4:14-28). Somente Jesus é o “grande sumo sacerdote que penetrou os céus” (He 4:14) e que, por meio do seu sangue, nos abriu um novo e vivo caminho “para entrar no Santo dos Santos” (He 10:19-20). Perante a lei de Moisés e o culto da antiga aliança, com o seu complicado cerimonial e os seus sacrifícios, Cristo entrega o seu próprio corpo como oferta feita “uma vez para sempre” (He 9:26-28; He 10:10,He 10:14). Desse modo, se constitui em “fiador” (He 7:22), isto é, em penhor e garantia de uma aliança nova e definitiva. Um grande espaço de Hebreus está dedicado à descrição do sistema de culto e à instituição sacerdotal de Israel, para assinalar as suas limitações e a sua caducidade (He 7:18-19,He 7:23,He 7:27-28; He 8:13; He 9:9-12; He 10:1) e para contrapô-los com a pessoa de Jesus Cristo, cuja morte profética se deu para resgatar do pecado; somente nela é que o sacerdócio levítico, as ofertas e os sacrifícios rituais prescritos pela lei mosaica alcançam a plenitude do seu sentido. Jesus Cristo é o Sumo sacerdote perfeito, a quem Deus constituiu, “não conforme a lei de mandamento carnal, mas segundo o poder de vida indissolúvel... sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque” (He 7:16-17). Cristo é o único que, “com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados” (He 10:14). Na medida em que desenvolve o seu pensamento, o autor de Hebreus vai anotando recomendações e advertências concretas, de aplicação atual para a vida dos crentes, de tal modo que em nenhum momento se perde a índole exortatória do texto. Ver a esse respeito as seguintes passagens: em umas se previne contra a infidelidade, a apostasia, a desobediência e a recaída no pecado (He 2:1-4; He 3:7-19; He 4:11-13; He 5:11-20; He 10:26-39); em outras se anima a manter firme a fé e não desanimar (He 10:19-25; He 12:1-13) e, em outras, se aconselha sobre a conduta cristã, a pureza da doutrina e a necessidade da intercessão fraternal (He 13 1:19,He 13:22). As exortações que lemos nesta epístola sugerem que as comunidades cristãs para as quais foram originalmente redigidas estavam passando por situações conflituosas, em parte nascidas no seu próprio seio e em parte provocadas pela pressão moral do ambiente social. E não é, provavelmente, por ter havido casos concretos de perseguição, mas sim que se estava sentindo nas igrejas uma certa hostilidade do meio social (He 12:1-2,He 12:4). De qualquer maneira, devido a uma ou a outra causa, o certo é que alguns crentes estavam caindo no desânimo e abandonando a sua fé (He 2:1-4; He 5:11-12; He 10:23-27,He 10:32-39; He 12:1-29). Autor e gênero literário Este escrito do Novo Testamento tem sido tradicionalmente chamado de Epístola aos Hebreus. No entanto, a sua redação não corresponde ao gênero epistolar: falta uma apresentação do autor, não indica destinatário e somente na conclusão menciona Timóteo antes de incluir umas rápidas saudações (He 13 23:25). Sobre a menção “aos Hebreus”, que figura exclusivamente no título e não é parte do texto, o seu caráter é tão geral, que não permite a menor identificação dos assim designados. O autor demonstra ser um profundo conhecedor do Antigo Testamento, cujo texto cita sempre da tradução grega conhecida como LXX ou Versão dos Setenta (LXX). O seu domínio desse idioma lhe permitiu redigir, talvez por volta do ano 70, nossa Epístola aos Hebreus, que é, sem dúvida, o documento estilisticamente mais depurado de todo o Novo Testamento. Esboço: Prólogo: Deus tem falado pelo seu Filho (He 1:1-4) 1. A superioridade do Filho (He 1:5-13) a. O Filho, superior aos anjos (He 1:5-18) b. O Filho, superior a Moisés (He 3:1-13) 2. Jesus, o grande Sumo sacerdote (He 4:14-18) a. O Filho, superior ao sacerdócio de Arão (He 4:14-28) b. Jesus, mediador de uma nova aliança (He 8:1-18) 3. Fé e fortalecimento no sofrimento (He 10:19-29) a. Exortação à fidelidade (He 10:19-40) b. “Olhando para Jesus” (He 12:1-29) 4. A vida cristã (He 13 1:19) Epílogo (He 13 20:25)

Champlin - Comentários de Hebreus Capítulo 1 versículo 1
Aos pais:
As gerações anteriores do povo hebreu, nos tempos do AT.He 1:1 Profetas:
De um modo geral, os autores do AT.

Champlin - Comentários de Hebreus Capítulo 1 versículo 3
Resplendor:
Conforme Jo 1:4-9,Jo 1:14.He 1:2-3,Jo 1:14-18, o Filho de Deus, por meio de quem Deus fez o universo (v. He 1:2) e quem sustém todas as coisas, é quem agora nos tem falado para nos dar a revelação de Deus. Ver Jo 1:1,Jo 1:3 Purificação dos pecados:
Referência à obra sacerdotal de Cristo, tema que será tratado mais profundamente em Hb 9:11-10.18.He 1:3 À direita da Majestade, nas alturas:
Maneira estabelecida de se referir ao Cristo exaltado e glorificado (Mc 14:62; Lc 22:69; At 2:33), baseada em Sl 110:1. Ver He 1:13, e conforme também He 8:1; He 10:12; He 12:2.

Champlin - Comentários de Hebreus Capítulo 1 versículo 4
O nome do Filho de Deus:
Conforme He 1:2,He 1:5.

Champlin - Comentários de Hebreus Capítulo 1 versículo 5
O autor cita uma série de sete passagens do AT, consideradas como profecias messiânicas, para demonstrar que Jesus Cristo é superior aos anjos e a toda a criação.He 1:5 Sl 2:7; esta citação, que se referia originalmente à coroação de um rei israelita sucessor de Davi, se aplica no NT ao Messias (conforme At 13:33). No Salmo se usa uma fórmula de adoção em que o rei, ao ser coroado, era reconhecido como filho de Deus.He 1:5 2Sm 7:14; 1Cr 17:13.

Champlin - Comentários de Hebreus Capítulo 1 versículo 6
O autor combina aqui Dt 32:43 e Sl 97:7, segundo a versão grega (LXX).

Champlin - Comentários de Hebreus Capítulo 1 versículo 7
Sl 104:4 (Gr.); ver He 1:14,

Champlin - Comentários de Hebreus Capítulo 1 versículo 9
Deus, o teu Deus:
Outra tradução possível:
por isso, Deus, o teu Deus, te escolheu.He 1:9 Com o óleo de alegria:
Expressão que aparece no texto hebraico de Is 61:3 (conforme Sl 23:5).He 1:8-9 Sl 45:7.

Champlin - Comentários de Hebreus Capítulo 1 versículo 12
Sl 102:25-27 (Gr.). O título Senhor, que no Salmo se refere a Deus, aqui se aplica ao Filho de Deus na sua função criadora (v. He 1:2).

Champlin - Comentários de Hebreus Capítulo 1 versículo 13
Sl 110:1. Este Salmo, que é citado também em He 5:6,He 5:10; He 7:17,He 7:21, era considerado pelos judeus como alusivo ao Messias, e assim foi usado por Jesus (Mt 22:44 e paralelos) e pelos apóstolos (At 2:33-35; 1Co 15:25; Ef 1:20). Ver He 1:3,

Champlin - Comentários de Hebreus Capítulo 1 versículo 14
Espíritos ministradores:
Isto é, espíritos a serviço de Deus; conforme Sl 34:7; Sl 91:11; Mt 4:11; Lc 1:19.He 1:14 Salvação:
O autor volta a este tema em He 2:3-4,He 2:10,He 2:14-18; He 5:9 e trata da obra salvadora de Jesus especialmente nos caps. 7-10.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Introdução ao Livro de Hebreus
A Epístola aos HEBREUS

Autor O autor de Hebreus era perito nos estilos literários grego e helenista, imerso no Antigo Testamento (na tradução grega, a Septuaginta), sensível à história da redenção culminando em Jesus, e pastoralmente interessado pelos leitores originais, que o conheciam pessoalmente (13 22:23) e cujos antecedentes ele conhecia (10.32-34). Como seus leitores, ele veio à fé não através de um contato direto com Jesus, mas através da pregação dos apóstolos (2.3,4). Alem disso, ele tinha familiaridade com Timóteo (13.23).

Mas a epístola não trás seu nome, deixando um mistério tentador. Nas igrejas do leste, no tempo de Clemente de Alexandria (c. 150-215 d.C.) e de Orígenes (185-253 d.C.) a epístola foi atribuída a Paulo, embora ambos os teólogos reconhecessem as diferenças estilísticas entre Hebreus e as cartas paulinas. No ocidente, Tertuliano (c. 155-220 d.C.) propôs Barnabé, um levita da dispersão judaica, que era notório por seu encorajamento a outros (At 4:36). Outras sugestões desse mesmo período histórico eram Lucas e Clemente de Roma (c. 95 d.C.). Do quinto ao décimo sexto séculos a autoria de Paulo era aceita no oriente e no ocidente. Durante a Reforma, Lutero propôs Apolo, um judeu cristão de Alexandria que era perito em discursos e poderoso nas Escrituras (At 18:24). Sugestões no período moderno têm incluído Priscila (exceto conforme 11.32, onde o autor refere-se a si mesmo com um particípio do gênero masculino), Epafras (Cl 1:7), e Silas (At 15:22-32,40; 1Pe 5:12). Conquanto seja difícil eliminar muitos destes candidatos, é igualmente difícil encontrar um argumento convincente em favor de qualquer um deles. Do ponto de vista da tradição primitiva, Paulo tem o apelo mais forte, mas, como Calvino observou, Hebreus difere de Paulo em estilo, método de ensino e na inclusão de si mesmo, pelo autor, entre os discípulos dos apóstolos (2,3) — uma declaração estranha em relação à reivindicação característica de Paulo de haver recebido sua nomeação e revelação do evangelho diretamente de Cristo (Gl 1:1,11,12).

Se o autor não for Paulo (ou alguém como Lucas, cujos outros escritos nós temos), conhecer o nome do autor acrescentaria pouco ao nosso entendimento a respeito da epístola, em qualquer caso. A teologia da epístola assemelha-se à teologia de Paulo. Por outro lado, a sublime doutrina de João, a respeito de Cristo como a divina “Palavra”, é detectável. Mas estas características combinadas, juntamente com o retrato do sofrimento de Jesus, como é descrito nos primeiros três evangelhos (sinóticos), são de se esperar, em vista da autoria unificada de todas as Escrituras pelo Espírito Santo. Conquanto o autor humano deste livro permaneça desconhecido, o importante é que este texto, como o Antigo Testamento antes dele, é o que “o Espírito Santo diz” (3.7).

Data e Ocasião Hebreus oferece uma boa quantidade de informações a respeito dos destinatários originais e sua situação, ao mesmo tempo em que deixa questões de data e destinatário sem respostas certas. Os leitores originais falavam grego e usavam a tradução grega do Antigo Testamento. Eles podiam seguir argumentos extraídos do Antigo Testamento e estavam interessados no santuário, no sistema sacrificial e no sacerdócio do Antigo Testamento. Eles não tinham ouvido o evangelho diretamente de Jesus, mas dos apóstolos (2.3), tinham enfrentado perseguição anterior (10.32-34) e estavam enfrentando perseguição presente, incluindo sua expulsão de instituições judaicas (13 12:13). Eles estavam em perigo de apostasia, talvez temendo a morte (2.14-18), embora sua fé ainda não os tivesse levado ao martírio (12.4). Além disso, eles podem ter estado atravessando uma transição na liderança da igreja (13 7:17) e estavam, portanto, preocupados com segurança e permanência (6.19; 11.10; 13 8:14). Finalmente, eles recebem saudações, através do autor, “daqueles da Itália” (13.24).

Reunindo estas características, concluímos que os destinatários eram cristãos judeus da Dispersão (a dispersão dos judeus fora da Palestina), provavelmente na 1tália. Isto faria com que 13.24 fosse uma saudação enviada “para casa” pelos deportados. A mais antiga evidência de conhecimento desta epístola é de Roma, em 1 Clemente, uma obra datada de cerca de 96 d.C. Aparentemente o templo ainda estava em pé e seus rituais sacrificiais estavam sendo realizados (10.2, 3, 11). Talvez a situação seja aquela da perseguição sob Nero (c. 64 d.C.). Nesse caso, o sofrimento mencionado em 10:32-34 poderia ter sido causado pelo edito de Cláudio, que expulsou os judeus de Roma em 49 d.C. (At 18:2).
Sujeitos ao sofrimento e vergonha por sua confissão de Jesus, despojados das instituições familiares e visíveis da religião judaica organizada, e confusos pelo caráter invisível da glória de Jesus (velada em sofrimento enquanto ele estava na terra e agora escondida no céu), os leitores são tentados a desviarem-se da fé (10.38, 39), a cairem em incredulidade e assim desistirem de sua peregrinação em direção ao descanso de Deus e à cidade de Deus (4.1, 2, 11; 11.10; 14-16; 13.14)

Características e Temas O alto estilo literário de Hebreus e o enfoque especial no sumo sacerdócio de Cristo colocam-no à parte de outros livros do Novo Testamento. Sua particular contribuição à revelação de Jesus Cristo que há no Novo Testamento é a exposição do cumprimento por Jesus Cristo do santuário, sacrifícios e sacerdócio estabelecidos na lei de Moisés.

O autor refere-se a seu trabalho como uma “palavra de exortação” (13.22). Uma vez que a mesma expressão grega em Atos 13:15 refere-se a um discurso da sinagoga, o termo pode identificar esta “epístola” como um sermão expositivo em forma escrita. Hebreus é adequadamente descrita como uma “palavra de exortação”, pois exortação ou encorajamento é o propósito central do livro (3.13 6:18-10.25; 12.5). O autor repetidamente chama seus leitores a uma ativa e corajosa resposta (4.11, 14, 16; 6.1; 10:19-25).

A exortação a perseverar na peregrinação da fé é baseada na prova do autor de que o próprio Antigo Testamento testificava a respeito da imperfeição da aliança no Sinai e de seu sistema sacrificial, desse modo, aponta para um novo sumo sacerdote — Jesus Cristo. Jesus é melhor que os mediadores, santuário e sacrifícios da velha ordem. Ele é digno de “maior glória” que Moisés (3.3). Os argumentos do menor ao maior em 2.2, 3; 9.13 14:10-28, 29; e 12.25 (“se não... muito menos”) marcam uma maior graça e glória e uma maior responsabilidade, que agora chegaram na nova aliança mediada por Jesus. Diferente dos aspectos terrenos e externos do santuário do Antigo Testamento, Jesus nos santifica pela verdadeira adoração a Deus, para que nos aproximemos do próprio céu com consciência limpa. Ele é a garantia deste melhor vínculo de aliança, porque ele nos liga inseparavelmente com o Deus da graça.

Esboço de Hebreus

I. Jesus é superior aos anjos (cap. 1; 2)

A. Prólogo: A última e melhor Palavra de Deus nos foi falada pelo Filho (1.1-4)
B. As Escrituras testificam da maior honra do Filho (1.5-14)
C. Exortação a não negligenciar a salvação revelada através do Filho (2.1-4)
D. O Filho tornou-se semelhante a seus irmãos como nosso Sumo Sacerdote
(2.5-18)
II. Cristo é superior a Moisés (3.1 - 4.13)
A. O Filho tem maior honra que o servo (3.1-6)
B. Exortação a não imitar aqueles que descreram no deserto (3.7—4.13)
III. Cristo é superior a Aarão (4.14—7.28)
A. Cristo o eterno sumo sacerdote (4.14—5.11)
B. Exortação à perseverança e maturidade espiritual (5.12—6.12)
C. Um sacerdote para sempre por juramento divino (6.13-20)
D. Um sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque (cap. 7)
IV. O superior ministério sacerdotal de Cristo (8.1—10.18)
A. Uma superior aliança (cap. 8)
B. Um superior tabernáculo (9.1-10)
C. Um superior sacrifício que purifica a consciência (9. 11-28)
D. O sacrifício de Cristo, de uma vez por todas (10.1-18)
V. Chamado a perseverar na fé (10.19—12.29)
A. Uma aliança superior implica em maior responsabilidade(10.19-39)
B. Exemplos da vida de fé (cap. 11)
C. Verdadeiros filhos de Deus (12.1-17)
D. A Jerusalém celestial (12.18-29)
VI. Conclusão (cap.13)
A. Exortações finais (13 1:19)
B. Bênçãos e Saudações (13 20:25)



Como a fé opera (11.1)

Tem certeza das promessas de Deus (11.1)

Está confiante no poder de Deus (11.1)

Percebe o desígnio de Deus (11.3)



Age segundo as promessas de Deus (11.8-22)

Considera Cristo sobre tudo (11.26)

Vence tremendas desvantagens (11.29-38)


Genebra - Comentários de Hebreus Capítulo 1 do versículo 1 até o 14
*

1.1-4 O prólogo introduz as duas épocas na história, quando Deus falava com seu povo em termos de "outrora" (v.
1) e nestes "últimos dias" (v. 2). A vinda de Cristo estabeleceu a nossa época como os prometidos "últimos dias" da salvação que os profetas previram (Jr 23:20; Os 3:5; Mq 4:1; conforme 1Co 10:11).

* 1.1 Deus... Falado. Um tema importante em Hebreus (2.2,3; 4.12; 6.5; 11.3; 12.25).

muitas vezes. O caráter fragmentário da revelação profética evidenciou ser ela incompleta, tal como a repetição dos sacrifícios de animais demonstraram a sua incapacidade para remover a culpa (10.1).

muitas maneiras. Que incluíram visões, sonhos, e por enigmas (Nm 12:6-8; com uma alusão em 3.5).

* 1.2 pelo Filho. Esta revelação é qualitativamente superior àquela dada através dos profetas. Moisés, o maior profeta, foi apenas um servo na casa de Deus; Cristo é "Filho em sua casa" (3.6). Tal como os profetas fizeram, o Filho fala, mas a sua revelação é definitiva.

herdeiro de todas as coisas. A supremacia do Filho será manifestada na consumação da história, porque "Tudo foi criado... para ele" (Cl 1:16). Ele é o Primogênito (v. 6), o herdeiro preeminente, cujos inimigos serão postos por estrado dos seus pés (v. 13, citando Sl 110:1). Como filhos de Deus, adotados por intermédio de Jesus, nós também somos herdeiros (v. 14; 6.12,17; Gl 4:6,7; Rm 8:14-17).

pelo qual também fez o universo. A supremacia do Filho foi manifestada nos primórdios da história, porque "nele foram criados todas as coisas" (Cl 1:16; conforme Jo 1:3). A palavra grega, traduzida como "universo" é lit., "eras" (também em 11.3), realçando os tempos sucessivos da história na cronologia da criação. Os vs.10,11 citam Sl 102:25-27 como testemunho ao lugar do Filho na criação e à sua permanência eterna, contrastado com o universo criado.

* 1.3 resplendor da glória. A palavra grega traduzida como "resplendor" descreve a sabedoria divina, personificada no livro intertestamentário dos judeus, Sabedoria de Salomão (Sabedoria 7:25-28). Porém, Hebreus não fala de um atributo personificado, mas da pessoa divina que entrou na história para purificar pecadores.

a expressão exata do seu Ser. Este versículo descreve tanto a unidade do Filho com o Pai, como também a distinção entre as pessoas divinas. Como aquele cujo ser corresponde exatamente ao do Pai, o Filho verdadeiramente revela o Pai. Cristo "é a imagem do Deus invisível" (Cl 1:15), pela qual vemos o Pai (Jo 14:9; 2Co 4:4-6).

sustentando todas as coisas pela palavra de seu poder. Dentro da história, é a autoridade do Filho que mantém a existência do mundo criado (Cl 1:17; 2Pe 3:4-7), preservando-o da destruição, até aquele dia quando a sua voz removerá tudo exceto o reino inabalável de Deus e os seus herdeiros (12.26-28).

a purificação dos pecados. A mudança no tempo do verbo focaliza o interesse sobre a morte expiatória do Filho na história, e o ato sacerdotal que nos purifica, a fim de prestarmos culto na presença de Deus (9.14).

assentou-se à direita... nas alturas. A entronização do Filho "à direita" de Deus nos céus, prometido em Salmo 110:1, revela de duas maneiras a sua superioridade. Primeiro, "à direita" da majestade, Cristo está ministrando no verdadeiro e celestial santuário, e não numa cópia terrestre (8.1,2,5). Segundo, ele assentou-se porque a sua obra sacrificial (diferente daquela dos sacerdotes levíticos) foi consumada uma vez por todas (10.11,12).

*

1.4 superior aos anjos. Esta é demonstrada por uma série de citações do Antigo Testamento que se seguem (vs.5-14).

herdou mais excelente nome. O Filho eterno tomou sobre si uma natureza humana a fim de nos livrar do pecado e da morte (2.14,15). Tendo voluntariamente assumido por um certo tempo uma posição "menor que os anjos" (2.7), agora, como o ressuscitado e ascendido Messias, ele é "designado Filho de Deus com poder" (Rm 1:4) para salvar o seu povo (v. 5, nota). Assim, a exaltação de Cristo inaugura uma nova fase em sua filiação messiânica e redentiva que lhe outorga uma dignidade muito acima da dos anjos.

* 1:5-6 A série de citações começa com exemplos dos Salmos (v. 5, de Sl 2:7); dos profetas (v. 25, de 2Sm 7:14; na Bíblia hebraica os livros de Samuel são contados com os profetas); e da Lei (v. 6, de Dt 32:43). O versículo 6 vem provavelmente da tradução grega (Septuaginta) de Dt 32:43, embora seja também semelhante da Sl 97:7.

* 1.5 Tu és meu Filho. O decreto do Pai, declarando o Messias como seu Filho é identificado com a exaltação de Cristo (v. 4, nota; 5.5; At 13:32-35; Rm 1:4). Embora Jesus seja o eterno e divino Filho de Deus (Mc 1:11; Jo 3:16), a declaração da sua filiação redentiva, profetizado em Sl 2:7, lhe foi conferida no tempo, quando ele completou a sua obra messiânica. Os crentes não se tornam divinos e nem participam na eterna e divina filiação de Cristo, mas, a sua adoção como filhos de Deus significa que eles participam da filiação redentiva de Cristo através de sua união com o "Autor da salvação deles" (2.10; conforme 3.14, nota; Rm 8:29).

* 1.6 ao introduzir... no mundo. Quando o Filho condescende em assumir a nossa natureza humana, os anjos o adoram (Lc 2:13,14).

Primogênito. Como em Sl 89:27, o termo indica "a posição mais elevada", acima dos reis da terra, e não "gerado antes de outros". Em Êx 4:22, o termo significa "escolhido" ou "mais desejado" (Cl 1:15, nota).

*

1:7

As nuvens de Sl 104 adornam a morada celestial do Senhor. ("Ventos" o termo grego pode ser traduzido "espíritos") e "labareda de fogo" associam os anjos com a mutabilidade do mundo criado, em contraste com a permanência eterna do Filho (vs.10-12).

ministros. Em contraste com a entronização monárquica do Filho (vs. 8,9), os anjos são meros "ministros" ou "servos".

* 1:8-9

De Sl 45:6,7. Aquele que se dirige ao Filho com as palavras "ó Deus", ele mesmo é "Deus, o teu Deus". O Filho é Deus, contudo, distinto do Pai (Jo 1:1).

* 1.9 Amaste a justiça. Sobre a obediência e justiça do Filho, ver 4.15; 5.8; 7.26.

* 1:10 Sobre o Filho como Criador, ver v. 2 e nota.

*

1.11 tu... permaneces. A eterna imutabilidade do Filho como Deus é essencial a seu sumosacerdócio (7.3,23,24). Por meio dele, a herança dos crentes permanece para sempre (10.34; 12.27,28; 13.14).

*

1:13-14 A posição do Filho como autoridade celestial (8,1) é contrastada com a missão dos anjos como ministros "a favor dos que hão de herdar a salvação" (isto é, aos que participam como co-herdeiros dos direitos de Cristo que é o herdeiro, vs. 2,5; 2.10; 6.12; conforme Rm 8:17,29). Os anjos servem a Cristo, mas também a seu povo, que herda a salvação através de uma união com ele. Nisto, o seu povo é favorecido acima dos anjos (conforme 2.16; 1Co 6:3).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Introdução ao Livro de Hebreus
2 Tmmoteo

DADOS ESSENCIAIS

PROPÓSITO: Dar instruções finais e fôlego ao Timoteo, pastor da igreja em éfeso

AUTOR: Paulo

DESTINATÁRIO: Timoteo e os cristãos de todas partes

DATA: Ao redor do 66 ou 67 D.C. de uma prisão em Roma. depois de um ou dois anos de liberdade, Paulo foi detido novamente e executado no tempo do imperador Nerón.

MARCO HISTÓRICO: Paulo está virtualmente solo na prisão, só Lucas está com ele. Escreve esta carta para passar a tocha à nova geração de líderes de igreja. Também solicita a visita de seus amigos, pede seus livros e também os pergaminhos, possivelmente parte do Antigo Testamento, os Evangelhos e outros manuscritos bíblicos.

VERSÍCULO CHAVE: < Procura com diligência te apresentar a Deus aprovado, como operário que não tem do que envergonhar-se, que usa bem a palavra de verdade > (2.15).

PESSOAS CHAVE: Paulo, Timoteo, Lucas, Marcos e outros

LUGARES CHAVE: Roma, éfeso

CARACTERÍSTICAS PARTICULARES:

devido a que esta é a última carta do Paulo, revela seu coração e suas prioridades: sã doutrina, fé imutável, confiança paciente e amor perdurável.

< FAMOSAS últimas palavras > é mais que um clichê. Quando homens e mulheres notáveis estão a ponto de morrer, o mundo espera ouvir suas palavras finais de perspicácia e sabedoria. Logo são citadas e repetidas por todo mundo. Isto também é aplicável quando agoniza um ser querido. Reunida a seu lado, a família se esforça por ouvir cada sílaba balbuciada de bênção, ânimo e conselho, sabendo que esta será a mensagem final.

Um dos homens mais conhecidos, influentes e amado da história foi o apóstolo Paulo. E temos suas famosas últimas palavras.

Paulo está enfrentando a morte. Não está morrendo de enfermidade em uma cama de hospital rodeado de seus seres queridos. Está muito vivo, mas seu estado é terminal. Sentenciado como seguidor do Jesus do Nazaret, permanece em uma fria prisão romana, separado do mundo, com só um ou dois visitantes e seus materiais para escrever. Sabe que logo será executado (4.6), portanto escreve seus pensamentos finais a seu < filho > Timoteo, lhe entregando a tocha da liderança, lhe recordando aquilo que realmente é importante, e animando-o na fé. Pense como terá lido e releído Timoteo cada palavra. Esta é a última mensagem de seu querido mentor: Paulo. devido à situação e ao receptor, esta é uma das mais íntimas e comovedoras cartas do Paulo, e a última.

A introdução do Paulo é tenra, e seu amor pelo Timoteo emerge de cada frase (1.1-5). Logo lhe recorda os requisitos que deve possuir um fiel ministro do Jesucristo (1.6-2.13). Timoteo devia recordar seu chamado e usar seus dons com intrepidez (1.6-12), aferrar-se à verdade (1.13-18), preparar a outros para lhe seguir no ministério (2.1, 2), ser disciplinado e estar preparado para sofrer dificuldades (2.3-7), manter olhos e mente enfocados em Cristo (2.8-13), aferrar-se à sã doutrina, rechaçar o engano e as discussões néscias, conhecer a Palavra (2.14-19), e manter sua vida limpa (2.20-26).

Continuando, Paulo adverte ao Timoteo da oposição que ele e outros crentes enfrentariam nos últimos dias de parte de pessoas egocêntricas que usam a igreja para seu próprio benefício e que ensinam novas e falsas doutrinas (3.1-9). Diz-lhe que deve estar preparado ante esta gente infiel, tendo em conta seu exemplo (3.10, 11), compreendendo a verdadeira fonte da oposição (3.12,
13) e achando força e poder na Palavra de Deus (3.14-17). Logo lhe dá um emocionante encargo: pregar a Palavra (4.1-4) e cumprir seu ministério até o fim (4.5-8).

Paulo termina com petições pessoais e assuntos de informação. Nestas palavras finais, revela sua solidão e seu amor fervente por seus irmãos e irmãs em Cristo (4.9-22).

Nunca existiu outra pessoa como Paulo, o apóstolo missionário. Foi um homem de profunda fé, amor constante, esperança permanente, convicção tenaz e profunda visão. E foi inspirado pelo Espírito Santo para nos dar a mensagem de Deus. À medida que leoa 2 Tmmoteo, tenha presente que está lendo as últimas palavras deste grande homem de Deus, últimas palavras ao Timoteo e a todos os que declarariam seguir a Cristo.

Volte a comprometer-se a permanecer com valor ante a verdade, conhecendo a Palavra de Deus e sendo fortalecido pelo poder do Espírito Santo.

Bosquejo

1. Fundamentos do serviço cristão (1.1-2,26)

Paulo dá importantes conselhos ao Timoteo para que permaneça firme no serviço cristão e suporte o sofrimento durante os tempos de dificuldade que se moravam. Para nós é fácil servir a Cristo por razões equivocadas: porque é emocionante, lhe retribuam ou provê riqueza pessoal. Sem um fundamento apropriado, entretanto, acharemos que é fácil abandonar durante os tempos de dificuldade. Todos os crentes necessitam um fundamento sólido para seu serviço, porque o serviço cristão não se faz mais fácil à medida que envelhecemos, e não será mais fácil quando se aproximar até mais o tempo do retorno de Cristo.

2. Tempos difíceis para o serviço cristão (3.1-4,22)

Megatemas

TEMA

EXPLICAÇÃO

IMPORTÂNCIA

Denodo

Frente à oposição e à perseguição, Timoteo teve que cumprir com seu ministério sem temor e vergonha. Paulo o precatória a utilizar com denodo os dons da predicación e o ensino que o Espírito Santo lhe deu.

O Espírito Santo nos ajuda a ser sábios e fortes. Deus honra nosso testemunho crédulo mesmo que soframos. Para superar os temores do que a gente pudesse dizer ou fazer, devemos deixar de olhar às pessoas e olhar só a Cristo.

Fidelidade

Cristo foi fiel a todos nós ao morrer por nossos pecados. Paulo foi um ministro fiel ainda quando estava preso. Respira ao Timoteo a não só manter a sã doutrina mas também também a ser leal, diligente e paciente.

Enquanto servimos a Cristo podemos contar com que haverá oposição, sofrimento e penalidades. Mas isto demonstra que nossa fidelidade estará tendo seu efeito em outros. Ao confiar em Cristo, ele considera que somos dignos de sofrer e nos dará a fortaleza que necessitamos para permanecer firmes.

Predicación e ensino

Paulo e Timoteo foram ativos em pregar e ensinar as boas novas do Jesucristo. Paulo estimula ao Timoteo a não só levar a tocha da verdade mas também também a treinar a outros, lhes transpassando a sã doutrina e o entusiasmo pela missão de Cristo.

Devemos preparar gente para que transmita a Palavra de Deus a outros e a sua vez eles também a possam passar a outros. Treina cuidadosamente sua igreja a outros para que ensinem?

Engano

Nos dias finais, antes de que Cristo volte, haverão falsos professores, esfriamento espiritual e heresia. O remédio para o engano é ter um programa sólido para a instrução dos cristãos.

Devido ao engano e à falso ensino, devemos ser disciplinados e estar preparados para rechaçar o engano. Conheça a Palavra de Deus como sua defesa segura em contra do engano e a confusão.


Matthew Henry - Introdução ao Livro de Hebreus
Hebreus

DADOS ESSENCIAIS

PROPÓSITO: Apresentar a suficiência e a superioridade de Cristo

AUTOR: sugeriram-se Paulo, Lucas, Bernabé, Apolos, Silas, Felipe, Priscila e outros, devido a que o nome do autor não se dá no texto bíblico. que seja se refere ao Timoteo como < irmão > (13.23).

DESTINATÁRIO: Aos cristãos hebreus (talvez cristãos de segunda geração, veja-se 2,3) que puderam ter estado considerando voltar para judaísmo, possivelmente devido a sua imaturidade, por não ter compreendido as verdades bíblicas; e a todos os crentes em Cristo.

DATA: Provavelmente antes da destruição do templo de Jerusalém em 70 D.C., já que neste livro se mencionam os sacrifícios e cerimônias religiosas, mas não a destruição do templo

MARCO HISTÓRICO: É provável que estes cristãos judeus sofressem uma intensa perseguição, social e física, tanto de parte dos judeus como dos romanos. Cristo não tinha retornado para estabelecer seu reino, e a gente necessitava que lhe assegurasse que o cristianismo era verdadeiro e que Jesucristo era sem lugar a dúvidas o Messías.

VERSÍCULO CHAVE: < O qual, sendo o resplendor de sua glória, e a imagem mesma de sua substância, e quem sustenta todas as coisas pela palavra de seu poder, tendo efetuado a purificação de nossos pecados por meio de si mesmo, sentou-se à mão direita da Majestade nas alturas > (1.3).

PESSOAS CHAVE: Homens e mulheres de fé do Antigo Testamento (capítulo
11)

CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS: Embora a Hebreus lhe chama uma < carta >, tem a forma e o conteúdo de um sermão.

OS CONSUMIDORES prudentes procuram fazer que seu dinheiro renda, comprando os melhores produtos ao mais sob preço. Os pais sábios solo desejam o melhor para seus filhos, e alimentam seu corpo, sua mente e seu espírito. As pessoas íntegras tratam de fazer o melhor investimento de tempo, talento e dinheiro. Em cada aspecto, conformar-se com menos seria uma necedad e irresponsabilidade. Assim e tudo, há uma tendência natural a procurar o fácil e cômodo.

O judaísmo não era de qualidade inferior nem fácil. Divinamente desenhada, era a melhor religião, que expressava a verdadeira adoração e devoção a Deus. Os mandamentos, os cerimoniais e as profecias descreveram as promessas de Deus e revelaram o caminho para o perdão e a salvação. Mas Cristo veio, cumpriu a Lei e os profetas, venceu o pecado, superou todos os obstáculos entre o homem e Deus, e generosamente deu vida eterna.

Esta mensagem foi difícil de aceitar pelos judeus. Embora tinham esperado ao Messías durante séculos, estavam estancados nas formas tradicionais de pensar e adorar. Seguir a Cristo era como se repudiassem seu maravilhoso legado cultural e a profundidade de suas Escrituras. Com cautela e dúvidas escutaram o evangelho, mas muitos o rechaçaram e trataram de eliminar essa < heresia >. Os que sim aceitaram ao Jesucristo como seu Messías com freqüência se deslizaram outra vez em sua rotina acostumada, tratando de viver uma fé híbrida.

Hebreus é um documento professor escrito a quão judeus estavam valorando ao Jesucristo ou lutando com sua nova fé. A mensagem de Hebreus é que Jesus é melhor, o cristianismo é superior, Cristo é superior e é suficiente para a salvação.

Hebreus começa pondo de relevo que tanto o antigo (o judaísmo) como o novo (o cristianismo) são religiões reveladas Por Deus (1.1-3). Na seção doutrinal que segue (1.4-10.18), o escritor mostra em que forma Jesucristo é superior aos anjos (1.4-2.18), a suas líderes (3.1-4,13) e a seus sacerdotes (4.14-7.28). O cristianismo supera ao judaísmo porque tem um melhor pacto (8.1-13), um melhor santuário (9.1-10) e um sacrifício muito mais suficiente pelos pecados (9.11-10.18).

depois de estabelecer a superioridade do cristianismo, o escritor passa a explicar o que significa na prática seguir a Cristo. Se precatória aos leitores a manter-se em sua nova fé, a animar a outros e a esperar a volta de Cristo (10.19-25). Lhes adverte sobre as conseqüências de rechaçar o sacrifício de Cristo (10.26-31) e lhes recorda as recompensas para os fiéis (10.32-39). Ato seguido o autor explica como viver por fé, dá exemplos de homens e mulheres fiéis da história do Israel (11.1-40), e anima e precatória quanto à vida cristã diária (12.1-17). Esta seção termina com uma comparação entre o pacto antigo e o novo (12.18-29). O escritor conclui com exortações morais (13 1:17), uma petição de oração (13 18:19), uma bênção e saudações (13 20:25).

Sem que importância no que esteja pensando como centro de sua vida, Cristo é superior. ele é a revelação perfeita de Deus, o sacrifício supremo e perfeito pelo pecado, o mediador compassivo e pormenorizado, e o único caminho à vida eterna. Leoa Hebréias e comece a ver a história e a vida da perspectiva de Deus. Logo entregue-se por completo a Cristo. Não se de acordo com nada menos.

Bosquejo

A. A SUPERIORIDADE DE CRISTO (1.1-10,18)

1. Cristo é superior aos anjos

2. Cristo é superior ao Moisés

3. Cristo é superior ao sacerdócio do Antigo Testamento

4. O novo pacto é superior ao antigo

O autor mostra com toda claridade a superioridade de Cristo sobre todos e sobre todas as coisas. O cristianismo é superior a todas as religiões e nunca pode ser superado. Onde pode um encontrar algo melhor que em Cristo? Viver em Cristo é ter o melhor desta vida. Todas as demais religiões são enganos ou pobres imitações.

B. A SUPERIORIDADE DA FÉ (10.19-13,25)

Quão judeus tinham chegado a ser cristãos no primeiro século se viram tentados a voltar para judaísmo devido à incerteza, a segurança de seus costumes e a perseguição. Hoje também os crentes se sentem tentados a voltar para legalismo, ao cumprimento mínimo das exigências religiosas em lugar de seguir adiante na fé genuína. Cada dia devemos nos esforçar por viver por fé.

Megatemas

TEMA

EXPLICAÇÃO

IMPORTÂNCIA

Cristo é superior

O livro de Hebreus mostra a verdadeira identidade do Jesucristo como Deus. ele é a autoridade máxima. É maior que qualquer religião ou anjo. É superior a qualquer líder judeu (como Moisés, Abraão ou Josué) e superior a qualquer sacerdote. ele é a revelação perfeita de Deus.

Solo Jesucristo pode perdoar seus pecados. ele há provido nosso perdão e salvação mediante sua morte na cruz. Você pode achar a paz com Deus e o verdadeiro sentido da vida ao acreditar em Cristo. Não aceite nenhuma alternativa nem substituto.

Supremo Sacerdote

No Antigo Testamento, o supremo sacerdote representava aos judeus diante de Deus. Jesucristo nos une com Deus. Não há outra forma de chegar a Deus. Obrigado a que Cristo levou uma vida imaculada, ele é o substituto perfeito para morrer por nossos pecados. ele é nosso representante perfeito ante Deus.

Jesus garante nosso acesso a Deus o Pai. ele intercede por nós de modo que possamos nos aproximar confidencialmente ao Pai com nossas necessidades. Quando nos sentimos débeis, podemos nos aproximar confidencialmente a Deus em busca de perdão e ajuda.

Sacrifício

O sacrifício de Cristo foi o cumprimento supremo de tudo o que representavam os sacrifícios do Antigo Testamento: o perdão do pecado Por Deus. devido a que Cristo é o sacrifício perfeito por nosso pecado, perdoam-se por completo nossos pecados passados, pressente e futuros.

Cristo tirou o pecado que nos separava da presença de Deus e de sua comunhão. Mas devemos aceitar seu sacrifício efetuado em nosso favor. Ao acreditar nele deixamos de ser culpados, ficamos limpos e somos santificados. Seu sacrifício nos abre o caminho para ter vida eterna.

Maturidade

Embora sejamos salvos do pecado quando acreditam em Cristo, nos deu a tarefa de prosseguir e crescer em nossa fé. Mediante nossa relação com Cristo podemos levar uma vida irrepreensível, permitir que ele nos separe para sua obra especial em nós e crescer na fé.

Toma tempo o processo de maturar em nossa fé. Uma entrega diária e o serviço produzem maturidade. Quando somos amadurecidos em nossa fé, não titubeamos nem fraquejamos com facilidade frente à tentação.

A fé é a confiança segura nas promessas de Deus. A promessa maior é que podemos ser salvos por meio do Jesucristo.

Se você confiar por completo no Jesucristo para sua salvação, ele o transformará. Uma vida de obediência e absoluta confiança agrada a Deus.

Paciência

A fé capacita aos cristãos para confrontar as provas. A verdadeira fé inclui o seguir sendo fiel a Deus quando estamos sob o fogo da prova. A paciência edifica o caráter e conduz à vitória.

Você pode obter vitória em suas provas se não se render nem lhe dá as costas a Cristo. Siga sendo fiel a ele e lhe peça que lhe dê paciência.


Matthew Henry - Comentários de Hebreus Capítulo 1 do versículo 1 até o 18
1:1 Esta carta tem um tom sombrio. Paulo estava prisioneiro por última vez, e sabia que logo teria que morrer. A diferença de sua primeira prisão em Roma, quando esteve em uma casa (At 28:16, At 28:23, At 28:30) e pôde continuar ensinando, esta vez provavelmente estava confinado a um frio calabouço, esperando a morte (At 4:6-8). No ano 64 D.C. o imperador Nerón tinha começado uma grande perseguição como parte de seu plano de transpassar aos cristãos sua própria culpa pelo incêndio de Roma. Esta perseguição se pulverizou através de todo o império e incluiu ostracismo social, tortura pública e assassinato. Enquanto Paulo esperava sua morte, escreveu uma carta a seu querido amigo Timoteo, um jovem que tinha sido como um filho para ele (1.2). Escritas aproximadamente nos anos 66/67 D.C., estas são as últimas palavras que temos do apóstolo Paulo.

1:2 A segunda carta do Paulo ao Timoteo foi escrita entre dois e quatro anos depois da primeira. Timoteo foi seu companheiro na segunda e terceira viagem missionária, e Paulo o deixou no Efeso para que apoiasse à igreja ali (1Tm 1:3-4). Para maiores dados sobre o Timoteo, veja-se seu perfil em 1 Tmmoteo. Para mais informação sobre o grande missionário Paulo, veja-se seu perfil em Feitos 9.

1:3 Paulo orava constantemente pelo Timoteo, seu amigo, seu companheiro de viagem, seu filho na fé e um grande líder na igreja cristã. Embora os dois homens estavam separados, suas orações eram uma fonte de estímulo mútuo. Nós também devêssemos orar constantemente por outros, em especial por aqueles com quem levo a cabo a obra de Deus.

1:4 Não sabemos quando Paulo e Timoteo se separaram por última vez, mas foi provavelmente quando prenderam o Paulo e o levaram a Roma para ser encarcerado pela segunda vez. As lágrimas que derramaram ao separar-se revela a profundidade de sua relação.

1:5 Loida e Eunice, mãe e avó do Timoteo, eram cristãs convertidas com antecedência, possivelmente por meio do ministério do Paulo em sua cidade natal, Listra (At 16:1). Elas tinham comunicado sua sólida fé ao Timoteo, mesmo que seu pai, provavelmente, não era crente. Não oculte sua luz em seu lar: nossas famílias são terra fértil para plantar a semente do evangelho. Permita que seus pais, filhos, cônjuge, irmãos e irmãs se inteirem de sua fé no Jesus, e assegure-se de que eles vejam em você o amor, a ajuda e o gozo de Cristo.

1:6 No momento de sua ordenação, Timoteo tinha recebido dons especiais do Espírito que o capacitaram para que servisse à igreja (veja-se 1Tm 4:14). Ao aconselhar ao Timoteo "que avive o fogo do dom de Deus", Paulo o estava animando a perseverar. Timoteo não necessitava novas revelações nem novos dons; ele necessitava o valor e a auto-disciplina para aferrar-se à verdade e usar os dons que já tinha recebido (veja-se 1.13, 14). Se saía corajosamente em fé e proclamava o evangelho uma vez mais, o Espírito Santo iria com ele e lhe daria poder. Quando você usa os dons que Deus lhe deu, encontrará que Deus lhe dará o poder que necessita.

1:6 Os dons espirituais do Timoteo os recebeu quando Paulo e os anciões lhe impuseram as mãos e o apartaram para o ministério (veja-se 1Tm 4:14). Deus dá dons aos cristãos para que os usem na edificação do corpo de Cristo (veja-se 1Co 12:4-31), e dá dons especiais a alguns através dos líderes da igreja, que servem como instrumentos deles.

1:6, 7 Timoteo estava experimentando grande oposição a sua mensagem e a ele mesmo como líder. Sua juventude, sua associação com o Paulo e sua liderança se achavam sob fogo por parte de crentes e não crentes. Paulo o anima a manter-se firme. Quando permitimos que a gente nos intimide, neutralizamos nossa efetividade para com Deus. O poder do Espírito Santo pode nos ajudar a vencer nosso temor do que alguém possa dizer ou nos fazer, e assim continuar fazendo a obra de Deus.

1:7 Paulo menciona três características do líder cristão efetivo: poder, amor e domínio próprio. Estas estão a nossa disposição porque o Espírito Santo vive em nós. Siga seu guia cada dia e sua vida mostrará mais efetivamente estas características. Em Gl 5:22-23 poderá encontrar uma lista das características que são o resultado do Espírito Santo que mora em nós.

1:8 Neste tempo de muita perseguição, Timoteo pôde ter sentido temor de continuar pregando o evangelho. Seus temores estavam apoiados em feitos, porque os crentes estavam sendo presos e executados. Paulo lhe havia dito que esperasse sofrimentos; Timoteo, como Paulo, seria apressado por pregar o evangelho (Hb_13:23). Mas Paulo prometeu ao Timoteo que Deus lhe daria força e que estaria preparado quando fora seu turno de sofrer. Ainda quando não houver perseguição, pode nos ser difícil compartilhar nossa fé em Cristo. Felizmente nós, como Paulo e Timoteo, podemos contar com que o Espírito Santo nos dará valor. Não se envergonhe de atestar.

1.9, 10 Paulo dá um breve resumo do evangelho. Deus nos ama, chamou-nos e enviou a Cristo para que morrera por nós. Podemos ter vida eterna por meio da fé no porque com sua ressurreição, ele destruiu o poder da morte. Não merecemos ser salvos mas Deus nos oferece a salvação de todos os modos. Tudo o que temos que fazer é acreditar nele e aceitar seu oferecimento.

1:12 Paulo estava detento mas esta circunstância não deteve seu ministério. Levou-o adiante por meio de outros, como Timoteo. Paulo tinha perdido todas suas posses materiais, mas nunca perderia sua fé. Confiou em que Deus o usaria sem importar as circunstâncias. Se sua situação se apresentar sombria, entregue suas preocupações a Cristo. O protegerá sua fé e guardará seguro tudo o que você lhe confiou até o dia de sua volta. Para mais sobre nossa segurança em Cristo, veja-se Rm 8:38-39.

1:12 A frase "para guardar meu depósito" tem três interpretações principais: (1) Paulo sabia que Deus protegeria as almas daqueles que se converteram por meio de seu predicación; (2) Confiou em que Deus guardaria sua alma até a segunda vinda de Cristo, ou (3) Confiava em que, mesmo que ele estava preso e enfrentava a morte, Deus levaria adiante o ministério do evangelho por meio de outros como Timoteo. Paulo pôde ter expresso sua confiança para respirar ao Timoteo, quem se achava desanimado pelos problemas no Efeso e temeroso da perseguição. Até no cárcere, Paulo sabia que Deus ainda estava no controle. Apesar dos contratempos e problemas que enfrentemos, podemos confiar completamente em Deus.

1.13, 14 Timoteo se achava em um período de transição. Tinha sido o brilhante ajudante do Paulo; muito em breve dependeria de si mesmo como líder de uma igreja em um ambiente difícil. Embora suas responsabilidades estavam trocando, Timoteo não estava desamparado. Tinha todo o necessário para enfrentar o futuro, se se aferrava aos recursos do Senhor. Quando passar por situações difíceis, é bom que siga o conselho do Paulo ao Timoteo e dê um olhar a suas experiências passadas. Quem é o fundamento de sua fé? Como pode você construir sobre o fundamento? Que dons lhe deu o Espírito Santo? Use os dons que já recebeu.

1.15, 16 Nada mais se sabe a respeito do Figelo e Hermógenes, os que evidentemente se opuseram ao ministério do Paulo. Estes homens são uma advertência de que até os líderes podem cair. Ao Onesíforo lhe menciona como um exemplo positivo, em contraste com aqueles outros.


Matthew Henry - Comentários de Hebreus Capítulo 1 do versículo 1 até o 14
1:1 A Epístola aos Hebreus descreve em detalhe como Jesucristo não só cumpre as promessas e as profecias do Antigo Testamento, mas também como Jesucristo é melhor que todo o sistema de pensamento judeu. Os judeus aceitaram o Antigo Testamento, mas muitos deles rechaçaram ao Jesus como o Messías portanto tempo desejado. Os destinatários desta carta dão a impressão de ter sido judeus cristãos. Tinham um bom conhecimento das Escrituras e tinham professado sua fé em Cristo. Já seja devido à dúvida, à perseguição ou à falso ensino, puderam ter estado em perigo de abandonar sua fé cristã e retornar ao judaísmo.

desconhece-se a paternidade literária deste livro. sugeriram-se vários nomes, como Lucas, Bernabé, Apolos, Priscila e Paulo. A maioria dos estudiosos não acreditam que Paulo tenha sido o autor, já que o estilo de redação empregado em Hebreus é algo diferente do das epístolas do Paulo. Além disso, Paulo se identifica em suas cartas e apela a sua autoridade como apóstolo, enquanto que o escritor de Hebreus nunca dá seu nome e, em busca de autoridade, apela às testemunhas presenciais do ministério do Jesus. Entretanto, o autor de Hebreus evidentemente conhecia bem ao Paulo. É provável que Hebreus fora escrito por um dos colaboradores do Paulo, que com freqüência ouviu seu prédica.

1:1, 2 Deus usou muitos médios para enviar suas mensagens às pessoas da época do Antigo Testamento. Falou-lhe com o Isaías em visões (Isaías
6) ao Jacó em um sonho (Gn 28:10-22) e ao Abraão e ao Moisés pessoalmente (Gênese 18; Ex 31:18). Os judeus familiarizados com essas histórias não tinham dificuldade para acreditar que Deus ainda seguia revelando sua vontade, mas lhes resultou assombroso pensar que Deus se revelou por meio de seu Filho, Jesucristo. O é o cumprimento e a culminação das revelações de Deus através dos séculos. Quando o conhecemos, temos tudo o que necessitamos para ser salvos de nosso pecado e ter uma perfeita comunhão com Deus.

1:2, 3 Não só Jesucristo é a imagem mesma de Deus, mas também é Deus mesmo; o Deus que falou na época do Antigo Testamento. É eterno; teve parte com o Pai na criação do mundo (Jo 1:3; Cl 1:16). É a plena revelação de Deus. Não é possível ter uma visão clara de Deus sem olhar a Cristo. O é a manifestação perfeita de Deus em um corpo humano.

1:3 O livro de Hebreus relaciona o poder salvador de Deus com seu poder criador. Em outras palavras, o poder que lhe deu existência ao universo e fez que se mantivera funcionando é o mesmo poder que tira (provê purificação para) nossos pecados. Quão errôneo é pensar que Deus não possa nos perdoar. Não pecou muito grande que o Rei do universo não possa tirar. Deus pode perdoar e nos perdoará quando nos aproximamos do por meio de seu Filho. A frase se sentou significa que se terminou a obra. O sacrifício de Cristo foi terminante.

1:4 O nome mais excelente que herdou Jesucristo é "Filho de Deus". Esse nome outorgado pelo Pai é superior aos nomes e títulos dos anjos.

1.4ss Os falsos professores em muitas das primeiras Iglesias ensinavam que solo era possível comunicar-se com Deus por meio dos anjos. Em lugar de adorar a Deus diretamente, os seguidores dessas heresias reverenciavam aos anjos. Hebreus denuncia com claridade tais ensinos como falsas. Alguns ensinavam que Jesucristo era o anjo de maior fila de Deus. Mas Jesucristo não é um anjo superior; e de todos os modos, não se deve adorar aos anjos (vejam-se Cl 2:18, Ap 19:1-10). Jesucristo é Deus. Solo O é digno de nossa adoração.

1.5, 6 Jesucristo é o primogênito de Deus. Nas famílias judias o filho primogênito mantinha o lugar de mais alto privilégio como também de responsabilidade. Os cristãos judeus ao ler esta passagem compreendiam que, como primogênito de Deus, Jesucristo era superior a qualquer ser criado.

1.10-12 O autor de Hebreus cita o Sl 102:25-27. Ali considera deus como o que fala e aplica suas palavras ao Filho Jesucristo. que os céus e a terra "perecerão" revela que a terra não é permanente nem indestrutível (uma opinião de muitas filosofias gregas e romanas). A autoridade de Cristo se estabelece sobre toda a criação, de modo que não nos atrevamos a considerar nenhum objeto ou recurso terrestre mais importante do que O é.

1.11, 12 Como os leitores de Hebreus experimentaram o rechaço de seus irmãos judeus, com freqüência se sentiram isolados. Muitos se sentiram tentados a trocar ao imutável Cristo por sua conhecida e antiga fé. O escritor de Hebreus os precatória a não fazê-lo; Cristo é a única segurança em um mundo cambiante. Sem que importe o que possa acontecer neste mundo, Cristo jamais troca. Se confiarmos no estaremos absolutamente seguros, porque nos achamos sobre o fundamento mais firme que há no universo: Jesucristo. Um hino famoso resume esta verdade: "Jesus será meu amparo, a rocha de minha salvação".

1:12 O que significa que Cristo é imutável ("você é o mesmo")? Quer dizer que jamais trocará seu caráter. O é invariável em seu amor a nós, dedicado à eqüidade e à justiça e absolutamente decidido a ser misericordioso conosco apesar de que não o merecemos. Regozije-se de que Cristo é invariável. O sempre o ajudará quando você o requeira e lhe oferece perdão quando cai.

1:14 Os anjos, seres espirituais criados Por Deus, são mensageiros de Deus e estão sob sua autoridade (Cl 1:16). Cumprem várias funções: servem aos crentes (Cl 1:14), protegem aos fracos (Mt 18:10), proclamam a mensagem de Deus (Ap 14:6-12) e executam o julgamento de Deus (At 12:1-23; Ap 20:1-3).

CRISTO E Los Angeles

1.5, 6 - Sl 2:7: A Cristo lhe chama "Filho" de Deus, um título nunca dado aos anjos.

1.7, 14 - Sl 104:4: Os anjos são importantes, mas solo são servos de Deus.

1.8, 9 - Sl 45:6: O reino de Cristo é para sempre.

1.10 - Sl 102:25: Cristo é o criador do mundo.

1.13 - Sl 110:1: Deus lhe dá honra exclusiva a Cristo.

O escritor de Hebreus se refere reiteradamente ao Antigo Testamento a fim de provar a grandeza de Cristo em comparação com os anjos. Seus leitores do primeiro século, cristãos judeus, tinham adquirido uma crença sem equilíbrio com relação aos anjos e sua função. afirma-se o senhorio de Cristo sem irreverência para os valiosos mensageiros de Deus.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Introdução ao Livro de Hebreus
A Epístola aos Hebreus

por Charles W. Carter

Prefácio de Hebreus

Professor Charles W. Carter, o autor do Commentary Wesleyan Bíblia : "hebreus", é presidente da Divisão de Filosofia e Religião e Professor de Filosofia e Religião na Universidade de Taylor. Ele é presidente do Conselho Editorial e Editor Geral da Commentary Wesleyan Bíblia . No Volume IV da série, ele é autor de " Atos "e no Volume V ele escreveu" I Coríntios "e" Efésios ".

Professor Carter traz em seu trabalho um fundo rico e variado. Entre as escolas onde estudou são Marion College (Th.B. e AB), Winona Lake School of Theology (MA), Seminário Teológico Asbury (BD), Butler University (MA, Th.M.), Universidade Estadual de Ohio, e Seminário Teológico Luterano Chicago. Ele detém participação em Phi Kappa Phi Phi Theta e sociedades de honra e é listada em vários diretórios nacionais dos estudiosos e dos homens de realizações de destaque. Ele é membro da Sociedade Metafísica da América, a Associação Americana de Professores Universitários, a Associação Nacional de Professores de Missões, a Academia Americana de Ciência Política e Sociedade Evangélica Teológica (no qual ele é um membro do Comitê Editorial) .

O ministério de Professor Carter tem sido variada e frutífera como pastor, evangelista, professor, missionário, professor, escritor e editor. Seus oito livros incluem trabalhos sobre missões africanas, temas doutrinais e evangelísticas e comentários bíblicos. Com Ralph Earle foi o autor de Os At em "The Evangelical Commentary" (Zondervan, 1959). Por um tempo ele foi editor do Higley Imprensa e da literatura Higley da Escola Dominical. Naquela época, ele escreveu dois da Escola Dominical Comentários Higley . Pv 17:1.)

A. Cristo Superior para os profetas em Método e Mensagem (1: 1-2a)

B. Cristo Superior para os profetas em Relacionamento e Trabalho (He 1:2)

A. Cristo superior aos anjos em Nome (He 1:4)

D. Cristo superior aos anjos em Realizações (1: 13-14)

. III Interlúdio: PRIMEIRA EXORTAÇÃO E AVISO: Cuidado com derivação (He 2:1)

A. que ouvis (He 2:1)

IV. CRISTO superior aos anjos (continuação) (He 2:5)

A. Cristo Superior de Angels in Authority (2: 5-8)

B. Cristo superior aos anjos em humilhação e exaltação (2: 9-16)

C. Cristo superior aos anjos em seu ministério sacerdotal em Alta (2: 17-18)

V. CRISTO JESUS ​​superior a Moisés (He 3:1)

A. Jesus Superior a Moisés no Apostolado (He 3:1)

. VI Interlúdio: SEGUNDA EXORTAÇÃO E AVISO: Cuidado com Duvidando (He 3:7)

A. O Testemunho do Espírito (He 3:7)

F. The Wilderness Aviso Concluído (3: 15-19)

. VII CRISTO JESUS ​​SUPERIOR a Josué (He 4:1)

A. Jesus Superior a Josué em Sua Prometida de lazer (4: 1-5)

B. Jesus Superior a Josué em seu descanso Fornecido (4: 6-10)

VIII. Interlúdio: EXORTAÇÃO TERCEIRO E ATENÇÃO: Cuidado com Atrasar (He 4:11)

A. Uma exortação à diligência (4: 11-13)

B. uma exortação para Firmeza (4: 14-15)

C. uma exortação para Enter (He 4:16)

. IX CRISTO JESUS ​​SUPERIOR PARA ARÃO (He 5:1)

A. Jesus 'Sacerdócio Superior de Arão em Origem e Natureza (5: 1-6)

B. Jesus 'Sacerdócio Superior de Arão em Realizações (5: 7-10)

X. Interlúdio: QUARTA EXORTAÇÃO E AVISO: Cuidado com a morte espiritual (He 5:11)

B. morte espiritual retarda o desenvolvimento espiritual Normal (5: 12-14)

C. morte espiritual superar por meio da Obediência e Diligence (6: 1-12)

1. dos primeiros princípios da Perfeição (6: 1-3)

. 2 A Tragédia de recrucifying Cristo (6: 4-8)

. 3 Imitadores contra Preguiçosos (6: 9-12)

. XI CRISTO JESUS ​​SUPERIOR DE ABRAÃO (He 6:13)

A. de Deus uma grande promessa de Abraão (6: 13-16)

B. Grande Promessa de Deus em Cristo (6: 17-20)

XII. CRISTO JESUS ​​"SACERDÓCIO SUPERIOR AO DESPACHO levítico (Heb. 7: 1-29)

A. Jesus Superior à sua semelhança a Melquisedeque (7: 1-10)

B. Jesus Superior na Sua Timelessness (7: 11-24)

. 1 O levítico sacerdócio é Temporal (7: 11-12)

. 2 o sacerdócio de Cristo é eterno (7: 13-24)

C. Jesus Superior na Sua alta Intercessão Priestly (7: 25-26)

D. Jesus Superior no seu sacrifício perfeito (7: 27-28)

SEGUNDA PARTE: A SUPERIORIDADE INSTITUCIONAL DE JESUS ​​CRISTO (He 8:1)

A. Jesus Superior em sua posição oficial (8: 1-2)

B. Jesus Superior em Sua Realidade Suprema (8: 3-5)

C. Jesus Superior em Seu Ministério Nova Aliança (8: 6-13)

. II CRISTO JESUS ​​SUPERIOR ao tabernáculo RITUAL (He 9:1)

A. A Elegance, ainda vazio, do hebraico Tabernáculo Ritual (9: 1-10)

. 1 A Elegância do Tabernáculo Ritual (9: 1-5)

. 2 o vazio do Tabernáculo Ritual 9: 6-10)

B. O ponto culminante e Conclusão do Tabernáculo Ritual em Cristo Jesus (9: 11-28)

. 1 Jesus uma Superior Sumo Sacerdote (9: 11-12)

. 2 Jesus a Expiação Superior (9: 13-14)

. 3 Jesus um Mediador Superior (9: 15-22)

. 4 Jesus o Salvador Superior (9: 23-28)

III. CRISTO JESUS ​​superior aos sacrifícios levíticos (He 10:1)

A. A inadequação dos sacrifícios levíticos (10: 1-4)

B. A Adequação do sacrifício de Cristo (10: 5-18)

IV. Interlúdio: EXORTAÇÃO quinta e AVISO: Cuidado com a negar Cristo (He 10:19)

A. A Exortação à liberdade e Fellowship (10: 19-25)

B. Os alertas contra apostasia total de Cristo (10: 26-31)

1. A Possibilidade de total apostasia (10,26)

2. O perigo de apostasia total (He 10:27)

. 3 A causa da total apostasia (10: 28-29)

. 4 a retribuição do total apostasia (10: 30-31)

C. A Exortação à perseverança através Patience (10: 32-39)

. 1 Remembrance of Sofrimentos Antigos (10: 32-34)

. 2 Incentivo à perseverança final (10: 35-39)

TERCEIRA PARTE: SUPERIORIDADE DO CRISTIANISMO PRÁTICO (He 11:1)

A. Os Fundamentos da Fé (11: 1-6)

1. O Analysis of Faith (11: 1-2)

. a Fé como Assurance (He 11:1)

. 1 salvação através da fé (He 11:7)

. 3 Continuidade pela Fé (11: 11-12)

. 4 Morte através da Fé (11: 13-16)

. 5 Ressurreição através da Fé (11: 17-19; conforme Gn 22:1)

. 6 bênçãos por meio da fé (11: 20-21; conforme Gn 27:27, Gn 27:39)

7. Prediction meio da fé (He 11:22)

. 8 Deliverance através da Fé (11: 23-29)

9. A vitória através da Fé (He 11:30)

. 10 Preservação através da Fé (He 11:31; conforme Js 2:9; Js 4:17).

11. Triunfos através da Fé (11: 32-38)

. 12 Recompensas por meio da fé (11: 39-40)

II. A superioridade da esperança cristã no a corrida da vida (He 12:1)

A. O Plano da Raça Christian Esperançoso (12: 1-2)

B. A Endurance da Raça Christian Esperançoso (12: 3-4)

C. A Disciplina na Corrida Christian Esperançoso (12: 5-11)

D. as qualificações essenciais para a corrida cristã Esperançoso (12: 12-17)

E. The Ultimate Goal da Raça Christian (12: 18-24)

. 1 O que o objetivo não é (12: 18-21)

. 2 O que o objetivo é (12: 22-24)

III. Interlúdio: EXORTAÇÃO SEXTA E AVISO: Cuidado com Negando a Mensagem de Deus (He 12:25)

A. O aviso divino contra a rejeição (12: 25-27)

B. A advertência Divina para servir a Deus (12: 28-29)

IV. A superioridade do amor cristão (He 13:1)

A. Christian Amor em relação à vida Present (13 1:6'>13 1:6)

. 1 amor cristão relacionado com a Igreja Universal (He 13:1)

B. Christian Love in Relation ao Ministério (He 13:7)

A. A inadequação das disposições levitas (13 9:11'>13 9:11)

B. A Adequação da Provisão Christian (13 12:16'>13 12:16)

VI. A superioridade do amor cristão (Concluído) (He 13:17)

A. Christian Love in Relation a presente ministério dos Leitores (13 17:19'>13 17:19)

B. Christian aperfeiçoado o amor (13 20:21'>13 20:21)

C. Christian Amor em matérias Finais (13 22:25'>13 22:25)

Introdução

Esta epístola é, sem dúvida, um dos maiores e mais importantes livros do Novo Testamento, ou de toda a Bíblia. Ele está sozinho entre as epístolas do Novo Testamento em sua omissão de quaisquer saudações iniciais, nome do autor, ou o destino que se destina; nem há qualquer certeza final sobre o local de sua origem. Hebreus fica entre a Pauline e as Epístolas Geral do Novo Testamento, mas a rigor, pertence a nenhuma categoria. É como único em sua posição, uma vez que está no caráter de seu conteúdo.Mas, não obstante estas desvantagens aparentes, nenhum livro da Bíblia plumbs profundidades maiores ou atinge alturas maiores da verdade divina que faz Hebreus.

Thiessen afirma que Hebreus é "um resumo da transição do sistema antigo para o novo. Do ponto de vista da contribuição doutrinária e excelência literária é sem igual entre os livros do Novo Testamento. "Outro observações:" É a mais antiga exposição da tradição cristã por alguém que tinha todos os instintos de um estudioso e um filósofo. "Rees observa que" Hebreus começa como um ensaio, procede como um sermão, e termina como uma carta ".

I. TÍTULO

Embora tanto a KJV eo ERV descrever o título deste livro como "a Epístola do Apóstolo Paulo aos Hebreus," ciência moderna rejeita este título inteiramente. E isso não é título encontrado no MSS mais antigos. Apenas as palavras "Hebreus" aparecem nesses documentos antigos, e mesmo este título breve pode ter sido adicionado à escrita original em algum momento posterior à sua composição. Parece muito indistinta e geral para ter sido o título do autor. O título pode bem ter sido uma inferência a partir do caráter do conteúdo da epístola adicionado mais tarde por um colecionador ou escriba. A menos que uma nova luz é lançada sobre este problema, os achados da arqueologia, o título original provavelmente permanecerá na obscuridade. Assim, o contexto histórico da epístola é deixado para a inferência de evidências históricas fragmentárias e um tanto incerto tradição, além de tais geral e também incertos como são encontrados na própria epístola. Na ausência de qualquer evidência adequada, seja externo ou interno, para questões de título, autoria, local de origem, o destino primário, ou uma data, não é possível decidir com determinação a respeito destas matérias. Várias hipóteses têm sido avançadas por diferentes estudiosos ao longo dos séculos para explicar esses itens, mas sempre parece possível para levar adiante outras hipóteses novas, que são tão promissor, mas que provam igualmente vir curto de finalidade. Assim, não é o objetivo do presente estudo para expor quaisquer conclusões definitivas em matéria de o título original, autoria, local de origem, destino, ou a data da Epístola aos Hebreus. Rees observa que esse fato de descolamento do livro de incidentes pessoais e históricos torna-lo mais auto-suficiente e sua exegese menos dependentes de compreender a situação histórica exata. E, pode-se acrescentar, este fato tende a aumentar a grandeza da mensagem de Hebreus em que ele está, em grande parte libertado de circunstâncias locais ou limitados e, portanto, torna-se mais quase universal nas implicações e possíveis aplicações de sua mensagem. Hayes tem bem afirmou o relacionamento dessas questões controvertidas ao significado e mensagem de Hebreus assim:

Se a autoria desta epístola é incerto, sua inspiração é indiscutível. Se não sabemos de que lugar ele foi escrito, sabemos que ela nos traz uma mensagem do céu. Se não sabemos a quem foi dirigida em primeiro lugar, sabemos que ele aborda os nossos próprios corações e fala com nossas próprias necessidades. As incertezas em matéria de introdução não aumentam as dificuldades de interpretação, no mínimo. Acreditamos que esta mensagem para nós pode ficar claro em cada ponto.

No entanto é necessário algum conhecimento da relação geral do livro com as circunstâncias e pensamento dos tempos em que ela foi escrita para uma compreensão correta da mensagem que se pretende transmitir.

II. AUTORIA E CARACTERÍSTICAS GERAIS

Talvez maior ingenuidade acadêmica tem sido exibido em esforços para determinar a autoria de Hebreus do que tem sido exibido com qualquer outro livro da Bíblia. No entanto, os resultados finais desses esforços nobres deixar a questão da incerteza absoluta até o momento. Paulo, Silas, Tito, Barnabé, Felipe, Marcos, Clement, Lucas, Aquila, Priscilla, e Apolo todos tiveram seus defensores fortes. No entanto, nenhum destes candidatos jamais foi capaz de garantir uma maioria suficiente dos votos acadêmicos para a eleição final. Desde os primeiros tempos até o presente, Paulo foi levado adiante por vários estudiosos como o autor de Hebreus. Mas as vezes que ele tem sido avançado, evidências acadêmicas foi aduzida para derrubar o pedido de autoria paulina. Embora dúvida sempre cercou a alegação de Pauline autoria de Hebreus, provavelmente nunca foi um momento em que o peso da bolsa foi maior em sua oposição a essa reivindicação do que é actualmente.

Entre os pensadores modernos que negaram evidências convincentes para a autoria paulina de Hebreus tem sido o notável Inglês clérigo e estudioso Frederic William Farrar (1831-1903). Farrar apresenta uma designação tríplice de Hebreus como

o único trabalho no cânon do Novo Testamento por um seguidor independente da escola de St. Paulo, ... o único espécime início do Cristianismo Alexandrino, ... [e] uma tentativa profunda e original para coordenar as relações entre os novos e antigos dispensas , entre a lei que foi dada por meio de Moisés e da graça e da verdade que vieram por Jesus Cristo. "

Contra a autoria paulina Farrar afirma:

Isso não foi escrito pelo próprio São Paulo, e não por qualquer Apóstolo (He 2:3 ). Foi escrito para a Igreja, que teve em algum momento no passado perseguição (sofreu 10: 32-34 ). Ele foi escrito para uma Igreja que tinha tido grandes dias e que tinha tido grandes mestres e líderes (He 13:7 ).

Uma referência solitária para saudações de "Os de Itália" (He 13:24) promete lançar luz tênue sobre o problema do destino. Barclay pensa que a melhor tradução desta passagem parece ser: "Aqueles que são da Itália vos saúdam." Isto pode significar que a carta foi escrita em e enviado de Itália, ou que ele foi escrito para os cristãos na 1tália. Barclay pensa que ele foi escrito para os cristãos italianos de algum lugar desconhecido, onde alguns cristãos da Itália residiu que enviou suas saudações a seus irmãos cristãos na 1tália onde a carta foi destinada. No entanto, a opinião acadêmica está dividido sobre esta questão. É possível que a carta pode ter sido escrito de algum local, como Alexandria, onde os cristãos italianos pode ter residido temporariamente ou permanentemente, para os cristãos em Roma, ou até mesmo em outros lugares onde os cristãos italianos residia. À luz da extensa viagem do dia, e sobretudo tendo em conta a ampla distribuição dos exércitos romanos, entre os quais os soldados cristãos não eram incomuns (conforme At 10:1 indica que os leitores tinham sido sob a instrução por um longo tempo com o objetivo de tornar-se mestres da fé cristã para os outros. Esta hipótese ele mais bases no conhecimento do Antigo Testamento, que a epístola pressupõe. Observações Barclay,

Quando se soma tudo, podemos dizer que Hebreus é uma carta escrita por um grande professor, escrito por um homem a quem poderíamos chamar um professor, para um pequeno grupo ou a faculdade de cristãos em Roma [?]. Ele era seu professor; no momento em que ele foi separado deles; ele estava com medo de que eles foram se afastando da fé; e assim ele escreveu esta carta para eles.

Não obstante o respeito que comanda a hipótese anterior, parece haver outras hipóteses que comandam igual respeito. Na verdade, há muito para impor respeito na visão tradicional de que a carta foi escrita para os palestinos cristãos judeus. Certamente esses judeus cristãos responder a muitas das características e os requisitos indicados dos leitores na epístola. No entanto, entre as mais fortes objecções aparentes para esta hipótese são os Alexandrianisms evidentes da epístola. Os palestinos cristãos judeus, naturalmente, seria esperado para ser menos familiarizados com, e influenciado por, a cultura alexandrina do que os judeus helenistas da dispersão. No entanto, não deixa de ser concebível que mesmo a sua cultura era suficientemente Hellenized para capacitá-los a apreciar as Alexandrianisms evidentes da epístola. A total ausência de qualquer menção do templo é provavelmente ainda maior obstáculo para a atribuição da epístola aos leitores palestinos que seus Alexandrianisms. Se ele foi escrito antes da destruição do templo em AD 70, certamente alguma conta teria sido tomada dessa magnífica estrutura. Ele não poderia ter sido escrito para palestinos cristãos judeus após a destruição de Jerusalém e do templo; uma vez que os cristãos judeus da Judéia tinha realmente deixou a Judéia e se estabeleceram em Pella em AD 68, pouco antes do cerco de Jerusalém pelos romanos.

Tudo somado, parece mais provável que Hebreus foi escrito por um alexandrino, helenístico, autor judeu-cristã de uma colônia de cristãos judeus helenistas localizado em algum lugar fora da Palestina. Neste evento Apolo parece caber mais satisfatoriamente os requisitos da autoria da epístola. No entanto, os judeus cristãos palestinos não deve ser descartada inteiramente como os possíveis destinatários da epístola.

É até concebível, embora possa parecer um pouco fantasioso, que os leitores foram Alexandrino judeus cristãos a quem Paulo escreveu a epístola no estilo propositadamente Alexandrino. No entanto, a naturalidade do estilo do autor, parece mais provável que apontam para um autor de Alexandria, como o Apolo eloqüentes. Por fim, deve-se admitir sobre a identidade específica e localização dos leitores, à luz da evidência até agora, como Orígenes disse a respeito do autor da epístola, exatamente quem são os leitores eram só Deus sabe com certeza!

No entanto, a evidência interna proporciona dados interessantes e informativos consideráveis ​​relativos aos primeiros leitores da epístola. Este dado é uma ajuda definitiva para a compreensão da mensagem da epístola.

Que eles eram cristãos hebreus parece evidente a partir da sentença da epístola muito a abertura (He 1:1 , He 1:8 , He 1:10 ; He 2:6 ; He 3:2 ; He 4:14 , He 4:15 ; He 5:1 , He 5:7 ; He 7:11 ; He 9:1 ). Esta evidência interna parece deixar claro que os leitores eram cristãos judeus que tanto tinham recebido o evangelho diretamente dos Apóstolos si mesmos ou de outros cristãos que tinham ouvido diretamente do Senhor (ver He 2:1. ; He 3:1 ; He 4:1 , He 4:14 ). Eles testemunharam milagres e tinha sido participantes do Espírito Santo e os dons divinos concedidos por Ele (He 2:4 ). Suas sensibilidades espirituais parecem ter se tornado entorpecida na medida em que eles tinham esquecido as lições do passado (He 10:32) e até mesmo as bênçãos de seus antigos professores que agora se foram (He 13:7 ). Apesar de terem sido submetidos a sofrimentos intensos em sua experiência cristã anterior, nenhum dos seu número havia sofrido martírio (He 10:32. ; He 12:4 , He 13:23 ).

Uma hipótese que parece não ter sido avançado até agora, e que parece resolver a maioria, se não todos, os problemas tanto da autoria e os leitores da epístola é a seguinte: eles eram os discípulos de Éfeso a quem Apolo pode ter ministrado (At 18:25 , At 18:26), que receberam o batismo do Espírito Santo sob o ministério de Paulo (At 19:1 ), e que provavelmente se tornaram os doze anciãos de Éfeso que ajudaram Paulo na evangelização da Ásia ocidental Menores (At 20:17 ). O fato de que Apolo foi associado com eles em Éfeso pode indicar que eles, como seu professor, foram Alexandrino cristãos judeus helenistas que haviam migrado para Éfeso de Alexandria. Se esta hipótese deve ser verdade, então parece provável que Apolo escreveu Hebreus a eles a partir de Roma, em formas de estilo e de pensamento Alexandrino que eram nativas tanto para o autor e os leitores. Assim, a saudação, "Os de Itália vos saúdam" (He 13:24 ; He 4:1 ; He 5:11 , He 5:12 ; He 6:1 , He 6:12 ; He 9:9 ; He 10:23 , He 10:36 ; He 13:9 ). É significativo, contudo, que o judaísmo da qual eles foram evidentemente convertidos e que eles estavam em perigo de retornar parece responder melhor ao judaísmo mais liberal da dispersão do que a do mais estrito, o judaísmo legalista da Judéia. Isto é evidenciado pela ênfase do autor sobre o tabernáculo e a ausência de qualquer menção ao templo , como também a sua ênfase sobre a ceremonialism do judaísmo ao invés do mais estrito legalismo do judaísmo palestino. Mais uma vez, é bastante natural que os judeus cristãos da dispersão, mesmo em Éfeso ou em outro lugar, teria sido caracterizados por um grau muito maior do helenismo do que foram os judeus da Palestina, e, assim, os Alexandrianisms da epístola teria maior significado para eles .

IV. DATA E OCASIÃO

A referência a Timóteo (He 13:23) e na ausência de qualquer alusão à queda de Jerusalém em AD 70 parece indicar que esta Epístola aos Hebreus foi escrito antes da queda de Jerusalém, possivelmente entre o ANÚNCIO de 64 e 67. Alguns acreditam queHebreus He 10:25 sugere uma antecipação das guerras judaicas que se aproximavam. Rees acha que a carta foi escrita em algum momento durante o último trimestre do primeiro século, e parece favorecer, assim como muitos outros, sobre o ano AD 80, ou um pouco mais tarde. Thiessen pensa Hebreus foi escrito após a morte de Paulo e ele atribui a data para O ANÚNCIO 67-69. Barclay sustenta que ele foi escrito em algum momento entre AD 64 e AD 85, e que O ANÚNCIO de 80 é a data mais provável. Cotton respeita à data de Hebreus quase tão incerto quanto a autoria, mas depois conclui que ele foi escrito em algum momento depois da morte de Paulo, talvez "no final dos anos oitenta ou início dos anos noventa do século I", mas que ele pode ter sido tão cedo quanto o seventies atrasados. Moulton pensa que foi escrito antes da destruição de Jerusalém, provavelmente cerca de AD 66. Westcott coloca a data de Hebreus no ANÚNCIO de 64 a 67. Tenney favorece uma data no final dos anos sessenta. Archer favorece AD 65 ou 66 para a escrita de Hebreus, enquanto Moll o coloca entre AD 62 ou 63 e 67. A decisão provavelmente segura a data de Hebreus para pareceria ser em algum momento no final dos anos sessenta que precederam a queda de Jerusalém em AD 70 , mas, provavelmente, depois da morte de Paulo.

Os leitores eram cristãos de segunda geração, em sua maior parte, pelo menos. O tempo agora era longo desde que Cristo estava na terra. A expectativa animadora de regresso antecipado de Cristo tinha começado a desvanecer-se e crescer dim. A fé dos leitores tinham sido severamente julgado por perseguições e à perda de suas posses terrenas. A antecipação medo de se aproximar dos problemas com Roma embaraçou os cristãos em face do fato de que Cristo era conhecido por ter previsto a destruição do templo e da nação judaica. Assim, pego no aperto entre os judeus e os romanos, esses crentes sofreu uma grande pressão sobre a sua fé. Na ausência de seu zelo no início e entusiasmo por Cristo, e pressionou como eram por perseguições e os presságios do futuro, os leitores foram severamente tentado a abandonar a sua fé em Cristo e retornar à ceremonialism empiricamente atraente do judaísmo. Conseqüentemente, eles haviam se tornado espiritualmente fraco, sem brilho da audição, e fraco na fé, quase a ponto de renunciar a Cristo e retornando ao sistema de Mosaic. Por essas e outras razões, o autor foi solicitado a escrever a sua "palavra de exortação" para os cristãos hebreus.

V. OBJETO E PLANO

Uma análise cuidadosa da Epístola aos Hebreus revela que os leitores a quem foi inicialmente dirigida estavam em perigo iminente de apostatar Cristo ao judaísmo. Este perigo tinha uma fonte dupla, ou seja, a partir de determinados pontos fracos dentro de si, e de certas pressões poderosas e seduções de fora de si mesmos.

As fraquezas internas consistiu na perda de seu zelo no início e devoção a Cristo, a visão clara de seus objetivos cristãos, o escurecimento da luz de sua compreensão do lugar de Cristo na verdade cristã, desânimo persistente e debilitante, a sua incapacidade de prima para a perfeição, e o fracasso de sua fé na eficácia de Cristo e do cristianismo.

As pressões e tentações de fora agravado muito as fraquezas internas e propensões dos leitores. Eles haviam sofrido pressão longo e persistente de seus compatriotas a renunciar à sua fé em Cristo e retornar ao judaísmo. Esta pressão havia se manifestado no ridículo, o ostracismo, e privações, embora pareça ter parado com falta de violência real. Agora, no entanto, uma nova e mais sutil ataque estava sendo feito em cima de sua fé. A natureza deste novo ataque é habilmente apresentado por Moulton:

Mesmo quando o tecido do poder judaico estava caindo, a influência da sua história passada, seu glorioso tesouro da promessa, suas associações únicas, manteve um poder maravilhoso. Quando olhamos para trás nos anos que precederam a queda de Jerusalém, o caso das pessoas pode parecer-nos sem esperança; mas a confiança da nação era ininterrupta, e mesmo naquele período notamos explosões de orgulho nacional e esperança entusiástica. Bitter ódio e desprezo para o cristianismo, por um lado, ea atração de seu culto ancestral ritual e por outro lado, tinha aparentemente ganhou uma vitória sobre a constância de alguns cristãos pertencentes a esta comunidade hebraica. Onde aberta oposição não tivesse prevalecido, o tom da fé cristã tinha sido reduzido. A tentação especial desses cristãos parece ter sido no sentido de uma perda de interesse nas verdades cristãs mais altas, e uma união de ensino cristão elementar com que a que eles estavam acostumados como judeus.

Além dos fatores acima mencionados, parece ter sido uma forma sutil de alguma nova doutrina falsa propagada entre esses leitores (conforme He 13:4 ), provavelmente uma expressão da tradição judaico-cristã gnosticismo de influências Alexandrino.

À luz das condições precedentes existentes eo perigo iminente de apostasia em que os leitores se levantou, epístola do autor para estes cristãos hebreus é claramente caracterizada por um propósito triplo: primeiro, ele expõe o caráter típico das instituições religiosas mosaico e economia ; segundo, ele passa a mostrar a superioridade e finalidade de Cristo e do cristianismo sobre essas instituições mosaicas, e em terceiro lugar, ele sistemática e persistentemente adverte seus leitores contra o perigo iminente e terríveis consequências de abandonar Cristo e regressando ao judaísmo.

(1) O típico personagem da economia Mosaic é entrelaçada com a própria fibra do ensinamento do autor ao longo de toda a epístola. O conjunto do sistema levítico é apenas um esboço esboço, uma cópia imperfeita temporais, uma sombra fraca e passageira do padrão perfeito da realidade espiritual eterna. O primeiro é empírica e temporal. A segunda é metafísico e eterno. O primeiro é sensível, visível, material, mutável, transitório. O segundo é o supra-sensível, invisível, imaterial, imutável, imutável, indestrutível. A escolha do autor de palavras e expressões reflete essas idéias ao longo do epístola.

(2) O objetivo do autor é estabelecer a transcendência e finalidade de Cristo e do cristianismo sobre a temporalidade e incompletude da economia Mosaic. Este propósito é feita claramente evidente desde o início da epístola (He 1:1 ). Aqui ele implicitamente contrasta o primeiro eo final, o velho eo novo. O primeiro foi fragmentada; o final é unitário. A primeira foi uma revelação colector; o final é uma revelação-a única voz all-abrangente, a voz do próprio Filho de Deus. A primeira foi através de muitos agentes imperfeitos diferentes; o final é através do próprio Deus e Filho único.

O autor passa a mostrar que a economia do Antigo Testamento inteiro encontrou sua realização completa na revelação de Deus em seu Filho Jesus Cristo. O cristianismo não foi estabelecido pela rejeição e abandono da primeira revelação, mas pela sua conclusão e cumprimento em Cristo. A sombra era válida no seu dia como o reflexo da realidade que se prenunciava; mas, por si só, para além da realidade que lançá-lo, ele não tinha qualquer significado em tudo. Sua finalidade era direcionar a atenção e fé do fiel à verdadeira realidade em Cristo. Todos os anjos do Antigo Testamento, Moisés, Josué, Arão, Melquisedeque, os Convênios e do Tabernáculo com as suas ordenanças de culto divino, em suma, toda a economia divina pré-cristã foi levado para o e cumprida no Filho de Deus, Cristo. Assim Cristo é tanto maior do que eram como a verdadeira substância realidade ou é maior do que a sombra que lança. Foi em virtude de Cristo, a substância, que a sombra apareceu em épocas passadas. O ex-revelação surgiu em virtude da revelação final em Cristo. Este grande concepção do autor é explicitado na Epístola aos Hebreus, pois é em nenhuma outra parte do Novo Testamento. Aqui, o cerne da questão é atingido quando Cristo é feita tanto a oferta pelo pecado e do grande Sumo Sacerdote de Deus que fez que a oferta final. Enquanto ênfase principal de Paulo é sobre a própria oferta, este autor enfatiza Cristo como o padre que fez a oferta. O sacerdote nunca foi a oferta no sistema antigo, enquanto que na nova economia Cristo é o Sumo Sacerdote que faz a oferta e a oferta que foi feita, como representado pelo autor de Hebreus (conforme He 1:3 ).

Este autor, mais do que qualquer outro escritor do Novo Testamento, representa explicitamente a Cristo como o perfeito cumprimento da tríplice Antigo Testamento de profeta, sacerdote e rei. Cristo é apresentado como maior do que o profeta Moisés, o sacerdote Aarão, ou o rei-sacerdote Melquisedeque. Considerando que Moisés era um servo na casa de Deus, de Cristo como Filho de Deus era o Senhor de sua casa (He 3:2 ). Considerando Arão tinha a oferecer sacrifício por seus próprios pecados antes que ele pudesse fazer expiação pelos pecados do povo, Cristo não tinha pecado e precisava apenas para fazer expiação pelos pecados do povo. Serviço de Arão estava em um tabernáculo terreno, de Cristo foi no santuário celestial (He 9:1 ). Arão entrou na presença de Deus com o sangue dos animais, mas Cristo entrou na presença do Pai pelo seu próprio sangue (conforme He 5:12. ; He 9:25 ). Considerando sacrifícios de Arão santificados "para a purificação da carne" (He 9:13 ), o sangue de Cristo limpa a "consciência das obras mortas, para servirmos ao Deus vivo" (He 9:14 , He 9:25 ). Auto-oferecendo sempre de Cristo remove o pecado, ao passo que os sacrifícios arônicos nunca de si poderia tirar o pecado (conforme He 9:26. ; He 10:1 , He 10:11 , He 10:14 , He 10:18 ). Enquanto, nas palavras do autor, cada sacerdote levítico "de fato permanece dia após dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, o que nunca podem tirar os pecados, ... [Cristo], quando ele tinha oferecido um único sacrifício pelos pecados para sempre, sentou- para baixo, à direita de Deus "( He 10:11 , He 10:12 ), significando, portanto, sua obra redentora concluída. Em Cristo, todas as promessas divinas encontrar o seu cumprimento integral. A transcendência e finalidade de Cristo são o fio de ouro que liga a mensagem de Hebreus juntos desde a sua frase de abertura à sua palavra final, e essa idéia é o grande objetivo para o qual o pensamento do autor inabalavelmente se move ao longo da epístola. Parece para atingir o seu pico mais alto e grande clímax em He 12:22 .

(3) É muito evidente o propósito do autor para se manter os seus leitores a partir de sua apostasia terrível ameaça de Cristo para ceremonialism judaica intercalando seus argumentos de malha estreita para a supremacia de Cristo sobre a antiga economia com sete exortações e advertências pungentes. Cada um dos sete exortações e advertências é logicamente colocado e cuidadosamente projetado para servir como um clímax conquistar ao argumento de que o precede. Eles parecem refletir uma força progressiva e acumulativa em si mesmos como uma de cada vez e conclui rebita os argumentos que utilizam na sua ordem crescente até o fim da epístola.

De uma forma simples, mas sutil, elaborar e profunda o autor desenvolve seus argumentos e se move de forma constante em direção ao seu objetivo final para estabelecer na mente dos seus leitores a supremacia e finalidade de Cristo sobre a economia do Antigo Testamento, estabelecendo-os assim no cristão fé e evitar sua ameaçado apostasia de Cristo para o shell agora vazia de cerimonialismo judaico. Perfeição espiritual dos leitores em Cristo é o objetivo final clara do autor da Epístola aos Hebreus (conforme He 6:1) muitas das características da Epístola são discerníveis, sua originalidade, sua imponência, o seu equilíbrio artístico da linguagem, seu ritmo, o seu jogo de palavras, sua varredura do pensamento, e sua profundidade . ...

Esta é uma passagem [ He 1:1 ], que deve ser colocado pelo prólogo para o Quarto Evangelho (1: 1-18 ), e pela grande passagem de Paulo em Colossenses (1: 14-20 ). O amor do autor para eufonia musical é visto em sua amplitude de expressão. Por exemplo, em vez de dizer "recompensa", diz ele 'galardão'; e, em vez de simplesmente dizer 'sangue', ele diz 'derramamento de sangue. "

Peça do autor em palavras é uma característica distintiva desta epístola que esse efeito é em grande parte perdido na tradução do original. Scroggie cita os seguintes exemplos de como o estilo do autor, a este respeito:

Ele começa com as palavras polumerōs e polutropōs , "muitas partes" e "muitas maneiras" (He 1:1 , são hupetaxen , 'Ele fez assunto,' anupotakton , 'unsubject', e hupotetagmena , 'sujeito'. No capítulo He 5:8 , são kalou e kakou , "bom" e "mal". No capítulo He 9:10 , são brōmasin e pomasin , "carnes" e "bebidas." No capítulo He 7:13 , são meteschekēn e proseschēken , 'tem parte na "e" tem dado participação em'.

Outra marca estilística da epístola é o seu rico imaginário. "A palavra de Deus é ... mais penetrante que qualquer espada de dois gumes" (He 4:12 ). A esperança do cristão é "uma âncora da alma" (He 6:19 ). O "grande nuvem de testemunhas" (He 12:1. ); e "fez um espetáculo" (He 10:33 ). Outras imagens surpreendentes inclui "castigo" (12: 5-11 ); "ventos" e "uma labareda de fogo" (He 1:7 ); unção "com o óleo da alegria" (He 1:9 ); "Provaram a boa palavra de Deus" (He 6:5 , He 9:24 ; He 10:19 ); "Trono da Majestade" (He 8:1 , He 9:24 ); "Sombra", "imagem" (He 10:1 ; He 10:20 ); "Um novo e vivo caminho" (He 10:20 ); "Polvilhado", "lavado com água limpa" (He 10:22 ); "Recuar" (He 10:38 , He 10:39 ); "Cumprimentou-as de longe" (He 11:13 ); "Ergue as mãos que pendem e os joelhos vacilantes" (0:12 ); "Raiz de amargura, brotando" (0:15 ); "Tocado", "queimada pelo fogo," a "negritude", "escuridão", "Tempestade" (0:18 ); "Som de um trompete", "voz das palavras" (00:18 ,
19) "apedrejado" (0:10 ); "Temor e tremor" (0:21 ); "Sacrifício de louvor", "fruto de lábios" (He 13:15 ).

(2) O pensamento-chave de Hebreus é, sem dúvida, expressa pela palavra "melhor" do que ocorre treze vezes na KJV da epístola. Cristo é "feito muito melhor do que os anjos" (He 1:4 ); "Garantia de um melhor pacto" (He 7:22 ); "Mediador de um melhor pacto" (He 8:6 ); "A uma substância melhor e duradouro" (He 10:34 ); "Um país melhor" (He 11:16 ); "Uma melhor ressurreição" (He 11:35 ); "Alguma coisa melhor" (He 11:40 ); "Fala melhor do que o de Abel" (He 12:24 ).

(3) O leitor fica impressionado com a idéia do autor das realidades "eternos" da fé cristã como eles são definidos em contraste com a transitoriedade do mundo temporal. Ele fala de coisas como a "salvação eterna" (He 5:9 ); "Espírito eterno" (He 9:14 ); "Uma herança eterna" (He 9:15 ); e "uma aliança eterna" (He 13:20 ).

(4) A epístola transmite uma nota marcante de finalidade, particularily como expresso pelo uso da palavra "uma vez" na KJV. Ele fala de "aqueles que uma vez foram iluminados" (He 6:4 ); Cristo ... "por seu próprio sangue ... entrou uma vez no lugar santo" (He 9:12 ); "Uma vez ... ele apareceu para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo" (He 9:26 ); "Os homens são nomeados morrerem uma vez" (He 9:27 ); "Cristo foi oferecido uma vez para suportar o pecado de muitos" (He 9:28 ); "Os adoradores uma vez purificados não deveria ter mais consciência dos pecados" (He 10:2 ); "Mais uma vez hei de abalar não só a terra, mas também o céu" (0:26 ); "Esta palavra, ainda uma vez, mostra a mudança das coisas móveis, como coisas que são feitas" (He 12:27 ). Deve notar-se que esta palavra "uma vez que" é usada cinco vezes pelo autor de Hebreus como um anúncio para todo o universo da finalidade de um resgate realizado por meio de Cristo.

(5) As "participante" frases da epístola do mesmo modo prender a atenção do leitor. Como os homens "participam da carne e do sangue, ele [Jesus Cristo] também ele semelhantemente participou das mesmas coisas" (He 2:14 ); Os cristãos são "participantes da vocação celestial" (He 3:1 ); os leitores "se tornaram participantes do Espírito Santo" (He 6:4 ).

(6) de muita consideração e emhasis é dado por este autor para o "céu" e os Ele fala dos "céus", como a obra das mãos de Deus ("celestiais". He 1:10 ); crentes são "participantes da vocação celestial" (He 3:1 ); "O dom celestial" (He 6:4 ); "O trono da Majestade nos céus" (He 8:1 ); "as coisas celestiais" (He 9:23 ); "Cristo entrou no mesmo céu ..." (He 9:24 ); os descendentes de Abraão são os "muitos como as estrelas do céu" (He 11:12 ); Cristãos desejam "a celestial" país (He 11:16 ); "Jerusalém celeste" (0:22 ); a "igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus" (0:23 ); "Ele que warneth do céu" (0:25 ); e Deus vai fazer "tremer não só a terra, mas também o céu" (00:26 ).

(7) A perfeição é uma outra idéia dominante na mente do autor de Hebreus. Cristo, "o autor da salvação deles [foi feita] perfeito através do sofrimento (He 2:10 ; He 5:9 ); "A lei nenhuma coisa perfeita" (He 7:19 ); o Filho, Jesus Cristo, foi "aperfeiçoado para sempre" (He 7:28 ); "dons e sacrifícios" não podia "fazer o adorador perfeito" (He 9:9 ); a lei não foi capaz de "aperfeiçoar os que se chegam a Deus" (He 10:1 ); além de crentes do Novo Testamento, os crentes do Antigo Testamento "não devem ser aperfeiçoados" (He 11:40 ); "Jesus [é] o autor e consumador da nossa fé" (He 12:2 , He 2:1 , e com Moisés () 3: 1-11 ). O resto do Canaã é contrastada com o resto de Deus (3: 12-4: 13 ).Cristo e Arão são definidos em oposição (4: 14-5: 10 ). Vida de bebé e maturidade são contrastadas (5: 11-14 ), assim como também a apostasia e fidelidade (cap. He 6:1 ). O sacerdócio Melchizedekan é contrastada com a Aarônico (cap. He 7:1 ). Os antigos e os novos convênios estão definidas em contraste (cap. He 8:1 ), assim como as ofertas da lei e de Cristo (9: 10-18 ). As diferenças entre a punição nos termos da lei e sob a graça são anotados (10: 19-39 ). Vital fé e da vista empírico são definidas em contraste corajoso (cap. He 11:1). Filhos verdadeiros e bastardos espirituais são nitidamente distinguidos (12: 5-13 ). Earthly e congregações e cidades celestiais são definidas em contraste (12: 18-29 ), e novos e antigos altares são definidas sobre um contra o outro.

(9) Exortação é uma característica muito especial da Epístola aos Hebreus. Além dos sete principais exortações e advertências contidas na epístola, muitos outros intercalam o trabalho. Eles freqüentemente são introduzidas pelas palavras: "Vamos", embora outras expressões com significados semelhantes ocorrem. O primeiro diz respeito ao nascimento de Cristo e diz, "todos os anjos de Deus o adorem" (He 1:6 ); ele adverte: "retenhamos firmemente a nossa profissão "( He 4:14 ); e ele incentiva, "Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça" (He 4:16 ). Ele ordena: "prossigamos à perfeição" (He 6:1 ); e "vamos considerar uns aos outros para nos estimularmos ao amor e às boas obras" (He 10:24 ). Em preparação para uma corrida bem sucedida de vida, ele adverte seus leitores: "vamos ... deixemos todo o embaraço, eo pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta" (He 12:1 ); e "deixe-nos oferecer o sacrifício de louvor a Deus continuamente ... dando graças a seu nome" (He 13:15 ).

(10) A epístola é caracterizada por uma série de precauções iniciada com a palavra Assim, ele adverte, "para que não ... nós desviemos delas" ("para que não." He 2:1 ); "Para que, deixada a promessa de nós ... algum de vós que parecem vir curto do que" (He 4:1 ); "Para que não vos canseis, desfalecendo em vossas almas" (He 12:3 ; He 12:2 ); "Esperamos que [como] uma âncora da alma" (He 6:19 ); um representante pessoal no "a mão direita do trono da Majestade nos céus" (He 8:1 ); e "um altar" em que para adorar a Deus (He 13:10 ).

(13) Em He 9:1 ). Em terceiro lugar, e, finalmente, Cristo é representado em sua aparência futura: "Cristo ... aparecerá segunda vez ... para os que esperam por ele, para a salvação" (He 9:28 ).

(14) A recorrência de certas palavras em Hebreus dá alguma indicação sobre a importância das idéias que eles representam na mente do autor. O seguinte enumeração indica o número aproximado de versos em que cada palavra importante ocorre. Muito naturalmente, a palavra "Deus" aparece mais vezes do que qualquer outro 70 vezes ao todo. Outras palavras importantes e suas recorrências são as seguintes: Cristo, 12; Jesus, 13; Filho, 18; Senhor, 16; Espírito Santo, 5; sangue, 22; sacrificar, 9; padre, 6; anjos, 13;resto, 11; fé 32; oferta, 9; Direito, 13; perfeição, 12; convênio, 14; testamento, 7; tabernáculo, 9; Moisés, 11; Melquisedeque, 9. Muito próxima a palavra-chave da epístola, "melhor", é a palavra "mais", que ocorre em cerca Dt 21:1 .

(17) Hebreus inclui trinta e três citações do Antigo Testamento. É, provavelmente, aqui mais do que em qualquer outro ponto que a influência alexandrina aparece na epístola. A seleção de citações do Antigo Testamento e da maneira em que são introduzidas e empregada apontar na direção de autoria de Alexandria. Ambos os métodos literários e teológicos do autor refletem a influência de Alexandria. Isso é evidenciado pelo seu tratamento alegórica do Antigo Testamento, e sua relação para a economia levítico como a sombra das realidades espirituais para ser encontrada no tabernáculo celestial e nas suas ordenanças. Formas de introdução de citações do Antigo Testamento de Filo eram bastante diferentes das dos escritores do Novo Testamento, exceto o autor de Hebreus. Paulo e outros em que introduz citações do Antigo Testamento usadas expressões como "Está escrito", "a Escritura diz:" "Davi diz", "Moisés diz", "Isaías diz:" etc. Philo nunca nomeado autores humanos. Da mesma forma o autor de Hebreus introduziu passagens do Antigo Testamento, atribuindo-os a Deus ou o Espírito Santo com expressões tais como "Disse" (He 1:7 ), um trabalho de Alexandria."Esplendor" (He 1:3 ). "Substância" é encontrado em Wisdom (16:21 ), e "questões desta vida" (He 13:7 ). Todo o espírito ea atmosfera de Hebreus parecem refletir a influência de Alexandria. Parece, assim, que a carta foi escrita por um ou Alexandrino ou para cristãos judeus de Alexandria por um autor que compreendia suas formas de pensamento e acomodados seu estilo para eles.Parece mais razoável que a carta foi escrita por um judeu Alexandrino Christian para Alexandrino judeus cristãos onde quer que ele ou eles podem ter sido no momento da escrita.

(18) A epístola está sozinho entre os livros do Novo Testamento em sua introdução e tratamento do muito interessante, se um tanto misteriosa, personagem, Melquisedeque.

VII. SIGNIFICADO TEOLÓGICO

(1) Embora a fé judaica em Deus é assumida pelo autor de Hebreus, ele imediatamente procede à mais rica e os mais profundos conceitos cristãos da natureza de Deus. Assim, o caráter do Deus santo é apresentado como a razão para a purificação e perfeição do homem (conforme He 6:1 , He 12:22 ; He 13:12 ).

(2) apostasia total é enfatizado repetidamente, tanto como uma possibilidade e um grave perigo enfrentado pelas leitores (conforme He 12:16 , He 12:29 ). De fato, a carga da epístola é bastante preocupada com a economia dos leitores de uma tragédia tão terrível.

(3) O sacerdócio de todos os crentes é claramente ensinado na ênfase do autor sobre a abordagem direta do homem com Deus por meio de Cristo como mediador. Isso ele considera como o objeto supremo da religião verdadeira (conforme He 4:16. ; He 10:19 ).

(4) O autor de Hebreus dá maior ênfase à paternidade de Deus do que talvez qualquer outro escritor do Novo Testamento, exceto os narradores do Evangelho (conforme He 12:5 ).

(5) Em nenhum lugar do Novo Testamento é lá encontrou um conceito mais elevado da filiação divina de Jesus Cristo do que a apresentada pelo autor de Hebreus (conforme He 1:2. ).

(6) A Encarnação de Cristo Jesus é apresentado em Hebreus como uma realidade essencial (conforme He 5:7 ).

(7) Hebreus retrata de forma mais explícita a Jesus Cristo como o Grande Sumo Sacerdote do Santuário Celestial do que qualquer outro livro do Novo Testamento (conforme He 3:1 ). Enquanto Paulo parece representar a salvação do homem como uma absolvição nos tribunais, o autor de Hebreus trata da morte de Cristo, em referência ao adorador tabernáculo contaminado que é imprópria para entrar na presença do Deus santo (conforme He 9:19 ). Sua morte sacrificial remove as impurezas e qualifica o adorador apareça aprovado diante de Deus (conforme He 10:22 ). Cristo ofereceu-se a Deus na Cruz pelo Espírito Eterno (conforme He 9:14 ), aparentemente em virtude de sua natureza espiritual divina, que, porque era divino, confere eficácia eterna.

A própria essência do sacrifício de Cristo na Cruz consistiu na atitude de Sua vontade, ou seja, o seu prazer em fazer a vontade do Pai até mesmo no ato da morte na cruz (conforme He 10:8 ). A obediência de Cristo à vontade do Pai, como o líder ou capitão e Sumo Sacerdote de todos os homens crentes, torna possível para todos os crentes a participar com Ele em fazer a vontade do Pai, na qual repousa a santificação do crente (conforme He 10:10 ; ver também He 10:4 e He 2:11 ).

(9) a salvação condicional com base na confiança do homem, e fidelidade a Cristo é claramente o ensino da epístola.

(10) O cumprimento da Antiga Aliança e do estabelecimento da Nova Aliança em Cristo Jesus, como previsto pelo profeta Jeremias, é um ensinamento notável desta epístola.

(11) A doutrina da salvação pela fé é ensinado em toda a epístola, mas esta doutrina sobe a uma grande clímax no décimo primeiro capítulo através da recontagem dos triunfos da fé como a contraparte humana da morte poupança sacrificial de Cristo (conforme He 11:1. ), a queda do homem, o pecado original (He 12:1 ), o arrependimento, o batismo, imposição das mãos, ressurreição, juízo eterno (He 6:1 ), final perfeição cristã (He 6:1 ), e segunda vinda de Cristo.

Certamente, as doutrinas importantes antes cotadas não esgotam as implicações doutrinárias desta grande Epístola aos Hebreus. Talvez não seja exagero dizer que todo o ensino necessário para a fé cristã está implícito em Hebreus.

VIII. CANONICITY

Parece certo que a Epístola aos Hebreus foi conhecida e lida antes do fim do primeiro século. Epístola de Clemente à Igreja em Corinto, a mais antiga escrita Christian fora do Novo Testamento (c. AD 95), uma carta escrita em nome da Igreja Romana, é, talvez, a primeira fonte de informações sobre a Epístola aos Hebreus. Embora seja verdade que Clemente não citar diretamente hebreus, como ele não o faz a partir de cartas conhecidas de Paulo, mas, como no caso das cartas paulinas, ele faz uso de Hebreus, sem introdução formal, entrelaçando-a com o texto da sua Epístola a Corinto. De entre estas que Clemente faz de Hebreus é a seguinte passagem:

Através dele, o Senhor quis que devemos provar o conhecimento imortal; que, sendo o brilho (ou, brilho) de Sua majestade, é muito maior do que os anjos quanto herdou mais excelente nome. Pois está escrito assim: Quem de seus anjos faz ventos (ou,espíritos ), e de seus ministros labaredas de fogo. Mas no que diz respeito ao Seu Filho assim diz o Senhor: Tu és meu Filho, eu tenho esse dia gerei. Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e como Tua posse os confins da terra. E mais uma vez disse-lhe: Assenta-te à minha direita, até que eu tenha feito teus inimigos por escabelo de teus pés.

Esta passagem em nenhum sentido está sozinho em epístola de Clemente embora sua personagem parece ser suficiente para identificá-lo com a Epístola aos Hebreus. Traços de Hebreus parece ser clara no segundo século embora eles não parecem ser muitos até perto do fim do século. De Clemente Homilia (sua Segunda Epístola), que ele escreveu em Corinto ou Roma c. AD 140, contém citações de Hebreus. Da mesma forma os escritos de Justino Mártir (AD 145), Pinytus de Creta (AD 170), e Teófilo, bispo de Antioquia (AD 180), todos refletem utilizações feitas de Hebreus. Ele foi listado entre os vinte e dois livros da versão siríaca do Novo Testamento (c. AD 150). Sua omissão do documento Latina, o Fragmento Muratoriano (c. AD 170), é de pouca importância, pois este documento é conhecido por ser incompleta. Marcião provável rejeitado Hebreus, como fez algumas outras obras, por causa de sua discordância com seu próprio ensino.

A tarde testemunho do terceiro século de segunda ou início de importância para Hebreus é encontrado na obra fragmentária de Clement, o sucessor de Pantaenus, na escola catequética em Alexandria (c. AD 190). O seguinte fragmento é preservada nos escritos de Eusébio:

E em seus esboços para falar geralmente, ele (Clement) deu breves exposições de toda a Escritura canônica, nem mesmo passando pelas disputadas livros, quero dizer, a Epístola de Judas eo resto das epístolas Católica, a Epístola de Barnabé eo modo -chamado Apocalipse de Pedro. E além disso, ele diz que a Epístola aos Hebreus foi o de Paulo, mas tinha sido escrito para os hebreus na língua hebraica, e que Lucas, tendo com grande cuidado traduziu, publicou-o para os gregos; portanto, esta Epístola e os Atos são encontrados para ter a mesma coloração de estilo e dicção. Ele observa que a epístola não começa com 'Paulo Apóstolo,' e com razão; for (diz ele), escrito em Hebreus, homens que haviam se tornam preconceituosas contra ele e estavam desconfiados dele, ele agiu com muita sabedoria em não repelindo-los desde o início, dando o seu nome. Em seguida, um pouco abaixo acrescenta: E como o presbítero abençoado até agora costumava dizer, uma vez que o Senhor, como Apóstolo do Todo-Poderoso, foi enviado para Hebreus, Paulo através de modéstia, como tendo sido enviadas para os gentios, não inscrever próprio Apóstolo de Hebreus, devido à honra que pertence ao Senhor, e também porque ele foi além dos seus limites na abordagem de Hebreus também, quando ele era arauto e apóstolo dos gentios.

Se, como Moulton pensa, o "abençoado presbítero" referido na passagem anterior é Pantaenus, então a observação de Westcott que "a tradição é levada quase até a era apostólica" parece estar correto. Desde o tempo de Orígenes (AD 185? -254?) em diante a Igreja de Alexandria, representada por seus escritores, parece ter aceitado a autoria paulina de Hebreus. No entanto, o próprio Orígenes afirma,

Mas se eu tivesse que dar a minha opinião, eu deveria dizer que os pensamentos pertencem ao apóstolo [Paulo], mas a dicção ea composição com alguém que escreveu a partir da memória o ensinamento do Apóstolo, e que, por assim dizer, comentou que que havia sido dito pelo professor.

Por outro lado, os escritores latinos do Norte Africano tinham opiniões divergentes das dos alexandrinos. Tertuliano (c. AD
200) cita o quarto capítulo de Hebreus, mas atribui a epístola a Barnabé e declara-lo de maior valor do que o Pastor de Hermas , uma vez que, como ele afirma, foi "escrito por um homem que aprendeu com Apóstolos e ensinou com Apóstolos. "tempo considerável que decorreu antes de qualquer outra certa citação de Hebreus apareceu em os escritores latinos.

Até o final do século III ao que parece, a partir dos documentos existentes, que Hebreus era conhecido e reconhecido pelas igrejas em Alexandria, Roma, Síria e na Ásia Menor. Neste tempo, as duas igrejas de Alexandria e da Síria considerou-o como uma obra de Paulo. Mas, de acordo com Eusébio, por AD 326 a igreja em Roma rejeitou a autoria paulina de Hebreus. Isto tornou-se a convicção geral das Igrejas ocidentais no século IV. Esta posição parece ter resultado da influência de Jerônimo e Agostinho, tanto de quem rejeitou a autoria paulina, mas apoiou fortemente a autoridade canônica de Hebreus. Nas Igrejas orientais, incluindo a Palestina, Síria, Alexandria, Ásia Menor, e de Constantinopla, não parece ter sido uma aceitação geral da autoria paulina da epístola. À luz das circunstâncias precedentes Moulton observa,

Ele não pode ser pensado de estranhar que por um tempo muitos devem demonstrar hesitação em relação a esse documento como este anônima, peculiar em caráter, e se dirigiu a um círculo especial e limitado de leitores. As dúvidas têm nos últimos tempos tinha pouco poder. Seu efeito pode, em sua maior parte, ser identificados em uma estimativa de variação para a importância do Livro, em comparação com os escritos indubitáveis ​​de St. Paulo.

Farrar observa que a lentidão comparativa da Igreja do Ocidente a aceitar a canonicidade de Hebreus foi devido ao mal-entendido de certas passagens da epístola. Ele observa que "no Muratorian Canon nos é dito que" não podem ser recebidos na 1greja Católica para ele não é adequado que o veneno deve ser misturado com mel. " "Philastrius lembra que foi rejeitada por alguns até mesmo no século V, pois os hereges foram pensados ​​para ter adicionado a ele. Tão tarde quanto o século XVI Luther considerado o autor de Hebreus como não sendo um apóstolo, e, assim, ele segurou, ele não deve ser chocante se elementos de feno e palha foram encontrados na epístola. As passagens de Hebreus que causou maior alarme, em razão de terem sido mal interpretado Sl 3:2 ; Sl 7:5 .

É de especial interesse e importância que Hebreus foi reconhecido como canônico no primeiro concílio da igreja que se pronunciou sobre a canonicidade dos livros do Novo Testamento. Deste importante ocasião, e sua influência sobre Hebreus, Thiessen afirma:

O Terceiro Concílio de Cartago (AD
397) nos dá a primeira decisão conciliar sobre a Canon. Agostinho foi um influente membro deste Conselho. Um dos Cânones deste encontro demandas que nada ser lido na 1greja sob o título de divina Escritura, exceto os livros "canônicos". Em seguida, ele dá uma lista dos livros que são canônicos, que abraça exatamente os nossos vinte e sete livros. A Epístola aos Hebreus é curiosamente introduzido. Depois de listar 'treze Epístolas do Apóstolo Paulo, "a Canon continua a dizer," uma epístola do mesmo autor de Hebreus. " Este talvez tenha sido feita, a fim de mostrar que o terreno em que Hebreus foi reconhecido foi porque era Pauline na origem.

É de mais interesse que o Conselho de Hipona (AD
419) apresenta em seus cânones da lista cartaginesa de vinte e sete livros e, especificamente, designa "quatorze epístolas de Paulo", que remove a apresentação um tanto ambígua da antiga lista. Enquanto o Conselho de Hipona reconhece evidentemente hebreus como de autoria paulina, ele, por outro lado, também parecem claramente reconhecer por este tempo a sua canonicidade. No entanto, como indicado anteriormente, o autor deste comentário não aceita a autoria paulina de Hebreus, mas sim, se inclina para a visão de que Apolo pode tê-lo escrito.

CHARLES W. CARTER

NOTA COMPLEMENTAR I *

Apolo e Alexandrita CRISTIANISMO EM RELAÇÃO AO HEBREUS

Ela [a Epístola aos Hebreus] é o nosso único espécime canônicos do cristianismo Alexandrino.

Devido ao contato revigorante do judaísmo com a filosofia e cultura grega, não tinha crescido em Alexandria uma escola de pensadores liberais, representada por escritores como Aristóbulo, os tradutores da Septuaginta, o autor do Livro da Sabedoria, e acima de tudo por Philo, que, enquanto eles continuaram a ser fiéis judeus, encontrou espaço em sua teologia para os pensamentos que não tinham derivados de Moisés ou a partir do Antigo Testamento. Ao utilizar o instrumento potente de alegoria, eles foram capazes de fazer Moisés expressar os pensamentos de Platão e de transformar uma filosofia religiosa em algo que eles consideravam ser uma religião filosófica. Seu método era a fonte de muitos absurdos, e grande parte do seu sistema de interpretação foi fantástico e sem valor, mas eles foram levados para alguns pensamentos que na providência de Deus tornou-se parte da preparação para o cristianismo. Entre eles estava a doutrina do Logos ou Verbo Divino, ea concepção geral de que uma dispensa mais amplo e menos exclusivo estava na mão. St. Paulo e St. João, provavelmente, estavam familiarizados, se não com os escritos reais de Philo, pelo menos com algumas das suas concepções. O autor da Epístola aos Hebreus foi certamente familiarizado com alguns dos seus numerosos tratados, e em não poucas passagens foi diretamente influenciado tanto por seus pontos de vista e suas expressões. Ele é uma das ligações entre as escolas judaicas e cristãs de Alexandria. A escola cristã, que era de Alexandria, não só na sua localidade, mas em muitos de seus pontos de vista fundamentais, continuaram as tradições dos judaístas Alexandrino; fundada por São Marcos foi realizado em pelo trabalho de Pantaenus, Clemente de Alexandria, Dionísio, Pierius, Pedro Martyr, Dídimo, e era acima de tudo enriquecido pela aprendizagem e gênio do glorioso e infatigável Orígenes.

O caráter desta epístola é Alexandrino em seu aprendizado, sua cultura, sua teosofia, o seu método de exegese. O escritor mostra influências de Alexandria na conta exclusiva que ele paga ao povo escolhido; na sua maneira de tratar a Escritura, que deduz mistérios de seus símbolos e significados latentes até mesmo de seu silêncio; no seu pedido a Cristo de muitos dos termos e concepções que Philo tinham aplicado ao Logos; em sua concepção da Palavra de Deus como mais cortante do que qualquer espada de dois gumes; na severidade intransigente e condenação incondicional com o qual ele fala de apóstatas; e, sobretudo, em duas concepções fundamentais que correm ao longo de sua epístola. Uma delas é o sacerdócio de Melquisedeque de Cristo; o outro é que a filosofia de idéias que Philo emprestados de Platão. A tônica do raciocínio da Epístola é encontrada na cotação, "Veja que faças todas as coisas, segundo o padrão de te mostrou no monte. Ele considerava o mundo visível como apenas a sombra do invisível. Para ele, a realidade de todos os fenômenos dependia exclusivamente do invisível, pre-existente, eterno Noumena. O mundo dos sentidos era apenas um reflexo, como um poeta persa, disse, do mundo do espírito. Ao longo da Epístola ele representa vistas paulinos, mas colorido pelas influências alexandrinos, e inclinando-se, tanto quanto era possível para um Paulinist ao ponto de vista de cristãos judeus.

É sobre esta concepção de que todo o seu argumento se baseia. Ele mostra que o cristianismo é a mais próxima (e na terra o mais próximo possível) aproximação ao Eterno Arquétipo. Assim, ele fornece uma "tentativa completamente original para estabelecer os principais resultados do Paulinism sobre novos pressupostos e de uma forma totalmente independente." Argumentos de São Paulo, a partir do fato de que eles eram tão arrebatadora e irresistível, despertou o antagonismo amarga dos judeus , e agitou-se todo o seu patriotismo frenética contra o homem que ia de encontro a todos os seus preconceitos mais queridas por falar da Lei como consistindo em "rudimentos fracos e pobres", e dizendo que ela foi dada "por causa das transgressões." O argumento deste escritor foi muito menos chocante convicções judaicas. Foi o argumento de um minori ad majus (primeiro formulada por Hillel) com a qual os seus próprios métodos rabínicos tinha feito familiar. As palavras "quanto mais" ... quase poderia ser tomado como seu pivô. Ele trata a relação do cristianismo com o judaísmo, não do ponto de vista ético, como São Paulo faz, mas a partir da metafísica. Ele não diz uma palavra contra ferimento Levitism. Ele não habita, como São Paulo faz, em seu caráter acidental e subordinado, sua frivolidade, a sua ameaça, ou a sua deathfulness. Pelo contrário, ele o reconhece como uma parte sagrada e essencial na continuidade ininterrupta da economia de Deus. Ele vê Mosaism, não como St. Paulo faz como um intermediário inferior entre a promessa feita a Abraão e do Evangelho de Cristo, mas como a cópia entre o Arquétipo Eterno ea Realidade Final; como um símbolo material da Idea, que deve seguir ser subjetivamente realizado. Ele é capaz de falar sobre isso com respeito, como uma revelação genuína (He 1:1 , He 12:19 , etc.), enquanto ele ainda pode levar seus leitores a ver que o cristianismo oferece uma melhor esperança (He 7:19 ); um melhor pacto (He 7:22 ); um serviço mais excelente (He 8:6 ); sacrifícios melhores e melhores promessas (He 9:23 ); e acima de tudo um grande, Simpático, expiatório, glorificado Eterno Sacerdote.

Ele era capaz, portanto, valer-se do sentimento judeu ao considerar o judaísmo menos como um direito e não como um sistema de adoração . Ele se apodera do sacerdócio e sacrifício como o ponto central de seu tratamento. Ele trata a ... [Tabernáculo] eo Sumo Sacerdote com profundo respeito. O cristianismo é representado como uma sublimada, completou, judaísmo idealizada. Ele mora com detalhe amoroso no esplendor imponente do Tabernáculo, e nos mostra o Sumo Sacerdote entrar na terrível escuridão do Lugar Santíssimo e vestido com a pompa de suas vestes lindas e jóias; e, em seguida, como com um aceno de varinha-define tudo isso de lado, como um símbolo, uma imagem, uma sombra passageira, enquanto ele tira a cortina azul dos céus e pontos ao sumo sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque, que passou ... [através de] seu próprio sangue uma vez por todas em um Tabernáculo não feita por mãos eterna nos céus. O Tabernáculo judaica era um padrão de material desse arquétipo ideal que é parcialmente realizado no cristianismo agora, e será alcançada no céu a seguir. Era uma sombra da salvação, que agora é subjetivamente se no cristianismo, e será daqui em diante objetivamente percebido no céu.

A Epístola ou foi escrito por Apolo-amigo de Timotéo, e um seguidor de St. Paulo, um alexandrino com antecedentes judaico-cristãs, eloqüente, corajoso, independente e aprendeu nas Escrituras-ou então o nome do autor é desconhecido para nós. Ele pode ser decisiva provou que não poderia ter sido escrito por Aquila, Tito, Silas, Barnabé, Lucas, Marcos, Clement, ou qualquer outro desses companheiros de São Paulo, cujos nomes são preservados para nós nas Epístolas ou Atos.

NOTA COMPLEMENTAR II *

ESTILO DO Epístola aos Hebreus

Tem havido muito debate sobre o estilo literário na composição da letra. Alguns estudiosos afirmam que ele está corretamente colocado como uma epístola entre as outras epístolas do Novo Testamento. Outros insistem que é uma escrita mais formal;que não trazem as marcas de uma epístola como geralmente entendido. Em relação a este item os seguintes fatos são anotados:

1. O escritor chama de seu trabalho "a palavra de exortação" (tou logou TES paraklēseōs , He 13:22 ). Enquanto convite pode ser dada em uma carta, parece haver alguma importância para o uso do artigo definido como referindo-se a si escrita de uma forma mais formal. Admite-se geralmente que a todos, mas o capítulo final segue o padrão de um tratado. As seções exortatórias são tão tecida em toda a escrita que "a palavra de exortação" devem ser considerados como referindo-se a toda a epístola.

2. O escritor não chama seu trabalho uma epístola. Com referência a "a palavra de exortação", explica, "para, mesmo que brevemente eu vos escrevi" (kai gar dia bracheōn epesteila hymin ). Esta frase do ASV traduz, "pois eu vos escrevi em poucas palavras." Rotherham traduz "para o mesmo com breves palavras que eu vos envio". O mais próximo que o escritor vem em dar-lhe o lugar de uma epístola é no uso de "Eu escrevi" (epesteila ), uma forma verbal que de vez em quando tem o significado que adquiriu "para escrever", mas o significado básico de que é "para enviar para", "para enviar por mensagem ou letra" e geralmente é usado no sentido "de licitação, intimar, comando, anunciar, dar inteligência."

Também não se pode afirmar que em um tratado escrito, o que, sem dúvida, foi concebido para ser lido para um grupo de amigos bem conhecidos, alguns assuntos epistolares pessoal não pode ser incluído.

3. O escritor, no seu estilo, segue rigorosamente o padrão de um discurso formal. Não pode haver dúvida de que ele era, pelo menos, sob a influência do estilo grego alexandrino de composição. Quando estudada do ponto de vista de um tratado, desenhado no principal para ser exortação útil, o livro revela uma notável unidade. O escritor deve ter sido profundamente consciente do peso da exortação no livro, quando ele escolheu uma palavra tão extraordinária para expressar o que ele havia escrito para eles. Para expressar "eu escrevi", ele poderia ter usado egrapsa (conforme Testamento grego, 1Jo 2:13 , 1Jo 2:14 ). Em vez disso, ele escolheu uma palavra o significado mais profundo do que é "para transmitir uma ordem," "para enviar directivas", "para dar instruções." Isto se harmoniza com "a palavra de exortação". Este significado é apoiada pelo papiros.

A Epístola aos Hebreus é um tratado incluindo verdadeira exortação homiletical com alguns assuntos pessoais de natureza epistolar anexado. Este foi sucinta e bem indicado por vários escritores:

Começando no estilo de um tratado doutrinário, mas constantemente interrompido por admoestações fervorosos e afetuosos ... este livro grande e maciça conclui sob a forma epistolar.

A epístola aos Hebreus difere em forma de todas as outras epístolas do Novo Testamento ... Ele começa como um ensaio ou tratado.; progride como um sermão ou homilia; ele termina como uma carta. Ele não constituem um tratado de alta ordem literária. ... É uma homilia apaixonada. ... É uma epístola.

Westcott encontra em Hebreus um estilo e método que é absolutamente único. Ele afirma que "o estilo do livro é caracteristicamente helenístico, e, tanto quanto a evidência escassa vai, de Alexandria; mas o ensino é como a de João, caracteristicamente palestino "Mais uma vez na mesma visão mais notas.:

"Seu [do escritor] estilo e dicção são bastante 'ao contrário de S. Paulo; ao invés de direto, discurso simples, robusto do apóstolo, temos fraseologia aqui retórica em períodos arredondados. Mais importante é a atitude teológica do escritor, que é muito diferente da de São Paulo ".

NOTA COMPLEMENTAR III *

O LUGAR DA hebreus no cânon do Novo Testamento

A Epístola aos Hebreus está em pleno acordo com o resto do Cânon do Novo Testamento. Em seu ensino, serve como um complemento necessário para o restante dos livros.

1. ênfase principal de Hebreus. Os editores da Pilgrim edição da Bíblia afirmam que "para além da Epístola aos Hebreus, a Palavra de Deus diz praticamente nada do presente ministério do Filho de Deus, na presença de Deus, ou de seu escritório constante como alta Priest ".

2. Relação de Hebreus a outros livros do Novo Testamento. Quanto ao seu lugar de destaque entre os livros do Novo Testamento Hebreus é:

Um dos três livros especialmente dirigida aos cristãos hebreus, cada um dos quais é marcado por uma visão característica da .

(1) Mateus revela os contornos da davídica ou Rei messiânico.

(2) Tiago mostra o trabalho de "uma lei perfeita" (Jc 1:25 ; Jc 2:8 , 2Pe 3:16 e dogmaticamente afirmam que a epístola de Paulo referiu-se há este Epístola aos Hebreus. Mas o que Pedro afirma é que, não só na epístola referido diretamente lá, mas em todas as suas epístolas, Paulo estava falando dessas coisas ", em que há algumas coisas difíceis de entender." Agora, alguns levá-lo de que o que Paulo falou sobre os laços em com a declaração de Pedro ", e conta que a longanimidade de nosso Senhor é a salvação." Rm 2:4ff ).

d. A epístola mostra como o cristianismo é o cumprimento absoluto da idéia das instituições positivos da lei. João mostra como na Palavra se tornando carne há o cumprimento da idéia absoluta de criação que está na base de todo o Antigo Testamento.

(2) Há certos ensinamentos específicos na Epístola aos Hebreus, que podem ser comparados com os ensinamentos do Evangelho:

1. Não é a característica ensino no sumo sacerdócio de Cristo em Hebreus. Isto pode ser encontrado implicitamente, embora não explícito, nas próprias palavras do Senhor como eles foram preservados nos escritos de João.

b. Não é o discurso que define a natureza da nova sociedade (Jo 10:1 ).

c. O Senhor revela sua vitória através da morte. Ele se mostra em uma figura ao mesmo tempo como vítima e sacerdote (10:. 17ss ). Novamente Ele proclama que Ele vai chamar todos os homens para si mesmo quando é levantado da terra (00:32). Sua remoção das limitações do presente existência corpórea é a condição de seu dom espiritual (16: 7 ). Ele hallows o seu povo, Ele mesmo (capítulo 17 ).

Nessas revelações, e outros no Evangelho de João, temos pensamentos que são trabalhadas em um todo concluído na Epístola aos Hebreus sob a aparência do sistema levítico.

O TABERNÁCULO

A. O Tribunal de Israel

1. Entrada Hanging

B. O Lugar Santo

b. O Véu diante do Santo Lugar, o Kalymma

C. O Santo dos Santos

c. The Inner ou Second Veil, o Kata-petsma

1. A Grande Altar

2. O Laver

3. A Mesa da Presença

4. O Candlestick ou Lampstand

5. O Altar de Incenso

6. Arca da Aliança

7. O Propiciatório sobre a Arca, com mais de sombreamento Cherubim

Wesley - Comentários de Hebreus Capítulo 1 do versículo 1 até o 14
PRIMEIRA PARTE: SUPERIORIDADE DOUTRINAL DE CRISTO E CRISTIANISMO (He 1:1 ).

Browning expressou esta idéia, portanto, em Cleon: "aqueles homens divinos de velhos tempos chegaram, dizes bem, cada um em um ponto à beira do lado de fora. "

A primeira proposição clara do autor de Hebreus é que Deus sempre se revelou (conforme At 14:15 ). É quase impossível que um Deus de amor deveria ter feito menos de manifestar-se ao homem que carrega sua própria imagem, pois o amor não significa nada, a menos que se expressa. O autor não está sugerindo que uma nova voz está falando. É a mesma voz falando agora em Seu Filho que já havia falado por meio de várias outras agências. Mas o fato da revelação contínua de Deus através dos tempos pressupõe a capacidade do homem e capacidade de receber essa revelação. Depravada pelo pecado, embora ele tenha sido e é, que a depravação nunca completamente apagada a imagem divina no homem. O recebimento-set humano nunca foi prejudicada até agora pelo impacto e os efeitos do pecado a torná-lo totalmente incapaz de sintonizar na transmissão celeste.

A revelação de Deus ao homem foi cinco vezes quanto às suas principais categorias:

(1) Deus revelou em Sua obra da natureza antes que Ele nunca trouxe o homem a existir, embora pareça evidente que Ele tinha homem em mente quando criou a natureza (conforme Sl 19:1. ; . Rm 1:20) .

(2) Deus revelou-se na constituição muito moral do homem, fato que tem sido desde então inescapável (conforme Gn 1:26 ; Rm 1:19. ; Rm 2:14 ).

(3) Deus se revelou na lei dada por meio de Moisés.

(4) Deus tem se revelado nos acontecimentos da história humana.

(5) Deus deu ao homem uma revelação especial de Si mesmo na pessoa de Seu Filho Jesus Cristo (conforme Jo 1:14 ).

No entanto, em muitos aspectos fragmentários, como o homem era capaz de recebê-lo, Deus revelou-se a todos os homens em todos os lugares ao longo dos tempos que precederam a vinda de Cristo em pessoa. É a esta última revelação de que o autor de Hebreus refere-se no verso desta epístola de abertura.

A revelação de Deus na constituição moral dos homens Carlyle designa como "aquele algo ou alguém dentro dele que se pronuncia sobre a correção ou incorreção da escolha de motivos." Talvez seja o suficiente para dizer a consciência do homem é sua mente julgar em questões morais. Immanuel Kant disse: "Há duas coisas que me intimidar-o céu estrelado acima ea lei moral dentro". Esta consciência pode ser negligenciada, pervertido, entorpecido, ou grelhado, mas a sua indestrutibilidade e inescapableness testemunham a sempre presente revelação divina para homem. Há aqueles que acreditam que Deus também se revela na história. Nesta história vista não é uma série de eventos desconexos, mas sim um registro de feitos do homem, quer como dirigida ou anuladas por Deus. Aqui é a revelação pela providência divina.

No entanto, nem a natureza, a constituição moral do homem, a lei divina como dada por Moisés, a história, nem qualquer outra revelação parcial e imperfeito de Deus ao homem em eras passadas, ou para o homem no presente, é suficiente para tornar Deus conhecido pessoalmente para o homem. Tal conhecimento só pode ser alcançado através de uma pessoa que é Deus e homem, o homem Cristo Jesus. Em tal pessoa, mesmo o próprio Filho de Deus, Ele deu ao homem a revelação pessoal perfeita e final de Si mesmo. Assim, os impessoais revelações morais naturais e pessoais de Deus para o homem encontrou o seu cumprimento e finalidade especial na revelação divina de Deus em Seu Filho, o Verbo encarnado. A Palavra de Deus escrita ocupa algo de uma posição intermediária entre principal revelação de Deus na natureza e Sua revelação perfeito em Seu Filho, Jesus Cristo, o Verbo feito pessoal. ("O Verbo se fez carne", Jo 1:14 .)

Há um sentido em que a revelação de Deus ao homem, a partir do original natural para o pessoal final, foi progressiva. Não que a revelação de Deus foi-se desenvolvendo, mas que Deus se revelou como o desenvolvimento de homem era capaz de receber a Sua mensagem. Neste sentido, a revelação de Deus ainda é progressiva, com o indivíduo de sua conversa inicial através de sua maturação na graça de Deus. Assim, é concebível que os meios de revelação divina, se a natureza, o sonho ou visão, profecia, a constituição moral do homem, ou mesmo a palavra escrita se na Lei ou o Evangelho, pode tornar-se um fim em si e, portanto, ídolos. A menos que os meios de liderança divina revelação de e para culminar em Cristo, eles não conseguem a finalidade para a qual Deus criou-os, e, conseqüentemente, o homem direta de distância de, ao invés de, Cristo. Assim, torna-se significa o fim, e em matéria de religião esta sempre culmina em idolatria. Este foi o erro dos judeus legalistas. Tem sido o erro dos místicos. Tem sido o erro dos ascetas. Tem sido o erro dos naturalistas. É o erro dos humanistas, e é o erro dos materialistas, quer que o materialismo se expressa no cientificismo ou hedonismo. É a triste erro do nacionalismo contemporâneo. O primeiro mandamento: "Não terás outros deuses diante de mim" (Ex 20:3 , At 17:31 ). Por outro lado, o fim desses dias representa a introdução da Idade Evangélica, a vinda da plena luz de Deus, que encontrou o homem na idade adulta de sua raça, onde ele poderia ser levado à luz clara da verdade moral e espiritual (conforme Gl 4:4 ). Quando Deus falou em seu Filho , Jesus Cristo, Ele estava falando em e através de uma que era tanto Deus perfeito e homem-o perfeito Deus-homem. Em Seu Filho, Jesus Cristo, houve perfeita compreensão da verdade divina e vontade, e uma comunicação adequada de que a verdade ea vontade de homens (conforme He 7:28 Matt. , 29 ).

Deus deu a Sua revelação em fases sucessivas. Ele falou pela primeira vez aos pais, pelos profetas . Essas palavras sugerem finalidade, e eles pretendem incluir a totalidade da antiga revelação, inclusive da patriarcal, Mosaic e profético. Mas, além disso, eles indicam a conclusão de um período preparatório que aponta para a maior lição que está agora a ser ensinado no Messias. Deus agora tem falado a nós em Seu Filho . A primeira revelação não é completa sem o segundo. Mas o segundo não poderia ter sido possível sem o primeiro, que era preparação para a segunda. Paulo compreendeu a interdependência destes dois estágios da revelação divina, como também o incomparável superioridade do último para o primeiro, e manifestou-se assim: "A lei é tornar-se o nosso tutor [o agente faltoso ou talvez melhor, criança-guardião] para trazer-nos a Cristo, para que fôssemos justificados pela fé. Mas agora que a fé [em Cristo] veio, já não estamos debaixo de um tutor "( Gl 3:24 , Gl 3:25 ). Assim, a primeira foi a preparação, enquanto o último foi perfeição. Aqui se expressa a relação real e significativa entre o propósito e significado do Antigo e Novo Testamentos. Eles não são, quando compreendida corretamente, duas revelações distintos ou contraditórios. Eles são, sim, complementares. Como St. Augustine observado, o Antigo Testamento é o Novo Testamento em botão. O Novo Testamento é o Antigo Testamento em plena floração.

(3) A referência do autor para diversas porções significa as várias partes da revelação divina dada aos homens durante um período de mil anos de Moisés a Malaquias, e de fato muito mais tempo se os períodos patriarcais e anteriores devem ser incluídos. Por outro lado, as boas maneiras diversas indicam claramente a variedade de métodos que Deus usou nos tempos antigos para obter a sua mensagem através do homem. Uma versão sucinta torna a passagem anterior assim: "Em muitas revelações separadas, cada um dos quais estabelecem uma parte da verdade e de diferentes maneiras falou Deus antigamente aos [seus] pais em e ., pelos profetas "Phillips torna muito diretamente a passagem, "Deus, que deu aos nossos antepassados ​​muitos vislumbres diferentes da verdade nas palavras dos profetas, tem agora, no final da presente época, nos deu a verdade no Filho."

Estas revelações incluídas visões, sonhos, vozes audíveis, palavras proféticas, simbolismos e lições de objeto. Eles eram imperfeitos, quebrado, muitas vezes fragmentadas sinais, tipos e sombras das realidades de ser revelado no futuro em Cristo (conforme Cl 2:17 ; He 8:5 ). No entanto, Deus fala agora em seu Filho . Em Seu Filho, Cristo, são incorporados tanto o mensageiro perfeito e a mensagem perfeita. Como Deus perfeito e homem perfeito, o Filho é tanto a mensagem da verdade divina e o mensageiro de que a verdade (conforme Jo 14:6 ). Embora Ele era Deus em forma humana, Ele era, no entanto, Espírito (Jo 4:24 ; Jo 7:37 ). Assim como a personalidade espiritual divina Ele levou todas as notas essenciais da personalidade divina, incluindo a inteligência perfeita, vontade perfeita, emoções perfeitas ou sensibilidades, e responsabilidade moral perfeita. O homem criado à imagem espiritual pessoal de Deus do mesmo modo que os terá de notas essenciais da personalidade, embora no finito humano, e não o divino infinito, formulário. Assim, o Deus pessoal sob a forma de o perfeito Deus-homem é capaz de comunicar-se diretamente com a personalidade humana finita, o que corresponde, em suas notas essenciais para a personalidade divina. Esta não é uma comunicação indireta divino ao homem através dos tipos, símbolos e sombras da lei antiga, nem comunicação indireta deuses através de revelação natural (conforme Sl 19:1 ). Pelo contrário, é uma "pessoa a pessoa" de comunicação.

B. CRISTO superiores aos profetas no relacionamento e de trabalho (He 1:2 ), refere-se a Cristo em Seu estado preincarnate. Logos sugere umanecessária relação com o Pai. Filho sugere um livre ou volitiva relacionamento com o Pai.

(2) Como o divino Filho do Pai, Cristo é herdeiro. A nomeação de Cristo a co-herdeiros antecede a criação do mundo. Assim posse por direito de propriedade criativa, ao invés de herança de um proprietário anterior, parece ser o significado primário da palavraherdeiro em seu uso aqui. No entanto, parece ter um significado secundário também nesta passagem. O homem, a quem o domínio sobre o mundo criado tinha sido dado por Deus, tinha perdido o seu domínio a Satanás através de sua desobediência a Deus. Por meio de Sua realização redentora na cruz, Cristo trouxe todo o universo sob seu controle, restrição único homem deliberadamente rebelde. Sua declaração declaratória após a Sua ressurreição confirma esse fato: "Toda a autoridade tem sido dado a mim no céu e na terra" (Mt 28:18 ; conforme . Sl 8:4 ). No entanto, o homem perdido essa senhorio quando ele desobedeceu a Deus e cedeu às tentações de Satanás. Ele era incapaz de recuperar a posse perdida por ele mesmo desde que ele, também, tornou-se escravo do Inimigo. Nem poderia Deus de Si mesmo recuperar e devolver ao homem a sua senhoria da criação, uma vez que Ele havia delegado naquele reino do homem. Por isso, tornou-se necessário que Deus se fez homem em Jesus Cristo através da encarnação, a fim de resgatar e restaurar toda a criação perdido, incluindo o próprio homem. Assim, por meio de Sua realização redentora, Cristo, o Filho de Deus tornou-se herdeiro de toda a criação de novo. À luz deste fato Cristo é herdeiro num duplo sentido. Ele é o herdeiro de seu direito criativo, e Ele é o herdeiro de seu direito redentor. O ônus da pregação pós-pentecostal, como que a pregação está registrado no livro de Atos, foi o senhorio universal de Cristo. Esta opinião é corroborada pelo fato de que a palavra "Senhor", como aplicado a Cristo, não é menos encontrado de 110 vezes no livro de Atos. Tudo isso aponta para o fato de que, em Sua heirship Filho classifica superior aos profetas antigos.

(3) A participação do Filho na criação coloca em uma posição incomparavelmente superior aos profetas. Cristo, o Filho participou de toda a criação, desde o início. João declarou, a propósito da Logos eterno, "Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; e sem ele não era nada do que tem sido feito "( Jo 1:3. ).

A criação do homem por Deus (Gn 1:26 ), os leitores cristãos hebreus seria mais fácil admitir. Eles iriam admitir igualmente que os profetas eram homens, mas seres humanos. Assim, os próprios profetas foram incluídos nos todas as coisas criadas pelo Filho.A conclusão inevitável é evidente. O Filho, o Criador, é maior do que as criaturas, ainda maiores do que os profetas. Relacionamento de Cristo como Filho, herdeiro, e co-criador com o Pai é, assim, estabelecido como superior à dos profetas hebreus.

C. CRISTO superiores aos profetas em Apocalipse (He 1:3 ). A plenitude da Divindade habita em Cristo, realmente, não tipicamente (conforme Jo 1:14 ). Assim Cristo, o Filho foi superior aos profetas hebreus como os feixes de farol são superiores aos refletores que eles lançam para o mar escuro (conforme Mt 5:14 ).

Muitas reflexões parciais e quebradas da luz divina que tinha sido visto por homens em eras passadas através da natureza, nos restos morais da imagem divina no homem caído, em sonhos e visões, e nos tipos e sombras da lei mosaica. Mas não até que Cristo veio fez homem ter a revelação direta de Deus em pessoa. Ele era de fato a substância muito divina em forma humana, o Homem-Deus.

D. CRISTO superiores aos profetas das realizações (He 1:3 ), Cristo qualificado para se tornar o mediador entre um ofendido a Deus e ao homem agressor, e do Redentor e Reconciler do homem com Deus por meio de Sua expiação. Alguém observou:

Como Mediador e Salvador, tendo assumido a Ele a nossa natureza, e sofreu nele na terra, Ele tomou-a com Ele para o céu; lá está ao lado de Deus, e esta foi a recompensa de Sua humilhação. É por ninguém menos do que isso, que Deus nestes últimos dias tem falado ao homem. ... Que ele deveria pelo próprio purificar-nos de nossos pecados é um mistério de amor para além dos nossos poderes extremos de admiração, louvor e gratidão.

Assim, tanto em Sua preservação providencial e Sua redenção da criação caída, o Filho foi superior aos profetas que possuíam nem o poder de auto-preservação, nem redenção, como meros homens, para não falar de outras ordens de criação.

II. CRISTO superior aos anjos (He 1:4 Pois a qual dos anjos disse ele a qualquer momento,

Tu és meu Filho,

Este dia te gerei? e novamente,

Eu serei para ele um pai,

E ele me será Filho?

6 E quando ele traz de novo no Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem. 7 E dos anjos, diz,

Quem comete seus ventos anjos,

E de seus ministros labaredas de fogo:

8 Mas do Filho diz ele ,

O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre;

E o cetro de eqüidade é o cetro do teu reino.

9 Amaste a justiça e odiaste a iniquidade;

Por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu

Com o óleo de alegria mais do que a teus companheiros.

10 E,

Tu, Senhor, no início fizeste lançar os alicerces da terra,

E os céus são obra das tuas mãos;

11 Eles perecerão; mas tu continuas:

E todos eles se envelhecerão como o faz um vestido;

12 E como um manto tu hás de enrolá-las,

Como uma peça de roupa, e eles devem ser alterados:

Mas tu és o mesmo,

E os teus anos não acabarão.

13 Mas de qual dos anjos vos disse ele a qualquer momento,

Assenta-te à minha direita,

Até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés?

14 Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para fazer o serviço para o bem dos que hão de herdar a salvação?

A. CRISTO superior aos anjos NO NAME (He 1:4 ). Eles foram projetados para atrair os cristãos de a prioridade de consideração sagrada que eles deviam a Cristo, e, consequentemente, reduzir a uma posição de um entre muitos mediadores entre Deus e os homens. Isso, é claro, teve o efeito de roubá-lo de ambos Sua única mediação e Liderança divina.

A situação anterior exigiu a criação adequada de Cristo como o criador de todas as coisas, incluindo os anjos, como também messiânico Redentor para quem os anjos, homens, autoridades e poderes, foram sujeitos (He 2:5 ). Consequentemente, emnome de Cristo é superior a qualquer e todos os anjos de Deus.

B. CRISTO superior aos anjos no relacionamento e na NATURE (He 1:5 ). Embora esta referência do Velho Testamento fala principalmente de Salomão, entende-se que Salomão aqui tipifica o Messias. Filiação relação de Cristo com o Pai, é a própria fonte da qual brota, e que a única base sobre a qual está, cada relacionamento de graça entre o Deus redentor e homem caído. Aqui a relação de Cristo como Filho de Deus, o Pai está incomparavelmente superior ao dos anjos. Lange observa: "através das duas passagens Sl 2:1)

E todos os anjos de Deus o adorem . Em primeiro lugar, o fato de que o nascimento de Cristo foi anunciado de antemão por um anjo de Deus, e que Seu advento terreno foi homenageado pela adoração coral de anjos, indica claramente a superioridade de seu cargo ao longo destes Messias-homenageando criaturas celestiais. Mas parece haver mesmo um toque sutil aqui do Segundo Advento de Cristo, quando Ele contará com a presença dos anjos justos em Sua destruição do mal e do estabelecimento da justiça na terra (II Tessalonicenses 1:7-10. ), e quando Ele vai se tornar o juiz divino dos anjos maus caídos (conforme Jd 1:6 ), designando, assim, a sua posição e função como ministros ou servos de Deus (Sl 104:4f ; Sl 45:6 ). Parece que essas palavras significam: Em primeiro lugar, a verdadeira divindade de Cristo que possibilitou sua mediação e suas realizações. Em segundo lugar, eles indicam a dignidade divina e domínio do seu reino, como é sugerido por um trono , um reino eterno para todo o sempre , e um cetro de justiça que autorizou-o a governar com justiça, tendo feito a justiça possível através da Sua obra mediadora. Em terceiro lugar, eles dão garantia da duração infinita de Seu domínio justos e dignidade, não obstante as tentativas sutis, viciosos e persistentes de demônios e os homens motivados maldosamente para minar e derrubar seu governo (conforme Is 6:1. ). Da mesma forma Sua criação dos céus indica que até mesmo os habitantes dessas céus, os anjos, devem a sua própria existência a Ele. A mutabilidade da criação argumenta só pela sua impermanência em forma, não a sua aniquilação. Não há nenhuma evidência, escritural, histórica ou científica, de que qualquer coisa dentro da ordem criada do universo foi destinado para a aniquilação, ou que nada está sujeita a aniquilação. No entanto, que todas as coisas criadas estão sujeitos a alteração da forma é mais que evidente. É exatamente aqui que a superioridade do imutável, criativo Cristo é mostrado sobre as ordens de mudança da criação. É Ele, o único imutável que tenha determinado, e que providencialmente dirige o plano de mutabilidade nas ordens criadas do universo. Assim, as ordens criadas relevantes e mutáveis ​​estabelecer o caráter absoluto e imutabilidade de Cristo, o criador e sustentador providencial de toda a criação. O Cristo é imutável, portanto, superior aos anjos mutáveis. Como é importante, então, que o homem deve definir suas afeições nas coisas do alto, em cima do Cristo imutável que controla o universo, ao invés de sobre as coisas mudam de tempo. Para fazer o último significa que o homem não tem permanência. Para fazer a primeira é para encontrar segurança e certeza consoladora.

D. CRISTO superior aos anjos das realizações (1: 13-14)

Assenta-te à minha direita . A idéia expressa nas palavras do versículo 3 , sentou-se à direita da Majestade nas alturas , é reiterado nas palavras anteriores. Trabalho criativo, redentora, e restaurador de Cristo foi realizada a título provisório. Ele sentou-se na consciência de Suas realizações redentoras concluídas (conforme Jo 19:30 ). Ele exige apenas a aguardar o desenrolar dessas disposições. Tal não é o caso com os anjos. Eles são inteligentes, mas servos de Deus que tem o dever de funcionar no interesse daqueles cuja salvação Cristo providenciou através de Sua obra redentora acabado. Assim, o Filho é superior aos anjos em que seu trabalho está terminado, enquanto a deles não é; Seu trabalho é redentor enquanto o deles é, mas ministrativa.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Introdução ao Livro de Hebreus
Hebreus

Esboço

I. Um pessoa superior: Cristo (1—6)

  1. Cristo comparado com os profetas (1:1-3)
  2. Cristo comparado com os anjos (1:4—2:18)
  3. Exortação: não nos afastemos da Palavra (2:1-4)
  4. Cristo comparado com Moisés (3:1—4:13)
  5. Exortação: não duvidemos da Palavra (3:7—4:13)
  6. Cristo comparado com Arão (4:14—6:20)
  7. Exortação: não nos tornemos insensíveis à Palavra (5:11-6:20)
  8. Um sacerdócio superior: Cristo e Melquisedeque (7—10)
  9. Uma ordem melhor: Melquisedeque, não Arão (7)
  10. Uma aliança melhor: a nova, não a antiga (8)
  11. Um santuário melhor: celestial, não terreno (9)
  12. Um sacrifício melhor: o Filho de Deus, não animais (10)
  13. Exortação: não desprezemos a Palavra (10:26-39)
  14. Um princípio superior: fé (11—13)
  15. Os exemplos de fé (11)
  16. A perseverança na fé (12:1-13)
  17. Exortação: uma advertência sobre a desobediência à Palavra (12:14-19)
  18. As evidências da fé (13)

A epístola aos Hebreus apresenta di-versos problemas interessantes para os estudantes. Eis um relato que co-meça como sermão e termina como carta (13 22:25). Não tem nenhum autor ligado a ele e, tampouco, fica claro qual é o destinatário. Muitas passagens desse relato foram utiliza-das de forma errônea, e isso prejudi-cou alguns cristãos. Assim, devemos lembrar que o objetivo original des-sa epístola era exortar e encorajar o povo de Deus. É importante estudar Hebreus à luz de toda a Bíblia, não como um relato isolado.

I. A mensagem

He 6:1 resume a principal mensagem da Epístola: "Deixemo- nos levar para o que é perfeito [ma-turidade espiritual]". Hebreus foi dirigida a pessoas que não estavam crescendo espiritualmente (5:11 -14) e permaneciam no estágio de segun-da infância. Deus falou na Palavra, mas elas não foram fiéis na obedi-ência a ele. Elas negligenciavam as instruções do Senhor e afastavam-se das bênçãos dele. O escritor tenta encorajá-las a seguir em frente na vida espiritual ao mostrar-lhes que tinham as melhores bênçãos em Cristo. Ele é o "Autor e Consumador da fé" (12:2). O relato apresenta a fé e a vida cristãs como superiores ao judaísmo ou a qualquer outro sistema religioso. Cristo é a Pessoa superior (1—6), o sacerdócio dele é superior ao de Arão (7—10), e o princípio da fé é superior ao da Lei (11—13).

  1. O escritor

Há séculos, os estudiosos discutem quem é o autor desse relato, uma vez que nenhum escritor é identifi-cado com o texto. As tradições mais antigas apontam para Paulo. Outros sugeriram Apoio, Lucas, Filipe, o evangelista, Marcos e até Priscila e Áqüila! Fica evidente que o escritor é judeu, já que se identifica com o leitor judeu (1:2; 2:1,3; 3:1; 4:1, etc). Ele também se identifica com Timóteo, o que certamente Paulo poderia ter feito. A bênção de encer-ramento é típica de Paulo (veja 2Co 3:1 2Co 3:7-47). O escritor esteve na prisão (10:34; 13:19). Em 2Pe 3:1 2Pe 3:5 2Pe 3:8, parece que o assunto está decidido, pois Pedro afirma com clareza que Paulo escreveu às mesmas pessoas que ele, os hebreus da Dispersão (1Pe 1:1; 2Pe 3:1). Além disso, Pedro chama a carta de Paulo de Escritura. Bem, se Paulo escreveu uma carta inspirada aos hebreus espalhados pelo mundo, e essa carta se perdeu, então uma parte da eterna Palavra inspirada de Deus foi destruída; mas isso é impossível. Hebreus é o único relato das Escrituras endereçado aos hebreus e não creditado a nenhum outro autor. Conclusão: Paulo deve ter escrito Hebreus. Os que argu-mentam que o vocabulário e o es-tilo não são típicos de Paulo devem ter em mente que os escritores são livres para adaptar o estilo e o voca-bulário a seus leitores e aos tópicos dos quais trata.

  1. As "advertências"

Até Pedro informa que algumas pessoas, para a própria destruição delas, pegam o relato de Hebreus e interpretam mal as "coisas difíceis" de entender (2Pe 3:16). Isso acon-tecia por deturparem as Escrituras, ou tirarem as passagens do contex-to e desvirtuarem o sentido da car-ta, dizendo algo que não é o que realmente quer dizer. Devemos ter o cuidado de interpretar Hebreus à luz de toda a Palavra de Deus. Nos-sa sugestão de esboço apresenta as cinco exortações (veja 13:
22) do re-lato; portanto, você pode ver com clareza o desenvolvimento do re-lato. Acreditamos que essas exorta-ções dirigiam-se aos crentes, já que o autor se identifica com as pessoas a quem se dirige: "Importa que nos apeguemos [...] nos desviemos [...] como escaparemos..."; etc. Seria deturpar o sentido dos versículos 6:4-5 dizer que descrevem pessoas "quase" salvas. Alguns cristãos en-tenderam tão mal a graça de Deus e a preciosa doutrina da seguran-ça eterna que também esqueceram que o Senhor disciplina seu povo quando este peca. Devemos abor-dar Hebreus como uma carta escrita para crentes que corriam o risco de voltar à posição carnal de imaturi-dade espiritual, por causa da atitude errada que têm em relação à Pala-vra do Senhor. Paulo adverte que essa desobediência pode levá-los às mãos disciplinadoras de Deus e à perda das recompensas no tribu-nal de Cristo (veja 10:35-36; 11:26). Hebreus não adverte os crentes de que seus pecados os condenarão, porque nenhum cristão verdadeiro está perdido para sempre.

  1. Palavras-chave

As palavras-chave são: superior, excelente e sinônimos (He 1:4; He 6:9; He 7:7,He 7:19,He 7:22; He 8:6; He 9:23; He 10:34; He 11:16, He 11:35, He 11:40; He 12:24); e perfeito e sinônios (He 2:10; He 5:9,He 5:14; He 6:1; He 7:11,He 7:19, He 7:28; He 9:9,He 9:11; He 10:1,He 10:14; He 11:40; He 12:23).


Wiersbe - Comentários de Hebreus Capítulo 1 do versículo 1 até o 14
"Havendo Deus [...] falado!" Essa é a grande mensagem de Hebreus. "Havendo Deus [...] falado" — por-tanto, preste atenção em como você responde à Palavra dele. Afinal, a forma como respondemos à Palavra do Senhor é a mesma em que res-pondemos ao Filho dele, pois este é a Palavra viva. Nesse primeiro ca-pítulo, vemos a superioridade de Cristo em relação aos profetas e aos anjos.

I. Cristo é melhor que os profetas (1:1-3)

  1. Em sua pessoa

Cristo é o Filho de Deus; os profetas são meros homens chamados para ser servos. Cristo criou os mundos (ou "estruturou as eras") e os sus-tenta. A Palavra dele tem poder. Ele mandou os mundos virem a ser, e, agora, a sua Palavra controla e sus-tenta nosso mundo. Cristo também é o herdeiro de todas as coisas. "Tudo foi criado por meio dele e para ele" (Cl 1:16). Ele é o sacrifício de Deus pelos pecados do mundo. Ele "purificou [...] nossos pecados" com sua morte na cruz. Agora, ele está, em glória, assentado nas altu-ras como Rei-Sacerdote de Deus. Ele está assentado, pois sua obra na terra terminou.

  1. Em sua mensagem

Nos tempos antigos, Deus deu suas revelações "muitas vezes e de muitas maneiras". Nenhum profeta recebeu a revelação total. Deus falava por meio de visões, de sonhos, de símbolos e de eventos, como também por intermédio de lábios humanos. Essas revelações apontam para Cristo, e ele é a re-velação máxima do Senhor. Cris-to é a Palavra final de Deus para o mundo. Todas as revelações do Antigo Testamento levam a Cristo, a revelação máxima e total do Se-nhor. Hoje, qualquer pessoa que se vanglorie de ter uma nova reve-lação de Deus é mentirosa. Hoje, Deus não dá revelações; ele ilumi-na sua revelação dada de uma vez por todas em Cristo.

  1. Cristo é melhor que os anjos (1:4-14)

Os anjos têm um papel vital na religião judaica. De acordo comGl 3:19, At 7:53 e Deutero- nômio 33:2, a Lei foi dada por inter-médio do ministério dos anjos (san-tos significa "pessoas santas, anjos"). Os judeus deveríam prestar atenção à mensagem transmitida por Cristo, que é maior que os anjos, já que atentavam para a Lei dada pelos an-jos. O autor menciona sete citações do Antigo Testamento para mostrar a superioridade de Cristo em relação aos anjos.

  1. Os versículos 4:5 citam Sl 2:7 e 2Sm 7:14

Cristo tem uma herança maior e, portanto, um nome maior como herdeiro de todas as coisas. Em Sal-Mc 2:7, Deus Pai chama Cristo de "meu Filho", título que não daria aos anjos. (No Antigo Testamento, os anjos, enquanto grupo, são cha-mados de "filhos de Deus", porém esse título não é concedido a eles individualmente.) Sl 2:7 refe-re-se à ressurreição de Cristo, não ao seu nascimento em Belém (veja At 13:33). Cristo, quando foi res-suscitado dos mortos, tornou-se o "primogênito" de Deus . Colossen- ses 1:18 chama-o de "o primogêni-to de entre os mortos". A segunda citação refere-se a Salomão; leia com atenção e em sua totalidade 2Sm 7:0 aplica essa promessa a Cristo, que é "maior do que Salomão" (Mt 12:42).

  1. Os versículo 6 cita Sl 97:7 (ou talvez Dt 32:43 na Septuaginta, a versão grega)

Essa citação refere-se ao retorno de Cristo à terra ("E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mun-do..."). Os anjos adorarão a Cris-to quando ele retornar ao reino, da mesma forma que o adoraram quando ele veio pela primeira à ter-ra (Lc 2:8-42). Cristo é maior que os anjos.

  1. O versículo 7 cita Sl 104:4

Os anjos são espíritos criados por Deus para ser servos. A citação se-guinte mostra que Cristo é sobera-no, não um servo.

  1. Os versículos 8:9 citam Sl 45:6-19

O Sl 45:0

Esse salmo é fundamental em He-breus, pois Sl 110:4 declara o sacerdócio de Cristo conforme a ordem de Melquisedeque. Agora, ele está sentado à direita de Deus, o Sacerdote-Rei. Em At 2:34, Pe-dro também cita essa passagem. Os inimigos de Cristo ainda não se cur-varam diante dele, porém um dia farão isso.

O versículo 14 apresenta de forma sintética a posição dos anjos: eles são espíritos ministradores, não filhos exaltados; e o trabalho deles é ministrar a nós, os herdeiros com Cristo, na maravilhosa salvação do Senhor.

Vemos a majestade e a glória do Filho de Deus ao reler essas citações. O versículo 4 afirma que Cristo tem um nome mais excelente do que os anjos, pois por meio de seu sofrimen-to e morte adquiriu a mais notável herança. Cristo permanece supremo em seu caráter, em sua obra e em seu ministério. Ele reina como Rei, em-bora hoje seu reino não seja visível na terra, e, um dia, retornará para es-tabelecer a justiça sobre a terra.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Introdução ao Livro de Hebreus
Epístola aos Hebreus Análise
Embora Deus tenha falado aos pais pelos profetas, agora Ele falara pelo Seu Filho. O prólogo afirma o caráter distintivo do Filho. Ele está antes da história, na história, acima da história, é o alvo da história, e o agente que produz a purificação dos pecados dos homens cometidos na história. Ele compartilha da essência da divindade e irradia a glória da divindade. Ele é, a suprema revelação de Deus (1:1-3).
A passagem seguinte (1:4-14) toma clara a preeminência. de Cristo. Ele é superior aos anjos. Eles ajudam àqueles que serão herdeiros da salvação. Cristo em virtude de Quem Ele é, nomeado por Deus, e em virtude do que fizera, está numa posição muito superior à deles. Quão trágico é ser indiferente para com a grande salvação que Ele proclamou. Ele realizará a promessa de que todas as coisas estarão em harmoniosa sujeição, aos homens. Ele pode fazer isso porque é completamente homem e providenciou expiação pelos pecados dos homens. Ele é superior a Moisés. Moisés era um servo entre o povo de Deus. Cristo é Filho sobre o povo de Deus. Quão trágico é deixar de confiar nele! A incredulidade impediu a uma geração inteira de entrar na terra de Canaã. O autor adverte os crentes para que não caiam na incredulidade. A fé é salientada, tanto quanto o zelo, para entrar no eterno descanso de Deus. O evangelho de Deus e o próprio Deus sondam os homens.
O sacerdócio de Cristo também é desenvolvido por meio de comparação (4.1410.18). Qualificações, condições e experiências do sacerdócio araônico são alistadas em comparação com Cristo como um sacerdote. Antes de continuar desenvolvendo esse tema, o escritor adverte os seus leitores sobre sua falta de preparação para um ensinamento avançado. Somente uma diligência zelosa pelas coisas de Deus é que os tirará da imaturidade. Cristo como um sacerdote, semelhante a Melquisedeque, é superior ao sacerdócio levítico porque Sua vida é indestrutível. Ele é ao mesmo tempo o sacerdote e a oferta sacrificial; Seu sacerdócio é eterno. Seu santuário está no céu e Seu sangue estabelece a validade do Novo Testamento, que é igualmente um pacto eterno.
A perseverança dos crentes se origina da comunhão com Deus, atividade em favor de Deus, fé em Deus, e consciência do que nos aguarda no futuro (10:19-12.29).
A cruz como o altar cristão, e a ressurreição do grande pastor, são a base da ação de Deus. Esses acontecimentos redentores e históricos impelem o crente à ação (13.125).

Autor

Não é dado o nome do autor. Excetuando-se Hebreus e I João, cada epístola do Novo Testamento designa sua autoridade por nome e por título.
Desde o primeiro século, a questão de quem escreveu o livro de Hebreus tem provocado muita discussão. As respostas dos primeiros cristãos variavam. Nas praias orientais do Mediterrâneo e ao redor de Alexandria, associava-se o livro com o apóstolo Paulo. Orígenes (185-254 d.C.) sentiu que os pensamentos do livro são de Paulo, mas que a linguagem e a dissertação são de outrem. No Norte da África, Tertuliano (155-255 d.C.) afirmava que Barnabé escreveu o livro aos Hebreus. Embora a epístola tivesse sido conhecida primeiramente em Roma e no Ocidente (1 Clemente, datada em cerca de 95 d.C., cita Hebreus freqüentemente), a opinião unânime naquela área, por 200 anos, foi que Paulo não escrevera a epístola aos Hebreus. Aqueles primeiros cristãos não afirmaram coisa alguma sobre quem pensavam que a havia escrito. Simplesmente não sabiam dizê-lo.
Os crentes da atualidade não deveriam ser dogmáticos sobre uma questão que durante tantos séculos tem sido incerta. Entretanto, os estudantes das Escrituras devem examinar pessoalmente a epístola aos Hebreus. Pois um estudo cuidadoso do texto grego, muito revela sobre o autor. O livro tem um estilo grego polido, como o de um retórico mestre. Isso não se assemelha ao estilo de Paulo. Paulo freqüentemente dá início a uma nova corrente de pensamento antes de terminar aquele sobre o qual falava. O escritor da epístola aos Hebreus jamais faz isso. O vocabulário, as figuras de linguagem, e o modo de argumentar mostram uma influência alexandrina e filônica (Filo, 20 a.C. até 50 ou 60 d.C.). Paulo não tinha tal espécie de cultura. O escritor da epístola aos Hebreus cita o Antigo Testamento de modo diferente do de Paulo. As frases de Paulo - "como está escrito” (dezenove vezes), "está escrito" (dez vezes), "a Escritura diz" (seis vezes), "a escritura proclama o evangelho de antemão" (uma vez) - jamais aparecem na epístola aos Hebreus, embora o escritor cite profundamente o Antigo Testamento.

Mas, se Paulo não é o escritor, quem foi? Apolo cabe dentro da evidência encontrada no próprio livro. Ele veio de Alexandria. Era homem eloqüente e erudito. Era homem poderoso nas Escrituras. As seguintes passagens do Novo Testamento nos falam sobre Apolo: At 18:24-44; At 19:1; 1Co 1:12; 1Co 3:4-46, 1Co 3:22; 1Co 4:6; 1Co 16:12; Tt 3:13. Talvez nunca venhamos a ter certeza sobre o nome do autor, mas se lermos cuidadosamente essa epístola, realmente poderemos conhecê-lo.

A melhor data para a epístola fica entre 68 e 70 d.C.


Russell Shedd - Comentários de Hebreus Capítulo 1 do versículo 1 até o 14
1.1 Hebreus começa como tese, prossegue como sermão e conclui como carta. A revelação de Deus é concedida em dois estágios: pelos profetas do At e por meio de Cristo no NT. Jo 1:1 afirma que Cristo é a Palavra (logos) de Deus; He 1:1,He 1:2 declara que Ele é a palavra final. Sua pessoa determina a interpretação da Palavra de Deus falada. Pelos profetas. Lit. "nos profetas” indicando a inspiração clara do AT.

1.2 Últimos dias. A vinda do Messias dá inicio ao período escatológico. Falou. O uso do aoristo no grego indica finalidade. Pelo Filho. Falta o artigo no grego. Deus se revelou "filialmente".

1.2b-3 Sete declarações acerca de Cristo revelam Sua majestade e poder:
1) Cristo é herdeiro de todas as coisas (Ef 1:20-49).
2) Ele é o agente da Criação (conforme Jo 1:3).
3) Ele é o brilho que irradia de Deus que é luz (1Jo 1:5).
4) Ele manifesta a verdadeira natureza de Deus (2Co 4:4; Cl 1:5).
5) Sua palavra poderosa sustenta o universo (Cl 1:17).
6) Ele é o sacerdote que oferece a si mesmo como Sacrifício para purificar os pecados (Jo 1:29).
7) Ele ocupa o trono soberano à direita de Deus (Sl 110:1). Assentou-se. Cristo, o Sumo Sacerdote, assentou-se porque Sua obra foi consumada. Os sacerdotes judaicos continuam em pé (10.11).

1:5-13 Sete passagens citadas do AT sustentam o argumento que Cristo é superior aos anjos. • N. Hom. A Superioridade de Cristo.
1) Sendo Deus, o Filho primogênito, os anjos O adoram (5, 6),
2) Sendo Deus, onipotente Rei, os anjos Lhe obedecem (7-9).
3) Sendo
Deus, eterno Criador, os anjos O servem (10-14).
1.6 Introduzir. Pode referir-se à Segunda Vinda, ainda no futuro.

1.7 Este v. destaca o contraste entre as posições de Cristo e dos anjos ou a distinção entre a eternidade daquele e o evanescer destes.
1.9 Companheiros. São os "muitos filhos” (2,10) conduzidos à gloria.

1.10 Há distinção de natureza entre a Criação e o Criador. Deus não necessita do universo, mas a Criação não pode existir sem Deus. Na LXX (Septuaginta), que Hebreus cita, Deus Se dirige ao Filho, chamando-O Senhor" (conforme também Sl 110:1).

1.14 O serviço dos anjos ministradores tem como objetivo o benefício dos herdeiros da salvação, i.e., os cristãos.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Introdução ao Livro de Hebreus
Hebreus

GERALD E HAWTHORNE

Em linguagem e erudição, a carta aos Hebreus está entre as primeiras dos escritos do Novo Testamento. Sua argumentação é tão brilhante quanto é exaltado o seu tema. Do começo ao fim, o autor habilmente tece o seu rico vocabulário em torno de dois temas básicos — admoestação e doutrina —, e faz isso utilizando-se de um estilo de grego que se aproxima da melhor literatura do período do grego koinê (330 a.C.-330 d.C.). Contudo, apesar do brilho intrínseco próprio de Hebreus, ainda há algo acerca do livro que é obscuro e envolto em mistério, quase inexplicável. Quem o escreveu? Para quem foi escrito? Quando e por que foi escrito? Essas são perguntas que ainda nos deixam perplexos hoje, e para as quais ainda não parecem existir respostas definitivas. Não obstante, elas são importantes e precisam ser consideradas porque quaisquer respostas que lhes dermos vão influenciar nossa interpretação da carta.

Autoria
A VA, seguindo uma tradição que remonta ao final do século II, responde à pergunta da autoria com seu título informativo: “A Epístola de Paulo, o Apóstolo, aos Hebreus”. Mas Paulo de fato escreveu Hebreus? As evidências não são sufícientemente conclusivas para respondermos a essa pergunta sem hesitação. Em nenhum lugar do corpo da carta, o autor se identifica — um fato que é muito incomum se o autor é de fato Paulo. Pois todas as outras cartas dele não somente levam o seu nome, mas contêm saudações pessoais a seus leitores e incluem um parágrafo complementar a respeito deles. Hebreus, no entanto, não contém nenhuma dessas características paulinas.
Além disso, nenhum dos mais antigos manuscritos gregos que sobreviveram contém um título para a carta além do cabeçalho simples e sem enfeites: “Aos Hebreus”, e nem esse breve título precisa ter feito parte da versão original, visto que nenhum desses manuscritos é anterior ao século II d.C. Todos os títulos mais longos que identificam o autor e incluem declarações históricas concernentes a ele são acréscimos posteriores e, portanto, sem autoridade ou valor.
Quando o assunto é o testemunho dos antigos pais da Igreja, a questão não é tão simples ou segura. A ala ocidental da Igreja não reconheceu Paulo como o autor de Hebreus nem considerou Hebreus um livro canônico até o final do século IV. Mas, por outro lado, já em 185 d.C. a Igreja oriental (particularmente aquela localizada no grande centro de erudição em Alexandria) conhecia uma tradição que atribuía a carta a Paulo. Embora alguns desses estudiosos de Alexandria questionassem a confiabilidade dessa tradição, mesmo assim não a negavam.
O estilo do autor de Hebreus é singular no NT, e não exibe nenhuma das características peculiares às cartas de Paulo. Não há um sequer dos hebraísmos de Paulo em Hebreus, nenhum de seus anacolutos (frases que começam com um tipo de construção gramatical e terminam com outro que não está em harmonia com o primeiro, ou simplesmente são interrompidas sem conclusão), nenhuma mudança rápida, nada daquela paixão fervorosa que impulsionava Paulo para o segundo tópico antes de ter terminado o primeiro, nenhum vestígio da fórmula característica de
Paulo de introduzir citações do Antigo Testamento. Antes, o estilo de Hebreus é o de um erudito bem versado que trabalha com um vocabulário rico e variado, escolhendo palavras com exatidão e cuidado para produzir as cadências rítmicas adequadas para a sua composição. As frases são cuidadosamente formadas e acabadas, cada uma emendando na seguinte com uma suavidade agradável na transição que lembra os oradores gregos. No entanto, não obstante toda essa precisão, não falta à carta sua profundidade de sentimentos. Há o espírito exultante, a oratória inflamada, a doxologia entusiasmada. Mas, diferentemente das cartas de Paulo, a emoção nunca dita a forma de expressão. Hebreus tem um estilo que reflete o grego mais puro no NT. Assim, também o estilo parece apontar para outro autor que não Paulo para Hebreus. Alguns antigos pais da Igreja reconheceram esse fato, mas explicaram a diferença em estilo ao dizer que foi porque Paulo escreveu a carta em hebraico e Lucas a traduziu para o grego, ou, então, que as idéias eram de Paulo, mas outra pessoa, talvez um de seus discípulos, mais tarde as colocou em forma escrita.
E estranho, no entanto, que até as idéias de Hebreus parecem diferentes das de Paulo. Algumas das palavras mais freqüentes em Hebreus, palavras como “sacerdote”, “sumo sacerdote”, “tabernáculo” (gr. skêne), “oferta”, não ocorrem nem mesmo uma vez em qualquer das cartas de Paulo, enquanto por outro lado muitos dos conceitos destacados por Paulo nas cartas que levam o seu nome encontram pouco ou nenhum destaque em Hebreus. Há somente uma referência específica à ressurreição de Cristo em Hebreus

(13.10). Raramente o autor fala de “justiça”. Nunca ele usa a palavra “evangelho”. Mas quem pode argumentar de forma conclusiva com base nisso que Paulo não foi o autor? Não é o tópico que dita os temas de destaque? E se na cabeça de Paulo estava a idéia de retratar o Senhor Jesus no papel de sacerdote, não teria ele feito isso exatamente dessa maneira? E a omissão de seu nome — não poderia ser devida à modéstia de Paulo, como sugeriu Clemente de Alexandria, “tanto por causa da honra do Senhor, ‘que sendo Apóstolo do Todo-poderoso foi enviado aos Hebreus’, ‘quanto porque foi uma obra de supererrogação para ele escrever aos Hebreus, visto que ele foi arauto e apóstolo aos gentios’ ”? (A. H. McNeile, An Introduction to the Study of the New Testament, 2. ed. rev. 1953, p. 236-7).

Não obstante, como o autor diz que ouviu o evangelho, parece ser um argumento fortíssimo contra a autoria paulina. Poderia a mesma pessoa que escreveu aos gálatas de forma tão veemente que o evangelho que ele pregava não lhe tinha sido transmitido por nenhum homem — somente pela revelação de Jesus Cristo —jamais ter escrito aos hebreus que o evangelho lhe fora confirmado por aqueles que ouviram o Senhor Jesus (2.3), isto é, que ele recebeu de segunda mão?

Quem então escreveu Hebreus? Se não foi Paulo, poderia ter sido Barnabé? Barnabé era levita (At 4:36) e estava bem familiarizado com os procedimentos sacerdotais. Ele era conhecido como o “encorajador” (At 4:36; conforme He 13:22). Ele era companheiro de Paulo (At 13:1 ss), e há tradições muito antigas (Tertuliano, que morreu depois de 220 d.C.) que dizem que ele foi de fato o autor. Em anos mais recentes, no entanto, outros nomes têm sido sugeridos. Lucas, Priscila e Silvano são alguns deles. Apoio foi a conjectura inteligente de Lutero. Ele era judeu e natural de Alexandria. Era eloqüente e poderoso nas Escrituras — “era homem culto e tinha grande conhecimento das Escrituras” (At 18:24). Sem dúvida, conhecia a Paulo e possivelmente também a Timóteo. Sua formação (e especialmente o lugar onde a tinha recebido) certamente o teria capacitado a escrever com o estilo e empregar as formas de pensamento encontradas em Hebreus.

Contudo, no final das contas é realmente necessário admitir humildemente nossa ignorância e dizer nas palavras de Orígenes: “quem escreveu essa epístola, na realidade, só Deus sabe”. A questão da autoria, no entanto, não é tão importante agora quanto era nos primeiros anos da existência de Hebreus, pois então a autoria e a canonicidade estavam intimamente associadas. Na época, Hebreus correu o risco de ser excluída do cânon porque havia dúvidas reais acerca de quem a escrevera. Embora a influência da Igreja oriental, afirmando a autoria paulina para Hebreus, tenha ajudado de fato a dar estabilidade à carta, no final das contas o seu próprio valor intrínseco lhe conquistou o lugar que mantém no cânon hoje.
Destinatários
O segundo problema é muito parecido ao primeiro no aspecto de que também é difícil de ser resolvido. A quem Hebreus foi escrita? Essa questão é complicada em razão do fato de que não há introdução epistolar que nomeie os destinatários. E embora possua uma conclusão no estilo de uma carta em que o autor expressa sua esperança de rever os seus leitores (13.19), e embora nomeie certo Timóteo (13,23) e envie as saudações daqueles que estão na 1tália (13.24), ainda assim há evidências insuficientes para se dizer concretamente quem eram esses leitores.

A resposta clássica tem sido que eles eram um grupo específico de judeus cristãos vivendo na Palestina, ou Roma, ou Alexandria, ou possivelmente Efeso, que haviam renunciado à sua antiga religião, com suas cerimônias exteriores detalhadas, para abraçarem o cristianismo, com sua contrastante diminuição de ênfase em aspectos exteriores, e que agora consideravam a transição psicologicamente muito difícil. Eles estavam vacilando na fé em virtude da perseguição e estavam no perigo de abandonarem o cristianismo para baterem em retirada de volta ao judaísmo. Somos encorajados a adotar essa perspectiva pelo fato de que a carta leva o título “Aos Hebreus”, faz uso prolífico do AT, refere-se à “semente de Abraão”, alude com freqüên-cia aos pais da religião hebraica — Moisés, Arão, Josué — e discute com detalhes consideráveis o sistema sacrificial dos judeus. A força desse argumento é muito enfraquecida, no entanto, quando lembramos da possibilidade de o título não ser original, mas, antes, um acréscimo posterior para fazer essa carta se adapar ao padrão estabelecido por outras cartas — “Aos Romanos”, “Aos Gálatas” etc., e quando nos conscientizamos da possibilidade de que o título, se original, pode ter sido simplesmente uma designação simbólica denotando a Igreja como “o povo peregrino de Deus” (conforme 1Pe 1:17). Ao menos uma vez no AT a expressão “o hebreu” (Gn 14:13, NVI) é traduzida pela palavra grega peratês significando “peregrino”. Talvez, então, “Aos Hebreus” tenha significado não necessariamente “Aos Judeus Cristãos”, mas “ao povo peregrino de Deus”, qualquer que tenha sido esse povo — uma idéia que o autor desenvolve em toda a sua carta, mas especialmente em 3.7—4.13, em que faz paralelo entre “a Igreja cristã e Israel na sua jornada para a terra prometida”. Essa idéia atinge o clímax nas estimulantes palavras: “não temos aqui nenhuma cidade permanente, mas buscamos a que há de vir” (13.14; conforme E. Kãsemann, Das Wandernde Gottesvolk, 1939). O argumento de um grupo de destinatários exclusivamente judaicos é enfraquecido ainda pela lembrança de que o AT foi tanto a Bíblia dos cristãos quanto dos judeus. Assim sua autoridade seria tão grande para os cristãos quanto o era para os judeus. Assim também os grandes líderes do passado pertenceriam tanto à Igreja gentílica quanto aos judeus. Todas essas coisas em combinação com o fato de que o próprio Paulo chama os cristãos de verdadeira semente de Abraão (Rm 4:16; G1 3,29) tendem a descartar os argumentos a favor de os destinatários da carta serem cristãos judaicos somente e deveriam precaver o leitor contra estar seguro demais da sua habilidade de identificá-los.

Outros têm sugerido que os destinatários dessa carta eram cristãos judaicos influenciados por um tipo de gnosticismo semelhante ao que Paulo encontrou em Colossos — um gnosticismo que ensinava que a matéria era má, que havia emanações da realidade definitiva — os anjos — e os mais inferiores dentre eles produziram e controlavam o universo material, e que o ascetismo (às vezes o exato oposto — a imoralidade) era o melhor curso a seguir se alguém queria vencer o mundo material mau em que se encontrava. Essa teoria está fundamentada em trechos como He 9:10 e 13.9, na longa discussão da superioridade de Cristo em relação aos anjos e na insistência do autor em que a matéria não é má — foi criada pelo Filho de Deus (1.2), que participou ele mesmo do sangue e da carne por meio da encarnação (2.14).

Intérpretes mais recentes têm deixado de lado essa identificação de seus destinatários como sendo judeus para sugerir que eles podem ter sido cristãos gentílicos, ou simplesmente cristãos sem referência ao fato de serem judeus ou gentios, cujo problema não era o de retornar ao judaísmo, mas o de desviar-se do Deus vivo (conforme 2.1 com 3.12). Não há menção do judaísmo como tal na carta, e nenhum sinal de tensão entre gentios e judeus como com freqüência era o caso nas cartas de Paulo. O AT, usado com tanta freqüência em Hebreus, sempre é a tradução grega, conhecida como Septuaginta (LXX). Em nenhum lugar, o autor cita o texto hebraico nem mostra conhecimento algum dele. Isso em combinação com o fato de que Hebreus, apesar de suas muitas citações do AT, é a carta menos hebraica do NT, que até usa vocabulário religioso não derivado da LXX, certamente conta algo dos seus destinatários como também do autor. Expressões como “arrependimento de atos que conduzem à morte, da fé em Deus” (6,1) e “purificará a nossa consciência de atos que levam à morte, para que sirvamos ao Deus vivo!” (9.14) certamente parecem indicar que não eram totalmente judaicos, pois apesar de suas muitas deficiências o judeu de fato servia a Deus e tinha fé no Deus vivo. Observamos, também, que as exortações apresentadas em Hebreus não são admoestações acerca de recair no judaísmo, mas são exortações gerais para uma vida de fé (A. Wikenhauser, Introduction to the New Testamento 1958, p. 464). E significativo também que todas as referências do autor são às atividades no tabernáculo, e não às atividades no templo dos seus dias.

William Manson recentemente tentou fazer uma nova integração de Hebreus no desenvolvimento histórico da vida e do pensamento cristãos primitivos. Ele rejeitou a perspectiva de que Hebreus foi escrita aos cristãos gentílicos, mas ao mesmo tempo tentou associar a carta ao movimento helenístico dentro da igreja primitiva — um movimento que, embora judaico no seu pano de fundo, tinha compreendido o sentido mais do que judaico em que a missão e o significado de Jesus na história deviam ser compreendidos. Esses helenistas tinham “percebido a abrangência e o propósito universais do evento de Cristo” e tinham entendido todas as implicações de serem chamados por Cristo. Daí, eles estavam dispostos a aceitar as conseqüências desse chamado em termos de evangelização mundial e estavam desejosos de exortar os outros para que fizessem o mesmo. A hipótese de Manson é sugerida pelas semelhanças entre a carta aos Hebreus e o sermão de Estêvão, que era o principal porta-voz dos helenistas (At 6—7). Ele conclui, portanto, que a carta surgiu da ala helenística da igreja e foi dirigida aos cristãos de procedência judaica que ainda estavam se apegando às práticas judaicas e “se abstendo de aceitar todas as conseqüências de seu chamado” (W. Manson, The Epistle to the Hebrews, 1951, cap. 1). Essa perspectiva explicaria a ênfase de Hebreus em práticas judaicas, o estilo grego da carta, a ausência de qualquer advertência específica acerca da recaída no judaísmo e a forte insistência na busca da perfeição. Deveríamos observar, no entanto, que uma objeção séria à tese de Manson é que para o cristão hebreu helenista as leis alimentícias e semelhantes teriam mais significado do que as regulamentações cultuais usadas pelo autor de Hebreus.

Mais recentemente, alguns estudiosos têm sugerido a possibilidade de que os destinatários de Hebreus foram um grupo de judeus que tinham pertencido anteriormente à seita de Cunrã no mar morto. Talvez eles fossem sacerdotes de Cunrã, pois “somente sacerdotes teriam tido inteligência e gosto suficientes por essa teologia do sacrifício de forma que alguém pudesse escrever toda uma epístola dedicada exclusivamente a esse tema” (G. Spicq, LEpttre aux Hébreux, 1953, v. I, p. 266). Eles tinham se convertido ao cristianismo e tinham levado consigo — para sua desvantagem — algumas de suas crenças anteriores: (1) em dois Messias — um, sacerdote, o outro, rei, sendo o Messias sacerdotal superior ao Messias-rei; (2) na necessidade de uma descontinuação temporária dos sacrifícios, mas também na restauração futura deles quando a guerra escatológica levasse ao triunfo os eleitos de Deus (conforme F. F. Bruce, “Qumran and Early Christianity”, NTS v. 2 (1956), p. 187); (3) na tremenda importância dos anjos, que eles consideravam as primeiras criaturas de Deus — talvez até “filhos de Deus” — os portadores da lei, e aqueles que na guerra final levariam a salvação aos eleitos de Deus (v.comentário Dt 1:4; conforme também H. Kosmala, Hebrãer-Essener-Christen, 1959).

Sem dúvida, há outras possibilidades, mas a diversidade de opiniões exposta aqui é suficiente para mostrar a dificuldade de decidir quem de fato recebeu a carta originariamen-te. Talvez não tenha importância alguma saber quem eram os destinatários. Pois se Adolf Deissmann (Light from the Ancient East, caps. 2 e
3) estiver certo ao dizer que Hebreus não é uma carta (definida por Deissmann como uma composição não-literária, designada para um grupo particular, sem intenção alguma de publicação) mas uma epístola, isto é, uma obra artística de literatura cuidadosamente elaborada em forma como também em conteúdo com o fim de apresentar algo literariamente digno de ampla distribuição, então as muitas hipóteses sobre os “destinatários” podem ser desnecessárias — talvez até enganosas. Se não fosse pelo cap. 13 com sua conclusão epistolar e pelas referências ocasionais aos leitores (5.11—6.12; 10:32-34 etc.), nem suspeitaríamos de que Hebreus fosse uma carta. Parece mais um sermão escrito com a intenção de ampla distribuição, pois a retórica é mais a de oratória de púlpito do que de uma composição em prosa, e o autor se apresenta mais como orador do que como autor (Spicq, Comm. v. I, p. 18; v. He 2:5; He 8:1; He 9:5; He 11:32). Ele mesmo denomina a sua obra brilhante de “palavra de exortação” (gr. logosparaklêsêos, 13.22). Assim, se é necessário pressupor que o autor escreveu originariamente para um grupo particular, podemos inferir que ele fez isso somente enquanto vislumbrava a Igreja inteira. Ele escreveu com uma visão ecumênica!

Destino e data
O lugar em que esses destinatários moravam está associado, sem dúvida, a quem eles eram e em certa medida também a quem escreveu para eles. Se eram cristãos gentílicos, ou até cristãos de origem judaica também, eles bem podem ter vivido em qualquer cidade na região do Mediterrâneo. Havia judeus em quase todos os centros importantes do mundo. Se eram cristãos judaicos acossados por uma heresia gnóstíca, algum lugar na Ásia Menor, talvez Efeso, seria uma possibilidade. Se eram sacerdotes de Cunrã, então Antioquia da Síria pode ter sido o lugar. Alexandria também tem sido sugerida em virtude da natureza filosófica da carta. Roma, no entanto, tem os argumentos mais fortes a seu favor. Aqui Hebreus foi citada pela primeira vez, talvez já em 95 d.C., por Clemente de Roma em sua carta à Igreja de Corinto. Hebreus também inclui a expressão “Os da Itália lhes enviam saudações” (13.24), que, embora ambígua, ao menos associa os leitores à Itália de uma forma concreta.
Com relação a quando o autor escreveu a seus amigos, isso também é tão incerto quanto quem foi o autor e quem eram as pessoas a quem ele escreveu. A única coisa certa acerca da data de Hebreus é que deve ter sido escrita algum tempo antes da carta de Clemente (v. antes), que em geral é datada de cerca de 95-96 d.C. (alguns estudiosos a datam de 120 d.C.). Assim, 95-96 d.C. (ou possivelmente 120 d.C.) se torna a data mais tardia possível para Hebreus. Contudo, qual seria a data mais antiga possível para sua composição? Visto que Hebreus não faz menção alguma da destruição do templo em Jerusalém — um evento que o autor poderia ter destacado na sua ênfase no final da antiga dispensação e na aurora da nova — alguns pressupõem que a carta deve ter sido escrita antes de 70 d.C., Manson tenta suplementar essa evidência de uma data antiga ao argumentar que a “ênfase repetida da carta nos ‘quarenta anos’ da provação no deserto nos caps. 3 e 4 deixa clara a data da epístola aos Hebreus. Hebreus foi escrita em uma época quando o quadragésimo aniversário da aurora da salvação em Jesus (2,3) já tinha sido celebrado [...] portanto, na década de 60 do primeiro século cristão” (op. cit., p. 55-6). Há também o fato de que Timóteo ainda estava vivo (13.23), embora isso em si mesmo não seja um argumento seguro a favor de uma data primitiva, visto que não se sabe se esse Timóteo era o companheiro de Paulo com esse nome. Mas isto, no mínimo, parece estar claro, ou seja, que a carta foi escrita não para recém-convertidos, mas para aqueles que tinham sido cristãos por algum tempo, e que, pelo tempo desde a sua conversão, deveriam ser mestres (5.12), que poderiam ser desafiados a lembrar dos primeiros dias e da conduta dos seus líderes que a essa altura já haviam partido (13.7). Além disso, 2.3 indica que o autor e seus leitores eram cristãos de segunda geração ao menos no sentido de que não haviam recebido a mensagem originariamente do Salvador. Assim, só é possível datar Hebreus de forma incerta em alguma época entre a metade do século I e o tempo em que 1 Clemente foi escrita — 95-96 d.C. (não mais tarde do que 120 d.C.).
Propósito
O autor de Hebreus desvela ele mesmo a natureza e o propósito da sua carta quando a denomina de “palavra de exortação” (13.22). Isso significa que os muitos parágrafos de advertência e admoestação intercalados por toda a obra não devem ser considerados interlúdios, mas o assunto principal. As seções teológicas que os cercam são importantes somente porque fornecem a base para essas exortações. O autor crê na possibilidade de os seus leitores serem enganados pelo pecado (3.13), de se desviarem da mensagem transmitida pelo Salvador (2.1), de caírem da sua profissão de fé cristã (3.12; 6:4-6; 10.26ss), e sua preocupação não tem limites. Pois desviar-se de Cristo é desviar-se do Deus vivo, e renunciar ao cristianismo é renunciar ao ato supremo da revelação divina. Não há nada depois disso, a não ser a perspectiva temível do juízo (10.27). O autor tenta proteger os seus leitores dessa tragédia, fossem eles quem fossem, pessoas descuidadas com sua herança (2.3), insuficientemente desenvolvidas em virtude de sua preguiça (5.11), indiferentes à importância das reuniões cristãs (10.25), pressionadas a desistir em virtude do enfado da vida diária (10:32-36), cansadas da luta — talvez só moralmente frouxas (12.12), ou influenciadas por diversos e estranhos ensinos (13.9). Seu curso de ação é simples e direto. E “provar” que o cristianismo é a revelação final e absoluta de Deus ao homem e que somente o cristianismo revela o único caminho para o acesso reverente a Deus (10:19-22).
O autor faz isso ao começar com as pressuposições básicas; a primeira, que a religião do AT era a melhor e mais sublime religião de todas, porque o único Deus verdadeiro tinha se revelado aos judeus como a nenhum outro povo, e, a segunda, que o AT constituía as Escrituras inspiradas contendo essa revelação divina. Com base nesse fundamento, ele pode provar que o cristianismo suplantou a religião do AT simplesmente ao demonstrar que essa suplantação foi predita nas próprias Escrituras. E por isso que ele usa muitos textos do AT para provar a excelência insuperável do “Filho” em comparação com os anjos, Moisés, Josué e Arão, assim afirmando o caráter transcendente da revelação de Cristo em comparação com a revelação transmitida pelos anjos, do seu ministério sacerdotal em comparação com o ministério iniciado por Arão, do “descanso” que ele provê em comparação com o oferecido por Josué, e da nova aliança estabelecida por ele em comparação com a mediada por Moisés.
Mais uma coisa precisa ser dita: O autor de Hebreus trata o tópico da salvação com a abordagem que poderia ser denominada “fenomenal”. Ele entende que é perfeitamente possível que qualquer grupo de cristãos professos seja constituído de uma multidão mista — os que possuem uma fé genuína e os que não a possuem. O único teste objetivo de provar a realidade do compromisso da pessoa com o Senhor Jesus, ou então o compromisso de outra pessoa, é o teste da perseverança — a fé que se torna visível por meio da lealdade que continua por toda a vida. Que uma enorme multidão deixou o Egito sob a liderança de Moisés não provou nada acerca da fé desse grupo. O que de fato provou alguma coisa no final foi que somente dois homens de toda essa multidão entraram em Canaã. Assim, as advertências de Hebreus são advertências reais que têm a intenção de destacar a possibilidade de existir uma multidão mista e de ressaltar as conseqüências trágicas e definitivas da deserção, em nada semelhantes às daqueles que desertaram no deserto. Mas o encorajamento oferecido em Hebreus é também muito real: Você pode mostrar a si mesmo e ao mundo que a sua confissão foi real ao se apegar firmemente a ela até o final da vida, e você pode ter certeza da ajuda divina nessa determinação de perseverar (4.16).

E essa compreensão que faz o autor usar, o tempo todo, o adjetivo “melhor”, como também muitas outras palavras de comparação, ao descrever o cristianismo em contraste com o judaísmo. Seu vocabulário descritivo também inclui palavras como “perfeito” e “eterno” quando comenta acerca da nova revelação em Cristo em contraste com palavras como “sombra”, “antiquado”, “envelhecido” etc. com referência à antiga aliança. Mas ao mesmo tempo o autor é cuidadoso em mostrar que não há descontinuidade entre as duas revelações. O mesmo Deus que falou há muito tempo falou nesses últimos dias. As promessas feitas no passado são exatamente as mesmas cumpridas hoje. A antiga aliança, embora uma sombra, foi mesmo assim uma sombra verdadeira da essência real que agora está aqui.
Isso então é o seu argumento que tem a intenção de impedir que cristãos convictos se desviem da revelação de Deus em Cristo.
Pois se o judaísmo, a melhor e mais sublime de todas as religiões, agora deu lugar ao cristianismo, assim como a promessa precisa dar lugar ao cumprimento, então nenhuma outra forma de se aproximar de Deus é digna de consideração. Certamente então seus leitores vão se apegar firmemente à sua confissão
ANÁLISE
I. A REVELAÇÃO FINAL DE DEUS (1:1-14)

1)    Prólogo (1:1-4)

2)    Provas das declarações no prólogo (1:5-14)
II. O PROGRAMA DE DEUS PARA A SALVAÇÃO (2:1-18)

1)    Advertência e exortação (2:1-4)

2)    O resumo da salvação (2:5-18)
III. EXORTAÇÃO E ADVERTÊNCIA (3.1—4.13)

1)    Exortação para considerar Cristo superior a Moisés (3:1-6a)

2)    Advertência acerca de pôr a perder o descanso que Deus prometeu (3.6b—4.11)

3)    A impossibilidade de esconder de Deus a incredulidade (4.12,13)

IV    O SACERDÓCIO DE JESUS É APRESENTADO (4.14—5.10)


1)    Os sofrimentos do sacerdote e seu significado (4:14-16)

2)    As qualificações do sacerdote (5:1-10)

V    ADVERTÊNCIA ACERCA DAS CONSEQUÊNCIAS FATAIS DA IMATURIDADE (5.11—6.20a)


1)    A possibilidade de a imaturidade conduzir ao rompimento final com Cristo (5.11—6.8)

2)    Encorajamento e consolo (6:9-20)

VI. O SACERDÓCIO DE JESUS CONTINUADO E CONCLUÍDO (7.1—10.18)


1)    Segundo a ordem do sacerdócio de Melquisedeque (7:1-28)

2)    O ministério sacerdotal de Cristo e a nova aliança (8:1-13)

3)    O ministério sacerdotal das duas alianças é contrastado (9:1-28)

4)    O caráter decisivo e final do sacrifício único de Cristo (10:1-18)

VII. EXORTAÇÕES FINAIS PARA A PERSEVERANÇA E ADVERTÊNCIAS ACERCA DA INDIFERENÇA (10.19—12.29)


1)    Exortação para a participação nos cultos de adoração (10:19-25)

2)    Advertência contra a deserção (10:26-39)

3)    A fé definida e ilustrada (11:1-40)

4)    Aplicação do princípio da fé à vida (12:1-24)
a)    A vida como uma corrida (12:1-4)
b)    A vida como educação (12:5-24)

5)    Advertência final contra recusar a Deus (12:25-29)

VIII. EXORTAÇÕES PRÁTICAS, BÊNÇÃO PASTORAL E SAUDAÇÕES PESSOAIS (13 1:24)


NVI F. F. Bruce - Comentários de Hebreus Capítulo 1 do versículo 1 até o 14
I. A REVELAÇÃO FINAL DE DEUS (1:1-14)


1) Prólogo (1:1-4)

Os primeiros quatro versículos de Hebreus constituem uma majestosa oração gramatical no grego, que de forma apropriada serve para anunciar o grande tema do autor: a transcendência de Cristo como revelador e redentor. Sua beleza e equilíbrio são provas suficientes de que não houve uma introdução epistolar original que agora estaria perdida.
A carta começa de tal forma que contrasta fortemente a revelação anterior com a nova revelação. Ao afirmar que Deus falou muitas vezes e de várias maneiras (v. 1), o autor indica que não somente era o AT diversificado, completo e inspirado, mas também que lhe faltou o caráter decisivo e final, que em nenhum momento do passado e por meio de nenhuma pessoa, profeta ou salmista, nem por meio deles todos juntos, Deus revelou completamente a sua vontade; enquanto por meio da expressão nestes últimos dias falou-nos (o verbo traz a idéia de “de uma vez por todas”), ele destaca a completude e perfeição dessa revelação que agora veio nesse estágio final do plano de Deus para a redenção (conforme Is 2:2; Ez 10:14). E há boas razões para fazer esse contraste entre as duas revelações como o autor deixa claro em seguida: a revelação antiga veio por meio dos (lit. “nos”) profetas, mas a nova por meio do (“no”) Filho (v. 1,2). No primeiro caso, os profetas eram meras ferramentas humanas da revelação, nada mais; no segundo, alguém que é ele mesmo o Filho de Deus, possuindo sua natureza, é o meio pelo qual essa mensagem vem. Assim a superioridade da revelação de Deus em Cristo não se deve meramente ao fato de que veio por último ao final de uma era, mas ao “caráter transcendente da pessoa, da posição, do status e da autoridade daquele por quem e em quem ela veio” (Manson, op. cit., p. 89). Duas coisas devem ser observadas nesses comentários iniciais. Em primeiro lugar, o autor sublinha a unidade e a continuidade das duas revelações, que em essência não são duas, mas uma só que culmina em Cristo. O mesmo Deus fala nestes últimos dias assim como falou Há muito tempo. E, em segundo lugar, ele sugere que sempre que Deus se revela ao homem é principalmente por meio do homem que ele faz isso. “Nos profetas” e “no Filho” são expressões que reforçam o princípio de que Deus transmite sua verdade por meio da personalidade humana.

No entanto, não é somente por meio de alguém que é filho entre muitos que Deus oferece sua revelação definitiva. A expressão por meio do Filho (v. 2), portanto, de forma inadequada transmite a intenção do autor nesse ponto. E verdade que no grego falta o artigo definido (e o pronome possessivo que a NIV em inglês acrescenta), mas essa omissão se deve ou à exigência rítmica da frase ou ao desejo do autor de destacar a qualidade dessa palavra definitiva do Filho. O contexto exige que seja traduzida por “seu Filho”, “um que é Filho” (B. F. Westcott, The Epistle to the Hebrews, 1889, p. 7), ou “o Filho”, pois ele deve ser considerado um Filho “incomparável e singular”. Que esse é o caso é demonstrado pelas diversas expressões que seguem imediatamente. Elas descrevem o Filho como (a) autor e alvo da criação, no fato de que ele é herdeiro de todas as coisas e a causa eficiente da sua criação, e como (b) ele mesmo sendo divino, no fato de que 0 Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser (v. 3).

A palavra “esplendor” traduz o termo grego apaugasma, que também tem um significado ativo, “que irradia” (conforme tb. Sabedoria 7.24ss, em que essa palavra é usada com os significados combinados de “refletir” e “irradiar”. O autor de Hebreus, sem dúvida, tinha conhecimento desse trecho). Por meio dessa palavra, o autor mostra a origem divina do Filho, sua semelhança com o Pai e ao mesmo tempo sua independência pessoal (Conforme Spicq, Comm. v. II, p.
7) — ele reflete ou irradia “a Glória”. [Observação: “de Deus” não está no texto grego. Visto que “a Glória” era associada particularmente a Deus na LXX, a expressão tornou-se substituta para se referir a Deus (conforme 2Pe 1:17). Talvez seja usada dessa forma aqui — “o Filho reflete (irradia) Deus”]. A construção a expressão exata do seu ser não acrescenta nenhuma idéia nova, mas amplia a anterior, definindo mais o relacionamento que existe entre o Filho e o Pai. Ele é a “exata representação do ser real de Deus”, e todas as características essenciais de Deus estão claramente focalizadas nele; quem viu o Filho viu o Pai também (conforme Jo 14:9). É fortalecida pela afirmação de que ele está sustentando todas as coisas por sua palavra poderosa (v. 3). Não se deve retratar, no entanto, o Filho como Atlas [filho de Júpiter, na mitologia romana. O equivalente ao filho de Zeus, na mitologia grega. N. do T.] que sustenta de forma estática o peso do mundo sobre os seus ombros, pois a palavra “sustentar” (lit. “carregar”, gr. pherein) contém não somente a idéia de “apoio”, mas também a de “movimento em direção a”. Assim, o Filho é descrito como alguém que mantém “o Todo” e o carrega e leva adiante para o seu alvo final.

Na última parte do v. 3, há uma breve referência à idéia que na verdade constitui o tema principal da carta: o sacerdote que fez a purificação dos pecados. O autor de Hebreus entende que o serviço sacerdotal é a atividade essencial do Filho e a verdadeira razão da sua vinda à terra. Isso se reflete até na forma do verbo que ele usa para descrever sua obra, embora a tradução obscureça isso. Quando ele fala acerca do início das eras (dos éons;

gr. tous aiônas\ NVI: universo; ARC: “mundo”), ele diz que o Filho as fez (gr. epoiêsen). Quando ele trata do tema da purificação dos pecados, emprega o mesmo verbo, mas lhe dá uma forma diferente — uma forma que sugere maior interesse ou envolvimento na ação por parte do sujeito (poiêsamenos). Essa idéia é refletida corretamente na tradução da ARC: “havendo feito por si mesmo a purificação dos nossos pecados”.

Junto com os temas básicos da redenção e da ressurreição, o da exaltação de Cristo à direita de Deus era um elemento essencial na pregação e no ensino apostólicos (At 2:34; Ef 1:20). Quando o autor de Hebreus afirma que o Filho se assentou à direita da Majestade nas alturas (v. 3), mostra que concorda com essa ênfase tradicional. Mas ao mesmo tempo ele usa essa afirmação para destacar o caráter definitivo da obra do Filho (conforme comentário Dt 10:12), e para mostrar que o Filho é ao mesmo o Messias prometido. [Observação: Essa expressão concernente à exaltação do Filho à direita de Deus é uma citação tomada de um salmo messiânico (SI 110).]

E possível que o v. 4 tenha sido causado por adoração de anjos por parte dos destinatários, mas não necessariamente. No AT como também em muitos livros apócrifos os anjos desempenham um papel muito importante. Eram vistos como criaturas muito próximas de Deus (Is 6:0 com 1:6; 2:1. Conforme tb. E. L. Sukenik, The Dead Sea Scrolls of the Hebrew University, pl. 53, fragmento 2,1.3). Eles eram também considerados mediadores da lei (At 7:53; G1 3.19; He 2:2). De qualquer forma, como o autor destaca, o Filho é superior aos anjos porque, bem à parte da sua “natureza eterna”, no seu papel humano ele obteve por meio da experiência (esse é o significado da expressão tornando-se) o que já era seu por personalidade — um nome [...] superior ao deles (conforme Fp 2:5-50).


2) Provas das declarações no prólogo (1:5-14)
De forma típica desse autor, apela-se ao AT agora para dar validade às declarações que fez. Para ele, o AT é inspirado por Deus e tem autoridade completa. Suas declarações são finais, não são necessários mais argumentos. Para ele, também, há um significado mais profundo no AT do que o histórico. É o significado cristológico. O Filho, que é o Cristo, é a chave que abre os verdadeiros tesouros das antigas Escrituras. Assim, ele se sente livre, na verdade compelido, a aplicar a Cristo a linguagem exaltada do AT, embora origi-nariamente ela tenha se referido a outro. Por meio desse método exegético, é fácil a tarefa de estabelecer a validade das suas declarações acerca de Cristo.

Ele começa a demonstrar a sua declaração acerca da superioridade de Cristo em relação aos anjos com uma citação do Sl 2:0; Lc 9:35; Rm 1:4 acerca de possibilidades de quando isso ocorreu), e que ele é infinitamente superior aos anjos, Pois a qual dos anjos Deus alguma vez disse algo assim (v. 5)?

O autor continua amontoando provas ao acrescentar uma citação de 2Sm 7:14: “Eu serei seu Pai” (v. 5). Essas palavras foram dirigidas originariamente por Deus a Davi e diziam respeito a seu filho. Mas se alguma vez essas palavras foram verdadeiras em relação a Salomão, então são insuperavelmente verdadeiras acerca de Cristo. Aliás, para o autor de Hebreus elas encontram seu cumprimento definitivo nele. Essa passagem nunca foi aplicada de forma messiânica na literatura rabí-nica, mas agora há evidências dos rolos do mar Morto de que algumas comunidades judaicas o interpretavam dessa forma. O autor de Hebreus, no entanto, nunca se refere a Cristo como o Filho de Davi.

Ele continua sua demonstração ao combinar Sl 97:7 com a leitura da Septuaginta de Dt 32:43. [Lembramos que a Septuaginta (LXX) é a tradução grega do AT hebraico, e em Dt 32:43 traz uma leitura mais longa do que a encontrada no texto massorético hebraico. Visto que não está no hebraico, não está nas versões baseadas nele, como em geral são as versões em português. Agora, no entanto, pela primeira vez há apoio para a leitura mais longa num texto hebraico pré-massorético encontrado na comunidade do mar Morto, em Cunrã (conforme F. M. Cross, The Ancient Library of Qumran, 1958, p. 182-3).] Sua combinação desses dois trechos resulta na ordem de que Todos os anjos de Deus o adorem (v. 6). A coisa interessante acerca dessa exortação é que tanto no salmo quanto no texto de Deuteronômio o “o” e o “dele” são referências ao próprio Deus. Mas, visto que o autor já deixou clara a comunhão de natureza que existe entre o Pai e o Filho, ele não tem receio algum de aplicar ao Primogênito o que foi dito originariamente acerca do Pai. A expressão “primogênito” é um termo técnico que quando aplicado aqui a Cristo pode significar que para o autor de Hebreus Cristo é anterior a toda a criação e soberano sobre ela (conforme o comentário de Lightfoot em Cl 1:15), ou pode significar que ele simplesmente queria dizer com isso o relacionamento de Cristo com os homens que também são chamados de “filhos de Deus” (2.10; conforme tb. Rm 8:29).

A prova final da superioridade de Cristo sobre os anjos vem de Sl 104:4. Ao descrever os anjos como ventos e clarões reluzentes (v. 7), o autor chama atenção para sua “mutabilidade, materialidade e transitoriedade” (Westcott, Comm., p. 25), em contraste com as qualidades permanentes do Filho cujo trono subsiste para todo o sempre (v. 8). Em 2EEd 8:21,Ed 8:22, se mostra por meio do paralelismo sinônimo que a interpretação da natureza dos anjos é correta: “Diante de quem as hostes angelicais estão com tremor: e diante de cuja ordem são transformados em ventos e fogo”.

O segundo conjunto de citações foi designado para fundamentar a afirmação do autor acerca do Filho como resplendor e marca da divindade (v. 8,9). Ele começa com uma citação do Sl 45:0 (conforme 1.3). Com isso, ele descreve Deus como entrando no conflito para enfrentar os inimigos do seu Ungido: “Senta-te [...] até que eu faça dos teus inimigos um estrado para os teus pés” (v. 13). Essa citação não tem a intenção de mostrar que o Filho é impotente e incapaz de travar suas próprias batalhas, mas, sim, de tornar clara a identidade de vontade que existe entre o Pai e o Filho, e o respeito que o Pai tem pelo Filho (Spicq, Comm. v. II, p. 2). Nunca se pôde dizer isso acerca de anjos, pois eles são meros espíritos minis-tradores enviados para servir aqueles que hão de herdar a salvação (v. 14). Com essa menção de “salvação”, o autor conclui a sua discussão concernente às dimensões cósmicas do Filho e avança para um novo tópico — o papel de Jesus na redenção no plano dos eventos históricos.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 1 versículo 1

1. Muitas vezes (polymeros), ou passo a passo, fragmentariamente, e de muitas maneiras (polytropos), de muitos e variados modos, Deus (Jeová) falou no tempo do V.T, através dos profetas, muitos dos quais contaram em seus escritos por meio de qual método ele se comunicou com eles, Prophetais é uma palavra de significado amplo que inclui todos aqueles que Deus usou nos dias do V.T.


Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 1 do versículo 1 até o 2

A. Cristo é Superior aos Profetas. He 1:1,He 1:2.

A pergunta implícita que está sendo respondida é: Quem foi o último e o mais autorizado porta-voz de Deus?


Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 1 do versículo 1 até o 4

INTRODUÇÃO

Declaração Introdutória. O estudante desta epístola deve compreender sua singularidade. Ela não é igual a nenhuma outra epístola do Novo Testamento, e apresenta problemas que são peculiares em si mesmos. Na forma de construção, no estilo, na argumentação e em relação aos outros livros da Bíblia, Hebreus se destaca.

Sua história tem sido cheia de controvérsias. Ela tem sido ignorada, sua autoridade tem sido desafiada, duvidaram de sua canonicidade, e foi implacavelmente estudada para determinar-se quem é seu autor. Há pouco tempo, análises críticas levantaram dúvidas quanto a certas porções da epístola, principalmente do capítulo 13. Se este capítulo foi acrescentado como um todo ou em parte, ou se já fazia parte da carta original, é um problema atualmente sob estudos.

O aumento do interesse pelo período helenístico em relação à história da civilização também influenciou o estudo da Epístola aos Hebreus. Alguns dos mistérios da epístola estão sendo agora comparadas à cultura helênica do mundo mediterrâneo oriental pós-alexandrino. Alguns mestres acham que as pessoas para as quais a Epístola aos Hebreus foi escrita foram diretamente influenciadas pela cultura helênica, e talvez fossem inteiramente helenizados. Tal ponto de vista tende a sugerir possíveis revisões de antigos pontos de vista quanto aos destinatários da epístola e seu propósito.

Tem-se dito que a Epístola aos Hebreus é a menos conhecida de todas as epístolas do Novo Testamento. O raciocínio limitado, a terminologia sacrificial e sacerdotal, e o idealismo reinante no autor são apresentados como razões (Purdy e Cotton, Epistle to the Hebrews, Vol. XI, IB). Pode ser, mas uma coisa parece mais certa. A Epístola aos Hebreus é mais fácil de compreender quando há familiaridade com os cinco livros de Moisés. O laço inseparável do raciocínio limitado ao sistema levítico, liga o Pentateuco à carta aos hebreus.

Os problemas apresentados pelo livro são desafiadores. Em suma, eles envolvem sua autoria, destinatários, leitores, data, motivos e relacionamento com o Cristianismo, Judaísmo e cultura helênica do primeiro século.

Ocasião – Por quê? A apresentação clássica dos motivos da epístola é a que se segue. Os judeus cristãos, de simples congregações ou em grupos maiores, geograficamente mais espalhados, estavam em perigo de apostatar de Cristo, retomando a Moisés. Esta condição de apostasia era um perigo imediato (He 2:1), com base na incredulidade (He 3:12). A conduta insinuava uma possível apostasia (He 5:13, He 5:14). A negligência dos cultos públicos (He 10:25), a fraqueza na oração (He 12:12), uma certa instabilidade doutrinária (He 13:9), a recusa em ensinar os outros, que é dever do crente maturo, (He 5:12), e a negligência das Escrituras (He 2:1) eram outros sintomas de fraqueza espiritual. O perigo estava em que aqueles que eram "santos irmãos, participantes da vocação celestial" (He 3:1) pudessem "cair" (He 6:6).

Para impedir tal desenvolvimento, o autor de Hebreus destaca a superioridade de Cristo em uma série de contrastes com os anjos, Moisés, Arão, Melquisedeque, e o sistema levítico. O objetivo de tais contrastes foi mostrar a inferioridade do Judaísmo e a superioridade de Cristo.

Conforme o escritor desenvolve seus pensamentos, ele entretece três conceitos. O primeiro é a exortação (He 13:22); o segundo é uma série de advertências, cinco em número (He 2:1-4; He 3:7-19; He 6:4-12; He 10:26-31; He 12:15-17); e o terceiro é a consolação ou a garantia, reunidos à volta do pensamento apresentado pela palavra "considerai" (He 3:1), que chega ao seu ponto culminante na frase "considerai, pois, atentamente aquele que suportou . . . " (He 12:3). Com base nestes conceitos, o escritor argumenta contra a tendência à apostasia.

A linha do raciocínio desenvolvida pelos leitores-ouvintes era atraente. Se seguir a Cristo produzia perseguição, e o antigo carrinho da prática judia não, por que não retomar ao Judaísmo, reter uma religião e ao mesmo tempo ficar livre da perseguição? Opção atraente, é verdade. A resposta a tudo isto foi apresentada na Epístola aos Hebreus, conforme a superioridade de Cristo foi comprovada, passo a passo, contra as reivindicações do Judaísmo.

Há pouco tempo, esta opinião clássica sobre os Hebreus foi posta em dúvida. Alexander C. Purdy, no seu comentário introdutório a Epistle to the Hebrews (IB, XI, 591, 592), argumenta que esta opinião tradicional é apenas uma conjetura. Ele apresenta nove razões contra a opinião tradicional e então escreve, "Concluindo, Hebreus é um argumento da finalidade do Cristianismo que repousa sobre a prefiguração da instituição sacrificial no Velho Testamento, como necessidade fundamental do acesso a Deus, a qual foi revelada a todos os homens, judeus e gregos igualmente, no sacrifício de Cristo". De acordo com Purdy, a notável marca judia de Hebreus pertence mais à forma do que ao verdadeiro conteúdo de idéias. Ele prossegue, então, argumentando que o autor de Hebreus lutava contra uma forma de Gnosticismo e helenismo judeu-cristão, mais do que contra o Judaísmo propriamente dito, mas reconhece que a sua opinião continua sendo hipotética.

Se concordarmos com Purdy que o autor de Hebreus escrevia contra o Gnosticismo judeu-cristão centralizado numa cultura helênica, permanece o fato de que os temas principais do livro têm um caráter e argumentação judeus. Na realidade, Hebreus liga o Velho e o Novo Testamento na pessoa e obra de Jesus Cristo. Poderia se dizer que Hebreus é a extensão lógica de Jo 17:1). A Epístola aos Hebreus fala desse livramento, sob as tensões e pressões da perseguição e da tentação da apostasia. Para demonstrar esse livramento, o autor de Hebreus equilibrou a doutrina com a exortação, o pastoral com o prático, a palavra de consolação com a palavra de encorajamento.

O Judaísmo, um "berço de conveniência" para os cristãos de nacionalidade judia, que estavam sendo perseguidos, foi assim exposto pelo contraste. O escritor determinou ajudar esses cristãos primitivos a enfrentarem as opções com conhecimento da diferença existente entre o Judaísmo e a obra de Cristo pelo ciente e no ciente. Tudo isto tinha a intenção de convencer da superioridade de Jesus Cristo os que estavam sendo provados.

Ao mesmo tempo, esta carta de encorajamento aos crentes do primeiro século contém auxílio para os dias de hoje. Nenhuma outra epístola do Novo Testamento responde tão claramente ao "por que" do sacrifício de Cristo, e da redenção oferecida através deste sacrifício. Nenhuma outra epístola do Novo Testamento figa tão claramente o duplo ministério de Cristo na qualidade de Filho de Deus eterno e Filho do Homem sofredor. Pecado, culpa, expiação e perdão são melhor compreendidos através da Epístola aos Hebreus. Esta carta também ajuda os leitores a alcançarem uma compreensão melhor das verdades e incidentes do Velho Testamento. Também, a diferença. entre o Judaísmo e o Cristianismo toma-se compreensível nos ensinamentos da Epístola aos Hebreus.

Johannes Schneider escreveu: "Hebreus é muito simples na estimativa que faz da vida real das igrejas. Ela conhece os perigos que ameaçam o povo de Deus na terra. Por isso ela admoesta a que se apeguem à fé e a que não sejam desleais a Cristo" (The Letter to the Hebrews, pág. 8). Com a ênfase que dá ao ministério sacerdotal de Cristo, os privilégios do crente em relação a Cristo, e suas fortes advertências a que se desenvolva uma fé viril, Hebreus continua falando pos dias de hoje.

Data e Destino – Para Quem Foi Escrita. Um número de fatores regula a data da Epístola aos Hebreus. O mais importante desses fatores parece ser o conflito judeu-romano depois de 68 A.D. e a destruição do Templo em 70 AD. Nada foi mencionado sobre o conflito, o Templo, ou a destruição de Jerusalém. Por causa desse silêncio, a carta pode ter sido escrita antes de 68 ou depois de 80. A primeira data é a preferível, mas deve ser considerada em relação à menção de Timóteo (He 13:23) e da expressão "os da Itália" (He 13:24). Além disso, o conhecimento de Hebreus demonstrado pela Epístola de Clemente de Roma aos Coríntios (95 AD.) tem alguma influência sobre a data de Hebreus e talvez sobre o seu destino.

O argumento para datá-la tardiamente foi melhor exposto no IB, Introduction, XI, pág. 593, 594. Combinando argumentos justificados pelo uso de I Clemente como ponto de referência, o IB generaliza a data colocando-a em algum lugar entre os últimos anos da década de setenta e os primeiros da década de noventa, mas conclui depois que a data verdadeira é incerta.

Em contraste, Canon Farrar, Cambridge Greek Testament (daqui em diante indicado como CGT), representando as opiniões do século dezenove, e Gleason L. Archer, em The Epistle to the Hebrews, A Study Manual, ambos argumentam em favor de uma data entre 64 A.D, e 68A.D. O último escritor estreita então este período de tempo para a data real de 65 ou 66 como sendo a mais razoável, de acordo com as evidências internas e externas. Todas as opiniões quanto à data da epístola destacam a importância do silêncio da carta no que se refere aos acontecimentos em Jerusalém na sexta década do primeiro século.

Quanto ao destino, três teorias principais têm prevalecido, cada uma delas apontando para uma cidade grande, do mundo romano e mediterrâneo. Alguns acrescentam uma quarta opinião, que na realidade é uma modificação de uma das teorias principais.


1) Os judeus cristãos em Jerusalém e à volta dela, foram os destinatários da carta.


2) Ela foi enviada aos cristãos judeus que moravam em Alexandria. Esta opinião costuma ser defendida por aqueles que apóiam o argumento de um forte sabor alexandrino na carta aos hebreus.


3) Era destinada a uma congregação de cristãos judeus que se reuniam na cidade de Roma, os quais estavam enfrentando uma severa provação e perseguição. A teoria da "igreja em Roma" tende também a defender a teoria da "congregação única", onde os destinatários originais da carta seriam membros de uma "pequena congregação" ou uma "igreja reunida na casa de alguém" em Roma.


4) Uma modificação da terceira. A congregação destinatária de Hebreus era pequena, mas poderia estar em qualquer parte do Império Romano, e não necessariamente em Roma.

Argumentação irrefutável tem sido apresentada por todas as opiniões; todas elas estão cercadas de dificuldades significativas. As evidências internas da carta por si mesmas pouco contribuem para a resolução dos problemas entre as diversas teorias. Jerusalém foi mencionada por implicação (He 13:12) devido a um modo de escrever que seria compreendido de todos os hebreus. A referência à Itália (He 13:24) é geral e dá portanto pouca ajuda real na questão do destino.

Uma coisa está clara. Aqueles a quem a epístola foi escrita eram hebreus por identidade nacional e cristãos por profissão de fé. Como Downer sugeriu, os hebreus eram os destinatários, e o ponto de vista hebreu prevalece (Arthur Cleveland Downer, The Principles of Interpretation of the Epistle of the Hebrews, pág. 8). Esses cristãos hebreus tinham sofrido perdas, experimentaram muitas provações e dificuldades, sofreram opróbrios, perda de privilégios, perseguição, ridículo e ódio declarado dos outros judeus. Mas essas condições poderiam ter prevalecido em qualquer parte do mundo romano no primeiro século.

O fato é que todos os argumentos e teorias têm ingredientes de possibilidade e impossibilidade em medidas quase iguais. A discussão do problema do destino pude ser examinado detalhadamente em Farrar, CGT; A.B. Davidson, The Epistle to the Hebrews; Archer, The Epistle to the Hebrews, A Study Manual; William Manson, The Epistle to the Hebrews, An Historical and Theological Reinterpretation; e IB, XI. Quanto ao peso da opinião, a teoria de "Jerusalém" é a que tem sido melhor defendida por William Leonard, Authorship of the Epistle to the Hebrews: Critical Problem and Use of the Old Testament. As teorias de "Roma" e "congregação única" são melhor defendidas por William Manson (op, cit.), que sugere que os arquivos de correspondência de uma congregação romana foram os primeiros a guardarem esta carta de exortação e advertência. Mas mesmo esta declaração é uma conjetura.

Autoria – Por Quem Foi Escrita. Quem escreveu a Epístola aos Hebreus ainda continua sendo o grande e único problema do estudante deste livro. Os autores sugeridos são muitos, e as opiniões que favorecem um possível autor em detrimento de outro são muitas também. O apóstolo Paulo, Apolo, Barnabé, Lucas, Timóteo, Áqüila e Priscila, Silas, Ariston e Filipe, o Diácono, todos têm sido propostos como autores, com argumentação comprovante. O exame da tradição da igreja primitiva e dos pais da igreja, tanto do Oriente como do Ocidente, só têm comprovado que as opiniões variam.

A epístola por si não dá o nome do autor, nem mesmo veladamente. Duas opiniões principais têm predominado no estabelecimento da autoria.
1) Autoria paulina. O argumento que sustenta esta opinião também foi desenvolvido para incluir um possível escritor desconhecido que foi instruído e influenciado pelo apóstolo Paulo, dando assim a Hebreus um cunho distintamente paulino.
2) A tradição e influência alexandrinas, com base no uso do Velho Testamento, principalmente na questão tipológica. O raciocínio aqui traça a origem de certas analogias de Hebreus em analogias idênticas de Filo de Alexandria. Esta é uma opinião defendida por poucos atualmente. Conforme registrado em SHERK, II, 877, a influência de Filo sobre o autor de Hebreus tem sido desprezada pela maioria dos mestres, enquanto que, ao mesmo tempo, sua influência sobre os Pais de Alexandria tem sido reconhecida geralmente.

O argumento da autoria paulina repousa fortemente sobre o último capítulo (13) da epístola. A qualidade pessoal deste capítulo é típica do apóstolo Paulo, como também o estilo epistolar. As referências a Timóteo e à Itália (He 13:23, He 13:24) também são laços que parecem ligar diretamente ao apóstolo. Além disso, há uma semelhança marcada entre a linguagem deste livro e das cartas reconhecidamente paulinas (por exemplo, He 1:4; He 2:2; He 7:18; He 12:22); e a argumentação cristológica é igual a de Paulo em outros lugares. Grande parte dessa argumentação é dedutível, e as mesmas similaridades poderiam ser notadas em qualquer mestre cristão dos primórdios do Cristianismo. No apoio à autoria paulina talvez nenhuma outra obra ultrapasse o trabalho definido de William Leonard em seu Authorship of the Epistle to the Hebrews: Critical Problem and Use of the Old Testament.

Contra a autoria paulina apresentam-se estas considerações:
1) o livro não menciona o apóstolo Paulo especificamente, como as epístolas reconhecidamente paulinas;
2) o uso de linguagem que é superior às normas de construção, uso e estilo de Paulo; e
3) desenvolvimento lógico do argumento, que não é caracteristicamente paulino. O ritmo de Hebreus é retórico e helênico, e o estilo, de modo geral, é mais calmo e razoável do que o estilo do apóstolo costumeiramente.

Quanto às diferenças doutrinarias, evidenciam-se em
1) o tratamento da fé,
2) a visão escatológica do capítulo 12,
3) o uso aplicado do código mosaico, e
4) o conceito do santuário. Leonardo até destaca que o hábito de considerar as Escrituras do Velho Testamento como um "arsenal de tipos" (op. cit., pág. 19), não é característico da literatura paulina.

Mas o que se sabe do autor? Ele era um homem de consideráveis conhecimentos das Escrituras, um teólogo bíblico que pensava em termos da história da redenção, e uma pessoa familiarizada com o Velho Testamento grego (LXX). Embora judeu, estava inteiramente familiarizado com a cultura helênica, como também com as tradições judias. Era um pensador independente que poderia ter sido influenciado pelo apóstolo Paulo e pelos pensadores alexandrinos. Ele deu origem a uma forma literária única, inteiramente diferente das outras do Novo Testamento.

Devotou-se completamente à sua tarefa de explicar o relacionamento do Judaísmo com o Cristianismo, argumentando constantemente pela absoluta superioridade deste último. Talvez fosse um mestre-pregador, familiarizado com o relacionamento orador-ouvinte e portanto empenhado no estilo exortação-explicação-admoestação que usou com tanta eficácia. No uso que fez deste método ele exibe mais do que um conhecimento passageiro das idéias do apóstolo Paulo.

Apesar de tudo isto, a verdadeira identidade do autor continua desconhecida. Concluindo, Orígenes (terceiro século), conforme citado por Eusébio (quarto século), talvez dificilmente poderia ser superado quanto a sua declaração sobre o problema:

O estilo da Epístola com o título "Aos Hebreus", não tem aquele popular estilo que pertence ao apóstolo, o qual admite que ele é comum no falar, isto é, em sua fraseologia. Mas que esta epístola é de um grego mais puro na composição das frases, qualquer um que for capaz de discernir a diferença de estilo terá de confessar. Repito, será óbvio que as idéias da epístola são admiráveis, e não são inferiores a qualquer dos livros reconhecidamente apostólicos. Qualquer um terá de admiti-lo, se ler com atenção as cartas do apóstolo.

Então Eusébio acrescenta, ou inclui:

Mas eu diria que os pensamentos são do apóstolo, mas a enunciação e fraseologia pertencem a alguém que registrou o que o apóstolo disse, como alguém que tivesse anotado despreocupadamente o que o mestre ditava. Se portanto, qualquer igreja considera esta epístola como escrita por Paulo, que seja elogiada por isso, pois não foi sem motivo que aqueles homens da antiguidade a transmitiram. Mas quem realmente escreveu a epístola, só Deus sabe (Eusébio,

Ecclesiastical History).

Tradição e Igreja Primitiva – Aceitação do que foi Escrito. A primeira menção da Epístola aos Hebreus fora do Novo Testamento aparece na Epístola aos Coríntios escrita por Clemente de Roma. Hebreus era conhecida de ambas as igrejas, a Oriental e a Ocidental, mas parece que era menos conhecida no Ocidente até o quarto século. Os Pais de Alexandria estavam ativamente interessados nos problemas dos hebreus, e tanto Clemente de Alexandria como Orígenes comentaram a epístola e a discutiram detalhadamente. O título "Aos Hebreus" apareceu no fim do século segundo, e passou a ser usado desde então.

Desde o início Hebreus tem sido aceita como fazendo parte do cânon. Nenhuma autoridade antiga, com exceção de Tertuliano, deixou de incluir esta epístola no cânon do Novo Testamento.

No fim do quarto século o Ocidente começou a se interessar mais nesta epístola, com Jerônimo em sua Epístola 129 declarando explicitamente que ele aceitava inquestionavelmente a carta aos Hebreus como parte do cânon do Novo Testamento. Esta opinião foi consistentemente defendida pelos medievistas e pela escola humanista. Erasmo, o mestre humanista, e Lutero, o Reformador, ambos aceitaram Hebreus como parte do Novo Testamento, embora discordassem quanto à identidade do autor. Os mestres de após a Reforma não desafiaram a canonicidade de Hebreus com sucesso, mas ocuparam-se mais com a questão da autoria.

A Argumentação da Epístola – O Tema do Escritor. A tese do escritor de Hebreus parece estar contida em duas idéias principais, que são explicadas e ilustradas na lógica da argumentação. A primeira idéia está expressa na palavra "considerai", usada em He 3:1 e He 12:3. Em cada um dos exemplos a advertência é para se considerar a Cristo. Em He 3:1, Ele deve ser considerado o "Apóstolo e Sumo Sacerdote de nossa confissão", e em He 12:3 Ele deve ser considerado como Aquele que sofreu, como o exemplo máximo da vida na fé. Com o termo "considerai" o escritor quer dizer refletir, estudar, examinar atentamente, pensar com cuidado. Observe que os crentes são lembrados a considerar o próprio Cristo, e não as simples razões lógicas por que Ele deveria ser considerado, conforme apresentadas na carta aos Hebreus.

Através do raciocínio da epístola, os leitores são levados a "considerá-Lo" no Seu sacerdócio e sacrifício. O contraste traçado através de toda a carta estabelece conclusivamente a superioridade de Cristo sobre os anjos, Moisés, Arão, Melquisedeque e o sistema levítico, e finalmente até mesmo sobre os maiores exemplos de vida de fé do registro do Velho Testamento (cons. He 11:1). Este tem sido chamado de título informal da carta aos Hebreus. Farrar (CBSC) sugere que todas as informações dados na epístola são para o propósito de exortar os leitores. A perseguição, as provações e dificuldades seriam amenizadas se esses cristãos, que também eram judeus, "considerassem-no" (He 12:3) e suportassem "a palavra desta exortação" (He 13:22). O argumento que apóia este tema duplo está então desenvolvido pelo argumento "o Cristianismo é superior ao Judaísmo", para o qual a exortação está sendo dirigida.

Todo o propósito desta carta era informar cristãos desanimados e também encorajá-los, e para apoiar as duas vias de acesso através de inumeráveis exemplos, tanto de Cristo como daqueles que viveram com sucesso pela fé. No meio de tudo, o escritor colocou a eternidade (portanto a imutabilidade) do sacerdócio de Cristo "segundo a ordem de Melquisedeque" (cap. He 7:1).

As Idéias e Conceitos do Autor: Fontes e Emprego. Forma e estilo distintos (veja seção seguinte desta Introdução) destacam a Carta aos Hebreus dentre as outras epístolas do Novo Testamento. O autor emprega método, organização e técnica diferentes de qualquer outro escritor do Novo Testamento. Ele também expressa idéias e associações de pensamentos e acontecimentos que lhe são peculiares. Uma vez que a investida principal da epístola é prática, atingir coisas práticas, ele coloca todos os seus conceitos teológicos dentro desta estrutura especial de referência de exortação, advertência e conforto. fie se concentra sobre aquelas idéias teológicas e conceitos que ele considera significativos. Seu raciocínio em prol dos seus leitores é que isto, é o que esta comunidade de crentes precisa acima de tudo o mais, para fortalecê-los na fé.

Ele ataca essas idéias como um orador deveria fazê-lo, edificando uma verdade sobre a outra para apoio da argumentação principal. Entremeadas encontram-se as advertências, que parecem particularmente destinadas a impressionar os ouvintes (leitores) com as conseqüências da falta de compreendo da verdade relativa a Cristo.

O autor demonstra considerável perícia literária. Evidentemente seus antecedentes lhe deram um senso de proporção na composição literária. Seu grego é talvez o melhor de todo o Novo Testamento, comparável ao de Lucas. Profundidade cultural e familiaridade também estão evidentes. O escritor parece perceber e refletir a influência do modo de vida grego (helenização) sobre o Judaísmo e sobre o mundo mediterrâneo.

Em idéias positivas emitidas, o escritor baseia sua discussão teológica sobre as Escrituras e a desenvolve colocando o tenebroso reino da terra contra o reino da realidade, ou o céu. A fonte do Velho Testamento ou das Escrituras que ele usou foi a versão grega ou LXX. Em alguns exemplos a palavra usada na LXX nem sequer aparece no texto hebraico como nós o temos. Para provar que o reino celestial é o reino da realidade, o autor aplica todas as passagens possíveis a Cristo. Todo o Velho Testamento, como o escritor de Hebreus o usa, é uma exposição contínua revelante da pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo. O acesso ao reino celeste também está em Cristo.

O autor de Hebreus é o único escritor do Novo Testamento que discute alguns dos assuntos que apresenta. Nenhum outro escritor, por exemplo, discute o significado de Melquisedeque (He 7:1-14). Uma nova avaliação dos patriarcas também é fornecida pelo capítulo 11. Alguns aspectos da vida de Moisés são destacados em Hebreus, os quais não foram mencionados em nenhum outro lugar. A questão do arrependimento é encarada de maneira diferente (He 12:17), como também a questão do pecado deliberado (He 10:26). Muitos dos conceitos individuais do autor criaram problemas de interpretação para as gerações futuras.

A idéia mais altamente desenvolvida entre todas na Epístola aos Hebreus é a do sacerdócio de Cristo. Singular dentro da epístola, é o mais importante conceito a ser assimilado. Ao apresentar este conceito, três "fontes" são aparentes:
1) A instituição do Velho Testamento do sacerdócio e sacrifício, ou o sistema levítico;
2) o Judaísmo; e
3) o Cristianismo primitivo ou apostólico. Quaisquer outras influências que possam ter havido, estas três são predominantes.

Como sacerdote, Cristo foi divinamente vocacionado, e possui humanidade (He 2:14-18; He 4:15, He 4:16; He 5:1-3). Ele supre as necessidades do povo (He 2:17, He 2:18). Ele abriu o caminho à presença de Deus (He 10:19, He 10:20), e tomou o "Santo dos Santos" e o "trono da graça" (He 4:14-16) acessíveis. Ele se tornou o sacrifício perfeito e definitivo (He 10:18). Por causa do ministério sacerdotal de Cristo, o crente tem força na fé e o privilégio da adoração. Talvez nenhum livro do Novo Testamento apresente melhor a comunhão com Deus através da adoração como o faz Hebreus.

A cristologia de Hebreus é rica, mas foi principalmente apresentada no ministério e função de Cristo como sacerdote. Primeiro Cristo é apresentado como o revelador de Deus (He 1:1) e o agente da criação (He 1:14). O significado da palavra karakter, expressão exata, em He 1:3 não deve ser ignorado. Depois dessa declaração preliminar ou prólogo, a cristologia flui rapidamente para o argumento principal do ministério sacerdotal de Cristo.

Os ensinamentos éticos de Hebreus são do mais alto padrão e inteiramente cristãos, ainda que generalizados dentro do coar principal da argumentação. Só no capítulo 13 o ensino ético se torna específico e evidente. Amor fraternal (He 13:1), bondade para com os estrangeiros (He 13:2), bondade para com os menos afortunados (He 13:3), relacionamento conjugal honroso (He 13:4), uma atitude correta para com as riquezas materiais (He 13:5), respeito pelos superintendentes (He 13:7,He 13:17), a prática do bem (He 13:16), estão aí positivamente ordenados. Nisso o cristão não tem escolha. Grande parte das injunções éticas anteriores na epístola encontram-se na analogia sacerdotal, e por isso não são imediatamente aparentes como nos Sinóticos ou na literatura paulina.

Quanto ao valor prático, Hebreus repousa solidamente sobre a inquestionável premissa de que Cristo supre as necessidades de todos os homens a toda hora (incluindo a do homem moderno). Os homens vêm a Deus por meio de Cristo em todos os séculos. Neste conceito está expressa a unidade da história como linear e redentora, com Deus através de Cristo operando no destino do homem de acordo com o Seu plano e vontade. Hebreus não apresenta uma filosofia da história diferente daquela dos outros livros do Novo Testamento.

Forma e Estilo: A Organização e Métodos do Autor. Só o trecho compreendido entre He 13:17 e He 13:25 classifica Hebreus como epístola. Mas o gênero literário do livro constitui um problema. Começa como um tratado, continua como um sermão e termina como uma carta. O atual começo é o começo que o livro sempre teve. Não há nele saudações ou quaisquer referências pessoais. Dentro da forma literária, alguns hábitos são constantes. Usando o Velho Testamento, o escritor pode empregar uma referência literal, histórica ou tipologicamente. Sua consistência está somente em que o uso que faz do texto do Velho Testamento sustenta seu argumento principal no ponto em que é introduzido.

Já se tem sugerido que as exortações e advertências em Hebreus classificam o livro como sendo de natureza polêmica, com o final epistolar acrescentado a fim de concluir a polêmica. Se isto for verdade, então o autor é espantosamente capaz em evitar qualquer referência pessoal na polêmica. Referências autobiográficas não existem, e as metáforas empregadas fortalecem a polêmica sem revelar uma única pista quanto ao polemista.

Já se expressou a opinião de que a forma literária básica de Hebreus segue o padrão alexandrino indicado por Filo (veja J. Herkless, ed., Hebrews and the Epistles General of Peter, James and John; também IB). O modo pelo qual o autor faz contraste entre os reinos celestiais e terreno, o "ilusório" e o real, ou o reino celestial e o verdadeiro, pensam alguns, que seja uma técnica "emprestada" de Filo de Alexandria. O IB chama isto de uma visão da realidade em "dupla argumentação" que controla todo o pensamento de Hebreus (XI, 583).

Outras opiniões expressas são as seguintes:
1) que a influência de Filo é insignificante, ou
2) que a teoria que tenha influenciado o escritor é uma premissa inteiramente falsa. Manson inclina-se a desprezar a influência de Filo (William Manson, The Epistle to the Hebrews, An Historical and Theological Reinterpretation). A.B. Davidson, referindose ao autor de Hebreus (op. cit.), fala de traços de influência da "cultura alexandrina ... na sua linguagem", mas não apresenta nenhum argumento favorecendo esta técnica filônica. Sob um certo aspecto, então, a origem da forma de Hebreus permanece uma questão em aberto.
3) Spicq, entretanto (L'épitre aux Hébreux), percebe evidências consideráveis que ele considera indicativas de antecedentes filônicos.

O que está claro, entretanto, é que o escritor sistematicamente estabeleceu um conjunto básico de idéias, sobre as quais ele começa apresentar as passagens e argumentos do Velho Testamento.

Obter aceitação dessas idéias básicas não é o seu objetivo, mas antes levar os crentes a compreendê-las inteiramente e depois agir de acordo. William Leonard (op. cit., pág.
221) identifica sete dessas idéias:
1) a Filiação de Cristo;
2) o sacerdócio de Cristo, base da purificação do pecado;
3) o sacerdote à direita de Deus, base da esperança cristã; 4)a promessa feita a Abraão;
5) a permanência do prometido "repouso do sábado";
6) as conseqüências da apostasia; e 7)as exortações para que se viva virtuosamente à luz do futuro. O IB (loc. cit.) faz uma lista de treze dessas idéias básicas, que influem as sete acima, mas incluem adições tais como a promessa da volta de Cristo, a derrota de Satanás, a vitória sobre a morte, e o prometido livramento dos crentes da escravidão. Essas idéias do as constantes; e, tanto na forma como no estilo da apresentação, tudo se refere a uma ou mais delas.

No meio dessas idéias básicas está o conceito de Cristo como o sacerdote perfeito de Deus, estabelecendo a nova aliança tanto pela Sua obra sacerdotal quanto por Sua morte sacrificial. Não há dúvidas quanto à superior cristologia da Epístola de Hebreus. Mas apesar de tanta informação extraída do Velho Testamento para sustentar a Cristologia e outras idéias centrais à epístola, o enigma da forma epistolar do final de He 13:17 em diante permanece. Quatro possíveis soluções para o enigma são apresentadas:
1) Que o autor escreveu para um grupo específico e desde o começo tinha tal final em mente;
2) Que a carta original foi enviada a uma segunda platéia, e que o novo final foi acrescentado para acomodar-se a este grupo;
3) Que uma pessoa, não o autor, acrescentou o final atual quando encaminhou-a para outro grupo;
4) Que o final foi acrescentado por outra pessoa para sustentar o conceito da origem paulina de toda a carta. Dessas teorias, a primeira e a quarta são as mais razoáveis e plausíveis.

Certos hábitos de estilo também são evidentes. O escritor transforma em prática introduzir citações do Velho Testamento dizendo "Deus disse" (veja He 4:3; He 5:5, He 5:6; He 8:10) e "como diz o Espírito" (He 3:7). Ele também introduz partes de sua argumentação algum tempo antes de proceder ao desenvolvimento completo da mesma. E assim cada argumento mais extenso da epístola tem a sua declaração preliminar. Em todos os pontos ele faz referência ao ritual da lei mais do que à lei moral ou à força social ou visual da Lei, como no caso dos dias de festa. Caracteristicamente ele emprega o nome "Jesus" e não o título completo usado pelo apóstolo Paulo. Mais ainda, ao apresentar "Jesus" como o "novo e vivo caminho", o escritor não se afasta do pensamento nem deixa o argumento incompleto. Ele parece ter completo domínio de si mesmo, e das técnicas que ele emprega.

COMENTÁRIO

Hebreus 1

I. Prólogo. He 1:1-4.

O escritor contraria o padrão das cartas geralmente identificadas como cartas do N.T., não fazendo nenhuma saudação nem sentenças introdutórias (veja Introd.). Ele avança imediatamente para o assunto, que é a pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo em relação ao sistema levítico e a velha aliança.


Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 1 versículo 2

2. Nestes últimos dias. No fim destes dias é a tradução literal de uma expressão hebraica comum encontrada em Nu 24:14, possuindo tonalidades messiânicas. Deus falou conosco através de Um que tem com Ele o relacionamento de um filho e completa autoridade como porta-voz. Neste relacionamento, Cristo é especial e assim está descrito aqui no sentido clássico, sob compromisso divino porque é um Filho. Ele é ambos, herdeiro e agente da criação. O universo. O grego aiones, "eternidade", incluindo o mundo espacial. (cons. He 11:3).


Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 1 versículo 3

B. Cristo, "Imagem" de Deus. He 1:3, He 1:4.

3. Resplendor da glória ou esplendor. O resplendor que o mundo recebe do próprio caráter de Deus em Jesus Cristo. Ele é o ser essencial de Deus. Do mesmo modo expressão exata foi usado tal como em Mt 22:20, onde se refere à imagem que havia sobre o dinheiro romano. Cristo é a estampa ou a impressão de Deus (karakter); a essência de Deus. Toda a força das duas primeiras cláusulas deste versículo destaca este único conceito.

Ele é também criador, tanto a "Palavra criadora" (CGT, pág.
31) quanto o Sustentador – Aquele que está sustentando todas as coisas. Criação e preservação são realizadas por Deus em Jesus Cristo, e pela palavra do seu poder. A palavra do Filho é o poder de preservar e sustentar, mas este poder criativo canaliza-se para um ministério maior de redenção. Ao fazer a purificação dos pecados, Cristo purificou a grande massa dos pecados acumulados do mundo e todas suas impurezas, as quais Deus vê. Em Cristo a penalidade do pecado foi completamente removida e a purificação foi fornecida. A idéia se encontra nas palavras do hino de Cowper: Achei a fonte Carmesim,

Que meu Jesus abriu; Na cruz morrendo ali por mim, Minha alma redimiu.

Tendo este poder e autoridade como Criador e como Aquele que assume o pecado, Cristo ocupa o lugar de autoridade à direita de Deus. Na qualidade de ambos, sumo sacerdote e substituto, Ele pode apresentar uma redenção consumada. Sua obra está completa, e Ele pode, portanto, assentar-se. Como Filho do homem Ele ocupa este lugar por ato de Deus Pai. Esse não é um lugar de repouso, mas de atividade para o divino mediador, sumo sacerdote e intercessor. Em cumprimento do Sl 110:1, Ele é o Senhor de todos.


Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 1 versículo 4

4. O primeiro contraste que exibe a superioridade de Cristo foi assim introduzido. A idéia de contraste no pensamento de tão superior (kreiton, "superior", "tornando-se superior") foi usada treze vezes. Os anjos eram importantes na transmissão da mensagem divina aos homens. Desde a doação da Lei no Sinai até a assistência angélica concedida a Daniel e os últimos profetas, estes mensageiros de Deus serviram a Deus, mas como seus subordinados. Cristo é superior aos anjos em Sua pessoa, nome, função, poder e dignidade. Quanto ao Seu nome, só Ele pode salvar os perdidos (At 4:12), e é o nome acima de todo nome (Fp 2:10). Através do Seu nome, Sua reputação ficou estabelecida, pois é um nome poderoso.


Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 1 versículo 5


1) Superior aos Anjos. He 1:5-14.

5. O pensamento apresentado é um argumento que provém do silêncio e o ele (oculto) é Deus. Nunca Deus chamou algum anjo de Seu filho, mas somente a Cristo e com referência a Cristo, que Ele disse aquilo (veja Sl 2:7; 2Sm 7:14). Em ambas as passagens o significado imediato recebeu um significado nobre e mais elevado, que transmite a estas passagens (e outras a seguir) um sentido tipológico. No Sl 2:7 a celebração de um aniversário de nascimento (He 1:5 e segs.) é aplicada a Cristo. E as palavras pronunciadas por Salomão em lI Sm. He 7:14 são aplicadas a Jesus, o Filho, como sendo ainda mais verdadeiras quando se Lhe referem. Neste sentido a tipologia é correta; pois Cristo é o antítipo, um fato que é verdadeiro através de Hebreus, na interpretação tipológica do escritor.


Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 1 do versículo 5 até o 18

II. Os Argumentos Principais São Apresentados e Explicados. 1:5 - 10:18.

A. Cristo "Maior que"; O Argumento da Superioridade. 1:5 - 7:28.

O pensamento introduzido em He 1:4 estende-se agora através de uma sede de sete citações do V.T. Destas, cinco provam a superioridade de Cristo.


Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 1 versículo 6

6. Ambas as passagens, Dt 32:43 (LXX) e Sl 97:7 falam de anjos adorando Cristo, o Filho. E o salmista também fala de uma demonstração de glória (Sl 97:6), que corresponde ao resplendor de He 1:3. Dois conceitos são apresentados:
1) que os anjos são seres inferiores ou seres criados – Aquele que . . . faz; e
2) que os anjos são servos, tal como os ventos e o fogo. A idéia está assim re-enfatizada que os anjos adoram o Filho porque lhe são subordinados. Sl 104:4 está assim apresentado como prova da subordinação angélica.


Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 1 do versículo 8 até o 9

8,9. Cristo é chamado de Deus e rei, ou soberano. Conforme prometido no pacto davídico, aqui está o grande Filho de Davi reinando, e o Seu governo é eterno. As qualidades de Sua realeza são justiça, eqüidade e ódio à iniqüidade – qualidades que só podem caracterizar, uru reino justo. Nesta posição Cristo está em posição superior a todos, e particularmente aos anjos. Para esta posição exaltada e honrada Cristo foi mais ungido do que comissionado, e esta unção é a unção do Christus Victor – o vitorioso que reina eternamente.


Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 1 do versículo 10 até o 12

10-12. Do Sl 102:25-27. Fala de Cristo Filho, que na qualidade de Criador fez o mundo e que é Aquele que não muda no meio das coisas que vão mudar. Isto também retrata um agudo contraste entre Cristo e os anjos. Eles são matéria criada, e servem no mundo como mensageiros de Deus. Cristo é eterno, acima do mundo, sendo antes dele e depois dele. Este argumento foi extraído de um salmo da tradução da LXX não considerado messiânico pelos intérpretes rabínicos. Usado desta maneira pelo autor, ilustra melhor a superioridade de Cristo. E os teus anos jamais terão fim. Não terão fim nem serão interrompidos.


Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 1 versículo 13

13. Em contraste com os anjos, que jamais receberam permissão de se assentarem à direita de Deus, Cristo está assentado lá agora e governa como rei, o Deus-homem, o Messias imutável e eterno. Vai ficar assim assentado até o Seu triunfo final, quando Seus inimigos serão transformados em estrado dos seus pés. Este conceito retrocede a Josué, que colocou o seu pé sobre o pescoço dos reis subjugados como sinal final de vitória. Assim a passagem transmite a esperança a todos os crentes de todos os tempos de que Cristo triunfará sobre a injustiça.


Moody - Comentários de Hebreus Capítulo 1 versículo 14

14. Os anjos servem, conforme está indicado pelo todos de sentido amplo; mas seu serviço é sagrado ou "litúrgico" (leitourgika), e fazem um serviço aos homens (diakonian). Os anjos são portanto espíritos ministradores que servem àqueles que hão de herdar a salvação, ou as pessoas piedosas. Este ministério dos anjos, está implícito que ainda continua. A palavra salvação (soterian) está reservada pelo autor para um desenvolvimento posterior.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Introdução ao Livro de Hebreus
A EPÍSTOLA AOS HEBREUS

INTRODUÇÃO

Há diversas perguntas que naturalmente são feitas a respeito da escrita de um documento do Novo Testamento, as quais, no caso desta epístola, são impossíveis de ser respondidas com qualquer grau de certeza. Apesar de que podem ser sugeridas respostas possíveis, as quais até certo ponto podem ser sustentadas com alguma razão, a verdade clara é que não sabemos nem quem escreveu esta epístola nem para quem ela foi escrita inicialmente. Nossa ignorância sobre esses particulares, entretanto, não impede a justa compreensão do valor teológico e espiritual (e nem o diminui) de um documento que desde o princípio tem comprovado por si mesmo ser autoritativo em vista de seu valor intrínseco. De fato, a única resposta adequada, dada pela fé cristã a essas perguntas, é que o próprio Deus é seu Autor primário e que os crentes de todos os séculos são os leitores divinamente desejados para essa epístola. Pois, por intermédio desta epístola Deus, inquestionavelmente, tem falado e continua a falar ao Seu povo, por meio de Seu Espírito. Afinal de contas, essa é a vindicação mais importante do lugar desta epístola no "cânon" do Novo Testamento.

I. AUTORIA

Na própria epístola não encontramos indicação explícita sobre seu escritor. Os escritores cristãos primitivos também não nos provem qualquer testemunho unânime ou convincente. Tertuliano é definido em seu testemunho; afirma ele que Barnabé foi quem a escreveu. Mas a tal testemunho falta confirmação; ainda que reste algo a dizer a favor do mesmo. O homem a quem foi dado o nome cristão que significa "filho da exortação" (At 4:36), bem poderia ter sido o responsável por esta "presente palavra de exortação" (He 13:22). Sendo levita, certamente ele se interessava mais que ordinariamente nos rituais sacrificais; sendo judeu de Chipre, mui possivelmente ele tivera íntimo contacto com os ensinos helenistas e filosóficos do judaísmo de Alexandria, com os quais tanto o escritor como os seus leitores parecem ter tido alguma familiaridade; na qualidade de alguém que se converteu imediatamente após Pentecoste (o que talvez seja referido em He 2:3-58) indubitavelmente ele foi influenciado pelo ensino de Estêvão, uma influência que parece persistir nesta epístola.

Em Alexandria, onde a epístola foi aceita por seus próprios méritos, há evidência de uma tendência crescente, no terceiro século de nossa era, de ligá-la ao apóstolo Paulo, ainda que bastante indiretamente. Clemente sugeriu que Paulo escreveu-a em hebraico e que Lucas a traduziu para o grego. Orígenes se inclinava a pensar que os pensamentos originais fossem do apóstolo, ainda que não a forma escrita e a linguagem finais. Tal conexão dessa epístola ao nome de Paulo muito contribuiu para que lhe conferissem autoridade apostólica, na falta do que muitos hesitaram em aceitá-la como canônica. Conseqüentemente, muitas cópias manuscritas vieram a ser intituladas "A Epístola de Paulo aos Hebreus". Entretanto, essa atribuição da epístola ao apóstolo, não é aceita pela maioria dos eruditos contemporâneos. A própria evidência interna da epístola, como sua linguagem, estilo e conteúdo, é considerada como prova conclusiva contra essa suposição (por exemplo, contrastar He 2:3 com Gl 1:12; Gl 2:6).

Outras sugestões são inteiramente especulativas. Incluem os nomes de Apolo, Silas, Áqüila (ou Prisca e Áqüila) e Filipe, o evangelista. Dentre essas, a sugestão de Lutero-Apolo-é talvez a mais acertada. Pelo que sabemos de Apolo (ver At 18:24-28), ele é exatamente o tipo de homem que poderia ter escrito tal epístola. Porém, não existe qualquer outra evidência para comprovar que ele tenha sido seu autor. Quando um escritor humano das Escrituras foi providencialmente levado a ocultar sua identidade, não há necessidade de tentar descobri-la, havendo pouco ou nenhuma esperança de sucesso nessa tentativa. É mais sábio que nos contentemos em não sabê-lo.

II. OS PRIMEIROS RECEBEDORES

Na própria epístola não existe indicação clara sobre para quem foi endereçada originalmente esta epístola. O título familiar, Aos Hebreus, recua até o segundo século. Seu conteúdo confirma poderosamente que ela foi escrita para crentes judeus. Nela não há a menor referência ao paganismo; e as Escrituras do Antigo Testamento e os rituais levíticos são tratados com notável respeito, como possuidores de sanção e autoridade conferidas por Deus. As modernas tentativas de sugerir que a epístola foi escrita para crentes gentios podem ser consideradas mais engenhosas que convincentes.

Semelhantemente, há falta de informação nesta epístola no tocante à localização de seus leitores originais. Jerusalém, Cesaréia, Antioquia da Síria, Éfeso, Alexandria e Roma são lugares que já foram sugeridos pelos estudiosos. O fato que os leitores ainda não tinham ouvido a Cristo (He 2:3) é contrário à suposição que vivessem em Jerusalém permanentemente. Seu passado geral, apesar de inquestionavelmente judaico, parece ter sido helenista e um tanto alexandrino, e não exclusivamente palestínico e rabínico. Parece que os leitores visados eram os judeus da dispersão, cujas Escrituras era o Antigo Testamento vertido para o grego. A frase "Os da Itália vos saúdam" (He 13:24) pode ser interpretada como a indicar que certas pessoas, afastadas da Itália, estavam enviando saudações à sua terra natal. Caso essa interpretação seja a correta (ver anotações ad loc) isso favoreceria a opinião que os recebedores da epístola foram uma seção judaica da comunidade Cristã de Roma. Talvez seja significativo que a citação dessa epístola mais antiga que se conhece, ocorra em uma carta escrita por Clemente de Roma cerca de 95 D. C. Além disso, a referência à perseguição, em He 10:32-58, poderia ser uma referência à expulsão dos judeus (crentes) de Roma, decretada pelo imperador Cláudio por volta de 50 D. C. Ver At 18:3.

É claro, pelo conteúdo da própria epístola, que ela foi originalmente escrita para um grupo definido de leitores. Ver He 2:3; He 5:11-58; He 6:9-58; He 10:25, He 10:32-58). É mesmo possível que tenham visto e compartilhado da perseguição que se levantou contra a igreja em Jerusalém por parte das autoridades judaicas e de judeus zelosos semelhantes a Saulo de Tarso; e é possível que He 10:32-58 se refira a isso (ver At 5:41; At 8:3; At 9:13-14). É perfeitamente possível que subseqüentemente os leitores ministraram aos santos pobres de Jerusalém, partindo da base onde moravam (He 6:10). Tal fundo para sua entrada na experiência da nova vida em Cristo daria significado adicional à asseveração do escritor do que os seguidores de Jesus não possuem Jerusalém terrena como sua cidade pátria; pelo contrário, é-lhes necessário sair porta fora após Cristo (He 13 12:58). Sendo crentes eles tinham "chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a Jerusalém celestial" (He 12:22). E nesta não necessitavam mais de permanecer no átrio exterior em volta do santuário, no qual somente o Sumo Sacerdote podia entrar, e isso apenas uma vez por ano; mas eles mesmos podiam, livre e continuamente, entrar ousadamente através do véu agora rasgado até o próprio santo dos santos da presença de Deus.

III. DATA

É impossível fixar a data da epístola com certeza absoluta, ainda que se possa dizer com considerável confiança que, muito provavelmente, ela foi escrita entre 60 e 70 D. C. Seus leitores já eram crentes há muitos anos (He 5:12; He 10:32). Alguns de seus líderes originais já haviam falecido (He 13:7). Por outro lado, Timóteo ainda estava vivo (He 13:23). Parece possível argumentar que, se a destruição de Jerusalém tivesse tido lugar, o escritor não deixaria de referir-se ao fato, particularmente em vista de que isso foi um significativo julgamento de Deus contra a antiga ordem de adoração judaica.

IV. MOTIVO E PROPÓSITO

A fim de sermos capazes de verificar o motivo e o propósito da epístola, necessitamos primeiramente apreciar as circunstâncias daqueles para quem a epístola foi escrita. Nessa conexão, sua condição espiritual se reveste de muito maior significação que sua localização geográfica. Para termos qualquer evidência a respeito, dependemos inteiramente da evidência fornecida pela própria epístola. O escritor claramente contrasta o estado em que seus leitores se encontram com o estado em que estavam anteriormente, com o em que deveriam estar, e com o estado em que pareciam estar no perigo de cair. Ainda que crentes eram indolentes (He 5:11-58). Haviam perdido seu entusiasmo inicial pela fé (He 3:6, He 3:14; He 4:14; He 10:23, He 10:35). Haviam deixado de crescer, ou melhor, de progredir, e sofriam de séria deficiência no que tange à compreensão e ao discernimento espirituais (He 5:12-58). Estavam deixando de freqüentar as reuniões cristãs (He 10:25) e de ser ativamente leais a seus líderes cristãos (He 13:17). Necessitavam ser novamente exortados a imitar a fé daqueles que os tinham precedido na viagem para a glória (He 13:7). Tendiam para ser facilmente levados ao redor por ensinos novos e estranhos (He 13:9). Corriam o perigo de não estarem à altura das promessas de Deus (He 4:1), desviando-se daquilo que tinham ouvido (He 2:1). Estavam mesmo no perigo de abandonar completamente a fé, numa deliberada e persistente apostasia (He 3:12; He 10:26); e esse perigo tornar-se-ia mais grave se deixassem de freiar qualquer dentre seu número que estivesse se movendo nessa direção (He 3:13; He 12:15). Caso cederem a tal tentação e vierem a rejeitar realmente o Evangelho de Cristo, não poderão esperar senão o julgamento (He 10:26-58).

Particularmente na qualidade de quem anteriormente haviam sido zelosos aderentes do judaísmo, parece muito provável que os leitores originais da epístola tinham ficado pessoalmente desapontados com o Cristianismo porque, por um lado, ele não lhes tinha proporcionado qualquer reino visível terreno e, por outro lado, o Cristianismo havia sido decisivamente rejeitado pela grande maioria dos seus irmãos de raça, os judeus. Além disso o continuo apego ao Evangelho parecia apenas envolvê-los na participação das repreensões injuriosas de um Messias sofredor e crucificado, e no ter de enfrentar a possibilidade de violenta perseguição anti-cristã. É bem possível, portanto que se sentissem seriamente tentados a renegar a Jesus como o Messias e tornar a abraçar os bens visíveis e preferíveis, que o judaísmo parecia continuar a oferecer-lhes.

Que era o judaísmo que assim os atraía, em detrimento do Cristianismo, parece confirmado pelo modo óbvio com que o escritor resolve, desde o início da epístola, demonstrar a superioridade do novo pacto sobre o antigo, exibindo particularmente a proeminente excelência de Jesus, o Filho de Deus, em comparação com os profetas e os anjos, os líderes e os sumos sacerdotes que operavam na antiga dispensação. Portanto, o escritor mostra que se a antiga ordem era imperfeita e provisória, o Cristianismo trouxe perfeição (He 7:19), e perfeição que é eterna (He 5:9; He 9:12, He 9:15; He 13:20). Tanto o autor como seus leitores originais aparentemente eram judeus helenistas que tinham alguma familiaridade com o pensamento filosófico dos gregos, e parece que o autor lança mão de idéias baseadas em tais origens ao declarar que a antiga ordem continha meramente "figura do verdadeiro" (He 9:24) ou então apenas a "sombra dos bens vindouros, não a imagem real das cousas" (He 10:1). Por outro lado, o Cristianismo é a própria verdade, a celestial e ideal realidade, que possui real e absolutamente todos aqueles valores inerentes que naquela ordem antiga, quando muito, podem apenas ser refletidos ou prefigurados. Não obstante, visto que seus leitores reconheciam a autoridade divina das Escrituras do Antigo Testamento, seu argumento final em favor do reconhecimento da superioridade de Cristo sobre os anjos e sobre o sacerdócio levítico, e a favor da superioridade de Seu sacrifício-de Si mesmo-sobre os sacrifícios de touros e bodes, é o testemunho profético do próprio Antigo Testamento. Ver He 1:5-58; He 7:15-58; He 10:5-58.

O propósito do escritor, por conseguinte, era tornar seus leitores plenamente cônscios, primeiramente, da admirável revelação e salvação dada por Deus aos homens, na pessoa de Cristo; em segundo lugar, deixá-los plenamente cônscios do verdadeiro caráter celestial e eterno das bênçãos assim livremente oferecidas e apropriadas pela fé; e em terceiro lugar, para dar-lhes plena consciência do lugar de sofrimento e paciente persistência (mediante a fé) no presente caminho terreno até o alvo do propósito de Deus, conforme demonstrado na experiência e na obra do Capitão de nossa salvação e na disciplina de Deus aplicada a todos os Seus filhos. Em quarto lugar, ainda, para proporcionar-lhes consciência do terrível julgamento que certamente sobrevirá a qualquer que, conhecendo tudo isso, rejeitar tal revelação em Cristo. Tendo-se esforçado para torná-los cônscios de tudo isso, o propósito complementar do escritor é impeli-los a agir de conformidade com esse conhecimento. Tais propósitos são apresentados através da epístola inteira mediante o emprego de exposição racional, exortação desafiadora e solene advertência.

V. CONTEÚDO

Conforme já foi indicado, o conteúdo desta epístola só pode ser apropriadamente apreciado em relação a seu motivo e propósito. O escritor obviamente considera as Escrituras do Antigo Testamento como plenas de figuras e antecipações sobre as autênticas realidades do propósito de Deus. Por conseguinte, ele as usa continuamente em apoio de seu tema, a fim de ilustrá-lo e desenvolvê-lo. Ele relembra, por exemplo, como Deus tirou um povo do Egito, como o Senhor estabeleceu um pacto com tal povo, no Sinai, e como proveu um sacerdócio e um culto centralizado no tabernáculo, para a manutenção da relação de aliança. Relembra ainda como muitos, que assim começaram com Deus, terminaram perecendo no deserto (He 3:16-58). Por um lado, falharam por motivo de incredulidade, em vista do que não abraçaram a promessa de Deus de entrar na herança (3:18-19; 4.2,6). Por outro lado, ficaram sujeitos ao julgamento divino por terem desobedecido aos regulamentos contidos no concerto (He 2:2). Por exemplo, o castigo imposto àqueles que cometeram adultério espiritual, adorando a outros deuses, foi a morte (He 10:28). Ou, semelhantemente, quando Esaú, que nasceu e foi criado no seio da família privilegiada, desprezou seu direito de primogenitura e o vendeu, perdeu-se irremediavelmente; pois para ele não houve mais oportunidade de arrependimento (He 12:16-58). Através de tais passagens das Escrituras o escritor estava cônscio de que aqueles para quem a luz de Deus é dada e a quem é feita a chamada de Deus, ou prosseguem na companhia de Deus, em fé e obediência, até possuírem a plena herança, ou, mediante a rejeição à luz, desobedecendo a chamada divina, ficam sujeitos ao julgamento divino.

Portanto, o escritor anseia e teme a respeito de seus leitores originais; anseia por desejar que todos prossigam para a perfeição (He 6:1), e teme que algum deles recue da graça de Deus (He 12:15). Pois haviam provado os benefícios superiores (He 6:4-58) do maior "êxodo" (em gr. exodos, Lc 9:31; cfr. Ef 2:8, Ef 2:14, Ef 2:15) realizado por Jesus, em Jerusalém. Haviam sido selados e consagrados pelo sangue do novo pacto (ver He 10:29). À semelhança do que aconteceu aos israelitas no Sinai, essas coisas não só lhes impõem certas obrigações à fé e à obediência, mas também lhes apresenta a oportunidade de herdarem a promessa divina. Todavia, os perigos que os ameaçavam eram exatamente similares àqueles que ameaçaram aos israelitas sob a primeira aliança. Havia o perigo da incredulidade; havia o perigo complementar de desobediência e apostasia, ou de rejeitarem deliberadamente a luz com o conseqüente afastamento entre suas pessoas e o Deus vivo (He 3:12; He 10:26-58). Por conseguinte, eles precisavam de encorajamento para prosseguirem, e de advertência para que não voltassem as costas ao Senhor; e desses elementos a epístola está repleta.

O escritor não estava menos persuadido que, em contraste com o primeiro pacto, a revelação e a redenção outorgadas aos homens, em Cristo, são a verdade final de Deus. A obrigação de dar ouvidos e a certeza de completa provisão divina são, portanto, absolutas. Essas coisas fixam ou a plena salvação ou a final condenação do indivíduo. Portanto, a urgente preocupação do escritor sagrado é exortar seus leitores para que correspondam favoravelmente de modo franco, advertindo-os a dar ouvidos à mensagem do Evangelho, como convém fazer.

O autor proveu um sólido fundamento para tais exortações e advertências mediante exposição, com algum detalhe, sobre a superioridade de Cristo e o que é dado sob o novo pacto sobre tudo quanto costumava ser outorgado sob o antigo pacto. Em Cristo temos a revelação final de Deus, maior que qualquer revelação até ali dada por meio dos profetas e dos anjos, visto que Jesus Cristo é o próprio Filho de Deus. Em Cristo encontramos a reconciliação final do homem com Deus porque, tendo condescendido em tornar-se verdadeiro homem, participante de carne e sangue, Ele rebaixou-se mais ainda ao provar a morte a favor de todo homem, assim eliminando o pecado ao tornar-se a oferta pelo pecado. Assim sendo, a verdadeira casa ou comunidade do povo de Deus está sendo edificada, e Cristo é sua Cabeça, e todos quantos confiam nEle são chamados a pertencer a ela. Porém, tornam-se participantes dela somente se apegarem à sua confiança através desta experiência provadora no deserto, que se situa entre o grande êxodo e a vindoura herança da promessa.

Outrossim, aquela comunidade foi chamada para compartilhar de um novo pacto, que é pleno de melhores promessas, e do qual Jesus se tornou o mediador eficaz por intermédio de Sua decisiva obra redentora e por Sua interminável ministração de seus benefícios. Na qualidade de seu Sumo Sacerdote, Ele solucionou o problema do pecado de uma vez para sempre, pela oferta única de Sua vida terrena e humana, sobre a cruz. Isso assegurou para Si, na qualidade de representante dos chamados, não apenas entrada até à presença de Deus mas igualmente entronização à mão direita de Deus. E o véu de separação que os mantinha fora do santo lugar foi decisivamente rompido. Portanto, os chamados podem achegar-se até o próprio trono de Deus, ali encontrando um trono gracioso, onde está assentado Alguém que está sempre pronto para falar a favor deles a Deus. Portanto, podem eles olhar para seu Sumo Sacerdote assentado no trono, para receber graça que satisfaça cada uma de suas necessidades e leve até à mais plena perfeição a salvação que receberam. Assim sendo, podem estar certos do cumprimento neles, na qualidade de Seu povo, de todas as promessas divinas inclusas no maravilhoso novo concerto. E visto que a maravilha de tais privilégios está descortinada perante eles que Se apeguem à sua confiança e à sua confissão franca, prosseguindo para uma mais completa experiência e desfrutamento dos resultados postos à sua disposição.

Uma outra importante verdade havia que precisavam aprender mais efetivamente. Aqueles que assim querem ter relações com Deus, devem fazê-lo por meio da fé. Ele é o grande Invisível, e Suas maiores recompensas jazem no futuro. De fato, a aparência imediata e a experiência presente do indivíduo parecem ambas negar Sua presença e contradizer a esperança de Sua recompensa. Portanto, a fé é indispensável para a correta consciência dessas realidades espirituais e para a contínua perseverança. Neste particular, uma vez mais, as Escrituras do Antigo Testamento, na qualidade de livro instrutivo transmitido por Deus, mostram, mediante o testemunho das vidas e das realizações de certos homens, que isso tem sido continuamente verídico na experiência de todos aqueles que, de qualquer maneira, têm agradado a Deus e se têm tornado herdeiros de Suas promessas. Assim, o escritor desejava encorajar seus leitores a não recuarem por que no Cristianismo falte glória visível e triunfo imediato e terreno. Pelo contrário, diz ele: "Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel" (He 10:23). E também: "Na verdade, não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a que há de vir" (He 13:14). O reino que nos foi dado para dele desfrutar, só será plenamente revelado quando houver passado esta ordem temporal por ocasião do julgamento.

Por conseguinte, que os chamados encontrem sua completa suficiência exclusivamente em Cristo, em Sua imutável Pessoa (He 13:8), em Sua permanente companhia (He 13 5:58) e na toda-suficiência de Seu ato expiatório efetuado fora dos portões de Jerusalém (He 13:12). Longe de cederem à tentação de abandonar o Cristianismo e de retornar ao judaísmo, antes deviam, de uma vez por todas, qualquer que fosse a intensidade da repreensão que nisso estivesse envolvido, afastar-se decididamente do judaísmo associando-se abertamente a Jesus, o crucificado, como sua única, esperança (He 13:13). Pois, escreve o escritor em sua bênção final, esse Jesus é "nosso Senhor"; Ele é "o grande Pastor das ovelhas" (He 13:20). Todas as nossas esperanças estão corretamente fixadas nEle. Pois tal confiança de modo algum é vã. Deus O ressuscitou de entre os mortos. O pacto que Sua morte selou já está em operação. O próprio Deus está ativamente ocupado em seu cumprimento. Por conseguinte, podemos depender dEle de que Ele levará até ao aperfeiçoamento aquilo que nos envolve. Portanto, apesar de que outros estejam recuando- e é conveniente que essa tremenda advertência seja anunciada- é impossível que nós também recuemos. Exatamente, "Nós, porém, não somos dos que retrocedem para a perdição; somos, entretanto, da fé, para a conservação da alma" (He 10:39).

Desejando maiores observações sobre o novo pacto, sobre o sacerdócio de Cristo e sobre as passagens de advertência, ver os Apêndices I, II e III.

APÊNDICE I-O NOVO PACTO

De conformidade com esta epístola, Deus tem para Seu povo um destino que é variegadamente apresentado. É descrito como salvação herdada (He 1:14-58), como participação na casa de Deus e com Seu Cristo (He 3:6-58), como entrada no descanso de Deus (He 4:1-58), como prosseguimento para a perfeição (He 6:1), como herança das promessas (He 6:12; He 10:36-58). Por outro lado, suas instituições não tiveram a capacidade de proporcionar aos homens verdadeira libertação do pecado e conseqüente acesso à presença de Deus (He 10:1-58). A própria ordem e ritual de seu tabernáculo testificavam que o caminho até o santo lugar ainda não havia sido feito manifesto (He 9:8); seu tabernáculo serviu apenas de figura simbólica por algum tempo (He 9:9). Na qualidade de pacto, era fraco e inútil (He 7:18). Assim sendo, apesar de ter sido instaurado como ordem divinamente ordenada, as mesmas Escrituras que reconheciam sua origem divina também antecipavam, profeticamente, a provisão de algo melhor. A própria menção de um "novo" pacto já era testemunho suficiente que o primeiro pacto teria de ser anulado, e estava prestes a caducar (7:11-19; 8:1-13 10:5-9).

O novo pacto é uma "superior aliança" instituída sobre "superiores promessas" (He 8:6). É eficaz naquilo que o primeiro pacto não o era, visto que provê uma redenção autêntica das transgressões (He 9:15), isto é, a remissão dos pecados (He 10:15-58), assim tornando possível pleno e livre acesso à presença de Deus (He 10:19-58). Além disso igualmente provê um Sumo-Sacerdote todo-competente, em vista de Seu sacrifício consumado de uma vez por todas e de Sua vida "indissolúvel" (He 7:15-58), o qual não somente obteve entrada, para Si mesmo e para aqueles aos quais representa, até à presença de Deus, mas igualmente está para sempre assentado ao lado de Deus, no lugar de todo-poder (He 1:13), capaz de completar até sua total perfeição a salvação de todos aqueles que O aceitam como Mediador entre Deus e eles mesmos (He 7:25). O que Deus fez por Jesus Cristo, ao ressuscitá-Lo dentre os mortos e ao ordenar-Lhe que se assentasse à Sua própria mão direita, na expectativa assegurada de triunfo completo (He 10:12-58), serve de garantia e prova da vitória final de Seu povo. Pois Deus fez isso com Ele considerando-O nosso "grande Pastor das ovelhas"; e isso igualmente foi feito mediante o "sangue da eterna aliança" (He 13:20). Por conseguinte, por meio desse pacto, selado pela morte de Cristo, há plena e final remissão de pecados, além da perfeição totalmente assegurada para todo o povo de Cristo (He 10:8-58). Não há necessidade, e de fato não há possibilidade, de fracasso. Pois, sob esse novo pacto, Deus inscreve Sua lei nos corações daqueles com os quais entrou em relação de aliança (He 8:10); e Ele mesmo continua operando a fim de aperfeiçoá-los em tudo quanto é bom para fazer a Sua vontade (He 13 20:58).

A grande toda-suficiente garantia desse novo pacto se acha na pessoa e na obra de seu mediador e em sua garantia (He 7:21-58; He 8:6; He 9:14-58). Seus benefícios são administrados por Alguém que está entronizado no alto, o qual nunca morre; "Jesus Cristo ontem e hoje é o mesmo, e o será para sempre" (He 13:8). Portanto, o tema mais saliente ou "ponto principal" dessa epístola é declarar que nós, os crentes cristãos sob o novo pacto, "possuímos tal sumo sacerdote, que se assentou à destra do trono da Majestade nos céus" (He 8:1).

A. M. STIBBS

APÊNDICE II-O SACERDÓCIO DE CRISTO

Nesta epístola o escritor liga com Cristo as idéias de "verdade" e "perfeição". O que noutros lugares é indicado apenas figuradamente, ou apenas parcialmente realizado, em Cristo se encontra efetiva e plenamente. Doravante, portanto, devemos não limitar nossa idéia cristã de sacerdócio àquilo que aprendemos pelo sacerdócio levítico. Embora este último tivesse prefigurado ou indicado simbolicamente muitos dos fundamentos essenciais de todo autêntico sacerdócio, existem outras características complementares e distintivas de sacerdócio legítimo que, tendo sido prefiguradas na totalidade da revelação do Antigo Testamento, foram prefiguradas não por Aarão, e, sim, por Melquisedeque. Essas características distintivas, que necessariamente pertencem às perfeições do sacerdócio de Cristo, devem ser apreciadas em contraste com o sacerdócio levítico, mais em termos de contraste do que mesmo de comparação.

Os sumos-sacerdotes levíticos eram homens fracos, pecaminosos e mortais, que necessitavam primeiramente de oferecer sacrifícios pelos seus próprios pecados, e que estavam incapacitados de continuar em seu ofício visto terem de ser inevitavelmente removidos pela morte (He 7:23, He 7:27, He 7:28). Serviam em um santuário terreno, uma mera figura do verdadeiro (He 8:4-58); He 9:1, He 9:9, He 9:23, He 9:24). Seus sacrifícios eram sacrifícios de animais, que jamais podiam remover o pecado (He 10:1-58); pelo que também, sob a antiga aliança, a cortina divisória que impedia os homens de penetrarem no Santo dos santos nunca foi rasgada nem tirada fora (He 9:7-58). Os sacrifícios do dia da expiação davam a um homem só um acesso meramente temporário e simbólico até o santuário mais íntimo da presença de Deus, e isso apenas uma vez por ano; mas não outorgavam ao povo pleno e permanente acesso a Deus. Além disso, tais sacrifícios tinham de ser incessantemente repetidos (He 10:11), mas serviam apenas como solene memória que algo restava ainda para ser feito de modo completo e final para que o pecado pudesse ser aniquilado (He 10:1-58). Isso ensinava que "ainda o caminho do Santo Lugar não se manifestou" (He 9:8).

Nosso Sumo-Sacerdote Cristão é "Jesus, o Filho de Deus" (He 4:14). Seu sacerdócio é de ordem diferente, em vista da diferença na Pessoa do Sacerdote. Em primeiro lugar, Ele é o vero Deus do Deus verdadeiro (He 1:3), capaz de, "pelo Espírito eterno" (He 9:14), agir como deidade e fazer coisas que estão totalmente fora do poder de homens fracos. Por outro lado, Ele é verdadeiro Homem. Alguém que não somente participou genuinamente da natureza humana, mas que igualmente, através da experiência da provação e do sofrimento terrenos, atingiu a perfeição final em Sua humanidade, o que também O qualificou a ser, para Seus semelhantes humanos, o autor de uma salvação eterna (He 2:9-58, He 2:14-58). Ele foi capaz de fazer aquilo que nenhum sumo-sacerdote levítico era capaz de ao menos tentar realizar. Porque, apesar de Homem, não tinha pecado próprio, e por isso mesmo não precisava de oferecer sacrifício por Seu próprio pecado. Acresce, ainda, que Ele estava em posição de oferecer Sua própria vida humana imaculada como oferta pelo pecado de outros, a saber, pelo pecado de homens pecaminosos. Sendo, como Deus, Espírito imortal, e agindo no poder de uma vida indissolúvel (He 7:16), Ele foi capaz de, em Sua Pessoa única e em Suas duas naturezas, agir tanto como Sacerdote quanto como Vítima, foi capaz de oferecer-se a Deus deliberadamente, na experiência da morte de Sua natureza humana (He 9:14), e foi capaz, na qualidade de Alguém que permanecia vivo após a morte, de reivindicar entrada até à própria presença de Deus, na qualidade de Sumo Sacerdote aos homens. Simbolicamente, quando ao assim oferecer-se em Sua morte física e humana sobre a cruz (He 10:10), o véu se rasgou de alto a baixo (ver Mc 15:37-41; cfr. He 10:19-58). Em realidade, quando na qualidade de Alguém que agiu no autêntico santuário celeste (He 8:2; He 9:11-58, He 9:24) e não no tabernáculo figurado (ou templo) sobre a terra (He 8:4-58), Ele, "pelo seu próprio sangue" (He 9:12), ou pelo ato de haver depositado Sua vida física e humana (cfr. novamente He 10:19-58), ali entrou decisivamente, e de uma vez para sempre, até o verdadeiro Santo dos Santos, onde se apresentou "diante de Deus" (He 9:24) a nosso favor. E, ao fazê-lo, foi imediatamente aceito, sendo aclamado como vitorioso e convidado a ocupar o trono à mão direita de Deus. E, adicionalmente, Deus selou Sua aceitação de Sua obra a favor de homens pecaminosos ao ressuscitá-Lo, em Sua humanidade, de entre os mortos (He 13:20). Não obstante, provavelmente é muito significativo que a ressurreição de Cristo seja mencionada apenas uma vez nesta epístola, e isso bem no fim. Isso se deve ao fato que, na consideração sobre Sua oferta a Si mesmo, Ele é visto não como Alguém que ressuscitou ao terceiro dia e após mais quarenta dias ascendeu ao céu, mas como Alguém que agiu no tabernáculo celeste e imediatamente entrou até à presença de Deus.

A entronização no céu, dAquele que entrou por meio de Sua própria morte como nosso Sumo Sacerdote, é a prova e a garantia divinas de que Ele obteve, por seu ato único de sacrifício, a redenção eterna para nós (He 1:3; He 10:12-58; He 12:2). Além disso, mediante essa ressurreição Ele foi abertamente declarado por Deus, não apenas através de Sua palavra, mas igualmente através de Seu juramento solene, como Sumo-Sacerdote para sempre segundo a ordem de Melquisedeque (He 5:9-58; He 6:19-58; He 7:21-58), o que significa, em outras palavras, que o Seu sacerdócio é real em poder por causa de Sua obra sacrifical consumada, e igualmente é perpétuo quanto à duração, por causa de Sua Pessoa divina. Pois Ele foi assentado de uma vez para sempre e imediatamente sobre o trono, e ali permanece, posto por Deus na posição de poder supremo, capaz de proporcionar dons aos homens (He 4:14-58), e assegurado por Deus sobre a vitória final sobre todos os Seus adversários (He 1:13).

Mediante tais realizações como Sumo Sacerdote, que em muito ultrapassem qualquer coisa realizada pela antiga ordem de sacerdotes levíticos, Ele é capaz de ocupar-se de um mais excelente ministério como mediador do novo pacto (He 8:6), sob o qual os homens pecaminosos que se chegam a Ele, ou a Deus por Seu intermédio (He 7:20-58), recebem a certeza da possessão de perdão de pecados, conhecimento de Deus íntimo e pessoal, e a íntima e transformadora revivificação do Espírito que neles vem habitar (He 8:10-58). Assim sendo, Sua habilidade de proclamar absolvição e de assegurar a Seu povo que seus pecados foram realmente perdoados e esquecidos por Deus, por si mesma é prova que não é mais necessário oferta pelo pecado (He 10:14-58). Na qualidade de Alguém que foi exaltado acima do céu, nosso Sumo-Sacerdote Cristão não tem necessidade de novamente oferecer-se a Deus, em Seu sangue ou sacrifício terreno (He 7:26-58). Mas, na qualidade de Alguém que nunca morre, Ele está perpetuamente à mão direita de Deus, a fim de intervir a favor dos homens, a fim de falar em prol deles na presença do Pai (ou contra o adversário que pretende condená-los, Rm 8:33-45) sempre que se aproximam do trono de Deus, assim garantindo a plena consumação da salvação dos mesmos (He 7:25). Todos os que assim se aproximam de Deus podem estar certos que serão simpaticamente entendidos e devidamente auxiliados, visto que Ele está totalmente qualificado para desempenhar tal ministério de compaixão por Suas próprias experiências terrenas de sofrimento e provação (He 2:17-58; He 4:15-58; He 5:2, He 5:7-58; He 10:10, He 10:14); e o término final da obra da salvação que neles foi iniciada lhes é assegurado pelo sangue do pacto eterno, pela ressurreição com que Deus ressuscitou nosso Senhor Jesus dentre os mortos (He 13 20:58), e por Sua própria presença imorredoura, na qualidade de nosso Advogado à mão direita de Deus (He 7:25).

A. M. STIBBS

APÊNDICE III-AS PASSAGENS ADMOESTADORAS

Ver He 2:1-58; He 3:7-58; He 10:26-58, He 10:38-58. Na qualidade de judeus, aqueles cristãos hebreus estavam acostumados à idéia de uma sucessão de profetas e de uma continua repetição de sacrifícios pelo pecado. Precisavam tornar-se cônscios do caráter final e definitivo da revelação de Deus e da reconciliação a Deus outorgada aos homens através de Cristo. Visto que o Filho encarnado é a última palavra aos homens, e porque aos homens é oferecida em Cristo uma maravilhosa salvação, mediante a graça, aqueles que não Lhe dão ouvidos não podem esperar escapar do vindouro julgamento de Deus. Nenhuma palavra adicional de intervenção salvadora pode ser esperada da parte de Deus. Além disso, visto que o sacrifício de Cristo de Si mesmo foi uma realização decisiva e definitiva, não há mais oferta pelo pecado (He 10:18) quer feita por Cristo, no céu, quer feita pelos homens, sobre a terra. Nem também pode haver repetição do sacrifício único de Cristo (He 9:25-58), nem Deus jamais introduzirá outro sacrifício qualquer (He 10:26). Esse sacrifício único pelo pecado, levado a efeito de uma vez para sempre, é todo-suficiente para sempre, para todo o povo de Deus (He 10:10-58).

O desfrutamento dos benefícios do sacrifício de Cristo pelos homens é, semelhantemente, "de uma vez para sempre" (He 6:4); é decisivo, final e eterno. Por conseguinte (seguindo certa interpretação sobre essa passagem) qualquer indivíduo que tenha sido conscientemente confrontado com essa oferta da graça, e compartilhou pessoalmente das provas de sua origem, para em seguida rejeitar deliberadamente o Evangelho de Jesus como o Cristo (naturalmente sem ter verdadeiramente crido e sido regenerado) não pode ser semelhantemente levado, segunda vez, à oportunidade de arrependimento e fé. Ou, alternativamente (seguindo outra interpretação), aqueles que têm experimentado todas as bênçãos características da graça salvadora de Deus, por meio do sacrifício expiador de Cristo e da operação do Espírito em seus corações, e então se afastam de tudo, tentando viver como se tais coisas não fossem reais nem jamais tivesse acontecido, não podem ser levados de volta, segunda vez, à reação cristã inicial e decisiva de arrependimento e fé. O significado de He 6:6 pode ser que a mera sugestão que Cristo virtualmente necessita ser novamente crucificado, para trazer de volta tal apóstata ou desviado até o lugar do arrependimento decisivo e da revivificação do Espírito, é sujeitar a Cristo e à eficácia de Seu sacrifício único a uma ignomínia pública. O processo inteiro é inconcebível. Tal renovação de iluminação e arrependimento, portanto, é absolutamente impossível, tal como quando muitos israelitas se afastaram de Deus, devido à incredulidade, foi impossível levá-los desde o deserto até segunda experiência da páscoa e da travessia do mar Vermelho, a fim de despertar ou renovar sua fé. Para tais apóstatas ou incrédulos não havia, e continua não havendo, outra expectação além da do julgamento.

A espécie de fracasso que está aqui em jogo (para seguir determinada interpretação) é nada menos que um abandono consciente, deliberado e persistente do caminho cristão da salvação, um abandono que envolve nada menos que a apostasia do Deus vivo, rejeição da Palavra e testemunho confirmado de Deus-Pai Filho e Espírito Santo-tratando o Filho de Deus como os judeus O trataram em Jerusalém, como Alguém que deveria ser renegado e crucificado, assim como que sujeitando-o publicamente à maldição do céu, negando a significação de aliança entre Deus e Seu sangue derramado, e insultando ao Espírito que, graciosamente, pleiteia junto aos homens para que reconheçam a Jesus como Senhor. Tais ações certamente são aquelas que nosso Senhor chamou de blasfêmia contra o Espírito Santo, que é um pecado eterno e jamais tem perdão (Mc 3:28-41). Não obstante, era justamente a um pecado desse caráter que aqueles cristãos hebreus estavam expostos, já que estavam sendo tentados a retornar para onde estavam anteriormente, no Judaísmo (embora fazer isso fosse realmente impossível), quando teriam de repudiar publicamente a Jesus como Messias e Filho de Deus.

Entretanto, é possível (seguindo-se uma interpretação alternativa) que o escritor sagrado estivesse preocupado em deixar claro, a seus leitores inquestionavelmente crentes, que sua presente tendência de se tornarem preguiçosos, acomodando-se a meio caminho da imaginada possessão do que sua fé em Cristo já lhes tinha proporcionado, era uma ilusão fatal. O motivo é que, para aqueles que assim deram início ao caminho do discipulado cristão, as únicas possíveis alternativas são: prosseguir até à plena possessão da herança da fé, ou recuar desse movimento para a frente de Deus em suas vidas e assim cair sob Seu inevitável julgamento, à semelhança dos israelitas, que se tornaram objetos da indignação de Deus e foram prostrados no deserto, visto que não se tinham preparado, mediante a fé em Deus, para prosseguir até à Terra Prometida. Nesse caso, a espécie de fracasso aqui em foco, é o fracasso daqueles que, tendo sido levados pela graça a uma relação de aliança com Deus, falham completamente em considerar com a devida seriedade seus admiráveis privilégios e grandíssimas obrigações. Se aqueles que já tinham sido redimidos do Egito, que deixaram de obedecer à palavra de Deus sob o primeiro pacto sinaítico, foram removidos em julgamento de entre a companhia do povo de Deus, não é justo que aqueles que deixam de responder favoravelmente às exigências do novo pacto em Cristo, devem com justiça esperar um tratamento ainda mais severo e drástico? Pois enquanto que, na vida cristã, a disciplina de Deus, ainda que dolorosa, é proveitosa e deve ser acatada como prova que Ele nos trata como a filhos Seus, tendo em vista o nosso progresso na santidade, pode alguma coisa qualquer ser mais terrível, na vida de quem, mediante a graça de Deus já é filho de Deus, do que, em relação à sua conduta terrena subseqüente, Deus tenha de tratar com ele mediante um julgamento incandescente e até mesmo fatal?

As questões teológicas aqui envolvidas são se aqueles que assim estão na possibilidade de apostatar ou cair sob o julgamento de Deus foram alguma vez regenerados, ou Se qualquer homem, uma vez salvo, pode vir finalmente a perder-se. Em resposta a ambas as perguntas alguns dizem enfaticamente: "Não". Fazem comparação com os tipos mencionados em Mt 7:22-40; Mt 12:22-40. Argúem que a própria apostasia de tais indivíduos é prova que nunca foram regenerados. Mas outros afirmam que aqueles que são descritos em He 6:4-58 certamente devem ser regenerados; pois nenhuma descrição mais inequívoca sobre alguém regenerado poderia ser apresentada. Alguns, então, argúem que o julgamento conseqüente contra sua completa degeneração e esterilidade espiritual não envolve necessariamente a perda da eterna salvação. Estão, por exemplo, tão somente "perto da maldição" (He 6:8). Cfr. 1Co 3:15; 1Co 5:5. Outros, ainda, supõem que essa sugestão que um indivíduo regenerado assim pode tornar-se apóstata e vir a finalmente perder-se, é realmente apenas hipotética e teórica. Até mesmo segundo o ponto de vista humano, isso é muito menos provável que o suicídio físico, e por isso deve ser considerado apenas como uma possibilidade remota; pois que, em realidade, olhando-se a questão do ponto de vista divino, mediante a graça tal possibilidade nunca pode tornar-se realidade. Ver Jo 10:28.

Todavia, os crentes cristãos e todos que compartilham do conhecimento da verdade, fariam bem em tratar com a devida seriedade essas solenes advertências. Não nos esqueçamos do que escreveu João Bunyan: "Então vi que há um caminho para o inferno, partindo dos próprios portões do céu, bem como partindo da Cidade da Destruição". Relembremo-nos igualmente, que o apóstolo Paulo temia que, de alguma maneira, após haver ele pregado a outros, e sido usado para conduzir outros a Cristo, ele mesmo viesse a ser "desqualificado" (1Co 9:27; o grego é, literalmente, "desaprovado", mas esta versão traduz admiravelmente bem o termo). Cfr. 2Pe 2:20-61.

A. M. STIBBS


Francis Davidson - Comentários de Hebreus Capítulo 1 do versículo 1 até o 4
I. INTRODUÇÃO: A PALAVRA FINAL DE DEUS POR MEIO DE SEU FILHO He 1:1-58). Note-se, igualmente, que essa revelação final de Deus é dada ao homem não somente na incarnação do Filho, mas no Filho como o cumpridor da obra de expiação pelo pecado (cfr. 1Jo 4:9-62), e que a plena significação "dessa revelação e obra redentora só pode ser apreciada por aqueles que, mediante a fé, percebem que o Cristo anteriormente crucificado está agora entronizado, e, assim, é capaz de salvar até o limite extremo todos quantos se aproximam de Deus por intermédio dEle (ver Hb 8:1-7.25).

>Hb 1:2

Nos vers. 2-4 há oito declarações sucessivas acerca de Cristo. Em Seu ser eterno Ele é Deidade genuína e absoluta, o resplendor ou brilho visível da glória de Deus, sendo Ele mesmo a expressão exata da deidade (gr. charakter tes hupostaseos, "reprodução da substância"), o Filho eterno do Pai, "vero Deus do Deus verdadeiro". No planejamento divino do universo, Cristo é o autor, sustentador e fim. Tudo foi criado por Ele. Ele sustenta a criação inteira. Ele é o seu herdeiro. Note-se que o fim é visto desde o início; a divina nomeação do Filho como herdeiro do universo precede a criação do universo. Em relação aos homens, Cristo é o Profeta, o Sacerdote e o Rei dos homens. Em Cristo Deus proferiu Sua final palavra de revelação; e assim Ele traz Deus aos homens (cfr. Jo 1:14-43). Em Sua própria Pessoa Ele expurgou nossos pecados e consumou a obra de reconciliação; e assim Ele apresenta os homens a Deus. Agora Ele está entronizado à mão direita de Deus. Na qualidade de exaltado Deus-Homem, Ele obteve, por virtude de herança, uma posição muito acima de todos os outros (cfr. Ef 1:20-49; Fp 2:9-50).


Francis Davidson - Comentários de Hebreus Capítulo 1 do versículo 5 até o 14
II. O FILHO É SUPERIOR AOS ANJOSHe 1:5-58). Isso ele faz mediante sete citações tiradas do Antigo Testamento. O método inteiro empregado é muito significativo. Implica, primeiramente, em que o Antigo Testamento possui uma direta relevância e uma autoridade decisiva para os crentes cristãos. Em segundo lugar, as palavras citadas são atribuídas não aos salmistas e profetas humanos, mas diretamente a Deus, como seu autor. Cfr. a afirmação do vers. 1. Em terceiro lugar, agora é possível, para aqueles que estão familiarizados com a revelação final em Cristo, perceber nas palavras do Antigo Testamento um sentido e um significado, referentes a Cristo, que seriam impossíveis de ser observados com a mesma compreensão, ou por aqueles que as escreveram, ou por qualquer pessoa antes da vinda de Cristo. Cfr. 1Pe 1:10-60.

Filho (5) é o mais excelente nome (4) mediante o qual é aquilatada a superioridade de Cristo sobre os anjos. O Filho é superior aos anjos, primeiramente, por causa do que Ele é eternamente como Deus; em segundo lugar, por causa do que Ele agora se tornou como o exaltado Deus-Homem. A primeira citação (
- 5a) é baseada em Sl 2:7 e introduz ambos esses pensamentos. Jamais houve tempo quando o Pai não podia dizer a Ele, Tu és meu Filho. Chegou porém o dia quando, mediante a ressurreição, em humanidade glorificada, Ele foi gerado a um novo estado, como o Homem exaltado. Assim é que em At 13:33 essa citação do Sl 2:0) em virtude de Sua humanidade. A segunda citação (5b), a promessa feita a Davi concernente o seu descendente (2Sm 7:14), é o cumprimento dessa promessa em Cristo de um modo que nunca foi nem poderia ser cumprida em Salomão. Semelhantemente, Ele é o "Primogênito" (6) em duplo sentido (cfr. Cl 1:15-51), primeiramente como o único-gerado do Pai, que sempre existiu antes da criação do universo e que é seu Senhor, e, agora, como o primogênito dentre os mortos que, na qualidade de grande preparador do caminho da salvação, abriu o caminho para os muitos que entrarão na glória como filhos (He 2:10). A terceira citação (6) foi feita a fim de indicar que esse Seu ofício, em relação aos homens, tanto como Criador quanto como Redentor, será consumado por ocasião de Sua segunda vinda, quando Ele novamente vier a este "mundo" (6) a fim de julgá-lo. Pois a visão profética de Deus vindo para julgar será cumprida na Pessoa de Seu Filho. Então a Sua deidade será abertamente manifestada. Então todos os anjos O adorarão. Ver Sl 97:7 (a palavra hebraica "deuses" é traduzida "anjos", angelos, no grego da Septuaginta, e assim aparece no texto original da epístola aos Hebreus).

>Hb 1:7

A quarta e a quinta citações (7-9) mostram que enquanto os anjos cumprem seu serviço (exemplo, no Sinai) por meio do vento e do fogo, isto é, na esfera material, de modo transitório, em subserviência, própria de criaturas, à vontade divina, o Filho, por sua vez, é uma personalidade moral livre, assentado pessoalmente no trono de Deus para sempre, com todo o direito. Em vista de Seu direito, na qualidade de Deus-Homem, Ele foi exaltado e ungido como Aquele a Quem pertence a pre-eminência. Essas citações são tiradas de Sl 104:4; Sl 45:6-19. A sexta citação (10-12) mostra que, em contraste com as coisas criadas, o Filho é o Criador, o soberano, o Senhor imutável. As palavras de Sl 102:25-19, dirigidas a Jeová, são aplicadas a Jesus. Isso implica em que Ele é Jeová. NEle não haverá nem decadência nem falecimento. Cfr. He 13:8.

>Hb 1:13

Finalmente, conforme mostra a sétima citação (13), o Filho é superior aos anjos não apenas naquilo que Ele agora é Deus, mas igualmente naquilo que agora Deus está fazendo por Ele, como Homem exaltado ou Messias entronizado. Por nomeação divina Ele deverá continuar a ocupar o trono na expectativa inabalável de triunfo completo (Sl 110:1). Os anjos, em contraste com isso, são enviados da parte do trono para cumprir ministério a favor daqueles que compartilharão dessa gloriosa consumação da plena salvação do homem (14). Os que hão de herdar a salvação (14); essa é a primeira de uma séria de expressões usados pelo escritor para descrever o povo de Deus e seu destino (ver Introdução).


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Introdução ao Livro de Hebreus

Hebreus

 

Introdução

Eu ter intitulado este estudo do livro de Hebreus: "A preeminência de Jesus Cristo." Jesus Cristo é superior ao e proeminente sobre tudo e todos.
Os três primeiros versos fornecer uma introdução apropriada. Mas antes de olharmos para estes, precisamos de algumas informações como base para o nosso estudo. Estudar Hebreus é uma emocionante aventura. Parte da aventura que é devido à dificuldade do livro. É um livro que tem muitas, muitas verdades profundas que são difíceis de entender e que demanda um estudo diligente e fiel. Há coisas aqui que estão além da compreensão para além da total confiança no Espírito de Deus e compromisso sincero para entender a Sua Palavra.
Meu professor de Antigo Testamento anterior, Dr. Charles L. Feinberg, disse muitas vezes que você não consegue entender o livro de Hebreus, a menos que você entenda o livro de Levítico, porque o livro de Hebreus é baseado nos princípios do sacerdócio levítico. Mas não se preocupe com a sua falta de compreensão de Levítico. No momento em que passar por Hebreus, você deve ter uma boa compreensão de Levítico também. Seria uma vantagem definitiva, no entanto, se, em seu próprio país, você começou a se familiarizar com Levítico. Ele contém os símbolos cerimoniais para que Hebreus apresenta as realidades.

Autoria

Esta carta foi escrita por um autor desconhecido. Alguns dizem que foi por Paulo, alguns dizem por Apolo, alguns dizem por Pedro, alguns dizem que por isto, aquilo, ou outra pessoa. Devido às diferenças de estilo, vocabulário e padrão de referência pessoal nas epístolas conhecidos para ser sua, eu não acredito que ele foi escrito por Paulo. Sabemos que foi escrito por um crente, sob inspiração, a um sofrimento, grupo de judeus perseguidos em algum lugar do Oriente, do lado de fora de Israel. Quanto à autoria humana exata, eu estou com um dos grandes mestres da igreja primitiva com o nome de Orígenes, que disse simplesmente: "Ninguém sabe." Como acessório, uma vez que o propósito do livro é exaltar Cristo. Ao longo deste estudo vamos nos referir ao fato de que ele foi escrito, como foi toda a Escritura, pelo Espírito Santo, a quem nós sabemos.

Público

Não há referências a gentios no livro. Os problemas entre gentios e judeus na igreja não são mencionados ou refletida aqui, indicando quase certo que a congregação a ser abordado foi estritamente judaico. Para estes crentes que sofrem-e judeus alguns incrédulos-são revelados os méritos do Senhor Jesus Cristo e da Nova Aliança, em contraste com a Antiga Aliança, ao qual haviam vivido por tanto tempo e adoraram.

Não sabemos a localização exata deste grupo de Hebreus. Eles foram, talvez, em algum lugar perto da Grécia. Nós sabemos que esta comunidade já tinha sido evangelizada por apóstolos e profetas (2: 3-4). Pelos profetas, os profetas, é claro, é significado do Novo Testamento (Ef 2:20). Evidentemente que esta igreja foi fundada logo depois da ascensão de Cristo. No momento em que a carta foi escrita, uma pequena congregação de crentes já existia lá.

Também previstas na carta são os incrédulos, que evidentemente eram uma parte desta comunidade judaica. Ao contrário de muitos judeus na Palestina, estes nunca tinha tido oportunidade de conhecer Jesus. Qualquer coisa que eles podem ter sabido sobre ele era de segunda mão (Heb. 2: 3-4). Eles, claro, não tinha escritos do Novo Testamento, como tal, como um testemunho, pois ainda não tinham sido reunidos. O que quer que eles sabiam de Cristo e Seu evangelho eles sabiam dos vizinhos crentes, ou talvez diretamente da boca de um apóstolo ou profeta.

A carta tinha que ter sido escrito depois da ascensão de Cristo, que era sobre O D.C 30, e antes da destruição de Jerusalém no D.C 70, uma vez que o Templo deve ainda ter sido permanente. Eu acredito que provavelmente foi escrito perto de 70, talvez já em 65. Sabemos que não havia nenhum missionários apostólicos de Jerusalém até, pelo menos, sete anos após a igreja não tinha sido fundada. Provavelmente foi algum tempo depois que eles teriam chegado a esta comunidade judaica, talvez a muitos quilômetros de distância. E, depois de terem sido alcançado, os crentes tinham que ter uma certa quantidade de tempo para ter sido ensinado, como refletido na própria letra.

Embora a esta altura já devessem ser mestres, você tem necessidade de novo para alguém para lhe ensinar os princípios elementares dos oráculos de Deus, e que têm vindo a precisar de leite e não de alimento sólido. (5:12)
Ele diz, em outras palavras, "Você já teve tempo suficiente para se tornar maduro, mas você não é."
Devemos entender que três grupos básicos de pessoas que estão à vista em toda esta epístola. Se a pessoa não manter esses grupos em mente, o livro torna-se muito confuso. Se, por exemplo, como alguns disseram, foi escrito exclusivamente para os cristãos, problemas extremos surgem na interpretação de uma série de passagens que mal podia se aplicam aos crentes. E porque é tão freqüentemente se dirige à crentes, não poderia ter sido escrito principalmente para os incrédulos. Por isso, deve ter sido escrito para incluir tanto. Na verdade três grupos básicos nesta comunidade judaica são abordadas. Aqui é a base fundamental para a compreensão da epístola; e aqui é onde as pessoas muitas vezes se misturam, especialmente na interpretação capítulos 6:10.

Grupo I: cristãos hebreus

Em primeiro lugar, houve nesta comunidade judaica a congregação dos verdadeiros crentes no Senhor Jesus Cristo. Eles tinham saído do judaísmo, em que tinham nascido e crescido. Agora eles nasceram de novo. Eles haviam recebido Jesus Cristo como o Messias e Salvador pessoal. Eles se tornaram seus seguidores. O resultado freqüente foi enorme hostilidade de seu próprio povo-ostracismo de suas famílias, a perseguição eo sofrimento de muitos tipos, embora ainda não martírio (10: 32-34; 12: 4). Eles sofreram muito, perseguido não só por seus companheiros judeus, mas também, talvez por gentios.
Eles devem ter antecipado o máximo e foram maduro o suficiente para lidar com isso. Mas eles não tinham e que não foram. Eles não tinham plena confiança no evangelho, e, consequentemente, o seu Senhor. Eles estavam em perigo de voltar para as normas e padrões do judaísmo, não de perder sua salvação, mas de confundir o evangelho com cerimônia judaica e legalismo e de enfraquecendo assim a sua fé e testemunho. Eles não poderiam pôr-se a aceitar a distinção clara entre o evangelho, a Nova Aliança em Cristo, e as formas, cerimônias, padrões e métodos de judaísmo. Eles ainda estavam pendurados, por exemplo, sobre o ritual do templo e adoração. É por isso que o Espírito fala com eles muito sobre o novo sacerdócio e do novo templo e da nova sacrifício e do novo santuário, todos os quais são melhores do que os antigos.
Eles tinham ido além do judaísmo em receber Jesus Cristo, mas, compreensivelmente, eles foram tentados para pendurar sobre a muitos dos hábitos judaizantes que tinham sido uma parte muito importante de suas vidas. Quando os seus amigos e seus conterrâneos começaram a persegui-los a sério, a pressão levou-os para segurar ainda mais apertado para algumas das antigas tradições judaicas. Eles sentiram que tinham de manter um ponto de apoio em seus relacionamentos antigos e conhecidos. Era difícil fazer uma ruptura.

Com toda essa pressão, juntamente com a sua fé fraca e ignorância espiritual, eles estavam em grande perigo de misturar o novo com o antigo. Eles estavam em grande perigo de chegar com um ritual, cerimonial, o cristianismo legalista. Eles eram toda a congregação dos "irmãos mais fracos" (conforme Rm 14:1; 1Co 8:91Co 8:9; At 10:15; Rm 14:12; 1 Tim. 4: 1-5)..

O Espírito Santo dirigiu esta carta para eles para fortalecer a sua fé na Nova Aliança, para mostrar-lhes que eles não precisam do antigo Templo (que em alguns anos vai ser completamente destruída por Tito 5espasiano qualquer maneira, mostrando que Deus colocou um ponto final para que a economia; conforme Lucas 21:5-6). Eles não precisaram o velho sacerdócio Aarônico-levítico. Eles não precisaram os sacrifícios velho do dia-sim, dia-out, dia sim, dia não. Eles não precisavam de cerimônias. Eles tiveram uma nova e melhor aliança com um novo e melhor sacerdócio, uma nova e melhor santuário, e uma nova e melhor sacrifício. As imagens e os símbolos eram para dar lugar à realidade.

O livro de Hebreus foi escrito para dar confiança para esses crentes debatendo. O Senhor estava falando aos cristãos e dizendo-lhes para manter a aliança melhor e melhor sacerdócio, e não voltar para os padrões do Judaísmo, seja para que o sacerdócio ou para que assemblage. Eles devem firmemente e vivem exclusivamente dentro, e viver, seu novo relacionamento em Cristo.

Grupo II: hebraicos não-cristãos que eram intelectualmente Convencido

Todos nós já encontramos pessoas que ouviram a verdade de Jesus Cristo e que são intelectualmente convencido de que Ele é realmente quem dizia ser, e ainda não estão dispostos a fazer um compromisso de fé nEle.
No grupo dos hebreus a quem esta carta foi escrita, havia tais não-cristãos, como existem em muitos grupos de hoje. É provável que cada grupo da igreja desde o Pentecostes teve pessoas nele que foram convencidos de que Jesus é o Cristo, mas que nunca se comprometeram a Ele.

Estes hebreus não-cristãos, intelectualmente convencido, mas espiritualmente não confirmadas, são objeto de algumas das coisas que o escritor tem a dizer. Eles acreditavam que Jesus era o Messias, o Cristo, de que fala as Escrituras judaicas (o que hoje chamamos o Antigo Testamento), mas não estava disposto a recebê-lo, pessoalmente, como seu Salvador e Senhor. Por quê? Talvez, como os descritos por João, eles acreditavam nele, mas eles adoraram a aprovação dos homens mais do que a aprovação de Deus (João 12:42-43). Eles não estavam dispostos a fazer o sacrifício necessário. E assim, eles são exortados pelo Espírito Santo para percorrer todo o caminho para a fé salvadora; para percorrer todo o caminho de compromisso com o senhorio de Cristo.

No capítulo 2 é uma das instruções especiais para este grupo do intelectualmente convencido, mas espiritualmente não confirmada.
Por esta razão, temos de prestar muito mais atenção ao que temos ouvido, para que não nos desviemos delas. Pois se a palavra falada pelos anjos permaneceu inalterável, e toda transgressão e desobediência recebeu a justa recompensa, como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? (2: 1-3 um )

Eles estavam no ponto de reconhecer, mas não de cometer. Eles eram culpados de o grande pecado de deixar de fazer o que se é intelectualmente convencido é certo. A verdade do evangelho tinha ainda sido confirmada a eles pelos apóstolos, com todos os milagres e dons do Espírito Santo (v. 4).
No capítulo seis deste grupo são os destinatários novamente.
Pois, no caso daqueles que uma vez foram iluminados e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e depois caíram , é impossível renová-los novamente para arrependimento, visto que novamente crucificando para si mesmos o Filho de Deus, e colocou-o à ignomínia. (6: 4-6)
Aqui está um aviso para o apenas intelectualmente convencido de não parar onde ele está. Se ele parar, depois de ter recebido a revelação completa, e especialmente depois que ele está convencido da verdade da revelação, ele só tem um caminho a percorrer. Se, quando um homem está totalmente convencido de que Jesus Cristo é que Ele afirmava ser, então ele se recusa a acreditar, este homem é sem desculpas e sem esperança, porque, embora convencido da verdade do evangelho, ele ainda não vai colocar o seu confiar nele. Ele está aqui advertiu que não há mais nada que Deus pode fazer.
Qual é o maior pecado que um homem pode cometer? O pecado de rejeitar a Cristo.
Para se continuarmos a pecar deliberAdãoente depois de receber o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados. (10:26)
Se um homem ouviu o evangelho, entende, e é intelectualmente convencido de sua verdade, mas então deliberAdãoente rejeita a Cristo, o que mais Deus pode fazer? Nada! Agora, tudo o que Deus pode prometer este homem é "uma certa expectativa terrível de julgamento, e a fúria de um fogo que consumirá os adversários" (v. 27).
O alerta continua:
Quanto maior castigo que você acha que ele será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com o qual foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça? (10:29)
Quando você sabe a verdade do evangelho e rejeitá-lo, as consequências são terríveis e permanente.
No capítulo doze, versículo quinze, é ainda outro aviso.
Veja por que ninguém vem prive da graça de Deus; que nenhuma raiz de amargura, brotando causas problemas, e por ela muitos se contaminem; que pessoa não imoral ou profano há como Esaú, que vendeu o seu direito de primogenitura por um prato de comida. Para você saber que, mesmo depois, quando ele herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que o buscou para ele com lágrimas. (12: 15-17)
Essa é a tragédia de estar atrasado, com muito ninguém para culpar além de nós mesmos.
São trechos controversos, e nós vamos lidar com eles em detalhes nos locais apropriados.

Grupo III: hebraicos não-cristãos que não estavam convencidos

Não só o Espírito Santo neste livro fala para os cristãos, a fim de fortalecer sua fé e à intelectualmente convencido a fim de empurrá-los sobre a linha para a fé salvadora, mas Ele também fala para aqueles que não acreditaram em tudo, para aqueles que podem ainda não estar convencido de qualquer parte do evangelho. Ele procura mostrar-lhes claramente que Jesus é de fato quem dizia ser, e esta verdade é o principal impulso do capítulo nove.
Por exemplo, em 9:11 Ele diz:
Mas quando Cristo apareceu como um sumo sacerdote dos bens futuros, Ele entrou através de uma maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação. (9:11)
E ele passa a explicar novo sacerdócio de Cristo:
Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência das obras mortas, para servirmos ao Deus vivo? E por esta razão que Ele é o mediador de uma nova aliança, a fim de que uma vez que a morte tenha ocorrido para a redenção das transgressões que havia debaixo do primeiro pacto, os que foram chamados recebam a promessa da herança eterna. ... E na medida em que aos homens está ordenado morrerem uma só vez e depois disso o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para ouvir os pecados de muitos aparecerá segunda vez para a salvação sem pecado, aos que avidamente esperam por Ele. (9: 14-15, 27-28)
Essas mensagens de falar diretamente com os incrédulos, para não cristãos e não para aqueles que já estão convencidos do evangelho intelectualmente. Eles são indicados para aqueles que primeiro precisa saber que Cristo realmente é.
Estes, então, são os três grupos em vista na epístola. A chave para a interpretação de qualquer parte de Hebreus é entender que o grupo está a ser tratada. Se não entender isso, somos obrigados a confundir questões. Por exemplo, o Espírito certamente não está dizendo aos crentes: "É aos homens está ordenado morrerem uma só vez e depois disso o juízo" (9:27). Devemos sempre entender o que grupo é para quem fala. Ao estudarmos o livro de Hebreus, vamos relacionar cada texto para um dos três grupos.
A mensagem principal é dirigida aos crentes. Periodicamente há avisos intercaladas para os dois grupos descrentes. De uma forma magistral, de uma forma que só poderia ser divino, o Espírito Santo fala a todos os três. Ele conhece cada uma de suas necessidades particulares e suas questões específicas em um presente obra sobrenatural.
Em Hebreus há confiança e segurança para o cristão. Não está alertando para os intelectualmente convencido de que ele deve receber a Cristo, ou o seu conhecimento vai condená-lo. Finalmente, há uma apresentação convincente para o judeu descrente que nem sequer é intelectualmente convencido de que ele deveria acreditar em Jesus Cristo. Para estes três grupos Hebreus é uma apresentação de Cristo, o Messias, o autor de um novo Pacto maior do que o que Deus tinha feito no Antigo Testamento. O antigo não era ruim ou errado; foi dada por Deus e, portanto, é bom. Mas foi incompleto e preliminar. Ele preparou o terreno para o novo.

Um Esboço Temática do Livro

Como já dissemos, o tema geral é a superioridade ou a preeminência, de Cristo. Ele é melhor do que qualquer coisa que era antes. Ele é melhor do que qualquer pessoa Antigo Testamento; Ele é melhor do que qualquer instituição Antigo Testamento; Ele é melhor do que qualquer ritual do Antigo Testamento; Ele é melhor do que qualquer sacrifício do Antigo Testamento; Ele é melhor do que ninguém, e tudo o mais. Este esboço geral do livro de Hebreus mostra o padrão básico de apresentar a superioridade de Jesus Cristo. Vamos vagamente seguem este padrão à medida que estudamos.
A carta começa com a superioridade geral de Cristo para todos e de tudo, uma espécie de um resumo de toda a epístola nos três primeiros versos. Em seguida, vem a superioridade de Cristo para os anjos, então a superioridade de Cristo a Moisés, a superioridade de Cristo a Josué, a superioridade de Cristo para Aaron e seu sacerdócio, a superioridade de Cristo para a Antiga Aliança, a superioridade do sacrifício de Cristo ao antigo sacrifícios, a superioridade do povo fiel de Cristo a todos os infiéis, e a superioridade do testemunho de Cristo com a de qualquer outro. Este breve resumo nos dá o fluxo do livro, que, acima de tudo, ensina total, completa e absoluta superioridade de Jesus Cristo.

Algumas observações de fundo

Nenhum judeu poderia ver Deus e viver

Antes de começar a olhar para determinadas passagens e versículos, deixe-me sugerir um par de notas de rodapé. Para o judeu tinha sido sempre uma coisa perigosa para se aproximar de Deus. "Ninguém pode ver-me e viver" (Ex 33:20). Sobre o grande Dia da Expiação (Yom Kippur), que ocorreu uma vez por ano e que muitos judeus ainda hoje manter em um grau ou outro, naquela época, e que o tempo por si só poderia o Sumo Sacerdote entrar no Santo dos Santos, onde o Shekinah Glória habitou, onde Deus estava presente de forma exclusiva. Eles não podiam ver a Deus, eles não podiam contemplar a Deus. Eles não podiam sequer aproximar-se dEle, exceto nesta um dia por ano, e apenas uma pessoa, o sumo sacerdote, poderia fazer isso. E ele tinha que entrar e sair rapidamente. Ele não podia ficar lá para que não Israel em terror do julgamento.

Uma vez que não foi, naturalmente, nenhuma proximidade pessoal a Deus, tinha que haver alguma base para a comunhão entre Deus e Israel. Assim, Deus estabeleceu uma aliança. Nesta aliança que Deus, em Sua graça, e em Seu iniciativa soberano, oferecido a Israel uma relação especial com Ele. De uma forma única Ele seria o seu Deus e eles seriam o Seu povo para alcançar o mundo. Eles teriam acesso especial para ele se obedecessem a Sua lei. Para quebrar a Sua lei era pecado, e pecado interrompido seu acesso a ele. Desde sempre houve pecado, o acesso foi sempre a ser interrompido.

O Old Sacrifícios

Assim, Deus instituiu um sistema de sacrifícios como atos exteriores de arrependimento interior. Por meio do sacerdócio levítico, os sacrifícios foram feitos para simbolizar a expiação dos pecados, a fim de que a barreira pode ser retirado e pode haver acesso a Deus. Funcionava assim: Deus deu a Sua aliança, que incluía a Sua lei, e, assim, ofereceu à população o acesso a Ele. O homem pecou, ​​a lei foi quebrada, e a barreira subiu novamente. Outro ato arrependido de sacrifício foi então feita de modo que a barreira seria abandonada ea relação restabelecida.
Nós, naturalmente, me pergunto quantas vezes eles tinham que fazer sacrifícios. A resposta é incessantemente-hora após hora, dia após dia, mês após mês, ano após ano. Eles nunca mais parou. Além disso, os próprios sacerdotes eram pecadores. Eles tiveram que fazer sacrifícios por seus próprios pecados antes que eles pudessem fazer sacrifícios pelos pecados do povo. E assim, a barreira foi para cima e para baixo, para cima e para baixo, para cima e para baixo. Isto em si mesmo comprovado a ineficácia do sistema. Foi uma batalha perdida contra o pecado e a barreira de que se ergue. E, além disso, todo o sistema nunca removido totalmente e, finalmente, o pecado. Ele só cobriu-se.
O que o homem precisava era de um Sacerdote Perfeito e um sacrifício perfeito para abrir o caminho de uma vez por todas, um sacrifício que não era apenas uma imagem e que não lidam apenas com um pecado de uma vez, e outra vez, mas que tomou tudo isso de uma vez por todas.Isso, diz o escritor de Hebreus, é exatamente o que Jesus foi eo que Ele fez.

O New Sacrifice

Jesus Cristo veio como o mediador de um melhor pacto, porque é aquele que não tem de ser repetido a cada hora, ou até mesmo a cada mês ou ano. Cristo vem como mediador de um melhor pacto, porque o Seu sacrifício uma vez por todas remove todo pecado cometido. Cristo vem como mediador de um melhor pacto, porque Ele é um padre que não precisa fazer sacrifícios para si mesmo. Ele é totalmente perfeita, o sacerdote perfeito e o sacrifício perfeito. Jesus Cristo, em Seu próprio sacrifício, seu sacrifício de Si-mostrou a perfeição, que eliminou o pecado.
Por isso que temos sido santificados pela oblação do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas. (10:10)
Santificados aqui significa "feito puro", ea ênfase é: "...., Mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez" Isso é algo maravilhosamente novo no sistema sacrificial e um sacrifício, uma vez oferecido. Isso é de fato um maravilhosamente melhor aliança.
Mas Ele, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados de todos os tempos, sentou-se à direita de Deus. (10:12)
Isso é algo que nenhum sacerdote poderia fazer. Não havia ainda quaisquer lugares onde os sacrifícios foram feitos no Tabernáculo ou do Templo. Os sacerdotes tinham que continuar a fazer sacrifícios; sua tarefa nunca foi terminado. Jesus fez seu sacrifício e "sentou-se." Foi terminado. Ele foi feito. "Porque com uma só oblação aperfeiçoou para sempre os que são santificados" (10:14).

Melhor Sacerdocio, Better Sacrifice

Assim, há um sacerdote melhor fazer um sacrifício melhor. Esta é uma mensagem central do livro de Hebreus. Para o crente judeu o Espírito diz: "Continuar a ter confiança neste Sacerdocio e este sacrifício." Para aquele intelectualmente convencido Ele diz: "Receber este Sacerdocio e aceitar o sacrifício que Ele fez 5ocê está no limite de decisão;. Não cair na perdição quando você é apenas um passo de distância." E para o unconvinced Ele diz: "Olhe para Jesus Cristo. Veja como muito melhor do que Ele é os sacerdotes e quanto melhor seu único sacrifício é que todos os seus inúmeros sacrifícios. Recebê-lo."
O Espírito está dizendo: "Todas as suas vidas vocês judeus foram à procura do padre perfeito. Você está procurando o perfeito sacrifício final. Eu apresentá-lo a você, Jesus Cristo."

Dificuldades para os cristãos judeus

Tenha em mente que a idéia de um novo pacto não foi fácil para os judeus a aceitar. Mesmo depois que aceitou o novo, era difícil para eles para fazer uma ruptura com o velho. Os gentios não tem esse problema, é claro, uma vez que nunca tinha sido uma parte do antigo. Eles haviam perdido muito antes de qualquer conhecimento real do verdadeiro Deus, e, em conseqüência estavam adorando ídolos, alguns deles primitivos e alguns deles sofisticados, mas todos eles ídolos (conforme Rom. 1: 21-25).

Mas os judeus sempre teve uma religião divina. Durante séculos eles tinham conhecido um lugar divinamente designado de culto e de uma forma divinamente revelado de adorar. Deus mesmo havia estabelecido sua religião. Pode-se efetivamente dizer, quando assistimos a um gentio, "Aqui está a verdade." Mas quando você foi para um judeu e disse: "Aqui está a verdade", ele provavelmente iria dizer: "Eu já sei a verdade." Quando você rebateu: "Mas esta verdade é a partir do único e verdadeiro Deus", ele responderia: "Então, é a verdade que eu tenho."
Não foi uma coisa fácil para um judeu abandonar completamente todo o seu patrimônio, especialmente quando ele sabia que muito do que, pelo menos, foi dado por Deus. Mesmo depois de um judeu recebeu o Senhor Jesus Cristo, essa foi difícil. Ele tinha um desejo tradicional para reter algumas das formas e cerimônias que tinha sido uma parte de sua vida desde a mais tenra infância. Parte do propósito do livro de Hebreus, portanto, era confrontar que nasceu de novo judeu com o fato de que ele poderia, e deveria, deixar de ir todos os seus enfeites judaizantes.Mas desde que o templo ainda estava de pé e os sacerdotes ainda ministrava nele, isso foi especialmente difícil de fazer. Deixando ficou mais fácil depois que o templo foi destruído em D.C 70.

Quando você considera a intensa perseguição cristãos judeus estavam passando, neste momento, é fácil perceber as dificuldades e tentações que enfrentaram. O sumo sacerdote Ananias foi especialmente duro e implacável. Ele tinha todos os judeus cristãos banido automaticamente a partir dos lugares santos. Isso foi difícil. Todas as suas vidas tivessem tido acesso a esses lugares sagrados. Agora, eles não poderiam ter parte nos serviços ordenados por Deus. Eles foram agora considerados impuros. Eles não podiam ir à sinagoga, e muito menos o Templo; eles não podiam oferecer sacrifícios; eles não podiam se comunicar com os sacerdotes. Eles poderiam ter nada a ver com o seu próprio povo. Eles foram cortadas a partir de sua própria sociedade. Para agarrados a Jesus como o Messias, eles foram banidos de quase todos os coisa sagrada que nunca tinha conhecido. Embora aos olhos de Deus que eles eram os únicos verdadeiros judeus (Rom. 2: 28-29), eles foram considerados pelos companheiros judeus a ser pior do que os gentios.

Muitos judeus cristãos estavam começando a dizer entre si: "Este é áspero. Recebemos o evangelho e acreditava. Mas é difícil romper com a nossa antiga religião e com nosso próprio povo e as tradições que sempre tiveram e enfrentar a perseguição. Ele É difícil para nós a não duvidar de que Jesus é o Messias ". Tais dúvidas foram um grande problema para eles, porque eles eram espiritualmente infantil.
Ao longo de Hebreus estes imaturo, mas amado, os cristãos são orientados a manter a sua confiança em Cristo, o mediador de um melhor pacto e seu novo Grande Sumo Sacerdote. Eles são lembrados de que eles estavam perdendo nada para que eles não estavam recebendo algo infinitamente melhor. Eles tinham sido privados de um templo terreno, mas eles estavam indo para obter a celestial. Eles tinham sido privados de um sacerdócio terreno, mas agora tinham um Sacerdote celestial. Eles tinham sido privados do velho padrão de sacrifícios, mas agora eles tinham um sacrifício final.

Melhor Tudo

Nesta epístola, contrastam reinados. Tudo apresentado é apresentado como melhor: a esperança melhor, um melhor pacto, uma promessa melhor, um sacrifício melhor, uma substância melhor, um país melhor, uma melhor ressurreição, uma melhor tudo. Jesus Cristo é apresentado aqui como o supremo Best. E nós são apresentados como sendo nele e como habitando em uma dimensão completamente novas celestiais. Lemos sobre o Cristo celeste, da vocação celestial, o dom celestial, a pátria celestial, à Jerusalém celestial, e os nossos nomes sendo escrito nos céus. Tudo é novo. Tudo é melhor. Nós não precisamos do velho.
Agora, o ponto em que foi dito é o seguinte: nós temos um sumo sacerdote tal, que se assentou à destra do trono da Majestade nos céus. (8: 1)
Aqui está todo o resumo do livro de Hebreus em uma frase. O nosso é o Sumo Sacerdote de sumos sacerdotes, e Ele está sentado. Seu trabalho é feito, completamente terminado para todos os tempos e para nós.


John MacArthur - Comentários de Hebreus Capítulo 1 do versículo 1 até o 14

1. A superioridade de Cristo (Hebreus 1:1-2)

Deus, depois de Ele falou há muito tempo para os pais, pelos profetas em muitas vezes e de muitas maneiras, nestes últimos dias falou-nos no seu Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. (1: 1-2)

O escritor não se atrasar em chegar ao seu ponto. Ele faz com que nos três primeiros versos. Estes versos são muito simples. Dizem-nos que Cristo é superior a tudo e todos. As três características principais de sua superioridade são: preparação, apresentação e preeminência. Tenha em mente que todo o livro Cristo é apresentado como sendo melhor do que o melhor de todos e de tudo o que estava a sua frente, absolutamente melhor do que qualquer coisa que o Antigo Testamento, a Antiga Aliança, fornecido.

A preparação para Cristo

Deus, depois de Ele falou há muito tempo para os pais, pelos profetas em muitas vezes e de muitas maneiras. (1: 1)

Aqui é uma indicação de como Deus escreveu o Antigo Testamento. Seu objetivo era se preparar para a vinda de Cristo. Seja por profecia ou o tipo ou princípio ou mandamento ou o que quer, ele fez a preparação para Cristo.
Os sentidos do homem, maravilhoso como elas são, não são capazes de alcançar além do mundo natural. Para nós saber nada sobre Deus, Ele deve dizer-nos. Nós nunca poderíamos conhecer a Deus se Ele não falou com a gente. Assim, no Antigo Testamento, o escritor lembra-nos: "Deus falou ...".

Maneiras do homem com Deus

O homem vive em uma "caixa", natural, que ele encerra dentro de suas paredes de tempo e espaço. Fora desta caixa é o sobrenatural, e em algum lugar dentro de si o homem sabe que está lá fora. Mas, em si mesmo, ele não sabe de nada certo sobre isso. Então, alguém vem e diz: "Temos de descobrir sobre o sobrenatural, o mundo" lá fora ". E uma nova religião nasce. Aqueles que se tornam run interessado ao longo da borda da caixa, sair os seus cinzéis mentais imaginativas e começar a tentar lascar um buraco na entrada da área-meio do qual eles podem rastejar, ou pelo menos por pares, e descobrir os segredos de o outro mundo.
Isso, em sentido figurado, é o que sempre acontece. O budista diz que quando você tem trabalhado e pensado em si mesmo Nirvana, de repente, você está fora da caixa. Você transcendeu o natural e ter encontrado o seu caminho para o sobrenatural. O muçulmano diz basicamente a mesma coisa, embora com palavras diferentes. Então, fazer todas as outras religiões-Zoroastrismo, Hinduísmo, Confucionismo, ou o que quer que seja. Estas são todas as tentativas de homem para fugir do natural para o sobrenatural, para sair da caixa. Mas o problema é que ele não pode obter-se fora.

Maneira de Deus ao Homem

Por definição, o homem natural não pode escapar para o sobrenatural. Não podemos entrar em uma cabine telefônica religiosa e se transformar em um super-homem Podemos não em nós mesmos ou por nós mesmos transcender nossa existência natural. Se queremos saber nada sobre Deus, não vai ser por escapar, ou escalada, ou pensando, ou trabalhar o nosso caminho para Ele; será apenas com a sua vinda para nós, Seu falar para nós. Não podemos, por nós mesmos, compreender a Deus mais do que um inseto que pode ser titular na nossa mão pode nos entender. Também não podemos condescender em seu nível, ou se comunicar com ele, se pudéssemos. Mas Deus pode condescender com o nosso nível e Ele pode se comunicar com a gente. E ele tem.

Deus tornou-se um homem a si mesmo e entrou em nossa caixa de nos dizer sobre si mesmo, mais plena e completa do que ele era capaz de fazer até mesmo através de seus profetas. Isto não só foi a revelação divina, mas a revelação divina pessoal do tipo mais literal e perfeito e maravilhoso. Todas as religiões do homem refletem suas tentativas de fazer o seu caminho para fora da caixa. A mensagem do cristianismo, no entanto, é que "o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido" (Lc 19:10).

Quando Deus irrompeu na caixa, Ele fez isso em forma humana, eo nome da forma humana que é Jesus Cristo. Essa é a diferença entre o cristianismo e todas as outras religiões do mundo. É por isso que é tão tolo para que as pessoas dizem: "Não faz qualquer diferença o que você acredita ou que religião que você segue." Faz toda a diferença. Toda religião é, mas a tentativa do homem para descobrir Deus. O cristianismo é Deus estourando no mundo do homem e mostrando e dizendo ao homem como Ele é. Porque o homem por si mesmo é incapaz de identificar, compreender, ou entender a Deus em tudo, Deus teve de invadir o mundo do homem e falar com ele sobre si mesmo. Inicialmente, ele nos disse que estaria vindo.

Pelos profetas: muitas maneiras

Ele fez isso através das palavras do Antigo Testamento. Ele usou homens como instrumentos, mas foi-se atrás deles, esclarecedor e energizando-os. Os deístas ensinam que Deus começou o mundo vai e depois foi embora, deixando-o a correr por si só. Mas Deus não é separado de sua criação; Ele não está não envolvido em nosso mundo. O Deus vivo e verdadeiro, ao contrário dos falsos deuses da tomada do homem, não é burro ou indiferente. O Deus das Escrituras, ao contrário do impessoal "Primeira Causa" de alguns filósofos, não é silenciosa. Ele fala.Ele falou pela primeira vez no Antigo Testamento, que não é uma coleção de sabedoria dos homens antigos, mas é a voz de Deus.
Agora observe como Deus falou: ". Em muitas partes e de muitas maneiras" O escritor usa um jogo de palavras na língua original: "Deus, polumerōs e polutropōs ... "Estas duas palavras gregas são interessantes. Eles significam, respectivamente, "em muitas partes" (como livros) e "em muitas maneiras diferentes." Há muitos livros do Antigo Testamento e trinta e nove deles. Em todos esses muitos porções ( polumerōs ) e em muitas maneiras ( polutropōs ) Deus falou aos homens. Às vezes, ele estava em uma visão, por vezes, por uma parábola, por vezes, através de um tipo ou um símbolo. Havia muitas maneiras diferentes em que Deus falou no Antigo Testamento. Mas é sempre Deus falando. Mesmo as palavras ditas por homens e anjos estão incluídas porque Ele quer que a gente conhece.

Homens foram usadas-suas mentes foram utilizadas e foram utilizados, mas suas personalidades foram totalmente controlado pelo Espírito de Deus. Cada palavra que escrevi foi a palavra que Deus decidiu que eles devem escrever e contente com a sua escrita.

Muitas maneiras inclui muitas formas literárias. Alguns do Antigo Testamento é a narrativa. Parte dela é poesia, na bela metros hebraico. As "muitas maneiras" também inclui muitos tipos de conteúdo. Alguns é lei; alguns é a profecia; alguns é doutrinária; alguns é ético e moral;alguns é avisado; alguns é o incentivo; e assim por diante. Mas é tudo o que Deus fala.

Revelação Progressiva

É verdade, mas incompleto

No entanto, a bela e importante e autoritária como ela é, o Antigo Testamento é fragmentada e incompleta. Foi entregue ao longo de cerca de 1500 anos, por cerca de quarenta-plus-escritores em muitas partes diferentes, cada um com suas próprias verdades. Ele começou a construir e crescer, a verdade sobre a verdade. Era o que chamamos de revelação progressiva. Gênesis dá um pouco de verdade, e Êxodo dá um pouco mais. A verdade constrói e constrói e constrói. No Antigo Testamento, Deus estava satisfeito, por esse tempo, para dispensar Sua verdade gracioso para os judeus pela boca de Seus profetas, de muitas maneiras diferentes, desenvolvendo Sua revelação progressiva do menor para o maior grau de luz. A revelação não construir a partir do erro para a verdade, mas de verdade incompleta a verdade mais completa. E permaneceu incompleto até o Novo Testamento foi concluído.

A revelação divina, então, indo do Antigo Testamento para o Novo Testamento, é a revelação progressiva. Ele passou de promessa de realização. O Antigo Testamento é a promessa; o Novo Testamento é o cumprimento. Jesus Cristo disse: "Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas", ou seja, o Antigo Testamento: "... mas para cumprir" (Mt 5:17). Sua revelação passou de promessa de realização. Na verdade, o próprio Antigo Testamento indica claramente que os homens de fé que a escreveram estavam confiando em uma promessa que ainda não tinha entendido. Eles confiaram em uma promessa que foi ainda a ser cumprida.

Deixe-me dar alguns versos de apoio. Hebreus 11 fala sobre muitos dos grandes santos do Antigo Testamento. "E todos estes, tendo aprovação adquirida através de sua fé, não receberam o que foi prometido" (v. 39). Em outras palavras, eles nunca viram o cumprimento da promessa. Eles previram o que estava para acontecer sem vê-lo plenamente realizados. Pedro nos diz que os profetas do Antigo Testamento não entendia tudo o que eles escreveram. "Quanto a esta salvação, os profetas que profetizaram da graça que viria a lhe fez cuidadosa pesquisa e investigação, procurando saber o que pessoa ou tempo o Espírito de Cristo dentro deles estava indicando como Ele predisse os sofrimentos de Cristo e as glórias a siga Foi revelado a eles que eles não estavam servindo-se, mas você, nestas coisas que agora vos foram anunciadas por aqueles que pregavam o evangelho, a vós "(I Pedro 1:10-12.)..

Devemos, é claro, entender claramente que o Antigo Testamento não era de forma alguma errônea. Mas havia nele um desenvolvimento, de luz espiritual e de padrões morais, até que a verdade de Deus foi refinado e finalizado no Novo Testamento. A distinção não é a validade da revelação-its correção ou incorreção, mas na plenitude do mesmo e no tempo dele. Assim como as crianças são primeiro ensinou letras, então as palavras, e depois frases, por isso Deus deu a Sua revelação. Tudo começou com o "livro de imagens" de tipos e cerimônias e profecias e progrediu até a conclusão final em Jesus Cristo e Sua Novo Testamento.

A partir de Deus, através de sua Messengers

Agora a imagem está definido para nós. Há muito tempo Deus falou com "os pais," o povo do Antigo Testamento, os nossos antepassados-espirituais também nossos antepassados ​​físicos se são judeus. Ele até falou com alguns dos nossos antecessores gentios. Ele falou pelos profetas, Seus mensageiros. Um profeta é alguém que fala aos homens para Deus; um sacerdote é aquele que fala com Deus para os homens. O sacerdote leva os problemas do homem para com Deus; o profeta leva a mensagem de Deus aos homens. Ambos, se elas são verdadeiras, são comissionados por Deus, mas seus ministérios são bastante diferentes. O livro de Hebreus tem muito a dizer sobre os sacerdotes, mas o seu verso de abertura fala de profetas. O Espírito Santo estabelece a autoria divina do Antigo Testamento, a sua exactidão e autoridade, pelo fato de que foi dado a e entregue pelos profetas de Deus.

Em todo o Novo Testamento, esta verdade é afirmada. Pedro, por exemplo, nos diz que "nenhuma profecia foi já feito por um ato de vontade humana, mas homens movidos pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus" (2Pe 1:21). "Profecia" em que o texto refere-se ao Antigo Testamento. Nenhum escritor humano do Antigo Testamento escreveu de sua própria vontade, mas apenas como ele foi dirigido pelo Espírito Santo.

Paulo também nos diz que "toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça" (2Tm 3:16). Toda a Escritura é inspirada por Deus. A American Padrão Version diz: "Toda a Escritura inspirada por Deus também é rentável", o que implica que não toda a Escritura é inspirada. Mas toda a Escritura é totalmente, não apenas em parte, inspirada por Deus. Deus não escondeu a Sua Palavra dentro das palavras do homem, deixando suas criaturas à sua própria sorte para decidir qual é qual.O Antigo Testamento é apenas uma parte da verdade de Deus, mas não é parcialmente Sua verdade. Não é a Sua verdade completa, mas é completamente Sua verdade. É a revelação de Deus, a Sua revelação progressiva preparando seu povo para a vinda de Seu Filho, Jesus Cristo.

By O Son: One Way

Nestes últimos dias [Deus] falou-nos no seu Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. (1: 2)

Completa, perfeita revelação de Deus aguardava a vinda de Seu Filho. Deus, que usou para falar de muitas maneiras diferentes por muitas pessoas diferentes, finalmente falou de uma maneira, através de uma Pessoa, Seu Filho Jesus Cristo.
Todo o Novo Testamento é centrado em torno de Cristo. Os evangelhos contar a sua história, as epístolas comentar sobre isso, e Apocalipse fala de seu ponto culminante. Do início ao fim do Novo Testamento é Cristo. Nenhum profeta tinha sido dada toda a verdade de Deus. O Antigo Testamento foi dada a muitos homens, em pedaços e fragmentos. Jesus não só trouxe, mas foi, revelação completa e final de Deus.

Vindo nestes últimos dias

Existem várias maneiras de interpretar a frase, nestes últimos dias . Pode se referir aos últimos dias de revelação. Isso pode significar que esta é a última revelação em Cristo, não havendo mais nada a acrescentar. Ou isso poderia significar que, nos últimos dias da revelação veio através do Filho de Deus. Mas eu acho que o escritor está fazendo uma referência messiânica. A frase "os últimos dias" era muito familiar para os judeus daquela época e tinha um significado distinto. Sempre que um judeu viu ou ouviu estas palavras, ele imediatamente teve pensamentos messiânicos, porque aa promessa era de que nos últimos dias Messias viria (Jer 33: 14-16; Mq 5:1). Ela sabia que, quando o Messias chegou, ele se desenrolaria a revelação plena e definitiva de Deus, como, aliás, Ele o fez.

O escritor, então, está dizendo: "Nestes prometeu Last Days Messias (Cristo) veio e falou a revelação final de Deus." Jesus veio nestes últimos dias. Infelizmente, o próprio povo de Messias rejeitaram e Sua revelação, e assim o cumprimento de todas as promessas dos últimos dias ainda não foi plenamente realizado.

Verdadeira e completa

O Antigo Testamento havia sido dada em pedaços. Para Noé foi revelado o quarto do mundo a partir do qual o Messias viria. Para Micah, a cidade onde Ele nasceria. Para Daniel, o tempo de seu nascimento. Para Malaquias, o precursor que viria diante dEle. Para Jonas, a Sua ressurreição foi tipificado. Cada uma dessas peças de revelação era verdadeira e exata; e cada um relacionado com os outros, de alguma forma ou de outra. E cada um, de alguma forma ou de outra apontava para o Messias, o Cristo. Mas só em Jesus Cristo foi tudo reuniu e fez todo.Nele, a revelação foi total e completa.

Desde a revelação está completa, para acrescentar alguma coisa para o Novo Testamento é uma blasfêmia. Para adicionar a ele o Livro de Mórmon, ou Ciência e Saúde, ou qualquer outra coisa que afirma ser a revelação de Deus é uma blasfêmia. "Deus tem nestes últimos dias finalizados Sua revelação em seu Filho." Foi terminado. O final do livro do Apocalipse adverte que se acrescentar nada para ele, suas pragas serão adicionados para nós, e que, se tirar nada dela, nossa parte na árvore da vida e na cidade santa será tirada nós (Ap 22:18-19).

No primeiro verso e meio de Hebreus, o Espírito Santo estabelece a preeminência de Jesus Cristo sobre todo o Antigo Testamento, ao longo de sua mensagem, seus métodos, e os seus mensageiros. Foi exatamente o que os judeus, acreditando e descrente, precisava ouvir.
E assim é estabelecida a prioridade de Jesus Cristo. Ele é maior do que os profetas. Ele é maior do que qualquer revelação no Antigo Testamento, pois Ele é a personificação de tudo que a verdade, e muito mais. Deus manifestou-se plenamente em Cristo.

2. A preeminência de Cristo ( Hebreus 1:2-3 )

Nestes últimos dias [Deus] falou-nos no seu Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. E Ele é o resplendor da glória ea expressão exata de sua natureza, e sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder. Quando Ele tinha feito a purificação dos pecados, sentou-se à direita da Majestade nas alturas. ( 1: 2-3 )

Alguém disse que Jesus Cristo veio do seio do Pai para o seio de uma mulher. Ele colocou sobre a humanidade para que possamos colocar em divindade. Ele tornou-se Filho do Homem que possamos nos tornar filhos de Deus. Ele nasceu contrário às leis da natureza, viviam na pobreza, foi criado na obscuridade, e apenas uma vez atravessada a fronteira da terra em que nasceu, e que em sua infância. Ele não tinha nenhuma riqueza ou influência e não tinha nem treinamento nem educação nas escolas do mundo. Seus parentes eram imperceptíveis e uninfluencial. Na infância Ele assustou um rei. Na infância, ele confundiu os doutores. Em masculinidade Ele governou o curso da natureza. Ele andou sobre as ondas e silenciou o mar para dormir. Curou multidões sem remédios e fez nenhum custo para seus serviços. Ele nunca escreveu um livro e ainda todas as bibliotecas do mundo não poderia conter os livros sobre ele. Ele nunca escreveu uma música, ainda Ele forneceu o tema para mais músicas do que todos os compositores juntos. Nunca fundou uma faculdade, mas todas as escolas juntas não pode se orgulhar de tantos alunos como Ele tem. Nunca praticou medicina e ainda Ele curou corações mais quebrados do que todos os médicos curaram corpos quebrados. Este Jesus Cristo é a estrela da astronomia, a rocha da geologia, o leão eo cordeiro de zoologia, o harmonizador de todas as discórdias, eo curador de todas as doenças. Ao longo da história grandes homens vieram e se foram, ainda vive. Herodes não pôde matá-lo. Satanás não poderia seduzi-lo. A morte não pode destruí-lo e a sepultura não pode segurar.

Cumprimento das promessas

O Antigo Testamento nos diz em pelo menos dois locais ( Jr 23:18. , Jr 23:22 e Am 3:7. ). Em Jesus Cristo, ambos são cumpridas e compreendido. Ele é a palavra final de Deus. "Porque todos os que podem ser as promessas de Deus, nele são yes; pelo que também por Ele é o nosso amém para a glória de Deus através de nós" ( 2Co 1:20. ). Cada promessa de Deus resolve-se em Cristo. Todas as promessas se tornam yes-verificados e cumprida. Jesus Cristo é o supremo e a revelação final.

Nestes últimos dias . Os últimos dias são dias de realização. No Antigo Testamento, o judeu viu nos últimos dias, como o momento em que todas as promessas seriam cumpridas. Nestes dias Messias viria e do Reino viria a salvação viria e Israel deixaria de ser sujeito à servidão.Nos últimos dias promessas iria parar e fulfillments começar. Isso é exatamente o que Jesus veio fazer. Ele veio para cumprir as promessas. Embora o aspecto milenar, terrestre do Reino prometido está ainda no futuro, a idade do reino cumprimento começou quando Jesus chegou, e ele não vai finalmente ser concluída até que entramos em eternos céus. A idade Antigo Testamento da promessa terminou quando Jesus chegou.

Falou-nos no Seu Filho . Jesus Cristo é a revelação de Deus ao clímax. Deus manifestou-se plenamente em Seu Filho. Que afirma a Cristo como sendo mais do que apenas humano. Faz com que ele infinitamente superior a qualquer ser criado, pois Ele é Deus manifestado na carne.Ele é a revelação final e última de Deus, em quem são cumpridas todas as promessas de Deus.

Olhamos para a preparação para a Cristo e à apresentação de Cristo. Agora, vamos olhar para a Sua preeminência. Neste breve, mas seção potente ( 1: 2-3 ) o Espírito Santo exalta Cristo como a expressão total e definitiva de Deus-superior de e exaltado acima de alguém ou alguma coisa. Nestes versos, vemos Cristo como o fim de todas as coisas (Heir), o início de todas as coisas (criado por), e no meio de todas as coisas (sustentador e purificador).

Quando a questão é levantada a respeito de quem Jesus Cristo realmente era, algumas pessoas vão dizer que ele era um bom professor, alguns vão dizer que ele era um fanático religioso, alguns vão dizer que ele era uma farsa, e alguns vão reclamar Ele era um criminoso, um fantasma, ou um revolucionário político. Outros são propensos a acreditar que Ele era a forma mais elevada da humanidade, que tinha uma centelha de divindade que Ele abanou a chama-a faísca, dizem eles, que todos nós temos, mas raramente fã. Existem inúmeras explicações humanos como para quem era Jesus. Neste capítulo, vamos olhar para o que Deus diz sobre quem era Jesus, e é . Em apenas metade do versículo 2 e no versículo 3 é uma apresentação de sete vezes as excelências de Jesus Cristo. Em todas estas excelências Ele é claramente muito mais do que um homem.

Sua heirship

Primeiro excelência de Jesus mencionado aqui é o Seu heirship: Nestes últimos dias [Deus] falou-nos no seu Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas . Se Jesus é o Filho de Deus, Ele é o herdeiro de tudo o que Deus possui. Tudo o que existe vai encontrar o seu verdadeiro significado somente quando ele for submetido ao controlo final de Jesus Cristo.

Mesmo os Salmos Ele previu que um dia seria o herdeiro de tudo o que Deus possui. ". Mas, quanto a mim, eu tenho o meu Rei sobre Sião, meu santo monte Eu certamente irá contar do decreto do Senhor: Ele disse-me:" Tu és meu Filho, hoje te gerei "( Ps. 2: 6-7 ). Mais uma vez, lemos: "Pede-me, e eu te darei as nações por herança, e os confins da terra por tua possessão. Tu os quebrarás com uma vara de ferro, Tu despedaçarás como barro '" ( Sl. 2: 8-9 ). E ainda mais uma vez: "Eu também devem fazê-lo o meu primogênito, o mais elevado dos reis da terra" ( Sl 89:27 ). "Primogênito" não significa que Cristo não existiu antes que Ele nasceu como Jesus em Belém. Não é principalmente um termo cronológica em tudo, mas tem a ver com direitos legais, especialmente aquelas de herança e autoridade (que será discutido com mais detalhes no capítulo 3 ). Reino de Deus será destinado nos últimos dias ser dada final e eternamente a Jesus Cristo.

Paulo explica que todas as coisas, não só foram criados por Cristo, mas para Ele ( Cl 1:16 ) e que "a partir dele e por ele e para ele são todas as coisas A ele seja a glória para sempre Amém.". ( Rm 11:36 ). Este carpinteiro que morreu pregado numa cruz é, de fato, o Rei dos reis e Senhor dos senhores. Ele vai dominar o mundo. Satanás sabia que essa verdade quando ele se aproximou de Jesus no deserto, e tentou para tomar o controle do mundo de forma errada, se curvando a Satanás. Como o usurpador temporária do governo de Deus sobre a terra, Satanás tenta continuamente todos os meios de prevenir o verdadeiro herdeiro de receber sua herança.

Quando Cristo veio pela primeira vez à terra, Ele se fez pobre por amor de nós, para que, pela sua pobreza, pode ser feito rico. Ele não tinha nada para si mesmo. Ele tinha "onde reclinar a cabeça" ( Lc 9:58 ). Mesmo Suas roupas foram tiradas de ele quando morreu. Ele foi enterrado em um túmulo que pertencia a outra pessoa. Mas quando Cristo vem de novo à terra, Ele completa e eternamente herdará todas as coisas. E, maravilha das maravilhas, porquanto temos confiado nele, estamos a ser "co-herdeiros de Cristo" ( Rom. 8: 16-17 ). Quando entramos em Seu reino eterno vamos no seu conjunto possuem tudo o que Ele possui. Nós não seremos Cristos comuns ou Lords conjuntas, mas vamos ser co-herdeiros. Sua herança maravilhosa será nossa também.

Alguns ainda rejeitam a Ele

Por incrível que pareça, apesar de Cristo é o herdeiro de tudo o que Deus possui, e embora Ele se oferece para compartilhar sua herança com qualquer um que confiar Nele, alguns ainda rejeitá-Lo. Muitos rejeitaram a Deus como Ele Se revelou no Antigo Testamento. Agora Deus perfeitamente revelado no Novo Testamento de Seu Filho, e as pessoas continuam a rejeitá-Lo.
Jesus ilustrou esta tragédia em uma parábola.

Havia um proprietário de terras que plantou uma vinha e colocar um muro em torno dele e cavou um lagar nele, e edificou uma torre, e arrendou-a aos viticultores, e foi em uma viagem. E quando se aproximou o tempo da colheita, enviou os seus servos aos lavradores para receber seus produtos. E os viticultores levou seus escravos e feriram um, mataram outro e apedrejaram o terceiro. Depois, enviou um outro grupo de escravos maiores do que o primeiro; e eles fizeram a mesma coisa para eles. Mas depois ele enviou-lhes seu filho, dizendo: "Eles vão respeitar o meu filho." Mas quando os lavradores, vendo o filho, disseram entre si: "Este é o herdeiro;. Venham, vamos matá-lo, e aproveitar a sua herança" E tomando-o, e lançaram-no fora da vinha e mataram-no. Portanto, quando o dono da vinha, que fará àqueles lavradores? Eles disseram-lhe: "Ele vai trazer esses desgraçados a um fim desgraçado, e vai alugar a vinha a outros lavradores, que pagarão ele o produto nas épocas adequadas." Jesus disse-lhes: "Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram, esta tornou-se a pedra angular, o que surgiu da parte do Senhor, e é maravilhoso aos nossos olhos 'Por isso eu digo para você? , o reino de Deus vos será tirado de você, e será dado a uma nação que produza o fruto dela E quem cair sobre esta pedra será despedaçado;. mas aquele sobre quem ela cair, ele vai espalhar-lo como poeira. " ( Matt. 21: 33-44 )

Essa parábola não precisa de explicação.
Para rejeitar voluntariamente Jesus Cristo traz na condenação total e destruição de um Deus vingativo. Para Israel que parábola diz: "Uma vez que o que você fez foi tão flagrante, não só rejeitar e matar os profetas, mas rejeitar e matar o filho, a promessa foi tirado e será dado a uma nação nova, a igreja." Israel foi posta de lado até o momento de sua restauração.

Sua condição de Criador

O segundo excelência de Cristo mencionado em Hebreus 1 é Sua criadora: por meio de quem fez também o mundo. Cristo é o agente através do qual Deus criou o mundo. "Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada surgiu que veio a existir" ( Jo 1:3 ).

A palavra grega comum para mundo é kosmos , mas isso não é a palavra usada em He 1:2 ). Jesus Cristo é o esplendor de Deus de glória , e Ele pode transmitir a luz em sua vida e minha vida, para que, por sua vez, pode irradiar a glória de Deus. Vivemos em um mundo escuro. Não é a escuridão da injustiça, do fracasso, a privação, a separação, a doença, a morte, e de muito mais. Não é a escuridão moral dos homens cegos por seus apetites e paixões sem Deus. A este mundo escuro Deus enviou o Seu glorioso Light. Sem o Filho de Deus, só há trevas.

A grande tragédia, é claro, é que a maioria dos homens não querem mesmo ver, muito menos aceitar e viver, a luz de Deus. Paulo explica que "o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não vejam a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus" ( 2Co 4:4 dá uma ilustração semelhante desta verdade incompreensível: "Ele é a imagem do Deus invisível". A palavra "imagem" aqui é Eikon , da qual nós temos ícone Eikon significa uma cópia exata, uma reprodução exata, como em uma multa escultura ou retrato. Para chamar Cristo Eikon de Deus significa que Ele é a reprodução exata de Deus. "Porque nele toda a plenitude da Divindade habita em forma corpórea" ( Cl 2:9 graus Fahrenheit. Se fosse mais perto de nós iria queimar-se; se fosse qualquer mais longe que iria congelar. Nosso mundo está inclinado em um ângulo exato de 23 graus, proporcionando-nos com quatro estações. Se não fosse tão inclinado, vapores dos oceanos seria mudar para o norte e para o sul e se transformar em continentes monstruosas de gelo. Se a lua não manter a sua distância exata da terra, as marés do oceano inundaria a terra completamente, duas vezes por dia. Após a primeira enchente, é claro, os outros não importaria tanto quanto nós estaria preocupado. Se o fundo dos oceanos eram apenas alguns metros mais profunda do que eles são, o dióxido de carbono e oxigênio equilíbrio da atmosfera da Terra seria completamente chateado, e poderia existir nenhum animal ou planta vida. Se a atmosfera não permanecer em sua densidade presente, mas diluído, mesmo um pouco, muitos dos meteoros que agora inofensivamente queimar-se quando atingem a atmosfera que nos bombardeiam constantemente. Nós teríamos que viver no subsolo ou em edifícios à prova de meteoros.

Como o universo ficar neste tipo de equilíbrio delicado fantasticamente? Jesus Cristo sustenta e monitora todos os seus movimentos e inter-funcionamento. Cristo, o poder proeminente, mantém tudo.
As coisas não acontecem no nosso universo por acidente. Não foi assim que aconteceu no começo. Eles não vão acontecer dessa forma, no final, e eles não estão acontecendo dessa forma agora. Jesus Cristo é sustentar o universo. Ele próprio é o princípio da coesão. Ele não é como o criador do deísta "relojoeiro", que fez o mundo, colocá-lo em movimento, e não se preocupou com ele desde então. O universo é um cosmos em vez de caos, um sistema ordenado e seguro, em vez de uma trapalhada errática e imprevisível, só porque Jesus Cristo sustenta-lo.
Os cientistas que descobrem grandes e surpreendentes verdades estão fazendo nada além de descobrir algumas das leis que Jesus Cristo concebidos e usa para controlar o mundo. Nenhum cientista ou um matemático, astrônomo ou não físico nuclear, poderia fazer nada sem o poder sustentador de Jesus Cristo. O universo inteiro está pendurado no braço de Jesus. Sua sabedoria insondável e do poder ilimitado se manifestam no governo do universo. E Ele faz isso pela palavra do seu poder, sem esforço. A chave para a história da criação em Gênesis é em duas palavras: "Deus disse". Deus falou e aconteceu.

Quando eu penso sobre o poder de Cristo para defender o universo, que a verdade vai direto ao meu coração. Lemos em Fp 1:6 ). Quando sua vida é dado a Jesus Cristo, Ele mantém e sustenta-la e um dia vai ter isso em muito a presença de Deus. A vida, assim como um universo, que não é sustentada por Cristo é o caos.

Seu Sacrifício

O sexto excelência de Cristo é o Seu sacrifício: Quando Ele tinha feito a purificação dos pecados . Que declaração tremenda!

A Bíblia diz que o salário do pecado é a morte. Jesus Cristo foi para a cruz, morreu a nossa morte merecida para nós, e, assim, levou a penalidade por nossos pecados sobre si. Se aceitarmos a Sua morte e crer que Ele morreu por nós, Ele vai nos libertar da penalidade do pecado e nos purificar de a mancha do pecado.

Foi um trabalho maravilhoso quando Jesus Cristo criou o mundo. É maravilhoso que Ele sustenta o mundo. Mas uma obra maior do que fazer e defender o mundo é a de purgar os homens do pecado. Em He 7:27 nos é dito que Jesus "não precisa diariamente, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente por seus próprios pecados, e depois pelos pecados do povo, porque Ele fez isso de uma vez por todas, quando se ofereceu a si mesmo. " No Antigo Testamento, os sacerdotes tinham que fazer sacrifício após o sacrifício, para si e para as pessoas. Jesus fez, mas um sacrifício. Ele não só foi o Sacerdocio, mas também o sacrifício. E porque seu sacrifício era puro, Ele pode purificar nossos pecados, algo que todos os sacrifícios do Antigo Testamento, juntos, não podia fazer.

E não pelo sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no lugar santo uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção. Porque, se o sangue de bodes e de touros ea cinza de uma novilha aspersão aqueles que têm sido contaminado, santificar para a purificação da carne, quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência das obras mortas, para servirmos ao Deus vivo? ... mas agora uma vez na consumação dos séculos Ele se manifestou para aniquilar o pecado pelo sacrifício de si mesmo. ( Heb. 9: 12-14 , He 9:26 b )

Jesus Cristo lidou com o problema do pecado uma vez por todas. Ele tinha que ser feito. Nós não conseguia se comunicar com Deus ou entrar em comunhão com Ele, a menos que o pecado foi tratada. Assim, Cristo foi para a cruz e sofreu a penalidade do pecado para todos os que aceitam o Seu sacrifício, acreditar nele, e recebê-Lo. Pecado foi purgada, exterminada.

Esta verdade deve ter sido especialmente notável para aqueles a quem o livro de Hebreus foi escrito. A cruz era um escândalo para os judeus, mas o escritor não pedir desculpas por isso. Em vez disso, ele mostra que ela é uma das sete excelentes glórias de Cristo. Suas palavras são tão simples como as de Pedro: "[Você sabe] que você não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro da vossa vã maneira de vida herdado de seus antepassados, mas pelo precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula , o sangue de Cristo "( I Pedro 1:18-19. ).

Somos todos pecadores. E quer que pagar a penalidade para o nosso próprio pecado, que é a morte eterna, ou nós aceitamos o pagamento de Jesus Cristo, para que em sacrificar a si mesmo, para que nós recebemos a vida eterna. Se o desejo do nosso coração é a recebê-Lo como Salvador, acreditar e aceitar o Seu sacrifício, os nossos pecados são lavados nesse ponto. A Bíblia diz que sem derramamento de sangue não há perdão para o pecado ( He 9:22. ) e que "o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado" ( 1Jo 1:7 adverte: "Porque, se nós continuar pecando voluntariamente, depois de receber o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados." Se rejeitarmos Jesus Cristo não há nada no universo que pode tirar o nosso pecado, e nós vamos morrer nele. Jesus disse a essas pessoas, "[Você] morrereis no vosso pecado; para onde estou indo você nunca pode vir" ( Jo 8:21 ).

Sua Exaltação

A última das excelências de Cristo mencionados nesta passagem é Sua exaltação . Ele sentou-se à direita da Majestade nas alturas. A Majestade nas alturas é Deus. O lado direito é o lado do poder. Jesus tomou o Seu lugar à mão direita de Deus. A coisa maravilhosa sobre esta afirmação é que Jesus, o Sumo Sacerdote perfeito, sentou-se . Isto é, em grande contraste com o procedimento sacerdotal sob a Antiga Aliança. Não havia lugares no Tabernáculo ou os santuários do Templo. O sacerdote não tinha lugar para sentar-se porque Deus sabia que nunca seria adequado para ele se sentar. Sua responsabilidade era sacrificar, sacrifício, sacrifício, uma e outra vez. Então os sacerdotes ofereciam sacrifícios diariamente e nunca se sentou. Mas Jesus ofereceu um sacrifício, e disse: "Está consumado." Ele, então, foi sentar-se com o Pai. Ele foi feito. O que não poderia ser realizado sob a Antiga Aliança, mesmo depois de séculos de sacrifícios, se realizou uma vez por Jesus Cristo para todos os tempos.

Jesus sentado à mão direita do Pai significa pelo menos quatro coisas. Eles são, em síntese:

Primeiro, ele sentou-se como um sinal de honra ", que toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai" ( Fp 2:11 ). Para ser sentado à direita do Pai é honrar, de fato.

Em segundo lugar, Ele sentou-se como um sinal de autoridade. "[Ele] está à mão direita de Deus, tendo subido ao céu, depois de anjos, autoridades e poderes tinha sido submetido a Ele" ( 1Pe 3:22 ). Sentou-se como um governante.

Em terceiro lugar, Ele sentou-se para descansar. Seu trabalho foi feito. "Mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados de todos os tempos, sentou-se à direita de Deus" ( He 10:12 ).

Em quarto lugar, Sentou-se para interceder por nós. "Cristo Jesus é Aquele que morreu, sim, em vez que foi criado, que está à direita de Deus, e também intercede por nós" ( Rm 8:34 ). Ele está sentado à direita do Pai intercedendo por todos nós, que pertencemos a Ele.

Aqui temos retrato de Jesus Cristo de Deus. Temos visto o Cristo preeminente em todos os seus escritórios. Temos visto como profeta, o porta-voz da final para Deus. Temos visto Ele como padre, expiatória e intercedendo. Vimos como Rei, controle, manutenção, e sentado em um trono. Este é o nosso Senhor Jesus Cristo.
Um homem que diz que Jesus Cristo é nada menos do que isso é um tolo e faz de Deus um mentiroso. Deus diz que seu filho é proeminente em todas as coisas.
O que isso significa para nós? Significa tudo. Rejeitá-lo, deve ser excluídos de sua presença em um inferno eterno. Mas para receber Jesus Cristo é entrar em tudo o que Ele é e tem. Não há outras opções.

3. Jesus Cristo superior aos anjos (Hebreus 1:4-14)

Tendo-se tornado como muito melhor do que os anjos, quanto Ele herdou mais excelente nome do que eles. Pois a qual dos anjos disse jamais: "Tu és meu Filho, hoje te gerei"? E mais uma vez: "Eu vou ser um pai para ele, e ele será um filho para mim"? E quando Ele mais uma vez traz o primogênito ao mundo, Ele diz: "E todos os anjos de Deus o adorem." E dos anjos, diz: "Quem faz seus anjos ventos, e de seus ministros labaredas de fogo." Mas do Filho diz: "O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre, e o cetro justo é o cetro do seu reino Amaste a justiça e odiei a iniquidade;. Por isso Deus, o teu Deus, ungiu-Ti com o óleo de alegria mais do que a teus companheiros. " E, "Tu, SENHOR , no início fizeste lançar os alicerces da terra, e os céus são obras das tuas mãos; eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles vão se tornar velha como uma capa, e como um manto Tu enrolá-las, como uma peça de roupa que também irá ser alterado mas tu és o mesmo, e os teus anos não vai chegar a um fim ".. Mas a qual dos anjos disse jamais: "Senta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos por escabelo de teus pés"? Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para prestar serviço para o bem daqueles que hão de herdar a salvação? (1: 4-14)

Neste capítulo vamos estar lidando com carne ao invés de leite. Não me lembro de uma passagem em que eu passei mais tempo. Até certo ponto, é como um iceberg. Você pode ver o topo de forma suficientemente clara, mas pode não parecer muito impressionante ou significativo.Nós vamos estar a olhar abaixo da superfície desta passagem em suas verdades profundas. Nesse sentido, versículos Dt 4:14) . Este anjo apareceu em brilho, brilhante glória.

Os anjos são muito inteligentes e têm emoções. Eles se alegram, por exemplo, quando um pecador é salvo (Lc 15:10). Os anjos podem falar com os homens, como gravadas muitos lugares na Escritura. O apóstolo Paulo diz: "Ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que vos temos pregado a vós" (Gl 1:8). À luz de Colossenses 1:16-17, parece que todos eles foram criados simultaneamente. A Bíblia não faz qualquer menção de quaisquer anjos sendo adicionados aos da criação original. Deus fez-los todos de uma só vez, cada um com uma identidade única.

Anjos não são sujeitos à morte. Em nenhum lugar Escritura indica que eles morrem ou pode ser aniquilada. Um terço deles caiu (Ap 12:4). Em sua visão de Patmos, João fala também de uma vasta multidão celeste, que incluiu anjos. "E o número deles era miríades de miríades e milhares de milhares" (Ap 5:11).

De acordo com Mc 13:32 e Jd 1:6, Ef 6:12 a "ser forte no Senhor e na força do seu poder .... Porque a nossa luta não é contra carne e sangue. ..." Mas contra anjos caídos-anjos.

Os anjos podem se mover e agir com uma velocidade incrível. Às vezes, eles são retratados com asas, sugerindo viagens rápidas. Alguns anjos têm nomes: Miguel, Gabriel, Lúcifer. Michael é o chefe dos exércitos celestiais e Gabriel é chamado de "o poderoso". Lúcifer é o nome Satanás tinha antes de cair.
Anjos ministram a Deus e fazer o seu lance. Ambos são espectadores e participantes em Suas poderosas obras, tanto de redenção e de julgamento. Eles ministraram a Cristo em Sua humilhação. Na conclusão de seus anjos tentação veio eo serviram. Eles também ministro para os redimidos de Deus por vigiando a Deus para responder a oração, a entrega do perigo, dando incentivo, e proteger as crianças auxiliar de igreja. Eles também ministro para os não crentes, ao anunciar e infligir julgamento.

Judaicas Visualizações de Anjos

Por causa dos escritos talmúdicos e interpretações rabínicas populares e idéias, o povo judeu na época esta carta foi escrita tinha começado a embelezar os ensinamentos básicos do Antigo Testamento sobre anjos. O escritor de Hebreus, portanto, estava escrevendo não apenas contra o pano de fundo verdadeiro ensinamento bíblico, mas também contra a de equívocos judeus comuns.
A maioria dos judeus acreditavam que os anjos foram muito importantes para a Antiga Aliança. Eles estimado essas criaturas como os mais altos seres próximos a Deus. Eles acreditavam que Deus estava cercado por anjos e que os anjos eram os instrumentos de levar a sua palavra para os homens e de trabalhar a Sua vontade no universo. Anjos foram pensados ​​para ser criaturas etéreas feito de substância de fogo como chama de luz, que não comer ou beber ou procriar.

Muitos acreditavam que os anjos agiram como senado ou conselho de Deus e que Ele não fez nada sem consultá-los-que, por exemplo, o "nós" em "Façamos o homem à nossa imagem" (Gn 1:26) refere-se a este conselho angélico .

Alguns judeus acreditavam que um grupo de anjos opôs-se à criação do homem e foram imediatamente aniquilado e que os outros se opuseram à entrega da Lei e atacou Moisés em seu caminho até o Monte Sinai. Muitos nomes de anjos foram cunhados. Os supostos "anjos presença", que ficaram na presença de Deus em todos os momentos, foram dados nomes como Rafael, Yuriel, Fanuel, Gabriel e Michael. El era um nome para Deus e foi usado como o final para cada um dos nomes dos anjos.
Eles acreditavam duzentos anjos controlava os movimentos das estrelas e anjo que um muito especial, o anjo calendário, controlados a sucessão interminável de dias, meses e anos. Um anjo poderoso cuidou dos mares, enquanto outros supervisionou a geada, orvalho, chuva, neve, granizo, trovões, e relâmpagos. Outros ainda eram guardiões do inferno e torturadores dos condenados. Há ainda estavam gravando anjos que anotou cada palavra homens falaram. Houve um anjo da morte e, por outro lado, um anjo da guarda para cada nação e até mesmo cada criança. Os anjos eram tão numerosos que um rabino afirmou que cada folha de grama teve seu anjo.
Muitos judeus acreditavam que a Velha Aliança foi trazida de Deus pelos anjos. Isto, acima de tudo, exaltado os anjos nas mentes dos filhos de Israel. Eles acreditavam que os anjos foram os mediadores da sua aliança com Deus, que os anjos continuamente ministrou as bênçãos de Deus para eles.
O sermão de Estevão acusando Israel faz alusão a essa crença básica.

Vocês, homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvidos estão sempre resistem ao Espírito Santo; você está fazendo exatamente como fizeram vossos pais. Qual dos profetas que os vossos pais não perseguiram? Até mataram os que anteriormente anunciaram a vinda do Justo, cuja traidores e assassinos que você já se tornaram; vós que recebestes a lei por ordenação dos anjos, e ainda não mantê-lo. (Atos 7:51-53)

Agora olhe para Gl 3:19: "Por que a Lei então Foi acrescentada por causa das transgressões, tendo sido ordenada por meio de anjos, pela agência de um mediador, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita."

A Antiga Aliança foi trazida ao homem e mantido pela mediação Angelicalal. Os judeus sabia disso, e, consequentemente, teve o maior respeito por anjos. Alguns anjos respeitada a tal ponto que eles realmente adorava. Gnosticismo (ver capítulo
1) envolvidas, entre outras coisas, a adoração dos anjos. Ele ainda reduzida Jesus Cristo a um anjo. A igreja de Colossos tinha sido flertando com o gnosticismo e Paulo avisou: "Que ninguém se manter fraudar você de seu prêmio por deliciando-se com auto-humilhação e da adoração dos anjos" (Cl 2:18).

Assim, para os anjos mente judaica foram extremamente exaltado, imensamente importante. Se o escritor de Hebreus, portanto, foi o de convencer seus companheiros judeus que Cristo é o mediador de um melhor pacto do que a dada por meio de Moisés, ele teria que mostrar, entre outras coisas, que Cristo é melhor do que os anjos-o impulso de 1 : 4-14. Cristo deve ser mostrado para ser melhor do que os portadores e mediadores da Antiga Aliança, ou seja, os anjos. Sete passagens do Antigo Testamento são usados ​​para estabelecer essa verdade.

Estas citações do livro de Hebreus variar ligeiramente de textos do Antigo Testamento a partir do qual fazem parte. A razão é que, no momento em que esta carta foi escrita, muitos judeus usaram uma tradução grega do Antigo Testamento, chamada Septuaginta. É a partir da Septuaginta que as cotações em Hebreus são tomadas. Uma razão não acreditamos Paulo escreveu esta epístola é que, nos escritos conhecidos definitivamente para ser seu, ele cita mais a partir do texto hebraico do que a partir da Septuaginta.
Se o escritor tinha tentado provar a partir de escritos cristãos que Cristo é um mediador melhor, seus leitores judeus teria dito: "Nós não aceitamos esses escritos como Escritura, como sendo de Deus." Assim, ele sabiamente e habilmente responde, com efeito, "Abra suas próprias Escrituras e eu vou lhe mostrar a partir deles que Cristo é um mediador melhor e que a Nova Aliança é melhor do que o velho." Seu argumento é poderosa e irresistível.
Antes de ir mais longe, seria bom salientar que uma série de cultos e outras organizações religiosas não ortodoxas negar a divindade de Cristo com base na tradução Rei Tiago ("que está sendo feito") no versículo 4, tendo isto para dizer que Jesus foi criado. Mas a palavra grega aqui não é poieō , "para fazer ou criar", mas ginomai , "tornar-se" O significado que a maioria das traduções modernas deixar claro. Jesus Cristo sempre existiu, mas Ele tornou-se melhor do que os anjos em sua exaltação, o que implica que em um momento Ele tinha sido menor que os anjos-da verdade que He 2:9]. A citação de 2 Samuel refere-se, naturalmente, a de Davi maior Filho (conforme Lc 1:32; Jo 7:42; Ap 5:5Eu vou ser um pai para ele, e ele será para mim um filho ) enfatiza o futuro-já que as palavras citadas foram originalmente escritos centenas de anos antes do nascimento de Jesus. Em João 1:1-3, onde a eternidade e criadora de Cristo estão sendo apresentadas, Ele não é chamado o Filho, mas o Palavra. Alguns versículos adiante, lemos que "o Verbo se fez carne" (Jo 1:14). Cristo não é conhecido como Filho de João até que Ele se faz carne. Portanto, não há justificativa para dizer que Jesus Cristo é eternamente subserviente a Deus ou menos do que Deus.

O Filho através do nascimento virginal

Há dois eventos básicos em relação ao que Jesus Cristo é o filho-Seu nascimento virginal e Sua ressurreição. Ele não era um filho até que Ele nasceu neste mundo através do nascimento virginal. Ao descrever uma das previsões deste nascimento Lucas diz: "E o anjo respondeu, e disse-lhe:« O Espírito Santo virá sobre ti, eo poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra; e por essa razão a prole Santo, será chamado Filho de Deus "(Lc 1:35). Mesmo naquela época, menos de um ano antes de seu nascimento, a filiação foi referido como futuro. "Ele vai ser grande, e vai ser chamado Filho do Altíssimo "(v. 32). A filiação de Cristo está intrinsecamente ligado com a Sua encarnação.

E o Espírito Santo desceu sobre Ele em forma corpórea, como uma pomba, e uma voz vinda do céu: "Tu és o meu Filho amado, em ti me comprazo." (Lc 3:22)

Somente após a encarnação de Cristo que Deus disse: "Este é o Meu Filho".

O Filho por meio da Ressurreição

Sua filiação veio a plena floração em Sua ressurreição. Ele é o Filho não só porque ele foi virgem, nascido na humanidade, mas também porque ele foi gerado novamente dos mortos. Assim como eu e você se tornar filhos de Deus no sentido mais amplo não por ser corno uma vez, mas por ter nascido duas vezes, então Jesus Cristo tornou-se Filho no sentido mais pleno nascendo não uma, mas duas vezes. Esta verdade profunda Paulo deixa claro no livro de Romanos:

Acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne, que foi declarado Filho de Deus com poder, pela ressurreição dos mortos, de acordo com o espírito de santidade, Jesus Cristo, nosso Senhor. (Rom. 1: 3-4)

Ele se tornou um filho no momento do nascimento; Ele foi declarado ser um Filho em ressurreição. A plenitude da Sua filiação vem em Seu nascimento duas vezes.

At 13:33 laços esta verdade para o mesmo Salmo, e até mesmo para o mesmo verso (2: 7), assim como o escritor aos Hebreus, que relaciona a cotação para a ressurreição: "Deus cumpriu esta promessa aos nossos filhos em que Ele ressuscitou a Jesus, como também está escrito no Salmo segundo, 'Tu és meu Filho;. hoje te gerei "Jesus é o Filho em ressurreição, bem como no nascimento. É a Sua humano título, e nós nunca deve ficar preso na ideia herética de que Jesus Cristo é eternamente subserviente a Deus. Ele tornou-se o Filho para o nosso lado o que era seu por direito, humilhando a si mesmo, e esvaziando-se de definição de sake (Fp 2:6-8.).

Os anjos são realmente excelentes criaturas-o mais excelente de todas as criaturas. Portanto, se Cristo tem mais excelente nome do que eles , Ele deve ter o mais excelente nome. E Ele faz-Filho. É o que diz o escritor de Hebreus para os judeus, argumentando a partir de suas próprias Escrituras.

Maior porque adoravam

E quando Ele mais uma vez traz o primogênito ao mundo, Ele diz: "E todos os anjos de Deus o adorem." (1: 6)

Jesus Cristo não é apenas maior do que os anjos, porque Ele é o Filho de Deus, mas também porque Ele é adorado. Mesmo que Cristo se humilhou, mesmo que Ele foi feito para um tempo menor que os anjos, os anjos estão para adorá-Lo. Se os anjos são para adorá-Lo, Ele deve, portanto, ser maior do que eles. E se Ele é maior do que eles, sua aliança é maior do que o que eles trouxeram-Nova Aliança é maior do que o Velho, e do cristianismo é maior do que o judaísmo.

E todos os anjos de Deus O adorem é uma citação do Sl 97:7: "E Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação. Mas" primeiro-nascidos "( prototokos ) não tem nada a ver com o tempo. Refere-se a posição. Não é uma descrição, mas um título, que significa "o chefe de um." O conceito foi associado com o primeiro-nascido, porque o filho mais velho geralmente era herdeiro de todos os bens do pai.

O primeiro filho a nascer nem sempre foi o "primogênito". Esaú, por exemplo, era mais velho que Jacó, mas Jacó foi o primogênito, os prototokos . Gn 49:3). Jesus era "o primogênito dentre os mortos." Tinha ninguém foi ressuscitado antes de Jesus? Sim. Lázaro, as outras pessoas que Jesus levantadas durante Seu ministério terreno, todos os santos do Antigo Testamento que vieram vivo na crucificação-todos estes e outros tinham sido ressuscitado dos mortos antes de Jesus! O termo, por conseguinte, obviamente, não se refere a tempo. Como primogênito, Jesus é o mais honrado One, o mais digno, o mais alto One, o mais poderoso. De todos aqueles que foram ressuscitados, Ele está muito acima o maior.

O significado de "Novamente"

A palavra novamente em He 1:6).

No verso seguinte, o apóstolo explica que "foi revelado a eles que eles não estavam servindo-se, mas você, nestas coisas que agora vos foram anunciadas por aqueles que pregavam o evangelho, a vós pelo Espírito Santo enviado do céu" (1Pe 1:12). Eles estavam olhando para ver as coisas que não seria compreendido até que Cristo veio, o evangelho foi pregado, e do Espírito Santo se manifestou. Na realidade, estes são mistérios em que os anjos ainda "há muito tempo a olhar" (v. 12 b ). Eles não entendem que tudo ainda. Talvez os "anjos de presença" ao redor do trono fazer, mas as vastas hostes Angelicalais, evidentemente, ainda não são capazes de discernir tudo. Os anjos têm inteligência notável, mas não são oniscientes. Quando Deus traz de novo o Seu primogênito ao mundo Ele vai dizer-lhes, com efeito, "Agora você tem a imagem completa, e seu culto pode ser plena e completa."

E olhei, e ouvi a voz de muitos anjos ao redor do trono e dos seres viventes e dos anciãos; eo número deles era miríades de miríades e milhares de milhares, dizendo em alta voz: "Digno é o Cordeiro que foi morto, de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, honra, glória e louvor." (Apocalipse 5:11-12)

Aqui é a adoração Angelicalal! Cristo está se preparando para voltar e tomar a terra para si mesmo. Em 5: 1, o Pai é retratado com o título de propriedade da terra (o livrinho), e aqueles ao redor do trono estão dizendo: "Quem é digno de abrir o livro e de romper os seus selos?" (V. 2).João está chorando porque não há ninguém para abrir o livro, e de repente um dos anciãos diz: "Pára de chorar, eis que o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, venceu de modo a abrir o livro e os seus sete selos "(v. 5). Jesus Cristo, o Cordeiro, em seguida, leva o pergaminho. Como ele está prestes a desenrolar dos julgamentos e tomar posse da terra, os anjos dizem: "Está tudo claro agora!" E incontáveis ​​milhões deles, de todo o céu, irrompeu em louvor, apoiado por todas as outras criaturas do universo:

E a toda criatura que está no céu e na terra e debaixo da terra e sobre o mar, e tudo o que neles há, dizerem: "Àquele que está sentado no trono, e ao Cordeiro, ele louvor, ea honra e glória e poder pelos séculos dos séculos ". E os quatro seres viventes diziam: "Amém". E os anciãos prostraram-se e adoraram. (13 66:5-14'>Apocalipse 5:13-14)

Isto fala de Sua Segunda Vinda, onde Ele será revelado em toda a sua glória como Filho -como prototokos , o primeiro-nascido . Os anjos finalmente vai ver tudo, então, como eles vêm vê-Lo como Rei dos reis e Senhor dos senhores.

Maior por causa da sua natureza superior

E dos anjos, diz: "Quem faz seus anjos ventos, e de seus ministros labaredas de fogo." (1: 7)

Jesus também é superior aos anjos por causa de sua natureza. No versículo 7 do Espírito Santo mostra a diferença básica entre a natureza dos anjos e do Filho. A palavra grega para marcas é poieō ("criar" ou "fazer"). Visto que Cristo criou os anjos (Cl 1:16), Ele é, obviamente, superior a eles. Não só eles eram criados por Ele, mas eles são Sua posse, os seus anjos . Eles são Seus servos criados, Seus ministros , Seus ventos e chama de fogo.

Reivindicação da Divindade de Jesus do Pai

Mas do Filho diz: "O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre (1: 8a).

A primeira parte do versículo 8 expande-se na diferença entre a natureza de Cristo e dos anjos. Aqui está uma das declarações mais surpreendentes e importantes de toda a Escritura: Jesus é o Deus eterno! Aqueles que dizem que Jesus era apenas um homem, ou apenas um dos muitos anjos, ou um dos muitos profetas de Deus, ou era apenas um subgod de algum tipo estão mentindo e trazendo sobre si a maldição, a maldição, de Deus. Jesus não é menos do que Deus. O Pai diz ao Filho, teu trono, ó Deus, é para todo o sempre. Deus Pai reconhece Deus, o Filho. Eu acredito que este versículo dá a prova mais clara, mais poderoso, enfático, e irrefutável da divindade de Cristo na Bíblia, a partir do próprio Pai.

Reivindicação Próprio Jesus com a divindade

O testemunho do Pai sobre o Filho corresponde ao testemunho do Filho de si mesmo. Ao longo de seu ministério Jesus reivindicou igualdade com Deus. "Por isso, pois os judeus procuravam ainda mais procuravam matá-lo, porque não só violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus" (Jo 5:18). Quando Ele disse: "Eu eo Pai somos um" (Jo 10:30), os líderes judeus bem compreendido Sua reivindicação. À luz do que eles pensavam que Ele era um homem simples, sua reação era de se esperar. "Para um bom trabalho nós não apedrejar-te, mas por blasfêmia, porque, sendo tu homem, te fazes por ser Deus" (v 33)..

'Reclamar de Jesus "Os Apóstolos Divindade

Falando sobre Israel e todas as suas bênçãos, Paulo escreveu: "quem são os patriarcas, e de quem é o Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente Amém." (Rm 9:5 as mesmas apóstolo escreve: "E pela confissão comum grande é o mistério da piedade: Aquele que foi revelado na carne, foi justificado no Espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória. " Ainda novamente Paulo declara: "... procurando a bendita esperança ea manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo" (Tt 2:13).

Em sua primeira carta, João diz: "E sabemos que o Filho de Deus veio e nos deu entendimento, para que pudéssemos conhecer o que é verdadeiro, e nós estamos naquele que é verdadeiro, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus ea vida eterna "(1Jo 5:20). Durante todo o Novo Testamento, a reivindicação é inequívoca: Jesus Cristo é Deus.

Amante da Justiça

Em He 1:8). Essa é a verdadeira justiça. Nunca varia entre o que é verdadeiro, justo, bom. "E esta é a mensagem que dele ouvimos e vos anunciamos: que Deus é luz, e não há nele treva nenhuma" (1Jo 1:5) de Deus. Deus ungiu e ordenou ele. Sl 2:2). Ele assumiu Sua realeza em sua ascensão. Embora Ele ainda não trouxe todo o Seu reino juntos, algum dia em breve Ele o fará.

Natureza de Jesus (isto é, a Sua divindade), como o Seu título e seu ser adorado, mostrar sua superioridade aos anjos.

Maior causa de Existência Superior

Tu, Senhor, no início fizeste lançar os alicerces da terra, e os céus são obras das tuas mãos; eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles vão se tornar velha como um vestido. E como um manto Tu enrolá-las; como uma peça de roupa que eles também serão alterados. Mas tu és o mesmo, e os teus anos não vai chegar a um fim. (1: 10-12)

A quarta forma em que Jesus é superior aos anjos é em Sua existência. Nessa citação do Salmo 102 o Espírito Santo revela que Cristo é melhor do que os anjos, porque Ele existe eternamente. Se Jesus era no princípio para criar, Ele deve ter existido antes do início e, portanto, sem começo. "No princípio era o Verbo" (Jo 1:1). "E o céu se fendeu, como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares" (Ap 6:14). Durante a tribulação, como se os céus eram para ser esticada até ao limite e, em seguida, cortar os cantos, eles vão arregaçar apenas como um pergaminho. As estrelas vão cair, desabar a terra, e todas as ilhas e montanha vai sair do seu lugar. O mundo inteiro vai desmoronar.

As coisas que podemos ver e sentir parece tão permanente. Como as pessoas Pedro advertiu, somos tentados a pensar que "todas as coisas permanecem como desde o princípio da criação" (2Pe 3:4, 1Co 15:28). Ele é subordinado ao Pai, mas apenas na relação de Filho. O filho de um rei pode ser igual a seu pai em todos os atributos de sua natureza, apesar de ser oficialmente sujeitos a seu pai. Assim, o Filho eterno é igualmente divina, embora Ele está oficialmente em sujeição. E debaixo de seus pés são colocados todos os reinos e as autoridades e os poderes do mundo. Quando isso acontece? Em sua segunda vinda, quando vier na glória.

Apocalipse 19:15-16 dá uma imagem viva de Sua próxima vinda: "E da sua boca saía uma espada afiada, para que com ele Ele pode ferir as nações; e ele as regerá com vara de ferro; e ele pisa o prensa de vinho do furor da ira de Deus, o Todo-Poderoso. E no seu manto e na sua coxa tem escrito o nome: "REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES." "O destino de Jesus Cristo é o reino eterno sobre os novos céus e da nova terra.

Observe o destino dos anjos de Deus: Não são todos eles espíritos ministradores, enviados para prestar serviço para o bem daqueles que hão de herdar a salvação? destino de Jesus é a reinar. Destino dos anjos é servir sempre os que são herdeiros da salvação. O que, uma perspectiva incrível maravilhoso para os cristãos! Além de ser para sempre na presença de Deus, nosso destino é ser servido pelos anjos para sempre.

Eliseu e seu servo foram uma vez ameaçado pelo rei da Síria e não tinha como se defender. "Agora, quando o atendente do homem de Deus havia levantado muito cedo e saiu, e eis que um exército com cavalos e carros estava circulando pela cidade. E o seu servo lhe disse: 'Ai, meu senhor! O que vamos fazer?' Então, ele respondeu: "Não tenha medo, para aqueles que estão conosco são mais do que os que estão com eles." Então Eliseu orou e disse: 'Senhor, eu oro, abrir os olhos para que veja. " E o Senhor abriu os olhos do moço, e viu, e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo ao redor de Eliseu "(II Reis 6:15-17). Quem estavam montando os cavalos e carros? Anjos. Anjos proteger e entregar o crente, o santo, do perigo temporal. Anjos resgatado Ló e sua família, arrebatando-os de Sodoma. Anjos desceu na cova com Daniel e parou a boca dos leões. O que um maravilhoso e reconfortante saber que verdade ministro anjos para nós! Seu destino é continuar a ministrar a nós por toda a eternidade. Mas o destino de Jesus é a reinar. Ele é, portanto, infinitamente superior aos anjos.

Então nós achamos que o Filho de Deus é superior aos anjos em todos os sentidos, com cada um de Seus superioridades tendo sido descrito no Antigo Testamento. Jesus é o Messias. Ele é Deus em carne e osso. Ele é o Mediador de uma nova aliança, uma aliança melhor que o antigo.
Neste breve capítulo catorze versos, vemos a divindade de Jesus Cristo estabeleceu por nomes divinos. Ele é chamado de Filho, Senhor, e Deus. Por obras divinas Ele cria, sustenta, governa, redime, e purga pecado. Ao valor divino Ele é o único a ser adorado pelos anjos e todas as outras criaturas no universo. Por atributos divinos Ele é onisciente, onipotente, imutável e eterno. Em todas estas formas é proclamada a superioridade de Jesus Cristo.

Por que essas verdades são tão importantes? A próxima passagem dá a resposta. "Por esta razão, temos de prestar muito mais atenção ao que temos ouvido, para que não se afastar dele. Pois se a palavra falada pelos anjos permaneceu inalterável, e toda transgressão e desobediência recebeu a justa recompensa, como escaparemos nós se negligenciarmos tão grande salvação? " (Heb. 2: 1-3). Se Deus esperava uma resposta tão positiva com a lei, que veio através dos anjos, que resposta que Ele espera, quanto ao evangelho, que veio através de Jesus Cristo?


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Introdução ao Livro de Hebreus

HEBREUS

ÍNDICE

HEBREWS

WILLIAM BARCLAY

Título original em inglês: The Letter to The Hebrews

Tradução: Carlos Biagini





O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay

Introduz

e

interpreta

a

totalidade

dos

livros

do

NOVO TESTAMENTO. Desde Mateus até o Apocalipse William Barclay explica, relaciona, dá exemplos, ilustra e aplica cada passagem, sendo sempre fiel e claro, singelo e profundo. Temos nesta série, por fim, um instrumento ideal para todos aqueles que desejem conhecer melhor as Escrituras. O respeito do autor para a Revelação Bíblica, sua sólida fundamentação, na doutrina tradicional e sempre nova da igreja, sua incrível capacidade para aplicar ao dia de hoje a mensagem, fazem que coleção ofereça a todos como uma magnífica promessa.

PARA QUE CONHEÇAMOS MELHOR A CRISTO O AMEMOS COM AMOR MAIS 5ERDADEIRO

E O SIGAMOS COM MAIOR EMPENHO

ÍNDICE

Prefácio Introdução Geral

Introdução a Hebreus

Capítulo

1

Capítulo

5

Capítulo

9

Capítulo 13

Capítulo

2

Capítulo

6

Capítulo 10

Capítulo

3

Capítulo

7

Capítulo 11

Capítulo

4

Capítulo

8

Capítulo 12

PREFÁCIO

Quando chegamos à Carta aos Hebreus encontramos com aquele que é, para o homem de hoje, o livro mais difícil de todo o Novo Testamento. Hebreus nunca foi um livro de fácil leitura. Mesmo quando foi escrito, foi por um erudito para um pequeno grupo de eruditos. O conhecimento que exige do Antigo Testamento e do sistema sacrificial hebreu, nunca foi de possessão geral de todos; e se foi difícil para as pessoas às quais foi escrita, deve ser muito mais para nós hoje. Mas creio que não há no Novo Testamento um livro que seja mais digno do esforço para entendê-lo. Creio que nenhum livro do Novo Testamento nos dá um quadro tão glorioso de Jesus Cristo em todo o esplendor de sua humanidade e em toda a majestade de sua divindade. Sei que os que leiam Hebreus o acharão difícil, mas meu ardente rogo é que muitos perseverem até que este grande livro lhes abra seus tesouros.

Ao escrever esta exposição tenho feito uso constantemente de certos livros, pois existe uma literatura muito extensa sobre Hebreus.

Para aqueles que lêem o grego, o comentário de B. F. Westcott, na série de Macmillan, ainda não foi superado, embora escrito há tanto tempo como em 1889. O volume de Moffat no International Critical

Commentary é um monumento de erudição ao qual devo muito. Dos comentários sobre o texto inglês, o de F. D. V. Narborough na

Clarendon Bible é pequeno mas muito sugestivo e ilustrativo. O comentário de T. H. Robinson no Moffat Commentary não é um dos volumes destacados dessa série, ainda que seja útil. O comentário de E.

C. Wickham na série dos Westminster Commentaries é em todo sentido de primeira classe. Tem havido muitos estudos de primeira classe sobre

Hebreus. O de E. F. Scott é particularmente bom, como o é também o de

  1. Nairne. Let us go on, the Secret of Christian Progress in the Epistle to the Hebrews, por W. H. Griffith Thomas é de notável utilidade. Mas até

hoje a melhor obra sobre o pensamento de Hebreus é sem dúvida The Epistle to the Hebrews, the First Apology for Christianity, por A. B. Bruce. A. B. Bruce destaca-se supremo entre todos os intérpretes. Tenho

para com ele uma dívida que não posso deixar de reconhecer. O primeiro homem a quem ouvi dissertar sobre Hebreus foi o finado W. M. Macgregor, mi profesor cuando yo era estudiante en el Trinity College.

Nunca esquecerei essas conferências. Para mim assinalaram o nível mais alto da obra daquele que foi o maior intérprete do Novo Testamento que jamais encontrei. Se este livro tiver algo de bom, isso se deve à

inspiração do W. M. Macgregor. Estou obrigado a dizer que pode haver neste livro dívidas que não reconheci. Isso se deve a que durante sete anos foi meu dever e privilégio dissertar sobre Hebreus perante

estudantes, e, ao longo dos anos, recolhi materiais sem anotar às vezes sua procedência. Se tiver chamado a obra de alguns sem o devido reconhecimento, peço-lhes perdão.

Espero que haja muitos que empreendam a aventura de ler esta

grande carta do Novo Testamento. Minha oração é que sua leitura brinde a muitos esse acesso à presença de Deus no qual o anônimo autor da Carta aos Hebreus via a própria essência da religião.

William Barclay.

INTRODUÇÃO GERAL

Pode dizer-se sem faltar à verdade literal, que esta série de Comentários bíblicos começou quase acidentalmente. Uma série de estudos bíblicos que estava usando a Igreja de Escócia (Presbiteriana) esgotou-se, e se necessitava outra para substituí-la, de maneira imediata. Fui solicitado a escrever um volume sobre Atos e, naquele momento, minha intenção não era comentar o resto do Novo Testamento. Mas os volumes foram surgindo, até que o encargo original se converteu na idéia de completar o Comentário de todo o Novo Testamento.

Resulta-me impossível deixar passar outra edição destes livros sem expressar minha mais profunda e sincera gratidão à Comissão de

Publicações da Igreja de Escócia por me haver outorgado o privilégio de começar esta série e depois continuar até completá-la. E em particular desejo expressar minha enorme dívida de gratidão ao presidente da

comissão, o Rev. R. G. Macdonald, O.B.E., M.A., D.D., e ao secretário e administrador desse organismo editar, o Rev. Andrew McCosh, M.A., S.T.M., por seu constante estímulo e sua sempre presente simpatia e

ajuda.

Quando já se publicaram vários destes volumes, nos ocorreu a idéia de completar a série. O propósito é fazer que os resultados do estudo

erudito das Escrituras possam estar ao alcance do leitor não especializado, em uma forma tal que não se requeiram estudos teológicos para compreendê-los; e também se deseja fazer que os ensinos dos livros

do Novo Testamento sejam pertinentes à vida e ao trabalho do homem contemporâneo. O propósito de toda esta série poderia resumir-se nas palavras da famosa oração de Richard Chichester: procuram fazer que

Jesus Cristo seja conhecido de maneira mais clara por todos os homens e mulheres, que Ele seja amado mais entranhadamente e que seja seguido mais de perto. Minha própria oração é que de alguma maneira meu trabalho possa contribuir para que tudo isto seja possível.

INTRODUÇÃO À CARTA AOS HEBREUS

Deus compreende-se de muitas maneiras

A religião jamais foi nem jamais pode ser o mesmo para todos os homens. "Deus", como dizia Tennyson, "compreende-se de muitas maneiras." George Russell: "Há tantas maneiras de subir aos astros como pessoas que o fazem." Há um ditado bem conhecido que com toda verdade e beleza diz que "Deus tem sua própria escada secreta em cada coração." Falando em geral, existiram quatro grandes conceitos da religião.

  1. Para alguns a religião é comunhão interna com Deus; uma união tão estreita e íntima com Cristo que pode dizer-se que o cristão vive em Cristo e Cristo nele. Este era o conceito da religião que tinha Paulo. A religião era algo que o unia mística e misteriosamente com Deus.
    1. Para outros a religião é o que dá ao homem uma norma de vida e o poder para alcançar essa norma. A religião é a lei para uma vida boa e o poder para observar essa lei. Em geral nisto consistia a religião para

Tiago e Pedro. Era algo que lhes mostrava o que devia ser a vida e os capacitava para realizar isto.

  1. Para outros a religião é a suprema satisfação da mente. Indagam

e indagam até que descobrem que podem descansar em Deus. Platão disse: "Uma vida sem exame é uma vida que não merece ser vivida." Há certos homens que devem entender ou perecer. Suas mentes pedem satisfação. Em geral isto é o que a religião significava para João. O primeiro capítulo de seu Evangelho é um dos maiores intentos do mundo de conceber a religião de modo que realmente possa satisfazer a mente.

  1. Para outros a religião é o acesso a Deus. É o que os leva à própria presença de Deus, o que remove as barreiras, o que elimina os estranhamentos e abre as portas à presença viva do Deus vivente. Isto significava a religião para o autor da Carta de Hebreus. Sua mente está obcecada por esta idéia. Encontrava em Cristo a única pessoa que podia

conduzi-lo à própria mesma de Deus. A porta que tinha estado fechada foi aberta pelo que Jesus foi e fez.

Toda a idéia de religião se resume na importante passagem de Hebreus 10:19-20,He 10:22a:

“Tendo, pois, irmãos, intrepidez para entrar no Santo dos Santos, pelo sangue de Jesus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne. ... aproximemo-nos, com sincero coração, em plena

certeza de fé.”

Se o autor de Hebreus tinha um texto e um lema era o seguinte: "aproximemo-nos".

O duplo pano de fundo cultural

O autor de Hebreus tinha um duplo pano de fundo, e desses dois panos de fundo procediam suas idéias. Um pano de fundo de pensamento grego. Desde o tempo de Platão — quinhentos anos antes os gregos viviam obcecados pelo contraste entre o real e o irreal, o visível e o invisível, o temporal e o eterno. A idéia grega era que em alguma parte existe um mundo real do qual este mundo é só uma cópia imperfeita, pobre e velada. Platão pensava que em alguma parte existia um mundo de formas, idéias ou modelos perfeitos, dos quais cada coisa deste mundo é só uma cópia imperfeita. Para mencionar um simples exemplo, em alguma parte se conserva o modelo, a idéia ou a forma de uma cadeira perfeita da qual todas as cadeiras deste mundo são cópias inadequadas.

Dizia Platão: "O Criador do mundo desenhou e levou a cabo sua obra de acordo com um modelo imutável e eterno do qual o mundo é

apenas uma cópia." Filo, que extraiu suas idéias de Platão expressava: "Deus sabia a princípio que nunca se poderia obter una copia bonita, a não ser a partir de um belo modelo; que nenhum dos objetos perceptíveis

pelos sentidos podia ser sem mancha se não estava modelado de acordo

com um arquétipo e a uma idéia espiritual. Portanto, quando dispôs criar este mundo visível formou de antemão um mundo ideal para constituir o corporal de acordo com o modelo imaterial e semelhante a Deus."

Quando Cícero falava das leis que os homens conhecem e usam sobre a Terra dizia: "Não possuímos uma lei real e uma justiça genuína

que sejam naturais; tudo o que desfrutamos é uma sombra e um esboço." Todos os pensadores do mundo antigo opinavam que em alguma parte existia um mundo real do qual este mundo é só uma espécie de

pálida sombra, uma cópia imperfeita. Aqui só podemos conjeturar e andar tateando; só podemos trabalhar com sombras e cópias imperfeitas. Mas no mundo invisível estão as coisas reais, perfeitas, o mundo tal

como foi concebido por Deus. À morte do Newman foi-lhe erigiu uma estátua em cujo pedestal se podiam ler as palavras latinas: Ab umbris et imaginibus ad veritatem. "Das sombras e as aparências rumo à verdade."

Se isto é assim então a tarefa importante desta vida consistirá em sair das sombras e imperfeições para alcançar a realidade. Isto é exatamente o que o autor de Hebreus anuncia: Jesus Cristo pode nos capacitar para

obtê-lo. O autor de Hebreus podido ter dito ao pensador grego: "Durante toda a sua vida vocês buscaram a realidade e tentaram sair das trevas para chegar à verdade. Isto é justamente o que Jesus Cristo pode lhes

capacitar a fazer".

O pano de fundo hebreu

O autor de Hebreus tem também um pano de fundo judeu. Para o judeu sempre era perigoso aproximar-se muito a Deus. Disse Deus a Moisés: “Porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá” (Ex 33:20). Jacó exclamou assombrado em Peniel: “Vi a Deus face a face, e a minha vida foi salva” (Gn 32:30). Quando Manoá se precaveu de quem tinha sido seu visitante disse aterrorizado a sua mulher: “Certamente, morreremos, porque vimos a Deus” (Jz 13:22). O dia da expiação constituía a grande data do culto judeu. Era o único dia do

ano em que o sumo sacerdote entrava no santíssimo onde se considerava que habitava a própria presença de Deus. Ninguém jamais entrava ali a não ser o sumo sacerdote e este somente neste dia. Ao realizar este ato a Lei pedia que não se demorasse muito no lugar santo "para que Israel não se aterrorizasse". Era perigoso entrar na presença de Deus; atrasar-se muito podia significar a morte.

Dentro deste contexto surgiu no pensamento judeu a idéia de uma

aliança. A aliança significava que Deus em sua graça e por iniciativa própria — de uma maneira absolutamente imerecida — se aproximava

do povo de Israel e lhe oferecia uma relação especial consigo. De uma maneira única eles seriam seu povo e ele seria seu Deus; era o modo de

ter um acesso especial a Deus. Mas este acesso estava condicionado à observância da Lei que Deus lhes tinha dado.

Vemos como se cercou esta relação e aceitou-se a Lei na cena

dramática de Êxodo 24 3-4. Assim, pois 1srael tinha acesso a Deus mas se observasse a Lei. Quebrantar a Lei era pecado; o pecado interrompia o acesso a Deus e colocava perante ele uma barreira. Para apartar esta barreira se construiu todo o sistema do sacerdócio levítico e dos sacrifícios. A Lei tinha sido dada; o homem pecava; surgiam barreiras; se fazia o sacrifício destinado a restabelecer as relações rotas, recuperar o acesso perdido e abrir de novo o caminho a Deus. Mas segundo toda a experiência da vida era que precisamente isso era o que o sacrifício não podia conseguir. Era preciso repetir uma e outra vez os sacrifícios; os mesmos sacerdotes eram pecadores e devia oferecer em primeiro lugar sacrifícios por seus próprios pecados; nenhum sacrifício de animal é capaz de tirar efetivamente a culpa do pecado. A prova da ineficácia de todo este sistema estava em que os sacrifícios se deviam continuar ininterruptamente. O sacrifício era uma batalha perdida e ineficaz para remover a barreira que o pecado tinha colocado entre o homem e Deus.

O sacerdote perfeito e o sacrifício perfeito

O que os homens precisavam era um sacerdote perfeito e um sacrifício perfeito; alguém que pudesse oferecer um sacrifício que de uma vez para sempre abrisse o acesso a Deus. Isto é exatamente o que, no dizer de Hebreus, fez Cristo. Ele é o sacerdote perfeito porque é ao mesmo tempo homem perfeito e perfeito Deus. Em sua humanidade pode levar o homem a Deus e em sua divindade pode trazer Deus ao homem. Ele não tem pecado. O sacrifício perfeito que oferece é o de si mesmo: um sacrifício tão perfeito que não precisa ser repetido jamais. Aos judeus o escritor de Hebreus dizia: "Durante toda a sua vida vocês estiveram buscando o sacerdócio perfeito que pudesse oferecer um sacrifício perfeito para recuperar o acesso a Deus e anular as barreiras para poder viver para sempre na devida relação com Deus. Isto é o que têm em Jesus Cristo e só nele."

Aos gregos o autor de Hebreus dizia: "Vocês andam buscando o caminho para sair das sombras à realidade; vocês o encontrarão em Jesus

Cristo." Aos judeus o autor dizia: "Vocês andam buscando o sacrifício perfeito que lhes abra o caminho a Deus fechado por seus pecados; vocês o encontrarão em Jesus Cristo." Para o autor de Hebreus, Jesus era

a única pessoa na Terra que dava acesso à realidade e a Deus. Este é o pensamento-chave de toda a Carta.

O enigma do Novo Testamento

Tudo isto está claro, mas quando encaramos as outras questões da introdução a Hebreus, tudo se encontra envolto pelo manto do mistério.

E. F. Scott escreveu: "A epístola aos Hebreus é em muitos sentidos o enigma do Novo Testamento." Quando nos perguntamos quando foi escrita, a quem foi escrita e quem a escreveu, só podemos suspeitar e

conjeturar. A própria história da Carta mostra como seu mistério fez com que a tratasse com certa reserva e suspeita. Passou muito tempo até que a

Carta aos Hebreus formasse parte integrante do Novo Testamento. A primeira lista dos livros do Novo Testamento — o Cânon Muratoriano compilado cerca de 170 — não a menciona absolutamente. Os grandes sábios alexandrinos, Clemente e Orígenes, conheciam-na e a apreciavam, mas estavam de acordo em que seu lugar na Escritura era disputado. Dos grandes Pais africanos, Cipriano nunca a menciona e Tertuliano reconhece que seu lugar era discutido. Eusébio, o grande historiador da Igreja, diz que era contada entre os livros discutidos. Só na época de Atanásio, em meados do século IV, Hebreus foi aceito definitivamente como livro do Novo Testamento, e o próprio Lutero não estava seguro disso. É algo estranho que este livro tenha tido que esperar tanto tempo para chegar a possuir plena autoridade e reconhecimento. De cada livro do Novo Testamento devemos nos perguntar quando foi escrito, a quem se dirigiu e quem o escreveu. Tentemos responder a estas perguntas na medida do possível.

Quando se escreveu

A única informação que podemos dar provém da própria Carta. Certamente se escreveu para a que poderíamos chamar a segunda geração cristã (He 2:3). O relato foi irradiado a seus destinatários por aqueles que tinham ouvido o Senhor. A comunidade para a qual foi escrita não era nova na fé cristã, mas sim já amadurecida (He 5:12). Devem ter tido uma longa trajetória porque os ameaça a olhar para trás, aos dias de antes (He 10:32). Tinham atrás deles uma grande história e heróicas figuras de mártires que podiam contemplar em busca de inspiração (He 13:7). O que mais nos ajudará a datar a Carta são as referências que se fazem à perseguição. É evidente que em certa época seus dirigentes tinham morrido pela fé, pois os insiste a lembrar a entrega de vida dessas grandes figura (He 13:7). Também está claro que eles mesmos não tinham sofrido ainda perseguição, pois não tinham resistido ainda até o sangue

(He 12:4). Também é evidente que tinham sofrido maus entendimentos, porque tinham tido que padecer o saque de seus bens (He 10:32-34).

E todo o teor da Carta patenteia que se está perante o risco iminente de uma perseguição. Por tudo isto, pode-se dizer com segurança que a

Carta deve ter sido escrita entre duas perseguições em circunstâncias em que os cristãos não eram de fato perseguidos mas não obstante eram impopulares. Agora, a primeira perseguição foi na época de Nero, no ano 64, e outra na de Domiciano cerca de 85. A Carta foi escrita em algum

momento entre estas duas datas. Tinham por trás uma história de perseguição para inspirar-se com o relato de seus heróis; perante eles se abate a perspectiva de perseguição, diante da qual devem fortalecer-se;

havia um ódio e uma hostilidade contínuos que às vezes estalavam em maus entendimentos. Podemos localizar esta Carta entre os dias de Nero e os de Domiciano, mais provavelmente mais perto da época deste

último. Se adotamos a data do 80 não estaremos muito equivocados.

A quem foi escrita

Logo, perguntemo-nos a quem foi escrita a Carta aos hebreus. Novamente dependemos aqui de alguns indícios que podemos obter na própria Carta. Há algo seguro — não pôde ter sido escrita a nenhuma das grandes Igrejas, pois em tal caso o nome do lugar ao que se dirigiu não teria desaparecido tão completamente. Estabeleçamos o que podemos saber. A Carta foi escrita a uma Igreja estabelecida durante muito tempo (He 5:12); uma Igreja que em seu passado tinha sofrido perseguição (10:32- 34); uma Igreja que tinha tido dias gloriosos e grandes mestres e chefes (He 13:7). Uma Igreja que não tinha sido fundada diretamente pelos apóstolos (He 2:3); que se tinha distinguido por sua generosidade e liberalidade (He 6:10). Agora chegamos a uma alusão direta: entre as saudações finais acham a frase: "Os da Itália vos saúdam" (He 13:24). Uma tradução mais exata seria: "Aqueles que são da Itália vos saúdam".A frase em si poderia significar que a Carta foi escrita da Itália ou à Itália.

Mas com muita maior probabilidade o significado é que foi escrita à Itália, desde o estrangeiro por alguém procedente da Itália, e que, por alguma razão estava ausente de sua terra. Podemos dizer, pois, que a carta foi escrita à Itália; e se foi assim, quase com segurança foi a Roma. Mas certamente não se dirigiu a toda a Igreja de Roma; neste caso jamais teria perdido seu título.

Além disso, ao lê-la não podemos deixar de tirar a impressão de que foi escrita a um pequeno grupo de pessoas de uma mesma mentalidade.

Ainda mais, é óbvio que foi dirigida a um grupo de pessoas ilustradas. Pv 5:12 sabemos que este grupo tinha estado dedicado a uma longa aprendizagem como preparação para ser mestres na fé cristã. Ainda se

pode acrescentar que Hebreus supõe um conhecimento tal do Antigo Testamento, do tabernáculo, dos sacerdotes e do sistema de sacrifícios que deve ter sido escrito por um erudito na matéria e para eruditos. Se

resumirmos tudo, podemos dizer que Hebreus é uma carta escrita por um grande mestre — por alguém que nós chamaríamos mestre — a um pequeno grupo ou colégio de cristãos em Roma. Era seu mestre; no

momento se achava ausente, e temia que estivessem apartando-se da fé; e por isso lhes escreveu esta carta.

Mais que uma carta é uma conversação. Não começa como uma

carta, como o fazem as de Paulo, ainda que termine com saudações. O próprio autor a chama "uma palavra de exortação" (He 13:22). Não estaremos errados se pensamos que Hebreus foi uma carta escrita a um pequeno grupo que se estava preparando para o magistério na 1greja cristã. Foi escrita por seu próprio mestre em momentos em que não podia ir em pessoa vê-los.

Por quem foi escrita

Talvez é justamente este o problema mais insolúvel de todos. Quem escreveu a Carta aos Hebreus? Precisamente esta incerteza fez com que a Carta estivesse durante tanto tempo à beira do Novo Testamento. Nos

primeiros tempos o título era simplesmente Aos Hebreus. Não se dá o nome de nenhum autor. Nos primeiros dias ninguém a relacionava diretamente ao nome de Paulo.

Clemente de Alexandria pensava que Paulo poderia tê-la escrito, talvez em hebraico, e que Lucas a teria traduzido, porque o estilo é

totalmente diferente do de Paulo.

Orígenes fez a famosa observação. "Só Deus sabe com certeza quem escreveu a Carta aos Hebreus." Tertuliano pensava que foi escrita

Barnabé. Jerônimo diz que a Igreja latina não a recebia como de Paulo e ao falar do autor diz: "O escritor de Hebreus seja quem for." Agostinho sentia da mesma maneira. Lutero declarava que Paulo jamais podia tê-

la escrito porque o pensamento não é dele e Calvino que "ele não podia convencer-se de que esta Carta fosse de Paulo".

Em nenhuma época da história da Igreja se creu realmente que

Paulo tivesse escrito Hebreus. Como, então, resultou vinculada a seu nome? Tudo aconteceu de uma maneira muito simples. Quando o Novo Testamento alcançou seu forma final, naturalmente se discutiu sobre que livros se incluiriam e quais não. Para estabelecê-lo se usou um critério. Acaso o livro era obra de um apóstolo ou ao menos de alguém que tivesse estado em contato direto com algum dos apóstolos? Agora, naquela época a Carta aos Hebreus era conhecida e estimada em toda a Igreja. A maioria sentia como Orígenes que só Deus sabia quem a tinha escrito, mas eles a liam, estimavam e valorizavam. De modo que só se havia um caminho. Devia entrar no Novo Testamento e para assegurar isto havia um só caminho, e era incluí-la com as treze cartas de Paulo, o grande escritor de cartas. Desta maneira Hebreus ganhou seu lugar no Novo Testamento por razão de sua grandeza indiscutida; mas para obtê— lo teve que ser incluída entre as cartas de Paulo e passar sob seu nome. Sabia-se que o estilo e o pensamento não eram de Paulo, mas foi incluída entre suas cartas porque ninguém sabia quem a tinha escrito e tinha que ser incluída.

O autor de Hebreus

Podemos ao menos suspeitar quem foi o autor? Já se têm proposto muitos candidatos. Só podemos lançar uma olhada a três das muitas sugestões.

  1. Tertuliano pensava que Barnabé tinha escrito Hebreus. Barnabé nasceu em Chipre, povo famoso por falar um grego excelente e o grego de Hebreus é o melhor do Novo Testamento. Barnabé era levita (Atos

At 4:36) e de todos os personagens do Novo Testamento era aquele que poderia ter tido o conhecimento mais íntimo do sistema sacerdotal e sacrificial sobre o qual se baseia todo o pensamento da carta. Barnabé é

chamado filho de consolação; a palavra grega é paraklésis (He 13:22), palavra de exortação ou consolação. Barnabé era um desses poucos aceitos tanto pelos judeus como pelos gregos e que se sentia à vontade

em ambos os ambientes. Pode ser que Barnabé escrevesse a carta, mas se o fez é estranho que seu nome se desvinculasse inteiramente da mesma.

  1. Lutero estava seguro de que Apolo a tinha escrito. Apolo, de

acordo com a menção do Novo Testamento, era um judeu nascido em Alexandria; homem eloqüente e muito versado nas Escrituras (At 18:24 ss.; 1Co 1:121Co 1:12; 1Co 3:4). Aquele que escreveu a carta conhecia certamente as Escrituras, era muito eloqüente, e pensava e argumentava da maneira que o faria um alexandrino culto. É seguro que aquele que escreveu Hebreus era no fundo e por seu pensamento da talha de Apolo.

  1. A mais romântica de todas as conjeturas é a do grande erudito alemão Harnack. Ele pensava que talvez a tivessem escrito entre Áqüila

e Priscila. Áqüila era um mestre (At 18:26). A casa deles em Roma era uma Igreja (Rm 16:5). Harnack pensava que esta poderia ser a

razão pela qual a carta carece de saudações e não leva o nome de seu autor, pois a autora principal de Hebreus teria sido uma mulher e uma mulher não era permitido ensinar.

Mas chegando no fim das conjeturas só podem repetir o que Orígenes disse faz mil e setecentos anos: só Deus sabe quem escreveu a

carta aos Hebreus. Para nós o autor não tem rosto mas sim é só uma voz que se expressou com uma habilidade e beleza incomparáveis sobre este Jesus que para ele — e para nós — é o caminho à realidade e a Deus. Por isso damos graças a Deus.


Barclay - Comentários de Hebreus Capítulo 1 do versículo 1 até o 14

O FIM DOS FRAGMENTOS

Hebreus 1

O fim dos fragmentos — He 1:1-3; 13 1:24-13:9'>Jeremias 13:1-9; 27:1-7; Ezequiel 4:1- 3; 5:1-4). Tinham tido que usar métodos humanos para transmitir uma parte da verdade de Deus. Também isto era distinto no caso de Jesus. Jesus revelou a Deus sendo Ele mesmo Deus. O que nos mostra como é Deus não é tanto o que disse e fez como o que é em si mesmo. A revelação dos profetas foi grande e múltipla, mas fragmentária e oferecida através de métodos que podiam achar para fazê-la efetiva; mas a revelação de Deus em Jesus era completa e estava apresentada em Jesus mesmo. Em outras palavras, os profetas eram os amigos de Deus mas Jesus era o Filho; os profetas captaram parte da mente de Deus mas Jesus era a própria mente de Deus. Note-se que o autor de Hebreus não pretende diminuir os profetas; seu propósito era deixar bem assentada a supremacia de Jesus Cristo. Não diz que há uma ruptura entre a revelação do Antigo Testamento e a do Novo; dá ênfase ao fato de que há continuidade: uma continuidade que termina na consumação.

O autor de Hebreus utiliza duas grandes figuras para descrever a Jesus. Diz que foi o apaugasma da glória de Deus. O termo tem duas

acepções: pode significar resplendor, uma luz que brilha, ou pode significar reflexo, a luz refletida. Em nosso caso significa mais provavelmente resplendor. Jesus é o resplendor da glória de Deus entre

os homens. O autor considera Jesus o carakter da mesma essência divina, de sua substância, de seu ser. Agora, em grego carakter tem duas acepções; significa primeiro um selo e segundo, a marca ou impressão

que o selo deixa na cera. A impressão tem a forma do selo e reproduz exatamente e em detalhe seu forma. Quando o autor de Hebreus diz que Jesus é o carakter do ser de Deus quer afirmar que em Jesus encontra-se

a imagem mesma e expressão exata de Deus. Assim como na impressão vê-se como é o selo que a fez, assim também em Jesus vê-se exatamente

como é Deus. Jesus não é fragmentário ou incompleto; é a expressão total e exata de Deus.

C. J. Vaughan assinalou que esta passagem nos ensina seis coisas importantes sobre Jesus.

  1. A Jesus pertence a glória original de Deus; é seu resplendor. Este é um pensamento sublime. Jesus é a glória de Deus. Vemos, pois, com clareza meridiana que a glória de Deus não consiste em esmagar os homens e tiranizá-los, reduzindo-os a uma servidão abjeta, mas em servir

aos homens, amá-los e, finalmente, morrer por eles. A glória de Deus não é a glória do poder destruidor, mas sim a do amor que sofre.

  1. A Jesus pertence o império prometido. Os escritores do Novo

Testamento nunca tiveram dúvida sobre o triunfo final de Jesus. Advirtamos que se referem a um carpinteiro galileu crucificado como criminoso sobre uma colina no lado de fora de Jerusalém. Os próprios discípulos sofreram uma perseguição selvagem e eram da mais humilde procedência. A eles se referia Sir William Watson quando escrevia:

"Ao

lobo selvagem do ódio foi sacrificado

o ofegante e confuso rebanho cujo crime era Cristo."

Mas apesar de tudo jamais duvidaram do triunfo final. Viviam a certeza que o amor de Deus tinha o respaldo de seu poder e que no final os reinos deste mundo seriam do Senhor e de seu Cristo. Bem faríamos em captar de novo este otimismo com que a Igreja primitiva desafiava os acontecimentos.

  1. A Jesus pertence a ação criadora. A Igreja primitiva tinha um grande pensamento. Sustentava que o Filho tinha sido o agente e

instrumento de Deus na criação; que nas origens Deus, de algum modo, tinha criado o mundo mediante seu Filho. Estavam imbuídos da idéia de que Aquele que tinha criado o mundo seria aquele que recriava a esse

mesmo mundo; Aquele que fez o mundo devia ser aquele que também o redimisse.

  1. A Jesus pertence o poder sustentador. Por seu poder faz com que tudo siga sua marcha para frente. Os cristãos primitivos tinham uma compreensão tremenda da doutrina da providência. Não pensavam que Deus tivesse criado o mundo para logo abandoná-lo a seu próprio destino. De algum modo e em algum lugar existia um poder na vida e no mundo que conduzia cada coisa e cada vida a seu fim estabelecido.
  2. A Jesus pertencia a obra redentora. Ele levou a cabo a necessária purificação do pecado dos homens. Com seu sacrifício pagou o preço e

com sua presença contínua liberta do pecado.

  1. De Jesus é a exaltação mediadora. Está sentado ao I mão direita da glória de Deus; mas o tremendo pensamento do autor de Hebreus que

não está ali para ser o juiz, senão para interceder por nós; a fim de que quando nos apresentarmos perante Deus, não ouçamos a acusação da justiça divina, mas sim o amor de Deus interceder por nós.

ACIMA DOS ANJOS

Hebreus 1:4-14

Na passagem anterior o autor da Carta se preocupou de demonstrar a superioridade de Jesus sobre todos os profetas anteriores. Agora empreende a tarefa de demonstrar sua superioridade sobre os anjos. O

fato de que cria importante fazer isto, mostra o lugar que a crença nos anjos ocupava no pensamento judeu da época, crença que na época aumentava. Isso se devia à impressão que causava nos homens o que se

chama a transcendência divina. Cada vez se sentia com mais intensidade a distância e a diferença entre Deus e os homens. Sentiam que Deus se afastava cada vez mais, fazendo-se cada vez mais incognoscível e

inacessível. O resultado era que tinham chegado a pensar nos anjos como intermediários entre Deus e o homem. Tinham começado a sentir que Deus estava tão afastado que não podia falar diretamente com o homem e vice-versa; e assim tinham começado a pensar nos anjos como pontes

entre Deus e os homens: por eles Deus falava e eles eram os que, entre

outras coisas, levavam as orações dos homens à presença de Deus. Há um caso particular que ilustra muito especialmente este processo. No Antigo Testamento a Lei foi entregue diretamente por Deus a Moisés; não houve necessidade de intermediários. Mas na época do Novo Testamento os judeus criam que Deus tinha entregue a Lei aos anjos e estes por sua vez a Moisés, porque já não era plausível uma comunicação direta entre Deus e os homens (At 7:53; Gl 3:19).

Examinemos algumas das crenças básicas dos judeus e assim nos daremos conta de como reaparecem nesta passagem. Deus era concebido

rodeado de hostes angélicas (Isaías 6; 1Rs 22:191Rs 22:19) denominadas às vezes o exército de Deus (Js 5:14 ss.). Os termos correspondentes a

anjos são — respectivamente em grego e em hebreu — aggeloi e mal'a Kim; em ambos os idiomas significam tanto mensageiros como anjos. De fato, mensageiro é seu sentido geral e comum. Os anjos são os

instrumentos de Deus para trazer ao mundo sua palavra e a operação de sua vontade ao universo dos homens. São intermediários e mediadores entre Deus e os homens. Eram concebidos como espíritos de uma

substância ígnea e etérea, algo assim como uma luz resplandecente. Tinham sido criados no segundo ou no quinto dia da criação; não bebiam nem comiam nem engendravam filhos. Às vezes eram considerados

imortais embora podiam ser aniquilados por Deus, mas, como veremos, havia outra crença sobre sua existência. Alguns deles, os querubins, os serafins e os ofanins (querubin, serafin, ofanin in é a terminação plural hebraica dos nomes) rodeavam sempre o trono de Deus. Cria-se

que desfrutavam de um conhecimento superior aos homens, acima de tudo com relação ao futuro. Mas não possuíam esse conhecimento por direito próprio, mas sim "pelo que tinham ouvido atrás da cortina"; era

como se tivessem bisbilhotado nos propósitos e planos divinos. Eram considerados como o séquito ou a família de Deus; além disso lhe serviam de conselho ou senado. Antes de fazer algo Deus os consultava;

por exemplo quando disse "Façamos o homem" (Gn 1:26). Às vezes os anjos dissentiam com Deus e objetavam seus planos.

Opuseram-se particularmente à criação do homem, e nesse então muitos foram aniquilados. Também se opuseram à entrega da Lei,, e tinham atacado a Moisés quando subia ao Sinai. Isto foi porque eram ciumentos e não queriam compartilhar sua posição ou suas prerrogativas com nenhuma outra criatura.

Havia milhões e milhões de anjos. Só muito depois os judeus lhes deram nomes. No princípio eram seres anônimos. Os anjos da presença (os arcanjos) eram sete e tinham nomes. Entre os mais importantes

menciona-se Rafael, Uriel, Fanuel, Gabriel (aquele que transmitia as mensagens de Deus aos homens) e Miguel (que regia os destinos de Israel). A função dos anjos era variada: além de trazer mensagens

divinas aos homens para entregá-las e desaparecer imediatamente (Jz 13:26) intervinham em nome de Deus nos acontecimentos da história (2 Reis 19:35-36). Duzentos anjos controlavam o movimento das estrelas e

as mantinham em seus cursos. Um anjo controlava a interminável sucessão dos anos, dos meses e dos dias; outro, como príncipe poderoso, controlava o mar. Havia anjos da geada, do orvalho, da chuva, da neve,

do granizo, do trovão e do raio. Havia anjos guardiães do inferno e torturantes dos condenados. Os anjos escribas registravam num livro cada palavra proferida pelo mortal. Havia os destruidores e punidores.

Figurava Satanás, o anjo fiscal que durante 364 dias — à exceção do dia da expiação ou do perdão — contínua e assiduamente apresentava perante Deus acusações contra os homens. O anjo da morte cumpria só por ordem de Deus um dever inexorável para com justos e pecadores.

Cada nação tinha à sua frente um anjo guardião que possuía a prostasia, quer dizer, o lugar de preeminência. Cada pessoa tinha seu anjo guardião, até os meninos (Mt 18:10). Abundavam tanto os anjos que

os rabinos estavam acostumados a dizer: "Cada folha de erva tem seu anjo."

Nesta passagem se alude indiretamente a uma crença particular

mantida por um grupo reduzido. Usualmente se estava de acordo em que os anjos eram imortais; mas alguns pensavam que viviam só um dia. Em

certas escolas rabínicas ensinava-se que "Deus cada dia cria uma nova companhia de anjos que lhe entoam uma canção para logo desaparecer". "Os anjos são renovados cada manhã e logo após adorar a Deus retornam ao rio de fogo de onde provêm." 4 Ed 8:21 fala do Deus "perante quem a hoste celestial permanece aterrorizada e a cuja palavra se transforma em vento e fogo". Uma homilia rabínica põe na boca de um anjo as seguintes palavras: "Deus nos transforma cada hora... às vezes em fogo, outras em vento." Isto é o que o autor de Hebreus quer expressar quando diz que Deus “a seus anjos faz ventos, e a seus ministros, labareda de fogo” (He 1:7).

Com uma angelologia tão desenvolvida existia o perigo real de que na crença popular se fizesse intervir os anjos entre Deus e os homens.

Nestas circunstâncias era necessário demonstrar que o Filho era muito superior a eles e que quem conhecia o Filho não necessitava nenhum

anjo mediador. O autor da Carta obtém seu propósito selecionando uma série de textos para ele probatórios, nos quais se atribui ao Filho um lugar superior ao que jamais foi dado a anjo algum. Os textos citados

são: Sl 2:7; 2Sm 7:14; Sl 97:7; Dt 32:43; Salmo

Sl 104:4; Salmo 45:7-8; Salmo 102:26-27; Sl 110:1. Alguns dos textos diferem da versão que aparece em nossas Bíblias porque o autor estava

citando da Septuaginta, a versão grega do Antigo Testamento, que nem sempre concorda com o original hebraico do qual provêm nossas traduções modernas.

Alguns destes textos probatórios nos resultam estranhos. Assim, por

exemplo, 2Sm 7:142Sm 7:14 originariamente é uma referência simples e direta a Salomão e nada tem a ver com o Filho ou o Messias. O Salmo 102:26-27 refere-se a Deus e não ao Filho. Mas quando os cristãos primitivos encontravam um texto com a palavra Filho ou Senhor consideravam justificado tirá-lo de seu contexto para aplicá-lo a Jesus. Apesar do que opinemos deste método, o certo é que lhes resultava convincente.

A doutrina dos anjos era uma bela construção mas não carecia de perigos. O autor da carta quer a todo custo evitar o perigo de colocar uma série de seres entre o homem e Deus; uma série de seres que não são Jesus e através dos quais os homens pretendam aproximar-se a Deus. Isto se vê claramente na crença judia de que os anjos traziam mensagens de Deus aos homens e levavam a Deus as orações destes. O cristianismo não tem necessidade de nenhum outro intermediário. Por causa de Jesus e de sua obra o acesso a Deus é direto.

O autor de Hebreus compreendeu a grande verdade que enuncia e que nós devemos lembrar sempre: que não necessitamos de ninguém, nem sequer de algum ser sobrenatural que nos leve a presença de Deus. Jesus Cristo derrubou toda barreira e nos abriu o caminho direto a Deus.


Dicionário

Alegria

Dicionário Comum
substantivo feminino Estado de satisfação extrema; sentimento de contentamento ou de prazer excessivo: a alegria de ser feliz.
Circunstância ou situação feliz: é uma alegria tê-los em casa.
Condição de satisfação da pessoa que está contente, alegre.
Aquilo que causa contentamento ou prazer: seu projeto foi uma grande alegria para ele.
Ação de se divertir, de se entreter ou de alegrar alguém; divertimento.
Botânica Designação comum de gergelim (erva).
Botânica Aspecto comum de certas plantas, da família das amarantáceas, geralmente utilizadas como ornamentais ou para o consumo de suas folhas.
substantivo feminino plural [Popular] Alegrias. Designação comum atribuída aos testículos de animais.
Etimologia (origem da palavra alegria). Alegre + ia.
Fonte: Priberam

Dicionário Etimológico
Do latim alacritas ou alacer, que significa “animado”, “vivaz”, “contente” ou “ânimo leve”.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

Dicionário de Sinônimos
ledice, júbilo, exultação, regozijo, contentamento, jovialidade, alacridade, satisfação; alegre, ledo, jubiloso, exultante, contente, jovial, álacre, satisfeito. – Diz Roq. que “o contentamento é uma situação agradável do ânimo, causada, ou pelo bem que se possui, ou pelo gosto que se logra, ou pela satisfação de que se goza. Quando o contentamento se manifesta exteriormente nas ações ou nas palavras, é alegria. Pode, pois, uma pessoa estar contente, sem parecer alegre. Pode fingir-se a alegria, porque é demonstração exterior, e pertence à imaginação; não assim o contentamento, que é afeto interior, e pertence principalmente ao juízo e à reflexão. Diríamos que o contentamento é filosófico; a alegria, poética; aquele supõe igualdade e sossego de ânimo, tranquilidade de consciência; conduz à felicidade, e sempre a acompanha. Ao contrário, a alegria é desigual, buliçosa, e até imoderada, quiçá louca em seus transportes; muitas vezes prescinde da consciência, ou é surda a seus gritos, porque na embriaguez do espírito se deixa arrastar da força do prazer; não é a felicidade, nem a ela conduz, nem a acompanha. O homem alegre nem sempre é feliz; muitos há que sem mostrarem alegria gozam de felicidade. Um fausto sucesso, que interessa a toda uma nação, celebra-se com festas e regozijos, alegra ao público, e produz contentamento no ânimo dos que foram causa dele. Antes que o ardente licor, que dá alegria, fizesse seu efeito no moiro de Moçambique, já ele estava mui contente pelo acolhimento que lhe fazia o Gama, e muito mais pelo regalo com que o tratava, como diz o nosso poeta... – Fixada a diferença entre alegria e contentamento, não será difícil fixá-la entre outros dos vocábulos deste grupo; pois representando todos um estado agradável no espírito do homem, exprime cada um deles seu diferente grau ou circunstâncias”. – Ledice, ou ledica como diziam os antigos, é corrupção da palavra latina lœtitia, e eles a usavam em lugar de alegria: em Camões ainda é frequente o adjetivo ledo em lugar de alegre. Hoje, a palavra ledo é desusada, e só em poesia terá cabimento. Seria para desejar que o uso lhe desse a significação modificada que lhe atribui D. Fr. de S. Luiz, dizendo que é menos viva, mais suave, tranquila e serena que a alegria; mas não lhe achamos autoridade suficiente para a estimar como tal. – O júbilo é mais animado que a alegria, e mostra-se por sons, vozes, gritos de aclamação. A pessoa jubilosa mostra-se alvoroçada de alegria. – Exultação é o último grau da alegria, que, não cabendo no coração, rompe em saltos, danças, etc., segundo a força do verbo exultar, que é saltar de gozo, de alegria. Está exultante a criatura que parece ufana da sua felicidade ou da satisfação que tem. – Regozijo, como está dizendo a palavra, formada da partícula reduplicativa re e gozo, é alegria, ou gozo repetido ou prolongado; e quase sempre se aplica às demonstrações públicas de gosto e alegria, celebradas com festas, bailes, etc., em memória de faustos acontecimentos. – Jovialidade significa “disposição natural para a alegria ruidosa mais inocente, temperamento irrequieto, festivo, quase ufano da vida”. Há velhos joviais; mas a jovialidade só assenta nos moços. – Alacridade é a Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 157 “alegria aberta e serena, discreta e segura”. – Satisfação é “o estado de alma em que ficamos quando alguma coisa vem corresponder aos nossos desejos, aos nossos sentimentos”, etc.
Fonte: Dicio

Dicionário da FEB
[...] Alegria é saúde espiritual [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 41

Não te mergulhes na ilusória taça / Em que o vinho da carne se avoluma. / A alegria da Terra é cinza e bruma, / Mentirosa visão que brilha e passa.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Não arruínes o bom humor de quem segue ao teu lado, porque a alegria é sempre um medicamento de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

[...] a alegria é o nosso dever primordial, no desempenho de todos os deveres que a vida nos assinala.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alegria

[...] a alegria e a esperança, expressando créditos infinitos de Deus, são os motivos básicos da vida a erguer-se, cada momento, por sinfonia maravilhosa.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 66

Alegria serena, em marcha uniforme, é a norma ideal para atingir-se a meta colimada.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 92

Jesus foi otimista nas suas pregações, ensinando as criaturas a se alegrarem com a vida, reconciliando-se com DEUS através da prática de ações puras e da emissão de pensamentos nobres e renovadores. A alegria é índice de boa saúde espiritual. Quem ama a Deus não se entrega à tristeza, ao desânimo, à desesperança, porque estes três estados d’alma denunciam falta de fé, ausência de confiança nos desígnios do Pai que está nos Céus. O apóstolo Paulo afirmou que “os frutos do Espírito são amor, alegria e paz”. Na verdade, sem amor, sem alegria, sem paz, o Espírito não pode evoluir. [...] A sã alegria não espouca em gargalhadas perturbadoras e escandalosas. É discreta, deixa o coração confortado e o Espírito pode fruir suave tranqüilidade. Embeleza-se com sorrisos bondosos, onde brincam a tolerância e o amor. O Espiritismo, que é o Paracleto, o Consolador prometido por Jesus, é a religião do amor, da caridade, da paz, da justiça, da humildade, e, conseqüentemente, da alegria, porque, onde imperem sentimentos tão delicados, a alegria domina, visto estabelecer-se, aí, a vontade de Deus. [...] Jesus era alegre com dignidade. Possuía a alegria pura e santa que identificava Sua grandeza espiritual. A alegria é um estado que aproxima de Deus as criaturas, quando alicerçada na pureza de pensamento. É alegre, não aquele que gargalha por nonadas, mas o que, naturalmente, traz Deus no coração. Todos nós fomos criados para sermos felizes, embora a felicidade não seja, as mais das vezes, o que supomos. As dores que nos afligem são reflexos do mau emprego que temos feito do nosso livre-arbítrio. A tristeza pode ser conseqüente do vazio dos corações sem amor e sem fé. A alegria vive no íntimo do ser humano que ama o bem, com ele respondendo ao mal. [...]
Referencia: MENDES, Indalício• Rumos Doutrinários• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Amemos a vida

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Alegria Emoção e estado de satisfação e felicidade (Sl 16:11); (Rm 14:17).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Anjos

Dicionário Comum
masc. pl. de anjo

an·jo
(latim angelus, -i)
nome masculino

1. Ser espiritual que se supõe habitar no céu.

2. Figurado Criancinha.

3. Pessoa de muita bondade.

4. Figura que representa um anjo.

5. Criança enfeitada que vai nas procissões.

6. Mulher formosa.


anjo custódio
Religião Anjo que se supõe atribuído por Deus a cada pessoa para a proteger e para a encaminhar para o bem. = ANJO-DA-GUARDA

anjo da paz
Pessoa que trata de reconciliar desavindos.


Ver também dúvida linguística: feminino de anjo.
Fonte: Priberam

Quem é quem na Bíblia?

Existem aproximadamente 292 referências a “anjos” nas Escrituras, ou seja, 114 no Antigo e 178 no Novo Testamento. Esse número registra mais de 60 referências ao “anjo do Senhor”, mas não inclui as relacionadas aos dois anjos chamados pelo nome na Bíblia, Gabriel (Dn 8:16; Dn 9:21; Lc 1:19-26) e Miguel (Dn 10:13-21; Dn 12:1; Jd 9; Ap 12:7). Existem também mais de 60 referências aos querubins, seres celestiais que são citados freqüentemente em conexão com a entronização simbólica de Deus no Tabernáculo e no Templo (Ex 25:18-20; Ex 37:7-9; 1Rs 6:23-25; Rs 8:6-7; 2Cr 3:7-14; Ez 10:1-20; Hb 9:5).

Os anjos no Antigo Testamento

A palavra usada no Antigo Testamento, para designar anjo, significa simplesmente “mensageiro”. Normalmente, constituía-se em um agente de Deus, para cumprir algum propósito divino relacionado com a humanidade. Exemplo: dois anjos foram a Sodoma alertar Ló e sua família sobre a iminente destruição da cidade, como punição do Senhor por sua depravação (Gn 19:1-12-15).


Os anjos trazem direção, ajuda ou encorajamento
Em outras ocasiões, um anjo atuou na direção de uma pessoa, para o fiel cumprimento da vontade de Deus. Exemplo: o servo de Abraão foi enviado à Mesopotâmia, a fim de encontrar uma esposa para Isaque entre seus parentes, depois que Abraão lhe disse que o Senhor “enviaria seu anjo” adiante dele, para que o ajudasse a alcançar seu propósito (Gn 24:8-40).

Às vezes os anjos apareciam, no Antigo Testamento, para encorajar o povo de Deus. Assim, o patriarca Jacó, depois que saiu de Berseba, teve um sonho em Betel, no qual viu uma escada “posta na terra, cujo topo chegava ao céu; e os anjos de Deus subiam e desciam por ela” (Gn 28:12). Por meio dessa experiência, o Senhor falou com Jacó e tornou a prometer-lhe que seria o seu Deus, cuidaria dele e, depois, o traria à Terra Prometida (Gn 28:13-15).

Essa proteção divina é vista pelo salmista como extensiva a todos os que genuinamente colocam a confiança no Deus vivo: “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra” (Sl 34:7; cf. 91:11-12).

Uma das referências mais interessantes aos anjos foi quando Moisés enviou mensageiros ao rei de Edom. Ao registrar as dificuldades enfrentadas durante o cativeiro egípcio, o legislador comentou: “Mas quando clamamos ao Senhor, ele ouviu a nossa voz, enviou um anjo, e nos tirou do Egito” (Nm 20:16). Infelizmente, a lembrança da ajuda divina no passado não foi suficiente e a passagem pelo território edomita foi negada (Nm 20:18-20).


Os anjos como executores do juízo de Deus
Houve ocasiões em que os anjos tiveram um papel preponderante no propósito divino (Gn 19:12-2Sm 24:16-17). Uma ilustração contundente de um anjo no exercício do juízo divino é encontrada em I Crônicas 21:15: “E Deus mandou um anjo para destruir a Jerusalém”. Nesse caso, felizmente, a aniquilação da cidade foi evitada: “Então o Senhor deu ordem ao anjo, que tornou a meter a sua espada na bainha” (1Cr 21:27). A justiça de Deus foi temperada com a misericórdia divina. Por outro lado, houve ocasiões quando a teimosa oposição ao Senhor foi confrontada com a implacável fúria divina, como nas pragas que caíram sobre o Egito. “Atirou para o meio deles, quais mensageiros de males, o ardor da sua ira, furor, indignação e angústia” (Sl 78:49).

Um dos casos mais dramáticos de retaliação divina ocorreu na derrota de Senaqueribe, em 701 a.C., em resposta à oração do rei Ezequias: “E o Senhor enviou um anjo que destruiu a todos os homens valentes, os chefes e os oficiais no arraial do rei da Assíria” (2Cr 32:21s.; cf. 2Rs 19:35; Is 37:36). A mesma ação que produziu juízo contra os inimigos de Deus trouxe livramento ao seu povo.


Anjos interlocutores
Eles aparecem com freqüência no livro de Zacarias, onde um anjo interlocutor é citado várias vezes (Zc 1:14-18,19; 2:3;4:1-5; 5:5-10; 6:4-5; cf. Ed 2:44-48; Ed 5:31-55). Assim lemos, quando o anjo do Senhor levantou a questão sobre até quando a misericórdia divina seria negada a Jerusalém: “Respondeu o Senhor ao anjo que falava comigo, palavras boas, palavras consoladoras” (Zc 1:13). O anjo então transmitiu ao profeta a mensagem dada por Deus (Zc 1:14-17). Esse papel do mensageiro do Senhor de comunicar a revelação divina ao profeta traz luz sobre o Apocalipse, onde um papel similar é dado a um anjo interlocutor (Ap 1:1-2; Ap 22:6).


Os anjos e o louvor a Deus
Um dos mais bonitos papéis desempenhados pelos anjos no Antigo Testamento é o louvor. O salmista exortou: “Bendizei ao Senhor, anjos seus, magníficos em poder, que cumpris as suas ordens, que obedeceis à sua voz. Bendizei ao Senhor, todos os seus exércitos celestiais, vós, ministros seus, que executais a sua vontade” (Sl 103:20-21). Semelhantemente, o Salmo 148 convoca os anjos a louvar ao Senhor junto com todos os seres criados: “Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todos os seus exércitos celestiais” (v. 2). Quando Deus criou a Terra, todos os anjos (conforme trazem algumas versões) rejubilaram (38:7). Da mesma maneira, os serafins — criaturas celestiais que são citadas somente na visão de Isaías — ofereciam louvor e adoração, por sua inefável santidade: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória” (Is 6:2-4). O próprio nome desses seres (“aqueles que queimam”) indica sua pureza como servos de Deus. Nesse texto, uma grande ênfase é colocada sobre a santidade do Senhor e a importância do louvor por parte dos anjos que o servem.

Os anjos no período intertestamentário

Os anjos foram particularmente proeminentes na literatura judaica no período entre os dois testamentos (2 Esdras 6:3; Tobias 6:5; 1 Macabeus 7:41; 2 Macabeus 11:6). Alguns anjos, segundo os livros apócrifos, eram conhecidos pelo nome (Uriel, em 2 Esdras 5:20 e Rafael, em Tobias 5:
4) e, a partir daí, desenvolveram-se elaboradas angelologias. Tobias, por exemplo, falou sobre “sete santos anjos que apresentam as orações dos santos e entram na presença da glória do Santo”. O livro apócrifo “Os Segredos de Enoque”, que apresenta um forte interesse pelos anjos, menciona quatro deles pelo nome, os quais são líderes e desempenham funções específicas no plano divino (1 Enoque 40:9-10). No entanto, este ensino sobre os anjos é restrito e saturado do elemento especulativo, o qual tornou-se tão dominante no período intertestamentário.

Os anjos no Novo Testamento

No Novo Testamento, a palavra grega angelos significa “mensageiro” (usada com referência a João Batista, Mc 1:2-4) ou um “anjo”. Os anjos são mencionados muitas vezes nos Evangelhos, Atos, Hebreus e Apocalipse e ocasionalmente nos outros livros.
Os anjos e os nascimentos de João e de Jesus
O elemento do louvor certamente marcou presença no NT. Em Lucas, o nascimento de Jesus é anunciado por uma “multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, paz na terra entre os homens...” (Lc 2:13-14). Assim, também no NT os anjos participam do louvor e da adoração ao Senhor, da mesma maneira que faziam no AT. O louvor a Deus era uma de suas atividades primárias (Ap 5:11-12).

Vários outros aspectos da história do nascimento de Jesus são dignos de nota. Primeiro, o anjo do Senhor teve um papel preponderante no anúncio dos nascimentos tanto de João Batista como de Jesus, ao aparecer a José (Mt 1:20-24; Mt 2:13), a Zacarias (Lc 1:11-20) e aos pastores (Lc 2:9-12). Segundo, o anjo Gabriel fez o anúncio para Zacarias e Maria (Lc 1:19-26). Lucas destacou também a participação de Gabriel na escolha do nome de Jesus (2:21; cf. 1:26-38).


Os anjos e a tentação de Jesus
Durante a tentação, o Salmo 91:11-12 foi citado pelo diabo, para tentar Jesus e fazê-lo colocar a fidelidade de Deus à prova (Mt 4:5-7; Lc 4:9-12). Cristo recusou-se a aceitar a sugestão demoníaca e é interessante que Marcos destacou o ministério dos anjos em seu relato da tentação (Mc 1:13). Da mesma maneira, no final de seu registro sobre este assunto, Mateus declarou: “Então o diabo o deixou, e chegaram os anjos e o serviram” (Mt 4:11). A promessa divina do Salmo 91 foi assim cumprida, mas no tempo e na maneira de Deus (cf. Lc 22:43).


Os anjos e o tema do testemunho
Os anjos são citados várias vezes em conexão com a vida cristã. O testemunho de Cristo era importante, pois era visto contra o pano de fundo da eternidade: “Qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do homem, quando vier na sua glória e na do Pai e dos santos anjos” (Lc 9:26). O testemunho cristão tem um significado solene, com relação à nossa situação final na presença de Deus e dos anjos: “Digo-vos que todo aquele que me confessar diante dos homens também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus. Mas quem me negar diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus” (Lc 12:8-9; cf. Mt 10:32-33; Ap 3:5). Em adição, Lucas destacou também a alegria trazida pelo arrependimento sincero: “Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (Lc 15:10).


Os anjos e o dia do Senhor
Mateus destacou o papel dos anjos no dia do Senhor. Na Parábola do Joio, por exemplo, Jesus disse aos discípulos: “A ceifa é o fim do mundo, e os ceifeiros são os anjos. . . Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o que causa pecado e todos os que cometem iniqüidade” (Mt 13:39). Semelhantemente, na Parábola da Rede, os anjos participam no julgamento final: “Virão os anjos e separarão os maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha de fogo, onde haverá pranto e ranger de dentes” (Mt 13:49-50). Em Mateus 16:27, os anjos são vistos como agentes de Deus, os quais terão um papel significativo no processo judicial: “Pois o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com seus anjos, e então recompensará a cada um segundo as suas obras”. No final dos tempos, Deus “enviará os seus anjos, com grande clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus” (Mt 24:31).


Os anjos em cenas de morte e ressurreição
Os anjos são mencionados na intrigante passagem sobre o homem rico e Lázaro, onde “morreu o mendigo e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão”; por outro lado, “morreu também o rico e foi sepultado” (Lc 16:22). O destino eterno dos dois foi muito diferente e mostrou um forte contraste com o contexto de suas vidas na Terra!

Anjos apareceram no túmulo vazio, logo depois da ressurreição de Jesus Cristo (Mt 28:2-5; Lc 24:23; Jo 20:12). Mateus escreveu que um “anjo do Senhor” rolou a pedra que fechava o túmulo, e citou sua impressionante aparência e a reação aterrorizada dos guardas (Mt 28:2-3). Ele também registrou as instruções do anjo para as mulheres (Mt 28:5-7; cf. Mc 16:5-7; Lc 24:4-7). De acordo com o evangelho de João, Maria Madalena encontrou “dois anjos vestidos de branco” e depois o próprio Cristo ressurrecto (Jo 20:11-18; cf. At 1:10-11).


Os anjos em outras referências nos evangelhos
Mateus chamou a atenção para o papel dos anjos guardiões, que protegem o povo de Deus (Mt 18:10; cf. Sl 34:7; Sl 91:11; At 12:11). Incluiu também o ensino de Jesus sobre o casamento no estado futuro: “Na ressurreição nem casam nem são dados em casamento; serão como os anjos de Deus no céu” (Mt 22:30; cf. Lc 20:36). Finalmente, há o sombrio repúdio dos que estarão ao lado esquerdo do Rei, na passagem sobre os bodes e as ovelhas: “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 25:41). A partir desta passagem, fica claro que alguns dos anjos pecaram e uniram-se ao maligno e consequentemente também receberão o castigo eterno (cf. Is 14:12-17; Ez 28:12-19; 2Pe 2:4; Jd 6).

Em seu evangelho, João registrou o comentário de Jesus para Natanael: “Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem” (Jo 1:51). Essa passagem lembra o sonho que Jacó teve em Betel (Gn 28:10-17), onde os anjos faziam algo similar. Aqui, a ideia é que Cristo, como o Filho de Deus, será o elo de ligação entre o céu e a terra.


Os anjos no livro de Atos
Lucas fez muitas referências aos anjos em Atos. “O anjo do Senhor” abriu as portas das prisões para os apóstolos em várias ocasiões (At 5:19; At 12:7-11). Mais tarde, “o anjo do Senhor” encorajou Paulo no meio de uma tempestade no mar, com uma mensagem de conforto e a certeza do livramento (At 27:23-24). Por outro lado, “o anjo do Senhor” trouxe juízo contra um inimigo do povo de Deus (o rei Herodes) como no AT: “No mesmo instante o anjo do Senhor feriu-o, porque não deu glória a Deus, e, comido de bichos, expirou” (At 12:23). Deus guiava seu povo e usava seus anjos, embora os saduceus racionalistas negassem a existência deles (At 23:8).


Os anjos nas cartas de Paulo
Paulo tinha menos a dizer sobre anjos do que se poderia esperar, embora reconhecesse que a luta do cristão era contra “principados e potestades” (Ef 6:12; cf. 2:2; Jo12:31; 14:30). Estava convencido de que nem os anjos e nem qualquer outro poder criado separariam os verdadeiros cristãos do amor de Deus em Cristo (Rm 8:38-39).

Paulo mencionou os anjos caídos, e lembrou aos crentes pecaminosos de Corinto que “os santos” julgariam os anjos (1Co 6:3). Também admitiu que “o próprio Satanás se transforma em anjo de luz” (2Co 11:14). Esse comentário afirma ser necessário estarmos em constante vigilância, para resistirmos a tais ataques enganadores. Embora os anjos tenham desempenhado um papel importante no tocante à colocação da lei divina em atividade (Gl 3:19), certamente não deveriam ser adorados Cl 2:18). Na verdade, ao escrever aos gálatas, Paulo diz que “ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos anunciamos, seja anátema” (Gl 1:8). Ele reconhecia com gratidão a bondade inicial dos gálatas, pois “me recebestes como a um anjo de Deus” (Gl 4:14). Ao escrever aos tessalonicenses, Paulo declarou solenemente que os oponentes do cristianismo, os quais perseguiam os crentes, seriam punidos, “quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo...” (2Ts 1:7-8). Deus ainda estava no controle de sua criação.

Duas passagens em I Timóteo devem ser observadas. Na primeira, os anjos são mencionados num antigo hino muito bonito (1Tm 3:16). Na segunda, uma séria advertência é feita ao jovem líder cristão, não só na presença de Deus e de Cristo, mas também diante “dos anjos eleitos” (1Tm 5:21), em contraste com Satanás e os outros anjos caídos.


Os anjos no livro de Hebreus
Os anjos são citados muitas vezes na carta aos Hebreus (Hb 2:16; Hb 12:22; Hb 13:2), mas são considerados inferiores a Cristo (Hb 1:5-14). São cuidadosamente definidos no primeiro capítulo como “espíritos ministradores, enviados para servir a favor dos que hão de herdar a salvação” (Hb 1:14). São introduzidos numa passagem que adverte os discípulos a atentar para a grande salvação oferecida em Cristo (Hb 2:1-2). Anjos inumeráveis fazem parte da Jerusalém celestial e isso é mencionado como um incentivo a mais, para que os destinatários não recaíssem no Judaísmo (Hb 12:22-24; cf. Mt 26:53).


Os anjos em I Pedro, II Pedro e Judas
O plano divino da salvação é tão maravilhoso que desperta a curiosidade dos anjos (1Pe 1:12). A ascensão de Cristo ao Céu, entre outras coisas, significou que anjos, autoridades e potestades foram colocados em submissão a Ele (1Pe 3:22). Referências sombrias à condenação dos anjos caídos em II Pedro e Judas são feitas nas passagens que apontam solenemente os erros dos falsos mestres e sua absoluta destruição (2Pe 2:4; Jd 6). Em II Pedro 2:11, um forte contraste é feito entre os anjos bons e os maus.


Os anjos no livro de Apocalipse
Em Apocalipse, as cartas são endereçadas “ao anjo” das sete igrejas (Ap 2:12-18;3:1-14). Em cada um dos casos, a referência é feita aos pastores das igrejas, os quais eram os mensageiros de Deus para o seu povo, numa época de crise iminente. Por outro lado, existem também muitas citações aos anjos como seres sobrenaturais, por todo o livro (Ap 5:2-11;7:1-11; 8:3-8; 14:6-10; 19:17; 20:1).

A limitação do espaço nos restringe a quatro observações: primeira, os anjos aqui, como em outros lugares na Bíblia, são descritos como executores do juízo de Deus sobre a Terra (Ap 9:15; Ap 16:3-12); segunda, o papel do anjo interlocutor, observado em Zacarias, também é encontrado em Apocalipse (Ap 1:1-2; Ap 10:7-9; Ap 22:6); terceira, é observada uma divisão entre os anjos bons e os maus. “E houve guerra no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão. E o dragão e os seus anjos batalhavam” (Ap 12:7). Nesta batalha, o lado divino saiu vitorioso: o diabo “foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele” (Ap 12:9); quarta, os anjos verdadeiros adoram a Deus e reúnem-se no louvor a Cristo ao redor do trono divino (Ap 5:11-12).

Sumário

A Bíblia tem muito a dizer sobre os anjos. Eles foram criados e não devem ser adorados ou louvados. Pelo contrário, são servos sobrenaturais de Deus, que participam dos seus propósitos, tanto de juízo como de salvação. São agentes e mensageiros do Senhor, trabalhando em favor dos seus filhos e protegendo-os. Os anjos participam da adoração a Deus e cumprem a sua vontade na Terra. Alguns, entretanto, se rebelaram contra o Senhor e aliaram-se a Satanás. Estes serão julgados junto com o diabo. A.A.T.

Autor: Paul Gardner

Anos

Dicionário Comum
ano | s. m. | s. m. pl.
masc. pl. de ano

a·no 1
(latim annus, -i)
nome masculino

1. [Astronomia] Tempo, de aproximadamente 365 dias e um quarto, que a Terra demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

2. [Astronomia] Tempo que um planeta demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

3. Período de 12 meses consecutivos (ex.: tem um contrato de um ano).

4. Idade ou tempo de existência, medido em períodos de 12 meses (ex.: a empresa vai fazer 26 anos).

5. Período de duração aproximada de 12 meses ou menos, em relação às actividades que aí se desenvolvem ou aos acontecimentos que nele acontecem (ex.: ano lectivo, ano judicial).

6. Nível de escolaridade que corresponde a um ano escolar ou lectivo (ex.: o menino está no segundo ano).


anos
nome masculino plural

7. Dia em que se completa um ou mais anos sobre a data de um acontecimento ou do nascimento de alguém (ex.: festa de anos; prenda de anos; anos de casamento). = ANIVERSÁRIO


ano bissexto
Ano com 366 dias, em que Fevereiro tem 29 dias, por oposição a ano comum.

ano civil
Divisão do calendário gregoriano, com 365 ou 366 dias (se for ano bissexto), que principia a 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro.

ano comum
Ano com 365 dias, em que Fevereiro tem 28 dias, por oposição a ano bissexto.

ano de safra
Ano abundante.

ano económico
Período que, para efeitos administrativos, principia em 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro seguinte.

ano escolar
Período compreendido entre o início e o fim de todas as actividades escolares.

ano lectivo
Período compreendido entre o início das aulas e o fim das aulas ou das actividades escolares.

ano natural
O mesmo que ano civil.

ano novo
Ano que começa.

Noite de passagem de ano de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro.

ano planetário
[Astronomia] Tempo que um planeta gasta a fazer a sua revolução à volta do Sol.

ano sabático
Religião Último ano de um ciclo de sete anos, no calendário judaico, em que nãso são permitidas certas actividades agrícolas nem a cobrança de dívidas.

Ano lectivo concedido a professores para investigação ou formação.

ano secular
Último ano de cada século (ex.: o ano 2000 foi o ano secular do século XX).

ano sideral
[Astronomia] Tempo que o Sol, no seu movimento aparente, gasta para voltar ao mesmo ponto do céu em relação às constelações. (A sua duração é de 365 dias, 6 horas, 9 minutos, 9 segundos.)

fazer anos
Completar mais um ano de existência.

muitos anos a virar frangos
[Portugal, Informal] Muita experiência (ex.: não tem problemas com saltos altos, são muitos anos a virar frangos).

verdes anos
A juventude.


a·no 2
(latim anus, -i, ânus)
nome masculino

O mesmo que ânus.

Fonte: Priberam

Dicionário Comum
ano | s. m. | s. m. pl.
masc. pl. de ano

a·no 1
(latim annus, -i)
nome masculino

1. [Astronomia] Tempo, de aproximadamente 365 dias e um quarto, que a Terra demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

2. [Astronomia] Tempo que um planeta demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

3. Período de 12 meses consecutivos (ex.: tem um contrato de um ano).

4. Idade ou tempo de existência, medido em períodos de 12 meses (ex.: a empresa vai fazer 26 anos).

5. Período de duração aproximada de 12 meses ou menos, em relação às actividades que aí se desenvolvem ou aos acontecimentos que nele acontecem (ex.: ano lectivo, ano judicial).

6. Nível de escolaridade que corresponde a um ano escolar ou lectivo (ex.: o menino está no segundo ano).


anos
nome masculino plural

7. Dia em que se completa um ou mais anos sobre a data de um acontecimento ou do nascimento de alguém (ex.: festa de anos; prenda de anos; anos de casamento). = ANIVERSÁRIO


ano bissexto
Ano com 366 dias, em que Fevereiro tem 29 dias, por oposição a ano comum.

ano civil
Divisão do calendário gregoriano, com 365 ou 366 dias (se for ano bissexto), que principia a 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro.

ano comum
Ano com 365 dias, em que Fevereiro tem 28 dias, por oposição a ano bissexto.

ano de safra
Ano abundante.

ano económico
Período que, para efeitos administrativos, principia em 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro seguinte.

ano escolar
Período compreendido entre o início e o fim de todas as actividades escolares.

ano lectivo
Período compreendido entre o início das aulas e o fim das aulas ou das actividades escolares.

ano natural
O mesmo que ano civil.

ano novo
Ano que começa.

Noite de passagem de ano de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro.

ano planetário
[Astronomia] Tempo que um planeta gasta a fazer a sua revolução à volta do Sol.

ano sabático
Religião Último ano de um ciclo de sete anos, no calendário judaico, em que nãso são permitidas certas actividades agrícolas nem a cobrança de dívidas.

Ano lectivo concedido a professores para investigação ou formação.

ano secular
Último ano de cada século (ex.: o ano 2000 foi o ano secular do século XX).

ano sideral
[Astronomia] Tempo que o Sol, no seu movimento aparente, gasta para voltar ao mesmo ponto do céu em relação às constelações. (A sua duração é de 365 dias, 6 horas, 9 minutos, 9 segundos.)

fazer anos
Completar mais um ano de existência.

muitos anos a virar frangos
[Portugal, Informal] Muita experiência (ex.: não tem problemas com saltos altos, são muitos anos a virar frangos).

verdes anos
A juventude.


a·no 2
(latim anus, -i, ânus)
nome masculino

O mesmo que ânus.

Fonte: Priberam

Assenta

Dicionário Comum
substantivo feminino Ação de fazer com algo ou alguém se coloque sobre um assento, sobre um local em que se pode sentar.
Ação de montar, de instalar, alguma coisa: ele assenta o piso.
Ajuste perfeito: este vestido lhe assenta bem.
Conformidade entre coisas; ação de combinar: verde não assenta com rosa.
Etimologia (origem da palavra assenta). Forma regressiva de assentar.
Fonte: Priberam

Cetro

Dicionário Comum
substantivo masculino Bastão curto encimado por um ornato que os soberanos trazem na mão direita em certas cerimônias: coroa, cetro e globo são as insígnias da realeza.
Figurado O poder ou a dignidade real; seu exercício, o próprio soberano.
Etimologia (origem da palavra cetro). Do latim sceptrum.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
Palavra grega significando propriamente bastão curto, que é uma insígnia de reis, de governadores e doutras pessoas de autoridade (Gn 49:10Nm 24:17is 14:5). o cetro serve, também, de vara de correção e para mostrar a suprema autoridade que castiga ou humilha (Sl 2:9Pv 22:15 – etc.). o cajado do pastor era, também, chamado cetro (Lv 27:32) – nesta passagem a palavra vara é a queem outros lugares se traduz por cetro (*veja também Mq 7:14). os cetros eram feitos de ferro, de ouro, de prata, e doutros metais (Sl 2:9 – 125,3) – e também os havia de marfim e de madeira preciosa. Do mesmo modo se usava metaforicamente a palavra para exprimir predomínio (Gn 49:10) – e ao governo de Deus se chama o ‘cetro de equidade’ (Sl 45:6Hb 1:8).
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Cetro Bastão usado pelos reis como símbolo do seu poder e autoridade (Et 5:2).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Coisas

Dicionário Comum
coisa | s. f. | s. f. pl.

coi·sa
(latim causa, -ae, causa, razão)
nome feminino

1. Objecto ou ser inanimado.

2. O que existe ou pode existir.

3. Negócio, facto.

4. Acontecimento.

5. Mistério.

6. Causa.

7. Espécie.

8. [Informal] Qualquer pessoa do sexo feminino cujo nome se ignora ou não se quer nomear.

9. [Informal] Órgão sexual feminino.

10. Qualquer objecto que não se quer ou não se consegue nomear (ex.: essa coisa não serve para nada).

11. [Informal] Órgão sexual masculino. = COISO

12. [Brasil: Nordeste] Cigarro de haxixe ou marijuana. = BASEADO


coisas
nome feminino plural

13. Bens.


aqui há coisa
[Informal] Expressão que indica que algo levanta suspeitas ou dúvidas. = AQUI HÁ GATO

coisa alguma
O mesmo que nada.

coisa de
[Informal] Aproximadamente, cerca de.

coisa nenhuma
Usa-se para negar a ausência total de objectos, coisas, ideias, conceitos, etc. (ex.: não se lembrou de coisa nenhuma para dizer; coisa nenhuma lhe parecia interessante). = NADA

coisas da breca
[Informal] Coisas inexplicáveis, espantosas.

coisas do arco-da-velha
[Informal] Histórias extraordinárias, inverosímeis.

coisas e loisas
[Informal] Grande quantidade de coisas diversificadas.

[Informal] Conjunto de coisas indeterminadas.

como quem não quer a coisa
[Informal] Dissimuladamente.

fazer as coisas pela metade
[Informal] Não terminar aquilo que se começou.

mais coisa, menos coisa
[Informal] Aproximadamente.

não dizer coisa com coisa
[Informal] Ter um discurso desconexo; dizer disparates, coisas sem sentido.

não estar com coisas
[Informal] Agir prontamente, sem hesitar.

não estar/ser (lá) grande coisa
[Informal] Não estar/ser particularmente bom ou extraordinário.

ou coisa que o valha
[Informal] Ou algo parecido.

pôr-se com coisas
[Informal] Arranjar problemas ou dificuldades onde não existem.

que coisa
[Informal] Exclamação que se usa para exprimir espanto, desagrado ou irritação.

ver a
(s): coisa
(s): malparada(s)
[Informal] Prever insucesso ou perigo aquando da realização de algo.


Sinónimo Geral: COUSA

Fonte: Priberam

Como

Dicionário Comum
como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.
Fonte: Priberam

Dicionário de Sinônimos
assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).
Fonte: Dicio

Companheiros

Dicionário Comum
masc. pl. de companheiro

com·pa·nhei·ro
(companha + -eiro)
adjectivo
adjetivo

1. Que acompanha ou faz companhia.

2. Que anda junto.

3. Que está sempre ligado a outro. = INSEPARÁVEL

nome masculino

4. Aquele ou aquilo que acompanha ou que faz companhia.

5. O que vive na mesma casa.

6. Pessoa que partilha com outra
(s): a profissão, as mesmas funções, a mesma colectividade.
= CAMARADA, COLEGA

7. Pessoa que tem com outra ou outras uma relação de amizade ou camaradagem. = CAMARADA, COLEGA, COMPINCHA, PARCEIRO, SÓCIO

8. Membro de um casal, relativamente ao outro. = PARCEIRO

9. Forma de tratamento amigável (ex.: precisa de ajuda, companheiro?). = AMIGO

10. [Maçonaria] Segundo grau da ordem maçónica.

11. [Maçonaria] Pessoa que tem esse grau.

Fonte: Priberam

Destra

Dicionário Bíblico
Mão direita. Palavra usada com uma figura de linguagem, para indicar habilidade poder ou autoridade, intimidade, lugar de honra próxima de alguém.
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Destra
1) Mão direita (Sl 118:15; Gl 2:9).


2) Lado direito (Hc 10:12; pronuncia-se dêstra). V. MÃO DIREITA.

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Comum
destra (ê), s. f. A mão direita. Antôn.: sinistra.
Fonte: Priberam

Deus

Dicionário Comum
substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo masculino O ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito.
Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem.
Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo.
Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza.
Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe.
Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo.
Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina.
Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.
Fonte: Priberam

Dicionário Etimológico
Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

Dicionário Bíblico

i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador.
(a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8).
(b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael).
(c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel.
(d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel.
(e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética.
(f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13Mt 3:17).
ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto.
(a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir.
(b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda.
(c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1At 17:24Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado.
(d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra:
(1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16).
(2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença.
iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)
Fonte: Dicionário Adventista

Quem é quem na Bíblia?
Introdução

(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.

Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).

As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).

A existência do único Deus

A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).

Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).

No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.

Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.

O Deus criador

A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.

O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).

No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).

Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).

O Deus pessoal

O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).

O Deus providencial

Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.

Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).

A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).

Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).

A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).

O Deus justo

A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.

O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).

Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também
v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.

Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.

Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).

Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).

Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).

O Deus amoroso

É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.

Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.

A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.

Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).

A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1 Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.

O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).

“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).

O Deus salvador

O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).

A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).

Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).

Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).

Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).

Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).

O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).

A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

O Deus Pai

Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.

Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).

O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).

Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).

Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).

O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.

Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).

Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).

Os nomes de Deus

Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus.
O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.

Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).

Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).

Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.

É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).

Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente.
El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).

A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).

O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2).
Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja
v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.

Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor.
Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.).
Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.).
Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros.
Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.


A Trindade

O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).

Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).

No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).

Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).

São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.

Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).

As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.

Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).

Conclusão

O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.

P.D.G.

Autor: Paul Gardner

Dicionário da Bíblia de Almeida
Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]

O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).

==========================

NOMES DE DEUS

Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:


1) SENHOR (hebr. JAVÉ, ???? - Gn 2:4);


2) DEUS (Gn 1:1);


3) SENHOR DOS EXÉRCITOS (Jr 33:11);


4) Pai (Is 63:16; Mt 6:8-9);


5) SENHOR (propriamente dito - Sl 114:7);


6) SANTO de ISRAEL (Is 1:4);


7) ALTÍSSIMO (Gn 14:18);


8) Todo-poderoso (Gn 49:25; 2Co 6:18);


9) Deus Vivo (Os 1:10; 1Ts 1:9);


10) Rei (Sl 24; 1Tm 6:15);


11) Rocha (Dt 32:18; Is 30:29);


12) REDENTOR (19:25);


13) SALVADOR (Sl 106:21; Lc 1:47);


14) Juiz (Gn 18:25; 2Tm 4:8);


15) O Poderoso (Gn 49:24, RA; RC, Valente);


16) O PRIMEIRO E O ÚLTIMO (Ap 22:13);


17) ETERNO DEUS (Is 40:28);


18) Pastor (Gn 49:24);


19) ANCIÃO DE DIAS (Dn 7:9);


20) O Deus de BETEL (Gn 31:13);


21) O Deus Que Vê (Gn 16:13).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).

Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.

Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).

Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4.
18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).

Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.

Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.

Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.

Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.

m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...

Autor: César Vidal Manzanares

Dias

Dicionário Comum
substantivo masculino plural Tempo de vida, de existência, dias de vida, vida.
Etimologia (origem da palavra dias). Pl de dia.
Fonte: Priberam

Dissê

Dicionário Comum
1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.

Fonte: Priberam

Diz

Dicionário Comum
3ª pess. sing. pres. ind. de dizer
2ª pess. sing. imp. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.

Fonte: Priberam

E

Dicionário Comum
conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.
Fonte: Priberam

Equidade

Dicionário de Sinônimos
retidão, justiça. – Segundo Bruns. –, a equidade consiste em manter a balança em equilíbrio para dar a cada um o que lhe pertence de consciência, pesando exatamente os prós e os contras, e consultando imparcialmente a nossa razão, para avaliarmos, como é devido, os fatos e motivos que devem influir na nossa decisão. Ter equidade é não fazer exceção ou distinção de pessoas; é tratar a todos igualmente e como a si próprio. A equidade não corresponde, portanto, a nenhum direito humano, nem a nenhuma lei positiva, mas sim à lei natural, e ao direito tal como o sentimos e reconhecemos na nossa consciência. A equidade é a base da justiça; pois esta é uma instituição puramente humana, ou virtude convencional... É inegável que a justiça se aproxima mais ou menos do direito absoluto; mas é inegável também que ela depende essencialmente do grau de moralidade e de cultura do indivíduo e da sociedade... Outra grande diferença entre a justiça e a equidade está em que a justiça não considera senão o fato em si, não podendo penetrar nas intenções nem nas causas determinantes do fato, por não ter alçada na consciência; ao passo que a equidade sonda as consciências, aprecia as causas determinantes, tem em conta as circunstâncias, e atenua muitas vezes o rigor da justiça... A retidão consiste em seguir retamente o caminho traçado pela consciência, ou melhor – pelo sentimento da equidade. O seu caráter predominante é a firmeza inabalável e inflexível ante os rogos, as solicitações, as ameaças, e o próprio interesse. Quem é reto, ou tem retidão, sacrifica tudo ao sentimento de justiça e de equidade que o anima. Comparando a retidão com a justiça, pode-se dizer que esta consiste no respeito dos direitos alheios; e aquela, a retidão, na estrita e escrupulosa observância das leis. A justiça só intervém quando há oposição de pretensões ou de interesses; a retidão preside a todos os atos da vida em que a equidade tem de intervir. O juiz obra com equidade quando julga segundo os ditames da sua consciência, de acordo com os princípios absolutos do direito; obra com justiça quando sentencia conforme ao provado; e obra com retidão quando resiste a empenhos, a ameaças, a seduções etc. Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 387
Fonte: Dicio

Dicionário Comum
substantivo feminino Característica de algo ou alguém que revela senso de justiça, imparcialidade, isenção e neutralidade: duvidou da equidade das eleições.
Correção no modo de agir ou de opinar; em que há lisura, honestidade; igualdade: tratou-a com equidade.
Disposição para reconhecer a imparcialidade do direito de cada indivíduo: a empresa reconhecia a equidade de seus funcionários.
Etimologia (origem da palavra equidade). Do latim equitas.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
Disposição de reconhecer o direito de cada um; sentimento de justiça
Fonte: Dicionário Adventista

Eqüidade

Dicionário da Bíblia de Almeida
Eqüidade Imparcialidade (Cl 4:1).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Es

Dicionário Comum
Es | símb.
ES | sigla
es- | pref.
Será que queria dizer és?

Es 1
símbolo

[Química] Símbolo químico do einstêinio.


Ver também dúvida linguística: plural de siglas, acrónimos, abreviaturas e símbolos.

ES 2
sigla

Sigla do estado brasileiro do Espírito Santo.


es-
prefixo

Indicativo de extracção (esbagoar), separação (escolher).

Fonte: Priberam

Escabelo

Dicionário da Bíblia de Almeida
Escabelo Banquinho para os pés (Sl 99:5).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Comum
escabelo (ê), s. .M 1. Banco pequeno. 2. Pequeno estrado para descansar os pés.
Fonte: Priberam

Espíritos

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Espíritos Ver Alma, Anjos, Demônios, Espiritismo.
Autor: César Vidal Manzanares

Excelente

Dicionário Comum
adjetivo Excessivamente bom; com ótima qualidade: filme excelente.
Superior em seu gênero; perfeito, primoroso, exímio, inigualável: o jovem era um excelente aluno; ele se tornou um excelente presidente.
De sabor e qualidade apreciáveis; agradável: prato excelente.
Que chama a atenção; recreativo, interessante, envolvente, instrutivo: livro excelente.
Etimologia (origem da palavra excelente). Do latim excellens.entis.
Fonte: Priberam

Falado

Dicionário Comum
adjetivo Que é exprimido pela palavra: o inglês falado difere muito do inglês escrito.
Jornal falado, informações difundidas em horas certas pelo rádio, ou pela televisão.
Fonte: Priberam

Favor

Dicionário Comum
substantivo masculino Aquilo que se faz de maneira voluntária a alguém; sem imposição; gentileza, obséquio.
Pedido de misericórdia atribuído por indulgência; mercê: favor espiritual.
Auxílio oferecido a alguém; proveito: vivia em favor da mãe.
Defesa, proteção: vive dos favores do padrinho.
Encantamento, simpatia, respeito: almejava o favor do gerente.
Graça, obséquio: pedir um favor.
Retribuição dada a alguém por uma relação de preferência ou de influência exercida sobre a pessoa que retribui: nunca se esforçava porque sabia que ele lhe devia um favor; tudo o que conseguiu foi lhe dado de favor.
Etimologia (origem da palavra favor). Do latim favor.oris.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
Benefício; bondade
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Favor
1) Serviço; obséquio (Gn 20:13), RA).

2) Misericórdia, bondade, GRAÇA 5, (Sl 30:5). 3 Proteção (Ed 9:9), RA).

4) Em favor: em benefício, no interesse (36:2); (2Co 9:1).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Faz

Dicionário Comum
3ª pess. sing. pres. ind. de fazer
2ª pess. sing. imp. de fazer

fa·zer |ê| |ê| -
(latim facio, -ere)
verbo transitivo

1. Dar existência, ser autor de (ex.: fez uma obra notável). = CRIAR, OBRAR, PRODUZIR

2. Dar ou tomar determinada forma (ex.: façam uma fila). = FORMAR

3. Realizar determinada acção (ex.: fazer a limpeza; fazer uma cópia de segurança; fazer um gesto de atenção). = EFECTUAR, EXECUTAR

4. Agir com determinados resultados (ex.: fazer um erro; fazer um favor).

5. Fabricar (ex.: fizera um produto inovador).

6. Compor (ex.: fazer versos).

7. Construir (ex.: a construtora está a fazer uma urbanização).

8. Praticar (ex.: ele faz judo).

9. Ser causa de (ex.: esta imagem faz impressão). = CAUSAR, ORIGINAR, MOTIVAR, PRODUZIR, PROVOCAR

10. Obrigar a (ex.: fizeste-me voltar atrás).

11. Desempenhar um papel (ex.: fiz uma personagem de época; vai fazer de mau na novela). = REPRESENTAR

12. Ultimar, concluir.

13. Atingir determinado tempo ou determinada quantidade (ex.: a empresa já fez 20 anos; acrescentou uma maçã para fazer dois quilos). = COMPLETAR

14. Arranjar ou cuidar de (ex.: fazer a barba; fazer as unhas).

15. Tentar (ex.: faço por resolver os problemas que aparecem).

16. Tentar passar por (ex.: não se façam de parvos). = APARENTAR, FINGIR, SIMULAR

17. Atribuir uma imagem ou qualidade a (ex.: ele fazia da irmã uma santa).

18. Mudar para (ex.: as dificuldades fizeram-nos mais criativos ). = TORNAR

19. Trabalhar em determinada actividade (ex.: fazia traduções).

20. Conseguir, alcançar (ex.: fez a pontuação máxima).

21. Cobrir determinada distância (ex.: fazia 50 km por dia). = PERCORRER

22. Ter como lucro (ex.: nunca fizemos mais de 15000 por ano). = GANHAR

23. Ser igual a (ex.: cem litros fazem um hectolitro). = EQUIVALER

24. Exercer as funções de (ex.: a cabeleireira faz também de manicure). = SERVIR

25. Dar um uso ou destino (ex.: fez da camisola um pano do chão).

26. Haver determinada condição atmosférica (ex.: a partir de amanhã, vai fazer frio). [Verbo impessoal]

27. Seguido de certos nomes ou adjectivos, corresponde ao verbo correlativo desses nomes ou adjectivos (ex.: fazer abalo [abalar], fazer violência [violentar]; fazer fraco [enfraquecer]).

verbo pronominal

28. Passar a ser (ex.: este rapaz fez-se um homem). = TORNAR-SE, TRANSFORMAR-SE

29. Seguir a carreira de (ex.: fez-se advogada).

30. Desenvolver qualidades (ex.: ele fez-se e estamos orgulhosos).

31. Pretender passar por (ex.: fazer-se difícil; fazer-se de vítima). = FINGIR-SE, INCULCAR-SE

32. Julgar-se (ex.: eles são medíocres, mas fazem-se importantes).

33. Adaptar-se a (ex.: fizemo-nos aos novos hábitos). = ACOSTUMAR-SE, AFAZER-SE, HABITUAR-SE

34. Tentar conseguir (ex.: estou a fazer-me a um almoço grátis).

35. Cortejar (ex.: anda a fazer-se ao colega).

36. Iniciar um percurso em (ex.: vou fazer-me à estrada).

37. Levar alguém a perceber ou sentir algo (ex.: fazer-se compreender, fazer-se ouvir).

38. Haver determinada circunstância (ex.: já se fez noite).

39. Ter lugar (ex.: a entrega faz-se das 9h às 21h). = ACONTECER, OCORRER

nome masculino

40. Obra, trabalho, acção.


fazer das suas
Realizar disparates ou traquinices.

fazer por onde
Procurar a maneira de conseguir ou de realizar algo. = TENTAR

Dar motivos para algo.

fazer que
Fingir, simular (ex.: fez que chorava, mas depois sorriu).

não fazer mal
Não ter importância; não ser grave.

tanto faz
Expressão usada para indicar indiferença; pouco importa.

Fonte: Priberam

Feito

Dicionário Comum
adjetivo Realizado, consumado; constituído.
Adulto: homem feito.
conjunção Como, tal como: chorava feito criança.
locução adverbial De feito, O mesmo que de fato.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Feito Ato; obra (Sl 9:11; Cl 3:9).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Filho

Dicionário da Bíblia de Almeida
Filho
1) Pessoa do sexo masculino em relação aos pais (Gn 4:17)

2) Descendente (Ml 3:6); (Lc 1:16). 3 Morador de um país (Am 9:7) ou de uma cidade (Jl 3:6).

4) Membro de um grupo (2Rs 2:15), RC).

5) Qualidade de uma pessoa (Dt 13:13), RC; (2Sm 3:34); (Mc 3:17); (Lc 10:6); (Jo 12:36).

6) Tratamento carinhoso (1
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Comum
substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.
Fonte: Priberam

Dicionário da FEB
Nossos filhos são companheiros de vidas passadas que retornam ao nosso convívio, necessitando, em sua grande maioria, de reajuste e resgate, reconciliação e reeducação. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

[...] todo filho é um empréstimo sagrado que, como tal, precisa ser valorizado, trabalhando através do amor e da devoção dos pais, para posteriormente ser devolvido ao Pai Celestial em condição mais elevada. [...]
Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 1

O filhinho que te chega é compromisso para a tua existência.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

[...] os filhos [...] são companheiros de vidas passadas que regressam até nós, aguardando corrigenda e renovação... [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 39

Os filhos são doces algemas de nossa alma.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Os filhos não são almas criadas no instante do nascimento [...]. São companheiros espirituais de lutas antigas, a quem pagamos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias puras, por créditos de outro tempo. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49

Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do mundo maior, de vez que todos nós integramos grupos afins.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vida e sexo• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2

[...] Os filhos são as obras preciosas que o Senhor confia às mãos [dos pais], solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 135

[...] os filhos são associados de experiência e destino, credores ou devedores, amigos ou adversários de encarnações do pretérito próximo ou distante, com os quais nos reencontraremos na 5ida Maior, na condição de irmãos uns dos outros, ante a paternidade de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38

Fonte: febnet.org.br

Dicionário Comum
substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.
Fonte: Priberam

Fogo

Dicionário Etimológico
Fogo (que em latim se dizia "ignis" = ignição do carro) tem origem noutra palavra latina, "focu", cujo primeiro sentido é lar doméstico, lareira, e só posteriormente passou a significar fogo. Por via culta, "focu" nos deu foco, já com sentidos novos.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

Dicionário Bíblico
Deus revelou a Sua presença na sarça ardente por meio do fogo (Êx 3:2), e desceu ao monte Sinai entre chamas e relâmpagos (Êx 19:18). Aquele fogo que desceu do céu, primeiramente sobre o altar do tabernáculo, e mais tarde sobre o altar do templo de Salomão, quando da sua dedicação, ali se conservou constantemente alimentado, e cuidadosamente sustentado de dia e de noite pelos sacerdotes. o fogo para fins sagrados, que não fosse obtido do altar, era chamado ‘fogo estranho’ – e por ser este usado por Nadabe e Abiú, foram estes sacerdotes mortos com fogo que veio de Deus (Lv 10:1-2Nm 3:4 – 26.61). o emprego do fogo para fundir metais já era conhecido dos hebreus no tempo do Êxodo (32.24). Em dia de sábado nenhum lume se acendia para qualquer fim doméstico (Êx 35:3Nm 15:32-36). os adoradores do deus Moloque, ou queimavam os seus filhos no fogo, ou os faziam passar por ele (2 Rs 16.3 – 21.6 – 2 Cr 33.6). o Espirito Santo é comparado ao fogo (Mt 3:11At 2:3), sendo a sua obra converter e purificar as almas, inflamando-as de amor a Deus e de zelo pela Sua Glória. A Palavra de Deus é, também, apresentada como semelhante ao fogo (Jr 23:29). Empregam-se, além disso, os termos ‘fogo’ e ‘chama’, para exprimir vivos sentimentos e a inspiração divina, e descrever calamidades temporais e futuros castigos (Sl 66:12Jr 20:9Jl 2:30Ml 3:2Mt 25:41Mc 9:43).
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da FEB
[...] No pensamento de Jesus, o fogo eterno não podia passar, portanto, de simples figura, pouco lhe importando fosse essa figura interpretada à letra, desde que ela servisse de freio às paixões humanas. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6, it• 7

Imagem, semelhante a tantas outras, tomada como realidade. [...] O homem não encontrou comparação mais enérgica do que a do fogo, pois, para ele, o fogo é o tipo do mais cruel suplício e o símbolo da ação mais violenta. Por isso é que a crença no fogo eterno data da mais remota antiguidade, tendo-a os povos modernos herdado dos mais antigos. Por isso também é que o homem diz, em sua linguagem figurada: o fogo das paixões; abrasar de amor, de ciúme, etc.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 974 e 974a

[...] A Teologia reconhece hoje que a palavra fogo é usada figuradamente e que se deve entender como significando fogo moral. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1009

O fogo exprime emblematicamente a expiação como meio de purificação e, portanto, de progresso para o Espírito culpado.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3

Fonte: febnet.org.br

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Fogo Um dos símbolos com o qual se descreve o castigo eterno: o inferno (Mt 5:22). Passagens como as de Lc 3:16 ou 12:49ss. referem-se, evidentemente, à dupla opção de vida diante da qual se coloca todo ser humano: ou aceitar o Evangelho de Jesus, o messias, e ser mergulhado (batizado) no Espírito Santo ou rejeitá-lo e ser lançado ao fogo eterno, destinado ao diabo e a seus anjos (Mt 25:41-46).

C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Las sectas frente a la Biblia, Madri 1992.

Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Comum
substantivo masculino Desenvolvimento simultâneo de calor, de luz e de chama produzido pela combustão viva de certos corpos, como a madeira, o carvão etc.
Fogueira, incêndio, labareda, lume.
Fogão ou lugar onde se cozinha ou se faz fogo para qualquer fim; lareira: conversávamos junto ao fogo.
Calor intenso e molesto: o dia de hoje foi um fogo.
Figurado Veemência, ardor, paixão: o fogo da cólera.
Fuzilaria, guerra, combate.
Figurado Fogo de palha, entusiasmo passageiro ou aparente.
Figurado Excitação, ardência sexual: mulher de muito fogo.
Negar fogo, falhar, iludir, desanimar.
Pegar fogo, incendiar-se, inflamar-se.
Fazer fogo, acender.
Comer fogo, fazer alguma coisa com grande sacrifício ou passar dificuldades.
Figurado Atiçar fogo, açular, incitar.
Brincar com o fogo, expor-se ao perigo, arriscar-se.
Figurado Ser fogo, ser difícil, irredutível, indomável, intransigente.
A fogo lento, pouco a pouco.
Tocar fogo na canjica, animar.
Figurado Pôr as mãos no fogo (por alguém), responsabilizar-se, confiar em.
interjeição Voz de disparo em combate ou aviso de incêndio.
substantivo masculino plural Fogos de artifício, peças pirotécnicas fáceis de inflamar para festejos juninos e outras comemorações.
Fonte: Priberam

Glória

Dicionário Comum
substantivo feminino Honra, fama que se alcança pelas virtudes, talentos, boas ações e por características excepcionais.
Religião Beatitude celeste; bem-aventurança, céu: a glória do reino de Deus.
Louvor que se oferece a; homenagem, exaltação: glória a Deus.
Excesso de grandeza; beleza, magnificência: o prêmio foi dedicado aos homens de honra e glória.
Algo ou alguém muito conhecido, que é razão de orgulho, de louvor: ele foi a glória do time.
[Artes] Auréola, halo, resplendor que simboliza a santidade na pintura, escultura ou decoração.
Etimologia (origem da palavra glória). Do latim gloria.ae.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
Qualidade essencial do caráter de Deus (Sl. 63.2); sua glória é o sue valor, a sua dignidade. Tudo o que há nele comprova ser ele digno de receber louvor, honra e respeito. No NT, Jesus é revelado como o Senhor da glória (1Co 2:8). Na Bíblia, glória está muitas vezes associada a brilho ou esplendor (Lc 2:9).
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário de Sinônimos
honra, celebridade, fama, renome, nomeada, reputação, crédito, conceito, lustre, distinção. – Destas duas palavras diz magistralmente Roq.: “A glória é, como disse Cícero, uma brilhante e mui extensa fama que o homem adquire por ter feito muitos e grandes serviços, ou aos particulares, ou à sua pátria, ou a todo o gênero humano. Honra, como aqui entendemos, é a demonstração exterior com que se venera a alguém por seu mérito e ações heroicas; no mesmo sentido em que disse Camões: O fraudulento gosto que se atiça. C’ uma aura popular, que honra se chama. (Lus., IV,
95) Pela glória empreende o homem voluntariamente as coisas mais dificultosas; a esperança de alcançá-la o impele a arrostar os maiores perigos. Pela honra se empreendem 68 Isto parece demais: generosidade assim excederia à própria caridade cristã. O que está no uso corrente é que generoso é antônimo de somítico ou mesquinho, avarento, sovina: generosidade é a nobre qualidade de ser franco em distribuir com os outros os bens que estão a nosso alcance. O homem generoso não faz questão de ninharias; remunera largamente os que lhe prestam algum serviço; atende aos que precisam de sua solicitude, fortuna ou valimento; põe-se ao lado dos pequenos, ampara os desvalidos. 414 Rocha Pombo coisas não menos dificultosas, nem menos arriscadas; quão diferente é, no entanto, o objeto em cada uma destas paixões! A primeira é nobre e desinteressada, e obra para o bem público; a segunda é cobiçosa e egoísta, só por si e para si obra. Aquela é a glória verdadeira que faz os heróis; esta é a vã glória, ou glória falsa que instiga os ambiciosos; sua verdadeira pintura foi traçada por mão de mestre nesta estância dos Lusíadas: Dura inquietação d’alma e da vida, Fonte de desamparos e adulterios, Sagaz consumidora conhecida De fazendas, de reinos e de imperios; Chamam-te ilustre, chamam-te subida, Sendo digna de infames vituperios; Chamam-te fama e gloria soberana, Nomes com que se o povo necio engana! (Lus., IV,
96) A honra pomposa e triunfal, que recebeu em Goa d. João de Castro depois da heroica defesa de Diu, deixaria mui obscurecida sua glória se ele não nos legara, no momento tremendo de ir dar contas ao Criador, aquelas memoráveis palavras, que são a medida de seu desinteresse e o exemplo de verdadeira glória nunca depois imitado: “Não terei, senhores, pejo de vos dizer que ao Viso-Rei da Índia faltam nesta doença as comodidades, que acha nos hospitais o mais pobre soldado. Vim a servir, não vim a comerciar ao Oriente; a vós mesmos quis empenhar os ossos de meu filho, e empenhei os cabelos da barba, porque para vos assegurar, não tinha outras tapeçarias nem baixelas. Hoje não houve nesta casa dinheiro com que se me comprasse uma galinha; porque, nas armadas que fiz, primeiro comiam os soldados os salários do Governador que os soldos de seu Rei; e não é de espantar que esteja pobre um pai de tantos filhos”. (Vida de d. João de Castro, 1. IV.) Considerada a palavra honra como representando a boa opinião e fama adquirida pelo mérito e virtude, diferença-se ainda da glória em que ela obriga ao homem a fazer sem repugnância e de bom grado tudo quanto pode exigir o mais imperioso dever. Podemos ser indiferentes à glória, porém de modo nenhum à honra. O desejo de adquirir glória arrasta muitas vezes o soldado até à temeridade; a honra o contém não poucas nos limites de sua obrigação. Pode a glória mal-entendida aconselhar empresas loucas e danosas; a honra, sempre refletida, não conhece outra estrada senão a do dever e da virtude. – Celebridade é “a fama que tem já a sanção do tempo; a fama ruidosa e universal”; podendo, como a simples fama, ser tomada a boa ou má parte: tanto se diz – a celebridade de um poeta, como – a celebridade de um bandido. – Fama é “a reputação em que alguém é tido geralmente”. Inclui ideia de atualidade, e pode ser também boa ou má, mesmo quando empregada sem restritivo. Advogado de fama (= de nomeada, de bom nome). Não lhe invejo a fama (= má fama, fama equívoca). – Renome é “a boa fama, a grande reputação que se conquistou por ações ou virtudes”; é a qualidade de “ser notável, de ter o nome repetido geralmente e com acatamento”. – Nomeada é “fama ligeira, que dura pouco, e nem sai de um pequeno círculo”. Tanta nomeada para acabar tão triste... Fugaz nomeada... – Reputação é menos que fama, é mais que nomeada; é “a conta em que alguém é tido no meio em que vive. Pode ser boa ou má, falsa ou duvidosa”. – Crédito é como se disséssemos “a qualidade que dá ideia do valor, do bom nome de alguém”. Diminui-se o crédito de F.; mas decerto que não se macula, nem se nega propriamente o crédito de uma pessoa. – Conceito é “a opinião que se forma de alguém”, podendo igualmente ser bom ou mau. – Lustre e distinção confundem-se: mas o primeiro dá melhor a ideia da evi- Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 415 dência brilhante em que fica a pessoa que se destacou do comum pela perícia, pela correção, pelo heroísmo.
Fonte: Dicio

Dicionário da FEB
É que a glória maior de um Espírito é a perfeita identificação com o Pai Eterno, no cumprimento superior de Sua Divina 5ontade, na auto-entrega total pelo bem do próximo, na selagem final, com o próprio sangue, com as próprias lágrimas, com a própria vida, de uma exemplificação irretocável de amor soberano e incondicional, de trabalho sublime, de ensino levado às últimas conseqüências, em favor de todos.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Glória Maior

Tudo passa na Terra e a nossa glória, / Na alegria ou na dor, / É refletir na luta transitória / A sublime vontade do Senhor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Glória
1) Honra ou louvor dado a coisas (1Sm 4:21-22), a pessoas (Lc 2:32) ou a Deus (Sl 29:1); (Lc 2:14)

2) A majestade e o brilho que acompanham a revelação da presença e do poder de Deus (Sl 19:1); (Is 6:3); (Mt 16:27); (Jo 1:14); (Rm 3:23). 3 O estado do novo corpo ressuscitado, espiritual e imortal, em que os salvos serão transformados e o lugar onde eles viverão (1Co 15:42-54); (Fhp 3)
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Glória No judaísmo, uma das hipóstases de Deus (Ex 16:10; 33,20; Lc 9:31-34). Para João, ela se encarnou em Jesus (Jo 1:14), o que confirma a afirmação de que este é Deus (Jo 1:1;20,28).
Autor: César Vidal Manzanares

Herdar

Dicionário Comum
verbo transitivo Receber por herança: herdar uma grande fortuna.
Adquirir por parentesco ou hereditariedade: herdou o caráter do pai.
Deixar em herança, legar: bens que os antepassados lhe herdaram.
Fonte: Priberam

Herdeiro

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Herdeiro Título que se aplica a Jesus como Filho de Deus e messias enviado pelo Pai (Mt 21:38ss.). A narrativa em que se insere essa referência significa claramente que Jesus esperava ser assassinado por pessoas que não aceitariam sua pregação. Como conseqüência de seu vínculo com Jesus, os discípulos tornaram-se herdeiros das promessas de vida eterna feitas a Israel (Mt 5:5; 25,34; 19,29; Mc 10:17).
Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Bíblico
os princípios relativos aos direitos de herança, no oriente, diferem dos que são aceitos entre nós – nem sempre os filhos esperam que morram seus pais para receberem a sua parte. E por esta razão, quando se chama a Cristo ‘herdeiro de todas as coisas’ (Hb 1:2), isto não implica a morte de qualquer primeiro possuidor dessas riquezas – e quando os santos são chamados herdeiros da promessa (Hb 11:9), da retidão do reino, do mundo, dos dons divinos, co-herdeiros de Cristo (Rm 8:17), isto quer significar que eles participam de certas e determinadas vantagens, sem que seja preciso que faleça qualquer proprietário dos referidos bens. Entre nós é que não é costume haver herança sem que haja o falecimento dos parentes ou de quaisquer outros testadores (Gn 15:3 – 2 Sm 14.7 – Jr 49:1-2Mt 21:38Rm 4:13. (*veja Adoção, Primogênito, Concubina, Herança.)
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Herdeiro Aquele que recebe HERANÇA (Gn 15:2); (Rm 8:17).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Comum
substantivo masculino Pessoa que recebe uma herança (dinheiro ou propriedades) deixada por alguém que tenha morrido; sucessor.
Designação dos filhos e filhas de alguém: tenho um herdeiro e uma herdeira.
Indivíduo que aprende uma tradição, arte ou ciência com outro, dando continuidade ao que aprendeu para as gerações que se seguem.
Pessoa que recebe de outras características particulares.
Aquele que passa a receber algo ou é alvo dos efeitos de uma situação.
Etimologia (origem da palavra herdeiro). Do latim hereditarius.a.um.
Fonte: Priberam

Hoje

Dicionário Comum
advérbio No dia em que se está.
Hoje em dia, atualmente; na época presente, de agora.
substantivo masculino No tempo presente: os homens de hoje.
expressão Mais hoje, mais amanhã. Dentro de pouco tempo: mais hoje, mais amanhã ele conseguira o quer.
Hoje em dia. Hoje em dia, as pessoas estão mais conectadas virtualmente.
Etimologia (origem da palavra hoje). Do latim hodie.
Fonte: Priberam

Hão

Dicionário Bíblico
hebraico: calor, queimado
Fonte: Dicionário Adventista

Imagem

Dicionário Comum
substantivo feminino Representação de uma pessoa ou uma coisa pela pintura, escultura, desenho etc.; imitação, cópia.
Pequena estampa que representa um assunto religioso ou qualquer outro.
Reprodução visual de um objeto dada por um espelho, um instrumento de óptica.
Figurado Parecença, semelhança: o homem foi feito à imagem de Deus.
Figurado Representação das pessoas, dos objetos no espírito: a imagem dela me persegue.
[Literatura] Processo pelo qual se tornam mais vivas as ideias, emprestando ao objeto uma forma mais sensível: há belas imagens neste poema.
Representação por imagem, escultura, quadro etc.: a imagem de Santa Rita.
Figurado O que traz consigo um conceito simbólico de: esta frase é a imagem do fascismo.
Ideia que alguém tem de um produto, conceito etc., em relação a seu público-alvo: a imagem do cliente que pretende alcançar.
[Ótica] Reprodução de um objeto que, pela junção dos raios luminosos emanados por ele, ocorre depois de passar por um sistema óptico.
[Psicologia] Experiência sensorial que se pode invocar na ausência de um estímulo.
[Psicologia] Representação mental de um conceito, ideia, algo que está no âmbito do abstrato.
[Matemática] Na aplicação do conjunto C ao conjunto D, o elemento de C que corresponde a um elemento dado de D.
Etimologia (origem da palavra imagem). Do latim imago.ginis.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
É uma representação artificial de alguma pessoa ou coisa, a qual se usa como objeto de adoração. E, nesta circunstância, é sinônima de ídolo. Mica, indivíduo da tribo de Efraim, mandou fazer uma imagem de prata (Jz 17:3-4). Além disso, persuadiu um levita a que fosse seu sacerdote. Era esta imagem consultada como oráculo, e publicamente foi instalada junto dos danitas. o neto de Moisés tornou-se seu sacerdote, e o cargo continuou a ser exercido na sua família (Jz 18:4-6 e 14 a 31). Gideão também fez uma estola sacerdotal com o ouro tirado ao inimigo, e a colocou em ofra (Jz 8:24-27) – essa estola tornou-se um ídolo que trouxe grande mal a israel e a Gideão.
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Imagem
1) Ídolo (Ex 20:4);
v. FIGURA 1).

2) Semelhança (2Co 4:4);
v. FIGURA 5).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Iniquidade

Dicionário Comum
substantivo feminino Qualidade de iníquo, contrário à equidade, à justiça.
Aquilo que injusto, oposto ao que é justo e igualitário.
Ato ou comportamento contrário à moral, à religião, à igualdade.
Comportamento ou ação perversa e maldosa; malevolência.
Etimologia (origem da palavra iniquidade). Do latim iniquitas.atis.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
Maldade; perversidade
Fonte: Dicionário Adventista

Iniqüidade

Dicionário da Bíblia de Almeida
Iniqüidade Pecado que consiste em não reconhecer igualmente o direito de cada um, em não ser correto, em ser perverso (Sl 25:11); 51.5; (Is 13:11); (Mt 7:23); (He 1:9).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Bíblico
Maldade; perversidade
Fonte: Dicionário Adventista

Jamais

Dicionário Comum
advérbio De maneira nenhuma; em nenhuma circunstância; nunca: jamais falaremos o que nos foi contado.
De jeito nenhum; de impossível realização: jamais irei ao seu casamento.
Qualquer situação; já: a tragédia mais triste que jamais se presenciou.
Etimologia (origem da palavra jamais). Do latim jam magis.
Fonte: Priberam

Dicionário de Sinônimos
nunca. – Entende Roq. que os nossos clássicos confundiram estes dois advérbios e que S. Luiz não aclarou suficientemente a diferença que bem se pode notar entre eles71. Jamais (em relação a coisas futuras, isto é como advérbio de tempo) exprime propriamente a ideia do que se não quer que suceda manifestada por aquele que pode por si próprio fazer alguma coisa e está decidido a não fazê-la pela convicção que tem de que lhe seria prejudicial ou desonrosa. – Nunca exprime particularmente a ideia de que não sucederá uma coisa que se apetece, e não porque ela seja impossível, senão pela desconfiança que tem de sua própria fortuna o sujeito que a deseja. A ideia de jamais refere-se à fortaleza, ao despeito, à indignação. A ideia de nunca respira desconfiança, dúvida, desesperação. Jamais transigirei com meus inimigos – diz um general que espera a vitória à frente de seus contrários. Jamais consentirei que meus direitos sejam menoscabados – diz um rei a seus ministros. Nunca serei feliz – diz um filósofo no retiro de seu gabinete; nunca chegarei a conhecer as causas das coisas; nunca a 71 E no entanto convém ler o que escreveu S. Luiz: Nunca é o latim nunquam “em nenhum tempo”. Jamais é o latim unquam “em tempo algum, vez alguma.” Nunca leva consigo mesmo a negação, faz a proposição negativa. Este homem nunca me tratou mal; nunca me desgostou; nunca me lisonjeou, etc. Jamais pede regularmente a negação expressa, para fazer a proposição negativa. Não farei jamais o que me pedis; não mudarei jamais de resolução; não vos ouvirei jamais. Nunca usa-se mais ordinariamente nas proposições que exprimem um juízo positivo: nunca tal crime cometi; nunca isso me passou pelo sentido. Jamais tem particularmente lugar nas proposições que exprimem interrogação, dúvida, incerteza, etc. Que homem de juízo se agastou jamais sem causa? Não sei que jamais me ofendesse; duvido que tal promessa jamais se realize, etc. Algumas vezes ajuntam-se ambos os vocábulos na mesma frase para dar mais energia à expressão; e dizemos,
v. g.: nunca jamais vos deixarei; isto é – em nenhum tempo, vez alguma vos deixarei. Outras vezes usam-se, um em lugar do outro, como se fossem idênticas as suas significações. Assim dizemos,
v. g. – prometo de jamais vos deixar – tomando jamais por nunca; e dizemos também: – é o melhor homem que nunca vi – tomando nunca por jamais, etc. Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 433 posteridade fará justiça às minhas investigações. Jamais me apartarei de meu propósito; nunca terei recompensa. Numa novela mourisca, diz um cavalheiro namorado: “Jamais de amor esta chama, que ardente vibra em meu peito, poderão apagar os homens, poderão extinguir os tempos.” Nunca espero minha ventura, que esquiva de mim foge. Jamais deixarei de amar-te, porém nunca de amor receberei o prêmio. Quando jamais se refere ao passado, vale o mesmo que nunca; mas tem particular energia, e como que indica uma negação reiterada; como se pode colher dos seguintes exemplos, que se têm em Moraes: “Jamais pude co’o fado ter cautela. Que cítara jamais cantou vitória. Lugar de penas e tormento esquivo, onde jamais se viu contentamento”.
Fonte: Dicio

Justiça

Dicionário Comum
substantivo feminino Particularidade daquilo que se encontra em correspondência (de acordo) com o que é justo; modo de entender e/ou de julgar aquilo que é correto.
O ato de reconhecer o mérito de (algo ou de alguém): a polícia vai fazer justiça neste caso.
Reunião dos organismos que compõem o poder judiciário.
Conjunto de indivíduos que fazem parte da prática da justiça: a justiça precisa buscar melhores condições de trabalho.
Cada uma das seções responsáveis pela administração da justiça; alçada, foro ou instância: Justiça Eleitoral.
Etimologia (origem da palavra justiça). Do latim justitia.ae.
Fonte: Priberam

Dicionário da FEB
A justiça consiste em cada um respeitar os direitos dos demais. [...] o critério da verdadeira justiça está em querer cada um para os outros o que para si mesmo quereria e não em querer para si o que quereria para os outros, o que absolutamente não é a mesma coisa. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 875 e 876

Educado, o sentimento de justiça será o sentimento salvador do indivíduo. Sentimento superior por excelência, no ser humano, ele sobrepuja a todos os outros e, por ser o que se apresenta com maior energia para a ação do indivíduo, é que na justiça procuram apoiar-se todas as injustiças que se cometem.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 3

J J [...] é o santo nome e a senha que desde o princípio dos tempos vêm escritos em todos os espaços e até na mais diminuta criação do Altíssimo. [...] é a Lei Suprema da Criação, sem que deixe de ser, do mesmo modo, o amor, formando com a justiça um todo perfeito.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

[...] A justiça é, acima de tudo, amor que corrige e sabedoria que educa.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 12

[...] É a força harmônica, uma coordenação funcional, adequada da sociedade.
Referencia: LOBO, Ney• Estudos de filosofia social espírita• Rio de Janeiro: FEB, 1992• -

A verdadeira justiça não é a que pune por punir; é a que castiga para melhorar. Tal a justiça de Deus, que não quer a morte do pecador, mas que ele se converta e viva. Por o terem compreendido assim, foi que os nossos jurisconsultos chegaram a formular estes magníficos axiomas: É imoral toda pena que exceda a gravidade do delito. – É imoral toda pena que transpira vingança, com exclusão da caridade. – É imoral a pena quando, por sua natureza, não tende a fazer que o culpado se emende.
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 17a efusão

[...] o sentimento de justiça [...] é [...] o pensamento correto refletindo a eqüidade e a misericórdia que fluem de Cima.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 44

Na definição da Doutrina Espírita, a justiça consiste em respeitar cada um os direitos dos demais. Não somente os direitos consagrados nas legislações humanas, mas todos os direitos natu rais compreendidos no sentido amplo de justiça.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

[...] é fundamento do Universo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 17

[...] a justiça é sempre a harmonia perfeita.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

[...] a justiça, por mais dura e terrível, é sempre a resposta da Lei às nossas próprias obras [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jornada acima

A justiça é uma árvore estéril se não pode produzir frutos de amor para a vida eterna.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz acima• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19

[...] a justiça esclarecida é sempre um credor generoso, que somente reclama pagamento depois de observar o devedor em condições de resgatar os antigos débitos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

Todos nós precisamos da justiça, porque a justiça é a lei, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, a iniqüidade é capaz de premiar o banditismo, em nome do poder. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

Justiça Divina [...] a Justiça de Deus [...] é a própria perfeição.
Referencia: Ó, Fernando do• Almas que voltam• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Epíl•

[...] A Justiça do Pai é equânime e ninguém fica impune ou marginalizado diante de suas leis, mas, ela é, sobretudo, feita de amor e misericórdia, possibilitando ao faltoso renovadas ensanchas de redenção [...].
Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 11

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Justiça
1) Atributo pelo qual, ao tratar com as pessoas, Deus age de acordo com as normas e exigências da perfeição de sua própria natureza (Sl 119:142). Por isso Deus castiga tanto os incrédulos (Dt 33:21); (Sl 96:13) como o seu próprio povo (Sl 50:5-7); (Is 28:17) e, com imparcialidade, socorre os necessitados (Dt 10:17-18); (Sl 72:2)

2) Ato pelo qual Deus, em sua graça e em conformidade com a sua ALIANÇA, selada com o sofrimento, morte e ressurreição de Cristo, perdoa as pessoas fracas, perdidas e sem justiça própria, aceitando-as através da fé (Rm 3:21-26); (1Co 1:30); (2Co 5:21). 3 Qualidade que leva os cristãos a agirem corretamente, de acordo com os mandamentos de Deus (Mq 6:8); (Rom 6:13,19); Ef
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Justiça Nos evangelhos, o termo se reveste de vários significados:

1. A ação salvadora de Deus (Mt 3:15; 21,32), que se manifesta gratuita e imerecidamente (Mt 20ss.).

2. A justificação que Deus faz do pecador, em virtude da fé em Jesus (Mt

9,13; Mc 2:17; Lc 5:32).

3. O comportamento justo de uma pessoa (Mt 6:1ss.), que não deve ter finalidades exibicionistas, que caracteriza os seguidores de Jesus (Mt 6:33) e é fruto do arrependimento. Tal como a praticam certos religiosos — como os escribas e fariseus — é insuficiente para se entrar no Reino dos Céus (Mt 5:20).

Ela parte realmente não do desejo de se ganhar a salvação pelos próprios méritos, mas da gratuidade porque nós já a recebemos.

K. Barth, o. c.; J. Driver, Militantes...; C. Vidal Manzanares, De Pentecostés...

Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Bíblico
Cumprimento das exigências de um relacionamento correto com ele, apagando a culpa deles e lhes creditando justiça (Rm 3:21-22), ajudando-os assim a dedicar-se em prol daquilo que ele declara justo (Rm 6:11-13).
Fonte: Dicionário Adventista

Labareda

Dicionário Comum
substantivo feminino Chama grande, de grandes proporções; língua de fogo.
Figurado Sentimento intenso, impetuoso; impetuosidade, intensidade, ardor: as labaredas de uma paixão.
[Zoologia] Borboleta da família dos ninfalídeos, de habitat costeiro, com asas intensamente alaranjadas, sendo suas lagartas encontradas nas folhas do maracujá; fogo no ar.
substantivo masculino e feminino Pessoa extremamente atarefada, ocupada.
Etimologia (origem da palavra labareda). De origem questionável.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Labareda Chama grande (Is 10:17).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Majestade

Dicionário Comum
substantivo feminino Grandeza suprema: a majestade divina.
Aspecto grandioso, capaz de inspirar respeito; grandiosidade, imponência: ambiente cheio de majestade.
Soberano que detém o poder supremo; soberano.
Expressão de excelência; sublimidade.
Aspecto grave e solene, aparência nobre.
Título particular dos imperadores e dos reis cujas dinastias eram passadas por hereditariedade: Sua Majestade a Imperatriz.
Etimologia (origem da palavra majestade). Do latim majestas, atis “grandeza, dignidade, importância”.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Majestade
1) Grandeza suprema; esplendor grandioso (Sl 104:1; At 19:27).


2) Título de Deus, o poder supremo (Hc 8:1).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Maneiras

Dicionário Comum
maneira | s. f. | s. f. pl.
fem. pl. de maneiro

ma·nei·ra
(latim popular manuaria, feminino de manuarius, -a, -um, relativo a mão, modo adequado de fazer algo)
nome feminino

1. Aparência ou configuração exterior. = FEIÇÃO, MODO

2. Modo de ser ou de agir. = FEITIO

3. Método ou processo de se realizar alguma coisa. = ARTE, MEIO, MODO

4. Modo particular que alguém tem de fazer algo. = ESTILO, JEITO

5. Circunstância ou altura propícia. = OPORTUNIDADE

6. Carácter ou estilo das obras de um artista ou escritor.

7. [Regionalismo] Braguilha das calças do homem.

8. [Regionalismo] Abertura lateral ou posterior dos vestidos ou das saias que permite que passem pelos ombros ou pelas ancas.


maneiras
nome feminino plural

9. Afabilidade de trato. = LHANEZA

10. Forma de se comportar com educação (ex.: tenha maneiras, menina!). = MODOS


à maneira
[Informal] De acordo com determinados preceitos que se consideram correctos ou bons (ex.: foi uma festa mesmo à maneira).

boas maneiras
Comportamento educado (ex.: faz isso com boas maneiras, por favor). = BONS MODOS, EDUCAÇÃO

de maneira alguma
O mesmo que de maneira nenhuma.

de maneira nenhuma
Expressão usada para negar de forma absoluta; em nenhuma circunstância. = JAMAIS, NUNCA

de qualquer maneira
Sem atenção, sem cuidado ou sem ordem (ex.: fez a reparação de qualquer maneira e agora avariou outra vez).

Independentemente das circunstâncias ou condições (ex.: ele tinha de ir vê-la ao hospital de qualquer maneira).

Em resumo ou em conclusão (ex.: de qualquer maneira, não vamos aceitar esta situação).

Indica oposição a uma outra ideia exposta, mas que não é impeditiva (ex.: de qualquer forma, ele foi novamente eleito).

de maneira que
Indica o fim, o objectivo ou a consequência de determinada acção (ex.: fale alto, de maneira que se oiça no fundo da sala; de maneira que estivemos a conversar durante horas). = DE FORMA QUE, DE MODO QUE


ma·nei·ro
(alteração de maneira)
adjectivo
adjetivo

1. Manejável.

2. Portátil (por ser pequeno e leve).

3. Que vem comer à mão.

4. [Brasil] Que se movimenta com facilidade ou rapidez. = ÁGIL, LIGEIRO

5. [Brasil, Informal] Que denota qualidades positivas (ex.: hotel maneiro, viagem maneira, gente maneira). = BACANA, LEGAL

Fonte: Priberam

Manto

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Manto Nos evangelhos, a palavra refere-se a uma peça retangular de linho ou de lã, sem costuras, com duas aberturas para deixar passar os braços e que se jogava nos ombros ou se enrolava ao redor do corpo. Consistia na indumentária externa, em contraposição à interna ou túnica (Mt 24:18; Mc 13:16; Lc 22:36). Costumava ser levantada para dar maior liberdade de movimentos (Mt 24:18; Mc 10:50). À noite, podia desempenhar as funções de uma manta (Mt 24:12ss.; Mt 5:40; Lc 6:29). No plural, corresponde simplesmente a roupas (Mt 17:2; 21,7ss.; 26,65; 27,31; Mc 5:28-30; 9,3; 11,7ss.; 15,20; 15,24; Lc 7:25; 9,29; 19,35ss.; 23,34; 24,4; Jo 13:4.12; 19,2; 19,23ss.).
Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Comum
substantivo masculino Manto terrestre; parte que compõe o globo terrestre, situado entre a litosfera e o núcleo: o manto da Terra.
Figurado O que é usado para cobrir; que recobre: o manto azul do céu.
Figurado Escuridão; em que há trevas: o manto da noite.
Figurado Disfarce; motivo que se diz para esconder a verdadeira razão.
Vestuário. Capa grande que, presa aos ombros, é usada em atos solenes.
Vestuário. Capa comprida e sem mangas que se usa para proteger a cabeça, descendo até ao tronco.
Vestuário. Hábito das freiras; roupa própria usada por algumas religiosas.
[Zoologia] Membrana que se localiza, nos moluscos, entre a concha e o corpo.
[Zoologia] Pelagem cuja coloração se difere do restante do corpo de alguns animais.
Etimologia (origem da palavra manto). Do latim mantus; mantum.i.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Manto Peça de roupa que reis, autoridades civis e religiosas e pessoas ricas vestiam por cima das outras roupas (1Sm 24:4); (Lc 23:11), RA). V. CAPA.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Bíblico
A coberta com que Jael cobriu Sísera (Jz 4:18) era uma espécie de chale ou manto, como os que ainda hoje usam geralmente os árabes, quando fazem as suas camas numa tenda. A capa que tinha Samuel quando foi chamado dos mortos pela feiticeira de En-Dor, e por meio da qual Saul o reconheceu, era a túnica sacerdotal, ou a veste que oficialmente ele usava (1 Sm 28.14). Elias tinha um manto que envolvia os seus ombros, e que, com uma tira de couro em volta dos seus rins, constituía todo o seu vestuário (1 Rs 19.13,19 – 2 Rs 2.8,13,14).
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário Comum
substantivo masculino Manto terrestre; parte que compõe o globo terrestre, situado entre a litosfera e o núcleo: o manto da Terra.
Figurado O que é usado para cobrir; que recobre: o manto azul do céu.
Figurado Escuridão; em que há trevas: o manto da noite.
Figurado Disfarce; motivo que se diz para esconder a verdadeira razão.
Vestuário. Capa grande que, presa aos ombros, é usada em atos solenes.
Vestuário. Capa comprida e sem mangas que se usa para proteger a cabeça, descendo até ao tronco.
Vestuário. Hábito das freiras; roupa própria usada por algumas religiosas.
[Zoologia] Membrana que se localiza, nos moluscos, entre a concha e o corpo.
[Zoologia] Pelagem cuja coloração se difere do restante do corpo de alguns animais.
Etimologia (origem da palavra manto). Do latim mantus; mantum.i.
Fonte: Priberam

Maís

Dicionário Comum
substantivo masculino Variedade de milho graúdo, bem desenvolvido.
Não confundir com: mais.
Etimologia (origem da palavra maís). Do espanhol maíz.
Fonte: Priberam

Mesmo

Dicionário Comum
adjetivo Exprime semelhança, identidade, paridade: eles têm o mesmo gosto.
O próprio, não outro (colocado imediatamente depois de substantivo ou pronome pessoal): Ricardo mesmo me abriu a porta; uma poesia de Fernando Pessoa, ele mesmo.
Utilizado de modo reflexivo; nominalmente: na maioria das vezes analisava, criticava-se a si mesmo.
Que possui a mesma origem: nasceram na mesma região.
Imediatamente referido: começou a trabalhar em 2000, e nesse mesmo ano foi expulso de casa.
substantivo masculino Que ocorre da mesma forma; a mesma coisa e/ou pessoa: naquele lugar sempre acontece o mesmo; ela nunca vai mudar, vai sempre ser a mesma.
conjunção Apesar de; embora: mesmo sendo pobre, nunca desistiu de sonhar.
advérbio De modo exato; exatamente, justamente: pusemos o livro mesmo aqui.
De maneira segura; em que há certeza: sem sombra de dúvida: os pastores tiveram mesmo a visão de Nossa Senhora!
Ainda, até: chegaram mesmo a negar-me o cumprimento.
locução conjuntiva Mesmo que, ainda que, conquanto: sairei, mesmo que não queiram.
locução adverbial Na mesma, sem mudança de situação apesar da ocorrência de fato novo: sua explicação me deixou na mesma.
Etimologia (origem da palavra mesmo). Do latim metipsimus.
Fonte: Priberam

Ministros

Dicionário Comum
masc. pl. de ministro

mi·nis·tro
nome masculino

1. Servidor, servo.

2. Ministrante.

3. Executador.

4. Pastor protestante.

5. Personagem a quem o chefe do Estado confia a administração de um dos ramos da causa pública.

6. Representante de uma nação em corte estrangeira.


ministro sem pasta
[Política] Membro do Conselho de Ministros quando não tem a seu cargo algum dos ministérios.


Ver também dúvida linguística: pronúncia de ridículo, de ministro e de vizinho.
Fonte: Priberam

Mundo

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Mundo 1. O universo, o cosmo (Jo 1:10; 17,5; 21,25).

2. O lugar onde o ser humano habita (Mt 4:8; 16,26; 26,13; Lc 12:30).

3. O gênero humano que está perdido e é mau (Jo 12:31; 14,30), mas a quem Deus ama e manifesta seu amor ao enviar seu Filho, para que todo aquele que nele crê não se perca, mas tenha vida eterna (Jo 3:16; 1,29; 6,51). Jesus vence o mundo entendido como humanidade má e decaída, oposta a Deus e a seus desígnios (Jo 3:17; 4,42; 12,47; 16,11.33). Os discípulos estão neste mundo, todavia não participam dele (Jo 8:23; 9,5; 17,11.15ss.). Sinal disso é que se negam a combater (Jo 18:36).

4. O mundo vindouro é o Olam havah hebraico, o novo tempo, a nova era que se inaugurará após o triunfo definitivo do messias (Mt 12:32; Mc 10:30; Lc 20:35).

Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Comum
substantivo masculino Conjunto de tudo que existe, os astros e planetas; universo.
Planeta Terra e tudo o que nele existe; lugar onde vive o homem.
Conjunto de indivíduos que formam um agrupamento humano determinado; designação da espécie humana.
Figurado Organização, companhia, instituição ou empresa de tamanho notável; em que há abundância: esta loja é um mundo!
Seção restrita de um âmbito do conhecimento ou atividade: mundo da música.
Religião A vida que não se relaciona aos preceitos religiosos; vida mundana: deixou o mundo pela fé.
Figurado Número indefinido de pessoas: um mundo de gente!
Conjunto de pessoas notáveis pela sua origem, pela fortuna, pela situação social; classe social: não fazem parte do mesmo mundo.
adjetivo Excessivamente limpo; asseado.
Etimologia (origem da palavra mundo). Do latim mundus.i.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Mundo
1) A terra (Sl 24:1).


2) O conjunto das nações conhecidas (1Rs 10:23, RA).


3) A raça humana (Sl 9:8; Jo 3:16; At 17:31).


4) O universo (Rm 1:20).


5) Os ímpios e maus, que se opõem a Deus (Jo 15:18) e têm o Diabo como seu chefe (Jo 12:31).


6) Os habitantes do Império Romano (Lc 2:1).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Sinônimos
universo, orbe. – Tratando de mundo e universo é Roq. mais completo que S. Luiz. “Chama-se mundo e universo” – diz ele – “o céu e a terra considerados como um todo. A palavra universo conserva sempre esta significação; porém a palavra mundo tem muitas acepções diferentes. – Universo é uma palavra necessária para indicar positivamente este conjunto de céu e terra, sem relação com as outras acepções de mundo. – Mundo toma-se particularmente pela terra com suas diferentes partes, pelo globo terrestre; e neste sentido se diz: ‘dar volta ao mundo’: o que não significa dar – volta ao universo. – Mundo toma-se também pela totalidade dos homens, por um número considerável deles, etc.; e em todas estas acepções não se compreende mais que uma parte do universo. – Universo, ao contrário, é uma palavra que encerra, debaixo da ideia de um só ser, todas as partes do mundo, e representa o agregado de todas as coisas criadas, com especial relação à natureza física. Diz-se que Jesus Cristo remiu o mundo; mas não – que remiu o universo; o velho e o novo mundo, e não – o velho e o novo universo; neste mundo, isto é, na terra, nesta vida, e não – neste universo, porque não há senão um e mesmo universo”. – Só figuradamente pode aplicar-se a palavra universo fora dessa rigorosa significação, ou sem atenção a ela. – Dizemos, por exemplo: – o universo moral; em psicologia estamos em presença de um universo novo, para significar, no primeiro caso – a totalidade das leis morais; e no segundo – as novas noções a que ascende a consciência humana à medida que vai desvendando no universo coisas que nos têm parecido misteriosas. – Orbe toma-se pelo mundo, e refere-se mais particularmente à superfície do globo, dando ideia da sua amplitude. Em todo o orbe não se encontrou nunca uma alma em cujo fundo não estivesse a ideia de uma justiça eterna, isto é, superior às contingências do mundo. – Mundo, neste exemplo, significa portanto – a comunhão dos homens, a consciência humana – móvel no tempo e no espaço; enquanto que orbe diz toda a superfície do nosso globo.
Fonte: Dicio

Dicionário da FEB
[...] todos esses mundos são as moradas de outras sociedades de almas. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 14

[...] O mundo é escola, e na sua condição de educandário desempenha papel primacial para a evolução, em cujo bojo encontra-se o objetivo de tornar o Cristo interno o verdadeiro comandante das ações e dos objetivos inarredáveis da reencarnação.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Frustração

[...] cada mundo é um vasto anfiteatro composto de inúmeras arquibancadas, ocupadas por outras tantas séries de seres mais ou menos perfeitos. E, por sua vez, cada mundo não é mais do que uma arquibancada desse anfiteatro imenso, infinito, que se chama Universo. Nesses mundos, nascem, vivem, morrem seres que, pela sua relativa perfeição, correspondem à estância mais ou menos feliz que lhes é destinada. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 8a efusão

[...] mundos incontáveis são, como disse Jesus, as muitas moradas da Casa do Eterno Pai. É neles que nascem, crescem, vivem e se aperfeiçoam os filhos do criador, a grande família universal... São eles as grandes escolas das almas, as grandes oficinas do Espírito, as grandes universidades e os grandes laboratórios do Infinito... E são também – Deus seja louvado – os berços da Vida.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

[...] vasta escola de regeneração, onde todas as criaturas se reabilitam da trai ção aos seus próprios deveres. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Boa nova• Pelo Espírito Humberto de Campos• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 13

O mundo é uma associação de poderes espirituais.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] os mundos [são] laboratórios da vida no Universo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O mundo, em todo tempo, é uma casa em reforma, com a lei da mudança a lhe presidir todos os movimentos, através de metamorfoses e dificuldades educativas.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 40

Fonte: febnet.org.br

Dicionário Comum
substantivo masculino Conjunto de tudo que existe, os astros e planetas; universo.
Planeta Terra e tudo o que nele existe; lugar onde vive o homem.
Conjunto de indivíduos que formam um agrupamento humano determinado; designação da espécie humana.
Figurado Organização, companhia, instituição ou empresa de tamanho notável; em que há abundância: esta loja é um mundo!
Seção restrita de um âmbito do conhecimento ou atividade: mundo da música.
Religião A vida que não se relaciona aos preceitos religiosos; vida mundana: deixou o mundo pela fé.
Figurado Número indefinido de pessoas: um mundo de gente!
Conjunto de pessoas notáveis pela sua origem, pela fortuna, pela situação social; classe social: não fazem parte do mesmo mundo.
adjetivo Excessivamente limpo; asseado.
Etimologia (origem da palavra mundo). Do latim mundus.i.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
Cinco palavras se traduzem por ‘mundo’ no A. T., e quatro no N. T. No A. T. a mais usada, ‘tebel’, implica uma terra fértil e habitada (como no Sl 33:8is 27:6). Eretz, usualmente ‘terra’ (como em Gn 1:1), quatro vezes aparece vertida na palavra ‘mundo’. No N. T. o termo que se vê com mais freqüência é Koamoa. Esta palavra implicava primitivamente a ‘ordem’ e foi posta em uso na filosofia de Pitágoras para significar o mundo ou o Universo, no seu maravilhoso modo de ser em oposição ao caos. No evangelho de S. João quer dizer ‘mundo’ nos seus vários aspectos, isto é: a parte dos entes, ainda separados de Deus, a Humanidade como objeto dos cuidados de Deus, e a Humanidade em oposição a Deus (*veja, por exemplo, Jo 1:9 – 3.16 – 14.17 – 1 Jo 2:2-15 – 5.19). Depois de kosmos, a palavra mais usada é aiõn, que originariamente significava a duração da vida, e também eternidade, uma época, ou mesmo certo período de tempo. Emprega-se no sentido de ‘fim do mundo’ (Mt 13:49), ‘Este mundo’ (idade), e o ‘Século vindouro’ (Mt 12:32Mc 4:19Lc 18:30 – Rm 1L
2) – e em Hebreus 1:2-11.3, é o ‘mundo’, como feito pelo Filho. oikoumene, significando o mundo habitado, especialmente o império Romano, ocorre em Mt 24:14Lc 2:1At 17:6Ap 12:9, etc. Gê, a terra, aparece somente em Ap 13:3.
Fonte: Dicionário Adventista

Mãos

Dicionário Comum
substantivo feminino plural Membros superiores do corpo humano que vai dos punhos até à extremidade dos dedos: o ser humano tem duas mãos com cinco dedos cada uma.
[Zoologia] Extremidade dos membros superiores de alguns animais; patas.
Figurado Em que há posse, domínio, poder, autoridade: o poder sempre está nas mãos de irresponsáveis.
Etimologia (origem da palavra mãos). Plural de mão, do latim manu, "mão".
Fonte: Priberam

Nome

Dicionário da Bíblia de Almeida
Nome Palavra que designa uma pessoa ou coisa. Nos tempos bíblicos o nome, às vezes, estava relacionado com algum fato relativo ao nascimento (Gn 35:18
v. BENONI); outras vezes expressava uma esperança ou uma profecia (Os 1:6; Mt 1:21-23). Era costume, no tempo de Jesus, o judeu ter dois nomes, um hebraico e outro romano (At 13:9). Partes dos nomes de Deus entravam, às vezes, na composição dos nomes (v. ELIAS, JEREMIAS, JESUS). Na invocação do nome de Deus chama-se a sua pessoa para estar presente, abençoando (Nu 6:22-27; Mt 28:19; Fp 6:24). Tudo o que é feito “em nome” de Jesus é feito pelo seu poder, que está presente (At 3:6; 4:10-12). Na oração feita “em nome de Jesus” ele intercede por nós junto ao Pai (Jo 15:16; Rm 8:34). Em muitas passagens “nome” indica a própria pessoa (Sl 9:10).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Comum
substantivo masculino Denominação; palavra ou expressão que designa algo ou alguém.
A designação de uma pessoa; nome de batismo: seu nome é Maria.
Sobrenome; denominação que caracteriza a família: ofereceu seu nome.
Família; denominação do grupo de pessoas que vivem sob o mesmo teto ou possuem relação consanguínea: honrava seu nome.
Fama; em que há renome ou boa reputação: tinha nome na universidade.
Apelido; palavra que caracteriza alguém.
Quem se torna proeminente numa certa área: os nomes do cubismo.
Título; palavra ou expressão que identifica algo: o nome de uma pintura.
Gramática Que designa genericamente os substantivos e adjetivos.
Etimologia (origem da palavra nome). Do latim nomen.inis.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
Entre os hebreus dava-se o nome auma criança, umas vezes quando nascia (Gn 35:18), e outras quando se circuncidava (Lc 1:59), fazendo a escolha ou o pai, ou a mãe (Gn 30:24Êx 2:22Lc 1:59-63). Algumas vezes o nome tinha referência a certas circunstâncias relacionadas com o nascimento ou o futuro da criança, como no caso de isaque (Gn 21:3-6), de Moisés (Êx 2:10), de Berias (1 Cr 7.23). isto era especialmente assim com os nomes compostos de frases completas, como em is 8:3. Acontecia, também, que certos nomes de pessoas sugeriam as suas qualidades, como no caso de Jacó (Gn 27:36) e Nabal (1 Sm 25.25). Eram por vezes mudados os nomes, ou aumentados, em obediência a certas particularidades, como no caso de Abrão para Abraão (Gn 17:5), de Gideão para Jerubaal (Jz 6:32), de Daniel para Beltessazar (Dn 1:7), e de Simão, Pedro (Mt 16:18). Alem disso, devemos recordar que, segundo a mentalidade antiga, o nome não somente resumia a vida do homem, mas também representava a sua personalidade, com a qual estava quase identificado. E por isso a frase ‘em Meu nome’ sugere uma real comunhão com o orador Divino. Houve lugares que receberam o seu nome em virtude de acontecimentos com eles relacionados, como Babel (Gn 11:9), o Senhor proverá (Gn 22:14), Mara (Êx 15:23), Perez-Uzá (2 Sm 6.8), Aceldama (At l.19). Para o nome de Deus, *veja Jeová, Senhor.
Fonte: Dicionário Adventista

Não

Dicionário Comum
advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
Fonte: Priberam

Obra

Dicionário Comum
substantivo feminino O resultado da ação, ou do trabalho.
Edifício em construção.
[Popular] Excremento humano.
substantivo feminino plural Ações, atos humanos.
Reparos de certo vulto, em prédio, pontes, viadutos, estradas etc.
Fonte: Priberam

Dicionário da FEB
ESPÍRITA ver LIVRO ESPÍRITA, OBRA DE JESUS e EVANGELHO
Referencia:

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Obra
1) Feito realizado por Deus ou por uma pessoa; trabalho (Gn 2:2; Ex 20:9; Mt 5:16).


2) Trabalho de ARTÍFICE (Ex 27:16).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Pai

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Pai Ver Abba, Deus, Família, Jesus, Trindade.
Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Bíblico
Esta palavra, além da sua significação geral, toma-se também na Escritura no sentido de avô, bisavô, ou fundador de uma família, embora remota. Por isso os judeus no tempo de Jesus Cristo chamavam pais a Abraão, isaque e Jacó. Jesus Cristo é chamado o Filho de Davi, embora este rei estivesse distante dele muitas gerações. Pela palavra ‘pai’ também se compreende o instituidor, o mestre, o primeiro de uma certa profissão. Jabal ‘foi o pai dos que habitam nas tendas e possuem gado’. E Jubal ‘foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta’ (Gn 4:20-21). Também se emprega o termo no sentido de parentesco espiritual bom ou mau – assim, Deus é o Pai da Humanidade. o diabo é cognominado o pai da mentira (Jo 8:44). Abraão é o pai dos crentes. É igualmente chamado ‘o pai de muitas nações’, porque muitos povos tiveram nele a sua origem. Na idade patriarcal a autoridade do pai na família era absoluta, embora não tivesse o poder de dar a morte a seus filhos (Dt 21:18-21).
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Pai Maneira de falar de Deus e com Deus. No AT Deus tratava o povo de Israel como seu filho (Ex 4:22); (Dt 1:31); 8.5; (Os 11:1). Jesus chamava Deus de “Pai” (Jo 5:17). Ele ensinou que todos aqueles que crêem nele são filhos de Deus (Jo 20:17). Ver também (Mt 6:9) e Rm
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário da FEB
Os pais não são os construtores da vida, porém, os médiuns dela, plasmando-a, sob a divina diretriz do Senhor. Tornam-se instrumentos da oportunidade para os que sucumbiram nas lutas ou se perderam nos tentames da evolução, algumas vezes se transformando em veículos para os embaixadores da verdade descerem ao mundo em agonia demorada.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso P de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 12

Os pais da Terra não são criadores, são zeladores das almas, que Deus lhes confia, no sagrado instituto da família.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Ser pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 46

[...] [Os pais são os] primeiros professores [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 16

Fonte: febnet.org.br

Dicionário Comum
substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
Fonte: Priberam

Palavra

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Palavra Esse conceito tem uma importância fundamental nos evangelhos. Jesus não menciona a palavra de Deus; apenas afirma “porém eu vos digo” (Mt 5:22.28). Essa palavra (logos) é a primeira causa de surpresa e de espanto entre seus contemporâneos (Lc 4:36). Com ela, Jesus faz milagres (Mt 8:8.16), frutos da fé nessa palavra (Jo 4:50-53). É também verbalmente que perdoa os pecados (Mt 9:1-7) e transmite autoridade (Mt 18:18; Jo 20:23). Diante dela, as pessoas devem tomar uma decisão (Mt 7:24-27; 13,23) e isso faz com que se dividam (Mc 8:38). Para João, o evangelista, Jesus é a Palavra (Logos — Memrá) que é Deus (Jo 1:1) e que se fez carne (Jo 1:11.
14) para revelar o Pai e salvar o homem (Jo 1:18; 3,34; 12,50; 17,8.14).
Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário da Bíblia de Almeida
Palavra
1) Expressão, falada ou escrita, de pensamento (Sl 5:1; Ap 21:5).


2) Mensagem de Deus (Jr 1:4; Rm 3:2, RC).


3) As Escrituras Sagradas do AT, especialmente a LEI 2, (Sl 119).


4) A mensagem do evangelho (Gl 6:6).


5) O VERBO (Jo 1:1, NTLH). Jesus é mais do que expressão falada: ele é Deus em ação, criando (Gn 1:3), se revelando (Jo 10:30) e salvando (Sl 107:19-20; 1Jo 1:1-2).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário da FEB
A palavra é um dom divino, quando acompanhada dos atos que a testemunhem [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 124

[...] O verbo é a projeção do pensamento criador.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

[...] a palavra é, sem dúvida, a continuação de nós mesmos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

A palavra é dom sagrado, / É a ciência da expressão / Não deve ser objeto / De mísera exploração.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] O verbo mal conduzido é sempre a raiz escura de grande parte dos processos patogênicos que flagelam a Humanidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

O verbo gasto em serviços do bem é cimento divino para realizações imorredouras. Conversaremos, pois, servindo aos nossos semelhantes de modo substancial, e nosso lucro será crescente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

Veículo magnético, a palavra, dessa maneira, é sempre fator indutivo, na origem de toda realização.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

O verbo é plasma da inteligência, fio da inspiração, óleo do trabalho e base da escritura.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

Em tudo quanto converses, / Toma o bem por tua escolta. / Toda palavra é um ser vivo / Por conta de quem a solta.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

A palavra é o instrumento mágico que Deus nos confia.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23

[...] a palavra é precioso dom que Deus concede para auxílio ao nosso progresso geral, nossa felicidade e nossa alegria, mas jamais para o insulto e a afronta contra o que quer que seja dentro da Criação, nem mesmo ao mais abjeto verme, e ainda menos contra o Criador de todas as coisas [...].
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• À luz do Consolador• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB• 1997• - Blasfêmia

Fonte: febnet.org.br

Dicionário Etimológico
Do latim parabola, que significa “discurso” ou “fala”.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

Dicionário Comum
substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.
Fonte: Priberam

País

Dicionário Comum
substantivo masculino Local de nascimento; coletividade, social e política, da qual alguém faz parte; pátria ou terra: meu país é o Brasil.
Área política, social e geograficamente demarcada, sendo povoada por indivíduos com costumes, características e histórias particulares.
Designação de qualquer extensão de terra, local, território ou região.
Reunião das pessoas que habitam uma nação.
Reunião do que está relacionado com um grupo de pessoas, situação econômica, hábitos culturais, comportamentais, morais etc.; meio.
Figurado Local cujos limites não foram demarcados; lugar: país das maravilhas.
Etimologia (origem da palavra país). Do francês pays/ pelo latim pagensis.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo masculino Local de nascimento; coletividade, social e política, da qual alguém faz parte; pátria ou terra: meu país é o Brasil.
Área política, social e geograficamente demarcada, sendo povoada por indivíduos com costumes, características e histórias particulares.
Designação de qualquer extensão de terra, local, território ou região.
Reunião das pessoas que habitam uma nação.
Reunião do que está relacionado com um grupo de pessoas, situação econômica, hábitos culturais, comportamentais, morais etc.; meio.
Figurado Local cujos limites não foram demarcados; lugar: país das maravilhas.
Etimologia (origem da palavra país). Do francês pays/ pelo latim pagensis.
Fonte: Priberam

Pessoa

Dicionário Comum
substantivo feminino Ser humano; quem pertence à espécie humana; criatura.
[Jurídico] Indivíduo a quem se atribuem deveres e direitos.
Gramática Classe gramatical que determina quem fala, primeira pessoa; com quem se fala, segunda pessoa; e sobre o que se fala, terceira pessoa.
Personagem; quem se distingue; sujeito respeitável.
Individualidade; característica própria que distingue alguém.
Religião Catolicismo. Designação das divindades que compõem a Santíssima Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
Etimologia (origem da palavra pessoa). Do latim persona.
Fonte: Priberam

Poder

Dicionário da Bíblia de Almeida
Poder
1) Força física (Dn 8:6), RA).

2) Domínio (Jz 13:5), RA).

3) Autoridade para agir (Sl 62:11); (Rm 9:22).

4) Força espiritual (Mq 3:8), RA; (At 1:8).

5) Espírito, seja bom ou mau (Ef 1:21); (1Pe 3:22), RA).

6) Espírito mau (1Co 15:24), RA). V. POTESTADE e PRINCIPADO.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Poder Nos evangelhos, encontra-se a afirmativa de que este mundo é campo de batalha entre dois poderes, não humanos, mas espirituais: o de Deus e o de Satanás e seus demônios. Ante essa realidade espiritual, as demais análises são superficiais e fora de foco. Jesus manifesta o poder de Deus nos milagres (Mt 12:22-30; Lc 19:37). É um poder que reside nele e dele sai (Mc 5:30; Lc 4:14), que vence o mal (Mc 3:26ss.; Lc 10:19) e que ele confia a seus discípulos (Mc 16:17).

Quanto ao poder político, os evangelhos consideram-no controlado pelo diabo — que o ofereceu a Jesus (Lc 4:5-8) — e afirmam que esse poder é incompatível com a missão de Jesus. Este o repudiou (Jo 6:15) e claramente declarou que seu Reino não era deste mundo (Jo 18:36-37). Os discípulos não devem copiar os padrões de conduta habituais na atividade política e sim tomar como exemplo a conduta de Jesus como Servo de YHVH (Lc 22:24-30).

Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Comum
verbo transitivo direto e intransitivo Possuir a capacidade ou a oportunidade de: podemos fazer o trabalho; mais pode o tempo que a pressa.
verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Ter habilidade (física, moral ou intelectual) de; exercer influência sobre: ele pode nadar muitos quilômetros; o diretor pensa que pode.
verbo transitivo direto Ser autorizado para; ter permissão para: os adolescentes não podem beber.
Possuir o necessário para: eles podiam trabalhar.
Estar sujeito a: naquele temporal, o atleta pode se machucar.
Ter possibilidade
(s): para alcançar (alguma coisa); conseguir: com a queda do adversário, o oponente pôde ganhar.

Demonstrar calma e paciência para: ele está sempre agitado, não se pode acalmar nunca?
Possuir excesso de vigor para: eles puderam vencer os obstáculos.
Estar autorizado moralmente para; ter um pretexto ou justificação para: tendo em conta seu excesso de conhecimento, podia conseguir o emprego.
Possuir características necessárias para aguentar (alguma coisa): nunca pôde ver acidentes.
Possuir a chance ou a vontade de: não puderam entrevistar o presidente.
Demonstrar controle acerca de: o professor não pode com os alunos desobedientes.
substantivo masculino Autorização ou capacidade de resolver; autoridade.
Ação de governar um país, uma nação, uma sociedade etc.: poder déspota.
Esse tipo de poder caracterizado por seus efeitos: poder presidencial.
Capacidade de realizar certas coisas; faculdade: nunca teve o poder de fazer amigos.
Superioridade absoluta utilizada com o propósito de chefiar, governar ou administrar, através do uso de influência ou de obediência.
Ação de possuir (alguma coisa); posse.
Atributo ou habilidade de que alguma coisa consiga realizar certo resultado; eficácia: o poder nutritivo do espinafre é excelente.
Característica ou particularidade da pessoa que se demonstra capaz de; perícia: o palestrante tinha o poder de encantar o público.
Excesso de alguma coisa; abundância: um poder de tiros que se alastrou pelo bairro.
Força, energia, vitalidade e potência.
Etimologia (origem da palavra poder). Do latim possum.potes.potùi.posse/potēre.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
verbo transitivo direto e intransitivo Possuir a capacidade ou a oportunidade de: podemos fazer o trabalho; mais pode o tempo que a pressa.
verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Ter habilidade (física, moral ou intelectual) de; exercer influência sobre: ele pode nadar muitos quilômetros; o diretor pensa que pode.
verbo transitivo direto Ser autorizado para; ter permissão para: os adolescentes não podem beber.
Possuir o necessário para: eles podiam trabalhar.
Estar sujeito a: naquele temporal, o atleta pode se machucar.
Ter possibilidade
(s): para alcançar (alguma coisa); conseguir: com a queda do adversário, o oponente pôde ganhar.

Demonstrar calma e paciência para: ele está sempre agitado, não se pode acalmar nunca?
Possuir excesso de vigor para: eles puderam vencer os obstáculos.
Estar autorizado moralmente para; ter um pretexto ou justificação para: tendo em conta seu excesso de conhecimento, podia conseguir o emprego.
Possuir características necessárias para aguentar (alguma coisa): nunca pôde ver acidentes.
Possuir a chance ou a vontade de: não puderam entrevistar o presidente.
Demonstrar controle acerca de: o professor não pode com os alunos desobedientes.
substantivo masculino Autorização ou capacidade de resolver; autoridade.
Ação de governar um país, uma nação, uma sociedade etc.: poder déspota.
Esse tipo de poder caracterizado por seus efeitos: poder presidencial.
Capacidade de realizar certas coisas; faculdade: nunca teve o poder de fazer amigos.
Superioridade absoluta utilizada com o propósito de chefiar, governar ou administrar, através do uso de influência ou de obediência.
Ação de possuir (alguma coisa); posse.
Atributo ou habilidade de que alguma coisa consiga realizar certo resultado; eficácia: o poder nutritivo do espinafre é excelente.
Característica ou particularidade da pessoa que se demonstra capaz de; perícia: o palestrante tinha o poder de encantar o público.
Excesso de alguma coisa; abundância: um poder de tiros que se alastrou pelo bairro.
Força, energia, vitalidade e potência.
Etimologia (origem da palavra poder). Do latim possum.potes.potùi.posse/potēre.
Fonte: Priberam

Dicionário da FEB
O poder, na vida, constitui o progresso. O poder é um atributo da sabedoria; a sabedoria a resultante da experiência; a experiência o impulsor de aperfeiçoamento; o aperfeiçoamento o dinamismo do progresso.
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 3, cap• 15

Fonte: febnet.org.br

Porventura

Dicionário Comum
advérbio Demonstra que o falante expressa, no plano hipotético, o teor da oração que pretende modificar; por hipótese, por acaso: se porventura ela aparecer, você me chama?
Em frases interrogativas, geralmente em interrogações retóricas; por casualidade: o professor é porventura o escritor deste livro? Porventura seguiremos unidos até o final?
Etimologia (origem da palavra porventura). Por + ventura.
Fonte: Priberam

Primogênito

Dicionário da FEB
[...] Filho primogênito o mesmo é que filho único, no verdadeiro sentido da palavra hebraica. [...]
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Primogênito O filho mais velho (Ex 13:2; Lc 2:7).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Bíblico
Eram diversos os privilégios que o primogênito ou o filho mais velho possuía. Era consagrado ao Senhor (Êx 22:29), e segundo a Lei devia ser remido por meio de uma oferta de valor até cinco siclos, dentro de um mês desde o seu nascimento. Era-lhe dada uma dobrada porção da herança que lhe cabia (Dt 21:17). o filho primogênito era, por via de regra, o sucessor do rei, no trono (2 Cr 21.3). Podiam, contudo, os privilégios inerentes à primogenitura ser perdidos por má conduta, como no caso de Esaú (Gn 27:37). Entre os animais era também votado a Deus o primogênito macho (Êx 13:2-12,13 – 22.29 – 34.19,20).
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário Comum
substantivo masculino Aquele que é o primeiro filho do casal; o filho mais velho: qual a idade do seu primogênito?
adjetivo Que é o primeiro filho em relação aos irmãos.
Etimologia (origem da palavra primogênito). Do latim primogenitus.a.um.
Fonte: Priberam

Princípio

Dicionário Comum
substantivo masculino O começo; o que ocorre ou existe primeiro que os demais: princípio dos tempos.
Início de uma ação ou processo: no princípio do trabalho era mais feliz.
O que fundamenta ou pode ser usado para embasar algo; razão: em que princípio se baseia seu texto?
Informação básica e necessária que fundamenta uma seção de conhecimentos: princípios da matemática.
[Física] Lei de teor geral que exerce um papel importantíssimo na prática e desenvolvimento de uma teoria, a partir da qual outras se derivam.
[Lógica] Proposição imprescindível para que um raciocínio seja fundamentado.
[Filosofia] Razão ou efeito de uma ação; proposição usada numa dedução.
substantivo masculino plural Regra, norma moral: esse menino não tem princípios.
Etimologia (origem da palavra princípio). Do latim principium.ii.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
princípio s. .M 1. Momento em que uma coisa tem origem; começo. 2. Causa primária; razão, base. 3. Momento em que se faz alguma coisa pela primeira vez. 4. Regra, lei, preceito. 5. Ditame moral, sentença, máxima. 6. Teoria. 7. Quí.M e Far.M Substância química que figura numa mistura. S. .M pl. 1. Os antecedentes. 2. As primeiras épocas da vida. 3. Doutrinas fundamentais ou opiniões predominantes.
Fonte: Priberam

Purificação

Dicionário Comum
substantivo feminino Ato ou efeito de purificar.
Religião católica Cerimônia que precede a ablução, no ato da missa.
Festa em honra da Santa Virgem, no dia 2 de fevereiro.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
As purificações ordenadas pela lei judaica eram, muitas vezes, observadas no cumprimento de votos (At 21:23-24). (*veja Nazireu.) As lavagens cerimoniais ou abluções faziam parte dos mais antigos ritos religiosos – mas a purificação, na sua simplicidade, segundo a lei judaica, tinha por fim afastar os israelitas do uso daqueles supersticiosos ritos, e tantas vezes bárbaros, que os pagãos praticavam nas suas lustrações. A ninguém era permitido aproximar-se de Deus, sem empreender a dupla purificação do altar e da bacia – o que se poderá, talvez, espiritualizar, considerando esses atos como simbólicos do sangue e do espírito de Jesus (Êx 30:18 e seg – Hb 10:19-22). A lavagem de todo o corpo era de uso na admissão dos prosélitos judaicos em tempos posteriores, bem como em algumas abluções prescritas pela lei (Êx 29:4Lv 14:8). Havia, também, um preceito, segundo o qual se derramava água nas mãos e nos pés, ou se fazia uma simples aspersão (Nm 8:7 – 19.18 – Dt 21:6). Nos sacrifícios solenes era o aspergimento do sangue uma indispensável cerimônia, simbolizando o derramamento do sangue de Cristo pelos nossos pecados (Lv 1:5 – 1 Pe 1.2). Era, também, algumas vezes, empregada a unção com óleo (Êx 30:26-28Lv 14:27-29).
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Purificação Cerimônia para tornar puro ou LIMPO um objeto, um lugar ou uma pessoa a fim de poderem ser usados ou tomar parte no culto de adoração a Deus (Lv 13—16;
v. IMUNDO). No sentido cristão a purificação é o ato e o processo de viver uma vida moralmente limpa, de obediência a Deus e de amor ao próximo. Ela é realizada por meio da nossa fé no poder da morte de Cristo em nosso lugar e pelo nosso arrependimento dos pecados (Fp 5:26-27; Tt 2:14; Hc 1:3; 1Jo 3:2-3).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Pés

Dicionário Comum
-
Fonte: Priberam

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Pés 1. Lançar-se aos pés: reconhecer a superioridade da outra pessoa, adorá-la (Mt 18:29; 28,9).

2. Descalçar: ato de servidão reservado aos escravos (Mc 1:7).

3. Sentar-se aos pés: ser discípulo de alguém (Lc 8:35).

4. Depositar aos pés: confiar algo a alguém (Mt 15:30).

5. Sacudir o pó dos pés: expressar ruptura ou mesmo o juízo que recaíra sobre a outra pessoa (Mt 10:14).

6. Lavar os pés: sinal de humildade e serviço que Jesus realizou com seus discípulos durante a Última Ceia, e espera-se que estes o repitam entre si (Jo 13:1-17).

Autor: César Vidal Manzanares

Quando

Dicionário Comum
quando adv. Em que época, em que ocasião, em que tempo. Conj. 1. Posto que. 2. Mas.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
advérbio Denota ocasião temporal; em qual circunstância: disse que a encontraria, mas não disse quando.
Numa interrogação; em que momento no tempo: quando será seu casamento? Preciso saber quando será seu casamento.
Em qual época: quando partiram?
advérbio Rel. Em que: era na quadra quando as cerejeiras floriam.
conjunção Gramática Inicia orações subordinadas adverbiais denotando: tempo, proporção, condição e concessão.
conjunção [Temporal] Logo que, assim que: irei quando puder.
conjunção Prop. À medida que: quando chegaram ao hotel, tiveram muitos problemas.
conjunção [Condicional] Se, no caso de; acaso: só a trata bem quando precisa de dinheiro.
conjunção Conce. Embora, ainda que: vive reclamando quando deveria estar trabalhando.
locução conjuntiva Quando quer que. Em qualquer tempo: estaremos preparados quando quer que venha.
locução conjuntiva Quando mesmo. Ainda que, mesmo que, ainda quando: iria quando mesmo lho proibissem.
Etimologia (origem da palavra quando). Do latim quando.
Fonte: Priberam

Reino

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Reino O âmbito de soberania de Deus. No Antigo Testamento e na literatura intertestamentária, a idéia do Reino aparece relacionada à intervenção de Deus na história através de seu messias. Essa mesma idéia permaneceu no judaísmo posterior. A crença na vinda do Reino constitui uma das doutrinas básicas do ensinamento de Jesus, que — não poucas vezes — refere-se a esse Reino em suas parábolas. O Reino já se manifestara com a vinda de Jesus e evidenciou-se em seus milagres e expulsões de demônios (Lc 11:20; 10,8-9). Não é deste mundo (Jo 18:36) e, por isso, não segue seu procedimento. A ética do Reino apresentada, por exemplo, no Sermão da Montanha (Mt 5:7) é totalmente diversa de qualquer norma humana e tem sido considerada, com justiça, inaplicável em uma sociedade civil. Se é possível viver, é graças ao amor de Deus e à sua vivência entre pessoas que compartilham essa mesma visão. O início do Reino é pequeno (Mt 13:31-33), contudo, apesar das dificuldades provocadas pelo Diabo e seus sequazes (13 24:30-36'>Mt 13:24-30:36-43), terá um final glorioso na Parusia de Jesus, após um tempo de grande tribulação e da pregação desse mesmo Reino no mundo inteiro (Mt 24:14). Desaparecerá então o domínio do diabo sobre o mundo e acontecerá a ressurreição, a recompensa dos que se salvaram e o castigo eterno dos condenados (13 1:23-24'>Mt 13:1-23:24-43; Mt 25:41-46). É oportuno ressaltar que todos esses aspectos coincidem com idéias sustentadas pelo judaísmo do Segundo Templo. Desde então, toda a humanidade é convidada a entrar no Reino (Mt 13:44-46). O Reino não pode ser confundido com a Igreja — como o demonstraram desenvolvimentos teológicos posteriores —, ainda que nesta se deva viver a vida do Reino.

G. E. Ladd, El evangelio del reino, Miami 1985; Idem, Theology...; Idem, Crucial questions about the kingdom of God, 1952; J. Grau, Escatología...; J. Bright, The kingdom...; C. H. Dodd, Las parábolas del Reino, Madri 1974; J. Jeremías, Teología..., vol. I; N. Perrin, The Kingdom of God in the teaching of Jesus, Londres 1963; C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo...; Colectivo, Evangelio y Reino de Dios, Estella 1995.

Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário da Bíblia de Almeida
Reino Território politicamente organizado, governado por um rei ou por uma rainha (1Rs 2:12); 10.1; (2Cr 22:12).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Comum
substantivo masculino Nação ou Estado governado por príncipe reinante que tem título de rei ou de rainha; monarquia, reinado: o reino da Dinamarca.
Conjunto das pessoas cujas funções estão subordinadas à aprovação do rei ou da rainha.
Figurado Domínio, lugar ou campo em que alguém ou alguma coisa é senhor absoluto: esta casa é o reino da desordem.
Figurado Conjunto do que ou de quem compartilha particularidades essenciais compondo algo único e homogêneo: aquele habita o reino da mentira!
[Biologia] Divisão que enquadra e agrupa seres, sendo considerada a mais elevada de todas as divisões taxonômicas: os reinos são Animalia, Plantae, Fungi, Monera e Protista .
[Biologia] Divisão que enquadra seres e coisas por relação de semelhança: reino animal, vegetal, mineral.
[Regionalismo: Nordeste] Mistura de aguardente.
expressão Religião Reino de Deus. Expressão evangélica que significa a atualização da realeza eterna de Deus.
Religião Reino celeste, Reino eterno, Reino dos céus. Paraíso cristão, o céu.
Etimologia (origem da palavra reino). Do latim regnum.
Fonte: Priberam

Resplendor

Dicionário Comum
substantivo masculino Claridade excessiva; fulgor intenso.
Figurado Conceito muito positivo que se tem sobre; brilho, glória, celebridade.
Círculo luminoso pintado ao redor da cabeça dos santos; auréola.
Adereço que, colocado em carros alegóricos, é composto por plumas ou penas.
Etimologia (origem da palavra resplendor). Do latim resplendore.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Resplendor Brilho intenso (Hc 1:3).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Roupa

Dicionário da Bíblia de Almeida
Roupa Peça de tecido (feito de pêlos, lã, algodão, linho ou seda), de cores variadas, usada para cobrir o corpo (Sl 102:26). V. CAPA, TÚNICA, TURBANTE e VÉU 1.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Comum
substantivo feminino Designação comum dada às peças de vestuário: vestes, vestimenta, indumentária, traje, fatiota.
Quaisquer peças, tecidos, que podem ser utilizadas para cobrir, bem como revestimentos.
Quaisquer tecidos que podem ser designados para uso doméstico.
Roupa de baixo. Conjunto das peças interiores do vestuário masculino e do feminino: roupa branca ou roupa íntima.
Roupa de cama. Denominação das peças que se usam para fazer a cama como: lençóis, fronhas etc.
Lavar a roupa suja. Discutir em público problemas de cunho pessoal.
Bater roupa. Futebol. Impedir um gol rebatendo, mas não segurando a bola.
[Brasil] Nordeste. Roupa de ver a Deus. Vestimenta mais cuidada do que a de uso comum - própria para grandes ocasiões - traje domingueiro.
Fonte: Priberam

Salvação

Dicionário Comum
substantivo feminino Ação ou efeito de salvar, de livrar do mal ou do perigo.
Algo ou alguém que salva, que livra do perigo, de uma situação desagradável: o professor foi sua salvação.
Religião Libertação espiritual e eterna pela fé em Cristo.
Felicidade, contentamento infinito e eterno obtido após a morte.
Ajuda que liberta de uma situação muito difícil; redenção.
Saída de uma circunstância complicada para outra mais fácil; triunfo.
Etimologia (origem da palavra salvação). Do latim salvatio.onis.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
substantivo feminino Ação ou efeito de salvar, de livrar do mal ou do perigo.
Algo ou alguém que salva, que livra do perigo, de uma situação desagradável: o professor foi sua salvação.
Religião Libertação espiritual e eterna pela fé em Cristo.
Felicidade, contentamento infinito e eterno obtido após a morte.
Ajuda que liberta de uma situação muito difícil; redenção.
Saída de uma circunstância complicada para outra mais fácil; triunfo.
Etimologia (origem da palavra salvação). Do latim salvatio.onis.
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da FEB
Salvar-se [...] é aperfeiçoar-se espiritualmente, a fim de não cairmos em estados de angústia e depressão após o transe da morte. É, em suma, libertar-se dos erros, das paixões insanas e da ignorância. [...]
Referencia: MARCUS, João (Hermínio C• Miranda)• Candeias na noite escura• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

[...] iluminação de si mesma [da alma], a caminho das mais elevadas aquisições e realizações no Infinito.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 225

Ensinar para o bem, através do pensamento, da palavra e do exemplo, é salvar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A salvação é contínuo trabalho de renovação e de aprimoramento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 15

Salvação – libertação e preservação do espírito contra o perigo de maiores males, no próprio caminho, a fim de que se confie à construção da própria felicidade, nos domínios do bem, elevando-se a passos mais altos de evolução.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 8

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Salvação
1) Ato pelo qual Deus livra a pessoa de situações de perigo (Is 26:1), opressão (Lm 3:26); (Ml 4:2), sofrimento (2Co 1:6), etc.
2) Ato e processo pelo qual Deus livra a pessoa da culpa e do poder do pecado e a introduz numa vida nova, cheia de bênçãos espirituais, por meio de Cristo Jesus (Lc 19:9-10); (Eph 1:3,13). A salvação deve ser desenvolvida pelo crente (Fp 2:12), até que seja completada no fim dos tempos (Rm 13:11); (1Pe 1:5); 2.2). V. REDENÇÃO, SALVADOR e VIDA ETERNA.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Salvação Num primeiro sentido, ser salvo de um perigo, seja uma tempestade (Mt 8:25), uma enfermidade (Mt 9:21ss.), uma perseguição (Lc 1:71-74) etc. Por antonomásia, o termo refere-se à salvação eterna. Em ambos os casos, é obtida mediante a fé, sem a qual não há nem salvação da enfermidade (Mc 10:52; Lc 17:19; 18,42) nem tampouco vida eterna (Jo 3:16; 5,24; 20,31). Essa fé — unida à perseverança (Mt 10:22; 24,13; Mc 13:13) — vincula a pessoa com Jesus (nome que significa YHVH salva), que se entregou à morte pela humanidade (Mc 10:45). Ele é o Salvador (Mt 1:21; Lc 2:11). O anúncio dessa salvação constitui o núcleo essencial da pregação evangélica (Mc 16:16).

C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; Idem, Diccionario de las tres...; G. E. Ladd, Theology...; E. P. Sanders, Paul and...; E. “Cahiers Evangile”, Liberación humana y salvación en Jesucristo, Estella 71991.

Autor: César Vidal Manzanares

Senhor

Dicionário da Bíblia de Almeida
Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...

Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário da FEB
[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho

Fonte: febnet.org.br

Dicionário Comum
substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)
Fonte: Dicionário Adventista

Sera

Dicionário Bíblico
abundância
Fonte: Dicionário Adventista

Servir

Dicionário Comum
verbo transitivo direto e intransitivo Prestar serviços; cumprir determinados deveres e funções: servir a pátria; passou a vida a servir.
Ter utilidade; dar auxílio; auxiliar, ajudar: servir um colega; dedicou sua vida à caridade, viveu de servir.
verbo bitransitivo Pôr na mesa: servir a sopa; servir o jantar aos filhos.
verbo transitivo direto Causar uma sensação prazerosa; satisfazer: servir as paixões.
Oferecer algo; dar: servir uísque e salgadinhos.
Prover com o necessário; abastecer: bomba que serve o reservatório.
Vender algo; fornecer: esta casa serve os melhores produtos.
verbo transitivo indireto Ocupar o lugar de; desempenhar as funções de; substituir: servir de pai aos desamparados.
verbo intransitivo Ser útil; convir, importar: em tal momento o saber serve muito.
Ter serventia, utilidade: estas coisas não servem mais para nada.
[Esporte] Lançar a bola no início de um jogo de tênis.
verbo pronominal Fazer uso de; usar: servir-se do compasso.
Tomar uma porção (comida ou bebida): servir-se do bom e do melhor.
Tirar vantagens de; aproveitar-se: servir-se dos ingênuos.
Etimologia (origem da palavra servir). Do latim servire.
Fonte: Priberam

Dicionário da FEB
Servir, no sentido cristão, é esquecer de si mesmo e devotar-se amorosamente ao auxílio do próximo, sem objetivar qualquer recompensa, nem mesmo o simples reconhecimento daqueles a quem se haja beneficiado.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Parábolas evangélicas: à luz do Espiritismo• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Parábola dos primeiros lugares

Serve e passa, esquecendo o mal e a treva, / Porque o dom de servir / É a força luminosa que te eleva / Às bênçãos do porvir.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Servir é criar simpatia, fraternidade e luz.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Fonte: febnet.org.br

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Servir Os discípulos de Jesus podem servir somente a Deus, já que qualquer outro serviço faria com que deixassem o Senhor (Mt 6:24; Jo 15:20). Quanto a Jesus, sua situação, sem dúvida, não é a desumana do escravo, mas a do amigo (Jo 15:15) e do filho (Jo 8:33-36). Esse relacionamento especial com Deus deve conduzi-los a servir uns aos outros (Mt 20:27; 25,44; Jo 13:1-19), imitando Jesus, o Servo de YHVH (Mc 10:44-45).
Autor: César Vidal Manzanares

Será

Quem é quem na Bíblia?

(Heb. “abundância”). Filha de Aser, a qual, juntamente com seus irmãos, é listada entre os que desceram ao Egito com Jacó (Gn 46:17; Nm 26:46-1Cr 7:30).

Autor: Paul Gardner

Dicionário Comum
substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.
Fonte: Priberam

São

Dicionário Comum
adjetivo Que se encontra em perfeito estado de saúde; sadio: homem são.
Que não está estragado: esta fruta ainda está sã.
Que contribui para a saúde; salubre: ar são.
Figurado Concorde com a razão; sensato, justo: política sã.
Por Extensão Que não está bêbado nem embriagado; sóbrio: folião são.
Sem lesão nem ferimento; ileso, incólume: são e salvo.
Que age com retidão; justo: julgamento são; ideias sãs.
Em que há sinceridade, franqueza; franco: palavras sãs.
substantivo masculino Parte sadia, saudável, em perfeito estado de algo ou de alguém.
Aquele que está bem de saúde; saudável.
Característica da pessoa sã (sensata, justa, sincera, franca).
Condição do que está completo, perfeito.
expressão São e salvo. Que não corre perigo: chegou em casa são e salvo!
Etimologia (origem da palavra são). Do latim sanus.a.um.
substantivo masculino Forma abreviada usada para se referir a santo: São Benedito!
Etimologia (origem da palavra são). Forma sincopada de santo.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
adjetivo Que se encontra em perfeito estado de saúde; sadio: homem são.
Que não está estragado: esta fruta ainda está sã.
Que contribui para a saúde; salubre: ar são.
Figurado Concorde com a razão; sensato, justo: política sã.
Por Extensão Que não está bêbado nem embriagado; sóbrio: folião são.
Sem lesão nem ferimento; ileso, incólume: são e salvo.
Que age com retidão; justo: julgamento são; ideias sãs.
Em que há sinceridade, franqueza; franco: palavras sãs.
substantivo masculino Parte sadia, saudável, em perfeito estado de algo ou de alguém.
Aquele que está bem de saúde; saudável.
Característica da pessoa sã (sensata, justa, sincera, franca).
Condição do que está completo, perfeito.
expressão São e salvo. Que não corre perigo: chegou em casa são e salvo!
Etimologia (origem da palavra são). Do latim sanus.a.um.
substantivo masculino Forma abreviada usada para se referir a santo: São Benedito!
Etimologia (origem da palavra são). Forma sincopada de santo.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
são adj. 1. Que goza de perfeita saúde, sadio. 2. Completamente curado. 3. Salubre, saudável, sadio. 4. Que não está podre ou estragado. 5. Reto, justo. 6. Impoluto, puro; sem defeitos. 7. Ileso, incólume, salvo. 8. Justo, razoável. 9. Inteiro, intacto, sem quebra ou defeito (objeto). Sup. abs. sint.: saníssimo. Fe.M: sã. S. .M 1. Indivíduo que tem saúde. 2. A parte sã de um organismo.
Fonte: Priberam

Terra

Dicionário Comum
substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
[Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
[Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
[Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
[Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
os hebreus tinham vários nomes para terra, especialmente Adama e Eretz. Adama, isto é a terra vermelha (Gn 1:25), denota, muitas vezes, terra arável (Gn 4:2). o termo é, também, empregado a respeito de um país, especialmente a Palestina (Gn 47:19Zc 2:12). Quando Naamã pediu uma carga de terra que dois mulos pudessem levar (2 Rs 5.17), ele foi influenciado pela idéia pagã de que o Senhor era um deus local, podendo apenas ser adorado com proveito no seu nativo solo. Eretz é a terra em oposição ao céu, ou a terra seca como distinta do mar (Gn 1:1-10). A palavra é, também, aplicada a toda a terra (Gn 18:18), ou a qualquer divisão dela (Gn 21:32), e mesmo ao chão que uma pessoa pisa (Gn 33:3). A frase ‘profundezas da terra’ (is 44:23) significa literalmente os vales, os profundos recessos, como as cavernas e subterrâneos, e figuradamente a sepultura. No N.T., além do termo vulgar ‘terra’, que corresponde às várias significações já apresentadas, há uma palavra especial que significa ‘ terra habitada’ (Lc 4:5Rm 10:18 – etc.), usando-se esta expressão de um modo especial a respeito do império Romano. Terra, num sentido moral, é oposta ao que é celestial e espiritual (*veja Jo 3:31 – 1 Co 15.47 a 49 – Tg 3:15, etc.).
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário de Sinônimos
terreno, solo, campo. – Terra sugere ideia das qualidades, das propriedades da massa natural e sólida que enche ou cobre uma parte qualquer da superfície da terra. – Terreno refere-se, não só à quantidade, ou à extensão da superfície, como ao destino que se lhe vai dar, ou ao uso a que se adapta. – Solo dá ideia geral de assento ou fundamento, e designa a superfície da terra, ou o terreno que se lavra, ou onde se levanta alguma construção. – Campo é solo onde trabalha, terreno de cultura, ou mesmo já lavrado. Naquela província há terras magníficas para o café; dispomos apenas de um estreito terreno onde mal há espaço para algumas leiras e um casebre; construiu o monumento em solo firme, ou lançou a semente em solo ingrato; os campos já florescem; temos aqui as alegrias da vida do campo.
Fonte: Dicio

Dicionário da FEB
[...] berço de criaturas cuja fraqueza as asas da Divina Providência protege, nova corda colocada na harpa infinita e que, no lugar que ocupa, tem de vibrar no concerto universal dos mundos.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 23

O nosso mundo pode ser considerado, ao mesmo tempo, como escola de Espíritos pouco adiantados e cárcere de Espíritos criminosos. Os males da nossa Humanidade são a conseqüência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos que a formam. Pelo contato de seus vícios, eles se infelicitam reciprocamente e punem-se uns aos outros.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3, it• 132

Disse Kardec, alhures, que a Terra é um misto de escola, presídio e hospital, cuja população se constitui, portanto, de homens incipientes, pouco evolvidos, aspirantes ao aprendizado das Leis Naturais; ou inveterados no mal, banidos, para esta colônia correcional, de outros planetas, onde vigem condições sociais mais elevadas; ou enfermos da alma, necessitados de expungirem suas mazelas através de provações mais ou menos dolorosas e aflitivas.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça

[...] é oficina de trabalho, de estudo e de realizações, onde nos cumpre burilar nossas almas. [...]
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Sede perfeitos

[...] é o calvário dos justos, mas é também a escola do heroísmo, da virtude e do gênio; é o vestíbulo dos mundos felizes, onde todas as penas aqui passadas, todos os sacrifícios feitos nos preparam compensadoras alegrias. [...] A Terra é um degrau para subir-se aos céus.
Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 11

O mundo, com os seus múltiplos departamentos educativos, é escola onde o exercício, a repetição, a dor e o contraste são mestres que falam claro a todos aqueles que não temam as surpresas, aflições, feridas e martírios da ascese. [...]
Referencia: EVANGELIZAÇÃO: fundamentos da evangelização espírita da infância e da juventude (O que é?)• Rio de Janeiro: FEB, 1987• -

[...] A Terra é um mundo de expiações e provas, já em fase de transição para se tornar um mundo de regeneração.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

[...] o Planeta terrestre é o grande barco navegando no cosmo, sacudido, a cada instante, pelas tempestades morais dos seus habitantes, que lhe parecem ameaçar o equilíbrio, a todos arrastando na direção de calamidades inomináveis. Por esta razão, periodicamente missionários e mestres incomuns mergulharam no corpo com a mente alerta, a fim de ensinarem comportamento de calma e de compaixão, de amor e de misericórdia, reunindo os aflitos em sua volta e os orientando para sobreviverem às borrascas sucessivas que prosseguem ameaçadoras.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

Quando o homem ora, anseia partir da Terra, mas compreende, também, que ela é sua mãe generosa, berço do seu progresso e local da sua aprendizagem. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

Assim se compreende porque a Terra é mundo de “provas e expiações”, considerando-se que os Espíritos que nela habitam estagiam na sua grande generalidade em faixas iniciais, inferiores, portanto, da evolução.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pensamento e perispírito

Apesar de ainda se apresentar como planeta de provas e expiações, a Terra é uma escola de bênçãos, onde aprendemos a desenvolver as aptidões e a aprimorar os valores excelentes dos sentimentos; é também oficina de reparos e correções, com recursos hospitalares à disposição dos pacientes que lhes chegam à economia social. Sem dúvida, é também cárcere para os rebeldes e os violentos, que expungem o desequilíbrio em processo de imobilidade, de alucinação, de limites, resgatando as graves ocorrências que fomentaram e praticaram perturbando-lhe a ordem e a paz.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Trilhas da libertação• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cilada perversa

O mundo conturbado é hospital que alberga almas que sofrem anemia de amor, requisitando as vitaminas do entendimento e da compreensão, da paciência e da renúncia, a fim de que entendimento e compreensão, paciência e renúncia sejam os sinais de uma vida nova, a bem de todos.
Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Hospital

[...] É um astro, como Vênus, como seus irmãos, e vagueia nos céus com a velocidade de 651.000 léguas por dia. Assim, estamos atualmente no céu, estivemos sempre e dele jamais poderemos sair. Ninguém mais ousa negar este fato incontestável, mas o receio da destruição de vários preconceitos faz que muitos tomem o partido de não refletir nele. A Terra é velha, muito velha, pois que sua idade se conta por milhões e milhões de anos. Porém, malgrado a tal anciania, está ainda em pleno frescor e, quando lhe sucedesse perecer daqui a quatrocentos ou quinhentos mil anos, o seu desaparecimento não seria, para o conjunto do Universo, mais que insignificante acidente.
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 4a efusão

[...] Por se achar mais distante do sol da perfeição, o nosso mundozinho é mais obscuro e a ignorância nele resiste melhor à luz. As más paixões têm aí maior império e mais vítimas fazem, porque a sua Humanidade ainda se encontra em estado de simples esboço. É um lugar de trabalho, de expiação, onde cada um se desbasta, se purifica, a fim de dar alguns passos para a felicidade. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 8a efusão

[...] A Terra tem que ser um purgatório, porque a nossa existência, pelo menos para a maioria, tem que ser uma expiação. Se nos vemos metidos neste cárcere, é que somos culpados, pois, do contrário, a ele não teríamos vindo, ou dele já houvéramos saído. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão

Nossa morada terrestre é um lugar de trabalho, onde vimos perder um pouco da nossa ignorância original e elevar nossos conhecimentos. [...]
Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• Uma carta de Bezerra de Menezes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• -

[...] é a escola onde o espírito aprende as suas lições ao palmilhar o longuíssimo caminho que o leva à perfeição. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

[...] o mundo, para muitos, é uma penitenciária; para outros, um hospital, e, para um número assaz reduzido, uma escola.
Referencia: Ó, Fernando do• Alguém chorou por mim• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

[...] casa de Deus, na específica destinação de Educandário Recuperatório, sem qualquer fator intrínseco a impedir a libertação do homem, ou a desviá-lo de seu roteiro ascensional.
Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

[...] é uma estação de inverno, onde o Espírito vem preparar-se para a primavera do céu!
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pref•

Feito o planeta – Terra – nós vemos nele o paraíso, o inferno e o purgatório.O paraíso para os Espíritos que, emigra-dos de mundos inferiores, encontram naTerra, podemos dizer, o seu oásis.O inferno para os que, já tendo possuí-do mundos superiores ao planeta Terra,pelo seu orgulho, pelas suas rebeldias, pelos seus pecados originais a ele desceram para sofrerem provações, para ressurgirem de novo no paraíso perdido. O purgatório para os Espíritos em transição, aqueles que, tendo atingido um grau de perfectibilidade, tornaram-se aptos para guias da Humanidade.
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Antes de tudo, recorda-se de que o nosso planeta é uma morada muito inferior, o laboratório em que desabrocham as almas ainda novas nas aspirações confusas e paixões desordenadas. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a guerra

O mundo é uma escola de proporções gigantescas, cada professor tem a sua classe, cada um de nós tem a sua assembléia.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Colegas invisíveis

A Terra é o campo de ação onde nosso espírito vem exercer sua atividade. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Por que malsinar o mundo?

[...] é valiosa arena de serviço espiritual, assim como um filtro em que a alma se purifica, pouco a pouco, no curso dos milênios, acendrando qualidades divinas para a ascensão à glória celeste. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 1

A Terra inteira é um templo / Aberto à inspiração / Que verte das Alturas [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia da espiritualidade• Pelo Espírito Maria Dolores• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1985• - cap• 4

A Terra é a escola abençoada, onde aplicamos todos os elevados conhecimentos adquiridos no Infinito. É nesse vasto campo experimental que devemos aprender a ciência do bem e aliá-la à sua divina prática. Nos nevoeiros da carne, todas as trevas serão desfeitas pelos nossos próprios esforços individuais; dentro delas, o nosso espírito andará esquecido de seu passado obscuro, para que todas as nossas iniciativas se valorizem. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

A Terra é uma grande e abençoada escola, em cujas classes e cursos nos matriculamos, solicitando – quando já possuímos a graça do conhecimento – as lições necessárias à nossa sublimação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53

O mundo atual é a semente do mundo paradisíaco do futuro. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Crônicas de além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• - cap• 25

Servidores do Cristo, orai de sentinela! / Eis que o mundo sangrando é campo de batalha, / Onde a treva infeliz se distende e trabalha / O coração sem Deus, que em sombra se enregela.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

No macrocosmo, a casa planetária, onde evolvem os homens terrestres, é um simples departamento de nosso sistema solar que, por sua vez, é modesto conjunto de vida no rio de sóis da Via-Láctea.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

No mundo terrestre – bendita escola multimilenária do nosso aperfeiçoamento espiritual – tudo é exercício, experimentação e trabalho intenso.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O orbe inteiro, por enquanto, / Não passa de um hospital, / Onde se instrui cada um, / Onde aprende cada qual.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O mundo, com as suas lutas agigantadas, ásperas, é a sublime lavoura, em que nos compete exercer o dom de compreender e servir.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O mundo é uma escola vasta, cujas portas atravessamos, para a colheita de lições necessárias ao nosso aprimoramento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Apesar dos exemplos da humildade / Do teu amor a toda Humanidade / A Terra é o mundo amargo dos gemidos, / De tortura, de treva e impenitência.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é o nosso campo de ação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é a nossa grande casa de ensino. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é uma escola, onde conseguimos recapitular o pretérito mal vivido, repetindo lições necessárias ao nosso reajuste.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra, em si mesma, é asilo de caridade em sua feição material.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é o campo de trabalho, em que Deus situou o berço, o lar, o templo e a escola.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é a Casa Divina, / Onde a luta nos ensina / A progredir e brilhar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O mundo em que estagiamos é casa grande de treinamento espiritual, de lições rudes, de exercícios infindáveis.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é um grande magneto, governado pelas forças positivas do Sol. Toda matéria tangível representa uma condensação de energia dessas forças sobre o planeta e essa condensação se verifica debaixo da influência organizadora do princípio espiritual, preexistindo a todas as combinações químicas e moleculares. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

O mundo é caminho vasto de evolução e aprimoramento, onde transitam, ao teu lado, a ignorância e a fraqueza.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71

O mundo não é apenas a escola, mas também o hospital em que sanamos desequilíbrios recidivantes, nas reencarnações regenerativas, através do sofrimento e do suor, a funcionarem por medicação compulsória.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Doenças da alma

O Universo é a projeção da mente divina e a Terra, qual a conheceis em seu conteúdo político e social, é produto da mente humana.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

O mundo é uma ciclópica oficina de labores diversíssimos, onde cada indivíduo tem a sua parcela de trabalho, de acordo com os conhecimentos e aptidões morais adquiridos, trazendo, por isso, para cada tarefa, o cabedal apri morado em uma ou em muitas existências.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Antíteses da personalidade de Humberto de Campos

A Terra é uma vasta oficina. Dentro dela operam os prepostos do Senhor, que podemos considerar como os orientadores técnicos da obra de aperfeiçoamento e redenção. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 39

A Terra é um plano de experiências e resgates por vezes bastante penosos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 338

A Terra deve ser considerada escola de fraternidade para o aperfeiçoamento e regeneração dos Espíritos encarnados.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 347

[...] é o caminho no qual a alma deve provar a experiência, testemunhar a fé, desenvolver as tendências superiores, conhecer o bem, aprender o melhor, enriquecer os dotes individuais.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 403

O mundo em que vivemos é propriedade de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Lembranças

[...] é a vinha de Jesus. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

[...] é uma escola de iluminação, poder e triunfo, sempre que buscamos entender-lhe a grandiosa missão.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

[...] abençoada escola de dor que conduz à alegria e de trabalho que encaminha para a felicidade com Jesus. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 28

Não olvides que o mundo é um palácio de alegria onde a Bondade do Senhor se expressa jubilosa.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alegria

[...] é uma vasta oficina, onde poderemos consertar muita coisa, mas reconhecendo que os primeiros reparos são intrínsecos a nós mesmos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6

A Terra é também a grande universidade. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Do noticiarista desencarnado

Salve planeta celeste, santuário de vida, celeiro das bênçãos de Deus! ...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 15

A Terra é um magneto enorme, gigantesco aparelho cósmico em que fazemos, a pleno céu, nossa viagem evolutiva.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

[...] é um santuário do Senhor, evolutindo em pleno Céu.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 12

Agradece, cantando, a Terra que te abriga. / Ela é o seio de amor que te acolheu criança, / O berço que te trouxe a primeira esperança, / O campo, o monte, o vale, o solo e a fonte amiga...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 33

[...] é o seio tépido da vida em que o princípio inteligente deve nascer, me drar, florir e amadurecer em energia consciente [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Evolução em dois mundos• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 13

Fonte: febnet.org.br

Trono

Dicionário Bíblico
A cadeira, naqueles países em que, usualmente, as pessoas se sentavam no chão ou estavam reclinadas, era considerada um símbolo de dignidade (2 Rs 4.10 – Pv 9:14). Quando se quer significar especialmente um trono real, a expressão, de que geralmente se faz uso, é: ‘o trono do reino’ (Dt 17:18 – 1 Rs 1.46 – 2 Cr 7.18). Para subir até ao trono de Salomão havia seis degraus (1 Rs 10.19 – 2 Cr 9.18): era uma cadeira de braços, marchetada de figuras de marfim, e guarnecida de ouro nos lugares em que o marfim não se via. Em Cl 1:16, os ‘tronos’ representam uma alta jerarquia de seres angelicais, segundo as representações dos escritores apocalípticos. (*veja Apócrifos (Livros).)
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Trono
1) Cadeira de rei (Is 6:1; Lc 1:32).


2) Espírito, seja bom ou mau (Cl 1:16).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Ventos

Dicionário Comum
vento | s. m. | s. m. pl.
masc. pl. de ventó

ven·to
(latim ventus, -i)
nome masculino

1. Ar atmosférico que se desloca naturalmente, seguindo determinada direcção.

2. Movimento do ar assim deslocado.

3. Ar agitado, por qualquer meio (ex.: vento do ar condicionado).

4. Ar em geral.

5. Falha ou defeito em obra fundida, proveniente de algum ar, que entrou no metal durante a solidificação.

6. Gás contido no corpo do homem e dos animais. = FLATULÊNCIA, VENTOSIDADE

7. Figurado Influência favorável ou desfavorável (ex.: sentiu que maus ventos se aproximavam; foi levado por bons ventos). = SORTE

8. Vaidade, orgulho.

9. Faro.

10. Figurado Coisa rápida.

11. Coisa vã, inane.


ventos
nome masculino plural

12. [Portugal: Trás-os-Montes] Fendas de uma pedra.

13. [Brasil, Gíria] Dinheiro.


andar com todos os ventos
[Informal] Ser inconstante, concordar com qualquer opinião.

aos quatro ventos
[Informal] Muito alto ou em todas as direcções.

beber os ventos por
[Informal] Gostar muito de ou estar disposto a tudo para servir alguém.

cheio de vento
[Informal] Com muita vaidade, imodéstia ou presunção (ex.: ninguém gosta de pessoas cheias de vento).

com vento fresco
[Informal] Sem dizer nada, sem-cerimónia.

de vento em popa
Com vento favorável (ex.: navegar de vento em popa).

[Informal] De maneira próspera ou favorável (ex.: a loja vai de vento em popa).

vento encanado
[Informal, Regionalismo] Movimento de ar num espaço geralmente fechado. = AR ENCANADO, CORRENTE DE AR

vento ponteiro
O que sopra do lado para onde se quer navegar.


ven·tó
nome masculino

Espécie de escrivaninha acharoada.

Fonte: Priberam

Veste

Dicionário Comum
substantivo feminino Roupa, vestuário, vestimenta.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
veste s. f. Peça de roupa, em geral aquela que reveste exteriormente o indivíduo; vestido, vestimenta.
Fonte: Priberam

Vez

Dicionário Comum
vez (ê), s. f. 1. Unidade ou repetição de um fato: Uma vez. Cinco vezes. 2. Tempo, ocasião, momento oportuno para agir: Falar na sua vez. 3. Ensejo, oportunidade. 4. Dose, pequena porção, quinhão.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo masculino Dado momento; certa ocasião, circunstância ou período de tempo: uma vez ele apareceu na loja e fez um escândalo enorme.
Turno; momento que pertence a alguém ou a essa pessoa está reservado: espere a sua vez!
Ocasião; tendência para que algo se realize; em que há oportunidade: deste vez irei à festa!
Acontecimento recorrente; ocorrência de situações semelhantes ou iguais: ele se demitiu uma vez; já fui àquele restaurante muitas vezes.
Parcela; usado para multiplicar ou comparar: vou pagar isso em três vezes; três vezes dois são seis.
locução adverbial Às vezes ou por vezes: só vou lá de vez em quando.
De uma vez por todas. Definitivamente: ele foi embora de uma vez por todas.
De vez em quando ou de quando em vez. Quase sempre: vou ao trabalho de vez em quando.
De vez. De modo final: acabei de vez com meu casamento!
Desta vez. Agora; neste momento: desta vez vai ser diferente.
locução prepositiva Em vez de, em lugar de.
Era uma vez. Em outro tempo: era uma vez um rei que.
Uma vez na vida e outra na morte. Muito raramente: tenho dinheiro uma vez na vida e outra na morte.
Etimologia (origem da palavra vez). Do latim vice.
Fonte: Priberam

és

Dicionário Comum
Es | símb.
ES | sigla
es- | pref.
Será que queria dizer és?

Es 1
símbolo

[Química] Símbolo químico do einstêinio.


Ver também dúvida linguística: plural de siglas, acrónimos, abreviaturas e símbolos.

ES 2
sigla

Sigla do estado brasileiro do Espírito Santo.


es-
prefixo

Indicativo de extracção (esbagoar), separação (escolher).

Fonte: Priberam

óleo

Dicionário Comum
substantivo masculino Química Líquido gorduroso, viscoso e inflamável, que se extrai de diversas substâncias vegetais ou animais.
Perfume obtido por maceração de flores em óleo refinado.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Óleo V. AZEITE (Sl 45:7); (He 1:9).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Hebreus 1: 1 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Havendo DeusG2316 θεόςG2316, outroraG4181 πολυμερῶςG4181, faladoG2980 λαλέωG2980 G5660, muitas vezesG3819 πάλαιG3819 eG2532 καίG2532 de muitas maneirasG4187 πολυτρόπωςG4187, aos paisG3962 πατήρG3962, pelosG1722 ἔνG1722 profetasG4396 προφήτηςG4396,
Hebreus 1: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

68 d.C.
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G2316
theós
θεός
Deus
(God)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2980
laléō
λαλέω
(P
(and cried)
Verbo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3819
pálai
πάλαι
de tempos antigos, anterior
(long ago)
Advérbio
G3962
patḗr
πατήρ
um lugar no sudeste da Palestina junto ao limite do território dos cananeus, próximo a
(unto Lasha)
Substantivo
G4181
polymerōs
πολυμερῶς
()
G4187
polytrópōs
πολυτρόπως
()
G4396
prophḗtēs
προφήτης
nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
(prophet)
Substantivo - Masculino no Singular genitivo


ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

θεός


(G2316)
theós (theh'-os)

2316 θεος theos

de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

  1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
  2. Deus, Trindade
    1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
    2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
    3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
  3. dito do único e verdadeiro Deus
    1. refere-se às coisas de Deus
    2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
  4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
    1. representante ou vice-regente de Deus
      1. de magistrados e juízes

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

λαλέω


(G2980)
laléō (lal-eh'-o)

2980 λαλεω laleo

forma prolongada de um verbo absoleto (em outras formas); TDNT - 4:69,505; v

  1. emitir uma voz ou um som
  2. falar
    1. usar a língua ou a faculdade da fala
    2. emitir sons articulados
  3. conversar,
  4. anunciar, contar
  5. usar palavras a fim de tornar conhecido ou revelar o próprio pensamento
    1. falar


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


πάλαι


(G3819)
pálai (pal'-ahee)

3819 παλαι palai

provavelmente outra forma para 3825 (da idéia de retrocessão); TDNT - 5:717,769; adv

de tempos antigos, anterior

há muito tempo


πατήρ


(G3962)
patḗr (pat-ayr')

3962 πατηρ pater

aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m

  1. gerador ou antepassado masculino
    1. antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
    2. antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
      1. pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
    3. alguém avançado em anos, o mais velho
  2. metáf.
    1. o originador e transmissor de algo
      1. os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
      2. alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
    2. alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
    3. um título de honra
      1. mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
      2. membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
  3. Deus é chamado o Pai
    1. das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
    2. de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
      1. de seres espirituais de todos os homens
    3. de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
    4. o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
      1. por Jesus Cristo mesmo
      2. pelos apóstolos

πολυμερῶς


(G4181)
polymerōs (pol-oo-mer'-oce)

4181 πολυμερως polumeros

de um composto de 4183 e 3313; adv

  1. em muitas porções, muitas vezes e de muitas maneiras

πολυτρόπως


(G4187)
polytrópōs (pol-oot-rop'-oce)

4187 πολυτροπως polutropos

de um composto de 4183 e 5158; adv

  1. de muitos modos

προφήτης


(G4396)
prophḗtēs (prof-ay'-tace)

4396 προφητης prophetes

de um composto de 4253 e 5346; TDNT - 6:781,952; n m

  1. nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
  2. alguém que, movido pelo Espírito de Deus e, por isso, seu instrumento ou porta-voz, solenemente declara aos homens o que recebeu por inspiração, especialmente aquilo que concerne a eventos futuros, e em particular tudo o que se relaciona com a causa e reino de Deus e a salvação humana
    1. os profetas do AT, tendo predito o reino, obras e morte, de Jesus, o Messias.
    2. de João, o Batista, o arauto de Jesus, o Messias
    3. do profeta ilustre que os judeus esperavam antes da vinda do Messias
    4. o Messias
    5. de homens cheios do Espírito de Deus, que pela sua autoridade e comando em palavras de relevância defendem a causa de Deus e estimulam a salvação dos homens
    6. dos profetas que apareceram nos tempos apostólicos entre cristãos
      1. estão associados com os apóstolos
      2. discerniram e fizeram o melhor pela causa cristã e previram determinados eventos futuros. (At 11:27)
      3. nas assembléias religiosas dos cristãos, foram movidos pelo Santo Espírito para falar, tendo capacidade e autoridade para instruir, confortar, encorajar, repreender, sentenciar e motivar seus ouvintes
  3. poeta (porque acreditava-se que os poetas cantavam sob inspiração divina)
    1. de Epimênides (Tt 1:12)

Hebreus 1: 2 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

nestesG1909 ἐπίG1909 G5130 τούτωνG5130 últimosG2078 ἔσχατοςG2078 diasG2250 ἡμέραG2250, nosG2254 ἡμῖνG2254 falouG2980 λαλέωG2980 G5656 peloG1722 ἔνG1722 FilhoG5207 υἱόςG5207, a quemG3739 ὅςG3739 constituiuG5087 τίθημιG5087 G5656 herdeiroG2818 κληρονόμοςG2818 de todas as coisasG3956 πᾶςG3956, peloG1223 διάG1223 qualG3739 ὅςG3739 tambémG2532 καίG2532 fezG4160 ποιέωG4160 G5656 o universoG165 αἰώνG165.
Hebreus 1: 2 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

68 d.C.
G1223
diá
διά
Através dos
(through)
Preposição
G1473
egṓ
ἐγώ
exilados, exílio, cativeiro
(captive)
Substantivo
G165
aiṓn
αἰών
para sempre, uma idade ininterrupta, tempo perpétuo, eternidade
(ages)
Substantivo - Masculino no Plurak acusativo
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G1909
epí
ἐπί
sobre, em cima de, em, perto de, perante
(at [the time])
Preposição
G2078
éschatos
ἔσχατος
um dos dois reis de Midiã que comandaram a grande invasão da Palestina e finalmente
(Zebah)
Substantivo
G2250
hēméra
ἡμέρα
[os] dias
([the] days)
Substantivo - Dativo Feminino no Plural
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2818
klēronómos
κληρονόμος
(Peal) precisar, necessitar n
(that they have need of)
Verbo
G2980
laléō
λαλέω
(P
(and cried)
Verbo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3739
hós
ὅς
que
(which)
Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
G3778
hoûtos
οὗτος
um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
(of the Chaldeans)
Substantivo
G3956
pâs
πᾶς
língua
(according to his language)
Substantivo
G4160
poiéō
ποιέω
fazer
(did)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
G5087
títhēmi
τίθημι
fazer um voto
(And vowed)
Verbo
G5207
huiós
υἱός
filho
(son)
Substantivo - Masculino no Singular genitivo


διά


(G1223)
diá (dee-ah')

1223 δια dia

preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep

  1. através de
    1. de lugar
      1. com
      2. em, para
    2. de tempo
      1. por tudo, do começo ao fim
      2. durante
    3. de meios
      1. atrave/s, pelo
      2. por meio de
  2. por causa de
    1. o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
      1. por razão de
      2. por causa de
      3. por esta razão
      4. consequentemente, portanto
      5. por este motivo

ἐγώ


(G1473)
egṓ (eg-o')

1473 εγω ego

um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

  1. Eu, me, minha, meu

αἰών


(G165)
aiṓn (ahee-ohn')

165 αιων aion

do mesmo que 104; TDNT - 1:197,31; n m

  1. para sempre, uma idade ininterrupta, tempo perpétuo, eternidade
  2. os mundos, universo
  3. período de tempo, idade, geração

Sinônimos ver verbete 5921


ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

ἐπί


(G1909)
epí (ep-ee')

1909 επι epi

uma raíz; prep

sobre, em cima de, em, perto de, perante

de posição, sobre, em, perto de, acima, contra

para, acima, sobre, em, através de, contra


ἔσχατος


(G2078)
éschatos (es'-khat-os)

2078 εσχατως eschatos

superlativo, provavelmente de 2192 (no sentido de contigüidade); TDNT - 2:697,264; adj

  1. extremo
    1. último no tempo ou no lugar
    2. último numa série de lugares
    3. último numa suceção temporal
  2. último
    1. último, referindo-se ao tempo
    2. referente a espaço, a parte extrema, o fim, da terra
    3. de posição, grau de valor, último, i.e., inferior

ἡμέρα


(G2250)
hēméra (hay-mer'-ah)

2250 ημερα hemera

de (com 5610 implicado) um derivado de hemai (descansar, semelhante a raíz de 1476) significando manso, i.e. dócil; TDNT - 2:943,309; n f

  1. o dia, usado do dia natural, ou do intervalo entre o nascer e o pôr-do-sol, como diferenciado e contrastado com a noite
    1. durante o dia
    2. metáf., “o dia” é considerado como o tempo para abster-se de indulgência, vício, crime, por serem atos cometidos de noite e na escuridão
  2. do dia civil, ou do espaço de vinte e quatro horas (que também inclui a noite)
    1. o uso oriental deste termo difere do nosso uso ocidental. Qualquer parte de um dia é contado como um dia inteiro. Por isso a expressão “três dias e três noites” não significa literalmente três dias inteiros, mas ao menos um dia inteiro, mais partes de dois outros dias.

      do último dia desta presente era, o dia em que Cristo voltará do céu, ressuscitará os mortos, levará a cabo o julgamento final, e estabelecerá o seu reino de forma plena.

      usado do tempo de modo geral, i.e., os dias da sua vida.


καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

κληρονόμος


(G2818)
klēronómos (klay-ron-om'-os)

2818 κληρονομος kleronomos

de 2819 e a raiz de 3551 (no seu sentido original de dividir, i.e. [reflexivamente] obter por partilha); TDNT - 3:767,442; n m

  1. alguém que recebe por quinhão, herança
    1. herança
    2. no sentido messiânico, alguém que recebe a parte designada a ele pelo direito de filiação

      alguém que tomou posse ou obteve a porção designada


λαλέω


(G2980)
laléō (lal-eh'-o)

2980 λαλεω laleo

forma prolongada de um verbo absoleto (em outras formas); TDNT - 4:69,505; v

  1. emitir uma voz ou um som
  2. falar
    1. usar a língua ou a faculdade da fala
    2. emitir sons articulados
  3. conversar,
  4. anunciar, contar
  5. usar palavras a fim de tornar conhecido ou revelar o próprio pensamento
    1. falar


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὅς


(G3739)
hós (hos)

3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

  1. quem, que, o qual

οὗτος


(G3778)
hoûtos (hoo'-tos)

3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

do artigo 3588 e 846; pron

  1. este, estes, etc.

πᾶς


(G3956)
pâs (pas)

3956 πας pas

que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

  1. individualmente
    1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
  2. coletivamente
    1. algo de todos os tipos

      ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


ποιέω


(G4160)
poiéō (poy-eh'-o)

4160 ποιεω poieo

aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

  1. fazer
    1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
    2. ser os autores de, a causa
    3. tornar pronto, preparar
    4. produzir, dar, brotar
    5. adquirir, prover algo para si mesmo
    6. fazer algo a partir de alguma coisa
    7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
      1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
      2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
    8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
    9. levar alguém a fazer algo
      1. fazer alguém
    10. ser o autor de algo (causar, realizar)
  2. fazer
    1. agir corretamente, fazer bem
      1. efetuar, executar
    2. fazer algo a alguém
      1. fazer a alguém
    3. com designação de tempo: passar, gastar
    4. celebrar, observar
      1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
    5. cumprir: um promessa

Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


τίθημι


(G5087)
títhēmi (tith'-ay-mee)

5087 τιθημι tithemi

forma prolongada de uma palavra primária θεω theo (que é usada somente como substituto em determinados tempos); TDNT - 8:152,1176; v

  1. colocar, pôr, estabelecer
    1. estabelecer ou colocar
    2. pôr em, deitar
      1. curvar
      2. dispensar ou colocar de lado, não usar ou levar mais
      3. guardar, economizar dinheiro
    3. servir algo para comer ou beber
    4. apresentar algo para ser explicado pelo discurso
  2. tornar
    1. fazer (ou colocar) para si mesmo ou para o uso de alguém
  3. colocar, fixar, estabelecer
    1. apresentar
    2. estabelecer, ordenar

υἱός


(G5207)
huiós (hwee-os')

5207 υιος huios

aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m

  1. filho
    1. raramente usado para filhote de animais
    2. generalmente usado de descendente humano
    3. num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
    4. num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
      1. os filhos de Israel
      2. filhos de Abraão
    5. usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
      1. aluno
  2. filho do homem
    1. termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
    2. filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
    3. usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
  3. filho de Deus
    1. usado para descrever Adão (Lc 3:38)
    2. usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
    3. daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
      1. no AT, usado dos judeus
      2. no NT, dos cristãos
      3. aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
    4. aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos

Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


Hebreus 1: 3 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Ele, queG3739 ὅςG3739 éG5607 ὤνG5607 G5752 o resplendorG541 ἀπαύγασμαG541 da glóriaG1391 δόξαG1391 eG2532 καίG2532 a expressão exataG5481 χαρακτήρG5481 do seuG846 αὐτόςG846 SerG5287 ὑπόστασιςG5287 G5037 τέG5037, sustentandoG5342 φέρωG5342 G5723 todas as coisasG3956 πᾶςG3956 pela palavraG4487 ῥήμαG4487 do seuG848 αὑτοῦG848 poderG1411 δύναμιςG1411, depois de ter feito a purificaçãoG4160 ποιέωG4160 G5671 G2512 καθαρισμόςG2512 G1223 διάG1223 G1438 ἑαυτούG1438 dosG2257 ἡμῶνG2257 pecadosG266 ἀμαρτίαG266, assentou-seG2523 καθίζωG2523 G5656 àG1722 ἔνG1722 direitaG1188 δεξιόςG1188 da MajestadeG3172 μεγαλωσύνηG3172, nasG1722 ἔνG1722 alturasG5308 ὑψηλόςG5308,
Hebreus 1: 3 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

68 d.C.
G1188
dexiós
δεξιός
o lugar de uma vitória de Davi sobre os filisteus, e de uma grande destruição das suas
(to Baal-perazim)
Substantivo
G1223
diá
διά
Através dos
(through)
Preposição
G1391
dóxa
δόξα
uma cidade levítica de Benjamim, atual ’El-Jib’, que se localiza a 8 quilômentros (ou 5
(of Gibeon)
Substantivo
G1411
dýnamis
δύναμις
potência
(power)
Substantivo - Feminino no Singular nominativo
G1510
eimí
εἰμί
ser
(being)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G2512
katharismós
καθαρισμός
limpeza, purificação, uma purgação ou lavagem ritual
(cleansing)
Substantivo - Masculino no Singular genitivo
G2523
kathízō
καθίζω
fazer sentar
(having sat down)
Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - Masculino no Singular genitivo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G266
hamartía
ἁμαρτία
pecados
(sins)
Substantivo - Feminino no Plural genitivo
G3172
megalōsýnē
μεγαλωσύνη
majestade
(Majesty)
Substantivo - Feminino no Singular genitivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3739
hós
ὅς
que
(which)
Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
G3956
pâs
πᾶς
língua
(according to his language)
Substantivo
G4160
poiéō
ποιέω
fazer
(did)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
G4487
rhēma
ῥῆμα
contar, calcular, numerar, designar, falar, indicar, preparar
(number)
Verbo
G5037
τέ
um homem do Carmelo que rejeitou os mensageiros de Davi, e morreu de choque quando
(Nabal)
Substantivo
G5287
hypóstasis
ὑπόστασις
sacudir, sacudir para fora
(and overthrew)
Verbo
G5308
hypsēlós
ὑψηλός
cair
(you shall have occasion)
Verbo
G5342
phérō
φέρω
carregar
(was brought)
Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Indicativo Passivo - 3ª pessoa do singular
G541
apaúgasma
ἀπαύγασμα
(Hifil) tomar a mão direita, virar à direita, optar pela direita, ir para a direita, usar a mão
(you turn to the right hand)
Verbo
G5481
charaktḗr
χαρακτήρ
um instrumento musical, instrumento de sopro, gaita de foles, dois tubos, flauta pan
(dulcimer)
Substantivo
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


δεξιός


(G1188)
dexiós (dex-ee-os')

1188 δεξιος dexios

de 1209; TDNT - 2:37,143; adj

  1. direita, mão direita
  2. metáf.
    1. lugar de honra ou autoridade

διά


(G1223)
diá (dee-ah')

1223 δια dia

preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep

  1. através de
    1. de lugar
      1. com
      2. em, para
    2. de tempo
      1. por tudo, do começo ao fim
      2. durante
    3. de meios
      1. atrave/s, pelo
      2. por meio de
  2. por causa de
    1. o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
      1. por razão de
      2. por causa de
      3. por esta razão
      4. consequentemente, portanto
      5. por este motivo

δόξα


(G1391)
dóxa (dox'-ah)

1391 δοξα doxa

da raíz de 1380; TDNT - 2:233,178; n f

  1. opinião, julgamento, ponto de vista
  2. opinião, estimativa, seja boa ou ruim, a respeito de alguém
    1. no NT sempre opinião positiva a respeito de alguém, que resulta em louvor, honra, e glória
  3. esplendor, brilho
    1. da lua, sol, estrelas
    2. magnificência, excelência, preeminência, dignidade, graça
    3. majestade
      1. algo que pertence a Deus
      2. a majestade real que pertence a Ele como supremo governador, majestade no sentido da perfeição absoluta da divindade
      3. algo que pertence a Cristo
        1. a majestade real do Messias
        2. o interior absolutamente perfeito ou a excelência pessoal de Cristo; a majestade
      4. dos anjos
        1. como transparece na sua aparência brilhante exterior
  4. a mais gloriosa condição, estado de exaltação
    1. da mesma condição de Deus Pai no céu, para a qual Cristo foi elevado depois de ter concluído sua obra na terra
    2. a condição de gloriosa bem-aventurança à qual os cristãos verdadeiros entrarão depois do retorno do seu Salvador do céu

δύναμις


(G1411)
dýnamis (doo'-nam-is)

1411 δυναμις dunamis

de 1410; TDNT - 2:284,186; n f

  1. poder, força, habilidade
    1. poder inerente, poder que reside numa coisa pela virtude de sua natureza, ou que uma pessoa ou coisa mostra e desenvolve
    2. poder para realizar milagres
    3. poder moral e excelência de alma
    4. poder e influência própria dos ricos e afortunados
    5. poder e riquezas que crescem pelos números
    6. poder que consiste em ou basea-se em exércitos, forças, multidões

Sinônimos ver verbete 5820


εἰμί


(G1510)
eimí (i-mee')

1510 ειμι eimi

primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

  1. ser, exitir, acontecer, estar presente

ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

καθαρισμός


(G2512)
katharismós (kath-ar-is-mos')

2512 καθαρισμος katharismos

de 2511; TDNT - 3:429,381; n m

  1. limpeza, purificação, uma purgação ou lavagem ritual
    1. da lavagem dos judeus antes e depois de suas refeições
    2. da purificação levítica de mulheres depois do parto
    3. limpeza de culpa de pecados feito pelo sacrifício expiatório de Cristo

καθίζω


(G2523)
kathízō (kath-id'-zo)

2523 καθιζω kathizo

outra forma (ativa) para 2516; TDNT - 3:440,386; v

  1. fazer sentar
    1. colocar, apontar, conferir um reino a alguém
  2. intransitivamente
    1. sentar-se
    2. sentar
      1. ter residência de alguém fixa
      2. permanecer, assentar, estabelecer-se

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

ἁμαρτία


(G266)
hamartía (ham-ar-tee'-ah)

266 αμαρτια hamartia

de 264; TDNT - 1:267,44; n f

  1. equivalente a 264
    1. não ter parte em
    2. errar o alvo
    3. errar, estar errado
    4. errar ou desviar-se do caminho de retidão e honra, fazer ou andar no erro
    5. desviar-se da lei de Deus, violar a lei de Deus, pecado
  2. aquilo que é errado, pecado, uma ofença, uma violação da lei divina em pensamento ou em ação
  3. coletivamente, o conjunto de pecados cometidos seja por uma única pessoa ou várias

Sinônimos ver verbete 5879


μεγαλωσύνη


(G3172)
megalōsýnē (meg-al-o-soo'-nay)

3172 μεγαλωσυνη megalosune

de 3173; TDNT - 4:544,573; n f

  1. majestade
    1. da majestade de Deus


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὅς


(G3739)
hós (hos)

3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

  1. quem, que, o qual

πᾶς


(G3956)
pâs (pas)

3956 πας pas

que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

  1. individualmente
    1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
  2. coletivamente
    1. algo de todos os tipos

      ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


ποιέω


(G4160)
poiéō (poy-eh'-o)

4160 ποιεω poieo

aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

  1. fazer
    1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
    2. ser os autores de, a causa
    3. tornar pronto, preparar
    4. produzir, dar, brotar
    5. adquirir, prover algo para si mesmo
    6. fazer algo a partir de alguma coisa
    7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
      1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
      2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
    8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
    9. levar alguém a fazer algo
      1. fazer alguém
    10. ser o autor de algo (causar, realizar)
  2. fazer
    1. agir corretamente, fazer bem
      1. efetuar, executar
    2. fazer algo a alguém
      1. fazer a alguém
    3. com designação de tempo: passar, gastar
    4. celebrar, observar
      1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
    5. cumprir: um promessa

Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


ῥῆμα


(G4487)
rhēma (hray'-mah)

4487 ρημα rhema

de 4483; TDNT - 4:69,505; n n

  1. aquilo que é ou foi proferido por viva voz, algo falado, palavra
    1. qualquer som produzido pela voz e que tem sentido definido
    2. fala, discurso
      1. o que alguém falou
    3. uma série de palavras reunidas em uma sentença (uma declaração da mente de alguém feita em palavras)
      1. expressão vocal
      2. qualquer dito em forma de mensagem, narrativa
        1. de acordo com alguma ocorrência
  2. assunto do discurso, objeto sobre o qual se fala
    1. na medida em que é um assunto de narração
    2. na medida em que é um assunto de comando
    3. assunto em disputa, caso em lei

τέ


(G5037)
(teh)

5037 τε te

partícula primária (enclítica) de conecção ou adição; partícula

não apenas ... mas também

tanto ... como

tal ... tal


ὑπόστασις


(G5287)
hypóstasis (hoop-os'-tas-is)

5287 υποστασις hupostasis

de um composto de 5259 e 2476; TDNT - 8:572,1237; n f

  1. ato de colocar ou estabelecer sob
    1. algo colococado sob, base, fundação
  2. aquilo que tem um fundamento, é firme
    1. aquilo que tem existência atual
      1. substância, ser real
    2. qualidade substancial, natureza, de um pessoa ou coisa
    3. a estabilidade de mente, firmeza, coragem, resolução
      1. confidência, forte confiança, segurança

ὑψηλός


(G5308)
hypsēlós (hoop-say-los')

5308 υψηλος hupselos

de 5311; adj

  1. alto, eminente
    1. exaltado nas alturas
    2. com um braço levantado, i.e., com sinal de poder
  2. metáf. eminente, exaltado
    1. em influência e honra
    2. colocar a mente em, procurar, coisas superiores (como honras e riquezas), ser ambicioso

φέρω


(G5342)
phérō (fer'-o)

5342 φερω phero

verbo primário (para o qual outras palavras e aparentemente não cognatas são usadas em determinados tempos apenas, especialmente, οιω oio; e ενεγκω enegko; TDNT - 9:56,1252; v

1) carregar

  1. levar alguma carga
    1. levar consigo mesmo
  2. mover pelo ato de carregar; mover ou ser transportado ou conduzido, com sugestão de força ou velocidade
    1. de pessoas conduzidas num navio pelo mar
    2. de uma rajada de vento, para impelir
    3. da mente, ser movido interiormente, estimulado
  3. carregar, i.e., sustentar (guardar de cair)
    1. de Cristo, o preservador do universo
  • carregar, i.e., suportar, agüentar o rigor de algo, agüentar pacientemente a conduta de alguém, poupar alguém (abster-se de punição ou destruição)
  • trazer, levar a, entregar
    1. mudar para, adotar
    2. comunicar por anúncio, anunciar
    3. causar, i.e., gerar, produzir; apresentar num discurso
    4. conduzir, guiar

    ἀπαύγασμα


    (G541)
    apaúgasma (ap-ow'-gas-mah)

    541 απαυγασμα apaugasma

    de um composto de 575 e 826; TDNT - 1:508,87; n n

    1. brilho refletido
      1. de Cristo que reflete perfeitamente a majestade de Deus
    2. fulgor
      1. que brilha radiante, de uma luz que procede de um corpo luminoso (Vine)
      2. que emite raios (Vincent)

    χαρακτήρ


    (G5481)
    charaktḗr (khar-ak-tare')

    5481 χαρακτηρ charakter

    do mesmo que 5482; TDNT - 9:418,1308; n m

    1. instrumento usado para esculpir ou gravar
    2. marca estampada sobre aquele instrumento ou trabalhado sobre ele
      1. marca ou figura cauterizada (Lv 13:28) ou selada sobre, impressão
      2. expressão exata (imagem) de alguém ou algo, semelhança marcada, reprodução precisa em todos os aspectos, i.e, fac-símile

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    Hebreus 1: 4 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    tendo-se tornadoG1096 γίνομαιG1096 G5637 tãoG5118 τοσοῦτοςG5118 superiorG2909 κρείττωνG2909 aos anjosG32 ἄγγελοςG32 quantoG3745 ὅσοςG3745 herdouG2816 κληρονομέωG2816 G5758 mais excelenteG1313 διάφοροςG1313 nomeG3686 ὄνομαG3686 do queG3844 παράG3844 elesG846 αὐτόςG846.
    Hebreus 1: 4 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    68 d.C.
    G1096
    gínomai
    γίνομαι
    o quarto dos profetas maiores, tomado como refém na primeira deportação para a
    (Belteshazzar)
    Substantivo
    G1313
    diáphoros
    διάφορος
    diferente, variado no tipo
    (different)
    Adjetivo - neutro acusativo plural
    G2816
    klēronoméō
    κληρονομέω
    receber um lote, receber por fortuna ou sorte
    (will inherit)
    Verbo - futuro do indicativo ativo - 3ª pessoa do plural
    G2909
    kreíttōn
    κρείττων
    arremeçar, atirar
    (the shot)
    Verbo
    G32
    ángelos
    ἄγγελος
    anjo / mensageiro
    (angel)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3686
    ónoma
    ὄνομα
    uma cidade no extremo sul de Judá e a cerca de 24 km (15 milhas) no sudoeste de
    (and Chesil)
    Substantivo
    G3745
    hósos
    ὅσος
    (A
    (and made a proclamation)
    Verbo
    G3844
    pará
    παρά
    de / a partir de / de / para
    (of)
    Preposição
    G5118
    tosoûtos
    τοσοῦτος
    de quantidade: tão grande, tantos
    (so great)
    Pronome demonstrativo - feminino acusativo singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    γίνομαι


    (G1096)
    gínomai (ghin'-om-ahee)

    1096 γινομαι ginomai

    prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v

    1. tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
    2. tornar-se, i.e. acontecer
      1. de eventos
    3. erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
      1. de homens que se apresentam em público
    4. ser feito, ocorrer
      1. de milagres, acontecer, realizar-se
    5. tornar-se, ser feito

    διάφορος


    (G1313)
    diáphoros (dee-af'-or-os)

    1313 διαφορος diaphoros

    de 1308; TDNT - 9:62,1259; adj

    1. diferente, variado no tipo
    2. excelente, insuperável

    κληρονομέω


    (G2816)
    klēronoméō (klay-ron-om-eh'-o)

    2816 κληρονομεω kleronomeo

    de 2818; TDNT - 3:767,442; v

    1. receber um lote, receber por fortuna ou sorte
      1. esp. receber uma parte de uma herança, receber como herança, obter pelo direito de herança
      2. ser um herdeiro, herdar

        receber a porção designada, receber um porção loteada, receber como próprio ou como uma posse

        tornar-se participante de, obter


    κρείττων


    (G2909)
    kreíttōn (krite'-tohn)

    2909 κρειττον kreitton

    comparativo de um derivado de 2904; adj

    mais útil, mais vantajoso, mais aproveitável

    mais excelente


    ἄγγελος


    (G32)
    ángelos (ang'-el-os)

    32 αγγελος aggelos

    de aggello [provavelmente derivado de 71, cf 34] (trazer notícias); TDNT 1:74,12; n m

    1. um mensageiro, embaixador, alguém que é enviado, um anjo, um mensageiro de Deus


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὄνομα


    (G3686)
    ónoma (on'-om-ah)

    3686 ονομα onoma

    de um suposto derivado da raiz de 1097 (cf 3685); TDNT - 5:242,694; n n

    nome: univ. de nomes próprios

    o nome é usado para tudo que o nome abrange, todos os pensamentos ou sentimentos do que é despertado na mente pelo mencionar, ouvir, lembrar, o nome, i.e., pela posição, autoridade, interesses, satisfação, comando, excelência, ações, etc., de alguém

    pessoas reconhecidas pelo nome

    a causa ou razão mencionada: por esta causa, porque sofre como um cristão, por esta razão


    ὅσος


    (G3745)
    hósos (hos'-os)

    3745 οσος hosos

    pela reduplicação de 3739; pron

    1. tão grande quanto, tão longe quanto, quanto, quantos, quem quer que

    παρά


    (G3844)
    pará (par-ah')

    3844 παρα para

    palavra raiz; TDNT - 5:727,771; prep

    1. de, em, por, ao lado de, perto

    τοσοῦτος


    (G5118)
    tosoûtos (tos-oo'-tos)

    5118 τοσουτος tosoutos

    de tosos (tanto, aparentemente de 3588 e 3739) e 3778 (inclue suas variações); adj

    de quantidade: tão grande, tantos

    de tempo: tão longo


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    Hebreus 1: 5 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    PoisG1063 γάρG1063 a qualG5101 τίςG5101 dos anjosG32 ἄγγελοςG32 disseG2036 ἔπωG2036 G5627 jamaisG4218 ποτέG4218: TuG4771 σύG4771 ésG1488 εἶG1488 G5748 meuG3450 μοῦG3450 FilhoG5207 υἱόςG5207, euG1473 ἐγώG1473 hojeG4594 σήμερονG4594 teG4571 σέG4571 gereiG1080 γεννάωG1080 G5758? EG2532 καίG2532 outra vezG3825 πάλινG3825: EuG1473 ἐγώG1473 lheG1519 εἰςG1519 G846 αὐτόςG846 sereiG2071 ἔσομαιG2071 G5704 PaiG3962 πατήρG3962, eG2532 καίG2532 ele meG1519 εἰςG1519 G3427 μοίG3427 seráG2071 ἔσομαιG2071 G5704 FilhoG5207 υἱόςG5207?
    Hebreus 1: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    68 d.C.
    G1063
    gár
    γάρ
    primícias da figueira, figo temporão
    (as the earliest)
    Substantivo
    G1080
    gennáō
    γεννάω
    (Pael) gastar, consumir
    (shall wear out)
    Verbo
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G32
    ángelos
    ἄγγελος
    anjo / mensageiro
    (angel)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3825
    pálin
    πάλιν
    Seu coração
    (his heart)
    Substantivo
    G3962
    patḗr
    πατήρ
    um lugar no sudeste da Palestina junto ao limite do território dos cananeus, próximo a
    (unto Lasha)
    Substantivo
    G4218
    poté
    ποτέ
    quando
    (when)
    Partícula
    G4594
    sḗmeron
    σήμερον
    este (mesmo) dia
    (today)
    Advérbio
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5101
    tís
    τίς
    Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
    (who)
    Pronome interrogativo / indefinido - nominativo masculino singular
    G5207
    huiós
    υἱός
    filho
    (son)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    γάρ


    (G1063)
    gár (gar)

    1063 γαρ gar

    partícula primária; conj

    1. porque, pois, visto que, então

    γεννάω


    (G1080)
    gennáō (ghen-nah'-o)

    1080 γενναω gennao

    de uma variação de 1085; TDNT - 1:665,114; v

    1. de homens que geraram filhos
      1. ser nascido
      2. ser procriado
        1. de mulheres que dão à luz a filhos
    2. metáf.
      1. gerar, fazer nascer, excitar
      2. na tradição judaica, de alguém que traz outros ao seu modo de vida, que converte alguém
      3. de Deus ao fazer Cristo seu filho
      4. de Deus ao transformar pessoas em seus filhos através da fé na obra de Cristo

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    ἄγγελος


    (G32)
    ángelos (ang'-el-os)

    32 αγγελος aggelos

    de aggello [provavelmente derivado de 71, cf 34] (trazer notícias); TDNT 1:74,12; n m

    1. um mensageiro, embaixador, alguém que é enviado, um anjo, um mensageiro de Deus


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    πάλιν


    (G3825)
    pálin (pal'-in)

    3825 παλιν palin

    provavelmente do mesmo que 3823 (da idéia de repetição oscilatória); adv

    1. de novo, outra vez
      1. renovação ou repetição da ação
      2. outra vez, de novo

        outra vez, i.e., mais uma vez, em adição

        por vez, por outro lado


    πατήρ


    (G3962)
    patḗr (pat-ayr')

    3962 πατηρ pater

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m

    1. gerador ou antepassado masculino
      1. antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
      2. antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
        1. pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
      3. alguém avançado em anos, o mais velho
    2. metáf.
      1. o originador e transmissor de algo
        1. os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
        2. alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
      2. alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
      3. um título de honra
        1. mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
        2. membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
    3. Deus é chamado o Pai
      1. das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
      2. de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
        1. de seres espirituais de todos os homens
      3. de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
      4. o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
        1. por Jesus Cristo mesmo
        2. pelos apóstolos

    ποτέ


    (G4218)
    poté (pot-eh')

    4218 ποτε pote

    da raiz de 4225 e 5037; partícula

    1. uma vez, i.e., outrora, anteriormente, em algum momento

    σήμερον


    (G4594)
    sḗmeron (say'-mer-on)

    4594 σημερον semeron

    neutro (como advérbio) de um suposto composto do art. 3588 e 2250, no (i.e., neste) dia

    (ou na noite de hoje ou na que recém terminou); TDNT - 7:269,1024; adv

    este (mesmo) dia

    o que aconteceu hoje


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    τίς


    (G5101)
    tís (tis)

    5101 τις tis

    τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

    Possui relação com τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

    Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

    υἱός


    (G5207)
    huiós (hwee-os')

    5207 υιος huios

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m

    1. filho
      1. raramente usado para filhote de animais
      2. generalmente usado de descendente humano
      3. num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
      4. num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
        1. os filhos de Israel
        2. filhos de Abraão
      5. usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
        1. aluno
    2. filho do homem
      1. termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
      2. filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
      3. usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
    3. filho de Deus
      1. usado para descrever Adão (Lc 3:38)
      2. usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
      3. daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
        1. no AT, usado dos judeus
        2. no NT, dos cristãos
        3. aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
      4. aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos

    Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    Hebreus 1: 6 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    EG1161 δέG1161, novamenteG3825 πάλινG3825, aoG3752 ὅτανG3752 introduzirG1521 εἰσάγωG1521 G5632 o PrimogênitoG4416 πρωτοτόκοςG4416 noG1519 εἰςG1519 mundoG3625 οἰκουμένηG3625, dizG3004 λέγωG3004 G5719: EG2532 καίG2532 todosG3956 πᾶςG3956 os anjosG32 ἄγγελοςG32 de DeusG2316 θεόςG2316 oG846 αὐτόςG846 adoremG4352 προσκυνέωG4352 G5657.
    Hebreus 1: 6 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    68 d.C.
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G1521
    eiságō
    εἰσάγω
    um dos quatro rios do Jardim do Éden
    ([is] Gihon)
    Substantivo
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G32
    ángelos
    ἄγγελος
    anjo / mensageiro
    (angel)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3625
    oikouménē
    οἰκουμένη
    uma das mais antigas cidades da Assíria; talvez atual ‘Nimrud’, localizada na confluência
    (Calah)
    Substantivo
    G3752
    hótan
    ὅταν
    o 7o
    (and Carcas)
    Substantivo
    G3825
    pálin
    πάλιν
    Seu coração
    (his heart)
    Substantivo
    G3956
    pâs
    πᾶς
    língua
    (according to his language)
    Substantivo
    G4352
    proskynéō
    προσκυνέω
    beijar a mão de alguém, em sinal de reverência
    (to worship)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) infinitivo ativo
    G4416
    prōtótokos
    πρωτότοκος
    primogênito
    (firstborn)
    Adjetivo - Masculino no Singular acusativo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    εἰσάγω


    (G1521)
    eiságō (ice-ag'-o)

    1521 εισαγω eisago

    de 1519 e 71; v

    1. conduzir, levar
    2. trazer a um lugar não é expressamente determinado

    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    ἄγγελος


    (G32)
    ángelos (ang'-el-os)

    32 αγγελος aggelos

    de aggello [provavelmente derivado de 71, cf 34] (trazer notícias); TDNT 1:74,12; n m

    1. um mensageiro, embaixador, alguém que é enviado, um anjo, um mensageiro de Deus


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οἰκουμένη


    (G3625)
    oikouménē (oy-kou-men'-ay)

    3625 οικουμενη oikoumene

    particípio feminino presente passivo de 3611 (como substantivo, pela implicação de 1093); TDNT - 5:157,674; n f

    1. a terra habitada
      1. porção da terra habitada pelos gregos, em distinção às terras dos bárbaros
      2. império romano, todos os súditos do império
      3. totalidade da terra habitada, mundo
      4. habitantes da terra, humanidade

        universo, mundo


    ὅταν


    (G3752)
    hótan (hot'-an)

    3752 οταν hotan

    de 3753 e 302; partícula

    1. quando, sempre que, contanto que, tão logo que

    πάλιν


    (G3825)
    pálin (pal'-in)

    3825 παλιν palin

    provavelmente do mesmo que 3823 (da idéia de repetição oscilatória); adv

    1. de novo, outra vez
      1. renovação ou repetição da ação
      2. outra vez, de novo

        outra vez, i.e., mais uma vez, em adição

        por vez, por outro lado


    πᾶς


    (G3956)
    pâs (pas)

    3956 πας pas

    que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

    1. individualmente
      1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
    2. coletivamente
      1. algo de todos os tipos

        ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


    προσκυνέω


    (G4352)
    proskynéō (pros-koo-neh'-o)

    4352 προσκυνεω proskuneo

    de 4314 e um provável derivado de 2965 (significando beijar, como um cachorro que lambe a mão de seu mestre); TDNT - 6:758,948; v

    1. beijar a mão de alguém, em sinal de reverência
    2. entre os orientais, esp. persas, cair de joelhos e tocar o chão com a testa como uma expressão de profunda reverência
    3. no NT, pelo ajoelhar-se ou prostrar-se, prestar homenagem ou reverência a alguém, seja para expressar respeito ou para suplicar
      1. usado para reverência a pessoas e seres de posição superior
        1. aos sumo sacerdotes judeus
        2. a Deus
        3. a Cristo
        4. a seres celestes
        5. a demônios

    πρωτότοκος


    (G4416)
    prōtótokos (pro-tot-ok'-os)

    4416 πρωτοτοκος prototokos

    de 4413 e o substituto de 5088; TDNT - 6:871,965; adj

    1. primogênito
      1. de um ser humano ou animal
      2. de Cristo, o primogênito de toda a criação

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    Hebreus 1: 7 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    AindaG2532 καίG2532, quantoG4314 πρόςG4314 G3303 μένG3303 aos anjosG32 ἄγγελοςG32, dizG3004 λέγωG3004 G5719: Aquele queG3739 ὅςG3739 a seusG848 αὑτοῦG848 anjosG32 ἄγγελοςG32 fazG4160 ποιέωG4160 G5723 ventosG4151 πνεῦμαG4151, eG2532 καίG2532 a seusG848 αὑτοῦG848 ministrosG3011 λειτουργόςG3011, labaredaG5395 φλόξG5395 de fogoG4442 πῦρG4442;
    Hebreus 1: 7 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    68 d.C.
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3011
    leitourgós
    λειτουργός
    ministério público, empregado do estado
    (servants)
    Substantivo - nominativo Masculino no Plural
    G32
    ángelos
    ἄγγελος
    anjo / mensageiro
    (angel)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G3303
    mén
    μέν
    realmente
    (indeed)
    Conjunção
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4151
    pneûma
    πνεῦμα
    terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
    ([the] Spirit)
    Substantivo - neutro genitivo singular
    G4160
    poiéō
    ποιέω
    fazer
    (did)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G4314
    prós
    πρός
    pai de Matrede e avô de Meetabel, a esposa de Hadade, o último rei mencionado de
    (of Mezahab)
    Substantivo
    G4442
    pŷr
    πῦρ
    rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo a quem Abrão deu o dízimo depois da batalha
    (Melchizedek)
    Substantivo
    G5395
    phlóx
    φλόξ
    ofegar
    (I will destroy)
    Verbo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    λειτουργός


    (G3011)
    leitourgós (li-toorg-os')

    3011 λειτουργος leitourgos

    de um derivado de 2992 e 2041; TDNT - 4:229,526; n m

    1. ministério público, empregado do estado
    2. ministro, empregado
      1. assim de trabalhadores militares
      2. do templo
        1. de alguém ocupado com coisas santas
        2. de um sacerdote
      3. dos servos de um rei

    ἄγγελος


    (G32)
    ángelos (ang'-el-os)

    32 αγγελος aggelos

    de aggello [provavelmente derivado de 71, cf 34] (trazer notícias); TDNT 1:74,12; n m

    1. um mensageiro, embaixador, alguém que é enviado, um anjo, um mensageiro de Deus

    μέν


    (G3303)
    mén (men)

    3303 μεν men

    partícula primária; partícula

    1. verdadeiramente, certamente, seguramente, de fato


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    πνεῦμα


    (G4151)
    pneûma (pnyoo'-mah)

    4151 πνευμα pneuma

    de 4154; TDNT - 6:332,876; n n

    1. terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
      1. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza sua personalidade e caráter (o Santo Espírito)
      2. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza seu trabalho e poder (o Espírito da Verdade)
      3. nunca mencionado como um força despersonalizada
    2. o espírito, i.e., o princípio vital pelo qual o corpo é animado
      1. espírito racional, o poder pelo qual o ser humano sente, pensa, decide
      2. alma
    3. um espírito, i.e., simples essência, destituída de tudo ou de pelo menos todo elemento material, e possuído do poder de conhecimento, desejo, decisão e ação
      1. espírito que dá vida
      2. alma humana que partiu do corpo
      3. um espírito superior ao homem, contudo inferior a Deus, i.e., um anjo
        1. usado de demônios, ou maus espíritos, que pensava-se habitavam em corpos humanos
        2. a natureza espiritual de Cristo, superior ao maior dos anjos e igual a Deus, a natureza divina de Cristo
    4. a disposição ou influência que preenche e governa a alma de alguém
      1. a fonte eficiente de todo poder, afeição, emoção, desejo, etc.
    5. um movimento de ar (um sopro suave)
      1. do vento; daí, o vento em si mesmo
      2. respiração pelo nariz ou pela boca

    Sinônimos ver verbete 5923


    ποιέω


    (G4160)
    poiéō (poy-eh'-o)

    4160 ποιεω poieo

    aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

    1. fazer
      1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
      2. ser os autores de, a causa
      3. tornar pronto, preparar
      4. produzir, dar, brotar
      5. adquirir, prover algo para si mesmo
      6. fazer algo a partir de alguma coisa
      7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
        1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
        2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
      8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
      9. levar alguém a fazer algo
        1. fazer alguém
      10. ser o autor de algo (causar, realizar)
    2. fazer
      1. agir corretamente, fazer bem
        1. efetuar, executar
      2. fazer algo a alguém
        1. fazer a alguém
      3. com designação de tempo: passar, gastar
      4. celebrar, observar
        1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
      5. cumprir: um promessa

    Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


    πρός


    (G4314)
    prós (pros)

    4314 προς pros

    forma fortalecida de 4253; TDNT - 6:720,942; prep

    em benefício de

    em, perto, por

    para, em direção a, com, com respeito a


    πῦρ


    (G4442)
    pŷr (poor)

    4442 πυρ pur

    palavra raiz; TDNT - 6:928,975; n n

    1. fogo

    φλόξ


    (G5395)
    phlóx (flox)

    5395 φλοξ phlox

    da palavra primária phlego (“brilhar” ou “queimar”); n f

    1. chama

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    Hebreus 1: 8 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    masG1161 δέG1161 acercaG4314 πρόςG4314 do FilhoG5207 υἱόςG5207: O teuG4675 σοῦG4675 tronoG2362 θρόνοςG2362, ó DeusG2316 θεόςG2316, é paraG1519 εἰςG1519 todoG165 αἰώνG165 o sempreG165 αἰώνG165; e: CetroG4464 ῥάβδοςG4464 de equidadeG2118 εὐθύτηςG2118 é o cetroG4464 ῥάβδοςG4464 do seuG4675 σοῦG4675 reinoG932 βασιλείαG932.
    Hebreus 1: 8 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    68 d.C.
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G165
    aiṓn
    αἰών
    para sempre, uma idade ininterrupta, tempo perpétuo, eternidade
    (ages)
    Substantivo - Masculino no Plurak acusativo
    G2118
    euthýtēs
    εὐθύτης
    remover, deslocar
    (come loose)
    Verbo
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G2362
    thrónos
    θρόνος
    uma província da Palestina ao leste do mar da Galiléia; região exata incerta mas
    (of Hauran)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4314
    prós
    πρός
    pai de Matrede e avô de Meetabel, a esposa de Hadade, o último rei mencionado de
    (of Mezahab)
    Substantivo
    G4464
    rhábdos
    ῥάβδος
    bastardo, filho de incesto, filho ilegítimo
    (A bastard)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5207
    huiós
    υἱός
    filho
    (son)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G932
    basileía
    βασιλεία
    um rubenita que demarcou o limite entre Judá e Benjamim com uma pedra
    (of Bohan)
    Substantivo


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    αἰών


    (G165)
    aiṓn (ahee-ohn')

    165 αιων aion

    do mesmo que 104; TDNT - 1:197,31; n m

    1. para sempre, uma idade ininterrupta, tempo perpétuo, eternidade
    2. os mundos, universo
    3. período de tempo, idade, geração

    Sinônimos ver verbete 5921


    εὐθύτης


    (G2118)
    euthýtēs (yoo-thoo'-tace)

    2118 ευθυτης euthutes

    de 2117; n f

    1. retidão, justiça

    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    θρόνος


    (G2362)
    thrónos (thron'-os)

    2362 θρονος thronos

    de thrao (sentar), um assento nobre (“trono”); TDNT - 3:160,338; n m

    1. trono
      1. cadeira estatal que tem um escabelo
      2. atribuído no NT a reis, por esta razão, poder real ou realeza
        1. metáf. a Deus, o governador do mundo
        2. ao Messias, Cristo, o companheiro e assistente na administração divina
          1. por isso poder divino que pertence a Cristo
        3. a juízes, i.e., tribunal ou juizado
        4. ao anciões

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    πρός


    (G4314)
    prós (pros)

    4314 προς pros

    forma fortalecida de 4253; TDNT - 6:720,942; prep

    em benefício de

    em, perto, por

    para, em direção a, com, com respeito a


    ῥάβδος


    (G4464)
    rhábdos (hrab'-dos)

    4464 ραβδος rhabdos

    da raiz de4474; TDNT - 6:966,982; n f

    1. bastão, bordão, vara, ramo
    2. vara com a qual alguém é golpeado
    3. bastão
      1. como aquele usado numa viagem, ou para apoiar-se, ou pelos pastores
      2. quando aplicado a reis
        1. com vara de ferro, indicando um governo severo e rigoroso
        2. cetro real

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    υἱός


    (G5207)
    huiós (hwee-os')

    5207 υιος huios

    aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m

    1. filho
      1. raramente usado para filhote de animais
      2. generalmente usado de descendente humano
      3. num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
      4. num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
        1. os filhos de Israel
        2. filhos de Abraão
      5. usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
        1. aluno
    2. filho do homem
      1. termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
      2. filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
      3. usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
    3. filho de Deus
      1. usado para descrever Adão (Lc 3:38)
      2. usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
      3. daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
        1. no AT, usado dos judeus
        2. no NT, dos cristãos
        3. aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
      4. aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos

    Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


    βασιλεία


    (G932)
    basileía (bas-il-i'-ah)

    932 βασιλεια basileia

    de 935; TDNT - 1:579,97; n f

    1. poder real, realeza, domínio, governo
      1. não confundir com um reino que existe na atualidade. Referência ao direito ou autoridade para governar sobre um reino
      2. do poder real de Jesus como o Messias triunfante
      3. do poder real e da dignidade conferida aos cristãos no reino do Messias
    2. um reino, o território sujeito ao governo de um rei
    3. usado no N.T. para referir-se ao reinado do Messias

    Hebreus 1: 9 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    AmasteG25 ἀγαπάωG25 G5656 a justiçaG1343 δικαιοσύνηG1343 eG2532 καίG2532 odiasteG3404 μισέωG3404 G5656 a iniquidadeG458 ἀνομίαG458; por issoG1223 διάG1223 G5124 τοῦτοG5124, DeusG2316 θεόςG2316, o teuG4675 σοῦG4675 DeusG2316 θεόςG2316, teG4571 σέG4571 ungiuG5548 χρίωG5548 G5656 com o óleoG1637 ἔλαιονG1637 de alegriaG20 ἀγαλλίασιςG20 como a nenhumG3844 παράG3844 dos teusG4675 σοῦG4675 companheirosG3353 μέτοχοςG3353.
    Hebreus 1: 9 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    68 d.C.
    G1223
    diá
    διά
    Através dos
    (through)
    Preposição
    G1343
    dikaiosýnē
    δικαιοσύνη
    justiça
    (righteousness)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G1637
    élaion
    ἔλαιον
    eira
    (the threshing floor)
    Substantivo
    G20
    agallíasis
    ἀγαλλίασις
    exultação, extremo prazer, alegria
    (gladness)
    Substantivo - Feminino no Singular nominativo
    G2316
    theós
    θεός
    Deus
    (God)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G25
    agapáō
    ἀγαπάω
    com respeito às pessoas
    (You shall love)
    Verbo - futuro do indicativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3353
    métochos
    μέτοχος
    associação, comunhão
    (partners)
    Adjetivo - Dativo Masculine Plural
    G3404
    miséō
    μισέω
    odiar, detestar, perseguir com ódio
    (shall hate)
    Verbo - futuro do indicativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G3844
    pará
    παρά
    de / a partir de / de / para
    (of)
    Preposição
    G458
    anomía
    ἀνομία
    a condição daquele que não cumpre a lei
    (lawlessness)
    Substantivo - feminino acusativo singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5548
    chríō
    χρίω
    uma cidade ou distrito no limite extremo oriental de Basã e designado para a tribo de
    (Salcah)
    Substantivo


    διά


    (G1223)
    diá (dee-ah')

    1223 δια dia

    preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep

    1. através de
      1. de lugar
        1. com
        2. em, para
      2. de tempo
        1. por tudo, do começo ao fim
        2. durante
      3. de meios
        1. atrave/s, pelo
        2. por meio de
    2. por causa de
      1. o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
        1. por razão de
        2. por causa de
        3. por esta razão
        4. consequentemente, portanto
        5. por este motivo

    δικαιοσύνη


    (G1343)
    dikaiosýnē (dik-ah-yos-oo'-nay)

    1343 δικαιοσυνη dikaiosune

    de 1342; TDNT - 2:192,168; n f

    1. num sentido amplo: estado daquele que é como deve ser, justiça, condição aceitável para Deus
      1. doutrina que trata do modo pelo qual o homem pode alcançar um estado aprovado por Deus
      2. integridade; virtude; pureza de vida; justiça; pensamento, sentimento e ação corretos
    2. num sentido restrito, justiça ou virtude que dá a cada um o que lhe é devido

    ἔλαιον


    (G1637)
    élaion (el'-ah-yon)

    1637 ελαιον elaion

    do mesmo que 1636; TDNT - 2:470,221; n n

    1. óleo de oliva
      1. para combustível de lâmpadas
      2. para cura do doente
      3. para ungir a cabeça e o corpo em festas
      4. mencionado entre os artigos de comércio

    ἀγαλλίασις


    (G20)
    agallíasis (ag-al-lee'-as-is)

    20 αγαλλιασις agalliasis

    de 21; TDNT 1:19,4; n f

    1. exultação, extremo prazer, alegria

      Em festas, as pessoas eram ungidas com o “óleo de alegria”. Paulo, em Hb 1:9, está fazendo referência a esta cerimônia inicial de unção, e a usa como um emblema do poder e da majestade divina para a qual o Filho de Deus foi exaltado.


    θεός


    (G2316)
    theós (theh'-os)

    2316 θεος theos

    de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

    1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
    2. Deus, Trindade
      1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
      2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
      3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
    3. dito do único e verdadeiro Deus
      1. refere-se às coisas de Deus
      2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
    4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
      1. representante ou vice-regente de Deus
        1. de magistrados e juízes

    ἀγαπάω


    (G25)
    agapáō (ag-ap-ah'-o)

    25 αγαπαω agapao

    Talvez de agan (muito) [ou cf 5689 עגב]; TDNT 1:21,5; v

    1. com respeito às pessoas
      1. receber com alegria, acolher, gostar muito de, amar ternamente
    2. com respeito às coisas
      1. estar satisfeito, estar contente sobre ou com as coisas

    Sinônimos ver verbete 5914


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    μέτοχος


    (G3353)
    métochos (met'-okh-os)

    3353 μετοχος metochos

    de 3348; TDNT - 2:830,286; adj

    associação, comunhão

    companheiro (num trabalho, ofício, dignidade)


    μισέω


    (G3404)
    miséō (mis-eh'-o)

    3404 μισεω miseo

    da palavra primária misos (ódio); TDNT - 4:683,597; v

    odiar, detestar, perseguir com ódio

    ser odiado, detestado



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    παρά


    (G3844)
    pará (par-ah')

    3844 παρα para

    palavra raiz; TDNT - 5:727,771; prep

    1. de, em, por, ao lado de, perto

    ἀνομία


    (G458)
    anomía (an-om-ee'-ah)

    458 ανομια anomia

    de 459; TDNT - 4:1085,646; n f

    1. a condição daquele que não cumpre a lei
      1. porque não conhece a lei
      2. porque transgride a lei
    2. desprezo e violação da lei, iniqüidade, maldade

    Sinônimos ver verbete 5879


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    χρίω


    (G5548)
    chríō (khree'-o)

    5548 χριω chrio

    provavelmente semelhante a 5530 pela idéia de contato; TDNT - 9:493,1322; v

    1. ungir
      1. consagrando Jesus para o ofício messiânico e concedendo-lhe os poderes necessários para o seu ministério
      2. revestindo os cristãos com os dons do Espírito Santo

    Sinônimos ver verbete 5805


    Hebreus 1: 10 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    AindaG2532 καίG2532 G4771 σύG4771: NoG2596 κατάG2596 princípioG746 ἀρχήG746, SenhorG2962 κύριοςG2962, lançaste os fundamentosG2311 θεμελιόωG2311 G5656 da terraG1093 γῆG1093, eG2532 καίG2532 os céusG3772 οὐρανόςG3772 sãoG1526 εἰσίG1526 G5748 obraG2041 ἔργονG2041 das tuasG4675 σοῦG4675 mãosG5495 χείρG5495;
    Hebreus 1: 10 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    68 d.C.
    G1093
    γῆ
    terra arável
    (land)
    Substantivo - vocativo feminino no singular
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2041
    érgon
    ἔργον
    negócio, serviço, aquilo com o que alguém está ocupado.
    (works)
    Substantivo - neutro acusativo plural
    G2311
    themelióō
    θεμελιόω
    colocar fundamento, fundar
    (it had been founded)
    Verbo - Pretérito mais que perfeito ou passivo - 3ª pessoa do singular
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2596
    katá
    κατά
    treinar, dedicar, inaugurar
    (do dedicated)
    Verbo
    G2962
    kýrios
    κύριος
    antes
    (before)
    Prepostos
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3772
    ouranós
    οὐρανός
    cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer
    (be cut off)
    Verbo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5495
    cheír
    χείρ
    mão
    (hand)
    Substantivo - dativo feminino no singular
    G746
    archḗ
    ἀρχή
    o antigo rei de Elasar, aliado de Quedorlaomer
    (Arioch)
    Substantivo


    γῆ


    (G1093)
    (ghay)

    1093 γη ge

    contraído de um palavra raíz; TDNT - 1:677,116; n f

    1. terra arável
    2. o chão, a terra com um lugar estável
    3. continente como oposto ao mar ou água
    4. a terra como um todo
      1. a terra como oposto aos céus
      2. a terra habitada, residência dos homens e dos animais
    5. um país, terra circundada com limites fixos, uma área de terra, território, região

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἔργον


    (G2041)
    érgon (er'-gon)

    2041 εργον ergon

    de uma palavra primária (mas absoleta) ergo (trabalhar); TDNT - 2:635,251; n n

    1. negócio, serviço, aquilo com o que alguém está ocupado.
      1. aquilo que alguém se compromete de fazer, empreendimento, tarefa

        qualquer produto, qualquer coisa afetuada pela mão, arte, indústria, ou mente

        ato, ação, algo feito: a idéia de trabalhar é enfatizada em oposição àquilo que é menos que trabalho


    θεμελιόω


    (G2311)
    themelióō (them-el-ee-o'-o)

    2311 θεμελιοω themelioo

    de 2310; TDNT - 3:63,322; v

    colocar fundamento, fundar

    tornar estável, estabelecer


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    κατά


    (G2596)
    katá (kat-ah')

    2596 κατα kata

    partícula primária; prep

    abaixo de, por toda parte

    de acordo com, com respeito a, ao longo de


    κύριος


    (G2962)
    kýrios (koo'-ree-os)

    2962 κυριος kurios

    de kuros (supremacia); TDNT - 3:1039,486; n m

    1. aquele a quem uma pessoa ou coisas pertence, sobre o qual ele tem o poder de decisão; mestre, senhor
      1. o que possue e dispõe de algo
        1. proprietário; alguém que tem o controle da pessoa, o mestre
        2. no estado: o soberano, príncipe, chefe, o imperador romano
      2. é um título de honra, que expressa respeito e reverência e com o qual servos tratavam seus senhores
      3. título dado: a Deus, ao Messias

    Sinônimos ver verbete 5830



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὐρανός


    (G3772)
    ouranós (oo-ran-os')

    3772 ουρανος ouranos

    talvez do mesmo que 3735 (da idéia de elevação); céu; TDNT - 5:497,736; n m

    1. espaço arqueado do firmamento com todas as coisas nele visíveis
      1. universo, mundo
      2. atmosfera ou firmamento, região onde estão as nuvens e se formam as tempestades, e onde o trovão e relâmpago são produzidos
      3. os céus siderais ou estrelados

        região acima dos céus siderais, a sede da ordem das coisas eternas e consumadamente perfeitas, onde Deus e outras criaturas celestes habitam


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    χείρ


    (G5495)
    cheír (khire)

    5495 χειρ cheir

    talvez da raiz de 5494 no sentido de seu congênere, a raiz de 5490 (pela idéia de cavidade para apertar); TDNT - 9:424,1309; n f

    1. pela ajuda ou ação de alguém, por meio de alguém
    2. fig. aplica-se a Deus simbolizando sua força, atividade, poder
      1. em criar o universo
      2. em sustentar e preservar (Deus está presente protegendo e ajudando)
      3. em castigar
      4. em determinar e controlar os destinos dos seres humanos

    ἀρχή


    (G746)
    archḗ (ar-khay')

    746 αρχη arche

    de 756; TDNT - 1:479,81; n f

    1. começo, origem
    2. a pessoa ou coisa que começa, a primeira pessoa ou coisa numa série, o líder
    3. aquilo pelo qual algo começa a ser, a origem, a causa ativa
    4. a extremidade de uma coisa
      1. das extremidades de um navio
    5. o primeiro lugar, principado, reinado, magistrado
      1. de anjos e demônios

    Hebreus 1: 11 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    elesG846 αὐτόςG846 perecerãoG622 ἀπόλλυμιG622 G5698; tuG4771 σύG4771, porémG1161 δέG1161, permanecesG1265 διαμένωG1265 G5719; simG2532 καίG2532, todosG3956 πᾶςG3956 eles envelhecerãoG3822 παλαιόωG3822 G5701 qualG5613 ὡςG5613 vesteG2440 ἱμάτιονG2440;
    Hebreus 1: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    68 d.C.
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1265
    diaménō
    διαμένω
    cipreste, abeto, junípero, pinheiro
    ([instruments made of] manner of fir)
    Substantivo
    G2440
    himátion
    ἱμάτιον
    vestimenta (de qualquer tipo)
    (cloak)
    Substantivo - neutro acusativo singular
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3822
    palaióō
    παλαιόω
    tornar antigo ou velho
    (growing old)
    Verbo - particípio no presente médio ou passivo - acusativo neutro acusativo plural
    G3956
    pâs
    πᾶς
    língua
    (according to his language)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5613
    hōs
    ὡς
    como / tão
    (as)
    Advérbio
    G622
    apóllymi
    ἀπόλλυμι
    reunir, receber, remover, ajuntar
    (and you shall gather)
    Verbo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    διαμένω


    (G1265)
    diaménō (dee-am-en'-o)

    1265 διαμενω diameno

    de 1223 e 3306; v

    1. ficar permanentemente, permanecer, continuar

    ἱμάτιον


    (G2440)
    himátion (him-at'-ee-on)

    2440 ιματιον himation

    de um suposto derivado de ennumi (vestir); n n

    1. vestimenta (de qualquer tipo)
      1. vestimentas, i.e. a capa ou o manto e a túnica

        vestimenta exterior, capa ou o manto

    Sinônimos ver verbete 5934


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    παλαιόω


    (G3822)
    palaióō (pal-ah-yo'-o)

    3822 παλαιοω palaioo

    de 3820; TDNT - 5:720,769; v

    1. tornar antigo ou velho
      1. tornar-se velho, ser desgastado
      2. de coisas gastadas pelo tempo e uso

        declarar algo como superado e, assim, a ponto de ser abolido


    πᾶς


    (G3956)
    pâs (pas)

    3956 πας pas

    que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

    1. individualmente
      1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
    2. coletivamente
      1. algo de todos os tipos

        ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ὡς


    (G5613)
    hōs (hoce)

    5613 ως hos

    provavelmente do comparativo de 3739; adv

    1. como, a medida que, mesmo que, etc.

    ἀπόλλυμι


    (G622)
    apóllymi (ap-ol'-loo-mee)

    622 αποολλυμι apollumi

    de 575 e a raiz de 3639; TDNT - 1:394,67; v

    1. destruir
      1. sair inteiramente do caminho, abolir, colocar um fim à ruína
      2. tornar inútil
      3. matar
      4. declarar que alguém deve ser entregue à morte
      5. metáf. condenar ou entregar a miséria eterna no inferno
      6. perecer, estar perdido, arruinado, destruído
    2. destruir
      1. perder

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    Hebreus 1: 12 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    tambémG2532 καίG2532, qualG5616 ὡσείG5616 mantoG4018 περιβόλαιονG4018, osG846 αὐτόςG846 enrolarásG1667 ἑλίσσωG1667 G5692, eG2532 καίG2532, como vestes, serão igualmente mudadosG236 ἀλλάσσωG236 G5691; tuG4771 σύG4771, porémG1161 δέG1161, ésG1488 εἶG1488 G5748 o mesmoG846 αὐτόςG846, eG2532 καίG2532 os teusG4675 σοῦG4675 anosG2094 ἔτοςG2094 jamaisG3756 οὐG3756 terão fimG1587 ἐκλείπωG1587 G5692.
    Hebreus 1: 12 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    68 d.C.
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1587
    ekleípō
    ἐκλείπω
    o filho de Safã, o escriba e pai de Micaías; um dos nobres de Judá que tinha uma câmara
    (and Gemariah)
    Substantivo
    G1667
    helíssō
    ἑλίσσω
    uma cidade dada pela tribo de Dã para os levitas, situada na planície da Filístia,
    (Gath-rimmon)
    Substantivo
    G2094
    étos
    ἔτος
    admoestar, avisar, ensinar, brilhar, iluminar, ser claro, ser brilhoso
    (And you shall teach)
    Verbo
    G236
    allássō
    ἀλλάσσω
    ir, partir
    (they went up)
    Verbo
    G2440
    himátion
    ἱμάτιον
    vestimenta (de qualquer tipo)
    (cloak)
    Substantivo - neutro acusativo singular
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G4018
    peribólaion
    περιβόλαιον
    uma cobertura lançado ao redor, invólucro
    (as a covering)
    Substantivo - neutro genitivo singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5613
    hōs
    ὡς
    como / tão
    (as)
    Advérbio
    G5616
    hōseí
    ὡσεί
    como / tão
    (as)
    Advérbio
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐκλείπω


    (G1587)
    ekleípō (ek-li'-po)

    1587 εκλειπω ekleipo

    de 1537 e 3007; v

    1. falhar
      1. excluir, omitir, ignorar
      2. partir, renunciar
    2. falhar
      1. cessar, terminar, parar
      2. da ausência ou eclipse da luz do sol e da lua

    ἑλίσσω


    (G1667)
    helíssō (hel-is'-so)

    1667 ελισσω helisso

    um forma de 1507; v

    1. enrolar, cingir

    ἔτος


    (G2094)
    étos (et'-os)

    2094 ετος etos

    aparentemente, uma palavra primária; n n

    1. ano

    Sinônimos ver verbete 5843


    ἀλλάσσω


    (G236)
    allássō (al-las'-so)

    236 αλλασσω allasso

    de 243; TDNT - 1:251,40; v

    1. mudar, trocar uma coisa por outra, transformar

    ἱμάτιον


    (G2440)
    himátion (him-at'-ee-on)

    2440 ιματιον himation

    de um suposto derivado de ennumi (vestir); n n

    1. vestimenta (de qualquer tipo)
      1. vestimentas, i.e. a capa ou o manto e a túnica

        vestimenta exterior, capa ou o manto

    Sinônimos ver verbete 5934


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    περιβόλαιον


    (G4018)
    peribólaion (per-ib-ol'-ah-yon)

    4018 περιβολαιον peribolaion

    de um suposto derivado de 4016; n n

    1. uma cobertura lançado ao redor, invólucro
      1. manto
      2. véu

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ὡς


    (G5613)
    hōs (hoce)

    5613 ως hos

    provavelmente do comparativo de 3739; adv

    1. como, a medida que, mesmo que, etc.

    ὡσεί


    (G5616)
    hōseí (ho-si')

    5616 ωσει hosei

    de 5613 e 1487; adv

    1. com se estivesse, (tivesse sido), como se, como
    2. aproximadamente, quase
      1. antes de numerais
      2. antes de medida do tempo

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    Hebreus 1: 13 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    OraG1161 δέG1161, aG4314 πρόςG4314 qualG5101 τίςG5101 dos anjosG32 ἄγγελοςG32 jamaisG4218 ποτέG4218 disseG2046 ἔρωG2046 G5758: Assenta-teG2521 κάθημαιG2521 G5737 àG1537 ἐκG1537 minhaG3450 μοῦG3450 direitaG1188 δεξιόςG1188, até queG302 ἄνG302 G2193 ἕωςG2193 eu ponhaG5087 τίθημιG5087 G5632 os teusG4675 σοῦG4675 inimigosG2190 ἐχθρόςG2190 por estradoG5286 ὑποπόδιονG5286 G4228 πούςG4228 dos teus pésG4675 σοῦG4675?
    Hebreus 1: 13 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    68 d.C.
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1188
    dexiós
    δεξιός
    o lugar de uma vitória de Davi sobre os filisteus, e de uma grande destruição das suas
    (to Baal-perazim)
    Substantivo
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1537
    ek
    ἐκ
    o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
    (Gilgal)
    Substantivo
    G2046
    eréō
    ἐρέω
    ()
    G2190
    echthrós
    ἐχθρός
    odiado, odioso, detestável
    (enemy)
    Adjetivo - Masculino no Singular acusativo
    G2193
    héōs
    ἕως
    extinguir, estar extinto, ser extinguido
    (are extinct)
    Verbo
    G2521
    káthēmai
    κάθημαι
    um lugar próximo ao tanque de Gibeão onde os homens de Isbosete foram mortos pelos
    (Helkath-hazzurim)
    Substantivo
    G302
    án
    ἄν
    um conselheiro de Davi, avô de Bate-Seba (cf 2Sm 11.3; 23.34), que uniu-se a Absalão
    (the for Ahithophel)
    Substantivo
    G32
    ángelos
    ἄγγελος
    anjo / mensageiro
    (angel)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4218
    poté
    ποτέ
    quando
    (when)
    Partícula
    G4228
    poús
    πούς
    pé, pata
    (foot)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G4314
    prós
    πρός
    pai de Matrede e avô de Meetabel, a esposa de Hadade, o último rei mencionado de
    (of Mezahab)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5087
    títhēmi
    τίθημι
    fazer um voto
    (And vowed)
    Verbo
    G5101
    tís
    τίς
    Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
    (who)
    Pronome interrogativo / indefinido - nominativo masculino singular
    G5286
    hypopódion
    ὑποπόδιον
    escabelo
    ([the] footstool)
    Substantivo - neutro neutro no Singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    δεξιός


    (G1188)
    dexiós (dex-ee-os')

    1188 δεξιος dexios

    de 1209; TDNT - 2:37,143; adj

    1. direita, mão direita
    2. metáf.
      1. lugar de honra ou autoridade

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    ἐκ


    (G1537)
    ek (ek)

    1537 εκ ek ou εξ ex

    preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

    1. de dentro de, de, por, fora de

    ἐρέω


    (G2046)
    eréō (er-eh'-o)

    2046 ερεω ereo

    provavelmente um forma mais completa de 4483, uma alternativa para 2036 em determinados tempos; v

    1. expressar, falar, dizer

    ἐχθρός


    (G2190)
    echthrós (ech-thros')

    2190 εχθρος echthros

    de uma palavra primária echtho (odiar); detestável (passivamente, odioso, ou ativamente, hostil); TDNT - 2:811,285; adj

    1. odiado, odioso, detestável
    2. hostil, que destesta e se opõe a outro
      1. usado de pessoas que estão em inimizade com Deus pelos seus pecados
        1. opondo-se (a Deus) na mente
        2. pessoa hostil
        3. um determinado inimigo
        4. alguém hostil
        5. do diabo que é o mais amargo inimigo do governo divino

    ἕως


    (G2193)
    héōs (heh'-oce)

    2193 εως heos

    de afinidade incerta; conj

    1. até, até que

    κάθημαι


    (G2521)
    káthēmai (kath'-ay-mahee)

    2521 καθημαι kathemai

    de 2596, e hemai (sentar, semelhante a raiz de 1476); TDNT - 3:440,386; v

    1. sentar-se, acomodar-se
    2. sentar, estar sentado, de um lugar ocupado
      1. ter uma habitação fixa, habitar

    ἄν


    (G302)
    án (an)

    302 αν an

    uma partícula primária; partícula

    1. não tem um equivalente exato em Português

    ἄγγελος


    (G32)
    ángelos (ang'-el-os)

    32 αγγελος aggelos

    de aggello [provavelmente derivado de 71, cf 34] (trazer notícias); TDNT 1:74,12; n m

    1. um mensageiro, embaixador, alguém que é enviado, um anjo, um mensageiro de Deus


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ποτέ


    (G4218)
    poté (pot-eh')

    4218 ποτε pote

    da raiz de 4225 e 5037; partícula

    1. uma vez, i.e., outrora, anteriormente, em algum momento

    πούς


    (G4228)
    poús (pooce)

    4228 πους pous

    palavra primária; TDNT - 6:624,925; n m

    1. pé, pata
      1. freqüentemente, no oriente, coloca-se o pé sobre o derrotado
      2. dos discípulos ouvindo a instrução de seu mestre, diz-se que estão aos seus pés

    πρός


    (G4314)
    prós (pros)

    4314 προς pros

    forma fortalecida de 4253; TDNT - 6:720,942; prep

    em benefício de

    em, perto, por

    para, em direção a, com, com respeito a


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    τίθημι


    (G5087)
    títhēmi (tith'-ay-mee)

    5087 τιθημι tithemi

    forma prolongada de uma palavra primária θεω theo (que é usada somente como substituto em determinados tempos); TDNT - 8:152,1176; v

    1. colocar, pôr, estabelecer
      1. estabelecer ou colocar
      2. pôr em, deitar
        1. curvar
        2. dispensar ou colocar de lado, não usar ou levar mais
        3. guardar, economizar dinheiro
      3. servir algo para comer ou beber
      4. apresentar algo para ser explicado pelo discurso
    2. tornar
      1. fazer (ou colocar) para si mesmo ou para o uso de alguém
    3. colocar, fixar, estabelecer
      1. apresentar
      2. estabelecer, ordenar

    τίς


    (G5101)
    tís (tis)

    5101 τις tis

    τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

    Possui relação com τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

    Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

    ὑποπόδιον


    (G5286)
    hypopódion (hoop-op-od'-ee-on)

    5286 υποποδιον hupopodion

    de um composto de 5259 e 4228; n n

    1. escabelo
      1. tornar algúem um escabelo sob os pés, sujeitar, submeter ao poder de alguém
      2. metáf. tirado da prática dos conquistadores de colocar seus pés sobre pescoço de seus inimigos conquistados

    Hebreus 1: 14 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    NãoG3780 οὐχίG3780 sãoG1526 εἰσίG1526 G5748 todosG3956 πᾶςG3956 eles espíritosG4151 πνεῦμαG4151 ministradoresG3010 λειτουργικόςG3010, enviadosG649 ἀποστέλλωG649 G5746 paraG1519 εἰςG1519 serviçoG1248 διακονίαG1248 a favor dosG1223 διάG1223 que hãoG3195 μέλλωG3195 G5723 de herdarG2816 κληρονομέωG2816 G5721 a salvaçãoG4991 σωτηρίαG4991?
    Hebreus 1: 14 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    68 d.C.
    G1223
    diá
    διά
    Através dos
    (through)
    Preposição
    G1248
    diakonía
    διακονία
    meu filho
    (my son)
    Substantivo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G2816
    klēronoméō
    κληρονομέω
    receber um lote, receber por fortuna ou sorte
    (will inherit)
    Verbo - futuro do indicativo ativo - 3ª pessoa do plural
    G3010
    leitourgikós
    λειτουργικός
    ()
    G3195
    méllō
    μέλλω
    um filho de Ismael cujos descendentes guerrearam contra Israel a leste do Jordão
    (Jetur)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3780
    ouchí
    οὐχί
    não
    (not)
    Partícula negativa
    G3956
    pâs
    πᾶς
    língua
    (according to his language)
    Substantivo
    G4151
    pneûma
    πνεῦμα
    terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
    ([the] Spirit)
    Substantivo - neutro genitivo singular
    G4991
    sōtēría
    σωτηρία
    salvação
    (salvation)
    Substantivo - Feminino no Singular genitivo
    G649
    apostéllō
    ἀποστέλλω
    ordenar (alguém) ir para um lugar estabelecido
    (having sent forth)
    Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - nominativo masculino singular


    διά


    (G1223)
    diá (dee-ah')

    1223 δια dia

    preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep

    1. através de
      1. de lugar
        1. com
        2. em, para
      2. de tempo
        1. por tudo, do começo ao fim
        2. durante
      3. de meios
        1. atrave/s, pelo
        2. por meio de
    2. por causa de
      1. o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
        1. por razão de
        2. por causa de
        3. por esta razão
        4. consequentemente, portanto
        5. por este motivo

    διακονία


    (G1248)
    diakonía (dee-ak-on-ee'-ah)

    1248 διακονια diakonia

    de 1249; TDNT - 2:87,152; n f

    1. serviço, ministério, esp. daqueles que executam os pedidos de outros
    2. daqueles que pelo pedido de Deus proclamam e promovem religião entre os homens
      1. do ofício de Moisés
      2. do ofício dos apóstolos e sua administração
      3. do ofício dos profetas, evangelistas, anciãos, etc.
    3. serviço daqueles que brindam aos outros os ofícios da afeição cristã esp. aqueles que ajudam a atender necessidades, seja pelo recolhimento ou pela distribuição de caridades
    4. ofício do diácono na igreja
    5. serviço daqueles que preparam e ofertam alimento

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    κληρονομέω


    (G2816)
    klēronoméō (klay-ron-om-eh'-o)

    2816 κληρονομεω kleronomeo

    de 2818; TDNT - 3:767,442; v

    1. receber um lote, receber por fortuna ou sorte
      1. esp. receber uma parte de uma herança, receber como herança, obter pelo direito de herança
      2. ser um herdeiro, herdar

        receber a porção designada, receber um porção loteada, receber como próprio ou como uma posse

        tornar-se participante de, obter


    λειτουργικός


    (G3010)
    leitourgikós (li-toorg-ik-os')

    3010 λειτουργικος leitourgikos

    do mesmo que 3008; TDNT - 4:231,526; adj

    que se relaciona com a realização do serviço, empregado no ministério


    μέλλω


    (G3195)
    méllō (mel'-lo)

    3195 μελλω mello

    forma consolidada de 3199 (da idéia de expectação); v

    1. estar prestes a
      1. estar a ponto de fazer ou sofrer algo
      2. intentar, ter em mente, pensar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὐχί


    (G3780)
    ouchí (oo-khee')

    3780 ουχι ouchi

    intensivo de 3756; partícula

    1. não, de nenhum modo, de forma alguma

    πᾶς


    (G3956)
    pâs (pas)

    3956 πας pas

    que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

    1. individualmente
      1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
    2. coletivamente
      1. algo de todos os tipos

        ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


    πνεῦμα


    (G4151)
    pneûma (pnyoo'-mah)

    4151 πνευμα pneuma

    de 4154; TDNT - 6:332,876; n n

    1. terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
      1. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza sua personalidade e caráter (o Santo Espírito)
      2. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza seu trabalho e poder (o Espírito da Verdade)
      3. nunca mencionado como um força despersonalizada
    2. o espírito, i.e., o princípio vital pelo qual o corpo é animado
      1. espírito racional, o poder pelo qual o ser humano sente, pensa, decide
      2. alma
    3. um espírito, i.e., simples essência, destituída de tudo ou de pelo menos todo elemento material, e possuído do poder de conhecimento, desejo, decisão e ação
      1. espírito que dá vida
      2. alma humana que partiu do corpo
      3. um espírito superior ao homem, contudo inferior a Deus, i.e., um anjo
        1. usado de demônios, ou maus espíritos, que pensava-se habitavam em corpos humanos
        2. a natureza espiritual de Cristo, superior ao maior dos anjos e igual a Deus, a natureza divina de Cristo
    4. a disposição ou influência que preenche e governa a alma de alguém
      1. a fonte eficiente de todo poder, afeição, emoção, desejo, etc.
    5. um movimento de ar (um sopro suave)
      1. do vento; daí, o vento em si mesmo
      2. respiração pelo nariz ou pela boca

    Sinônimos ver verbete 5923


    σωτηρία


    (G4991)
    sōtēría (so-tay-ree'-ah)

    4991 σωτηρια soteria

    feminino de um derivado de 4990 como (propriamente, abstrato) substantivo; TDNT - 7:965,1132; n f

    1. livramento, preservação, segurança, salvação
      1. livramento da moléstia de inimigos
      2. num sentido ético, aquilo que confere às almas segurança ou salvação
        1. da salvação messiânica

          salvação como a posse atual de todos os cristãos verdadeiros

          salvação futura, soma de benefícios e bênçãos que os cristãos, redimidos de todos os males desta vida, gozarão após a volta visível de Cristo do céu no reino eterno e consumado de Deus.

          Salvação quádrupla: salvo da penalidade, poder, presença e, mais importante, do prazer de pecar. (A.W. Pink)


    ἀποστέλλω


    (G649)
    apostéllō (ap-os-tel'-lo)

    649 αποστελλω apostello

    de 575 e 4724; TDNT - 1:398,67; v

    1. ordenar (alguém) ir para um lugar estabelecido
    2. mandar embora, despedir
      1. permitir que alguém parta, para que alcance a liberdade
      2. ordenar a partida de alguém, enviar
      3. expulsar

    Sinônimos ver verbete 5813