Enciclopédia de João 15:1-27

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

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Perícope

jo 15: 1

Versão Versículo
ARA Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor.
ARC EU SOU a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.
TB Eu sou a verdadeira videira, e meu Pai é o viticultor.
BGB Ἐγώ εἰμι ἡ ἄμπελος ἡ ἀληθινή, καὶ ὁ πατήρ μου ὁ γεωργός ἐστιν·
HD Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor.
BKJ Eu sou a videira verdadeira, e o meu Pai é o lavrador.
LTT  841 842 EU SOU a Videira Verdadeira, e o Meu Pai é o lavrador.
BJ2 Eu sou a verdadeira videira[o] e meu Pai é o agricultor.
VULG Ego sum vitis vera, et Pater meus agricola est.

jo 15: 2

Versão Versículo
ARA Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda.
ARC Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.
TB Toda vara em mim que não dá fruto, ele a corta; e toda vara que dá fruto, ele a limpa, para que o dê mais abundante.
BGB πᾶν κλῆμα ἐν ἐμοὶ μὴ φέρον καρπὸν αἴρει αὐτό, καὶ πᾶν τὸ καρπὸν φέρον καθαίρει αὐτὸ ἵνα ⸂καρπὸν πλείονα⸃ φέρῃ.
HD Todo ramo em mim que não produz fruto, {ele} o tira; e todo aquele que produz fruto, {ele} o limpa, para que produza mais fruto.
BKJ Todo ramo em mim que não dá fruto, ele tira, e todo ramo que carrega fruto, ele limpa, para que possa trazer mais fruto.
LTT Todo o ramo, em Mim, que não está produzindo fruto, Ele (o Meu Pai) o levanta- bem- alto 843; e todo aquele (ramo, em Mim) que está produzindo fruto, Ele o purifica- por- poda- do- mal, a fim de que mais fruto produza.
BJ2 Todo ramo em mim que não produz fruto[p] ele o corta, e todo o que produz fruto ele o poda, para que produza mais fruto ainda.
VULG Omnem palmitem in me non ferentem fructum, tollet eum, et omnem qui fert fructum, purgabit eum, ut fructum plus afferat.

jo 15: 3

Versão Versículo
ARA Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado;
ARC Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado.
TB Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado;
BGB ἤδη ὑμεῖς καθαροί ἐστε διὰ τὸν λόγον ὃν λελάληκα ὑμῖν·
HD Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado.
BKJ Agora vós estais limpos pela palavra que eu vos disse.
LTT Já vós estais limpos, por- operação- de a Palavra que vos tenho falado.
BJ2 Vós já estais puros,[q] por causa da palavra que vos fiz ouvir.
VULG Jam vos mundi estis propter sermonem quem locutus sum vobis.

jo 15: 4

Versão Versículo
ARA permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim, nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim.
ARC Estai em mim, e eu em vós: como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim.
TB permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como a vara não pode dar fruto de si mesma, se não permanecer na videira, assim nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim.
BGB μείνατε ἐν ἐμοί, κἀγὼ ἐν ὑμῖν. καθὼς τὸ κλῆμα οὐ δύναται καρπὸν φέρειν ἀφ’ ἑαυτοῦ ἐὰν μὴ ⸀μένῃ ἐν τῇ ἀμπέλῳ, οὕτως οὐδὲ ὑμεῖς ἐὰν μὴ ἐν ἐμοὶ ⸀μένητε.
HD Permanecei em mim, e eu {permanecerei} em vós. Assim como o ramo não pode produzir fruto de si mesmo, se não permanece na videira, assim {também} nenhum de vós, se não permanecerdes em mim.
BKJ Permanecei em mim, e eu em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, a não ser que permaneça na videira, assim também vós não podeis, a não ser que permaneçais em mim.
LTT Permanecei em Mim, e Eu (permanecerei) em vós. Assim como o ramo não pode produzir fruto proveniente- de- junto- de si mesmo exceto permaneça na videira, deste- mesmo- modo vós também não podeis (produzir fruto) se não permanecerdes em Mim.
BJ2 Permanecei em mim, como eu em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanece na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim.
VULG Manete in me, et ego in vobis. Sicut palmes non potest ferre fructum a semetipso, nisi manserit in vite, sic nec vos, nisi in me manseritis.

jo 15: 5

Versão Versículo
ARA Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
ARC Eu sou a videira, vós as varas: quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
TB Eu sou a videira; vós sois as varas. Aquele que permanece em mim e no qual eu permaneço dá muito fruto, pois sem mim nada podeis fazer.
BGB ἐγώ εἰμι ἡ ἄμπελος, ὑμεῖς τὰ κλήματα. ὁ μένων ἐν ἐμοὶ κἀγὼ ἐν αὐτῷ οὗτος φέρει καρπὸν πολύν, ὅτι χωρὶς ἐμοῦ οὐ δύνασθε ποιεῖν οὐδέν.
HD Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim, e eu nele, esse produz muito fruto, porque sem mim não pode produzir nada.
BKJ Eu sou a videira, vós sois os ramos; quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
LTT EU SOU a Videira, vós sois os ramos. Quem está permanecendo em Mim, e Eu nele, esse produz muito fruto. Porque, separadamente de Mim, nada podeis fazer.
BJ2 Eu sou a videira e vós os ramos. Aquele que permanece em mim e eu nele produz muito fruto; porque, sem mim, nada podeis fazer.
VULG Ego sum vitis, vos palmites : qui manet in me, et ego in eo, hic fert fructum multum, quia sine me nihil potestis facere.

jo 15: 6

Versão Versículo
ARA Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, à semelhança do ramo, e secará; e o apanham, lançam no fogo e o queimam.
ARC Se alguém não estiver em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem e lançam no fogo, e ardem.
TB Se alguém não permanecer em mim, é lançado fora, como a vara, e seca-se; semelhantes varas são ajuntadas, lançadas no fogo e elas ardem.
BGB ἐὰν μή τις ⸀μένῃ ἐν ἐμοί, ἐβλήθη ἔξω ὡς τὸ κλῆμα καὶ ἐξηράνθη, καὶ συνάγουσιν αὐτὰ καὶ εἰς τὸ πῦρ βάλλουσιν καὶ καίεται.
HD Se alguém não permanece em mim, é lançado fora como o ramo: seca, recolhem-no, lançam-no no fogo e {ele} queima.
BKJ Se alguém não permanece em mim, ele é lançado fora como um ramo, e murcha; e homens os recolhem, e os lançam no fogo, e eles são queimados.
LTT Caso algum qualquer homem não permaneça em Mim, (então) ① ele foi lançado fora, como o ramo, e murchou- secou; e os homens ② oS colheM e oS lançaM para dentro do fogo 844, e ele é queimado.
BJ2 Se alguém não permanece em mim é lançado fora, como o ramo, e seca; tais ramos são recolhidos, lançados ao fogo e se queimam.
VULG Si quis in me non manserit, mittetur foras sicut palmes, et arescet, et colligent eum, et in ignem mittent, et ardet.

jo 15: 7

Versão Versículo
ARA Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito.
ARC Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.
TB Se permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e ser-vos-á feito.
BGB ἐὰν μείνητε ἐν ἐμοὶ καὶ τὰ ῥήματά μου ἐν ὑμῖν μείνῃ, ὃ ἐὰν θέλητε ⸀αἰτήσασθε καὶ γενήσεται ὑμῖν·
HD Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos acontecerá.
BKJ Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito.
LTT Se vós permanecerdes em Mim, e as Minhas palavras permanecerem em vós, (então) toda- e- qualquer- coisa que queirais vós ① pedireis, e isto vos será feito.
BJ2 Se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vós o tereis.
VULG Si manseritis in me, et verba mea in vobis manserint, quodcumque volueritis petetis, et fiet vobis.

jo 15: 8

Versão Versículo
ARA Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos.
ARC Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.
TB Nisso é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos.
BGB ἐν τούτῳ ἐδοξάσθη ὁ πατήρ μου ἵνα καρπὸν πολὺν φέρητε καὶ ⸀γένησθε ἐμοὶ μαθηταί.
HD Nisto foi glorificado meu Pai, para que estejais produzindo muito fruto e vos torneis meus discípulos.
BKJ Nisto é glorificado o meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.
LTT Nisto foi glorificado o Meu Pai, a fim de que vós produzais muito fruto; e, assim, sereis para Mim discípulos.
BJ2 Meu Pai é glorificado quando produzis muito fruto e vos tornais meus discípulos.[r]
VULG In hoc clarificatus est Pater meus, ut fructum plurimum afferatis, et efficiamini mei discipuli.

jo 15: 9

Versão Versículo
ARA Como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecei no meu amor.
ARC Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor.
TB Como o Pai me amou, assim também eu vos amei; permanecei no meu amor.
BGB καθὼς ἠγάπησέν με ὁ πατήρ, κἀγὼ ⸂ὑμᾶς ἠγάπησα⸃, μείνατε ἐν τῇ ἀγάπῃ τῇ ἐμῇ.
HD Assim como o Pai me amou, eu também vos amei. Permanecei no meu amor.
BKJ Como o Pai me amou, assim também eu vos amei; permanecei no meu amor.
LTT Assim como Me amou o Pai, também Eu vos amei. Permanecei vós no Meu amor.
BJ2 Assim como o Pai me amou também eu vos amei. Permanecei em meu amor.
VULG Sicut dilexit me Pater, et ego dilexi vos. Manete in dilectione mea.

jo 15: 10

Versão Versículo
ARA Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço.
ARC Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor.
TB Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor.
BGB ἐὰν τὰς ἐντολάς μου τηρήσητε, μενεῖτε ἐν τῇ ἀγάπῃ μου, καθὼς ἐγὼ ⸂τὰς ἐντολὰς τοῦ πατρός μου⸃ τετήρηκα καὶ μένω αὐτοῦ ἐν τῇ ἀγάπῃ.
HD Se observardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu tenho observado os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor.
BKJ Se vós guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, do mesmo modo como eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor.
LTT Se aos Meus mandamentos preservardes- e- obedecerdes, (então) permanecereis no Meu amor; do mesmo modo que Eu tenho preservado- e- obedecido aos mandamentos do Meu Pai, e permaneço no Seu amor.
BJ2 Se observais meus mandamentos, permanecereis no meu amor, como eu guardei os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor.
VULG Si præcepta mea servaveritis, manebitis in dilectione mea, sicut et ego Patris mei præcepta servavi, et maneo in ejus dilectione.

jo 15: 11

Versão Versículo
ARA Tenho-vos dito estas coisas para que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo.
ARC Tenho-vos dito isto, para que o meu gozo permaneça em vós, e o vosso gozo seja completo.
TB Eu vos tenho dito essas coisas a fim de que o meu gozo esteja em vós, e o vosso gozo seja completo.
BGB ταῦτα λελάληκα ὑμῖν ἵνα ἡ χαρὰ ἡ ἐμὴ ἐν ὑμῖν ⸀ᾖ καὶ ἡ χαρὰ ὑμῶν πληρωθῇ.
HD Tenho-vos falado essas {coisas} para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria se cumpra.
BKJ Estas coisas vos tenho dito para que a minha alegria permaneça em vós, e para que a vossa alegria seja completa.
LTT Estas coisas tenho-vos dito a fim de que o Meu gozo permaneça em vós, e (a fim de que) o vosso gozo seja completo.
BJ2 Eu vos digo isso para que a minha alegria[s] esteja em vós e vossa alegria seja plena.
VULG Hæc locutus sum vobis : ut gaudium meum in vobis sit, et gaudium vestrum impleatur.

jo 15: 12

Versão Versículo
ARA O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.
ARC O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.
TB Este é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei.
BGB Αὕτη ἐστὶν ἡ ἐντολὴ ἡ ἐμὴ ἵνα ἀγαπᾶτε ἀλλήλους καθὼς ἠγάπησα ὑμᾶς·
HD Este é o meu mandamento: Que ameis uns aos outros como {eu} vos amei.
BKJ Este é meu mandamento: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.
LTT Este é o Meu mandamento: que vos ameis cada um (de vós) a (cada um de todos) os outros (irmãos), tal- e- como Eu vos amei.
BJ2 Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos amei.
VULG Hoc est præceptum meum, ut diligatis invicem, sicut dilexi vos.

jo 15: 13

Versão Versículo
ARA Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a própria vida em favor dos seus amigos.
ARC Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.
TB Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.
BGB μείζονα ταύτης ἀγάπην οὐδεὶς ἔχει, ἵνα τις τὴν ψυχὴν αὐτοῦ θῇ ὑπὲρ τῶν φίλων αὐτοῦ.
HD Ninguém tem maior amor do que este: ter alguém entregado sua vida por amor.
BKJ Ninguém tem maior amor do que este, de algum homem entregar a sua vida pelos seus amigos.
LTT Maior do que este amor nenhum homem tem, a fim de que algum qualquer homem a sua própria vida dê para- benefício- e- em- lugar- dos seus amigos.
BJ2 Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus amigos.
VULG Majorem hac dilectionem nemo habet, ut animam suam ponat quis pro amicis suis.

jo 15: 14

Versão Versículo
ARA Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos mando.
ARC Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando.
TB Vós sois meus amigos, se fizerdes o que vos mando.
BGB ὑμεῖς φίλοι μού ἐστε ἐὰν ποιῆτε ⸀ἃ ἐγὼ ἐντέλλομαι ὑμῖν.
HD Vós sois meus amigos, se fazeis o que eu vos ordeno.
BKJ Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando.
LTT Vós sois Meus amigos, caso façais toda- e- qualquer- coisa que Eu vos ordeno 845.
BJ2 Vós sois meus amigos, se praticais o que vos mando.
VULG Vos amici mei estis, si feceritis quæ ego præcipio vobis.

jo 15: 15

Versão Versículo
ARA Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer.
ARC Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor, mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer.
TB Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque vos revelei tudo quanto ouvi de meu Pai.
BGB οὐκέτι ⸂λέγω ὑμᾶς⸃ δούλους, ὅτι ὁ δοῦλος οὐκ οἶδεν τί ποιεῖ αὐτοῦ ὁ κύριος· ὑμᾶς δὲ εἴρηκα φίλους, ὅτι πάντα ἃ ἤκουσα παρὰ τοῦ πατρός μου ἐγνώρισα ὑμῖν.
HD Não mais vos chamo de servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor. {Eu} vos tenho chamado de amigos, porque todas {as coisas} que ouvi junto do meu Pai vos dei a conhecer.
BKJ Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas eu tenho-vos chamado amigos, porque todas as coisas que eu ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer.
LTT Não mais vos chamo de escravos, porque o escravo não tem sabido o que faz o seu senhor; a vós outros, porém, tenho chamado de amigos, porque tudo quanto ouvi de- ao- lado- do Meu Pai vos fiz conhecer.
BJ2 Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que seu senhor faz; mas eu vos chamo amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai eu vos dei a conhecer.
VULG Jam non dicam vos servos : quia servus nescit quid faciat dominus ejus. Vos autem dixi amicos : quia omnia quæcumque audivi a Patre meo, nota feci vobis.

jo 15: 16

Versão Versículo
ARA Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda.
ARC Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda.
TB Vós não me escolhestes a mim, mas eu vos escolhi a vós e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai, em meu nome, ele vo-lo conceda.
BGB οὐχ ὑμεῖς με ἐξελέξασθε, ἀλλ’ ἐγὼ ἐξελεξάμην ὑμᾶς, καὶ ἔθηκα ὑμᾶς ἵνα ὑμεῖς ὑπάγητε καὶ καρπὸν φέρητε καὶ ὁ καρπὸς ὑμῶν μένῃ, ἵνα ὅ τι ἂν αἰτήσητε τὸν πατέρα ἐν τῷ ὀνόματί μου δῷ ὑμῖν.
HD Vós não me escolhestes, mas eu vos escolhi; e vos constituí para que partais e produzais fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que aquilo que pedirdes ao Pai, em meu nome, {ele} vos dê.
BKJ Não fostes vós que me escolhestes, mas eu escolhi a vós, e vos designei, para que vades e deis fruto, e para que o vosso fruto permaneça; para que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos dê.
LTT Não fostes vós que Me escolhestes: ao- contrário, Eu escolhi a vós outros e vos designei, a fim de que vós vades e produzais fruto, e a fim de que o vosso fruto permaneça; a fim de que toda- e- qualquer- coisa que vós outros pedirdes a o Pai em o Meu nome, Ele vos conceda isto ①.
BJ2 Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e produzirdes fruto e para que o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome ele vos dê.
VULG Non vos me elegistis, sed ego elegi vos, et posui vos ut eatis, et fructum afferatis, et fructus vester maneat : ut quodcumque petieritis Patrem in nomine meo, det vobis.

jo 15: 17

Versão Versículo
ARA Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros.
ARC Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros.
TB Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros.
BGB ταῦτα ἐντέλλομαι ὑμῖν ἵνα ἀγαπᾶτε ἀλλήλους.
HD Essas {coisas} ordeno a vós: que vos ameis uns aos outros.
BKJ Estas coisas vos mando, que vos ameis uns aos outros.
LTT Estas coisas vos ordeno: que ① vos ameis cada um (de vós) a (cada um de todos) os outros (irmãos).
BJ2 Isto vos mando: amai-vos uns aos outros.
VULG Hæc mando vobis : ut diligatis invicem.

jo 15: 18

Versão Versículo
ARA Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim.
ARC Se o mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a vós, me aborreceu a mim.
TB Se o mundo vos aborrece, sabei que primeiro do que a vós me tem aborrecido a mim.
BGB Εἰ ὁ κόσμος ὑμᾶς μισεῖ, γινώσκετε ὅτι ἐμὲ πρῶτον ⸀ὑμῶν μεμίσηκεν.
HD Se o mundo vos odeia, sabei que odiou a mim antes do que vós.
BKJ Se o mundo vos odeia, sabei que me odiou antes de odiar a vós.
LTT Se o mundo vos odeia, vós sabeis que, primeiro do que a vós outros, a Mim tem ele odiado.
BJ2 Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro, me odiou a mim.
VULG Si mundus vos odit, scitote quia me priorem vobis odio habuit.

jo 15: 19

Versão Versículo
ARA Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; como, todavia, não sois do mundo, pelo contrário, dele vos escolhi, por isso, o mundo vos odeia.
ARC Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece.
TB Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; mas, como não sois do mundo, antes, vos escolhi eu do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece.
BGB εἰ ἐκ τοῦ κόσμου ἦτε, ὁ κόσμος ἂν τὸ ἴδιον ἐφίλει· ὅτι δὲ ἐκ τοῦ κόσμου οὐκ ἐστέ, ἀλλ’ ἐγὼ ἐξελεξάμην ὑμᾶς ἐκ τοῦ κόσμου, διὰ τοῦτο μισεῖ ὑμᾶς ὁ κόσμος.
HD Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que lhe é próprio; mas, porque não sois do mundo – ao contrário, eu vos escolhi do mundo –o mundo, por causa disso, vos odeia.
BKJ Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia.
LTT Se vós estáveis sendo provenientes- de- dentro- do mundo, o mundo estava amando o que era de- propriedade- dele. Uma vez, porém, que não estais sendo provenientes- de- dentro- do mundo, ao- contrário, Eu vos escolhi para- fora- do mundo, por causa disso o mundo vos odeia.
BJ2 Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; mas, porque não sois do mundo e minha escolha vos separou do mundo, o mundo, por isso, vos odeia.
VULG Si de mundo fuissetis, mundus quod suum erat diligeret : quia vero de mundo non estis, sed ego elegi vos de mundo, propterea odit vos mundus.

jo 15: 20

Versão Versículo
ARA Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: não é o servo maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também perseguirão a vós outros; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa.
ARC Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardarem a minha palavra, também guardarão a vossa.
TB Lembrai-vos das palavras que eu vos disse: o servo não é maior do que seu senhor. Se me perseguiram a mim, também vos hão de perseguir a vós; se guardaram as minhas palavras, também hão de guardar as vossas.
BGB μνημονεύετε τοῦ λόγου οὗ ἐγὼ εἶπον ὑμῖν· Οὐκ ἔστιν δοῦλος μείζων τοῦ κυρίου αὐτοῦ· εἰ ἐμὲ ἐδίωξαν, καὶ ὑμᾶς διώξουσιν· εἰ τὸν λόγον μου ἐτήρησαν, καὶ τὸν ὑμέτερον τηρήσουσιν.
HD Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: O servo não é maior do que seu senhor. Se me perseguiram, também perseguirão a vós; se {eles} observarem a minha palavra, também observarão a vossa.
BKJ Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: O servo não é maior do que o seu senhor. Se eles perseguiram a mim, também perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa.
LTT Lembrai-vos da palavra que Eu vos disse: 'Não é o escravo maior do que o seu senhor'. Se perseguiram a Mim, também a vós outros perseguirão. Se à Minha Palavra preservaram- e- obedeceram, também à vossa preservarão- e- obedecerão.
BJ2 Lembrai-vos da palavra que vos disse: O servo não é maior que seu senhor. Se eles me perseguiram, também vos perseguirão; se guardaram minha palavra, também guardarão a vossa.
VULG Mementote sermonis mei, quem ego dixi vobis : non est servus major domino suo. Si me persecuti sunt, et vos persequentur ; si sermonem meum servaverunt, et vestrum servabunt.

jo 15: 21

Versão Versículo
ARA Tudo isto, porém, vos farão por causa do meu nome, porquanto não conhecem aquele que me enviou.
ARC Mas tudo isto vos farão por causa do meu nome; porque não conhecem aquele que me enviou.
TB Mas todas essas coisas vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou.
BGB ἀλλὰ ταῦτα πάντα ποιήσουσιν ⸂εἰς ὑμᾶς⸃ διὰ τὸ ὄνομά μου, ὅτι οὐκ οἴδασιν τὸν πέμψαντά με.
HD Mas {eles} vos farão todas essas {coisas} por causa do meu nome, porque não sabem quem me enviou.
BKJ Mas todas essas coisas vos farão por causa do meu nome, porque eles não conhecem aquele que me enviou.
LTT Mas todas essas coisas eles vos farão por causa de (o vosso amor a) o Meu nome, porque não têm conhecido Aquele (Deus) havendo-Me enviado.
BJ2 Mas tudo isso eles farão contra vós, por causa do meu nome, porque não conhecem quem me enviou.
VULG Sed hæc omnia facient vobis propter nomen meum : quia nesciunt eum qui misit me.

jo 15: 22

Versão Versículo
ARA Se eu não viera, nem lhes houvera falado, pecado não teriam; mas, agora, não têm desculpa do seu pecado.
ARC Se eu não viera, nem lhes houvera falado, não teriam pecado, mas agora não têm desculpa do seu pecado.
TB Se eu não viera e não lhes falara, não teriam eles cometido pecado; agora, porém, não têm desculpa do seu pecado.
BGB εἰ μὴ ἦλθον καὶ ἐλάλησα αὐτοῖς, ἁμαρτίαν οὐκ ⸀εἴχοσαν· νῦν δὲ πρόφασιν οὐκ ἔχουσιν περὶ τῆς ἁμαρτίας αὐτῶν.
HD Se {eu} não tivesse vindo, nem tivesse vos falado, {eles} não teriam pecado. Agora, porém, {eles} não têm desculpa quanto ao pecado deles.
BKJ Se eu não viera e nem lhes houvera falado, eles não teriam pecado; mas agora não têm capa para o seu pecado.
LTT Se Eu não vim, nem lhes falei, este pecado eles não tinham. Agora, porém, desculpas- por- camuflagem não têm, concernentes ao pecado deles.
BJ2 Se eu não tivesse vindo e não lhes tivesse falado, não seriam culpados de pecado;mas agora não têm desculpa para o seu pecado.
VULG Si non venissem, et locutus fuissem eis, peccatum non haberent : nunc autem excusationem non habent de peccato suo.

jo 15: 23

Versão Versículo
ARA Quem me odeia odeia também a meu Pai.
ARC Aquele que me aborrece, aborrece também a meu Pai.
TB Aquele que me aborrece aborrece também a meu Pai.
BGB ὁ ἐμὲ μισῶν καὶ τὸν πατέρα μου μισεῖ.
HD Quem me odeia, também odeia meu Pai.
BKJ Aquele que me odeia, também odeia ao meu Pai.
LTT Aquele que está Me odiando também ao Meu Pai odeia.
BJ2 Quem me odeia, odeia também meu Pai.
VULG Qui me odit, et Patrem meum odit.

jo 15: 24

Versão Versículo
ARA Se eu não tivesse feito entre eles tais obras, quais nenhum outro fez, pecado não teriam; mas, agora, não somente têm eles visto, mas também odiado, tanto a mim como a meu Pai.
ARC Se eu entre eles não fizesse tais obras, quais nenhum outro têm feito, não teriam pecado; mas agora, viram-nas e me aborreceram a mim e a meu Pai.
TB Se eu não tivesse feito entre eles tais obras, quais nenhum outro fez, não teriam cometido pecado; mas agora não somente têm eles visto, mas também aborrecido tanto a mim como a meu Pai.
BGB εἰ τὰ ἔργα μὴ ἐποίησα ἐν αὐτοῖς ἃ οὐδεὶς ἄλλος ⸀ἐποίησεν, ἁμαρτίαν οὐκ ⸀εἴχοσαν· νῦν δὲ καὶ ἑωράκασιν καὶ μεμισήκασιν καὶ ἐμὲ καὶ τὸν πατέρα μου.
HD Se {eu} não tivesse realizado as obras entre eles – as quais nenhum outro realizou – não teriam pecado. Agora, porém, tanto contemplaram quanto odiaram a mim e a meu Pai.
BKJ Se entre eles eu não tivesse feito tais obras, as quais nenhum outro homem fez, eles não teriam pecado. Mas agora, tanto viram quanto odiaram, tanto a mim como ao meu Pai.
LTT Se Eu não fiz entre eles as obras as quais nenhum outro varão tem feito, este pecado eles não tinham. Agora, porém, tanto têm eles visto como têm eles odiado, tanto a Mim como ao Meu Pai.
BJ2 Se eu não tivesse feito entre eles as obras que nenhum outro fez, não seriam culpados de pecado; mas eles viram e nos odeiam, a mim e ao Pai.
VULG Si opera non fecissem in eis quæ nemo alius fecit, peccatum non haberent : nunc autem et viderunt, et oderunt et me, et Patrem meum.

jo 15: 25

Versão Versículo
ARA Isto, porém, é para que se cumpra a palavra escrita na sua lei: Odiaram-me sem motivo.
ARC Mas é para que se cumpra a palavra que está escrita na sua lei: Aborreceram-me sem causa.
TB Mas isso é para que se cumpra a palavra que está escrita na sua Lei: Eles me aborreceram sem motivo.
BGB ἀλλ’ ἵνα πληρωθῇ ὁ λόγος ὁ ⸂ἐν τῷ νόμῳ αὐτῶν γεγραμμένος⸃ ὅτι Ἐμίσησάν με δωρεάν.
HD Mas é para que se cumpra o que está escrito na Lei deles: Odiaram-me gratuitamente.
BKJ Mas isso aconteceu para que se cumpra a palavra que está escrita na sua lei: Eles me odiaram sem motivo.
LTT Mas isto ocorre a fim de que seja cumprida a palavra tendo sido escrita na Lei deles 846: 'Odiaram-Me sem uma causa'. Sl 69:4
BJ2 Mas é para que se cumpra a palavra escrita na sua Lei: Odiaram-me sem motivo.
VULG Sed ut adimpleatur sermo, qui in lege eorum scriptus est : Quia odio habuerunt me gratis.

jo 15: 26

Versão Versículo
ARA Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim;
ARC Mas, quando vier o Consolador, que eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade, que procede do Pai, ele testificará de mim.
TB Quando, porém, vier o Paráclito, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que procede do Pai, este dará testemunho de mim;
BGB ⸀Ὅταν ἔλθῃ ὁ παράκλητος ὃν ἐγὼ πέμψω ὑμῖν παρὰ τοῦ πατρός, τὸ πνεῦμα τῆς ἀληθείας ὃ παρὰ τοῦ πατρὸς ἐκπορεύεται, ἐκεῖνος μαρτυρήσει περὶ ἐμοῦ·
HD Quando vier o Paracleto , que eu vos enviarei da parte do Pai, o espírito da Verdade, que procede do Pai, esse testemunhará a meu respeito.
BKJ Mas, quando vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim;
LTT Quando, porém, vier o Consolador- Ajudador ①, a Quem Eu vos enviarei procedente- de- ao- lado- de o Pai, a saber, aquele Espírito de a Verdade (o Qual vem para fora procedente- de- ao- lado- de o Pai), Ele testificará concernente a Mim.
BJ2 Quando vier o Paráclito, que vos enviarei de junto do Pai,[u] o Espírito da Verdade, que vem do Pai, ele dará testemunho de mim.
VULG Cum autem venerit Paraclitus, quem ego mittam vobis a Patre, Spiritum veritatis, qui a Patre procedit, ille testimonium perhibebit de me ;

jo 15: 27

Versão Versículo
ARA e vós também testemunhareis, porque estais comigo desde o princípio.
ARC E vós também testificareis, pois estivestes comigo desde o princípio.
TB e vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o princípio.
BGB καὶ ὑμεῖς δὲ μαρτυρεῖτε, ὅτι ἀπ’ ἀρχῆς μετ’ ἐμοῦ ἐστε.
HD Testemunhai também vós, porque estais comigo desde o princípio.
BKJ e vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o princípio.
LTT E também vós (já) testificais, pois, desde o princípio, coMigo estais.
BJ2 E vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o princípio.
VULG et vos testimonium perhibebitis, quia ab initio mecum estis.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 15:1

Gênesis 49:10 O cetro não se arredará de Judá, nem o legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele se congregarão os povos.
Salmos 80:8 Trouxeste uma vinha do Egito; lançaste fora as nações e a plantaste.
Cântico dos Cânticos 7:12 Levantemo-nos de manhã para ir às vinhas, vejamos se florescem as vides, se se abre a flor, se já brotam as romeiras; ali te darei o meu grande amor.
Cântico dos Cânticos 8:11 Teve Salomão uma vinha em Baal-Hamom; entregou essa vinha a uns guardas; e cada um lhe trazia pelo seu fruto mil peças de prata.
Isaías 4:2 Naquele dia, o Renovo do Senhor será cheio de beleza e de glória; e o fruto da terra, excelente e formoso para os que escaparem de Israel.
Isaías 5:1 Agora, cantarei ao meu amado o cântico do meu querido a respeito da sua vinha. O meu amado tem uma vinha em um outeiro fértil.
Isaías 27:2 Naquele dia, haverá uma vinha de vinho tinto; cantai-lhe.
Isaías 60:21 E todos os do teu povo serão justos, para sempre herdarão a terra; serão renovos por mim plantados, obra das minhas mãos, para que eu seja glorificado.
Isaías 61:3 a ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê ornamento por cinza, óleo de gozo por tristeza, veste de louvor por espírito angustiado, a fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado.
Jeremias 2:21 Eu mesmo te plantei como vide excelente, uma semente inteiramente fiel; como, pois, te tornaste para mim uma planta degenerada, de vide estranha?
Jeremias 12:10 Muitos pastores destruíram a minha vinha, pisaram o meu campo e tornaram em desolado deserto o meu campo desejado.
Ezequiel 15:2 Filho do homem, que mais é a madeira da videira que qualquer outro, o sarmento que está entre as árvores do bosque?
Oséias 10:1 Israel é uma vide frondosa; dá fruto para si mesmo; conforme a abundância do seu fruto, assim multiplicou os altares; conforme a bondade da terra, assim fizeram boas estátuas.
Zacarias 3:8 Ouve, pois, Josué, sumo sacerdote, tu e os teus companheiros que se assentam diante de ti, porque são homens portentosos; eis que eu farei vir o meu servo, o Renovo.
Mateus 20:1 Porque o Reino dos céus é semelhante a um homem, pai de família, que saiu de madrugada a assalariar trabalhadores para a sua vinha.
Mateus 21:33 Ouvi, ainda, outra parábola: Houve um homem, pai de família, que plantou uma vinha, e circundou-a de um valado, e construiu nela um lagar, e edificou uma torre, e arrendou-a a uns lavradores, e ausentou-se para longe.
Marcos 12:1 E começou a falar-lhes por parábolas: Um homem plantou uma vinha, e cercou-a de um valado, e fundou nela um lagar, e edificou uma torre, e arrendou-a a uns lavradores, e partiu para fora da terra.
Lucas 13:6 E dizia esta parábola: Um certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e foi procurar nela fruto, não o achando.
João 1:9 Ali estava a luz verdadeira, que alumia a todo homem que vem ao mundo,
João 1:17 Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo.
João 6:32 Disse-lhes, pois, Jesus: Na verdade, na verdade vos digo que Moisés não vos deu o pão do céu, mas meu Pai vos dá o verdadeiro pão do céu.
João 6:55 Porque a minha carne verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida.
I Coríntios 3:9 Porque nós somos cooperadores de Deus; vós sois lavoura de Deus e edifício de Deus.
I João 2:8 Outra vez vos escrevo um mandamento novo, que é verdadeiro nele e em vós; porque vão passando as trevas, e já a verdadeira luz alumia.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 15:2

Jó 17:9 E o justo seguirá o seu caminho firmemente, e o puro de mãos irá crescendo em força.
Salmos 51:7 Purifica-me com hissopo, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais alvo do que a neve.
Provérbios 4:18 Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito.
Isaías 27:9 Por isso, se expiará a iniquidade de Jacó, e este será todo o fruto de se haver tirado o seu pecado; quando ele fizer a todas as pedras do altar como pedras de cal feitas em pedaços, os bosques e as imagens do sol não poderão ficar em pé.
Isaías 29:19 E os mansos terão regozijo sobre regozijo no Senhor; e os necessitados entre os homens se alegrarão no Santo de Israel.
Oséias 6:3 Conheçamos e prossigamos em conhecer o Senhor: como a alva, será a sua saída; e ele a nós virá como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra.
Malaquias 3:3 E assentar-se-á, afinando e purificando a prata; e purificará os filhos de Levi e os afinará como ouro e como prata; então, ao Senhor trarão ofertas em justiça.
Mateus 3:10 E também, agora, está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo.
Mateus 3:12 Em sua mão tem a pá, e limpará a sua eira, e recolherá no celeiro o seu trigo, e queimará a palha com fogo que nunca se apagará.
Mateus 13:12 porque àquele que tem se dará, e terá em abundância; mas aquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado.
Mateus 13:33 Outra parábola lhes disse: O Reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher toma e introduz em três medidas de farinha, até que tudo esteja levedado.
Mateus 15:13 Ele, porém, respondendo, disse: Toda planta que meu Pai celestial não plantou será arrancada.
Mateus 21:19 E, avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti. E a figueira secou imediatamente.
Lucas 8:13 e os que estão sobre pedra, estes são os que, ouvindo a palavra, a recebem com alegria, mas, como não têm raiz, apenas creem por algum tempo e, no tempo da tentação, se desviam;
Lucas 13:7 E disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho procurar fruto nesta figueira e não o acho; corta-a. Por que ela ocupa ainda a terra inutilmente?
João 15:8 Nisto é glorificado meu Pai: que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.
João 15:16 Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda.
João 17:12 Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse.
Romanos 5:3 E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência;
Romanos 8:28 E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados por seu decreto.
I Coríntios 13:1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
II Coríntios 4:17 Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente,
Gálatas 5:22 Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Filipenses 1:9 E peço isto: que o vosso amor aumente mais e mais em ciência e em todo o conhecimento.
Colossenses 1:5 por causa da esperança que vos está reservada nos céus, da qual já, antes, ouvistes pela palavra da verdade do evangelho,
I Tessalonicenses 5:23 E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
Tito 2:14 o qual se deu a si mesmo por nós, para nos remir de toda iniquidade e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras.
Hebreus 6:7 Porque a terra que embebe a chuva que muitas vezes cai sobre ela e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada recebe a bênção de Deus;
Hebreus 12:10 Porque aqueles, na verdade, por um pouco de tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas este, para nosso proveito, para sermos participantes da sua santidade.
Hebreus 12:15 tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem.
I João 2:19 Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.
Apocalipse 3:19 Eu repreendo e castigo a todos quantos amo; sê, pois, zeloso e arrepende-te.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 15:3

João 13:10 Disse-lhe Jesus: Aquele que está lavado não necessita de lavar senão os pés, pois no mais todo está limpo. Ora, vós estais limpos, mas não todos.
João 17:17 Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.
Efésios 5:26 para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,
I Pedro 1:22 Purificando a vossa alma na obediência à verdade, para amor fraternal, não fingido, amai-vos ardentemente uns aos outros, com um coração puro;
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 15:4

Cântico dos Cânticos 8:5 Quem é esta que sobe do deserto e vem encostada tão aprazivelmente ao seu amado? Debaixo de uma macieira te despertei, ali esteve tua mãe com dores; ali esteve com dores aquela que te deu à luz.
Isaías 27:10 Porque a cidade forte está solitária, uma habitação rejeitada e abandonada como um deserto; ali, pastarão os bezerros, e ali se deitarão, e devorarão os seus ramos.
Ezequiel 15:2 Filho do homem, que mais é a madeira da videira que qualquer outro, o sarmento que está entre as árvores do bosque?
Oséias 14:8 Efraim dirá: Que mais tenho eu com os ídolos? Eu o tenho ouvido e isso considerarei; eu sou como a faia verde; de mim é achado o teu fruto.
Lucas 8:15 e a que caiu em boa terra, esses são os que, ouvindo a palavra, a conservam num coração honesto e bom e dão fruto com perseverança.
João 6:56 Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu, nele.
João 6:68 Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna,
João 8:31 Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente, sereis meus discípulos
João 14:20 Naquele dia, conhecereis que estou em meu Pai, e vós, em mim, e eu, em vós.
João 15:5 Eu sou a videira, vós, as varas; quem está em mim, e eu nele, este dá muito fruto, porque sem mim nada podereis fazer.
João 17:23 Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim e que tens amado a eles como me tens amado a mim.
Atos 11:23 o qual, quando chegou e viu a graça de Deus, se alegrou e exortou a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor.
Atos 14:22 confirmando o ânimo dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus.
Romanos 8:9 Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.
II Coríntios 12:8 Acerca do qual três vezes orei ao Senhor, para que se desviasse de mim.
II Coríntios 13:5 Examinai-vos a vós mesmos se permaneceis na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não sabeis, quanto a vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados.
Gálatas 2:20 Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim.
Efésios 3:17 para que Cristo habite, pela fé, no vosso coração; a fim de, estando arraigados e fundados em amor,
Filipenses 1:11 cheios de frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.
Colossenses 1:23 se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé e não vos moverdes da esperança do evangelho que tendes ouvido, o qual foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, estou feito ministro.
Colossenses 1:27 aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória;
Colossenses 2:6 Como, pois, recebestes o Senhor Jesus Cristo, assim também andai nele,
I Tessalonicenses 3:5 Portanto, não podendo eu também esperar mais, mandei-o saber da vossa fé, temendo que o tentador vos tentasse, e o nosso trabalho viesse a ser inútil.
Hebreus 10:39 Nós, porém, não somos daqueles que se retiram para a perdição, mas daqueles que creem para a conservação da alma.
I João 2:6 Aquele que diz que está nele também deve andar como ele andou.
I João 2:24 Portanto, o que desde o princípio ouvistes permaneça em vós. Se em vós permanecer o que desde o princípio ouvistes, também permanecereis no Filho e no Pai.
II João 1:9 Todo aquele que prevarica e não persevera na doutrina de Cristo não tem a Deus; quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto o Pai como o Filho.
Judas 1:20 Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo,
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 15:5

Provérbios 11:30 O fruto do justo é árvore de vida, e o que ganha almas sábio é.
Oséias 4:8 Alimentam-se do pecado do meu povo e da maldade dele têm desejo ardente.
Lucas 13:6 E dizia esta parábola: Um certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e foi procurar nela fruto, não o achando.
João 5:19 Mas Jesus respondeu e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao Pai, porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente.
João 9:33 Se este não fosse de Deus, nada poderia fazer.
João 12:24 Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, dá muito fruto.
João 15:16 Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda.
Atos 4:12 E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos.
Romanos 6:22 Mas, agora, libertados do pecado e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim a vida eterna.
Romanos 7:4 Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais doutro, daquele que ressuscitou de entre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus.
Romanos 12:5 assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.
I Coríntios 10:16 Porventura, o cálice de bênção que abençoamos não é a comunhão do sangue de Cristo? O pão que partimos não é, porventura, a comunhão do corpo de Cristo?
I Coríntios 12:12 Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.
I Coríntios 12:27 Ora, vós sois o corpo de Cristo e seus membros em particular.
II Coríntios 9:10 Ora, aquele que dá a semente ao que semeia e pão para comer também multiplicará a vossa sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça;
II Coríntios 13:8 Porque nada podemos contra a verdade, senão pela verdade.
Gálatas 5:22 Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Efésios 5:9 (porque o fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade),
Filipenses 1:11 cheios de frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.
Filipenses 4:13 Posso todas as coisas naquele que me fortalece.
Filipenses 4:17 Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que aumente a vossa conta.
Colossenses 1:6 que já chegou a vós, como também está em todo o mundo; e já vai frutificando, como também entre vós, desde o dia em que ouvistes e conhecestes a graça de Deus em verdade;
Colossenses 1:10 para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus;
Tiago 1:17 Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação.
I Pedro 2:4 E, chegando-vos para ele, a pedra viva, reprovada, na verdade, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa,
II Pedro 1:2 graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus e de Jesus, nosso Senhor.
II Pedro 3:18 antes, crescei na graça e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. A ele seja dada a glória, assim agora como no dia da eternidade. Amém!
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 15:6

Jó 15:30 Não escapará das trevas; a chama do fogo secará os seus renovos e, ao assopro da boca de Deus, desaparecerá.
Salmos 80:15 e a videira que a tua destra plantou, e o sarmento que fortificaste para ti!
Isaías 14:19 Mas tu és lançado da tua sepultura, como um renovo abominável, como uma veste de mortos atravessados à espada, como os que descem ao covil de pedras, como corpo morto e pisado.
Isaías 27:10 Porque a cidade forte está solitária, uma habitação rejeitada e abandonada como um deserto; ali, pastarão os bezerros, e ali se deitarão, e devorarão os seus ramos.
Ezequiel 15:3 Toma-se dele madeira, para fazer alguma obra? Ou toma-se dele alguma estaca, para se pendurar algum traste?
Ezequiel 17:9 Dize: Assim diz o Senhor Jeová: Ela prosperará? Não lhe arrancará ele as suas raízes e não cortará o seu fruto, para que se seque? Em todas as folhas de seus renovos se secará; e, não com braço grande, nem com muita gente, será arrancada pelas suas raízes.
Ezequiel 19:12 Mas foi arrancada com furor, foi abatida até à terra, e o vento oriental secou o seu fruto; quebraram-se e secaram-se as suas fortes varas, e o fogo as consumiu.
Mateus 3:10 E também, agora, está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo.
Mateus 7:19 Toda árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo.
Mateus 13:41 Mandará o Filho do Homem os seus anjos, e eles colherão do seu Reino tudo o que causa escândalo e os que cometem iniquidade.
Mateus 27:5 E ele, atirando para o templo as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar.
João 15:2 Toda vara em mim que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.
Hebreus 6:7 Porque a terra que embebe a chuva que muitas vezes cai sobre ela e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada recebe a bênção de Deus;
Hebreus 10:27 mas uma certa expectação horrível de juízo e ardor de fogo, que há de devorar os adversários.
II Pedro 2:20 Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro.
I João 2:19 Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.
Judas 1:12 Estes são manchas em vossas festas de fraternidade, banqueteando-se convosco e apascentando-se a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos de uma para outra parte; são como árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas;
Apocalipse 20:15 E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.
Apocalipse 21:8 Mas, quanto aos tímidos, e aos incrédulos, e aos abomináveis, e aos homicidas, e aos fornicadores, e aos feiticeiros, e aos idólatras e a todos os mentirosos, a sua parte será no lago que arde com fogo e enxofre, o que é a segunda morte.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 15:7

Deuteronômio 6:6 E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração;
Jó 22:26 Porque, então, te deleitarás no Todo-Poderoso e levantarás o teu rosto para Deus.
Jó 23:12 Do preceito de seus lábios nunca me apartei e as palavras da sua boca prezei mais do que o meu alimento.
Salmos 37:4 Deleita-te também no Senhor, e ele te concederá o que deseja o teu coração.
Salmos 119:11 Escondi a tua palavra no meu coração, para eu não pecar contra ti.
Provérbios 4:4 E ele ensinava-me e dizia-me: Retenha as minhas palavras o teu coração; guarda os meus mandamentos e vive.
Provérbios 10:24 O temor do ímpio virá sobre ele, mas o desejo dos justos Deus o cumprirá.
Isaías 58:8 Então, romperá a tua luz como a alva, e a tua cura apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante da tua face, e a glória do Senhor será a tua retaguarda.
Jeremias 15:16 Achando-se as tuas palavras, logo as comi, e a tua palavra foi para mim o gozo e alegria do meu coração; porque pelo teu nome me chamo, ó Senhor, Deus dos Exércitos.
Mateus 7:7 Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á.
João 8:37 Bem sei que sois descendência de Abraão; contudo, procurais matar-me, porque a minha palavra não entra em vós.
João 14:13 E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
João 15:16 Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda.
João 16:23 E, naquele dia, nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar.
Gálatas 4:2 Mas está debaixo de tutores e curadores até ao tempo determinado pelo pai.
Gálatas 5:16 Digo, porém: Andai em Espírito e não cumprireis a concupiscência da carne.
Colossenses 3:16 A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais; cantando ao Senhor com graça em vosso coração.
I João 2:14 Eu vos escrevi, pais, porque já conhecestes aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a palavra de Deus está em vós, e já vencestes o maligno.
I João 2:27 E a unção que vós recebestes dele fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim nele permanecereis.
I João 3:22 e qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agradável à sua vista.
I João 5:14 E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.
II João 1:1 O ancião à senhora eleita e a seus filhos, aos quais amo na verdade e não somente eu, mas também todos os que têm conhecido a verdade,
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 15:8

Salmos 92:12 O justo florescerá como a palmeira; crescerá como o cedro no Líbano.
Isaías 60:21 E todos os do teu povo serão justos, para sempre herdarão a terra; serão renovos por mim plantados, obra das minhas mãos, para que eu seja glorificado.
Isaías 61:3 a ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê ornamento por cinza, óleo de gozo por tristeza, veste de louvor por espírito angustiado, a fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado.
Ageu 1:8 Subi o monte, e trazei madeira, e edificai a casa; e dela me agradarei e eu serei glorificado, diz o Senhor.
Mateus 5:16 Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus.
Mateus 5:44 Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem,
Lucas 6:35 Amai, pois, a vossos inimigos, e fazei o bem, e emprestai, sem nada esperardes, e será grande o vosso galardão, e sereis filhos do Altíssimo; porque ele é benigno até para com os ingratos e maus.
João 8:31 Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente, sereis meus discípulos
João 13:35 Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros.
João 15:5 Eu sou a videira, vós, as varas; quem está em mim, e eu nele, este dá muito fruto, porque sem mim nada podereis fazer.
I Coríntios 6:20 Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus.
I Coríntios 10:31 Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus.
II Coríntios 9:10 Ora, aquele que dá a semente ao que semeia e pão para comer também multiplicará a vossa sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça;
Filipenses 1:11 cheios de frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.
Tito 2:5 a serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seu marido, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada.
Tito 2:10 não defraudando; antes, mostrando toda a boa lealdade, para que, em tudo, sejam ornamento da doutrina de Deus, nosso Salvador.
I Pedro 2:12 tendo o vosso viver honesto entre os gentios, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no Dia da visitação, pelas boas obras que em vós observem.
I Pedro 4:11 Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá, para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o poder para todo o sempre. Amém!
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 15:9

João 15:11 Tenho-vos dito isso para que a minha alegria permaneça em vós, e a vossa alegria seja completa.
João 15:13 Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos.
João 17:23 Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim e que tens amado a eles como me tens amado a mim.
João 17:26 E eu lhes fiz conhecer o teu nome e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja.
Efésios 3:18 poderdes perfeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade
I João 2:28 E agora, filhinhos, permanecei nele, para que, quando ele se manifestar, tenhamos confiança e não sejamos confundidos por ele na sua vinda.
Judas 1:20 Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo,
Apocalipse 1:5 e da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o príncipe dos reis da terra. Àquele que nos ama, e em seu sangue nos lavou dos nossos pecados,
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 15:10

Isaías 42:1 Eis aqui o meu Servo, a quem sustenho, o meu Eleito, em quem se compraz a minha alma; pus o meu Espírito sobre ele; juízo produzirá entre os gentios.
Mateus 3:15 Jesus, porém, respondendo, disse-lhe: Deixa por agora, porque assim nos convém cumprir toda a justiça. Então, ele o permitiu.
João 4:34 Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou e realizar a sua obra.
João 8:29 E aquele que me enviou está comigo; o Pai não me tem deixado só, porque eu faço sempre o que lhe agrada.
João 12:49 Porque eu não tenho falado de mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, ele me deu mandamento sobre o que hei de dizer e sobre o que hei de falar.
João 14:15 Se me amardes, guardareis os meus mandamentos.
João 14:21 Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, este é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele.
João 14:31 Mas é para que o mundo saiba que eu amo o Pai e que faço como o Pai me mandou. Levantai-vos, vamo-nos daqui.
João 17:4 Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer.
I Coríntios 7:19 A circuncisão é nada, e a incircuncisão nada é, mas, sim, a observância dos mandamentos de Deus.
I Tessalonicenses 4:1 Finalmente, irmãos, vos rogamos e exortamos no Senhor Jesus que, assim como recebestes de nós, de que maneira convém andar e agradar a Deus, assim andai, para que continueis a progredir cada vez mais;
Hebreus 7:26 Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus,
Hebreus 10:5 Pelo que, entrando no mundo, diz: Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo me preparaste;
II Pedro 2:21 Porque melhor lhes fora não conhecerem o caminho da justiça do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo mandamento que lhes fora dado.
I João 2:1 Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo.
I João 2:5 Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele.
I João 3:21 Amados, se o nosso coração nos não condena, temos confiança para com Deus;
I João 5:3 Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados.
Apocalipse 22:14 Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 15:11

Isaías 53:11 O trabalho da sua alma ele verá e ficará satisfeito; com o seu conhecimento, o meu servo, o justo, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si.
Isaías 62:4 Nunca mais te chamarão Desamparada, nem a tua terra se denominará jamais Assolada; mas chamar-te-ão Hefzibá; e à tua terra, Beulá, porque o Senhor se agrada de ti; e com a tua terra o Senhor se casará.
Jeremias 32:41 E alegrar-me-ei por causa deles, fazendo-lhes bem; e os plantarei nesta terra certamente, com todo o meu coração e com toda a minha alma.
Jeremias 33:9 E esta cidade me servirá de nome de alegria, de louvor e de glória, entre todas as nações da terra que ouvirem todo o bem que eu lhe faço; e espantar-se-ão e perturbar-se-ão por causa de todo o bem e por causa de toda a paz que eu lhe dou.
Sofonias 3:17 O Senhor, teu Deus, está no meio de ti, poderoso para te salvar; ele se deleitará em ti com alegria; calar-se-á por seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo.
Lucas 15:5 E, achando-a, a põe sobre seus ombros, cheio de júbilo;
Lucas 15:9 E, achando-a, convoca as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque já achei a dracma perdida.
Lucas 15:23 e trazei o bezerro cevado, e matai-o; e comamos e alegremo-nos,
Lucas 15:32 Mas era justo alegrarmo-nos e regozijarmo-nos, porque este teu irmão estava morto e reviveu; tinha-se perdido e foi achado.
João 3:29 Aquele que tem a esposa é o esposo; mas o amigo do esposo, que lhe assiste e o ouve, alegra-se muito com a voz do esposo. Assim, pois, já essa minha alegria está cumprida.
João 16:24 Até agora, nada pedistes em meu nome; pedi e recebereis, para que a vossa alegria se cumpra.
João 16:33 Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.
João 17:13 Mas, agora, vou para ti e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos.
Romanos 15:13 Ora, o Deus de esperança vos encha de todo o gozo e paz em crença, para que abundeis em esperança pela virtude do Espírito Santo.
II Coríntios 1:24 não que tenhamos domínio sobre a vossa fé, mas porque somos cooperadores de vosso gozo; porque pela fé estais em pé.
Efésios 5:18 E não vos embriagueis com vinho, em que há contenda, mas enchei-vos do Espírito,
Filipenses 1:25 E, tendo esta confiança, sei que ficarei e permanecerei com todos vós para proveito vosso e gozo da fé,
I Tessalonicenses 5:16 Regozijai-vos sempre.
I Pedro 1:8 ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso,
I João 1:4 Estas coisas vos escrevemos, para que o vosso gozo se cumpra.
II João 1:12 Tendo muito que escrever-vos, não quis fazê-lo com papel e tinta; mas espero ir ter convosco e falar de boca a boca, para que o nosso gozo seja cumprido.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 15:12

João 13:34 Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis.
Romanos 12:10 Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.
Efésios 5:2 e andai em amor, como também Cristo vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.
I Tessalonicenses 3:12 E o Senhor vos aumente e faça crescer em amor uns para com os outros e para com todos, como também nós para convosco;
I Tessalonicenses 4:9 Quanto, porém, ao amor fraternal, não necessitais de que vos escreva, visto que vós mesmos estais instruídos por Deus que vos ameis uns aos outros;
II Tessalonicenses 1:3 Sempre devemos, irmãos, dar graças a Deus por vós, como é de razão, porque a vossa fé cresce muitíssimo, e o amor de cada um de vós aumenta de uns para com os outros,
I Pedro 1:22 Purificando a vossa alma na obediência à verdade, para amor fraternal, não fingido, amai-vos ardentemente uns aos outros, com um coração puro;
I Pedro 3:8 E, finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente misericordiosos e afáveis,
I Pedro 4:8 Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobrirá a multidão de pecados,
I João 2:7 Irmãos, não vos escrevo mandamento novo, mas o mandamento antigo, que desde o princípio tivestes. Este mandamento antigo é a palavra que desde o princípio ouvistes.
I João 3:11 Porque esta é a mensagem que ouvistes desde o princípio: que nos amemos uns aos outros.
I João 3:23 E o seu mandamento é este: que creiamos no nome de seu Filho Jesus Cristo e nos amemos uns aos outros, segundo o seu mandamento.
I João 4:21 E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também seu irmão.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 15:13

João 10:11 Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.
João 10:15 Assim como o Pai me conhece a mim, também eu conheço o Pai e dou a minha vida pelas ovelhas.
Romanos 5:6 Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.
Efésios 5:2 e andai em amor, como também Cristo vos amou e se entregou a si mesmo por nós, em oferta e sacrifício a Deus, em cheiro suave.
I João 4:7 Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 15:14

II Crônicas 20:7 Porventura, ó Deus nosso, não lançaste tu fora os moradores desta terra, de diante do teu povo de Israel, e não a deste à semente de Abraão, teu amigo, para sempre?
Cântico dos Cânticos 5:1 Já vim para o meu jardim, irmã minha, minha esposa; colhi a minha mirra com a minha especiaria, comi o meu favo com o meu mel, bebi o meu vinho com o meu leite. Comei, amigos, bebei abundantemente, ó amados.
Isaías 41:8 Mas tu, ó Israel, servo meu, tu Jacó, a quem elegi, semente de Abraão, meu amigo,
Mateus 12:50 porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai, que está nos céus, este é meu irmão, e irmã, e mãe.
Lucas 12:4 E digo-vos, amigos meus: não temais os que matam o corpo e depois não têm mais o que fazer.
João 2:5 Sua mãe disse aos empregados: Fazei tudo quanto ele vos disser.
João 13:17 Se sabeis essas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.
João 14:15 Se me amardes, guardareis os meus mandamentos.
João 14:21 Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, este é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei e me manifestarei a ele.
João 14:28 Ouvistes o que eu vos disse: vou e venho para vós. Se me amásseis, certamente, exultaríeis por ter dito: vou para o Pai, porque o Pai é maior do que eu.
Tiago 2:23 e cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus.
I João 5:3 Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 15:15

Gênesis 18:17 E disse o Senhor: Ocultarei eu a Abraão o que faço,
II Reis 6:8 E o rei da Síria fazia guerra a Israel; e consultou com os seus servos dizendo: Em tal e em tal lugar estará o meu acampamento.
Salmos 25:14 O segredo do Senhor é para os que o temem; e ele lhes fará saber o seu concerto.
Amós 3:7 Certamente o Senhor Jeová não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas.
Mateus 13:11 Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do Reino dos céus, mas a eles não lhes é dado;
Lucas 10:23 E, voltando-se para os discípulos, disse-lhes em particular: Bem-aventurados os olhos que veem o que vós vedes,
João 4:19 Disse-lhe a mulher: Senhor, vejo que és profeta.
João 8:26 Muito tenho que dizer e julgar de vós, mas aquele que me enviou é verdadeiro; e o que dele tenho ouvido, isso falo ao mundo.
João 12:26 Se alguém me serve, siga-me; e, onde eu estiver, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, meu Pai o honrará.
João 13:16 Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou.
João 15:20 Lembrai-vos da palavra que vos disse: não é o servo maior do que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardarem a minha palavra, também guardarão a vossa.
João 17:6 Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra.
João 17:26 E eu lhes fiz conhecer o teu nome e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja.
João 20:17 Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai para meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.
Atos 20:27 porque nunca deixei de vos anunciar todo o conselho de Deus.
Romanos 16:25 Ora, àquele que é poderoso para vos confirmar segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do mistério que desde tempos eternos esteve oculto,
I Coríntios 2:9 Mas, como está escrito: As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem são as que Deus preparou para os que o amam.
Gálatas 4:6 E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai.
Efésios 1:9 descobrindo-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito, que propusera em si mesmo,
Efésios 3:5 o qual, noutros séculos, não foi manifestado aos filhos dos homens, como, agora, tem sido revelado pelo Espírito aos seus santos apóstolos e profetas,
Colossenses 1:26 o mistério que esteve oculto desde todos os séculos e em todas as gerações e que, agora, foi manifesto aos seus santos;
Tiago 1:1 Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, às doze tribos que andam dispersas: saúde.
Tiago 2:23 e cumpriu-se a Escritura, que diz: E creu Abraão em Deus, e foi-lhe isso imputado como justiça, e foi chamado o amigo de Deus.
I Pedro 1:11 indagando que tempo ou que ocasião de tempo o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir e a glória que se lhes havia de seguir.
II Pedro 1:1 Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco alcançaram fé igualmente preciosa pela justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo:
Judas 1:1 Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago, aos chamados, queridos em Deus Pai e conservados por Jesus Cristo:
Apocalipse 1:1 Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou e as notificou a João, seu servo,
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 15:16

Gênesis 18:18 visto que Abraão certamente virá a ser uma grande e poderosa nação, e nele serão benditas todas as nações da terra?
Salmos 71:18 Agora, também, quando estou velho e de cabelos brancos, não me desampares, ó Deus, até que tenha anunciado a tua força a esta geração, e o teu poder a todos os vindouros.
Salmos 78:4 Não os encobriremos aos seus filhos, mostrando à geração futura os louvores do Senhor, assim como a sua força e as maravilhas que fez.
Salmos 145:4 Uma geração louvará as tuas obras à outra geração e anunciará as tuas proezas.
Provérbios 11:30 O fruto do justo é árvore de vida, e o que ganha almas sábio é.
Isaías 27:6 Dias virão em que Jacó lançará raízes, e florescerá e brotará Israel, e encherão de fruto a face do mundo.
Isaías 49:1 Ouvi-me, ilhas, e escutai vós, povos de longe! O Senhor me chamou desde o ventre, desde as entranhas de minha mãe, fez menção do meu nome.
Isaías 55:10 Porque, assim como descem a chuva e a neve dos céus e para lá não tornam, mas regam a terra e a fazem produzir, e brotar, e dar semente ao semeador, e pão ao que come,
Jeremias 1:5 Antes que eu te formasse no ventre, eu te conheci; e, antes que saísses da madre, te santifiquei e às nações te dei por profeta.
Miquéias 5:7 E estará o resto de Jacó no meio de muitos povos, como orvalho do Senhor, como chuvisco sobre a erva, que não espera pelo homem, nem aguarda filhos de homens.
Zacarias 1:4 E não sejais como vossos pais, aos quais clamavam os primeiros profetas, dizendo: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Convertei-vos, agora, dos vossos maus caminhos e das vossas más obras. Mas não ouviram, nem me escutaram, diz o Senhor.
Mateus 21:22 E tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis.
Mateus 28:18 E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.
Marcos 16:15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura.
Lucas 6:13 E, quando já era dia, chamou a si os seus discípulos, e escolheu doze deles, a quem também deu o nome de apóstolos:
Lucas 24:47 e, em seu nome, se pregasse o arrependimento e a remissão dos pecados, em todas as nações, começando por Jerusalém.
João 6:70 Respondeu-lhe Jesus: Não vos escolhi a vós os doze? E um de vós é um diabo.
João 13:18 Não falo de todos vós; eu bem sei os que tenho escolhido; mas para que se cumpra a Escritura: O que come o pão comigo levantou contra mim o seu calcanhar.
João 14:13 E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
João 15:7 Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.
João 15:19 Se vós fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos aborrece.
João 16:23 E, naquele dia, nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar.
João 20:21 Disse-lhes, pois, Jesus outra vez: Paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.
João 21:15 E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros.
Atos 1:8 Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.
Atos 1:24 E, orando, disseram: Tu, Senhor, conhecedor do coração de todos, mostra qual destes dois tens escolhido,
Atos 9:15 Disse-lhe, porém, o Senhor: Vai, porque este é para mim um vaso escolhido para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel.
Atos 10:41 não a todo o povo, mas às testemunhas que Deus antes ordenara; a nós que comemos e bebemos juntamente com ele, depois que ressuscitou dos mortos.
Atos 20:25 E, agora, na verdade, sei que todos vós, por quem passei pregando o Reino de Deus, não vereis mais o meu rosto.
Atos 22:14 E ele disse: O Deus de nossos pais de antemão te designou para que conheças a sua vontade, e vejas aquele Justo, e ouças a voz da sua boca.
Romanos 1:5 pelo qual recebemos a graça e o apostolado, para a obediência da fé entre todas as gentes pelo seu nome,
Romanos 1:13 Não quero, porém, irmãos, que ignoreis que muitas vezes propus ir ter convosco (mas até agora tenho sido impedido) para também ter entre vós algum fruto, como também entre os demais gentios.
Romanos 9:11 porque, não tendo eles ainda nascido, nem tendo feito bem ou mal (para que o propósito de Deus, segundo a eleição, ficasse firme, não por causa das obras, mas por aquele que chama),
Romanos 9:21 Ou não tem o oleiro poder sobre o barro, para da mesma massa fazer um vaso para honra e outro para desonra?
Romanos 15:4 Porque tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito, para que, pela paciência e consolação das Escrituras, tenhamos esperança.
Romanos 15:15 Mas, irmãos, em parte vos escrevi mais ousadamente, como para vos trazer outra vez isto à memória, pela graça que por Deus me foi dada,
I Coríntios 3:6 Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento.
I Coríntios 9:16 Porque, se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação; e ai de mim se não anunciar o evangelho!
I Coríntios 10:11 Ora, tudo isso lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos.
Gálatas 1:15 Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou e me chamou pela sua graça,
Efésios 2:10 Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.
Colossenses 1:6 que já chegou a vós, como também está em todo o mundo; e já vai frutificando, como também entre vós, desde o dia em que ouvistes e conhecestes a graça de Deus em verdade;
Colossenses 1:23 se, na verdade, permanecerdes fundados e firmes na fé e não vos moverdes da esperança do evangelho que tendes ouvido, o qual foi pregado a toda criatura que há debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, estou feito ministro.
I Timóteo 2:7 Para o que (digo a verdade em Cristo, não minto) fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios, na fé e na verdade.
II Timóteo 1:11 para o que fui constituído pregador, e apóstolo, e doutor dos gentios;
II Timóteo 2:2 E o que de mim, entre muitas testemunhas, ouviste, confia-o a homens fiéis, que sejam idôneos para também ensinarem os outros.
II Timóteo 3:15 E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.
Tito 1:5 Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbíteros, como já te mandei:
Hebreus 11:4 Pela fé, Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho dos seus dons, e, por ela, depois de morto, ainda fala.
Tiago 3:18 Ora, o fruto da justiça semeia-se na paz, para os que exercitam a paz.
I Pedro 1:14 como filhos obedientes, não vos conformando com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância;
I Pedro 3:2 considerando a vossa vida casta, em temor.
I Pedro 3:15 antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós,
I João 4:10 Nisto está 4o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados.
I João 4:19 Nós o amamos porque ele nos amou primeiro.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 15:17

João 15:12 O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.
I Pedro 2:17 Honrai a todos. Amai a fraternidade. Temei a Deus. Honrai o rei.
I João 3:14 Nós sabemos que passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos; quem não ama a seu irmão permanece na morte.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 15:18

I Reis 22:8 Então, disse o rei de Israel a Josafá: Ainda há um homem por quem podemos consultar ao Senhor; porém eu o aborreço, porque nunca profetiza de mim bem, mas só mal; este é Micaías, filho de Inlá. E disse Josafá: Não fale o rei assim.
Isaías 49:7 Assim diz o Senhor, o Redentor de Israel, o seu Santo, à alma desprezada, ao que as nações abominam, ao servo dos que dominam: Os reis o verão e se levantarão; os príncipes diante de ti se inclinarão, por amor do Senhor, que é fiel, e do Santo de Israel, que te escolheu.
Isaías 53:3 Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
Zacarias 11:8 E destruí os três pastores num mês, porque se angustiou deles a minha alma, e também a sua alma teve fastio de mim.
Mateus 5:11 bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa.
Mateus 10:22 E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.
Mateus 24:9 Então, vos hão de entregar para serdes atormentados e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as gentes por causa do meu nome.
Marcos 13:13 E sereis aborrecidos por todos por amor do meu nome; mas quem perseverar até ao fim, esse será salvo.
Lucas 6:22 Bem-aventurados sereis quando os homens vos aborrecerem, e quando vos separarem, e vos injuriarem, e rejeitarem o vosso nome como mau, por causa do Filho do Homem.
João 3:20 Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não vem para a luz para que as suas obras não sejam reprovadas.
João 7:7 O mundo não vos pode odiar, mas ele me odeia a mim, porquanto dele testifico que as suas obras são más.
João 15:23 Aquele que me aborrece aborrece também a meu Pai.
Hebreus 12:2 olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.
Tiago 4:4 Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.
I João 3:1 Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não conhece a ele.
I João 3:3 E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro.
I João 3:13 Meus irmãos, não vos maravilheis, se o mundo vos aborrece.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 15:19

Lucas 6:32 E, se amardes aos que vos amam, que recompensa tereis? Também os pecadores amam aos que os amam.
João 15:16 Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda.
João 17:14 Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.
Efésios 1:4 como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor,
Efésios 2:2 em que, noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência;
Tito 3:3 Porque também nós éramos, noutro tempo, insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros.
I Pedro 2:9 Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;
I Pedro 4:3 Porque é bastante que, no tempo passado da vida, fizéssemos a vontade dos gentios, andando em dissoluções, concupiscências, borracheiras, glutonarias, bebedices e abomináveis idolatrias;
I João 3:12 Não como Caim, que era do maligno e matou a seu irmão. E por que causa o matou? Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas.
I João 4:4 Filhinhos, sois de Deus e já os tendes vencido, porque maior é o que está em vós do que o que está no mundo.
I João 5:19 Sabemos que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno.
Apocalipse 12:9 E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.
Apocalipse 12:17 E o dragão irou-se contra a mulher e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus Cristo.
Apocalipse 20:7 E, acabando-se os mil anos, Satanás será solto da sua prisão
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 15:20

I Samuel 8:7 E disse o Senhor a Samuel: Ouve a voz do povo em tudo quanto te disser, pois não te tem rejeitado a ti; antes, a mim me tem rejeitado, para eu não reinar sobre ele.
Isaías 53:1 Quem deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do Senhor?
Ezequiel 3:7 Mas a casa de Israel não te quererá dar ouvidos, porque não me querem dar ouvidos a mim; porque toda a casa de Israel é de rosto obstinado e dura de coração.
Mateus 10:24 Não é o discípulo mais do que o mestre, nem é o servo mais do que o seu senhor.
Lucas 2:34 E Simeão os abençoou e disse à Maria, sua mãe: Eis que este é posto para queda e elevação de muitos em Israel e para sinal que é contraditado
Lucas 6:40 O discípulo não é superior a seu mestre, mas todo o que for perfeito será como o seu mestre.
João 5:16 E, por essa causa, os judeus perseguiram Jesus e procuravam matá-lo, porque fazia essas coisas no sábado.
João 7:32 Os fariseus ouviram que a multidão murmurava dele essas coisas; e os fariseus e os principais dos sacerdotes mandaram servidores para o prenderem.
João 8:51 Em verdade, em verdade vos digo que, se alguém guardar a minha palavra, nunca verá a morte.
João 8:59 Então, pegaram em pedras para lhe atirarem; mas Jesus ocultou-se, e saiu do templo, passando pelo meio deles, e assim se retirou.
João 10:31 Os judeus pegaram, então, outra vez, em pedras para o apedrejarem.
João 11:57 Ora, os principais dos sacerdotes e os fariseus tinham dado ordem para que, se alguém soubesse onde ele estava, o denunciasse, para o prenderem.
João 13:16 Na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que o seu senhor, nem o enviado, maior do que aquele que o enviou.
Atos 4:27 Porque, verdadeiramente, contra o teu santo Filho Jesus, que tu ungiste, se ajuntaram, não só Herodes, mas Pôncio Pilatos, com os gentios e os povos de Israel,
Atos 7:52 A qual dos profetas não perseguiram vossos pais? Até mataram os que anteriormente anunciaram a vinda do Justo, do qual vós agora fostes traidores e homicidas;
I Coríntios 4:12 e nos afadigamos, trabalhando com nossas próprias mãos; somos injuriados e bendizemos; somos perseguidos e sofremos;
II Coríntios 4:9 perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;
I Tessalonicenses 2:15 os quais também mataram o Senhor Jesus e os seus próprios profetas, e nos têm perseguido, e não agradam a Deus, e são contrários a todos os homens.
II Timóteo 3:12 E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 15:21

Salmos 69:7 Porque por amor de ti tenho suportado afronta; a confusão cobriu o meu rosto.
Isaías 66:5 Ouvi a palavra do Senhor, vós que tremeis diante da sua palavra. Vossos irmãos, que vos aborrecem e que para longe vos lançam por amor do meu nome, dizem: O Senhor seja glorificado, para que vejamos a vossa alegria! Mas eles serão confundidos.
Mateus 5:11 bem-aventurados sois vós quando vos injuriarem, e perseguirem, e, mentindo, disserem todo o mal contra vós, por minha causa.
Mateus 10:18 e sereis até conduzidos à presença dos governadores e dos reis, por causa de mim, para lhes servir de testemunho, a eles e aos gentios.
Mateus 10:22 E odiados de todos sereis por causa do meu nome; mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.
Mateus 10:39 Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida por amor de mim achá-la-á.
Mateus 24:9 Então, vos hão de entregar para serdes atormentados e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as gentes por causa do meu nome.
Lucas 6:22 Bem-aventurados sereis quando os homens vos aborrecerem, e quando vos separarem, e vos injuriarem, e rejeitarem o vosso nome como mau, por causa do Filho do Homem.
João 8:19 Disseram-lhe, pois: Onde está teu Pai? Jesus respondeu: Não me conheceis a mim, nem a meu Pai; se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai.
João 8:54 Jesus respondeu: Se eu me glorifico a mim mesmo, a minha glória não é nada; quem me glorifica é meu Pai, o qual dizeis que é vosso Deus.
João 16:3 E isso vos farão, porque não conheceram ao Pai nem a mim.
Atos 3:17 E agora, irmãos, eu sei que o fizestes por ignorância, como também os vossos príncipes.
Atos 5:41 Retiraram-se, pois, da presença do conselho, regozijando-se de terem sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus.
Atos 9:16 E eu lhe mostrarei quanto deve padecer pelo meu nome.
Atos 17:23 porque, passando eu e vendo os vossos santuários, achei também um altar em que estava escrito: Ao Deus Desconhecido. Esse, pois, que vós honrais não o conhecendo é o que eu vos anuncio.
Atos 28:25 E, como ficaram entre si discordes, se despediram, dizendo Paulo esta palavra: Bem falou o Espírito Santo a nossos pais pelo profeta Isaías,
Romanos 1:28 E, como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convém;
I Coríntios 2:8 a qual nenhum dos príncipes deste mundo conheceu; porque, se a conhecessem, nunca crucificariam ao Senhor da glória.
I Coríntios 15:34 Vigiai justamente e não pequeis; porque alguns ainda não têm o conhecimento de Deus; digo-o para vergonha vossa.
II Coríntios 4:3 Mas, se ainda o nosso evangelho está encoberto, para os que se perdem está encoberto,
II Tessalonicenses 1:8 como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo;
I Pedro 4:13 mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis.
I João 2:3 E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos.
Apocalipse 2:3 e sofreste e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome e não te cansaste.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 15:22

Ezequiel 2:5 E eles, quer ouçam quer deixem de ouvir (porque eles são casa rebelde), hão de saber que esteve no meio deles um profeta.
Ezequiel 33:31 E eles vêm a ti, como o povo costuma vir, e se assentam diante de ti como meu povo, e ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obra; pois lisonjeiam com a sua boca, mas o seu coração segue a sua avareza.
Lucas 12:46 virá o Senhor daquele servo no dia em que o não espera e numa hora que ele não sabe, e separá-lo-á, e lhe dará a sua parte com os infiéis.
João 3:18 Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
João 9:41 Disse-lhes Jesus: Se fôsseis cegos, não teríeis pecado; mas como agora dizeis: Vemos, por isso, o vosso pecado permanece.
João 12:48 Quem me rejeitar a mim e não receber as minhas palavras já tem quem o julgue; a palavra que tenho pregado, essa o há de julgar no último Dia.
João 19:11 Respondeu Jesus: Nenhum poder terias contra mim, se de cima te não fosse dado; mas aquele que me entregou a ti maior pecado tem.
Atos 17:30 Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, em todo lugar, que se arrependam,
Romanos 1:20 Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;
Romanos 2:1 Portanto, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo.
II Coríntios 2:14 E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo e, por meio de nós, manifesta em todo lugar o cheiro do seu conhecimento.
Hebreus 6:4 Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo,
Tiago 4:17 Aquele, pois, que sabe fazer o bem e o não faz comete pecado.
I Pedro 2:16 como livres e não tendo a liberdade por cobertura da malícia, mas como servos de Deus.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 15:23

João 8:40 Mas, agora, procurais matar-me a mim, homem que vos tem dito a verdade que de Deus tem ouvido; Abraão não fez isso.
I João 2:23 Qualquer que nega o Filho também não tem o Pai; e aquele que confessa o Filho tem também o Pai.
II João 1:9 Todo aquele que prevarica e não persevera na doutrina de Cristo não tem a Deus; quem persevera na doutrina de Cristo, esse tem tanto o Pai como o Filho.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 15:24

Êxodo 20:5 Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem
Deuteronômio 5:9 não te encurvarás a elas, nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais sobre os filhos, até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem,
Salmos 81:15 Os que aborrecem ao Senhor ter-se-lhe-iam sujeitado, e o tempo dele seria eterno.
Provérbios 8:36 Mas o que pecar contra mim violentará a sua própria alma; todos os que me aborrecem amam a morte.
Mateus 9:33 E, expulso o demônio, falou o mudo; e a multidão se maravilhou, dizendo: Nunca tal se viu em Israel.
Mateus 11:5 Os cegos veem, e os coxos andam; os leprosos são limpos, e os surdos ouvem; os mortos são ressuscitados, e aos pobres é anunciado o evangelho.
Mateus 11:20 Então, começou ele a lançar em rosto às cidades onde se operou a maior parte dos seus prodígios o não se haverem arrependido, dizendo:
Mateus 21:32 Porque João veio a vós no caminho de justiça, e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isso, nem depois vos arrependestes para o crer.
Marcos 2:12 E levantou-se e, tomando logo o leito, saiu em presença de todos, de sorte que todos se admiraram e glorificaram a Deus, dizendo: Nunca tal vimos.
Lucas 10:12 E digo-vos que mais tolerância haverá naquele dia para Sodoma do que para aquela cidade.
Lucas 19:37 E, quando já chegava perto da descida do monte das Oliveiras, toda a multidão dos discípulos, regozijando-se, começou a dar louvores a Deus em alta voz, por todas as maravilhas que tinham visto,
Lucas 24:19 E ele lhes perguntou: Quais? E eles lhe disseram: As que dizem respeito a Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo;
João 3:2 Este foi ter de noite com Jesus e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és mestre vindo de Deus, porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não for com ele.
João 5:36 Mas eu tenho maior testemunho do que o de João, porque as obras que o Pai me deu para realizar, as mesmas obras que eu faço testificam de mim, de que o Pai me enviou.
João 6:36 Mas já vos disse que também vós me vistes e, contudo, não credes.
João 7:31 E muitos da multidão creram nele e diziam: Quando o Cristo vier, fará ainda mais sinais do que os que este tem feito?
João 9:32 Desde o princípio do mundo, nunca se ouviu que alguém abrisse os olhos a um cego de nascença.
João 10:32 Respondeu-lhes Jesus: Tenho-vos mostrado muitas obras boas procedentes de meu Pai; por qual dessas obras me apedrejais?
João 10:37 Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis.
João 11:47 Depois, os principais dos sacerdotes e os fariseus formaram conselho e diziam: Que faremos? Porquanto este homem faz muitos sinais.
João 12:10 E os principais dos sacerdotes tomaram deliberação para matar também a Lázaro,
João 12:37 E, ainda que tivesse feito tantos sinais diante deles, não criam nele,
João 12:45 E quem me vê a mim vê aquele que me enviou.
João 14:9 Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?
Atos 2:22 Varões israelitas, escutai estas palavras: A Jesus Nazareno, varão aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por ele fez no meio de vós, como vós mesmos bem sabeis;
Atos 10:38 como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com virtude; o qual andou fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele.
Romanos 1:30 sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pai e à mãe;
Romanos 8:7 Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.
II Timóteo 3:4 traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus,
Hebreus 2:3 como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande salvação, a qual, começando a ser anunciada pelo Senhor, foi-nos, depois, confirmada pelos que a ouviram;
Tiago 4:4 Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 15:25

Salmos 7:4 se paguei com o mal àquele que tinha paz comigo (antes, livrei ao que me oprimia sem causa);
Salmos 35:19 Não se alegrem de mim os meus inimigos sem razão, nem pisquem os olhos aqueles que me aborrecem sem causa.
Salmos 69:4 Aqueles que me aborrecem sem causa são mais do que os cabelos da minha cabeça; aqueles que procuram destruir-me sendo injustamente meus inimigos, são poderosos; então, restituí o que não furtei.
Salmos 109:3 Eles me cercaram com palavras odiosas e pelejaram contra mim sem causa.
Mateus 10:8 Curai os enfermos, limpai os leprosos, ressuscitai os mortos, expulsai os demônios; de graça recebestes, de graça dai.
Lucas 24:44 E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos.
João 10:34 Respondeu-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: sois deuses?
João 19:36 Porque isso aconteceu para que se cumprisse a Escritura, que diz: Nenhum dos seus ossos será quebrado.
Romanos 3:19 Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus.
Romanos 3:24 sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus,
II Coríntios 11:7 Pequei, porventura, humilhando-me a mim mesmo, para que vós fôsseis exaltados, porque de graça vos anunciei o evangelho de Deus?
Gálatas 2:21 Não aniquilo a graça de Deus; porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu debalde.
II Tessalonicenses 3:8 nem, de graça, comemos o pão de homem algum, mas com trabalho e fadiga, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós;
Apocalipse 21:6 E disse-me mais: Está cumprido; Eu sou o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim. A quem quer que tiver sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida.
Apocalipse 22:17 E o Espírito e a esposa dizem: Vem! E quem ouve diga: Vem! E quem tem sede venha; e quem quiser tome de graça da água da vida.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 15:26

Lucas 24:49 E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder.
João 8:42 Disse-lhes, pois, Jesus: Se Deus fosse o vosso Pai, certamente, me amaríeis, pois que eu saí e vim de Deus; não vim de mim mesmo, mas ele me enviou.
João 14:16 E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre,
João 14:26 Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.
João 16:7 Todavia, digo-vos a verdade: que vos convém que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se eu for, enviar-vo-lo-ei.
João 16:13 Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade, porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido e vos anunciará o que há de vir.
Atos 2:32 Deus ressuscitou a este Jesus, do que todos nós somos testemunhas.
Atos 5:32 E nós somos testemunhas acerca destas palavras, nós e também o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem.
Atos 15:8 E Deus, que conhece os corações, lhes deu testemunho, dando-lhes o Espírito Santo, assim como também a nós;
I Coríntios 1:6 (como foi mesmo o testemunho de Cristo confirmado entre vós).
Hebreus 2:4 testificando também Deus com eles, por sinais, e milagres, e várias maravilhas, e dons do Espírito Santo, distribuídos por sua vontade?
I João 5:6 Este é aquele que veio por água e sangue, isto é, Jesus Cristo; não só por água, mas por água e por sangue. E o Espírito é o que testifica, porque o Espírito é a verdade.
Apocalipse 22:1 E mostrou-me o rio puro da água da vida, claro como cristal, que procedia do trono de Deus e do Cordeiro.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de João 15:27

Marcos 1:1 Princípio do evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus.
Lucas 1:2 segundo nos transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio e foram ministros da palavra,
Lucas 24:48 E dessas coisas sois vós testemunhas.
João 19:35 E aquele que o viu testificou, e o seu testemunho é verdadeiro, e sabe que é verdade o que diz, para que também vós o creiais.
João 21:24 Este é o discípulo que testifica dessas coisas e as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro.
Atos 1:8 Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra.
Atos 1:21 É necessário, pois, que, dos varões que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre nós,
Atos 3:15 E matastes o Príncipe da vida, ao qual Deus ressuscitou dos mortos, do que nós somos testemunhas.
Atos 4:20 porque não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido.
Atos 4:33 E os apóstolos davam, com grande poder, testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça.
Atos 10:39 E nós somos testemunhas de todas as coisas que fez, tanto na terra da Judeia como em Jerusalém; ao qual mataram, pendurando-o num madeiro.
Atos 13:31 E ele, por muitos dias, foi visto pelos que subiram com ele da Galileia a Jerusalém, e são suas testemunhas para com o povo.
Atos 18:5 Quando Silas e Timóteo desceram da Macedônia, foi Paulo impulsionado pela palavra, testificando aos judeus que Jesus era o Cristo.
Atos 23:11 E, na noite seguinte, apresentando-se-lhe o Senhor, disse: Paulo, tem ânimo! Porque, como de mim testificaste em Jerusalém, assim importa que testifiques também em Roma.
I Pedro 5:1 Aos presbíteros que estão entre vós, admoesto eu, que sou também presbítero com eles, e testemunha das aflições de Cristo, e participante da glória que se há de revelar:
I Pedro 5:12 Por Silvano, vosso fiel irmão, como cuido, escrevi abreviadamente, exortando e testificando que esta é a verdadeira graça de Deus, na qual estais firmes.
II Pedro 1:16 Porque não vos fizemos saber a virtude e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, seguindo fábulas artificialmente compostas, mas nós mesmos vimos a sua majestade,
I João 1:1 O que era desde o princípio, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida
I João 4:14 e vimos, e testificamos que o Pai enviou seu Filho para Salvador do mundo.
Apocalipse 1:2 o qual testificou da palavra de Deus, e do testemunho de Jesus Cristo, e de tudo o que tem visto.
Apocalipse 1:9 Eu, João, que também sou vosso irmão e companheiro na aflição, e no Reino, e na paciência de Jesus Cristo, estava na ilha chamada Patmos, por causa da palavra de Deus e pelo testemunho de Jesus Cristo.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
João 15 : 2
ramo
Lit. “ramo, broto, galho, vara (da videira)”.

João 15 : 2
limpa
Lit. “limpar, purificar (sentido físico, espiritual, moral e religioso); podar, cortar os ramos (árvores)”. O Evangelista explora a riqueza semântica do vocábulo para alcançar certo grau de ambiguidade: os ramos são limpos (física, moral, espiritual) e/ou podados com o objetivo de produzirem ainda mais frutos.

João 15 : 10
observardes
Lit. “velar, guardar; espiar; praticar, observar; conservar”.

João 15 : 11
cumpra
Lit. “encher, tornar cheio; completar; realizar, cumprir”. Visto que a exegese rabínica evita uma abordagem puramente abstrata das escrituras, era comum perguntar-se: “Quem cumpriu esse trecho da escritura”? Essa indagação levava os intérpretes a citar personagens, sobretudo os patriarcas, com o objetivo de demonstrar o cumprimento da escritura em suas vidas, e a escritura sendo cumprida (vivenciada) por suas vidas.

João 15 : 13
vida
Lit. “alma; vida”.

João 15 : 16
constituí
Lit. “colocar, por, deitar, depositar; designar, estabelecer, constituir.

João 15 : 18
antes do que
Lit. “primeiro”.

João 15 : 20
observarem
Lit. “velar, guardar; espiar; praticar, observar; conservar”.

João 15 : 22
desculpa
Lit. “pretexto, desculpa, escusa, falso motivo”.

João 15 : 25
cumpra
Lit. “encher, tornar cheio; completar; realizar, cumprir”. Visto que a exegese rabínica evita uma abordagem puramente abstrata das escrituras, era comum perguntar-se: “Quem cumpriu esse trecho da escritura”? Essa indagação levava os intérpretes a citar personagens, sobretudo os patriarcas, com o objetivo de demonstrar o cumprimento da escritura em suas vidas, e a escritura sendo cumprida (vivenciada) por suas vidas.

João 15 : 26
Paracleto
Lit. “parákletos”, alguém chamado ou enviado para prestar auxílio, consolar, confortar; defensor do réu (advogado); intercessor; alguém que exorta, instrui.


Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 841

Jo 15:1-11 Notemos a progressão: FRUTO (v. 2.a), MAIS FRUTO (v. 2.b), MUITO FRUTO (v. 5). Este fruto inclui: ganhar almas para o Senhor (acreditamos que este é o fruto de Rm 1:13), ao mesmo tempo crescendo na direção de ter caráter semelhante ao o Cristo (o fruto de o Espírito Santo, de Gl 5:22-23), ao mesmo tempo crescendo na direção de ter conduta semelhante à de o Cristo (o fruto da justiça, de Fp 1:11; Rm 6:21-22)


 842

Jo 15:1-6 "TIRA... FOI LANÇADO FORA... MURCHOU- SECOU... LANÇAM PARA DENTRO DO FOGO, E ELE É QUEIMADO":
- À luz do contexto local e toda a Bíblia, nada afeta o verdadeiro salvo, pertencente à dispensação das assembleias locais, quanto à segurança da salvação: a passagem se refere ao salvo FRUTIFICAR, testemunhar, ter maturidade cristã.
- Versos 2:6 se referem ao salvo (isto é, aquele "em Mim") que não produz frutos: Só é dito que ele será tirado, não é dito que perderá sua salvação e nem que será queimado no fogo do INFERNO. O assunto é frutos, mais frutos, muitos frutos, não salvação. O contraste não é entre céu ou inferno, salvação ou perdição, mas sim entre "frutificar + ser usado por Deus + receber galardões" versus "não produzir frutos + não ser usado por Deus + não receber galardões + ter suas obras queimadas, ser lançado no fogo da provação [aqui na terra]". "Tira" pode se referir ao salvo ser tirado do serviço a Deus, ou pode se referir ao salvo que tanto se desviou e tanto pecou que seu pecado é considerado pecado para a morte [física], ele sofre a morte [física] (At 5:1-11; 1Co 11:27-34; 1Jo 5:16), suas obras são queimadas no fogo e reduzidas a cinzas, sendo sua salvação mantida (1Co 3:11-15), e os homens colhem tal salvo sem fruto e o lançam no fogo da provação para aperfeiçoamento, e ele é queimado para aperfeiçoamento.


 843

Jo 15:2 "levanta- bem- alto": uma 2ª tradução possível é "lança- fora", mas é melhor deixá-la para o v. 6. No tempo da brotagem dos botões dos novos raminhos, o vinhateiro toma os ramos antigos que caíram por terra e os levanta e limpa e amarra bem alto. Depois, deles, aos que começarem a florar e produzir, ele os poda dos raminhos improdutivos, para que produzam mais, e aos que não começarem a florar e produzir, a estes inúteis sugadores de seiva ele lança fora.


 844

Jo 15:6 "os homens oS colheM e oS lançaM para dentro do fogo": o assunto é usabilidade do salvo frutífero vs. disciplina e não uso do salvo infrutífero. 2ª nota v. Jo 15:1.


 ①

"então", olhando-se do ponto de visão do futuro ...


 ②

KJB.


 ①

 845

Jo 15:14: "Não que fazer os mandamentos de o Cristo lhes leve a ganhos no Seu favor, ou acarrete que, [como pagamento] por causa disso, passem a ser considerados e tratados como Seus amigos, ou seja a razão e o motivo dEle ter dado Sua vida por eles e passado a mostrar por eles maneiras tão amigáveis; mas o sentido é que, observando os Seus mandamentos pelo princípio [da gratidão e] do amor, eles fazem visível que eles são Seus amigos, que são influenciados pela Sua graça e constrangidos por uma percepção do Seu amor ao morrer por eles, desempenhando [Ele] tal papel [de morte vicária, expiatória, e propiciatória]." Gill.


 ①

 ①

KJB.


 846

Jo 15:25: "a Lei deles" se refere a todo o VT dos judeus, não apenas aos escritos de Moisés, o Pentateuco.


 ①

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A MORTE DE JESUS E O TÚMULO VAZIO

33 d.C.
JESUS É PRESO
Os quatro evangelistas descrevem em detalhes os acontecimentos que antecederam a morte de Jesus. Na noite de quinta-feira, Jesus e seus discípulos saíram da cidade de Jerusalém, atravessaram o vale do Cedrom e se dirigiram ao bosque de oliveiras conhecido como jardim do Getsêmani. Foi nesse local que uma grande multidão armada com espadas e porretes, enviada pelos principais sacerdotes, prendeu Jesus depois de Judas tê-lo identificado!

JESUS É JULGADO
Jesus foi levado a Anás, o sogro de Caifás, o sumo sacerdote, e, em seguida, ao próprio Caifás e ao Sinédrio, a suprema corte dos judeus. Decidiu-se que Jesus devia receber a pena capital, mas como não tinham autoridade para executar a sentença de morte em casos desse tipo, os líderes judeus enviaram Jesus a Pôncio Pilatos, o governador romano da Judéia de 26 a 36 d.C. Ao ficar sabendo que Jesus era da Galiléia, Pilatos se deu conta que o prisioneiro estava sob a jurisdição de Herodes Antipas e, assim, o enviou a Herodes, que se encontrava em Jerusalém na ocasião. Em 196l, arqueólogos italianos que estavam escavando um teatro construído por Herodes, o Grande, em Cesaréia, ao norte da atual Tel Aviv, encontraram um bloco de pedra calcária reutilizado, medindo 82 por 68 por 20 cm. No bloco, havia uma inscrição em latim, onde se podia ler na segunda linha:
...TIVSPILATVS"
e, na linha seguinte, o seu título:
Prefeito da Judeia. Ficou claro de imediato que a maior parte do nome de Pôncio Pilatos em latim havia sido preservada por acaso.

JESUS É CRUCIFICADO
Em resposta às exigências dos líderes judeus, Pilatos entregou Jesus para ser crucificado. O local escolhido foi o Gólgota ("caveira" em aramaico). Os evangelistas consideram suficiente declarar: "Então, o crucificaram"." Não procuram descrever em detalhes a dor lancinante sofrida pelas vítimas da crucificação. Sem dúvida, seus leitores já haviam visto os condenados serem pregados pelos pulsos e pés a duas traves de madeira. A crucificação, talvez de origem fenícia, era uma forma de execução usada com frequência pelos romanos desde 200 a.C. m 71 a.C., o general romano Marco Lucínio Crasso mandou crucificar seis mil escravos rebeldes ao longo da via Ápia de Cápua até Roma.
Na cruz de Jesus havia uma inscrição em aramaico, latim e grego, informando que ele era o "Rei dos Judeus". De acordo com Mateus 27:37, essa placa foi colocada acima da sua cabeça, dando a entender que a forma tradicional da cruz é, de fato, correta.
Escavações realizadas em 1968 num cemitério antigo em Giv'at ha-Mivtar, ao norte de Jerusalém, revelaram algumas arcas de pedra calcária ou "ossuários" contendo os restos mortais de trinta e cinco indivíduos. Num dos ossuários, inscrito com o nome Yehohanan, havia restos do esqueleto de uma pessoa que morreu provavelmente com vinte e poucos anos de idade, vítima de crucificação no primeiro século d.C. Nos calcanhares de Yehohanan ainda estava cravado um único prego com 18 cm de comprimento. Quem remove Yehohanan da cruz concluiu que era mais fácil cortar os pés com o prego do que arrancar o prego cravado nos pés. Parece que Yehohanan foi pregado na cruz pelo antebraço, e não pela mão. Assim, sugere-se que a palavra normalmente traduzida por "mãos" em Lucas 24:39-40 e João 20.20,25,27 deve ser traduzida por "braços".
"Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede! Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, lha chegaram à boca. Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito."
João 19:28-30 Assim, nesta primeira Sexta-Feira Santa - provavelmente 14 de nisã, ou seja, sexta-feira, 3 de abril de 33 d.C. - por volta das 15 horas, no exato momento que os cordeiros pascais estavam sendo imolados, Jesus morreu. No caso de Yehohanan, o osso de sua canela direita foi estilhaçado por um golpe desferido para apressar sua morte. Com referência a Jesus, João registra: "Então, os judeus, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação, pois era grande o dia daquele sábado, rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados (...] chegando-se, porém, a Jesus, como vissem que já estava morto, não lhe quebraram as pernas. João 19.316 33-34a

A IMPORTÂNCIA DA MORTE DE JESUS
Os evangelistas registram um período de escuridão durante as últimas três horas que Jesus passou na cruz e descrevem em detalhes vários fenômenos ocorridos imediatamente depois da sua morte. O véu do templo se rasgou de alto a baixo em duas partes, a terra tremeu e as rochas se partiram, túmulos se abriram, e os corpos de muitos santos que haviam morrido foram ressuscitados. Os escritores das epístolas do Novo Testamento focalizam mais a teologia da morte de Jesus, seu lugar no plano preordenado de Deus para tratar do pecado lugar no plano preordenado de Deus para tratar do pecado dos seres humanos e poder restaurá-los a Deus: "Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus" (1Pe 3:18).

JESUS É SEPULTADO
Mateus 27:57-56 relata como, no fim da tarde de sexta-feira, José de Arimatéia obteve permissão de Pilatos para sepultar o corpo de Jesus. José era um dos discípulos ricos de Jesus. Ele possuía um túmulo no qual sepultou o corpo de Jesus. O corpo foi envolvido num pano limpo de linho e uma pedra foi colocada na entrada do túmulo. Mateus enfatiza que os romanos levaram a sério a declaração de Jesus de que ressuscitaria e, portanto, montaram guarda na entrada do túmulo e a selaram.

JESUS RESSUSCITA
No domingo começaram a circular relatos de que o túmulo estava vazio e Jesus estava vivo. Os líderes judeus pagaram aos guardas uma grande soma em dinheiro para dizer que os discípulos tinham vindo durante a note e levado o corpo." Porém, os boatos persistiram e os líderes judeus não conseguiram contê-los, pois para isso seria preciso mostrar o corpo de Jesus. Os discípulos desmoralizados foram transformados. Sete semanas depois da ressurreição de Jesus, Pedro estava proclamando a ressurreição de Cristo ousadamente no dia de Pentecostes: "Ao qual [...] Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela" (At 2:24). Esses relatos se transformaram no cerne da fé dos milhões de cristãos ao longo de quase dois milênios. Nunca foram refutados de forma satisfatória nem receberam uma explicação lógica incontestável. Para alguns, uma inscrição supostamente de Nazaré, a cidade onde Jesus passou sua infância, pode ter sido a resposta de um imperador romano anônimo as acontecimentos subseqüentes à crucificação de Jesus e dita ressurreição. A pedra com 60 por 37,5 cm traz uma tradução do latim para o grego e a forma das letras indica uma data do século I. "Decreto de César. É minha vontade que túmulos e sepulturas [.….] permaneçam intocados para sempre [.…..] O respeito pelos que se encontram sepultados é de suma importância; ninguém deve perturbá-los de nenhum modo. Se alguém o fizer, exijo que seja executado por saquear túmulos" (linhas 1-2,5-6,17-22).
O texto não parece ser um decreto imperial, mas sim, uma resposta oficial a um governador local que havia relatado ao imperador um caso específico de saque em túmulos. Ou esse tipo de crime havia acontecido em escala tão grande que era considerado digno da atenção do imperador, ou o acontecimento do qual o imperador foi informado foi extremamente incomum. A ameaça de aplicação da pena de morte, sem precedentes para esse crime no século I, mostra a gravidade da resposta do imperador.
Memo que a inscrição de Nazaré não tenha nenhuma relação com a morte e dita ressurreição de Jesus, torna muito menos provável a hipótese de que os discípulos removeram o corpo. O que os levaria a correr o risco de serem executados por saquearem um túmulo, num momento em que se encontravam profundamente desalentados com a morte de Jesus? E se os discípulos haviam roubado o corpo, por que as autoridades romanas não os julgaram e aplicaram a pena de morte?

O TÚMULO VAZIO DE JESUS
Sabemos pelo Novo Testamento que tanto o lugar onde Tesus foi crucificado quanto o lugar onde foi sepultado ficavam foram dos muros de Jerusalém, pois a lei judaica não permitia sepultamentos dentro da cidade. Os dois lugares propostos com mais freqüência para o túmulo vazio de lesus ficam ao norte da Terusalém do século I. O local chamado de "túmulo do jardim" só foi identificado no final do século XIX pelo general Charles Gordon. Usando como indicação a designação "lugar da caveira" e observando que duas cavernas num morro próximo pareciam as órbitas dos olhos de uma caveira, ele propôs 'um novo lugar para a crucificação que ficou conhecido como "Calvário de Gordon" O túmulo do iardim fica perto do Calvário de Gordon e fora do muro da Jerusalém moderna. A popularidade desse local se deve, em grande parte, à sua simplicidade serena. Porém, esse não pode ser o local do sepultamento de Jesus, pois não é um túmulo do século I. Na verdade, é bem mais antigo; pode ser datado do século VIII ou VIl a.C. Desde 326 d.C., o local do túmulo de lesus é marcado pela Igreja do Santo Sepulcro. Não há praticamente nenhum vestígio do túmulo original, pois este foi destruído em 1009 .C. pelo califa Hakim, considerado um louco. Porém, uma descrição feita por um peregrino francês chamado Arculf por volta de 680 .C., dando conta de que havia uma bancada que ia de uma extremidade à outra sem divisões, sobre a qual havia espaço suficiente para estender uma pessoa de costas, condiz com a forma dos túmulos mais sofisticados do século I. Um aspecto controverso é a posicão desse local, a saber, se ficava, de fato, fora do segundo muro no norte de Jerusalém. Nenhum vestígio desse segundo muro foi descoberto nessa parte da cidade, mas uma pedreira encontrada 40 m ao sul da Igreja do Santo Sepulcro e várias sepulturas nos arredores da igreja parecem indicar que esse lugar ficava ao norte do segundo muro de Terusalém e, portanto, fora da cidade. É possível, então, que o local seja autêntico.

A última semana da vida de Jesus

Os números referem-se, em ordem cronológica, aos acontecimentos da última semana da vida de jesus.

Referências

Mateus 26:47-50;

Marcos 14:43-46;

Lucas 22:47-54;

João 18:2-12

Mateus 27:33

Marcos 15:22

João 19.17

Marcos 15:24

Lucas 23:33

João 19.18

Mateus 27:51-52

Mateus 28:13

João 19.17

Hebreus 13:12

A última semana da vida de Jesus
A última semana da vida de Jesus
O assim chamado calvário de Gordon, em Jerusalém.
O assim chamado calvário de Gordon, em Jerusalém.
Interior da Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém.
Interior da Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém.
Bloco de pedra com 82 × 68 × 20 cm. Faz referência a Pôncio Pilatos, Prefeito da Judéia. Proveniente de um teatro em Cesaréia.
Bloco de pedra com 82 × 68 × 20 cm. Faz referência a Pôncio Pilatos, Prefeito da Judéia. Proveniente de um teatro em Cesaréia.
Interior do túmulo do jardim, em Jerusalém.
Interior do túmulo do jardim, em Jerusalém.

A Escrita

AS PRIMEIRAS FORMAS DE ESCRITA
Vimos anteriormente como a escrita surgiu de maneira quase simultânea no Egito e na Mesopotâmia por volta de 3100 .C. Nesses dois locais, usavam-se figuras para representar palavras. O estilo egípcio veio a ser conhecido como "hieroglífico" (um termo grego que significa " escrita sagrada"). Em sua forma clássica, correspondente a0 Médio Império Egípcio (2116-1795 aC.), empregava-se cerca de setecentos sinais. Essa forma era usada em monumentos e textos religiosos e podia ser escrita tanto da esquerda para a direita quanto da direita para a esquerda. Em 2500 a.C., os hieróglifos haviam dado origem a uma escrita cursiva simplificada (conhecida como "hierática", de um termo grego que significa "sacerdotal") usada para fins administrativos e comerciais. O registro era feito com tinta em papiro, da direita para a esquerda.
Na Mesopotâmia, a estilização das figuras ocorreu rapidamente, pois era impossível desenhar curvas com um estilo numa tábua de argila, o principal material usado para esse fim. O sistema de escrita desenvolvido, chamado de "cuneiforme" isto é, "em forma de cunha" era usado pelas línguas acádia e suméria e escrito da esquerda para a direita.
Tendo em vista a complexidade dos sistemas de escrita tanto no Egito quanto na Mesopotâmia, essa forma de registro era monopolizada por uma elite de escribas. Enquanto os hieróglifos se restringiram ao Egito, a escrita cuneiforme se expandiu além da Mesopotâmia, sendo usada para registrar línguas como o eblaíta na Síria, o elamita no sudoeste do Irá e o hitita, hurrita e urartiano na Turquia. Tabletes com escrita cuneiforme também foram encontrados em vários locais na Palestina. Parte do Épico de Gilgamés, por exemplo, foi descoberta em Megido.

O PRIMEIRO ALFABETO
Em 1999, arqueólogos encontraram em Wadi el- Hol, no Alto Egito, possivelmente as mais antigas inscrições alfabéticas. Datadas de 1900 a 1800 a.C., antecedem em dos séculos qualquer inscrição alfabética conhecida até então e, ao que parece, foram produzidas por mercenários ou mineiros migrants de língua semita que usaram figuras para retratar sons individuais correspondents a consoantes. Os exemplos mais antigos de alfabeto conhecidos até 1999 eram provenientes das minas egípcias de turquesa em Serabit el-Khadim (talvez o local chamado Dofca mencionado em Nm 33:13), na península do Sinai. Estas inscrições também foram feitas por mineiros semitas datadas, neste caso, de c. 1700 a.C. Pelo menos 23 caracteres eram usados, sendo quase metade deles emprestado claramente do egípcio. A palavra "alfabeto" é derivada das duas primeiras palavras do alfabeto grego, alfa e beta, dois termos provenientes de línguas semíticas e que não têm nenhum significado no grego. Alefe e bete, as duas primeiras letras do alfabeto hebraico de 22 letras, significam, respectivamente, "boi" e "casa". Assim, usava-se a figura de uma casa para representar a consoante b. A importância do alfabeto é incalculável. Um alfabeto podia ser aprendido por praticamente qualquer pessoa que dedicasse um ou dois dias de esforço a essa tarefa. Pelo menos em termos teóricos, a escrita deixou de se concentrar nas mãos de uns poucos privilegiados.

A ESCRITA NO ANTIGO TESTAMENTO
É interessante observar que as evidências mais antigas de alfabetos são anteriores às duas datações do êxodo e provenientes do Egito e do Sinai, dois lugares estreitamente associados à vida de Moisés. Assim, não há motivo para duvidar da possibilidade de Moisés ter registrado a lei em escrita alfabética. Em várias ocasiões, Moisés foi instruído a escrever Josué pediu uma descrição por escrito das partes da terra prometida que ainda não haviam sido ocupadas por Israel e um jovem entregou por escrito para Gideão os nomes de 77 oficiais da cidade de Sucote. Israelitas comuns receberam a ordem de escrever os mandamentos do Senhor nos umbrais das casas e em suas portas.

A ESCRITA NO ISRAEL ANTIGO
Quatro fragmentos de cerâmica com inscrições provenientes de Laquis foram datados de c. 1250 a.C. Algumas das letras são reconhecíveis, mas nem todas podem ser compreendidas, pois os fragmentos foram danificados. Um óstraco (fragmento de cerâmica com inscrições) datado do século XII aC. foi encontrado em 1976 em Izbet Sarteh (talvez a cidade bíblica de Ebenézer). Esse fragmento medindo 8.8 cm por 15 cm contém 83 letras em cinco linhas quase apagadas e, até o presente, consideradas indecifráveis, apesar da quinta e última linha parecer um exercício de escrita do alfabeto da esquerda para a direita.

O "Calendário de Gezer", medindo 11 cm por 7 cm, encontrado em Gezer em 1908 e, atualmente, parte do acervo do museu arqueológico de Istambul, é datado de c. 925 a. C., talvez pouco depois da divisão de Israel em dois reinos, após a morte de Salomão. Escrito da direita para a esquerda e gravado em pedra calcária, parece ser o exercício escolar de um aluno e descreve o ano agrícola, começando com o outono.

Dois meses de armazenamento.
Dois meses de semeadura.
Dois meses de crescimento na primavera.
Um mês de tirar o linho.
Um mês de colheita da cevada.
Um mês de [colher] todo o resto.
Um mês de poda.
Um mês de frutas de verão.
Abias.

Não há como determinar se o calendário de Gezer foi escrito em hebraico, pois é igualmente possível que se trate de uma língua cananéia. Não obstante, evidencia a capacidade de ler e escrever dos povos da época. Sem dúvida, existiam escribas e secretários profissionais que atuavam na corte, no templo e, talvez, em bazares ou mercados onde atendiam à população em geral, como ainda acontece até hoje em alguns lugares do Oriente Próximo. Inscrições informais do período da monarquia de Israel, em alguns casos apenas nomes e notas curtas, foram encontradas em pelo menos 25 locais da Palestina. É pouco provável que tenham sido produzidas por escribas profissionais, sugerindo, portanto, que O conhecimento da escrita era amplamente difundido no Israel antigo. A maioria das inscrições hebraicas ainda existentes são datadas do período posterior a 750 a.C.Isto não significa, porém, que não estavam presentes em Israel muito tempo antes. Trata-se apenas da aplicação de um princípio arqueológico segundo o qual os artefatos do período imediatamente anterior a uma destruição podem ser encontrados em quantidade muito maior do que os de períodos anteriores. Ademais, a variedade de inscrições do período monárquico em Israel, desde textos inscritos em monumentos, cartas e selos, até nomes e listas riscados em vasos de cerâmica, sugerem o uso amplo da escrita.

A PROPAGAÇÃO DO ALFABETO
Depois de sua invenção, o alfabeto se propagou amplamente, muitas vezes em formas bastante adaptadas. O porto sírio de Ugarite usava um alfabeto cuneiforme com 29 letras em c. 1300 .C. Textos isolados escritos nesse alfabeto também foram encontrados em Taanaque, Tabor e Bete-Semes, na Palestina. Um alfabeto diferente com 29 letras começou a ser usado no sul da Arábia a partir do século IX a.C. No reinado de Dario I (522 486 a.C.), os persas criaram um alfabeto com 36 caracteres para registrar o persa antigo. A propagação rápida do aramaico nos 1mpérios Assírio, Babilônico e Persa se deve, em grande parte, ao uso da escrita alfabética semelhante àquela empregada hoje para registrar o hebraico. As 28 letras da escrita árabe são, em última análise, derivadas do nabateu, um estágio posterior da escrita aramaica. Provavelmente no século IX e, com certeza, no século VIII .C., os gregos haviam adotado o alfabeto fenício, transformando as consoantes desnecessárias à língua grega em vogais e, desse modo, permitindo aos escribas gregos registrar todos os sons de sua língua. Pouco tempo depois, os gregos padronizariam a direção de sua escrita da esquerda para a direita, ao contrário dos semitas que escreviam da direita para a esquerda. O alfabeto grego foi modificado posteriormente para registrar o copta (o estágio mais recente do egípcio) e algumas das línguas eslavas do leste europeu por meio do alfabeto cirílico. Uma forma do alfabeto dos gregos da Eubéia foi levada para o oeste e adotada pelos etruscos da Itália. Passou a ser usado com algumas modificações pelos romanos para escrever o latim e, por fim, todas as línguas da Europa ocidental, tornando-se a forma de escrita predominante em todo o mundo.

A expansão da escrita
A escrita é, sem dúvida, uma das maiores descobertas da humanidade. O mapa mostra vários locais 1mportantes para o desenvolvimento e expansão da escrita por todo o Oriente Próximo é além.
A expansão da escrita
A expansão da escrita
Calendário de Gezer, c. 925 a.C
Calendário de Gezer, c. 925 a.C

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Emmanuel

jo 15:1
Caminho, Verdade e Vida

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 54
Página: 123
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.” — JESUS (Jo 15:1)


Deus é o Criador Eterno cujos desígnios permanecem insondáveis a nós outros. Pelo seu amor desvelado criam-se todos os seres, por sua sabedoria movem-se os mundos no Ilimitado.

Pequena e obscura, a Terra não pode perscrutar a grandeza divina. O Pai, entretanto, envolve-nos a todos nas vibrações de sua bondade gloriosa.

Ele é a alma de tudo, a essência do Universo.

Permanecemos no campo terrestre, de que Ele é dono e supremo dispensador.

No entanto, para que lhe sintamos a presença em nossa compreensão limitada, concedeu-nos Jesus como sua personificação máxima.

Útil seria que o homem observasse no Planeta a sua imensa escola de trabalho; e todos nós, perante a grandeza universal, devemos reconhecer a nossa condição de seres humildes, necessitados de aprimoramento e iluminação.

Dentro de nossa pequenez, sucumbiríamos de fome espiritual, estacionados na sombra da ignorância, não fosse essa videira da verdade e do amor que o Supremo Senhor nos concedeu em Jesus-Cristo. De sua seiva divina procedem todas as nossas realizações elevadas, nos serviços da Terra. Alimentados por essa fonte sublime, compete-nos reconhecer que sem o Cristo as organizações do mundo se perderiam por falta de base. Nele encontramos o pão vivo das almas e, desde o princípio, o seu amor infinito no orbe terrestre é o fundamento divino de todas as verdades da vida.



jo 15:1
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo João

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 163
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador.” — JESUS (Jo 15:1)


Deus é o Criador Eterno cujos desígnios permanecem insondáveis a nós outros. Pelo seu amor desvelado criam-se todos os seres, por sua sabedoria movem-se os mundos no Ilimitado.

Pequena e obscura, a Terra não pode perscrutar a grandeza divina. O Pai, entretanto, envolve-nos a todos nas vibrações de sua bondade gloriosa.

Ele é a alma de tudo, a essência do Universo.

Permanecemos no campo terrestre, de que Ele é dono e supremo dispensador.

No entanto, para que lhe sintamos a presença em nossa compreensão limitada, concedeu-nos Jesus como sua personificação máxima.

Útil seria que o homem observasse no Planeta a sua imensa escola de trabalho; e todos nós, perante a grandeza universal, devemos reconhecer a nossa condição de seres humildes, necessitados de aprimoramento e iluminação.

Dentro de nossa pequenez, sucumbiríamos de fome espiritual, estacionados na sombra da ignorância, não fosse essa videira da verdade e do amor que o Supremo Senhor nos concedeu em Jesus-Cristo. De sua seiva divina procedem todas as nossas realizações elevadas, nos serviços da Terra. Alimentados por essa fonte sublime, compete-nos reconhecer que sem o Cristo as organizações do mundo se perderiam por falta de base. Nele encontramos o pão vivo das almas e, desde o princípio, o seu amor infinito no orbe terrestre é o fundamento divino de todas as verdades da vida.



jo 15:4
Palavras de Vida Eterna

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 103
Página: 222
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Permanecei em mim e eu permanecerei em vós. Como não pode o ramo produzir fruto de si mesmo, se não permanecer na videira, assim nem vós o podeis dar, se não permanecerdes em mim.” — JESUS (Jo 15:4)


Produzimos. Tudo o que é alguma coisa produz algo.

Elementos considerados desprezíveis estão fazendo isso ou aquilo.

Pedras produzem aspereza.

Espinhos produzem lacerações.

Lama produz sujidade.

Martelo produz golpes.

Entretanto, se produzimos para o bem, esses mesmos recursos, em nossas mãos, veem-se promovidos a instrumentos valiosos, porquanto, pedras ajudam nas construções, espinhos de natureza técnica podem colaborar no serviço cirúrgico, lama devidamente tratada é terra de sementeira, e martelo controlado é auxiliar prestimoso.

Cada criatura, desse modo, produz conforme os agentes em que se inspira.

Os seres mais lastimáveis, ainda que não queiram, estão produzindo sempre.

O delinquente produz o desequilíbrio.

O viciado produz o desregramento.

O preguiçoso produz a miséria.

O pessimista produz o desânimo.

Onde estiveres, estás produzindo, de acordo com as influências a que te afeiçoas, e atuando mecanicamente sobre todos aqueles que se afeiçoam ao teu modo de ser.

Todos produzimos, inevitavelmente.

Aprendizes do Evangelho, na escola espírita-cristã, recordemos, pois, a lição do Cristo: “Permanecerei convosco se permanecerdes em mim.”




(Reformador, novembro 1961, p. 242)


jo 15:5
Fonte Viva

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 146
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Porque sem mim nada podeis fazer.” — JESUS (Jo 15:5)


O divino poder do Cristo, como representante de Deus, permanece latente em todas as criaturas. Todos os homens receberam dele sagrados dons, ainda que muitos se mantenham afastados do campo religioso.

Referimo-nos aqui, porém, aos cultivadores da fé, que iniciam o esforço laborioso e longo da descoberta dos valores sublimes que vibram em si mesmos.

Grande parte suspira por espetaculares demonstrações de Jesus em seus caminhos, e companheiros incontáveis acreditam que apenas cooperam com o Senhor os que se encontram no ministério da palavra, no altar ou na tribuna de variadas confissões religiosas. Urge, entretanto, retificar esse erro interpretativo.

O Senhor está conosco em todas as posições da vida. Nada poderíamos realizar sem o influxo de sua vontade soberana.

Diz-nos o Mestre com clareza: — “Eu sou a videira, vós as varas.” Como produzir alguma coisa sem a seiva essencial?

Efetivamente, os aprendizes arguciosos poderão objetar que, nesse critério, também encontraremos os que praticam o mal, alicerçados nas mesmas bases. Respondendo, consideraremos somente que semelhantes infelizes enxertam cactos infernais na Videira Divina, por conta própria, pagando elevado preço, perante o Governo do Universo.

Reportamo-nos aos companheiros tímidos e vacilantes, embora bem-intencionados, para concluir que, em todas as tarefas humanas, podemos sentir a presença do Senhor, santificando o trabalho que nos foi cometido. Por isso, não podemos olvidar a lição evangélica de que seria abençoado qualquer esforço no bem, ainda que fosse apenas o de ministrar um copo de água pura em seu nome. (Mc 9:41)

O Mestre não se encontra tão somente no serviço daqueles que ensinam a Revelação Divina, através da palavra acadêmica, instrutiva ou consoladora. Acompanha os que administram os bens do mundo e os que obedecem às ordenanças do caminho, concorrendo na edificação do futuro melhor, nas organizações materiais e espirituais. Permanece ao lado dos que revolvem o chão do Planeta, cooperando na estruturação da Terra Aperfeiçoada, como inspira os missionários da inteligência na evolução dos direitos humanos.

Saibamos cooperar, desse modo, nos círculos de serviço a que fomos chamados para o concurso cristão. Faze, tão bem quanto esteja em tuas possibilidades, a obra parcial confiada às tuas mãos.

Por hoje, talvez te enganes, supondo servir às autoridades terrestres, no entanto, chegará o minuto revelador no qual reconhecerás que permaneces a serviço do Senhor. Une-te, pois, ao Divino Artífice, em espírito e verdade, porque o problema fundamental de nossa paz é justamente o de saber se vivemos nele tanto quanto ele vive em nós.



jo 15:7
Pão Nosso

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 59
Página: 129
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.” — JESUS (Jo 15:7)


Na oração dominical, Jesus ensina aos cooperadores a necessidade de observância plena dos desígnios do Pai.

Sabia o Mestre que a vontade humana é ainda muito frágil e que inúmeras lutas rodeiam a criatura até que aprenda a estabelecer a união com o Divino.

Apesar disso, a lição da prece foi sempre interpretada pela maioria dos crentes como recurso de fácil obtenção do amparo celestial.

Muitos pedem determinados favores e recitam maquinalmente as fórmulas verbais. Certamente, não podem receber imediata satisfação aos caprichos próprios, porque, no estado de queda ou de ignorância, o espírito necessita, antes de tudo, aprender a submeter-se aos desígnios divinos, a seu respeito.

Alcançaremos, porém, a época das orações integralmente atendidas. Atingiremos semelhante realização quando estivermos espiritualmente em Cristo. Então, quanto quisermos, ser-nos-á feito, porquanto teremos penetrado o justo sentido de cada coisa e a finalidade de cada circunstância. Estaremos habilitados a querer e a pedir, em Jesus, e a vida se nos apresentará, em suas verdadeiras características de infinito, eternidade, renovação e beleza.

Na condição de encarnados ou desencarnados, ainda estamos caminhando para o Mestre, a fim de que possamos experimentar a união gloriosa com o seu amor. Até lá, trabalhemos e vigiemos para compreender a vontade divina.



jo 15:7
Segue-me

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 58
Página: 153
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles: porque esta é a lei e os profetas.” — JESUS (Mt 7:12)


Para extinguir a cultura do ódio nas áreas do mundo, imaginemos como seria melhor a vida na Terra se todos cumpríssemos fielmente o compromisso de reclamar menos.

Quantas vezes nos maltratamos, reciprocamente, tão só por exigir que se realize, de certa forma, aquilo que os outros só conseguem fazer de outra maneira! De atritos mínimos, então partimos para atitudes extremas. Nessas circunstâncias costumamos recusar atenção e cortesia até mesmo àqueles a quem mais devemos consideração e amor; implantamos a animosidade onde a harmonia reinava antes; instalamos o pessimismo com a formulação de queixas desnecessárias ou criamos obstáculos onde as grandes realizações poderiam ter sido tão fáceis. Tudo porque não desistimos de reclamar — na maioria das ocasiões — por simples bagatelas.

De modo geral, as reivindicações e desinteligências repontam, mais frequentemente, entre aqueles que a Sabedoria Divina reuniu com os mais altos objetivos na edificação do bem, seja no círculo doméstico, seja no grupo de serviço ou de ideal. Por isso mesmo os conflitos e reprovações aparecem quase sempre no mundo, nas faixas de ação a que somos levados para ajudar e compreender. Censuras entre esposo e esposa, pais e filhos, irmãos e amigos. De pequenas brechas se desenvolvem os desastres morais que comprometem a vida comunitária: desentendimentos, rixas, perturbações e acusações.

Dediquemos à solução do problema as nossas melhores forças, buscando esquecer-nos, de modo a sermos mais úteis aos que nos cercam, e estejamos convencidos de que a segurança e o êxito de quaisquer receitas de progresso e elevação solicitam de nós a justa fidelidade ao programa que a vida estabelece em toda parte, a favor de nós todos: reclamar menos e servir mais.




(Reformador, fevereiro de 1969, p. 27)


jo 15:12
Doutrina de Luz

Categoria: Livro Espírita
Ref: 6832
Capítulo: 3
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Decerto que a Doutrina Espírita é luz da Vida Maior, acenando às criaturas aprisionadas na sombra da experiência terrestre, para que despertem e vivam…

Flama de verdade eterna a desfraldar-se, vitoriosa, reconstitui o Cristianismo em sua simplicidade, exumando o Evangelho das cinzas a que foi sentenciado pela incúria da tradição e pela casuística do sacerdócio…

Por isso mesmo, todas as suas atividades puras são nobres e respeitáveis, seja na pompa fenomênica da experimentação multiforme em que o terreno das convicções sadias surge corretamente pavimentado para a segurança da fé, ou seja, em sua exposição filosófico-religiosa, em que a Justiça Divina se destaca, triunfante, alicerçada na soberania do discernimento e da lógica…

Ainda assim, é preciso considerar que toda ideia salvadora reclama arautos que lhe substancializem as lições e o Espiritismo não pode efetivamente fugir à regra.

Se foste, desse modo, chamado a servi-lo, em favor dos companheiros de Humanidade que clamam em desalento, por novas florações de fraternidade e esperança, não olvides que não te basta ao êxito nos compromissos abraçados a mera atitude intelectual dos que se convenceram quanto à imortalidade além-túmulo.

É imprescindível te faças o pregoeiro diligente das realidades redentoras que te enriquecem o modo de ser, motivo pelo qual apenas a tua própria renovação para o bem será mensagem convincente para quantos te observam a vida.

Versarás brilhantemente, os temas da Eternidade, discutirás com fervor, induzindo o próximo à modificação de pontos de vista, contemplarás, deslumbrado, as mais sublimes doações do Céu à Terra e guardarás contigo abençoadas certezas do espírito no rumo do amanhã que se te descerra divino, entretanto, só o teu próprio exemplo, ao clarão dos princípios que esposas, valorizará com segurança os recursos de que disponhas no campo de tua fé, porquanto somente a Luz na própria vida é linguagem suficientemente clara e exata para conduzir aos outros a Luz que o Senhor, através de nós, se propõe, generoso a cultivar e estender.



jo 15:12
A Caminho da luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 9
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

As primeiras organizações religiosas.


As primeiras organizações religiosas da Terra tiveram, naturalmente, sua origem entre os povos primitivos do Oriente, aos quais enviava Jesus, periodicamente, os seus mensageiros e missionários.

Dada a ausência da escrita, naquelas épocas longínquas, todas as tradições se transmitiam de geração a geração através do mecanismo das palavras. Todavia, com a cooperação dos degredados do sistema da Capela, os rudimentos das artes gráficas receberam os primeiros impulsos, começando a florescer uma nova era de conhecimento espiritual, no campo das concepções religiosas.

Os Vedas, que contam mais de seis mil anos, já nos falam da sabedoria dos “Sastras”, ou grandes mestres das ciências hindus, que os antecederam de mais ou menos dois milênios, nas margens dos rios sagrados da Índia. Vê-se, pois, que a ideia religiosa nasceu com a própria Humanidade, constituindo o alicerce de todos os seus esforços e realizações no Plano Terráqueo.


Ainda as raças adâmicas.


Não podemos, porém, esquecer que Jesus reunira nos espaços infinitos os seres proscritos que se exilaram na Terra, antes de sua reencarnação geral na vizinhança dos planaltos do Irã e do Pamir. Obedecendo às determinações superiores do mundo espiritual, eles nunca puderam esquecer a palavra salvadora do Messias e as suas divinas promessas. As belezas do espaço, aliadas à paisagem mirífica do Plano que foram obrigados a abandonar, viviam no cerne das suas recordações mais queridas. As exortações confortadoras do Cristo, nas vésperas de sua dolorosa imersão nos fluidos pesados do planeta terrestre, cantavam-lhes no íntimo os mais formosos hosanas de alegria e de esperança. Era por isso que aquelas civilizações antigas possuíam mais fé, colocando a intuição divina acima da razão puramente humana. A crença, como íntima e sagrada aquisição de suas almas, era a força motora de todas as realizações, e todos os degredados, com os mais santos entusiasmos do coração, falaram d’Ele e da sua infinita misericórdia. Suas vozes enchem todo o âmbito das civilizações que passaram no pentagrama dos séculos sem-fim e, apresentado com mil nomes, segundo as mais variadas épocas, o Cordeiro de Deus foi guardado pela compreensão e pela memória do mundo, com todas as suas expressões divinas ou, aliás, como a própria face de Deus, segundo as modalidades dos mistérios religiosos.


A gênese das crenças religiosas.


A gênese de todas as religiões da Humanidade tem suas origens no seu coração augusto e misericordioso. Não queremos, com as nossas exposições, divinizar, dogmaticamente, a figura luminosa do Cristo, e sim esclarecer a sua gloriosa ascendência na direção do orbe terrestre, considerada a circunstância de que cada mundo, como cada família, tem seu chefe supremo, ante a justiça e a sabedoria do Criador.

Fora erro crasso julgar como bárbaros e pagãos os povos terrestres que ainda não conhecem diretamente as lições sublimes do seu Evangelho de redenção, porquanto a sua desvelada assistência acompanhou, como acompanha a todo tempo, a evolução das criaturas em todas as latitudes do orbe. A história da China, da Pérsia, do Egito, da Índia, dos árabes, dos israelitas, dos celtas, dos gregos e dos romanos está alumiada pela luz dos seus poderosos emissários. E muitos deles tão bem se houveram, no cumprimento dos seus grandes e abençoados deveres, que foram havidos como sendo Ele próprio, em reencarnações sucessivas e periódicas do seu divinizado amor. No Manava-Darma,  encontramos a lição do Cristo; na China encontramos , , ; nas crenças do Tibete, está a personalidade de e no Pentateuco encontramos ; no Alcorão vemos . Cada raça recebeu os seus instrutores, como se fosse Ele mesmo, chegando das resplandecências de sua glória divina.

Todas elas, conhecendo intuitivamente a palavra das profecias, arquivaram a história dos seus enviados, nos moldes de sua vinda futura, em virtude das lembranças latentes que guardavam no coração, acerca da sua palavra nos espaços, tocada de esclarecimento e de amor.


A unidade substancial das religiões.


A verdade é que todos os livros e tradições religiosas da antiguidade guardam, entre si, a mais estreita unidade substancial. As revelações evolucionam numa esfera gradativa de conhecimento. Todas se referem ao Deus impersonificável, que é a essência da vida de todo o Universo, e no tradicionalismo de todas palpita a visão sublimada do Cristo, esperado em todos os pontos do globo.

Os vários povos do mundo traziam de longe as suas concepções e as suas esperanças, sem falarmos das grandes coletividades que floresciam na América do Sul, então quase ligada à China pelas extensões da Lemúria, e da América do Norte, que se ligava à Atlântida.  Não é, porém, nosso propósito estudar aqui outras questões que se não refiram à superioridade do Cristo e à ascendência do seu Evangelho, nestes apontamentos despretensiosos. Citando, porém, todos os povos antigos do planeta, somos compelidos a recordar, igualmente, as grandes civilizações pré-históricas, que desabrocharam e desapareceram no continente americano, de cujos cataclismos e arrasamentos ficaram ainda as expressões interessantes dos incas e dos astecas, que, como todos os outros agrupamentos do mundo, receberam a palavra indireta do Senhor, na sua marcha coletiva através de augustos caminhos.


As revelações gradativas.


Até à palavra simples e pura do Cristo, a Humanidade terrestre viveu etapas gradativas de conhecimento e de possibilidades, na senda das revelações espirituais.

Os milênios, com as suas experiências consecutivas e dolorosas, prepararam os caminhos d’Aquele que vinha, não somente com a sua palavra, mas, principalmente, com a sua exemplificação salvadora. Cada emissário trouxe uma das modalidades da grande lição de que foi teatro a região humilde da Galileia.

É por esse motivo que numerosas coletividades asiáticas não conhecem a lição direta do Mestre, mas sabem do conteúdo da sua palavra, em virtude das próprias revelações do seu ambiente, e, se a Boa Nova não se dilatou no curso dos tempos, pelas estradas dos povos, é que os pretensos missionários do Cristo, nos séculos posteriores aos seus ensinos, não souberam cultivar a flor da vida e da verdade, do amor e da esperança, que os seus exemplos haviam implantado no mundo: — abafando-a nos templos de uma falsa religiosidade, ou encarcerando-a no silêncio dos claustros, a planta maravilhosa do Evangelho foi sacrificada no seu desenvolvimento e contrariada nos seus mais lídimos objetivos.


Preparação do Cristianismo.


As lições da Palestina foram, desse modo, precedidas de laboriosa e longa preparação na intimidade dos milênios.

Os sacerdotes de todas as grandes religiões do passado supuseram, nos seus mestres e nos seus mais altos iniciados, a personalidade do Senhor, mas temos de convir que Jesus foi inconfundível.

À luz significativa da história, observamos muitas vezes, nos seus auxiliares ou instrumentos humanos, as características das vulgaridades terrestres. Alguns foram ditadores de consciências, enérgicos e ferozes no sentido de manter e fomentar a fé; outros, traídos em suas forças e desprezando os compromissos sagrados com o Salvador, longe de serem instrumentos do Divino Mestre, abusaram da própria liberdade, dando ouvidos às forças subversivas da Treva, prejudicando a harmonia geral.


O Cristo inconfundível.


Mas Jesus assinala a sua passagem pela Terra com o selo constante da mais augusta caridade e do mais abnegado amor. Suas parábolas e advertências estão impregnadas do perfume das verdades eternas e gloriosas. A manjedoura e o calvário são lições maravilhosas, cujas claridades iluminam os caminhos milenários da humanidade inteira, e sobretudo os seus exemplos e atos constituem um roteiro de todas as grandiosas finalidades, no aperfeiçoamento da vida terrestre. Com esses elementos, fez uma revolução espiritual que permanece no globo há dois milênios. Respeitando as leis do mundo, aludindo à efígie de César,(Mt 22:21)   ensinou as criaturas humanas a se elevarem para Deus, na dilatada compreensão das mais santas verdades da vida. Remodelou todos os conceitos da vida social, exemplificando a mais pura fraternidade. Cumprindo a Lei Antiga, encheu-lhe o organismo de tolerância, de piedade e de amor, com as suas lições na praça pública, em frente das criaturas desregradas e infelizes, e somente Ele ensinou o “Amai-vos uns aos outros”, (Jo 15:12) vivendo a situação de quem sabia cumpri-lo.

Os Espíritos incapacitados de o compreender podem alegar que as suas fórmulas verbais eram antigas e conhecidas; mas ninguém poderá contestar que a sua exemplificação foi única, até agora, na face da Terra.

A maioria dos missionários religiosos da Antiguidade se compunha de príncipes, de sábios ou de grandes iniciados, que saíam da intimidade confortável dos palácios e dos templos; mas o Senhor da semeadura e da seara era a personificação de toda a sabedoria, de todo o amor, e o seu único palácio era a tenda humilde de um carpinteiro, onde fazia questão de ensinar à posteridade que a verdadeira aristocracia deve ser a do trabalho, lançando a fórmula sagrada, definida pelo pensamento moderno, como o coletivismo das mãos, aliado ao individualismo dos corações — síntese social para a qual caminham as coletividades dos tempos que passam — e que, desprezando todas as convenções e honrarias terrestres, preferiu não possuir pedra onde repousasse o pensamento dolorido, a fim de que aprendessem os seus irmãos a lição inesquecível do “Caminho, da Verdade e da Vida”. (Jo 14:6)




[Tradicionalmente aceita como um dos braços suplementares do Vedas, “As Leis de Manu” ou é um dos livros-padrão no cânon hindu.  Esta “escritura revelada” compreende 2.684 versos, divididos em doze capítulos, apresenta as normas da vida doméstica, social e religiosa na Índia (cerca 500 aC) sob a influência Brâmane, e é fundamental para a compreensão da sociedade indiana antiga.] —


jo 15:12
Convivência

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 20
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

A caridade é a base da paz no relacionamento humano.

A convivência feliz pede apoio e compreensão.


Por vezes, é possível que os outros necessitem de nós, mas não podemos esquecer que todos nós necessitamos igualmente dos outros.

   Auxilia aos vizinhos para que os vizinhos te auxiliem.

   O próximo é a ponte capaz de escorar-nos na travessia das dificuldades.

   Não fujas à prestação de serviço que a outrem consigas oferecer.

   Esquece possíveis ofensas alheias, reconhecendo os nossos próprios erros.

   Fala criando otimismo e paz.

   Não te queixes de ninguém.

   Trabalha e serve sempre.


Decerto, pensando na importância da caridade nos mecanismos de nossas relações recíprocas, é que Jesus nos legou a observação inesquecível: — “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. (Jo 15:12)



jo 15:12
Deus Conosco

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 66
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

10/01/1942


Meus caros amigos, Deus vos conceda muita paz aos corações. Recebemos o nobre apelo de nosso irmão no sentido das máximas destinadas às obras de beneficência construídas sob a proteção do divino Mestre. Lembramos que será justo buscar nos ensinamentos diretos do Cristo as legendas desejadas. O Evangelho reúne ensinamentos de inultrapassável grandeza, cheias de profundo encanto espiritual. Creio que aí encontraremos inesgotável manancial de inspiração para esse generoso serviço. Bastará que recorrais a essa fonte, com dedicação, e defrontareis conselhos, consolações e advertências sublimes. Recordemos, baseados nessas lições sagradas, que se poderiam aproveitar belas legendas evangélicas, com ligeiras modificações, quanto estas:

“Jesus é o pão que desceu do céu.” (Jo 6:58)

“Vinde a mim todos vós, os que sofreis, e encontrareis o alívio e a esperança.” (Mt 11:28)

“O bom pastor atende às suas ovelhas fiéis.” (Jo 10:11)

“O que o olho não viu e o ouvido não ouviu reservou o Senhor no Céu aos que o servem com amor.” (Mt 13:14)

“O bom pastor dá a vida pelas suas ovelhas.” (Jo 10:11)

“Nenhuma das ovelhas se perderá.” (Jo 6:39)

“Faça-se em mim a vontade do Senhor.” (Lc 1:38) (At 21:14)

“Jesus tem a água eterna e o pão vivo.” (Jo 4:13) (Jo 6:48)

“Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.” (Jo 15:12)

Legendas como estas cremos que representam , conduzindo o coração a perspectivas mais altas. Não estamos fornecendo, entretanto, sentenças que devam ser observadas em sentido literal, mas sim sugerindo, na qualidade de irmão mais experiente e mais velho, indicando a fonte justa, onde os ensinamentos sagrados podem ser colhidos. Vosso servo e irmão humilde,



jo 15:12
Entrevistas

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 8
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

81 — Atualidade e Espiritismo


R — Sem dúvida que nós pessoalmente considerando, não temos qualquer autoridade para responder a uma pergunta deste gabarito, mas, em nossa condição de pequenino companheiro da causa espírita, compreendemos que o Espiritismo no panorama atual do mundo, é realmente aquele Consolador Prometido por Jesus à Humanidade, porque quantos dele se aproximam com sinceridade e com devotamento à verdade, encontram recursos para a resistência íntima contra qualquer perturbação; nós estamos vivendo no mundo uma época muito difícil, um período inçado de muitos obstáculos na vida espiritual de todos, porque a renovação está chegando para todos na Terra, à maneira de explosão: explosão de sentimentos, de pensamentos, de palavras, de ações; e sem a explicação do Espiritismo evangélico, que coloca em nosso coração e em nosso pensamento os termos do destino e do sofrimento no lugar justo, sinceramente nós teríamos muita dificuldade para harmonizar o nosso próprio mundo íntimo. Por isto mesmo nós consideramos que o Espiritismo no panorama atual da Humanidade é uma providência da Divina Misericórdia do Senhor a nosso benefício, a fim de que cada um de nós esteja no lugar certo, com as obrigações certas e desempenhando os nossos deveres tão bem quanto nos seja possível.



R — Consideramos o assunto naquela base que o nosso benfeitor espiritual Dr. Bezerra de Menezes fixou numa de suas páginas, por nosso intermédio, aqui na Comunhão Espírita Cristã de Uberaba, quando nosso amigo espiritual afirmou que a Unificação do Espiritismo no Brasil é serviço urgente mas não apressado. Isso no momento nos pareceu paradoxo, mas sem dúvida que essa confraternização dos tarefeiros espirituais é trabalho urgente, porque nós precisamos cogitar da nossa confraternização de ordem geral, no campo da Doutrina, todavia esse trabalho não pode ser feito com muita pressa porque os ingredientes para a realização dele são todos de ordem espiritual e nós não podemos agir com violência. Por isso mesmo nós acreditamos que as reuniões e confraternizações de Mocidades Espíritas — que a nosso ver deveriam ser também acompanhadas de reuniões e confraternizações de adultos espíritas, é trabalho de muito valor, trabalho que nós não podemos desprezar e que devemos incentivar por todos os meios justos ao nosso alcance, para que, através do intercâmbio e da nossa comunicação mútua, possamos estabelecer bases para que a unificação real em cada grupo tenha sua aparência específica, assim como cada personalidade espírita tem a sua vida própria e seu trabalho individual dentro de nosso movimento. De modo que essas confraternizações, de mocidades espíritas ou da madureza espírita, são um movimento sério que nós devemos acatar e estimular com todas as energias ao nosso alcance.



R — Pelo interesse que nossos amigos espirituais manifestam em favor dessas realizações, compreendemos que muitas das nossas confraternizações que se realizam — sem querer mecanizar ou automatizar os nossos irmãos encarnados — resultam de inspiração de benfeitores espirituais que se empenham fazendo a nossa união uns com os outros, através da palavra, da troca de experiências para que nós possamos localizar a nossa tarefa dentro do movimento espírita. Isso é muito importante. Os nossos amigos espirituais dão extraordinário relevo a esses movimentos e esperam que nós todos, os companheiros do Espiritismo, venhamos a encorajá-los por todos os modos que surjam dentro das nossas possibilidades, de vez que é pela reciprocidade, na permuta de nossas experiências, que chegaremos a conclusões e à realizações do mais alto interesse para o movimento espírita agora e no futuro.



R — Os nossos amigos espirituais sempre nos ensinaram a considerar os Centros Espíritas como a Escola mais importante da nossa alma, porque é no Templo Espírita que nós recebemos de outros e podemos doar de nós mesmos os valores que servirão a cada um de nós para a vida eterna. De modo que, nós damos tanta importância ao Estudo da Matemática, ou ao estudo da Química, que realmente são importantes, não podemos menosprezar as lições em torno da paciência, em torno da tolerância, que são atitudes da alma que nós não teremos sem estudar, sem raciocinar. Portanto, um Templo Espírita é uma Universidade de formação espiritual para as criaturas humanas, e por isso o Espírito de Emmanuel, que nos orienta as atividades desde 1931, empresta a maior importância ao Templo Espírita, porque o Templo Espírita revive as casas do Cristianismo simples e primitivo em que os nossos corações se reúnem em torno dos ensinamentos do Cristo, para a melhoria da nossa vida interior. Por exemplo, numa Faculdade de ensino superior que nos merece o máximo acatamento, nós aprendemos Ciências que vão aperfeiçoar os nossos recursos intelectuais. Mas, no Centro Espírita, orientado segundo os preceitos do Evangelho, nós vamos encontrar os estudos e os raciocínios adequados à nossa necessidade de vivência em paz no mundo com a vivência igualmente do Amor uns para com os outros, segundo o ensinamento de Jesus; que nós não podemos esquecer: “Amai uns aos outros, como eu vos amei…” (Jo 15:12)



R — Sem dúvida — acreditamos, que para Frutal, tanto quanto para outras cidades brasileiras, isso é naturalmente um privilégio, porque hospedará corações e inteligências interessados no estudo de nossa vida eterna, interessados em explicar as tramas do destino humano sobre a Terra; interessados em esclarecer o problema da dor, para que a dor possa ser aceita como mestra de nossa alma, e não um fantasma capaz de nos precipitar na delinquência; interessados em iluminar as nossas consciências para que a nossa vida se faça melhor, para que nós compreendamos a importância da vida e para edificarmos em nós e em torno de nós a alegria de viver — porque o Evangelho é a alegria de viver, de compreender. Então, Frutal, a nosso ver, desfrutará verdadeira bênção porque de lá a mocidade poderá irradiar um grande movimento de vibrações iluminativas e confortadoras, não só para os habitantes da cidade, como também para toda a Região onde Frutal se localiza e da região para todo o Brasil e do Brasil para o mundo inteiro. Porque os Espíritos nos ensinam que a nossa ação por pequenina que seja, como também nossa palavra, mais obscura, vai influenciar para o Bem ou para o Mal, segundo a determinação que impusemos ao nosso verbo ou à nossa atividade. Portanto, nós esperamos que Frutal, que é uma cidade muitíssimo admirada por nós, se transforme então nos dias da VIII Confraternização de Mocidades Espíritas do Triângulo Mineiro, como verdadeiro foco de luzes espirituais para todos nós. E pedimos a Deus e aos nossos benfeitores espirituais que abençoem todos os corações e todas as inteligências que se unem nesse grande empreendimento, que desejamos seja aureolado do mais amplo êxito para a difusão da Verdade e para irradiação da Luz, com Allan Kardec, que nós todos consideramos, com a bênção de Jesus, que será sempre nosso Divino Mestre e Senhor (Esse conclave foi realizado com grande êxito, de 30 de outubro a 1º de novembro de 1971).


Francisco Cândido Xavier
Emmanuel


Entrevista concedida aos organizadores do COMETRIM, “Confraternização das Mocidades Espíritas do Triângulo Mineiro” na Comunhão Espírita Cristã, de Uberaba (MG), na noite de 23 de outubro de 1971.


jo 15:12
Harmonização

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Muitos companheiros do mundo físico nos perguntam: “qual o conceito de harmonização para os Amigos Espirituais?”

E nos aventuramos a responder. Harmonização, para nós outros, os que nos desvencilhamos do corpo físico, é a ordem controlada… Cada criatura, na função a que se destina pela sabedoria dos mentores que nos dirigem, pode desempenhar esta função.

A espontaneidade e a disciplina, unidas no contexto das responsabilidades que nos foram confiadas, semelhando escada de ascensão, cujos degraus podemos e devemos conquistar através de méritos reais, são frutos que deveriam surgir na árvore de nossa maturidade, sustentando a nossa participação voluntária na instrução, a que nos referimos, quase sempre induzidos a incorporá-las em nossa existência, em longo tempo de provação, a fim de sermos educados para a harmonização.

Tentando ilustrar as nossas afirmativas, comparemos a harmonização a um grande conjunto orquestral. A direção de uma obra dessa não poderia ser entregue a um principiante que apenas atravessou o solfejo.

E a execução de peça determinada exigiria, de cada figurante, a segurança que se lhe pede à função e no lugar que lhe deva ser próprio. Sem isso, a música em pauta não se faria possível, cabendo ao “maestro” a obrigação de suprimir a desarmonização capaz de estragar todo o trabalho, às vezes, de muitos anos de exercício e preparação.

Compreendendo o que vem a ser harmonização na Vida Superior, percebemos que nossas imagens são simples e reais. E ainda ousamos lembrar que todos nós, os Espíritos em aprendizado e evolução na Terra, necessitamos de união e respeito, compreensão e amor de uns para com os outros, em quaisquer de nossos núcleos de trabalho, a fim de executarmos as peças de entendimento e elevação, paz e luz realizadas pelo Nosso Divino Mestre, ao mesmo tempo que somos compelidos a recordar-lhe as palavras: – “Amai-vos uns aos outros como vos amei.” (Jo 15:12)



Uberaba, 21 de Junho de 1990.


jo 15:12
Leis de Amor

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 7
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

A Doutrina Espírita, expressando o Cristianismo Redivivo, não apenas descortina os panoramas radiantes da imortalidade, ante o grande futuro, mas é igualmente luz para o homem, a clarear-lhe o caminho; desse modo, desempenha função específica no tratamento das doenças que fustigam a Humanidade, por ensinar a medicina da alma, em bases no amor construtivo e reedificante.

Nas trilhas da experiência terrestre, realmente, a cada trecho, surpreendemos desequilíbrios, a se exprimirem por enfermidades individuais e coletivas.


Mágoas, ressentimentos, desesperos, atritos e irritações entretecem crises do pensamento, estabelecendo lesões mentais que culminam em processos patológicos, no corpo e na alma, quando não se convertem, de pronto, em pábulo da loucura ou em sombra da morte.


Isso acontece porque milhões de criaturas, repostas no lar, recapitulam amargosas e graves experiências, junto àqueles que atormentaram outrora ou que outrora lhes foram implacáveis verdugos; metamorfoseados em companheiros que, às vezes, trazem o nome de pais e figuram-se adversários intransigentes; responderam por filhos e mais se assemelham a duros algozes dos corações afetuosos que lhes deram o tesouro do berço; carregam a certidão de esposos e parecem forçados, em algema dupla na pedreira do sofrimento; fazem-se conhecidos por titulares da parentela e exibem-se, à feição de carrascos tranquilos.


Do ponto de vista mental, os adversários do pretérito, reencarnados no presente, expandem entre si tamanha carga vibratória de crueldade e rebeldia, que transfiguram o ninho familiar em furna minada por miríades de raios destrutivos de azedume e aversão.


Diante dos conflitos familiares, surgem os princípios espíritas por medicação providencial.


Claramente, na educação individual e, evidenciando a reencarnação, destaca o impositivo da tolerância mútua, por terapêutica espiritual imediata, a fim de que os pontos nevrálgicos do indivíduo ou do grupo sejam definitivamente sanados.


A Doutrina Espírita, proclamando o entendimento fraterno por medida alienável, perante os ajustes precisos, catalogam os irmãos transviados na ficha dos enfermos carecentes de compaixão e socorro.


Os ensinamentos espíritas, despertando a mente para a necessidade do trabalho e do estudo espontâneo, preparam a criatura, em qualquer situação, para a obra do aperfeiçoamento próprio e desvelando a continuidade da vida, para lá da morte, patenteiam ao raciocínio de cada um que a individualidade não encontrará, além-túmulo, qualquer prerrogativa e sim a felicidade ou o infortúnio que construiu para si mesma, através daquilo que fez aos semelhantes.


Fácil verificar, assim, que a Doutrina Espírita encerra a filosofia do pensamento reto, por agente preservativo da saúde moral, e consubstancia a religião natural do bem, cujas manifestações definem a caridade por terapêutica de alívio e correção de todos os males que afligem a existência.


Com os ensinamentos espíritas aprendemos que os atos de bondade, ainda os mais apagados e pequeninos, são plantações de alegrias eternas e que o perdão incondicional das ofensas é a fórmula santificante para supressão da dor e renovação do destino.


Nas atividades espíritas, colhemos do magnetismo sublimado benefícios imediatos, seja no clima do passe, sob o influxo da oração, ou no culto sistemático do Evangelho no lar, por intermédio dos quais, benfeitores e amigos desencarnados nos reequilibram as forças, através da inspiração elevada, apaziguando-nos os pensamentos, ou se valem de recursos mediúnicos esparsos no ambiente, a fim de nos propiciarem socorro à alma aflita ou às energias exaustas.

Se abraçaste, pois, a Doutrina Espírita, perlustra-lhes os ensinos e compreenderás que a humildade e a benevolência, o serviço e a abnegação a paciência e a esperança, a solidariedade e o otimismo são medicamentos do Espírito, transformando lutas em lições e dificuldades em bênçãos, porque no mundo de cada esclarecimento e de cada mensagem consoladora, que efluem da inspiração, ouvirás a palavra do Cristo: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.” (Jo 15:12)




(Este capítulo foi psicografado por Waldo Vieira)


jo 15:12
Mediunidade E Sintonia

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 7
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Não alegues a suposta ingratidão dos outros para desertar da Seara do Bem.

Na engrenagem da vida, cada qual de nós é peça importante com funções específicas.

Considera o poder de auxiliar que te foi concedido. Ninguém recebe o conhecimento superior tão só para o proveito próprio.

Saibamos dividir o tesouro da compreensão em parcelas de bondade.

Recorda que te apoias no concurso de muitos corações que te escoraram, um dia, no recinto doméstico, sem aguardar o brilho de qualquer premiação.

Revisa as sendas trilhadas e redescobrirás na base da tua riqueza de espírito um amigo anônimo encanecido entre a dificuldade e abnegação, ou a assistência de um companheiro que muitas vezes te haverá desculpado as fraquezas e as incompreensões, a fim de que amadurecesses no entendimento à vida.

Reflete nisso e concluirás que Deus jamais te falhou no instante preciso. Reconhecerás que essa mesma Divina Providência que te resguardou pelo devotamento de braços alheios, espera agora sejas a proteção dos nossos irmãos mais fracos.

Não sonegarás benevolência onde repontem agravos. Lembrar-te-ás da Infinita Bondade do Criador, que improvisa o oásis na aridez do deserto tanto quanto cultiva o jardim na amargura do pântano, e amarás sempre, aprendendo a distribuir os talentos de tuas aquisições espirituais.

Ninguém consegue adivinhar os prodígios do amor que nascerão de um simples gesto de bondade perante um coração que as circunstâncias menos felizes relegaram por muito tempo à secura, tanto quanto ninguém pode prever a alegria dos frutos que virão de uma simples semente nobre, lançada ao solo por muito tempo largado à negligência.

Seja qual for o contratempo que se te erija em obstáculo na estrada a percorrer, age para o bem.

Ambientando a fé no próprio íntimo, alterou-se-te a paisagem no dia a dia. Faze dela instrumento de trabalho e lâmpada acesa no caminho.

Quando assinalaste a verdade que te ilumina o espírito, tiveste o coração automaticamente induzido a integrar a legião dos companheiros do Cristo, e diante do Cristo nenhum de nós poderá esquecer-lhe a inesquecível convocação: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. (Jo 15:12)



jo 15:12
Novo Mundo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 14
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
Carlos A. Baccelli

(“A Flama Espírita” — Uberaba, Minas — 20 de maio de 1989).

De nosso arquivo xavieriano, damos agora à publicidade uma entrevista concedida há tempos pelo médium e que, acreditamos, permaneceu inédita, até hoje.

Assim o fazemos, por acreditar que a palavra de Chico Xavier, sempre inspirada por Emmanuel, projeta luz sobre qualquer assunto, mesmo quando este assunto tenha, aparentemente, perdido a sua atualidade.

Sem maiores delongas, passemos à referida entrevista, esclarecendo, todavia, que não nos foi possível identificar o seu autor e nem tampouco a data de sua realização.


— Mediunidade, na essência, é afinidade, é sintonia, estabelecendo a possibilidade do intercâmbio espiritual entre as criaturas, que se identifiquem na mesma faixa de emoção e de pensamento.


— Reflitamos no assunto, do ponto de vista da mediunidade em trabalho edificante.

Que se aperfeiçoe o violino, e o artista encontrará nele as mais amplas facilidades de expressão.

Sem cooperador habilitado, a tarefa surge deficiente.

A mediunidade, em si, depende do médium.


— Devotamento ao bem do próximo, sem a preocupação de vantagens pessoais, eis o primeiro requisito para que o medianeiro se torne sempre mais útil ao Plano Espiritual.

Em seguida, quanto mais o médium se aprimore, através do estudo e do dever nobremente cumprido, mais valioso se torna para a execução de tarefas com os Instrutores da Vida Maior.


— A tentação, no fundo, é a projeção das tendências infelizes que ainda trazemos.

Semelhante projeção, em se exteriorizando em forma de pensamentos materializados, atraem sobre nós aquelas mentes, encarnadas ou desencarnadas, que se nos harmonizam com o modo de ser.

Entendendo que a tentação nasce de nós, recordemos que um pacote de ouro não tenta um coelho, induzindo, muitas vezes, um homem às piores sugestões, enquanto que um pé de couve deixa um homem impassível, levando um coelho ao impulso da aproximação indébita.


De modo geral, a reencarnação objetiva a extirpação do ódio e da inveja, do ressentimento e do ciúme, dos impulsos à discórdia e à delinquência, que nos implantaram na alma, depois de lastimáveis desastres morais.

Semelhantes causas de sofrimento persistiriam conosco, por longo tempo, não fosse o olvido terapêutico que nos é administrado durante a reencarnação.

Nesse sentido, observemos o fato de que, a ablação de um tumor no corpo físico, reclama a anestesia. O esquecimento temporário na reencarnação é o processo de socorro pelo qual a Misericórdia Divina se digna determinar a sedação das feridas mentais de que porventura sejamos portadores, para o tratamento e a extinção delas.


— O egoísmo que se fantasia de vaidade e orgulho, quando o medianeiro procura irrefletidamente antepor-se aos Mentores Espirituais que se valem dele. Ou o mesmo egoísmo, quando se veste de ociosidade ou de escrúpulo negativo, para fugir à prestação de serviço ao próximo.


— Quando se trata de mediunidade em ação na cultura ou no progresso espiritual, a bagagem de recursos do medianeiro emerge das suas próprias aquisições de espírito, efetuadas em existências pretéritas, outorgando-lhe a possibilidade de colaborar com mais eficiência ao lado de quantos pugnam, no Além, pelo aperfeiçoamento e felicidade da comunidade humana.


— Tanto os mais jovens quanto os mais amadurecidos na experiência humana, que procuram hoje soluções construtivas para os problemas terrestres, encontrarão caminho para isso, por mais que a sombra da ignorância ou da resistência negativa lhes tentem obstruir a passagem.


— Ninguém resgata por alguém essa ou aquela culpa diante da lei de causa e efeito.

Ouvimos de muitos companheiros no mundo a afirmação de que os descendentes pagam pelos erros dos antepassados. Isso, porém, não corresponde à realidade. E, em muitos casos, os descendentes são os próprios antepassados em nova encarnação, no mesmo tronco genealógico, para resgate de faltas em que se debitaram no pretérito.


— Os fenômenos medianímicos existiram em todos os tempos. E em todos os distritos da atividade humana, continuam a existir.

A Doutrina Espírita é o Cristianismo Redivivo esclarecendo mediunidade e médiuns, para que as ocorrências mediúnicas edifiquem elevação e proveito em auxílio da Humanidade.


— A regra áurea, há séculos, nos traça o roteiro: “Faze aos outros o que deseja que te façam.” (Lc 6:31)

E o Cristo lança mais luz sobre a diretriz de todos os tempos: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.” (Jo 15:12)


— A Parapsicologia, sempre que age desapaixonadamente, é um instrumento respeitável da Ciência na investigação da Verdade.


Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

jo 15:12
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Mateus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 309
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

— Em que sentido deveremos tomar o conceito de religiões?

— Religião, para todos os homens, deveria compreender-se como sentimento divino que clarifica o caminho das almas e que cada Espírito apreenderá na pauta do seu nível evolutivo.

Neste sentido, a Religião é sempre a face augusta e soberana da Verdade; porém, na inquietação que lhes caracteriza a existência na Terra, os homens se dividiram em numerosas religiões, como se a fé também pudesse ter fronteiras, à semelhança das pátrias materiais, tantas vezes mergulhadas no egoísmo e na ambição de seus filhos.

Dessa falsa interpretação têm nascido no mundo as lutas antifraternais e as dissensões religiosas de todos os tempos.


— As religiões que surgiram no mundo, antes do Cristo, tinham também por missão principal a preparação da mentalidade humana para a sua vinda?

— Todas as ideias religiosas, que as criaturas humanas traziam consigo do pretérito milenário, destinavam-se a preparar o homem para receber e aceitar o Cordeiro de Deus, com a sua mensagem de amor perene e reforma espiritual definitiva.

O Cristianismo é a síntese, em simplicidade e luz, de todos os sistemas religiosos mais antigos, expressões fragmentárias das verdades sublimes trazidas ao mundo na palavra imorredoura de Jesus.

Os homens, contudo, não obstante todos os elementos de preparação, continuaram divididos e, dentro das suas características de rebeldia, procrastinaram a sua edificação nas lições renovadoras do Evangelho.


— Reconhecendo-se que várias seitas nasceram igualmente do Cristianismo, devemos considerá-las cristãs, ou simples expressões religiosas insuladas da verdade de Jesus?

— Todas as expressões religiosas nascidas do Cristianismo se identificam pela seiva de amor do tronco que as congrega, apesar dos erros humanos de seus expositores.

Os sacerdotes das mais diversas castas inventaram os manuais teológicos, os princípios dogmáticos e as fórmulas políticas; todavia, nenhum esforço humano conseguiu deslustrar a claridade divina do “amai-vos uns aos outros”, (Jo 15:12) base imortal de todos os ensinos de Jesus, cuja luminosa essência identifica as castas entre si, em todas as posições e tarefas especializadas que lhes foram conferidas.


— Se as seitas religiosas nascidas do Cristianismo tem uma tarefa especializada, qual será a das correntes protestantes, oriundas da Reforma?

— A Reforma e os movimentos que se lhe seguiram vieram ao mundo com a missão especial de exumar a “letra” dos Evangelhos, enterrada até então nos arquivos da intolerância clerical, nos seminários e nos conventos, a fim de que, depois da sua tarefa, pudesse o Consolador prometido, pela voz do Espiritismo cristão, ensinar aos homens o “espírito divino” de todas as lições de Jesus.


— O Espírito, antes de reencarnar, escolhe também as crenças ou cultos a que se deverá submeter nas experiências da vida?

— Todos os Espíritos, reencarnando no planeta, trazem consigo a ideia de Deus, identificando-se de modo geral nesse sagrado princípio.

Os cultos terrestres, porém, são exteriorizações desse princípio divino, dentro do mundo convencional, depreendendo-se daí que a Verdade é uma só, e que as seitas terrestres são materiais de experiência e de evolução, dependendo a preferência de cada um do estado evolutivo em que se encontre no aprendizado da existência humana, e salientando-se que a escolha está sempre de pleno acordo com o seu estado íntimo, seja na viciosa tendência de repousar nas ilusões do culto externo, seja, pelo esforço sincero de evolutir, na pesquisa incessante da edificação divina.


— Considerando que a convenção social confere aos sacerdotes das seitas cristãs certas prerrogativas na realização de determinados acontecimentos da vida, como interpretar as palavras de Mateus: — “Tudo o que ligardes na Terra, será ligado no Céu”, (Mt 16:19) se os sacerdotes, tantas vezes, não se mostram dignos de falar no mundo em nome de Deus?

— Faz-se indispensável observar que as palavras da Cristo foram dirigidas aos apóstolos e que a missão de seus companheiros não era restrita ao ambiente das tribos de Israel, tendo a sua divina continuação além das próprias atividades terrestres. Até hoje, os discípulos diretos do Senhor têm a sua tarefa sagrada, em cooperação com o Mestre Divino, junto da Humanidade — a Israel mística dos seus ensinamentos.

Os méritos dos apóstolos de modo algum poderiam ser automaticamente transferidos aos sacerdotes degenerados pelos interesses políticos e financeiros de determinados grupos terrestres, depreendendo-se daí que a Igreja Romana, a que mais tem abusado desses conceitos, uma vez mais desviou o sentido sagrado da lição do Cristo.

Importa, porém, lembrarmos neste particular a promessa de Jesus, de que estaria sempre entre aqueles que se reunissem sinceramente em seu nome.

Nessas circunstâncias, os discípulos leais devem manter-se em plano superior ao do convencionalismo terrestre, agindo com a própria consciência e com a melhor compreensão de responsabilidade, em todos os climas do mundo, porquanto, desse modo, desde que desenvolvam atuação no bem, pelo bem e para o bem, em nome do Senhor, terão seus atos evangélicos tocados pela luz sacrossanta das sanções divinas.


— Considerando que as religiões invocam o Evangelho de Mateus (Mt 3:1) para justificar a necessidade do batismo em seus característicos cerimoniais, como deverá proceder o espiritista em face desse assunto?

— Os espiritistas sinceros, na sagrada missão de paternidade, devem compreender que o batismo, aludido no Evangelho, é o da invocação das bênçãos divinas para quantos a eles se reúnem no instituto santificado da família.

Longe de quaisquer cerimônias de natureza religiosa, que possam significar uma continuação dos fetichismos da Igreja Romana, que se aproveitou do símbolo evangélico para a chamada venda dos sacramentos, o espiritista deve entender o batismo como o apelo do seu coração ao Pai de Misericórdia, para que os seus esforços sejam santificados no trabalho de conduzir as almas a ele confiadas no instituto familiar, compreendendo, além do mais, que esse ato de amor e de compromisso divino deve ser continuado por toda a vida, na renúncia e no sacrifício, em favor da perfeita cristianização dos filhos, no apostolado do trabalho e da dedicação.


— Qual o procedimento a ser adotado pelos espiritistas na consagração do casamento, sem ferir as convenções sociais, reflexas dos cultos religiosos?

— Os cultos religiosos, em sua feição dogmática, são igualmente transitórios como todas as fórmulas do convencionalismo humano.

Que o espiritista sincero e cristão, assumindo os seus compromissos conjugais perante as leis dos homens, busque honrar a sua promessa e a sua decisão, santificando o casamento com o rigoroso desempenho de todos os seus deveres evangélicos, ante os preceitos terrestres e ante a imutável lei divina que vibra em sua consciência cristianizada.


— Como interpretar a missa no culto da Igreja Católica?

— Perante o coração sincero e fraternal dos crentes a missa idealizada pela igreja de Roma deve ser um ato exterior, respeitável para nós outros, como qualquer o cerimônia convencionalista do mundo, que exija a mútua consideração social no mecanismo de relações superficiais da Terra.

A igreja de Roma pretende comemorar, com ela, o sacrifício do Mestre pela Humanidade; todavia, a cerimônia se efetua de conformidade com a posição social e financeira do crente.

Ocorrem, dessa maneira, as missas mais variadas, tais como a “do galo”, a “nova”, a “particular”, a “pontifical”, a “das almas”, a “seca”, a “cantada”, a “chã”, a “campal”, etc., adstritas a um prontuário tão convencionalista e tão superficial, que é de admirar a adaptação ao seu mistifório, por parte do sacerdote inteligente e afeito à sinceridade.


— As aparições e os chamados milagres mencionados na história da origem das igrejas são fatos natureza mediúnica?

— Todos esses acontecimentos, classificados no domínio do sobrenatural, foram fenômenos psíquicos sobre os quais se edificaram as igrejas conhecidas, fatos esses que o Espiritismo veio catalogar e esclarecer, na sua divina missão de Consolador.



jo 15:12
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Lucas

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 210
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“E destas coisas sois vós testemunhas.” — (Lc 24:48)


Jesus sempre aproveitou o mínimo para produzir o máximo.

Com três anos de apostolado acendeu luzes para milênios.

Congregando pequena assembleia de doze companheiros, renovou o mundo.

Com uma pregação na montanha inspirou milhões de almas para a vida eterna.

Converte a esmola de uma viúva em lição imperecível de solidariedade.

Corrigindo alguns Espíritos perturbados, transforma o sistema judiciário da Terra, erigindo o “amai-vos uns aos outros” (Jo 15:12) para a felicidade humana.

De cinco pães e dois peixes, retira o alimento para milhares de famintos.

Da ação de um Zaqueu bem-intencionado, traça programa edificante para os mordomos da fortuna material.

Da atitude de um fariseu orgulhoso, extrai a verdade que confunde os crentes menos sinceros.

Curando alguns doentes, institui a medicina espiritual para todos os centros da Terra.

Faz dum grão de mostarda maravilhoso símbolo do Reino de Deus.

De uma dracma perdida, forma ensinamento inesquecível sobre o amor espiritual.

De uma cruz grosseira, grava a maior lição de Divindade na História.


De tudo isso somos testemunhas em nossa condição de beneficiários. Em razão de nosso conhecimento, convém ouvirmos a própria consciência. Que fazemos das bagatelas de nosso caminho? Estaremos aproveitando nossas oportunidades para fazer algo de bom?



jo 15:12
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários aos Atos dos Apóstolos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 50
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

8 Estêvão, cheio de graça e poder, realizava prodígios e grandes sinais entre o povo. 9 Levantaram-se alguns dos [que eram] da sinagoga chamada dos Libertos, dos cirineus, dos alexandrinos, dos [provenientes] da Cilícia e da Ásia, e debatiam com Estêvão. 10 E não podiam resistir à sabedoria e ao espírito com que falava. 11 Então subornaram varões que diziam: temos ouvido este [homem] falando palavras blasfemas contra Moisés e contra Deus. — (At 6:8)


Saulo e Sadoc entraram na igreja humilde de Jerusalém,  notando a massa compacta de pobres e miseráveis que ali se aglomeravam com um raio de esperança nos olhos tristes.

O pavilhão singelo, construído à custa de tantos sacrifícios, não passava de grande telheiro revestido de paredes frágeis, carente de todo e qualquer conforto.

, e surpreenderam-se singularmente com a presença do jovem doutor da Lei, que se popularizara na cidade pela sua oratória veemente e pelo acurado conhecimento das Escrituras.


Os generosos galileus ofereceram-lhe o banco mais confortável. Ele aceitou as gentilezas que lhe dispensavam, sorrindo com indisfarçável ironia de tudo que ali se lhe deparava. Intimamente, considerava que o próprio Sadoc fora vítima de falsas apreciações. Que podiam fazer aqueles homens ignorantes, irmanados a outros já envelhecidos, valetudinários e doentes? Que podiam significar de perigoso para a Lei de Israel aquelas crianças ao abandono, aquelas mulheres semimortas, em cujo coração pareciam aniquiladas todas as esperanças? Experimentava grande mal-estar defrontando tantos rostos que a lepra havia devastado, que as úlceras malignas haviam desfigurado impiedosamente. Aqui, um velhote com chagas purulentas envolvidas em panos fétidos; além, um aleijado mal coberto de molambos, ao lado de órfãos andrajosos que se acomodavam com humildade.


O conhecido doutor da Lei notou a presença de várias pessoas que lhe acompanhavam a palavra na interpretação dos textos de Moisés, na Sinagoga dos cilícios, outras que seguiam de perto as suas atividades no Sinédrio,  onde a sua inteligência era tida como penhor de esperança racial. Pelo olhar, compreendeu que esses amigos ali estavam igualmente pela primeira vez. Sua visita, ao templo ignorado dos galileus sem-nome, atraíra muitos afeiçoados do farisaísmo  dominante, ansiosos pelos serviços eventuais que pudessem destacá-los e recomendá-los às autoridades mais importantes. Saulo concluiu que aquela fração do auditório fazia ato de presença e de solidariedade em qualquer providência que houvesse de tomar. Pareceu-lhe natural e lógica aquela atitude, conveniente aos fins a que se propunha. Não se contavam fatos incríveis, operados pelos adeptos do “”? Não seriam grosseiras e escandalosas mistificações? Quem diria que tudo aquilo não fosse o produto ignóbil de bruxarias e sortilégios condenáveis? Na hipótese de lhe identificar qualquer finalidade desonesta, podia contar, mesmo ali, com grande número de correligionários, dispostos a defender o rigoroso cumprimento da Lei, custasse-lhes embora os mais pesados sacrifícios.


Notando um que outro quadro menos grato ao seu olhar acostumado aos ambientes de luxo, evitava fixar os aleijados e doentes que se acotovelavam no recinto, chamando a atenção de Sadoc, com observações irônicas e pitorescas. Quando o vasto recinto, desnudo de ornatos e símbolos de qualquer natureza, de todo se encheu, um jovem permeou as filas extensas, ladeado de Pedro e João, galgando os três um estrado quase natural, formado de pedras superpostas.

— Estêvão!… É Estêvão!…

Vozes abafadas inculcavam  o pregador, enquanto seus admiradores mais fervorosos apontavam para ele com jubiloso sorriso.

Inesperado silêncio mantinha todas as frontes em singulares expectativas. O moço, magro e pálido, em cuja assistência os mais infelizes julgavam encontrar um desdobramento do amor do Cristo, orou em voz alta suplicando para si e para a assembleia a inspiração do Todo-Poderoso. Em seguida, abriu um livro em forma de rolo e leu uma passagem das anotações de Mateus:

— Mas, ide antes às ovelhas perdidas da casa de Israel; e, indo, pregai dizendo: é chegado o Reino dos Céus. 

Estêvão ergueu alto os olhos serenos e fulgurantes, e, sem se perturbar com a presença de Saulo e dos seus numerosos amigos, começou a falar mais ou menos nestes termos, com voz clara e vibrante:

— “Meus caros, eis que chegados são os tempos em que o Pastor vem reunir as ovelhas em torno do seu zelo sem limites. Éramos escravos das imposições pelos raciocínios, mas hoje somos livres pelo Evangelho do Cristo Jesus. Nossa raça guardou, de épocas imemoriais, a luz do Tabernáculo e Deus nos enviou seu Filho sem mácula. Onde estão, em Israel, os que ainda não ouviram as mensagens da Boa Nova? Onde os que ainda não se felicitaram com as alegrias da nova fé? Deus enviou sua resposta divina aos nossos anseios milenários, a revelação dos Céus aclara os nossos caminhos. Consoante as promessas da profecia de todos quantos choraram e sofreram por amor ao Eterno, o Emissário Divino veio até ao antro de nossas dores amargas e justas, para iluminar a noite de nossas almas impenitentes, para que se nos desdobrassem os horizontes da redenção. O Messias atendeu aos problemas angustiosos da criatura humana, com a solução do amor que redime todos os seres e purifica todos os pecados. Mestre do trabalho e da perfeita alegria da vida, suas bênçãos representam nossa herança. Moisés foi a porta, o Cristo é a chave. Com a coroa do martírio adquiriu, para nós outros, a láurea imortal da salvação. Éramos cativos do erro, mas seu sangue nos libertou. Na vida e na morte, nas alegrias de Caná, (Jo 2:1) como nas angústias do Calvário, (Lc 23:33) pelo que fez e por tudo que deixou de fazer em sua gloriosa passagem pela Terra, Ele é o Filho de Deus iluminando o caminho.


“Acima de todas as cogitações humanas, fora de todos os atritos das ambições terrestres, seu Reino de paz e luz esplende na consciência das almas redimidas.


“Ó Israel! tu que esperaste por tantos séculos, tuas angústias e dolorosas experiências não foram vãs!… Enquanto outros povos se debatiam nos interesses inferiores, cercando os falsos ídolos de falsa adoração e promovendo, simultaneamente, as guerras de extermínio com requintes de perversidade, tu, Israel, esperaste o Deus justo. Carregaste os grilhões da impiedade humana, na desolação e no deserto; converteste em cânticos de esperança as ignomínias do cativeiro; sofreste o opróbrio dos poderosos da Terra; viste os teus varões e as tuas mulheres, os teus jovens e as tuas crianças exterminados sob o guante das perseguições, mas nunca descreste da justiça dos Céus! Como o Salmista, afirmaste com teu heroísmo que o amor e a misericórdia vibram em todos os teus dias! (Sl 23:6) Choraste no caminho longo dos séculos, com as tuas amarguras e feridas. Como , viveste da tua fé, subjugada pelas algemas do mundo, mas já recebeste o sagrado depósito de Jeová — O Deus único!… Oh! esperanças eternas de Jerusalém, cantai de júbilo, regozijai-vos, embora não tivéssemos sido fiéis inteiramente à compreensão, por conduzir o Cordeiro Amado aos braços da cruz. Suas chagas, todavia, nos compraram para o Céu, com o alto preço do sacrifício supremo!…


“Isaías o contemplou, vergado ao peso de nossas iniquidades, (Is 53:1) florescendo na aridez dos nossos corações, qual flor do Céu num solo adusto, mas, revelou também, que, desde a hora da sua extrema renúncia, na morte infamante, a sagrada causa divina prosperaria para sempre em suas mãos.


“Amados, onde andarão aquelas ovelhas que não souberam ou não puderam esperar? Procuremo-las para o Cristo, como dracmas perdidas (Lc 15:8) do seu desvelado amor! Anunciemos a todos os desesperançados as glórias e os júbilos do seu Reino de paz e de amor imortal!..


“A nos retinha no espírito de nação, sem conseguir apagar de nossa alma o desejo humano de supremacia na Terra. Muitos de nossa raça hão esperado um príncipe dominador, que penetrasse em triunfo a Cidade Santa, com os troféus sangrentos de uma batalha de ruína e morte; que nos fizesse empunhar um cetro odioso de força e tirania. Mas o Cristo nos libertou para sempre. Filho de Deus e emissário da sua glória, seu maior mandamento confirma , quando recomenda o amor a Deus acima de todas a coisas de todo o coração e entendimento, (Mt 22:37) acrescentando, no mais formoso decreto divino, que nos amemos uns aos outros, como Ele próprio nos amou. (Jo 15:12)


“Seu Reino é o da consciência reta e do coração purificado ao serviço de Deus. Suas portas constituem o maravilhoso caminho da redenção espiritual, abertas de par em par aos filhos de todas as nações.


“Seus discípulos amados virão de todos os quadrantes. Fora de suas luzes haverá sempre tempestade para o viajor vacilante da Terra que, sem o Cristo, cairá vencido nas batalhas infrutuosas e destruidoras das melhores energias do coração. Somente o seu Evangelho confere paz e liberdade. É o tesouro do mundo. Em sua glória sublime os justos encontrarão a coroa de triunfo, os infortunados o consolo, os tristes a fortaleza do bom ânimo, os pecadores a senda redentora dos resgates misericordiosos.


“É verdade que o não havíamos compreendido. No grande testemunho, os homens não entenderam sua divina humildade e os mais afeiçoados o abandonaram. Suas chagas clamaram pela nossa indiferença criminosa. Ninguém poderá eximir-se dessa culpa, visto sermos todos herdeiros das suas dádivas celestiais. Onde todos gozam do benefício, ninguém pode fugir à responsabilidade. Essa a razão por que respondemos pelo crime do Calvário. Mas, suas feridas foram a nossa luz, seus martírios o mais ardente apelo de amor, seu exemplo o roteiro aberto para o bem sublime e imortal.


“Vinde, pois, comungar conosco à mesa do banquete divino! Não mais as festas do pão putrescível, mas o eterno alimento da alegria e da vida… Não mais o vinho que fermenta, mas o néctar confortante da alma, diluído nos perfumes do amor imortal.


“O Cristo é a substância da nossa liberdade. Dia virá em que o seu Reino abrangerá os filhos do Oriente e do Ocidente, num amplexo de fraternidade e de luz. Então, compreenderemos que o Evangelho é a resposta de Deus aos nossos apelos, em face da . A Lei é humana; o Evangelho é divino. Moisés é o condutor; O Cristo, o Salvador. Os profetas foram mordomos fiéis; Jesus, porém, é o Senhor da Vinha. Com a Lei, éramos servos; com o Evangelho, somos filhos livres de um Pai amoroso e justo!…”


Nesse ínterim, Estêvão sustou a palavra que lhe fluía harmoniosa e vibrante dos lábios, inspirada nos mais puros sentimentos. Os ouvintes de todos os matizes não conseguiram ocultar o assombro, ante os seus conceitos de vigorosas revelações. A multidão embevecera-se com os princípios expostos. Os mendigos, ali aglomerados, endereçavam ao pregador um sorriso de aprovação, bem significativo de jubilosas esperanças. João fixava nele os olhos enternecidos, identificando, mais uma vez, no seu verbo ardente, a mensagem evangélica interpretada por um discípulo dileto do Mestre inesquecível, nunca ausente dos que se reúnem em seu nome.


Saulo de Tarso, emotivo por temperamento, fundia-se na onda de admiração geral; mas, altamente surpreendido, verificou a diferença entre a Lei e o Evangelho anunciado por aqueles homens estranhos, que a sua mentalidade não podia compreender. Analisou, de relance, o perigo que os novos ensinos acarretavam para o dominante. Revoltara-se com a prédica ouvida, nada obstante a sua ressonância de misteriosa beleza. Ao seu raciocínio, impunha-se eliminar a confusão que se esboçava, a propósito de Moisés. A Lei era uma e única. Aquele Cristo que culminou na derrota, entre dois ladrões, surgia a seus olhos como um mistificador indigno de qualquer consideração. A vitória de Estêvão na consciência popular, qual a verificava naquele instante, causava-lhe indignação. Aqueles galileus poderiam ser piedosos, mas não deixavam de ser criminosos pela subversão dos princípios invioláveis da raça.


O orador preparava-se para retomar a palavra, momentaneamente interrompida e aguardada com expectação de júbilo geral, quando o jovem doutor se levantou ousadamente e exclamou, quase colérico, frisando os conceitos com evidente ironia.

— “Piedosos galileus, onde o senso de vossas doutrinas estranhas e absurdas? Como ousais proclamar a falsa supremacia de um nazareno obscuro sobre Moisés, na própria Jerusalém onde se decidem os destinos das tribos de Israel invencível? Quem era esse Cristo? Não foi um simples carpinteiro?”


Ao orgulhoso entono da inesperada apóstrofe, houve no ambiente um tal ou qual retraimento de temor, mas, dos desvalidos da sorte, para quem a mensagem do Cristo era o alimento supremo, partiu para Estêvão um olhar de defesa e jubiloso entusiasmo. Os Apóstolos da Galileia  não conseguiam dissimular seu receio. Tiago estava lívido. Os amigos de Saulo notaram-lhe a máscara escarninha. O pregador também empalidecera, mas revelava no olhar resoluto o mesmo traço de imperturbável serenidade. Fitando o doutor da Lei, o primeiro homem da cidade que se atrevera a perturbar o esforço generoso do evangelismo, sem trair a seiva de amor que lhe desbordava do coração, fez ver a Saulo a sinceridade das suas palavras e a nobreza dos seus pensamentos. E antes que os companheiros voltassem a si da surpresa que os assomara, com admirável presença de espírito, indiferente à impressão do temor coletivo, obtemperou:

— “Ainda bem que o Messias fora carpinteiro: porque, nesse caso, a Humanidade já não ficaria sem abrigo. Ele era, de fato, o Abrigo da paz e da esperança! Nunca mais andaremos ao léu das tempestades nem na esteira dos raciocínios quiméricos de quantos vivem pelo cálculo, sem a claridade do sentimento.”


A resposta concisa, desassombrada, desconcertou o futuro rabino, habituado a triunfar nas esferas mais cultas, em todas as justas da palavra. Enérgico, ruborizado, evidenciando cólera profunda, mordeu os lábios num gesto que lhe era peculiar e acrescentou com voz dominadora:

— “Aonde iremos com semelhantes excessos de interpretação, em torno de um mistificador vulgar, que o Sinédrio puniu com a flagelação e a morte? Que dizer de um Salvador que não conseguiu salvar-se a si mesmo? Emissário revestido de celestes poderes, como não evitou a humilhação da sentença infamante? O Deus dos exércitos, que sequestrou a nação privilegiada ao cativeiro, que a guiou através do deserto abrindo-lhe a passagem do mar; que lhe saciou a fome com o maná divino e, por amor, transformou a rocha impassível em fonte de água viva, não teria meios, outros, de assinalar o seu enviado senão com uma cruz de martírio, entre malfeitores comuns? Tendes, nesta casa, a glória do Senhor Supremo, assim barateada? Todos os doutores do Templo  conhecem a história do impostor que celebrizais com a simplicidade da vossa ignorância! Não vacilais em rebaixar nossos próprios valores, apresentando um Messias dilacerado e sangrento, sob os apupos do povo?!… Lançais vergonha sobre Israel e desejais fundar um novo reino? Seria justo dardes a conhecer, inteiramente, a nós outros, o móvel das vossas fábulas piedosas.”


Estabelecida uma pausa na sua objurgatória, o orador voltou a falar com dignidade:

— “Amigo, bem se dizia que o Mestre chegaria ao mundo para confusão de muitos em Israel. (Lc 2:34) Toda a história edificante do nosso povo é um documento da revelação de Deus. No entanto, não vedes nos efeitos maravilhosos com que a Providência guiou as tribos hebreias, no passado, a manifestação do carinho extremo de um Pai desejoso de construir o futuro espiritual de crianças queridas do seu coração? Com o correr do tempo, observamos que a mentalidade infantil enseja mais vastos princípios educativos. O que ontem era carinho, é hoje energia oriunda das grandes expressões amorosas da alma. O que ontem era bonança e verdor, para nutrição da sublime esperança, hoje pode ser tempestade, para dar segurança e resistência. Antigamente, éramos meninos até no trato com a revelação; agora, porém, os varões e as mulheres de Israel atingiram a condição de adultos no conhecimento. O Filho de Deus trouxe a luz da verdade aos homens, ensinando-lhes a misteriosa beleza da vida, com o seu engrandecimento pela renúncia. Sua glória resumiu-se em amar-nos, como Deus nos ama. Por essa mesma razão, Ele ainda não foi compreendido. Acaso poderíamos aguardar um salvador de acordo com os nossos propósitos inferiores? Os profetas afirmam que as estradas de Deus podem não ser os caminhos que desejamos, e que os seus pensamentos nem sempre se poderão harmonizar com os nossos. Que dizermos de um Messias que empunhasse o cetro no mundo, disputando com os príncipes da iniquidade um galardão de triunfos sangrentos? Porventura a Terra já não estará farta de batalhas e cadáveres? Perguntemos a um general romano quanto lhe custou o domínio da aldeia mais obscura; consultemos a lista negra dos triunfadores, segundo as nossas ideias errôneas da vida. Israel jamais poderia esperar um Messias a exibir-se num carro de glórias magnificentes do Plano material, suscetível de tombar no primeiro resvaladouro do caminho. Essas expressões transitórias pertencem ao cenário efêmero, no qual a púrpura mais fulgurante volta ao pó. Ao contrário de todos os que pretenderam ensinar a virtude, repousando na satisfação dos próprios sentidos, Jesus executou sua tarefa entre os mais simples ou mais desventurados, onde, muitas vezes, se encontram as manifestações do Pai, que educa, através da esperança insatisfeita e das dores que trabalham, do berço ao túmulo, a existência humana. O Cristo edificou, entre nós, seu Reino de amor e paz, sobre alicerces divinos. Sua exemplificação está projetada na alma humana, com luz eterna! Quem de nós, então, compreendendo tudo isso, poderá identificar no Emissário de Deus um príncipe belicoso? Não! O Evangelho é amor em sua expressão mais sublime. O Mestre deixou-se imolar transmitindo-nos o exemplo da redenção pelo amor mais puro. Pastor do imenso rebanho, Ele não quer se perca uma só de suas ovelhas bem-amadas, nem determina a morte do pecador. O Cristo é vida, e a salvação que nos trouxe está na sagrada oportunidade da nossa elevação, como filhos de Deus, exercendo os seus gloriosos ensinamentos.”


Depois de uma pausa, o doutor da Lei já se erguia para revidar, quando Estêvão continuou:

— “E agora, irmãos, peço vênia para concluir minhas palavras. Se não vos falei como desejáveis, falei como o Evangelho nos aconselha, arguindo a mim próprio na íntima condenação de meus grandes defeitos. Que a bênção do Cristo seja com todos vós.”

Antes que pudesse abandonar a tribuna para confundir-se com a multidão, o futuro rabino levantou-se de chofre e observou enraivecido:

— Exijo a continuação da arenga! Que o pregador espere, pois não terminei o que preciso dizer.

Estêvão replicou serenamente:

— Não poderei discutir.

— Por quê? — perguntou Saulo irritadíssimo. — Estais intimado a prosseguir.

— Amigo — elucidou o interpelado calmamente —, o Cristo aconselhou que devemos dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. (Mt 22:21) Se tendes alguma acusação legal contra mim, exponde-a sem receio e vos obedecerei; mas, no que pertence a Deus, só a Ele compete arguir-me.


Tão alto espírito de resolução e serenidade, quase desconcertou o doutor do Sinédrio; compreendendo, porém, que a impulsividade somente poderia prejudicar-lhe a clareza do pensamento, acrescentou mais calmo, apesar do tom imperioso que deixava transparecer toda a sua energia:

— Mas eu preciso elucidar os erros desta casa. Necessito perguntar e haveis de responder-me.

— No tocante ao Evangelho — replicou Estêvão —, já vos ofereci os elementos de que podia dispor, esclarecendo o que tenho ao meu alcance. Quanto ao mais este templo humilde é construção de fé e não de justas casuísticas. Jesus teve a preocupação de recomendar a seus discípulos que fugissem do fermento das discussões e das discórdias. Eis por que não será lícito perdermos tempo em contendas inúteis, quando o trabalho do Cristo reclama o nosso esforço.

— Sempre o Cristo! sempre o impostor! — trovejou Saulo, carrancudo. — Minha autoridade é insultada pelo vosso fanatismo, neste recinto de miséria e de ignorância. Mistificadores, rejeitais as possibilidades de esclarecimento que vos ofereço; galileus incultos, não quereis considerar o meu nobre cartel de desafio. Saberei vingar a Lei de Moisés, da qual se tripudia. Recusais a intimativa, mas não podereis fugir ao meu desforço. Aprendereis a amar a verdade e a honrar Jerusalém, renunciando ao nazareno insolente, que pagou na cruz os criminosos desvarios. Recorrerei ao Sinédrio para vos julgar e punir. O Sinédrio tem autoridade para desfazer vossas condenáveis alucinações.


Assim concluindo, parecia possesso de fúria. Mas nem assim logrou perturbar o pregador, que lhe respondeu de ânimo sereno:

— Amigo, o Sinédrio tem mil meios de me fazer chorar, mas não lhe reconheço poderes para obrigar-me a renunciar ao amor de Jesus-Cristo.

Dito isso, desceu da tribuna com a mesma humildade, sem se deixar empolgar pelo gesto de aprovação que lhe endereçavam os filhos do infortúnio, que ali o ouviam como a um defensor de sagradas esperanças.


Alguns protestos isolados começaram a ser ouvidos. Fariseus irritados vociferavam insolências e remoques. A massa agitava-se, prevendo atrito iminente; mas, antes que Estêvão caminhasse dez passos para o interior junto dos companheiros, e antes que Saulo o alcançasse com outras objeções pessoais e diretas, uma velhinha maltrapilha apresentou-lhe uma jovem pobremente vestida e exclamou cheia de confiança:

— Senhor! sei que continuais a bondade e os feitos do profeta de Nazaré, que um dia me salvou da morte, apesar dos meus pecados e fraquezas. Atendei-me também, por piedade! Minha filha emudeceu há mais de um ano. Trouxe-a de Dalmanuta até aqui, vencendo enormes dificuldades, confiada na vossa assistência fraternal!

O pregador refletiu, antes de tudo, no perigo de qualquer capricho pessoal da sua parte, e, desejoso de atender à suplicante, contemplou a doente com sincera simpatia e murmurou:

— De nós nada temos, mas é justo esperar do Cristo as dádivas que nos sejam necessárias. Ele que é justo e generoso não te esquecerá na distribuição santificada da sua misericórdia.

E, como atuado por força estranha, acrescentava:

— Hás de falar, para louvor do bom Mestre!…

Então, viu-se um fato singular que impressionou de súbito a numerosa assembleia. Com um raio de infinita alegria nos olhos, a enferma falou:

— Louvarei ao Cristo de toda minhalma, eternamente.


Ela e a genitora, tomadas de forte comoção, caíram, ali mesmo, de joelhos e beijaram-lhe as mãos; Estêvão, entretanto, tinha agora os olhos mareados de pranto, profundamente sensibilizado. Era o primeiro a comover-se e admirar a proteção recebida, e não tinha outro meio que não o das lágrimas sinceras para traduzir a intensidade do seu reconhecimento.

Os fariseus, que se aproximavam no intuito de comprometer a paz do recinto humilde, recuaram estupefatos. Os pobres e os aflitos, como se houvessem recebido um reforço do Céu para o êxito da crença pura, encheram a sala de exclamações de sublime esperança.

Saulo observava a cena sem poder dissimular a própria ira. Se possível, desejaria esfrangalhar Estêvão em suas mãos. No entanto, apesar do temperamento impulsivo, chegou à conclusão de que um ato agressivo levaria os amigos presentes a um conflito de sérias proporções. Refletiu, igualmente, que nem todos os adeptos do “Caminho” estavam, como o pregador, em condições de circunscrever a luta ao plano das lições de ordem espiritual, e, de certa maneira, não recusariam a luta física. De relance, notou que alguns estavam armados, que os anciães traziam fortes cajados de arrimo, e os aleijados exibiam rijas muletas. A luta corporal, naquele recinto de construção frágil, teria consequências lamentáveis. Procurou coordenar melhores raciocínios. Teria a Lei a seu favor. Poderia contar com o Sinédrio. Os sacerdotes mais eminentes eram amigos devotados. Lutaria com Estêvão até dobrar-lhe a resistência moral. Se não conseguisse submetê-lo, odiá-lo-ia para sempre. Na satisfação dos seus caprichos, saberia remover todos os obstáculos.


Reconhecendo que Sadoc e mais dois companheiros iam iniciar o tumulto, gritou-lhes em voz grave e imperiosa:

— Vamo-nos! Os adeptos do “Caminho” pagarão muito caro a sua ousadia.

Nesse momento, quando todos os fariseus se dispunham a lhe atender a voz de comando, o moço de Tarso  notou que Estêvão se encaminhava para o interior da casa, passando-lhe rente aos ombros. Saulo sentiu-se abalado em todas as fibras do seu orgulho. Fixou-o, quase com ódio, mas o pregador correspondeu-lhe com um olhar sereno e amistoso.

Tão logo se retirou o jovem doutor da Lei com os companheiros numerosos que não conseguiam disfarçar o seu despeito, os Apóstolos galileus passaram a considerar, com grande receio, as consequências que poderiam advir do inesperado episódio.


No dia seguinte, como de costume, Saulo de Tarso, à tardinha, entrava em casa de Zacarias, deixando transparecer na fisionomia a contrariedade que lhe ia no íntimo. Depois de aliviar-se um tanto dos pensamentos sombrios que o atribulavam, graças ao carinho da noiva amada, por ela instado a dizer os motivos de tamanha preocupação, narrou-lhe os acontecimentos da véspera, acrescentando:

— Esse Estêvão pagará caríssimo a humilhação que pretendeu infligir-se publicamente. Seus raciocínios sutis podem confundir os menos argutos e necessário é fazermos preponderar nossa autoridade em face dos que não têm competência para versar os princípios sagrados. Hoje mesmo conversei com alguns amigos relativamente às providências que nos cumpre tomar. Os mais tolerantes alegam o caráter inofensivo dos galileus, pacíficos e caritativos, mas sou de opinião que uma ovelha má põe o rebanho a perder.

— Acompanho-te na defesa das nossas crenças — advertiu a moça satisfeita —, não devemos abandonar nossa fé ao trato e ao sabor das interpretações individuais e incompetentes.


Depois de um pausa:

— Ah! se estivesse conosco, seria teu braço forte na exposição dos conhecimentos sagrados. Certamente, ele teria prazer em defender o contra qualquer expressão menos razoável e fidedigna.

— Combateremos o inimigo que ameaça a genuinidade da revelação divina — exclamou Saulo — e não cederei terreno aos inovadores incultos e cavilosos.

— Esses homens são muitos? — perguntou Abigail apreensiva.

— Sim, e o que os torna mais perigosos é o mascararem as intenções com atos piedosos, por exaltar a imaginação versátil do povo com pretensos poderes misteriosos, naturalmente alimentados à custa de feitiçarias e sortilégios.

— Em qualquer hipótese — advertiu a jovem depois de refletir um momento — convém proceder com serenidade e prudência, para evitar os abusos de autoridade. Quem sabe são criaturas mais necessitadas de educação que de castigo?

— Sim, já pensei em tudo isso. Aliás, não pretendo incomodar os galileus simplórios e despretensiosos que se cercam, em Jerusalém, de inválidos e doentes, dando-nos a impressão de loucos pacíficos. Contudo, não posso deixar de reprimir o orador, cujos lábios, a meu ver, destilam poderoso veneno no espírito volúvel das massas sem consciência perfeita dos princípios esposados. Aos primeiros importa esclarecer, mas o segundo precisa ser anulado, visto não se lhe conhecerem os fins, quiçá criminosos e revolucionários.

— Não tenho como desaprovar as tuas ilações — concluiu a jovem, condescendente.

Em seguida, como de costume, palestraram sobre os sentimentos sagrados do coração, notando-se que o moço de Tarso encontrava singular encanto e caricioso bálsamo nas observações afetuosas da companheira querida.


Passados alguns dias, tomavam-se em Jerusalém providências para que Estêvão fosse levado ao Sinédrio e ali interrogado sobre a finalidade colimada com as prédicas do “Caminho”.

Dada a intercessão conciliatória de , o feito se resumiria a uma discussão em que o pregador das novas interpretações definisse perante o mais alto tribunal da raça os seus pontos de vista, a fim de que os sacerdotes, como juízes e defensores da lei, expusessem a verdade nos devidos termos.

O convite à requesta chegou à igreja humilde, mas Estêvão se esquivou, alegando que não seria razoável disputar, em obediência aos preceitos do Mestre, apesar dos argumentos do filho de Alfeu, a quem intimidava a perspectiva de uma luta com as autoridades em evidência, parecendo-lhe que a recusa chocaria a opinião pública. Saulo, a seu turno, não poderia obrigar o antagonista a corresponder ao desafio, mesmo porque, o Sinédrio só poderia empregar meios compulsórios no caso de uma denúncia pública, depois da instauração de um processo em que o denunciado fosse reconhecido como blasfemo ou caluniador.

Ante a reiterada escusa de Estêvão, o doutor de Tarso exasperou-se. E depois de irritar a maioria dos companheiros contra o adversário, arquitetou vasto plano, de modo a forçá-lo à polêmica desejada, na qual buscaria humilhá-lo diante de todos os maiorais do judaísmo dominador.


Depois de uma das sessões comuns do Tribunal, Saulo chamou um de seus amigos serviçais e falou-lhe em voz baixa:

— Neemias, nossa causa precisa de um cooperador decidido e lembrei-me de ti para a defesa dos nossos princípios sagrados.

— De que se trata? — perguntou o outro com enigmático sorriso. — Mandai e estou pronto a obedecer.

— Já ouviste falar num falso taumaturgo chamado Estêvão?

— Um dos tais homens detestáveis do “Caminho”? Já lhe ouvi a própria palavra e por sinal que reconheci nas suas ideias as de um verdadeiro alucinado.

— Ainda bem que o conheces de perto — replicou o jovem doutor, satisfeito. — Necessito de alguém que o denuncie como blasfemo em face da Lei e lembrei-me da tua cooperação neste sentido.

— Só isso? — interrogou o interpelado, astutamente. — É coisa fácil e agradável. Pois não o ouvi dizer que o carpinteiro crucificado é o fundamento da verdade divina? Isso é mais que blasfêmia. Trata-se de um revolucionário perigoso, que deve ser punido como caluniador de Moisés.

— Muito bem! — exclamou Saulo num largo sorriso. — Conto, pois, contigo.


No dia imediato, Neemias compareceu ao Sinédrio e denunciou o generoso pregador do Evangelho como blasfemo e caluniador, acrescentando criminosas observações de própria conta. Na peça acusatória, Estêvão figurava como feiticeiro vulgar, mestre de preceitos subversivos em nome de um falso Messias que Jerusalém havia crucificado anos antes, mediante idênticas acusações. Neemias inculcava-se como vítima da perigosa seita que lhe atingira e disturbara a própria família, e afirmava-se testemunha de baixos sortilégios por ele praticados, em prejuízo de outrem.

Saulo de Tarso anotou as mínimas declarações, acentuando os detalhes comprometedores.

A notícia estourou na igreja do “Caminho”, produzindo efeitos singulares e dolorosos. Os menos resolutos, com Tiago à frente, deixaram-se empolgar por considerações de toda ordem, receosos de se verem perseguidos; mas Estêvão, com Simão Pedro e João, mantinha-se absolutamente sereno, recebendo com bom ânimo a ordem de responder corajosamente ao libelo.

Cheio de esperança, rogava a Jesus não o desamparasse, de modo a testemunhar a riqueza da sua fé evangélica.

E esperou o ensejo com fidelidade e alegria.




Mt 10:6 (Nota de Emmanuel)


(Paulo e Estêvão, FEB Editora. , pp. 79 a 92. Indicadores 1 a 40)


jo 15:12
Paulo e Estêvão

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 5
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

O regresso de Paulo e Barnabé foi assinalado em Antioquia  com imenso regozijo. A comunidade fraternal admirou, profundamente comovida, o feito dos irmãos que haviam levado a regiões tão pobres, e distantes, as sementes divinas da verdade e do amor.

Por muitas noites consecutivas, os recém-chegados apresentaram o relatório verbal de suas atividades, sem omitir um detalhe. A igreja antioquense vibrou de alegria e rendeu graças ao Céu.


Os dois dedicados missionários haviam voltado em uma fase de grandes dificuldades para a instituição. Ambos perceberam-nas, contristados. As contendas de Jerusalém estendiam-se a toda a comunidade de Antioquia; as lutas da circuncisão estavam acesas. Os próprios chefes mais eminentes estavam divididos pelas afirmativas dogmáticas. Tão alto grau atingiram os discrimes, que do Espírito-Santo não mais se manifestavam. Manahen, cujos esforços na igreja eram indispensáveis, mantinha-se a distância, em vista das discussões estéreis e venenosas. Os irmãos achavam-se extremamente confusos. Uns eram partidários da circuncisão obrigatória, outros se batiam pela independência irrestrita do Evangelho. Eminentemente preocupado, o pregador tarsense observou as polêmicas furiosas, a respeito de alimentos puros e impuros.


Tentando estabelecer a harmonia geral em torno dos ensinamentos do Divino Mestre, Paulo tomava inutilmente a palavra, explicando que o Evangelho era livre e que a circuncisão era, tão somente, uma característica convencional da intolerância judaica. Não obstante sua autoridade inconteste, que se aureolava de prestígio perante a comunidade inteira, em vista dos grandes valores espirituais conquistados na missão, os desentendimentos persistiam.

Alguns elementos chegados de Jerusalém complicaram ainda mais a situação. Os menos rigorosos falavam da autoridade absoluta dos Apóstolos galileus. Comentava-se, à sorrelfa, que a palavra de Paulo e Barnabé, por muito inspirada que fosse nas lições do Evangelho, não era bastantemente autorizada para falar em nome de Jesus.


A igreja de Antioquia oscilava numa posição de imensa perplexidade. Perdera o sentido de unidade que a caracterizava, dos primórdios. Cada qual doutrinava do ponto de vista pessoal. Os gentios eram tratados com zombarias; organizavam-se movimentos a favor da circuncisão.

Fortemente impressionados com a situação, Paulo e Barnabé combinam um recurso extremo. Deliberam convidar para uma visita pessoal à instituição de Antioquia. Conhecendo-lhe o espírito liberto de preconceitos religiosos, os dois companheiros endereçam-lhe longa missiva, explicando que os trabalhos do Evangelho precisavam dos seus bons ofícios, insistindo pela sua atuação prestigiosa.


O portador entregou a carta, cuidadosamente, e, com grande surpresa para os cristãos antioquenos, o ex-pescador de Cafarnaum  chegou à cidade, evidenciando grande alegria, em razão do período de repouso físico que se lhe deparava naquela excursão.

Paulo e Barnabé não cabiam em si de contentes. Acompanhando Simão, viera que não abandonara, de todo, as atividades evangélicas. O grupo viveu lindas horas de confidências íntimas, a propósito das viagens missionárias, relatadas inteligentemente pelo ex-rabino, e relativamente aos fatos que se desenrolavam em Jerusalém, , contados por Simão Pedro, com singular colorido.


Depois de bem informado da situação religiosa em Antioquia, o ex-pescador acrescentava:

— Em Jerusalém, nossas lutas são as mesmas. De um lado a igreja cheia de necessitados, todos os dias; de outro as perseguições sem tréguas. No centro de todas as atividades, permanece com as mais ríspidas exigências. Às vezes, sou tentado a lutar para restabelecer a liberdade dos princípios do Mestre; mas, como proceder? Quando a tempestade religiosa ameaça destruir o patrimônio que conseguimos oferecer aos aflitos do mundo, o farisaísmo  esbarra na observância rigorosa do companheiro e é obrigado a paralisar a ação criminosa, encetada desde muito tempo. Se trabalhar por suprimir-lhe a influência, estarei precipitando a instituição de Jerusalém no abismo da destruição pelas tormentas políticas da grande cidade. E o programa do Cristo? e os necessitados? seria justo prejudicarmos os mais desfavorecidos por causa de um ponto de vista pessoal?


E ante a atenção profunda de Paulo e Barnabé, o bondoso companheiro continuava:

— Sabemos que Jesus não deixou uma solução direta ao problema dos incircuncisos, mas ensinou que não será pela carne que atingiremos o Reino, e sim pelo raciocínio e pelo coração. Conhecendo, porém, a atuação do Evangelho na alma popular, o farisaísmo autoritário não nos perde de vista e tudo envida por exterminar a árvore do Evangelho, que vem desabrochando entre os simples e os pacíficos. É indispensável, pois, todo o cuidado de nossa parte, a fim de não causarmos prejuízos, de qualquer natureza, à planta divina.

Os companheiros faziam largos gestos de aprovação. Revelando sua imensa capacidade para nortear uma ideia e congraçar os numerosos prosélitos em divergência, Simão Pedro tinha uma palavra adequada para cada situação, um esclarecimento justo para o problema mais singelo.


A comunidade antioquiana regozijava-se. Os gentios não ocultavam o júbilo que lhes ia nalma. O generoso Apóstolo a todos visitava pessoalmente, sem distinção ou preferência. Antepunha sempre um bom sorriso às apreensões dos amigos que receavam a alimentação “impura” (At 10:10) e costumava perguntar onde estavam as substâncias que não fossem abençoadas por Deus. Paulo acompanhava-lhe os passos sem dissimular íntima satisfação. Num louvável esforço de congraçamento, o Apóstolo dos gentios fazia questão de levá-lo a todos os lugares onde houvesse irmãos perturbados pelas ideias da circuncisão obrigatória. Estabeleceu-se, rapidamente, notável movimento de confiança e uniformidade de opinião. Todos os confrades exultavam de contentamento.


Eis, porém, que chegam de Jerusalém três emissários de Tiago. Trazem cartas para Simão, que os recebe com muitas demonstrações de estima. Daí por diante, modifica-se o ambiente. O ex-pescador de Cafarnaum, tão dado à simplicidade e à independência em Cristo Jesus, retrai-se imediatamente. Não mais atende aos convites dos incircuncisos. As festividades íntimas e carinhosas, organizadas em sua honra, já não contam com a sua presença alegre e amiga. Na igreja, modificou as mínimas atitudes. Sempre em companhia dos mensageiros de Jerusalém, que nunca o deixavam, parecia austero e triste, jamais se referindo à liberdade que o Evangelho outorgara à consciência humana.


Paulo observou a transformação, tomado de profundo desgosto. Para o seu espírito habituado, de modo irrestrito, à liberdade de opinião, o fato era chocante e doloroso. Agravara-o a circunstância de partir justamente de um crente como Simão, altamente categorizado e respeitável em todos os sentidos. Como interpretar aquele procedimento em completo desacordo com o que se esperava? Ponderando a grandeza da sua tarefa junto dos gentios, a menor pergunta dos amigos, nesse particular, deixava-o confuso. Na sua paixão pelas atitudes francas, não era dos trabalhadores que conseguem esperar. E após duas semanas de expectação ansiosa, desejoso de proporcionar uma satisfação aos numerosos elementos incircuncisos de Antioquia, convidado a falar na tribuna para os companheiros, começou por exaltar a emancipação religiosa do mundo, desde a vinda de Jesus-Cristo. Passou em revista as generosas demonstrações que o Mestre dera aos publicanos e aos pecadores. Pedro ouvia-o, assombrado com tanta erudição e recurso de hermenêutica para ensinar aos ouvintes os princípios mais difíceis. Os mensageiros de Tiago estavam igualmente surpreendidos, a assembleia ouvia o orador atentamente.


Em dado instante, o tecelão de Tarso olhou fixamente para o Apóstolo galileu e exclamou:

— Irmãos, defendendo o nosso sentimento de unificação em Jesus, não posso disfarçar nosso desgosto em face dos últimos acontecimentos. Quero referir-me à atitude do nosso hóspede muito amado, Simão Pedro, a quem deveríamos chamar “mestre”, se esse título não coubesse de fato e de direito ao nosso Salvador. 

A surpresa foi grande e o espanto geral. O Apóstolo de Jerusalém também estava surpreso, mas parecia muito calmo. Os emissários de Tiago revelavam profundo mal-estar. Barnabé estava lívido. E Paulo prosseguia sobranceiro:

— Simão tem personificado para nós um exemplo vivo. O Mestre no-lo deixou como rocha de fé imortal. (Mt 16:18) No seu coração generoso temos depositado as mais vastas esperanças. Como interpretar seu procedimento, afastando-se dos irmãos incircuncisos, desde a chegada dos mensageiros de Jerusalém? Antes disso, comparecia aos nossos serões íntimos, comia do pão de nossas mesas. Se assim procuro esclarecer a questão, abertamente, não é pelo desejo de escandalizar a quem quer que seja, mas porque só acredito num Evangelho livre de todos os preconceitos errôneos do mundo, considerando que a palavra do Cristo não está algemada aos interesses inferiores do sacerdócio, de qualquer natureza.


O ambiente carregara-se de nervosismo. Os gentios de Antioquia fitavam o orador, enternecidos e gratos. Os simpatizantes do farisaísmo, ao contrário, não escondiam seu rancor, em face daquela coragem quase audaciosa. Nesse instante, de olhos inflamados por sentimentos indefiníveis, Barnabé tomou a palavra, enquanto o orador fazia uma pausa, e considerou:

— Paulo, sou dos que lamentam tua atitude neste passo. Com que direito poderás atacar a vida pura do continuador de Cristo Jesus?

Isso, inquiria-o ele em tom altamente comovedor, com a voz embargada de lágrimas. Paulo e Pedro eram os seus melhores e mais caros amigos.

Longe de se impressionar com a pergunta, o orador respondeu com a mesma franqueza:

— Temos, sim, um direito: — o de viver com a verdade, o de abominar a hipocrisia, e, o que é mais sagrado — o de salvar o nome de Simão das arremetidas farisaicas, cujas sinuosidades conheço, por constituírem o báratro escuro de onde pude sair para as claridades do Evangelho da redenção.

A palestra do ex-rabino continuou rude e franca. De quando em quando, Barnabé surgia com um aparte, tornando a contenda mais renhida.

Entretanto, em todo o curso da discussão, a figura de Pedro era a mais impressionante pela augusta serenidade do semblante tranquilo.


Naqueles rápidos instantes, o Apóstolo galileu considerou a sublimidade da sua tarefa no campo de batalha espiritual, pelas vitórias do Evangelho. De um lado estava Tiago, cumprindo elevada missão junto do judaísmo; de suas atitudes conservadoras surgiam incidentes felizes para a manutenção da igreja de Jerusalém, erguida como um ponto inicial para a cristianização do mundo; de outro lado estava a figura poderosa de Paulo, o amigo desassombrado dos gentios, na execução de uma tarefa sublime; de seus atos heroicos, derivava toda uma torrente de iluminação para os povos idólatras. Qual o maior a seus olhos de companheiro que convivera com o Mestre e dele recebera as mais altas lições? Naquela hora, o ex-pescador rogou a Jesus lhe concedesse a inspiração necessária para a fiel observância dos seus deveres. Sentiu o espinho da missão cravado em pleno peito, impossibilitado de se justificar com a só intencionalidade de seus atos, a menos que provocasse maior escândalo para a instituição cristã, que mal alvorecia no mundo. De olhos úmidos, enquanto Paulo e Barnabé se debatiam, teve a impressão de ver novamente o Senhor, no dia do Calvário. Ninguém o compreendera. Nem mesmo os discípulos amados. Em seguida, pareceu vê-lo expirante na cruz do martírio. Uma força oculta conduzia-o a ponderar o madeiro com atenção. A cruz do Cristo parecia-lhe, agora, um símbolo de perfeito equilíbrio. Uma linha horizontal e uma linha vertical, justapostas, formavam figuras absolutamente retas. Sim, o instrumento do suplício enviava-lhe uma silenciosa mensagem. Era preciso ser justo, sem parcialidade ou falsa inclinação. O Mestre amara a todos, indistintamente. Repartira os bens eternos com todas as criaturas. Ao seu olhar compassivo e magnânimo, gentios e judeus eram irmãos. Experimentava, agora, singular acuidade para examinar conscienciosamente as circunstâncias. Devia amar a Tiago pelo seu cuidado generoso com os israelitas, bem como a Paulo de Tarso pela sua dedicação extraordinária a todos quantos não conheciam a ideia do Deus justo.


O ex-pescador de Cafarnaum notou que a maioria da assembleia lhe dirigia curiosos olhares. Os companheiros de Jerusalém deixavam perceber cólera íntima, na extrema palidez do rosto. Todos pareciam convocá-lo à discussão. Barnabé tinha os olhos vermelhos de chorar e Paulo parecia cada vez mais franco, verberando a hipocrisia com a sua lógica fulminante. O Apóstolo preferiria o silêncio, de modo a não perturbar a fé ardente de quantos se arrebanhavam na igreja sob as luzes do Evangelho; mediu a extensão da sua responsabilidade naquele minuto inesquecível. Encolerizar-se seria negar os valores do Cristo e perder suas obras; inclinar-se para Tiago seria a parcialidade; dar absoluta razão aos argumentos de Paulo, não seria justo. Procurou arregimentar na mente os ensinamentos do Mestre e lembrou a inolvidável sentença: — o que desejasse ser o maior, fosse o servo de todos. (Mc 9:35) Esse preceito proporcionou-lhe imenso consolo e grande força espiritual.

A polêmica ia cada vez mais ardida. Extremavam-se os partidos. A assembleia estava repleta de cochichos abafados. Era natural prever uma franca explosão.


Simão Pedro levantou-se. A fisionomia estava serena, mas os olhos estavam orvalhados de lágrimas que não chegavam a correr.

Valendo-se de uma pausa mais longa, ergueu a voz que logo apaziguou o tumulto:

— Irmãos! — disse nobremente — muito tenho errado neste mundo. Não é segredo para ninguém que cheguei a negar o Mestre no instante mais doloroso do Evangelho. Tenho medido a misericórdia do Senhor pela profundidade do abismo de minhas fraquezas. Se errei entre os irmãos muito amados de Antioquia, peço perdão de minhas faltas. Submeto-me ao vosso julgamento e rogo a todos que se submetam ao julgamento do Altíssimo.

A estupefação foi geral. Compreendendo o efeito, o ex-pescador concluiu a justificativa, dizendo:

— Reconhecida a extensão das minhas necessidades espirituais e recomendando-me às vossas preces, passemos, irmãos, aos comentários do Evangelho de hoje.


A assistência estava assombrada com o desfecho imprevisto. Esperava-se que Simão Pedro fizesse um longo discurso em represália. Ninguém conseguia recobrar-se da surpresa. O Evangelho deveria ser comentado pelo Apóstolo galileu, mediante combinação prévia, mas o ex-pescador, antes de sentar-se de novo, exclamou muito sereno:

— Peço ao nosso irmão Paulo de Tarso o obséquio de consultar e comentar as anotações de Levi.

Não obstante o constrangimento natural, o ex-rabino considerou o elevado alcance daquele pedido, renovou num ápice todos os sentimentos extremistas do coração ardente e, num formoso improviso, falou da leitura dos pergaminhos da Boa Nova.

A atitude ponderada de Simão Pedro salvara a igreja nascente. Considerando os esforços de Paulo e de Tiago, no seu justo valor, evitara o escândalo e o tumulto no recinto do santuário. À custa de sua abnegação fraternal, o incidente passou quase inapercebido na história da cristandade primitiva, e nem mesmo a referência leve de Paulo na epístola aos Gálatas, a despeito da forma rígida, expressional do tempo, pode dar ideia do perigo iminente de escândalo que pairou sobre a instituição cristã, naquele dia memorável.


A reunião terminou sem novos atritos. Simão aproximou-se de Paulo e felicitou-o pela beleza e eloquência do discurso. Fez questão de voltar ao incidente para versá-lo com referências amistosas. O problema do gentilismo, dizia ele, merecia, de fato, muito interesse. Como deserdar das luzes do Cristo o que havia nascido distante das comunidades judaicas, se o próprio Mestre afirmara que os discípulos chegariam do Ocidente e do Oriente? A palestra suave e generosa reaproximou Paulo e Barnabé, enquanto o ex-pescador discorria intencionalmente, acalmando os ânimos.

O ex-doutor da Lei continuou a defender sua tese com argumentação sólida. Constrangido a princípio, em face da benevolência do galileu expandiu-se naturalmente, readquirindo a serenidade íntima. O problema era complexo. Transportar o Evangelho para o judaísmo não seria asfixiar-lhe as possibilidades divinas? — perguntava Paulo, firmando seu ponto de vista. Mas, e o esforço milenário dos judeus? — interrogava Pedro, advertindo que, a seu ver, se Jesus afirmara sua missão como o exato cumprimento da Lei, não era possível afastar-se a nova da antiga revelação. Proceder de outro modo seria arrancar do tronco vigoroso o galho verdejante, destinado a frutescer.


Examinando aqueles argumentos — ponderosos, Paulo de Tarso lembrou, então, que seria razoável promover em Jerusalém uma assembleia dos correligionários mais dedicados, para ventilar o assunto com maior amplitude. Os resultados, a seu ver, seriam benéficos, por apresentarem uma norma justa de ação, sem margem a sofismas tão de gosto e hábito farisaicos.

Como alguém que se sentisse muito alegre por encontrar a chave de um problema difícil, Simão Pedro anuiu de bom grado à proposta, assegurando interessar-se para que a reunião se fizesse quanto antes. Intimamente, considerou que seria ótima oportunidade para os discípulos de Antioquia observarem as dificuldades crescentes em Jerusalém.

À noite, todos os irmãos compareceram à igreja para as despedidas de Simão e para as preces habituais. Pedro orou com santificado fervor e a comunidade sentiu-se envolvida em benéficas vibrações de paz.

O incidente a todos deixara tal ou qual perplexidade, mas, as atitudes prudentes e afáveis do pescador conseguiram manter a coesão geral em torno do Evangelho, para continuação das tarefas santificantes.

Depois de observar a plena reconciliação de Paulo e Barnabé, Simão Pedro regressou a Jerusalém com os mensageiros de Tiago.


Em Antioquia, a situação continuou instável. As discussões estéreis prosseguiam acesas. A influência judaizante combatia a gentilidade e os cristãos livres opunham resistência formal ao convencionalismo preconceituoso. O ex-rabino, entretanto, não descansava. Convocou reuniões, nas quais esclareceu as finalidades da assembleia que Simão lhes prometera em Jerusalém, na primeira oportunidade. Combatente ativo, multiplicou as energias próprias na sustentação da independência do Cristianismo e prometeu publicamente que traria cartas da igreja dos Apóstolos galileus, que garantissem a posição dos gentios na doutrina consoladora de Jesus, alijando-se as imposições absurdas, no caso da circuncisão.

Suas providências e promessas acendiam novas lutas. Os observadores rigorosos dos preceitos antigos duvidavam de semelhantes concessões por parte de Jerusalém.


Paulo não desanimou. Intimamente, idealizava sua chegada à igreja dos Apóstolos, passava em revista, na imaginação superexcitada, toda a argumentação poderosa a empregar, e via-se vencedor na questão que se delineava a seus olhos como de essencial importância para o futuro do Evangelho. Procuraria mostrar a elevada capacidade dos gentios para o serviço de Jesus. Contaria os êxitos obtidos na longa excursão de mais de quatro anos, através das regiões pobres e quase desconhecidas, onde a gentilidade havia recebido as notícias do Mestre com intenso júbilo e compreensão muito mais elevada que a dos seus irmãos de raça. Alargando os projetos generosos, deliberou levar em sua companhia o jovem , que, embora oriundo das fileiras pagãs e não obstante contar vinte anos incompletos, representava na igreja de Antioquia uma das mais lúcidas inteligências a serviço do Senhor. Desde a vinda de Tarso, Tito afeiçoara-se-lhe como um irmão generoso. Notando-lhe a índole laboriosa, Paulo ensinara-lhe o ofício de tapeceiro e fora ele o seu substituto na tenda humilde, por todo o tempo que durou a primeira missão. O rapaz seria um expoente do poder renovador do Evangelho. Certamente, quando falasse na reunião, surpreenderia os mais doutos com os seus argumentos de alto teor exegético.

Acariciando esperanças, Paulo de Tarso tomou todas as providências para que o êxito de seus planos não falhasse.


Ao fim de quatro meses, um emissário de Jerusalém trazia a esperada notificação de Pedro, referente à assembleia. Coadjuvado pela operosidade de Barnabé o ex-rabino acelerou as providências indispensáveis. Na véspera de partir subiu à tribuna e renovou a promessa das concessões esperadas pelo gentilismo, insensível ao sorriso irônico que alguns israelitas disfarçavam cautelosamente.

Na manhã imediata, a pequena caravana partiu. Compunham-na Paulo e Barnabé, Tito e mais dois irmãos, que os acompanhavam em caráter de auxiliares.

Fizeram uma viagem vagarosa, escalando em todas as aldeias, para as pregações da Boa Nova, disseminando curas e consolações.


Depois de muitos dias, chegaram a Jerusalém, onde foram recebidos por Simão, com inexcedível contentamento. Em companhia de , o generoso Apóstolo ofereceu-lhes fraternal acolhida. Ficaram todos no departamento em que se localizavam numerosos necessitados e doentes. Paulo e Barnabé examinaram as modificações introduzidas na casa. Outros pavilhões, embora humildes, estendiam-se além, cobrindo não pequena área.

— Os serviços aumentaram — explicava Simão, bondosamente —; os enfermos, que nos batem às portas, multiplicam-se todos os dias. Foi preciso construir novas dependências.

A fileira de catres parecia não ter fim. Aleijados e velhinhos distraíam-se ao sol, entre as árvores amigas do quintal.


Paulo estava admirado com a amplitude das obras. Daí a pouco, e outros companheiros vinham saudar os irmãos da instituição antioquense. O ex-rabino fixou o Apóstolo que chefiava as pretensões do judaísmo. O filho de Alfeu aparecia-lhe, agora, radicalmente transformado. Suas feições eram de um “mestre de Israel”, com todas as características indefiníveis dos hábitos farisaicos. Não sorria. Os olhos deixavam perceber uma presunção de superioridade que raiava pela indiferença. Seus gestos eram medidos como os de um sacerdote do Templo,  nos atos cerimoniais. O tecelão de Tarso tirou suas ilações íntimas e esperou a noite em que se iniciariam as discussões preparatórias. À claridade de algumas tochas, sentavam-se em torno de extensa mesa diversas personagens que Paulo não conhecia. Eram novos cooperadores da igreja de Jerusalém, explicava Pedro, com bondade. O ex-rabino e Barnabé não tiveram boa impressão, à primeira vista. Os desconhecidos assemelhavam-se a figuras do Sinédrio,  na sua posição hierárquica e convencional.


Chegados ao recinto, o convertido de Damasco experimentou sua primeira decepção. Observando que os representantes de Antioquia se faziam acompanhar por um jovem, Tiago adiantou-se e perguntou:

— Irmãos, é justo saibamos quem é o rapaz que trazeis a este cenáculo discreto. Nossa preocupação é fundamentada nos preceitos da tradição que manda examinar a procedência da juventude, a fim de que os serviços de Deus não sejam perturbados.

— Este é o nosso valoroso colaborador de Antioquia — explicou Paulo, entre orgulhoso e satisfeito —, chama-se Tito e representa uma de nossas grandes esperanças na seara de Jesus-Cristo.

O Apóstolo fixou-o sem surpresa e tornou a perguntar:

— É filho do povo eleito?

— É descendente de gentios — afirmou o ex-rabino, quase com altivez.

— Circuncidado? — interrogou o filho de Alfeu ciosamente.

— Não.


Este não, de Paulo, foi dito com tal ou qual enfado. As exigências de Tiago enervavam-no. Ouvindo a negativa, o Apóstolo galileu esclareceu em tom firme:

— Penso então que não será justo admiti-lo na assembleia, visto não ter ainda cumprido todos os preceitos.

— Apelamos para Simão Pedro — disse Paulo, convicto. —Tito é representante de nossa comunidade.

O ex-pescador de Cafarnaum estava lívido. Colocado entre os dois grandes representantes, do judaísmo e da gentilidade, tinha que decidir cristãmente o impasse inesperado.

Como sua intervenção direta demorasse alguns minutos, o tecelão tarsense continuou:

— Aliás, a reunião deverá resolver estas questões palpitantes, a fim de que se estabeleçam os direitos legítimos dos gentios.


Simão, porém conhecendo ambos os contendores, deu-se pressa em opinar, exclamando em tom conciliador:

— Sim, o assunto será objeto de nosso atencioso exame na assembleia. — E dirigindo intencionalmente o olhar ao ex-rabino, prosseguia explicando: — Apelas para mim e aceito o recurso; no entanto, devemos estudar a objeção de Tiago mais detidamente. Trata-se de um chefe dedicado desta casa e não seria justo desprezar-lhe os préstimos. De fato, o conselho discutirá esses casos, mas isso significa que o assunto ainda não está resolvido. Proponho, então, que o irmão Tito seja circuncidado amanhã para que participe dos debates com a inspiração superior que lhe conheço. E tão só com essa providência os horizontes ficarão necessariamente aclarados, para tranquilidade de todos os discípulos do Evangelho.


A sutileza do argumento removeu os empecilhos. Se não agradou a Paulo, satisfez a maioria e, regressando o jovem de Antioquia para o interior da casa, a assembleia começou pelas discussões preliminares. O ex-rabino estava taciturno e abatido. A atitude de Tiago, os novos elementos estranhos ao Evangelho, que teriam de votar na reunião, o gesto conciliador de Simão Pedro, desgostavam-no profundamente. Aquela imposição no caso de Tito figurava-se-lhe um crime. Tinha ímpetos de regressar a Antioquia, acusar de hipócritas e “sepulcros caiados” (Mt 23:27) os irmãos judaizantes. Mas, as cartas de emancipação que havia prometido aos companheiros da gentilidade? Não seria mais conveniente recalcar seus melindres feridos por amor aos irmãos de ideal? Não seria mais justo aguardar deliberações definitivas e humilhar-se? A lembrança de que os amigos contavam com as suas promessas acalmou-o. Fundamente desapontado, o convertido de Damasco acompanhou atento os primeiros debates. As questões iniciais davam ideia das grandes modificações que procuravam introduzir no Evangelho do Mestre.


Um dos irmãos presentes chegava a ponderar que os gentios deviam ser considerados como o “gado” do povo de Deus: bárbaros que importava submeter à força, a fim de serem empregados nos trabalhos mais pesados dos escolhidos. Outro indagava se os pagãos eram semelhantes aos outros homens convertidos a Moisés ou a Jesus. Um velho de feições rígidas chegava ao despautério de afiançar que o homem só vingava completar-se depois de circunciso. À margem da gentilidade, outros temas fúteis vinham à balha. Houve quem lembrasse que a assembleia devia regular os deveres concernentes aos alimentos impuros, bem como sobre o processo mais adequado à ablução das mãos. Tiago argumentava e discorria como profundo conhecedor de todos os preceitos. Pedro ouvia, com grande serenidade. Nunca respondia quando a tese assumia o caráter de conversação, e aguardava momento oportuno para manifestar-se. Somente tomou atitude mais enérgica, quando um dos componentes do conselho pediu para que o Evangelho de Jesus fosse incorporado ao livro dos profetas, ficando subordinado à Lei de Moisés para todos os efeitos. Foi a primeira vez que Paulo de Tarso notou o ex-pescador intransigente e quase rude, explicando o absurdo de semelhante sugestão.


Os trabalhos foram paralisados alta noite, em fase de pura preparação. Tiago recolheu os pergaminhos com anotações, orou de joelhos e a assembleia dispersou-se para nova reunião no dia imediato.

Simão procurou a companhia de Paulo e Barnabé, para dirigir-se aos aposentos de repouso.

O tecelão de Tarso estava consternado. A circuncisão de Tito surgia-lhe como derrota dos seus princípios intransigentes. Não se conformava, fazendo sentir ao ex-pescador a extensão de suas contrariedades.

— Mas que vem a ser tão pequena concessão — interrogava o Apóstolo de Cafarnaum, sempre afável — em face do que pretendemos realizar? Precisamos de ambiente pacífico para esclarecer o problema da obrigatoriedade da circuncisão. Não firmaste compromisso com o gentilismo de Antioquia?


Paulo recordou a promessa que fizera aos irmãos e concordou:

— Sim, é verdade.

— Reconheçamos, pois, a necessidade de muita calma para chegar às soluções precisas. As dificuldades, neste sentido, não prevalecem tão só para a igreja antioquiana. As comunidades de Cesareia,  de Jope,  bem como de outras regiões, encontram-se atormentadas por esses casos transcendentes. Bem sabemos que todas as cerimônias externas são de evidente inutilidade para a alma; mas, tendo em vista os princípios respeitáveis do judaísmo, não podemos declarar guerra de morte às suas tradições, de um momento para outro. Será justo lutar com muita prudência sem ofender rudemente a ninguém.

O ex-rabino escutou as admoestações do Apóstolo e, recordando as lutas a que ele próprio assistira no ambiente farisaico, pôs-se a meditar silenciosamente.


Mais alguns passos e atingiram a sala transformada em dormitório de Pedro e João. Entraram. Enquanto Barnabé e o filho de Zebedeu se entregavam a animada palestra, Paulo sentou-se ao lado do ex-pescador, mergulhando-se em profundos pensamentos.

Depois de alguns instantes, o ex-doutor da Lei, saindo da sua abstração, chamou Pedro, murmurando:

— Custa-me concordar com a circuncisão de Tito, mas não vejo outro recurso.

Atraídos por aquela confissão, Barnabé e João puseram-se também a ouvi-lo atentamente.

— Mas, curvando-me à providência — continuou com inexcedível franqueza —, não posso deixar de reconhecer no fato uma das mais altas demonstrações de fingimento. Concordarei naquilo que não aceito de modo algum. Quase me arrependo de ter assumido compromissos com os nossos amigos de Antioquia; não supunha que a política abominável das sinagogas houvesse invadido totalmente a igreja de Jerusalém.

O filho de Zebedeu fixou no convertido de Damasco os olhos muito lúcidos, ao passo que Simão respondia serenamente:

— A situação é, de fato, muito delicada. Principalmente depois do sacrifício de alguns companheiros mais amados e prestimosos, as dificuldades religiosas em Jerusalém multiplicam-se todos os dias.


E vagueando o olhar pelo aposento, como se quisesse traduzir fielmente o seu pensamento, continuou:

— Quando se agravou a situação, cogitei da possibilidade de me transferir para outra comunidade; em seguida, pensei em aceitar a luta e reagir; mas, uma noite, tão bela como esta, orava eu neste quarto, quando percebi a presença de alguém que se aproximava devagarinho. Eu estava de joelhos quando a porta se abriu com imensa surpresa para mim. Era o Mestre! Seu rosto era o mesmo dos formosos dias de Tiberíades.  Fitou-me grave e terno, e falou: — “Pedro, atende aos “filhos do Calvário”, antes de pensar nos seus caprichos!” A maravilhosa visão durou um minuto, mas logo após, pus-me a recordar os velhinhos, os necessitados, os ignorantes e doentes que nos batem à porta. O Senhor recomendava-me atenção para os portadores da cruz. Desde então, não desejei mais que servi-los.

O Apostolo tinha os olhos úmidos e Paulo sentia-se bastante impressionado, pois que ouvira a expressão “filhos do Calvário” dos lábios espirituais de Abigail, quando da sua gloriosa visão, no silêncio da noite, ao aproximar-se de Tarso. 

— Com efeito, grande é a luta — concordou o convertido de Damasco, parecendo mais tranquilo.


E mostrando-se convicto da necessidade de examinar o realismo da vida comum, não obstante a beleza das prodigiosas manifestações do Plano invisível, voltou a dizer:

— Entretanto, precisamos encontrar um meio de libertar as verdades evangélicas do convencionalismo humano. Qual a razão principal da preponderância farisaica na igreja de Jerusalém?

Simão Pedro esclareceu sem rebuços;

— As maiores dificuldades giram em torno da questão monetária. Esta casa alimenta mais de cem pessoas, diariamente, além dos serviços de assistência aos enfermos, aos órfãos e aos desamparados. Para a manutenção dos trabalhos são indispensáveis muita coragem e muita fé, porque as dívidas contraídas com os socorredores da cidade são inevitáveis.

— Mas os doentes — interrogou Paulo, atencioso — não trabalham depois de melhorados?

— Sim — explicou o Apóstolo —, organizei serviços de plantação para os restabelecidos e impossibilitados de se ausentarem logo de Jerusalém. Com isso, a casa não tem necessidade de comprar hortaliças e frutas. Quanto aos melhorados vão tomando o encargo de enfermeiros dos mais desfavorecidos da saúde. Essa providência permitiu a dispensa de dois homens remunerados, que nos auxiliavam na assistência aos loucos incuráveis ou de cura mais difícil. Como vês, estes detalhes não foram esquecidos e mesmo assim a igreja está onerada de despesa e dívidas que só a cooperação do judaísmo pode atenuar ou desfazer.


Paulo compreendeu que Pedro tinha razão. No entanto, ansioso de proporcionar independência aos esforços dos irmãos de ideal, considerou:

— Advirto, então, que precisamos instalar aqui elementos de serviço que habilitem a casa a viver de recursos próprios. Os órfãos, os velhos e os homens aproveitáveis poderão encontrar atividades além dos trabalhos agrícolas e produzir alguma coisa para a renda indispensável. Cada qual trabalharia de conformidade com as próprias forças, sob a direção dos irmãos mais experimentados. A produção do serviço garantiria a manutenção geral. Como sabemos, onde há trabalho há riqueza, e onde há cooperação há paz. É o único recurso para emancipar a igreja de Jerusalém das imposições do farisaísmo, cujas artimanhas conheço desde o princípio de minha vida.

Pedro e João estavam maravilhados. A ideia de Paulo era excelente. Vinha ao encontro de suas preocupações ansiosas, pelas dificuldades que pareciam não ter fim.

— O projeto é extraordinário — disse Pedro — e viria resolver grandes problemas de nossa vida.


O filho de Zebedeu, que tinha os olhos radiantes de júbilo, atacou, por sua vez, o assunto, objetando:

— Mas, o dinheiro? Onde encontrar os fundos indispensáveis ao grandioso empreendimento?!…

O ex-rabino entrou em profunda meditação e esclareceu:

— O Mestre auxiliará nossos bons propósitos. Barnabé e eu empreendemos longa excursão a serviço do Evangelho e vivemos, em todo o seu transcurso, a expensas do nosso trabalho. Eu tecelão, ele oleiro, em atividade provisória nos lugares onde passamos. Realizada a primeira experiência, poderíamos voltar agora às mesmas regiões e visitar outras, pedindo recursos para a igreja de Jerusalém. Provaríamos nosso desinteresse pessoal, vivendo à custa de nosso esforço e recolheríamos as dádivas por toda parte, conscientes de que, se temos trabalhado pelo Cristo, será justo também pedirmos por amor ao Cristo. A coleta viria estabelecer a liberdade do Evangelho em Jerusalém, porque representaria o material indispensável a edificações definitivas no plano do trabalho remunerador.


Estava esboçado, assim, o programa a que o generoso Apóstolo da gentilidade haveria de submeter-se pelo resto de seus dias. No seu desempenho teria de sofrer as mais cruéis acusações; mas, no santuário do seu coração devotado e sincero, Paulo, de par com os grandiosos serviços apostólicos, levaria a coleta em favor de Jerusalém, até ao fim da sua existência terrestre.

Ouvindo-lhe os planos, Simão levantou-se e abraçou-o dizendo comovido:

— Sim, meu amigo, não foi em vão que Jesus te buscou pessoalmente às portas de Damasco.

Fato pouco vulgar na sua vida, Paulo tinha os olhos rasos de pranto. Fitou o ex-pescador de modo significativo, considerando intimamente suas dívidas de gratidão ao Salvador, e murmurou:

— Não farei mais que o meu dever. Nunca poderei olvidar que saiu dos catres desta casa, os quais já serviram igualmente a mim próprio.

Todos estavam extremamente sensibilizados. Barnabé comentou a ideia com entusiasmo e enriqueceu o plano de numerosos pormenores.


Nessa noite, os dedicados discípulos do Cristo sonharam com a independência do Evangelho em Jerusalém; com a emancipação da igreja, isenta das absurdas imposições da sinagoga.

No dia imediato procedeu-se solenemente à circuncisão de Tito, sob a direção cuidadosa de Tiago e com a profunda repugnância de Paulo de Tarso.

As assembleias noturnas continuaram por mais de uma semana. Nas primeiras noites, preparando terreno para advogar abertamente a causa da gentilidade, o ex-pescador de Cafarnaum solicitou aos representantes de Antioquia expusessem a impressão das visitas aos pagãos de Chipre,  Panfília, Pisídia  e Licaônia. Paulo, fundamente contrariado com as exigências aplicadas a Tito, pediu a Barnabé falasse em seu nome.


O ex-levita de Chipre fez extenso relato de todos os acontecimentos, provocando imensa surpresa a quantos lhe ouviam as referências ao extraordinário poder do Evangelho, entre aqueles que ainda não haviam esposado uma crença pura. Em seguida, atendendo ainda a observações de Paulo, Tito falou, profundamente comovido com a interpretação dos ensinamentos do Cristo e mostrando possuir formosos dons de profecia, fazendo-se admirar pelo próprio , que o abraçou mais de uma vez.

Ao termo dos trabalhos, discutia-se ainda a obrigatoriedade da circuncisão para os gentios. O ex-rabino seguia os debates, silencioso, admirando o poder de resistência e tolerância de Simão Pedro.


Quando o ex-pescador reconheceu que as divergências prosseguiriam indefinidamente, levantou-se e pediu a palavra, fazendo a generosa e sábia exortação de que os At 15:7 fornecem notícia:

— Irmãos — começou Pedro, enérgico e sereno —, bem sabeis que, de há muito, Deus nos elegeu para que os gentios ouvissem as verdades do Evangelho e cressem no seu Reino. O Pai, que conhece os corações, deu aos circuncisos e aos incircuncisos a palavra do Espírito-Santo. No dia glorioso do Pentecostes as vozes falaram na praça pública de Jerusalém, para os filhos de Israel e dos pagãos. O Todo-Poderoso determinou que as verdades fossem anunciadas indistintamente. Jesus afirmou que os cooperadores do Reino chegariam do Oriente e do Ocidente. Não compreendo tantas controvérsias, quando a situação é tão clara aos nossos olhos. O Mestre exemplificou a necessidade de harmonização constante: palestrava com os doutores do Templo; frequentava a casa dos publicanos; tinha expressão de bom ânimo para todos os que se baldavam de esperança; aceitou o derradeiro suplício entre os ladrões. Por que motivo devemos guardar uma pretensão de isolamento daqueles que experimentam a necessidade maior? Outro argumento que não deveremos esquecer é o da chegada do Evangelho ao mundo, quando já possuíamos a Lei. Se o Mestre no-lo trouxe, amorosamente, com os mais pesados sacrifícios, seria justo enclausurarmo-nos nas tradições convencionais, esquecendo o campo de trabalho? Não mandou o Cristo que pregássemos a Boa Nova a todas as nações? Claro que não poderemos desprezar o patrimônio dos israelitas. Temos de amar nos filhos da Lei, que somos nós, a expressão de profundos sofrimentos e de elevadas experiências que nos chegam ao coração através de quantos precederam o Cristo, na tarefa milenária de preservar a fé no Deus único; mas esse reconhecimento deve inclinar nossa alma para o esforço na redenção de todas as criaturas. Abandonar o gentio à própria sorte seria criar duro cativeiro, ao invés de praticar aquele amor que apaga todos os pecados. É pelo fato de muito compreendermos os judeus e de muito estimarmos os preceitos divinos, que precisamos estabelecer a melhor fraternidade com o gentio, convertendo-o em elemento de frutificação divina. Cremos que Deus nos purifica o coração pela fé e não pelas ordenanças do mundo. Se hoje rendemos graças pelo triunfo glorioso do Evangelho, que instituiu a nossa liberdade, como impor aos novos discípulos um jugo que, intimamente, não podemos suportar? Suponho, então, que a circuncisão não deva constituir ato obrigatório para quantos se convertam ao amor de Jesus-Cristo, e creio que só nos salvaremos pelo favor divino do Mestre, estendido generosamente a nós e a eles também.


A palavra do Apóstolo caíra na fervura das opiniões como forte jato de água fria. Paulo estava radiante, ao passo que Tiago não conseguia ocultar o desapontamento.

A exortação do ex-pescador dava margem a numerosas interpretações; se falava no respeito amoroso aos judeus, referia-se também a um jugo que não podia suportar. Ninguém, todavia, ousou negar-lhe a prudência e bom-senso indubitáveis.

Terminada a oração, Pedro rogou a Paulo falasse de suas impressões pessoais, a respeito do gentio. Mais esperançado, o ex-rabino tomou a palavra pela primeira vez, no conselho, e convidando Barnabé ao comentário geral, ambos apelaram para que a assembleia concedesse a necessária independência aos pagãos, no que se referia à circuncisão.


Havia em tudo, agora, uma nota de satisfação geral. As observações de Pedro calaram fundo em todos os companheiros. Foi então que Tiago tomou a palavra, e, vendo-se quase só no seu ponto de vista, esclareceu que Simão fora muito bem inspirado no seu apelo; mas pediu três emendas para que a situação ficasse bem esclarecida. Os pagãos ficavam isentos da circuncisão, mas deviam assumir o compromisso de fugir da idolatria, evitar a luxúria e abster-se das carnes de animais sufocados.

O Apóstolo dos gentios estava satisfeito. Fora removido o maior obstáculo.

No dia seguinte os trabalhos foram encerrados, lavrando-se as resoluções em pergaminho. Pedro providenciou para que cada irmão levasse consigo uma carta, como prova das deliberações, em virtude da solicitação de Paulo, que desejava exibir o documento como mensagem de emancipação da gentilidade.


Interpelado pelo ex-pescador, quando se achavam a sós, sobre as impressões pessoais dos trabalhos, o ex-doutor de Jerusalém esclareceu com um sorriso:

— Em suma, estou satisfeito. Ficou resolvido o mais difícil dos problemas. A obrigatoriedade da circuncisão para os gentios representava um crime aos meus olhos. Quanto às emendas de Tiago, não me impressionam, porquanto a idolatria e a luxúria são atos detestáveis para a vida particular de cada um; e, quanto às refeições, suponho que todo cristão poderá comer como melhor lhe pareça, desde que os excessos sejam evitados.


Pedro sorriu e explicou ao ex-rabino seus novos planos. Comentou, esperançoso, a ideia da coleta geral em favor da igreja de Jerusalém, e, evidenciando a peculiar prudência, falou preocupado:

— Teu projeto de excursão e propaganda da Boa Nova, procurando angariar alguns recursos para solução de nossos mais sérios encargos, causa-me justa satisfação, entretanto, venho refletindo na situação da igreja antioquena. Pelo que observei de viso, concluo que a instituição necessita de servidores dedicados que se substituam nos trabalhos constantes de cada dia. Tua ausência, ao demais com Barnabé, trará dificuldades, caso não tomemos as providências precisas. Eis por que te ofereço a cooperação de dois companheiros devotados, que me têm substituído aqui nos encargos mais pesados. Trata-se de Silas e Barsabás, dois discípulos amigos da gentilidade e dos princípios liberais. De vez em quando, entram em desacordo com Tiago, como é natural, e, segundo creio, serão ótimos auxiliares do teu programa.


Paulo viu no alvitre a providência que desejava. Junto de Barnabé, que participava da conversação, agradeceu ao ex-pescador, profundamente sensibilizado. A igreja da Antioquia teria os recursos necessários que os trabalhos evangélicos requeriam. A medida proposta era-lhe muito grata, mesmo porque, desde logo tivera por Silas grande simpatia, presumindo nele um companheiro leal, expedito e dedicado.

Os missionários de Antioquia ainda se demoraram três dias na cidade, após o encerramento do Conselho, tempo esse que Barnabé aproveitou para . Paulo, contudo, declinou do convite de e permaneceu na igreja, estudando a situação futura, em companhia de Simão Pedro e dos dois novos colaboradores.


Em atmosfera de grande harmonia, os trabalhadores do Evangelho versaram todos os requisitos do projeto.

Fato digno de nota a reclusão de Paulo, junto aos Apóstolos galileus, jamais saindo à rua, para não entrar em contato com o cenário vivo do seu passado tumultuoso.

Finalmente, tudo pronto e ajustado, a missão se dispôs a regressar. Havia em todas as fisionomias um sinal de gratidão e de esperança santificada nos dias do porvir. Verificava-se, no entanto, um detalhe curioso, que é indispensável destacar. Solicitado pela irmã, Barnabé dispusera-se a aceitar a contribuição de , em nova tentativa de adaptação ao serviço do Evangelho. Considerando a boa intenção com que acedera aos pedidos da irmã, o ex-levita de Chipre achou desnecessário consultar o companheiro de esforços comuns. Paulo, porém, não se magoou. Acolheu a resolução de Barnabé, um tanto admirado, abraçou o jovem afetuosamente e esperou que o discípulo de Pedro se pronunciasse, quanto ao futuro.


O grupo, acrescido de Silas, Barsabás e João Marcos, pôs-se a caminho para Antioquia, nas melhores disposições de harmonia.

Revezando-se na tarefa de pregação das verdades eternas, anunciavam o Reino de Deus e faziam curas por onde passavam.

Chegados ao destino, com grandes manifestações de júbilo da gentilidade, organizaram o plano colimado para dar-lhe imediata eficiência. Paulo expôs o propósito de voltar às comunidades cristãs já fundadas, estendendo a excursão evangélica por outras regiões onde o Cristianismo não fosse conhecido. O plano mereceu aprovação geral. A instituição antioquena ficaria com a cooperação direta de Barsabás e Silas, os dois companheiros devotados que, até ali, haviam constituído duas fortes colunas de trabalho em Jerusalém.


Apresentado o relatório verbal dos esforços em perspectiva, Paulo e Barnabé entraram a cogitar das últimas disposições particulares.

— Agora — disse o ex-levita de Chipre —, espero concordes com o que resolvi relativamente a João.

— João Marcos? — interrogou Paulo admirado.

— Sim, desejo levá-lo conosco, a fim de afeiçoá-lo à tarefa.

O ex-rabino franziu o sobrecenho num gesto muito seu, quando contrariado, e exclamou:

— Não concordo; teu sobrinho está ainda muito jovem para o cometimento.

— Entretanto, prometi à minha irmã acolhê-lo em nossos labores.

— Não pode ser.


Estabeleceu-se entre os dois uma contenda de palavras, na qual Barnabé deixava perceber seu descontentamento. O ex-rabino procurava justificar-se ao passo que o discípulo de Pedro alegava o compromisso assumido e impugnava, com tal ou qual amargura, a atitude do companheiro. O ex-doutor, contudo, não se deixou convencer. A readmissão de João Marcos, dizia, não era justa. Poderia falhar novamente, fugir aos compromissos assumidos, desprezar a oportunidade do sacrifício. Lembrava as de Antioquia de Pisídia,  as inevitáveis, as experimentadas em Icônio,  o cruel na praça de Listra. Acaso o rapaz estaria preparado, em tão pouco tempo, para compreender o alcance de todos esses acontecimentos, em que a alma era compelida a regozijar-se com o testemunho?


Barnabé estava magoado, de olhos úmidos.

— Afinal, disse em tom comovedor, nenhum desses argumentos me convence e me esclarece, em consciência. Primeiramente, não vejo por que desfazer nossos laços afetivos…

O ex-rabino não o deixou terminar e concluiu:

— Isso nunca. Nossa amizade está muito acima destas circunstâncias. Nossos elos são sagrados.

— Pois bem — acentuou Barnabé —, como interpretar, então, tua recusa? Por que negarmos ao rapaz uma nova experiência de trabalho regenerativo? Não será falta de caridade desprezar um ensejo talvez providencial?


Paulo fixou demoradamente o amigo e acrescentou:

— Minha intuição, neste sentido, é diversa da tua. Quase sempre, Barnabé, a amizade a Deus é incompatível com a amizade ao mundo. Levantando-nos para a execução fiel do dever, as noções do mundo se levantam contra nós. Parecemos maus e ingratos. Mas, ouve-me: ninguém encontrará fechadas as portas da oportunidade, porque é o Todo-Poderoso quem no-las abre. A ocasião é a mesma para todos, mas os campos devem ser diferentes. No trabalho propriamente humano, as experiências podem ser renovadas todos os dias. Isso é justo. Mas considero que, no serviço do Pai, se interrompemos a tarefa começada, é sinal de que ainda não temos todas as experiências indispensáveis ao homem completo. Se a criatura ainda não sabe todas as noções mais nobres, relativas à sua vida e deveres terrestres, como consagrar-se com êxito ao serviço divino? Naturalmente que não podemos ajuizar se este ou aquele já terminou o curso de suas demonstrações humanas e que, de hoje por diante, esteja apto ao serviço do Evangelho, porque, neste particular, cada um se revelará por si. Creio, mesmo, que teu sobrinho atingirá essa posição, com mais algumas lutas. Nós, entretanto, somos forçados a considerar que não vamos tentar uma experiência, mas um testemunho. Compreendes a diferença?


Barnabé compreendeu o imenso alcance daquelas razões concisas, irrefutáveis, e calou-se para dizer daí a momentos:

— Tens razão. Desta vez não poderei, portanto, ir contigo.

Paulo sentiu toda a tristeza que transbordava daquelas palavras e, depois de meditar longo tempo, acentuou:

— Não nos entristeçamos. Estou refletindo na possibilidade de tua partida, com João Marcos, para Chipre.  Ele encontraria, ali, um campo adequado aos trabalhos que lhe são necessários e, ao mesmo tempo, cuidaria da organização que fundamos na ilha. Dentro deste plano, continuaríamos em cooperação perfeita, mesmo no que se refere à coleta para a igreja de Jerusalém. Desnecessário será dizer da utilidade de tua presença em Nea-Pafos  e Salamina.  Quanto a mim, tomaria a Silas, internando-me pelo Tauro, e a igreja de Antioquia ficará com a cooperação de Barsabás e Tito.

Barnabé ficou contentíssimo. O projeto pareceu-lhe admirável. Paulo continuava, a seus olhos, como o companheiro das soluções oportunas.

E dentro de breves dias, a caminho de Chipre, onde serviria a Jesus até que partisse, mais tarde, para Roma, Barnabé foi com o sobrinho para Selêucia, depois de se abraçarem, ele e Paulo, como dois irmãos muito amados, que o Mestre chamava a diferentes destinos.




As observações de Paulo na Gl 2:11 referem-se a um fato anterior à reunião dos discípulos. (Nota de Emmanuel)


jo 15:12
Cinquenta Anos Depois

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 7
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Prestando as derradeiras homenagens ao Irmão Marinho, os religiosos do mosteiro conheceram a verdade dolorosa. Só então, certificaram-se de que o caluniado irmão dos pobres e da infância desvalida era uma virgem cristã, que exemplificava, entre eles, as mais elevadas virtudes evangélicas.

Diante do fato imprevisto e passada a comoção do espanto, todos os monges, inclusive Epifânio, se prosternavam humildes, banhados no pranto da compunção e do arrependimento.

Debalde procuraram investigar a origem e antecedentes da jovem mártir, para só conservarem da sua pessoa e dos seus feitos imorredoura lembrança, afim de poderem, mais tarde, justificar a sua exemplificação santificante.

 

Cheio de amargura, o velho superior da comunidade reclamou a presença de Menênio Túlio e da filha, para que se esclarecesse a pérfida calúnia, mas, ante o cadáver da virgem cristã e, recordando a sua humildade, Brunehilda perdeu a razão, para sempre.

Nunca mais, a figura de Célia foi olvidada pelos religiosos, pelos crentes, pelos desventurados e pelos aflitos. Convertida em símbolo de amor e piedade, sua memória centralizou, nos arredores de Alexandria, os votos e rogativas das almas fervorosas e sinceras.

 

Mas, acompanhando nossas principais personagens à vida do além-túmulo, antes de iniciarem novas lutas remissoras, vamos encontrá-las em grupos dispersos, conforme o seu estado consciencial, às vésperas de regressarem, convocadas ao esforço coletivo nos sagrados institutos da família.

À exceção de Célia, chamada a um mundo superior e onde lhe foi concedida a tarefa de velar pela evolução dos seus entes bem-amados, os demais permaneciam nas Esferas mais próximas da Terra, regiões de trabalho e de luta, buscando cada qual armazenar energias novas para subsequentes esforços no Plano material.

 

De todo o grupo, as personalidades de Cláudia Sabina, Lólio Úrbico,  Fábio Cornélio e Silano Pláutius eram as que se conservavam nas regiões mais rasas e mais sombrias, atento o doloroso estado de consciência que as caracterizava.

Em esferas mais elevadas, Helvídio Lúcius junto de quantos lhe foram familiares, inclusive Ciro, repousavam do trabalho, esforçando-se, em conjunto, por fixar as bases espirituais, asseguradoras de êxito futuro.

Algumas personagens, como Nestório e Policarpo,  faziam grandes excursões pelos arredores sombrios do planeta, cooperando com os mensageiros de Jesus, que pregavam a Boa-Nova aos Espíritos desalentados e sofredores, levando a efeito o mais sadio aprendizado evangélico para as lutas do futuro nos ambientes terrenos, onde prosseguiriam, mais tarde, no abençoado labor de redenção do passado culposo.

 

A vida cariciosa do Plano espiritual constituía, para todos, um conforto suave.

Continuamente, os grandes portadores das determinações divinas ensinavam aí as verdades do Mestre, enchendo os corações de paz e de esperança.

As almas afins, reunidas em grupos familiares, sabem apreciar, fora das vibrações pesadas do mundo físico, os bens supremos da verdade e da paz, sob os laços sublimes do amor e da sabedoria.

Examinadas as disposições felizes dessas Esferas, cuja intimidade encantadora não poderemos descrever aos leitores humanos, vamos encontrar o agrupamento de Cneio Lúcius na região de repouso em que todas as nossas personagens se encontravam, embaladas na carícia suave de numerosos afetos dos séculos longínquos.

Tudo era uma carinhosa esperança nos corações e um generoso propósito nas almas.

Os nobres projetos, com vistas ao porvir, sucediam-se uns aos outros.

 

No grupo em que a tranquilidade se estampava no espírito de todos os componentes, esperava-se Júlia Spínter que, em companhia de Nestório, descera aos ambientes inferiores do orbe terrestre, tentando acordar com o seu amor os sentimentos entorpecidos do companheiro, que se mantinha nas mesmas atitudes de ódio e vingança.

— É inútil — dizia Cneio Lúcius, bondosamente, dirigindo-se aos filhos e aos amigos — é inútil mantermos propósitos de vindita depois das lutas terrestres, pois a reencarnação, nesse caso, soluciona todos os problemas! Na minha última ida a Roma, tive ocasião de ver o Imperador Élio Adriano  no corpo miserável do filhinho de uma escrava. Desde essa hora, tenho ponderado bastante os nossos deveres e a necessidade de recebermos com o maior amor a vontade divina.

 

— Sim — exclamava Lésio Munácio, então presente — nas minhas excursões evangélicas pelas zonas inferiores, tenho encontrado antigos nobres de nossa época, que suplicam a Deus uma nova oportunidade na Terra, sem escolherem as condições do futuro aprendizado.

— O conhecimento no Espaço — aventava Helvídio Lúcius — parece que nos enche o coração de profunda dedicação pelo sofrimento. Em face da grandeza divina e reconhecendo, aqui, a nossa insignificância, sentimo-nos capazes de todas as tarefas de redenção, porquanto, agora, aos nosso olhos, os maiores feitos da Terra são ações humildes e pequeninas.

— Grande é a misericórdia de Jesus — dizia Cneio — que nos concedeu os patrimônios da vida eterna.

 

Enquanto a conversação ia animada com o concurso de Alba Lucínia e da sua antiga serva, regressaram Nestório e Júlia Spínter da sua excursão de amor e de fraternidade.

A velha matrona trazia o semblante desolado, fornecendo aos companheiros o testemunho de sua amargura e de suas lágrimas.

— Então, minha mãe — exclamou Lucínia abraçando-a, ao mesmo tempo que usava a linguagem amiga e carinhosa da Terra — conseguiste alguma coisa?

— Por enquanto, filhinha — retrucava Júlia Spínter enxugando as lágrimas — todos os meus esforços resultam inúteis. Infelizmente, Fábio não trabalha, intimamente, por adquirir a suprema compreensão das grandes leis da vida. Encarcerado nos seus pensamentos tristes não cede, absolutamente, às minhas súplicas!…

 

— Entretanto — elucidava Nestório aos companheiros, que lhe ouviam a palavra com interesse — Policarpo  já se prepara, junto de quantos o acompanham na luta, para a próxima reencarnação coletiva. A nossa não poderá tardar muito. O único obstáculo que parece retardar nossa marcha é a ausência de uma compreensão perfeita daquele inolvidável ensinamento de Jesus, quanto ao perdão de setenta vezes sete vezes. (Mt 18:21)

— Bastaria perdoarmos para que o Senhor nos permitisse voltar ao trabalho santificante? — Perguntou Cneio Lúcius, intencionalmente.

— Sim — esclarecia Nestório na sua fé — o perdão sincero é uma grande conquista da alma.

 

Nesse comenos, Cneio Lúcius preparava os filhos que se entreolhavam com alguma tristeza, pela dificuldade que tinham em esquecer os atos de Lólio Úrbico e de Cláudia Sabina.

— De minha parte — dizia Júlia Spínter resignada — não tenho coisa alguma a perdoar aos outros. Desde a minha desencarnação roguei insistentemente a Jesus que me fizesse esquecer todas as expressões de orgulho e amor-próprio.

— Muito bem, minha irmã — advertia Cneio com um sorriso sereno — um coração feminino é inacessível aos sentimentos de ódio e represália.

E como percebera que os presentes relembravam, no íntimo, os atos de Cláudia, em face de sua alusão generalizada, acrescentou com bondade:

— A mulher que odeia é uma dolorosa exceção no caminho da vida, pois Deus confiou às almas femininas o seu ministério mais santo, no seio da criação infinita!

 

Todos compreenderam os seus generosos pensamentos e louvavam as suas ideias fraternais, quando Hatéria murmurou:

— Tenho suplicado ao Senhor dos Mundos que me faça digna de viver junto de Cneio Lúcius nos meus próximo trabalhos.

— Ora, filha — retrucou o ancião com um sorriso — bem sei que nada valho, mas terei imenso júbilo se te puder ser útil alguma vez… Apenas te recomendo que, de futuro, deves temer o dinheiro como o pior inimigo da nossa tranquilidade.

Todos sorriram a essa alusão e a palestra continuou animada.

 

Algum tempo se passou, ainda, enquanto o coração das nossas personagens se retemperavam nas ideias do amor e do bem, da fraternidade e da luz, esperando as novas lutas.

Um dia, porém, um mensageiro das alturas veio convocar o grupo de Cneio Lúcius a comparecer perante os numes tutelares que lhe presidiam os destinos, de modo a efetuar-se a livre escolha das provações futuras.

Examinados os projetos de esforço, com a livre cooperação de todos os que se achavam em condições evolutivas, imprescindíveis ao ato de resolução e de escolha, na esfera da responsabilidade individual, o grupo de Cneio Lúcius continuava aguardando as determinações superiores para regressar à Terra.

 

De vez em quando, observavam-se, entre as nossas personagens, pequeninas impressões como estas:

— Uma das situações que mais receio — exclamava Helvídio Lúcius — é a vida em comum com Lólio Úrbico, pois temo que ele reincida nas tendências inferiores da sua personalidade.

— Convence-lo-emos pela dedicação e pelo amor — esclarecia Alba Lucínia. — Tenho suplicado a Jesus que nos conceda forças para tanto e estarei constantemente ao teu lado, a fim de podermos transfundir os seus sentimentos em fraternidade e afeição espiritual.

— Sim, meus filhos — ponderava o experiente e generoso Cneio Lúcius — precisamos amar muito! Somente com a renúncia sincera poderemos alcançar o reino de luz, prometido pelo Salvador. Entre todos os que ficarão sob a nossa responsabilidade, no porvir, uma alma existe, credora da nossa compaixão mais profunda!…

 

E como Helvídio e a companheira silenciassem, adivinhando-lhe os pensamentos, o ancião continuou:

— Refiro-me à Cláudia Sabina, que ainda tem o coração como um deserto árido. As últimas visitas que lhe fiz, na região das sombras, deixaram-me envolto num véu de amargura!… Remorsos terríveis transformaram-lhe o mundo psíquico num caos de angustiosas perturbações! Debalde lhe tenho falado de Deus e de sua inesgotável misericórdia, porquanto, na caligem de seus pensamentos, não consegue perceber as nossas advertências consoladoras.

Alba Lucínia e o companheiro ouviram-no comovidas e, todavia, abstiveram-se de comentar o doloroso assunto.

 

Hatéria, entretanto, que lhe bebia avidamente as palavras, objetou, deixando entrever os amargos receios que lhe povoavam a mente:

— Meu generoso protetor, já fui notificada de que o meu roteiro de lutas se verificará em linhas paralelas ao de Cláudia Sabina, em vista de meus erros imperdoáveis; contudo, suplico o vosso amparo, apesar das novas energias que me felicitam a alma. Cláudia é autoritária e insinuante e, se hoje se encontra acabrunhada e ensandecida, em virtude dos sofrimentos no Plano invisível, não duvido que, novamente na Terra, procure retomar a sua feição de orgulho e mandonismo.

— Filha — ponderava o ancião com um leve sorriso — Jesus velará por nós, concedendo-nos a força precisa para o desempenho dos nossos deveres mais sagrados.

 

Júlia Spínter acompanhava as impressões de todos com amoroso interesse e exclamava, por vezes:

— Eu tudo daria por cultivar em nosso meio, no porvir que se aproxima, a paz perpétua e a harmonia duradoura. Repararei minhas faltas do passado, buscando compreender a essência do Cristianismo, para cuja luz eterna hei de conduzir o coração de Fábio, com o amparo do Cordeiro de Deus, que há de ouvir minhas sinceras rogativas…

 

A vida do grupo do venerando Cneio Lúcius decorria, assim, em expectativas promissoras para o futuro. Cada qual, erguendo muito alto o coração, buscava aprender, cada vez mais e melhor, os ensinamentos de Jesus, de modo a recordar a sua claridade sublime entre as sombras espessas da Terra.

Os grupos afins de Policarpo e de Lésio Munácio já haviam regressado aos labores do mundo, quando as nossas personagens foram chamadas à determinação superior, afim de baixarem aos tormentos e lutas purificadoras do ambiente terrestre.

Tomados de veneração e de esperança, acomodaram-se perante os executores da justiça divina, enquanto ao seu lado estacionava quase uma centena de companheiros, incluindo escravos, serviçais e amigos de outrora.

 

No recinto espiritual, de beleza maravilhosa, intraduzível na pobre linguagem humana, havia a cariciosa vibração de uma prece coletiva, que se escapava de todos os peitos, plenos de receio e de esperança.

— Irmãos — começou de dizer um mentor divino, a cuja responsabilidade estava afeta a direção daquele amistoso conclave — breve estareis de novo na Terra, onde sereis convocados a praticar os divinos ensinamentos adquiridos no Plano espiritual!… Agradeçamos à misericórdia do Senhor, que nos concede as preciosas oportunidades do trabalho a favor de nossa própria redenção, em marcha incessante para o amor e para a sabedoria. Vós que partis, amai a luta redentora, como se deve amar uma alvorada divina! Aqui, sob a luz da bondade infinita do Cordeiro de Deus, a alma egressa do mundo pode descansar de suas profundas mágoas. Os corações ulcerados se retemperam junto à fonte inesgotável do consolo evangélico; mas, acima de nossas frontes, há um reino de amor perene e de paz inolvidável, que necessitamos conquistar com os mais altos valores da consciência! Adquiristes aqui os mais elevados conhecimentos, em matéria de sabedoria e amor; experimentastes o bafejo de sublimes consolações, como somente poderá senti-las o Espírito liberto das sombras e angústias materiais; observastes a beleza e a ventura que aguardam, no Infinito, as almas redimidas; todavia, é necessário regressardes à carne, afim de poderdes experimentar o valor do vosso aprendizado! É na Terra, escola dolorosa e bendita da alma, que se desdobra o campo imenso de nossas realizações. Os erros de outrora devem ser reparados lá mesmo, entre as suas sombras angustiosas e espessas!… Enquanto se reparam, na sua superfície, os desvios das épocas remotas, faz-se mister aplicar nas suas estradas sombrias os ensinamentos recebidos do Alto, em virtude do acréscimo de misericórdia de Jesus, que não nos desampara. Na Terra está o aprendizado melhor e a aqui vigora o exame elevado e justo. Lá é a sementeira, aqui a colheita. Voltai novamente aos carreiros terrestres e reparai o passado doloroso!… Abraçai os vossos inimigos de ontem, para vos aproximardes dos vossos benfeitores no porvir! Fechai as portas da exaltação no mundo e sede surdos às ambições! Edificai o reino de Jesus no imo, porque, um dia, a morte vos arrebatará de novo às angústias e mentiras humanas, para as análises proveitosas. A exemplificação de Jesus é o modelo de todos os corações. Não vos queixeis da orientação precisa, porque, em toda parte do mundo, como em todas as ideias religiosas e doutrinas filosóficas, há uma atalaia de Deus esclarecendo a consciência das criaturas! O mundo tem as suas lágrimas penosas e as suas lutas incruentas. Nas suas sendas de espinhos torturantes se congregam todos os fantasmas dos sofrimentos e das tentações, e sereis compelidos a positivar os vossos valores intrínsecos. Amai, porém, a luta como se os seus benefícios fossem os de um pão espiritual, imprescindível e precioso!… Depois de todas as conquistas que o Plano terrestre vos possa proporcionar, sereis, então, promovidos aos mundos de regeneração e de paz, onde preparareis o coração e a inteligência para os reinos da luz e da bem-aventurança supremas!…

 

A palavra sábia e inspirada do esclarecido mentor do Alto era ouvida com singular atenção.

Em dado instante, porém, sua voz esclareceu, depois de uma pausa:

— Agora, irmãos bem-amados, encontrareis aqui os adversários de ontem, para a conciliação e para os trabalhos futuros. Escolhestes e delineastes o mapa de vossas provas, porquanto já possuís a noção de responsabilidade e a precisa educação psíquica, para colaborar nesse esforço dos vossos guias!… Nossos irmãos infelizes, entretanto, ainda não possuem essas condições evolutivas e serão compelidos a aceitar as decisões daqueles gênios tutelares, que lhes acompanham a trajetória na trama dos destinos humanos… E esses gênios do bem deliberaram que eles vivam convosco, que aprendam nos vossos atos, que vibrem nas vossas experiências do futuro! Os executores dessas elevadas resoluções os trouxeram a todos, afim de se processar a decisão final com o vosso concurso, nesta assembleia de divinos ensinamentos. Tendes, pois, o direito de escolher, entre eles, os companheiros do porvir, sem vos esquecerdes de que, nestes momentos, pode o nosso coração dar as melhores provas de compreensão daquele “amai-vos uns aos outros”, (Jo 15:12) da lição do Evangelho, onde repousa a base da nossa suprema evolução para os Planos divinos!…

 

Nossas personagens entreolharam-se ansiosas.

A esse tempo, contudo, algumas entidades penetravam no recinto. Atrás dos vultos nobres de alguns Espíritos caridosos e amigos, vinham Cláudia Sabina, Fábio Cornélio, Silano Pláutius, Lólio Úrbico e, um pouco distantes, numerosos servos de outrora, comparsas dos mesmos erros e das mesmas ilusões dos nossos amigos, como, por exemplo, Pausânias, Plotina, Quinto Bíbulo, Pompônio Grátus, Lídio, Marcos e outros, enquanto o recinto se povoava de suas vibrações estranhas, saturadas de amargura indefinível.

A maior parte demonstrava surpresa amarga e dolorosa.

Quase todos se conservavam cabisbaixos e tristes, fazendo ouvir, de quando em quando, soluços dolorosos.

 

Observando a penosa impressão dos filhos e sentindo que ambos se encontravam sob as tenazes de indecisão angustiosa, Cneio Lúcius suplicava ao Senhor que o inspirasse quanto à melhor maneira de sacrificar-se pelos filhos bem-amados, conciliando o seu afeto com as próprias necessidades deles, em face do futuro.

Então, viu-se que o generoso velhinho levantava-se com desassombro e serenidade e, caminhando para a desolada Cláudia Sabina, que não ousara erguer os olhos saturados de lágrimas, falar-lhe com infinita brandura:

— Já que a misericórdia de Jesus-Cristo me faculta a escolha dos que viverão comigo, considerar-te-ei, minha irmã, desde já como filha, a quem devo consagrar uma afeição duradoura e divina!…

 

E, abraçando-a generosamente, concluía:

— De futuro permanecerás no meu lar, afim de transfundirmos o ódio e a vingança em fraternidade sublime e sacrossanta… Comerás do nosso pão, participarás das minhas alegrias e das minhas dores, serás irmã de meus filhos!…

Cláudia Sabina soluçava, sensibilizada pelo amor daquela alma devotada e generosa.

Hatéria, levantando-se, caminhou até Cneio Lúcius e lhe beijou as mãos, que, naquele instante, estavam luminosas e translúcidas.

A esse tempo, Júlia Spínter amparava o coração desolado do companheiro, abraçando Silano Pláutius e prometendo-lhe o seu auxílio devotado e amigo, no curso das lutas planetárias.

 

Foi aí que Helvídio Lúcius e Alba Lucínia se levantaram e dirigindo-se a Lólio Úrbico, que se ajoelhara como oprimido por um tormento implacável, estenderam-lhe os braços fraternos, prometendo-lhe amor e dedicação.

Continuando a mesma obra de solidariedade e devotamento, todos chamaram a si esse ou aquele antigo servo, bem como os comparsas de seus feitos passados, afim de associá-los aos seus esforços no futuro.

 

Terminada essa tarefa bendita, o mentor da reunião perguntou serenamente:

— Todos estais certos de haver suficientemente perdoado?

Amargurado silêncio… No íntimo, as nossas personagens experimentavam, ainda, certas dificuldades para esquecer o passado. Helvídio Lúcius não olvidara as perseguições de Lólio Úrbico; Alba Lucínia não esquecera as ações de Sabina, e Fábio Cornélio, por sua vez, apesar dos sofrimentos, não se sentia capaz de perdoar o crime de Silano.

 

A indecisão era geral, mas uma luz branda e misericordiosa começou a verter do alto, atingindo em cheio todos os corações. Sem exceção de um só, todos os membros do grupo de Cneio Lúcius começaram a chorar, possuídos de emoção indefinível.

A um só tempo, divisaram no Alto a figura sublime de Célia, que lhes acenava cheia de ternura e de carinho.

Movidos, então, por um doce mistério, deram guarida a um perdão sincero e puro, sentindo-se reciprocamente tocados de profunda piedade.

Como se as substâncias do ambiente fossem sensíveis ao estado íntimo dos presentes, uma claridade doce e branda começou a fazer-se em torno, enquanto a maioria das nossas personagens chorava enternecida.

 

Entremostrando um sorriso suave, o mentor exclamou:

— Graças à misericórdia do Altíssimo, sinto que todos regressais aos Planos terrestres com uma vibração nova, que vos edifica o coração e a consciência nas mais formosas expressões de espiritualidade! Que as bênçãos do Senhor encham de luz e de paz os vossos caminhos no porvir!… Sede felizes! Todos os segredos da ventura estão no amor e no trabalho da consciência redimida!… Esquecei o passado umbroso e dolorido e atirai-vos à luta remissora, com heroísmo e humildade… Sinto que estais irmanados pela mesma vibração de piedade e faço votos a Deus para que compreendais, em todas as circunstâncias, que somos irmãos pelas mesmas fraquezas e pelas mesmas quedas, a caminho da redenção suprema, nas luzes do Infinito!…

 

Em face da palavra carinhosa e sábia do mensageiro divino que os dirigia, os nossos amigos sentiam-se confortados por uma nova luz, que lhes esclarecia o imo com a mais bela compreensão da existência real.

A visão de Célia havia desaparecido, mas, como se a sua grande alma estivesse assistindo à cena comovedora através das luminosas cortinas do Ilimitado, ouviu-se em vibrações cariciosas, provindas do Alto, um hino maravilhoso, cantado por centenas de vozes infantis, derramando em todos os corações a coragem e o amor, a consolação e a esperança… As estrofes harmoniosas atravessavam o recinto e elevavam-se para as Alturas em notas melodiosas, subindo para o sólio de Jesus, qual incenso divino! Era um brado de fé e de incitamento, que fazia nascer nas almas dos presentes as mais piedosas lágrimas.

 

Em seguida, sob as preces dos carinhosos amigos e benfeitores espirituais, que ficavam no Plano invisível, todos os membros do grupo de Cneio Lúcius abandonavam o recinto, reunidos numa caravana fraterna, em direção às Esferas mais inferiores que envolvem o planeta terrestre.

Nessa hora, havia entre todos o bom desejo de consolidar uma paz íntima, antes de recomeçar a luta.

Foi então que Cláudia Sabina, num gesto espontâneo, aproximou-se de Alba Lucínia e exclamou com angustiada expressão:

— Não me atrevo a chamar-vos irmã, pois fui outrora o impiedoso verdugo de vosso coração sensível e bondoso!… Mas, por quem sois, pelos sentimentos generosos que vos exornam a alma, perdoai-me mais uma vez. Fui o algoz e vós a vítima; todavia, bem vedes aqui a minha ruína dolorosa. Dai-me o vosso perdão para que eu sinta a claridade do meu novo dia!…

 

Cneio Lúcius contemplou a nora, com evidente ansiedade, como a implorar-lhe clemência.

Alba Lucínia compreendeu a gravidade daquele instante e, vencendo as hesitações que lhe turbavam o espírito, murmurou comovida:

— Estais perdoada… Deus me auxiliará a esquecer o passado, para que a genuína fraternidade se faça entre nós, nas lutas do futuro!…

Júlia Spínter fitou a filha, deixando transparecer o júbilo que lhe ia no coração, em vista do seu gesto generoso, ao mesmo tempo que Cneio Lúcius envolvia a companheira de Helvídio num olhar caricioso de satisfação e de profundo reconhecimento.

 

Enquanto a maioria das personagens trocava ideias sobre o porvir, surgia, ao longe, a atmosfera do planeta terrestre, envolta num turbilhão de sombras espessas.

Alguém falou com voz melancólica e imponente, do seio da caravana:

— Eis a nossa escola milenária!…

Decididos na sua fé, olhos para o alto, implorando a misericórdia divina, guiados todos eles pelas forças esclarecidas do bem, que os envolviam, penetraram a atmosfera planetária, habilitados a uma compreensão cada vez mais elevada e mais nobre, dos valores eficientes do trabalho e da luta.

 

Apenas Nestório conservava-se em oração junto dos fluidos terrenos, notando-se-lhe os olhos mareados de lágrimas, na comoção daquela hora cheia de apreensões e de esperanças.

— Senhor — exclamava o antigo escravo, evocando amargurosas lembranças — novamente na Terra, escola abençoada de nossas almas, contamos com a vossa misericordiosa complacência, afim de cumprirmos todos os nossos deveres, a caminho do arrependimento e da reparação. Auxiliai-nos na luta! Somente os séculos de trabalho e dor poderão anular os séculos de egoísmo, orgulho e ambição, que nos conduziram à iniquidade!… Perdoai-nos, Jesus! dignai-vos abençoar nossas aspirações sinceras e humildes!… Ensinai-nos a amar o planeta com as suas paisagens procelosas, afim de podermos encontrar, nas sendas terrestres, a luz da nossa regeneração espiritual, a caminho do vosso reino de paz indestrutível!…

 

Entre as lágrimas de suas rogativas, Nestório foi o último a imergir na vastidão dos fluidos planetários.

Do Alto, porém, emanava uma claridade branda e compassiva. Toda a caravana sentiu o bafejo divino de uma esperança nova, atirando-se ao ambiente da Terra, tomada de uma coragem redentora. Reconfortados na meditação e na prece, os corações adivinhavam que a luz da Providência Divina seguiria as suas experiências na dor e no trabalho, como uma bênção.



jo 15:14
Vinha de Luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 139
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Santifica-os na verdade.” — JESUS (Jo 17:17)


Não podemos esquecer que, em se dirigindo ao Pai, nos derradeiros momentos do apostolado, rogou-lhe Jesus santificasse os discípulos que ficariam no Plano carnal.

É significativo observar que o Mestre não pediu regalias e facilidades para os continuadores. Não recomendou ao Senhor Supremo situasse os amigos em palácios encantados do prazer, nem os ilhasse em privilégios particularistas. Ao invés disso, suplicou ao Pai para que os santificasse na condição humana.

É compreensível, portanto, que os discípulos sinceros recebam da Providência maior quinhão de elementos purificadores em trabalhos e testemunhos benéficos. Na Terra, quase sempre, o dever e a responsabilidade parecem esmagá-los, no entanto, a palavra do Evangelho é bastante clara no terreno das conquistas eternas.

Não nos referimos a recompensas banais de periferia. Destacamos o engrandecimento espiritual, a iluminação divina e a perfeição redentora, inacessíveis ainda ao entendimento comum.

Em verdade, o Senhor anunciou sacrifícios e sofrimentos aos seguidores, acentuando, porém, que os não deixaria órfãos.

Seriam convocados a interrogatórios humilhantes, contudo, não lhes faltaria a Sublime Inspiração.

Seguiriam atribulados, mas não angustiados; perseguidos, mas nunca desamparados.

Receberiam golpes e decepções, mas não lhes seriam negados a esperança e o reconforto.

Suportariam a incompreensão humana, todavia, os desígnios superiores agiriam em favor deles.

Sofreriam flagelações no mundo, no entanto, suas dores abasteceriam os celeiros da graça e da consolação para os aflitos.

Muita vez, participariam dos últimos lugares, entre as criaturas terrestres, para serem dos primeiros na cooperação com o Divino Trabalhador.

Seriam detidos nos cárceres, mas disporiam da presença dos anjos sob cânticos de glorificação.

Carregariam cicatrizes por sinais celestes.

Tolerariam sarcasmos em honroso serviço à Verdade.

Perseguidos e torturados, representariam as cartas palpitantes do Cristo à Humanidade.

Servos sofredores e humilhados no campo carnal, marchariam assinalados por luz imperecível.

Escalariam calvários de dor, suportando cruzes, encontrando, porém, a ressurreição, coroados de glória.

Efetivamente, pois, os colaboradores do Evangelho são, de modo gerai, anônimos e desprezados nas esferas convencionalistas da Terra; todavia, para eles, repete o Mestre, em todos os tempos, as sublimes palavras: “Sois meus amigos porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos dei a conhecer.” (Jo 15:14)



jo 15:15
Livro da Esperança

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 35
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Quando deres um festim, não convides teus amigos, nem os teus irmãos, nem os teus vizinhos ricos, para que não suceda que também eles te tornem a convidar e te seja isso recompensado.” — JESUS (Lc 14:12)


“Por festins deveis entender, não os repastos propriamente ditos, mas a participação na abundância de que desfrutais.” — ()


“Quando derdes um festim, disse Jesus, não convideis para ele os vossos amigos, mas os pobres a os estropiados”.

Decerto que o Divino Orientador não estabelecia a desistência das relações fraternais, nem o abandono do culto às afinidades do coração. Considerando, porém, a Humanidade por família única, induzia-nos a observar os irmãos menos felizes, na categoria de credores principais de nossa atenção, à maneira de enfermos queridos, que esperam no lar a prioridade de assistência por parte daqueles que lhes comungam o mesmo sangue.

Nas celebrações da alegria, é inútil convocar os entes amados, de vez que todos eles se encontram automaticamente dentro delas. Recorda os que jornadeiam no mundo, sob as algemas de austeras privações e partilha com eles as vantagens que te felicitam a vida.

Se exerces autoridade, é natural te disponhas à sustentação dos companheiros honestos que te apoiam a luta. Antes deles, no entanto, pensa no amparo que deves a todos os que padecem aflição e injustiça.

Obtiveste merecimentos sociais elevados pelos títulos de competência que granjeaste a preço de trabalho e de estudo, e, com semelhantes valores, é razoável te empenhes no reconforto, a benefício dos que viajam no carro de tuas facilidades terrestres. Antes deles, contudo, atende à cooperação em favor dos que jazem cansados nas provações sem remédio.

Desfrutas extensa possibilidade econômica, na qual é compreensível te devotes a obsequiar os amigos do teu nível doméstico. Antes deles, todavia, socorre os que esmorecem de fadiga e penúria, para quem, muitas vezes, a felicidade reside num sorriso amistoso ou num prato de pão.

Amealhaste conhecimento e, nos tesouros culturais que adquiriste, é justo te aprazas, nos torneios verbais de salão, enriquecendo o cérebro dos ouvintes que te respiram as normas superiores. Antes deles, porém, divide a luz que te clareia o mundo mental com os irmãos do caminho, que se debatem ainda, na noite da ignorância.

Jesus não te pede a deserção dos círculos afetivos. Ele próprio, certa feita, asseverou aos companheiros de apostolado: “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o meu senhor; chamo-vos, amigos, porque vos revelei tudo quanto ouvi de meu Pai.” (Jo 15:15)

Com os amigos, entretanto, consagrou-se primeiramente a aliviar a carga de todos os sofredores, como a dizer-nos que todos podemos cultivar afeições preciosas que nos alentem as energias, mas à frente dos que choram, nos transes de dolorosas necessidades, é preciso adotar a legenda “eles antes”.




(Reformador, março 1963, p. 64)



Joanna de Ângelis

jo 15:1
No Rumo da Felicidade

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 5
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis
Jesus afirma ao discípulo:

—Eu sou o Caminho. Vem após mim e lograrás a paz.


* * *

—Eu sou a Verdade. Penetra-te com as minhas lições e te salvarás.


* * *

—Eu sou a Vida. Irriga-te comas minhas energias e nunca sucumbirás.


* * *

—Eu sou o Pão da Vida. Nutrete com as minhas forças e viverás.


* * *

—Eu sou a Porta. Atravessa-a com o teu esforço pessoal e lograrás o triunfo sobre ti mesmo.


* * *

—Eu sou o Pastor. Deixa-me conduzir-te e chegarás ao aprisco de paz.


* * *

—Eu sou a Luz do mundo.


Faculta-te banhar pela claridade do amor e jamais tropeçarás em treva.


* * *

—Eu sou o Filho do Homem.


Une-te ao meu programa e te conduzirei ao Pai.


* * *

—Eu sou o Mestre. Aprende comigo e serás sábio.


* * *

—Eu sou manso e humilde de coração. Adapta-te à renovação transformadora para o bem e nunca mais sofrerás.


* * *

Somente conseguirás a plenitude se te resolveres por fazer a tua parte.


* * *

Eu sou. Tu ainda te candidatas.


Eu posso. Tu apenas intentas.


Eu tenho. Tu inicias a conquista.


Eu venço. Tu enfrentas batalhas não terminadas.


Eu vivo desde antes. Tu iniciaste a marcha depois.


Eu te convoco; todavia, se não te resolves por seguir-me, apiedome de ti, porquanto, em verdade, ainda não me amas nem me queres.


Buscar-te-ei depois.


Não te queixes por enquanto e medita na oportunidade que te concedo.


jo 15:15
Leis Morais da Vida

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 33
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

Não apenas a simpatia como ingrediente único para facultar que os afagos da amizade te adornem e enlevem o espírito.


Muito fácil ganhar como perder amigos.


Quiçá difícil se apresente a tarefa de sustentar amizades, ao invés de somente consegui-las.


O magnetismo pessoal é fator importante para promover a aquisição de afetos.


Todavia, se o comportamento pessoal não se padroniza e sustenta em diretrizes de enobrecimento e lealdade, as amizades e afeições não raro se convertem em pesada canga, desagradável parceria que culmina em clima de animosidade, gerando futuros adversários.


Nesse particular existem pequenos fatores que não podem nem devem ser relegados a plano secundário, a fim de que sejam mantidas as afeições.


A planta não irrigada sucumbe sob a canícula.


O grão não sepulto morre.


O lume sem combustível se apaga.


A máquina sem graxa arrebenta-se.


Assim, também, a amizade que sem o sustento da cortesia e da gentileza se estiola.


* * *

Se desejas preservar teus amigos não creias consegui-lo mediante um curso de etiqueta ou de boas maneiras, com que muitas vezes a aparência estudada, artificial, substitui ou esconde os sentimentos reais.


Os impositivos evangélicos que te apliques, ser-te-ão admiráveis técnicas de autenticidade, que funcionam como recurso valioso para a sustentação do bem em qualquer lugar, em toda situação, com qualquer pessoa.


A afabilidade, a doçura, a gentileza de alguém, aparentemente destituído de simpatia conseguem propiciar a presença de amigos, retê-los e torná-los afetos puros para sempre.


Amizades se desagregam ou se desgastam exatamente após articuladas, no período em que os consórcios fraternos se descuidam de mantê-las.


E isto normalmente ocorre, como consequência de atitudes que se podem evitar: o olhar agressivo;


A palavra ríspida;


O atendimento hostil ou negligente;


A lamentação constante;


A irreverência acompanhada pela frivolidade;


A irritação contínua;


A queixa contumaz;


O pessimismo vinagroso.


Os amigos são companheiros que também têm problemas.


Por essa razão se acercam de ti.


Usa, no trato com eles, quanto possível, a bondade e a atenção, a fim de que, um dia, conforme Jesus enunciou: "Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz seu senhor; mas, tenho-vos chamado amigos, porquevos revelei tudo quanto ouvi de meu Pai", tornando-te legítimo amigo de todos, conseqúentemente fruindo as bênçãos da amizade e da afeição puras.



Vinícius

jo 15:1
Na Seara do Mestre

Categoria: Livro Espírita
Ref: 3387
Capítulo: 17
Página: 82
Vinícius
Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o viticultor. Toda vara em mim que não dá fruto, Ele a corta; e a vara que dá fruto, Ele a limpa para que dê mais abundante. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado. Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós. Como a vara não pode dar fruto de si mesma, se não permanecer na videira, assim nem vós o podeis dar se não permanecerdes em mim. Aquele que permanece em mim e no qual eu permaneço, dá muito fruto, pois sem mim nada podeis fazer. Se alguém não permanecer em mim, é lançado fora como a vara, e seca-se; semelhantes varas são ajuntadas, lançadas no fogo, e elas ardem.

(JOÃO, 15:1 a 6.)


Conforme vemos pelo trecho acima, Jesus apresenta-se nesta alegoria em suas relações íntimas com os discípulos e com aquele que o enviou a este mundo. Compara-se à vide, sendo o Pai o viticultor, e os apóstolos, os sarmentos.


A videira com as respectivas varas encarnam, pois, a Igreja viva do Cristo em sua unidade perfeita. Sua missão, como a da vide, é produzir frutos. Abstraindo-nos da frutificação, tanto a vide como a igreja nada representam. A finalidade de uma e de outra está nos frutos. Estes, na vide, pendem dos sarmentos, porém, os sarmentos, de si mesmos, nada produzem, de vez que sua fertilidade decorre de certo elemento vital fornecido pela cepa que, a seu turno, absorve-o do seio da terra através das suas raízes ali mergulhadas.


A seiva, portanto, que é a vida da videira como o sangue é a vida do corpo animal, prefigura o poder vivificante que o Cristo de Deus transmite aos que, em verdade, se dispõem a seguir-lhe as luminosas pegadas.


A prova, por conseguinte, de que estamos com Ele, de que realmente somos varas integradas na vide, verificar-se-á nos frutos que produzamos. Frutos de espiritualidade, de abnegação e renúncia, de bondade e de justiça.


O sarmento destacado da cepa destaca-se também dos demais, porque é na videira que eles encontram o ponto de mútuo contato.


Outro tanto sucede com aqueles que se divorciam do Cristo: quebram a unidade da Igreja, separando-se dos seus irmãos. É em Cristo Jesus, em sua escola e em seus preceitos éticos que se há de consumar, um dia, a união entre os homens. Ele é o centro de convergência, é a força aglutinadora que congraçará a Humanidade, destruindo as causas de separação que, até aqui, a têm mantido desunida e desagregada. "Quando eu for levantado, atrairei todos a mim. "

O homem nada é, considerado isoladamente. Ele é parte do todo. Quanto mais identificado com a unidade, tanto mais produzirá. O isolacionismo é uma das formas mais funestas do egoísmo. A ideologia das ditaduras, expressa na fórmula — cada nação deve bastar-se a si própria —, é uma quimera perigosa e estúpida, pois, isolando os povos, acoroçoa entre eles o sentimento de supremacia, fermento gerador de rivalidades que culminam nas guerras sanguinolentas e cruéis como essa que ora acaba de lançar a Humanidade na ruína e no caos.


Deus é fonte eterna da vida em todas as suas modalidades de energia e de produção. Jesus é o seu Ungido para estabelecer o liame entre o céu e a terra, o Espírito e a matéria, o humano e o divino. Tal é o sentido destes dizeres: Eu sou a videira, vós sois as varas, e meu Pai é o viticultor. Nesse entrosamento está o Alfa e o Ômega.


O homem isolado da comunidade é vara destacada da vide: esteriliza-se e seca. Esta assertiva é uma realidade tanto no que respeita ao indivíduo como no que concerne às nações. Se a política isolacionista, outrora vigente na América do Norte, não mantivesse por tanto tempo os Estados Unidos separados das demais nações, ter-se-ia evitado a conflagração atual que acabou por submergir o planeta num mar de sangue, de lágrimas e de angústia.


Oxalá os responsáveis pelos destinos desta Humanidade aproveitem a lição, ganhando a paz, depois de terem ganho a guerra.


As varas estéreis, diz a parábola, serão cortadas e lançadas ao fogo, o que vale dizer que os elementos insanos, obstinados no mal, ficarão entregues a si próprios, ardendo no fogo do remorso originado dos delitos cometidos.


As varas produtivas serão limpas, isto é, se desvencilharão, através de experiências e provas, de todos os laivos de impureza, a fim de que produzam mais abundantemente.


Conforme vemos, existe, de fato, perfeita analogia entre a videira e a Igreja viva do Cordeiro de Deus. Apenas uma diferença formal as distingue: diferença essa que convém acentuar, de vez que encerra grande ensinamento: a vida tem suas raízes entranhadas no seio da terra de onde aure a seiva que transmite aos sarmentos. A Igreja do Cristo tem suas raízes voltadas para cima, mergulhadas nas esferas celestiais, fonte inexaurível de vida espiritual que vai absorvendo e transfundindo naqueles que a ela se acham incorporados.


jo 15:12
Nas Pegadas do Mestre

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 77
Página: 174
Vinícius

Jesus não veio ao mundo fundar uma igreja como tantas já então existentes no seu tempo.


Não há paralelo entre Jesus e Maomet, entre Jesus e Buda, entre Jesus e Lutero, entre Jesus e o papado romano.


Os organizadores de seitas religiosas agiram visando a estabelecer igrejas suas, com caráter pessoal, embora se reportassem às tradições, às Escrituras, à ética, à ciência ou a qualquer outra base. Todos eles personalizaram seus feitos. Daí a origem dos cismas e das facções que dividiram a família humana em torno de um ideal cujo objetivo fundamental é precisamente o contrário: é unir e irmanar os homens numa aspiração comum, na consecução de destinos que são os mesmos para todos. Referimo-nos ao alvo da Religião.


Jesus não trouxe à Terra um sistema religioso a mais.


Ele teve por missão revelar Deus à Humanidade. No desempenho desse mandato revelou ao mundo a Religião. Revelando a Religião, proscreveu as religiões.


Encarnando Deus e a sua justiça, Jesus instruiu os homens no conhecimento da verdade eterna de cuja ignorância provêm todos os males e todos os sofrimentos.


Encarnando Deus e a sua justiça, não fêz obra divina: revelou a obra divina.


Destruiu o personalismo, a escolástica, o sectarismo, fazendo ver aos homens que eles devem buscar conhecer a Religião e não pretender criar religiões, visto como a Religião é a verdade e a verdade é eterna, coexiste com Deus.


Tal é o que depreendemos das suas palavras: "Nada faço de mim mesmo, mas em tudo procedo conforme a vontade do Pai. A doutrina que ensino não é minha, mas daquele que me enviou. Quem me rejeita, não rejeita a mim próprio, mas àquele que me enviou. "

Deus se revela ao mundo debaixo de todas as formas. As maravilhas da criação, a harmonia dos astros e do Universo em geral, a sabedoria das leis que regem a mecânica celeste — são manifestações inequívocas da Divindade. Contudo, Deus, precisava revelar-se no íntimo do homem. Deus quis manifestar-se através do bem, como já se havia manifestado através do belo. Quis mostrar-se no interior, como já se havia mostrado no exterior. O mundo já o conhecia na exteriorização de sua força, do seu poder, da sua inteligência, da sua sabedoria. Era absolutamente necessário que o conhecesse através do seu amor. Já o tinham visto como o supremo arquiteto, Senhor dos Céus e da Terra. Era, porém, mister que o conhecessem na intimidade, como Pai, através do perdão, da misericórdia, da solicitude, da longanimidade.


Neste ambiente não havia quem pudesse revelá-lo sob tal prisma. Veio, então, Jesus ao mundo, desempenhar essa missão.


A natureza revela Deus objetivamente, Jesus no-lo revela subjetivamente, através do amor, da verdade, da justiça. A natureza fala-nos de Deus à razão. Jesus fala-nos de Deus ao coração.


Os profetas, como intermediários entre o Céu e a Terra, falaram de Deus como homens. Jesus, como Cristo, fala de Deus na qualidade de oráculo do próprio Deus. Os profetas refletiram Deus através das imperfeições humanas. Jesus refletiu-o com fidelidade, porque não havia em sua alma imaculada mancha alguma que pudesse empanar o brilho da Divindade.


Revelar Deus e a sua justiça: eis a missão de Jesus Cristo.



Grupo Emmanuel

jo 15:1
Luz Imperecível

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 152
Grupo Emmanuel

Lc 6:44


Porque cada árvore se conhece pelo seu próprio fruto; pois não se colhem figos dos espinheiros, nem se vindimam uvas dos abrolhos.


PORQUE CADA ÁRVORE SE CONHECE PELO SEU PRÓPRIO FRUTO;


– Assim como cada árvore tem suas características, cada espírito possui valores que se vão aperfeiçoando sempre e gradativamente. Devemos admitir, porém, que, havendo boa vontade, trabalho e perseverança, o processo tende a ser dinamizado, agilizado.


A boa árvore é sempre um repositório de valores positivos. Forçoso reconhecer que a criatura põe à mostra o que é, quando reage, do que quando age, porque a reação é espontânea, foge a toda e qualquer planificação.


POIS NÃO SE COLHEM FIGOS DOS ESPINHEIROS, - Jesus se referia muito à figueira e à parreira. Ambas dão frutos com uma particularidade: sem florescer. E, oportuno é reconhecer que as flores sempre belas, úteis com seu aroma e essência, a evidenciarem a sabedoria e a perfeição da divindade, podem em última análise não passar de simples ornamento, principalmente, diante da presença do fruto que por alimentar, prepondera no plano das opções. Ante a necessidade de atendimento da fome física ou espiritual, necessário discernir entre o essencial e o acessório, neste caso, o enfeite torna-se dispensável. Espiritualmente compreendido pode expressar simples componente exterior sem qualquer perspectiva de mudança estrutural da criatura. Com isso, aprendemos que os espíritos devem crescer e frutificar, sem fornecer clima para ilusões nem se deter nelas.


O figo é um alimento fornecido pela figueira. Ótimo já termos atingido a condição de espíritos-figueiras, capazes de produzir algo que sustenta. Nessa altura, já temos responsabilidade tanto que o Mestre advertiu a figueira estéril: Nunca mais coma alguém fruto de ti. (Mc.


11 e 14) .


Certos disso, devemos lembrar que, não apenas existem figueiras infrutíferas, mas também, espíritos-espinheiros que, além de não produzirem, se constituem em verdadeiro martírio para aqueles que convivem em seu campo de ação.


NEM SE VINDIMAM UVAS DOS ABROLHOS. - Não se podem colher uvas dos abrolhos, que são plantas rasteiras e espinhosas. Apesar de sua função no processo evolutivo, o abrolho não ocupará o lugar da videira, planta de produção peculiar, a nos indicar, simbolicamente, toda a mecânica da renovação do espírito com Jesus. Todos nós, que ainda nos fixamos como espinheiros, somos convocados às mudanças de essência para que, transformando-nos em videiras na Vinha do Senhor, capacitemo-nos à prática do Bem, com Ele, que nos afirma: Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. (Jo 15:1 e Jo 15:2).



Honório Onofre de Abreu

jo 15:1
O Evangelho por Dentro

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 10
Wagner Gomes da Paixão
Honório Onofre de Abreu

MT 7:12


ASSIM, TUDO QUANTO QUEREIS QUE OS HOMENS VOS FAÇAM, ASSIM TAMBÉM FAZEI VÓS A ELES, POIS ESTA É A LEI E OS PROFETAS.

ASSIM, TUDO QUANTO QUEREIS QUE OS HOMENS VOS FAÇAM, - No estudo da Lei de Conservação (O Livro dos Espíritos, parte terceira, Capítulo 5) alcançamos a visão clara e determinante que nos estimula a transcender o egoísmo de que ainda nos revestimos ante a vida social.


É natural o CULTO DE SI MESMO nas idades primárias do Espírito, pois DEUS NOS DEU A NECESSIDADE DE VIVER e A VIDA É NECESSÁRIA AO APERFEIÇOAMENTO DOS SERES, conforme declaração dos Espíritos superiores a Allan Kardec, na referência doutrinária acima citada.


Desse modo, sentir-se, nas fases de formação elementar da consciência, o CENTRO DO UNIVERSO, significa para os que nos governam a evolução de Mais Alto, impulso ao progresso. E foi por compreender essa dinâmica providencial do Criador e Pai que o apóstolo Paulo ensinou: PORQUE A LEI OPERA A IRA [AÇÃO DA LEI DE CAUSA E EFEITO]; PORQUE ONDE NÃO HÁ LEI TAMBÉM NÃO HÁ TRANSGRESSÃO (Rm 4:15) . Ou seja, quando não se conhece a Lei o que se faz é lei.


A primitividade se constitui do despertamento elementar da mente, que, por efeito de necessidades existenciais e instintivas, se ilustra no tempo para avançar no domínio das questões mais subjetivas, relativas à moral (REGRA DE BEM PROCEDER - O Livro dos Espíritos, questão 629).


Em mundos como a Terra (O Evangelho segundo o Espiritismo, Capítulo 3, itens 3 a 7), a primitividade foi vencida e a Humanidade passou a emancipar-se para a fase de expiações e provas, quando as TÁBUAS DA LEI, pelas mãos de Moisés, foram apresentadas ao mundo, como síntese da Lei de Justiça, já depreendida pelos povos da Antiguidade.


Todas essas considerações nos auxiliam a entender que a recomendação do senhor AMARÁS O TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO (Mt 22:39) é o supremo objetivo de todos nós no processo evolucional, mas contém o imperativo primacial do AMAR A SI MESMO, significando a síntese dos labores existenciais da primitividade, sob os dispositivos da Lei de Conservação (O Livro dos Espíritos, parte terceira, Capítulo 5), sem cujos ditames não teríamos ciência e nem consciência de nós próprios, da nossa individualidade e de nossa imortalidade, para então dilatar esse amor e refletir a luz do excelso Pai.


Com base na fecunda referência TUDO QUANTO QUEREIS QUE OS HOMENS VOS FAÇAM, temos o caminho da caridade: se esperamos para nós, é isso que deve ser oferecido aos outros!


ASSIM TAMBÉM FAZEI VÓS A ELES, - A fixação dos valores de vida, tão ansiados pelos homens, somente se dá pelo exercício da fraternidade, quando, ainda imperfeitos e sem domínio das circunstâncias ou mesmo do objeto de seus desejos, há evidente esforço por IMPROVISAR e oferecer aos semelhantes o que já se concebe por dádiva do talento espiritual.


DEUS NÃO DÁ O ESPÍRITO COM LIMITAÇÃO (Jo 3:34) e a obra do progresso obedece à Lei de sociedade (O Livro dos Espíritos, questões 766:774), quando ocorre uma espécie de COMPENSAÇÃO intelecto-moral, facilitando a dinâmica expressão da Verdade Divina, por efeito da interação entre encarnados e desencarnados vinculados ao grupamento (Pensamento e Vida, Capítulos 1, 12:18).


Em face de semelhantes verdades universais, o TAMBÉM FAZEI VÓS A ELES representa a chancela moral que altera padrões vibracionais da alma, elevando os seres à categoria de FILHOS do Pai Altíssimo (O Evangelho segundo o Espiritismo, Capítulo 15, itens 2:3).


E como todo aprendizado e toda experimentação estão submetidos à cadeia interdependente da Criação, em suas escalas infinitas, Jesus, nosso Guia e Modelo (O Livro dos Espíritos, questão 625) é a suprema referência que possuímos para romper limitações e personalismo (Jo 15:1-17).


POIS ESTA É A LEI E OS PROFETAS. - Toda fecundação espiritual recebida na Antiguidade, de Melquisedeque a João Batista, teve por objetivo a preparação do caminho do senhor: VOZ QUE CLAMA NO DESERTO: PREPARAI O CAMINHO DO SENHOR, TORNAI RETAS SUAS SENDAS (Mt 3:3), pois DEUS USA O TEMPO E NÃO A VIOLÊNCIA, na justa conceituação do Espírito irmão X (Estante da Vida, Capítulo 25).


Revelando a Lei de Amor que a todos os convertidos ISENTA DA LEI (Gl 4:4-5), Jesus sintetiza a obra da Luz, revela Deus aos homens e é tutor de nossas esperanças pela redenção (Jo 1:18; Hb 1:1-2).


jo 15:13
Religião Cósmica

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 28
Wagner Gomes da Paixão
Honório Onofre de Abreu
(JO 15:13, Gênesis 1:27, MT 13:43, MT 11:15, JO 8:32, Romanos 8:28, Filipenses 4:13)

"Das filosofias mais remotas da Terra até os apogeus do Espiritualismo moderno que as Vozes do Céu consagraram no mundo dos homens através de formoso tratado de vida cósmica, o estudo das potências divinas que dormem desconhecidas na intimidade de Princípios e Seres em rude labor existencial, sob a influência decisiva do Sol que os alinha em gravitações múltiplas para fomento da vida ordenada e inteligente, revelará facetas do quimismo elementar de manutenção e, consequentemente, da mentossíntese complexa que amplia esse poder cocriador, herança do Eterno. Encontramos, nesses movimentos de imantação, saturação e eclosão em novas dimensões, o heterotrofismo que lembra a interdependência da Criação, embora ele prevaleça em bases dependentes e até viciosas, notadamente na esfera das relações humanas, quando a submissão e a escravização se mostram em painéis sombrios de expiações e provas morais. Todavia, a denominada autotrofia é o alicerce de emancipação embrionária e a imagem simbológica do que, na condição humana, a mente poderá e deverá fazer, assimilando as correntes de amor da Criação pelos sentidos mais adestrados, a fim de convertê-las em alimento e força da própria alma. Daí nascem os atos heroicos de renúncia e abnegação, de coragem moral e fé transcendente, como estradas impalpáveis, mas profundamente legítimas de vida abundante, de inserção progressiva no divino poder Criador... ".


Ao nos depararmos com essas análises grandiosas dos processos cocriadores em eclosão pelo Infinito, vislumbramos a força dual que dinamiza todos os processos evolucionais da família humana, pois masculino e feminino, noite e dia, sol e lua, frio e quente, ativo e passivo, positivo e negativo são faces de uma mesma e única realidade espiritual: o Espírito criado por Deus. Criados simples e ignorantes, as adesões íntimas se revelam por tendências que representarão forças em desdobramento, com especificidade, sem que isso, nessas fases de trabalho em mundos marcados pelo materialismo e por interesse pessoal, signifique um determinismo ou um caminho fechado para realizações espirituais dos Seres. Já se sabe que um Espírito puro guarda em si todas as probabilidades evolutivas, portanto, a pureza ou a perfeição implicam pleno domínio dessa dualidade sugerida nas existências, até que a unidade, em Deus, o Pai e Criador, se defina.


Se a heterotrofia é reconhecidamente um processo de dependência e limitação nas faixas orgânicas, ela existe igualmente na condição psíquica dos Seres pensantes, como, por exemplo, a dependência que a mulher tem do homem para o fenômeno da reprodução. É reconhecida nos afetos escravizantes, em que os parceiros de condição ativa e passiva como que se nutrem de modo estranho, às vezes invertido e vicioso. Sem dúvida, essa heterotrofia promove experimentações múltiplas, do vegetal aos homens, sendo uma manifestação embrionária da genuína interdependência espiritual que vige no Universo. Funciona regida pela Lei das Compensações, ainda que em zonas inferiores onde não haja consciência desperta e elevação de propósitos por agregação de valor moral.


A condição autotrófica, por sua vez, denuncia o labor interno passível de se nutrir, não somente nas espécies vegetais conhecidas, mas também nos corações que já se firmam em autoconfiança e fervor diante da Vida. São incontáveis os exemplos do heroísmo citado por Sócrates na Terra, já que a disposição de "se dar", sem dependência e sem exigências, faculta à alma em caminhada evolucional e de progresso um domínio excepcional de si mesma, tendo por apoio as forças impalpáveis do Amor divino. Geralmente classificadas por fenômenos da fé vigorosa, essas ações e reações de grandes almas remontam à autotrofia simples do reino vegetal, como a nos ensinar que toda a estruturação mental que nos garante o fluxo das experiências em níveis crescentes e inestancáveis, se agigantando no tempo, nasceram de maneira singela e acanhada nos ambientes restritos e repetitivos dos reinos que antecedem o homem. São princípios ou fundamentos que, como radículas, lançam das entranhas desconhecidas dos Princípios Inteligentes aclimatados no planeta as primeiras impulsões de suas tendências ainda inabordáveis aos nossos estudos de Evolução, mesmo aqui na Vida Espiritual...


Em verdade, as dores e os sofrimentos nos dilapidam as ilusões e os caprichos para que nos descubramos íntegros e fortes em nossa essencialidade. Interdependência pede autodomínio para não se descambar em obsessão. Há uma harmonia na proposta da comunhão e da autotrofia que é um recado substancioso aos que têm olhos de ver e ouvidos de ouvir. A suprema realização está por dentro e não por fora, pois todos os elementos dispostos em torno de nosso campo de gravitação guardam o propósito solidário de nos inspirar e sugerir, nunca de nos submeter e aprisionar. Nenhuma dor, em termos de decepção e queda moral, é capaz de nos impedir a autodescoberta, porque seu papel, a qualquer tempo, é o de provar nossas aquisições e aferir nossos propósitos essenciais. A vida íntima é a prerrogativa inarredável que o Pai nos concedeu e vigorará para sempre!


jo 15:15
As Chaves do Reino

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 2
Wagner Gomes da Paixão
Honório Onofre de Abreu

Quando, por efeito das experiências primevas, na infância da humanidade, ocorreram as primeiras noções de justiça, as Tábuas da Lei formalizaram, de modo universalista, os princípios que passariam a reger o mundo íntimo das criaturas e suas relações sociais. Expressivo passo em favor do progresso inteligente dos seres nessa fase, que culminaria nas pregações de João, o Batista, símbolo da plena observância da Lei. Daí a referência de Jesus a ele, quando diz que "entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista" (MT 11:11; LC 7:28). Quer dizer, dos que conquistaram mérito por efeito dos labores pelas reencarnações regidas pela Lei de Causa e Efeito, João se destacava. Encontraremos assim, a figura do "servo", aquele que, por resultante de regras rígidas e ameaçadoras, cumpre o seu dever, embora sem consciência do significado moral dessas experiências: "Já vos não chamarei servos porque o servo não sabe o que faz o seu senhor" (JO 15:15).


Alargando o potencial de suas percepções através das vidas sucessivas que guardam a expressão simbólica de um arado a tornar maleável e fecunda a terra psíquica das criaturas, passível de muita produção avulta o entendimento das almas, quando alcançam a relativa maturidade de suas faculdades inteligentes, permitindo-lhes sentir a vida em novos prismas, tanto quanto libertar suas antigas concepções acerca de Deus e do Universo das antigas "amarras" dogmáticas e sistêmicas, segundo culturas e imposições então ultrapassadas, sem utilidade prática, graças à ampliação da compreensão íntima dos seres (evolução da ideia religiosa, qualificação da leitura pessoal da vida e de seus objetivos).


Como o planeta torna-se, de modo globalizado, um território de expiações e provas a partir daquela fase do Decálogo, vamos perceber que, com o aporte daquele contingente oriundo de Capela, na constelação de Cocheiro (vinda dos Espíritos degredados de outro orbe para a Terra), estabelece-se a diversidade de caracteres morais, o que se deve considerar para bom entendimento de como se processa a referida "maturidade" psíquica, que não é um fenômeno geral, porém de viva influência sobre o todo. É que, com os capelinos situados aqui, surgem os viciados, os inconformados, os violadores das leis, de modo que, além dos simples, simbolizados nas lições do Evangelho por "cachorrinhos" ("Mas Jesus disse-lhe: Deixa primeiro saciar os filhos; porque não convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos" - MC 7:27), existem também os "porcos": "[... ] nem deiteis aos porcos as vossas pérolas; não aconteça que as pisem com os pés, e, voltando-se, vos despedacem" (MT 7:6).


Assim, em meio a Espíritos simples, sem muitas aquisições intelectuais e morais (expressão dos autóctones, aborígines), e outros já comprometidos com a Lei (contingente oriundo de Capela), muitos se capacitaram e se emanciparam dessa condição de "servo" por dever e por temor (circuito mental mais fechado, quando se aprende, de fora para dentro, na base dos impactos), passando à condição de "filhos" e, por esse motivo, "herdeiros" do Grande Pai (abertura psíquica para temas morais e éticos, quando se estabelecem novos padrões de interpretação e vivência).


No entanto, se o despertamento mental autoriza o reconhecimento de Deus por Criador e Pai, somente a partir da real entrega de si mesmo à vontade do Supremo Senhor é que ocorre a graduação para a condição de "servidor". É que, mesmo alcançando a concepção mais ampliada de filho de Deus, a criatura pode mostrar-se refém dos mesmos interesses pessoais que o dominavam anteriormente, por imposição do egoísmo (efeitos dos condicionamentos adquiridos no tempo e que operam a indução à rotina): "Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço" (Romanos 7:19). Observamos isso de modo claro e bem explícito na "Parábola do filho pródigo", quando o filho, aparentemente leal ao pai, reclama seus direitos, ao perceber a generosidade do genitor com o filho desertor, que retorna: "Mas respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos" (LC 15:29).


Assim, o amor tende a qualificar-se na sabedoria, pois o discernimento como expressão do bom senso, é evidente depuração do sentimento maior.


Identificam-se, portanto, o "servo", como produto do domínio da Lei de Justiça (seu trabalho é realizado pela imposição, de fora para dentro, pelo temor); o "filho", como fruto da consciência da Lei de Amor vigente na Criação (surge geralmente pelo mecanismo da saturação, quando a individualidade, já exausta da escravização conceitual e de mera sobrevivência, começa a questionar, a cotejar informações, a deduzir logicamente e a sentir a amplitude da vida com seus movimentos evolutivos); e o "servidor", por expressão da consciência cósmica, então proposta essencial da Verdade revelada pelo Consolador Prometido por Jesus, quando se insere, pela adesão do sentimento, às propostas mais generosas e sábias do contexto em que se move, raiando pela desativação da resistência e da má vontade conectando, com isso, a moral evangélica, que é a expressão mais pura da Lei.



Diversos

jo 15:7
Educandário de Luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 17
Francisco Cândido Xavier
Diversos

“Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito.” — JESUS (Jo 15:7)


Habitualmente, quando as tarefas de uma equipe consagrada ao serviço do bem parecem devidamente estabilizadas, a crise explode.

Desequilibra-se o clima das boas obras e a tempestade ruge.

Desentendem-se irmãos na sombra da discórdia, quando mais necessária se faz a luz da harmonia.

Edificações que se figuravam consolidadas apresentam brechas arrasadoras.

Todo o esquema das realizações em andamento se mostra superficialmente comprometido.

Afastam-se companheiros de posições importantes deixando claros difíceis de preencher.

Esses são os dias de exame, em que a ventania da crítica esbraveja em torno de nós, experimentando-nos a segurança da construção. E esses são igualmente os dias para a serenidade maior. Diante deles, nada de irritação, nem desânimo.

Reunirmo-nos, mais estreitamente, uns aos outros na fidelidade ao trabalho, a fim de conjurar perigos maiores, é o nosso dever.

Urge consertar a máquina de ação, como pudermos, dentro de todos os recursos lícitos, à maneira dos ferroviários que restauram a locomotiva descarrilada e, depois de colocá-la em condições de serviços nos trilhos justos, seguir para a frente.

Nem acusações, nem lamentos.

Trabalhar com mais ardor, esquecendo o mal e lembrando o bem.

Restabelecer a união e avançar adiante.

Compreender que as horas para a fé não são aquelas do Sol rutilando no firmamento azul, mas precisamente aquelas outras em que as nuvens despejam ameaças de algum lugar do céu.

Todos encontramos dificuldades no caminho em que transitamos.

Sempre que chamados a servir é forçoso recordar que estamos carregando encargos que a Divina Providência nos confiou, no bem de todos. E, cuidando de satisfazer aos Desígnios de Deus, sejam quais forem os riscos e tropeços com que sejamos defrontados, estejamos convencidos de que Deus cuidará de nós.




(Reformador, setembro 1968, p. 197)


jo 15:12
Através do Tempo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 29
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Irmã Odette: Que a paz do Senhor nos felicite os corações.

Mediunidade com Jesus é serviço aos semelhantes.

Desenvolver esse recurso é, sobretudo, aprender a servir.

Aqui, alguém fala em nome dos Espíritos desencarnados; ali, um companheiro aplica energias curadoras; além, um cooperador ensina o roteiro da verdade; acolá, outrem enxuga as lágrimas do próximo, semeando consolações. Contudo, é o mesmo poder que opera em todos. (1co 12:4) É a divina inspiração do Cristo, dinamizada através de mil modos diferentes por reerguer-nos da condição de inferioridade ou de sofrimento ao título de herdeiros do Eterno Pai.

E nessa movimentação bendita de socorro e esclarecimento, não se reclama o título convencional do mundo qualquer que seja, porque a mediunidade cristã, em si, não colide com nenhuma posição social, constituindo fonte do Céu a derramar benefícios na Terra, por intermédio dos corações de boa vontade.

Em razão disso, antes de qualquer sondagem das forças psíquicas, no sentido de se lhes apreciar o desdobramento, vale mais a consagração do trabalhador à caridade legítima, em cujo exercício todas as realizações sublimes da alma podem ser encontradas.

Quem desejar a verdadeira felicidade, há de improvisar a felicidade dos outros; quem procure a consolação, para encontrá-la, deverá reconfortar os mais desditosos da humana experiência.

Dar para receber. Ajudar para ser amparado.

Esclarecer para conquistar a sabedoria e devotar-se ao bem do próximo para alcançar a divindade do amor.

Eis a lei que impera, igualmente, no campo mediúnico, sem cuja observação, o colaborador da Nova Revelação não atravessa os pórticos das rudimentares noções de vida eterna.

Espírito algum construirá a escada de ascensão sem atenção às determinações do auxílio mútuo.

Nesse terreno, portanto, há muito que fazer nos círculos da Doutrina Cristã rediviva, porque não basta ser médium para honrar-se alguém com as bênçãos da luz, tanto quanto não vale possuir uma charrua perfeita, sem a sua aplicação no esforço da sementeira.

A tarefa pede fortaleza no serviço, com ternura no sentimento.

Sem um raciocínio amadurecido para superar a desaprovação provisória da ignorância e da incompreensão e sem as fibras harmoniosas do carinho fraterno para socorrê-las, com espírito de solidariedade real, é quase impraticável a jornada para a frente.

Os golpes da sombra martelam o trabalho iluminativo da mente por todos os flancos e imprescindível se torna ao instrumento humano das verdades divinas armar-se convenientemente na fé viva e na boa vontade incessante, a fim de satisfazer aos imperativos do ministério a que foi convocado.

Age, assim, com isenção de ânimo, sem desalento e sem inquietação, em teu apostolado de curar.

Estende as tuas mãos sobre os doentes que te busquem o concurso de irmã dos infortunados, convicta de que o Senhor é o Manancial de todas as bênçãos.

O lavrador semeia, mas é a bondade Divina que faz desabrochar a flor e preparar-se o fruto. É indispensável marchar de alma erguida para o Alto, vigiando, apesar das serpes e dos, espinhos que povoam o chão.

Diversos amigos se revelam interessados em tua tarefa de fraternidade e luz e não seria justo que a hesitação te paralisasse os impulsos mais nobres, tão somente porque a opinião do mundo te não entende os propósitos, nem os objetivos da Esfera espiritual, de maneira imediata.

Não importa que o templo seja humilde e que os mensageiros compareçam na túnica de extrema simplicidade.

O Mestre Divino ensinava a verdade à frente de um lago e costumava ministrar os dons celestiais sob um teto emprestado; além disso, encontrou os companheiros mais abnegados e fiéis entre pescadores anônimos, integrados na vida singela da natureza.

Não te apoquentes, minha irmã, e segue sem serenidade.

Claro está que ainda não temos seguidores leais do Senhor sem a cruz do sacrifício.

A mediunidade é um madeiro de espinhos dilacerantes, mas com o avanço da subida, calvário acima, os acúleos se transformaram em flores e os braços da cruz se convertem em asas de luz para a alma livre na eternidade.

Não desprezes a tua oportunidade de servir e prossegue de esperança robusta.

A carne é uma estrada breve. Aproveitemo-la sempre que possível na sublime sementeira da caridade perfeita.

Em suma, ser médium no roteiro cristão é dar de si mesmo em nome do Mestre. E foi Ele que nos descerrou a realidade de que somente alcançam a vida verdadeira aqueles que sabem perder a existência em favor de todos os que se constituem seus tutelados e filhos de Deus na Terra. Segue, pois, para diante, amando e servindo.

Não nos deve preocupar a ausência de alheia compreensão. Antes de cogitarmos do problema de sermos amados, busquemos amar, conforme o Amigo Celeste nos ensinou. (Jo 15:12)

Que Ele nos proteja, nos fortifique e abençoe.




(Psicografada em 10/9/1951 no Centro Espírita Luiz Gonzaga, na cidade de Pedro Leopoldo, M. G.)


O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original publicada em 1952 pela LAKE e é a 28ª da 1ª Parte do livro “”


jo 15:12
Cartas do Coração

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 28
Francisco Cândido Xavier
Diversos

   Não desprezes, no mundo, filha amada,

  Nosso caminho de aflitivas dores…

  Em nossa cruz de braços redentores

  Brilha a excelsa esperança da alvorada!…


   Cultiva sempre a Fé por onde fores

  E, ainda mesmo sozinha e fatigada,

  Serve à Glória do Bem na Grande Estrada,

  Onde o Amor guarda ocultos resplendores!…


   Hoje, louvo as angústias e as feridas

  Com que lavei meus erros de outras vidas,

  Aos teus sorrisos de consolação.


   E repito-te, em pranto de saudade

  — Deus te abençoe, meu anjo de bondade,

  Filha Querida do meu Coração!…




— Soneto oferecido pelo poeta à irmã Julinha Kohleisen, de São Paulo.


jo 15:12
Chico Xavier Pede Licença

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 14
Francisco Cândido Xavier
Diversos
Emmanuel

Contemplarás o mundo, sob o impacto do progresso, observando que no bojo da tempestade surge a presença do trabalho renovador.

Enquanto a ventania da transformação sopra furiosamente sobre a nave terrestre, alterando-lhe os rumos, guardarás lealdade à fé no Supremo Poder que lhe assinala os destinos.

Muitos viajores — nossos irmãos —, amedrontados diante da tormenta, perguntam por Deus, ao passo que outros se rendem à descrença, tentando aniquilar o tempo na embriaguez dos sentidos, como se o tempo pudesse acabar. Outros se recolhem à tristeza e ao desânimo, desistindo da luta construtiva a que foram chamados. E outros [muitos] ainda derivam para a fuga, acelerando os próprios passos, na direção da morte, qual se a morte não fosse a própria vida em si.

A nenhum deles reprovarás.

Cada um de nós vive nas dimensões do entendimento em que se nos caracteriza o modo de ser. E, na altura da visão espiritual a que a luz da verdade já te guindou, podes ser a compreensão de todos e o apoio fraternal para cada um.

Reconhecerás que a Universidade habilita o raciocínio para as glórias do cérebro, mas tão somente a escola da vida prepara o sentimento para as conquistas do coração.

Por isso mesmo, honorificarás a Ciência, sem menosprezo à consciência; estimarás a liberdade sem descurar da disciplina; entesourarás conhecimento, cultivando bondade; e situar-te-ás nas frentes da cultura, socorrendo, porém, quanto possível, as retaguardas do sofrimento.

Serás, enfim, o companheiro fiel do Cristo, a quem aceitamos por Mestre. E, na certeza de que Ele, o Senhor, está conosco hoje tanto quanto esteve ontem e tanto quanto está agora e estará para sempre, marcharemos juntos, a ouvir-Lhe, em qualquer circunstância, o apelo inesquecível: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. (Jo 15:12)


Chico Xavier na PUC

Irmão Saulo

A Pontifícia Universidade Católica de São Paulo conta com numerosos alunos espíritas, protestantes e de outros campos religiosos. Há muito que ela se enquadra na atualidade ecumênica. Mas, no processo em andamento de reforma universitária, os seus esforços vão se dirigindo, ultimamente, para uma abertura mais ampla. Prova disso é o curso sobre “Grupos religiosos e sua posição em face do homem brasileiro”, que a Cadeira de Problemas Filosóficos e Teológicos do Homem Contemporâneo está realizando. Dirige a cátedra o Padre Mauro Batista que conta com a colaboração do Padre Marcos Masetto e outros colegas, todos professores universitários.

O referido curso é dado ao Ciclo Básico da PUC. Esse ciclo se constitui dos alunos do primeiro ano de todas as seções, em número de três mil. Para falar sobre cada grupo religioso é escolhida, por indicação dos próprios grupos, uma pessoa bem integrada neles, tanto pelo conhecimento como pela vivência. Por indicação da Federação Espírita do Estado de São Paulo, o Prof. Herculano Pires incumbiu-se das seis aulas sobre Espiritismo que foram dadas nos dias 17 e 18 de novembro de 1971 nos períodos da manhã, da tarde e da noite. Cada aula destinava-se a quinhentos alunos e foi seguida de diálogo com o auditório. Duração média de duas horas, sempre acrescida de conversa pessoal do professor com os alunos cujas perguntas não puderam ser respondidas dentro do horário.

Expondo inicialmente a Doutrina Espírita, o Professor historiou o aparecimento e desenvolvimento do Espiritismo no Brasil, focalizou o conceito espírita do homem, sua historicidade e transcendência, tratando ainda das repercussões da atividade espírita no plano social e cultural do País. Entre as numerosas perguntas que os alunos formularam por escrito, destacaram-se as referentes à mediunidade, à reencarnação e às relações de Espiritismo e Parapsicologia. No tocante à mediunidade foi grande o interesse pelo caso Chico Xavier em seus vários aspectos.

A mensagem de Emmanuel, que Chico Xavier nos enviou, refere-se à função da Universidade na formação intelectual e acentua a importância da vida no preparo do coração. O que a PUC procura fazer, com essa nova iniciativa, é precisamente unir a Universidade à Escola da Vida, juntar aos benefícios da escolaridade o calor da vivência. O interesse dos alunos por Chico Xavier permitiu às aulas espíritas do curso uma tonalidade mais fortemente existencial. Chico é o exemplo concreto do homem como interexistente, do homem que vive entre duas formas ou Planos de existência.



Esta mensagem, diferindo na palavra marcada e [entre colchetes], foi publicada originalmente em 1971 pela FEB e é a 48ª lição do livro “”


jo 15:12
Doutrina e Vida

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 4
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Filhos, o Senhor nos abençoe.

Somos defrontados hoje por impositivos da fé que realmente se nos mostram por obrigações de caráter inadiável.

Achamo-nos, sem dúvida, à frente de um mundo — nossa casa — atravancado de problemas que a nós outros compete resolver.

Lutas, conflitos, dificuldades, desafios de variada espécie nos convidam à divulgação da Doutrina de Amor e Luz, a cujo engrandecimento estamos convocados, cada qual de nós na posição em que se encontra.

Por isso mesmo, já que estudais a virtude, reflitamos na expansão dos princípios espíritas evangélicos como sendo a demonstração generalizada e simples da virtude do Cristianismo Redivivo no Espiritismo, a porta libertadora de nossos corações no rumo da emancipação com o Cristo de Deus.

Entretanto, filhos, a divulgação a que nos reportamos será, sim, a da exposição verbal de nossas teses edificantes mas sobretudo a prática dos ensinamentos a que se nos afeiçoam ideia e coração.

Acrescentemos Espiritismo às nossas atividades cotidianas.

Mais amor no exercício de nossos deveres, mais luz em nossa palavra.

Em casa, aditemos Doutrina às nossas mínimas atitudes, a fim de que o lar se nos mantenha por santuário bendito do aperfeiçoamento espiritual a que nos empenhamos e, em nossos grupos de serviço, apliquemos Doutrina em nossos gestos mais obscuros, de vez que no instituto doméstico e em nossa equipe de trabalho é que surpreendemos os mais difíceis problemas de ordem espiritual para a iluminação do futuro.

Isso porque é no ambiente mais íntimo da experiência terrestre que acolhemos os laços mais sublimes do amor e os elos mais aflitivos das aversões que nós mesmos trazemos na bagagem de passadas reencarnações.

Do lar e do grupo social, seja esse grupo de caráter idealístico ou afetivo, na ação e na afinidade, é que nos afastamos para a Família Maior — a Humanidade — assim como a embarcação que se retira do cais, em demanda do mar alto.

Por esta razão, nessas duas escolas da alma é forçoso adestrar-nos em Doutrina Espírita, a fim de que a travessia da viagem na vida física se faça amparada no êxito necessário.

Enfim, traduzamos a nossa fé em trabalho incessante no Bem, desentranhemos as lições de Jesus, milenarmente arquivadas em nossa memória para o trato afetivo com as experiências do dia a dia, auxiliando-nos uns aos outros, através do perdão aprendido e sofrido e da tolerância trabalhada e esculpida no próprio esforço, reconhecendo que o outro é o nosso reflexo.

O próximo é o caminho e Jesus é a meta.

Sirvamo-nos. Ajudemo-nos. tão somente assim, ofereceremos substância às realizações espíritas-cristãs, à maneira do material que monumentaliza esse ou aquele plano de construção.

Atividade, mas não aquela atividade a que os nossos irmãos ainda sediados na rebeldia se referem nos apelos com que conclamam o Mundo à renovação.

Esforço em nós mesmos, para que a nossa fé se nos instale definitivamente na vida pessoal para que a felicidade não mais se erija em nós por mito que a desilusão quebra ou destrói.

Construamos Doutrina em nós e em nossas próprias existências, dando conta dos encargos que o Senhor nos reservou, tomando a compreensão e a bondade por diretrizes de cada dia.

Apenas assim — unicamente assim — faremos a divulgação do Espiritismo por Doutrina Perfeita, a destacar-se de nossas próprias imperfeições, a fim de que pelo trabalho e hoje, venhamos a alcançar com o Divino Mestre, a felicidade indestrutível pela vivência positiva e real da legenda que Ele mesmo, Jesus, nos deu a todas as criaturas na Terra, por divino roteiro indispensável à paz de cada um: (Jo 15:12) — “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei.”



jo 15:12
Falando a Terra

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 36
Francisco Cândido Xavier
Diversos

O progresso do mentalismo abrirá, indubitavelmente, novos rumos à Medicina para engrandecimento do futuro humano.

O corpo físico é máquina viva, constituída pela congregação de miríades de corpúsculos ativos, sob o comando do Espírito que manobra com a rede biológica dentro das mesmas normas que seguimos ao utilizar a corrente elétrica.

Avançando pesadamente, da animalidade para a humanidade, aumentamos o poder da consciência pela assimilação dos valores que a vida nos oferece, por intermédio do tempo e do trabalho; e, com esse poder armazenado na economia do próprio ser, manejamos o equipamento celular, com antecipado conhecimento de suas ações e reações, qualidades superiores ou idiossincrasias genéticas, para que nos ajustemos ao laborioso esforço da encarnação, dela retirando os proventos necessários.

À custa de insano trabalho, emerge a alma do passado obscuro, elevando-se para as zonas de equilíbrio e sublimação, deixando, porém, na retaguarda, verdadeiros mundos submersos, dos quais recebe apelos deprimentes, que, muita vez, a compelem à estagnação nas trevas.

Tudo é vibração, movimento, magnetismo e eletricidade, nos domínios quase desconhecidos da matéria e do Espírito, cujo ponto de interação estamos singularmente distantes de alcançar.

O homem, na estruturação fisiopsíquica, é uma grande bateria criando e acumulando cargas elétricas, com que influencia e é influenciado.

Todo sentimento é energia estática.

Todo pensamento é criação dinâmica.

Toda ação é arremesso, com todos os seus efeitos.

Cada individualidade, assim, conforme os sentimentos que nutre na estrutura espiritual e segundo os pensamentos que entretém na mente, atrai ou repele, constrói ou destrói, através das forças que emite nas obras, nas palavras, nas atitudes, com que se evidencia pela instrumentação mental que lhe é própria.

A saúde é questão de equilíbrio vibracional, de conformação de frequências. Naturalmente, enquanto na Terra, esse problema implica uma equação de vários parâmetros, quais sejam a respiração e a atividade, o banho e o alimento. Forçoso é, todavia, convir que as raízes morais são sempre os fatores de maior importância, não somente na vida normal, senão também, e em particular, nas horas conturbadas.

Cada alma vive carregada dos princípios eletromagnéticos gerados por ela mesma, projetando ondas que, na essência, são os fluidos positivos ou negativos com os quais jogamos no campo de atividades a que fomos chamados ou conduzidos.

Nossa mente vive cercada de forças complexas que procedem das constelações próximas e remotas, do Sol, da Lua, da própria Terra, dos nossos semelhantes e dos seres superiores e inferiores que partilham conosco a habitação coletiva.

Achamo-nos no Planeta, como que presos a poderoso ímã, desenvolvemos nossas virtudes potenciais, apuramos tendências e recolhemos as vantagens da educação espiritual; emitimos as irradiações que nos são peculiares e graças às quais somos aproveitados pelas Potências Sublimes, no serviço da Humanidade; entesouramos nossa riqueza futura, ou por ela nos castigamos a nós mesmos: são os choques de retorno, em cuja manifestação somos sempre vítimas das cargas asfixiantes que arremessamos, no espaço e no tempo, ferindo pessoas e coisas, na tentativa de quebra da Harmonia Divina.

Nossos sentimentos e pensamentos criam linhas de força e, destarte, conforme a nossa polaridade, ou se nos facilita a ascensão, que é luz, ou sofremos retardamento em níveis mais baixos, quais os apresenta o mundo terrestre, voluntário cárcere de sombra.

Tudo é santo nos círculos da Natureza, mas a inteligência que se elevou na escala do aperfeiçoamento moral não professará o magnetismo dos seres em movimentação primária, sem dano grave a si mesma.

A vida pede a nossa renovação permanente para chegarmos ao Sólio Divino, que lhe é meta fulgurante. Para isso é imprescindível aprender, transformar, agir e santificar, incessantemente, assimilando as ondas de vitalidade que nos cercam em nosso crescimento espiritual.

Confiarmo-nos a paixões bastardas será estabelecer linhas de forças repulsivas, que nos constrangem à demora na paisagem das sombras.

Acendermos a confiança e o entusiasmo na vitória do bem é formar linhas de forças atrativas, com as quais estruturamos para a nossa individualidade eterna um mundo vasto de felicidade, alegria e paz incessantes.

O homem é o distribuidor de cargas eletromagnéticas, geradas por ele mesmo, em toda parte. O equilíbrio, portanto, é questão de toda hora.

Examinado em seus aspectos reais, o corpo físico é uma grande república federativa, onde as células, diferenciadas pela especialização, agem sob o comando da mente. Esses indivíduos microscópicos requisitam, porém, incentivo, nutrição e amparo, a fim de viverem convenientemente, e possuem também o seu campo vibratório circunscrito, dependendo de estímulos dessa natureza para se enquadrarem na harmonia necessária.

A missão de curar, deste modo, é muito mais a ciência de equilibrar os movimentos oscilatórios que a de socorrer o veículo somático; e somos obrigados a considerar que, ainda quando praticamos a clínica ou a cirurgia, é imprescindível ponderar a modificação do tônus vibratório de imensas colônias de protozoários, através de cargas elétricas de produtos químicos ou de golpes renovadores do bisturi, se desejamos alcançar a almejada restauração.

Cada alma vive e respira na atmosfera mental que estabelece para si mesma, em qualquer distrito do Universo.

Purifiquemos o pensamento, encaminhando-o às zonas superiores do nosso idealismo, buscando, simultaneamente, materializá-lo no terreno chão da luta diária, criando novos motivos de felicidade, de confiança, de luz e de alegria, na esfera de nossas horas vulgares, e a harmonia será a resposta divina aos nossos empreendimentos.

Em baixo, a inteligência encarnada sofre a influência de pesado clima vibratório, em vastíssimo parque de contrastes e de experiências, na condição do aluno que se deve impor estudo e exercício para alcançar o conhecimento.

Em cima, resplandece a Lei Cósmica, retribuindo a cada criatura, no tempo e no espaço, conforme as próprias obras.

A ciência mental, com bases nos princípios que presidem à prosperidade do Espírito, será, no grande futuro, o alicerce da saúde humana.

Saudando, assim, o porvir da Humanidade, exaltemos o Médico Divino que, sem usar sequer uma gota de elixir da Terra, atuou na mente do mundo, legando-lhe a fonte renovadora do Evangelho, com o qual, na esteira infinita das reencarnações, gradualmente nos ajustamos aos deveres da fraternidade e do trabalho, na real aplicação do “amemo-nos uns aos outros”, (Jo 15:12) aprendendo a subir, vagarosamente embora, o monte da glorificação espiritual.


jo 15:12
Novos Horizontes

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 7
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Retrato familiar: constante diálogo.

Presença fiel de pais e filhos que se reconhecem na extensão das responsabilidades familiares.

O pai não deixa de ser o Espírito protetor mesmo quando visualiza a carência suprida no seio familiar. O respeito e a amizade sacramentam o “amai-vos uns aos outros”, (Jo 15:12) consolidando o amor que reúne e ampara os envolvidos pelos laços da paternidade Divina. Deixa claramente, no seu despertar esta realidade, quando se viu capacitado para continuar empreendendo o relacionamento natural na visão de Espírito desencarnado.

Vejamos o que ele diz:

“Saiba que já consigo estar em sua companhia na orientação necessária aos filhos que prosseguem nas atividades que ainda me pertencem pelo coração. Os assuntos são muitos para serem enfeixados numa carta.”

José de Lima Géo, conhecido mais intimamente como Ourívio, envia sua carta assinando-a com o apelido que se tornou nome.

Fato a se notar:

Como poderia o médium Francisco Cândido Xavier ter conhecimento dessa alcunha se não teve, na oportunidade, qualquer contato com a família?

Estamos fazendo menção especial deste fato para que o leitor perceba o valor e a lisura dessa mediunidade. Ourívio não é um nome comum na classificação humana.


Mensagem 18 de setembro de 1988

Pais: Antonio Géo e Ana de Lima Géo

Esposa: Olga Carvalho Géo

Rua Marquês de Maricá, 229 — CEP 30350-070 — Belo Horizonte — MG.

Filhos: Toninho — Antonio de Lima Géo (des.) e José de Lima Géo

Sogro: João Vieira de Carvalho

Médicos da Família desencarnados: Sálvio Nunes, 5 anos antes de Antonio Géo. —  Conor José de Siqueira, em acidente automobilístico quando em visita a um paciente.

Amigo da família: Joel Franco, companheiro de trabalho.


José de Lima Géo

Nascimento: 6 de janeiro de 1902

Desencarnação: 12 de abril de 1981


Querida Olga e José meu filho, Deus nos abençoe e proteja.

Não será difícil dirigir-lhes algumas palavras, porque, em verdade, já não sou um novato no intercâmbio espiritual.

Em todas as nossas reuniões de prece, ou em quase todas, tenho estado presente. Os comentários da “Mamãe Olga” me despertaram para as minhas necessidades, digo “Mamãe Olga” porque me sinto aqui com todos os meus filhos queridos, qual se estivesse mais numa festa em família para comemorar as minhas melhoras.

Querida Olga, o caminho de minha recuperação tem sido longo, como não poderia deixar de ser. A desencarnação não nos liberta dos obstáculos mentais de que somos portadores, e passei por uma revisão de aceitamento, cujos efeitos reconheço. Os nossos amigos Dr. Sálvio e o Conor com assessoria de Benfeitores diversos, qual seja o Joel que substituiu o pai na assistência ao meu reajustamento, significaram para mim verdadeiros ânimos a fim de que me retornasse qual sempre fui.

O nosso Toninho foi mais do que um filho para mim, de vez que velou em meu benefício até que a plena lucidez se me refizesse.

Assim que as melhoras chegaram, reconheci a extensão de meu débito para com você e com os nossos filhos que sempre se lembravam do pai amigo e necessitado de forças para refazer-se.

Querida Olga, continue… Você ficou com possibilidade de estender amparo espiritual em benefício de nós todos.

Saiba que já consigo estar em sua companhia na orientação necessária aos filhos que prosseguem nas atividades que ainda me pertencem pelo coração.

Os assuntos são muitos para serem enfeixados numa carta. Um dia, quem sabe? Voltarei ao lápis do nosso amigo Chico a fim de ampliar as minhas informações.

Todos os nossos amigos e familiares, inclusive seu querido pai João Carvalho, prosseguem trabalhando e fazendo o melhor que se lhes faz possível, em benefício dos que ficaram.

Todos os que amam foram premiados por Jesus com o trabalho em que se esmeram, especialmente pelos entes queridos que deixaram ilusão para quem acredita na morte como um bálsamo de inércia e a volta para cá, para a Vida Espiritual, onde tantas bênçãos e lições nos esperam.

Deus abençoará as suas realizações, à frente da família. Agora que conheço com mais segurança a companheira que Deus me concedeu, beijo-lhe as mãos com mais carinho e mais respeito, como se eu pudesse aumentar esses valores.

José, meu filho, você está amparado por muitos Amigos da Espiritualidade e seu pai e companheiro pede a Jesus para que você continue sempre feliz.

Olga, preciso terminar, mas creia que o ponto final de minhas notícias está muito longe do papel em que procuro configurá-lo.

Lembrança e gratidão a todos os corações que o Senhor nos confiou e receba o coração agradecido do esposo e companheiro, amigo e devedor que lhe pertence, diante de Deus, pelo coração.

Sempre o seu,


Ourívio

Rubens S. Germinhasi

jo 15:12
Palavras Sublimes

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 53
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Meu caro Ismael, Jesus nos guarde os corações e nos ilumine os caminhos.

Não preciso repetir que estamos juntos. Vamos atravessando a região empedrada e obscura com a mesma coragem do início. Aliás, meu filho, cabe-me a alegria de registrar-te a fidelidade ao idealismo superior que abraçamos. Não recebeste, em vão, o agasalho que o Senhor te conferiu antes da tormenta. Tua alma tem sabido vestir a lã do Cordeiro divino para que o frio das provas não te enregele o coração. Rendamos graças e prossigamos!

No cascalho duro da subida longa, tens encontrado diamantes de grandeza singular. A fé viva, a esperança edificante, a espiritualidade mais digna são tesouros que hoje te felicitam com maior intensidade.

Esclarecida a continuidade de nossa comunhão no serviço redentor, voltemo-nos para a zona mais importante. Quero referir-me ao entusiasmo sublime que tens colocado . Estamos vivamente empenhados na extensão do ideal evangélico junto às agremiações doutrinárias de todo o Brasil.

Sabes, Ismael, que sou ainda um trabalhador excessivamente insignificante para comentar semelhante expectativa. Sou, porém, humilde porta-voz de muitos companheiros outros que acompanham a obra impessoal da Federação Espírita Brasileira a caminho de nossa integração em Jesus. É por isso que peço ao teu coração intensivo devotamento à causa que nos irmana os propósitos dentro da atividade evangelizadora.

A obra é imensa e suas características infinitas. Em toda parte surgem problemas fascinantes que não podemos e nem devemos menosprezar. A luta construtiva que o Mestre nos confere é sublime. Estejamos, assim, de alma aberta às correntes renovadoras que procuram moldar em nosso país a consciência cristã do Espiritismo salvador.

Tenho acompanhado teus passos à distância do ninho que nos oferece a visão do Cruzeiro estrelado e contigo observo a necessidade de valorizarmos o tempo na edificação do santuário vivo da fé. Um Espiritismo acadêmico, albergando inúmeras pretensões científicas, de bandeiras desfraldadas à investigação pura e simples, mas absolutamente fechado ao serviço de elevação dos sentimentos em favor da humanidade redimida num mundo melhor seria mera presunção humana, destinada a desaparecer como várias filosofias do passado que, possivelmente, terão entronizado a inteligência, mas amplamente distraídas da virtude. Reparei, em tua companhia, quão enorme é o serviço que o presente e o futuro nos reserva. Fujamos ao fenomenismo sem luz consciencial. Espiritismo que não espiritualize o homem pode ser um movimento admirável de ideaìs. Nunca representará, porém, a resposta do Céu às angústias da Terra, a solução divina aos enigmas humanos. Não. Nossos caminhos, se não podem suportar certas imposições da política vulgar, não se compadecem igualmente com as simples manifestações de intelectualidade de superfície. O esforço, Ismael, é mais profundo. Vem da lição viva do Cristo ao cerne de nós mesmos. Não estamos doutrinando por intermédio de cátedras brilhantes da ciência do mundo, nem dogmatizando com as escolas de religião organizada e sim vivendo uma renovação espiritual, indefinível e profunda, em face das ilações da vida eterna e de cujos imperativos não nos é dado fugir.

Em torno da obra de Ismael, no Brasil, cerremos fileiras, atendendo aos impositivos sagrados da tarefa! Permaneça a espiritualização com Jesus acima de qualquer doutrinação terrestre. Obra de elevar, de melhorar, esclarecer, ajudar, ensinar e amar sempre! Para esse fim, urge observarmos programas cada vez mais vastos de boa vontade fraternal! Sabemos que a unidade no campo interpretativo é, por enquanto, impossível. Cada homem possui sistema visual diferente, em nos referindo à ótica da alma, e será impraticável a padronização de pareceres na intimidade de nossos agrupamentos, subdivididos em cursos inúmeros de aprendizagem. Mas que nos reunamos na mesma empresa de amor fraterno para o esclarecimento construtivo, disseminando as sementes do bem na missão coletiva de socialização com o Evangelho do Mestre divino. Nada vale positivar a sobrevivência pessoal sem a transformação da criatura para a felicidade substancial. Indagar sobre as soluções dos problemas do destino e do ser, sem criar trabalho sólido de preparação do caminho e de melhoria da alma, seria agir às tontas, sem objetivos definidos.

Eis, pois, meu amigo, em traços gerais, a reafirmação de todos os projetos que os benfeitores espirituais, desde muito, traçaram ao Espiritismo através do Brasil que nos é tão caro ao espírito. Trabalhemos na condução de nosso idealismo que, invariavelmente, deve buscar as zonas mais altas da ação. Entrelacemos nossas mãos no abençoado ministério que nos identifica as esperanças e, acima de tudo, reajustemo-nos, com proveito, no divino espírito do imperativo imortal “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. (Jo 15:12)

A Estevina vem trabalhando ativamente ao teu lado e, com notável abnegação, vem preparando a Vadica  para colaborar em tua tarefa de fraternidade com o Esperanto e com o Espiritismo.

Boa noite, meu filho! Quanto a tudo o mais convence-te de que caminhará contigo o teu de sempre,




Reformador — Junho de 1947.


Vadica: pessoa das relações de Ismael Gomes Braga, que naquela encarnação não havia se interessado por Espiritismo ou Esperanto. Segundo consta do original, a mensagem foi recebida em sessão particular com Ismael Gomes Braga. contudo não informa data e local da recepção.


jo 15:12
Passos da Vida

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 5
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Em todos os males que nos assoberbam a vida, apliquemos as indicações curativas do Evangelho.


Conflitos e queixas à frente do próximo:

— Amemo-nos uns aos outros, qual o Divino Mestre nos amou. (Jo 15:12)


Desinteligências em casa:

— Lembremo-nos de que se não procuramos compreender e nem amparar os que nos partilham o círculo doméstico, estaremos negando a própria fé. (1tm 5:8)


Provocações e insultos:

— Exoremos a Divina Misericórdia para quantos nos perseguem ou injuriam. (Mt 5:43)


Incompreensões no campo da convivência:

— Com quem nos exija a jornada de mil passos, caminhemos mais dois mil. (Mt 5:41)


Calúnias e sarcasmos:

— O Senhor recomenda se perdoe cada ofensa setenta vezes sete. (Mt 18:21)


Provas e contratempos:

— Orar sempre e trabalhar sem desânimo, na edificação do bem de todos. (Lc 18:1)


Perturbações íntimas:

— Onde colocamos os nossos interesses, aí se nos vincula o coração. (Mt 6:21)


Ocasiões de críticas e reproches:

— Com a medida que julgamos os outros, seremos julgados também nós. (Mt 7:2)


Reivindicações e reclamações:

— Busquemos o Reino de Deus e sua justiça e tudo mais de que necessitemos ser-nos-á acrescentado. (Mt 6:33)


Adversários ferrenhos ou implacáveis:

— Amemos os nossos inimigos, observando que lições nos trazem eles, a fim de que possamos aproveitá-las, porque, se amamos tão somente os que nos amam que haverá nisso demais? (Mt 5:44)


Arrastamentos e paixões:

— Vigiemos a nós mesmos para que não venhamos a resvalar para as margens da senda que nos cabe trilhar. (Mt 26:41)


Anseio de orientação e conselho:

— Tudo o que quisermos que os outros nos façam, façamos nós igualmente a eles. (Mt 7:12)


Provavelmente, na arena das inquietações e tribulações terrestres, terás tentado as mais diversas receitas, traçadas por autoridades humanas, à busca de equilíbrio e paz, segurança e felicidade, sem atingir os resultados a que aspiras… Entretanto, não esmoreças. Uma fórmula existe que jamais falha, na garantia de nosso próprio bem: experimenta Jesus.



jo 15:12
Registros Imortais

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 12
Francisco Cândido Xavier
Diversos

12ª reunião | 10 de janeiro de 1957


: Arnaldo Rocha, Ênio Santos, Elza Vieira, Francisco Gonçalves, Geni Pena Xavier, Geraldo Benício Rocha, Antônio Inácio de Melo, Eunice Cerqueira, Edite Malaquias Xavier, Aderbal Nogueira Lima, , Áurea Gonçalves, Dayse Andrade Pastor Almeida, Lauro Pastor Almeida e Waldemar Silva.


Jesus esteja sempre conosco, meus queridos irmãos!

Sinto-me emocionado, profundamente comovido nesta hora de prece, em que devo comunicar-vos minha própria palavra. É que sou ainda simples companheiro vosso, trabalhando para combater e solver meus débitos do passado.

Graças, porém, ao nosso Mestre Jesus, estou igualmente com a mesma boa vontade, qual vos acontece na ação do meu próprio resgate.

É por isso que apenas vos posso oferecer meu convite de amor… Amor para com todos e para com nosso trabalho. E animo-me a formular semelhante apelo porque vos vejo com as medalhas luminosas do conhecimento superior, cujas irradiações atraem os Espíritos benevolentes e sábios que nos trazem mais amplas parcelas de amor de Jesus, com as quais, pouco a pouco, aprendemos a amar, sabendo amar.

Meus queridos irmãos, é assim que vos rogo estejamos sempre na dedicação e serviço ao próximo, no caminho e na boa vontade uns para com os outros, a fim de que permaneçamos no caminho do Senhor, que nos legou esta lição sublime: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. (Jo 15:12)




Comunicação recebida pelo médium Francisco Gonçalves, do Grupo Meimei, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais.


jo 15:12
Seguindo Juntos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 11
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Meus filhos.

A reencarnação na Terra é caminho para a vitória da caridade que, em si mesma, representa o Divino Amor na base da vida.

   O mundo é templo de caridade.

   O corpo é o abrigo da caridade em que somos resguardados para servi-la.

   O ar é fluido da caridade.

   O pão é bênção da caridade.

   A fonte é recurso da caridade.

   O lar é instituto de caridade.


Em todos os dons da existência, surpreendemos o apoio da caridade para que aprendamos a estender caridade.

   A família roga caridade.

   O companheiro aguarda caridade.

   O vizinho espera caridade.

   O chefe reclama caridade.

   O subordinado pede caridade.

   O doente solicita caridade.

   O ofensor exige caridade.

   O irmão do caminho, seja ele quem for, passa por nós, buscando caridade.


Precisamos, assim, de caridade no sentimento e na ideia, na palavra e na atitude, na ação e no exemplo, constantemente, constantemente…

Se nos propomos seguir com Jesus, à procura dos Planos superiores, acomodemo-nos aos imperativos da caridade, em todas as circunstâncias, recordando que ele mesmo, o Divino Mestre, a fim de resumir todos os princípios da Sua doutrina libertadora, afirmou para os ouvidos de todos os séculos: “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. (Jo 15:12)



jo 15:15
Relicário de Luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 45
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Meu amigo:

Não tema, nem receie. O timoneiro do barco é o Senhor. Coloquemos sobre o leme as nossas mãos e esperemos, n’Ele.

O trabalho é delicado na administração, mas se a glória humana pertence àqueles que a procuram, a humildade divina é dos corações que a buscam.

Despreocupados do império do “eu”, alcançaremos o Reino de Deus.

O discípulo fiel não pede, nem rejeita. Aceita as determinações do Senhor, com deliberação ardente de obedecer para maior exaltação de quem tudo nos deu.

Continuemos, assim, de esperanças entrelaçadas.

O amor do amigo verdadeiro desce abaixo das raízes ou se eleva acima das estrelas. Por isso, o Mestre chamou “amigo” (Jo 15:15) aos aprendizes da hora primeira.

Nossa união tem imperativos a que não poderemos fugir. Subiremos com a graça celeste. Não descansaremos, até que todos respirem no cimo do monte.

O cascalho do personalismo excessivo ainda [é Jaks] o grande impedimento da jornada. Demora-se nas bases da senda e por isso mesmo nos dilacera [os pés]. Contudo, ainda que nossos pés sangrem na estrada, recordar-nos-emos de que Jesus lavou os pés dos discípulos e purificou-os. (Jo 13:12)

Haja mais amor nos corações para que o rio das dádivas transite no santuário, sem prejuízo do bem coletivo. Até mesmo para receber a felicidade é preciso preparação. Sem vaso adequado, os bens do Alto se contaminam com as perturbações do campo inferior, qual acontece à gota diamantina que se converte em lama quando cai na poeira da Terra.

Grande é a missão do templo [do bem]; e os irmãos que oficiam em seus altares não lhe podem esquecer as finalidades sublimes. “Muito se pedirá àquele que muito recebeu”. (Lc 12:48)

E o nosso grupo não se constituiu ao acaso. Trabalhemos servindo ao bem, com esquecimento de todo mal.

Atendamos, ainda e sempre, aos nossos deveres do primeiro instante, com lágrimas de alegria. Não nos arrependeremos de haver renunciado. E possuiremos conosco, mais tarde, o supremo júbilo de reconhecer quão doce é o jugo do Senhor, porquanto, em companhia d’Ele, muito leve e sublime é o peso de nossos pequeninos trabalhos na Causa da Humanidade.




Essa mensagem-orientação dirigida ao Sr. Jaks foi publicada nesse livro em 1ª instância pela FEB em 1962, mas passou por adaptações, como pode ser visto nas palavras marcadas e [entre colchetes]. Vide .



Honório Abreu

jo 15:8
O Caminho do Reino

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 20
Wagner Gomes da Paixão
Honório Abreu

Os estudos dos símbolos que enxameiam o Novo e o Antigo Testamentos são "chaves" preciosas da Sabedoria universal, e a Doutrina dos Espíritos, na atualidade do Mundo, faculta a seus adeptos e simpatizantes os mais refinados instrumentos que lhes permitem adentrar os meandros mais desafiadores desses códigos da Vida Espiritual.


Tudo o que é organizado pelo poder do espírito e é conhecido por matéria, seja a intimidade atômica, sejam as expressões estelares do Cosmos, são, com duração maior ou menor e com expressões mais densas ou sutis, formas didáticas e experimentais dos seres, filhos do Criador, em expansão de potencialidades, de modo que existem mas não se eternizam, tendo apenas a função do "laço que prende o espírito" (O Livro dos Espíritos, questão 22), ou seja, se mantêm enquanto dessas expressões materiais os seres delas necessitem para a consolidação de seus aprendizados e pela revelação ostensiva de seus poderes herdados do Pai e Criador. As sagas evolutivas já executadas no planeta Terra estão registradas na História que se passa de geração a geração e através dos mitos que enfeixam a sabedoria filosófica e o conteúdo moral de diversas civilizações pretéritas. Quando nos reportamos ao gigantesco trabalho que coube a Moisés, sintetizando os labores morais entre os povos antigos para recebimento da síntese que se registra em os "Dez Mandamentos", observamos que essa manifestação "exotérica" da Verdade, então franqueada a todos, tem sua expressão na assertiva de Jesus a Nicodemos: "E, como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado" (JO 3:14).


Na análise da "serpente", encontramos diversos textos entre o Novo e o Antigo Testamentos que a definem como o "interesse pessoal", filho do egoísmo: "Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda a árvore do jardim?" (Gênesis 3:1). Indiscutivelmente, a "serpente" expressa o "fermento" que dá a dinâmica evolutiva pertinente a um mundo como a Terra, onde as individualidades exercitarão o seu livre-arbítrio, para implementação dos valores decorrentes dessa luta entre o que se quer (desejo) e a genuína percepção da ordem divina (Tiago 1:12-15). Essa serpente se tornou o "dragão" apontado pelo Apocalipse: "E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele" (Apocalipse 12:9). Quando se observa o domínio do mundo terreno pelos homens ainda inescrupulosos e marcados por interesses puramente materialistas, percebe-se que a expressão "dragão" representa a sofisticação em múltiplos sentidos dos ardis da serpente, mas é preciso compreender que as forças "draconianas", expressando uma potência dantes inimaginável do aparente "mal", em verdade dinamizam o trabalho consciencial das almas, que, rapidamente, pela intensidade dos processos de egoísmo e orgulho, saturam os corações, sublimando-lhes as aspirações de vida. É aí, devidamente experimentados e senhores de mais graves percepções da vida e do viver, que entendemos o trabalho do grande legislador hebreu, citado por Jesus ao falar do "Filho do Homem": "E Moisés fez uma serpente de metal, e pô-la sobre uma haste; e sucedia que, picando alguma serpente a alguém, quando esse olhava para a serpente de metal, vivia" (Números 21:9).


Quando o Cristo assinala que, "como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do Homem seja levantado; para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna"(JO 3:14-15), reafirma o que já fora um labor experimental sob o guante da Lei antiga (livre-arbítrio como instrumento de consolidação de valores da alma, para amadurecimento de percepções anímicas), ou seja, sem que a renovação ou a transformação moral se erijam ("sejam levantadas") do íntimo da criatura que reencarna para se experimentar na matéria, não há domínio sobre as situações transitórias e sobre as imagens que são criadas, entre espaço e tempo, nesses circuitos de trabalho evolutivo em que nos inserimos por obra da infinita Bondade do Criador.


Quando o Amor, vivido por Jesus entre nós, se tornar a expressão de nossa verdade íntima, o "Filho do Homem" será levantado, como síntese de todos os nossos labores evolutivos, facultando-nos a vida eterna, a vida sem as "quebras" morais, que promovem sofrimento e desolação: "Nisto é glorificado meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos. Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor" (JO 15:8-10).



André Luiz

jo 15:12
Missionários da Luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 18
Página: -
Francisco Cândido Xavier
André Luiz

A conselho de orientadores experimentados, o agrupamento a que Alexandre emprestava preciosa colaboração reunia-se, em noites previamente determinadas, para atender aos casos de obsessão. Era necessário reduzir, tanto quanto possível, a heterogeneidade vibratória do ambiente, o que compelia a direção da casa a limitar o número de encarnados nos serviços de benefício espiritual.

Semelhante capítulo de nossas atividades impressionava-me fortemente, razão por que, depois de obter a permissão de Alexandre para acompanhá-lo ao trabalho, interroguei-o com a curiosidade de sempre:

— Todo obsidiado é um médium, na acepção legítima do termo?

O instrutor sorriu e considerou:

— Médiuns, meu amigo, inclusive nós outros, os desencarnados, todos o somos, em vista de sermos intermediários do bem que procede de Mais Alto, quando nos elevamos, ou portadores do mal, colhido nas Zonas Inferiores, quando caímos em desequilíbrio. O obsidiado, porém, acima de médium de energias perturbadas, é quase sempre um enfermo, representando uma legião de doentes invisíveis ao olhar humano. Por isto mesmo, constitui, em todas as circunstâncias, um caso especial, exigindo muita atenção, prudência e carinho.

Lembrando as conversações ouvidas entre os companheiros encarnados, cooperadores assíduos do esforço de Alexandre e outros instrutores, acrescentei:

— Pelo que me diz, compreendo as dificuldades que envolvem os problemas alusivos à cura; entretanto, recordo-me do otimismo com que nossos amigos comentam a posição dos obsidiados que serão trazidos a tratamento…

O generoso mentor fixou um sorriso paternal e observou:

— Eles, por enquanto, não podem ver senão o ato presente do drama multissecular de cada um. Não ponderam que obsidiado e obsessor são duas almas a chegarem de muito longe, extremamente ligadas nas perturbações que lhes são peculiares. Nossos irmãos na carne procedem acertadamente entregando-se ao trabalho com alegria, porque de todo esforço nobre resulta um bem que fica indestrutível na Esfera espiritual; no entanto, deveriam ser comedidos nas promessas de melhoras imediatas, no campo físico, e, de modo algum, deveriam formular julgamento prematuro em cada caso, porquanto é muito difícil identificar a verdadeira vítima com a visão circunscrita do corpo terrestre.

Depois de pequena pausa, continuou:

— Também observei o exagerado otimismo dos companheiros, vendo que alguns deles, mais levianos, chegavam a fazer promessas formais de cura às famílias dos enfermos. Claro que serão enormes os benefícios a serem colhidos pelos doentes; todavia, se devemos estimar o bom ânimo, cumpre-nos desaprovar o entusiasmo desequilibrado e sem rumo.

— Já conhece todos os casos? — indaguei.

— Todos, — respondeu Alexandre, sem hesitar. — Dos cinco que constituirão o motivo da próxima reunião, apenas uma jovem revela possibilidades de melhoras mais ou menos rápidas. Os demais comparecerão simplesmente para socorro, evitando agravo nas provas necessárias.

Considerando muito interessante a menção especial que se fazia, perguntei:

— Gozará a jovem de proteção diferente?

O instrutor sorriu e esclareceu:

— Não se trata de proteção, mas de esforço próprio. O obsidiado, além de enfermo, representante de outros enfermos, quase sempre é também uma criatura repleta de torturantes problemas espirituais. Se lhe falta vontade firme para a autoeducação, para a disciplina de si mesma, é quase certo que prolongará sua condição dolorosa além da morte. Que acontece a um homem indiferente ao governo do próprio lar? Indubitavelmente será assediado por mil e uma questões, no curso de cada dia, e acabará vencido, convertendo-se em joguete das circunstâncias. Imagine agora que esse homem indiferente esteja cercado de inimigos que ele mesmo criou, adversários que lhe espreitam os menores gestos, tomados de sinistros propósitos, na maioria das vezes… Se não desperta para as realidades da situação, empunhando as armas da resistência e valendo-se do auxílio exterior que lhe é prestado pelos amigos, é razoável que permaneça esmagado. Esta, a definição da maior percentagem dos casos espirituais de que estamos tratando. Não representa, porém, a característica exclusiva das obsessões de ordem geral. Existem igualmente os processos laboriosos de resgate, em que, depois de afastados os elementos da perturbação e da sombra, perseveram as situações expiatórias. Em todos os acontecimentos dessa espécie, porém, não se pode prescindir da adesão dos interessados diretos na cura. Se o obsidiado está satisfeito na posição de desequilíbrio, há que esperar o término de sua cegueira; a redução da rebeldia que lhe é própria ou o afastamento da ignorância que lhe oculta a compreensão da verdade. Ante obstáculos dessa natureza, embora sejamos chamados com fervor por aqueles que amam particularmente os enfermos, nada podemos fazer, senão semear o bem para a colheita do futuro, sem qualquer expectativa de proveito imediato.

O instrutor imprimiu ligeiro intervalo à conversação, e, porque visse minha necessidade de esclarecimento, prosseguiu:

— A jovem a que me referi está procurando a restauração das forças psíquicas, por si mesma; tem lutado incessantemente contra as investidas de entidades malignas, mobilizando todos os recursos de que dispõe no campo da prece, do autodomínio, da meditação. Não está esperando o milagre da cura sem esforço e, não obstante terrivelmente perseguida por seres inferiores, vem aproveitando toda espécie de ajuda que os amigos de nosso Plano projetam em seu círculo pessoal. A diferença, pois, entre ela e os outros, é a de que, empregando as próprias energias, entrará, embora vagarosamente, em contato com a nossa corrente auxiliadora, ao passo que os demais continuarão, ao que tudo faz crer, na impassibilidade dos que abandonam voluntariamente a luta edificante.

Compreendi a elucidação e esperei a noite de socorro aos obsidiados, como Alexandre designava esse gênero de serviço.


Não decorreram muitos dias e, em companhia do instrutor, penetrei, sumamente interessado, o conhecido recinto.

O pessoal estava agora reduzido. Em derredor da mesa, reuniam-se tão somente dois médiuns, seis irmãos experimentados no conhecimento e prática de problemas espirituais e os obsidiados em tratamento.

Os enfermos, em número de cinco, apresentavam características especiais. Dois deles, uma senhora relativamente jovem e um cavalheiro maduro, demonstravam enorme agitação; dois outros, ambos moços e irmãos pelo sangue, pareciam completamente imbecilizados, e, por último, observamos a jovem a que Alexandre se referira, que se controlava com esforço, ante o assédio de que era vítima.

As entidades inferiores que rodeavam os doentes compareciam em grande número. Nenhuma delas nos registrava a presença, em virtude do baixo padrão vibratório em que se mantinham, mas se sentiam à vontade, no contato com os companheiros encarnados. Permutavam impressões, entre si, com grande interesse, e através das conversações deixavam perceber seus terríveis projetos de ataque e vingança.

Seguia-lhes atentamente a movimentação, quando fui surpreendido com a chegada de dois amigos de nosso Plano, para os quais olharam os obsessores, com certo receio.

— São nossos intérpretes junto das entidades perseguidoras, — exclamou Alexandre, elucidando-me. — Em virtude da condição em que se encontram, podem ser percebidos por elas e manter estreita ligação conosco, ao mesmo tempo.

Assinalando a serenidade com que sorriam para nós, sem partilharem de entendimento direto com os instrutores de nossa Esfera, ali presentes, ouvi o meu orientador explicar:

— Já se encontram de posse das instruções precisas aos trabalhos da noite.

As criaturas desencarnadas, que se congregavam ali em dolorosa perturbação, retificaram, de algum modo, a linguagem que lhes era própria, ao avistarem os dois missionários. Verifiquei, pela modificação havida, que ambos eram já conhecidos de todas.

Um dos obsessores, evidentemente cruel, falou em tom discreto a um dos companheiros.

— Estão chegando os pregadores. Oxalá não nos venham com maiores exigências.

— Não sei o que desejam estes ministros respondeu o interlocutor, algo irônico, — porque, afinal de contas, conselho e água dão-se a quem pede.

— Parece-me que convidaram os da mesa a cansar-nos até ao esquecimento de nossos propósitos de fazer justiça pelas próprias mãos.

— Palavras o vento leva, — aduziu o outro.

A essa altura, os novos amigos entravam em palestra com as entidades da sombra. Um deles dirigiu-se a uma senhora desencarnada, em tristes condições, que se ligava a um dos obsidiados em posição de idiotia, e falou-lhe, bondoso:

— Com que então, minha irmã parece melhorada, mais forte! Ainda bem!

Ela explodiu em crise de pranto. Todavia, prosseguiu o missionário, sem qualquer inquietude:

— Acalme-se! A vingança agrava os crimes cometidos. Para restabelecer a felicidade perdida, minha amiga, é necessário esquecer todo o mal. Enquanto abrigar pensamentos de ódio, não poderá atingir as melhoras que deseja. A cólera perseverante constitui estado permanente de destruição. Não conseguirá articular os elementos da paz íntima, até que perdoe de coração.

— É quase impossível, — respondeu a interpelada, — este homem afrontou meu ideal de mulher, lançou-me à corrupção, escarneceu de minha sorte, transformou-me o destino em corrente de males. Não será justo que pague agora? Não apregoam que o Pai é justo? Eu não vejo, porém, o Pai, e preciso fazer justiça, usando minhas próprias forças.

E, porque o doutrinador desencarnado a fitasse, compadecido, murmurou:

— E se fosse o senhor a mulher? ponha-se no meu caso e pense como procederia. Prontificar-se-ia a desculpar os malvados que lhe atiraram lama ao coração? Cerraria as portas da memória, a ponto de anestesiar os mais belos sentimentos do caráter? Não acredito. O senhor reagiria como estou reagindo. Há condições para perdoar. E as condições que eu imponho, na qualidade de vítima, são as de que o meu verdugo experimente também o sarcasmo da sorte. Ele infelicitou-me e voltou ao mundo. Preparou-se para uma vida regalada de considerações sociais. Titulou-se para conquistar a estima alheia. E o que me deve? Também eu, noutro tempo, não era digna de respeito geral? Não me candidatara a uma existência laboriosa e honesta, com o firme propósito de servir a Deus?

Acompanhava a discussão com forte interesse, admirando o individualismo que caracteriza cada criatura, ainda mesmo além da morte do corpo.

O intérprete de nossa Esfera, contemplando-a, sem irritação, observou:

— Todas as suas considerações, minha amiga, são aparentemente muito respeitáveis. Todavia, em todos os desastres que nos ocorram, devemos examinar serenamente a percentagem de nossa coparticipação. Apenas em situações raríssimas, poderíamos exibir, de fato, o título de vítimas. Na maioria dos acontecimentos dessa natureza, porém, temos a nossa parte de culpa. Não podemos evitar que a ave de rapina, cruze os ares, sobre a nossa fronte, mas podemos impedir que faça ninho em nossa cabeça.

Nesse ponto, a interlocutora, parecendo melindrada, acentuou asperamente:

— Suas palavras são filhas da pregação religiosa, mas eu estou à procura da justiça…

E com riso irônico, terminava:

— Aliás, da justiça apregoada por Jesus.

O missionário não se exaltou ante o sarcasmo do gesto que acompanhou a observação ingrata e disse-lhe, bondoso:

— A justiça! Quantos crimes se praticam no mundo em seu nome! Quantos homens e mulheres, que, em procurando fazer justiça sobre si mesmos, nada mais fazem que incentivar a tirania do “eu”? Refere-se a irmã ao Divino Mestre. Que espécie de justiça reclamou o Senhor para Ele, quando vergava sobre a cruz? Nesse sentido, minha amiga, o Cristo nos deixou normas de que não deveremos esquecer. O Mestre mantinha-se vigilante em todos os atos alusivos à justiça para os outros. Defendeu os interesses espirituais da coletividade, até a suprema renunciação; entretanto, quando surgiu a ocasião do seu julgamento, guardou silêncio e conformação até ao fim. Naturalmente não desejou o Mestre, com semelhante atitude, desconsiderar o serviço sagrado dos juízes retos, no mundo carnal, mas preferiu adotá-la, estabelecendo o padrão de prudência para todos os discípulos de seu Evangelho, nas mais diferentes situações. Ao se tratar de interesses alheios, minha irmã, devemos ser rápidos na justificação legítima; entretanto, quando os assuntos difíceis e dolorosos nos envolvem o “eu”, convém moderar todos os impulsos de reivindicação. Nem sempre a nossa visão incompleta nos deixa perceber a altura da dívida que nos é própria. E, na dúvida, é lícita a abstenção. Acredita que Jesus tivesse algum débito para merecer a sentença condenatória? Ele conhecia o crime que se praticava, possuía sólidas razões para reclamar o socorro das leis; no entanto, preferiu silenciar e passar, esperando-nos no campo da compreensão legítima. É que o Mestre, acima do “olho por olho” das antigas disposições da lei, (Dt 19:21) ensinou o “amai-vos uns aos outros”, (Jo 13:34) praticando-o invariavelmente. Confirmou a legalidade da justiça, mas proclamou a divindade do amor. Demonstrou que será sempre heroísmo o ato de defender os que merecem, mas se absteve de fazer justiça a si mesmo, para que os aprendizes da sua doutrina estimassem a prudência humana e a fidelidade divina, nos problemas graves da personalidade, fugindo aos desvarios que as paixões do “eu” podem desencadear nos caminhos do mundo.

A interlocutora, em face da argumentação veemente e bela, emudeceu, fortemente impressionada.

E Alexandre, que seguia, também comovido, as explicações do intérprete, observou-me:

— O trabalho de esclarecimento espiritual, depois da morte, entre as criaturas, exige de nós outros muita atenção e carinho. É preciso saber semear na “terra abandonada” dos corações desiludidos, que se afastam da Crosta sob tempestades de ódio e angústia desconhecida. Diz o Livro Sagrado que no princípio era o Verbo… (Jo 1:1) Também aqui, diante do caos desolado dos Espíritos infelizes, é necessário utilizar o verbo no princípio da verdadeira iluminação. Não podemos criar sem amor, e somente quando nos preparamos devidamente, edificaremos com êxito para a vida eterna.


Silenciando a entidade que fora criteriosamente advertida, passei a observar a senhora, ainda jovem, que se mostrava sob irritação forte, no recinto, preocupando os amigos encarnados. Diversos perseguidores, invisíveis à perquirição terrestre, mantinham-se ao lado dela, impondo-lhe terríveis perturbações, mas de todos eles sobressaia um obsessor infeliz, de maneiras cruéis. Colara-se-lhe ao corpo, em toda a sua extensão, dominando-lhe todos os centros de energia orgânica. Identificava a luta da vítima, que buscava resistir, quase inutilmente.

Meu bondoso orientador percebeu-me a estranheza e explicou:

— Este, André, representa um caso de possessão completa.

E, dirigindo-se ao intérprete que argumentava momentos antes, recomendou-lhe estabelecer ligeiro diálogo com o perseguidor temível, para que eu ajuizasse quanto ao assunto.

Sentindo-se tocado pela destra carinhosa do nosso companheiro, o infortunado gritou:

— Não! Não! Não me venha ensinar o caminho do Céu! Conheço minha situação e ninguém pode deter o meu braço vingador!…

— Não desejamos forçá-lo, meu irmão, — acentuou o amigo com serenidade evangélica, — tranquilize-se! Enquanto alimentar propósitos de vingança, será castigado por si mesmo. Ninguém o molesta, senão a própria consciência; as algemas que o prendem à inquietude e à dor foram fabricadas pelas suas próprias mãos!

— Nunca! — Bradou o desventurado, — nunca! E ela?

Fez acompanhar a pergunta de horrível expressão e continuou:

— O senhor que prega a virtude justifica a escravidão de homens livres? Acredita no direito de construir senzalas para humilhar os filhos do mesmo Deus? Esta mulher foi perversa para nós todos. Além de meu esforço vingador, vibram de ódio outros corações que não a deixam descansar. Perseguí-la-emos onde for.

Esboçou um gesto sinistro e prosseguiu:

— Por simples capricho, ela vendeu minha esposa e meus filhos! Não é justo que sofra até que mos restitua? Será crível que Jesus, o Salvador por excelência, aplaudisse o cativeiro?

O nosso intérprete, muito calmo, obtemperou:

— O Mestre não aprovaria a escravidão; contudo, meu amigo, recomendou-nos o perdão recíproco, sem o qual nunca nos desvencilharemos do cipoal de nossas faltas. Qual de nós, antigos hóspedes da carne, conseguirá exibir um passado sem crimes? Neste momento, seus olhos revelam a culpa de uma irmã infeliz. Sua alma, entretanto, meu irmão, permanece desvairada pelo furacão da revolta. Sua memória está consequentemente desequilibrada e ainda não pode reapossar-se das lembranças totais que lhe dizem respeito. Não lhe sendo possível recordar o pretérito, com exatidão, não seria mais razoável esperar, em seu caso, pelo Justo Juiz? como julgar e executar alguém, pelas próprias mãos, se ainda não pode avaliar a extensão dos seus próprios débitos?

O revoltado parecia chocar-se ante os argumentos ouvidos, mas, longe de capitular em sua posição de perseguidor, respondeu asperamente:

— Para os mais fracos, suas observações serão valiosas. Não para mim, porém, que conheço as sutilezas dos pregadores de sua esfera. Não abandonarei meus propósitos. Minha situação não se resolverá com simples palavras.

Nosso companheiro, compreendendo o endurecimento do antagonista e apiedando-se-lhe da ignorância, continuou, em tom fraterno:

— Não se trata de sutileza e sim de bom senso. Aliás, não desejo retirar-lhe as razões de natureza individualista, mesmo porque vigorosos laços unem-lhe a influenciação à mente da vítima. Entretanto, apelo para os sentimentos nobres que ainda vibram em seu coração, fazendo-lhe reconhecer que, sem as desculpas recíprocas, não liquidaremos nossos débitos. Em geral, o credor exigente é cego para com os próprios compromissos. A sua reclamação, na essência, deve ser legítima; no entanto, é estranhável o seu processo de cobrança, no qual não descubro qualquer vantagem, visto que suas atividades de vingador, além de aprofundar suas chagas íntimas, tornam-no antipático aos olhos de todos os companheiros.

Ferido talvez, mais fundamente, em sua vaidade, o obsessor calou-se, enquanto o intérprete se voltava para nós outros, indagando de meu orientador quanto à conveniência de ajudar-se magneticamente ao infeliz, a fim de que as reminiscências dele pudessem abranger alguns quadros do passado distante.

Alexandre, todavia, considerou:

— Não seria oportuno dilatar-lhe as lembranças. Não conseguiria compreender. Antes de maior auxílio ao seu entendimento, é necessário que sofra.

Aproveitando a pausa mais longa que se fizera entre todos, observei detidamente a pobre obsidiada. Cercada de entidades agressivas, seu corpo tornara-se como que a habitação do perseguidor mais cruel. Ele ocupava-lhe o organismo desde o crânio até os pés, impondo-lhe tremendas reações em todos os centros de energia celular. Fios tenuíssimos, mas vigorosos, uniam-nos ambos, e, ao passo que o obsessor nos apresentava um quadro psicológico de satânica lucidez, a desventurada mulher mostrava aos colaboradores encarnados a imagem oposta, revelando angústia e inconsciência.

— “Salvem-me do demônio! Salvem-me do demônio! — Gritava sem cessar, comovendo os companheiros em torno da mesa humilde, — oh! Meu Deus, quando terminará meu suplício?”

Olhos desmesuradamente abertos, como a fixar os inimigos invisíveis à observação comum, bradava angustiosamente, após ligeiros instantes de silêncio:

— “Chegaram todos do inferno! Estão aqui! Estão aqui! Ai! Ai!”

Seus gemidos semelhavam-se a longos silvos estertorosos.

Atendendo-me à expectação, esclareceu o instrutor:

— Esta jovem senhora apresenta doloroso caso de possessão. Desde a infância, era perseguida pelos adversários tenazes de outro tempo. Na vida de solteira, porém, no ambiente de proteção dos pais, ela conseguiu, de algum modo, subtrair-se à integral influenciação dos inimigos persistentes, embora lhes sentisse a atuação de maneira menos perceptível. Sobrevindo, no entanto, as responsabilidades do matrimônio, em que, na maioria das vezes, a mulher recebe maior quinhão de sacrifícios, não pôde mais resistir. Logo após o nascimento do primeiro filhinho, caiu em prostração mais intensa, oferecendo oportunidade aos desalmados perseguidores e, desde então, experimenta penosas provas.


Ia expor novas questões que o assunto suscitava, mas o instrutor amigo fez-me ver que a reunião de auxílio, por parte dos encarnados, teria início naquele mesmo instante.

Precisávamos manter o concurso vigilante da fraternidade.

Observei, agradavelmente surpreendido, as emissões magnéticas dos que se reuniam ali, em tarefa de socorro, movidos pelo mais santo impulso de caridade redentora. Nossos técnicos em cooperação avançada valiam-se do fluxo abundante de forças benéficas, improvisando admiráveis recursos de assistência, não só aos obsidiados, mas também aos infelizes perseguidores.

De todos os enfermos psíquicos, somente a jovem resoluta a que nos referimos conseguia aproveitar nosso auxílio cem por cento. Identificava-lhe o valoroso esforço para reagir contra o assédio dos perigosos elementos que a cercavam. Envolvida na corrente de nossas vibrações fraternas, recuperara normalidade orgânica absoluta, embora em caráter temporário. Sentia-se tranquila, quase feliz.

Apesar de manter-se em trabalho ativo, Alexandre chamou-me a atenção, assinalando o fato.

— Esta irmã, — disse o orientador, — permanece, de fato, no caminho da cura. Percebeu a tempo que a medicação, qualquer que seja, não é tudo no problema da necessária restauração do equilíbrio físico. Já sabe que o socorro de nossa parte representa material que deve ser aproveitado pelo enfermo desejoso de restabelecer-se. Por isso mesmo, desenvolve toda a sua capacidade de resistência, colaborando conosco no interesse próprio. Observe.

Efetivamente, sentindo-se amparada pela nossa extensa rede de vibrações protetoras, a jovem emitia vigoroso fluxo de energias mentais, expelindo todas as ideias malsãs que os desventurados obsessores lhe haviam depositado na mente, absorvendo, em seguida, os pensamentos regeneradores e construtivos que a nossa influenciação lhe oferecia. Aprovando-me o minucioso exame com um gesto significativo, Alexandre tornou a dizer:

— Apenas o doente convertido voluntariamente em médico de si mesmo atinge a cura positiva. No doloroso quadro das obsessões, o princípio é análogo. Se a vítima capitula sem condições, ante o adversário, entrega-se-lhe totalmente e torna-se possessa, após transformar-se em autômato à mercê do perseguidor. Se possui vontade frágil e indecisa, habitua-se com a persistente atuação dos verdugos e vicia-se no círculo de irregularidades de muito difícil corrigenda, porquanto se converte, aos poucos, em pólos de vigorosa atração mental aos próprios algozes. Em tais casos, nossas atividades de assistência estão quase circunscritas a meros trabalhos de socorro, objetivando resultados longínquos. Quando encontramos, porém, o enfermo interessado na própria cura, valendo-se de nossos recursos para aplicá-los à edificação interna, então podemos prever triunfos imediatos.


Calando-se o instrutor, prossegui observando os serviços que se desenrolavam no recinto.

O doutrinador encarnado, companheiro de grande e bela sinceridade, era o centro dum quadro singular. Seu tórax convertera-se num foco irradiante, e cada palavra que lhe saía dos lábios semelhava-se a um jato de luz alcançando diretamente o alvo, fosse ele os ouvidos perturbados dos enfermos ou o coração dos perseguidores cruéis. Suas palavras eram, com efeito, de uma simplicidade encantadora, mas a substância sentimental de cada uma assombrava pela sublimidade, elevação e beleza.

Reparando-me a estupefação, Alexandre veio em meu socorro, esclarecendo:

— Estamos aqui numa escola espiritual. O doutrinador humano encarrega-se de transmitir as lições. Você pode registrar, porém, que, para ensinar com êxito, não basta conhecer as matérias do aprendizado e ministrá-las. Antes de tudo, é preciso senti-las e viver-lhes a substancialidade no coração. O homem que apregoa o bem deve praticá-lo, se não deseja que as suas palavras sejam carregadas pelo vento, como simples eco dum tambor vazio. O companheiro que ensina a virtude, vivendo-lhe as grandezas em si mesmo, tem o verbo carregado de magnetismo positivo, estabelecendo edificações espirituais nas almas que o ouvem. Sem essa característica, a doutrinação, quase sempre, é vã.

Vendo o quadro expressivo, analisado pelos esclarecimentos do instrutor, compreendi que o contágio pelo exemplo não constitui fenômeno puramente ideológico, mas, sim, que é um fato científico nas manifestações magnético-mentais.

Com exceção da pobre irmã, que se encontrava possessa, os demais obsidiados, naqueles momentos, ficavam livres da influência direta dos perseguidores; entretanto, menos a jovem que reagia valorosamente, os outros apresentavam singular inquietude, ansiosos de se reunirem de novo ao campo de atração dos algozes. Auxiliares nossos haviam arrebatado os verdugos, expulsando-os daqueles corpos enfermos e atormentados; todavia, os interessados nas melhoras fisicopsíquicas primavam pela ausência íntima, conservando-se a longa distância espiritual dos ensinamentos que o doutrinador encarnado, ao influxo dos mentores de Mais Alto, ministrava com admirável sentimento. A atitude deles era de insatisfação e ansiedade. Dir-se-ia que não suportavam a separação dos obsessores invisíveis. Habituado a enfermos que, pelo menos aparentemente, demonstravam desejo de cura, estranhei a posição mental daqueles que se reuniam em pequenino grupo, à nossa frente, tão lamentavelmente desinteressados do remédio que a Espiritualidade lhes oferecia, por amor.

Alexandre percebeu-me a surpresa e observou-me:

— Em geral, noventa por cento dos casos de obsessão que se verificam na Crosta, constituem problemas dolorosos e intricados. Quase sempre, o obsidiado padece de lastimável cegueira, com relação à própria enfermidade. E, porque não atende ao chamamento da verdade pela cristalização personalista, torna-se presa fácil e inconsciente, embora responsável, de perigosos inimigos das zonas de atividades grosseiras. Comumente, verificam-se casos dessa natureza, em vista de ligações vigorosas e profundas pela afetividade mal dirigida ou pelos detestáveis laços do ódio que, em todas as circunstâncias, é a confiança desequilibrada convertida em monstro.

O orientador amigo fez longa pausa, verificando os trabalhos em curso, mas como quem desejasse socorrer-me, com lições inesquecíveis na luta prática, prosseguiu, apesar das absorventes obrigações da hora:

— Por este motivo, André, ainda mesmo para o psiquiatra esclarecido à luz do Espiritismo cristão, a maioria dos casos desta ordem é francamente desconcertante. Em virtude dos ascendentes sentimentais, cada problema destes exige solução diferente. Além disso, importa notar que os nossos companheiros encarnados observam somente uma face da questão, quando cada processo desse teor se caracteriza por aspectos infinitos, com vistas ao passado dos protagonistas encarnados e desencarnados. Diante do obsidiado, fixam apenas um imperativo imediato — o afastamento do obsessor. Mas, como rebentar, de um instante para outro, algemas seculares, forjadas nos compromissos recíprocos da vida em comum? como separar seres que se agarram um ao outro, ansiosamente, por compreenderem que na dor de semelhante união permanece o preço do resgate indispensável? Efetivamente, não faltam os casos, raros embora, de libertação quase instantânea. Aí, porém, vemos o fim de laborioso processo redentor, ou então encontramos o doente que, de fato, faz violência a si mesmo, a fim de abreviar a cura necessária.

Examinando a extensão dos obstáculos ao restabelecimento completo dos enfermos psíquicos, considerei:

— Depreende-se então que…

Alexandre, porém, não me deixou terminar. Cortando-me a frase inoportuna, respondeu:

— Já sei o que vai dizer. Verificando as dificuldades que relaciono para o seu aprendizado natural, você pergunta se não será infrutífero o nosso trabalho e se não será melhor entregar o obsidiado à própria sorte. Esta observação, contudo, é um contrassenso. Se você estivesse na Terra, ainda na carne, e visse um filho amado, em condições pré-agônicas, totalmente desenganado pela medicina humana, teria coragem de abandoná-lo ao sabor das circunstâncias? Não confiaria nalgum recurso inesperado da Providência Divina? não aguardaria, ansioso, a manifestação favorável da Natureza? Quem está firmemente no âmago do coração de um homem, nosso irmão, para dizer, com certeza matemática, se ele vai reagir contra o mal ou deixar de faze-lo, se pretende o repouso ou o trabalho ativo? Não podemos, desse modo, mobilizar qualquer argumento intelectual para fugir ao nosso dever de assistência fraterna ao ignorante e sofredor. Urge atender à nossa parte de obrigação imediata, compreendendo que a construção do amor é também uma obra de tempo. Nenhuma palavra, nenhum gesto ou pensamento, nos serviços do bem, permanece perdido.

Compreendi a nobreza da observação e mantive-me em silêncio. E porque o meu orientador voltasse a cooperar ativamente nos trabalhos em andamento, passei a examinar os doentes psíquicos, enquanto o doutrinador terreno prosseguia em sua luminosa tarefa de evangelização.


A jovem que reagia contra a perigosa atuação dos habitantes das sombras, demonstrava regular normalidade em seu aparelho fisiológico. Semelhava-se a alguém que movimentava todas as possibilidades da defensiva para conservar intacto o equilíbrio da própria casa; entretanto, os demais exibiam lamentáveis condições orgânicas. A desventurada possessa apresentava sérias perturbações, desde o cérebro até os nervos lombares e sacros, demonstrando completa desorganização do centro da sensibilidade, além de lastimável relaxamento das fibras motoras. Tais desequilíbrios não se caracterizavam apenas no sistema nervoso, mas igualmente nas glândulas em geral e nos mais diversos órgãos. Nos demais obsidiados, os fenômenos de degradação física não eram menores. Dois deles revelavam estranhas intoxicações no fígado e rins. Outro mostrava singular desequilíbrio do coração e pulmões, tendendo à insuficiência cardíaca em conúbio com a pré-tuberculose avançada.

Enquanto examinava, atento, aqueles inquietantes quadros clínicos, o orientador encarnado da assembleia, fazendo-se intérprete de grandes benfeitores do nosso Plano de ação, espalhava o amor cristão e a sabedoria evangélica, a longos jorros, efetuando, com extrema fidelidade ao Cristo, a semeadura da caridade, da luz, do perdão.

Desejando a minha elevação nas atividades construtivas, Alexandre aproximou-se de mim e observou:

— Repare no serviço de fraternidade legítima. Não temos o milagre das transformações repentinas, nem a promoção imediata, aos Planos mais elevados, dos que se demoram no campo inferior. A tarefa é de sementeira, de cuidado, persistência e vigilância. Não se quebram grilhões de muitos séculos num instante, nem se edifica uma cidade num dia. É indispensável desgastar as algemas do mal, com perseverança, e praticar o bem, com ânimo evangélico.

Os serviços iam a termo.

Percebendo que o meu instrutor voltava à nossa conversação mais fácil, expus-lhe as minhas observações, perguntando, em seguida:

— Ante os distúrbios fisiológicos que me foi dado verificar nos enfermos psíquicos, devo considerá-los como doentes do corpo também?

— Perfeitamente, — asseverou o instrutor, — o desequilíbrio da mente pode determinar a perturbação geral das células orgânicas. É por este motivo que as obsessões, quase sempre, se acompanham de característicos muito dolorosos. As intoxicações da alma determinam as moléstias do corpo.

Antes que eu pudesse voltar a perguntas, percebi que a reunião estava sendo definitivamente encerrada, por parte dos amigos da Crosta. Interrompera-se a cadeia magnética defensiva. Notei, surpreendido, que a jovem resoluta e firme na fé alcançara melhoras consideráveis, enquanto a possessa ia retirar-se com a situação inalterada. Reparei os três outros enfermos. Tão logo se quebrou a corrente de vibrações benéficas, ali estabelecida, voltaram a atrair intensamente os verdugos invisíveis, a cuja influenciação se haviam habituado, demonstrando escasso aproveitamento.

Valendo-me da hora, acerquei-me de Alexandre, para não perder as suas lições alusivas ao assunto, e indaguei:

— Como atingir as conclusões finais, no tratamento aos obsidiados?

Ele sorriu e respondeu:

— Em todas as nossas atividades de socorro há sempre imenso proveito, ainda mesmo quando a sua extensão não seja perceptível ao olhar comum. E qualquer doente dessa natureza que se disponha a cooperar conosco, em benefício próprio, colaborando decididamente na restauração de suas atividades mentais, regenerando-se à luz da vida renovada no Cristo, pode esperar o restabelecimento da saúde relativa do corpo terrestre. Quando a criatura, todavia, roga a assistência de Jesus com os lábios, sem abrir o coração à influência divina, não deve aguardar milagres de nossa colaboração. Podemos ajudar, socorrer, contribuir, esclarecer; não é, porém, possível improvisar recursos, cuja organização é trabalho exclusivo dos interessados.

— Penaliza-me, porém, o quadro clínico dos obsidiados infelizes, — considerei, sob forte impressão. — Quão dolorosa a condição física de cada um!

— Sim, sim! — Revidou o instrutor, — o problema da responsabilidade não se circunscreve a palavras. É questão vital no caminho da vida. Preservando os seus filhos contra os perigos do rebaixamento, criou Deus o aparelhamento das luzes religiosas, acordando as almas para a glorificação imortal. Raros homens, entretanto, se dispõem a respeitar os desígnios da Religião, olvidando, voluntariamente, que as menores quedas e mínimas viciações ficam impressas na alma, exigindo retificação. Você está observando aqui alguns pobres obsidiados em processo positivo de tratamento, mas esquece que inúmeras criaturas, ainda na carne, não obstante informadas pela Religião quanto às necessidades do espírito, se deixam empolgar pelo apego vicioso ao campo de sensações de vária ordem, contraindo débitos, assumindo compromissos pesados e arrastando companheiros outros em suas aventuras menos dignas, forjando laços fortes para os dolorosos dramas de obsessão do futuro.

E, depois de sorrir paternalmente, acrescentou:

— Que deseja você? É certo que devemos trabalhar tanto quanto esteja ao nosso alcance, pelo bem do próximo; todavia, não podemos exonerar os nossos semelhantes das obrigações contraídas. O servo fiel não é aquele que chora ao contemplar as desventuras alheias, nem o que as observa, de modo impassível, a pretexto de não interferir no labor da justiça. O sentimentalismo doentio e a frieza correta não edificam o bem. O bom trabalhador é o que ajuda, sem fugir ao equilíbrio necessário, construindo todo o trabalho benéfico que esteja ao seu alcance, consciente de que o seu esforço traduz a Vontade Divina.


Alexandre não podia ser mais claro. Compreendi-lhe o esclarecimento instrutivo, mas, notando a saída dos enfermos, sob o amparo vigilante dos familiares, que os aguardavam à porta, voltei a indagar:

— Meu amigo, e se conseguíssemos o afastamento definitivo dos perseguidores implacáveis? Na qualidade de antigo médico do mundo, reconheço que estes doentes psíquicos não trazem as enfermidades, de que são portadores, circunscritas à mente. Com exceção da jovem que reage valorosamente, os demais revelam estranhos desequilíbrios do sistema nervoso, com distúrbios no coração, fígado, rins e pulmões. Admitamos que fosse obtida a conversão dos verdugos que os atormentam. Voltariam depois disto à normalidade orgânica, alcançariam o retorno à saúde completa?

Alexandre meditou alguns momentos, antes de responder, e asseverou, em seguida:

— André, o corpo de carne é como se fora um violino entregue ao artista, que, nesse caso, é o Espírito reencarnado. Torna-se indispensável preservar o instrumento dos animálculos destruidores e defendê-los contra ladrões. Observou a jovem que tudo faz por guardar-se do mal? Tem estado a cair sob os golpes dos perseguidores que lhe assediam impiedosamente o coração. Entretanto, como alguém que atravessa longa e perigosa senda sobre o abismo, confiante em Deus, ela tem recorrido à prece, incessantemente, estudando a si mesma e mobilizando as possibilidades de que dispõe para não perturbar a ordem dentro dela própria. Na tentação de que é vítima, tem essa irmã a provação que a redime. Ela, porém, com o heroísmo silencioso de seu trabalho, tem esclarecido os próprios perseguidores, compelindo-os à meditação e à disciplina. Segundo vê, essa lutadora sabe preservar o instrumento que lhe foi confiado e, convertida em doutrinadora dos verdugos, pelo exemplo de resistência ao mal, transforma os inimigos, iluminando a si mesma. Ante colaboração dessa natureza, temos o problema da cura altamente facilitado. Não se verificará, porém, o mesmo com aqueles que não se acautelam com a defesa do instrumento corporal. Entregue aos malfeitores, o violino simbólico a que nos referimos pode permanecer semidestruído. E, ainda que seja restituído ao legítimo possuidor, não pode atender ao trabalho da harmonia, com a mesma exatidão de outro tempo. Um stradivarius pode ser autêntico, mas não se fará sentir com as cordas rebentadas. Como vemos, os casos de obsessão apresentam complexidades naturais e, na solução deles, não podemos prescindir do concurso direto dos interessados.

— Compreendo! — Exclamei.

E, em virtude da pausa mais longa que o mentor imprimiu à conversação, obtemperei:

— Convenhamos, porém, que os perseguidores se convertam, que se afastem definitivamente do mau caminho, depois de seviciarem o organismo das vítimas, durante longo tempo… Nesse caso, não terão elas o restabelecimento imediato? não recuperarão o equilíbrio fisiológico integral?

Com a bondade que lhe é peculiar, Alexandre respondeu:

— Já observei acontecimentos dessa ordem e, quando se verificam, os antigos verdugos se transformam em amigos, ansiosos de reparar o mal praticado. Por vezes, conseguem, recebendo a ajuda dos Planos superiores, a restauração da harmonia orgânica naqueles que lhes suportaram a desumana influência; no entanto, na maioria dos casos, as vítimas não mais restabelecem o equilíbrio do corpo.

— E permanecem de saúde incompleta até ao sepulcro? — Perguntei, fortemente impressionado.

— Sim, — elucidou Alexandre, tranquilamente.

Observando-me, porém, o espanto enorme, o orientador acrescentou:

— Seu assombro prende-se ainda à deficiente análise humana. O perseguidor, reconhecido como tal, entre os companheiros encarnados, pode revelar modificações, mas talvez a suposta vítima não esteja convertida. Na obsessão, as dificuldades não são unilaterais. O eventual afastamento do perseguidor nem sempre significa a extinção da dívida. E, em qualquer parte do Universo, André, receberemos sempre de acordo com as nossas próprias obras. (Mt 16:27)

O assunto sugeria grandes e belas interrogações, mas exigências outras requisitavam-nos mais além.

Alexandre dispôs-se a partir, despedindo-se, afetuoso, dos cooperadores, e acompanhei-o, em silêncio, meditando na grandeza das mínimas disposições da Justiça Divina.



jo 15:12
Nosso Lar

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 18
Página: -
Francisco Cândido Xavier
André Luiz

Terminada a oração, chamou-nos à mesa a dona da casa, servindo caldo reconfortante e frutas perfumadas, que mais pareciam concentrados de fluidos deliciosos. Eminentemente surpreendido, ouvi a senhora Laura observar com graça:

— Afinal, nossas refeições aqui são muito mais agradáveis que na Terra. Há residências, em “Nosso Lar” que as dispensam quase por completo; mas, nas zonas do Ministério do Auxílio, não podemos prescindir dos concentrados fluídicos, tendo em vista os serviços pesados que as circunstâncias impõem. Despendemos grande quantidade de energias. É necessário renovar provisões de força.

— Isso, porém, — ponderou uma das jovens, — não quer dizer que somente nós, os funcionários do Auxílio e da Regeneração, vivamos a depender de alimentos. Todos os Ministérios, inclusive o da União Divina, não os dispensam, diferindo apenas a feição substancial. Na Comunicação e no Esclarecimento há enorme dispêndio de frutos. Na Elevação o consumo de sucos e concentrados não é reduzido, e, na União Divina, os fenômenos de alimentação atingem o inimaginável.

Meu olhar indagador ia de Lísias para a Senhora Laura, ansioso de explicações imediatas. Sorriam todos da minha natural perplexidade, mas a mãe de Lísias veio ao encontro dos meus desejos, explicando:


— Nosso irmão talvez ainda ignore que o maior sustentáculo das criaturas é justamente o amor. De quando em quando, recebemos em “Nosso Lar” grandes comissões de instrutores, que ministram ensinamentos relativos à nutrição espiritual. Todo sistema de alimentação, nas variadas Esferas da vida, tem no amor a base profunda (v. Jo 4:31). O alimento físico, mesmo aqui, propriamente considerado, é simples problema de materialidade transitória, como no caso dos veículos terrestres, necessitados de colaboração da graxa e do óleo. A alma, em si, apenas se nutre de amor. Quanto mais nos elevarmos no plano evolutivo da Criação, mais extensamente conheceremos essa verdade. Não lhe parece que o amor divino seja o cibo  do Universo?

Tais elucidações confortavam-me sobremaneira. Percebendo-me a satisfação íntima, Lísias interveio, acentuando:

— Tudo se equilibra no amor infinito de Deus, e, quanto mais evolvido o ser criado, mais sutil o processo de alimentação. O verme, no subsolo do planeta, nutre-se essencialmente de terra. O grande animal colhe na planta os elementos de manutenção, a exemplo da criança sugando o seio materno. O homem colhe o fruto do vegetal, transforma-o segundo a exigência do paladar que lhe é próprio, e serve-se dele à mesa do lar. Nós outros, criaturas desencarnadas, necessitamos de substâncias suculentas, tendentes à condição fluídica, e o processo será cada vez mais delicado, à medida que se intensifique a ascensão individual.

— Não esqueçamos, todavia, a questão dos veículos, — acrescentou a senhora Laura, — porque, no fundo, o verme, o animal, o homem e nós, dependemos absolutamente do amor. Todos nos movemos nele e sem ele não teríamos existência.

— É extraordinário! — Aduzi, comovido.

— Não se lembra do ensino evangélico do “amai-vos uns aos outros”? (Jo 15:12) — Prosseguiu a mãe de Lísias atenciosa, — Jesus não preceituou esses princípios objetivando tão somente os casos de caridade, nos quais todos aprenderemos, mais dia menos dia, que a prática do bem constitui simples dever. Aconselhava-nos, igualmente, a nos alimentarmos uns aos outros, no campo da fraternidade e da simpatia. O homem encarnado saberá, mais tarde, que a conversação amiga, o gesto afetuoso, a bondade recíproca, a confiança mútua, a luz da compreensão, o interesse fraternal, — patrimônios que se derivam naturalmente do amor profundo, — constituem sólidos alimentos para a vida em si. Reencarnados na Terra, experimentamos grandes limitações; voltando para cá, entretanto, reconhecemos que toda a estabilidade da alegria é problema de alimentação puramente espiritual. Formam-se lares, vilas, cidades e nações em obediência a imperativos tais.

Recordei instintivamente as teorias do sexo, largamente divulgadas no mundo; mas, adivinhando-me talvez os pensamentos, a senhora Laura sentenciou:

— E ninguém diga que o fenômeno é simplesmente sexual. O sexo é manifestação sagrada desse amor universal e divino, mas é apenas uma expressão isolada do potencial infinito. Entre os casais mais espiritualizados, o carinho e a confiança, a dedicação e o entendimento mútuos permanecem muito acima da união física, reduzida, entre eles, a realização transitória. A permuta magnética é o fator que estabelece ritmo necessário à manifestação da harmonia. Para que se alimente a ventura, basta a presença e, às vezes, apenas a compreensão.


Valendo-se da pausa, Judite acrescentou:

— Aprendemos em “Nosso Lar” que a vida terrestre se equilibra no amor, sem que a maior parte dos homens se aperceba. Almas gêmeas, almas irmãs, almas afins, constituem pares e grupos numerosos. Unindo-se umas às outras, amparando-se mutuamente, conseguem equilíbrio no plano de redenção. Quando, porém, faltam companheiros, a criatura menos forte costuma sucumbir em meio da jornada.

— Como vê, meu amigo, — objetou Lísias contente, — ainda aqui é possível relembrar o Evangelho do Cristo. “Nem só de pão vive o homem.” (Mt 4:4)

Antes, porém, de se alinharem novas considerações, tiniu a campainha fortemente.

Levantou-se o enfermeiro para atender.

Dois rapazes de fino trato entraram na sala.

— Aqui tem, — disse Lísias, dirigindo-se a mim gentilmente, — nossos irmãos Polidoro e Estácio, companheiros de serviço no Ministério do Esclarecimento.

Saudações, abraços, alegria.

Decorridos momentos, a senhora Laura falou sorridente:

— Todos vocês trabalharam muito, hoje. Utilizaram o dia com proveito. Não estraguem o programa afetivo, por nossa causa. Não esqueçam a excursão ao Campo da Música.

Notando a preocupação de Lísias, advertiu a palavra materna:

— Vai, meu filho. Não faças Lascínia esperar tanto. Nosso irmão ficará em minha companhia, até que te possa acompanhar nesses entretenimentos.

— Não se incomode por mim, — exclamei, instintivamente.

A senhora Laura, porém, esboçou amável sorriso e respondeu:

— Não poderei compartilhar das alegrias do Campo, ainda hoje. Temos em casa minha neta convalescente, que voltou da Terra há poucos dias.

Saíram todos, em meio do júbilo geral. A dona da casa, fechando a porta, voltou-se para mim e explicou sorridente:

— Vão em busca do alimento a que nos referíamos. Os laços afetivos, aqui, são mais belos e mais fortes. O amor, meu amigo, é o pão divino das almas, o pábulo  sublime dos corações.




Cibo. — S. m. Alimento. Lat. cibus.


Pábulo. — S. m. Alimento, sustento, comida, forragem, pasto. Lat. pabulum.


jo 15:12
No mundo maior

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 15
Francisco Cândido Xavier
André Luiz

Estavam prestes a terminar minhas possibilidades de estudo, em companhia de Calderaro, quando, na véspera da prometida visita às cavernas do sofrimento, o estimado Assistente me convidou a ouvir a palavra do Instrutor Eusébio que, naquela noite, se dirigiria a algumas centenas de companheiros católicos-romanos e protestantes das Igrejas reformadas, ainda em trânsito nos serviços da Esfera carnal.

— São irmãos menos dogmáticos e mais liberais que, em momentos de sono, se tornam suscetíveis de nossa influência mais direta. Pelas virtudes de que são portadores, tornam-se dignos das diretrizes dos Planos mais altos.

Não ocultei a estranheza que me tomara de assalto ante a informação, mas Calderaro ajuntou sem demora:

— Importa compreender que a Proteção Divina desconhece privilégios. A graça celestial é como o fruto que sempre surge na fronde do esforço terrestre: onde houver colaboração digna do homem, aí se acha o amparo de Deus. Não é a confissão religiosa que nos interessa em sentido fundamental, senão a revelação de fé viva, a atitude positiva da alma na jornada de elevação. Claro é que as escolas da crença variam, situando-se cada uma em um círculo diferente. Quanto mais rudimentar é o curso de entendimento religioso, maior é a combatividade inferior, que traça fronteiras infelizes de opinião e acirra hostilidades deploráveis, como se Deus não passasse dum ditador em dificuldades para manter-se no poder. Constituindo o Espiritismo evangélico prodigioso núcleo de compreensão sublime, é razoável seja considerado uma escola cristã mais elevada e mais rica. Possuindo tamanhas bênçãos de conhecimento e de amor, cumpre-lhe estendê-las a todos os companheiros, ainda quando esses companheiros se mostrem rebeldes e ingratos em consequência da ignorância de que ainda não conseguiram afastar-se. A compaixão de Jesus poderia ser medida pelo estado de evolução daqueles que o seguiam de perto. Diante da mente encarcerada no vaidoso intelectualismo de muitas personalidades importantes de sua época, vemo-lo inflamado de energia divina; pelo contrário, em Jerusalém, no último dia, à frente do populacho exaltado e ignorante, arraigado embora aos princípios da crença, encontramo-lo silencioso e humilde, solicitando perdão para quantos o feriam.

Imprimindo inflexão mais carinhosa à palavra, acrescentou, bondoso:

— Não nos esqueçamos que, acima de tudo, nos empenhamos numa obra educativa. Salvar alguém, ou socorrê-lo, não significa subtrair o interessado à oportunidade de luta, de alçamento ou de edificação. Constitui amparo fraternal, para que desperte e se levante, entrando na posse do equilíbrio que caracteriza aquele que o ajudou. O Supremo Senhor não se compraz com o possuir filhos miseráveis e infelizes na Criação; espalha bênçãos e dons, riquezas e facilidades eternas a mancheias, esperando apenas que cada um de nós se disponha a reger com sabedoria o patrimônio próprio. Como vemos, todos os setores do serviço espiritual reclamam a divina assistência.

Antes de mais amplas elucidações referente ao assunto, alcançamos o campo tranquilo, onde o nobre emissário se fazia ouvir.

De relance, observei que a reunião, agora,  não se assinalava por grande número de colegas encarnados, que ali se contavam por poucas centenas, assistidos por quantidade considerável de cooperadores da nossa Esfera de ação.

O luar balsamizava docemente o arvoredo, que se inclinava à passagem do favônio.

Imponente, pela claridade sublime que lhe aureolava a figura veneranda, Eusébio, ao que me pareceu, havia iniciado a preleção desde muito. Extasiados, os ouvintes registravam-lhe o verbo tocado de luz celestial, com pasmo indisfarçável a lhes alterar as fisionomias. Confundidos e ajoelhados, em grande número, na relva fresca, sentiam-se repentinamente transportados ao paraíso…


O Instrutor, envolvido em safirinos reflexos, falava com irresistível poder de atração:

— “Se o patrimônio da fé religiosa representa o indiscutível fator de equilíbrio mental do mundo, que fazeis de vosso tesouro, esquecendo-lhe a utilização, numa época em que a instabilidade e a incerteza vos ameaçam todas as instituições de ordem e de trabalho, de entendimento e de construção? Não vos assombra, porventura, acordando-vos a consciência, a borrasca renovadora que refunde princípios e nações? Supondes possível uma era de paz exterior, sem a preparação interior do homem no espírito de observância e aplicação das Leis Divinas? Por admitir semelhante contrassenso, a máquina, filha de vossa inteligência, vos anula as possibilidades de mais alta incursão no reino do Espírito Eterno.

“Ser cristão, outrora, simbolizava a escolha da experiência mais nobre, com o dever de exemplificar o padrão de conduta consagrado pelo Mestre Divino. Constituía ininterrupto combate ao mal com as armas do bem, manifestação ativa do amor contra o ódio, segurança de vitória da luz contra as sombras, triunfo inconteste da paz construtiva sobre a discórdia derruidora.

“Ante o moloque do Estado Romano, convertido em imperialismo e corrupção, os sectários do Evangelho não se expunham a polêmicas mordazes, não se enredavam nas teias do personalismo dissolvente, não dilapidavam possibilidades preciosas, a erigir fronteiras dogmáticas… Entreamavam-se em nome do Senhor, e ofereciam a própria vida, em penhor de gratidão Àquele que não trepidava em seguir para a Cruz, por amor a todos nós. Erguiam os seus mais sublimes santuários na comunhão com os princípios santificantes que os identificavam com o Salvador do Mundo. Sabiam perder vantagens transitórias, para conquistar os imperecíveis tesouros celestiais. Sacrificavam-se uns pelos outros, na viva demonstração do devotamento fraternal. Repartiam os sofrimentos e multiplicavam os júbilos entre si. Morriam em testemunhos angustiosos, para alcançar a vida eterna. Guerreavam os desequilíbrios de sua época e de seus contemporâneos, não a golpes de maldição, nem a fio de espada, mas pela prática da renunciação, submetendo-se a disciplinas cruéis e revelando, nas palavras, nos pensamentos e nos atos, a mensagem sublime do Mestre que lhes renovara os corações.

“Entretanto, herdeiros que sois daqueles heróis anônimos, que transitaram nas aflições, de espírito edificado nas promessas do Cristo, que fizestes vós da esperança transformadora, da confiança sem vacilação? Onde colocastes a fé viva que os vossos patriarcas adquiriram a preço de sangue e de lágrimas? Que é do espírito de fraternidade que assinalava os aprendizes da Boa-Nova? Enriquecidos pelas graças do Céu, pouco a pouco olvidastes as portas da Revelação Divina em troca das comodidades humanas.

“Construístes, entre vós mesmos, barreiras dificilmente transponíveis.

“Intoxica-vos o dogmatismo, corrompe-vos a secessão. Estreitas interpretações do Plano divino vos obscurecem os horizontes mentais.

“Abris hostilidade franca, em nome do Reino de Deus que significa amor universal e união eterna.

“Conspurcais a fonte das bênçãos, amaldiçoando-vos uns aos outros, invocando, para isso, o Príncipe da Paz, que, para ajudar-nos, não hesitou ante a própria morte afrontosa.

“A que delírio chegastes, estabelecendo mútua concorrência à imaginária obtenção de privilégios divinos?

“Antigamente, os companheiros do Cristo disputavam a oportunidade de servir; no entanto, na atualidade, procurais as mínimas ocasiões de serdes servidos.

“Reverenciais no Senhor a Luz dos Séculos, e mantendes-vos nas sombras do nefando egoísmo.

“Proclamais n’Ele a glória da paz, e incentivais a guerra fratricida, em que homens e instituições se trucidam reciprocamente.

“Recorreis ao Divino Mestre, centralizando em sua infinita bondade a fonte inesgotável do amor; entretanto, cultivais a desarmonia no recôndito do ser.

“Por que estranhas convicções supondes conquistar o paraíso, à força de afirmativas labiais?

“Esquecestes que o verbo, divino em seus fundamentos, é sempre criador? Como admitir a redenção ao preço de simples palavras a que nenhum significado objetivo emprestais pelas atitudes?

“Todavia, é imperioso reconhecer o caráter sublime de vossa tarefa no mundo.

“Jesus fundou a Religião do Amor Universal, que os sacerdotes políticos dividiram em várias escolas orientadas pelo sectarismo injustificável. Mau grado esse erro lastimável dos homens, a essência dos vossos princípios é aquela mesma que sustentou a coragem e a nobreza dos trabalhadores sacrificados nos primeiros dias do Cristianismo.

“Porque alguns missionários das verdades religiosas olvidassem a Paternidade Divina e se permitissem desmandos da autoridade, preferindo a opressão e a tirania, não sois menos responsáveis, agora, pelos sagrados depósitos que Jesus nos confiou, destinados aos serviços de elevação humana e de santificação da Terra.

“O Evangelho, em suas bases, guarda a beleza do primeiro dia. Sofisma algum conseguiu empanar o brilho de “amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”… (Jo 15:12)

“Perante os desafios do Céu, credes, acaso, servir a Deus, encarcerando os serviços da fé nos templos suntuosos? A pompa do culto exterior só faz realçar o desatino de vossas perigosas ilusões acerca da vida espiritual.

“Infrutífera seria a divina missão do Mestre, se a Boa-Nova permanecesse circunscrita às trincheiras sectárias, onde presunçosamente vos refugiais, com o objetivo de inflamar a execranda fogueira das hostilidades simuladamente cordiais.

“Não encontrastes outra fórmula de externar a crença, além da concorrência menos digna?

“Em vão ergueis castelos de opinião para o verbalismo sem obras, porque, se a morte surpreende o materialista revel, descortinando-lhe o realismo da vida, o túmulo abre também o tribunal da reta justiça a quantos se valeram da religião para melhor dissimular a indiferença que lhes povoa o mundo íntimo.

“Não julgueis esteja a fé consagrada ao menor esforço.

“Qual ocorre à ciência, a religião tem o seu trabalho específico no mundo. Força equilibrante do pensamento, seus servidores são chamados a colaborar na harmonia da mente humana.

“Na atuação da fé positiva reside a força reguladora das paixões, dos impulsos irresistíveis da animalidade de que todos emergimos no processo evolucionário que nos preside à existência.

“Jesus, por isto, não confinou seus ensinamentos ao círculo estreito dos templos de pedra… Reverenciou, em verdade, os monumentos que recordassem os “lugares santos da oração”, consagrados às manifestações superiores do espírito; entretanto, não se cristalizou nas atitudes adorativas: viveu conquistando amigos para o Reino do Céu.

“Não impôs aos seus seguidores normas rígidas de ação: pedia-lhes amor e entendimento, fé sincera e bom ânimo para os serviços edificantes.

“Aproximando-se de Madalena, não extravaga em baldas conversações: interessa-lhe o coração no sublime apostolado renovador. Visitando Zaqueu, abençoa-lhe o esforço nobre e construtivo. Dirigindo-se à mulher samaritana, não desce às contendas inúteis: impressiona-a pelo contato de sua alma divina, fazendo-a abandonar o velho cântaro da fantasia, para que busque as fontes eternas. Convivendo com cegos e leprosos, loucos e doentes de todos os matizes, exemplificou a vida social, baseada na fraternidade mais pura e nos mais elevados estímulos à santificação. Por fim, imolado na cruz, seus dois últimos companheiros eram ladrões confessos, aos quais não hesitou dirigir a palavra fraterna, inflamada de amor.

“Como invocar-lhe a nome para justificar os desvarios da separação por motivos de fé? Como apoiar-se no Amigo de Todos para deflagrar embates de opinião, acendendo fogueiras de ódio em prejuízo da solidariedade comum que Ele exemplificou até ao supremo sacrifício? Não será denegrir-lhe a memória, difundir a discórdia em seu nome?”

Notei que as palavras do orientador provocavam funda impressão. A maioria dos ouvintes chorava em comoção irrepressível, sentindo-se tocada pelo Juízo Celeste.

Eusébio, que mantinha presa a atenção geral, prosseguiu, impávido:

— “Não se vos reclama a transferência do depósito espiritual da crença veneranda. Em todos os setores, onde a sementeira do Cristo desabrocha, é possível honrar a Divina Lei, gravando-lhe os parágrafos sublimes no coração. O que se pede do vosso espírito de crença é o aproveitamento das bênçãos celestiais esparzidas sobre vós em caudalosas correntes de luz.

“Não limiteis, portanto, a demonstração da confiança no Altíssimo aos cerimoniais do culto externo. Varrei a indiferença que vos enregela as basílicas suntuosas. Convertamo-nos em verdadeiros irmãos uns dos outros. Transformemos a igreja no doce lar da família cristã, quaisquer que sejam as nossas interpretações. Esqueçamos a falsa afirmativa de que os tempos apostólicos passaram para sempre. Cada aprendiz do Evangelho guarda, na própria vida, um reduto destinado ao culto vivo do Divino Mestre, perante o qual escoa a multidão dos necessitados, todos os dias…

“Amando e socorrendo, crendo e agindo, Jesus amparou a mente desequilibrada do mundo greco-romano, infundindo-lhe vida nova, em favor da Humanidade mais feliz. Assim, igualmente, cada discípulo da fé redentora pode e deve cooperar no reerguimento dos irmãos frágeis e vacilantes.

“Fugi ao farisaísmo dos tempos modernos que se recusa ao auxílio fraternal, em nome do gênio satânico do cisma dogmático. Jesus nunca foi pregador da desarmonia, jamais endossou a vaidade petulante dos que pelos lábios se declaram puros, mantendo o coração atascado no lodo miasmático do orgulho e do egoísmo fatais!

“Mobilizemos nossa confiança no Todo-Misericordioso, dilatando-lhe o reino bendito de redenção.

“Aguardar o Céu, menosprezando a Terra, é obra de insensatez.

“Nenhum de nós peitará a Justiça Divina, embora permaneçais cultivando, muitas vezes, a ideia de um comércio ridículo com a Divindade.

“Se um lavrador jamais é postado sem obrigações diretas diante do matagal inculto ou do pântano perigoso, como permanecer sem deveres imediatos junto às paisagens de crime e treva, de inquietação e sofrimento?!…

“O irmão caído é nossa carga preciosa, a dificuldade é nosso incentivo santo, a dor nossa escola purificadora.

“Abracemo-nos, pois, uns aos outros, em nome do Cordeiro de Deus, que nos reformou a mente, alçando-a a Planos superiores pela ascensão gloriosa, através do sacrifício.

“Somente assim, meus amigos, é possível atender à elevada destinação que nos cabe.

“Diante do mundo periclitante, alucinado por ambições rasteiras e dominado pelo ódio e pela miséria, sequências das guerras incessantes e aniquiladoras, harmonizemo-nos em Jesus-Cristo, a fim de equilibrarmos a Esfera carnal.

“Sombras perturbadoras vagueiam em torno de vossos passos e de vossas instituições, em ronda sinistra.

“Evitai a subversão dos valores espirituais, afugentai as trevas que vos ameaçam as organizações político-religiosas. Temei a ciência que estadeie sem a sabedoria, livrai-vos do raciocínio que calcula sem amor, revisai a fé para que seus impulsos não se desordenem, à míngua de edificação.

“A Crosta da Terra é atualmente um campo de batalha mais áspera, mais dolorosa…

“Despertai a consciência adormecida e afeiçoai-vos à Lei Divina, olvidando o cativeiro multissecular da ilusão.

“A salvação é contínuo trabalho de renovação e de aprimoramento.

“Ao mundo atormentado proclamemos a nossa fé em Cristo Jesus para sempre!…”


Eusébio, ao terminar, estava aureolado de prodigiosas emissões de luz.

A assembleia prosternada mostrava semblantes lívidos de estupefação.

Enorme grupo de colaboradores de nosso Plano elevou a voz em harmonias, entoando comovente cântico de glorificação ao Supremo Senhor.

As melodiosas notas do hino perdiam-se, ao longe, no arvoredo distante, nas asas de suave brisa…

Terminados os serviços da reunião, reparei que os amigos encarnados, sob o amparo de colegas das nossas atividades socorristas, não se afastaram animados e otimistas, porque muitos deles, compreendendo, talvez com mais clareza, fora do veículo denso da experiência física, os erros da crença transviada, se retiravam cabisbaixos, soluçando…




[No há a descrição de outra reunião, no mesmo recinto natural.]


jo 15:12
Os mensageiros

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 31
Francisco Cândido Xavier
André Luiz

Poucas vezes, no Círculo carnal, tivera o prazer de assistir a reunião tão seleta.

Todos os lustres estavam magnificamente acesos e, lá fora, as grandes árvores, docemente agitadas pelo vento brando, pareciam refletir o clarão lunar. Pares graciosos passeavam ao longo da varanda e das escadarias extensas. O castelo enchera-se de alegria, com a crescente multiplicação de convidados. O administrador mostrava-se orgulhoso de confraternizar com os colaboradores diretos da sua obra, na recepção condigna aos amigos da colônia próxima. O júbilo transparecia em todos os rostos, e eu, observando a beleza do espetáculo, meditava na ventura da vida social, no ambiente daqueles que começavam a compreender e praticar o “amai-vos uns aos outros”, (Jo 15:12) distanciados da hipocrisia e das convenções aviltantes.

Conversávamos, animadamente, quando Alfredo nos convidou para o Salão de Música.

Houve geral contentamento. A senhora Bacelar, dando o braço à nobre Ismália, parecia encantada com a lembrança.

Dirigimo-nos para o grande recinto, prodigiosamente iluminado por luzes de um azul doce e brilhante. Deliciosa música embalava-nos a alma. Observei, então, que um coro de pequenos musicantes executava harmoniosa peça, ladeando um grande órgão, algo diferente dos que conhecemos na Terra. Oitenta crianças, meninos e meninas, surgiam, ali, num quadro vivo, encantador. Cinquenta tangiam instrumentos de corda e trinta conservavam-se, graciosamente, em posição de canto. Executavam, com maravilhosa perfeição, uma linda barcarola que eu nunca ouvira no mundo.

Comovidíssimo, ouvi o administrador explicar:

— As crianças do Posto são as nossas flores vivas. Dão-nos perfume, encantamento, alegria, suavizando-nos todos os trabalhos.


Abeiramo-nos do órgão, sentando-nos todos em confortáveis poltronas.

Quando as crianças terminaram, sob aplausos calorosos, Ismália pediu a Cecília executasse alguma coisa.

— Eu? — Disse a jovem, corando, — se a senhora vem das altas Esferas, onde a harmonia é santificada e pura, como poderei executar para os seus ouvidos?

— Não diga isso, Cecília, — tornou, sorridente, a generosa esposa do administrador, — a música elevada é sublime em toda parte. Vá, minha filha! Lembre-me o lar terreno nos dias mais belos!…

E, antes que a jovem Bacelar perguntasse qual a peça preferida, Ismália continuou:

— Os serviços musicais do Posto levam-me a recordar a velha Fazenda, quando voltava do Internato… Meus pais estimavam as composições europeias e, quase todas as noites, ensaiava ao piano..

E, fixando em Cecília os olhos úmidos e brilhantes, rematou:

— Sua mamãe deve lembrar comigo a música predileta de meu velho e carinhoso pai…

Notei que a senhora Bacelar disse alguma coisa à filha, em voz baixa, e vimos Cecília caminhar para o grande instrumento, sem hesitação. Com emoção indizível, ouvimo-la executar, magistralmente, a “Tocata e Fuga em Ré Menor”, de Bach, () acompanhada pelas crianças exultantes.

Fixei o rosto de Ismália, notando, pela luz do seu olhar, que seus pensamentos vagueavam longe, talvez em torno do antigo ninho doméstico. Vi-a enxugar as lágrimas discretas e abraçar Cecília carinhosamente, ao findar a execução.

— Agora, Cecília, cante alguma canção da própria alma! — Falou a nobre senhora com ternuras de mãe, — mostre-nos seu coração…

Os senhores Bacelar estavam satisfeitos e emocionados. Lia-se-lhes nos gestos o carinho com que acompanhavam os menores movimentos da filha.

A jovem sorriu, voltou ao teclado, mas permanecia, agora, fundamente transfigurada. Seu belo semblante parecia refletir alguma luz diferente, que vinha de mais alto. Começou a cantar, de maneira misteriosa e comovedora. A música parecia sair-lhe das profundezas do coração, mergulhando-nos em sublime emotividade. Procurei guardar as palavras da maravilhosa canção, mas seria impossível repeti-las integralmente no Círculo dos encarnados na Terra. A sombra da meia-noite não poderia traduzir o revérbero da aurora. Mas de algo me lembro, para registrar aqui, com a fidelidade de que é suscetível minha memória imperfeita.

Como se fora rodeada de claridades diversas daquela em que nos banhávamos, Cecília cantou com voz veludosa e cariciante:


“Guardei para os teus olhos

As estrelas brilhantes do céu calmo…


Guardei para tua alma

Todos os lírios puros dos caminhos!…

Amado meu, amado meu,

Como é longa a viagem entre escolhos

Neste oceano imenso da saudade,

Ao sublime luar da eternidade!…


Em vão, a fada Esperança

Acende a luz dentro de mim…

Porque te foste ao mundo, assim?!


Volta, amado!

Ainda mesmo

Que as tuas mãos estejam frias

E que teus pés sangrem de dor.


Trago comigo o bálsamo, a ternura,

Volta a mim,

Vem respirar, de novo, no jardim

Da imortal união!…


Curarei tuas chagas de amargura,

Dar-te-ei o roteiro para a estrada,

Amarei os que amas,

Para que me abençoes com o teu sorriso.

Volta, amado!

Esquece a dor e a sombra do passado,

Volta, de novo, ao nosso paraíso!…”


Quando desferiu as últimas notas, vi-lhe o semblante lavado em lágrimas, como se fora banhado em pérolas de luz. Observei que a senhora Bacelar, muitíssimo comovida, tocou de leve a mão de Ismália, e falou:

— Cecília nunca o esquece.

A esposa do administrador, mostrando-se extremamente sensibilizada, indagou:

— Não têm vocês novas notícias de Hermínio?

— O pobrezinho tem vivido de queda em queda, — esclareceu a nobre interlocutora, — e Cecília sabe que não poderá contar com ele, por muito tempo ainda, guardando, por esse motivo, muita mágoa íntima. Entretanto, nossa filha não desanima e trabalha, incessantemente, cheia de esperança.

Nesse momento, porém, a jovem regressava ao círculo familiar, enxugando os olhos.

A esposa de Alfredo abraçou-a e falou:

— Minhas felicitações! Não sabia que você progredira tanto na arte divina! E que bela canção!…

Cecília fez um gesto de timidez, beijou a mão da carinhosa amiga e retrucou:

— Perdoe-me, querida Ismália, meu coração permanece ainda muito ligado à Terra!…

Ismália, porém, de olhos úmidos e compreendendo-lhe o sofrimento íntimo, conchegou-a ao peito e murmurou:

— Devotar-se não é crime, minha boa Cecília. O amor é luz de Deus, ainda mesmo quando resplandeça no fundo do abismo.




Bezerra de Menezes

jo 15:12
Bezerra, Chico e Você

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 13
Francisco Cândido Xavier
Bezerra de Menezes

Em verdade, encontramo-nos na oração, como quem se vê num ponto determinado de ação em que as vossas ansiedades nos interpelam os bons desejos.

Como nos seria grata a possibilidade de satisfazer-vos a todos, em vossas requisições afetivas!


Mães que buscais os filhos que a morte vos arrebatou ao carinho, pais que esperais por respostas à própria dor as mensagens dos entes queridos que vos antecederam na Vida Maior, esposas que a saudade marca, a fogo de lágrimas, tentando mitigar o próprio sofrimento com as palavras de companheiros trazidos à Espiritualidade quando mais necessitavam viver e amigos que suplicais o verbo de afeições aparentemente desaparecidas na voragem das grandes transformações!

Todos estais conosco, todos aguardais…

Entretanto, o ensinamento do Senhor é de vida eterna a concretizar-se em bênçãos de paz e felicidade, através do serviço ao próximo.


Relevai-nos se não podemos transgredir as leis vibratórias e os princípios cármicos que nos governam a todos, a fim de satisfazer-vos.

Asseguramo-vos, porém, que os nossos afetos nunca se extinguem.

Com o tempo e com a bênção do amor uns pelos outros dentro do tempo, todos nos reencontraremos para celebrar a união sem adeus.


Aguardemos trabalhando na construção do bem, na certeza de que no bem para os outros, surpreenderemos o nosso próprio bem.


As lições de sempre destacam o valor da verdade e da caridade, evidenciando a grandeza do “servir”, acima da luz relativa ao “conhecer”.

Todos, indistintamente, possuímos determinada parcela da verdade e nessa parcela do conhecimento superior ser-nos-á possível o insulamento nos pontos de vista que tantas vezes nos têm separado, nas leiras do tempo. Mas, a caridade é aquela força divina que nos desloca de nossas próprias torres individuais para a reunião sublime de uns para com os outros.

Detenhamo-nos em semelhante realidade para converter as horas de que dispomos em degraus para a Vida Maior, à busca dos entes que mais amamos.


Atravessamos na Terra momentos difíceis, no que tange aos valores espirituais, de vez que as agitações do ambiente humano nos concitam atestes de fraternidade e compreensão, em todos os momentos da vida.

Não nos iludamos.

Ontem separastes-vos das pessoas queridas hoje domiciliadas no Mais Além, amanhã sereis vós os companheiros que nos compartilharão as faixas de vida nova.


Elevemo-nos pela execução do programa do Cristo a que estamos chamados:

“Amai-vos uns aos outros como, eu vos amei.” (Jo 15:12)


Auxiliemos para sermos auxiliados.

Compreendamos para sermos compreendidos.

Atendamos aos recursos do coração para socorrer-nos uns aos outros.


Pacifiquemo-nos, por dentro, para tranquilizar a vida que se nos estende ao redor dos passos.


Se indagardes, ainda hoje, quanto à solução dos problemas que vos afligem a atualidade terrestre, a resposta-síntese ainda é aquela de há quase dois mil anos — “caridade de uns para com os outros”. (Jo 13:34)

Caridade que se vos expresse em respeito e entendimento fraternal no relacionamento de cada dia. Caridade que se torne gentileza diante da agressividade; paciência para com o desequilíbrio; fé viva perante as chamadas desilusões do caminho; otimismo à frente das provas; bênção para com todos aqueles que amaldiçoam; auxílio para com os mais jovens na experiência física, em forma de bondade e compreensão das lutas que porventura carreguem; reconforto em favor de quantos se vejam transitoriamente detidos na madureza avançada do corpo em marcha perante a renovação…


Caridade

  dos que sabem, ajudando fraternalmente aos que ignoram;

  dos que usufruem saúde corpórea diante de quantos se vejam corroídos pelos agentes da enfermidade;

  dos mais fortes, sustentando os fracos e indecisos;

  dos que entesouraram esperança em socorro dos que jazem exaustos nos problemas inquietantes da vida;

  dos que podem distribuir, pelo menos, migalhas de auxílio, no amparo aos que se viram encarcerados em abatimento e penúria;

  dos que são apoiados pela realização dos próprios ideais na sustentação dos que choram na angústia;

  de todos os que podem auxiliar, desse ou daquele modo, para construir o Mundo Melhor.


Tão somente na caridade — luz divina — a fluir de nós na direção dos outros, conseguiremos melhorar o que somos e o que temos, para sermos o que nos cabe ser e alcançar os valores que desejamos.


Recordemos: O Cristo ressurgiu para que ressurjamos, ensinou para que aprendamos, amou-nos, tanto quanto nos ama sempre, para que saibamos realmente amar-nos mutuamente e veio até nós para que nos elevemos até Ele, conduzindo pelo amor os que nos compartilham a existência, na edificação da Terra mais feliz.



De mensagem recebida em 7.04.1973.



Autores diversos  

jo 15:12
Caderno de mensagens

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 8
Francisco Cândido Xavier
Autores diversos  

“NÓS NÃO SOMOS CORPO, SOMOS ESPÍRITO QUE USA O CORPO.”


 

Nós não somos corpo, somos Espírito que usa o corpo. Eu compreendo que aos 77 anos de idade, não posso ter um físico de 20. Eu estou doente pelo desgaste, pelo tempo. Dias atrás, um rapaz em Sorocaba parou o carro na rua e me perguntou: “Seu Chico Xavier, o senhor está doente?” Eu confirmei que tinha estado doente e ele continuou: “Que doença é a sua?” Eu falei: “São 77 anos”.


(risos) Esta me matou… (risos). Nunca me fizeram esta pergunta. Vocês querem que eu responda?


Vocês querem que eu responda sobre felicidade? Há pouco tempo um repórter gaúcho esteve aqui e me perguntou se eu era feliz. Respondi: “Sou muito feliz, porque tenho muita fé em Deus, muitos amigos e posso trabalhar, pouco, mas posso”. Já trabalhei no Ministério da Agricultura, sou aposentado há muitos anos e para mim o ano bissexto tinha 366 dias, porque a gente trabalhava num domingo para ter descanso no outro. Então sempre fui muito feliz, pois quanto mais você sofre, se é para o bem, isso é melhor. Eu tenho muitos amigos, eles sofrem e eu sofro com eles. Eu tenho parentes que sofrem, e tenho que sofrer; tenho quatro irmãs viúvas, tenho que sofrer com as lágrimas delas, embora nada tenha de comum com os maridos que elas perderam. E aquele repórter voltou a insistir: “E a outra felicidade? A felicidade, como a gente consegue?” Aí calei: “Se a pessoa vive numa festa, feliz em meio a coisas tristes, parece viver a felicidade dos bobos.”


O desespero é uma doença. E um povo desesperado, lesado por dificuldades enormes, pode enlouquecer, como qualquer indivíduo. Ele pode perder o seu próprio discernimento. Isso é lamentável, mas pode-se dizer que tudo decorre  da ausência de educação, principalmente de formação religiosa.


Pretendo ir. Nós temos tantos amigos na Colônia Santa Marta que cada vez que eu vou, me envolvo em dois sentimentos contrários: a alegria de abraçar os que ainda encontro vivos e a tristeza de lembrar dos que eu já não posso encontrar mais. Mas se Deus quiser, eu irei a Goiânia visitar a Colônia Santa Marta. Porque eu não iria lá para visitar a Academia Goiana de Letras…


Eu respeito demais a literatura goiana e tenho uma admiração profunda pelas escritoras Rosarita Fleury e Nelly de Almeida. Admiração nascida do íntimo. O que eu poderia apresentar de novo na terra de Bernardo Élis? Mostrar um corpo que já está capengando, mostrar uma ruína humana? Há pouco tempo, um jornalista me disse: “Eu estou te procurando há quinze dias e somente agora te achei; mas achei uma ruína humana”. E eu falei: “Graças a Deus, porque o senhor me coloca no meu lugar próprio.”


De todos, o que eu prefiro é Paulo e Estêvão. Mas há um livro que me fala muito ao coração. É o Boa Nova, do Espírito de Humberto de Campos. São palestras de Jesus com os apóstolos.


A imprensa é a grande comunicadora. Sem a imprensa nós estaríamos em colinas e morros, com muito pouca diferença dos índios e primitivos. Agora, eu creio que a imprensa consciente deveria formar um conselho com seus próprios elementos, os mais responsáveis. Uma cúpula de seis homens ou mulheres para criticar e criar normas éticas. Somente assim se evitariam estes desatinos que nós estamos vendo. A censura oficial é inconcebível. Se a imprensa tivesse um conselho próprio, fora da autoridade ditatorial dos governantes, seria modificada para melhor.


Eu dou assistência a companheiros da periferia que sofrem grandes dificuldades. Sei que Uberaba é muito rica, mas nunca fui à casa de ninguém pedir nada. Levo o que tenho, ou aquilo que me colocam nas mãos. Então, conversando com irmãos em penúria, procuro amenizar a revolta deles, e não aumentá-la. Se a criança está doente e eu posso dar um remédio que não dependa de uma autoridade médica, faço o possível. Se o indigente morre e seus parentes não querem que vá para uma sala de anatomia, providencio o enterro. Agora, se nossos governantes tivessem amor e espírito de compreensão por seus governados, tudo seria modificado. Mas isso teria de começar de cima. Alguém me perguntou: “Chico, a assistência é serviço do governo. Por que você dá assistência”? Respondi: “Dou assistência como a pessoa que vê a casa do vizinho incendiada e, até que o corpo de bombeiros apareça, a casa já se foi (risos). Então, pelo menos um balde d’água eu tenho que carregar, não é?


A verdade é um veneno, nem Jesus Cristo quis defini-la. Quando Pilatos perguntou a Ele o que era a verdade, Ele ficou em silêncio. Se formos falar a verdade, na vida social, nós seremos considerados indesejáveis e loucos. Então eu acompanho a “avenida do contorno”. Começam a falar coisas pesadas, e eu respondo assim: “Bem, mas nós podemos estudar melhor a questão. Vamos analisar de outra forma.” Me perguntam qualquer coisa sobre as autoridades que estão governando o Brasil, eu não vou encontrar meios de defendê-las, mas explico… eles estão fazendo o possível…”


Isso mesmo. Nós precisamos do humorismo, ou entraremos num tal clima de tensão que nós, (como a Consuelo, muito bem afirmou), seremos considerados loucos. Muita gente diz: “Não se sabe se Chico é católico ou se é espírita”. Por que eu vou hostilizar a religião católica, que é a minha mãe espiritual? Eu não posso. Eu sou espírita há muito tempo, para ter esta pretensão e esta disposição de ir contra as ideias que minha mãe me deu, e que me servem até hoje. Ela me ensinou a pronunciar o nome de Deus ajoelhado. Olha, para pronunciar o nome de Deus de joelhos dói pra chuchu. Eu estou com este joelho doendo. Certa vez um irmão chegou aqui. Eram cinco horas da manhã, ele falou: “Você me desculpe por eu ter chegado a esta hora tão tardia”. E eu disse: “Não, você chegou muito cedo, pois o dia está amanhecendo.” (risos). Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que as pessoas escalassem o Everest, ou grandes sacrifícios. Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros.” (Jo 15:12)




(Esta entrevista foi publicada pelo Anuário Espírita de 1993, Órgão do IDE (páginas 102 a 106), e é uma transcrição parcial da entrevista concedida por Chico Xavier aos jornalistas Consuelo Nasser (Presença) e Batista Custódio (Diário da Manhã). , Ano II, nº 14, Goiânia, GO, 1987)


Por ocasião deste Natal, quando tradicionalmente Francisco Cândido Xavier visita na Colônia Santa Marta o leprosário de Goiânia, uma surpresa lhe estará reservada. Por sugestão das acadêmicas Rosarita Fleury e Nelly Alves de Almeida e aprovado por unanimidade em outubro último, a Academia Goiana de Letras — AGL — conferiu a Chico Xavier, o título de membro honorário e correspondente da AGL em Uberaba.

A homenagem foi concedida porque o escritor mineiro, com a humildade e a simplicidade que lhe são características, já escreveu mais de 300 livros, traduzidos no mundo inteiro. Além disso, suas obras apresentam uma visão nova das pessoas e do mundo, através de uma refinada sensibilidade literária. (Nota da Revista Presença.)


jo 15:12
Doutrina-escola

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 3
Francisco Cândido Xavier
Autores diversos  

O termo “religião”, no conceito popular, exprime “culto prestado à Divindade”. A palavra “culto” significa adoração e veneração. Cabe, entretanto, esclarecer que o Espiritismo, () desenvolvendo os ensinamentos do Cristianismo, é a religião natural e dinâmica da consciência, interessando sentimento e raciocínio, alma e vida, autêntica doutrina-escola, destinada à construção do Mundo Melhor, com bases na renovação e no aperfeiçoamento do espírito.

Por mostra do asserto, analisemos algumas conjugações de textos do “Evangelho de Jesus” e de “O Livro dos Espíritos”, primeiro tomo da Codificação Kardequiana:


Em “Novo Testamento”: Mateus, 12:50. (Mt 12:50)

  Em “O Livro dos Espíritos”: Questão 803. ()

  Tema: Humanidade.

  Plano de estudos: Considerações em torno da igualdade de todas as criaturas, perante o Criador.


Em “Novo Testamento”: Marcos, 9:35. (Mc 9:35)

  Em “O Livro dos Espíritos”: Questão 683. ()

  Tema: Serviço.

  Plano de estudos: Obrigação do trabalho individual para o bem de todos, conforme as possibilidades de cada um.


Em “Novo Testamento”: Lucas, 20:25. (Lc 20:25)

  Em “O Livro dos Espíritos”: Questão 794. ()

  Tema: Legalidade.

  Plano de estudos: Acatamento às leis estabelecidas na Terra, segundo os ditames da evolução.


Em “Novo Testamento”: João, 3:3. (Jo 3:3)

  Em “O Livro dos Espíritos”: Questão 171. ()

  Tema: Reencarnação.

  Plano de estudos: As vidas sucessivas, definindo oportunidades de progresso e elevação para todos os seres, diante da Justiça Divina.


Em “Novo Testamento”: Atos, 2:44. (At 2:44)

  Em “O Livro dos Espíritos”: Questão 930. ()

  Tema: Solidariedade.

  Plano de estudos: Imperativo do amparo recíproco na vida social.


Em “Novo Testamento”: Lucas, 12:15. (Lc 12:15)

  Em “O Livro dos Espíritos”: Questão 883. ()

  Tema: Propriedade.

  Plano de estudos: Legitimidade dos bens particulares, que devem ser usufruídos sem os abusos do egoísmo e da avareza.


Em “Novo Testamento”: Lucas, 24:36. (Lc 24:36)

  Em “O Livro dos Espíritos”: Questão 525. ()

  Tema: Comunicação dos Espíritos.

  Plano de estudos: Intercâmbio constante entre os Espíritos encarnados e desencarnados.


Em “Novo Testamento”: João, 15:12. (Jo 15:12)

  Em “O Livro dos Espíritos” Questão 886. ()

  Tema: Caridade.

  Plano de estudos: Impositivo da fraternidade, em todos os campos da inteligência.


Fácil verificar que o culto espírita não inclui qualquer nota de expectativa inoperante nos preceitos em que se define. Colocando-nos, pois, à frente da Religião do Amor e da Sabedoria, chamada a inscrever as Leis Divinas no âmago de nós mesmos, assimilemos as lições do Evangelho e da Codificação Kardequiana, para que se nos clareie o caminho e se nos consolide a responsabilidade de viver e de agir, na edificação de nossos próprios destinos.

Para isso, saibamos refletir e servir, raciocinar e estudar.




Essa mensagem foi publicada originalmente em setembro de 1989 pela editora GEEM e é a 19ª lição do livro “”.



Geraldo Lemos Neto

jo 15:12
Chico Xavier - Mandato de Amor

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 11
Autores Diversos
Geraldo Lemos Neto

No exato momento em que as forças vivas da família brasileira lembram o aniversário de cinquenta anos de labor mediúnico do nosso querido médium espírita Francisco Cândido Xavier, a se verificar em julho próximo, é justo que recordemos nosso encontro com o citado médium.

Procuraremos registrar aqui, com a maior fidelidade possível, o conteúdo desse encontro, o diálogo que mantivemos com vistas ao mais perfeito conhecimento por parte de quantos se interessam pelo assunto, assumindo nós, todavia, a responsabilidade do pensamento traduzido, a fim de evitar aborrecimentos ao nosso querido médium.

Inicialmente, nosso encontro foi uma resposta satisfatória a uma carta que lhe endereçamos, em que fazíamos uma apreciação crítica do movimento espírita em geral e do de unificação em particular, confiando-lhe, assim, as nossas preocupações doutrinárias.

Suas palavras ainda ressoam em nossa acústica doutrinária, convidando-nos a uma meditação séria em torno do Espiritismo, que revive o Cristianismo primitivo em sua simplicidade e que tem no “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15:12) a sua expressão máxima.

— Jarbas, amigo, precisamos conversar desapaixonadamente sobre o nosso movimento. É preciso que nós, os espíritas, compreendamos que não podemos nos distanciar do povo. É preciso fugir da tendência à elitização no seio do movimento espírita. É necessário que os dirigentes espíritas, principalmente os ligados aos órgãos unificadores, compreendam e sintam que o Espiritismo veio para o povo e com ele dialogar. É indispensável que estudemos a Doutrina Espírita junto com as massas, que amemos a todos os companheiros, mas sobretudo aos espíritas mais humildes social e intelectualmente falando, e deles nos aproximarmos com real espírito de compreensão e fraternidade. Se não nos precavermos, daqui a pouco teremos em nossas casas espíritas, apenas falando e explicando o Evangelho de Cristo, as pessoas laureadas por títulos acadêmicos ou intelectuais e confrades de posição social mais elevada. Mais do que justo evitarmos isso (repetiu várias vezes), a elitização no Espiritismo, isto é, a formação do “espírito de cúpula”, com a vocação de infalibilidade, em nossas organizações.

— Então, caro Chico, o problema não é de direção ou, melhor diríamos, de administração espírita?

— Não, o problema não é de direção ou administração em si, pois precisamos administrar até a nós mesmos, mas a maneira como a conduzem, isto é, a falta de maior aproximação com irmãos socialmente menos favorecidos, que equivale à ausência de amor, presente no excesso de rigorismo, de suposta pureza doutrinária, de formalismo por parte daqueles que são responsáveis pelas nossas instituições; é a preocupação excessiva com a parte material das instituições com a manutenção, por exemplo, de sócios contribuintes ao invés de sócios ou companheiros ligados pelos laços do trabalho, da responsabilidade, da fraternidade legítima; é a preocupação com o patrimônio material ao invés do espiritual e doutrinário; é a preocupação de inverter o processo de maior difusão do Espiritismo, fazendo-o partir de cima para baixo, da elite intelectualizada para as massas, exigindo-se dos companheiros em dificuldades materiais ou espirituais uma elevação ou um crescimento, sem apoio dos que foram chamados pela Doutrina Espírita a fim de ampará-los na formação gradativa.

Naquele instante, recordamos que Allan Kardec deixou bem claro na “” que o caminho da Nova Revelação seria de baixo para cima, das massas para a elite, porque “quando as ideias espíritas forem aceitas pelas massas, os sábios se renderão à evidência”.

Recordou, ainda, o dever imperioso de todos nós de evitar a deturpação da mensagem dos espíritos, como aconteceu com o Cristianismo oficializado por Constantino. A Doutrina dos Espíritos veio para restaurar o Cristianismo, mas na sua feição evangélica primitiva, entendendo-se que em Espiritismo Evangélico é respeitar e auxiliar, amparar e elevar sempre, entendendo-se que os melhores e os mais cultos são indicados a se fazer apoio de seus irmãos em condições difíceis para que se alteiem ao nível dos melhores e mais habilitados ao progresso.

Aí está a essência de nossa conversação. Nesse sentido, ressaltou muito bem o nosso irmão Salvador Gentile em “Anuário Espírita 1977”:

“Por mais respeitáveis os títulos acadêmicos que detenhamos, não hesitemos em nos confundir na multidão para aprender a viver, com ela, a grande mensagem”.

Depois deste diálogo, penetramos mais profundamente as palavras do Dr. Bezerra de Menezes em “Unificação, serviço urgente mas não apressado”: “É indispensável manter o Espiritismo, qual foi entregue pelos mensageiros divinos a Allan Kardec, sem compromissos, sem personalismo deprimente, sem pruridos de conquista e poderes terrestres transitórios”.

“Respeito a todas as criaturas, apreço a todas as autoridades, devotamento ao bem comum e instrução do povo, em todas as direções, sobre as verdades do espírito, imutáveis, eternas”.

“Nada que lembre castas, discriminações, evidências individuais, privilégios, imunidades, prioridades”.

“Amor de Jesus sobre todos, verdade de Kardec para todos”. Em essência, esse pensamento é repetido pelo mesmo espírito em mensagem que vai publicada noutro local de “O Triângulo Espírita”.

Emmanuel também é incisivo em “Aliança Espírita”: “Educarás ajudando e unirás compreendendo. Jesus não nos chamou para exercer a função de palmatórias na instituição universal do Evangelho, e, sim, foi categórico ao afirmar: Os meus discípulos serão conhecidos por muito se amarem.” (Jo 13:35)

Cumpre-nos desta forma, meditar melhor a mensagem dos Espíritos, mas, sobretudo, aplicá-la em nosso movimento espírita, em nossas casas espíritas, e, principalmente, em nosso movimento de unificação, aplicação esta que vem sendo a tônica de toda a vida de nosso médium Chico Xavier. Aliás, ninguém mais do que ele viveu e vice o verdadeiro sentido da unificação e que é o retratado acima.




(Transcrito do Jornal “O Triângulo Espírita”, de 20 de março de 1977. Fonte: “O Espírita Mineiro”, número 171, fevereiro/abril de 1977.)



Meimei

jo 15:12
Evangelho em Casa (Novo Projeto)

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Meimei

Praticas cultos diversos em casa, de maneira imperceptível.

O culto da limpeza.

O culto do pão.

O culto do carinho.

O culto da segurança.

O culto do bem-estar.

A higiene externa, entretanto, pode não incluir a pureza dos pensamentos.

Estômago farto nem sempre é conforto do espírito.

Carinho, em muitas circunstâncias, exprime apego sem ser amor.

Segurança financeira não é fortaleza intrínseca.

Bem-estar, muita vez, é provisória ilusão.


Se abraçaste realmente a Doutrina Espírita, não podes ignorar que o culto do Evangelho te ensinará a valorizar todos eles, porquanto, com o Cristo, a limpeza começa na consciência, o pão do conhecimento nutre a alma antes do corpo, a segurança é harmonia moral, o carinho é entendimento fraterno e o bem-estar é realmente a consagração de cada um ao bem de todos.

Pensando nisso, oferece-te Meimei as páginas deste livro.

Possa ele, pois, ajudar-te na formação do teu núcleo de Evangelho entre as paredes do próprio lar, porque, se a Doutrina Espírita é o Cristo em luz para a Humanidade, acima de tudo é a luz do Cristo no coração.



Uberaba, 10 de outubro de 1959.


jo 15:15
Amizade

Categoria: Livro Espírita
Ref: 5847
Capítulo: 5
Francisco Cândido Xavier
Meimei

Alguém hoje ainda talvez te procure pedindo auxílio.

Alguém que provavelmente não fale, mas trará nos olhos ou nos próprios atos a súplica de amparo que a palavra nem sempre diz.

Alguém que terá errado, a rogar-te um gesto de simpatia, a fim de retificar-se; que se vê sob o frio da angústia, esmolando segurança; que haverá perdido afeições inesquecíveis no nevoeiro da morte, a implorar te reconforto; que padecerá solidão, mendigando alguns momentos de companhia…

Não te afirmes incapaz, nem te digas inútil.

Auxilia como puderes. O Céu saberá usar-te.

Organiza as tuas prateleiras de bondade e serve esperança e coragem aos que te busquem apoio.

Oferece-te para o trabalho do bem, como te encontras e tal qual és, fazendo o melhor de ti.

Não temas.

Se desejas renovação e se tens fé, podes claramente entrar no serviço ao próximo, a colaborar no supermercado da luz, entregando as bênçãos de Deus.




Irmão X

jo 15:12
Histórias e Anotações [FEB]

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 7
Francisco Cândido Xavier
Irmão X

Senhor! O Brasil é o Coração do Mundo e o coração nunca dorme. É a Pátria do Evangelho, é a Terra espiritual do testemunho.

Confiaste-lhe a Árvore de Teu Infinito Amor e no País da Fraternidade estenderam-se-lhe os ramos verdes e fartos, acolhendo as criaturas.

Abençoaste os que choram. O Brasil incorporou torturados e oprimidos de outras raças à sua família generosa.

Atendeste a injustiçados. O Brasil sempre abrigou os perseguidos, proporcionando-lhes vida nova.

Exaltaste os pacíficos. O Brasil exerceu, em todo tempo, a bondade e a tolerância, perdoando criminosos, anistiando rebeldes, esquecendo traições e calúnias, por acolher irmãos bem-amados.

Elevaste os limpos de coração. O Brasil nunca tingiu as mãos no sangue fratricida, nas horas culminantes de renovação política, aceitando-te os desígnios nos instantes solenes de sua história.

Determinaste que os homens se amem uns aos outros, como nos amaste. (Jo 15:12) O Brasil abriu suas portas de oito mil quilômetros de extensão à frente do mar e recebeu fraternalmente os filhos de todos os povos do globo, sem preconceitos de cor, de sangue, de nacionalidade, de religião.

Agora, Senhor, neste momento grave do mundo, o teu grande Brasil, nossa Pátria, foi chamado à defesa da verdade contra a mentira e a impostura.

Não te reclamamos a assistência necessária. Sabemos que tuas mãos misericordiosas pousam no leme, guiando aqueles que governam o destino dos filhos do Cruzeiro; mas, nesta hora de suprema determinação histórica, reafirmamos-te confiança e pedimos derrames tua luz em cada coração, em cada anseio materno, em cada recanto do lar, para que todo o Brasil compreenda que esta não é uma guerra de irmãos contra irmãos, porém, a da luz contra as sombras, da civilização contra a barbaria, do direito contra a força, do equilíbrio contra a demência.

Sabemos que preservarás a Pátria do Evangelho, desde o vale do Amazonas às coxilhas do Rio Grande, envolvendo-a nas dobras do pendão auriverde, em que colocaste um coração azul enfeitado de estrelas, símbolo de tuas sagradas esperanças; que irás de norte a sul, inspirando os que administram, orientando resoluções sábias, encorajando as mães, iluminando o conselho dos velhos, renovando energias da juventude, unificando o pensamento nacional. Entretanto, rogamos esclareças a todos os brasileiros, para que cada um se integre no espírito de serviço que dignifica o dever, a responsabilidade, o trabalho, a ordem e a disciplina. Auxilia-os a fazerem cessar neste momento as paixões, contendas, suspeitas, opiniões individualistas, interpretações políticas e sectarismos religiosos, a fim de que paire, acima das preocupações inferiores, a visão do Brasil imperecível, na integridade gloriosa dos bens que nos confiaste.

Nós, os “mortos” da Pátria, estamos igualmente de pé. Aqui nos encontramos para dizer aos nossos irmãos que a Vida Eterna resume as realidades sublimes e imortais, e que entrelaçaremos nossas mãos com as deles, nos testemunhos necessários.

Jesus, acrescenta valores aos nossos valores, como tens acrescentado confiança à nossa fé; ensina-nos a transportar a flâmula auriverde, do topo radiante dos mastros aos nossos corações, a fim de a içarmos bem alto no cimo da consciência.

Senhor, o Brasil permanece contigo, por expulsar do templo da vida os vendilhões do direito e da paz, e cada brasileiro reconhece que tu estás conosco, porque a tua cruz é símbolo de resistência heroica e porque sabemos que combates, desde o primeiro dia do Evangelho, na guerra do bem contra o mal, que ainda não terminou.


(.Humberto de Campos)


[Com o mesmo nome deste capítulo “De pé os mortos”, Humberto de Campos intitulou uma introdução à 2ª edição do Parnaso de Além-Túmulo, publicada em 1935]



Espíritos Diversos

jo 15:12
Mentores e Seareiros

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 5
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos

[Minha] irmã, que a Paz do Senhor nos felicite os corações.

Mediunidade com Jesus é serviço aos semelhantes.

Desenvolver esse recurso é, sobretudo, aprender a servir.

Aqui, alguém fala em nome dos Espíritos desencarnados; ali, um companheiro aplica energias curadoras; além, um cooperador ensina o roteiro da verdade; acolá, outrem enxuga as lágrimas do próximo, semeando consolações. Contudo, é o mesmo poder que opera em todos. (1co 12:4) É a divina inspiração do Cristo, dinamizada através de mil modos diferentes por reerguer-nos da condição de inferioridade ou de sofrimento ao título de herdeiros do Eterno Pai.

E nessa movimentação bendita de socorro e esclarecimento, não se reclama o título convencional do mundo qualquer que seja, porque a mediunidade cristã, em si, não colide com nenhuma posição social, constituindo fonte do Céu a derramar benefícios na Terra, por intermédio dos corações de boa vontade.

Em razão disso, antes de qualquer sondagem das forças psíquicas, no sentido de se lhes apreciar o desdobramento, vale mais a consagração do trabalhador à caridade legítima, em cujo exercício todas as realizações sublimes da alma podem ser encontradas.

Quem desejar a verdadeira felicidade, há de improvisar a felicidade dos outros; quem procure a consolação, para encontrá-la, deverá reconfortar os mais desditosos da humana experiência.

Dar para receber. Auxiliar para ser amparado.

Esclarecer para conquistar a sabedoria e devotar-se ao bem do próximo para alcançar a divindade do amor.

Eis a lei que impera, igualmente, no campo mediúnico, sem cuja observação, o colaborador da Nova Revelação não atravessa os pórticos das rudimentares noções de vida eterna.

Espírito algum construirá a escada de ascensão sem atenção às determinações do auxílio mútuo.

Nesse terreno, portanto, há muito que fazer nos círculos da Doutrina Cristã rediviva, porque não basta ser médium para honrar-se alguém com as bênçãos da luz, tanto quanto não vale possuir uma charrua perfeita, sem a sua aplicação no esforço da sementeira.

A tarefa pede fortaleza no serviço, com ternura no sentimento.

Sem um raciocínio amadurecido para superar a desaprovação provisória da ignorância e da incompreensão e sem as fibras harmoniosas do carinho fraterno para socorrê-las, com espírito de solidariedade real, é quase impraticável a jornada para a frente.

Os golpes da sombra martelam o trabalho iluminativo da mente por todos os flancos e imprescindível se torna ao instrumento humano das verdades divinas armar-se convenientemente na fé viva e na boa vontade incessante, a fim de satisfazer aos imperativos do ministério a que foi convocado.

Age, assim, com isenção de ânimo, sem desalento e sem inquietação, em teu apostolado de curar.

Estende as tuas mãos sobre os doentes que te busquem o concurso de irmã dos infortunados, convicta de que o Senhor é o Manancial de todas as bênçãos.

O lavrador semeia, mas é a bondade Divina que faz desabrochar a flor e preparar-se o fruto. É indispensável marchar de alma erguida para o Alto, vigiando, apesar das serpes e dos, espinhos que povoam o chão.

Diversos amigos se revelam interessados em tua tarefa de fraternidade e luz e não seria justo que a hesitação te paralisasse os impulsos mais nobres, tão somente porque a opinião do mundo te não entende os propósitos, nem os objetivos da esfera espiritual, de maneira imediata.

Não importa que o templo seja humilde e que os mensageiros compareçam na túnica de extrema simplicidade.

O Mestre Divino ensinava a verdade à frente de um lago e costumava ministrar os dons celestiais sob um teto emprestado; além disso, encontrou os companheiros mais abnegados e fiéis entre pescadores anônimos, integrados na vida singela da natureza.

Não te apoquentes, minha irmã, e segue com serenidade.

Claro está que ainda não temos seguidores leais do Senhor sem a cruz do sacrifício.

A mediunidade é um madeiro de espinhos dilacerantes, mas com o avanço da subida, calvário acima, os acúleos se transformaram em flores e os braços da cruz se convertem em asas de luz para a alma livre na eternidade.

Não desprezes a tua oportunidade de servir e prossegue de esperança robusta.

A carne é uma estrada breve. Aproveitemo-la sempre que possível na sublime sementeira da caridade perfeita.

Em suma, ser médium no roteiro cristão é dar de si mesmo em nome do Divino Mestre. E foi Ele que nos descerrou a realidade de que somente alcançam a vida verdadeira aqueles que sabem perder a existência em favor de todos os que se constituem seus tutelados e filhos de Deus na Terra. Segue, assim, para diante, amando e servindo.

Não nos deve preocupar a ausência de alheia compreensão. Antes de cogitarmos do problema de sermos amados, busquemos amar, conforme o Amigo Celeste nos ensinou. (Jo 15:12)

Que Ele nos proteja, nos fortifique e abençoe.




O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original e seu conteúdo, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes] é o mesmo da mensagem original publicada em 1952 pela LAKE e é a 28ª da 1ª Parte do livro “”


jo 15:12
Vida e Caminho

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 7
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos

[Minha irmã,] que a Paz do Senhor nos felicite os corações.

Mediunidade com Jesus é serviço aos semelhantes.

Desenvolver esse recurso é, sobretudo, aprender a servir.

Aqui, alguém fala em nome dos Espíritos desencarnados; ali, um companheiro aplica energias curadoras; além, um cooperador ensina o roteiro da verdade; acolá, outrem enxuga as lágrimas do próximo, semeando consolações.

Contudo, é o mesmo poder que opera em todos. (1co 12:4) É a divina inspiração do Cristo, dinamizada através de mil modos diferentes por reerguer-nos na condição de inferioridade ou de sofrimento ao título de herdeiros do Eterno Pai.

E nessa movimentação bendita de socorro e esclarecimento, não se reclama o título convencional do mundo qualquer que seja, porque a mediunidade cristã, em si, não colide cem nenhuma posição social, constituindo fonte do Céu a derramar benefícios na Terra, por intermédio dos corações de boa vontade.

Em razão disso, antes de qualquer sondagem das forças psíquicas, no sentido de se lhes apreciar o desdobramento, vale mais a consagração do trabalhador à caridade legítima, em cujo exercício todas as realizações sublimes da alma podem ser encontradas.

Quem desejar a verdadeira felicidade, há de improvisar a felicidade dos outros; quem procure a consolação, para encontrá-la, deverá reconfortar os mais desditosos da humana experiência.

Dar para receber.

Auxiliar para ser amparado.

Esclarecer para conquistar a sabedoria e devotar-se ao bem do próximo para alcançar a divindade do amor.

Eis a lei que impera igualmente no campo mediúnico, sem cuja observação, o colaborador da Nova Revelação não atravessa os pórticos das rudimentares noções de Vida Eterna.

Espírito algum construirá a escada de ascensão sem atender às determinações do auxílio mútuo.

Nesse terreno, portanto, há muito que fazer nos círculos da Doutrina Cristã rediviva, porque não basta ser médium para honrar-se alguém com as bênçãos da luz, tanto quanto não vale possuir uma charrua perfeita, sem a sua aplicação no esforço da sementeira.

A tarefa pede fortaleza no serviço com ternura no sentimento.

Sem um raciocínio amadurecido para superar a desaprovação provisória da ignorância e da incompreensão e sem as fibras harmoniosas do carinho fraterno, para socorrê-las, com espírito de solidariedade real, é quase impraticável a jornada para a frente.

Os golpes da sombra martelam o trabalho iluminativo da mente por todos os flancos e imprescindível se torna ao instrumento humano das Verdades Divinas armar-se convenientemente na fé viva e na boa vontade incessante, a fim de satisfazer aos imperativos do ministério a que foi convocado.

Age, assim, com isenção de ânimo, sem desalento e sem inquietação, em teu apostolado de curar.

Estende as tuas mãos sobre os doentes que te busquem o concurso de irmão dos infortunados convicto de que o Senhor é o Manancial de todas as Bênçãos.

O lavrador semeia, mas é a Bondade Divina que faz desabrochar a flor e preparar-se o fruto.

E indispensável marchar de alma erguida para o Alto, vigiando, embora as serpentes e os espinhos que povoam o chão.

Diversos amigos se revelam interessados em tua tarefa de fraternidade e luz e não seria justo que a hesitação te paralisasse os impulsos mais nobres, tão somente porque a opinião do mundo te não entende os propósitos, nem os objetivos da esfera espiritual, de maneira imediata.

Não importa que o templo seja humilde e que os mensageiros compareçam na túnica de extrema simplicidade.

O Mestre Divino ensinava a verdade à. frente de um lago e costumava administrar os dons celestiais sob um teto emprestado; além disso, encontrou os companheiros mais abençoados e fiéis entre pescadores anônimos, integrados na vida singela da natureza.

Não te apoquentes, meu irmão, e segue com serenidade.

Claro está que ainda não temos seguidores leais do Senhor sem a cruz do sacrifício.

A mediunidade é um madeiro de espinhos dilacerantes, mas com o avanço da subida, calvário acima, os acúleos se transformam em flores e os braços da cruz se convertem em asas de luz para a alma livre na Eternidade.

Não desprezes a tua oportunidade de servir e prossegue de esperança robusta.

A carne é uma estrada breve.

Aproveitemo-la sempre que possível na sublime sementeira da caridade perfeita.

Em suma, ser médium no roteiro cristão é dar de si mesmo em nome do Divino Mestre. E foi Ele que nos descerrou a realidade de que somente alcançam a vida verdadeira aqueles que sabem perder a existência em favor de todos os que se constituem seus tutelados e filhos de Deus na Terra

Segue, assim, [para diante] amando e servindo.

Não nos deve preocupar a ausência da alheia compreensão.

Antes de cogitarmos do problema de sermos amados, busquemos amar, conforme o Amigo Celeste nos ensinou. (Jo 15:12)

Que Ele nos proteja, nos fortifique e abençoe.




O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original e seu conteúdo, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes] é o mesmo da mensagem original publicada em 1952 pela LAKE e é a 28ª da 1ª Parte do livro “”


jo 15:15
Excursão de Paz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 15
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos

Meu caro Jaks. Muita paz!

Não tema, nem receie. O timoneiro do barco é o Senhor. Coloquemos sobre o leme as nossas mãos e esperemos n’Ele.

O trabalho é delicado na administração, mas se a alegria humana pertence àqueles que a procuraram, a humildade divina é dos corações que a buscam. Despreocupados do império do “eu”, alcançaremos o Reino de Deus.

O discípulo fiel não pede, nem rejeita. Aceita as determinações do Senhor, com a deliberação ardente de obedecer para maior glória de Quem tudo nos deu.

Continuemos, assim, de esperanças entrelaçadas. O amor do amigo verdadeiro desce abaixo das raízes ou se eleva acima das estrelas. Por isto, o Mestre chamou amigos (Jo 15:15) aos aprendizes da hora primeira.

Nossa reunião tem imperativos a que não poderemos fugir. Subiremos com a graça celeste. Não descansaremos, até que todos respirem no cimo do monte. O cascalho do personalismo excessivo ainda é, Jaks, o grande impedimento da jornada. Demora-se nas bases da senda e por isto mesmo nos dilacera os pés. Contudo, ainda que nossos pés sangrem na estrada, recordar-nos-emos de que Jesus lavou os pés dos discípulos e purificou-os. (Jo 13:12)

Haja mais amor nos corações para que o rio das dádivas transite no santuário sem prejuízo ao bem coletivo.

Até mesmo para receber a felicidade é preciso preparação. Sem vaso adequado os bens do Alto se contaminam com as perturbações do campo inferior, qual acontece à gota diamantina que se converte em lama quando cai na poeira da Terra.

Grande é a missão do templo e os irmãos que oficiam em seus altares não lhe podem esquecer as finalidades sublimes. “Muito se pedirá daquele que muito recebeu.” (Lc 12:48)

E o nosso grupo não se constituiu ao acaso. Trabalhemos servindo ao bem com esquecimento de todo mal.

Atende, ainda e sempre, meu amigo, aos teus deveres do primeiro instante, com lágrimas de alegria. Não te arrependerás de haver renunciado. E sentirás conosco, mais tarde, o supremo júbilo, de reconhecer que doce é o jugo do Senhor e que em companhia d’Ele muito leve e sublime é o peso de nossos pequeninos trabalhos na Causa Humana.




O título entre parênteses é o mesmo da mensagem publicada em 1ª instância em 1962 pela FEB, é a 45ª lição do livro “”



Francisco Cândido Xavier e José Herculano Pires

jo 15:12
Na Hora do Testemunho

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 5
Francisco Cândido Xavier e José Herculano Pires
Francisco Cândido Xavier e José Herculano Pires
Francisco Cândido Xavier

Nossa reunião pública de 14 foi consagrada às comemorações do Natal. O Evangelho Segundo o Espiritismo ofereceu aos nossos estudos e reflexões o . Nossa amiga D. Maria Eunice Lucchesi, de São Paulo, comentou o texto com muito carinho e eficiência, lembrando a mensagem evangélica que a Doutrina Espírita encerra para o mundo.


Ao término de nossas tarefas, nossa irmã do Plano espiritual. Maria Dolores escreveu a mensagem que lhe envio, em plena lembrança do Cristo, nos dias presentes. Envia essa página na esperança de que possa figurar no “Diário de São Paulo” com os seus apontamentos.

Desde já muito agradeço a sua generosa cooperação de sempre ao prosseguimento de nossos estudos.





Maria Dolores

   Senhor!

  Sabemos nós que nos disseste:

  “Amai-vos uns aos outros,

  Tal qual eu vos amei.” (Jo 15:12)

  Todos estamos certos quanto à lei.

  Que em ti refulge sob a luz celeste,

  — A luz do Eterno Amor!


   Entretanto, Senhor,

  Os nossos raciocínios

  De fé e aceitação

  Sempre desaparecem no barulho

  Da vaidade e do orgulho

  Em que nos mergulhamos com frequência,

  Ensombrando a existência

  Ao recusar-te o coração.


   É por isto, Jesus,

  Que te rogamos luz

  Para rever-te a vida e escutar-te os chamados

  Nos companheiros desesperançados,

  Nos últimos das filas

  Das multidões cansadas e intranquilas

  De que passamos ao redor,

  Das quais nos chamas à cooperação

  Por um mundo melhor.


   Sabemos que nos falas

  Através das crianças desnutridas,

  Das mães que lutam por alimentá-las.

  Dos enfermos que esperam

  A vaga do hospital,

  Dos irmãos outros de outros sanatórios,

  Daqueles nosocômios diferentes,

  Onde a justiça guarda os corações doentes

  Que pulsaram no bem, vezes e vezes.

  E atiraram-se ao mal…


   Temos nós a certeza

  De que nos buscas, dia a dia,

  Nos que esmorecem de tristeza,

  Dos que se vão na estrada escura e fria

  Da deserção que os desconforta,

  Naqueles cujo peito

  Inda nutre a esperança quase morta,

  De pés sangrando no caminho

  Das grandes provações…


   Conhecemos a luta em que te pões.

  Pedindo-nos concurso e entendimento,

  A fim de atenuar o sofrimento

  De tantos corações

  Atolados na sombra em velhos climas

  De rebeldia, angústia e indiferença,

  Companheiros dos quais nos aproximas

  Agora e em toda parte.

  A fim de interpretar-te

  A divina presença.

  É por isto, Senhor, que te imploramos:

  Faze-nos olvidar as bagatelas

  Entre as quais nos perdemos…

  Arreda-nos do passo todas elas

  De modo que possamos entender

  O serviço contigo por dever.


   Ajuda-nos. Senhor,

  A lembrar-te e a esquecer

  Tudo quanto se ligue a pensamento vão,

  Para que o nosso amor jamais se torça,

  Porque somente em ti, Jesus, existe a força

  Que nos leva a entregar-te o coração.





Irmão Saulo

Às vésperas do Natal, a poetisa Maria Dolores nos lembra o mandamento do amor. Se o houvéssemos obedecido, a Terra seria hoje um mundo tranquilo e feliz. Como não fomos capazes de segui-lo, vemo-nos envolvidos em lutas inglórias e submetidos a terríveis ameaças. Quando Jesus advertiu os discípulos contra o fermento dos fariseus, eles entenderam que o Mestre lhes falava de pão. Dois milênios depois fazemos o mesmo. O fermento do orgulho e da vaidade nos leva a desfigurar os seus ensinos e rejeitar as suas palavras. Somos alunos repetentes de muitos séculos!


O de O Evangelho Segundo o Espiritismo, citado por Chico Xavier, constitui-se de uma mensagem do Espírito da Verdade, que há mais de um século repetiu-nos, como porta-voz do Cristo, o seu ensino esquecido: “Espíritas, amai-vos, eis o primeiro ensinamento; instrui-vos, eis o segundo”. A mensagem é dirigida aos espíritas, na era da razão, porque eles devem estar em condições de compreende-la.


Não basta amar, é preciso saber amar. Jesus não nos trouxe apenas o amor, mas também a verdade. Ensinou-nos a raciocinar, a buscar o sentido da vida, a não nos perdermos de novo nas trevas da vaidade farisaica. Por isso o Espírito da Verdade acentua: Instrui-vos!


O Espiritismo é a Renascença Cristã, segundo a bela definição de Emmanuel. Inicia na Terra uma fase nova da ilustração, do iluminismo, desalojando a nossa mente do fanatismo sectário. No Renascimento tivemos a iluminação das Ciências. No Espiritismo temes a iluminação da Verdade sob as luzes conjugadas da Ciência, da Filosofia e da Religião. Não temos o direito de nos perdermos de novo em jogos de palavras, como fizeram os sofistas gregos, os rabinos judeus, os clérigos medievais. Não temos o direito de corrigir os textos de Jesus e Kardec segundo a medida estreita da nossa miopia mental. Precisamos instruir-nos, libertar-nos dos preconceitos para não confundirmos o fermento do passado com o pão de cada dia que o padeiro nos entrega.

A prece de Maria Dolores é um convite de Natal à compreensão profunda das lições do Mestre, à rejeição das bagatelas entre as quais nos perdemos, como crianças que brincam com os seixos da praia sem compreender a extensão e a profundidade do mar.


Abençoada lição que nos dá a grande poetisa do Além! Deixemos de lado os bilros das palavras e cuidemos do sentido real das ensinos de Jesus, pondo-os em prática na realidade da vida. Neste Natal o Mestre nos olha compassivo, perguntando a si mesmo até quando continuaremos apegados à ilusão dos sofismas, tentando corrigir os seus ensinos.



Carlos Baccelli

jo 15:12
Evangelho de Chico Xavier, O

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 168
Carlos Baccelli

O Cristo não pediu muita coisa, não exigiu que as pessoas escalassem o Everest ou fizessem grandes sacrifícios. Ele só pediu que nos amássemos uns aos outros. (Jo 15:12)




Jair Presente

jo 15:12
Palco Iluminado

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 1
Francisco Cândido Xavier
Jair Presente

   Vocês não me conheceram

  Como eu era, como estava,

  Mas sabem por indução:

  Não passei de “pinta brava”.


   Caridade não preguei,

  Bem aos outros nunca fiz,

  Embora tivesse um pai

  Que me deu tudo o que eu quis.


   Dos passeios preferidos,

  Como ocorre a homem qualquer,

  O meu era ir à praça

  Sentir cheiro de mulher.


   Por isso, não posso agora

  Recolher-me em algum canto

  E rezar a “Ave Maria”

  Botando banca de santo.


   Mas posso trazer-vos hoje,

  Com meu coração feliz,

  Algo que Jesus nos diz,

  A maior dica da Lei,

  Que é: “amai-vos uns aos outros,

  Assim como vos amei”. (Jo 15:12)




Francisco Cândido Xavier e Saulo Gomes

jo 15:12
Pinga-Fogo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 9
Francisco Cândido Xavier e Saulo Gomes

— Chico, tem aqui uma pergunta de dona Maria Lúcia Silva Guimarães, Av Tucuruvi, 763. Pergunta como se explica o homossexualismo e a perturbação no comportamento sexual, à luz da Doutrina Espírita.

— Temos tido alguns entendimentos com Espíritos amigos e notadamente com Emmanuel a esse respeito. O homossexualismo, tanto quanto a bissexualidade ou bissexualismo, como a assexualidade são condições da alma humana. Não devem ser interpretados como fenômenos espantosos, como fenômenos atacáveis pelo ridículo da humanidade. Tanto quanto acontece com a maioria que desfruta de uma sexualidade dita normal, aqueles que são portadores de sentimentos de homossexualidade ou bissexualidade são dignos do nosso maior respeito e acreditamos que o comportamento sexual da humanidade sofrerá, no futuro, revisões muito grandes, porque nós vamos catalogar do ponto de vista da Ciência todos aqueles que podem cooperar na procriação e todos aqueles que estão numa condição de esterilidade. A criatura humana não é só chamada à fecundidade física, mas também à fecundidade espiritual, transmitindo aos nossos filhos os valores do espírito de que sejamos portadores. Não nos referimos aqui aos problemas do desequilíbrio, nem aos problemas da chamada viciação nas relações humanas. Estamos nos referindo às condições da personalidade humana reencarnada, muitas vezes portadora de conflitos que dizem respeito seja à sua condição de alma em prova ou à sua condição de criatura em tarefa específica. De modo que o assunto merecerá muito estudo. Nós temos um problema em matéria de sexo na humanidade que precisaríamos considerar com bastante segurança e respeito recíproco. Vamos dizer: Se as potências do homem na visão, na audição, nos recursos imensos do cérebro, nos recursos gustativos, nas mãos, na tactividade com que as mãos executam trabalhos manuais, nos pés, se todas essas potências foram dadas ao homem para a educação, para o rendimento no bem, isto é, potências consagradas ao bem e à luz, em nome de Deus, seria o sexo em suas várias manifestações sentenciado às trevas?


— Dona Hilda Jorrad, da rua Major Diogo, 699, pergunta muito triste. Diz ela: “Perdi um filho há um ano. Choro muito. Quero saber se as minhas lágrimas estão prejudicando meu filho?”

— Quando as lágrimas nascem do nosso reconhecimento a Deus pelos benefícios que recebemos; quando as lágrimas refletem a nossa saudade tocada de esperança, os nossos amigos desencarnados nos dizem que as lágrimas fazem a eles muito bem, porque elas são luzes no caminho daqueles que são lembrados com imenso carinho. Mas quando as nossas lágrimas traduzem revolta de nossa parte diante dos desígnios divinos, que nós não podemos de imediato sondar, quando essas lágrimas retratam rebeldia, essas lágrimas prejudicam os desencarnados. Tanto quanto prejudicam os encarnados também.


— Carlos Alexandre Cavalieri está no auditório. Com base na sua explicação da criação de uma vida em tubo de ensaio pergunta: “1) Como se daria a ligação pelo Espírito; 2) O novo ser nasceria sem as neuroses provocadas por possíveis desentendimentos entre os pais; 3) Como se manifestaria o amor maternal e filial se ele se inicia normalmente na fase uterina?”

Chico Xavier — Os Espíritos amigos nos dizem que o problema, por exemplo, do complexo de Édipo e as derivações dele que nós chamamos de complexo de Electra, foram inicialmente estudados por Freud e que hoje são desenvolvidos por uma plêiade brilhante de cientistas da psiquiatria e da análise. Esses fenômenos podem ser perfeitamente estudados com muita segurança e com muito êxito à luz da reencarnação. E nós vamos compreender que precisamos hoje da psiquiatria e da análise porque as nossas ligações afetivas na Terra quase até agora têm sido filiadas a um amor muito selvagem. Nós nos queremos uns aos outros dentro, vamos dizer, das peias da consanguinidade ou das peias da afetividade com um espírito de egoísmo que vai ao superlativo da absorção, de modo que a psiquiatria e a análise vão nos ajudar no mundo, em nome da providência divina a nos estudarmos e a estudar esses vínculos para depois voltarmos a esses mesmos vínculos com um amor mais educado. Então se formos dignos de receber o tubo de ensaio como sendo um claustro materno estruturado pela Ciência, vamos esperar que no tubo de ensaio a reencarnação se faça com muito mais facilidade para as garantias de saúde do Espírito reencarnante, porque nós, como Espírito reencarnante na Terra, estaremos libertos de muitos traumas que acontecem em nossa condição de vida embrionária, quando na companhia mais íntima de nossa mãezinha sobre a Terra. Mas, a vinculação do amor não terminará nunca porque o amor é a presença de Deus. O amor continuará a nos unir, uns aos outros, para sempre e nós nos amaremos cada vez mais. Agora, vamos educar o amor porque não temos sabido amar uns aos outros conforme Jesus nos amou. (Jo 15:12)


Francisco C. Xavier
Emmanuel


Wanda Amorim Joviano

jo 15:12
Sementeira de Paz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 31
Francisco Cândido Xavier
Neio Lúcio
Wanda Amorim Joviano

30/10/1946


Meus caros filhos, Deus abençoe a vocês, concedendo-lhes muita saúde e paz.

Estamos de novo oficiando . E nesse ofício, em que a prece se mistura ao caminho familiar, trago-lhes minhas felicitações pela excursão feliz que completaram. Não só pela parte material, mas também pelas aquisições do espírito. Vocês voltaram mais ricos de observações e amizades. Plantaram flores valiosas e colheram outras tantas no coração de muitos amigos novos. Sinto-me sinceramente satisfeito. Se, às vezes, é necessário esquivarmo-nos à vida social, em muitos casos é preciso iniciá-la e sustentá-la com as nossas melhores forças. Do que houver de menos agradável atrás dos bastidores, não percam tempo em examinar. A paisagem coletiva numa cidade grande oferece aspectos muito diversos entre si. E se em algumas ocasiões os amigos não podem corresponder integralmente à nossa expectativa isso deve ser debitado à luta constrangedora e áspera da vida humana, cabendo-nos o júbilo de agradecer a Deus as oportunidades com que fomos favorecidos. De qualquer modo, desejo que vocês conservem essas afeições que trouxeram tão vivas no espírito. Jesus foi o maior conquistador de amizades. E o Cristianismo reclama semelhante serviço como preciosa manifestação do amor. Sintonizemo-nos nos campos suscetíveis de engrandecimento espiritual de nossa vida e de nossa tarefa e esqueçamos os ângulos em que essa sintonia se faça menos desejável. No fim, teremos realizado o sublime serviço do amor com Jesus, na prática daquele “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. (Jo 15:12) Meus “parabéns”, desse modo, por todas as boas realizações que levaram a efeito no setor afetivo. Nada se perde. E temos a ganhar sempre e cada vez mais semeando a simpatia, a bondade e a compreensão.

Estou acompanhando paternalmente o seu novo caso, meu caro Rômulo, e examino as facetas difíceis do assunto pelas considerações honrosas que encerra. Trata-se, meu filho, de um problema no qual só me compete louvar a sua franqueza e sinceridade. Não posso ir ao extremo de uma opinião particularista, atentos, como nos achamos presentemente, à liberdade com que devemos reger o campo de nossas manifestações. Aprovo plenamente, contudo, o seu ponto de vista, não só pela continuidade de seu trabalho, mas pelo conteúdo de ideal que lhe assinala o espírito. Creio que, a esta altura de sua carreira, deve seu coração dispor do direito de escolha e observo com alegria sua renúncia ao “tablado funcional”, onde os mais altos cargos, consoante nossa posição evolutiva em coletividade, não são ainda, de maneira geral, ocupados pelos portadores dos princípios mais altos. A “jungle” humana [selva humana] não é mais campo de luta para a sua alma. Você já atravessou essa fase de combater o jaguar e eliminar as víboras que descansam na tocaia. Por isso, reparo com alegria suas conclusões íntimas e sua firme disposição de furtar-se ao espetáculo. Entretanto, considero que todas as suas experiências devem ser lembradas e movimentadas na defesa de sua escolha. Tenho companheiros aqui que consideram fatores decisivos de êxito, em qualquer missão elevada na esfera carnal, os “amigos frios e os inimigos apaixonados”. Enquanto os adversários fervorosos estão em campo de luta, o ideal pode ser defendido mais eficientemente, quando surgem, porém, os amigos incondicionais, é difícil defender a “chama sagrada”. O inimigo alimenta o combate que é sempre longo, mas o amigo traz muitas complicações. De qualquer modo, contudo, estarei com você em suas manifestações dos próximos dias, relativamente ao assunto.

Estou na sua situação, sem previsões e sem pareceres prévios. Vamos lutar, confiantes em que uma luz maior se fará sentir em nossos caminhos. Confiarei no Poder Maior. Aliás, venho observando essas movimentações de algum tempo a esta parte. Espero, porém, que o amparo do Alto nos auxilie a resolver pelo lado melhor, isto é, a defender seu parecer, a preservar seu trabalho e manter seu idealismo construtivo. Depois que a nossa embarcação atravessa determinadas linhas de batalha, não é aconselhável tornar ao “fogo cruzado” em alto mar. É preferível o serviço das âncoras com bons trabalhos e boas observações. Assim digo confirmando seus próprios estados d’alma, assegurando a você a continuidade de nossa identificação espiritual. Em face do exposto, conte comigo, onde você estiver. Seja o nosso programa segurança defensiva, sem ofensiva alguma, prudência amiga construindo o que for possível sem destruir possibilidades futuras, falar muito pouco e ouvir muito, e interessar os que nos ouçam na manutenção de nossos objetivos. Vamos confiar no Alto, seguindo para a frente.

Aproximando-nos do natalício do Roberto, a ele o meu grande abraço. Que Deus o ilumine e proteja, ampare e guie sempre.

Desejo-lhes, meus filhos, tudo o que existe de belo e bom. Você, Wanda, durante os próximos três dias, use os medicamentos que o nosso amigo vai indicar. Ajudarei você com os nossos recursos espirituais, através de passes.

Peço a Deus, nosso Pai, nos mantenha o clima da paz e da serenidade. Recebamos o Espírito Santo de conformidade com as lembranças de ontem, no culto evangélico. Ofereçamos ao Senhor um coração tranquilo para que as bênçãos dele nos tranquilizem. Esse o meu ardente desejo desta noite. Com um apertado abraço, cheio de afetuosas saudades, sou o papai que não os esquece,




Nota da organizadora: Roberto aniversariava na Terra em 7 de novembro . Contava, no ano de 1946, com 22 anos.



Francisco Cândido Xavier

jo 15:12
Trovas do Coração

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 20
Francisco Cândido Xavier
Cornélio Pires
Francisco Cândido Xavier

   Saudade, tanta saudade!…

  Quem deixa as provas da vida,

  É que sabe como dói

  O tempo da despedida!…


2 RESUMO DA LEI

  Vale a pena recordar

  Este resumo da Lei:

  “Amai-vos” — Disse Jesus —

  “Assim Como vos amei!…” (Jo 15:12)




(5 de dezembro de 1996)



Amélia Rodrigues

jo 15:12
Luz do Mundo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 17
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

Aqueles eram sítios muito amados...


Buscara-os repetidamente para fruir a ternura do povo simples, acostumado ao pálio da esperança e sonhador ante as perspectivas de felicidade. Sofridos pela constrição contínua de fatores poderosos, cujas causas e razões lhes escapavam às mentes pouco afeitas a raciocínios mais profundos, refugiavam-se aquelas criaturas à sombra do amor, tornando-se afáveis e meigas. A generosidade que lhes era peculiar de todos se fazia conhecida. Ajudavam-se no infortúnio, sustentando-se uns aos outros nas dificuldades e compartiam os júbilos que os renovavam para prosseguir otimistas, conquanto as contínuas aflições, que não raro os surpreendiam.


As paisagens verdejantes em que as latadas floridas se destacavam exuberantes, falavam da fertilidade da terra, defendida pelas encostas dos outeiros e da cordilheira altaneira que vigiava do alto o horizonte visual sem fim...


Seus diálogos com os habitantes da Região eram feitos de delicada ternura e enriquecidos de promessas de ventura.


Ali, amavam-No todas as pessoas e desde as ressurreições de Lázaro, do filho da viúva de Naim mais se tornara valioso para todos o intercâmbio com aquele ameno Rabi.


Diferente de todos os que antes d"Ele passaram por aquelas plagas convidando ao Tora e à Vida, Ele assumia crescentes proporções sempre que considerado por quantos O conheciam.


N

"Ele havia inexplicável magia que comunicava paz, e, à Sua volta, ondas de júbilos explodiam na multidão, mesmo quando nada dizia. Os Seus silêncios, nas pausas naturais das palestras que proferia, revestiam-se de poderosa emanação de segurança interior, que igualmente impregnava os que O seguiam.


Nenhum semelhante ou jamais igual a Ele passara por Israel.


Incontestavelmente era o Enviado, o Libertador...


* * *

As convulsões festivas dos últimos dias, a ignominiosa tragédia da cruz e as notícias desconcertantes afetavam-nos vigorosamente.


Após a entrada gloriosa — e durante ela, não obstante a exaltação geral, Ele se apresentava triste, no animal que O conduzia, ao espoucar das emoções festivas — tudo se sombreara intempestivamente.


Nas informações retalhadas, em forma de comentários vexatórios, soubera-se da Sua prisão e logo do julgamento absurdo, que redundara na inqualificável crucificação...


A deserção dos amigos, a galhofa de que fora vítima pelos Seus beneficiários, o supremo abandono, a morte eram referências pronunciadas em voz dorida, recordando agonias que supliciavam todos com o ácido dos remorsos.


Ninguém sabia exatamente o que acontecera como ocorrera, porque se dera.


Não se habituaram sequer aos insucessos cruéis não despertaram ainda do torpor punitivo, angustiante, e novas, desconcertantes notícias inundavam os corações.


Ressurreição! — proclamava-se de boca a ouvido como se se temessem represálias das autoridades ou se se receassem as improcedências do acontecimento.


Viram Lázaro e outros, considerados mortos, sair, vitoriosamente da sepultura, continuando a viver desde então... Quantas outras realizações acompanharam!...


Já não importava o que fora ou não fora feito Amavam-No e gostariam de dizê-lo, ressarcindo o débito de amor e gratidão para com Ele...


Valorizavam-No agora muito mais, após O terem perdido.


Desse modo, receavam separar-se, para fruírem de qualquer aparecimento que ocorresse, renovando-lhes a coragem...


O pequeno rebanho se encontrava ansioso.


Os que foram aquinhoados com a Sua presença e escutaram Suas palavras revestiam-se de poderoso júbilo, insuperável. Iluminavam-se de estranha claridade quando narravam o acontecimento, fazendo que os ouvintes se empolgassem, participando da festa íntima que os inundava...


... E Ele aparecia e ressurgia...


As testemunhas insuspeitas se multiplicavam.


As asserções dos inimigos, denegrindo-Lhe o nome e afirmando que o Seu corpo fora roubado, — calúnias espalhadas desde as primeiras visões do Seu retorno —, quase acreditadas nos entrechoques dos acontecimentos passados, agora se diluíam e a fé, antes em tormento de saudade, clarificava, dominando todos.


Na sepultura vazia, no cenáculo, na estrada, na praia, ao lado dos amores e junto aos desconhecidos Ele se apresentou, participou de quefazeres e jornadeou em conversação amiga...


Vivia o Mestre! — proclamavam os corações confiantes, outra vez afervorados.


A vida triunfara da morte! — refletiam os que antes duvidavam.


Voltaram à Galileia, aos labores habituais e o canto das redes nas águas piscosas recordava ainda mais a Ausência.


A atmosfera de lembranças era uma dor e uma saudade em todos.


Nas encostas e nas planuras a sega se fizera e os feixes de erva e espinho esplendiam ao sol.


O céu muito azul e transparente espia e agasalha aqueles corações...


* * *

O entardecer se revestiu de tonalidades fortes e o leque de luz entornava tintas fulgurantes que transmitiam mística poesia à natureza.


Reuniram-se no ácume do outeiro sem qualquer delineamento anterior. Tinha-se a impressão de que desconhecida força arrastara-os até ali.


Saudades ignotas salmodiavam tristes cantatas naquelas almas que O conheceram e com Ele privaram antes...


Podia-se ouvir no silêncio geral que repentinamente se abateu, o pulsar rítmico da Natureza.


Refreando as emoções que o embargavam, João ergueu-se em destaque e imprimindo à voz juvenil canora entonação sumariou aqueles dias transatos, reportando-se às visões do retorno d"Ele...


Imensa ansiedade invadiu o cenário dourado da Terra.


Mães aconchegavam os filhos ao seio, esposos se davam as mãos que entrelaçavam promessas de fidelidade, anciães pressentiam a vitória da vida sobre as cinzas da sepultura...


E esperavam, ouvindo o canto do discípulo amado, não sabiam o que.


* * *

Numa pausa para melhor reflexão, o discípulo silenciou e todos os peitos, agora opressos, respiraram com dificuldade.


Ao lado, um pouco mais acima do solo atapetado pela relva, de costas para o disco solar em sangue e ouro, o Amigo apareceu, nimbado de incomparável beleza.


Houve um estremecimento generalizado, um frêmito que percorreu todos os presentes.


As lágrimas saltaram dos olhos desmesuradamente abertos. Os lábios da multidão se entreabriram mudos, pela inusitada emoção.


Sim, era Jesus!


As vestes pareciam flutuar incendiadas. O rosto adornado pela basta cabeleira flutuando no ar carreado, era do Amado, conquanto mais belo, mais diáfano...


— Eis-me que estou entre vós. Começou por dizer com a mesma entonação de outrora —. Paz seja convosco! (Mateus 28:16-20) As palavras sem queixas nem reprimendas bordavam-Lhe os lábios e caíam como gotas divinas sobre os corações, penetrando-os.


— Agora ao vosso lado outra vez e, logo mais, com meu Pai. Nunca, porém, me apartarei de vós, nem vos deixarei.


"Sois a terra generosa e eu sou a semente da vida. Se não morre o grão, não se enriquece a mesa de pão. Sem o solo a semente não sobrevive porque não se renova nem se multiplica e sem o grão a terra crestada é morta...


"Sois a minha paixão, a minha longa dor, o amor da minha vida. Eu sou a vossa esperança, o alento da vossa felicidade. Sem mim caminhareis em inquietação crescente. Sem vós sofrerei soledade.


"Vinde, novamente a mim, e deixai-me demorar em vós. "

As ansiedades generalizadas selaram com silêncio suas agonias.


Ele contemplou a multidão e viu o futuro: campos juncados de cadáveres e rios de sangue; paixões desenfreadas em carros de guerra e os abutres das pestes dizimando; os monstros do egoísmo e da insensatez dirigindo os corcéis do desespero e as dores superlativas vencendo... Muito ao longe, no futuro, porém, desenhava-se a Era do Consolador, o período de paz...


— "Amai-vos sempre, eu vos peço. Seja o vosso sinal o amor. Só o amor liberta o homem. Por muito amardes, sereis perdoados, amados, felizes!


"Amai a fonte, o solo, o animal, a vida em qualquer expressão, amai-vos uns aos outros... como eu vos tenho amado!


"Eu vos convido a descer aos homens e amá-los para subirdes aos Céus, amados. Todo aquele que desce para ajudar, eleva-se ajudado pelo auxílio dispensado.


"Por enquanto não sereis compreendidos nem amados... Ao contrário, sereis odiados e perseguidos. Vossos suores, lágrimas e sangue lavarão vossas culpas e prepararão vosso amanhã.


"Sereis tidos por endemoninhados e loucos, ultrajados nos mais caros anseios e esperanças por minha causa. Lembrai-vos de mim. Recordai: Eu venci o mundo! Não podereis vencer no mundo das ilusões e dos triunfos entre os homens de paixões.


"Vossos ideais, em nome do meu Nome, serão violados e confundidos, e vosso nome por amor ao meu, mil vezes pisoteado... Tende bom ânimo!


"Tudo passa: menos o amor.


"Na hora aziaga e nobre do testemunho, dizei: isto também passa. E alegrai-vos.


"Sois minhas ovelhas amadas e eu vos mando na direção dos lobos rapaces.


"Ide, semeadores, e não temais!


"Que medo podem fazer os que matam o corpo e nada mais conseguem, eles, que logo mais o perderão também?


"Não vos enganeis! Porfiai, mesmo quando aparentemente tudo estiver contra vós, prossegui. Estarei convosco até o fim dos séculos.


"Ignorados por todos, eu vos conhecerei; abandonados pela multidão, estarei convosco; perseguidos pelo mundo, e eu ao vosso lado.


"E quando chegar o vosso momento de retornar, tomar-vos-ei em minhas mãos e vos direi baixinho: entrai na vida, vós que fostes fieis até o fim, e alegrai-vos!


"Agora, ide, pregai e vivei o amor. Eu me vou, mas ficarei convosco!"

O céu estava engastado de estrelas preciosas no manto da noite e a lua em prata vestia a paisagem, confraternizando com o último ouro do poente no cabeço dos montes muito ao longe.


Lentamente viram-No ascender e perder-se no infinito das constelações como se fora uma gema a mais fulgindo no seu rastro luminoso, que ficara como ponte de luz da terra na direção do céu.


No imenso silêncio todos desceram o monte da Galileia bordado de loendros e ciprestes e refugiaram-se nas roupas da Humanidade dos tempos, desde então até hoje nos dias do Consolador, aqueles que O ouviram e seguirão marchando fiéis até amanhã, na direção da Era da paz e da felicidade por Ele prometida.


jo 15:23
Trigo de Deus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 25
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

Ainda predominavam nas almas saudosas a melancolia e a dor quase insuportável.


Não obstante os acontecimentos festivos mais recentes, pairavam nos seus corações e mentes as lembranças do Amado...


E verdade que Ele retornara do túmulo e dialogara com eles. Não, porém, como acontecera anteriormente.


A glória do reencontro parecia-lhes uma aquarela de luz na lembrança, enquanto aqueles dias, que precederam ao Calvário, eram toda uma sinfonia mística, a cantar na memória das suas recordações.


Nunca mais as suas seriam as mesmas vidas, nem eles voltariam a ser como antes.


Arrancados do anonimato e da simplicidade de homens do povo, eles se viram subitamente atirados ao torvelinho da grande revolução ideológica. É certo que não tinham dimensão da grandeza dos acontecimentos passados nem dos porvindouros. Apesar disso, podiam pressenti-los e temiam.


Permanecia naquela querida região a presença dEle, que impregnara o mar, suas cercanias, com o Seu sublime canto. Cada recanto e aldeia, cada cidade e lugar, possuíam marcas da Sua passagem, e as Suas pegadas se faziam visíveis no poviléu, nos aglomerados de pessoas, nos comentários gerais.


Retornando às atividades anteriores, sem terem ideia exata do que fazerem, os companheiros surpreendiam-se chorando, evocando os episódios que ali sucederam e deveríam abalar as estruturas da Humanidade, qual ocorreu depois.


Tentavam recordar cada fato e acontecimento, mantendo-Lhe viva a memória nos comentários incessantes, repassados de ternura e melancolia.


Jesus fora o divisor dos tempos e assinalaria de forma especial a Nova Era com a Sua mensagem.


* * *

Eles pescavam — narra João

* — e nada haviam conseguido.


Subitamente, um estranho, da praia sugeriu-lhes que atirassem as redes para o lado direito da barca, e, ao fazê-lo, por pouco não se romperam ao serem recolhidas.


Retiraram das águas calmas cento e cinqu

̈enta e três peixes grandes...


Imediatamente reconheceram o Mestre, que ali estava como no passado, vivo e estuante, sorrindo e jovial, superando todas as expectativas do desencanto pelo Seu desaparecimento, que ainda era comentado.


Almoçaram com a alacridade de outrora.


Ao terminar, à tarde, Ele assumiu a postura habitual e, acercando-se de Pedro, interrogou-o com doçura:

— Simão, filho de João, amas-me mais do que a estes?


A interrogação inesperada fulminou o amigo pescador, que se recordou das negações, envergonhando-se. Porém, honesto e firme, redargüiu:

— Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo.


A resposta soou como doce campana no ar.


O Mestre relanceou o olhar pelo grupo sorridente, ingênuo, e disse:

— Simão, apascenta os meus cordeiros.


Ato contínuo, indagou, com preocupação na voz:

— Simão, filho de João, amas-me?


Surpreso, o discípulo contestou:

— Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo.


Houve um silêncio rápido e profundo, após o que, pediu:

— Pastoreia as minhas ovelhas.


Suave música da natureza, trazida pela brisa do mar, parecia uma moldura de vibrações elevadas para a tela que formava o cenário do diálogo.


Por terceira vez, Ele inquiriu:

— Simão, filho de João, amas-me?


O discípulo, emocionado, chorou e ripostou:

— Senhor, Tu conheces todas as coisas, Tu sabes que Te amo. Por que me interrogas por três vezes?


— Se me amas, apascenta as minhas ovelhas.


Penetrando nos tempos do porvir, Jesus sabia das dificuldades para pastorear o rebanho; da diversidade de ovelhas a apascentar; das problemáticas de cada época; das defecções humanas... Mas era necessário resguardar os candidatos ao rebanho, e Simão, na primeira etapa, por amor, que é a sublime canção que Ele sempre entoara, deveria ser o condutor.


... E enquanto o silêncio se enriquecia de reflexões e visões de um longínquo futuro de bem-aventuranças, Jesus prosseguiu:

— Quando eras mais moço, tu te cingias e andavas por onde querias. Quando fores velho, estenderás as tuas mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres...


Simão percebeu que seria conduzido ao matadouro por estranhas mãos. Isto, porém, não lhe importava naquele momento. O Mestre ali estava, e isto, sim, era-lhe tudo. Desejava sorver até a última gota a Sua presença.


Mas Ele prosseguiu falando, anunciando que João, o discípulo amado, não provaria da morte pelo martírio... Seria poupado por amar demais, porém os outros...


O amor supre todas as necessidades, elimina todos os erros, porque propicia renovação e reparação.


O amor é o perene amanhecer, após as sombras ameaçadoras.


A palavra de Jesus, na tônica do amor, é a canção sublime que embalou Sua época e até hoje constitui o apoio e a segurança das vidas que se lhe entregam em totalidade.


Simão reuniu as ovelhas, conduziu-as com carinho e compreendeu, afeiçoado, o ministério que lhe cumpria realizar.


Ao encerrar a jornada na cruz do martírio, pôde deixar por e com amor o rebanho unido, fiel, seguindo no rumo da Luz.


... — Sim, Senhor, eu Te amo.


— Então apascenta o meu rebanho...


(*) João 15:23 (Nota da Autora espiritual.)




FIM




Humberto de Campos

jo 15:15
Boa Nova

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 12
Francisco Cândido Xavier
Humberto de Campos

O manto da noite caía de leve sobre a paisagem de Cafarnaum e Jesus, depois de uma das grandes assembleias populares do lago,  se recolhia à casa de em companhia do apóstolo. Com a sua palavra divina havia tecido luminosos comentários em torno dos mandamentos de ; Simão, no entanto, ia pensativo como se guardasse uma dúvida no coração.

Inquirido com bondade pelo Mestre, o apóstolo esclareceu:

— Senhor, em face dos vossos ensinamentos, como deveremos interpretar a vossa primeira manifestação, transformando a água em vinho, nas bodas de Caná? (Jo 2:1) Não se tratava de uma festa mundana? O vinho não iria cooperar para o desenvolvimento da embriaguez e da gula?

Jesus compreendeu o alcance da interpelação e sorriu.

— Simão — disse ele —, conheces a alegria de servir a um amigo?

Pedro não respondeu, pelo que o Mestre continuou:

— As bodas de Caná foram um símbolo da nossa união na Terra. O vinho, ali, foi bem o da alegria com que desejo selar a existência do Reino de Deus nos corações. Estou com os meus amigos e amo-os a todos. Os afetos dalma, Simão, são laços misteriosos que nos conduzem a Deus. Saibamos santificar a nossa afeição, proporcionando aos nossos amigos o máximo da alegria; seja o nosso coração uma sala iluminada onde eles se sintam tranquilos e ditosos. Tenhamos sempre júbilos novos que os reconfortem, nunca contaminemos a fonte de sua simpatia com a sombra dos pesares! As mais belas horas da vida são as que empregamos em amá-los, enriquecendo-lhes as satisfações íntimas.

Contudo, Simão Pedro, manifestando a estranheza que aquelas advertências lhe causavam, interpelou ainda o Mestre, com certa timidez:

— E como deveremos proceder quando os amigos não nos entendam, ou quando nos retribuam com ingratidão?

Jesus pôs nele o olhar lúcido e respondeu:

— Pedro, o amor verdadeiro e sincero nunca espera recompensas. A renúncia é o seu ponto de apoio, como o ato de dar é a essência de sua vida. A capacidade de sentir grandes afeições já é em si mesma um tesouro. A compreensão de um amigo deve ser para nós a maior recompensa. Todavia, quando a luz do entendimento tardar no espírito daqueles a quem amamos, deveremos lembrar-nos de que temos a sagrada compreensão de Deus, que nos conhece os propósitos mais puros. Ainda que todos os nossos amigos do mundo se convertessem, um dia, em nossos adversários, ou mesmo em nossos algozes, jamais nos poderiam privar da alegria infinita de lhes haver dado alguma coisa!…

E com o olhar absorto na paisagem crepuscular, onde vibravam sutis harmonias, Jesus ponderou, profeticamente: — O vinho de Caná poderá, um dia, transformar-se no vinagre da amargura; (Jo 19:29) contudo, sentirei, mesmo assim, júbilo em sorvê-lo, por minha dedicação aos que vim buscar para o amor do Todo-Poderoso.

Simão Pedro, ante a argumentação consoladora e amiga do Mestre, dissipou as suas derradeiras dúvidas, enquanto a noite se apoderava do ambiente, ocultando o conjunto das coisas no seu leque imenso de sombras.




Muito tempo ainda não decorrera sobre essa conversação, quando o Mestre, em seus ensinos, deixou perceber que todos os homens, que não estivessem decididos a colocar o Reino de Deus acima de pais, mães e irmãos terrestres, (Mt 10:37) não podiam ser seus discípulos.

No dia desses novos ensinamentos, terminados os labores evangélicos, o mesmo apóstolo interpelou o Senhor, na penumbra de suas expressões indecisas:

— Mestre, como conciliar estas palavras tão duras com as vossas anteriores observações, relativamente aos laços sagrados entre os que se estimam?!

Sem deixar transparecer nenhuma surpresa, Jesus esclareceu:

— Simão, a minha palavra não determina que o homem quebre os elos santos de sua vida; antes exalta os que tiverem a verdadeira fé para colocar o poder de Deus acima de todas as coisas e de todos os seres da criação infinita. Não constitui o amor dos pais uma lembrança da bondade permanente de Deus? Não representa o afeto dos filhos um suave perfume do coração?! Tenho dado aos meus discípulos o título de amigos, por ser o maior de todos.

O Evangelho — continuou o Mestre, estando o apóstolo a ouvi-lo atentamente — não pode condenar os laços de família, mas coloca acima deles o laço indestrutível da paternidade de Deus. O Reino do Céu no coração deve ser o tema central de nossa vida. Tudo mais é acessório. A família, no mundo, está igualmente subordinada aos imperativos dessa edificação. Já pensaste, Pedro, no supremo sacrifício de renunciar? Todos os homens sabem conservar, são raros os que sabem privar-se. Na construção do Reino de Deus, chega um instante de separação, que é necessário se saiba suportar com sincero desprendimento. E essa separação não é apenas a que se verifica pela morte do corpo, muitas vezes proveitosa e providencial, mas também a das posições estimáveis no mundo, a da família terrestre, a do viver nas paisagens queridas, ou, então, a de uma alma bem-amada que preferiu ficar, a distância, entre as flores venenosas de um dia!…

Ah! Simão, quão poucos sabem partir, por algum tempo, do lar tranquilo, ou dos braços adorados de uma afeição, por amor ao Reino que é o tabernáculo da vida eterna! Quão poucos saberão suportar a calúnia, o apodo, a indiferença, por desejarem permanecer dentro de suas criações individuais, cerrando ouvidos à advertência do Céu para que se afastem tranquilamente!… Como são raros os que sabem ceder e partir em silêncio, por amor ao Reino, esperando o instante em que Deus se pronuncia! Entretanto, Pedro, ninguém se edificará, sem conhecer essa virtude de saber renunciar com alegria, em obediência à vontade de Deus, no momento oportuno, compreendendo a sublimidade de seus desígnios. Por essa razão, os discípulos necessitam aprender a partir e a esperar onde as determinações de Deus os conduzam, porque a edificação do Reino do Céu no coração dos homens deve constituir a preocupação primeira, a aspiração mais nobre da alma, as esperanças centrais do Espírito!…

Ainda não havia anoitecido. Jesus, porém, deu por concluídas as suas explicações, enquanto as mãos calosas do apóstolo passavam, de leve, sobre os olhos úmidos.




Dando o testemunho real de seus ensinamentos, o Cristo soube ser, em todas as circunstâncias, o amigo fiel e dedicado. Nas elucidações de João, vemo-lo a exclamar: — “Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; tenho-vos chamado amigos, porque vos revelei tudo quanto ouvi de meu Pai!” (Jo 15:15) E, na narrativa de Lucas, ouvimo-lo dizer, antes da hora extrema: — “Tenho desejado ansiosamente comer convosco esta Páscoa, antes da minha paixão.” (Lc 22:15)

Ninguém no mundo já conseguiu elevar, à altura em que o Senhor as colocou, a beleza e a amplitude dos elos afetivos, mesmo porque a sua obra inteira é a de reunir, pelo amor, todas as nações e todos os homens, no círculo divino da família universal. Mas, também, por demonstrar que o Reino de Deus deve constituir a preocupação primeira das almas, ninguém como ele soube retirar-se das posições, no instante oportuno, em obediência aos desígnios divinos. Depois da magnífica vitória da entrada em Jerusalém, (Mt 21:1) é traído por um dos discípulos amados; negam-no os seus seguidores e companheiros; suas ideias são tidas como perversoras e revolucionárias; é acusado como bandido e feiticeiro; sua morte passa por ser a de um ladrão.

Jesus, entretanto, ensina às criaturas, nessa hora suprema, a excelsa virtude de retirar-se com a solidão dos homens, mas com a proteção de Deus. Ele, que transformara toda a Galileia  numa fonte divina; que se levantara com desassombro contra as hipocrisias do farisaísmo do tempo; que desapontara os cambistas, no próprio templo de Jerusalém, (Mt 21:12) como advogado enérgico e superior de todas as grandes causas da verdade e do bem, passa, no dia do Calvário, (Mt 27:1) em espetáculo para o povo, com a alma num maravilhoso e profundo silêncio. Sem proferir a mais leve acusação, caminha humilde, coroado de espinhos, sustendo nas mãos uma cana imunda à guisa de cetro, vestindo a túnica da ironia, sob as cusparadas dos populares exaltados, de faces sangrentas e passos vacilantes, sob o peso da cruz, vilipendiado, submisso.

No momento do Calvário, Jesus atravessa as ruas de Jerusalém, como se estivesse diante da humanidade inteira, sem queixar-se, ensinando a virtude da renúncia por amor do Reino de Deus, revelando por essa a sua derradeira lição.


(.Irmão X)


Cairbar Schutel

jo 15:26
Parábolas e Ensinos de Jesus

Categoria: Livro Espírita
Ref: 3744
Capítulo: 98
Página: -
Cairbar Schutel

“Havia uma festa dos judeus, e Jesus subiu a Jerusalém. Ora, em Jerusalém, junto à porta das ovelhas, há um tanque, que em hebraico se chama Betsaida, o qual tem cinco alpendres. Nestes jazia um grande número de enfermos, cegos, coxos, paralíticos, esperando que se movesse a água. Porque descia um anjo em certo tempo ao tanque, e agitava a água;


e o primeiro que entrava no tanque, depois de se mover a água, ficava curado de qualquer doença que tivesse. Achava-se ali um homem, que havia trinta e oito anos estava enfermo. Jesus, vendo-o deitado e sabendo que estava assim desde muito tempo, perguntou-lhe: Queres ficar são?


Respondeu-lhe o enfermo: Senhor, não tenho ninguém que me ponha no tanque, quando a água for movida; mas enquanto eu vou, outro desce antes de mim. Disse-lhe Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda.


Imediatamente o homem ficou são, tomou o seu leito e começou a andar.


Era sábado aquele dia, pelo que disseram os Judeus ao que havia sido curado: Hoje é sábado, e não é lícito levar o teu leito. Ele respondeu: Aquele que me curou, esse mesmo me disse: Toma o teu leito e anda. Eles lhe perguntaram: quem é o homem que te disse: Toma o teu leito e anda?


Mas o que havia sido curado, não sabia quem era, porque Jesus se tinha retirado, por haver muita gente naquele lugar. Depois Jesus o encontrou no templo e lhe disse: Olha, já estás são; não peques mais; para que te não suceda coisa pior. O homem foi dizer aos judeus que Jesus era quem o havia curado. Por isso os judeus perseguiram a Jesus, porque fazia estas coisas nos sábados. Mas Jesus disse-lhes: Meu Pai não cessa de agir até agora e eu também; por isso, pois, os judeus procuravam com maior ânsia tirar-lhe a vida, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus. "


(João, V, 1-18.)


O progresso humano tem como base a Revelação. Ela a luz que em todos os tempos tem iluminado as gerações para que conheçam os esplendores divinos.


Sem Revelação não há Ciência, nem Arte; não há Filosofia, nem Religião.


Na infância do Espírito, a Revelação é como um véu que deixa passar unicamente uma certa porção de luz, para que não se lhe ofusque o entendimento; mas, à medida que o Espírito evolui; à proporção que a inteligência se desenvolve, o sentimento se aperfeiçoa e o Espírito cresce em conhecimentos, a Revelação lhe abre horizontes novos, auxiliando sua ascensão para a posse da liberdade total no seio dos espaços infinitos.


Se consultarmos a História da Ciência, veremos que os novos inventos e as novas descobertas são oriundos da revelação pessoal, cujo executor, Espírito missionário que aqui veio para tal fim, não é mais que um emissário do invisível que, no momento da realização de sua tarefa, é cercado dos Mensageiros da Imortalidade para o bom cumprimento da tarefa que veio desempenhar.


A navegação marítima e aérea; a locomoção terrestre pelo vapor e pela eletricidade, aí estão como provas do que dizemos, do progresso que nos anima bafejado pelo calor intenso da Revelação.


A Arte de hoje está mais aperfeiçoada que a de ontem.


Novos instrumentos têm facultado aos homens trabalho que ontem lhes seria impossivel executar.


O mesmo se vê na Filosofia e na Religião. Segundo a Lei Mosaica e o atraso daquela época, Deus vingava a iniquidade dos pais nos filhos até a 3a geração".


Por essa ocasião proclamava-se a lapidação de adúlteras na praça pública e prevalecia a lei da resistência: “dente por dente, olho por olho".


Depois, com a evolução religiosa, os profetas, sob o influxo da Revelação, ou seja, da comunicação dos Espíritos encarregados do progresso humano, projetaram mais intensamente a sua luz, até a recepção do Cristianismo, doutrina excelente que não se pode comparar ao Mosaísmo.


Daí a distinção da Velha e da Nova Dispensação: Antigo e Novo Testamento.


A Nova Dispensação marca uma nova era no mundo; pois, abolidos os artigos e parágrafos do Código Antigo, que lesavam a Lei do Perdão e da Caridade e proclamados estes Preceitos como único meio de salvação, deu-se Deus a conhecer na magnitude de seu amor, confirmando o que dissera pela boca do profeta: “Não quero a morte do ímpio, mas sim que o ímpio se converta e se salve. "


(Ezequiel, XVIII, 23.)


Na escala evolutiva dos conhecimentos religiosos, como em todas as manifestações do pensamento, a evolução, seja no terreno material ou no plano espiritual, não faz transições bruscas. Com muita razão disse o filósofo: Natura non facit saltus, “A Natureza não dá saltos".


A leitura da História Religiosa vem em apoio desta afirmação.


Na junção do Mosaísmo com o Cristianismo aparece a figura majestosa de João Batista, o maior dos Profetas, ora com o machado em punho a cortar pelas raízes as árvores estéreis, ora de pá, charrua e picareta, derrubando outeiros, arrasando montes, nivelando vales, de modo a aplainar veredas novas ao intelecto humano, onde a semente do Cristianismo deveria germinar, brotar, crescer, florescer e frutificar!


Entrelaçando num mesmo elo as verdades religiosas proclamadas na Antiga Lei com as erigidas pela Nova Lei, o Profeta separa e exclui, como quem separa o joio do trigo, as ideias nocivas ao desenvolvimento humano, para que possam prevalecer as verdades promissoras que o Cristo gravou nos corações dos que querem seguir seus passos amorosos.


Em torno dessas verdades se reuniram os humildes, os sedentos de justiça, os famintos de verdades novas, os sofredores vencidos ao peso do mundo, os aflitos a quem as trevas oprimiam a razão, os perseguidos por amor à Justiça, todos os que, extasiados ante a grande figura do Profeta, tomaram novas veredas, que deveriam conduzi-los a Jesus.


E foi para estes que o Mestre prometeu o galardão nos Céus; foi para estes que reservou as bem-aventuranças, inclusive a graça de serem chamados filhos de Deus, e de verem a Deus.


Enfim surgiu o Cristianismo, que apresenta uma concepção de moral inexcedível, embora no sentido filosófico e científico (pois o Cristianismo é Filosofia, Ciência e Religião). Mas o Cristo não disse tudo, dado o atraso do povo de então. Foi o que deu motivo à Terceira Revelação, a mais extraordinária e pujante manifestação da Vida na Eternidade.


A Humanidade não para a sua marcha e quando parece deter-se por um instante, as águas se agitam ao influxo dos anjos e os coxos continuam a caminhar em busca da perfeição!


Existia em Jerusalém uma fonte que o povo considerava milagrosa;


segundo acreditavam, periodicamente descia àquelas paragens um anjo, que movimentava as águas: o enfermo que se achasse no tanque no momento em que se movia a água, de lá saía completamente são.


Como é natural, uma romaria de estropiados procurava na água de Betsaida a cura para seus males.


Dentre um número avultado de coxos, cegos e paralíticos, que lá se achavam à espera que a água se moves-se, estava um homem que havia 38 anos ficara paralítico. Jesus, cujos olhares perscrutadores desciam aos foros mais recônditos da consciência humana, tomado de compaixão pelo mais enfermo de todos os doentes e o mais desprotegido que lá estava, e para dar um ensinamento que deveria repercutir através das gerações, sem aguardar a agitação das águas, ele próprio, revestido do poder que lhe vinha de Deus, deliberou curar o paralítico, cujos 38 anos haviam sido de martírio e, portanto, de reparação dos pecados que havia cometido. E com um gesto de generosidade se dirige ao enfermo e lhe diz: “Queres ficar são?" O doente, com sua crença infantil e sem conhecer aquele que consigo falava, lhe responde: “Senhor! Não tenho quem me ponha no tanque quando a água se mover. " Disse-lhe então Jesus: “Levanta-te, toma o teu leito e anda. " E imediatamente, ao influxo da Divina Palavra, a paralisia desapareceu; os membros desataram-se-lhe e o homem ficou são!


São muitos os ensinamentos que colhemos deste episódio. No primeiro realça o fato físico da cura, que ultrapassa todo o entendimento humano;


no segundo, o ensino moral que a Nova Revelação salienta e explica, tal como nenhuma outra filosofia é capaz de fazer.


A poderosa ação de Jesus, cuja autoridade sobre os Espíritos maléficos era extraordinária, aliada à manipulação dos fluidos atmosféricos convertidos em substância medicamentosa, explica a cura do enfermo há tantos anos paralítico.


A Fluidoterapia já representa hoje um papel de destaque na Medicina e os próprios médicos não desconhecem o seu valor, embora lhe dêem nomes novos, como sugestão, hipnotismo, etc. Esse método de curar foi usado pelos apóstolos e discípulos de Jesus, e os médiuns-curadores dele se utilizam, atualmente, com grande proveito.


O Espiritismo, revelando à Humanidade onde haurir as forças e consolações nas vicissitudes da vida, ensina que podemos perfeitamente, por intermédio dos mensageiros de Deus, conseguir a cura de nossos males.


Não há milagres nesta ordem de fatos, mas simplesmente fenômenos de uma natureza toda espiritual, que os inscientes não podem compreender por não se dedicarem ao estudo de suas leis e à investigação de sua origem.


Encarado pelo lado científico, o fato aí está, tal como narra o Evangelho, e em Ciência não é costume admitir-se unicamente palavras;


exigem-se fatos, e fatos que se possam verificar, como aconteceu ao do paralítico da piscina, o qual não passou despercebido aos sacerdotes do tempo de Jesus.


Encarando a narração do Evangelho pelo lado moral, perguntamos a nós mesmos: por que só um enfermo mereceu a graça de cura sem a agitação das águas, enquanto os outros permaneceram esperando o momento azado para entrar no tanque?


É que, sem dúvida, todos os que ali estavam, como acontece ainda hoje com a maioria dos enfermos que buscam as curas espíritas, buscavam unicamente a cura do corpo, a cura dos males físicos, enquanto que o paralítico provavelmente não só desejava a liberdade do corpo, como também a do Espírito.


A “água movida" poderia restabelecer o físico, mas, como matéria que é, não atingia a alma. É o que acontece às águas de várias fontes, mesmo do nosso país — Caldas, Lindóia, Caxambu, Cambuquira.


As nossas águas termais curam também os que têm dinheiro e que delas se abeiram em estações. Os que não o têm, ficam ao redor das piscinas sem terem quem os ponha nos tanques, ao moverem-se as águas, mas, muitas vezes, recebem do Alto a virtude que os liberta dos males. E assim como a água do Poço de Jacó não saciava e nunca saciou completamente a sede da samaritana, a água da piscina, a seu turno, não podia também curar completamente os enfermos; era uma cura aparente, exterior, que deixava os enfermos, sujeitos a moléstias ainda mais graves.


Mas o ponto principal do trecho evangélico é que, sem entrar na piscina, o paralítico havia 38 anos, ficou são.


Mas qual o motivo, já perguntamos, por que Jesus limitou a cura a um, quando tantos se achavam em redor da piscina? Seria porque Jesus não poderia ou não quereria curar os outros?


É, talvez, porque só o paralítico, pela sua crença estivesse apto a receber a cura, e os outros, não. É, com certeza, porque os outros não acreditavam que Jesus pudesse curá-los, e tivessem mais fé na água da piscina do que no Mestre; preferiam a água material à espiritual!


Pode ser ainda porque os demais, em grande atraso espiritual e moral, rejeitaram as exortações do Mestre, pois não era costume ir Jesus curando cegamente sem anunciar aos enfermos a Palavra da Vida.


Parece não haver dúvida sobre esta hipótese da exortação. As palavras do Mestre, ao encontrar-se ele com o paralítico no templo — “Olha, não peques mais para que te não suceda coisa pior", dão indício de que houve, por ocasião da cura, exposição doutrinária que enunciou o motivo da moléstia.


Ocorrendo a cura do paralítico num sábado, os Judeus, que eram fiéis observadores dos dias, das horas, das práticas exteriores e ritos de sua Igreja, revoltaram-se contra Jesus por haver “violado o sábado", e quiseram impedir o “curado" de levar sua cama. Mas os recém-sarado, sem obedecer ordens subalternas, limitou-se a responder: “Aquele que me curou, disse — Toma o teu leito e caminha. " “Ele me disse que caminhasse, eu não posso deixar de ouvir sua palavra para ouvir a vossa, que nunca teve poder de me curar, nem mesmo de me colocar no tanque quando a água se movia. " Voltando à recomendação de Jesus — “Olha, não peques mais para que não te aconteça coisa pior", parece querer o Mestre dizer ao paciente, como nos íamos referindo, que aquela enfermidade tinha por causa o pecado que ele cometera. Cessada que foi a ação do pecado, sob a palavra de Jesus, cessou imediatamente a moléstia, sendo restituída a liberdade ao doente.


Mas os judeus eram cegos de Espírito, não viam o que Jesus lhes mostrava; como acontece com a maioria da Humanidade atual, ainda semelhante a um rebanho de ovelhas cegas guiado por cegos, os judeus, em vez de aprenderem a lição que lhes era oferecida, deliberaram perseguir a Jesus, sob o pretexto de que ele curara num sábado!


Então o Mestre dirige-se animosamente a eles e diz-lhes: “O meu pai não cessa de agir", quer dizer: “O que está descrito na vossa Lei, que Deus descansou no 7o dia, após a criação do mundo, não é verdade, porque Deus, o meu Pai, trabalha sem cessar, e eu também trabalho sempre. " E assim, prodigalizando a todos os momentos de sua vida na Terra, lições substanciosas e edificantes aos que dele se acercavam, Jesus estabeleceu o amor a Deus e a Caridade, princípios básicos da Religião que devemos abraçar.


A RESSURREIÇÃO - O ESPÍRITO - A FÉ “Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos, ouvirão a voz do Filho do Homem e sairão: os que fizeram o bem para a ressurreição da vida; e os que fizeram o mal para a ressurreição do juízo. "


(João V, 28-29.)


“Quando vier o Espírito da Verdade, que procede do Pai, dará testemunho de mim, e vós também dareis porque estais comigo desde o começo. "


(João XV, 26-27.)


“Vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tentações; e eu vos confiro domínio real, assim como meu pai mo conferiu, para que comais e bebais à minha mesa no meu reino; e vos sentareis sobre tronos para julgardes as doze tribos de Israel. "


(Lucas, XXII, 28-30.)


“O Espírito é que vivifica, a carne para nada aproveita. "


(João, VI, 63.)


“Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a este sicômoro: arranca-te e transplanta-te no mar; e ele vos obedeceria. "


(Lucas, XVII, 6.)


Completara-se o período de 40 dias durante o qual Jesus, Senhor e Salvador nosso, depois da crucificação e morte de seu corpo, permanecera com seus discípulos, congregando-os num mesmo Espírito para que pudessem, Igreja Militante, dar começo à nobre missão que lhes havia sido outorgada.


As aparições diárias de Jesus àquela gente que deveria secundá-lo no ministério da Divina Lei, haviam abrasado seus corações; e seus suaves e edificantes ensinamentos, cheios de mansidão e humildade, tinham exaltado aquelas almas, elevando-as às culminâncias da espiritualidade, saneando-lhes o cérebro e preparando-os, vasos sagrados, para receber os Espíritos santificados pela sua Palavra, como antes lhes havia ele prometido, conforme narra o Evangelista João.


Tinha o Mestre de deixar a Terra, transpor os mundos que flutuam em derredor do Sol e elevar-se à sua suprema morada, para prosseguir na tarefa que Deus lhe confiara.


Avizinhava-se o momento da partida. Ele iria, mas com ampla liberdade de ação. Sempre que lhe aprouvesse viria observar o movimento que se teria de operar entre as “ovelhas desgarradas de Israel", as quais ele queria reconduzir ao “sagrado redil".


Ao dar-lhes suas últimas instruções, recomendou-lhes que não saíssem de Jerusalém, (Lucas, XXIV, 49), onde veriam o cumprimento da promessa de que lhes falara, e que era a comunhão com o Espírito.


Nesse ínterim, os discípulos o interrogaram a respeito do tempo em que o reinado de Deus viria estabelecer-se no mundo. Ao que lhes respondeu: “Não vos compete saber tempos nem épocas da transformação do mundo, mas sim serdes minhas testemunhas em toda a Terra, da Doutrina que ouvistes, para que o Espírito seja convosco. " Deveriam os discípulos identificar-se com o Espírito e conhecer o Espírito da Verdade, para, com justos motivos, anunciar às gentes, a Nova da Salvação que liberta-las-ia do mal.


Quem seria, pois, esse Espírito da Verdade, esse extraordinário Consolador que, portador de todos os dons e com todos os poderes, viria realizar tão grande missão?


Seria um ente singular, miraculoso, abstrato, sem significação decisiva e patente para os novos arautos, propulsores do progresso humano?


Certamente que não. O Espírito Santo, Espírito da Verdade. Espírito Consolador, conquanto representado em unidade a Ciência o Amor, a Filosofia, há de forçosamente constituir a coletividade de Espíritos evoluídos, não mais sujeitos às vicissitudes terrenas, e em completa harmonia de vistas para o bom exercício da alta missão que, de fato desempenharam e continuam a desempenhar.


O Espírito Santo não é um símbolo, uma entidade abstrata, misteriosa, mas as altas individualidades, os ilustres sábios e santos do Mundo Espiritual, que assumiram o encargo de executar a lei Divina, e o fazem aqui na Terra pelo ministério dos profetas, ou seja, pelos médiuns, porque profeta, na linguagem antiga, outra coisa não é senão médium.


O Evangelho emprega no singular a expressão Espírito Santo, não para designar uma pessoa, mas uma coletividade, como nós empregamos a palavra governo, para exprimir a junta governativa de um país ou de uma cidade.


Os discípulos que iam receber a investidura de Apóstolos, constituíam a Igreja Militante, isto é, a que age na Terra; assim como os Espíritos que compõem a unidade santificante, constituem a Igreja Triunfante.


De maneira que, em rigor, podemos afirmar que, atualmente, segundo se depreende do trecho, Pedro, Paulo, João, todos os Apóstolos e os chamados Santos que se distinguiram por suas virtudes, fazem parte dessa Unidade — Espírito Santo, assim como no tempo em que eles estavam no mundo, outros Espíritos Santos, do mundo Espiritual, vieram testemunharlhes e transmitir, por seu intermédio, as mensagens divinas que lhes cabia divulgar.


Mas, narram os Atos dos Apóstolos que, havendo Jesus concluído os ensinos preparatórios para que seus discípulos pudessem receber o Espírito, estes viram o Grande Messias, de volta à eterna morada, ir-se elevando aos ares até que desapareceu as olhos de todos.


Maravilhados com tão singular ascensão, cheios de alegria, admirados do extraordinário poder do Divino Mestre, eles se mantinham, olhos fitos no céu, quando foram atraídos por dois elevados Espíritos que, trajando vestiduras brancas, se puseram a seu lado, e lhes perguntaram: “Galileus, por que estais olhando para o céu? Esse Jesus que se elevou neste momento dentre vós para ser acolhido nos Céus, pela mesma maneira virá, quando precisar visitar a Terra. "


(Atos, I, 10-11)


Quantos fenômenos interessantes, quantos fatos espíritas de aparições, de comunicações, de visões, narra o Evangelho! Quantas provas de imortalidade deu o ilustre Nazareno a seus discípulos! Quantas luzes irradiam desta passagem que estamos estudando!


Como poderiam aparecer dois varões com vestiduras brancas, se não houvessem Espíritos no Espaço? Donde poderiam vir eles se não houvesse uma outra Vida além do túmulo? Como poderia Jesus ficar quarenta dias, depois de sua morte, com seus discípulos, se o homem fosse todo matéria?


E como poderia ele se elevar aos espaços se esse corpo, que sobrevive à morte corporal, não fosse de natureza espiritual, como o proclamou o Apóstolo dos Gentios! .


Foram esses fatos portentosos que ergueram os galileus conturbados pela morte de seu Mestre; foram essas aparições que os encheram de fé e fizeram que arrostassem todos os tropeços, afrontassem todos os suplícios, vencessem todas as barreiras! Foi o grito da Imortalidade que lhes despertou o raciocínio, venceu-lhes a timidez, vivificou-lhes o cérebro e o coração para que saíssem por toda parte a anunciar a todas as gentes, a Palavra do Deus Vivo, os esplendores da Vida Eterna!


Ao influxo de generosos sentimentos, cheios de vida, revestidos de energia, iluminados por essa Esperança que só a verdadeira Fé pode dar, é que eles, descendo do Monte das Oliveiras, onde haviam recebido as ordens do Filho de Deus, voltaram para Jerusalém, onde ficaram aguardando a recepção da ilustre visita do Espírito Consolador, para iniciarem a missão redentora que com tanta coragem desempenharam.


E, então, passaram, mais ou menos dez dias em profunda meditação, em fervorosas orações, mantendo, na doce calma do Cenáculo, os sentimentos da mais viva Fraternidade, que os envolvia com as meigas carícias dos olhares de Deus.


Dentre todos, além dos onze apóstolos, salientavam-se as santas mulheres, e o total formado era de 120 pessoas, que perseveraram unânimes em oração e recordando os altos ensinamentos que seu Mestre lhes legara.


A História do Cristianismo é a suave melodia que canta a glória desses acontecimentos maravilhosos de que nos falam as Escrituras, começados no Sinai e sancionados pelos reaparecimentos do Grande Enviado.


Quem estudar com boa vontade e critério, todo esse desenrolar de manifestações espíritas, todos esses fenômenos supra-sensíveis e supranormais relatados por todos os profetas e patriarcas referidos no Velho Testamento e referendados, no Novo, por uma soma não menos considerável de fatos, que estão em íntima ligação com o Mundo Espiritual; quem estudar com espírito desprevenido todas essas manifestações espíritas que tanta esperança nos vêm dar, não pode deixar de ter uma fé viva, robusta, inteligente, racional, de que o fim da Religião é preparar-nos, não só para a vida presente, como também e, especialmente, para a futura, onde, na Pátria Invisível, prosseguiremos nosso labor de aperfeiçoamento pua nos aproximarmos de Deus.


Justificada nesses princípios, nossa Fé se ergue poderosa, inabalável, semelhante àquela “casa construída sobre a rocha", lembrada na parábola.


É o sentimento da Imortalidade que nos anima, é a certeza da outra Vida que nos faz viver nesta com a fronte erguida, sem desfalecer, embora sangrando os pés por estradas pedregosas, dilacerando as carnes nos espinhos que tentam impedir nossa marcha triunfal para o Bem, para a Verdade, para Deus.


É, revestidos da Imortalidade, que singramos os mares borrascosos da adversidade em frágil batel, sem que ondas impetuosas nos afastem do norte da Vida.


Sem essas luzes que nos vêm do Além, sem essas claridades que surgem dos túmulos, sem esse poderoso farol habilmente manejado pelos Espíritos do Senhor, como poderíamos manter a estabilidade na Fé?


Sem dúvida alguma, o Espiritismo é a base em que se fundamenta essa crença que nos arrima e fortalece.


É ele ainda que nos ensina a benevolência, o amor, a humildade, o desapego aos bens do mundo; as altas lições de altruísmo, de abnegação que a Imortalidade nos impõe.


Como poderíamos, ante uma sociedade materializada e metalizada, renunciar a gozos, fortuna, posições, comodidades, se não tivéssemos a certeza das nossas convicções e se essas convicções não se assentassem em fatos positivos, palpáveis, visíveis, tangíveis que os Espíritos nos proporcionam?


Como poderíamos, nesta época de depressão moral que atravessamos, de mercancia vil, de rapina descarada, de toda sorte de baixezas, como poderíamos esforçar-nos para nos livrarmos da corrupção do século, até com prejuízo da nossa vida material?


Qual é o homem racional que, tendo certeza de que tudo acaba no túmulo, renuncia a fortuna, prazeres, bem-estar, em benefício de terceiros, em benefício de outros que terão também, forçosamente, como fim da existência, uma cova rasa no quadrado de um cemitério?


Qual é esse louco que, podendo comer, beber, folgar, alimentar-se do suco da vida, tendo certeza de que tudo termina com a morte, vai viver do bagaço, vai repartir o seu sangue com os maltrapilhos e párias que enchem as ruas e as praças?


Olhai as grandes catedrais com todas as suas pompas, perscruta seus sacerdotes, observa os felizes do mundo com suas comodidades, sua fortuna, inquiri suas crenças e vereis que a Fé não lhes anima o coração!


Saí pelas ruas, pelas praças, agitai a bandeira da imortalidade e vereis todos esses gozadores atirar sobre vós e o vosso estandarte, as mais duras imprecações, as mais loucas diatribes!


É que lhes falta a Fé para o raciocínio, falta-lhes o critério que nasce da mesma fé, falta-lhes a verdade para melhor se guiarem na trilha do dever imposto por Deus.


Entretanto, assim como pensam, agem. Só crêem nesta vida, aproveitam dela tudo o que ela tem de bom, porque, de fato, é irrisório e irracional sacrificar prazeres e comodidades para ter em recompensa as voragens do nada.


Sem a Fé, nenhum sentimento generoso poderá erguer a alma humana;


sem a Fé, nenhuma caridade, nenhuma esperança, nenhuma virtude pode nascer, crescer, florescer, frutificar na consciência dos homens.


A Fé é o principal motor da Religião, é o fator de todos os atos nobres, de todos os arroubos da alma, de todas as boas ações.


Ela remove todas as dificuldades para aquele que caminha para Deus;


brilha na inteligência como o Sol no espelho das águas; dignifica o homem, eleva-o, ilumina-o e o santifica!


Não há palavra que ocupe menor número de letras e mais saiba falar ao cérebro e ao coração.


Com uma só sílaba exprime tudo o de que necessita a criatura para conseguir a sua salvação.


Ter Fé é ter certeza nos nossos destinos imortais, é guiarmo-nos por essa estrada grandiosa, iluminada, que o Cristo nos legou.


Ter Fé é ser possuidor do maior tesouro que a alma humana pode adquirir na Terra.


Foi interpretando essa grande virtude, que Paulo dedicou toda a sua grande Epístola aos romanos à Fé, chegando a afirmar que todos os grandes da Antiguidade, pela Fé, venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram as promessas, taparam as bocas aos leões, extinguiram a violência do fogo, evitaram o fio de espadas; de fracos se tornaram fortes, fizeram-se poderosos e puseram em fuga exércitos estrangeiros!


O Espiritismo vem fazer realçar estes três fatores do progresso humano: a Ressurreição, o Espírito e a Fé, como partes integrantes de um mesmo todo e Indispensáveis ao outro, testemunhos vivos que se afirmam e se completam.


Colunas principais do Cristianismo, são eles que nos dão a visão da Outra Vida, na qual colheremos os frutos do nosso trabalho, dos nossos esforços pelo nosso próprio aperfeiçoamento.



Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

jo 15:1
Sabedoria do Evangelho - Volume 2

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 31
CARLOS TORRES PASTORINO
AS BEM-AVENTURANÇAS

MT 5:1-12


31. Vendo Jesus a multidão, subiu ao monte; e depois de sentar-se, aproximaram-se dele seus discípulos,


32. e, abrindo a boca, ele lhes ensinava, dizendo:


33. felizes os mendigos do Espírito, porque deles é o reino dos céus;


34. felizes os que choram, porque serão consolados;


35. felizes os mansos, porque eles herdarão a Terra;


36. felizes os famintos e sequiosos de perfeição, porque eles serão satisfeitos;


37. felizes os misericordiosos, porque eles obterão misericórdia;


38. felizes os limpos de coração, porque eles verão Deus;


39. felizes os pacificadores, porque eles serão chamados Filhos de Deus.


40. Felizes os que forem perseguidos por causa da perfeição, porque deles é o reino dos céus.


41. Felizes sois, quando vos injuriarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós minha causa;


42. alegrai-vos e exultai, porque é grande vosso prêmio nos céus, pois assim perseguiram aos profetas que existiram antes de vós.


Luc- 6:20-26

20. E tendo erguido os olhos para seus discípulos, disse: felizes os pobres, porque vosso é o reino de Deus


21. Felizes os que agora tendes fome, porque sereis fartos. Felizes os que agora chorais, porque rireis.


22. Felizes sois, quando os homens vos odiarem e quando vos excomungarem, vos ultrajarem e rejeitarem vosso nome como indigno, por causa do Filho do Homem


23. alegrai-vos e exultai nesse dia, pois grande é vosso prêmio no céu, porque assim seus pais fizeram aos profetas.


24. Mas ai de vós que sois ricos, porque já recebestes vossa consolação.


25. Ai de vós os que agora estais fartos, porque tereis fome. Ai de vós, os que agora rides, porque haveis de lamentar-vos e chorar,


26. Ai de vós quando vos louvarem os homens, porque assim seus pais fizeram aos falsos profetas.


Penetramos, agora, num capítulo da Boa Nova, que todo cristão deveria ler, de joelhos, diariamente, vivendo-o intensamente. Constitui um dos mais perfeitos, elevados e completos cursos de iniciação profunda. Se todos os livros de espiritualidade do mundo se perdessem, mas restasse apenas este trechos, bastaria ele para levar as criaturas à perfeição mais extremada, ao adeptado mais avançado, levandonos - se vivido integralmente - à libertação total dos ciclos reencarnatórios.


* * *

Diz-nos Mateus que Jesus "subiu ao monte" e lá falou: é a tradição de Jerusalém. Lucas, tradição de Antióquia, afirma que Jesus "desceu da montanha a um lugar plano" e aí ensinou o Contradição apenas aparente. Lucas dá-nos os pormenores, que Mateus resume. E absolutamente não se diz, no 3. º Evangelho, que Jesus desceu à planície mas apenas a "um lugar plano", provavelmente na encosta do monte ainda, onde deparou a multidão que o esperava. Atendeu-a, e depois falou.


O sentido profundo justifica plenamente as duas escrituras. Em Mateus, onde todo o discurso é dado seguidamente, Jesus fala no monte, elevadamente, para as individualidades, ao Espírito. Em Lucas, dirige-se Jesus às personalidades, facilita Seu ensino, DESCE a "um lugar plano". Observamos que as bem-aventuranças em Lucas se referem ao plano físico: os pobres, os que choram, os que têm fome, que sentem essas angústias na carne, no corpo denso, e o Mestre se refere exatamente à pobreza de dinheiro, às lágrimas das dores, à fome de comida. E logo a seguir, condena os ricos, os que estão fartos, os que riem, tudo na parte material, coisa que não vemos em Mateus. Este dá-nos a parte espiritual, com elevação (monte) extra-terrena: cada um interpreta o ensinamento segundo seu diferente ponto de vista: Mateus, segundo o Espírito, segundo a individualidade; Lucas segundo o corpo, a personalidade.


Daí ter escrito que Jesus DESCEU a um lugar plano.


Bastaria essa observação atenta, para convencer-nos, mesmo se não houvesse outras provas, que a linguagem dos Evangelhos tem profundo sentido simbólico e místico, embora os fatos narrados tenham realmente ocorrido no mundo físico; mas além da letra (que mata) temos que entender o Espírito (que vivifica).


Interpretemos, primeiro, o trecho de Lucas, subindo, em seguida, ao de Mateus.


LUCAS


Lucas apresenta-nos quatro bem-aventuranças e quatro condenações em paralelo, visando unicamente à personalidade humana em suas vidas sucessivas. Sabemos, com efeito, que, de modo geral, as encarna ções oferecem alternância de situações: os ricos renascem pobres, e vice-versa (cfr. 1SM 2:7-8), os caluniados renascem louvados e vice-versa. Essa ideia foi bem apreendida por Lucas, quando transcreveu em seu Evangelho o Cântico de Maria (Lc. 1:52-53).


Que não se referia a esta mesma vida de um só transcurso está claro, porque em uma mesma existência não se dão, absolutamente, tais transformações. E também não podia referir-se à vida "celestial" de um paraíso ou "céu" de espíritos, porque, uma vez lá, ninguém pensará em fartar-se de iguarias para vingarse da fome que aqui passou; e mesmo que aqui se tenha fartado, não ligará a menor importância à falta de alimentos físicos, desnecessários ao espírito. Logo, a única conclusão lógica aceitável racionalmente é a recompensa ou castigo que nos virão NESTA MESMA TERRA, numa vida posterior, com um corpo novo. E o ambiente antioqueno, todo ele reencarnacionista, compreenderia bem essas realidades.


As quatro oposições são as seguintes:

1) Felizes vós os mendigos, porque vosso é o reino de Deus.


Ai de vós os ricos, porque já fostes consolados.


2) Felizes vós que tendes fome sereis fartos. Ai de vós os fartos, porque tereis fome.


3) Felizes vós que chorais, porque rireis. Ai de vós que rides, porque chorareis.


4) Felizes quando fordes perseguidos, porque assim fizeram aos profetas Ai de vós quando vos louvarem porque assim fizeram aos falsos-profetas Se não entendêramos o sentido real da reencarnação, teríamos nesse resumo uma tirada demagógica, para conquistar simpatizantes e adeptos, pois são declarados felizes exatamente os da massa explorada e escravizada, enaltecendo-se como coisas ótimas a pobreza, a fome, a dor (doença) e a rejeição dos homens. E as ameaças atingem precisamente os elementos exploradores e gozadores: os ricos, os de mesa farta, os alegres (sadios) e os famosos.


De qualquer maneira, é uma versão personalística expressa para aqueles que ainda se apegam a seu eu pequenino e passageiro, julgando-o seu Eu real. É uma consolação interesseira, para aqueles que ainda dão valor ao que é externo a si mesmos: o consolo dos outros, a posse dos bens materiais ou não, uma boa mesa, e os elogios dos homens.


Para Lucas, neste passo, Deus é a Lei Justiceira que premia e pune, que dá e tira, tal como O concebem as personalidades presas ao transitório irreal de um mundo passageiro, do qual eles se acreditam "partes integrantes". Personalidades que ainda não se libertaram do apego à Terra, às condições exteriores de bem-estar financeiro, físico, emocional ou de apoio das outras criaturas.


Acredite ou não na reencarnação, a massa humana se encontra nesse estágio e busca ansiosamente essas mesmas coisas, por todos os meios, materiais e espirituais. Nada interessa ao rebanho senão, em primeiro lugar a saúde, depois o dinheiro para viver, a seguir a tranquilidade emocional (amores) e enfim a "boa cotação" na opinião pública. Esses são os pedidos mais frequentes e angustiosos, feitos nas preces dos crentes de todas as religiões.


MATEUS


Muito diferentes as palavras de Mateus. Transcrevendo os ensinamentos profundos de Jesus, relativos à individualidade - que não dá a menor importância a coisa alguma que venha de fora, que seja externo, quem presta a mínima atenção ao que dizem "os outros".


Os exegetas e hermeneutas buscam o número 7 nas bem-aventuranças, não conseguindo reduzi-las a esse número, nem mesmo reunindo duas em uma. Mas, realmente, as bem-aventuranças são apenas 7, já que as duas últimas vezes em que aparece a palavra "bem-aventurados" (felizes), estão fora da série, tratam de coisas externas, que não dependem da evolução interna da criatura. As sete primeiras referemse à evolução do homem, as duas últimas são acidentes que podem ocorrer e que também podem não ocorrer, o que nada tira nem acrescenta à evolução do indivíduo: representam elas provações exteriores, que experimentam e provam a legitimidade da evolução genuína.


PRIMEIRA - Uma variedade imensa de traduções tem sido dada às palavras de Mateus ptôchoi tôi pnéumati. Vamos analisá-las. O primeiro elemento, ptôchos, significa exatamente "aquele que caminha humilde a mendigar". Sua construção normal com acusativo de relação poderia significar o que costumam dar as traduções correntes: "mendigos (pobres, humildes) no (quanto ao) espírito".


Acontece, porém, que aí aparece construído com dativo, à semelhança de tapeinous tôi pnéumati (Salmo 34:18), "submissos ao Espírito"; ou zéôn tôi pneúmati (AT 18:25), "fervorosos para com Espírito"; ou hagía kai tôi sômati kai tôi pnéumati (1CO 7:34), "santos tanto para o corpo, como para com o espírito".


Após havermos considerado numerosas traduções, aceitamos a que propôs José de Oiticica. MENDIGOS DE ESPÍRITO, por ser mais conforme ao original grego, e por ser a mais lógica e racional; pois realmente são felizes aqueles que mendigam o Espírito; aqueles que, algemados ainda no cárcere da carne, buscam espiritualizar-se por todos os meios ao seu alcance, pedem, imploram, mendigam esse Espírito que neles reside, mas que tão oculto se acha.


SEGUNDA - Felizes os que choram, ansiosos em obter esse Espírito, embora presos às sensações. E choram porque sentem a dificuldade de libertar-se das provações e tentações a que os sentidos os arrastam.


Não se trata de chorar por chorar, que isso de nada adiantaria à evolução. Fora assim, os que vivem a lamentar-se da vida seriam os mais perfeitos... e aqueles que criam doenças e males imaginários, leva dos pela auto compaixão, para sobre si atraírem alheias atenções, palavras de conforto, estariam como elevados na linha evolutiva... Nada disso: as lágrimas enchem os olhos e sobretudo o coração diante do próprio atraso, diante da verificação de quanto ainda somos involuídos. E isso trar-nos-á a consolação de ver-nos finalmente libertados.


Não podemos admitir más interpretações em textos de tão alta espiritualidade, que trazem incontestável clareza na exposição de seu pensamento.


TERCEIRA - Salienta-se, a seguir, a mansidão ou humildade. a paciência ou doçura (pralís); e aos que assim forem é prometida, como herança, a Terra.


Já dizia Davi (Salmo 37:11) "os mansos herdarão a Terra e se deleitarão na abundância da paz". E mais tarde Isaías (Isaías 65:9) "meus escolhidos herdarão a Terra e meus servos nela habitarão". Também nos Provérbios 2:21-3 se diz: "porque os homens retos habitarão a Terra e os íntegros nela permanecer ão; mas os ímpios serão suprimidos da Terra e os pérfidos dela serão arrancados".


Há, pois, uma constante no pensamento do Antigo e do Novo Testamentos, nesse sentido: a Terra será o prêmio dos justos, que aí encontrarão a paz perfeita. Não se fala em herdar o "céu", no sentido moderno, mas A TERRA (tên gên), sem a menor possibilidade de interpretações malabaristas.


Que prêmio será esse? Será o apego à personalidade? ao corpo físico e às coisas físicas? Cremos que não.


Não é, evidentemente, nesta nossa vida atual, em pleno pólo negativo; mas num renascimento futuro ou, como disse Jesus textualmente, na reencarnação - en têi paliggenesía -, quando o Filho do Homem se sentar em seu trono de glória (MT 19-28).


A Terra, este mesmo planeta, transformado em planeta de paz (depois que dele tiverem sido expulsos todos os que buscam e causam guerras), conservará como seus habitantes, na evolução, aqueles que, com ela, tiverem também evoluído por meio da mansidão, da paciência, da doçura e da humildade.


QUARTA - Nesta bem-aventurança fala-se dos famintos e sequiosos de perfeição. Geralmente dikaios únê é traduzido por "justiça". Essa palavra, entretanto, permite uma incompreensão que falsearia o sentido original: como podem ser louvados os que exigem justiça, se logo após são ditos felizes os misericordiosos ? Uma coisa exclui a outra: ou justiça, ou misericórdia! Como teria podido Jesus contradizerse a tão curto intervalo ? Há de haver algum engano.


Ora, realmente o termo grego dikaiosúnê é derivado de dikaios, que exprime precisamente "o observador da regra, o justo, o reto, o honesto, ou, numa expressão mais exata ainda "o que se adapta às regras e conveniências", pois o termo primitivo dikê, donde todos os outros derivaram, significa REGRA.


Compreendemos, então, que o sentido (para coadunar-se com a bem-aventurança seguinte) só pode referir-se aos que aspiram ardente e sequiosamente à PERFEIÇÃO, ao AJUSTAMENTO de si mesmos às Leis divinas. Então é justiça no sentido de JUSTEZA (tal como o francês justice, no sentido de JUSTESSE).


Esses que são famintos desse ajustamento, hão de ser saciados em suas aspirações ardentes.


QUINTA - Nesta quinta, fala Jesus dos misericordiosos, daqueles que, segundo Paulo (CL 3:12) "se revestem das entranhas da misericórdia". É o oposto da "justiça". É o SERVIÇO no sentido mais amplo.


O serviço de quem se compadece daquele que erra, porque nele não vê maldade: vê apenas ignor ância e infantilidade.


Esses obterão misericórdia, porque sabem distribuir servindo sempre, sem jamais cogitar de merecimentos ou prêmios. É a misericórdia que tudo entrega à Vontade do Pai, e vai distribuindo bênção a mancheias sobre todos, indistintamente, incondicionalmente, ilimitadamente, amorosamente.


SEXTA - Fala-nos esta da limpeza do coração. Muitos interpretam-na como limpeza ou pureza no sentido de castidade, de não-contato sexual, atribuindo, a um acidente secundário, uma condição fundamental.


Não é isso: é pureza e limpeza no sentido de renúncia, de ausência total de apego, de nudez, porque nada possuímos de nosso: tudo pertence ao Pai, e nos é concedido por empréstimo temporário ("nada trouxemos para este mundo, e nada poderemos dele levar", 1TM 6:7); estamos limpos, estamos livres, estamos nus de posses, de apegos, e até mesmo de desejos, desligados inclusive de nossa própria personalidade.


A palavra Katharós tem um significado bem claro em grego: é tudo aquilo que é puro por não ter mistura, que é isento, desembaraçado, livre, limpo de qualquer agregação.


A expressão Katharoí têi Kardíai já aparece no Salmo 24:4 (que também traz o adjunto em dativo) e aí aparece no seguinte sentido: "quem subirá ao monte de YHVW e quem estará no santo lugar"? ou seja," quem obterá a realização elevada do encontro com o Cristo"? e a resposta diz: "aquele que é inocente (sem culpa) nas mãos (nos atos) e LIMPO DE CORAÇÃO", isto é, que em seus atos (mãos) e pensamentos (coração) não tem apego nem culpa, que não trai o amor de Deus (individualidades), desviandoo para amar as personalidades externas, passageiras e enganosas.


Essa mesma expressão é usada por Platão, no diálogo Crátilo (405 b), de que traduziremos o texto: "a purgação e a limpeza, seja da medicina seja da mediunidade, as fumigações de enxofre, seja por drogas medicinais ou por mediunismo, e também os banhos desse tipo e as aspersões, tudo isso tem um só e único poder: tornar o homem limpo, quer seja do corpo, quer seja de alma (Katharós katà sôma tò kai katà tên psuchén) ... Assim, esse espírito é o limpador, o lavador e libertador de semelhantes sujeiras (ou agregações que enfeiam)".


Nada se acena à castidade nem ao sexo, cuja união é uma ordem taxativa de Deus e da Natureza, sem o qual a obra divina não sobreviveria; logo é um ato SANTO e PURO.


Esses, que se libertaram até do eu pequenino, verão Deus (futuro de horáô), que é VER não só física, mas sobretudo espiritualmente: sentir, experimentar.


SÉTIMA - Ensina-nos a respeito dos pacificadores, ou, literalmente, dos "fazedores de paz", eirênopoi ós (substantivo que é um hapax na Bíblia); trata-se daquele que não somente TEM a paz, como também a distribui com suas vibrações de amor.


Esses serão chamados, porque realmente o são, Filhos de Deus, desse "Deus de Paz" de que nos fala Paulo (2CO 13:11), isto é, atingiram não apenas o encontro com o Cristo, mas a unificação permanente com Deus.


Passemos, agora, ao comentário esotérico, onde procuraremos penetrar não apenas o sentido profundo das palavras de Jesus, como também meditar a respeito de algumas das correspondências das bem-aventuranças com outros ensinamentos do próprio Jesus e de outros conhecimentos da realidade da vida. Será um resumo de estudo comparativo, que poderá ser multiplicado pelos leitores em suas meditações a respeito.


Vamos verificar que as sete bem-aventuranças dão os sete passos essenciais da evolução íntima de todas as criaturas, para atingir aquilo que Paulo afirma que TODOS DEVERÃO alcançar "até que todos cheguemos à unidade da convicção e do pleno conhecimento (pela vivência) do Filho de Deus, ao estado de Homem Perfeito, à medida da estatura da plenitude de Cristo (EF 4:13), ou seja, até que consigamos que o Cristo viva plenamente em nós, e nossa vida seja UNIFICADA à Dele.


1. º PASSO Plano: físico (mineral) Lei: Amor (coesão-repulsão) - Efeito: Consciência única.


Estado de consciência: sono profundo.


Expansão: apenas vibração.


Forças: materiais Cor: marron - Efeito: dinheiro, bens materiais, pompas.


Bem-aventurança: "Felizes os mendigos de espírito, porque deles é o reino do céus".


Cristo em relação ao plano: "Eu sou o Pão vivo" (JO 6:51) Prece: "Liberta-nos do mal" (da matéria, que é o pólo negativo, o satanás, o adversário do Espírito.


Todos aqueles que, mesmo ainda presos à matéria, já atingiram um grau evolutivo que os faz compreender a necessidade de passar do negativo ao positivo, da matéria ao Espirito (5º plano), começam a aborrecer a materialidade, com todo o seu cortejo de bens materiais, sensações, emoções; e então, mendigam o Espírito ansiosa e insistentemente, sentindo que, para eles, o único Pão vivo que vem do céu é o Cristo Interno, o Deus que habita em nós.


Ainda estão sujeitos às forças materiais, mas pedem para delas ser libertados, pois constituem elas "mal" para eles, o maior adversário (satanás ou diabo) do desenvolvimento interior espiritual.


Esses, não há dúvida, são os candidatos mais sérios ao "reino dos céus", que é justamente o "reino espiritual" acima do reino mineral, do reino vegetal, do reino animal, do reino hominal. E o reino espiritual ou celestial ou reino dos céus, quando atingido conscientemente, mesmo na permanência da criatura na matéria, traz a realização do objetivo máximo da evolução passar de um reino ao outro, desenvolvendo em si as forças superiores, pelo domínio das inferiores. Todo ensinamento de Jesus visou e visa a ensinar aos homens como abandonar o reino hominal para atingir o reino espiritual (ou dos céus ou de Deus): lição de como dar um passo a mais na estrada evolutiva, que Ele nos ensinou com palavras e sobretudo com Seu exemplo.


2. º PASSO Plano: etérico (vegetal) Lei: Verdade. - Efeito: Existência única.


Estado de consciência: sono sem sonhos.


Expansão: sensibilidade, sensações.


Forças: etéricas.


Cor: vermelho. - Efeito: fascinação, propaganda-hipnotismo" elementais, obsessões.


Bem-aventurança: "Felizes os que choram, porque serão consolados".


Cristo no plano: "Eu sou a Luz do mundo" (JO 8:12).


Prece: "Não nos induzas às provações".


Além da prisão na matéria, o "espírito", que compreendeu sua necessidade imperiosa de evoluir, procura libertar-se, também, das sensações causadas por forças externas; e chora pelo fato de ver-se ainda prisioneiro dos cincos sentidos limitadores, cinco portas por onde entram as "tentações", as provações, os sofrimentos que ainda lhe ferem a sensibilidade.


Para todos, as tentações ou provações, as dores e sofrimentos "físicos", são causados pelas forças etéricas (no sistema nervoso). Ora, todo esse complexo de forças em choques violentos traz lágrimas de angústia, na verificação da dificuldade (ou até, por vezes, da impossibilidade) de libertação imediata.


Nesse plano etérico manifestam-se os elementais, as obsessões tenazes, os assédios do hipnotismo coletivo de forças que vivem a sugestionar a humanidade, quer pela propaganda, quer pelas ideiasmatrizes que procuram amoldar a elas nosso intelecto, provenientes de elementos encarnados ou desencarnados.


Toda a humanidade, atualmente, se acha hipnotizada ou pelo menos sugestionada pela leitura, pela audição (de rádios), pela visão de imagens nas TVs, que impõem ideias, produtos, "slogans", pontos de vista, buscando desviar a criatura (tentá-la) para fazê-la sair da estrada certa da interiorização que a levaria à felicidade do encontro com o Cristo Interno, ao mergulho na Consciência Cósmica. Sente-se o homem "em trevas", sem saber por onde fugir a esse impiedoso cerco de forças violentas. E para estes é que o Cristo se apresenta: "Eu sou a Luz do mundo", desse mundo conturbado.


Então a prece que mais natural se expande de nosso coração, consiste nas palavras "Não nos induzas às provações", não nos leves, Pai a uma permanência demasiadamente longa nesse plano; e ao proferir essas palavras, as lágrimas saltam do coração para os olhos.


Mas ainda felizes os que choram essas lágrimas, porque ao menos compreenderam seu estado e, com essa compreensão, tem os meios de sair dele: esses, pois, serão consolados com a libertação dessas angústias torturantes mas, ao mesmo tempo, purificadoras.


3. º PASSO Plano: astral (animal) Lei : Justiça - Efeito: Exação única Estado de consciência : sono com sonhos.


Expansão: emoções.


Forças: animais.


Cor: amarelo - Efeito: concretização da Lei de Causa e Efeito (Carma).


Bem-aventurança: "Felizes os mansos, porque herdarão a Terra".


Cristo no plano: "Eu sou a Porta das ovelhas" (JO 10:9).


Prece: "desliga-nos de nossos débitos (cármicos), assim como desligamos aqueles que nos devem".


Além do corpo, além das sensações, o aspirante sente - à proporção que evolui - o atraso que lhe causam as emoções, manifestação puramente animal da alma. As emoções são movimentos anímicos entre os dois pólos extremos, o positivo (amor) e o negativo (ódio), com todos os matizes intermediários.


O que mais prende o "espírito" ao ciclo reencarnatório é exatamente a faixa emocional, que os nãoevolu ídos confundem com evolução, quando a experimentam em relação ao pólo positivo.


Explicamo-nos. O devoto, que sente emoção e chora ao orar; aquele que se emociona ao ver a dor alheia, sentindo-a em si; o amoroso que vibra emocionalmente diante da pessoa ou das pessoas amadas; o orador que derrama lágrimas emotivas ao narrar os sofrimentos de Jesus, e que comove o audit ório, arrastando-o à reforma mental; todos esses estão agindo no plano puramente animal, que é o das emoções. O amor, a caridade, a prece que Jesus ensinou não são manifestações emotivas: são espirituais, e só poderão ser puras, elevadas, divinas, quando nada mais tiverem de emotividade.


A libertação dessa emotividade, que tanto mal causa à humanidade, é obtida quando a criatura conquista a mansidão, a paciência, a resignação ativa, a conformação com tudo o que com ela ocorre.


Cristo, em relação a este plano, é a Porta das ovelhas, porque só através Dele podemos sair do plano animal (das ovelhas) e penetrar no reino hominal, subindo daí até o reino celestial ou divino.


A prece coincide perfeitamente: a lei do plano é a da Justiça, portanto Lei do Carma, de Causa e Efeito, que só age, (e só pode agir) no plano emocional. E por isso, a prece que Jesus ensinou é esta: "desliga-nos de nossos débitos (cármicos), assim como nós desligamos os que nos devem". O termo grego exprime: "resgatar, soltar, desligar, libertar". Mas a condição de obtermos isso (crf. MT 6:15)


é que de nossa parte também nos desliguemos dos outros. A tradução comum é "perdoar", que ainda supõe a emoção; o perdão dá a entender que a pessoa se sentiu "ofendida" e, depois, reagindo, vencendose a si mesma superiormente, concede com generosidade o perdão. Tudo no campo emotivo.


Nada disso ensinou Jesus. Mas era natural que a humanidade, que tantos séculos viveu e ainda vive às expensas das emoções, só pudesse entender nesse plano. Vendo melhor hoje, compreendemos que não é isso. Trata-se do desligamento, como tão bem exprime a palavra original grega. Nem a criatura se sente ofendida (porque nada atinge nosso Eu real), nem precisa perdoar, porque não se julga magoada: simplesmente SE DESLIGA, como se as ocorrências se tivessem passado com pessoas totalmente estranhas. O perdão ainda supõe, da parte de quem o dá, o sentimento emocional da vaidade. Ora, de fato, qualquer coisa que atinja nosso "eu" pequeno, só fere exatamente uma criatura "estranha", passageira e ilusória: porque se importar com isso o Eu Real inatingível? O que tem que fazer é DESLIGAR-

SE totalmente, para subir de plano, e não ficar preso a emoções várias, que só trazem perturbação.


Aqueles que, vencidas as emoções (todas, boas e más), conseguirem a mansidão mais absoluta, a inalterabilidade, esses herdarão a Terra, após sua "reencarnação".


4. º PASSO Plano: intelectual (homem) Lei: Liberdade. - Efeito: Poder de condicionamento Estado de consciência: semi-vigília.


Expansão: oposição entre eu e "não-eu"

Força: humanas.


Cor: verde. - Efeito: ensino intelectual.


Bem-aventurança: "Felizes os famintos e sequiosos de perfeição, porque serão fartos".


Cristo no plano: "Eu sou o Bom Pastor" (JO 10:11).


Prece: "dá-nos hoje nosso pão supersubstancial".


No plano intelectual já a criatura começa a ter capacidade de raciocínio, de discernimento, de escolha, de condicionamento da própria vida. Já opõe, pela divisão "satânica", o eu contra todo o resto do mundo, que é o não-eu. Entra no intelectualismo cerebral, querendo provas de tudo, indagando o porquê de tudo, e só aceitando o que o próprio cérebro tenha capacidade de compreender. Uma coisa evidente a um cérebro desenvolvido, pode constituir insondável mistério para outro que ainda se não desenvolveu.


Uma integral luminosidade clara a um matemático, é um emaranhado de letras escuras para o cérebro virgem nesse ramo (e muita gente nem mesmo entende o que significa á palavra "integral" que escrevemos acima...) . Então, há infinidade de estágios também neste plano.


A bem-aventurança explica-se perfeitamente: "felizes os famintos e sequiosos de perfeição, porque serão saciados". No plano em que vige a lei da Liberdade, são felizes precisamente os que buscam a perfeição, do caminho, e não a tortuosidade dos enganos; os que se esforçam em conformar-se, em ajustar-se ao Espírito reto, e não à matéria sinuosa (observe-se que a natureza física tem horror à linha reta perfeita).


Cristo, nesse plano, diz: "Eu sou o Bom Pastor", aquele que pode guiar seu rebanho com segurança e amor.


A prece é a mais necessária: "dá-nos hoje nosso pão supersubstancial, ou seja, o alimento básico que está acima da substância, que está no Espírito: a iluminação do intelecto.


5. º PASSO Plano: "espírito" (super-homem) Lei: Serviço - Efeito: Aperfeiçoamento contínuo.


Estado de consciência: vigília.


Expansão: compreensão do Eu real.


Forças: super-humanas.


Cor: azul. - Efeito: dedicação a Deus e às criaturas.


Bem aventurança: "Felizes os misericordiosos, porque obterão misericórdia".


Cristo no plano: "Eu sou a ressurreição da vida" (JO 11:25).


Prece: "seja feita a Tua vontade".


No quinto plano, a criatura já superou o intelecto, já ascendeu acima da personalidade dividida (egoísta), já compreendeu que seu Eu Real não é o quaternário inferior - pura manifestação temporária e ilusória de um Espírito eterno.


Logicamente, em vendo isso, percebe que só tem um caminho: o aperfeiçoamento contínuo, sem paradas, sem retrocessos.


Com essa percepção, dedica-se a Deus nas criaturas, e às criaturas de Deus, servindo-as com todas as suas forças.


Por isso a bem-aventurança diz: "felizes os misericordiosos, porque obterão misericórdia": quanto mais misericordioso na ajuda aos outros, mais as forças super-humanas o ajudarão.


A esse plano, Cristo revela-se: "Eu sou a ressurreição da vida". Por isso, os que estão nesse plano sabem que a vida não termina com o desfazimento da personalidade transitória; sabem que esta atual, sobre a Terra, não é vida, mas prisão, e que apenas estão manifestados temporariamente na matéria; sabem que no Cristo Interno eles têm o reerguimento da verdadeira vida, que temporariamente se encontra eclipsada pelo encarceramento no corpo denso. A vida real, que existe potencialmente em nós (embora abafada) se reerguerá porque o Cristo Interno, que somos Nós, é substancialmente o reerguimento, a ressurreição, o ressurgimento dessa vida.


A prece: "seja feita Tua vontade na Terra, tal como é feita nos céus" constitui uma aceitação plena e incondicional de nosso estágio terreno na cruz da carne. Pois a criatura já SABE qual seu Eu Real, e conhece a ilusão de seu eu terreno: pede, pois, que nesse eu terreno se realize em cheio, sem nenhuma limitação, tal como se realiza no plano espiritual (celeste).


6. º PASSO Plano: mental.


Lei: Perfeição. - Efeito: Harmonia integral.


Estado de consciência: visão direta.


Expansão: eu único em todos: fraternidade absoluta.


Forças: angélicas.


Cor: violeta. - Efeito: compreensão total, auto-sacrifício.


Bem-aventurança: "Felizes os limpos de coração, porque verão Deus".


Cristo no plano: "Eu sou o caminho da Verdade e da Vida" (JO 14:6) Prece: "Venha a nós T eu reino".


Neste sexto plano, o mental, a criatura já está iluminada (daí chamarem os hindus a este plano, "búdico"). O homem conquistou a perfeita paz interna, a harmonia integral no corpo e no espírito.


E compreendeu que seu Eu Real é único em todas as criaturas, pouco importando a manifestação externa e transitória que esse Eu Real assuma. As forças angélicas estão "a serviço" e com elas sintonizam aqueles que o atingiram: os místicos, de qualquer corrente, os verdadeiros vedantas. A cor violeta, representativa da mistura entre o rosa (devoção) e o azul claro (espiritualização), assinala a aura dessas criaturas que superaram a personalidade e vivem na individualidade.


Aí a compreensão da Vida é total. A verdade é sentida em toda a Sua amplitude. E o homem entregase ao sacrifício de si mesmo em benefício da coletividade, na maior das harmonias internas.


"Felizes os limpos de coração" corresponde exatamente a esse plano, já que a criatura que atingiu esse ponto está desapegada de tudo, tem o coração totalmente "limpo" e vazio, para nele abrigar apenas o Cristo Interno. Superou as emoções e ama sem mistura de emoção: ama integralmente, sem distinções, a todos e a tudo, pois sabe, por experiência pessoal, que o Eu é o mesmo em todos e em tudo, e portanto, todas as criaturas são um único Espírito (cfr. Ef. 4:4): Disse Cristo aos desse plano: Eu sou o caminho da Verdade e da Vida. Indicou-nos, com Seu exemplo, o caminho que todos temos que seguir para atingir a Vida e a Verdade, que Ele conhece porque já percorreu todos os estágios vitoriosamente. E só Ele, que sobrepujou todos os planos, pode trazer-nos essas elucidações com toda a segurança, não apenas com Suas palavras, como com Sua vivência perfeita, sublinhada pelo sacrifício total em benefício da humanidade.


Por isso pode bem dizer ser Ele, o Cristo Interno, manifestado em toda a Sua plenitude em Jesus, o Caminho da Verdade e da Vida.


A prece, "venha a nós Teu reino", expressa bem a ânsia que temos de penetrar nesse plano do reino espiritual, que é o reino do Pai, o reino divino.


7. º PASSO Plano: divino (átmico) Lei: Beleza. - Efeito: Contemplação absoluta.


Estado de consciência: integração e unificação (transubstanciação).


Expansão: fusão total em Deus e em Suas criaturas.


Forças: divinas.


Cor: dourada. - Efeito: Vida.


Bem-aventurança: "Felizes os pacificadores, porque serão Filhos de Deus".


Cristo no plano: "Eu sou a Videira e vós os ramos" (JO 15:1).


Prece: "Santificado seja Teu Nome".


Neste sétimo plano, divino; a lei que vige é a beleza (daí tanto atrair a todos a Beleza, em qualquer de seus graus e planos).


Neste ponto, já a união não é mais intermitente, sendo superada mesmo a visão direta. Já existe a contempla ção absoluta, constante, numa integração perfeita: é a unificação ("Eu e o Pai somos um", João,

10:30) e a criatura, através da vivência em Cristo, unifica-se e funde-se em todas as criaturas de qualquer plano.


A cor dourada exprime o resplendor da beleza, (daí exercer o ouro tanta atração em todos), onde agem forças divinas, que atuam e são atuadas pelos seres cristificados do sétimo plano. O efeito de tudo é a Vida em Deus, porque Deus passa a viver plenamente na criatura "nele habita toda a plenitude da Divindade" (CL 2:9) e "já não sou mais eu que vivo: é Cristo que vive em mim" (GL 2:20).


A bem-aventurança enaltece esses, que são os pacificadores, os que com sua simples presença, com a ação benéfica de sua aura, irradiam a paz, pacificando corações e pessoas. Esses pacificadores serão os chamados Filhos de Deus, pois só os Filhos de Deus são capazes de pacificar realmente, não com a paz externa, mas com a paz de Cristo: "a minha paz vos deixo, a minha paz vos dou: não a dou como a dá o mundo. Não se perturbe vosso coração" (JO 14:27).


Diz-nos Cristo nesse plano: "Eu sou a Videira e vós os ramos". E afirma a seguir que só podem ter Vida os ramos, enquanto estiverem "unidos" à videira. O vinho exprime, no simbolismo esotérico, o Espírito. Cristo faz aqui a revelação total: que é a Videira, senão a reunião total do tronco e dos ramos?


Cristo só estará integralizado quando a humanidade, de que Ele é a cabeça (EF 4:15) estiver toda unida a Ele, na unidade total e fundamental.


O nome é a representação externa da substância. Quando a humanidade, em todas as suas partes - que são a manifestação externa no Cristo Cósmico - estiver "santificada", então poderá o Cristo dizer realmente: " completei a obra que me confiaste para realizar" (JO 17:4), pois "não perdi nenhum dos que me deste" (JO 18:9). Esse é portanto o pedido da prece deste plano: que Teu nome, que Tuas manifesta ções, sejam santificadas.


* * *

Após a enumeração dos diversos passos no Caminho da Perfeição, o texto continua no mesmo tom.


Nada exige, no entanto, que estas últimas bem-aventuranças tenham sido proferidas na mesma ocasião, e nessa ordem: podem ter sido ensinadas em outro momento e acrescentadas aqui pelo evangelista, para continuar a série. Mas também podem ter sido ditadas em seguida às outras, sem que isso influa nos sete passos que atrás estudamos.


Firmemos, todavia, que as duas vezes seguintes, em que se repete a palavra "felizes", não fazem parte dos Sete Passos do Caminho da Perfeição: representam, porém, um corolário, um resultado fatal, inexor ável, que advirá a todos os que seguirem por essa estrada.


Todos, sem exceção, todos os que perlustrarem, ainda que apenas os primeiros passos na senda, serão perseguidos por causa da retidão de vida que assumiram. Felizes, contudo, serão; pois embora perseguidos

—e até mesmo porque perseguidos - mais depressa atingirão a meta. E também serão felizes os que forem injuriados, perseguidos e caluniados, já que isso ocorreu sistematicamente a todos os profetas (médiuns) que passaram pela Terra. Portanto, é normal que, no pólo negativo em que nos encontramos, recebamos malevolência em troca do bem que pretendamos distribuir.


Interessante observar que o termo grego traduzido por "injuriar" é oneidísôsin, formado de ónos, "burro" e de eídos, "figura", ou seja, "chamar de burro" . Realmente na grafite encontrada no Monte Palatino (e hoje conservada no Museu Kirscher, em Roma), vemos pregada à cruz uma personagem com cabeça de burro...


A interpretação profunda não difere muito da comum. Realmente, todos os que entram ou procuram entrar, pela estrada do aperfeiçoamento em busca do Cristo interior, encontram grandes dificuldades de todos os lados: da parte de outras criaturas (externas) e da parte de seus próprios veículos físicos inferiores. As dificuldades parecem, por vezes, insuperáveis. Daí ser chamada de "estrada estreita", porque realmente difícil: todos os atropelos investem contra aqueles que buscam destacar-se da craveira comum da humanidade, que forcejam por sair do pólo negativo, onde estamos presos há milênios.


jo 15:1
Sabedoria do Evangelho - Volume 6

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 28
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 20:20-28


20. Então veio a ele a mãe dos filhos de Zebedeu, com os filhos dela, prostrando-se e rogando algo.

21. Ele disse-lhe, pois: "Que queres"? Respondeu-lhe: "Dize que estes meus dois filhos se sentem um à tua direita e outro à tua esquerda em teu reino"

22. Retrucando, Jesus disse: "Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que estou para beber"? Disseram-lhe: "Podemos"! 23. Disse-lhes: "Sem dúvida bebereis o meu cálice; mas sentar à minha direita ou esquerda, não me compete concedê-lo, mas àquele para quem foi preparado por meu Pai".

24. E ouvindo os dez, indignaram-se contra os dois irmãos.

25. Chamando-os, porém, Jesus disse: "Sabeis que os governadores dos povos os tiranizam e os grandes os dominam.

26. Assim não será convosco; mas quem quiser dentre vós tornar-se grande, será vosso servidor,

27. e quem quiser dentre vós ser o primeiro, será vosso servo,

28. assim como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua alma como meio-de-libertação para muitos".

MC 10:35-45


35. E aproximaram-se dele Tiago e João os filhos de Zebedeu, dizendo-lhe: "Mestre, queremos que, se te pedirmos, nos faças".

36. Ele disse-lhes: "Que quereis que vos faça"?

37. Responderam-lhe eles: "Dá-nos que nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda na tua glória".

38. Mas Jesus disse-lhes: "Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que eu bebo, ou ser mergulhados no mergulho em que sou mergulhado"? 39. Eles retrucaram-lhe: "Podemos"! Então Jesus disse-lhes: "O cálice que eu bebo, bebereis, e sereis mergulhados no mergulho em que sou mergulhado,

40. mas o sentar à minha direita ou esquerda, não me cabe concedê-lo, mas a quem foi dado".

41. E ouvindo isso, os dez começaram a indignarse contra Tiago e João.

42. E chamando-os, disse-lhes Jesus: "Sabeis que os reconhecidos como governadores dos povos os tiranizam e seus grandes os dominam.

43. Não é assim, todavia, convosco: mas o que quiser tornar-se grande dentre vós, será vosso servidor,

44. e o que quiser dentre vós ser o primeiro, será servo de todos.

45. Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua alma como meio de libertação para muitos".



Lucas (Lucas 18:34) salientara que os discípulos "nada haviam entendido e as palavras de Jesus permaneciam ocultas para eles, que não tiveram a gnose do que lhes dizia". Mateus e Marcos trazem, logo depois, a prova concreta da verdade dessa assertiva.


Mateus apresenta o episódio como provocado pela mãe de Tiago e de João, com uma circunlocução típica oriental, que designa a mãe pelos filhos: "veio a mãe dos filhos de Zebedeu com os filhos dela", ao invés do estilo direto: "veio a esposa de Zebedeu com seus filhos". Trata-se de Salomé, como sabemos por Marcos (Marcos 15:40) confrontado com Mateus (Mateus 27:56). Lagrange apresenta num artigo (cfr. "L’Ami du Clergé" de 1931, pág. 844) a hipótese de ser Salomé irmã de Maria mãe de Jesus, portanto sua tia.


Sendo seus primos, o sangue lhe dava o direito de primazia. Em nossa hipótese (vol. 3), demos Salomé como filha de Joana de Cuza, esta sim, irmã de Maria. Então Salomé seria sobrinha de Maria e prima em 1. º grau de Jesus (sua "irmã"), sendo Tiago e João "sobrinhos de Jesus", como filhos de sua "irmã"

Salomé. Então, sendo seus sobrinhos, a razão da consanguinidade continuava valendo. Além disso, Salomé como sua irmã, tinha essa liberdade, e se achava no direito de pedir, pois dera a Jesus seus dois filhos e ainda subvencionava com seu dinheiro as necessidades de Jesus e do Colégio apostólico (cfr. LC 8:3 e MC 15:41).


Como na resposta Jesus se dirige frontalmente aos dois, Marcos suprimiu a intervenção materna: realmente eles estavam de pleno acordo com o pedido, tanto que, a seu lado, aguardavam ansiosos a palavra de Jesus. A interferência materna foi apenas o "pistolão" para algo que eles esperavam obter.


Como pescadores eram humildes; mas elevados à categoria de discípulos e emissários da Boa-Nova, acende-se neles o fogo da ambição, que era justa, segundo eles, pois gozavam da maior intimidade de Jesus, que sempre os distinguia, destacando-os, juntamente com Pedro, dos demais companheiros, nos momentos mais solenes (cfr. Mat, 9:1; 17:1; MC 1:29; MC 5:37; MC 9:12; MC 14:33; LC 8:51). Tinham sido, também, açulados pela promessa de se sentarem todos nos doze "tronos", julgando Israel (MT 19:28), então queriam, como todo ser humano, ocupar os primeiros lugares (MT 23:6 e LC 14:8-10).


A cena é descrita com pormenores. Embora parente de Jesus, Salomé lhe reconhece o valor intrínseco e a grandeza, e prostra-se a Seus pés, permanecendo silenciosa e aguardando que o Mestre lhe dirija a palavra em primeiro lugar: "que queres"?


Em Marcos a resposta é dos dois: "Queremos" (thélomen) o que exprime um pedido categórico, não havendo qualquer dúvida nem hesitação quanto à obtenção daquilo que se pede: não é admitida sequer a hipótese de recusa : "queremos"!


Jesus não os condena, não os expulsa da Escola, não os apresenta à execração pública, não os excomunga; estabelece um diálogo amigável, em que lhes mostra o absurdo espiritual do pedido, valendose do episódio para mais uma lição. Delicadamente, porém, é taxativo na recusa. Sabe dizer um NÃO sem magoar, dando as razões da negativa, explicando o porquê é obrigado a não atender ao pedido: não depende dele. Mas não titubeia nem engana nem deixa no ar uma esperança inane.


Pelas expressões de Jesus, sente-se nas entrelinhas a tristeza de quem percebe não estar sendo entendido: "não sabeis o que pedis" Essa resposta lembra muito aquela frase proferida mais tarde, em outras circunstâncias: "Não sabem o que fazem"! (LC 23:34).


Indaga então diretamente: "podeis beber o cálice que estou para beber ou ser mergulhado no mergulho em que sou mergulhado"? A resposta demonstra toda a presunção dos que não sabem, toda a pretensão dos que que ignoram: "podemos"!


Jesus deve ter sorrido complacente diante dessa mescla de amor e de ambição, de disposição ao sacrif ício como meio de conquistar uma posição de relevo! Bem iguais a nós, esses privilegiados que seguiram Jesus: entusiasmo puro, apesar de nossa incapacidade!


Cálice (em grego potêrion, em hebraico kôs pode exprimir. no Antigo Testamento, por vezes, a alegria (cfr. SL 23:5; SL 116:13; Lament 4:21); mas quase sempre é figura de sofrimento (cfr. SL 75:8; 1s.


51:17,22; EZ 23:31-33).


Baptízein é um verbo que precisa ser bem estudado; as traduções correntes insistem em transliterar a palavra grega, falando em batismo e batizar, que assume novo significado pela evolução semântica, no decorrer dos séculos por influência dos ritos eclesiásticos e da linguagem litúrgica. Batismo tomou um sentido todo especial, atribuído ao Novo Testamento, apesar de ignorado em toda a literatura anterior e contemporânea dos apóstolos. Temos que interpretar o texto segundo a semântica da época, e não pelo sentido que a palavra veio a assumir séculos depois, por influências externas.


Estudemos o vocábulo no mais autorizado e recente dicionário ("A Greek English Lexicon", de Liddell

& Scott, revised by Henry Stuart Jones, Londres, 1966), in verbo (resumindo): "Baptizô, mergulhar, imergir: xíphos eis sphagên, "espada mergulhada na garganta" (Josefo Rell. Jud.


2. 18. 4): snáthion eis tò émbryon "espátula no recém-nascido" Soranus, médico do 2. º séc. A. C. 2. 63); na voz passiva: referindo-se à trepanação Galeno, 10, 447. Ainda: báptison seautòn eis thálassau e báptison Dionyson pros tên thálassan, "mergulhado no mar" (Plutarco 2. 166 a e 914 d); na voz passiva com o sentido de "ser afogado", Epicteto, Gnomologium 47. Baptízô tinà hypnôi, "mergulho algu ém no sono" (Anthologia Graeca, Evenus elegíaco do 5. º séc. A. C.) e hynnôi bebantisméns "mergulhado no sono letárgico" (Archígenes, 2. º séc., apud Aécio 63); baptízô eis anaisthesían kaì hypnon," mergulhado na anestesia e no sono " (Josefo, Ant. JD 10, 9, 4); psychê bebaptisménê lypêi" alma mergulhada na angústia" (Libânio sofista, 4. º séc. A. D., Orationes, 64,115)".


Paulo (Rom, 6:3-4) fala de outra espécie de batismo: "porventura ignorais que todos os que fomos mergulhados em Cristo Jesus, fomos mergulhados em sua morte? Fomos sepultados com ele na morte pelo mergulho, para que, como Cristo despertou dentre os mortos pela substância do Pai, assim nós andemos em vida nova".


Até agora tem sido interpretado este trecho como referente aos sofrimentos físicos de Tiago, decapitado em Jerusalém por Herodes Agripa no ano 44 (cfr. AT 12:2) e de João, que morreu de morte natural, segundo a tradição, mas foi mergulhado numa caldeira de óleo fervente diante da Porta Latina (Tertuliano, De Praescriptione, 36 Patrol. Lat. vol. 2, col, 49) e foi exilado na ilha de Patmos (Jerônimo, Patrol. Lat. vol. 26, col. 143).


As discussões maiores, todavia, se prendem à continuação. Pois Jesus confirma que eles beberão seu cálice e mergulharão no mesmo mergulho, mas NÃO CABE a Ele conceder o lugar à sua direita ou esquerda! Só o Pai! Como? Sendo Jesus DEUS, segundo o credo romano, sendo UM com o Pai, NÃO PODE resolver? Só o Pai; E Ele NÃO SABE? Não tem o poder nem o conhecimento do que se passaria no futuro? Por que confirmaria mais uma vez aqui que o Pai era maior que Ele (JO 14:28)?


Como só o Pai conhecia "o último dia" (MT 24:36). Como só o Pai conhecia "os tempos e os momentos" (AT 1:7). Como resolver essa dificuldade? Como uma "Pessoa" da Trindade poderá não ter conhecimento das coisas? Não são três "pessoas" mas UM SÓ DEUS?


Os comentadores discutem, porque estão certos de que o "lugar à direita e à esquerda" se situa NO CÉU. Knabenbauer escreve: neque Messias in terra versans primas in caelo sedes nunc petentibus quibusque assignare potest, ac si vellet Patris aeterni decretum mutare vel abrogare (Cursus Sacrae Scripturae, Paris, 1894, pág. 281), ou seja: "nem o Messias, estando na Terra, pode dar os primeiros lugares no Céu aos que agora pedem, como se pretendesse mudar ou ab-rogar o decreto do Pai eterno".


Outros seguem a mesma opinião, como Loisy, "Les Évangiles Synoptiques", 1908, tomo 2, página 238; Huby, "Êvangile selon Saint Marc", 1924, pág. 241; Lagrange, "L’Évangile selon Saint Marc", 1929,pág. 280, etc. etc.


Os séculos correram sobre as discussões infindáveis, sem que uma solução tivesse sido dada, até que no dia 5 de junho de 1918, após tão longa perplexidade, o "Santo Ofício" deu uma solução ao caso.


Disse que se tratava do que passaria a chamar-se, por uma "convenção teológica", uma APROPRIAÇÃO, ou seja: "além das operações estritamente trinitárias, todas as obras denominadas ad extra (isto é, "fora de Deus") são comuns às pessoas da Santíssima Trindade; mas a expressão corrente - fiel à iniciativa de Jesus - reserva e apropria a cada uma delas os atos exteriores que tem mais afinidade com suas relações hipostáticas".


Em outras palavras: embora a Trindade seja UM SÓ DEUS, no entanto, ao agir "para fora", ao Pai competem certos atos, outros ao Filho, e outros ao Espírito Santo. Não sabemos, todavia, como será possível a Deus agir "para fora", se Sua infinitude ocupa todo o infinito e mais além!


Os dois irmãos, portanto, pretendem apropriar-se dos dois primeiros lugares, sem pensar em André, que foi o primeiro chamado, nem em Pedro, que recebeu diante de todos as "chaves do reino". Como verificamos, a terrível ambição encontrou terreno propício e tentou levar à ruína a união dos membros do colégio apostólico, e isso ainda na presença física de Jesus! Que não haveria depois da ausência Dele?


Swete anota que os dez se indignaram, mas "pelas costas" dos dois, e não diante deles; e isto porque foi empregada pelo narrador a preposição perí, e não katá, que exprimiria a discussão face a face.


Há aqui outra variante. Nas traduções vulgares diz-se: "não me pertence concedê-lo, mas será dado àqueles para quem está destinado por meu Pai". No entanto, o verbo hetoimózô significa mais rigorosamente" preparar ". Ora, aí encontramos hétoímastai, perfeito passivo, 3. ª pessoa singular; portanto," foi preparado".


Jesus entra com a sublime lição da humildade e do serviço, que, infelizmente, ainda não aprendemos depois de dois mil anos: é a vitória através do serviço prestado aos semelhantes. O exemplo vivo e palpitante é o próprio caso Dele: "Vim" (êlthen) indica missão especial da encarnação (cfr. MC 1:38 e 2:17; e IS 52:13 a 53:12). E essa vinda especial foi para SERVIR (diakonêsai), e não para ser servido (diakonêthênai), fato que foi exaustivamente vivido pelo Mestre diante de Seus discípulos e em relação a eles.


O serviço é para libertação (lytron). Cabe-nos estudar o significado desse vocábulo. "Lytron" é, literalmente" meio-de-libertação", a que também se denomina "resgate". O resgate era a soma de dinheiro dada ao templo, ao juiz ou ao "senhor" para, com ela, libertar o escravo. O termo é empregado vinte vezes na Septuaginta (cfr. Hatche and Redpath, "Concordance to the Septuagint", in verbo) e corresponde a quatro palavras do texto hebraico massorético: a kôfer, seis vezes; a pidion e outros derivados de pâdâh, sete vezes; a ga"al ou ge"ullah, cinco vezes, e a mehhir, uma vez; exprime sempre a compensa ção, em dinheiro, para resgatar um homicídio ou uma ofensa grave, ou o preço pago por um objeto, ou o resgate de um escravo para comprar-lhe a liberdade. E a vigésima vez aparece em Números (Números 3:12) quando o termo lytron exprime a libertação por substituição: os levitas podiam servir de lytron, substituindo os primogênitos de Israel no serviço do Templo.

Temos, portanto, aí, a única vez em que lytron não é dinheiro, mas uma pessoa humana, que substitui outra, para libertá-la de uma obrigação imposta pela lei.


Em vista disso, a igreja romana interpretou a crucificação de Jesus como um resgate de sangue dado por Deus ao Diabo (!?), afim de comprar a liberdade dos homens! Confessemos que deve tratar-se de um deus mesquinho, pequenino, inferior ao "diabo", e de tal modo sujeito a seus caprichos, que foi constrangido a entregar seu próprio filho à morte para, com o derramamento de seu sangue, satisfazerlhe os instintos sanguinários; e o diabo então, ébrio de sangue, abriu a mão e permitiu (!) que Deus pudesse carregar para seu céu algumas das almas que lhe estavam sujeitas... Como foi possível que tantas pessoas inteligentes aceitassem uma teoria tão absurda durante tantos séculos? ... Isso poderia ocorrer com espíritos inferiores em relação a homens encarnados, como ainda hoje vemos em certos" terreiros" de criaturas fanatizadas, e como lemos também em Eusébio (Patrol. Graeca, vol. 21, col. 85) que transcreve uma notícia de Philon de Byblos, segundo o qual os reis fenícios, em caso de calamidade, sacrificavam seus filhos mais queridos para aplacar seu "deus", algum "exu" atrasadíssimo.


Monsenhor Pirot (o. c. vol. 9, pág. 530) diz textualmente: "entregando-se aos sofrimentos e à morte, é que Jesus pagará o resgate de nossa pobre humanidade, e assim a livrará do pecado que a havia escravizado ao demônio"!


Uma palavra ainda a respeito de polloí que, literalmente, significa "’muitos". Pergunta-se: por que resgate" de muitos" e não "de todos"? Alguns aduzem que, em vários pontos do Novo Testamento, o termo grego polloí corresponde ao hebraico rabbim, isto é, "todos" (em grego pántes), como em MT 20:28 e MT 26:28; em MC 14:24; em RM 5:12-19 e em IS 53:11-12).


Sabemos que (MT 1:21) foi dado ao menino o nome de Jesus, que significa "Salvador" porque libertar á "seu povo de seus erros"; e Ele próprio dirá que traz a libertação para os homens (LC 4:18).


Esta lição abrange vários tópicos:

  • a) o exemplo a ser evitado, de aspirar, nem mesmo interior e subconscientemente, aos primeiros postos;

  • b) a necessidade das provas pelas quais devem passar os candidatos à iniciação: "beber o cálice" e "ser mergulhados";

  • c) a decisão, em última instância, cabe ao Pai, que é superior a Jesus (o qual, portanto, não é Deus no sentido absoluto, como pretendem os católicos romanos, ortodoxos e reformados);

  • d) a diferença, mais uma vez sublinhada, entre personagem e individualidade, sendo que esta só evolui através da LEI DO SERVIÇO (5. º plano).


Vejamo-lo em ordem.


I - É próprio da personagem, com seu "eu" vaidoso e ambicioso, querer projetar-se acima dos outros, em emulação de orgulho e egoísmo. São estes os quatro vícios mais difíceis de desarraigar da personagem (cfr. Emmanuel, "Pensamento e Vida", cap. 24), e todos os quatro são produtos do intelecto separatista e antagonista da individualidade.


O pedido de Tiago (Jacó) e de João, utilizando-se do "pistolão" de sua mãe, é típico, e reflete o que se passa com todas as criaturas ainda hoje. Neste ponto, as seitas cristãs que se desligaram recentemente do catolicismo (reformados e espiritistas) fornecem exemplos frisantes.


Entre os primeiros, basta que alguém julgue descobrir nova interpretação de uma palavra da Bíblia, para criar mais uma ramificação, em que ele EVIDENTEMENTE será o primeiro, o "chefe".


O mesmo se dá entre os espiritistas. Pululam "centros" e "tendas" que nascem por impulso vaidoso de elementos que se desligam das sociedades a que pertenciam para fundar o SEU centro ou a SUA tenda: ou foram preteridos dos "primeiros lugares à direita e à esquerda" do ex-chefe; ou se julgam mais capazes de realização que aquele chefe que, segundo eles, não é dinâmico; ou discordam de alguma interpretação da doutrina; ou querem colocar em evidência o SEU "guia", que acham não estar sendo bastante "prestigiado" (quando não é o próprio "guia" (!) que quer aparecer mais, e incita o seu" aparelho" a fundar outro centro PARA Ele!); ou a criatura quer simplesmente colocar-se numa posição de destaque de que não desfrutava (embora jamais confesse essa razão); ou qualquer outro motivo, geralmente fútil e produto da vaidade, do orgulho, do egoísmo e da ambição. Competência? Cultura?


Adiantamento espiritual? Ora, o essencial é conquistar a posição de "chefe"! Há ainda muitos Tiagos e Joões, e também muitas Salomés, que buscam para seus filhos ou companheiros os primeiros lugares, e tanto os atenazam com suas palavras e reclamações, que acabam vencendo. Que se abram os olhos e se examinem as consciências, e os exemplos aparecerão por si mesmos.


Tudo isso é provocado pela ânsia do "eu" personalístico, de destacar-se da multidão anônima; daí as" diretorias" dos centros e associações serem constituídas de uma porção de NOMES, só para satisfazer à vaidade de seus portadores, embora estes nada façam e até, por vezes, atrapalhem os que fazem.


O Antissistema é essencialmente separatista e divisionista, e por isso o dizemos " satânico" (opositor).


II - As "provas" são indispensáveis para que as criaturas sejam aprovadas nos exames. E por isso Jesus salienta a ignorância revelada pelo pedido de quem queria os primeiros postos, sem ter ainda superado a" dificuldades do caminho: "não sabeis o que pedis"!


O cálice que deve beber o candidato é amargo: são as dores físicas, os sofrimentos morais, as angústias provocadas pela aniquilação da personalidade e pela destruição total do "eu" pequeno, que precisa morrer para que a individualidade cresça (cfr. JO 3:30); são as calúnias dos adversários e: , sobretudo, dos companheiros de ideal que o abandonam, com as desculpas mais absurdas, acusandoo de culpas inexistentes, embora possam "parecer" verdadeiras: mas sempre falando pelas costas, sem dar oportunidade ao acusado de defender-se: são os martírios que vêm rijos: as prisões materiais (raramente) mas sobretudo as morais: por laços familiares; as torturas físicas (raras, hoje), mas principalmente as do próprio homem, criadas pelo "eu" personalístico, que o incita a largar tudo e a trocar os sacrifícios por uma vida fácil e tranquila, que lhe é tão simples de obter...


Mas, além disso, há outra prova: o MERGULHO na "morte".


Conforme depreendemos do sentido de baptízô que estudamos, pode o vocábulo significar: mergulhar ou imergir na água; mergulhar uma espada no corpo de alguém; mergulhar uma faca para operar cirurgicamente; mergulhar alguém no sono letárgico, ou mergulhar na morte.


Podemos, pois, interpretar o mergulho a que Jesus se refere como sendo: o mergulho no "coração" para o encontro com o Cristo interno; o mergulho que Ele deu na atmosfera terrena, provindo de mundos muito superiores ao nosso; o mergulho no sono letárgico da "morte", para superação do quinto grau iniciático, do qual deveria regressar à vida, tal como ocorrera havia pouco com Lázaro; ou outro, que talvez ainda desconheçamos. Parece-nos que a referência se fez à iniciação.


Estariam os dois capacitados a realizar esse mergulho e voltar à vida, sem deixar que durante ele se rompesse o "cordão prateado"? Afoitamente responderam eles: "podemos"! Confiavam nas próprias forças. Mas era questão de tempo para preparar-se. João teve tempo, Tiago não... Com efeito, apenas doze anos depois dessa conversa, (em 42 A. D.) Tiago foi decapitado, não conseguindo, pois, evitar o rompimento do "umbigo fluídico". Mas João o conseguiu bem mais tarde, quando pode sair com vida (e Eusébio diz "rejuvenescido") da caldeira de óleo fervente, onde foi literalmente mergulhado.


A esse mergulho, então, parece-nos ter-se referido Jesus: mergulho na morte com regresso à vida, após o "sono letárgico" mais ou menos prolongado, que Ele realizaria pouco mais tarde.


Esse mergulho é essencial para dar ao iniciado o domínio sobre a morte (cfr. "a morte não dominará mais além dele", RM 6:9; "por último, porém, será destruída a morte", 1CO 15:26; "a morte foi absorvida pela vitória; onde está, ó morte, tua vitória? onde está, ó morte, teu estímulo"?, 1CO

15:54-55; "Feliz e santo é o que tem parte na primeira ressurreição: sobre estes a segunda morte não tem poder, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com Ele durante os mil anos": AP 20:6). De fato, a superação do quinto grau faz a criatura passar ao sexto, que é o sacerdócio (cfr. vol. 4).


Modernamente o sacerdócio é conferido por imposição das mãos, com rituais específicos, após longa preparação. No catolicismo, ainda hoje, percebemos muitos resquícios das iniciações antigas, como podemos verificar (e o experimentamos pessoalmente). Em outras organizações que "se" denominam" ordens iniciáticas", o sacerdócio é apenas um título pro forma, simples paródia para lisonjear a vaidade daqueles de quem os "Chefes" querem, em retribuição, receber também adulações, para se construírem fictício prestígio perante si mesmos.


O sacerdócio REAL só pode ser conferido após o mergulho REAL, efetivo e consciente, plenamente vitorioso, no reino da morte. Transe doloroso e arriscado para quem não esteja à altura: "podeis ser mergulhados no mergulho em que sou mergulhado"?


A morte, realizada em seu simulacro, no sono cataléptico era rito insubstituível no Egito, onde se utilizava, por exemplo, a Câmara do Rei, na" pirâmide de Quéops, para o que lá havia (e ainda hoje lá está), o sarcófago vazio, onde se deitavam os candidatos. Modernamente, Paul Brunton narra ter vivido pessoalmente essa experiência (in "Egito Secreto"). Também na Grécia os candidatos passavam por essa prova, sob a proteção de Hades e Proserpina, nos mistérios dionisíacos; assim era realizado em Roma (cfr. Vergílio, Eneida, canto VI e Plotino, Enéadas, sobretudo o canto V); assim se, fazia em todas as escolas antigas, como também, vimo-lo, ocorreu com Lázaro.


Superada essa morte, o vencedor recebia seu novo nome, o hierónymos (ou seja, hierós, "sagrado";


ónymos, "nome"), donde vem o nome "Jerônimo"; esse passava a ser seu nome sacerdotal, o qual, de modo geral, exprimia sua especialidade espiritual, intelectual ou artística; costume que ainda se conserva na igreja romana, sobretudo nas Ordens Monásticas (cfr. vol. 5, nota) (1). O catolicismo prepara para o sacerdócio com cerimônias que lembram e "imitam" a morte, da qual surge o candidato, após a "ordenação", como "homem novo" e muitas vezes com nome diferente.


(1) Veja-se, também, a esse respeito: Ephemerides Archeologicae, 1883, pág. 79; C. I. A., III, 900; Luciano, Lexiphanes, 10; Eunapio, In Maximo, pág. 52; Plutarco, De Sera Numinis Vindicta, 22.


III - Já vimos que Jesus, cônscio de Sua realidade, sempre se colocou em posição subalterna e submissa ao Pai, embora se afirmasse "unido a Ele e UNO com Ele" (JO 10:30, JO 10:38; 14:10, 11, 13;


16:15, etc. etc.) .


Vejamos rapidamente alguns trechos: "esta é a vontade do Pai que me enviou" (JO 6:40), logo vontade superior à Sua, e autoridade superior, pois só o superior pode "enviar" alguém; "falo como o Pai me ensinou" (JO 8:28), portanto, o inferior aprende com o superior, com quem sabe mais que ele; "o Pai me santificou" (JO 10. 36), o mais santo santifica o menos santo; "O Pai que me enviou, me ordenou" (JO 12:49), só um inferior recebe ordens e delegações do superior; "falo como o Pai me disse" (JO 12:50), aprendizado de quem sabe menos com quem sabe mais; "o Pai, em mim, faz ele mesmo as obras" (JO 14:11), logo, a própria força de Jesus provém do Pai, e reconhecidamente não é sua pessoal; "o Pai é maior que eu" (JO 14:28), sem necessidade de esclarecimentos; "como o Pai me ordenou, assim faço" (JO 14:31); "não beberei o cálice que o Pai me deu"? (JO 18:11), qual o inferior que pode dar um sofrimento a um superior? "como o Pai me enviou, assim vos envio" (JO 20:21); e mais: "Quem me julga é meu Pai" (JO 8:54); "meu Pai, que me deu, é maior que tudo" (JO 10:29); "eu sou a videira, meu Pai é o viticultor" (JO 15:1), portanto, o agricultor é superior à planta da qual cuida; "Pai, agradeço-te porque me ouviste" (JO 11:41), jamais um superior ora a um inferior, e se este cumpre uma "ordem" não precisa agradecer-lhe; "Pai, salva-me desta hora" (JO 12:27), um menor não tem autoridade para "salvar" um maior: sempre recorremos a quem está acima de nós; e mais: "Pai, afasta de mim este cálice" (MC 14:36); "Pai, se queres, afasta de mim este cálice" (LC 22:42); "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem" (LC 23:34), e porque, se fora Deus, não diria: "perdoo-lhes eu"? e o último ato de confiança e de entrega total: "Pai, em tuas mãos entrego meu espírito" (LC 23:46), etc.


Por tudo isso, vemos que Jesus sempre colocou o Pai acima Dele: "faça-se a tua vontade, e não a minha" (MT 26:42, LC 22:42). Logo, não se acredita nem quer fazer crer que seja o Deus Absoluto, como pretendeu torná-Lo o Concílio de Nicéia (ano 325), contra os "arianos", que eram, na realidade, os verdadeiros cristãos, e dos quais foram assassinados, em uma semana, só em Roma, mais de 30. 000, na perseguição que contra eles se levantou por parte dos "cristãos" romanos, que passaram a denominar-se "católicos".


Natural que, não sendo a autoridade suprema, nem devendo ocorrer as coisas com a simplicidade suposta pelos discípulos, no restrito cenário palestinense, não podia Jesus garantir coisa alguma quanto ao futuro. Daí não poder NINGUÉM garantir "lugares determinados" no fabuloso "céu", como pretenderam os papas católicos ao vender esses lugares a peso de ouro (o que provocou o protesto veemente de Lutero); nem mesmo ter autoridade para afirmar que A ou B são "santos" no "céu", como ainda hoje pretendem com as "canonizações". Julgam-se eles superiores ao próprio Jesus, que humilde e taxativamente asseverou: "não me compete, mas somente ao Pai"! A pretensão vaidosa dos homens não tem limites! ...


IV - A diferença entre a personagem dominadora e tirânica, representada pelo exemplo dos "governadores de povos" e dos "grandes", e a humildade serviçal da individualidade" é mais uma vez salientada.


Aqueles que seguem o Cristo, têm como essencial SERVIR ATRAVÉS DO AMOR e AMAR ATRAVÉS

DO SERVIÇO.


Essa é a realidade profunda que precisa encarnar em nós. Sem isso, nenhuma evolução é possível.


O próprio Jesus desceu à Terra para servir por amor. E esse amor foi levado aos extremos imagináveis, pois além do serviço que prestou à humanidade, "deu sua alma para libertação de muitos".


Esta é uma das lições mais sublimes que recebemos do Mestre.


Quem não liquidou seu personalismo e passou a "servir", em lugar de "ser servido", está fora da Senda.


DAR SUA ALMA, que as edições vulgares traduzem como "dar sua vida", tem sentido especial. O fato de "dar sua vida" (deixar que matem o corpo físico) é muito comum, é corriqueiro, e não apresenta nenhum significado especial, desde o soldado que "dá sua vida" para defender, muitas vezes, a ambição de seus chefes, até a mãe que "dá sua vida" para colocar mundo mais um filho de Deus; desde o fanático que "dá sua vida" para favorecer a um grupo revolucionário, até o cientista que também "dá sua vida" em benefício do progresso da humanidade; desde o mantenedor da ordem pública que "dá sua vida" para defender os cidadãos dos malfeitores, até o nadador, que "dá sua vida" para salvar um quase náufrago; muitas centenas de pessoas, a cada mês, dão suas vidas pelos mais diversos motivos, reais ou imaginários, bons ou maus, filantrópicos ou egoístas, materiais ou espirituais.


Ora, Jesus não deu apenas sua vida, o que seria pouca coisa, pois com o renascimento pode obter-se outro corpo, até bem melhor que o anterior que foi sacrificado.


Jesus deu SUA ALMA, Sua psychê, toda a Sua sensibilidade amorosa, num sacrifício inaudito, trazendoa de planos elevados, onde só encontrava a felicidade, para "mergulhar" na matéria grosseira de um planeta denso e atrasado, imergindo num oceano revolto de paixões agudas e descontroladas, tendo que manter-se ligado aos planos superiores para não sucumbir aos ataques mortíferos que contra Ele eram assacados. Sua aflição pode comparar-se, embora não dê ainda ideia perfeita, a um mergulhador que descesse até águas profundas do oceano, suportando a pressão incomensurável de muitas toneladas em cada centímetro quadrado do corpo. Pressão tão grande que sufoca, peso tão esmagador que oprime. Nem sempre o físico resiste. E quando essa pressão provém do plano astral, atingindo diretamente a psychê, a angústia é muito mais asfixiante, e só um ser excepcional poderá suportá-la sem fraquejar.


Jesus deu Sua psychê para libertação de muitos. Realmente, muitos aproveitaram o caminho que ele abriu. Todos, não. Quantos se extraviaram e se extraviam pelas estradas largas das ilusões, pelos campos abertos do prazer, aventurando-se no oceano amplo de mâyâ, sem sequer desconfiar que estão passeando às tontas, sem direção segura, e que não alcançarão a pleta neste eon; e quantos, também, despencam ladeira abaixo, aos trambolhões, arrastados pelas paixões que os enceguecem, pelos vícios que os ensurdecem, pela indiferença que os paralisa; e vão de roldão estatelar-se no fundo do abismo, devendo aguardar outras oportunidades: nesta, perderam a partida e não conseguiram a liberdade gloriosa dos Filhos de Deus.


Muitos, entretanto, já se libertaram. São os que se esquecem de si mesmos, os que deixam de existir e se transformam em pão, para alimentar a fome da humanidade: a fome física, a fome intelectual, a fome espiritual; e transubstanciam seu sangue em vinho de sabedoria, em vinho de santidade, em vinho de amor, para inebriar as criaturas com o misticismo puro da plenitude crística, pois apresentam a todos, como Mestre, apenas o Cristo de Deus, e desaparecem do cenário: sua personalidade morre, para surgir o Cristo em seu lugar; seu intelecto cala, para erguer-se a voz diáfana do Cristo; suas emoções apagam-se, para que só brilhe o amor do Cristo. E através deles, os homens comem o Pão Vivo descido do céu, que é o Cristo, e bebem o sangue da Nova Aliança, que é o Cristo, e retemperam suas energias e se alçam às culminâncias da perfeição, porque mergulham nas profundezas da humildade e do amor.


Essa é a libertação, que teve como lytron ("meio-de-libertação") a sublime psychê de Jesus. Para isso, Ele deu Sua psychê puríssima e santa; entregando-a à humanidade que O não entendeu... e quis assassiná-Lo, porque Ele falava uma linguagem incompreensível de liberdade, a linguagem da liberdade, a linguagem da paz, a linguagem da sabedoria e do amor.


Deu sua psychê generosa e amoravelmente, para ajudar a libertar os que eram DELE: células de Seu prístino corpo, que Lhe foram dadas pelo Pai, ao Qual Ele pediu que, onde Ele estivesse, estivessem também aqueles que Lhe foram doados (JO 17:24), para que o Todo se completasse, a cabeça e os membros (cfr. 1CO 12:27). A esse respeito já escrevemos (cfr. vol. 1 e vol. 5).


jo 15:1
Sabedoria do Evangelho - Volume 8

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 3
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 15:1-17


1. "Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor.

2. Todo ramo, em mim, não dando fruto, ele o tira; e todo o que produz fruto, purifica-o para que produza mais fruto.

3. Vós já estais purificados, por meio do Logos que vos revelei.

4. Permanecei em mim e eu em vós. Como o ramo não pode produzir fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim não podeis vós, se não permaneceis em mim.

5. Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim e eu nele, esse produz muito fruto, porque sem mim não podeis fazer nada.

6. Se alguém não permanece em mim, foi lançado fora como o ramo, e seca, e esses ramos são ajuntados e jogados ao fogo e queimam.

7. Se permaneceis em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos acontecerá.

8. Nisso se transubstancia meu Pai, para que produzais muito fruto e vos torneis meus discípulos.

9. Como o Pai me amou, assim eu vos amei: permanecei em meu amor.

10. Se executais meus mandamentos, permaneceis no meu amor, assim como executei os mandamentos de meu Pai e permaneço no amor dele.

11. Isso vos disse, para que minha alegria esteja em vós e vossa alegria se plenifique.

12. Este é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros assim como eu vos amei.

13. Ninguém tem maior amor que este, para que alguém ponha sua alma sobre seus amigos.

14. Vós sois meus amigos se fazeis o que vos ordeno.

15. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o senhor dele; a vós, porém, chamei amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai, vos fiz conhecer.

16. Não vós me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos pus, para que vades e produzais frutos e vosso fruto permaneça, a fim de que o Pai vos dê aquilo que lhe pedirdes em meu nome.

17. Isso vos ordeno: que vos ameis uns aos outros".



Entramos com os capítulos 16 e 17, antes de apresentar os versículos 27 a 31 do capítulo 15, pois essa distribuição de matéria satisfaz à crítica interna plenamente e à sequência das palavras. Com efeito, logo após dizer: "Levantemo-nos, vamos daqui" (14:31) João prossegue: "Tendo dito isso, Jesus saiu com Seus discípulos", etc. (18:1). Não se compreenderia que, após aquela frase de fecho, ainda fossem proferidos 86 versículos.


Alguns comentadores (Maldonado, Shanz, Calmes, Knabenbauer, Tillmann) opinam que, após a despedida e a ordem de saída, ainda permaneceu o Mestre no Cenáculo, de pé, a conversar com os discípulos.


Outros (Godet, Fillion, Wescott, Sweet) julgam que todo o trecho (inclusive a prece do cap. 17?) foi proferido durante o trajeto para o monte das Oliveiras.


Um terceiro grupo (Spitta, Moffat, Bernard) propõe a seguinte ordem:
cap. 13- 1 a 31a
cap. 15- todo
cap. 16- todo
cap. 13- 31b a 38
cap. 14- 1 a 31
cap. 17- todo

Essa ordem não satisfaz, pois a prece não cabe depois da palavra de ordem da saída.


Outros há (Lepin, Durand, Lagrange, Lebretton, Huby) que sugerem que os capítulos 15 e 16 (por que não o 17?) foram acrescentados muito depois pelo evangelista.


Nem a ordem original, nem as quatro propostas, nos satisfazem. O hábito diuturno com os códices dos autores clássicos profanos revela-nos que, no primitivo códice de João, com o constante manuseio, pode ter saído de seu lugar uma folha solta, contendo 5 versículos (27 a 31), que foi colocada, por engano,

17 folhas antes, pois 17 folhas de 5 versículos perfazem exatamente 85 versículos. O engano tornou-se bem fácil, de vez que o versículo último do cap. 17, é o 26. º, assim como é o 26. º o último do cap. 14. Tendo em mãos os vers. 27 a 31, ao invés de colocar a folha no fim do cap. 17, esta foi inserida erradamente no fim do cap. 14.


"Mas - objetarão - naquela época o Novo Testamento não estava subdividido em versículos"! Lógico que nossa hipótese não é fundamentada na "numeração" dos versículos. Pois embora os unciais B (Vaticano 1209) do século 4. º e o CSI (Zacynthius) do 6. º já tenham divisões em seções, que eram denominadas
иεφάλαια ("Capítulos") maiores, com seus τίτλοι (títulos) menores; em Amônio (cerca de 220 A. D.) em sua concordância dos quatro Evangelhos os tenha dividido também em seções (chamadas ora perícopae, ora lectiones, ora cánones, ora capítula) e essas fossem bastante numerosas (Mateus tinha 355; MC 235; LC 343 e JO 232); embora Eusébio de Cesareia tenha completado o trabalho de Amônio em 340 mais ou menos (cfr. Patrol. Graeca vol. 22, col. 1277 a 1299); no entanto, a divisão atual em capítulos foi executada pela primeira vez pelo Cardeal Estêvão Langton (+ 1288) e melhorada em 1240 pelo Cardeal Hugo de Saint-Cher; mas os versículos só foram colocados, ainda na margem, pelo impressor Roberto Estienne, na edição greco-latina do Novo Testamento em 1555; e Teodoro de Beza, na edição de 1565, os introduziu no próprio texto.
Acontece, porém, que a numeração dos versículos nos ajuda a calcular o número de linhas de cada folha. E existe um testemunho insuspeito que, apesar de sozinho, nos vem apoiar a hipótese. Trata-se do papiro 66, do 29 século, possívelmente primeira cópia do manuscrito original no qual, segundo nossa hipótese, já se teria dado a colocação errada da folha já muito manuseada. Ora, ocorre que nesse papiro, atualmente na Biblioteca de Genebra, Cologny, sob a indicação P. Bodmer II, nós encontramos o Evangelho de João em dois blocos:
1. º) o que vai de JO 1:1 até 14:26;
2. º) o que vai de JO 14:27 até 21:25.

Conforme vemos, exatamente nesse ponto, entre os versículos 26 e 27 do capítulo 14, ocorre algo de anormal, a ponto de ter estabelecido dúvida na mente do copista, que resolveu assinalá-la na cópia: era a folha que devia estar no final do cap. 17 e que caíra de lá, tendo sido colocada, por engano, no final do cap. 14.


Em vista desses dados que, a nosso espírito, se afiguraram como perfeitamente possíveis, intimamente afastamos qualquer hesitação, e apresentamos a ordem modificada.


* * *

Interessante notar-se que, nestes capítulos (14 a 17) algumas palavras são insistentemente repetidas, como άγάπη (amor) quatro vezes; иαρπός (fruto) oito vezes; e µήνω (habitar ou permanecer morando) onze vezes.

No cap. 14 firma-se a ideia da fidelidade em relação aos mandamentos; no 15, salienta-se a ideia da perfeita união e da absoluta unificação da personagem com o Eu e, em consequência, com o Cristo interno; a seguir, é chamada nossa atenção para o ódio, que todo o que se uniu ao Cristo, no Sistema, receberia da parte das personagens do Antissistema.


Não se esqueça, o leitor, de comparar este trecho com o ensino sobre o "Pão Vivo", em JO 6:27-56 (cfr. vol. 3) e sobre a Transubstanciação (vol. 7).


* * *

No Antigo Testamento, a vinha é citada algumas vezes como o protótipo de Israel (cfr. IS 5:1; JR 2:21; EZ 15:1ss e 19:10ss; SL 80:8-13).


Nos Sinópticos aparece a vinha em parábolas (cfr. MT 20:1-16 e MT 21:33-46) e também temos o vinho na ceia de ação de graças (cfr. MT 26:29; MC 14:21 e LC 22:18).


Nos comentários desses trechos salientamos que o vinho simboliza a Sabedoria; e ainda no vol. 6 e no 7 mostramos que Noé, inebriado de Sabedoria, alcançou o conhecimento total e desnudou-se de tudo o que era externo, terreno ou não, de tal forma que sua sabedoria ficou patente aos olhos de todos. Não tendo capacidade, por involução (por ser o mais moço, isto é, o menos evoluído) de compreende-lo, seu filho Cam riu do pai, julgando-o bêbado e louco. Mas os outros dois, mais velhos (ou seja, mais evoluídos, porque espíritos mais antigos em sua individuação), Sem e Jafet, encobriram com o véu do ocultismo a sabedoria do pai, reservando-a aos olhos do vulgo. E eles mesmos, não tendo capacidade para alcançá-la, caminharam de costas, para nem sequer eles mesmos a descobrirem. Daí dizer o pai, que Cam seria inferior aos dois, e teria que sujeitar-se a eles.


Aqui é-nos apresentada, para estudo e meditação, a videira verdadeira (he ámpelos he alêthinê), ou seja, a única digna desse nome, porque é a única que vem representar o símbolo em toda a sua plenitude.


A videira expande-se em numerosos ramos e o agricultor está sempre atento aos brotos que surgem, aos ramos e racemos, aos que começam a secar, aos que não trazem "olhos" promissores de cacho. Os inúteis são cortados, para não absorverem a seiva que faria falta aos outros, e os portadores de frutos, ele os limpa, poda e ajeita, para que o fruto surja mais gordo e mais doce e sumulento.


Depois desse preâmbulo parabolístico, vem o Mestre à aplicação: "vós já estais purificados por meio do Logos que vos revelei", muito mais forte no original, que nas traduções vulgares: "pela palavra que vos falei".


A união nossa com o Cristo, em vista da comparação, demonstra que três condições são exigidas, segundo nos diz Bossuet ("Méditations sur L’Évangile", 2. ª parte, 1. º dia):
a) "que sejamos da mesma natureza, como os ramos o são da vinha;
b) que sejamos um só corpo com Ele; e
c) que Ele nos alimente com Sua seiva".

Esse ensino assemelha-se à figura do "Corpo místico" de que nos fala Paulo (1CO 12:12,27; CL 1:18 e EF 4:15).


No vers. 16, as duas orações finais estão ligadas entre si e dependem uma da outra: "a fim de que vades
... para que o Pai vos dê" (ϊνα ύµείς ύπάγητε ... ϊνα ό τι άν αίτητε ... δώ ύµϊ

ν).


A lição sobre o Eu profundo foi de molde a esclarecer plenamente os discípulos ali presentes e os que viessem após e tivessem a capacidade evolutiva bastante, para penetrar o ensino oculto pelo véu da letra morta. Aqui, pois, é dado um passo à frente: não bastará o conhecimento do Eu: é absolutamente indispensável que esse Eu permaneça em união total com o Cristo interno, sem o Qual nada se conseguirá na vida do Espírito, na VIDA IMANENTE (zôê aiónios).


Magnífica e insuperável a comparação escolhida, para exemplificar o que era e como devia realizarse essa união.


Já desde o início, ao invés de ser trazida à balha qualquer outra árvore, foi apresentada como modelo a videira, produtora da uva (Escola de Elêusis), matéria-prima do vinho, símbolo da sabedoria espiritual profunda que leva ao êxtase da contemplação: já aí tem os discípulos a força do simbolismo que leva à meditação.


Mas um ponto é salientado de início: se o Cristo é a Lideira, o Pai é o viticultor, ao passo que o ramo que aí surge é o Eu profundo de cada um. Então, já aqui não mais se dirige o Cristo às personagens: uma vez explicada a existência e a essência do Eu profundo, a este se dirige nosso único Mestre e Senhor.


E aqui temos a base da confirmação de toda a teoria que estamos expondo nestes volumes, desde o início: o PAI, Criador e sustentador, o CRISTO, resultado da criação do Pai ou Verbo, e o EU PROFUNDO, individuação da Centelha Crística, como o ramo o é da videira.


Da mesma forma, pois, que o ramo aparentemente se exterioriza do tronco, mas com ele continua constituindo um todo único e indivisível (se se destacar, seca e morre), assim o Eu profundo se individua, mas tem que permanecer ligado ao Cristo, para não cair no aniquilamento. A vida dos ramos é a mesma vida que circula no tronco; assim a vida do Eu profundo é a mesma vida do Cristo.


O ramo nasce do tronco, como o Eu profundo se constitui a partir da individuação de uma centelha do Cristo, que Dele não se destaca, não se desliga: a força cristônica que vivifica o Cristo, é a mesma que dá vida ao Eu: é o SOM ou Verbo divino (o viticultor) que tudo faz nascer e que tudo sustenta com Sua nota vibratória inaudível aos ouvidos humanos.


Se houver desligamento, a seiva não chega ao ramo, e este se tornará infrutífero. Assim o Eu profundo, destacado do Cristo, se torna improdutivo e é cortado e lançado ao fogo purificador, para que sejam queimados seus resíduos pelo sofrimento cármico e regenerador.


No entanto, quando e enquanto permanecer ligado ao Cristo, ipso facto se purifica, já não mais pelo fogo da dor, mas pelas chamas do amor. E uma vez que é vivificado pela fecundidade do amor, muito mais fruto produzirá. Essa purificação é feita "por meio do Logos que cos revelei", ou seja, pela intensidade altíssima do SOM (palavra). Hoje, com o progresso científico atingido pela humanidade, compreende-se a afirmativa. Já obtemos resultados maravilhosos por meio da produção do ultrassom, a vibrar acima da gama perceptível pela audição humana; se isso é conseguido pelo homem imperfeito ainda, com seus instrumentos eletrônicos primitivos, que força incalculável não terá o Logos divino, o Som incriado, para anular todas as vibrações baixas das frequências mais lentas da gama humana! E, ao lado de Jesus, veículo sublime em Quem estava patente e visivelmente manifestado o Cristo, a frequência vibratória devia ser elevadíssima; e para medi-la, nenhuma escala de milimicra seria suficiente! Se o corpo de Jesus não estivera preparado cuidadosamente, até sua contraparte dos veículos físicos materiais poderia ter sido destruída.


O Cristo Cósmico, ali presente e falando, podia afirmar tranquilamente, pela boca de Jesus: "EU sou a videira, vós os ramos". Compreendamos bem: não se tratava de Jesus e dos discípulos, mas do CRISTO: o Cristo é a videira e cada "Eu profundo", de cada um de nós, é um ramo do Cristo único e indivisível que está em todos e em tudo. Então, o "vós", aqui, é genérico, para toda a humanidade.


Cada um de nós, cada Eu profundo, é um ramo nascido e proveniente do Cristo e a Ele tem que permanecer unido, preso, ligado, para que possa produzir fruto.


Realmente, qualquer ramo que venha a ser destacado do tronco, murcha, estiola, seca e morre, perecendo com ele todos os brotos e frutos a ele apensos. Assim, a personagem que por seu intelectualismo vaidoso e recalcitrante se desliga do Cristo interno, prendendo-se às exterioridades, nada mais proveitoso produzirá para o Espírito: é o caso já citado (vol. 4) quando a individualidade abandona a personagem que se torna "animalizada" e "sem espírito", ou seja, destacada do Cristo.

E didaticamente repete o Cristo a afirmativa, para que se fixe na mente profunda: "Eu sou a videira vós os ramos". E insiste na necessidade da união: "Quem permanece em mim e eu nele, produz muito fruto, porque sem mim não podeis fazer nada". Verificamos que, sem a menor dúvida, não há melhor alegoria para ensinar-nos a fecundidade vitalizante da Divindade em nós.


A vida, que a humanidade vive em seu ramerrão diário, na conquista do pão para sustentar o corpo, das comodidades para confortar o duplo, dos prazeres para saciar as emoções, do estudo para enriquecer o intelecto, leva o homem a permanecer voltado para fora de si mesmo, à cata de complementos externos que preencham seu vazio interno. Encontra mil coisas em seu redor, que o desviam do roteiro certo e o fazem esquecido e despercebido do Eu profundo que, no entanto, é o único "caminho da Verdade e da Vida". Com esse tipo de existência, nada podemos conseguir para o Espírito, embora possa haver progresso material. Em outros termos: desligados do Cristo, podemos prosperar no Anti-

Sistema, mas não no Sistema; podemos ir longe para fora, mas não daremos um passo para dentro; fácil será exteriorizar-nos, mas não nos interiorizamos: nenhum ato evolutivo poderá ser feito por nós, se não estivermos unidos ao Cristo.


Daí tanto esforço e tantas obras realizadas pelas igrejas "cristãs", durante tantos séculos, não terem produzido uma espiritualização de massas no seio do povo; ao invés, com o aprimoramento intelectual e o avanço cultural, a população da Terra filiada a elas, vem dando cada vez menos importância aos problemas do Espírito (excetuando-se, evidentemente, casos esporádicos e honrosos) e ampliando sua ambição pelos bens terrenos.


Ao contrário, ligando-nos ao Cristo, unidos e unificados com Ele, frutos opimos colhe o Espírito em sua evolução própria e na ajuda à evolução da humanidade. Aos que se desligam, sucede como aos ramos: secam e são ajuntados e lançados ao fogo das reencarnações dolorosas e corretivas.


Outro resultado positivo é revelado aos que permanecem no Cristo, ao mesmo tempo em que Suas palavras (ou seja, Suas vibrações sonoras) permanecem na criatura: tudo o que se quiser pedir, acontecerá. Não há limitações de qualquer espécie. E explica-se: permanecendo na criatura a vibração sonora criadora do Logos, tudo poderá ser criado e produzido por essa criatura, até aquelas coisas que parecem impossíveis e milagrosas aos olhos dos homens comuns. Daí a grande força atuante daqueles que atingiram esse degrau sublime no cimo da escalada evolutiva humana, com total domínio sobre a natureza, quer material, quer astral, quer mental. Em todos os reinos manifesta-se o poder dessa criatura unificada com o Cristo, pois nela se expressa a vibração sonora do Verbo ou SOM criador em toda a Sua plenitude.


E chegamos a uma revelação estupefaciente: "Nisso se transubstancia meu Pai, para que produzais muito fruto e vos torneis meus discípulos". Então, não é apenas a vibração sonora em toda a Sua plenitude: é a própria essência do Logos Divino que se transubstancia na criatura! Daí a afirmativa: "Eu e o Pai somos UM". Já não é apenas o Cristo, mas o próprio Pai ou Verbo, que passa a constituir a substância íntima e profunda da criatura, com o fito de multiplicar os frutos espirituais, de tal forma que a criatura se torna, de fato, um discípulo digno do único Mestre, o Cristo (cfr. MT 23:8-10) e não apenas um aluno repetidor mecânico de Seus ensinos (cfr. Vol. 4).


Coisa muito séria é conseguir alguém atingir o grau de "discípulo" do Cristo, e muito rara na humanidade.


Embora para isso não seja mister que se esteja filiado a qualquer das igrejas cristãs, muito ao contrário. Gandhi, o Mahatma, constitui magnífico exemplo de discípulo integral do Cristo, em pleno século vinte. E poucos mais. Pouquíssimos. Efetivamente raríssimos os que negam a si mesmos, tomam sua cruz e palmilham a mesma estrada, colocando seus pés nas pegadas que o Cristo, através de Avatares como Jesus, deixam marcadas no solo do planeta, como reais seguidores-imitadores, que refletem, em sua vida, a vida crística; verdadeiros Manifestantes divinos, discípulos do Cristo, nas quais o Pai se transubstancia, unificando-se com eles pelo amor divino e total.


O amor desce a escala vibracional até englobar em Si a criatura, absorvendo-a integralmente, em Si mesmo, tal como o SOM absorve o Cristo, e o Cristo nos absorve a nós. A nós bastará permanecer ligados, unidos, sintonizados, unificados com o Cristo, mergulhados nele (cfr. RM 6:3 e GL 3:27), como peixes no oceano. Permanecer no Cristo, morar no Cristo, como o Cristo mora em nós, e exe cutar, em todos os atos de nossa vida, externa e interna, em atos, palavras e nos pensamentos mais ocultos, todas as Suas ordens Suas diretrizes, Seus conselhos. Assim faz Ele em relação ao Pai, e por isso permanece absorvido pelo Amor do Pai; assim temos nós que fazer, permanecendo absorvidos pelo Amor do Cristo, vivendo Nele como Ele vive no Pai, sintonizados no mesmo tom.


Esse ensino - diz-nos o próprio Cristo - nos é dado "para que Sua alegria esteja em nós". Observemos que o Cristo deseja alegria e não rostos soturnos, com que muitos pintam a piedade. Devoto parece ser, para muitos, sinônimo de luto e velório. Mas o Cristo ambiciona que Sua alegria, que a alegria crística, esteja EM NÓS, dentro de nós, em vibração magnífica de euforia e expansionismo do Espírito.


Alegria esfuziante e aberta, alegria tão bem definida e descrita na Nona Sinfonia de Beethoven.


Nada de tristezas e choros, pois o Cristo é alegria e quer que "nossa alegria se plenifique": alegria plena, sem peias, sem entraves, luminosa, sem sombras: esfuziante, sem traves: vibrante, sem distorções; constante, sem interrupções; acima das dores morais e físicas, superiores às injunções deficitárias e às incompreenções humanas, às perseguições e às calúnias. Alegria plena, total, integral, ilimitada, que só é conseguida no serviço incondicional e plenamente desinteressado, através do amor.


E chega a ordem final, taxativa, imperiosa, categórica, dada às individualidade, substituindo, só por si, os dez mandamentos que Moisés deu às personagens. Basta essa ordem, basta esse mandamento, para que todas as dez sejam dispensados, pois é suficiente o amor para cobrir a multidão dos erros que as personagens são tentadas a praticar.


Quem ama, não furta, não desobedece, não abandona seus pais, não cobiça bens alheios, não tira nada de ninguém: simplesmente AMA. Esse amor é doação integral, sem qualquer exigência de retribuição.


O modelo é dado em Jesus, o Manifestante crístico: amai-vos "tal como vos amei". E o exemplo explica qual é esse amor: por sua alma sobre seus amigos. Já fora dita essa frase: "Eu sou o bom pastor... o bom pastor põe sua alma sobre suas orelhas" (JO 10:11). Já falamos a respeito do sentido real da expressão, que é belíssima e profunda: dedicação total ao serviço com disposição até mesmo para dar sua vida pelos outros (cfr. 2CO 4:14, 15; 1JO, 3:16 e 1PE 2:21).


A afirmação "vós sois meus amigos" é subordinada à condição: "se fazeis o que vos ordeno". Entendese, portanto, que a recíproca é verdadeira: se não fizerdes o que vos ordeno, não sereis meus amigos.


E que ordena o Cristo? Na realidade, uma só coisa: "que vos ameis uns aos outros". Então, amor-doação, amor-sacrifício, amor através do serviço. E explica por que os categoriza como amigos: "o servo não sabe o que faz o senhor dele, mas vós sabeis tudo o que ouvi do Pai". Realmente, a amizade é um passo além, do amor, já que o amor só é REAL, quando está confundido com a amizade.


Como se explica a frase: "tudo o que ouvi de meu Pai vos dei a conhecer", diante da afirmativa posterior: "muito tenho que vos dizer, que não podeis compreender agora" (JO 16:12)? Parece-nos que se trata de um sentido lógico: tudo o que ouvi de meu Pai para revelar-vos, eu vos fiz conhecer; mas há muita coisa ainda que não compreendeis, pois só tereis alcance compreensivo mais tarde, após mais alguns séculos ou milênios de evolução. Não adianta querer explicar cálculo integral a um aluno do primário, ao qual, entretanto, se diz tudo o que se tem que dizer sem enganá-lo, mas não se pode "avançar o sinal". A seu tempo, quando o Espírito verdadeiro, o Eu profundo, estiver amadurecido pela unificação com o Cristo, então será possível perceber a totalidade complexa e profunda do ensino.


A anotação da escolha é taxativa e esclarecedora: "não vós me escolhestes, mas eu vos escolhi". Não é o discípulo que escolhe o Mestre, mas este que o escolhe, quando vê que está apto a ouvir suas lições e a praticar seus ensinos. Muita gente, ainda hoje, pretende escolher seu Mestre: um quer seguir Ramakrishna, outro Râmana Maharshi, outro Yogananda, outro Rudolf Steiner, outro Max Heindel.


Livres de fazê-lo. Mas será que esses Espíritos os aceitam como discípulos? Será que estes estão à altura de compreender seus ensinamentos e imitar suas vidas, seguindo-os passo a passo na senda evolutiva? O Mestre nos escolhe de acordo com nossa tônica vibratória, com o Raio a que pertencemos, aceitando-nos ou rejeitando-nos segundo nossa capacidade, analisada por meio de sua faculdade perceptiva.


Essa é uma das razões da perturbação de muitos espiritualistas, que peregrinam de centro em centro, de fraternidade em fraternidade, perlustrando as bancas de muitas "ordens" e não se fixando em nenhuma: pretendem eles escolher seu Mestre, de acordo com seu gosto personalístico, e só conseguem perturbar-se cada vez mais.


Como fazer, para saber se algum Mestre nos escolheu como discípulos? e para saber qual foi esse Mestre? O caminho é bastante fácil e seguro: dedique-se a criatura ao trabalho e ao serviço ao próximo durante todos os minutos de sua vida, e não se preocupe. Quando estiver "maduro", chegará a mão do Mestre carinhosa e o acolherá em seu grupo: será então o escolhido. O mais interessante é que a criatura só terá consciência disso muito mais tarde, anos depois. E então verificará que todo o trabalho anteriormente executado, e que ele acreditava ter sido feito por sua própria conta, já fora inspiração de seu Mestre, que o preparava para recebê-lo como discípulo. Naturalidade sem pretensões, trabalho sincero sem esperar retribuições, serviço desinteressado e intenso, mesmo naqueles setores que a humanidade reputa humildes são requisitos que revelarão o adiantamento espiritual da criatura.


A esses "amigos escolhidos", o Mestre envia ao mundo, para que produzam frutos, e frutos permanentes que não apodrecem. Frutos de teor elevado, de tal forma que o Pai possa dar-lhes tudo o que eles pedirem em nome de Cristo.


Tudo se encontra solidamente amarrado ao amor manifestado através do serviço e ao serviço realizado por amor.


E para fixação na memória do Espírito, e para que não houvesse distorções de seu novo mandamento, a ordem é repisada categoricamente: "Isso VOS ORDENO: que vos ameis uns aos outros"! Nada de perseguições entre os fiéis das diversas seitas cristãs, nada de brigas nem de emulações, nem ciúmes nem invejas, nem guerras-santas nem condenações verbais: AMOR!
Amai-vos uns aos outros, se quereis ser discípulos do Cristo!
Amai-vos uns aos outros, católicos e evangélicos!
Amai-vos uns aos outros, espíritas e evangélicos!
Amai-vos uns aos outros, católicos e espíritas!
Amai-vos uns aos outros, hindus e budistas!
Amai-vos uns aos outros, espíritas e umbandistas!
Amai-vos uns aos outros, teósofos e rosacruzes!
Amai-vos uns aos outros, é ORDEM de nosso Mestre!
Amai-vos uns aos outros!
jo 15:4
Sabedoria do Evangelho - Volume 1

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 16
CARLOS TORRES PASTORINO

25. Havia em Jerusalém um homem chamado Simeão, homem esse justo e piedoso, que esperava a consolação de Israel, e estava sobre ele um espírito santo,


26. pelo qual espírito santo lhe fora revelado que não morreria antes de ver o Cristo do Senhor.


27. E com o espírito foi ao templo; e quando os pais trouxeram o menino Jesus, para fazer por este o que a lei ordenava,


28. Simeão tomou-o nos seus braços e louvou a Deus dizendo:


29. "Agora tu, Senhor, despedes em paz teu escravo, segundo tua palavra,


30. porque meus olhos já viram a salvação


31. que preparaste ante a face de todos os povos:


32. luz para revelação aos gentios, e glória de teu povo de Israel".


33. Seu pai e sua mãe maravilharam-se do que dele se dizia.


34. E Simeão os abençoou e disse a Maria, mãe do menino: "Este é posto para queda e para levantamento de muitos em Israel. e para sinal de contradição,


35. (e também uma espada traspassará tua própria alma), para que os pensamentos de muitos corações sejam revelados".


Limita-se o evangelista a dizer que Simeão era "um homem justo e piedoso", nada mais esclarecendo a seu respeito. Entretanto, o "Evangelho de Nicodemos" (apócrifo) o chama "grande sacerdote" e a traição o situa como "muito idoso’, embora dizendo que é filho de Hillel (70 A. C. a 10 A. D.) e pai de Gamaliel, o que contradiria a tradição a idade provecta. Se aceitássemos essa versão, à época do nascimento e Jesus, Simeão teria de 40 a 50 anos, no máximo.


No versículo 25, Lucas assinala que Simeão aguardava a παρά-λεσιν, isto é, a "consolação" de Israel, como seus compatriotas. Todavia, sobre ele estava um espírito santo ou bom (em grego, sem artigo) o qual lhe revelou (observe que, na repetição, aparece o artigo, como se disséssemos em português: "vi UM- menino; O menino corria" ...) que não desencarnaria sem ver o Cristo de Deus.
Continua Lucas: "e com o espírito foi ao templo": иαί ήλθεν τώ πνεύµατι είς το ίερό

ν.


A expressão grega "no espírito" - já o vimos quando comentávamos LC 1:17 (veja pág., 32, 2. º parágrafo) - tem o sentido associativo ou de companhia. Devemos pois entender "ele foi COM O espírito"

ou "o espírito foi NELE para o templo".


Em sua outra obra importantíssima ("Analysis Philologica Novi Testamenti Graeci", editada pelo Pontifício Instituto Bíblico, Roma, 1960), o mesmo sacerdote jesuíta Zerwick diz que, neste passo, o en é causal, isto é: "foi ao templo por causa de um espírito", ou seja, "impelido por um espírito".


De qualquer modo, quer consideremos o en "associativo" (foi com um espírito) quer o aceitemos "causal" (foi impelido por um espírito), o sentido é o mesmo: trata-se de um fenômeno psíquico (mediunismo) em que se manifesta um espírito desencarnado a agir sobre Simeão, revelando-lhe o momento em que José e Maria levariam o menino Jesus ao templo, para que lá os encontrasse.


Prossegue Lucas (vers. 27): "ao levarem os pais o menino Jesus" confirmando que, a essa altura, já estavam casados, e portanto José reconhecera legalmente o filho como seu.


Para que fique bem claro o pensamento do jesuíta padre Maximiliano Zenwick, com o qual concordamos, porque esclarece o texto bíblico de acordo com nossa teoria citamos suas palavras originais, com a tradução ao lado: 117. Res alicius momenti est volentibus nobis intellegere, quomodo Paulus modo dicat nos in Christo (vel in Spiritu) esse, modo Christum (vel Spiritum) in nobis esse. De facto tam parva, ne dicam tam nulla, videtur ex mente Pauli distinctio esse inter otrumque modum dicendi, ut unum altero explicet et quasi definiat: R 8,9 "vos autem in carne non estis, sed in spiritu, si tamen spiritus Dei habitat in vobis".


Ergo, "in spiritu" est ille, in quo spiritus est, vel etiam - sicut Apostolus prosequitur - ille qui "spiritum habet": "si quis autem spiritus Christi non habet, hie non est eius". Etiam apud Io Dei (Christi) in nobis et nostra in Dei (Christo) permansio sunt ejusdem rei duo aspectus correlativi et inseparabiles ef I Io 10 4, 13, 15, 16; Io 6, 56; 15, 4, 5; Io 8, 44b de santana dicitur "in veritate non est, quia non est veritas in eo". Ita illud en (non sine influxu semitico) reducitur fere ad ideam generalem associationis vel comitatus, quam latine potius redimus pet praepositionem "cum": "homo cum spiritu immundo", "mulier cum fluxu sanguinis", (Graecitas Biblica, edita a Pontificio Instituto Bíblico, Romae, 1960).


É coisa de certa importância para nós compreender como Paulo ora diga estarmos nós em Cristo (no Espírito) ora Cristo (ou o Espírito) estar em nós. De fato parece ser pequena, para não dizer tão nula, a distinção na mente de Paulo entre um e outro modo de dizer, que explica um pelo outro e quase defina: "vós não estais na carne, mas no espírito, se é que o espírito de Deus habita em vós" (RM 8:9). Então "no espírito" está aquele em quem o espírito está, ou também -
como prossegue o Apóstolo - aquele que "tem o espírito "se alguém, todavia, não tem o espírito o Cristo, esse não é dele"

Também em João a permanência de Deus (Cristo) são dois aspectos correlativos e inseparáveis da mesma coisa. Cfr. I JO 4:13, JO 4:14, JO 4:16; JO 6:5, JO 15:4, 5; JO 8:44b diz-se de satanás: "não nele". Assim esse en (não sem influxo simita) reduz-se quase à ideia geral de associação ou companhia que melhor traduzimos em latim (em português) pela preposiçã "com": "homem com espírito imundo", "mulher com fluxo de sangue".


Simeão segura o menino em seus braços e entoa o "cântico" que é um dos mais belos. Dizendo-se "escravo" (δούλος), ele se dirige a Deus, dando-lhe o título de "Senhor dos escravos", ou seja, Δέσποτα, e diz-lhe que "agora pode libertá-lo, despedi-lo em paz, porque seus olhos contemplaram a salvação, preparada diante de todo o povo; e dá a Jesus o título de LUZ para a revelação (άποиάλυψις = levantamento de um véu) dos gentios e glória de Israel".

No versículo 33, Lucas dá a José, taxativamente, o título de PAI, revelando sua admiração, e a de Maria, diante do que estavam ouvindo.


Simeão (vers. 34), voltando-se para eles, os abençoa; e dirigindo-se a Maria, revela-lhe o que ocorrerá com o menino: "ele foi colocado (cfr. FP 1:16 e 1TS 3:3) para queda e levantamento (ressurreição) de muitos, provocando discussões e formando partidos pró e contra (cfr. IS 8:14-15), e que lhes revelara o "coração", isto é, o pensamento íntimo. Acrescenta a seguir que "uma espada de dor traspassará o coração de Maria": a dor de ver que seu filho seria recusado, não se lhe reconhecendo a missão divina, e depois caluniado, perseguido, surrado e assassinado.


Todas as vezes que uma criatura se alçou a essa elevação espiritual, encontra irmãos que lhe percebem a grandeza de alma, a profundidade do mergulho (batismo), a seriedade do contato. Homens ou mulheres, geralmente já bastante evoluídos ("de idade provecta") SENTEM e se tornam felizes por encontrar o novo Homem. Tomam o menino em seus braços - lindo eufemismo para exprimir a intimidade do amplexo - e louvam a misericórdia divina.


Sabem, também, e muitas vezes o dizem, que o espírito da criatura que teve o Sublime Encontro será

"traspassado por uma espada de dor", atacado pelos que ainda vivem para a matéria, sem sequer conhecerem que existe o Espírito, ou mesmo pelos que, teoricamente crendo na imortalidade, vivem enclausurados no dogmatismo estreito, julgando-se donos absolutos da verdade total, e perseguem os que "não lêem pela mesma cartilha". Maria sofreu, por parte do clero de sua época, ao ver seu filho assassinado; outros sofrerão a mesma coisa em tempos posteriores, porque os homens são os mesmo fanatizados, enquanto não descobrem a liberdade dos filhos de Deus. Ainda não aprenderam que "o Senhor é Espírito, e onde está o Espírito do Senhor, aí HÁ LIBERDADE" (2CO 3:17). As perseguições vêm, não há duvidar. E a dor daquele que já viu, sentiu, "apalpou" a Realidade é imensa, ao verificar que os "cegos" que se debatem na angústia das ilusões não conseguem perceber e, por isso, não aceitam a palavra e o testemunho dos que "sabem".


Daí o silêncio de que se rodeiam os que têm esse contato: os capazes sabem, sem que ninguém lhos diga; aos outros, não adianta dizer: "não se dão pérolas a porcos nem coisas santas aos cães" (MT 7:6) O exemplo de Simeão e Ana é típico, para mostrar que os "capazes" sentem a verdade, ou por intuição própria ou pela revelação de espíritos amigos.


36. Havia também uma profetisa, de nome Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser (era ela de idade avançada, tendo vivido com seu marido sete anos, desde a sua virgindade)


37. viúva de oitenta e quatro anos, que não deixava o templo, mas adorava noite e dia em jejuns e orações.


38. Esta, chegando na mesma hora deu graças a Deus e falou a respeito do menino a todos os que esperavam o resgate de Jerusalém.


39. Quando se tinham cumprido todos os preceitos de acordo com a lei do Senhor, regressaram para a Galileia, para a sua cidade de Nazaré.


Aparece agora em cena outra figura, da qual o evangelista procura dar os traços mais característico.


Ana, filha de Fanuel, viúva de oitenta e quatro anos, que estivera casada apenas sete anos, e que permanecia no templo em jejuns e orações, como era hábito das pessoas piedosas, quando de idade provecta

(cfr, 1TM 5:5). Ana era médium (profetisa) e percebeu a identidade de quem ali se achava.


Dirigiu-se ao pequeno grupo que louvava a Deus e depois saiu a narrar a todos o aparecimento do Messias, tão ansiosamente aguardado.


Cumpridas as leis Mosaicas, a família regressa à sua cidade de Nazaré, na Galileia.


O caso de Ana chama-nos a atenção para a dedicação que, depois à e certa idade, as criaturas fazem de suas vidas a Deus. Embora durante a juventude vivam a "vida do mundo", depois de algum tempo, sentindo-lhe o vazio, se dedicam à vida de "orações e jejuns", aguardando o Messias. Todo o simbolismo da vinda do Messias é assim compreendido: é o nascimento do Cristo Interno (do Cristo de Deus) que vem resgatar "o povo de Israel", isto é, as criaturas que, mesmo pertencendo a Deus, estilo mergulhadas na matéria "combatendo a Deus" (sentido etimológico da palavra "Israel"). Aspiração comum a toda a humanidade, é mais sentida e mais forte depois que chegaram as desilusões da vida terrena, com o afastamento de tudo o que se tem de mais caro: bens, riquezas, situações, amores, mocidade, cultura. Quando tudo aparece realmente como é - ilusório - então o espírito se volta para Deus e fica ansiosamente aguardando o aparecimento do Messias DENTRO DE SI MESMO.


* * *

* *

Essa narração discorda da de Mateus que veremos a seguir. O que há de comum entre ambas é o nascimento em Belém e a posterior moradia em Nazaré, embora Lucas a coloque de imediato e Mateus a situe bem mais tarde.


No entanto, observamos que: a) Mateus ignora a homenagem dos pastores: a circuncisão, a purificação, a apresentação ao templo, o encontro com os dois profetas; b) Lucas desconhece a homenagem dos magos: o massacre das crianças, a fuga para o Egito.


A que atribuir essas divergências? à diversidade das fontes? Se a fonte de Lucas foi Maria, como admitir a omissão de fatos tão importantes?


E quando se terão realizado esses acontecimentos narrados por Mateus? Não há dúvida de que só depois da apresentação, porque nos quarenta dias entre esse fato e o nascimento, não haveria tempo, dado que Maria não poderia ter saído de casa.


Como conciliar o regresso a Nazaré, que em Lucas aparece natural (regressaram "para sua casa") e em Mateus como a ida a um lugar desconhecido, por indicação de um anjo?


As explicações simbólicas dar-nos-ão as razões.


O Eu Profundo ou Cristo Interno é o mesmo Cristo de Deus em todas as criaturas. Entretanto o caminho para alcançá-lo varia de pessoa a pessoa.


A experiência de um pode ilustrar o que com ele ocorreu, mas não pode ser tomada qual modelo a imitar, porque as estradas da periferia ao centro são tantas, quantos os raios possíveis dentro de um círculo.


Cada individualidade se plasmou através de milênios, na constituição dos próprios hábitos, diferentes dos demais. E a evolução conduzirá cada um por seu caminho especial. Não é de admirar, pois, que, escrevendo sobre o mesmo assunto, Lucas divirja de Mateus nos fatos, que, para o Espírito, pouca ou nenhuma importância têm. Não são livros "históricos" que estamos lendo, mas obras que ensinam, através dos fatos, realidades concretas e objetivas do modo pelo qual poderá alguém atingir Deus dentro de si.


Assim, Mateus escolhe fatos e narra acontecimentos que esclarecerão certos pormenores da árdua e longa busca do abismo do Eu, enquanto Lucas prefere outros que, embora levando ao mesmo objetivo, perlustram outras sendas.


Mais acidentado, porque mais externo e glorioso, em Mateus; mais sereno, porque mais interno e singelo, em Lucas. Mais "terreno" e "ativo" no primeiro (magos, massacre, fuga); mais "celestial" e" místico" no segundo (anjos, lei, templo, profetas).


Para o sentido esotérico e profundo, simbólico e místico, nada importam essas divergências superficiais de personalidade, e sim o significado oculto que se depreende das palavras veladas.


Verificamos, pois, que aquele que se aventura na estrada abismal que leva às profundidades altíssimas do Eu Supremo, pode trilhar várias sendas.


Uma (ensinada por Mateus) se dirige através do movimento personalístico, atraindo a atenção de magnatas e dignitários que se assustam com a novidade e começam a mover perseguições e a buscar a eliminação da nova força que, na sua humildade (a palha do presépio) ameaça a segurança dos tronos e os privilégios dos potentados. Há necessidade, então, de buscar-se um refúgio no silêncio da solidão, exilando-se para outros ambientes.


A outra (revelada por Lucas) caminha pelo lado mais ascético, menos mundano, e encontra na oração (anjos do Senhor, templo, profetismo ou psiquismo) a sua máxima expansão. Aí não há perseguições nem necessidade de fuga. A jornada é mais tranquila pelos atalhos do espírito, cortando-se logo o apego à matéria (circuncisão) e consagrando-se a vida a Deus (apresentação) onde se encontram o "arautos do céu" (médiuns ou profetas) que lhe apresentam palavras de conforto e de advertência.


jo 15:4
Sabedoria do Evangelho - Volume 3

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 36
CARLOS TORRES PASTORINO
JO 6:47 -58

47. "Em verdade, em verdade vos digo: quem confia em mim tem a vida imanente:


48. eu sou o Pão da Vida.


49. Vossos pais comeram o maná no deserto, e morreram.


50. Este é o pão que desce do céu, para que qualquer um coma dele e não morra.


51. Eu sou o Pão Vivo que desci do céu: se alguém comer desse pão, viverá para a imanência. E mais, o pão que eu darei é minha carne, em lugar da vida do mundo".


52. Discutiam, então, os judeus uns com os outros, dizendo: "Como pode este dar-nos de comer sua carne"?


53. Respondeu-lhes Jesus: "Em verdade, em verdade vos digo: se não comeis a carne do filho do homem e não bebeis seu sangue, não tendes a Vida em vós.


54. Quem me saboreia a carne e me bebe o sangue, tem a vida imanente, e eu o elevarei na etapa final.


55. Porque minha carne é verdadeiramente alimento, e meu sangue verdadeiramente bebida.


56. Quem me saboreia a carne e me bebe o sangue, permanece em mim e eu nele.


57. Assim como o Pai que vive me enviou e eu vivo através do Pai, assim quem me saboreia, esse viverá também através de mim.


58. Este é o pão que desceu do céu; não é como o que comeram vossos pais, e morreram; quem saboreia este pão viverá para a imanência. "


51. Aqui a expressão varia. Não é mais "o pão da Vida", mas "o Pão Vivo", ou seja: ho ártos ho zôn, literalmente: "O PÃO, O QUE VIVE". Depois acrescenta: "é minha carne" (hê sárx mou estin) expressão muito mais forte do que se dissera "meu corpo" (sóma). Notemos a insistência de João (aqui e nos versículos 52, 53, 54, 55 e 56) em frisar bem que Jesus possuía realmente carne e sangue, e que portanto era um homem normal, e não apenas um fantasma, com o corpo fluídico.


A preposição hupér, quando construída com o genitivo, apresenta os significados usuais: 1 - sobre em cima de; 2 - por, ou para; 3 - em lugar de; 4 - por causa de; 5 - a respeito de. Ao transladá-la, neste trecho, para a Vulgata, Jerônimo usou a preposição latina PRO, que aceita os significados 2, 3 e 4, mas não o 1. º nem o 5. º. Temos, então, que limitar o sentido da frase a: 2 - a) PELA vida do mundo (em troca da...) ; 2 - b) PARA a vida do mundo (para vivificá-la); 3 - EM LUGAR DA vida do mundo (para substituí-la); 4- POR CAUSA DA vida do mundo (para que não morra). Por todo o contexto da aula, verificamos que cabem melhor os sentidos 2 e 3: PELA, EM TROCA DA, EM LUGAR DA, EM SUBSTITUIÇÃO A. Em nossa tradução, preferimos "em lugar da" porque apresenta maior clareza de sentido, sem perigo de ambiguidade.


O texto grego atestado por maior número de mss. (B, C, L, D, T, W) é: kaì ho ártos dè hòn egô dôsô hê sárx mou estin hupèr tês toú kósmou zôês. Literalmente na ordem grega: "o pão além disso que eu darei a minha carne é em lugar da vida do mundo". E, na ordem portuguesa : "e mais, o pão que eu darei é minha carne, em lugar da vida do mundo". Essa foi nossa tradução. Tertuliano, com o Códex Sinaíticus, desloca o adjunto adverbial para junto da oração adjetiva: "e o pão que eu darei, em lugar da vida do mundo, é minha carne". O Textus receptus supre o sentido, acrescentando uma segunda oração adjetiva: "o pão que eu darei é minha carne que eu darei pela vida do mundo".


53. Até aqui é usado sistematicamente o verbo defectivo phageín, sempre traduzido por "comer". Nos versículos 54, 56 e 57 é empregado trôgeín, que tem quase o mesmo sentido; alguma razão deve haver para essa troca de sinônimos. Beber é pípein, e sangue, haíma. 55. "Verdadeiramente", em ambas as repetições, é alêthôs, advérbio, nos mss. aleph, D, delta, theta, e Vulgata; ao passo que B, C, L, T, e W tem "verdadeira" (alêthês), adjetivo na forma feminina.


56. "Permanece" é o verbo ménei (cfr. latim manet). Veja a mesma afirmativa em JO 14:10, JO 14:20 e JO 14:1 JO 3:24 e JO 4:15-16.


57. O mesmo adjetivo usado para qualificar o pão, no vers. 51, é empregado aqui para qualificar o Pai: "o Pai Vivo" ou "que vive". "Eu vivo através do Pai" (zô dià tòn patéra), em que "através de" tem o sentido de "por meio de", melhor tradução do que simplesmente "por" ou "pelo", que apresentaria ambiguidade de sentido, podendo ser interpretado como "por causa do Pai". Ora, a preposição diá significa basicamente "através de"; e só secundariamente apresenta sentido causal.


58. Neste vers. há uma variação sinonímica entre os verbos: primeiro é empregado éphagon (comeram), ao passo que depois é usado trôgôn (saboreia). A expressão "para a imanência" tem, no original: eis tòn aiôna.


Assim como diante da Samaritana (a alma "vigilante") foi dito "Eu sou a Água Viva", expondo o primeiro passo do DESPERTAMENTO DO EU; e no trecho da cura da Hemorroíssa e da ressurreição da filha de Jairo, foi alertado sobre a VIA PURGATIVA; e no trecho que acabamos de comentar foi ensinada a VIA CONTEMPLATIVA, agora é-nos revelada a VIA UNITIVA, ou seja, o Cristo confirma que Deus habita em nós com Sua Essência; e não apenas em nós, mas "em todas as coisas" (cfr. Tom ás de Aquino, Summa Theológica, I, q. 8, art. 1: Deus est in ómnibus rebus... et intime... sicut agens adest ei in quod agit, isto é: "Deus está em todas as coisas... e intimamente... como o agente está naquilo em que age"). Vimos que "a vontade do Pai" é que O encontremos. Agora, veremos que temos que VIVER NELE, tal como Ele vive em nós, não apenas em perfeita união, mas em unificação total.


Então a aula prossegue no mesmo tom, que se eleva cada vez mais, até chegar ao clímax, que faz que os imaturos se afastem definitivamente. São dados os ensinos práticos de como obter essa unificação.




Vejamos.


47-48 O novo passo é iniciado ainda com a fórmula de garantia da veracidade: "Em verdade, em verdade vos digo". Sempre é repetida como prólogo de uma lição importante, de uma verdade fundamental.


Vem depois a afirmativa: "quem confia em mim (no Cristo Cósmico, que continua com a palavra) tem a Vida Imanente". E então reafirma solenemente: "Eu sou o Pão da Vida". A imagem do Pão é uma das mais felizes para ensinar a Via Unitiva.


49. Aparece depois uma comparação para introduzir, com melhor compreensão, a temática que será desenvolvida. Começa, pois, concedendo a veracidade da objeção formulada no vers. 31: "Vossos pais comeram o pão no deserto". Observemos que, se fora a personalidade de Jesus que falasse, teria dito: "nossos pais"; mas sendo o Cristo, não tem filiação humana, não tendo nascido "do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus" (JO 1:13). Observemos ainda que diz apenas "pão", e não como fora enunciado pelos objetantes: "pão vindo do céu". Concedida, em princípio, a objeção apresentada, é-lhe oposta, de imediato e contradita decepcionante: "mas morreram" ... A contra-argumentação é categórica, verdade irrespondível que não admite réplica.


50. E logo em contraposição do pão que não evita a morte, é apresentado aos discípulos o outro pão espiritual que, uma vez ingerido, lhe comunica, vida que não admite morte. O que mais assusta os circunstantes é que Jesus, após apresentar-se como sendo Ele o Pão que desce do céu, diz que se alguém comer desse pão não morrerá. Não tendo conhecimento de que era o Cristo que falava, julgavam ser a personalidade de Jesus que se propunha dar-se como alimento. Dai o qui-pro-quo terrível que os desorienta, que se agrava cada vez mais, e que o Cristo não se preocupa em desfazer.


Ao contrário: vai dando Sua lição superior, sem cuidar dos imaturos.


51. Fala o Cristo. "Eu sou o PÃO VIVO que desci do céu". Já não diz mais "o Pão da Vida", mas muito mais explicitamente, definindo Sua natureza: "o PÃO, O QUE VIVE" (ho ártos, ho zôn, com a mesma fórmula usada no vers. 57 "o PAI, 0 QUE VIVE, ho pátêr, ho zôn). É a repetição do mesmo conceito em outros termos mais precisos e profundos, numa didática perfeita, em que cada repetição acrescenta um pormenor, por vezes mínimo, mas trazendo sempre maior elucidação. E repisa: "se alguém comer deste Pão (que é Ele!) viverá para a imanência".


Como poderia dar-se isso? Não dando tempo nem para pensar, vem a frase chocante: "e mais, o Pão que eu darei é MINHA CARNE" ... e esclarece "em lugar da vida do mundo"! O ensino chegou à revela ção total da Verdade que constituía o objetivo da aula. Compreendamos bem o texto: para todos os que ainda vivem na personalidade, o eu é constituído por seu próprio corpo físico denso; então a substância deles, para eles, é a carne deles. Nesse sentido, diz o Cristo que o Pão é Sua Carne" isto é, Sua Substância; pois a substância do Cristo Cósmico é a substância última de todas as coisas, apenas numa vibração mais baixa, ou seja; na condensação da energia.


Exatamente esse pensamento é repetido por Agostinho que, em suas meditações, confessa ter percebido essa mesma voz do Cristo Interno: tamquam audírem vocem tuam de excelso: cibus sum gradium; cresce et manducabis me Nec tu me in te mutabis sicut cibum carnis tuae, sed tu mutáberis in me (Confiss. 7, 10, 16) ou seja: "como se eu ouvisse uma voz do alto: sou o alimento dos evoluídos; cresce e me comerás. E tu não me transformarás em ti como alimento de tua carne, mas tu te transformar ás em mim". A característica das criaturas geniais é dizerem bem e dizerem muito em poucas palavras.


Nessa frase de Agostinho está perfeitamente revelada a Cristificação da criatura, que se infinitiza, se eterniza? se deifica em contato com a Substância Divina, que está em todos e em cada um, pela unificação com o Cristo Interno, que é o Eu Profundo e verdadeiro, a Centelha Divina.


Tomás de Aquino explica o modo por que está em nós a essência de Deus (cfr. Summa Theol. I, q. 8, art. 3, ad primum, citado acima). Quanto à segunda parte da frase de Agostinho, é ela elucidada por Tomás de Aquino, que escreve: "Spiritualia cóntínent ea in quibus sunt, sicut ánima cóntinet corpus.


Unde et Deus est in rebus sicut cóntinens res. Támen, secundurn quamdam similitudinem corporalium, dicuntur omnia esse in Deo, in quanturn continentur ab ipso (Sum. . Theol. I, q. 8. art. I, ad 2 um), que significa: "as coisas espirituais contêm as coisas em que estão, como a alma contém o corpo. Donde também Deus está nas coisas corno contendo as coisas. Contudo, por uma espécie de semelhança com as coisas materiais, diz-se que todas as coisas estão em Deus, já que são contidas por Ele".


Em Sua lição, de que é o Pão Vivo o Cristo não quer deixar a menor dúvida de que o Pão de que Ele fala é "Sua CARNE", ou seja, Sua Substância aquela mesma substância divina que Ele nos dá na Vida Imanente, para substituir a vida do mundo, ou seja, em lugar da vida pequenina e transitória da personalidade.


52. Claro que nada disso foi compreendido pelos ouvintes, embora encontremos em Strack-Billerbeck (o. c., t. 2, pág. 485) que alguns deveriam ter entendido "comer e beber" como aplicados ao estudo da lei mosaica. Surgem então as discussões com os que entenderam que tudo devia ser interpretado literalmente. Vem a pergunta: "Como dará Ele de comer sua própria carne"? A hipótese antropof ágica foi rejeitada como absurda e inaceitável.


53. Diante de tal incompreensão, o Cristo nem procura explicar. Nem uma palavra é proferida em resposta à indagação angustiosa. De nada adianta perder tempo esclarecendo criaturas que não alcançam sequer a metáfora e o simbolismo, quanto mais o sentido protundo.


Então o Cristo resolve romper todas as barreiras e repetir Seu ensinamento, martelando na mesma tecla e acrescentando um pormenor horripilante para os israelitas: "Se não comeis a carne do Filho do Homem, e não bebeis seu sangue, não tendes a Vida em vós"! Ora, era terminante e severamente proibido "comer o sangue" dos animais, mesmo cozinhado (cfr. GN 9:4 e DT 12:16), porque aí mesmo se esclarece que "o sangue é a alma do ser vivente". Muito pior sena, portanto, a hipótese de beber o sangue cru, ainda quente, e não de um animal, mas de um ser humano...


Mas era exatamente isso que o Cristo ensinava e ensina-nos ainda: para ter a Vida Imanente é indispens ável COMER (assimilar a si) a carne (a substância viva) do Cristo Interno que é nossa vida; e além disso, BEBER (aspirar em si por sintonia vibratória perfeita) o Seu sangue (a alma, a parte mais espiritual Dele). De fato é assim: só nos unificaremos ao Eu Profundo no Esponsalício Místico, quando assimilarmos a nós a Substância e o Espírito do Cristo de Deus, que em nosso coração habita com toda a plenitude da Divindade.


54. E diante de um movimento de horror escandalizado, o Cristo repisa, já então mudando o verbo, para causar maior repulsa nos imaturos e mais acendrado amor nos evoluídos: "quem me saboreia a carne e me bebe o sangue tem a Vida Imanente, e eu o elevarei na etapa final". Só depois que o Espírito consegue essa unificação mística mas REAL, é que poderá atingir a etapa final da evolução. Sem o Encontro no "mergulho", sem a unificação com o Cristo Interno dentro de nós, não obteremos o "reino dos céus", não atingiremos a etapa fina! ("o último dia") de nossa subida para o Alto. E a razão disso é dada:


55. "Porque minha carne é verdadeiramente alimento e meu sangue é verdadeiramente bebida". Não são apenas símbolos: são realidades, embora não físicas e materiais, mas espirituais, porque todas as palavras do Cristo "são Espírito e são Vida" (vers. 63). Com efeito, nosso Eu Real não é constituído da carne do corpo físico denso, nem do sangue que circula em nossas veias: nosso EU REAL é constituído da substância mais íntima (a carne) e da vibração mais pura (o sangue) do Filho do Homem, do Cristo Interno, do Amado Divino. Então, essa essência de Deus em nós é que constitui o verdadeiro alimento e a verdadeira bebida da Vida Imanente.


56. E aqui chegamos ao ponto mais sublime do ensino sobre a Via Unitiva; temos a revelação plena da unificação com o Cristo; após mais uma repetição didática, para que não haja ambiguidade: "quem me saboreia (longamente, no mergulho interno) a carne e me bebe (a largos haustos, na oração) o sangue, PERMANECE EM MIM E EU NELE"! ... Esse maravilhoso ensino será ainda repetido pelo Cristo em JO 14:10-20; JO 15:4-5; 1 JO 3:24 e 4:15-16. Trata-se da unificação total, mútua, perfeita: vivemos na plenitude do Cristo e o Cristo vive em nós, como dizia Paulo: "não sou mais eu que vivo, o Cristo é que vive em mim" (GL 2:20).


Como não entender que toda essa magnífica e elevadíssima lição não se prende apenas a um simples ato externo da ingestão de uma hóstia de trigo? Seu sentido é muito mais profundo, mais belo, mais verdadeiro e mais sublime! Por que limitar um ensino de tal excelsitude a um pequeno e rápido rito exterior? Compreendamos o alcance maravilhoso da Palavra do Cristo em toda sua profundidade viva e real. Nenhum Avatar, nenhum místico, em qualquer época ou país, atingiu níveis tão elevados e sublimes de ensino.


57. Neste versículo volta o Mestre a insistir na união do Amado ao Amante: "assim como o Pai (o Verbo, o Som Criador) que vive, que é a Vida porque é Deus em Seu segundo aspecto, enviou a mim, o Cristo (o Amado), e eu, o Cristo, vivo por meio do Pai (através do Pai), assim quem me saboreia também viverá por meio de mim (através de mim)".


É perfeita a simbiose entre o Amante (Pai) e o Amado (Filho), e um vive pelo outro dentro do Amor (o Espírito Santo), que é o Absoluto, a Luz Incriada, o Sem Nome. Só quem saboreia o Cristo no mergulho, poderá viver através do Cristo, tal como o Cristo vive através do Pai que O enviou à matéria, na qualidade de Centelha Divina, para dar Vida ao mundo.


58. E como arremate da lição, volta às palavras iniciais, repetindo a tese que foi exuberante e exaustivamente provada: este é o pão que desce do céu e "que não é como o pão que comeram vossos pais e morreram: quem come este pão, viverá sempre na imanência".


Maravilhosa e sublime lição, que atinge as maiores altitudes místicas capazes de serem compreendidas no estágio hominal em que nos achamos!


Depois da aula virá uma explicação de grande importância reservada aos discípulos. Veremos.


Quem desejar conhecer a opinião dos místicos ocidentais a respeito da Via Unitiva, leia MYSTICISM, de Evelyn Undershill, cap. 10. º (da 2. ª part") pág. 413 a 443.


jo 15:4
Sabedoria do Evangelho - Volume 5

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 16
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 8:31-59


31. Disse, então, Jesus aos judeus que nele tinham crido: "Se permanecerdes no meu ensino, verdadeiramente sois meus discípulos,

32. e tereis a gnose da verdade e a verdade vos libertará".

33. Responderam-lhe eles: "Somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém, como dizes vos tornareis livres"?

34. Replicou-lhes Jesus: "Em verdade, em verdade vos digo: todo o que faz o erro é escravo do erro,

35. e o escravo não permanece na casa para a imanência, mas o filho permanece para a imanência.

36. Se, pois, o filho vos libertar sereis realmente livres 37. Sei que sois descendentes de Abraão; mas procurais matar-me, porque meu ensino não penetra em vós.

38. Falo o que vi junto ao meu Pai, mas vós fazeis o que escutastes de vosso pai".

39. Responderam-lhe eles e disseram: "Nosso pai é Abraão". Disse-lhes Jesus: "Se sois filhos de Abraão, fazei as obras de Abraão.

40. Mas agora procurais matar-me a um homem que vos disse a verdade que ouviu de Deus: isso Abraão não fez.

41. Fazeis as obras de vosso pai". Responderam: "Não nascemos de prostituição: temos um Pai, que é Deus".

42. Replicou-lhes Jesus: "Se Deus fosse vosso Pai, vós me amaríeis, porque vim de Deus e estou aqui; pois não vim de mim mesmo, mas ele me enviou.

43. Por que não conheceis a minha linguagem? Porque não podeis ouvir meu ensino.

44. Vós sois filhos do Adversário, e quereis fazer a vontade de vosso pai. Ele era homicida desde o princípio e não permaneceu na verdade, porque a verdade não está nele. Quando fala o mentira fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso como o pai dele 45. Mas porque digo a verdade, não me credes.

46. Quem de vós me argui de erro? Se digo a verdade, porque não me credes?

47. Quem é de Deus ouve as palavras de Deus; vós não me ouvis por isso, porque não sois de Deus".

48. Responderam os judeus e disseram-lhe. "Não falamos certo que és samaritano e tens espírito"?

49. Retrucou Jesus: "Eu não tenho espírito, mas honro meu Pai e vós me desprezais.

50. Não busco a minha reputação: há quem a busque e decida.

51. Em verdade, em verdade vos digo: se alguém praticar meu ensino, de modo algum verá a morte para a imanência".

52. Disseram-lhe os judeus: "Agora conhecemos que tens espírito. Abraão morreu e os profetas, e tu dizes: se alguém praticar meu ensino de modo algum provará a morte para a imanência;

53. acaso és maior que nosso Pai Abraão, que morreu? E os profetas morreram; quem pretendes ser"?

54. Respondeu Jesus: "Se eu tiver uma opinião sobre mim, minha opinião nada é; quem me julga é meu Pai, o que vós dizeis que é nosso Deus.

55. E não o conhecestes, mas eu o sei, e se disser que não o sei, serei semelhante a vós, mentiroso; mas o sei e pratico seu ensinamento.

56. Abraão, vosso Pai, alegrou-se esperando ver meu dia; viu-o e regozijou-se".

57. Disseram-lhe" então. "Ainda não tens cinquenta anos e viste Abraão"?

58. Respondeu-lhes Jesus: "Em verdade em verdade vos digo: antes de Abraão ter nascido, EU SOU".

59. Pegaram, então, em pedras para atirar sobre ele, mas Jesus escondeu-se e saiu do templo.



Esta terceira palestra de Jesus - já agora no pátio do templo (único lugar que, por não estar terminada sua construção tinha pedras no chão para serem apanhadas) - dirige-se aos que nele acreditaram, convidandoos amorosamente a confiar Nele e a segui-Lo. Mas é rapidamente tumultuada pelos cépticos que só se fiam no próprio saber e alargam cada vez mais o abismo entre eles e o Mestre, que amorosamente lhes oferece a maior oportunidade de suas vidas. Neste trecho também fomos obrigados a afastar-nos das traduções comuns. Vejamos os versículos em que isso ocorre, procurando justificar nossa opinião.


Vs. 31 - Traduzimos logos por "ensino", e não "palavra", expressão fraca para corresponde, à força da frase e do resultado que promete.


Vs. 32 - Em lugar de "conhecereis", que dá ideia de simples informação intelectual externa que realmente e insuficiente para produzir o resultado prometido preferimos a expressão técnica "tereis a gnose", que exprime o conhecimento profundo e experimental-prático, vivido pela criatura (cfr. vol. 4). Só com a experiência viva é possível a libertação, jamais obtida com as simples leituras informativas, por mais claras e profundas que sejam.


Vs. 34 - A maioria dos códices adota a frase: "quem faz o erro, é escravo do erro". Esse final, todavia, não aparece em D, b, na versão siríaca sinaítica nem em Clemente de Alexandria, que tem apenas: "Quem faz o erro é escravo". Parece que o acréscimo foi trazido por comparação de RM 6:17-20. No encanto, só se desorienta quem ainda é escravo do Antissistema, ao passo que os filhos, unificados com o Cristo não mais se desorientam: são livres.


Vs. 35 - Preferimos traduzir tòn aiôna por "imanência" (cfr. vol 2), pois aqui não se trata de "tempo" nem de "duração", e sim de essência, de modo-de-ser. Deixamos de lado, então, tanto o "eterno", quanto o "para sempre" (que não são o sentido de aiôn), não entendendo mesmo nem o "ciclo" ou" eon". A distinção é feita entre a vida imanente na casa do coração, e a vida material voltada para fora: o escravo sai da casa do coração e fica na rua, vagueando ou errando de léu em léu. Disso foi imagem simbólica o fato narrado em Gênesis, nos cap. 16 e 21, quando também distingue Ismael, filho da escrava egípcia Hagar de Isaac, filho da livre Sarah. Embora fossem ambos da semente de Abraão, o filho livre, Isaac, permaneceu com o pai em casa, enquanto Ismael, filho da escrava (e portanto escravo) foi expulso para o deserto.


Vs. 37 - Em vez de traduzirmos hóti ho logos ho emós ou chôrei en humin, como em geral, por "porque minha palavra não cabe em vós" - expressão que, analisada, não tem sentido - preferimos dar a logos o significado de "ensino" e interpretar chôrei como "penetrar". Há, então, um sentido lógico e racional na frase: o ensino crístico não consegue atravessar a carapaça do conhecimento egoístico do intelecto para penetrar no coração dos ouvinte.


Vs. 38 - Há aí uma distinção sutil no original: a mesma preposição para é usada com o dativo tôi patrí, quando Jesus se refere a Seu Pai (vi junto a meu Pai), e com o genitivo toú patrós, quando fala do pai dos judeus (ouvistes de vosso pai) exprimindo proveniência. Os adjetivos "meu (Pai)", omitido em B, C L, e W, aparece em aleph, D, gama, delta, theta, a, b, c, e, f, ff2, na Vulgata e na versão siríaca curetoniana; assim "vosso (pai)", omitido em E eL, aparece em aleph, C, D, gama, delta, e vulgata.


Vs. 40 - Jesus se diz homem (e não Deus): "Quereis matar-me, a um homem que vos disse a verdade" (nyn dè zêteite me apokréinai ánthrôpon hòs tén alêtheian humin lelálêka).


Vs. 41 - Os ouvintes tomam a acusação como de idolatria, quando arguídos de terem outro pai (outro elohim), coisa que merecia o epíteto de filhos da prostituição" (cfr. Hoséa. 1:2 e 2:4).


Vs. 43 - Não tendo a capacidade iniciática de "ouvir a palavra" (akouein tòn logon), isto é, de perceber o ensino, nem sequer podem compreender a linguagem (ginôskein tên lalían) de Jesus. Era. com efeito, uma linguagem esotérica e alegórica simbólica e mística, só entendida dos preparados para recebê-la.


Vs. 44 - Ainda aqui diábolos é "o adversário" (cfr. vol. 1 e vol. 4). Este é um dos versículos aduzidos como defesa do ensino dualista de Jesus. No entanto, o dualismo aí é apenas aparente, constituindo simplesmente a distorsão causada pelo nosso mergulho na matéria, que interpreta as exterioridades da superfície como sendo a essência. Pelo que vimos estudando até aqui, verificamos que o ensino real de Jesus é MONISTA. O que aparece neste versículo é a teoria "dos opostos", pela qual todo polo positivo tem também seu polo negativo; mas a barra do ímã é uma só, UNA, embora de cada um de seus lados haja um polo: o positivo, o Sistema, Deus; e o negativo, o Antissistema, que é o adversário (Diabo) ou antagonista (Satanás); este porém, não é uma entidade à parte, com substância própria individual, mas somente a projeção do próprio Espírito na matéria. Então, a matéria é o próprio Espírito que se congelou, ao baixar as vibrações e adquirir um peso específico elevado, ficando prisioneiro dela, que lhe é o verdadeiro adversário. Opostos de qualidade, mas uma só substância; opostos de posições mas uma só essência; opostos de realidade; opostos de aparência, mas um só ser; opostos de pontos-devista, mas uma só verdade. A matéria e um prisma que bifurca num dualismo superficial e ilusório, o monismo essencial e verdadeiro do Espirito.


Afirma Jesus que o adversário (isto é, a matéria) é homicida desde o princípio. Realmente, sendo eterno, o Espírito não sabe o que seja morte nem desfazimento, características próprias da matéria. Então, desde o princípio (ap"archés) a matéria é homicida, porque faz o homem morrer fisicamente, fá-lo experimentar a desagradável sensação de perda e dissolução. E além de homicida, é mentiroso, porque na matéria não está a verdade, já que a matéria e ilusão (máyá) transitória, modificando-se constantemente, num equilíbrio instável de todas as suas células, que vivem em contínuas trocas metabólicas.

Vs. 48 - Traduzimos daimómon por "espírito" desencarnado. Era comum atribuir-se à influência de um espírito (geralmente obsessor, sentido constante de daimónion no Novo Testamento, cfr. vol. l) quaisquer incongruências no falar e conceitos que soassem absurdos. A acusação volta no vers. 52, como já fora feita anteriormente (JO 7:20).


Vs. 50 - Traduzimos dóxa como "reputação" (cfr. vol. 1), único sentido que encaixa perfeitamente no contexto. As palavras de Jesus valeram-Lhe a má reputação de obsidiado e samaritano (a esta Jesus não respondeu), e Ele limita-se a dizer que não Lhe interessa Sua reputação vinda de homens, pois só vale a opinião divina do Pai. O que realmente Lhe interessa é dizer a verdade, pensem os ouvintes o que quiserem a Seu respeito. Como vemos, traduzir aqui dóxa por "glória", não caberia absolutamente: Jesus nunca pareceu importar-se com essas vaidades humanas, próprias dos seres involuídos, que afanosamente buscam famas e glórias.


Vs. 51 - Aqui também nos afastamos das traduções vulgares. Achamos sem sentido a expressão "guardar minha palavra". Muito mais razoável "praticar meu ensino", perfeitamente justificado pelo original grego: tòn emòn lógon têrêsêi. A segunda parte: thánaton ou mê theôrêsêi eis tòn aiôna, "de modo algum verá a morte para a imanência". O sentido é real e lógico. O que não pode admitir-se é que o Mestre, que vem dando ensinamentos espirituais tão profundos, venha aqui prometer que, quem cumprir seus ensinos, não morrerá fisicamente! Que importa ao Espírito a morte do corpo? Lembramo-nos de Paulo a dizer (Filp. 1:21): "para mim, viver é Cristo, e morrer, uma vantagem"! Jesus jamais acenaria como prêmio a alguém, o ficar preso à matéria grosseira e inimiga durante toda a eternidade... Não sabemos como possa alguém perceber tão mal seus ensinos.


Vss. 52-53 - Mas os ouvintes entenderam exatamente isso: para eles o verdadeiro "eu" era o corpo físico.


Vs. 54 - Ainda aqui dóxa tem o mesmo sentido do vs. 50: reputação, opinião. Esse mesmo significado tem o verbo daí derivado, doxázô, que é opinar, estimar, avaliar, julgar". Não cabe aqui o sentido "glória".


O sentido é racional e claro: à pergunta deles "quem pensas ser" (literalmente, "quem te fazes", tína seautòn poieís), Jesus responde que não tem opinião a Seu respeito, que não se julga (doxázô) porque uma opinião Dele sobre Si mesmo de nada vale: o Pai é quem opina ou julga a Seu respeito.


Esse Pai, é Aquele exatamente que eles dizem ser nosso Deus.


Vs. 55 - Deixamos a oída o sentido real de "saber", isto é, "ter informação plena e correta de quem é o Pai". Mas, além desse saber, Jesus sublinha com ênfase: "e pratico seus ensinamentos" (kaì tón lógon autoú têrô). A tradução usual "guardo sua palavra" é fraca e sem sentido, nada diz de concreto. Essa que Ele tem, é uma certeza iniludível: se dissesse o contrário seria mentiroso como eles.


Vs. 56 - O original apresenta uma construção estranha: égalliásato hína ídêi tên hêméran tên emên, isto é, "alegrou-se para que visse meu dia". O sentido à essa cláusula final, iniciada por hína só pode ser interpretada por tratar-se de uma ação posterior, tanto que é repetida, logo a seguir, no passado: "viu e regozijou-se". Por isso traduzimo-la pelo sentido lógico: "alegrou-se na esperança de ver". O verbo agalliáô, só usado no presente e no aoristo, é um hápax do grego escriturístico (LXX e Novo Testamento). Essa "alegre esperança de ver" baseava-se, certo, na promessa (GN 12:3 e GN 22:18) de uma descendência de reis e nações.


Vs. 57 - "Ainda não tens cinquenta anos" significa cálculo por exagero (Jesus devia contar mais ou menos 36 anos) e não, como opinava Irineu, repetindo os presbíteros de Papias, que ele "tinha" mais ou menos 50 anos (cfr. adv. Haer. 2, 22, 5, 6; Patrol. Graeca vol. 6 col. 781 ss). Os dados de Lucas (3:23) são mais precisos. O verbo usado, eôrakas (em A, C, D) ou eôrakes (em B, W, theta) é lição melhor que eôrake (em aleph e na versão siríaca sinaítica). Com efeito, é mais compreensível a admiração de que Jesus, que ainda não tinha cinquenta anos, tivesse visto Abraão, do que este ter visto Jesus, o que poderia ter ocorrido na vida espiritual (opinião de Maldonado).


Vs. 58 - As traduções correntes trazem "antes que Abraão fosse (feito) eu sou". Ora, o original diz: prin Abraàm genésthai egô eimi, literalmente: "antes de Abraão nascer EU SOU" (genésthai é infinitivo presente da voz média). Há profunda diferença filosófica entre "ser feito" e "nascer": é feito ou criado aquilo que não existe; nasce na carne o espírito que já existe. Jesus declara categoricamente SER, antes que Abraão nascesse na matéria. Mas com isso confirma in totum sua asserção de ser YHWH.


Vs. 59 - Isso mesmo é que os ouvintes entendem, pois está escrito nos Salmos (Salmos 90:2) e nos provérbios, que YHWH é antes da constituição da Terra. E, segundo a prescrição do Levítico (Levítico 24:16) estava "blasfemando o nome de YHWH", merecendo por isso, a lapidação aí prescrita. Ora, o pátio do templo pelo testemunho de Flávio Josefo (Ant. JD 17, 9, 3) ainda não estava terminado, havendo pelo chão muitas pedras. Fácil apanhá-las para fazer cumprir a lei com as próprias mãos. Mas Jesus esconde-se (ekrybê) e sai do templo: não chegara ainda sua hora.


Nesta terceira palestra aos que Nele haviam acreditado, o Mestre lança amorável mas veemente convite para que viessem fazer parte de Sua "Assembleia do Caminho". A lição anterior é continuada, aprofundando-se os conceitos. Ocorreu, no entanto, que outros "judeus" (elementos religiosos, mas filiados a credos ortodoxos) se achavam presentes e começaram a lançar suas objeções de incredulidade, às quais o Cristo responde carinhosamente. Mas a Voz Espiritual proveniente da pureza diáfana do Sistema não consegue romper a armadura materialística dos que ainda pertenciam ao Anti Sistema. E, como é de hábito nesse pólo negativo, estes encerram qualquer discussão com a violência, e tentam apedrejá-Lo... Típico modo de agir de seres involuídos que, não tendo argumentos, recorrem à força física.


Vejamos o teor dos novos ensinamentos.


Inicialmente, garante que, só permanecendo na realização de Seus ensinos, é que se tornarão realmente Seus discípulos (cfr. JO 15:4 - JO 15:7 - 1JO 2:6 - 1JO 2:24 - 1JO 2:27 e 1JO 2:1JO 3:24); por esse caminho experimental, conseguirão a gnose da Verdade e esta os libertará do peso da matéria na roda das encarnações indefinidamente repetidas. A afirmativa constitui uma garantia que inclui uma promessa. Compreender e realizar o ensino do Cristo, quer manifestado em Jesus há dois mil anos, quer expresso por outros avatares, quer - e sobretudo - falando dentro de nós mesmos: essa é a condição do discipulato perfeito. Ninguém pode dizer-se "discípulo" se não tiver adotado o espírito de Sua Escola e de Seu Mestre (cfr. vol. 4). O aluno pode só aprender intelectualmente as teorias de uma doutrina e até retransmitílas bem aos outros, sem que, no entanto, essa doutrina se torne nele um modo-de-viver. O Discípulo, porém, é o que vive a doutrina, tendo a mesma vivência que o Mestre. Para ser discípulo de Cristo, indispensável é, pois, viver permanentemente, PERMANECER, em Seus ensinos, sem acréscimos nem omissões.


Essa vivência permanente levará à união e, portanto, à gnose experimental da Verdade, possibilitando dessa forma a progressiva libertação do kyklos anánké. É a "salvação" pelo conhecimento, pela sabedoria e pela experiência vivida, conceito fundamental da gnose. O mosaísmo apresenta a salvação por meio da obediência à lei; Paulo substitui a lei pela fé, tornando esta a base e a condição da salvação; mas através do místico João, sabemos que o Cristo, embora não tenha vindo abolir a lei, mas completála (MT 5:17; cfr. vol. 2); e ainda que exija a fé (MT 17:20; vol. 4), coloca acima de tudo uma condição mais elevada: a gnose, a experiência iniciática superior, como última fase para a salvação dos seres evoluídos. São três estágios que o homem atravessa em sua ascensão: a LEI do primarismo da hominização rebelde, onde predomina a sensação (2. º plano, lei da verdade); a FÉ no passo seguinte, onde a supremacia cabe às emoções (3. º plano, lei da justiça); e agora a gnose no plano do intelecto desenvolvido (4. ° plano lei da liberdade). Caminho longo, ascensão lenta, mas estrada segura e infalível. No entanto, os que ainda se encontram no primeiro estágio lutarão contra os do segundo, assim como estes e os do primeiro se unirão contra os que já estão no terceiro estágio. O catolicismo, sucessor direto do judaísmo, exige a obediência a suas determinações e preceitos dogmáticos, e anatematiza o protestantismo que atingiu o nível paulino da fé e do livre exame; mas os dois condenam as "heresias gnósticas" dos espiritualistas, que buscam a salvação pelo Estudo e pela compreensão da Verdade e pela prática experimental.


No campo iniciático, a frase do Cristo assume profundidade excepcional, pois constitui a garantia específica de que, estudando e praticando os ensinos do Deus em-nós (Immanu-El) e permanecendo na vivência de Sua mística, o iniciado atingirá a gnose plena da Verdade que é a unificação permanente com Deus, e se libertará totalmente das injunções do pólo negativo do Antissistema. E outro meio não existe, pois o Cristo - 3. º aspecto da Divindade - é o único Caminho da Verdade (que é o Pai) e da Vida (que é o Espírito Santo), como Ele mesmo o revelou (JO 14:16).


Como sempre ocorre nos agrupamentos humanos, os profanos, por estarem em seu ambiente, são mais audaciosos, porque donos da situação, e levantam mais a voz, ousando contradizer qualquer afirmativa que, pela aferição do gabarito intelectual puramente materialista de sua ignorância ultrapasse a capacidade de seu raciocínio. Senhores absolutos do terreno que lhes pertence (os do Sistema é que aqui na Terra estão fora de seu ambiente) não admitem autoridade maior que a sua, nem julgam possa haver ciência superior à que conhecem. Não entendem a lição, mas torcem o verdadeiro sentido das palavras espirituais para adaptá-las à sua concepção materializada da vida. Neste caso, interpretam a liberdade espiritual de que o Cristo falava, como oposição à escravidão dos corpos físicos; e, como descendentes de Abraão (valor máximo atribuído à personagem na herança do sangue) sabem que jamais foram escravos fisicamente.


Em seu teor elevado, vem o esclarecimento da palavra "liberdade" e daquilo que constitui a verdadeira escravidão, que não é a dos corpos materiais, mas a espiritual, causada pelo desvio do rumo correto, pela perda da rota pela desorientação que faz sair do caminho verdadeiro para a floresta das miragens e ilusões: todo aquele que se desvia da estrada-mestra se torna escravo das ilusões do caminho (sensações, emoções, intelectualismo superficial), pois "vagueia" (veja acima) por sendas que o prendem em seus tentáculos enganadores, desvirtuando a luz da verdade, que lhes aparece fracionada pelo prisma defeituoso da matéria.


A consequência é inevitável: quem vagueia por atalhos, não permanece na casa (na estrada-mestre segura) que é o coração onde habita o Cristo Imanente. Mas o filho, aquele que está permanentemente unido ao Pai, esse vive na imanência divina, sem jamais perder o Contato Sublime. Ora, se o filho, isto é, o Cristo, terceira manifestação divina existente dentro de cada um de nós, conseguir libertarnos dos desvios da ilusão, para trazer-nos ao caminho certo, no imo do coração, então haverá a conquista da liberdade espiritual (embora presos à matéria). Só é realmente livre das injunções satânicas (antagônicas, materiais) aquele que se unificar com o filho, numa total e perfeita simbiose (no sentido etimológico).


Volta-se, então, novamente para a objeção, respondendo agora à primeira parte. Admite saber que, fisicamente, eles são descendentes de Abraão por consanguinidade. Mas espiritualmente não o são, já que tem o senso do homicídio, típico do pólo negativo, procurando destruir o corpo material de seu emissário, Jesus, só porque o ensino crístico não consegue penetrar a capa grosseira de seus intelectos dominados pelo negativismo atrasado do Antissistema.


Aqui percebemos um "alerta" para todos nós, confirmando o "não deis pérolas aos porcos nem coisas santas aos cães" (MT 7:6; vol. 2): se Jesus, trazendo aos homens diretamente, numa filtragem perfeita, o ensino do Cristo de Deus, não conseguiu convencer seus ouvintes, não haveremos de ser nós a pretender convencer as massas da realidade. Aprendemos que, para sermos entendidos, não é mister evolução de nossa parte (podemos ser entendidos mesmo se involuídos), mas é essencial a evolução da parte dos ouvintes, pois só nesse estágio superior sentirão em si o eco daquilo que enunciamos. Portanto, também quando convencemos certas pessoas, com as nossas palavras ou exemplos, e as elevamos evolutivamente - mesmo nas Escolas iniciáticas isso não é obtido em virtude de nosso merecimento, porque sejamos evoluídos, mas porque os ouvintes, eles sim, estão maduros para sintonizar com as verdades que enunciamos, das quais somos meros intérpretes, e quantas vezes imperfeitos!


Vem então o testemunho do próprio Cristo: só fala o que viu junto ao Pai, vivendo a Seu lado, UNO com Ele; enquanto os que O contradizem obedecem a voz do pai deles, que é o adversário. O protesto é imediato e enérgico: "nosso pai é Abraão". E a resposta contundente: "se sois filhos de Abraão agi como vosso pai Abraão. Ora, pensais em destruir meu corpo, só porque falo a verdade. Abraão não faria jamais coisa semelhante", pois agia de conformidade com o sistema, ao passo que eles agem na tônica do Antissistema. Querem matar o "corpo" - Cristo o salienta com palavras claras - destruir "a um homem", não a Ele, o Cristo.


Feridos pela alusão a uma filiação espúria, reclamam para si também a paternidade divina, ao que o Mestre retruca com um argumento ad hominem: se filhos fossem de Deus, ouviriam a palavra de Deus. Mas a sintonia é diferente. A prova é de que, como personagens, são filhos do Antissistema (do adversário), tanto que nem podem entender a linguagem crística. Não há neles, ainda escravos dos elementos do quaternário inferior, a capacidade de instruir-se pelo "ensino ouvido" (lógos akoês).


Concluindo a argumentação, vem a declaração taxativa: "vós sois filhos do adversário".


Se houvesse necessidade de um texto evangélico para confirmar a revelação ubaldiana em "A Grande Síntese", em "Deus e Universo", em "O Sistema" e em "Queda e Salvação", nenhum outro melhor serviria que este. Cristo, a Centelha Divina dentro de cada criatura, provém diretamente de Deus, Pai do Espírito, de onde parte para construir a evolução dele, mergulhando na matéria; ai chegando, a Centelha se envolveu no corpo físico (átomo) e, de seu interior, provocou e impeliu a evolução da matéria, através do inorgânico, do orgânico (células), do vegetal, do animal, até chegar ao hominal e conquistar o intelecto racional; então, verdadeiramente as personagens, com seus corpos físico, etérico, astral e intelectual são filhos do adversário, isto é, filhos da matéria, antagônica (satânica, diabólica) ao Espirito, embora seja da mesma essência que este. O Espírito, filho do Sistema, de Deus; a personagem, com seus veículos, filha da matéria, do adversário. Exatamente como explicado com pormenores nos livros acima citados de Pietro Ubaldi.


Mas o Cristo continua com a mesma lógica irrespondível: "vosso pai era homicida desde o princípio".


De fato, a "morte", isto é, o desfazimento da forma, só se dá na matéria e nos planos inferiores a ela inerentes. O Espírito, filho ou procedente do Sistema, jamais morre. Os veículos inferiores e a personagem de que se reveste o Espírito (filhos ou provenientes do Antissistema) é que estão sujeitos às mutações, ao desfazimento e reconstruções intermitentes. Mais uma vez se confirma a tese: o Antisistema, adversário do sistema é homicida, porque coage o homem a submeter-se a morte.


Outro argumento reafirma a mesma tese: "não permaneceu na verdade, porque a verdade não está nele". Realmente, a Verdade é eterna e imutável: tudo o que é variável e mutável, está no pólo oposto da verdade, que se chama "mentira" (verdade invertida). Diz o Cristo: "Quando fala a mentira fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso como seu pai". Eis aí a teoria completa em poucas palavras incisivas e contundentes, embora com o linguajar possível naquela recuada época. Toda personagem, adversária da individualidade, fala a mentira, porque é mentirosa como seu pai, o Antissistema. E é mentirosa, porque sendo, se faz passar por coisa real; sendo mortal, busca uma imortalidade que não possui; sendo transitória, arroga-se uma perenidade falsa; sendo negativa, pretende ser juiz da positividade do Espírito, chegando por vezes ao cúmulo e negá-lo; sendo ignorante, julga-se dona do conhecimento. "Mentirosa como seu pai".


Mentirosa, também, porque em mutação contínua: o organismo vivo é um conjunto de variações e modificações no ritmo veloz dos segundos, em constantes trocas metabólicas internas e externas, com o ambiente que a circunda: nasce, alimenta-se, cresce, expele excrementos, multiplica-se ou divide-se e finalmente morre para logo adiante renascer, tudo ininterruptamente, sem parada nem repouso.


Nesse equilíbrio instável permanece a Vida estável (o Espírito); nessa matéria orgânica mutabilíssima (mentirosa) vive o Espírito permanente (verdadeiro). A personagem, filha do Antissistema adversário, é "mentirosa como seu pai". E "quando se lhe diz a verdade, não crê".


Por que não crer quando surge alguém que pode desafiar a humanidade a arguir-Lo de erro, e traz a Verdade? Precisamente porque, não sendo de Deus, do Sistema - mas ao invés filho do Antissistema, do adversário - jamais poderão as personagens "ouvir a palavra" de Deus. Posições contrárias.


Qualidades inconciliáveis. Verdade e mentira. Positivo e negativo. Amor e Ódio. Deus e adversário.


O inciso seguinte consiste num desaforo ilógico e na resposta insofismável. Não há obsessão: há a consciência da honra prestada ao Pai; ao passo que o fruto do Antissistema é desonrar ou desprezar o Espírito e tudo o que a ele se refira. Mas, para o Espirito, que importa a reputação, opinião ou o julgamento que dele façam as personagens ignorantes ainda? Basta-lhe a consciência tranquila e a aprovação divina. O recado estava dado até ai. Mas havia necessidade de entregar mais um ensino àqueles que confiavam, mais presentes, ou que confiariam, mais tarde.


"Em verdade, em verdade vos digo" - fórmula solene que sublinha ensinamento profundo e iniciático.


Ei-lo: "quem praticar meu ensino, de modo algum verá a morte para a imanência". A prática dos ensinamentos, a vivência da gnose, é sempre frisada pelo Cristo (cfr. JO 14:15-21, JO 14:23; 15:20 e 17:6).


Morte para a imanência, isto é, morte espiritual, que bem pode assim qualificar-se a separação do Contato Sublime com o Cristo. Quem puser rigorosamente em prática todos os ensinos do Cristo, com Ele se unificando na casa do coração, numa imanência perfeita, esse de modo algum experimentará a perda dessa prerrogativa da imanência, porque já foi absorvido totalmente pelo Cristo de Deus. Esse sentido espiritual procede. Absurdo seria, como anotamos acima, supor que o Cristo se referisse ao desfazimento sem importância de uma forma material transitória por sua própria natureza e constituição íntima. Interpretação mesquinha e materialista de uma sublime verdade espiritual. E esses intérpretes sempre esquecem que o Cristo avisou: "o Espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita" (JO 6:63), acrescentando logo a seguir: "As palavras que vos digo, são espírito e são vida".


Essa interpretação falsa e grosseiramente materialista, aceita por muitos hermeneutas, foi justamente a que deram aqueles ouvintes ignaros das grandes verdades espirituais. Tanto que eles desafiam o Cristo de Deus, ao perguntar-Lhe: "quem pensas ser"?


A resposta é uma lição de humildade para todos nós, que nos julgamos gênios, santos, iniciados, adeptos, reencarnação de figuras notáveis do passado, "qualquer opinião que eu tenha sobre mim mesmo nada vale: o Pai é Quem me julga". Quem é afinal esse Pai? o mesmo "que vós dizeis ser nosso Deus". Deus que eles não conhecem, pois o único deus que adoram são eles mesmos. Mas o Cristo SABE, tem a gnose do Pai, e cumpre na pratica todos os Seus ensinos.


Chega, neste ponto, o caso de Abraão, que em sua personagem viveu alegre na expectativa de ver a luz do Cristo. O testemunho de que o conseguiu é dado: "viu e regozijou-se". Também aqui os hermeneutas e exegetas só sabem ver a matéria, e imaginam que dia será esse: o da encarnação (Agostinho, Tomás de Aquino)? o da morte na matéria (João Crisóstomo, Amônio)? Ora, dia é LUZ: é o dia da realização interna, o dia do Encontro Sublime, o dia da unificação total. Abraão sai de sua terra e de sua gente (desliga-se de seus veículos inferiores, de seu corpo) e segue em frente para obedecer à vontade divina; cegamente cumpre a ordem da intuição (Sarah) e expulsa de si os vícios próprios da personagem (o filho de Hagar, a escrava); dispõe-se a sacrificar seu filho (que é sua alegria, Isaac) matando-o (destruindo seu corpo, seu filho único), mas é-lhe explicado que deve apenas sacrificar a parte animal de si mesmo (o cordeiro); tem o maravilhoso Encontro com Melquisedec, o rei do mundo, depois que consegue vencer os quatro reis (os quatro elementos inferiores: físico, etérico, astral, intelectual) que haviam aprisionado os cinco reis, por meio dos três aliados, e se prosterna diante do Rei do Mundo; depois da unificação, até o nome muda, de Abrão para Abraão; e tantos outros símbolos que aparecem nas entrelinhas do Gênesis. Realmente, Abraão viu o DIA, ou seja, a LUZ do Cristo.


A interpretação dos ouvintes volta a ser chã: entendem como sendo idade do corpo físico. Temos a impressão de que o Cristo se cansa dessas criancices e resolve acabar com as tolices das personagens ignorantes lançando-lhes uma resposta que as perturba e descontrola. Mas é a Verdade: "antes de Abraão nascer, EU SOU". É a eternidade sempre presente, diante da transitoriedade temporal de uma vida terrena; é o infinito que não pode comparar-se com o finito; é o ilimitado que não se prende em fronteiras; é a onisciência que anula a ignorância; é o Cristo de Deus, Deus Ele mesmo, que É, perante uma criatura que existiu.


Isso eles compreendem bem. Isso o Cristo falou claro. Mas como reação surge a violência que quer destruir... a matéria, mas que jamais atingirá o Espírito; quer aniquilar a forma, mas sem poder destruir a substância: quer fazer calar a voz produzida pelas cordas vocais, mas sem ter capacidade de eliminar o SOM (Lógos, Verbo, Palavra) que cria e movimenta os universos. Pigmeus impotentes que esbravejam contra o gigante; crianças pretensiosas que desejam apagar o sol com baldes d"água; seres humanos que pretendem fazer desaparecer a Divindade, destruindo-Lhe um templo; trevas que buscam eliminar a Luz, apagando uma vela; meninos da espiritualidade, sem conhecimento, nulos diante do sábio e filósofo, julgando acabar com a Sabedoria ao queimar um livro.


O Cristo esconde-se e sai do templo. Ainda aqui, há uma lição magnífica. Tentemos expô-la.


Assistimos ao trabalho da Individualidade para fazer evoluir a personagem, com seus veículos rebeldes, produto do Antissistema. A figuração do Cristo diante da multidão simboliza bem a individualidade a falar através da Consciência, para despertar a multidão de pequenos indivíduos, representados pelo governo central, que é o intelecto. Imbuído de todo negativismo antagônico, o intelecto leva a rejeitar as palavras da Verdade que para ela, basicamente situada no pólo oposto, soam falsas e absurdas.


O Espirito esforça-se por explicar, responde às dúvidas, esclarece os equívocos, todavia nada satisfaz ao intelecto insaciável de noções de seu plano, onde vê tudo distorcido pela refração que a matéria confere à ideia espiritual, quando esta penetra em seu meio de densidade mas pesada. Quando verifica que não tem argumentos capazes para rebater o que ouve, rebela-se definitivamente e interrompe qualquer ligação com o Eu interno, voltando-se para as coisas exteriores, supondo que a matéria (as pedras) possam anular a força do Espírito. Diante de tal atitude violenta e inconquistável, a individualidade esconde-se, isto é, volta a seu silêncio, abandonando a si mesma a personagem, e saí do templo, ou seja, larga a personagem e passa a viver no Grande-Todo, no UNO, indivisível, sem deixar contudo de vivificar e sustentar a vida daquela criatura mesma que a rejeitou com a violência.


Um dos casos, talvez, em que, temporária ou definitivamente, a Individualidade pode desprender-se da personagem que, por não querer aceitar de modo algum o ensino, continuará sozinha a trajetória (cfr. vol. 4), tornando-se "psíquica", mas "não tendo Espírito" (Judas, 19).


NOTA DO AUTOR


A partir deste ponto, podemos oferecer a nossos leitores bases mais seguras em nossa tradução do texto uriginal grego.


Até a página anterior, seguimos o NOVUM TESTAMENTUM GRAECE, de D. Eberhard Nestle e D. Erwin Nestle; o NOVI TESTAMENTI BIBLIA GRAECA ET LATINA, de J . M.


Bover; a "S. Bible Poliglotte" de Vigouroux; as versões da Escola Bíblica de Jerusalém, da Abadia de Maredsous, a "Versão Brasileira" a Vulgata de Wordsworth e White, e a Análise de Max Zerwick, que eram os textos mais bem informados (só nos faltava o texto de Merck, mas a edição de Bover o colaciona).


Agora, todavia, conseguimos receber o recentíssimo volume THE GREEK NEW TESTAMENT, de Kurt Aland (da Univ. de Munster, Westfalia), Matthew Black (da Univ. de St. Andrews), Bruce M. Metzger (da Univ. de Princeton) e Allen Wikgren (da Univ. de Chicago), com larga colaboração de especialistas de cada setor, de forma a ser um texto realmente autorizado.


A publicação foi feita em 1967, pelo United Bible Sccieties, de Londres (que reúne as Soc.


Bíblicas Americana, Inglesa Estrangeira, Escocesa, Neerlandesa e de Wurttemberg). Traz todas as variantes dos papiros, dos códices unciais, dos minúsculos, da ítala e da vulgata, dos lecionários, das versões antigas (siríacas, coptas, góticas, armênias, etiópicas, georgianas, núbias), dos Pais da Igreja, e de todos os editores, trazendo até as descobertas mais recentes nesse campo. Isso permite ao tradutor apoiar-se com maior segurança em seu trabalho, podendo analisar as variantes e avaliar os pesos de cada manuscrito ou tradução, tirando conclusões mais fiéis ao original.


daqui em diante, pois, seguiremos o texto grego dessa edição. E comprometemo-nos a REVER, à sua luz, e com os dados mais recentes, tudo o que até agora foi traduzido e publicado: qualquer novo testemunho que nos leve a modificar nossa opinião expendida, honestamente a divulgaremos oportunamente, para que continue, neste trabalho audaciosamente iniciado, a mesma qualidade básica essencial: honestidade sincera.


A tradução que sozinho empreendemos do original grego, sob nossa responsabilidade pessoal única, não se filia a nenhuma corrente religiosa antiga ou moderna. O que pretendemos é conseguir penetrar o sentido real, dentro do grego, transladando-o para o português, sem preocupação de concordar nem de discordar com quem quer que seja.


Também não pretendemos ser dogmáticos nem saber mais que outros, mas honestamente dizemos o que pensamos, como estudiosos, trazendo mais uma achega depois de quase cinquenta anos de estudos especializados nesta existência. Mas estamos dispostos a aceitar qualquer crítica e rever qualquer ponto que nos seja provado que foi mal interpretado por nós.


Só pedimos uma coisa: que nos seja reconhecida a honestidade com que trabalhamos e a sinceridade pessoal com que sentimos e nos expressamos.



Dalva Silva Souza

jo 15:12
Caminhos do Amor, Os

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 23
Dalva Silva Souza

   E, atravessando a rua, amedrontada, ouvia

  As manchetes do dia.


   Alguém comunicava: os assaltantes

  Depredaram a casa,

  Em rápidos instantes;

  Depois, deixaram tudo em brasa.

  Os moradores de regresso

  Revoltaram se, em vão…


   Mais adiante, um amigo,

  Sem disfarçar a própria irritação,

  Dizia para outro: O meu bairro é um perigo…

  Ontem, presenciamos três assassinatos,

  Com agressões, injúrias, desacatos…


   Um passo acima, e uma senhora ao lado,

  Informava num grupo: O horrível acidente

  Que arrasou e feriu a tanta gente

  Foi simplesmente provocado.

  A polícia está certa…

  A pesquisa mais ampla foi aberta

  Para que se conheça os responsáveis.


   Além, um moço, por sinal,

  Exibia uma folha de jornal

  A expressar se com voz cansada e constrangida:

  — Minha noiva foi morta

  Pelas balas de alguém que a deixaram sem vida!…

  O meu sonho ruiu, falta-me a confiança,

  Não sei se penso em ódio ou se penso em vingança…


   Mais adiante ainda, um jovem comentava:

  — É um destino cruel que se grava na Terra,

  Tudo indica no mundo o início de outra guerra,

  Tão destrutiva quanto as que tivemos…

  Duras tribulações nos últimos extremos,

  Dolorosas visões, de batalha em batalha,

  Orfandade e viuvez, ao fragor da metralha!…

  Logo após, concluía em alta voz:

  — Que informações terríveis sobre nós!…


   Dominada de estranha sensação,

  Busquei, num parque amigo, a bênção da oração…

  Depois, fitei o sol do entardecer

  E o pranto de emoção

  Jorrou-me do mais íntimo do ser…


   Em meio de sublime encantamento,

  Notei num quadro magistral

  Que os pintores do Além

  Haviam desenhado em Pleno Azul

  A face do Senhor no firmamento…

  E sob aquele olhar magnânimo e profundo,

  Detido a contemplar os conflitos do mundo,

  Escreveram, em luz de etérea purpurina,

  A palavra do Cristo, em manchete divina:

  — Amados meus, por quê?

  Por que tanta discórdia e tanto sofrimento?

  Eu apenas vos disse:

  Eis que vos dou um novo mandamento,

  No resumo integral de toda a Lei:

  — “Amai-vos uns aos outros, tal qual eu vos amei”. (Jo 15:12)




Marival Veloso de Matos (organizador)

jo 15:12
Chico no Monte Carmelo

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 8
Marival Veloso de Matos (organizador)

Quanto seja possível, ainda mesmo, por alguns raros minutos durante o dia, atende ao culto do estudo nobilitante por simples obrigação. Faze-o, no entanto, com humildade e atenção, para que a indiferença te não encegueça e para que a vaidade se não imiscua em tuas disposições.

Distribui alimento e remédio, agasalho e conforto aos que choram desfalecentes na retaguarda, que a caridade é dever primordial a que ninguém pode fugir sem dano imprevisível, todavia, instruindo-te a preço de esforço próprio, ajuda o serviço da educação geral em favor de ti mesmo.

Alfabetiza alguém que espera pelo devotamento alheio, a fim de ler com desembaraço e auxilia a escola para que se mantenha por radiante farol a desintegrar o nevoeiro mental que arruína o mundo.

Compadece-te do estômago vazio de teu irmão em Humanidade, mas não lhe relegues o coração ao império da sombra.

Uma página consoladora, uma frase instrutiva, um opúsculo edificante e uma hora de conversação iluminativa realizam prodígios de felicidade e beleza, alegria e esperança.

Lembremo-nos de que, transcorridos quase vinte séculos sobre o Cristo na Manjedoura, ainda hoje, podemos encontrá-lo, palpitante e sublime, no templo do Evangelho em forma de livro.

Todos os grandes orientadores da Terra estão vivos no caminho comum, através do ensinamento que nos legaram.

Reverenciemos, desse modo, os livros nobilitantes que nos tragam à mente os reflexos da vida superior, a fim de que a nossa vocação para o bem não se perca no labirinto dos caprichos particulares.

A caridade levanta.

A educação ilumina.

O culto do estudo é força da ascensão espiritual, colocando-nos em sintonia com os Planos superiores, para que nos discipline o trabalho e se nos avive o discernimento.

Por esta razão, nos primórdios da Codificação Kardequiana, o Espírito da Verdade exortou-nos convincente:

— “Espíritas, amai-vos! — eis o primeiro ensino. Instrui-vos! eis o segundo.” ()

E foi talvez por isso que se o Senhor nos disse: — “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15:12) — advertiu-nos igualmente “Brilhe na terra a vossa luz.” (Mt 5:16)




(Mensagem psicografada pelo médium Francisco Cândido Xavier, em reunião pública da noite de 24 de dezembro de 1958, no “Centro Espírita Luz e Caridade”, na cidade de Monte Carmelo — Minas Gerais).



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de João Capítulo 15 do versículo 1 até o 27
2. Os Discursos ao Longo do Caminho (Jo 15:1-16.
33)

a. A Figura da Videira (Jo 15:1-17). Não há indicação no Evangelho de João de nenhum lugar especial onde os discursos de Jo 15 e Jo 16 ou a oração de Jo 17 tenham sido pronunciados. Depois que Jesus e os onze discípulos deixaram a sala em que havi-am comido a ceia, a próxima anotação de lugar é o ribeiro de Cedrom, sobre o qual Jesus e seus discípulos passaram (Jo 18:1;). Não há nem mesmo qualquer indicação de um evento ou lugar que possa sugerir o uso da figura da videira. Tem-se suposto que havia uma videira crescendo do lado de fora da janela do cenáculo, ou que, quando Jesus e seus discípulos passaram pela estrada, Ele viu uma vinha, ou ainda que eles passaram pelo Templo e viram o filigrana de videiras e uvas douradas na porta deste. Outros de-fendem a opinião de que foi o uso de vinho na celebração da primeira Ceia (Mt 26:26-29; Mac 14:22-25; Lc 22:15-20) que tornou a figura tão apropriada.' Isto realmente tem al-gum mérito, pois, no quarto Evangelho, um banquete ou sinal regularmente proporciona a base e/ou a ocasião para um discurso sobre uma questão importante (Jo 5:1-6.4; 7.37; 9.34; e Jo 10).'

Qualquer das situações acima poderia ter proporcionado a ocasião para este discur-so. No entanto, não havia necessidade para tal sugestão. A figura da videira ou vinha aparece freqüentemente no Antigo Testamento (Is 5:1-7; Jr 2:21; Ez 19:10-14; Sl 80:8-19). Israel é retratado como uma videira degenerada com frutos ressequidos, e uma vi-deira definhada consumida pelo fogo (Ez 19:12), quando deveria ter sido "a videira exce-lente", dando "uvas" (Is 5:2).

É contra este cenário que Jesus usou a figura Eu sou a videira verdadeira (1). Não deve haver engano sobre isto! Não é o sangue judeu, mas a fé em Jesus que constitui o caminho para a salvação de Deus. Se este discurso é melhor entendido nas sombras da santa Ceia e da cruz, então o fruto da videira, o cálice (cf. 6:55-56), e o sangue (Jo 19:34) estão unidos na figura para retratar a purificação: Vós já estais limpos (3) — produ-zindo muito fruto (5) e prestando uma obediência amorosa (9-10).

A função de uma vinha é produzir frutos. A responsabilidade do lavrador (jardinei-ro) é cultivar videiras de qualidade, de forma que elas sejam produtivas. Para fazer isto, duas coisas são necessárias:
a) Toda vara em mim que não dá fruto, a tira (2; cf. Lc 13:6-9). Isto pode se referir especificamente a Judas; certamente, a qualquer apóstata. O corpo de Cristo não deve ser enfraquecido por aqueles que apenas o profes-sam, mas se recusam a dar fruto.
b) E limpa [poda] toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto (2).91 É aqui que a ação do Pai "é revelada na purificação moral dos verdadeiros discípulos que estão em seu Filho... O Pai tira as varas inúteis, e limpa aquelas que dão fruto"."

Está claro que Jesus tinha em mente a idéia da purificação. Ele disse: Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado (3; cf. 13.10). A questão é: "Quando os discípulos foram limpos?" Westcott diz: "A obra espiritual representada por esta `purificação' foi completada potencialmente pelos apóstolos, os representantes da Igreja de Cristo. Ela deveria ser realizada por eles"." O registro indica que a purificação foi efetuada no Pentecostes (Atos 15:8-9). Macgregor mostra que enquanto "limpo" em Jo 13:10 significa-va "limpo do pecado", aqui o sentido é mais de ação e "virtualmente significa 'capaz de dar frutos".' H. Orton Wiley costumava dizer que a purificação em santificação envolve duas coisas: O "limpar" inicial e o contínuo "manter-se limpo" (1 Jo 1:7-9). "E por causa do Verbo habitando neles (7) que eles são mantidos puros"." Hoskyns mostra que "há um elemento duplo na purificação dos discípulos: a purga inicial ocasionada pela Palavra de Jesus (6.63; cf. Ef 5:26), e a sua conservação através da permanência de uma união duradoura com Ele, que é afetada pela habitação de suas Palavras neles"."

O aspecto positivo da purificação contínua é apresentado na figura de ligação da vara podada que dá fruto à videira. Por isso, temos o imperativo Estai em mim, com seu resultado e eu, em vós (4). O mandamento é apropriado, pois na esfera espiritual o ato de 'estar nele' não é mantido sem a constante e consciente vontade própria dos discípu-los".' Ao mesmo tempo, é por causa da capacitação do eu em vós que o crente é capaz de permanecer. Porque sem mim" nada podereis fazer (5)."

Se a impotência espiritual pertence àqueles que estão separados de Cristo, a gera-ção de frutos e a produtividade caracterizam aqueles que permanecem nele. Quem está em mim, e eu nele, este dá muito fruto (5; cf. 8,16). A razão de existência da Igreja é ser produtiva e dar fruto. "A igreja sem um senso de missão não é Igreja".1" O ato de "estar nele" é a base para uma vida de oração bem-sucedida e satisfatória, assim como é a base para se dar fruto. Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estive-rem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito (7; cf. Jo 14:13-14; 15.16; 16:23-24). No versículo 3, a purificação é pela palavra (logos), enquanto aqui (7) são as palavras (rhemata) que devem estar em nós. Westcott comenta: "As palavras (rhemata), os discursos definidos... formam 'a Palavra"' (cf. 8.43,47,51; 12:47-48; 17.6,8,14).'

A idéia de juízo também é apresentada na figura. Aquele que não está nele (i.e., aquele que por uma atitude ou ato voluntário corta-se a si mesmo da videira verdadeira) será lançado fora, como a vara, e secará (6). Westcott mostra que este definhar "não é uma conseqüência futura, como no juízo final, mas uma conseqüência inevitável da separação"?' No entanto, na frase seguinte há uma clara referência ao juízo e à separa-ção final, pois as varas secas são juntadas, lançadas no fogo e ardem (6). Neste univer-so, que tem a sua lei moral bem como as suas leis naturais, algo terrível acontece quando um homem se separa de Cristo (cf. 13.30; Mt 27:5).

Há algumas qualidades significativas que caracterizam a videira frutífera. É o or-gulho do lavrador. Nisto é glorificado meu Pai: que deis muito fruto (8). Na videira, está também o teste do discipulado, pois dando muito fruto os crentes provarão ser dis-cípulos do Senhor (8).' No relacionamento lavrador-videira-vara, sugere-se com re-gularidade o tema recorrente da obediência amorosa. Como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor (9). A lógica da obediência amorosa é simples: 1. Tenho guardado os mandamentos de meu Pai. 2. Permaneço no seu amor. 3. Deveis guardar os meus mandamentos. 4. Permanecereis no meu amor (10). Hoskyns comenta: "A fidelidade em amor é provada e demonstrada através da obediência".'

Um outro tema retratado aqui é o da alegria. Certamente está sugerido que a videi-ra frutífera é uma alegria para o lavrador (8). Mas, igualmente importante, é o relacionamento da videira-vara que garante a comunicação da alegria para o crente. Tenho-vos dito isso para que a minha alegria [lit., "a alegria que é minha"] permaneça [gr., "esteja"] em vós, e a vossa alegria seja completa (11; cf. Jo 16:20-24; 17.13).

Em 5-8, Alexander Maclaren mostra "As Verdadeiras Varas da Videira Verdadeira". 1. A união com o nosso Senhor garante a geração de frutos (5) ; 2. O definhamento e a destruição vêm depois da separação dele (6) ; 3. A união com Cristo é a condição para termos os nossos desejos satisfeitos (7) ; 4. A união com Cristo traz glória a Deus e produz um discipulado crescente (8).
"Permanecer no Amor" é o tema que Alexander Maclaren encontra em 9-11. 1. O amor em que devemos permanecer (9) ; 2. A obediência pela qual devemos permanecer no amor de Cristo (10) ; 3. A alegria que segue a obediência (11).

Jesus reiterou o que chamou de "novo mandamento" (Jo 13:34, ver o comentário) : Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei (12). Mas agora, mais próximo da sombra da cruz, Ele apresenta um outro tema com freqüência recorrente: a sua morte voluntária pelos homens (Jo 6:51-10:17-18; 12:24-25), a prova suprema de seu amor. Nin-guém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos (13). O que Jesus estava prestes a fazer por todos os homens (morrer na cruz), Ele estava fazendo por seus amigos, os discípulos. Vós sereis meus amigos, Ele disse, se fizerdes que eu vos mando (14). A palavra "amigo" tem um significado especial. Abraão "foi chamado de amigo de Deus" (cf. 2 Cron 20.7; Is 41:8; Tg 2:23). A palavra aqui enfatiza "a intimidade do amor".' Este relacionamento de amizade não é o de um servo (lit., "escra-vo"), porque este não sabe o que faz o seu senhor. Mas os amigos, os discípulos, sabem: porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer (15).

A base deste relacionamento de amizade não está no mérito nem no trabalho do homem. Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós (16). Não se deseja aqui negar ao homem a sua livre ação moral, mas afirmar que fora de Cristo o homem é impotente (15.1). Conseqüentemente, Cristo nos nomeou para que demos fru-to, e que este fruto permaneça (16). Westcott observa: "O poder do ofício dos apóstolos residia, para eles, no fato de que esta não fora uma escolha própria".' O homem auto-nomeado estará destinado a uma triste derrota quando tentar, fora de Cristo, produzir o fruto que permanece.

O tema principal e reiterado resume o ensino na figura da videira. Isto vos man-do: que vos ameis uns aos outros (17), "pois as varas não podem dar fruto se não estiverem ligadas à videira, e, da mesma forma, nenhum de nós poderá dar frutos sem o auxílio mútuo".'"

b. Os Discípulos e o Ódio do Mundo (Jo 15:18-27). O que é este mundo (18) que aborrece a Jesus e seus discípulos? A palavra "mundo" aparece cinco vezes em 18-19. Uma coisa é evidente desde o princípio: são as pessoas que aborrecem" a Jesus. Não foi o mundo físico que o rejeitou. Foi o seu próprio povo (ver comentário sobre 1.11). Assim, a rejeição a Jesus não foi uma mera questão de conveniência política ou o desejo de preservar as velhas e grandes tradições. Ela nasceu de um ódio intenso contra Ele, porque Ele e seus ensinos penetravam diretamente na pecaminosidade egoísta deles. Logo, se o mundo aborrecia a Jesus, também aborreceria os seus segui-dores. Há um vívido contraste entre aqueles que não são do mundo e o mundo (19).

Quando se trata de lealdade, não há meio termo. É uma questão de branco e preto. Não há uma cor cinza. Um homem é do mundo ou não é do mundo!

Não só os judeus odiavam a Jesus. Como Jesus disse, o mesmo ódio (tanto dos ju-deus como dos pagãos) estava acumulado sobre aqueles primeiros cristãos. Paulo foi odiado pelos judeus e sofreu muito nas mãos deles (2 Co 11.24). Os judeus espalharam uma propaganda difamatória entre os pagãos sobre os seguidores de Cristo, rotulando-os de:
a) revolucionários, por causa de sua recusa a adorar a César; b) canibais, por causa de sua prática de lembrar a morte do Senhor comendo o pão partido, como símbolo de seu corpo; c) incendiários, em razão de sua expectativa de que "a terra e também as obras nela contidas seriam queimadas" (2 Pe 3,10) ; d) imorais, relatando os banquetes de amor como orgias; e) desintegradores da família (em parte verdade) por causa da lealdade a Cristo, por parte de ao menos um único membro da família.'" Não é de admirar, portan-to, que o ódio dos judeus inflamasse os pagãos a perseguirem os cristãos. A própria inten-sidade com a qual o mundo perseguiu os seguidores de Jesus e o ódio implacável por seus amigos "é o sinal da veracidade desta amizade"."°

Há um resultado interessante para a proposição: Se a mim me perseguiram, tam-bém vos perseguirão a vós; se guardarem a minha palavra, também guardarão a vossa (20). "Os discípulos poderiam olhar para trás e discernir o que tinham de espe-rar: alguns seguidores corajosos, alguns ouvintes fiéis... [mas também algumas] multi-dões descuidadas e hostis"."'

O argumento agora muda. Jesus esteve dizendo que, uma vez que o odiava, o mundo também odiaria a seus discípulos. Agora, o mesmo tipo de argumento é aplicado ao ódio do mundo também ao Pai (23). A razão pela qual farão tudo isso é o seu nome ("por minha causa", RSV). Tudo isso vos farão por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou (21; cf. Jo 8:55-14.17; 17.25). Não conhecer o Filho é não conhecer o Pai (14.9). O próprio fato da encarnação, o Verbo que se fazer carne (1.14), intensificou a culpa e o pecado do mundo. A sua luz apenas intensificou a noite do mun-do. A Bíblia ensina claramente uma relação entre o conhecimento que temos a respeito de Deus e a nossa responsabilidade para com Ele (cf. Lc 12:47-48). Portanto, agora que Ele veio, eles (o mundo) não têm desculpa do seu pecado (22; cf. Jo 16:7-9). A vida de Jesus revela perfeitamente o pecado do mundo.

Não são somente as palavras de Jesus (22) que condenam o mundo, mas também as suas obras. Se eu, entre eles, não fizesse tais obras, quais nenhum outro têm feito, não teriam pecado (24). As obras que deveriam ter produzido a fé (Jo 10:38-14.11), tendo sido rejeitadas pelo mundo, geraram ódio e pecado (24). Todo o ódio e todas as perseguições que o mundo acumulou sobre Jesus e seus seguidores são vis-tos como o cumprimento das Escrituras: Aborreceram-me sem causa (25; cf. Sl 35:19-69.4). Jesus raramente mostrava tal imparcialidade do Antigo Testamento, como é aqui sugerido, chamando as Escrituras de sua lei (25). A expressão provavel-mente indique a obrigação deles de aceitar o que está na lei, em vez da dissociação de Jesus em relação à lei.

Chegará um tempo, Jesus disse, quando haverá um amplo e verdadeiro testemunho dEle. As testemunhas são duas. A primeira é o Consolador, o Paracleto. Jesus o enviará aos discípulos da parte do Pai. Ele, o Paracleto, é o Espírito da verdade. Jesus disse: testificará de mim (26). O Paracleto é descrito como "aquele que procede do Pai". Esta frase tem sido chamada de "A Eterna Procedência". Ela gerou "disputas sem fim entre o oriente e o ocidente quanto à 'Procedência' do Espírito vindo do Filho bem como do Par.' Bernard sustenta que a frase "não se refere ao misterioso relacionamento entre as Pes-soas da santa Trindade, mas somente ao fato de que o Espírito... veio de Deus".'

Pode bem ser que a palavra grega parakletos (Paracleto) poderia ser traduzida como "advogado" neste contexto, pois ele é apresentado como aquele que testificará em favor de Jesus. Macgregor diz: "O Espírito é aquele que fará a igreja vencer em seu processo contra o mundo, e aparece como uma 'testemunha' decisiva para a defesa".'

A segunda testemunha deve consistir nos próprios discípulos. E vós também testificareis (27). Eles se colocam em uma posição excepcionalmente favorável para servirem de testemunhas, pois estiveram com Ele desde o princípio. Por isso, também se preparam para receber poder especial (Atos 1:8) através da vinda do Espírito no Pentecos-tes. Quando se olha para toda a obra e todo o testemunho do Espírito, podemos perceber que Ele está "três vezes mais circunscrito [apoiado]. Seu testemunho é o testemunho do Pai para o Filho através dos discípulos"."

Barclay sugere a partir desta passagem (15:26-27) três aspectos do testemunho cris-tão: 1. Vem a partir de uma longa comunhão e intimidade com Cristo (27) ; 2. Vem de uma convicção interior (26) ; 3. Profere um testemunho exterior (27).'


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de João Capítulo 15 versículo 1
Jesus expressa o seu relacionamento com os seus discípulos mediante um símbolo que, no AT, representa geralmente o povo de Israel. Conforme Sl 80:8-16; Is 5:1-7; Jr 5:9-11; Jr 12:10-11; Ez 19:10-14.

Champlin - Comentários de João Capítulo 15 versículo 2
Limpa:
Em grego, a mesma palavra transmite a idéia de podar e limpar.

Champlin - Comentários de João Capítulo 15 versículo 3
Jo 13:10.

Champlin - Comentários de João Capítulo 15 versículo 5
Conforme 2Co 3:5; Fp 4:13; 1Jo 1:3-4.

Champlin - Comentários de João Capítulo 15 versículo 6
Mt 3:10; Mt 7:19.

Champlin - Comentários de João Capítulo 15 versículo 7
Jo 8:31.Jo 15:7 Vos será feito:
Isto é, Deus fará. Conforme Mt 21:22; Mc 11:24; Jo 14:13-14.

Champlin - Comentários de João Capítulo 15 versículo 10
Jo 14:15; 1Jo 2:5; 1Jo 5:3.

Champlin - Comentários de João Capítulo 15 versículo 11
Jo 16:24; Jo 17:13; 1Jo 1:4.

Champlin - Comentários de João Capítulo 15 versículo 12
Sobre este mandamento, ver Jo 13:34,

Champlin - Comentários de João Capítulo 15 versículo 16
Normalmente era o discípulo quem escolhia o seu mestre.Jo 15:16 De uma maneira especial, os apóstolos foram escolhidos por Jesus (conforme Mt 10:1 e paralelos; Jo 6:70), mas todos os cristãos também foram escolhidos (conforme Rm 8:33; Ef 1:4; Cl 3:12; 1Ts 1:4; 2Ts 2:13; 1Pe 1:2).

Champlin - Comentários de João Capítulo 15 versículo 17
Conforme v. Jo 15:12.

Champlin - Comentários de João Capítulo 15 versículo 19
Mundo:
Ver Jo 1:10,

Champlin - Comentários de João Capítulo 15 versículo 20
Jo 13:16; conforme Mt 10:24; Lc 6:40.

Champlin - Comentários de João Capítulo 15 versículo 21
Mt 10:22; Mt 24:9 e paralelos; conforme At 5:41; 1Pe 4:14.

Champlin - Comentários de João Capítulo 15 versículo 25
Sl 35:19; Sl 69:4.

Champlin - Comentários de João Capítulo 15 versículo 26
Consolador:
Ver Jo 14:16,

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de João Capítulo 15 do versículo 1 até o 27
*

15.1-17

A união de Cristo, o Mediador, com seu povo redimido é retratada nas Escrituras de vários modos. Estes vários modos operam juntos na explicação da natureza deste relacionamento. Aí temos: a) o fundamento de uma construção (1Co 3:11; Ef 2:20-22); b) a vinha e seus ramos (15.1-17; Rm 6:5); c) a cabeça e o corpo (1Co 6:15,19; 12:12; Ef 1:22,23; 4:15,16); d) o marido e esposa (Rm 7:4; Ef 5:31,32; Ap 19:7); e) Adão e seus descendentes (Rm 5:12; 18-21; 1Co 15:22,45,49). A comparação com a vinha e seus ramos indica uma união orgânica e um relacionamento de completa dependência.

* 15:1

Eu sou a videira verdadeira. Como em outros lugares neste Evangelho, "verdadeira" significa "genuína". Jesus é a “videira” final e real, quando comparado a Israel, que era um tipo que prefigurava a realidade. Israel é chamado a "videira" de Deus ou "vinha" no Antigo Testamento (Sl 80:8-16; Jr 2:21). Israel é julgado por não produzir frutos, enquanto Jesus é e faz aquilo que o tipo significa. Este é o último dos "Eu Sou" no Evangelho (6.35, nota).

* 15:2

não der fruto. Nenhum ramo que está em Cristo pode ser totalmente infrutífero. Porém, todo ramo que pertence a Cristo produzirá fruto e sofrerá a poda necessária para aumentar. A falta de fruto descrita no Sl 80, Is 5:1 e Jr 2:21 é devida à falta de obediência a Deus. Estas considerações, no Antigo Testamento, da vinha e seus frutos, combinadas com a ordem de Cristo a respeito do amor, neste capítulo, indicam que o fruto se refere a uma vida como a de Cristo, produzida pelo Espírito Santo (Gl 5:22,23), mais do que o número de pessoas convertidas sob o ministério do crente.

* 15:4

permanecei em mim. Jesus dá ênfase à permanência e constância em seu relacionamento com os discípulos. O verbo "permanecer" é repetido dez vezes nos vs. 4-10. A metáfora da vinha ilustra o ponto. Somente quando os nutrientes fluem livremente para os ramos, é que os frutos aparecem.

* 15:5

sem mim nada podeis fazer. A total incapacidade do pecador não regenerado torna a graça salvadora absolutamente necessária para o começo, desenvolvimento e finalização da salvação.

* 15:6

Se alguém não permanecer em mim. Os que não permanecem, mostram que nunca tiveram um relacionamento salvador com Cristo. Seu destino é descrito com a linguagem da perdição (cf. Mt 3:12; 25:41; Jd 7; Ap 20:14).

* 15:8

e assim vos tornareis meus discípulos. As obras referidas não são a base da nossa aceitação por parte de Deus, mas são o resultado da união salvífica com Cristo, recebida através da graça e não do mérito.

* 15:11

meu gozo. Muitos imaginam que a obediência a Cristo é algo extremamente pesado, porque exige submissão sacrificial e serviço (Rm 12:1,2). Jesus ensina o oposto, associando a obediência à alegria.

* 15:12

O meu mandamento. Ver nota em 13.34.

* 15:13

de dar alguém a própria vida. Rm 5:7,8 descreve o surpreendente auto-sacrifício de Cristo não pelos justos, mas pelos pecadores, que estão em inimizade com Deus.

* 15:14

meus amigos. O teste da amizade com Cristo é a obediência.

* 15:15

Já não vos chamo servos. Não há nenhum registro anterior de Jesus chamando seus discípulos de "servos", exceto possivelmente 12.26. Contudo, Jesus tinha o direito de fazer isto, como ele tinha o direito de ser chamado "Senhor" (13.13). "Amigos" sugere um estreito relacionamento e a linguagem de fraternidade é mais estreita ainda (Hb 2:10,11).

tudo... vos tenho dado a conhecer. Cristo não tinha uma revelação mais sublime reservada a um grupo íntimo, mas revelou-se aos discípulos indistintivamente.

* 15:16

Não fostes vós que me escolhestes a mim... eu vos escolhi a vós. Jesus não quer dizer que seus discípulos não exerceram vontade própria; realmente escolheram segui-lo. Mais do que isso, ele está indicando que a primeira iniciativa, a escolha original e salvadora, foi sua. Se ele não os tivesse escolhido, eles não o teriam escolhido. A referência imediata é para o serviço como apóstolos, porém o princípio se aplica a muitos outros aspectos, incluindo a eleição para a salvação (Ef 1:4,11).

e vos designei. Isto também dá ênfase à atividade soberana de Deus, exercida sem violação do ato humano de decisão.

vades. Este verbo marca a direção do serviço cristão, como em Mt 28:19 e At 1:8.

fruto. A figura se refere à santificação individual (Gl 5:22,23) e à eficácia na evangelização (13 3:40-13.8'>Mt 13:3-8; Rm 1:13)

fruto permaneça. Uma característica distintiva do serviço cristão é que seus resultados têm significação eterna.

tudo quanto pedirdes... ele vo-lo conceda. A oração eficaz é acompanhada por obediência e identificação com a vontade de Deus (14.13, nota; Sl 66:18).

* 15:17

que vos ameis uns aos outros. Repetida pela terceira vez neste episódio (v.12; 13.34).

* 15:18

o mundo. A oposição entre o mundo e os eleitos de Deus é afirmada nos mais fortes termos (14.17). O ódio do mundo não se deve àquilo que os discípulos fazem de errado, mas àquilo que eles fazem de certo.

* 15:22

pecado não teriam. O pecado aqui é o pecado específico do ódio a Jesus e àqueles que lhe pertencem, e não pecado no sentido geral (v.24).

* 15:25

na sua lei. Os que receberam a lei são condenados por ela. Esta citação é dos Salmos; "lei" refere-se ao Antigo Testamento em geral, mais do que exatamente ao Pentateuco (10.34, nota).

* 15:26

o Consolador. Ver nota em 14.16.

vos enviarei. Isto se refere à obra do Espírito Santo no plano da redenção e não ao seu relacionamento eterno dentro da Trindade.

* 15:27

porque estais comigo desde o princípio. Os apóstolos foram testemunhas oculares e, através da operação do Espírito Santo, eles proveriam o testemunho fundamental e autorizado de Cristo para a igreja (Lc 24:48; At 1:21-22; Ef 2:20). Seguindo-se a conclusão de sua obra única, não pode haver mais apóstolos e o atual testemunho da igreja em relação a Jesus Cristo depende do testemunho apostólico conforme está registrado no Novo Testamento e iluminado pelo Espírito Santo.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de João Capítulo 15 do versículo 1 até o 27
15:1 A videira é uma planta prolífica; uma só videira produz muitas uvas. No Antigo Testamento, as uvas simbolizavam a capacidade do Israel de levar fruto fazendo a obra de Deus na terra (Sl 80:8; Is 5:1-7; Ez 19:10-14). Na comida de Páscoa, o fruto da videira simbolizava a bondade de Deus para com seu povo.

15.1ss Cristo é a videira e Deus é o lavrador que cuida dos pámpanos para obter que produzam fruto. Os pámpanos são todos os que se declaram seguidores de Cristo. Os pámpanos frutíferos são os verdadeiros crentes que mediante sua união viva com Cristo levam muito fruto. Mas aos que se tornam improdutivos, aos que se arrependem de seguir a Cristo depois de comprometer-se levianamente, lhes separará da videira. Ser improdutivos é como estar mortos, pelo qual os cortarão e os jogarão fora.

15:2, 3 Jesus estabelece uma diferença entre dois tipos de poda: (1) tirar, e (2) limpar os ramos. Os ramos que levam fruto se limpam a fim de promover o crescimento. Em outras palavras, às vezes Deus deve nos disciplinar para fortalecer nosso caráter e nossa fé. Mas os ramos que não levam fruto se tiram do tronco porque não só são inúteis, mas sim freqüentemente afetam o resto da árvore. As pessoas que não levam fruto para Deus ou que tentam bloquear os esforços dos que o seguem, serão cortados de seu poder vitalizador.

15:5 O fruto não se limita a ganhar almas. Neste capítulo, a oração respondida, o gozo e o amor se mencionam como fruto (15.7, 11, 12). Gl 5:22-24 e 2Pe 1:5-8 descrevem frutos adicionais: qualidades do caráter cristão.

15:5, 6 Permanecer em Cristo significa: (1) acreditar que O é o Filho de Deus (1Jo 4:15), (2) recebê-lo como Senhor e Salvador (Jo 1:12), (3) fazer o que Deus diz (1Jo 3:24), (4) seguir acreditando no evangelho (1Jo 2:24), e (5) relacionar-se em amor com a comunidade de crentes (Jo 15:12).

15.5-8 Muitos tratam de ser pessoas boas e sinceras que fazem o que é devido. Mas Jesus diz que a única maneira de levar uma vida boa seriamente é permanecer perto do, como um pámpano unido à videira. Separados de Cristo, nossos esforços não levam fruto. Recebe você o alimento e a vida que oferece Cristo, a videira? Se não os receber, está-se perdendo algo extraordinário que dá o Senhor.

15:8 Quando uma videira leva "muito fruto", Deus se glorifica, pois cada dia envia o sol e a chuva para fazer crescer os cultivos, e alimenta cada plantita e a prepara para que floresça. Que momento de glória para o Senhor da colheita quando esta se leva aos armazéns, amadurecida e lista para seu uso! O é quem fez que acontecesse! Esta analogia da agricultura mostra como Deus se glorifica quando a gente estabelece uma boa relação com O e começa a "levar muito fruto" em suas vidas.

15:11 Quando tudo vai bem, sentimo-nos jubilosos. Quando se apresentam as dificuldades, afundamo-nos em depressão. Mas o verdadeiro gozo transcende as ondas agitadas das circunstâncias. O gozo vem de uma firme relação com o Jesucristo. Quando nossas vidas estão entrelaçadas com a de Cristo, O nos ajuda a atravessar a adversidade sem nos afundar em depressões debilitantes e administrar a prosperidade sem nos transladar a alturas enganosas. O gozo de viver com o Jesucristo cada dia nos manterá equilibrados apesar das desigualdades de nossas circunstâncias.

15.12, 13 Devemos nos amar uns aos outros como nos amou Jesus, e O nos amou tanto que deu sua vida por nós. Talvez não seja necessário que demos nossa vida por outro, mas existem outras formas de praticar o amor sacrificial: escutar, ajudar, respirar, dar. Pense em alguém em particular que necessite hoje esta classe de amor. lhe dê todo o amor que possa e logo trate de dar um pouco mais.

15:15 Como Jesucristo é Senhor e Amo, devesse nos chamar servos; mas nos chama amigos. Quanto consolo e segurança nos dá que o Senhor nos tenha escolhido como amigos de Cristo. Como O é Senhor e Amo, devemo-lhe nossa obediência plena. Mas por sobre tudo, Jesus nos pede que lhe obedeçamos por amor.

15:16 Jesus tomou a primeira decisão: amar e morrer por nós, nos convidar a viver com O para sempre. Toca-nos a seguinte decisão: aceitar ou rechaçar sua oferta. Sem a decisão do, não ficaria alternativa.

15:17 Os cristãos receberão bastante odeio do mundo; entre nós o que devemos nos dar é amor e apoio. Permite você que um problema pequeno lhe impeça de amar a outro crente? Jesus lhe ordena amá-lo e lhe dará a fortaleza necessária para fazê-lo.

15:26 Uma vez mais Jesus oferece esperança. O Espírito Santo dá fortaleza para suportar o ódio e a maldade irracionais de nosso mundo e a hostilidade que muitos têm para com Cristo. Isto resulta muito consolador para os que devem enfrentar a perseguição.

15:26 Jesus usa dois nomes para referir-se ao Espírito Santo: Consolador e Espírito de verdade. A palavra Consolador transmite o conceito da ajuda, fôlego e fortalecimento que recebemos do Espírito. Espírito de verdade assinala para a obra de ensino, iluminação e rememoração. O Espírito Santo ministra à mente e ao coração, e ambas as dimensões são importantes.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de João Capítulo 15 do versículo 1 até o 27
C. VIDEIRA VERDADEIRA e os ramos (15: 1-17)

1 . Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador 2 Toda vara em mim que não dá fruto, ele tira-los; e toda vara que dá fruto, ele limpa, para que dê mais fruto. 3 Já ye são limpos pela palavra que vos tenho falado de você. 4 Permanecei em mim e eu em ti. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira; por isso nem podeis, exceto vós permanecerdes em mim. 5 Eu sou a videira, vós sois os ramos: Aquele que permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto;. porque sem mim nada podeis fazer 6 Se alguém não permanecer em mim, será lançado fora, como a vara, e secará; e os colhem, e lançá-los no fogo, e ardem. 7 Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes, e vos será feito a ti. 8 Nisto é glorificado meu Pai , que deis muito fruto; e assim . sereis meus discípulos 9 . Mesmo como o Pai me amou, também eu vos amei; ficai no meu amor 10 Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor. 11 Estas coisas vos tenho falado a vós, que a minha alegria esteja em vós, e que a vossa alegria seja completa. 12 Este é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei. 13 Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. 14 Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. 15 Já não Eu vos chamo servos; porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos; para todas as coisas que ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer-vos. 16 Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei, para que vades e deis fruto, e que o vosso fruto permaneça: que façais outra qualquer deve pedir ao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda. 17 Estas coisas vos mando: que vos ameis uns aos outros.

Este capítulo tem uma ligação dupla com o que se passou antes, com a oração no capítulo anterior e com analogias de pão e água em capítulos anteriores. O objetivo aqui é um avanço sobre o que se passou antes, porque Jesus estava interessado no produto permanente e divulgação da nova vida vivida pelos discípulos. Ele seria deixá-los em breve. Qual seria, então acontecer com eles e com a mensagem que lhe fora confiada a eles? Era inevitável que ele deve proceder para utilizar o presente analogia da videira e dos ramos, ou um de natureza semelhante. Para o pão e água só pode sustentar-eles não podem se reproduzir. A videira com seus ramos é viva e tem o poder de produzir frutos, e por isso esta se torna uma ilustração mais completa da relação entre Cristo e os cristãos e as conseqüências do relacionamento. Rezar e fruitbearing estão intimamente relacionados aqui, o único que permanece em Cristo pede e recebe, e aquele que permanece nele, esse dá muito fruto.

Jesus é a videira , o cristão é o ramo , e que o Pai é o lavrador ou agricultor. Todo o processo de poda e descartando de ramos inúteis é descrito aqui e quase não precisa ser explicada porque o seu significado é tão óbvio. A ênfase principal é sobre o fato de que os homens não são objetos inanimados, mas estão vivendo, querendo, escolhendo, criaturas falíveis. Jesus sabia disso melhor do que ninguém. Ele tinha observado pessoas indo e vindo, agora crentes, agora enganadora, mutante como o vento e se deslocam com a multidão. Um de seus doze escolhidos tinha apenas decidiu renunciar a sua lealdade. O que agora dos onze restantes? A lição ensinada neste capítulo é forte e pontiagudo.

Vós não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós (v. Jo 15:16 ). Jesus aqui declarou Sua autoridade soberana sobre Seus seguidores. Eles estavam com ele porque ele os havia escolhido. Nem a sua própria escolha, nem a confluência de circunstâncias poderia ter provocado o seu relacionamento com ele. No entanto, ele não estava negando, assim, que eles próprios tinham tido um papel em que, na realidade, foi um acordo entre eles e Jesus. Vós não me escolhestes a mim deve ser levado em uma relativa, não absoluta, sentido. Para eles, na verdade, tinha respondido a sua siga-me , tinha decidido ficar quando Judas tinha decidido deixar; e o apelo de Jesus era sua vontade e poderes de escolha- permanecerdes em mim; permanecereis no meu amor; guardareis os meus mandamentos; ameis uns aos outros . Esta mesma conclusão é entendida em campanhas evangelísticas hoje, onde a ênfase é colocada em cima de aceitar a Cristo, ao tomar uma decisão por Cristo, dando-se a Cristo, ou consagrar-se a Ele. O convite sai ", Jesus convida-o a vir a Ele", e que a resposta é: "O Cordeiro de Deus, eu venho." Esse tipo de recurso tem marcado o avanço do cristianismo evangélico ao longo dos séculos. João colocou um conteúdo teológico forte em sua maneira de expressar esse caráter duplo da escolha divina: a resposta do homem é baseada na escolha de Deus. Antes de nós escolheu, Ele já nos havia escolhido. A soberania de Deus não destrói ou anular a soberania dada por Deus do homem, nem a soberania do homem existe para além da soberania de Deus. Deus é soberano em sua esfera de ação; homem é soberano na sua esfera, pela vontade de Deus. Escolhas do homem são reais e não imaginários, mais quando Judas saiu do cenáculo e enforcou-se, foi porque Deus quer o escolheu para que o destino horrível ou não a escolhê-lo para a salvação.

Esta teologia joanina é fortemente apoiada por Paulo; Deus "nos escolheu nele [Cristo] antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor" (Ef 1:4) contra a qual o cristão deve lutam. Eleição do Novo Testamento é a salvação, nunca para a condenação. A eleição divina é a salvação. São Paulo reforça esse conceito, referindo-se a ele como o "bom" o prazer da vontade de Deus (Ef 1:5. ), o "propósito eterno" de Sua vontade (Ef 3:11 ), todos os quais estão envolvidos no "mistério" da Sua vontade (Ef 1:9. ). Bom fruto é glorificar para o agricultor.

O fruto da qual Jesus falou é o amor. O que ele tinha feito para eles e também o Seu breve retorno morte na cruz-foi feito no amor. O fruto da vida cristã é o amor a Deus e amor para a humanidade. Este é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, como eu vos amei (v. Jo 15:12 ). A palavra grega é agape , dom de si, o amor de auto-realização. O fruto é um, não muitos. O amor tem seu muitos subprodutos e atinge o seu objeto ou o destino de muitas formas, assim como frutas ou grãos chegue ao cliente de variadas formas. Mas o amor que deve ser, e amá-lo será, se Deus tem permissão para podar e disciplina.

Jesus disse que o sucesso do Evangelho depende do fruto produzido por seus discípulos. Duas vezes nestes poucos versos ordenou a Seus discípulos a amar uns aos outros (vv. Jo 15:12 , Jo 15:17 ). Uma pessoa não pode ser comandado a amar como se poderia ser comandado a remar um barco ou cantar uma canção. No entanto, o amor gera amor, o amor recebido responde no amor, e comandos de amor na forma mais forte possível. Cristo não estava comandando como Senhor soberano, mas como Salvador Encarnado.Ele ordena que amamos por Suas próprias demonstrações de amor. Nós amamos, porque ele nos amou primeiro (1Jo 4:19 ). A esposa de um ministro irmão morreu recentemente depois de uma doença prolongada que cobre um período Dt 12:1 ). Quando nossas vidas e ações são impelidos-amor, então é o Pai glorificado , porque estamos tendo muito fruto , e nós somos seus discípulos, de fato.

D. O ódio do mundo (15: 18-27)

18 Se o mundo vos odeia, sabeis que ele tem me odiou antes de odiar você. 19 Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o seu próprio: mas porque não sois do mundo, mas eu vos escolhi do mundo, por isso o mundo vos odeia. 20 Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: Não é o servo maior do que seu senhor. Se eles me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. 21 Mas todas estas coisas que vão fazer a vós por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou. 22 Se eu não viera e não lhes falara, não tinham teriam pecado, mas agora não têm desculpa do seu pecado. 23 Aquele que me odeia odeia também a meu Pai. 24 Se eu não tivesse feito entre eles as obras, quais nenhum outro fez, não teriam pecado, mas agora temos que ambos vistos e odiado tanto a mim como a meu Pai. 25 Mas isto sucedeu que , que a palavra se cumpra o que está escrito na sua lei: Odiaram-me sem causa. 26 Mas, quando vier o Consolador, que eu vos enviarei da Pai, até mesmo o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim: 27 e também vós dareis testemunho, porque estais comigo desde o começo.

As experiências de Jesus em Seu ministério público tornou-se o padrão para a vida dos discípulos no mundo. O termo mundo , como o usado por João, tem vários significados. Pode significar a criação material, o mundo dos homens, ou que sistema ou sociedade que homens maus organizaram na ignorância ou em oposição às leis de Deus, incluindo os adeptos do sistema. Jesus tinha sido cumprida com o ódio ao judaísmo entrincheirados, que foi duplamente culpados do pecado, porque não só perpetua o mal contra Jesus, mas fê-lo em nome de sua santa religião. Mas não devemos culpar os judeus como sendo o único responsável pela morte de Jesus; nem podemos pensar que os outros não teria feito o mesmo se tivessem sido obrigados a fazer uma escolha na matéria. Homens de todas as nacionalidades são traí-Lo nos nossos dias, para todos que odeia a seu irmão, todo mundo que assassinatos e calúnias e rouba, tem uma quota de responsabilidade na morte de Cristo. A impressão pode vir a partir do estudo do Evangelho de João que os sumos sacerdotes e os fariseus eram o maior dos criminosos, porque eles foram os responsáveis ​​por ter Jesus condenado. E de tal impressão que a igreja tem sido muitas vezes acaloradamente anti-semita, porque os judeus crucificaram Cristo. Mas deve-se lembrar que os evangelistas não comparar o povo judeu com outros povos para mostrar que eles eram mais mal. Os Evangelhos revelam o conflito entre os judeus e Jesus, mas eles também revelam que os não-judeus, dada a mesma chance, teria feito essencialmente o mesmo, embora talvez por razões diferentes. Podemos dizer isso do nosso conhecimento da natureza humana. A atitude de Jesus mesmo é a atitude exemplar: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lc 23:34 ).

É claro que os judeus eram do mundo que odiava Jesus e que também odiaria Seus seguidores. O ódio de Jesus também foi o ódio pelo pai. Era ódio de bondade, e verdade e do amor, o ódio de tudo o que Jesus representava. Jesus mostrou que a resposta ao ódio não deve ser mais ódio, mas o amor. "Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem" (Rom. 0:21 ).

Pecado contra o amor é pior do que o pecado contra a lei. O pecado imperdoável pode ser entendido ou identificado como o pecado contra o amor, o amor de Deus. Os discípulos estavam sem ser do mundo , porque Jesus os havia escolhido para fora do mundo . Foi a sua identidade com Ele, que traria o ódio deles nos dias que virão. Eles, como escravos de Cristo, não seria de esperar um tratamento mais favorável do que o mostrado seu Mestre: Um servo [escravo] não é maior do que o seu senhor (v. Jo 15:20 ). Jesus traçou esse ódio de volta para o fato de que Ele havia exposto os pecados dos judeus. . No início, eles tinham sido odiá-lo por ignorância, mas depois de ouvir Jesus já não podiam ficar sem culpa Se eu não viera e não lhes falara, não teriam pecado; mas agora não têm desculpa do seu pecado (v. Jo 15:22 ). Em vez de voltar-se para Cristo, que veio para salvá-los, eles se voltaram contra ele e se tornou duplamente culpados diante de Deus. A vinda de Jesus não trouxe o seu pecado; ao contrário, ela expôs o pecado e trouxe-o sob julgamento. Enquanto o ódio do mundo contra Jesus e do Evangelho vai continuar, assim será também o testemunho de Cristo continuar. Jesus estava dependendo de seus discípulos para serem testemunhas. Além disso, o Espírito Santo que procede do Pai, também iria testemunhar a Jesus.

Em nenhum lugar que Jesus disse que seus discípulos estavam a odiar o mundo. João, em sua Primeira Epístola, exortou os cristãos a não amar o mundo (1Jo 2:15 ). Mas "o amor não" não significa ódio . A hostilidade do mundo não devem ser atendidas com a hostilidade da igreja. Os cristãos estão na posição peculiar de tentar ganhar a Cristo não só o mundo que os odeia, mas também o mundo a partir do qual eles têm atraído apart. O isolamento da igreja do mundanismo pecaminoso pode muitas vezes ser interpretada pelo mundo como uma espécie de santo esnobismo que cria uma barreira entre os dois. Quando isso ocorre, os esforços para evangelizar o take não salvo a aparência de auto-interesse, em vez de amor. E quanto evangelismo tem sido exercida com a finalidade única de fazer avançar a igreja visível, ao invés de por amor para com o pecador, é triste para contemplar. Separação do mundo pecaminoso nunca deve ser tão completa que não se ama aqueles homens que são responsáveis ​​por ela. Os judeus odiavam Cristo sem uma causa pela simples razão de que Ele lhes deu nenhuma razão para fazê-lo. Gostaria que a igreja tinha sido sempre tão irrepreensível na sua abordagem para o mundo que procura salvar.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de João Capítulo 15 do versículo 1 até o 27
  1. Enviar o Espírito Santo (14:15-26)

Nesses próximos capítulos, Cristo tem muito a dizer a respeito do Espí-rito. Aqui, ele o chama de Consola-dor no estrito sentido da palavra. "A fim de que esteja para sempre con- vosco." A palavra "outro" significa "outro do mesmo tipo", pois o Es-pírito é Deus, da mesma forma que Cristo é Deus. O Espírito vivo nos discípulos toma o lugar do Salvador vivo que está ao lado dos discípu-los. Ele também é chamado de "Es-pírito da verdade". O Espírito usa a Palavra para condenar os pecadores e para orientar os santos, e a Pala-vra de Deus é a verdade (1 7:1 7). O mundo não pode receber o Espírito porque ele vem em resposta à fé.

Há muita discussão a respei-to do que Cristo quer dizer com "Voltarei para vós outros" (v. 18). Literalmente, significa: "Eu venho [presente] para vós". É provável que essa afirmação inclua diversas coi-sas: a volta de Cristo para os apósto-los após sua ressurreição; sua volta para eles por intermédio do Espírito; e sua vinda futura a fim de levá-los para o céu.

Nos versículos 21:26, Cristo fala a respeito do relacionamento profundo que os discípulos terão com o Pai e o Filho por intermé-dio do Espírito. Eles pensavam que ficariam "órfãos" (o significado li-teral de "abandonados" — v. 18, NTLH), mas, na verdade, a ida de Jesus para o Pai possibilita um re-lacionamento mais profundo entre os santos e seu Salvador. Esse rela-cionamento envolve a obediência (v. 21) e o amor à Palavra (v. 24). Envolve também o ministério de ensino do Espírito Santo (v. 26). Os cristãos que reservam um tempo para aprender a Palavra e, depois, vivem-na, desfrutam de comunhão íntima e satisfatória com o Pai e o Filho. O amor por Cristo significa amar e obedecer a sua Palavra pelo poder do Espírito Santo; não é uma emoção superficial a respeito da qual conversamos. Em 14:1-3, Je-sus fala a respeito da ida dos santos para o céu a fim de morar com o Pai e o Filho; no entanto, aqui, ele fala do Pai e do Filho virem morar com os santos.

  1. Garantir a paz que ele provê (14:27-31)

Como os discípulos precisavam de paz! A paz que Cristo dá não é como a do mundo, nem ele a dá da mesma forma que o mundo faz. A paz de Cristo repousa no âmago do coração, sempre nos satisfaz e dura para sempre, enquanto a do mundo é superficial, insatisfatória e temporária. A paz de Cristo mora no coração; a do mundo é exterior e aparente. Cristo, por meio de sua morte, ressurreição e ascensão, deu-nos "paz com Deus" (Rm 5:1), enquanto os psicólogos falam de "paz de espírito". Fp 4:4-50 resume como o crente pode ter a paz de Deus.

A frase "O Pai é maior do que eu" (v. 28) refere-se ao tempo que ele passou na terra. Ele, como Filho de Deus, é igual ao Pai; como Filho do Homem, em um corpo humano, ele foi obediente ao Pai, o qual deu a Cristo as palavras que disse e as obras que realizou (14:10,24).
Cristo derrotou Satanás, o cria-dor da confusão e do desassossego, ao morrer na cruz e voltar para o céu (v. 30). No versículo 31, Cristo assegura aos discípulos que a cruz é uma prova de seu amor pelo Pai a fim de que eles não pensem que sua morte é uma tragédia ou um en-gano. Ele morreu porque o Pai or-denou, e Cristo veio ao mundo para fazer a vontade do Pai.

Jo 14:0; Jo 10:27-43; etc. Além disso, observe que o ramo de que Cristo fala no versículo 6, pri-meiro seca, depois é jogado fora! Se esse ramo retrata um cristão que apóstata e perde sua salvação, ele primeiro deve "secar", depois deixar de frutificar e, a seguir, ser lançado fora. Permanecer em Cristo não quer dizer manter-nos em segurança. Sig-nifica viver segundo a sua Palavra e orar (v. 7), obedecer a seus manda-mentos (v. 10) e manter nossa vida pura por meio da Palavra dele (vv. 3-4). O cristão que não permanece nele torna-se um ramo inútil, como o sal que perde o sabor e não ser-ve para nada. Em 1Co 3:15, é ensinado que nossas obras serão testadas pelo fogo. Os cristãos que não usam os dons e as oportunida-des que Deus lhes dá os perdem (Lc 8:18 e 2Jo 1:8); (2) porque não pertencemos mais ao mundo (1Jo 4:5 e Jo 1:7:14); (3) porque o mundo tem rejeitado a Palavra dele (v. 20); (4) porque ele não conhece o pai (veja 16:1-3); e (5) porque Cristo expôs o pecado do mundo.

Claro que Jesus se referia a todo o sistema da sociedade que se opõe a Cristo e ao Pai quando mencionou o "mundo". Ele compõe-se de pes-soas e organizações, de filosofias e objetivos que são anticristãos. Sa-tanás, o arquiinimigo de Cristo, é o príncipe "do mundo" (Jo 14:30). Sob o aspecto espiritual, os cristãos não são do mundo, embora estejam nele. A velha imagem do barco e da água ainda se aplica aqui: não há nada de errado quando o barco está na água, mas quando a água está no barco, tome cuidado!

Os cristãos podem tornar-se mundanos, e eles fazem isso (como Ló) de forma gradual. Primeiro, fi-cam amigos do mundo (Jc 4:4); a seguir, amam o mundo (1 Jo 2:15- 17); e, por fim, conformam-se ao mundo (Rm 12:2). Qualquer coisa que nos impeça de usufruir o amor de Deus e de fazer sua vontade é mundana e deve ser afastada. Vi-ver para o mundo significa negar a cruz de Cristo (Gl 6:14). Como o cristão pode amar o mundo, se este odeia Cristo?

Nos versículos 22:24, Cristo declara o princípio básico de que a revelação traz responsabilidade. As palavras e as obras dele revelam a vontade de Deus e a pecaminosida- de do homem. A raça humana não tem desculpa. O fato de que judeus e gentios juntaram-se no ódio e na crucificação de Cristo prova que to-das as pessoas são pecadoras e cul-padas diante de Deus.

Cristo citou Sl 69:4 (v. 25) a fim de encorajar os discípulos. É a Palavra que nos fortalece e nos encoraja. Ele também lhes prome-teu o ministério do Espírito Santo. A obra do Espírito é testificar Cristo e apontar para ele. Ele faz isso por intermédio da Palavra e das boas obras que os cristãos fazem com o poder do Espírito (Mt 5:16). O Espí-rito testifica para os cristãos, e es-tes, para o mundo (vv. 26-27). Veja Atos 18.

Em suma, na primeira seção desse capítulo (vv. 1-11), o Senhor trata do relacionamento do cristão com Cristo. Nos versículos 12:17, o foco é o relacionamento entre os cristãos, e os versículos 18:27 falam do relacionamento do cristão com o mundo. Observe que o primeiro relacionamento apresentado é com o Salvador, pois, se permanecemos em Cristo, amamos nosso próximo e vencemos o ódio do mundo.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de João Capítulo 15 do versículo 1 até o 27
15:1-16 Este discurso sobre a videira é uma alegoria.
15.1 Videira verdadeira. Israel era a videira de Deus no AT (Sl 80:8-19; Is 5:1-23; Jr 2:21, etc.), mas sempre visto em termos de degeneração e destruição. Falhou na missão de produzir o fruto desejado por Deus. Cristo é o verdadeiro Israel (Gl 3:16) substituindo essa nação na missão de trazer salvação ao mundo. A "Videira" de Jo 15:0
- 2s) mas inclui também a evangelização (16). Corta (gr airei "tira", "separa"; conforme julgamento do israelita rebelde do AT em Lv 20:3, 5, 6, etc.). Limpa (gr kathairei "podar", "limpar"). O Pai (agricultor) disciplina a Igreja removendo os indivíduos e congregações inúteis (Lc 13:00s).

15.3 Produção maior de fruto vem do coração purificado pela Palavra.
• N. Hom. 15.4 Condições de Alta Produtividade:
1) Permanecer (gr meno, 14.
- 10n) em relação vital continuamente com Cristo.
2) Receber a disciplina das palavras de Cristo (3) aplicadas pelo Espírito (14.26).
3) Dependência total para com Cristo na comunhão e oração (5, 7).

15.5,6 O contraste entre as conseqüências de permanecer ou não na videira. • N. Hom. Três classes de ramos:
1) os que nada produzem (conforme Judas)
2) os que produzem algo mais sem disciplina (2; conforme Pedro); 3 os que produzem muito fruto (5).
15.7 As palavras vivas de Cristo comunicam Sua pessoa (5; conforme 17.14).
15.11 Permanecer em Cristo produz fruto (4); receber a mensagem de Cristo produz oração efetiva (7); obedecer as ordens de Cristo produz a maturidade (10) e alegria espiritual. O gozo de Cristo transparece no cumprimento da Sua missão redentora.

15.15 Servos (gr douloi "escravos”). A obediência do amigo emana de um amor voluntário. O escravo serve por exigência (Gl 4:08ss); o pecado imperdoável é rejeitar a Cristo, a revelação final de Deus (3.19; He 1:1 s).

15.24 Obras. As obras culminantes quais nenhum outro fez, foram a sua entrega à morte e a ressurreição. Por serem acontecimentos históricos de alcance universal, demonstram o amor redentor de Deus pelo mundo (3.16). O amor rejeitado se torna em ódio.

15.26.27 O cristão que dá testemunho se torna sócio do Espírito Santo que o capacita a dar uma visão convincente de Cristo


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de João Capítulo 15 do versículo 1 até o 27

4) A união com Cristo e suas conse-qüências (15:1-27)
v. 1. Eu sou a videira verdadeira'. Alguns comentaristas situariam o discurso seguinte nas dependências do templo junto à porta do Lugar Santo, onde ficava uma videira de ouro, símbolo da vida de Israel (conforme Is 5:1-23; Jr 2:21; SI 80:8-16). Mas já foi sugerido que há boa base também para supor que Jesus estava continuando o seu ministério na sala do andar superior (conforme 14.31). Tudo que Israel estava destinado a ser, mas falhou, Jesus era — a videira verdadeira (ideal), produzindo fruto aceitável para Deus na sua vida pessoal e na vida dos seus discípulos, unidos com ele pela fé. Pode haver uma conexão entre essas palavras e as palavras do Senhor durante a última ceia com relação ao fruto da videira, com suas implicações concernentes ao seu sangue pelo qual todos os discípulos são feitos participantes com ele do novo Israel (cf. Mc 14:25). meu Pai é o agricultor. Ele está no controle de tudo (conforme Mc 12:1-41). v. 2. Todo ramo que [...] não dá fruto, ele corta\ A ausência de fruto no galho lança sérias dúvidas sobre a sua real união com a haste principal, por diferentes que sejam as aparências. Esses membros inúteis precisam ser cortados; talvez Judas seja o exemplo mais notável, todo que dá fruto ele poda (gr. kathairei)'. A palavra significa literalmente limpar, sendo a inferência cortar e lançar fora a madeira morta, que é a antítese completa da vida evidenciada pelo fruto. v. 3. Vocês já estão limpos'. Em virtude de todo o efeito do ensino do Senhor, os discípulos tinham sido limpos e preparados para a continuação da obra dele. v. 4. Permaneçam em mim, e eu permanecerei em vocês'. As duas partes dessa declaração precisam ser tomadas como estão, sem compreendermos a sua interdependência em qualquer sentido condicional. A revelação do que Jesus acabou de falar não pode sustentar a vida. A vida em Cristo deve ser identificada com a união com ele.

v. 5. Eu sou a videira; vocês são os ramos'. Cada membro de Cristo desfruta igualdade de condição e posição com todos os outros. Mas Cristo não se descreve como a haste principal. Ele é a videira. Cada ramo está incorporado nele. v. 7. pedirão o que quiserem, e lhes será concedido'. A união com Cristo é a base da oração. Essa oração, além do mais, vai ser eficaz. O que o membro quiser vai estar em conformidade com o que ele quer, visto que a sua união é completa. O ramo, porém, de acordo com a natureza das coisas, depende da videira, pois sua oração é um sinal dessa dependência, v. 8. assim serão meus discípulos-, Essas palavras não são um anticlímax. Antes, descrevem tudo que inclui o discipulado completo, v. 9. assim eu os amev. O aoristo aqui (gr. êgapêsa) denota uma ação completa. Não há restrição ao amor de Cristo. Na realidade da encarnação, está a totalidade do seu amor que ele concedeu generosamente a esses homens, v. 16. eu os escolhi'. A ARA traz “eu vos escolhi a vós outros e vos designei” (gr. ethèka). Ele os escolheu para serem seus amigos. I.e., a sua escolha foi motivada em primeiro lugar pelo desejo de tê-los (conforme Mc 3:14) e, depois, de enviá-los como seus missionários. O envio está fundamentado na confiança que ele tem neles como seus amigos, e, por outro lado (no mesmo versículo), isso é a base da confiança que eles têm na oração,

v. 18. o mundo [...] antes me odiow. Não há sentimentos medianos que tornem a sorte deles suportável neste mundo. Jesus os adverte de que o amor dentro da Igreja vai encontrar um forte contraste lá fora. v. 20. Lembrem-se [...] que eu lhes disse: Nenhum escravo é maior do que o seu senhor. Conforme 13.16; lá foi uma lição de serviço e humildade; aqui se torna uma lição de perseverança. Mas o trabalho deles, como o do Senhor, vai dar frutos positivos e negativos. Se houver os que obedecem à palavra de Cristo, assim poderão esperar encontrar concordância com a sua mensagem aqui e ali. Mas a base da hostilidade do mundo (v. 21) vai ser a falta de conhecimento de Deus. v. 22. Agora, contudo, eles não têm desculpa para o seu pecado\ A obra de Jesus constituía a evidência da intervenção de Deus no mundo. Aqui, como em 14.11, está o apelo para uma forma inferior de evidência. Mas, não obstante, a verdadeira justiça é manifesta em Cristo. Os homens têm visto a forma correta de viver nele. Mas, mesmo assim, ainda não obedecem (conforme 20.29). v. 25. Odiaram-me sem razão-, Conforme Sl 35:19; 69.4. Esse é o testemunho da lei deles, diz Jesus claramente. Mas, embora eles o rejeitem e continuem cegos ao testemunho das suas Escrituras, o Espírito Santo vai mesmo assim dar testemunho, v. 27. vocês também testemunharão-, A percepção que eles têm da verdade que a comunhão com Cristo traz surge da natureza divina dessa própria verdade. Mas é a encarnação que dá o ímpeto. E, quando é recebida, traz consigo a convicção da divindade de Cristo. Assim, o testemunho da encarnação fica unido com o testemunho dos discípulos de Cristo. Cp. a associação do testemunho do Espírito e dos discípulos nos v. 26,27 com At 5:32: “Nós somos testemunhas destas coisas, bem como o Espírito Santo...”.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de João Capítulo 15 do versículo 12 até o 13

12, 13. Eis aqui uma epitomização da obrigação do cristão. Não é mais uma advertência de guardar os mandamentos de Cristo para permanecer no Seu amor (v. 10). É antes uma injunção para concentração no mandamento do amor de uns aos outros.

Assim como eu vos amei. A medida do amor de Cristo pelos Seus é o auto-sacrifício, do qual eles se beneficiam (cons. I Jo 3:16). Tal padrão pode ser alcançado só quando o amor do próprio Cristo tem permissão de fluir através da vida do Seu povo. A anunciação da cruz feita por Jesus nos sinóticos enfatiza a necessidade divina; aqui a motivação é amor. A cruz não é algo imposto mas algo aceito – dar alguém a sua própria vida. Prova imediata de amor é a prontidão em dar indicação antecipada do propósito de morrer por aqueles que são amigos Morrer por eles de modo nenhum contradiz o propósito de morrer por um círculo maior, até mesmo pelo próprio mundo.


Moody - Comentários de João Capítulo 15 do versículo 26 até o 27

26, 27. Os discípulos não teriam de enfrentar o mundo sozinhos. Teriam um ajudador divino, o Espírito da verdade. Ele traria à baila a verdade sobre a condição pecadora dos homens e a verdade sobre Cristo, o remédio para esse pecado. O Espírito viria em dupla missão, por assim dizer, sendo enviado do Filho pelo Pai, a fim de testificar de Cristo (cons. Jo 16:7-13). E vós também testemunhareis. Provavelmente mais indicativo que imperativo. Do ponto de vista da associação com Jesus, a qual lhes deu o conhecimento necessário para um testemunho válido, já estavam qualificados, uma vez que estiveram com Ele desde o princípio - o começo do seu ministério. Mas, para vigorar, seu testemunho tinha de se juntar ao do Espírito operando neles e através deles (cons. At 5:32).


Dúvidas

Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
Dúvidas - Comentários de João Capítulo 15 versículo 1
Jo 15:1 - Jesus era a videira ou a raiz?

PROBLEMA: João descreve Jesus como sendo a videira, da qual os crentes são os ramos. Mas em outra passagem a Bíblia o chama de "raiz duma terra seca" (Is 53:2).

SOLUÇÃO: Essas são duas apropriadas figuras de Cristo, cada uma descrevendo um aspecto diferente de seu ministério. No AT, Jesus foi uma raiz (fonte de vida) em relação à videira (Israel). Mas no NT, ele é a videira em que os crentes permanecem para ter vida espiritual (Jo 15:1,Jo 15:3).



John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de João Capítulo 15 do versículo 1 até o 27

54. A videira e dos ramos (João 15:1-11)

"Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor Toda vara em mim que não dá fruto, ele o corta;. E todo o que dá fruto, ele a limpa-lo para que dê mais fruto Vocês já estão limpos. por causa da palavra que vos tenho falado. Permanecei em Mim, e Eu em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em Mim. Eu sou a videira, vós sois os ramos; quem permanece em Mim e Eu nele, esse dá muito fruto, pois sem mim, nada podeis fazer Se alguém não permanecer em mim, ele é jogado fora como um ramo e seca;. e eles reuni-los, e lançá-los no fogo, e ardem. Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito para você. Meu Pai é glorificado pelo fato de vocês darem . muito fruto, e assim sereis meus discípulos Assim como o Pai me amou, também eu vos amei: permanecei no meu amor Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor.; assim como eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor. Estas coisas vos tenho dito para que a minha alegria esteja em vós, ea vossa alegria seja completa "(15: 1-11).

A Bíblia usa muitas analogias para descrever a relação de Deus com o Seu povo. Ele é o seu Pai (Mt 6:9; Rm 8:16-17,Rm 8:21; Fp 2:15; 1 Jo 3:1; 4:.. Gl 4:6; He 12:7; 1Tm 3:151Tm 3:15; 1Pe 4:171Pe 4:17); Ele é o rei, eles são seus sujeitos (Mt 25:34.); Ele é o Criador, eles são Suas criaturas (Sl 24:1; Sl 112:3); Ele é o pastor, eles são Suas ovelhas (Sl 23:1; Sl 79:13; Sl 95:7; Is 40:11; Jo 10:1,Jo 10:14,Jo 10:26; He 13:20; 1Pe 5:4; He 3:4; Rm 14:4; Jd 1:4; Jr 31:32); Ele é a cabeça, são o seu corpo (Ef. 1: 22-23; Ef 4:15; Cl 1:18; Cl 2:19).

Relacionamento vital dos crentes com Jesus Cristo é descrita nesta passagem em outra analogia familiar Assim como um ramo depende inteiramente da videira para a vida, sustento, crescimento, e frutas, assim os crentes dependem completamente do Senhor divina como a fonte de sua vida espiritual e efeito. E assim como o ramo não pode dar fruto, se ele estiver conectado à videira, assim os crentes não pode dar fruto espiritual para além da sua comunhão vital com Cristo. Como Ele disse, no versículo 5, "Além de Mim, nada podeis fazer."
Jesus apresentou esta analogia aos Seus discípulos no Cenáculo, na noite antes de sua morte. Foi um momento de drama intenso. Um dos doze homens mais próximos a ele, Judas 1scariotes, se revelou ser um traidor. Por esta altura, Judas já havia deixado para vender para fora do Senhor para as autoridades judaicas e pôr em marcha os acontecimentos que levaram à prisão e assassinato (13 26:30) Jesus. O Senhor e os restantes onze discípulos estavam prestes a sair do quarto superior para Getsêmani, onde Cristo teria agonizar em oração ao Pai, e preso em seguida, ser tomada.
A verdade central do Senhor queria comunicar neste símbolo é a importância de permanecermos n'Ele (vv. 4,5,6,7,9,10). No sentido mais básico, se deve ou não uma pessoa permanece em Cristo revela se eles são salvos (vv. 2,6). Deve-se notar que este simples e, eu acho, premissa óbvia resgata o texto de muitos erros de interpretação desnecessários. E é somente com o grau redimidos permanecer em Cristo que eles podem dar fruto espiritual. Esses princípios serão mais plenamente desenvolvido na exposição que se segue.

Meno ("habitar") descreve algo que permanece onde está, continua em um estado fixo, ou perdura. Neste contexto, a palavra refere-se a manutenção de uma comunhão ininterrupta com Jesus Cristo. O mandamento do Senhor "Permanecei em Mim" (v. 4) é essencialmente um apelo a falsos discípulos de Cristo para se arrepender e expressam a verdadeira fé nEle. Serve também para encorajar os crentes genuínos para permanecermos nEle no máximo, mais profundo, mais completo sentido.

Sempre o mestre contador de histórias, Jesus teceu todas as figuras-chave de eventos daquela noite em sua analogia: Ele é a videira, o Pai o agricultor, os ramos que respeitam ilustrar as onze e todos os outros discípulos verdadeiros, e os ramos nonabiding retratar Judas e todos os outros falsos discípulos como ele. Uma última vez antes de sua morte, Jesus advertiu contra seguir o padrão de Judas. Ele desafiou todos os que afirmam crer nEle para demonstrar a veracidade de sua fé por meio de perseverança da fé Nele.

O Vine

Eu sou a videira verdadeira ... Eu sou a videira (vv. 1-A, 5-A)

Faladas, poucas horas antes de sua morte, esta é a última das sete "eu sou" declarações no Evangelho de João, os quais afirmam a divindade de Cristo (06:35; 08:12; 10: 7,9,11,14; 11: 25; 14: 6; conforme 8: 24,28,58; 13 19:18-5-6). Como Deus em carne humana, Jesus, com razão, apontou para si mesmo como fonte de vida espiritual, vitalidade, crescimento e produtividade A imagem é antiga, como o Velho Testamento retrata Israel como de Deus videira. No Sl 80:8). Israel foi o canal através do qual as bênçãos da aliança de Deus fluiu para o mundo.

Mas Israel provou ser uma infrutífera, vinha infiel. O Antigo Testamento, lamenta o fracasso de Israel para produzir bons frutos e alerta para julgamento iminente de Deus. Em Jr 2:21 Deus exigia da nação, "Como, então, que você virou-se diante de mim para os rebentos degenerados de uma videira estrangeira?" Em Oséias Ele lamentou: "Israel é vide luxuriante, ele produz frutos para si Quanto mais o seu fruto, mais altares ele fez, a mais rica a sua terra, o melhor que ele fez as colunas sagradas." (Os 10:1; Jr 12:1; 19: 10-14).

Em nenhuma parte do Antigo Testamento é a rejeição de Israel infiel de gracioso, terno cuidado de Deus de maneira mais pungente do que descrito em Isaías 5:1-7:

Deixe-me cantar-se agora para o meu bem-amado o cântico do meu querido a respeito da sua vinha. O meu amado possuía uma vinha numa colina fértil. Ele cavou tudo ao redor, removeu suas pedras, plantou-a de excelentes vides. E Ele construiu uma torre no meio dela e também escavou um lagar nele; Ele, então, espera-se produzir boas uvas, mas produziu apenas aqueles sem valor. "E agora, ó moradores de Jerusalém e homens de Judá, julgai entre mim ea minha vinha. Que mais se podia fazer à minha vinha, que eu não tenha feito? Por que, quando eu esperava que produzir boas uvas se ele produzir ? bravas Então, agora deixe-me dizer o que eu vou fazer à minha vinha:. tirarei a sua sebe e será consumido; vou quebrar sua parede e será pisada eu tornarei em deserto; ele não será podada ou capinado, mas urzes e espinhos virão para cima. Eu também irá cobrar as nuvens que não derramem chuva sobre ela. " Pois a vinha do Senhor dos exércitos é a casa de Israel e os homens de Judá Sua encantadora de plantas. Assim, Ele olhou para a justiça, mas eis que o derramamento de sangue; de justiça, mas eis que um grito de socorro.

Em Mateus 21:33-43 Jesus contou uma parábola semelhante, ilustrando a rejeição dos mensageiros de Deus, que culminaria em sua morte dEle de Israel:

"Ouça a outra parábola. Havia um proprietário de terras que plantou uma vinha e colocar um muro em torno dele e cavou um lagar nele, e edificou uma torre, e arrendou-a a viticultores e fui em uma viagem. Quando a colheita tempo se aproximava, ele enviou seus escravos para os viticultores a receber a sua produzir os viticultores levou seus escravos e feriram um, mataram outro e apedrejaram um terceiro Enviou ainda um outro grupo de escravos maiores do que o primeiro;.. e eles fizeram a mesma coisa para eles. Mas depois ele enviou-lhes seu filho, dizendo: 'Eles vão respeitar o meu filho. " Mas quando os lavradores, vendo o filho, disseram entre si: 'Este é o herdeiro;. Venham, vamos matá-lo e aproveitar a sua herança' Levaram-no e lançaram-no fora da vinha e mataram-no. Por isso, quando o dono da vinha, que fará àqueles lavradores? " Eles disseram-lhe: "Ele vai trazer esses desgraçados a um fim desgraçado, e vai alugar a vinha a outros lavradores que vão pagar-lhe os proventos em estações próprias." Jesus disse-lhes: "Nunca lestes nas Escrituras: A pedra que os construtores rejeitaram, esta tornou-se a pedra angular, o que surgiu da parte do Senhor, e é maravilhoso aos nossos olhos '? Por isso eu digo a você, o reino de Deus vos será tirado e será entregue a um povo que produzem o fruto dela ".
Apostasia de Israel fez uma videira vazio, e por um longo tempo desqualificado como o canal para as bênçãos de Deus. Essas bênçãos agora vêm apenas de união com Jesus Cristo, a videira verdadeira."Teologicamente, ponto de João é que Jesus desloca Israel como o foco do plano de salvação de Deus, com a implicação de que a fé em Jesus torna-se a característica decisiva para a adesão entre o povo de Deus "(Andreas J. Köstenberger, João, Baker Exegetical Comentário do Novo Testamento [Grand Rapids: Baker, 2004], 448).

Alethinos (Verdadeiro) se refere ao que é real como distinto de um tipo:;, perfeito como distinto do imperfeito, ou genuína em vez do que é falsificado (conforme 1 Ts 1 (conforme He 8:2 He 8:9:24.).: 9; 1Jo 5:20; Ap 3:7; Ap 6:10; Ap 19:11). Jesus é a videira verdadeira, no mesmo sentido que Ele é a luz verdadeira (Jo 1:9), a fonte final e só de sustento espiritual.

O Viticultor

Meu Pai é o agricultor. (V. 1b)

Que Jesus designa o Pai como o agricultor ao atribuir mesmo o papel da videira é de forma alguma uma negação de sua divindade e plena igualdade com o Pai. Durante sua encarnação, sem diminuir sua divindade nem um pouco, Jesus voluntariamente assumiu um papel subordinado ao Pai (veja a discussão sobre 14:28 no capítulo 12 deste volume). Além disso, a ponto de a analogia não é definir a relação do Pai com o Filho, mas para enfatizar a atenção do Pai para a videira e os ramos.

Georgos (agricultor) refere-se a alguém que cultiva o solo; portanto, um fazendeiro (2Tm 2:6,Mt 21:35,Mt 21:38,Mt 21:40, Mt 21:41; Mc 12:1,Mc 12:2,Mc 12:7,Mc 12:9) . É neste último sentido que Jesus usou-o aqui. Além do plantio, adubação, e molhar a videira, o agricultor tinha dois principais responsabilidades no cuidado com ele. Em primeiro lugar, ele removeu os ramos que não dão frutos. Em segundo lugar, ele podou os que fizeram frutificar, permitindo-lhes dê mais fruto. É com esses dois tipos de ramos que o resto da analogia de Cristo é principalmente preocupado.

Os ramos de videira

Toda vara em mim que não dá fruto, ele o corta; e todo o que dá fruto, ele a limpa-lo para que dê mais fruto. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado com você.Permanecei em Mim, e Eu em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós sois os ramos; Aquele que permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto, pois sem mim, nada podeis fazer. Se alguém não permanecer em mim, é lançado fora, como um ramo e seca; e os colhem, e lançá-los no fogo, e ardem. Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito para você. Meu Pai é glorificado por este, em que deis muito fruto, e assim sereis meus discípulos. Assim como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecereis no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor. Estas coisas vos tenho dito para que a minha alegria esteja em vós, ea vossa alegria seja completa "(15: 2-11).

Como mencionado acima, os dois tipos de ramos representam os dois tipos de discípulos exteriormente professam a adesão a Jesus: os ramos genuínos que permanecemos nele, e os falsos ramos que não.

As Bênçãos de permanecer Ramos

todo o que dá fruto, ele a limpa-lo para que dê mais fruto. Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado com você. Permanecei em Mim, e Eu em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós sois os ramos; Aquele que permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto, pois sem mim, nada podeis fazer .... Se permanecerdes em mim e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito para você.Meu Pai é glorificado por este, em que deis muito fruto, e assim sereis meus discípulos. Assim como o Pai me amou, também eu vos amei; permanecereis no meu amor. Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor. Estas coisas vos tenho dito para que a minha alegria esteja em vós, ea vossa alegria seja completa "(15: 2b-5,7-11).

Três marcas que distinguem os verdadeiros ramos destacam-se nesta analogia. Em primeiro lugar, eles carregam frutas (vv. 2,4,5,8). Essa característica define-los mais claramente além dos falsos ramos (conforme vv. 2,8). Em segundo lugar, eles também respeitar (permanecem; continuar) em de Cristo amor (9 v.). Finalmente, eles operam em plena cooperação com a fonte da vida, mantendo os seus mandamentos, seguindo o exemplo perfeito do Senhor Jesus Cristo, que sempre obedeceu ao Pai (v. 10). Como Jesus já havia dito aqueles que professavam a fé nEle: "Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos" (Jo 8:31). Obediência prova que o amor de uma pessoa para Cristo é verdadeiro (Jo 14:15,Jo 14:23), um ponto de João deixa claro em sua primeira epístola: crentes confessam seus pecados (1: 9), os incrédulos negar-lhes (1: 8,10 ); crentes obedecer aos mandamentos de Deus (2: 3), os incrédulos não (2: 4); crentes demonstrar amor pelos outros (2:10), os incrédulos não (2: 9,11); crentes vivem em padrões de justiça (3: 6), os incrédulos não (3: 9).

Mas isso não significa que aqueles que amam a Cristo sempre vai obedecer perfeitamente; há momentos em que nós cair em desobediência e não respeitar integralmente em Cristo. Paulo admoestou o Corinthians,

Eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a homens de carne, como a crianças em Cristo. Eu dei-lhes leite, alimentos não sólidos; para você ainda não foram capazes de recebê-la. Na verdade, mesmo agora você não ainda não estão em condições, porque ainda são carnais Para visto que há inveja e divisão entre vocês, você está carnal, e que você não agindo como mundanos? (1 Cor. 3: 1-3)

Jesus repreendeu a igreja de Éfeso por sua devoção diminuída a Ele: "tenho contra ti que abandonaste o teu primeiro amor" (Ap 2:4). Portanto exortação do Senhor para permanecer Nele é conveniente não apenas para os incrédulos, mas também para lembrar e alertar os crentes que não estão permanecendo nele no sentido mais pleno.

Porque Ele quer que sejam espiritualmente produtivo, o pai toma todo o que dá fruto e ameixas-lo para que dê mais fruto. Poda

era ... uma parte essencial da prática vitícola do primeiro século, como é hoje. A primeira poda ocorreu na primavera, quando as videiras estavam em fase de floração. Isto envolveu quatro operações: (1) a remoção das dicas de cultivo de brotos vigorosos para que eles não crescem muito rapidamente; (2) cortar um ou dois metros a partir do final de crescente brotos para evitar brotos inteiras sendo arrancado pelo vento; (3) a remoção de alguns cachos de flores ou de uva, de modo que aqueles que ficaram poderia produzir mais e melhor qualidade dos frutos; e (4) a remoção de otários que surgiu a partir de baixo do chão ou do tronco e ramos principais de modo que a força da videira não foi aproveitado pelos otários. (Colin Kruse, O Evangelho Segundo João, Tyndale Comentários do Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 2003], 315)

O Pai poda os verdadeiros ramos, removendo qualquer coisa que possa minar sua energia espiritual e impedi-los de resultados frutíferos. Sua poda envolve cortar fora tudo o que limita a justiça, incluindo a disciplina que vem de ensaios, sofrimento e perseguição. O conhecimento de que o Pai usa a dor que os cristãos perdurar por seu bom final deve eliminar todo o medo, auto-piedade, e reclamando. O texto clássico em Hebreus lembra aqueles submetidos doloroso, chastening poda de Deus,

É para disciplina que perseverais; Deus vos trata como filhos; pois que filho há a quem o pai não corrige? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos se têm tornado participantes, então você está filhos ilegítimos e não filhos. Além disso, tínhamos pais terrenos que nos corrigiam, e os respeitávamos; não havemos sujeitaremos muito mais ao Pai dos espíritos, para vivermos? Pois eles nos corrigiam por pouco tempo como bem lhes parecia, mas Ele nos disciplina para o nosso bem, para que possamos compartilhar Sua santidade. Toda disciplina no momento não parece ser alegre, mas de tristeza; ainda para aqueles que têm sido por ela exercitados, depois produz um fruto pacífico de justiça. (Hebreus 12:7-11; conforme 1Co 11:321Co 11:32..)

Em infinita sabedoria do Pai e controle absoluto, soberano de todas as circunstâncias da vida, ele "faz com que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Rm 8:28;. Cf . 5: 3-5; Gn 50:20; Dt 8:16; 2 Cor. 4: 16-18; Tiago 1:2-4.).

Mas o sofrimento é apenas o cabo da faca do Pai; a lâmina é a Palavra de Deus. Vocês já estão limpos, Jesus disse aos discípulos verdadeiros onze, por causa da palavra que vos tenho falado com você.Porque eles tinham abraçado o evangelho através do ensinamento de Cristo, os onze tinham sido regenerados pelo Espírito Santo (conforme Jo 3:3-8; Tito 3:4-7). Isso mesmo evangelho é encontrado hoje nas Escrituras, a "palavra de Cristo" (Cl 3:16). A Palavra é instrumental na limpeza inicial dos crentes na salvação (conforme Rm 1:16), e também elimina continuamente, ameixas, e limpa-los.

Deus usa a Sua Palavra como a faca de poda, porque "é viva e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, e de juntas e medulas, e apta para discernir os pensamentos e as intenções do coração "(He 4:12), mas ele usa a aflição para preparar seu povo para a poda da Palavra. O salmista afirmou a ligação entre aflição e de trabalho da Palavra em sua vida quando ele escreveu: "Antes de ser afligido andava errado, mas agora guardo a tua palavra .... É bom para mim que eu estava aflito, e me aprender seus estatutos "(Sl 119:1:. Sl 119:67, Sl 119:71). Sl 94:12, também faz com que a conexão: "Bem-aventurado o homem a quem tu castigar, ó Senhor, ea quem ensinas a tua lei"

As palavras do Senhor enfatizar duas verdades importantes sobre a conduta espiritual: Permanecei em Mim, e Eu em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós sois os ramos; Aquele que permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto, pois sem mim, nada podeis fazer. Em primeiro lugar, uma vez que todos os verdadeiros crentes, aqueles que respeitar em Cristo e Ele em si, vai dar frutos espirituais, não há tal coisa como um cristão infrutífera. João Batista desafiou seus ouvintes a "dar frutos dignos de arrependimento" (Mt 3:8 Ele acrescentou: "Não há árvore boa que dê mau fruto, nem, por outro lado, a árvore má que produz bons frutos."

Em segundo lugar, os crentes não pode dar fruto por si próprios, porque, como Ele afirmou claramente, Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim. Eu sou a videira, vós sois os ramos; Aquele que permanece em mim e eu nele, esse dá muito fruto, pois sem mim, nada podeis fazer (conforme Os 14:8; 92: 12-14.; Pv 11:30; Pv 12:12; Jer 17.:. . 7-8; Mt 13:23; Rm 7:1; Gl 5:22-23; Ef 5:9; Cl 1:10; Jc 3:17).

Um equívoco popular equivale frutas com sucesso exterior. Por esse padrão comum, religião externa, justiça superficial, tendo uma grande igreja, um ministério popular, ou um programa de sucesso são considerados frutífera. Mas a Bíblia em nenhum lugar equivale a fruta com, comportamento externo superficial ou resultados, que enganadores e hipócritas, assim como cultos e religiões não-cristãs podem duplicar. Em vez disso, a Escritura define frutos em termos de qualidades espirituais. "O fruto do Espírito", Paulo lembrou aos gálatas, "é amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio" (Gl 5:22-23.). Essas características semelhantes às de Cristo marcam aqueles através dos quais flui a Sua vida.

Praise oferecido a Deus é também fruto. O escritor de Hebreus exorta os seus leitores, "Por Ele, em seguida, deixe-nos continuamente oferecer um sacrifício de louvor a Deus, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome" (He 13:15;. Conforme Is . 57:19; Os 14:2). Reconhecendo o apoio financeiro dos filipenses do seu ministério, Paulo lhes disse: "Não que procure dádivas, mas procuro o fruto que abunda na seu relato" (Fp 4:17 NVI ). Apoiar os outros que estão em necessidade é uma expressão tangível do amor, que é um dos frutos do Espírito (Gl 5:22).

Fruit também pode ser definida como um comportamento justo, honrando-santo Deus em geral. Tal conduta é "frutos dignos de arrependimento" (Mt 3:8.); o "fruto da Luz [que] consiste em toda bondade, e justiça e verdade" (Ef 5:9.); o "fruto pacífico de justiça" (He 12:11). Paulo orou para que o Colossenses seria continuamente ", frutificando em toda boa obra" (Cl 1:10), porque os cristãos foram "criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" (Ef . 2:10).

Finalmente, a Bíblia define como fruto converte ao evangelho e não o fruto artificial da superficiais "crentes", mas autênticos discípulos que permanecem na videira verdadeira. Referindo-se aos samaritanos que estavam próximos a Ele a partir da aldeia de Sicar, muitos dos quais iria acreditar Salvadora Nele (Jo 4:39), Jesus disse: "Já que ceifa está recebendo salários e está recolhendo frutos para a vida eterna, de modo que o que semeia como o que ceifa juntamente se regozijem "(v 36).. Ele declarou de Sua morte sacrificial, "Em verdade, em verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto" (Jo 12:24). Paulo expressou seu desejo de que os cristãos em Roma para conquistar adeptos na capital imperial: "Eu não quero que ignoreis, irmãos, que muitas vezes eu tenho planejado para chegar até você (e ter sido impedido até agora) para que eu possa obter algum fruto entre vós, como também entre os demais gentios "(Rm 1:13). No final de sua carta, Paulo cumprimentou "Epêneto, que é as primícias da Acaia para Cristo" (16: 5 NVI ). Em 1Co 16:15, o apóstolo se referia a "a família de Estéfanas", como "as primícias da Acaia", enquanto em Cl 1:6, no capítulo 9 deste volume).

Em segundo lugar, a promessa é apenas para aqueles que respeitar in (ter uma união permanente com) Jesus Cristo. Deus não obrigar-se a responder às orações dos crentes, embora ele pode optar por fazê-lo se ele combina com Seus propósitos soberanos.

A condição final é que de Cristo palavras permanecerem em que a pessoa que fez o pedido. Words traduz a forma plural do substantivo Rhema , e refere-se às declarações individuais de Cristo. A promessa de oração respondida só vem para aqueles cujas vidas são controladas pelos comandos específicos da Palavra de Deus (conforme Sl 37:4 e Jc 4:3;. Conforme 1Co 15:10;.. Gl 2:20; Cl 1:29).

Jesus prometeu, ainda, que aqueles que permanecemos nele vai experimentar Seu amor. Assim como o Pai me amou, Ele disse: Eu também te amei; permanecereis no meu amor. A maneira de fazer isso é manter Seus mandamentos, assim como Ele manteve Sua mandamentos do Pai e permanece em Seu amor. justa obediência é a chave para experimentar a bênção de Deus.

A maior bênção, para que todo o resto contribuir, é a alegria plena e completa. O Senhor prometeu dar aos crentes Sua alegria -a alegria que Ele compartilha em comunhão íntima com o Pai. Estas coisas vos tenho dito para você, Jesus disse aos onze, para que a minha alegria esteja em vós, e que a vossa alegria seja completo. O Senhor prometeu que Sua própria alegria permeará e controlar a vida de quem anda em comunhão com Ele. Pouco tempo depois, Jesus reiterou esta promessa em Sua oração sacerdotal ao Pai: "Mas agora vou para ti; e isto falo no mundo, para que eles tenham a minha alegria completa em si mesmos" (Jo 17:13). Mas o obediente recebem "alegria indizível e cheia de glória" (1Pe 1:8).

A frase em mim , neste caso, não pode ter a conotação Pauline da união dos crentes com Cristo; que apenas descreve aqueles que exteriormente se ligam a Ele (conforme 13, Matt:. 20-22; Rom. 9: 6-8; 11: 16-24; 1Jo 2:191Jo 2:19). Essas pessoas sempre estará presente com a verdadeira igreja. O Novo Testamento descreve-os como joio no meio do trigo:; (13 25:40-13:30'>Mt 13:25-30.) peixe ruim que são jogados fora (Mt 13:48.); cabras condenados à punição eterna (Mt 25:1,Mt 25:41); aqueles que ficaram do lado de fora, quando o chefe da casa fecha a porta (13 25:42-13:27'>Lucas 13:25-27); virgens loucas excluídos do banquete de casamento (Mt 25:1-12.);escravos inúteis que enterram o talento de seu mestre no chão:; (Mt 25:24-30.) apóstatas que eventualmente deixam a comunhão dos crentes (1Jo 2:19), manifestam um perverso coração de incredulidade ao abandonar o Deus vivo (He 3:12), continua a pecar deliberAdãoente depois de receber o conhecimento da verdade (He 10:26)..Embora eles imaginam que estão em seu caminho para o céu, eles são, na verdade, no caminho largo que leva para o inferno (13 40:7-14'>Mt 7:13-14.).

Bem na sua presença foi o exemplo por excelência de um falso branch-Judas 1scariotes. Externamente, ele era indistinguível dos outros onze apóstolos-tanto que quando Jesus anunciou mais cedo naquela noite, "Em verdade, em verdade, eu vos digo que um de vós me trairá" (Jo 13:21), o outro " discípulos começou a olhar um para o outro, em uma perda de saber de qual Ele estava falando "(v. 22). Eles finalmente teve que pedir a Ele para apontar o traidor (vv. 23-26). Mas Judas nunca tinha sido salvo. Em João 6:70-71 Jesus disse aos apóstolos: "Será que eu mesmo não escolhi a vós os doze anos, e ainda um de vós é um diabo? Agora Ele quis dizer Judas, filho de Simão Iscariotes, pois, um dos doze, ia traí-lo. "

O destino final que aguarda os falsos ramos deve ser lançado no fogo ... e ... queimado. Em 13 49:40-13:50'>Mateus 13:49-50 Jesus advertiu que "no final da época os anjos sairão e tirar o . maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha de fogo; naquele lugar haverá choro e ranger de dentes "(conforme Mt 3:10-12; Mt 7:19; Mt 25:41; Marcos 9:43-48; Lc 3:17). Seu protesto angustiado: "Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitos milagres?" (Mt 7:22) vai evocar a resposta chilling do Senhor: "Nunca vos conheci; partem de mim, vós que praticais a iniqüidade" (v 23)..

A escolha que enfrenta cada pessoa é clara. Permanecer em Cristo como um verdadeiro discípulo vai produzir um comportamento justo e resultar em eterna alegria e bênção. Mas aqueles cuja profissão de fé é falsa, como Judas, será inútil e, finalmente, lançado no tormento eterno no inferno. Pronunciamento do Senhor preocupante acerca de Judas, "Ai daquele homem por quem o Filho do homem é traído! Teria sido bom para esse homem se não houvera nascido" (Mt 26:24), aplica-se a todos os pseudodisciples. Nas palavras de Pedro,

Se, depois de terem escapado das corrupções do mundo pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, ficam de novo envolvidos nelas e são superados, o último estado tornou-se pior para eles do que o primeiro. Por que seria melhor para eles não terem conhecido o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, a afastar-se do santo mandamento entregue a eles (II Pedro 2:20-21).

55. Os Amigos de Jesus (João 15:12-16)

"Este é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. No Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que seu mestre está fazendo;. mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer a você Você não me escolhestes a mim mas eu escolhi a vós, e vos designei para que você iria e deis fruto, eo vosso fruto permaneceria, de modo que tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, ele pode dar a você. " (15: 12-16)

Em um mundo inundado de relativismo, a Bíblia é única em sua clareza e autoridade onde muitas pessoas ver Palavra cinza de Deus fala em termos que são preto e branco. A Bíblia é absoluta e definitiva, e provocante, sem se preocupar com o politicamente correto e, portanto, sem medo de confrontar as pessoas com a realidade de sua condição. Como resultado, a Escritura faz grandes contrastes entre aqueles que são salvos e os que estão perdidos (Lc 19:10); aqueles que estão com Jesus e aqueles que são contra Ele (Lc 11:23); aqueles no mundo e não as do mundo (Jo 15:19; Jo 17:14; conforme 1 João 2:15-17); aqueles que são filhos de Deus e aqueles que são filhos do diabo (1Jo 3:10); aqueles em o reino do Filho amado de Deus, e aqueles no reino satânico das trevas (Cl 1:13).

Nesta passagem, Jesus introduz um outro aspecto deste contraste entre aqueles que são seus amigos, e aqueles que são amigos do mundo. A amizade com Jesus Cristo resulta em um relacionamento íntimo com Deus e traz "alegria indizível e cheia de glória" (1Pe 1:8; 1 Tessalonicenses 1:. 1Ts 1:7; 1Ts 2:10); amados de Deus (Rm 1:7; Fp 4:1; Jc 1:16); o chamado (Rm 1:6; Jo 11:52; Jo 2:15 Phil, I João 3:1-2.); filhos da promessa (Gl 4:28.); filhos da luz (Ef 5:8); Cristãos (At 11:26; 1Pe 4:161Pe 4:16); discípulos (Atos 6:1-2; At 11:26); os eleitos (Mt 24:22,Mt 24:31; Lc 18:7.); o piedoso (2Pe 2:9; Gl 4:7;.. He 6:17); herdeiros da salvação (He 1:14. KJV ​​); os justos (Hc 2:1; Mt 13:43; Mt 25:46; Lc 14:14; Rm 1:17; He 12:23);luzes no mundo (Fp 2:15;. conforme Mt 5:14.); pedras vivas (1Pe 2:5.); povo de Deus (He 11:25; 1Pe 2:101Pe 2:10.); uma raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus (1Pe 2:9.); servos de Cristo (1Co 7:22; Ef 6:6.); vasos para honra (2Tm 2:21.); vasos de misericórdia (Rm 9:23.); e santos (At 9:13; Rm 1:7). Mas "amigo" captura um aspecto único de comunhão com o Senhor.

Esta breve passagem revela quatro características de amigos de Jesus: Eles são aqueles que se amam, obedecê-lo, conhecer a verdade divina, e foram especialmente escolhidos pelo próprio Senhor.

Os Amigos de Jesus amar uns aos outros

Este é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus Mends. (15: 12-13)

Pela segunda vez naquela noite no cenáculo, Jesus deu o mandamento que Seus seguidores devem amar uns aos outros (conforme 13:34). O amor é o cumprimento dos mandamentos que Jesus tinha que se refere o 15:10. Paulo expressou que mesmo princípio para os cristãos de Roma:

Devo nada a ninguém, exceto a amar uns aos outros; pois quem ama o próximo tem cumprido a lei. Para isso, "Não cometerás adultério, não haveis de assassinato, você deve não roubar, não cobiçarás", e se há algum outro mandamento, tudo se resume nesta palavra: "Amarás o teu próximo como a si mesmo . " O amor não pratica o mal contra o próximo; portanto, o amor é o cumprimento da lei. (13 8:45-13:10'>Rom. 13 8:10)

Somente aqueles que permanecemos nele tem a capacidade de amar como Jesus amou divinamente. No novo nascimento, o "amor de Deus [foi] derramado em [seu] corações por meio do Espírito Santo, que foi dado a [eles]" (Rm 5:5..). O que Paulo escreveu a respeito da Tessalonicenses: "Agora, quanto ao amor dos irmãos, você não tem necessidade de alguém para escrever para você, para você mesmos sois instruídos por Deus a amar uns aos outros" (1Ts 4:9). A morte do Senhor, naquele momento apenas uma questão de horas de distância, era a prova suprema do seu amor, como Sua declaração Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos indica. Jesus não morreu para si mesmo, mas para que outros pudessem viver. Em Romanos 5:6-8, Paulo escreveu:

Por enquanto ainda éramos fracos, no momento certo, Cristo morreu pelos ímpios Porque dificilmente haverá quem morra por um justo; embora, talvez, para o bom alguém ouse morrer. Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós.

Em uma declaração somente maravilhosamente concisa quinze palavras em grego text-Paulo resumidos expiação substitutiva de Cristo para os crentes: "Ele fez Aquele que não conheceu pecado, o pecado em nosso nome, para que nos tornássemos justiça de Deus nele" (2Co 5:21). Pedro lembrou seus leitores que "Cristo morreu pelos pecados de uma vez por todas, o justo pelos injustos, para que Ele possa nos levar a Deus" (1Pe 3:18). Ecoando as palavras do Senhor nesta passagem, João escreveu: "Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e nós devemos dar a nossa vida pelos irmãos" (1Jo 3:16).Em seguida, o apóstolo expressa as implicações práticas do que a verdade: "Mas aquele que tiver bens deste mundo e vir o seu irmão sofrer necessidade e lhe fecha o coração contra ele, como é que o amor de Deus permanecer nele Filhinhos, não amemos com? palavra, nem de língua, mas de fato e de verdade "(vv. 17-18). Os amigos de Jesus Cristo mostrar o seu amor um pelo outro por humildemente atender às necessidades de cada um.

Os Amigos de Jesus lhe obedecem

Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. (15:14)

A essência do pecado é a rebelião contra a lei de Deus. Samuel repreendeu Saul por sua incapacidade de fazer o que Deus lhe havia ordenado: "Tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à voz do Senhor: Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, eo atender do que a gordura de carneiros "(1Sm 15:22). Samuel então equiparado rebelião com o pecado: "Porque a rebelião é como o pecado de adivinhação, e obstinação é como a iniqüidade de idolatria" (v 23).. O Novo Testamento também define o pecado como rebelião. João escreveu: "Todo aquele que pratica o pecado também pratica ilegalidades; porque o pecado é iniqüidade" (1Jo 3:4; Mt 13:41; Mt 23:28; 2Co 6:142Co 6:14..).

Porque todo o pecado é rebelião contra Deus, abandonando o pecado necessariamente implica obediência a Deus. Uma pessoa não pode se submeter a Deus e ao mesmo tempo se rebelar abertamente contra Ele; o mesmo a vida não pode ser caracterizada tanto por ilegalidade e obediência (1Jo 3:6). Assim, obediência e fé estão intimamente ligados por toda a Escritura. A conversão ocorre quando aqueles que "eram escravos do pecado" tornar-se "obediente do coração" (Rm 6:17). At 6:7). Paulo declarou que o objetivo de seu ministério apostólico era "para trazer a obediência da fé entre todos os gentios" (Rm 1:5; Rm 16:26.). Os heróis da fé listadas em Hebreus 11 demonstrou a realidade de sua fé pela sua obediência. Tão de perto é a obediência relacionado com a fé salvadora que He 5:9). Jo 3:36 também equivale acreditando com obediência, notando que "quem crê no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a vida, mas a ira de Deus sobre ele permanece." Quando informado de que sua mãe e seus irmãos estavam procurando por Ele, Jesus respondeu: "'Quem é minha mãe e meus irmãos?' Olhar sobre a aqueles que estavam sentados em volta, Ele disse: 'Eis aqui minha mãe e meus irmãos Pois quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe!' "(Marcos 3:33-35).

WE Vine aponta outra ligação entre fé e obediência:

Peitho [obedecer] e pisteuo , " para confiar ", estão intimamente relacionados etimologicamente; a diferença de significado é que a primeira implica a obediência a que é produzida por este último, cp. He 3:18, onde a desobediência dos israelitas é dito ser a evidência de sua incredulidade .... Quando um homem obedece a Deus que ele dá a única prova possível que, em seu coração, ele acredita que Deus .... peitho em NT sugere um resultado real e para fora da persuasão interior e consequente fé. ( Dicionário Expositivo de Vine do Antigo e Novo Testamento Words [Old Tappan, NJ: Revell, 1981], 3: 124)

Obediência, é claro, não ganhar a salvação. A salvação é unicamente "pela graça mediante a fé ... ... não como resultado de obras, para que ninguém se glorie" (Ef. 2: 8-9). Deus "nos salvou, e não com base em ações que nós temos feito em justiça, mas de acordo com a Sua misericórdia, pela lavagem da regeneração e renovação pelo Espírito Santo" (Tt 3:5; conforme Gl 2:16..).Ele baseou sua esperança de salvação exclusivamente em ser "encontrado nele, não tendo justiça [seu] próprio derivado da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus com base na fé" (Fp 3:9 no capítulo anterior deste volume); Suas ovelhas ouvem a Sua voz e segui-Lo (Jo 10:27); verdadeiros discípulos obedecer à Sua Palavra (Jo 8:31).As boas obras salvar ninguém, mas uma fé desprovida deles está morto e não pode salvar (Tiago 2:14-26.; Conforme Ef 2:10).

Os Amigos de Jesus conhecer a verdade divina

Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que seu mestre está fazendo; mas tenho-vos chamado amigos, porque tudo quanto ouvi de meu Pai vos tenho dado a conhecer você. (15:15)

O termo escravos não têm muitas das conotações negativas na cultura judaica que ele faz hoje. Na verdade, algumas das figuras mais nobres do Antigo Testamento foram descritos como escravos (Heb. ebed) de Deus, incluindo Moisés (Nu 12:7.), Josué (Js 24:29).Um costume desde os tempos bíblicos lança luz sobre a grande honra crentes têm em ser os amigos de Jesus Cristo. William Barclay escreve:

Esta frase é iluminado por um costume praticado nas quadras tanto dos imperadores romanos e dos reis no Oriente Médio. Nesses tribunais, havia um grupo muito seleto chamado os amigos do rei, ou os amigos do imperador. Em todas as vezes, eles tiveram acesso ao rei; eles ainda tinham o direito de ir para seu quarto no início do dia. Ele conversou com eles antes que ele conversou com seus generais, seus governantes e seus estadistas. Os amigos do rei eram aqueles que tinham o mais próximo e a ligação mais íntima com ele. ( O Evangelho de João, vol 2, A Bíblia de Estudo Nova Daily.. [Louisville: Westminster João Knox Press, 2001], 207-8 em itálico no original.)

É esse tipo de acesso íntimo que Jesus graciosamente concede aos Seus amigos. Porque eles são seus amigos, Jesus prometeu para compartilhar com os crentes todas as coisas que Ele tinha ouvido a partir doPai. Eles "Conhecereis a verdade, ea verdade vai fazer [eles] libertará" (Jo 8:32). Em João 17:6-8 Jesus orou ao Pai,

Manifestei o teu nome aos homens que me deu fora do mundo; Eram teus e tu os deste a mim, e eles guardaram a tua palavra. Agora, eles vêm a saber que tudo que você tem me dado é o de ti; para as palavras que você me deu Eu dei a eles; e eles as receberam e verdadeiramente entendido que saí de ti, e creram que tu me enviaste.

Quando os discípulos perguntaram-Lhe: "Por que você fala a eles [as multidões] em parábolas?" (Mt 13:10), Jesus respondeu: "A vós foi dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes foi concedido" (v. 11). Em Lucas 10:23-24 Ele lhes disse: "Bem-aventurados os olhos que vêem o que vós vedes, pois eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes, e não vê-los, e ouvir as coisas que ouvis e não ouvi-los. "

Os amigos de Jesus tem uma visão sobre "o mistério, que foi mantido em segredo por muito tempo épocas passadas, mas agora se manifesta, e pelas Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, foi dado a conhecer a todas as nações , levando a obediência da fé "(Rom. 16: 25-26). O termo "mistério" no Novo Testamento se refere a coisas escondidas no passado, mas agora revelado por Jesus aos apóstolos, e através deles a todos os crentes. O Novo Testamento revela os mistérios do reino dos céus (Mt 13:11), o mistério de endurecimento de Israel (Rm 11:25.), O mistério do evangelho (Ef 6:19), o mistério do arrebatamento (1Co 15:51.), o mistério da vontade de Deus (Ef 1:9), o mistério da união de Cristo e da Igreja (Ef 5:32.), o mistério da habitação do crentes de Cristo (Colossenses 1:26-27), o mistério que o Messias seria Deus encarnado (Cl 2:2). Sua capacidade de entender as verdades espirituais Jesus revela-lhes define Seus amigos Além de o não remido, que não têm esses privilégios:

Agora nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que possamos conhecer as coisas dadas livremente a nós por Deus, que também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas em ensinadas pelo Espírito, combinando pensamentos espirituais com palavras espirituais. Mas o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura;e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente. Mas o que é espiritual discerne bem tudo, enquanto ele próprio é avaliado por ninguém. Para quem conheceu a mente do Senhor, que ele irá instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo. (1 Cor. 2: 12-16)

Os Amigos de Jesus foram especialmente escolhidos por ele

Você não me escolhestes a mim mas eu vos escolhi a vós, e vos designei para que você iria e deis fruto, eo vosso fruto permaneceria, de modo que tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, ele pode dar a você. (15:16)

Em uma reversão da prática judaica habitual (normalmente pretensos discípulos aproximaram de um rabino que queria seguir), os discípulos não escolher Jesus , mas Ele escolheu -los. O conhecimento de que Jesus escolheu -los (e, por extensão, todos os crentes) para salvação sem qualquer mérito próprio (v 19; Jo 6:1,Jo 6:65; At 13:48; Romanos 8:28-30.; Gl 1:15; 2 Tim. 1:. 2Tm 1:9; 2Tm 2:10; 1 Pedro 1: 1-2.) elimina qualquer pretensão de orgulho espiritual que os cristãos poderiam sentir-se (conforme Rm 3:27; 4:. Rm 4:2; 1 Cor 1: 26-31; Gl 6:14; Ef 2:1).

Não só que Jesus escolheu os discípulos para a salvação, Ele também nomeou -os para o serviço. A palavra traduzida nomeado é uma forma do verbo tithemi , que tem aqui a conotação de ser separado ou ordenado para o serviço especial (conforme seu uso similar em At 20:28; 1Co 12:281Co 12:28; 1 Tim. 1:. 1Tm 1:12; 1Tm 2:7)..

Tendo escolhido e treinado os discípulos, Jesus ordenou-lhes para ir ao mundo, proclamar as boas notícias sobre ele, e dar frutos. A vida cristã não é um esporte espectador; Jesus não escolheu os crentes a ficar de braços cruzados enquanto o mundo continua em seu caminho para o inferno. Pelo contrário, o Seu mandamento explícito é: "Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a observar tudo o que vos ordenei; e eis que eu estarei sempre convosco, até ao fim dos tempos "(Mt 28:19-20; conforme Lc 14:23.).

Quando os crentes proclamar o evangelho, aqueles que respondem Salvadora para se tornar fruto que irá permanecer para sempre (conforme 04:36; Lc 16:9). Eles sabem que a verdade divina, mas eles devem estudar diligentemente (2Tm 2:15). Jesus chamou seus amigos para fora do mundo, para que eles devem ter cuidado para não amá-lo (1Jo 2:15). Aqueles que têm sido concedido o privilégio de dar frutos devem apresentar à poda do Pai, para que eles possam suportar ainda mais fruto (15: 2). A promessa do Senhor de demandas respondeu à oração que os crentes oram eficaz (Jc 5:16) e incessantemente (1Ts 5:17). Em suma, aqueles a quem foi concedido o privilégio inestimável de ser os amigos de Jesus Cristo deve "andar de modo digno da vocação a que [eles] têm sido chamados" (Ef 4:1)

.. "O que vos mando: que vos ameis uns aos outros Se o mundo vos odeia, você sabe que ele tem odiado Me antes de odiar você Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era própria, mas porque você não é de do mundo, mas eu vos escolhi do mundo, por isso o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que vos disse: 'Um escravo não é maior que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa Mas todas essas coisas que eles vão fazer com você por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou Se eu.. não viera e não lhes falara, não teriam pecado, mas agora não têm desculpa do seu pecado. Aquele que me odeia, odeia também a meu Pai. Se eu não tivesse feito entre eles as obras que nenhum outro fez, que seria . não tem pecado, mas agora eles têm visto e odiado Eu e Meu Pai tão bem, mas eles têm feito isso para cumprir a palavra que está escrita na sua lei: Odiaram-me sem causa. "(15: 17— 25)

Desde o seu início no dia de Pentecostes, a Igreja de Jesus Cristo sempre enfrentou oposição. Depois que Pedro e João curaram dramaticamente um aleijado de nascença (Atos 3:1-11) e Pedro pregou uma poderosa mensagem evangelística (3: 12-26), "os sacerdotes e o capitão da guarda do templo e os saduceus até eles, ressentidos porque eles estavam ensinando o povo e proclamando em Jesus a ressurreição dentre os mortos também puseram as mãos sobre eles e colocá-los na prisão até o dia seguinte, pois já era tarde "(4: 1-3). . Pouco depois, picado pelo crescimento fenomenal da igreja primitiva ", o sumo sacerdote levantou-se, juntamente com todos os seus associados (isto é, a seita dos saduceus), encheram-se de inveja. Eles impuseram as mãos sobre os apóstolos e colocar —los em uma cadeia pública "(5: 17-18). Por causa de sua pregação corajosa, destemida do evangelho, Estevão foi falsamente acusado, preso, levado a julgamento perante o Sinédrio, e apedrejado até a morte (6: 8-7: 60). Após sua morte, a perseguição geral eclodiu contra a igreja, liderada pelo zeloso fariseu Saulo de Tarso (8: 1-4). O primeiro dos apóstolos a ser martirizado era Tiago, irmão de João, que foi morto pelo ímpio rei Herodes (12: 1-2). Herodes também preso Pedro-só para vê-lo milagrosamente libertado por um anjo (12: 3-11). Segundo a tradição o resto dos Doze (com exceção de João, que foi exilado em Patmos [Ap 1:9). Esse incidente traçado o curso para o resto da vida e do ministério de Paulo. No livro de Atos, Lucas registra que, no curso de suas viagens missionárias, Paulo foi forçado a fugir de Icônio (Atos 14:5-6); foi apedrejado e deixado para morrer em Listra (Atos 14:19-20); foi espancado e jogado na prisão em Filipos (Atos 16:16-40); foi forçado a deixar Tessalônica após sua pregação provocou um motim (Atos 17:5-10); também foi forçado a fugir de Berea após judeus hostis de Tessalônica seguiu lá (13 44:17-14'>Atos 17:13-14); foi escarnecido e ridicularizado pelos filósofos gregos em Atenas (Atos 17:16-34); foi levado perante um procônsul romano em Corinto por seus adversários judeus (Atos 18:12-17); e enfrentou hostilidade tanto de judeus (At 19:9) e gentios (Atos 19:21-41; conforme 1Co 15:321Co 15:32.) em Éfeso. Quando ele estava prestes a navegar a partir da Grécia para a Síria, uma conspiração judaica contra a sua vida obrigou-o a mudar seus planos de viagem (At 20:3). Em Jerusalém, Paulo foi reconhecido no templo pelos judeus da Ásia Menor e barbaramente espancado pela multidão frenética que despertou. Ele foi salvo da morte certa apenas quando soldados romanos chegaram ao local e prendeu-o (Atos 21:27-36). Enquanto Paulo estava sob custódia em Jerusalém, os judeus formaram mais uma conspiração contra sua vida, o que levou o comandante romano para mandá-lo sob guarda pesada para o governador em Cesaréia (Atos 23:12-35).

Eventualmente, depois de uma viagem por mar angustiante e naufrágio (Atos 27:1-28: 14), Paulo, ainda sob custódia romana, chegou a Roma. Lá, ele encontrou a oposição dos líderes judeus locais (28: 17-29). Embora os romanos o liberou após pelo menos dois anos de prisão (28:30), Paulo acabou sendo preso novamente e executado durante a perseguição de Nero.

Assim como Paulo teve antes de sua conversão (At 26:9; Fm 1:31Tm 1:13.), Os judeus consideravam os cristãos a serem hereges. Assim, eles acreditavam que, ao perseguir a igreja que eles estavam honrando a Deus. Como Jesus disse aos discípulos: "Eles vão fazer você párias da sinagoga, mas uma hora está chegando para todos que mata-lo a pensar que ele está oferecendo o serviço a Deus" (Jo 16:2; Jo 19:12).

Os romanos os cristãos perseguidos por várias razões. No início, eles viram o cristianismo como apenas mais uma seita judaica. Desde o judaísmo era uma religião legalmente tolerada ( religio licita ), os romanos deixaram os cristãos sozinho. Assim, quando os judeus em Corinto acusaram Paulo diante do procônsul romano Gallio, ele se recusou a intervir, considerando a questão uma disputa interna dentro do judaísmo (Atos 18:12-15).

Eventualmente hostilidade dos judeus em direção aos cristãos e ao afluxo de gentios na igreja, levou os romanos a reconhecer o cristianismo como distinta do Judaísmo. Cristianismo tornou-se então uma religião ilegal, proscrito pelo governo romano. Além de status ilegal do cristianismo, vários fatores levaram perseguição romana. Politicamente, a fidelidade dos cristãos a Cristo acima César levantou suspeitas de que eles foram desleais ao Estado. Para manter o controle sobre o seu vasto império, os romanos necessário que a lealdade final de seus súditos ser ao imperador como a personificação do Estado romano. E uma vez que "houve uma união entre religião e Estado na Roma antiga ... recusa a adorar a deusa Roma ou o imperador divino constituído traição" (Howard F. Vos, Explorando História da Igreja[Nashville: Tomé Nelson, 1994],
26) . Porque os cristãos se recusaram a fazer o sacrifício necessário oferecido no culto ao imperador, eles eram vistos como traidores. Eles também proclamou o reino de Deus, o que fez com que os romanos a suspeitar-los de conspiração para derrubar o governo. Para evitar o assédio por funcionários do governo, os cristãos muitas vezes realizaram suas reuniões em segredo, e durante a noite. Isso aumentado as suspeitas dos romanos que foram para incubação uma trama anti-governar-ment. Para que os cristãos em geral se recusou a servir no exército romano também os levou a ser visto como desleal.

Os romanos também os cristãos perseguidos por motivos religiosos. Eles permitiram que seus súditos a adoração aos deuses que eles gostaram, contanto que eles também adoravam os deuses romanos. Mas os cristãos pregavam uma mensagem exclusiva que só há um só Deus e um só caminho da salvação. Isso, juntamente com os seus esforços evangelísticos para ganhar convertidos de outras religiões, foi contra a atmosfera predominante do pluralismo religioso. Os cristãos foram denunciados como ateus porque rejeitaram o panteão romano de deuses, e porque eles adoravam um Deus invisível, não um ídolo.O segredo das reuniões dos cristãos levou a escabrosos, falsos rumores de imoralidade. Mal-entendido sobre o que se entende por comer e beber os elementos durante a Ceia do Senhor levou a acusações de canibalismo. Prática dos cristãos de cumprimentar uns aos outros com ósculo santo (Rm 16:16; 1Co 16:201Co 16:20;. 2Co 13:122Co 13:12;.. 1Ts 5:261Ts 5:26; conforme 1Pe 5:141Pe 5:14) deu origem às acusações de incesto e outras perversões sexuais.

Socialmente os líderes da sociedade romana temia a influência dos cristãos sobre as classes mais baixas, de cujas fileiras da igreja atraiu muitos de seus membros (conforme 1Co 1:26). Assombrado pela sempre presente fantasma de revoltas de escravos, os aristocratas ricos se sentiu especialmente ameaçada pelo ensino dos cristãos que todas as pessoas são iguais (Gl 3:28;. Cl 3:11; conforme carta de Paulo a Filémon), embora a Igreja não se opôs abertamente a escravidão. Os cristãos também realizou-se afastado de grande parte da vida pública da época. Por razões óbvias, não poderiam estar envolvidos no templo de adoração idólatra que era uma parte tão importante da vida social. . Mas mesmo desportivas e teatrais eventos envolvidos sacrifícios aos deuses pagãos que os cristãos não poderiam participar na pureza de suas vidas repreendeu os estilos de vida debochados de ricos e pobres e provocou ainda mais hostilidade (conforme I Pedro 4:3-4).

Fatores econômicos desempenhou um papel muitas vezes esquecido na perseguição dos primeiros crentes. Exorcismo de Paulo de um demônio de uma escrava cartomancia em Filipos causada seus senhores, enfurecidos com a perda das receitas que ela trouxe, para provocar a hostilidade contra ele (Atos 16:16-24). Fatores econômicos também desempenhou um papel significativo em provocar o motim em Éfeso (Atos 19:23-27). No início do segundo século Plínio, o governador romano da Bitínia, lamentou em uma carta ao imperador Trajano que a difusão do cristianismo tinha causado os templos pagãos para ser abandonada e vendas de animais sacrificados a despencar. Em que idade as pessoas supersticiosas também atribuiu a peste, fome e desastres naturais para abandono dos cristãos dos deuses tradicionais, o que levou o apologista cristão Tertuliano a observação sarcástica "Se o Tiber atinge as paredes, se o Nilo não sobe para os campos, se o céu não se move ou a terra faz, se há fome, se há peste, o grito é ao mesmo tempo ", os cristãos às feras! ' O que, todos eles com um leão? " ( Apologia 40,2, como citado em MA Smith, From Cristo to Constantine [Downers Grove, Ill .: InterVarsity de 1973], 86).

Por essas e outras razões, o cristianismo tornou-se um odiado e desprezado seita religiosa no Império Romano. Em sua carta ao imperador Trajano, Plínio desprezou o cristianismo como uma "superstição depravada e extravagante." Plínio passou a queixar-se que "o contágio dessa superstição [Cristianismo] não se espalhou apenas nas cidades, mas nas aldeias e distritos rurais, assim" (citado em Henry Bettenson, ed,. Documentos da Igreja Cristã [Londres: Oxford University Press, 1967],
4) .O historiador romano Tácito, um contemporâneo de Plínio, descreveu os cristãos como "uma classe odiada por suas abominações" (citado em Bettenson, Documentos , 2), enquanto Suetônio, outro contemporâneo de Plínio, negou-lhes como "um conjunto de homens que aderem a uma novela e superstição perniciosa" (citado em Bettenson, Documentos, 2).

A primeira perseguição oficial dos cristãos pelo governo romano veio durante o reinado do imperador Nero. Em julho de AD 64 um incêndio devastou Roma, destruir ou danificar grande parte da cidade.Rumores populares apontou a culpa para o fogo no Nero. Apesar dos rumores, provavelmente, não fosse verdade, Nero procurado bodes expiatórios para mudar a suspeita longe de si mesmo. Ele, portanto, culpou os cristãos, que já foram desprezadas pela população (como as aspas no parágrafo anterior indicam), e começou a persegui-los violentamente. Os cristãos foram presos, cruelmente torturado, lançados a animais selvagens, crucificado e queimado como tochas para iluminar jardins de Nero à noite. A perseguição oficial, aparentemente, foi confinado à vizinhança de Roma. Mas os ataques contra cristãos, sem dúvida, se espalhar, sem controle por parte das autoridades, para outras partes do império. Segundo a tradição, Pedro e Paulo foram martirizados durante a perseguição de Nero.

Três décadas mais tarde, durante o reinado do imperador Domiciano, outra perseguição patrocinada pelo governo dos cristãos estourou. Pouco se sabe sobre os detalhes, mas estendeu-se pela província da Ásia (Turquia moderna). O apóstolo João foi banido de Éfeso para a ilha de Patmos, e entre aqueles martirizados era um homem (provavelmente um pastor) chamado Antipas (Ap 2:13).

No segundo século e na primeira metade do século III, a perseguição oficial dos cristãos era esporádica. Durante o reinado do imperador Trajano no início do segundo século, Plínio, na carta mencionado anteriormente, pediu Trajano como lidar com os cristãos em sua região. Trajano respondeu que eles não estavam a ser buscado, mas se acusado (Trajano instruído Plínio ignorar denúncias anônimas), deviam ser levados a julgamento. Aqueles que se recusaram a se retratar deviam ser punidos. Embora a política de Trajano não resultou em perseguição generalizada, que resultou no martírio de alguns, mais notavelmente o pai famoso igreja Inácio. Política de Trajano permaneceu em vigor por várias décadas, até o reinado de Marco Aurélio. Sob seu governo, o Estado tomou um papel mais activo na esmiuçando cristãos. Durante o seu reinado o famoso apologista cristão Justino Mártir foi executado, e uma perseguição selvagem irrompeu contra os cristãos em Lyons e Vienne na Gália (França moderna).
A primeira perseguição em todo o império da igreja ocorreu sob o imperador Décio em AD 250. Roma naquela época enfrentou grave (uma crise econômica e vários desastres naturais) e interna (incursões bárbaras) problemas externos. Decius estava convencido de que essas dificuldades resultaram da negligência dos antigos deuses de Roma. Ele emitiu um decreto exigindo que todos para oferecer um sacrifício aos deuses e ao imperador e obter um certificado que ateste que o tinham feito. Aqueles que se recusaram a prisão faced, prisão, tortura e execução. Felizmente para a igreja, a perseguição de Décio foi interrompida por sua morte em combate, em julho AD 251.

A perseguição final e mais violenta em todo o império da igreja começou em AD 303, durante o reinado de Diocleciano. Esta perseguição foi nada menos do que uma tentativa all-out para exterminar a fé cristã. Diocleciano emitiu uma série de decretos que ordenam que as igrejas ser destruída, todas as cópias da Bíblia ser queimado, e todos os cristãos oferecer sacrifícios aos deuses romanos, sob pena de morte. A perseguição diminuiu quando Constantino e seu co-imperador Licínio emitiu o Édito de Milão ( AD 313), concedendo a liberdade de culto para os membros de todas as religiões. Mas Licínio renegou o acordo e perseguição continuou em algumas partes do império. Não foi até Constantino tornou-se imperador único em AD 324 que a perseguição dos cristãos Roman encerrou permanentemente Sob a Igreja Católica Romana, que substituiu a Roma Imperial como o poder dominante durante a Idade Média, a perseguição começou de novo. Ironicamente, desta vez, a perseguição contra os verdadeiros crentes vieram aqueles que se chamou de "cristão". Os horrores da Inquisição, Massacre do Dia de São Bartolomeu, e os martírios de muitos crentes sintetizou o esforço da Igreja Romana para suprimir o verdadeiro evangelho de Jesus Cristo. Mais recentemente, os crentes foram brutalmente reprimidos por regimes comunistas e islâmicos. De fato, estima-se por ninguém menos que uma fonte católica romana que, em toda a história da igreja, cerca de 70 milhões de cristãos foram mortos por sua profissão de fé, com dois terços desses martírios que ocorram após o início do século XX século (Antonio Socci, I Nuovi Persequitati [O New Perseguida] (Casale Montferrato:.. Edizioni Piemme, 2
002) O número real é provavelmente muito maior o jornalista católico citadas nesta reportagem estima que uma média de 100 mil cristãos foram mortos a cada ano desde 1990.

Nesta passagem, o Senhor Jesus Cristo continuou seu discurso de despedida aos discípulos na noite antes de sua morte. Sua mensagem até esse ponto tinha sido um dos conforto e esperança. Ele já tinha tranquilizado os discípulos de Seu amor continuada para eles (cap.
13) e fez várias promessas magníficas para eles (cap. 14). Mas os discípulos ainda teria que enfrentar o hostil, rebelde, mundo que rejeita Cristo. O mundo odiaria e persegui-los, uma vez que tinha odiado e perseguido o seu Mestre; de frente para que a hostilidade é o custo de ser seu discípulo (13 9:41-13:13'>Marcos 13:9-13; At 14:22; 2Tm 3:122Tm 3:12). Este foi exatamente o que Ele lhes havia dito na noite anterior, no Monte das Oliveiras seria verdade por todo o período compreendido entre o primeiro e segundo vindas (conforme Mt 24:1; Lucas 21:12-19).

Jesus em relação às promessas de conforto e bênção com um aviso para os discípulos da hostilidade que os aguardava. Em face do ódio do mundo, os discípulos precisam um do outro desesperAdãoente O Senhor, portanto, repetiu Sua instrução anterior, "O que vos mando: que vos ameis uns aos outros" (conforme v 12; 13 34:35.). Esse comando faz uma transição entre as promessas do Senhor para os discípulos e sua advertência de ódio-a advertência do mundo, que também deve motivá-los a amar uns aos outros.

Esta passagem revela três razões pelas quais o mundo odeia os crentes: porque o mundo rejeita aqueles que não são parte dela, porque o mundo odiava Jesus, e porque o mundo não conhece a Deus.

O mundo rejeita aqueles que não fazem parte dela

Se o mundo vos odeia ... Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu; mas, porque não sois do mundo, mas eu vos escolhi do mundo, por isso o mundo vos odeia. (15: 18-A-19)

Kosmos (Mundo) refere-se, neste contexto, o mal, o sistema caído mundo composto de pessoas não regeneradas e controlado por Satanás (Jo 12:31; Jo 14:30; Jo 16:11; 1Jo 5:191Jo 5:19; conforme Ef 2:1.).Desde a sua régua odeia os crentes, não é de surpreender que o mundo também odeia -los, porque eles não são do mundo. O mundo se ressente de crentes, porque as suas vidas piedosas condenar suas más obras; "Aquele que é reto no seu caminho é abominável para os ímpios" (Pv 29:27). Em 1Jo 3:12 João ilustrado esse princípio com a história do primeiro assassinato da história da humanidade: "Cain ... era do maligno, e matou a seu irmão e por que razão é que ele matá-lo Porque as suas obras eram más.? e eram de seu irmão justo ". Por outro lado, o mundo aplaude aqueles que praticam o mal (Rm 1:32).

Embora os crentes vivem no mundo (conforme 1 Cor. 5: 9-10), devem se destacar a partir dele como uma acusação dela. Paulo cobrado aos filipenses: "Mostrai-vos a ser irrepreensíveis e inocentes, filhos de Deus acima de qualquer suspeita, no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual aparecem como astros no mundo" (Fp 2:15). "Não participar nas obras infrutíferas das trevas", ele advertiu os Efésios ", mas em vez disso, mesmo expô-los" (Ef 5:11).

Enquanto as pessoas do mundo odiar aqueles que seguem Jesus Cristo, eles se amam. Os incrédulos são confortáveis ​​e apoiam outros incrédulos. Se fôsseis do mundo, Jesus disse, o mundo amaria o seu próprio. A cláusula condicional no versículo 18 (Se o mundo vos odeia) expressa uma condição assumida como verdadeira. Esta cláusula condicional, no entanto, expressa uma condição assumida como Falsa; declaração do Senhor pode ser traduzido, "Se você fosse do mundo (e não são) ...." Se os discípulos sido parte do mundo, eles teriam experimentado o amor imperfeito que o mundo tem para o seu próprio. O amor é de phileo , que refere-se a "afeição natural e paixão, e não [ Ágape ], o alto inteligente amor,, proposital de um Estado ético "(RCH Lenski, A Interpretação dos Evangelho de São João[repr .; Peabody, Mass .: Hendrickson, 1998], 1055).

Os cristãos não fazem parte do mundo, porque Jesus escolheu -os para fora do mundo (conforme At 26:18; Cl 1:13; 2Tm 2:262Tm 2:26; Heb. 2: 14-15.). O uso do pronome enfático Ego ( I ) e do sentido reflexiva do verbo voz média traduzido escolheu mostra que Jesus os escolheu para Si mesmo. Todo o crédito para a salvação dos discípulos pertence a Ele (conforme Jo 15:16).

A doutrina da eleição silencia o orgulho humano. Paulo lembrava aos Efésios que Deus "nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis diante dele .... para o louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado "(Ef 1:4). Para os romanos, ele escreveu: "Onde, então, está gozando? É excluída. Por que tipo de lei? Das obras? Não, mas pela lei da fé., Pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei "(Rom. 3: 27-28). No próximo capítulo, ele acrescentou: "Se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus" (4: 2).

O mundo odeia crentes, pois odiava Jesus Cristo

você sabe que ele tem odiado Me antes de odiar você .... Lembre-se da palavra que eu vos disse: 'Um escravo não é maior que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. (15: 18b, 20)

Os cristãos não devem se surpreender com a hostilidade do mundo em direção a eles, já que odiava Jesus (conforme 7: 7) antes de odiar -los (conforme 17:14). Esse ódio se manifestou em todo o evangelho de João. Em 5:16 "os judeus perseguiram a Jesus, porque fazia estas coisas no sábado"; no versículo 18 "os judeus procuravam ainda mais procuravam matá-lo, porque não só violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus"; em 7: 1 "os judeus procuravam matá-lo"; no versículo 32 "os sumos sacerdotes e os fariseus mandaram guardas para prendê-lo"; em 8:59 e 10:31 "eles pegaram em pedras para lhe atirarem"; em 11: 47-53 eles planejaram matá-lo; eventualmente, eles prenderam, vencê-lo, açoitou, e crucificaram. Não é de admirar, então, que o escritor de Hebreus convocou seus leitores a "Considerai, pois aquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo" (He 12:3); não tinham o direito de esperar melhor tratamento do mundo do que ele havia recebido. Se a mim me perseguiram, Jesus reiterou, também perseguirão vocês.Em Seu ministério, Jesus lhes disse: "Um discípulo não está acima do mestre, nem um escravo acima do seu mestre. É o suficiente para o discípulo que ele tornar-se como seu mestre, e o escravo como o seu senhor. Se chamaram o chefe da casa Belzebu, quanto mais eles vão difamar os membros de sua família! " (Mateus 10:24-25.). Os crentes se identificar com Jesus Cristo na "comunhão dos seus sofrimentos" (Fp 3:10; conforme 2 Cor. 1:. 2Co 1:5; Gl 6:17; Cl 1:24.).

Mas o quadro não foi totalmente negro; o Senhor passou a acrescentar, se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa. Como foi o caso com Jesus, a maioria iria rejeitar o ensinamento dos discípulos e persegui-los. Mas sempre haveria uma minoria (conforme Mt 7:14;. Mt 22:14; Lc 13:24) que aceitaria a mensagem dos discípulos. A alegria de ver os poucos vêm à fé em Cristo supera de longe a tristeza causada pelo ódio e hostilidade dos muitos que rejeitam o evangelho.

O mundo odeia crentes, pois ele não sabe Deus

Mas todas estas coisas que eles vão fazer com você por causa do meu nome, porque não conhecem aquele que me enviou. Se eu não tivesse vindo e falado com eles, eles não teriam pecado, mas agora não têm desculpa do seu pecado. Aquele que me odeia, odeia também a meu Pai. Se eu não tivesse feito entre eles as obras que nenhum outro fez, não teriam pecado; mas agora eles têm visto e odiado Eu e Meu Pai também. Mas eles fizeram isso para cumprir a palavra que está escrita na sua lei: Odiaram-me sem causa "(15: 21-25).

As coisas que o mundo hostil vai fazer para os seguidores de Cristo não são destinadas apenas a eles; a perseguição que eles enfrentam é em última análise, para a Sua causa do nome. No Beatitudes Jesus disse: "Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por causa de mim" (Mt 5:11). No Sermão do Monte Ele advertiu: "Eles vão entregar para serdes atormentados, e vos matarão, e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome" (Mt 24:9). "Se você está injuriado para o nome de Cristo", escreveu Pedro, "você é abençoado, porque o Espírito da glória e de Deus repousa sobre vós" (1Pe 4:14). Sofrimento para o nome de Jesus Cristo é um tema repetido Novo Testamento (ver também Mt 10:18,Mt 10:39; Mt 19:29; Mc 8:35; 13 9:41-13:13'>13 9:13.; Lc 6:22; 21: 12— 08:36 Rom;; 17 2Co 4:11; Ap 2:1).

Em última instância, o mundo vos odeia Jesus e Seus seguidores, pois não não conhecem aquele que enviou Ele. Porque "a mentalidade da carne é hostil para com Deus" (Rm 8:7), e "obscurecidos no entendimento, separados da vida de Deus por causa de a ignorância que há neles, por causa da dureza do seu coração "(Ef 4:18). Todas as pessoas são pecadores por natureza, nascidos em um estado de rebelião contra Deus. Eles "suprimir a verdade em injustiça" (Rm 1:18), e "mesmo que eles [saber] Deus, eles [que] não glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, mas [são] fúteis em suas especulações, e sua coração insensato [é] escurecido "(v. 21). Portanto, em julgamento que Deus "os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia" (v. 24), a "paixões degradantes" (26 v.), E com "uma mente depravada" (v. 28). Todas as pessoas são responsáveis ​​pelos seus pecados ", porque o que se sabe sobre Deus é evidente entre eles, porque Deus tornou evidente para eles Pois desde a criação do mundo os atributos invisíveis, o seu eterno poder e sua natureza divina, têm sido claramente. visto, sendo percebidos por meio do que tem sido feito, de modo que eles fiquem inescusáveis ​​"(vv 19-20; conforme Jo 1:9; Jo 7:46; Jo 10:25, 37-38; 14: 10-11.) — conclusão dos fariseus era: "Este homem expulsa os demônios só por Belzebu o príncipe dos demônios" (Mt 12:24). Porque eles atribuído Suas obras miraculosas a Satanás, em vez do Espírito Santo, Jesus pronuncia seu pecado é imperdoável:

Por isso eu digo a você, qualquer pecado e blasfêmia serão perdoados pessoas, mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém disser alguma palavra contra o Filho do homem, isso lhe será perdoado; mas se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo nem no mundo vindouro. (Mateus 12:31-32.)

Enquanto que o pecado específico já não pode ser comprometida, uma vez que Jesus não está fisicamente presente na Terra, o princípio é o mesmo. Rejeição total em face da revelação total é imperdoável, já que não há mais nada a Deus para mostrar essas pessoas. Nas palavras sóbrias do escritor aos Hebreus,

Pois, no caso daqueles que uma vez foram iluminados e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e depois caíram , é impossível renová-los novamente para arrependimento, visto que novamente crucificando para si mesmos o Filho de Deus e colocá-lo para abrir vergonha. (Hb 6:4-6.)

Apesar de seu zelo para fora (conforme Rm 10:2; conforme Lv 17:7; Sl 106:1:... Sl 106:37 ). Jesus disse às pessoas religiosas mais zelosos de sua época, "Vós tendes por pai ao diabo, e você quer fazer os desejos de vosso pai" (Jo 8:44).

Jesus enfatizou repetidamente a verdade que aquele que odeia Ele odeia o Pai. Para aqueles que ficaram indignados porque Ele chamou Deus, Seu Pai, Jesus respondeu: "Aquele que não honra o Filho não honra o Pai que o enviou" (Jo 5:23). Jo 7:28 registros que "Jesus levantou a voz no templo e ensinava, dizendo: 'Você quer conhecer-Me e saber de onde eu sou, e eu não vim de mim mesmo, mas aquele que me enviou é verdadeiro, a quem não o fizer . saber '"Em Jo 8:19 ​​Ele disse aos seus oponentes judeus," Você sabe que nem eu nem meu pai, se você soubesse Me, você saberia também a meu Pai ". No versículo 42 Ele acrescentou: "Se Deus fosse o vosso Pai, você me ama, porque eu saí e vim de Deus, por que eu não vim mesmo por mim mesmo, mas ele me enviou." Mais tarde, ele disse: "Se eu glorifico a mim mesmo, a minha glória não é nada, é meu Pai, que me glorifica, de quem você diz:" Ele é o nosso Deus '; e você não chegaram a conhecê-Lo "(João 8:54— 55). Depois de advertir os discípulos que eles seriam perseguidos, Jesus disse de seus perseguidores: "Essas coisas que eles vão fazer, porque eles não conheceram ao Pai nem a mim" (Jo 16:3). Ecoando as palavras do Senhor, João escreveu em sua primeira epístola: "Todo aquele que nega o Filho não tem o Pai" (1Jo 2:23). A verdade é que, se os homens tinham entendido quem era Jesus ", não teriam crucificado o Senhor da glória" (1Co 2:8.)

57. O espírito Santo-Capacita Testemunhas(João 15:26-27)

"Quando vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, que é o Espírito da verdade, que procede do Pai, Ele dará testemunho de mim, e você vai testemunhar também, porque você tem sido comigo desde o começo. " (15: 26-27)

Como Ele reuniu com os discípulos, na noite antes da Sua morte, Jesus sabia que eles estavam cheios de tristeza e medo. Seu amor por ele era tão intensa que eles estavam convencidos de que preferia morrer com ele do que viver sem Ele. Quando Jesus previu que eles na realidade abandonar Ele (Mt 26:31), Pedro respondeu: "Mesmo que todos podem cair por causa de você, eu nunca cairão" (v. 33) e, mais tarde, "Mesmo se Eu tenho que morrer com você, eu não vou negar Você ". Ecoando bravata de Pedro, "todos os [demais] os discípulos disseram a mesma coisa também" (v. 35).

Mas, como Jesus predisse, os discípulos logo abandonou Ele, sendo superado por seu medo e tristeza (conforme Jo 16:32). Mesmo agora, o seu sentimento de perda iminente foi esmagadora. Como resultado, o Senhor passou esta última noite com os discípulos confortando-os. Por incrível que pareça, embora ele próprio estava a ponto de suportar o sofrimento inimaginável, Ele abnegAdãoente se preocupou com as apreensões de ansiedade de Seus seguidores assustados.

Jesus começou por garantindo-lhes o Seu amor continua (cap. 13), que Ele ilustrada por lavar seus pés. Em seguida, no capítulo 14, Ele fez uma série de promessas magníficas, o que lhes garantiu que eles não possuem os recursos que precisavam depois ele foi embora. Mas o Senhor sabia que, apesar de seu amor para os discípulos e os recursos que Ele lhes prometeu, ainda teria que enfrentar a hostilidade do mundo Suas promessas para os discípulos, então, foram necessariamente relação com advertências sobre a perseguição que eles enfrentariam em seu nome (15: 18-25).
Mas os discípulos não teria que enfrentar a oposição do mundo em sua própria força. Nestes dois versículos Jesus reiterou sua promessa anterior (14: 16-17,26) que Ele enviaria o Espírito Santo para habitar e capacitá-los. A vinda do Espírito a certeza de que todas as promessas de Jesus seria cumprida. O resto do Novo Testamento ecoa esta mesma verdade, que as promessas feitas Cristo aos seus discípulos (e, por extensão, a todos os Seus seguidores) seria assegurada e ativado através do ministério do Espírito Santo.

Por exemplo, Jesus prometeu voltar e tirar sua própria para estar com Ele no céu (14: 1-6). Assim, os crentes podem aguardar com confiança a vida eterna com Cristo em glória ressuscitado. Descrevendo essa mesma realidade, Paulo escreveu em 2Co 5:1:

Nele, você também, depois de ouvir a mensagem da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo também crido, fostes selados nEle com o Espírito Santo da promessa, que é dada como penhor da nossa herança, tendo em vista a a redenção da possessão de Deus, para o louvor da Sua glória

Mais cedo naquela noite o Senhor prometeu aos discípulos: "Em verdade em verdade, eu vos digo que aquele que crê em Mim, as obras que eu faço, ele vai fazer também, e maiores do que estas fará, porque eu vou para o Pai "(14:12). Em suas palavras finais antes de Sua ascensão, Jesus revelou a fonte do poder que permitiria crentes para fazer essas obras: "Ides receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós" (At 1:8).

Em 13 43:14-14'>João 14:13-14 Jesus prometeu que suprir as necessidades dos crentes quando oram em Seu nome. Mas, uma vez que "não sabemos como orar como [eles] deveria ... o mesmo Espírito intercede por [eles] com gemidos muito profundos para palavras" (Rm 8:26;. Conforme Ef 6:18.).

Outra promessa reconfortante o Senhor fez aos discípulos foi que Ele eo Pai residiria neles:

"Eu não vou deixarei órfãos, voltarei para você Depois de algum tempo o mundo não vai mais ver-me, mas você vai ver-me;.. Porque eu vivo, vós também vivereis Naquele dia você vai saber que eu estou em meu Pai, e vós em mim, e eu em ti Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda é aquele que Me ama;. e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu o amarei, e divulgará —me a ele ". Judas (não o Iscariotes) disse-lhe: "Senhor, o que então aconteceu que você está indo para divulgar-se a nós e não ao mundo?" Jesus respondeu, e disse-lhe: "Se alguém me ama, guardará a minha palavra; e meu Pai o amará, e viremos a ele e faremos nele morada." (João 14:18-23)

Essa promessa foi cumprida pela vinda do Espírito Santo, que, Jesus disse aos discípulos: "habita convosco e estará em vós" (Jo 14:17), já que Ele é o "Espírito de Deus" e "Espírito de Cristo "(Rm 8:9), amor (Jo 13:1) e alegria (Jo 15:11)..

O legado Cristo deu a igreja também inclui o poder de evangelizar o mundo. Isso, também, vem do Espírito. Como observado anteriormente, pouco antes de subir ao céu, Jesus prometeu aos discípulos: "Ides receber uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria, e até mesmo para a parte mais remota da terra "(At 1:8). Ninguém pode ser salvo sem confessar Jesus como Senhor (Rom. 10: 9-10) e ninguém pode fazer isso sem o Espírito Santo (1Co 12:3.) , passa despercebido. Os cristãos devem ser ousado com a verdade da mensagem do evangelho, o conteúdo do que incide sobre a pessoa e obra de Jesus Cristo (um ponto que será desenvolvido a seguir).

Em uma época de relativismo pós-moderno e ambiguidade, nada é mais necessário do que a apresentação clara para o mundo incrédulo da verdade absoluta de Deus, centrando-se no evangelho de Jesus Cristo. Para ter certeza, esta mensagem será geralmente recebido com hostilidade e oposição. O próprio Jesus disse que seria assim. No entanto, a fidelidade a Cristo exige que os crentes falam com ousadia e com convicção (conforme 13 47:4-14'>2 Cor. 4: 13-14), que está sendo habilitado a fazê-lo através do poder do Espírito. Como Paulo disse aos Efésios,

Com toda a oração e Oração Pedido em todos os momentos no Espírito ... e orar em meu nome, que seja dada a mim no abrir da minha boca para dar a conhecer com ousadia o mistério do evangelho, pelo qual sou embaixador em cadeias; que em proclamar que eu possa falar dele livremente, como me convém falar. (Efésios 6:18-20.)

É claro que, se os crentes são enfrentar efetivamente o sistema mundial, eles não podem fazer parte dela. Embora eles estão no mundo, eles não devem ser "do mundo" (conforme Jo 15:19; Jo 17:14). Tiago advertiu: "? Não sabeis que a amizade do mundo é inimizade contra Deus Portanto qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus" (Jc 4:4). Não pode haver nenhum compromisso com o sistema mundial satânico que é irrevogável e inalteravelmente oposição ao reino de Deus. Como Jesus declarou: "Quem não é comigo é contra mim; e quem não recolhe comigo, espalha" (Lc 11:23).

Apesar da hostilidade do mundo, no entanto, os cristãos devem enfrentar o perdido com compaixão e amor do evangelho. Como Paulo aconselhou seu protegido Timóteo,

Servo do Senhor não convém contender, mas ser gentil com todos, apto para ensinar, paciente quando injustiçado, corrigindo com mansidão os que estão na oposição, se talvez Deus lhes conceda o arrependimento para conhecerem a verdade, e eles pode vir a seus sentidos e escapar da armadilha do diabo, tendo sido mantida em cativeiro por ele para fazer a sua vontade. (2 Tim. 2: 24-26)

O apóstolo Pedro ecoou essa mesma mentalidade quando escreveu estas palavras de instrução: "Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre pronto para fazer uma defesa a todo aquele que vos pedir a dar conta da esperança que há em vós, ainda com mansidão e respeito "(1Pe 3:15).

Cristão Testemunha é do Pai

Quando vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, que é o Espírito da verdade, que procede do Pai (15: 26a)

A testemunha final para Jesus Cristo é Deus , o Pai (conforme 5:37; 6:27; 8:18), que testemunhou ao Filho de várias maneiras. Em primeiro lugar, Deus falou nas Escrituras Hebraicas (Heb 1: 1-2.) E o tema da Sua revelação é o Senhor Jesus Cristo. Em Jo 5:39 Jesus disse aos seus adversários: "Examinais as Escrituras, porque você acha que neles você tem a vida eterna, são elas que dão testemunho de mim", enquanto que em Lc 24:44 Ele disse aos discípulos: "Estes são Minhas palavras que eu vos falei, estando ainda convosco, que todas as coisas que de mim está escrito na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos deve ser cumprida. " Ap 19:10 observa que "o testemunho de Jesus é o espírito de profecia"

A segunda maneira, o Pai testemunhou ao Filho foi através do divino obras que Jesus fez. Em Jo 5:36 Jesus disse aos seus adversários: "As obras que o Pai me deu para realizar-as mesmas obras que Eu-testemunho de mim, que o Pai me enviou." "As obras que eu faço em nome de meu Pai", Ele declarou em 10:25, "essas testificam de mim"; no versículo 37 Ele desafiou os seus adversários, "Se eu não faço as obras de Meu Pai, não creiam em mim." Pedro afirmou que Jesus foi "atestado ... por Deus com milagres, prodígios e sinais, que Deus por ele" (At 2:22; conforme At 10:38).

Declarações diretas do Pai também testemunhou ao Filho. No batismo de Cristo, e, novamente, na transfiguração, do Pai "voz dos céus disse: 'Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo" (Mt 3:17; Mt 17:5)

Finalmente o Pai testemunhou ao Filho enviando o Helper ... que é o Espírito da verdade, que procede do Pai. Em sua primeira epístola João escreveu: "É o Espírito que dá testemunho [de Jesus Cristo], porque o Espírito é a verdade "(1Jo 5:6 os apóstolos declararam ao Sinédrio, "Nós somos testemunhas destas coisas [a respeito de Cristo];. E por isso é o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem" O escritor de Hebreus também liga o Espírito Santo com o testemunho dos apóstolos de Cristo:

Como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação? Depois foi no primeiro dito pelo Senhor, foi-nos confirmada pelos que a ouviram, testificando Deus com eles, por sinais e maravilhas e por vários milagres e dons do Espírito Santo, de acordo com sua própria vontade. (Heb. 2: 3-4)

Cristão Testemunha é sobre o Filho

Ele dará testemunho de mim (15: 26b)

Principal ministério do Espírito Santo para o mundo perdido é a testemunhar sobre Jesus. Da mesma forma, a mensagem da igreja não é ativismo político, a reforma social, psicológico ou auto-realização, mas Jesus Cristo. Em seu sermão no dia de Pentecostes, Pedro ousAdãoente declarou: "Esse Jesus, Deus ressuscitou novamente, para que todos nós somos testemunhas" (At 2:32), uma verdade que ele repetiu em seu segundo sermão registrado (3:15). Os apóstolos declarou sem medo para o Sinédrio,

O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, a quem vós matastes, pendurando-o numa cruz. Ele é o único a quem Deus exaltou a Sua mão direita como Príncipe e Salvador, para conceder a Israel o arrependimento e perdão dos pecados. E nós somos testemunhas destas coisas; e assim é o Espírito Santo, que Deus deu àqueles que lhe obedecem. (5: 30-32; conforme 10: 38-41; 13 31:22-15,20; 23:11; 26:16)

Paulo escreveu aos Coríntios: "Eu decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado" (1Co 2:2), e Pedro descreveu a si mesmo como uma "testemunha dos sofrimentos de Cristo "(1Pe 5:1), e os santos da tribulação martirizados são chamados de "testemunhas de Jesus" (Ap 17:6)

A pregação de Cristo e da cruz ainda é o poder de Deus para a salvação (1Co 1:1,Mt 3:11). Desde o início de Seu ministério público, a mensagem de Jesus foi: "Arrependei-vos, porque o Reino dos céus está próximo" (Mt 4:17). Ele repreendeu o povo de Corazim e Betsaida por se recusar a se arrepender (Matt. 11: 20-21), e elogiou os de Nínive, porque eles se arrependeram (Matt 0:41.). Quando eles foram enviados pelo Senhor Jesus, os Doze "pregaram que todos se arrependam" (Mc 6:12). Quando os escribas e fariseus levou a tarefa de ombro a ombro com a ralé da sociedade Jesus respondeu: "Eu não vim chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento" (Lc 5:32). O Senhor chocou aqueles que lhe contou sobre massacre de alguns galileus de Pilatos por sem rodeios dizendo-lhes,

Você acha que esses galileus eram mais pecadores que todos os outros galileus, por terem sofrido esse destino? Digo-vos que não, mas se não se arrependerem, todos vocês vão de igual modo perecereis. Ou você acha que aqueles dezoito sobre os quais a torre de Siloé caiu e matou deles eram culpados do que todos os homens que vivem em Jerusalém? Digo-vos que não, mas se não se arrependerem, todos vocês vão de igual modo perecereis. (13 2:42-13:5'>Lucas 13:2-5)

Cristo também descreveu a alegria no céu que ocorre quando os pecadores se arrependam (Lc 15:7). Depois de Sua ressurreição Ele declarou que "o arrependimento para remissão dos pecados seria proclamado em seu nome a todas as nações, começando por Jerusalém" (Lc 24:47).

A igreja primitiva obedeceu a ordem do Senhor e pregou uma mensagem de arrependimento. Na conclusão do primeiro sermão na história da igreja Pedro exortou seus ouvintes: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo" (At 2:38). Pedro soou o mesmo tema em seu segundo sermão registrado: "Portanto, se arrepender e voltar, para que seus pecados sejam cancelados longe, a fim de que os tempos de refrigério possam vir da presença do Senhor" (3:19). De pé diante do Sinédrio, os apóstolos corajosamente reivindicada por Jesus: "Ele é o único a quem Deus exaltou a Sua mão direita como Príncipe e Salvador, para conceder a Israel o arrependimento e perdão dos pecados" (5:31). Depois de ouvir o relatório do Pedro do que aconteceu na casa de Cornélio, os crentes em Jerusalém "glorificavam a Deus, dizendo:" Bem, então, Deus concedeu também aos gentios o arrependimento para a vida "(11:18). Paulo declarou aos filósofos pagãos em Atenas: "Portanto, tendo em conta os tempos da ignorância, Deus agora declara a homens que todas as pessoas em todos os lugares se arrependam" (17:30). O apóstolo descreveu seu ministério como um dos "testificando tanto a judeus como gregos, o arrependimento para com Deus e fé em nosso Senhor Jesus Cristo" (20:21), e sua mensagem era de que as pessoas "se arrependessem e se convertessem a Deus, praticando obras apropriada ao arrependimento "(26:20).

A Bíblia exige que os pecadores ser quebrados sobre seu pecado e abandonar tudo para vir a Cristo (Lucas 9:23-24; 14: 26-33). Muitos métodos de evangelismo contemporâneos, no entanto, ao enfatizar atender às necessidades sentidas, fazê-lo soar como seguir Jesus é fácil. (Alguns, os proponentes da visão agora popular "misericórdia mais amplo", até argumentar que as pessoas não têm que conhecer o evangelho ou acreditar em Jesus para ser salvo. Mas a Bíblia ensina de forma inequívoca que a salvação vem somente pela fé em Jesus Cristo [Jo 3:36; 1Co 3:111Co 3:11; Gal. 1: 8-9.; 1Tm 2:51Tm 2:5]) Jesus, ao contrário, ensinou que era difícil para os pecadores a crer. Ele chegou até a dizer que, humanamente falando, a salvação é impossível (Lc 18:27).

Uma ilustração memorável da metodologia evangelística do Senhor em ação é o Seu encontro com um rico chefe da sinagoga, em Lucas 18:18-27. Este homem parece ser a perspectiva ideal para o evangelismo. Embora fosse um homem aparentemente devoto, religioso, ele sabia que algo estava faltando em sua vida. Isso fez com que a sua pergunta: "Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?"(V. 18). Esta não era uma questão teológica abstrata; ele não só reconheceu a sua necessidade, mas também é sentida profundamente. Esse jovem também foi diligente em sua busca de uma resposta. Marcos registra que, alheio ao que a multidão poderia pensar, ele "correu até [Jesus] e se ajoelhou diante dele" (Mc 10:17). Ele também veio para a fonte de direito, uma vez que Jesus Cristo é a única fonte de vida eterna (Jo 14:6). Finalmente, ele fez a pergunta certa, como ele poderia pessoalmente tomar posse da vida eterna.

Mas, para sua tristeza (Mt 19:22) e espanto da multidão (v. 25), esta perspectiva aparentemente infalível foi embora não salvos. Orgulhoso e hipócrita, ele guardava suas posses terrenas mais do que a promessa de riquezas celestiais. Sua rasa, superficial fé não foi suficiente para ele confessar seu pecado e abandonar tudo para entrar no reino dos céus; ele queria a vida eterna em seus próprios termos, mas eles não eram os termos de Deus.

Como esse relato revela, longe de tentar remover obstáculos que podem dificultar o perdido de vir a Ele, Cristo, em vez levantou novas. O Senhor se recusou a ignorar as questões espirituais reais para uma questão de conveniência. A igreja não deve ignorá-los também. As pessoas são pecadores, de frente para o julgamento eterno de Deus, a menos que se arrependam e creiam única e submissa em Jesus Cristo para a salvação. Essas verdades não podem ser enfraquecido; o escândalo da cruz não pode ser removido (Gl 5:11). Aqueles que de alguma forma interferir com a realidade do pecado e da pessoa verdadeira e obra do Salvador são fornecedores de um falso evangelho (1 Gal: 8-9.).

Cristão Testemunha é através Crentes

e você vai testemunhar também, porque você tem sido comigo desde o início. (15:27)

Os crentes são o último elo da cadeia de testemunha. Assim, Jesus, depois de descrever o testemunho do Espírito Santo, disse aos discípulos que você vai testemunhar também. Os dois são inseparáveis, uma vez que é o Espírito que permite aos crentes que testemunhar eficazmente ao mundo sobre Jesus Cristo. Então vital está capacitando do Espírito do testemunho cristão que o Senhor instruiu os discípulos a permanecer em Jerusalém até a vinda do Espírito no dia de Pentecostes (Lc 24:49). Era "no poder do Espírito Santo", que Paulo "pregado o evangelho de Cristo" (Rm 15:19).

Os apóstolos foram qualificados para testemunhar sobre Cristo porque eles tinham estado com Ele desde o início de seu ministério terreno Quando a igreja primitiva procurou um substituto para Judas para preencher as fileiras dos apóstolos, Pedro disse que estavam reunidos,

Por isso, é necessário que os dos homens que conviveram conosco todo o tempo em que o Senhor Jesus entrou e saiu dentre nós, começando com o batismo de João até o dia em que foi recebido em cima de nós e um deles se torne testemunha conosco da sua ressurreição. (Atos 1:21-22)

Os cristãos hoje não são testemunhas de Jesus Cristo, como eram os apóstolos, mas eles são chamados a apontar as pessoas para as verdades sobre Ele revelou na Bíblia. Eles também podem demonstrar o poder da Sua vida de ressurreição em suas vidas (conforme Rm 6:4.).

Deus escolheu seu povo como um meio para atingir os eleitos entre os perdidos. A bendita verdade é que "todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo" (Rm 10:13). Mas isso só pode acontecer quando os crentes anunciar-lhes a verdade salvadora do evangelho:

Como pois invocarão aquele em quem não creram? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como poderão ouvir sem pregador? Como pregarão, se não forem enviados? Assim como está escrito: "Quão formosos são os pés dos que anunciam boas novas de coisas boas!" No entanto, eles não fez tudo acatar a boa notícia; pois 1saías diz: "Senhor, quem deu crédito à nossa pregação?" Assim, a fé vem pelo ouvir, eo ouvir pela palavra de Cristo. (Vv. 14-17)


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de João Capítulo 15 do versículo 1 até o 27

João 15

A videira e os ramos — Jo 15:1-10

Tal como fazia com freqüência, nesta passagem Jesus trabalha com imagens e idéias que formavam parte da herança religiosa do povo judeu. No Antigo Testamento se faz referência a Israel uma e outra vez como a vinha ou a videira de Deus. Isaías apresenta uma grande imagem de Israel como a vinha de Deus. “A vinha do SENHOR dos Exércitos é a casa de Israel” (Is 5:7). “Eu mesmo te plantei como vide excelente” chega a mensagem de Deus a Israel por meio de Jeremias (Jr 2:21). Ezequiel 15 compara a Israel com a vinha, igual a Ez 19:10. “Israel é uma vide frutífera” diz Oséias (Os 10:1, TB). “Trouxeste uma videira do Egito”, cantou o salmista pensando na libertação de seu povo escravizado levada a cabo por Deus (Sl 80:8). Tanto era assim, que a vinha se converteu no símbolo do povo de Israel. O emblema nas moedas dos macabeus era a vinha. Uma das glórias do templo era a grande vinha de ouro no fronte do Santíssimo. Muitos homens importantes se haviam sentido honrados de contribuir com algo de ouro para modelar um novo cacho nessa vinha ou até uma uva nova. A vinha formava parte do imaginário judaico; era o próprio símbolo do povo de Israel.

Não obstante, Jesus se refere a si mesmo como a videira verdadeira, real, genuína. O que significado tem essa palavra, alethinos; verdadeiro, real, germino? Quer dizer o seguinte. Há um fato estranho no Antigo Testamento: nunca se usa o símbolo da videira sem que vá acompanhado pela idéia de degeneração. O que indica a imagem de Isaías é que a vinha se converteu em uma planta selvagem. Jeremias se queixa de que o povo se converteu em "sarmento de videira estranha". Oséias se queixa de que Israel é uma vinha vazia.

É como se Jesus tivesse dito o seguinte: "Vocês crêem que porque pertencem ao povo de Israel são um ramo na videira verdadeira de Deus. Vocês crêem que só porque são judeus e membros, segundo sua opinião, do povo eleito de Deus e devido a sua raça, nascimento e nacionalidade vocês são um ramo na videira de Deus. Mas a verdadeira videira não é o povo. Esta é uma videira degenerada, como perceberam todos os seus profetas. Eu sou a videira verdadeira. Não é o fato de ser judeu o que os salvará. A única coisa que pode salvá-los é manter uma comunhão íntima e viva comigo porque eu sou a videira de Deus. E vocês devem ser ramos unidos a mim."

Jesus estabelecia que o caminho rumo à salvação de Deus não passava pelo sangue judeu mas sim pela fé nEle. Nenhuma qualidade externa pode justificar a um homem perante Deus; a única coisa que pode fazê-lo é a amizade com Jesus.

A VIDEIRA E OS RAMOS

João 15:1-10 (continuação)

Quando Jesus traçou sua imagem da videira sabia do que estava falando. Havia vinhas por toda a Palestina. É uma planta que necessita muitos cuidados se quer obter fruta da melhor qualidade. Em geral é cultivada em terraços. O solo deve estar perfeitamente limpo. Às vezes é enredado em postes; em outros casos é deixado estender-se sobre o solo e sustentada por paus por baixos que terminam em bifurcação. Em outras, até cresce de ambos os lados das portas das casas. Mas em qualquer lugar que floresça necessita uma cuidadosa preparação do terreno. Cresce com grande rapidez e é necessário podar a de maneira drástica. É tão luxuriosa que os galhos se plantam a três metros e meio de distância porque cresce com muita celeridade. Uma vinha nova não era deixada a florescer durante os três primeiros anos. Cada ano era podava para que se desenvolvesse e conservasse a vitalidade e a energia. Quando está amadurecida é podada em dezembro e janeiro. Dá dois tipos de ramos: uns dão frutos e os outros não. Estes últimos são eliminados sem piedade nem consideração para que não privem à planta de nenhuma de força. A vinha nunca produzirá a colheita que é capaz de dar se não se leva a cabo esta poda drástica — e Jesus sabia.
Por outro lado, a madeira da videira tem a estranha característica de não servir absolutamente. É muito branda para algo que queira fazer com ela. Estava estabelecido que em certas épocas do ano o povo devia levar ofertas de madeira ao templo para os fogos dos sacrifícios nos altares. E a Lei determinava de maneira específica que não se devia levar madeira de videiras. Não servia para o fogo. A única coisa que se podia fazer com a madeira dos ramos podados era uma fogueira que a destruíra. Jesus o sabia e isso agrega algo à imagem que desenvolve.
Jesus diz que seus seguidores são iguais a estes ramos. Alguns são ramos formosos que produzem fruto, como Ele. Outros são inúteis porque não produzem fruto. Em quem pensava Jesus ao falar dos ramos que não dão fruto? Podemos dar duas respostas. Em primeiro lugar, pensava nos judeus. Eram ramos da videira de Deus. Acaso não era essa a imagem que tinham pintado os profetas, um após outro? Entretanto, negaram-se a ouvi-lo: negaram-se a aceitá-lo e por isso eram ramos podres e inúteis. Em segundo lugar, pensava em algo mais geral. Pensava naqueles cristãos cujo cristianismo consiste em profissão sem prática, em palavras sem atos. Pensava em cristãos que são ramos inúteis, só folhas sem frutos. E pensava naqueles cristãos que se converteram em apóstatas, que ouviram a mensagem, aceitaram-na e caíram a um flanco do caminho, que abandonaram a fé e traíram ao Mestre que uma vez tinham prometido servir.

De maneira que podemos ser ramos inúteis de três formas Podemos nos negar por completo a ouvir a Jesus. Podemos ouvi-lo e logo servi-lo da boca para fora sem demonstrar nossa devoção nos atos. Podemos aceitá-lo como Mestre e logo, diante das dificuldades que o caminho oferece, ou movidos pelo desejo de fazer nossa vontade e não a sua, podemos abandoná-lo Não obstante, devemos lembrar algo. Um princípio fundamental no Novo Testamento é que a inutilidade convida ao desastre. E o ramo sem fruto se dirige para a destruição.

A VIDEIRA E OS RAMOS

João 15:1-10 (continuação)

Nesta passagem se fala muito de permanecer em Cristo. O que quer dizer essa frase? É certo que tem um sentido místico; há um sentido místico no qual o cristão está em Cristo e Cristo está no cristão. Mas há muitos, possivelmente a maioria, que não são místicos e que nunca vivem esta experiência. Se somos assim não nos devemos reprovar. Há uma forma muito mais simples de ver isto e de experimentá-lo, e essa forma é acessível a todos.
Tomemos uma analogia humana. Todas as analogias são imperfeitas mas devemos trabalhar com idéias que já possuímos.

Suponhamos que uma pessoa, por si só, é débil. Suponhamos que caiu em tentação; agiu muito mal, encaminha-se para a degeneração da mente, do coração e da têmpera espiritual. Agora suponhamos que essa pessoa tem um amigo forte, que ama e se faz amar e suponhamos que este amigo forte resgata a pessoa em questão de sua situação degradada. Há uma só forma mediante a qual a pessoa mais fraca pode manter seu novo estado e permanecer no bom caminho. Deve manter-se em contato com seu amigo. Se o perder, o mais provável é que sua debilidade o vença; as velhas tentações voltarão a rondar a seu redor e cairá. Sua salvação radica no contato constante com a força de seu amigo.

Muitas vezes se levou a uma pessoa completamente perdida a viver com alguém reto. Enquanto permanecia nesse lar reto e perto da pessoa forte estava a salvo. Mas se esquecia tudo o que lhe tinha passado, se queria recuperar sua independência, se ia viver por seu conta, caía. Devia manter o contato com o bom para derrotar ao mau e o baixo.
Robertson de Brighton foi um pregador notável. Um comerciante tinha uma pequena loja e na habitação dos fundos guardava uma foto do Robertson porque era seu herói e sua inspiração. Quando se sentia tentado a fazer algo desonesto, corria à habitação e contemplava a foto do Robertson; então não podia levar a cabo esse ato indigno.
Quando se perguntou a Kingsley qual era o segredo de sua vida disse, referindo-se a F. D. Maurice: "Tive um amigo". O contato com a beleza o fez belo.
Permanecer em Cristo significa algo semelhante a isso. O segredo da vida de Jesus foi seu contato com Deus. Várias vezes se retirava a um lugar solitário para encontrar-se com Deus. Jesus sempre permanecia em Deus. O mesmo deve dar-se entre nós e Jesus. Devemos manter o contato com Ele. Não poderemos fazê-lo a menos que tomemos essa decisão e tomemos medidas necessárias. Não deve passar nenhum dia sem que pensemos em Jesus e sintamos sua presença.
Tomemos um só exemplo: orar à manhã, embora só seja durante escassos minutos, significa contar com um anti-séptico para o resto da jornada, pois não podemos sair da presença de Cristo e fazer coisas más. Para um punhado de nós, permanecer em Cristo será uma experiência mística que não poderemos expressar com palavras. Para a maioria significará um contato contínuo com Jesus Cristo. Significará organizar a vida, a oração, o silêncio de maneira tal que não chegará o dia em que tenhamos a oportunidade de esquecê-lo.

Por último, devemos notar que nesta passagem se estabelecem duas coisas sobre o bom discípulo. Em primeiro lugar, enriquece sua própria vida. Seu contato o converte em um ramo cheio de frutos. Em segundo lugar, dá glória a Deus. Ao contemplar sua vida, os pensamentos dos homens se voltam para Deus que o fez assim. Deus é glorificado, como Jesus indicou, quando produzimos muito fruto e quando demonstramos ser discípulos de Jesus. Sem dúvida, a maior glória da vida cristã é que, por meio de nossa vida e de nossa conduta, podemos dar glória a Deus.

A VIDA DOS ESCOLHIDOS DE JESUS

João 15:11-17

As palavras centrais desta passagem são aquelas nas quais Jesus diz que seus discípulos não o escolheram mas Ele é que escolheu os seus discípulos. Não somos nós que escolhemos a Deus mas é Deus que, em sua graça, aproximou-se de nós com um chamado e um oferecimento que brotam de seu amor.
O interessante desta passagem é que nos permite redigir uma lista das coisas para as quais fomos escolhidos e chamados.

  1. Fomos escolhidos para a alegria. Por mais duro que seja o caminho do cristão, tanto em seu transcurso como em seu ponto final é o caminho da alegria. Sempre se alegra ao agir bem. Se tivermos evadido alguma obrigação ou tarefa nos regozijamos quando por fim podemos cumpri-la. O cristão é um homem contente; é o cavaleiro sorridente de Cristo. Um cristão lúgubre é uma contradição de termos e não há nada na história religiosa que tenha sido mais prejudicial ao cristianismo que sua relação com as vestimentas negras e as caras compridas. É certo que o cristão é um pecador, mas é um pecador redimido: nisso consiste sua alegria. Como pode deixar um de ser feliz quando transita pelo caminho da vida com Jesus?
  2. Fomos escolhidos para o amor. Somos enviados ao mundo para nos amar uns aos outros. Às vezes vivemos como se fôssemos enviados ao mundo para competir com nosso próximo, para discutir ou até para brigar com outros. Mas o cristão é enviado ao mundo para que viva de maneira tal que demonstre o que significa amar o próximo. Aqui Jesus faz outra de suas afirmações fundamentais. Uma das coisas que instintivamente perguntamos a qualquer pessoa que nos exige um pouco de envergadura é: Que direito tem você para me pedir isso? De maneira que se perguntarmos a Jesus: Que direito tem de nos pedir que nos amemos uns aos outros? Sua resposta é: "Ninguém pode demonstrar maior amor que quem entrega sua vida por seus amigos, e isso foi o que eu fiz." Há muitos homens que do púlpito dizem a outros que se amem entre si quando toda sua vida mostra que jamais põem em prática seu próprio conselho. Jesus, pelo contrário, deu aos homens um mandamento que Ele tinha sido o primeiro em cumprir.
  3. Jesus nos chamou para ser seus amigos. Diz a seus homens que já não os chama servos, doulos: chama-os amigos. Agora, essa frase resultaria muito mais transcendental para aqueles que a ouviram pela primeira vez que para nós. O título doulos, o escravo, o servo de Deus não era, por certo, um título vergonhoso; de fato, indicava a maior das honras. Moisés era o doulos, o servo, o escravo de Deus (Dt 34:5); o mesmo era Josué (Js 24:29) e Davi (Sl 89:20). Paulo considerava que era uma honra usar esse título (Tt 1:1) e o mesmo diz Tiago (Jc 1:1). Os homens mais excelsos do passado tinham sentido orgulho de considerar-se doulos de Deus. E Jesus diz: "Tenho algo maior ainda para vocês: já não são escravos, vocês são amigos.” O oferecimento de Cristo é uma bem-aventurança que nem sequer os homens maiores do passado tinham conhecido antes de que Jesus viesse ao mundo. Oferece uma intimidade com Deus que resultava impossível antes de sua vinda.

Não obstante, a idéia de ser amigo de Deus também tem seus antecedentes. Abraão foi o amigo de Deus (Is 41:8). Em Sabedoria 7.27 se afirma que a sabedoria tornou os homens amigos de Deus. Mas esta frase se remonta a um costume muito comum nas cortes do Império Romano e dos reis orientais. Em tais cortes havia um grupo muito seleto de homens àqueles que se denominava amigos do rei ou do imperador. Podiam ver o rei em qualquer momento; até tinham direito de entrar em seu aposento de manhã cedo. O rei falava com eles antes de dirigir-se a seus generais, governantes ou estadistas. Os amigos do rei eram aquelas pessoas que tinham a relação mais estreita e íntima com ele e que tinham direito de aproximar-se dele em qualquer momento.

Jesus nos chamou para que fôssemos seus amigos e os amigos de Deus. Trata-se de um oferecimento tremendo. Significa que já não temos que contemplar a Deus, anelantes, à distância; não somos como escravos que não têm nenhum direito de aproximar-se de seus amos; não somos como uma multidão que só pode desfrutar de um olhar do rei ao passar em uma festividade especial e que se procurasse aproximar-se mais iria preso. Jesus fez o surpreendente: deu-nos esta intimidade com Deus de maneira tal que Deus já não é um estranho longínquo mas nosso íntimo amigo.

A VIDA DOS ESCOLHIDOS DE JESUS João 15:11-17 (continuação)

  1. Entretanto, Jesus não nos chamou nem nos escolheu unicamente para desfrutar de enormes privilégios. Chamou-nos para ser seus companheiros. O servo nunca podia ser um companheiro. A lei grega o descrevia como uma ferramenta viva. Seu amo nunca lhe fazia confidências; o servo devia fazer o que lhe ordenavam sem pedir razões nem explicações. Jesus, pelo contrário, disse-nos: "Vocês não são meus escravos; vocês são meus companheiros. Tenho-lhes dito tudo; tenho— lhes dito o que busco fazer e por que. Tenho-lhes dito tudo o que Deus me disse." Jesus nos conferiu a honra de nos tornar seus companheiros em sua tarefa.compartilhou suas idéias conosco, abriu-nos seu coração e nos contou seus planos, suas metas e suas ambições. A opção tremenda que temos pela frente é que podemos aceitar ou rechaçar acompanhar a Cristo em sua tarefa de conduzir o mundo para Deus.
  2. Jesus nos escolheu para ser embaixadores. “Eu vos escolhi a vós”, disse: “para que vades”. Não nos escolheu para que levássemos uma vida separada do mundo; escolheu-nos para representá-lo no mundo.

Quando um cavaleiro chegava a corte do Rei Artur não o fazia para passar o resto de seus dias em festas e camaradagem. Aproximava-se do rei dizendo: "Envia-me em alguma tarefa grande que possa fazer em nome da cavalaria e por ti." Jesus nos escolheu, em primeiro lugar, para entrar nele e logo para sair ao mundo. Esse deve ser o esquema e o ritmo de cada dia de nossa vida.

  1. Jesus nos escolheu para ser seus anunciadores. Escolheu-nos para sair e dar fruto e um fruto que permaneça, que supere o passado do tempo. A única forma de difundir o cristianismo é sendo cristão. A única maneira de trazer outros à fé cristã é mostrando o fruto da vida cristã. Jesus não nos envia para discutir com os homens a fim de que se unam ao cristianismo e muito menos a assustá-los com o mesmo fim, nem tampouco para falar sobre o cristianismo mas para atrair os homens para Ele, para viver o cristianismo de maneira tal que seus frutos sejam tão formosos que outros os desejem para si.
  2. Jesus nos escolheu para ser os membros privilegiados da família de Deus. Escolheu-nos para que seja o que for que peçamos ao Pai em seu nome nos seja concedido. Aqui voltamos a enfrentar uma dessas afirmações fundamentais sobre a oração que devemos compreender. Se olharmos esta frase sem cuidado, pareceria indicar que o cristão, o escolhido de Cristo, receberá tudo o que peça em oração. Já refletimos sobre isto mas convém que voltemos a fazê-lo.

O Novo Testamento estabelece algumas leis muito definitivas sobre a oração.

  1. A oração deve ser oração de fé (Jc 5:15). Quando a prece é uma formalidade, a mera repetição rotineira e convencional de frases feitas, não pode receber resposta. Quando não está inundada de esperança não pode ser efetiva. Não é de muito valor que alguém ore para mudar se não crer que é possível mudar. A fim de orar com poder a pessoa deve ter a certeza invencível do amor absoluto de Deus.
  2. A oração deve fazer-se em nome de Cristo. Não podemos orar por coisas que sabemos que Jesus não aceitaria. Não podemos orar para obter uma pessoa ou uma coisa proibidas; nem para que se cumpra alguma ambição pessoal se tal cumprimento implicar que alguém sofrerá ou será ferido. Não podemos orar em nome dAquele que é amor para nos vingar de nossos inimigos. Quando tentamos converter a oração em um instrumento que nos permita realizar nossas próprias ambições ou satisfazer nossos desejos, a prece não tem nenhum efeito porque não é autêntica.
  3. A oração deve dizer: ”Faça-se a tua vontade.” A primeira coisa que devemos fazer ao orar é nos dar conta de que jamais poderemos saber mais que Deus. A essência da oração não consiste em dizer a Deus: "Que se mude a tua vontade" mas sim "Faça-se a tua vontade." De maneira que com freqüência a verdadeira oração não deveria pedir que Deus nos envie as coisas que desejamos mas sim que nos permita aceitar aquelas coisas que Ele deseja.
  4. A oração jamais deve ser egoísta. Quase ao passar, Jesus disse algo muito esclarecedor. Disse que se duas pessoas ficavam de acordo para pedir algo em seu nome, ser-lhes-ia concedido (Mt 18:19). Não devemos tomar isto ao pé da letra porque isso significaria que se podemos mobilizar uma boa quantidade de gente para que ore por algo, nossa prece será concedida.

O que significa é o seguinte: ninguém deve pensar exclusivamente em suas próprias necessidades ao orar. Tomemos o exemplo mais simples: alguém que quer sair de férias pode orar para que haja Sol enquanto o camponês roga que chova. Ao orar não devemos nos perguntar: “É pelo meu bem?” mas “É pelo bem de todos os homens?” A maior tentação que padecemos todos quando oramos é fazê-lo como se as únicas coisas que contam fôssemos nós mesmos. Uma oração assim não pode surtir efeito.

Jesus nos escolheu para que fôssemos membros privilegiados da família de Deus. Podemos e devemos levar tudo a Deus em oração. Mas uma vez que o fazemos, devemos aceitar, não a resposta que nosso conhecimento e nossa sabedoria limitados desejam, mas aquela resposta que Deus nos envia em sua sabedoria e seu amor perfeito. Quanto mais amemos a Deus, mais fácil nos será fazê-lo.

O ÓDIO DO MUNDO

João 15:18-21

João sempre vê as coisas em branco ou negro, sem matizes. Para ele há duas grandes entidades: a Igreja e o mundo. E não existe nenhum contato ou camaradagem entre ambos. Para João não é possível a neutralidade, a possibilidade intermédia, a solução de compromisso. Em sua opinião se trata do seguinte:

Fique daquele lado porque eu estou deste.

Tal como ele via as coisas o homem é do mundo ou de Cristo e não há um ponto intermediário.
Por outro lado, devemos ter em mente que nessa época a Igreja vivia sob a ameaça constante de uma perseguição. É bem verdade que se perseguia os cristãos por causa do nome de Cristo. Nesses tempos, o cristianismo como tal era algo ilícito. O magistrado não tinha necessidade de perguntar que crimes tinha cometido o acusado. Bastava— lhe perguntar se era cristão ou não e não importava que tipo de homem fosse ou o que tivesse feito ou deixado de fazer, se era cristão merecia a morte. João não ameaça com uma situação inexistente. Existia da maneira mais evidente e tremenda.

Há algo indubitável: nenhum cristão que se via envolto em uma perseguição podia alegar que não foi advertido. Jesus foi muito explícito sobre este tema. Disse a seus seguidores o que podiam esperar. “Estai vós de sobreaviso, porque vos entregarão aos tribunais e às sinagogas; sereis açoitados, e vos farão comparecer à presença de governadores e reis, por minha causa, para lhes servir de testemunho... Um irmão entregará à morte outro irmão, e o pai, ao filho; filhos haverá que se levantarão contra os progenitores e os matarão. Sereis odiados de todos por causa do meu nome” (13 9:41-13:13'>Mar. 13 9:13; ver também Mateus 10:17-22; 23-29; Lucas 12:2-9; 51-53). Jesus advertiu a seus seguidores sobre o que lhes esperava nos dias que tinham pela frente.

Quando João escreveu seu Evangelho fazia muito tempo que tinha começado este ódio. Tácito falava de pessoas "odiadas por seu crimes àqueles que a chusma chama de cristãos". Suetônio se tinha referido a "uma raça de homens que pertencem a uma superstição nova e maligna".
Por que era tão cru este ódio? O governo romano odiava aos cristãos porque os considerava cidadãos desleais. A posição do governo era muito simples e muito compreensível. O Império era vasto, estendendo-se do Eufrates até a Grã-Bretanha, da Alemanha até o norte da África. Incluía em seu seio toda tipo de povos e países. Era necessário encontrar alguma idéia e força unificadora que amalgamasse esta massa heterogênea: foi encontrada no culto a César. É necessário compreender que este culto não se impôs, surgiu do próprio povo. Não foi elaborado pelo governo, o povo o produziu. Nos tempos antigos tinha existido a deusa Roma, o espírito de Roma. É fácil imaginar como o povo pôde ver esse espírito de Roma encarnado, simbolizado no imperador. Representava Roma, encarnava-a, o espírito de Roma encontrava seu lar e seu porto nele. É um grande engano considerar que os povos submetidos odiavam o governo de Roma; em sua grande maioria se sentiam enormemente agradecidos para com ele. Roma lhes levou a justiça e os libertou dos caprichos dos reis. Levou a paz e a prosperidade. Desapareceram os ladrões na terra e os piratas no mar. A pax romana, a paz romana, estendia-se pelo mundo inteiro.

Foi na Ásia Menor onde o povo ao pensar no César, o imperador, como o deus que encarnava a Roma e o fizeram em razão da imensa gratidão que sentiam para com ele pelas bênçãos que tinha deitado sobre eles. A princípio os 1mperadores tentaram impedir este culto e o desprezaram; insistiam em que eram homens e que não deviam ser adorados como deuses. Entretanto, viram que era impossível deter esse movimento. Em um princípio, limitaram-no aos asiáticos da Ásia Menor, de caráter fogoso, mas se difundiu por toda parte. Logo o governo viu que podia fazer uso dele. Aqui estava o princípio unificador que lhes fazia falta.
Assim, lentamente, chegou o dia quando cada habitante do Império devia queimar uma vez ao ano sua medida de incenso à deidade de César. Ao fazê-lo, demonstrava ser um cidadão leal de Roma. Recebia um certificado para testemunhar que tinha completado o requisito. Este era o costume, a prática e a convenção que fazia sentir a todos os homens que formavam parte de Roma e garantia sua lealdade ao Império.
Agora, Roma era tolerante ao máximo. Depois de queimar sua medida de incenso e dizer "César é o Senhor" a pessoa podia adorar ao deus que quisesse sempre que esse culto não afetasse à ordem pública e a decência. Mas isso era justamente o que se negavam a fazer os cristãos. Não estavam dispostos a chamar "Senhor" a homem algum. Jesus Cristo era o único Senhor. Negavam-se a obedecer a lei e por isso o governo romano os considerava perigosos e desleais.
O governo perseguia os cristãos porque estes insistiam em que não havia outro rei além de Cristo. Os cristãos sofreram perseguições porque davam o primeiro lugar a Cristo. Qualquer que faça algo semelhante sofre perseguição.

O ÓDIO DO MUNDO

João 15:18-21 (continuação)

Não só o governo perseguia os cristãos; a multidão os odiava. De onde vinha esse ódio? Devia-se a que as pessoas criam algumas coisas escandalosas a respeito dos cristãos Não há dúvida de que os judeus carregavam parte da responsabilidade pela propagação destas infâmias. Acontecia que os judeus tinham acesso aos ouvidos do governo. Bastam dois exemplos: o ator favorito de Nero, Alituro, e sua imperatriz prostituta, Popea, pertenciam à fé judia. Os judeus murmuravam as calúnias ao governo, sabendo muito bem que aram falsas. Propagavam— se quatro infâmias sobre os cristãos.

  1. Afirmava-se que eram insurretos. Já vimos a razão desta acusação. Era inútil e fútil que os cristãos assinalassem que eram os melhores cidadãos do país, que levavam vidas úteis e retas. O concreto era que se negavam a queimar a medida de incenso e dizer "César é Senhor" e portanto eram catalogados como perigosos e desleais.
  2. Dizia-se que eram canibais. Esta acusação provinha das palavras do sacramento. "Isto é meu corpo, que por vós é dado." "Isto é meu sangue da nova aliança." Baseando-se nestas palavras, não era difícil disseminar entre gente ignorante, disposta a crer o pior, o rumor calunioso de que as refeições particulares dos cristãos se baseavam no canibalismo. A acusação teve eco e não deve nos surpreender que o povo olhasse os cristãos com ódio.
  3. Afirmava-se que praticavam a imoralidade mais flagrante e promíscua. A refeição semanal dos cristãos se chamava Agape, a Festa do Amor. Na antiguidade, quando dois cristãos se encontravam se saudavam com o beijo da paz. Não era difícil difundir a teoria de que a Festa do Amor era uma orgia sexual cujo signo e símbolo era o beijo da paz. Era fácil torcer um título e um costume até convertê-los em uma acusação de imoralidade indiscriminada.
  4. Dizia-se que eram incendiários. Seu olhar estava posto na Segunda Vinda de Cristo. Relacionavam todas as imagens do Dia do Senhor que aparecem no Antigo Testamento com a Segunda Vinda de Cristo. Estas imagens prediziam a desintegração chamejante e a destruição do mundo. “os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão” (2Pe 3:10). Na época de Nero teve lugar o fogo desastroso que desolou a Roma. Era fácil relacionar o fogo com o povo que pregava sobre um fogo consumidor que destruiria ao mundo. Este era outro complô preparado para acusar os cristãos.
  5. Faziam outra acusação mais. Esta quinta acusação tinha uma causa compreensível. Diziam que os cristãos "arruinavam as relações familiares", que dividiam as famílias, destroçavam os lares e provocavam a separação dos casamentos. Em certo sentido, isto era verdade. O cristianismo não devia trazer a paz mas sim a espada (Mt 10:34). Era costume ocorrer que a esposa se tornasse cristã mas seu marido não. Ou os filhos se tornavam cristãos e seus pais não. Nesses casos, os lares ficavam divididos e as famílias se separavam. Nesses tempos, o cristão devia amar mais a Cristo que a seus parentes mais próximos e queridos. Era certo que o cristianismo dividia as famílias e os lares.

Estas eram as acusações que se divulgaram contra os cristãos; os judeus contribuíram para isso. Não deve nos surpreender que o cristão fosse um homem odiado por outros.

O ÓDIO DO MUNDO

João 15:18-21 (continuação)

Essas eram as causas que provocavam ódio nos primeiros tempos. Mas ainda é certo que o mundo pode odiar o cristão. Como já vimos, quando João fala do mundo se refere à sociedade humana que se organiza sem Deus. É inevitável que exista um abismo entre o homem que vê a Deus como a única realidade da vida e aquele para quem Deus é algo totalmente inadequado para a vida. Seja como for, a palavra tem certas características que sempre formam parte da situação humana.

  1. O mundo suspeita da gente que é diferente. Esta característica se nota nas coisas mais simples. Uma das coisas mais comuns no mundo atual é o guarda-chuva. Entretanto, quando Jonas Hanway tentou introduzi-lo na 1nglaterra e caminhou pela rua debaixo de um eles o atacaram com pedras e barro. De fato, perseguiram-no. Qualquer pessoa diferente, que usa roupas diferentes, que tem idéias diferentes é considerado suspeito imediatamente. Pode ser visto como um excêntrico, um louco ou um perigo, mas seja como for, a vida não lhe é muito agradável.
  2. O mundo sente um agudo rancor por aquelas pessoas cujas vidas o condenam. De fato, é perigoso ser bom.

O exemplo clássico disso é o que aconteceu ao Aristides em Atenas. Chamavam-no Aristides o Justo e entretanto o exilaram. Quando se perguntou a um cidadão por que tinha votado pelo exílio de Aristides, respondeu: "Porque estou cansado de ouvir chamá-lo de o Justo."
Essa foi a razão pela qual mataram a Sócrates; chamavam-no o mosquito grande humano. Obrigava constantemente os homens a pensar e a analisar-se a si mesmos e os homens odiavam isso; portanto, odiavam a Sócrates e o mataram. É difícil ter valores superiores aos do mundo e pô-los em prática. Na atualidade, pode-se perseguir a alguém que trabalha muito ou durante muito tempo.

  1. Para expressá-lo nos termos mais amplos: o mundo sempre suspeita da pessoa que não segue a corrente. O mundo gosta dos moldes: gosta de poder pôr uma etiqueta em cada pessoa, classificá-la e situá-la em um fichário. E qualquer que não entre nesse molde enfrentará problemas. Diz-se que se ficar uma galinha com características diferentes junto com um grupo de galinhas iguais entre si, estas bicarão à primeira até matá-la.

A exigência fundamental que se impõe ao cristão é que tenha a coragem de ser diferente de outros. Ser diferente é perigoso mas ninguém pode ser cristão a menos que aceite esse risco pois sempre haverá diferença entre o homem do mundo e o homem de Cristo.

CONHECIMENTO E RESPONSABILIDADE

João 15:22-25

Aqui Jesus volta para uma noção que nunca está muito longe de sua mente no Quarto Evangelho. É a convicção de que o conhecimento e o privilégio trazem responsabilidades. Até a vinda de Jesus, os homens nunca tiveram, em realidade, a oportunidade de conhecer completa e verdadeiramente a Deus. Jamais ouviram totalmente a voz de Deus e nunca viram uma demonstração do tipo de vida que Deus desejava que levassem. Não se podia culpá-los de serem como eram. Há coisas que se permitem em um menino mas não em um adulto porque o menino não sabe o que o adulto sabe. Há coisas que se permitem em alguém cujo ambiente familiar e educação foram maus e inadequados mas não são permissíveis em alguém que foi educado com todos os benefícios de um lar cristão porque a primeira pessoa nunca teve uma verdadeira oportunidade. Ninguém espera a mesma conduta num selvagem e num homem civilizado. Quanto maiores forem o conhecimento e os privilégios, maiores serão as responsabilidades.

Agora, Jesus fez duas coisas. Em primeiro lugar, mostrou o pecado. Disse aos homens quais eram as coisas que ofendiam a Deus e disse qual era o caminho que Deus queria que seguissem. Mostrou-lhes o caminho verdadeiro. Em segundo lugar, proporcionou o remédio para o pecado e o fez em um duplo sentido. Abriu o caminho para o perdão dos pecados anteriores e brindou a dinâmica e o poder que permitiria ao homem superar o pecado e fazer o bem. Estes foram os privilégios e o conhecimento que trouxe aos homens. Suponhamos que um homem fica doente e consulta o médico. Este diagnostica o mal e prescreve uma cura. Se o homem não presta atenção ao diagnóstico e não quer seguir as ordens do médico será o único culpado de sua morte ou dos problemas que se pressentem se continuar vivo. Isso foi o que fizeram os judeus. Tal como o via João, só tinham feito o que deles foi predito. O salmista disse em duas oportunidades: "... aborrecem-me sem causa" (Sl 35:19b; Sl 69:4a).

Pode suceder que nós façamos o mesmo. Não há muitos homens ativamente hostis para com Jesus mas sim há muitos ainda que vivem como se Cristo não tivesse vindo ao mundo. Simplesmente não o têm em conta. Mas ninguém pode conhecer a vida neste mundo ou em um mundo por vir se não tiver em conta ao Senhor de toda vida boa.

TESTEMUNHA DIVINA E HUMANA

João 15:26-27

Aqui João emprega duas idéias que estão muito perto de seu coração e muito intimamente relacionadas em seu pensamento.
A primeira é o testemunho do Espírito Santo. O que quer dizer João quando fala do testemunho do Espírito Santo? Muito em breve voltaremos a ter a oportunidade de pensar nisto. No momento, vejamo-lo assim: quando nos é relatada a história de Jesus, quando nos é apresentada sua imagem, quando se nos expõem seus ensinos o que é o que nos faz sentir que esta imagem não é outra que a do Filho de Deus? O que é o que nos faz sentir instintivamente, como dizemos, que se trata de uma sabedoria divina? Essa reação da mente humana, essa resposta do coração do homem é a obra do Espírito Santo. O Espírito Santo em nosso interior é quem nos leva a dar uma resposta a Jesus Cristo.
A segunda é o testemunho que os homens devem dar de Cristo. “Vós”, disse Jesus a seus discípulos, “também testemunhareis, porque estais comigo desde o princípio”.
O testemunho cristão inclui três elementos.

  1. Surge de uma longa comunhão e amizade com Cristo. Os discípulos são testemunhas de Cristo porque estiveram com Ele desde o começo. A testemunha é o homem que diz a respeito de algo: "Isto é certo e eu sei.” Não pode haver testemunho sem experiência pessoal. Só podemos dar testemunho de Cristo quando estivemos com Ele.
  2. Brota de uma convicção interior. O acento da convicção interior pessoal é um dos mais inconfundíveis do mundo. Assim que uma pessoa começa a falar sabemos se crê ou não no que diz. Não pode haver um testemunho cristão efetivo sem esta convicção interior que acompanha a intimidade pessoal com Cristo.
  3. O testemunho cristão se manifesta no dar fé verbalmente. Uma testemunha não é só alguém que sabe que uma coisa determinada é verdadeira mas sim também está disposto a dizê-lo. A testemunha cristã é alguém que não só conhece Cristo mas também quer que outros o conheçam também.

Nosso privilégio e nossa tarefa é ser testemunhas de Cristo no mundo e não podemos sê-lo sem a intimidade pessoal, a convicção interior e o testemunho exterior de nossa fé.


Notas de Estudos jw.org

Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 15 versículo 1
Eu sou a verdadeira videira: Esta metáfora usada por Jesus lembra algumas figuras de linguagem das Escrituras Hebraicas. Por exemplo, em Is 5:1-7, “a casa de Israel” é chamada de “o vinhedo de Jeová dos exércitos”. Em Jr 2:21, Jeová falou que a nação de Israel se “degenerou . . . transformando-se em ramos de uma videira brava”. E em Os 10:1-2, ele a chamou de “uma videira degenerada”. Jesus é bem diferente daquela nação desleal. Ele é “a verdadeira videira”, e seu Pai é o lavrador. Depois de Jesus comparar seus discípulos com os “ramos” da videira, ele falou a eles sobre a importância de permanecerem em união com ele. Assim como os ramos de uma videira precisam estar ligados a ela para continuar vivos e dar frutos, os discípulos de Jesus precisam permanecer unidos a ele para se manter vivos e produtivos em sentido espiritual. Além disso, assim como um lavrador espera que uma videira dê frutos, Jeová espera que os que estão unidos a Cristo deem frutos em sentido espiritual. Essa ilustração destaca, não apenas a união que existe entre Jesus e seus verdadeiros seguidores, mas também entre esses seguidores e o Pai de Jesus. — Jo 15:2-8.


Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 15 versículo 2
limpa: Ou: “poda”. O verbo grego traduzido aqui como “limpa” está relacionado com a palavra grega traduzida como “limpos” em Jo 15:3.


Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 15 versículo 13
vida: Ou: “alma”. O significado da palavra grega psykhé, traduzida como “alma” nas edições anteriores da Tradução do Novo Mundo, varia de acordo com o contexto. Aqui, a palavra se refere à vida da pessoa. — Veja o Glossário, “Alma”.


Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 15 versículo 15
Não os chamo mais de escravos: A palavra grega para “escravo”, doúlos, é geralmente usada para se referir a uma pessoa que é propriedade de alguém. (Mt 8:9-10:24, 25; 13:
27) A palavra também é usada em sentido figurado para se referir a servos de Deus e de seu Filho, Jesus Cristo, quer sejam humanos (At 2:18-4:29; Rm 1:1; Gl 1:10) quer sejam anjos (veja Ap 19:10, onde aparece a palavra sýndoulos [coescravo]). Além disso, a Bíblia usa a palavra doúlos para falar dos que são escravos do pecado (Jo 8:34; Rm 6:16-20) ou da corrupção (2Pe 2:19). Quando Jesus sacrificou sua vida perfeita, ele usou o valor de seu sangue para comprar a vida de todos os seus seguidores. Por isso, eles não pertencem mais a si mesmos; eles são “escravos de Cristo”. (Ef 6:6-1Co 6:19, 20; 7:23; Gl 3:13) Jesus chamou seus apóstolos de amigos, mas eles também se tornaram seus escravos, porque ele os resgatou do pecado. Em algumas ocasiões, Jesus se referiu a seus seguidores como escravos. — Jo 15:20.


Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 15 versículo 19
mundo: A palavra grega usada aqui é kósmos. Neste contexto, ela se refere à sociedade humana injusta afastada de Deus, ou seja, a todas as pessoas que não servem a Deus. João é o único escritor dos Evangelhos que registra que Jesus falou sobre seus seguidores não fazerem parte do mundo ou não pertencerem ao mundo. Na última oração de Jesus com seus apóstolos fiéis, Jesus falou isso mais duas vezes. — Jo 17:14-16.


Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 15 versículo 21
por causa do meu nome: Na Bíblia, a palavra “nome” pode se referir à própria pessoa, à sua reputação e a tudo o que ela representa. (Veja a nota de estudo em Mt 6:9.) No caso de Jesus, o nome também envolve a autoridade que ele recebeu de Jeová e a posição que ele ocupa. (Mt 28:18; Fp 2:9-10; Hb 1:3-4) Jesus explicou que as pessoas do mundo fariam coisas contra seus seguidores por não conhecerem Aquele que o enviou. Conhecer a Deus ajudaria essas pessoas a entender e aceitar o que o nome de Jesus representa. (At 4:12) Isso inclui a posição de Jesus como o Rei dos reis, o Governante escolhido por Deus, a quem todas as pessoas devem se sujeitar para ganhar a vida. — Jo 17:3; Ap 19:11-16; compare com o Sl 2:7-12.


Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 15 versículo 25
na Lei deles: Aqui, a palavra “Lei” se refere às Escrituras Hebraicas como um todo, e não apenas à Lei mosaica. A citação que aparece neste versículo é do Sl 35:19-69:4. A palavra “Lei” é usada com esse mesmo sentido em Jo 10:34-12:34.


Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 15 versículo 26
ajudador: Veja a nota de estudo em Jo 14:16.

esse: O pronome grego que aparece aqui, ekeínos, é do gênero masculino e se refere à palavra grega para ajudador, que também é do gênero masculino. — Veja as notas de estudo em Jo 14:16-16:13.


Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 15 versículo 27
desde o começo: Ou: “desde que comecei”. Ou seja, desde o tempo em que Jesus começou seu ministério.


Dicionário

Agora

Dicionário Comum
advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.
Fonte: Priberam

Alegria

Dicionário Comum
substantivo feminino Estado de satisfação extrema; sentimento de contentamento ou de prazer excessivo: a alegria de ser feliz.
Circunstância ou situação feliz: é uma alegria tê-los em casa.
Condição de satisfação da pessoa que está contente, alegre.
Aquilo que causa contentamento ou prazer: seu projeto foi uma grande alegria para ele.
Ação de se divertir, de se entreter ou de alegrar alguém; divertimento.
Botânica Designação comum de gergelim (erva).
Botânica Aspecto comum de certas plantas, da família das amarantáceas, geralmente utilizadas como ornamentais ou para o consumo de suas folhas.
substantivo feminino plural [Popular] Alegrias. Designação comum atribuída aos testículos de animais.
Etimologia (origem da palavra alegria). Alegre + ia.
Fonte: Priberam

Dicionário Etimológico
Do latim alacritas ou alacer, que significa “animado”, “vivaz”, “contente” ou “ânimo leve”.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

Dicionário de Sinônimos
ledice, júbilo, exultação, regozijo, contentamento, jovialidade, alacridade, satisfação; alegre, ledo, jubiloso, exultante, contente, jovial, álacre, satisfeito. – Diz Roq. que “o contentamento é uma situação agradável do ânimo, causada, ou pelo bem que se possui, ou pelo gosto que se logra, ou pela satisfação de que se goza. Quando o contentamento se manifesta exteriormente nas ações ou nas palavras, é alegria. Pode, pois, uma pessoa estar contente, sem parecer alegre. Pode fingir-se a alegria, porque é demonstração exterior, e pertence à imaginação; não assim o contentamento, que é afeto interior, e pertence principalmente ao juízo e à reflexão. Diríamos que o contentamento é filosófico; a alegria, poética; aquele supõe igualdade e sossego de ânimo, tranquilidade de consciência; conduz à felicidade, e sempre a acompanha. Ao contrário, a alegria é desigual, buliçosa, e até imoderada, quiçá louca em seus transportes; muitas vezes prescinde da consciência, ou é surda a seus gritos, porque na embriaguez do espírito se deixa arrastar da força do prazer; não é a felicidade, nem a ela conduz, nem a acompanha. O homem alegre nem sempre é feliz; muitos há que sem mostrarem alegria gozam de felicidade. Um fausto sucesso, que interessa a toda uma nação, celebra-se com festas e regozijos, alegra ao público, e produz contentamento no ânimo dos que foram causa dele. Antes que o ardente licor, que dá alegria, fizesse seu efeito no moiro de Moçambique, já ele estava mui contente pelo acolhimento que lhe fazia o Gama, e muito mais pelo regalo com que o tratava, como diz o nosso poeta... – Fixada a diferença entre alegria e contentamento, não será difícil fixá-la entre outros dos vocábulos deste grupo; pois representando todos um estado agradável no espírito do homem, exprime cada um deles seu diferente grau ou circunstâncias”. – Ledice, ou ledica como diziam os antigos, é corrupção da palavra latina lœtitia, e eles a usavam em lugar de alegria: em Camões ainda é frequente o adjetivo ledo em lugar de alegre. Hoje, a palavra ledo é desusada, e só em poesia terá cabimento. Seria para desejar que o uso lhe desse a significação modificada que lhe atribui D. Fr. de S. Luiz, dizendo que é menos viva, mais suave, tranquila e serena que a alegria; mas não lhe achamos autoridade suficiente para a estimar como tal. – O júbilo é mais animado que a alegria, e mostra-se por sons, vozes, gritos de aclamação. A pessoa jubilosa mostra-se alvoroçada de alegria. – Exultação é o último grau da alegria, que, não cabendo no coração, rompe em saltos, danças, etc., segundo a força do verbo exultar, que é saltar de gozo, de alegria. Está exultante a criatura que parece ufana da sua felicidade ou da satisfação que tem. – Regozijo, como está dizendo a palavra, formada da partícula reduplicativa re e gozo, é alegria, ou gozo repetido ou prolongado; e quase sempre se aplica às demonstrações públicas de gosto e alegria, celebradas com festas, bailes, etc., em memória de faustos acontecimentos. – Jovialidade significa “disposição natural para a alegria ruidosa mais inocente, temperamento irrequieto, festivo, quase ufano da vida”. Há velhos joviais; mas a jovialidade só assenta nos moços. – Alacridade é a Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 157 “alegria aberta e serena, discreta e segura”. – Satisfação é “o estado de alma em que ficamos quando alguma coisa vem corresponder aos nossos desejos, aos nossos sentimentos”, etc.
Fonte: Dicio

Dicionário da FEB
[...] Alegria é saúde espiritual [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 41

Não te mergulhes na ilusória taça / Em que o vinho da carne se avoluma. / A alegria da Terra é cinza e bruma, / Mentirosa visão que brilha e passa.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Não arruínes o bom humor de quem segue ao teu lado, porque a alegria é sempre um medicamento de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

[...] a alegria é o nosso dever primordial, no desempenho de todos os deveres que a vida nos assinala.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alegria

[...] a alegria e a esperança, expressando créditos infinitos de Deus, são os motivos básicos da vida a erguer-se, cada momento, por sinfonia maravilhosa.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 66

Alegria serena, em marcha uniforme, é a norma ideal para atingir-se a meta colimada.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 92

Jesus foi otimista nas suas pregações, ensinando as criaturas a se alegrarem com a vida, reconciliando-se com DEUS através da prática de ações puras e da emissão de pensamentos nobres e renovadores. A alegria é índice de boa saúde espiritual. Quem ama a Deus não se entrega à tristeza, ao desânimo, à desesperança, porque estes três estados d’alma denunciam falta de fé, ausência de confiança nos desígnios do Pai que está nos Céus. O apóstolo Paulo afirmou que “os frutos do Espírito são amor, alegria e paz”. Na verdade, sem amor, sem alegria, sem paz, o Espírito não pode evoluir. [...] A sã alegria não espouca em gargalhadas perturbadoras e escandalosas. É discreta, deixa o coração confortado e o Espírito pode fruir suave tranqüilidade. Embeleza-se com sorrisos bondosos, onde brincam a tolerância e o amor. O Espiritismo, que é o Paracleto, o Consolador prometido por Jesus, é a religião do amor, da caridade, da paz, da justiça, da humildade, e, conseqüentemente, da alegria, porque, onde imperem sentimentos tão delicados, a alegria domina, visto estabelecer-se, aí, a vontade de Deus. [...] Jesus era alegre com dignidade. Possuía a alegria pura e santa que identificava Sua grandeza espiritual. A alegria é um estado que aproxima de Deus as criaturas, quando alicerçada na pureza de pensamento. É alegre, não aquele que gargalha por nonadas, mas o que, naturalmente, traz Deus no coração. Todos nós fomos criados para sermos felizes, embora a felicidade não seja, as mais das vezes, o que supomos. As dores que nos afligem são reflexos do mau emprego que temos feito do nosso livre-arbítrio. A tristeza pode ser conseqüente do vazio dos corações sem amor e sem fé. A alegria vive no íntimo do ser humano que ama o bem, com ele respondendo ao mal. [...]
Referencia: MENDES, Indalício• Rumos Doutrinários• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Amemos a vida

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Alegria Emoção e estado de satisfação e felicidade (Sl 16:11); (Rm 14:17).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Amigos

Dicionário Comum
masc. pl. de amigo

a·mi·go
(latim amicus, -i)
adjectivo e nome masculino
adjetivo e nome masculino

1. Que ou quem sente amizade por ou está ligado por uma afeição recíproca a. = COMPANHEIROINIMIGO

2. Que ou quem está em boas relações com outrem.INIMIGO

3. Que ou quem se interessa por algo ou é defensor de algo (ex.: amigo dos animais). = AMANTE, APRECIADOR

nome masculino

4. Pessoa à qual se está ligado por relação amorosa. = NAMORADO

5. Pessoa que vive maritalmente com outra. = AMANTE, AMÁSIO

6. Pessoa que segue um partido ou uma facção. = PARTIDÁRIO

7. Forma de tratamento cordial (ex.: amigo, venha cá). = COMPANHEIRO

adjectivo
adjetivo

8. Que inspira simpatia, amizade ou confiança. = AMIGÁVEL, AMISTOSO, RECONFORTANTE, SIMPÁTICO

9. Que mantém relações diplomáticas amistosas (ex.: países amigos). = ALIADOINIMIGO

10. Que ajuda ou favorece. = FAVORÁVEL, PROPÍCIOCONTRÁRIO


amigo colorido
Pessoa com quem se tem relacionamento afectivo e sexual sem compromisso assumido.

amigo da onça
[Informal] Pessoa que parece amiga, mas que é falsa ou traiçoeira.

amigo de Peniche
[Portugal] Pessoa que parece amiga, mas que é falsa ou traiçoeira.

amigo do alheio
[Informal] Ladrão.

amigo oculto
O mesmo que amigo secreto. (Confrontar: amigo-oculto.)

amigo secreto
Pessoa, num grupo de colegas, amigos ou familiares, que deverá, por sorteio e geralmente na época de Natal, oferecer um presente a alguém numa data combinada, sem que seja identificado antes dessa data. (Confrontar: amigo-secreto.) = AMIGO OCULTO

falso amigo
[Linguística] [Linguística] Cada uma das palavras que, pertencendo a línguas diferentes, são muito parecidas na forma mas diferentes no significado. [Por exemplo, em italiano, a palavra "burro" significa "manteiga" e não "asno", como em português.]

fiel amigo
[Portugal, Informal] Bacalhau usado na alimentação.

Superlativo: amicíssimo ou amiguíssimo.
Fonte: Priberam

Amor

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Amor Ver Ágape, Sexo.
Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário da Bíblia de Almeida
Amor Sentimento de apreciação por alguém, acompanhado do desejo de lhe fazer o bem (1Sm 20:17). No relacionamento CONJUGAL o amor envolve atração sexual e sentimento de posse (Ct 8:6). Deus é amor (1(Jo 4:8). Seu amor é a base da ALIANÇA, o fundamento da sua fi delidade (Jr 31:3) e a razão da ELEIÇÃO do seu povo (Dt 7:7-8). Cristo é a maior expressão e prova do amor de Deus pela humanidade (Jo 3:16). O Espírito Santo derrama o amor no coração dos salvos (Rm 5:5). O amor é a mais elevada qualidade cristã (1Co 13:13), devendo nortear todas as relações da vida com o próximo e com Deus (Mt 22:37-39). Esse amor envolve consagração a Deus (Jo 14:15) e confiança total nele (1Jo 4:17), incluindo compaixão pelos inimigos (Mt 5:43-48); (1Jo 4:20) e o sacrifício em favor dos necessitados (Ef 5:2); (1Jo 3:16).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário da FEB
O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 11, it• 8

[...] O amor é a lei de atração para os seres vivos e organizados. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 888a

[...] O amor é sentimento tão sublime que, na vivência de seu infinito panorama de realizações, acaba por consumar a moral, libertando o homem da necessidade dela. Somente quem ama não precisa mais agir como se amasse [...].
Referencia: ABRANCHES, Carlos Augusto• Vozes do Espírito• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O amor é a minha lei

[...] o amor é a melhor das religiões, e a única que pode conduzir à felicidade celeste.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

[...] é a chama que purifica e o bálsamo que consola. [...]
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

[...] O amor não está limitado aos momentos fugazes da relação sexual. Pode surgir o amor, porque são dois corações e não somente dois corpos em comunhão, mas uma fração muito diminuta do amor, pois a união sexual não tem a capacidade de manifestar toda a amplitude do amor de que as almas necessitam para viverem em paz e alegria, em meio às lutas e trabalhos. Toda afetividade sexual é como se fora uma única gota de amor, diante do oceano de amor de que precisamos para vivermos e sermos mais felizes. Quem procura manifestar o amor somente na relação sexual é como alguém que quisesse sobreviver recebendo somente um raio de sol por um minuto diário, ficando o resto do tempo na escuridão e no congelamento. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

[...] é a Suprema Lei Divina [...].
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 12

[...] o único dogma de redenção: o Amor.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pref• da nova ed• francesa

[...] verdadeiro princípio do Cristianismo – o amor, sentimento que fecunda a alma, que a reergue de todo o abatimento, franqueia os umbrais às potências afetivas que ela encerra, sentimento de que ainda pode surgir a renovação, a regeneração da Humanidade.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

O amor é a celeste atração das almas e dos mundos, a potência divina que liga os Universos, governa-os e fecunda; o amor é o olhar de Deus! [...] O amor é o sentimento superior em que se fundem e se harmonizam todas as qualidades do coração; é o coroamento das virtudes humanas, da doçura, da caridade, da bondade; é a manifestação na alma de uma força que nos eleva acima da matéria, até alturas divinas, unindo todos os seres e despertando em nós a felicidade íntima, que se afasta extraordinariamente de todas as volúpias terrestres.
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 49

[...] amor é a juventude da Criação. Em amando, todos os seres adquirem a candura das crianças. Nada tão puro, con fiante, nobre, simples, simultaneamente, como as aspirações do amor, é ele a igualdade, a fraternidade, o progresso; é a união das raças inimigas; é a lei do Universo, porque é também atração. [...]
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11

Nas bases de todo programa educativo, o amor é a pedra angular favorecendo o entusiasmo e a dedicação, a especialização e o interesse, o devotamento e a continuidade, a disciplina e a renovação [...].
Referencia: EVANGELIZAÇÃO espírita da infância e da juventude na opinião dos Espíritos (A)• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• Separata do Reformador de out• 82• - q• 5

O amor, sem dúvida, é hálito divino fecundando a vida, pois que, sem o amor, a Criação não existiria. Nos vórtices centrais do Universo, o amor tem caráter preponderante como força de atração, coesão e repulsão que mantém o equilíbrio geral. [...] Inserto no espírito por herança divina, revela-se a princípio como posse que retém, desejo que domina, necessidade que se impõe, a fim de agigantar-se, logo depois, em libertação do ser amado, compreensão ampliada, abnegação feliz, tudo fazendo por a quem ama, sem imediatismo nem tormento, nem precipitação. Sabe esperar, consegue ceder, lobriga entender sempre e sempre desculpar. O amor é tudo. Resume-se em amar.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 21

Somente o amor, portanto, possui o elemento de sustentação e fortaleci-cimento para dar vida e manter o brilho, o calor que a aquece e a mantém. Este A recurso indispensável apresenta-se em forma de autocompreensão em torno dos deveres que devem ser atendidos em relação a si mesmo, ao próximo e a Deus.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impedimentos à iluminação

O Mestre Nazareno [...] preceituou o amor como fundamental e situou-o na mais elevada condição de mediador entre os homens e o Pai, sendo a força transformadora que tudo modifica e salva. Através do amor o Espírito logra domar a inquietude da mente, submetendo-a aos ditames do sentimento, por que ele ajuda a superar a razão fria, os cálculos dos interesses vis. Mediante a óptica do amor, o vitorioso é sempre aquele que cede em favor do seu próximo desde que se sinta envolvido pela necessidade de ajudá-lo. [...] O amor altera os paradigmas da mente, que se apóia em pressupostos falsos que elege como refúgio, como recurso de segurança, longe dos interesses da solidariedade e do progresso geral. O amor proporciona à compaixão as excelentes alegrias do bem-fazer e do seguir adiante sem aguardar qualquer tipo de recompensa, qual ocorreu na referida Parábola do Bom Samaritano. Além de auxiliar o caído, levou-o no seu animal, seguindo, porém, a pé, hospedou-o, pagando as despesas e comprometendo-se a liberar outras quaisquer, que porventura viessem a existir, ao retornar da viagem... A compaixão converteu-se em amor ao seu próximo como a si mesmo.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Compaixão, amor e caridade

O amor é luz inapagável que dimana doPai.Somente através do amor o ser humanoencontrará a razão fundamental da suaexistência e do processo da sua evolução
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Compaixão, amor e caridade

O amor, no período das dependências fisiológicas, é possessivo, arrebatado, físico, enquanto que, no dos anelos espirituais, se compraz, libertando; torna-se, então, amplo, sem condicionamentos, anelando o melhor para o outro, mesmo que isto lhe seja sacrificial. Um parece tomar a vida e retê-la nas suas paixões, enquanto o outro dá a vida e libera para crescer e multiplicar-se em outras vidas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 19

[...] o amor é fonte inexaurível, à disposição de quantos desejam felicidade e paz. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 7

[...] sendo sol, o amor é vida que anula e subtrai as forças nefastas, transformando-as.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 9

[...] é geratriz de paz a engrandecer e libertar as almas para os vôos sublimes da vida...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

[...] O amor, sempre presente, é carga santificante que reduz o peso das dores e ameniza o ardor das aflições, chegando de mansinho e agasalhando-se no ser.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 7

[...] é o permanente haver, em clima de compensação de todas as desgraças que por acaso hajamos semeado, recompensando-nos o espírito pelo que fizermos em nome do bem e realizarmos em prol de nós mesmos.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 1, cap• 3

[...] O amor, em qualquer esfera de expressão, é bênção de Deus. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 1, cap• 6

O amor é a força motriz do universo: a única energia a que ninguém opõe resistência; o refrigério para todas as ardências da alma: o apoio à fragilidade e o mais poderoso antídoto ao ódio.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Trilhas da libertação• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Terapia desobsessiva

O Amor é qual primavera: / Chega e espalha pelo chão / Gotas de sol indicando / O homem velho em redenção.
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - cap• 28

Meu amigo, guarde bem: / Amor é boa vontade; / Não se mede no relógio, / Nem guarda expressão de idade.
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - cap• 48

[...] O amor, em que a paz canta o seu hino, é o oásis onde o viandante, sequioso de bondade, mitiga a sua sede; onde o desgraçado, ansioso de perdão encontra o seu sossego; onde o infeliz, faminto de carinho, satisfaz a sua fome. É o céu azul que cobre o deserto da vida, onde o orgulho, o egoísmo, a vaidade, o ódio, não são estrelas que norteiam o incauto viajante humano.
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 4

[...] o amor é um milagre que podemos realizar em nome do Cristo.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Diálogo com as sombras: teoria e prática da doutrinação• 20a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

[...] o amor é a resposta a todas as nossas especulações e mazelas. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

[...] Sabemos hoje, no contexto do Espiritismo, que o reinado do amor é mais do que uma esperança, por mais bela que seja; é uma fatalidade histórica da evolução, que vai emergindo lentamente, à medida que o Espírito se desembaraça das suas imperfeições. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

[...] o Amor é símbolo de fraternidade e beleza de sentimentos [...].
Referencia: Ó, Fernando do• Almas que voltam• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3

[...] o amor é a lâmpada maravilhosa que ilumina a consciência, é o elixir da eterna beleza, é o filtro do esquecimento de nós mesmos e que cria, ao mesmo tempo, em nossas almas, sentimentos de mais justiça e eqüidade para a grande família humana. [...]
Referencia: Ó, Fernando do• Marta• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 2

[...] Este é que é o nosso principal guia em todo o nosso trabalho.
Referencia: OWEN, G• Vale• A vida além do véu: as regiões inferiores do céu• Trad• de Carlos 1mbassahy• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 5

O amor é a emanação do infinito amor de Deus; é o sentimento que nos sobreleva ao nível ordinário da vida, neste planeta de provações, purificando nossas almas para merecermos as graças do Eterno Pai [...].
Referencia: PALISSY, Codro• Eleonora• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

Entre os seres racionais — é o Amor o mais perfeito construtor da felicidade interna, na paz da consciência que se afeiçoa ao Bem. Nas relações humanas, é o Amor o mais eficaz dissolvente da incompreensão e do ódio.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 14

A [...] o Amor é, com efeito, o supremo bem que redime a Humanidade.
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Recordações da mediunidade• Obra mediúnica orientada pelo Espírito Adolfo Bezerra de Menezes• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

O amor – eis a lei; os Evangelhos, a prática do amor – eis os profetas, os intérpretes dos Evangelhos. [...]
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

[...] O amor é a fonte donde brotam todas as virtudes com que deveis fertilizar a vossa existência, tornando-a capaz de dar bons frutos. [...]
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3

Amemos esse Amor – clarão divino / em cuja claridade excelsa e pura / veremos, ouviremos, sentiremos / o Espírito de Deus!
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Amor

O amor é sempre a força milagrosa / Que, embora o mal, reergue, educa e exprime / O futuro da Terra lacrimosa.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Pelo amor

O amor é a lei divina que governa a vida... / Afasta o preconceito e vibra, alma querida, / na luz do coração!
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Amor no céu

[...] O amor é um princípio divino da nossa natureza, crescendo à medida que dá e reparte, e é a fonte de uma sã e perene alegria [...].
Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 2

[...] é o único antídoto contra esse mal que grassa de maneira tão avassaladora: a obsessão. [...] a necessidade primordial do espírito é o amor, para se ver curado das enfermidades que o prejudicam.
Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 4, cap• 2

O amor, como comumente se entende na Terra, é um sentimento, um impulso do ser, que o leva para outro ser com o desejo de unir-se a ele. Mas, na realidade, o amor reveste formas infinitas, desde as mais vulgares até as mais sublimes. Princípio da vida universal, proporciona à alma, em suas manifestações mais elevadas e puras, a intensidade de radiação que aquece e vivifica tudo em roda de si; é por ele que ela se sente estreitamente ligada ao Poder Divino, foco ardente de toda a vida, de todo amor. O amor é uma força inexaurível, renova-se sem cessar e enriquece ao mesmo tempo aquele que dá e aquele que recebe. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O amor

[...] O amor é um fenômeno que se aprende e de que o homem pode ser educado para descobrir dentro de si mesmo seu potencial de afetividade. Cada pessoa tem o potencial para o amor. Mas o potencial nunca é percebido sem esforço. [BUSCAGLIA, Léo. Amor, p. 60.] O modelo já foi dado por Jesus, precisaremos aprender com a criança a libertar a criança que guardamos dentro de nós mesmos.
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Infância – tempo de semear

[...] O simples fato de que o amor seja, no dizer de Jesus, a síntese de todos os ensinos que conduzem à plenitude de ser e, conseqüentemente, à felicidade, pode nos facultar a compreensão precisa da importância dele em nossas vidas. A ausência da interação amorosa na in fância é calamitosa para o desenvolvimento do indivíduo, como pudemos constatar. É na inter-relação afetiva com os nossos semelhantes que podemos tornar-nos capazes de amar conforme o modelo exemplificado pelo Cristo.
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Um velho caminho

Amor é o princípio que emana de Deus, a causa da vida. Inspira a gratidão e o reconhecimento ao Criador, espraiando-se por todas as coisas, pela criação inteira, sob múltiplas formas. Amar ao próximo é uma conseqüência do amor a Deus. Toda a doutrina ensinada pelo Cristo resume-se no Amor, a Lei Divina que abrange todas as outras.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 31

[...] O amor é sempre um sentimento digno, e enobrece todo aquele que o sente no íntimo do coração. [...]
Referencia: SURIÑACH, José• Lídia• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• Romance seguido de Alda, por Amauri Fonseca• - cap• 1

[...] O Amor é a fonte divinal, cuja linfa, pura e cristalina, atravessa a correnteza bravia das paixões materiais. [...]
Referencia: SURIÑACH, José• Lídia• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• Romance seguido de Alda, por Amauri Fonseca• - cap• 1

O amor vitorioso na esperança e no entendimento é o sol de Deus, dentro da vida...
Referencia: VIEIRA, Waldo• De coração para coração• Pelo Espírito Maria Celeste• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 14

[...] O amor puro é abastança para o necessitado, saúde para o enfermo, vitória para o vencido!... [...]
Referencia: VIEIRA, Waldo• De coração para coração• Pelo Espírito Maria Celeste• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 28

A lei por excelência, da qual decorrem as demais, como simples modalidades, é o Amor.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Vinde a mim

[...] O amor é o sentimento por excelência. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Culto à virtude

[...] O amor é o eterno fundamento da educação. [...]
Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 1, cap• 19

[...] é a sagrada finalidade da vida. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 15

[...] Nosso amor é, por enquanto, uma aspiração de eternidade encravada no egoísmo e na ilusão, na fome de prazer e na egolatria sistemática, que fantasiamos como sendo a celeste virtude. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 14

[...] Divino é o amor das almas, laço eterno a ligar-nos uns aos outros para a imortalidade triunfante, mas que será desse dom celeste se não soubermos renunciar? O coração incapaz de ceder a benefício da felicidade alheia é semente seca que não produz.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6

[...] é o meio de cooperarmos na felicidade daqueles a quem nos devotamos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 7

[...] é entendimento, carinho, comunhão, confiança, manifestação da alma que pode perdurar sem qualquer compromisso de ordem material [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

[...] o amor é a única dádiva que podemos fazer, sofrendo e renunciando por amar...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 13

A Lei de Deus é sempre o Amor. Amor é luz que envolve o Universo, é o éter A vivificador, é a afeição dos espíritos dedicados, é a alegria dos bons, é a luta que aperfeiçoa.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O amor é o sol que nos aquece e ilumina.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Não vale a existência pelo simples viver. Vale a vida pelo aperfeiçoamento, pela amplitude, pela ascensão. E o guia de nossa romagem para os cimos a que nos destinamos é sempre o Amor, que regenera, balsamiza, ajuda, esclarece, educa e santifica.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O acaso não nos atira nos braços uns dos outros. Todos estamos unidos para determinados fins, salientando que o amor puro é sempre meta invariável que nos compete atingir.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O amor é a divina moeda que garante os bens do céu.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Amor que salva e levanta / É a ordem que nos governa. / Na lide em favor de todos, / Teremos a vida eterna.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Os amores no santuário doméstico são raízes inextirpáveis no coração.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] O amor é a força divina, alimentando-nos em todos os setores da vida [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

O Amor, sublime impulso de Deus, é a energia que move os mundos: Tudo cria, tudo transforma, tudo eleva. Palpita em todas as criaturas. Alimenta todas as ações.[...] É a religião da vida, a base do estí-mulo e a força da Criação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Amor

Amor é perdão infinito, esquecimento de todo mal, lâmpada de silencioso serviço a todos, sem distinção, alimentada pelo óleo invisível da renúncia edificante...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De longe

Jesus veio até nós a fim de ensinar-nos, acima de tudo, que o Amor é o caminho para a Vida Abundante.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 67

[...] o amor é o laço de luz eterna que une todos os mundos e todos os seres da imensidade; sem ele, a própria criação infinita, não teria razão de ser, porque Deus é a sua expressão suprema... [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6

[...] A severidade pertencerá ao que instrui, mas o amor é o companheiro daquele que serve. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

[...] O amor é sol divino a irradiar-se através de todas as magnificências da alma.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 13

[...] O verdadeiro amor é a sublimação em marcha, através da renúncia. Quem não puder ceder, a favor da alegria da criatura amada, sem dúvida saberá querer com entusiasmo e carinho, mas não saberá coroar-se com a glória do amor puro. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 14

[...] o maior sustentáculo das criaturas é justamente o amor. [...] Todo siste ma de alimentação, nas variadas esferasda vida, tem no amor a base profunda.[...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - cap• 18

O amor é a lei própria da vida e, sob oseu domínio sagrado, todas as criaturase todas as coisas se reúnem ao Criador,dentro do plano grandioso da unidadeuniversal.Desde as manifestações mais humildesdos reinos inferiores da Natureza,observamos a exteriorização do amor emsua feição divina. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 322

[...] O amor é luz de Deus, ainda mes-mo quando resplandeça no fundo doabismo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 31

O amor puro é o reflexo do Criador emtodas as criaturas.Brilha em tudo e em tudo palpita namesma vibração de sabedoria e beleza.É fundamento da vida e justiça de todaa Lei.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pensamento e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 30

Guarda, porém, o amor puro eesplendente, / Que o nosso amor, agorae eternamente, / É o tesouro que o tem-po nunca leva...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tempo e amor

[...] divina herança do Criador para to-das as criaturas [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 57

O amor é assim como um sol / De gran-deza indefinida, / Que não dorme, nemdescansa / No espaço de nossa vida.Amor é devotamento, / Nem sempresó bem-querer. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

O amor a que se refere o Evangelho éantes a divina disposição de servir com alegria, na execução da Vontade do Pai, em qualquer região onde permaneçamos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 90

O amor, porém, é a luz inextinguível.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 162

Toda criatura necessita de perdão, como precisa de ar, porquanto o amor é o sustento da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 77

Na marcha ascendente para o Reino Divino, o Amor é a Estrada Real. [...] [...] o Amor é Deus em tudo. [...] o amor é a base da própria vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 78

[...] é a essência do Universo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Sexo e destino• Pelo Espírito André Luiz• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Prece no limiar

Deus criou o homem para a felicidade. Entretanto, para alcançar essa felicidade o homem tem de amar, tem de sentir dentro do coração os impulsos espontâneos do bem em suas múltiplas manifestações, porque tudo quanto existe, por ser obra de Deus, é expressão do amor divino, que, assim, está na essência de cada coisa e de cada ser, dando-lhes a feição própria do seu valor, no conjunto da criação.
Referencia: MENDES, Indalício• Rumos Doutrinários• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Amemos a vida

Fonte: febnet.org.br

Dicionário Bíblico
inclinação da alma e do coração; objecto da nossa afeição; paixão; afecto; inclinação exclusiva
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário Etimológico
Do latim, amare, amor.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

Dicionário Comum
substantivo masculino Sentimento afetivo que faz com que uma pessoa queira o bem de outra.
Sentimento de afeição intensa que leva alguém a querer o que, segundo ela, é bonito, digno, esplendoroso.
Sentimento afetivo; afeição viva por; afeto: o amor a Deus, ao próximo.
Sentimento de afeto que faz com que uma pessoa queira estar com outra, protegendo, cuidando e conservando sua companhia.
Pessoa amada: coragem, meu amor!
Sentimento apaixonado por outra pessoa: sinto amor por você.
Pessoa muito querida, agradável, com quem se quer estar: minha professora é um amor!
Inclinação ditada pelas leis da natureza: amor materno, filial.
Gosto vivo por alguma coisa: amor pelas artes.
Sentimento de adoração em relação a algo específico (real ou abstrato); esse ideal de adoração: amor à pátria; seu amor é o futebol.
Excesso de zelo e dedicação: trabalhar com amor.
Mitologia Designação do Cupido, deus romano do amor.
Religião Sentimento de devoção direcionado a alguém ou ente abstrato; devoção, adoração: amor aos preceitos da Igreja.
Etimologia (origem da palavra amor). Do latim amor.oris, "amizade, afeição, desejo intenso".
Fonte: Priberam

Amária

Dicionário Comum
1ª pess. sing. cond. de amar
3ª pess. sing. cond. de amar

a·mar -
(latim amo, -are)
verbo transitivo

1. Ter amor a.

2. Gostar muito de (ex.: amei o filme). = APRECIAR

verbo transitivo e intransitivo

3. Estar apaixonado.

verbo transitivo e pronominal

4. Ter relações sexuais.

Fonte: Priberam

Antes

Dicionário Comum
antes adv. 1. Em tempo anterior. 2. Em lugar anterior. 3. De preferência. 4. Em realidade, realmente. adj. Contado de então para trás (di-Zse de tempo): Dois anos antes.
Fonte: Priberam

Assim

Dicionário Comum
advérbio Deste modo, desta forma: assim caminha a humanidade.
Igual a, semelhante a; do mesmo porte ou tamanho de: não me lembro de nenhum terremoto assim.
Em que há excesso; em grande quantidade: havia gente assim!
Do mesmo tamanho; desta altura: o meu filho já está assim.
conjunção Portanto; em suma, assim sendo: você não estudou, assim não conseguiu passar no vestibular.
Gramática Utilizado para dar continuidade ao discurso ou na mudança de pensamento: vou ao cinema amanhã; assim, se você quiser, podemos ir juntos.
locução adverbial De valor concessivo-adversativo. Assim mesmo, mesmo assim ou ainda assim; apesar disso, todavia, entretanto: advertiram-no várias vezes, mesmo assim reincidiu.
locução interjeição Assim seja. Queira Deus, amém; oxalá.
expressão Assim ou assado. De uma maneira ou de outra.
Assim que. Logo que: assim que ele chegar vamos embora!
Assim como. Bem como; da mesma maneira que: os pais, assim como os filhos, também já foram crianças.
Etimologia (origem da palavra assim). Do latim ad sic.
Fonte: Priberam

Causa

Dicionário Comum
substantivo feminino Aquilo que faz com que uma coisa seja, exista ou aconteça.
O que é princípio, razão ou origem de alguma coisa; motivo.
O que pode acontecer; fato ou acontecimento.
[Jurídico] O motivo pelo qual alguém se propõe a contratar: causa lícita, ilícita.
[Jurídico] Razão que leva alguém dar início a um processo judicial; esse processo; ação, demanda: causa cível.
Interesse coletivo a partir do qual um grupo se rege; partido: a causa do povo.
Etimologia (origem da palavra causa). Do latim causa; caussa.ae.
Fonte: Priberam

Dicionário de Sinônimos
motivo, razão, móvel, pretexto. – Todas estas palavras designam aquilo que se tem como determinante das nossas ações; mas não poderiam ser aplicadas indistintamente, mesmo aquelas que parecem mais semelhantes. – Causa é o que produz uma ação; em certos casos, é o fato em virtude Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 259 do qual se dá um outro fato. F. deixou de vir devido ao mau tempo (o mau tempo foi causa da ausência). A causa da intervenção da força pública foi o tumulto que ali se levantou. – Motivo e móvel são os nomes que damos ao fato, à consideração, ao intento, etc., que nos leva a fazer alguma coisa ou a agir de certo modo em dadas circunstâncias. – Motivo é simplesmente o que opera em nós excitando-nos, impelindo a nossa vontade de praticar uma ação, ou de conduzir-nos deste ou daquele modo em dadas circunstâncias. – Móvel é “um motivo mais ponderoso, que opera tanto sobre o espírito como sobre o coração”. – Razão é “o motivo que se invoca para justificar algum ato, o móvel que se dá como causa da ação”. – Pretexto é “uma razão falsa ou fictícia que se dá para não dar a verdadeira”.
Fonte: Dicio

Dicionário da FEB
A Causa é a mola oculta que aciona a vida universal.
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 3, cap• 15

Fonte: febnet.org.br

Chamado

Dicionário Comum
chamado adj. 1. Que se chamou. 2. Denominado, apelidado. S. .M Chamada.
Fonte: Priberam

Como

Dicionário de Sinônimos
assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).
Fonte: Dicio

Dicionário Comum
como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.
Fonte: Priberam

Completa

Dicionário Comum
substantivo feminino Que contém o necessário para preencher totalmente: a vasilha está completa.
Liturgia. Parte final das últimas orações que, segundo o cristianismo, deveriam ser realizadas durante o dia.
Última etapa referente às horas canônicas, oração realizada antes de dormir.
Etimologia (origem da palavra completa). Do latim completus.
Fonte: Priberam

Conhecer

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Conhecer A palavra “conhecer” (grego gignosko) possui na Bíblia um significado muito mais amplo do que o habitual na cultura ocidental. Supõe a idéia de saber (Jo 4:1), mas também a de apreciar (Mt 7:16.20; 12,33; Jo 5:42; 10,27) ou manter relações sexuais (Mt 1:25; Lc 1:34). Por isso, conhecer a Deus é muito mais do que afirmar sua existência. Implica “reconhecer” o papel que ele deve ter na vida de todo ser humano que deve, conseqüentemente, obedecer-lhe (Jo 7:49). Quem não reconhece e obedece, mesmo que aceite a existência de Deus e seu papel de Senhor de sua vida, na realidade o desconhece e é também desconhecido por Deus (Mt 7:23; 25,12; Lc 13:25-27).
Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário da FEB
Conhecer é patrocinar a libertação de nós mesmos, colocando-nos a caminho de novos horizontes na vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pensamento e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 4

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Conhecer
1) Saber; reconhecer; ter experiência de (Sl 9:10); (Mt 7:23)

2) COABITAR (Gn 1:4); (Mt 1:25). 3 Dirigir e abençoar (Sl 1:6);
v. N
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Comum
verbo transitivo direto Fazer com que alguma coisa seja inserida no conhecimento (memória) de alguém; passar a saber: conhecer as culturas indígenas; conhecer novas sociedades.
Passar a ter consciência de: ela conhece bem as suas próprias limitações.
Ir ver (algo ou alguém); visitar: já conhecemos o antigo apartamento.
Ter sensação de pertencimento; fazer parte da família: o gato conhece o cheiro da dona.
Assimilar através dos sentidos ou da mente; perceber: não é possível conhecer o céu.
Ser alvo de; saber por sentir; experimentar: nunca conheceu o fracasso.
Ter sido avisado sobre a existência de algo ou de alguém: você conhece o professor?
Possuir provas sobre; aceitar: um diretor que conhece os procedimentos.
Acatar o poder ou autoridade de; obedecer: aquele menino não conhece castigos.
verbo transitivo indireto [Jurídico] Passar a ter o conhecimento sobre uma questão judicial, aceitando-a por ser capaz de julgá-la. (no caso de uma autoridade judicial).
verbo transitivo direto e pronominal Apresentar (uma pessoa ou coisa) a alguém: conhecemos a nova casa; conheceram-se num velório.
Conservar um relacionamento pessoal (familiar ou íntimo) com: nunca o conheci suficientemente; conhecemo-nos na escola.
Possuir uma relação de familiaridade com; saber: conhece o sistema de escrita Braille.
Etimologia (origem da palavra conhecer). Português antigo conhocer/ pelo latim cognoscere.
Fonte: Priberam

Consolador

Dicionário Bíblico
grego: advogado ou o que consola
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da FEB
O Consolador, assim, personifica uma doutrina eminentemente consoladora, que, na época oportuna, viria trazer aos homens as consolações de que iriam precisar, pois não as encontrariam nas religiões materializadas erigidas à sombra da cruz.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A progressividade da revelação divina 4

É o Espiritismo, que se encontra na Terra para moralizar os homens, através do esclarecimento da verdade que liberta e salva. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 4

O consolador é o Espiritismo [...].
Referencia: EVANGELIZAÇÃO: fundamentos da evangelização espírita da infância e da juventude (O que é?)• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - Apresentação

[...] entre vós já se acha o Consolador Prometido – a Doutrina Espírita –, fonte abundante de todas as verdades que devem substituir o edifício carcomido das vossas crenças, mostrando-vos a rota segura, a porta estreita, o coração, a alma do Divino Mestre que, perdoando os vossos erros, vos cobre com o seu divino manto de amor, conduzindo-vos à felicidade suprema!
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

[...] que não é uma entidade, não é um profeta, não é um missionário, que é a essência mesma dos ensinos do Cristo, a virtude do Evangelho plantada no coração do homem, a produzir frutos pela exemplificação cotidiana.
Referencia: THIESEN, Francisco• (Comp•) No oásis de Ismael: ensinos e meditações• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - pt• 1, cap• 2

[...] significa a doutrina luminosa e santa de esperança de redenção suprema das almas [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - O Espiritismo no Brasil

[...] é a escola divina destinada ao levantamento das almas. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Do noticiarista desencarnado

O Consolador é a onipresença de Jesus, na Terra.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 22

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Consolador V. ADVOGADO (Jo 14:16).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Comum
consolador (ô), adj. Que consola; consolativo. S. .M Aquele que consola.
Fonte: Priberam

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Consolador Adjetivo empregado por Jesus para referir-se ao Espírito Santo (Jo 16:7ss.).
Autor: César Vidal Manzanares

Da

Dicionário Comum
contração Combinação da preposição de com o artigo ou pronome demonstrativo feminino a.
Tendo em conta o que foi dito anteriormente: esta prova é da Joana.
Sobre algo ou alguém já mencionado inicialmente num período: uma ação parecida da que ela participou.
Sobre o que não se sabe; daquela: não fale da aluna desta maneira.
Etimologia (origem da palavra da). Contração da preposição "de" + art. def. ou pronome dem. "a".
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
contração Combinação da preposição de com o artigo ou pronome demonstrativo feminino a.
Tendo em conta o que foi dito anteriormente: esta prova é da Joana.
Sobre algo ou alguém já mencionado inicialmente num período: uma ação parecida da que ela participou.
Sobre o que não se sabe; daquela: não fale da aluna desta maneira.
Etimologia (origem da palavra da). Contração da preposição "de" + art. def. ou pronome dem. "a".
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
contração Combinação da preposição de com o artigo ou pronome demonstrativo feminino a.
Tendo em conta o que foi dito anteriormente: esta prova é da Joana.
Sobre algo ou alguém já mencionado inicialmente num período: uma ação parecida da que ela participou.
Sobre o que não se sabe; daquela: não fale da aluna desta maneira.
Etimologia (origem da palavra da). Contração da preposição "de" + art. def. ou pronome dem. "a".
Fonte: Priberam

Dar

Dicionário Comum
verbo bitransitivo Oferecer; entregar alguma coisa a alguém sem pedir nada em troca: deu comida ao mendigo.
Oferecer como presente ou retribuição a: deu ao filho um computador.
Transferir; trocar uma coisa por outra: deu dinheiro pelo carro.
Vender; ceder alguma coisa em troca de dinheiro: dê-me aquele relógio.
Pagar; oferecer uma quantia em dinheiro: deram 45:000 pelo terreno.
Recompensar; oferecer como recompensa: deu dinheiro ao mágico.
Gerar; fazer nascer: a pata deu seis filhotes aos donos.
Atribuir um novo aspecto a algo ou alguém: o dinheiro deu-lhe confiança.
Estar infestado por: a fruta deu bolor.
verbo transitivo indireto Uso Informal. Ter relações sexuais com: ela dava para o marido.
verbo transitivo direto e bitransitivo Promover; organizar alguma coisa: deu uma festa ao pai.
Comunicar; fazer uma notificação: deram informação aos turistas.
Oferecer um sacramento: deram a comunhão aos crismandos.
Provocar; ser a razão de: aranhas me dão pavor; o álcool lhe dava ânsia.
verbo transitivo direto Receber uma notícia: deu no jornal que o Brasil vai crescer.
Desenvolver; fazer certa atividade: deu um salto.
Emitir sons: deu berros.
Ser o valor final de uma operação: 10 menos 2 dão 8.
verbo transitivo direto e predicativo Levar em consideração: deram o bandido como perigoso.
verbo pronominal Sentir; passar por alguma sensação: deu-se bem na vida.
Acontecer: o festa deu-se na semana passada.
Etimologia (origem da palavra dar). Do latim dare.
Fonte: Priberam

Dicionário de Sinônimos
doar (dádiva, dote, dom; donativo, doação, dotação); oferecer, apresentar, entregar. – Conquanto na sua estrutura coincidam na mesma raiz (gr. do, que sugere ideia de “dom”) distinguem-se estes dois primeiros verbos do grupo essencialmente, como já eram distintos no latim, na acepção em que são considerados como sinônimos (dare e donare). – Dar é “passar a outrem a propriedade de alguma coisa, mas sem nenhuma formalidade, apenas entregando-lhe ou transmitindo-lhe a coisa que se dá”. – Doar é “dar com certas formalidades, mediante ato solene ou documento escrito, e ordinariamente para um fim determinado”. O que se dá é dádiva, dom, ou dote, ou dotação. Entre estas três palavras há, no entanto, distinção essencial, em certos casos pelo menos. O dom e a dádiva são graças que se fazem por munificência, pelo desejo de agradar, ou com o intuito de comover, ou de tornar feliz. – Dom é vocábulo mais extenso, e é com mais propriedade aplicado quando se quer designar “bens ou qualidades morais”; conquanto se empregue também para indicar dádiva, que se refere mais propriamente a coisas materiais. A inteligência, ou melhor, a fé, as grandes virtudes são dons celestes (não – dádivas). O lavrador tinha a boa colheita como dádiva de Ceres (não – dom). – Dote (do latim dos... tis, de dare), “além de significar dom, isto é, virtude, qualidade de espírito, ou mesmo predicado físico, é termo jurídico, significando “tudo que a mulher leva para a sociedade conjugal”. Entre dote e dotação, além da diferença que consiste em designar, a primeira a própria coisa com que se dota, e a segunda, Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 329 a ação de dotar – há ainda uma distinção essencial, marcada pela propriedade que tem dotação de exprimir a “renda ou os fundos com que se beneficia uma instituição, um estabelecimento, ou mesmo um serviço público”. A dotação de uma igreja, de um hospital, do ensino primário (e não – o dote). – O que se doa é donativo ou doação. O donativo é uma dádiva, um presente feito por filantropia, por piedade, ou por outro qualquer nobre sentimento. A doação (além de ato ou ação de doar) é “um donativo feito solenemente, mediante escritura pública”; é o “contrato – define Aul. – por que alguém transfere a outrem gratuitamente uma parte ou a totalidade de seus bens presentes”. F. fez à Santa Casa a doação do seu palácio tal (não – donativo). “O rei, de visita à gloriosa província, distribuiu valiosos donativos pelas instituições de caridade” (não – doações). – Oferecer diz propriamente “apresentar alguma coisa a alguém com a intenção de dar-lhe”. Significa também “dedicar”; isto é, “apresentar como brinde, como oferta, ou oferenda”. Oferecer o braço a uma senhora; oferecer um livro a um amigo; oferecer a Deus um sacrifício. – Apresentar é “pôr alguma coisa na presença de alguém, oferecendo- -lha, ou mesmo pedindo-lhe apenas atenção para ela”. – Entregar é “passar a alguém a própria coisa que se lhe dá, ou que lhe pertence”. Entre dar e entregar há uma diferença que se marca deste modo: dar é uma ação livre; entregar é uma ação de dever.
Fonte: Dicio

De

Dicionário Comum
preposição Estabelece uma relação de subordinação entre palavras.
Expressa uso, propósito, cargo, atividade, obrigação ou utilidade: creme de cabelo; escola de crianças; trabalho de especialistas.
Expressa condição, estado, circunstância: você está de repouso; andar de pé; estou de bem com ela.
Expressa origem, razão ou causa: dormiu de exaustão; morreu de fome.
Expressa um comportamento ou maneira de agir: não se arrepende de se exercitar.
Expressa valor, quantidade, preço: celular de 500 reais; apartamento de 100 metros; porta de trás.
Expressa maneira, recurso: viajamos de avião.
Expressa o conteúdo ou material usado para: blusa de lã; sapato de couro.
Expressa relação com: não me fale de seu passado.
Expressa uma qualidade própria de: comportamento de criança educada.
Expressa uma condição temporal, o tempo: morreu de manhã.
Gramática Numa comparação, destaca o segundo termo: gosta mais dela do que dele.
Gramática Formas contraídas da preposição "de": do, da, dele, dela, dum, duma, disto, disso, deste, desta, desse, dessa, daquele, daquela, daquilo, doutro, doutra, doutrem, daí, daqui, dali, dacolá e donde.
Não confundir com: .
Etimologia (origem da palavra de). Do latim de.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
preposição Estabelece uma relação de subordinação entre palavras.
Expressa uso, propósito, cargo, atividade, obrigação ou utilidade: creme de cabelo; escola de crianças; trabalho de especialistas.
Expressa condição, estado, circunstância: você está de repouso; andar de pé; estou de bem com ela.
Expressa origem, razão ou causa: dormiu de exaustão; morreu de fome.
Expressa um comportamento ou maneira de agir: não se arrepende de se exercitar.
Expressa valor, quantidade, preço: celular de 500 reais; apartamento de 100 metros; porta de trás.
Expressa maneira, recurso: viajamos de avião.
Expressa o conteúdo ou material usado para: blusa de lã; sapato de couro.
Expressa relação com: não me fale de seu passado.
Expressa uma qualidade própria de: comportamento de criança educada.
Expressa uma condição temporal, o tempo: morreu de manhã.
Gramática Numa comparação, destaca o segundo termo: gosta mais dela do que dele.
Gramática Formas contraídas da preposição "de": do, da, dele, dela, dum, duma, disto, disso, deste, desta, desse, dessa, daquele, daquela, daquilo, doutro, doutra, doutrem, daí, daqui, dali, dacolá e donde.
Não confundir com: .
Etimologia (origem da palavra de). Do latim de.
Fonte: Priberam

Desculpa

Dicionário de Sinônimos
escusa, recusa; perdão. – Diz Roq. que “muitos confundem desculpa com escusa, e até escusa com recusa; mas a verdade é que são todas muito diferentes, como vamos ver. Às razões que damos para nos descarregarmos de culpa, e com que nos pretendemos justificar da repreensão que nos fazem, é que se chama desculpa. Às razões com que nos escusamos de não fazer o que se nos pede, ou de não aceitar o que se nos propõe, chama-se escusa. O ato e razões com que nos recusamos a um convite que ofende nosso pundonor – eis o que é recusa. Quem se desculpa supõe-se culpado; quem se escusa supõe-se incapaz, ou menos oficioso; quem recusa mostra altiveza e dá de rosto com despeito ao que lhe ofenderia a honra. Vieira desculpou-se por uma carta a d. Teodósio por se ter embarcado para o Maranhão sem se despedir dele. Zeno escusou-se com ou perante Antígono, que o convidara para viver com ele em palácio; e Hipócrates recusou o dinheiro que lhe prometera o rei da Pérsia...” – Perdão, aqui, é “o ato de dar como não cometida, ou de pedir que assim se considere, a falta em que se caiu”. É uma desculpa completa, absoluta e formal.
Fonte: Dicio

Dicionário da FEB
A desculpa constante é garantia de paz.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 14

Fonte: febnet.org.br

Dicionário Comum
desculpa s. f. 1. Ação de desculpar ou de desculpar(-se). 2. Perdão. 3. Escusa. 4. Pretexto.
Fonte: Priberam

Discípulos

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Discípulos O conceito de discípulo — aquele que aprende de um mestre — surgiu no judaísmo do Segundo Templo. De fato, no Antigo Testamento a palavra só aparece uma vez (1Cr 25:8).

Nos evangelhos, o termo indica a pessoa chamada por Jesus (Mc 3:13 Lc 6:13; 10,1), para segui-lo (Lc 9:57-62), fazendo a vontade de Deus a ponto de aceitar a possibilidade de enfrentar uma morte vergonhosa como era a condenação à cruz (Mt 10:25.37; 16,24; Lc 14:25ss.).

Os discípulos de Jesus são conhecidos pelo amor existente entre eles (Jo 13:35; 15,13). A fidelidade ao chamado do discípulo exige uma humildade confiante em Deus e uma disposição total para renunciar a tudo que impeça seu pleno seguimento (Mt 18:1-4; 19,23ss.; 23,7).

Mesmo que tanto os apóstolos como o grupo dos setenta e dois (Mt 10:1; 11,1; Lc 12:1) tenham recebido a designação de discípulos, o certo é que não pode restringir-se somente a esses grupos. Discípulo é todo aquele que crê em Jesus como Senhor e Messias e segue-o (At 6:1; 9,19).

E. Best, Disciples and Discipleship, Edimburgo 1986; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Nova York 1981; J. J. Vicent, Disciple and Lord, Sheffield 1976; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; J. Dupont, El Mensaje de las Bienaventuranzas, Estella 81993; J. Zumstein, Mateo, el teólogo, Estella 31993.

Autor: César Vidal Manzanares

Dissê

Dicionário Comum
1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.

Fonte: Priberam

Dito

Dicionário da Bíblia de Almeida
Dito
1) Palavra (Nu 24:4)

2) PROVÉRBIO (Hc 2:6). 3 Notícia; rumor (Jo 21:23).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Comum
adjetivo Que se disse; mencionado, referido.
substantivo masculino Expressão; frase; sentença; conceito; mexerico.
Dar o dito por não dito, considerar sem efeito o que se disse.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
fazer justiça
Fonte: Dicionário Adventista

Quem é quem na Bíblia?

(Heb. “juiz” ou “julgamento”). O mais velho dos dois filhos que Jacó teve com Bila, serva de Raquel (Gn 30:5-6). De acordo com o relato sobre seu nascimento, Raquel comemorou o evento declarando: “Julgou-me Deus” (Heb. danannî); “por isso lhe chamou Dã”. O nome expressou assim uma situação particular na vida de Raquel e mais tarde também serviu de testemunho do favor de Deus quanto a sua esterilidade.

Dã não é mais citado individualmente, mas a tribo que recebeu seu nome é mencionada com frequencia, a maioria das vezes de forma negativa. Quando os danitas não conseguiram ocupar a terra que receberam na partilha de Canaã, viajaram bem para o norte, derrotaram e expulsaram a população de Laís e se fixaram ali (próximos da moderna cidade de Tell Dã), onde estabeleceram um culto idólatra (Jz 18). Dã, juntamente com Betel, foi mais tarde escolhida pelo rei Jeroboão como sede de seu novo centro de adoração, para que o povo não subisse a Jerusalém (1Rs 12:29). Talvez por esse motivo não seja mencionada no livro de Apocalipse, na distribuição das terras entre as tribos, no final dos tempos (Ap 7:5-8).

Ao abençoar os filhos no leito de morte, Jacó disse: “Dã julgará o seu povo”. Falou também que “Dã será serpente junto ao caminho” (Gn 49:16-17). Moisés, ao proferir sua bênção sobre os israelitas, não foi muito generoso, ao referir-se a Dã como um “leãozinho; saltará de Basã” (Dt 33:22).

E.M.

Autor: Paul Gardner

Dicionário da Bíblia de Almeida
[Juiz] -

1) Um dos filhos de Jacó (Gn 30:6)

2) A TRIBO de Dã e o seu território (Nu 1:39). 3 Uma cidade no extremo Norte da terra de Israel (Jz 20:1).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

E

Dicionário Comum
conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.
Fonte: Priberam

Enviar

Dicionário de Sinônimos
remeter, mandar, despachar, expedir. – Enviar é “dirigir, pôr a caminho”. – Remeter é “fazer chegar às mãos, à posse daquele a quem se envia”. – Mandar é “enviar alguém para algum fim, ou expedir alguma coisa pelas próprias mãos”. – Despachar é “desimpedir, deixar sair”. – Expedir é “fazer seguir”. – Enviam-se encomendas; enviam-se representantes, ou empregados; enviam-se cumprimentos, ou felicitações, ou saudades, ou pêsames. Remetemos a um amigo o que ele nos pede; a um freguês, a fatura de gêneros de sua ordem. Remetem-se também os presos escoltados. Manda-se uma pessoa cumprimentar os noivos; manda-se um presente ao menino aniversariante. Despachou logo o “próprio” com a solução do negócio. Expedem-se ordens, principalmente; mas também se expedem mercadorias, cartas, veículos, etc.
Fonte: Dicio

Dicionário Comum
verbo transitivo Fazer partir com uma finalidade: enviar uma criança à escola.
Fazer chegar a, expedir, remeter, endereçar: enviar uma carta.
Arremessar, lançar: enviar a bola.
Fonte: Priberam

Era

Dicionário Comum
substantivo feminino Época fixa a partir da qual se começam a contar os anos.
Figurado Época notável em que se estabelece uma nova ordem de coisas: a era romântica; a era espacial.
Período histórico que se sobressai por suas características próprias, por situações e acontecimentos importantes.
Qualquer intervalo ou período de tempo; século, ano, época.
expressão Era Cristã. Tempo que se inicia a partir do nascimento de Jesus Cristo.
Era Geológica. Cada uma das cinco grandes divisões da história da Terra.
Etimologia (origem da palavra era). Do latim aera.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
outro
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Era Período longo de tempo que começa com uma nova ordem de coisas (Lc 20:35, RA).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Erã

Quem é quem na Bíblia?

Um dos netos de Efraim e filho de Sutela. Tornou-se líder do clã dos eranitas.

Autor: Paul Gardner

Escrita

Dicionário Bíblico
o livro de Gênesis não faz alusão alguma à arte de escrever, embora a arqueologia nos mostre que ela era praticada no tempo dos patriarcas, e de modo particular por quase todas as classes do Egito no tempo do Êxodo. A primeira alusão acha-se em Êxodo (24.4). No tempo dos profetas são freqüentes as referências à escrita (is 8:1 – 30.8 – Jr 30:2Hc 2:2, etc.). (*veja Livro, Tinta, Papiro e Pergaminho.)
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário Comum
escrita s. f. 1. Ato ou efeito de escrever. 2. Aquilo que se escreve. 3. Caligrafia. 4. Escrituração mercantil.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Escrita Registro de letras ou sinais em material próprio, formando palavras que expressam idéias e pensamentos. A arte de escrever já era conhecida no tempo dos PATRIARCAS, mas a primeira menção da escrita na Bíblia aparece em Ex 24:4. V. LIVRO, PAPIRO, PERGAMINHO e TINTA.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Espírito

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Espírito Ver Alma.
Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário da Bíblia de Almeida
Espírito
1) A parte não-material, racional e inteligente do ser humano (Gn 45:27; Rm 8:16).


2) A essência da natureza divina (Jo 4:24).


3) Ser não-material maligno que prejudica as pessoas (Mt 12:45).


4) Ser não-material bondoso que ajuda as pessoas (Hc 1:14;
v. ANJO).


5) Princípio que norteia as pessoas (2Co 4:13; Fp 1:17).


6) ESPÍRITO SANTO (Gl 3:5).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário da FEB
Pela sua essência espiritual, o Espírito é um ser indefinido, abstrato, que não pode ter ação direta sobre a matéria, sendo-lhe indispensável um intermediário, que é o envoltório fluídico, o qual, de certo modo, faz parte integrante dele. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11, it• 17

O Espírito mais não é do que a alma sobrevivente ao corpo; é o ser principal, pois que não morre, ao passo que o corpo é simples acessório sujeito à destruição. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13, it• 4

[...] Espíritos que povoam o espaço são seus ministros [de Deus], encarregados de atender aos pormenores, dentro de atribuições que correspondem ao grau de adiantamento que tenham alcançado.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18, it• 3

[...] Os Espíritos são os que são e nós não podemos alterar a ordem das coisas. Como nem todos são perfeitos, não aceitamos suas palavras senão com reservas e jamais com a credulidade infantil. Julgamos, comparamos, tiramos conseqüências de nossas observações e os seus próprios erros constituem ensinamentos para nós, pois não renunciamos ao nosso discernimento.
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

Os Espíritos podem dividir-se em duas categorias: os que, chegados ao ponto mais elevado da escala, deixaram definitivamente os mundos materiais, e os que, pela lei da reencarnação, ainda pertencem ao turbilhão da Humanidade terrena. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

[...] um Espírito pode ser muito bom, sem ser um apreciador infalível de todas as coisas. Nem todo bom soldado é, necessariamente, um bom general.
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

O Espírito não é, pois, um ser abstrato, indefinido, só possível de conceber-se pelo pensamento. É um ser real, circunscrito que, em certos casos, se torna apreciável pela vista, pelo ouvido e pelo tato.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

O princípio inteligente do Universo.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 23

[...] Os Espíritos são a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material. A época e o modo por que essa formação se operou é que são desconhecidos.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 79

[...] os Espíritos são uma das potências da Natureza e os instrumentos de que Deus se serve para execução de seus desígnios providenciais. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 87

[...] alma dos que viveram corporalmente, aos quais a morte arrebatou o grosseiro invólucro visível, deixando-lhes apenas um envoltório etéreo, invisível no seu estado normal. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 9

[...] não é uma abstração, é um ser definido, limitado e circunscrito. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 53

Hão dito que o Espírito é uma chama, uma centelha. Isto se deve entender com relação ao Espírito propriamente dito, como princípio intelectual e moral, a que se não poderia atribuir forma determinada. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 55

Espírito – No sentido especial da Doutrina Espírita, os Espíritos são os seres inteligentes da criação, que povoam o Universo, fora do mundo material, e constituem o mundo invisível. Não são seres oriundos de uma criação especial, porém, as almas dos que viveram na Terra, ou nas outras esferas, e que deixaram o invólucro corporal.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

E E EA alma ou Espírito, princípio inteligente em que residem o pensamento, a vontade e o senso moral [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 10

[...] a alma e o perispírito separados do corpo constituem o ser chamado Espírito.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 14

Os Espíritos não são, portanto, entes abstratos, vagos e indefinidos, mas seres concretos e circunscritos, aos quais só falta serem visíveis para se assemelharem aos humanos; donde se segue que se, em dado momento, pudesse ser levantado o véu que no-los esconde, eles formariam uma população, cercando-nos por toda parte.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 16

Há no homem um princípio inteligente a que se chama alma ou espírito, independente da matéria, e que lhe dá o senso moral e a faculdade de pensar.
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada

Os Espíritos são os agentes da potência divina; constituem a força inteligente da Natureza e concorrem para a execução dos desígnios do Criador, tendo em vista a manutenção da harmonia geral do Universo e das leis imutáveis que regem a criação.
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada

[...] Uma mônada – um centro de força e de consciência em um grau superior de desenvolvimento, ou então, uma entidade individual dotada de inteligên cia e de vontade – eis a única definição que poderíamos arriscar-nos a dar da concepção de um Espírito. [...]
Referencia: AKSAKOF, Alexandre• Animismo e Espiritismo• Trad• do Dr• C• S• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• 2 v• - v• 2, cap• 4

[...] é o modelador, o artífice do corpo.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Comunicações ou ensinos dos Espíritos

[...] ser livre, dono de vontade própria e que não se submete, como qualquer cobaia inconsciente, aos caprichos e exigências de certos pesquisadores ainda mal qualificados eticamente, embora altamente dotados do ponto de vista cultural e intelectual.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 14

O Espírito, essência divina, imortal, é o princípio intelectual, imaterial, individualizado, que sobrevive à desagregação da matéria. É dotado de razão, consciência, livre-arbítrio e responsabilidade.
Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

[...] causa da consciência, da inteligência e da vontade [...].
Referencia: BODIER, Paul• A granja do silêncio: documentos póstumos de um doutor em Medicina relativos a um caso de reencarnação• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Apêndice

[...] um ser individualizado, revestido de uma substância quintessenciada, que, apesar de imperceptível aos nossos sentidos grosseiros, é passível de, enquanto encarnado, ser afetado pelas enfermidades ou pelos traumatismos orgânicos, mas que, por outro lado, também afeta o indumento (soma) de que se serve durante a existência humana, ocasionando-lhe, com suas emoções, distúrbios funcionais e até mesmo lesões graves, como o atesta a Psiquiatria moderna ao fazer Medicina psicossomática.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - As Leis Divinas

[...] depositário da vida, dos sentimentos e das responsabilidades que Deus lhe outorgou [...].
Referencia: CASTRO, Almerindo Martins de• O martírio dos suicidas: seus sofrimentos inenarráveis• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

[...] a alma ou o espírito é alguma coisa que pensa, sente e quer [...].
Referencia: DELANNE, Gabriel• A alma é imortal• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - pt• 1, cap• 1

O estudo do Espírito tem de ser feito, portanto, abrangendo os seus dois aspectos: um, ativo, que é o da alma propriamente dita, ou seja, o que em nós sente, pensa, quer e, sem o qual nada existiria; outro, passivo – o do perispírito, inconsciente, almoxarifado espiritual, guardião inalterável de todos os conhecimentos intelectuais, tanto quanto conservador das leis orgânicas que regem o corpo físico.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

[...] O que caracteriza essencialmente o espírito é a consciência, isto é, o eu, mediante o qual ele se distingue do que não está nele, isto é, da matéria. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

[...] é o ser principal, o ser racional e inteligente [...].
Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4

Chamamos Espírito à alma revestida do seu corpo fluídico. A alma é o centro de vida do perispírito, como este é o centro da vida do organismo físico. Ela que sente, pensa e quer; o corpo físico constitui, com o corpo fluídico, o duplo organismo por cujo intermédio ela [a alma] atua no mundo da matéria.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

[...] O espírito não é, pois, nem um anjo glorificado, nem um duende condenado, mas sim a própria pessoa que daqui se foi, conservando a força ou a fraqueza, a sabedoria ou a loucura, que lhe eram peculiares, exatamente como conserva a aparência corpórea que tinha.
Referencia: DOYLE, Arthur Conan• A nova revelação• Trad• da 6a ed• inglesa por Guillon Ribeiro; traços biográficos do autor por Indalício Mendes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

O Espírito [...] é a causa de todos os fenômenos que se manifestam na existência física, emocional e psíquica. Viajor de incontáveis etapas no carreiro da evolução, armazena informações e experiências que são transferidas para os respectivos equipamentos fisiológicos – em cada reencarnação – produzindo tecidos e mecanismos resistentes ou não a determinados processos degenerativos, por cujo meio repara as condutas que se permitiram na experiência anterior. [...] Da mesma forma que o Espírito é o gerador das doenças, torna-se o criador da saúde, especialmente quando voltado para os compromissos que regem o Cosmo.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

O Espírito, através do cérebro e pelo coração, nos respectivos chakras coronário, cerebral e cardíaco, emite as energias – ondas mentais carregadas ou não de amor e de compaixão – que é registrada pelo corpo intermediário e transformada em partículas que são absorvidas pelo corpo, nele produzindo os resultados compatíveis com a qualidade da emissão.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

O Espírito, em si mesmo, esse agente fecundo da vida e seu experimentador, esE E Etabelece, de forma consciente ou não, o que aspira e como consegui-lo, utilizando-se do conhecimento de si mesmo, único processo realmente válido para os resultados felizes.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

O Espírito, igualmente, é também uma energia universal, que foi gerado por Deus como todas as outras existentes, sendo porém dotado de pensamento, sendo um princípio inteligente, enquanto que todos os demais são extáticos, mecânicos, repetindo-se ininterruptamente desde o primeiro movimento até o jamais derradeiro...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Consciência

Individualidades inteligentes, incorpóreas, que povoam o Universo, criadas por Deus, independentes da matéria. Prescindindo do mundo corporal, agem sobre ele e, corporificando-se através da carne, recebem estímulos, transmitindo impressões, em intercâmbio expressivo e contínuo. São de todos os tempos, desde que a Criação sendo infinita, sempre existiram e jamais cessarão. Constituem os seres que habitam tudo, no Cosmo, tornando-se uma das potências da Natureza e atuam na Obra Divina como coopera-dores, do que resulta a própria evolução e aperfeiçoamento intérmino. [...] Indestrutíveis, jamais terão fim, não obstante possuindo princípio, quando a Excelsa Vontade os criou.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 3

O Espírito é a soma das suas vidas pregressas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 17

[...] Todos somos a soma das experiências adquiridas numa como noutra condição, em países diferentes e grupos sociais nos quais estagiamos ao longo dos milênios que nos pesam sobre os ombros. [...]
Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

[...] O Espírito é tudo aquilo quanto anseia e produz, num somatório de experiências e realizações que lhe constituem a estrutura íntima da evolução.
Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

Herdeiro do passado, o espírito é jornaleiro dos caminhos da redenção impostergável.
Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 3, cap• 8

O Espírito é o engenheiro da maquinaria fisiopsíquica de que se vai utilizar na jornada humana.
Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tendências, aptidões e reminiscências

[...] O ser real e primitivo é o Espírito [...].
Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio sem dor

Porque os Espíritos são as almas dos homens com as suas qualidades e imperfeições [...].
Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Calvário de luz

[...] O Espírito – consciência eterna – traz em si mesmo a recordação indelével das suas encarnações anteriores. [...]
Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - A doutrina do hindu

[...] princípio inteligente que pensa, que quer, que discerne o bem do mal e que, por ser indivisível, imperecível se conserva. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 9a efusão

[...] Só o Espírito constitui a nossa individualidade permanente. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 37a efusão

[...] é o único detentor de todas as potencialidades e arquivos de sua individualidade espiritual [...].
Referencia: MELO, Jacob• O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

Em verdade, cada espírito é qual complexa usina integrante de vasta rede de outras inúmeras usinas, cujo conjunto se auto-sustenta, como um sistema autônomo, a equilibrar-se no infinito mar da evolução.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

[...] O que vale dizer, ser o Espírito o Élan Vital que se responsabiliza pela onda morfogenética da espécie a que pertence. Entendemos como espírito, ou zona inconsciente, a conjuntura energética que comandaria a arquitetura física através das telas sensíveis dos núcleos celulares. O espírito representaria o campo organizador biológico, encontrando nas estruturas da glândula pineal os seus pontos mais eficientes de manifestações. [...]
Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Forças sexuais da alma• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Introd•

O nosso Espírito será o resultado de um imenso desfile pelos reinos da Natureza, iniciando-se nas experiências mais simples, na escala mineral, adquirindo sensibilidade (irritabilidade celular) no mundo vegetal, desenvolvendo instintos, nas amplas variedades das espécies animais, e a razão, com o despertar da consciência, na família hominal, onde os núcleos instintivos se vão maturando e burilando, de modo a revelar novos potenciais. [...]
Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3

[...] A verdadeira etimologia da palavra espírito (spiritus, sopro) representa uma coisa que ocupa espaço, apesar de, pela sua rarefação, tornar-se invisível. Há, porém, ainda uma confusão no emprego dessa palavra, pois que ela é aplicada por diferentes pensadores, não só para exprimir a forma orgânica espiritual com seus elementos constitutivos, como também a sua essência íntima que conhece e pensa, à qual chamamos alma e os franceses espírito.
Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 1

O Espírito, em sua origem, como essência espiritual e princípio de inteligência, se forma da quintessência dos fluidos que no seu conjunto constituem o que chamamos – o todo universal e que as irradiações divinas animam, para lhes dar o ser e compor os germes de toda a criação, da criação de todos os mundos, de todos os reinos da Natureza, de todas as criaturas, assim no estado material, como também no estado fluídico. Tudo se origina desses germes fecundados pela Divindade e progride para a harmonia universal.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] a essência da vida é o espírito [...].
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a mulher

O Espírito humano é a obra-prima, a suprema criação de Deus.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Equação da felicidade

[...] Somos almas, usando a vestimenta da carne, em trânsito para uma vida maior. [...] somos um templo vivo em construção, através de cujos altares se E E Eexpressará no Infinito a grandeza divina. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

Figuradamente, o espírito humano é um pescador dos valores evolutivos, na escola regeneradora da Terra. A posição de cada qual é o barco. Em cada novo dia, o homem se levanta com a sua “rede” de interesses. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 21

Somos uma grande família no Lar do Evangelho e, embora separados nas linhas vibratórias do Espaço, prosseguimos juntos no tempo, buscando a suprema identificação com o Cristo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Cada espírito é um continente vivo no plano universal.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

[...] o espírito é a obra-prima do Universo, em árduo burilamento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Evolução e livre-arbítrio

[...] Sendo cada um de nós uma força inteligente, detendo faculdades criadoras e atuando no Universo, estaremos sempre engendrando agentes psicológicos, através da energia mental, exteriorizando o pensamento e com ele improvisando causas positivas, cujos efeitos podem ser próximos ou remotos sobre o ponto de origem. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

[...] Cada espírito é um elo importante em extensa região da corrente humana. Quanto mais crescemos em conhecimentos e aptidões, amor e autoridade, maior é o âmbito de nossas ligações na esfera geral. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

Somos, cada qual de nós, um ímã de elevada potência ou um centro de vida inteligente, atraindo forças que se harmonizam com as nossas e delas constituindo nosso domicílio espiritual.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18

[...] Somos diamantes brutos, revestidos pelo duro cascalho de nossas milenárias imperfeições, localizados pela magnanimidade do Senhor na ourivesaria da Terra. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

Cada Espírito é um mundo onde o Cristo deve nascer...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 37

[...] gema preciosa e eterna dos tesouros de Deus [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Nosso “eu”

Cada Espírito é um mundo vivo com movimento próprio, atendendo às causas que criou para si mesmo, no curso do tempo, gravitando em torno da Lei Eterna que rege a vida cósmica.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

O Espírito, encarnado ou desencarnado, na essência, pode ser comparado a um dínamo complexo, em que se verifica a transubstanciação do trabalho psicofísico em forças mentoeletromagnéticas, forças essas que guardam consigo, no laboratório das células em que circulam e se harmonizam, a propriedade de agentes emissores e receptores, conservadores e regeneradores de energia. Para que nos façamos mais simplesmente compreendidos, imaginemo-lo como sendo um dínamo gerador, indutor, transformador e coletor, ao mesmo tem po, com capacidade de assimilar correntes contínuas de força e exteriorizá-las simultaneamente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Mecanismos da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

O espírito é um monumento vivo de Deus – o Criador Amorável. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 12

Fonte: febnet.org.br

Quem é quem na Bíblia?

Veja Espírito Santo.

Autor: Paul Gardner

Dicionário Bíblico
Ao passo que o termo hebraico nephesh – traduzido como alma – denota individualidade ou personalidade, o termo hebraico ruach, encontrado no Antigo Testamento, e que aparece traduzido como espírito, refere-se à energizante centelha de vida que é essencial à existência de um indivíduo. É um termo que representa a energia divina, ou princípio vital, que anima os seres humanos. O ruach do homem abandona o corpo por ocasião da morte (Sl 146:4) e retorna a Deus (Ec 12:7; cf. 34:14).

O equivalente neotestamentário de ruach é pneuma, ‘espírito’, proveniente de pneo, ‘soprar’ ou ‘respirar’. Tal como ocorre com ruach, pneuma é devolvida ao Senhor por ocasião da morte (Lc 23:46; At 7:59). Não há coisa alguma inerente à palavra pneuma que possa denotar uma entidade capaz de existência consciente separada do corpo.

Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário Comum
substantivo masculino Princípio imaterial, alma.
Substância incorpórea e inteligente.
Entidade sobrenatural: os anjos e os demónios.
Ser imaginário: duendes, gnomos, etc.
Pessoa dotada de inteligência superior.
Essência, ideia predominante.
Sentido, significação.
Inteligência.
Humor, graça, engenho: homem de espírito.
Etimologia (origem da palavra espírito). Do latim spiritus.
Fonte: Priberam

Falado

Dicionário Comum
adjetivo Que é exprimido pela palavra: o inglês falado difere muito do inglês escrito.
Jornal falado, informações difundidas em horas certas pelo rádio, ou pela televisão.
Fonte: Priberam

Faraó

Dicionário Bíblico
casa grande
Fonte: Dicionário Adventista

Quem é quem na Bíblia?

Título comumente utilizado na Bíblia para os reis do Egito, que significa “casa grande”. Existem evidências concretas de fontes egípcias de que a palavra “faraó” podia ser usada simplesmente como um título, como é encontrada freqüentemente na Bíblia. Vários faraós são mencionados nas Escrituras e muito raramente são identificados (Neco é identificado em II Reis 23:29-33 como o rei do Egito que matou o rei Josias). O primeiro faraó citado foi o encontrado por Abraão quando foi ao Egito e temeu pela própria segurança, por causa da esposa Sara (Gn 12:15-17; etc.). Outro muito proeminente foi o que reinou na época do nascimento de Moisés e tornou a vida dos israelitas insuportável. Nem sempre é possível identificar com certeza um faraó em particular, por meio da lista dos reis do Egito, principalmente porque não existem detalhes suficientes nas Escrituras ou porque os eventos registrados na Bíblia foram tão insignificantes para os egípcios que não foram registrados em seus anais.

P.D.G.

Autor: Paul Gardner

Dicionário da Bíblia de Almeida
Faraó [A Grande Casa] - Título que no Egito queria dizer “rei”. Oito faraós são mencionados nas seguintes passagens bíblicas:

1) (Gn 12:10-20:)

2) (Gen 39—50:
3) (Exo 1—15:
4) (1Cr 4:17) (RA), 18 (RC).

5) (1Rs 3:1); 9.16; 11.1,6) (2Rs 18:21:
7) (2Rs 23:29-35:)

8) (Jr 44:30);
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Farão

Dicionário Comum
substantivo deverbal Ação de fazer; ato de realizar ou de possuir a vontade de desenvolver alguma coisa: eles farão a festa esta semana; os times farão amanhã o maior jogo do campeonato; alguns políticos farão promessas vãs.
Ação de alterar ou modificar a aparência de: eles farão mudanças na igreja.
Ato de desenvolver ou de realizar algum tipo de trabalho: eles farão o projeto.
Ação de alcançar certa idade: eles farão 30 anos amanhã!
Etimologia (origem da palavra farão). Forma regressiva de fazer.
Fonte: Priberam

Faz

Dicionário Comum
3ª pess. sing. pres. ind. de fazer
2ª pess. sing. imp. de fazer

fa·zer |ê| |ê| -
(latim facio, -ere)
verbo transitivo

1. Dar existência, ser autor de (ex.: fez uma obra notável). = CRIAR, OBRAR, PRODUZIR

2. Dar ou tomar determinada forma (ex.: façam uma fila). = FORMAR

3. Realizar determinada acção (ex.: fazer a limpeza; fazer uma cópia de segurança; fazer um gesto de atenção). = EFECTUAR, EXECUTAR

4. Agir com determinados resultados (ex.: fazer um erro; fazer um favor).

5. Fabricar (ex.: fizera um produto inovador).

6. Compor (ex.: fazer versos).

7. Construir (ex.: a construtora está a fazer uma urbanização).

8. Praticar (ex.: ele faz judo).

9. Ser causa de (ex.: esta imagem faz impressão). = CAUSAR, ORIGINAR, MOTIVAR, PRODUZIR, PROVOCAR

10. Obrigar a (ex.: fizeste-me voltar atrás).

11. Desempenhar um papel (ex.: fiz uma personagem de época; vai fazer de mau na novela). = REPRESENTAR

12. Ultimar, concluir.

13. Atingir determinado tempo ou determinada quantidade (ex.: a empresa já fez 20 anos; acrescentou uma maçã para fazer dois quilos). = COMPLETAR

14. Arranjar ou cuidar de (ex.: fazer a barba; fazer as unhas).

15. Tentar (ex.: faço por resolver os problemas que aparecem).

16. Tentar passar por (ex.: não se façam de parvos). = APARENTAR, FINGIR, SIMULAR

17. Atribuir uma imagem ou qualidade a (ex.: ele fazia da irmã uma santa).

18. Mudar para (ex.: as dificuldades fizeram-nos mais criativos ). = TORNAR

19. Trabalhar em determinada actividade (ex.: fazia traduções).

20. Conseguir, alcançar (ex.: fez a pontuação máxima).

21. Cobrir determinada distância (ex.: fazia 50 km por dia). = PERCORRER

22. Ter como lucro (ex.: nunca fizemos mais de 15000 por ano). = GANHAR

23. Ser igual a (ex.: cem litros fazem um hectolitro). = EQUIVALER

24. Exercer as funções de (ex.: a cabeleireira faz também de manicure). = SERVIR

25. Dar um uso ou destino (ex.: fez da camisola um pano do chão).

26. Haver determinada condição atmosférica (ex.: a partir de amanhã, vai fazer frio). [Verbo impessoal]

27. Seguido de certos nomes ou adjectivos, corresponde ao verbo correlativo desses nomes ou adjectivos (ex.: fazer abalo [abalar], fazer violência [violentar]; fazer fraco [enfraquecer]).

verbo pronominal

28. Passar a ser (ex.: este rapaz fez-se um homem). = TORNAR-SE, TRANSFORMAR-SE

29. Seguir a carreira de (ex.: fez-se advogada).

30. Desenvolver qualidades (ex.: ele fez-se e estamos orgulhosos).

31. Pretender passar por (ex.: fazer-se difícil; fazer-se de vítima). = FINGIR-SE, INCULCAR-SE

32. Julgar-se (ex.: eles são medíocres, mas fazem-se importantes).

33. Adaptar-se a (ex.: fizemo-nos aos novos hábitos). = ACOSTUMAR-SE, AFAZER-SE, HABITUAR-SE

34. Tentar conseguir (ex.: estou a fazer-me a um almoço grátis).

35. Cortejar (ex.: anda a fazer-se ao colega).

36. Iniciar um percurso em (ex.: vou fazer-me à estrada).

37. Levar alguém a perceber ou sentir algo (ex.: fazer-se compreender, fazer-se ouvir).

38. Haver determinada circunstância (ex.: já se fez noite).

39. Ter lugar (ex.: a entrega faz-se das 9h às 21h). = ACONTECER, OCORRER

nome masculino

40. Obra, trabalho, acção.


fazer das suas
Realizar disparates ou traquinices.

fazer por onde
Procurar a maneira de conseguir ou de realizar algo. = TENTAR

Dar motivos para algo.

fazer que
Fingir, simular (ex.: fez que chorava, mas depois sorriu).

não fazer mal
Não ter importância; não ser grave.

tanto faz
Expressão usada para indicar indiferença; pouco importa.

Fonte: Priberam

Fazer

Dicionário Comum
verbo transitivo direto Desenvolver algo a partir de uma certa ação; realizar.
Construir ou produzir algo através da ordenação de seus elementos constituintes: fazer pão, um prédio, uma escola etc.
Elaborar alguma coisa através da utilização de variados elementos: faziam roupas.
Realizar ou pôr em prática algum ato reprovável: fazia muitas bobagens.
Alcançar certa idade: Pedro fará 30 anos amanhã.
Dar forma ou vida a; criar: faziam novos vestidos para a coleção.
Livrar-se dos dejetos orgânicos: fazer cocô.
Demandar esforços para conseguir alguma coisa; esforçar.
Ter passado determinado tempo: faz dois meses que ele se foi.
Indicar o tempo atmosférico: hoje faz muito calor.
Ter o peso idêntico a; equivaler: dez e dez faz vinte.
Realizar certo trabalho; ter como ocupação: fez sua faculdade em São Paulo.
Passar por determinado trajeto; percorrer: fazer 20 Km de bicicleta.
Realizar certo esporte ou ação esportiva: fazer academia.
Gramática Possuir como terminação; ter como forma flexionada: troféu faz troféus.
Dispor de determinada maneira; arrumar: é preciso fazer a cama.
Modificar a aparência para melhor: fazer o cabelo.
Ter como constituição; constituir: estampa que faz um vestido horrível.
verbo transitivo indireto Ser utilizado de determinada maneira: na escola, a professora fez de diretora.
verbo pronominal [Informal] Comportar-se de maneira livre; agir de acordo com seus princípios: o camelô se fez com muito trabalho.
Insistir durante certo período; reinar: fez-se barulho no salão de festas.
Quebrar ou ficar em partes menores: a garrafa fez-se em cacos.
verbo transitivo direto e bitransitivo Preparar ou organizar com antecipação, tendo em conta certo propósito, utilização ou finalidade: fazia as refeições para os alunos.
Gerar ou fazer nascer: alguns animais fazem filhotes.
Instituir algo através da promulgação de um acordo: fazer um tratado de lei.
Criar intelectualmente; compor: fazer uma melodia; o poeta lhe fez uma poesia.
Dar seguimento a; executar: fazer caridade; faça-me a bondade de ficar em silêncio.
Ser a razão de algo; provocar: os amigos lhe fizeram muito mal.
Passar os seus pertences para outra pessoa ou para uma organização; doar.
Expressar-se através de gestos ou comportamentos: fazer que sim com o pescoço.
Demonstrar por meio de palavras: fez um ótimo texto.
Realizar determinada ação: fez uma dança em torno de si próprio.
Ter determinada ocupação: ele fica o dia inteiro sem fazer nada.
verbo transitivo indireto predicativo e intransitivo Agir de determinada forma; comportar-se: faça o que tiver de fazer.
verbo transitivo direto e pronominal Atribuir determinado aspecto a; fingir: faz-se de coitado.
verbo transitivo direto e transitivo direto predicativo Ser o motivo de que uma pessoa fique de certa maneira: o vício fez o morto; o conhecimento fez o professor.
verbo transitivo direto predicativo e transitivo indireto predicativo Mudar a essência de: queria fazer do filho um médico.
verbo bitransitivo Avaliar ou determinar o valor de: faço este vestido por 10 reais.
Utilizar algo de determinada maneira: fazia da inteligência o seu maior trunfo.
Etimologia (origem da palavra fazer). Do latim facere.
Fonte: Priberam

Feito

Dicionário Comum
adjetivo Realizado, consumado; constituído.
Adulto: homem feito.
conjunção Como, tal como: chorava feito criança.
locução adverbial De feito, O mesmo que de fato.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Feito Ato; obra (Sl 9:11; Cl 3:9).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Fim

Dicionário da FEB
O fim é aquilo que se pretende realizar na vida real, quer no campo empírico, quer no meio social, quer na educação. Por exemplo, o fim do educador espírita é o desenvolvimento da espiritualidade do educando. [...]
Referencia: LOBO, Ney• Estudos de filosofia social espírita• Rio de Janeiro: FEB, 1992• -

Fonte: febnet.org.br

Dicionário Comum
substantivo masculino Circunstância que termina outra: fim de um livro.
Extremidade no tempo e no espaço: fim do ano.
Interrupção de; cessação: o fim de uma luta.
Perda da existência; morte, desaparecimento: sentir chegar o fim.
Objetivo para o qual se tende; intenção: alcançar seus fins.
Parte que está no final de; final: fim de semana.
O que motiva ou determina algo; motivo, razão: fins lucrativos.
Destino: o fim do homem.
expressão Pôr fim a. Terminar, concluir: pôs fim ao casamento.
locução prepositiva A fim de. Com a intenção de; para: casou a fim de ser feliz.
locução adverbial Por fim. Finalmente: por fim, apresento os resultados da tese.
Etimologia (origem da palavra fim). Do latim finis.is.
Fonte: Priberam

Fogo

Dicionário Etimológico
Fogo (que em latim se dizia "ignis" = ignição do carro) tem origem noutra palavra latina, "focu", cujo primeiro sentido é lar doméstico, lareira, e só posteriormente passou a significar fogo. Por via culta, "focu" nos deu foco, já com sentidos novos.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

Dicionário Bíblico
Deus revelou a Sua presença na sarça ardente por meio do fogo (Êx 3:2), e desceu ao monte Sinai entre chamas e relâmpagos (Êx 19:18). Aquele fogo que desceu do céu, primeiramente sobre o altar do tabernáculo, e mais tarde sobre o altar do templo de Salomão, quando da sua dedicação, ali se conservou constantemente alimentado, e cuidadosamente sustentado de dia e de noite pelos sacerdotes. o fogo para fins sagrados, que não fosse obtido do altar, era chamado ‘fogo estranho’ – e por ser este usado por Nadabe e Abiú, foram estes sacerdotes mortos com fogo que veio de Deus (Lv 10:1-2Nm 3:4 – 26.61). o emprego do fogo para fundir metais já era conhecido dos hebreus no tempo do Êxodo (32.24). Em dia de sábado nenhum lume se acendia para qualquer fim doméstico (Êx 35:3Nm 15:32-36). os adoradores do deus Moloque, ou queimavam os seus filhos no fogo, ou os faziam passar por ele (2 Rs 16.3 – 21.6 – 2 Cr 33.6). o Espirito Santo é comparado ao fogo (Mt 3:11At 2:3), sendo a sua obra converter e purificar as almas, inflamando-as de amor a Deus e de zelo pela Sua Glória. A Palavra de Deus é, também, apresentada como semelhante ao fogo (Jr 23:29). Empregam-se, além disso, os termos ‘fogo’ e ‘chama’, para exprimir vivos sentimentos e a inspiração divina, e descrever calamidades temporais e futuros castigos (Sl 66:12Jr 20:9Jl 2:30Ml 3:2Mt 25:41Mc 9:43).
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da FEB
[...] No pensamento de Jesus, o fogo eterno não podia passar, portanto, de simples figura, pouco lhe importando fosse essa figura interpretada à letra, desde que ela servisse de freio às paixões humanas. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6, it• 7

Imagem, semelhante a tantas outras, tomada como realidade. [...] O homem não encontrou comparação mais enérgica do que a do fogo, pois, para ele, o fogo é o tipo do mais cruel suplício e o símbolo da ação mais violenta. Por isso é que a crença no fogo eterno data da mais remota antiguidade, tendo-a os povos modernos herdado dos mais antigos. Por isso também é que o homem diz, em sua linguagem figurada: o fogo das paixões; abrasar de amor, de ciúme, etc.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 974 e 974a

[...] A Teologia reconhece hoje que a palavra fogo é usada figuradamente e que se deve entender como significando fogo moral. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1009

O fogo exprime emblematicamente a expiação como meio de purificação e, portanto, de progresso para o Espírito culpado.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3

Fonte: febnet.org.br

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Fogo Um dos símbolos com o qual se descreve o castigo eterno: o inferno (Mt 5:22). Passagens como as de Lc 3:16 ou 12:49ss. referem-se, evidentemente, à dupla opção de vida diante da qual se coloca todo ser humano: ou aceitar o Evangelho de Jesus, o messias, e ser mergulhado (batizado) no Espírito Santo ou rejeitá-lo e ser lançado ao fogo eterno, destinado ao diabo e a seus anjos (Mt 25:41-46).

C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Las sectas frente a la Biblia, Madri 1992.

Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Comum
substantivo masculino Desenvolvimento simultâneo de calor, de luz e de chama produzido pela combustão viva de certos corpos, como a madeira, o carvão etc.
Fogueira, incêndio, labareda, lume.
Fogão ou lugar onde se cozinha ou se faz fogo para qualquer fim; lareira: conversávamos junto ao fogo.
Calor intenso e molesto: o dia de hoje foi um fogo.
Figurado Veemência, ardor, paixão: o fogo da cólera.
Fuzilaria, guerra, combate.
Figurado Fogo de palha, entusiasmo passageiro ou aparente.
Figurado Excitação, ardência sexual: mulher de muito fogo.
Negar fogo, falhar, iludir, desanimar.
Pegar fogo, incendiar-se, inflamar-se.
Fazer fogo, acender.
Comer fogo, fazer alguma coisa com grande sacrifício ou passar dificuldades.
Figurado Atiçar fogo, açular, incitar.
Brincar com o fogo, expor-se ao perigo, arriscar-se.
Figurado Ser fogo, ser difícil, irredutível, indomável, intransigente.
A fogo lento, pouco a pouco.
Tocar fogo na canjica, animar.
Figurado Pôr as mãos no fogo (por alguém), responsabilizar-se, confiar em.
interjeição Voz de disparo em combate ou aviso de incêndio.
substantivo masculino plural Fogos de artifício, peças pirotécnicas fáceis de inflamar para festejos juninos e outras comemorações.
Fonte: Priberam

Fora

Dicionário Comum
advérbio Na parte exterior; na face externa.
Em outro local que não aquele em que habitualmente se reside.
Em país estrangeiro; no exterior: minha irmã vive fora.
interjeição Voz áspera para expulsar alguém de um recinto, vaiar ou patear interpretação teatral ou musical, discurso político etc.
preposição Com exclusão de; além de; exceto: deram-lhe todo o dinheiro, fora os lucros, que foram depositados.
substantivo masculino Erro grosseiro; rata, fiasco: aquele erro foi o maior fora da minha vida.
Expressão de ignorância: não fala nada interessante, é um fora atrás do outro.
Não aceitação de; recusa.
locução prepositiva Fora de. Sem: fora de propósito.
Distante de: fora da cidade.
Do lado externo: fora de casa.
expressão Dar fora em. Não aceitar ficar com alguém; romper namoro.
Dar um fora. Cometer um erro grosseiro.
Levar um fora. Ser rejeitado; sofrer recusa.
Etimologia (origem da palavra fora). Do latim foras.
Fonte: Priberam

Fruto

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Fruto No ensinamento de Jesus, um símbolo daquilo que deve provir das pessoas que mantêm — ou dizem manter — uma relação com Deus. Jesus empregou diversas comparações como o grão (Mt 13:8.23; Mc 4:29), a figueira (Mt 21:19; Lc 13:6-9), a vinha (Mt 21:34.41-43; Mc 12:2; Lc 20:10) ou os talentos entregues pelo Senhor (Mt 25:26; Lc 19:13). Por conseguinte, o fruto pode ser insuficiente e até mau, e essa é uma das maneiras de serem reconhecidos os falsos profetas (Mt 7:15-20). Só existe uma forma de dar bom fruto: estar unido a Jesus (Jo 12:24; 15,2-8.16).
Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Comum
substantivo masculino Botânica Órgão vegetal, proveniente do ovário da flor, e que contém as sementes; carpo.
Figurado Criatura nascida ou por nascer; filho, filha, prole.
Figurado Resultado de alguma coisa; proveito: sucesso é fruto de trabalho.
Figurado Aquilo que ocasiona coisas proveitosas; vantagem.
[Arquitetura] Pequeno intumescimento nas colunas dos templos gregos.
expressão Fruto proibido. Alusão ao fruto da árvore da vida, no qual Adão e Eva tinham recebido ordem de não tocar; qualquer coisa em que não se pode tocar.
Frutos do mar. Nome genérico dado aos crustáceos, aos mariscos ou outros animais apanhados no mar.
Frutos da terra. Produtos colhidos da reprodução vegetal, seja em virtude do trabalho do homem, seja em consequência da reprodução espontânea.
Etimologia (origem da palavra fruto). Do latim fructus.us.
Fonte: Priberam

Fósseis

Dicionário Comum
2ª pess. pl. pres. conj. de fossar
Será que queria dizer fôsseis ou fósseis?

fos·sar -
(origem controversa)
verbo transitivo

1. Abrir fossas ou fossos em.

2. Figurado Empregar-se em trabalhos grosseiros ou árduos.

3. Mexer, à procura de algo. = VASCULHAR

4. Bisbilhotar.

Confrontar: foçar.
Fonte: Priberam

Lançado

Dicionário Comum
adjetivo Que se lançou; arremessado ou atirado com força: bola lançada no gol.
Que acabou de ser inserido no mercado: o celular será lançado amanhã.
Arremeçado com a ajuda de um macanismo específico; atirado: foguete lançado no espaço.
Que se anotou num documento ou livro próprio; registrado: notas lançadas.
substantivo masculino Conteúdo do vômito; o que se vomitou; vômito.
Etimologia (origem da palavra lançado). Particípio de lançar.
Fonte: Priberam

Lavrador

Dicionário Bíblico
os hebreus eram um povo agrícola. A lavoura é, na Sagrada Escritura, mencionada desde o seu princípio, visto como Adão foi colocado no Jardim do Éden para o cultivar. Noé também foi agricultor (Gn 9:20). Deus é comparado ao lavrador (Jo 15:1 – 1 Co 3. 9), e o símile de uma terra diligentemente cultivada ou de uma vinha cuidadosamente tratada, é muitas vezes usado nas Escrituras. (*veja Agricultura.)
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Lavrador Pessoa que trabalha na lavoura, preparando a terra e plantando; agricultor (Gn 4:2); (Mt 21:33). V. AGRICULTURA, CAMPO e CEREAIS.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Comum
lavrador (ô), adj. Que lavra. S. .M 1. Aquele que tem propriedade agrícola; agricultor. 2. O que trabalha em lavoura. 3. Proprietário de salinas.
Fonte: Priberam

Lei

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Lei Ver Torá.
Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário da Bíblia de Almeida
Lei
1) Vontade de Deus revelada aos seres humanos em palavras, julgamentos, preceitos, atos, etc. (Ex 16:28); (Sl 119:2)

2) PENTATEUCO (Lc 24:44). 3 O AT (Jo 10:34); 12.34).

4) Os DEZ MANDAMENTOS (Ex 20:2-17); (Dt 5:6-21), que são o resumo da vontade de Deus para o ser humano. Cumprindo a lei, os israelitas mostravam sua fé em Deus. Jesus respeitou e cumpriu a lei e mostrou seu significado profundo (Mt 5:17-48). Ele resumiu toda a lei no amor a Deus e ao próximo (Mt 22:37-39). A lei mostra a maldade do ser humano, mas não lhe pode dar a vitória sobre o pecado (Rom 3—7). Assim, o propósito da lei é preparar o caminho para o evangelho (Gal
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário da FEB
[...] a lei é o amor, que há de continuamente crescer, até que vos tenha levado ao trono eterno do Pai. [...]
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

[...] A lei é uma força viva que se identifica conosco e vai acompanhando o surto de evolução que ela mesma imprime em nosso espírito. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pecado sem perdão

A lei é a consciência do delito. [...]A lei [...] é um freio para coibir o mal.[...] A lei personifica a justiça [...].
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Três grandes símbolos

A lei é conjunto eterno / De deveres fraternais: / Os anjos cuidam dos homens, / Os homens dos animais.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartilha da Natureza• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Os animais

Fonte: febnet.org.br

Dicionário Comum
substantivo feminino Regra necessária ou obrigatória: submeter-se a uma lei.
[Jurídico] Ato da autoridade soberana que regula, ordena, autoriza ou veda: promulgar uma lei.
[Jurídico] Conjunto desses atos: a ninguém é lícito ignorar a lei.
[Física] Enunciado de uma propriedade física verificada de modo preciso: a lei da gravidade dos corpos.
Obrigação da vida social: as leis da honra, da polidez.
Autoridade imposta a alguém: a lei do vencedor.
expressão Lei divina. Conjunto dos preceitos que Deus ordenou aos homens pela revelação.
Leis de guerra. Conjunto das regras (tratamento dispensado a feridos, prisioneiros etc.) admitidas por numerosos Estados que se comprometeram a respeitá-las em caso de guerra.
Lei marcial. Lei que autoriza a intervenção armada em caso de perturbações internas.
Lei moral. Lei que nos ordena praticar o bem e evitar o mal.
Lei natural. Conjunto de normas de conduta baseadas na própria natureza do homem e da sociedade.
Lei orgânica. Lei relativa à organização dos poderes públicos, sem caráter constitucional.
Etimologia (origem da palavra lei). Do latim lex.legis, "consolidação".
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo feminino Regra necessária ou obrigatória: submeter-se a uma lei.
[Jurídico] Ato da autoridade soberana que regula, ordena, autoriza ou veda: promulgar uma lei.
[Jurídico] Conjunto desses atos: a ninguém é lícito ignorar a lei.
[Física] Enunciado de uma propriedade física verificada de modo preciso: a lei da gravidade dos corpos.
Obrigação da vida social: as leis da honra, da polidez.
Autoridade imposta a alguém: a lei do vencedor.
expressão Lei divina. Conjunto dos preceitos que Deus ordenou aos homens pela revelação.
Leis de guerra. Conjunto das regras (tratamento dispensado a feridos, prisioneiros etc.) admitidas por numerosos Estados que se comprometeram a respeitá-las em caso de guerra.
Lei marcial. Lei que autoriza a intervenção armada em caso de perturbações internas.
Lei moral. Lei que nos ordena praticar o bem e evitar o mal.
Lei natural. Conjunto de normas de conduta baseadas na própria natureza do homem e da sociedade.
Lei orgânica. Lei relativa à organização dos poderes públicos, sem caráter constitucional.
Etimologia (origem da palavra lei). Do latim lex.legis, "consolidação".
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
A palavra Torah, traduzida por lei, significa propriamente uma direção, que era primitivamente ritual. Usa-se o termo, nas Escrituras, em diversas acepções, segundo o fim e conexão da passagem em que ele ocorre. Por exemplo, algumas vezes designa a revelada vontade de Deus (Sl 1:2 – 19.7 – 119 – is 8:20 – 42.12 Jr 31:33). Também significa a instituição mosaica, como distinta do Evangelho (Mt 11:13 – 12.5 – Jo 1:17At 25:8), e por isso freqüentes vezes se considera a lei de Moisés como sendo a religião dos judeus (Mt 5:17Hb 9:19 – 10.28). outras vezes, num sentido mais restrito, significa as observâncias rituais ou cerimoniais da religião judaica (Ef 2:15Hb 10:1). É neste ponto de vista que o apóstolo S. Paulo afirma que ‘ninguém será justificado diante dele por obras da lei’ (Rm 3:20). A ‘lei gravada nos seus corações’, que Paulo menciona em Rm 2:15, é o juízo do que é mau e do que é justo, e que na consciência de cada homem Deus implantou. (*veja Justificação.) o princípio predominante da lei era a teocracia. o próprio Senhor era considerado como Rei – as leis foram por Ele dadas – o tabernáculo (e depois o templo) era considerado como Sua habitação – ali houve visíveis manifestações da Sua glória – ali revelou a Sua vontade – era ali oferecido o pão todos os sábados – ali recebeu os Seus ministros, e exerceu funções de Soberano. Com Deus tinham relação a paz e a guerra, questões estas determinadas sob todos os governos pela suprema autoridade (Dt 1:41-42Js 10:40Jz 1:1-2 – 1 Rs 12.24). A idolatria era uma traição. Por conseqüência, em relação aos judeus, era Jeová ao mesmo tempo Deus e Rei. (*veja Rei.) A teocracia tinha as suas externas manifestações. Deste modo, o tabernáculo, onde se realizou o culto público desde o Êxodo até ao reinado de Salomão, era não só o templo de Deus, mas também o palácio do Rei invisível. Era a ‘Sua santa habitação’ – era o lugar em que encontrava o Seu povo e com ele tinha comunhão, sendo portanto ‘o tabernáculo da congregação’. (*veja Tabernáculo.) Depois do tabernáculo veio o templo, harmonizando-se a suntuosidade do edifício e os seus serviços com as determinações divinas, e com o aumentado poder da nação.(*veja Templo.) Mas o Senhor, como Rei, não só tinha o Seu palácio, mas também tinha os Seus ministros e funcionários do Estado. Sacerdotes e levitas eram apartados para o Seu serviço. (*veja Sacerdote, Levitas.) Este governo de Deus era reconhecido por meio dos sacrifícios de várias espécies, realizados sob condições cuidadosamente definidas, exprimindo a propiciação, consagração e comunhão. (*veja Sacrifício.) os direitos divinos eram ainda reconhecidos por meio de certas festividades, que na sua variedade eram o sábado de todas as semanas, as três grandes festas anuais, o ano sabático, e além disso o jubileu, tudo isto levado a efeito com os seus fins espirituais e morais (*veja Festa (Dias de) Sabático (ano), Jubileu.) As especificadas determinações promulgadas em nome de Deus alcançavam plenamente a vida individual e nacional, mas não foi tudo decretado de uma só vez e num só lugar. Houve ordenações feitas no Egito (Êx 12:13) – no Sinai (Êx 19:20) – em Parã (Nm 15:1) – e nas planícies de Moabe (Dt 1:5). As enunciações vinham por vezes do tabernáculo (Lv 1:1). Que as prescrições da Lei tinham caído em desuso, pode provar-se não só pela decadência da religião e da moral no tempo dos reis, porém mais particularmente pela descoberta, no 18? ano do rei Josias, do ‘livro da Lei na casa do Senhor’ (2 Rs 22.8), e pelas reformas que se seguiram. (*veja Deuteronômio.) o sumário das ordenações desta Lei formava para toda a nação um código que, embora rigoroso, era salutar (Ne 9:13Ez 20:11Rm 7:12), e além disso agradável a uma mentalidade reta (Sl 119:97-100). As instituições cerimoniais, por exemplo, estavam maravilhosamente adaptadas às necessidades, tanto espirituais como materiais, de um povo nas condições do israelita. Porquanto
(1). eram, até certo ponto, regulamentos sanitários. E era isto um dos fins daquelas disposições, referentes às várias purificações, à separação dos leprosos, e à distinção de alimentos, etc.
(2). Serviam para perpetuar entre os israelitas o conhecimento do verdadeiro Deus, para manter a reverência pelas coisas santas, para a manifestação de sentimentos religiosos na vida de todos os dias, e em todas as relações sociais. Dum modo particular eram as festas sagradas fatores de valor para a consecução destes fins.
(3). Tinham, além disso, o efeito de evitar que os israelitas se tornassem estreitamente relacionados com as nações circunvizinhas (Ef 2:14-17). E assim deviam tantas vezes ter guardado o povo israelita da idolatria e corrupção, que campeavam em todo o mundo: deste modo conservou-se a nação inteiramente distinta dos outros povos, até que veio o tempo em que esta barreira já não era necessária.
(4). Estas observâncias tinham outros usos na sua simbólica significação. Em conformidade com o estado moral e intelectual do povo que não tinha ainda capacidade para prontamente alcançar as verdades divinas, eram as coisas espirituais representadas por objetos exteriores e visíveis. E assim, as idéias de pureza moral e de santidade divina eram comunicadas e alimentadas pelas repetidas abluções das pessoas e moradas – pela escolha de animais limpos para o sacrifício – pela perfeição sem mácula, que se requeria nas vítimas oferecidas – e pela limitação das funções sacerdotais a uma classe de homens que eram especialmente consagrados a estes deveres, e que se preparavam com repetidas purificações. Além disso, pela morte da vítima expiatória, para a qual o pecador tinha simbolicamente transferido os seus pecados pondo as mãos sobre a cabeça do animal e oferecendo a Deus o sangue que representava a vida, ensinava-se a importante verdade de que o pecado merecia um castigo extremo, que somente podia ser desviado sacrificando-se outro ser em substituição. E desta maneira, por meio de símbolos impressivos, lembravam-se constantemente os piedosos israelitas da justiça e santidade da violada Lei, da sua própria culpa, e de quanto necessitavam da misericórdia divina – e quando eram efe
Fonte: Dicionário Adventista

Limpa

Dicionário Comum
substantivo feminino Ação de limpar; limpadura.
[Brasil] Monda.
[Popular] Saque completo, depredação.
Fonte: Priberam

Maior

Dicionário Comum
substantivo masculino e feminino Pessoa que atingiu a maioridade penal, civil ou eleitoral: maior de idade.
adjetivo Superior; que está acima de outro; que supera ou excede outro em grandeza, tamanho, intensidade, duração: São Paulo é maior que Belo Horizonte.
Que tem mais idade; que é mais velho que outro: aluno maior de 18 anos.
Pleno; que está completo; que se apresenta acabado.
Etimologia (origem da palavra maior). Do latim major.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo masculino e feminino Pessoa que atingiu a maioridade penal, civil ou eleitoral: maior de idade.
adjetivo Superior; que está acima de outro; que supera ou excede outro em grandeza, tamanho, intensidade, duração: São Paulo é maior que Belo Horizonte.
Que tem mais idade; que é mais velho que outro: aluno maior de 18 anos.
Pleno; que está completo; que se apresenta acabado.
Etimologia (origem da palavra maior). Do latim major.
Fonte: Priberam

Mandamento

Dicionário da Bíblia de Almeida
Mandamento
1) Ordem divina a ser obedecida pelas pessoas que temem a Deus. Sinônimos bíblicos: lei, estatuto, preceito, testemunho, juízo, ensinamento, etc. (Lv 26:14-15); Sl 119; (Jo 15:10-12).

2) Ordem paterna ou materna (Pv 6:20). 3 O “novo mandamento” é o amor ao próximo, tomando-se como exemplo o amor sacrificial de Cristo por nós (Jo 13:34).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Comum
mandamento s. .M 1. Ato ou efeito de mandar. 2. Mandado, orde.M 3. Voz de comando. 4. Cada um dos preceitos que constituem o decálogo. 5. Preceito da Igreja.
Fonte: Priberam

Mandamentos

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Mandamentos Ver Dez Mandamentos.
Autor: César Vidal Manzanares

Mando

Dicionário Comum
substantivo masculino Direito, poder de mandar, autoridade.
Direito, arbítrio.
Ordem, mandado.
A mando de, por ordem de.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo masculino Direito, poder de mandar, autoridade.
Direito, arbítrio.
Ordem, mandado.
A mando de, por ordem de.
Fonte: Priberam

Maís

Dicionário Comum
substantivo masculino Variedade de milho graúdo, bem desenvolvido.
Não confundir com: mais.
Etimologia (origem da palavra maís). Do espanhol maíz.
Fonte: Priberam

Mesmo

Dicionário Comum
adjetivo Exprime semelhança, identidade, paridade: eles têm o mesmo gosto.
O próprio, não outro (colocado imediatamente depois de substantivo ou pronome pessoal): Ricardo mesmo me abriu a porta; uma poesia de Fernando Pessoa, ele mesmo.
Utilizado de modo reflexivo; nominalmente: na maioria das vezes analisava, criticava-se a si mesmo.
Que possui a mesma origem: nasceram na mesma região.
Imediatamente referido: começou a trabalhar em 2000, e nesse mesmo ano foi expulso de casa.
substantivo masculino Que ocorre da mesma forma; a mesma coisa e/ou pessoa: naquele lugar sempre acontece o mesmo; ela nunca vai mudar, vai sempre ser a mesma.
conjunção Apesar de; embora: mesmo sendo pobre, nunca desistiu de sonhar.
advérbio De modo exato; exatamente, justamente: pusemos o livro mesmo aqui.
De maneira segura; em que há certeza: sem sombra de dúvida: os pastores tiveram mesmo a visão de Nossa Senhora!
Ainda, até: chegaram mesmo a negar-me o cumprimento.
locução conjuntiva Mesmo que, ainda que, conquanto: sairei, mesmo que não queiram.
locução adverbial Na mesma, sem mudança de situação apesar da ocorrência de fato novo: sua explicação me deixou na mesma.
Etimologia (origem da palavra mesmo). Do latim metipsimus.
Fonte: Priberam

Modo

Dicionário Comum
substantivo masculino Maneira própria de; forma, feitio, jeito.
Forma particular de agir, de se portar, de pensar, de falar ou de realizar algo: fazer as coisas ao seu modo; modo de uma receita; modo de falar.
Disposição específica que algo ocupa num espaço; posição.
Meio usado para obter, para alcançar ou para conseguir alguma coisa.
[Matemática] Raiz quadrada ou constante pela qual os logaritmos devem ser multiplicados, numa base, para obter outros em outra base; módulo.
[Filosofia] Forma de silogismo determinada pela quantidade e qualidade das proposições.
Geologia Composição mineralógica de uma rocha magmática.
Disposição de uma rocha magmática.
[Música] Disposição dos tons numa escala diatônica.
[Música] Padrão que impõe o ritmo que se segue de maneira repetida numa composição.
Gramática Variação verbal que indica o comportamento da pessoa que fala, em relação à ação que está anunciando.
[Jurídico] Maneira pela qual um ato ou contrato jurídico deve ser cumprido; cláusula que especifica essa maneira: modus.
substantivo masculino plural Jeito de se comportar; moderação, compostura: pessoa sem modos.
locução conjuntiva De modo que. De sorte que, de maneira que; logo.
locução prepositiva A modo de. Como; à guisa de.
Etimologia (origem da palavra modo). Do latim modus, “medida, modo”.
Fonte: Priberam

Mundo

Dicionário da Bíblia de Almeida
Mundo
1) A terra (Sl 24:1).


2) O conjunto das nações conhecidas (1Rs 10:23, RA).


3) A raça humana (Sl 9:8; Jo 3:16; At 17:31).


4) O universo (Rm 1:20).


5) Os ímpios e maus, que se opõem a Deus (Jo 15:18) e têm o Diabo como seu chefe (Jo 12:31).


6) Os habitantes do Império Romano (Lc 2:1).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Mundo 1. O universo, o cosmo (Jo 1:10; 17,5; 21,25).

2. O lugar onde o ser humano habita (Mt 4:8; 16,26; 26,13; Lc 12:30).

3. O gênero humano que está perdido e é mau (Jo 12:31; 14,30), mas a quem Deus ama e manifesta seu amor ao enviar seu Filho, para que todo aquele que nele crê não se perca, mas tenha vida eterna (Jo 3:16; 1,29; 6,51). Jesus vence o mundo entendido como humanidade má e decaída, oposta a Deus e a seus desígnios (Jo 3:17; 4,42; 12,47; 16,11.33). Os discípulos estão neste mundo, todavia não participam dele (Jo 8:23; 9,5; 17,11.15ss.). Sinal disso é que se negam a combater (Jo 18:36).

4. O mundo vindouro é o Olam havah hebraico, o novo tempo, a nova era que se inaugurará após o triunfo definitivo do messias (Mt 12:32; Mc 10:30; Lc 20:35).

Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Bíblico
Cinco palavras se traduzem por ‘mundo’ no A. T., e quatro no N. T. No A. T. a mais usada, ‘tebel’, implica uma terra fértil e habitada (como no Sl 33:8is 27:6). Eretz, usualmente ‘terra’ (como em Gn 1:1), quatro vezes aparece vertida na palavra ‘mundo’. No N. T. o termo que se vê com mais freqüência é Koamoa. Esta palavra implicava primitivamente a ‘ordem’ e foi posta em uso na filosofia de Pitágoras para significar o mundo ou o Universo, no seu maravilhoso modo de ser em oposição ao caos. No evangelho de S. João quer dizer ‘mundo’ nos seus vários aspectos, isto é: a parte dos entes, ainda separados de Deus, a Humanidade como objeto dos cuidados de Deus, e a Humanidade em oposição a Deus (*veja, por exemplo, Jo 1:9 – 3.16 – 14.17 – 1 Jo 2:2-15 – 5.19). Depois de kosmos, a palavra mais usada é aiõn, que originariamente significava a duração da vida, e também eternidade, uma época, ou mesmo certo período de tempo. Emprega-se no sentido de ‘fim do mundo’ (Mt 13:49), ‘Este mundo’ (idade), e o ‘Século vindouro’ (Mt 12:32Mc 4:19Lc 18:30 – Rm 1L
2) – e em Hebreus 1:2-11.3, é o ‘mundo’, como feito pelo Filho. oikoumene, significando o mundo habitado, especialmente o império Romano, ocorre em Mt 24:14Lc 2:1At 17:6Ap 12:9, etc. Gê, a terra, aparece somente em Ap 13:3.
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da FEB
[...] todos esses mundos são as moradas de outras sociedades de almas. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 14

[...] O mundo é escola, e na sua condição de educandário desempenha papel primacial para a evolução, em cujo bojo encontra-se o objetivo de tornar o Cristo interno o verdadeiro comandante das ações e dos objetivos inarredáveis da reencarnação.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Frustração

[...] cada mundo é um vasto anfiteatro composto de inúmeras arquibancadas, ocupadas por outras tantas séries de seres mais ou menos perfeitos. E, por sua vez, cada mundo não é mais do que uma arquibancada desse anfiteatro imenso, infinito, que se chama Universo. Nesses mundos, nascem, vivem, morrem seres que, pela sua relativa perfeição, correspondem à estância mais ou menos feliz que lhes é destinada. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 8a efusão

[...] mundos incontáveis são, como disse Jesus, as muitas moradas da Casa do Eterno Pai. É neles que nascem, crescem, vivem e se aperfeiçoam os filhos do criador, a grande família universal... São eles as grandes escolas das almas, as grandes oficinas do Espírito, as grandes universidades e os grandes laboratórios do Infinito... E são também – Deus seja louvado – os berços da Vida.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

[...] vasta escola de regeneração, onde todas as criaturas se reabilitam da trai ção aos seus próprios deveres. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Boa nova• Pelo Espírito Humberto de Campos• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 13

O mundo é uma associação de poderes espirituais.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] os mundos [são] laboratórios da vida no Universo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O mundo, em todo tempo, é uma casa em reforma, com a lei da mudança a lhe presidir todos os movimentos, através de metamorfoses e dificuldades educativas.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 40

Fonte: febnet.org.br

Dicionário de Sinônimos
universo, orbe. – Tratando de mundo e universo é Roq. mais completo que S. Luiz. “Chama-se mundo e universo” – diz ele – “o céu e a terra considerados como um todo. A palavra universo conserva sempre esta significação; porém a palavra mundo tem muitas acepções diferentes. – Universo é uma palavra necessária para indicar positivamente este conjunto de céu e terra, sem relação com as outras acepções de mundo. – Mundo toma-se particularmente pela terra com suas diferentes partes, pelo globo terrestre; e neste sentido se diz: ‘dar volta ao mundo’: o que não significa dar – volta ao universo. – Mundo toma-se também pela totalidade dos homens, por um número considerável deles, etc.; e em todas estas acepções não se compreende mais que uma parte do universo. – Universo, ao contrário, é uma palavra que encerra, debaixo da ideia de um só ser, todas as partes do mundo, e representa o agregado de todas as coisas criadas, com especial relação à natureza física. Diz-se que Jesus Cristo remiu o mundo; mas não – que remiu o universo; o velho e o novo mundo, e não – o velho e o novo universo; neste mundo, isto é, na terra, nesta vida, e não – neste universo, porque não há senão um e mesmo universo”. – Só figuradamente pode aplicar-se a palavra universo fora dessa rigorosa significação, ou sem atenção a ela. – Dizemos, por exemplo: – o universo moral; em psicologia estamos em presença de um universo novo, para significar, no primeiro caso – a totalidade das leis morais; e no segundo – as novas noções a que ascende a consciência humana à medida que vai desvendando no universo coisas que nos têm parecido misteriosas. – Orbe toma-se pelo mundo, e refere-se mais particularmente à superfície do globo, dando ideia da sua amplitude. Em todo o orbe não se encontrou nunca uma alma em cujo fundo não estivesse a ideia de uma justiça eterna, isto é, superior às contingências do mundo. – Mundo, neste exemplo, significa portanto – a comunhão dos homens, a consciência humana – móvel no tempo e no espaço; enquanto que orbe diz toda a superfície do nosso globo.
Fonte: Dicio

Dicionário Comum
substantivo masculino Conjunto de tudo que existe, os astros e planetas; universo.
Planeta Terra e tudo o que nele existe; lugar onde vive o homem.
Conjunto de indivíduos que formam um agrupamento humano determinado; designação da espécie humana.
Figurado Organização, companhia, instituição ou empresa de tamanho notável; em que há abundância: esta loja é um mundo!
Seção restrita de um âmbito do conhecimento ou atividade: mundo da música.
Religião A vida que não se relaciona aos preceitos religiosos; vida mundana: deixou o mundo pela fé.
Figurado Número indefinido de pessoas: um mundo de gente!
Conjunto de pessoas notáveis pela sua origem, pela fortuna, pela situação social; classe social: não fazem parte do mesmo mundo.
adjetivo Excessivamente limpo; asseado.
Etimologia (origem da palavra mundo). Do latim mundus.i.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo masculino Conjunto de tudo que existe, os astros e planetas; universo.
Planeta Terra e tudo o que nele existe; lugar onde vive o homem.
Conjunto de indivíduos que formam um agrupamento humano determinado; designação da espécie humana.
Figurado Organização, companhia, instituição ou empresa de tamanho notável; em que há abundância: esta loja é um mundo!
Seção restrita de um âmbito do conhecimento ou atividade: mundo da música.
Religião A vida que não se relaciona aos preceitos religiosos; vida mundana: deixou o mundo pela fé.
Figurado Número indefinido de pessoas: um mundo de gente!
Conjunto de pessoas notáveis pela sua origem, pela fortuna, pela situação social; classe social: não fazem parte do mesmo mundo.
adjetivo Excessivamente limpo; asseado.
Etimologia (origem da palavra mundo). Do latim mundus.i.
Fonte: Priberam

Nome

Dicionário Comum
substantivo masculino Denominação; palavra ou expressão que designa algo ou alguém.
A designação de uma pessoa; nome de batismo: seu nome é Maria.
Sobrenome; denominação que caracteriza a família: ofereceu seu nome.
Família; denominação do grupo de pessoas que vivem sob o mesmo teto ou possuem relação consanguínea: honrava seu nome.
Fama; em que há renome ou boa reputação: tinha nome na universidade.
Apelido; palavra que caracteriza alguém.
Quem se torna proeminente numa certa área: os nomes do cubismo.
Título; palavra ou expressão que identifica algo: o nome de uma pintura.
Gramática Que designa genericamente os substantivos e adjetivos.
Etimologia (origem da palavra nome). Do latim nomen.inis.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
Entre os hebreus dava-se o nome auma criança, umas vezes quando nascia (Gn 35:18), e outras quando se circuncidava (Lc 1:59), fazendo a escolha ou o pai, ou a mãe (Gn 30:24Êx 2:22Lc 1:59-63). Algumas vezes o nome tinha referência a certas circunstâncias relacionadas com o nascimento ou o futuro da criança, como no caso de isaque (Gn 21:3-6), de Moisés (Êx 2:10), de Berias (1 Cr 7.23). isto era especialmente assim com os nomes compostos de frases completas, como em is 8:3. Acontecia, também, que certos nomes de pessoas sugeriam as suas qualidades, como no caso de Jacó (Gn 27:36) e Nabal (1 Sm 25.25). Eram por vezes mudados os nomes, ou aumentados, em obediência a certas particularidades, como no caso de Abrão para Abraão (Gn 17:5), de Gideão para Jerubaal (Jz 6:32), de Daniel para Beltessazar (Dn 1:7), e de Simão, Pedro (Mt 16:18). Alem disso, devemos recordar que, segundo a mentalidade antiga, o nome não somente resumia a vida do homem, mas também representava a sua personalidade, com a qual estava quase identificado. E por isso a frase ‘em Meu nome’ sugere uma real comunhão com o orador Divino. Houve lugares que receberam o seu nome em virtude de acontecimentos com eles relacionados, como Babel (Gn 11:9), o Senhor proverá (Gn 22:14), Mara (Êx 15:23), Perez-Uzá (2 Sm 6.8), Aceldama (At l.19). Para o nome de Deus, *veja Jeová, Senhor.
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Nome Palavra que designa uma pessoa ou coisa. Nos tempos bíblicos o nome, às vezes, estava relacionado com algum fato relativo ao nascimento (Gn 35:18
v. BENONI); outras vezes expressava uma esperança ou uma profecia (Os 1:6; Mt 1:21-23). Era costume, no tempo de Jesus, o judeu ter dois nomes, um hebraico e outro romano (At 13:9). Partes dos nomes de Deus entravam, às vezes, na composição dos nomes (v. ELIAS, JEREMIAS, JESUS). Na invocação do nome de Deus chama-se a sua pessoa para estar presente, abençoando (Nu 6:22-27; Mt 28:19; Fp 6:24). Tudo o que é feito “em nome” de Jesus é feito pelo seu poder, que está presente (At 3:6; 4:10-12). Na oração feita “em nome de Jesus” ele intercede por nós junto ao Pai (Jo 15:16; Rm 8:34). Em muitas passagens “nome” indica a própria pessoa (Sl 9:10).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Não

Dicionário Comum
advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
Fonte: Priberam

Obras

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Obras A obra fundamental de Jesus é sua morte na cruz em favor dos homens (Jo 17:4) e através da qual o Pai se revela (Jo 14:9ss.). Jesus deixa bem claro quais são as boas obras e quais não são (Jo 3:19-21). A obra de Deus — que exige de cada pessoa para sua salvação — é que creia em Jesus (Jo 6:29. Comp.com Jo 12:36ss.; 3,16-17; 5,24 etc.).
Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Comum
2ª pess. sing. pres. ind. de obrar
fem. pl. de obra

o·brar -
(latim operor, -ari, ocupar-se em, trabalhar, levar a efeito, exercer, praticar)
verbo transitivo e intransitivo

1. Fazer um trabalho, uma tarefa. = TRABALHAR

2. Pôr em obra. = FAZER, REALIZAR

3. Operar.

4. Causar.

verbo intransitivo

5. Proceder.

6. Expulsar os excrementos pelo ânus. = DEFECAR, EVACUAR


o·bra
(latim opera, -ae, trabalho manual)
nome feminino

1. Produto de um agente.

2. Produção intelectual.

3. Manifestação dos sentimentos.

4. Edifício em construção.

5. Compostura, conserto.

6. Qualquer trabalho.

7. [Informal] Tarefa ou empresa difícil e custosa (ex.: acabar isto foi obra!).

8. [Popular] Tramóia; malícia.


obra de
Cerca de (ex.: o caminho até lá é obra de 7 quilómetros). = APROXIMADAMENTE, QUASE

obra de arte
Artefacto, objecto ou construção que é considerado com valor estético ou artístico.

[Pouco usado] Designação dada a pontes, aquedutos, viadutos, túneis ou qualquer outro tipo de estrutura necessária à construção de estradas.

obra de fancaria
Trabalho pouco esmerado, feito à pressa, tendo-se apenas em vista o lucro.

obras mortas
[Náutica] Parte de uma embarcação que não se encontra submersa, acima da linha de água.

obras vivas
[Náutica] Parte de uma embarcação que se encontra submersa, entre o lume de água e a quilha.

Fonte: Priberam

Dicionário da FEB
As obras que construímos na Terra são raízes profundas de nossa alma, retendo nosso coração no serviço.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Fonte: febnet.org.br

Pai

Dicionário Comum
substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
Esta palavra, além da sua significação geral, toma-se também na Escritura no sentido de avô, bisavô, ou fundador de uma família, embora remota. Por isso os judeus no tempo de Jesus Cristo chamavam pais a Abraão, isaque e Jacó. Jesus Cristo é chamado o Filho de Davi, embora este rei estivesse distante dele muitas gerações. Pela palavra ‘pai’ também se compreende o instituidor, o mestre, o primeiro de uma certa profissão. Jabal ‘foi o pai dos que habitam nas tendas e possuem gado’. E Jubal ‘foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta’ (Gn 4:20-21). Também se emprega o termo no sentido de parentesco espiritual bom ou mau – assim, Deus é o Pai da Humanidade. o diabo é cognominado o pai da mentira (Jo 8:44). Abraão é o pai dos crentes. É igualmente chamado ‘o pai de muitas nações’, porque muitos povos tiveram nele a sua origem. Na idade patriarcal a autoridade do pai na família era absoluta, embora não tivesse o poder de dar a morte a seus filhos (Dt 21:18-21).
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da FEB
Os pais não são os construtores da vida, porém, os médiuns dela, plasmando-a, sob a divina diretriz do Senhor. Tornam-se instrumentos da oportunidade para os que sucumbiram nas lutas ou se perderam nos tentames da evolução, algumas vezes se transformando em veículos para os embaixadores da verdade descerem ao mundo em agonia demorada.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso P de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 12

Os pais da Terra não são criadores, são zeladores das almas, que Deus lhes confia, no sagrado instituto da família.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Ser pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 46

[...] [Os pais são os] primeiros professores [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 16

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Pai Maneira de falar de Deus e com Deus. No AT Deus tratava o povo de Israel como seu filho (Ex 4:22); (Dt 1:31); 8.5; (Os 11:1). Jesus chamava Deus de “Pai” (Jo 5:17). Ele ensinou que todos aqueles que crêem nele são filhos de Deus (Jo 20:17). Ver também (Mt 6:9) e Rm
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Pai Ver Abba, Deus, Família, Jesus, Trindade.
Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Comum
substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
Fonte: Priberam

Palavra

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Palavra Esse conceito tem uma importância fundamental nos evangelhos. Jesus não menciona a palavra de Deus; apenas afirma “porém eu vos digo” (Mt 5:22.28). Essa palavra (logos) é a primeira causa de surpresa e de espanto entre seus contemporâneos (Lc 4:36). Com ela, Jesus faz milagres (Mt 8:8.16), frutos da fé nessa palavra (Jo 4:50-53). É também verbalmente que perdoa os pecados (Mt 9:1-7) e transmite autoridade (Mt 18:18; Jo 20:23). Diante dela, as pessoas devem tomar uma decisão (Mt 7:24-27; 13,23) e isso faz com que se dividam (Mc 8:38). Para João, o evangelista, Jesus é a Palavra (Logos — Memrá) que é Deus (Jo 1:1) e que se fez carne (Jo 1:11.
14) para revelar o Pai e salvar o homem (Jo 1:18; 3,34; 12,50; 17,8.14).
Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Etimológico
Do latim parabola, que significa “discurso” ou “fala”.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

Dicionário da Bíblia de Almeida
Palavra
1) Expressão, falada ou escrita, de pensamento (Sl 5:1; Ap 21:5).


2) Mensagem de Deus (Jr 1:4; Rm 3:2, RC).


3) As Escrituras Sagradas do AT, especialmente a LEI 2, (Sl 119).


4) A mensagem do evangelho (Gl 6:6).


5) O VERBO (Jo 1:1, NTLH). Jesus é mais do que expressão falada: ele é Deus em ação, criando (Gn 1:3), se revelando (Jo 10:30) e salvando (Sl 107:19-20; 1Jo 1:1-2).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário da FEB
A palavra é um dom divino, quando acompanhada dos atos que a testemunhem [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 124

[...] O verbo é a projeção do pensamento criador.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

[...] a palavra é, sem dúvida, a continuação de nós mesmos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

A palavra é dom sagrado, / É a ciência da expressão / Não deve ser objeto / De mísera exploração.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] O verbo mal conduzido é sempre a raiz escura de grande parte dos processos patogênicos que flagelam a Humanidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

O verbo gasto em serviços do bem é cimento divino para realizações imorredouras. Conversaremos, pois, servindo aos nossos semelhantes de modo substancial, e nosso lucro será crescente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

Veículo magnético, a palavra, dessa maneira, é sempre fator indutivo, na origem de toda realização.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

O verbo é plasma da inteligência, fio da inspiração, óleo do trabalho e base da escritura.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

Em tudo quanto converses, / Toma o bem por tua escolta. / Toda palavra é um ser vivo / Por conta de quem a solta.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

A palavra é o instrumento mágico que Deus nos confia.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23

[...] a palavra é precioso dom que Deus concede para auxílio ao nosso progresso geral, nossa felicidade e nossa alegria, mas jamais para o insulto e a afronta contra o que quer que seja dentro da Criação, nem mesmo ao mais abjeto verme, e ainda menos contra o Criador de todas as coisas [...].
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• À luz do Consolador• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB• 1997• - Blasfêmia

Fonte: febnet.org.br

Dicionário Comum
substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.
Fonte: Priberam

Palavras

Dicionário Comum
fem. pl. de palavra

pa·la·vra
(latim parabola, -ae)
nome feminino

1. [Linguística] [Linguística] Unidade linguística com um significado, que pertence a uma classe gramatical, e corresponde na fala a um som ou conjunto de sons e na escrita a um sinal ou conjunto de sinais gráficos. = TERMO, VOCÁBULO

2. Mensagem oral ou escrita (ex.: tenho que lhe dar uma palavra).

3. Afirmação ou manifestação verbal.

4. Permissão de falar (ex.: não me deram a palavra).

5. Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: confiamos na sua palavra).

6. Doutrina, ensinamento.

7. Capacidade para falar ou discursar.

interjeição

8. Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso.


dar a sua palavra
Prometer, comprometer-se.

de palavra
Que cumpre aquilo que promete; em que se pode confiar (ex.: governante de palavra).SEM PALAVRA

de poucas palavras
Que fala pouco (ex.: herói de poucas palavras). = CALADOFALADOR

palavra de ordem
Palavra ou conjunto de palavras que serve para marcar uma posição para reivindicar algo, geralmente pela repetição.

palavra de honra
Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso (ex.: ninguém vende mais barato, palavra de honra!). = PALAVRA

Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: dou-lhe a minha palavra de honra, não se vai arrepender). = PALAVRA

palavra gramatical
Gramática Palavra que não tem valor semântico ou referente externo e expressa uma relação gramatical, como, por exemplo, as preposições ou as conjunções.

palavra primitiva
Gramática Palavra que não é formada a partir de outra da mesma língua e que serve de base à formação de outras palavras.

palavras cruzadas
Jogo ou passatempo em que se deve preencher uma grelha de palavras que se entrecruzam de forma vertical e horizontal, a partir de pistas.

passar a palavra
Dizer a mais pessoas para que se conheça. = DIFUNDIR, DIVULGAR

retirar a palavra
Retractar-se.

Não deixar continuar no uso da palavra, geralmente em assembleia deliberativa.

sem palavra
Que não cumpre aquilo que promete; em que não se pode confiar (ex.: homem sem palavra).DE PALAVRA

tirar a
(s): palavra
(s): da boca de alguém
Anteceder-se à fala de outra pessoa, dizendo o que ela prentendia dizer.

última palavra
Decisão definitiva (ex.: nós demos a nossa opinião, mas a última palavra é dele).

voltar com a palavra atrás
Negar o que disse anteriormente. = DESDIZER-SE

Não cumprir o prometido. = DESDIZER-SE

Fonte: Priberam

Dicionário Comum
fem. pl. de palavra

pa·la·vra
(latim parabola, -ae)
nome feminino

1. [Linguística] [Linguística] Unidade linguística com um significado, que pertence a uma classe gramatical, e corresponde na fala a um som ou conjunto de sons e na escrita a um sinal ou conjunto de sinais gráficos. = TERMO, VOCÁBULO

2. Mensagem oral ou escrita (ex.: tenho que lhe dar uma palavra).

3. Afirmação ou manifestação verbal.

4. Permissão de falar (ex.: não me deram a palavra).

5. Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: confiamos na sua palavra).

6. Doutrina, ensinamento.

7. Capacidade para falar ou discursar.

interjeição

8. Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso.


dar a sua palavra
Prometer, comprometer-se.

de palavra
Que cumpre aquilo que promete; em que se pode confiar (ex.: governante de palavra).SEM PALAVRA

de poucas palavras
Que fala pouco (ex.: herói de poucas palavras). = CALADOFALADOR

palavra de ordem
Palavra ou conjunto de palavras que serve para marcar uma posição para reivindicar algo, geralmente pela repetição.

palavra de honra
Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso (ex.: ninguém vende mais barato, palavra de honra!). = PALAVRA

Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: dou-lhe a minha palavra de honra, não se vai arrepender). = PALAVRA

palavra gramatical
Gramática Palavra que não tem valor semântico ou referente externo e expressa uma relação gramatical, como, por exemplo, as preposições ou as conjunções.

palavra primitiva
Gramática Palavra que não é formada a partir de outra da mesma língua e que serve de base à formação de outras palavras.

palavras cruzadas
Jogo ou passatempo em que se deve preencher uma grelha de palavras que se entrecruzam de forma vertical e horizontal, a partir de pistas.

passar a palavra
Dizer a mais pessoas para que se conheça. = DIFUNDIR, DIVULGAR

retirar a palavra
Retractar-se.

Não deixar continuar no uso da palavra, geralmente em assembleia deliberativa.

sem palavra
Que não cumpre aquilo que promete; em que não se pode confiar (ex.: homem sem palavra).DE PALAVRA

tirar a
(s): palavra
(s): da boca de alguém
Anteceder-se à fala de outra pessoa, dizendo o que ela prentendia dizer.

última palavra
Decisão definitiva (ex.: nós demos a nossa opinião, mas a última palavra é dele).

voltar com a palavra atrás
Negar o que disse anteriormente. = DESDIZER-SE

Não cumprir o prometido. = DESDIZER-SE

Fonte: Priberam

Parte

Dicionário Comum
substantivo feminino Porção; qualquer parcela de um todo: parte poluída da floresta.
Quinhão; porção atribuída a cada pessoa na divisão de algo: dividiu a herança em duas partes.
Local; território não determinado: gosta de caminhar em toda parte.
Lado; região ou área demarcada: a criminalidade está na parte afastada da cidade.
Responsabilidade; tarefa a cumprir: a parte do chefe é pagar os salários.
Cada um dos lados de um acordo ou litígio: não houve acordo entre as partes; as partes formaram uma empresa.
Aviso; anúncio feito oral ou verbalmente: deram parte da sociedade aos familiares.
Queixa; delação de um crime ou irregularidade: deram parte da empresa à polícia.
[Música] Cada elemento que compõe a estrutura de uma composição: parte de uma melodia.
Não confundir com: aparte.
Etimologia (origem da palavra parte). Do latim pars.tis.
Fonte: Priberam

Pecado

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Pecado No judaísmo da época de Jesus — e no pensamento deste — é qualquer ofensa contra Deus, ação contrária à sua vontade ou violação a algum de seus mandamentos. Transgredir um preceito da Torá é pecado e tem também conseqüências negativas sobre a pessoa, afastando-a de Deus (Mt 9:13; 19,17-19).

Jesus enfatiza, principalmente, a necessidade de se eliminar as raízes profundas do pecado (Mt 5:27ss.; 6,22ss.; 15,1-20) e chama o pecador à conversão (Lc 11:4; 15,1-32; 13,1ss.; 18,13), porque Deus perdoa todo pecado, exceto a blasfêmia contra o Espírito Santo, isto é, a atitude de resistência ao perdão de Deus, a única atitude que impede a pessoa de recebê-lo. Por amor ao pecador, Jesus acolhe-o (Mt 11:19; Lc 15:1ss.; 19,7) e se entrega à morte expiatória (Mt 26:28; Lc 24:47). Quem recebe esse perdão deve também saber perdoar os pecados dos outros (Mt 18:15.21; Lc 17:3ss.).

R. Donin, o. c.; Y. Newman, o. c.; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo...

Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Comum
pecado s. .M 1. Transgressão de qualquer preceito ou regra. 2. Culpa, defeito, falta, vício.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Pecado Falta de conformidade com a lei de Deus, em estado, disposição ou conduta. Para indicar isso, a Bíblia usa vários termos, tais como pecado (Sl 51:2); (Rm 6:2), desobediência (He 2:2), transgressão (Sl 51:1); (He 2:2), iniqüidade (Sl 51:2); (Mt 7:23), mal, maldade, malignidade (Pv 17:11); (Rm 1:29), perversidade (Pv 6:14); (At 3:26), RA), rebelião, rebeldia (1Sm 15:23); (Jr 14:7), engano (Sf 1:9); (2Ts 2:10), injustiça (Jr 22:13); (Rm 1:18), erro, falta (Sl 19:12); (Rm 1:27), impiedade (Pv 8:7); (Rm 1:18), concupiscência (Is 57:5), RA; 1(Jo 2:16), depravidade, depravação (Eze 16:27,43), 58, RA). O pecado atinge toda a raça humana, a partir de Adão e Eva (Gn 3; (Rm 5:12). O castigo do pecado é a morte física, espiritual e eterna (Rm 6:23). Da morte espiritual e eterna
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Bíblico

i. Um dos grandes objetivos da Bíblia é tratar dos fatos da vida humana, estabelecer a sua significação e efeito, e algumas vezes derramar luz sobre a sua causa. No caso do pecado há dois fatos principais: primeiro, que o homem é pecador – segundo, que todos cometem pecado. Pode, portanto, esperar-se que a Bíblia derramará luz sobre o sentido da palavra pecado e sobre os seus efeitos – e nos fará conhecer a causa da sua influência universal nos homens e o remédio para esse grande mal.
ii. Segundo a Bíblia, a causa dos pecados encontra-se de uma maneira definitiva (tanto quanto se considera a vida terrestre) no pecado dos nossos primeiros pais, com as suas conseqüências, transmitidas à posteridade. A este fato se chama a Queda. Basta dizer-se aqui, que, por mais baixo que estivesse o primeiro homem na escala da Humanidade, se ele era homem devia ter tido, na verdade, algum conhecimento rudimentar do bem ou do mal – e depois da sua primeira voluntária desobediência ao que lhe dizia a consciência, devia ter ficado numa situação moral inferior à dos tempos passados. A primeira transgressão feita com conhecimento do mal não pôde deixar de ser uma queda moral, por maior que fosse a sua sabedoria adquirida no caminho da vida. Além disso, há razão para acreditar que as crianças, nascidas após a queda, haviam certamente de participar da natureza dos seus pais, a ponto de ficarem mais fracas com respeito à moralidade do que não tendo os seus pais transgredido. Esta crença muito razoável apresenta-se como sendo o pensamento central da narrativa de Gn 3. o escritor bíblico está, evidentemente, revelando mais do que a simples enunciação do pecado de Adão e Eva como tal. Ele deseja fazer ver que a pena alcançou toda a Humanidade. Todos entram no mundo com a tendência original de uma modificada natureza para o mal. Não é, por conseqüência, para admirar que cada pessoa realmente caia no pecado. Nos capítulos seguintes são plenamente expostos os terríveis e profundos efeitos daquele primeiro pecado.
iii. os diferentes aspectos do pecado, que se apresentam aos escritores bíblicos, podem ver-se do modo mais próprio nos vários nomes que lhe dão. Porquanto a Bíblia é muito rica em termos que significam o pecado, o mal, a iniqüidade, a maldade, podendo ser mencionados neste lugar os mais importantes: 1. Palavras que têm o sentido de ‘falta, omissão, erro no fim em vista’, etc. Em hebraico há chêt e termos cognatos (Sl 51:9) – em grego, hamartia (Rm 3:9), hamartêma 1Co 6:18). 2. A perversão, a deturpação, implicando culpa, são faltas designadas pelo termo hebraico avon (1 Rs 17.18). 3. Há várias palavras que indicam a transgressão de uma lei, ou a revolta contra o legislador. Em hebreu peshã (Pv 28:13 – is õ3,5) – em grego parabasis (‘transgressão’, Rm 4:15), paraptoma (‘delito’, Ef 2:5), anômia (‘iniqiiidade’, 1 Jo 3:4, onde se lê: ‘hamartia é anômia’), asebeia (‘impiedade’, 2 Tm 2.16). 4. imoralidade, o hábito do pecado, e muitas vezes violência, se indicam com o hebraico rêshã (1 Sm 24.13), e o grego adikia (Lc 13:27). 5. A infidelidade, e a deslealdade para com Deus e o homem, são significadas pelo hebraico má”al (Js 22:22). 6. A culpa, que pede sacrifício expiatório, acha-se indicada pela palavra ãshãm (Pv 14:9). 7. o pecado é considerado como uma dívida na oração dominical, õpheilèma (Mt 6:12). iV Entre os grandes efeitos do pecado podem mencionar-se: l. o medo de Deus em contraste com o temor reverencioso e filial (Gn 3:10). 2. o endurecimento gradual da vontade contra o bem e as boas influências (Êx 7:13). A consunção da força e vida da alma, assemelhando-se à lepra que vai consumindo o corpo. 4. E tudo isto atinge o seu maior grau na separação de Deus (Gn 3:24Lv 13:46 – 2 Ts 1.9). *veja Na Bíblia, porém, o remédio para o pecado é, pelo menos, tão proeminente como a sua causa, a sua natureza, e o seu efeito. Freqüentes vezes, na realidade, se apela para os pecadores, a fim de que deixem os seus pecados, fazendo-lhes ver os grandes males que caem sobre eles – e ao mesmo tempo há as promessas de serem amavelmente recebidos por Deus todos os que se arrependem (notavelmente em 2 Sm 12.13), sendo os meios humanos o arrependimento e a fé. Mas tanto o A.T.como o N.T. claramente nos ensinam que é preciso mais alguma coisa. No cap. 53 de isaias, o sacrifício do Servo ideal nos patenteia os meios pelos quais se curam os pecados, pois que esse Servo é a pessoa que carregou com as nossas iniqüidades. outros sacrifícios eram apenas tipos deste particular sacrifício. *veja também Jo 1:29Cl 1:21-22. Este remédio torna efetiva a restauração de um direito divinamente estabelecido (Rm 5:1 – 1 Jo 1:9), para a remoção da mancha que caiu, inclusive, sobre os mais altos lugares por motivo do pecado, tocando a honra de Deus, e o seu templo (Hb 9:23-26) – e não só para a remoção dessa mancha, mas também para a gradual eliminação do pecado no crente (1 Jo 1:7-9), embora, enquanto exista neste mundo, nunca ele estará inteiramente livre da sua influência (Rm 7:23Gl 5:17 – 1 Jo 1:10). Não admira que o Filho de Deus tenha recebido o nome de Jesus, ‘porque ele salvará o seu povo dos pecados deles’ (Mt 1:21).
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da FEB
Pecar contra o Espírito Santo significa [...] empregarmos conscientemente qualquer forma de manifestação em discordância com as normas éticas que já tenhamos conseguido assimilar.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 45

[...] Entendamos a palavra pecado de forma ampla e mais completa, como sendo todo e qualquer desrespeito à ordem, atentado à vida e desequilíbrio moral íntimo. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 10

[...] Pecado é toda a infração à Lei de Deus. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pecado sem perdão

[...] O pecado é moléstia do espírito. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3

Fonte: febnet.org.br

Pode

Dicionário Comum
substantivo deverbal Ação de poder, de ter capacidade, direito ou autoridade para conseguir ou para realizar alguma coisa: ele não pode fazer este trabalho; ele tem todas as condições necessárias e pode se candidatar ao emprego.
Ação de estar sujeito a: o atleta pode se machucar durante o jogo.
Ação de ter controle sobre: o professor não pode com os alunos.
Gramática A grafia "pôde" é usada com o mesmo sentido, mas no passado.
Etimologia (origem da palavra pode). Forma Der. de poder.
substantivo deverbal Ação de podar, de cortar os ramos das plantas ou de aparar suas folhas: preciso que ele pode a videira.
Etimologia (origem da palavra pode). Forma Der. de podar.
Fonte: Priberam

Primeiro

Dicionário Comum
adjetivo Que precede os outros no tempo, no lugar e na ordem.
O melhor, o mais notável: primeiro aluno da classe.
Que é indispensável; urgente: primeiras necessidades.
Noção básica; rudimentar: adquirir primeiros conhecimentos.
Através do qual algo se inicia; inicial: primeiro dia de trabalho.
Diz-se de um título ligado a certos cargos: primeiro médico do rei.
[Filosofia] Causa que seria a origem do encadeamento de causas e efeitos, isto é, de todo o universo; causa primeira.
advérbio Anterior a qualquer outra coisa; primeiramente.
substantivo masculino Algo ou alguém que está à frente dos demais.
numeral Numa sequência, o número inicial; um.
Etimologia (origem da palavra primeiro). Do latim primarius.a.um.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
adjetivo Que precede os outros no tempo, no lugar e na ordem.
O melhor, o mais notável: primeiro aluno da classe.
Que é indispensável; urgente: primeiras necessidades.
Noção básica; rudimentar: adquirir primeiros conhecimentos.
Através do qual algo se inicia; inicial: primeiro dia de trabalho.
Diz-se de um título ligado a certos cargos: primeiro médico do rei.
[Filosofia] Causa que seria a origem do encadeamento de causas e efeitos, isto é, de todo o universo; causa primeira.
advérbio Anterior a qualquer outra coisa; primeiramente.
substantivo masculino Algo ou alguém que está à frente dos demais.
numeral Numa sequência, o número inicial; um.
Etimologia (origem da palavra primeiro). Do latim primarius.a.um.
Fonte: Priberam

Dicionário de Sinônimos
primário, primitivo, primevo, primordial. – Segundo Lac. – primeiro é, em geral, o ser que está ou se considera à frente de uma série deles; é o que precede a todos em alguma das diferentes circunstân- Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 455 cias de tempo, lugar, dignidade, etc. – Primitivo é o primeiro ser de uma série com relação aos seus diferentes estados, ou com relação a outros seres que daquele se derivaram. – Primevo (como se vê da própria formação do vocábulo) refere-se ao que é da primeira idade, ou das primeiras idades. D. Afonso Henriques foi o primeiro rei de Portugal. A disciplina que se observava nos primeiros séculos da Igreja chama-se disciplina primitiva. As leis por que se regia um povo nos primeiros tempos da sua organização social chamam-se ao depois lei primevas. – Entre primeiro e primário há uma distinção essencial que se pode marcar assim: o primeiro está em primeiro lugar, ou está antes de todos na série; marca, portanto, apenas lugar na ordem, e é por isso mesmo que quase normalmente reclama um completivo: F. é o primeiro na classe; os primeiros homens; o primeiro no seu tempo; o primeiro a falar. Enquanto que primário marca também o que vem antes de todos, o que está em primeiro lugar, mas com relação aos atributos, ou ao modo de ser dos vários indivíduos que formam a série ou que entram na ordem: diz, portanto, primário – “o mais simples, aquele pelo qual se começa”. Ensino primário; noções primárias. – Primordial refere-se à época que precede a uma outra época e que se considera como origem desta. Período geológico primordial é o que precede ao primitivo. Neste já se encontram organismos: o primordial é azoico.
Fonte: Dicio

Princípio

Dicionário Comum
substantivo masculino O começo; o que ocorre ou existe primeiro que os demais: princípio dos tempos.
Início de uma ação ou processo: no princípio do trabalho era mais feliz.
O que fundamenta ou pode ser usado para embasar algo; razão: em que princípio se baseia seu texto?
Informação básica e necessária que fundamenta uma seção de conhecimentos: princípios da matemática.
[Física] Lei de teor geral que exerce um papel importantíssimo na prática e desenvolvimento de uma teoria, a partir da qual outras se derivam.
[Lógica] Proposição imprescindível para que um raciocínio seja fundamentado.
[Filosofia] Razão ou efeito de uma ação; proposição usada numa dedução.
substantivo masculino plural Regra, norma moral: esse menino não tem princípios.
Etimologia (origem da palavra princípio). Do latim principium.ii.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
princípio s. .M 1. Momento em que uma coisa tem origem; começo. 2. Causa primária; razão, base. 3. Momento em que se faz alguma coisa pela primeira vez. 4. Regra, lei, preceito. 5. Ditame moral, sentença, máxima. 6. Teoria. 7. Quí.M e Far.M Substância química que figura numa mistura. S. .M pl. 1. Os antecedentes. 2. As primeiras épocas da vida. 3. Doutrinas fundamentais ou opiniões predominantes.
Fonte: Priberam

Quando

Dicionário Comum
advérbio Denota ocasião temporal; em qual circunstância: disse que a encontraria, mas não disse quando.
Numa interrogação; em que momento no tempo: quando será seu casamento? Preciso saber quando será seu casamento.
Em qual época: quando partiram?
advérbio Rel. Em que: era na quadra quando as cerejeiras floriam.
conjunção Gramática Inicia orações subordinadas adverbiais denotando: tempo, proporção, condição e concessão.
conjunção [Temporal] Logo que, assim que: irei quando puder.
conjunção Prop. À medida que: quando chegaram ao hotel, tiveram muitos problemas.
conjunção [Condicional] Se, no caso de; acaso: só a trata bem quando precisa de dinheiro.
conjunção Conce. Embora, ainda que: vive reclamando quando deveria estar trabalhando.
locução conjuntiva Quando quer que. Em qualquer tempo: estaremos preparados quando quer que venha.
locução conjuntiva Quando mesmo. Ainda que, mesmo que, ainda quando: iria quando mesmo lho proibissem.
Etimologia (origem da palavra quando). Do latim quando.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
quando adv. Em que época, em que ocasião, em que tempo. Conj. 1. Posto que. 2. Mas.
Fonte: Priberam

Sabe

Dicionário Comum
substantivo deverbal Ação de saber, de conhecer, de possuir conhecimentos específicos sobre algo: o aluno não sabe a matéria.
Ação de possuir capacidade ou habilidade para: o funcionário sabe trabalhar bem.
Ação de pressentir, de se convencer de: ninguém sabe o futuro da empresa.
Ação de ter certo sabor: a moqueca não sabe a peixe.
Etimologia (origem da palavra sabe). Forma Der. de saber.
Fonte: Priberam

Seja

Dicionário Comum
seja conj. Usa-se repetidamente, como alternativa, e equivale a ou: Seja um seja outro. Interj. Denota consentimento e significa de acordo!, faça-se!, vá!
Fonte: Priberam

Senhor

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...

Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário da FEB
[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Bíblico
o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário Comum
substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.
Fonte: Priberam

Sera

Dicionário Bíblico
abundância
Fonte: Dicionário Adventista

Servo

Dicionário da Bíblia de Almeida
Servo
1) Empregado (Mt 25:14, NTLH).


2) ESCRAVO (Gn 9:25, NTLH).


3) Pessoa que presta culto e obedece a Deus (Dn 3:26; Gl 1:10) ou a Jesus Cristo (Gl 1:10). No NT Jesus Cristo é chamado de “o Servo”, por sua vida de perfeita obediência ao Pai, em benefício da humanidade (Mt 12:18; RA: At 3:13; 4.27).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Bíblico
Por esta palavra se traduzem duas palavras hebraicas, que ocorrem freqüentemente no A.T., e que significam rapaz, pessoa de serviço, ou um escravo. A palavra é, algumas vezes, empregada a respeito de pessoas humildes (Gn 32:18-20), e também com relação a altos oficiais da corte (Gn 40:20 – 2 Sm 10.2,4). Uma terceira palavra implica aquele que está às ordens de alguém para o ajudar (Êx 33:11). Mas, pela maior parte das vezes, no A.T., trata-se de um escravo. De igual modo, no N.T., a palavra ‘servo’ aparece como tradução das indicadas palavras hebraicas, significando criada da casa (como em Lc 16:13), ou um rapaz (como em Mt 8:6), ou ainda um agente (como em Mt 26:58) – mas na maioria dos casos o termo refere-se a um escravo (Mt 8:9, etc.). Esta palavra aplicavam-na os apóstolos a si mesmos, como sendo os servos de Deus (At 4:29Tt 1:1Tg 1:1) e de Jesus Cristo (Rm 1:1Fp 1:1 – Jd 1). (*veja Escravidão.)
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário Comum
substantivo masculino Quem não é livre; privado de sua liberdade.
Quem age com obediência ou servindo alguém: servo de Deus.
História Numa sociedade feudal, quem pertencia a um senhor sem ser escravo.
Quem oferece ou realiza serviços; criado.
Quem se submete ao poder de um senhor por pressão ou violência.
adjetivo Que não é livre; cuja liberdade foi retirada.
Que está sujeito aos poderes de um senhor; escravo.
Que realiza ou oferece serviços; serviçal.
Etimologia (origem da palavra servo). Do latim servus.i.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo masculino Quem não é livre; privado de sua liberdade.
Quem age com obediência ou servindo alguém: servo de Deus.
História Numa sociedade feudal, quem pertencia a um senhor sem ser escravo.
Quem oferece ou realiza serviços; criado.
Quem se submete ao poder de um senhor por pressão ou violência.
adjetivo Que não é livre; cuja liberdade foi retirada.
Que está sujeito aos poderes de um senhor; escravo.
Que realiza ou oferece serviços; serviçal.
Etimologia (origem da palavra servo). Do latim servus.i.
Fonte: Priberam

Servos

Dicionário Comum
masc. pl. de servo

ser·vo |é| |é|
(latim servus, -i, escravo)
nome masculino

1. Aquele que não dispõe da sua pessoa, nem de bens.

2. Homem adstrito à gleba e dependente de um senhor.SUSERANO

3. Pessoa que presta serviços a outrem, não tendo condição de escravo. = CRIADO, SERVENTE, SERVIÇAL

4. Pessoa que depende de outrem de maneira subserviente.

adjectivo
adjetivo

5. Que não tem direito à sua liberdade nem a ter bens.LIVRE

6. Que tem a condição de criado ou escravo.

7. Que está sob o domínio de algo ou alguém.

Confrontar: cervo.

Ver também dúvida linguística: pronúncia de servo e de cervo.
Fonte: Priberam

Será

Dicionário Comum
substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.
Fonte: Priberam

Quem é quem na Bíblia?

(Heb. “abundância”). Filha de Aser, a qual, juntamente com seus irmãos, é listada entre os que desceram ao Egito com Jacó (Gn 46:17; Nm 26:46-1Cr 7:30).

Autor: Paul Gardner

Sois

Dicionário Comum
substantivo deverbal Ação de ser; ato de expressar permanentemente uma condição, característica ou capacidade particular: vós sois o melhor amigo que tenho; sois o único Deus acima de todos os outros.
Não confundir com: sóis.
Etimologia (origem da palavra sois). Forma Der. de ser.
Fonte: Priberam

Tais

Dicionário Comum
substantivo masculino e feminino, plural Pessoas sobre as quais se fala, mas de nomes não mencionados: estava falando das tais clientes grosseiras.
[Informal] Aqueles que se destacam em relação aos demais; usado no sentido irônico: esses daí pensam que são os tais!
pronome Estes, esses, aqueles: nunca se recordava daqueles tais momentos.
Etimologia (origem da palavra tais). Plural de tal.
Fonte: Priberam

Tem

Dicionário Comum
substantivo deverbal Ação de ter; ato de receber ou de passar a possuir alguma coisa: ele tem uma casa; a empresa tem muitos funcionários.
Gramática A grafia têm, com acento, refere-se à forma plural: eles têm uma casa; as empresas têm muitos funcionários.
Etimologia (origem da palavra tem). Forma Der. de ter.
Fonte: Priberam

Tira

Dicionário Comum
substantivo feminino Retalho de pano, de couro, de papel etc., mais comprido que largo.
Listra; ourela; correia.
Franja, renda.
Friso, filete.
[Comparativo] Pedaço ou tira de microfilme com uma ou mais imagens e identificação codificada.
substantivo masculino [Brasil] Agente de polícia, beleguim.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
tira s. f. 1. Retalho de couro, pano, papel etc., mais comprido que largo. 2. Lista, listão. 3. Correia, fita. 4. Filete, friso. 5. Historieta ou fragmento de histórias em quadrinhos, apresentada em uma única faixa horizontal. S. .M Gír. Agente policial.
Fonte: Priberam

Vara

Dicionário Etimológico
Do latim vara, ramo flexível. Na antiga Roma, a haste que identificava o poder dos juízes, distingüindo os letrados dos leigos. As varas pintadas de branco designavam os letrados, chamados juízes de vara branca, enquanto os iletrados portavam vara vermelha. Todos, porém, deviam exibir publicamente sua condição, sob pena de multa. No Brasil Colônia, quando alguém se recusava a atender uma convocação legal, era levado pelo oficial de justiça, que o ameaçava com um bastão. Daí a expressão conduzido debaixo de vara, utilizada até hoje no Direito para designar quem foi levado sob mandado judicial. No Foro há diversas varas, ou seja, segmentos específicos para tratar dos feitos que a elas chegam. Só não dá para entender por que a que cuida das questões civis, literalmente civis, é chamada de Vara Cível e não Vara Civil...
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

Dicionário Comum
substantivo feminino Peça geralmente de madeira roliça, comprida e delgada.
Antiga medida de comprimento equivalente a um metro e dez centímetros.
[Esporte] Haste longa e delgada usada em salto de altura.
Direito Cada uma das circunscrições judiciais presididas por um juiz de direito: vara criminal.
Direito Debaixo de vara, expressão que indica ser alguém compelido a atender mandado judicial.
Figurado Vara de condão, vara mágica a que se atribui o dom de fazer encantos ou sortilégios.
Vara de porcos, manada de gado suíno.
Estar ou meter-se em camisa de onze varas, encontrar-se ou envolver-se em grandes dificuldades.
Tremer como vara
(s): verde(s), estar tomado de grande medo.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Vara
1) Galho (Ez 7:10; Jo 15:2, RC).


2) Galho direito cortado de uma árvore ou arbusto e usado como símbolo de meio de destruição (Sl 2:9) ou de castigo (Pv 22:15). V. VAREJAR.

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Varas

Dicionário Comum
fem. pl. de vara
2ª pess. sing. pres. ind. de varar

va·ra
nome feminino

1. Haste de árvore ou de arbusto.

2. Pau comprido e fino.

3. Varal.

4. Pau grosso ou viga que se avança na parte anterior do carro e ao qual se jungem os bois.

5. Haste do pendão.

6. Chibata; báculo; cajado.

7. Pau que serve de insígnia a juízes e vereadores.

8. Insígnia que empunha o juiz de confraria ou de irmandade.

9. Cada uma das hastes do pálio.

10. [Jurídico, Jurisprudência] Cada uma das circunscrições em que se dividem as comarcas de Lisboa e Porto e à qual preside um juiz de Direito.

11. [Jurídico, Jurisprudência] Cargo ou funções de juiz.

12. Tufão ou furacão no mar das Índias, geralmente em Setembro ou Outubro.

13. Figurado Poder, jurisdição.

14. Punição, castigo.

15. Conjunto de porcos. = PIARA, PORCADA

16. Antiga medida de comprimento, equivalente a 1,10 m.

17. [Por extensão] Medida, bitola.

18. [Calão] Órgão sexual masculino. = PÉNIS


tremer como varas verdes
Tremer muito com medo.

vara de condão
Pequena vara, associada a poderes mágicos ou maravilhosos, que é acessório de prestidigitadores, fadas, feiticeiros e afins; varinha de condão.

vara de lagar
Tronco de árvore a prumo que espreme a azeitona.


va·rar -
verbo transitivo

1. Bater com vara.

2. Fazer encalhar, pôr em seco (a embarcação).

3. Atravessar.

4. Furar; trespassar.

5. Expulsar.

6. Aterrar; fulminar; encher de espanto.

7. Ocupar determinado período de tempo fazendo alguma coisa (ex.: varou a noite a ler). = PASSAR

verbo intransitivo

8. Dar em seco, encalhar; passar além.

9. [Brasil] Passar um rio.

Fonte: Priberam

Verdade

Dicionário Comum
substantivo feminino Que está em conformidade com os fatos ou com a realidade: as provas comprovavam a verdade sobre o crime.
Por Extensão Circunstância, objeto ou fato real; realidade: isso não é verdade!
Por Extensão Ideia, teoria, pensamento, ponto de vista etc. tidos como verídicos; axioma: as verdades de uma ideologia.
Por Extensão Pureza de sentimentos; sinceridade: comportou-se com verdade.
Fiel ao original; que representa fielmente um modelo: a verdade de uma pintura; ela se expressava com muita verdade.
[Filosofia] Relação de semelhança, conformação, adaptação ou harmonia que se pode estabelecer, através de um ponto de vista ou de um discurso, entre aquilo que é subjetivo ao intelecto e aquilo que acontece numa realidade mais concreta.
Etimologia (origem da palavra verdade). Do latim veritas.atis.
Fonte: Priberam

Dicionário da FEB
Importa que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica deslumbrado. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 628

[...] Desde que a divisa do Espiritismo é Amor e caridade, reconhecereis a verdade pela prática desta máxima, e tereis como certo que aquele que atira a pedra em outro não pode estar com a verdade absoluta. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Discurso de Allan Kardec aos Espíritas de Bordeaux

O conhecimento da Verdade liberta o ser humano das ilusões e impulsiona-o ao crescimento espiritual, multiplicando-lhe as motivações em favor da auto-iluminação, graças à qual torna-se mais fácil a ascensão aos páramos celestes.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impermanência e imortalidade

[...] é lâmpada divina de chama inextinguível: não há, na Terra, quem a possa apagar ou lhe ocultar as irradiações, que se difundem nas trevas mais compactas.
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - L• 5, cap• 3

[...] A verdade é filha do tempo e não da autoridade. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 17

[...] a verdade é o bem: tudo o que é verdadeiro, justo e bom [...].
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

A verdade, a que Jesus se referia [...] é o bem, é a pureza que o Espírito conserva ao longo do caminho do progresso que o eleva na hierarquia espírita, conduzindo-o à perfeição e, pela perfeição, a Deus, que é a verdade absoluta.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

[...] A verdade é o conhecimento de todo princípio que, assim na ordem física, como na ordem moral e intelectual, conduz a Humanidade ao seu aperfeiçoamento, à fraternidade, ao amor universal, mediante sinceras aspirações ao espiritualismo, ou, se quiserdes, à espiritualidade. A idéia é a mesma; mas, para o vosso entendimento humano, o espiritualismo conduz ao Espiritismo e o Espiritismo tem que conduzir à espiritualidade.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

A verdade é sempre senhora e soberana; jamais se curva; jamais se torce; jamais se amolda.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

A verdade é, muitas vezes, aquilo que não queremos que seja; aquilo que nos desagrada; aquilo com que antipatizamos; V aquilo que nos prejudica o interesse, nos abate e nos humilha; aquilo que nos parece extravagante, e até mesmo aquilo que não cabe em nós.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade

[...] é o imutável, o eterno, o indestrutível. [...] Verdade é amor.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo

[...] a verdade sem amor para com o próximo é como luz que cega ou braseiro que requeima.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião

A verdade é remédio poderoso e eficaz, mas só deve ser administrado consoante a posição espiritual de cada um.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

A verdade é uma fonte cristalina, que deve correr para o mar infinito da sabedoria.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De longe

Conhecer, portanto, a verdade é perceber o sentido da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173

[...] é luz divina, conquistada pelo trabalho e pelo merecimento de cada um [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Crenças

[...] é sagrada revelação de Deus, no plano de nossos interesses eternos, que ninguém deve menosprezar no campo da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

[...] É realização eterna que cabe a cada criatura consolidar aos poucos, dentro de si mesma, utilizando a própria consciência.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

A verdade é a essência espiritual da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 193

Todos nós precisamos da verdade, porque a verdade é a luz do espírito, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, a fantasia é capaz de suscitar a loucura, sob o patrocínio da ilusão. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Verdade
1) Conformação da afirmativa com a realidade dos fatos (Pv 12:17; Fp 4:25).


2) Fidelidade (Gn 24:27; Sl 25:10).


3) Jesus, que é, em pessoa, a expressão do que Deus é (Jo 14:6).


4) “Na verdade” ou “em verdade” é expressão usada por Jesus para introduzir uma afirmativa de verdade divina (Mt 5:18).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Verdade O que está em conformidade com a realidade (Mt 14:33; 22,16; 26,73; 27,54; Mc 5:33; 12,32; Lc 16:11). Nesse sentido, logicamente, existe a Verdade absoluta e única que se identifica com Jesus (Jo 14:6). Suas ações e ensinamentos são expressão do próprio Deus (Jo 5:19ss.; 36ss.; 8,19-28; 12,50). Mais tarde, é o Espírito de verdade que dará testemunho de Jesus (Jo 4:23ss.; 14,17; 15,26; 16,13).
Autor: César Vidal Manzanares

Verdadeira

Dicionário Comum
fem. sing. de verdadeiro

ver·da·dei·ro
adjectivo
adjetivo

1. Conforme à verdade; que fala verdade; verídico; autêntico; genuíno; real; exacto; certo; fiel; sincero; leal.

nome masculino

2. A verdade.

3. O dever.

4. O mais seguro, o mais conveniente.

Fonte: Priberam

Vida

Dicionário Comum
substantivo feminino Conjunto dos hábitos e costumes de alguém; maneira de viver: tinha uma vida de milionário.
Reunião daquilo que diferencia um corpo vivo do morto: encontrou o acidentado sem vida; a planta amanheceu sem vida.
O que define um organismo do seu nascimento até a morte: a vida dos animais.
Por Extensão Tempo que um ser existe, entre o seu nascimento e a sua morte; existência: já tinha alguns anos de vida.
Por Extensão Fase específica dentro dessa existência: vida adulta.
Figurado Tempo de duração de alguma coisa: a vida de um carro.
Por Extensão Reunião dos seres caracterizados tendo em conta sua espécie, ambiente, época: vida terrestre; vida marítima.
Figurado Aquilo que dá vigor ou sentido à existência de alguém; espírito: a música é minha vida!
Reunião dos fatos e acontecimentos mais relevantes na existência de alguém; biografia: descrevia a vida do cantor.
O que uma pessoa faz para sobreviver: precisava trabalhar para ganhar a vida.
Figurado O que se realiza; prática: vida rural.
Etimologia (origem da palavra vida). Do latim vita.ae.
Fonte: Priberam

Dicionário da FEB
[...] A vida humana é, pois, cópia davida espiritual; nela se nos deparam emponto pequeno todas as peripécias daoutra. Ora, se na vida terrena muitasvezes escolhemos duras provas, visandoa posição mais elevada, porque não ha-veria o Espírito, que enxerga mais lon-ge que o corpo e para quem a vidacorporal é apenas incidente de curtaduração, de escolher uma existênciaárdua e laboriosa, desde que o conduzaà felicidade eterna? [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 266

A vida vem de Deus e pertence a Deus,pois a vida é a presença de Deus emtoda parte.Deus criou a vida de tal forma que tudonela caminhará dentro da Lei deEvolução.O Pai não criou nada para ficar na es-tagnação eterna.A vida, em essência, é evolução. [...
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

V A vida é uma demonstração palmar de que o homem vem ao mundo com responsabilidades inatas; logo, a alma humana em quem se faz efetiva tal responsabilidade é preexistente à sua união com o corpo.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 17

[...] é um dom da bondade infinita [...].
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

[...] é uma aventura maravilhosa, através de muitas existências aqui e alhures.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 16

[...] É o conjunto de princípios que resistem à morte.
Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

A vida é uma grande realização de solidariedade humana.
Referencia: CASTRO, Almerindo Martins de• O martírio dos suicidas: seus sofrimentos inenarráveis• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

[...] o conjunto das funções que distinguem os corpos organizados dos corpos inorgânicos. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 1

[...] É a Criação... [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 2

A vida é uma idéia; é a idéia do resultado comum, ao qual estão associados e disciplinados todos os elementos anatômicos; é a idéia da harmonia que resulta do seu concerto, da ordem que reina em suas ações.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 2

A vida terrestre é uma escola, um meio de educação e de aperfeiçoamento pelo trabalho, pelo estudo e pelo sofrimento.
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Resumo

Cada vida terrena [...] é a resultante de um imenso passado de trabalho e de provações.
Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 18

[...] é um cadinho fecundo, de onde deves [o Espírito] sair purificado, pronto para as missões futuras, maduro para tarefas sempre mais nobres e maiores.
Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 14

[...] é uma vibração imensa que enche o Universo e cujo foco está em Deus.
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

A vida é o bem maior que nos concede o Criador para o auto-aperfeiçoamento espiritual e somente o risco desse bem pode tornar admissível o sacrifício de uma vida que se inicia em favor de outra já plenamente adaptada à dimensão material e, por isso mesmo, em plena vigência da assunção dos seus compromissos para com a família e com a sociedade.
Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 6

[...] é um depósito sagrado e nós não podemos dispor de bens que nos não pertencem.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

A vida sem virtudes é lento suicídio, ao passo que, enobrecida pelo cumprimento do dever, santificada pelo amor universal, é o instrumento mais precioso do Espírito para o seu aperfeiçoamento indefinido.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

A vida é um sonho penoso, / Do qual nos desperta a morte.
Referencia: ERNY, Alfred• O psiquismo experimental: estudo dos fenômenos psíquicos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 2

[...] é uma força organizadora, que pode contrariar a tendência da matéria à V V desorganização. É uma força organizadora e pensante, que integra a matéria e a organiza, visto que, sem ela, toda matéria fica desorganizada.
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 2

[...] é um turbilhão contínuo, cuja diretiva, por mais complexa que seja, permanece constante. [...] (66, t. 2, cap.
1) [...] é uma força física inconsciente, organizadora e conservadora do corpo.
Referencia: FRANCINI, Walter• Doutor Esperanto: o romance de Lázaro Luís Zamenhof, criador da língua internacional• Com cartaprefácio do Dr• Mário Graciotti, da Academia Paulista de Letras• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - 1a narrativa

Considerada a vida uma sublime concessão de Deus, que se apresenta no corpo e fora dele, preexistindo-o e sobrevivendo-o, poder-se-á melhor enfrentar os desafios existenciais e as dificuldades que surgem, quando na busca da auto-iluminação. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impedimentos à iluminação

[...] é uma sinfonia de bênçãos aguardando teus apontamentos e comentários.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Tramas do destino• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 46

[...] é uma grande tecelã e nas suas malhas ajusta os sentimentos ao império da ordem, para que o equilíbrio governe todas as ações entre as criaturas.
Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 2, cap• 9

[...] é grande fortuna para quem deve progredir.
Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 3, cap• 7

Vidas são experiências que se aglutinam, formando páginas de realidade.
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Pról•

A vida física é oportunidade purificadora, da qual, em regra, ninguém consegue eximir-se. Bênção divina, flui e reflui, facultando aprimoramento e libertação.
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 1

[...] é o hálito do Pai Celeste que a tudo vitaliza e sustenta...
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 5

A vida terrena é um relâmpago que brilha por momentos no ambiente proceloso deste orbe, e logo se extingue para se reacender perenemente nas paragens siderais.
Referencia: GIBIER, Paul• O Espiritismo: faquirismo ocidental: estudo histórico crítico, experimental• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - L• 1, Na pista da verdade

[...] a nossa vida é um tesouro divino, que nos foi confiado para cumprir uma missão terrena [...].
Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - L• 9, cap• 1

[...] a vida humana é uma série ininterrupta de refregas e de desilusões...
Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - L• 9, cap• 22

[...] a vida humana é uma intérmina cadeia, uma corrente que se compõe de muitos elos, cada qual terminando no sepulcro, para de novo se soldar em ulterior encarnação até que o Espírito adquira elevadas faculdades, ou atinja a perfeição.
Referencia: GAMA, Zilda• Na sombra e na luz• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - L• 1, cap• 7

Vida e morte, uma só coisa, / Verdade de toda gente: / A vida é a flor que desponta / Onde a morte é uma semente.
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - cap• 173

[...] Em suas evoluções, a vida nada mais é que a manifestação cada vez mais completa do Espírito. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão

A vida, portanto, como efeito decorrente de um agente (princípio vital) sobre a matéria (fluido cósmico), tem, por V sustentação, a matéria e o princípio vital em estado de interação ativa, de forma contínua. Decorrente da mesma fonte original – pois reside no fluido magnético animal, que, por sua vez, não é outro senão o fluido vital – tem, contudo, a condição peculiar de veicular o contato com o princípio espiritual.
Referencia: MELO, Jacob• O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

[...] é amor e serviço, com Deus. [...]
Referencia: Ó, Fernando do• A dor do meu destino• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 2

A vida é a mais bela sinfonia de amor e luz que o Divino Poder organizou.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

Não vivi, pois a vida é o sentimento / De tudo o que nos toca em sofrimento / Ou exalta no prazer. [...] (185, Nova[...] é um combate insano e dolorido / Que temos de vencer. [...]
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sursum

[...] A vida é mesmo ingente aprendizado, / Onde o aluno, por vez desavisado, / Tem sempre ensanchas de recomeçar [...].
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Renovação

A vida humana não é um conjunto de artifícios. É escola da alma para a realidade maior.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mostremos o Mestre em nós

[...] é a manifestação da vontade de Deus: vida é amor.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo

[...] A vida, na sua expressão terrestre, é como uma árvore grandiosa. A infância é a sua ramagem verdejante. A mocidade se constitui de suas flores perfumadas e formosas. A velhice é o fruto da experiência e da sabedoria. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Boa nova• Pelo Espírito Humberto de Campos• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 9

[...] é a harmonia dos movimentos, resultante das trocas incessantes no seio da natureza visível e invisível. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 8

A vida em si é conjunto divino de experiências. Cada existência isolada oferece ao homem o proveito de novos conhecimentos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 22

[...] é trabalho, júbilo e criação na eternidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 68

A vida é sempre a iluminada escola.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 16

A vida é essência divina [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 17

A vida por toda parte / É todo um hino de amor, / Serve a nuvem, serve o vale, / Serve o monte, serve a flor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18

Lembrai-vos de que a vida é a eternidade em ascensão [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53

A oportunidade sagrada é a vida. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A vida é um campo divino, onde a infância é a germinação da Humanidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é a gloriosa manifestação de Deus. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

V V A vida é máquina divina da qual todos os seres são peças importantes e a cooperação é o fator essencial na produção da harmonia e do bem para todos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A vida é um câmbio divino do amor, em que nos alimentamos, uns aos outros, na ternura e na dedicação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Patrimônio da criação e divindade de todas as coisas, é a vida a vibração luminosa que se estende pelo infinito, dentro de sua grandeza e de seu sublime mistério.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é caminho em que nos cabe marchar para a frente, é sobretudo traçada pela Divina Sabedoria.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A vida é uma escola e cada criatura, dentro dela, deve dar a própria lição. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 26

[...] é um grande livro sem letras, em que as lições são as nossas próprias experiências.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião

A vida é uma corrente sagrada de elos perfeitos que vai do campo subatômico até Deus [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Notícias

A vida não é trepidação de nervos, a corrida armamentista ou a tortura de contínua defesa. É expansão da alma e crescimento do homem interior, que se não coadunam com a arte de matar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Apreciações

A vida é curso avançado de aprimoramento, através do esforço e da luta. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 54

A vida é processo de crescimento da alma ao encontro da Grandeza Divina.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71

E perceber o sentido da vida é crescer em serviço e burilamento constantes.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173

[...] é um jogo de circunstâncias que todo espírito deve entrosar para o bem, no mecanismo do seu destino. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Lembre-se de que a vida e o tempo são concessões de Deus diretamente a você, e, acima de qualquer angústia ou provação, a vida e o tempo responderão a você com a bênção da luz ou com a experiência da sombra, como você quiser.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 39

[...] é o carro triunfante do progresso, avançando sobre as rodas do tempo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13

Enquanto no corpo físico, desfrutas o poder de controlar o pensamento, aparentando o que deves ser; no entanto, após a morte, eis que a vida é a verdade, mostrando-te como és.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Espíritos transviados

A vida humana, pois, apesar de transitória, é a chama que vos coloca em contato com o serviço de que necessitais para ascensão justa. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

[...] afirmação de imortalidade gloriosa com Jesus Cristo!
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 8

[...] é uma longa caminhada para a vitória que hoje não podemos compreender. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Bilhete filial

V Todavia, é preciso lembrar que a vida é permanente renovação, propelindo-nos a entender que o cultivo da bondade incessante é o recurso eficaz contra o assédio de toda influência perniciosa.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Religião dos Espíritos: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 18a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Tentação e remédio

[...] é um cântico de trabalho e criação incessantes. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 24

[...] é aprimoramento incessante, até o dia da perfeição [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 60

[...] toda a vida, no fundo, é processo mental em manifestação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 23

A vida constitui encadeamento lógico de manifestações, e encontramos em toda parte a sucessão contínua de suas atividades, com a influenciação recípro ca entre todos os seres, salientando-se que cada coisa e cada criatura procede e depende de outras coisas e de outras criaturas.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 24

Fonte: febnet.org.br

Videira

Dicionário Comum
substantivo feminino Planta cultivada por produzir uvas; parreira.
Botânica Designação comum atribuída às espécies do gênero Vitis, pertencentes à família das vitáceas cujos frutos (uvas) fermentados dão origem ao vinho ou são usados com outros propósitos; vide, vinha.
Religião No antigo testamento, representação alegórica do povo de Israel, criado por Deus para habitar as montanhas da Palestina.
Etimologia (origem da palavra videira). Vide + eira.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
A primeira vinha de que se fala acha-se em conexão com o monte Ararate, talvez o seu primitivo habitat, onde Noé a plantou (Gn 9:20). Eram as vinhas conhecidas no Egito, como se pode compreender do sonho do copeiro-mor do Faraó (Gn 40:9-11), e da sua destruição pela saraiva (Sl 78:47). A extensão e a importância da cultura das vinhas mostram-se abundantemente noa monumentos, onde se acha representado pela pintura e escultura todo o processo de tratar as videiras (usualmente sobre varas, sustentadas por colunas), de colher o fruto, e convertê-lo em vinho. Em linguagem profética, o próprio povo de israel era uma vinha, trazida do Egito (Sl 80:8). Rabsaqué, nas suas injuriosas palavras aos judeus, no reinado de Ezequias, oferece levá-los para uma terra como a deles, ‘terra de cereal e de vinho, terra de pão e de vinhas’ (2 Rs 18.32). A cultura das videiras na terra de Canaã, antes da invasão dos hebreus, é manifesta por certos incidentes como o encontro de Abraão e Melquisedeque, a narrativa dos espias, e as alusões de Moisés à herança prometida (Gn 14:18Nm 13:20-24Dt 6:11). Mesmo naquele primitivo período, o território em que este ramo de agricultura alcançou a sua mais alta perfeição na Palestina meridional pode ser conhecido pela promessa patriarcal a Judá: ‘Ele amarrará o seu jumentinho à vide, e o filho da sua jumenta à videira mais excelente’ – e também o bem-amado José é comparado ao ‘ramo frutífero junto à fonte – seus galhos se estendem sobre o muro’ (Gn 49:11-22). o vale de Escol (cacho de uvas) proporcionou aos espias belíssimos cachos de uvas, que eles levaram a Moisés, e recebeu o seu nome dessa circunstância (Nm 32:9). o vale de Soreque (vinha), na planície da Filístia, era semelhantemente afamado (Jz 14:5 – 15.5 – 16.4). Do mesmo modo também ‘a planície das vinhas’ (Abel-Queramim), ao oriente do rio Jordão (Jz 11:33). Mais tarde eram mencionadas de um modo especial as vinhas do En-Gedi, na costa ocidental do Mar Morto (Ct 1:14) – e Jeremias lamenta a destruição das vinhas moabitas de Sibma (Jr 48:32). o vinho de Helbom, no Antilíbano, era exportado para Tiro, segundo diz Ezequiel (27,18) – e oséias alude ao aroma do ‘vinho do Líbano’ (14.7). É desnecessário citar passagens que nos mostrem quão valiosa era a videira e o seu produto na Palestina, durante os longos períodos da história do Antigo e do Novo Testamento, e quão excelente e abundante era a vinha na Síria. Bastará mencionar as originais promessas feitas aos israelitas, antes de eles formarem uma nação, a beleza da linguagem figurada nos salmos e profecias, e o fato de numas cinco parábolas do grande Mestre haver referência às videiras e à sua cultura. igualmente significativa é a circunstância de se encontrarem umas doze palavras nas línguas hebraica e grega (principalmente na primeira), para designarem esta planta e os seus usos. os antigos habitantes da Palestina imitaram os egípcios no tratamento das parreiras, sendo a uva o emblema da prosperidade e da paz. o caráter do solo ensinou aos cananeus e os seus sucessores a formação de terraços próprios. Nos pátios das casas grandes e pelas paredes das casas de campo, estendiam as videiras as suas gavinhas – e é provável que também as deixassem subir em volta das figueiras e outras árvores. Ao norte são as videiras cultivadas, e provavelmente o foram também em tempos antigos, ao longo de terrenos planos, apenas com um pequeno apoio (Sl 80:10 – 128.3 – Ez 17:6). As vinhas eram então, como hoje, cercadas de muros toscos ou de uma sebe, ou por ambas as coisas (is 5:5Mc 12:1). Foi entre muros desta espécie que Balaão ia montado na jumenta. Cabanas de construção grosseira são feitas para os guardadores das vinhas, como nos tempos do A.T. – e eram edificadas ‘torres’, donde se podia estar de atalaia para evitar as depredações do homem ou de certos animais, como o javali das selvas e os chacais (Sl 80:13Ct 2:15is 1:8 – 5.2 – Mt 21:33). o tempo da vindima no outono, bem como o da ceifa do trigo que a precedia, eram ocasiões de especial regozijo (is 16:10Jr 25:30). os preparativos gerais acham-se descritos na parábola de isaías
(5). e na de Jesus Cristo (Mc 12:1, etc.). Era permitido aos pobres fazer a respiga nas vinhas e nas searas (Lv 19:10). os podadores também pertenciam às classes pobres (is 61:5). As vinhas, como os campos de trigo, tinham o seu ano sabático, isto é, de sete em sete anos a terra era simplesmente alqueivada (Êx 23:11Lv 25:3 e seg.). Na linguagem figurada da Escritura, a videira é emblemática do povo escolhido, das bênçãos na dispensação evangélica, e também Daquele em quem a igreja vive e cresce por meio dos seus vários membros, e do sangue derramado na cruz para resgatar a Humanidade (is 5:7 – 55.1 – Mt 26:27-29Jo 15:1). o ato de pisar uvas no lagar é emblemático dos juízos divinos (is 63:2Lm 1:15Ap 14:19-20). (*veja Vinho, Lagar de vinho.)
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Videira Pé de uvas (Jo 15:1).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Videira 1. Arbusto que produz uvas (Mt 7:16; Lc 6:44).

2. Jesus é a videira verdadeira, a quem os fiéisdevem estar unidos para não perecerem (Jo 15:1-5).

Autor: César Vidal Manzanares

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
ἐγώ εἰμί ἄμπελος ἀληθινός καί μοῦ πατήρ ἐστί γεωργός
João 15: 1 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Eu sou a videira verdadeira, e o meu Pai é o lavrador.
João 15: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

6 de Abril de 30
G1092
geōrgós
γεωργός
um descendente de Esaú
(Bilhan)
Substantivo
G1473
egṓ
ἐγώ
exilados, exílio, cativeiro
(captive)
Substantivo
G1510
eimí
εἰμί
ser
(being)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
G228
alēthinós
ἀληθινός
que tem não apenas o nome do objeto em consideração e semelhança com ele, mas que
(true [riches])
Adjetivo - neutro acusativo singular
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G288
ámpelos
ἄμπελος
um sacerdote assassinado por Doegue por ordem de Saul, por ter supostamente ajudado
(Ahimelech)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3962
patḗr
πατήρ
um lugar no sudeste da Palestina junto ao limite do território dos cananeus, próximo a
(unto Lasha)
Substantivo


γεωργός


(G1092)
geōrgós (gheh-ore-gos')

1092 γεωργος georgos

de 1093 e a raíz de 2041; n m

  1. uma agricultor, lavrador do solo, dono de vinha

ἐγώ


(G1473)
egṓ (eg-o')

1473 εγω ego

um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

  1. Eu, me, minha, meu

εἰμί


(G1510)
eimí (i-mee')

1510 ειμι eimi

primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

  1. ser, exitir, acontecer, estar presente

ἀληθινός


(G228)
alēthinós (al-ay-thee-nos')

228 αληθινος alethinos

de 227; TDNT - 1:249,37; adj

  1. que tem não apenas o nome do objeto em consideração e semelhança com ele, mas que participa da essência do mesmo, correspondendo em todos os sentidos ao significado da idéia transmitida pelo nome. Real, genuíno, verdadeiro
    1. oposto ao que é fictício, imitação, imaginário, simulado ou pretendido
    2. contrasta a realidade com sua aparência
    3. oposto ao que é imperfeito, frágil, incerto
  2. verdadeiro, verídico, sincero

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

ἄμπελος


(G288)
ámpelos (am'-pel-os)

288 αμπελος ampelos

provavelmente da raiz de 297 e de 257; TDNT - 1:342,54; n f

  1. videira


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


πατήρ


(G3962)
patḗr (pat-ayr')

3962 πατηρ pater

aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m

  1. gerador ou antepassado masculino
    1. antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
    2. antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
      1. pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
    3. alguém avançado em anos, o mais velho
  2. metáf.
    1. o originador e transmissor de algo
      1. os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
      2. alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
    2. alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
    3. um título de honra
      1. mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
      2. membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
  3. Deus é chamado o Pai
    1. das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
    2. de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
      1. de seres espirituais de todos os homens
    3. de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
    4. o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
      1. por Jesus Cristo mesmo
      2. pelos apóstolos

πᾶς κλῆμα αὐτός ἔν ἐμοί μή φέρω καρπός αἴρω καί πᾶς φέρω καρπός καθαίρω αὐτός ἵνα φέρω πλείων καρπός
João 15: 2 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Todo ramo em mim que não dá fruto, ele tira, e todo ramo que carrega fruto, ele limpa, para que possa trazer mais fruto.
João 15: 2 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

6 de Abril de 30
G142
aírō
αἴρω
ser grande, ser majestoso, largo, nobre (poético)
(has become majestic)
Verbo
G1473
egṓ
ἐγώ
exilados, exílio, cativeiro
(captive)
Substantivo
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G2443
hína
ἵνα
para que
(that)
Conjunção
G2508
kathaírō
καθαίρω
()
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2590
karpós
καρπός
embalsamar, condimentar, tornar temperado
(to embalm)
Verbo
G2814
klēma
κλῆμα
ser silencioso, quieto, calmo, inerte
(still)
Verbo
G3361
mḗ
μή
não
(not)
Advérbio
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3956
pâs
πᾶς
língua
(according to his language)
Substantivo
G4119
pleíōn
πλείων
maior em quantidade
(above [that])
Adjetivo - neutro acusativo singular - comparativo
G5342
phérō
φέρω
carregar
(was brought)
Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Indicativo Passivo - 3ª pessoa do singular
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


αἴρω


(G142)
aírō (ah'-ee-ro)

142 αιρω airo

uma raíz primária; TDNT - 1:185,28; v

  1. levantar, elevar, erguer
    1. levantar do chão, pegar: pedras
    2. erguer, elevar, levantar: a mão
    3. içar: um peixe
  2. tomar sobre si e carregar o que foi levantado, levar
  3. levar embora o que foi levantado, levar
    1. mover de seu lugar
    2. cortar ou afastar o que está ligado a algo
    3. remover
    4. levar, entusiasmar-se, ficar exaltado
    5. apropriar-se do que é tomado
    6. afastar de alguém o que é dele ou que está confiado a ele, levar pela força
    7. levar e utilizar para alguma finalidade
    8. tirar de entre os vivos, seja pela morte natural ou pela violência
    9. motivo para parar

ἐγώ


(G1473)
egṓ (eg-o')

1473 εγω ego

um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

  1. Eu, me, minha, meu

ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

ἵνα


(G2443)
hína (hin'-ah)

2443 ινα hina

provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj

  1. que, a fim de que, para que

καθαίρω


(G2508)
kathaírō (kath-ah'-ee-ro)

2508 καθαιρω kathairo

de 2513; TDNT - 3:413,381; v

  1. limpar sujeira, impureza, etc
    1. podar árvores e videiras dos rebentos desnecessários
    2. metáf. de culpa, expiar

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

καρπός


(G2590)
karpós (kar-pos')

2590 καρπος karpos

provavelmente da raiz de 726; TDNT - 3:614,416; n m

  1. fruta
    1. fruto das árvores, das vinhas; colheitas
    2. fruto do ventre, da força geratriz de alguém, i.e., sua progênie, sua posteridade
  2. aquele que se origina ou vem de algo, efeito, resultado
    1. trabalho, ação, obra
    2. vantagem, proveito, utilidade
    3. louvores, que sã apresentados a Deus como oferta de agradecimento
    4. recolher frutos (i.e., uma safra colhida) para a vida eterna (como num celeiro) é usado figuradamente daqueles que pelo seu esforço têm almas preparadas almas para obterem a vida eterna

κλῆμα


(G2814)
klēma (kaly'-mah)

2814 κλημα klema

de 2806; TDNT - 3:757,441; n n

ramo novo e flexível

espec. broto ou ramo de uma videira, rebento da videira


μή


(G3361)
mḗ (may)

3361 μη me

partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

  1. não, que... (não)


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


πᾶς


(G3956)
pâs (pas)

3956 πας pas

que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

  1. individualmente
    1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
  2. coletivamente
    1. algo de todos os tipos

      ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


πλείων


(G4119)
pleíōn (pli-own)

4119 πλειων pleion neutro πλειον pleion ou πλεον pleon

comparativo de 4183; adj

  1. maior em quantidade
    1. a maior parte, muito mais

      maior em qualidade, superior, mais excelente


φέρω


(G5342)
phérō (fer'-o)

5342 φερω phero

verbo primário (para o qual outras palavras e aparentemente não cognatas são usadas em determinados tempos apenas, especialmente, οιω oio; e ενεγκω enegko; TDNT - 9:56,1252; v

1) carregar

  1. levar alguma carga
    1. levar consigo mesmo
  2. mover pelo ato de carregar; mover ou ser transportado ou conduzido, com sugestão de força ou velocidade
    1. de pessoas conduzidas num navio pelo mar
    2. de uma rajada de vento, para impelir
    3. da mente, ser movido interiormente, estimulado
  3. carregar, i.e., sustentar (guardar de cair)
    1. de Cristo, o preservador do universo
  • carregar, i.e., suportar, agüentar o rigor de algo, agüentar pacientemente a conduta de alguém, poupar alguém (abster-se de punição ou destruição)
  • trazer, levar a, entregar
    1. mudar para, adotar
    2. comunicar por anúncio, anunciar
    3. causar, i.e., gerar, produzir; apresentar num discurso
    4. conduzir, guiar

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    ὑμεῖς ἤδη ἐστέ καθαρός διά λόγος ὅς ὑμῖν λαλέω
    João 15: 3 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Agora vós estais limpos pela palavra que eu vos disse.
    João 15: 3 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 de Abril de 30
    G1223
    diá
    διά
    Através dos
    (through)
    Preposição
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2235
    ḗdē
    ἤδη
    (already)
    Advérbio
    G2513
    katharós
    καθαρός
    porção, parcela
    (the smooth part)
    Substantivo
    G2980
    laléō
    λαλέω
    (P
    (and cried)
    Verbo
    G3056
    lógos
    λόγος
    do ato de falar
    (on account)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular


    διά


    (G1223)
    diá (dee-ah')

    1223 δια dia

    preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep

    1. através de
      1. de lugar
        1. com
        2. em, para
      2. de tempo
        1. por tudo, do começo ao fim
        2. durante
      3. de meios
        1. atrave/s, pelo
        2. por meio de
    2. por causa de
      1. o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
        1. por razão de
        2. por causa de
        3. por esta razão
        4. consequentemente, portanto
        5. por este motivo

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἤδη


    (G2235)
    ḗdē (ay'-day)

    2235 ηδη ede

    aparentemente de 2228 (ou possivelmente 2229) e 1211; adv

    1. agora, já

    Sinônimos ver verbete 5815


    καθαρός


    (G2513)
    katharós (kath-ar-os')

    2513 καθαρος katharos

    de afinidade incerta; TDNT - 3:413,381; adj

    1. limpo, puro
      1. fisicamente
        1. purificado pelo fogo
        2. numa comparação, como uma vinha limpa pela poda e bem preparado para carregar de frutas
      2. num sentido levítico
        1. limpar, o uso do que não é proibido, que não torna impuro
      3. eticamente
        1. livre de desejo corrupto, de pecado e culpa
        2. livre de qualquer mistura com o que é falso; genuíno, sincero
        3. sem culpa, inocente
        4. limpo de culpa de algo

    Sinônimos ver verbete 5840 e 5896


    λαλέω


    (G2980)
    laléō (lal-eh'-o)

    2980 λαλεω laleo

    forma prolongada de um verbo absoleto (em outras formas); TDNT - 4:69,505; v

    1. emitir uma voz ou um som
    2. falar
      1. usar a língua ou a faculdade da fala
      2. emitir sons articulados
    3. conversar,
    4. anunciar, contar
    5. usar palavras a fim de tornar conhecido ou revelar o próprio pensamento
      1. falar

    λόγος


    (G3056)
    lógos (log'-os)

    3056 λογος logos

    de 3004; TDNT - 4:69,505; n m

    1. do ato de falar
      1. palavra, proferida a viva voz, que expressa uma concepção ou idéia
      2. o que alguém disse
        1. palavra
        2. os ditos de Deus
        3. decreto, mandato ou ordem
        4. dos preceitos morais dados por Deus
        5. profecia do Antigo Testamento dado pelos profetas
        6. o que é declarado, pensamento, declaração, aforismo, dito significativo, sentença, máxima
      3. discurso
        1. o ato de falar, fala
        2. a faculdade da fala, habilidade e prática na fala
        3. tipo ou estilo de fala
        4. discurso oral contínuo - instrução
      4. doutrina, ensino
      5. algo relatado pela fala; narração, narrativa
      6. assunto em discussão, aquilo do qual se fala, questão, assunto em disputa, caso, processo jurídico
      7. algo a respeito do qual se fala; evento, obra
    2. seu uso com respeito a MENTE em si
      1. razão, a faculdade mental do pensamento, meditação, raciocínio, cálculo
      2. conta, i.e., estima, consideração
      3. conta, i.e., cômputo, cálculo
      4. conta, i.e., resposta ou explanação em referência a julgamento
      5. relação, i.e., com quem, como juiz, estamos em relação
        1. razão
      6. razão, causa, motivo

        Em João, denota a essencial Palavra de Deus, Jesus Cristo, a sabedoria e poder pessoais em união com Deus. Denota seu ministro na criação e governo do universo, a causa de toda a vida do mundo, tanto física quanto ética, que para a obtenção da salvação do ser humano, revestiu-se da natureza humana na pessoa de Jesus, o Messias, a segunda pessoa na Trindade, anunciado visivelmente através suas palavras e obras. Este termo era familiar para os judeus e na sua literatura muito antes que um filósofo grego chamado Heráclito fizesse uso do termo Logos, por volta de 600 a.C., para designar a razão ou plano divino que coordena um universo em constante mudança. Era a palavra apropriada para o objetivo de João no capítulo 1 do seu evangelho. Ver Gill ou “Jo 1:1”.



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    μένω ἔν ἐμοί καγώ ἔν ὑμῖν καθώς οὐ δύναμαι κλῆμα φέρω καρπός ἀπό ἑαυτού ἐάν μή μένω ἔν ἄμπελος οὐδέ οὕτω ὑμεῖς ἐάν μή μένω ἔν ἐμοί
    João 15: 4 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Permanecei em mim, e eu em vós. Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, a não ser que permaneça na videira, assim também vós não podeis, a não ser que permaneçais em mim.
    João 15: 4 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 de Abril de 30
    G1410
    dýnamai
    δύναμαι
    sétimo filho de Jacó através de Zilpa, serva de Lia, e irmão legítimo de Aser
    (Gad)
    Substantivo
    G1437
    eán
    ἐάν
    se
    (if)
    Conjunção
    G1438
    heautoû
    ἑαυτοῦ
    cortar, talhar, picar, derrubar, separar, cortar em dois, raspar
    (cut down)
    Verbo
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2504
    kagṓ
    κἀγώ
    lombos
    (from your loins)
    Substantivo
    G2531
    kathṓs
    καθώς
    como / tão
    (as)
    Advérbio
    G2590
    karpós
    καρπός
    embalsamar, condimentar, tornar temperado
    (to embalm)
    Verbo
    G2814
    klēma
    κλῆμα
    ser silencioso, quieto, calmo, inerte
    (still)
    Verbo
    G288
    ámpelos
    ἄμπελος
    um sacerdote assassinado por Doegue por ordem de Saul, por ter supostamente ajudado
    (Ahimelech)
    Substantivo
    G3306
    ménō
    μένω
    respirar, ofegar, arfar
    ([that] mourns herself)
    Verbo
    G3361
    mḗ
    μή
    não
    (not)
    Advérbio
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G3761
    oudé
    οὐδέ
    nem / tampouco
    (Nor)
    Conjunção
    G3779
    hoútō
    οὕτω
    os habitantes da Caldéia, que viviam junto ao baixo Eufrates e Tigre
    (to the Chaldeans)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5342
    phérō
    φέρω
    carregar
    (was brought)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Indicativo Passivo - 3ª pessoa do singular
    G575
    apó
    ἀπό
    onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
    (and where)
    Advérbio


    δύναμαι


    (G1410)
    dýnamai (doo'-nam-ahee)

    1410 δυναμαι dunamai

    de afinidade incerta; TDNT - 2:284,186; v

    1. ser capaz, ter poder quer pela virtude da habilidade e recursos próprios de alguém, ou de um estado de mente, ou através de circunstâncias favoráveis, ou pela permissão de lei ou costume
    2. ser apto para fazer alguma coisa
    3. ser competente, forte e poderoso

    ἐάν


    (G1437)
    eán (eh-an')

    1437 εαν ean

    de 1487 e 302; conj

    1. se, no caso de

    ἑαυτοῦ


    (G1438)
    heautoû (heh-ow-too')

    1438 εαυτου heautou

    (incluindo todos os outros casos)

    de um pronome reflexivo que caiu em desuso e o caso genitivo (caso dativo ou acusativo) de 846; pron

    1. ele mesmo, ela mesma, a si mesmo, eles ou elas mesmos, a si próprios

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    κἀγώ


    (G2504)
    kagṓ (kag-o')

    2504 καγω kago

    ou και εγω também o caso dativo καμοι kamoi, e acusativo καμε kame de 2532 e 1473; conj

    e eu

    eu também, bem como eu, eu da mesma forma, eu do mesmo modo

    1. até eu, até mesmo eu

    καθώς


    (G2531)
    kathṓs (kath-oce')

    2531 καθως kathos

    de 2596 e 5613; adv

    1. de acordo com
      1. justamente como, exatamente como
      2. na proporção que, na medida que

        desde que, visto que, segundo o fato que

        quando, depois que


    καρπός


    (G2590)
    karpós (kar-pos')

    2590 καρπος karpos

    provavelmente da raiz de 726; TDNT - 3:614,416; n m

    1. fruta
      1. fruto das árvores, das vinhas; colheitas
      2. fruto do ventre, da força geratriz de alguém, i.e., sua progênie, sua posteridade
    2. aquele que se origina ou vem de algo, efeito, resultado
      1. trabalho, ação, obra
      2. vantagem, proveito, utilidade
      3. louvores, que sã apresentados a Deus como oferta de agradecimento
      4. recolher frutos (i.e., uma safra colhida) para a vida eterna (como num celeiro) é usado figuradamente daqueles que pelo seu esforço têm almas preparadas almas para obterem a vida eterna

    κλῆμα


    (G2814)
    klēma (kaly'-mah)

    2814 κλημα klema

    de 2806; TDNT - 3:757,441; n n

    ramo novo e flexível

    espec. broto ou ramo de uma videira, rebento da videira


    ἄμπελος


    (G288)
    ámpelos (am'-pel-os)

    288 αμπελος ampelos

    provavelmente da raiz de 297 e de 257; TDNT - 1:342,54; n f

    1. videira

    μένω


    (G3306)
    ménō (men'-o)

    3306 μενω meno

    palavra raiz; TDNT - 4:574,581; v

    1. permanecer, ficar
      1. em referência a lugar
        1. permanecer ou residir por pouco tempo, esperar
        2. não partir
          1. continuar a estar presente
          2. ser sustentado, mantido, continuamente
      2. em referência ao tempo
        1. continuar a ser, não perecer, durar, aturar
          1. de pessoas, sobreviver, viver
      3. em referência a estado ou condição
        1. permanecer o mesmo, não tornar-se outro ou diferente

          esperar por, estar à espera de alguém


    μή


    (G3361)
    mḗ (may)

    3361 μη me

    partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

    1. não, que... (não)


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    οὐδέ


    (G3761)
    oudé (oo-deh')

    3761 ουδε oude

    de 3756 e 1161; conj

    1. e não, nem, também não, nem mesmo

    οὕτω


    (G3779)
    hoútō (hoo'-to)

    3779 ουτω houto ou (diante de vogal) ουτως houtos

    de 3778; adv

    1. deste modo, assim, desta maneira

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    φέρω


    (G5342)
    phérō (fer'-o)

    5342 φερω phero

    verbo primário (para o qual outras palavras e aparentemente não cognatas são usadas em determinados tempos apenas, especialmente, οιω oio; e ενεγκω enegko; TDNT - 9:56,1252; v

    1) carregar

    1. levar alguma carga
      1. levar consigo mesmo
    2. mover pelo ato de carregar; mover ou ser transportado ou conduzido, com sugestão de força ou velocidade
      1. de pessoas conduzidas num navio pelo mar
      2. de uma rajada de vento, para impelir
      3. da mente, ser movido interiormente, estimulado
    3. carregar, i.e., sustentar (guardar de cair)
      1. de Cristo, o preservador do universo
  • carregar, i.e., suportar, agüentar o rigor de algo, agüentar pacientemente a conduta de alguém, poupar alguém (abster-se de punição ou destruição)
  • trazer, levar a, entregar
    1. mudar para, adotar
    2. comunicar por anúncio, anunciar
    3. causar, i.e., gerar, produzir; apresentar num discurso
    4. conduzir, guiar

    ἀπό


    (G575)
    apó (apo')

    575 απο apo apo’

    partícula primária; preposição

    1. de separação
      1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
      2. de separação de uma parte do todo
        1. quando de um todo alguma parte é tomada
      3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
      4. de um estado de separação. Distância
        1. física, de distância de lugar
        2. tempo, de distância de tempo
    2. de origem
      1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
      2. de origem de uma causa

    ἐγώ εἰμί ἄμπελος ὑμεῖς κλῆμα μένω ἔν ἐμοί καγώ ἔν αὐτός οὗτος φέρω πολύς καρπός ὅτι χωρίς ἐμοῦ οὐ οὐδείς δύναμαι ποιέω
    João 15: 5 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Eu sou a videira, vós sois os ramos; quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.
    João 15: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 de Abril de 30
    G1410
    dýnamai
    δύναμαι
    sétimo filho de Jacó através de Zilpa, serva de Lia, e irmão legítimo de Aser
    (Gad)
    Substantivo
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2504
    kagṓ
    κἀγώ
    lombos
    (from your loins)
    Substantivo
    G2590
    karpós
    καρπός
    embalsamar, condimentar, tornar temperado
    (to embalm)
    Verbo
    G2814
    klēma
    κλῆμα
    ser silencioso, quieto, calmo, inerte
    (still)
    Verbo
    G288
    ámpelos
    ἄμπελος
    um sacerdote assassinado por Doegue por ordem de Saul, por ter supostamente ajudado
    (Ahimelech)
    Substantivo
    G3306
    ménō
    μένω
    respirar, ofegar, arfar
    ([that] mourns herself)
    Verbo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G3762
    oudeís
    οὐδείς
    uma habitante (mulher) do Carmelo
    (Carmelitess)
    Adjetivo
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G4160
    poiéō
    ποιέω
    fazer
    (did)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G4183
    polýs
    πολύς
    um habitante de Moresete
    (the Morasthite)
    Adjetivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5342
    phérō
    φέρω
    carregar
    (was brought)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Indicativo Passivo - 3ª pessoa do singular
    G5565
    chōrís
    χωρίς
    separado, a parte
    (without)
    Preposição
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δύναμαι


    (G1410)
    dýnamai (doo'-nam-ahee)

    1410 δυναμαι dunamai

    de afinidade incerta; TDNT - 2:284,186; v

    1. ser capaz, ter poder quer pela virtude da habilidade e recursos próprios de alguém, ou de um estado de mente, ou através de circunstâncias favoráveis, ou pela permissão de lei ou costume
    2. ser apto para fazer alguma coisa
    3. ser competente, forte e poderoso

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    κἀγώ


    (G2504)
    kagṓ (kag-o')

    2504 καγω kago

    ou και εγω também o caso dativo καμοι kamoi, e acusativo καμε kame de 2532 e 1473; conj

    e eu

    eu também, bem como eu, eu da mesma forma, eu do mesmo modo

    1. até eu, até mesmo eu

    καρπός


    (G2590)
    karpós (kar-pos')

    2590 καρπος karpos

    provavelmente da raiz de 726; TDNT - 3:614,416; n m

    1. fruta
      1. fruto das árvores, das vinhas; colheitas
      2. fruto do ventre, da força geratriz de alguém, i.e., sua progênie, sua posteridade
    2. aquele que se origina ou vem de algo, efeito, resultado
      1. trabalho, ação, obra
      2. vantagem, proveito, utilidade
      3. louvores, que sã apresentados a Deus como oferta de agradecimento
      4. recolher frutos (i.e., uma safra colhida) para a vida eterna (como num celeiro) é usado figuradamente daqueles que pelo seu esforço têm almas preparadas almas para obterem a vida eterna

    κλῆμα


    (G2814)
    klēma (kaly'-mah)

    2814 κλημα klema

    de 2806; TDNT - 3:757,441; n n

    ramo novo e flexível

    espec. broto ou ramo de uma videira, rebento da videira


    ἄμπελος


    (G288)
    ámpelos (am'-pel-os)

    288 αμπελος ampelos

    provavelmente da raiz de 297 e de 257; TDNT - 1:342,54; n f

    1. videira

    μένω


    (G3306)
    ménō (men'-o)

    3306 μενω meno

    palavra raiz; TDNT - 4:574,581; v

    1. permanecer, ficar
      1. em referência a lugar
        1. permanecer ou residir por pouco tempo, esperar
        2. não partir
          1. continuar a estar presente
          2. ser sustentado, mantido, continuamente
      2. em referência ao tempo
        1. continuar a ser, não perecer, durar, aturar
          1. de pessoas, sobreviver, viver
      3. em referência a estado ou condição
        1. permanecer o mesmo, não tornar-se outro ou diferente

          esperar por, estar à espera de alguém



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    οὐδείς


    (G3762)
    oudeís (oo-dice')

    3762 ουδεις oudeis incluindo feminino ουδεμια oudemia e neutro ουδεν ouden

    de 3761 e 1520; pron

    1. ninguém, nada

    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    ποιέω


    (G4160)
    poiéō (poy-eh'-o)

    4160 ποιεω poieo

    aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

    1. fazer
      1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
      2. ser os autores de, a causa
      3. tornar pronto, preparar
      4. produzir, dar, brotar
      5. adquirir, prover algo para si mesmo
      6. fazer algo a partir de alguma coisa
      7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
        1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
        2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
      8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
      9. levar alguém a fazer algo
        1. fazer alguém
      10. ser o autor de algo (causar, realizar)
    2. fazer
      1. agir corretamente, fazer bem
        1. efetuar, executar
      2. fazer algo a alguém
        1. fazer a alguém
      3. com designação de tempo: passar, gastar
      4. celebrar, observar
        1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
      5. cumprir: um promessa

    Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


    πολύς


    (G4183)
    polýs (pol-oos')

    4183 πολυς polus

    que inclue as formas do substituto pollos; TDNT - 6:536,*; adj

    1. numeroso, muito, grande

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    φέρω


    (G5342)
    phérō (fer'-o)

    5342 φερω phero

    verbo primário (para o qual outras palavras e aparentemente não cognatas são usadas em determinados tempos apenas, especialmente, οιω oio; e ενεγκω enegko; TDNT - 9:56,1252; v

    1) carregar

    1. levar alguma carga
      1. levar consigo mesmo
    2. mover pelo ato de carregar; mover ou ser transportado ou conduzido, com sugestão de força ou velocidade
      1. de pessoas conduzidas num navio pelo mar
      2. de uma rajada de vento, para impelir
      3. da mente, ser movido interiormente, estimulado
    3. carregar, i.e., sustentar (guardar de cair)
      1. de Cristo, o preservador do universo
  • carregar, i.e., suportar, agüentar o rigor de algo, agüentar pacientemente a conduta de alguém, poupar alguém (abster-se de punição ou destruição)
  • trazer, levar a, entregar
    1. mudar para, adotar
    2. comunicar por anúncio, anunciar
    3. causar, i.e., gerar, produzir; apresentar num discurso
    4. conduzir, guiar

    χωρίς


    (G5565)
    chōrís (kho-rece')

    5565 χωρις choris

    de 5561; adv

    1. separado, a parte
      1. sem algo
      2. ao lado

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    τίς ἐάν μή μένω ἔν ἐμοί βάλλω ἔξω ὡς κλῆμα καί ξηραίνω καί αὐτός συνάγω βάλλω εἰς πῦρ καί καίω
    João 15: 6 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Se alguém não permanece em mim, ele é lançado fora como um ramo, e murcha; e homens os recolhem, e os lançam no fogo, e eles são queimados.
    João 15: 6 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 de Abril de 30
    G1437
    eán
    ἐάν
    se
    (if)
    Conjunção
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G1854
    éxō
    ἔξω
    esmagar, pulverizar, esmigalhar
    (very small)
    Verbo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2545
    kaíō
    καίω
    colocar fogo, iluminar, queimar
    (do they light)
    Verbo - presente indicativo ativo - 3ª pessoa do plural
    G2814
    klēma
    κλῆμα
    ser silencioso, quieto, calmo, inerte
    (still)
    Verbo
    G3306
    ménō
    μένω
    respirar, ofegar, arfar
    ([that] mourns herself)
    Verbo
    G3361
    mḗ
    μή
    não
    (not)
    Advérbio
    G3583
    xēraínō
    ξηραίνω
    fazer seco, secar, murchar
    (were dried up)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Indicativo Passivo - 3ª pessoa do singular
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4442
    pŷr
    πῦρ
    rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo a quem Abrão deu o dízimo depois da batalha
    (Melchizedek)
    Substantivo
    G4863
    synágō
    συνάγω
    reunir com
    (having gathered together)
    Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - nominativo masculino singular
    G5100
    tìs
    τὶς
    alguém, uma certa pessoa
    (something)
    Pronome interrogatório / indefinido - neutro acusativo singular
    G5613
    hōs
    ὡς
    como / tão
    (as)
    Advérbio
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G906
    bállō
    βάλλω
    lançar ou jogar uma coisa sem cuidar aonde ela cai
    (is thrown)
    Verbo - presente indicativo médio ou passivo - 3ª pessoa do singular


    ἐάν


    (G1437)
    eán (eh-an')

    1437 εαν ean

    de 1487 e 302; conj

    1. se, no caso de

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἔξω


    (G1854)
    éxō (ex'-o)

    1854 εξω exo

    de 1537; TDNT - 2:575,240; adv

    1. fora, do lado de fora

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    καίω


    (G2545)
    kaíō (kah'-yo)

    2545 καιω kaio

    aparentemente, verbo primário; TDNT - 3:464,390; v

    colocar fogo, iluminar, queimar

    arder, consumir com o fogo


    κλῆμα


    (G2814)
    klēma (kaly'-mah)

    2814 κλημα klema

    de 2806; TDNT - 3:757,441; n n

    ramo novo e flexível

    espec. broto ou ramo de uma videira, rebento da videira


    μένω


    (G3306)
    ménō (men'-o)

    3306 μενω meno

    palavra raiz; TDNT - 4:574,581; v

    1. permanecer, ficar
      1. em referência a lugar
        1. permanecer ou residir por pouco tempo, esperar
        2. não partir
          1. continuar a estar presente
          2. ser sustentado, mantido, continuamente
      2. em referência ao tempo
        1. continuar a ser, não perecer, durar, aturar
          1. de pessoas, sobreviver, viver
      3. em referência a estado ou condição
        1. permanecer o mesmo, não tornar-se outro ou diferente

          esperar por, estar à espera de alguém


    μή


    (G3361)
    mḗ (may)

    3361 μη me

    partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

    1. não, que... (não)

    ξηραίνω


    (G3583)
    xēraínō (xay-rah'-ee-no)

    3583 ξηραινω xeraino

    de 3584; v

    1. fazer seco, secar, murchar
    2. tornar seco, ser seco, estar murcho
      1. de plantas
      2. do amadurecimento de safras
      3. de fluidos
      4. dos membros do corpo

        definhar, consumir-se, i.e., uma mão murcha



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    πῦρ


    (G4442)
    pŷr (poor)

    4442 πυρ pur

    palavra raiz; TDNT - 6:928,975; n n

    1. fogo

    συνάγω


    (G4863)
    synágō (soon-ag'-o)

    4863 συναγω sunago

    de 4862 e 71; v

    1. reunir com
      1. retirar, recolher
        1. de peixes
        2. de uma rede na qual são pescados
    2. juntar, reunir, fazer encontrar-se
      1. juntar-se, unir (aqueles previamente separados)
      2. reunir por meio de convocação
      3. estar reunido, i.e., reunir-se, encontrar-se, unir-se
    3. trazer consigo
      1. para dentro de casa, i.e., receber com hospitalidade, entreter

    τὶς


    (G5100)
    tìs (tis)

    5101 τις tis

    τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

    Possui relação com τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

    Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

    ὡς


    (G5613)
    hōs (hoce)

    5613 ως hos

    provavelmente do comparativo de 3739; adv

    1. como, a medida que, mesmo que, etc.

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    βάλλω


    (G906)
    bállō (bal'-lo)

    906 βαλλω ballo

    uma palavra primária; TDNT - 1:526,91; v

    1. lançar ou jogar uma coisa sem cuidar aonde ela cai
      1. espalhar, lançar, arremessar
      2. entregar ao cuidado de alguém não sabendo qual será o resultado
      3. de fluidos
        1. verter, lançar aos rios
        2. despejar
    2. meter, inserir

    ἐάν μένω ἔν ἐμοί καί μοῦ ῥήμα μένω ἔν ὑμῖν αἰτέω ὅς ἐάν θέλω καί ὑμῖν γίνομαι
    João 15: 7 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Se vós permanecerdes em mim, e as minhas palavras permanecerem em vós, pedireis o que quiserdes, e vos será feito.
    João 15: 7 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 de Abril de 30
    G1096
    gínomai
    γίνομαι
    o quarto dos profetas maiores, tomado como refém na primeira deportação para a
    (Belteshazzar)
    Substantivo
    G1437
    eán
    ἐάν
    se
    (if)
    Conjunção
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G154
    aitéō
    αἰτέω
    pedir, rogar, suplicar, desejar, requerer
    (asking of)
    Verbo - particípio no presente Ativo - Dativo Masculino no Singular
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2309
    thélō
    θέλω
    querer, ter em mente, pretender
    (willing)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3306
    ménō
    μένω
    respirar, ofegar, arfar
    ([that] mourns herself)
    Verbo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G4487
    rhēma
    ῥῆμα
    contar, calcular, numerar, designar, falar, indicar, preparar
    (number)
    Verbo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular


    γίνομαι


    (G1096)
    gínomai (ghin'-om-ahee)

    1096 γινομαι ginomai

    prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v

    1. tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
    2. tornar-se, i.e. acontecer
      1. de eventos
    3. erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
      1. de homens que se apresentam em público
    4. ser feito, ocorrer
      1. de milagres, acontecer, realizar-se
    5. tornar-se, ser feito

    ἐάν


    (G1437)
    eán (eh-an')

    1437 εαν ean

    de 1487 e 302; conj

    1. se, no caso de

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    αἰτέω


    (G154)
    aitéō (ahee-teh'-o)

    154 αιτεω aiteo

    de derivação incerta; TDNT - 1:191,30; v

    1. pedir, rogar, suplicar, desejar, requerer

    Sinônimos ver verbete 5802 e 5920


    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    θέλω


    (G2309)
    thélō (thel'-o)

    2309 θελω thelo ou εθελω ethelo

    em tempos certos θελεω theleo thel-eh’-o e εθελεω etheleo eth-el-eh’-o que são normalmente absoletos aparentemente reforçada pela forma alternativa de 138; TDNT - 3:44,318; v

    1. querer, ter em mente, pretender
      1. estar resolvido ou determinado, propor-se
      2. desejar, ter vontade de
      3. gostar
        1. gostar de fazer algo, gostar muito de fazer
      4. ter prazer em, ter satisfação

    Sinônimos ver verbete 5915


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    μένω


    (G3306)
    ménō (men'-o)

    3306 μενω meno

    palavra raiz; TDNT - 4:574,581; v

    1. permanecer, ficar
      1. em referência a lugar
        1. permanecer ou residir por pouco tempo, esperar
        2. não partir
          1. continuar a estar presente
          2. ser sustentado, mantido, continuamente
      2. em referência ao tempo
        1. continuar a ser, não perecer, durar, aturar
          1. de pessoas, sobreviver, viver
      3. em referência a estado ou condição
        1. permanecer o mesmo, não tornar-se outro ou diferente

          esperar por, estar à espera de alguém



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    ῥῆμα


    (G4487)
    rhēma (hray'-mah)

    4487 ρημα rhema

    de 4483; TDNT - 4:69,505; n n

    1. aquilo que é ou foi proferido por viva voz, algo falado, palavra
      1. qualquer som produzido pela voz e que tem sentido definido
      2. fala, discurso
        1. o que alguém falou
      3. uma série de palavras reunidas em uma sentença (uma declaração da mente de alguém feita em palavras)
        1. expressão vocal
        2. qualquer dito em forma de mensagem, narrativa
          1. de acordo com alguma ocorrência
    2. assunto do discurso, objeto sobre o qual se fala
      1. na medida em que é um assunto de narração
      2. na medida em que é um assunto de comando
      3. assunto em disputa, caso em lei

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ἔν τούτῳ δοξάζω μοῦ πατήρ ἵνα φέρω πολύς καρπός καί γίνομαι ἐμός μαθητής
    João 15: 8 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Nisto é glorificado o meu Pai, que deis muito fruto; e assim sereis meus discípulos.
    João 15: 8 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 de Abril de 30
    G1096
    gínomai
    γίνομαι
    o quarto dos profetas maiores, tomado como refém na primeira deportação para a
    (Belteshazzar)
    Substantivo
    G1392
    doxázō
    δοξάζω
    pensar, supor, ser da opinião
    (they should glorify)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Ativo - 3ª pessoa do plural
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1699
    emós
    ἐμός
    pastagem
    (as in their pasture)
    Substantivo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2443
    hína
    ἵνα
    para que
    (that)
    Conjunção
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2590
    karpós
    καρπός
    embalsamar, condimentar, tornar temperado
    (to embalm)
    Verbo
    G3101
    mathētḗs
    μαθητής
    filho do rei Acazias e o oitavo rei de Judá
    ([pertained] to Joash)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G3962
    patḗr
    πατήρ
    um lugar no sudeste da Palestina junto ao limite do território dos cananeus, próximo a
    (unto Lasha)
    Substantivo
    G4183
    polýs
    πολύς
    um habitante de Moresete
    (the Morasthite)
    Adjetivo
    G5342
    phérō
    φέρω
    carregar
    (was brought)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Indicativo Passivo - 3ª pessoa do singular


    γίνομαι


    (G1096)
    gínomai (ghin'-om-ahee)

    1096 γινομαι ginomai

    prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v

    1. tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
    2. tornar-se, i.e. acontecer
      1. de eventos
    3. erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
      1. de homens que se apresentam em público
    4. ser feito, ocorrer
      1. de milagres, acontecer, realizar-se
    5. tornar-se, ser feito

    δοξάζω


    (G1392)
    doxázō (dox-ad'-zo)

    1392 δοξαζω doxazo

    de 1391; TDNT - 2:253,178; v

    1. pensar, supor, ser da opinião
    2. louvar, exaltar, magnificar, celebrar
    3. honrar, conferir honras a, ter em alta estima
    4. tornar glorioso, adornar com lustre, vestir com esplendor
      1. conceder glória a algo, tornar excelente
      2. tornar renomado, causar ser ilustre
        1. Tornar a dignidade e o valor de alguém ou de algo manifesto e conhecido

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    ἐμός


    (G1699)
    emós (em-os')

    1699 εμος emos

    do caso oblíquo de 1473 (1698, 1700, 1691); pron

    1. meu, etc.

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἵνα


    (G2443)
    hína (hin'-ah)

    2443 ινα hina

    provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj

    1. que, a fim de que, para que

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    καρπός


    (G2590)
    karpós (kar-pos')

    2590 καρπος karpos

    provavelmente da raiz de 726; TDNT - 3:614,416; n m

    1. fruta
      1. fruto das árvores, das vinhas; colheitas
      2. fruto do ventre, da força geratriz de alguém, i.e., sua progênie, sua posteridade
    2. aquele que se origina ou vem de algo, efeito, resultado
      1. trabalho, ação, obra
      2. vantagem, proveito, utilidade
      3. louvores, que sã apresentados a Deus como oferta de agradecimento
      4. recolher frutos (i.e., uma safra colhida) para a vida eterna (como num celeiro) é usado figuradamente daqueles que pelo seu esforço têm almas preparadas almas para obterem a vida eterna

    μαθητής


    (G3101)
    mathētḗs (math-ay-tes')

    3101 μαθητης mathetes

    de 3129; TDNT - 4:415,552; n m

    1. aprendiz, pupilo, aluno, discípulo


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    πατήρ


    (G3962)
    patḗr (pat-ayr')

    3962 πατηρ pater

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m

    1. gerador ou antepassado masculino
      1. antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
      2. antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
        1. pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
      3. alguém avançado em anos, o mais velho
    2. metáf.
      1. o originador e transmissor de algo
        1. os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
        2. alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
      2. alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
      3. um título de honra
        1. mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
        2. membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
    3. Deus é chamado o Pai
      1. das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
      2. de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
        1. de seres espirituais de todos os homens
      3. de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
      4. o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
        1. por Jesus Cristo mesmo
        2. pelos apóstolos

    πολύς


    (G4183)
    polýs (pol-oos')

    4183 πολυς polus

    que inclue as formas do substituto pollos; TDNT - 6:536,*; adj

    1. numeroso, muito, grande

    φέρω


    (G5342)
    phérō (fer'-o)

    5342 φερω phero

    verbo primário (para o qual outras palavras e aparentemente não cognatas são usadas em determinados tempos apenas, especialmente, οιω oio; e ενεγκω enegko; TDNT - 9:56,1252; v

    1) carregar

    1. levar alguma carga
      1. levar consigo mesmo
    2. mover pelo ato de carregar; mover ou ser transportado ou conduzido, com sugestão de força ou velocidade
      1. de pessoas conduzidas num navio pelo mar
      2. de uma rajada de vento, para impelir
      3. da mente, ser movido interiormente, estimulado
    3. carregar, i.e., sustentar (guardar de cair)
      1. de Cristo, o preservador do universo
  • carregar, i.e., suportar, agüentar o rigor de algo, agüentar pacientemente a conduta de alguém, poupar alguém (abster-se de punição ou destruição)
  • trazer, levar a, entregar
    1. mudar para, adotar
    2. comunicar por anúncio, anunciar
    3. causar, i.e., gerar, produzir; apresentar num discurso
    4. conduzir, guiar

    καθώς πατήρ μέ ἀγαπάω καγώ ὑμᾶς ἀγαπάω μένω ἔν ἐμός ἀγάπη
    João 15: 9 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Como o Pai me amou, assim também eu vos amei; permanecei no meu amor.
    João 15: 9 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 de Abril de 30
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1699
    emós
    ἐμός
    pastagem
    (as in their pasture)
    Substantivo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G25
    agapáō
    ἀγαπάω
    com respeito às pessoas
    (You shall love)
    Verbo - futuro do indicativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G2504
    kagṓ
    κἀγώ
    lombos
    (from your loins)
    Substantivo
    G2531
    kathṓs
    καθώς
    como / tão
    (as)
    Advérbio
    G26
    agápē
    ἀγάπη
    esposa de Nabal, depois esposa de Davi
    (Abigail)
    Substantivo
    G3306
    ménō
    μένω
    respirar, ofegar, arfar
    ([that] mourns herself)
    Verbo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3962
    patḗr
    πατήρ
    um lugar no sudeste da Palestina junto ao limite do território dos cananeus, próximo a
    (unto Lasha)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular


    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    ἐμός


    (G1699)
    emós (em-os')

    1699 εμος emos

    do caso oblíquo de 1473 (1698, 1700, 1691); pron

    1. meu, etc.

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἀγαπάω


    (G25)
    agapáō (ag-ap-ah'-o)

    25 αγαπαω agapao

    Talvez de agan (muito) [ou cf 5689 עגב]; TDNT 1:21,5; v

    1. com respeito às pessoas
      1. receber com alegria, acolher, gostar muito de, amar ternamente
    2. com respeito às coisas
      1. estar satisfeito, estar contente sobre ou com as coisas

    Sinônimos ver verbete 5914


    κἀγώ


    (G2504)
    kagṓ (kag-o')

    2504 καγω kago

    ou και εγω também o caso dativo καμοι kamoi, e acusativo καμε kame de 2532 e 1473; conj

    e eu

    eu também, bem como eu, eu da mesma forma, eu do mesmo modo

    1. até eu, até mesmo eu

    καθώς


    (G2531)
    kathṓs (kath-oce')

    2531 καθως kathos

    de 2596 e 5613; adv

    1. de acordo com
      1. justamente como, exatamente como
      2. na proporção que, na medida que

        desde que, visto que, segundo o fato que

        quando, depois que


    ἀγάπη


    (G26)
    agápē (ag-ah'-pay)

    26 αγαπη agape

    de 25; TDNT 1:21,5; n f

    1. amor fraterno, de irmão, afeição, boa vontade, amor, benevolência
    2. banquetes de amor

    μένω


    (G3306)
    ménō (men'-o)

    3306 μενω meno

    palavra raiz; TDNT - 4:574,581; v

    1. permanecer, ficar
      1. em referência a lugar
        1. permanecer ou residir por pouco tempo, esperar
        2. não partir
          1. continuar a estar presente
          2. ser sustentado, mantido, continuamente
      2. em referência ao tempo
        1. continuar a ser, não perecer, durar, aturar
          1. de pessoas, sobreviver, viver
      3. em referência a estado ou condição
        1. permanecer o mesmo, não tornar-se outro ou diferente

          esperar por, estar à espera de alguém



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    πατήρ


    (G3962)
    patḗr (pat-ayr')

    3962 πατηρ pater

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m

    1. gerador ou antepassado masculino
      1. antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
      2. antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
        1. pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
      3. alguém avançado em anos, o mais velho
    2. metáf.
      1. o originador e transmissor de algo
        1. os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
        2. alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
      2. alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
      3. um título de honra
        1. mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
        2. membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
    3. Deus é chamado o Pai
      1. das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
      2. de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
        1. de seres espirituais de todos os homens
      3. de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
      4. o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
        1. por Jesus Cristo mesmo
        2. pelos apóstolos

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ἐάν τηρέω μοῦ ἐντολή μένω ἔν μοῦ ἀγάπη καθώς ἐγώ τηρέω ἐντολή μοῦ πατήρ καί ἔν αὐτός ἀγάπη μένω
    João 15: 10 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Se vós guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, do mesmo modo como eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço no seu amor.
    João 15: 10 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 de Abril de 30
    G1437
    eán
    ἐάν
    se
    (if)
    Conjunção
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G1785
    entolḗ
    ἐντολή
    ordem, comando, dever, preceito, injunção
    (commandments)
    Substantivo - Feminino no Plural genitivo
    G2531
    kathṓs
    καθώς
    como / tão
    (as)
    Advérbio
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G26
    agápē
    ἀγάπη
    esposa de Nabal, depois esposa de Davi
    (Abigail)
    Substantivo
    G3306
    ménō
    μένω
    respirar, ofegar, arfar
    ([that] mourns herself)
    Verbo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3962
    patḗr
    πατήρ
    um lugar no sudeste da Palestina junto ao limite do território dos cananeus, próximo a
    (unto Lasha)
    Substantivo
    G5083
    tēréō
    τηρέω
    נדן
    (your gifts)
    Substantivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    ἐάν


    (G1437)
    eán (eh-an')

    1437 εαν ean

    de 1487 e 302; conj

    1. se, no caso de

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἐντολή


    (G1785)
    entolḗ (en-tol-ay')

    1785 εντολη entole

    de 1781; TDNT - 2:545,234; n f

    1. ordem, comando, dever, preceito, injunção
      1. aquilo que é prescrito para alguém em razão de seu ofício
    2. mandamento
      1. regra prescrita de acordo com o que um coisa é feita
        1. preceito relacionado com a linhagem, do preceito mosaico a respeito do sacerdócio
        2. eticamente usado dos mandamentos da lei mosaica ou da tradição judaica

    Sinônimos ver verbete 5918


    καθώς


    (G2531)
    kathṓs (kath-oce')

    2531 καθως kathos

    de 2596 e 5613; adv

    1. de acordo com
      1. justamente como, exatamente como
      2. na proporção que, na medida que

        desde que, visto que, segundo o fato que

        quando, depois que


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    ἀγάπη


    (G26)
    agápē (ag-ah'-pay)

    26 αγαπη agape

    de 25; TDNT 1:21,5; n f

    1. amor fraterno, de irmão, afeição, boa vontade, amor, benevolência
    2. banquetes de amor

    μένω


    (G3306)
    ménō (men'-o)

    3306 μενω meno

    palavra raiz; TDNT - 4:574,581; v

    1. permanecer, ficar
      1. em referência a lugar
        1. permanecer ou residir por pouco tempo, esperar
        2. não partir
          1. continuar a estar presente
          2. ser sustentado, mantido, continuamente
      2. em referência ao tempo
        1. continuar a ser, não perecer, durar, aturar
          1. de pessoas, sobreviver, viver
      3. em referência a estado ou condição
        1. permanecer o mesmo, não tornar-se outro ou diferente

          esperar por, estar à espera de alguém



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    πατήρ


    (G3962)
    patḗr (pat-ayr')

    3962 πατηρ pater

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m

    1. gerador ou antepassado masculino
      1. antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
      2. antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
        1. pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
      3. alguém avançado em anos, o mais velho
    2. metáf.
      1. o originador e transmissor de algo
        1. os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
        2. alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
      2. alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
      3. um título de honra
        1. mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
        2. membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
    3. Deus é chamado o Pai
      1. das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
      2. de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
        1. de seres espirituais de todos os homens
      3. de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
      4. o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
        1. por Jesus Cristo mesmo
        2. pelos apóstolos

    τηρέω


    (G5083)
    tēréō (tay-reh'-o)

    5083 τηρεω tereo

    de teros (relógio, talvez semelhante a 2334); TDNT - 8:140,1174; v

    1. atender cuidadosamente a, tomar conta de
      1. guardar
      2. metáf. manter, alguém no estado no qual ele esta
      3. observar
      4. reservar: experimentar algo

    Sinônimos ver verbete 5874


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    λαλέω ὑμῖν ταῦτα ἵνα ἐμός χαρά μένω ἔν ὑμῖν καί ὑμῶν χαρά πληρόω
    João 15: 11 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Estas coisas vos tenho dito para que a minha alegria permaneça em vós, e para que a vossa alegria seja completa.
    João 15: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 de Abril de 30
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1699
    emós
    ἐμός
    pastagem
    (as in their pasture)
    Substantivo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2443
    hína
    ἵνα
    para que
    (that)
    Conjunção
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2980
    laléō
    λαλέω
    (P
    (and cried)
    Verbo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G4137
    plēróō
    πληρόω
    tornar cheio, completar,i.e., preencher até o máximo
    (might be fulfilled)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Passivo - 3ª pessoa do singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5479
    chará
    χαρά
    alegria
    (joy)
    Substantivo - feminino acusativo singular


    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐμός


    (G1699)
    emós (em-os')

    1699 εμος emos

    do caso oblíquo de 1473 (1698, 1700, 1691); pron

    1. meu, etc.

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἵνα


    (G2443)
    hína (hin'-ah)

    2443 ινα hina

    provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj

    1. que, a fim de que, para que

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    λαλέω


    (G2980)
    laléō (lal-eh'-o)

    2980 λαλεω laleo

    forma prolongada de um verbo absoleto (em outras formas); TDNT - 4:69,505; v

    1. emitir uma voz ou um som
    2. falar
      1. usar a língua ou a faculdade da fala
      2. emitir sons articulados
    3. conversar,
    4. anunciar, contar
    5. usar palavras a fim de tornar conhecido ou revelar o próprio pensamento
      1. falar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    πληρόω


    (G4137)
    plēróō (play-ro'-o)

    4137 πληροω pleroo

    de 4134; TDNT - 6:286,867; v

    1. tornar cheio, completar,i.e., preencher até o máximo
      1. fazer abundar, fornecer ou suprir liberalmente
        1. Tenho em abundância, estou plenamente abastecido
    2. tornar pleno, i.e., completar
      1. preencher até o topo: assim que nada faltará para completar a medida, preencher até borda
      2. consumar: um número
        1. fazer completo em cada particular, tornar perfeito
        2. levar até o fim, realizar, levar a cabo, (algum empreendimento)
      3. efetuar, trazer à realização, realizar
        1. relativo a deveres: realizar, executar
        2. de ditos, promessas, profecias, fazer passar, ratificar, realizar
        3. cumprir, i.e., fazer a vontade de Deus (tal como conhecida na lei) ser obedecida como deve ser, e as promessas de Deus (dadas pelos profetas) receber o cumprimento

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    χαρά


    (G5479)
    chará (khar-ah')

    5479 χαρα chara

    de 5463; TDNT - 9:359,1298; n f

    1. alegria, satisfação
      1. a alegria recebida de você
      2. causa ou ocasião de alegria
        1. de pessoas que são o prazer de alguém

    ἐμός ἐντολή ἐστί οὗτος ἵνα ἀγαπάω ἀλλήλων καθώς ὑμᾶς ἀγαπάω
    João 15: 12 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Este é meu mandamento: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei.
    João 15: 12 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 de Abril de 30
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1699
    emós
    ἐμός
    pastagem
    (as in their pasture)
    Substantivo
    G1785
    entolḗ
    ἐντολή
    ordem, comando, dever, preceito, injunção
    (commandments)
    Substantivo - Feminino no Plural genitivo
    G240
    allḗlōn
    ἀλλήλων
    um outro
    (one another)
    Pronome pessoal / recíproco - Masculino no Plurak acusativo
    G2443
    hína
    ἵνα
    para que
    (that)
    Conjunção
    G25
    agapáō
    ἀγαπάω
    com respeito às pessoas
    (You shall love)
    Verbo - futuro do indicativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G2531
    kathṓs
    καθώς
    como / tão
    (as)
    Advérbio
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular


    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐμός


    (G1699)
    emós (em-os')

    1699 εμος emos

    do caso oblíquo de 1473 (1698, 1700, 1691); pron

    1. meu, etc.

    ἐντολή


    (G1785)
    entolḗ (en-tol-ay')

    1785 εντολη entole

    de 1781; TDNT - 2:545,234; n f

    1. ordem, comando, dever, preceito, injunção
      1. aquilo que é prescrito para alguém em razão de seu ofício
    2. mandamento
      1. regra prescrita de acordo com o que um coisa é feita
        1. preceito relacionado com a linhagem, do preceito mosaico a respeito do sacerdócio
        2. eticamente usado dos mandamentos da lei mosaica ou da tradição judaica

    Sinônimos ver verbete 5918


    ἀλλήλων


    (G240)
    allḗlōn (al-lay'-lone)

    240 αλληλων allelon

    gen. plural de 243 reduplicado; pron pl recíproco

    1. um ao outro, reciprocamente, mutualmente

    ἵνα


    (G2443)
    hína (hin'-ah)

    2443 ινα hina

    provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj

    1. que, a fim de que, para que

    ἀγαπάω


    (G25)
    agapáō (ag-ap-ah'-o)

    25 αγαπαω agapao

    Talvez de agan (muito) [ou cf 5689 עגב]; TDNT 1:21,5; v

    1. com respeito às pessoas
      1. receber com alegria, acolher, gostar muito de, amar ternamente
    2. com respeito às coisas
      1. estar satisfeito, estar contente sobre ou com as coisas

    Sinônimos ver verbete 5914


    καθώς


    (G2531)
    kathṓs (kath-oce')

    2531 καθως kathos

    de 2596 e 5613; adv

    1. de acordo com
      1. justamente como, exatamente como
      2. na proporção que, na medida que

        desde que, visto que, segundo o fato que

        quando, depois que



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    οὐδείς ἔχω ἀγάπη μείζων ταύτη ἵνα τίθημι τίς αὑτοῦ ψυχή ὑπέρ αὑτοῦ φίλος
    João 15: 13 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Ninguém tem maior amor do que este, de algum homem entregar a sua vida pelos seus amigos.
    João 15: 13 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 de Abril de 30
    G2192
    échō
    ἔχω
    ter, i.e. segurar
    (holding)
    Verbo - Presente do indicativo ativo - nominina feminino no singular
    G2443
    hína
    ἵνα
    para que
    (that)
    Conjunção
    G26
    agápē
    ἀγάπη
    esposa de Nabal, depois esposa de Davi
    (Abigail)
    Substantivo
    G3173
    mégas
    μέγας
    só, só um, solitário, um
    (only)
    Adjetivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3762
    oudeís
    οὐδείς
    uma habitante (mulher) do Carmelo
    (Carmelitess)
    Adjetivo
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G5087
    títhēmi
    τίθημι
    fazer um voto
    (And vowed)
    Verbo
    G5100
    tìs
    τὶς
    alguém, uma certa pessoa
    (something)
    Pronome interrogatório / indefinido - neutro acusativo singular
    G5228
    hypér
    ὑπέρ
    direito
    (right)
    Adjetivo
    G5384
    phílos
    φίλος
    amigo, ser amigável a alguém, desejar a ele tudo de bom
    (a friend)
    Adjetivo - Masculino no Singular nominativo
    G5590
    psychḗ
    ψυχή
    ficar tempestuoso, enfurecer
    (and was very troubled)
    Verbo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    ἔχω


    (G2192)
    échō (ekh'-o)

    2192 εχω echo

    incluindo uma forma alternativa σχεω scheo, usado apenas em determinados tempos), verbo primário; TDNT - 2:816,286; v

    1. ter, i.e. segurar
      1. ter (segurar) na mão, no sentido de utilizar; ter (controlar) possessão da mente (refere-se a alarme, agitação, emoção, etc.); segurar com firmeza; ter ou incluir ou envolver; considerar ou manter como
    2. ter, i.e., possuir
      1. coisas externas, tal com possuir uma propriedade ou riquezas ou móveis ou utensílios ou bens ou comida, etc.
      2. usado daqueles unidos a alguém pelos laços de sangue ou casamento ou amizade ou dever ou lei etc, de atênção ou companhia
    3. julgar-se ou achar-se o fulano-de-tal, estar em certa situação
    4. segurar mesmo algo, agarrar algo, prender-se ou apegar-se
      1. estar estreitamente unido a uma pessoa ou uma coisa

    ἵνα


    (G2443)
    hína (hin'-ah)

    2443 ινα hina

    provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj

    1. que, a fim de que, para que

    ἀγάπη


    (G26)
    agápē (ag-ah'-pay)

    26 αγαπη agape

    de 25; TDNT 1:21,5; n f

    1. amor fraterno, de irmão, afeição, boa vontade, amor, benevolência
    2. banquetes de amor

    μέγας


    (G3173)
    mégas (meg'-as)

    3173 μεγας megas

    [incluindo as formas prolongadas, feminino megale, plural megaloi, etc., cf também 3176, 3187]; TDNT - 4:529,573; adj

    1. grande
      1. da forma externa ou aparência sensível das coisas (ou de pessoas)
        1. em particular, de espaço e suas dimensões, com referência a
          1. massa e peso: grande
          2. limite e extensão: largo, espaçoso
          3. medida e altura: longo
          4. estatura e idade: grande, velho
      2. de número e quantidade: numeroso, grande, abundante
      3. de idade: o mais velho
      4. usado para intensidade e seus graus: com grande esforço, da afeições e emoções da mente, de eventos naturais que afetam poderosamente os sentidos: violento, poderoso, forte
    2. atribuído de grau, que pertence a
      1. pessoas, eminentes pela habilidade, virtude, autoridade, poder
      2. coisas altamente estimadas por sua importância: de grande momento, de grande peso, importância
      3. algo para ser altamente estimado por sua excelência: excelente
    3. esplêndido, preparado numa grande escala, digno
    4. grandes coisas
      1. das bênçãos preeminentes de Deus
      2. de coisas que excedem os limites de um ser criado, coisas arrogantes (presunçosas) cheio de arrogância, depreciador da majestade de Deus


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὐδείς


    (G3762)
    oudeís (oo-dice')

    3762 ουδεις oudeis incluindo feminino ουδεμια oudemia e neutro ουδεν ouden

    de 3761 e 1520; pron

    1. ninguém, nada

    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    τίθημι


    (G5087)
    títhēmi (tith'-ay-mee)

    5087 τιθημι tithemi

    forma prolongada de uma palavra primária θεω theo (que é usada somente como substituto em determinados tempos); TDNT - 8:152,1176; v

    1. colocar, pôr, estabelecer
      1. estabelecer ou colocar
      2. pôr em, deitar
        1. curvar
        2. dispensar ou colocar de lado, não usar ou levar mais
        3. guardar, economizar dinheiro
      3. servir algo para comer ou beber
      4. apresentar algo para ser explicado pelo discurso
    2. tornar
      1. fazer (ou colocar) para si mesmo ou para o uso de alguém
    3. colocar, fixar, estabelecer
      1. apresentar
      2. estabelecer, ordenar

    τὶς


    (G5100)
    tìs (tis)

    5101 τις tis

    τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

    Possui relação com τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

    Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

    ὑπέρ


    (G5228)
    hypér (hoop-er')

    5228 υπερ huper

    preposição primária; TDNT - 8:507,1228; prep

    em benefício de, para a segurança de

    acima, além, mais que

    mais, além, acima


    φίλος


    (G5384)
    phílos (fee'-los)

    5384 φιλος philos

    palavra primitiva; TDNT - 9:146,1262; adj

    1. amigo, ser amigável a alguém, desejar a ele tudo de bom
      1. amigo
      2. sócio
      3. aquele se associa amigavelmente com alguém, companheiro
      4. um dos amigos do noivo que em seu favor pediu a mão da noiva e prestou a ele vários serviços na realização do casamento e celebração das núpcias

    ψυχή


    (G5590)
    psychḗ (psoo-khay')

    5590 ψυχη psuche

    de 5594; TDNT - 9:608,1342; n f

    1. respiração
      1. fôlego da vida
        1. força vital que anima o corpo e é reconhecida pela respiração
          1. de animais
          2. de pessoas
      2. vida
      3. aquilo no qual há vida
        1. ser vivo, alma vivente
    2. alma
      1. o lugar dos sentimentos, desejos, afeições, aversões (nosso coração, alma etc.)
      2. a alma (humana) na medida em que é constituída por Deus; pelo uso correto da ajuda oferecida por Deus, pode alcançar seu o seu mais alto fim e eterna e segura bemaventurança. A alma considerada como um ser moral designado para vida eterna
      3. a alma como uma essência que difere do corpo e não é dissolvida pela morte (distinta de outras partes do corpo)

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    ὑμεῖς ἐστέ μοῦ φίλος ἐάν ποιέω ὅσος ἐγώ ὑμῖν ἐντέλλομαι
    João 15: 14 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando.
    João 15: 14 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 de Abril de 30
    G1437
    eán
    ἐάν
    se
    (if)
    Conjunção
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1781
    entéllomai
    ἐντέλλομαι
    ordernar, mandar que seja feito, encarregar
    (he will give orders)
    Verbo - futuro do indicativo médio - 3ª pessoa do singular
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G4160
    poiéō
    ποιέω
    fazer
    (did)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5384
    phílos
    φίλος
    amigo, ser amigável a alguém, desejar a ele tudo de bom
    (a friend)
    Adjetivo - Masculino no Singular nominativo


    ἐάν


    (G1437)
    eán (eh-an')

    1437 εαν ean

    de 1487 e 302; conj

    1. se, no caso de

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐντέλλομαι


    (G1781)
    entéllomai (en-tel'-lom-ahee)

    1781 εντελλομαι entellomai

    de 1722 e a raíz de 5056; TDNT - 2:544,234; v

    1. ordernar, mandar que seja feito, encarregar

    Sinônimos ver verbete 5844


    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    ποιέω


    (G4160)
    poiéō (poy-eh'-o)

    4160 ποιεω poieo

    aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

    1. fazer
      1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
      2. ser os autores de, a causa
      3. tornar pronto, preparar
      4. produzir, dar, brotar
      5. adquirir, prover algo para si mesmo
      6. fazer algo a partir de alguma coisa
      7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
        1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
        2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
      8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
      9. levar alguém a fazer algo
        1. fazer alguém
      10. ser o autor de algo (causar, realizar)
    2. fazer
      1. agir corretamente, fazer bem
        1. efetuar, executar
      2. fazer algo a alguém
        1. fazer a alguém
      3. com designação de tempo: passar, gastar
      4. celebrar, observar
        1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
      5. cumprir: um promessa

    Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    φίλος


    (G5384)
    phílos (fee'-los)

    5384 φιλος philos

    palavra primitiva; TDNT - 9:146,1262; adj

    1. amigo, ser amigável a alguém, desejar a ele tudo de bom
      1. amigo
      2. sócio
      3. aquele se associa amigavelmente com alguém, companheiro
      4. um dos amigos do noivo que em seu favor pediu a mão da noiva e prestou a ele vários serviços na realização do casamento e celebração das núpcias

    οὐκέτι οὐκέτι ὑμᾶς λέγω δοῦλος ὅτι δοῦλος οὐ εἴδω τίς ποιέω αὐτός κύριος δέ ἔρω ὑμᾶς φίλος ὅτι πᾶς ὅς ἀκούω παρά μοῦ πατήρ ὑμῖν γνωρίζω
    João 15: 15 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas eu tenho-vos chamado amigos, porque todas as coisas que eu ouvi de meu Pai vos tenho feito conhecer.
    João 15: 15 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 de Abril de 30
    G1107
    gnōrízō
    γνωρίζω
    lado de fora
    (outside)
    Advérbio
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1401
    doûlos
    δοῦλος
    escravo, servo, homem de condição servil
    (servant)
    Substantivo - masculino dativo singular
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1492
    eídō
    εἴδω
    ver
    (knows)
    Verbo - Pretérito Perfeito do indicativo Ativo - 3ª pessoa do singular
    G191
    akoúō
    ἀκούω
    ser idiota, louco
    (the foolish)
    Adjetivo
    G2046
    eréō
    ἐρέω
    ()
    G2962
    kýrios
    κύριος
    antes
    (before)
    Prepostos
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G3765
    oukéti
    οὐκέτι
    não mais
    (no longer)
    Advérbio
    G3844
    pará
    παρά
    de / a partir de / de / para
    (of)
    Preposição
    G3956
    pâs
    πᾶς
    língua
    (according to his language)
    Substantivo
    G3962
    patḗr
    πατήρ
    um lugar no sudeste da Palestina junto ao limite do território dos cananeus, próximo a
    (unto Lasha)
    Substantivo
    G4160
    poiéō
    ποιέω
    fazer
    (did)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5101
    tís
    τίς
    Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
    (who)
    Pronome interrogativo / indefinido - nominativo masculino singular
    G5384
    phílos
    φίλος
    amigo, ser amigável a alguém, desejar a ele tudo de bom
    (a friend)
    Adjetivo - Masculino no Singular nominativo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    γνωρίζω


    (G1107)
    gnōrízō (gno-rid'-zo)

    1107 γνωριζω gnorizo

    de um derivado de 1097; TDNT - 1:718,119; v

    1. fazer conhecido
      1. tornar-se conhecido, ser reconhecido
    2. conhecer, obter conhecimento de, ter completo conhecimento de
      1. no grego antigo significa “obter conhecimento de” ou “ter completo conhecimento de”

    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    δοῦλος


    (G1401)
    doûlos (doo'-los)

    1401 δουλος doulos

    de 1210; TDNT - 2:261,182; n

    1. escravo, servo, homem de condição servil
      1. um escravo
      2. metáf., alguém que se rende à vontade de outro; aqueles cujo serviço é aceito por Cristo para extender e avançar a sua causa entre os homens
      3. dedicado ao próximo, mesmo em detrimento dos próprios interesses
    2. servo, atendente

    Sinônimos ver verbete 5928


    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἴδω


    (G1492)
    eídō (i'-do)

    1492 ειδω eido ou οιδα oida

    palavra raíz; TDNT - 5:116, 673; v

    1. ver
      1. perceber com os olhos
      2. perceber por algum dos sentidos
      3. perceber, notar, discernir, descobrir
      4. ver
        1. i.e. voltar os olhos, a mente, a atenção a algo
        2. prestar atenção, observar
        3. tratar algo
          1. i.e. determinar o que deve ser feito a respeito de
        4. inspecionar, examinar
        5. olhar para, ver
      5. experimentar algum estado ou condição
      6. ver i.e. ter uma intrevista com, visitar
    2. conhecer
      1. saber a respeito de tudo
      2. saber, i.e. adquirir conhecimento de, entender, perceber
        1. a respeito de qualquer fato
        2. a força e significado de algo que tem sentido definido
        3. saber como, ter a habilidade de
      3. ter consideração por alguém, estimar, prestar atênção a (1Ts 5:12)

    Sinônimos ver verbete 5825


    ἀκούω


    (G191)
    akoúō (ak-oo'-o)

    191 ακουω akouo

    uma raiz; TDNT - 1:216,34; v

    1. estar dotado com a faculdade de ouvir, não surdo
    2. ouvir
      1. prestar atenção, considerar o que está ou tem sido dito
      2. entender, perceber o sentido do que é dito
    3. ouvir alguma coisa
      1. perceber pelo ouvido o que é dito na presença de alguém
      2. conseguir aprender pela audição
      3. algo que chega aos ouvidos de alguém, descobrir, aprender
      4. dar ouvido a um ensino ou a um professor
      5. compreender, entender

    ἐρέω


    (G2046)
    eréō (er-eh'-o)

    2046 ερεω ereo

    provavelmente um forma mais completa de 4483, uma alternativa para 2036 em determinados tempos; v

    1. expressar, falar, dizer

    κύριος


    (G2962)
    kýrios (koo'-ree-os)

    2962 κυριος kurios

    de kuros (supremacia); TDNT - 3:1039,486; n m

    1. aquele a quem uma pessoa ou coisas pertence, sobre o qual ele tem o poder de decisão; mestre, senhor
      1. o que possue e dispõe de algo
        1. proprietário; alguém que tem o controle da pessoa, o mestre
        2. no estado: o soberano, príncipe, chefe, o imperador romano
      2. é um título de honra, que expressa respeito e reverência e com o qual servos tratavam seus senhores
      3. título dado: a Deus, ao Messias

    Sinônimos ver verbete 5830


    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    οὐκέτι


    (G3765)
    oukéti (ook-et'-ee)

    3765 ουκετι ouketi também (separadamente) ουκ ετι ouk eti

    de 3756 e 2089; adv

    1. não mais, nem mais, já não mais

    παρά


    (G3844)
    pará (par-ah')

    3844 παρα para

    palavra raiz; TDNT - 5:727,771; prep

    1. de, em, por, ao lado de, perto

    πᾶς


    (G3956)
    pâs (pas)

    3956 πας pas

    que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

    1. individualmente
      1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
    2. coletivamente
      1. algo de todos os tipos

        ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


    πατήρ


    (G3962)
    patḗr (pat-ayr')

    3962 πατηρ pater

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m

    1. gerador ou antepassado masculino
      1. antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
      2. antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
        1. pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
      3. alguém avançado em anos, o mais velho
    2. metáf.
      1. o originador e transmissor de algo
        1. os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
        2. alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
      2. alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
      3. um título de honra
        1. mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
        2. membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
    3. Deus é chamado o Pai
      1. das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
      2. de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
        1. de seres espirituais de todos os homens
      3. de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
      4. o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
        1. por Jesus Cristo mesmo
        2. pelos apóstolos

    ποιέω


    (G4160)
    poiéō (poy-eh'-o)

    4160 ποιεω poieo

    aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

    1. fazer
      1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
      2. ser os autores de, a causa
      3. tornar pronto, preparar
      4. produzir, dar, brotar
      5. adquirir, prover algo para si mesmo
      6. fazer algo a partir de alguma coisa
      7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
        1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
        2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
      8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
      9. levar alguém a fazer algo
        1. fazer alguém
      10. ser o autor de algo (causar, realizar)
    2. fazer
      1. agir corretamente, fazer bem
        1. efetuar, executar
      2. fazer algo a alguém
        1. fazer a alguém
      3. com designação de tempo: passar, gastar
      4. celebrar, observar
        1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
      5. cumprir: um promessa

    Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    τίς


    (G5101)
    tís (tis)

    5101 τις tis

    τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

    Possui relação com τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

    Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

    φίλος


    (G5384)
    phílos (fee'-los)

    5384 φιλος philos

    palavra primitiva; TDNT - 9:146,1262; adj

    1. amigo, ser amigável a alguém, desejar a ele tudo de bom
      1. amigo
      2. sócio
      3. aquele se associa amigavelmente com alguém, companheiro
      4. um dos amigos do noivo que em seu favor pediu a mão da noiva e prestou a ele vários serviços na realização do casamento e celebração das núpcias

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    οὐ ὑμεῖς ἐκλέγομαι μέ ἀλλά ἐγώ ἐκλέγομαι ὑμᾶς καί ὑμᾶς τίθημι ἵνα ὑπάγω καί φέρω καρπός καί ὑμῶν καρπός μένω ἵνα ἄν ὅστις αἰτέω πατήρ ἔν μοῦ ὄνομα δίδωμι ὑμῖν
    João 15: 16 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Não fostes vós que me escolhestes, mas eu escolhi a vós, e vos designei, para que vades e deis fruto, e para que o vosso fruto permaneça; para que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, ele vos dê.
    João 15: 16 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 de Abril de 30
    G1325
    dídōmi
    δίδωμι
    bato, uma unidade de medida para líquidos, com cerca de 40 litros, igual ao efa que é a
    (baths)
    Substantivo
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G154
    aitéō
    αἰτέω
    pedir, rogar, suplicar, desejar, requerer
    (asking of)
    Verbo - particípio no presente Ativo - Dativo Masculino no Singular
    G1586
    eklégomai
    ἐκλέγομαι
    o filho mais velho de Jafé e neto de Noé; o progenitor dos antigos cimerianos e outros
    (Gomer)
    Substantivo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G235
    allá
    ἀλλά
    ir, ir embora, ir de uma parte para outra
    (is gone)
    Verbo
    G2443
    hína
    ἵνα
    para que
    (that)
    Conjunção
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2590
    karpós
    καρπός
    embalsamar, condimentar, tornar temperado
    (to embalm)
    Verbo
    G302
    án
    ἄν
    um conselheiro de Davi, avô de Bate-Seba (cf 2Sm 11.3; 23.34), que uniu-se a Absalão
    (the for Ahithophel)
    Substantivo
    G3306
    ménō
    μένω
    respirar, ofegar, arfar
    ([that] mourns herself)
    Verbo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3686
    ónoma
    ὄνομα
    uma cidade no extremo sul de Judá e a cerca de 24 km (15 milhas) no sudoeste de
    (and Chesil)
    Substantivo
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G3962
    patḗr
    πατήρ
    um lugar no sudeste da Palestina junto ao limite do território dos cananeus, próximo a
    (unto Lasha)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5087
    títhēmi
    τίθημι
    fazer um voto
    (And vowed)
    Verbo
    G5217
    hypágō
    ὑπάγω
    conduzir sob, trazer
    (Get you away)
    Verbo - presente imperativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G5342
    phérō
    φέρω
    carregar
    (was brought)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Indicativo Passivo - 3ª pessoa do singular


    δίδωμι


    (G1325)
    dídōmi (did'-o-mee)

    1325 διδωμι didomi

    forma prolongada de um verbo primário (que é usado com uma alternativa em muitos dos tempos); TDNT - 2:166,166; v

    1. dar
    2. dar algo a alguém
      1. dar algo a alguém de livre e espontânea vontade, para sua vantagem
        1. dar um presente
      2. conceder, dar a alguém que pede, deixar com que tenha
      3. suprir, fornecer as coisas necessárias
      4. dar, entregar
        1. estender, oferecer, apresentar
        2. de um escrito
        3. entregar aos cuidados de alguém, confiar
          1. algo para ser administrado
          2. dar ou entregar para alguém algo para ser religiosamente observado
      5. dar o que é dever ou obrigatório, pagar: salários ou recompensa
      6. fornecer, doar
    3. dar
      1. causar, ser profuso, esbanjador, doar-se a si mesmo
        1. dar, distribuir com abundância
      2. designar para um ofício
      3. causar sair, entregar, i.e. como o mar, a morte e o inferno devolvem o morto que foi engolido ou recebido por eles
      4. dar-se a alguém como se pertencesse a ele
        1. como um objeto do seu cuidado salvador
        2. dar-se a alguém, segui-lo como um líder ou mestre
        3. dar-se a alguém para cuidar de seus interesses
        4. dar-se a alguém a quem já se pertencia, retornar
    4. conceder ou permitir a alguém
      1. comissionar

    Sinônimos ver verbete 5836


    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    αἰτέω


    (G154)
    aitéō (ahee-teh'-o)

    154 αιτεω aiteo

    de derivação incerta; TDNT - 1:191,30; v

    1. pedir, rogar, suplicar, desejar, requerer

    Sinônimos ver verbete 5802 e 5920


    ἐκλέγομαι


    (G1586)
    eklégomai (ek-leg'-om-ahee)

    1586 εκλεγομαι eklegomai

    voz média de 1537 e 3004 (em seu sentido primário); TDNT - 4:144,505; v

    1. selecionar, escolher, selecionar ou escolher para si mesmo
      1. escolher entre muitos, como Jesus que escolheu seus discípulos
      2. escolher alguém para um ofício
      3. de Deus que escolhe quem ele julga digno de receber seus favores e separa do resto da humanidade para ser peculiarmente seu e para ser assistido continuamente pela sua graciosa supervisão
        1. i.e. os israelites
      4. de Deus Pai que escolhe os cristãos como aqueles que ele separa da multidão sem religião como seus amados, aos quais transformou, através da fé em Cristo, em cidadãos do reino messiânico: (Tg 2:5) de tal forma que o critério de escolha arraiga-se unicamente em Cristo e seus méritos

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἀλλά


    (G235)
    allá (al-lah')

    235 αλλα alla

    plural neutro de 243; conj

    1. mas
      1. todavia, contudo, não obstante, apesar de
      2. uma objeção
      3. uma exceção
      4. uma restrição
      5. mais ainda, antes, mais propriamente, até mesmo, além do mais
      6. introduz uma transição para o assunto principal

    ἵνα


    (G2443)
    hína (hin'-ah)

    2443 ινα hina

    provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj

    1. que, a fim de que, para que

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    καρπός


    (G2590)
    karpós (kar-pos')

    2590 καρπος karpos

    provavelmente da raiz de 726; TDNT - 3:614,416; n m

    1. fruta
      1. fruto das árvores, das vinhas; colheitas
      2. fruto do ventre, da força geratriz de alguém, i.e., sua progênie, sua posteridade
    2. aquele que se origina ou vem de algo, efeito, resultado
      1. trabalho, ação, obra
      2. vantagem, proveito, utilidade
      3. louvores, que sã apresentados a Deus como oferta de agradecimento
      4. recolher frutos (i.e., uma safra colhida) para a vida eterna (como num celeiro) é usado figuradamente daqueles que pelo seu esforço têm almas preparadas almas para obterem a vida eterna

    ἄν


    (G302)
    án (an)

    302 αν an

    uma partícula primária; partícula

    1. não tem um equivalente exato em Português

    μένω


    (G3306)
    ménō (men'-o)

    3306 μενω meno

    palavra raiz; TDNT - 4:574,581; v

    1. permanecer, ficar
      1. em referência a lugar
        1. permanecer ou residir por pouco tempo, esperar
        2. não partir
          1. continuar a estar presente
          2. ser sustentado, mantido, continuamente
      2. em referência ao tempo
        1. continuar a ser, não perecer, durar, aturar
          1. de pessoas, sobreviver, viver
      3. em referência a estado ou condição
        1. permanecer o mesmo, não tornar-se outro ou diferente

          esperar por, estar à espera de alguém



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὄνομα


    (G3686)
    ónoma (on'-om-ah)

    3686 ονομα onoma

    de um suposto derivado da raiz de 1097 (cf 3685); TDNT - 5:242,694; n n

    nome: univ. de nomes próprios

    o nome é usado para tudo que o nome abrange, todos os pensamentos ou sentimentos do que é despertado na mente pelo mencionar, ouvir, lembrar, o nome, i.e., pela posição, autoridade, interesses, satisfação, comando, excelência, ações, etc., de alguém

    pessoas reconhecidas pelo nome

    a causa ou razão mencionada: por esta causa, porque sofre como um cristão, por esta razão


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    πατήρ


    (G3962)
    patḗr (pat-ayr')

    3962 πατηρ pater

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m

    1. gerador ou antepassado masculino
      1. antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
      2. antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
        1. pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
      3. alguém avançado em anos, o mais velho
    2. metáf.
      1. o originador e transmissor de algo
        1. os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
        2. alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
      2. alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
      3. um título de honra
        1. mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
        2. membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
    3. Deus é chamado o Pai
      1. das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
      2. de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
        1. de seres espirituais de todos os homens
      3. de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
      4. o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
        1. por Jesus Cristo mesmo
        2. pelos apóstolos

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    τίθημι


    (G5087)
    títhēmi (tith'-ay-mee)

    5087 τιθημι tithemi

    forma prolongada de uma palavra primária θεω theo (que é usada somente como substituto em determinados tempos); TDNT - 8:152,1176; v

    1. colocar, pôr, estabelecer
      1. estabelecer ou colocar
      2. pôr em, deitar
        1. curvar
        2. dispensar ou colocar de lado, não usar ou levar mais
        3. guardar, economizar dinheiro
      3. servir algo para comer ou beber
      4. apresentar algo para ser explicado pelo discurso
    2. tornar
      1. fazer (ou colocar) para si mesmo ou para o uso de alguém
    3. colocar, fixar, estabelecer
      1. apresentar
      2. estabelecer, ordenar

    ὑπάγω


    (G5217)
    hypágō (hoop-ag'-o)

    5217 υπαγω hupago

    de 5259 e 71; TDNT - 8:504,1227; v

    conduzir sob, trazer

    retirar-se, ir embora, partir


    φέρω


    (G5342)
    phérō (fer'-o)

    5342 φερω phero

    verbo primário (para o qual outras palavras e aparentemente não cognatas são usadas em determinados tempos apenas, especialmente, οιω oio; e ενεγκω enegko; TDNT - 9:56,1252; v

    1) carregar

    1. levar alguma carga
      1. levar consigo mesmo
    2. mover pelo ato de carregar; mover ou ser transportado ou conduzido, com sugestão de força ou velocidade
      1. de pessoas conduzidas num navio pelo mar
      2. de uma rajada de vento, para impelir
      3. da mente, ser movido interiormente, estimulado
    3. carregar, i.e., sustentar (guardar de cair)
      1. de Cristo, o preservador do universo
  • carregar, i.e., suportar, agüentar o rigor de algo, agüentar pacientemente a conduta de alguém, poupar alguém (abster-se de punição ou destruição)
  • trazer, levar a, entregar
    1. mudar para, adotar
    2. comunicar por anúncio, anunciar
    3. causar, i.e., gerar, produzir; apresentar num discurso
    4. conduzir, guiar

    ταῦτα ὑμῖν ἐντέλλομαι ἵνα ἀγαπάω ἀλλήλων
    João 15: 17 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Estas coisas vos mando, que vos ameis uns aos outros.
    João 15: 17 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 de Abril de 30
    G1781
    entéllomai
    ἐντέλλομαι
    ordernar, mandar que seja feito, encarregar
    (he will give orders)
    Verbo - futuro do indicativo médio - 3ª pessoa do singular
    G240
    allḗlōn
    ἀλλήλων
    um outro
    (one another)
    Pronome pessoal / recíproco - Masculino no Plurak acusativo
    G2443
    hína
    ἵνα
    para que
    (that)
    Conjunção
    G25
    agapáō
    ἀγαπάω
    com respeito às pessoas
    (You shall love)
    Verbo - futuro do indicativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular


    ἐντέλλομαι


    (G1781)
    entéllomai (en-tel'-lom-ahee)

    1781 εντελλομαι entellomai

    de 1722 e a raíz de 5056; TDNT - 2:544,234; v

    1. ordernar, mandar que seja feito, encarregar

    Sinônimos ver verbete 5844


    ἀλλήλων


    (G240)
    allḗlōn (al-lay'-lone)

    240 αλληλων allelon

    gen. plural de 243 reduplicado; pron pl recíproco

    1. um ao outro, reciprocamente, mutualmente

    ἵνα


    (G2443)
    hína (hin'-ah)

    2443 ινα hina

    provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj

    1. que, a fim de que, para que

    ἀγαπάω


    (G25)
    agapáō (ag-ap-ah'-o)

    25 αγαπαω agapao

    Talvez de agan (muito) [ou cf 5689 עגב]; TDNT 1:21,5; v

    1. com respeito às pessoas
      1. receber com alegria, acolher, gostar muito de, amar ternamente
    2. com respeito às coisas
      1. estar satisfeito, estar contente sobre ou com as coisas

    Sinônimos ver verbete 5914


    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    εἰ κόσμος ὑμᾶς μισέω γινώσκω ὅτι πρῶτον ὑμῶν μισέω ἐμέ
    João 15: 18 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Se o mundo vos odeia, sabei que me odiou antes de odiar a vós.
    João 15: 18 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 de Abril de 30
    G1097
    ginṓskō
    γινώσκω
    gastando adv de negação
    (not)
    Substantivo
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1487
    ei
    εἰ
    se
    (If)
    Conjunção
    G2889
    kósmos
    κόσμος
    puro, limpo
    (clean)
    Adjetivo
    G3404
    miséō
    μισέω
    odiar, detestar, perseguir com ódio
    (shall hate)
    Verbo - futuro do indicativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4412
    prōton
    πρῶτον
    primeiro
    (first)
    Advérbio - superlativo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular


    γινώσκω


    (G1097)
    ginṓskō (ghin-oce'-ko)

    1097 γινωσκω ginosko

    forma prolongada de um verbo primário; TDNT - 1:689,119; v

    1. chegar a saber, vir a conhecer, obter conhecimento de, perceber, sentir
      1. tornar-se conhecido
    2. conhecer, entender, perceber, ter conhecimento de
      1. entender
      2. saber
    3. expressão idiomática judaica para relação sexual entre homem e mulher
    4. tornar-se conhecido de, conhecer

    Sinônimos ver verbete 5825


    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰ


    (G1487)
    ei (i)

    1487 ει ei

    partícula primária de condicionalidade; conj

    1. se

    κόσμος


    (G2889)
    kósmos (kos'-mos)

    2889 κοσμος kosmos

    provavelmente da raiz de 2865; TDNT - 3:868,459; n m

    1. uma organização ou constituição apta e harmoniosa, ordem, governo
    2. ornamento, decoração, adorno, i.e., o arranjo das estrelas, ’as hostes celestiais’ como o ornamento dos céus. 1Pe 3:3
    3. mundo, universo
    4. o círculo da terra, a terra
    5. os habitantes da terra, homens, a família humana
    6. a multidão incrédula; a massa inteira de homens alienados de Deus, e por isso hostil a causa de Cristo
    7. afazeres mundanos, conjunto das coisas terrenas
      1. totalidade dos bens terrestres, dotes, riquezas, vantagens, prazeres, etc, que apesar de vazios, frágeis e passageiros, provocam desejos, desencaminham de Deus e são obstáculos para a causa de Cristo
    8. qualquer conjunto ou coleção geral de particulares de qualquer tipo
      1. os gentios em contraste com os judeus (Rm 11:12 etc)
      2. dos crentes unicamente, Jo 1:29; 3.16; 3.17; 6.33; 12.47; 1Co 4:9; 2Co 5:19

    Sinônimos ver verbete 5921


    μισέω


    (G3404)
    miséō (mis-eh'-o)

    3404 μισεω miseo

    da palavra primária misos (ódio); TDNT - 4:683,597; v

    odiar, detestar, perseguir com ódio

    ser odiado, detestado



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    πρῶτον


    (G4412)
    prōton (pro'-ton)

    4412 πρωτον proton

    neutro de 4413 como advérbio (com ou sem 3588); TDNT - 6:868,965; adv

    1. primeiro em tempo ou lugar
      1. em qualquer sucessão de coisas ou pessoas
    2. primeiro em posição
      1. influência, honra
      2. chefe
      3. principal

        primeiro, no primeiro


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    εἰ ἦν ἐκ κόσμος κόσμος ἄν φιλέω ἴδιος ὅτι δέ οὐ ἐστέ ἐκ κόσμος ἀλλά ἐγώ ἐκ κόσμος ὑμᾶς ἐκλέγομαι τοῦτο διά κόσμος ὑμᾶς μισέω
    João 15: 19 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Se fôsseis do mundo, o mundo amaria o que era seu, mas, porque não sois do mundo, antes eu vos escolhi do mundo, por isso é que o mundo vos odeia.
    João 15: 19 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 de Abril de 30
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1223
    diá
    διά
    Através dos
    (through)
    Preposição
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1487
    ei
    εἰ
    se
    (If)
    Conjunção
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G1537
    ek
    ἐκ
    o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
    (Gilgal)
    Substantivo
    G1586
    eklégomai
    ἐκλέγομαι
    o filho mais velho de Jafé e neto de Noé; o progenitor dos antigos cimerianos e outros
    (Gomer)
    Substantivo
    G235
    allá
    ἀλλά
    ir, ir embora, ir de uma parte para outra
    (is gone)
    Verbo
    G2398
    ídios
    ἴδιος
    pecar, falhar, perder o rumo, errar, incorrer em culpa, perder o direito, purificar da
    (from sinning)
    Verbo
    G2889
    kósmos
    κόσμος
    puro, limpo
    (clean)
    Adjetivo
    G302
    án
    ἄν
    um conselheiro de Davi, avô de Bate-Seba (cf 2Sm 11.3; 23.34), que uniu-se a Absalão
    (the for Ahithophel)
    Substantivo
    G3404
    miséō
    μισέω
    odiar, detestar, perseguir com ódio
    (shall hate)
    Verbo - futuro do indicativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5368
    philéō
    φιλέω
    amar
    (they love)
    Verbo - presente indicativo ativo - 3ª pessoa do plural


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    διά


    (G1223)
    diá (dee-ah')

    1223 δια dia

    preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep

    1. através de
      1. de lugar
        1. com
        2. em, para
      2. de tempo
        1. por tudo, do começo ao fim
        2. durante
      3. de meios
        1. atrave/s, pelo
        2. por meio de
    2. por causa de
      1. o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
        1. por razão de
        2. por causa de
        3. por esta razão
        4. consequentemente, portanto
        5. por este motivo

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰ


    (G1487)
    ei (i)

    1487 ει ei

    partícula primária de condicionalidade; conj

    1. se

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἐκ


    (G1537)
    ek (ek)

    1537 εκ ek ou εξ ex

    preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

    1. de dentro de, de, por, fora de

    ἐκλέγομαι


    (G1586)
    eklégomai (ek-leg'-om-ahee)

    1586 εκλεγομαι eklegomai

    voz média de 1537 e 3004 (em seu sentido primário); TDNT - 4:144,505; v

    1. selecionar, escolher, selecionar ou escolher para si mesmo
      1. escolher entre muitos, como Jesus que escolheu seus discípulos
      2. escolher alguém para um ofício
      3. de Deus que escolhe quem ele julga digno de receber seus favores e separa do resto da humanidade para ser peculiarmente seu e para ser assistido continuamente pela sua graciosa supervisão
        1. i.e. os israelites
      4. de Deus Pai que escolhe os cristãos como aqueles que ele separa da multidão sem religião como seus amados, aos quais transformou, através da fé em Cristo, em cidadãos do reino messiânico: (Tg 2:5) de tal forma que o critério de escolha arraiga-se unicamente em Cristo e seus méritos

    ἀλλά


    (G235)
    allá (al-lah')

    235 αλλα alla

    plural neutro de 243; conj

    1. mas
      1. todavia, contudo, não obstante, apesar de
      2. uma objeção
      3. uma exceção
      4. uma restrição
      5. mais ainda, antes, mais propriamente, até mesmo, além do mais
      6. introduz uma transição para o assunto principal

    ἴδιος


    (G2398)
    ídios (id'-ee-os)

    2398 ιδιος idios

    de afinidade incerta; adj

    1. que me pertence, próprio, peculiar a si mesmo

    κόσμος


    (G2889)
    kósmos (kos'-mos)

    2889 κοσμος kosmos

    provavelmente da raiz de 2865; TDNT - 3:868,459; n m

    1. uma organização ou constituição apta e harmoniosa, ordem, governo
    2. ornamento, decoração, adorno, i.e., o arranjo das estrelas, ’as hostes celestiais’ como o ornamento dos céus. 1Pe 3:3
    3. mundo, universo
    4. o círculo da terra, a terra
    5. os habitantes da terra, homens, a família humana
    6. a multidão incrédula; a massa inteira de homens alienados de Deus, e por isso hostil a causa de Cristo
    7. afazeres mundanos, conjunto das coisas terrenas
      1. totalidade dos bens terrestres, dotes, riquezas, vantagens, prazeres, etc, que apesar de vazios, frágeis e passageiros, provocam desejos, desencaminham de Deus e são obstáculos para a causa de Cristo
    8. qualquer conjunto ou coleção geral de particulares de qualquer tipo
      1. os gentios em contraste com os judeus (Rm 11:12 etc)
      2. dos crentes unicamente, Jo 1:29; 3.16; 3.17; 6.33; 12.47; 1Co 4:9; 2Co 5:19

    Sinônimos ver verbete 5921


    ἄν


    (G302)
    án (an)

    302 αν an

    uma partícula primária; partícula

    1. não tem um equivalente exato em Português

    μισέω


    (G3404)
    miséō (mis-eh'-o)

    3404 μισεω miseo

    da palavra primária misos (ódio); TDNT - 4:683,597; v

    odiar, detestar, perseguir com ódio

    ser odiado, detestado



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    φιλέω


    (G5368)
    philéō (fil-eh'-o)

    5368 φιλεω phileo

    de 5384; TDNT - 9:114,1262; v

    1. amar
      1. aceitar
      2. gostar
      3. sancionar
      4. tratar carinhosamente ou cuidadosamente, dar as boas-vindas, favorecer
    2. mostrar sinais de amor
      1. beijar
    3. gostar de fazer
      1. estar acostumado, habituado a fazer

    Sinônimos ver verbete 5914


    μνημονεύω λόγος ὅς ἐγώ ὑμῖν ἔπω οὐ ἐστί δοῦλος μείζων αὑτοῦ κύριος εἰ διώκω ἐμέ καί διώκω ὑμᾶς εἰ τηρέω μοῦ λόγος καί τηρέω ὑμέτερος
    João 15: 20 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Lembrai-vos da palavra que eu vos disse: O servo não é maior do que o seu senhor. Se eles perseguiram a mim, também perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa.
    João 15: 20 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 de Abril de 30
    G1377
    diṓkō
    διώκω
    rainha, dama
    (the queen)
    Substantivo
    G1401
    doûlos
    δοῦλος
    escravo, servo, homem de condição servil
    (servant)
    Substantivo - masculino dativo singular
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1487
    ei
    εἰ
    se
    (If)
    Conjunção
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2962
    kýrios
    κύριος
    antes
    (before)
    Prepostos
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3056
    lógos
    λόγος
    do ato de falar
    (on account)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G3173
    mégas
    μέγας
    só, só um, solitário, um
    (only)
    Adjetivo
    G3421
    mnēmoneúō
    μνημονεύω
    estar atento a, lembrar, trazer à mente
    (remember)
    Verbo - presente indicativo ativo - 2ª pessoa do plural
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G5083
    tēréō
    τηρέω
    נדן
    (your gifts)
    Substantivo
    G5212
    hyméteros
    ὑμέτερος
    teu, vosso
    (yours)
    Pronome pessoal / possessivo - nominativo feminino 2ª pessoa do plural
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    διώκω


    (G1377)
    diṓkō (dee-o'-ko)

    1377 διωκω dioko

    uma forma prolongada (e causativa) de um verbo primário dio (fugir; cf a raíz de 1169 e 1249); TDNT - 2:229,177; v

    1. fazer correr ou fugir, afugentar, escapar
    2. correr prontamente a fim de capturar um pessoa ou coisa, correr atrás
      1. correr com determinação: figurativamente de alguém que, numa corrida, dispara em direção ao ponto de chegada
      2. perseguir (de um modo hostil)
    3. de qualquer forma, seja qual seja, incomodar, preocupar, molestar alguém
      1. perseguir
      2. ser maltratado, sofrer perseguição por causa de algo
    4. sem a idéia de hostilidade, correr atrás, seguir após: alguém
    5. metáf., perseguir
      1. procurar ansiosamente, esforçar-se com todo o empenho para adquirir

    δοῦλος


    (G1401)
    doûlos (doo'-los)

    1401 δουλος doulos

    de 1210; TDNT - 2:261,182; n

    1. escravo, servo, homem de condição servil
      1. um escravo
      2. metáf., alguém que se rende à vontade de outro; aqueles cujo serviço é aceito por Cristo para extender e avançar a sua causa entre os homens
      3. dedicado ao próximo, mesmo em detrimento dos próprios interesses
    2. servo, atendente

    Sinônimos ver verbete 5928


    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰ


    (G1487)
    ei (i)

    1487 ει ei

    partícula primária de condicionalidade; conj

    1. se

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    κύριος


    (G2962)
    kýrios (koo'-ree-os)

    2962 κυριος kurios

    de kuros (supremacia); TDNT - 3:1039,486; n m

    1. aquele a quem uma pessoa ou coisas pertence, sobre o qual ele tem o poder de decisão; mestre, senhor
      1. o que possue e dispõe de algo
        1. proprietário; alguém que tem o controle da pessoa, o mestre
        2. no estado: o soberano, príncipe, chefe, o imperador romano
      2. é um título de honra, que expressa respeito e reverência e com o qual servos tratavam seus senhores
      3. título dado: a Deus, ao Messias

    Sinônimos ver verbete 5830


    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    λόγος


    (G3056)
    lógos (log'-os)

    3056 λογος logos

    de 3004; TDNT - 4:69,505; n m

    1. do ato de falar
      1. palavra, proferida a viva voz, que expressa uma concepção ou idéia
      2. o que alguém disse
        1. palavra
        2. os ditos de Deus
        3. decreto, mandato ou ordem
        4. dos preceitos morais dados por Deus
        5. profecia do Antigo Testamento dado pelos profetas
        6. o que é declarado, pensamento, declaração, aforismo, dito significativo, sentença, máxima
      3. discurso
        1. o ato de falar, fala
        2. a faculdade da fala, habilidade e prática na fala
        3. tipo ou estilo de fala
        4. discurso oral contínuo - instrução
      4. doutrina, ensino
      5. algo relatado pela fala; narração, narrativa
      6. assunto em discussão, aquilo do qual se fala, questão, assunto em disputa, caso, processo jurídico
      7. algo a respeito do qual se fala; evento, obra
    2. seu uso com respeito a MENTE em si
      1. razão, a faculdade mental do pensamento, meditação, raciocínio, cálculo
      2. conta, i.e., estima, consideração
      3. conta, i.e., cômputo, cálculo
      4. conta, i.e., resposta ou explanação em referência a julgamento
      5. relação, i.e., com quem, como juiz, estamos em relação
        1. razão
      6. razão, causa, motivo

        Em João, denota a essencial Palavra de Deus, Jesus Cristo, a sabedoria e poder pessoais em união com Deus. Denota seu ministro na criação e governo do universo, a causa de toda a vida do mundo, tanto física quanto ética, que para a obtenção da salvação do ser humano, revestiu-se da natureza humana na pessoa de Jesus, o Messias, a segunda pessoa na Trindade, anunciado visivelmente através suas palavras e obras. Este termo era familiar para os judeus e na sua literatura muito antes que um filósofo grego chamado Heráclito fizesse uso do termo Logos, por volta de 600 a.C., para designar a razão ou plano divino que coordena um universo em constante mudança. Era a palavra apropriada para o objetivo de João no capítulo 1 do seu evangelho. Ver Gill ou “Jo 1:1”.


    μέγας


    (G3173)
    mégas (meg'-as)

    3173 μεγας megas

    [incluindo as formas prolongadas, feminino megale, plural megaloi, etc., cf também 3176, 3187]; TDNT - 4:529,573; adj

    1. grande
      1. da forma externa ou aparência sensível das coisas (ou de pessoas)
        1. em particular, de espaço e suas dimensões, com referência a
          1. massa e peso: grande
          2. limite e extensão: largo, espaçoso
          3. medida e altura: longo
          4. estatura e idade: grande, velho
      2. de número e quantidade: numeroso, grande, abundante
      3. de idade: o mais velho
      4. usado para intensidade e seus graus: com grande esforço, da afeições e emoções da mente, de eventos naturais que afetam poderosamente os sentidos: violento, poderoso, forte
    2. atribuído de grau, que pertence a
      1. pessoas, eminentes pela habilidade, virtude, autoridade, poder
      2. coisas altamente estimadas por sua importância: de grande momento, de grande peso, importância
      3. algo para ser altamente estimado por sua excelência: excelente
    3. esplêndido, preparado numa grande escala, digno
    4. grandes coisas
      1. das bênçãos preeminentes de Deus
      2. de coisas que excedem os limites de um ser criado, coisas arrogantes (presunçosas) cheio de arrogância, depreciador da majestade de Deus

    μνημονεύω


    (G3421)
    mnēmoneúō (mnay-mon-yoo'-o)

    3421 μνημονευω mnemoneuo

    de um derivado de 3420; TDNT - 4:682,596; v

    1. estar atento a, lembrar, trazer à mente
      1. pensar em e sentir por alguém ou algo
      2. manter na memória, guardar na mente

        fazer menção de



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    τηρέω


    (G5083)
    tēréō (tay-reh'-o)

    5083 τηρεω tereo

    de teros (relógio, talvez semelhante a 2334); TDNT - 8:140,1174; v

    1. atender cuidadosamente a, tomar conta de
      1. guardar
      2. metáf. manter, alguém no estado no qual ele esta
      3. observar
      4. reservar: experimentar algo

    Sinônimos ver verbete 5874


    ὑμέτερος


    (G5212)
    hyméteros (hoo-met'-er-os)

    5212 υμετερος humeteros

    de 5210; pron

    1. teu, vosso
      1. ser possuído por você
      2. ser determinado por você
      3. procede de você

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    πᾶς ταῦτα ἀλλά ὑμῖν ποιέω διά μοῦ ὄνομα μοῦ ὅτι οὐ εἴδω μέ πέμπω
    João 15: 21 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Mas todas essas coisas vos farão por causa do meu nome, porque eles não conhecem aquele que me enviou.
    João 15: 21 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 de Abril de 30
    G1223
    diá
    διά
    Através dos
    (through)
    Preposição
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1492
    eídō
    εἴδω
    ver
    (knows)
    Verbo - Pretérito Perfeito do indicativo Ativo - 3ª pessoa do singular
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G235
    allá
    ἀλλά
    ir, ir embora, ir de uma parte para outra
    (is gone)
    Verbo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3686
    ónoma
    ὄνομα
    uma cidade no extremo sul de Judá e a cerca de 24 km (15 milhas) no sudoeste de
    (and Chesil)
    Substantivo
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G3778
    hoûtos
    οὗτος
    um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
    (of the Chaldeans)
    Substantivo
    G3956
    pâs
    πᾶς
    língua
    (according to his language)
    Substantivo
    G3992
    pémpō
    πέμπω
    enviar
    (having sent)
    Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - nominativo masculino singular
    G4160
    poiéō
    ποιέω
    fazer
    (did)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular


    διά


    (G1223)
    diá (dee-ah')

    1223 δια dia

    preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep

    1. através de
      1. de lugar
        1. com
        2. em, para
      2. de tempo
        1. por tudo, do começo ao fim
        2. durante
      3. de meios
        1. atrave/s, pelo
        2. por meio de
    2. por causa de
      1. o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
        1. por razão de
        2. por causa de
        3. por esta razão
        4. consequentemente, portanto
        5. por este motivo

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἴδω


    (G1492)
    eídō (i'-do)

    1492 ειδω eido ou οιδα oida

    palavra raíz; TDNT - 5:116, 673; v

    1. ver
      1. perceber com os olhos
      2. perceber por algum dos sentidos
      3. perceber, notar, discernir, descobrir
      4. ver
        1. i.e. voltar os olhos, a mente, a atenção a algo
        2. prestar atenção, observar
        3. tratar algo
          1. i.e. determinar o que deve ser feito a respeito de
        4. inspecionar, examinar
        5. olhar para, ver
      5. experimentar algum estado ou condição
      6. ver i.e. ter uma intrevista com, visitar
    2. conhecer
      1. saber a respeito de tudo
      2. saber, i.e. adquirir conhecimento de, entender, perceber
        1. a respeito de qualquer fato
        2. a força e significado de algo que tem sentido definido
        3. saber como, ter a habilidade de
      3. ter consideração por alguém, estimar, prestar atênção a (1Ts 5:12)

    Sinônimos ver verbete 5825


    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    ἀλλά


    (G235)
    allá (al-lah')

    235 αλλα alla

    plural neutro de 243; conj

    1. mas
      1. todavia, contudo, não obstante, apesar de
      2. uma objeção
      3. uma exceção
      4. uma restrição
      5. mais ainda, antes, mais propriamente, até mesmo, além do mais
      6. introduz uma transição para o assunto principal


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὄνομα


    (G3686)
    ónoma (on'-om-ah)

    3686 ονομα onoma

    de um suposto derivado da raiz de 1097 (cf 3685); TDNT - 5:242,694; n n

    nome: univ. de nomes próprios

    o nome é usado para tudo que o nome abrange, todos os pensamentos ou sentimentos do que é despertado na mente pelo mencionar, ouvir, lembrar, o nome, i.e., pela posição, autoridade, interesses, satisfação, comando, excelência, ações, etc., de alguém

    pessoas reconhecidas pelo nome

    a causa ou razão mencionada: por esta causa, porque sofre como um cristão, por esta razão


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    οὗτος


    (G3778)
    hoûtos (hoo'-tos)

    3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

    do artigo 3588 e 846; pron

    1. este, estes, etc.

    πᾶς


    (G3956)
    pâs (pas)

    3956 πας pas

    que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

    1. individualmente
      1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
    2. coletivamente
      1. algo de todos os tipos

        ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


    πέμπω


    (G3992)
    pémpō (pem'-po)

    3992 πεμπω pempo

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 1:398,67; v

    1. enviar
      1. ordenar que algo seja levado a alguém
      2. enviar (empurrar ou inserir) algo para outro

    Sinônimos ver verbete 5813


    ποιέω


    (G4160)
    poiéō (poy-eh'-o)

    4160 ποιεω poieo

    aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

    1. fazer
      1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
      2. ser os autores de, a causa
      3. tornar pronto, preparar
      4. produzir, dar, brotar
      5. adquirir, prover algo para si mesmo
      6. fazer algo a partir de alguma coisa
      7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
        1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
        2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
      8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
      9. levar alguém a fazer algo
        1. fazer alguém
      10. ser o autor de algo (causar, realizar)
    2. fazer
      1. agir corretamente, fazer bem
        1. efetuar, executar
      2. fazer algo a alguém
        1. fazer a alguém
      3. com designação de tempo: passar, gastar
      4. celebrar, observar
        1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
      5. cumprir: um promessa

    Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    εἰ μή ἔρχομαι καί αὐτός λαλέω ἀμαρτία οὐ ἔχω δέ νῦν οὐ ἔχω πρόφασις περί αὑτοῦ ἀμαρτία
    João 15: 22 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Se eu não viera e nem lhes houvera falado, eles não teriam pecado; mas agora não têm capa para o seu pecado.
    João 15: 22 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 de Abril de 30
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1487
    ei
    εἰ
    se
    (If)
    Conjunção
    G2064
    érchomai
    ἔρχομαι
    vir
    (are come)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
    G2192
    échō
    ἔχω
    ter, i.e. segurar
    (holding)
    Verbo - Presente do indicativo ativo - nominina feminino no singular
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G266
    hamartía
    ἁμαρτία
    pecados
    (sins)
    Substantivo - Feminino no Plural genitivo
    G2980
    laléō
    λαλέω
    (P
    (and cried)
    Verbo
    G3361
    mḗ
    μή
    não
    (not)
    Advérbio
    G3568
    nŷn
    νῦν
    um benjamita mencionado somente no título do Sl 7.1
    (of Cush)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G4012
    perí
    περί
    um dos soldados das tropas de elite de Davi
    (Mebunnai)
    Substantivo
    G4392
    próphasis
    πρόφασις
    cheio, pleno, aquilo que preenche
    (for the full)
    Adjetivo
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    εἰ


    (G1487)
    ei (i)

    1487 ει ei

    partícula primária de condicionalidade; conj

    1. se

    ἔρχομαι


    (G2064)
    érchomai (er'-khom-ahee)

    2064 ερχομαι erchomai

    voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

    1. vir
      1. de pessoas
        1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
        2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
    2. metáf.
      1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
      2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
    3. ir, seguir alguém

    Sinônimos ver verbete 5818


    ἔχω


    (G2192)
    échō (ekh'-o)

    2192 εχω echo

    incluindo uma forma alternativa σχεω scheo, usado apenas em determinados tempos), verbo primário; TDNT - 2:816,286; v

    1. ter, i.e. segurar
      1. ter (segurar) na mão, no sentido de utilizar; ter (controlar) possessão da mente (refere-se a alarme, agitação, emoção, etc.); segurar com firmeza; ter ou incluir ou envolver; considerar ou manter como
    2. ter, i.e., possuir
      1. coisas externas, tal com possuir uma propriedade ou riquezas ou móveis ou utensílios ou bens ou comida, etc.
      2. usado daqueles unidos a alguém pelos laços de sangue ou casamento ou amizade ou dever ou lei etc, de atênção ou companhia
    3. julgar-se ou achar-se o fulano-de-tal, estar em certa situação
    4. segurar mesmo algo, agarrar algo, prender-se ou apegar-se
      1. estar estreitamente unido a uma pessoa ou uma coisa

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    ἁμαρτία


    (G266)
    hamartía (ham-ar-tee'-ah)

    266 αμαρτια hamartia

    de 264; TDNT - 1:267,44; n f

    1. equivalente a 264
      1. não ter parte em
      2. errar o alvo
      3. errar, estar errado
      4. errar ou desviar-se do caminho de retidão e honra, fazer ou andar no erro
      5. desviar-se da lei de Deus, violar a lei de Deus, pecado
    2. aquilo que é errado, pecado, uma ofença, uma violação da lei divina em pensamento ou em ação
    3. coletivamente, o conjunto de pecados cometidos seja por uma única pessoa ou várias

    Sinônimos ver verbete 5879


    λαλέω


    (G2980)
    laléō (lal-eh'-o)

    2980 λαλεω laleo

    forma prolongada de um verbo absoleto (em outras formas); TDNT - 4:69,505; v

    1. emitir uma voz ou um som
    2. falar
      1. usar a língua ou a faculdade da fala
      2. emitir sons articulados
    3. conversar,
    4. anunciar, contar
    5. usar palavras a fim de tornar conhecido ou revelar o próprio pensamento
      1. falar

    μή


    (G3361)
    mḗ (may)

    3361 μη me

    partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

    1. não, que... (não)

    νῦν


    (G3568)
    nŷn (noon)

    3568 νυν nun

    partícula primária de tempo presente; TDNT - 4:1106,658; adv

    1. neste tempo, o presente, agora

    Sinônimos ver verbete 5815



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    περί


    (G4012)
    perí (per-ee')

    4012 περι peri

    da raiz de 4008; TDNT - 6:53,827; prep

    1. a respeito de, concernente a, por causa de, no interesse de, em torno de, junto a

    πρόφασις


    (G4392)
    próphasis (prof'-as-is)

    4392 πορφασις prophasis

    de um composto de 4253 e 5316; n f

    1. pretexto (razão alegada, causa pretendida)
    2. show (querer mostrar algo que não é), aparência
      1. dar a impressão de que eles fariam algo
      2. em pretensão, ostensivamente

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    μισέω ἐμέ μισέω καί μοῦ πατήρ
    João 15: 23 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Aquele que me odeia, também odeia ao meu Pai.
    João 15: 23 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 de Abril de 30
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3404
    miséō
    μισέω
    odiar, detestar, perseguir com ódio
    (shall hate)
    Verbo - futuro do indicativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3962
    patḗr
    πατήρ
    um lugar no sudeste da Palestina junto ao limite do território dos cananeus, próximo a
    (unto Lasha)
    Substantivo


    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    μισέω


    (G3404)
    miséō (mis-eh'-o)

    3404 μισεω miseo

    da palavra primária misos (ódio); TDNT - 4:683,597; v

    odiar, detestar, perseguir com ódio

    ser odiado, detestado



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    πατήρ


    (G3962)
    patḗr (pat-ayr')

    3962 πατηρ pater

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m

    1. gerador ou antepassado masculino
      1. antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
      2. antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
        1. pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
      3. alguém avançado em anos, o mais velho
    2. metáf.
      1. o originador e transmissor de algo
        1. os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
        2. alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
      2. alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
      3. um título de honra
        1. mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
        2. membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
    3. Deus é chamado o Pai
      1. das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
      2. de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
        1. de seres espirituais de todos os homens
      3. de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
      4. o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
        1. por Jesus Cristo mesmo
        2. pelos apóstolos

    εἰ μή ποιέω ἔν αὐτός ἔργον ὅς οὐδείς ἄλλος ποιέω ἀμαρτία οὐ ἔχω δέ νῦν καί ὁράω καί μισέω καί ἐμέ καί μοῦ πατήρ
    João 15: 24 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Se entre eles eu não tivesse feito tais obras, as quais nenhum outro homem fez, eles não teriam pecado. Mas agora, tanto viram quanto odiaram, tanto a mim como ao meu Pai.
    João 15: 24 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 de Abril de 30
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1487
    ei
    εἰ
    se
    (If)
    Conjunção
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2041
    érgon
    ἔργον
    negócio, serviço, aquilo com o que alguém está ocupado.
    (works)
    Substantivo - neutro acusativo plural
    G2192
    échō
    ἔχω
    ter, i.e. segurar
    (holding)
    Verbo - Presente do indicativo ativo - nominina feminino no singular
    G243
    állos
    ἄλλος
    outro, diferente
    (another)
    Adjetivo - Feminino no Singular genitivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G266
    hamartía
    ἁμαρτία
    pecados
    (sins)
    Substantivo - Feminino no Plural genitivo
    G3361
    mḗ
    μή
    não
    (not)
    Advérbio
    G3404
    miséō
    μισέω
    odiar, detestar, perseguir com ódio
    (shall hate)
    Verbo - futuro do indicativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G3568
    nŷn
    νῦν
    um benjamita mencionado somente no título do Sl 7.1
    (of Cush)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3708
    horáō
    ὁράω
    ira, irritação, provocação, aflição
    (of the provocation)
    Substantivo
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G3756
    ou
    οὐ
    o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
    (and Carmi)
    Substantivo
    G3762
    oudeís
    οὐδείς
    uma habitante (mulher) do Carmelo
    (Carmelitess)
    Adjetivo
    G3962
    patḗr
    πατήρ
    um lugar no sudeste da Palestina junto ao limite do território dos cananeus, próximo a
    (unto Lasha)
    Substantivo
    G4160
    poiéō
    ποιέω
    fazer
    (did)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰ


    (G1487)
    ei (i)

    1487 ει ei

    partícula primária de condicionalidade; conj

    1. se

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἔργον


    (G2041)
    érgon (er'-gon)

    2041 εργον ergon

    de uma palavra primária (mas absoleta) ergo (trabalhar); TDNT - 2:635,251; n n

    1. negócio, serviço, aquilo com o que alguém está ocupado.
      1. aquilo que alguém se compromete de fazer, empreendimento, tarefa

        qualquer produto, qualquer coisa afetuada pela mão, arte, indústria, ou mente

        ato, ação, algo feito: a idéia de trabalhar é enfatizada em oposição àquilo que é menos que trabalho


    ἔχω


    (G2192)
    échō (ekh'-o)

    2192 εχω echo

    incluindo uma forma alternativa σχεω scheo, usado apenas em determinados tempos), verbo primário; TDNT - 2:816,286; v

    1. ter, i.e. segurar
      1. ter (segurar) na mão, no sentido de utilizar; ter (controlar) possessão da mente (refere-se a alarme, agitação, emoção, etc.); segurar com firmeza; ter ou incluir ou envolver; considerar ou manter como
    2. ter, i.e., possuir
      1. coisas externas, tal com possuir uma propriedade ou riquezas ou móveis ou utensílios ou bens ou comida, etc.
      2. usado daqueles unidos a alguém pelos laços de sangue ou casamento ou amizade ou dever ou lei etc, de atênção ou companhia
    3. julgar-se ou achar-se o fulano-de-tal, estar em certa situação
    4. segurar mesmo algo, agarrar algo, prender-se ou apegar-se
      1. estar estreitamente unido a uma pessoa ou uma coisa

    ἄλλος


    (G243)
    állos (al'-los)

    243 αλλος allos

    uma palavra primária; TDNT - 1:264,43; adj

    1. outro, diferente

    Sinônimos ver verbete 5806


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    ἁμαρτία


    (G266)
    hamartía (ham-ar-tee'-ah)

    266 αμαρτια hamartia

    de 264; TDNT - 1:267,44; n f

    1. equivalente a 264
      1. não ter parte em
      2. errar o alvo
      3. errar, estar errado
      4. errar ou desviar-se do caminho de retidão e honra, fazer ou andar no erro
      5. desviar-se da lei de Deus, violar a lei de Deus, pecado
    2. aquilo que é errado, pecado, uma ofença, uma violação da lei divina em pensamento ou em ação
    3. coletivamente, o conjunto de pecados cometidos seja por uma única pessoa ou várias

    Sinônimos ver verbete 5879


    μή


    (G3361)
    mḗ (may)

    3361 μη me

    partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

    1. não, que... (não)

    μισέω


    (G3404)
    miséō (mis-eh'-o)

    3404 μισεω miseo

    da palavra primária misos (ódio); TDNT - 4:683,597; v

    odiar, detestar, perseguir com ódio

    ser odiado, detestado


    νῦν


    (G3568)
    nŷn (noon)

    3568 νυν nun

    partícula primária de tempo presente; TDNT - 4:1106,658; adv

    1. neste tempo, o presente, agora

    Sinônimos ver verbete 5815



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὁράω


    (G3708)
    horáō (hor-ah'-o)

    3708 οραω horao

    propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

    1. ver com os olhos
    2. ver com a mente, perceber, conhecer
    3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
    4. ver, olhar para
      1. dar atênção a, tomar cuidado
      2. cuidar de, dar atênção a

        Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

    Sinônimos ver verbete 5822


    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    οὐ


    (G3756)
    ou (oo)

    3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

    palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

    1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

    οὐδείς


    (G3762)
    oudeís (oo-dice')

    3762 ουδεις oudeis incluindo feminino ουδεμια oudemia e neutro ουδεν ouden

    de 3761 e 1520; pron

    1. ninguém, nada

    πατήρ


    (G3962)
    patḗr (pat-ayr')

    3962 πατηρ pater

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m

    1. gerador ou antepassado masculino
      1. antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
      2. antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
        1. pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
      3. alguém avançado em anos, o mais velho
    2. metáf.
      1. o originador e transmissor de algo
        1. os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
        2. alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
      2. alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
      3. um título de honra
        1. mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
        2. membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
    3. Deus é chamado o Pai
      1. das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
      2. de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
        1. de seres espirituais de todos os homens
      3. de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
      4. o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
        1. por Jesus Cristo mesmo
        2. pelos apóstolos

    ποιέω


    (G4160)
    poiéō (poy-eh'-o)

    4160 ποιεω poieo

    aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

    1. fazer
      1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
      2. ser os autores de, a causa
      3. tornar pronto, preparar
      4. produzir, dar, brotar
      5. adquirir, prover algo para si mesmo
      6. fazer algo a partir de alguma coisa
      7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
        1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
        2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
      8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
      9. levar alguém a fazer algo
        1. fazer alguém
      10. ser o autor de algo (causar, realizar)
    2. fazer
      1. agir corretamente, fazer bem
        1. efetuar, executar
      2. fazer algo a alguém
        1. fazer a alguém
      3. com designação de tempo: passar, gastar
      4. celebrar, observar
        1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
      5. cumprir: um promessa

    Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    ἀλλά ἵνα πληρόω λόγος γράφω ἔν αὐτός νόμος μισέω μέ δωρεάν
    João 15: 25 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Mas isso aconteceu para que se cumpra a palavra que está escrita na sua lei: Eles me odiaram sem motivo.
    João 15: 25 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 de Abril de 30
    G1125
    gráphō
    γράφω
    Foi escrito
    (it has been written)
    Verbo - Pretérito Perfeito ou passivo - 3ª pessoa do singular
    G1432
    dōreán
    δωρεάν
    excelente / grande
    (great)
    Adjetivo
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G235
    allá
    ἀλλά
    ir, ir embora, ir de uma parte para outra
    (is gone)
    Verbo
    G2443
    hína
    ἵνα
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3056
    lógos
    λόγος
    do ato de falar
    (on account)
    Substantivo - Masculino no Singular genitivo
    G3404
    miséō
    μισέω
    odiar, detestar, perseguir com ódio
    (shall hate)
    Verbo - futuro do indicativo ativo - 2ª pessoa do singular
    G3551
    nómos
    νόμος
    lei
    (law)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4137
    plēróō
    πληρόω
    tornar cheio, completar,i.e., preencher até o máximo
    (might be fulfilled)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Passivo - 3ª pessoa do singular
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


    γράφω


    (G1125)
    gráphō (graf'-o)

    1125 γραφω grapho

    palavra primária; TDNT - 1:742,128; v

    1. escrever, com referência à forma das letras
      1. delinear (ou formar) letras numa tabuleta, pergaminho, papel, ou outro material
    2. escrever, com referência ao conteúdo do escrito
      1. expressar em caracteres escritos
      2. comprometer-se a escrever (coisas que não podem ser esquecidas), anotar, registrar
      3. usado em referência àquelas coisas que estão escritas nos livros sagrados (do AT)
      4. escrever para alguém, i.e. dar informação ou instruções por escrito (em uma carta)
    3. preencher com a escrita
    4. esboçar através da escrita, compor

    δωρεάν


    (G1432)
    dōreán (do-reh-an')

    1432 δωρεαν dorean

    caso acusativo de 1431 como advérbio; TDNT - 2:167,166; adj

    1. gratuitamente, não merecido

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    ἀλλά


    (G235)
    allá (al-lah')

    235 αλλα alla

    plural neutro de 243; conj

    1. mas
      1. todavia, contudo, não obstante, apesar de
      2. uma objeção
      3. uma exceção
      4. uma restrição
      5. mais ainda, antes, mais propriamente, até mesmo, além do mais
      6. introduz uma transição para o assunto principal

    ἵνα


    (G2443)
    hína (hin'-ah)

    2443 ινα hina

    provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj

    1. que, a fim de que, para que

    λόγος


    (G3056)
    lógos (log'-os)

    3056 λογος logos

    de 3004; TDNT - 4:69,505; n m

    1. do ato de falar
      1. palavra, proferida a viva voz, que expressa uma concepção ou idéia
      2. o que alguém disse
        1. palavra
        2. os ditos de Deus
        3. decreto, mandato ou ordem
        4. dos preceitos morais dados por Deus
        5. profecia do Antigo Testamento dado pelos profetas
        6. o que é declarado, pensamento, declaração, aforismo, dito significativo, sentença, máxima
      3. discurso
        1. o ato de falar, fala
        2. a faculdade da fala, habilidade e prática na fala
        3. tipo ou estilo de fala
        4. discurso oral contínuo - instrução
      4. doutrina, ensino
      5. algo relatado pela fala; narração, narrativa
      6. assunto em discussão, aquilo do qual se fala, questão, assunto em disputa, caso, processo jurídico
      7. algo a respeito do qual se fala; evento, obra
    2. seu uso com respeito a MENTE em si
      1. razão, a faculdade mental do pensamento, meditação, raciocínio, cálculo
      2. conta, i.e., estima, consideração
      3. conta, i.e., cômputo, cálculo
      4. conta, i.e., resposta ou explanação em referência a julgamento
      5. relação, i.e., com quem, como juiz, estamos em relação
        1. razão
      6. razão, causa, motivo

        Em João, denota a essencial Palavra de Deus, Jesus Cristo, a sabedoria e poder pessoais em união com Deus. Denota seu ministro na criação e governo do universo, a causa de toda a vida do mundo, tanto física quanto ética, que para a obtenção da salvação do ser humano, revestiu-se da natureza humana na pessoa de Jesus, o Messias, a segunda pessoa na Trindade, anunciado visivelmente através suas palavras e obras. Este termo era familiar para os judeus e na sua literatura muito antes que um filósofo grego chamado Heráclito fizesse uso do termo Logos, por volta de 600 a.C., para designar a razão ou plano divino que coordena um universo em constante mudança. Era a palavra apropriada para o objetivo de João no capítulo 1 do seu evangelho. Ver Gill ou “Jo 1:1”.


    μισέω


    (G3404)
    miséō (mis-eh'-o)

    3404 μισεω miseo

    da palavra primária misos (ódio); TDNT - 4:683,597; v

    odiar, detestar, perseguir com ódio

    ser odiado, detestado


    νόμος


    (G3551)
    nómos (nom'-os)

    3551 νομος nomos

    da palavra primária nemo (parcelar, especialmente comida ou pasto para animais); TDNT - 4:1022,646; n m

    1. qualquer coisa estabelecida, qualquer coisa recebida pelo uso, costume, lei, comando
      1. de qualquer lei
        1. uma lei ou regra que produz um estado aprovado por Deus
          1. pela observância do que é aprovado por Deus
        2. um preceito ou injunção
        3. a regra de ação prescrita pela razão
      2. da lei mosaica, e referindo-se, de acordo ao contexto, ao volume da lei ou ao seu conteúdo
      3. a religião cristã: a lei que exige fé, a instrução moral dada por Cristo, esp. o preceito a respeito do amor
      4. o nome da parte mais importante (o Pentateuco), é usado para a coleção completa dos livros sagrados do AT

    Sinônimos ver verbete 5918



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    πληρόω


    (G4137)
    plēróō (play-ro'-o)

    4137 πληροω pleroo

    de 4134; TDNT - 6:286,867; v

    1. tornar cheio, completar,i.e., preencher até o máximo
      1. fazer abundar, fornecer ou suprir liberalmente
        1. Tenho em abundância, estou plenamente abastecido
    2. tornar pleno, i.e., completar
      1. preencher até o topo: assim que nada faltará para completar a medida, preencher até borda
      2. consumar: um número
        1. fazer completo em cada particular, tornar perfeito
        2. levar até o fim, realizar, levar a cabo, (algum empreendimento)
      3. efetuar, trazer à realização, realizar
        1. relativo a deveres: realizar, executar
        2. de ditos, promessas, profecias, fazer passar, ratificar, realizar
        3. cumprir, i.e., fazer a vontade de Deus (tal como conhecida na lei) ser obedecida como deve ser, e as promessas de Deus (dadas pelos profetas) receber o cumprimento

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    ὅταν δέ ἔρχομαι παράκλητος ὅς ἐγώ ὑμῖν πέμπω παρά πατήρ πνεῦμα ἀλήθεια ὅς παρά πατήρ ἐκπορεύομαι ἐκεῖνος μαρτυρέω περί ἐμοῦ
    João 15: 26 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Mas, quando vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim;
    João 15: 26 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 de Abril de 30
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1565
    ekeînos
    ἐκεῖνος
    duro, estéril, ríspido, frio
    (solitary)
    Adjetivo
    G1607
    ekporeúomai
    ἐκπορεύομαι
    balançar, tremer
    (shook)
    Verbo
    G2064
    érchomai
    ἔρχομαι
    vir
    (are come)
    Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
    G225
    alḗtheia
    ἀλήθεια
    verdade
    (truth)
    Substantivo - dativo feminino no singular
    G3140
    martyréō
    μαρτυρέω
    ser uma testemunha, dar testemunho, i.e., afirmar ter visto, ouvido ou experimentado
    (you bear witness)
    Verbo - presente indicativo ativo - 2ª pessoa do plural
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G3739
    hós
    ὅς
    que
    (which)
    Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
    G3752
    hótan
    ὅταν
    o 7o
    (and Carcas)
    Substantivo
    G3844
    pará
    παρά
    de / a partir de / de / para
    (of)
    Preposição
    G3875
    paráklētos
    παράκλητος
    chamado, convocado a estar do lado de alguém, esp. convocado a ajudar alguém
    (Helper)
    Substantivo - acusativo masculino singular
    G3962
    patḗr
    πατήρ
    um lugar no sudeste da Palestina junto ao limite do território dos cananeus, próximo a
    (unto Lasha)
    Substantivo
    G3992
    pémpō
    πέμπω
    enviar
    (having sent)
    Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - nominativo masculino singular
    G4012
    perí
    περί
    um dos soldados das tropas de elite de Davi
    (Mebunnai)
    Substantivo
    G4151
    pneûma
    πνεῦμα
    terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
    ([the] Spirit)
    Substantivo - neutro genitivo singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular


    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    ἐκεῖνος


    (G1565)
    ekeînos (ek-i'-nos)

    1565 εκεινος ekeinos

    de 1563; pron

    1. ele, ela, isto, etc.

    ἐκπορεύομαι


    (G1607)
    ekporeúomai (ek-por-yoo'-om-ahee)

    1607 εκπορευομαι ekporeuomai

    de 1537 e 4198; TDNT - 6:578,915; v

    1. ir embora, sair, partir
    2. metáf.
      1. sair, escapar, proceder
        1. de sentimentos, afeições, ações, dizeres
      2. fuir
        1. de um rio
      3. projetar, da boca de alguém
      4. espalhar, de um rumor

    ἔρχομαι


    (G2064)
    érchomai (er'-khom-ahee)

    2064 ερχομαι erchomai

    voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

    1. vir
      1. de pessoas
        1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
        2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
    2. metáf.
      1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
      2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
    3. ir, seguir alguém

    Sinônimos ver verbete 5818


    ἀλήθεια


    (G225)
    alḗtheia (al-ay'-thi-a)

    225 αληθεια aletheia

    de 227; TDNT - 1:232,37; n f

    1. objetivamente
      1. que é verdade em qualquer assunto em consideração
        1. verdadeiramente, em verdade, de acordo com a verdade
        2. de uma verdade, em realidade, de fato, certamente
      2. que é verdade em coisas relativas a Deus e aos deveres do ser humano, verdade moral e religiosa
        1. na maior extensão
        2. a verdadeira noção de Deus que é revelada à razão humana sem sua intervenção sobrenatural
      3. a verdade tal como ensinada na religião cristã, com respeito a Deus e a execução de seus propósitos através de Cristo, e com respeito aos deveres do homem, opondo-se igualmente às superstições dos gentios e às invenções dos judeus, e às opiniões e preceitos de falsos mestres até mesmo entre cristãos
    2. subjetivamente
      1. verdade como excelência pessoal
        1. sinceridade de mente, livre de paixão, pretensão, simulação, falsidade, engano

    μαρτυρέω


    (G3140)
    martyréō (mar-too-reh'-o)

    3140 μαρτυρεω martureo

    de 3144; TDNT - 4:474,564; v

    1. ser uma testemunha, dar testemunho, i.e., afirmar ter visto, ouvido ou experimentado algo, ou recebido por revelação ou inspiração divina
      1. dar (não reter) testemunho
      2. proferir testemunho honroso, dar um informe favorável
      3. conjurar, implorar


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    ὅς


    (G3739)
    hós (hos)

    3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

    provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

    1. quem, que, o qual

    ὅταν


    (G3752)
    hótan (hot'-an)

    3752 οταν hotan

    de 3753 e 302; partícula

    1. quando, sempre que, contanto que, tão logo que

    παρά


    (G3844)
    pará (par-ah')

    3844 παρα para

    palavra raiz; TDNT - 5:727,771; prep

    1. de, em, por, ao lado de, perto

    παράκλητος


    (G3875)
    paráklētos (par-ak'-lay-tos)

    3875 παρακλητος parakletos

    palavra raiz; TDNT - 5:800,782; n m

    1. chamado, convocado a estar do lado de alguém, esp. convocado a ajudar alguém
      1. alguém que pleitea a causa de outro diante de um juiz, intercessor, conselheiro de defesa, assistente legal, advogado
      2. pessoa que pleitea a causa de outro com alguém, intercessor
        1. de Cristo em sua exaltação à mão direita de Deus, súplica a Deus, o Pai, pelo perdão de nossos pecados
      3. no sentido mais amplo, ajudador, amparador, assistente, alguém que presta socorro
        1. do Santo Espírito, destinado a tomar o lugar de Cristo com os apóstolos (depois de sua ascensão ao Pai), a conduzi-los a um conhecimento mais profundo da verdade evangélica, a dar-lhes a força divina necessária para capacitá-los a sofrer tentações e perseguições como representantes do reino divino

    πατήρ


    (G3962)
    patḗr (pat-ayr')

    3962 πατηρ pater

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m

    1. gerador ou antepassado masculino
      1. antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
      2. antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
        1. pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
      3. alguém avançado em anos, o mais velho
    2. metáf.
      1. o originador e transmissor de algo
        1. os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
        2. alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
      2. alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
      3. um título de honra
        1. mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
        2. membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
    3. Deus é chamado o Pai
      1. das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
      2. de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
        1. de seres espirituais de todos os homens
      3. de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
      4. o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
        1. por Jesus Cristo mesmo
        2. pelos apóstolos

    πέμπω


    (G3992)
    pémpō (pem'-po)

    3992 πεμπω pempo

    aparentemente, palavra raiz; TDNT - 1:398,67; v

    1. enviar
      1. ordenar que algo seja levado a alguém
      2. enviar (empurrar ou inserir) algo para outro

    Sinônimos ver verbete 5813


    περί


    (G4012)
    perí (per-ee')

    4012 περι peri

    da raiz de 4008; TDNT - 6:53,827; prep

    1. a respeito de, concernente a, por causa de, no interesse de, em torno de, junto a

    πνεῦμα


    (G4151)
    pneûma (pnyoo'-mah)

    4151 πνευμα pneuma

    de 4154; TDNT - 6:332,876; n n

    1. terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
      1. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza sua personalidade e caráter (o Santo Espírito)
      2. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza seu trabalho e poder (o Espírito da Verdade)
      3. nunca mencionado como um força despersonalizada
    2. o espírito, i.e., o princípio vital pelo qual o corpo é animado
      1. espírito racional, o poder pelo qual o ser humano sente, pensa, decide
      2. alma
    3. um espírito, i.e., simples essência, destituída de tudo ou de pelo menos todo elemento material, e possuído do poder de conhecimento, desejo, decisão e ação
      1. espírito que dá vida
      2. alma humana que partiu do corpo
      3. um espírito superior ao homem, contudo inferior a Deus, i.e., um anjo
        1. usado de demônios, ou maus espíritos, que pensava-se habitavam em corpos humanos
        2. a natureza espiritual de Cristo, superior ao maior dos anjos e igual a Deus, a natureza divina de Cristo
    4. a disposição ou influência que preenche e governa a alma de alguém
      1. a fonte eficiente de todo poder, afeição, emoção, desejo, etc.
    5. um movimento de ar (um sopro suave)
      1. do vento; daí, o vento em si mesmo
      2. respiração pelo nariz ou pela boca

    Sinônimos ver verbete 5923


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    δέ ὑμεῖς καί μαρτυρέω ὅτι ἐστέ μετά ἐμοῦ ἀπό ἀρχή
    João 15: 27 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    e vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o princípio.
    João 15: 27 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    6 de Abril de 30
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G3140
    martyréō
    μαρτυρέω
    ser uma testemunha, dar testemunho, i.e., afirmar ter visto, ouvido ou experimentado
    (you bear witness)
    Verbo - presente indicativo ativo - 2ª pessoa do plural
    G3326
    metá
    μετά
    .. .. ..
    (.. .. ..)
    Substantivo
    G3754
    hóti
    ὅτι
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G575
    apó
    ἀπό
    onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
    (and where)
    Advérbio
    G746
    archḗ
    ἀρχή
    o antigo rei de Elasar, aliado de Quedorlaomer
    (Arioch)
    Substantivo


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    μαρτυρέω


    (G3140)
    martyréō (mar-too-reh'-o)

    3140 μαρτυρεω martureo

    de 3144; TDNT - 4:474,564; v

    1. ser uma testemunha, dar testemunho, i.e., afirmar ter visto, ouvido ou experimentado algo, ou recebido por revelação ou inspiração divina
      1. dar (não reter) testemunho
      2. proferir testemunho honroso, dar um informe favorável
      3. conjurar, implorar

    μετά


    (G3326)
    metá (met-ah')

    3326 μετα meta

    preposição primária (com freqüencia usada adverbialmente); TDNT - 7:766,1102; prep

    1. com, depois, atrás

    ὅτι


    (G3754)
    hóti (hot'-ee)

    3754 οτι hoti

    neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

    1. que, porque, desde que

    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ἀπό


    (G575)
    apó (apo')

    575 απο apo apo’

    partícula primária; preposição

    1. de separação
      1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
      2. de separação de uma parte do todo
        1. quando de um todo alguma parte é tomada
      3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
      4. de um estado de separação. Distância
        1. física, de distância de lugar
        2. tempo, de distância de tempo
    2. de origem
      1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
      2. de origem de uma causa

    ἀρχή


    (G746)
    archḗ (ar-khay')

    746 αρχη arche

    de 756; TDNT - 1:479,81; n f

    1. começo, origem
    2. a pessoa ou coisa que começa, a primeira pessoa ou coisa numa série, o líder
    3. aquilo pelo qual algo começa a ser, a origem, a causa ativa
    4. a extremidade de uma coisa
      1. das extremidades de um navio
    5. o primeiro lugar, principado, reinado, magistrado
      1. de anjos e demônios