Enciclopédia de Mateus 7:1-29

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Índice

Perícope

mt 7: 1

Versão Versículo
ARA Não julgueis, para que não sejais julgados.
ARC NÃO julgueis, para que não sejais julgados.
TB Não julgueis, para que não sejais julgados;
BGB Μὴ κρίνετε, ἵνα μὴ κριθῆτε·
HD Não julgueis para que não sejais julgados,
BKJ Não julgueis, para que não sejais julgados.
LTT Não, de maneira nenhuma, julgueis vós 279 280, de um tal modo que ① sejais julgados ①.
BJ2 Não julgueis para não serdes julgados.[i]
VULG Nolite judicare, ut non judicemini.

mt 7: 2

Versão Versículo
ARA Pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também.
ARC Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.
TB porque, com o juízo com que julgais, sereis julgados; e a medida de que usais, dessa usarão convosco.
BGB ἐν ᾧ γὰρ κρίματι κρίνετε κριθήσεσθε, καὶ ἐν ᾧ μέτρῳ μετρεῖτε μετρηθήσεται ὑμῖν.
HD pois com o juízo com que julgais sereis julgados, e com a medida com que medis sereis medidos.
BKJ Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados; e com a medida que medirdes vós sereis medidos.
LTT Porque, com o julgamento com que julgais, sereis vós julgados. E, na medida com que medis, ela será usada- como- medida de volta para vós outros.
BJ2 Pois com o julgamento com que julgais sereis julgados, e com a medida com que medis sereis medidos.
VULG In quo enim judicio judicaveritis, judicabimini : et in qua mensura mensi fueritis, remetietur vobis.

mt 7: 3

Versão Versículo
ARA Por que vês tu o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que está no teu próprio?
ARC E por que reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho?
TB Por que vês o argueiro no olho de teu irmão, porém não reparas na trave que tens no teu?
BGB τί δὲ βλέπεις τὸ κάρφος τὸ ἐν τῷ ὀφθαλμῷ τοῦ ἀδελφοῦ σου, τὴν δὲ ἐν τῷ σῷ ὀφθαλμῷ δοκὸν οὐ κατανοεῖς;
HD Por que vês o cisco no olho do teu irmão, e não percebes a viga no teu olho?
BKJ E por que tu observas o cisco que está no olho do teu irmão, e não percebes a viga que está no teu próprio olho?
LTT Por que, porém, reparas tu no argueiro que está no olho do teu irmão, mas a trave que está no teu próprio olho não vês? 281
BJ2 Por que reparas no cisco que está no olho do teu irmão, quando não percebes a trave que está no teu?
VULG Quid autem vides festucam in oculo fratris tui, et trabem in oculo tuo non vides ?

mt 7: 4

Versão Versículo
ARA Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu?
ARC Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho; estando uma trave no teu?
TB Ou como poderás dizer a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu?
BGB ἢ πῶς ἐρεῖς τῷ ἀδελφῷ σου· Ἄφες ἐκβάλω τὸ κάρφος ⸀ἐκ τοῦ ὀφθαλμοῦ σου, καὶ ἰδοὺ ἡ δοκὸς ἐν τῷ ὀφθαλμῷ σοῦ;
HD Ou, como dirás ao teu irmão: “Deixa que eu retire o cisco do teu olho”. E, eis a viga no teu olho.
BKJ Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o cisco do teu olho, e, eis uma viga no teu próprio olho?
LTT Ou como dirás tu ao teu irmão: 'Deixa-me que tire fora o argueiro para longe do teu olho', e, eis aqui, a trave está no teu próprio olho?
BJ2 Ou como poderás dizer ao teu irmão: "Deixa-me tirar o cisco do teu olho", quando tu mesmo tens uma trave no teu?
VULG aut quomodo dicis fratri tuo : Sine ejiciam festucam de oculo tuo, et ecce trabs est in oculo tuo ?

mt 7: 5

Versão Versículo
ARA Hipócrita! Tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho de teu irmão.
ARC Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.
TB Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás claramente para tirar o argueiro do olho do teu irmão.
BGB ὑποκριτά, ἔκβαλε πρῶτον ⸂ἐκ τοῦ ὀφθαλμοῦ σοῦ τὴν δοκόν⸃, καὶ τότε διαβλέψεις ἐκβαλεῖν τὸ κάρφος ἐκ τοῦ ὀφθαλμοῦ τοῦ ἀδελφοῦ σου.
HD Hipócrita! Retira primeiramente a viga do teu olho, e então verás {em profundidade} para retirar o cisco do olho do teu irmão.
BKJ Hipócrita, tira primeiro a viga do teu olho, e então verás com clareza para tirar o cisco do olho do teu irmão.
LTT Ó hipócrita, primeiramente tira para fora a trave, desde dentro do teu próprio olho: e, então, verás- com- clareza para tirar para fora o argueiro, desde dentro do olho do teu irmão.
BJ2 Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão.
VULG Hypocrita, ejice primum trabem de oculo tuo, et tunc videbis ejicere festucam de oculo fratris tui.

mt 7: 6

Versão Versículo
ARA Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas, para que não as pisem com os pés e, voltando-se, vos dilacerem.
ARC Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas; para que não as pisem, com os pés, e, voltando-se, vos despedacem.
TB Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis as vossas pérolas diante dos porcos, para que não suceda que as calquem aos pés e, voltando-se, vos despedacem.
BGB Μὴ δῶτε τὸ ἅγιον τοῖς κυσίν, μηδὲ βάλητε τοὺς μαργαρίτας ὑμῶν ἔμπροσθεν τῶν χοίρων, μήποτε ⸀καταπατήσουσιν αὐτοὺς ἐν τοῖς ποσὶν αὐτῶν καὶ στραφέντες ῥήξωσιν ὑμᾶς.
HD Não deis o {que é} santo aos cães, nem lanceis vossas pérolas diante dos porcos para que não venham a pisá-las com seus pés e, voltando-se, vos despedacem.
BKJ Não deis o que é santo aos cães, nem lanceis aos porcos as vossas pérolas, para que não suceda que as pisem com os seus pés, e voltando-se novamente, vos despedacem.
LTT Não deis aos cães 282 aquilo que é santo; nem lanceis as vossas pérolas diante dos porcos, para que estes não as pisem com os seus pés e, havendo-se voltado, vos despedacem.
BJ2 Não deis aos cães o que é santo,[j] nem atireis as vossas pérolas aos porcos, para que não as pisem e, voltando-se contra vós, vos estraçalhem.
VULG Nolite dare sanctum canibus : neque mittatis margaritas vestras ante porcos, ne forte conculcent eas pedibus suis, et conversi dirumpant vos.

mt 7: 7

Versão Versículo
ARA Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.
ARC Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á.
TB Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.
BGB Αἰτεῖτε, καὶ δοθήσεται ὑμῖν· ζητεῖτε, καὶ εὑρήσετε· κρούετε, καὶ ἀνοιγήσεται ὑμῖν.
HD Pedi e vos será dado; buscai e encontrareis; batei e será aberto para vós.
BKJ Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei e abrir-se-vos-á.
LTT Pedi, e vos será dado; buscai, e encontrareis; batei- na- porta, e ela vos será aberta.
BJ2 Pedi e vos será dado; buscai e achareis; batei e vos será aberto;
VULG Petite, et dabitur vobis : quærite, et invenietis : pulsate, et aperietur vobis.

mt 7: 8

Versão Versículo
ARA Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, abrir-se-lhe-á.
ARC Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra: e, ao que bate, se abre.
TB Pois todo o que pede recebe; o que busca acha; e a quem bate, abrir-se-lhe-á.
BGB πᾶς γὰρ ὁ αἰτῶν λαμβάνει καὶ ὁ ζητῶν εὑρίσκει καὶ τῷ κρούοντι ⸀ἀνοιγήσεται.
HD Pois todo aquele que pede recebe, e aquele que busca encontra, e ao que bate será aberto.
BKJ Porque aquele que pede, recebe; e o que busca, encontra; e ao que bate, abrir-se-lhe-á.
LTT Porque todo aquele que está pedindo, recebe; e aquele que está buscando, encontra; e, ao que está batendo- na- porta, ela lhe será aberta.
BJ2 pois todo o que pede recebe; o que busca acha e ao que bate se lhe abrirá.
VULG Omnis enim qui petit, accipit : et qui quærit, invenit : et pulsanti aperietur.

mt 7: 9

Versão Versículo
ARA Ou qual dentre vós é o homem que, se porventura o filho lhe pedir pão, lhe dará pedra?
ARC E qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra?
TB Qual de vós dará a seu filho uma pedra, se ele lhe pedir pão?
BGB ἢ τίς ⸀ἐστιν ἐξ ὑμῶν ἄνθρωπος, ὃν ⸀αἰτήσει ὁ υἱὸς αὐτοῦ ἄρτον— μὴ λίθον ἐπιδώσει αὐτῷ;
HD Qual dentre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra?
BKJ Ou qual dentre vós é o homem que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra?
LTT E qual é de entre vós o homem que, se o seu filho (lhe) pedir pão, uma pedra lhe dará?
BJ2 Quem dentre vós dará uma pedra a seu filho, se este lhe pedir pão?
VULG Aut quis est ex vobis homo, quem si petierit filius suus panem, numquid lapidem porriget ei ?

mt 7: 10

Versão Versículo
ARA Ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma cobra?
ARC E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente?
TB Ou uma serpente, se pedir peixe?
BGB ⸀ἢ καὶ ⸂ἰχθὺν αἰτήσει⸃— μὴ ὄφιν ἐπιδώσει αὐτῷ;
HD Ou, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente?
BKJ Ou se lhe pedir peixe, lhe dará uma serpente?
LTT E, se um peixe ① (lhe) pedir, uma serpente lhe dará ①?
BJ2 Ou lhe dará uma cobra, se este lhe pedir peixe?
VULG aut si piscem petierit, numquid serpentem porriget ei ?

mt 7: 11

Versão Versículo
ARA Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem?
ARC Se, vós pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhos pedirem?
TB Ora, se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem?
BGB εἰ οὖν ὑμεῖς πονηροὶ ὄντες οἴδατε δόματα ἀγαθὰ διδόναι τοῖς τέκνοις ὑμῶν, πόσῳ μᾶλλον ὁ πατὴρ ὑμῶν ὁ ἐν τοῖς οὐρανοῖς δώσει ἀγαθὰ τοῖς αἰτοῦσιν αὐτόν.
HD Portanto, se vós, sendo maus , sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai {que está} nos céus dará boas {coisas} aos que lhe pedem.
BKJ Então se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está no céu, dará coisas boas aos que lhe pedirem?
LTT Se vós, pois, maus sendo, tendes sabido como boas dádivas dar aos vossos filhos, quanto muito mais o vosso Pai, Aquele que está nos céuS, dará boas coisas aos que Lhe pedirem por elas?
BJ2 Ora, se vós que sois maus sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedem!
VULG Si ergo vos, cum sitis mali, nostis bona data dare filiis vestris : quanto magis Pater vester, qui in cælis est, dabit bona petentibus se ?

mt 7: 12

Versão Versículo
ARA Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas.
ARC Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.
TB Portanto, tudo o que quiserdes que os homens vos façam, fazei-o assim também vós a eles; porque esta é a lei e os profetas.
BGB Πάντα οὖν ὅσα ⸀ἐὰν θέλητε ἵνα ποιῶσιν ὑμῖν οἱ ἄνθρωποι, οὕτως καὶ ὑμεῖς ποιεῖτε αὐτοῖς· οὗτος γάρ ἐστιν ὁ νόμος καὶ οἱ προφῆται.
HD Assim, tudo quanto quereis que os homens vos façam, assim também fazei vós a eles, pois esta é a Lei e os Profetas.
BKJ Portanto, todas as coisas que vós quereis que vos façam os homens, fazei-o também a eles; pois esta é a lei e os profetas.
LTT Todas as coisas, pois, todas- e- quaisquer- coisas que vós queirais que os homens vos façam, do mesmo modo também fazei vós a eles, porque esta é a Lei e os Profetas. 283
BJ2 Tudo aquilo, portanto, que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles, pois esta é a Lei e os Profetas.
VULG Omnia ergo quæcumque vultis ut faciant vobis homines, et vos facite illis. Hæc est enim lex, et prophetæ.

mt 7: 13

Versão Versículo
ARA Entrai pela porta estreita (larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela),
ARC Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;
TB Entrai pela porta estreita (larga é a porta e espaçosa a estrada que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela),
BGB Εἰσέλθατε διὰ τῆς στενῆς πύλης· ὅτι πλατεῖα ⸂ἡ πύλη⸃ καὶ εὐρύχωρος ἡ ὁδὸς ἡ ἀπάγουσα εἰς τὴν ἀπώλειαν, καὶ πολλοί εἰσιν οἱ εἰσερχόμενοι δι’ αὐτῆς·
HD Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à destruição, e muitos são os que entram por ela.
BKJ Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e amplo é o caminho que conduz à destruição, e muitos são os que entram por ela.
LTT Entrai através do portão estreito, porque largo é o portão, e espaçosa é a trilha levando à perdição, e muitos são aqueles entrando através dele (o portão largo);
BJ2 Entrai pela porta estreita, porque largo e espaçoso é o caminho[n] que conduz à perdição. E muitos são os que entram por ele.
VULG Intrate per angustam portam : quia lata porta, et spatiosa via est, quæ ducit ad perditionem, et multi sunt qui intrant per eam.

mt 7: 14

Versão Versículo
ARA porque estreita é a porta, e apertado, o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam com ela.
ARC E porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem.
TB porque estreita é a porta, e apertada, a estrada que conduz à vida, e poucos são os que acertam com ela.
BGB ⸀ὅτι στενὴ ἡ πύλη καὶ τεθλιμμένη ἡ ὁδὸς ἡ ἀπάγουσα εἰς τὴν ζωήν, καὶ ὀλίγοι εἰσὶν οἱ εὑρίσκοντες αὐτήν.
HD Quão estreita a porta e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram!
BKJ Porque estreita é a porta e apertado é o caminho que conduz à vida, e são poucos os que a encontram.
LTT E porque estreito é o portão, e havendo sido apertada é a trilha levando à vida, e poucos são aqueles que o estão encontrando (o portão estreito).
BJ2 Estreita, porém, é a porta e apertado o caminho que conduz à Vida. E poucos são os que o encontram.
VULG Quam angusta porta, et arcta via est, quæ ducit ad vitam : et pauci sunt qui inveniunt eam !

mt 7: 15

Versão Versículo
ARA Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores.
ARC Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.
TB Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós com vestes de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes.
BGB ⸀Προσέχετε ἀπὸ τῶν ψευδοπροφητῶν, οἵτινες ἔρχονται πρὸς ὑμᾶς ἐν ἐνδύμασι προβάτων ἔσωθεν δέ εἰσιν λύκοι ἅρπαγες.
HD Acautelai-vos dos falsos profetas, que vêm até vós com vestes de ovelhas, mas por dentro são lobos vorazes.
BKJ Cuidado com os falsos profetas, que vêm a vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores.
LTT Atentai- e- acautelai-vos, porém, para longe dos falsos profetas, que vêm até vós em roupas- exteriores de ovelhas; interiormente, porém, são lobos vorazes- predadores. 284
BJ2 Guardai-vos dos falsos profetas,[o] que vêm a vós disfarçados de ovelhas, mas por dentro são lobos ferozes.
VULG Attendite a falsis prophetis, qui veniunt ad vos in vestimentis ovium, intrinsecus autem sunt lupi rapaces :

mt 7: 16

Versão Versículo
ARA Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?
ARC Por seus frutos os conhecereis. Porventura colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?
TB Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?
BGB ἀπὸ τῶν καρπῶν αὐτῶν ἐπιγνώσεσθε αὐτούς. μήτι συλλέγουσιν ἀπὸ ἀκανθῶν ⸀σταφυλὰς ἢ ἀπὸ τριβόλων σῦκα;
HD Por seus frutos os reconhecereis. Porventura, colhem-se {cachos de} uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?
BKJ Por seus frutos os conhecereis. Homens colhem uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?
LTT A partir dos seus frutos os reconhecereis. Porventura os homens colhem um cacho de uvas proveniente- de- junto- dos espinheiros ①? Ou os homens colhem figos provenientes- de- junto- dos abrolhos ①?
BJ2 Pelos seus frutos os conhecereis. Por acaso colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos cardos?
VULG a fructibus eorum cognoscetis eos. Numquid colligunt de spinis uvas, aut de tribulis ficus ?

mt 7: 17

Versão Versículo
ARA Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus.
ARC Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus.
TB Assim, toda árvore boa dá bons frutos, porém a árvore má dá maus frutos.
BGB οὕτως πᾶν δένδρον ἀγαθὸν καρποὺς καλοὺς ποιεῖ, τὸ δὲ σαπρὸν δένδρον καρποὺς πονηροὺς ποιεῖ·
HD Dessa forma, toda árvore boa produz frutos bons, mas a árvore deteriorada produz frutos maus.
BKJ Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, mas a árvore corrompida produz frutos ruins.
LTT De semelhante modo, cada árvore boa produz frutos bons; a árvore má- inútil, porém, produz frutos maus.
BJ2 Do mesmo modo, toda árvore boa dá bons frutos, mas a árvore má dá frutos ruins.
VULG Sic omnis arbor bona fructus bonos facit : mala autem arbor malos fructus facit.

mt 7: 18

Versão Versículo
ARA Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons.
ARC Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons.
TB Uma árvore boa não pode dar maus frutos, nem uma árvore má dar bons frutos.
BGB οὐ δύναται δένδρον ἀγαθὸν καρποὺς πονηροὺς ⸀ποιεῖν, οὐδὲ δένδρον σαπρὸν καρποὺς καλοὺς ποιεῖν.
HD Não pode uma árvore boa produzir frutos maus, nem uma árvore deteriorada produzir frutos bons.
BKJ Não pode a árvore boa dar frutos ruins, nem pode a árvore corrompida dar frutos bons.
LTT Não pode uma árvore boa produzir maus frutos; nem pode uma árvore má- inútil produzir bons frutos.
BJ2 Uma árvore boa não pode dar frutos ruins, nem uma árvore má dar bons frutos.
VULG Non potest arbor bona malos fructus facere : neque arbor mala bonos fructus facere.

mt 7: 19

Versão Versículo
ARA Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo.
ARC Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo.
TB Toda árvore que não dá bom fruto é cortada e lançada no fogo.
BGB πᾶν δένδρον μὴ ποιοῦν καρπὸν καλὸν ἐκκόπτεται καὶ εἰς πῦρ βάλλεται.
HD Toda árvore que não está produzindo fruto bom, é cortada e lançada ao fogo.
BKJ Toda a árvore que não produz frutos bons corta-se e lança-se no fogo.
LTT Toda a árvore que não está produzindo fruto bom é cortada fora e é lançada para dentro do fogo.
BJ2 Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo.
VULG Omnis arbor, quæ non facit fructum bonum, excidetur, et in ignem mittetur.

mt 7: 20

Versão Versículo
ARA Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis.
ARC Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.
TB Logo, pelo seus frutos os conhecereis.
BGB ἄρα γε ἀπὸ τῶν καρπῶν αὐτῶν ἐπιγνώσεσθε αὐτούς.
HD Logo, pelos seus frutos os reconhecereis.
BKJ Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.
LTT Portanto, a partir dos seus frutos seguramente os reconhecereis.
BJ2 É pelos seus frutos, portanto, que os reconhecereis.
VULG Igitur ex fructibus eorum cognoscetis eos.

mt 7: 21

Versão Versículo
ARA Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
ARC Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
TB Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
BGB Οὐ πᾶς ὁ λέγων μοι· Κύριε κύριε εἰσελεύσεται εἰς τὴν βασιλείαν τῶν οὐρανῶν, ἀλλ’ ὁ ποιῶν τὸ θέλημα τοῦ πατρός μου τοῦ ἐν ⸀τοῖς οὐρανοῖς.
HD Nem todo aquele que me diz “Senhor, Senhor” entrará no Reino dos Céus, mas aquele que realiza a vontade de meu Pai {que está} nos céus.
BKJ Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino do céu, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está no céu.
LTT Nem todo aquele que está Me dizendo: 'Ó Senhor, ó Senhor!' entrará para o reinar dos céuS, mas somente aquele que está fazendo a vontade do Meu Pai (Aquele que está nos céus). 285
BJ2 Nem todo aquele que me diz "Senhor, Senhor" entrará no Reino dos Céus, mas sim aquele que pratica a vontade de meu Pai que está nos céus.
VULG Non omnis qui dicit mihi, Domine, Domine, intrabit in regnum cælorum : sed qui facit voluntatem Patris mei, qui in cælis est, ipse intrabit in regnum cælorum.

mt 7: 22

Versão Versículo
ARA Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres?
ARC Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?
TB Naquele dia, muitos hão de dizer-me: Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres?
BGB πολλοὶ ἐροῦσίν μοι ἐν ἐκείνῃ τῇ ἡμέρᾳ· Κύριε κύριε, οὐ τῷ σῷ ὀνόματι ἐπροφητεύσαμεν, καὶ τῷ σῷ ὀνόματι δαιμόνια ἐξεβάλομεν, καὶ τῷ σῷ ὀνόματι δυνάμεις πολλὰς ἐποιήσαμεν;
HD Naquele dia, muitos me dirão: Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome, e em teu nome expulsamos daimones , e em teu nome fizemos muitos prodígios?
BKJ Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos os demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas?
LTT Muitos Me dirão naquele dia: 'Ó Senhor, ó Senhor 286, não (já no passado) profetizamos nós com (uso de) o Teu nome? E com (uso de) o Teu nome não (já no passado) expulsamos demônios? E com (uso de) o Teu nome não fizemos muitas maravilhas?!'
BJ2 Muitos me dirão naquele dia:[p] "Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos e em teu nome que expulsa-mos demônios e em teu nome que fizemos muitos milagres?"
VULG Multi dicent mihi in illa die : Domine, Domine, nonne in nomine tuo prophetavimus, et in nomine tuo dæmonia ejecimus, et in nomine tuo virtutes multas fecimus ?

mt 7: 23

Versão Versículo
ARA Então, lhes direi explicitamente: nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade.
ARC E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci: apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade.
TB Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, os que praticais a iniquidade.
BGB καὶ τότε ὁμολογήσω αὐτοῖς ὅτι Οὐδέποτε ἔγνων ὑμᾶς· ἀποχωρεῖτε ἀπ’ ἐμοῦ οἱ ἐργαζόμενοι τὴν ἀνομίαν.
HD Então, declararei a eles: Nunca vos conheci, apartai-vos de mim, obreiros sem lei.
BKJ E então lhes declararei: Eu nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós trabalhadores da iniquidade.
LTT E então abertamente lhes declarei: 'Nunca vos conheci; apartai-vos para longe de Mim, (vós) os que estais praticando este desprezo- às- leis' 287.Sl 6:8
BJ2 Então eu lhes declararei: "Nunca vos conheci. Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade".
VULG Et tunc confitebor illis : Quia numquam novi vos : discedite a me, qui operamini iniquitatem.

mt 7: 24

Versão Versículo
ARA Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha;
ARC Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha:
TB Todo aquele, pois, que ouve essas minhas palavras e as observa será comparado a um homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha.
BGB Πᾶς οὖν ὅστις ἀκούει μου τοὺς λόγους τούτους καὶ ποιεῖ αὐτούς, ⸀ὁμοιωθήσεται ἀνδρὶ φρονίμῳ, ὅστις ᾠκοδόμησεν ⸂αὐτοῦ τὴν οἰκίαν⸃ ἐπὶ τὴν πέτραν.
HD Portanto, todo aquele que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado ao homem prudente , que edificou sua casa sobre a rocha.
BKJ Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem sábio, que construiu a sua casa sobre a rocha.
LTT Todo aquele, pois, quem quer que seja, que escuta estas Minhas palavras, e as pratica, Eu o assemelharei ao varão prudente, o qual edificou a sua casa sobre a rocha;
BJ2 Assim, todo aquele que ouve essas minhas palavras e as por em prática será comparado a um homem sensato que construiu a sua casa sobre a rocha.
VULG Omnis ergo qui audit verba mea hæc, et facit ea, assimilabitur viro sapienti, qui ædificavit domum suam supra petram,

mt 7: 25

Versão Versículo
ARA e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha.
ARC E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha.
TB Desceu a chuva, vieram as torrentes, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela não caiu; pois estava edificada sobre a rocha.
BGB καὶ κατέβη ἡ βροχὴ καὶ ἦλθον οἱ ποταμοὶ καὶ ἔπνευσαν οἱ ἄνεμοι καὶ προσέπεσαν τῇ οἰκίᾳ ἐκείνῃ, καὶ οὐκ ἔπεσεν, τεθεμελίωτο γὰρ ἐπὶ τὴν πέτραν.
HD Caiu a chuva, vieram as torrentes , sopraram os ventos; precipitaram-se contra aquela casa, mas não desabou, pois fora alicerçada sobre a rocha.
BKJ E desceu a chuva, vieram as inundações, e sopraram os ventos e golpearam contra aquela casa, mas ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha.
LTT E desceu a chuva 288, e vieram as cheias- de- rio, e assopraram os ventos, e bateram sobre aquela casa ... e ela não caiu, porque tinha sido alicerçada sobre a rocha.
BJ2 Caiu a chuva, vieram as enxurradas, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, mas ela não caiu, porque estava alicerçada na rocha.
VULG et descendit pluvia, et venerunt flumina, et flaverunt venti, et irruerunt in domum illam, et non cecidit : fundata enim erat super petram.

mt 7: 26

Versão Versículo
ARA E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato que edificou a sua casa sobre a areia;
ARC E aquele que ouve estas minhas palavras, e as não cumpre, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.
TB Mas todo aquele que ouve essas minhas palavras e não as observa será comparado a um homem néscio, que edificou a sua casa sobre a areia.
BGB καὶ πᾶς ὁ ἀκούων μου τοὺς λόγους τούτους καὶ μὴ ποιῶν αὐτοὺς ὁμοιωθήσεται ἀνδρὶ μωρῷ, ὅστις ᾠκοδόμησεν ⸂αὐτοῦ τὴν οἰκίαν⸃ ἐπὶ τὴν ἄμμον.
HD E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado ao homem tolo , que edificou sua casa sobre a areia.
BKJ E aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.
LTT E todo aquele que está escutando estas Minhas palavras e não as praticando, será comparado a um varão insensato, que edificou a sua casa sobre (a superfície de) o solo- de- areia 289;
BJ2 Por outro lado, todo aquele que ouve essas minhas palavras, mas não as pratica, será comparado a um homem insensato que construiu a sua casa sobre a areia.
VULG Et omnis qui audit verba mea hæc, et non facit ea, similis erit viro stulto, qui ædificavit domum suam super arenam :

mt 7: 27

Versão Versículo
ARA e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, e ela desabou, sendo grande a sua ruína.
ARC E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda.
TB Desceu a chuva, vieram as torrentes, sopraram os ventos e bateram com ímpeto contra aquela casa, e ela caiu: e foi grande a sua ruína.
BGB καὶ κατέβη ἡ βροχὴ καὶ ἦλθον οἱ ποταμοὶ καὶ ἔπνευσαν οἱ ἄνεμοι καὶ προσέκοψαν τῇ οἰκίᾳ ἐκείνῃ, καὶ ἔπεσεν, καὶ ἦν ἡ πτῶσις αὐτῆς μεγάλη.
HD Caiu a chuva, vieram as torrentes, sopraram os ventos e chocaram-se contra aquela casa; desabou e foi grande sua queda.
BKJ E desceu a chuva, vieram as inundações, e sopraram os ventos e golpearam contra aquela casa, e ela caiu, e grande foi a sua queda.
LTT E desceu a chuva, e vieram as cheias- de- rio, e assopraram os ventos, e bateram sobre aquela casa ... e ela caiu, e foi grande a sua queda."
BJ2 Caiu a chuva, vieram as enxurradas, sopraram os ventos e deram contra aquela casa, e ela caiu. E foi grande sua ruína!"
VULG et descendit pluvia, et venerunt flumina, et flaverunt venti, et irruerunt in domum illam, et cecidit, et fuit ruina illius magna.

mt 7: 28

Versão Versículo
ARA Quando Jesus acabou de proferir estas palavras, estavam as multidões maravilhadas da sua doutrina;
ARC E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multidão se admirou da sua doutrina;
TB Tendo terminado Jesus este discurso, as turbas admiravam-se do seu ensino;
BGB Καὶ ἐγένετο ὅτε ⸀ἐτέλεσεν ὁ Ἰησοῦς τοὺς λόγους τούτους, ἐξεπλήσσοντο οἱ ὄχλοι ἐπὶ τῇ διδαχῇ αὐτοῦ·
HD E sucedeu que, concluindo Jesus este discurso, as turbas estavam maravilhadas com seu ensino,
BKJ E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, as pessoas se admiraram da sua doutrina.
LTT E aconteceu que, quando concluiu Jesus estas palavras, se admiravam as multidões da Sua doutrina;
BJ2 Aconteceu que ao terminar Jesus essas palavras, as multidões ficaram extasiadas com o seu ensinamento,
VULG Et factum est : cum consummasset Jesus verba hæc, admirabantur turbæ super doctrina ejus.

mt 7: 29

Versão Versículo
ARA porque ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas.
ARC Porquanto os ensinava como tendo autoridade; e não como os escribas.
TB porque ele as ensinava como quem tinha autoridade, e não como os escribas do povo.
BGB ἦν γὰρ διδάσκων αὐτοὺς ὡς ἐξουσίαν ἔχων καὶ οὐχ ὡς οἱ γραμματεῖς ⸀αὐτῶν.
HD pois estava ensinando a eles como quem tem autoridade e não como os escribas deles.
BKJ Pois ele os ensinava como quem tinha autoridade, e não como os escribas.
LTT Porquanto Ele os estava ensinando na- qualidade- ① de tendo autoridade; e não como os escribas.
BJ2 porque as ensinava com autoridade e não como os seus escribas.[q]
VULG Erat enim docens eos sicut potestatem habens, et non sicut scribæ eorum, et pharisæi.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:1

Isaías 66:5 Ouvi a palavra do Senhor, vós que tremeis diante da sua palavra. Vossos irmãos, que vos aborrecem e que para longe vos lançam por amor do meu nome, dizem: O Senhor seja glorificado, para que vejamos a vossa alegria! Mas eles serão confundidos.
Ezequiel 16:52 Tu, pois, sofre a tua vergonha, tu que julgaste a tuas irmãs, pelos teus pecados, que fizeste mais abomináveis do que elas; mais justas são do que tu; envergonha-te logo também e sofre a tua vergonha, pois justificaste a tuas irmãs.
Mateus 7:2 porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.
Mateus 7:5 Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão.
Lucas 6:37 Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; soltai, e soltar-vos-ão.
Lucas 6:41 E por que atentas tu no argueiro que está no olho do teu irmão e não reparas na trave que está no teu próprio olho?
Romanos 2:1 Portanto, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo.
Romanos 14:3 O que come não despreze o que não come; e o que não come não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu.
Romanos 14:10 Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo.
I Coríntios 4:3 Todavia, a mim mui pouco se me dá de ser julgado por vós ou por algum juízo humano; nem eu tampouco a mim mesmo me julgo.
Tiago 3:1 Meus irmãos, muitos de vós não sejam mestres, sabendo que receberemos mais duro juízo.
Tiago 4:11 Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão e julga a seu irmão fala mal da lei e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:2

Juízes 1:7 Então, disse Adoni-Bezeque: Setenta reis, com os dedos polegares das mãos e dos pés cortados, apanhavam as migalhas debaixo da minha mesa; assim como eu fiz, assim Deus me pagou. E o trouxeram a Jerusalém, e morreu ali.
Salmos 18:25 Com o benigno te mostrarás benigno; e com o homem sincero te mostrarás sincero;
Salmos 137:7 Lembra-te, Senhor, dos filhos de Edom no dia de Jerusalém, porque diziam: Arrasai-a, arrasai-a, até aos seus alicerces.
Jeremias 51:24 E pagarei à Babilônia e a todos os moradores da Caldeia toda a maldade que fizeram em Sião, à vossa vista, diz o Senhor.
Obadias 1:15 Porque o dia do Senhor está perto, sobre todas as nações; como tu fizeste, assim se fará contigo; a tua maldade cairá sobre a tua cabeça.
Marcos 4:24 E disse-lhes: Atendei ao que ides ouvir. Com a medida com que medirdes vos medirão a vós, e ser-vos-á ainda acrescentada.
Lucas 6:38 Dai, e ser-vos-á dado; boa medida, recalcada, sacudida e transbordando vos darão; porque com a mesma medida com que medirdes também vos medirão de novo.
II Coríntios 9:6 E digo isto: Que o que semeia pouco pouco também ceifará; e o que semeia em abundância em abundância também ceifará.
II Tessalonicenses 1:6 se, de fato, é justo diante de Deus que dê em paga tribulação aos que vos atribulam,
Tiago 2:13 Porque o juízo será sem misericórdia sobre aquele que não fez misericórdia; e a misericórdia triunfa sobre o juízo.
Apocalipse 18:6 Tornai-lhe a dar como ela vos tem dado e retribuí-lhe em dobro conforme as suas obras; no cálice em que vos deu de beber, dai-lhe a ela em dobro.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:3

II Samuel 12:5 Então, o furor de Davi se acendeu em grande maneira contra aquele homem, e disse a Natã: Vive o Senhor, que digno de morte é o homem que fez isso.
II Crônicas 28:9 E estava ali um profeta do Senhor cujo nome era Obede, o qual saiu ao encontro do exército que vinha para Samaria e lhe disse: Eis que, irando-se o Senhor, Deus de vossos pais, contra Judá, os entregou nas vossas mãos, e vós os matastes com uma raiva tal, que chegou até aos céus.
Salmos 50:16 Mas ao ímpio diz Deus: Que tens tu que recitar os meus estatutos e que tomar o meu concerto na tua boca,
Lucas 6:41 E por que atentas tu no argueiro que está no olho do teu irmão e não reparas na trave que está no teu próprio olho?
Lucas 18:11 O fariseu, estando em pé, orava consigo desta maneira: Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano.
João 8:7 E, como insistissem, perguntando-lhe, endireitou-se e disse-lhes: Aquele que dentre vós está sem pecado seja o primeiro que atire pedra contra ela.
Gálatas 6:1 Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão, olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:4

Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:5

Salmos 51:9 Esconde a tua face dos meus pecados e apaga todas as minhas iniquidades.
Mateus 22:18 Jesus, porém, conhecendo a sua malícia, disse: Por que me experimentais, hipócritas?
Mateus 23:13 Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos homens o Reino dos céus; e nem vós entrais, nem deixais entrar aos que estão entrando.
Lucas 4:23 E ele lhes disse: Sem dúvida, me direis este provérbio: Médico, cura-te a ti mesmo; faze também aqui na tua pátria tudo o que ouvimos ter sido feito em Cafarnaum.
Lucas 6:42 Ou como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o argueiro que está no teu olho, não atentando tu mesmo na trave que está no teu olho? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e, então, verás bem para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão.
Lucas 12:56 Hipócritas, sabeis discernir a face da terra e do céu; como não sabeis, então, discernir este tempo?
Lucas 13:15 Respondeu-lhe, porém, o Senhor e disse: Hipócrita, no sábado não desprende da manjedoura cada um de vós o seu boi ou jumento e não o leva a beber água?
Atos 19:15 Respondendo, porém, o espírito maligno, disse: Conheço a Jesus e bem sei quem é Paulo; mas vós, quem sois?
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:6

Provérbios 9:7 O que repreende o escarnecedor afronta toma para si; e o que censura o ímpio recebe a sua mancha.
Provérbios 11:22 Como joia de ouro em focinho de porca, assim é a mulher formosa que se aparta da razão.
Provérbios 23:9 Não fales aos ouvidos do tolo, porque desprezará a sabedoria das tuas palavras.
Provérbios 26:11 Como o cão que torna ao seu vômito, assim é o tolo que reitera a sua estultícia.
Mateus 10:14 E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés.
Mateus 15:26 Ele, porém, respondendo, disse: Não é bom pegar o pão dos filhos e deitá-lo aos cachorrinhos.
Mateus 22:5 Porém eles, não fazendo caso, foram, um para o seu campo, e outro para o seu negócio;
Mateus 24:10 Nesse tempo, muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se aborrecerão.
Atos 13:45 Então, os judeus, vendo a multidão, encheram-se de inveja e, blasfemando, contradiziam o que Paulo dizia.
II Coríntios 11:26 em viagens, muitas vezes; em perigos de rios, em perigos de salteadores, em perigos dos da minha nação, em perigos dos gentios, em perigos na cidade, em perigos no deserto, em perigos no mar, em perigos entre os falsos irmãos;
Filipenses 3:2 Guardai-vos dos cães, guardai-vos dos maus obreiros, guardai-vos da circuncisão!
II Timóteo 4:14 Alexandre, o latoeiro, causou-me muitos males; o Senhor lhe pague segundo as suas obras.
Hebreus 6:6 e recaíram sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus e o expõem ao vitupério.
Hebreus 10:29 De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue do testamento, com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?
II Pedro 2:22 Deste modo, sobreveio-lhes o que por um verdadeiro provérbio se diz: O cão voltou ao seu próprio vômito; a porca lavada, ao espojadouro de lama.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:7

I Reis 3:5 E em Gibeão apareceu o Senhor a Salomão de noite em sonhos e disse-lhe Deus: Pede o que quiseres que te dê.
Salmos 10:4 Por causa do seu orgulho, o ímpio não investiga; todas as suas cogitações são: Não há Deus.
Salmos 10:17 Senhor, tu ouviste os desejos dos mansos; confortarás o seu coração; os teus ouvidos estarão abertos para eles;
Salmos 27:8 Quando tu disseste: Buscai o meu rosto, o meu coração te disse a ti: O teu rosto, Senhor, buscarei.
Salmos 50:15 E invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás.
Salmos 69:32 Os mansos verão isto e se agradarão; o vosso coração viverá, pois que buscais a Deus.
Salmos 70:4 Folguem e alegrem-se em ti todos os que te buscam; e aqueles que amam a tua salvação digam continuamente: Engrandecido seja Deus.
Salmos 86:5 Pois tu, Senhor, és bom, e pronto a perdoar, e abundante em benignidade para com todos os que te invocam.
Salmos 105:3 Gloriai-vos no seu santo nome; alegre-se o coração daqueles que buscam ao Senhor.
Salmos 119:12 Bendito és tu, ó Senhor! Ensina-me os teus estatutos.
Salmos 145:18 Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade.
Provérbios 8:17 Eu amo os que me amam, e os que de madrugada me buscam me acharão.
Cântico dos Cânticos 3:2 Levantar-me-ei, pois, e rodearei a cidade; pelas ruas e pelas praças buscarei aquele a quem ama a minha alma; busquei-o e não o achei.
Isaías 55:6 Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, invocai-o enquanto está perto.
Jeremias 29:12 Então, me invocareis, e ireis, e orareis a mim, e eu vos ouvirei.
Jeremias 33:3 Clama a mim, e responder-te-ei e anunciar-te-ei coisas grandes e firmes, que não sabes.
Amós 5:4 Porque assim diz o Senhor à casa de Israel: Buscai-me e vivei.
Mateus 6:33 Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.
Mateus 7:8 Porque aquele que pede recebe; e o que busca encontra; e, ao que bate, se abre.
Mateus 7:11 Se, vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem?
Mateus 18:19 Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus.
Mateus 21:22 E tudo o que pedirdes na oração, crendo, o recebereis.
Marcos 11:24 Por isso, vos digo que tudo o que pedirdes, orando, crede que o recebereis e tê-lo-eis.
Lucas 11:9 E eu vos digo a vós: Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei, e abrir-se-vos-á;
Lucas 13:25 Quando o pai de família se levantar e cerrar a porta, e começardes a estar de fora e a bater à porta, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos; e, respondendo ele, vos disser: Não sei de onde vós sois,
Lucas 18:1 E contou-lhes também uma parábola sobre o dever de orar sempre e nunca desfalecer,
João 4:10 Jesus respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
João 14:13 E tudo quanto pedirdes em meu nome, eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho.
João 15:7 Se vós estiverdes em mim, e as minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito.
João 15:16 Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça, a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vos conceda.
João 16:23 E, naquele dia, nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar.
Romanos 2:7 a saber: a vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, e honra, e incorrupção;
Romanos 3:11 Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus.
Hebreus 11:6 Ora, sem fé é impossível agradar-lhe, porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que é galardoador dos que o buscam.
Tiago 1:5 E, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não o lança em rosto; e ser-lhe-á dada.
Tiago 5:15 e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados.
I João 3:22 e qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agradável à sua vista.
I João 5:14 E esta é a confiança que temos nele: que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve.
Apocalipse 3:17 Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta (e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu),
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:8

II Crônicas 33:1 Tinha Manassés doze anos de idade quando começou a reinar e cinquenta e cinco anos reinou em Jerusalém.
II Crônicas 33:19 E a sua oração, como Deus se aplacou para com ele, e todo o seu pecado, e a sua transgressão, e os lugares onde edificou altos e pôs bosques e imagens de escultura, antes que se humilhasse, eis que está tudo escrito nos livros dos videntes.
Salmos 81:10 Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito; abre bem a tua boca, e ta encherei.
Salmos 81:16 E eu o sustentaria com o trigo mais fino e o saciaria com o mel saído da rocha.
Mateus 15:22 E eis que uma mulher cananeia, que saíra daquelas cercanias, clamou, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem misericórdia de mim, que minha filha está miseravelmente endemoninhada.
Lucas 23:42 E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu Reino.
João 2:2 E foram também convidados Jesus e os seus discípulos para as bodas.
João 3:8 O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.
Atos 9:11 E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e vai à rua chamada Direita, e pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo; pois eis que ele está orando;
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:9

Lucas 11:11 E qual o pai dentre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente?
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:10

Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:11

Gênesis 6:5 E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente.
Gênesis 8:21 E o Senhor cheirou o suave cheiro e disse o Senhor em seu coração: Não tornarei mais a amaldiçoar a terra por causa do homem, porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice; nem tornarei mais a ferir todo vivente, como fiz.
Êxodo 34:6 Passando, pois, o Senhor perante a sua face, clamou: Jeová, o Senhor, Deus misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade;
II Samuel 7:19 E ainda foi isso pouco aos teus olhos, Senhor Jeová, senão que também falaste da casa de teu servo para tempos distantes; é isso o costume dos homens, ó Senhor Jeová?
Jó 15:16 Quanto mais abominável e corrupto é o homem, que bebe a iniquidade como a água?
Salmos 84:11 Porque o Senhor Deus é um sol e escudo; o Senhor dará graça e glória; não negará bem algum aos que andam na retidão.
Salmos 85:12 Também o Senhor dará o bem, e a nossa terra dará o seu fruto.
Salmos 86:5 Pois tu, Senhor, és bom, e pronto a perdoar, e abundante em benignidade para com todos os que te invocam.
Salmos 86:15 Mas tu, Senhor, és um Deus cheio de compaixão, e piedoso, e sofredor, e grande em benignidade e em verdade.
Salmos 103:11 Pois quanto o céu está elevado acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem.
Isaías 49:15 Pode uma mulher esquecer-se tanto do filho que cria, que se não compadeça dele, do filho do seu ventre? Mas, ainda que esta se esquecesse, eu, todavia, me não esquecerei de ti.
Isaías 55:8 Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o Senhor.
Jeremias 17:9 Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá?
Jeremias 33:14 Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que cumprirei a palavra boa que falei à casa de Israel e à casa de Judá.
Oséias 11:8 Como te deixaria, ó Efraim? Como te entregaria, ó Israel? Como te faria como Admá? Pôr-te-ia como Zeboim? Está mudado em mim o meu coração, todos os meus pesares juntamente estão acesos.
Oséias 14:2 Tomai convosco palavras e convertei-vos ao Senhor; dizei-lhe: Expulsa toda a iniquidade e recebe o bem; e daremos como bezerros os sacrifícios dos nossos lábios.
Miquéias 7:18 Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade e que te esqueces da rebelião do restante da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na benignidade.
Malaquias 1:6 O filho honrará o pai, e o servo, ao seu senhor; e, se eu sou Pai, onde está a minha honra? E, se eu sou Senhor, onde está o meu temor? ? diz o Senhor dos Exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome e dizeis: Em que desprezamos nós o teu nome?
Lucas 2:10 E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo,
Lucas 11:11 E qual o pai dentre vós que, se o filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou também, se lhe pedir peixe, lhe dará por peixe uma serpente?
João 3:16 Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
Romanos 3:9 Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma! Pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado,
Romanos 3:19 Ora, nós sabemos que tudo o que a lei diz aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus.
Romanos 5:8 Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.
Romanos 8:32 Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes, o entregou por todos nós, como nos não dará também com ele todas as coisas?
II Coríntios 9:8 E Deus é poderoso para tornar abundante em vós toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda suficiência, superabundeis em toda boa obra,
Gálatas 3:22 Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes.
Efésios 2:1 E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados,
Tito 3:3 Porque também nós éramos, noutro tempo, insensatos, desobedientes, extraviados, servindo a várias concupiscências e deleites, vivendo em malícia e inveja, odiosos, odiando-nos uns aos outros.
Tiago 1:17 Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança, nem sombra de variação.
I João 3:1 Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso, o mundo não nos conhece, porque não conhece a ele.
I João 4:10 Nisto está 4o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho para propiciação pelos nossos pecados.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:12

Levítico 19:18 Não te vingarás, nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor.
Isaías 1:17 Aprendei a fazer o bem; praticai o que é reto; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas.
Jeremias 7:5 Mas, se deveras melhorardes os vossos caminhos e as vossas obras, se deveras fizerdes juízo entre um homem e entre o seu companheiro,
Ezequiel 18:7 não oprimindo a ninguém, tornando ao devedor o seu penhor, não roubando, dando o seu pão ao faminto, cobrindo ao nu com veste;
Ezequiel 18:21 Mas, se o ímpio se converter de todos os seus pecados que cometeu, e guardar todos os meus estatutos, e fizer juízo e justiça, certamente viverá; não morrerá.
Amós 5:14 Buscai o bem e não o mal, para que vivais; e assim o Senhor, o Deus dos Exércitos, estará convosco, como dizeis.
Miquéias 6:8 Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a beneficência, e andes humildemente com o teu Deus?
Zacarias 7:7 Não ouvistes vós as palavras que o Senhor pregou pelo ministério dos profetas precedentes, quando Jerusalém estava habitada e quieta, com as suas cidades ao redor dela, e o Sul e a campina eram habitados?
Zacarias 8:16 Eis as coisas que deveis fazer: falai verdade cada um com o seu companheiro; executai juízo de verdade e de paz nas vossas portas;
Malaquias 3:5 E chegar-me-ei a vós para juízo, e serei uma testemunha veloz contra os feiticeiros, e contra os adúlteros, e contra os que juram falsamente, e contra os que defraudam o jornaleiro, e pervertem o direito da viúva, e do órfão, e do estrangeiro, e não me temem, diz o Senhor dos Exércitos.
Mateus 22:39 E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo.
Marcos 12:29 E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é: Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor.
Lucas 6:31 E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira fazei-lhes vós também.
Romanos 13:8 A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a lei.
Gálatas 5:13 Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis, então, da liberdade para dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor.
I Timóteo 1:5 Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida.
Tiago 2:10 Porque qualquer que guardar toda a lei e tropeçar em um só ponto tornou-se culpado de todos.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:13

Gênesis 6:5 E viu o Senhor que a maldade do homem se multiplicara sobre a terra e que toda imaginação dos pensamentos de seu coração era só má continuamente.
Gênesis 6:12 E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra.
Salmos 14:2 O Senhor olhou desde os céus para os filhos dos homens, para ver se havia algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus.
Provérbios 7:27 Caminhos de sepultura é a sua casa, os quais descem às câmaras da morte.
Provérbios 9:6 Deixai os insensatos, e vivei, e andai pelo caminho do entendimento.
Provérbios 16:25 Há caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte.
Isaías 1:9 Se o Senhor dos Exércitos nos não deixara algum remanescente, já como Sodoma seríamos e semelhantes a Gomorra.
Isaías 55:7 Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno, os seus pensamentos e se converta ao Senhor, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar.
Ezequiel 18:27 Mas, convertendo-se o ímpio da sua impiedade que cometeu e praticando o juízo e a justiça, conservará este a sua alma em vida.
Mateus 3:2 e dizendo: Arrependei-vos, porque é chegado o Reino dos céus.
Mateus 3:8 Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento
Mateus 18:2 E Jesus, chamando uma criança, a pôs no meio deles
Mateus 23:13 Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que fechais aos homens o Reino dos céus; e nem vós entrais, nem deixais entrar aos que estão entrando.
Mateus 25:41 Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;
Mateus 25:46 E irão estes para o tormento eterno, mas os justos, para a vida eterna.
Lucas 9:33 E aconteceu que, quando aqueles se apartaram dele, disse Pedro a Jesus: Mestre, bom é que nós estejamos aqui e façamos três tendas, uma para ti, uma para Moisés e uma para Elias, não sabendo o que dizia.
Lucas 13:24 Porfiai por entrar pela porta estreita, porque eu vos digo que muitos procurarão entrar e não poderão.
Lucas 14:33 Assim, pois, qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser meu discípulo.
João 10:9 Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens.
João 14:6 Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por mim.
Atos 2:38 E disse-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.
Atos 3:19 Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham, assim, os tempos do refrigério pela presença do Senhor.
Romanos 3:9 Pois quê? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma! Pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado,
Romanos 9:22 E que direis se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita paciência os vasos da ira, preparados para perdição,
II Coríntios 4:4 nos quais o deus deste século cegou os entendimentos dos incrédulos, para que não lhes resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, que é a imagem de Deus.
II Coríntios 6:17 Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei;
Gálatas 5:24 E os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.
Efésios 2:2 em que, noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência;
Filipenses 3:19 O fim deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles é para confusão deles mesmos, que só pensam nas coisas terrenas.
II Tessalonicenses 1:8 como labareda de fogo, tomando vingança dos que não conhecem a Deus e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus Cristo;
I Pedro 4:17 Porque já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus; e, se primeiro começa por nós, qual será o fim daqueles que são desobedientes ao evangelho de Deus?
I João 5:19 Sabemos que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno.
Apocalipse 12:9 E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o diabo e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele.
Apocalipse 13:8 E adoraram-na todos os que habitam sobre a terra, esses cujos nomes não estão escritos no livro da vida do Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo.
Apocalipse 20:3 E lançou-o no abismo, e ali o encerrou, e pôs selo sobre ele, para que mais não engane as nações, até que os mil anos se acabem. E depois importa que seja solto por um pouco de tempo.
Apocalipse 20:15 E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:14

Provérbios 4:26 Pondera a vereda de teus pés, e todos os teus caminhos sejam bem-ordenados!
Provérbios 8:20 Faço andar pelo caminho da justiça, no meio das veredas do juízo.
Isaías 30:21 E os teus ouvidos ouvirão a palavra que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho; andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda.
Isaías 35:8 E ali haverá um alto caminho, um caminho que se chamará O Caminho Santo; o imundo não passará por ele, mas será para o povo de Deus; os caminhantes, até mesmo os loucos, não errarão.
Isaías 57:14 E dir-se-á: Aplainai, aplainai, preparai o caminho; tirai os tropeços do caminho do meu povo.
Jeremias 6:16 Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para a vossa alma; mas eles dizem: Não andaremos.
Mateus 16:24 Então, disse Jesus aos seus discípulos: Se alguém quiser vir após mim, renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz e siga-me;
Mateus 20:16 Assim, os derradeiros serão primeiros, e os primeiros, derradeiros, porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos.
Mateus 22:14 Porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos.
Mateus 25:1 Então, o Reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas, saíram ao encontro do esposo.
Marcos 8:34 E, chamando a si a multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me.
Lucas 12:32 Não temas, ó pequeno rebanho, porque a vosso Pai agradou dar-vos o Reino.
Lucas 13:23 E disse-lhe um: Senhor, são poucos os que se salvam? E ele lhe respondeu:
João 15:18 Se o mundo vos aborrece, sabei que, primeiro do que a vós, me aborreceu a mim.
João 16:2 Expulsar-vos-ão das sinagogas; vem mesmo a hora em que qualquer que vos matar cuidará fazer um serviço a Deus.
João 16:33 Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.
Atos 14:22 confirmando o ânimo dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus.
Romanos 9:27 Também Isaías clamava acerca de Israel: Ainda que o número dos filhos de Israel seja como a areia do mar, o remanescente é que será salvo.
Romanos 9:32 Por quê? Porque não foi pela fé, mas como que pelas obras da lei. Tropeçaram na pedra de tropeço,
Romanos 11:5 Assim, pois, também agora neste tempo ficou um resto, segundo a eleição da graça.
Romanos 12:2 E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Efésios 2:2 em que, noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência;
I Tessalonicenses 3:2 e enviamos Timóteo, nosso irmão, e ministro de Deus, e nosso cooperador no evangelho de Cristo, para vos confortar e vos exortar acerca da vossa fé;
I Pedro 3:20 os quais em outro tempo foram rebeldes, quando a longanimidade de Deus esperava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca; na qual poucas (isto é, oito) almas se salvaram pela água,
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:15

Deuteronômio 13:1 Quando profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti e te der um sinal ou prodígio,
Isaías 9:15 (O ancião e o varão de respeito são a cabeça, e o profeta que ensina a falsidade é a cauda.)
Isaías 56:10 Todos os seus atalaias são cegos, nada sabem; todos são cães mudos, não podem ladrar; andam adormecidos, estão deitados e amam o tosquenejar.
Jeremias 14:14 E disse-me o Senhor: Os profetas profetizam falsamente em meu nome; nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa, e adivinhação, e vaidade, e o engano do seu coração são o que eles vos profetizam.
Jeremias 23:13 Nos profetas de Samaria, bem vi eu loucura: profetizaram da parte de Baal e fizeram errar o meu povo de Israel.
Jeremias 28:15 E disse Jeremias, o profeta, a Hananias, o profeta: Ouve, agora, Hananias: não te enviou o Senhor, mas tu fizeste que este povo confiasse em mentiras.
Jeremias 29:21 Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, acerca de Acabe, filho de Colaías, e de Zedequias, filho de Maaseias, que vos profetizam falsamente em meu nome: Eis que os entregarei nas mãos de Nabucodonosor, rei da Babilônia, e ele os ferirá diante dos vossos olhos.
Jeremias 29:32 Portanto, assim diz o Senhor: Eis que visitarei a Semaías, o neelamita, e a sua descendência; ele não terá ninguém que habite entre este povo e não verá o bem que hei de fazer ao meu povo, diz o Senhor, porquanto falou em rebelião contra o Senhor.
Ezequiel 13:16 os profetas de Israel que profetizam de Jerusalém e veem para ela visão de paz, não havendo paz, diz o Senhor Jeová.
Ezequiel 13:22 Visto que entristecestes o coração do justo com falsidade, não o havendo eu entristecido, e esforçastes as mãos do ímpio, para que não se desviasse do seu mau caminho e vivesse,
Ezequiel 22:25 Conjuração dos seus profetas há no meio dela, como um leão que ruge, que arrebata a presa; eles devoram as almas; tesouros e coisas preciosas tomam, multiplicam as suas viúvas no meio dela.
Ezequiel 22:27 Os seus príncipes no meio dela são como lobos que arrebatam a presa, para derramarem o sangue, para destruírem as almas, para seguirem a avareza.
Miquéias 3:5 Assim diz o Senhor contra os profetas que fazem errar o meu povo, que mordem com os seus dentes e clamam: Paz! Mas contra aquele que nada lhes mete na boca preparam guerra.
Miquéias 3:11 Os seus chefes dão as sentenças por presentes, e os seus sacerdotes ensinam por interesse, e os seus profetas adivinham por dinheiro; e ainda se encostam ao Senhor, dizendo: Não está o Senhor no meio de nós? Nenhum mal nos sobrevirá.
Sofonias 3:3 Os seus príncipes são leões rugidores no meio dela; os seus juízes são lobos da tarde, que não deixam os ossos para o outro dia.
Zacarias 13:4 E acontecerá, naquele dia, que os profetas se envergonharão, cada um da sua visão, quando profetizarem; nem mais se vestirão de manto de pelos, para mentirem.
Mateus 10:17 Acautelai-vos, porém, dos homens, porque eles vos entregarão aos sinédrios e vos açoitarão nas suas sinagogas;
Mateus 16:6 E Jesus disse-lhes: Adverti e acautelai-vos do fermento dos fariseus e saduceus.
Mateus 16:11 Como não compreendestes que não vos falei a respeito do pão, mas que vos guardásseis do fermento dos fariseus e saduceus?
Mateus 24:4 E Jesus, respondendo, disse-lhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane,
Mateus 24:11 E surgirão muitos falsos profetas e enganarão a muitos.
Mateus 24:24 porque surgirão falsos cristos e falsos profetas e farão tão grandes sinais e prodígios, que, se possível fora, enganariam até os escolhidos.
Marcos 12:38 E, ensinando-os, dizia-lhes: Guardai-vos dos escribas, que gostam de andar com vestes compridas, e das saudações nas praças,
Marcos 13:22 Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos.
Lucas 6:26 Ai de vós quando todos os homens falarem bem de vós, porque assim faziam seus pais aos falsos profetas!
Lucas 12:15 E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui.
João 10:12 Mas o mercenário, que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa.
Atos 13:6 E, havendo atravessado a ilha até Pafos, acharam um certo judeu, mágico, falso profeta, chamado Barjesus,
Atos 13:40 Vede, pois, que não venha sobre vós o que está dito nos profetas:
Atos 20:29 Porque eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão o rebanho.
Romanos 16:17 E rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles.
II Coríntios 11:13 Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo.
Gálatas 2:4 E isso por causa dos falsos irmãos que se tinham entremetido e secretamente entraram a espiar a nossa liberdade que temos em Cristo Jesus, para nos porem em servidão;
Efésios 4:14 para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com astúcia, enganam fraudulosamente.
Efésios 5:6 Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por essas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência.
Filipenses 3:2 Guardai-vos dos cães, guardai-vos dos maus obreiros, guardai-vos da circuncisão!
Colossenses 2:8 Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo;
I Timóteo 4:1 Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios,
II Timóteo 3:5 tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.
II Timóteo 3:13 Mas os homens maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados.
II Timóteo 4:3 Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências;
II Pedro 2:1 E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição.
II Pedro 2:18 porque, falando coisas mui arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da carne e com dissoluções aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro,
II Pedro 3:17 Vós, portanto, amados, sabendo isto de antemão, guardai-vos de que, pelo engano dos homens abomináveis, sejais juntamente arrebatados e descaiais da vossa firmeza;
I João 4:1 Amados, não creiais em todo espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.
Judas 1:4 Porque se introduziram alguns, que já antes estavam escritos para este mesmo juízo, homens ímpios, que convertem em dissolução a graça de Deus e negam a Deus, único dominador e Senhor nosso, Jesus Cristo.
Apocalipse 13:11 E vi subir da terra outra besta, e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como o dragão.
Apocalipse 16:13 E da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta vi saírem três espíritos imundos, semelhantes a rãs,
Apocalipse 17:6 E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos e do sangue das testemunhas de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração.
Apocalipse 19:20 E a besta foi presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:16

Mateus 7:20 Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.
Mateus 12:33 Ou dizeis que a árvore é boa e o seu fruto, bom, ou dizeis que a árvore é má e o seu fruto, mau; porque pelo fruto se conhece a árvore.
Lucas 6:43 Porque não há boa árvore que dê mau fruto, nem má árvore que dê bom fruto.
Tiago 3:12 Meus irmãos, pode também a figueira produzir azeitonas ou a videira, figos? Assim, tampouco pode uma fonte dar água salgada e doce.
II Pedro 2:10 mas principalmente aqueles que segundo a carne andam em concupiscências de imundícia e desprezam as dominações. Atrevidos, obstinados, não receiam blasfemar das autoridades;
Judas 1:10 Estes, porém, dizem mal do que não sabem; e, naquilo que naturalmente conhecem, como animais irracionais, se corrompem.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:17

Salmos 1:3 Pois será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto na estação própria, e cujas folhas não caem, e tudo quanto fizer prosperará.
Salmos 92:13 Os que estão plantados na Casa do Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus.
Isaías 5:3 Agora, pois, ó moradores de Jerusalém e homens de Judá, julgai, vos peço, entre mim e a minha vinha.
Isaías 61:3 a ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê ornamento por cinza, óleo de gozo por tristeza, veste de louvor por espírito angustiado, a fim de que se chamem árvores de justiça, plantação do Senhor, para que ele seja glorificado.
Jeremias 11:19 E eu era como um manso cordeiro, que levam à matança; porque não sabia que imaginavam projetos contra mim, dizendo: Destruamos a árvore com o seu fruto e cortemo-lo da terra dos viventes, e não haja mais memória do seu nome.
Jeremias 17:8 Porque ele será como a árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro e não receia quando vem o calor, mas a sua folha fica verde; e, no ano de sequidão, não se afadiga nem deixa de dar fruto.
Mateus 12:33 Ou dizeis que a árvore é boa e o seu fruto, bom, ou dizeis que a árvore é má e o seu fruto, mau; porque pelo fruto se conhece a árvore.
Lucas 13:6 E dizia esta parábola: Um certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e foi procurar nela fruto, não o achando.
Gálatas 5:22 Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Efésios 5:9 (porque o fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade),
Filipenses 1:11 cheios de frutos de justiça, que são por Jesus Cristo, para glória e louvor de Deus.
Colossenses 1:10 para que possais andar dignamente diante do Senhor, agradando-lhe em tudo, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus;
Tiago 3:17 Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois, pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade e sem hipocrisia.
Judas 1:12 Estes são manchas em vossas festas de fraternidade, banqueteando-se convosco e apascentando-se a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos de uma para outra parte; são como árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas;
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:18

Gálatas 5:17 Porque a carne cobiça contra o Espírito, e o Espírito, contra a carne; e estes opõem-se um ao outro; para que não façais o que quereis.
I João 3:9 Qualquer que é nascido de Deus não vive na prática do pecado; porque a sua semente permanece nele; e não pode viver pecando, porque é nascido de Deus.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:19

Isaías 5:5 Agora, pois, vos farei saber o que eu hei de fazer à minha vinha: tirarei a sua sebe, para que sirva de pasto; derribarei a sua parede, para que seja pisada;
Isaías 27:11 Quando os seus ramos se secarem, serão quebrados; vindo as mulheres, os acenderão, porque este povo não é povo de entendimento; por isso, aquele que o fez não se compadecerá dele e aquele que o formou não lhe mostrará nenhum favor.
Ezequiel 15:2 Filho do homem, que mais é a madeira da videira que qualquer outro, o sarmento que está entre as árvores do bosque?
Mateus 3:10 E também, agora, está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo.
Mateus 21:19 E, avistando uma figueira perto do caminho, dirigiu-se a ela e não achou nela senão folhas. E disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti. E a figueira secou imediatamente.
Lucas 3:9 E também já está posto o machado à raiz das árvores; toda árvore, pois, que não dá bom fruto é cortada e lançada no fogo.
Lucas 13:6 E dizia esta parábola: Um certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e foi procurar nela fruto, não o achando.
João 15:2 Toda vara em mim que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto.
Hebreus 6:8 mas a que produz espinhos e abrolhos é reprovada e perto está da maldição; o seu fim é ser queimada.
Judas 1:12 Estes são manchas em vossas festas de fraternidade, banqueteando-se convosco e apascentando-se a si mesmos sem temor; são nuvens sem água, levadas pelos ventos de uma para outra parte; são como árvores murchas, infrutíferas, duas vezes mortas, desarraigadas;
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:20

Mateus 7:16 Por seus frutos os conhecereis. Porventura, colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos?
Atos 5:38 E agora digo-vos: Dai de mão a estes homens, e deixai-os, porque, se este conselho ou esta obra é de homens, se desfará,
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:21

Isaías 48:1 Ouvi isto, casa de Jacó, que vos chamais pelo nome de Israel e saístes das águas de Judá, que jurais pelo nome do Senhor e fazeis menção do Deus de Israel, mas não em verdade nem em justiça.
Oséias 8:2 E a mim clamarão: Deus meu! Nós, Israel, te conhecemos.
Mateus 10:32 Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus.
Mateus 12:50 porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai, que está nos céus, este é meu irmão, e irmã, e mãe.
Mateus 16:17 E Jesus, respondendo, disse-lhe: Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai, que está nos céus.
Mateus 18:3 e disse: Em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos fizerdes como crianças, de modo algum entrareis no Reino dos céus.
Mateus 18:10 Vede, não desprezeis algum destes pequeninos, porque eu vos digo que os seus anjos nos céus sempre veem a face de meu Pai que está nos céus.
Mateus 18:19 Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus.
Mateus 18:35 Assim vos fará também meu Pai celestial, se do coração não perdoardes, cada um a seu irmão, as suas ofensas.
Mateus 19:24 E outra vez vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de Deus.
Mateus 21:29 Ele, porém, respondendo, disse: Não quero. Mas, depois, arrependendo-se, foi.
Mateus 25:11 E, depois, chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, senhor, abre-nos a porta!
Mateus 25:21 E o seu senhor lhe disse: Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor.
Mateus 26:39 E, indo um pouco adiante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.
Mateus 26:42 E, indo segunda vez, orou, dizendo: Meu Pai, se este cálice não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade.
Marcos 3:35 Porquanto qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, e minha irmã, e minha mãe.
Marcos 9:47 E, se o teu olho te escandalizar, lança-o fora; melhor é para ti entrares no Reino de Deus com um só olho do que, tendo dois olhos, ser lançado no fogo do inferno,
Marcos 10:23 Então, Jesus, olhando ao redor, disse aos seus discípulos: Quão dificilmente entrarão no Reino de Deus os que têm riquezas!
Lucas 6:46 E por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?
Lucas 11:28 Mas ele disse: Antes, bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam.
Lucas 13:25 Quando o pai de família se levantar e cerrar a porta, e começardes a estar de fora e a bater à porta, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos; e, respondendo ele, vos disser: Não sei de onde vós sois,
Lucas 18:25 Porque é mais fácil entrar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no Reino de Deus.
João 3:5 Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no Reino de Deus.
João 5:17 E Jesus lhes respondeu: Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também.
João 6:40 Porquanto a vontade daquele que me enviou é esta: que todo aquele que vê o Filho e crê nele tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último Dia.
João 7:17 Se alguém quiser fazer a vontade dele, pela mesma doutrina, conhecerá se ela é de Deus ou se eu falo de mim mesmo.
João 10:29 Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las das mãos de meu Pai.
João 14:7 Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis e o tendes visto.
João 15:23 Aquele que me aborrece aborrece também a meu Pai.
Atos 14:22 confirmando o ânimo dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus.
Atos 19:13 E alguns dos exorcistas judeus, ambulantes, tentavam invocar o nome do Senhor Jesus sobre os que tinham espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus, a quem Paulo prega.
Romanos 2:13 Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados.
Romanos 12:2 E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Efésios 6:6 não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus;
Colossenses 4:12 Saúda-vos Epafras, que é dos vossos, servo de Cristo, combatendo sempre por vós em orações, para que vos conserveis firmes, perfeitos e consumados em toda a vontade de Deus.
I Tessalonicenses 4:3 Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que vos abstenhais da prostituição,
I Tessalonicenses 5:18 Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco.
Tito 1:16 Confessam que conhecem a Deus, mas negam-no com as obras, sendo abomináveis, e desobedientes, e reprovados para toda boa obra.
Hebreus 4:6 Visto, pois, que resta que alguns entrem nele e que aqueles a quem primeiro foram pregadas as boas-novas não entraram por causa da desobediência,
Hebreus 13:21 vos aperfeiçoe em toda a boa obra, para fazerdes a sua vontade, operando em vós o que perante ele é agradável por Cristo Jesus, ao qual seja glória para todo o sempre. Amém!
Tiago 1:22 E sede cumpridores da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos.
Tiago 2:20 Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta?
I Pedro 2:15 Porque assim é a vontade de Deus, que, fazendo o bem, tapeis a boca à ignorância dos homens loucos;
I Pedro 4:2 para que, no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências dos homens, mas segundo a vontade de Deus.
I João 3:21 Amados, se o nosso coração nos não condena, temos confiança para com Deus;
Apocalipse 2:27 e com vara de ferro as regerá; e serão quebradas como vasos de oleiro; como também recebi de meu Pai,
Apocalipse 3:5 O que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos.
Apocalipse 22:14 Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:22

Números 24:4 fala aquele que ouviu os ditos de Deus, o que vê a visão do Todo-Poderoso, caindo em êxtase e de olhos abertos:
Números 31:8 Mataram mais, além dos que já foram mortos, os reis dos midianitas, a Evi, e a Requém, e a Zur, e a Hur, e a Reba, cinco reis dos midianitas; também a Balaão, filho de Beor, mataram à espada.
I Reis 22:11 E Zedequias, filho de Quenaana, fez para si uns chifres de ferro e disse: Assim diz o Senhor: Com estes ferirás aos siros até de todo os consumir.
Isaías 2:11 Os olhos altivos dos homens serão abatidos, e a altivez dos varões será humilhada; e só o Senhor será exaltado naquele dia.
Isaías 2:17 E a altivez do homem será humilhada, e a altivez dos varões se abaterá, e só o Senhor será exaltado naquele dia.
Jeremias 23:13 Nos profetas de Samaria, bem vi eu loucura: profetizaram da parte de Baal e fizeram errar o meu povo de Israel.
Malaquias 3:17 E eles serão meus, diz o Senhor dos Exércitos, naquele dia que farei, serão para mim particular tesouro; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que o serve.
Mateus 7:21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no Reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
Mateus 10:5 Jesus enviou estes doze e lhes ordenou, dizendo: Não ireis pelo caminho das gentes, nem entrareis em cidade de samaritanos;
Mateus 10:15 Em verdade vos digo que, no Dia do Juízo, haverá menos rigor para o país de Sodoma e Gomorra do que para aquela cidade.
Mateus 24:36 Porém daquele Dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, mas unicamente meu Pai.
Mateus 25:11 E, depois, chegaram também as outras virgens, dizendo: Senhor, senhor, abre-nos a porta!
Lucas 10:12 E digo-vos que mais tolerância haverá naquele dia para Sodoma do que para aquela cidade.
Lucas 13:25 Quando o pai de família se levantar e cerrar a porta, e começardes a estar de fora e a bater à porta, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos; e, respondendo ele, vos disser: Não sei de onde vós sois,
João 11:51 Ora, ele não disse isso de si mesmo, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação.
Atos 19:13 E alguns dos exorcistas judeus, ambulantes, tentavam invocar o nome do Senhor Jesus sobre os que tinham espíritos malignos, dizendo: Esconjuro-vos por Jesus, a quem Paulo prega.
I Coríntios 13:1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
I Tessalonicenses 5:4 Mas vós, irmãos, já não estais em trevas, para que aquele Dia vos surpreenda como um ladrão;
II Tessalonicenses 1:10 quando vier para ser glorificado nos seus santos e para se fazer admirável, naquele Dia, em todos os que creem (porquanto o nosso testemunho foi crido entre vós).
II Timóteo 1:12 por cuja causa padeço também isto, mas não me envergonho, porque eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o meu depósito até àquele Dia.
II Timóteo 1:18 O Senhor lhe conceda que, naquele Dia, ache misericórdia diante do Senhor. E, quanto me ajudou em Éfeso, melhor o sabes tu.
II Timóteo 4:8 Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda.
Hebreus 6:4 Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo,
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:23

Salmos 5:5 Os loucos não pararão à tua vista; aborreces a todos os que praticam a maldade.
Salmos 6:8 Apartai-vos de mim todos os que praticais a iniquidade; porque o Senhor já ouviu a voz do meu lamento.
Mateus 25:12 E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço.
Mateus 25:41 Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos;
Lucas 13:25 Quando o pai de família se levantar e cerrar a porta, e começardes a estar de fora e a bater à porta, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos; e, respondendo ele, vos disser: Não sei de onde vós sois,
Lucas 13:27 E ele vos responderá: Digo-vos que não sei de onde vós sois; apartai-vos de mim, vós todos os que praticais a iniquidade.
João 10:14 Eu sou o bom Pastor, e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido.
João 10:27 As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem;
II Timóteo 2:19 Todavia, o fundamento de Deus fica firme, tendo este selo: O Senhor conhece os que são seus, e qualquer que profere o nome de Cristo aparte-se da iniquidade.
Apocalipse 22:15 Ficarão de fora os cães e os feiticeiros, e os que se prostituem, e os homicidas, e os idólatras, e qualquer que ama e comete a mentira.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:24

Jó 28:28 Mas disse ao homem: Eis que o temor do Senhor é a sabedoria, e apartar-se do mal é a inteligência.
Salmos 111:10 O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; bom entendimento têm todos os que lhe obedecem; o seu louvor permanece para sempre.
Salmos 119:99 Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque medito nos teus testemunhos.
Salmos 119:130 A exposição das tuas palavras dá luz e dá entendimento aos símplices.
Provérbios 10:8 O sábio de coração aceita os mandamentos, mas o louco palrador será transtornado.
Provérbios 14:8 A sabedoria do prudente é entender o seu caminho, mas a estultícia dos tolos é enganar.
Mateus 5:3 Bem-aventurados os pobres de espírito, porque deles é o Reino dos céus;
Mateus 5:28 Eu porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela.
Mateus 6:14 Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós.
Mateus 6:19 Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam.
Mateus 7:7 Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á.
Mateus 7:13 Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso, o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela;
Mateus 12:50 porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai, que está nos céus, este é meu irmão, e irmã, e mãe.
Lucas 6:47 Qualquer que vem a mim, e ouve as minhas palavras, e as observa, eu vos mostrarei a quem é semelhante.
Lucas 11:28 Mas ele disse: Antes, bem-aventurados os que ouvem a palavra de Deus e a guardam.
João 13:17 Se sabeis essas coisas, bem-aventurados sois se as fizerdes.
João 14:15 Se me amardes, guardareis os meus mandamentos.
João 14:22 Disse-lhe Judas (não o Iscariotes): Senhor, de onde vem que te hás de manifestar a nós e não ao mundo?
João 15:10 Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, do mesmo modo que eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e permaneço no seu amor.
João 15:14 Vós sereis meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando.
Romanos 2:6 o qual recompensará cada um segundo as suas obras,
I Coríntios 3:10 Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele.
Gálatas 5:6 Porque, em Jesus Cristo, nem a circuncisão nem a incircuncisão têm virtude alguma, mas, sim, a fé que opera por amor.
Gálatas 6:7 Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará.
Tiago 1:21 Pelo que, rejeitando toda imundícia e acúmulo de malícia, recebei com mansidão a palavra em vós enxertada, a qual pode salvar a vossa alma.
Tiago 2:17 Assim também a fé, se não tiver as obras, é morta em si mesma.
Tiago 3:13 Quem dentre vós é sábio e inteligente? Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras em mansidão de sabedoria.
I João 2:3 E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos.
I João 3:22 e qualquer coisa que lhe pedirmos, dele a receberemos, porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agradável à sua vista.
I João 5:3 Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; e os seus mandamentos não são pesados.
Apocalipse 22:14 Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que tenham direito à árvore da vida e possam entrar na cidade pelas portas.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:25

Salmos 92:13 Os que estão plantados na Casa do Senhor florescerão nos átrios do nosso Deus.
Salmos 125:1 Os que confiam no Senhor serão como o monte Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.
Ezequiel 13:11 dize aos que rebocam de cal não adubada que ela cairá. Haverá uma grande pancada de chuva, e vós, ó pedras grandes de saraiva, caireis, e um vento tempestuoso a fenderá.
Malaquias 3:3 E assentar-se-á, afinando e purificando a prata; e purificará os filhos de Levi e os afinará como ouro e como prata; então, ao Senhor trarão ofertas em justiça.
Mateus 16:18 Pois também eu te digo que tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.
Atos 14:22 confirmando o ânimo dos discípulos, exortando-os a permanecer na fé, pois que por muitas tribulações nos importa entrar no Reino de Deus.
I Coríntios 3:13 a obra de cada um se manifestará; na verdade, o Dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um.
Efésios 3:17 para que Cristo habite, pela fé, no vosso coração; a fim de, estando arraigados e fundados em amor,
Colossenses 2:7 arraigados e edificados nele e confirmados na fé, assim como fostes ensinados, crescendo em ação de graças.
Tiago 1:12 Bem-aventurado o varão que sofre a tentação; porque, quando for provado, receberá a coroa da vida, a qual o Senhor tem prometido aos que o amam.
I Pedro 1:5 que, mediante a fé, estais guardados na virtude de Deus, para a salvação já prestes para se revelar no último tempo,
I Pedro 1:7 para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo;
I João 2:19 Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:26

I Samuel 2:30 Portanto, diz o Senhor, Deus de Israel: Na verdade, tinha dito eu que a tua casa e a casa de teu pai andariam diante de mim perpetuamente; porém, agora, diz o Senhor: Longe de mim tal coisa, porque aos que me honram honrarei, porém os que me desprezam serão envilecidos.
Provérbios 14:1 Toda mulher sábia edifica a sua casa, mas a tola derriba-a com as suas mãos.
Jeremias 8:9 Os sábios foram envergonhados, foram espantados e presos; eis que rejeitaram a palavra do Senhor; que sabedoria, pois, teriam?
Lucas 6:49 Mas o que ouve e não pratica é semelhante ao homem que edificou uma casa sobre terra, sem alicerces, na qual bateu com ímpeto a corrente, e logo caiu; e foi grande a ruína daquela casa.
Tiago 2:20 Mas, ó homem vão, queres tu saber que a fé sem as obras é morta?
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:27

Ezequiel 13:10 Visto que, sim, visto que andam enganando o meu povo, dizendo: Paz, não havendo paz; e um edifica a parede de lodo, e outros a rebocam de cal não adubada,
Mateus 12:43 E, quando o espírito imundo tem saído do homem, anda por lugares áridos, buscando repouso, e não o encontra.
Mateus 13:19 Ouvindo alguém a palavra do Reino e não a entendendo, vem o maligno e arrebata o que foi semeado no seu coração; este é o que foi semeado ao pé do caminho;
I Coríntios 3:13 a obra de cada um se manifestará; na verdade, o Dia a declarará, porque pelo fogo será descoberta; e o fogo provará qual seja a obra de cada um.
Hebreus 10:26 Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados,
II Pedro 2:20 Porquanto se, depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos, tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:28

Salmos 45:2 Tu és mais formoso do que os filhos dos homens; a graça se derramou em teus lábios; por isso, Deus te abençoou para sempre.
Mateus 11:1 E aconteceu que, acabando Jesus de dar instruções aos seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles.
Mateus 13:53 E aconteceu que Jesus, concluindo essas parábolas, se retirou dali.
Mateus 19:1 E aconteceu que, concluindo Jesus esses discursos, saiu da Galileia e dirigiu-se aos confins da Judeia, além do Jordão.
Mateus 22:33 E, as turbas, ouvindo isso, ficaram maravilhadas da sua doutrina.
Mateus 26:1 E aconteceu que, quando Jesus concluiu todos esses discursos, disse aos seus discípulos:
Marcos 1:22 E maravilharam-se da sua doutrina, porque os ensinava como tendo autoridade e não como os escribas.
Marcos 6:2 E, chegando o sábado, começou a ensinar na sinagoga; e muitos, ouvindo-o, se admiravam, dizendo: De onde lhe vêm essas coisas? E que sabedoria é esta que lhe foi dada? E como se fazem tais maravilhas por suas mãos?
Marcos 11:18 E os escribas e príncipes dos sacerdotes, tendo ouvido isso, buscavam ocasião para o matar; pois eles o temiam porque toda a multidão estava admirada acerca da sua doutrina.
Lucas 4:22 E todos lhe davam testemunho, e se maravilhavam das palavras de graça que saíam da sua boca, e diziam: Não é este o filho de José?
Lucas 4:32 E admiravam-se da sua doutrina, porque a sua palavra era com autoridade.
Lucas 19:48 e não achavam meio de o fazer, porque todo o povo pendia para ele, escutando-o.
João 7:15 E os judeus maravilhavam-se, dizendo: Como sabe este letras, não as tendo aprendido?
João 7:46 Responderam os 3servidores: Nunca homem algum falou assim como este homem.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 7:29

Deuteronômio 18:18 Eis que lhes suscitarei um profeta do meio de seus irmãos, como tu, e porei as minhas palavras na sua boca, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar.
Eclesiastes 8:4 Porque a palavra do rei tem poder; e quem lhe dirá: Que fazes?
Isaías 50:4 O Senhor Jeová me deu uma língua erudita, para que eu saiba dizer, a seu tempo, uma boa palavra ao que está cansado. Ele desperta-me todas as manhãs, desperta-me o ouvido para que ouça como aqueles que aprendem.
Jeremias 23:28 O profeta que teve um sonho, que conte o sonho; e aquele em quem está a minha palavra, que fale a minha palavra, com verdade. Que tem a palha com o trigo? ? diz o Senhor.
Miquéias 3:8 Mas, decerto, eu sou cheio da força do Espírito do Senhor e cheio de juízo e de ânimo, para anunciar a Jacó a sua transgressão e a Israel o seu pecado.
Mateus 5:20 Porque vos digo que, se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos céus.
Mateus 5:28 Eu porém, vos digo que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar já em seu coração cometeu adultério com ela.
Mateus 5:32 Eu, porém, vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, a não ser por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério; e qualquer que casar com a repudiada comete adultério.
Mateus 5:44 Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem,
Mateus 15:1 Então, chegaram ao pé de Jesus uns escribas e fariseus de Jerusalém, dizendo:
Mateus 21:23 E, chegando ao templo, acercaram-se dele, estando já ensinando, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo, dizendo: Com que autoridade fazes isso? E quem te deu tal autoridade?
Mateus 23:2 dizendo: Na cadeira de Moisés, estão assentados os escribas e fariseus.
Mateus 23:15 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o fazeis filho do inferno duas vezes mais do que vós.
Mateus 28:18 E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra.
Marcos 7:5 Depois, perguntaram-lhe os fariseus e os escribas: Por que não andam os teus discípulos conforme a tradição dos antigos, mas comem com as mãos por lavar?
Lucas 20:8 E Jesus lhes disse: Tampouco vos direi com que autoridade faço isto.
Lucas 20:46 Guardai-vos dos escribas, que querem andar com vestes compridas e amam as saudações nas praças, e as principais cadeiras nas sinagogas, e os primeiros lugares nos banquetes;
Lucas 21:15 porque eu vos darei boca e sabedoria a que não poderão resistir, nem contradizer todos quantos se vos opuserem.
Atos 3:22 Porque Moisés disse: O Senhor, vosso Deus, levantará dentre vossos irmãos um profeta semelhante a mim; a ele ouvireis em tudo quanto vos disser.
Atos 6:10 E não podiam resistir à sabedoria e ao Espírito com que falava.
Hebreus 4:12 Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais penetrante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até à divisão da alma, e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Mateus 7 : 3
cisco
Lit. “qualquer pequena coisa seca, como palha, restolho, farpa, lasca, cisco”.

Mateus 7 : 5
verás em profundidade
Lit. “ver através de, ao redor; divisar, olhar firmemente, fixamente ao longe (a distância), ver de forma abrangente; examinar, considerar”. A preposição “dia”, prefixada ao verbo “ver”, confere-lhe o sentido de alcance, profundidade de visão, ausência de barreiras (através de). Nesse caso, a idéia é de que a pessoa, após retirar a trave dos olhos, passará a ver ao longe, ou seja, sua visão terá profundidade, alcance, não haverá barreiras (trave) para ela.

Mateus 7 : 6
pisá-las
Trata-se de semitismo, utilizado para reforçar a ideia do verbo.

Mateus 7 : 11
maus
Lit. “mal; mau, malvado, malevolente; maligno, malfeitor, perverso; criminoso, ímpio”. No grego clássico, a expressão significava “sobrecarregado”, “cheio de sofrimento”, “desafortunado”, “miserável”, “indigno”, como também “mau”, “causador de infortúnio”, “perigoso”. No Novo Testamento refere-se tanto ao “mal” quanto ao “malvado”, “mau”, “maligno”, sendo que em alguns casos substitui a palavra hebraica “satanás” (adversário).

Mateus 7 : 11
dádivas
Lit. “dádiva, dom, presente”.

Mateus 7 : 13
espaçoso
Lit. “espaçoso, amplo, largo”.

Mateus 7 : 13
destruição
Lit. “destruição, ruína, perdição; dissipação, desperdício”.

Mateus 7 : 15
vorazes
Lit. “devorador voraz, devastador”, por extensão: explorador, opressor, dado à extorsão e ao roubo.

Mateus 7 : 16
abrolhos
Lit. “abrolho, cardo, espinheiro, sarça”.

Mateus 7 : 17
deteriorada
Lit. “podre, estragado, deteriorado”, por extensão: corrompido, viciado, impuro.

Mateus 7 : 17
maus
Lit. “mal; mau, malvado, malevolente; maligno, malfeitor, perverso; criminoso, ímpio”. No grego clássico, a expressão significava “sobrecarregado”, “cheio de sofrimento”, “desafortunado”, “miserável”, “indigno”, como também “mau”, “causador de infortúnio”, “perigoso”. No Novo Testamento refere-se tanto ao “mal” quanto ao “malvado”, “mau”, “maligno”, sendo que em alguns casos substitui a palavra hebraica “satanás” (adversário).

Mateus 7 : 22
daimones
δαιμονιον (daimonion) Lit. “deus pagão, divindade; gênio, espírito; mau espírito, demônio”.

Mateus 7 : 22
prodígios
Lit. “poder, força, habilidade”. Trata-se de um substantivo utilizado como objeto do verbo “fazer”, o que requer um esforço para recuperar a força da expressão.

Mateus 7 : 23
obreiros
Lit. “aqueles que trabalham sem lei ou fora da lei (transgressores)”. O segundo termo da expressão (anomia – sem lei), significa ausência de lei, lacuna legislativa, ausência de regra, portanto, a expressão “obreiros sem lei ou fora da lei” transmite melhor o sentido.

Mateus 7 : 24
homem
Lit. “varão, macho (sexo masculino), homem”.

Mateus 7 : 24
prudente
Lit. “prudente, sábio, sensato; sagaz; cauteloso, ponderado, cuidadoso”.

Mateus 7 : 24
rocha
Lit. “rocha, pedra; terreno rochoso”.

Mateus 7 : 25
torrentes
Lit. “rio, curso d’água; inundação, torrente”. A escolha do termo torrente reflete melhor o contexto da passagem, que sugere uma tempestade acompanhada dos fenômenos naturais decorrentes (chuva, inundação, vendaval).

Mateus 7 : 25
precipitaram-se
Lit. “cair sobre, coligir com, lançar-se contra; precipitar-se sobre”.

Mateus 7 : 25
desabou
Lit. “cair, cair em ruína”. No contexto, a melhor tradução para verbo “cair” nos parece ser “desabar”, uma vez que se faz referência a uma casa, cujo alicerce apresenta problema estrutural.

Mateus 7 : 25
alicerçada
Lit. “fundar, assentar o fundamento, alicerçar-se; fundamentar, estabelecer”.

Mateus 7 : 26
tolo
Lit. “tolo, insensato, estúpido; embotado, bobo; ridículo”.

Mateus 7 : 27
chocaram-se
Lit. “bater contra, chocar-se; bater os pés, tropeçar; arrojar, espancar”.

Mateus 7 : 28
maravilhadas
Lit. “maravilhar-se, impressionar-se, surpreender-se, espantar-se”.


Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 279

Mt 7:1 "NÃO, DE MANEIRA NENHUMA, JULGUEIS 5ÓS" pode ser entendido como "NÃO PASSEIS- SENTENÇA- FINAL (e com hipocrisia ou dureza excessiva, não bíblica)":
- A proibição se refere mais especificamente ao julgamento HIPÓCRITA, feito por hipócritas, veja v. 5.
- A Bíblia proíbe julgar no sentido de passar sentença-final, que somente Deus pode passar; e proíbe julgar o coração e os motivos; e julgar com parcialidade ou com maus motivos. Mas NÃO proíbe julgar no sentido de DISCERNIR a qualidade das ações e palavras. Pelo contrário, neste sentido a Bíblia ORDENA, explicitamente, que julguemos muitas coisas Jo 7:24; Lc 7:43; Lc 12:57; 1Co 10:15; 1Co 2:15. E muito do que a Bíblia nos ordena exige, implicitamente, discernirmos Mt 7:6; 1Co 2:15. Nota Tg 4:11. Ver http://solascriptura-tt.org/SeparacaoEclesiastFundament/DeveCrenteNuncaJulgar-Huling.htm.
- Notas nos outros versos usual e erroneamente usados pelos ecumênicos e antisseparatistas: 1Sm 24:4-10; Mt 7:1-2; Mt 18:15-17; Mc 9:38-40; Jo 13:35; Jo 17:21; At 5:38-39; Rm 14:4; Ef 4:3-6; Fp 1:27.
- Ver http://solascriptura-tt.org/SeparacaoEclesiastFundament/.


 280

Mt 7:1 «Um dos versículos mais mal interpretados na Bíblia é: "Não julgueis vós, para que não sejais julgados". (Mt 7:1). Toda Escritura deve ser tomada em seu contexto, se quisermos adequadamente entender o seu verdadeiro significado. Nos versículos de 2 a 5 deste mesmo capítulo é evidente que o versículo Mt 7:1 está se referindo ao julgamento hipócrita. Um irmão que tem uma trave em seu próprio olho não deve julgar o irmão que tem um argueiro no seu. A lição é clara, você não pode julgar outro pelo pecado dele se você é culpado do mesmo pecado. Aqueles que se prendem ao "Não julgueis vós, para que não sejais julgados", para condenar aqueles que expõem o erro, devem ler o capítulo inteiro. Jesus disse: "Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas..." (vers. Mt 7:15). Como podemos conhecer os falsos profetas se não os julgarmos pela Palavra de Deus? Se conhecermos os falsos profetas, como podemos deixar de alertar o rebanho a respeito desses "lobos devoradores"? Por toda a Bíblia encontramos provas de que devemos os identificar e os expor.» E.L. Bynum, em "Is 1t Right: To Judge, To Expose Error, & To Call Names?"


 ①

tradução pelo exegeta Pr. Robert W. Redding.


 281

Mt 7:3 "ARGUEIRO... IRMÃO... TRAVE... TEU PRÒPRIO OLHO": Não devemos viver sôfrega e incessantemente procurando pelos pequeninos ARGUEIROS nos olhos dos OUTROS, outros 1RMÃOS, principalmente quando não cuidamos de tirar as grandes TRAVES dos NOSSOS próprios olhos.


 282

Mt 7:6 Pode "CÃES" se referir a pessoas que, mesmo se lhes falarmos da justiça e bondade de Deus, redobram em extrema imundícia, obscenidade e ferocidade (como perseguidores, hereges e apóstatas)? Ou a sodomitas (como em Dt 23:18)? Ou a judaizantes e falsos apóstolos (Fp 3:2)? Ou a maus pastores (Is 56:10-11)?


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vivos, é claros.


 283

Mt 7:12 "TODAS AS COISAS, POIS, TANTAS QUANTO VÓS QUEIRAIS QUE VOS FAÇAM OS HOMENS, DO MESMO MODO TAMBÉM FAZEI, *VÓS*, A ELES": Esta é a chamada REGRA DE OURO e é encontrada também em Lc 6:31 (compare Ef 4:32).
- Claro que o Espírito Santo não precisa copiar de ninguém, mas Confúcio dissera algo semelhante, embora apenas na muitíssimo inferior forma negativa: "não faças aos outros o que não queres que te façam." Mas meramente não infligir mal a ninguém é infinitamente inferior a ajudar todos sacrificialmente.


 284

Mt 7:15-23 "FALSOS PROFETAS... NEM TODO AQUELE QUE ESTÁ ME DIZENDO: SENHOR, SENHOR! ENTRARÁ NO REINAR DOS CÉUS": À luz do contexto local (e de toda a Bíblia), nada afeta o verdadeiro salvo, pertencente à dispensação das assembleias locais, quanto à segurança da salvação, e há 2 soluções para esta passagem:

1) Este livro de Mateus não foi dirigido nem se refere sempre e somente aos crentes da dispensação das assembleias (ver nota preambular (antes do verso Mt 7:1 do cap. Mt 1:1) de Hebreus), e esta passagem se aplica ao grupo de JUDEUS do período de transição de antes da Diáspora do ano 70 (tendo alguns membros já salvos e pertencentes à dispensação das assembleias locais, e tendo outros membros ainda no vestíbulo da salvação, em parte crendo à maneira do Velho Testamento, já sendo atraídos para o Cristo mas ainda NÃO realmente estando nEle!), e/ou à 70ª Semana de Daniel, e/ou ao Milênio.

2) SE tivesse sido escrita e se aplicasse aos salvos da dispensação das assembleias locais, a passagem se referiria a APÓSTATAS (aqueles que professaram salvação, mas nunca a tiveram realmente, e, finalmente, se revelaram) que eram FALSOS MESTRES.

- FALSOS MESTRES (adaptado de Willmington' s "Guide to the Bible"):
. São lobos devoradores Mt 7:15; At 20:29.
. Odeiam as verdadeiras ovelhas At 20:29.
. Enganarão a muitos através de grandes sinais e maravilhas Mt 24:11,Mt 24:24.
. São perversos construtores de impérios At 20:30.
. São divisores e materialistas Rm 16:17-18.
. Falam de modo impressionante, usando linguagem floreada Rm 16:18.
. Enganam por permitirem Satanás manifestar-se com aparência como se fossem anjo de luz ao invés de demônio da escuridão 2Co 11:13,2Co 11:15.
. Suas naturezas e mensagens são controladas por demônios 1Tm 4:1-3.
. Pervertem a doutrina do Filho de Deus 2Pe 2:1; 2Jo 1:1; Jd 1:4; Ap 22:18-19.
. Pervertem a doutrina da graça de Deus Jd 1:1.
. "Eventualmente", poderão ser identificados pelos seus frutos Mt 7:16-20; Tg 3:11-12; 1Jo 2:19.


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"espinheiro" é árvore; "abrolho" é rama, ou trepadeira, ou baixo arbusto; tanto espinheiro como abrolho têm espinhos.


 285

Mt 7:21 "NEM TODO AQUELE QUE ESTÁ ME DIZENDO": Durante a dispensação das assembleias e na Tribulação, há o crente falso disfarçado de real, e/ou há erro sutilmente inoculado pelo Diabo, disfarçada mas terrivelmente corrompendo a massa. Nota Mt 3:2.


 286

Mt 7:22 "SENHOR, SENHOR" (repetição dupla, não tripla) talvez implique não crerem realmente na divindade das 3 pessoas de a Trindade.


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Mt 7:23 "(VÓS) OS QUE ESTAIS PRATICANDO ESTE DESPREZO- ÀS- LEIS"
- Quem pode deixar de notar a semelhança desses falsos profetas, lobos devoradores, com aqueles que, hoje, caracterizam-se por clamar que têm o DOM (i. é, o grande ministério deles é exatamente o) de alguma destas 3 coisas: profetizar, expulsar demônios (nota Mt 8:29) ou fazer maravilhas?... A Bíblia mostra, em 2Co 12:12, que estes dons foram característicos e exclusivos dos 13 apóstolos e 70 discípulos (notas 2Co 12:12; At 2:4. Ver http://solascriptura-tt.org/Seitas/Pentecostalismo/So83ApostEDiscTiveramDonsSinais-Helio.htm).
- Como poderemos não pensar que este desprezo- às- leis está associado exatamente a isto: eles profetizarem, clamarem que expulsam demônios (nota Mt 8:29) e fazerem maravilhas?
- Como poderemos não deduzir que não são salvos todos aqueles que hoje clamam "um meu grande ministério é profetizar profecias que não estão na Bíblia, mas as recebo de o Senhor" ou "um meu grande ministério é expulsar demônios" (nota Mt 8:29) ou "um meu grande ministério é fazer maravilhas"???...


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Mt 7:25 "CHUVA" simboliza teste. Chuva foi enviada dos céus por Deus para pôr à prova Noé (para o seu bem, para fortalecê-lo) e para condenar os ímpios; e chuva foi trazida pelo Diabo para tentar Jó para o mal (tentando fazer com que se perdesse e blasfemasse de Deus).


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Mt 7:24-27 CASAS "SOBRE A ROCHA" E "SOBRE A AREIA": Durante a dispensação das assembleias e na 70ª Semana de Daniel, há o crente falso disfarçado de real, e/ou há erro sutilmente inoculado pelo Diabo, disfarçada mas terrivelmente corrompendo a massa. Nota Mt 3:2.


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qualidade que realmente tinha.


Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO

UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO
Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.

No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era.
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo.
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.

DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade.
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros.
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:


Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).

A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.

A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21.
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.

A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.

VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem.

Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
As estradas da Palestina
As estradas da Palestina

HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA

HIDROLOGIA
Não é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv 26:3-20). Mais tarde, quando estava na iminência de se lancar em sua missão de ocupar Canaã, o povo recebeu as descrições mais vívidas e completas das características hidrológicas daquela terra. "Pois a terra na qual estais entrando para tomar posse não é como a terra do Egito, de onde saístes, em que semeáveis a semente e a regáveis a pé [referência ou a um tipo de dispositivo usado para puxar água que era movimentado com os pés ou a comportas de irrigação que podiam ser erguidas com os pés para permitir que as águas entrassem em canais secundários], como se faz a uma horta; a terra em que estais entrando para dela tomar posse é terra de montes e de vales, que bebe as águas da chuva do céu; terra cuidada pelo SENHOR, teu Deus, cujos olhos estão continuamente sobre ela, desde o princípio até o fim do ano" (Dt 11:10-12).
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt 28:12-2Cr 7.13,14; J6 5.10; 28.25,26; 36.27,28; SI 65:9-13 135:7-147.8,18; Is 30:23-25; Ez 34:26; Os 6:3; Am 9:6; Zc 10:1; MI 3.10; Mt 5:45; At 14:17; Hb 6:7). De modo análogo, Deus tem a prerrogativa soberana de reter a chuva como sinal de sua insatisfação e juízo (e.g., Dt 28:22-24; 1Rs 8:35-36; 17.1; 2Cr 6:26-27; Jó 12.15; Is 5:6; Jr 3:3-14:1-6; Am 4:7-8; Zc 14:17). 110 Parece que os autores das Escrituras empregaram essa realidade teológica justamente por causa das implicações hidrológicas dinâmicas que teriam sido por demais óbvias para quem quer que tentasse sobreviver em Canaã. Para o israelita antigo, a chuva era um fator providencialmente condicionado.
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs 17:1; Ag 1:10-11; cp. Gn 27:39-25m 1.21; Is 26:19; Os 14:5; Jó 29.19). 112 Com certeza, poucos agricultores na América do Norte ou Europa tiveram boas colheitas principalmente como resultado de orvalho.
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs 16:32-33; 19:10-14), e o sincretismo deles se tornou o tema triste e recorrente do livro de Juízes. Aqueles dessa geração posterior não deram ouvidos às exortações proféticas e logo descobriram que, na prática, eram cananeus - pessoas que, por meio do culto da fertilidade, procuravam garantir que houvesse chuva suficiente. O baalismo cananeu estava envolvido com uma cosmovisão cíclica (e não com uma linear), em que o mundo fenomênico, a saber, as forças da natureza, era personificado. Dessa maneira, os adeptos do baalismo eram incapazes de perceber que as estações do ano eram de uma periodicidade regular e mecânica. A variação e a recorrência das estações eram vistas em termos de lutas cósmicas. Quando a estação seca da primavera começava com a consequente cessação de chuva e a morte da vegetação, inferiam erroneamente que o deus da esterilidade (Mot) havia assassinado seu adversário, Baal. Por sua vez, quando as primeiras chuvas do outono começavam a cair, tornando possível a semeadura e, mais tarde, a colheita, de novo o baalismo cometia o erro de inferir que o deus da fertilidade (Baal) havia ressuscitado e retornado à sua posição proeminente.
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt 4:26; cp. Jr 2:7-8,22,23; 11.13; Os 4:12-14; Mq 1:7). Mas, apesar de todas as advertências, ao que parece a realidade hidrológica da terra levou os israelitas a suporem que também necessitavam de rituais cananeus para sobreviver num lugar que dependia tanto da chuva (1Sm 12:2-18; 1Rs 14:22-24; 2Rs 23:6-7; 2Cr 15:16: Jr 3:2-5; Ez 8:14-15; 23:37-45). Israel logo começou a atribuir a Baal, e não a lahweh, as boas dádivas da terra (Is 1:3-9; Jr 2:7; Os 2:5-13) e, por fim, os israelitas chegaram ao ponto de chamar lahweh de "Baal" (Os 2:16). O tema bíblico recorrente de "prostituir-se" tinha um sentido muito mais profundo do que uma mera metáfora teológica (Jz 2:17-8.27,33; 1Cr 5:25; Ez 6:9; Os 4:12-9.1; cp. Dt 31:16-1Rs 14.24; 2Rs 23:7). Além do mais, no fim, a adoção dessa degeneração contribuiu para a derrota e o exílio de Israel (e.g., 1Cr 5:26-9.1; SI 106:34-43; Jr 5:18-28; 9:12-16; 44:5-30; Ez 6:1-7; 33:23-29).
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt 6:3-31.20; Is 5:6; Jr 11:5), de igual forma as Escrituras, mais tarde, utilizam a metáfora para tornar a apresentar esse forte contraste entre o Egito e Cana (e.g., Dt 11:9-12; 26.8,9; Jr 32:21-23; Ez 20:6). Nesse aspecto, o texto de Deuteronômio 11:8-17 é especialmente revelador: aí a terra de leite e mel será um lugar em que a fertilidade estará condicionada à fé em contraste com a fertilidade garantida do Egito.
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is 7:15-25). A palavra para "leite" (halab) é usada com frequência para designar o leite de cabra e ovelha (Êx 23.19; Dt 14:21-1Sm 7.9; Pv 27:26-27), raramente para se referir ao leite de vaca (Dt 32:14) e nunca ao de camela. Ocasionalmente a palavra para "mel" (debash) é interpretada como referência a uma calda ou geleia feita de uvas ou tâmaras ou secretada por certas árvores, mas é quase certo que, nesse contexto, deve se referir ao mel de abelha. A palavra é usada especificamente com abelhas (d°bórá, cp. Jz 14:8-9) e aparece com vários vocábulos diferentes que designam favo (Pv 24:13; Ct 4:11; cp. 1Sm 14:25-27; SI 19.10; Pv 16:24; Ct 5:1). Na descrição encontrada em textos egípcios mais antigos, Canaã tinha seu próprio suprimento de mel,16 uma observação importante à luz do fato bem estabelecido de que a apicultura doméstica era conhecida no Egito desde tempos remotos. Escavações arqueológicas realizadas em 2007 na moderna Rehov/Reobe, logo ao sul de Bete-Sea, encontraram vestígios inconfundíveis de apicultura doméstica em Canaã, datada radiometricamente do período da monarquia unida. Além de mel, restos tanto de cera de abelha quanto de partes de corpos de abelha foram tirados do apiário, e acredita-se que as fileiras de colmeias achadas ali até agora eram capazes de produzir até 450 quilos de mel todos os anos.
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is 7:15-25; J6 20,17) e de áreas de pastagem não cultivadas. Nenhum é produto de terra cultivada. Diante disso, deve-se concluir que os produtos primários de leite e mel são de natureza pastoril e não agrícola. Portanto, a terra é descrita como uma esfera pastoril.
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm 11:4-9). Enquanto andava pelo deserto, o povo de Israel se desiludiu com a dieta diária e monótona de maná e passou a desejar a antiga dieta no Egito (peixe, pepino, melão, alho-poró, cebola e alho). Além de peixe, os alimentos pelos quais ansiavam eram aqueles que podiam ser plantados e colhidos. Em outras palavras. enquanto estavam no Egito, a dieta básica dos israelitas era à base de produtos agrícolas e nada há nesse texto sobre a ideia de pastoralismo. O Egito parece ser apresentado basicamente como o lugar para o lavrador trabalhar a terra, ao passo que a terra da heranca de Israel é basicamente apresentada como o lugar para o pastor criar animais. Isso não quer dizer que não houvesse pastores no Egito (ep. Gn 46:34) nem que não houvesse lavradores em Canaã (cp. Mt 22:5); mas dá a entender que o Egito era predominantemente um ambiente agrícola, ao passo que Canaã era predominantemente de natureza pastoril. Ao se mudar do Egito para uma "terra que dá leite e mel", Israel iria experimentar uma mudanca impressionante de ambiente e estilo de vida É provável que isso também explique por que a Bíblia quase não menciona lavradores, vacas e manadas e, no entanto, está repleta de referências pastoris:


Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:


Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).

Os solos da Palestina
Os solos da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Índice pluviométrico na Palestina
Índice pluviométrico na Palestina

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 1)

Reis do Reino de duas tribos, ao sul Reino de Judá
997 a.C.

Roboão: 17 anos

980

Abias (Abião): 3 anos

978

Asa: 41 anos

937

Jeosafá: 25 anos

913

Jeorão: 8 anos

c. 906

Acazias: 1 ano

c. 905

Rainha Atalia: 6 anos

898

Jeoás: 40 anos

858

Amazias: 29 anos

829

Uzias (Azarias): 52 anos

Reis do Reino de dez tribos, ao norte Reino de Israel
997 a.C.

Jeroboão: 22 anos

c. 976

Nadabe: 2 anos

c. 975

Baasa: 24 anos

c. 952

Elá: 2 anos

Zinri: 7 dias (c. 951)

Onri e Tibni: 4 anos

c. 947

Onri (sozinho): 8 anos

c. 940

Acabe: 22 anos

c. 920

Acazias: 2 anos

c. 917

Jeorão: 12 anos

c. 905

Jeú: 28 anos

876

Jeoacaz: 14 anos

c. 862

Jeoacaz e Jeoás: 3 anos

c. 859

Jeoás (sozinho): 16 anos

c. 844

Jeroboão II: 41 anos

Lista de profetas

Joel

Elias

Eliseu

Jonas

Amós


Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 2)

Reis do reino de Judá (continuação)
777 a.C.

Jotão: 16 anos

762

Acaz: 16 anos

746

Ezequias: 29 anos

716

Manassés: 55 anos

661

Amom: 2 anos

659

Josias: 31 anos

628

Jeoacaz: 3 meses

Jeoiaquim: 11 anos

618

Joaquim: 3 meses e 10 dias

617

Zedequias: 11 anos

607

Jerusalém e seu templo são destruídos pelos babilônios durante o reinado de Nabucodonosor. Zedequias, o último rei da linhagem de Davi, é tirado do trono

Reis do reino de Israel (continuação)
c. 803 a.C.

Zacarias: reinado registrado de apenas 6 meses

Em algum sentido, Zacarias começou a reinar, mas pelo visto seu reinado não foi plenamente confirmado até c. 792

c. 791

Salum: 1 mês

Menaém: 10 anos

c. 780

Pecaías: 2 anos

c. 778

Peca: 20 anos

c. 758

Oseias: 9 anos a partir de c. 748

c. 748

Parece que foi somente em c. 748 que o reinado de Oseias foi plenamente estabelecido ou recebeu o apoio do monarca assírio Tiglate-Pileser III

740

A Assíria conquista Samaria e domina 1srael; o reino de Israel de dez tribos, ao norte, chega ao seu fim

Lista de profetas

Isaías

Miqueias

Sofonias

Jeremias

Naum

Habacuque

Daniel

Ezequiel

Obadias

Oseias


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Emmanuel

mt 7:1
Rumo Certo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 49
Página: -
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Não censures.

Onde o mal apareça, retifiquemos amando, empreendendo semelhante trabalho a partir de nós mesmos.

O cirurgião ampara o corpo enfermo, empregando atenção e carinho, com bisturis adequados.

O artista afeiçoa a pedra ao próprio sonho, aformoseando-lhe a estrutura com paciência e vagar.

Ninguém desfaz a treva sem luz.

E reconhecendo-se que a luz nasce da força que se desgasta, em louvor da cooperação e do benefício, o amor procede do coração que se entrega ao trabalho para compreender e auxiliar.

Quando estiveres a ponto de desanimar ante os empeços do mundo, de espírito inclinado à acusação e à amargura, lembra-te de Deus cuja presença fulge nas faixas mais simples da Natureza.

A Divina Sabedoria apoia a semente para que a semente germine, propiciando-lhe recursos imprescindíveis à existência; nutre-lhe os rebentos, doando-lhes condições precisas para que se desenvolvam, e, convertida a planta em árvore benfeitora, assegura-lhe a seiva e aguarda-lhe ocasião justa para a colheita dos frutos de que enriquecerá o celeiro.

Em toda a parte da Terra, surpreendemos a esperança de Deus, em função ativa, seja na pedra que se erguerá em utilidade, no carvão que se fará diamante, no espinheiral que se metamorfoseará em ninho de flores, na gleba inculta que se transfigurará em jardim.

Deus opera com tempo igual para todos. E a própria Sabedoria Divina nos auxilia a todos indistintamente, agindo, criando, renovando e sublimando com apoio nas horas; sempre que nos vejamos defrontados por dificuldades e incompreensões, saibamos servir com paciência e aprenderemos que, à frente dos problemas da vida, sejam eles quais forem, não existem razões para que venhamos a esmorecer ou desesperar.



mt 7:1
Algo Mais

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 28
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Se te decidires a praticar compreensão, adiantar-te-ás, consideravelmente, no caminho do amor, em direção à paz que se te fará suporte à felicidade.

Para isso, é imperioso te situes no lugar dos outros, de modo a que não percas tempo, com qualquer julgamento leviano, capaz de arrojar-te em complicações e enganos, por vezes, de lastimável e longa duração.

Se te observares na condição do agressor, imagina quão valioso se te faria o perdão daqueles a quem houvesses ferido, após reconheceres que te desmandaste num  momento de desequilíbrio e loucura.

Fosses a pessoa encarcerada em penúria e doença e saberias agradecer os gestos espontâneos de quem te doasse alguns minutos de reconforto ou leves migalhas de auxílio.

Caso te visses no lugar da pessoa caída em tentação, reflete se poderias haver resistido, com mais eficiência, ao assédio das sugestões infelizes.

Estivesses na posição daqueles que controlam a fortuna ou o poder, a influência ou a autoridade e examina, por ti mesmo, qual seria o teu comportamento.

Colocando-te na situação dos companheiros em lágrimas que viram partir entes amados, sob a neblina da morte, mentaliza a extensão do sofrimento que te dilapidaria o coração ao perder a companhia daqueles que mais amas.

De quando a quando, sujeita-te, no silêncio, aos testes dessa natureza, dialogando intimamente de ti para contigo e descobrirás em ti as fontes de renovação espiritual a te nutrirem os sentimentos com novos princípios de tolerância e humanidade.


Realmente, advertiu-nos Jesus:

—  “Não julgueis para não serdes julgados.” (Mt 7:1)

O Divino Mestre, entretanto, não nos proclamou impedidos de julgar a nós próprios, de modo a revisarmos nossos ideais e atitudes, colocando-nos finalmente a caminho da própria sublimação.



mt 7:1
Deus Conosco

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 393
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

20/05/1957


Para que nós, os espíritas, não venhamos a falsear a profecia de que somos portadores, é imprescindível nos atenhamos à obra de amor e luz que nos cabe na concretização dos princípios do Mestre, cuja lição levantamos dos velhos sepulcros da letra em que se nos aprisiona a experiência religiosa.

Disse-nos o Senhor: “Não julgueis para que não sejas julgado”. (Mt 7:1) Isto, decerto, não equivale dizer que é preciso abolir a análise do nosso campo de inteligência, mas sim que toda condenação é vinagre no pão da fraternidade com que pretendemos nutrir a concórdia entre os homens.

Asseverou, de outra feita: “Serás medido com medida idêntica a que aplicares a teu irmão”. (Mt 7:1) Isto também não indica que devamos marchar indiferentes a confrontações e definições, necessárias à elevação de nível do progresso que nos é próprio, mas sim que usar as armas da ironia ou da violência com que somos defrontados no roteiro comum será o mesmo que atirar petróleo à fogueira, com o propósito de extinguirmos o incêndio da crueldade.

Lembremo-nos, pois, na oficina de trabalho a que fomos conduzidos, de que somente amando aos inimigos e ajudando aos que nos perseguem, através do silêncio digno e da oração espontânea, segundo os ensinamentos do divino Orientador, que nos propomos seguir, é que realmente seremos fiéis à luz profética com que somos chamados a construir a nova mentalidade cristã para os novos tempos.

Conjuguemos, assim, emoções e pensamentos, palavras e atitudes, atos e fatos, num só objetivo: a obra de genuíno esclarecimento das almas, com base em nosso próprio testemunho de serviço e de amor, na certeza de que se a árvore, no quadro da natureza, retira do adubo repelente a seiva fecundante que lhe assegura a frutescência em plenitude de substância e beleza, também nós outros, escravizados ainda em nossas próprias imperfeições, podemos retirar delas os mais santos recursos de aprendizado, aproveitando-os, na consecução da tarefa redentora que nos compete realizar e atingindo, por fim, a verdadeira comunhão com aquele que é para nós todos, na Terra, a luz do caminho, o alimento da verdade e a glória incessante da vida.




Nota do Editor: Mensagem psicografada por Chico Xavier no Centro Espírita Luiz Gonzaga, em Pedro Leopoldo | MG.

[Essa mensagem foi publicada também em 1989 pela editora IDEAL e é a 2ª lição do livro: “”.]


mt 7:1
Livro da Esperança

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 84
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai Celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?” — JESUS (Mt 6:26)


“Deus conhece as nossas necessidades e a elas provê, como for necessário. O homem, porém, insaciável nos seus desejos, nem sempre sabe contentar-se com o que tem: o necessário não lhe basta, reclama o supérfluo. A Providência, então, o deixa entregue a si mesmo.” —


Vale-se muita gente do Evangelho para usar as expressões literais do Senhor, sem qualquer consideração para com o sentido profundo que as ditou, simplesmente para exaltar conveniência e egoísmo.

Exortou o Divino Mestre: “Não vos inquieteis pelo dia de amanhã.” (Mt 6:34)

Encontramos aqueles que se baseiam nestas palavras, destinadas a situar-nos na eficiência tranquila, para abraçarem deserção e preguiça, olvidando que o próprio Jesus nos advertiu: “Andai enquanto tendes luz.” (Jo 12:35)

Asseverou o Eterno Amigo: “Nem só de pão vive o homem.” (Mt 4:4)

Há companheiros que se estribam em semelhante conceito, dedicado a preservar-nos contra a volúpia da posse, para assumirem atitudes de relaxamento e desprezo, à frente do serviço de organização e previdência da vida material, sem se lembrarem de que Jesus multiplicou pães no monte, socorrendo a multidão cansada e faminta.

Afirmou o Excelso Benfeitor: “Realmente há Céus.”

Em todos os círculos do ensinamento cristão, aparecem os que se aproveitam da afirmativa, dedicada a imunizar-nos contra as calamidades da avareza, para lançarem diatribes contra o dinheiro e sarcasmos contra os irmãos chamados a manejá-lo, na sustentação do trabalho e da beneficência, da educação e do progresso, incapazes de recordar que Jesus honrou a finança dignamente empregada, até mesmo nos dois vinténs com que a viúva pobre testemunhou a própria fé.

Disse o Cristo: “Não julgueis.” (Mt 7:1)

Em toda parte, surpreendemos os que se prevalecem do aviso que nos acautela contra os desastres da intolerância, para acobertarem viciação e má-fé, sem se prevenirem de que Jesus nos recomendou igualmente: “Orai e vigiai a fim de não cairdes em tentação.” (Mt 26:41)

Admoestou o Mestre dos Mestres: “Ao que vos pedir a túnica, cedei também a capa.” (Mt 5:40)

Não poucos mobilizam o asserto consagrado a impelir-nos ao culto do desprendimento e da gentileza, para estabelecerem regimes de irresponsabilidade e negligência, quando o Cristo nos preceituou a obrigação de entregar a cada um aquilo que lhe pertence, até mesmo nas questões mínimas do imposto exigido pelos poderes públicos, ao solicitar-nos: “Dai a César o que é de César.” (Mt 22:21)

Não podemos esquecer que as palavras do Cristo, no curso dos séculos, receberam interpretações adequadas aos interesses de grupos, circunstâncias, administrações e pessoas.

A Doutrina Espírita brilha hoje, porém, diante do Evangelho, não apenas para aliviar e consolar, mas também para instruir e esclarecer.



mt 7:1
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Mateus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 169
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Olhai para as aves do céu, que nem semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai Celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?” — JESUS (Mt 6:26)


“Deus conhece as nossas necessidades e a elas provê, como for necessário. O homem, porém, insaciável nos seus desejos, nem sempre sabe contentar-se com o que tem: o necessário não lhe basta, reclama o supérfluo. A Providência, então, o deixa entregue a si mesmo.” —


Vale-se muita gente do Evangelho para usar as expressões literais do Senhor, sem qualquer consideração para com o sentido profundo que as ditou, simplesmente para exaltar conveniência e egoísmo.

Exortou o Divino Mestre: “Não vos inquieteis pelo dia de amanhã.” (Mt 6:34)

Encontramos aqueles que se baseiam nestas palavras, destinadas a situar-nos na eficiência tranquila, para abraçarem deserção e preguiça, olvidando que o próprio Jesus nos advertiu: “Andai enquanto tendes luz.” (Jo 12:35)

Asseverou o Eterno Amigo: “Nem só de pão vive o homem.” (Mt 4:4)

Há companheiros que se estribam em semelhante conceito, dedicado a preservar-nos contra a volúpia da posse, para assumirem atitudes de relaxamento e desprezo, à frente do serviço de organização e previdência da vida material, sem se lembrarem de que Jesus multiplicou pães no monte, socorrendo a multidão cansada e faminta.

Afirmou o Excelso Benfeitor: “Realmente há Céus.”

Em todos os círculos do ensinamento cristão, aparecem os que se aproveitam da afirmativa, dedicada a imunizar-nos contra as calamidades da avareza, para lançarem diatribes contra o dinheiro e sarcasmos contra os irmãos chamados a manejá-lo, na sustentação do trabalho e da beneficência, da educação e do progresso, incapazes de recordar que Jesus honrou a finança dignamente empregada, até mesmo nos dois vinténs com que a viúva pobre testemunhou a própria fé.

Disse o Cristo: “Não julgueis.” (Mt 7:1)

Em toda parte, surpreendemos os que se prevalecem do aviso que nos acautela contra os desastres da intolerância, para acobertarem viciação e má-fé, sem se prevenirem de que Jesus nos recomendou igualmente: “Orai e vigiai a fim de não cairdes em tentação.” (Mt 26:41)

Admoestou o Mestre dos Mestres: “Ao que vos pedir a túnica, cedei também a capa.” (Mt 5:40)

Não poucos mobilizam o asserto consagrado a impelir-nos ao culto do desprendimento e da gentileza, para estabelecerem regimes de irresponsabilidade e negligência, quando o Cristo nos preceituou a obrigação de entregar a cada um aquilo que lhe pertence, até mesmo nas questões mínimas do imposto exigido pelos poderes públicos, ao solicitar-nos: “Dai a César o que é de César.” (Mt 22:21)

Não podemos esquecer que as palavras do Cristo, no curso dos séculos, receberam interpretações adequadas aos interesses de grupos, circunstâncias, administrações e pessoas.

A Doutrina Espírita brilha hoje, porém, diante do Evangelho, não apenas para aliviar e consolar, mas também para instruir e esclarecer.



mt 7:1
Refúgio

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 2
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Para que nós, os cristãos, não venhamos a falsear a profecia de que somos portadores, é imprescindível nos atenhamos à Obra de Amor e Luz que nos cabe, na concretização dos princípios do Mestre e Senhor, cuja lição levantamos dos velhos sepulcros da letra em que se nos aprisiona a experiência religiosa.

Disse-nos o Senhor:

Não julgueis para que não sejas julgado”. (Mt 7:1)

Isto, decerto, não equivale dizer que é preciso abolir a análise do nosso campo de inteligência, mas, sim, que toda condenação é vinagre no pão da fraternidade com que pretendemos nutrir a concórdia entre os homens.

Asseverou, de outra feita:

Serás medido com medida idêntica a que aplicares a teu irmão”. (Mt 7:1)

Isto também não indica que devemos marchar indiferentes a confrontações e definições, necessárias à elevação de nível do progresso que nos é próprio, mas, sim, que usar as armas da ironia ou da violência, com que somos defrontados no roteiro comum, será o mesmo que atirar petróleo à fogueira, com o propósito de extinguir o incêndio da crueldade.

Lembremo-nos, [pois,] na oficina de trabalho a que fomos conduzidos, [de] que somente amando aos inimigos e auxiliando aos que nos perseguem, através do silêncio digno e da oração espontânea, segundo os ensinamentos do Divino Orientador, [que nos propomos seguir,] é que realmente seremos fiéis à Luz Profética, com que somos chamados a construir a nova Mentalidade Cristã para os Tempos Novos.

Conjuguemos, [assim,] emoções e pensamentos, palavras e atitudes, atos e fatos, num só objetivo: a Obra de genuíno Esclarecimento das Almas, com base em nosso próprio testemunho de serviço e de amor, na certeza de que, se a árvore, no quadro da Natureza, retira do adubo [repelente] a seiva fecundante que lhe assegura a frutescência, em plenitude de substância e beleza, também, nós outros, encravados, ainda, em nossas próprias imperfeições, podemos retirar delas os mais santos recursos de aprendizado, aproveitando-os na consecução da tarefa edificante que nos compete realizar [e] atingindo, por fim, a Verdadeira Comunhão com Aquele que é para nós todos, na Terra, a Luz do Caminho, o Alimento da Verdade e o Brilho Incessante da Vida.




O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original e seu conteúdo, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes], foi psicografada em 03/06/1957 e publicada em 2007 pela editora VL e é a 393ª lição do livro “”.


mt 7:1
Roteiro

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 13
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

(O Evangelho )


Não se reveste o ensinamento de Jesus de quaisquer fórmulas complicadas.

Guardando embora o devido respeito a todas as escolas de revelação da fé com os seus colégios iniciáticos, notamos que o Senhor desce da Altura, a fim de libertar o templo do coração humano para a sublimidade do amor e da luz, através da fraternidade, do amor e do conhecimento.

Para isso, o Mestre não exige que os homens se façam heróis ou santos de um dia para outro. Não pede que os seguidores pratiquem milagres, nem lhes reclama o impossível.

Dirige-se a palavra d’Ele à vida comum, aos campos mais simples do sentimento, à luta vulgar e às experiências de cada dia.

Contrariamente a todos os mentores da Humanidade, que viviam, até então, entre mistérios religiosos e dominações políticas, convive com a massa popular, convidando as criaturas a levantarem o santuário do Senhor nos próprios corações.

Ama a Deus, Nosso Pai — ensinava Ele —, com toda a tua alma, com todo o teu coração e com todo o teu entendimento. (Mt 22:37)

Ama o próximo como a ti mesmo. (Mt 22:39)

Perdoa ao companheiro quantas vezes se fizerem necessárias. (Mt 18:21)

Empresta sem aguardar retribuição. (Lc 6:35)

Ora pelos que te perseguem e caluniam. (Lc 6:28)

Ajuda aos adversários. (Mt 5:44)

Não condenes para que não sejas condenado. (Mt 7:1)

A quem te pedir a capa cede igualmente a túnica. (Mt 5:40)

Se alguém te solicita a jornada de mil passos, segue com ele dois mil. (Mt 5:41)

Não procures o primeiro lugar nas assembleias, para que a vaidade te não tente o coração. (Lc 14:10)

Quem se humilha será exaltado. (Lc 14:11)

Ao que te bater numa face, oferece também a outra. (Mt 5:39)

Bendize aquele que te amaldiçoa. (Lc 6:28)

Liberta e serás libertado. (Lc 12:58)

Dá e receberás. (At 20:35)

Sê misericordioso. (Lc 6:36)

Faze o bem ao que te odeia. (Lc 6:35)

Qualquer que perder a sua vida, por amor ao apostolado da redenção, ganhá-la-á mais perfeita, na glória da eternidade. (Mt 10:39)

Resplandeça a tua luz. (Mt 5:16)

Tem bom ânimo. (Mc 6:50)

Deixa aos mortos o cuidado de enterrar os seus mortos. (Mt 8:22)

Se pretendes encontrar-me na luz da ressurreição, nega a ti mesmo, alegra-te sob o peso da cruz dos próprios deveres e segue-me os passos no calvário de suor e sacrifício que precede os júbilos da aurora divina! (Mt 16:24)


E, diante desses apelos, gradativamente, há vinte séculos, calam-se as vozes que mandam revidar e ferir!… E a palavra do Cristo, acima de editos e espadas, decretos e encíclicas, sobe sempre e cresce cada vez mais, na acústica do mundo, preparando os homens e a vida para a soberania do Amor Universal.



mt 7:2
Palavras de Vida Eterna

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 76
Página: 169
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“… Com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós.” — JESUS (Mt 7:2)


Decerto observarás, em toda parte, desacordos, desentendimentos, desajustes, discórdias…

Junto do próprio coração, surpreenderás os que parecem residir em regiões morais diferentes. Entes amados desertam da estrada justa, amigos queridos abraçam perigosas experiências.

Como ajudar aos que nos parecem mergulhados no erro?

Censurar é fazer mais distância, desprezá-los será perdê-los.

É imprescindível saibamos socorrê-los, através do bem efetivo e incessante.

Para começar, sintamo-nos na posição deles, a comungar-lhes a luta.

Situemo-nos no campo dos problemas em que se encontram e atendamos à prestação de serviço silencioso.

Se aparece oportunidade, algo façamos para testemunhar-lhes apreço.

No pensamento, guardemo-los todos em vibrações de entendimento e carinho.

Na palavra, envolvamo-los na bênção do verbo nobre.

Na atitude, amparemo-los quanto seja possível.

Em todo e qualquer processo de ação, fortalecê-los para o bem é nosso dever maior.

À frente, pois, daqueles que se te afiguram desnorteados, estende o coração e as mãos para auxiliar, porque todos estamos no caminho da evolução e, segundo a assertiva do nosso Divino Mestre, com a medida com que tivermos medido nos hão de medir a nós.




(Reformador, junho de 1960, p. 122)


mt 7:3
Fonte Viva

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 113
Página: 259
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Por que reparas o argueiro no olho de teu irmão?” — JESUS (Mt 7:3)


A pergunta do Mestre, ainda agora, é clara e oportuna. Muitas vezes, o homem que traz o argueiro num dos olhos traz igualmente consigo os pés sangrando. Depois de laboriosa jornada na virtude, ele revela as mãos calejadas no trabalho e tem o coração ferido por mil golpes da ignorância e da inexperiência.

É imprescindível habituar a visão na procura do melhor, a fim de que não sejamos ludibriados pela malícia que nos é própria.

Comumente, pelo vezo de buscar bagatelas, perdemos o ensejo das grandes realizações.

Colaboradores valiosos e respeitáveis são relegados à margem por nossa irreflexão, em muitas circunstâncias simplesmente porque são portadores de leves defeitos ou de sombras insignificantes do pretérito, que o movimento em serviço poderia sanar ou dissipar.

Nódulos na madeira não impedem a obra do artífice e certos trechos empedrados do campo não conseguem frustrar o esforço do lavrador na produção da semente nobre.

Aproveitemos o irmão de boa vontade, na plantação do bem, olvidando as nugas que lhe cercam a vida.

Que seria de nós se Jesus não nos desculpasse os erros e as defecções de cada dia? E, se esperamos alcançar a nossa melhoria, contando com a benemerência do Senhor, por que negar ao próximo a confiança no futuro?

Consagremo-nos à tarefa que o Senhor nos reservou na edificação do bem e da luz e estejamos convictos de que, assim agindo, o argueiro que incomoda o olho do vizinho, tanto quanto a trave que nos obscurece o olhar, se desfarão espontaneamente, restituindo-nos a felicidade e o equilíbrio, através da incessante renovação.



mt 7:6
Vinha de Luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 93
Página: 199
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Não deis aos cães as coisas santas.” — JESUS (Mt 7:6)


Certo, o cristão sincero nunca se lembrará de transformar um cão em partícipe do serviço evangélico, mas, de nenhum modo, se reportava Jesus à feição literal da sentença.

O Mestre, em lançando o apelo, buscava preservar amigos e companheiros do futuro contra os perigos da imprevidência.

O Evangelho não é somente um escrínio celestial de sublimes palavras. É também o tesouro de dádivas da Vida Eterna.

Se é reprovável o desperdício de recursos materiais, que não dizer da irresponsabilidade na aplicação das riquezas sagradas?

O aprendiz inquieto na comunicação de dons da fé às criaturas de projeção social, pode ser generoso, mas não deixa de ser imprudente. Porque um homem esteja bem trajado ou possua larga expressão de dinheiro, porque se mostre revestido de autoridade temporária ou se destaque nas posições representativas da luta terrestre, isto não demonstra a habilitação dele para o banquete do Cristo.

Recomendou o Senhor seja o Evangelho pregado a todas as criaturas; (Mc 16:15) entretanto, com semelhante advertência não espera que os seguidores se convertam em demagogos contumazes, e, sim, em mananciais ativos do bem a todos os seres, através de ações e ensinamentos, cada qual na posição que lhe é devida.

Ninguém se confie à aflição para impor os princípios evangélicos, nesse ou naquele setor da experiência que lhe diga respeito. Muitas vezes, o que parece amor não passa de simples capricho, e, em consequência dessa leviandade, é que encontramos verdadeiras maltas de cães avançando em coisas santas.



mt 7:6
Assim Vencerás

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 15
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Não atires as joias cintilantes da sabedoria ao ignorante, mas não te esqueças de oferecer-lhe a bênção do alfabeto, minorando a miséria espiritual do mundo desde hoje.

Não te percas em longos discursos sobre o poder do bem, ao lado do irmão infeliz que se fez malfeitor contumaz, entretanto, não negues a semelhante desventurado o braço fraterno, a fim de que ele possa livrar-se das profundezas do abismo.

Não te alongues em considerações excessivas sobre a virtude, junto daqueles que resvalaram nos grandes infortúnios da alma, todavia, não lhes subtraias o incentivo para o retorno à vida útil e digna a que todos nos achamos destinados.

Não arrojes o tesouro das revelações divinas ao transeunte que passa, cujo íntimo ainda não conheces, no entanto, não olvides a necessidade de simpatia e [de] carinho, com que nos compete auxiliar ao forasteiro, de vez que, um dia, seremos igualmente estrangeiros em outras regiões e em outros climas.

Não te precipites no pântano, mas socorre-o a fim de que se faça menos amargo, habilitando-o a receber valiosas sementeiras nas oportunidades do futuro.

Não confies [as tuas] plantas selecionadas à esterilidade dos espinheiros, entretanto, ampara o solo, removendo-os, convenientemente, a fim de que o chão hoje infeliz possa, amanhã, surgir renovado ao toque de teu esforço.

Não cesses de agir, construindo e elevando para o bem infinito.


“Não atires pérolas aos porcos” (Mt 7:6) — proclamou o Divino Mestre, todavia, essa afirmativa não nos induz a esquecer o alimento que devemos a esses pobres animais.


A leviandade, a ignorância, a perturbação, a desordem, a incompreensão e a ingratidão constituem paisagens de trabalho espiritual, reclamando-nos atuação regeneradora.


Não olvidemos a palavra do Senhor, quando nos asseverou, convincente: — “Meu Pai trabalha até hoje e eu trabalho também”. (Jo 5:17)




Essa mensagem, diferindo bastante nas palavras marcadas e [entre colchetes] foi publicada em outubro de 1953 pela no Reformador e é também a 187ª lição do 1º volume do  livro “”


mt 7:7
Segue-me

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 78
Página: 193
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Não vos escrevi porque não sabeis a verdade, mas porque a sabeis…” — (1Jo 2:21)


Evidentemente o Espírito encarnado surpreende na vida física muitas dificuldades que não consegue evitar, sejam as que se originam dos constrangimentos educativos da evolução, sejam aquelas outras que se lhe vinculam à liquidação dos desajustes por ele próprio perpetrados em existências anteriores.

Ponderemos, no entanto, que muito mais numerosas são as dificuldades outras que ele mesmo cria, no trato da experiência comum, agravando o acervo dos compromissos menos felizes que carreia para a frente na jornada espiritual.

Esse, em consequência de deslizes no pretérito, traz determinadas peças orgânicas em condições delicadas; entretanto, se persiste abusando das próprias forças, de que forma se lhe socorrer a saúde? Outro se revela, no dia a dia, por exagerada agressividade, e, por isso mesmo, como subtraí-lo ao perigo se acalenta declarada inclinação ao desastre? Muitos anseiam por ternura e calor humano, transformando-se em azedume e incompreensão para os melhores amigos…

Queremos todos a felicidade e a paz; todavia é preciso reconhecer que a paz e a felicidade se nos levantam do íntimo.

Eis porque as lições do Evangelho — desde que aceitemos Jesus por Mestre — nos percutem a inteligência, a todos os instantes da vida, não porque desconheçamos a verdade, mas justamente porque não a ignoramos, já que nos achamos informados de que, para sanar débitos e desacertos, é forçoso que a nossa vontade funcione, sem o que será sempre impossível qualquer ação em nós mesmos no sentido de corrigir ou de resgatar.



Reformador, setembro 1970, p. 194.


mt 7:7
Confia e Segue

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 2
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Todos somos obreiros do progresso.

Todos estamos endereçados à perfeição.

Comumente, porém, declaramo-nos incapacitados para quaisquer realizações de natureza espiritual, que demandem elevação, e articulamos resposta negativa às requisições de serviço, demorando-nos, indefinidamente, em ponto morto.

Importante para nós, todavia, reconhecer que Jesus, a quem proclamamos obedecer, não pensava de modo semelhante.


Disse-nos o Senhor: “Brilhe a vossa luz diante dos homens, para que eles vejam as vossas boas obras e glorifiquem o Pai que está nos Céus. (Mt 5:16)

   “Conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres. (Jo 8:32)

   “Identificareis a árvore pelo fruto. (Mt 12:33)

   “Buscai e achareis. (Mt 7:7)

   “Amai os vossos inimigos. (Lc 6:27)

   “Orai pelos que vos perseguem e caluniam. (Mt 5:44)

   “Se alguém vos fere numa face, oferecei também a outra. (Mt 5:39)

   “Acumulai tesouros nos Céus. (Mt 6:20)

   “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei.” (Jo 13:34)


Meditemos nas afirmativas do Cristo a nosso respeito.

Justo ponderar que Ele de ninguém solicitou o impossível. E, se apelou para nós, conclamando-nos a acender a luz da fé viva, procurar a verdade, amealhar conquistas da alma, conservar a consciência tranquila e amar-nos fraternalmente, é que podemos empregar boa vontade e esforço constante, no próprio burilamento a fim de O atendermos.



mt 7:7
Escrínio de Luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 10
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Quem pede a riqueza material e não se previne contra as tentações da ociosidade e do egoísmo, certamente obtém a fortuna, de mistura com amargas provações.

Quem pede a beleza física e não trabalha contra a vaidade, costuma receber a graça do equilíbrio orgânico em associação com dolorosas inquietudes.

Quem roga o bastão da autoridade e não se imuniza contra o vírus da tirania e da violência, sem dúvida guardará o poder humano, entre nuvens de maldição e de sofrimento.

Quem solicita os favores da inteligência e não se esforça por destruir em si mesmo os germes do orgulho, adquire os talentos da intelectualidade revestidos das grandes ilusões, que arrojam a alma invigilante nos despenhadeiros do remorso tardio.


Não é a riqueza material que fere os interesses do Espírito e sim o mau uso que fazemos dela.

Não é a forma aprimorada que perturba a consciência e sim a nossa atitude condenável, na mobilização dos favores da vida.

Não é o poder que humilha a alma e sim a nossa conduta menos digna dentro das aplicações dos recursos que lhe dizem respeito.

Não é a inteligência que nos projeta ao abismo do infortúnio e sim a nossa diretriz reprovável nos abusos do raciocínio.


“Pedi e obtereis”. (Mt 7:7) — ensinou o Mestre. Depende de nossa solicitação a resposta do bem ou do mal.

Tudo é bom para quem cultiva a bondade, tudo é puro para quem guarda a pureza do coração.

Quem se ilumina, jamais luta com as trevas que lhe fogem à presença brilhante.

Sirvamos, pois, a Deus, onde estivermos, procurando com o serviço incessante do bem descobrir-lhe a Divina Vontade, de modo a cumpri-la hoje, aqui e agora, em favor de nossa própria felicidade.




(Reformador, janeiro de 1955, p. 4)


mt 7:7
Fé, Paz e Amor

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 17
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
[“O Livro dos Espíritos” — ]

A fatalidade do mal é sempre uma criação devida a nós mesmos, gerando, em nosso prejuízo, a provação expiatória, em torno da qual passamos compulsoriamente a gravitar.

Semelhante afirmativa dispensa qualquer discussão filosófica, pela simplicidade com que será justo averiguar-lhe o acerto, nas mais comezinhas atividades da vida comum.

Uma conta esposada naturalmente é um laço moral tecido pelo devedor à frente do credor, impondo-lhe a obrigação do resgate.

Um templo doméstico entregue ao lixo sistemático transformar-se-á com certeza num depósito de micróbios e detritos, determinando a multiplicação de núcleos infecciosos de enfermidade e morte.

Um campo confiado ao império da erva daninha converter-se-á, sem dúvida, na moradia de vermes insaciáveis, compelindo o lavrador a maior sacrifício na recuperação oportuna.

Assim ocorre em nosso esforço cotidiano. Não precisamos remontar a existências passadas para sondar a nossa cultura de desequilíbrio e sofrimento.

Auscultemos a nossa peregrinação de cada dia. Em cada passo, quando marchamos no mundo ao sabor do egoísmo e da invigilância, geramos nos companheiros de experiência as mais difíceis posições morais contra nós.

Aqui, é a nossa preguiça, atraindo em nosso desfavor a indiferença dos missionários do trabalho; ali, é a nossa palavra agressiva ou impensada, coagulando a aversão e o temor ao redor de nossa presença.

Acolá, é o gesto de incompreensão provocando a tristeza e o desânimo nos corações interessados em nosso progresso; e, mais além, é a própria inconstância no bem, sintonizando-nos com os agentes do mal…

Lembremo-nos de que os efeitos se expressarão segundo as causas e alteremos o jogo das circunstâncias, em nossa luta evolutiva, desenvolvendo, conosco e em torno de nós, a mais elevada plantação de amor e serviço, devotamento e boa vontade.

“Acharás o que procuras”, disse-nos o Senhor. (Mt 7:7)  (Lc 11:10)

E, em cada instante de nossa vida, estamos recolhendo o que semeamos, dependendo da nossa sementeira de hoje a colheita melhor de amanhã.




Essa mensagem foi publicada respectivamente em janeiro de 1989 pela editora GEEM (08/01/1989) e pela editora IDE (20/01/1989) sendo a 9ª do livro: “”.


mt 7:7
Indulgência

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 9
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

[“O Livro dos Espíritos” — ]

A fatalidade do mal é sempre uma criação devida a nós mesmos, gerando, em nosso prejuízo, a provação expiatória, em torno da qual passamos compulsoriamente a gravitar.

Semelhante afirmativa dispensa qualquer discussão filosófica, pela simplicidade com que será justo averiguar-lhe o acerto, nas mais comezinhas atividades da vida comum.

Uma conta esposada naturalmente é um laço moral tecido pelo devedor à frente do credor, impondo-lhe a obrigação do resgate.

Um templo doméstico entregue ao lixo sistemático transformar-se-á com certeza num depósito de micróbios e detritos, determinando a multiplicação de núcleos infecciosos de enfermidade e morte.

Um campo confiado ao império da erva daninha converter-se-á, sem dúvida, na moradia de vermes insaciáveis, compelindo o lavrador a maior sacrifício na recuperação oportuna.

Assim ocorre em nosso esforço cotidiano. Não precisamos remontar a existências passadas para sondar a nossa cultura de desequilíbrio e sofrimento.

Auscultemos a nossa peregrinação de cada dia. Em cada passo, quando marchamos no mundo ao sabor do egoísmo e da invigilância, geramos nos companheiros de experiência as mais difíceis posições morais contra nós.

Aqui, é a nossa preguiça, atraindo em nosso desfavor a indiferença dos missionários do trabalho; ali, é a nossa palavra agressiva ou impensada, coagulando a aversão e o temor ao redor de nossa presença.

Acolá, é o gesto de incompreensão provocando a tristeza e o desânimo nos corações interessados em nosso progresso; e, mais além, é a própria inconstância no bem, sintonizando-nos com os agentes do mal…

Lembremo-nos de que os efeitos se expressarão segundo as causas e alteremos o jogo das circunstâncias, em nossa luta evolutiva, desenvolvendo, conosco e em torno de nós, a mais elevada plantação de amor e serviço, devotamento e boa vontade.

“Acharás o que procuras”, disse-nos o Senhor. (Mt 7:7)  (Lc 11:10)

E, em cada instante de nossa vida, estamos recolhendo o que semeamos, dependendo da nossa sementeira de hoje a colheita melhor de amanhã.




Essa mensagem foi publicada respectivamente em janeiro de 1989 pela editora IDE (20/01/1989) e pela editora GEEM (08/01/1989) sendo a 17ª do livro: “”.


mt 7:7
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Lucas

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 93
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Pede a graça da saúde, mas não te esqueças da própria defesa contra a enfermidade.

Roga o favor da luz, todavia, não permaneças na sombra.

Solicita o facho da esperança, contudo, aprende a cultivar a serenidade, a fim de que te não arrojes aos precipícios do desespero.

Pede a bênção da coragem, mas preserva-te contra o desânimo.

Roga a realização dos próprios desejos, entretanto, procura adaptar-te à Vontade Divina.

Solicita a concretização dos ideais superiores que te nutrem na Terra, mas, busca agir sem apego, para que não te enamores das próprias obras que pertencem, no fundo, à Criação Divina.

Pede a graça da iniciação na fé viva, no entanto, capacita-te de que é necessário perseverar na confiança, para que a ventania das perturbações humanas não te apaguem a candeia da boa vontade.

Roga a concessão de recursos materiais para à solução dos problemas que te afligem no mundo, mas, não te esqueças de aprender a gastar com equilíbrio e respeito sem te precipitares em débitos insolúveis.

Solicita a alegria do amor, através dos entes queridos que te rodeiam na existência, no entanto, reconheça que a felicidade dos amigos é diferente da tua, para que te não convertas em tirano do círculo afetivo.

Tudo na vida é permuta, colaboração, experiência e o nosso trabalho é sempre um contrato entre o Senhor e nós outros, na execução do qual precisamos receber para dar e dar para receber.

A Providência nos concede as mais ricas possibilidades em todos os setores da jornada evolutiva, entretanto, a Lei exige a nossa quota de contribuição.


“Pedi e obtereis” — ensinou o Divino Mestre. (Mt 7:7) Não nos esqueçamos, porém, de que todas as criaturas e de que todas as cousas são importantes no Universo e que poderemos tudo receber, mas para tudo pagar hoje ou amanhã.



mt 7:7
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários às Cartas de Paulo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 190
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Quem pede a riqueza material e não se previne contra as tentações da ociosidade e do egoísmo, certamente obtém a fortuna, de mistura com amargas provações.

Quem pede a beleza física e não trabalha contra a vaidade, costuma receber a graça do equilíbrio orgânico em associação com dolorosas inquietudes.

Quem roga o bastão da autoridade e não se imuniza contra o vírus da tirania e da violência, sem dúvida guardará o poder humano, entre nuvens de maldição e de sofrimento.

Quem solicita os favores da inteligência e não se esforça por destruir em si mesmo os germes do orgulho, adquire os talentos da intelectualidade revestidos das grandes ilusões, que arrojam a alma invigilante nos despenhadeiros do remorso tardio.


Não é a riqueza material que fere os interesses do Espírito e sim o mau uso que fazemos dela.

Não é a forma aprimorada que perturba a consciência e sim a nossa atitude condenável, na mobilização dos favores da vida.

Não é o poder que humilha a alma e sim a nossa conduta menos digna dentro das aplicações dos recursos que lhe dizem respeito.

Não é a inteligência que nos projeta ao abismo do infortúnio e sim a nossa diretriz reprovável nos abusos do raciocínio.


“Pedi e obtereis”. (Mt 7:7) — ensinou o Mestre. Depende de nossa solicitação a resposta do bem ou do mal.

Tudo é bom para quem cultiva a bondade, tudo é puro para quem guarda a pureza do coração.

Quem se ilumina, jamais luta com as trevas que lhe fogem à presença brilhante.

Sirvamos, pois, a Deus, onde estivermos, procurando com o serviço incessante do bem descobrir-lhe a Divina Vontade, de modo a cumpri-la hoje, aqui e agora, em favor de nossa própria felicidade.




(Reformador, janeiro de 1955, p. 4)


mt 7:12
Justiça Divina

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 41
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Reunião pública de 23-6-1961.

.


Todos os bens fundamentais da existência fluem, generosos, da Natureza, a benefício de todas as criaturas.

A luz que se derrama do firmamento não é patrimônio particular.

As correntes aéreas são agentes alimentícios inesgotáveis.

Mares amigos banham todos os continentes.

Correm fontes em todas as direções.

Surgem plantas para todos os climas.

E, no próprio corpo, o sangue há de circular, incessante, para que a inteligência possa viver.


Não retenhas, assim, os valores que entesouraste.

Não desconheces que o pão excessivo é o prato do vizinho em necessidade.

Entretanto, há diferentes recursos por dividir.

Ladeando mesas fartas, há corações semi-sufocados no desespero.

Por trás dos gestos que te golpeiam, há tramas obscuras de obsessão.

Na retaguarda dos crimes que te revoltam, há influências que não desvelas, de pronto.

Quem errou sofre estorvos que te escapam à senda.

Quem calunia ou persegue ignora o que sabes.

Descerra as portas do coração para compreender e servir, repartindo os bens que ajuntaste no Espírito.


A felicidade, para ser verdadeira, deve ser partilhada.

O ouro, nas mãos de um só homem, é moldura da sovinice, mas passando para outras mãos é trabalho e beneficência.

O conhecimento isolado é lâmpada sem proveito; contudo, transitando, de cérebro a cérebro é ciência e cultura.

Entre as sombras dos que reclamam e azedam, malquistam e ferem, sê a luz que abençoa sempre.

“Faze ao outro o que desejas seja feito pelo outro a ti próprio” — diz a Lei. (Mt 7:12) Isso quer dizer que alguém, para ser feliz, precisa ajudar alguém.

Felicidade, no fundo, é bondade crescente, para que a alegria se faça maior. E, sem dúvida, todos nós podemos dividir parcelas de bondade e alegria, mas a multiplicação vem dos outros.



mt 7:12
No Mundo de Chico Xavier (Especial)

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 9
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Há cerca de dois anos, repórteres de conhecida revista mensal brasileira, atualmente fora de circulação, procuraram Xavier com uma série de indagações que foram por ele respondidas. O citado mensário não publicou esse curioso inquérito que foi conservado em nosso arquivo, por gentileza do médium, razão pela qual cedemos a peça ao “Anuário Espírita” de 1967, publicado em Araras, Estado de São Paulo, e agora, situamo-lo neste livro, em virtude de considerar os esclarecimentos prestados por Xavier, profundamente significativos para a elucidação dos assuntos que o seu quadragésimo ano de mediunidade ativa nos sugere.

Com esta explicação preliminar, passamos à interessante documentação:


R — O Espiritismo no Brasil é o Cristianismo redivivo. Religião e ação do Nosso Senhor Jesus-Cristo, através das explicações de Allan Kardec, junto do povo e com o povo, ensinando-nos com os princípios da evolução e da reencarnação, da fraternidade e da justiça, que todos somos responsáveis pelos próprios atos e que as Leis divinas funcionam na Terra ou em outros mundos nos mecanismos da consciência de cada um. Os benfeitores desencarnados esperam que essa noção fundamental do Espiritismo no Brasil alcance as múltiplas escolas do Espiritismo existentes em outros Países.


R — Admiramos profundamente todos os companheiros da mediunidade, que respeitam as funções em que foram situados pelas exigências da construção espírita-cristã.


R — Sinto-me na maravilhosa máquina do serviço espírita à feição de insignificante peça de emergência, precisando repelões e consertos constantes pelas imperfeições que traz.


R — O dever comum de servir na medida de nossas possibilidades.


R — Corrigir meus defeitos e fazer aos outros o que desejo para mim mesmo.


R — Sim.


R — Também.


R — Não.


R — Nem mais nem menos.


R — Não.


R — Cremos que, em matéria de compreensão e experiência, todos nos assemelhamos aos frutos que o tempo vai amadurecendo a pouco e pouco.


R — Quanto mais os Bons Espíritos escrevem por nosso intermédio fazendo luz, mais reconheço a extensão de minha ignorância pessoal.


R — Depois de meio século em minha atual reencarnação, sinto-me mais alegre e otimista.


R — Como não? A vida é a Presença Divina em toda parte.


R — Mudança completa de casa sem mudança essencial da pessoa.


R — Os livros produzidos mediunicamente por nosso intermédio pertencem aos autores desencarnados e o julgamento em torno deles, a meu ver, é função do público e não minha.


R — Acreditamos que para melhores esclarecimentos sobre médiuns e mediunidades, as obras de Allan Kardec devem ser consultadas e estudadas. Com todo o nosso respeito aos entrevistadores, devemos dizer que solicitar de nós uma explicação sobre Deus é o mesmo que pedir a um verme para que se pronuncie quanto à glória e a natureza do Sol, embora o verme, se pudesse falar, diria com toda certeza da veneração e do amor que consagra ao Sol que lhe garante a vida.


R — A mediunidade pode manifestar-se através da pessoa absolutamente inculta, mas os Bons Espíritos são de parecer que todos os médiuns são chamados a estudar a fim de servirem com mais segurança.


R — Grande misericórdia me fará a Providência Divina permitindo-me a possibilidade de continuar trabalhando e aprendendo.


R — Motivo de saúde.


R — Os benfeitores espirituais me auxiliaram a escolher o clima e o ambiente de Uberaba, como sendo, até agora, os mais adequados à minha saúde física e trabalho espiritual.


R — Tenho recebido da generosidade uberabense demonstrações de estima e apreço que nunca mereci.


R — Subordino o futuro aos Desígnios da Vida Superior.


R — Aposentei-me no Serviço Público Federal, na condição de escriturário, nível 8, em janeiro de 1961, por incapacidade física, depois de haver completado a quota de trinta anos de serviço.


R — Não.


R — Nunca os tive.


R — Sempre relativamente bem, de acordo com a bênção de Deus, exceção natural dos olhos, que os tenho enfermos, há muito tempo.


R — Às vezes.


R — Sim.


R — Médicos distintos e humanitários, tanto quanto benfeitores espirituais incansáveis, há mais de vinte anos, auxiliam-me a conservar o resto de visão física que possuo.


R — Não para tratamento dos olhos.


R — Não.


R — Comumente.


R — Sim.


R — Do ponto de vista orgânico, recebo minha antiga enfermidade do corpo como sendo débito de outras reencarnações que devo pagar com paciência.


R — Rigoroso e constante.


R — Diversos, para a sustentação dos olhos.


R — Seria uma provação sem ser uma tragédia.


R — Ofender ou prejudicar alguém.


R — Não sei de alguém na Terra que não tenha chorado alguma vez.


R — A solidão é boa somente para refletir, porque, sem dúvida, fomos criados para viver uns com os outros.


R — Sim.


R — Creio profundamente na segurança e na felicidade do nosso País.


R — Estou convencido de que todos os políticos, sejam eles quais forem, merecem o nosso respeito e a nossa cooperação para serem por nós aquilo que nós esperamos deles.


R — Roguemos a Jesus nos conceda governantes sempre progressistas e leais ao bem de todos.


R — Sim, pela riqueza do trabalho honesto que devemos cultivar indistintamente.


R — Em matéria de reformas, os benfeitores espirituais me ensinam que não devo esquecer primeiramente a que se refere à melhoria de mim mesmo.


R — A revolução em que acredito é aquela ensinada por Nosso Senhor Jesus-Cristo que começa pela corrigenda de cada um, na base do “façamos aos outros aquilo que desejamos que os outros nos façam”. (Mt 7:12)


R — Todos somos irmãos perante Deus, guardadas as posições que o merecimento real em serviço e cultura conferem a cada um.


R — Creio nos benefícios da fraternidade sentida, admitida e praticada que Jesus nos ensinou e exemplificou.


R — Todos somos operários da vida e creio que a Bondade de Deus faz diariamente a promoção do trabalho para quem o procura, coroando de bênçãos o esforço honesto de toda pessoa, sem distinção de credos ou de atribuições, quem busque realmente servir.


R — Faltam-me quaisquer estudos sobre o marxismo.


R — Dizem que os aposentados estão em férias permanentes, mas prossigo trabalhando nas tarefas espíritas com o entusiasmo de sempre.


R — Sim.


R — Sim.


R — Preferentemente de ônibus.


R — Sim, quando não tenho a felicidade de viajar com os amigos.


R — De raro em raro, consigo uns dias de relativo repouso físico para refazimento.


R — Nunca mais de uns vinte dias por ano.


R — Sim, exercícios a pé.


R — Como avisos preciosos contra as imperfeições que carrego.


R — Acredito que tenho amigos que ficaram diferentes quando reconheceram que não sou a pessoa ideal que eles julgavam que eu fosse.


R — Sim.


R — Admiro todos os escritores bastante corajosos para esquecerem as conveniências pessoais, procurando escrever em auxílio real dos seus leitores.


R — Sim.


R — Minha deficiência ocular nunca me permitiu qualquer estudo especial, acerca de pintura, embora tenha o prazer de respeitar os bons quadros e admirá-los.


R — Sim.


R — Filmes que nos façam sentir melhores.


R — Sim, quando se trata da educação do sentimento popular, pois não acredito que Deus nos induza a conhecer a realidade para rebaixar-nos.


R — Respeito todos os artistas que auxiliam o povo a pensar e a agir para o bem comum.


R — O cinema é instrumento da educação, dependendo das diretrizes daqueles que o manejam.


R — Tanto quanto possível.


R — Dos antigos, admiramos profundamente Beethoven e Mendelssohn, sem esquecer o amor que consagramos aos compositores nossos, como sejam Vila Lobos e, na música popular, o nosso inesquecível Noel Rosa.


R — Procuro os jornais que me ajudem a equilibrar o espírito e melhorar o sentimento.


R — Somente para efeito de informação.


R — Meu dia é demasiadamente vulgar para ser descrito.


R — Sete.


R — Trabalho com os amigos espirituais, seja psicografando ou revendo com eles as páginas de autoria deles mesmos sempre com a assistência de Emmanuel, o instrutor espiritual que nos orienta as faculdades mediúnicas, desde 1931.


R — Meio-dia.


R — Refeição comum do interior brasileiro.


R — Não tenho predileções.


R — Água.


R — Não.


R — Sim.


R — Sim.


R — Não.


R — Nas horas da tarde, além do tratamento ocular, atualmente ocupo-me de correspondência usual, de datilografia das páginas escritas pelos benfeitores espirituais por nosso intermédio, sob a orientação deles, a exceção dos domingos que dedico aos trabalhos de correspondência mais íntima.


R — Raramente.


R — Depois dos quarenta, deixei o hábito de jantar.


R — Os amigos espirituais ensinam que devemos comer só para viver, entretanto, estou aprendendo a lição vagarosamente.


R — Com as pessoas amigas, de cuja companhia possa dispor.


R — Nas noites de segundas, sextas-feiras e sábados, estou em contato com o público, nas reuniões da Comunhão Espírita Cristã, em Uberaba, habitualmente das dezenove horas até à madrugada; nas noites de quartas feiras, coopero nas reuniões íntimas de desobsessão, na mesma organização espírita a que me referi; nas noites de terças e quintas feiras, trabalho com Emmanuel e outros orientadores espirituais na formação de livros mediúnicos, e nas noites de domingos faço uma pausa para estudar os assuntos gerais da semana ou descansar os olhos da atividade intensiva.


R — Nunca me deito antes das duas da madrugada.


R — Sim.


R — Graças a Deus que todos temos neste mundo a felicidade de sonhar. Creio que Deus, da sua infinita bondade, nos reservou o sonho como sendo um direito de toda criatura, no qual nenhuma outra criatura consegue interferir.


Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

mt 7:14
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários aos Atos dos Apóstolos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Esta segunda parte contém as passagens paralelas entre o texto de Atos dos apóstolos e o livro Paulo e Estêvão (veja o item , no Prefácio, para maiores informações). Para facilitar a leitura e identificação, o texto de Atos foi dividido em 116 perícopes, das quais 93 possuem textos paralelos em Paulo e Estêvão. Para essas passagens, foram adotados, sempre que possível, os mesmos títulos utilizados no livro O novo testamento, editado pela FEB Editora, e do qual os textos de Atos dos apóstolos foram transcritos.  Quando a separação não atendia aos critérios da pesquisa, outras divisões e títulos foram atribuídos, tendo como critério o conteúdo da passagem em questão.

Incluímos, ao final desta segunda parte, uma tabela que contém todos os versículos de Atos do apóstolos com a divisão de passagens adotadas para o presente trabalho e a indicação de ocorrência ou não de passagem paralela no texto de Paulo e Estêvão.



É importante destacar que os manuscritos gregos antigos não possuem esse tipo de separação. Na verdade, os manuscritos não separam versículos, capítulos e nem mesmo há espaço entre as palavras ou qualquer recurso de pontuação. Desde muitos séculos atrás, tem sido tradição separar os textos em perícopes (ou passagens), de forma a facilitar a identificação de trechos e a leitura. Essas divisões, contudo, nada tem de absoluto e as diversas traduções e edições não adotam o mesmo sistema de separação.



mt 7:14
Paulo e Estêvão

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 3
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

A jornada se fez sem incidentes. Entretanto, em sua nova soledade, o moço tarsense reconhecia que forças invisíveis proviam-lhe a mente de grandiosas e consoladoras inspirações. Dentro da noite cheia de estrelas, tinha a impressão de ouvir uma voz carinhosa e sábia, a traduzir-se por apelos de infinito amor e de infinita esperança. Desde o instante em que se desligara da companhia amorável de e sua mulher, quando se sentiu absolutamente só para os grandes empreendimentos do seu novo destino, encontrou energias interiores até então imprevistas, por desconhecidas.


Não podia definir aquele estado espiritual, mas o caso é que dali por diante, sob a direção de Jesus, conservava-se a seu lado como companheiro fiel.

Aquelas exortações, aquelas vozes brandas e amigas que o assistiram em todo o curso apostolar e atribuídas diretamente ao Salvador, provinham do generoso mártir do “”, que o seguiu espiritualmente durante trinta anos, renovando-lhe constantemente as forças para execução das tarefas redentoras do Evangelho.


Jesus quis, dessarte, que a primeira vítima das perseguições de Jerusalém  ficasse para sempre irmanada ao primeiro algoz dos prosélitos de sua doutrina de vida e redenção.

Ao invés dos sentimentos de remorso e perplexidade em face do passado culposo; da saudade e desalento que, às vezes, lhe ameaçavam o coração, sentia agora radiosas promessas no espírito renovado, sem poder explicar a sagrada origem de tão profundas esperanças. Não obstante as singulares alterações fisionômicas que a vida, o regime e o clima do deserto lhe produziram, entrou em Damasco com alegria sincera na alma agora devotada, absolutamente, ao serviço de Jesus.


Com júbilo indefinível abraçou o velho , pondo-o ao corrente de suas edificações espirituais. O respeitável ancião retribuiu-lhe o carinho com imensa bondade. Dessa vez, o ex-rabino não precisou insular-se numa pensão entre desconhecidos, porque os irmãos do “Caminho” lhe ofereceram franca e amorosa hospitalidade. Diariamente, repetia a emoção confortadora a que comparecera, antes de recolher-se ao deserto. A pequena assembleia fraternal congregava-se todas as noites, trocando ideias novas sobre os ensinamentos do Cristo, comentando os acontecimentos mundanos à luz do Evangelho, permutando objetivos e conclusões. Saulo foi informado de todas as novidades atinentes à doutrina, experimentando os primeiros efeitos do choque entre os judeus e os amigos do Cristo, a propósito da circuncisão. Seu temperamento apaixonado percebeu a extensão da tarefa que lhe estava reservada. Os fariseus formalistas, da sinagoga, não mais se insurgiam contra as atividades do “Caminho”, desde que o seguidor de Jesus fosse, antes de tudo, fiel observador dos princípios de Moisés. Somente Ananias e alguns poucos perceberam a sutileza dos casuístas que provocavam deliberadamente a confusão em todos os setores, atrasando a marcha vitoriosa da Boa Nova redentora. O ex-doutor da Lei reconheceu que, na sua ausência, o processo de perseguição tornara-se mais perigoso e mais imperceptível, porquanto, às características cruéis, mas francas, do movimento inicial, sucediam as manifestações de hipocrisia farisaica, que, a pretexto de contemporização e benignidade, mergulhariam a personalidade de Jesus e a grandeza de suas lições divinas em criminoso e deliberado olvido. Coerente com as novas disposições do foro íntimo, não pretendia voltar à sinagoga de Damasco, para não parecer um mestre pretensioso a pugnar pela salvação de outrem, antes de cuidar do aperfeiçoamento próprio; mas, diante do que via e coligia com alto senso psicológico, compreendeu que era útil arrostar todas as consequências e demonstrar as disparidades do formalismo farisaico com o Evangelho: o que era a circuncisão e o que era a nova fé. Expondo a Ananias o projeto de fomentar a discussão em torno do assunto, o velhinho generoso estimulou-lhe os propósitos de restabelecer a verdade em seus legítimos fundamentos.

Para esse fim, no segundo sábado de sua permanência na cidade, o vigoroso pregador compareceu à sinagoga. Ninguém reconheceu o rabino de Tarso  na sua túnica rafada, na epiderme tostada de sol, no rosto descarnado, no brilho mais vivo dos olhos profundos.

Terminada a leitura e a exposição regulamentares, franqueada a palavra aos sinceros estudiosos da religião, eis que o desconhecido galga a tribuna dos mestres de Israel e, buscando interessar a numerosa assistência, falou primeiramente do caráter sagrado da , detendo-se, apaixonado, nas promessas maravilhosas e sábias de , até que penetrou o estudo dos profetas. Os presentes escutavam-no com profunda atenção. Alguns se esforçavam por identificar aquela voz que lhes não parecia estranha. A pregação vibrante suscitava ilações de grande alcance e beleza. Imensa luz espiritual transbordava dos raptos altiloquentes.


Foi aí que o ex-rabino, conhecendo o poder magnético já exercido sobre o vultoso auditório, começou a falar do Messias Nazareno comparando sua vida, feitos e ensinamentos, com os textos que o anunciavam nas sagradas escrituras.

Quando abordava o problema da circuncisão, eis que a assembleia rompe em furiosa gritaria.

— É ele!… É o traidor!… clamavam os mais audaciosos, depois de identificar o ex-doutor de Jerusalém. — Pedra ao blasfemo!… É o bandido da seita do “Caminho”!…


Os chefes do serviço religioso, por sua vez, reconheceram o antigo companheiro, agora considerado trânsfuga da Lei, a quem se deviam impor castigos rudes e cruéis.

Saulo assistia à repetição da mesma cena de quando se fazia ouvir na seleta reunião, com a presença dos levitas de Chipre.  Enfrentou impassível a situação, até que as autoridades religiosas conseguissem acalmar os ânimos turbulentos.

Após as fases mais agudas do tumulto, o arquisinagogo, tomando posição, determinou que o orador descesse da tribuna para responder ao seu interrogatório.

O convertido de Damasco compreendeu de relance toda a calma de que necessitava para sair-se com êxito daquela difícil aventura, e obedeceu de pronto, sem protestar.

— Sois Saulo de Tarso, antigo rabino em Jerusalém? — perguntou a autoridade com ênfase.

— Sim, pela graça do Cristo Jesus! — respondeu em tom firme e resoluto.

— Não vem ao caso referências quaisquer ao carpinteiro de Nazaret! Interessa-nos, tão só, a vossa prisão imediata, de acordo com as instruções recebidas do Templo  — explicou o judeu em atitude solene.

— Minha prisão? — interrogou Saulo admirado.

— Sim.

— Não vos reconheço o direito de efetuá-la — esclareceu o pregador.


Diante daquela atitude enérgica, houve um movimento de admiração geral.

— Por que relutais? O que só vos cumpre é obedecer.

Saulo de Tarso fixou-o com decisão, explicando:

— Nego-me porque, não obstante haver modificado minha concepção religiosa, sou doutor da Lei e, além disso, quanto à situação política, sou cidadão romano e não posso atender a ordens verbais de prisão.

— Mas estais preso em nome do Sinédrio. 

— Onde o mandado?


A pergunta imprevista desnorteou a autoridade. Havia mais de dois anos, chegara de Jerusalém o documento oficial, mas ninguém podia prever aquela eventualidade. A ordem fora arquivada cuidadosamente, mas não podia ser exibida de pronto, como exigiam as circunstâncias.

— O pergaminho será apresentado dentro de poucas horas — acrescentou o chefe da sinagoga um tanto indeciso.

E como a justificar-se, acrescentava:

— Desde o escândalo da vossa última pregação em Damasco, temos ordem de Jerusalém para vos prender.

Saulo fixou-o com energia, e, voltando-se para a assembleia, que lhe observava a coragem moral, tomada de pasmo e admiração, disse alto e bom som:

— Varões de Israel, trouxe ao vosso coração o que possuía de melhor, mas rejeitais a verdade trocando-a pelas formalidades exteriores. Não vos condeno. Lastimo-vos, porque também fui assim como vós outros. Entretanto, chegada a minha hora, não recusei o auxílio generoso que o Céu me oferecia. Lançais-me acusações, vituperais minhas atuais convicções religiosas; mas, qual de vós estaria disposto a discutir comigo? Onde o sincero lutador do campo espiritual que deseje sondar, em minha companhia, as santas escrituras?


Profundo silêncio seguiu-se ao repto.

— Ninguém? — perguntou o ardoroso artífice da nova fé, com um sorriso de triunfo — Conheço-vos, porque também palmilhei esses caminhos. Entretanto, convenhamos em que o farisaísmo  nos perdeu, atirando nossas esperanças mais sagradas num oceano de hipocrisias. Venerais na sinagoga; tendes excessivo cuidado com as fórmulas exteriores, mas qual a feição da vossa vida doméstica? Quantas dores ocultais sob a túnica brilhante! Quantas feridas dissimulais com palavras falaciosas! Como eu, devíeis sentir imenso tédio de tantas máscaras ignóbeis! Se fôssemos apontar os feitos criminosos que se praticam à sombra da Lei, não teríamos açoites para castigar os culpados; nem o número exato das maldições indispensáveis à pintura de semelhantes abominações! Padeci de vossas úlceras, envenenei-me também nas vossas trevas e vinha trazer-vos o remédio imprescindível. Recusais-me a cooperação fraterna; entretanto, em vão recalcitrais perante os processos regeneradores, porque somente Jesus poderá salvar-nos! Trouxe-vos o Evangelho, ofereço-vos a porta de redenção para nossas velhas mazelas e inda quereis compensar meus esforços com o cárcere e a maldição? Recuso-me a receber semelhantes valores em troca de minha iniciativa espontânea!… Não podereis prender-me, porque a palavra de Deus não está algemada. Se a rejeitais, outros me compreenderão. Não é justo abandonar-me aos vossos caprichos, quando o serviço, a fazer, me pede dedicação e boa vontade.


Os próprios diretores da reunião pareciam dominados por forças magnéticas, poderosas e indefiníveis.

O moço tarsense passeou o olhar dominador sobre todos os presentes, revelando a rigidez do seu ânimo poderoso.

— Vosso silêncio fala mais que as palavras — concluiu quase com audácia. — Jesus não vos permite a prisão do servo humilde e fiel. Que a sua bênção vos ilumine o espírito na verdadeira compreensão das realidades da vida.

Assim dizendo, caminhou resoluto para a porta de saída, enquanto o olhar assombrado da assembleia lhe acompanhava o vulto, até que, a passo firme, desapareceu em uma das ruas estreitas que desembocavam na grande praça.


Como se despertasse, após o audacioso desafio, a reunião degenerou em acaloradas discussões. O arquisinagogo, que parecia sumamente impressionado com as declarações do ex-rabino, não ocultava a indecisão, relutando entre as verdades amargas de Saulo e a ordem de prisão imediata. Os companheiros mais enérgicos procuraram levantar-lhe o espírito de autoridade. Era preciso prender o atrevido orador a qualquer preço. Os mais decididos puseram-se à procura imediata do pergaminho de Jerusalém e, logo que o encontraram, resolveram pedir auxílio às autoridades civis, promovendo diligências. Daí a três horas, todas as medidas para a prisão do audacioso pregador estavam assentadas. Os primeiros contingentes foram movimentados às portas da cidade. Em cada uma postou-se pequeno grupo de fariseus, secundados por dois soldados, a fim de burlarem qualquer tentativa de evasão.

Em seguida, iniciaram a devassa em bloco, na residência de todas as pessoas suspeitas de simpatia e relações com os discípulos do Nazareno.


Saulo, por sua vez, afastando-se da sinagoga, procurou avistar-se com Ananias, ansioso da sua palavra amorosa e conselheira.

O sábio velhinho ouviu a narração do acontecido, aprovando-lhe as atitudes.

— Sei que o Mestre — dizia o moço por fim — condenou as contendas e jamais andou entre os discutidores; mas, também, jamais contemporizou com o mal. Estou pronto a reparar meu passado de culpas. Afrontarei as incompreensões de Jerusalém, a fim de patentear minha transformação radical. Pedirei perdão aos ofendidos pela insensatez da minha ignorância, mas, de modo algum poderei fugir ao ensejo de afirmar-me sincero e verdadeiro. Acaso serviria ao Mestre, humilhando-me diante das explorações inferiores? Jesus lutou quanto possível e seus discípulos não poderão proceder de outro modo.


O bondoso ancião acompanhava-lhe as palavras com sinais afirmativos. Depois de confortá-lo com a sua aprovação, recomendou-lhe a maior prudência. Seria razoável afastar-se quanto antes dali, do seu tugúrio. Os judeus de Damasco conheciam a parte que tivera na sua cura. Por causa disso, muita vez lhes suportara as injúrias e remoques. Certo, procurá-lo-iam, ali, para prendê-lo. Assim, era de opinião que se recolhesse à casa da consóror lavadeira, onde costumavam orar e estudar o Evangelho. Ela saberia acolhê-lo com bondade.

Saulo atendeu ao conselho sem hesitar.

Daí a três horas, o velho Ananias era procurado e interpelado. Atenta a sua conduta discreta, foi recolhido ao cárcere para ulteriores averiguações.


O fato é que, inquirido pela autoridade religiosa, apenas respondia:

— Saulo deve estar com Jesus.

Nos seus escrúpulos de consciência, o generoso velhinho entendia que, desse modo, não mentia aos homens nem comprometia um amigo fiel. Depois de preso e incomunicável 24 horas, deram-lhe liberdade após receber castigos dolorosos. A aplicação de vinte bastonadas deixara-lhe o rosto e as mãos gravemente feridos. Contudo, logo que se viu livre, esperou a noite e, cautamente, encaminhou-se à choupana humilde onde se realizavam as prédicas do “Caminho”. Reencontrando-se com o amigo, expôs-lhe o plano que vinha remediar a situação.

— Quando criança — exclamou Ananias prazeroso — assisti à fuga de um homem sobre os muros de Jerusalém.

E como se recapitulasse os pormenores do fato, na memória cansada, perguntou:

— Saulo, terias medo de fugir num cesto de vime?

— Por quê? — disse o moço sorridente. — Moisés não começou a vida num cesto sobre as águas? (Ex 2:1)


O velho achou graça na alusão e esclareceu o projeto. Não muito longe dali, havia grandes árvores junto dos muros da cidade. Alçariam o fugitivo num grande cesto, e depois, com insignificantes movimentos, ele poderia descer do outro lado, em condições de encetar a viagem para Jerusalém, conforme pretendia. O ex-rabino experimentou imensa alegria. Na mesma hora, a dona da casa foi buscar o concurso dos três irmãos de mais confiança. E quando o céu se fez mais sombrio, depois das primeiras horas da meia-noite, um pequeno grupo se reunia junto a muralha, em ponto mais distante do centro da cidade. Saulo beijou as mãos de Ananias, quase com lágrimas. Despediu-se em voz baixa dos amigos, enquanto um lhe entregava volumoso pacote de bolos de cevada. Na copa da árvore frondosa e escura, o mais jovem esperava o sinal. O moço tarsense entrou na sua embarcação improvisada e a evasão se deu no âmbito silencioso da noite.


Do outro lado, saiu lesto do cesto, deixando-se empolgar por estranhos pensamentos. Seria justo fugir assim? Não havia cometido crime algum. Não seria covarde deixar de comparecer perante a autoridade civil para os esclarecimentos necessários? Ao mesmo tempo, considerava que sua conduta não provinha de sentimentos pueris e inferiores, pois ia a Jerusalém desassombrado, buscaria avistar-se com os antigos companheiros, falar-lhes-ia abertamente, concluindo que também não seria razoável entregar-se inerme ao fanatismo tirânico da Sinagoga de Damasco.


Aos primeiros raios de sol, o fugitivo ia longe. Levava consigo os bolos de cevada como única provisão, e o Evangelho presenteado por como lembrança de tanto tempo de solidão e de luta.

A jornada foi assaz difícil e penosa. O cansaço obrigava-o a paradas constantes. Mais de uma vez recorreu à caridade alheia, no trajeto penoso. Com auxílio de camelos, cavalos ou dromedários, a viagem de Damasco a Jerusalém não exigia menos de uma semana de marchas exaustivas. Saulo, porém, ia a pé. Poderia talvez valer-se do concurso definitivo de alguma caravana, onde conseguisse os recursos imprescindíveis, mas preferiu familiarizar a vontade poderosa com os obstáculos mais duros. Quando a fadiga lhe sugeria o desejo de aguardar a cooperação eventual de outrem, buscava vencer o desânimo, punha-se novamente de pé, apoiava-se em cajados improvisados.


Depois de suaves recordações no local em que tivera a visão gloriosa do Messias ressuscitado, voltou a experimentar carinhosas emoções ao penetrar na Palestina,  atravessando vagarosamente extensas regiões da Galileia.  Fazia questão de conhecer o teatro das primeiras lutas do Mestre, identificar-se com as paisagens mais queridas, visitar Cafarnaum  e Nazaret,  ouvir a palavra dos filhos da região. Naquele tempo, já o ardoroso Apóstolo dos gentios desejava inteirar-se de todos os fatos referentes à vida de Jesus, ansiava por coordená-los com segurança, de maneira a legar aos irmãos em Humanidade o melhor repositório de informações sobre o Emissário Divino.


Quando chegou a Cafarnaum, um crepúsculo de ouro entornava maravilhas de luz na bucólica paisagem. O ex-rabino desceu religiosamente às margens do lago.  Embebeu-se na contemplação das águas, marulhosas. Pensando em Jesus, no poder do seu amor, chorou, dominado por singular emoção. Queria ter sido pescador humilde para captar os ensinamentos sublimes na fonte de suas palavras generosas e imortais.


Por dois dias, ali permaneceu em suave embevecimento. Sem revelar-se, procurou , que o recebeu de boa vontade. Mostrou-lhe sua dedicação e conhecimento do Evangelho, falou da oportunidade de suas anotações. O filho de Alfeu alegrou-se ao contágio daquela palavra inteligente e confortadora. Saulo viveu em Cafarnaum horas deliciosas para o seu espírito emotivo. Fora ao local das pregações do Mestre; mais adiante, a casinha de ; além, a coletoria onde o Mestre fora chamar Levi para o desempenho de importante papel entre os apóstolos. Abraçou homens fortes, da localidade, que tinham sido cegos e leprosos, curados pelas mãos misericordiosas do Messias; foi a Dalmanuta, onde conheceu . Enriqueceu o mundo impressivo de suas observações, colhendo informes inéditos.


Daí a dias, depois de repousar em Nazaret, ei-lo às portas da cidade santa dos israelitas, extenuado de fadiga, das caminhadas penosas, das noites de vigília cujos sofrimentos muita vez lhe pareceram sem-fim.

Em Jerusalém, todavia, aguardavam-no outras surpresas não menos dolorosas.

Estava empolgado por ansiosas interrogações. Não mais tivera notícia dos pais, dos amigos, da irmã carinhosa, dos familiares sempre vivos na sua retentiva. Como o receberiam os companheiros mais sinceros? Não poderia esperar amáveis recepções do Sinédrio. O episódio de Damasco dava-lhe a perceber o estado de ânimo dos membros do Tribunal. Certo, fora sumariamente expulso do cenáculo mais conspícuo da raça. Em compensação, fora admitido pelo Cristo no cenáculo infinito das verdades eternas.


Dominado por essas reflexões, atravessou a porta da cidade, recordando o tempo em que, numa biga veloz, saía, noutro local, buscando a casa de Zacarias, na direção de Jope.  As reminiscências das horas mais venturosas da mocidade encheram-lhe os olhos de pranto. Os transeuntes de Jerusalém estavam longe de imaginar quem era aquele homem magro e pálido, barba grande e olhos encovados, que passava arrastando-se de fadiga.

Após grande esforço, atingiu um prédio residencial do seu conhecimento. O coração palpitou-lhe apressado. Como simples mendigo, bateu à porta, em ansiosa expectativa.

Um homem de semblante severo atendeu secamente.

— Podeis informar, por favor — disse com humildade —, se ainda aqui reside uma senhora chamada Dalila?

— Não —, respondeu o outro, ríspido.


Aquele olhar duro não ensejava novas perguntas, mas, ainda assim, aventurou:

— Poderíeis dizer, por obséquio, para onde se mudou?

— Ora esta! — replicou o dono da casa irritadiço — dar-se-á que tenha de prestar contas a um mendigo? Daqui a pouco o senhor me perguntará se comprei esta casa; depois me pedirá o preço, exigirá datas, reclamará novas informações sobre os antigos moradores, tomará meu tempo com mil interrogações ociosas.

E, fixando em Saulo os olhos impassíveis, rematou de chofre:

— Nada sei, está ouvindo? Ponha-se na rua!…


O fugitivo de Damasco voltou serenamente para a via pública, enquanto o homenzinho dava expansão aos nervos doentes, batendo a porta com estrondo.

O ex-discípulo de refletiu na realidade amarga daquela primeira recepção simbólica. Jerusalém, certamente, nunca mais poderia conhecê-lo. Não obstante a impressão dolorosa, não se deixaria empolgar pelo desânimo. Resolveu procurar Alexandre, parente de Caifás  e seu companheiro de atividades no Sinédrio  e no Templo.  Cansadíssimo, bateu-lhe à porta, com minguadas esperanças. Um servo da casa, depois da primeira pergunta, vinha trazer-lhe a alvissareira notícia de que o amo não se demoraria a atender.

Com efeito, daí a pouco, Alexandre recebia o desconhecido com indisfarçável surpresa.


Satisfeito por conseguir a atenção de um velho amigo, Saulo adiantou-se, cumprimentando-o com efusão.

O israelita ilustre não conseguiu ocultar o desapontamento e sentenciou com alguma generosidade nas palavras:

— Amigo, a que vindes a esta casa?

— Será possível que me não reconheças? — interrogou bem-humorado, apesar da imensa fadiga.

— Vossa fisionomia não me é de todo estranha, entretanto…

— Alexandre! — exclamou por fim, prazenteiro — não te recordas mais de Saulo?

Um grande abraço foi a resposta do amigo, que perguntava solícito, modificando o tratamento:

— Muito bem! Até que enfim! Graças a Deus vejo que estás curado! Não me enganei esperando que voltasses! Grande é o poder do Deus de Moisés!


Saulo compreendeu de pronto a ambiguidade daquelas expressões. Sentindo dificuldade em fazer-se entendido, procurava o melhor meio de explicar-se com êxito, enquanto o amigo prosseguia:

— Mas que aspecto é este? Olha que mais pareces um beduíno do deserto… Dize-me: quanto tempo durou a enfermidade pertinaz?

Saulo encheu-se de coragem e acentuou:

— Mas, há engano com certeza, ou estarás mal informado, porque nunca estive doente.

— Impossível! — disse Alexandre visivelmente desapontado depois de tantas demonstrações afetuosas. — Jerusalém anda repleta de lendas a teu respeito. Sadoc veio até aqui, há três anos, pedir providências enérgicas do Sinédrio para que se esclarecesse tua situação e, depois de longos debates, levou uma ordem de prisão contra ti. Desde essa época, lutei desesperadamente para que se modificassem as disposições da peça condenatória. Provei que, se havias adotado uma atitude simpática para com a gente do “Caminho”, certo, essa decisão obedecia a fins que não estávamos habilitados a compreender de pronto, como, por exemplo, o de sondar melhor a extensão de suas atividades revolucionárias.


Saulo não pôde conter-se e revidou, antes que o amigo continuasse:

— Mas, nesse caso, seria um hipócrita refalsado e indigno do cargo e de mim mesmo.

O outro, contrafeito, carregou o sobrolho.

— Aliás, ponderei todas as hipóteses e como não podia tomar-te por hipócrita — acentuou Alexandre procurando emendar a mão — consegui provar que tua atitude em Damasco provinha de transitória demência. Não era justo pensar de outro modo, mesmo porque, do contrário, serias também insincero conosco, na esfera do farisaísmo.


O ex-rabino sentiu a delicadeza do impasse. Havia renovado as concepções religiosas, mas estava diante de um amigo. Quando muitos o abandonavam, aquele o recebia fraternalmente. Era necessário não magoá-lo. Todavia, era impossível mascarar a verdade. Sentiu os olhos úmidos. Impunha-se-lhe testemunhar o Cristo a qualquer preço, embora tivesse de perder as maiores afeições do mundo.

— Alexandre — disse humildemente —, é verdade que iniciei o grande movimento de perseguição ao “Caminho”; mas, agora, é indispensável confessar que me enganei. Os Apóstolos galileus têm razão. Estamos no limiar de grandes transformações. Às portas de Damasco, Jesus me apareceu na sua gloriosa ressurreição e exortou-me ao serviço do seu Evangelho de amor.

A palavra saía-lhe tímida, lavada no desejo de não ferir as crenças do amigo, que, não obstante, deixava transparecer profunda decepção no rosto lívido.

— Não digas tais absurdos! — exclamou irônico e sorridente — desgraçadamente, vejo que o mal continua minando-te as forças físicas e mentais. A Sinagoga de Damasco tinha razão. Se não te conhecesse da infância, dar-te-ia agora o título de blasfemo e desertor.


O moço tarsense, não obstante a energia viril, estava desapontado.

— Aliás — prosseguiu o outro, assumindo ares de protetor —, desde o início de tua viagem não concordei com o mísero cortejo que levavas. Jonas e Demétrio são quase boçais, e Jacob vive de caduquices. Com semelhante companhia, qualquer perturbação da tua parte haveria de acarretar grandes desastres morais para a nossa posição.

— No entanto, Alexandre — dizia o ex-rabino um tanto humilhado —, devo insistir na verdade. Vi com estes olhos o Messias de Nazaret; ouvi-lhe a palavra de viva voz. Compreendendo os erros em que vivia, na minha defeituosa concepção da fé, demandei o deserto. Lá estive três anos em serviço rude e longas meditações. Minha convicção não é superficial. Creio, hoje, que Jesus é o Salvador, o Filho do Deus Vivo.

— Pois tua enfermidade — repetia Alexandre altaneiro, modificando o diapasão da intimidade — transtornou a vida de toda a tua família. Envergonhados com as notícias chegadas da Síria  Jaques e Dalila mudaram-se de Jerusalém para a Cilícia.  Quando soube da ordem de prisão lavrada pelo Sinédrio contra a tua pessoa, tua mãe faleceu em Tarso.  Teu pai, que te educou com esmero, esperando da tua inteligência os maiores galardões de nossa raça, vive acabrunhado e infeliz. Teus amigos, cansados de suportar as ironias do povo, em Jerusalém, vivem esquivos e humilhados depois de te procurarem em vão. Não te doerá a visão deste quadro? Uma dor como esta não bastará para refazer-te o equilíbrio mental?


O ex-doutor da Lei tinha o coração ralado de angústia. Tantos dias ansiosos, tantas amarguras vividas no intuito de lograr alguma compreensão e repouso junto dos seus, via, agora, era tudo ilusão e ruinaria. A família desorganizada, a mãe morta, o pai infeliz; os amigos execravam-no; Jerusalém lançava-lhe ironias.

Vendo-o em tal atitude, o amigo regozijava-se intimamente, esperando ansioso o efeito de suas palavras.


Depois de concentrar-se um minuto, Saulo acentuou:

— Lamento ocorrências tão tristes e tomo a Deus por testemunha de que não cooperei intencionalmente para isso. No entanto, mesmo aqueles que ainda não aceitaram o Evangelho deveriam compreender, segundo a antiga Lei, que não devemos ser orgulhosos. , nada obstante a energia das recomendações, ensinou a bondade. Os profetas, que lhe sucederam, foram emissários de mensagens profundas para o nosso coração, que se perdia na iniquidade. nos concitou a buscar Jeová para conseguirmos viver. Lastimo que os meus afeiçoados se julguem ofendidos; mas é preciso considerar que, antes de ouvir qualquer julgamento ocioso do mundo, devemos buscar os juízos de Deus.


— Quer dizer que persistes nos teus erros? — perguntou Alexandre quase hostil.

— Não me sinto enganado. Dada a incompreensão geral — comentou o ex-rabino dignamente —, também me encontro em penosa situação; mas o Mestre não me faltará com o seu auxílio. Lembro-me dele e experimento grande conforto. Os afetos da família e a consideração dos amigos eram no mundo minha única riqueza. Contudo, encontrei nas anotações de Levi o caso de um moço rico, que me ensina a proceder nesta hora.  Desde a infância procurei cumprir rigorosamente meus deveres; mas, se é preciso lançar mão da riqueza que me resta, para alcançar a iluminação de Jesus, renunciarei à própria estima deste mundo!…


Alexandre pareceu comover-se com o tom melancólico das últimas palavras. Saulo dava a impressão de alguém que estivesse prestes a chorar.

— Estás fundamente transtornado — objetou Alexandre —, só um demente poderia proceder assim.

— não era um louco e aceitou Jesus como o Messias prometido — acrescentou o ex-doutor invocando a venerável memória do grande rabino.

— Não creio! — disse o outro com ar superior.

Saulo baixou a fronte silencioso. Grande a humilhação daquela hora. Depois de havido como demente, era tido por mentiroso. Apesar disso, no auge da perplexidade, considerou que o amigo não estava em condições de compreende-lo integralmente. Refletia na situação embaraçosa, quando Alexandre voltou a dizer:

— Infelizmente, preciso convencer-me do estado precário do teu cérebro. Por enquanto, poderás ficar em Jerusalém à vontade, mas será justo não multiplicar o escândalo da tua enfermidade, com falsos panegíricos do carpinteiro de Nazaret. A decisão do Sinédrio que consegui com tantos sacrifícios, poderia modificar-se. Quanto ao mais — terminava como a despedi-lo —, sabes que continuo às tuas ordens para uma retificação definitiva de atitudes, a qualquer tempo.


Saulo compreendeu a advertência; não era preciso dilatar a entrevista. O amigo expulsava-o com boas maneiras.

Em dois minutos achou-se novamente na via pública. Era quase meio-dia, um dia quente. Sentiu sede e fome. Consultou a bolsa, estava quase vazia. Um resto do que recebera das mãos generosas do irmão de Gamaliel, ao deixar Palmira definitivamente. Procurou a pensão mais modesta de uma das zonas mais pobres da cidade. Em seguida a frugal refeição e antes que caíssem as sombras cariciosas da tarde, encaminhou-se esperançado para o velho casarão reformado, onde Simão Pedro e companheiros desenvolviam toda a atividade em prol da causa de Jesus.

No trajeto, recordou-se de quando fora ouvir Estêvão em companhia de Sadoc. Como tudo, agora, se passava inversamente! O crítico, de outrora, voltava para ser criticado. O juiz, transformado em réu, mergulhava o coração em singulares ansiedades. Como o receberiam na igreja do “Caminho”?


Parou à frente da habitação humilde. Pensava em Estêvão, mergulhado no passado, de alma opressa. Ante os colegas do Sinédrio, entestando as autoridades do , outra era a sua atitude. Conhecia-lhes as fraquezas peculiares, passara também pelas máscaras farisaicas e podia aquilatar de seus erros clamorosos. No entanto, defrontando os Apóstolos galileus, sagrada veneração se lhe impunha à consciência. Aqueles homens poderiam ser rudes e simples, podiam viver distanciados dos valores intelectuais da época, mas tinham sido os primeiros colaboradores de Jesus. Além disso, não poderia aproximar-se deles sem experimentar profundo remorso. Todos haviam sofrido vexames e humilhações por sua causa. Não fosse Gamaliel, talvez o próprio Pedro teria sido lapidado… Precisava consolidar as noções de humildade para manifestar seus desejos ardentes de cooperação sagrada com o Cristo. Em Damasco, lutara na sinagoga contra a hipocrisia de antigos companheiros; em Jerusalém, enfrentara Alexandre com todo o desassombro; entretanto, parecia-lhe que outra deveria ser sua atitude ali, onde tinha necessidade de renúncia para alcançar a reconciliação com aqueles a quem havia ferido.


Assomado de profundas reflexões, bateu à porta quase trêmulo.

Um dos auxiliares do serviço interno, de nome Prócoro,  veio atender solicitamente.

— Irmão — disse o moço tarsense em tom humilde —, podeis informar se Pedro está?

— Vou saber — respondeu o interpelado, amistoso.

— Caso esteja — acrescentou Saulo algo indeciso —, dizei-lhe que Saulo de Tarso deseja falar-lhe em nome de Jesus.


Prócoro gaguejou um “sim”, com extrema palidez, fixou no visitante os olhos assombrados e afastou-se com dificuldade, sem dissimular a enorme surpresa. Era o perseguidor que voltava, depois de três anos. Lembrava-se, agora, daquela primeira discussão com Estêvão, em que o grande pregador do Evangelho sofrera tantos insultos. Em poucos momentos alcançava a câmara onde e confabulavam sobre os problemas internos. A notícia caiu entre ambos como uma bomba. Ninguém poderia prever tal coisa. Não acreditavam na lenda que Jerusalém enfeitava com detalhes desconhecidos, em cada comentário. Impossível que o algoz implacável dos discípulos do Senhor estivesse convertido à causa do seu Evangelho de amor e redenção.

O ex-pescador do “Caminho”, antes de recambiar o portador ao inesperado visitante, mandou chamar para resolverem os três a decisão a tomar.

O filho de Alfeu, transformado em rígido asceta, arregalou os olhos.


Depois das primeiras opiniões que traduziam receios justos e emitidas precipitadamente, Simão exclamou com grande prudência:

— Em verdade, ele nos fez o mal que pôde; entretanto, não é por nós que devemos temer e sim pela obra do Cristo que nos está confiada.

— Aposto em que toda essa história da conversão se resume numa farsa, a fim de que venhamos a cair em novas ciladas — replicou Tiago um tanto displicente.

— Por mim — disse João —, peço a Jesus nos esclareça, embora me recorde dos açoites que Saulo mandou aplicar-me no cárcere. Antes de tudo, é indispensável saber se o Cristo, de fato, lhe apareceu às portas de Damasco.

— Mas saber como? — dizia Pedro com profunda compreensão — Nosso material de reconhecimento é o próprio Saulo. Ele é o campo que revelará ou não a planta sagrada do Mestre. A meu ver, tendo a zelar um patrimônio que nos não pertence, somos obrigados a proceder como aconselha a prudência humana. Não é justo abrirmos as portas, quando não lhe conhecemos o intuito. Da primeira vez que aqui esteve, Saulo de Tarso foi tratado com o respeito que o mundo lhe consagrava. Busquei-lhe o melhor lugar para que ouvisse a palavra de Estêvão. Infelizmente, sua atitude desrespeitosa e irônica provocou escândalo, que culminou na prisão e morte do companheiro. Veio espontaneamente e voltou para prender-nos. Ao carinho fraternal, que lhe oferecemos, retribuiu com algemas e cordas. Assim me externando, também não devo esquecer a lição do Mestre, relativamente ao perdão, (Mt 18:21) e por isso reafirmo que não penso por nós, mas pelas responsabilidades que nos foram conferidas.


Ante considerações tão justas, os outros calaram, enquanto o ex-pescador acrescentava:

— Por conseguinte, não me é permitido recebe-lo nesta casa, sem maior exame, ainda que me não falte sincera boa vontade para isso. Resolvendo o assunto por essa forma, convocarei uma reunião para hoje à noite. O assunto é muito grave. Saulo de Tarso foi o primeiro perseguidor do Evangelho. Quero que todos cooperem comigo nas decisões a tomar, pois, de mim mesmo, não quero parecer nem injusto, nem imprevidente.

E depois de longa pausa, dizia para o emissário:

— Vai, Prócoro. Dize-lhe que volte depois, que não posso deixar os quefazeres mais urgentes.

— E se ele insistir? — perguntou o diácono preocupado.

— Se ele de fato aqui vem em nome de Jesus, saberá compreender e esperar.


Saulo aguardava ansiosamente o mensageiro. Era-lhe preciso encontrar alguém que o entendesse e lhe sentisse a transformação. Estava exausto. A igreja do “Caminho” era a derradeira esperança.

Prócoro transmitiu-lhe o recado com grande indecisão. Não era preciso mais para que tudo compreendesse. Os Apóstolos galileus não acreditavam na sua palavra. Agora examinava a situação com mais clareza. Percebia a indefinível e grandiosa misericórdia do Cristo visitando-o, inesperadamente, no auge do seu abismo espiritual às portas de Damasco. Pelas dificuldades para ir ter com Jesus, avaliava quanta bondade e compaixão seriam necessárias para que o Mestre o acolhesse, endereçando-lhe sagradas exortações, no encontro inesquecível.


O diácono fixou-o com simpatia. Saulo recebera a resposta altamente desapontado. Ficou pálido e trêmulo, como que envergonhado de si mesmo. Além disso, tinha aspecto doentio, olhos encovados, era pele e osso.

— Compreendo, irmão — disse de olhos molhados — Pedro tem motivos justos…

Aquelas palavras comoveram a Prócoro no mais íntimo da alma e, evidenciando seu bom desejo de ampará-lo, exclamou a demonstrar perfeito conhecimento dos fatos:

— Não trazeis de Damasco alguma apresentação de Ananias?

— Já tenho comigo as do Mestre.

— Como assim? — perguntou o diácono admirado.

— Jesus disse em Damasco — falou o visitante com serenidade — que mostraria quanto me compete sofrer por amor ao seu nome.


Intimamente, o ex-doutor da Lei sentia imensa saudade dos irmãos de Damasco, que o haviam tratado com a maior simplicidade. Entretanto, considerou, simultaneamente, que semelhante proceder era justo, porquanto dera provas na sinagoga e junto de Ananias, de que sua atitude não comportava simulação. Ao refletir que Jerusalém o recebia, em toda parte, como vulgar mentiroso, sentiu lágrimas quentes lhe afluírem aos olhos. Mas, para que o outro não lhe visse a sensibilidade ferida, exclamou justificando-se:

— Tenho os olhos cansados pelo sol do deserto! Podereis fornecer-me um pouco de água fresca?

O diácono atendeu prontamente.

Daí a instantes, Saulo mergulhava as mãos num grande jarro, lavando os olhos em água pura.

— Voltarei depois — disse em seguida, estendendo a mão ao auxiliar dos apóstolos, que se afastou impressionado.


Amargando a fraqueza orgânica, o cansaço, o abandono dos amigos, as desilusões mais acerbas, o moço de Tarso retirou-se cambaleante.

À noite, consoante deliberara, Simão Pedro, evidenciando admirável bom-senso, reuniu os companheiros de mais responsabilidade para considerar o assunto. Além dos Apóstolos galileus, estavam presentes os irmãos Nicanor, Prócoro,  Pármenas,  Timon,  Nicolau  e Barnabé, este último incorporado ao grupo de auxiliares mais diretos da igreja, por suas elevadas qualidades de coração.

Com permissão de Pedro, Tiago iniciou as conversações, manifestando-se contrário a qualquer espécie de auxílio imediato ao convertido da última hora. João ponderou que Jesus tinha poder para transformar os Espíritos mais perversos, como para levantar os mais infortunados da sorte. Prócoro relatou suas impressões a respeito do pertinaz perseguidor do Evangelho, ressaltando a compaixão que seu estado de saúde despertava nos corações mais insensíveis. Chegada a sua vez, Barnabé esclareceu que, ainda em Chipre, antes de transferir-se definitivamente para Jerusalém, ouvira alguns levitas descreverem a coragem com que o convertido falara na Sinagoga de Damasco, logo após a visão de Jesus.


O ex-pescador de Cafarnaum solicitou pormenores do companheiro, impressionado com a sua opinião. Barnabé explicou quanto sabia, manifestando o desejo de que resolvessem a questão com a maior benevolência.

Nicolau, percebendo a atmosfera de boa vontade que se formava em torno da figura do ex-rabino, objetava com a sua rigidez de princípios:

— Convenhamos que não é justo esquecer os aleijados que se encontram nesta casa, vítimas da odiosa truculência dos asseclas de Saulo. É das escrituras que se exija cuidado com os lobos que penetram no redil sob a pele das ovelhas. (Mt 7:15) O doutor da Lei, que nos fez tanto mal, sempre deu preferência às grandes expressões espetaculares contra o Evangelho, no Sinédrio. Quem sabe nos prepara atualmente nova armadilha de grande efeito?


A tal pergunta, o bondoso Barnabé curvou a fronte, em silêncio. Pedro notou que a reunião se dividia em dois grupos. De um lado estavam ele e João chefiando os pareceres favoráveis; do outro, Tiago e Filipe encabeçavam o movimento contrário. Acolhendo a admoestação de Nicolau, exprimiu-se com brandura:

— Amigos, antes da enunciação de qualquer ponto de vista pessoal, conviria refletirmos na bondade infinita do Mestre. Nos trabalhos de minha vida, anteriores ao Pentecostes, confesso que as faltas de toda sorte aparecem no meu caminho de homem frágil e pecador. Não hesitava em apedrejar os mais infelizes e cheguei, mesmo, a advertir o Cristo para faze-lo! Como sabeis, fui dos que negaram o Senhor na hora extrema. Entretanto, depois que nos chegou o conhecimento pela inspiração celeste, não será justo olvidarmos o Cristo em qualquer iniciativa. Precisamos pensar que, se Saulo de Tarso procura valer-se de semelhantes expedientes para desferir novos golpes nos servidores do Evangelho, então ele é ainda mais desgraçado que antes, quando nos atormentava abertamente. Sendo, pois, um necessitado, de qualquer modo não vejo razões para lhe recusarmos mãos fraternas.


Percebendo que Tiago preparava-se para defender o parecer de Nicolau, Simão Pedro continuou, depois de ligeira pausa:

— Nosso irmão acaba de referir-se ao símbolo do lobo que surge no redil com a pele das ovelhas generosas e humildes. Concordo com essa expressão de zelo. Também eu não pude acolher Saulo, quando hoje nos bateu à porta, atento à responsabilidade que me foi confiada. Nada quis decidir sem o vosso concurso. O Mestre nos ensinou que nenhuma obra útil se poderá fazer na Terra sem a cooperação fraternal. Mas, aproveitando o parecer enunciado, examinemos, com sinceridade, o problema imprevisto. Em verdade, Jesus recomendou nos acautelássemos contra o fermento dos fariseus, esclarecendo que o discípulo deverá possuir consigo a doçura das pombas e a prudência das serpentes. (Mt 10:16) Convenhamos em que, de fato, Saulo de Tarso possa ser o lobo simbólico. Ainda aí, após esse conhecimento hipotético, teríamos profunda questão a resolver. Se estamos numa tarefa de paz e de amor, que fazer com o lobo, depois da necessária identificação? Matar? Sabemos que isso não entra em nossa linha de conta. Não seria mais razoável refletir nas possibilidades da domesticação? Conhecemos homens rudes que conseguem dominar cães ferozes. Onde estaria, pois, o espírito que Jesus nos legou como sagrado patrimônio, se por temores mesquinhos deixássemos de praticar o bem?


A palavra concisa do Apóstolo tivera efeito singular. O próprio Tiago parecia desapontado pelas anteriores reflexões. Em vão Nicolau procurou argumentos novos para formular outras objeções. Observando o pesado silêncio que se fizera, Pedro sentenciou serenamente:

— Desse modo, amigos, proponho convidarmos Barnabé para visitar pessoalmente o doutor de Tarso, em nome desta casa. Ele e Saulo não se conhecem, valorizando-se melhor semelhante oportunidade, porque, ao vê-lo, o moço tarsense nada terá que recordar do seu passado em Jerusalém. Se fosse visitado, pela primeira vez, por um de nós, talvez se perturbasse, julgando nossas palavras como de alguém que lhe fosse pedir contas.

João aplaudiu a ideia calorosamente. Em face do bom-senso que as expressões de Pedro revelavam, Tiago e Filipe mostravam-se satisfeitos e tranquilos. Combinou-se a diligência de Barnabé para o dia seguinte. Aguardariam Saulo de Tarso com interesse. Se, de fato sua conversão fosse real, tanto melhor.


O diácono de Chipre destacava-se por sua grande bondade. Sua expressão carinhosa e humilde, seu espírito conciliador, contribuíam, na igreja, para a solução pacífica de todos os assuntos.

Com um sorriso generoso, Barnabé abraçou o ex-rabino, pela manhã, na pensão em que ele se hospedara. Nenhum traço da sua nova personalidade indiciava aquele perseguidor famoso, que fizera Simão Pedro decidir a convocação dos amigos para resolver o seu acolhimento. O ex-doutor da Lei era todo humildade e estava doente. Indisfarçável fadiga transparecia-lhe nos mínimos gestos. A fisionomia não iludia um grande sofrimento. Correspondia às palavras afetuosas do visitante com um sorriso triste e acanhado. Via-se-lhe, entretanto, a satisfação que a visita lhe causava. O gesto espontâneo de Barnabé sensibilizava-o. A seu pedido, Saulo contou-lhe a viagem a Damasco e a gloriosa visão do Mestre, que constituía o marco inolvidável da sua vida. O ouvinte não dissimulou simpatias. Em poucas horas sentia-se tão identificado com o novo amigo, quais se fossem conhecidos de longos anos. Após a conversação, Barnabé pretextou qualquer coisa para dirigir-se ao dono da hospedaria, a quem pagou as despesas da hospedagem. Em seguida, convidou-o a acompanhá-lo à igreja do “Caminho”. Saulo não deixou de hesitar, enquanto o outro insistia.

— Receio — disse o moço tarsense um tanto indeciso —, pois já ofendi muito a Simão Pedro e demais companheiros. Só por acréscimo de misericórdia do Cristo consegui uma réstia de luz, para não perder totalmente meus dias.

— Ora essa! — exclamou Barnabé, batendo-lhe no ombro com bonomia — quem não terá errado na vida? Se Jesus nos tem valido a todos, não é porque o mereçamos, mas pela necessidade de nossa condição de pecadores.


Em poucos minutos, encontravam-se a caminho, notando o emissário de Pedro o penoso estado de saúde do antigo rabino. Muito pálido e abatido, parecia caminhar com esforço; tremiam-lhe as mãos, sentia-se febril. Deixava-se levar como alguém que conhecesse a necessidade de amparo. Sua humildade comovia o outro, que, a seu respeito, ouvira tantas referências desairosas.

Chegados a casa, Prócoro lhes abriu a porta, mas, desta vez, Saulo não ficaria a esperar indefinidamente. Barnabé tomou-lhe a mão, afetuoso, e dirigiram-se para o vasto salão, onde Pedro e Timon os esperavam. Saudaram-se em nome de Jesus. O antigo perseguidor empalidecera mais. Por sua vez, ao vê-lo, Simão não ocultou um movimento de espanto ao notar-lhe a diferença física.


Aqueles olhos encovados, a extrema fraqueza orgânica, falavam aos Apóstolos galileus de profundos sofrimentos.

— Irmão Saulo — disse Pedro comovido —, Jesus quer que sejas bem-vindo a esta casa.

— Assim seja — respondeu o recém-chegado, de olhos úmidos.

Timon abraçou-o com palavras afetuosas, em lugar de João que se ausentara ao amanhecer, a serviço da confraria de Jope.

Em breves momentos, vencendo o constrangimento do primeiro contato com os amigos pessoais do Mestre depois de tão longa ausência, o moço tarsense, atendendo-lhes ao pedido, relatava a jornada de Damasco com todos os pormenores do grande acontecimento, evidenciando singular emotividade nas lágrimas que lhe banhavam o rosto. Sensibilizara-se, sobremaneira, ao relembrar tamanhas graças. Pedro e Timon já não tinham dúvidas. A visão do ex-rabino tinha sido real. Ambos em companhia de Barnabé, seguiram a descrição até ao fim, com olhos cheios de pranto. Efetivamente, o Mestre voltara, a fim de converter o grande perseguidor da sua doutrina. Requisitando Saulo de Tarso para o redil do seu amor revelara, mais uma vez, a lição imortal do perdão e da misericórdia.


Terminada a narrativa, o ex-doutor da Lei estava cansado e abatido. Instado a explanar suas novas esperanças, seus projetos de trabalho espiritual, bem como o que pretendia fazer em Jerusalém, confessou-se desde logo profundamente reconhecido por tanto interesse afetuoso e falou com certa timidez:

— Necessito entrar numa fase ativa de trabalho com que possa desfazer meu passado culposo. É verdade que fiz todo o mal à igreja de Jesus, em Jerusalém; mas, se a misericórdia de Jesus dilatar minha permanência no mundo, empregarei o tempo em estender esta casa de amor e paz a outros lugares da Terra.

— Sim — replicou Simão ponderadamente —, certo que o Messias renovará tuas forças, de modo a poderes atender a tão nobre cometimento, na época oportuna.


Saulo parecia confortar-se com a palavra de encorajamento; deixando perceber que desejava consolidar a confiança dos ouvintes, arrancou das dobras da túnica rafada um rolo de pergaminhos e, apresentando-o ao ex-pescador de Cafarnaum, disse sensibilizado:

— Aqui está uma relíquia da amizade de Gamaliel que trago invariavelmente comigo. Pouco antes de morrer, ele deu-me a cópia das anotações de Levi, concernentes à vida e feitos do Salvador. Tinha em grande conta estas notas, porque as recebeu desta casa, na primeira visita que lhe fez.

Simão Pedro, evocando gratas recordações, tomou os pergaminhos com vivo interesse. Saulo verificava que o presente de Gamaliel tivera a finalidade prevista pelo generoso doador. Desde esse instante, os olhos do antigo pescador fixaram-se nele com mais confiança. Pedro falou da bondade do generoso rabino, informando-se da sua vida em Palmira; dos seus últimos dias, do seu traspasse. O discípulo atendia satisfeito.


Voltando ao assunto das suas novas perspectivas, explicou-se mais amplamente, sempre humilde:

— Tenho muitos planos de trabalho para o futuro, mas, sinto-me combalido e doente. O esforço da última viagem, sem recursos de qualquer natureza agravou-me a saúde. Sinto-me febril, o corpo dolorido, a alma exausta.

— Tens falta de dinheiro? — interrogou Simão bondosamente.

— Sim… — respondeu hesitante.

— Essas necessidades — esclareceu Pedro — já foram providas em parte. Não te preocupes em demasia. Recomendei a Barnabé que pagasse as primeiras despesas da hospedaria e, quanto ao mais, convidamos-te a repousar conosco o tempo que quiseres. Esta casa é também tua. Usa de nossas possibilidades como te aprouver.


O hóspede sensibilizou-se. Recordando o passado, sentia-se ferido no seu amor-próprio; mas, ao mesmo tempo, rogava a Jesus o auxiliasse para não desprezar as oportunidades de aprendizado.

— Aceito… — respondeu em voz reticenciosa, revelando acanhamento —, ficarei convosco enquanto minha saúde necessitar de tratamento…

E como se tivesse extrema dificuldade em acrescentar um pedido ao favor que aceitava, depois de longa pausa em que se lhe notava o esforço para falar, solicitou comovedoramente:

— Caso fosse possível, desejaria ocupar o mesmo leito em que Estêvão foi recolhido, generosamente, nesta casa.

Barnabé e Pedro ficaram altamente emocionados. Todos haviam combinado não fazer alusão ao pregador massacrado sob apupos e pedradas. Não queriam relembrar o passado perante o convertido de Damasco, ainda mesmo que sua atitude não fosse essencialmente sincera.


Ouvindo-o, o antigo pescador de Cafarnaum chegou quase a chorar. Com extrema dedicação, satisfez-lhe o pedido e, assim, foi ele conduzido ao interior, onde se acomodou entre lençóis muito alvos. Pedro fez mais: compreendendo a profunda significação daquele desejo, trouxe ao convertido de Damasco os singelos pergaminhos que o mártir utilizava diariamente no estudo e meditação da Lei, dos Profetas e do Evangelho. Apesar da febre, Saulo regozijou-se. Tomado de profunda comoção, nas passagens prediletas dos pergaminhos sagrados, leu o nome de “Abigail”, grafado diversas vezes. Ali estavam frases peculiares à dialética da noiva amada, datas que coincidiam, perfeitamente, com as suas revelações íntimas, quando ambos se entretinham a falar do passado, no pomar de Zacarias. A palavra “Corinto” era repetida muitas vezes. Aqueles documentos pareciam ter uma voz. Falavam-lhe ao coração, de um grande e santo amor fraternal. Ouvia-a em silêncio e guardou as conclusões avaramente. Não revelaria a ninguém suas íntimas dores. Bastavam aos outros os grandes erros da sua vida pública, os remorsos, as retificações que, apesar de verificadas em campo aberto, raros amigos conseguiam compreender. Observando-lhe a atitude de constante meditação, Pedro desdobrou-se na tarefa de assistência fraternal. Eram as palavras amigas, os comentários acerca do poder de Jesus, os caldos suculentos, as frutas substanciosas, a palavra de bom ânimo. Por tudo isso, sensibilizava-se o doente, sem saber como traduzir sua gratidão imperecível.


Entretanto, notou que Tiago, filho de Alfeu, receoso, talvez, dos seus antecedentes, não se dignava dirigir-lhe uma palavra. Arvorado em rígido cumpridor da Lei de Moisés, dentro da igreja do “Caminho”, era percebido, de vez em quando, pelo moço tarsense, qual sombra impassível a deslizar, balbuciando preces silenciosas, entre os enfermos. A princípio, sentiu quanto lhe doía aquele desinteresse; mas logo considerou a necessidade de humilhar-se diante de todos. Nada fizera, ainda, que pudesse positivar suas novas convicções. Quando dominava no Sinédrio, também não perdoava as adesões de última hora.


Logo que entrou a convalescer, já plenamente identificado com a afeição de Pedro, pediu-lhe conselhos sobre os planos que tinha em mente, encarecendo a máxima franqueza, para que pudesse enfrentar a situação, por mais duras que lhe fossem as circunstâncias.

— De minha parte — disse o Apóstolo ponderadamente — não me parece razoável permaneceres em Jerusalém, por enquanto, neste período de renovação. Para falar com sinceridade, há que considerar teu novo estado d’alma como a planta preciosa que começa a germinar. É necessário dar liberdade ao germe divino da fé. Na hipótese da tua permanência aqui, encontrarias, diariamente, de um lado os sacerdotes intransigentes em guerra contra o teu coração; e do outro, as pessoas incompreensíveis, que falam nas extremas dificuldades do perdão, embora conheçam, de sobra, as lições do Mestre nesse sentido. Não deves ignorar que a perseguição aos simpatizantes do “Caminho” deixou traços muito profundos na alma popular. Não raro, aqui chegam pessoas mutiladas, que amaldiçoam o movimento. Isso para nós, Saulo, está num passado que jamais voltará; contudo, essas criaturas não o poderão compreender assim, de pronto. Em Jerusalém estarias mal colocado. O germe de tuas novas convicções encontraria mil elementos hostis e talvez ficasses à mercê da exasperação.


O rapaz ouviu as advertências ralado de angústia, sem protestar. O Apóstolo tinha razão. Em toda a cidade encontraria críticas soezes e destruidoras.

— Voltarei a Tarso… — disse com humildade —, é possível que meu velho pai compreenda a situação e ajude meus passos. Sei que Jesus abençoará meus esforços. Se é preciso recomeçar a existência, recomeçá-la-ei no lar de onde provim…

Simão contemplou-o com ternura, admirado daquela transformação espiritual.


Diariamente, ambos reatavam as palestras amistosas. O convertido de Damasco, inteligência fulgurante, revelava curiosidade insaciável a respeito da personalidade do Cristo, dos seus mínimos feitos e mais sutis ensinamentos. Outras vezes, solicitava ao ex-pescador todos os informes possíveis sobre Estêvão, regozijando-se com as lembranças de Abigail, embora guardasse avaramente os pormenores do seu romance da mocidade. Inteirou-se, então, dos pesados trabalhos do pregador do Evangelho quando no cativeiro; da sua dedicação a um patrício de nome Sérgio Paulo; da fuga em miserável estado de saúde, no porto palestinense; do ingresso na igreja do “Caminho” como indigente, das primeiras noções do Evangelho e consequente iluminação em Cristo Jesus. Encantava-se, ouvindo as narrativas simples e amorosas de Pedro, que revelava sua veneração ao mártir evitando melindrá-lo na sua condição de verdugo repeso.


Logo que pôde levantar-se da cama, foi ouvir as pregações naquele mesmo recinto onde insultara o irmão de Abigail, pela primeira vez. Os expositores do Evangelho eram, mais frequentemente, Pedro e Tiago. O primeiro falava com profunda prudência, embora se valesse de maravilhosas expressões simbólicas. O segundo, entretanto, parecia torturado pela influência judaizante. Tiago dava a impressão de reingresso na maioria dos ouvintes, nos regulamentos farisaicos. Suas preleções fugiam ao padrão de liberdade e de amor em Jesus-Cristo. Revelava-se encarcerado nas concepções estreitas do judaísmo dominante. Longos períodos de seus discursos referiam-se às carnes impuras, às obrigações para com a Lei, aos imperativos da circuncisão. A assembleia também parecia completamente modificada. A igreja assemelhava-se muito mais a uma sinagoga comum. Israelitas, em atitude solene, consultavam pergaminhos e papiros que continham as prescrições de Moisés. Saulo procurou, em vão, a figura impressionante dos sofredores e aleijados que vira no recinto, quando ali esteve pela primeira vez. Curiosíssimo, notou que Simão Pedro atendia-os numa sala contígua, com grande bondade. Aproximou-se mais e pôde observar que, enquanto a pregação reproduzia a cena exata das sinagogas, os aflitos se sucediam ininterruptamente na sala humilde do ex-pescador de Cafarnaum. Alguns saiam conduzindo bilhas de remédio, outros levavam azeite e pão.


Saulo impressionou-se. A igreja do “Caminho” parecia muito mudada. Faltava-lhe alguma coisa. O ambiente geral era de asfixia de todas as ideias do Nazareno. Não mais encontrou ali a grande vibração de fraternidade e de unificação de princípios pela independência espiritual. Depois de aturadas reflexões, tudo atribuía à falta de Estêvão. Morto este, extinguira-se o esforço do Evangelho livre; pois fora ele o fermento divino da renovação. Somente agora se capacitava da grandeza da sua elevada tarefa.


Quis pedir a palavra, falar como em Damasco, zurzir os erros de interpretação, sacudir a poeira que se adensava sobre o imenso e sagrado idealismo do Cristo, mas lembrou as ponderações de Pedro e calou-se. Não era justo, por enquanto, verberar o procedimento de outrem, quando não dera obras de si mesmo, por testemunhar a própria renovação. Se tentasse falar, podia ouvir, talvez, reprimendas justas. Além disso, notava que os conhecidos de outros tempos, frequentadores agora da igreja do “Caminho”, sem abandonar, de modo algum, seus princípios errôneos, olhavam-no de soslaio, sem dissimular desprezo, considerando-o em perturbação mental. No entanto, era com esforço supremo que sopitava o desejo de terçar armas, mesmo ali, para restauração da verdade pura.


Após a primeira reunião, procurou oportunidade de estar a sós com o ex-pescador de Cafarnaum, a fim de se inteirar das inovações observadas.

— A tempestade que desabou sobre nós — explicou Pedro generosamente, sem qualquer alusão ao seu procedimento de outrora — levou-me a sérias meditações. Desde a , notei que Tiago sofrera profundas transformações. Entregou-se a uma vida de grande ascetismo e rigoroso cumprimento da Lei de Moisés. Pensei muito na mudança das suas atitudes, mas, por outro lado, considerei que ele não é mau. É companheiro zeloso, dedicado e leal. Calei-me para mais tarde concluir que tudo tem uma razão de ser. Quando as perseguições apertaram o cerco, a atitude de Tiago, embora pouco louvável, quanto à liberdade do Evangelho, teve seu lado benéfico. Os delegados mais truculentos respeitaram-lhe o devocionismo moisaico e suas amizades sinceras no judaísmo nos permitiram a manutenção do patrimônio do Cristo. Eu e João tivemos horas angustiosas, na consideração desses problemas. Estaríamos sendo insinceros, falsearíamos a verdade? Ansiosamente rogamos a inspiração do Mestre. Com o auxílio de sua divina luz, chegamos a criteriosas conclusões. Seria justo lutar a videira ainda tenra com a figueira brava? Se fôssemos atender ao impulso pessoal de combater os inimigos da independência do Evangelho, esqueceríamos fatalmente, a obra coletiva. Não é lícito que o timoneiro, por testemunhar a excelência de conhecimentos náuticos, atire o barco contra os rochedos, com prejuízo de vida para quantos confiaram no seu esforço. Consideramos, assim, que as dificuldades eram muitas e precisávamos, enquanto mínima fosse a nossa possibilidade de ação, conservar a árvore do Evangelho ainda tenra, para aqueles que viessem depois de nós. Além do mais, Jesus ensinou que só conseguimos elevados objetivos, neste mundo, cedendo alguma coisa de nós mesmos. Por intermédio de Tiago, o farisaísmo acede em caminhar conosco. Pois bem: consoante os ensinamentos do Mestre, caminharemos as milhas possíveis. E julgo mesmo que, se Jesus assim nos ensinou, é porque na marcha temos a oportunidade de ensinar alguma coisa e revelar quem somos.


Enquanto Saulo o contemplava com redobrada admiração pelos judiciosos conceitos emitidos, o Apóstolo rematava:

— Isso passa! A obra é do Cristo. Se fosse nossa, falharia por certo, mas nós não passamos de simples e imperfeitos cooperadores.

Saulo guardou a lição e recolheu-se pensativo. Pedro parecia-lhe muito maior agora, no seu foro íntimo. Aquela serenidade, aquele poder de compreensão dos fatos mínimos, davam-lhe ideia da sua profunda iluminação espiritual.


De saúde refeita, antes de qualquer deliberação sobre o novo caminho a tomar, o moço tarsense desejou rever Jerusalém num impulso natural de afeição aos lugares que lhe sugeriam tantas lembranças cariciosas. Visitou o Templo, experimentando o contraste das emoções. Não se animou a penetrar no Sinédrio, mas procurou, ansioso, a Sinagoga dos cilicianos, onde presumia reencontrar as amizades nobres e afáveis de outros tempos. Entretanto, mesmo ali onde se reuniam os conterrâneos residentes em Jerusalém, foi recebido friamente. Ninguém o convidou ao labor da palavra. Apenas alguns conhecidos de sua família apertaram-lhe a mão secamente, evitando-lhe a companhia, de modo ostensivo. Os mais irônicos, terminados os serviços religiosos, dirigiram-lhe perguntas, com sorrisos escarninhos. Sua conversão às portas de Damasco era glosada com ditérios acerados e deprimentes.

— Não seria algum sortilégio dos feiticeiros do “Caminho”? — diziam uns. — Não seria Demétrio que se vestira de Cristo e lhe deslumbrara os olhos doentes e fatigados? — interrogavam outros.


Percebeu as ironias de que estava sendo objeto. Tratavam-no como demente. Foi aí que, sem sopitar a impulsividade do coração honesto, subiu ousadamente num estrado e falou com orgulho:

— Irmãos da Cilícia,  estais enganados. Não estou louco. Não buscais arguir-me porque eu vos conheço e sei medir a hipocrisia farisaica.

Estabeleceu-se luta imediata. Velhos amigos vociferavam impropérios. Os mais ponderados cercaram-no como se o fizessem a um doente e pediram-lhe que se calasse. Saulo precisou fazer um esforço heroico para conter a indignação. A custo, conseguiu dominar-se e retirou-se. Em plena via pública, sentia-se assaltado por ideias escaldantes. Não seria melhor combater abertamente, pregar a verdade sem consideração pelas máscaras religiosas que enchiam a cidade? A seus olhos, era justo refletir na guerra declarada aos erros farisaicos. E se, ao contrário das ponderações de Pedro, assumisse em Jerusalém a chefia de um movimento mais vasto, a favor do Nazareno? Não tivera a coragem de perseguir-lhe os discípulos, quando os doutores do Sinédrio eram todos complacentes? Por que não assumir, agora, a atitude da reparação, encabeçando um movimento em contrário? Havia de encontrar alguns amigos que se lhe associassem ao esforço ardente. Com esse gesto, auxiliaria o próprio irmão na sua tarefa dignificante em prol dos necessitados.


Fascinado com tais perspectivas, penetrou no Templo famoso. Recordou os dias mais recuados da infância e da primeira juventude. O movimento popular no recinto já lhe não despertava o interesse de outrora. Instintivamente, aproximou-se do local onde Estêvão sucumbira. Lembrou a cena dolorosa, detalhe por detalhe. Penosa angústia assomava-lhe ao coração. Orou com fervor ao Cristo. Entrou na sala onde estivera a sós com Abigail, a ouvir as últimas palavras do mártir do Evangelho. Compreendia, enfim, a grandeza daquela alma que o perdoara in extremis. Cada palavra do moribundo ressoava-lhe agora, estranhamente, nos ouvidos. A elevação de Estêvão fascinava-o. O pregador do “Caminho” havia-se imolado por Jesus! Por que não faze-lo também? Era justo ficar em Jerusalém, seguir-lhe os passos heroicos, para que a lição do Mestre fosse compreendida. Na recordação do passado, o moço tarsense mergulhava-se em preces fervorosas. Suplicava a inspiração do Cristo para seus novos caminhos. Foi aí que o convertido de Damasco, exteriorizando as faculdades espirituais, fruto das penosas disciplinas, observou que um vulto luminoso surgia inopinadamente a seu lado, falando-lhe com inefável ternura:

— Retira-te de Jerusalém, porque os antigos companheiros não aceitarão, por enquanto, o testemunho!


Sob o palio de Jesus, Estêvão seguia-lhe os passos na senda do discipulado, embora a posição transcendente de sua assistência invisível. Saulo, naturalmente, cuidou que era o próprio Cristo o autor da carinhosa advertência e, fundamente impressionado, demandou a igreja do “Caminho”, informando a Simão Pedro o que ocorrera.

— Entretanto — acabou dizendo ao generoso Apóstolo que o ouvia admirado —, não devo ocultar que tencionava agitar a opinião religiosa da cidade, defender a causa do Mestre, restabelecer a verdade em sua feição integral.


Enquanto o ex-pescador escutava em silêncio, como a reforçar a resposta, o novo discípulo continuava:

— Estêvão não se entregou ao sacrifício? Sinto que nos falta aqui uma coragem igual à do mártir, sucumbido às pedradas da minha ignorância.

— Não, Saulo — replicou Pedro com firmeza —, não seria razoável pensar assim. Tenho maior experiência da vida, embora não tenha cabedais de inteligência semelhantes aos teus. Está escrito que o discípulo não poderá ser maior que o mestre. (Lc 6:40) Aqui mesmo, em Jerusalém, vimos Judas cair numa cilada igual a esta. Nos dias angustiosos do Calvário, em que o Senhor provou a excelência e a divindade do seu amor e, nós, o amargo testemunho da exígua fé, condenamos o infortunado companheiro. Alguns irmãos nossos mantêm, até o presente, a opinião dos primeiros dias; mas em contato com a realidade do mundo, cheguei à conclusão de que Judas foi mais infeliz que perverso. Ele não acreditava na validade das obras sem dinheiro, não aceitava outro poder que não fosse o dos príncipes do mundo. Estava sempre inquieto pelo triunfo imediato das ideias do Cristo. Muitas vezes, vimo-lo altercar, impaciente, pela construção do Reino de Jesus, adstrito aos princípios políticos do mundo. O Mestre sorria e fingia não entender as insinuações, como quem estava senhor do seu divino programa. Judas, antes do apostolado, era negociante. Estava habituado a vender a mercadoria e receber o pagamento imediato. Julgo, nas meditações de agora, que ele não pôde compreender o Evangelho de outra forma, ignorando que Deus é um credor cheio de misericórdia, que espera generosamente a todos nós, que não passamos de míseros devedores. Talvez amasse profundamente o Messias, contudo, a inquietação fê-lo perder na oportunidade sagrada. Tão só pelo desejo de apressar a vitória, engendrou a tragédia da cruz, com a sua falta de vigilância.


Saulo ouvia assombrado aquelas considerações justas e o bondoso Apóstolo continuava:

— Deus é a Providência de todos. Ninguém está esquecido. Para que ajuízes melhor da situação admitamos que fosses mais feliz que Judas. Figuremos tua vitória pessoal no feito. Concedamos que pudesses atrair para o Mestre toda a cidade. E depois? Deverias e poderias responder por todos os que aderissem ao teu esforço? A verdade é que poderias atrair, nunca, porém, converter. Como não te fosse possível atender a todos, em particular, acabarias execrado pela mesma forma. Se Jesus, que tudo pode neste mundo sob a égide do Pai, espera com paciência a conversão do mundo, por que não poderemos esperar, de nossa parte? A melhor posição da vida é a do equilíbrio. Não é justo desejar fazer nem menos, nem mais do que nos compete, mesmo porque o Mestre sentenciou que a cada dia bastam os seus trabalhos. (Mt 6:34)


O convertido de Damasco estava surpreso a mais não poder. Simão apresentava argumentos irretorquíveis. Sua inspiração assombrava-o.

— À vista do que ocorreu — prosseguiu o ex-pescador serenamente —, importa que te vás logo que caia a noite. A luta iniciada na Sinagoga dos cilícios é muito mais importante que os atritos de Damasco. É possível que amanhã procurem encarcerar-te. Além disso, a advertência recebida no Templo não é de molde a procrastinarmos providências indispensáveis.

Saulo concordou de boamente com o alvitre. Poucas vezes na vida escutara observações tão sensatas.

— Pretendes voltar à Cilícia? — disse Pedro com inflexão paternal.

— Já não tenho mais aonde ir — respondeu com resignado sorriso.

— Pois bem, partirás para Cesareia.  Temos ali amigos sinceros que te poderão auxiliar.


O programa de Simão Pedro foi rigorosamente cumprido. À noite, quando Jerusalém se envolvia em grande silêncio, um cavaleiro humilde transpunha as portas da cidade, na direção dos caminhos que conduziam ao grande porto palestinense.

Torturado pelas apreensões constantes da sua nova vida, chegou a Cesareia decidido a não se deter ali muito tempo. Entregou as cartas de Pedro que o recomendavam aos amigos fiéis. Recebido com simpatia por todos, não teve dificuldades em retomar o caminho da cidade natal.

Dirigindo-se agora para o cenário da infância, sentia-se extremamente comovido com as mínimas recordações. Aqui, um acidente do caminho a sugerir cariciosas lembranças; ali, um grupo de árvores envelhecidas a despertarem especial atenção. Várias vezes, passou por caravanas de camelos que lhe faziam relembrar as iniciativas paternas. Tão intensa lhe fora a vida espiritual nos últimos anos, tão grandes as transformações, que a vida do lar se lhe figurava um sonho bom, de há muito desvanecido. Através de Alexandre, recebera as primeiras notícias de casa. Lamentava a partida de sua mãe, justamente quando tinha maior necessidade da sua compreensão afetuosa; mas entregava a Jesus os seus cuidados, nesse particular. Do velho pai não era razoável esperar um entendimento mais justo. Espírito formalista, radicado ao farisaísmo de maneira integral, certo não aprovaria a sua conduta.


Atingiu as primeiras ruas de Tarso,  de alma opressa. As recordações sucediam-se ininterruptas.

Batendo à porta do lar paterno, pela fisionomia indiferente dos servos compreendeu como voltava transformado. Os dois criados mais antigos não o reconheceram. Guardou silêncio e esperou. Ao fim de longa espera, o genitor foi recebê-lo. O velho Isaac amparando-se ao cajado, nas adiantadas expressões de um reumatismo pertinaz, não dissimulou um gesto largo de espanto. É que reconhecera de pronto o filho.

— Meu filho!… — disse com voz enérgica, procurando dominar a emoção — será possível que os olhos me enganem?

Saulo abraçou-o afetuosamente, dirigindo-se ambos para o interior.


Isaac sentou-se e, buscando penetrar o íntimo do filho, com o olhar percuciente interrogou em tom de censura:

— Será que estás mesmo curado?

Para o rapaz, tal pergunta era mais um golpe desferido na sua sensibilidade afetiva. Sentia-se cansado, derrotado, desiludido; necessitava de alento para recomeçar a existência num idealismo maior e até o pai o reprovava com perguntas absurdas! Ansioso de compreensão, retrucou de maneira comovedora:

— Meu pai, por piedade, acolhei-me!… Não estive doente, mas sou agora necessitado pelo espírito! Sinto que não poderei reiniciar minha carreira na vida sem algum repouso!… Estendei-me vossas mãos!…

Conhecendo a austeridade paterna e a extensão das próprias necessidades naquela hora difícil do seu caminho, o ex-doutor de Jerusalém humilhou-se inteiramente, pondo na voz toda a fadiga que se lhe represava no coração.


O ancião israelita contemplou-o firme, solene, e sentenciou sem compaixão:

— Não estiveste doente? Que significa então a triste comédia de Damasco? Os filhos podem ser ingratos e conseguem esquecer, mas os pais, se nunca os retiram do pensamento, sabem sentir melhor a crueldade do seu proceder… Não te doeria ver-nos vencidos e humilhados com a vergonha que lançaste sobre nossa casa? Ralada de desgostos, tua mãe encontrou lenitivo na morte; mas, eu? Acreditas-me insensível à tua deserção? Se resisti, foi porque guardava a esperança de buscar Jeová, supondo que tudo não passasse de mal-entendido, que uma perturbação mental houvesse atirado contigo na incompreensão e nas críticas injustificáveis do mundo!… Criei-te com todo o desvelo que um pai, da nossa raça, costuma dedicar ao único filho varão.. Sintetizavas gloriosas promessas para nossa estirpe. Sacrifiquei-me por ti, cumulei-te de afagos, não poupei esforços para que pudesses contar com os mestres mais sábios, cuidei da tua mocidade, enchi-te com a ternura do coração e é desse modo que retribuis as dedicações e os carinhos do lar?


Saulo podia enfrentar muitos homens armados, sem abdicar a coragem desassombrada que lhe assinalava as atitudes. Podia verberar o procedimento condenável dos outros, ocupar a mais perigosa tribuna para o exame das hipocrisias humanas, mas, diante daquele velhinho que não mais podia renovar a fé, e considerando a amplitude dos seus sagrados sentimentos paternais, não reagiu e começou a chorar.

— Choras? — continuou o ancião com grande secura. — Mas eu nunca te dei exemplos de covardia! Lutei com heroísmo nos dias mais difíceis, para que nada te faltasse. Tua fraqueza moral é filha do perjúrio, da traição. Tuas lágrimas vêm do remorso inelutável! Como enveredaste, assim, pelo caminho da mentira execrável? Com que fim engendraste a cena de Damasco para repudiar os princípios que te alimentaram do berço? Como abandonar a situação brilhante do rabino de quem tanto esperávamos, para arvorar-se em companheiro de homens desclassificados, que nunca tiveram a tradição amorosa de um lar?


Ante as acusações injustas, o moço tarsense soluçava, talvez pela primeira vez na vida.

— Quando soube que ias desposar uma jovem sem pais conhecidos — prosseguia o velho implacável —, surpreendi-me e esperei que te pronunciasses diretamente. Mas tarde, Dalila e o marido eram compelidos a deixar Jerusalém precipitadamente, ralados de vergonha com a ordem de prisão que a Sinagoga de Damasco requisitava contra ti. Várias vezes conjeturei se não seria essa criatura inferior, que elegeste, a causa de tamanhos desastres morais. Há mais de três anos levanto-me diariamente para refletir no teu criminoso proceder em detrimento dos mais sagrados deveres!


Ao ouvir aqueles conceitos injustos à pessoa de Abigail, o rapaz cobrou ânimo e murmurou com humildade:

— Meu pai, essa criatura era uma santa! Deus não a quis neste mundo! Talvez, se ela ainda vivesse, teria eu o cérebro mais equilibrado para harmonizar a minha nova vida.

O pai não gostou da resposta, embora a objeção fosse feita em tom de obediência e carinho.

— Nova vida? — glosou irritado — que queres com isso dizer?

Saulo enxugou as lágrimas e respondeu resignado:

— Quero dizer que o episódio de Damasco não foi ilusão e que Jesus reformou minha vida.

— Não poderias ver em tudo isso rematada loucura? — continuou o pai com espanto. — Impossível! como abandonar o amor da família, as tradições veneráveis do teu nome, as esperanças sagradas dos teus, para seguir um carpinteiro desconhecido?


Saulo compreendeu o sofrimento moral do genitor quando assim se exprimia. Teve ímpetos de atirar-se-lhe nos braços amorosos; falar-lhe do Cristo, proporcionar-lhe entendimento real da situação. Mas, prevendo simultaneamente a dificuldade de se fazer compreendido, observava-o resignado, enquanto ele prosseguia de olhos úmidos, revelando a mágoa e a cólera que o dominavam.

— Como pode ser isso? Se a doutrina malfadada do carpinteiro de Nazaret impõe criminosa indiferença pelos laços mais santos da vida, como negar-lhe nocividade e bastardia? Será justo preferir um aventureiro, que morreu entre malfeitores, ao pai digno e trabalhador que envelheceu no serviço honesto de Deus?!…

— Mas, pai — dizia o moço em voz súplice —, o Cristo é o Salvador prometido!…

Isaac pareceu agravar a própria fúria.

— Blasfemas? — gritou. — Não temes insultar a Providência Divina? As esperanças de Israel não poderiam repousar numa fronte que se esvaiu no sangue do castigo, entre ladrões!… Estás louco! Exijo a reconsideração de tuas atitudes.


Enquanto fazia uma pausa, o convertido objetou:

— É certo que meu passado está cheio de culpas quando não hesitei em perseguir as expressões da verdade; mas, de três anos a esta parte, não me recordo de ato algum que necessite reconsideração.

O ancião pareceu atingir o auge da cólera e exclamou áspero:

— Sinto que as palavras generosas não quadram à tua razão perturbada. Vejo que tenho esperado em vão, para não morrer odiando alguém. Infelizmente, sou obrigado a reconhecer nas tuas atuais decisões um louco, ou um criminoso vulgar. Portanto, para que nossas atitudes se definam, peço-te que escolhas em definitivo, entre mim e o desprezível carpinteiro!…


A voz paternal, ao enunciar semelhante intimativa, era abafada, vacilante, evidenciando profundo sofrimento. Saulo compreendeu e, em vão, procurava um argumento conciliador. A incompreensão do pai angustiava-o. Nunca refletiu tanto e tão intensamente no ensino de Jesus sobre os laços de família. (Mt 12:48) Sentia-se estreitamente ligado ao generoso velhinho, queria ampará-lo na sua rigidez intelectual, abrandar-lhe a feição tirânica, mas compreendia as barreiras que se antepunham aos seus desejos sinceros. Sabia com que severidade fora formado o seu próprio caráter. Prejulgando a inutilidade dos apelos afetivos, murmurou entre humilde e ansioso:

— Meu pai, ambos precisamos de Jesus!…

O velho, inflexível, endereçou-lhe um olhar austero e retrucou com aspereza:

— Tua escolha está feita! Nada tens a fazer nesta casa!…


O velhinho estava trêmulo. Via-se-lhe o esforço espiritual para tomar aquela decisão. Criado nas concepções intransigentes da Lei de Moisés, Isaac sofria como pai; entretanto, expulsava o filho depositário de tantas esperanças, como se cumprisse um dever. O coração amoroso sugeria-lhe piedade, mas o raciocínio do homem, encarcerado nos dogmas implacáveis da raça, abafava-lhe o impulso natural.

Saulo contemplou-o em atitude silenciosa e suplicante. O lar era a derradeira esperança que ainda lhe restava. Não queria crer na última perda. Cravou no ancião os olhos quase lacrimosos e, depois de longo minuto de expectação, implorou num gesto comovedor que lhe não era habitual:

— Falta-me tudo, meu pai. Estou cansado e doente! Não tenho dinheiro algum, necessito da piedade alheia.

E acentuando a queixa dolorosa:

—Também vós me expulsais?!…


Isaac sentiu que a rogativa lhe vibrava no mais íntimo do coração. Mas, julgando talvez que a energia era mais eficiente que a ternura, no caso, respondeu secamente:

— Corrige as tuas impressões, porque ninguém te expulsou. Foste tu que votaste os amigos e os afetos mais puros ao supremo abandono!… Tens necessidades? É justo que peças ao carpinteiro as providências acertadas… Ele que fez tamanhos absurdos, terá poder bastante para valer-te.


Imensa dor represou-se no espírito do ex-rabino. As alusões ao Cristo doíam-lhe muito mais que as reprimendas diretas que recebera. Sem conseguir refrear a própria angústia, sentiu que lágrimas ardentes rolavam-lhe nas faces queimadas pelo sol do deserto. Nunca experimentara pranto assim amargo. Nem mesmo na cegueira angustiosa, consequente à visão de Jesus, chorara tão penosamente. Não obstante esquecido numa pensão sem-nome, cego e acabrunhado, sentia a proteção do Mestre que o convocara ao seu divino serviço. Guardava a impressão de estar mais perto do Cristo. Regozijava-se nas dores mais acerbas, pelo fato de haver recebido, às portas de Damasco, o seu apelo glorioso e direto. Mas, depois de tudo, procurava, em vão, apoio nos homens para iniciar a sagrada tarefa. Os mais amigos recomendavam-lhe a distância. Por último, ali estava o pai, velho e abastado, a recusar-lhe a mão no instante mais doloroso da vida. Expulsava-o. Manifestava aversão por suas ideias regeneradoras. Não lhe tolerava a condição de amigo do Cristo. No pranto que lhe borbulhava dos olhos, recordou-se, porém, de . Quando todos o abandonavam em Damasco, surgira o mensageiro do Mestre, restituindo-lhe o bom ânimo. Seu pai falara-lhe, ironicamente, dos poderes do Senhor. Sim, Jesus não lhe faltaria com os recursos indispensáveis. Lançando ao genitor um olhar inolvidável, disse humildemente:

— Então, adeus, meu pai!… Dizeis bem, porque estou certo de que o Messias não me abandonará!…


A passos indecisos, aproximou-se da porta de saída. Vagou o olhar nevoado de pranto pelos antigos adornos da sala. A poltrona de sua mãe estava na posição habitual. Recordou o tempo em que os olhos maternos liam para ele as primeiras noções da Lei. Julgou divisar-lhe a sombra a lhe acenar com amoroso sorriso. Jamais experimentara tamanho vácuo no coração. Estava só. Teve receio de si mesmo, porquanto, jamais se vira em tais conjunturas.

Depois da meditação dolorosa, retirou-se em silêncio. Olhou, indiferente, o movimento da rua, como alguém que houvesse perdido todo o interesse de viver.

Não dera ainda muitos passos, no seu incerto destino, quando ouviu chamarem-no com insistência.

Deteve-se à espera e verificou tratar-se de velho servidor do pai, que corria ao seu encalço.

Em poucos instantes, o criado entregava-lhe uma bolsa pesada, exclamando em tom amistoso:

— Vosso pai manda este dinheiro como lembrança.


Saulo experimentou no íntimo a revolta do “homem velho”. Imaginou invocar a própria dignidade para devolver a dádiva humilhante. Assim procedendo ensinaria ao pai que era filho e não mendigo. Dar-lhe-ia uma lição, mostraria o valor próprio, mas considerou, ao mesmo tempo, que as provações rigorosas talvez se verificassem com assentimento de Jesus, para que seu coração ainda voluntarioso aprendesse a verdadeira humildade. Sentiu que havia vencido muitos tropeços; que se havia mostrado superior em Damasco e em Jerusalém que dominara as hostilidades do deserto; que suportara a ingratidão dos climas e as canseiras dolorosas; mas, que o Mestre agora lhe sugeria a luta consigo mesmo, para que o “homem do mundo” deixasse de existir, ensejando o renascimento do coração enérgico, mas amoroso e terno, do discípulo. Seria, talvez, a maior de todas as batalhas. Assim compreendeu, num relance, e buscando vencer-se a si mesmo, tomou a bolsa com resignado sorriso, guardou-a humildemente entre as dobras da túnica, saudou o servo com expressões de agradecimento e disse, esforçando-se por evidenciar alegria:

— Sinésio, conte a meu pai o contentamento que me causou com a sua carinhosa oferta e diga-lhe que rogo a Deus que o ajude.


Seguindo o curso incerto de sua nova situação, viu na atitude paterna o reflexo dos antigos hábitos do judaísmo. Como pai, Isaac não queria parecer ingrato e inflexível, procurando ampará-lo; mas como fariseu nunca lhe suportaria a renovação das ideias.

Com ar indiferente, tomou leve refeição em modesta locanda. Entretanto, não conseguia tolerar o movimento das ruas. Tinha sede de meditação e silêncio. Precisava ouvir a consciência e o coração, antes de assentar os novos planos de vida. Procurou afastar-se da cidade. Como eremita anônimo, buscou o campo agreste. Depois de muito caminhar sem destino, atingiu os arredores do Tauro. Começava o cortejo das sombras tristes da tarde. Exausto de fadiga, descansou junto de uma das inumeráveis cavernas abandonadas. Muito ao longe, Tarso repousava entre arvoredos. As auras vespertinas vibravam no ambiente, sem perturbar a placidez das coisas. Mergulhado na quietude da Natureza, Saulo recuou mentalmente ao dia da sua radical transformação. Lembrou o abandono na pensão de Judas, a indiferença de Sadoc à sua amizade. Rememorou a primeira reunião de Damasco, na qual suportara tantos apupos, ironias e sarcasmos. Demandara Palmira, ansioso pela assistência de Gamaliel, a fim de penetrar a causa do Cristo, mas o nobre mestre lhe aconselhara o insulamento no deserto. Recordou as duras dificuldades do tear e a carência de recursos de toda a espécie, no oásis solitário. Naqueles dias silenciosos e longos, jamais pudera esquecer a noiva morta, lutando por erguer-se, espiritualmente, acima dos sonhos desmoronados. Por mais que estudasse o Evangelho, intimamente experimentava singular remorso pelo sacrifício de Estêvão, que, a seu ver, fora a pedra tumular do seu noivado futuroso. Suas noites estavam cheias de infinitas angústias. Às vezes, em pesadelos dolorosos, sentia-se de novo em Jerusalém, assinando sentenças iníquas. As vítimas da grande perseguição acusavam-no, olhando-o assustadas, como se a sua fisionomia fosse a de um monstro. A esperança no Cristo reanimava-lhe o espírito resoluto. Depois de provas ásperas, deixara a solidão para regressar à vida social. Novamente em Damasco a sinagoga o recebeu com ameaças. Os amigos de outros tempos, com profunda ironia, lançavam-lhe epítetos cruéis. Foi-lhe necessário fugir como criminoso comum, saltando muros pela calada da noite. Depois, buscara Jerusalém, na esperança de fazer-se compreendido. Contudo, Alexandre, em cujo espírito culto pretendia encontrar melhor entendimento, recebera-o como visionário e mentiroso. Extremamente fatigado, batera à porta da igreja do “Caminho”, mas fora obrigado a recolher-se a uma reles hospedaria, por força das suspeitas justas dos Apóstolos da Galileia. Doente e abatido, fora levado à presença de Simão Pedro, que lhe ministrara lições de alta prudência e excessiva bondade, mas, a exemplo de Gamaliel, aconselhara-lhe prévio recolhimento, discrição, aprendizado em suma. Embalde procurava um meio de harmonizar as circunstâncias, de maneira a cooperar na obra do Evangelho e todas as portas pareciam fechadas ao seu esforço. Afinal, dirigira-se a Tarso, ansioso do amparo familiar para reiniciar a vida. A atitude paterna só lhe agravara as desilusões. Repelindo-o, o genitor lançava-o num abismo. Agora começava a compreender que, reencetar a existência, não era volver à atividade do ninho antigo, mas principiar, do fundo d’alma, o esforço interior, alijar o passado nos mínimos resquícios, ser outro homem enfim.

Compreendia a nova situação, mas não pôde impedir as lágrimas que lhe afloravam copiosas.


Quando deu acordo de si, a noite havia fechado de todo. O céu oriental resplandecia de estrelas. Ventos suaves sopravam de longe, refrescando-lhe a fronte incandescida. Acomodou-se como pôde, entre as pedras agrestes, sem coragem de eximir-se ao silêncio da Natureza amiga. Não obstante prosseguir no curso de suas amargas reflexões, sentia-se mais calmo. Confiou ao Mestre as preocupações acerbas, pediu o remédio da sua misericórdia e procurou manter-se em repouso. Após a prece ardente, cessou de chorar, figurando-se-lhe que uma força superior e invisível lhe balsamizava as chagas da alma opressa.


Breve, em doce quietude do cérebro dolorido, sentiu que o sono começava a empolgá-lo. Suavíssima sensação de repouso proporcionava-lhe grande alívio. Estaria dormindo? Tinha a impressão de haver penetrado uma região de sonhos deliciosos. Sentia-se ágil e feliz. Tinha a impressão de que fora arrebatado a uma campina tocada de luz primaveril, isenta e longe deste mundo. Flores brilhantes, como feitas de névoa colorida, desabrochavam ao longo de estradas maravilhosas, rasgadas na região banhada de claridades indefiníveis. Tudo lhe falava de um mundo diferente. Aos seus ouvidos toavam harmonias suaves, dando ideia de cavatinas executadas ao longe, em harpas e alaúdes divinos. Desejava identificar a paisagem, definir-lhe os contornos, enriquecer observações, mas um sentimento profundo de paz deslumbrava-o inteiramente. Devia ter penetrado um reino maravilhoso, porquanto os portentos espirituais que se patenteavam a seus olhos excediam todo entendimento. 


Mal não havia despertado desse deslumbramento, quando se sentiu presa de novas surpresas com a aproximação de alguém que pisava de leve, acercando-se de mansinho. Mais alguns instantes, viu Estêvão e Abigail à sua frente, jovens e formosos, envergando vestes tão brilhantes e tão alvas que mais se assemelhavam a peplos de neve translúcida.

Incapaz de traduzir as sagradas comoções de sua alma, Saulo de Tarso ajoelhou-se e começou a chorar.

Os dois irmãos, que voltavam a encorajá-lo, aproximaram-se com generoso sorriso.

— Levanta-te, Saulo! — disse Estêvão com profunda bondade.

— Que é isso? Choras? — perguntou Abigail em tom blandicioso. — Estarias desalentado quando a tarefa apenas começa?


O moço tarsense, agora de pé, desatou em pranto convulsivo. Aquelas lágrimas não eram somente um desabafo do coração abandonado no mundo. Traduziam um júbilo infinito, uma gratidão imensa a Jesus, sempre pródigo de proteção e benefícios. Quis aproximar-se, oscular as mãos de Estêvão, rogar perdão para o nefando passado, mas foi o mártir do “Caminho” que, na luz de sua ressurreição gloriosa, aproximou-se do ex-rabino e o abraçou efusivamente, como se o fizesse a um irmão amado. Depois, beijando-lhe a fronte, murmurou com ternura:

— Saulo, não te detenhas no passado! Quem haverá, no mundo, isento de erros?! Só Jesus foi puro!…


O ex-discípulo de Gamaliel sentia-se mergulhado em verdadeiro oceano de venturas. Queria falar das suas alegrias infindas, agradecer tamanhas dádivas, mas indômita emoção lhe selava os lábios e confundia o coração. Amparado por Estêvão, que lhe sorria em silêncio, viu Abigail mais formosa que nunca, recordando-lhe as flores da primavera na casa humilde do caminho de Jope. Não pôde furtar-se às reflexões do homem, esquecer os sonhos desfeitos, lembrando-os, acima de tudo, naquele glorioso minuto da sua vida. Pensou no lar que poderia ter constituído; no carinho com que a jovem de Corinto lhe cuidaria dos filhos afetuosos; no amor insubstituível que sua dedicação lhe poderia dar. Mas, compreendendo-lhe os mais íntimos pensamentos, a noiva espiritual aproximou-se, tomou-lhe a destra calejada nos labores rudes do deserto e falou comovidamente:

— Nunca nos faltará um lar… Tê-lo-emos no coração de quantos vierem à nossa estrada. Quanto aos filhos, temos a família imensa que Jesus nos legou em sua misericórdia… os filhos do Calvário são nossos também… Eles estão em toda parte, esperando a herança do Salvador.


O moço tarsense entendeu a carinhosa advertência, arquivando-a no imo do coração.

— Não te entregues ao desalento — continuou Abigail, generosa e solícita —; nossos antepassados conheceram o Deus dos Exércitos, que era o dono dos triunfos sangrentos, do ouro e da prata do mundo; nós, porém, conhecemos o Pai, que é o Senhor de nosso coração. A Lei nos destacava a fé, pela riqueza das dádivas materiais nos sacrifícios; mas o Evangelho nos conhece pela confiança inesgotável e pela fé ativa ao serviço do Todo-Poderoso. É preciso ser fiel a Deus, Saulo! Ainda que o mundo inteiro se voltasse contra ti, possuirias o tesouro inesgotável do coração fiel. A paz triunfante do Cristo é a da alma laboriosa, que obedece e confia… Não tornes a recalcitrar contra os aguilhoes. Esvazia-te dos pensamentos do mundo. Quando hajas esgotado a derradeira gota da poça dos enganos terrenos, Jesus encherá teu espírito de claridades imortais!…


Experimentando infindo consolo, Saulo chegava a perturbar-se pela incapacidade de articular uma frase. As exortações de Abigail calar-lhe-iam para sempre. Nunca mais permitiria que o desânimo se apossasse dele. Enorme esperança represava-se agora em seu íntimo. Trabalharia para o Cristo em todos os lugares e circunstâncias. O Mestre sacrificara-se por todos os homens. Dedicar-lhe a existência representava um nobre dever. Enquanto formulava estes pensamentos recordou a dificuldade de harmonizar-se com as criaturas. Encontraria lutas. Lembrou a promessa de Jesus, de que estaria presente onde houvesse irmãos reunidos em seu nome. (Mt 18:20) Mas tudo lhe pareceu subitamente difícil naquela rápida operação intelectual. As sinagogas combatiam-se entre si. A própria igreja de Jerusalém tendia, novamente, às influências judaizantes. Foi aí que Abigail respondeu, de novo, aos seus apelos íntimos, exclamando com infinito carinho:


— Reclamas companheiros concordes contigo nas edificações evangélicas. Mas é preciso lembrar que Jesus não os teve. Os apóstolos não puderam concordar com o Mestre senão com o auxílio do Céu, depois da Ressurreição e do Pentecostes. Os mais amados dormiam, enquanto Ele, agoniado, orava no horto. Uns negaram-no, outros fugiram na hora decisiva. Concorda com Jesus e trabalha. O caminho para Deus está subdividido em verdadeira infinidade de Planos. O Espírito passará sozinho de uma Esfera para outra. Toda elevação é difícil, mas somente aí encontramos a vitória real. Recorda a “porta estreita” (Mt 7:14) das lições evangélicas e caminha. Quando seja oportuno, Jesus chamará ao teu labor os que possam concordar contigo, em seu nome. Dedica-te ao Mestre em todos os instantes de tua vida. Serve-o com energia e ternura, como quem sabe que a realização espiritual reclama o concurso de todos os sentimentos que enobreçam a alma.


Saulo estava enlevado. Não poderia traduzir as sensações cariciosas que lhe represavam no coração tomado de inefável contentamento. Esperanças novas bafejavam-lhe a alma. Em sua retina espiritual desdobrava-se radioso futuro. Quis mover-se, agradecer a dádiva sublime, mas a emoção privava-o de qualquer manifestação afetiva. Entretanto, pairava-lhe no espírito uma grande interrogação. Que fazer, doravante, para triunfar? Como completar as noções sagradas que lhe competia exemplificar praticamente, sem anotação de sacrifícios?

Deixando perceber que lhe ouvia as mais secretas interpelações, Abigail adiantou-se, sempre carinhosa:

— Saulo, para certeza da vitória no escabroso caminho, lembra-te de que é preciso dar: Jesus deu ao mundo quanto possuía e, acima de tudo, deu-nos a compreensão intuitiva das nossas fraquezas, para tolerarmos as misérias humanas…


O moço tarsense notou que Estêvão, nesse ínterim, se despedia, endereçando-lhe um olhar fraterno.

Abigail, por sua vez, apertava-lhe as mãos com imensa ternura. O ex-rabino desejaria prolongar a deliciosa visão para o resto da vida, manter-se junto dela para sempre; contudo, a entidade querida esboçava um gesto de amoroso adeus. Esforçou-se, então, por catalogar apressadamente suas necessidades espirituais, desejoso de ouvi-la relativamente aos problemas que o defrontavam. Ansioso de aproveitar as mínimas parcelas daquele glorioso, fugaz minuto, Saulo alinhava mentalmente grande número de perguntas. Que fazer para adquirir a compreensão perfeita dos desígnios do Cristo?

— ! — respondeu Abigail espontaneamente.


Mas, como proceder de modo a enriquecermos na virtude divina? Jesus aconselha o amor aos próprios inimigos. Entretanto, considerava quão difícil devia ser semelhante realização. Penoso testemunhar dedicação, sem o real entendimento dos outros. Como fazer para que a alma alcançasse tão elevada expressão de esforço com Jesus-Cristo?

— ! — esclareceu a noiva amada, sorrindo bondosamente.


Abigail tinha razão. Era necessário realizar a obra de aperfeiçoamento interior. Desejava ardentemente faze-lo. Para isso insulara-se no deserto, por mais de mil dias consecutivos. Todavia, voltando ao ambiente do esforço coletivo, em cooperação com antigos companheiros, acalentava sadias esperanças que se converteram em dolorosas perplexidades. Que providências adotar contra o desânimo destruidor?

— ! — disse ela ainda, num gesto de terna solicitude, como quem desejava esclarecer que a alma deve estar pronta a atender ao programa divino, em qualquer circunstância, extreme de caprichos pessoais.


Ouvindo-a, Saulo considerou que a esperança fora sempre a companheira dos seus dias mais ásperos. Saberia aguardar o porvir com as bênçãos do Altíssimo. Confiaria na sua misericórdia. Não desdenharia as oportunidades do serviço redentor. Mas… os homens? Em toda parte medrava a confusão nos espíritos. Reconhecia que, de fato, a concordância geral em torno dos ensinamentos do Mestre Divino representava uma das realizações mais difíceis, no desdobramento do Evangelho; mas, além disso, as criaturas pareciam igualmente desinteressadas da verdade e da luz. Os israelitas agarravam-se à Lei de Moisés, intensificando o regime das hipocrisias farisaicas; os seguidores do “Caminho” aproximavam-se novamente das sinagogas, fugiam dos gentios, submetiam-se, rigorosamente, aos processos da circuncisão. Onde a liberdade do Cristo? Onde as vastas esperanças que o seu amor trouxera à Humanidade inteira, sem exclusão dos filhos de outras raças? Concordava em que se fazia indispensável amar, trabalhar, esperar; entretanto, como agir no âmbito de forças tão heterogêneas? Como conciliar as grandiosas lições do Evangelho com a indiferença dos homens?

Abigail apertou-lhe as mãos com mais ternura, a indicar as despedidas, e acentuou docemente:

— !…


Em seguida, seu vulto luminoso pareceu diluir-se como se fosse feito de fragmentos de aurora.

Empolgado pela maravilhosa revelação, Saulo viu-se só, sem saber como coordenar as expressões do próprio deslumbramento. Na região, que se coroava de claridades infinitas, sentiam-se vibrações de misteriosa beleza. Aos seus ouvidos continuavam chegando ecos longínquos de sublimes harmonias siderais, que pareciam traduzir mensagens de amor, oriundas de sóis distantes… Ajoelhou-se e orou! Agradeceu ao Senhor a maravilha das suas bênçãos. Daí a instantes, como se energias imponderáveis o reconduzissem ao ambiente da Terra, sentiu-se no leito rústico, improvisado entre as pedras. Incapaz de esclarecer o prodigioso fenômeno, Saulo de Tarso contemplou os céus, embevecido.


O infinito azul do firmamento não era um abismo em cujo fundo brilhavam estrelas… A seus olhos, o espaço adquiria nova significação; devia estar cheio de expressões de vida, que ao homem comum não era dado compreender. Haveria corpos celestes, como os havia terrestres. A criatura não estava abandonada, em particular, pelos poderes supremos da Criação. A bondade de Deus excedia a toda a inteligência humana. Os que se haviam libertado da carne voltavam do Plano espiritual por confortar os que permaneciam a distância. Para Estêvão, ele fora verdugo cruel; para Abigail, noivo ingrato. Entretanto, permitia o Senhor que ambos regressassem à paisagem caliginosa do mundo, reanimando-lhe o coração. A existência planetária alcançava novo sentido nas suas elucubrações profundas. Ninguém estaria abandonado. Os homens mais miseráveis teriam no Céu quem os acompanhasse com desvelada dedicação. Por mais duras que fossem as experiências humanas, a vida, agora, assumia nova feição de harmonia e beleza eternas.


A Natureza estava calma. O luar esplendia no alto em vibrações de encanto indefinível. De quando em quando, o vento sussurrava de leve espalhando mensagens misteriosas. Lufadas cariciosas acalmavam a fronte do pensador, que se embevecia na recordação imediata de suas maravilhosas visões do mundo invisível.

Experimentando uma paz até então desconhecida acreditou que renascia naquele momento para uma existência muito diversa. Singular serenidade tocava-lhe o espírito. Uma compreensão diferente felicitava-o para o reinício da jornada no mundo. Guardaria , para sempre. O o a e o seriam seus companheiros inseparáveis. Cheio de dedicação por todos os seres, aguardaria as oportunidades que Jesus lhe concedesse abstendo-se de provocar situações, e, nesse passo, saberia tolerar a ignorância ou a fraqueza alheias, ciente de que também ele carregava um passado condenável, que, nada obstante, merecera a compaixão do Cristo.


Somente muito depois, quando as brisas leves da madrugada anunciavam o dia, o ex-doutor da Lei conseguiu conciliar o sono. Quando despertou, era manhã alta. Muito ao longe, Tarso havia retomado o seu movimento habitual.

Ergueu-se encorajado como nunca. O colóquio espiritual com Estêvão e Abigail renovara-lhe as energias. Lembrou, instintivamente, a bolsa que o pai lhe havia mandado. Retirou-a para calcular as possibilidades financeiras de que podia dispor para novos cometimentos. A dádiva paterna fora abundante e generosa. Contudo, não conseguia atinar, de pronto, com a decisão preferível.

Depois de muito refletir, decidiu adquirir um tear. Seria o recomeço da luta. A fim de consolidar as novas disposições interiores, julgou útil exercer em Tarso o mister de tecelão, visto que ali, na terra do seu berço, se ostentara como intelectual de valor e aplaudido atleta.


Dentro em pouco, era reconhecido pelos conterrâneos como humilde tapeceiro.

A notícia teve desagradável repercussão no lar antigo, motivando a mudança do velho Isaac, que, após deserdá-lo ostensivamente, transferiu-se para uma de suas propriedades à margem do Eufrates, onde esperou a morte junto de uma filha, incapaz de compreender o primogênito muito amado.

Assim, durante três anos, o solitário tecelão das vizinhanças do Tauro exemplificou a humildade e o trabalho, esperando devotadamente que Jesus o convocasse ao testemunho.




Mt 19:16.


Mais tarde na 2Cor 12:2, Saulo afirmava: — “Conheço um homem em Cristo que há 14 anos (se no corpo não sei, se fora do corpo não sei; Deus o sabe) foi arrebatado até ao terceiro Céu. E sei que o tal homem foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, de que ao homem não é lícito falar.” Dessa gloriosa experiência o Apóstolo dos gentios extraiu novas conclusões sobre suas ideias notáveis, referentemente ao corpo espiritual. (Nota de Emmanuel)


mt 7:15
Antologia Mediúnica do Natal

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 37
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Um belo peru, após conviver largo tempo na intimidade duma família que dispunha de vastos conhecimentos evangélicos, aprendeu a transmitir os ensinamentos de Jesus, esperando-lhe também as divinas promessas. Tão versado ficou nas letras sagradas que passou a propagá-las entre as outras aves.

De quando em quando, era visto a falar em sua estranha linguagem “glá-glé-gli-gló-glu”. Não era, naturalmente, compreendido pelos homens. Mas os outros perus, as galinhas, os gansos e os marrecos, bem como os patos, entendiam-no perfeitamente.

Começava o comentário das lições do Evangelho e o terreiro enchia-se logo. Até os pintainhos se aquietavam sob as asas maternas, a fim de ouvi-lo.

O peru, muito confiante, assegurava que Jesus-Cristo era o Salvador do Mundo, que viera alumiar o caminho de todos e que, por base de sua doutrina, colocara o amor das criaturas umas para com as outras, garantindo a fórmula de verdadeira felicidade na Terra. Dizia que todos os seres, para viverem tranquilos e contentes, deveriam perdoar aos inimigos, desculpar os transviados e socorrê-los.

As aves passaram a venerar o Evangelho; todavia, chegado o Natal do Mestre Divino, eis que alguns homens vieram aos lagos, galinheiros, currais e, depois de se referirem excessivamente ao amor que dedicavam a Jesus, laçaram frangos, patinhos e perus, matando-os, ali mesmo, ante o assombro geral.

Houve muitos gritos e lamentações, mas os perseguidores, alegando a festa do Cristo, distribuíram pancadas e golpes à vontade. Até mesmo a esposa do peru pregador foi também morta.

Quando o silêncio se fez no terreiro, ao cair da noite, havia em toda parte enorme tristeza e irremediável angústia de coração. As aves aflitas rodearam o doutrinador e crivaram-no de perguntas dolorosas.

Como louvar um Senhor que aceitava tantas manifestações de sangue na festa de seu natalício? Como explicar tanta maldade por parte dos homens que se declaravam cristãos e operavam tanta matança? Não cantavam eles hinos de homenagem ao Cristo? Não se afirmavam discípulos d’Ele? Precisavam, então, de tanta morte e tanta lágrima para reverenciarem o Senhor?

O pastor alado, muito contrafeito, prometeu responder no dia seguinte. Achava-se igualmente cansado e oprimido. Na manhã imediata, ante o Sol rutilante do Natal, esclareceu aos companheiros que a ordem de matar não vinha de Jesus, que preferira a morte no madeiro a ter de justiçar; que deviam todos eles continuar, por isso mesmo, amando o Senhor e servindo-o, acrescentando que lhes cabia perdoar setenta vezes sete. Explicou, por fim, que os homens degoladores estavam anunciados no Mt 7:15, que esclarece: — “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que veem até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.” Em seguida, o peru recitou Mt 5:1, comentando as bem-aventuranças prometidas pelo Divino Amigo aos que choram e padecem no mundo.

Verificou-se, então, imenso reconforto na comunidade atormentada e aflita, porque as aves se recordaram de que o próprio Senhor, para alcançar a Ressurreição Gloriosa, aceitara a morte de sacrifício igual à delas.




Essa é a 37ª lição do livro “Antologia Mediúnica do Natal”, editado pela FEB em 1966.


mt 7:16
Plantão da Paz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 1
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Revela-se a árvore na gleba em que se desenvolve por valioso conjunto de utilidades, quais sejam:

   a seiva de que se nutre;

   as frondes que albergam ninhos;

   a flor que perfuma;

   a sombra que ameniza;

   o aspecto que balsamiza;

   o lenho que reaquece.


Todavia, se não estende o fruto que lhe assinala a espécie, no socorro às criaturas que lhe observam o crescimento, terá desertado do objetivo fundamental a que se destina, reprovando a si mesma na solidão e na esterilidade.


Assim também o homem, no campo da luta em que se estagia, destaca-se por toda uma equipe de qualidades que lhe marcam a rota, como sejam:

   a força com que se eleva;

   a inteligência com que domina;

   as ligações afetivas com que se associa a outros seres;

   o ideal que se inflama;

   o verbo que o manifesta;

   a compreensão com que se orienta;

   o entusiasmo de sonhar e realizar que lhe distingue os impulsos.


Entretanto, se foge à ação construtiva do exemplo nobre com que se exprimirá no edifício do progresso de todos, em favor dos irmãos que lhe buscam inspiração e modelo, em verdade terá perdido o ensejo divino para que foi trazido à existência, sentenciando-se à frustração.


No reino vegetal, todo o paciente esforço da árvore, sob o império das estações, tende à produção do fruto com que se desincumbirá do compromisso máximo, à frente da natureza; e no campo humano todas as atividades laboriosas do espírito, sob o domínio da experiência, visam à demonstração do exemplo renovador com que enriquecerá a economia da vida, através dos valores físicos ou espirituais.


Vigiemos as nossas próprias ações no santuário das horas de cada dia, porque para todos nós prevalece o aviso de Jesus quando asseverou, convincente: — “Pelos frutos conhecê-los-eis.” (Mt 7:16)



mt 7:16
Reconforto

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 8
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Se o Evangelho nos ensina que a árvore é conhecida por seus frutos, (Mt 7:16) transformemos cada dia em planta preciosa de nossa oportunidade.

Para isso, meus irmãos, cada noite, indaguemos sobre o resultado de nossas horas.

Que frutos recolhemos de nossas conversações?

Que benefícios semeamos no espírito dos nossos semelhantes?

Que atitudes assumimos para com os nossos amigos?

Quantas vezes esquecemos o mal, desculpando-lhes os portadores sinceramente?

Que serviços foram efetuados por nossas mãos?

Teremos sido uma presença proveitosa para quem nos segue?

Conseguimos extinguir, em torno de nossa lavoura espiritual, os vermes da maledicência e os gafanhotos da crueldade?

Como teremos vivido nossos minutos? Como alguém que chora, perdendo o tempo, ou qual o servidor vigilante que conhece o valor dos segundos, na obra que lhe cabe fazer?

Quantas vezes teremos doado algo de bom aos outros, para poder pedir aos outros algo que nos auxilie?

Que espécie de exemplos estamos oferecendo?

Que resultados produzem a nossa conduta e o nosso esforço no ambiente doméstico e na área social?

Teremos fugido, durante o dia, ao gelo da preguiça e à ventania da cólera?

Estaremos valorizando o lugar que ocupamos, em nome do Senhor?


Não nos esqueçamos de semelhantes indagações e saibamos viver o bem, de maneira constante, porque cada dia é princípio de “tempo novo” para nossa alma e a Sabedoria Divina nos julgará, acima de tudo, não por nossas palavras vazias ou por nossos votos brilhantes, e, sim, pela produção de atos, com que nos expressamos no grande e abençoado caminho para a vida mais alta, porque se o verbo é o elemento que nos define, as demonstrações e os fatos constituem a força que fala por nós, agora e incessantemente.



mt 7:16
Semeador em Tempos Novos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 18
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Atentos à verdade de que a morte, sendo a desencarnação da alma, nem sempre é a libertação do Espírito, não podemos esquecer que as portas do sepulcro geralmente não acolhem criaturas purificadas, a caminho do Céu.

Há quem parta do mundo, carreando paixões que lhe devastam a mente, quem se despeça do corpo de carne, sob labaredas invisíveis de ódio e quem se afaste da experiência física, cultivando a erva brava da ignorância, requisitando o concurso das horas para que se reajustem e se esclareçam.

Não bastará, desse modo, ouvir os desencarnados e apreciar-lhes as manifestações fenomênicas para que estejamos na estrada segura do equilíbrio e da confiança.

Se a árvore é conhecida pelo fruto, na pauta do ensinamento evangélico (Mt 7:16) e, se não podemos definir o fruto sem identificar-lhe a espécie, é indispensável regular o aproveitamento do intercâmbio entre os dois mundos pelas demonstrações de luz, que os contatos entre criaturas encarnadas e desencarnadas possam operar claramente entre si.

Reverenciemos os missionários do bem cuja influência salvadora nos toca de perto, plasmando-lhes o exemplo de sacrifício e compreensão humana em nossas próprias vidas e esqueçamos todos aqueles companheiros de jornada terrestre que, menos felizes que nós mesmos, ainda se confiam ao menor esforço e à ociosidade, à ilusão e ao personalismo inútil, porque, acima de tudo, somos localizados na gleba do tempo para aprender e auxiliar, amar e redimir.

Essa a razão pela qual o Cristo, ainda e sempre, é o nosso mais alto padrão de Humanidade, ensinando-nos separar o trigo do joio em nosso próprio coração, para que no reino escuro e egoísta de nosso próprio “eu” saibamos procurar e abraçar, pela sublimação de nós mesmos, o Reino Imarcescível de Deus.



mt 7:17
Mediunidade E Sintonia

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 1
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Assim toda a árvore boa dá bons frutos; e a má árvore dá maus frutos.” — JESUS (Mt 7:17)


O texto evangélico, ante a luz da Doutrina Espírita, não se refere aos médiuns categorizando-os por fachos ou estrelas, anjos ou santos.

Com muita propriedade, reporta-se a eles como sendo árvores frutíferas.

E sabemos, à saciedade, que as árvores produzem segundo a própria espécie.

Não vivem sem irrigação e sem adubo; entretanto, o excesso de uma e outro pode perdê-las.

Em verdade, não prescindem do cuidado e do carinho de cultivadores atentos; contudo, se obrigam a tolerar vento e chuva, canícula e tempestade.

São abençoadas por ninhos e melodias de pássaros amigos; todavia, suportam pragas que por vezes lhes carcomem as forças e pancadas de criaturas irresponsáveis que lhes furtam lascas e flores.

Registram a gratidão das almas boas que lhes recolhem o favor e a utilidade, mas aguentam o assalto de quantos lhes tomam a golpes de violência ramos e frutos.

E, conquanto estimáveis aos pomicultores, que lhes garantem a existência, são submetidas por eles mesmos à poda criteriosa e providencial, com vistas ao rendimento e melhoria da produção.

Assim também são os médiuns da Terra, postos no solo da experiência para a extensão do bem de todos.

E anotemos que, semelhantes às árvores preciosas, todos eles, por muito dignos, como sucede a qualquer criatura humana, se elevam em pensamento no rumo do Céu, conservando, porém, os próprios pés nas dificuldades e deficiências do chão.



mt 7:20
Caminho, Verdade e Vida

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 122
Página: 259
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.” — JESUS (Mt 7:20)


O mundo atual, em suas elevadas características de inteligência, reclama frutos para examinar as sementes dos princípios.

O cristão, em razão disso, necessita aprender com a boa árvore que recebe os elementos da Providência Divina, através da seiva, e converte-os em utilidades para as criaturas.

Convém o esforço de autoanálise, a fim de identificarmos a qualidade das próprias ações.

Muitas palavras sonoras proporcionam simplesmente a impressão daquela figueira condenada.

É indispensável conhecermos os frutos de nossa vida, de modo a saber se beneficiam os nossos irmãos.

A vida terrestre representa oportunidade vastíssima, cheia de portas e horizontes para a eterna luz. Em seus círculos, pode o homem receber diariamente a seiva do Alto, transformando-a em frutos de natureza divina.

Indiscutivelmente, a atualidade reclama ensinos edificantes, mas nada compreenderá sem demonstrações práticas, mesmo porque, desde a antiguidade, considera a sabedoria que a realização mais difícil do homem, na Esfera carnal, é viver e morrer fiel ao supremo bem.



mt 7:21
Luz no Caminho

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 3
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Meus caros amigos, muita paz vos desejo.

O terreno da mediunidade apresenta os campos mais diversos de ação.

Forçosamente, tereis notado que as expressões fenomênicas do Espiritismo vão cedendo ao esforço de ordem doutrinária, dentro das novas ilações religiosas e morais, na restauração dos princípios evangélicos às luzes do Consolador, mesmo porque outra não era a finalidade dos grandes acontecimentos mediúnicos, em suas experiências materiais e tangíveis, senão essa, elevada e sublime, de convocar todos os Espíritos encarnados para a doce filosofia da fé, em sua eternidade vitoriosa.

Todas as expressões religiosas estavam obscurecidas pela demagogia inconsciente e desesperada do século XIX.

As igrejas fechavam as suas portas desalentadas e frias, enquanto as multidões, ávidas de conhecimento, se apoiavam nos postulados positivistas para os seus novos surtos de progresso.

As ilusões da fé aviltada pelos maus sacerdotes, não podiam satisfazer o intelectualismo da época, sendo, desse modo, imprescindível a manifestação direta das energias do Além-Túmulo, concitando os estudiosos de todos os matizes a uma nova análise geral das velhas doutrinas, de modo que o raciocínio humano pudesse sondar a fé com o escalpelo de sua razão.

Surgiram dessa maneira os fenômenos impressionantes, aptos a empolgarem o aparelho sensorial das criaturas mergulhadas na descrença e no materialismo, mas, haveis de convir conosco em que essa fase passou.

Os grandes véus do sepulcro foram levantados por experimentadores, tendo ficado a profunda lição, como se o Céu, desejoso de salvar o patrimônio das crenças terrestres, houvesse deliberado salvar do naufrágio as antigas concepções doutrinárias do mundo com o esforço abençoado do Consolador, que é o Espiritismo.

Assim, então, meus amigos, ficou para a civilização esse sublimado reajustamento de suas energias morais mais santas e mais profundas, ficando para nós outros a oficina grandiosa do esforço em favor de quantos necessitam da misericórdia do Pai Celestial.

Os fenômenos tangíveis conduziram o entendimento humano ao campo das eternas realizações com Jesus-Cristo, o Verbo de Luz do princípio…

A semeadura, portanto, é imensa. Sem examinarmos a sua complexidade, dentro de suas características educativas, caminhemos para a frente e para o alto, conscientes de que o Mestre Divino é o Senhor da Seara e o Jardineiro Divino de todos os corações da Terra.

Dentro desse campo infinito de trabalho e realização, cada qual tem a sua tarefa e, em graus diversificados, todos os trabalhadores são médiuns do bem e da misericórdia do Divino Mestre.

E o grande imperativo do serviço divino é que cada um de vós outros sejais não somente um canal para a consolação ou para o esclarecimento de outrem, mas, reservatório desse conforto bem-aventurado pela fé e pela esperança, porque, represando em vós mesmos essa força divina, podereis beneficiar todos os operários do mesmo esforço, sem desfalcardes a provisão de vossos bens espirituais.

A mediunidade, portanto, caminha, cada vez mais, para o terreno das realizações lidimamente espirituais, sendo justo, assim, que a nossa irmã prossiga em seus afazeres, aguardando novas expressões de desenvolvimento.

Os melhores médiuns não são aqueles portadores das mais ricas faculdades, mas sim, aqueles que sabem guardar a lição do Mestre no coração, transformando-a em pensamentos, em palavras e em obras do amor.

Estes são aqueles aos quais se referia Jesus, como: “Que conhecem a vontade do Pai e a põem em prática”. (Mt 7:21)

Esperemos, então, que os nossos amigos sigam o mesmo caminho de nobres realizações na oficina evangélica de Campos.




(Página dirigida a um grupo de amigos de Campos, RJ., solicitantes de uma mensagem, em 16-2-1936).


mt 7:21
Monte Acima

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 7
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no Reino dos Céus; mas sim o que faz a vontade de meu Pai, que está nos Céus, esse entrará no Reino dos Céus.” — Jesus (Mt 7:21)


Contemplemos o espelho do mundo, a fim de compreendermos a lição de Jesus com mais segurança.

Mentalizemos enorme repartição de porta aberta ao bem público; registraremos de relance a destinação e o trabalho que lhe regem a vida.

Leis edificantes determinar-lhe-ão a existência.

Esquemas de natureza superior ser-lhe-ão traçados à rota.

Dotações importantes assegurar-lhe-ão a harmonia.

Esperança e suor da vida popular suportam-lhe os alicerces.

E, atendendo a tabelas especialmente criadas para desenvolvê-la e nutri-la, chefes e assessores, funcionários e colaboradores diversos aí se hierarquizam, recebendo salários compatíveis com a altura das responsabilidades que esposam, na obrigação pura e simples de realizar-lhe os planos de ação e luta, com vistas à prosperidade geral.

Imaginemos, todavia, o servidor aí fichado, consumindo verbas devidas ao amparo institucional na satisfação dos próprios caprichos; assinando compromissos de trabalho diário e fugindo deliberadamente ao concurso em que se acha onerado; pronunciando, a cada hora, o nome do diretor que nele confia, a enganar-lhe a expectação e estudando regulamentos e leis para embair com requintes de inteligência a observação dos companheiros fiéis.

Decerto que semelhante cooperador, ao fim de certo tempo será surpreendido pelo remorso e pela ineficiência em si mesmo, convertendo-se em joguete de zombaria da multidão.


Assim também ocorre ao discípulo do Evangelho que repete, a cada passo: — Senhor! Senhor! — afastando-se, desatento, dos testemunhos de renunciação que a experiência lhe exige.

Presumirá, com certeza, que subornará os poderes superiores à custa de petições labiais, dilacerantes e comoventes; no entanto, até que se reajuste, no campo de si próprio, não passará de choroso detentor de tardio arrependimento, a movimentar-se na sombra, suplicando mais tempo, através de oportunidades mais duras, para recuperar-se e seguir, em companhia de outros infelizes retardatários, no encalço da Luz Imperecível.



mt 7:24
Pão Nosso

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 9
Página: 29
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha.” — JESUS (Mt 7:24)


Os grandes pregadores do Evangelho sempre foram interpretados à conta de expressões máximas do Cristianismo, na galeria dos tipos veneráveis da fé; entretanto, isso somente aconteceu, quando os instrumentos da verdade, efetivamente, não olvidaram a vigilância indispensável ao justo testemunho.

É interessante verificar que o Mestre destaca, entre todos os discípulos, aquele que lhe ouve os ensinamentos e os pratica. Daí se conclui que os homens de fé não são aqueles apenas palavrosos e entusiastas, mas os que são portadores igualmente da atenção e da boa vontade, perante as lições de Jesus, examinando-lhes o conteúdo espiritual para o trabalho de aplicação no esforço diário.

Reconforta-nos assinalar que todas as criaturas em serviço no campo evangélico seguirão para as maravilhas interiores da fé. Todavia, cabe-nos salientar, em todos os tempos, o subido valor dos homens moderados que, registrando os ensinos e avisos da Boa Nova, cuidam, desvelados, da solução de todos os problemas do dia ou da ocasião, sem permitir que suas edificações individuais se processem, longe das bases cristãs imprescindíveis.

Em todos os serviços, o concurso da palavra é sagrado e indispensável, mas aprendiz algum deverá esquecer o sublime valor do silêncio, a seu tempo, na obra superior do aperfeiçoamento de si mesmo, a fim de que a ponderação se faça ouvida, dentro da própria alma, norteando-lhe os destinos.




Allan Kardec

mt 7:1
O Evangelho Segundo o Espiritismo

Categoria: Livro Espírita
Ref: 10128
Capítulo: 10
Página: 179
Allan Kardec
Não julgueis, a fim de não serdes julgados; porquanto sereis julgados conforme houverdes julgado os outros; empregar-se-á convosco a mesma medida de que voz tenhais servido para com os outros. (Mateus 7:1-2)

Carlos Antônio Baccelli

mt 7:1
100 Anos de Chico Xavier

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 26
Carlos Antônio Baccelli

Um dos ensinos do Senhor mais divulgados

É o não julgueis para não serdes julgados. (Mt 7:1)


Exemplo:

Um homem estava criticando asperamente um outro homem,

Sem ver alguém de lado que se punha à escuta,

Pesquisando-lhe os erros de conduta.

Vem então no grupo grande turvação,

Que terminou em extenso território em enorme tribulação.


Irmãos – a palavra é de ouro, mas o silêncio é de luz

Evitemos o mal em conversas

Porque falando sempre no bem,

Estaremos na vivência com Jesus.




Diversos

mt 7:1
Comandos do Amor

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 19
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Amigo.

  Examina o trabalho que desempenhas.

   Analisa a própria conduta.

   Observa os atos que te definem.

   Vigia as palavras que proferes.

   Aprimora os pensamentos que emites.

   Pondera as responsabilidades que recebeste.

   Aperfeiçoa os próprios sentimentos.

   Relaciona as faltas em que, porventura, incorreste.

   Arrola os pontos fracos da própria personalidade.

   Inventaria os débitos em que te inseriste.


Sê o investigador de ti mesmo, o defensor do próprio coração, o guarda de tua mente.

Mas, se não deténs contigo a função do juiz, chamado à cura das chagas sociais, não julgues o irmão do caminho, porque não existem dois problemas, absolutamente iguais, e cada Espírito possui um campo de manifestações particulares.

Cada criatura tem o seu drama, a sua aflição, a sua dificuldade e a sua dor.

Antes de julgar, busca entender o próximo e compadece-te, para que a tua palavra seja uma luz de fraternidade no incentivo do bem.

E, acima de tudo, lembra-te de que amanhã, outros olhos pousarão sobre ti, assim como agora a tua visão se demora sobre os outros.

Então, serás julgado pelos teus julgamentos e medido, segundo as medidas que aplicas aos que te seguem. (Mt 7:1)



mt 7:1
Instruções Psicofônicas

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 11
Francisco Cândido Xavier
Diversos

À hora habitual das instruções, na reunião da noite de 20 de maio de 1954, fomos honrados com a visita do grande instrutor que conhecemos por Frei Pedro de Alcântara,  animador de nossos estudos e tarefas, desde a primeira hora de nossa agremiação, e que, apesar de sua elevada hierarquia na Vida Superior, não desdenha o socorro aos irmãos em sofrimento, inclusive a nós mesmos, insignificantes aprendizes da verdade.

Com a sabedoria que lhe é peculiar, em sua mensagem psicofônica inclina-nos à responsabilidade e à meditação, para que saibamos valorizar o tempo e o serviço como empréstimos do Senhor.


Filhos, clareando consciências alheias, defendamo-nos contra a dominação das trevas.

— “Vem e segue-me!” — diz o Senhor ao Apóstolo. (Mt 9:9)

— “Levanta-te e anda!” — recomenda Jesus ao paralítico. (Mt 9:6)

Para justos e injustos, ignorantes e sábios, o chamamento do Cristo é pessoal e intransferível.

O Evangelho é serviço redentor, mas não haverá salvação para a Humanidade sem a salvação do Homem.

No mundo, é imperioso refletir algumas vezes na morte para que a existência não nos seja um ponto obscuro dentro da vida, porque o Espírito desce à escola terrena para educar-se, educando.

Dia a dia, milhares de criaturas tornam à Pátria Espiritual.

Esse caiu sob o fio da espada, aquele tombou ao toque de balas mortíferas. Alguns expiram no conforto doméstico, muitos partem do leito rijo dos hospitais.

Todos imploram luz, mas, se não fizeram claridade em si mesmos, prosseguem à feição de caravaneiros ocultos na sombra.

Não valem títulos do passado, nem exterioridades do presente.

Esse deixou o ouro amontoado com sacrifício. Aquele renunciou ao consolo de afeições preciosas. Outro abandonou o poder que lhe não pertencia. Aquele outro, ainda, foi arrancado à ilusão.

Quantas vezes examinais conosco essas pobres consciências em desequilíbrio que a ventania da renovação vergasta no seio da tempestade moral!…

É por isso que, sob a invocação do carinho e da confiança, rogamos considereis a estrada percorrida.

Convosco brilha abençoada oportunidade.

O Espiritismo é Jesus que volta ao convívio da dor humana.

Não sufoqueis a esperança na corrente das palavras. Emergi do grande mar da perturbação para o reajuste indispensável!

Não julgueis para não serdes julgados, porque seremos medidos pelo padrão que aplicarmos à alheia conduta. (Mt 7:1)

Ninguém sabe que forças tenebrosas se congregaram sobre as mãos do assassino. Ninguém conhece o conteúdo de fel da taça que envenenou o coração arremessado ao grande infortúnio.

O malfeitor de hoje pode ser o nosso benfeitor de amanhã. Desterrai de vossos lábios toda palavra de condenação ou de crítica!…

Desalojai do raciocínio e do sentimento toda névoa que possa empanar a luminosa visão do caminho!…

Somos chamados ao serviço de todos e a nossa inspiração procede do Senhor, que se converteu no escravo da Humanidade inteira.

Filhos, urge o tempo. Sem o roteiro da humildade, sem a lanterna da paciência e sem a bênção do trabalho, não alcançaremos a meta que nos propomos atingir…

Quão fácil mandar, quão difícil obedecer!

Quanta simplicidade na emissão do ensinamento e quanto embaraço na disciplina aos próprios impulsos!…

Jesus ajudou… Duas grandes e inesquecíveis palavras bastam para cessar a revolta e congelar-nos qualquer ansiedade menos construtiva.

Se Jesus ajudou, por que haveremos de perturbar?

Se Jesus serviu, com que privilégio exigiremos o serviço dos outros?

Reunimo-nos hoje em velhos compromissos. Digne-se o Senhor alertar-nos na reconstituição de nossos destinos.

Não vos pedimos senão a dádiva do entendimento fraterno, com aplicação aos princípios que esposamos, reconhecendo a insignificância de nossas próprias almas.

Somos simplesmente um amigo. Não dispomos de credenciais que nos assegurem o direito de exigir, mas rogamos observeis os minutos que voam.

Desdobrar-se-ão os dias e a perda de nossa oportunidade diante do Cristo pode ser também para nós mais distância, mais saudade, mais aflição…

Não aspiramos para nós outros senão à felicidade de amar-vos, desejando-vos a beleza e a santidade da vida.

Aceitamos nosso trabalho e nossa lição. Quem foge ao manancial do suor, costuma encontrar o rio das lágrimas.

Aqueles que não aprendem a dar de si mesmos não recolhem a celeste herança que nos é reservada pelo Senhor.

Filhos de nossa fé, urge o tempo! Isso equivale dizer que a cessação do ensejo talvez não tarde.

Façamos luz na senda que nos cabe percorrer. Retiremo-nos do nevoeiro. Olvidemos o passado e convertamos o presente em glorioso dia de preparação do futuro!…

E que Jesus, em sua infinita bondade, nos aceite as súplicas, revigorando-nos o Espírito no desempenho dos deveres com que fomos honrados, à frente de seu incomensurável amor.



mt 7:1
Mãos Marcadas

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 17
Francisco Cândido Xavier
Diversos

   Esse triste companheiro

  Cujo passo te procura

  Ralado de desventura

  Que não sabes de onde vem…


   Esse pedinte arrasado

  Por dores desconhecidas,

  Emaranhado em feridas,

  Sem proteção de ninguém…


   Esse irmão largado à noite,

  De olhar magoado e profundo

  Que roga debalde ao mundo

  O doce calor de um lar…


   Essa mendiga que estende

  Pobre mão encarquilhada

  Cuja penúria na estrada

  Ninguém na Terra traduz…


   Esse doente cansado,

  Que se lamenta sozinho

  Abandonado ao caminho

  A míngua de paz e luz…


   Essa mãe de filho ao peito

  Que em lágrimas se consome

  Às vezes com febre e fome

  Rogando socorro em vão…


   Essa criança assustada

  Que chora sem rumo certo,

  Flor atirada ao deserto

  Anjo na cruz da aflição…


   À frente desses amigos

  Que o sofrimento encarcera

  Corações em longa espera

  Recordai o “Não julgueis”…(Mt 7:1)


   Eles não pedem censura

  Mostrando a necessidade

  Ensinam que a caridade

  É a lei de todas as leis!…


   Esses irmãos quase mortos!…

  Eis que o Céu nô-los envia

  Na estrada do dia a dia

  Para as lições do Senhor!…


   Saibamos ressuscitá-los

  Da morte em sombra na prova

  Doando-lhes vida nova

  Na escola viva do amor!…



mt 7:1
Senda para Deus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 17
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Violência não está unicamente nos processos da vida física. Acha-se igualmente oculta nos recessos de nossa vida íntima.

Sabemos que quase todas as ocorrências começam nas fontes do pensamento. Reflete nisso e auxilia a ti mesmo, auxiliando aos outros.

Façamos o propósito de nos fixarmos tão somente no bem.

Se alguém errou, abstenhamo-nos de dramatizar o episódio, mentalizando males satélites em torno do acontecido. Seja a compaixão o início do nosso conhecimento em torno do assunto, elegendo no silêncio a prioridade de nossa atitude.

Se a falta é grave, não nos desloquemos do silêncio para o comentário desairoso ou infeliz. Se já dispomos da felicidade de orar, busquemos envolver as vítimas do caso no benefício da prece e aguardemos da Providência Divina o socorro que se lhes faça necessário. Fantasiar minudências, em derredor do problema, é criar dificuldades em nosso prejuízo, de vez que a fraqueza é inerente ao nosso próprio modo de ser; e favorecendo aberturas para o mal, estaremos ameaçados de cair nas tentações em que se arremessaram aqueles mesmos companheiros que pretendemos julgar precipitadamente.

A indulgência, com o serviço fraterno em prol de quem errou, é um dos mais importantes caminhos para a sustentação da paz.

Compadeçamo-nos uns dos outros. Solicitou-nos o Cristo: “Não julgueis.” (Mt 7:1) Neste apelo do Divino Mestre, saibamos incluir a violência mental.




Uberaba, 23 de janeiro de 1995.


mt 7:2
Passos da Vida

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 5
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Em todos os males que nos assoberbam a vida, apliquemos as indicações curativas do Evangelho.


Conflitos e queixas à frente do próximo:

— Amemo-nos uns aos outros, qual o Divino Mestre nos amou. (Jo 15:12)


Desinteligências em casa:

— Lembremo-nos de que se não procuramos compreender e nem amparar os que nos partilham o círculo doméstico, estaremos negando a própria fé. (1tm 5:8)


Provocações e insultos:

— Exoremos a Divina Misericórdia para quantos nos perseguem ou injuriam. (Mt 5:43)


Incompreensões no campo da convivência:

— Com quem nos exija a jornada de mil passos, caminhemos mais dois mil. (Mt 5:41)


Calúnias e sarcasmos:

— O Senhor recomenda se perdoe cada ofensa setenta vezes sete. (Mt 18:21)


Provas e contratempos:

— Orar sempre e trabalhar sem desânimo, na edificação do bem de todos. (Lc 18:1)


Perturbações íntimas:

— Onde colocamos os nossos interesses, aí se nos vincula o coração. (Mt 6:21)


Ocasiões de críticas e reproches:

— Com a medida que julgamos os outros, seremos julgados também nós. (Mt 7:2)


Reivindicações e reclamações:

— Busquemos o Reino de Deus e sua justiça e tudo mais de que necessitemos ser-nos-á acrescentado. (Mt 6:33)


Adversários ferrenhos ou implacáveis:

— Amemos os nossos inimigos, observando que lições nos trazem eles, a fim de que possamos aproveitá-las, porque, se amamos tão somente os que nos amam que haverá nisso demais? (Mt 5:44)


Arrastamentos e paixões:

— Vigiemos a nós mesmos para que não venhamos a resvalar para as margens da senda que nos cabe trilhar. (Mt 26:41)


Anseio de orientação e conselho:

— Tudo o que quisermos que os outros nos façam, façamos nós igualmente a eles. (Mt 7:12)


Provavelmente, na arena das inquietações e tribulações terrestres, terás tentado as mais diversas receitas, traçadas por autoridades humanas, à busca de equilíbrio e paz, segurança e felicidade, sem atingir os resultados a que aspiras… Entretanto, não esmoreças. Uma fórmula existe que jamais falha, na garantia de nosso próprio bem: experimenta Jesus.



mt 7:3
Registros Imortais

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 2
Francisco Cândido Xavier
Diversos

2ª reunião | 11 de outubro de 1956


: Arnaldo Rocha, Francisco Teixeira de Carvalho, Elza Vieira, Francisco Gonçalves, Geni Pena Xavier, Geraldo Benício Rocha, Ovídio, Edmundo Fontenele, , Aderbal Nogueira Lima, Maria Laura Nogueira Lima, Eunice Cerqueira, Nélio Cerqueira e Waldemar Silva.


Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo! Também eu, nesta noite, trago a minha colaboração, modesta, embora, mas em nome do Senhor.

Como “velho mestre-escola” conclamo aos companheiros médiuns para a disciplina educativa, que necessitamos aprimorar a cada passo, a fim de cumprirmos, fielmente, o mandato que o Senhor nos confia.

O “Ajuda-te que o céu te ajudará” () não é figura literária contida no Evangelho, mas sim advertência salutar, pela qual devemos pautar os nossos atos, a fim de conquistarmos melhor posição espiritual em face dos nossos compromissos assumidos, tendo-se em vista que de nós próprios e de nossos esforços depende o aprimoramento das possibilidades de servirmos bem ao Senhor.

A disciplina emotiva deve regular os nossos pensamentos para os mais nobres e elevados sentimentos, pautando-se pela regra áurea do “Perdoa a teu irmão setenta vezes sete vezes”. (Mt 18:21)

A disciplina da palavra leva-nos a lembrar que antes de julgar os atos de nossos semelhantes devemos lembrar-nos do “argueiro no olho”. (Mt 7:3)

A disciplina do proceder, em toda parte, deve nos levar à exemplificação a todas as horas e a todos os dias que somos médiuns e que só seremos mediadores das coisas divinas se o nosso proceder for harmonioso com as normas evangélicas.

Que o Senhor, com sua longanimidade eterna, nos ampare e abençoe, fortificando-nos em nossos esforços de aprimoramento para servi-lo.

A todos a minha saudação, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo.




Comunicação recebida pelo médium Geraldo Benício Rocha, do Grupo Meimei, em Pedro Leopoldo, Minas Gerais.


mt 7:7
Paz e Renovação

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 20
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Entendendo-se o conceito de vibrações, no terreno do Espírito, por oscilações ou ondas mentais, importa observar que exteriorizamos constantemente semelhantes energias. Disso decorre a importância das ideias que alimentamos.

Em muitas fases da experiência terrestre nos desgastamos com as nossas próprias reações intempestivas, ante a conduta alheia, agravando obstáculos ou ensombrando problemas.

Se nos situássemos, porém, no lugar de quantos nos criem dificuldades, estaríamos em novo câmbio de emoções e pensamentos, frustrando descargas de ódio e violência, angústia ou crueldade que viessem a ocorrer em nossos distritos de ação.

Experimenta a química do amor no laboratório do raciocínio.


Se alguém te fere coloca-te, de imediato, na condição do agressor e reconhecerá para logo que a compaixão deve envolver aquele que se entregou inadvertidamente ao ataque para sofrer em si mesmo a dor do desequilíbrio.

Se alguém te injuria, situa-te na posição daquele que te apedreja o caminho e perceberá sem detença que se faz digno de piedade todo aquele que assim procede, ignorando que corta na própria alma, induzindo-se à dor do arrependimento.

Se te encontras sob o cerco de vibrações conturbadoras, emite de ti mesmo aquelas outras que se mostrem capazes de gerar vida e elevação, otimismo e alegria.


Ninguém susta golpes da ofensa com pancadas de revide, tanto quanto ninguém apaga fogo a jorros de querosene.

Responde a perturbações com a paz.

Ante o assalto das trevas faze luz.

Se alguém te desfecha vibrações contrárias à tua felicidade, endereça a esse alguém a tua silenciosa mensagem de harmonia e de amor com que lhe desejes felicidade maior.

Disse-nos o Senhor: “Batei e abrir-se-vos-á. Pedi e obtereis”. (Mt 7:7) Este mesmo princípio governa o campo das vibrações. Insiste no bem e o bem te garantirá.




(Reformador, fevereiro de 1970, p. 44)


mt 7:7
Seguindo Juntos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 17
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Em matéria de rogativa, lembremo-nos de que o Senhor adverte: — Buscai e achareis. (Lc 11:9) E acrescenta em outra passagem: — Batei e abrir-se-vos-á. (Mt 7:7)

Naturalmente que o imperativo “buscai” não se refere ao menor esforço, em cujas malhas encontramos o próprio furto a fantasiar-se de inteligência.

Notificava-nos o Cristo que para encontrar o que desejamos é imprescindível diligenciar o melhor, através do reto cumprimento de nossas obrigações.

Decerto, igualmente, quando nos disse “batei”, não se reportava à insistência com que mãos preguiçosas costumam espancar a porta de vidas nobres sem tempo para perder.

Induzia-nos o Eterno Amigo a perseverar no desempenho das tarefas que o mundo nos assinala, muita vez, chorando e sofrendo, mas firmes em nossos postos de luta digna para que o destino, com a Bênção da Lei, nos abra novos caminhos à ascensão e à felicidade.

Em suma, no texto, reconhecemos que o trabalho respeitável deve preceder-nos quaisquer rogos, não apenas à frente dos anjos, mas também diante dos homens, de vez que o serviço é ajusta credencial que nos valoriza o verbo.

Pedir, sem retaguarda de ação a endossar-nos o anseio, seria o mesmo que tentar construir sem base ou demandar sem direito.

Saibamos, hoje e sempre e seja onde for, trabalhar na extensão do bem, conquistando naqueles que nos partilham a marcha a bênção da simpatia e a força da confiança.

Todo empréstimo em câmbio de responsabilidades essenciais, reclama crédito e garantia.

Por isso mesmo, a própria experiência da vida rotulou a conversação brilhante, mas inútil, por simples demagogia e abraçou no culto do bem a luz que dissipa a sombra, abolindo os sofrimentos da penúria e as chagas da ignorância.



mt 7:7
Vozes do Grande Além

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 50
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Na fase terminal da nossa reunião de 24 de maio de 1956, tivemos a satisfação de receber a visita do Espírito Carlos Goiano,  que foi nosso companheiro de ideal em São João del-Rei, Estado de Minas Gerais.

Suas observações, expressivas e simples, revestem-se de singular interesse para a nossa reflexão.


Alguém já disse que os espíritas desencarnados, quando aparecem à barra das comunicações mediúnicas, permanecem carregados de complexos de culpa, e tinha razão.

Quase todos nós, atravessado o pórtico do sepulcro, retornando aos nossos templos de serviço e de fé, somos portadores de preocupação e remorso…

Raros de nós conseguimos sustentar tranquilidade no semblante moral.

E, habitualmente, em nos fazendo sentir, denunciamos a posição de infelizes, entre a queixa e o desencanto, relacionando as surpresas que nos dilaceram a alma, o encontro de dores imprevistas, a identificação de problemas inesperados…

Topamos lutas com as quais não contávamos e derramamos lágrimas de aflição e arrependimento tardio…

Entretanto, isso acontece para demonstrar que, em nosso ideal redentor, esposamos a fé ao modo daqueles que se adaptam por fora a certas convicções intelectuais, guardando anquilosados por dentro velhos erros difíceis de remover.

“Procurai e achareis” — disse-nos o Mestre. (Mt 7:7)

E na condição de espíritas esquecidos da necessidade de auto-regeneração, usamos a nossa Doutrina na conquista de facilidades temporais que nos falem de perto ao conforto, olvidando que nós mesmos é que deveríamos ser usados por ela na construção de nosso próprio bem, através do bem a todos aqueles que nos acompanham na Terra.

“Procurai e achareis”, sim… Mas procuramos a satisfação desordenada de nossos desejos e buscamos a acomodação com a nossa inferioridade, desfazendo-nos em múltiplos tentames de amparo às requisições de nossa existência materialona, entre os homens nossos irmãos, olvidando, quase que totalmente, os imperativos de nossa reforma, nos padrões do Cristo, que afirmamos acompanhar, e, daí, as tragédias encontradas na própria mente — a velha arquivista de nossos sentimentos, pensamentos, palavras e ações, antiga registradora de nossa vida real — a exibir-nos, à face da Lei, todos os quadros que nós mesmos plasmamos com invigilância deplorável.

Em verdade, como espíritas, fartamo-nos excessivamente no campo das bênçãos divinas.

Todos estamos informados, com respeito às próprias responsabilidades e obrigações, entregues ao nosso livre-arbítrio, sem autoridades religiosas que nos imponham pontos de vista, ou capazes de cercear-nos o voo no caminho ascensional da verdadeira espiritualização.

Sabemo-nos confiados a nós mesmos, diante de Nosso Senhor, para construir abençoado futuro, além da morte, com trabalho inadiável no bem, cada dia, mas sentimo-nos na posse desse tesouro de liberdade à maneira dos filhos perdulários de uma casa generosa e rica que malversam os bens recebidos, ao invés de utilizá-los em benefício próprio.

Assim pois, terminando a nossa arenga despretensiosa, propomo-nos simplesmente recordar outra assertiva do Nosso Divino Condutor: “Batei e abrir-se-vos-á.” (Mt 7:7)

As palavras do Cristo não são dúbias. Constituem enunciado positivo. “Batei e abrir-se-vos-á.”

Esses verbos, porém, tanto se reportam às portas do Céu como se referem às portas do inferno…

Batamos, assim, à porta do estudo nobre, conquistando o conhecimento superior.

Insistamos à porta da caridade, incorporando a verdadeira alegria.

Procuremos a continência, a disciplina, a educação, e o serviço, com o dever retamente cumprido, para ingressarmos em esferas mais elevadas, a começar desde hoje.

Fala-vos humilde companheiro de ideal e de luta. Não tenho a presunção de ensinar, de recomendar, de salvar…

Auscultando as minhas necessidades, é que, finalizando a conversação, desejo apenas recorrer ainda ao aviso de nosso Eterno Benfeitor: “Ouça quem tiver ouvidos de ouvir!” (Mt 11:15)




CARLOS GOIANO — Espírita militante, desencarnado no Estado de Minas Gerais.


mt 7:9
Vida no Além

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 1
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Ao folhear as páginas já amarelecidas do Diário da Tarde, jornal de São José do Rio Preto, na época dirigido pelo ilustre escritor e jornalista Nivaldo Carrazzone, mal sopitávamos a emoção de desdobrar na mente as cenas da tragédia que tanto marcou a comunidade Riopretense.

Muita inquietação, sofrimento e saudade, mas acompanhados por altas demonstrações de solidariedade, respeito e fraternidade que certamente mais assinalaram a dignidade comunitária no contexto das provações coletivas que compõem o livro das tribulações mais agudas da Humanidade. Na tragédia do Rio Turvo, ocorrida no dia 24 de agosto de 1960, Rio Preto mais se engrandeceu ante os olhos de toda a Nação que acompanhou as horas difíceis em que a cidade se fundiu num único e grandioso ser, integralmente dedicado ao socorro dos jovens que mergulharam nas águas do rio, então transformado na porta de passagem para 59 adolescentes alcançarem a vida imperecível…

17 anos incompletos! Aquela tarde era particularmente importante para William; passara o dia todo ajudando o pai no Empório, aguardando com entusiasmo a viagem que empreenderia com os colegas da Escola Técnica de Comércio D. Pedro II, no início da noite.

Pouco antes das 19 horas, horário marcado para a saída dos ônibus que conduziriam os jovens da fanfarra do Grêmio Literário da referida escola até Barretos, para participarem das comemorações de seu aniversário de fundação, do portão da casa, os familiares acompanharam William até que dobrasse a esquina, na longa despedida em que os adeuses reuniram pela vez última o dedicado filho e seus pais e irmãos. Logo depois, um dos ônibus, que transportavam os jovens, mergulhou nas águas, provocando a morte de quase todos os seus ocupantes.

Do lamentável acidente ocorrido nas primeiras horas da noite de 24 de agosto de 1960, muito se falou e escreveu. São José do Rio Preto ficou por anos a fio mergulhada em atmosfera de angústia; as horas aflitivas da noite a dentro, em que abnegadas criaturas se desdobravam no içamento do ônibus e socorro das vítimas, como que se prolongaram indefinidamente, na visível amargura dos pais, irmãos e de toda a cidade, enfim, ante a perda dos promissores rapazes.

Contudo, a Misericórdia Divina foi plantando nos corações feridos dos familiares dos 59 jovens, novas flores de esperança e reconforto, reanimando-os para a vida; na íntima convicção de que seus filhos não morreram. Tão bons, na sua gárrula mocidade, apenas alçaram voos maiores, em direção às Paragens Celestiais, cujo ambiente, sem dúvida, enriqueceram ao som dos bumbos, caixas, repiques e cornetas, com o mesmo brilho da participação da famosa fanfarra dos alunos do Grêmio Literário da Escola Técnica de Comércio D. Pedro II, nos dias festivos de Rio Preto.

Para os pais de William José Guagliardi, o socorro chegou sob a forma de consoladora mensagem mediúnica em que William colocou muita paz sobre a infeliz ocorrência, desdobrando novos ângulos do triste acidente, envolvendo-o, sem dúvida, com a bênção do reconforto e do esclarecimento que os ensinamentos de Jesus encerram.


ALGUMA COISA SOBRE WILLIAM


William José Guagliardi nasceu em São José do Rio Preto no dia 3 de setembro de 1943, vindo a falecer a 24 de agosto de 1960.

Filho de Benedito Guagliardi e de Walkyria Zaccarias Guagliardi, deixou três irmãos: Marleine Guagliardi Seraphim, Benny Guagliardi e Osmir Guagliardi. Cursava o 2.° ano Técnico de Contabilidade, quando faleceu.

Jovem amoroso, cultivava como os pais, a religião espírita.


DEPOIMENTO


A respeito da mensagem de William, recebida por Chico Xavier, dois meses e meio após a morte do jovem, assim se expressou sua mãe, D. Walkyria:

“Graças a Deus a mensagem do William trouxe-nos a mim, a meu marido e aos outros filhos, bastante conforto, pois se não tivesse ido ao Chico, creio que teria ficado louca, pois nada me consolava.” Diz, ainda D. Walkyria, que não conhecia o Chico. Esteve em Uberaba pela vez primeira, quando da psicografia do comunicado.

Alguns outros aspectos surpreendentes do recado que apresentamos a seguir, observaremos posteriormente.


Obtida através de Francisco Cândido Xavier,  na noite de 14.11.1960, em Uberaba — Minas.

Querida mamãe, pelo seu carinho me abençoe.

Estou presente, rogando à senhora me ajude com a sua paciência.

Tenho sofrido mais com as lágrimas da senhora do que mesmo com a libertação do corpo… Isso, mamãe, porque a sua dor me prende à recordação de tudo o que sucedeu e quando a senhora começa a perguntar como teria sido o desastre, no silêncio do seu desespero, sinto-me de novo na asfixia.

Tenhamos calma e resignação. O que passou foi a lei a cumprir-se. Pode crer que nossas reuniões e preces funcionaram.

Quando vi que nós todos afundávamos no rio sem esperança na terra, apareceu em mim a esperança da grande vida e entreguei-me à vontade de Deus, conformado.

Notei que companheiros me agarravam como a me pedirem socorro para voltar à tona, no entanto, mamãe, embora não pudesse falar, eu pensava… Pensava que Deus não dá pedras aos filhos que pedem pão, (Mt 7:9) que a Providência Divina só faz o bem… Recordei as conversações do papai e o carinho da senhora e fiz, no fundo da alma, a prece derradeira do corpo… Não havia tempo para chorar. Senti-me sufocado, mas pouco a pouco, notei que mãos amigas me davam passes de leve e dormi.

Não tenho noção do acidente como desejaria, mas estou informado de que saberei tudo quando estiver mais sereno. Asseguro, porém, que ninguém teve culpa. Nem nosso motorista amigo, nem nosso Genésio.  Mamãe, nada fizeram que pudesse provocar a situação.

Foi a dívida do passado que surgiu na máquina em movimento. Mais tarde conversaremos nisso. Ainda tenho a cabeça dolorida e só venho até aqui, trazido pelo senhor Schutel  que me acolheu para rogar à senhora calma e oração.

Pelo amor de Deus, mãezinha, não chore mais e nem pense que será melhor morrer para encontrar-nos. Estaremos juntos no serviço da nossa fé. É preciso reconhecer isso. Osmir, Benny e Marleine  ao lado do papai precisam muito de seu carinho na Terra. E não estarei longe.

Tudo que a senhora puder fazer para auxiliar os meninos necessitados, faça com amor e devotamento. Ajude, mamãe, a compreensão de todos os nossos amigos em Rio Preto. Se eu puder pedir alguma coisa, rogo para que o nosso motorista seja desculpado. Tenho visto alguns dos meus companheiros e todos os que tenho visto rogam a mesma coisa. Vamos todos orar pedindo a Deus compreensão e coragem. Senhor Schutel, vovó Mariquinha e D. Mariquinha Perche  estão me ajudando, pois ainda estou assim como um doente precisando recuperar-se. Estou bem, somente aflito com sua aflição. Peço à senhora agradecer às nossas bondosas amigas D. Clementina, Carlito e Tia Dulce Zacarias  as orações com que tanto me confortaram.

Hoje não posso escrever mais. Senhor Schutel pede para eu encerrar esta carta que ele me auxiliou a escrever.

Para a senhora, mamãe, para o querido papai e todos os nossos o coração carinhoso e reconhecido do seu filho que lhe pede paz e confiança em Deus.


William

ESCLARECIMENTOS

Sobre as notícias psicografadas 80 dias após o falecimento de William José Guagliardi

1 — Houve, na época, críticas ao motorista, Yoshiyuki Hayashi, que sobreviveu ao acidente, e ao organizador da viagem, Genésio Fabrini, Presidente do Grêmio Literário e Esportivo D. Pedro II, entidade que congregava os alunos da Escola Técnica de Comércio Pedro II e à qual se achava vinculada a distinta fanfarra que em dois ônibus viajava naquela noite de 24 de agosto de 1960 para Barretos. Genésio faleceu no acidente.


2 — Schutel — Cairbar Schutel, conceituado espírita, falecido no início do século. Atuou particularmente na região da Araraquarense, tendo fixado residência em Matão, onde fundou a Revista Internacional do Espiritismo.


3 — Irmãos de William.


4 — Vovó Mariquinha e D. Mariquinha Perche — Esta, abnegada senhora que residiu em Matão, conhecida nos meios espíritas. Aquela, avó materna do William, já falecida.

Curioso, como lembraria da avó do William, e de seu apelido afetivo, e como saberia estar ela desencarnada, se nem os pais e irmãos do próprio jovem, Chico conhecia? É a pergunta que se impõe, para melhor compreendermos a clareza e a autenticidade do intercâmbio mediúnico.


5 — D. Clementina Carlito e na Dulce Zaccarias — Também nomes desconhecidos do médium, como aliás era a própria família Guagliardi. D. Clementina Carlito era à época uma senhora enferma que D. Walkyria, mãe do William, socorria semanalmente. Dulce Zaccarias, tia materna, era muito ligada ao jovem desencarnado. De fato, ambas as senhoras fizeram muitas preces por William, como se vê na comunicação. Podemos entender por essa passagem simples, mas repleta de revelações, o porquê dos Espíritos enfatizarem o valor da prece, como ponto de ligação entre os dois Planos de Vida.

Finalmente, para que o leitor sinta melhor a autenticidade desta mensagem de William, vamos lembrar que sua mãe, D. Walkyria, não conhecia Chico Xavier e sequer o cumprimentou antes do recebimento das palavras do filho, pois o Centro onde na época atuava o querido médium, estava, como sempre, repleto. Destacamos na carta psicografada a citação de nomes do total desconhecimento do Chico, como vovó Mariquinha, Osmir, Benny (assim mesmo, com dois N e Y!!!), Marleine, D. Clementina Carlito e D. Dulce Zaccarias.

Ao leitor, deixamos as conclusões…


Caio Ramacciotti


Essa mensagem foi publicada também em 1970 pelo IDE e é parte da 23ª lição do livro “”


mt 7:12
Família

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 16
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Auxiliemos a outrem como desejamos se nos faça. (Mt 7:12)

Ergue-te cada dia, cultivando a divina lição.

Recorda quanto te fere o mau humor das criaturas irritadas pela manhã, e levanta-te do leito com um sorriso nos lábios, estimulando a alegria dos que te cercam.

Medita no contentamento que recolhes no templo doméstico toda vez que os familiares te abençoam a presença com as flores invisíveis do amor e estende a bênção da paz e do bom ânimo àqueles corações que a Divina Bondade te confiou no recinto doce do lar.

Pensa em como te reconforta a desculpa incondicional dos que te desfrutam a palavra e o convívio, sempre que a irreflexão te afeia a boca ou envenena o gesto, e perdoa, com esquecimento integral, as ofensas que te sejam, porventura, assacadas no ambiente onde estiveres.

Reflete na consolação de que se faz mensageira a frase amiga no círculo a que serves e improvisa, quanto possas, incentivo e louvor no campo de luta em que se te desenvolvem atividades e aspirações.

Não olvides a impressão de segurança que te infunde a bondade anônima na via pública e alonga o pensamento de tolerância e a luz da fraternidade em favor dos que transitam na rua.

Seja onde for e com quem for, rememora quanto te agrada a alheia compreensão e busca entender sem restrições, auxiliando infinitamente.

Não esperes calamidades públicas para revelar a caridade que te possui o sentimento, nem aguardes o assalto da delinquência para demonstrar a capacidade de perdão que te reponta do ser.

A compreensão lembra o rio caudaloso que se forma gota a gota para exprimir-se em soberana grandeza.

E se aprendermos hoje a praticar as pequeninas ações da gentileza quais se fossem grandes e nobres, amanhã saberemos praticar as grandes e nobres ações do bem, qual se todas elas fossem humildes e pequeninas.



mt 7:14
Tende Bom Ânimo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 1
Francisco Cândido Xavier
Diversos

“Estreita é a porta e apertado o caminho que conduz para a vida…” — Jesus (Mt 7:14)


Nos domínios da alma, não há conquista sem merecimento e não existe merecimento sem trabalho.

O caminho da ilusão é de fácil acesso, mas o que conduz à vida plena constitui permanente desafio e somente conseguem percorrê-lo os que já sabem renunciar.

A porta da felicidade que procuramos abrir-se-á com a chave do dever cumprido.

Jesus traçou o caminho que precisamos percorrer por nós mesmos, sustentando nos ombros a cruz das provas remissoras.

Ninguém avança sozinho. Os que seguem à frente nos auxiliam, mas, por nossa vez, devemos socorrer aos companheiros da retaguarda.

Prossigamos nos passos do Senhor e nada nos desnorteará.




(Psicografia de Carlos A. Baccelli)


mt 7:16
Abençoa Sempre

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 5
Francisco Cândido Xavier
Diversos

Nossas obras são os sinais que endereçamos ao mundo que nos cerca.

Por elas, criamos, no círculo em que vivemos, pensamentos, palavras e ações que, por força da Lei, reagem sobre nós, deprimindo-nos ou levantando-nos, iluminando-nos o coração ou obscurecendo-nos a mente, segundo o bem ou o mal em que se estruturam.

Não te esqueças de que a nossa trajetória, entre as criaturas, fala silenciosamente por nosso espírito.

Não é preciso que a nossa língua se desarticule na exposição desvairada do sofrimento, para recebermos a cooperação dos nossos vizinhos, porque, se a nossa plantação de simpatia e trabalho está bem tratada, a assistência espontânea do próximo vem, de imediato, ao nosso encontro.

Por outro lado, não é necessário o nosso mergulho nas alegações brilhantes do desculpismo, para inocentar-nos à frente dos outros, porque, se as nossas obras não são recomendáveis, a própria vida, na pessoa dos nossos semelhantes, nos relega a transitório abandono, a fim de que, na consequência purgatorial de nossos próprios erros, venhamos curtir a provação amarga que nos restaurará o equilíbrio à maneira de remédio preciosos e salutar.

Não olvides que os nossos atos são as legítimas expressões do nosso idioma pessoal, no campo do mundo.

Faze o bem e a luz sorrirá em tua alegria. Faze o mal e a dor chorará com as tuas lágrimas.

Disse Jesus: — “pelos frutos os conhecereis” (Mt 7:16) — e, consoante os princípios que nos regem a luta, as nossas próprias obras falarão por nós, à frente da Humanidade, decretando nossa ascensão ou nossa queda, nossa bem-aventurança ou nossa aflição.




(Reformador, abril de 1956. p. 82)



Irmão X

mt 7:1
Contos e Apólogos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 14
Francisco Cândido Xavier
Irmão X

Finda a cena brutal, em que o povo pretendia lapidar a mulher infeliz, na praça pública, (Jo 8:1) Pedro, que seguia o Senhor, de perto, interpelou-o, zelosamente:

— Mestre, desculpando os erros das mulheres que fogem ao ministério do lar, não estaremos oferecendo apoio à devassidão? Abrir os braços no espetáculo deprimente que acabamos de ver não será proteger o pecado?

Jesus meditou, meditou… e respondeu:

— Simão, seremos sempre julgados pela medida com que julgarmos os nossos semelhantes. (Mt 7:1)

— Sim — clamou o apóstolo, irritado —, compreendo a caridade que nos deve afastar dos juízos errôneos, mas porventura conseguiremos viver sem discernir? Uma pecadora, trazida ao apedrejamento, não perturbará a tranquilidade das famílias? Não representará um quadro de lama para as crianças e para os jovens? Não será uma excitação à prática do mal?

Ante as duras interrogações, o Messias observou, sereno:

— Quem poderá examinar agora o acontecimento, em toda a extensão dele? Sabemos, acaso, quantas lágrimas terá vertido essa desventurada mulher até à queda fatal no grande infortúnio? Quem terá dado a esse pobre coração feminino o primeiro impulso para o despenhadeiro? E quem sabe, Pedro, essa desditosa irmã terá sido arrastada à loucura, atendendo a desesperadoras necessidades?

O discípulo, contudo, no propósito de exalçar a justiça, acrescentou:

— De qualquer modo, a corrigenda é inadiável imperativo. Se ela nos merece compaixão e bondade, há então, noutros setores, o culpado ou os culpados que precisamos punir. Quem terá provocado a cena desagradável a que assistimos? Geralmente, as mulheres desse naipe são reservadas e fogem à multidão… Que motivos teriam trazido essa infeliz ao clamor da praça?

Jesus sorriu, complacente, e tornou:

— Quem sabe a pobrezinha andaria à procura de assistência?

O pescador de Cafarnaum acentuou, contrariado:

— O responsável devia expiar semelhante delito. Sou contra a desordem e na gritaria que presenciamos estou convencido de que o cárcere e os açoites deveriam funcionar…

Nesse ponto do entendimento, velha mendiga que ouvia a conversação, caminhando vagarosamente, quase junto deles, exclamou para Simão, surpreendido:

— Galileu bondoso, herdeiro da fé vitoriosa de nossos pais, graças sejam dadas a Deus, nosso Poderoso Senhor! A mulher apedrejada é filha de minha irmã paralítica e cega. Moramos nas vizinhanças e vínhamos ao mercado em busca de alimento. Abeirávamo-nos daqui, quando fomos assaltadas por um rapaz que, depois de repelido por ela, em luta corpo a corpo, saiu a indicá-la ao povo para a lapidação, simplesmente porque minha infeliz sobrinha, digna de melhor sorte, não tem tido até hoje uma vida regular… Ambas estamos feridas e, com dificuldade, tornaremos para a casa… Se é possível, galileu generoso, restabelece a verdade e faze a justiça!

— E onde está o miserável? — gritou Simão, enérgico, diante do Mestre, que o seguia, bondoso.

— Ali!… Ali!… — informou a velhinha, com o júbilo de uma criança reconduzida repentinamente à alegria. E apontou uma casa de peregrinos, para onde o apóstolo se dirigiu, acompanhado de Jesus que o observava, sereno.

Por trás de antiga porta, escondia-se um homem, trêmulo de vergonha.

Pedro avançou de punhos cerrados, mas, a breves segundos, estacou, pálido e abatido.

O autor da cena triste era Efraim, filho de Jafar, pupilo de sua sogra e comensal de sua própria mesa.

Seguira o Messias com piedosa atitude, mas Pedro bem reconhecia agora que o irmão adotivo de sua mulher guardava intenção diferente.

Angustiado, em lágrimas de cólera e amargura, Simão adiantou-se para o Cristo, à maneira do menino necessitado de proteção, e bradou:

— Mestre, Mestre!… Que fazer?!…

Jesus, porém, acolheu-o amorosamente nos braços e murmurou:

— Pedro, não julguemos para não sermos julgados. Aprendamos, contudo, a discernir.


(.Humberto de Campos)

mt 7:24
Pontos e Contos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Irmão X

O Evangelho é o Livro da Vida, cheio de contos e pontos divinos, trazidos ao mundo pelo Celeste Orientador.

Cada apóstolo lhe reflete a sabedoria e a santidade.

E em cada página o Espírito do Mestre resplende, sublime de graça e encantamento, beleza e simplicidade.

É a história do bom samaritano. (Lc 10:29)

A exaltação de uma semente de mostarda. (Mt 13:31)

O romance do filho pródigo. (Lc 15:11)

O drama das virgens loucas. (Mt 25:1)

A salvação do mordomo infiel. (Lc 16:1)

O ensinamento da dracma perdida. (Lc 15:8)

A tragédia da figueira infrutífera. (Lc 13:6)

A lição da casa sobre a rocha. (Mt 7:24)

A parábola do rico. (Lc 12:13)

A rendição do juiz contrafeito. (Lc 18:1)

Na montanha, o Divino Amigo multiplica os pães, mas não se esquece de salientar as bem-aventuranças.

Na cura de enfermos ou de obsidiados, traça pontos de luz que clareiam a rota dos séculos restaurando o corpo doente, sem olvidar o espírito imperecível.

Inspirados na Boa Nova, escrevemos para você, leitor amigo, as páginas deste livro singelo.

Por que se manifestam os desencarnados, com tamanha insistência na Terra? não teriam encontrado visões novas da vida que os desalojassem do mundo? — perguntará muita gente, surpreendendo-nos o esforço.

É que o túmulo não significa cessação de trabalho, nem resposta definitiva aos nossos problemas.

É imprescindível agir, sempre a auxiliarmo-nos uns aos outros.


Conta-nos Longfellow a história de um monge que passou muitos anos, rogando uma visão do Cristo. Certa manhã, quando orava, viu Jesus ao seu lado e caiu de joelhos, em jubilosa adoração. No mesmo instante o sino do convento derramou-se em significativas badaladas. Era a hora de socorrer os doentes e aflitos, à porta da casa e, naquele momento, o trabalho lhe pertencia. O clérigo relutou, mas, com imenso esforço, levantou-se e foi cumprir as obrigações que lhe competiam. Serviu pacientemente ao povo, no grande Portão do mosteiro, não obstante amargurado por haver interrompido a indefinível contemplação. Voltando, porém, à cela, após o dever cumprido, oh maravilha! Chorando e rindo de alegria, observou que o Senhor o aguardava no cubículo e, ajoelhando-se, de novo, no êxtase que o possuía, ouviu o Mestre que lhe disse, bondoso:

— “Se houvesses permanecido aqui, eu teria fugido.”


Assim, de nossa parte, dentro do ministério que hoje nos cabe, não nos é lícito desertar da luta e sim cooperar, dentro dela, para a vitória do Sumo Bem.

É por isso, leitor, que trazemos a você estas páginas despretensiosas, relacionando conclusões e observações dos nossos trabalhos e experiências.

Talvez sirvam, de algum modo, à sua jornada na Terra. Mas se houver alguma semelhança, entre estes pontos e contos com algum episódio de sua própria vida, acredite você que isso não passa de mera coincidência.


(.Humberto de Campos)

Pedro Leopoldo, 3 de outubro de 1950.



André Luiz

mt 7:1
E a vida continua...

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 12
Francisco Cândido Xavier
André Luiz

Transcorridas algumas semanas, Ernesto e Evelina achavam-se menos bisonhos no ambiente.

Conquanto as afeições que prosseguiam entesourando, sentiam-se cada vez mais vinculados um ao outro. Sensivelmente melhorados, demoravam-se ainda no hospital, mas domiciliados em pavilhões de convalescentes, cada qual no departamento próprio, de vez que as referidas construções abrigavam homens e mulheres, em vasta agremiação de lares-apartamentos para uso individual. Desfrutavam a devida permissão para se movimentarem na cidade, como quisessem, apenas com a observação de que somente lhes seria lícito visitar os arredores, onde se acomodavam milhares de Espíritos infelizes, com assistência adequada.

Efetivamente os dois começavam a experimentar necessidade de serviço disciplinado e regular, mas, se pediam trabalho ou qualquer atividade no antigo lar terrestre que ainda não haviam logrado rever, as respostas da autoridade competente eram ainda invariáveis. Que aguardassem mais tempo, que seria justo atender à imprescindível preparação. A vista disso, frequentavam bibliotecas, jardins, instituições e entretenimentos diversos, figurando-se-lhes a vida, ali, uma fase longa de repouso mental em tranquila colônia de férias. Chegara, porém, o dia em que Evelina realizaria um dos seus maiores anelos naquele ninho de bênçãos. Fantini prometera conduzi-la, com o preciso consentimento dos benfeitores, a um templo religioso para assistirem ao oficio da noite que se constituiria de uma pregação sob o título “Julgamento e Amor”, previamente anunciada. Ambos ardiam em curiosidade, porquanto ansiavam conhecer de perto como se processavam as criações religiosas, naquele mundo para eles extremamente belo e novo.

À noitinha, puseram-se em marcha.

A senhora Serpa recordava em caminho as visitas de outro tempo ao santuário de sua fé e albergava no coração as mais doces reminiscências…

Sensibilizada, monologava intimamente: “como perdera o convívio dos entes mais caros e porque se apoiava, ali, no braço de um homem que vira na Terra tão somente uma vez?”

Em torno, o vento brando carreava o perfume de jardins e praças em flor.

A Lua, a erguer-se do horizonte, era o mesmo espetáculo de majestade e beleza a que se acostumara no mundo…

De quando em quando, permutava com Fantini uma que outra frase, observando que outros ranchos simpáticos caminhavam na mesma direção.


Transcorridos alguns minutos de alegre peregrinar, ei-los diante do templo que primava pela simplicidade, figurando-se enorme pombal edificado com franjas de neve translúcida, defendido, aqui e ali, por densas faixas de arvoredo.

No interior, tudo espontaneidade e harmonia.

A fila extensa de bancos deixava ver o púlpito à frente, que assumia a feição de enorme liliácea, esculpida em mármore alvíssimo.

Na parede muito branca, diante da assistência, sob as legendas “Templo da Nova Revelação”, “Casa consagrada ao Culto de Nosso Senhor Jesus-Cristo”, ao invés de quaisquer símbolos ou esculturas, jazia apenas uma tela, recordando o semblante presumível do Divino Mestre, cujos olhos na excelsa pintura pareciam falar de vida e onipresença.


Sentada com Fantini, lado a lado, a senhora Serpa fitou os rostos, serenos uns e ansiosos outros, que os cercavam em profundo silêncio, e mergulhou o coração em prece muda.

Em dado instante, qual se se materializasse inesperadamente na tribuna ou até ali fosse ter, através de porta oculta à observação do auditório, um homem, envergando túnica lirial, surgiu e saudou a assembleia, reverente.

Logo após, dirigiu-se para o Alto e, em oração comovedora, rogou as bênçãos de Jesus para os ouvintes expectantes.

De seguida, aproximou-se de grande exemplar do Novo Testamento, aberto sobre delicado porta-livros e leu os versículos números 1 a 4, do capítulo sete do Evangelho do Apóstolo Mateus: (Mt 7:1)


“Não julgueis para não serdes julgados, pois, com o critério com que julgardes, sereis julgados; e, com a medida com que tiverdes medido, vos medirão também.

“Porque vês tu o argueiro no olho de teu irmão, sem notares, porém, a trave que está no teu próprio? Ou, como dirás a teu irmão: “deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu?”


Terminada a leitura, deteve-se o ministro em dilatada concentração, qual se buscasse inspiração nas profundezas da própria alma.

Ernesto e Evelina, porém, viram surpresos, que, ao revés, o pensamento dele se exteriorizava, em forma de larga auréola de luz, que se lhe alteava da cabeça, à maneira de chama, elevando-se cada vez mais…

A curto espaço de segundos, clarões jorravam de cima, lembrando as chamadas línguas de fogo do dia de Pentecostes, e o sacerdote simpático iniciou a pregação de que respigaremos apenas alguns trechos que lhe definem a tessitura de sabedoria e beleza:


— Irmãos, até ontem éramos parte integrante da coletividade humana — a nossa bendita família da retaguarda — e acreditávamos no poder de julgar-nos uns aos outros. Encastelados nas ideias religiosas que supúnhamos escravizar a serviço de nossas paixões, imaginávamos adversários e transviados quantos não pensassem por nossos princípios.

Interpretávamos os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus-Cristo, conforme o nosso arbítrio, exigindo que o Senhor da Vida se nos fizesse rebaixado servidor, na estrada sombria e tortuosa que não nos cansávamos de palmilhar; entretanto, despojados hoje do corpo de matéria mais densa que nos acalentava as ilusões, aprendemos que todos somos consciências deficitárias perante a Lei. E compreendemos agora, para felicidade nossa, que apenas o Senhor dispõe de recursos para avaliar-nos consideradamente, porque, em verdade, ser-nos-á possível tão somente examinar a nós próprios.

O que tenhamos sido no imo do sentimento, enquanto na existência do corpo terrestre, somos aqui.

Neste pouso de luz que o Senhor nos faculta por moradia temporária, percebemos, sem qualquer constrangimento de ordem exterior, que todos os petrechos mantenedores das aparências que nos disfarçavam no mundo, para o desempenho do papel que nos cabia na ribalta humana, nos foram retirados, a fim de que sejamos aqui, na esfera da realidade espiritual, quem nos propusemos ser, com tudo o que tenhamos ajuntado em nós de bem ou de mal, durante o estágio na escola física!…

Muitos de vós outros carregais ainda hábitos e enganos da experiência carnal que, gradativamente, perdereis por não encontrarem neste meio qualquer significação…

Vossos palácios ou casebres, títulos convencionais ou qualificações pejorativas, privilégios ou cativeiros, honras familiares ou desconsiderações públicas, vantagens ou prejuízos de superfície, todos os condicionamentos mentais que vos centralizavam na ideia de direitos supostos ou imaginárias reclamações, com o abandono dos deveres naturais de aperfeiçoamento espiritual para a vida eterna, desapareceram no dia em que os homens, por força da desencarnação, vos impuseram ao nome um atestado de óbito no Planeta, senhoreando-vos os patrimônios e analisando-vos os atos, para, ao depois, muitos deles, varrer-vos do pensamento, com a falsa convicção de que vos podem desterrar da memória para sempre!…

Quantos de vós viestes escutar aqui as vozes da verdade para as quais tantas vezes selastes os ouvidos do corpo terreno?

A Divina Providência não pergunta o que fostes, porque nos conhece a cada um em qualquer tempo… Entretanto, é justo investigue sobre o que fizestes dos tesouros do tempo, concedido a nós todos em parcelas iguais…

Sábios, em que aplicastes os dotes do conhecimento superior? Ignorantes, onde colocáveis o talento das horas? Ricos, em que trabalho dignificastes o dinheiro? Irmãos destituídos de reservas douradas, mas tanta vez detentores de bênçãos maiores, que realizastes com as oportunidades de paciência e serviço, compreensão e humildade na esfera da obediência? Jovens, que operastes com a força? Companheiros encanecidos na marcha do cotidiano, em que boas obras convertestes o clarão de vosso entendimento?

Não vos iludais!…

Qual ocorreu a nós outros, os que habitamos atualmente o Plano Espiritual desde longas décadas, trouxestes para cá o que efetuastes de vós mesmos… Aprendestes o que estudastes, mostrais o que fizestes, entesourais o que distribuístes!…

Em suma, atravessada a Grande Fronteira, somos simplesmente o que somos!

Reconhecereis, assim, no curso do dia a dia, neste domicílio das realidades excelsas, que todos os disfarces que nos encobriam a individualidade real no mundo se extinguem naturalmente, expondo-nos à vista a esfera íntima.

Fora das constrições carnais, cada Espírito se revela por si.

Mecanicamente, na residência ancestral da alma, estampamos nas atitudes e palavras os sentimentos e pensamentos que nos são peculiares, sem que nos seja mais possível qualquer recurso à simulação.

Patenteando de todo o que somos e o que temos, nos recessos do ser, terá chegado para cada um de nós a hora do julgamento, porquanto a Divina Misericórdia do Senhor nos oferece ainda, aqui como em tantas outras estâncias da Espiritualidade, esta cidade-lar, como sendo antecâmara de estudo e serviço, possibilitando-nos valiosos aprestos para a ascensão à Vida Maior, em cujas províncias nos aplicaremos à conquista de dons inefáveis, na continuação da luta bendita pelo aperfeiçoamento próprio.

Quantos, porém, desprezarem as sublimes oportunidades do tempo, no clima de recomposição a que nos acolhemos agora, decerto que, por eles mesmos, recuarão para os distritos vizinhos, onde se afinam os agentes da perturbação e das trevas — doentes voluntários, seviciando-se, em lamentável regime de reciprocidade — até que, fatigados de rebeldia, roguem à piedade das Leis Eternas a preciosa dádiva das reencarnações de sofrimento regenerativo para o retorno a estes sítios, Deus sabe quando!…

Não aspiramos a dizer com as nossas afirmativas que o renascimento no campo físico seja sempre cadinho de reparação aos delitos que praticamos, pois milhares de companheiros, depois de longo e honesto esforço pela própria corrigenda, entre nós, com larga quota de tempo em nossa colônia de trabalho e reforma, volvem ao corpo carnal, honrados com tarefas de abnegação e heroísmo obscuro, junto de alguém ou ao lado de grupos afins, granjeando, em louvável anonimato, concessões e vitórias dignas de apreço que, apesar de permanecerem quase sempre ignoradas pelos homens, se lhes erigem, aqui, em passaportes de libertação e acrisolamento para as Esferas Superiores!…

Ante a pausa que surgiu espontânea nos lábios do orador que se aureolava de intensa luz, Evelina e Ernesto se entreolharam e, em seguida, através de ligeira mirada sobre os circunstantes, notaram que dezenas de rostos se banhavam de lágrimas.

— Irmãos — continuou o ministro —, não vos sintais num tribunal de justiça, quando nos achamos numa casa de fé!… Mãe amorosa dos nossos impulsos de melhoria e sublimação, diz-nos a fé, neste recanto operoso e tranquilo, que não obstante desencarnados é preciso reconhecermos que as nossas ocasiões de trabalho e progresso, retificação e aprendizagem não chegaram a termo!.

Aceitemo-nos quais somos, reconheçamos o montante de nossas dívidas e coloquemos mãos fiéis no arado do serviço ao próximo, sem olhar para trás… A cidade que nos reúne está repleta de instituições beneméritas com as portas descerradas ao voluntariado de quantos queiram colaborar no socorro aos que chegam até nós, em posição de angústia ou necessidade, todos os dias… Na Crosta Planetária, onde as criaturas irmãs da retaguarda travam dura batalha de evolução, entes queridos, ainda encarnados, exigem-nos os mais entranhados testemunhos de ternura humana, através do concurso espiritual que lhes possamos administrar, nos domínios da compreensão e do amor, a fim de que continuem a viver na experiência terrestre que lhes é necessária, tranquilos e felizes, sem nós… Todo um apostolado de renúncia construtiva, abnegação, carinho e entendimento se descortina para a maioria de vós outros, no lar terrestre, onde quase todos estais ainda vinculados de pensamento e coração!…

Além disso, estamos cercados, através de quase todos os flancos, por multidões de companheiros dementados, a nos pedirem amor e paciência para que se refaçam!… Na arena física, multiplicávamos apelos a que se pusessem mesas dedicadas aos famintos e se acumulassem agasalhos para o socorro à nudez… Aqui, somos desafiados à formação e sustentação do devotamento e da tolerância, para que a harmonia e a compreensão se estabeleçam na alma sofrida e conturbada dos nossos irmãos tresmalhados nas sombras de espírito.

Caridade, meus irmãos!… Amor para com o próximo!…

Muitas vezes, o serviço de alguns dias pode endossar-nos valioso empréstimo de energias e meios para as empresas de recuperação e elevação que nos requisitam o esforço de muitos anos.

Oremos, suplicando ao Senhor nos inspire, a fim de que venhamos a escolher decididamente a estrada de purificação em novos e benditos avatares na estância física, ou a vereda ascendente para a Vida Maior!…

Calou-se o sacerdote em prece muda.


Do teto pendiam estrias de safirina luz, quais pétalas minúsculas que se desfaziam ao tocar a cabeça dos presentes, ou desapareciam, de leve, atingindo o chão.

Dir-se-ia que no peito do ministro, em profunda concentração mental, se inflamara uma estrela de prata translúcida, de cujo centro se irradiava, docemente, toda uma chuva de raios liriais, inundando o salão.

Fantini estava comovido, mas Evelina, qual sucedia a muitos dos companheiros ali congregados, não conseguia jugular o pranto que lhe vinha em onda crescente do coração aos olhos.

A senhora Serpa não saberia explicar a razão da emotividade que lhe assaltara os recessos do espírito, extremamente sensibilizada como se achava, ignorando se devia aquelas abençoadas lágrimas às aspirações para o Céu ou às saudades da Terra… Não mais ouviu as derradeiras palavras do ministro, ao encerrar o ofício da noite. Sabia apenas que se amparava agora de maneira total no braço do amigo, junto de quem se retirou do recinto, soluçando…



mt 7:3
Apostilas da Vida

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 16
Francisco Cândido Xavier
André Luiz

Não obstante pequena e leve, a língua é, indubitavelmente, um dos fatores determinantes no destino das criaturas.

Ponderada — favorece o juízo.

Leviana — descortina a imprudência.

Alegre — espalha otimismo.

Triste — semeia desânimo.

Generosa — abre caminho à elevação.

Maledicente — cava despenhadeiros.

Gentil — provoca o reconhecimento.

Atrevida — atrai o ressentimento.

Serena — produz calma.

Fervorosa — impõe confiança.

Descrente — invoca a frieza.

Bondosa — auxilia sempre.

Descaridosa — fere sem perceber.

Sábia — ensina.

Ignorante — complica.

Nobre — cria o respeito.

Sarcástica — improvisa o desprezo.

Educada — auxilia a todos.

Inconsciente — gera desequilíbrio.

Por isso mesmo, exortava Jesus: — “Não procures o argueiro nos olhos de teu irmão, quando trazes uma trave nos teus”. (Mt 7:3) (Lc 6:41)

A língua é a bússola de nossa alma, enquanto nos demoramos na Terra.

Conduzamo-la na romagem do mundo para a orientação do Senhor, porque, em verdade, ela é a força que nos abre as portas do nosso coração às fontes da vida ou às correntes da perturbação e da morte.




O título entre parênteses é o mesmo da mensagem original e seu conteúdo, diferindo nas palavras marcadas, foi publicado em 1982 pela editora CEU e é a 18ª lição do livro “”


mt 7:3
Endereços de Paz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 18
Francisco Cândido Xavier
André Luiz

A palavra é indubitavelmente um dos fatores determinantes no destino das criaturas.

Ponderada — favorece o juízo.

Leviana — descortina a imprudência.

Alegre — espalha otimismo.

Triste — semeia desânimo.

Generosa — abre caminho à elevação.

Maledicente — cava despenhadeiros.

Gentil — provoca o reconhecimento.

Atrevida — traz a perturbação.

Serena — produz calma.

Fervorosa — impõe a confiança.

Descrente — invoca a frieza.

Bondosa — ajuda sempre.

Cruel — fere implacável.

Sábia — ensina.

Ignorante — complica.

Nobre — tece o respeito.

Sarcástica — improvisa o desprezo.

Educada — auxilia a todos.

Inconsciente — gera amargura.

Por isso mesmo, exortava Jesus: — “Não procures o argueiro nos olhos de teu irmão, quando trazes uma trave nos teus”. (Mt 7:3) (Lc 6:41)

A palavra é a bússola de nossa alma, onde estivermos.

Conduzamo-la na romagem do mundo para a orientação do Senhor, porque, em verdade, ela é a força que nos abre as portas do coração às fontes luminosas da vida ou às correntes da morte.



mt 7:7
Os mensageiros

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 27
Página: -
Francisco Cândido Xavier
André Luiz

Enquanto o administrador se entregava a conversações educativas com os numerosos subordinados, Aniceto chamou-nos a pequena construção isolada e falou:

— Vejamos outro ensinamento.

Avançamos na direção de algumas câmaras separadas.

Nosso instrutor abriu uma porta e vimos um louco, que parecia fundamente irritado. Fixou em nós o olhar inexpressivo e gritou estentoricamente. Aniceto, porém, adiantou-se e cumprimentou-o, atencioso:

— Como vai, Paulo?

As palavras, ao que senti, emitiram certo fluxo magnético e o enfermo revelou profunda modificação. Aquietou-se de súbito. Sentou-se mais calmo, embora trêmulo e espantadiço.

— Tem sentido melhoras, Paulo? — Perguntou nosso orientador, bondosamente, tocando-o no ombro.

Ao contato pessoal de Aniceto, o doente mostrou algum raciocínio e respondeu:

— Vou melhorando, graças…

À vista da expressão reticenciosa, o instrutor falou em tom firme, como se desejasse auxiliar-lhe a vontade enfraquecida:

— Termine!

O doente fez enorme esforço e concluiu:

— G…r…a…ç…a…s  a  D…e…u…s.

Anotando-lhe o sofrimento e a indecisão, lembrei dos enfermos das Câmaras, aos quais prestava Narcisa ampla colaboração afetuosa. Percebendo-me as íntimas considerações, disse o mentor esclarecido:

— Veem a diferença entre os que dormem, os que estão loucos e os que sofrem? Em “Nosso Lar”, não temos dos primeiros, e os que se encontram desequilibrados, nos serviços da Regeneração, sentem, na maioria, angústias cruéis. É necessário reconheçamos que os que gemem e sofrem, em qualquer parte, estão melhorando. Toda lágrima sincera é bendito sintoma de renovação. Os escarnecedores, os ironistas e os perturbados que não registram a dor são mais dignos de piedade, por permanecerem embotados em estranha rigidez de entendimento.

E, designando o enfermo sob nossos olhos, afirmou:

— Paulo é um doente a caminho de melhora positiva. Ainda não possui a consciência exata da situação, mas já chora, já padece com as recordações do passado triste.

Recebi o esclarecimento com atenção. Lembrei-me que, de fato, os doentes conduzidos pelos Samaritanos a “Nosso Lar”, em serviço diário, eram grandes sofredores. Os que não acusavam padecimentos atrozes, revelavam estranho pavor das sombras. A única entidade que ali observara, com absoluta inconsciência da própria miséria, fora a de pobre vampiro que não encontrara guarida nas Câmaras de Retificação. ()


Nosso instrutor, sem qualquer preocupação de transformar o doente em cobaia, recomendou, afetuoso:

— Concentrem no Paulo a capacidade de visão!

Estimulado pela experiência anterior, fixei nele todo o meu potencial de observação.

Aos poucos, caracterizou-se a meus olhos a sua tela mental, parecendo formada em compacta sombra noturna. Com surpresa, divisei formas diversas que se movimentavam. Vários vultos de mulher ali surgiam, despertando-me enorme admiração. Entre eles, reparei o de Ismália como que doente, enfraquecida, ansiosa. Alguns homens passavam, igualmente, mostrando desesperação, e notei, nessas imagens, o próprio Alfredo a evidenciar cansaço e extrema velhice prematura. Vozes misteriosas se faziam ouvir. Sobre Paulo choviam maldições e blasfêmias. As mulheres pareciam acusá-lo, clamorosamente; os homens davam ideia de perseguidores ferozes, ocultos no mundo interior daquele enfermo estranho. Observando, porém, que os vultos de Ismália e Alfredo se movimentavam naquele painel escuro, não pude sofrear a curiosidade e interrompi o minucioso exame, voltando a conversar com o nosso orientador, perguntando:

— Como explicar o fenômeno? Estou assombrado!

Antes, porém, que pudesse expressar maiormente o espanto que me dominara, Aniceto ajuntou:

— Já sei. Admira-se da presença de Ismália e do seu marido nas reminiscências do enfermo.

E, ante a minha perplexidade, continuou:

— Lembram-se da história de Alfredo? Temos diante de nós o falso amigo que lhe arruinou o lar. Paulo, contudo, não somente cometeu a ingratidão, como envenenou o espírito doutras senhoras, traiu outros amigos e destruiu a alegria e a paz doutros santuários domésticos. Observando Ismália aflita e Alfredo desesperado, nas recordações dele, vemos as imagens criadas pelo caluniador, para seus próprios olhos. Nossos amigos deste Posto evolutiram, transpuseram a fronteira da mágoa, escaparam aos monstros do ódio, vestem-se hoje de luz; no entanto, Paulo os vê como imagina, para escarmento de suas culpas. O criminoso nunca consegue fugir da verdadeira justiça universal, porque carrega o crime cometido, em qualquer parte. Tanto nos Círculos carnais, como aqui, a paisagem real do Espírito é a do campo interior. Viveremos, de fato, com as criações mais íntimas de nossa alma.

Reparando-me a dificuldade para compreender de pronto, Aniceto prosseguiu, depois de pequeno intervalo:

— Para melhor elucidação, recordemos a crucificação do Mestre Divino. Sabemos que Jesus penetrou na glória sublime logo após a suprema dor do Calvário; entretanto, estamos ainda a vê-Lo frequentemente pendurado na cruz, martirizado pelos nossos erros, flagelado pelos nossos açoites, porque a visão interior a isso nos compele. A condenação do Mestre foi um crime coletivo e esse crime estará conosco até ao dia em que nos vestirmos na divina luz da redenção.

O esclarecimento não poderia ser mais lúcido. Sentia-me diante de nobre revelação.

— O dever possui as bênçãos da confiança, mas a dívida tem os fantasmas da cobrança, — tornou o generoso mentor, com grave acento.


Readquirindo a serenidade, interroguei:

— Mas Paulo veio ter casualmente a este Posto?

— Não, — respondeu Aniceto, atencioso; — foi trazido pelo próprio Alfredo, que se sentiu necessitado de disciplinar o coração. Nosso amigo, que hoje dirige esta casa de amor, desprendeu-se do mundo, sob intensa vibração de ódio e desesperação. Sofreu muitíssimo nos primeiros tempos, embora nunca fosse abandonado pela dedicação da abnegada companheira. Alfredo, todavia, não pôde ver Ismália enquanto não se desvencilhou das baixas manifestações do rancor. Socorrido em “Campo da Paz”, compreendeu as próprias necessidades. Tão logo adquiriu algum mérito, intercedeu pelo amigo infiel, buscou-o em recanto abismal, e tão nobremente se dedicou ao aperfeiçoamento de si mesmo, que conquistou a posição de administrador de um Posto de Socorro. Trouxe o tutelado em sua companhia e trata-o como irmão, atualmente. Não julguem que o marido de Ismália conseguiu essa vitória espiritual tão somente pelo fato de desejá-la. Ele desejou-a, procurou-a, alimentou-a, e, agora, permanece na realização. Há muitos anos conversa com Paulo, diariamente. Nos primeiros tempos, aproximava-se do enfermo, como necessitado de reconciliação; depois, como pessoa caridosa; mais tarde adquiriu entendimento, comparando situações; em seguida, sentiu piedade; logo após, experimentou simpatia e, presentemente, conquistou a verdadeira fraternidade, o amor sublime de irmão pelo ex-inimigo.

Fazendo pequena pausa, voltou a dizer, espirituosamente:

— Como veem, o ensinamento de Jesus, quanto ao “batei e abrir-se-vos-á”, (Lc 11:9) é muito extenso. No Plano da carne, insistimos à porta das coisas exteriores, procurando facilidades e vantagens; mas, aqui, temos de bater à porta de nós mesmos, para encontrar a virtude e a verdadeira iluminação.

Vicente, que até então se conservara calado, indagou:

— Paulo, todavia, permanecerá aqui, indefinidamente?

Nosso instrutor fez um gesto significativo e concluiu:

— Voltará breve à Terra. Ismália tem feito a seu favor inúmeras intercessões e não deseja que ele, ao retomar a razão plena, se sinta humilhado, com o benefício das próprias vítimas. Uma das irmãs, por ele caluniada no mundo, já voltou ao Círculo carnal, e a abnegada esposa de Alfredo pediu-lhe que recebesse Paulo como filho, tão logo seja oportuno.




Espíritos Diversos

mt 7:1
Na Era do Espírito

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 12
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos
Chico Xavier

“Na certeza de que os Amigos Espirituais nos observam, creio que a palavra de nosso caro Emmanuel foi suscitada por um acontecimento que nem todos em nossa reunião pública perceberam.

Dentre os visitantes estava um casal de amigos que viera não só ao contato de nossos trabalhos, mas igualmente ao encontro de um filho que chegou de cidade próxima a fim de revê-los. Tratava-se de um rapaz detido na prisão de comunidade vizinha que, com permissão generosa das autoridades, vinha escoltado por dois guardas para ver os genitores, especialmente a mãezinha, portadora de moléstia grave.

Num banco ao nosso redor, vi quando a senhora abraçou o jovem e exclamou: “Ah, meu filho, meu filho!” Notando que as lágrimas dos pais e do filho se confundiam, não consegui também conter as minhas. Lembrei-me da bondade de meus pais para comigo e pensei que eu poderia estar na posição daquele filho sequioso de perdão e de afeto e confesso que chorei. Penso, porém, que alguma coisa de muito grave estará nos registros do que haja acontecido, porque pequeno grupo de pessoas não gostou da nossa simpatia pelo moço.

Observando isso procurei conter-me para que os pais sofredores não tivessem conhecimento da reduzida movimentação de censura que se fizera. E o fato passou sem maiores comentários. No início de nossas tarefas O Evangelho Segundo o Espiritismo () nos forneceu para estudo o item 14 do capítulo X. E ao fim da reunião nosso caro Emmanuel escreveu, por nosso intermédio, a página que lhe envio.”



Emmanuel

Decerto que o Senhor nos terá advertido contra os riscos do julgamento, (Mt 7:1) observando-nos a inclinação espontânea para projetar-nos em assuntos alheios.

Habitualmente, perante os nossos irmãos em experiências difíceis, estamos induzidos a imaginar neles o que sentimos e pensamos acerca de nós próprios.

Encontramos determinada criatura acusada desse ou daquele delito; para logo, frequentemente, passamos a mentalizar como teria sido a falta praticada, fantasiando minudências infelizes a fim de agravá-la, quando muitas vezes a pessoa indiciada tudo promoveu de modo a poupar a suposta vítima, resistindo-lhe às provocações até as últimas consequências.

Surpreendemos irmãos considerados em desvalia moral; e de imediato, ao registrar-lhes o abatimento, ideamos quadros reprováveis de conduta sobre as telas de inquietude em que terão entrado, emprestando-lhes ao comportamento o comportamento talvez menos digno que teríamos adotado na problemática de ordem espiritual em que se acharam envoltos, quando, na maioria das ocasiões, são almas violadas por circunstâncias cruéis, à feição de aves desprevenidas, sob o laço do caçador.


Abstenhamo-nos de julgar os irmãos supostamente caídos.

O Senhor suscitou a formação de juízes na organização social do mundo para que esses magistrados estudem os processos em que nos tornemos passíveis de corrigenda ou segregação, conforme o grau de periculosidade, que venhamos a apresentar na convivência uns com os outros.

Por outro lado, os princípios de causa e efeito dispõem da sua própria penalogia ante a Divina Justiça.

Cada qual de nós traz em si e consigo os resultados das próprias ações.

Ninguém foge às leis que asseguram a harmonia do Universo.


Diante dos companheiros que consideres transviados, auxilia-os quanto possas. E onde não consigas estender braços de apoio, silencia e ora por eles.

Todos somos alunos na grande escola da vida. Consideremos que toda escola, afere o valor dos ensinos professados em tempo justo de exame.

Os irmãos apontados à apreciação dos júris públicos são companheiros em prova. Hoje será o dia deles, entretanto, é possível que amanhã o nosso também venha a chegar.



Irmão Saulo

Todos erramos. Até mesmo os santos erraram. Por isso disse Jesus: “Não julgueis para não serdes julgados”. No comentário n.° 14 do capítulo X de O Evangelho Segundo o Espiritismo () Simeão nos aconselha a esquecer o mal e pensar apenas no bem que pode ser feito. Por mais inúteis que nos julguemos e por piores que nos consideremos, há sempre diante de nós uma oportunidade de fazer o bem. Pensando no mal, perdemo-la; pensando no bem, podemos aproveitá-la.

No doloroso episódio que Chico Xavier nos relata, e que provocou a mensagem de Emmanuel, temos um exemplo vivo dessa realidade. Chico não perguntou de que crime o rapaz era acusado. Sofreu com ele e com os pais na prática da caridade. Alguns companheiros de reunião, entretanto, não pensaram assim, não sentiram esse impulso de solidariedade humana. E o simples fato de censurarem o médium produziu um constrangimento do bem.

O dia do juízo chega para todos nós. Para aquele rapaz já havia chegado e ele cumpria o veredicto da lei. Sabendo disso e compreendendo que Deus quer a salvação de todos, mesmo dos piores criminosos, nosso dever é o do bom samaritano que socorreu o próximo sem indagar de seus antecedentes. Lemos no Eclesiastes (Ec 3:1) que Deus fez tempo para tudo e Emmanuel lembra-nos que existe o “tempo justo de exame”. Por outro lado, o que mais erra é o que mais necessita de perdão, o que menos amor revela em sua conduta é o que de mais amor necessita.


mt 7:3
O Espírito da Verdade

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 30
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO —


O diálogo, à noite, entre as duas senhoras, continuava na copa:

— Você, minha filha, deve perdoar, esquecer… Lá diz o Evangelho que costumamos ver o argueiro no olho do vizinho, (Mt 7:3) sem ver a trave dentro do nosso…

— Mas, mamãe, foi um insulto! O moço parou à frente da janela, viu as minhas estatuetas e atirou a pedra!

E Dona Balbina, senhora espírita de generoso coração, prosseguia falando à filha, Dona Rogéria:

— Ele é um pobre rapaz obsidiado.

— História! É uma fera solta, isto sim!

— Mas Dona Margarida, a mãe dele, foi sempre amiga…

— Isso não vem ao caso… Cada qual é responsável pelos próprios atos. A senhora sabe que ele é maior.

— Precisamos perdoar para sermos perdoados…

— Ser bom é uma coisa, e outra coisa é ser tolo! Darei queixa à polícia… Somente não queria fazê-lo sem ouvi-la; contudo, Fábio e eu estamos decididos. Meu Fábio já anda cansado do volante… Pobre marido!… Dinheiro cavado em caminhão é duro de ganhar…

— Meu conselho, filha, é desculpar e desculpar…

— Mas o prejuízo é de dois mil cruzeiros, além da injúria!

— Mesmo assim, o perdão é o melhor remédio.

— Ah! que será do mundo, assim, sem corrigenda, sem justiça?

Nesse instante, alguém bate à porta.

Ambas atendem.

O portador comunica:

— Um desastre! O senhor Fábio trompou uma casa e a parede caiu!

Mãe e filha correm para o local, que se encontra entulhado de multidão, e veem a casa acidentada. É justamente a moradia de Dona Margarida, a mãe do rapaz que atirara a pedra.

O caminhão, num lance estouvado, derribara uma parede lateral e penetrara, fundo, inutilizando todo o mobiliário da sala de refeições.

Apagara-se a luz no quarteirão e as duas, sem que ninguém as reconhecesse, podiam escutar Dona Margarida, que sustentava uma vela acesa, diante do guarda de trânsito:

— Peço-lhe — dizia ao fiscal — não abrir processo algum. Não quero reclamações.

— Mas, Dona Margarida — insistia o funcionário —, a senhora vai ter aqui um prejuízo para mais de quarenta contos!

— Não importa. Deus dará jeito. “Seu” Fábio e Dona Rogéria são meus amigos de muito tempo.

As duas senhoras, porém, não puderam continuar ouvindo, pois a voz irritada de Fábio elevou-se da multidão e era necessário socorrê-lo, porque o infeliz estava ébrio.




(Psicografia de Waldo Vieira)


mt 7:16
Palavras da Coragem

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 18
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos

Dar-te-ás a conhecer aos homens pelas tuas obras. (Mt 7:16)

As tuas atitudes revelarão as tuas intenções.

A tua perseverança no bem definirá o tamanho do teu ideal.

A tua renúncia evidenciará a nobreza do teu caráter.

O teu devotamento mostrará a sinceridade de tuas convicções.

O teu silêncio, não raro, dará sinais do teu bom senso.

As ideias que possuis falarão dos sentimentos que cultivas.

O teu caminho dirá da escolha que efetuaste.

A tua reação ante o inesperado indicará o teu grau de discernimento.

Lembra-te sempre: o servidor de Jesus na Doutrina Espírita, embora sob o peso das enormes lutas que sustente no mundo, caminhará para a frente renovando-se a cada dia e procurando alcançar a vitória sobre si mesmo.




Psicografia de Carlos. A. Baccelli


mt 7:20
Luz Bendita

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 18
Francisco Cândido Xavier
Espíritos Diversos

Foi num dia de carnaval!…

Cerca de 45 anos são passados e ainda o vejo chegando ao local indicado para nosso encontro, com o sorriso meigo e o jeito característico de andar, tranquilo e modesto.

Realizava-se, naquele momento, o mais belo e ansiado sonho de minha vida. Junto de Mamãe e de pessoa amiga, intermediária do encontro, ali estava na então pequena cidade de Pedro Leopoldo.

Viajáramos de trem e chegando à tardinha dirigimo-nos ao lugar combinado: um café, que ainda hoje existe, na rua principal, próximo à Igreja e em frente a um sobrado onde funcionava um clube recreativo.

Até esse encontro mantivéramos contato apenas através de correspondência.

Lembro-me de um detalhe curioso que assinalou, de forma marcante, o nosso relacionamento epistolar, caracterizando-o já como lição doutrinária, cujo alcance somente mais tarde compreenderia: na referência interna da correspondência, principalmente de um belíssimo cartão, mencionava sempre um nome, como se fosse a destinatária: Yolanda! No envelope, contudo, meu nome e endereço certos.

Em minha ignorância, realmente não sabia a que atribuir o fato. Recolhia, apenas, a mensagem, cunhada sempre com aquela característica generosa que todos nós lhe reconhecemos. Quando muito, poderia me passar pela ideia que, em virtude do grande número de pessoas com as quais convivia, trocasse o meu nome.

Logo às primeiras palavras, com referências pessoais, disse: “Sim, aqui está a nossa Yolanda!”

Não é preciso alongar-me para esclarecer que se tratava de alusão a uma existência anterior, que não cabe detalhar. Retomemos o fio do meu depoimento.

Pouco depois, fixando Mamãe, disse o querido Chico: “ Vejo uma senhora idosa, sorridente, olhando-a com muita ternura. Diz chamar-se Carmela.” Mamãe disse-lhe não saber quem era. Chico Xavier, sempre tranquilo e risonho, aduziu: “Ela diz que era sua parenta.” Outra negativa de Mamãe.

Após pequena pausa volta o Chico a complementar, lentamente: “Ela está dizendo: Giardino del mio cuore.” Mamãe, muito emocionada e em lágrimas, exclama: Meu Deus, é Mammamela, a minha avó. Era só assim que ela me chamava!”

Dali para diante, houve perfeita integração entre nós. Como disse no início deste depoimento, era um dia de carnaval.

Em meio ao culto pagão, a bênção da presença divina: de um lado, o turbilhão ruidoso; do outro, a suavidade da ternura amiga.

Lá em frente, no clube, os gritos comuns às comemorações carnavalescas; aqui, a palavra generosa, mesclando sabedoria e amor. Deus e Mamon, em situações bem definidas e bem próximas.

Paralela à excitação das fantasias e máscaras, a pureza do lírio do Senhor transmitindo as Verdades Eternas. Gritos e gargalhadas misturados em estridentes canções, lá fora; alegria e encantamento na palestra que transcorria como que em um oásis repousante, calmo e tranquilo, no recinto do café.

Movimentação estrepitosa entre os partidários de Momo; harmonia e paz entre nós.

Assim foi, assim é e será por todo o sempre o querido amigo Chico Xavier: porto seguro, alma benfazeja, paz na tempestade. Todos nós bem sabemos disso.

Quanto a mim, ali permaneci, em noite memorável, até que,

sempre em sua companhia, fomos ao Hotel onde nos reservara lugares, Hotel Diniz, se não me engano.

Conosco ali permaneceu até duas horas da madrugada, o que era considerado muito tarde naquela época, mas que, na realidade, representou para mim uma fração de segundo, retirando-se depois para retornar pela manhã, proporcionando-nos a continuidade dos abençoados momentos que, como o tesouro da referência de Jesus, jamais me será tirado do coração agradecido.

Assim foi o meu primeiro encontro com o nosso querido Chico Xavier. E a partir daquele dia entremeamos sempre o Céu em nossa vida, quando no generoso intercâmbio com o querido amigo, nunca deixando de render graças a Deus pela preciosa dádiva que me foi concedida pela presença de Francisco Cândido Xavier, reencarnado neste mesmo período em que, mais uma vez, desfruto de uma nova oportunidade reencarnatória.

As bênçãos de sua presença são incontáveis.

Identificando-me com o espírito deste livro, destaco, a seguir, à guisa de testemunho, algumas ocorrências mediúnicas.

Fôramos chamados a testemunho inesperado: meu cunhado, Francisco Scalzo, marido de minha irmã Hilda, muito estimado por todos nós, especialmente por meu Pai, que, na ocasião, encontrava-se enfermo, assistia na televisão, em nossa casa, a um programa humorístico. Para tal, acomodara-se em um sofá, na sala onde estávamos reunidos.

Num intervalo da programação, alguns se levantaram e um de seus filhos, o Roberto, hoje rapaz, trás-lhe um biscoito, que ele, imediatamente, levou à boca.

O garoto senta-se na cadeira, em frente do sofá, e, de imediato, vejo-o levantar-se surpreso, encaminhando-se a seguir para junto do pai. Pergunto o que era e ele respondeu: “Papai parou de comer! “

Chegamos junto dele e tão tranquilo estava que as frases jocosas surgiram: Deixe de brincadeiras! Você vai engasgar-se com o biscoito!…

E o sorriso continuou em sua fisionomia serena, sobrepujando a violência do enfarte fatal, num testemunho de amor aos familiares, aos quais realmente dedicara sua existência.

Momentos dolorosos se seguiram, na azáfama das providências consequentes ao fato.

Mais tarde toca o telefone e a doce voz de nossa querida Luiza Xavier; irmã do Chico, nos diz de Pedro Leopoldo: “Nenem, o Chico telefonou de Uberaba pedindo para tocar para você perguntando o que há!”

Informei-a do que se passara e ela, perplexa, não se conformava com a rudeza do acontecido.

Era a presença do grande amigo no momento doloroso! Sua mensagem de reconforto chegava na hora certa com a discrição e naturalidade que assinalam o “fazer com a mão direita sem que a esquerda o saiba.”

Não fora a abençoada palavra-mensagem do querido Chico Xavier e não teríamos vencido aquele momento e outros que se seguiram com intervalos relativamente pequenos, com as desencarnações do meu Pai, Giácomo Aluotto, e do meu marido, Adriano Berutto.

A sequência de testemunhos culminou com uma tragédia que assinala penoso récorde até o momento: a perda de nove pessoas da família, três adultos e seis crianças com menos de oito anos (mães, filhas e netos representando três gerações) retornando à Pátria Espiritual de uma só vez, em desastre aéreo que a imprensa designou “A Tragédia de Caparaó.”

O conforto das notícias asserenou-nos as almas conturbadas e saudosas, no transe angustioso…

Mais recentemente, há cerca de um ano e meio, outra vez a palavra-conforto do querido amigo chegou-nos ao coração com a partida de nosso convívio de mais uma sobrinha, Elisabete, no curto período de nove dias, em consequência de acidente cirúrgico. Trinta e um anos de idade, casada, deixou três filhinhas de cinco, dez e doze anos.

Outro caso acrescenta-se neste depoimento, não mais envolvendo a família, mas as nossas atividades na União Espírita Mineira, fundadora e mantenedora do Colégio O Precursor.

Certa vez o Colégio enfrentava problemas difíceis, tão difíceis que, parecendo-nos insolúveis, levavam-nos a pensar se não seria inevitável o encerramento de suas atividades.

Valendo-nos da oportunidade de nossa presença em sua casa, em Uberaba (eu, o secretário da União Espírita Mineira, Martins Peralva, e seu filho, Basílio), acertáramos previamente que, como assunto não doutrinário, falaríamos apenas sobre o Colégio, a fim de não perdermos os preciosos momentos daqueles dias a nós doados por misericórdia do Alto.

Todavia, qual não foi a nossa surpresa quando, ainda à distância e antes dos cumprimentos normais, o querido Chico, antecipando o assunto, falou: “Como vai o Colégio?” E logo após essa pergunta, palavras de incentivo e orientação, como chuva de bênçãos para os nossos corações apreensivos: Percorram as ruas, se necessário, mas não fechem o Colégio! Não é dificuldade, é pressão. O Colégio O Precursor é o cartão de visita da União Espírita Mineira! Continuem enquanto Deus assim o determine.

E o Colégio O Precursor, departamento educacional da União Espírita Mineira, está completando 23 anos de ininterrupto funcionamento.

Nessa mesma visita a Uberaba, outro acontecimento mediúnico.

Encontrava-se ali o comandante Santinônimo (assim entendemos o seu nome), que nos relatou singular ocorrência. Aterrissara ele seu avião em pequena cidade do interior do Maranhão, a fim de pernoitar e levantar voo na manhã seguinte.

Como a temperatura estivesse elevada, deixou aberta a janela do quarto, pensando fechá-la mais tarde, antes de adormecer, o que não fez, porque adormeceu profundamente.

Mais ou menos às 4 horas da madrugada, despertando; lembrou-se da janela aberta. Levantou-se, para fechá-la, mas verificou, surpreso, que estava fechada. Estranhou, naturalmente, o fato, mas logo o esqueceu.

Semanas depois foi a Uberaba para visitar o Chico, que o recebeu com as seguintes palavras: “Meu caro Santinônimo que susto você me deu, deixando aberta a janela do hotel! Receoso de que algo lhe acontecesse, fui fechá-la, enquanto você dormia!”

Relato, agora, outro episódio revelador da personalidade espiritual de Chico Xavier, ocorrido por ocasião de sua vinda à capital mineira para receber, na Secretaria de Saúde, em 8 de novembro de 1974, o diploma de Cidadão de Belo Horizonte.

Dia seguinte, visitou a União Espírita Mineira. Após 7 horas de atendimento aos que o procuravam, com a bondade de sempre, fomos surpreendidos com ruidosa manifestação em um grupo de pessoas que vinham em nossa direção.

Empunhando uma arma, alguém bradava: “Ninguém vai tocar em Chico Xavier: Eu o defenderei de qualquer um. Ele é um santo!”

Notava-se o desequilíbrio da pessoa, o que aumentava a apreensão de todos, especialmente porque em sua mão havia a realidade de uma arma de fogo, de grosso calibre…

A movimentação aumenta no recinto, uns se apavorando, outros procurando correr, e outros, ainda, tentando controlar a pessoa.

O Chico, tranquilo, afasta-se um pouco do grupo e põe-se em silêncio, permanecendo, contudo, no recinto.

Descemos ao andar térreo pensando em providências defensivas, e, para nosso alívio, um jipe com militares da PMMG para junto ao meio-fio e os seus ocupantes, comandados por um distinto sargento, vêm ao nosso encontro, sendo recebidos com as seguintes palavras: “Graças a Deus vocês chegaram em boa hora: estamos com problemas lá em cima!”

E antes de qualquer explicação, para surpresa nossa, o Chefe da Patrulha fala: “Não tem nada não, vamos subir. O senhor Chico Xavier foi nos chamar na estação rodoviária, onde nos encontrávamos em serviço de ronda. Viemos logo atender ao chamado!”

Fora evidente o fenômeno de .

Em poucos minutos a situação normalizava-se. O difícil foi impedir os nossos estarrecidos comentários…

Ainda por ocasião da cidadania de Chico Xavier, em Belo Horizonte, outro fato significativo, pelo muito de generosidade que encerra.

Havíamos prometido aproximar do médium o caríssimo amigo Sr. Francisco de Paula Andrade, Assessor da Presidência da Câmara Municipal, e pessoa merecedora de nosso eterno reconhecimento. No entanto, na azáfama das providências e da própria solenidade, esquecemos.

Eram já duas horas da madrugada e o meu desapontamento crescia, pela omissão involuntária. Nisso, o telefone chama e a

voz querida de Chico Xavier fala: “ Neném, você poderia dar um recado à Wanda Marlene? Diga-lhe que o sobrinho dela esteve aqui e tocou belos números ao violão. Gostamos muito. E olha, Neném: quanto ao Sr. Andrade não se preocupe, eu estive com ele!”

Respondi-lhe emocionada: “Chico, querido amigo, você não imagina que alívio para mim. Estava sem poder dormir, tão grande a preocupação de haver deixado de cumprir um dever.”

Ainda com a mesma tonalidade generosa e amiga, que todos conhecemos, falou: “Não tem nada não, está tudo bem.” Seguiram-se palavras e mais palavras de alegria. Mais tarde,

refletindo, compreendi mais uma vez a grandiosidade do coração amigo de todas as horas, vindo ao encontro dos aflitos, sobrepondo-se à realidade da distância e da hora.

Assim tem sido Chico Xavier. O que exponho, neste depoimento, representa um décimo do muito que ele tem feito em favor de todos nós.

Para definir o que representa ele, na atualidade, não creio, sinceramente, me seja possível dizê-lo com precisão.

Diante de sua laboriosa existência, que assinalamos especificamente com o cinquentenário de sua tarefa mediúnica, torna-se impossível expressar o que transcende à minha capacidade de raciocínio.

Recorro às palavras de seu admirável benfeitor no livro Palavras de Emmanuel: “No serviço cristão lembre-se cada aprendiz de que não foi chamado a repousar, mas à peleja árdua, em que a demonstração do esforço individual é imperativo divino.” ()

“Todas as seitas religiosas, de modo geral, somente ensinam o que constitui o bem. Todas possuem serventuários, crentes e propagandistas, mas os apóstolos de cada uma escasseiam cada vez mais.”

Isso define, em meu entender, parte do que significa Chico Xavier na atualidade. “Pelo fruto se conhece a árvore.” (Mt 7:20)

Observando os frutos do seu Trabalho, do seu Apostolado, só encontro uma expressão para lhe dizer: Louvado seja Deus que me permitiu, agora, a reencarnação numa época e num País em que foi possível conhecer, amar e manifestar minha gratidão e respeito ao querido Chico Xavier! (Vide a descrição da feita por Da. Aluotto Berutto já desencarnada)



(Av. Olegário Maciel, 1195 - Belo Horizonte, MG.)



Eliseu Rigonatti

mt 7:1
O Evangelho dos Humildes

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 7
Eliseu Rigonatti
(Mt 7:1-29; Lc 6:37-42, Lc 6:43-49, Lc 13:22-30)

O juízo temerário. As coisas santas não deis aos cães. Perseverança na oração. A porta estreita. Os falsos profetas. Devemos ouvir e executar as palavras de Jesus.


1 Não queirais julgar, para que não sejais julgados.


2 Pois com o juízo com que julgardes, sereis julgados; e com a medida com que medirdes, vos medirão a vós.


Jesus condena a maledicência, a qual consiste em esmiuçar a vida alheia, apresentando-a aos olhos dos outros eivada de erros ou revelando sempre o mal. Enfim, ser maledicente é comentar as ações do próximo, procurando em todas as ocasiões descobrir e propalar o lado imperfeito dos atos de cada um.


A maledicência é uma imperfeição da alma. A pessoa maledicente é maldosa. Se o coração do maledicente fosse puro, ele não teria nenhum prazer em discutir, pelo lado pior, os atos de um seu irmão.


Dizendo Jesus que cada um será medido com a mesma medida de que tiver usado, é como se ele dissesse: — Uma vez que te comprazes em descobrir o mal cometido por teu irmão e depois discuti-lo e anunciá-lo, é porque em teu coração também existe a maldade. E da maldade que ainda trazes dentro de ti, terás de prestar contas ao Pai.


As pessoas que falam mal de seus irmãos ou, como se diz vulgarmente, as pessoas que falam da vida alheia, chamam-se murmuradores.


Jesus não quer que murmuremos contra a vida de nossos semelhantes, porque devemos notar que, às vezes, a pessoa que erra não compreende a extensão de seu erro. Cada um de nós age de acordo com sua inteligência e com o grau de adiantamento a que chegou e, principalmente, segundo o momento. Portanto, a inteligência, o grau de adiantamento espiritual e as circunstâncias em que se encontra, são os fatores que levam uma pessoa a agir. Mais tarde, ao se impor a análise do ato praticado, verificará que errou; e se tiver boa vontade, humildemente corrigirá o erro. E se formos maldizentes, agravaremos a situação penosa em que se encontra o irmão que errou, dificultando-lhe, por conseguinte, a reparação.


3 Por que vês tu pois a aresta no olho de teu irmão e não vês a trave no teu olho?


A propensão de todos nós é reconhecermos facilmente o erro dos outros; mas não temos nenhuma propensão para reconhecer os nossos próprios erros.


O orgulho, sob a forma do amor próprio, não permite que percebamos as imperfeições de nossa alma; porém, assim como vemos as imperfeições dos outros, do mesmo modo os outros vêem as nossas.


O amor próprio embaraça e retarda muito nosso progresso espiritual. Se o orgulho encobre nossos defeitos, a humildade no-los descobre a nós próprios.


Eis porque a pessoa humilde se adianta espiritualmente com grande facilidade: em lugar de perder tempo em reparar nos outros, usa sabiamente o tempo em descobrir suas próprias imperfeições e estudar os meios de livrar-se delas.


Outro ponto importante que devemos considerar é o seguinte: os nossos verdadeiros amigos são aqueles que, sinceramente, nos apontam os nossos próprios erros e nos induzem a corrigi-los. Quando a misericórdia do Pai colocar em nossos caminhos um desses amigos verdadeiros, não consintamos que o amor próprio nos torne surdos às ponderações dele; mas oremos ardentemente para que a humildade nos abra os olvidos à voz desses amigos providenciais.


4 Ou como dizes a teu irmão: Deixa-me tirar-te do teu olho uma aresta, quando tu tens no teu uma trave?


5 Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho e então verás como hás de tirar a aresta do olho de teu irmão.


Um de nossos costumes e, talvez, péssimo defeito, é querer socorrer os outros, sem primeiro atender a nossas próprias necessidades.


Cada um só pode prestar auxílio eficaz a um semelhante, na medida das forças que possui, as quais são sempre proporcionais ao grau de progresso que realizou em benefício de sua alma. Não podemos dar o que não temos; e muito menos exigir que os outros observem e pratiquem os ensinamentos que nós nos esquecemos de observar e de exemplificar. Para dar, precisamos possuir; para amparar, precisamos ser fortes; para corrigir precisamos ser perfeitos, pelo menos naquilo que desejamos corrigir nos outros. Por conseguinte, para darmos a luz espiritual a nossos irmãos, é mister que possuamos essa luz; para ampararmos espiritualmente irmãos enfraquecidos, devemos ser fortes espiritualmente; e para corrigirmos imperfeições nos outros, não podemos apresentar imperfeições em nossa alma. Eis que se quisermos auxiliar eficientemente nosso próximo, impõe-se que fortaleçamos nossa alma, adquirindo as qualidades espirituais que ainda não possuímos e limpando nossos corações de todas as impurezas. Então, sim, veremos claramente.


O. argueiro são os defeitos que notamos na vida dos outros, esquecidos de que temos uma trave a nos embaraçar o caminho da espiritualidade. Essa trave são os erros que cometemos e as imperfeições de nossa alma. Tirar a trave de nossos olhos é, portanto, corrigir nossos erros e extirpar nossas imperfeições. Depois de removida essa trave, poderemos ajudar nosso próximo a livrar-se do argueiro, isto é, de suas imperfeições e ensiná-lo a corrigir seus erros. Aliás, esse é o primeiro dever de todos os espíritos, quer encarnados, em qualquer plano do Universo em que se encontrem e, aqui na terra, quaisquer que sejam suas obrigações terrenas.


6 Não deis aos cães o que é santo; nem lanceis aos porcos as vossas pérolas, para que não suceda que eles lhes ponham os pés em cima e, tornando-se contra vós, vos despedacem.


No ministrar os ensinamentos divinos, há mister graduá-los de conformidade com a compreensão das criaturas, com a boa vontade delas, e com as circunstâncias do momento.


Todo o ensinamento administrado em ocasião oportuna e graduado segundo a capacidade de quem o ouve, produz resultados benéficos Ao passo que o ensinar a esmo, sem que o discípulo repare na situação e na capacidade de percepção dos ouvintes, e perder tempo e, sobretudo, arriscar-se a ser ridicularizado.


Contudo, se o discípulo fosse esperar que aparecessem circunstâncias favoráveis, o trabalho de evangelização se tornaria extremamente moroso. Ë preciso, por conseguinte, que o discípulo se esforce em criar terreno propício para a semeadura. Em primeiro lugar, preparando-se a si próprio para adquirir a autoridade moral; depois trabalhando com bom ânimo para formar ambiente onde possa lançar suas ideias.


7 Pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á.


8 Porque todo o que pede, recebe, e o que busca, acha; e a quem bate, abrir-se-á.


Nunca nos entreguemos à preguiça ou à inatividade. Jesus aqui nos recomenda o trabalho, a ação, o esforço próprio. Esforçando-nos diligentemente para melhorar nossas condições materiais e, principalmente, as espirituais, podemos pedir ao Altíssimo que nos faculte o que for necessário ao nosso progresso espiritual e material. Jesus nos lembra que nos sirvamos da prece. A prece sincera dirigida ao Altíssimo sempre encontra resposta. Ë pela prece que mostramos o íntimo de nosso coração a Deus; ele saberá prover as nossas necessidades. Deus é o Supremo Despenseiro; portanto, é a ele que devemos dirigir nossos pedidos. Contudo, é mister ter em mente que só receberemos o que for de real interesse ao progresso de nossa alma. Se, em nossa ignorância, pedirmos coisas que prejudicarão nosso aprimoramento espiritual, não as receberemos. Todavia, jamais deixaremos de receber o conforto e as consolações do plano superior.


Dizendo-nos que se buscarmos acharemos, Jesus também nos ensina a procurar as imperfeições de nossa alma. E, depois de achá-las, peçamos ao Pai que nos inspire como ficarmos livres delas.


E a quem bate, abrir-se-á. Aqui Jesus nos afirma que os planos superiores estarão sempre abertos para atender aos nossos justos pedidos, em quaisquer circunstâncias em que estejamos.


9 Ou qual de vós porventura é o homem que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra?


10 Ou porventura, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente?


11 Pois se vós outros, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus, dará bens aos que lhos pedirem?


O pai que sabe amar verdadeiramente seus filhos, atenderá, o pedido deles, na proporção justa das necessidades de cada um; não lhes dará mais, nem menos. E, sobretudo, evitará dar-lhes coisas que os poderão prejudicar, por mais que lhas peçam. Muitas vezes, o que os filhos pedem, poderá originar desastres. Então o pai previdente não lhas dá. E o que os filhos não pedem, por não saberem pedir, o pai lhes dá por saber que aquilo irá beneficiá-los.


Assim é Deus. Ele só dá a seus filhos, que somos nós todos, aquilo que realmente contribuirá para nossa felicidade futura, isto é, para nossa felicidade espiritual, sem que nos pergunte se gostamos ou se não gostamos, se queremos ou se não queremos. E recusa formal-mente tudo quanto poderá causar danos ao nosso espírito, embora lho peçamos.


Dizendo-nos Jesus, que o Pai dará bens aos que lhos pedirem, não quer ele dizer que o Pai só nos dará o de que gostamos. Os bens que o Pai nos dará são aqueles que contribuírem para nossa espiritualização e para purificação de nossa alma. Frequentemente o bem consiste numa doença; outras vezes, nas dificuldades de cada dia; e o Pai nos dará a riqueza ou a pobreza, caso um destes estados possa servir ao nosso progresso. E, assim por diante, o Pai nos dará sempre o que for útil ao aperfeiçoamento espiritual de cada um de nós, embora possa acontecer que a dádiva nos contrarie.


12 E assim tudo o que vós quereis que vos façam os homens, fazei-o também vós a eles. Porque esta é a lei e os profetas.


Dizendo-nos Jesus, que esta é a lei e os profetas, quis ele dizer-nos que este mandamento resume toda a lei divina e tudo quanto os profetas ensinaram. É a lei da causa e do efeito. A toda causa corresponde um efeito, o qual será sempre da mesma natureza da causa que o originou. Os atos maléficos dão origem a sofrimentos, para quem os cometeu. Os atos benéficos promoverão a felicidade de quem os praticou. Na assistência recíproca que nós nos devemos uns aos outros, encontraremos a recompensa para nossas boas ações e a punição para as más. Cada um comerá, segundo o que plantar: semeemos o bem e colheremos o bem; e se espalharmos o mal, teremos de arcar com as consequências. Lembremo-nos de que só seremos felizes, na proporção da felicidade que tivermos dado aos outros.


Aqui se impõe um exame de nossa situação atual, com relação a nossas existências passadas e às futuras. Se quisermos ser felizes no futuro, comecemos a fazer o bem daqui por diante. E o mal que tivermos feito em existências passadas, é a raiz de nossos sofrimentos do presente.


13 Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta e espaçoso o caminho, que guia para a perdição e muitos são os que entram por ela.


14 Que estreita é a porta e que apertado o caminho, que guia para a vida; e que poucos são os que acertam com ele!


A luta que travamos para a conquista dos bens espirituais constitui a porta estreita e o caminho apertado no fim do qual está a verdadeira vida, a Vida Eterna, livre de reencarnações dolorosas, que viveremos nos planos felizes da espiritualidade.


Os gozos terrenos são a porta larga e o caminho espaçoso, no fim do qual está o sofrimento nos planos inferiores e depois reencarnações cheias de dores e de desesperos.


E são poucos os que trabalham pelos bens espirituais. A maioria envereda pelo caminho largo das coisas da Terra.


Mantermo-nos na observância dos preceitos divinos é a porta estreita pela qual Jesus nos convida a penetrar no reino dos céus. Possuirmos a pobreza de espírito, isto é, a humildade; sermos mansos, misericordiosos, pacíficos e limpos de coração; reconciliarmo-nos com os adversários; não alimentarmos pensamentos adúlteros, honrando o sagrado instituto da família; não abrigarmos no coração sentimentos de ódio e de vingança; sermos úteis a todos, sem distinção de credos, cor e classes sociais; fazermos o bem, mesmo a inimigos e orarmos por eles; não praticarmos a caridade orgulhosa, nem elevarmos ao Senhor orações hipócritas; perdoarmos sempre; recebermos alegremente o jejum da alma, isto é, as expiações e as provas; darmos o justo valor às coisas da Terra, procurando, em primeiro lugar, amealhar as riquezas espirituais; vermos, em todas as circunstâncias o lado bom de tudo e de todos; confiarmos na Providência Divina; esforçarmo-nos por corrigir os próprios erros; livrarmo-nos de imperfeições e abandonarmos os vícios, tudo isso é nosso Dever, simbolizado por Jesus no caminho apertado e na porta estreita.


15 Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós com vestidos de ovelhas e entro são lobos roubadores.


Falsos profetas são todos aqueles que trabalham contra os ensinamentos de Jesus e procuram perpetuar na terra a ignorância espiritual. São encontrados não só no terreno religioso, como também nos vários departamentos das atividades humanas. São perigosíssimos, porque semeiam a descrença, destruindo as energias espirituais de quem os escuta.


Apresentam-se revestidos de nobres títulos do saber humano, o que faz com que a funesta ação deles se exerça amplamente. As religiões dogmáticas que procuram manter os povos na cegueira espiritual, para auferirem proveitos materiais, são verdadeiros falsos profetas. A ciência, quando nega a imortalidade da alma e a existência do mundo espiritual, matando a Esperança e arrancando a Fé dos corações, também é um falso profeta. Os escritores, que com seus livros lançam a confusão e as trevas no espírito de seus leitores, são outros tantos profetas falsos, contra os quais cumpre usar de muita cautela.


Ainda há outra categoria de falsos profetas, que atacam de preferência os médiuns e os trabalhadores espirituais. Esta categoria é constituída pelos espíritos desencarnados que se comprazem na ignorância e tudo fazem para desviar os médiuns e demais trabalhadores espirituais de seus sagrados deveres.


16 Pelos seus frutos os conhecereis. Por ventura os homens colhem uvas dos espinhos ou figos dos abrolhos?


17 Assim toda a árvore boa dá bons frutos; e a árvore má dá maus frutos.


18 Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar bons frutos.


Mantenhamos a máxima vigilância para que não sejamos vítimas dos falsos profetas. Impõe-se uma rigorosa análise das doutrinas e teorias que há no mundo. O melhor meio de analisá-la é aferi-las pelo Evangelho: tudo o que estiver em desacordo com os ensinamentos de Jesus deve ser rejeitado. Acaso poderemos colher algum fruto bom, um fruto que nos alimente durante a jornada, dessas doutrinas que semeiam a descrença e, quais espinheiros e abrolhos, sufocam a Fé e a Esperança?


19 Toda a árvore que não dá bom fruto será cortada e metida no fogo.


20 — Assim pois, pelos frutos deles os conhecereis.


São bem expressivas as figuras das quais Jesus se serve para ilustrar seus ensinamentos. As árvores somos nós; os frutos, nossas ações; o fogo é o sofrimento. Seremos conhe cidos pelos nossos frutos, isto é, seremos julgados pelas nossas obras. A árvore cortada e lançada ao fogo simboliza o sofrimento, pelo qual passam todos os que se distanciam das leis divinas, produzindo más ações, que são péssimos frutos.


21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus; mas sim o que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse entrará no reino dos céus.


22 Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não éassim que profetizamos em teu nome e em teu nome expelimos os demónios e em teu nome obramos muitos prodígios?


23 E eu então lhes direi em voz muito inteligível: Pois eu nunca vos conheci; apartai-vos de mim os que obrais a iniquidade.


Não são os rótulos religiosos que abrem as portas dos planos felizes do Universo, nem tampouco as palavras piedosas que se pronunciam, nem as óbras que se praticam, quando são o orgulho ou a hipocrisia que as ditam ou inspiram. Inimigo da hipocrisia e do orgulho, tendo combatido acerrimamente estes dois vícios da alma, principais obstáculos à perfeição, Jesus coloca na categoria de obras da iniquidade mesmo as boas obras quando praticadas sob a capa destas duas imperfeições. E a vontade do Pai é que não sejamos nem hipócritas nem orgulhosos, praticando o bem pelo bem, sem outro qualquer motivo oculto.


24 Todo aquele pois que ouve estas minhas palavras e as observa, será comparado ao homem sábio, que edificou a sua casa sobre a rocha.


25 E veio a chuva e transbordaram os rios e assopraram os ventos e combateram aquela casa e ela não caiu; porque estava fundada sobre a rocha.


A observância dos preceitos de Jesus nos dará a fortaleza moral com a qual nós nos protegeremos, quando tivermos de sofrer as provas e as expiações que merecermos. Com o espírito fortificado pelo conhecimento que possuímos das leis divinas, facilmente triunfaremos das vicissitudes terrenas e edificaremos nossas vidas em bases sólidas, que não poderão ser abaladas pelas ilusões da terra. Quem ouve a palavra de Jesus, é aquele que estuda o Evangelho; mas não basta estudar ou ouvir a palavra; é preciso observá-la, isto é, viver de conformidade com o que ouviu e aprendeu.


A fortaleza moral que sustentará nosso espírito é a força que conquistamos para lutar contra nossas imperfeições e desenvolver em nossa alma a Virtude. Não só contra nossos defeitos devemos lutar, mas também devemos reagir contra o ambiente em que vivemos, porque, por vezes, nossos familiares mais queridos se convertem em instrumentos das trevas e combatem contra nossa espiritualização e consequente elevação para Deus. Saber sobrepormo-nos a nós mesmos e dominar com mansidão evangélica a inferioridade dos que nos circundam; impedir que eles anulem nossos esforços; e trabalhar, para que eles se elevem espiritualmente, constitui a fortaleza moral.


Além do estudo contínuo do Evangelho, podemos fortificar nosso espírito pela prece, pela dedicação aos trabalhos espirituais e pela leitura dos bons livros. A prece fortifica, principalmente se feita como um ato diário, em horas determinadas; forma-se, então, em nosso recinto uma pequenina corrente espiritual, da qual receberemos benéficos fluidos, que fortificam nosso corpo e nossa alma. A dedicação aos trabalhos espirituais é outra fonte onde podemos haurir forças espirituais, que nos protegerão das tentações do mundo.


Particularmente os médiuns, os trabalhadores do Evangelho, os próprios assistentes das sessões espíritas e dos estudos evangélicos, todos se beneficiarão das horas que passarem em contato com os planos superiores, através das lições de Jesus.


A leitura dos bons livros é outro meio eficaz de fortalecer o espírito.


Assimilando os altos pensamentos dos bons escritores, nosso espírito se revigora e se aparelha para resistir aos embates da vida.


Onde não haja centros de explicações evangélicas, resta-nos o recurso da prece e das boas leituras. E ainda temos outros meios fáceis de adquirir forças espirituais: visitando os doentes, levando-lhes nosso carinho e nossa palavra amiga de estímulo e de conforto. Há os desvalidos que também reclamam nosso concurso fraterno. Tudo isso são meios muito bons de fortificar nossa alma.


Recapitulando o que lemos acima, vemos que para edificar nossa casa sobre a rocha, para que a chuva, os rios e os ventos não a derrubem, poderemos usar dos seguintes recursos: estudo e prática do Evangelho; preces; frequência a centros de cultura espiritual; dedicação aos trabalhos espirituais e mediúnicos; leitura de bons livros; visita aos doentes e amparo aos desvalidos.


26 E todo o que ouve estas minhas palavras e não as observa, será comparado ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.


27 E veio a chuva e transbordaram os rios e assopraram os ventos e combateram aquela casa e ela caiu e foi grande a sua ruína.


Um dos principais pontos onde poderemos fracassar é a não observância das lições do Evangelho, com conhecimento de causa. Uma vez que estudamos. as leis divinas, temos obrigação de viver de acordo com elas. O evangelho não é um repositório de máximas para uso dos outros apenas, mas, principalmente, para nosso próprio uso. Os que pregam e ensinam e, todavia, não vivem em harmonia com o que ensinam e pregam, estão construindo a casa sobre a areia. A fortaleza moral se consegue, sobretudo, pela prática diária dos preceitos divinos. Os médiuns que trabalham nos Centros Espíritas, pregando e doutrinando e contudo, em seus lares, em suas relações sociais, em seus costumes, não cogitam de aplicar os ensinamentos que pregam ou transmitem. aos outros, são trabalhadores fracassados, que constróem sobre areia. Neste particular, recomenda-se a máxima vigilância subre a família: uma vez que ditamos normas evangélicas para os outros, devemos zelar para que em nosso ambiente familiar estas mesmas normas sejam rigorosamente observadas.


Outros que também fracassam são aqueles que não possuem a força moral suficiente para seguirem a orientação espiritual que pediram e que receberam, mas que não veio consoante seus desejos. Todos podemos solicitar do plano superior uma orientação para bem dirigir nossas vidas aqui na terra, especialmente no que se refere à parte espiritual. Entretanto uma vez recebida a resposta, é mister que passemos a pautar nosso procedimento segundo as instruções que nossos guias espirituais nos deram.


Finalizando, podemos dizer que também constroem sobre a areia aqueles que não aceitam resignadamente as provas e as expiações que lhes couberam; e os que usam dos bens que o Senhor lhes confiou, unicamente para a satisfação de seu egoísmo.


28 E aconteceu que, tendo acabado Jesus este discurso, estava o povo admirado de sua doutrina.


29 Porque ele os ensinava como quem tinha autoridade e não como os escribas e os fariseus.


Jesus ensinava amorosamente o povo e sua doutrina ia direito aos corações de seus ouvintes, avivando-lhes a ideia inata que traziam, de um mundo de paz, de amor e de fraternidade. Despertava-lhes, assim, a esperança; reacendia-lhes a Fé e conduzia-os às práticas da Caridade. Ao passo que os escribas e os fariseus, os sacerdotes das religiões organizadas, amedrontando os humildes, sobrecarregando-os de formalidades materiais e esquecendo-se de cuidarem da parte espiritual do povo, pouca confiança mereciam. É o que sucede hoje com o Espiritismo: dia a dia ganha mais adeptos, porque, à semelhança do Mestre, trata com autoridade e mansidão de guiar as almas para Deus.



Francisco Cândido Xavier

mt 7:2
Ceifa de Luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 47
Página: 165
Francisco Cândido Xavier
“Pois com o critério com que julgardes sereis julgados; e com a medida com que tiverdes medido vos medirão também.” — JESUS (Mt 7:2)

A gentileza deve ser examinada, não apenas por chave de ajuste nas relações humanas, mas igualmente em sua função protetora para aqueles que a cultivam.

Não falamos aqui do sorriso de indiferença que paira, indefinido, na face, quando o sentimento está longe de colori-lo.

Reportamo-nos à compreensão e, consequentemente, à tolerância e ao respeito com que somos todos chamados à garantia da paz recíproca.

De quando em quando, destaquemos uma faixa de tempo para considerar quantas afeições e oportunidades preciosas temos perdido, unicamente por desatenção pequenina ou pela impaciência de um simples gesto.

Quantas horas gastas com arrependimentos tardios e quantas agressões vibratórias adquiridas à custa de nossas próprias observações, censuras, perguntas e respostas malconduzidas!…

O que fizermos a outrem, fará outrem a nós e por nós.

Reflitamos nos temas da autoproteção. A fim de nutrir-nos ou aquecer-nos, outros não se alimentam e nem se agasalham em nosso lugar e, por mais nos ame, não consegue alguém substituir-nos na medicação de que estejamos necessitados.

Nas questões da alma, igualmente, os reflexos da bondade e as respostas da simpatia hão de ser plantados por nós, se aspiramos à paz em nós.




Joanna de Ângelis

mt 7:5
Jesus e o Evangelho (Série Psicologica Joanna de Ângelis Livro 11)

Categoria: Livro Espírita
Ref: 9680
Capítulo: 12
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

Hipócritas, tirai primeiro a trave do vosso olho e depois, então, vede como podereis tirar o argueiro do olho do vosso irmão.


Mateus, 7:5


Toda vez que o indivíduo, descredenciado legalmente, procede a um julgamento caracterizado pela impiedade e pela precipitação, realiza de forma inconsciente a projeção da sombra que nele jaz, desforçando-se do conflito e da imperfeição que lhe são inerentes, submetido como se encontra à sua crueza escravizadora em tentativa de libertar-se.


A delicada questão do julgamento é dos mais complexos desafios que enfrenta a Psicologia Profunda, em razão dos inúmeros fatos que se encontram subjacentes no ato, quase sempre perverso, de medir a conduta de outrem com recursos nem sempre próprios de ética, justiça e dignidade.


Analisá-lo, é devassar o inconsciente daquele que se atribui o direito de penetrar na problemática de outrem, embora ignore várias causas difíceis de ser identificadas, porque específicas, mantendo um comportamento, por sua vez, mais danoso, mais credor de correção e censura, do que aquele que no seu próximo pretende punir.


Mediante mecanismo automático de liberação das cargas de culpa e medo retidas no inconsciente, o julgador escusa-se de desvelar as imperfeições morais que possui, facilmente identificando o mínimo reprochável noutrem, por encontrar-se atribulado por gravames iguais uns e outros muito mais perturbadores.


Estudiosos modernos das propostas neotestamentárias, examinando o texto em epígrafe sob a óptica de uma teologia mais compatível com os avanços da Psicologia Profunda, situamno entre aqueles que são denominados como os discursos da ira proferidos por Jesus, dentre os quais estão as lamentações a respeito de todos os que desconsideravam a Boa-nova, e foram chamados de ais. . . (Ai de vós, escribas e fariseus, etc.) Esses severos alertas traduzem as reações do Homem-Jesus tomado pela ira santa, aquela que reflete a Sua naturezahumana, sem qualquer laivo, no entanto, de ressentimento ou ódio, de menosprezo ou desconsideração pelos indivíduos incursos nas Suas austeras palavras. Ressaltam, isto sim, a grandeza da Sua masculinidade enérgica, que não se detinha diante dos comprometimentos pusilânimes e sofistas, irônicos e perversos, a fim de despertar-lhes as consciências adormecidas, cindindo a sombra neles predominante por intermédio da austeridade e do chamamento ao dever, ao conhecimento de si mesmos e a reflexões em torno dos seus limites, de forma que se transformassem em terapia saudável, auxiliando-os em futuros comportamentos.


Era também a maneira vigorosa para dissipar a sombra coletiva que pairava sobre todo o povo vitimado pela predominância do desconhecimento da sua realidade essencial.


Não poucas vezes Jesus foi convidado a enfrentar esses tecelões da injúria e da desdita alheia, caracterizados pela sordidez da hipocrisia sem disfarce, na qual ocultavam os seus sentimentos reais, sempre prontos para acusar, desferindo golpes impiedosos contra todos aqueles que lhes estivessem sob a injunção da observação perversa.


Hábeis na arte de dissimular as desditas interiores, especializavam-se em desvelar nos outros as torpezas morais que os infelicitavam e não tinham coragem de enfrentar.


É sempre esse o mecanismo oculto que tipifica o acusador contumaz, o justiçador dos outros, o vigia dos deslizes das demais pessoas.


Sentindo-se falidos interiormente por não poderem superar as atrações morbosas da personalidade enferma, revestem-se de puritanismo e de falsa sabedoria, facultando-se direitos que se atribuem, e tornando-se impiedosos perseguidores das criaturas sobre as quais projetam aquilo que detestam em si próprios.


Os fariseus celebrizaram-se por essa capacidade sórdida, buscando equipar-se de conhecimentos na Torá e nos demais livros sagrados, como se todas as obras de libertação humana igualmente não merecessem o direito de ser também sagradas, para melhor se imiscuírem na observação dos atos que diziam respeito ao próximo, formalistas e ríspidos, não obstante interiormente como um sepulcro, todo podridão conforme acentuou Jesus em ocasião própria.


Ainda permanece essa conduta soez em todos os segmentos da sociedade, particularmente nos grupamentos religiosos, nosquais aqueles que se sentem incapazes de crescer, por acomodação mental ou incapacidade moral, tornam-se agudos vigias dos irmãos que os ultrapassam e não merecem perdão, por estarem libertando-se da sombra que eles ainda nem sequer identificaram. . .


Detalhistas e hábeis na faculdade de confundir, esmeram-se na apresentação externa a que dão excessivo valor, porque se sentem inferiores e pecaminosos, julgando com aspereza e rancor todos quantos os superam em quaisquer valores éticos, morais, espirituais, culturais, de abnegação e beleza.


Jesus jamais os temeu por conhecer-lhes os abismos interiores, a insânia, a jactância.


Justa, portanto, a Sua ira, que se apresentava com um caráter de corajosa decisão para não permitir a ingerência de tão perniciosos fiscais que se atribuíam o direito e o dever de perturbar Lhe o Ministério que inaugurara.


Essa coragem, que não silenciava em nome da falsa humildade, a que esconde covardia ou omissão, provocava-lhes, como ainda hoje ocorre mais acendrado ódio, levando-os a acionarem armadilhas cada vez mais sutis ou afrontosas, concomitantemente arrebanhando sequazes que permaneciam a soldo da sua infâmia.


Não se repetem, ainda hoje, as mesmas condutas ardilosas e infamantes?!


O julgamento legal tem raízes nas conquistas da ética e do direito, do desenvolvimento cultural dos povos e dos homens, concedendo ao réu a oportunidade de defesa enquanto são tomadas providências hábeis para que sejam preservados os seus valores humanos, as suas conquistas de cidadão.


Essa a diferença entre a conduta da civilização em relação à barbárie, do homem vencedor da sombra em confronto com o mergulhado nela.


Examina-se a conduta infeliz de alguém que cometeu um delito, sem dúvida, mas não perdeu a qualidade de ser humano, requerendo dignidade e misericórdia, por mais hediondo haja sido o seu crime, a fim de não se lhe equipararem em rudeza e primitivismo os seus julgadores.


O julgamento, porém, que, insensato, arbitrário e contumaz, decorre da inferioridade do opositor, que apenas vê a própriaimagem projetada e odeia-a, sedento de destruição para libertarse do pesado fardo, ferindo a outrem, é covarde e cruel.


A análise do erro é sempre uma necessidade impostergável, quando não se faz realizada com perversas intenções de dominação do ego, totalmente divorciada da lei de amor e de caridade. Analisar para auxiliar, para corrigir, para educar, é valiosa contribuição para a construção do ser moral, psicológico e espiritual.


Dessa forma, é inevitável que, toda vez quando se é defrontado pelas ocorrências do cotidiano, o próprio senso crítico e de discernimento proceda a julgamento, examine a atitude, a conduta alheia, não assumindo, porém, a postura de censor, de responsável pela sociedade que pensaria estar defendendo. A sutileza se encontra na capacidade de não converter a apreciação e o exame de situação em condenação que exige castigo, mas solidariedade ou auto precaução para que não incida no mesmo equívoco.


Graças a esse comportamento, manifesta-se a maturidade do ser humano, que ora sabe entender o correto em relação ao errado, a ação dignificante em confronto com a reprochável, a comparação entre o saudável e o patológico.


Jesus, que sabia examinar sem julgar, muito menos punir, como consequência viveu sempre muito feliz.


A Sua Doutrina é todo um poema de alegria, de libertação dos conflitos, de autoiluminação e de engrandecimento a Deus manifesto em todas as coisas, desde as simples sementes e grãos pequeninos, às aves dos Céus, às redes de pescar, aos lírios do campo, ao azeite, à lâmpada, à Mãe-natureza e ao Excelso Pai, a Quem ninguém nunca viu. . .


Aquele Homem, especial pela própria grandeza e autoridade de que se fazia revestido, as quais Lhe foram concedidas pelo Pai, em todo momento exteriorizava bom humor e alegria, sem vulgaridade; severidade quando necessário, nunca, porém, hostilidade; fazia-se generoso incessantemente, jamais covarde;


amigo incomum de todos, não conivente com as suas defecções.


Sabia como desmascarar a hipocrisia e não trepidava em repreender os portadores da dissimulação mesquinha; possuidor, no entanto, do sentimento socorrista para com todos, tornava-se Psicoterapeuta incomparável.


O farisaísmo permanece nos relacionamentos humanos, com as suas várias máscaras, ferindo ou tentando dificultar a marchados homens idealistas, daqueles que estão construindo a nova sociedade para o mundo melhor do futuro.


A sombra em projeção torna-se julgamento que a sã conduta e a harmonia psicológica diluem na perfeita identificação dos valores do Self triunfando sobre os caprichos do ego.


Diante dos julgamentos direcionados pelos sentimentos servis e dos julgadores sistemáticos, considere-se, pois, com cuidado a severa advertência do Homem de Nazaré:


— Hipócritas, tirai primeiro a trave do vosso olho e depois, então, vede como podereis tirar o argueiro do olho do vosso irmão.


mt 7:7
Convites da Vida

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 47
Página: 153
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

“Se eu soubesse!. . . “Agora é tão tarde!. . . “Por um pouco!. . . “Não tive oportunidade. . . “Confesso que eram boas as minhas intenções. . . “Não recuarei, nunca! “Tudo está arruinado, agora! “Perdi, e desisto! “Só há uma saída: a morte!" Estes e muitos outros conceitos são arrolados para se justificarem fracassos e rebeldias nos empreendimentos da vida.


Expressões derrotistas e fraseologia de lamentação deplorável são apresentadas a fim de traduzir os estados d’alma, vencida, em atitude mórbida como “a lavar as mãos" ante as ocorrências que resultam dos insucessos na luta.


Na maioria das vezes, no entanto, tais cometimentos infelizes decorrem da ausência de ponderação como consequência dos engodos a que o homem se permite por ambição desmedida ou precipitação.


Paulatinamente o salutar exercício da reflexão é marginalizado e a criatura, mesmo ante a severidade das lições graves, não recua à meditação de cujo labor poderia armazenar valiosa colheita.


Antes, portanto, de agir, reflete; após atuar, reflexiona.


A reflexão ensina a entesourar incomparáveis joias de paz e incorruptíveis bens que ninguém ou nada pode tomar ou destruir.


Em qualquer circunstância, pois, reflexão! Ela te conceberá o sol da harmonia a benefício da iluminação interior, se lhe bateres à porta e aguardares que seja aberta.


mt 7:13
Florações Evangélicas

Categoria: Livro Espírita
Ref: 3315
Capítulo: 5
Página: 27
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis
Como se demoram no invólucro carnal, em que a ilusão dos sentidos predomina, têm dificuldade de agir com inteireza e crer integralmente, em regime de tranquilidade. Graças às equívocas atitudes que no consenso social lhes permitem triunfos enganosos, transferem tal comportamento, quase sempre para a fé que esposam, acreditando-se resguardados nos sentimentos íntimos. Porque produziram com acerto nas tarefas encetadas onde se encontram assumindo posições controversas, ora de leviandade, ora de siso, supõem poder prosseguir com o mesmo procedimento quando se adentram nas tarefas espíritas, que os fascinam de pronto. E porque se acostumaram à informação de que os Espíritos são invisíveis ou pertencem ao Imaginoso reino do sobrenatural, tratam- nos como se assim fosse, olvidados de que conquanto invisíveis para alguns homens, estão sempre presentes ao lado de todos, ou apesar de tidos por gênios e encantados pertencem à Criação do Nosso Pai, em incessante marcha evolutiva. Constituindo o Mundo Espiritual, já estiveram na Terra; são as almas dos homens ora vivendo a existência verdadeira. Veem, ouvem, sentem, compreendem e somente têm as diversas faculdades obnubiladas ou entorpecidas quando narcotizados pelas reminiscências do corpo somático, demorando-se em perturbação.
* * *

Estuda com sinceridade as lições espíritas para libertar-te da ignorância espiritual. Elas te facultarão largo tirocínio e invejável campo de liberdade interior, promovendo meios de ação superior que produz paz e harmonia pessoal. Dir-te-ão o que fazer, como realizar e porque produzir com eficiência. Cada Espírito é o que aprendeu, o que realizou, quanto conquistou. Não poderá oferecer recursos que não possui nem liberar-te das dores e provas que a si mesmo não se pode furtar. Se algum te inspirar ociosidade ou apoiar-te em ilício, não te equivoques: é um ser enganado que prossegue enganando. Para poupar-te o desaire mediante a constatação dolorosa neste capítulo, não transfiras para os Espíritos as tuas tarefas, não os sobrecarregues com as tuas lides. Nem exijas — pois é sandice —, nem te subordines — pois representa fascinação. Mantêm-te em respeitável conduta, em ação enobrecida e eles, os Espíritos bons e simpáticos ao teu esforço, virão em teu auxílio, envolvendo-te em inspiração segura e amparo eficaz. Rompe com a ilusão e não acredites que te sejam subalternos aos caprichos os Desencarnados, exceto os que são mais infelizes e ignorantes do que tu mesmo. Evolve e conquista para ser livre.
* * *

Jesus, antes de assomar ao lado das aflições de qualquer porte, junto a encarnados ou desencarnados, cultivou a prece e a meditação. E ao fazê-lo sempre se revestiu de respeito e piedade. No Tabor ou em Gadara a Sua nobreza se destacava na paisagem emocional dos diálogos inesquecíveis que foram mantidos. Acende, também, a luz legítima da verdade no coração e, em contato com os Espíritos ou os homens, sê leal sem afetação, franco sem rudeza e nobre sem veleidades. Os Desencarnados te conhecem e os homens te conhecerão hoje ou mais tarde, não valendo, pois, o esforço de iludir-se ou iludi-los.


“Entrai pela porta estreita (larga é a porta e espaçosa a estrada que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela). "

(Mateus, 7:13)


“Pelo simples fato de duvidar da vida futura, o homem dirige todos os seus pensamentos para a vida terrestre. Sem nenhuma certeza quanto ao porvir, dá tudo ao presente. Nenhum bem divisando mais precioso do que os da Terra, torna-se qual a criança que nada mais vê além de seus brinquedos".

(O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO, Capítulo 2º, — Item 5, parágrafo 2)


mt 7:20
Garimpo de Amor

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 2
Divaldo Pereira Franco
Joanna de Ângelis

O amor é um tesouro que mais se multiplica a medida que se reparte.


Alcança-se a plenitude terrena quando se consegue amar.


Amar, sem qualquer condicionamento ou imposição, constitui a meta que todos devem perseguir, a fim de atingir o triunfo existencial.


O amor é um diamante que, para poder brilhar, necessita ser arrancado da ganga que o envolve no seu estágio primário.


Nasce do coração no rumo da vida, expandindo-se na razão direta em que conquista espaço interno, sempre mais expressivo e irradiante.


É realização do sentimento que se liberta do egoísmo, que se transmuda em compaixão, em solidariedade, em compreensão.


Possuidor de emoções superiores, expressa o nível de evolução de cada ser, à medida que se agiganta.


Quando alguém empreende a tarefa de ser aquele que ama, ocorre uma revolução significativa no seu psiquismo, e todo ele se transforma numa chama que ilumina sem consumir-se, numa tranquilidade que não se altera.


Não poucas vezes, aquele que desperta para o amor experimenta frustração e conflito, por não ser entendido ou esperar que os resultados do seu empenho sejam imediatos e logo a plantação de ternura seja abençoada pelas flores perfumadas da recompensa.


Trata-se, essa reflexão incorreta, de algum remanescente ainda egoístico em torno de equivocado conceito sobre o amor.


É muito gratificante acompanhar o desenvolvimento de qualquer empresa, observando os resultados que apresenta, os frutos que produz, as gratificações que oferece.


No entanto, não é essa a resposta do empreendimento afetivo.


Não estando as criaturas acostumadas ao amor, mas sim à convivência com as utopias, os interesses mesquinhos e competitivos, quando o defrontam, afligem-se, desconfiam, reagem negativamente, recusam-no. É perfeitamente natural essa conduta, porque defluente do desconhecimento dos inexcedíveis benefícios do amor.


Tudo quanto é inusitado inspira suspeição. Porque alguém não se sente em condições de amar, não acredita que outrem se encontre nesse patamar do sentimento elevado.


O amor, porém, que insiste e persevera, termina por vencer quaisquer resistências, porque não se impõe, não gera perturbação, não toma, somente oferece.


O amor torna o ser compreensivo e dedicado, emulando-o a prosseguir na sementeira da bondade, do bem-estar próprio e geral. O amor é sempre mais enriquecedor para quem o cultiva e esparze-o do que para os demais.


O amor apresenta-se em variados matizes, que são resultados das diversas facetas da mesma gema, refletindo a luz em tonalidades especiais, conforme o ângulo de sua captação.


Expressa-se num misto de ternura e de companheirismo, de interesse pelo êxito do outro e de compreensão das suas dificuldades, de alegria pelas suas conquistas e de compaixão pelos seus desaires, de generosidade que se doa e de cooperação que ajuda.


Mesmo quando não aceito, não se entristece nem descamba em reações psicológicas de autopiedade, preservando-se do luxo de manter ressentimento, ou de propor o afastamento de quem o não recebe.


Pelo contrário, continua na sua tarefa missionária de enriquecer, às vezes desaparecendo da presença para permanecer em vibrações de doçura e de paz, sustentando o opositor e diluindo-lhe as impressões perturbadoras.


Deve ser enunciado ou pode manter-se em silêncio, a depender das circunstâncias, das ocorrências, dos fenômenos que se derivam dos relacionamentos.


O importante é que se transforme em ação paciente e protetora, sem asfixiar nem dominar a quem quer que seja.


Nunca desfalece, quando autêntico, embora haja momentos em que a sua luz bruxuleia um pouco, necessitando do combustível da oração que o fortalece, por vincular a criatura ao seu Criador, de Quem promana como inefável recurso de plenitude.


Quando os relacionamentos humanos experimentarem o estímulo do amor, os famigerados adversários da sociedade - guerras, calamidades, fome, violência, vícios - desaparecerão naturalmente, porque desnecessários entre os seres, em razão de os seus conflitos, agora atenuados, não mais buscarem esses mecanismos infelizes de sobrevivência, de exaltação do ego ou de dominação arbitrária do seu próximo.


O amor tudo pode e tudo vence. Não se afadigando mediante a pressa, estende-se ao longo do tempo como hálito de vida que a mantém e brisa cariciosa que a beneficia.


Onde se apresenta o amor, os espectros do ódio, do ciúme, da cizânia, da maledicência, da perversidade, da traição, do orgulho se diluem, cedendolhe o espaço para a fraternidade, a confiança irrestrita, a união, a estimulação, a bondade, a fidelidade, a simplicidade de coração.


O amor é um tesouro que mais se multiplica, à medida que se reparte, jamais desaparecendo, porque a sua força reside na sua própria constituição, que é de origem divina.


Nada obstante, o amor não conive, não se amolenta, não serve de capacho para facultar a ascensão dos fracos aos estágios superiores, nem se submete ante a exploração dos perversos e dos astutos.


É alimento do Espírito e irradiação do magnetismo universal.


Enquanto se deseja ser amado, embora não amando, ser compreendido, apesar de não ser compreensivo, não se atinge a meta do desenvolvimento espiritual. Nesse ser, que assim age, permanece a infância psicológica que deseja auferir sem dar, desfrutar sem oferecer.


O amor compraz-se na reciprocidade, porém, não a torna indispensável, porque existe com a finalidade exclusiva de tornar feliz aquele que o cultiva, enriquecendo aqueloutro a quem se dirige.


Em razão disso, é rico de valores, multiplicando-se incessantemente e oferecendo apoio, plenificação e paz a quem o oferta e a quem o recebe, mesmo quando ignorando-o, por indiferença ou desequilíbrio.


Afinal, sendo de essência divina, nunca será demasiado repetir-se que o amor é a emanação da Vida, é a alma de Deus.



Simonetti, Richard

mt 7:6
Setenta Vezes Sete

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 1
Simonetti, Richard
Simonetti, Richard

Hipérbole é uma expressão exagerada, que engrandece ou diminui a realidade.


Jesus a usou, frequentemente, em frases famosas:

• Mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus (Marcos, 10:25);


• Se a tua mão é motivo de escândalo, corta-a.


Melhor é entrares na Vida aleijado do que, tendo as duas mãos, ires para o inferno (Marcos, 9:43);


• Virão os anjos e separarão os maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha de fogo, onde haverá pranto e ranger de dentes (Mateus, 13:49-50);


• A qualquer que tiver, lhe será dado, e a qualquer que não tiver, até o que parece ter lhe será tirado (Lucas, 8:18);


• Não deis aos cães o que é santo, nem lanceis as vossas pérolas aos porcos, para que não suceda que as pisem e, voltando-se contra vós, vos dilacerem (Mateus, 7:6).


O objetivo era chamar a atenção e fixar o ensinamento, em determinado contexto.


Tal a expressão "não sete vezes, mas setenta vezes sete ", com que o mestre respondeu a Simão Pedro, quando lhe perguntou quantas vezes deveria perdoar seu irmão (Mateus, 18:22).


O mestre enfatizava que não construiremos nada de bom na sociedade terrestre, enquanto não aprendermos a relevar o próximo, em seus deslizes.


.

Quando o fazemos, incondicionalmente, tantas vezes quantas nos perturbe nosso irmão, conservaremos, a própria integridade, evitando atritos e desgastes que nos perturbam; isso quando não desembocam em ações intempestivas, que complicam a jornada humana.


Penso, também, nos benefícios do perdão, que se exprime na tolerância, como instrumento altamente eficaz para o alargamento de nossos horizontes.


Um exemplo, leitor amigo: Se você perdoar, até o ilimitado sugerido pela expressão evangélica, os deslizes deste escriba, na apreciação deste livro...


Se sustentar o interesse, até a última página, algo acrescentará, espero, aos seus conhecimentos sobre a vida de Jesus.


De quebra, exercitará inestimável virtude evangélica: A persistência!


* * *

Estabeleço continuidade, aqui, aos comentários em torno da vida de Jesus, desdobrados em quatro obras anteriores: "Paz na Terra", do nascimento ao início de seu apostolado. "Levanta-te!",primeiro ano. "Tua Fé te Salvou!", segundo ano. "Não Peques Mais!", parte do terceiro ano.


Notará, o leitor que me acompanha, o empenho em estabelecer uma cronologia, desde as circunstâncias que marcaram o nascimento de Jesus.


Não obstante, embora tenhamos uma história desdobrada em vários volumes, cada um deles encerra seus próprios enfoques, relacionados com determinado período da epopeia evangélica.


Neste livro acompanhamos as últimas ações de Jesus, antes do Drama do Calvário, que pretendo comentar no próximo e derradeiro volume desta série.


A ideia, como tenho ressaltado, é oferecer ao leitor uma reflexão em torno dos principais episódios, acompanhando a trajetória do Celeste Mensageiro.


E o primeiro passo, em favor da vivência cristã, no trânsito glorioso para uma existência mais feliz e produtiva.


Bauru SP, junho de 2002.



Grupo Emmanuel

mt 7:6
Luz Imperecível

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 68
Grupo Emmanuel

Mt 12:49


E, estendendo a sua mão para os seus discípulos, disse: Eis aqui minha mãe e meus irmãos;


E, ESTENDENDO A SUA MÃO - Um gesto. Como em tudo no Evangelho, guarda uma lição. O estendendo a mão para os discípulos revela o interesse do Mestre pelos alunos. Chama a atenção não tanto para eles, mas para a sua condição de discípulos, de aprendizes, o que só poderemos ser se tivermos humildade, reconhecermos a própria ignorância e nos dispusermos a aprender.


Jesus sempre está estendendo a sua mão. Busca corresponder ao nosso empenho. Se alguém não nos estende as mãos, como prosseguiremos no caminho? Repetimos: a colaboração é uma constante.


O maior ajudando ao menor. O mais evoluído auxiliando o menos evoluído.


Cooperando, mais nos desenvolvemos.


A mão é um dos mais significativos instrumentos operacionais que contamos para palmilhar o roteiro evolutivo.


Em seu gesto de estender a sua mão o Mestre abre ao entendimento do discípulo condições para refletir quanto aos elementos de que pode dispor na ação de crescer e prosseguir à frente. Tais recursos se ampliam e se sublimam na medida que se direcionem aos carentes posicionados de forma receptiva ao atendimento, e, em grande número empenhados em terem valorizados os seus potenciais, no grande concerto das oportunidades que apontam a marcha do progresso.


PARA SEUS DISCÍPULOS, - No caso, Jesus estendia a mão para os discípulos. Para o que temos estendido as mãos? Qual tem sido o objeto das nossas aspirações? Qual tem sido a finalidade de nossas existências?


Discípulo sugere alguém em plano de sintonia com a fonte irradiadora. A extensão da misericórdia está constantemente a irradiar sustentação e direcionamento de trabalho. A percepção dessa mão que se dirige para nós será o piso de segurança e reconforto, ante os desafios da existência. No entanto, sua identificação está em relação direta com disposição de servir, de cooperar.


Imperioso direcionar os valores que detemos para além do circuito menos feliz do egocentrismo, sabendo discernir a natureza do recurso e a predisposição de quem se posiciona ante nossas possibilidades de cooperar, a fim de que não venhamos, ante a manifestação espontânea da emoção ou do sentimentalismo, incorrer em lapsos que possam implicar em dar coisas santas aos cães ou pérolas aos porcos (MT 7 e 6) .


DISSE: EIS AQUI MINHA MÃE E MEUS IRMÃOS: - O Senhor não se restringiu ao gesto. Falou também e de modo claro e objetivo.


Temos uma família terrena, carnal e outra espiritual, que existe e se multiplica, estejamos encarnados ou desencarnados. Deus é Pai. Somos irmãos uns dos outros. Precisamos caminhar para a plena conscientização deste fato. E essa família espiritual e universal irá se afirmando pela sintonia, pela afinidade que se estabelece entre os seus participantes.


A proposição de Jesus dá a entender, também, que, quantos se esforçam no sentido de serem seus discípulos sinceros são por Ele valorizados, têm a sua dedicação reconhecida, a ponto de serem comparados à sua mãe e seus irmãos. Nisso não há desprezo, mas reconhecimento puro e simples de uma verdade. Nada de privilégios, de acepção de pessoas. Nada de injustiças. Mesmo porque as ligações terrenas são transitórias, permanecendo as espirituais, dentro da qualificação de filhos de Deus, de irmãos uns dos outros. Quando oramos Pai Nosso, nossa família se dilata, ultrapassando as fronteiras, as limitações do próprio lar.



Honório Onofre de Abreu

mt 7:6
As Chaves do Reino

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 2
Wagner Gomes da Paixão
Honório Onofre de Abreu

Quando, por efeito das experiências primevas, na infância da humanidade, ocorreram as primeiras noções de justiça, as Tábuas da Lei formalizaram, de modo universalista, os princípios que passariam a reger o mundo íntimo das criaturas e suas relações sociais. Expressivo passo em favor do progresso inteligente dos seres nessa fase, que culminaria nas pregações de João, o Batista, símbolo da plena observância da Lei. Daí a referência de Jesus a ele, quando diz que "entre os que de mulher têm nascido, não apareceu alguém maior do que João Batista" (MT 11:11; LC 7:28). Quer dizer, dos que conquistaram mérito por efeito dos labores pelas reencarnações regidas pela Lei de Causa e Efeito, João se destacava. Encontraremos assim, a figura do "servo", aquele que, por resultante de regras rígidas e ameaçadoras, cumpre o seu dever, embora sem consciência do significado moral dessas experiências: "Já vos não chamarei servos porque o servo não sabe o que faz o seu senhor" (JO 15:15).


Alargando o potencial de suas percepções através das vidas sucessivas que guardam a expressão simbólica de um arado a tornar maleável e fecunda a terra psíquica das criaturas, passível de muita produção avulta o entendimento das almas, quando alcançam a relativa maturidade de suas faculdades inteligentes, permitindo-lhes sentir a vida em novos prismas, tanto quanto libertar suas antigas concepções acerca de Deus e do Universo das antigas "amarras" dogmáticas e sistêmicas, segundo culturas e imposições então ultrapassadas, sem utilidade prática, graças à ampliação da compreensão íntima dos seres (evolução da ideia religiosa, qualificação da leitura pessoal da vida e de seus objetivos).


Como o planeta torna-se, de modo globalizado, um território de expiações e provas a partir daquela fase do Decálogo, vamos perceber que, com o aporte daquele contingente oriundo de Capela, na constelação de Cocheiro (vinda dos Espíritos degredados de outro orbe para a Terra), estabelece-se a diversidade de caracteres morais, o que se deve considerar para bom entendimento de como se processa a referida "maturidade" psíquica, que não é um fenômeno geral, porém de viva influência sobre o todo. É que, com os capelinos situados aqui, surgem os viciados, os inconformados, os violadores das leis, de modo que, além dos simples, simbolizados nas lições do Evangelho por "cachorrinhos" ("Mas Jesus disse-lhe: Deixa primeiro saciar os filhos; porque não convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos" - MC 7:27), existem também os "porcos": "[... ] nem deiteis aos porcos as vossas pérolas; não aconteça que as pisem com os pés, e, voltando-se, vos despedacem" (MT 7:6).


Assim, em meio a Espíritos simples, sem muitas aquisições intelectuais e morais (expressão dos autóctones, aborígines), e outros já comprometidos com a Lei (contingente oriundo de Capela), muitos se capacitaram e se emanciparam dessa condição de "servo" por dever e por temor (circuito mental mais fechado, quando se aprende, de fora para dentro, na base dos impactos), passando à condição de "filhos" e, por esse motivo, "herdeiros" do Grande Pai (abertura psíquica para temas morais e éticos, quando se estabelecem novos padrões de interpretação e vivência).


No entanto, se o despertamento mental autoriza o reconhecimento de Deus por Criador e Pai, somente a partir da real entrega de si mesmo à vontade do Supremo Senhor é que ocorre a graduação para a condição de "servidor". É que, mesmo alcançando a concepção mais ampliada de filho de Deus, a criatura pode mostrar-se refém dos mesmos interesses pessoais que o dominavam anteriormente, por imposição do egoísmo (efeitos dos condicionamentos adquiridos no tempo e que operam a indução à rotina): "Porque não faço o bem que quero, mas o mal que não quero esse faço" (Romanos 7:19). Observamos isso de modo claro e bem explícito na "Parábola do filho pródigo", quando o filho, aparentemente leal ao pai, reclama seus direitos, ao perceber a generosidade do genitor com o filho desertor, que retorna: "Mas respondendo ele, disse ao pai: Eis que te sirvo há tantos anos, sem nunca transgredir o teu mandamento, e nunca me deste um cabrito para alegrar-me com os meus amigos" (LC 15:29).


Assim, o amor tende a qualificar-se na sabedoria, pois o discernimento como expressão do bom senso, é evidente depuração do sentimento maior.


Identificam-se, portanto, o "servo", como produto do domínio da Lei de Justiça (seu trabalho é realizado pela imposição, de fora para dentro, pelo temor); o "filho", como fruto da consciência da Lei de Amor vigente na Criação (surge geralmente pelo mecanismo da saturação, quando a individualidade, já exausta da escravização conceitual e de mera sobrevivência, começa a questionar, a cotejar informações, a deduzir logicamente e a sentir a amplitude da vida com seus movimentos evolutivos); e o "servidor", por expressão da consciência cósmica, então proposta essencial da Verdade revelada pelo Consolador Prometido por Jesus, quando se insere, pela adesão do sentimento, às propostas mais generosas e sábias do contexto em que se move, raiando pela desativação da resistência e da má vontade conectando, com isso, a moral evangélica, que é a expressão mais pura da Lei.


mt 7:12
O Evangelho por Dentro

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 10
Wagner Gomes da Paixão
Honório Onofre de Abreu

MT 7:12


ASSIM, TUDO QUANTO QUEREIS QUE OS HOMENS VOS FAÇAM, ASSIM TAMBÉM FAZEI VÓS A ELES, POIS ESTA É A LEI E OS PROFETAS.

ASSIM, TUDO QUANTO QUEREIS QUE OS HOMENS VOS FAÇAM, - No estudo da Lei de Conservação (O Livro dos Espíritos, parte terceira, Capítulo 5) alcançamos a visão clara e determinante que nos estimula a transcender o egoísmo de que ainda nos revestimos ante a vida social.


É natural o CULTO DE SI MESMO nas idades primárias do Espírito, pois DEUS NOS DEU A NECESSIDADE DE VIVER e A VIDA É NECESSÁRIA AO APERFEIÇOAMENTO DOS SERES, conforme declaração dos Espíritos superiores a Allan Kardec, na referência doutrinária acima citada.


Desse modo, sentir-se, nas fases de formação elementar da consciência, o CENTRO DO UNIVERSO, significa para os que nos governam a evolução de Mais Alto, impulso ao progresso. E foi por compreender essa dinâmica providencial do Criador e Pai que o apóstolo Paulo ensinou: PORQUE A LEI OPERA A IRA [AÇÃO DA LEI DE CAUSA E EFEITO]; PORQUE ONDE NÃO HÁ LEI TAMBÉM NÃO HÁ TRANSGRESSÃO (Rm 4:15) . Ou seja, quando não se conhece a Lei o que se faz é lei.


A primitividade se constitui do despertamento elementar da mente, que, por efeito de necessidades existenciais e instintivas, se ilustra no tempo para avançar no domínio das questões mais subjetivas, relativas à moral (REGRA DE BEM PROCEDER - O Livro dos Espíritos, questão 629).


Em mundos como a Terra (O Evangelho segundo o Espiritismo, Capítulo 3, itens 3 a 7), a primitividade foi vencida e a Humanidade passou a emancipar-se para a fase de expiações e provas, quando as TÁBUAS DA LEI, pelas mãos de Moisés, foram apresentadas ao mundo, como síntese da Lei de Justiça, já depreendida pelos povos da Antiguidade.


Todas essas considerações nos auxiliam a entender que a recomendação do senhor AMARÁS O TEU PRÓXIMO COMO A TI MESMO (Mt 22:39) é o supremo objetivo de todos nós no processo evolucional, mas contém o imperativo primacial do AMAR A SI MESMO, significando a síntese dos labores existenciais da primitividade, sob os dispositivos da Lei de Conservação (O Livro dos Espíritos, parte terceira, Capítulo 5), sem cujos ditames não teríamos ciência e nem consciência de nós próprios, da nossa individualidade e de nossa imortalidade, para então dilatar esse amor e refletir a luz do excelso Pai.


Com base na fecunda referência TUDO QUANTO QUEREIS QUE OS HOMENS VOS FAÇAM, temos o caminho da caridade: se esperamos para nós, é isso que deve ser oferecido aos outros!


ASSIM TAMBÉM FAZEI VÓS A ELES, - A fixação dos valores de vida, tão ansiados pelos homens, somente se dá pelo exercício da fraternidade, quando, ainda imperfeitos e sem domínio das circunstâncias ou mesmo do objeto de seus desejos, há evidente esforço por IMPROVISAR e oferecer aos semelhantes o que já se concebe por dádiva do talento espiritual.


DEUS NÃO DÁ O ESPÍRITO COM LIMITAÇÃO (Jo 3:34) e a obra do progresso obedece à Lei de sociedade (O Livro dos Espíritos, questões 766:774), quando ocorre uma espécie de COMPENSAÇÃO intelecto-moral, facilitando a dinâmica expressão da Verdade Divina, por efeito da interação entre encarnados e desencarnados vinculados ao grupamento (Pensamento e Vida, Capítulos 1, 12:18).


Em face de semelhantes verdades universais, o TAMBÉM FAZEI VÓS A ELES representa a chancela moral que altera padrões vibracionais da alma, elevando os seres à categoria de FILHOS do Pai Altíssimo (O Evangelho segundo o Espiritismo, Capítulo 15, itens 2:3).


E como todo aprendizado e toda experimentação estão submetidos à cadeia interdependente da Criação, em suas escalas infinitas, Jesus, nosso Guia e Modelo (O Livro dos Espíritos, questão 625) é a suprema referência que possuímos para romper limitações e personalismo (Jo 15:1-17).


POIS ESTA É A LEI E OS PROFETAS. - Toda fecundação espiritual recebida na Antiguidade, de Melquisedeque a João Batista, teve por objetivo a preparação do caminho do senhor: VOZ QUE CLAMA NO DESERTO: PREPARAI O CAMINHO DO SENHOR, TORNAI RETAS SUAS SENDAS (Mt 3:3), pois DEUS USA O TEMPO E NÃO A VIOLÊNCIA, na justa conceituação do Espírito irmão X (Estante da Vida, Capítulo 25).


Revelando a Lei de Amor que a todos os convertidos ISENTA DA LEI (Gl 4:4-5), Jesus sintetiza a obra da Luz, revela Deus aos homens e é tutor de nossas esperanças pela redenção (Jo 1:18; Hb 1:1-2).


mt 7:17
Religião Cósmica

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 27
Wagner Gomes da Paixão
Honório Onofre de Abreu
(Provérbios 9:10, MT 7:17-18, MT 7:1 Coríntios 8:1, JO 13:34, Romanos 14:13, Tiago 1:5)

"A Sabedoria é o princípio da genuína consciência. Toda incursão vivencial do indivíduo opera o seu desbravamento interior. Essa chancela emocional, imprescindível para converter ciência especulativa e de mera incursão no Cosmos em domínio científico, padrão consciencial para regimento da vida íntima, se constitui dos valores oriundos da interação criatura e Criador, fazendo surgir os universos que enxameiam de possibilidades e valores os domínios sagrados e essenciais da Mente Divina. Na Terra, a dicotomia bem-mal ainda esgota a fúria dos que se iniciam nas mais elementares percepções da Criação insondável, mas será esse esgotamento mental que implantará efetivamente a era da consciência, com os valores da responsabilidade por margens vigorosas de condução das potências psíquicas de seus habitantes. A uniformização conceitual não mais será o regimen de todos, porque os caminhos, por processos realizadores intrínsecos, são tão diversos quanto diversos são os mundos da Amplidão. A regência cósmica é a do Amor, e esse Amor, mesmo relativo, é o espírito santo que emula toda e qualquer ação que o represente, por inestancável fonte da Imortalidade no Eterno Criador. A Sabedoria, assim, será, invariavelmente, a interpretação essencial da força desse Amor que se estampa em tudo, em variantes imensuráveis, até a suprema comunhão no Divino... ".


Quando pugnamos aí no mundo por uma ética que regule os atos e os movimentos inteligentes de um indivíduo, trabalhamos por uma consciência desperta que assegure visão de conjunto, que seja capaz de harmonizar os interesses coletivos e não se cristalize ou apenas atenda ao interesse pessoal, que é o grande flagelo humano, porque filho dileto do egoísmo. Quanto mais se avança em espiritualidade, mais se apercebe que "forma" nada é, pois o que rege as manifestações dos Seres é o que assinala, em suas almas, os compromissos cármicos ou as aberturas de vida interior, consciencial. Os sacrifícios levados a efeito por alguém que não pensa e não considera apenas e exclusivamente os seus interesses imediatos são lauréis mentais, pois guardam a força vivencial que, habitualmente, apenas se dá a conhecer pelo coração que se lhe submete, em esforço silencioso, doloroso, mas bendito e marcadamente potencial. São os testemunhos de foro íntimo, capazes de guindar uma criatura a condições vibracionais inimagináveis.


No mundo terreno, onde o domínio das massas ainda é expressão obsessiva de líderes encarnados e desencarnados e política de Estado com seus vínculos corporativistas - embora tudo isso funcione por manifestação das expiações individuais e coletivas, com algumas aberturas que já sinalizam novos tempos morais para quem fez por merecer –, observamos os censores oficiais ou voluntários, buscando, conceitualmente e pelos modelos de conduta exigidos, a uniformização de todos. A própria violência, que só existe em razão dos medos, das fobias, nascidos dos complexos de culpa, impõe o jugo que restringe liberdades e sonhos, escravizando mentes e corações para que se saturem e venha o amadurecimento moral, se as revoltas e inconformações não os desviarem dessa "depuração" imposta e definida na Terra pelas escolhas pessoais de cada elemento que por ela se resgata interiormente. Trata-se de um "sistema" resultante da sintonia de grupos, que se efetiva por afinidades consolidadas em escolhas voluntárias, nunca impostas, pois o Criador e Pai jamais estabeleceu esse ou aquele caminho formal para seus filhos, que foram criados por Amor e são embalados por seu eterno Amor.


Sócrates define Sabedoria como a capacidade vivencial de interpretar a verdade do Amor de Deus, em sua expressão inapagável pelo Universo sem fim. Pessoalmente, nunca havia cogitado semelhante conceito, mas ele me sugere as mais inspiradoras emoções e os mais elevados pensamentos. E, quando observo a inquietação comportamental de encarnados e desencarnados no planeta Terra, compreendo o que o Sábio da Espiritualidade quis nos mostrar... Recordei-me incontinenti de Jesus ao afirmar: "Uma árvore boa não produz maus frutos, e uma árvore má não produz frutos bons... ". A grande questão nas relações interpessoais que geralmente denotam o "interesse exclusivo" será identificar se o outro coração opera em pureza de intenções, mesmo que suas manifestações comportamentais não consigam revelar essa pureza, já que existem reservas pessoais oriundas do instinto de conservação. Há pessoas que não conseguem verbalizar intelectualmente o que sentem, mas sentem e vibram. Não podemos julgar, considerando isso, pelos bloqueios e limites verbais de ninguém, mas é possível buscar sentir, por trás da confusão conceitual ou verbal, a vibração daquela alma, pois, evolutindo para a compreensão dessa universalidade da obra criadora, haveremos de respeitar e considerar o modus operandi dos semelhantes, concedendolhes, por amor, a oportunidade de serem e fazerem o que lhes apraz, em Deus!



Martins Peralva

mt 7:7
Estudando o Evangelho

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Página: 147
Martins Peralva
Mas eu vos digo a verdade: Convém a vós outros que eu vá, porque, se eu não for, o Consolador não virá para vós; se, porém, eu for, eu o enviarei.
Tenho ainda muito que vos dizer; mas vós não o podeis suportar agora;
quando vier, porém, o Espírito da Verdade, ele vos guiará a toda a verdade.

JESUS.


As palavras de Jesus não passarão, porque serão verdadeiras em todos os tempos. Será eterno o seu código moral, porque consagra as condições do bem que conduz o homem ao seu destino eterno.

ALLAN KARDEC.


A passagem de Jesus pela Terra, os seus ensinamentos e exemplos deixaram traços indeléveis, e a sua influéncia se estenderá pelos séculos vindouros. Ainda hoje Ele preside aos destinos do globo em que viveu, amou, sofreu.

LEON DENIS.


Irradiemos os recursos do amor, através de quantos nos cruzam a senda, para que a nossa atitude se converta em testemunho do Cristo, distribuindo com os outros consolação e esperança, serenidade e fé.

BEZERRA DE MENEZES.


O Espiritismo, sem Evangelho, pode alcançar as melhores expressões de nobreza, mas não passará de atividade destinada a modificar-se ou desaparecer, como todos os elementos transitórios do mundo.

EMMANUEL.


Para cooperar com o Cristo, é imprescindível sintonizar a estação de nossa vida com o seu Evangelho Redentor.

ANDRÉ LUIZ.


André Luiz Emmanuel

mt 7:7
Busca e Acharás

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
André Luiz Emmanuel

Leitor amigo:

Há quem indague porque não nos empenharmos no levantamento de arquivos para documentários históricos; ou porque não nos devotarmos especificamente à formação de livros contendo mais amplos informes sobre a vida no Além.

Entretanto, juntamente dos companheiros que formulam semelhantes perguntas, a quase totalidade dos amigos que se interessam por nossas manifestações, solicitam respostas aos problemas da atualidade terrestre.


E os temas se alinham, inquietantes:

Os conflitos do lar.

Os esquemas da família, diante da reencarnação.

Os parentes difíceis.

Os desajustes psicológicos.

As questões afetivas.

As desvinculações.

Os processos de obsessão.

As provas em grupo.

A sede de paz íntima.

A educação para o lazer.

A solidão espiritual.

O suicídio.

O desânimo.

O tédio.

A fuga.

O alastramento da angústia.

O abuso dos medicamentos de apoio.

Os imperativos de adaptação ao concurso da máquina.

As queixas em matéria religiosa.

A renovação da fé.

As pesquisas da ciência.

As ilusões do materialismo.

Os enigmas do sofrimento.

O destino e o livre arbítrio.

Os desafios da morte.

E já que a criatura humana instintivamente sabe que a existência prossegue, além da desencarnação, somos convidados ao diálogo, diante do qual não nos seria lícita a omissão.


Este livro não tem pretensões de elucidário, mas é feito com pedaços da amizade que nos impulsionou a escrevê-lo.

As páginas que reunimos são parcelas de conversações íntimas com os irmãos que desejam valorizar a vida e aproveitar as vantagens do tempo.

Pequenos textos de apoio fraterno e considerações ligeiras aqui se aliam em nossa modesta cooperação no intercâmbio espiritual.


Ensinou-nos Jesus: “busca e acharás”. (Mt 7:7)

Procuremos os recursos e as bênçãos de que nos sintamos necessitados, aprendendo a prestigiá-los e assimilá-los, sem abuso, quando o Senhor no-los coloque nas mãos.


Assinalando as presentes anotações, se as nossas páginas conseguirem colaborar para o bem, nesse ou naquele grupo de companheiros, agradecemos a oportunidade de trabalhar, ao mesmo tempo que rendemos graças a Deus.



Uberaba, 21 de Fevereiro de 1976.



Francisco Cândido Xavier e Clementino Alencar

mt 7:7
Notáveis Reportagens com Chico Xavier

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 14
Francisco Cândido Xavier e Clementino Alencar

“Para o estado atual do Brasil não se enquadra outro regime fora da democracia liberal!”


PEDRO LEOPOLDO, 14 (Especial para O GLOBO por Clementino de Alencar) — Numa das nossas últimas correspondências de abril, fizemos referência vaga a um “”, num certo ponto deste nosso inquérito sobre o qual não desejamos, ou melhor, não podíamos ainda falar.

Esse “segredo” era apenas, no momento, uma intenção da reportagem: uma prova a que desejávamos chegar de improviso.

Por isso, daquela vez, ao pé da referência ao segredo, escrevíamos: “Calemos por enquanto”.

Sucedeu, porém, que motivos imperiosos nos afastaram, por alguns dias, de Pedro Leopoldo, e assim, também por alguns dias mais devíamos calar.

Agora, de volta ao campo de nossas observações, conseguimos atingir enfim o ponto almejado.

O “segredo” não tem mais razão de ser. Já não há o que calar. A reportagem volta a trilhar uma estrada sensacional e surpreendente.


O jornalista e o mistério


Tudo o que passaremos a expor poderá parecer nada — empregando o “natural” com o sentido de exprimir o “que segue a ordem regular dos fatos” — aos adeptos e iniciados na doutrina; mas não aqueles que ainda encaram com dúvidas o dogma da comunicação com o Além. E foi por isso que usamos acima a imagem da “estrada sensacional e surpreendente”.

Agora, trilhemo-la.

A intenção


Desde que entráramos em contato com o médium de Pedro Leopoldo e entráramos na apreciação de seu vasto arquivo de mensagens atribuídas a escritores, pensadores e poetas mortos, uma intenção se fora sorrateiramente insinuando no ânimo do jornalista: a ideia de participar também dessas comunicações sensacionais, não simplesmente como um observador, mas com um gesto mais decidido de indagação e de pesquisa. Se nós vivemos a levantar, diante dos “vivos” — tão imperfeitos, frágeis e defeituosos — as nossas perguntas que poderão parecer impertinentes, mas pelas quais costumam falar e indagar as ansiedades, os desejos, as desconfianças das coletividades, seria acaso demais que nos lembrássemos de levar também — a esse mundo de lá dos “Planos intangíveis”, de onde ainda nos chegam o canto dos poetas e a advertência dos pensadores — as indagações das nossas incertezas e ansiedades?

Pareceu-nos que não seria demais esse apelo às luzes do Além. E firmou-se em nós a intenção. Dir-se-ia que o hábito da entrevista, como um “tic” irremediável da profissão, ressurgia mesmo ali, diante do grande enigma sobre o qual se escancaravam nossos olhos humanos. A intenção, através do processo cerebral inevitável, concretizou-se na vontade. E as perguntas ficaram armadas sob a expectativa muda dos nossos lábios.


Precipitam-se os acontecimentos


Foi ontem à noite. Reencontramos, à mesa do Hotel Diniz, o Sr. Washington Floriano de Albuquerque, promotor público da comarca, e .

O distinto magistrado, bela mentalidade aberta a todos os estudos e pesquisas, acompanha-nos mais uma vez numa palestra em torno do caso Chico Xavier. Findo o jantar, saímos juntos, sustentando ainda a palestra.

O repórter, a certa altura, comunica-lhe sua intenção, ou melhor, já agora sua vontade.

O espírito de observação e pesquisa do magistrado e do estudioso deixa-se seduzir pela ideia de uma consulta aos “amigos do Espaço”. E resolvemos procurar José Cândido para sabermos a viabilidade de uma consulta daquela ordem.


A dificuldade


Encontramos, na sua humildade de trabalhador, o mesmo José Cândido, amável e acolhedor de sempre. Enquanto ali encetamos com ele a palestra, chega Chico Xavier, trazido por imprevista circunstância. O médium acaba de despedir-se de algumas visitas que recebera, ao anoitecer, vindas de Belo Horizonte. Vinha provavelmente comunicar o fato ao irmão [v. ]. Dando conosco, entra na conversa. E foi então que expusemos a nossa intenção de consulta ao José Cândido: não uma dessas chamadas “consultas médicas”, mas uma indagação qualquer apanhada no ambiente. Não nos é feita restrição quanto à viabilidade. Unicamente, diz-nos José Cândido, aquilo só poderia ter lugar na quarta-feira, o único dia agora reservado às sessões e assim fixado por determinação dos próprios Espíritos-protetores do médium.

Um motivo, porém, nos leva à ligeira resistência. Talvez o Sr. Washington Floriano não possa ficar aqui até quarta-feira próxima. Mas isso não demove José Cândido. As sessões só poderão ter lugar nas quartas-feiras. Os “amigos do Espaço” não podem ser desobedecidos.


A amável possibilidade


Enquanto assim falávamos, Chico Xavier, do outro lado da mesa, silenciava; e havia uma expressão vagamente triste no seu rosto. Num relance vem ao repórter a impressão nítida de que aquela alma boa, sensível e humilde se desgostava um pouco com a necessidade daquela resistência imposta, pelos imperativos citados, às nossas solicitações humanas.

Talvez lhe ocorresse, naquele momento, por maravilhosa intuição, a palavra de Jesus:

— Bate que a porta se abrirá. (Mt 7:7)

Ali viéramos nós bater.

Sua tristeza como que se acentuou. E, diante da impossibilidade surgida, baixamos os olhos no silêncio.

Parecia-nos, até certo ponto, explicável a dificuldade; nenhum dos três visitantes, o jornalista, o promotor e o fotógrafo, era propriamente um adepto, um crente, um doutrinado. Não poderíamos por certo negar que houvesse, no fundo de nossa atitude, um sutil reflexo dos eternos anseios da alma humana. Mas, o que nos movia também era uma intenção de pesquisa, de constatação mais convincente, aquilo que poderíamos chamar a busca, não isenta de leve malícia, das evidências.

E foi no meio dessa meditação que nos surpreendeu a voz do médium.

— Emmanuel atende…


A porta abre-se


Por um instante o nosso silêncio ainda se apoia num certo pasmo. Emmanuel atende… O guia, o Espírito protetor do médium, abre-nos, pois, uma concessão?

Enfim, a porta abrira-se.

Tudo foi tão imprevisto que, em verdade, ainda nem tínhamos preparado as nossas perguntas. Apenas, meia hora antes, ao sairmos do hotel, havíamos grafado um rascunho de indagações gerais com que pretendíamos compor as perguntas. Mas não se podia hesitar.

José Cândido ocupa rapidamente o lugar ao lado do médium. Pede que façamos a nossa consulta. O promotor Albuquerque faz um sinal ao jornalista. Este tira do bolso uma das páginas rascunhadas.

A pergunta

Na folha quase amarrotada lemos isto, numa das perguntas que grafáramos às pressas para ulterior escolha:

Que possibilidades existem e que vantagens ou desvantagens adviriam da implantação de um regime extremista no Brasil?

Estendemos o papel a José Cândido que o põe, por sua vez, diante do médium já em transe.

Fornecemos, ao mesmo tempo, nosso próprio bloco de papel e lápis para a grafia da mensagem que porventura viesse, pois não houvera nenhuma preparação para isso.

A seguir José Cândido pede que nos concentremos numa prece ao Senhor e ao Espírito dos nossos mortos bem-amados.


A resposta


Nem um minuto chegou a passar e ouvimos o ruído característico do deslizar do lápis sobre o papel. Inicia-se a grafia da mensagem, rapidamente, como de costume. Ainda uns doze ou quinze minutos de concentração, e o lápis estacou ao fim de uma assinatura.

Imobilidade.

José Cândido pede que o acompanhemos agora em sua oração. Finda esta, estão findos os trabalhos.

A mensagem que recebêramos, em resposta àquela nossa pergunta, é a seguinte:


“Amigos, que Deus ilumine o vosso entendimento.

Avesso à política, me sentiria mais à vontade se fosse inquerido acerca do Evangelho. Todavia, opiniões são coisas que pouco se custa a fornecer; contudo os meus pareceres são igualmente pessoais, como os vossos, sem o caráter da infalibilidade.

As mais extravagantes teorias políticas têm sido veiculadas no Brasil, cujo povo, guardando tradições de raças diversas, ainda se encontra longe da linha decisiva de sua evolução racial. Tudo aí se mistura e todas as ideias se propagam sem que sejam devidamente estudadas, ponderadas no cadinho da análise mais rigorosa. A implantação de um regime extremista seria um grande erro que o sofrimento coletivo viria certamente expiar.

De um lado prevalecem as doutrinas dos governos fortes, como a política do “sigma” copiando o fascismo em suas bases; da outra margem, se encontra o comunismo, inadaptável ainda à existência da nacionalidade, levando-se em conta o problema da necessidade de braços para o trabalho em uma terra vastíssima à espera das iniciativas e cometimentos de progresso preciso. É verdade que a Rússia atual fornece exemplos ao mundo inteiro, porém os homens que inauguraram violentamente os seus novos regimes não se fizeram de um dia para outro. Eles representavam muitos séculos de opressão, de martírios, de tormentos nefandos. Não saíram do proletariado que se compraz na incultura, mas da energia coordenadora que busca conciliar o labor operário com o trabalho intelectual das academias. O Brasil necessita, antes de tudo, combater o magno problema do analfabetismo. É necessário que se solucione o enigma pedagógico que implica toda essa mocidade sem entusiasmo e sem energia para estudo; para o estado atual não se enquadra outro regime fora da democracia liberal, até que o povo se eduque convenientemente para as grandes iniciativas do porvir. Fora disso é a ilusão portadora dos desenganos trágicos que empobrecem a economia e roubam a paz social. Infelizmente, a ambição, o personalismo, infestam os bastidores da política brasileira, eminentemente prejudicada pela sua visão mesquinha, concernente aos problemas da coletividade. Mas o que quereis? O trabalho é dos homens, e a eles compete a realização do progresso necessário. Longe do cenário do mundo não nos é lícito influenciar sobre questões distantes da nossa esfera de ação.

A nossa atividade unicamente se circunscreve ao esclarecimento das almas, pugnando para que as construções da crença sejam novamente reedificadas no templo dos corações humanos, trabalhados pelas concepções amargosas e destruidoras do negativismo. Para atingirmos semelhante desiderato só no Evangelho buscamos os nossos programas de ação. O nosso labor intenso é todo realizado com esse objetivo.

Que os homens resolvam de entendimento posto no código da perfeição, legado à Terra por Jesus e estarão de acordo com a evolução que deve presidir todas as manifestações das nossas atividades nos setores do trabalho humano. A Deus elevemos, assim, os nossos votos humildes para que os governantes do Brasil se acautelem com a infiltração de ideias contrárias ao bem-estar social e em desacordo com a sua vida de nacionalidade nova e apta a desempenhar um papel muito preponderante no seio da humanidade.”

Emmanuel

Estava conseguida a primeira entrevista com o Além.


Clementino de Alencar


Essa reportagem foi publicada primeiramente em 1935 pela LAKE e é a 10ª da 3ª Parte do livro “”



Manoel Philomeno de Miranda

mt 7:7
Tormentos da Obsessão

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 16
Divaldo Pereira Franco
Manoel Philomeno de Miranda

A entrevista proveitosa com a nobre senhora Hildegarda ensejou-me reflexões complexas em torno das oportunidades de iluminação de que dispomos durante a existência carnal e das situações que nos conduzem aos desvios, aos insucessos.


Impressionado com a tranquilidade e confiança que dela se irradiavam naquela noite, quando do encontro adrede estabelecido com o Dr. Ignácio Ferreira, não sopitei a curiosidade positiva e, aproveitando-me da sua proverbial bonomia, referi-me à experiência que tivera e às conclusões a que chegara, indagando-o com interesse:

— Quais as perspectivas que se desenham para esse Espírito que, integrado no programa do Bem, considera-se, no entanto, em débito para com o dever não cumprido, e de que aparentemente não é responsável?


Conhecendo a experiência da Senhora, o amigo respondeu-me com naturalidade e lucidez:

— O caro Miranda sabe que as Leis Divinas, inscritas na consciência de cada ser, estabelecem as diretrizes da felicidade ou da necessidade de repara ção do erro conforme a pauta de valores vivenciados durante a oportunidade existencial.


Nossa gentil irmã, despertando para a consciência responsável, deu-se conta da mais grave imperfeição que lhe dificultou a execução da tarefa, e sem permitir-se auto compaixão ou remorso desnecessário, trabalha com afã e com diferentes propósitos dos experiênciados anteriormente, anelando por granjear méritos para retornar oportunamente ao palco terrestre, a fim de realizar o mister que a desencarnação lhe interrompera.


Sendo-lhe a vaidade, a excessiva autoconfiança, o ponto vulnerável do seu caráter, adestrase, neste momento, no exercício da vera humildade, executando atividades que lhe propiciem maior entendimento do significado profundo da reencarnação.


Elegeu, assim que se encontrou em condições para a própria edificação, os serviços das áreas da limpeza e da conservação de algumas das nossas enfermarias para auto-educar-se.


No trato mais direto com a dor e os labores que jamais imaginou executar quando na Terra, lapida as imperfeições morais e alarga os sentimentos da afetividade, para retornar ao Lar que planejou com excessivos cuidados em relação à forma, à aparência, vivendo-lhe a essência dos objetivos e da realização da caridade sem jaça...


O querido Orientador calou-se por um pouco e, de imediato, alongou-se:

— Tenho conhecimento que a dedicada senhora Hildegarda requereu às Entidades Superiores, a oportunidade de reencarnar-se em região de muita pobreza, na cidade onde levantou a Instituição dedicada à caridade, a fim de ser recolhida em plena orfandade, naquele mesmo ninho, de modo que, ao alcan çar a idade adulta, afeiçoada e reconhecida pelo domicílio que a favoreceu, possa dedicar-se ao prosseguimento da tarefa, lá mesmo, em benefício de algumas gerações de necessitados que virão para os seus braços.


Verificamos, dessa forma, que o compromisso não realizado é transferido de ocasião, mas nunca deixado de ser executado. "Face aos esforços envidados para a vivência da fé racional que abraçou, à solidariedade bem vivenciada na Associação que frequentava, a conduta moral saudável e severamente mantida, conquistou méritos que a tornam um exemplo de vida espiritual enobrecida.


A deficiência que lhe dificultou a execução plena do programa que deveria realizar, é problema íntimo, que ela está procurando ultrapassar.


A Lei ésempre de amor, nunca de punição, no sentido castrador e perverso.


Jamais faltam ensejos de iluminação para quem deseja realmente a palma da vitória, bastando-lhe não olhar para trás, mas prosseguir com devotamento, utilizando-se de todas as oportunidades para tornar-se melhor.


Por isso mesmo, o grande desempenho é sempre de natureza interna, nas paisagens dos sentimentos onde ninguém passeia para os observar, exceto o próprio indivíduo. " Mudando o ritmo da conversação, convidou-nos, a Alberto e a mim, para visitarmos uma das alas do pavilhão, na qual se encontravam as enfermarias reservadas aos pacientes portadores de transtornos psíquicos.


Jubilosamente surpreendidos, aquiescemos de bom grado e dirigimo-nos ao andar superior ao da administração, onde eram atendidos os portadores de distúrbios mentais além da morte...


Os enfermos mais agitados permaneciam em ambientes restritos, enquanto os outros em processo de recuperação, desfrutavam da convivência geral com diversos companheiros, a fim de readquirirem a autoconfiança e a sociabilização.


— Visitaremos — elucidou o diretor — o irmão Gustavo Ribeiro, que foi recolhido em nossa Clínica após dois anos da desencarnação, quando recambiado do lar e da família a que se fixava em terrível perturbação psíquica.


Sob tratamento especializado, há mais de seis meses, reajusta-se e readquire, mui lentamente, o equilíbrio da consciência.


Quando nos adentramos no agradável apartamento, encontramos sob a carinhosa vigilância de dois enfermeiros, que nos saudaram jovialmente, um cavalheiro com aproximadamente cinquenta e cinco anos, com as cãs embranquecidas e acentuado desgaste orgânico de que fora vítima na Terra, com uma fácies desfigurada e macilenta.


O olhar desvairado fitava um ponto vago, e agitava-se com regularidade, bracejando no ar e chorando copiosamente.


Os dedicados assistentes acalmavam-no com palavras repassadas de carinho e de lucidez, auxiliando-o a retornar à postura anterior.


Observando-o com cuidado, não detectei vinculação direta com qualquer Entidade perversa, que fosse responsável pelo seu desequilíbrio, o que me surpreendeu, sobremaneira.


Olhando o médico interrogativamente, o amigo atento percebeu a minha perplexidade e acorreu em meu auxílio, explicando-me:

— Não se trata de perturbação obsessiva, mas de transtorno mental, ocasionado pela rebeldia e insensatez do próprio paciente.


O nosso caro Gustavo é o protótipo do indivíduo que, da Vida, somente se atribui méritos, tomado sempre de altas doses de presunção e rico de cultura vazia.


Atraído ao Espiritismo, faz mais de vinte anos, quando contava pouco mais de trinta e cinco janeiros, portador então de delicado problema de saúde, pareceu descobrir as respostas para os enigmas teológicos e existenciais que o aturdiam.


Advogado de profissão, com família constituída, abraçou as ideias novas com o entusiasmo que resultava também da recuperação da saúde. "Beneficiado pela fluidoterapia, enquanto recebia conveniente ajuda médica, seus mentores trabalharam com afinco para auxiliá-lo na liberação de altas cargas de energia deletéria que absorvia dos inimigos desencarnados, que o perseguiam com crueldade e pertinácia.


Havia, portanto, no seu problema orgânico significativa contribuição espiritual negativa, que o ameaçava no transcurso dos dias.


Lenta-mente, graças aos recursos combinados da Ciência médica e do auxílio espiritual, o amigo recompôs o quadro da saúde, tornando-se um entusiasta simpatizante do Espiritismo.


Possuidor de temperamento forte e autoritário, logo começou a discordar da administração da Entidade, apresentando sugestões descabidas e referindo-se des agradavelmente, com a arrogância que lhe era habitual, a algumas atividades que ali se desenvolviam. "Amiúde ocorre nos comportamentos humanos atitudes dessa natureza.


Os indivíduos são atraidos a qualquer tipo de realização, e, sem estrutura nem experiência, imaturos e um tanto irresponsáveis, começam a atirar petardos destruidores em todas as direções, acreditando-se detentores do conhecimento pleno, que pode ser muito expressivo na teoria mas inoperante na prática.


Ao invés de auxiliarem sem imposição, corrigindo, quando necessário, após haverem adquirido a confiança do grupo e dado provas de sinceridade, de lealdade ao dever, agem de maneira inversa, cuidando mais das prerrogativas do ego do que da edificação de todos.


Muito sensíveis, são severos com os demais e muito melindrosos, sentindo-se magoados por qualquer coisa, ou pelo simples fato de não serem aceitas suas ideias estapafúrdias.


No caso em tela, o amigo, não sendo atendido, como realmente não deveria ser, face às suas descabidas exigências, abandonou a Instituição onde se beneficiara e começou a peregrinação para encontrar uma que fosse modelar, isto é, dentro dos ângulos estreitos da sua convicção.


Passou a estudar a Doutrina, e logo começou a detectar erros e conceitos que atribuía estarem superados, preocupando-se em corrigir o que ignorava, ao invés de autocorrigir-se, o que écertamente mais difícil. "Não demorou muito tempo, e transformou-se no que se denominava como espírita de gabinete, eufemismo bem elaborado para justificar-se a preguiça, a inutilidade pessoal, distanciando-se do trabalho e quedando-se na postura de atirador de pedras.


A família não lhe recebeu a orientação espiritual conveniente, os filhos cresceram sem formação religiosa e sem a necessária assistência paterna em razão das dificuldades de relacionamento, quando foi acometido de pertinaz enfermidade que o consumiu lentamente.


Nesse comenos, procurou apoio espiritual na antiga Instituição onde anteriormente se beneficiara, mas, não obstante a abnegação dos seareiros de boa vontade, o processo cancerígeno prostático era irreversivel, e o caro confrade desencarnou em situação penosa, assinalada pela revolta surda contra a Vida...


Calou-se o bondoso médico e olhou demorada-mente para o enfermo em novo episódio de alucinação. Logo após, acentuou:

—Miranda, somos o que cultivamos em nosso pensamento.


Semeamos ventos mentais e colhemos tempestades morais avassaladoras.


Enquanto não nos resolvamos pela solução dos problemas íntimos, alterando nossa conduta mental, adquirindo lúcida compreensão das Leis de Deus para vivenciá-las, estaremos cercados pelos tesouros da felicidade sem nos apercebermos, antes, barafustando-nos pelos lugares onde nos encontrarmos. "Porque a sua não fosse uma fé trabalhada na razão e no sentimento, sua lógica era também anárquica, que deveria funcionar em seu favor, desejando submeter a Lei de Causa e Efeito ao seu talante, esquecido de que, afinal, a vida é do Espírito e não do corpo transitório.


A função da Doutrina Espírita épreparar o ser humano para a compreensão da sua imortalidade, jamais para ajudá-lo a conquistar coisas e posições terrenas que o destacam no grupo social, mas não o dignificam nem o engrandecem moralmente.


Ainda permanece em muitos simpatizantes do pensamento espírita a falsa ideia de coletar benefícios pessoais e sociais, quando aderindo aos postulados kardequíanos, tendo a vida modificada para mais prazer e maior soma de comodidades.


Outros, igualmente mantêm a respeito do Espiritismo a falsa ideia mitológica em torno das Entidades Nobres, que deverão estar às suas ordens, solucionandolhes os problemas que engendram, atendendo-os nas suas questiúnculas e necessidades do processo evolutivo. "O amigo Gustavo é mais um náufrago, que teve oportunidade de encontrar a embarcação segura, a bússola para conduzi-lo no oceano imenso, o timão de equilíbrio e, não obstante, resolveu guiar-se pelos instrumentos equivocados das próprias paixões. " Ante a pausa natural feita pelo narrador, interroguei com interesse de aprender:

— E como veio parar aqui? Qual o mecanismo que desencadeou o interesse dos Benfeitores pelo irmão equivocado?


Sem demonstrar irritação, dr. Ignácio respondeu com tranquilidade:

— Somando a aflição da partida do esposo, às preocupações com os filhos e à perturbação que o mesmo produzia no lar, sem dar-se conta do deslindamento dos vínculos carnais, a viúva sofrida, embora pouco informada das bênçãos do Espiritismo, recordou-se que o marido, vez que outra, no passado, referira-se à excelência da Doutrina.


Tivera ocasião de assistir aos passistas transmitindo bioenergia ao paciente e falando-lhe com inefável doçura sobre a resignação e a coragem ante o processo degenerativo e afligente, ficando sinceramente comovida e grata a esses operosos desconhecidos que lhe visitavam o lar para ajudar o companheiro, sem apresentar outro interesse, senão o bem dele mesmo.


Orando, compungida, em momento de grande aflição, sinceramente voltada para o bem da família e de si, atraiu o seu Guia espiritual que a inspirou a procurar aquele grupo de pessoas generosas, cuja conduta espiritual tanto a impressionara.


Ao buscálos, e sendo imediatamente atendida, os trabalhadores do Evangelho sugeriram o estudo da Palavra no seu lar, em encontro hebdomadário, quando então, mui lentamente o pobre Gustavo percebeu que fora arrebatado do corpo, entrando em dilaceradora revolta e perturbação.


Após transcorridos mais de dez meses de assistência espiritual à família, o Mentor do desencarnado solicitou internamento do amigo falido, o que foi providenciado pelo dedicado Eurípedes sem qualquer relutância.


— E qual a terapia — voltei à carga — que lhe tem sido oferecida, a fim de liberá-lo do transtorno psíquico em que se debate?


Pacientemente, o Amigo explicou:

— Três vezes por dia são-lhe aplicados recursos magnéticos para reajustamento dos neurônios perispirituais desagregados pelas ondas da rebeldia que lhe assinalou a existência física.


As sinapses, sofrendo a irregularidade das cargas elétricas, funcionam-lhe desordenadamente liberando os fantasmas encarcerados no inconsciente, que foram os comportamentos odientos, censuráveis, que agora, ressuscitados, perturbam-no.


Duas vezes por semana são aplicadas técnicas hipnóticas, levando-o a processos regressivos, a fim de serem trabalhadas as lembranças, que recebem terapia calmante para que desapareçam, lentamente diluídas as formas de conflitos e remorsos que o aturdem.


Concomitantemente, são realizadas leituras edificantes que se lhe vão imprimindo na mente e estabelecendo novos raciocínios propiciadores de paz e de esperança.


— Qual a perspectiva — insisti com amabilidade —de recuperação da sua lucidez mental?


— Dependerá do esforço dele mesmo — redarguiu, gentilmente.


— As fixações mentais são trabalho de demorado curso, realizadas por aqueles que as estimam.


Quando de qualidade inferior, mantêm-se prejudicando e enlouquecendo.


E natural que a sua desestruturação ocorra também de maneira lenta, a fim de serem evitados choques emocionais no comportamento dos pacientes.


A violência não faz parte dos Soberanos Códigos, sendo expressão de atraso espiritual daquele que a desencadeia.


Assim mesmo, providências cuidadosas têm sido tomadas, de forma a reconduzi-lo à realidade.


Não há muito, a esposa veio-lhe em visita, trazida em desdobramento pelo sono natural, e ele conseguiu percebê-la, experimentando alguns momentos de lucidez e de emoção natural.


Esse fenômeno foi-lhe muito positivo, e tudo indica que será repetido na medida que se apresente mais favorável o seu quadro.


Outros Espíritos amigos encontram-se empenhados em predispô-lo à retomada da consciência, para que recomece a experiência de busca da felicidade. "O nosso Sanatório tem como prioridade, conforme o Miranda está esclarecido, atender os amigos da fé espírita que optaram pela perturbação, pelo engodo, pelos compromissos infelizes, e que necessitam de atendimento carinhoso para o prosseguimento das tarefas interrompidas.


Naquele momento, chegaram os passistas encarregados do atendimento de Gustavo.


Era uma excelente oportunidade para auxiliá-lo com o nosso modesto contributo de oração e simpatia.


Proferida a prece por Alberto, solicitado pelo Orientador, logo após foi lida uma página de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec, e depois de breve comentário por um dos servidores, foram aplicados passes dispersivos no chakra coronário, alongando-se por todo o corpo perispiritual, prosseguindo-se com a doação de energias saudáveis.


No início, o paciente estertorou, acalmando-se lentamente, até ser abençoado por um sono repousante e tranquilo.


Estava encerrada a nossa visita.


Despedimo-nos dos assistentes, e quando nos encontrávamos no corredor, indaguei ao médico uberabense:

— São aplicados outros recursos, que desconhecemos na Terra?


— Sim — respondeu com simpatia — todos eles de natureza energética.


Houve tempo, em alguns casos muito graves, em que foram aplicados eletrochoques, e mesmo hoje, vez que outra, um tanto raramente, se fazem necessários procedimentos terapêuticos dessa natureza.


Todavia, os mecanismos espirituais são muito variados para o atendimento dos enfermos mentais, incluindo regressão de memória, hipnose profunda, fixação de pensamentos libertadores através da sua repetição mental em direção ao enfermo e aplicação de energias especiais encontradas em nosso campo vibratório...


Mas, é sobretudo através do amor, com o interesse pelo bem-estar dos enfermos que, por meio da oração que nos vincula ao Pensamento Divino, e do qual se haurem forças vigorosas para transmiti-las em favor dos necessitados, que, na razão em que vão sendo absorvidas, o quadro em que demoram se modifica para melhor, alterando o comportamento emocional e psíquico, por fim, propiciando-lhes a recuperação do equilíbrio. "Vivemos em um universo de ondas e de mentes, de ideias, de vibrações, de energia, e tudo quanto existe é resultado das várias apresentações desses campos de forças, apresentando-se em variado painel de formas e de acontecimentos.


Se nos recordarmos de Jesus, constataremos essa realidade quando Ele nos ensinou: — Seja o que for que peçais na prece, crede que o obtereis, e vos será concedido — conforme as anotações de Marcos 11, versículo 24.


Por que, na prece? Em razão desse miraculoso mecanismo vibratório poder alterar a estrutura da nossa realidade, passamos a experimentar outras expressões da energia que promana de Deus e nos modifica a realidade interior.


Sendo o pensamento uma fonte de energia específica, de acordo com a sua constituição positiva ou negativa, sempre alcança a meta para a qual é direcionado.


No que se refere ao bem que produz, à excelência dos resultados que proporciona, àqualidade de onda de que se constitui, transformase num excepcional recurso terapêutico que podemos utilizar em qualquer lugar onde nos encontremos e que, entre nós, desencarnados lúcidos e trabalhadores, face à maior facilidade de elaborá-lo, torna-se-nos um instrumento dos mais preciosos para a construção do equilíbrio, propiciando a saúde. "



Cairbar Schutel

mt 7:8
Parábolas e Ensinos de Jesus

Categoria: Livro Espírita
Ref: 3692
Capítulo: 42
Cairbar Schutel

“Havia um homem rico, que se vestia de púrpura e de linho finíssimo, e que todos os dias se regalava esplendidamente. Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que estava deitado ao seu portão, desejoso de fartar-se com as migalhas que caíam da mesa do rico, mas ninguém lhas dava; e os cães vinham lamber-lhe as úlceras. “Morreu o mendigo, e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão;


morreu também o rico, e foi sepultado. “No Hades, estando em tormento, levantou os olhos e viu ao longe Abraão e a Lázaro no seu seio. “E clamou: Pai Abraão, tem compaixão de mim! E manda a Lázaro que molhe a ponta do seu dedo, e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama! “Mas Abraão respondeu: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens na tua vida e Lázaro do mesmo modo os males; agora, porém, ele está consolado, e tu em tormentos. Demais, entre nós e vós está firmado um grande abismo, de modo que os que querem passar daqui para vós não podem, nem os de lá passar para nós. “Ele replicou: Pai, eu te rogo, então, que os mandes à casa de meu pai

(pois tenho cinco irmãos)


para os avisar a fim de não suceder virem eles também para este lugar de tormento! Mas Abraão disse: Eles têm Moisés e os profetas; ouçam-nos. Respondeu ele: Não, Pai Abraão, mas se alguém for ter com eles dentre os mortos, hão de se arrepender. Replicou-lhe Abraão: se não ouvem a Moisés e aos profetas tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos. "


(Lucas, Cap. XVI, v. 19-31.)


Este ensino é a proclamação da Lei da Caridade, cuja execução é imprescindível para todos os que se abrigam sob o seu pálio santo, como também para os que fogem aos seus generosos convites.


O Rico e o pobre Lázaro personificam a Humanidade, sempre rebelde aos ditames da Luz e da Verdade.


O Rico gozou no mundo e sofreu no Espaço; o Lázaro sofreu no mundo e gozou no Espaço.


Este Rico que se vestia de púrpura e que todos os dias se regalava esplendidamente, é o símbolo daqueles que querem tratar da vida do corpo e esquecem-se da vida da alma.


São os que buscam a felicidade no comer, no beber e no vestir; são os que se entregam a todos os gozos da matéria, são os egoístas que vivem unicamente para si, os orgulhosos que, entronados nos altares das paixões vis, da vaidade, da soberba, não vêem senão o que lhes pode saciar a sede de prazeres, não cultivam senão a luxúria, que mata os sentimentos afetivos e anula os dotes de coração.


O rico é a personificação daqueles que são escravos do reino do mundo, que não vêem mais do que o mundo, esse “paraíso perdido" entre os charcos da degradação moral, que avilta as almas e as atira aos infernos hiantes dos vícios.


Jesus falava geralmente por parábolas; e esta lição que o Mestre ofereceu há 2. 000 anos aos povos da Palestina, e que consta do Evangelho de Lucas como um conselho salutar e memorável, nada mais é do que uma parábola; é um ensino alegórico, representativo do que se passa no Espaço, para afirmar que a nossa Vida Ultra-Tumba, é uma consequência justa e equitativa da nossa existência na Terra.


O rico passou toda a sua vida a se fartar esplendidamente, a desprezar os pobres, a desprezar Deus, a não curar da sua Lei, a dar as costas à Religião, a gozar e a folgar, mas, quando morreu, não pode continuar a viver como vivia, vestindo-se de púrpura, comendo manjares, bebendo licores, porque no mundo dos Espíritos não há púrpuras, não há manjares, não há licores. Ele já se havia fartado com os prazeres da Terra, não podia fartar-se depois com os prazeres do Céu, porque não os havia buscado, nem havia adquirido o tesouro com que se conquista as glórias celestes.


Nu, sem dinheiro, sem crédito para arranjar melhor “morada", lhe foi destinado o Hades, e, segundo diz o texto, ele lá se achava, contrariado, por lhe faltarem as comodidades que tivera na Terra, os gozos de que fizera o seu reino no mundo.


* * *

Lázaro representa os excluídos da sociedade terrena, aqueles que, quando muito, podem chegar ao portão dos grandes templos, aqueles que não podem atravessar os umbrais dos palácios dourados, aqueles que essa sociedade corrompida do mundo despreza, amaldiçoa, cobre de labéus, crava de setas venenosas que lhes chagam o corpo todo.


Os Lázaros não são esses pobres orgulhosos do mundo, que não têm muitas vezes o que comer e o que vestir, mas estão cobertos com a púrpura do orgulho; não é essa gente que não tem dinheiro mas tem vaidade; não tem palácios, mas tem egoísmo; não tem jantares opíparos, mas tem prazeres nefastos; não, os pobres, de que Lázaro serviu de símbolo na parábola, são os que sofrem com resignação, são os que desprezam os bens da Terra, porque buscam as coisas de Deus; são aqueles que se vêem usurpados daquilo que por direito lhes pertence no mundo, mas, pacientes e resignados, não se revoltam, porque crêem no futuro e esperam as dádivas que lhes estão reservadas por Deus.


Eles sabem, porque estudam, esperam e oram, que existe um Criador, um Pai Supremo, que lhes dará o prêmio de suas vigílias, um salário pelos seus afazeres morais, uma luz para sua orientação espiritual; e que esse prêmio, esse salário, essa luz, embora, às vezes, pareça tardar, não faltará, porque a Justiça de Deus é infalível, é indefectível! É assim que morreu Lázaro, o mendigo, e foi conduzido pelos anjos ao Seio de Abraão; morreu também o rico e foi posto no Hades.


Duas personalidades distintas uma que gozou, outra que sofreu: uma a quem nada faltava, outra a quem tudo faltava, vão trocar agora as suas condições; vão mudar de cenário: o mendigo vai para a abundância, e o rico é que passa a mendigar!


É o reverso da medalha, que se apresenta a todos no dia do julgamento.


Vós tendes visto muitas medalhas? Figuremo-las numa libra esterlina: de um lado traz a figura do rei, mas, do outro, traz o seu valor real. Assim acontece também conosco. Cada um de nós é uma medalha; e como a medalha, a libra de ouro vale segundo o câmbio corrente, assim também nós valemos de acordo com o câmbio espiritual, que taxa o valor das nossas almas.


Aqueles que olham só a efígie, não conhecem o valor do dinheiro, porque a efígie, o verso da medalha, traz só o retrato do rei, e a medalha não vale o rei. Assim também os que olham o homem só pelas aparências, pelo exterior, não conhecem o homem, porque o exterior do homem é a efígie da vaidade, do egoísmo e do orgulho. O que vale na medalha é o reverso; o que vale no homem é o interior, ou seja, o Espírito. O rico trazia no verso o característico do rei, mas, depois que morreu, apurou-se o valor da medalha gravado no reverso, e esse valor não permitiu ao rico senão uma “entrada" no Hades.


Ao pobre, que apurara, desde a sua existência na Terra, o que estava gravado no reverso da medalha, esse sacrifício lhe deu o valor de ser levado pelos anjos ao Seio de Abraão.


Como é diferente o julgamento de Deus, do julgamento dos homens!


Deus não se deixa levar pelo preconceito; Deus não se deixa levar pelo juízo humano.


Que é o seio de Abraão?


Mas continuemos a nossa análise.


Que é o Hades? Que é Hades?


É isto que precisamos saber para melhor compreendermos a parábola do Grande Mestre.


* * *

Seio de Abraão é a liberdade do Espírito no Espaço Infinito; Seio de Abraão é o Mundo Invisível, onde os Espíritos, com os seus corpos imponderáveis, caminham livres de todas as peias, realizando sempre novas conquistas, fazendo novas descobertas, aprendendo novas verdades que os elevam em conhecimentos, que os elevam em felicidade.


Seio de Abraão é o Mundo da Imortalidade, da Luz e da Verdade, onde quanto mais progredimos mais aprendemos, e quanto mais aprendemos mais sabemos amar nosso Deus e nosso próximo; é o mundo da Fé verdadeira, que abala e transporta montanhas, faz espumar oceanos e produz ventos; mas que também dá calma e bonança a todos aqueles que, como os discípulos no Mar da Galileia, batidos pelo rijo tufão, imploram o auxílio de Jesus, e, com a esperança de salvamento, ouvem as doces palavras do Humilde de Nazaré soarem a seus ouvidos como uma luz a iluminar o caminho numa noite tenebrosa.


Abraão foi o Patriarca dos Hebreus, alta personagem do Antigo Testamento, em quem a fé mais se acrisolava, mais viva e rútila se mostrava, a ponto de não vacilar em sacrificar seu filho Isaac, para obedecer às ordens que havia recebido do Alto.


Abraão era um crente sincero na Imortalidade: via o Espaço semeado de Espíritos, conversava com os Espíritos daqueles que nós chamamos, indevidamente, mortos, vivia em relações contínuas com o Mundo dos Espíritos, que era o seu Seio predileto, que era o seu Paraíso, o seu Céu, a sua delícia, a sua felicidade.


Para ai é que foi Lázaro, com inteira liberdade de locomoção nos ares.


Ele havia sofrido na Terra, aguilhoado pela dor, na miséria, privado das delícias do mundo, mas cria num Deus Supremo, que lhe concedera aquela existência de expiação e de provas, para que reparasse os males de suas vidas passadas, em que havia também descurado das coisas divinas e só tratado dos gozos efêmeros do mundo; Lázaro saldara a sua conta; ao sair da prisão corpórea, tinha pago o último ceitil de sua dívida, e reconquistara o Reino da Liberdade e da Luz, que Deus concede a todos os que se submetem à sua Lei, aos seus santos desígnios.


Eis o que é o Seio de Abraão; eis o painel, o quadro majestoso que Jesus desenhou aos olhos dos ouvintes da parábola com referência a Lázaro, ao mendigo, que tinha como única caridade, na Terra, as carícias, os beijos dos cães, esses fiéis amigos dos homens, que vinham lamber-lhe as chagas!


* * *

Continuemos a respigar o Evangelho, e do Seio de Abraão passemos ao Hades. — Que pensais vós que seja o Hades?


Os antigos acreditavam na existência de um mundo subterrâneo, para o qual iam as almas daqueles que não foram bons na Terra.


O corpo ficava no sepulcro, e o Espírito ia para o Hades: “mundo localizado nas entranhas da Terra. " Daí, essas almas não poderiam sair, assim como nós, em corpo de carne, não podemos sair deste mundo. Entretanto, os Espíritos que estavam no Hades viam com os olhos da alma, e sabiam, portanto, tudo o que se passava no Seio de Abraão.


E era justamente nisso que consistia o sofrimento deles: verem o que se passava no Alto, e não poderem participar dessas regalias que só eram concedidas àqueles que, como Lázaro, haviam saldado sua conta espiritual.


Por isso diz o Evangelho que o rico levantou os olhos e viu ao longe Abraão e Lázaro no seu Seio, e clamou: Pai Abraão, tem compaixão de mim! E manda a Lázaro que molhe a ponta dó seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama!" O rico queria água!


Antigamente passara a vinhos e licores finos, mas no Hades pedia água; tinha sede e essa sede não era a do corpo, não se tratava de água de rios ou de fontes, porque o corpo estava no sepulcro, e o Espírito não pode beber água material.


Era sede de consolação, de esperança, de perdão!


Ele também já havia compreendido que a causa das suas dores era a vida dissoluta que passara no mundo e a chama viva do remorso abrasava a sua consciência!


Ele queria água, essa água da vida, essa água de salvação que Jesus havia dado à Mulher de Samaria.


Essa água do perdão dos pecados que o rico havia cometido contra todos os que mendigam dos homens a caridade da atenção para as coisas divinas.


E Abraão; o grande Patriarca, que vivia feliz no Mundo Espiritual, dirigindo a enorme falange de Espíritos que havia aumentado a sua descendência, falange de Espíritos a quem guiava, e entre os quais se contava Lázaro, que era um dos seus protegidos espirituais, Abraão respondeu ao rico: “Filho, lembra-te que recebeste os teus bens na tua vida; e Lázaro do mesmo modo os males. É justo, pois, que ele, agora, esteja consolado, e tu em tormentos. “Acresce ainda que entre nós e vós está firmado um grande abismo, de modo que nem nós podemos viver onde vós estais, nem vós podeis viver onde nós estamos; a vossa atmosfera nos abafa, assim como a vossa vos sufocaria; os ares que respiramos são insuficientes para vós que estais impregnados de matéria. “Tratastes só da matéria, só do corpo; cultivastes a matéria que não vos deixa elevar e chegar até nós. Ao passo que Lázaro teve os olhos voltados para o Alto, não tendo tempo senão de pagar dívidas materiais, e conquistou fluidos espirituais para se elevar ao lugar em que se acha atualmente. " Mas Abraão ouvia a voz do rico, e o rico ouvia a voz de Abraão; o rico no Hades via Lázaro no Seio de Abraão, todos eles se comunicavam, falavam, conversavam; porque havia necessidade de o rico ser exortado para se regenerar mais tarde, e, como Lázaro, vir novamente ao mundo pagar a sua dívida, para, como Lázaro, depois subir também ao Seio de Abraão; porque também ele era filho de Abraão, e Abraão não deixaria seu filho perecer!


Abraão chamou-o de filho; disse-lhe: “Filho, lembra-te da tua vida e lembra-te da vida de Lázaro", querendo dizer com isto que, sem voltar à vida corporal, semelhante à de Lázaro, para sofrer as consequências do seu orgulho e do seu egoísmo, ele, o rico, não chegar ao seu Seio!


Foi então que o Espírito do rico, agora cheio de pobreza e de sofrimento, lembrando-se de seus cinco irmãos, que faziam a mesma vida que ele fazia quando estava na Terra, replicou: “Pai, eu te rogo, então, que o mandes à casa de meu pai (pois tenho cinco irmãos) para os avisar, a fim de não suceder virem também eles para este lugar de tormentos. " O rico, que estava no Hades, sabia muito bem, porque via que Pai Abraão mandava sempre outros Espíritos dar avisos aos homens da Terra;


então pediu que o mandasse à casa daquele que havia sido seu pai, porque ele tinha cinco irmãos que também faziam vida dissoluta e precisavam ficar conhecendo os tormentos que os aguardavam se continuassem assim.


Mas Abraão lhe disse: “Eles têm Moisés e os profetas, ouçam-nos. " O que significa: “Moisés conta-lhes tudo o que precisam fazer para serem felizes, e os profetas, que são médiuns, dizem-lhes, pela influência dos Espíritos, o que se passa depois da morte, a fim de lhes dar instruções para que não venham, como tu, parar no Hades. " Mas o rico insistiu com Abraão, e, apresentando-lhe várias razões, disse: “Mas, Pai Abraão, se algum dos mortos for ter com eles, e lhes falar, lhes aparecer, e eles se manifestar, hão de se arrepender. " O rico desejava que seus irmãos tivessem uma manifestação positiva dos mortos, porque julgava que, por essa forma, se tornariam obedientes à Lei de Deus. Mas Abraão respondeu novamente: “Se eles não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos. " Pois se eles haviam repelido as exortações dos profetas, por quem os mortos costumavam falar, como haveriam de crer nos mortos.


Para crer nos mortos era necessário crer nos profetas, porque os profetas não eram mais do que médiuns, por quem se comunicavam os Espíritos dos mortos.


Se eles não acreditavam nos médiuns, como haveriam de crer nos Espíritos.


Como poderiam os Espíritos dos mortos avisá-las como o irmão queria, sem os médiuns indispensáveis para transmitir a comunicação.


Sabemos que o corpo do Espírito é muito mais rarefeito do que o nosso e que por isso não o podemos ver nem ouvir; e que o Espírito sempre se manifesta com o concurso de um médium; como poderia Abraão atender o pedido de seu filho para satisfazer outros cinco filhos ricos?.


* * *

Finalmente, antes que Jesus houvesse proposto à multidão, que se achava em torno dele, a bela parábola que acabamos de estudar, havia ele dito aos fariseus, que eram avarentos: “A Lei de Moisés e os profetas duraram até João Batista; desde esse tempo o Evangelho do Reino de Deus é anunciado; e todos à força entram nele; porém da Lei de Deus não cairá um til, não será suprimido um i. " Deus dá a liberdade a todos para buscarem a sua Lei; e àqueles que buscam, o Pai não dá o Espírito por medida. Está escrito “Aquele que pede, recebe: o que busca, encontra; e ao que bate, se abre, porque o Pai não dá uma pedra a quem lhe pede um pão, nem uma serpente a quem lhe pedir um peixe. " (Mateus, 7-8).


Assim Deus respeita o livre arbítrio que a cada um concedeu.


Os Espíritos dos mortos podem comunicar-se e se manifestam aos vivos, mas não podem obrigar os vivos, embora sejam eles ricos e grandes, a tomarem, desde já, posse da felicidade futura!


E é por isso que sabemos de muitos ricos das coisas do mundo, e muitos pobres que querem enriquecer com as coisas do mundo, que, embora tenham visto e ouvido manifestações e avisos dos mortos, não se convenceram com esses avisos.


Ao contrário, dizem que foi ilusão, medo, tolice e loucura!


Por isso fez bem Abraão em não permitir a manifestação espírita aos cinco irmãos ricos daquele que se vestira de púrpura e se banqueteara esplendidamente todos os dias da sua existência na Terra.


* * *

O homem que se quer convencer pela força, há de lhe acontecer o que aconteceu à cigarra de La Fontaine: “Cantou a sua vida, mas depois chorou a sua morte. " E há de voltar chorando na outra vida para, com justa razão, cantar na Imortalidade.



Neio Lúcio

mt 7:12
Jesus no Lar

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 19
Francisco Cândido Xavier
Neio Lúcio

Tadeu, que era dos comentaristas mais inflamados, no culto da Boa-Nova, em casa de Pedro, entusiasmara-se na reunião, relacionando os imperativos da felicidade humana e clamando contra os dominadores de Roma e contra os rabinos do Sinédrio.

Tocado de indisfarçável revolta, dissertou largamente sobre a discórdia e o sofrimento reinantes no povo, situando-lhes a causa nas deficiências políticas da época, e, depois que expendeu várias considerações preciosas, em torno do assunto, Jesus perguntou-lhe:

— Tadeu, como interpreta você a felicidade?

— Senhor, a felicidade é a paz de todos.

O Cristo estampou significativa expressão fisionômica e ponderou:

— Sim, Tadeu, isto não desconheço; entretanto, estimaria saber como se sentiria você realmente feliz.

O discípulo, com algum acanhamento, enunciou:

— Mestre, suponho que atingiria a suprema tranquilidade se pudesse alcançar a compreensão dos outros.

Desejo, para esse fim, que o próximo me não despreze as intenções nobres e puras.

Sei que erro, muitas vezes, porque sou humano; entretanto, ficaria contente se aqueles que convivem comigo me reconhecessem o sincero propósito de acertar.

Respiraria abençoado júbilo se pudesse confiar em meus semelhantes, deles recebendo a justa consideração de que me sinta credor, em face da elevação de meu ideal.

Suspiro pelo respeito de todos, para que eu possa trabalhar sem impedimentos.

Regozijar-me-ia se a maledicência me esquecesse.

Vivo na expectativa da cordialidade alheia e julgo que o mundo seria um paraíso se as pessoas da estrada comum se tratassem de acordo com o meu anseio honesto de ser acatado pelos demais.

A indiferença e a calúnia doem-me no coração.

Creio que o sarcasmo e a suspeita foram organizados pelos Espíritos das trevas, para tormento das criaturas.

A impiedade é um fel quando dirigida contra mim, a maldade é um fantasma de dor quando se põe ao meu encontro.

Em razão de tudo isso, sentir-me-ia venturoso se os meus parentes, afeiçoados e conterrâneos me buscassem, não pelo que aparento ser nas imperfeições do corpo, mas pelo conteúdo de boa vontade que presumo conservar em minhalma.

Acima de tudo, Senhor, estaria sumamente satisfeito se quantos peregrinam comigo me concedessem direito de experimentar livremente o meu gênero de felicidade pessoal, desde que me sinta aprovado pelo código do bem, no campo de minha consciência, sem ironias e críticas descabidas.

Resumindo, Mestre, eu queria ser compreendido, respeitado e estimado por todos, embora não seja, ainda, o modelo de perfeição que o Céu espera de mim, com o abençoado concurso da dor e do tempo.

Calou-se o apóstolo e esboçou-se, na sala singela, incontido movimento de curiosidade ante a opinião que o Cristo adotaria.

Alguns dos companheiros esperavam que o Amigo Celeste usasse o verbo em comprida dissertação, mas o Mestre fixou os olhos muito límpidos no discípulo e falou com franqueza e doçura:

— Tadeu, se você procura, então, a alegria e a felicidade do mundo inteiro, proceda para com os outros, como deseja que os outros procedam para com você. (Mt 7:12) E caminhando cada homem nessa mesma norma, muito breve estenderemos na Terra as glórias do Paraíso.



mt 7:15
Alvorada Cristã

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 43
Francisco Cândido Xavier
Neio Lúcio

Um belo peru, após conviver largo tempo na intimidade duma família que dispunha de vastos conhecimentos evangélicos, aprendeu a transmitir os ensinamentos de Jesus, esperando-lhe também as divinas promessas. Tão versado ficou nas letras sagradas que passou a propagá-las entre as outras aves.

De quando em quando, era visto a falar em sua estranha linguagem “glá-glé-gli-gló-glu”. Não era, naturalmente, compreendido pelos homens. Mas os outros perus, as galinhas, os gansos e os marrecos, bem como os patos, entendiam-no perfeitamente.

Começava o comentário das lições do Evangelho e o terreiro enchia-se logo. Até os pintainhos se aquietavam sob as asas maternas, a fim de ouvi-lo.

O peru, muito confiante, assegurava que Jesus-Cristo era o Salvador do Mundo, que viera alumiar o caminho de todos e que, por base de sua doutrina, colocara o amor das criaturas umas para com as outras, garantindo a fórmula de verdadeira felicidade na Terra. Dizia que todos os seres, para viverem tranquilos e contentes, deveriam perdoar aos inimigos, desculpar os transviados e socorrê-los.

As aves passaram a venerar o Evangelho; todavia, chegado o Natal do Mestre Divino, eis que alguns homens vieram aos lagos, galinheiros, currais e, depois de se referirem excessivamente ao amor que dedicavam a Jesus, laçaram frangos, patinhos e perus, matando-os, ali mesmo, ante o assombro geral.

Houve muitos gritos e lamentações, mas os perseguidores, alegando a festa do Cristo, distribuíram pancadas e golpes à vontade. Até mesmo a esposa do peru pregador foi também morta.

Quando o silêncio se fez no terreiro, ao cair da noite, havia em toda parte enorme tristeza e irremediável angústia de coração. As aves aflitas rodearam o doutrinador e crivaram-no de perguntas dolorosas.

Como louvar um Senhor que aceitava tantas manifestações de sangue na festa de seu natalício? Como explicar tanta maldade por parte dos homens que se declaravam cristãos e operavam tanta matança? Não cantavam eles hinos de homenagem ao Cristo? Não se afirmavam discípulos d’Ele? Precisavam, então, de tanta morte e tanta lágrima para reverenciarem o Senhor?

O pastor alado, muito contrafeito, prometeu responder no dia seguinte. Achava-se igualmente cansado e oprimido. Na manhã imediata, ante o Sol rutilante do Natal, esclareceu aos companheiros que a ordem de matar não vinha de Jesus, que preferira a morte no madeiro a ter de justiçar; que deviam todos eles continuar, por isso mesmo, amando o Senhor e servindo-o, acrescentando que lhes cabia perdoar setenta vezes sete. Explicou, por fim, que os homens degoladores estavam anunciados no Mt 7:15, que esclarece: — “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que veem até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.” Em seguida, o peru recitou Mt 5:1, comentando as bem-aventuranças prometidas pelo Divino Amigo aos que choram e padecem no mundo.

Verificou-se, então, imenso reconforto na comunidade atormentada e aflita, porque as aves se recordaram de que o próprio Senhor, para alcançar a Ressurreição Gloriosa, aceitara a morte de sacrifício igual à delas.




Essa é a 37ª lição do livro “Antologia Mediúnica do Natal”, editado pela FEB em 1966.


mt 7:16
Sementeira de Paz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 17
Francisco Cândido Xavier
Neio Lúcio

05/06/1946


Meus caros filhos, Deus abençoe a vocês, concedendo-lhes muita paz.

De novo no lar, rogo ao nosso divino Mestre lhes santifique os esforços nas lições abençoadas de cada dia. O santuário doméstico é sempre um jardim de graças sublimes, onde as experiências colhidas no exterior se convertem nas bênçãos do coração, depois de consagradas ao Pai Todo-Poderoso. Que vocês prossigam recolhendo as dádivas do Céu no cântaro da boa vontade é o que desejo de toda alma.

A renovação espiritual muda a face das coisas e das situações. . O trabalho a realizar no planeta e na existência fragmentária que ele nos oferece é invariavelmente de infinitas proporções. Daí, meus filhos, a felicidade dos que se socorrem da fé viva para atravessar os caminhos, transformando o lar numa fonte de alegrias perenes.

Estou satisfeito, meu caro Rômulo, com as ponderações que você cultivou no campo de serviço comum dos dias últimos. Em verdade, como alguém já asseverou, “o Cristianismo é a religião da segunda milha”. Todas as pessoas, em geral, dispõem-se a fazer a primeira milha, símbolo dos velhos princípios que regem a civilização. É o mecanismo vulgar da reciprocidade, onde se trocam as considerações valiosas do dia, contudo mais em obediência aos códigos estabelecidos pelos organismos convencionais que pelo propósito de elevação real da personalidade e da vida humanas. A segunda milha, porém, constitui a atitude desassombrada e firme dos que se entregam, de coração, à tarefa com o Cristo de Deus. Muito difícil palmilhá-la. Para isso, é necessário exista intimidade entre o viajor e o roteiro, informações exatas do Evangelho vivo no raciocínio e no sentimento dos discípulos. Que Jesus conceda a você forças para agir sempre assim.

Nesse passo, as suas aquisições espirituais tenderão invariavelmente à subida. Aliás, é necessário considerar também a juventude mental de muitas criaturas com a responsabilidade administrativa do momento. Ainda aqui é imprescindível recordar o Mestre e reconhecer que “não se colhem uvas no espinheiro”. (Mt 7:16) A obra educativa no mundo é problema fundamental. Faltam provisões às coletividades terrestres de hoje, no setor dos celeiros materiais, exclusivamente por falta de educação. Se isso ocorre em círculos avançados de cultura social, que dizermos de nosso povo, ainda menos experiente, apenas com alguns séculos de existência organizada e poucos anos de liberdade política, sem a precisa definição de responsabilidades no quadro individual e coletivo?

Há muitos, imensos serviços por fazer! Conforta-nos a certeza de que a obra continua e de que a porta de nossas oportunidades não se encontra cerrada, no capítulo da reencarnação, a ofertar-nos sempre renovados ensejos de aprender, trabalhar e servir. Renascemos e voltaremos. Voltamos e renasceremos. Isso é um profundo conforto para nós outros, os que nos encontramos “deste lado”, observando os aspectos mais difíceis das questões. Não nos falte, pois, o estímulo da certeza na continuidade e tudo estará muito bem.

Wanda, o nosso amigo receitista aconselha para você o uso de Bryonia Alb., Pulsatila, Ipecacuanha e Bismuthum Met. Esperamos que você melhore. É medicação para dois dias. Se ao fim dos dois dias perseverar a perturbação intestinal, use, segundo a indicação dele, o preparado Rhodiacarbine, por 4 a 6 dias. É vigoroso concurso ao aparelho intestinal quando em luta.

Quanto a você, Rômulo, em vista das melhoras havidas pela cooperação magnética, o facultativo amigo adiou as indicações de natureza alopática, projetadas quando de seu regresso da viagem ao Rio. Espero, meu filho, que você continue melhor. Tenha paciência com o fenômeno auditivo que aparece e desaparece, intensifica-se e atenua-se, de vez em quando a colaboração fluídico-magnética destina-se igualmente a sanear essa alteração.

Quanto à Maria, estamos satisfeitos com os bons resultados que vai obtendo, gradativamente, com a medicação em uso. Apenas recomendamos a todos os cuidados contra os surtos gripais nestes dias e noites mais frios. Que Deus conceda a vocês todos muita paz e muito bom-ânimo na luta diária.

Recebamos todos os trabalhos como bênçãos do altíssimo Pai. Intensifiquemos a semeadura do bem e da luz. Intensifiquemos a nossa confiança no Senhor Jesus. E que ele nos conceda a todos a sua paz é o desejo do papai que lhes deixa um apertado e carinhoso abraço,




Carlos Baccelli

mt 7:12
Evangelho de Chico Xavier, O

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 199
Carlos Baccelli

Fico muito triste quando um companheiro vem se queixar de um outro para mim… Fico calado, mas a minha vontade era a de perguntar ao portador da conversa maledicente se ele não tinha alguma coisa de útil para fazer… A atitude de quem denigre, publicamente, a imagem alheia é, no mínimo, descaridosa e, portanto, contrária ao espírito do Evangelho, que nos recomenda não fazer aos outros o que não queremos que nos seja feito. (Mt 7:12)




Vinícius

mt 7:13
Nas Pegadas do Mestre

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 78
Página: 177
Vinícius
Jesus, dias antes do seu sacrifício, disse aos discípulos: "Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros como eu vos amei. "

Onde a novidade de tal mandamento? Porventura o Evangelho não é, em síntese, a apologia do amor? Que outro preceito mereceu jamais tanta recomendação e referências tão enfáticas por parte do Mestre? Não obstante, aquela ordenança encerra notável novidade: o modo de amar. Jesus, não só prescreveu o amor, mas também a maneira de amar, dizendo: Amai-vos como eu vos amei.


Amar, todos os seres amam. A vida, sob qualquer forma, debaixo de qualquer aspecto que se nos apresente, é sempre expressão de amor. Amar é a grande lei da Natureza. O amor é atributo inseparável da vida; à medida que ela evolve para planos mais elevados, o amor transcende, assumindo modalidades várias. Daí os diversos modos de amar.


O verbo amar tem muitos paradigmas. A fera ama. A leoa defende com solicitude seus cachorrinhos, e por eles se bate até à morte. A galinha, expondo-se aos rigores do tempo, acolhe sob as protetoras asas os seus pintainhos. Cuida com desvelo de lhes arranjar alimentos, priva-se daqueles que lhe são mais apetitosos, reservando-os para eles. Tudo isto que é senão manifestações de amor?


Mas, a leoa não cura dos cachorrinhos de outra leoa como cura dos seus. A galinha se arrepia e ameaça os pintainhos de outra ninhada quando estes invadem a zona onde ela e os seus estão ciscando. É que os animais inferiores amam com egoísmo. Neles o amor não brilha em sua pureza. O diamante ainda está em estado de carvão. O instinto de conservação próprio e da prole, raiz do egoísmo, predomina fortemente. No homem se verificam os vestígios daquele instinto. Alguns há que os possuem acentuadamente, quase como o animal. Para esses o verbo amar é intransitivo: sua ação não vai além, concentra-se neles mesmos e nos membros mais chegados da família. É uma forma de idolatria.


Outros há, para os quais o verbo amar é defectivo: faltam-lhe certos tempos, números e pessoas. Amam para corresponder às simpatias ou mesmo obedecendo a motivos mais ou menos interesseiros.


Para outros ainda, o verbo amar é passivo. Amam platonicamente, com frieza, sem demonstrações positivas ou práticas. Abstraem-se do mal, mas não realizam o bem como fruto do amor.


Todos esses são paradigmas transitórios que culminarão um dia no paradigma por excelência, o único compatível com a natureza do verbo amar: Jesus Cristo.


Precisamos aprender com ele a conjugação daquele verbo: "Quando eu for levantado no madeiro, então atrairei todos a mim. " Jesus amou incondicionalmente.


Amou sem ser amado, nem correspondido no amor. Amou a amigos e inimigos, a bons e maus, a justos e pecadores, testemunhando com isso sua divina filiação. "Tendes ouvido o que foi dito aos antigos: Amarás teu próximo e aborrecerás teus inimigos? Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos de vosso Pai que está nos Céus; porque ele faz nascer o seu sol sobre bons e maus, e vir chuvas sobre justos e injustos. Se amardes os que vos amam, que fazeis de especial? não fazem os publicanos também o mesmo? Se saudardes os vossos irmãos somente, que fazeis de mais? não fazem os gentios o mesmo? Sede vós, pois, perfeitos como vosso Pai celestial é perfeito. "

A perfeição, portanto, vem da conjugação do verbo amar, segundo o paradigma acima exposto. Ninguém é filho de Deus enquanto não ama indistintamente. Os filhos são herdeiros dos pais. Deus é amor. O verbo amar é eminentemente transitivo e essencialmente ativo. É um verbo cuja ação incoercível não conhece limites em suas expansões. Os verbos são a alma da linguagem, e o verbo amar é mais do que isso, porque é o espírito, é a vida da Religião. A Fé sem amor, é morta, não regenera, não aperfeiçoa, não salva. Jesus Cristo é o verbo amar que tomou forma, que se fêz carne.


"Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: Em vos amardes mutuamente como eu vos amei. " Em tal importa o verdadeiro sinal que distingue o cristão.


Amai e fazei depois tudo o que vos aprouver —disse Santo Agostinho. O amor sobrepuja a fé, a esperança, a beneficência, o profetismo e o sacrifício —preceitua o Apóstolo dos Gentios. No amor se contém a lei e os profetas — rezam os Evangelhos.


Fora do amor não há salvação — sentencia o Espiritismo.


mt 7:22
Na Seara do Mestre

Categoria: Livro Espírita
Ref: 3373
Capítulo: 3
Vinícius
Um homem tinha dois filhos. Chamando o primeiro, disse-lhe: 'Filho, vai, hoje, trabalhar na minha vinha'. Este, porém, retruca: 'Não quero ir'. Mais tarde, tocado de arrependimento, foi. Chegando-se ao segundo, disse-lhe o mesmo, isto é: Vai trabalhar na minha vinha'. 'Irei, senhor', retrucou o filho, mas não foi. Qual dos dois fez a vontade do pai?".

(MATEUS, 21:2 8 a 31.)


Eis o conto evangélico em sua singeleza arrebatadora. Meditemo-lo. Comecemos analisando as personagens que nele figuram. Trata-se apenas de um pai e dois filhos.


Aquele, como imagem da Divindade, estes personificando os homens em geral. O pai dirige a ambos os filhos o mesmo apelo: Ide, hoje, trabalhar na minha vinha. Um deles acolhe favoravelmente o convite, prometendo atendê-lo, porém fica somente na promessa. Outro, rejeitando, de modo peremptório, o chamamento paterno, declara abertamente que não irá; mais tarde, refletindo, arrepende-se e vai. Qual dos dois fez a vontade do pai? Tal a pergunta.


A parábola põe em evidência as duas mentalidades religiosas de todos os tempos: a aparente e a real; aquela que se manifesta em intenções e promessas, em aparências e exterioridades, cultos e cerimoniais; e a que se revela em fatos concretos, no procedimento e na conduta retilínea ditada pela consciência dos crentes. Uma, que se pode, com justeza, comparar às parras, e outra, aos frutos abundantes e sazonados. Essas duas categorias de religiosos estão, pois, prefiguradas nos dois filhos: um que diz: "Já vou, meu pai", deixando, porém, de cumprir o prometido. Outro que se nega francamente a anuir à solicitação paterna; todavia, ulteriormente, refletindo, arrepende-se e vai.


Quando, pois, quisermos saber onde estão os cristãos, devemos procurá-los, não entre os que exteriormente se dizem tais, mas no meio daqueles cujos atos reflitam o espírito de justiça, tolerância, renúncia e fraternidade, únicos característicos que assinalam os verdadeiros discípulos de Jesus. É pelos frutos e não pelas ramas e folhas que se conhece a árvore. Res, non verba [Fatos e não palavras].


Encaremos, em seguida, outro aspecto importantíssimo deste modesto conto evangélico.


Notemos bem a atitude do pai daqueles dois filhos, pois essa atitude reflete claramente as condições em que os homens se acham em relação a Deus, o Pai comum de toda a Humanidade. Ele dirigiu aos filhos um simples e natural chamamento, e o fez de modo que eles pudessem, sem constrangimento, aceitá-lo ou não. Não prometeu recompensas e favores ao que o atendesse, nem punição ao que o desobedecesse. Concedeu-lhes liberdade de ação.


Espelha-se aí, nitidamente para os que tiverem olhos de ver, as relações em que estamos, nós, os homens, em face da Lei Natural que nos rege os destinos. A lei é clara e simples, serena e justa. Um apelo, apenas: "Vai, hoje, trabalhar na minha vinha", isto é, cumpre o teu dever; corrige-te, aperfeiçoa-te procurando conhecer-te a ti mesmo. Não faças a outrem o que não desejas que os outros te façam.


Ama o próximo como a ti mesmo, de vez que a cada um será dado segundo as suas obras, e não conforme a crença que adote, ou, ainda, as cerimônias que pratique. Naquele dia, muitos dirão: "Senhor, Senhor, nós profetizamos em teu nome, entoamos cânticos em teu louvor, expelimos demônios e obramos milagres invocando tua presença; mas eu lhes direi abertamente: Não vos conheço; apartai-vos de mim, vós todos que vivestes na iniquidade". (Mateus, 7:22 e 23.) Ainda uma vez: Res, non verba.


São dignas de nota as lições desta historieta cuja simpleza condiz tão bem com a humildade e a sabedoria da escola cristã. Quanta nobreza e eloquência encerra a compostura do pai destes dois filhos! Na sua serenidade, vê-se que ele conhece profundamente o temperamento dos filhos e sabe a maneira eficaz de conduzi-los. Conhece também as consequências — decorrentes da desobediência — que recairão sobre eles. Age, por isso, como onisciente e onipotente. Não tem pressa: confia e espera. Não ameaça com penalidades os desobedientes, nem acena com prêmios e pagas para ser atendido e respeitado. Não quer servos nem lacaios: quer filhos que reflitam o caráter e as qualidades paternas.


Portanto, não age nem humilha: dá liberdade.


Repetimos: quanta nobreza e quanta excelência na atitude dessa figura paterna concebida e plasmada pelo Divino Mestre para nos instruir e esclarecer acerca das relações entre Deus e os homens! Está patente, neste transe da parábola, o livre-arbítrio relativo que gozamos. Em tal, importa a condição de responsabilidade, e, consequentemente, do mérito ou demérito de cada um.


A liberdade é o meio de realizar a evolução dos seres racionais e conscientes. Sem ela não há ação imputável. Dizem que a liberdade é perigosa. Seja; todavia é só no regime da liberdade que se consegue promover o aperfeiçoamento individual. Sem essa condição, jamais se logrará formar e Iconsolidar caracteres, jamais se conseguirá criar personalidades. O bem e o belo, as artes sob suas várias modalidades, as especulações científicas e filosóficas, assim como o sentimento de dignidade e altruísmo, só medram nos climas desanuviados, forros de restrições humilhantes, nos terrenos abertos, banhados pela luz e pelo calor vivificantes do sol da liberdade. A servidão e a doblez são incompatíveis com aqueles que já descobriram em si a origem divina, a centelha sagrada que refulge em suas almas.


Tirai, diz o eminente tribuno e filósofo Castelar, a liberdade da arte, e a arte converter-se-á em algo mais instintivo que o canto das aves; tirai-a do trabalho, e o trabalho se transformará no movimento cego e monótono das máquinas; tirai-a dos afetos, e os afetos, essas grandes molas espirituais, se reduzirão a alguma coisa menos apreciável que os amores brutais das feras;


tirai-a da política, e os povos cairão na indiferença, no marasmo e na apatia sonolenta dos muçulmanos; tirai-a da moral e não haverá mais ação imputável, desaparecendo a responsabilidade; tirai-a, finalmente, da religião e tereis convertido esse liame divino, esse código sublime para a vida e para a morte, em ordenança de polícia, fazendo de Deus agente de ordem pública, esse mesmo Deus que deu a lei de atração aos mundos, para que cumpram a sua eterna harmonia, e a lei da liberdade aos homens, para que estabeleçam uma harmonia mais excelente ainda: a harmonia da justiça.


A ideologia cristã é essencialmente liberal. O seu objetivo é tornar os homens independentes, conforme se infere de todos os postulados evangélicos. São Paulo, o destacado vexilário da fé, dizia com entusiasmo: "Onde há o espírito do Cristo, aí há liberdade". (II Coríntios, 3:17.) A recíproca a essa sentença não pode deixar de ser esta outra: Onde domina a servidão, ostensiva ou disfarçada, em todas as esferas de atividade humana, servidão imposta à força ou mantida por meios e processos dissimulados, aí reina o anticristo.


No entanto, ao fazermos a apologia da liberdade como direito natural, apressamo-nos em declarar que todo direito nasce do dever. Quem não cumpre os seus deveres acabará perdendo os seus direitos, isto não só em relação aos indivíduos como também no que respeita aos povos e às nações.


Aqui se funda o dizer de Jesus: "Permanecendo nas minhas palavras, sereis meus discípulos e conhecereis a verdade e a verdade vos fará livres". (João, 8:31 e 32.) Na verdade, no curso da vida, resume-se no dever de viver, e viver honestamente, honrando e dignificando a vida, tanto a própria quanto a alheia, de vez que a vida é a suprema graça, é a herança sagrada havida do Pai celestial.


* * *

Respigando ainda na seara fértil que se nos depara nesta passagem, consideremos a obediência sob seu duplo aspecto, isto é, como virtude que faz jus ao respeito e à admiração, e como expressão de fraqueza ou de vilania.


A obediência só é virtude, e, nesse caso, digna de ser cultivada, quando é espontânea, voluntária e natural, exatamente como no gesto de um dos protagonistas da parábola ora em estudo. É essa obediência que devemos ao nosso Criador e para a qual Ele nos deseja conquistar. Sim, notemos bem, dizemos conquistar, porque Deus não impõe: conquista, granjeia a obediência de seus filhos. A espontaneidade é o característico essencial de toda virtude. A obediência constrangida, determinada por autoridade, por mais legítima que se pretenda essa autoridade, carece de valor moral. A obediência que procede do terror é covarde, é simulada; a que resulta do interesse, ou seja, do propósito de alcançar recompensas presentes ou futuras é venal. Aquele que obedece por medo é pusilânime, e o que faz visando a lucros é negocista. Em nenhum dos casos existe virtude, ambos revelam frouxidão de caráter. Importa, outrossim, em verdadeira heresia pretendermos obedecer ou agradar a Deus para evitar punições ou obter favores. Ele sonda os recônditos mais íntimos do coração humano e conhece perfeitamente bem quais os fatores que determinam os nossos atos e as nossas atitudes. Cumpre, pois, que o obedeçamos assim como o devemos adorar: em espírito e em verdade, tal como Jesus ensinou à mulher samaritana.


Os que se amoldam à falsa obediência constrangem a consciência própria, envilecem-se e se degradam. Aqueles, porém, que cultivam a verdadeira, promovem a emancipação pessoal, acelerando o curso de sua evolução. Tal é a obediência nobre e altiva do homem livre que, de moto próprio, delibera e age, assim como procedeu, atentemos bem, um dos filhos da parábola que estamos comentando. Aquela outra é a obediência do escravo que se movimenta e se agita, ora temendo o azorrague, ora visando a proventos. Tanto o medo como a cobiça são manifestações positivas de inferioridade. A obediência-virtude, que exclui cálculos, é lúcida, é fruto do raciocínio, é filha da gratidão. Aquele moço que, a princípio, rejeitou o convite paterno, mais tarde, entregue às suas próprias cogitações, arrependeu-se, e, voluntariamente, tomou a resolução de ir à vinha do pai. O arrependimento é consequência natural da confissão íntima da conduta individual. Logo, a obediência-virtude nasce da luz, é luminosa, é racional. O filho desobediente que aparece neste apólogo foi vencido pelo sentimento da gratidão que aflorou em sua consciência. Ele reconheceu o direito paterno, originado do amor, desse amor que leva os pais a renunciarem a tudo pela felicidade dos filhos.


Esse é, em realidade, o sentimento que Deus suscita no coração dos pecadores, seus filhos transviados.


* * *

Insistimos ainda na natureza daquele pedido suave e doce que o bondoso e sereno genitor dirigia aos seus filhos:


"Ide, hoje, trabalhar na minha vinha".


Ide, hoje.


O chamamento divino tem sempre esse cunho de atualidade. A hora vem e agora é; são chegados os tempos — assim dizia, há vinte séculos, o Enviado celeste. A palavra do Céu não é para amanhã, é para hoje mesmo, é para o momento.


Deus está no eterno presente. Sua ação é sempre atual.


Quando o descobrimos dentro de nós, opera-se o nosso nascimento espiritual: começamos, desde logo, a viver a vida imortal.


Mas, afinal, que significa trabalhar no vinhedo do Senhor? Esse labor estará, acaso, representado nas grandes metrópoles com os seus arranha-céus, seus palácios, teatros, catedrais, caminhos de ferro, viaturas que devoram distâncias em poucos minutos, como os autos e aviões; estará no rádio, na televisão e em outras tantas expressões do progresso material, de que tanto se ufanam os homens do século, e ao qual, impropriamente, denominam de civilização? A resposta negativa a esta pergunta, estamos a ouvi-la no troar dos canhões, no sibilar das balas, no bombardeio de cidades abertas, no talar dos campos e das searas, na carnificina bárbara e cruel que ensopa o solo de sangue e de lágrimas, quando Deus determinou que ele fosse regado com o suor do nosso rosto. A resposta negativa, ao quesito acima formulado, está, pois, na conduta humana, completamente divorciada, não digamos já da moral evangélica, mas da lei vetusta, que séculos antes do advento cristão foi dada a Moisés, no Sinai: "Não matarás!". (Êxodo, 20:13.) Decididamente a obediência cega, ditada pelas autoridades humanas, abriu falência. Dogmas e decretos não atingem a consciência nem o coração humano. Os fatos confirmam a nossa assertiva. O mundo precisa ser cristianizado. Só a moral cristã, revivida em sua simplicidade e pureza primitiva, tem poder para salvá-lo.



 Auta de Souza

mt 7:14
Auta de Souza

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 26
Francisco Cândido Xavier
 Auta de Souza

   Vai, minha boa irmã, segue, aproveita

  A existência esposada com Jesus!…

  Atende ao pobrezinho, aos órfãos nus,

  Não desprezes os bens da “porta estreita”. (Mt 7:14)


   É feliz para sempre a alma que aceita

  O testemunho em lágrimas da cruz.

  A dor do sacrifício é como a luz

  Que abre o caminho para a “vida eleita”.


   Guarda a esperança pela vida em fora,

  Sê a verdade e o bem para quem chora,

  Não te atormente a estrada mais sombria.


   Vence as tristes jornadas escabrosas,

  E hás de ver a manhã de luz e rosas

  Na claridade eterna da alegria!…




(“” — GEF 1ª edição 20-6-1962.)



Humberto de Campos

mt 7:16
Boa Nova

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 10
Francisco Cândido Xavier
Humberto de Campos

As primeiras peregrinações do Cristo e de seus discípulos, em torno do lago,  haviam alcançado inolvidáveis triunfos. Eram doentes atribulados que agradeciam o alívio buscado ansiosamente; trabalhadores humildes que se enchiam de santas consolações ante as promessas divinas da Boa Nova.

Aquelas atividades, entretanto, começaram a despertar a reação dos judeus rigoristas, que viam em Jesus um perigoso revolucionário. O amor que o profeta nazareno pregava vinha quebrar antigos princípios da lei judaica. (Lv 24:17) (Ex 21:23) Os senhores da terra observavam cuidadosamente as palestras dos escravos, que permutavam imenso júbilo, proveniente das esperanças num novo reino que não chegavam a compreender. Os mais egoístas pretendiam ver no profeta generoso um conspirador vulgar, que desejava levantar as iras populares contra a dominação de ; outros presumiam na sua figura um feiticeiro incomum, que era preciso evitar.

Foi assim que a viagem do Mestre a Nazaré (Mt 13:53) redundou numa excursão de grandes dificuldades, provocando de sua parte as observações quase amargas que se encontram no Evangelho, com respeito ao berço daqueles que o deveriam guardar no santuário do coração. Não foram poucos os adversários de suas ideias renovadoras que o precederam na cidade minúscula, buscando neutralizar-lhe a ação por meio de falsas notícias e desmoralizá-lo, argumentando com informações mal alinhavadas de alguns nazarenos.

Jesus sentiu de perto a delicadeza da situação que se lhe criara com a primeira investida dos inimigos gratuitos de sua doutrina; mas, aproveitou todas as oportunidades para as melhores ilações na esfera do ensinamento.

No entanto, o mesmo não aconteceu a seus discípulos. e chegaram a questionar seriamente com alguns senhores da região, trocando palavras ásperas, em torno das edificações do Messias. As gargalhadas irônicas, as apreciações menos dignas lhes acendiam no ânimo propósitos impulsivos de defesas apaixonadas. Não faltavam os que viam no Senhor um servo ativo do espírito do mal, um inimigo de , um assecla de príncipes desconhecidos, ou de traidores ao poder político de Ântipas. Tamanhas foram as discussões em Nazaré,  que os seus reflexos nocivos se faziam sentir fortemente sobre toda a comunidade dos discípulos. Pedro e advogavam a causa do Mestre com expressões incisivas e sinceras. aborrecia-se com a análise dos companheiros. protestava, expressando o desejo de instituir debates públicos, de maneira a evidenciar-se a superioridade dos ensinos do Messias, em confronto com os velhos textos.

Jesus compreendeu os acontecimentos e, calmamente, ordenou a retirada, afastando-se da cidade com tranquilo sorriso.

Não obstante a determinação e apesar do regresso a Cafarnaum, a maioria dos apóstolos prosseguiu em discussão, estranhando que o Mestre nada fizesse, reagindo contra as envenenadas insinuações a seu respeito.




Daí a alguns dias, obedecendo às circunstâncias ocorrentes naquela situação, Pedro e Filipe procuraram avistar-se com o Senhor, ansiosos pela claridade dos seus ensinos.

— Mestre, chamaram-vos servo de Satanás e reagimos prontamente! — dizia Pedro, com sinceridade ingênua.

— Observávamos que por vós mesmo nunca oporíeis a contradita — ajuntava Filipe, convicto de haver prestado excelente serviço ao Mestre bem-amado — e por isso revidamos aos ataques com a maior força de nossas expressões.

Não obstante o calor daquelas afirmativas, Jesus meditava com uma doce placidez no olhar profundo, enquanto os interlocutores o contemplavam, ansiando pela sua palavra de franqueza e de amor.

Afinal, saindo de suas reflexões silenciosas, o Mestre interrogou:

— Acaso poderemos colher uvas nos espinheiros? (Mt 7:16) De modo algum me empenharia em Nazaré numa contradita estéril aos meus opositores. Contudo, procurei ensinar que a melhor réplica é sempre a do nosso próprio trabalho, do esforço útil que nos seja possível. Nesse particular, não deixei de operar na minha esfera de ação, de modo a produzir resultados a nossa excursão à cidade vizinha, tornando-a proveitosa, sem desdenhar as palavras construtivas no instante oportuno. De que serviriam as longas discussões públicas, inçadas de doestos e zombarias? Ao termo de todas elas, teríamos apenas menores probabilidades para o triunfo glorioso do amor e maiores motivos para a separatividade e odiosas dissensões. Só devemos dizer aquilo que o coração pode testificar mediante atos sinceros, porque, de outra forma, as afirmações são simples ruído sonoro de uma caixa vazia.

— Mestre — atalhou Filipe, quase com mágoa —, a verdade é que a maioria de quantos compareceram às pregações de Nazaré falava mal de vós!

— Mas, não será vaidade exigirmos que toda gente faça de nossa personalidade elevado conceito? — interrogou Jesus com energia e serenidade. — Nas ilusões que as criaturas da Terra inventaram para a sua própria vida, nem sempre constitui bom atestado da nossa conduta o falarem todos bem de nós, indistintamente. Agradar a todos é marchar pelo caminho largo, onde estão as mentiras da convenção. Servir a Deus é tarefa que deve estar acima de tudo e, por vezes, nesse serviço divino, é natural que desagrademos aos mesquinhos interesses humanos. Filipe, sabes de algum emissário de Deus que fosse bem apreciado no seu tempo? Todos os portadores da verdade do Céu são incompreendidos de seus contemporâneos. Portanto, é indispensável consideremos que o conceito justo é respeitável, mas, antes dele, necessitamos obter a aprovação legítima da consciência, dentro de nossa lealdade para com Deus.

— Mestre — obtemperou Simão Pedro, a quem as explicações da hora calavam profundamente —, nos acontecimentos mais fortes da vida, não deveremos, então, utilizar as palavras enérgicas e justas?

— Em toda circunstância, convém naturalmente que se diga o necessário, porém, é também imprescindível que não se perca tempo.

Deixando transparecer que as elucidações não lhe satisfaziam plenamente, perguntou Filipe:

— Senhor, vossos esclarecimentos são indiscutíveis; entretanto, preciso acrescentar que alguns dos companheiros se revelaram insuportáveis nessa viagem a Nazaré: uns me acusaram de brigão e desordeiro; outros, de mau entendedor de vossos ensinamentos. Se os próprios irmãos da comunidade apresentam essas falhas, como há de ser o futuro do Evangelho?

O Mestre refletiu um momento e retrucou:

— Estas são perguntas que cada discípulo deve fazer a si mesmo. Mas, com respeito à comunidade, Filipe, pelo que me compete esclarecer, cumpre-me perguntar-te se já edificaste o Reino de Deus no íntimo do teu espírito.

— É verdade que ainda não — respondeu, hesitante, o apóstolo.

— De dentro dessa realidade, podes observar que, se o nosso colégio fosse constituído de irmãos perfeitos, teria deixado de ser irrepreensível pela adesão de um amigo que ainda não houvesse conquistado a divina edificação.

Ambos os discípulos compreenderam e se puseram a meditar, enquanto o Cristo continuava:

— O que é indispensável é nunca perdermos de vista o nosso próprio trabalho, sabendo perdoar com verdadeira espontaneidade de coração. Se nos labores da vida um companheiro nos parece insuportável, é possível que também algumas vezes sejamos considerados assim. Temos que perdoar aos adversários, trabalhar pelo bem dos nossos inimigos, auxiliar os que zombam da nossa fé.

Nesse ponto de suas afirmativas, Pedro atalhou-o, dizendo:

— Mas, para perdoar não deveremos aguardar que o inimigo se arrependa? E que fazer, na hipótese de o malfeitor assumir a atitude dos lobos sob a pele da ovelha?

— Pedro, o perdão não exclui a necessidade da vigilância, como o amor não prescinde da verdade. A paz é um patrimônio que cada coração está obrigado a defender, para bem trabalhar no serviço divino que lhe foi confiado. Se o nosso irmão se arrepende e procura o nosso auxílio fraterno, amparemo-lo com as energias que possamos despender; mas, em nenhuma circunstância cogites de saber se o teu irmão está arrependido. Esquece o mal e trabalha pelo bem. Quando ensinei que cada homem deve conciliar-se depressa com o adversário, (Mt 5:25) busquei salientar que ninguém pode ir a Deus com um sentimento de odiosidade no coração. Não poderemos saber se o nosso adversário está disposto à conciliação; todavia, podemos garantir que nada se fará sem a nossa boa vontade e pleno esquecimento dos males recebidos. Se o irmão infeliz se arrepender, estejamos sempre dispostos a ampará-lo e, a todo momento, precisamos e devemos olvidar o mal.

Foi quando, então, fez Simão Pedro a sua célebre pergunta:

— “Senhor, quantas vezes pecará meu irmão contra mim, que lhe hei de perdoar? Será até sete vezes?”

Jesus respondeu-lhe, calmamente:

— Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete. (Mt 18:21)




Daí por diante, o Mestre sempre aproveitou as menores oportunidades para ensinar a necessidade do perdão recíproco, entre os homens, na obra sublime da redenção.

Acusado de feiticeiro, de servo de Satanás, de conspirador, Jesus demonstrou, em todas as ocasiões, o máximo de boa vontade para com os espíritos mais rasteiros de seu tempo. Sem desprezar a boa palavra, no instante oportuno, trabalhou a todas as horas pela vitória do amor, com o mais alto idealismo construtivo. E no dia inesquecível do Calvário, em frente dos seus perseguidores e verdugos, revelando aos homens ser indispensável a imediata conciliação entre o Espírito e a harmonia da vida, foram estas as suas últimas palavras — “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!…” (Lc 23:34)


(.Irmão X)


Autores diversos

mt 7:16
Páginas de fé

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 19
Francisco Cândido Xavier
Autores diversos

Nossas obras são os sinais que endereçamos ao mundo que nos cerca.

Por elas, criamos no círculo em que vivemos pensamentos, palavras e ações que, por força da Lei, reagem sobre nós, deprimindo-nos ou levantando-nos, iluminando-nos o coração ou obscurecendo-nos a mente, segundo o bem ou o mal em que se estruturam.

Não te esqueças de que a nossa trajetória entre as criaturas fala silenciosamente por nosso espírito.

Não é preciso tenhamos o verbo a desarticular na exposição desvairada do sofrimento, para recebermos a cooperação de companheiros, porque, se a nossa plantação de simpatia e trabalho está bem tratada, a assistência espontânea do próximo vem, de imediato, ao nosso encontro.

Por outro lado, não é necessário mergulhar a palavra nas alegações brilhantes do desculpismo, para inocentar-nos à frente dos outros, porque, se as nossas obras não são recomendáveis, a própria vida, na pessoa dos nossos semelhantes, nos relega a transitório abandono, a fim de que, na consequência purgatorial de nossos próprios erros, venhamos a curtir provações amargas que nos restaurarão o equilíbrio, à maneira de remédio [preciosos e] salutar.

Não olvides que os [nossos] atos são as legítimas expressões do nosso idioma pessoal, no campo do mundo.

Faze o bem e a luz sorrirá em tua alegria. Faze o mal e a sombra se te expandirá das próprias lágrimas.

Disse Jesus: — “pelos frutos os conhecereis” (Mt 7:16) — e, consoante os princípios que nos regem a luta, as nossas próprias obras falarão por nós, à frente da Humanidade, decretando-nos a ascensão ou a queda, a bem-aventurança ou a aflição.




(Psicografia de Francisco C. Xavier)


O conteúdo acima, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes], consta de uma mensagem publicada no Reformador em abril de 1956 e pelo em 1993, é a 5ª lição do livro “”.



Wallace Leal Valentim Rodrigues Ulysses Baldez (ilustrações)

mt 7:18
Coisas Deste Mundo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Cornélio Pires
Wallace Leal Valentim Rodrigues Ulysses Baldez (ilustrações)

O volume que temos à mão não é, exatamente um livro. É antes, o desenho de produção, em moldes cinematográficos, de ideias de filmes versando sobre a reencarnação.

É uma tentativa pioneira, tanto no que tange ao Espiritismo, quanto a bibliografia em geral e a comunicação de massas.

Sua história?… Curiosa, quase fantástica.

Através da psicografia de Francisco Cândido Xavier, o Espírito de Cornélio Pires nos enviava um material que, aparentemente, não passava de uma série de quadros sobre a reencarnação.

Examinando-os detidamente, uma grande surpresa se apossou de nós. Uma luz vermelha se acendeu. Havia algo ali!

Com extrema habilidade e um malabarismo surpreendente de síntese, Cornélio Pires construíra as quadras de modo que, duas das primeiras linhas, relacionavam-se à CAUSA; as duas seguintes, ao EFEITO, nos parâmetros da Lei da Reencarnação.

A elaboração, — como se pode ter uma ideia, — implica um trabalho intenso por parte do autor espiritual, que desenvolve os seus temas em 143 quadras divididas em nada menos de 24 capítulos variados, todos eles no esquema palingenésico.

A surpresa não é menor, mesmo sabendo-se que Cornélio Pires, encarnado, foi um autor de sínteses sumaríssimas.. Não foi romancista; não possuía estrutura de ficcionista. Era um autor de narrativas curtas. Não obstante, dele não se pode dizer que tinha imaginação escassa. Pelo contrário! Este volume prova em seu favor.

Não foi fácil, com quatro sucintas linhas, oferecer, visualmente, os lances propostos, os flagrantes da AÇÃO, imediatamente seguidos pelos da REAÇÃO.

Mas, obviamente; era isso que o Espírito propunha.

Ele oferecia, versificada, uma espécie de sinopse do “scripf” e, a nós outros, cabia situar os personagens em suas paisagens, dar-lhes as roupas das épocas ou situações, levantar cenários para o lance a ser representado, e, finalmente, apropriar os diálogos que seriam trocados através do recurso já clássico dos “baloons”.

Em cada quadra, necessariamente, os intérpretes deviam ser vistos duas vezes: na AÇÃO e na REAÇÃO.

Em termos de comunicação de massa, a obra é urra achado.

Em cada trova, espécie de telegrama rimado, há levado à perfeição, o cuidado na objetividade da mensagem folkcomunicada, a tentativa de, sem nenhum processo de deformação, — integrá-la ao pensamento e à necessidade do leitor.

Tido hoje como “o pioneiro do folclore paulista”, denominado sociólogo e até mesmo antropologista cultural, não possuía, na realidade, formação universitária.

Leva, contudo, enorme vantagem até mesmo em relação a muitos vultos do sofisticado folclore da atualidade, donos de vários idiomas e de vastas estantes especializadas.

Encarnado tinha as virtudes indispensáveis frequência íntima com a gente do mato. Entrava nos casebres, pescava, tomava café, jogava truco, proseava, penetrando sorrateiramente na sociedade caipira, hoje em decadência, mas esplêndida de vitalidade naqueles dias.

Se fosse um elegante folclorista da atualidade, os caipiras o receberiam com hostilidade passiva, fechar-se-iam como sensitivas, escondendo do intruso o seu viver, seus hábitos e costumes.

Cornélio Pires igualava-se a eles. Era o Nhô Cornelo. O poeta era um notável observador, arguto, dotado de extraordinária memória verbal e visual, um pintor sem pincel. Enquanto caçava, dançava e proseava, ia anotando mentalmente tipos, mímica, canções e desafios, lendas, processos de cultura agrícola, costumes, festas, tradições, paisagens, superstições, as dores e alegrias dos João Matoso, das Nha Maricas, dos Zé Bino que emergem, da sua “Enciclopédia de Anedotas e Curiosidades”, na obra psicografada.

Isso prova enormemente em favor da psicografia de Francisco Cândido Xavier.

Por detrás de cada quadra, ilustrada ou não, de cada “anedota palingenésica”, há uma soma de proposições de primeira ordem, visando, ao mesmo tempo, — com recursos intelectuais e gráficos, o entretenimento e a educação do espírito.

Cornélio Pires, mais uma vez, transmite coisas simples e úteis, visando o bem-estar do homem, prevenindo-o contra as adversidades, anunciando-lhe bons tempos para.os empreendimentos.

Encarnado, o que lhe faltava em cultura e sobrava-lhe em capacidade de ver, desponta agora, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, propositadamente sem a erudição da Terra, — flecha de curto alcance, — em naturais advertências, inteligentes e lúcidas.

Desencarnado, o que viu e levou desta crosta, não se desfigurou. Não tem, como não teve, intenções satíricas ou mordazes; ama tão profundamente quanto amou . Compreende tanto quanto compreendeu. Mas o que se potencializou foi o seu poder de fixação da alma humana em seus tipos, sobretudo na cultura caipira, só que, no momento, sob o microscópio da reencarnação.

Já em outras situações, igualmente pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, ele enfrentou temas da sobrevivência humana. Em “O Espírito de Cornélio Pires”, 1965, edição da FEB, — conforme apreciação do escritor, Dr. Elias Barbosa, — a  sua… “tônica principal é o combate à avareza, descrevendo Cornélio, para tanto, autênticos personagens que poderiam competir com um Harpagon,  de Moliere, ou um Pal Gorlot, de Balzac” .   Não é um filósofo reencarnacionista, — este é  um título que ele recusaria. É o folclorista da reencarnação — sem diploma.

Ainda recentemente, pelo Suplemento Literário  de “O Estado de São Paulo”, o escritor Macedo Dantas perguntava:   “Esse Cornélio Pires não está superado? Não  era um mero contador de anedotas cuja graça a  morte diluiu?” 

Cornélio Pires não morreu e sua graça não se  diluiu.

Se por folclore entendermos o estudo e conhecimento das tradições de um povo, expressas nas  suas lendas, crenças, canções e costumes, sendo a  reencarnação convicção da maioria dos brasileiros,  Cornélio Pires completa e aglutina, preenchendo  uma lacuna.

Sendo assim, esta obra estabelece algo de novo no inédito em que consiste: a vinculação estreita entre o Espiritismo, o folclore e a comunicação  de massa em nível popular, em um tipo de transmissão de noticias e expressão de pensamento que,  hoje, com muita propriedade, podemos denominar  folkcomunicação, definindo-a como “o processo de intercâmbio de informações e manifestação de opiniões, ideias e atitudes da massa, através de agentes e meios ligados direta ou indiretamente ao folclore”.

Acreditamos que a obra, agora editada, graças à técnica empregada, — cenários inspirados na própria obra de Cornélio, figuras de almanaque, possa ser compreendida por olhos que não veem o cinema, por lábios de quem jamais, talvez, chegou ao quarto ano primário, sentidas pelos insensíveis às linhas e nuanças da arta dos salões e galerias.

As mensagens transmitidas por este processo comunicativo, singular, poderão produzir os mais decisivos efeitos no 5nimo e no comportamento da massa, apática às solicitações do jornalismo e da literatura ortodoxos.

Há, ainda, uma outra preocupação: demolir os terrores que, em alguns espíritos, desfiguram o processo reencarnativo. Cornélio Pires chega mesmo, por vezes, ao primor de torná-lo engraçado e pitoresco. Brincando, desmoraliza o aspecto de castigo, que a tantos aflige, modificando-o em abençoada alavanca do progresso sem fim do ser humano.

Com relação à alimentação na roça, — nesta obra há inúmeras citações, por exemplo, quanto à mandioca e à berinjela, — na obra de Cornélio Pires encarnado, a informação é tão rica e surge tão espontânea, que Antônio Cândido valeu-se do material em “Parceiros do Rio Bonito”, anotando que… “ele descreve os recursos virtuais do homem rural sem considerar a sua classe nem as possibilidades, o cardápio compatível com o momento, a situação financeira, o lugar”.

E a lição da reencarnação estará introjetada na compreensão filosófica popular.

Todo o esforço foi feito neste sentido.



Araraquara, 1977.



Honório Abreu

mt 7:25
O Caminho do Reino

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 24
Wagner Gomes da Paixão
Honório Abreu

"E por que não julgais também por vós mesmos o que é justo?" (LC 12:57). Esta indagação do Cristo contém todo um tratado de direito evolutivo, encerrando a beleza dos movimentos evolucionais que retiram o Espírito de sua elementar sobrevivência na base do instinto e o projeta, gradativamente, aos patamares do "juízo" sobre tudo o que o interessa essencialmente, em relação direta com o meio em que se desabrocha...


Num primeiro momento, a proposta de reconciliação com o "adversário" ou o "inimigo", inserta nas anotações de Lucas, no capítulo 12, versículos de 54 a 59 (LC 12:54-59), nos remete aos desafios emocionais intrínsecos - por si mesmos, condições fecundas de aprendizado moral, frente ao infinito da Vida. No entanto, a soma dos valores enunciados por Jesus, nesse passo do Evangelho, é por demais rica de instrumentos intelecto-morais, disponíveis à nossa apreciação. Didático, porque "senhor das probabilidades", o Mestre se reporta, a princípio, à capacidade humana de interpretar as forças climáticas, que definem períodos de chuvas ou de sol aberto, o que já nos inspira a deduzir que, no plano do progresso espiritual, o fulgor do sol é uma imagem de convite ao trabalho que nos remunera moralmente, capacitando-nos pelo mérito, enquanto as chuvas simbolizam o período das aferições morais, desafiando-nos interiormente: "Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos" (MT 5:45); "E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha" (MT 7:25).


A par do Evangelho do Cristo, que é a suprema riqueza deste Mundo, pelo seu sentido de eternidade em Deus, somente a Doutrina dos Espíritos, codificada por Allan Kardec, logrou equações que são preciosas "chaves" para a efetiva emancipação consciente do Ser, ensejando domínio do que é o destino e a evolução que se processam no Universo, sem qualquer nota dissonante. Muitos autores, inclusive Espíritos, dentro de uma linha espiritualista e mais individual, criaram sistemas que "amarram" o estudioso a ideias e proposta que, em essência, são indignas do Criador. Expressam algum esforço, mas faltalhes o cunho de universalidade e de harmonização plena dos temas que esses sistemas interpretativos tentam enfeixar e expor. O advento espírita ainda não foi perfeitamente compreendido, mas será ele, em sua essencialidade conceitual, que libertará o Evangelho de Jesus Cristo das garras interesseiras do materialismo ou do profissionalismo religioso de tantos milênios: "O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito" (JO 3:8).


Dentro dessa visão clara e discernida dos Espíritos superiores que fundaram no Mundo as balizas do Consolador Prometido, entendemos que cada criatura tem suas "medidas", e são essas "medidas" que lhe dão maior ou menor expressão moral, aplicada ao seu cotidiano: "Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus"(MT 5:48).


Na apreciação do versículo 58, do capítulo 12 de Lucas, vemos Jesus advertir sobre a necessidade de se livrar, no caminho, de nosso "litigante", antes de chegarmos à "autoridade" ou "magistrado", ou seja, o livre-arbítrio nos permite movimentos, escolhas, que são legítimos, até certo ponto. Qual a medida? - muitos indagarão. E as equações espíritas, interpretando os ensinos do Cristo, respondem: até o ponto em que nossa consciência, em despertamento contínuo, não nos imponha constrangimentos, aflições, fobias, temores, insegurança...


Em verdade, as experiências são imprescindíveis ao desbravamento do campo mental ("A mente é o espelho da vida em toda parte" - Pensamento e Vida, capítulo 1), e são elas, reunidas, que respondem pelo nível de progresso do Ser, por autorizar-lhe domínio sobre temas, sobre o trecho de vida percorrido, como base para novas projeções de sua inteligência e de sua sensibilidade moral. Mas essas experiências, ou os movimentos voluntários em busca dos interesses, deverão ser regulados pelo nível moral atingido até então pela criatura, e é isso que Jesus salienta no versículo citado ("Quando, pois, vais com o teu adversário ao magistrado"), ou seja, quando estamos no movimento próprio de aprendizado, de busca, de exercício de nossa cidadania cósmica, elaborando valores internos no trato com elementos externos.


É na caminhada que devemos discernir, e não quando a culpa ou o remorso se instauram (expiação). Sempre há tempo de corrigir o passo, de reprogramar a jornada, de refazer os planos: "Procura livrarte dele no caminho; para que não suceda que te conduza ao juiz, e o juiz te entregue ao meirinho, e o meirinho te encerre na prisão". Até o fechamento de ciclo, quando a expiação nos aprisione por insistência no erro, no vício, na deserção, temos uma medida que nos permite aprender sem nos comprometer: "Porque João veio a vós no caminho da justiça, e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isto, nem depois vos arrependestes para o crer" (MT 21:32).


Dentro das "medidas" que o processo evolutivo nos enseja, numa mesma existência, ou na somatória de várias existências, podemos nos "reconciliar" com o "adversário" (MT 5:25), pois o verdadeiro adversário está sempre dentro de nós e encontra ressonância em elementos que, no plano social, interpretam-no para nossa visão e sensibilidade (projeção, transferência): "Ou como podes dizer a teu irmão: Irmão, deixa-me tirar o argueiro que está no teu olho, não atentando tu mesmo na trave que está no teu olho? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então verás bem para tirar o argueiro que está no olho de teu irmão" (LC 6:42).


Assim, retornamos à proposta de Jesus no início dessa passagem: "E por que não julgais também por vós mesmos o que é justo?" É condição sine qua non aprender a discernir, não somente o "bem" do "mal", mas, igualmente, o "melhor" do "menos bom"!



Wesley Caldeira

mt 7:28
Da Manjedoura A Emaús

Categoria: Livro Espírita
Ref: 11457
Capítulo: 17
Wesley Caldeira
Wesley Caldeira
Jesus era chamado quase sempre de rabi, quer dizer, mestre.
Esse título não era oficial; era como o povo se dirigia aos que ensinavam e tinham discípulos.
O clero em Israel era formado por níveis hierárquicos, a começar pelo sumo sacerdote em exercício. O comandante do Templo era o assistente do sumo sacerdote e gerenciava os outros sacerdotes chefes. Esse cargo era pressuposto para se tornar sumo sacerdote.
Abaixo do comandante do Templo estava o sacerdote que regulava o revezamento dos 24 grupos de sacerdotes que, dispersos pela Judeia e pela Galileia, compareciam uma vez a cada 24 semanas em Jerusalém, alternadamente, para oficiar as atividades diárias do Templo junto à população (holocaustos, sacrifícios pelos pecados, sacrifícios de reparação e de comunhão). Cada grupo de sacerdotes possuía seu respectivo chefe. Todos somavam aproximadamente 7.200 sacerdotes.
Zacarias, pai de João Batista, era um deles, da classe de Abias, a oitava das 24 classes. Isabel, sua mulher, era filha de sacerdote. (LUCAS, 1:5.)
Nas festas, todos os grupos de sacerdotes eram convocados conjuntamente para suprir as enormes demandas de atividades.

Depois do chefe do revezamento semanal, estavam os chefes das quatro a nove seções diárias que faziam parte da seção semanal.
Na ordem hierárquica seguinte, vinha um sacerdote chefe destacado para zelar pela vigilância do Templo, que dispunha da guarda.
Mais abaixo na hierarquia, funcionavam pelo menos três sacerdotes chefes tesoureiros, com vários auxiliares. Eles administravam as finanças do Templo: as rendas, os capitais, os contratos, as vendas de oferendas e as compras.
Por fim, como assistentes subalternos estavam os levitas, que constituíam o “baixo clero”, sem serem sacerdotes, divididos igualmente em 24 seções semanárias. O grupo mais eminente de levitas era formado pelos cantores e músicos das liturgias do Templo. O outro grupo reunia os demais funcionários, cerca de 9.600 levitas: guardas, porteiros, faxineiros etc. Foi essa guarda levítica, reforçada pelos guardas do sumo sacerdote em exercício e por soldados romanos, que prendeu Jesus. (JOÃO, 18:3.) Alguns levitas tinham destaque no campo intelectual; eram escribas, como José Barnabé, um dos líderes da cristandade primitiva, companheiro de Paulo em sua primeira viagem apostólica.
O título de sacerdote e de levita músico era transmitido por herança. Não havia outra forma de aquisição dessas dignidades. Uma pesquisa detalhada da genealogia do candidato era feita nos arquivos do Templo para se verificar a pureza da descendência. A idade canônica para tornar-se sacerdote era de 20 anos.
Israel era uma teocracia. O clero se localizava no topo sociopolítico e econômico da classe alta, que era composta também pela nobreza leiga, não religiosa. A nobreza sacerdotal era fabulosamente rica, enquanto os sacerdotes comuns recebiam baixos salários.
Todos aqueles classificados como chefes tinham jurisdição sobre os demais sacerdotes e integravam o Sinédrio, a corte suprema da nação, junto com os sumos sacerdotes passados, os escribas e os anciãos, num total de 71 membros.

O Sinédrio, assim, tinha formação tríplice: sacerdotes, escribas e anciãos.
Aqueles chamados anciãos, ou, conforme LUCAS, 19:47, os “chefes do povo”, os notáveis, os grandes de Israel, representavam a nobreza leiga, os chefes de família não sacerdotes, de expressão política e econômico- financeira. Era o caso de José de Arimateia.
Grande parte dos membros da nobreza leiga eram saduceus.
Os saduceus constituíam um partido religioso fundado próximo de 250 a.C.; sua doutrina aceitava Deus, mas negava a ressurreição dos mortos, ou seja, a imortalidade da alma, e preceituava gozar o mais possível dos bens que a Providência divina favorecesse para a vida terrena. Uma vida sábia e honrada seria recompensada na vida física; o sucesso material seria símbolo de uma vida religiosamente pura. Pode-se dizer que eram os materialistas e sensualistas de Israel. Invariavelmente eram ricos, e os sacerdotes que ocupavam os lugares principais na hierarquia do Templo, sobretudo o sumo sacerdote, costumavam ser saduceus.
Após a guerra contra os romanos, entre 66 e 70 d.C., a nobreza leiga e a nobreza sacerdotal, saduceias, entram em declínio. Uma nova classe ascende, a dos escribas, os doutores da Lei.
Diferentemente dos nobres leigos e sacerdotes, os escribas não se baseavam em privilégio de origem, e alguns escribas famosos tiveram até sangue pagão. Pessoas de todas as camadas sociais podiam ser escribas, embora a maior parte deles fosse das camadas do povo, não abastadas: mercadores, artesãos, carpinteiros, fabricantes de tendas, trabalhadores diaristas, quase miseráveis, como o célebre Hilel, da Babilônia. Pouquíssimos escribas eram ricos na época de Jesus. Aqiba, o venerado doutor da Lei, e sua mulher dormiam sobre a palha no inverno; Yuda ben Elai tinha uma só capa, que ele e a mulher usavam alternadamente para sair, e seis dos seus discípulos só tinham um casaco para se cobrirem.
Nicodemos e Gamaliel (ATOS DOS APÓSTOLOS, 22:3), ao contrário, eram doutores de famílias nobres e ricas, e vestiam a túnica dos escribas de posses, em forma de filactérios, caindo até os pés, com longas franjas. (MATEUS, 23:5.)
Joachim Jeremias (2005, p. 320) salienta que o saber era o único e exclusivo fator do poder dos escribas. Quem desejasse se agregar a eles seguia um ciclo regular de estudos em alguns anos, passando de discípulo a rabi. Até os 40 anos, seria “doutor não ordenado”. Alcançada essa idade, era recebido, mediante ordenação, na corporação dos doutores. Estava, com isso, autorizado a fornecer pareceres sobre questões religiosas e legais, inclusive ser juiz em processos criminais e civis. Aliás, no século I, vários cargos importantes da administração pública, anteriormente ocupados apenas por sacerdotes e nobres, estavam dominados pelos escribas.
No tempo de Jesus, o título de rabi ainda era dado como título honorífico geral, mesmo a quem não houvesse adquirido formação acadêmica, ou rabínica. A designação estava em evolução. Só mais adiante seria reservada exclusivamente aos escribas ordenados.
O grande prestígio dos escribas se concentrava não somente no serem detentores do conhecimento, mas especialmente no serem portadores de conhecimentos esotéricos, não revelados aos leigos, a ciência secreta sobre as maravilhas da criação, do homem e de bar nasa, o “Filho do Homem”. Para essas questões, os ensinos eram particulares e versavam sobre teosofia e cosmogonia. Os ensinamentos esotéricos não constituíam teses isoladas, mas verdadeiros sistemas doutrinários atribuídos à inspiração divina. Do ponto de vista histórico e social, os escribas são os possuidores da ciência secreta de Deus e são os sucessores dos profetas. O povo venerava os escribas como antes fizera aos profetas. À passagem deles, as pessoas se levantavam; nos banquetes, ocupavam os primeiros lugares; nas sinagogas, lugares exclusivos eram destinados a eles. (JEREMIAS, 2005, p. 323-328.)
Jesus também reservara muitos ensinos estritamente aos ouvidos dos apóstolos e discípulos. Nicodemos, quando o visitou, estava interessado em aprofundamentos quanto ao reino de Deus e à salvação, e obteve a confirmação da reencarnação.
Na carta aos HEBREUS, 5:13 e 14, Paulo observa que a criancinha apenas amamenta, não pode degustar algo que curiosamente chama de “doutrina da justiça”; os adultos, porém, possuem o senso moral exercitado para discernir o bem e o mal, e recebem alimento sólido.
A ascensão dos escribas irá alterar profundamente a dinâmica da vida judaica, depois da queda do Templo, no ano 70. De uma aristocracia baseada no sangue, as comunidades israelitas passarão a ser dirigidas por uma aristocracia intelectual, baseada no mérito pessoal.
A maioria dos escribas era composta de fariseus, como fora Paulo, mas também havia escribas saduceus.
Os fariseus formavam um partido religioso de grande prestígio. Parte deles era constituída de escribas, notadamente os membros influentes. (JEREMIAS, 2005, p. 321.) Mas a maioria era do povo, sem formação de escriba.
Fariseu (perushim) significa separado: a “verdadeira comunidade de Israel”, “a comunidade santa” idealizada fazia mais de um século para duas finalidades: resistir à penetração das tendências gregas na cultura judaica e opor-se aos saduceus.
Os fariseus se sentiam mais judeus que os outros e eram conservadores ortodoxos dos preceitos da Lei, severos observadores das práticas exteriores e ostentadores de virtudes.
De origem contemporânea à dos essênios, viram-se os fariseus, com as lutas políticas e religiosas, valorizados junto à população, até que Herodes, o Grande, acabou por ceder-lhes honras e privilégios, projetando- os para dentro do Poder. Formavam um partido das massas, lutando, em termos sociais e religiosos, contra as pretensões da aristocracia saduceia. Se na ordem religiosa, no tempo de Jesus, os fariseus detinham predominante influência, inclusive definindo prescrições litúrgicas do Templo, na administração pública o seu domínio só iria sobrepor-se aos saduceus após a primeira guerra contra os romanos (66–70 d.C.). Na verdade, os fariseus formavam várias comunidades dentro de uma mesma cidade, com seus chefes e assembleias, como acontecia em Jerusalém, todas elas comprometidas em observar o regulamento geral da grande comunidade quanto às regras de pureza e quanto ao dízimo.
Ao mesmo tempo em que representavam o povo, recebendo uma adesão incondicional das massas, os fariseus se “separavam” da população que não observava as prescrições sobre pureza e dízimo. Joachim Jeremias (2005, p. 359) relata que o comércio, o casamento e a comensalidade com o não fariseu, suspeito de impureza, receberam proibições e limitações.
Na esteira das grandes religiões e correntes filosóficas da Antiguidade, essênios, saduceus e fariseus viviam, de variadas maneiras, isolados do povo.
Os essênios viviam em suas comunidades fechadas, sob as rigorosas regras de seus monastérios.
Os saduceus estavam encastelados em seus palácios e em suas posições no Templo, no ponto mais alto de um abismo socioeconômico e religioso.
Os fariseus se afastavam pelo impenitente preconceito religioso cultivado contra o homem comum.
E Jesus?
Jesus foi o rabi dos desfavorecidos e desprezados de Israel.
Exceção feita a alguns notáveis, era a boca do povo simples que se comprazia em chamá-lo raboni, mestrezinho.
A distância entre a camada social alta e a camada média e baixa fez que muitos dividissem as sociedades da Antiguidade em apenas duas classes — uma pequena classe superior e uma larga classe inferior. Os seguidores de Jesus pertenciam quase inteiramente à camada inferior.
A classe média era composta por não assalariados: artesãos com oficinas próprias, pequenos comerciantes, estalajadeiros etc.

A classe pobre (am ha’aretz – pessoas da terra) era formada pelos diaristas alugados, aqueles que garantiam a subsistência pelo trabalho assalariado (um denário por dia, mais a refeição). Também era integrada por aqueles (numerosos) que viviam da ajuda de terceiros ou do auxílio público: desempregados, mendigos, portadores de deficiências físicas ou mentais. A esses se juntavam, ainda, os escravos.
Jesus era de família muito pobre. Quando sua mãe compareceu ao Templo, após os quarenta dias do parto, para o sacrifício da purificação, ela precisou valer-se do “privilégio” dos pobres: em vez de ofertar o cordeiro de um ano e uma rolinha, apresentou duas rolinhas em substituição. (LUCAS, 2:24.) Cada rolinha custava um oitavo de denário, em Jerusalém. (JEREMIAS, 2005, p. 159.)
Ele não teve onde repousar a cabeça (MATEUS, 8:20); não levava dinheiro consigo, como revelaram os episódios do estáter16 encontrado na boca do peixe (MATEUS, 17:27) e do tributo a César (MATEUS, 22:21); e suas atividades missionárias eram subvencionadas pelos bens das mulheres discípulas (LUCAS, 8:3).
Desse quadro geral, entrevê-se a coragem de Jesus em desmascarar o comportamento dos saduceus, dos escribas e dos fariseus na exploração criminosa dos humildes, seja no episódio da expulsão dos vendilhões do Templo, seja na exprobação pública desses grupos.
Os escribas e os fariseus deveriam ser atendidos em todas as suas prescrições, mas não imitados em suas ações, porque não faziam o que diziam. (MATEUS, 23:1 a 3.) E as boas ações que praticavam, faziam-nas para serem vistos. Eram hipócritas, condutores cegos, sepulcros caiados por fora, raça de víboras, amigos do dinheiro (LUCAS, 16:14) e devoradores das casas das viúvas (MARCOS, 12:40).
Jesus não pretendeu criar um partido religioso, muito menos uma religião para o povo.
O reino de Deus que Ele anunciava está dentro das criaturas, e sua construção se desenvolve numa ligação com Deus em espírito e verdade. Deus “habita” a alma e não a magnificência dos templos.

Mas poucos séculos depois de Jesus, o movimento que Ele iniciou para difundir as leis morais e a ética desse reino sofreria uma grande e perniciosa transformação.
Nas primeiras comunidades cristãs, após a desencarnação dos apóstolos e dos primeiros discípulos, a direção dos trabalhos estava com aqueles que demonstrassem mais dons do Espírito e mais equilíbrio moral, ou santidade; isto é, a liderança se concentrava na autoridade espiritual e moral. No século II, entretanto, as comunidades começaram a ser dominadas pelas hierarquias. O poder dos bispos se sobrepôs ao valor dos dons espirituais (dos carismas) e da moralidade. Lentamente os dons espirituais passaram a ser malvistos. Os bispos se proclamavam sucessores dos apóstolos e elegiam patriarcas. O patriarca de Roma não demorou a sustentar sua supremacia sobre os outros patriarcados, lançando a base do papado, formalizado no século VII.
O termo “católico” vem do grego kata (junto) e holos (todo), designando o que é universal, o que abrange tudo e reúne todos. Inácio de Antioquia foi o primeiro a empregar esse termo para se referir à igreja cristã de Roma, no século II. No ano de 381, o caráter universal foi admitido como um atributo oficial da igreja romana, no concílio realizado em Constantinopla, colocando as demais igrejas abaixo dela.
Antes, porém, no Concílio de Niceia, primeiro concílio ecumênico da cristandade, em 325 d.C., ocorreu um dos marcos da desnaturação do ideal de Jesus. Nele, entre outros debates cristológicos, o arianismo foi apontado como doutrina herética. Para Arius, Jesus não era Deus. Para os bispos reunidos na cidade de Niceia, Jesus era Deus.
Contudo, algo mais grave iria acontecer no banquete celebrado na conclusão do Concílio de Niceia. Após o encerramento dos trabalhos, os bispos foram ao palácio do imperador romano Constantino e entraram com naturalidade, passando pela guarda real e pelo exército que fazia a segurança do lugar. Ingressando nos aposentos privativos do imperador, os bispos e patriarcas se reclinaram em torno da mesa, cercados por extremo conforto e, ao lado do imperador, esperavam que a criadagem servisse o fino repasto. O banquete do reino de Deus, anunciado na Boa-Nova como resultado da edificação espiritual do ser, estava sendo desfigurado em seu conceito, pois não se concilia com ambições de domínio exterior, principalmente as de influência e poder nos gabinetes da política do mundo.
Juan Arias (2001, p. 128), teólogo e filósofo que por quase quinze anos foi correspondente no Vaticano para o jornal El País, lembra que o governo central da Igreja foi copiado basicamente dos imperadores romanos: uma “monarquia absoluta”, “preocupada com os ricos e poderosos”, “contaminada pelos poderes mundanos e políticos”, que tirou “o ouro dos pobres para enriquecer seus templos”.
Jesus advertiu seus discípulos, quando censurava os maus escribas e os maus fariseus (MATEUS, 23:8 a 12):
— “Quanto a vós, não permitais que vos chamem ‘Rabi’, pois um só é o vosso Mestre e todos vós sois irmãos. A ninguém na Terra chameis ‘Pai’, que um só é o vosso Pai, o celeste. Nem permitais que vos chamem ‘Guias’, pois um só é o vosso guia, Cristo. Antes, o maior dentre vós será aquele que vos serve. Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado”.
Sendo assim, por que “padre”, do latim pater, “pai”? Por que “papa”, do grego páppas, “pai”?
Bonhoeffer, teólogo protestante morto num campo de concentração nazista, escreveu: “Jesus não chamou para uma nova religião, e sim para a vida”. (apud ARIAS, 2001, p. 131.)
A verdadeira religião de Jesus é a vida, mas uma vida em abundância com o próximo e com Deus.
“Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. (JOÃO, 10:10.)
Jesus é o guia e o modelo para uma vida espiritualmente farta. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. (JOÃO, 14:6.)

As multidões ficavam extasiadas com seu ensinamento, porque “as ensinava com autoridade”. (MATEUS, 7:28 e 29.)
Guia e modelo, com autoridade.
Dois títulos apenas Ele aceitou: Mestre e Senhor.
“Vós me chamais de Mestre e Senhor e dizeis bem, pois eu o sou”. (JOÃO, 13:13.)
16 N.E.: Moeda de prata que valia quatro denários.


Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

mt 7:1
Sabedoria do Evangelho - Volume 2

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 45
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 7:1-5


1. Não julgueis para que não sejais julgados,


2. porque com o juízo com que julgais, sereis julgados, e com a medida que usais, com essa vos medirão.


3. Por que vês o cisco no olho de teu irmão, mas não percebes a viga que tens no teu?


5. Hipócrita, tira primeiro a viga de teu olho e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho de teu irmão.


LC 5:37-38 e LC 5:41-42

37. Não julgueis e não sereis julgados; não condeneis e não sereis condenados; perdoai e sereis perdoados.


38. Dai e vos será dado; boa medida, recalcada, sacudida, transbordando vos porão no regaço; porque a medida com que medis, com essa medirão para vós.


41. Por que vês o cisco no olho de teu irmão, mas não percebes a viga que está no teu?


42. Como poderás dizer a teu irmão: "deixa-me tirar, irmão, o cisco de teu olho", se não vês a viga que está no teu? Hipócrita, tira primeiro a viga de teu olho e então enxergarás bem para tirar o cisco que está no olho de teu irmão.


É comum na humanidade o julgamento de nosso" companheiros de viagem. Habitual que tudo o que não está de perfeito acordo com nosso modo de entender as coisas seja, imediatamente, submetido a um tribunal sem apelação, passado em julgado e geralmente condenado. Embora aceitemos como natural o amor que sentimos por alguém, julgamos mal quando vemos qualquer companheiro amando outra criatura. Apesar de sentir-nos isentos da obrigação de ajudar alguém, logo julgamos e condenamos ao ver que outrem, nas mesmas circunstâncias, não dá ajuda. Achamos que é "abuso" quando alguém nos solicita certos favores, que pouco antes não hesitamos em fazer a outra pessoa. E assim por diante. São julgamentos precipitados, que olham apenas certas circunstâncias externas; são julgamentos maliciosos, por vezes temerários, emitidos sem conhecimento de causa; e são julgamentos inapeláveis, que não admitem contestação, e geralmente definitivos, dificilmente admitindo nós a possibilidade de voltar atrás.


Na frase de Jesus encontramos uma repetição das fórmulas talmúdicas, que diziam respeito à lei d "causa e efeito". Na Sota 1, 7 lemos: "a medida com que alguém mede, serve para que ele seja medido com ela". E são dados exemplos: Sansão pecara com os olhos, por isso os filisteus os furaram"; e ainda: " Absalão orgulhava-se de sua cabeleira, por isso ficou suspenso pelos cabelos" (Sota, 1, 8). Vários outros exemplos são dado: em Strack-Billerbeck, o. c., pág. 444 e 445.


Para esclarecer bem seu pensamento, Jesus traz o exemplo do cisco no olho, comparando-o com uma viga (hipérbole arrojada), que o julgador tenha no próprio olho. Como poderá alguém, que tenha um defeito maior, julgar e querer corrigir um defeito menor em seu irmão? Mas é o que frequentemente sucede. Não duvidamos em julgar, sem olhar para nós em primeiro lugar.


E o preceito vem a seguir: corrige-te antes, para depois julgares e corrigires os outros.


Lucas acrescenta mais um tópico; depois de assinalar que não devemos julgar, aduz: "não condeneis, para não serdes condenados". Com efeito, nestes casos o julgamento supõe a condenação, e é isso que deve ser evitado, pois se trata de um produto de nossa vaidade natural, que nos faz sempre julgar me lhores e superiores, mais virtuosos e menos defeituosos. Toda essa maneira de agir traz consequências desastrosas pelo carma que adquirimos.


O ensinamento visa muito à individualidade, que é avisada de não julgar as personalidade alheias.


Jamais podemos saber as causas longínquas e ocultas que levam certas personalidades a ter determinado comportamento. Há casos complicadíssimos, que não podem ser compreendidos por quem está fora do problema, não lhe conhecendo os antecedentes. Casos de amor que condenamos, e que, por vezes, são resgates cármicos. Casos de desvios "assustadores" na moralidade, que constituem experiências indispensáveis à evolução do "espírito". Caso, de homicídio que podem representar libertações definitivas à e mentalizações insistentes de vidas pretéritas. Tudo isso, ao lado de outros casos idênticos NA APARÊNCIA, e que realmente constituem quedas fragorosas e involuções morais e espirituais, a criar dolorosos resgates. Como podemos julgar, se não temos em mãos os dados para armar a equação desses caso que temos sob os olhos?


Qualquer julgamento é perigoso e temerário, arriscando-nos a ser injustos e a acarretar contra nós pesados débitos, não apenas pela divulgação do que imaginarmos, como sobretudo pela criação de formas mentais que coagirão aqueles sobre os quais lançamos nosso julgamento.


A obrigação, portanto; de nossa individualidade é primeiramente colocar a própria personalidade na linha certa, a fim de poder progredir em paz. Nada temos que ver com os outros, a não ser amá-los e a eles servir, sem levar em conta, jamais, qualquer ato ou palavra por eles realizado ou emitida.


Eduquemos de tal forma nosso pequeno eu, que o habituemos a desculpar sempre, embora as aparências estejam todas contra o infrator; acostumemo-nos a perguntar-nos: "neste caso, como teria agido eu"? E depois coloquemo-nos em nossa posição de observadores e tornemos a indagar: "e neste caso em que me acho, como agiria Jesus"?


Veremos que, com esse modo de agir, sustaremos qualquer veleidade de julgamento. Essa foi a ordem taxativa de Jesus, que continua sendo nosso Mestre Inefável e Sábio.


mt 7:1
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 19
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 18:1-5


1. Naquela hora chegaram-se os discípulos a Jesus perguntando: "Quem é, então, o maior no reino dos céus"?


2. 2 E tendo chamado Jesus uma criancinha, colocou-a no meio deles


3. e disse: "Em verdade vos digo que se não vos modificardes e não vos tornardes como as criancinhas: não podeis entrar no reino dos céus.


4. Quem, portanto, se diminua como esta criancinha, esse é o maior no reino dos céus,


5. e quem receba uma criancinha assim em meu nome, me recebe".


MC 9:33-37


33. E chegaram a Cafarnaum; e estando ele em casa perguntoulhes: "Sobre que pensáveis no caminho"?


34. Mas eles calaram-se, porque pelo caminho haviam conversado entre si qual (deles era) maior.


35. E sentando-se, chamou os doze e disse-lhes: "Se alguém quer ser o primeiro, seja o último de todos e o servidor de todos".


36. E tomando uma criancinha, colocou-a no meio deles e, abraçando-a, disse-lhes:


37. "Quem quer que receba uma criancinha assim em meu nome, a mim me recebe; e quem quer que me receba, não recebe a mim, mas aquele que me enviou".


LC 9:46-48


46. Surgiu um pensamento neles, sobre qual deles seria o maior.


47. Mas Jesus vendo o pensamento de seus corações, tomou uma criancinha e colocou-a junto de si e disselhes:


48. "Quem quer que receba esta criancinha em meu nome, a mim me recebe; e quem quer que me receba, recebe aquele que me enviou". Pois aquele que for menor dentre todos vós, esse será grande".


Como se dá com frequência, embora sendo o mais curto no cômputo total, o Evangelho de Marcos é o que apresenta mais pormenores e maior vivacidade; neste trecho, em poucas palavras ele situa a cena, esclarecendo que realmente "residia" em Cafarnaum; e, após citar o nome dessa que Mateus chamou "a sua cidade" (cfr. MT 9:1; vol. 2), acrescenta: estando em sua casa (en têi oikíai).


Mateus inverteu a ordem dos outros dois, e atribui a iniciativa da conversa aos discípulos, que se teriam dirigido ao Mestre com uma indagação teórica; parece, com isso, querer desculpara ambição do grupo, do qual ele mesmo fazia parte. Apresenta, pois, o colegiado acercar Jesus, e a perguntar inocentemente, como ávidos de conhecimento: "então, quem é o maior no reino dos céus"? Observemos que, pelo tom, não se trata deles, pessoalmente, mas é uma questão de tese. A resposta do Rabbi, no entanto, é fielmente transcrita, concordando com a dos outros dois intérpretes.


Marcos, ao invés, dá a iniciativa a Jesus, que lhes pergunta maliciosamente (tal como em Lucas) "em que pensavam eles no caminho" ... E Lucas explica a seus leitores que o Mestre "lera o pensamento" que neles surgira.


Antes de prosseguir, seja-nos lícito estranhar que, nas traduções deste trecho, aparece em Lucas "surgiu uma DISCUSSÃO entre eles... e Jesus lendo o PENSAMENTO deles" ... Ora, no original, a mesSABEDORIA

ma palavra dialogismos aparece nos dois versículos seguidos. Por que razão é ela traduzida de dois modos diferentes (e tão diferentes!), a primeira como discussão e a segunda como pensamento, à dist ância de duas linhas e no mesmo episódio? Não conseguimos perceber o móvel dessas "nuanças sutis".


Também em Marcos a pergunta é feita com o verbo dialogízein (no texto dielogízesthe, "pensáveis"). Mas logo a seguir aparece o verbo dieléchthêsan (aoristo depoente de dialégomai) pròs allêlous, que se traduz: "conversavam uns com os outros". Mas de uma conversa em pequenos grupos, que entre si sussurravam um descontentamento, deduzir-se que se tratava de uma DISCUSSÃO, a dist ância é grande...


O descontentamento já vinha grassando há tempos entre eles, como sempre ocorre entre discípulos, que se julgam mais competentes ou pelo menos mais "espertos" que o mestre, para "ver" as coisas e resolvê-las com acerto. Apesar de Jesus lhes haver ensinado que "o discípulo não é maior que seu mestre" (cfr. MT 10:24; LC 6:40; vol. 3), eles eram humanos e achavam, talvez, que a escolha de Jesus e a "autoridade" que conferira a Pedro, não estava cem por cento perfeita: outros melhores havia.


E eram relembrados "fatos": Jesus se hospedara em casa de Pedro (que morava com seu irmão André, as esposas de um e de outro, e os filhos; cfr MC 1:29, vol. 2) quando podia ter escolhido uma casa mais tranquila, maior, mais cômoda... Quando chegou a época de pagar a didracma (MT 17:27; vol.


3) Jesus recorre a um expediente "fora do normal" para pagar por si e por Pedro, sem pensar em fazêlo pelos "outros", nem mesmo por André ... Havia desagradado o encargo de cada um dos outros pagar por si mesmo, embora o gesto elegante de Jesus se justificasse plenamente, em relação ao discípulo que o hospedava em seu próprio lar, naturalmente arcando com todas as despesas de alimentação, vestuário, etc. Sem dúvida, Pedro podia fazê-lo com folga, já que não devia ser pequena a receita que percebia da "companhia de pesca", de que ele e André tinham sociedade com Zebedeu (cfr. vol. 2).


Mas havia mais: o Mestre tinha até mudado o nome dele para Kêphas (Pedro), sendo-lhe conferidas prerrogativas de chefe sobre os outros (ver acima). Ora, tudo isso, e talvez outras coisas que desconheçamos, tinham deflagrado uma crise de ciúmes e ambições ocultas, algumas mal disfarça das (como veremos mais tarde a de Judas Iscariotes que, julgando não ter o próprio Jesus capacidade e dinamismo suficientes para sua tarefa messiânica, entrou em entendimentos com o Sinédrio para que assumisse a direção da obra, ficando Jesus apenas com o encargo de dar ensinamentos espirituais e fazer "milagres").


Então, quem REALMENTE seria o CHEFE, após o tão anunciado assassinato do Mestre? Pedro podia ser o mais velho, mas seria o mais sábio? seria o administrador mais competente? seria o mais fiel int érprete das ideias? seria o mais culto? o mais prudente? Prudente? ... Não fora Pedro repreendido por Jesus, que o chamara "antagonista"? Não fracassara na tentativa imprudente de pretender imitar o Mestre andando sobre as águas? Com esse seu temperamento vivo e emotivo, não estava sempre a intervir inoportunamente, nos momentos mais impróprios? ... Tudo porque Jesus ainda não dera a "chave" para resolver a questão, que só foi revelada após sua paixão, quando, por três vezes seguidas perguntou a Pedro "se O amava" (cfr. JO 21:15-17). O AMOR VERDADEIRO do discípulo pelo Mestre é o que realmente decide sobre a escolha do sucessor.


Cada um dos outros julgava-se com alguma qualidade superior a Pedro, pretendendo que essa qualidade o predispunha melhor ao posto de chefe... "afinal, quem era DE FATO o maior entre eles"?


Uma solução direta e radical do caso poderia provocar mágoas em Seus escolhidos. Com a sabedoria profunda e delicada de sempre, Jesus resolve apresentar aos doze uma parábola em ação, de compreens ão mais pronta e fixação mais duradoura que as de simples narrativa.


Chama uma "criancinha". Quem era? Curiosidade ociosa. Jesus acha-se ’"em casa", ou seja, na casa de Pedro, com quem morava também André. Qual a criancinha que lá havia para ser chamada? A resposta mais pronta é que deveria tratar-se de um dos filhos ou filhas de Pedro ou de André. Que Pedro tinha filhos, parece não haver dúvidas, pois a tradição o diz e mesmo alguns "Pais da igreja" o atestam (cfr. Clemente de Alexandria, Strom. 3. 6. 52, Patrol. Graeca, vol. 8, col. 1156 e Jerônimo, Adv. Jov., 1. 26, Patrol. Lat. vol. 23, vol. 245). Mas qual prova teríamos da criancinha? Os outros discípulos também deviam ter filhos, podendo tratar-se de algum deles (segundo a tradição, o único discípulo que não contraiu matrimônio foi o evangelista João, que, à época da morte de Jesus devia contar entre 20 e 21 anos). Mas havia também o grupo das discípulas que acompanhavam o Mestre (MC 15:41). É verdade que as narrativas evangélicas calam sistematicamente o fato de estar alguém casado; a não ser o aceno à sogra de Pedro (MT 8;14; MC 1;30; LC 4:38; vol. 2), não se fala em nenhum casamento, nem do Mestre, nem dos discípulos. Só algumas figuras a látere aparecem como formando casais.


No século 9. º afirmaram que a criancinha teria sido Inácio de Antióquia, mas sem qualquer prova (teria sido revelação mediúnica?). De qualquer forma, não importa quem tenha sido o garotinho; o que conta é o fato. Vamos a ele.


Jesus chama uma Criancinha e a "carrega ao colo" ou "a abraça". O particípio enagkalisámenos, do verbo enagkalízomai, é composto de en + agkálê, que exprime "nos braços recurvados", podendo exprimir uma ou outra das traduções. Entre todos aqueles homens, a ternura de Jesus pela criança é emocionante.


E Ele a apresenta como modelo a ser imitado, numa lição que nos foi transmitida em duas variantes.


MATEUS: "se não nos modificardes e vos tornardes (eàn mê straphête kaí genêsthê, ou seja, "voltardes a ser") crianças, NÃO PODEIS entrar no reino dos "céus".


E continua: "quem se diminuir será o maior". O verbo tapeinôsei exprime exatamente "diminuir-se" ou" tornar-se pequeno"; diríamos, em linguagem moderna, "miniaturizar-se". Não é, pois, da humildade que aqui se trata, já que a criança não é humilde: é pequena. A oposição, na parábola, é salientada entre a pequenez, a simplicidade e a sinceridade (Sinceridade no sentido etimológico: "isento, puro, sem mistura". Tanto que os antigos - cfr. Donato, Ad Ev. 177 - faziam derivar a palavra da expressão "sinecera".


Horácio - Epod. 2, 15 - escreveu: aut pressa puris mella condit ámphoris, que o Pseudo Acron comenta: hoc est, favos premit, ut ceram séparet et mel sincerum réparet. E Donato conclui: sincerum, purum, sine fuco et simplex est, ut mel sine cera) da criança, e a ambição, o orgulho, e o egoísmo que tomavam vulto no coração deles. Esse mesmo termo foi empregado por Paulo (FP 2:8), testificando que, Jesus "se diminuiu (apequenou-se, etapeínôsen), tornando-se obediente até a morte".


MARCOS acrescenta uma frase: "quem quiser ser o primeiro, seja o último de todos", lição que voltar á na parábola do banquete (cfr. LC 14:7-11), e além disso: "o servidor de todos. Essas ideias voltam em MT 20:26-27 e MC 10:43-44; e também de si mesmo disse o próprio Jesus (MT 20:28): "o Filho do Homem veio para SERVIR, e não para SER SERVIDO".


O mesmo conceito aparece sob outra forma em Lucas: "o que dentre vos for o menor de todos, esse será grande".


Terminada a lição do "apequenamento" e do "serviço", os três sinópticos concordam na conclusão, que se resume numa garantia para o futuro: "quem recebe uma criancinha assim EM MEU NOME (epí tôi onómati mou, ou seja, "por minha causa") é a mim que recebe". Trata-se, portanto, de uma delegação ampla de credenciais, feita em caráter geral a todas as crianças em todos os tempos, para representá-Lo como embaixadores perante todos os adultos da humanidade.


E essa delegação vai ampliada mais ainda, quando confessadamente declara o Mestre que Ele apenas sub-delega, pois "quem O recebe, recebe Aquele que O enviou". Marcos utiliza um hebraísmo típico genuíno e, confessamo-lo, saborosíssimo: "e quem me recebe, não é a mim (propriamente) que recebe, mas Aquele que me enviou".


Os hermeneutas dividem-se em três grupos principais, a fim de esclarecer que crianças são essas:

1. simbolizariam os próprios discípulos enviados por Jesus, conforme a regra estabelecida no cap. 12 da Didachê, que ordena aos cristãos que recebam "quem quer que venha em nome do Senhor";


2. seriam o símbolo de todas as crianças, que devem ser acolhidas sempre pelos adultos;


3. seriam não apenas as crianças assim classificadas por causa de sua idade física, mas, além delas, todas as crianças intelectuais ou morais, os "espíritos-novos" (embora adultos na idade do corpo), que não tivessem alcançado desenvolvimento e amadurecimento mental.


De qualquer forma, entende-se com a lição que, por menor que seja a criatura, devemos sempre consider á-la como legítimo representante na Terra do Cristo e, por conseguinte, que devemos tratá-la como o faríamos pessoalmente ao próprio Mestre Jesus.


Tolstoi bem o compreendeu em seu conto: "A Visita de Jesus".


A luta titânica da personagem para prevalecer sobre todos os que a cercam é constante e insaciável.


Mesmo nas escolas espiritualistas (para não dizer "sobretudo nelas" ...) manifesta-se com força incalculável e renascente.

A tentação vencida pela individualidade (Jesus, vol. 1) ainda não o fora pelas personagens que a serviam.


Nas outras atividades (pintura, música, literatura, poesia, técnica, ciência, etc.) o valor de cada um é avaliável pelos "de fora", que aplaudem, apupam ou ficam indiferentes. No espiritualismo nada disso se dá. A evolução é INTERIOR, invisível e inapreciável de fora. Só um Mestre que possua o dom de penetrar no âmago dos discípulos poderá dizer qual o melhor (ou "o maior", no dizer do texto evangélico). As exterioridades enganam. Ninguém pode julgar ninguém nesse campo: "não julgueis e não sereis julgados" (MT 7:1 e LC 5:37; vol. 2).


Exatamente contra esse preceito investiram as personagens (discípulos) ao darem acolhida em seus corações à ambição de cada um ser "o maior".


No sentido profundo é indiferente que o tema parta da personagem, que pretenda enaltecer-se diante da individualidade, ou desta, que resolva ensinar o caminho certo àquela. O que vale é a lição que recebemos, definitiva e clara.


Que é, em última análise, a personagem transitória diante da individualidade eterna? Um recémnascido a balbuciar sons desconexos! ... Com o exemplo dado - a criancinha - está evidente o ensino: se a personagem não se diminuir, não se miniaturizar, não poderá ser dado o "mergulho" dentro do" reino dos céus", ou seja, do coração. Essa miniaturização tem que ir até a grandeza de um ponto adimensional, embora isto signifique precisamente infinitizar-se, pois também o infinito é adimensional.


Difícil em linguagem daquela época, uma explicação assim clara. Mas o exemplo dado não deixa margem a dúvidas e as palavras também são de limpidez absoluta: há necessidade de modificação, de voltar a ser como as criancinhas: sem isso NÃO SE PODE penetrar no coração para unificar-se com o Cristo Interno.


O maior ou menor será julgado em relação AO REINO DOS CÉUS, isto é, à maior ou menor unificação com o Cristo, e não em relação a dons e faculdades da personagem. Não são a agudeza intelectual, o desenvolvimento da cultura, as atividades mentais nem físicas, a força emocional, os dons artísticos, numa palavra, não são as qualidades personalísticas que decidirão sobre a grandeza de uma criatura, mas única e exclusivamente seu grau de união com o Cristo é que medirá sua evolução. Daí não terem sido escolhidos os expoentes da época para discípulos de Jesus, mas somente aqueles cuja evolução lhes permitia atingirem o maior grau de unificação com o Mestre único (cfr. MT 23:10) de todos nós.


Desde que se diminua, não terá dificuldade em tornar-se o "servidor de todos" (cfr. MT 23:11), o" diácono" que serve sem exigir pagamento, nem recompensa, nem retribuição, nem gratidão. Servir desinteressadamente, e continuar servindo com alegria, mesmo se observar indiferença; sem contar os benefícios prestados, ainda que receba grosserias; sem magoar-se porque, depois de ajudar com sacrifício e sofrimento, dando de si, o recebedor passa por nós e não nos cumprimenta, e faz até que nos não conhece... Pequenino, diminuído, como invisível micróbio que nos ajuda a viver, oculto em nossas entranhas, e de cuja existência nem sequer tomamos conhecimento.


Realmente assim agem as crianças: prestam favores e não esperam o "muito obrigado": viram as costas e seguem seu caminho. Servem, e passam.


A segunda parte da lição é valiosa, tanto para as personagens quanto para a individualidade.


Para as personagens, além das interpretações que vimos acima, há outros pormenores a considerar.


Pode tratar-se (e trata-se evidentemente) da acolhida em nome do Cristo das crianças que encontramos abandonadas ou desarvoradas, em qualquer idade física que se encontrem, a qualquer religião a que pertençam, qualquer que seja a pigmentação da pele (como fez, por exemplo, Albert Schweitzer).


Outra interpretação - e cremos que de suma importância - refere-se às crianças que chegam através da carne; cada filho que recebemos, em nome ou por causa do Mestre, é como se a Ele mesmo recebêssemos.


E ao recebê-Lo é realmente ao Pai que recebemos, pois a Centelha divina lá está naquele pequenino templo da Divindade. Essa interpretação mostra-nos a linha de comportamento a ser seguida pelos discípulos: jamais recusar receber uma criancinha entre nossos braços, e não preocuparnos com o caminho por que chegam até nós.


Há ainda a considerar a relação existente entre individualidade eterna (e adulta) e a personagem (recémcriada, infantil) que recebemos a cada nova encarnação. A individualidade tem que receber, em nome do Cristo que em nós habita, a personagem que lhe advém pela necessidade cármica, aceitandoa com as deficiências que tiver, e amando-a com o mesmo amor; sabendo perdoar-lhe os desvios e desmandos que servirão maravilhosamente para exercitar a humildade; educando-a e dirigindo-a pelo melhor caminho que lhe proporcione evolução mais rápida; compreendendo que a personagem reproduz EXATAMENTE a necessidade maior do Espírito naquele momento da evolução, e portanto sem rebelar-se contra qualquer coisa que lhe não pareça perfeita e que lhe traga dificuldades e embaraços.


Mais. Na linguagem iniciática, o trecho assume novos matizes.


Consideremos a Escola Iniciática que Jesus criara para os doze, revelando-lhes, de acordo com o grau evolutivo de cada um, os "mistérios" que viera desvendar.


Nas antigas Escolas, os graus eram comparados às idades das criaturas. Assim, a pergunta dos discípulos como relata Mateus, visava a conhecer qual o caminho para atingir as mais altas culminâncias da perfeição; quais as características dos maiores na senda evolutiva. E Jesus vê-se constrangido a esclarecê-los. Leva em conta que três deles (Pedro, Tiago e João) estão em grau mais elevado que os outros, pois cursavam o quarto plano iniciático (em nossa hipótese); ao passo que os demais estavam em planos mais baixos, talvez ainda no terceiro ou no segundo nível.


Serve-se, então, da terminologia típica das iniciações nos mistérios gregos (mais uma vez) e recordalhes que o primeiro passo é o da "infância", segundo essa terminologia: CRIANÇAS (iniciantes dos primeiros planos) quando ainda estavam em busca do "mergulho" e da "confirmação"; HOMENS FEITOS, os iniciados que já haviam superado o terceiro grau (vencendo as tentações e dominando a matéria) e o quarto grau (obtendo a união com o Cristo Interno); esses eram chamados també "perfeitos" (teleios) ou "santos" (hágios).


Para confirmar o que afirmamos, basta ler 1. ° Cor. 3:1-3; e 13:11, e também EF 4:13-14: "até que todos cheguemos à unidade da fé, e do pleno conhecimento do Filho de Deus, ao estado de homem feito (ou perfeito), à medida da evolução plena do Cristo, para que não sejamos mais meninos, jogados de um lado para outro, e levados ao redor por todos os ventos de doutrina, etc. ".


Recordemo-nos, ainda, da conhecida pergunta da Esfinge, sobre as três idades do homem.


Nessa interpretação, "tornar-se como criancinha" é rejeitar toda cultura externa, toda "a sabedoria do mundo, que é estultice" (1. ª Cor. 3:19), para recomeçar a caminhada em outra direção; diríamos ainda: fazer tábula rasa de tudo o que se aprendeu, a fim de poder penetrar os segredos dos "mistérios do reino". Com efeito, se alguém pretender entrar na Escola Iniciática da Espiritualidade Superior, trazida por Jesus, a primeira coisa a fazer é tomar-se como criança intelectual, nada sabendo da sabedoria deste eon, para poder reaprender tudo de novo, como as crianças fazem, da Vida Espiritual, conquistando, dessarte, a verdadeira sabedoria de Deus.


Notemos ainda que os três evangelistas empregam o verbo déchomai, que se traduz "receber", mas no sentido de "ouvir", aceitar (um ensino) (cfr. Lidell

& Scott, "Greek-English Lexicon", ad verbum). Não se trata, pois, só de "receber como hóspede em casa", mas de "aceitar o ensino" (cfr. o termo correspondente em aramaico, Kabel). Teríamos: quem aceitar o ensino de um desses meus discípulos (que se tornaram criancinhas) por minha causa é como se a mim mesmo ouvisse e aceitasse; e quem aceitar um ensino eatá aceitando o ensino do Pai que me enviou.


Responsabilidade pesadíssima dos intérpretes da Boa-Nova!


mt 7:2
Sabedoria do Evangelho - Volume 6

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 10
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 18:15-35


15. Se teu irmão errar (contra ti), vai avisá-lo entre ti e ele sozinho. Se te ouvir, terás ganho teu irmão.

16. Mas se não ouvir, toma contigo ainda um ou dois, para que por boca de duas ou três testemunhas se resolva toda a questão.

17. Se, porém, não lhes atender, dize à comunidade; se também não atender à comunidade, seja-te como o estrangeiro e o cobrador de impostos.

18. Em verdade vos digo, tudo o que ligardes sobre a terra será ligado no céu; e tudo o que liberardes sobre a terra, será liberado no céu.

19. Novamente vos digo, que se dois de vós, sobre a terra, concordarem sobre qualquer coisa que pedirem, ser-lhes-á feita por meu Pai que está nos céus.

20. Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, aí estou no meio deles.

21. Então, aproximando-se Pedro, disse-lhe: "Senhor quantas vezes errará meu irmão contra mim e o relevarei? até sete vezes"?

22. Disse-lhe Jesus: "Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.

23. Por isso, foi assemelhado o reino dos céus a um homem rei, que quis ajustar contas com seus servos.

24. Tendo começado a ajustá-las, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos.

25. Como não tivesse, porém, com que pagar, mandou-o o Senhor ser vendido, e também a esposa e os filhos e tudo o que tinha, para pagar.

26. Prostrando-se, então, o servo, instava dizendo: "Senhor, tem paciência comigo e tudo te pagarei".

27. Compadecendo-se o Senhor daquele servo, liberou-o e relevou-lhe a dívida.

28. Tendo, porém, saído aquele servo, encontrou um de seus companheiros, que lhe devia cem denários, e segurando-o o sufocava dizendo: "paga o que me deves".

29. Caindo-lhe, então aos pés, seu companheiro o implorava dizendo: "tem paciência comigo, e te pagarei".

30. Ele porém não quis e, indo embora, lançou-o no cárcere até que pagasse a dívida.

31. Vendo, pois, os companheiros dele o ocorrido, entristeceram-se muito e, indo, narraram (com pormenores) tudo o que aconteceu a seu Senhor.

32. Então chamando-o, o Senhor disse-lhe: "Servo mau, relevei-te toda aquela dívida, porque me pediste;

33. não devias também tu compadecer-te de teu companheiro, como eu me compadeci de ti"?

34. E, indignando-se, seu Senhor entregou-o aos verdugos, até que pagasse toda a dívida.

35. Assim também meu Pai celestial fará convosco, se cada um não relevar a seu irmão do imo do coração".

LC 17:3-4


3. "Cuidai-vos de vós. Se teu irmão errar, repreende-o, e se mudar a mente, libera-o,

4. e se sete vezes no dia errar contra ti, e sete vezes no dia voltar a ti dizendo: "mudo a mente", liberá-lo-ás".



Grande lição aqui se apresenta a nós, esclarecendo a regra pela qual devemos pautar nossa vida prática em relação a nossos companheiros de jornada.


Alguns códices importantes (Sinaítico, Vaticano) versões (manuscritos coptos saídico e boaídico) e pais (Orígenes, Cirilo, Basílio, Jerônimo) não registram as palavras "contra ti", que aparecem em D, K, L, X, delta, theta, pi, alguns minúsculos, versões bizantinas, ítala, Vulgata, siríaca e pais Cipriano e Hilário.


Poderiam ser mantidas por dois motivos:

1. º o texto fala de erros "contra ti" (cfr. vers. 21);


2. º se a ação do irmão não diz respeito a nós, nada teríamos com isso.


No entanto, parece melhor suprimi-las, porque o trecho se refere mesmo à correção fraterna. Se algum irmão errar, mesmo que não seja contra nós, devemos buscar corrigi-lo. Lógico que deve tratar-se de erro grave, que afete a evolução dele ou o bom nome da instituição a que pertence.


A lei mosaica (LV 19:17-18) já estipulava; "Não aborrecerás teu irmão em teu coração; não deixarás de repreender teu próximo, e não levarás sobre ti um erro por causa dele. Não te vingarás nem guardar ás ressentimento contra os filhos de teu povo, mas amarás a teu próximo como a ti mesmo: eu sou YHWH". E os bons israelitas obedeciam a esse preceito; "Se tens companheiros que te repreendem e outros que te louvam, ama o que te repreende e despreza o que te louva; pois o que te repreende te conduz à vida do mundo futuro, e o que te louva te leva fora desse mundo" (Rabbi Meir, in Strack e Billerbeck, tomo 1, pág. 787).


Se o irmão atende, tê-lo-emos conquistado para o caminho certo, como afirma Jerônimo (Patrol. Lat. v. 26, col. 131): si quidem audíerit, lucrifácimus ánimam ejus, et per alterius salutem, nobis quoque acquíritur salus, isto é; "se em verdade nos ouvir, lucraremos a alma dele e, pela salvação do outro, adquire-se também a salvação para nós".


Se não atender à nossa admoestação, convoquemos testemunhas, depois levemos o caso à comunidade e depois, se nada disso adianta, coloquemo-lo de lado, tratando-o com toda a consideração e amor, como devemos fazer ao estrangeiro, mas não com a intimidade do "irmão".


A razão de tudo isso é dada: tudo o que ligamos a nós neste plano, permanecerá ligado no mundo astral, antes e depois do desencarne; e de tudo o que nos liberarmos neste plano terráqueo, permaneceremos desligados e liberados no plano astral. Ora, é de todo interesse que se não constituam liames entre nós e pessoas erradas, que poderão envolver-nos em seu carma negativo por complacência culposa de nossa parte.


As palavras que acabamos de citar, e que pertencem de direito a este trecho, foram transportadas para o vers. 16 do cap. 16 do mesmo Mateus, como comprovamos exaustivamente no vol. 4 e seguintes.


No entanto, é neste versículo que se baseia a igreja romana para justificar seu direito de "excomungar".


Passa a seguir o Mestre, sem transição, para uma das comprovações de que, o que ligarmos na Terra, será ligado "no céu": se duas pessoas concordarem sobre determinado assunto, tudo o que pedirem lhes será feito.


Strack e Billerbeck (I, 793) cita: "Rabbi Acha bar Chanina dizia: que se são ouvidas as preces feitas na sinagoga, no momento em que a comunidade ora, isso decorre do midrasch de Job (ob 36:5): "Deus não despreza a multidão", e do Salmo (55:19): "Ele libertará em paz minha alma do combate que me é feito, porque a multidão (da comunidade em prece) estava em torno de mim".


O fato de o Cristo de Deus afirmar que onde há criaturas reunidas em Seu nome, Ele está no meio delas, tem precedente na crença judaica da presença da Chekinah, que permanecia entre aqueles que falam sobre a Torah". como dizia Rabi Chanina bar Teradjon. E acrescentava: "Deus é dito máqôm ("O lugar") porque está em todos os lugares".


Depois desse desvio, que confirma que o perdão deve ser dado (cfr. MT 6:14-15), vem o ensino exemplificado com uma parábola, desenvolvida por ocasião de uma pergunta de esclarecimento feita por Pedro: quantas vezes perdoar?


Simão Pedro, acostumado ao sistema de seu povo de perdoar até três vezes, julga-se extremamente generoso propondo fazê-lo até SETE vezes. Mas Jesus, sem impressionar-se, calmamente estende para setenta vezes sete, NO MESMO DIA: éôs hebdomêkontákis heptá.


Jerônimo comenta: ut toties peccanti fratri dimítteret in die, quoties ille peccare non possit, ou seja: "para que tantas vezes se perdoe ao irmão que erre num dia, quantas ele nem possa errar" (Patrol. Lat.


vol. 26, col. 132). E João Crisóstomo: tò ápeiron kaí diênekés kaí aeí, isto é: "ao infinito, incessantemente, sempre" (Patrol. Graeca, vol. 58, col. 589).


Quanto à parábola, anotemos que o ensino principal, que é uma ilustração nos vers. 14 e 15 do cap. 6 de Mateus: se não perdoarmos aos nossos companheiros da Terra, não obteremos o perdão.


Quanto aos dados. O servo devia 10. 000 talentos. Um talento equivalia a 6. 000 dracmas (ou 6. 000 den ários). Então, 10. 000 talentos são 60. 000. 000 de dracmas, quantia realmente elevada, em comparação com os 100 denários (100 dracmas). Lembremos que a dracma (ou o denário, moedas equivalentes, a primeira grega, a segunda latina) era o preço normal de um dia de salário de um trabalhador braçal.


Chamado para prestar contas e condenado por insolvência confessada, prostra-se aos pés do credor (o rei) e pede paciência. O resultado é o perdão da dívida, a anulação do débito. Mas ao defrontar-se com um colega de serviço (syndoúlos) que lhe deve a quantia de cem denários, perde o controle, avança sobre ele, tenta sufocá-lo e de nada adianta ouvir do companheiro as mesmas palavras que ele mesmo havia proferido diante do rei: impiedosamente o condena à prisão.


Os outros servos não se conformam com essa atitude e vão contar acena triste "com pormenores" ao rei. Este se aborrece e vê que o perdão dado foi errado e o entrega não a simples carcereiros, mas aos carrascos (basanístais = experimentadores).


A lei mosaica (EX 22:3) só permitia que fosse vendido o ladrão insolvável, ou então (LV 25:39) permitia aceitar a escravidão voluntária de um israelita extremamente pobre, mas que deveria ser tratado com humanidade, e ser libertado no primeiro ano de jubileu.


Os teólogos, aplicando a parábola a Deus, dizem que nossos débitos para com a Divindade são imensos, em comparação com as dívidas feitas pelos homens entre si. Mas surge-lhes a dúvida: se Deus pode modificar uma decisão Sua e condenar, depois que perdoou. Tomás de Aquino (Summa Theol, III. ª, q. 88, art. 1-4) alega que o segundo castigo veio por causa das agravantes, e não pela revivescência da falta já perdoada. Mas nada isso interessa ao ensino, que se destina a prescrever o perdão entre os homens, como salienta João Crisóstomo (Patrol. Graeca vol. 58, col. 589).


Mas há outros ensinos mais profundos a deduzir deste trecho. Para estudá-los, dividamos os dois assuntos principais.


CORREÇÃO FRATERNA - Não percamos de vista que Jesus deu essas instruções aos discípulos (MT 18:1 e LC 17:1). Ora, os discípulos eram os filiados à "Assembleia do Caminho", já em graus mais elevados, pois davam, entre si, o tratamento de "irmão" (vol. 5). Todo o trecho, pois, assim como a parábola que se segue, refere-se estritamente aos membros da Fraternidade Iniciática entre si, e nada absolutamente tem que ver com os que se acham fora.


O primeiro ensino, pois, é que o irmão tem a obrigação de chamar a atenção do irmão que erra. Não é deixado livre de fazê-lo ou não: "se errar... vai avisá-lo". Mas esse primeiro passo deve manter-se secreto, e jamais será divulgado. Se ouvir nosso aviso, e mudar sua forma de agir, é um irmão que ganhamos em nosso convívio, pois não terá que deixar a fraternidade.


Mas pode dar-se o caso de não sermos atendidos. Chamemos, então, o testemunho de mais um ou dois (que somados a nós farão duas ou três testemunhas) a fim de solucionar o caso. Trata-se, portanto, não de uma ofensa feita a nós, mas de um erro que acarreta consequências danosas ao próprio ou à comunidade.


Caso persista o erro, deve-se avisar a comunidade, a corporação ou ekklêsía a que ambos pertencem.


Far-se-á, já neste ponto, uma admoestação oficial, buscando reconquistar aquele que se está transviando do caminho (hamartolós).


São, pois, três advertências. Se após as três persistir o desvio da conduta, deve então esse "irmão" ser considerado alienígena ou estrangeiro, ou "publicano", isto é, novamente profano, saindo da comunidade a que pertencia a fim de não trazer prejuízos a todo o conjunto. Mas nem por isso deve ser maltratado nem desprezado: antes, como preceitua a lei, o estrangeiro deve ser tratado com delicadeza e consideração. Apenas não participará dos mistérios.


Verificamos, então, que há dois comportamentos: ligar ou soltar, amarrar ou desprender. E qualquer dos dois atos é realizado não apenas na Terra, mas também "no céu", ou seja, no mundo espiritual, em todos os planos: astral, mental e espiritual.


O ensino é de importância capital, pois ficamos sabendo que as ações do mundo físico têm repercussão bem maior do que poderia supor-se. Uma ligação com determinada criatura reflete-se no mundo espiritual e perdura além do plano terrestre-denso. E o mesmo ocorre se houver um desligamento.


O ensinamento (que verificamos tratar-se de uma repetição: "Novamente vos digo" ...) traz uma consequência de sumo interesse: se houver ligação e sintonia vibratória perfeitas entre duas criaturas, a força daí redultante é tão poderosa que é capaz de atrair tudo o que for pedido. O Pai reside em cada um de seus filhos. Mas se houver união plena entre dois, concordância total, sintonia absoluta, em qualquer assunto (perì pantòs prágmatos) não importa qual, a obtenção é garantida por parte do Pai" que está nos céus". Não há dúvida de que duas mentalizações são mais eficientes que uma só. E as duas notas emitidas em uníssono movimentam as forças que modificam o curso dos acontecimentos.


Confortadora promessa, perigosa: porque também a mentalização do erro surtirá efeito...


A razão disso é dada pelo Cristo Divino, que se vinha manifestando em Sua qualidade de Mestre único: "onde duas ou três pessoas estão reunidas em meu nome, aí estou no meio deles". E a razão científica do fato prende-se a que, embora a presença crística seja constante e integral em todos os lugares e situações, inclusive dentro de cada pessoa, no entanto, se houver uma ligação entre duas ou três pessoas, forma-se uma corrente mais fortalecida, que poderá movimentar forças magnéticas ambientes mais poderosas com repercussões nos diversos pianos espirituais; da mesma forma que uma bateria é muito mais forte que uma pilha isolada. Dessa maneira a presença é mais sentida e essa própria conscientização aumenta a força de cada um. Isso mesmo já era ensinado nas Escolas Judaicas (Kábbalah), que dava o nome de Chekinah a esse acréscimo perceptível da presença real do FOHAT divino entre as criaturas. Diziam, então, que era a "presença de Deus".


PERDÃO - Entra Pedro (o símbolo das "emoções") com a pergunta de quantas vezes terá que perdoar ao "irmão" que faz algo contra ele. Não se trata mais de erro (desvio da rota certa) no sentido evolutivo, mas de algo pessoal entre os membros da corporação.


Isso, diz o Cristo de Deus, não apresenta a menor importância. São criancices. E o número de sete vezes (num dia!) é julgado pouco pelo Mestre, que o amplia para setenta vezes mais (cfr. vol. 4 e vol. 5), o que significa sempre. O Espírito que já entrou na linha evolutiva conscientemente, não pode estar perdendo tempo com essas questiúnculas das personagens. Não dá relevo a picuinhas e a pirraças.


Para ele não importam ofensas nem calúnias: segue em frente, sempre para o alto, e tudo o que possa ocorrer "contra ele", isto é, contra a personagem, bate de raspão e perde-se no espaço, sem deixar sequer mossa nem arranhão por mais leve que seja. Então, PERDOE SEMPRE, sem nem contar as vezes. Seja sempre a rocha que não se abala pelo choque das ondas. Deixe que os profanos sejam como a areia, que vai e vem com as ondas do mar.


Essa é a razão de ter sido assemelhado o Reino de Deus a um homem-rei, designação típica do hierofante, do "rei" da Escola Iniciática, a suma autoridade para os membros da fraternidade. A escolha do hierofante como modelo, é típica, pois refere-se à autoridade do Rei do Mundo, que o hierofante representa para seus discípulos em cada comunidade. Em relação ao hierofante os irmãos são designados como servos, pois a ele devem obediência irrestrita e sem discussões, pois se se entregaram à sua direção, é porque nele reconhecem o Mestre que penetra os mais recônditos segredos dos corações.


A parábola fala de um débito de 10. 000 talentos, imagem de uma dívida evidentemente espiritual, e não material. A comparação das conquistas espirituais com "talentos" foi feita, também, em outra parábola (cfr. MT 25:14-30; LC 19:11-27).


Encontramos, pois, que a interpretação nos revela que o Rei ensinara os mistérios em sua maior profundidade a esse servo, dando-lhe conhecimentos vastos. Mas quando lhe foi "pedir contas" do que lhe devia, como lição "passada para estudo", verificou que ainda não aprendera, e continuava devendo.


Julgou-o incapaz, e sua vontade inicial foi "prendê-lo a ele, à mulher e aos filhos", isto é, colocá-lo, com todos os seus veículos, novamente na prisão do mundo profano, afastando-o do convívio dos demai "irmãos" seus conservos. Não apenas a ele (ou seja ao Espírito) se referia a restrição que as condições impunham, mas a todos aqueles que formavam o ser e que atrapalhavam sua evolução.


No entanto, em vista de sua humildade, resolveu esperar mais, "perdoando-lhe a dívida" naquele momento, para que mais tarde verificasse se realmente tinha conseguido aprender.


Ao sair dali, entretanto, esse mesmo servo encontra outro a quem havia dado noções (100 denários, quase nada) de espiritualismo. Pede as contas, e verifica que seu companheiro não havia aproveitado.


Nesse ponto, perde o controle emocional, agarra-o e procura sufocá-lo, naturalmente com palavras violentas, e manda que vá para a prisão do mundo. Por aí vê-se que realmente tinha autoridade dentro da fraternidade, confirmando que o débito alto se referia a aprendizado mais profundo.


Os companheiros estranham o fato e - verificando a inutilidade do aviso em particular e com testemunhas - levam logo o ocorrido ao conhecimento do hierofante. Comprova, então, o rei que realmente o primeiro não havia compreendido, nem mesmo aprendido a lição. Resolve, pois, entregá-lo aos "experimentadores" (basanístais), ou seja, às provações cármicas do mundo, que terão que experimentá-lo normalmente, até que a custa própria e por experiência vivida, aprenda que "deve fazer aos outros o que quer que os outros lhe façam" (MT 7:12).


A lição é singela e clara na letra e no espírito: dar, para receber. Amar para ser amado. Perdoar para ser perdoada. "A medida com que medirdes, essa será usada convosco" (MT 7:2; vol. 2).


Cientificamente, temos que considerar a lei das frequências vibratórias. Se estamos na frequência do perdão, estendendo-o aos outros, nós mesmos nos beneficiamos dessa onda tranquila. Mas se saímos da faixa do perdão e caímos na da cobrança impulsiva, sintonizamos com essa frequência mais baixa, onde também nos será cobrado. Não há necessidade, hoje, de levar o problema ao "sobrenatural", nem de envolver Deus no processo puramente humano, para saber se Ele pode ou não anular um ato de perdão já concedido. Com a eletrônica, atualmente, vemos que o indivíduo é que se situa, vibratoriamente, numa ou noutra faixa, à sua vontade, recebendo o que transmite. Qualquer rádio-amador sabe disso.


A personificação de um fato científico era indispensável há dois mil anos. Mas hoje atrapalha, mais que ajuda, porque as mentes pouco habituadas à ciência e os intelectos viciados em imaginar figuras antropomórficas da Divindade, continuam acreditando que existe uma "pessoa", sentada num trono de ouro, a fazer o julgamento e a lavrar sentenças.


Não há, pois, razão, para discutir se Deus volta atrás de uma sentença! A criatura recebe o choque de retorno, porque desce suas vibrações ao plano das emoções (plano animal, lei da justiça), tanto assim que, figuradamente, o credor avança para o devedor e tenta estrangulá-lo; descendo de plano, caiu na armadilha cármica.


Isso porque Deus, imutável e perfeito, nem sequer pode ser ofendido, pois não é atingido por qualquer espécie de ação humana, nem pode "perdoar": a criatura é que se coloca no plano da libertação cármica, por sua própria vibração interna, ou se lança, por descontrole emocional no plano da justiça, na lei de causa e efeito.


Daí a ordem de "perdoar setenta vezes sete", ou seja, SEMPRE. Porque uma só vez que não se perdoe acarreta a entrada na vibração baixa da vingança ou do ressentimento. Por isso já fora dito: "se estiveres apresentando tua oferta no altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali tua oferta diante do altar, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão, e depois vai apresentar tua oferta" (MT 5:23-24). Porque qualquer questão com o "irmão" provoca baixa de vibrações.


Se temos obrigações de "amar os inimigos" (MT 5:44), muito maior é o dever em relação aos irmãos de comunidade.


mt 7:6
Sabedoria do Evangelho - Volume 1

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO
MT 1:1-17

1. Livro da genealogia de Jesus Cristo, filho de David, filho de Abraão.


2. Abraão gerou a Isaac; Isaac gerou a Jacob; Jacob gerou a Judá e seus irmãos;


3. Judá gerou de Tamar a Farés e a Zará; Farés gerou a Esrom; Esrom gerou a Arão;


4. Arão gerou a Aminadab; Aminadab gerou a Naasson; Naasson gerou a Salmon;


5. Salmon gerou de Raab a Booz; Booz gerou de Ruth a Jobed; Jobed gerou a Jessé;


6. e Jessé gerou ao rei David; David gerou a Salomão, daquela que fora mulher de Urias;


7. Salomão gerou a Roboão; Roboão gerou a Abia; Abia gerou a Asá;


8. Asá gerou a Josafá; Josafá gerou a Jorão; Jorão gerou a Ozias;


9. Ozias gerou a Joatão; Joatão gerou a Acaz; Acaz gerou a Ezequias;


10. Ezequias gerou a Manassés; Manassés gerou a Amon ;Amon gerou a Josias,


11. e Josias gerou a Jeconias e a seus irmãos, no tempo do exílio da Babilônia.


12. Depois do exílio da Babilônia, Jeconias gerou a Salatiel; Salatiel gerou a Zorobabel;


13. Zorobabel gerou a Abiud; Abiud gerou a Eliaquim; Eliaquim gerou a Azor;


14. Azor gerou a Sadoc; Sadoc gerou a Aquim; Aquim gerou a Eliud ;


15. Eliud gerou a Eleazar; Eleazar gerou a Matan; Matan gerou a Jacob,


16. e Jacob gerou a José. esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, o chamado Cristo.


17. Assim todas as gerações desde Abraão até David são catorze; também desde David até o exílio de Babilônia, são quatorze gerações; e desde o exílio em Babilônia até o Cristo, catorze gerações.


LC 3:23-38

23. [Ora. o mesmo Jesus, ao começar seu ministério, tinha cerca de trinta anos] sendo filho, como e pensava, de José, filho de Heli,

dos os principais sacerdotes

24. de Matat, de Levi, de Meiqui, de Janal, de José,


25. de Matatias, de Amos, de Naum, de Esli, de Nagal,


26. de Maath. de Matatias, de Semei, de Josee, de Jodá,


27. de Joanan, de Résa, de Zorobabel, de Salatiel, de Neri,


28. de Melqui, de Adi, de Cosam, de Elmadan, de Er,


29. de Jesus, de Eliezer, de Jorim, de Matat, e Levi,


30. de Simeão. de Judá, de José, de Jonam, de Eliaquim,


31. de Melca, de Mená, de Matata, de Natan, de David,


32. de Jessé, de Jobed, de Booz, de Sala, de Naasson,


33. de Aminadab, de Admim, de Arni, e Esrom, de Farés, de Judá,


34. de Jacób, de Isaac, de Abraão, de Tará, de Nacor,


35. de Seruc, de Ragaú, de Falec, de Eber, de Sala,


36. de Cainam, de Arfaxad, de Sem, de Noé, de Lamec,


37. de Matusalém, de Enoc, de Jared, de Maleleel de Cainam,


38. de Enos, de Seth, de Adão, de Deus.


Conforme observamos, não é só a ordem inversa que faz diferir as duas genealogias. Os nomes variam.


Para termos uma ideia real, vamos alinhar em colunas as genealogias, dando primeiro a de Lucas, e ao lado a de Mateus: Deus, - Mená Abia Adão - Meleá Asá Seth - Eliaquim Josafá Enos - Jonam Jorão Cainam - José Osias Maleleel - Judá Joatão Jared - Simeão Acaz Enoc - Levi Ezequias Matusalém - Matat Manassés Lamec - Jorim Amon Noé - Eliezer Josias Sem - Jesus Jeconias Arfaxad - Er Cainam - Elmadan Sala - Coram Eber - Adi Falec - Melqui Ragaú - Neri Seruc - Salatiel Salatiel Nacor - Zorobabel Zarobabel Tara - Aminadab Aminadab Abrão Abraão Naasson Naasson Isaac Isaac Sala Salmon Jacob Jacob Booz Booz Judá Judá Jobed Jobed Farés Farés Jessé Jessé Ersom Ersom David David Arni Arão Natan Salomão Admim - Matata Roboão Résa Abiud Naum -
Joanan Eliaquim Amós -
Jodâ Azor Matatias -
Josec Sadoc José -
Semei Aquim Janai -
Matatias Eliud Melqui -
Maat Eleazar Levi -
Nagai Mathan Mathat Jacob Esli - Heli José Jesus

Na lista genealógica de Mateus encontramos a divisão em três séries, salientadas pelo próprio autor, de 14 nomes cada uma (embora a terceira só chegue ao número 14 se contarmos na série o nome de Maria).


Isso forma o total de 42 gerações, ou seja, 6 X 7 (Note-se que as letras hebraicas do nome de David somam 4 + 6 + 4 = 14).


Na lista de Lucas (cuja primeira parte do versículo 23 será comentada mais tarde) há grande divergência de nomes, chegando-se a um total de 76 nomes (entre Abraão e Jesus, Lucas nos dá 56 nomes isto é, mais 14 do que Mateus). É verdade que dois desses nomes, Matat e Levi, são repetidos duas vezes na mesma ordem, nos versículos 24 e 29, podendo tratar-se de engano de copista, Tanto assim que Júlio Áfricano (Patrol. Graeca vol. 20 col. 93) Eusébio (Patrol. Graeca, vol. 22 col. 896) e Ambrósio (Patrol. Lat. vol., 15 col. 1594) assim como o manuscrito C, não trazem essa repetição.


Por que essa divergência entre os dois evangelistas? Explicam alguns exegetas que Lucas reproduziu a genealogia de Maria, pois desde o início é dito: "Jesus, filho como se pensava de José, (era) filho de Reli" ... por intermédio de Maria; embora seja, neste caso, estranho que não tivesse o evangelista citado o nome da mãe de Jesus.


É de notar-se que, de Abraão (1921 A. C.) a David (1078 A. C.) passaram-se 843 anos, o que corresponde a cerca de 28 gerações, e não 14; de David (1078 A. C.) ao cativeiro de Babilônia (606 A. C.) passaram-se 472 anos, isto é, cerca de 15 gerações, e não 14; e do cativeiro de Babilônia (606 A. C.) até Jesus passaram-se 600 anos, ou seja, cerca de 20 gerações, e não 14. Qual a razão dessa divisão "cabal ística" de Mateus?


Observamos, ainda, que Mateus suprimiu diversos nomes que constavam das "listas oficiais" dos Rabinos e mesmo do texto bíblico. Por que?


O estudo que acabamos de fazer, e que nos deixa tantas perguntas sem resposta lógica nem histórica, leva-nos a conclusões mais profundas.


Antes de atingir o grau de elevação indispensável ao Grande Encontro Interno, a criatura humana necessita haver passado par numerosas experiências terrenas, em vidas sucessivas sem conta.


De qualquer forma, o número 42, para o qual Mateus chama nossa, atenção, e que nada em de histórico, revela-nos a divisão de 3 séries de 14, ou seja, de 6 séries de 7, divididas de dois em dois. Podemos interpretar como a evolução (depois que atingimos o reino-hominal) dos dois primeiros graus (corpo físico e duplo etérico), em sete períodos cada um; dois dos segundos graus (corpo astral ou de emoções e intelecto), cada um com sete períodos; e dois dos terceiros graus (corpo mental e causal) com sete períodos cada um. Depois que tudo está em ponto, é que pode a criatura atingir o grau supremo, o sétimo, no qual ainda permanecerá por mais sete estágios, completando a série mística de 49

(7 X 7) para passar ao grau superior de libertação final das encarnações no mundo animal de provações evolutivas.


De qualquer modo são numerosas e variadas as vidas que PRECISAM ser vividas.


O mais interessante é o versículo final da série, na qual está resumida a fase final da evolução: Jacob o homem comum gerou a José o intelecto esposo de Maria ligado à intuição da qual nasceu Jesus a Individualidade, o chamado Cristo o Eu Interno Com essa explicação, não queremos dizer, em absoluto, que Jesus tenha encarnado nesses elementos que são citados como seus ascendentes. Nada disso. O que aí está é apenas um simbolismo para nós, a fim de compreendermos que um espírito imaturo, não desenvolvido ainda, não poderá penetrar o pór tico do encontro; antes disso DEVE passar por toda a escala evolutiva humana. Daí o cuidado de todos os mestres, inclusive de Jesus, de "não dar aos cães o que é santo, nem pérolas aos porcos" (

MT 7:6), e de "revelar estas coisas aos pequeninos (humildes) escondendo-as dos "sábios" (MT 11:25). Quem julga saber tudo ou saber muito, está tão inchado de vaidade que não consegue perceber a voz de Deus, o Espelho e Exemplo da Humildade Máxima que possamos conceber.


Nessas vidas que vivemos, experimentamos todas as situações dentro do nosso Raio específico, da riqueza à pobreza, da posição elevada à humildade, da atuação virtuosa às quedas que ensinam a humildade, passando, por vezes, a corpos masculinos e femininos. Por isso, nos ascendentes de Jesus, encontramos todas as castas: reis e mendigos, mulheres virtuosas e meretrizes, senhores e escravos. A experiência tem que ser completa. Seria possível, mas nos alongaríamos demais, aprofundar o estudo, examinando e analisando o significado de cada um dos nomes citados e suas posições históricas.


Vejamos apenas alguns.


Mateus cuidou de sublinhar as divisões com nomes extraídos da história. Assim, dá-nos o ponto de partida, ou seja, os primeiros passos da Centelha Divina no homem, em ABRAHM, primitivo nome que significa "pai da exaltação", mas que posteriormente foi mudado para ABRAHAM, isto é, "pai da multidão". (Observe-se, em A-BRAHM o radical de BRAHMA, no induísmo; e se dividirmos ABRHAM, o significado de PAI RAHM, o conhecido RA dos Egípcios).


Pai da multidão, ou seja, a origem da matéria que se multiplica na separatividade, onde se inicia a evolução, desenvolvendo-se o corpo físico e o duplo etérico (o mineral e o vegetal).


O segundo grupo é iniciado com DAVID, cujo nome significa "o bem-amado": é o princípio e o desenvolvimento do corpo astral (animal), sede das emoções (do amor) e do intelecto (homem), fazendo chegar ao clímax as emoções e o raciocínio. Recordemo-nos do início da vida de David, que foi como PASTOR, amando os animais e vivendo entre eles, e a final de sua vida como REI da criação (Homem intelectualizado), autor lírico dos Salmos, em que canta intelectivamente a glória de Yahweh.


O terceiro período retrata o espírito nos dois últimos passos, quando, desejando libertar-se, ainda se vê preso no "Cativeiro de Babilônia" ... Babel significa "confusão". São os estados de dúvida, de inquietação, de hesitação do intelecto, que sente não ter capacidade de compreender nem de explicar o que é divino, quando descobre que tudo aquilo em que acreditou há milênios como sólida e duradouro na matéria, é, de fato, ilusório e passageiro...


O "cativeiro da Babilônia" só chega no final da "era de David", isto é, quando, estando bem desenvolvidas as emoções e o intelecto, o espírito pode descobrir que se acha "em cativeiro". Até então" adorava" sua gaiola dourada, seu corpo físico, sua intelectualidade... Mas, feita essa descoberta fundamental, passa a "sentir" a prisão e a querer libertar-se dela. O espírito volta, então, a viver na Terra Prometida, e, embora ainda prisioneiro do corpo e das sensações físicas, sabe que pode escapar de seus domínios, abandonando conscientemente os veículos inferiores, e vivendo na luz gloriosa dos veículos da individualidade. Começa, aí, sua preparação mais minuciosa para o Encontro e a Liberta ção Final. Atingido esse grau (a mente e o corpo causal), que é o sexto, já estará a criatura apta para o passo definitivo, para o nascimento de Jesus, o chamado CRISTO, podendo dizer finalmente:

"Eu e o Pai somos Um".


Passemos a Lucas. Dá-nos ele 76 gerações, de Adão a Heli.


Recordemos que a palavra Adão (em hebraico ADAM) tem simplesmente o sentido do substantivo comum HOMEM. Não é nome próprio.


Então, diz-nos Lucas que, assim que a criatura sai do reino-animal para o reino-hominal, atingindo a fase humana (adâmica), ele se encontra na contingência de ter que subir a escala evolutiva, superando sete graus de 11 passos. São os mesmos sete passos de Mateus, apenas fazendo-nos notar que, cada um desses sete passos compreende MUITAS (10) encarnações e mais uma... Inclusive o sétimo grau, que Mateus ensina desenvolver-se após o encontro, e que Lucas diz só se dar após mais dez (muitas) encarnações, com buscas intensivas. De tudo isso, que pode parecer cabalístico, mas que corresponde à realidade interna de nosso complicado microcosmo, deduzimos que o Caminho a seguir é exatamente o que JESUS veio ensinar-nos com Seu exemplo, e que tão bem foi interpretado e ensinado a nós, sob o véu da letra, nos livros sagrados.


Logicamente os caminhos são muitos ("quem pode marcar o caminho da águia no céu"?, PV 30:19), e assim também as lições variam ligeiramente de autor a autor. Isso, porém, não significa contradição a não ser para aqueles que, não conseguindo alçar voo, permanecem agarrados à letra como a tábuas de "salvação". Adverte-nos Paulo que "até o dia de hoje, na leitura do Antigo Testamento, permanece o mesmo véu, não lhes sendo revelado que em Cristo ele é tirado: contudo, até hoje, sempre que lêem a Moisés, está posto um véu sobre o coração deles; mas todas as vezes que algum deles se "converter" ao Senhor, o véu lhe é tirado (2CO 3:14-16). E isso porque somos "ministros não da letra, mas do espírito, pois a letra mata, mas o espírito vivifica" (2CO 3:6). Isto tentamos fazer, agora, para o grande público: levantar uma ponta do véu da letra, que encobre tantas belezas que estavam ocultas sob os hierogramas dos primeiros discípulos de JESUS, o Mestre por excelência, o CRISTO manifestado, o Filho de DEUS em forma humana. E assim esperamos que esse mesmo CRISTO desperte de seu sono milenar em cada um de nós, fazendo-nos Seus instrumentos fiéis, para que O manifestemos entre os homens, quais "cartas de Cristo, escritas nas tábuas de carne de nossos corações" (2CO 3:3).


mt 7:6
Sabedoria do Evangelho - Volume 3

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 10
CARLOS TORRES PASTORINO
MT 13:10-15 e MT 13:18-23

10. Chegando-se a ele, os discípulos perguntaram: "Por que lhes falas em parábolas"?


11. Respondendo, disse lhes: "Porque a vós é permitido conhecer os segredos do reino dos céus, mas a eles não lhes é permitido.


12. Pois ao que tem, lhe será dado e terá em abundância; mas ao que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado.


13. Por isso lhes falo em parábolas, porque vendo, não vêem, e ouvindo não ouvem nem entendem.


14. Para eles se está cumprindo a profecia de Isaías, que diz: "Sim, ouvireis, e de nenhum modo entendereis; sim, vereis, e de modo algum percebereis,


15. porque o coração deste povo se coagulou e seus ouvidos tornaram-se pesados e eles fecharam os olhos; para que, vendo com os olhos e ouvindo com os ouvidos, não suceda que entendam com o coração e se voltem, e eu os sare".


18. Ouvi, a parábola do semeador.


19. Quando alguém ouve a Palavra do reino e não compreende, vem o mau e tira o que foi semeado em seu coração: esse é o que foi semeado à beira do caminho.


20. O que foi semeado nos lugares pedregosos, é quem ouve a Palavra e logo a recebe com alegria,


21. mas não tem em si raiz, então é de pouca duração; e sobrevindo tribulação ou perseguição por causa da Palavra, logo se escandaliza.


22. O que foi semeado entre os espinhos, é quem ouve a Palavra, mas as preocupações desta vida e a ilusão das riquezas abafam a Palavra, e ela se torna infrutífera.


23. E o que foi semeado na boa terra é quem ouve a Palavra e o compreende, e verdadeiramente dá fruto, produzindo uns a cento, outros a sessenta e outros a trinta por um.


os espinhos, são os que ouvem a Palavra,

MC 4:10-25


10. Quando se achou só, os que estavam em redor dele junto com os doze pediram a (explicação da) parábola.


11. E ele disse-lhes: "A vós é permitido conhecer o segredo do reino de Deus; mas aos de fora tudo se lhes propõe em parábolas,


12. para que vendo, vejam, e não percebam; e ouvindo, ouçam, e não entendam; para que não suceda que se voltem e sejam resgatados seus erros".


13. E perguntou-lhe: "Não percebeis esta parábola? e como entendereis todas as parábolas?


14. O semeador semeia a Palavra.


15. Os que se acham à beira do caminho, onde a Palavra é semeada, são aqueles de quem, depois de a terem ouvido, vindo logo o adversário, tira a Palavra que foi semeada em seus corações.


16. Igualmente os semeados em luares pedregosos são os que, ouvindo a Palavra, imediatamente a recebem com alegria;


17. e não têm raiz em si, mas duram pouco tempo; depois, sobrevindo tribulação ou perseguição por causa da Palavra, logo se escandalizam.


18. Os outros, semeados entre os espinhos, são os que ouvem a Palavra,


19. e entrando as preocupações da vida e a ilusão das riquezas e a cobiça de outras coisas, abafam a Palavra e ela fica infrutífera.


20. E os semeados em boa terra são os que ouvem a Palavra, e a aceitam, e produzem fruto, um a trinta, outro a sessenta e outro a cem por um".


21. E disse-lhes: "Porventura vem a lâmpada para se por debaixo de um balde ou debaixo da cama? não é antes para se colocar no castiçal?


22. Porque nada está oculto, senão para ser manifesto; e nada foi escondido senão para ser posto à luz.


23. Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça".


24. Também lhes disse: " Atentai ao que ouvis. A medida com que medis, com essa vos medirão e se vos acrescentará.


25. Pois ao que tem, lhe será dado; e ao que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado".


LC 8:9-18


9. Seus discípulos perguntaramlhe o que significava essa parábola.


10. Respondeu-lhes Jesus: "A vós é permitido conhecer os segredos do reino de Deus, mas aos outros se fala em parábolas para que, vendo, não vejam; e ouvindo, não entendam.


11. A parábola é esta: a semente é a Palavra de Deus.


12. Os que estão à beira do caminho, são os que ouviram; então vem o adversário e tira a Palavra de seus corações, para que não suceda que, crendo, se salvem.


13. os que estão sobre a pedra são os que, quando ouvem, recebem a Palavra com alegria; estes não têm raiz e creem por algum tempo, mas na hora da provação voltam atrás.


14. A parte que caiu entre os espinhos, estes são os que ouviram mas, seguindo seu caminho, são sufocados pelas preocupações, pelas riquezas e pelos prazeres da vida, e não levam o fruto à maturidade.


15. E a que caiu na boa terra, estes são os que, tendo ouvido a Palavra com coração bom e perfeito, a retêm e dão fruto com perseverança.


16. Ninguém, depois de acender uma lâmpada, a cobre com vaso, nem a põe debaixo da cama; mas ao contrário, coloca-a num castiçal, a fim de que os que entram vejam a luz.


17. Porque nada há oculto que não se torne manifesto, nem há nada secreto que se não haja de saber e vir à luz.


18. Atentai, pois, como ouvis, porque, ao que tiver, lhe será dado; mas ao que não tiver, até aquilo que pensa ter lhe será tirado.


No texto de Mateus, a frase "chegando-se a ele" vem demonstrar que este trecho não é imediato no tempo ao anterior. A pergunta dos discípulos só pode ter sido feita depois de dissolvida a multidão, e talvez depois de terem regressado a casa.


A pergunta, além disso, é feita no plural: "por que lhes falas em parábolas", supondo que várias já tinham sido ensinadas. Ora, é justamente na "fala do Lago" que Jesus começa esse novo sistema didático, já que anteriormente apenas algumas sentenças parabólicas haviam sido proferidas (cfr. MC 3:23 e LC 3:23 e LC 3:39) além de algumas comparações (cfr. MT 7:24-27; MT 9:15-17; 12:43-45).


Marcos salienta que os discípulos o interrogaram quando ele estava "a sós" (katà mónon).


A modificação da maneira de ensinar tem razão profunda. Até aqui Jesus dava Seus ensinamentos morais com rápidos acenos ao "reino dos céus". Mas a partir deste momento começará a revelar os segredos (tà mystéria) da doutrina do Logos e da obtenção do reino dos céus, coisas para as quais o povo não estava preparado naquela época (como ainda o não está, na sua maioria). E aqui nos recordamos do aviso prévio dado por Jesus, quanto à prudência e discrição que se deveria ter no ensinamento: "Não dareis as coisas santas aos cães" (MT 7:6). De fato, ao falar do "reino", os ouvintes daquela época interpretaram Suas palavras de acordo com a expectativa deles: a restauração do reino de Israel, consequente à expulsão dos romanos; e ainda durante milênios, igualmente, continuaram Suas palavras a ser interpretadas erroneamente pela maioria, como a obtenção de um céu "no outro mundo". Poucos perceberam a realidade do ensino, de que o "reino dos céus" é interior a nós mesmos, e se obtém aqui mesmo na Terra, com o Encontro e a Unificação com o Cristo Interno.


Examinemos o texto.


A resposta de Jesus começa com a declaração de que aos discípulos é dado (permitido) conhecer os segredos do reino dos céus. Ai é empregada a palavra tà mystéria, único lugar em que aparece nos evangelhos (no plural em Mateus e Lucas, no singular em Marcos), embora seja de uso frequente em Paulo (21 vezes) e no Apocalípse (4 vezes). Entre os gregos significava a doutrina religiosa secreta ou oculta, que só era revelada aos iniciados.


Os segredos principais são: que o reino dos céus não é externo, mas interno; não vem com o rumor das vitórias, nem com o aplauso popular, mas com o silêncio da meditação; não chega com o orgulho do vencedor, mas com a humildade do vencido; não é obtido com a raiva de quem derrota um inimigo, mas com o amor de quem ama os adversários, como verdadeiros benfeitores; não é conseguido após a passagem pela cova escura do túmulo, mas enquanto estamos na carne; não é "deste mundo" de lutas personalísticas, mas é do mundo espiritual em que, embora na carne, vive o Espírito, a individualidade; não é constituído de títulos de soberania nem de superioridade hierárquica, mas de vivência interior, sem aparências exteriores; não é uma conquista visível aos outros, mas se realiza no secreto do próprio coração onde habita o Pai.


Vem depois a frase que parece enigmática e até, segundo alguns, injusta: "a quem tem, lhe será dado em abundância; mas a quem não tem, até o que tem lhe será tirado", frase que é repetida após a parábola dos talentos (MT 25:29). Essa frase introduz a explicação de Jesus, em resposta à pergunta sobre a razão de ser da ensino parabólico.


Mateus e Marcos trazem o texto de Isaias 6:9-3, que Lucas apenas resume. Ambos atribuem a Jesus a citação do profeta segundo a versão dos LXX.


Como já vimos, o grego koiné era a língua comum da Palestina desde o domínio romano, que começara duas gerações antes do nascimento de Jesus, ou seia, desde o ano 63 A. C. (Flávio Josefo, Ant.


Jud. 14,3,3 a 4,2; Bell. Jud., 1, 6,4 a 7,5, Dion Cassius, 37,16; Estrabão, 16, 2, 40; Tito Lívio, Epítome,
102; Tácito, Hist. 5,9, etc.) . Por isso é que a quase totalidade das citações do Antigo Testamento são feitas segundo a tradução grega dos LXX, e não pelo original hebraico, língua que, desde o regresso do cativeiro da Babilônia, não era mais compreendida pelo povo, que passara a falar aramaico (dialeto de palavras hebraicas misturadas ao assírio, entre cujo povo viveram os israelitas do 8. º ao 6. º séculos A. C. ) . Os israelitas foram levados para a Babilônia em diversas levas (nos anos 705,

606, 598, 588 e 582 A. C. ) e de lá foram trazidos em duas etapas principais, em 536 com Zorobabel e em 459 com Esdios, que escreveu: "e seus filhos falavam metade de suas palavras na língua de A.


hdod (assírio) e não podiam falar a língua dos judeus, mas a de um e de outro povo" (Neem., 13:24).


Jesus faz suas as palavras de Isaías, e aprova o texto dos LXX contra o do hebraico, que foi escrito por ocasião da vocação do profeta em 740 A. C., ano em que desencarnou o rei Osias. E explica: o fato "de verem (lerem) e não entenderem (o sentido profundo real) e de ouvirem e não perceberem (esse sentido), provém de que seu coração (sua mente) está enregelado (pela vaidade e pelo egoísmo); então, eles fecham os olhos e tapam os ouvidos (para não serem obrigados a aceitar a interpretação correta; e isso lhes é permitido) para que, vendo (lendo) com os olhos, e ouvindo com os ouvidos, não suceda que entendam com o coração (a mente) e se voltem e eu os sare", porque a eles NÃO INTERESSA a cura (libertação) das coisas materiais do mundo, às quais estão apegados em profundidade.


Não é que Jesus os faça não entender, porque Ele não quer que se convertam e sejam libertos; não é isso. É o contrário: eles NÃO QUEREM voltar-se (converter-se) nem ser libertados (sarados) e POR ISSO fecham os olhos e tapam os ouvidos.


Não há pois intenção malévola da parte da Divindade, mas apenas má-vontade, por ignorância e involução, da parte dos próprios homens que, embora na consciência atual digam que querem converter-se, na realidade em seu subconsciente não no querem.


Então, o fato de falar em parábolas não é um castigo de Deus; mas antes ao contrário: é uma prova de misericórdia, pois permite às criaturas que tenham tempo de ir evoluindo, e a cada nova encarnação possam ir aprofundando o sentido oculto das parábolas, conseguindo assim atingir a realidade total do ensino de Jesus. Então, não é castigo, como disseram alguns comentadores antigos e modernos, mas um ensino que deveria ir sendo compreendido gradativamente pela humanidade, à proporção que fossem evoluindo os homens. Mas era indispensável que o ensino fosse dado na oportunidade da permanência de Jesus na Terra, e o melhor meio era exatamente esse: parábolas que iriam sendo interpretadas segundo os sete planos (veja vol. 2) até a compreensão final que ainda está para chegar à Terra.


As palavras de Isaías são citadas também por Paulo (AT 28:23-28) e por João 12:37-3.


A explicação da parábola do semeador é dada por Jesus numa interpretação alegórica e metafórica, dizendo que a semente é a palavra de Deus e apresentando quatro situações: a) a primeira categoria é a dos que não compreendem a palavra do reino e o "mau" (a ignorância) desfaz o efeito do ensinamento; b) a 2. ª é a dos que ouvem a boanova, mas não têm preparo espiritual para com ela superar as dores e tribulações, desesperando por qualquer coisa; c) a 3. ª é a dos que ouvem e gostam do ensino, mas o colocam em posição secundária, pois acima dele estão os interesses da vida e as riquezas; e d) a 4. ª é a dos que realmente respondem aos apelos e o fazem em diversos graus: 30, 60 e 100 por um.


Há algo mais a compreender nesta lição.


Jesus começa a explicar a finalidade principal de Sua descida à Terra: ensinar aos homens a Unificação com o Pai que em nós habita; o Pai, que está nos céus, e que portanto constitui o reino dos céus, o qual está dentro de nós e por isso, o meio de conseguir a união é o mergulho no fogo e no Espírito (batismo), dentro de cada um.


Mas a humanidade não estava preparada para um passo tão grande à frente e havia necessidade de muita discrição e prudência na revelação dos "segredos do reino", e dos "mistérios do Logos".


Realmente, todos os ensinos morais foram dados abertamente, e neles nada encontramos além do que os outros avatares anteriores a Jesus haviam ensinado: Crishna, Hermes, Buddha, Lao-Tseu, Zoroastro, Moisés, Pitágoras. Mas esse passo definitivo de liberação total veio por meio de Jesus, embora tivesse sido antecipado em parte, ocultamente por alguns de Seus predecessores.


Então, quando os discípulos (personalidades-iluminadas) pedem explicação, a individualidade (Jesus) estranha que "nem eles" sabem penetrar o sentido profundo... Então limita-se a dar, para efeito de divulgação, uma interpretação alegórica (nível das emoções) e metafórica (nível do intelecto) (vol. 2).


Era a única que podia ser publicada para a época em que Jesus visitou o planeta e também a única que perduraria séculos, já que dirigida à personalidade. Ignoramos se secretamente foi dada aos disc ípulos a interpretação para a individualidade.


De qualquer forma, pelas palavras de Isaías que Jesus cita, deduz-se que sim. Porque, na realidade, Ele lhes adverte que não adianta "forçar", pais os homens que não superaram ainda as sensações (físico-etéricas), as emoções (astral-animal), e o intelecto, NÃO PODEM perceber com o coração e volta-se para o seu interior onde habita o Pai, e portanto NÃO PODEM conseguir a libertação. Eles amam a prisão da gaiola dourada da carne com suas ilusões. Então há de ser o ensino dado gradativamente, para não causar traumas, já que "a evolução (natureza) não dá saltos".


Vem agora a explicação, que divide os homens na realidade em seis categorias, e não em quatro como parece à primeira vista:

1. A primeira categoria é a dos que estão presos às sensações (físico-etéricas) e que portanto se deixam influir pelo mau, isto é, pelo diabo-satanás (ver vol. 1), que é exatamente o corpo físico, ou melhor, matéria em geral, o pólo negativo. Por esses, que mais amam o corpo e suas comodidades e conforto acima de tudo, a doutrina da Palavra (do Logos) não chega a ser nem sequer compreendida, pois é julgada "loucura", sonho, tolice, etc... Eles se acham "à beira do caminho", ou seja, à margem da espiritualidade, totalmente enterrados na matéria, com espírito bem materializado ainda. Qualquer aceno ao Logos é jogado fora pela preponderância das sensações físicoetéricas.


2. A segunda é a dos que vivem presos à animalidade, e portanto com preponderância das emoções (corpo astral), e nesse setor se inclui a maioria esmagadora da humanidade. Deixam-se levar pelo gosto e desgosto, pelo prazer e desprazer, pela simpatia e antipatia, pelo amor e pelo ódio, pela alegria e pela dor, encontrando a estrada da vida eriçada de pedras e escolhos, que representam os carmas negativos, os resultados ruins de ações e pensamentos de vidas anteriores. Esses ouvem a doutrina do Logos ("recebem a Palavra") com alegria, mas quando sofrem os embates da própria vida, os sofrimentos e ingratidões (quando tropeçam nas pedras), se escandalizam (já vimos que "escandalizar" em grego significa "tropeçar") e arrepiam carreira. Quantos vemos que, bem iniciados na senda, ao primeiro revés retrocedem amedrontados e, como disse Jesus, escandalizados, porque julgam que, uma vez na estrada certa, o sofrimento e as pedras do caminho DEVERIAM ser retirados para que sua jornada fosse de rosas... Acham-se, então, COM DIREITO a certos privilégios... A raiz deles é pequena: qualquer contrariedade maior ou palavra ou "falta de considera ção" é suficiente para afastá-los do espiritualismo. Dizem que "aquele meio" não serve para eles e vão de grupo e à procura de uma coisa que jamais encontrarão, pois só a achariam dentro deles mesmos.


3. A terceira categoria é a daqueles que já se encontram com o intelecto mais desenvolvido, e portanto apresentam certo domínio sobre as emoções, embora estas ainda tenham bastante influência nas decisões intelectivas. Ocorre, então, que vivem como que entre "espinheiros", que são constitu ídos pelos cuidados e "preocupações da vida", pela "ilusão das riquezas", pela "cobiça de tantas outras coisas" transitórias, que são verdadeiras ilusões. Esses ouvem e até gostam, chegam mesmo a compreender a doutrina do Logos, o segredo da Unificação com o Pai. Mas NÃO PODEM fazê-las frutificar, porque estão muito OCUPADOS com suas atividades terrenas. A frase comum a esse grupo de pessoas é: NÃO TENHO TEMPO ... E tudo o que ouvem e aprendem fica infrutífero.


4. A quarta categoria é a dos que se iniciam na senda: ouviram a Palavra, aceitaram-na com amor, querem vivê-la. Para isso, buscam perceber a presença e a ação de sua individualidade. Começam a distinguir entre a realidade do Espírito (dando-lhe supremacia) e a ilusão da matéria e das coisas materiais; já compreendem a necessidade de dedicar algum tempo de sua vida às orações e meditações que visam à busca do Eu Interno, e de fato dedicam parte de suas horas a esse mister.


Então, a Palavra produz trinta por um, o que já apresenta bom resultado, embora pudessem, realmente, fazer um pouco mais.


5. A quinta categoria compreende aqueles que já aprofundaram mais o espiritualismo, que já conseguiram penetrar certos mistérios ou segredos do reino, que já obtiveram o mergulho na Consciência Cósmica, embora tivesse sido apenas por alguns minutos, sem permanência constante; mas já sentiram a REALIDADE palpavelmente. Homens que superaram todo ilusionismo material e vivem na ânsia e da ânsia do Encontro Sublime e da Unificação total, e para obter isso tudo fazem: exerc ícios, ásanas, meditações, etc. São os "místicos" no sentido legítimo do termo, que já experimentaram a realidade do Espírito e dessa realidade tem lampejos seguros, nos mergulhos embora ocasionais que conseguem. O fruto é recolhido numa proporção bem maior que a anterior, a sessenta por um.


6. Finalmente a sexta categoria é a daqueles que já obtiveram a união, ou melhor a Unificação Total e permanente com o Cristo Interno, e portanto já se tornaram Cristificados, conseguindo, pois, a libertação plena, e produzindo uma frutificação de cem por um. Já são "filhos do Homem", como os grandes avatares.


Apenas para dar uma ideia de como, mesmo os considerados grandes espíritos não conseguiram sair da materialidade do corpo denso, dando muito maior importância ao físico que ao espírito, observemse estas interpretações:
Agostinho - 100 por 1, os mártires," 60 por 1, as virgens; 30 por 1, os casados.
Jerônirno - 100 por 1, os que observam a continência; 60 por 1, as viúvas; 30 por 1, os casados que se conservam castos.
Teofilacto - 100 por 1, os anacoretas; 60 por 1, os cenobitas e religiosos conventuais; 30 por 1, os casados.

Como se vê, a importância toda é dos atos físicos e do corpo físico, porque, para eles, a espiritualidade é o resultado dos atos e das atitudes externas e materiais.


Em Marcos aparece aqui uma advertência a respeito da lâmpada, que foi vista em Mateus 5:14-3 por ocasião do Sermão do Monte, e em Lucas 11:33-3 (ver vol. 2). Deixamos aqui, porque se adapta bem, no vers. 22 ao espírito da parábola.


A frase "nada está oculto senão para ser manifesto e nada foi escondido senão para ser posto à luz" é um alerta para que, os que podem aprofundem o sentido. E mais, exprime que essa "ocultação" é proposital: foi oculto com a finalidade de ser descoberto por quem o possa. Assim também a frase seguinte: "quem tem ouvidos, ouça", chama nossa atenção para o sentido profundo que se oculta sob as palavras, ensinando-nos que devemos atinar não apenas com a alegoria e a metáfora (ditadas por Ele), mas ainda com os planos simbólico, místiro e espiritual.


Além disso, não esquecer de que aqueles que conseguem penetrar o segredo do reino ("procurai o reino de Deus e sua perfeição") terão tudo o mais por acréscimo. Mas o" que o não conseguirem, perder ão até o pouco que julgam ter. Quantos, após uma vida inteira dedicada ao sacerdócio, ao ministério, ao mediunismo mais puro, se acham depois do túmulo de mãos vazias: puderam até o pouco que julgavam ter, porque estavam na direção errada, já que buscavam Deus fora de si mesmos, e serviam a Deus através das vaidades e honras humanas.


mt 7:6
Sabedoria do Evangelho - Volume 5

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 11
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 23:13-36


13. "Mas ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Porque fechais diante dos homens o reino dos céus; e nem vós entrais nem deixais entrar os que estão entrando.

15. Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Porque rodeais o mar e a terra para fazerdes um prosélito; e quando feito, o tornais filho da geena o dobro de vós.

16. Ai de vós, guias cegos! que dizeis: quem jurar pelo templo, nada é; mas quem jurar pelo ouro do templo, fica obrigado.

17. Néscios e cegos! Pois qual é o maior, o ouro ou o templo que santifica o ouro?

18. E quem jurar pelo altar nada é; mas quem jurar pela oferta que está sobre ele, fica obrigado.

19. Tolos e cegos! Pois qual é o maior, a oferta ou o altar que santifica a oferta?

20. Quem, pois, jura pelo altar, jura por ele e por tudo o que está sobre ele.

21. Quem jura pelo templo, jura por ele e por quem nele habita.

22. E quem jura pelo céu, jura pelo trono de Deus e por quem nele se senta.

23. Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Porque dizimais a hortelã, o endro e o cominho, e negligenciais os preceitos mais importantes da lei, que são o discernimento, a misericórdia e a fidelidade; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitirdes aquelas.

24. Guias cegos! que coais mosquito e engulis um camelo.

25. Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Porque limpas o exterior do corpo e do prato, mas por dentro estais cheios de rapina e injustiça 26. Fariseu cego, limpa primeiro o interior do copo e do prato, para que também seu exterior se purifique.

LC 11:42-52


42. "Mas ai de vós, fariseus! Porque dais o dízimo da hortelã, da arruda e de todas as hortaliças, e desprezais o discernimento e o amor de Deus: estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitirdes aquelas.

43. Ai de vós! fariseus! Porque gostais das primeiras cadeiras nas sinagogas e das saudações nas praças.

44. Ai de vós! Porque sois semelhantes aos túmulos invisíveis, sobre os quais passeiam os homens sem o saberem".

45. Então lhe disse um dos doutores da lei: "Mestre, falando assim, a nós também insultas".

46. Respondeu ele: "Ai de vós, também, doutores da lei! Porque carregais os homens com fardos opressivos e vós, nem com um dedo vosso, os tocais.

47. Ai de vós! Porque construís os túmulos dos profetas que vossos pais mataram.

48. e assim testificais e consentis nas obras de vossos pais, porque eles, sem dúvida, os mataram, e vós lhes construís os túmulos.

49. Por isso também disse a sabedoria de Deus: enviar-lhes-ei profetas e emissários, e a alguns eles matarão, a outros perseguirão.

50. para que a esta geração se peça o sangue de todos os profetas derramado desde a fundação do mundo.

51. desde o sangue de Abel, até o sangue de Zacarias, que foi morto entre o altar e a casa; sim, eu vos digo, que se pedirá a esta geração.

52. Ai de vós, doutores da lei! Porque tirastes a chave da gnose; vós mesmos não entrais, e impedistes aos que entravam".

27. Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Porque vos assemelhais a sepulcros branqueados que, por fora, parecem realmente vistosos, mais por dentro estão cheios de ossos de mortos e de todas as impurezas 28. Assim também vós, exteriormente pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de ilegalidade 29. Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Porque construís os sepulcros dos profetas e adornais os túmulos dos justos e dizeis:

30. Se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido seus cúmplices no sangue dos profetas 31. Assim testificais a vós mesmos que sois filhos dos assassinos dos profetas:

32. enchei, pois, a de vossos pais!

33. Serpentes, filhos de víboras! Como escapareis da discriminação da geena? 34. Por isso é que vos envio profetas, sábios e escribas: a uns matareis, e crucificareis; a outros, açoitareis nas vossas sinagogas e perseguireis de cidade em cidade,

35. de tal forma que venha sobre vós todo o sangue justo que se derrama sobre a Terra, desde o sangue de Abel o Justo, até o sangue de Zacarias, a quem matastes entre o santuário e o altar.

36. Em verdade vos digo, que tudo isto virá sobre esta geração".



Antes de começarmos a análise, impõem-se algumas considerações genéricas para comparação dos dois textos.


Evidente, à primeira vista, que se trata do mesmo episódio, mas cada narrador o apresenta à sua maneira.


Mateus entra ex abrupto na matéria ("falando à multidão e aos discípulos", 23:1) e enumera SETE ais seguidos, todos assestados contra "escribas e fariseus", tachados sempre de "hipócritas".


Lucas, ao contrário, ambienta a cena com o almoço oferecido pelo fariseu, e os três primeiros ais (do total da SEIS) verberam apenas os fariseus. Quando um "doutor da lei" - que eram os diretores espirituais do povo toma as dores, protestando que também eles são insultados, o Mestre se volta para ele acrescentando outros três ais contra os doutores.


Dos sete ais de Mateus. Lucas cita quatro: o 1. º, o 4. º, o 6. º e o 7. º, que ele coloca como, respectivamente,

6. º, 1. º, 3. º e 5. º. Os restantes aparecem em Mateus. mas sem o anátema do "ai de vós". Ao todo, portanto, somando os "ais" de ambos os evangelistas encontramos NOVE condenações diretas e taxativas, da maneira de agir dos escribas, fariseus e doutores da lei.


Digna de nota a coragem carismática do Mestre, em verberar o comportamento errado de cara, de corpo presente, sem subterfúgios, sem "mandar recados", não com "indiretas", nem com amaciamentos, mas categoricamente; e isso, é bom assinalar, na casa de um deles, sentado à mesa dele, num almoço em que era o convidado de honra. Em tal situação, difícil se tornaria a um homem comum tomar essa atitude, reveladora de coragem, de segurança dos próprios atos e da justiça de suas palavras: a posição incômoda de "convidado", sentado à mesa do almoço, talvez nos fizesse pelo menos adiar a reprimenda, numa falsa ideia de gentileza e cortesia, pois nosso espírito fora "comprado" por um gesto de generosidade da parte do transgressor da lei. Ou talvez usássemos de outro expediente: não aceitar o convite, para não comprometer-nos. Jesus age de modo diverso: convidado aceitou. Mas nem por isso escondeu a verdade: disse claramente o que sabia, condenou o erro, verberou a hipocrisia, definiu as posições, impôs sua autoridade.


* * *

Passemos à análise do texto, começando pelo vers. 14 de Mateus: "Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas!


Porque devorais as casas das viúvas sob pretextos de longas orações: por isso recebereis mais pesada condenação". Aparece em alguns manuscritos da Vulgata, é atestado por Taciano e pela versão copta bohaírica (alto Egito), é aceito por Merck e Gramática. Mas a maioria dos críticos (p. ex. : White, Hetzenauer, Nestle, Bover, Pirot, etc.) o recusa, pois se trata apenas de uma transcrição de Marcos (12:40), indevidamente acrescentado a Mateus: pura redundância. Vejamos agora, os "ais", conforme aparecem, Também nós o omitimos no texto.


* * *

#c1 1. º de MT 6. º de Lucas: condena a hipocrisia de modo genérico. Segundo Strack

& Billerbeck (o. c. vol. 1, pág. 921), Rabbi Nathan (160 A. D.) escreveu: "há dez partes de hipocrisia no mundo: nove em Jerusalém, e uma no resto do universo". Em Lucas se assinala com mais precisão o sentido: os doutores se julgam os únicos capazes de interpretar as Escrituras, "tem a chave do santuário", onde se guardam os livros, e portanto o conhecimento, a gnose. Mas, interpretando mal, não "entram" nem deixam que os outros entrem.


2. º de Mateus: Embora não haja, no Talmud, notícia de atividades proselitistas, sabemos por Josefo (Ant. JD 20, 2, 4) que o judeu Eleazar fez o rei Izate e sua corte de Adiabene, circuncidar-se. E nas viagens de Paulo encontramos acenos aos prosélitos pagãos, que ingressavam no judaísmo. A expressão "mar e terra" (literalmente: "mar e sólido": tên thálassan kaì tên xêrán). "Filho da geena" (hebraico: benê gêhinnom) era a filiação metafórica que exprimia dependência ou natureza comum (ver vol. 2). 3. º de Mateus: Não é repetida a fórmula "escribas e fariseus hipócritas", que vem substituída por "guias cegos" (hodêgoí typhloí) ou seja, diretores espirituais incompetentes. Realmente Jesus proibira qualquer espécie de juramento (MT 5:33-37; vol. 2). Mas os fariseus desobrigavam do juramento pelo templo e pelo altar, mas exigiam seu cumprimento se fosse pelo ouro do templo ou pela oferta que estava sobre o altar. Volta a invectiva: môroí kaì typhloí, tolos e cegos, que vale mais (que é maior, meízon)? O ouro é santificado por estar no templo e a oferta por estar sobre o altar, e não o contrário.

Ora, o que mais vale é o que tem o poder de santificar.


4. º de MT 1. º de Lucas: Exemplo concreto de hipocrisia, que faz questão de preceitos leves, como o dízimo das plantas comestíveis e vulgares, desprezando os preceitos graves e importantes. A menta (hortelã, hêdyosmon) porque aromatiza os alimentos e servia de remédio para as taquicardias (eram comidos três ovos: um com menta, um com cominho e o terceiro com sésamo); o endro (ánéthon), comestível muito usado; e o cominho (kyminon) também empregado como tempero e remédio. No entanto, negligenciavam o discernimento (krísis), a misericórdia (éleos) e a fidelidade (pístis). E é acrescentada a fórmula: "devíeis fazer estas coisas, sem omitir aquelas", ou seja, não é que a primeira esteja errada: é que deve ser mantida em sua posição real, em segundo lugar. Em Lucas são citadas: a hortelã a arruda (péganon) planta aromática e as hortaliças em geral (láchanon), e, como negligenciadas, o discernimento e o amor de Deus (agápén tou theoú). No final de Mateus há uma daquelas ironias próprias de Jesus e originais: "guias cegos" coais um mosquito e engulis um camelo" (hoi díulízontes ton kônôpa, tên dè kámêlon katapínontes). Figura metafórica das mais felizes, para sublinhar o ensinamento dado. 5. º de Mateus: Neste se condena o zelo de limpar o exterior do copo e do prato, embora eles por dentro estejam cheios de (gémousin ex) rapina e injustiça (akrasía). O sentido é alegórico, já o vimos no estudo do capítulo precedente, ao comentarmos esta condenação em LC 11:39-41, onde desenvolvemos o assunto. A sequência confirma-o: limpa primeiro (kathársin prôton) o interior, o Espírito, e todos os atos materiais que este realizar serão puros por si mesmos. Não são os ritos, as cerimônias, as observâncias, a aparência de santidade que dão pureza ao Espírito. É exatamente o inverso: se o Espírito for puro, "todas as coisas são lícitas, embora nem todas convenham" porque "nem todas dão o bom exemplo" (l. ª Cor, 6:12 e 10:23).

6. º de MT 3. º de Lucas: São comparados os fariseus e escribas aos sepulcros "caiados de branco".


Refere-se ao costume da época. Desde o dia 15 de Adar (um mês antes do 15 de Nisan, quando se comemorava a páscoa), os sepulcros eram caiados de branco, para que ninguém, por descuido, tivesse contato com um túmulo, já que a lei (NM 19:16) atribuía impureza legal a esse contato. Branqueados, todos os viam e evitavam. Mas por dentro, continuavam cheios de ossos (gémousin ostéôn) de cadáveres e impurezas de toda espécie. Continua o sentido metafórico, mas já agora explicitamente traduzido: "assim vós pareceis justos aos homens, mas internamente estais cheios de hipocrisia e ilegalidade (anomías). Em Lucas, a comparação toma sentido mais forte ainda: "sois semelhantes aos túmulos que não são percebidos, e sobre os quais os homens andam sem perceber", ou seja, a aproximação com os fariseus constitui sério perigo para os homens desprevenidos que julgam estar lidando com homens justos, e no entanto internamente estão cheios de podridão.


7. º de MT 5. º de Lucas: Aqui aparecem duas divisões: profetas e justos, cujos túmulos e monumentos são erigidos e ornamentados. A argumentação de Jesus é de lógica cerrada e irrespondível.


Com a costumeira hipocrisia, dizem os fariseus: "se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos concordado com o assassínio deles". Ora, isso é uma confissão de que eles são os "Filhos dos assassinos", e não os filhos dos profetas e justos. A estirpe deles se prende aos inimigos dos bons não aos bons. Houve quem tivesse visto aí um aceno à reencarnação: hoje, mais evoluídos, não teriam feito o que fizeram outrora: e isso é uma confissão de arrependimento de um ato realizado em vida anterior, na condição em que estavam de ascendentes da geração atual.


Antes de passar à invetiva final, examinemos rapidamente, as duas condenações restantes de Lucas:

8. º (2. º de Lucas): Salienta o orgulho e convencimento desmedidos dos fariseus, que fazem questão dos primeiros lugares nas sinagogas e de serem saudados por todos; essa condenação aparece em MT 23:6, texto que no Evangelho, aparece logo antes do que comentamos, mas que, na realidade, foi proferido cronologicamente em época posterior.


9. º (4. º de Lucas): Acusa-os de sobrecarregar a humanidade com fardos opressivos e obrigações insuportáveis, embora não queiram para si nenhum trabalho; também aparece a mesma condenação em MT 23:4.


Como final vem uma apóstrofe violenta: "enchei a medida de vossos pais", fazendo-as transbordar.


Rabbi Hamnuna escreveu: "Deus não castiga o homem antes que sua medida esteja cheia. Quando se enche, vem sobre ele a necessidade" (cfr. Strack

& Billerbeck. o. c. , vol. 1. pág. 939).


Volta aqui a expressão "serpentes filhos de víboras", numa exclamação inflamada de justa indignação pela falsidade que clama aos céus. E a pergunta: "como escapareis da discriminação da geena"? (cfr. em MT 3:7 as palavras do Batista).


Contudo, o Cristo ainda envia profetas (médiuns que falando sob ditado); sábios (sophoús, hebr.


hakkâmim) que falam por sua própria sabedoria, e escribas (grammatéis) intérpretes que explicam os textos de uns e de outros. Nada porém adianta: continuarão as matanças iníquas "em nome e para maior glória de Deus", sendo todos perseguidos de cidade em cidade. Nunca, talvez, uma profecia se tenha cumprido tão à risca e durante tantos séculos seguidos! ... A metáfora, na visão plena, inespacial e atemporal do Cristo, engloba os fariseus de todas as religiões, em todas as épocas, de todas as raças.


Depois considera os presentes: vós! "sobre vós é que recairá (élthê, sem a partícula duplicativa) o sangue inocente (haíma dikaíon), expressão muito usada mesmo em hebraico (dâm nâqi) que se derrama (em grego ekchynnómenon, particípio presente) sobre a terra (epì tês gês, não sobre o kósmou, mas sobre o chão). Esta frase retoma a hipótese da reencarnação, acima aventada: esses fariseus aí presentes eram, realmente, a reencarnação dos antigos assassinos, tanto que eles (vós!) eram os responsáveis por todos os crimes, desde o sangue de Abel (narrado em GN 4:8) até o de Zacarias. Eles, aí presentes, eram os assassinos; eles, aí presentes, responderam por todos esses crimes: "tudo isto virá sobre ESTA geração". E ai deles, que continuaram reencarnando séculos afora, e continuaram assassinados, já agora "em nome" desse Cristo que os advertira tão claramente!


Quem era esse Zacarias, que Jesus diz ser o filho de Baraquias, morto entre o santuário e o altar?


Esse fato é narrado em 2CR. 24. 20-22. O livro das crônicas é o último livro histórico da Bíblia Judaica, e Jesus demonstra aceitar a historicidade bíblica desde o Genesis até Crônicas, deixando de fora os livros de Macabeus. Portanto, anotemos, os livros dos Macabeus, considerados canônicos pela igreja de Roma, e recusada pelos judeus e pelos protestantes, também pão foram ratificados por Jesus.


Realmente, Jesus poderia ter citado os assassinatos dos irmãos Macabeus, exemplares de fidelidade e de coragem. Mas, para salientar "todos os crimes narrados nas Escrituras", limita-se a citar "do Gênesis ao livro cias Crônicas". Digno de registro.


Acontece que Zacarias, segundo o livro das Crônicas, é filho de Joiadas, e foi assassinado pelo rei Joas 2. º; não era filho de Baraquias. Jerônimo (Patrol. Lat. vol. 26. col. 174) esclarece: in Evangelio quo utuntur, Nazaraeni, pro filio Barachiae, filium Joiadae reperimus, isto é: "no Evangelho usado pelos nazarenos, encontramos filho de Joiada, em lugar de filho de Baraquias". O mesmo Jerônimo e João Crisóstomo (Patrol. Graeca, vol. 58, col 681) pensam que talvez se tratasse de dois nomes (diónymos), conforme glosa de um manuscrito.


Alguns críticos (Klostermanno Lagrange, Loisy, Durand, Prat, etc.) consideram a frase "filho de Baraquias" como uma glosa posterior ao Evangelho de Mateus, já que não existe no códice sinaítico nem no trecho correspondente de Lucas. Realmente, quem era filho de Baraquias era o profeta Zacarias, que nada tem que ver com este aqui citado por Jesus. Mas algum escriba, que já tinha no ouvido o nome do profeta Zacarias, filho de Baraquias, achou por bem acrescentar esse esclarecimento ao texto de Mateus, o que é qualificado de "glosa antiga" (Loisy, Les Évangiles Synoptiques, Paris, 1907, tomo 2, pág. 386) e "glosa errada" (Durand, Évangile selon St. Matthieu, Paris, 1924, pág. 374).


Que significa exatamente a expressão final "tudo isso (tauta panta) virá sobre esta geração"? Jouon (L’Évangile de N. S. Jésus Christ Traduction et Commentaire du texte original, compte tenue du substrat sémitique, Paris, 1930, pág. 46) acha que é "o sangue"; Lagrange, (o. c. pág. 452) diz ser "o crime";


Buzy (Évangile selon St. Matthieu, Paris, 1946. pág. 310) prefere ver aí "o castigo".


A lição é ainda uma vez, preciosa: o discípulo, que segue o Mestre, que é dirigido pela individualidade, não pode ser covarde. Deve enfrentar com a Verdade os poderosos da Terra que estejam errados.


Qualquer acomodação com o erro é cumplicidade. A verdade precisa ser dita corajosamente, mesmo à custa da vida física - já que a do Espírito ninguém na pode tirar: é eterna. E a verdade participa da eternidade do Espírito. Calar é consentir; omitir-se é concordar; deixar fazer é participar da injustiça.


Nada disso faz parte da humildade. Humildade não é passividade: é ação justa, no momento justo.


Humildade e coragem não se repelem, não se opõem, não se anulam; ao invés disso, uma corrobora a outra. Quem tem o conhecimento, tem a obrigação de ensiná-lo; quem possui a chave, tem que abrir a porta; quem está com a verdade é coagido a demonstrá-la.


O conceito de que a humildade se esconde e sofre calada, só vale para os casos pessoais, que não afetem a comunidade. O discípulo tem que ser corajoso e enfrentar as feras do circo, quando se trata de testificar a verdade de suas convicções; tem que crescer diante das autoridades, quando estas se encontram no caminho errado; em resumo, tem que revestir-se da couraça do herói e brandir a espada candente da verdade, para verberar os erros que a desfigurem, zurzindo a hipocrisia e a falsidade, o orgulho e a vaidade, a mentira e a injustiça.


O exemplo de Jesus é valioso para todas as épocas, em todos os climas. E desde então até hoje os imitadores do Mestre não têm faltado. A História registra casos sem conta de discípulos dignos, que pagaram com perseguições e com a vida a coragem de arrostar a ira dos poderosos.


Também a linguagem forte serve de modelo. A. verdade não precisa nem deve ser mascarada nem edulcorada com a desculpa de uma caridade mal interpretada. Dizem que a verdade fere; absolutamente.


O que fere é a injustiça, é a calúnia, é a mentira.


Os artistas representam a verdade nua, embora alguns defendam que deve ser recoberta "com o manto diáfano da fantasia". Mas isso pode referir-se aos ensinamentos que não devem ser dados aos profanos; a estes se fala em parábolas, "para que vendo, não vejam, e ouvindo não ouçam" (cfr. MT 13:15; MC 4:12; AT 28:27; RM 11:8), a fim de "não serem dadas coisas santas aos cães" (MT 7:6). Mas quando se trata de restaurar a pureza do ensino, a nudez forte da verdade deve aparecer em toda a sua pujança, com os termos próprios, com o sentido exato, sem temores nem subterfúgios.


No entanto, podemos entender as invectivas de Jesus, como símbolo que é da individualidade nossa, quais advertências e reprimendas dirigidas à personagem.


Muito comum, em todos nós, é que a personagem encarnada, com seu intelecto maroto, crie numerosas desculpas para escapar ao controle do Espírito. Enquanto este quer levar uma vida correta e dirigirse diretamente à meta prefixada por sua linha evolutiva, a personagem inventa situações, forja planos, imagina fugas, envereda por desvios, tudo para sobrepor-se e aparecer, para brilhar e resplandecer, para ofuscar e embair os incautos.


Mergulhada na matéria densa, tendo perdido o contato com o Eu Profundo, volta-se para as exterioridades, onde busca o reconforto dos aplausos externos, das bajulações, das posições elevadas, dos elogios e das falsidades. Não possuindo força interna. não SENDO, procura "aparentar" o que não é, por atos, palavras, posições, afirmativas vazias que não concordam com o âmago. O exterior torna se brilhante e ofusca a vista dos que só vêem a superfície, enquanto o interior é podridão corrupta.


Para sanar esses males, a Individualidade não deve agir com subterfúgios, mas combater diretamente, empunhando as armas mais eficazes. O Bhagavad-Gita já o ensinara, quando Arjuna demonstra receio de combater "seus próprios familiares" e Krishna, o "cocheiro" (o Eu interno que guia o carro da personagem), o incita a não temer; esses familiares são exatamente os vícios da personagem. A personagem é o "filho único" da individualidade, mas precisa ser corrigido com rigor, para não desviarse da rota certa. Se acaso se desvia, precisa ser de novo trazido ao caminho certo, embora mediante severidades drásticas.


O simbolismo do trecho ora analisado confirma plenamente a tese do BhatJavad-Gita. Aqui Jesus, a Individualidade, verbera corajosa e veementemente as personalidades cheias de falsidade e hipocrisia.


Diz abertamente todos os defeitos e vícios, põe a nu todos os enganos e mentiras, desvela todas as manhas e artimanhas, e revela que "sobre essa geração" (ou seja, nessa mesma personagem, encarnada ou desencarnada) virão todas as consequências dos atos praticados. Diz à psychê e ao pneuma que eles são os responsáveis de todas as ações anteriores, desta e de outras vidas passadas, e de todas as ações erradas colherão os resultados amargos, pela Lei de Causa e Efeito.


Isto porque toda criatura humana é, inegavelmente, um "fariseu e escriba hipócrita", e só depois de muita violência contra a personagem é que conseguirá anulá-la, para que brilhe a luz pura do Eu Profundo.


Esse exame sincero e honesto é indispensável seja feito antes de qualquer promoção nos graus iniciáticos.


E se o resultado for negativo, está garantida a permanência no mesmo ponto... Só se já houver vitórias expressivas, poderá haver promoção. Enquanto a personagem tiver esses defeitos atribuídos aos "fariseus e escribas hipócritas", não há acesso a graus superiores da iniciação. Que isto seja bem meditado por todos aqueles que, impensadamente, recebem títulos e rótulos de mãos incompetentes, sem que tenham, no profundo de si mesmos, a maturidade indispensável obtida com a anulação dos personalismos. Nesses casos, os títulos se tornarão um agravante de farisaísmo, e não uma realidade evolutiva.


O Mestre que tem por encargo "iniciar" os candidatos, em cujas mãos se encontra a responsabilidade pesada e intransferível de verificar a possibilidade de cada um, não pode ser medroso nem tímido: precisa dizer tudo com a franqueza mais rude, a fim de "provar" ou "experimentar" as reações emotivas dos que lhe forem entregues. Jesus ensinou, na prática, como temos que agir, e como têm que agir conosco os encarregados de nossa evolução.


A "caridade" e a "humildade", geralmente interpretadas como emprego apenas de palavras e fórmulas dulçurosas, consistem, ao contrário, em saber agir com firmeza e desassombro, verberando-se os erros de frente e sem subterfúgios, revelando-se os defeitos e deficiências com segurança e até mesmo com certa rispidez, para que se sinta a gravidade dos mesmos. Se não é "com vinagre que se pegam moscas, mas com mel", não é todavia com mel que se corrigem espíritos inveterados nos erros do mundo: "quem ama o filho, não lhe poupa a vara" (cfr. PV 13:24). Se referirmos essa verdade em relação à Individualidade diante da personagem, ao Espírito (pneuma) diante do "espírito" (psychê), teremos compreendido toda a tese desenvolvida no Bhagavad-Gita e também aqui, nos "ais" dirigidos por Jesus, o Mestre, a nós todos.


mt 7:6
Sabedoria do Evangelho - Volume 8

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 7
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 16:23-33


23... "Em verdade, em verdade vos digo, se algo pedis a meu Pai em meu nome, ele vos dará.

24. Até agora não pedistes nada em meu nome: pedi e tomei, para que vossa alegria seja completa.

25. Essas coisas vos falei em parábolas: virá a hora em que já não vos falarei em parábolas, mas abertamente vos anunciarei a respeito do Pai;

26. naquele dia, pedireis em meu nome e não vos digo que eu rogarei ao Pai por vós,

27. pois o próprio Pai gosta de vós, porque vós me amastes e crestes que eu sai de Deus.

28. Sai do Pai e vim ao mundo, de novo deixo o mundo e volto ao Pai".

29. Disseram seus discípulos: Eis que agora falas claramente e não falas mais em parábolas:

30. agora vemos que sabes todas as coisas e não tens necessidade de que alguém te pergunte; nisso acreditamos que saístes de Deus.

31. Respondeu-lhes Jesus: "Agora credes?

32. Eis que chega a hora, e já chegou, para serdes dispersados, cada um para seu próprio (lado), e me deixareis só; mas não estou só, porque o Pai está comigo.

33. Eu vos falei estas coisas, para que tenhais paz em mim. No mundo tereis tribulações, mas tende bom ânimo: eu venci o mundo"!



A afirmativa, precedida da fórmula solene ámen, ámen (em verdade, em verdade), constitui uma reafirma ção da promessa já feita: uma vez mais se reforça a garantia de serem atendidas as orações, e agora também é repetido: "se pedis... em meu nome" (como em JO 14:13, JO 14:14, JO 14:26; 15:16; 16:23 e 24:26).


Assevera, em seguida, que até aquele momento, nada fora por eles pedido "em seu nome". E insiste: " Pedi e tomai, para que vossa alegria seja completa ". Interessante observar que não repete "recebereis", mas adiante logo "tomai".


Outro ponto salientado é que não mais falará o Cristo em parábolas, mas abertamente e, nessa ocasião, o Pai atenderá diretamente a cada um, em vista do amor Dele para com Suas criaturas.


A frase "saí do Pai" é dada em duas formas, segundo os códices: ek toú patrós (em B, C, L, 33 etc.) e parà toú patrós (em aleph, A, delta, theta, etc.) .


Embora semelhantes, as duas formas diferem substancialmente, equivalendo à distinção de sentido existente entre as preposições latinas ex e ab. A primeira denota uma saída de dentro para fora, do centro para a periferia, do âmago para a superfície; a segunda um afastamento a látere. A discussão interessa à teologia. Se não for bem interpretada em profundidade, essa frase, assim como está constru ída, pode dar como resultado a confirmação de uma dualidade de essências (tanto de existências como de substâncias), pois pode entender-se que o mundo está fora do Pai topograficamente.


Com a notícia de que "saíra do Pai e viera ao mundo, e agora saía do mundo e voltava ao Pai", os disc ípulos se alegram, abrindo-se-lhes o rosto em largo sorriso de satisfação incontida. Julgaram que finalmente haviam entendido o processo realizado por Jesus: estava com o Pai de onde saíra para encarnar na Terra: agora desencarnava na Terra para regressar para junto do Pai.


Mais uma vez, com isso, fala o Evangelho tranquilamente no fato da reencarnação, sem explicá-la, porque era teoria francamente aceita sem a menor dúvida por todos. Diz-se que o Espírito de Jesus saiu do Pai e reencarnou no mundo, como ocorre com todas as criaturas sem exceção, a cada dia e a cada minuto. Nada de estranhar, para quem esteja a par do processo natural reencarnatório. Só não o vê, quem não quer, ou não pode, por falta de capacidade intelectiva ou por deformação intelectual plasmada desde os primeiros anos de vida atual.


Para os discípulos, plenamente conscientes do fenômeno reencarnatório, a frase constituiu uma revelação de meridiana clareza: não há mais necessidade daquelas parábolas que tanto torturavam suas intelig ências pouco afeitas à filosofia. A declaração taxativa constitui para eles prova categórica de que seu Mestre "sabia tudo", revelando-nos que, apesar do diuturno contato com eles, a didática metafórica utilizada no ensino de Jesus deixava, se não em todos, pelo menos na maioria, certa dúvida a respeito da competência do professor...


Mas agora eles têm a prova de que seu Mestre sabe: E fala tão claro, que não há mister fazer perguntas!


Em vista disso, surge neles a convicção de que realmente saiu de Deus!


O Mestre não pode evitar de fazer ironia: "só agora acreditais"? Deve ter sentido pequeno choque íntimo: de que tinham valido aqueles longos dias de pregação, de curas, de demonstração de poderes extraordinários, de sacrifícios, de bondade? ... Só agora acreditais?!


Mas já é bem tarde, por que está soando a hora em que todos serão dispersados, cada um para seu lado, e Ele será abandonado por todos, e na solidão da águia que nas alturas se libra, enfrentará sozinho o grande passo da dor! ... Só? Não: o Pai estará sempre com Ele, habitando em Seu coração divino que se humanizou por amor às Suas criaturas.


Apesar de tudo, Seu amor não se perturba: "Falei-vos isso para terdes paz em mim. "

Porque o mundo lançará sobre todos os discípulos o sofrimento que tortura e pisa. Mas que não desanimem, porque "Eu venci o mundo". Unidos a Ele, também os discípulos vencerão todo o arroxo das incompreensões e das perseguições.


Vamos continuando a receber ensinamentos cada vez mais profundos e elevados a um tempo. E como a prece é uma necessidade vital para a criatura humana, para que o periférico não perca contato com o central e o superficial não deixe de ligar-se ao âmago, e a criatura não se desligue do Criador, e o filho não se isole do Pai, e a Centelha não se destaque do Foco de Luz - assim nesta hora solene de despedida de Sua posição sensível volta o Cristo a repetir o ensino, do qual, logo a seguir (cap. 17) dará o exemplo vivo, na prece pela unificação de todas as criaturas com a Divindade.


Reitera a promessa, que é uma garantia absoluta. Mas já agora, podemos analisar aqui, em profundidade metafísica, Suas palavras. Recordemos, antes, que NOME é "a manifestação externa da essência profunda". Isto é, o nome "mesa" exprime a essência profunda desse objeto, seja qual for seu tamanho, sua altura, sua forma, ou a matéria de que seja feita: "mesa" é a manifestação externa da essência desse objeto. E assim ocorre com qualquer outro exemplo: cinzeiro, cão, bananeira, quadrado, laranja, menina, ametista, rosa, Pitágoras, etc.


Ora, pedir em meu nome exprime, nestas circunstâncias, um sentido muito mais amplo do que se possa supor à primeira vista. Não basta dizer com palavras: "Pai, eu te peço em nome de Jesus" Cristo Teu Filho"! Não! Aqui não se ensina nem se exige qualquer fórmula mágica e ritualística, para que o resultado seja garantidamente conseguido. Nada disso. Essa fórmula é empregada em milhares de preces tradicionais durante milênios, sem que a resposta tenha obrigatoriamente chegado. E o Cristo, bem o sabemos, não pode mentir. De que se trata então?


Se o NOME é a manifestação da essência profunda, a expressão "em meu nome" significa logicamente EM MINHA ESSÊNCIA.


Explicamos: se realmente tivermos conseguido aquilo que o Cristo ensinou pela boca de Jesus, ou seja, se tivermos unificado nosso espírito (personagem) com nosso Espírito (individualidade ou nosso Eu profundo), e se tivermos unificado esse nosso Eu profundo com o Cristo ou Mônada divina residente em nosso coração, nós verdadeiramente estaremos NA ESSÊNCIA do Cristo, teremos mergulhado (batismo) e penetrado (matrimônio) no Nome sacrossanto de Cristo, diante do Qual se dobra todo joelho dos que estão nos céus, na Terra e debaixo da terra" (FP 2:10).


Então se nessa situação, "se em minha essência (ou "em meu nome") pedis algo a meu Pai, Ele vos dará".


Com essa condição de cristificados, por sermos UM com a essência crística, bastará querer para que se realize o desejo; se tivermos fé (isto é, fidelidade harmônica ou sintonia vibratória), embora não estejamos nos mais elevados graus do adeptado; mas ainda que esse contato seja um ponto minúsculo "como um grão de mostarda", já teremos poderes insuspeitáveis para o homem comum (profano). O que se não dará, portanto, se já nossa posição estiver assegurada pela unificação com a essência crística, com Seu Nome! Essa é a meta.


E o Cristo, quase numa repreensão, admoesta Seus discípulos: "Até agora nada pedistes em meu nome!" Com Jesus ali presente, Nele confiavam, não experimentando a necessidade angustiosa de gritar por socorro: Jesus supria-lhes as deficiências espirituais, psíquicas e físicas. Mas o aviso serve para o amanhã deles e para o nosso hoje.


É de notar-se a segunda parte da proposição, onde mais não se repete pedi e "recebereis"; categoricamente o Cristo afirma: Pedi e TOMAI. A ação (érgon) é tão automática, que bastará mentalizar o desejado e estender a mão para segurá-lo. Então, nessa hora, "nossa alegria será completa", pois estaremos unificados com o Cristo e, logicamente com o Logos (Som criador), e nossa vontade será a Vontade do Criador. Portanto, também criaremos tudo o que desejarmos, no momento exato em que o desejamos.


Prudentemente, isso não é concedido a quem não tenha conseguido essa unificação: poderia pedir e obter coisas prejudiciais à sua evolução espiritual. Daí as dificuldades encontradas nessa estrada pelas criaturas: só ao atingir esse altiplano evolutivo, quando já adquiriram capacidade de discernimento perfeito, é que terão esse dom divino, pois nesse estágio saberão sempre o que pedir corretamente.


E isso que explica o grande poder (exousía) e a grande força (dynamis) de Jesus, ao realizar as curas maravilhosas, cujo relato lemos nos Evangelhos. Ao atingir esse ponto não correremos risco de dirigir nosso desejo para coisas externas e pedras de tropeço para nós e para os outros pois, tendo a visão nítida da essência das coisas, que vemos através dos olhos do Pai, sabemos o que será melhor para adiantar a evolução espiritual de cada um.


Que essas palavras possuam esse "sentido oculto", não há dúvidas: o Cristo no-lo avisa aqui mesmo: "até agora vos falei em parábolas". Inclusive as palavras que acabamos de analisar constituem parábolas, comparações, cujo significado só mais tarde nos seria revelado: "virá a hora em que já não vos falarei em parábolas, mas abertamente vos anunciarei a respeito do Pai". É o que ocorre hoje, e por isso podemos claramente revelar o sentido profundo de Suas palavras.


Quando chegar essa oportunidade, e tivermos conseguido ser UM com o Cristo e com o Pai, então "pediremos em nome do Cristo" ou seja, pediremos vivendo na essência do Cristo. E Ele acrescenta, esclarecendo mais: "não vos digo que eu, o Cristo, rogarei ao Pai por vós, pois o próprio Pai vos ama, tendo em vista que me amastes e que crestes que saí de Deus". Claro. O amor, amor de união profunda, de unificação de dois Espíritos num só Espírito, matrimônio místico inconcebível ao ser humano profano, faz-nos sentir que o Cristo é uma individuação da Divindade.


Aqui temos que interpretar o texto original com todo o cuidado. O grego geralmente aceito e as traduções vulgares trazem "saí de Deus". Ocorre, porém, que falta o artigo diante do termo theós nos melhores testemunhos (no papiro 5, em aleph original, em A, theta, 33 em Crisóstomo, etc.) o que dá um sentido todo especial. Não se trata de um Deus (ho theós), ou seja, "O DEUS dos judeus ou cristãos", mas da DIVINDADE, o Pensamento Inteligente a Absoluto (cfr. H. Rohden, "Que vos parece do Cristo"?, ed Sabedoria, Rio, 1970).


Logo a seguir, o Mestre explica com toda a clareza o pensamento: num simples versículo, englobou todo o complexo involução-evolução do ser (que Pietro Ubaldi explicou em "Deus e Universo" e em "A Grande Síntese"). Realmente, já o vimos em volumes anteriores (cfr. sobretudo vol. 3), que o Espírito Santo (Luz Incriada, Divindade Absoluta, Potência), ao entrar em Ato se manifesta sob o 2. º aspecto de Som Criador (Logos, Verbo, Pai) e o resultado é o Cristo (ou Filho), que aqui afirma taxativamente que "saiu do Pai" (ek toù patrós), da substância e essência do Pai, chegando até a matéria; e agora, tendo de há muito completado o ciclo vibratoriamente descendente, e estando no estágio elevadíssimo da aquisição de mais um degrau no ciclo ascendente, "volta ao Pai".


Eis um resumo esquemático:
descida: LUZ (Divindade) - SOM (Pai, Verbo) - MATÉRIA (Filho)
subida: MATÉRIA (átomo) - ENERGIA (psiquismo) - ESPÍRITO (divinização)

A teologia denomina isso com uma palavra especial: "O Filho procede do Pai. " Mas a palavra usada pelo Cristo é "sair de dentro de" (ek poreúô), e não um simples "proceder". Para melhor compreensão, podemos utilizar um exemplo grosseiro e imperfeito: é como o vapor que sai da água, conservando, porém, a mesma substância (dóxa), a mesma natureza (ousía), a mesma vida (zôè), a mesma força (dynamis), a mesma potência (exousía), a mesma ação (érgon), a mesma plenitude (plêrôma), embora sob um aspecto diferente, e com diferente atividade (orgè).


Como vemos, temos aqui as mais sublimes lições em termos simples e concisos, registrados no Evangelho de João. No entanto, não esqueçamos que se trata de mero resumo esquemático do ensino dado, para que fosse passível de ser lido também por profanos. Em sua incapacidade de penetrar o âmago do ensino, ficariam na periferia, admirando a beleza e entendendo dele e dele extraindo apenas o sentido literal (pedra com que construiriam templos magnificentes), ou no máximo o sentido alegórico (água, com que "fariam" cristãos, pelo batismo), mas sem conseguir penetrar no simbolismo místico profundo (vinho, pois o utilizado na "missa é pura matéria). Só quem bebeu o vinho da sabedoria poderá assimilar em si o significado real dessas palavras.


A lição deve ter descido a esses pormenores, embora não registrados, porque perigosos, já que não se deve dar pérolas aos porcos (seres animalizados) nem coisas santas aos cães" (profanos) conforme lemos em Mateus (Mateus 7:6).


Disso constitui prova irrefutável a alegria que manifestam os discípulos, regozijados pela visão clara da Verdade: "Agora falas abertamente, e não em parábolas; agora vemos que sabes todas as coisas, sem que precisemos perguntar; agora vemos que saíste da Divindade" (aqui novamente sem artigo).


A expressão alegre é bem recebida pelo Cristo, mas não pode deixar de manifestar Sua estranheza, porque "só agora" chegaram a essa conclusão, depois de tantas vezes haver explicado a mesma coisa: "só agora credes? Agora que está chegando a hora, ou melhor, que já chegou a hora em que sereis dispersados cada um para seu lado deixando-me só"? Aqui descobrimos, em evidência, a interferência da humanidade de Jesus, da personagem que, embora unificada com o Cristo, não perdeu suas características de ser humano. Com Sua sensibilidade apuradíssima, sabe que todos fugirão temerosos diante do grande passo iniciático sangrento que está para dar, com a avalanche de violência que sobre Ele se derramará por obra dos homens. Isso atemorizará os discípulos que fugirão, com medo de serem envolvidos pelo turbilhão de força que, pela Vontade divina, se elevará do Antissistema, para "provar" ou experimentar (páthein) qual o grau evolutivo da força íntima de Jesus, a ver se era capaz de submeter-se sem medo à morte violenta "de Osíris", tal como ocorrera, milênios antes, com aquele outro Avatar.


Logo a seguir, levanta Seu ânimo forte, quase arrependendo-se do que dissera: "Mas não estou só: porque o Pai está comigo"! Seu átimo de fraquejamento humano é logo corrigido pela voz do Cristo, que Lhe recorda que, sendo Ele e o Pai UM, jamais poderá o homem que vive Neles, em quem Eles vivem, considerar-se só; poderá ser abandonado pelas "Centelhas" encarnadas, mas que importa, se Ele está no Foco irradiador das Centelhas? Que importa se as faíscas que partem da fogueira se afastem do tronco que arde, se este continua no coração da pira?


Já dissera tudo o que lhe fora possível dizer.


Profere então o fecho da lição: "Disse-vos essas coisas para que tenhais paz em mim". E é apenas isso que vale: a PAZ, mas a PAZ do Cristo, tema que será retomado ao final do encontro, depois que houver proferido a oração pela unificação da criatura com o Criador. Com essa PAZ no coração, podiam ter confiança tranquila e ânimo forte, pois Ele mesmo já vencera o mundo.


Todo o transcurso percorrido no Antissistema, toda a peregrinação pela área do pólo negativo, foram superados pelo Cristo interno na pessoa humana de Jesus, como o está sendo em cada um de nós: "e é com o fim de vos preparar para isso, que venho fazendo convosco - desde os movimentos primitivos da matéria até o Espírito - tão longa viagem" (P. Ubaldi, A Grande Síntese, cap. 80, pág. 312).


Depois de toda essa escalada, em inúmeras encarnações e reencarnações nos reinos mineral, vegetal, animal e hominal, segue agora para encarnar no reino celestial ou reino de Deus. Haverá prova maior, mais positiva, mais clara, mais evidente do fato inconteste da reencarnação de todos os seres? Que ensino mais convincente que este? o circuito realizado pela Centelha divina individuada, através de todas as formas que gradativamente a Mônada vai plasmando e forçando, de dentro para fora, a evoluir, até atingir o ápice do processo, ao passar do hominal ao angélico, do reino humano ao reino de Deus. Sem a encarnação e a reencarnação, jamais seria isso possível.


Cumprida toda essa escalada, após "ter vencido o mundo", ou seja, o Antissistema, "deixa o mundo e volta ao Pai". Vitória total, absoluta, irrefutável, que poderá ser obtida e DEVERÁ ser obtida por todas as criaturas humanas, por todos os seres, mais rápida ou mais vagarosamente, de acordo com o Amor que vibre dentro de cada ser e da compreensão de cada um a respeito da realidade e da Verdade.


O Cristo nos guia à Verdade e à Vida, pois Ele constitui, dentro de nós, o único caminho que leva ao Pai e ao Espírito.


E agora acompanhemos, de joelhos se possível, a grande Prece que o Cristo dirige ao Espírito, à Luz Incriada, ao Absoluto, em Seu aspecto de Pai, de Som criador, de Logos divino.



Barbosa, Elias

mt 7:9
Presença de Chico Xavier

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 23
Barbosa, Elias

Um dos benefícios que o Espiritismo vem trazendo à Humanidade é ensiná-la a saber morrer; e saber comportar-se, na Terra, em face da perda de um ente querido. A carta que transcrevemos mostra essas duas situações. O seu subscritor, um dos vitimados no desastre do Rio Turvo, em 24 de agosto último, pela compreensão dos postulados espíritas, soube como proceder no instante em que percebeu o seu naufrágio: ergueu o pensamento a Deus e entregou-se aos seus guias, que o transportaram a um hospital, onde permanece, tal como se estivesse ainda encarnado e se salvasse de um desastre. Aliás, o Espiritismo é a única doutrina que encara o Além dessa maneira, diferentemente de qualquer outra crença reencarnacionista, e, nessa desbravação da vida futura, não trabalha com hipóteses abstratas, sem esteio na realidade, mas formula-as depois de longa observação dos fatos. E é a sequência e uniformidade das comunicações mediúnicas que têm servido de campo experimental. Por outro lado, a missiva mostra que a desesperação dos familiares, na Terra, em lugar de beneficiar, prejudica o desencarnado, porque fá-lo, numa interpretação psíquica, sentir as agruras que o afligiram no instante mesmo da libertação do veículo físico. É preciso que os pais, se quiserem ajudar ao filho, façam caridade, trabalhem, esforcem-se, deem de si aos outros; só assim ficam ligados ao ente desencarnado. O suicídio, por exemplo, em vez de unir, separa-os; e suicidar-se não é apenas desligar-se abruptamente da vida, mas comportar-se de modo que vá abreviado, de qualquer maneira, o dia próprio da morte física.

Por isso, a carta abaixo é publicada; os que nela não crerem; lê-la-ão tão só como obra literária; os espíritas, porém, terão o seu bálsamo, porque todos nós somos sacudidos, diariamente, pelas nossas dores, que não herdamos de nossas antepassados, mas de nós mesmos, em outras encarnações. “Cada um é filho de si mesmo”, já se disse.

A progenitora de William quis ir a Uberaba, onde reside o médium Francisco Cândido Xavier. Na sua simplicidade, Chico Xavier, vendo na fila dos que, semanalmente, o procuram, chamou-a e, mesmo sem troca de qualquer impressão, disse-lhe que sabia a que vinha e escreveu a carta, pela via mediúnica. Cuida ela de pormenores que só mesmo quem conhecesse a família saberia. Daí a sua autenticidade. É verdade que os incrédulos sorrirão na sua alta sabedoria e dirão que Chico já fora avisado; mas o certo é que Chico Xavier está lá em Uberaba e são tantas as situações idênticas que teria ele que ser um super-homem para conhecer tantas particularidades de todas as partes do Brasil. E isso sem ter uma única pessoa a assessorá-lo. Portanto, quem descrê da mediunidade de Chico Xavier fá-lo um ente superior pela presciência; mas o Espiritismo não endeusa ninguém. Chico não é um presciente; é um médium apenas e o que escreve vem do alto e tem a segurança das coisas inatacáveis, como está sucedendo ao seu labor espírita, até hoje não desmascarado por ninguém porque produto da sua consciência íntegra e da honestidade de seu propósito.

Eis a carta:


Querida mamãe, pelo seu carinho me abençoe.

Estou presente, rogando à senhora me ajude com a sua paciência.

Tenho sofrido mais com as lágrimas da senhora do que mesmo com a libertação do corpo… Isso, mamãe, porque a sua dor me prende à recordação de tudo o que sucedeu e quando a senhora começa a perguntar como teria sido o desastre, no silêncio do seu desespero, sinto-me de novo na asfixia.

Tenhamos calma e resignação. O que passou foi a lei a cumprir-se. Pode crer que nossas reuniões e preces funcionaram.

Quando vi que nós todos afundávamos no rio sem esperança na terra, apareceu em mim a esperança da grande vida e entreguei-me à vontade de Deus, conformado.

Notei que companheiros me agarravam como a me pedirem socorro para voltar à tona, no entanto, mamãe, embora não pudesse falar, eu pensava… Pensava que Deus não dá pedras aos filhos que pedem pão, (Mt 7:9) que a Providência Divina só faz o bem… Recordei as conversações do papai e o carinho da senhora e fiz, no fundo da alma, a prece derradeira do corpo… Não havia tempo para chorar. Senti-me sufocado, mas pouco a pouco, notei que mãos amigas me davam passes de leve e dormi.

Não tenho noção do acidente como desejaria, mas estou informado de que saberei tudo quando estiver mais sereno. Asseguro, porém, que ninguém teve culpa. Nem nosso motorista amigo, nem nosso Genésio. Mamãe, nada fizeram que pudesse provocar a situação.

Foi a dívida do passado que surgiu na máquina em movimento. Mais tarde conversaremos nisso. Ainda tenho a cabeça dolorida e só venho até aqui, trazido pelo senhor Schutel, que me acolheu, para rogar à senhora calma e oração.

Pelo amor de Deus, mãezinha, não chore mais, nem pense que será melhor morrer para encontrar-nos. Estaremos juntos no serviço da nossa fé. É preciso reconhecer isso. Osmir, Beni e Marlene ao lado de papai precisam muito de seu carinho na Terra. E eu não estarei longe.

Tudo que a senhora puder fazer para auxiliar os meninos necessitados, faça com amor e devotamento. Ajude, mamãe, a compreensão de todos os nossos amigos em Rio Preto. Se eu puder pedir alguma coisa, rogo para que o nosso motorista seja desculpado. Tenho visto alguns dos meus companheiros e todos os que tenho visto rogam a mesma coisa. Vamos todos orar pedindo a Deus compreensão e coragem. Senhor Schutel, vovó Mariquinha e D. Mariquinha Perche estão me ajudando, pois ainda estou assim como um doente precisando recuperar-se. Estou bem, somente aflito com sua aflição. Peço à senhora agradecer às nossas bondosas amigas D. Clementina, Carlito e Tia Dulce Zacarias as orações com que tanto me confortaram.

Hoje não posso escrever mais. Senhor Schutel pede para eu encerrar esta carta que ele me auxiliou a escrever.

Para a senhora, mamãe, para o querido papai e todos os nossos o coração carinhoso e reconhecido do seu filho que lhe pede paz e confiança em Deus.


William 

Elias Barbosa


Nelson Castro, “Eram 59 — Coletânea de Artigos escritos sobre a tragédia do Rio Turvo”, São José do Rio Preto, Irmãos Boso — Editores e Livreiros Catanduva, Estado de São Paulo, 1960, págs. 80-82. ARGEMIRO ACAYABA DE TOLEDO — respeitado jornalista e escritor de São José do Rio Preto, Estado de São Paulo.

William José Guagliardi. A mensagem foi psicografada na noite de 14-11-1960, em Uberaba, dirigida à D. Walkyria Zaccarias Guagliardi, a progenitora de William.



Huberto Rohden

mt 7:13
Nosso Mestre

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 55
Huberto Rohden
O homem mundano vive à larga, gozando, folgando, pecando - o homem espiritual vive em disciplina, renunciando, meditando, orando. As largas e cômodas avenidas da vida mundana terminam no abismo da perdição temporal e eterna - os trilhos estreitos e íngremes da vida cristã conduzem às alturas serenas da felicidade, neste ou no outro mundo.
Entrai pela porta estreita. Pois larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz à perdição - e são muitos os que o trilham. Quão apertada é a porta e quão estreito o caminho que conduz à vida! - e poucos são os que acertam com ele (Mt. 7, 13-14).

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Mateus Capítulo 7 do versículo 1 até o 29

E. A VIDA DOS DISCÍPULOS, Mt 7:1-29

1. Advertências e Exortações (7:1-23)

a) Censura (7:1-5). Um espírito crítico é uma negação da verdadeira religião. Este era um dos piores defeitos dos fariseus. Assim, Jesus advertiu os seus seguidores: Não julgueis, para que não sejais julgados (1). Usando o termo no sentido popular, pode-ríamos parafrasear assim: "Não seja crítico, ou você será criticado". Uma tradução livre ainda melhor seria: "Não condene os outros, ou você mesmo será condenado". Como Buttrick diz: "A censura crítica é um bumerangue"." O problema de julgar os outros é que nos colocamos acima daqueles que julgamos. Bowman e Tapp traduzem assim este versículo: "Não se 'sente no tribunal' a não ser que você tenha vindo para ser julgador.' Oswald Chambers adverte os seus leitores: "Cuidado com qualquer coisa que o coloque no lugar de uma pessoa superior"."

Deve ser notado que vários comentaristas interpretam a segunda oração do primei-ro versículo como se referindo ao dia do juízo final. Se julgarmos os outros seremos julga-dos por Deus (ou Cristo).

No versículo 2, Jesus declara, de forma dupla, um dos princípios básicos da vida. Ele pode ser colocado mais brevemente desta forma: "Você recebe o que você dá". Dê um sorriso e você receberá um sorriso; dê um resmungo e você receberá um resmungo.

Então Jesus ilustrou a incoerência de um espírito crítico (3-5). Um homem vê um argueiro (3) – "grão" ou "lasca" – no olho de seu irmão e quer tirá-lo. Mas na verdade ele tem uma trave ou "tronco" em seu próprio olho. O Mestre sugeriu que seria melhor para o crítico tirar primeiro a trave de seu próprio olho, para que ele pudesse enxergar mais claramente a fim de tirar o argueiro do olho de seu irmão.

Jesus estava, obviamente, falando por meio de uma hipérbole. Mas Ele estava usan-do o forte princípio pedagógico de que as pessoas se lembram mais facilmente daquilo que lhes parece mais ridículo. Ninguém jamais poderia se esquecer do quadro que ele pintou aqui.

Alguém que mostra um espírito agressivo e crítico ao criticar um defeito insignifi-cante em um companheiro cristão, na verdade tem uma tora de madeira em seu próprio olho. A falta de amor sempre distorce a visão. O que Jesus está dizendo é: Você não pode ajudar outro companheiro até que tenha se livrado dessa atitude crítica que possui.

  1. Consagração (7.6). A maioria dos comentaristas interpreta este versículo como uma advertência contra compartilhar ricas verdades espirituais com ouvintes indignos. Jones, no entanto, opõe-se a esta opinião, alegando que ela não se encaixa no contexto, nem representa o pensamento de Cristo. Assim, ele oferece a seguinte interpretação alternativa: "Não devemos tomar a parte santa da personalidade que está sendo aperfei-çoada, e dá-la aos cães do desejo, nem tomar as pérolas da nossa vida espiritual e lançá-las aos porcos, aos nossos apetites mais baixos, para que eles não pisem a parte santa no lamaçal, e, voltando-se, despedacem o bem mais precioso que possuímos, ou seja, a nossa vida espiritual".'
  2. Pedir (7:7-12). Pedir, buscar, bater. O primeiro sugere uma oração sincera, o se-gundo uma oração fervorosa, e o terceiro uma oração desesperada. É talvez sugerido — e a experiência parece apoiar este pensamento — que às vezes é necessário simplesmente pedir (7) a fim de obter a resposta. Se ela não vier, deve-se começar uma oração perseve-rante; deve-se buscar. Se a resposta ainda estiver demorando, pode ser necessário ba-ter, em uma oração desesperada, e até mesmo agonizante. Mas a promessa é que todos esses tipos de oração serão recompensados (8).

Alexander Maclaren tem um sermão baseado nesta passagem chamado "A Nossa Batida". Ele analisa a verdade através de perguntas investigativas:

1) A quem estas exortações são corretamente dirigidas?

2) Em que parte da vida estas promessas são verdadeiras?

3) De que condições dependem estas promessas?

Jesus usou a analogia de um pai humano. Nem um dos seus ouvintes daria ao seu filho uma pedra por pão, ou uma serpente por um peixe (9-10). A conclusão, então, é que se nós, sendo maus — "mau como você e eu somos em comparação com o Pai"' -damos boas coisas aos nossos filhos, quanto mais o Pai Celestial dará boas coisas — e Lucas traz a expressão "o Espírito Santo" (Lc 11:13) — aos que lhe pedirem (11). Não se pode fugir à lógica.

A chamada regra de ouro (12) resume a lei e os profetas; isto é, o Antigo Testamen-to. O cristianismo não é nada menos, mas é algo mais.

A regra de ouro havia sido declarada na forma negativa antes da vinda de Cristo. Confúcio disse: "Não faça aos outros o que você não gostaria que fizessem a você". Os mestres judeus tinham um ditado similar. Mas é geralmente reconhecido que Jesus foi o primeiro a apresentá-lo de uma forma positiva. Isso é algo muito diferente. Deixar de ferir é uma coisa; estender uma mão para ajudar, é outra. Esta atitude positiva é ilustra-da pela parábola do Bom Samaritano (Lc 10:30-35).

  1. Dois Caminhos (7:13-14). A idéia de dois caminhos é familiar no Antigo Testa-mento (cf. Sl 1; Jr 21:8). Mas Jesus chamou a atenção para as portas. Estreita (13) ; a mesma palavra do versículo 14. A tradução literal é "apertada". O termo grego para larga significa "espaçosa". O "cristianismo do caminho largo" não levará ninguém para o céu. Este é um pensamento solene que Jesus declarou; poucos encontrari-am o caminho que leva á vida.
  2. Falsos Profetas (7:15-20). Jesus teve que advertir os seus discípulos contra aque-les que viriam vestidos como ovelhas. Eles ajuntariam o rebanho de crentes, como se fossem um com eles, mas interiormente (15) seriam lobos devoradores. A igreja de Jesus Cristo tem sido afligida por esses falsos profetas ao longo de toda a sua história. Eles às vezes têm feito muito para destruir o rebanho Como podem ser reconhecidos? Por seus frutos os conhecereis (16).

Cristo usou a analogia de vinhas e árvores frutíferas. Cada uma produz seus pró-prios frutos. Se a árvore for má, os frutos serão maus. O inverso também é verdadeiro. A árvore que não produz bons frutos corta-se e lança-se no fogo. Esta é uma advertên-cia solene. Aqueles que não estão produzindo bons frutos não pertencem a Cristo (19).

  1. Falsa Profissão de Fé (7:21-23). Enquanto a advertência anterior estava particu-larmente voltada aos líderes religiosos, esta trata do grupo de membros dentro da Igreja. O verdadeiro teste do discipulado é a obediência. Nem mesmo a pregação e a operação de milagres em Nome de Jesus Cristo prova que uma pessoa é aceita diante de Deus. O termo demônio, diabolos ("Diabo") é sempre singular no grego. A palavra aqui é plural, daimonia, "demônios". A penalidade para a desobediência é a separação de Deus.

2. A Conclusão do Sermão (7:24-29)

  1. Ilustração Final (7:24-27). Aquele que ouve e pratica é como um homem que cons-truiu a sua casa sobre a rocha. Quando as tempestades batem contra a casa com toda a sua fúria, ela ainda permanece firme. O termo enchente, utilizado por algumas versões, significa, literalmente, rios. O clima da Palestina é como o do sul da Califórnia, sob muitos aspectos. Os leitos dos rios ficam secos durante a maior parte do ano. Mas quan-do as chuvas do inverno e da primavera chegam, surgem as inundações. Jesus retratou o ouvinte descuidado como um homem que de forma insensata construiu a sua casa sobre a areia, e então a perdeu. As casas na Palestina são em sua maioria construídas com pedras ou com tijolos secos ao sol. Quando as tempestades dissolvem a argamassa, as paredes tendem a cair.
  2. A Reação da Multidão (7:28-29). Quando Jesus concluiu o seu sermão, o povo se admirou da sua doutrina — ou melhor, do seu "ensino". Ele ensinava com autorida-de (29). As pessoas comuns sentiram a sua autoridade divina, que faltava aos escribas, e a reverenciaram. Os escribas tinham o hábito de citar antigos mestres como apoio aos seus ensinos.

Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 1
Não julgueis:
Proíbe-se não o exercício do devido juízo em casos necessários (v. 6; Mt 18:15-17; Jo 7:24; 1Co 6:1-5), mas sim a crítica indevida que não leva em conta as debilidades de si próprio (vs. 3-5).Mt 7:1 Para que não sejais julgados:
Outra tradução possível:
Para que Deus não julgue a vós. Voz passiva para se referir à ação de Deus, aqui e nos vs. 2,7 e outros. Ver Mt 5:4,

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 2
Mc 4:24.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 3
Exagero intencional; ver Mt 5:29-30,

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 6
Tanto os cães como os porcos eram considerados pelos judeus como animais imundos e, portanto, desprezíveis.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 7
Dar-se-vos-á: Ou Deus vos dará. Ver Mt 7:1, O verbo grego é passivo; o sujeito ativo (Deus) é esclarecido no v. 11 (vosso Pai).

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 8
Conforme Dt 4:29; 2Cr 15:1-15; Jr 29:13.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 11
Conforme Jo 14:13-14; Jo 15:7,Jo 15:16; Jo 16:23-24; 1Jo 5:14-15.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 12
Lc 6:31. Esta clássica “regra de ouro” já era conhecida entre os judeus e outros povos da antiguidade, inclusive como resumo da Lei. Era citada de maneira proverbial sobretudo na sua forma negativa, isto é, “não façais aos outros aquilo que não quereis que façam a vós”. Jesus a proclama na forma positiva, como princípio de ação.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 14
Sl 1:6; Pv 4:18-19; Jr 21:8; Jo 10:1-2,Jo 10:7; Jo 14:6.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 15
Ez 22:27; Jo 10:8.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 16
Conforme Jc 3:12.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 19
Mt 3:10; Lc 3:9; Lc 13:6-9; Jo 15:6.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 20
Mt 12:33,Mt 12:35.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 21
Lc 6:46.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 22
Naquele dia:
O dia do juízo.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 23
Nunca vos conheci:
Esta expressão equivale a vós não sois meus (conforme 1Co 8:3; 2Tm 2:19).Mt 7:23 Sl 6:8.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 28
Quando Jesus acabou de proferir estas palavras:
Esta frase, ou outra semelhante, marca o fim de cada um dos cinco principais discursos de Jesus registrados em Mateus; ver a Introdução.

Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 29
Lc 4:32. A autoridade de Jesus vem diretamente de Deus; conforme Mt 28:18; Jo 17:2 e ver Mc 1:22,

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Mateus Capítulo 7 do versículo 1 até o 29
*

7:1

Não julgueis. Jesus proíbe certa espécie de julgamento, mas aprova um outro de diferente espécie. Condenar outros por suas faltas é falhar no exercício do perdão (6.14-15); só uma crítica suave e humilde que primeiro reconhece a grandeza das suas próprias faltas, pode ajudar alguém. Há também uma necessidade de discernir a espécie de julgamento que não condena mas distingue o não crente do crente (v.6). O método para discernir é dado no v. 16.

* 7:6

o que é santo. Uma referência às evidências do reino, tais como a cura e o exorcismo, que pode explicar porque Jesus não fez milagre para os descrentes. Porém, a expressão "o que é santo" também incluiria a pregação do reino; os crentes não devem continuar a pregar a pessoas que rejeitaram o Evangelho com desprezo e escárnio (10.14; 15.14). O Livro de Atos ilustra o princípio na prática (At 13:44-51; 18:5-6; 28:17-38).

* 7:11

que sois maus. A pecaminosidade geral da humanidade é admitida aqui, uma vez que mesmo aqueles que chamam a Deus de "Pai", são tidos como maus.

boas coisas. Estas dádivas do Pai são as coisas que Jesus tinha descrito como necessárias para os discípulos: retidão, sinceridade, pureza, humildade e sabedoria. Os que conhecem sua própria necessidade pedirão a Deus por elas. O paralelo de Lc 11:13 focaliza a maior dádiva de todas — o Espírito Santo.

* 7:12

fazei-o vós também a eles. Freqüentemente chamado a "Regra Áurea", este princípio foi afirmado por vários pensadores antigos como: "Não faças a outrem aquilo que não queres que te façam". Jesus tornou esta obrigação positiva. Aqui ela aparece depois das considerações a respeito da bondade de Deus e sua voluntariedade em dar.

* 7:14

apertado, o caminho. Apresentar a vida cristã como “um mar de rosas” e minimizar que ela é repleta de problemas, não segue a orientação do nosso Senhor (At 14:22). Pode ser que os falsos profetas do v. 15 sejam especialmente aqueles que negam que o caminho é estreito e difícil.

* 7:15

disfarçados em ovelhas... lobos roubadores. A mensagem do falso profeta pode ser atraente e mesmo parecer ortodoxa. O único modo de saber com segurança é deixar o tempo mostrar seus frutos (vs. 16-20). Alguns dos frutos dos falsos profetas são mencionados no Novo Testamento: controvérsias (1Tm 1:3), divisões (1Tm 6:3-4), destruição da fé (2Tm 2.18) e autodestruição pela heresia (2Pe 2:1).

* 7:21

Senhor, Senhor. A repetição do nome era um tratamento de intimidade (Gn 22:11; 1Sm 3:10; 2Sm 18:33; Lc 22:31). Não é alegar ou sentir intimidade com Jesus o que importa, nem é simplesmente fazer boas obras, mesmo miraculosas; só importa fazer a vontade do Pai. Genuína intimidade com o Pai significa conhecer a Deus e ser conhecido por Deus (1Co 8:2, 3).

* 7:25

e caiu a chuva. Tempestades na Palestina não são freqüentes, mas podem ser violentas. Ainda que as casas do tolo e do sábio possam, por longo tempo, parecer igualmente seguras, quando a tormenta vem, a destruição da casa do tolo é total (Is 28:14-18). Assim é com a vida daqueles que ignoram as palavras de Jesus.

* 7:29

e não como os escribas. Os escribas, como os rabinos depois deles, ensinavam referindo àquilo que mestres anteriores haviam dito. Sua autoridade era a tradição. Jesus ensinava diretamente das Escrituras, com sua própria autoridade. Ver nota teológica "O Ensino de Jesus", índice.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Mateus Capítulo 7 do versículo 1 até o 29
7.1, 2 Jesus diz que devemos examinar nossas motivações e condutas em vez de criticar a outros. O que nos incomoda em outros são com freqüência os hábitos que nós não gostamos em nós mesmos. Nossos maus hábitos e moldes de conduta indômitos são os que queremos trocar em outros. Acha você fácil magnificar as faltas de outros e não fixar-se nas suas? Se estiver a ponto de criticar a alguém, veja se não merecer você a mesma crítica. Julgue-se primeiro e logo perdoe com amor a seu próximo e ajude-o.

7.1-5 A declaração do Jesus "Não julguem" se refere à crítica e atitude de julgamento com que se derruba a outros a fim de ficar em cima a gente mesmo. Não é uma condenação de qualquer crítica, a não ser um chamado a discernir antes de ser negativo. Jesus mandou a desmascarar aos falsos professores (7.15-23). Paulo ensinou claramente que devêssemos exercitar disciplina na igreja (1Co 5:1-2) e confiar em que Deus terá a última palavra (1Co 4:3-5).

7:6 Os porcos eram animais impuros de acordo à Lei de Deus (Dt 14:8). Qualquer pessoa que tocasse um animal impuro se convertia em "impuro ceremonialmente", e sem limpar-se não podia ir ao templo a adorar. Jesus diz que não devemos entregar coisas santas a pessoas impuras ou ímpias. É perda de tempo tratar de ensinar conceitos Santos a pessoas que não querem escutar e que desprezarão o que digamos. Não devemos deixar de pregar a Palavra de Deus aos que não acreditam, mas devemos ser sábios e discernir o que ensinar e a quem para não desperdiçar nosso tempo.

7.7, 8 Jesus nos diz que devemos persistir em nossa busca de Deus. Não faltam as pessoas que se rendem depois de alguns esforços sinceros e concluem que Deus não pode ser achado. Chegar a conhecer deus demanda decisão e Jesus assegura que nossos esforços serão premiados. Não se renda em seu afã por encontrar-se com Deus. Siga lhe pedindo mais sabedoria, paciência, conhecimento, amor e compreensão. O os dará.

7.9, 10 O menino, no exemplo do Jesus, pediu a seu pai pescado e pão, elementos muito necessários. Se o menino tivesse pedido uma serpente venenosa, a tivesse dado o pai sábio? Às vezes Deus sabe que pedimos "serpentes" e não nos concede isso. À medida que conhecemos melhor a Deus como um Pai amoroso, aprendemos a pedir coisas boas para nós, e logo O nos dá isso.

7:11 Cristo nos está mostrando o coração de Deus o Pai. O não é egoísta, invejoso nem avaro. Não temos que mendigar nem nos arrastar quando vamos com nossas petições. O é um Pai amante que compreende, cuida e conforta. Se os humanos podem ser bondosos, imagine quão bondoso pode ser Deus, o criador de todo o bom.

7:11 Jesus disse "se vós, sendo maus" para contrastar aos seres humanos, pecadores e falíveis com um Deus santo e perfeito.

7:12 Estas palavras se conhecem usualmente como a Regra de Ouro. Em muitas religiões se expressam negativamente: "Não faça a outros o que não quisesse que fizessem contigo". Ao fazer esta declaração positiva, Jesus a fez muito mais significativa. Não é difícil frear nossa intenção de causar machuco a alguém; é muito mais dificultoso tomar a iniciativa para fazer um bem em favor dessa pessoa. A Regra de Ouro, como Jesus a formulou, é o fundamento da bondade e a misericórdia ativas, como a que Deus nos mostra cada dia. Pense em uma ação boa e misericordiosa que possa fazer hoje.

7:13, 14 A porta à vida eterna (Jo 10:7-9) é "estreita". Isto não significa que seja difícil ser cristão. Significa que há muitas maneiras de viver a vida, mas um só caminho para viver eternamente com Deus. Acreditar no Jesus é o único caminho ao céu, porque solo O morreu por nossos pecados e nos fez justos diante de Deus. Viver a sua maneira pode não ser fácil, mas é bom e correto.

7:15 Os falsos profetas apareciam com freqüência no tempo do Antigo Testamento. Profetizavam sozinho o que o rei e a gente queriam ouvir, e afirmavam que era a mensagem de Deus. Os falsos professores eram tão comuns como o são hoje. Jesus diz que terá que cuidar-se das pessoas cujas palavras soam a religião, mas que na verdade estão motivadas por dinheiro, prestígio e poder. Você pode identificá-los porque em seus ensinos diminuem a Cristo e se glorificam a si mesmos.

7:20 Devêssemos avaliar as palavras de um professor examinando sua vida. Assim como a árvore se conhece pela classe de frutos que dá, um bom professor mostrará boa conduta e um caráter moral alto ao tentar viver as verdades das Escrituras. Isto não significa que devemos expulsar aos professores de Escola Dominical, pastores e demais que não tenham chegado à perfeição. Todos estamos expostos ao pecado e devemos mostrar a mesma misericórdia que nós mesmos necessitamos. Jesus está falando dos professores que deliberadamente ensinam doutrinas falsas. Devemos examinar a motivação dos professores, a direção que estão seguindo e quão resultados estão esperando obter.

7:21 Alguns aficionados ao esporte podem "falar" bem do que é um bom jogo mas isso não quer dizer que podem jogar bem. E não todo aquele que fala do céu pertence ao Reino de Deus. Jesus está mais interessado em nosso andar que em nosso falar. O quer que façamos o correto, não que solo nos expressemos com correção. Sua casa (símbolo de sua vida, 7,24) resistirá as tormentas da vida se fizer o que é correto. O que você faz não pode separar-se do que crie.

7.21-23 Jesus desmascarou às pessoas que aparentavam ser religiosas mas não tinham uma relação pessoal com O. No Dia do Julgamento, solo nossa relação com Cristo, nossa aceitação do como Senhor e Salvador e nossa obediência ao, será tomada em conta. Muitas pessoas pensam que se forem "boas" e aparentam religiosidade serão premiadas com a vida eterna. A fé em Cristo é o que se terá em conta no julgamento.

7:22 O julgamento é o dia final de ajuste de contas, quando Deus castigará o pecado e premiará a fé.

7:24 Edificar "sobre a rocha" é ser um discípulo atento que responde a seu professor, em vez de ser superficial e hipócrita. Praticar a obediência se converte em fundamento sólido para resistir as tormentas da vida. Para ler mais sobre pôr em prática o que escutamos, veja-se Jc 1:22-27.

7:26 Como uma casa de naipes, a vida do néscio se cambaleará. Muitas pessoas não procuram deliberadamente um fundamento falso ou inferior sobre o qual edificar suas vidas, mas sim simplesmente não pensam em qual é o propósito de suas vidas. Muitas pessoas enfrentam a ameaça da destruição, não por teima mas sim por falta de reflexão. Parte de nossa responsabilidade como crentes é ajudar a outros para que se detenham e pensem no rumo que estão seguindo suas vidas e tenham em conta as conseqüências de emprestar atenção à mensagem de Cristo.

7:29 Os escribas (eruditos em religião) estavam acostumados a citar autoridades para apoiar seus argumentos e interpretações. Mas Jesus falou com uma nova autoridade: a sua. Não tinha que citar a ninguém porque O é o Verbo (Jo 1:1).

SETE MOTIVOS PARA NÃO ESTAR PREOCUPADO

6.25: O mesmo Deus que criou a vida pode encarregar-se dos detalhes de nossa vida.

6:26: A preocupação pelo futuro estorva os esforços do presente.

6:27: A preocupação é mais daninha que proveitosa.

6.28-30: Deus não esquece aos que dependem do.

6:31, 32: A preocupação é sinal de falta de fé e entendimento de quem é Deus.

6:33: Há metas que Deus quer que alcancemos e a preocupação nos impede isso.

6:34: Viver o dia de hoje nos libera de ser consumidos pela preocupação.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 7 do versículo 1 até o 29
4. Acórdão no Reino (7: 1-29)

1. Julgamento dos outros (7: 1-5)

1 . Não julgueis para que não sejais julgados 2 Porque com o juízo que julgais, sereis julgados;. e com que vos mete medida, deverá ser medido vos 3 E por que reparas tu no argueiro que está no olho de teu irmão ?, porém não reparas na trave que está no teu olho 4 Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho; e eis que a trave no teu próprio olho? 5 Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho; e então verás claramente para tirar o argueiro do olho do teu irmão.

Jesus colocou o dedo em uma das falhas mais comuns da humanidade quando Ele disse: . Não julgueis para que não sejais julgados Ward torna esta: "Pare de fazer juízos de valor sobre os homens para que não sejais julgados por Deus", e acrescenta: "O palavras iniciais indicaram que todo o capítulo deve ser lido no contexto da decisão definitiva ".

O discípulo de Cristo deve viver constantemente à luz do dia do Juízo Final, quando ele terá que dar uma conta para as obras feitas no corpo (2Co 5:10 ). Assim, ele deve ser caridoso para com os outros e exigente consigo mesmo, sabendo que só Deus é o legítimo Juiz de todos.

O segundo verso afirma um princípio geral de vida: Você recebe o que dá. Se um julga os outros severamente, ele próprio ser julgado severamente.

Os versículos 3:5 apresentar uma ilustração vívida da irracionalidade de julgar os outros. Mote significa "dissidente" ou "cisco". Vê-se um pouco de lasca de madeira ou partícula de poeira, alguns insignificante falhas no olho do seu irmão, quando ele tem um viu log-a áspera, espírito crítico-in o seu próprio. Esta é uma hipérbole oriental típico.

b. Julgamento de si mesmo (Mt 7:6)

7 Pedi e vos será dado; buscai, e achareis; batei e vos será aberto até você: 8 para todo aquele que pede, recebe; e aquele que busca achará e àquele que bate, se abrirá. 9 Ou qual é o homem de vocês, que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra;10 ou, se lhe pedir um peixe, lhe dará uma serpente? 11 Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará boas coisas aos que lhe pedirem? 12 Todas as coisas, pois, que vós quereis que os homens devem fizessem a você, assim fazei vós também a eles; porque esta é a lei e os profetas.

A base da certeza da oração respondida é o relacionamento de um para Deus como seu filho. Se (relativamente humanos maus pais) dar boas dádivas aos seus filhos, quanto mais o Pai celestial dará boas coisas (Lc 11:13 tem "o Espírito Santo") para aqueles . que lhe pedirem Aqui é o incentivo à oração: An todo-amoroso Pai delicia de ouvir os pedidos dos filhos e dar-lhes as boas coisas; isto é, o que é realmente bom para eles. Assim como qualquer pai sábio, Deus, às vezes, dizer "não" às petições equivocadas para coisas que não seria o melhor para sua bem-estar espiritual.

Pergunte-procuram-dominó estes são três níveis de oração. Se perguntar não traz resultados, deve-se procurar por um período de tempo, persistentemente orando e esperando em Deus para conhecer a Sua vontade. Se a busca não tiver êxito, então deve-se desesperadamente bater. Isso sugere sério, intenso, oração urgente, que não estaremos satisfeitos até que algum tipo de resposta vem. Sempre que o discípulo deve seguir o seu Mestre, dizendo: "Todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres" (Mt 26:39 ).

O último verso deste parágrafo (v. Mt 7:12) expressa a chamada Regra de Ouro. Isso já havia sido indicado no negativo form- "O que você odeia, não faça a qualquer um", mas até agora, como é conhecido nunca antes em forma positiva. As últimas demandas muito mais do que se abster de ferir outros. Ela exige ajudar aqueles que estão em necessidade. No entanto, a regra de ouro não é o coração do cristianismo, como alguns já disseram. Jesus disse que a regra era a lei e os profetas; ou seja, ele resumiu as exigências do Antigo Testamento para as relações sociais. Mas também é obrigatória para os cristãos.

d. Acórdão do Ways (7: 13-14)

13 Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ele. 14 e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que a encontram.

O tema das duas maneiras era familiar para os leitores do Antigo Testamento (1 Sl. ; Jr 1:8)

15 Cuidado com os falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. 16 Pelos seus frutos os conhecereis. Faça homens colhem-se uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? 17 Mesmo assim todas as noites tocando árvore boa produz bons frutos; mas a árvore má produz frutos Mt 18:1 Uma árvore boa não pode dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. 19 Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada no fogo. 20 Portanto, , pelos seus frutos os conhecereis.

Como no período do Antigo Testamento surgiram falsos profetas, por isso há no Novo. Chegando em pele de cordeiro, eles são realmente vorazes devoradores [] lobos, curvados sobre devorando o rebanho.

Jesus disse: Pelos seus frutos os conhecereis, (vv. Mt 7:16 , Mt 7:20 ). À primeira vista isso pode parecer entrar em conflito com o primeiro versículo do capítulo. Mas lá está ele a falar, um espírito crítico severo. Aqui Ele está indicando o simples princípio de que não se pode deixar de reconhecer o verdadeiro caráter das pessoas, o fruto em suas vidas exteriores.

Mais uma vez Ward aponta a relação com o julgamento. Ele diz: "A vida do discípulo é definido na perspectiva do Juízo final, que irá revelar a maneira pela qual as palavras de Jesus têm sido postas em prática."

f. Julgamento dos Professores (7: 21-23)

21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus; mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. 22 Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome, e pelo teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitos ? poderosas obras 23 E então direi-lhes: Nunca vos conheci: afastar-me, vós que praticais a iniqüidade.

Não profissão, mas a posse é o que faz um verdadeiro discípulo de Cristo. Não está chamando Senhor, mas fazer o testamento do Pai. Essa é a única exigência para a sociedade no reino dos céus. Para o Reino é o reinado ou regra de Deus. Não é uma organização exterior, mas um organismo vivo. É composto por aqueles que apresentaram os seus corações à vontade de Deus e que procuram trabalhar a vontade divina em suas vidas diárias.

Capacidade de profetizar, expulsar demônios, fazer muitos milagres (milagres) não é prova de que um é um verdadeiro seguidor de Cristo. O único teste válido é: Será que um que fizer a vontade de Deus?

g. Acórdão do Ouvintes (7: 24-27)

24 Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica, será comparado a um homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha: 25 e desceu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa; e ela não caiu., porque estava fundada sobre a rocha 26 E todo aquele que ouve estas minhas palavras e as pratica não, será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia: 27 e desceu a chuva , vieram as enchentes, sopraram os ventos, e bateram com ímpeto contra aquela casa; e ela caiu, e foi grande a sua queda.

Jesus fechou seu sermão com um aviso de que havia dois tipos de ouvintes em sua congregação. Aquele que não só ouve , mas quem faz suas palavras serão como um homem prudente que edificou a sua casa [a vida] em cima das rochas, de modo que ele resistiu às tempestades. Aquele que ouve as suas palavras, mas não as pratica será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia, para que ele caiu antes das enchentes.

O ponto parece claro. Se alguém iria construir forte caráter cristão que vai resistir ao estresse e tensão da vida, ele deve ordenar os seus caminhos de acordo com a Palavra de Deus. Assim, ele se mostra um verdadeiro membro do Reino.

Filson oferece uma sugestão alternativa quanto à interpretação de inundações. Ele escreve: "Provavelmente ele quer dizer nem crises ou ensaios na vida recorrentes, mas como em vv. Mt 7:21-23 a crise final no último dia. "O Julgamento será o supremo teste de caráter.

h. Julgamento de Jesus como Mestre (7: 28-29)

28 E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, as multidões se maravilhavam da sua doutrina: 29 , porque os ensinava como um que tem autoridade e não como os escribas.

As pessoas ficaram admirados com os ensinamentos de Cristo. Eles estavam acostumados a ouvir os escribas citar outras autoridades, os rabinos do passado. Mas Jesus falou com sua própria autoridade. A diferença foi surpreendente. As multidões reconheceu que eles não estavam ouvindo opiniões humanas, mas a verdade divina. Aqui era algo que agarrou seus corações e os segurou.

Jesus não é só do professor, mas juiz. (V. Comentando a frase: "Senhor, Senhor", 21 ), Filson diz: "A suposição de Jesus aqui e em outros lugares é que ele vai falar a palavra decisiva no julgamento final; Isto indica claramente que ele não pense de si mesmo ou querem que os outros pensam dele apenas como um bom homem ".

O Sermão da Montanha é o primeiro dos cinco grandes discursos em Mateus em torno do qual o Evangelho é, em grande parte construído. Cada um termina com uma fórmula semelhante à encontrada no verso Mt 7:28 (conforme Mt 11:1 ; 19: 1 ; 26: 1 ).


Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 7 do versículo 1 até o 12
Sobre Sermão do Monte Parte X

John Wesley

Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que julgardes, vós sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós. E por que tu reparas no argueiro que está no olho do teu irmão, e não vês a trave que está no teu olho? Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão. Hipócrita, tira primeiro a trave do teu olho, e então cuidarás em tirar o argueiro do olho do teu irmão. Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem.

Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á. Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á. E qual de entre vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho, lhe dará uma pedra? - E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma serpente? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará bens aos que lhe pedirem? Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lo também vós, porque esta é a lei e os profetas.

( Mateus 7:1-12)

1. Nosso abençoado Senhor, tendo agora terminado seu principal objetivo; primeiro, entregando a soma da religião verdadeira, cuidadosamente guardando-se contra aqueles comentários de homens, por meio dos quais, eles tornariam a Palavra de Deus sem efeito; em seguida, colocando as regras no tocante à correta intenção que temos de preservar, em todas as nossas ações exteriores, agora prossegue, apontando os principais entraves dessa religião, e concluindo com toda a aplicação adequada.

2. No quinto capítulo, nosso grande Professor tem descrito completamente a religião interior em suas várias ramificações. Lá, Ele colocou diante de nós, aquelas disposições de alma que constituem o Cristianismo real; os temperamentos contidos nesta 'santidade, sem a qual nenhum homem verá ao Senhor'; as afeições que, quando fluem de sua fonte própria, da fé viva em Deus, através de Jesus Cristo, são intrínseca e essencialmente boas, e aceitáveis para Deus. No sexto, Ele mostrou como todas as nossas ações igualmente, mesmo aquelas que são indiferentes, em sua própria natureza, podem se tornar santas, boas e aceitáveis para Deus, através de uma intenção pura e santa. O que quer que seja feito, sem isto, Ele declara sem valor algum para Deus: considerando que, quaisquer que sejam as obras exteriores, assim consagradas a Deus, são, a seus olhos, de grande valor.

3. Na primeira parte desse capítulo, ele indica o mais comuns e fatais obstáculos a essa santidade: No último, Ele nos exorta através de motivos diversos, a abrir caminho por entre eles, e assegurar o prêmio de nosso alto chamado.

4. O primeiro obstáculo do qual Ele nos previne é o julgamento. 'Não julgueis, para que não sejais julgados'. Não julgarmos os outros, para que não sejamos julgados pelo Senhor, para que não tragamos a vingança sobre nossas próprias cabeças. 'Porque com o juízo com que julgardes, vós sereis julgados; e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós': -- Uma regra clara e eqüitativa, por meio da qual, Deus permite que determinemos para nós mesmos, de que maneira Ele deverá proceder conosco no julgamento do grande dia.

5. Não existe situação da vida, em qualquer período de tempo, do momento de nosso primeiro arrependimento e crença no Evangelho, até que estejamos perfeitos no amor, onde essa advertência não seja necessária para cada filho de Deus. Porque oportunidades de julgamento nunca faltarão. E as tentações a ele são inumeráveis: muitas, tão ardilosamente disfarçadas, que nós caímos no pecado, antes mesmo de suspeitarmos de algum perigo. E inexplicáveis são os enganos produzidos, daí em diante, -- sempre àquele que julga o outro, assim prejudicando sua própria alma, e expondo a si mesmo ao julgamento justo de Deus; -- e freqüentemente àqueles que são julgados, que se tornam impotentes; enfraquecidos e obstruídos em seu curso, se não, totalmente fora dele, fazendo com que retornem mesmo à perdição. Sim; quão freqüentemente, 'muitos se corrompem', quando essa 'raiz da amargura brota'; já que, por meio disto, o próprio caminho da verdade é mal falado, e aquele nome honrado, pelo qual somos chamados, é caluniado!

6. Ainda assim, não parece que nosso Senhor designou essa advertência apenas, ou principalmente para os filhos de Deus; mas, preferivelmente, para os filhos do mundo para os homens que não conhecem a Deus. Esses não podem deixar de ouvir desses que não são do mundo; que seguem em busca da religião acima descrita; que se esforçam para serem humildes, sérios, gentis, misericordiosos, e puros de coração; que sinceramente desejam tais medidas daqueles temperamentos santos, quando eles não obtiveram, e esperam por eles, fazendo todo o bem a todos os homens, pacientemente suportando o mal. Quem quer que vá, assim tão longe, não pode ser oculto não mais do que 'uma cidade encima de uma colina'. E por que não aqueles que 'vêem' suas 'boas obras glorificarem seu Pai que está no céu?'. Que desculpa, eles têm para não trilharem seus passos? para não imitarem o exemplo deles, e serem seus seguidores, como eles também são seguidores de Cristo? Por que, com o objetivo de providenciarem uma desculpa para si mesmos, eles condenam aqueles a quem eles deveriam imitar? Eles passam seu tempo, em se certificarem das faltas de seu próximo, em vez de emendarem as suas próprias. Eles estão tão ocupados a respeito dos outros saírem de seus caminhos, que eles mesmos nunca entraram nele, afinal; pelo menos, nunca avançaram; nunca seguiram além da pobre forma morta de santidade sem poder.

7. É, mais especialmente, para esses, que nosso Senhor diz: 'E por que tu reparas no argueiro que está no olho do teu irmão', -- as enfermidades, os enganos, a imprudência, a fraqueza dos filhos de Deus; -- 'e não vês a trave que está no teu olho?'. Tu não ponderaste a condenável obstinação no erro; o orgulho satânico; a execrável vontade própria; o amor idólatra ao mundo, que estão em ti mesmo, e que fazem com que toda a sua vida seja uma abominação para o Senhor. Acima de tudo, com que indolente negligência e indiferença tu estás dançando sobre a boca do inferno! E 'como, então', com que graça, com que decência e modéstia, 'tu irás dizer ao teu irmão, deixa-me tirar o argueiro de teu olho'; -- o excesso de zelo; a abnegação extrema; o imenso desembaraço das preocupações e empreendimentos mundanos; o desejo de estar, dia e noite, em oração; ou ouvir as palavras da vida eterna?

'Observa a trave que está em teu próprio olho!'. Não um cisco, como um desses. 'Tu, hipócrita!', que pretendes cuidar dos outros, e não tens cuidado com tua própria alma; que mostras um zelo pela causa de Deus, quando, na verdade, tu nem amas, nem temes a Ele! 'Primeiro, tira a trave de teu próprio olho': Joga fora a trave da impenitência! Conhece a ti mesmo! Vê e sente que tu mesmo és um pecador! Sente que teu interior é muito perverso; tu és completamente corrupto e abominável; e que a ira de Deus habita sobre ti! Atira fora a trave do orgulho; abomina a ti mesmo; afunde como na poeira e cinzas; sejas cada vez menor, e insignificante, e comum, e vil aos teus próprios olhos! Tira a trave da vontade própria! Aprende o que significa, 'se algum homem quiser me seguir, que ele renuncie a si mesmo'. Nega a ti mesmo, e tome tua cruz diária. Deixa que toda tua alma clame: 'Eu vim do céu', -- porque assim tu vieste; teu espírito imortal, se tu o conheces ou não, -- 'não para fazer minha própria vontade, mas a vontade Dele que me enviou'.

Atira fora a trave do amor ao mundo! Não ama o mundo, nem as coisas do mundo. Sê tu crucificado para o mundo, e o mundo crucificado para ti. Usa o mundo apenas para agradar a Deus. Busca toda tua felicidade Nele! Acima de tudo, atira fora a maior trave: o descuido e a indiferença, indolentes! Considera profundamente, que 'uma coisa é necessária'; a única coisa que tu tens dificilmente pensado a respeito: Sabe e sente que tu és um miserável ser humano, pobre vil e culpado, tremendo sobre o grande abismo! O que tu és? Um pecador nascido para morrer; uma folha levada pelo vento; um vapor pronto a desaparecer; apenas surgindo, e, então, movimentando-se depressa no ar, para não mais ser visto! Vê isto! E, assim, tu deverás ver claramente, para lançar fora o cisco do olho de teu irmão'. Então, se tiveres tempo livre das preocupações de tua própria alma, tu saberás como corrigir teu irmão também.

8. Mas qual é propriamente o significado dessas palavras: 'Não julgueis?'. Qual o julgamento que está aqui proibido? Não é o mesmo que a maledicência, embora esteja freqüentemente unida a ela. A maledicência é o relatar alguma coisa que seja má, com respeito a uma pessoa ausente; considerando que o julgamento pode indiferentemente se referir tanto ao ausente, quanto ao presente. Nem necessariamente implica em falar mal, afinal, mas apenas o pensar mal de outro. Não que toda espécie de pensamento mau de outros seja aquele julgamento que o Senhor condena. Se eu vejo alguém cometendo roubo ou assassinato; ou o ouço blasfemar o nome de Deus, eu não posso refrear-me de pensar mal do ladrão ou assassino. Ainda assim, não se trata de pensar mal. Não existe pecado nisso, nem alguma coisa contrária a exprimir sentimento.

9. O pensar a respeito do outro, de uma maneira que seja contrária ao amor, é aquele julgamento que está aqui condenado; e isto pode ser de várias espécies. Primeiro, nós podemos pensar que alguém é culpado, quando ele não é. Nós podemos colocar sob sua responsabilidade (pelo menos em nossa própria mente), as coisas das quais ele não é culpado; as palavras que ele nunca disse, ou as ações que ele nunca realizou. Ou podemos pensar que sua maneira de agir seja errada, embora, na realidade, não seja. E mesmo onde nada pode justamente ser acusado, tanto nas próprias coisas, quanto na maneira de executá-las, nós podemos supor que sua intenção não foi boa, e, assim condená-lo por este motivo, ao mesmo tempo em que Ele, que conhece o coração vê sua simplicidade e sinceridade santa.

10. Mas nós não podemos apenas cair no pecado de julgamento, por condenarmos o inocente; mas também, em Segundo Lugar, por condenarmos o culpado, além do que ele merece. Esta forma de julgamento é igualmente uma ofensa contra a justiça, assim como a misericórdia; e ainda, tal ofensa, quando nada mais pode, nos assegura, a não ser da mais forte e terna afeição. Sem isto, nós rapidamente suporíamos que alguém, reconhecidamente em falta, seja mais culpado do que ele realmente é. Nós subestimaríamos qualquer bem que fosse encontrado nele. Mais ainda, nós não seríamos facilmente induzidos a acreditar que alguma coisa boa pode permanecer nele, em quem nós teríamos encontrado nada que fosse mal.

11. Tudo isso mostra a manifesta necessidade daquele amor que não pensa mal; que nunca esboça uma conclusão injusta ou indelicada, quaisquer que sejam as premissas. O amor nunca irá inferir da queda de alguém, uma vez encontrado numa atitude de pecado declarado, o qual está acostumado a praticar, que ele já é culpado: E se ele foi culpado uma vez, o amor não conclui que ele ainda seja, muito menos, que se ele é agora culpado disso, por conseguinte, deve ser culpado de outros pecados também. Essas conclusões maldosas pertencem àquele julgamento pecaminoso, do qual nosso Senhor nos alerta contra; e do qual nós estamos altamente preocupados a evitar, se nós amamos a Deus ou nossas próprias almas.

12. Mas, supondo que nós não condenamos o inocente, nem o culpado, mais além do que ele merece; ainda assim, nós não podemos estar completamente fora da armadilha: Porque existe, em Terceiro Lugar, uma forma de pecado de julgamento, que é o condenar alguma pessoa, onde não existe evidência suficiente, afinal. E mesmo que os fatos que supomos sejam verdadeiros; ainda assim, isto não nos absolve. Porque eles não deveriam ter sido supostos, mas provados; e ainda que fossem, nós não deveríamos ter formado julgamento; -- eu digo, ainda que fossem; nós não poderíamos ser desculpados; mesmo que os fatos admitissem sempre provas tão fortes; a menos que aquelas provas tivessem sido produzidas, antes que executássemos a sentença, e comparadas com a evidência de outro lado. Nem poderíamos ser desculpados, se alguma vez, nós executamos a sentença completa, antes que o acusado tenha falado por si mesmo. Mesmo um judeu poderia nos ensinar isto, como uma mera lição de justiça abstraída do amor misericordioso e fraternal. 'Não julgue', diz Nicodemos, 'porventura condena a nossa lei um homem sem primeiro o ouvir e ter conhecimento do que faz?' (João 7:51). Sim, um pagão poderia responder, quando o chefe da nação judaica desejou julgar seu prisioneiro: 'Não é a maneira dos romanos' julgar 'homem algum, antes que o acusado esteja face a face com seus acusadores, e tenha permissão de responder por si mesmo, concernente ao crime que lhe é imputado'.

13. De fato, nós não cairíamos facilmente no pecado de julgamento, se nós apenas observássemos aquela regra, que outro [Sêneca] daqueles ateus romanos afirmou ter sido a medida de sua própria prática. 'Eu estou tão distante', diz ele, 'de levemente acreditar em todo homem, ou em alguma evidência dos homens contra outro, que eu não facilmente ou imediatamente acredito na evidência de um homem contra si mesmo. Eu sempre permito a ele uma segunda opinião, e muitas vezes o aconselho também'. Assim sendo, tu que és chamado de cristão faças o mesmo, a fim de que o pagão não se levante e condene a ti naquele dia!

14. Mas quão raramente nós poderíamos condenar ou julgar um outro, pelo menos, quão logo poderia aquele mal ser remediado, se nós caminhássemos através daquela regra clara e expressa que o próprio nosso Senhor nos ensinou! 'Se teu irmão cometer falta contra ti', ou, se tu ouvires, ou acreditares que ele o fez, 'vai e dize a ele da sua falta, entre ele e ti somente'. Este é o primeiro passo que deves tomar. 'Mas se ele não ouvir, toma contigo um ou dois mais, para que na boca de duas ou três testemunhas, toda palavra possa ser estabelecida'. Este é o segundo passo. 'Se ele negligenciar ouvi-los, diga-o à igreja', tanto ao inspetor nela, ou à congregação toda. Tu terás, então, feito a tua parte. Assim sendo, não te preocupes mais, mas recomenda tudo a Deus.

15. Mas supondo que tu tenhas, pela graça de Deus, 'tirado a trave de teu próprio olho', e agora 'podes ver claramente o cisco ou a trave que está no olho de teu irmão', cuida de não causares dano a ti mesmo, por esforçar-te para ajudá-lo. Ainda assim, 'não dá o que é santo aos cães'. Não tenha a mais leve preocupação que alguém possa ser dessa forma; mas, se evidentemente parecer que ele mereça o título, então, 'não atira pérolas aos porcos'. Toma cuidado quanto aquele zelo que não está de acordo com o conhecimento. Porque este é um outro grande obstáculo no caminho daqueles que poderiam 'ser perfeitos, como o Pai celestial é perfeito'. Eles que desejam isto, não podem deixar de desejar que toda humanidade possa fazer parte da bênção comum. E, quando nós mesmos, primeiro participarmos do dom celestial, da 'evidência divina das coisas que não são vistas', nós nos admiraremos que toda a humanidade não veja as coisas que nós vemos tão claramente; e não teremos dúvida, afinal, de que devemos abrir os olhos de todos aqueles com os quais temos intercurso.

Conseqüentemente, nos dedicaremos, sem demora, inteiramente ao trabalho, com todos aqueles que encontrarmos, e os constrangeremos a ver, quer eles vejam ou não. E, pelo sucesso desfavorável desse zelo excessivo, nós freqüentemente afligimos nossas próprias almas. Para prevenir esse gasto de nossa energia em vão, nosso Senhor acrescenta essa precaução necessária (necessária a todos, mas, mais especificamente, àqueles que estão agora aquecidos no seu primeiro amor) 'Não deis aos cães as coisas santas, nem deiteis aos porcos as vossas pérolas, não aconteça que as pisem com os pés e, voltando-se, vos despedacem' (Mateus 7:6).

16. 'Não dêem o que é santo aos cães'. Acautelem-se para não pensarem que alguém mereça essa apelação, até que haja prova completa e incontestável, tal como vocês não poderão resistir muito tempo. Mas, quando for provado, claramente e indiscutivelmente, que eles são homens impuros e pecaminosos, não apenas estranhos, mas inimigos de Deus, e de toda retidão e santidade verdadeira; 'não dêem o que é santo', -- 'as coisas santas' enfaticamente, assim chamadas a esses. As doutrinas santas e peculiares do Evangelho tais que estiveram 'ocultas nas épocas e gerações' dos antigos, e agora se tornaram conhecidas a nós, através da revelação de Jesus Cristo, e a inspiração de seu Espírito Santo. Não que os embaixadores de Cristo possam refrear de declará-las na grande congregação, onde alguns desses provavelmente estejam; nós devemos falar, quer os homens vão ouvir, ou quer eles reprimam; mas este não é o caso com os cristãos privados. Eles não suportam esse terrível caráter; nem estão debaixo da obrigação de forçar essas grandes e gloriosas verdades neles, que as contradizem e blasfemam; que tem a inimizade enraizada contra elas. Mais ainda, eles não devem proceder assim, mas preferivelmente conduzi-los, na medida em que eles sejam capazes de suportar. Não comecem um discurso sobre remissão dos pecados e o dom do Espírito Santo; mas falem com eles da maneira própria deles, e de acordo com seus próprios princípios. Com o racional, honorável, e injusto epicurista, a razão 'da retidão, temperança e julgamento a vir'. Este é o caminho mais provável de fazerem Felix tremer. Reservem os seus assuntos mais importantes para homens de grande entendimento.

17. 'Nem atirem pérolas aos porcos'. Mas relutem muito em fazer esse julgamento a algum homem. Porém, se de fato for claro e inegável; claro, além de toda controvérsia; se os "suínos" não se esforçarem, para dissimularem a si mesmos, antes, glorificam-se em suas vergonhas, não tendo pretensão de purificar tanto o coração quanto a vida, mas executam toda sujeira com ganância; então, 'não atirem' suas pérolas diante deles. Não falem sobre os mistérios do reino; sobre as coisas que os olhos não vêem; nem os ouvidos ouvem; o que, em conseqüência de eles não terem outros meios de conhecimento, nenhum dos sentidos espirituais, não pode entrar em seus corações conceberem. Não digam a eles 'das promessas excessivamente grandes e preciosas', que Deus nos tem dado, no Filho de seu amor.

Que concepção, aqueles que nem mesmo desejam escapar da corrupção que está no mundo, através da luxúria, podem ter de serem feitos parceiros da natureza divina? Tanto quanto o conhecimento que os suínos têm das pérolas; tanto quanto o prazer que têm por elas; assim eles serão quanto às coisas profundas de Deus; ao que conhecem dos mistérios do Evangelho; imersos que estão, na mira desse mundo; nos prazeres, desejos e cuidados terrenos. Ó, não atirem pérolas diante desses, 'para que não as pisem!' a fim de que eles não desprezem extremamente o que eles não podem entender, e falem mal das coisas que eles não conhecem. Mais ainda, é provável que esta não seja a única inconveniência que poderia se seguir. Não seria estranho se eles, de acordo com a sua natureza, 'se virassem contra vocês, e os despedaçassem'; se eles retribuíssem o bem com o mal; praguejando e blasfemando; e a boa vontade com o ódio. Tal é a inimizade da mente carnal contra Deus e todas as coisas de Deus. Tal é o tratamento que vocês devem esperar desses, se vocês oferecerem a eles uma imperdoável afronta de esforço para salvar suas almas da morte; para tirá-los, como se fossem carvões, do fogo.

18. E ainda assim, vocês não precisam se desanimar extremamente; mesmos por causa destes, que, para o presente, 'viram-se contra vocês e os despedaçam'. Porque se todos os seus argumentos e persuasões falharem, existe ainda um outro remédio restante; um que é freqüentemente considerado efetivo, quando nenhum outro método tem eficácia: a oração. Por conseguinte, quer vocês desejem ou necessitem, tanto para outras, como para suas próprias almas, 'peçam, e lhes será dado; busquem, e encontrarão; batam e abrir-se-lhes-ão'. O negligenciar isto, é o Terceiro grande obstáculo da santidade. Se ainda 'não tivemos, é porque não pedimos'. Ó quão mansos e gentis; quão humildes de coração, quão cheios de amor a Deus e aos homens, vocês poderiam ter sido, até então, se vocês tivessem apenas pedido; --se vocês tivessem continuado em oração constante!

Por conseguinte, agora, pelo menos, 'peçam, e lhes será dado'. Peçam, que vocês poderão experimentar completamente, e perfeitamente, a prática de toda aquela religião que nosso Senhor tem aqui tão maravilhosamente descrito. E vocês deverão ser santos, como Ele é santo, no coração, e em tudo que falarem. Busquem, no caminho que ele ordenou; estudando as Escrituras; ouvindo Sua Palavra; meditando nela; jejuando; partilhando da Ceia do Senhor, e, certamente, encontrarão: Vocês encontrarão está pérola de grande valor; aquela fé que supera o mundo; aquela paz que o mundo não pode dar; aquele amor que é a garantia da herança de vocês. Batam; continuem em oração, e em todo o outro caminho do Senhor: Não sejam enfadonhos e fracos em suas mentes. Prossigam até a marca do verdadeiro cristão: não rejeitem: não deixem que Ele se vá, antes que Ele os abençoe. E as portas da misericórdia, da santidade, dos céus possam estar abertas a vocês

19. É pela misericórdia à dureza de nossos corações, tão hesitantes em acreditarem na santidade de Deus; que nosso Senhor se agradou de se estender sobre esse assunto, repetindo e confirmando o que Ele falou. 'Porque todo aquele', diz o Senhor, 'que pedir, receberá'; de modo que ninguém precisa ser insuficiente de bênçãos; 'e todo aquele que buscar', mesmo qualquer um que buscar, 'encontrará' o amor e a imagem de Deus; 'e para ele que bater', para todo aquele que bater, o portão da retidão lhe será aberto. De maneira que aqui não existe motivo para alguém ser desencorajado, ainda que eles perguntassem ou batessem em vão. Apenas lembrem-se sempre de orarem, buscarem, baterem, e não esmorecerem. E, então, a promessa permanece certa. Ela será firme, como os pilares dos céus; -- sim, muito mais firmes; porque os céus e terra irão passar, mas Suas palavras não passarão.

20. Para eliminar toda pretensão à descrença, nosso abençoado Senhor ilustra, nos seguintes versos, ainda mais além do que Ele disse, através de um apelo quanto ao que se passa em nossos próprios sentimentos. 'Que homem', diz ele, 'existe entre vocês, que, se seu filho pedir pão, lhe dará uma pedra?'. Será que mesmo a afeição natural irá permitir que vocês recusem um pedido razoável de alguém que vocês amam? 'Ou se ele pedir um peixe, lhe dará uma serpente?'. Vocês irão dar a ele algo nocivo, em vez de proveitoso? De modo que, mesmo daquilo que vocês sentem e vocês mesmos fazem, vocês possam receber a mais completa segurança, de que, por um lado, nenhum mau propósito pode possivelmente atender seu pedido; e, por outro, que ele será atendido com aquele bom propósito; um completo suprimento de todas as suas necessidades. Porque 'se vocês que são maus, sabem dar o que é bom para seus filhos, quanto mais seu Pai que está no céu', que é puro, e essencialmente bom, 'dará boas coisas àqueles que pedirem a Ele!'. Ou, (como Ele expressa isto em outra ocasião), 'dar o Espírito Santo àqueles que pedem a Ele?'. Nele estão incluídas todas as boas coisas; toda a sabedoria, paz, alegria, amor; todos os tesouros da santidade e felicidade; tudo que Deus tem preparado para aqueles que o amam.

21. Mas para que sua oração possa ter seu valor completo para com Deus, veja que vocês sejam misericordiosos com todos os homens; porque, do contrário, será mais igualmente como trazer uma maldição, do que uma bênção sobre suas cabeças; nem vocês poderão esperar receber alguma bênção de Deus, enquanto vocês não tiverem misericórdia em direção ao seu próximo. Portanto, permitam que esse obstáculo seja removido sem demora. Confirmem seu amor para com o outro, e para com todos os homens. E os amem, não apenas na palavra, mas na ação e na verdade. 'Por conseguinte, em todas as coisas,o que quer que vocês queiram que os homens façam a vocês, façam o mesmo a eles; porque esta é a lei e os profetas'.

22. Esta é aquela lei real, a regra de ouro da misericórdia, assim como da justiça, que, mesmo o Imperador pagão fez com que fosse escrita sobre os portões de seu palácio; uma regra que muitos acreditam estar naturalmente gravada na mente de cada um que vem para o mundo. E, sendo assim, é certo que ela ordena a si mesma, a toda consciência e entendimento do homem, tão logo seja ouvida; considerando que nenhum homem pode sabidamente desobedecê-la, sem carregar sua condenação em seu próprio peito.

23. 'Esta é a lei e os profetas'. O que quer que esteja escrito naquela lei que Deus dos antigos revelou para a humanidade, e quaisquer que sejam os preceitos que Deus tem dado, através de seus santos profetas, desde que o mundo começou, está tudo resumido nessas poucas palavras; está contido nessa direção resumida. E isto, corretamente entendido, condensa a totalidade daquela religião que nosso Senhor veio estabelecer sobre a terra.

24. Ela pode ser entendida, tanto em um sentido positivo quanto negativo. Se entendida em um sentido negativo, o significado é: 'o que quer que vocês não queiram que os homens façam a vocês, não façam a eles também'. Aqui está uma regra clara; sempre pronta à mão; sempre fácil de ser aplicada. Em todas as circunstâncias, relacionadas ao seu próximo, façam das circunstâncias dele as suas próprias circunstâncias. Supondo-se que as circunstâncias devam ser mudadas, e vocês mesmos devam ser justos como ele é agora. Então, cuidem para que vocês não favoreçam algum temperamento ou pensamento; para que nenhuma palavra saia de seus lábios; para que vocês não dêem um passo que possa condená-los, diante de tais mudanças de circunstâncias. Se entendido, em um sentido direto e positivo, o significado claro é: 'o que quer que vocês possam razoavelmente desejar dele, supondo-se que vocês mesmos estejam nessas circunstâncias, que façam, ao extremo de seu poder, a todos os filhos do homem'.

25. Para aplicar isto, em um ou dois exemplos óbvios: Está claro à consciência de todos os homens que nós não gostaríamos que os outros nos julgassem; que pudessem, injusta ou levianamente, pensar mal de nós; muito menos gostaríamos que alguém pudesse falar mal de nós - pudesse espalhar nossas faltas ou enfermidades reais. Apliquem isto em si mesmos: Não façam ao outro, o que não gostariam que fosse feito a vocês; e nunca mais irão julgar seu próximo; nunca, injustamente ou levianamente, pensarão mal de alguém; muito menos falarão mal; vocês nunca irão mencionar, até mesmo a falta real de uma pessoa ausente, a menos que vocês estejam assim convencidos de que seja necessário para o bem de outras almas.

26. Novamente: Nós gostaríamos que todos os homens pudessem nos amar e nos estimar; e se comportassem em direção a nós, de acordo com a justiça, misericórdia e verdade. E nós podemos razoavelmente desejar que eles possam fazer a nós todo o bem que eles puderem, sem afligirem a si mesmos. Agora, então, que possamos caminhar pela mesma regra: que façamos a todos como gostaríamos que eles nos fizessem. Que amemos e honremos todos os homens. Que a justiça, misericórdia, e verdade governem nossas mentes e ações.

27. Esta é a moralidade pura e genuína. Façam isto, e viverão. 'E a todos quantos andarem conforme esta regra, paz e misericórdia sobre eles', porque eles são 'o Israel de Deus'. (Gálatas 6:16). Que seja observado que ninguém pode caminhar por esta regra (nem mesmo, desde a criação do mundo); ninguém pode amar seu próximo como a si mesmo, a menos que primeiro ame a Deus; e ninguém pode amar a Deus, a menos que acredite em Cristo; a menos que tenha redenção através de seu sangue, e o Espírito de Deus testemunhe com seu espírito que ele é filho de Deus. Fé, portanto, é a raiz de tudo; da salvação presente, assim como da futura. Ainda nós podemos dizer a todos os pecadores: 'Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo'. Tu poderás ser salvo agora, para que possas ser salvo para sempre; salvo na terra; para que possas ser salvo no céu. Crê nele, e tua fé será operada pelo amor. Tu irás amar o Senhor teu Deus, porque ele amou a ti: Tu irás amar teu próximo como a ti mesmo: E, então, será tua glória e alegria, manifestar e aumentar esse amor; não meramente por abster-te do que é contrário a isto, de todo pensamento indelicado, palavra e ação, mas por mostrares toda esta delicadeza, para com todos os homens, da mesma forma que tu gostarias que eles pudessem mostrar para contigo.


Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 7 do versículo 13 até o 14
Sobre o Sermão do Monte Parte XI

John Wesley

'Entrai pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem'.( Mateus 7:13-14)

1. Nosso Senhor, tendo nos alertado quanto aos perigos que facilmente nos atacam, em nosso primeiro ingresso na religião; aos obstáculos que naturalmente surgem nela; às maldades de nossos próprios corações; agora prossegue, para nos avisar dos obstáculos de fora; particularmente, o mau exemplo e o mau conselho. Através de um ou outro desses, milhares, que uma vez seguiram bem, retornaram para a perdição; sim, muitos desses que não eram noviços na religião, e que fizeram algum progresso na retidão. A precaução Dele, portanto, contra esses ele impõe sobre nós, com toda a gravidade possível, e repete isto, várias vezes, nas mais variadas expressões, a fim de que não permitamos, por quaisquer que sejam os meios, que ela passe desapercebida. Assim, Ele nos protege eficazmente contra a primeira: 'Entrem', Ele diz, 'pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem': Para nos assegurar da última, 'Tomem cuidado', diz Ele, 'com os falsos profetas'. Nós iremos, no momento, considerar apenas a primeira.

2. 'Entrem', diz nosso abençoado Senhor, 'pela porta estreita; porque larga é a porta, e espaçoso o caminho que conduz à perdição, e muitos são os que entram por ela; e porque estreita é a porta, e apertado o caminho que leva à vida, e poucos há que a encontrem':

3. Nessas palavras nós podemos observar:

I. Primeiro, as propriedades inseparáveis do caminho para a o inferno: 'Portão largo, caminho amplo, que conduz à destruição, e muitos entram através dele'.

II. Em Segundo Lugar, as propriedades inseparáveis do caminho para o céu: 'Estreito é o portão, e poucos o encontram'.

III. Em Terceiro lugar, uma exortação séria fundamentada nisso: 'Entrem pelo portão estreito'.

I

1. Nós podemos observar, Primeiro, as propriedades inseparáveis do caminho para o inferno: 'Largo é o portão, e amplo é o caminho que conduz à destruição. E muitos existem que entram por ele'.

2. Largo é realmente o portão, e amplo o caminho que conduz à destruição! Porque o pecado é o portão do inferno, e a maldade o caminho para a destruição. E quão largo é o portão do pecado! Quão espaçoso é o caminho da maldade! O 'mandamento' de Deus 'é excessivamente amplo'; não se estendendo apenas a todas as nossas ações, mas a cada palavra que sai de nossos lábios; sim, cada pensamento que surge em nossos corações. E o pecado é igualmente amplo com o mandamento, uma vez que se trata de pecado, qualquer brecha do mandamento. Sim, antes, é, milhares de vezes, maior; já que existe apenas um caminho de manter o mandamento; porque nós não o mantemos devidamente, a menos que a coisa feita, a maneira de fazê-la, e todas as outras circunstâncias estejam de acordo: Por outro lado, existem milhares de maneiras de romperem com cada mandamento; portanto esse portão é amplo, de fato.

3. Para considerar isto um pouco mais particularmente: quão amplos são aqueles pecados, dos quais todos os demais derivam suas existências; a mente carnal que é inimiga de Deus; o orgulho do coração; a vontade própria; o amor ao mundo! Nós podemos fixar alguns limites a eles? Eles não se difundem, através de nossos próprios pensamentos, e se misturam com todos os nossos temperamentos? Eles não estariam influenciando, mais ou menos, toda a massa de nossas afeições? Nós não podemos, num exame íntimo e fiel de nós mesmos, perceber essas raízes de amargura, continuamente brotando, infectando todas as nossas palavras, e corrompendo todas as nossas ações? E quão inumeráveis frutos elas produzem, em todas as épocas e nações! Suficientes, até mesmo, para cobrirem toda a terra com escuridão e habitações desumanas.

4. Ó quem é capaz de calcular seus frutos execráveis; contar todos os pecados, quer contra Deus ou nosso próximo; não os que a imaginação poderia descrever, mas os que podem ser motivo de experiência diária e melancólica? Nem precisamos percorrer toda a terra para encontrá-los. Inspecionando qualquer um dos reinos; uma simples região; ou município; ou cidade; e quão farta será esta colheita! E estes, que estão assim espalhados, não se tratam de maometanos ou da escuridão pagã; mas daqueles chamados pelo nome de Cristo, e que professam ver a luz de seu glorioso Evangelho. Indo não muito além do reino ao qual pertencemos, a cidade onde nós estamos agora!

Nós nos denominados cristãos; sim, e estes da mais pura espécie: Nós somos protestantes; cristãos reformados! Mas, ai de mim! Quem poderá continuar a reforma de nossas opiniões, em nossos corações e vidas? Não existe um motivo? Porque quão inumeráveis são nossos pecados; e estes dos mais abjetos! Será que as mais grotescas abominações, de toda a espécie, não abundam entre nós, dia a dia? Os pecados, de toda a sorte, não cobrem a terra, como as águas cobrem o mar? Quem poderá contá-los? Melhor contar as gotas da chuva, ou as areias do ancoradouro. Então, 'largo é o portão', assim 'amplo é o caminho que conduz à destruição!'.

5. 'E muitos existem que entram', por aquele portão; muitos que caminham naquele caminho; quase tantos quanto entram para o portão da morte; os que mergulham nas câmaras das sepulturas. Porque não pode ser negado, (embora nem nós podemos conhecer isto, a não ser com a vergonha e tristeza do coração), que, mesmo nestas que são chamadas de regiões cristãs, a generalidade de todas as idades e sexo, de toda profissão e empreendimento; de todo nível e grau; alto e baixo; rico e pobre, estão caminhando no caminho da destruição. A maior parte dos habitantes dessa cidade, até esse dia, vive no pecado; em alguma transgressão palpável, costumeira e conhecida da lei que eles professam observar; sim, em alguma transgressão exterior; alguma espécie de descrença e iniqüidade grosseira e visível; alguma violação declarada de suas obrigações; para com Deus ou homem. Esses, então, ninguém pode negar, estão todos no caminho que conduz à destruição.

Acrescente a esses, aqueles que têm um nome que, de fato, eles vivem, mas que nunca estiveram vivos para Deus; aqueles que exteriormente parecem justos para os homens, mas que interiormente estão cheios de imundície; cheios de orgulho e vaidade; de ira ou desejo de vingança; de ambição ou cobiça; amantes de si mesmos; amantes do mundo; amantes do prazer mais do que amantes de Deus. Esses, na verdade, podem ser altamente estimados por homens; mas eles são uma abominação para o Senhor; e quão grandemente irão esses 'santos do mundo' aumentar o número dos filhos do inferno!

Sim, acrescente a todos, o que quer que eles sejam na consideração de outros; o que quer que eles tenham, mais ou menos, da forma da santidade; quem 'sendo ignorantes da retidão de Deus, buscam estabelecer sua própria retidão', como alicerce da reconciliação deles com Deus, e a aceitação Nele, e, em conseqüência, não têm 'submetido a si mesmos à retidão que é de Deus', pela fé. Agora, junte todas essas coisas, em uma só, quão horrível verdade é aquela afirmação de nosso Senhor: 'Largo é o portão, e amplo o caminho que conduz à destruição, e muitos são os que entram por ele!'.

6. Nem isto diz respeito apenas ao rebanho vulgar, à parte pobre, e simples, da humanidade. Homens de eminência no mundo; homens que têm muitos campos e juntas de bóias, não desejam ser excluídos desses. Pelo contrário, 'muitos homens sábios, segundo a carne', de acordo com os métodos humanos de julgamento; 'muito consideráveis', no poder, na coragem, na riqueza; muitos 'nobres', são chamados; chamados para o caminho amplo, através do mundo, da carne e do diabo; e eles não são desobedientes daquele chamado. Sim, quanto mais alto se erguem em suas fortunas e poder, mais profundamente eles mergulham na iniqüidade. Quanto mais bênçãos receberam de Deus, mais pecados cometem; usando suas honras ou riquezas; seu aprendizado ou sabedoria, não como meio de operarem sua salvação, mas, antes, de distinguirem-se no vício, e assim assegurarem sua própria destruição!

II

1. E a mesma razão que muitos desses seguem, tão seguramente nesse caminho amplo, é porque ele é amplo; não considerando que esta é a propriedade inseparável do caminho para a destruição. 'Muitos existem', diz o Senhor, 'que entram nele': pela mesma razão que eles deveriam fugir dele, mesmo 'porque, estreito é o portão, e apertado o caminho que conduz à vida, e poucos são os que o encontram'.

2. Esta é a propriedade inseparável do caminho para o céu. Tão estreito é o caminho que conduz à vida - à vida eterna, tão estreito é o portão, que nada impuro; nada não santo, pode entrar. Nenhum pecador pode passar, através daquele portão, até que ele seja salvo, de seus pecados. Não apenas dos pecados exteriores, de sua 'conversa maldosa, recebida por tradição de seus antepassados'. Não será suficiente 'cessar de praticar o mal', e 'aprender a praticar o bem': Ele não deve apenas ser salvo de toda ação pecaminosa, de todo o discurso diabólico e inútil; mas mudar interiormente; renovar-se totalmente no espírito de sua mente: Do contrário, ele não poderá passar através do portão da vida; ele não poderá entrar para a glória.

3. Porque, 'estreito é o caminho que conduz à vida'; o caminho da santidade universal. Estreito, de fato, é o caminho da pobreza de espírito; o caminho do murmurar santo; o caminho da humildade; daquela fome e sede em busca da retidão. Estreito é o caminho da misericórdia; do amor verdadeiro; o caminho da pureza de coração; de praticar o bem a todos os homens; e de alegremente sofrer o mal; toda a forma de mal, por causa da retidão.

4. 'E poucos existem que o encontram'. Ai de mim! Quão poucos encontram, mesmo o caminho do pagão, honestamente! Quão poucos existem, que não fazem ao outro o que eles não gostariam que fosse feito a eles! Quão poucos são inocentados, diante de Deus, por agirem de acordo com a injustiça ou indelicadeza! Quão poucos 'não ofendem com suas línguas'; não falam coisa alguma indelicada, e mentirosa! Que proporção pequena da humanidade é inocente, mesmo das transgressões exteriores! E quão menor proporção tem seu coração correto, diante de Deus, -- limpo e santo aos seus olhos! Onde estão eles, a quem Seu olhar minucioso discerne serem verdadeiramente humildes; abominando a si mesmos, no pó e cinza, na presença de Deus seu Salvador, para ser profunda e firmemente sérios, sentindo suas necessidades, e 'passando o tempo de sua permanência curta com medo'; verdadeiramente humildes e gentis, nunca 'dominando o mal, mas sobrepujando o mal com o bem'; totalmente sedentos por Deus, e continuamente buscando a renovação em sua semelhança? Quão escassamente eles estão espalhados sobre a terra; cujas almas são engrandecidas no amor para com toda a humanidade; e que amam a Deus com todas as suas forças; que deram a Ele seus corações, e desejam nada mais na terra ou céu! Quão poucos são esses amantes de Deus e homens que gastam todas as suas forças, em fazer o bem a todos os homens; e estão prontos para sofrer todas as coisas, sim, morrendo em si mesmo, para salvar uma alma da morte eterna!

5. Mas, enquanto tão poucos são encontrados no caminho da vida, e tantos são encontrados, no caminho da destruição, existe um grande perigo de que a torrente de exemplos possa nos arrastar com eles. Mesmo um simples exemplo, se ele estiver sempre à nossa frente, está apto a causar muita impressão sobre nós; especialmente, quando ele tem a natureza do seu lado; quando ele incorre em nossas próprias inclinações. Quão grande, então, deve ser a força de tão numerosos exemplos, continuamente diante de nossos olhos; e todos conspirando juntos com nossos próprios corações, para nos levar para baixo da correnteza da natureza! Quão difícil deve ser represar a maré, e nos mantermos 'incólumes no mundo'.

6. O que aumenta a dificuldade ainda mais, é que eles não são a parte rude e insensível da humanidade, pelo menos, não esses somente, que nos apresentam o exemplo, que enchem o caminho declinante, mas o polido; o bem educado; o sábio; os homens que entendem o mundo; os homens de conhecimento; de aprendizado profundo e diverso; o racional; o eloqüente! Esses são todos, ou quase todos, contra nós. E como nós devemos nos colocar contra eles? As línguas deles não gotejam maná; e eles não aprenderam todas as artes da sutil persuasão? E de raciocínio também; porque esses são versados em todas as controvérsias, e discussão oral. Portanto, trata-se de uma pequena coisa, para eles, provarem que o caminho está correto, porque é amplo; que ele que segue a multidão não pode fazer mal, mas apenas aquele que não a segue; que o caminho de vocês deve estar errado, porque é estreito, e porque existem poucos que o encontram. Esses irão tornar claro para uma demonstração, que o mal é bom, e o bom é mal; que o caminho da santidade é o caminho da destruição, e o caminho do mundo, o único caminho para o céu.

7. Ó, como podem os homens incultos e ignorantes manter sua causa contra tais oponentes! E ainda, esses não são todos, com os quais eles devem contender; de qualquer modo, eles não estão à altura para a tarefa: Porque existem muitos homens consideráveis, nobres e poderosos, tanto quanto sábios, na estrada que conduz à destruição; e esses têm um menor caminho de contestação, do que aquele da razão e argumento. Eles usualmente recorrem, não ao entendimento, mas aos medos de alguém que se oponha a eles; um método que raramente fracassa, mesmo onde o argumento não tem proveito algum, colocando-se no mesmo nível de competência de todos os homens; porque todos podem temer, quer possam raciocinar ou não. E todos que não têm uma confiança firme em Deus, uma esperança certa no seu poder e amor, não podem deixar de temer dar algum desgosto a esses que têm o poder do mundo em suas mãos. Qual a surpresa, portanto, se o exemplo desses é uma lei para todos que não conhecem a Deus?

8. Muitos ricos estão igualmente no caminho amplo. E esses recorrem às esperanças dos homens, e a todos os seus desejos tolos, tão fortemente e efetivamente, quanto o poderoso e o nobre recorrem aos seus medos. De modo que dificilmente você pode firmar-se no caminho do reino, a menos que você esteja morto para tudo abaixo; a menos que você esteja crucificado para o mundo, e o mundo crucificado para você; a menos que você não deseje nada a não ser Deus.

9. Porque quão escuro, quão desconfortável, quão proibitivo é o panorama do lado oposto! Um portão estreito! Um caminho apertado! E poucos encontram o portão! Poucos caminham por ele! Além do que, mesmo esses poucos não são homens sábios; não são homens de aprendizado ou eloqüência. Eles não são capazes de raciocinar fortemente e claramente: Eles não podem propor um argumento para alguma vantagem. Eles não sabem como provar o que eles professam acreditar; ou explicar mesmo o que eles dizem; o que eles experimentam. Certamente, tais defensores como esses nunca irão recomendar, mas, antes, irão desconsiderar a causa que eles aderiram.

10. Acrescentem a estes, aqueles que não são homens nobres e honrados: Se eles fossem, vocês poderiam tolerar suas loucuras. Eles são homens de nenhum interesse, nenhuma autoridade, nenhuma consideração no mundo. Eles são simples e comuns; inferiores na vida; e tal como não têm poder, não têm desejo de causar dano a vocês. Portanto, não existe nada, afinal, que deva ser temido deles; e não existe coisa alguma, afinal, para se esperar: Uma vez que a grande parte deles pode dizer: 'Prata e ouro eu não tenho'; pelo menos, uma quantia moderada. Mais ainda, alguns deles dificilmente têm alimento, ou vestuário para colocar. Por essa razão, tanto quanto porque seus caminhos não são iguais àqueles dos outros homens, falam mal deles, em qualquer lugar; são menosprezados; eles têm seus nomes banidos como prejudiciais; são variavelmente perseguidos; e tratados como a imundície e refugo do mundo. De modo que, tanto os seus temores, as suas esperanças, e todos os seus desejos (exceto aqueles que você têm imediatamente de Deus), sim, todas as suas paixões naturais, continuamente inclinam você a retornar para o caminho largo.

III

1. Assim sendo, é que nosso Senhor tão sinceramente exorta: 'Entrem pelo portão estreito'. Ou (como a mesma exortação está expressa em outra parte): 'Esforcem-se para entrar', 'lutem, como em agonia': 'Porque muitos', diz nosso Senhor, 'o buscarão, esforçando-se indolentemente, 'e não serão capazes'.

2. É verdade, que Ele anuncia o que pode ser considerada uma outra razão para o fato de não serem capazes de entrar, nas palavras que imediatamente se seguem a essas. Porque, depois de ter dito: 'Em verdade, eu lhes digo, que muitos buscarão entrar, e não serão capazes'; Ele anexa: 'Quando o pai de família se levantar, e cerrar a porta, e vocês começarem, de fora', permanecer do lado de fora parece ser apenas uma expletiva elegante [partícula, palavra ou frase desnecessária ao enunciado estrito, mas que confere ênfase ou colorido à linguagem] 'a bater à porta, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos; e, respondendo Ele, lhes disser: Não sei de onde vocês são; apartem-se de mim, vocês todos que praticam a iniqüidade. Ali haverá choro e ranger de dentes' (Lucas 12:24-28).

3. Pode parecer, numa visão superficial dessas palavras, que a demora para buscar, afinal, preferivelmente, à maneira deles buscarem, era a razão porque eles não eram capazes de entrar. Mas isto é, em efeito, a mesma coisa. Eles eram, portanto, ordenados a partir, porque eles tinham sido 'trabalhadores da iniqüidade'; porque eles tinham caminhado na estrada larga; em outras palavras, porque eles não tinham se afligido 'para entrarem pelo portão estreito'. Provavelmente, eles buscaram, antes que a porta fosse fechada; mas não foi o suficiente: E eles se esforçaram, depois que a porta foi fechada; mas, então, era tarde demais.

4. Portanto, se esforcem, nesse seu dia, 'para entrar pelo portão estreito'. E com esse objetivo, coloquem, em seus corações; e permitam que predomine, em seus pensamentos, que vocês estão no caminho largo; que vocês estão o caminho que conduz à destruição. Se muitos vão com vocês, tão certo quanto Deus existe, eles, assim como vocês, estão indo para o inferno! Se vocês estão caminhando como a generalidade dos homens caminha, vocês estão caminhando para o abismo sem fim! Muitos dos sábios, ricos, poderosos ou nobres estão viajando com vocês nesse mesmo caminho? Por esse sinal, sem ir mais longe, vocês sabem que ele não conduz à vida. Aqui está uma regra resumida, clara e infalível, antes de vocês entrarem nos particulares. Em qualquer profissão que vocês estejam engajados, vocês devem ser singulares, ou serão condenados! O caminho para o inferno não tem nada singular nele; mas o caminho para o céu é singularidade em seu todo. Se vocês moverem, a um passo que seja, em direção a Deus, vocês não serão como os outros homens. Mas não se esqueça disto. É muito melhor permanecerem sós, do que caírem em um abismo. Corram, então, com perseverança, a corrida que se coloca diante de vocês, embora suas companhias sejam poucas. Não será sempre assim. Mais algum tempo, e vocês terão 'a inumerável companhia de anjos, para a assembléia geral da Igreja de seu primogênito, e os espíritos dos homens justos que se tornaram perfeitos'.

5. Agora, então, 'esforcem-se para entrar no portão estreito', sendo penetrados com o mais profundo senso do inexprimível perigo, em que suas almas estão, enquanto vocês estiverem no caminho largo, -- por quanto tempo, vocês evitarem a pobreza de espírito, e toda aquela religião interior, que os muitos ricos, e sábios, consideram loucura. 'Esforcem-se para entrar'; sendo perfurados com a tristeza e vergonha por terem, por tanto tempo, corrido com a multidão insensata, extremamente negligenciando, se não, desprezando, aquela 'santidade, sem a qual é impossível algum homem ver ao Senhor'. Esforcem-se, como em agonia do temor santo, a fim de que 'a promessa feita a vocês de fazerem parte do que restou, mesmo daquele 'restante que permanece para o povo de Deus', vocês não possam, todavia, 'alcançar'. Esforcem-se fervorosamente, com 'gemidos que não podem ser articulados'. Esforcem-se, orando sem cessar; em todos os momentos, erguendo seus corações a Deus, e dando a eles nenhum descanso, até que vocês 'acordem em busca da santidade Dele', e estejam 'satisfeitos com ela'.

6. Para concluir: 'Esforcem-se para entrar no portão estreito', não apenas, através dessa agonia da alma, da convicção, da tristeza, da vergonha, do desejo, do medo, da oração incessante; mas igualmente, ordenando sua conversa corretamente, caminhando com todas as suas forças, em todos os caminhos de Deus; o caminho da inocência; da devoção e da misericórdia. Abstenham-se da aparência do mal: Façam todo o bem possível a todos os homens: Neguem a si mesmo, a sua vontade própria, em todas as coisas, e tomem suas cruzes diariamente. Estejam prontos a cortar a sua mão direita; a arrancarem seu olho direito, e atirá-lo para longe de vocês; sofrer a perda dos bens, dos amigos, da saúde, e todas as coisas na terra, assim vocês poderão entrar para o reino dos céus!.


Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 7 do versículo 15 até o 20
Sobre o Sermão do Monte Parte XII

John Wesley

'Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Por seus frutos os conhecereis. Porventura se colhem uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos? Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis'. ( Mateus 7:15-20)

1. É muito difícil expressar ou conceber as multidões de almas que se voltaram para a destruição, porque não foram persuadidas a caminhar pelo caminho estreito, embora ele fosse o caminho para a salvação eterna. E a mesma coisa nós podemos ainda observar diariamente. Tal é a insensatez e loucura da humanidade, que milhares de homens ainda prosseguem no caminho do inferno, porque ele é amplo. Eles mesmos caminham nele, porque outros o fazem: Porque tantos perecem, ele irão se somar a este número. Tal é a espantosa influência do exemplo sobre os fracos e miseráveis filhos dos homens! Ele continuamente povoa as regiões da morte, e arrasta as numerosas almas para a perdição eterna!

2. Para advertir a humanidade disso; para preservar tantos quantos for possível contra esse contágio, Deus tem ordenado aos seus vigias para gritarem bem alto, e mostrarem às pessoas o risco que elas correm. Para esta finalidade, ele tem enviado seus servos, os Profetas, em suas sucessivas gerações, para indicar o caminho estreito, e exortar todos os homens a não estarem de acordo com esse mundo. Mas o que fazer, se os próprios vigias caem na armadilha, contra a qual eles deveriam advertir a outros? O que fazer, se 'os Profetas profetizam fraudes?'. Se eles 'fazem com que as pessoas errem o caminho?'. O que deve ser feito, se eles indicam, como o caminho da vida eterna, o que, em verdade, é o caminho da morte eterna; e exortam outros a caminhar, como eles mesmos fazem, no caminho largo, e não no estreito?

3. Mas será que esta é uma coisa sem precedente; uma coisa incomum? Não; Deus sabe que não. Os exemplos dela são quase incalculáveis. Nós podemos encontrá-la em todas as épocas e nações. Mas quão terrível é isto! quando os embaixadores de Deus tornam-se agentes do diabo! quando eles que são comissionados para ensinar o caminho para o céu aos homens, de fato, ensinam a eles o caminho para o inferno! Estes são como os gafanhotos do Egito, 'que comeram o resíduo que tinha escapado; que permaneceu depois do granizo'. Eles devoram até mesmo o restante dos homens que tem escapado; que não foi destruído pelo exemplo maléfico. Não é, portanto, sem motivo, que nosso sábio e gracioso Mestre, tão solenemente, nos acautela contra eles, 'Acautelem-se, diz Ele, 'dos falsos profetas, que vêm até vocês com roupas de cordeiro, mas interiormente são como lobos vorazes'.

4. Vamos inquirir uma advertência da mais extrema importância que possa mais efetivamente mergulhar em nossos corações:

I.Primeiro, quais são esses falsos profetas?

II.Em Segundo Lugar, que aparência eles têm?

III.Em Terceiro Lugar, como nós podemos saber quem eles são realmente, não obstante a aparência honesta?

I

1. Nós vamos, primeiro, inquirir quais são os falsos profetas. E isto é necessário fazer mais diligentemente, porque esses mesmos homens têm trabalhado 'para deturpar o sentido dessa Escritura, para si próprios', mesmo que não apenas para a própria 'destruição'. Com o objetivo, portanto, de eliminar toda disputa, eu não devo fazer alarde (como é costume de alguns desses); nem usar de quaisquer exclamações incorretas e retóricas, para ludibriar os corações dos simples; mas falar duramente, as verdades claras, tais que, aquele que tiver algum entendimento ou modéstia restante, não poderá negar; e tais verdades que têm a mais íntima conexão com o teor do discurso precedente: Considerando que muitos têm interpretado essas palavras, sem qualquer atenção ao que veio anteriormente; como se elas não tivessem nada a ver com o sermão, em que se situam.

2. Aqui, a palavra profetas (como em muitas outras passagens das Escrituras; particularmente, no Novo Testamento) não significa aqueles que predizem as coisas que estão por vir, mas aqueles que falam em nome de Deus; aqueles homens que professam ser enviados de Deus, para ensinarem a outros o caminho do céu.

Esses são os falsos profetas, que ensinam o caminho falso para o céu; um caminho que não conduz a ele; ou, (o que vem para o mesmo ponto), aqueles que não ensinam a verdade.

3. Todo caminho largo é infalivelmente um falso caminho. Portanto, a regra clara e certa é que 'eles que ensinam os homens a caminharem no caminho largo, em que muitos caminham, são os falsos profetas'.

Novamente: O caminho verdadeiro para o céu é o caminho estreito. Por conseguinte, esta é uma outra regra clara e certa que, 'aqueles que não instruem os homens a caminharem no caminho estreito, para serem singulares, são os falsos profetas'.

4. Para ser mais específico: O único caminho para o céu é aquele indicado no sermão precedente. Portanto, são falsos os profetas que não ensinam os homens a caminharem por ele.

Agora, o caminho para o céu indicado no sermão precedente, é o caminho da humildade, do murmurar, da submissão, do desejo santo, do amor a Deus e ao próximo, do fazer o bem, tudo suportando pela causa de Deus. Na verdade, os falsos profetas são os que ensinam, como caminho que conduz ao céu, qualquer outro que não este.

5. Não importa como eles chamam este outro caminho. Eles podem chamá-lo de fé; ou de boas obras; ou fé e obras; ou arrependimento; ou arrependimento, fé, e nova obediência. Todas essas são palavras boas: Mas, se sob esses, ou quaisquer outros termos que forem, eles ensinam aos homens algum caminho distinto desse, eles são propriamente falsos profetas.

6. Quanto mais incorrem naquela condenação, os que falam mal desse bom caminho; -- acima de tudo, aqueles que ensinam o caminho diretamente oposto: o caminho do orgulho, da leviandade, da paixão, dos desejos mundanos, do amor ao prazer, mais do que o amor a Deus, da indelicadeza para com nosso próximo, da despreocupação pelas boas obras, enfrentando o mal, e não sendo perseguidos por causa da retidão!

7. Se for perguntado: 'Quem são os que sempre ensinaram, e ensinam que este é o caminho para o céu?'. Eu respondo que são os milhares de homens sábios e honrados; mesmo todos aqueles de qualquer denominação, que encorajam o orgulho; o frívolo; o passional; o amante do mundo; o homem de prazer; o injusto ou indelicado; o vulgar; o negligente; o inofensivo; a criatura inútil; o homem que não sofre reprovação por causa da retidão, por imaginar que ele está no caminho do céu. Esses são os falsos profetas, no mais alto sentido da palavra. Esses são os traidores tanto de Deus quanto do homem. Esses não são outros do que os primogênitos de satanás; os filhos mais velhos de Apollyon, o Destruidor. Esses estão muito acima da categoria dos degoladores comuns; já que eles são assassinos das almas dos homens. Eles estão continuamente povoando os reinos da noite; e quando eles seguirem as pobres almas que eles destruíram, 'o inferno se moverá nas profundezas para encontrá-los na sua vinda!'.

II

1. Mas eles vêm agora em sua forma própria? De modo algum. Se fosse assim, eles não poderiam destruir. Vocês poderiam ficar alertas, e tentariam salvar suas vidas. Entretanto, eles se revestem de uma aparência completamente diferente: (o que será a segunda coisa a ser considerada) 'Eles vêm até você, em roupas de ovelhas, embora interiormente, sejam lobos ferozes'.

2. 'Eles vêm até você, em roupas de ovelhas'; ou seja, com uma aparência benéfica. Eles vêm de uma maneira mansa e inocente, sem qualquer marca ou sinal de animosidade. Quem poderia imaginar que essas criaturas quietas causariam algum dano a quem quer que fosse? Talvez, eles não possam ser tão zelosos e ativos em fazerem o bem, como alguém poderia esperar que eles fossem. Entretanto, vocês não vêem motivos para suspeitarem que eles tenham mesmo o desejo de causarem algum dano. Mas isto não é tudo.

3. Eles vêm, em Segundo Lugar, com uma aparência benéfica. Realmente, para isto, para fazerem o bem, eles são particularmente chamados. Eles são colocados aparte para essa mesma coisa. Eles são particularmente comissionados para vigiarem as suas almas, para instrui-los para a vida eterna. É toda tarefa deles, 'fazerem o bem, e curarem aqueles que estão oprimidos pelo diabo'. E vocês têm estado sempre acostumados a vê-los sob esse prisma; como mensageiros de Deus; enviados para trazerem a vocês uma bênção.

4. Eles vêm, em Terceiro Lugar, com uma aparência de religião. Tudo o que eles fazem é por causa da consciência! Eles asseguram a vocês, que não é pelo mero zelo por Deus, que eles estão fazendo Dele um mentiroso. Não é pela pura preocupação com a religião, que eles destruiriam a raiz e ramificações dela. Tudo o que eles falam, é apenas de um amor à verdade, e um temor, a fim de que ela não venha a sofrer; e, pode ser por uma preocupação pela igreja, e um desejo de defendê-la de todos os seus inimigos.

5. Acima de tudo, eles vêm com uma aparência de amor. Eles tomam todas essas dores, apenas para o bem de vocês. Eles não deveriam se preocupar com respeito a vocês, a não ser em benefício de vocês. Eles farão grandes declarações, de bom grado; com respeito ao perigo em que vocês se encontram; e do sincero desejo de preservarem vocês do erro, e de que sejam envolvidos nas novas e prejudiciais doutrinas. Eles sentiriam muito de ver alguém que estivesse bem, apressar-se para algum extremo, perplexo com noções estranhas e ininteligíveis, ou iludido pelo entusiasmo. É por este motivo que eles aconselham a vocês a se manterem quietos, no meio termo, e para se precaverem de 'serem demasiadamente retos', a fim de que não possam 'destruir a si mesmos'.

III

1. Mas como nós podemos saber o que eles realmente são, apesar da aparência honesta deles? Esta é a Terceira coisa, na qual foi proposto inquirir. Nosso abençoado Senhor viu quão necessário foi para todos os homens conhecerem os falsos profetas, mesmo que, disfarçados. Ele viu, igualmente, quão incapaz a maioria dos homens foi de deduzir a verdade, através de uma longa sucessão de conseqüências. Ele, por conseguinte, nos forneceu uma regra breve e clara, fácil de ser entendida pelos homens das mais inferiores capacidades, e fácil de ser aplicada a todas as ocasiões: 'Nós podemos conhecê-los, através dos seus frutos'.

2. Para todas as ocasiões vocês podem facilmente aplicar essa regra. Com o objetivo de saber, se os que falam em nome de Deus são falsos ou verdadeiros profetas, é fácil observar:

Primeiro: Quais são os frutos sobre a doutrina deles, sobre eles mesmos? Que efeito ela tem sobre suas vidas? Eles são santos e sem culpa, em todas as coisas? Que efeito ela tem sobre seus corações? Aparece através do teor geral de suas conversas, que o temperamento deles é santo, sagrado e divino? Que a mente que está neles, é a que estava em Jesus Cristo? Eles são meigos, humildes, pacientes, e amantes de Deus e homem, e zelosos das boas obras?

3. Vocês podem facilmente observar:

Em Segundo Lugar: Quais são os frutos da doutrina deles, sobre aqueles que os ouvem; em muitos, pelo menos, embora não em todos; já que nem mesmo os Apóstolos converteram todos os que os ouviram. Esses têm a mente que estava em Cristo? E eles caminham como Ele também caminhou? E foi por ouvir esses homens que eles começaram a assim proceder? Eles eram interiormente e exteriormente pecaminosos, até que eles os ouviram? Se assim for, é uma prova manifesta de que eles são verdadeiros profetas, professores enviados de Deus. Mas, se não for assim, se eles efetivamente não ensinam nem a si mesmos ou aos outros a amarem e servirem a Deus, é uma prova manifesta de que eles são falsos profetas; de que Deus não os enviou.

4. Uma declaração dura esta! Quão poucos podem suportá-la! Disto nosso Senhor era sensível, e, por esta razão, dignou-se a provar, amplamente, através de argumentos claros e convincentes. 'Os homens', diz Ele, 'porventura, colhem uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?' ( Mateus 7:16). Será que eles esperam que esses homens pecaminosos possam trazer bons frutos? Igualmente, vocês poderiam esperar que espinheiros produzissem uvas, ou que os figos pudessem crescer em abrolhos! 'Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus' ( Mateus 7:17). Todo profeta verdadeiro, todo professor que eu tenho enviado, produz os bons frutos da santidade. Mas um falso profeta, um professor que eu não tenho enviado, produz apenas pecado e maldade. 'Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons'. Um falso profeta, um professor enviado de Deus, não apenas produz bons frutos, algumas vezes apenas, mas sempre; não acidentalmente, mas através de um tipo de necessidade. De igual maneira, um falso profeta, alguém a quem Deus não enviou, não pode produzir frutos maus acidentalmente, ou algumas vezes apenas, mas sempre, e da necessidade. 'Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo' (Verso 19). Tal infalivelmente acontecerá a uma grande quantidade de profetas que não produz bons frutos; que não salva almas do pecado; que não traz os pecadores ao arrependimento.

'Portanto', que esta seja uma regra eterna, 'pelos seus frutos os conhecereis'. ( Mateus 7:20). Eles que, de fato, fazem com que os amantes do mundo, orgulhosos, passionais, e cruéis, se tornem humildes, gentis, amantes de Deus e homem, - são os verdadeiros profetas; são os enviados por Deus, que, por conseguinte, confirma a palavra deles. Por outro lado, eles, cujos ouvintes, se pecaminosos antes, permanecem pecaminosos ainda, ou, pelo menos, invalidam qualquer retidão que 'exceda a retidão dos escribas e fariseus', -- são os falsos profetas; eles não foram enviados de Deus; portanto, a palavra deles cai ao chão: E, sem o milagre da graça, eles e seus ouvintes caem no abismo sem fim!

5. Ó, 'que vocês se acautelem desses falsos profetas!'. Porque, embora eles 'venham vestidos como ovelhas, ainda assim, interiormente são como lobos ferozes'. Eles apenas destroem e devoram o rebanho: Eles os rasgam em pedaços, se não existe quem os ajude. Eles não irão, não podem, conduzir vocês ao caminho do céu. Como eles poderiam, quando não conhecem isto em si mesmos? Ó, cuidem que eles não os tirem do caminho, e façam com que vocês 'percam o que já conseguiram!'.

6. Mas , talvez, vocês perguntem: 'Se existe tal perigo de ouvi-los, eu devo ouvi-los, afinal?. Esta é uma questão importante, tal que merece a mais profunda consideração, e não deve ser respondida, a não ser com o pensamento mais sereno, a reflexão mais deliberada. Por muitos anos, eu tenho estado temeroso de falar, afinal, concernente a ela; estando incapaz de determinar um caminho ou o outro; ou fazer qualquer julgamento sobre ele. Muitas razões existem que prontamente ocorrem, e inclinam-me a dizer, 'Não os ouçam'. E, ainda assim, o que nosso Senhor fala concernente aos falsos profetas de seu próprio tempo, parece deduzir o contrário. 'Então Jesus, falou à multidão, e para seus discípulos dizendo, Os escribas e fariseus que se sentam no trono de Moisés' -- são os professores comuns, mencionados em sua igreja: Tudo, por conseguinte, o que quer que eles ordenem vocês observarem, que observem e façam. Mas não façam segundo suas obras; 'porque eles dizem e não fazem'. Agora, que esses foram falsos profetas, no mais alto sentido, nosso Senhor tem mostrado durante todo o curso de seu ministério; como, realmente, eles fazem nessas mesmas palavras, 'Eles dizem e não fazem'. Portanto, por seus frutos seus discípulos não podem deixar de conhecê-los, vendo que eles foram revelados aos olhos de todos os homens. Portanto, Ele os adverte, várias vezes, para se precaverem desses falsos profetas. Mas, ainda assim, não os proíbe de ouvirem, até mesmos esses: Mais do que isto, Ele, em efeito, ordena a eles para assim o fazerem, nessas palavras: 'Tudo, por conseguinte, que eles ordenem vocês observarem e fazerem': Porque, a menos que eles os ouçam, eles não poderiam saber, muito menos observar, o que eles têm ordenado fazer. Aqui, então, o próprio nosso Senhor oferece uma direção clara, a ambos os seus Apóstolos, e toda multidão, em algumas circunstâncias, para ouvirem, até mesmo, os falsos profetas, conhecidos e reconhecidos por serem assim.

7. Mas, talvez, seja dito: 'Ele apenas direciona ouvi-los, quando eles lêem as Escrituras na congregação'. Eu respondo que, ao mesmo tempo, em que eles assim lêem as Escrituras, eles geralmente as expõem também. E aqui não é uma espécie de sugestão que eles devam ouvir aquele, e não o outro também. Mais ainda, os mesmos termos, 'Todas as coisas que eles os ordenam observar', excetua qualquer tal limitação.

8. Novamente: A eles, aos falsos profetas, inegavelmente, é freqüentemente confiada (Ó, que tristeza falar! Porque certamente essas coisas não deveriam ser assim) a administração do sacramento também. Direcionar, portanto, os homens a não os ouvirem, poderia ser, em efeito, tirá-los das ordenanças de Deus. Mas isso nós não ousamos fazer, considerando que a validade da ordenança não depende da santidade daquele que a administra, mas da fidelidade Dele que a ordenou; quem nos fará e nos faz conhecer seus desígnios. Por conseguinte, sobre esse relato, igualmente, eu receio dizer, 'não ouçam, certamente, os falsos profetas'. Até mesmo, através desses que estão sob uma maldição, Deus pode e nos dá sua benção. Porque o pão que eles repartem, nós sabemos experimentalmente ser 'a comunhão do corpo de Cristo': E o cálice que Deus abençoou, até mesmo, através dos lábios profanos deles, tem sido para nós a comunhão do sangue de Cristo.

9. Tudo, portanto, que eu posso dizer, é isto: em quaisquer circunstâncias, esperem em Deus, através de oração humilde e sincera, e, então, ajam de acordo com a melhor compreensão que vocês tiverem: Sobre tudo, ajam de acordo com o que vocês estão persuadidos ser o melhor para o proveito espiritual de vocês. Tomem grande precaução para que não julguem precipitadamente; para que vocês não pensem levianamente que alguém seja falso profeta: E, quando vocês tiverem uma prova completa, vejam que a raiva ou a contenda não tenha lugar em seu coração. Depois disso, na presença e no temor de Deus, concluam para si mesmos. Eu apenas posso dizer que, se, pela experiência, vocês acharem que ouvi-los machuca suas almas, então, não os ouçam; então, calmamente abstenham-se, e ouçam aqueles que trazem proveito a vocês. Se, por outro lado, vocês acham que isto não causa dano às suas almas, então, vocês podem ouvi-los ainda. Apenas 'dêem atenção ao que ouvem': Afastem-se deles e de suas doutrinas. Ouçam com temor e tremor, a fim que não possam se enganar, e se entreguem, como eles, a uma forte desilusão. Como eles continuamente misturam verdade e mentiras, facilmente, vocês podem se enganar com ambas! Ouçam com oração fervorosa e contínua a Ele que tão somente ensina ao homem sabedoria. E vejam que vocês tragam tudo o que ouvirem 'para o discernimento da lei e do testemunho'. Recebam nada que não esteja provado; não receba coisa alguma, até que seja pesado na balança do santuário: Acreditem em nada do que eles dizem, a menos que seja claramente confirmado pelas passagens dos santos escritos. Rejeitem completamente o que quer que difira dela, o que quer que não seja confirmado por ela. E, em particular, rejeitem com a mais extrema abominação, o que quer que seja descrito como o caminho da salvação, que seja tanto diferente, quanto completamente contrário ao caminho que nosso Senhor tem apontado no discurso precedente.

10. Eu não posso concluir, sem endereçar algumas poucas palavras àqueles de quem eu tenho falado ultimamente. Ó, vocês, falsos profetas! Ó, vocês, de ossos secos! Ouçam, pelo menos uma vez, a palavra do Senhor! Por quanto tempo, vocês continuarão mentindo, em nome de Deus, dizendo: 'Deus tem falado'; e Deus não tem falado através de vocês? Por quanto tempo, vocês irão perverter os caminhos certos do Senhor, irão trocar as trevas pela luz, e a luz pelas trevas? Por quanto tempo, vocês irão ensinar o caminho da morte, e chamar a isto de caminho da vida? Por quanto tempo, vocês irão entregar a satanás as almas às quais vocês professam trazer para Deus?

11. 'Ai de vocês, líderes cegos de cegos! Porque vocês fecham os reinos dos céus para os homens. Nem vocês mesmos entram, nem permitem que aqueles que estão entrando, entrem'. Aqueles que 'estão se esforçando para entrarem pelo portão estreito', vocês chamam de volta para o portão largo. Aqueles que, com dificuldade, têm dado um passo nos caminhos de Deus, vocês diabolicamente advertem para não irem mais longe. Aqueles que mal começaram ' a sentir fome e sede de justiça', vocês avisam para não 'serem demasiados retos'. Assim, vocês fazem com que eles tropecem no mesmo limiar; sim, com que venham a cair, e não mais se ergam. Ó, por que motivo, vocês fazem isto? Que proveito existe no sangue deles, quando eles caem no precipício? Proveito miserável a vocês! 'Eles devem perecer em suas iniqüidades; mas o sangue deles, Deus irá requerer das tuas mãos!'.

12. Onde estão seus olhos? Onde está o entendimento de vocês? Vocês irão enganar os outros, até que enganem a si mesmos também? Quem tem requerido de suas mãos, para que ensinem o caminho que vocês nunca conheceram? Vocês não estarão se entregando a tão 'forte desilusão', de maneira que vocês não apenas ensinam, mas 'acreditam na mentira?'. E como é possível acreditarem que Deus os tem enviado? Que vocês são Seus mensageiros? Mais ainda, se foi o Senhor quem os enviou, a Sua obra iria prosperar em suas mãos. Assim como o Senhor vive, se vocês forem os mensageiros de Deus, ele iria 'confirmar a palavra de seus mensageiros'. Mas a obra do Senhor não prospera nas mãos de vocês. Vocês não trazem os pecadores ao arrependimento. O Senhor não confirma a palavra de vocês; porque vocês não salvam as almas da morte.

13. Como vocês podem se evadir da força das palavras de nosso Senhor, -- tão completas, tão fortes, tão claras? Como vocês podem se esquivar de se conhecerem por seus frutos, -- os frutos maus, de árvores más? E como pode ser mostrado o contrário? 'Porventura se colhem uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?'. Tomem isto para si mesmos, vocês a quem isto pertence! Ó, vocês árvores estéreis, por que vocês obstruem o solo? 'Toda árvore boa, produz bons frutos'. Vocês vêem que vocês não, e que aqui não existe exceção? Reconheçam, então, que vocês não são boas árvores; porque vocês não produzem bons frutos. 'Mas uma árvore corrupta produz maus frutos'; e assim vocês têm feito, desde o início. A conversa de vocês, como sendo de Deus, tem apenas confirmado aqueles que a ouvem, nos temperamentos, se não, nas obras, do diabo. Ó tomem a advertência Daquele, em cujo nome vocês falam, antes que a sentença que ele tem pronunciado tome seu lugar: 'Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo'.

14. Meus queridos irmãos, não endureçam seus corações! Vocês têm, há tanto tempo, fechado seus olhos para a luz. Abram-nos, antes que seja muito tarde; antes que vocês sejam lançados para a mais distante escuridão! Não permitam que alguma consideração temporal tenha influência sobre vocês; porque a eternidade está em jogo! Vocês têm participado, antes de terem sido enviados. Ó, não vão mais longe! Não persistam em condenar a si mesmos e a eles que os ouvem! Vocês não têm os frutos de seu trabalho. E por que é isto? É porque o Senhor não está com vocês. Vocês podem ir à luta às suas próprias custas? Não podem. Então, humilhem-se diante Dele. Clamem junto a Ele, como pó, para que Ele possa, primeiro, vivificar suas almas; e fornecer a fé que é operada pelo amor; que é humilde e mansa; pura e misericordiosa, zelosa das boas obras, regozijando-se na tribulação, na reprovação, na aflição, na perseguição por causa da retidão! Assim, 'O Espírito da glória e de Cristo repousarão sobre vocês', e parecerá que Deus os tem enviado. Desse modo, vocês, realmente, 'farão a obra de um Evangelista, e produzirão a prova completa de seus ministérios'. Dessa forma, a palavra de Deus, na boca de vocês, será 'um martelo que quebra as rochas em pedaços!'. E, então, pelos frutos de vocês, vocês serão conhecidos como os profetas do Senhor, até mesmo, pelos filhos que Deus tem dado a vocês. E tendo 'transformado a muitos para a retidão', vocês deverão 'brilhar como estrelas, para todo o sempre!'.


Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 7 do versículo 21 até o 27
Sobre o Sermão do Monte Parte XIII

John Wesley

'Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, nós não profetizamos em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade. Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, eu compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda'. ( Mateus 7:21-27)

1. Nosso Mestre Divino, tendo declarado todo o conselho de Deus, com respeito ao caminho da salvação, e observado os principais obstáculos daqueles que desejam caminhar nele, encerra agora o conjunto, com essas palavras poderosas; por meio das quais, assim como foi, Ele coloca seu selo para sua profecia, imprimindo toda a sua autoridade sobre o que Ele entregou, para que possa permanecer firme para todas as gerações.

2. Para que assim, diz o Senhor, ninguém possa alguma vez conceber que existe algum outro caminho do que este, 'Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, nós não profetizamos em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas? E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade. Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e não caiu, porque estava edificada sobre a rocha. E aquele que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, eu compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia; E desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa, e caiu, e foi grande a sua queda'.

3. Eu pretendo, no discurso seguinte:

I.Primeiro, considerar o caso daquele que construir sua casa sobre a areia:

II.Segundo, mostrar a sabedoria daquele que construiu sobre a rocha:

III.Terceiro, concluir com uma aplicação prática.

I

1. Primeiro, eu vou considerar o caso daquele que constrói sua casa sobre a areia. 'Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus'. E este é um decreto que não pode passar; que permanece firme para todo sempre. Ele, por conseguinte, nos importa, no mais alto grau, para que possamos entender completamente a força dessas palavras. Mas, o que nós entendemos por aquela expressão, 'Aquele que diz a mim, Senhor, Senhor?'. Ela indubitavelmente significa supor ir para o céu, por algum outro caminho do que aquele que eu tenho agora descrito. Ela implica, portanto, (para começar do ponto mais baixo) todas as boas obras, toda a religião verbal. Ela inclui quaisquer que sejam os credos que possamos exercitar; quaisquer que sejam as profissões de fé que façamos; qualquer que seja o número de orações que possamos repetir; quaisquer que sejam as ações de graças que leiamos ou façamos para Deus. Nós podemos falar bem do Seu nome, e declarar a Sua bondade para com os filhos dos homens. Nós podemos falar de todos os seus atos poderosos, e dizer de sua salvação dia a dia. Confrontando as coisas espirituais com o intelecto, nós podemos mostrar o significado dos oráculos de Deus. Nós podemos explicar os mistérios do Seu reúno, que tem estado oculto, desde o começo do mundo. Nós podemos falar com a língua dos anjos, preferivelmente, à língua dos homens, no que se refere às coisas profundas de Deus. Nós podemos proclamar os pecadores, 'a observarem o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo!'.

Sim, nós podemos fazer isto, com tal medida do poder de Deus, e tal demonstração de seu Espírito, como para salvar muitas almas da morte, e ocultar uma grande quantidade de pecados. Mas, ainda assim, é muito provável, que tudo isto possa ser não mais do que dizer, 'Senhor, Senhor'. Que, depois de eu ter pregado com êxito para outros, eu mesmo possa ser um réprobo. Eu posso, pelas mãos de Deus, arrebatar muitas almas do inferno, mas, ainda assim, cair nele, quando eu terminar. Eu posso trazer os muitos outros para o reino dos céus, e eu mesmo não entrar lá. Leitor, se, alguma vez, Deus abençoou minhas palavras para sua alma, ore para que Ele possa ser misericordioso para comigo, um pecador!

2. O dizer, 'Senhor, Senhor', pode, em Segundo Lugar, implicar, em não causar dano. Nós podemos nos abster de todo pecado insolente, de todo tipo de maldade exterior. Nós podemos nos refrear de todos aqueles caminhos de ação ou falar, que são proibidos nos santos escritos. Nós podemos ser capazes de dizer para todos aqueles, em meio dos quais vivemos, 'qual de vocês convenceu me do pecado?'. Nós podemos ter uma consciência que evite qualquer ofensa externa, em direção a Deus e ao homem. Nós podemos ser limpos de toda sujidade, descrença, e iniqüidade; assim como de toda ação exterior; ou, (como o Apóstolo testifica, concernente a si mesmo), 'tocar na retidão da lei', que é a retidão exterior, 'sem culpa'. Mas, ainda assim, nós não seremos, por meio disto, justificados. Ainda isto não é mais do que dizer, 'Senhor, Senhor'; e, se nós não formos além disso, nós nunca 'entraremos no reino dos céus'.

3. O dizer, 'Senhor, Senhor', pode, em Terceiro Lugar, implicar muito daquilo que denominamos boas obras. Um homem pode atender a Ceia do Senhor; pode ouvir abundância de excelentes sermões; e não omitir uma oportunidade de tomar parte em todas as outras ordenanças de Deus. Eu posso fazer o bem ao meu próximo; repartir meu pão com o faminto, e vestir o desnudo. Eu posso ser zeloso das boas obras, até mesmo, 'dar todos os meus bens para alimentar o pobre'. Sim, e eu posso fazer tudo isso, com um desejo de agradar a Deus, e uma crença real de que eu o agrado por isso; (o que, inegavelmente, é o caso daqueles que nosso Senhor apresenta, dizendo a Ele, 'Senhor, Senhor'); e mesmo assim, não tomar parte na glória que deverá ser revelada.

4. Se algum homem ficar chocado com isso, que ele reconheça que é um estranho para toda a religião de Jesus Cristo; e, em particular, para aquela imagem, a qual Ele coloca diante de nós, nesse discurso. Porque quão resumido é tudo isto, diante daquela retidão e santidade verdadeira que Ele tem descrito nisto! Quão extensamente distante daquele reino dos céus interior que está agora aberto na alma do crente, -- que é a primeira semente no coração, como um grão de mostrada, e que, mais tarde, estenderá grandes ramos, nos quais crescerão todos os frutos da retidão; todo bom temperamento, e palavra e obra.

5. Mesmo assim, tão claramente quanto Ele tem afirmado isto; tão freqüentemente quanto Ele tem repetido que ninguém que não tenha esse reino de Deus nele, entrará no reino dos céus; nosso Senhor bem soube que muitos não receberiam essa palavra, e, até por isso, confirma novamente: 'Muitos', (diz Ele: não uma pessoa; não algumas apenas: este não é um caso raro ou incomum) 'deverão dizer a mim, naquele dia, não somente, nós temos feito muitas orações; nós temos louvado a Ti; nós temos reprimido o mal; nós temos exercitado a nós mesmos em fazer o bem -- mas, o que é abundantemente maior do que isto, 'nós temos profetizado em Teu nome; em Teu nome nós expulsamos demônios; em Teu nome fizemos muitas obras maravilhosas. 'Nós temos profetizado'; -- nós temos declarado Tua vontade à humanidade; nós temos mostrado aos pecadores o caminho da paz e glória. E nós temos feito isto, 'em Teu nome'; de acordo com a verdade do Teu Evangelho; sim, e através de Tua autoridade, que confirmou a palavra com o Espírito Santo enviado dos céus. Porque em Teu nome, ou através do Teu nome; pelo poder do Teu Espírito, 'nós temos expulsado demônios'; das almas que eles, há muito, têm pretendido como sendo deles próprios, e das quais eles têm posse completa e tranqüila. 'E em Teu nome', pelo Teu poder, não o nosso, 'nós temos feito muitas obras maravilhosas'; de tal maneira que, 'mesmo o morto ouviu a voz do Filho de Deus', falando através de nós, e viveu. 'E eu irei afirmar', até mesmo, 'junto a eles, que eu nunca conheci vocês'; não, nem mesmo, quando vocês estavam 'expulsando demônios, em meu nome': Eu não conheço vocês como meus; porque os corações de vocês não foram corretos em direção a Deus. Vocês não foram submissos e humildes; vocês não foram amantes de Deus, e de toda humanidade; vocês não foram renovados na imagem de Deus; vocês não foram santos como eu sou santo. 'Afastem-se de mim, vocês', que, não obstante, tudo isso, são 'trabalhadores da iniqüidade' -- anarquistas -- Vocês são transgressores de minha lei, e minha lei do amor santo e perfeito.

6. É com o objetivo de colocar isto, além de toda possibilidade de contradição, que nosso Senhor confirma, através daquela comparação oposta: 'Todo aquele', diz Ele, 'que ouve estas minhas palavras, e não as cumpre, eu compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia'; e desceu a chuva, e correram rios, e assopraram ventos, e combateram aquela casa'; -- como eles irão certamente fazer, cedo ou tarde, com a alma do homem; mesmo com a inundação da aflição exterior, ou da tentação interior; as tempestades de orgulho, ira, temor, ou desejo; -- 'e ela caiu, e foi grande a sua queda'. De maneira que pereceu para todo o sempre. Tal deve ser a porção de todo aquele que descansa em algum tipo daquela religião que está acima descrita. E maior será a queda, porque eles 'ouviram aquelas palavras, e', ainda assim, não as praticaram'.

II

1. Eu vou, em Segundo Lugar, mostrar a sabedoria daquele que as praticou; daquele que construiu sua casa sobre a rocha. De fato, é sábio 'aquele que faz a vontade de meu Pai que está no céu'. É verdadeiramente sábio, aquele cuja 'retidão excede a retidão dos escribas e fariseus'. Ele é pobre em espírito; conhecendo a si mesmo, assim como ele também é conhecido. Ele vê e sente todo seu pecado, e toda a sua culpa, até que ela é varrida, pelo sangue redentor. Ele está consciente de seu estado perdido, da ira de Deus habitando nele, e de sua mais extrema inabilidade de ajudar a si mesmo, até que ele é preenchido com a paz e alegria no Espírito Santo. Ele é humilde e gentil; paciente em direção a todos os homens; nunca 'pagando o mal com o mal, ou insultos com insultos, mas, ao contrário, com bênçãos', até que ele domina o mal com o bem. Sua alma não é sedenta por coisa alguma na terra, a não ser apenas pelas coisas de Deus, do Deus vivo. Ele tem muito amor para com toda humanidade, e está sempre pronto a dar sua vida por seus inimigos. Ele ama o Senhor, com todo seu coração, e com toda a sua mente, e alma, e forças. Apenas aquele que, neste espírito, faz o bem a todos os homens, deverá entrar no reino dos céus; e aquele que sendo por esse motivo menosprezado e rejeitado pelos homens; sendo odiado, reprovado, e perseguido, regozija-se e está 'excessivamente feliz', sabendo em quem ele tem acreditado; e estando assegurado por essa luz, que as aflições momentâneas irão 'trazer para ele o ônus da glória eterna'.

2. Quão verdadeiramente sábio é esse homem! Ele conhece a si mesmo; -- um espírito eterno, que veio de Deus, e foi enviado para a sua casa de argila, não para fazer a sua própria vontade, mas para fazer a vontade Dele que o enviou. Ele conhece o mundo -- o lugar no qual ele passará os poucos dias e anos, não como um habitante, mas como um hóspede estranho, em seu caminho para as habitações eternas; e conseqüentemente, ele usa o mundo, de modo a não abusar dele, e sabendo que a sua forma dele passa. Ele conhece a Deus; -- seu Pai e seu Amigo, a origem de todo bem, o centro dos espíritos de toda carne, a única felicidade de todos os seres inteligentes. Ele vê, mais claro que a luz do sol do meio-dia, que este é o objetivo do homem, glorificar a Ele que o fez para si mesmo, amar e deleitar-se Nele para sempre. E com igual clareza, ele vê os meios para aquela finalidade, para o prazer de Deus na glória; mesmo agora, para conhecer, amar, imitar a Deus, e crer em Jesus Cristo a quem ele tem enviado.

3. Ele é um homem sábio, mesmo na consideração de Deus; uma vez que 'ele construiu sua casa sobre a rocha'; sobre a Rocha dos Tempos, a rocha eterna, o Senhor Jesus Cristo. Ele é assim, adequadamente chamado; porque Ele não muda: Ele é 'o mesmo ontem, hoje, e para sempre'. A Ele, ambos o homem de Deus do passado e o Apóstolo, mencionando suas palavras, testemunham: 'Tu, Senhor, no princípio fundaste a terra, E os céus são obra de tuas mãos:Eles perecerão, mas tu permanecerás; e todos eles, como roupa, envelhecerão, e como um manto, os enrolarás, e serão mudados. Mas tu és o mesmo, e os teus anos não acabarão' ( Hebreus 1:10-12). Sábio, portanto, é o homem que é construído sobre Ele; aquele que tem a Ele como seu único alicerce; que se edifica apenas sobre seu sangue e retidão; sobre o que Ele tem feito e sofrido por nós. Nessa pedra angular, ele fixa sua fé, e descansa todo o peso de sua alma. Ele é ensinado por Deus a dizer: 'Senhor, eu tenho pecado; eu mereço o mais baixo inferno; mas eu estou justificado livremente, pela Tua graça, através da redenção que está em Jesus Cristo; e a vida que eu agora vivo; isto é, uma vida divina, sagrada;é a vida que está oculta com Cristo em Deus. Eu agora vivo, mesmo na carne; a vida do amor; do amor puro a Deus e ao homem; a vida de santidade e felicidade; louvando a Deus, e fazendo todas as coisas para sua glória'.

4. Ainda assim, que alguém não pense que ele não mais verá a guerra; que ele está agora fora do alcance da tentação. Ela ainda permanece, para que Deus prove a graça que Ele tem dado: Ele deverá ser tentado como ouro no fogo. Ele deverá ser tentado, não menos do que eles que não conhecem a Deus: Talvez, abundantemente mais; porque satanás não irá falhar ao tentar, ao extremo, aqueles a quem ele não será capaz de destruir. Assim sendo, 'a chuva' irá cair, impetuosamente; apenas que, em tais momentos, e de tal maneira, como se parecesse bom, não ao príncipe do poder do ar, mas a Ele 'cujo reino reina sobre tudo'. 'As correntezas', ou torrentes, virão; elas erguerão suas ondas e rugirão horrivelmente. Mas a elas também, o Senhor que se situa acima das correntezas das águas, que permanece Rei para sempre irá dizer. 'Até aqui, vocês deverão vir, e não mais longe. Aqui suas ondas de orgulho deverão estar situadas'. 'Os ventos irão soprar, e bater contra a casa', como se eles pudessem fazê-la em pedaços, desde o alicerce: Mas eles não prevalecerão: Ela não cairá; porque está alicerçada sobre a rocha. Ele habita em Cristo, pela fé e amor; por conseguinte, não deverá se abater. 'Não deverá temer, mesmo que a terra se mova, e mesmo que as colinas sejam levadas para o alto mar'. 'Embora as águas do mar se enfureçam e aumentem de volume, e as montanhas estremeçam com seu movimento; ainda assim, 'habitará debaixo da defesa do Altíssimo, e estará a salvo debaixo da sombra do Onipotente'.

III

1. Quão proximamente, então, concerne a cada filho do homem, aplicar praticamente essas coisas em si mesmos! Diligentemente, examinar sobre que alicerce ele constrói; se sobre a rocha, ou sobre a areia! Quão profundamente você está preocupado para inquirir: 'Qual é o alicerce da minha esperança?'. Sobre qual eu construí minha expectativa de entrar no reino do céu? Será que ela está construída na areia? Sobre minhas opiniões ortodoxas ou corretas, que, pelo abuso grosseiro das palavras, eu tenho chamado de fé? Sobre um conjunto de noções que eu suponho sejam mais racionais ou bíblicas do que a que os outros têm? Ai de mim! Que loucura é isto! Certamente, ela está construída na areia, ou, antes, nas espumas do mar! Diga, 'Eu estou convencido disso: Eu não estarei construindo novamente minha esperança no que é igualmente incapaz de suportá-la? Talvez, por eu pertencer 'a tão excelente igreja; reformada segundo o modelo bíblico verdadeiro; abençoada com a mais pura doutrina, a mais primitiva liturgia, a forma mais apostólica de governo?'. Essas são, sem dúvida, as tantas muitas razões para louvar a Deus, já que elas podem ser as muitas esperanças para a santidade; mas se elas estão separadas dela, elas não irão ser de proveito alguma para mim; mais ainda, elas irão me deixar, no mais, sem justificativa, e exposto a uma condenação maior. Portanto, se eu construo minha esperança sobre esse alicerce, eu ainda estou construindo sobre a areia.

2. Você não pode, você não se atreveria, descansar aqui. Sobre o que mais você irá construir sua esperança de salvação? sobre a sua inocência? Sobre o seu não causar dano? Sobre o fato de não cometer injustiça ou causar prejuízo a alguém? Bem; permitindo que esse argumento seja verdadeiro. Você é justo em toda as suas condutas; você é evidentemente um homem honesto; você paga todo homem o que lhe pertence; você nunca trapaceia, nem extorque; você age fielmente com toda a humanidade; e você tem uma consciência em direção a Deus; você não vive em pecado algum conhecido. Assim tão longe está tudo bem: Mas ainda assim, não é isso. Você pode chegar assim, tão distante, mas nunca vir para o céu. Quando toda essa inocência flui de um princípio correto, ela é a menor parte da religião de Cristo. Mas, em você, ela não flui de um princípio correto, e, portanto, não faz parte, afinal, da religião. De modo que, em alicerçar sua esperança de salvação nisto, você estará ainda construindo sobre areia.

3. Você chega assim tão longe? Você acrescenta o não causar dano, o atender a todas as ordenanças de Deus? Você, em todas as oportunidades, toma parte da Ceia do Senhor? Usa das orações públicas e privadas? Jejua freqüentemente? Ouve e busca as Escrituras, e medita nela? Essas coisas, igualmente, você deve ter feito, desde os primeiros momentos em que você fixou seu rosto em direção aos céus. Ainda assim, essas coisas também não são nada, estando sozinhas. Elas são nada, sem 'o peso as questões mais relevantes da lei'. E essas questões você tem esquecido: Pelo menos, não as tem experimentado: -- Fé, misericórdia, e amor a Deus; santidade de coração; e o céu escancarado, na alma. Portanto, ainda assim, você constrói sobre a areia.

4. Além disso tudo, você é zeloso das boas obras? Você, quando tem tempo, faz o bem a todos os homens? Você alimenta o faminto, veste o desnudo, e visita o órfão e a viúva, nos momentos de aflição deles? Você visita aqueles que estão doentes? Conforta os que estão na prisão? Se alguém é estranho, você o acolhe? Amigo, vá para mais alto! Você 'profetiza' em 'nome' de Cristo? Você prega a verdade como ela está em Jesus? E a influência do Espírito Dele atende sua palavra, e a transforma no poder de Deus para a salvação? Ele o capacita para trazer os pecadores, das trevas para a luz; do poder de satanás, para o poder de Deus? Então, vá e aprenda o que você tem ensinado freqüentemente: 'Através da graça, você será salvo pela fé': 'Não pelas obras da retidão que nós temos feito, mas da própria misericórdia Dele, Ele nos salva'. Aprenda a se pendurar, despido, na cruz de Cristo, considerando tudo o que tem feito como esterco e coisa inútil. Recorra a Ele, como no espírito do ladrão moribundo; da prostituta com seus sete demônios! Do contrário, você ainda estará na areia; e mesmo depois de salvar outras almas, você irá perder sua alma!

5. Senhor, aumente minha fé, se eu agora creio! Caso contrário, dê-me a fé, mesmo que como um grão de mostarda! Mas 'que proveito terá um homem que tem fé, e não tem as obras? Pode aquela 'fé salvá-lo?'. Ó não! Aquela fé, sem obras; a fé que não produz a santidade interior e exterior, que não estampa a imagem total de Deus no coração, e nos purifica como Ele é puro; aquela fé que não produz a totalidade da religião descrita nos capítulos precedentes, não é a fé do Evangelho, não é a fé cristã, não é a fé que conduz à glória.Ó, tome cuidado, acima de tudo, com as outras armadilhas do diabo o descansar na fé não santa, que não salva! Se você não dá a devida consideração a isto, você estará perdido para sempre. Você ainda estará construindo sua casa sobre a areia. Quando 'a chuva cair, e a inundação vier, ela irá certamente cair, e grande será sua queda!'.

6. Agora, portanto, construa sobre uma rocha. Pela graça de Deus, conheça a si mesmo. Saiba e sinta que você foi moldado na maldade; e, no pecado, sua mãe o concebeu; e, desde que não pôde discernir o bem do mal, você tem empilhado pecado sobre pecado. Reconheça-se culpado da morte eterna; e renuncie toda a esperança de ser capaz de salvar a si mesmo. Seja esta toda a sua esperança: ser lavado no sangue de Jesus Cristo, e purificado pelo Seu Espírito, 'que apagou' todos 'os seus pecados, em seu próprio corpo sobre o madeiro'. E, se você sabe que Ele levou embora todos os seus pecados, tanto mais humilhe a si mesmo, diante Dele, em um contínuo senso de sua dependência total Nele, para todo bom pensamento, e palavra, e obra; e de sua extrema incapacidade para todo bem, a menos que Ele 'o preencha a todo o momento'.

7. Agora, lamente por seus pecados, e murmure em busca de Deus, até que ele transforme a sua aflição em alegria. E, mesmo então, lamente com aqueles que lamentam; e por aqueles que lamentam, não por si mesmos. Murmure pelos pecados e misérias da humanidade; e veja, bem diante de seus olhos, o oceano imenso da eternidade, sem fundo e sem margem, que já tem tragado milhões e milhões de homens, e está abrindo uma brecha para devorar aqueles que ainda permanecem! Veja aqui, a casa de Deus, eterna nos céus! E lá, o inferno e a destruição, sem uma cobertura e, por esta razão, aprenda a importância de todo momento, que apenas surge, e se vai para sempre!

8. Agora acrescente à sua seriedade, mansidão de sabedoria. Mantenha até mesmo uma gradação em todas as suas paixões, mas em particular, na ira, tristeza e medo. Calmamente, consinta, no que quer que seja a vontade de Deus. Aprenda, em todo o estado em que você se encontra, com o que estar satisfeito. Seja meigo com o bom: Seja gentil, em direção a todos os homens; mas, especialmente, em direção ao maldoso e ingrato. Cuide, não apenas das expressões exteriores de raiva, como chamar seu irmão, raca, ou tolo; mas de toda emoção interior contrária ao amor, embora ela não vá mais além do que o coração. Fique indignado, diante do pecado, como uma afronta oferecida à Majestade do céu; mas, ainda assim, ame o pecador: Como nosso Senhor, que 'olhou indignado para os fariseus a sua volta, estando aflito, por causa da dureza de seus corações'. Ele estava aflito pelos pecadores, e irado diante do pecado. Portanto, esteja 'indignado, e não peque!'.

9. Agora, estejam famintos e sedentos, não pela 'carne que perece, mas pelo que dura a vida eterna'. Pisoteie o mundo, e as coisas do mundo; todas essas riquezas, honras, e prazeres. O que é o mundo para você? Deixe que os mortos enterrem seus mortos; mas siga em busca da imagem de Deus. Abstenha-se de extinguir aquela sede abençoada, se ela já excitou a sua alma, pelo que é vulgarmente chamado religião; um pobre e estúpido disfarce; a religião da forma, da mostra exterior, que deixa o coração ainda apegado ao pó; tão mundano e sensual, como nunca. Que nada satisfaça a você, a não ser o poder da santidade; a não ser a religião, que é espírito e vida; o habitar em Deus, e Deus em você; o ser um habitante da eternidade; o entrar, através do sangue do aspergido 'sem máscara', e 'sentando-se em lugares celestiais com Jesus Cristo!'.

10. Agora, vendo que você tudo pode, porque Cristo o fortalece, seja misericordioso como seu Pai que está no céu é misericordioso! Ame ao seu próximo como a si mesmo! Ame seus amigos e inimigos como a sua própria alma! E permita que o seu amor seja longânime e paciente em direção a todos os homens. Que ele seja gentil, delicado, benigno; inspirando você com a doçura mais amável, e a mais fervorosa e terna afeição. Que ele se regozije na verdade, onde quer que ela seja encontrada; a verdade que está em busca da santidade. Desfrute do que quer que traga a glória para Deus, e promova a paz e a boa-vontade entre os homens. No amor, cubra todas as coisas, -- do morto e do ausente não fale coisa alguma, a não ser o que é bom; creia em todas as coisas que, de alguma forma, possa limpar o caráter de seu próximo; espere todas as coisas em seu favor; e suporte todas as coisas, triunfando sobre toda oposição: porque o amor verdadeiro nunca falha, no tempo, ou na eternidade.

11. Agora, seja puro de coração; purificado, através da fé, de toda afeição não santa; 'limpando a si mesmo de toda sujidade da carne e espírito; e aperfeiçoando a santidade no temor de Deus'. Sendo, através do poder de sua graça, purificado do orgulho, pela profunda pobreza de espírito; da ira, de toda paixão indelicada e turbulenta, pela humildade e misericórdia; de todo desejo, a não ser o de agradar e satisfazer a Deus, pela fome e sede de justiça; agora, ame ao Senhor seu Deus, com todo o seu coração, e com todas as suas forças!.

12. Em uma palavra: Que sua religião seja a religião do coração. Que ela se estenda profundamente, no mais íntimo de sua alma. Seja pequeno, comum, insignificante e vil (além do que as palavras possam expressar) aos seus próprios olhos; maravilhado e humilhado ao pó, pelo amor de Deus que está em Jesus Cristo. Seja sério. Permita que todo o fluxo de seus pensamentos, palavras e ações fluam da mais profunda convicção de que você se situa na beira do grande abismo você, e todos os filhos dos homens, prontos para caírem, tanto na glória eterna, quanto no fogo eterno! Permita que sua alma seja preenchida com mansidão, gentileza, paciência, longanimidade, em direção a todos os homens; -- ao mesmo tempo, tudo que esteja em você seja sedento de Deus, do Deus vivo; desejando acordar em busca de sua semelhança, e estar satisfeito com ela! Seja um amante de Deus e de toda a humanidade! Em seu espírito faça e sofra todas as coisas. Assim, mostre a sua fé, através de suas obras; assim, 'faça a vontade de seu Pai que está nos céus!'. E, assim, como é certo que agora você caminha com Deus na terra, você também reinará com Ele na glória!


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Mateus Capítulo 7 do versículo 1 até o 29
A primeira parte do capítulo 7 com-plementa a segunda seção do Ser-mão do Monte — "A justiça verda-deira exercida pelo crente" (6:1 — 7:12). Em 6:1-18, a ênfase estava na adoração; em 6:19-34, na riqueza; e 7:1-12 lida com o caminhar cristão no relacionamento com os outros. A seção final do Sermão do Monte (7:13-29) intitula-se "A justiça ver-dadeira comprovada por meio de testes".

  1. O caminhar do crente (7:1-12)

O versículo 12 é chave para essa seção: "Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles". Essa é a regra de ouro que rege o relacio-namento do crente com os outros. Embora outras religiões digam coi-sas semelhantes, a regra de ouro é estritamente cristã por causa de seu caráter positivo. Ela não diz: "Não faça aos outros o que não quer que façam a você". Ela põe sobre o cren-te a responsabilidade de agir de for-ma que os outros o imitem para que Deus seja glorificado (5:16). Essa se-ção tem três partes, cada uma delas relacionada com a outra.

  1. Julgamento (7:1-5)

Cristo, aqui, não nos diz que evite-mos avaliar as pessoas ou que não usemos a sabedoria dada por Deus (veja 1Jo 4:1-62). O mundo está cheio de falsos cristãos e, até mes-mo, de ministros de Satanás (2Co 11:13-47). Os cristãos devem, como nunca antes, estar alertas e "provafr] os espíritos" (1Jo 4:1). O que Cris-to condena é o julgamento severo e a crítica injusta dos motivos dos outros. Observe que ele usa o olho como símbolo. Em 6:22-23, Jesus define "os olhos" como a visão espi-ritual da pessoa que determina sua vida. Todo crente tem obrigação de testar os outros pelos frutos que pro-duzem (vv. 15-20); nenhum cristão, no entanto, deve julgar os motivos (veja Rm 14:0).

Essa ordem de Cristo não proí-be que a igreja discipline os mem-bros. Ele diz-nos que devemos en-frentar o cristão desobediente com honestidade e humildade, examinar as evidências e lidar com o pecado de forma decisiva (veja 18:15-18; 1Co 5:0) da Palavra. Deve-se pregar o evangelho em todo o mun-do; porém, não devemos pregar es-sas verdades profundas — as "jóias de família" — de forma descuidada a fim de não tirar-lhes o valor. Os "cães" e os "porcos" são os mestres que, na verdade, nunca se salvaram (2Pe 2:19-61).

  1. Oração (7:7-12)

Por que Cristo incluiu essa exorta-ção à oração nesse ponto do ser-mão? Porque é muito difícil que com nosso poder e sabedoria obe-deçamos aos mandamentos que ele nos deu.Jc 1:5: "Se, porém, algum de vós necessita de sabedo-ria, peça-a a Deus", ecoa o que Je-sus fala nessa passagem. O cristão que procura obedecer à Palavra do Senhor deve pedir constantemente força e sabedoria e bater à porta do Senhor para conseguir a graça necessária para isso. Observe que Cristo fundamenta sua oração na paternidade de Deus (vv. 9-11). Como filhos do Senhor, podemos esperar que ele cuide de nós e su-pra nossas necessidades.

  1. A justiça verdadeira comprova-da por meio de testes (7:13-29)

Cristo apresenta três testes que com-provam se nossa justiça é verdadei-ramente de Deus. O falso cristia-nismo, um disfarce, fracassa nesses testes.

  1. O teste da negação de si mesmo (vv. 13-14)

Os dois caminhos referenn-se a dois estilos de vida: a vida popular, fácil e confortável, ou o difícil caminho da negação de si mesmo. Alcança-mos esses caminhos por duas por-tas: a porta estreita da entrega ou a porta larga da auto-suficiência. A justiça verdadeira leva à negação de si mesmo. EmMt 8:18-40, o caráter cristão; (2) o fruto dos lábios, testemunho e louvor ao Senhor (He 13:15); (3) o viver santo (Rm 6:22); (4) as boas obras (Cl 1:10); (5) as almas perdi-das ganhas para Cristo (Rm 1:13). Talvez os cristãos confessos este-jam envolvidos em atividades reli-giosas e pensem que foram salvos; contudo, se não nasceram de novo com honestidade, sua vida diária revelará esses frutos.

Observe que os "falsos cristãos" são surpreendidos no julgamento! E possível enganarmos a nós mesmos! Satanás cega a mente (2Co 4:3-47) e engana as pessoas para que pen-sem que estão salvas. No retorno de Cristo, milhões de cristãos se surpre-enderão ao descobrir que não foram salvos de forma alguma!

  1. O teste de permanência ou obe-diência (vv. 24-29)

Os dois construtores representam a vida de dois homens. Os dois usam os mesmos materiais e a mesma planta, e o mundo não vê diferença nas duas casas. No en-tanto, quando há uma tempestade — a hora do teste —, a casa que não foi alicerçada na rocha desa-ba e falha no teste. O cristão ver-dadeiro fundamenta-se na Rocha, Cristo Jesus (1Co 3:11). A justiça não se fundamenta na igreja, no credo ou na "mansidão", mas em Jesus Cristo que morreu pelo cren-te. O filho de Deus prova-se por sua firmeza em meio às tempes-tades que o testam. O cristão ver-dadeiro prova-se na obediência a Cristo. A pessoa não é apenas um ouvinte da Palavra, mas também é um doador (Jc 1:22-59).

Leia sua Bíblia e veja como os falsos crentes sempre fracassam em tempos de teste. O "misto de gente" em Israel queria voltar para o Egito quando as coisas ficaram difíceis na jornada deles. Em Roma, mui-tos dos chamados cristãos abando-naram Paulo em seu momento de necessidade (2Tm 4:9-55). Toda-via, observe como os verdadeiros cristãos ficam firmes independen-temente do teste. Abraão, Moisés, Josué, Davi, Isaías, Jeremias, Da-niel, Pedro, Paulo e muitos outros provaram que tinham fé verdadei-ra ao permanecer firmes durante a tempestade. Eles foram edificados sobre a Rocha.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Mateus Capítulo 7 do versículo 1 até o 29
7.1 Não julgueis. Não se proíbe o uso de critérios sãos. O que é proibido é o espírito de crítica, que aumenta o erro alheio.

7.3 Argueiro. O cisco que representa o pecado alheio e que pode cegar (v. 22 e nota), não é de nossa responsabilidade corrigir, uma vez que nossos pecados são como uma trave nos impedindo de ver.

7.6 Porcos. Animais considerados imundos pelos judeus (Lv 11:3). Pérolas. A maior preciosidade, para os orientais, A parábola pinta o quadro de um rico jogando, a mancheias, pérolas aos porcos como se fossem ervilhas, irritando aos porcos que dariam mais valor a ervilhas "genuínas". A igreja primitiva interpretou este ditado de Jesus, com relação à ceia do Senhor. Dar ceia a incrédulos, hereges e até aos não batizados (os não comprometidos com Cristo) era, para o autor do Didaquê (c. 120 d.C.), para Tertuliano, para Teodoro e outros, muito perigoso. Apaga as distinções entre a fé e o paganismo, e enfim, destrói o cristianismo.

7.7 As três expressões, em conjunto, ensinam claramente qual é a disposição amorosa de Deus no que diz respeito a atender às orações (cf.Jo 14:13-43).

7.9 Um estimulo à oração, destinado àqueles que imaginam que Deus não responderá, ou mesmo atendendo, não concederá a bênção especificamente pedida. Pedra. Semelhante aos pães orientais, redondos e achatados, Cobra. Semelhante à enguia, que é comestível.

7.12 Este versículo, originário de Jesus, chama-se "a regra áurea". Aqui Jesus se ocupa com o nosso procedimento diário: devemos agir somente em amor (1Co 13:4-46), cedendo ao próximo o que buscamos para nosso próprio bem. Longe de pagar o mal com o mal, devemos fazer o bem a todos. Foi assim que Deus respondeu à rebelião dos homens oferecendo-lhes a salvação pela graça (Ef 2:8, Ef 2:9).

7.13,14 porta estreita. Jesus chama o caminho para o céu de "porta estreita" ou "caminho apertado", não porque de Deus tivesse falta da generosidade de querer salvar a todos (2Pe 3:9), mas porque na prática muito poucas pessoas renunciam ao eu-próprio para procurar a Deus. A figura dos dois carrinhas tem sido comum em muitos pensamentos religiosos, desde a época de Sócrates (400 a.C.). Destaca-se em dois livros cristãos do primeiro século d.C., no Didaquê e na epístola de Barnabé.

7.15 Acautelai-vos. Não devemos nos impressionar com às vestes (práticas religiosas) dos falsos profetas (v. 15) nem com aquilo que dizem (21), nem com aquilo que fazem (22); devem ser julgados apenas pelo critério de Jesus, pelos frutos espirituais se é que realmente os produzem, conforme Gl 5:22-48. A marca dos falsos profetas é o interesse egoísta, ao contrário do Bom Pastor que ama as ovelhas (Jo 10:11-43). No tempo do NT vieram na forma de judaizantes ou de gnósticos, que se deduz 2Co 11:13; 1Jo 4:1; 1Tm 4:1.

7.24,27 A conclusão do Sermão do Monte:
1) Aquele que ouve a palavra de Jesus e pratica, é como o homem sábio que edificou a casa (sua vida e suas atividades) sobre a rocha (Cristo), resistindo assim à ação devastadora do tempo e da eternidade: as provações, tentações e o julgamento,
2) O que ouve a palavra de Jesus e não a pratica, é como um insensato que constrói a casa da sua vida sobre os alicerces humanos do dinheiro, da cultura, dos títulos, da fama, da popularidade, os quais como a areia não resistem à ação demolidora do juízo final.
7.29 Autoridade. Autoridade cívica e religiosa é justamente o que os escribas tinham, mas a palavra gr exousia, também significa "poder sobrenatural" é o que- o evangelho tem, 1Co 2:4-46.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Mateus Capítulo 7 do versículo 1 até o 29
Acerca do julgamento ao próximo

(7:1-6)

Conforme Lc 6:37,Lc 6:38,Lc 6:41,Lc 6:42. A divisão de capítulos coincide com uma real quebra do pensamento. A obrigação do julgamento cabe a um número limitado de pessoas somente. O contexto mostra que não são essas pessoas que estão em consideração aqui, mas aquelas que se arvoram o direito do julgamento. A tradução “Não critiquem as pessoas” (Phillips) seria idiomaticamente preferível, não fosse claro que a expressão idiomática judaica da época sugeria que para que vocês não sejam julgados é uma referência à ação de Deus (SB, Schniewind, Filson, Schlatter).

v. 5. Hipócrita: Menos porque o homem, cuja visão estava assim debilitada, dificilmente poderia enxergar para remover o cisco, e mais porque ele estava se comportando como se enxergasse perfeitamente.

Schlatter, provavelmente, está correto ao associar o v. 6 aos v. 1-5. O julgamento que Jesus está condenando especificamente são os nossos esforços em fazer todos se conformarem aos nossos padrões de perfeição. Além de nós mesmos não nos conformarmos a esse padrão, ainda estamos sujeitos a considerar espiritualmente despreparados aqueles a quem julgamos. Precisamos distinguir entre a nossa proclamação de Cristo e nossa própria compreensão dos seus padrões.
Acerca de como tratamos os outros (7:7-12)

Gf. Lc 11:9-42; Lc 6:31. O tratamento que geralmente se dá a esse trecho considera os v. 7-11 uma exortação adicional à oração (mas por que então não vem logo depois Dt 6:15?) e considera o v. 12 um ditado isolado, “A Regra de Ouro”. O grego inicia o v. 12 com “portanto”, o que indica que devemos entender todo o trecho no contexto desse versículo. Deus nos trata como esperaríamos que um pai terreno nos tratasse, só que melhor, pois pais terrenos são maus (v. 11). Gostaríamos que os outros nos tratassem dessa forma, portanto devemos tratá-los assim.

A “Regra de Ouro” ocorre em Tobias 4.15, na sua forma negativa que é também atribuída a Hillel e Fílon. E improvável que se deva dar muito significado à diferença entre as formas positiva e negativa, ainda mais que uma série de ditados talmúdicos virtualmente pressupõe a positiva. Assim, não deveria ser considerado o cume da montanha da ética cristã.
E muito questionável que Peçam [...] busquem [...] batam devam ser considerados três estágios na oração. Antes, temos aqui a pessoa que está separada de Deus batendo, o que se desviou de Deus buscando e a criança que está em casa pedindo; todos são igualmente atendidos. O termo maus (ponêroi) não destaca a maldade concreta dos homens, mas a inutilidade deles quando colocados à luz de Deus. Observe em Lucas o “Espírito Santo” em lugar de coisas boas. v. 12. a Lei e os Profetas-. Aqui uma referência a todo o AT, cf.

5.17. Jesus quer dizer: “Isso é o que o AT ensina”, e não “Isso é a essência do AT”, como com freqiiência se interpreta.
Três contrastes (7:13-27)
Jesus conclui o seu discurso com um chamado à ação e auto-análise.
Os dois caminhos (v. 13,14). Gf. Lc
13 23:24. O contraste entre os dois caminhos era comum no pensamento judaico (conforme Jr
21.8), mas não há paralelos concretos das duas portas. Atrás disso, está tanto o ensino de João
Batista quanto o de Jesus, que exigiam um passo de decisão, que no momento requeria do homem que tratasse com Deus simplesmente como um indivíduo.

O judaísmo, na verdade, não conhece essa posição. Lc 13:23,Lc 13:24 mostra que não temos o direito de interpretar o v. 13, a não ser em relação ao tempo do próprio Jesus, embora o consenso da opinião cristã seja que ele se aplica a muitos outros períodos também.

O verdadeiro fruto (v. 15-23). Gf. 12.33ss; Lc 6:43-42; Lc 13:26,Lc 13:27. falsos profetas-. E mais provável, ao menos no começo, que eles sejam auto-enganados do que enganadores dos outros. É a sua fome, e não a sua maldade, que confere ao lobo a sua reputação. Assim é com o homem que quer servir tanto a Deus quanto a Mamom (6.24). Ele serve a Deus contanto que possa ter Mamom também. Somente as ações que revelam o caráter são um teste válido para esses homens. Nem a pregação nem mesmo os milagres são indicação suficiente da sua genuinidade. Ap

13 3:12 sugere (não estamos autorizados a dizer mais do que isso) que até mesmo a ressurreição de Cristo pode ser imitada no final dos tempos. O caráter comprobatório de todo milagre deve ser decidido por meio do caráter de quem o realiza.

A verdadeira resposta (v. 24-27). Conforme Lc 6:47ss. e as pratica-. O tempo grego sugere que não um ato isolado, mas uma vida inteira de prática está implícita aqui. Enquanto a tempestade (v. 25), sem dúvida, seja uma referência ao juízo final, mesmo assim, como no caso da expressão veterotestamentária “o dia do Senhor”, toda catástrofe anterior que prefigure seriamente o juízo final está incluída. Lc 6:49 mostra que devemos entender aqui um solo poroso, e não, literalmente, areia (v. 26). Como o retrato de qualquer vila nas colinas da Galiléia nos mostraria, construir na areia implica construir no fundo do vale, onde as águas da enchente certamente vão passar. Isso seria considerado um ato de extrema tolice e imprudência.

O efeito do sermão (7.28,29)

Conforme Mc 1:22; Lc 4:32. Em geral, se explica esse pasmo das multidões com base no costume dos rabinos segundo o qual, sempre que possível, citavam um mestre anterior no qual fundamentavam opiniões ou orientações apresentadas. Isso é inadequado, pois com frequência um rabino era obrigado a apresentar um julgamento independente que não estava fundamentado em nenhum precedente. Os rabinos consideravam que eles e os profetas anteriores a eles eram meramente expositores autorizados da Lei mosaica. A autoridade estava nessa lei e em nenhum outro lugar. Mas Jesus com freqüência ensinava com base na sua própria autoridade. Isso explica as perguntas acerca da autoridade (21.23), a exigência de sinais (12.38; 16,1) e a controvérsia acerca da tradição (9.14; 12.2; 15.1,2). Isso certamente suscitaria a hostilidade dos líderes religiosos. As multidões estavam maravilhadas, mas não estavam preparadas para abandonar aqueles que haviam sido os seus guias por tanto tempo.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Mateus Capítulo 4 do versículo 12 até o 46

III. O Ministério de Jesus Cristo. 4:12 - 25:46.

A análise de Mateus do ministério de Cristo foi baseada sobre quatro áreas geográficas facilmente notáveis: Galiléia (Mt 4:12), Peréia (Mt 19:1), Judéia (Mt 20:17) e Jerusalém (Mt 21:1). Como os outros sinóticos ele omite o anterior ministério na Judéia, que ocorre cronologicamente entre Mt 4:11 e Mt 4:12 (confira com Jo 14:1)


Moody - Comentários de Mateus Capítulo 5 do versículo 1 até o 29


4) Sermão da Montanha. 5:1 - 7:29.

É o mesmo discurso registrado em Lc 6:20-49, pois as diferenças podem ser harmonizadas ou explicadas, e a semelhança entre os começos, finais e assuntos tornam a identificação extremamente provável. Além disso, os dois registros falam da cura do servo do centurião logo a seguir. A objeção de que Matem coloca este discurso antes de sua própria vocação (Mt 9:9; contrasta com Lc 5:27 e segs.) explica-se por sua falta de ordem cronológica estrita por toda parte. Daí, considerando que Mateus descreveu as atividades de Cristo na proclamação da chegada do Reino (Mt 4:17, Mt 4:23), foi acertado incluir para os seus leitores um exame completo deste assunto feito por Jesus. Concluise que o Sermão da Montanha não é, em primeiro lugar uma declaração de princípios para a Igreja cristã (que na ocasião ainda não fora revelada), nem uma mensagem evangelística para os perdidos, mas um esboço de princípios que caracterizariam o reino messiânico que Cristo anunciava. Mais tarde, a rejeição do seu Rei por parte de Israel, atrasou a vinda do seu reino, mas ainda agora os cristãos, tendo declarado a sua fidelidade ao Rei e tendo sido preparados espiritualmente para a antecipação de algumas das bênçãos do seu reino (Cl 1:13), podem perceber o ideal de Deus neste sublime discurso e concordarão com seus altos padrões.


Moody - Comentários de Mateus Capítulo 7 do versículo 1 até o 12

Mt 7:1, Mt 6:15). Argueiro. Uma partícula de palha ou feno, ou uma lasca de madeira. Trave. Um tronco ou tábua, usado como viga mestra em um telhado ou assoalho; aqui representa um espírito reprovador. A ilustração foi intencionalmente exagerada para mostrar a posição ridícula daquele que se coloca como juiz dos outros. Essa pessoa é chamada de hipócrita, pois pretende agir como médico, quando ela mesma está enferma. Esta ordem, entretanto, não exime os crentes de fazer distinções morais. Aqueles que ouviram o Evangelho e o apelo de Cristo, e pela sua atitude demonstraram que a sua natureza é inalteravelmente viciosa (cães e porcos eram especialmente repulsivos aos ouvintes de Jesus), não devem ter a permissão de tratar essas coisas preciosas com pouco caso (conferir com Mt 13:11-15) respondem aos problemas que o crente possa ter à vista das instruções sobre o julgamento. A necessidade de discernir os cães e os porcos quando estiver fugido à trave do olho exige sabedoria do alto. Daí Jesus incentiva seus seguidores a pedi, buscai e batei, para que suas deficiências sejam supridas pela provisão divina. Os três imperativos estão em ordem crescente, e suas formas contínuas sugerem, além da perseverança, oração freqüente por toda e qualquer necessidade. Existe uma semelhança tosca entre o pão (um pãozinho pequeno e redondo) e uma pedra, e entre um peixe e uma serpente, mas nenhum pai enganaria assim uma criança com fome. Que sois maus. Uma referência à natureza pecadora do homem (até os discípulos têm esta natureza). Boas dádivas foi substituído em Lc 11:13 (em outra ocasião) por Espírito Santo, o Doador de todo o bem. O versículo 12 aplica a instrução anterior. Ainda que maus por natureza, somos reconhecidos por Deus como seus filhos e temos a promessa de recebermos respostas às orações. Daí, em vez de julgarmos os outros, devemos tratá-los como gostaríamos de ser tratados. Este resumo do V.T. (a lei e os profetas) é uma reafirmação da segunda tábua da Lei (Mt 22:36-40; Rm 13:8-10), e repousa sobre a primeira, pois o relacionamento do homem com Deus sempre será a base do seu relacionamento com o próximo.

e) Exortações Finais aos Cidadãos do Reino. Mt 7:13-27.


Moody - Comentários de Mateus Capítulo 7 do versículo 13 até o 14

13,14. Entrai pela porta estreita. Para aqueles que já entraram, pela fé, em relação com Cristo (como também aos outros que estavam ouvindo; v. 28) nosso Senhor descreve a impopularidade relativa de sua nova posição. A ordem de porta e caminho sugerem a porta como entrada para o caminho, símbolo da experiência crucial do crente com Cristo, a qual introduz à vida piedosa. Os cristãos primitivos eram chamados de aqueles "do Caminho" (At 9:2; At 19:9, At 19:23; At 22:4; At 24:14, At 24:22). Enquanto a grande massa de humanidade está sobre o caminho espaçoso que conduz à perdição (ruína eterna), a outra porta e o outro caminho são ao estreitos que precisam ser procurados. Mas o mesmo Deus que providenciou Cristo, a porta e o caminho (Jo 14:6), também leva os homens a encontrarem a porta (João 6: 44). Vida. Contrastando aqui paralelamente com perdição e assim uma referência ao estado de bemaventurança no céu, ainda que esta vida eterna comece na regeneração.


Moody - Comentários de Mateus Capítulo 7 do versículo 15 até o 20

15-20. Aqueles que entram pelo caminho apertado precisam se precaver contra os falsos profetas, que dizem guiar os crentes mas que na realidade praticam a mentira. Disfarçados como ovelhas não deve ser entendido como a vestimenta do profeta, mas é um contraste evidente aos lobos perversos. O povo de Deus de todas as épocas precisou estar alerta contra os líderes mentirosos (Dt 13:1; At 20:29; I Jo 4:1; Ap 13:11-14). Pelos seus frutos. As doutrinas proferidas por esses falsos profetas, mais do que as obras que praticam, uma vez que a aparência exterior pode não despertar suspeitas. O teste do profeta é a sua conformidade com as Escrituras (1Co 14:37; Dt 13:1-5). Árvore má. Uma árvore arruinada, sem valor, inútil. A falta de utilidade de uma árvore como essa exige a sua imediata retirada do pomar para que não prejudique as outras.


Moody - Comentários de Mateus Capítulo 7 do versículo 21 até o 23

21-23. Jesus solenemente sugere sua Filiação divina (meu Pai) e a sua posição de Juiz (naquele dia, hão de dizer-me), e adverte os falsos líderes (aqueles que profetizaram em nome de Cristo, expulsaram demônios e realizaram muitos milagres) que serão inteiramente desmascarados e julgados. A simples realização de feitos espetaculares (mesmo os sobrenaturais) não é, necessariamente sinal de autenticação divina (Dt 13:1-5; 2Ts 2:8-12; Mt 24:24). O julgamento que se realizará naquele dia determinará quem entrará no reino dos céus (Mt 25:31-46). Embora a referência específica deva ser àqueles que ainda estarão vivos ao estabelecimento do reino milenar (caso contrário estariam entre os mortos não justificados que não ressuscitarão até que termine o Milênio, Ap 20:5), o resultado é o mesmo para os dois grupos; e assim a advertência é pertinente.

Nunca vos conheci. No sentido intensivo de conhecer com privilégio, ou reconhecer (conf. Sl 1:6; Am 3:2).


Moody - Comentários de Mateus Capítulo 7 do versículo 24 até o 27

24-27. A importância suprema de se edificar sobre alicerces certos. O homem cuja casa ruiu falhou não porque deixasse de trabalhar, mas porque não utilizou a rocha. A rocha. O próprio Cristo (1Co 3:11) e seus ensinamentos.

Estas minhas palavras. Capítulos 5:7.

As pratica. Obediência aos ensinamentos. O sermão foi dirigido aos crentes e pressupõe fé em Jesus como o Messias. Não é legalismo. Nenhuma obra alicerçada em meros esforços humanos tem algum valor espiritual, mas a fé em Cristo, a rocha, produz a regeneração que se manifesta na vida piedosa.


Moody - Comentários de Mateus Capítulo 7 do versículo 28 até o 29

28,29. Quando Jesus acabou de proferir estas palavras. Lenski observa a exatidão da observação psicológica de Mateus. Enquanto Jesus falava, a multidão estava enlevada; mas quando ele terminou, a tensão se desfez e o espanto tomou conta das pessoas (Interpretation of St. Matthew's Gospel, pág. 314). Não como os escribas chama a atenção para o fato de que os escribas, quando ensinavam, apelavam repetidas vezes para a opinião de reconhecidos rabis e à interpretação tradicional. Como eram cansativos quando comparados à autoridade de Cristo, "Eu vos digo"! (Mt 5:18, Mt 5:20, Mt 5:22 e outras.)


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 7 do versículo 1 até o 12
f) Perfeitas relações para com o próximo (Mt 7:1-40 com os vers. 1-5. Não julgueis (1). Ou, não façais críticas. Não é para apontarmos responsabilidades nem discriminarmos, em nossa atitude para com os outros, mas devemos tratar a todos, especialmente os inconversos, com perfeito amor. Porém, dentro da família e dentro da igreja existe um julgamento que é legítimo (ver 1Co 5:0. Os vers. 7-8 constituem uma das mais notáveis promessas do Novo Testamento, quanto à oração. Cfr. Lc 11:9-42. Se vós, pois, sendo maus (11). Aqui o Senhor confirma a doutrina do pecado original. Boas coisas (11). O trecho paralelo em Lucas substitui "o Espírito Santo" (Lc 11:13). O vers. 12 proclama o grande princípio, "a lei dourada". É a manifestação, na prática, do amor cristão. Na palavra inicial "portanto", vê-se a conexão entre uma perfeita relação entre Deus e o homem e do homem para com seu próximo. A bondade de Deus, que dá as boas coisas àqueles que lhas pedirem, exige que este princípio seja posto em prática, como conseqüência lógica. Esta é a lei e os profetas. Cfr. Rm 13:8-45. Ver também Mt 5:17 n.

Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 7 do versículo 13 até o 23
g) A chamada do evangelho (Mt 7:13-23)

Estreita (13). A porta é estreita devido ao fato de que, na vida cristã, não há lugar para coisa alguma que não represente devoção singela à causa do Mestre e dedicação total do homem e de todos os seus bens àquele fim. A exclusão de interesse próprio e a separação do mundo com seus cuidados e diversões tornam a porta e o caminho estreitos. Espaçoso (13). Cômodo para a multidão. Vida (14). Aqui, como em inúmeros casos na Bíblia, é o contraste de perdição (13). São os dois destinos do homem. Poucos (14). Aqui encontramos um dos mistérios da providência divina cuja verdade é provada na experiência, em cada geração sucessiva da raça. É a minoria que alcança a salvação. Na sua totalidade, porém, haverá "uma grande multidão" (Ap 7:9).

>Mt 7:15

Falsos profetas (15). Estes são os que ensinam o erro e que pretendem autoridade divina para seus ensinos. Vestidos como ovelhas (15). Quer dizer, apresentando-se como verdadeiros cristãos e talvez pensando que o são de fato. Lobos devoradores (15). Pelo seu zelo em desviar os homens do caminho da salvação, eles os destroem com sua propaganda falsa. Por seus frutos os conhecereis (16). Muitos que ensinam erros têm uma vida exterior exemplar. São reconhecidos, todavia, não pela conduta, como pelo ensino. Corta-se e lança-se no fogo (19). Eles serão cortados da igreja de Cristo e, finalmente, destruídos na segunda morte.

>Mt 7:21

Nem todo... entrará no reino dos céus (21). Mesmo nesse período de ministério de Nosso Senhor, haveria muitos fazendo uma profissão pública de discípulo, embora insinceros e interesseiros. É possível ter uma relação com Jesus Cristo que não seja a que proporciona a salvação. É o grande perigo de uma profissão sem possessão. Aquele que faz (21). Uma vida de serviço e santidade é a única prova final de genuína regeneração. Naquele dia (22). O dia do juízo. Não profetizamos nós em teu nome? (22). Alusão a Jr 14:14; Jr 27:15. É possível ocupar uma posição de destaque e responsabilidade na igreja de Cristo e ser enganado a respeito de sua própria salvação. Este fato explica muita história cristã. Expulsamos demônios (22). O mesmo fato é verdade no caso de reformadores moralistas. Muitas maravilhas (22) -gr. dynameis, "obras poderosas". Homens de grande influência e poder não escapam desta condenação. Direi (23) -gr. homologeso, "admitirei" ou "confessarei". Apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade (23). Citação do Sl 6:8, sendo a maior parte dos LXX. A conduta pecaminosa evidencia um coração irregenerado.


Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 7 do versículo 24 até o 27
h) Aceitação ou rejeição do evangelho (Mt 7:24-40. E as pratica (24). Como no vers. 21, o tema principal é sempre a obediência. A rocha (24). Cfr. 1Co 3:9-46. A parábola descreve o contraste entre a perdição eterna do falso e a estabilidade e triunfo final do verdadeiro. Cfr. as duas casas, a da sabedoria e a da tolice de Pv 9.

Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 7 do versículo 28 até o 29
i) O efeito do sermão (Mt 7:28-40. Tendo autoridade (29). Era patente que Ele era Mestre nesses assuntos e não se interessava na mera repetição de interpretações tradicionais da lei. Não como os escribas (29). A interpretação comum é que Jesus não era da mesma classe como os escribas. Existem, porém, certas indicações de que Jesus era, de fato, considerado como escriba e, neste caso, as palavras significam "não conforme ao modo geral dos escribas". Certos textos gregos acrescentam a palavra auton, que daria o sentido de "seus escribas". No caso de ser parte do texto original, esta interpretação, seria a correta. Caso não fosse, o fato de ser intercalada em outra versão indica, pelo menos, que, nos tempos primitivos ou a primeira interpretação era considerada autêntica, ou que se impôs no texto.

John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Mateus Capítulo 7 do versículo 1 até o 29

40. Pare de criticar (Mateus 7:1-6)

Não julgueis para que não julgou. Pois da mesma forma que julga, você será julgado; e pelo seu padrão de medida, que será usada para medir vocês. E por que você repara no cisco que está no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho? Ou como você pode dizer ao seu irmão: "Deixe-me tirar o cisco do seu olho", e eis que o log está em seu próprio olho? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão.
Não dê o que é santo aos cães, e não jogue suas pérolas aos porcos, pois eles destruirão tudo sob os seus pés, e volta e rasgá-lo em pedaços. (7: 1-6)

Tal como acontece com todos os outros elementos do Sermão da Montanha, a perspectiva desta passagem é dada em contraste com a dos escribas e fariseus, hipócritas, cuja auto-justiça estava em oposição direta à verdadeira justiça de Deus (ver 05:20 ).
Aqui, a comparação é na área das relações humanas. Seis versos (1-6) foco no aspecto negativo, um espírito de julgamento hipócrita, e os seis versículos seguintes (7-12) foco no aspecto positivo contrastantes de um espírito que é humilde e confiante, e amoroso. Estes doze versos formam o somatório divina de todos os princípios de corretas relações humanas.

Quando um indivíduo ou um grupo de pessoas a desenvolver as suas próprias normas da religião e da moralidade, eles inevitavelmente julgar todos por essas crenças e padrões de self-made. Os escribas e fariseus tinham feito exatamente isso. Ao longo dos vários séculos anteriores haviam gradualmente modificados Palavra revelada de Deus para se adequar ao seu próprio pensamento, inclinações e habilidades. Na época de Jesus a sua tradição havia tomado tal poder sobre o judaísmo que tinha efectivamente substituído a autoridade das Escrituras nas mentes de muitos judeus (Mt 15:6; Jo 8:15). Eles viviam de justificar-se aos olhos de outros homens; mas Jesus disse-lhes que o seu julgamento era totalmente contrário à vontade de Deus e era detestável diante dele (Lc 16:15).

O retrato clássico de julgamento hipócrita é dado na parábola do fariseu e do publicano que foi ao templo para orar. "O fariseu, de pé e estava orando, assim, para si mesmo:" Ó Deus, graças te dou porque não sou como as outras pessoas; roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano Jejuo duas vezes por semana;. Eu pago o dízimo de tudo que eu tenho. " Mas o publicano, estando em pé de distância, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! "" Avaliação das duas orações de Jesus é clara: "Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, em vez do que o outro, pois quem se exalta será humilhado, mas quem se humilha será exaltado" (Lucas 18:11-14).

Um corolário indissociável de justificar a si mesmo é condenar os outros. Quando alguém se eleva, todo mundo está reduzido em conformidade. Os fariseus estavam fazendo todo o possível para levantar-se em seus próprios olhos, inclusive atuando como juízes espirituais ao condenar os outros.
Note-se que esta passagem erroneamente tem sido usado para sugerir que os crentes nunca devem avaliar ou criticar ninguém por nada. Nosso dia odeia absolutos, especialmente absolutos teologais e morais, e tal interpretação simplista fornece uma fuga conveniente do confronto. Os membros da sociedade moderna, incluindo muitos cristãos professos, tendem a resistir dogmatismo e convicções fortes sobre o certo eo errado. Muitas pessoas preferem falar de amor com tudo incluído, o compromisso, o ecumenismo, e unidade. Para a pessoa religiosa moderna esses são os únicos "doutrinas" vale a pena defender, e eles são as doutrinas de que todas as doutrinas conflitantes devem ser sacrificados.
Alguns anos atrás, uma igreja foi à procura de um pastor que enfatizam a santidade em vez de doutrina. Certa vez recebi um manuscrito a avaliar cuja principal tese era de que a doutrina divide a igreja. Por conseguinte, o autor argumentou, toda a doutrina, pelo menos tudo o que pode ser discordou e, portanto, ser divisiva-deve ser eliminado por causa do objetivo maior de unidade e de comunhão. Doutrina direito não só é compatível com a verdadeira santidade, unidade e comunhão, mas é absolutamente necessário para que eles existam. Apenas doutrina certa, doutrina bíblica, pode-nos o que a verdadeira santidade, unidade e comunhão são-e não são ensinar.
Em muitos círculos, incluindo alguns círculos evangélicos, aqueles que sustentam a convicções fortes e que falam-se e confrontar a sociedade ea igreja são marcados como violadores deste comando não para julgar, e são vistos como causadores de problemas ou, na melhor das hipóteses, como controverso. No entanto, em nenhum momento na história da igreja, ou do antigo Israel, era espiritual e reforma moral alcançado além do confronto e conflito. Os profetas de Deus sempre foi ousado e polêmico. E eles sempre foram resistiu, muitas vezes por parte do povo de Deus. Os reformadores da igreja do século XVI eram homens de forte doutrina, convicção e princípio-além de que a Reforma Protestante nunca teria acontecer.
Reforma é necessária quando a vida espiritual e moral são baixos; e pela simples razão de que eles são baixos eles vão resistir a todos os esforços para a reforma. O poder do pecado, seja em um descrente ou crente, se opõe à justiça e sempre vai resistir a verdade de Deus e os padrões de Deus. Para a pessoa carnal, doutrina absoluta e altos padrões morais são inerentemente controverso.

Cristo não aqui ou em qualquer outro lugar não permita tribunais de justiça, como reivindicado pelo romancista russo Leon Tolstoi e outros. Tanto o Antigo eo Novo Testamento defender não só o direito, mas a necessidade divina de tribunais humanos da lei (por exemplo, Deut. 19: 15-21; 13 1:45-13:7'>Rm 13:1-7.). Nem esta ou qualquer outra parte da Escritura ensinam que estamos nunca para avaliar, criticar ou condenar as ações ou ensinamentos de outra pessoa.

Todo o impulso do Sermão da Montanha é mostrar a completa distinção entre a religião verdadeira e falsa religião, entre a verdade espiritual e hipocrisia espiritual. Jesus coloca padrões perfeitos e santos de Deus ao lado dos padrões profanos e hipócritas dos escribas e fariseus e declara que aqueles que seguem essas normas profanos e hipócritas não têm parte no reino de Deus (5:20). No sermão mais controversos ou julgamento já foi pregado.
Se esta maior sermão por nosso Senhor ensina alguma coisa, ela ensina que Seus seguidores devem ser mais exigentes e perceptivo em que eles acreditam e no que fazem, que eles devem fazer todos os esforços para julgar entre a verdade ea mentira, entre o interno eo externo , entre a realidade ea farsa, entre verdadeira justiça e falsa justiça, enfim, entre o caminho de Deus e todas as outras formas.

Alguns versos depois, Jesus adverte: "Cuidado com os falsos profetas" (Mt 7:15). Em outras palavras, estamos a julgar que fala em nome de Deus e quem não tem. Jesus nos diz para enfrentar um irmão pecador reservAdãoente com seu pecado e, se ele não vai se arrepender, a tomar uma ou duas pessoas com a gente para falar com ele, e se isso não levá-lo a mudar, para trazê-lo antes de toda a Igreja . Se ele ainda não se arrepende, ele deve ser colocado para fora da igreja e considerado "como um gentio e publicano" (Mat. 18: 15-17).

Paulo diz aos crentes: "Rogo-vos, irmãos, manter seus olhos sobre aqueles que causam dissensões e obstáculos contra a doutrina que aprendestes, e afastai-vos deles. Porque os tais são escravos, não de nosso Senhor Cristo, mas de sua próprios apetites; e com palavras suaves e lisonjas enganam os corações dos incautos "(Rm 16:17-18.). Ele também instrui santos nem mesmo "para associar a qualquer chamado irmão se ele deve ser uma pessoa imoral, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; nem mesmo para comer com tal pessoa "(1Co 5:11). Obviamente tais comandos exigem que nós empregamos um certo tipo de julgamento antes que possamos obedecer.

Toda mensagem que ouvimos é para ser julgado pela solidez de sua doutrina. Paulo disse aos Gálatas: "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos pregasse outro evangelho além do que vos temos pregado a você, seja anátema" (Gl 1:8.). Recusando-se a avisar uma pessoa sobre o seu pecado é tão sem amor, a recusa de avisá-lo sobre uma doença grave que pode ter. A pessoa que não avisar um amigo sobre o seu pecado não pode reivindicar o amor como o seu motivo (ver Mt 18:15). O autor de Hebreus chama para um nível de maturidade espiritual em que os cristãos "por causa da prática, têm os sentidos treinados para discernir o bem eo mal" (5:14).

Mas Jesus está aqui falando sobre o, julgamento egoísta hipócrita e condenação sem misericórdia dos outros praticados pelos escribas e fariseus. A sua principal preocupação não era ajudar os outros do pecado para a santidade, mas para condená-los a julgamento eterna por causa de ações e atitudes que não quadrado com as suas próprias tradições mundanas, self-made.

Krino (para julgar ) significa, basicamente, para separar, escolher, selecionar, ou determinar, e tem uma dúzia ou mais nuances de significado que deve ser decidido a partir do contexto. Em nossa presente passagem Jesus está se referindo ao julgamento dos motivos, que um mero ser humano pode saber de outro, e ao julgamento das formas externas. Paulo diz: "Portanto não nos julguemos mais uns aos outros, mas sim determinar isso-não colocar um obstáculo ou uma pedra de tropeço no caminho de um irmão" (Rm 14:13).

A Bíblia consistentemente proíbe justiça individual ou vigilante que assume para si as prerrogativas de um tribunal devidamente comprovada de direito. Também proíbe consistentemente julgamentos precipitados que não têm pleno conhecimento do coração ou dos fatos. "Aquele que dá uma resposta antes de ouvir, é estultícia e vergonha" (Pv 18:13). Às vezes o que parece ser errado é nada do tipo.

É significativo que, se Deus é onisciente, Ele nos dá muitos exemplos do que nós mesmos cuidados devem tomar antes de fazer julgamentos, especialmente aqueles que envolvem consequências graves.Antes de julgar aqueles que estavam a construir a torre de Babel, "O Senhor desceu para ver a cidade ea torre que os filhos dos homens edificavam" (Gn 11:5).

O que Jesus aqui proíbe é hipócrita, oficioso, apressada, sem misericórdia, prejudicado, e condenação indevida com base em padrões e do conhecimento humano. Ele dá três razões pelas quais tal julgamento é pecaminoso: revela uma visão errônea de Deus, uma visão errônea dos outros, e uma visão errônea de nós mesmos.

Uma visão errônea de Deus

Não julgueis para que não sejais julgados. (7: 1)

Julgamento injusto e impiedoso é proibido em primeiro lugar, porque manifesta uma visão errada de Deus. Com a frase para que não sejais julgados , Jesus lembra aos escribas e fariseus que eles não são o corte final. Para julgar os motivos de outra pessoa ou para amaldiçoar a condenação é de brincar de Deus. "Pois nem mesmo o Pai a ninguém julga, mas deu todo o julgamento ao Filho" (Jo 5:22). Durante o reino milenar de Cristo vai compartilhar um pouco desse julgamento conosco (Mt 19:28; 1 Cor. 6:. 1Co 6:2; etc.), mas até aquele momento em que blasfemar contra Deus sempre que tomamos sobre nós o papel de juiz. "Quem és tu que julgas o servo alheio?" Paulo pergunta. "Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai" (Rm 14:4.).

Exceto quando eles podem estar ensinando continuamente falsa doutrina ou seguindo padrões que são claramente unscriptural, nunca estamos a julgar de uma pessoa ministério, ensino, ou a vida-e certamente não seus motivos-by um padrão auto-intitulado. "Não fale um contra o outro", Tiago nos adverte. "Aquele que fala mal do irmão ou julga a seu irmão, fala mal da lei e julga a lei; ora, se julgas a lei você não é um observador da lei, mas juiz dela Há apenas um Legislador e Juiz. , Aquele que é capaz de salvar e destruir; mas quem é você que julgam seu próximo "? (Tiago 4:11-12). Tal julgamento mal é uma blasfêmia, porque estabelece um homem-se como Deus e só há um juiz verdade.

Sempre que atribuir as pessoas a condenação sem piedade, porque não fazer algo do jeito que acho que deve ser feito ou porque acreditam que seus motivos são errados, nós julgar que somente Deus é qualificado para fazer. Um poeta desconhecido de últimos dias escreveu,
Juiz não o funcionamento de seu cérebro,
E do seu coração tu não pode ver.
O que olha para os teus olhos apagados uma mancha,
Em pura luz de Deus só pode ser
Uma cicatriz trazida de algum campo bem-ganhou
Onde queres apenas fraco e rendimento.
O Salvador não chamar para que os homens deixam de ser examinando e exigentes, mas a renunciar à tentação presunçoso para tentar ser Deus.

Uma visão errônea dos Outros

Pois da mesma forma que julga, você será julgado; e pelo seu padrão de medida, que será usada para medir vocês. (7: 2)

A maioria das pessoas se sentem livres para julgar os outros como este, porque eles erroneamente pensam que são de alguma forma superior aos outros. Os fariseus pensaram que eram isentos de julgamento, porque eles acreditavam que eles perfeitamente medido até os padrões divinos. O problema era que esses eram meros padrões humanos que eles, e outros como eles, tinham estabelecido muito aquém da lei santa e perfeita vontade de Deus
Jesus diz que Deus nos julgará com o mesmo tipo de julgamento com o qual julgamos os outros. Quando assumimos o papel de último juiz, onisciente, que implica que estamos qualificados para julgar-que sabemos e entender todos os fatos, todas as circunstâncias, e todos os motivos envolvidos. Portanto, quando afirmamos o nosso direito de juiz , que será julgado pelo padrão de conhecimento e sabedoria nós reivindicamos é nosso. Se nos colocamos como juiz sobre os outros, não podemos alegar ignorância da lei em referência a nós mesmos quando Deus nos julga.

Tiago tem o mesmo princípio em mente quando ele adverte: "Não muitos de vocês se tornarem professores, meus irmãos, sabendo que, como tal, será punido com julgamento mais severo" (Jc 3:1).

Estamos especialmente culpado se não praticar o que nos ensinar e pregar. "Portanto, és inescusável, cada um de vocês que passa o julgamento, no que julgas a outro, você se condena;. Para você que julgam praticar as mesmas coisas E nós sabemos que o juízo de Deus contra os que praticam tais coisas "(Rom. 2: 1-2).

Deus não tem padrões duplos. Ao criticar injustamente ou condenar sem piedade, jogamos a Deus e dar a impressão de que nós mesmos somos acima de qualquer crítica e julgamento. Mas Deus coloca nenhum de nós como juiz final acima dos outros, e não nos atrevemos a nos definir como juiz acima dos outros. Outras pessoas não estão sob nós, e para pensar assim é ter a visão errada deles. Para ele fofoqueiro, fofoca, crítica e julgamento é viver sob a falsa ilusão de que aqueles a quem nós assim juiz são de alguma forma inferior a nós.

Tal julgamento é um boomerang, Jesus diz, e voltará sobre aquele que juízes. Julgamento hipócrita se tornará suas próprias forca, assim como a forca Haman tinha erguido para executar o Mordecai inocente foi usado em vez de pendurar Hamã (Et 7:10). Assim como o cruel Adoni-hezek tinha encomendado os polegares e dos pés cortados setenta outros reis, por isso a sua própria acabaram sendo cortadas (Jz. 1: 6-7).

Na antiga Pérsia um certo juiz corrupto que aceitou um suborno para prestar um falso veredicto foi condenada executado pelo rei Cambises. A pele do juiz foi então usada para cobrir o tribunal. Juízes subsequentes foram obrigados a tornar seus julgamentos ao sentar-se na cadeira, como um lembrete das conseqüências de perverter a justiça.
Para ser crítico é perigoso para a vítima por causa do preconceito contra ele. É ainda mais perigoso para o juiz, porque pelo padrão de medida com a qual ele julga os outros será medido para ele.

Uma visão errônea de nós mesmos

E por que você repara no cisco que está no olho de teu irmão, e não reparas na trave que está no teu próprio olho? Ou como você pode dizer ao seu irmão: "Deixe-me tirar o cisco do seu olho", e eis que o log está em seu próprio olho? Hipócrita, (7: 3-5a)

Quando julgamos criticamente também manifestar uma visão errônea de nós mesmos. Todas as três visões falsas estão conectados. Quando temos uma visão errada de Deus, não podemos deixar de ter uma visão errada dos outros e de nós mesmos. Colocando-nos no lugar de Deus como juiz perverte nossa perspectiva dos outros e de nós mesmos.
karphos ( speck ) não é um pequeno pedaço de poeira ou fuligem, mas um pequeno caule ou galho, ou possivelmente uma lasca. Apesar de pequeno, em comparação com um registo , não é um objecto para ter insignificante no olho. Comparação de Jesus, portanto, não é muito pequeno entre um pecado ou falha e um que é grande, mas entre um que é grande e que é gigantesco. O ponto principal, é claro, é que o pecado do crítico é muito maior do que o pecado da pessoa que ele está criticando.

Alguns intérpretes sugerem o pontinho representa uma infração de cerimonial, em vez menor, enquanto log representa um pecado extremamente vulgar e repugnante. Mas as pessoas com pecados, obviamente terríveis geralmente gastam seu tempo tentando esconder ou justificar a sua própria grande pecado, não para criticar os pequenos pecados dos outros.

O pecado miserável e bruta que é sempre cega ao seu próprio pecado é auto-justiça, o pecado que Jesus condena repetidamente nos escribas e fariseus, não só no Sermão da Montanha, mas em todo o seu ministério. Quase por definição, auto-justiça é um pecado de cegueira ou de visão grosseiramente distorcido, porque ele olha diretamente para o seu próprio pecado e ainda imagina que vê apenas justiça. O log nesta ilustração representa o mesmo pecado fundamental de auto-justiça que Jesus foi condenando todo o sermão.
A própria natureza da auto-justiça é para justificar a si mesmo e condenar os outros. Ao fazê-lo as pessoas brincar de Deus, porque eles se julgam com base em seus próprios padrões e sabedoria. A justiça própria é o pior dos pecados, porque é a incredulidade. Ele confia em si e não a Deus. Ele confia em si mesmo para determinar o que é certo e errado e para determinar quem faz o que é certo ou errado.Farisaísmo afirma ser tanto legislador e juiz, prerrogativas que pertencem somente ao Senhor. Por conseguinte, nega e se opõe ao evangelho, porque o evangelho proclama pecado e perdição do homem ao mesmo tempo que proclama a misericórdia ea graça de Deus. Porque a pessoa hipócrita não vê o pecado em sua vida, ele não vê necessidade de a graça de Deus em seu nome. O termo aviso transmite a idéia de grave, a meditação contínua. Jesus está dizendo, com efeito, "Você não vai parar e pensar sobre o seu próprio pecado? Até que você tenha feito isso, como você pode enfrentar um outro com seus defeitos?"

Assim, a pessoa hipócrita nunca pode ser qualquer coisa, mas um hipócrita , porque ele coloca continuamente em um ato enganoso de superioridade justos. É por isso que ele se sente qualificado para dizer ao seu irmão: "Deixe-me tirar o cisco do seu olho "-Deixa-me dizer-lhe o que está errado em sua vida e deixe-me endireitar-lo.

hipócrita "é como um homem que olha para o seu rosto natural num espelho, pois uma vez que ele olhou para si mesmo e ido embora, ele imediatamente esquecido que tipo de pessoa que ele era" (Tiago 1:23-24). Ele vê, mas ele não vê. Ele é como aqueles a quem Isaías foi enviado, um povo que ouvem, mas não percebem e olhar, mas não entendo, porque seu coração estava insensível e "seus ouvidos sem brilho, e seus olhos escuros" (Is. 6: 9-10).

O equilíbrio certo

tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão.
Não dê o que é santo aos cães, e não jogue suas pérolas aos porcos, pois eles destruirão tudo sob os seus pés, e volta e rasgá-lo em pedaços. (7: 5b-6)

A pessoa que tem a mente e atitude do reino cidadão a pessoa que é pobre de espírito, humilde e que tem fome e sede de justiça de Deus (conforme Mt 5:1, 5-6) —será a pessoa que primeiro de tudo vê e chora sobre seu próprio pecado (ver 5: 4).

Jesus aqui dá o corretivo para o tipo errado de julgamento, mostrando o equilíbrio certo de humildade e convicção, a pobreza de espírito e poder no Espírito. O mandamento do Senhor é, tira primeiro a trave do teu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão . Antes de tudo nós confessamos nosso próprio pecado, muitas vezes o pecado da justiça própria e de um espírito condenando em relação aos outros e pedir para a limpeza de Deus. Quando o nosso próprio pecado é limpo, quando o log é retirado do nosso próprio olho , então vamos ver o pecado de nosso irmão claramente e ser capaz de ajudá-lo. Então, vamos ver tudo claramente por Deus, aos outros e de nós mesmos. Vamos ver Deus como o único juiz, outros como pecadores necessitados que são exatamente como nós mesmos. Vamos ver o nosso irmão como um irmão, em nosso próprio nível e com nossas próprias fragilidades e necessidades.

Este equilíbrio certo de humildade e prestimosidade é refletida no Salmo 51. Davi ora em primeiro lugar, "Cria em mim um coração puro, ó Deus, e renova um espírito inabalável dentro de mim .... Restitui-me a alegria da tua salvação, e sustenta-me com um espírito voluntário. Então, "ele é capaz de dizer:" Eu ensinarei aos transgressores os teus caminhos, e os pecadores serão convertidos em Ti "(10 vv., 12-13). Jesus disse a Pedro que depois que ele havia se recuperado de sua deserção moral, ele poderia, então, "fortalecer [seus] irmãos" (Lc 22:32). Paulo nos aconselha: "Irmãos, se alguém for surpreendido nalguma falta, vós, que sois espirituais, corrigi o tal com espírito de mansidão; cada um que olha para si mesmo, para que você também tentado" (Gl 6:1), Pedro fez um forte apelo para uma confrontadora, igreja crítico quando ele disse: "Por que é hora de começar o julgamento pela casa de Deus" (v. 17). Os crentes devem ser mais exigentes e fazer julgamento apropriado quando é necessário.

Jesus fecha esta ilustração com um raio que destrói completamente a interpretação sentimental que, em nome de humildade e amor, nunca estamos a opor-se malfeitores erradas ou corretas. É claro que Jesus não exclui todo tipo de julgamento. Na verdade, Ele apenas tão claramente comanda um certo tipo de julgamento aqui como Ele proíbe um tipo errado nos versos precedentes. Não dê o que é santo aos cães, e não jogue suas pérolas aos porcos. Para obedecer a esse comando é obviamente, necessário para ser capaz de determinar quais são cães e porcos.

Nos tempos bíblicos, os cães raramente eram mantidos como animais domésticos na forma como eles são hoje. Exceto para aqueles utilizados como animais de trabalho para pastorear ovelhas, eram vira-latas em grande parte half-selvagens que atuavam como catadores. Eles estavam sujos, ganancioso, rosnando, e muitas vezes cruel e doente. Eles eram perigosos e desprezado.

Ele teria sido impensável para um judeu ter jogado a esses cães um pedaço de santo carne que havia sido consagrado como um sacrifício no Templo. Algumas partes dessas ofertas eram queimadas, algumas partes foram comidos pelos sacerdotes, e alguns, muitas vezes ser levado para casa e comido pela família que fez o sacrifício. A parte esquerda do altar era a parte que foi consagrada exclusivamente ao Senhor, e, portanto, era sagrado de uma maneira muito especial. Se nenhum homem era comer a parte do sacrifício, quanto menos ele deve ser jogado para um bando de selvagens, imundas cães . Tal ato seria a altura de profanação.

Swine foram considerados pelos judeus para ser o epítome da impureza. Esse é o sacrifício de um porco no altar judaico a razão Antíoco Epifânio 'e forçando os sacerdotes para comer foi uma abominação e tão absoluta desencadeou a revolta dos Macabeus contra a Grécia em 168 AC

Porque um judeu nunca teria tentado domesticar um porco, a maior parte do suína que encontramos foram, como os cães, animais selvagens que forrageados por si mesmos, muitas vezes em depósitos de lixo na periferia da cidade. Como os cães que limpam, essas suína eram gananciosos, vicioso, e imundo mesmo para os padrões de suínos normais. Se você veio entre eles e seu alimentos que provavelmentevirar e rasgá-lo em pedaços com suas presas e cascos afiados.

A lição de Jesus é que certas verdades e bênçãos de nossa fé não devem ser compartilhados com pessoas que são totalmente antagônico para as coisas de Deus. Tais pessoas são espirituais cães e porcos , que não têm apreço por aquilo que é santo e justo. Eles vão ter o que é santo , as pérolas (o mais raro e mais valiosa de jóias; ver 13 45:40-13:46'>Mt 13:45-46.) da Palavra de Deus, como loucura e como um insulto.

Um animal selvagem cujo principal preocupação é procurar comida dificilmente gostam de ser lançada uma pérola. Ele vai se ressentir sua não ser algo para comer e, possivelmente, atacar a pessoa que joga-lo.

Jesus não deu tudo de seu ensino a todos que aconteceu para estar ouvindo. Em uma ocasião Ele orou: "Eu Te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que te escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e te revelaste aos pequeninos" (Mt 11:25). Em outra ocasião Ele disse aos seus discípulos, em resposta à sua pergunta sobre por que ele falava às multidões em parábolas: "Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes foi concedido ... . Portanto eu lhes falo em parábolas; porque, enquanto vendo, não vêem, e, ouvindo, não ouvem, nem entendem "(Mt 13:11, Mt 13:13.). E depois de Jesus ressuscitou dos mortos Ele se mostrou para ninguém que não era um crente.

Pedro avisa: "Mas falsos profetas houve também entre o povo, assim como também haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão encobertamente heresias destruidoras, negando até o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. E muitos seguirão as suas sensualidade, e por causa deles o caminho da verdade será blasfemado; e em sua ganância eles farão de vós negócio com palavras fingidas "(II Pedro 2:1-3.). Alguns versos depois, ele fala de pessoas como sendo "como animais irracionais, como criaturas de instinto de ser capturado e morto, injuriando onde eles não têm conhecimento" (v. 12). Usando como exemplo os mesmos dois animais Jesus menciona em nosso texto atual, Pedro fecha sua advertência com as palavras: "Aconteceu-los de acordo com o verdadeiro provérbio," O cão voltou ao seu próprio vômito, 'e,' A porca, Após a lavagem, retorna a revolver-se na lama '"(v. 22).

Cães e suína representam aqueles que, por causa de sua grande perversidade e impiedade, se recusam a ter qualquer coisa a ver com as santas coisas e preciosas de Deus, senão a atropelar-los sob seus pés, e volta e rasgar o povo de Deus em pedaços .

Haverá momentos em que o evangelho se apresenta é absolutamente rejeitadas e ridicularizadas e nós fazer o julgamento a se virar e falar mais nada, decidir que devemos "sacudi o pó de jour] pés" (Mt 10:14) e começar ministrando em outro lugar. Haverá momentos em que aqueles a quem nós testemunhamos resistem ao evangelho e blasfemar contra Deus, e podemos falar palavras de julgamento. Como Paulo, devemos então dizer, com efeito, "O seu sangue caia sobre a vossa cabeça estou limpo De agora em diante irei para os gentios." (At 18:6). Esse texto mostra que, em tal situação, o crente não condena, mas é capaz de reconhecer uma pessoa já em si mesmo condenado.

Mt 7:6). Para evitar julgamento por negligência e realizar a correta sabedoria deve ser marcado como um cidadão do reino celestial.

41.começar a amar (Mateus 7:7-12)

Peçam, e lhes será dado; buscai, e achareis; batam, ea porta será aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate será aberto. Ou qual é o homem dentre vós, quando seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, ele não lhe dará uma cobra, vai? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará o que é bom para aqueles que lhe pedirem! Por isso, no entanto, você quer que as pessoas a tratá-lo, para tratá-los, pois esta é a Lei e os Profetas. (7: 7-12)

Aqui é a conclusão do tema principal do Sermão da Montanha, que é dar as normas para a vida do reino. Jesus deu as normas relacionadas à auto, à moral, à religião, e ao dinheiro e posses. Aqui Ele conclui dando as normas relacionadas com as relações humanas começaram nos versículos 1:6.
Essa passagem faz o lado positivo da soma dos princípios que levam à corretas relações humanas de Jesus. Para amar os outros da maneira que Deus quer que amemos exige, sobretudo, que não se auto-retidão e descuidAdãoente criticar e condenar os outros sem piedade. Se atitude que está presente, que tem de ser removido. Para não ser injustamente crítica de uma pessoa não é o mesmo que amá-los, mas é absolutamente necessário antes de o verdadeiro amor pode existir. No entanto, o amor é muito mais do que algo negativo; é infinitamente mais do que simplesmente não desejar o mal aos outros ou fazer-lhes qualquer coisa errada. A mera ausência do ódio e da má vontade, não constitui amor.

O lado positivo do amor é o lado activo, o lado produtivo, o lado que é a verdadeira medida e prova de amor. Ele não é visto no que se abstenha de fazer, mas no que fazemos. (As formas verbais gregas nas descrições de amor em 13 4:46-13:7'>I Coríntios 13:4-7. sublinham ação) A expressão-chave deste princípio está no versículo 12, no entanto, você quer que as pessoas a tratá-lo, para tratá-los , para que versículos 1 —11 ponto como comentários antecedência e ilustração. Esse versículo, muitas vezes referida como a regra de ouro, também tem sido chamado de Mt. Everest da ética (William Barclay, O Evangelho de Mateus , 2 vols. [Filadélfia: Westminster, 1975], 1: 272). O famoso estudioso da Bíblia Alfred Edersheim disse que era da maior aproximação de amor absoluto de que a natureza humana era capaz, e Bispo JC Ryle escreveu: "[Esta verdade] resolve uma centena de diferentes pontos, ... impede que a necessidade de se estabelecerem regras pequenas infinitas para a nossa conduta em casos específicos "(Pensamentos expositivas sobre os Evangelhos: St. Mateus [Londres: Tiago Clarke, 1965], p 66)..

Jesus dá três razões para obedecer ao mandamento de amar os outros como a nós mesmos: a promessa de Deus para Seus filhos exige, Seu padrão para Seus filhos exige, eo Seu propósito para Seus filhos exige.

Promessa de Deus para com seus filhos exige-

Peçam, e lhes será dado; buscai, e achareis; batam, ea porta será aberta. Pois todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate será aberto. (7: 7-8)

Aqui está uma das maiores e mais abrangentes as promessas do Senhor para aqueles que pertencem a Ele, para aqueles que são Seus filhos e cidadãos do Seu reino. À luz desta grande promessa que pode se sentir livre para amar plenamente os outros e totalmente sacrificar pelos outros, porque o nosso Pai celestial dá o exemplo em Sua generosidade para nós e promete que temos acesso ao Seu tesouro eterno e ilimitado para satisfazer nossas próprias necessidades como bem como a deles. Nós podemos fazer para os outros o que gostaríamos que quer fazer por nós mesmos (ver v. 12), sem medo de esgotar os recursos divinos e não ter nada para a esquerda.
Os versículos 7:11 fazer uma ponte perfeita entre o ensino negativo sobre o espírito crítico eo ensino positiva da regra de ouro (12 v.). Mesmo quando foram purificados de nosso próprio pecado tinha-o "log" removido do nosso olho-precisamos de sabedoria divina para saber como ajudar um irmão remover o "cisco" de seu olho (v. 5). E, sem a ajuda de Deus, não podemos ter a certeza de que são "cães" ou "suína" —que são os falsos profetas e os apóstatas a quem não devemos oferecer as coisas sagradas e preciosas da Palavra de Deus (v. 6). Essas considerações nos levam a invocam o Senhor.
Das muitas coisas pelas quais devemos pedir, buscar e bater, a sabedoria de Deus está entre as nossas maiores necessidades. Nós não podemos ser exigentes e selectivos sem conselho divino de nosso Pai Celestial; e os principais meios para alcançar tal sabedoria está peticionando oração "Se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não censura, e será dado a ele" (Jc 1:5) e como "família de Deus" (Ef 2:19). João fala repetidamente de Deus como nosso Pai (I João 1:2-3; 1Jo 2:1; 1Jo 3:1; etc.) e dos crentes como Seus filhos (1Jo 3:10; 1Jo 5:2; 3: 10-12; 1Jo 4:20; etc.).

Em segundo lugar, aquele que afirma que essa promessa deve estar vivendo em obediência ao Pai. "O que quer que pedimos dele recebemos," João diz, "porque guardamos os seus mandamentos e fazemos o que é agradável à sua vista" (1Jo 3:22).

Em terceiro lugar, a nossa motivação em pedir deve estar certo. "Pedis e não recebeis," explica Tiago ", porque pedis mal, para o que você pode gastar em seus prazeres" (Jc 4:3), não podemos afirmar esta promessa. "Não suponha esse homem esperar que ele vai receber alguma coisa do Senhor, sendo um homem de ânimo dobre, inconstante em todos os seus caminhos" (Tiago 1:7-8). Como João deixa claro, "Esta é a confiança que temos Nele, que, se pedirmos alguma coisa segundo a sua vontade, ele nos ouve" (1Jo 5:14). Para ter confiança na oração respondida em qualquer outra base é ter uma confiança falsa e presunçoso que o Senhor não faz nenhuma promessa de honrar.

Outra qualificação possível é a perseverança, sugerido pelos tempos presentes imperativos de pedir, buscar e . bato A idéia é a de continuidade e constância: Persisti em pedir; persistir em buscar; continuar batendo. "Vemos também uma progressão de intensidade nos três verbos, de simples pedindo para a busca mais agressiva para o ainda mais agressivo batendo. No entanto, nenhuma das figuras é complicado ou obscuro. O filho mais novo sabe o que é a pedir, buscar e bater.

A progressão na intensidade também sugere que os nossos sinceros pedidos ao Senhor não são para ser passiva. Seja qual for da Sua vontade que sabemos fazer que deveríamos estar fazendo. Se nós estamos pedindo ao Senhor que nos ajude a encontrar um emprego, devemos estar à procura de um trabalho nós mesmos enquanto aguardamos Sua orientação e disposição. Se estamos fora de comida, devemos estar tentando ganhar dinheiro para comprá-lo, se pudermos. Se queremos ajudar no enfrentamento de um irmão sobre um pecado, devemos estar tentando descobrir tudo o que puder sobre ele e sua situação e tudo o que pudermos sobre o que a Palavra de Deus diz sobre o assunto envolvido. Não é a fé, mas presunção de pedir ao Senhor para fornecer mais quando não estamos usando fielmente o que Ele já nos deu.

Padrão de Deus para Seus filhos exige-

Ou qual é o homem dentre vós, quando seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se lhe pedir um peixe, ele não lhe dará uma cobra, vai? Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará o que é bom para aqueles que lhe pedirem! (7: 9-11)

Estes versos continuam a apontar para e ilustrar a regra de ouro do versículo 12. Estamos também a amar os outros como a nós mesmos, porque essa é uma parte do padrão de vida de Deus para Seus filhos e cidadãos do reino. "Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados; e andai em amor, como Cristo também vos amou, e se entregou por nós, como oferta e sacrifício a Deus como um aroma perfumado" (Ef 5:1-2. ).

Se dissermos que os filhos de Deus, a natureza de Deus deve ser refletido em nossas vidas, imperfeita como eles ainda estão. Jesus aqui passa a nos mostrar algo do que o amor de nosso Pai celestial é como.Primeiro, Ele dá várias ilustrações de relações familiares humanos por fazer duas perguntas retóricas.

O que o homem ... no meio de vós , ou seja, o que o pai, amoroso , quando seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra? A resposta óbvia é nenhum homem, nenhum pai amoroso. O mais cruel dos pais dificilmente enganar o seu próprio filho, dando-lhe uma pedra para comer, que parecia com o pão. Mesmo que o filho descobriu o engano antes de quebrar um dente, seu coração seria quebrado pela crueldade de seu pai.

Ou, Jesus continua, se o filho lhe pedir um peixe , o pai não vai dar-lhe uma serpente, vai? A idéia não é que a cobra estaria vivo e venenosa, e, portanto, de perigo físico para o filho. A sugestão é de uma cobra que é cozido para se parecer com a carne comum e seria, ao contrário da pedra, atender a necessidade física do filho. Mas porque eles estavam entre os animais imundos (Lv 11:12), as cobras não eram para ser comidos pelos judeus. Um pai judeu amoroso não iria enganar e contaminar seu filho em desonrar a Palavra de Deus por enganando-o a comer o alimento impuro. Nosso Senhor é simplesmente mostrar que não é natural para um pai para ignorar tanto o físico ou as necessidades espirituais de seu filho.

Na conta de Lucas, Jesus dá a ilustração acrescentado e mais dramática de um escorpião sendo substituído por um ovo (11:12). Alguns escorpiões Oriente Próximo foram bastante grande e se assemelhava a um ovo de pássaro quando se enrolou para dormir. Neste caso, o engano poderia causar grande perigo físico para o filho, até mesmo uma morte agonizante.

Se vós, pois, sendo maus -como pecaminosa humana pais-sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está nos céus, dará o que é bom para aqueles que lhe pedirem! Aqui está um dos muitos ensinamentos das escrituras específicas de natureza caída e mal do homem. Jesus não está falando de pais específicos que são especialmente cruel e perverso, mas de pais humanos, em geral, os quais são pecaminosas por natureza.

Aqueles que não conhecem o verdadeiro Deus não têm nenhuma fonte divina a quem eles podem se transformar com a garantia ou de confiança. A maioria dos deuses pagãos, mas são maiores do que imagens da vida dos homens que fizeram e adorá-los. A mitologia grega conta a história de Aurora, a deusa do amanhecer, que se apaixonou por Tithonus, um jovem mortal. Quando Zeus, o rei dos deuses, prometeu conceder-lhe qualquer presente que ela escolheu para seu amante, ela pediu que Tithonus pode viver para sempre. Mas ela tinha esquecido de pedir que ele também permanecer eternamente jovem.Portanto, quando Zeus deferiu o pedido, Tithonus estava condenado a uma eternidade de envelhecimento perpétua ( Hino homérico a Afrodite [5,218-38]). Essas são as formas caprichosas dos deuses os homens fazem.

Mas não é assim com o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Como no capítulo anterior, Jesus usa a expressão muito mais para descrever o amor de Deus para Seus filhos (conforme 06:30). Nosso divino amoroso, misericordioso, bondoso Pai que está no céu não tem limite no seu tesouro e não há limites para a bondade que está disposto a conceder a seus filhos que lhe pedirem . O relacionamento mais naturalmente altruísta entre os seres humanos é a de pais com seus filhos. Estamos mais propensos a sacrificar para os nossos filhos, até mesmo ao ponto de abrir mão de nossas vidas, do que para qualquer outra pessoa no mundo. No entanto, o maior amor parental humano não se pode comparar com a de Deus.

Não há limite para o que nosso Pai celestial dará para nós quando pedimos em obediência e de acordo com a Sua vontade. Mais uma vez temos a verdade adicional da passagem paralela em Lucas, que nos diz: "Quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?" (11:13).

A verdade Jesus proclama aqui é que, se os pais humanos imperfeitos e pecadores tão voluntariamente e livremente dar a seus filhos os princípios básicos da vida, Deus infinitamente superá-los na medida e no benefício. É por isso que os filhos de Deus são "bem-aventurados ...com todas as bênçãos espirituais" (Ef 1:3;.. Conforme Lv 19:18). A regra de ouro nos instrui a respeito de como devemos amar outras pessoas ", especialmente", como Paulo aponta, "aos da família da fé" (Gl 6:10). E "aquele que ama seu próximo tem cumprido a lei" (Rm 13:8.).

Como tratar os outros não é para ser determinado pela forma como nós esperamos que eles nos tratem ou pela forma como nós pensamos que eles devem nos tratar, mas pela forma como deseja -los para tratar nós. Aqui é o coração do princípio, um aspecto da verdade geral que não é encontrado em expressões similares em outras religiões e filosofias.

Por muitos anos o instrumento básico da música foi o cravo. Como suas chaves estão deprimidos, uma determinada cadeia é arrancado para criar a nota desejada, assim como uma corda de violão é arrancado com uma picareta. Mas o tom feita desta maneira não é puro, e o mecanismo é relativamente lenta e limitativa. Em algum momento durante o último quartel do século XVIII, durante a vida de Beethoven, um músico desconhecido modificado o cravo para que as chaves ativado martelos que atingiram, em vez de arrancadas, as cordas. Com essa pequena alteração, uma melhoria significativa que passaria a melhorar radicalmente todo o mundo musical, dando uma grandeza e amplitude nunca antes conhecido.
Esse é o tipo de mudança revolucionária Jesus dá na regra de ouro. Qualquer outra forma de este princípio básico tinha sido dado em termos puramente negativos, e é encontrado na literatura de quase todas as grandes religiões e sistema filosófico. O rabino Hillel disse: "O que é odioso para si mesmo não fazer a outra pessoa." O livro de Tobit nos Apócrifos ensina: "O que tu mesmo hatest, para ninguém fazer."Os estudiosos judeus em Alexandria que traduziram a Septuaginta (Antigo Testamento grego) aconselhados em um determinado pedaço de correspondência ", como você deseja que nenhum mal acontecer a você, mas para ser um participante de todas as coisas boas, por isso você deve agir com o mesmo princípio em direção a seus súditos e delinquentes ". Confúcio ensinou: "O que você não quer fazer a si mesmo, não faça para os outros." Um antigo rei grego chamado Nicocles escreveu: "Não faça aos outros as coisas que fazem você sentir raiva quando você experimentá-los nas mãos de outras pessoas." O filósofo grego Epicteto disse: "O que você evitar o sofrimento a si mesmo, não se afligem sobre os outros." Os estóicos promoveu a princípio, "O que você não quer que seja feito a você, não faço a mais ninguém." Em todos os casos, a ênfase é negativo. O princípio é uma parte importante de corretas relações humanas, mas fica aquém-far-alcançar o padrão perfeito de Deus.

Essas expressões ir só até onde o homem pecador pode ir, e são essencialmente expressões não de amor, mas de auto-interesse. A motivação é basicamente egoísta-não prejudicar os outros, a fim de que eles não vão nos prejudicar. Essas formas negativas de a regra não são de ouro, porque eles são principalmente utilitária e motivado pelo medo e auto-preservação. Como a Escritura nos diz repetidamente da humanidade caída, "Não há ninguém que faça o bem, não há nem um sequer" (Rm 3:12; conforme Sl 14:3). Em Jesus Cristo, "o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dada" (Rm 5:5). Só podemos amar de uma forma divina, porque o próprio Deus nos amou primeiro divinamente (1Jo 4:19).

O amor altruísta não serve para evitar que o seu próprio dano ou para segurar o seu próprio bem-estar. Ele serve para o bem de quem está sendo servido, e serve na forma como ele gosta de ser servido-se sempre recebe esse serviço ou não. Esse nível de amor é o nível divino, e só pode ser alcançada com a ajuda divina. Só os filhos de Deus pode ter corretas relações com os outros, porque eles possuem a motivação e o recurso a abster-se de outros hipocritamente condenar e de amar de uma forma absolutamente altruísta.

42. Qual o caminho para o Céu? (13 40:7-14'>Mateus 7:13-14)

Entrai pela porta estreita; por larga é a porta, e o caminho é largo que leva à perdição, e muitos são os que entram por ela. Para o portão é pequeno, e o caminho é estreito que leva à vida, e poucos são os que a encontram. (7: 13-14)

Aqui é o apelo a que Jesus foi se movendo através de todo o sermão. Ele dá a chamada para decidir agora sobre como se tornar um cidadão do reino de Deus e herdar a vida eterna, ou continuar a ser um cidadão deste mundo decaído e receber a condenação. O caminho para a vida é nos termos de Deus por si só; o caminho para a condenação é em quaisquer condições uma pessoa quer, porque todos os sentidos, mas leva de Deus para o mesmo destino.
Jesus tem vindo a dar os padrões de Deus em todo o sermão, as normas que são santa e perfeita e que são diametralmente opostos aos padrões de justiça própria, auto-suficiente, e hipócritas de por aqueles dos escribas e fariseus tipificado-man Ele mostrou o que a Sua Reino é como e quais as suas pessoas são como-e não são como. Agora ele apresenta a opção de entrar no reino ou não. Aqui o Senhor incide sobre a decisão inevitável que cada pessoa deve fazer, no cruzamento onde ele deve decidir sobre o portão , ele vai entrar e a forma como ele irá.

Nossa vida está repleta de decisões-o que vestir, o que comer, onde ir, o que fazer, o que dizer, o que comprar, com quem casar, que carreira seguir e assim por diante. Muitas decisões são triviais e insignificantes, e alguns são essenciais e de mudança de vida. O mais grave de tudo é a nossa decisão a respeito de Jesus Cristo e Seu reino. Essa é a escolha final que determina o nosso destino eterno. É essa decisão que Jesus aqui chama os homens a fazer.
Em perfeita harmonia com a Sua soberania absoluta; Deus sempre tem permitido que os homens para escolhê-lo ou não, e Ele sempre insistia com eles para decidir por Ele ou enfrentar as consequências de uma escolha contra Ele. Desde que a humanidade virou as costas para ele na queda, Deus entortou todo o esforço e não poupou custo em cortejar Suas criaturas de volta a Ele. Ele providenciou e mostrado o caminho, não deixando nada para o homem, mas a escolha. Deus fez sua escolha, dando o caminho da redenção. A escolha é agora Mans.

Enquanto Israel estava no deserto, o Senhor instruiu Moisés para dizer ao povo: "Eu chamo o céu ea terra como testemunhas contra vós hoje, que eu pus diante de ti a vida ea morte, a bênção ea maldição. Então, escolher a vida para que você vivas, tu ea tua descendência, amando o Senhor, teu Deus, obedecendo a sua voz e apegando-a Ele "(Deut. 30: 19-20).

Depois de Israel entraram na Terra Prometida, Josué confrontou o povo novamente com uma escolha: de continuar a servir os deuses egípcios e cananeus que aprovaram ou de se voltar para o Senhor que os havia libertado do Egito e deu-lhes a terra prometida a Abraão. "Escolham hoje a quem irão servir," Josué invocado (13 6:24-15'>Josh. 24: 13-15).

Em Monte Carmelo, o profeta Elias pediu ao povo de Israel: "Quanto tempo você vai hesitar entre duas opiniões Se o Senhor é Deus, segui-Lo;? Mas se Baal, segui-lo" (1Rs 18:21). O Senhor ordenou a Jeremias para definir a escolha de novo diante do seu povo: "Assim diz o Senhor: Eis que ponho diante de vós o caminho da vida e o caminho da morte '" (Jr 21:8, Jesus chamou para uma escolha: "Como resultado disso, muitos dos seus discípulos retirou-se e não estavam andando com ele mais Jesus dizia, pois, os doze, 'Você não quer ir embora também,. você? ' Simão Pedro respondeu-lhe: "Senhor, para quem iremos nós? Tu tens palavras de vida eterna. E nós temos crido e vim a saber que tu és o Santo de Deus." '

Esse é o chamado que Deus tem feito para os homens, uma vez que se afastaram Dele, e isso é o apelo supremo da Sua Palavra.
Em seu poema Os Caminhos , O poeta britânico João Oxenham escreveu,

Para cada homem abre
A Way, e maneiras, e uma maneira,
E a alta alma sobe a High Way,
E a baixa Alma tateia o Baixo,
E no meio, sobre os apartamentos enevoadas,
O resto deriva para lá e para cá.
Mas, para cada homem abre
A Way alta e uma baixa,
E cada homem decideth
A Way sua alma deve ir.
No Sermão da Montanha, Jesus apresenta ainda mais uma vez que grande variedade de escolhas. Este sermão, portanto, não pode ser simplesmente admirado e elogiado por sua ética. Suas verdades vai abençoar aqueles que aceitam o Rei, mas vai ficar em julgamento sobre aqueles que se recusam a Ele. Aquele que admira a maneira de Deus, mas não aceita que está sob maior juízo, porque ele reconhece que ele sabe a verdade.
Este sermão também não se aplica apenas para o futuro era do reino milenar. As verdades Jesus ensina aqui são verdades cuja essência Deus ensina no Antigo Testamento e todo o Novo Testamento. Eles são verdades para as pessoas de todas as idades de Deus, como a decisão sobre o portão e o caminho sempre foi uma empresa de decisão.

A escolha é entre o um e os muitos, o caminho certo e os muitos erros, o único e verdadeiro caminho e as muitas maneiras falsas. Como João Stott assinala, em 13 40:7-14'>Mateus 7:13-14 "cortes de Jesus em toda a nossa easy-going sincretismo" ( Cristão Counter-Culture [Downers Grove, Ill .: InterVarsity, 1978], p 193.). Não há muitos caminhos para o céu, mas um só. Não há muitas boas religiões, mas apenas um.O homem não pode chegar a Deus em qualquer das formas que o homem se inventa, mas apenas em um caminho que o próprio Deus providenciou.

O contraste Jesus faz é não entre religião e irreligião, ou entre as religiões superiores e os inferiores. Também não é um contraste entre pessoas agradáveis ​​e eretas e os vis e degradadas. É um contraste entre a justiça divina e da justiça humana, tudo de que é injustiça. É um contraste entre a revelação divina e da religião humana, entre a verdade divina e falsidade humana, entre confiando em Deus e confiar em si mesmo. É o contraste entre a graça de Deus e as obras do homem.

Sempre houve, mas dois sistemas de religião no mundo. Um é o sistema de realização divina de Deus, eo outro é o sistema do homem da realização humana. Uma delas é a religião da graça de Deus, o outro a religião das obras dos homens. Uma delas é a religião de fé, o outro a religião da carne. Uma delas é a religião do coração sincero e o interno, o outro a religião da hipocrisia e da externa. Dentro do sistema do homem são as milhares de formas e nomes religiosos, mas eles são todos construídos sobre as realizações do homem e da inspiração de Satanás. Cristianismo; por outro lado, é a religião da realização divina, e está sozinho.

Mesmo a lei dada por meio de Moisés, embora divina, não era um meio de salvação, mas sim um meio de mostrar a necessidade do homem para a salvação. "Pelas obras da lei nenhuma carne será justificada diante dele", explica Paulo; "Por meio da Lei vem o conhecimento do pecado" (Rm 3:20). A lei veio para nos mostrar nossa pecaminosidade e culpa diante de Deus, e para nos mostrar que somos incapazes em nós mesmos de manter a lei perfeita de Deus.

Mas quando hipócrita, homem centrado no ego viu que ele era pecaminoso pela norma da lei, ele simplesmente definir a lei de lado e criou padrões de sua autoria. Ele inventou novas religiões que acomodaram suas deficiências e que eram humanamente possível. Ao cumprir as suas próprias normas realistas, pois, alguém se considerava justo. Isso é o que os rabinos e escribas tinham feito no que diz respeito às suas tradições. Eles baixaram os padrões de Deus, levantou as suas próprias estimativas de si mesmos, e sentiram que tinham alcançado uma posição justa com Deus (Rm 10:3).

A partir daqui, através do resto do sermão (. Vv 13-27) Jesus aponta repetidamente duas coisas: a necessidade de escolher se quer seguir a Deus ou não, e o fato de que as escolhas são duas e apenas duas. Há duas portas, o estreito ea ampla; dois caminhos, o estreito e amplo; dois destinos, vida e destruição; dois grupos, os poucos e os muitos; dois tipos de árvores, o bom eo mau, que produzem dois tipos de fruta, o bom eo mau; dois tipos de pessoas que professam a fé em Jesus Cristo, o sincero eo falso; dois tipos de construtores, o sábio eo insensato; duas fundações, a rocha e areia; e duas casas, o seguro eo inseguro. Em toda pregação deve haver a procura de um veredicto. Jesus faz o cristal escolha clara.
Nos versículos 13:14 Jesus lida com os quatro primeiros desses contrastes: as duas portas, as duas maneiras, os dois destinos, e os dois grupos.

As duas portas

Digite está no aoristo imperativo tenso, e, portanto, exige uma ação definitiva e específica. O comando não é para admirar ou para refletir sobre o portão , mas para entrar nele. Muitas pessoas admiram os princípios do Sermão da Montanha, mas nunca siga esses princípios. Muitas pessoas respeito e louvor a Jesus Cristo, mas nunca recebê-Lo como Senhor e Salvador. Porque eles nunca recebem o Rei e nunca entrar no reino, eles são o máximo separado do Rei e, tanto fora do seu reino, como é o ateu ou pagão rankest mais antiético.

Mandamento de Jesus não é simplesmente para entrar algum portão, mas para entrar pela porta estreita . Cada pessoa entra em um portão ou outro; que é inevitável. Jesus pede para os homens a entrar nodireito porta , portão de Deus, a única porta que leva a vida e para o céu.

Jesus tem mostrado repetidamente a estreiteza do padrão interno da justiça de Deus, em contraste com as normas gerais e externos da tradição judaica. O caminho para esse caminho estreito da vida no reino é através da porta estreita do próprio Rei. "Eu sou o caminho, ea verdade, ea vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim" (Jo 14:6), e porque" há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem " (1Tm 2:5).

Jesus confrontou o jovem rico que buscava a vida eterna e apresentou uma prova de sua disposição de submeter ao Seu senhorio: "Uma coisa que você ainda não têm; vende tudo o que possui, e distribuí-lo aos pobres, e terás um tesouro no céu ; depois vem e segue-me "(Lc 18:22). Como sua resposta provou, o desejo do homem para governar a sua própria vida e para segurar sua riqueza terrena impediu sua entrada ao reino, porque "quando ele tinha ouvido falar dessas coisas, ele ficou muito triste, porque era extremamente rico" (v. 23). Ele também deu provas de justiça própria e auto-engano em negar seu verdadeiro estado de pecado (v. 21), porque se ele tinha em seu coração verdadeiramente manteve todos os mandamentos como ele alegou, ele certamente teria mantido o maior commandment— que é amar a Deus com todo o nosso coração, alma e força (Dt 6:1; conforme Mt 22:37). Assim, ele teria seguido a Cristo com o compromisso total. O problema com esse jovem era muito simplesmente uma questão de soberania. Jesus confrontou-o sobre a questão do controle da vida. Aquele que vem a rendimentos salvação controlar a Cristo se isso significa que ele dá-se tudo ou é permitido manter tudo e receber mais.Salvação transforma a soberania sobre a Cristo.

Para amar a Deus com tudo o que temos é a de abandonar a auto-auto-confiança, auto-realização, auto-justiça, e auto-satisfação. "A menos que você está convertam e se tornem como crianças," Jesus disse: "você não entrará no reino dos céus" (Mt 18:3); é também um despojamento de si e chorando, como fez o publicano no templo, "Deus, sê propício a mim, pecador!" (Lc 18:13). Fácil believism não é believism bíblica. A porta estreita significa que os que entram não tão despojado de tudo o que possuem, em vez de adicionar Jesus para os seus tesouros acumulados. A salvação é a troca de tudo o que somos por tudo que Ele é (ver 13 44:40-13:46'>Mat. 13 44:46). E como fez com Jó, o Senhor vai dar a volta muito mais.

porta estreita exige arrependimento. Muitos judeus acreditavam que simplesmente sendo um judeu, um descendente físico de Abraão, foi suficiente para a entrada no céu. Muitas pessoas hoje acreditam que ser em uma igreja qualifica-los para o céu. Alguns até acreditam que o simples facto de um ser humano qualifica-los, porque Deus é muito bom e gentil excluir ninguém. Deus não oferecem o caminho para todos, e seu maior desejo é que todo mundo entrar, porque Ele não deseja "que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" (2Pe 3:9), como Jesus havia pregado ele (Marcos 1:14-15). João Batista preparou um povo para o Senhor por arrependimento (Lucas 3:1-6). O caminho do arrependimento, de transformar a partir de nosso próprio caminho e nossa própria justiça para Deus, é a única maneira de entrar em Seu reino e, portanto, a única maneira de manter-se de perecer.

Charles Spurgeon disse: "Você e seus pecados deve separar ou você e seu Deus nunca vão se reunir Ninguém pecado podem lhe manter;. Todos eles devem ser abandonados, eles devem ser levados para fora como reis cananeus da caverna e ser enforcados ao sol. "

A vida arrependido será uma vida transformada. A mensagem principal da primeira epístola de João é que a vida verdadeiramente remidos manifestar-se em uma vida transformada, em que a confissão do pecado (1: 8-10), a obediência à vontade de Deus (2: 4-6), o amor de Deus do outro crianças (2: 9-11; 3: 16-17), e prática de justiça (3: 4-10) são normais e habitual. "Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto, e assim sereis meus discípulos" (Jo 15:8), que é ortodoxo, mas infrutífera.

Aqueles que pregam um evangelho de auto-indulgência pregar um evangelho totalmente diferente do que Jesus pregou. O portão de orgulho, de auto-justiça, e auto-satisfação é a porta larga do mundo, e não o portão estreito de Deus.

A maioria das pessoas passam a vida correndo por aí com as multidões, fazendo o que todo mundo faz e acreditar que todo mundo acredita. Mas, tanto quanto a salvação está em causa, não há segurança em números. Se cada pessoa em um grupo é salvo é porque cada um deles vem individualmente no reino por sua própria decisão, energizado pelo Espírito Santo, a confiar em Cristo.

Dois Caminhos

As duas portas levar a dois caminhos. O portão que é ampla leva a da maneira que é amplo ; e a porta estreita , que é pequena , leva a da maneira que é estreita. O caminho estreito é o caminho dos justos, e o caminho largo é o caminho dos ímpios e essas são as duas únicas formas em que os homens podem viajar . A pessoa piedosa se ​​deleita "na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite. E ele será como a árvore plantada junto a ribeiros de águas, a qual dá o seu fruto no seu tempo", enquanto o ímpio "são como a palha que o vento vai embora "(Sl 1:2-4.).

A maneira que é amplo é o caminho mais fácil, atraente, inclusive, indulgente, permissivo, e auto-orientado do mundo. Existem algumas regras, poucas restrições, e alguns requisitos. Tudo que você precisa fazer é professam Jesus, ou pelo menos ser religioso, e que são prontamente aceitas nesse grupo grande e diversificada. Pecado é tolerado, a verdade é moderado, e humildade é ignorado. A Palavra de Deus é elogiado, mas não estudou, e Seus padrões são admirados, mas não seguiu. Desta forma, não requer maturidade espiritual, sem caráter moral, sem compromisso, e não sacrifício. É a maneira mais fácil de flutuar rio abaixo, em "o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência" (Ef 2:2).

Uma das Índias Ocidentais, que tinha escolhido o Islã sobre o cristianismo disse que seu motivo era que o Islã "é um caminho nobre, amplo. Há espaço para um homem e seus pecados sobre ele. O caminho de Cristo é muito estreita" Parece que muitos pregadores hoje fazem não vejo essa questão tão claramente quanto que descrente muçulmano.

A maneira que é estreita , no entanto, é a maneira mais difícil, o caminho exigente, o caminho da abnegação e da cruz. Stenos ( estreito ) vem de uma raiz que significa "a gemer", como de estar sob pressão, e é usada figurativamente para representar uma restrição ou constrição. É a palavra de que cheguemos a estenografia, por escrito, que é abreviado ou comprimido.

O fato de que poucos são aqueles que encontram o caminho de Deus implica que está a ser procurado diligentemente. "E você vai procurar-me e encontrar-me, quando você procura por mim de todo o vosso coração" (Jr 29:13). Ninguém jamais tropeçou no reino ou vagou pela porta estreita por acidente. Quando alguém perguntou a Jesus: "Senhor, são apenas alguns que se salvam?" Ele respondeu: "Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois muitos, eu lhe digo, procurarão entrar e não poderão" (13 23:42-13:24'>Lucas 13:23-24). O termo agōnizomai ("esforçar-se") indica que entrar na porta ao reino de Deus exige esforço consciente, intencional, e intenso. Esse é o prazo a partir do qual obtemos agonizar, e é a mesma palavra que Paulo usa para descrever um atleta que agoniza ("compete") para ganhar uma corrida (1Co 9:25). E o cristão que "combate o bom combate da fé "(literalmente," luta a boa luta ", 1Tm 6:12). Os requisitos para a cidadania reino são grandes, exigente, claramente definido, e permitir a nenhum desvio ou partida. Lc 16:16 diz: "Toda a gente está forçando seu caminho para [o reino]", o que implica conflito e esforço (conforme At 14:22).

O reino é para aqueles que vêm para o Rei em pobreza de espírito, mais de luto seus pecados, e fome e sede de Sua justiça para substituir o seu próprio (Mat. 5: 3-4, Mt 5:6). É para aqueles que querem o reino a qualquer custo, que vai vender tudo que tem que comprar esse grande tesouro, e que grande pérola (13 44:40-13:46'>Mat. 13 44:46). Não é para aqueles que querem uma maneira barata e fácil de assegurar o céu, enquanto continua a viver suas próprias vidas egoístas e mundanos na terra. Jesus salva apenas aqueles para quem a Ele se torna Senhor. Infelizmente, a maioria das pessoas pensa que o céu pode ser obtido em condições muito mais fácil do que as prescritas por Cristo.

Comentários William Hendriksen,
O Reino, então, não é para os fracos, vacilantes e conciliadores .... Não é por Balaão, o jovem rico, Pilatos e Demas .... Não é ganho por meio de orações diferidos, promessas não cumpridas, resoluções quebrados e testemunhos hesitantes. É por homens fortes e resistentes, como José, Nathan, Elias, Daniel, Mordecai e Pedro ... Estevão ... e Paulo. E não nos esqueçamos de tais mulheres valentes, como Rute, Deborah, Esther e Lydia. ( Exposição do Evangelho segundo Mateus . [Grand Rapids: Baker, 1973], p 490)

Como Paulo expressa isso em Romanos 7:14-25, deveria ser o desejo de nossos corações, como cristãos, para cumprir todos os comandos e exigência de nosso Senhor, apesar de sabermos que vamos falhar.Mas sabemos também que "se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1Jo 1:9).

Caminho da salvação de Deus é extremamente simples, mas não é fácil. Nós podemos dar nada ou desistir de nada que vai nos ganhar a entrada no reino, mas se almejamos para segurar coisas proibidas pode nos manter fora do reino. Essa é outra razão pela qual poucos são os que a encontram.

Podemos não paga nada para a salvação, mas vindo a Jesus Cristo custa tudo o que temos. "Se alguém vem a mim", diz Jesus, "e não aborrecer a seu pai e mãe e esposa e filhos e irmãos, e irmãs, e até sua própria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega sua própria atravessar [a vontade até para morrer se necessário] e não me segue não pode ser meu discípulo "(Lc 14:26). O Senhor passa a mostrar a seriedade de tomar a decisão de seguir a Cristo. "Para que um de vós, quando ele quer construir uma torre, não se senta primeiro a calcular o custo, para ver se tem com que a acabar? ... Ou qual é o rei, quando ele sai ao encontro de outro rei na batalha , não se senta primeiro a consultar se ele é forte o suficiente com dez mil homens ao encontro do que vem contra ele com vinte mil? " (Vv. 28, 31).

A pessoa que diz sim a Cristo deve dizer não para as coisas do mundo, porque estar em Cristo é confiar em Seu poder, em vez de nossa própria e estar dispostos a abandonar o nosso próprio caminho para a Sua. Pode custar perseguição, ridicularização, e tribulação. Em suas últimas instruções aos seus discípulos, Jesus várias vezes lembrou-lhes o preço que pagaria por segui-Lo: "Porque você não é do mundo, mas eu vos escolhi do mundo, por isso o mundo vos odeia Lembre-se da palavra. que eu disse a você, 'Um escravo não é maior que o seu senhor. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós "(João 15:19-20);" Eles vão fazer você párias da sinagoga "(Jo 16:2 b ) e que estamos a tomar coragem porque Ele venceu o mundo (16:33 b ). Mas Ele promete que nos permitam prevalecer sobre aqueles momentos de sofrimento, para não fugir deles.

Dois Destinos

Tanto o amplo e os estreitos caminhos apontam para a boa vida, para a salvação, céu, Deus, o reino, e uma bênção, mas apenas o estreito caminho, na verdade, leva a esses. Não há nada aqui para indicar que o caminho largo está marcado como "Inferno". O ponto de nosso Senhor está fazendo é que ele é marcado como "Céu", mas não leva lá. Essa é a grande mentira de todas as religiões falsas de realização humana. Os dois destinos muito diferentes das duas maneiras são feitas clara pelo Senhor (conforme Jr 21:8; 18:. Mt 18:8; Mt 25:41, Mt 25:46; 2Ts 1:92Ts 1:9). Ela não é a perda completa de ser, mas a perda completa de bem-estar. É o destino de todas as religiões, exceto o caminho de Jesus Cristo, e é o destino de todos aqueles que seguem qualquer maneira, mas dEle. É o destino eo destino da perdição, inferno e tormento eterno. "O caminho dos ímpios perecerá" (Sl 1:6). "Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, eu vos teria dito, pois vou preparar-vos lugar E se eu for e vos preparar lugar para você, eu virei outra vez, e receber. para mim mesmo, para que onde eu estou, estejais vós também "(João 14:2-3).

Dois grupos

Indo para as duas portas, descendo as duas maneiras, e indo para os dois destinos que encontramos dois grupos de pessoas. Aqueles que entrar pela porta larga e viajar pelo caminho que é amplo em direção ao destino de destruição são muitos . O muitos irão incluir pagãos e cristãos nominais, ateus e religiosos, teístas e humanistas, judeus e gentios, toda pessoa de qualquer idade, fundo, persuasão e circunstância que não veio para salvar a obediência a Jesus Cristo.

No dia do juízo muitos afirmam ser seguidores de Cristo, mas "muitos procurarão entrar e não poderão", Jesus adverte. "Uma vez que o dono da casa se ​​levanta e fecha a porta, e você começa a ficar de fora e bater à porta, dizendo: Senhor, abre-se a nós! ' Ele, então, vai responder e dizer-lhe: 'Eu não sei de onde você é. " Em seguida, você vai começar a dizer: 'Comemos e bebemos na tua presença, e tu ensinaste nas nossas ruas ", e ele vai dizer, eu lhe digo, eu não sei de onde você é, afastar-me, todos os malfeitores" (13 24:42-13:27'>Lucas 13:24-27). "Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitos milagres? E então eu lhes direi: "Nunca vos conheci; partem de mim, vós que praticais a iniqüidade "(Mateus 7:22-23.) Aqueles particulares que são excluídas não serão ateus ou pagãos escalão, mas os cristãos nominais que professavam conhecer e confiar em Cristo, mas que se recusou a ir a Ele. em Seus termos-through Seuportão e por sua maneira.

O grupo que passa pela porta estreita e percorre o caminho estreito e é destinado a vida é poucos em número. Quando Jesus disse: "Não temais, pequeno rebanho" (Lc 12:32), a palavra que ele usou para "little" foi mikros , da qual nós temos o nosso prefixo micro , ou seja, algo pequeno. "Muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos", Ele diz em outro lugar (Mt 22:14).

Os crentes não são poucos em número, porque a porta é estreita demais ou pequeno demais para acomodar mais. Não há limite para o número que poderia passar por aquele portão, se eles passam no caminho de Deus, em arrependimento por seus pecados e na confiança em Jesus Cristo para salvá-los. Também não é o número poucos porque o espaço celeste é limitado. A graça de Deus não tem limites, e as habitações do céu são ilimitadas. Também não é o número poucos porque Deus deseja que a maioria das pessoas perecem. Ele deseja ardentemente "para que todos cheguem ao arrependimento" (2Pe 3:9, Jo 6:40).

43. Cuidado com os falsos profetas (Mateus 7:15-20)

Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. Você vai conhecê-los pelos seus frutos. Pode alguém colher uvas dos espinheiros, nem figos dos abrolhos, são eles? Mesmo assim, toda árvore boa produz bons frutos; porém a árvore má produz frutos maus. Uma árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore má dar frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Então, você vai conhecê-los pelos seus frutos. (7: 15-20)

Depois de dar o convite para "entrar pela porta estreita", para vir a Deus por a única maneira que Ele tem proporcionado, Jesus adverte que nem todos que dizem pertencer a Deus e falar para ele realmente faz isso. Quando estamos na encruzilhada da decisão, devemos lembrar que o verdadeiro caminho para Deus é estreito e que o falso caminho é largo; o verdadeiro caminho é difícil e exigente, e da maneira falsa é fácil e permissiva; o verdadeiro caminho tem relativamente poucos seguinte nele, ea maneira falsa tem muitos.
Jesus agora diz, com efeito, "Enquanto você se esforça para entrar naquela porta estreita e andar que caminho estreito que conduz à vida, cuidado com aqueles que iria enganá-lo. Assim como há um portão enganosa e de forma enganosa, há também são enganosas pregadores e professores que apontam para aquele portão e promover dessa forma ". Assim como a falsa portão e forma, eles vão reclamar para mostrar o caminho para o céu e da vida, mas eles realmente mostrar o caminho para o inferno e da destruição. O falso portão tem falsos profetas que estão na frente dele que procuram levar as pessoas para o caminho falso e impedi-los de entrar na verdade.
No presente passagem Jesus primeira dá uma advertência e, em seguida, chama-nos a estar atentos. Assim como Ele descreveu os verdadeiros e falsos caminhos, Ele agora descreve os verdadeiros e os falsos mestres dessas maneiras.

Aviso

Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores. (7:15)

Os falsos profetas não eram novos para Israel. Enquanto Deus teve verdadeiros profetas, Satanás teve falsos. Eles são vistos desde os primeiros tempos da história redentora. Moisés advertiu,

Se um profeta ou sonhador de sonhos se levantar no meio de ti e te der um sinal ou prodígio, e o sinal ou a maravilha se torna realidade, sobre o qual ele falou-lhe, dizendo: "Vamos após outros deuses (a quem você não tem conhecido) e vamos atendê-los ", você não deve ouvir as palavras daquele profeta ou sonhador de sonhos; porque o Senhor vosso Deus vos prova, para saber se você ama o Senhor, teu Deus, com todo o seu coração e com toda a tua alma. Você deve seguir o Senhor, teu Deus, e temem; e você deve manter seus mandamentos, ouvir a Sua voz, servi-Lo, e se agarram a ele. Mas aquele profeta ou sonhador de sonhos deve ser condenado à morte, porque ele aconselhou rebelião contra o Senhor vosso Deus. (13 1:5-13:5'>Deut. 13 1:5)

Os falsos profetas sempre encontrar uma audiência e muitas vezes são incentivados por aqueles que estão descontentes com os caminhos de Deus. "Porque este é um povo rebelde", disse Isaías de Israel, "falsos filhos, filhos que se recusam a ouvir a instrução do Senhor; que dizem aos videntes:" Você não deve ver visões ", e aos profetas: ' Você não deve profetizeis para nós o que é certo, falar-nos palavras agradáveis, ilusões profetizar "" (Is. 30: 9-10). A partir do capítulo 5 até o capítulo 23 de Jeremias, vemos que o homem de Deus repetidamente contra os falsos profetas por quem seu povo estava sendo tão terrivelmente enganados.

Como Jesus estava sentado no monte das Oliveiras, pouco antes da última semana da Páscoa, os discípulos perguntaram: "Dize-nos quando sucederão estas coisas e qual será o sinal da tua vinda e do fim dos tempos?" Ele respondeu: "Vede que ninguém vos engane. Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo ', e enganarão a muitos ... Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas se levantarão e mostrarão grandes sinais e prodígios , de modo a enganar, se possível, até os escolhidos "(Mat. 24: 3-5, Mt 24:24). João adverte contra o mesmo problema, apontando que "muitos enganadores têm saído pelo mundo" (2Jo 1:7.). Em outras partes do Novo Testamento os falsos profetas são chamados de "espíritos enganadores" que defendem "doutrinas de demônios" (1Tm 4:1.), Falsos apóstolos (2Co 11:13.), Falsos mestres (2Pe 2:1), e falsos cristos (Mt 24:24). O apóstolo João diz-nos, portanto, "Amados, não creiais a todo espírito, mas provai os espíritos para ver se eles são de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo" (1Jo 4:1).

Sempre houve um grande mercado para os falsos profetas, porque a maioria das pessoas não querem ouvir a verdade. Eles preferem ouvir o que é agradável e lisonjeira, mesmo que seja falsa e perigosa, sobre o que é desagradável e que não faz jus, mesmo que seja verdadeiro e útil.

A definição de um Falso Profeta

Desde o início da obra redentora de Deus em favor da humanidade caída, Seus verdadeiros representantes foram marcados por duas coisas: eles são divinamente comissionado, e apresentam uma mensagem divina. Eles são chamados por Deus, e eles declaram a mensagem de Deus e só essa mensagem. Um verdadeiro profeta é a voz de Deus aos homens.

Quando Moisés foi chamado, ele disse: "Por favor, Senhor, eu nunca fui eloqüente, nem recentemente nem no tempo passado, nem depois que falaste a teu servo; porque sou pesado de boca e pesado de língua". E o Senhor disse-lhe: "Quem fez a boca do homem? Ou quem lhe faz mudo ou o surdo, ou ver ou cego? Não sou eu, o Senhor? Agora, em seguida, ir, e eu, eu mesmo, será com a boca e ensinar-lhe o que você está a dizer "" (Ex. 4: 10-12).

A característica mais perigosa de falsos profetas, porém, é que eles, também, a pretensão de ser de Deus e para falar em Seu nome. "Uma coisa espantosa e horrenda se anda fazendo na terra", Deus disse a Jeremias. "Os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes se pronunciar sobre a sua própria autoridade, e meu povo assim o deseja!" (Jer. 5: 30-31). Mais uma vez ele disse: "Os profetas profetizam mentiras em meu nome eu nem enviei nem lhes ordenei, nem falei com eles, pois eles vos profetizam uma visão falsa, e adivinhação, e vaidade, eo engano de suas próprias mentes." (14: 14). E ainda novamente Ele disse:

"Também entre os profetas de Jerusalém vejo uma coisa horrenda: cometem adultérios", andam com falsidade; e fortalecem as mãos dos malfeitores, para que ninguém se desviou de sua maldade. "... Assim diz o Senhor dos Exércitos," Não dê ouvidos às palavras dos profetas que vos profetizam. Eles estão levando-os a futilidade; falam da visão de sua própria imaginação, não da boca do Senhor .... Não mandei esses profetas, mas eles correram. Eu não falei com eles, mas eles profetizaram. "(23:14, 16, 21)

Em uma promessa do julgamento o Senhor disse a Zacarias: "Pois eis que eu vou levantar um pastor na terra, que não vai se importar para os que perecem, procurar os dispersos, a curar os quebrantados, ou manter a uma posição, mas vai devorar a carne da ovelha gorda e arrancar seus cascos "(Zc 11:16). Esse pastor é um perigo maior para o rebanho de animais selvagens, porque ele vem entre eles como seu protetor. Sob o pretexto de quem é suposto para alimentar e cuidar deles, em vez disso ele mata e come-los a si mesmo. Essa é uma imagem do anticristo, que é o protótipo de todos os falsos profetas.

Uma das descobertas mais assustadoras sobre Popular Templo Church Cristão foi que uma grande maioria de seus membros tinham sido criados em lares cristãos de um tipo ou de outro. A maioria dos que se juntou a essa igreja fez na crença de que ele oferece uma experiência maior e mais genuíno de companheirismo e serviço cristão. No entanto, a igreja dissolvido durante a noite quando o seu líder, Jim Jones, e quase mil de seus seguidores mais leais suicídio em massa cometido em Jonestown, um assentamento igreja remoto nas selvas da Guiana, América do Sul.

Em seu livro Deceived , Mel Branco tenta determinar por que tantas pessoas pudessem ser tão fatalmente enganados. Entre as razões que ele sugere são:

Ele [Jim Jones] soube inspirar esperança. Ele estava comprometido com as pessoas em necessidade; ele aconselhou os presos e delinquentes juvenis. Ele começou um centro de colocação de trabalho; ele abriu casas e lares para os retardados descansar; ele tinha um posto de saúde; ele organizou um centro de formação profissional; ele forneceu assistência jurídica gratuita; ele fundou um centro comunitário;ele pregou a respeito de Deus. Ele alegou ainda para expulsar demônios, fazer milagres e curar.
Mas, por outro lado, encontramos todas as marcas de um falso profeta. Ele promoveu-se através do uso de celebridades, um veículo muito comum para os falsos profetas para ganhar credibilidade. Ele manipulou a imprensa; ele queria que certas histórias favoráveis; ele era grande em jogar a imprensa .... E ele usou a linguagem e as formas de fé para ganhar seu poder.
Jim Jones criou uma comunidade acolhedora, supostamente cristã. Porém, ele substituiu Jesus Cristo como a autoridade e mais e mais lealdade ganhou para si mesmo. Ele começou a exigir dinheiro para cada serviço oferecido e ele estava preocupado com o sexo, tanto em suas formas normais e desviantes. Ele iria mentir de forma convincente sobre qualquer coisa, a fim de obter uma vantagem ou fazer uma impressão desejada. Antes de sua morte bizarra que ele tinha conseguido ganhar a admiração e elogios de inúmeros líderes de igrejas, governadores, senadores, deputados, e até mesmo o presidente dos Estados Unidos.
A maior tragédia de Jonestown não era que cerca de mil pessoas morreram, mas que morreram acreditando que estavam servindo a Deus. Na verdade, é claro, eles estavam servindo a Satanás, e estavam em seu caminho para o inferno se não conhecem a Cristo. Quaisquer crentes que podem ter sido entre eles incorridos grande perda de recompensa.

"Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas surgirão", Jesus advertiu, "e vai mostrar grandes sinais e prodígios, para enganar, se possível, até os escolhidos" (Mt 24:24). Jude declara que "Certas pessoas se introduziram com dissimulação, os que por muito tempo foram previamente marcados para este mesmo juízo, homens ímpios, que transformam a graça de nosso Deus em libertinagem e negam o nosso único Soberano e Senhor, Jesus Cristo" (Jd 1:4, Jo 8:47)

"Ninguém vos engane com palavras vãs", Paulo adverte os Efésios; ". Porque por estas coisas que a ira de Deus vem sobre os filhos da desobediência Portanto, não sejais participantes com eles" (Ef 5:6;. Conforme Jd 1:10.). Harpax ( voraz ) também é traduzida como "vigarista" (Lc 18:11; 1 Cor. 5: 10-11; 1Co 6:10), referindo-se metaforicamente para aqueles que enganosamente e impiedosamente devastar uma pessoa de seu dinheiro e posses. Os falsos profetas e os lobos são inteligentes e astutos, e estão sempre à procura de novas vítimas.

Jude dá uma forte advertência contra os falsos profetas e conta como os crentes devem responder a elas. Ele escreve: "Mantenham-se no amor de Deus, esperando ansiosamente para a misericórdia de nosso Senhor Jesus Cristo para a vida eterna" (v. 21). Nossa primeira necessidade é obter nós mesmos certo com o Senhor, para ter certeza de que está no lugar de comunhão divina, bênção e poder. Então, vamos estar preparados para "ter misericórdia de alguns, que estão duvidando; salvar os outros, arrebatando-os do fogo; e de outros tende misericórdia com temor, detestando até a roupa contaminada pela carne" (. Vv 22-23) .
O primeiro grupo Jude menciona é composta de crentes que foram tentados a duvidar de sua fé, e que precisam de conforto e segurança. O segundo grupo é composto de incrédulos que estão em seu caminho para o inferno e que precisam de ser agarrado, por assim dizer, e segurou. O terceiro grupo, no entanto, é composto por aqueles que são confirmados na religião falsa e que são extremamente perigosas, até mesmo para o cristão mais maduro. Devemos testemunhar a essas pessoas com cuidados especiais e na dependência especial sobre o Senhor sabedoria e proteção, para que nós nos tornamos espiritualmente contaminada por seus pontos de vista poluídas e formas.

Os falsos profetas e aqueles que seguem os falsos profetas são tão perigosos para o povo de Deus como lobos vorazes são ovelhas.

A decepção dos Falsos Profetas

O perigo de falsos profetas é muito maior por causa de sua decepção. Quando um inimigo é visto pelo que ele é, somos alertados e podem ser preparados para nos defender. Mas, quando um inimigo se apresenta como um amigo, nossas defesas estão em baixa. Os cães e suína do versículo 6 são muito mais facilmente reconhecido por causa de sua pecaminosidade aberto e rejeição de Deus.

No Antigo Testamento vezes profetas eram frequentemente reconhecido por aquilo que eles usavam. Como Elias, que muitas vezes usava áspero, peludo, roupa desconfortável, como um símbolo de sua precede os confortos normais da vida pela causa de Deus. João Batista, como o último profeta do Antigo Testamento, usava casaco de pêlo de camelo e comia gafanhotos e mel silvestre. Houve exceções, mas geralmente profetas poderiam ser identificados pelo seu, roupas grossas simples. Por essa razão, uma pessoa que queria se passar por um profeta, às vezes, usar essas roupas. Zacarias fala de tais homens que "vestiu um roupão peludo, a fim de enganar" (Zc 13:4). Esses falsos profetas são especialmente perigosos porque eles se disfarçam de verdadeiros profetas e, portanto, são capazes de rastejar em círculos cristãos despercebidos (Jd 1:4).

Os falsos profetas são quase sempre agradável e positiva. Eles gostam de estar com os cristãos, para falar como os cristãos, e de ser identificado como cristãos. Eles sabem e usar a terminologia bíblica e muitas vezes aparecem muito bem informados sobre as Escrituras. As doutrinas que afirmam são aparentemente bíblica.

Muitos falsos profetas também parecem ser sincero, e por causa do que a sinceridade que podem mais facilmente enganar os outros. Paulo adverte que "os homens maus e impostores irão proceder de mal a pior, enganando e sendo enganados" (2Tm 3:13). Ser enganados pelo enganador final, essas pessoas podem ser completamente convencido em suas próprias mentes que suas crenças pervertidas são verdadeiras. Eles tornaram-se tão profundamente dedicado a falsidade de que a escuridão parece ser leve, e preta parece ser branco.

Se eles são tão enganosas, como, então, eles podem ser identificados? Na maioria das vezes eles mostram suas verdadeiras cores por que eles não afirmam. Em outras palavras, eles são identificados, não tanto pelo que eles dizem, mas pelo que eles não dizem. Eles geralmente não negar abertamente a divindade de Jesus, Sua expiação substitutiva, a depravação e perdição do homem, a realidade ea penalidade do pecado, o destino do inferno para os incrédulos, a necessidade de arrependimento, humildade e submissão a Deus, e outros tais e verdades desconfortáveis ​​"negativas". Eles simplesmente ignorá-los.
A fim de realizar o seu engano efetivamente, esses líderes espúrias viver vidas morais e verticais na superfície. O grande comentarista João Broadus escreveu que muitos dos falsos profetas vieram de formação religiosa tradicional, e por causa da ingraining dos valores morais cristãos tradicionais início eles acham difícil de superar abertamente as restrições em suas mentes por sua formação inicial. (Mateus [Valley Forge, Pa .: Judson, 1886], p. 167). Moralidade Outward ajuda a dar a impressão de autenticidade espiritual e, portanto, ajuda a perpetuar o engano. Mas a verdade é que eles são energizados por "espíritos ea doutrinas de demônios enganadores" e tornaram-se "mentirosos marcados a ferro em sua própria consciência, como com um ferro em brasa" (1 Tim. 4: 1-2). Eles são motivados pelo desejo de "torpe ganância" (1Pe 5:2) muitas vezes se torna conhecido, e é evidente que "na sua ganância" que exploram as pessoas "com palavras falsas" (2: 3). Eles também têm "olhos cheios de adultério" e "nunca parar de pecar," possuir "um coração exercitado na ganância" (2:14).

Em A Didaqué , um dos primeiros escritos cristãos após tempos do Novo Testamento, encontramos uma seção dedicada a lidar com os falsos profetas. O termo usado para descrevê-los é Christemporos , que significa "comerciantes Cristo". Falsos profetas usar Jesus Cristo e Seu evangelho e da igreja como meios para servir os seus próprios fins. Eles usam as coisas de Deus como uma mera mercadoria para promover e distribuir a sua própria vantagem.

A Didaqué dá vários meios para distinguir os verdadeiros profetas do falso. Uma era que um verdadeiro profeta não permaneceria como convidado casa mais de dois dias, porque ele teria de ser para cima e sobre o seu trabalho. Um falso profeta, no entanto, estaria disposta a ficar indefinidamente, uma vez que ele não tinha verdadeira missão para cumprir, exceto servir seus próprios interesses. O segundo teste foi em relação ao pedindo dinheiro. O verdadeiro profeta, disse a Didaqué , gostaria de pedir para pão e água, mas nada mais, ou seja, apenas para as necessidades de manter-se indo. Um falso profeta, por outro lado, não é o menos avessos a pedir ou mesmo exigindo dinheiro. Um terceiro teste estava na área de estilo de vida. Uma pessoa que não leva uma vida que corresponde aos padrões que ele ensina claramente não é um homem de Deus. Ainda outro teste foi em relação à vontade de trabalhar. Se uma pessoa queria viver fora os outros e não iria trabalhar para seu próprio sustento, ele era um traficante de Cristo.

Um falso profeta é sempre no trabalho da igreja para si mesmo, para preencher seus próprios bolsos, para satisfazer a sua própria ganância, ego, e prestígio e para ganhar poder, influência e reconhecimento para si mesmo.

Nosso dia tem mais do que sua parte de comerciantes Cristo. Através de livros, rádio, televisão, gravações, nas igrejas, conferências, seminários, cruzadas, e por vários outros meios que empacotar e vender o evangelho, da mesma forma que Madison Avenue vende carros e sabão. Eles são vendedores ambulantes insinceros da Palavra de Deus, que corrompê-lo para seus próprios fins (2Co 2:17).

A Danação de Falsos Profetas

O destino dos falsos profetas só está implícita no versículo 19, mas é explícita em ambos os trechos anteriores e posteriores. Porque eles entram pela porta larga e viajar pelo caminho largo, o seu fim é a perdição (v. 13). E quando eles vêm antes de Jesus no dia do juízo, e dizer: "Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitos milagres?" Ele vai responder: "Nunca vos conheci; partem de mim, vós que praticais a iniqüidade" (vv 22-23.).

Pedro nos diz que, junto com os hereges e apóstatas falsos mestres ", o seu julgamento de há muito tempo não é ocioso, ea sua destruição não dorme", que eles serão mantidos "sob punição para o dia do juízo", que gosta selvagem bestas eles vão "também ser destruídas", e que "a escuridão preta foi reservado" para eles (2Pe 2:3, 2Pe 2:12, 2Pe 2:17; conforme Jd 1:13).

Também é possível que uma árvore em si a dar frutos que é colorido, bem formados, e atraente, mas que é amargo, desagradável, e mesmo venenosa. Esse tipo de má árvore com o seu fruto ruim é muito mais difícil de julgar do que arbustos espinhosos que têm uvas neles ou cardos que têm figos sobre eles. No segundo caso, tanto a árvore e a fruta parece ser verdadeiro. O que ele traz tem de ser cuidadosamente analisada para determinar se ele é bom fruto ou maus frutos . A madura acreditar que tem discernimento desenvolvido pode manchar a árvore má e maus frutos (He 5:14).

Julgando o fruto dos falsos profetas, é claro, não é tão fácil como a julgar frutas em um pomar. Mas a partir da Escritura descobrimos pelo menos três testes primários podemos aplicar a fim de saber. Eles são nas áreas de caráter, credo e convertidos.

Personagem

Caracteres de sua base de uma pessoa motivos internos, normas, lealdades, atitudes e ambições-acabará por mostrar através de que ele faz e como ele age. João Batista disse aos fariseus hipócritas e dos saduceus que vinham a ser batizado para a primeira "produzir frutos dignos de arrependimento" (Lc 3:8; 1Jo 3:171Jo 3:17; 1Jo 4:20).

Nenhuma pessoa é salva por boas obras, mas cada crente é salvo por boas obras. "Pois somos feitura dele," Paulo nos diz: "criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas" (Ef 2:10). Em outro lugar, Paulo nos exorta a "andar de modo digno do Senhor, para agradá-Lo em todos os aspectos, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus" (Cl 1:10). "Nisto é glorificado meu Pai", Jesus diz ", em que deis muito fruto, e assim sereis meus discípulos Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai, e permaneço em Seu amor "(Jo 15:8).

Como tudo o que é piedoso e justo, verdadeiro frutificação começa no interior, no coração. Paulo fala da nossa ", tendo sido preenchido com o fruto da justiça, que vem por meio de Jesus Cristo" (Fm 1:11) e nos informa que "o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade , mansidão, domínio próprio "(Gl 5:22-23.).

Uma pessoa que pertence a Jesus Cristo, e que é chamado por Deus e dado a mensagem de Deus vai dar provas de bons frutos , tanto em suas atitudes e suas ações. Uma pessoa que não pertence a Deus, especialmente um falso profeta, que diz ser o mensageiro de Deus, mais cedo ou mais tarde se manifestar a maus frutos que a árvore má da sua vida sensual produz inevitavelmente.

Os falsos profetas podem disfarçar e esconder seu mau fruto por um tempo com pompa eclesiásticas, conhecimento bíblico, e vocabulário evangélica. Eles podem cobri-lo por pertencer a organizações cristãs, associar-se com líderes cristãos, e por falar sobre as coisas divinas. Mas como eles falam, agem e reagem quando não na visão dos cristãos acabará por expor sua verdadeira lealdade e convicções. O que está no coração vão surgir, e teologia corrupto vai resultar em uma vida corrupta. O ensino falso e viver pervertido são inseparáveis ​​e, eventualmente, se manifestará.

Pedro nos diz que o verdadeiro crente maduro e estará crescendo na fé, a excelência moral, o conhecimento, o domínio próprio, a perseverança, a piedade, a fraternidade e amor. "Se essas qualidades são suas e estão aumentando", diz ele, "que prestam você nem inútil, nem infrutíferos no verdadeiro conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo" (2 Pe 1: 5-8.). Aqueles, por outro lado, que são profetas falsos e enganadores, em "falando palavras arrogantes de vaidade ... seduzir por desejos carnais, pela sensualidade, aqueles que mal escapar os que vivem no erro, prometendo-lhes liberdade, enquanto eles próprios são escravos da corrupção "(2: 18-19). E seus falsos crentes podem escapar temporariamente "das corrupções do mundo", mas eles acabarão por regressar ao seu "vômito" e "a revolver-se no lamaçal" (2 Pe. 2: 20-22).

A menos que aqueles que afirmam ser os porta-vozes de Deus dar provas de que seus mais profundos motivos e padrões de vida são para honrar, glorificar e exaltar a Deus, e crescer em humildade, santidade e obediência, podemos ter a certeza de que Deus não ligou ou mandou— . Se eles são orientados a dinheiro, prestígio, reconhecimento, popularidade, poder, frouxidão sexual, e do egoísmo, eles não pertencem a Jesus Cristo. Se eles estão orgulhosos, arrogantes, ressentido, egoísta e auto-indulgente, eles são claramente falsos profetas. O verdadeiro teste, uma atitude bem-aventurança de humildade, pode ser resumida nas palavras de Jesus: "Quem fala de si mesmo busca a sua própria glória; mas aquele que está buscando a glória daquele que o enviou, Ele é verdadeiro, e não há não há injustiça "(Jo 7:18).

Martyn Lloyd-Jones comenta com sabedoria,
Um cristão pode geralmente ser conhecida pela sua própria aparência. O homem que realmente acredita na santidade de Deus, e quem sabe o seu próprio pecado e da escuridão do seu coração, o homem que acredita no julgamento de Deus ea possibilidade de inferno e tormento, o homem que realmente acredita que ele mesmo é tão vil e indefeso que nada, mas a vinda do Filho de Deus do céu à terra e Sua indo para a vergonha amarga e agonia e crueldade da cruz jamais poderia salvá-lo, e reconciliá-lo com Deus, este homem vai mostrar tudo isso em sua personalidade. Ele é um homem que é hound para dar a impressão de mansidão, ele é obrigado a ser humilde. Nosso Senhor nos faz lembrar aqui que, se um homem não é humilde, devemos ter muito cuidado com ele. Ele pode colocar em uma espécie de pele de cordeiro, mas que não é a verdadeira humildade, que não é verdade mansidão. E se a doutrina de um homem é errado, que, geralmente, irá mostrar-se neste momento. Ele será afável e agradável, ele vai apelar para o homem natural, e para as coisas que são física e carnal; mas ele não vai dar a impressão de ser um homem que viu a si mesmo como um pecador amarrada ao inferno, e que foi salvo pela graça de Deus. ( Estudos no Sermão da Montanha, Vol. 2. [Grand Rapids: Eerdmans, 1977], pp 258-59)

É quase sempre o caso que os falsos profetas vai atrair incrédulos declarados, bem como os crentes nominais e carnais. Ele apela para o homem natural e evita cuidadosamente qualquer coisa que é ofensivo para orgulhoso, natureza caída do homem. Ele faz questão de ser atraente, simpático, e de não dar nenhuma ofensa.
Mas nenhuma pessoa, não importa o quão inteligente e enganoso, pode indefinidamente esconder um personagem que está podre e fora de sintonia com Deus. João Calvin disse: "Nada é mais difícil de falsificar do que a virtude." Exige muito. Exige mais do que qualquer pessoa tem em si mesmo, e quando disposição e poder divino de Deus estão ausentes a farsa não pode durar muito tempo.

Credo

Uma segunda área em que um falso profeta pode ser julgado é o de doutrina. Superficialmente, o que ele ensina pode parecer exame bíblico e ortodoxo, mas cuidado sempre revelar idéias que são anti-bíblica e da ausência de uma teologia forte e clara. Idéias falsas serão ministradas, ou pelo menos verdades importantes serão omitidos. Frequentemente haverá uma combinação de ambos. Eventualmente, a fruta vai mostrar uma árvore para o que é, porque a árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore má dar frutos bons.

Em uma ocasião posterior, Jesus disse aos fariseus: "Raça de víboras, como podem vocês, apesar de serem maus, dizer o que é bom? Pois a boca fala do que está cheio o coração. O homem bom, do seu bom tesouro traz o que é bom, eo homem mau do seu mau tesouro tira o mal "(Mateus 12:34-35.).

Ao julgar se deve ou não um ensinamento vem de Deus, Isaías aconselha: "À lei e ao testemunho Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz,!", Ou seja, eles não têm luz (Is 8:20). O ensino de um falso profeta não pode resistir a um escrutínio sob a luz divina da Escritura.

Todos os falsos profetas se têm uma visão incompleta, distorcida ou perversa de Cristo. Se Satanás pode confundir e enganar as pessoas sobre a pessoa e obra de Cristo, ele tem confundido e enganado-los no próprio coração do Evangelho.

Jesus acaba de mostrar que o caminho da salvação, o portão para o reino ea vida de Deus, é estreito e exigente, ao passo que a porta para o inferno e da destruição é amplo (13 40:7-14'>Mt 7:13-14.). Imediatamente ele começa a advertência sobre os falsos profetas e como identificá-los. Caminho do falso pastor para o céu nunca será o caminho de Deus, e seu modo de vida nunca será de acordo com os padrões de Deus.

Arthur Rosa diz: "Os falsos profetas estão a ser encontrado nos círculos do mais ortodoxo, e eles fingem ter um ardente amor pelas almas, ainda que fatalmente iludir multidões a respeito do caminho da salvação. O púlpito, plataforma e panfleto vendedores ambulantes têm desenfreAdãoente baixou o padrão de santidade divina e assim adulterado o Evangelho, a fim de torná-la palatável para a mente carnal. "

O credo dos falsos profetas nunca tem uma porta estreita e um caminho estreito. Na superfície a sua mensagem pode parecer difícil e exigente, mas ele sempre vai descansar sobre a fundação de obras do homem e, portanto, estará sempre accomplishable por esforço próprio do homem. Eles nunca revelam a profundidade ou o perigo do pecado e da depravação, a necessidade de arrependimento, perdão e submissão ao Senhor, ou o destino de julgamento, condenação e destruição eterna para aqueles que além de Deus. Não há quebrantamento sobre o pecado e nenhum anseio de justiça. Eles têm respostas fáceis para os pequenos problemas. "Eles já curou o quebrantamento do meu povo superficialmente", diz Jeremiah ", dizendo:" Paz, paz ', mas não há paz "(Jr 6:14). Não há humildade, nenhum aviso de julgamento, e nenhuma chamada para o arrependimento e um coração contrito de obediência.

Eles têm uma audiência pronta entre a maioria das pessoas, porque eles dizem que só o que as pessoas gostam de ouvir. Assim como fez o antigo Israel no tempo de Jeremias, as pessoas hoje como se fosse dessa forma (Jr 5:31). Eles querem ouvir ilusões, não a verdade. Eles são apaixonados por prazer e fantasia e se ressentem de ser confrontado com qualquer coisa inquietante e condenatória. Eles querem que o incentivo, mas não correção, palavras positivas, mas não a verdade negativa. Eles vão aceitar a graça desde que é graça barata e não reflete contra a sua própria pecaminosidade, inadequações, e perdição.

O credo do falso profeta, se ele tem algum, será vago, indefinido, e etéreo. Nenhuma verdade exigindo será absoluta ou clara, e cada princípio vai ser fácil e atraente.
Arthur Rosa declara: "Qualquer pregador que rejeita a lei de Deus, que nega arrependimento ser uma condição para a salvação, que assegura a vertiginosa e sem Deus, que são amados por Deus, que declara que a fé salvadora não é nada mais do que um ato da vontade que cada pessoa tem o poder de realizar é um falso profeta e deve ser evitado como uma praga mortal "( Uma Exposição do Sermão da Montanha , p. 362).

Falsos profetas falam muito sobre o amor de Deus, mas nada de Sua santidade, muito sobre as pessoas que são privadas, mas nada sobre aqueles que são depravados, muito sobre a paternidade universal de Deus de todos os seres humanos, mas nada sobre sua paternidade exclusiva somente daqueles que são seus crianças através de fé em Seu Filho, Jesus Cristo, muito sobre o que Deus vai nos dar, mas nada sobre a obediência a Ele, muito sobre a saúde e felicidade, mas nada sobre a santidade e sacrifício. Sua mensagem é uma mensagem de lacunas, a maior diferença de que deixa de fora a verdade que salva.

Converte

Os falsos profetas também podem ser identificados por seus convertidos e seguidores. Eles irão atrair para si as pessoas que têm a mesma orientação superficial, egoísta e anti-bíblica como eles fazem."Muitos seguirá sua sensualidade", Pedro nos diz, "e por causa deles o caminho da verdade será blasfemado" (2Pe 2:2). Facções falsos atuará como ímãs para atrair outros que são falsas. Desse modo indireto, que ajudará a proteger os verdadeiros crentes por parte separando o joio do trigo.

Mas os crentes verdadeiros que estão carnal e mundano também pode ser atraído e corrompido, tornando-se uvas em espinheiros e figos em cardos. De um modo geral, no entanto, falsos profetas atrair falsos crentes, e dessa forma agir como uma espécie de proteção negativa para a verdadeira igreja.

Os falsos profetas e seus falsos seguidores que "não receberam o amor da verdade para serem salvos. E por isso Deus lhes enviará uma influência iludindo a fim de que eles possam acreditar que é falso, a fim de que todos eles podem ser julgados que não creram a verdade, mas tiveram prazer na iniqüidade "(2 Ts 2: 10-12.). Em última análise, Deus torna-se de que toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo (conforme Jo 15:2). Pedro diz que tais pastores são ", trazendo sobre si mesmos repentina destruição" (2Pe 2:1.).

Nosso Senhor encerra esta seção potente com uma repetição afirmação do versículo 16, por isso, então, você vai conhecê-los pelos seus frutos. Assim, estamos mais uma vez chamados a ser exigentes ao ouvir pregadores que nos chamam para o caminho largo que leva à morte e inferno.

44. Palavras vazias e corações vazios (Mateus 7:21-29)

Nem todo o que me diz: "Senhor, Senhor ', entrará no reino dos céus; mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitos milagres? " E então eu lhes direi: "Nunca vos conheci; partem de mim, vós que praticais a iniquidade."
Portanto, quem ouve estas minhas palavras, e age de acordo com eles, pode ser comparado a um homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. E desceu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e deram contra aquela casa; e ainda assim ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. E desceu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e deram contra aquela casa; e ela caiu, e foi grande a sua queda.
O resultado foi que, quando Jesus terminou estas palavras, as multidões ficaram admirados com seu ensinamento; pois Ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas. (7: 21-29)

Jesus ainda está dando o convite de seu povo chamando-sermões da religião falsa para o verdadeiro reino. Ele disse que alguns entrar pela porta estreita da salvação porque antes de tudo ele deve ser encontrado (v. 14), o que implica que ele deve ser procurado e pesquisado. Ninguém tropeça no reino inadvertidamente. Em segundo lugar, o caminho estreito e exigente da salvação é o completo oposto do caminho do mundo, que é amplo, fácil, e indulgente. Em terceiro lugar, a porta estreita para o reino requer atravessando sozinha e nua, tomando sem posses, sem obras, sem orgulho, sem auto-justiça. Em quarto lugar, como o senhor menciona no relato paralelo em Lc 13:24, devemos nos esforçar para entrar em penitência e quebrantamento de coração. Em quinto lugar, os falsos profetas devem ser evitados, porque eles enganam muitas pessoas, atraindo-os para o caminho largo que leva à destruição (vv. 15-20).

Agora Jesus dá uma última razão por que tão poucos entrar pela porta estreita da salvação: o auto-engano. JC Ryle diz: "O Senhor Jesus acaba o Sermão da Montanha, por uma passagem de aplicação de perfuração de coração Ele muda de falsos profetas aos falsos professores, de professores pouco sólidas para ouvintes doentias." ( Pensamentos expositivas sobre o Evangelho: São Mateus [Londres: Tiago Clarke, 1965], pp 69-70).. Não só pode falsos profetas nos enganar sobre o caminho da salvação, mas podemos nos iludir. Depois de nos alertar sobre os falsos profetas, o Senhor agora adverte homens sobre si mesmos. O homem pecador é tendencioso em seu próprio favor e, por causa do orgulho, tende a rejeitar o verdadeiro evangelho.

As duas categorias de auto-engano são os de mera profissão verbal e de mero conhecimento intelectual. O primeiro, descrito nos versos 21:23, envolve aqueles que dizem, mas não fazer, e o segundo, descrito nos versos 24:27, envolve aqueles que ouvem, mas não fazem.

O Senhor não está falando com as pessoas sem religião, para os ateus ou agnósticos. Ele nem está falando com os pagãos, hereges, ou apóstatas. Ele está falando especificamente para as pessoas que estão com devoção religiosa, mas que estão iludidos em pensar que eles estão na estrada para o céu quando eles são realmente na ampla estrada para o inferno. Eles não são diferentes daqueles nos últimos dias que Paulo diz realizará uma forma de piedade, mas negam o seu poder (2Tm 3:5) realmente vir em termos de Deus, essas estimativas não poderia ser remotamente correta. Pelos padrões bíblicos, é difícil de acreditar que nem a metade dos membros da igreja nos Estados Unidos são os verdadeiros crentes.

O Novo Testamento não só dá extremamente elevados padrões para julgar a verdadeira vida cristã, mas também dá muitas advertências sobre espiritual auto-engano em relação à salvação. Em Mateus 25 Jesus fala das cinco virgens loucas que fingiam devoção ao noivo, mas não atendidas de conhecê-lo por causa de seu despreparo (vv. 1-12), e daqueles crentes professos (simbolizado como cabras) que estão surpresos que o Senhor rejeita— porque nunca verdadeiramente servido Ele (vv. 32-33, 41-46).

O que acalma as pessoas em tal engano? Em primeiro lugar, muitos cristãos professos-e até mesmo muitos cristãos verdadeiros segurar uma falsa doutrina da segurança. Muitas vezes é porque a pessoa que testemunhou a eles lhes disse que tudo o que tinham que fazer era fazer uma profissão de fé, a pé um corredor, levantar a mão, faça uma oração, e nunca dúvida o que o Senhor tinha feito em suas vidas.Talvez eles foram ensinados que isso jamais duvidar de sua salvação é duvidar da Palavra e da integridade de Deus. Infelizmente, muitos evangelistas, pastores e trabalhadores pessoais tentar certificar a salvação de uma pessoa para além do trabalho de convencimento do Espírito Santo e da evidência de frutas com continuidade em obediência à Palavra (Jo 8:31). Mas não temos o direito de assegurar uma pessoa de algo que nós não podemos ter certeza é verdade. Próprio Espírito Santo de Deus vai testemunhar a Sua realidade para aqueles que realmente pertencem a Ele (Rom. 8: 14-16).

Pedro deixa claro que sua vocação e escolha são feitas segura, aumentando qualidades de fecundidade que demonstram a veracidade da salvação e eliminar tropeçando em dúvida (2 Pe. 1: 3-11). E nosso Senhor ensina que algumas pessoas parecem salvo, mas não são (ver 13 20:40-13:22'>Mat. 13 20:22). Garantia de rápida e fácil pode enganar.

Um segundo contribuinte para o auto-engano é o fracasso do auto-exame. Através de uma visão defeituosa e presunçoso da graça de Deus, alguns crentes professos alegremente passar a vida ignorando e não se preocupar com os seus pecados. No entanto, o Senhor diz a Seu povo para examinar suas vidas cada vez que eles vêm para a sua mesa (1Co 11:28). Paulo nos diz: "vós teste para ver se você está na fé;!? Examinar-se Ou você não reconhece isso sobre vós mesmos, que Jesus Cristo está em vós, a não ser na verdade você não passar no teste" (2Co 13:5).

João nos diz: "Se dissermos que não temos pecado, enganamos a nós mesmos, ea verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça "(João 1:8-9). Uma pessoa que não está preocupado em ter seus pecados presentes limpos tem boas razões para duvidar que o seu pecado passado foi perdoado. Uma pessoa que não tem vontade de vir ao Senhor para a limpeza continuou tem razão para duvidar que ele já veio ao Senhor para receber a salvação.

Quando um casal vive junto sem estar casado, quando uma pessoa pratica a homossexualidade, é enganador e desonesto nos negócios, é odioso e vingativo, ou habitualmente pratica qualquer pecado sem remorso ou arrependimento, essas pessoas não possam ser cristão, não importa que tipo de experiência que eles afirmam ter tido ou que tipo de testemunho que eles fazem agora. A Palavra de Deus é explícita: "Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados , nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus "(1 Cor. 6: 9-10). Novamente Paulo adverte: "Para isso, você sabe, com certeza, de que nenhuma pessoa ou avarento homem imoral ou impuro, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. Ninguém vos engane com palavras vãs; porque, por essas coisas que a ira de Deus vem sobre os filhos da desobediência "(Ef. 5: 5-6). Em cada um desses avisos extremamente sombrias Paulo pede a seus leitores para não ser enganado.

A pessoa que professa ser um cristão, mas que habitualmente e unrepentantly continua em pecado conhecido faz a Deus para ser mentiroso, porque a Sua Palavra nega expressamente que qualquer pessoa pertence a Ele (I João 3:6-10).

A terceira causa de auto-engano é a concentração excessiva em atividades religiosas. Atender igreja, ouvindo sermões, cantando músicas da fé, lendo a Bíblia, participar de estudos bíblicos, e muitas outras atividades perfeitamente boas e úteis pode realmente isolar uma pessoa do próprio Deus que ele é supostamente adorando e servindo. Essas coisas podem causar um crente a pensar que ele é fiel e obediente, quando na realidade ele não pode ser; e eles podem causar um incrédulo a pensar que ele é salvo, quando na realidade ele não é.

A quarta causa de auto-engano é o que pode ser chamado de troca justa, ou equilibrar, a abordagem. Em vez de confessar e pedir perdão por seus pecados, uma pessoa pode se dar o benefício da dúvida e racionalizar a sua salvação por pensar que as coisas boas que ele equilibrar o mau, que cancela o positivo do negativo. Mas, em primeiro lugar, à parte de Deus, é impossível fazer qualquer coisa que é verdadeiramente bom, porque "não há ninguém que faça o bem, não há sequer um", Paulo diz-nos (Rm 3:12), citando Davi (Ps 14: 1-3; 53: 1-3.). Em segundo lugar, é o próprio pecado, não um excesso ou desequilíbrio de it-que nos separa de Deus e traz a morte e condenação (Rm 5:12;. Rm 6:23). Qualquer que seja bom que pudesse de alguma forma realizar não cancelar essas conseqüências do pecado, mais do que comer direito e exercício vai salvar a vida de uma pessoa infectada com uma doença mortal. Sua única esperança é em receber uma cura para a doença, e não em tentar equilibrar off seu efeito mortal, mantendo seu corpo saudável. Isaías disse que as melhores obras dos homens diante de Deus são como "uma peça de roupa suja", isto é, um pano menstrual (Is 64:6), também existem muitas maneiras pelas quais essas pessoas estão enganadas, dos quais os citados acima são apenas uma amostra. Quase não há limite para o meio pelo qual os homens podem ser iludidos por Satanás, por outros homens, e por si mesmos. Em todo o caso não for possível entrar pela porta estreita com o arrependimento, submissão ao Senhor, humildade e um desejo de santidade. É, portanto, de importância imensurável para reconhecer e estar em guarda contra beguilings de toda espécie. Mas o objetivo mais importante não é identificar todos os muitos caminhos enganosos, mas para encontrar e seguir o único caminho verdadeiro.

As muitas desilusões encontradas no largo caminho da destruição são evidenciadas em duas manifestações básicas, que se concentra em Jesus aqui: palavras e obras vazias e corações vazios. Os do primeiro grupo fazem mera profissão verbal de fé e obras. Aqueles no segundo tem mero conhecimento intelectual do evangelho que ouvem. Os do primeiro grupo dizer , mas não faça; os do segundo ouvem , mas não fazem.

Palavras vazias

Nem todo o que me diz: "Senhor, Senhor ', entrará no reino dos céus; mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus. Muitos me dirão naquele dia: 'Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitos milagres? " E então eu lhes direi: "Nunca vos conheci; partem de mim, vós que praticais a iniquidade." (7: 21-23)

Um judeu poderia usar o termo senhor simplesmente como um título de respeito e honra, dada a qualquer político, militar, ou líder religioso, incluindo professores. Mas para aquelas pessoas a dizer, Senhor, Senhor , sugere muito mais do que o respeito humano, como os seus comentários seguintes deixar claro. Que eles alegaram ter profetizado, expulsar demônios, e realizou milagres em Jesus ' nome indica eles reconheceram-Lo como Senhor de uma forma sobrenatural. Senhor era um título substituto judeu comum para Jeová, ou Javé, que nome eles consideravam santo demais para proferir . Portanto, para tratar Jesus como Senhor era abordar-Lo como o único Deus verdadeiro. Para dirigir a Ele como Senhor, Senhor foi adicionar um espírito de intenso zelo para demonstrar a força da devoção e dedicação.No versículo 22, as três referências ao seu nome são enfáticos e transmitir o significado de quem Ele é. Jesus é, portanto, falando sobre aqueles que fazem uma profissão de fé nEle.

Essas pessoas afirmam ser seguidores do Deus de Israel, o Criador e Senhor de tudo terra. Não só isso, mas eles reconhecem o próprio Jesus a ser divino, porque eles me dirão [isto é, para Jesus] naquele dia: "Senhor, Senhor". E o fato de que eles têm afirmado tantas obras pendentes em seu nome nos diz que eles são especialmente trabalhadores religiosos fervorosos.

A decisão final, no mesmo dia , é apresentado aqui em geral, sem referência à distinção entre os tribunais separados para os crentes (2Co 5:10) e para os incrédulos (Apocalipse 20:11-15). Esse dia é um freqüentemente usado de referência para a era do julgamento divino conhecido por toda a Escritura como "o dia do Senhor" (Is 2:12; Jl 2:1; Ml 4:5; At 1:25). Porque eles eram tão zeloso e ativo e diligente no trabalho religioso-in próprio do Senhor nome -eles são incrédulos que estão ainda de pé diante de Cristo para serem julgados. Mesmo naquela época eles vão abordar a Cristo como Senhor e falar com Ele em desespero com o maior respeito e sinceridade. Suas palavras e suas obras vai parecer impressionante para eles, mas suas vidas não vai apoiar a reivindicação de seus lábios. Em Lc 6:46 Jesus disse: "Por que me chamais Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?"

Não é aquele que simplesmente diz o Senhor, mas o que faz a vontade de meu Pai que está nos céus, que é salvo. A questão é a obediência à Palavra de Deus. "Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos", disse Jesus (Jo 8:31; conforme 6: 66-69; Mt 24:13; Colossenses 1:22-23.; 1Tm 3:141Tm 3:14 Heb;; 4:16. 10: 38-39; 1Jo 2:19). Salvação e obediência à vontade de Deus são inseparáveis, como o escritor de Hebreus deixa claro: "Ele tornou-se a todos aqueles que Lhe obedecem fonte de salvação eterna" (5: 9; conforme Rm 1:5 ; Rm 15:18; Rm 16:19, Rm 16:26; 1Pe 1:21Pe 1:2)..

A palavra de Jesus aos reclamantes desobedientes será, eu nunca vos conheci; partem de mim, vós que praticais a iniquidade. Todas as suas palavras de respeito e honra e todas as suas obras de dedicação e devoção será declarado vazio e inútil. Eles podem ter tido o nome de Deus em suas bocas, mas rebelião estava em seus corações.

Suas palavras: Nunca vos conheci , não, é claro, significa que Jesus não tinha conhecimento de sua identidade. Ele sabe muito bem que essas pessoas são; Eles estão enganados cristãos professos cujas vidas foram gastos na prática [de] ilegalidade.

"Conhecer" foi uma expressão hebraica que representava relações íntimas. Foi frequentemente utilizado de intimidade marital (veja Gn 4:1; etc .; onde "teve relações" é, literalmente, "sabia" como noKJV ). Também foi usado de intimidade especial de Deus com o seu povo escolhido de Israel e com todos aqueles que confiam nEle. De uma maneira original e bonita do Senhor "conhece os que nele se refugiam" (Na 1:7).

Jesus, portanto, vai dizer para aqueles que afirmam Ele, mas nunca confiei nele, eu nunca soube que você. "Eu nunca te conhecido como meus discípulos, e você nunca me conheceram como seu Senhor e Salvador. Nós não temos nenhuma parte íntima do outro Você escolheu o seu reino, e não era o meu reino ". Apartai-vos de mim é a sentença final resultante para o inferno, e é idêntico em pensamento para o julgamento de Mt 25:41 em volta do Senhor: "Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos. " O lago de fogo aguarda todos os Falsos mestres (Ap 20:15).

Praticais a iniquidade é um particípio presente no grego, indicando, ação contínua regulares, e identifica o pecado imperdoável e padrões de vida injustos desses Reivindicaçãoers da salvação. Você continuamente e habitualmente praticam a iniquidade é a idéia. Profissão de Cristo e prática de ilegalidade são totalmente incompatíveis. Uma árvore boa não pode suportar esse tipo de fruta (Mt 7:18; João 3:4-10.).

Uma árvore boa não só pode, mas vai dar bons frutos, e uma vida que professa ser cristão, mas não reflete a justiça de Cristo, não tem parte nele. Esse tipo de profissão vem do tipo de fé que não tem obras e é morta (Jc 2:17). É a fé demônio Tiago se refere a (Jc 2:19), que é ortodoxo e precisas, mas profana. No sentido último e mais trágica uma profissão tão falso é levar o nome do Senhor em vão. "A blasfêmia contra o santuário", G. Campbell Morgan observou, "é muito mais terrível do que a blasfêmia da favela" ( O Evangelho Segundo Mateus [New York: Revell, 1929], p 79).. Devoção professo Mere a Cristo é mas um outro beijo de Judas.

O Senhor sabe muito bem que mesmo Seus discípulos mais fiéis irá falhar, tropeçar e cair em pecado. Caso contrário, ele não teria nos ensinou a orar: "Perdoa-nos as nossas dívidas" (Mt 6:12). E quando "confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (1Jo 1:9). O sumo sacerdote Caifás ímpios inconscientemente e não intencionalmente "profetizou que Jesus iria morrer pela nação" (Jo 11:51).

A segunda possibilidade é que esses atos surpreendentes foram realizadas pelo poder de Satanás. Jesus previu que "surgirão falsos cristos e falsos profetas se levantarão e mostrarão grandes sinais e prodígios, para enganar, se possível, até os escolhidos" (Mt 24:24). Os filhos descrentes de Ceva, por exemplo, eram exorcistas judeus, que viviam expulsar demônios (13 44:19-14'>Atos 19:13-14). Marcos 9:38-40 fala de alguém de fora os apóstolos expulsando os demônios. Paulo promete falsos sinais nos últimos dias, encontrando-se maravilhas de Satanás (2 Ts 2: 8-10.). At 8:11 descreve o trabalho de um feiticeiro satânico. Hoje há milagreiros, curandeiros, exorcistas e que afirmam trabalhar para Jesus Cristo, mas são enganadores satânicas.

Uma terceira possibilidade é que algumas das reivindicações eram simplesmente falso. As profecias, exorcismos e milagres eram falsos e artificial. Sem dúvida, todos os três serão representados.
Mas se as próprias obras foram feitas no poder de Deus ou não, as pessoas que fizeram eles não pertencem a Ele e não verdadeiramente reconhecê-Lo como Senhor , apesar de sua profissão. Eles não tinham nenhuma parte do Seu reino ou a sua justiça, e essas obras, se verdadeira ou falsa, divina ou satânica, estaria-los em nenhum bom lugar diante do tribunal de Cristo.

As palavras de uma gravura da catedral de Lübeck, na Alemanha, lindamente refletir ensino de nosso Senhor aqui:
Assim fala Cristo, nosso Senhor para nós, Vós me chamais mestre e obedecer a mim não, vocês chamam-me luz e ver-me não, vocês chamam-me o caminho e andar a mim não, vocês chamam-me a vida e viver a mim não, vocês chamam-me sábio e siga-me não, vocês chamam-me justo e não me ama, você me chama rica e perguntar a mim não, vocês chamam-me eterna e buscar-me que não, se eu te condeno, não me culpe.

Corações vazios

Portanto, quem ouve estas minhas palavras, e age de acordo com eles, pode ser comparado a um homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha. E desceu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e deram contra aquela casa; e ainda assim ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha. E todo aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica será comparado a um homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia. E desceu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e deram contra aquela casa; e ela caiu, e foi grande a sua queda. (7: 24-27)

A segunda prova de que a muitos (vv. 13,
22) que estão no caminho largo não entrarão no reino é que suas vidas não estão edificados sobre o fundamento de Cristo e da Sua Palavra. Novamente Jesus pega o tema da própria justiça do homem, a justiça que é totalmente inaceitável para Deus e que de maneira nenhuma qualificar uma pessoa para o seu reino (Mt 5:20).

Na primeira ilustração (vv. 21-23), vemos um contraste entre as verdadeiras e falsas profissões verbais de fé e boas obras. Aqui vemos contrastes entre ouvintes obedientes e desobedientes. Ambos os grupos ouvir verdadeira Palavra de Deus, mas alguns ouvir e obedecer, e alguns ouvem e desobedecer; alguns transformar sua confiança para a justiça de Deus, e algumas continuam confiando em seu próprio país, no entanto, que não se torna visível até o julgamento.
A implicação é que mesmo aqueles que desobedecem a acreditar que eles pertencem a Cristo e fazer uma profissão convincente da fé Nele. Eles ouvem a Palavra de Deus e reconhecê-la como Palavra de Deus, mas acreditam erroneamente que simplesmente saber e reconhecer que são o suficiente para agradar a Deus e garantir-lhes um lugar em Seu reino. Como aqueles que dizem: "Senhor, Senhor", e fazer obras religiosas incrível, mas realmente "ilegalidade prática", os falsos ouvintes construir sua casa religiosa, mas são auto-enganados quanto à sua viabilidade.
Na ilustração daqueles que fazem falsas profissões, os verdadeiros crentes são mencionados apenas por implicação ("Não é todo mundo que me diz:" v. 21). Na ilustração dos ouvintes e construtores, porém, tanto o verdadeiro e os falsos crentes estão claramente descritos. Nesses dois grupos, vemos muitas semelhanças, mas também algumas diferenças radicais.

Semelhanças

Primeiro de tudo, os dois construtores ouviram o evangelho. Portanto, quem ouve estas minhas palavras se aplica tanto ao homem sábio (v. 24) e para o homem insensato (26 v.). Ambos sabem o caminho da salvação.

Em segundo lugar, ambos passam a construir uma casa depois de terem ouvido o caminho da salvação. O homem sábio constrói sua casa, o que representa a sua vida, sobre estas minhas palavras . A implicação é que o homem tolo , embora ele não age em cima de Cristo palavras , acha que sua casa é segura simplesmente porque ele ouviu e reconheceu as palavras . Ele acredita que a vida que ele vive é cristã e, portanto, agradável a Deus. Ele não intencionalmente construir uma casa que ele acha que vai cair . Ambos os construtores têm a confiança de suas casas vai ficar; mas a confiança de um homem é no Senhor e do outro homem é em si mesmo

Em terceiro lugar, os dois construtores construir suas casas no mesmo local geral, evidenciado pela sua aparentemente sendo atingido pela mesma tempestade. Em outras palavras, as circunstâncias das suas vidas exteriores eram essencialmente as mesmas. Um tinha nenhuma vantagem sobre a outra. Eles moravam na mesma cidade e com a eventual participação da mesma igreja, ouviu a mesma pregação, foi para o mesmo estudo da Bíblia e comunhão com os mesmos amigos.
Em quarto lugar, a implicação é que eles construíram o mesmo tipo de casa . Exteriormente suas casas eram muito parecidos. De todas as aparências do homem insensato viveu muito, da mesma forma que o homem sábio . Podemos dizer que ambos estavam religioso, teologicamente ortodoxo, moral, servido na igreja, a apoiou financeiramente, e eram cidadãos responsáveis ​​da comunidade. Eles pareciam acreditar iguais e viver da mesma forma.

Diferenças

As diferenças entre os dois construtores e as duas casas que construíram não eram visíveis a partir do exterior. Mas eles eram infinitamente mais importante do que as semelhanças. A chave é entender o que se faz agir de acordo com a Palavra de Deus (obediência) eo outro não agir de acordo com a Sua Palavra (desobediência). Uma constrói usando as especificações divinas, o outro usa o seu próprio.

De longe, a maior diferença entre as especificações desses construtores e do jeito que é construir nas fundações eles estabelecidas. O homem sábio ... edificou a sua casa sobre a rocha, enquanto que ohomem insensato ... edificou a sua casa sobre a areia.

Petra ( rocha faz) não significa uma pedra ou até mesmo uma pedra, mas um grande afloramento de rocha, uma grande extensão de terra firme. É sólido, estável, e irremovível. areia , pelo contrário, está solto, instável e extremamente móvel. Os agentes que vendem lotes de terra na areia são os falsos profetas Jesus acaba advertido sobre (15-20 vv.).

Os escribas e fariseus tinham um conjunto complexo e complicado de tradições religiosas que consideravam como tendo grande valor diante de Deus. Mas todas essas tradições foram externo, superficial, e instável. Eles não tinham nenhuma substância ou estabilidade espiritual ou moral. Eles estavam mudando areia , composto inteiramente de opiniões, especulações e padrões dos homens. Aqueles que criaram e os seguiu não teve em conta a obediência à Palavra de Deus, a pureza do coração, a espiritualidade da alma, ou a integridade de comportamento. Sua única preocupação era com a aparência, o forte desejo de ser visto e "honrado por homens" (Mt 6:2.). Este "rock" ( petra ) é o mesmo do rock como que em Mateus 7:24-25. É o alicerce da Palavra de Deus, a Sua revelação divina. É a revelação divina, como foi dado a Pedro pelo "Pai, que é o céu", e é a única rocha sobre a qual a vida cristã pode ser construída.

A marca do verdadeiro discipulado não é simplesmente ouvir e crer, mas crer e fazer. Os verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, os únicos verdadeiros convertidos do evangelho, são aqueles que são "cumpridores da palavra e não somente ouvintes, que se iludem. Porque, se alguém é ouvinte da palavra e não cumpridor, é semelhante um homem que olha para o seu rosto natural num espelho, pois uma vez que ele olhou para si mesmo e ido embora, ele imediatamente esquecido que tipo de pessoa ele era "(Tiago 1:22-24). Em outras palavras, uma pessoa que professa a conhecer a Cristo, mas não obedecer a Cristo, não tem nenhuma imagem duradoura do que a nova vida é tudo. Ele vislumbra Cristo, e vislumbra o que Cristo pode fazer por ele, mas a sua imagem de Cristo e da vida nova em Cristo logo se desvanece. Sua experiência com o evangelho é rasa, superficial, e de curta duração.

"Nisto conhecemos o que temos vindo a conhecê-Lo, se guardarmos os seus mandamentos", declara João. "Aquele que diz:" Eu vim a conhecê-lo ", e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, ea verdade não está nele, mas qualquer que guarda a sua palavra, nele o amor de Deus foi realmente aperfeiçoou . Nisto conhecemos que estamos nele: aquele que diz que permanece nele, esse deve-se a caminhar na mesma maneira como Ele andou "(I João 2:3-6). Paulo poderosa e convincente, afirma a mesma coisa: ". Para aqueles que estão corrompidos e incrédulos nada é puro, mas tanto a sua mente como a sua consciência estão contaminadas Afirmam que conhecem a Deus, mas por seus atos o negam, sendo abomináveis ​​e desobedientes e inútil para qualquer boa ação "(Tito 1:15-16).

Professar conhecimento de Deus e de Sua verdade, mas não seguir a Deus, obediente, e viver a Sua verdade é ser enganado. É ter entrado pela porta larga e estar andando no caminho largo que leva à destruição. É ter uma casa construída sobre a areia.

A única validação que podemos ter da salvação é uma vida de obediência. Essa é a única prova Escritura menciona do nosso ser sob o senhorio de Jesus Cristo. A obediência é a condição sine qua non da salvação.
casa construída sobre a rocha é a vida de obediência, a vida de Jesus foi explicando todo o Sermão da Montanha. É a vida que tem uma visão bíblica de si mesmo, como descrito nas bem-aventuranças. É a vida que tem uma visão bíblica do mundo, e vê-se como meio de Deus para preservar e ilumina o mundo, embora não sendo uma parte dela. É a vida que tem a visão divina da Escritura e que determina a não alterar a Palavra de Deus, em menor grau. É uma vida que está preocupado com a justiça interna, em vez de forma externa. É uma vida que tem uma atitude piedosa para com o que é dito eo que é feito, em direção motivos, coisas, dinheiro e outras pessoas. É uma vida de autenticidade ao invés de hipocrisia e da justiça de Deus, em vez de auto-justificação.

casa construída sobre a rocha é a vida que se esvazia de justiça própria e orgulho, que é oprimido por e chora sobre o seu próprio pecado, que faz o máximo esforço para entrar pela porta estreita e ser fiel no caminho estreito de Cristo e Sua Palavra. Tal construtor não constrói a sua vida ou colocar a sua esperança em cerimônia, ritual, visões, experiências, sentimentos ou milagres, mas sobre a Palavra de Deus e que por si só.

areia é composta de opiniões humanas, atitudes e vontades, que estão sempre mudando e sempre instáveis. Para construir sobre a areia é construir sobre a auto-vontade, auto-realização, auto-efeito, a auto-suficiência, auto-satisfação e auto-justiça. Para construir sobre a areia é ser unteachable, para ser "sempre aprendendo e nunca podem chegar ao conhecimento da verdade" (2Tm 3:7). Ele recebe rapidamente e desaparece rapidamente. Ele gosta de promessas de Deus, mas não as suas necessidades.

homem tolo sempre tem desculpas quando Jesus faz exigências sobre a sua vida. Quando ele ouve o evangelho, ele diz ao Senhor: "Eu te seguirei aonde quer que vá." Mas, quando ele ouve: "As raposas têm covis, e as aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça", ele de repente se lembra que ele tem para enterrar seu pai (ou seja, esperam o seu pai de morte, a fim de receber a herança) ou "dizer adeus para os que estão em casa." Essa pessoa que põe a mão no arado e olha para trás, Jesus diz: "não é apto para o reino de Deus" (Lucas 9:57-62).

A chuva, transbordaram os rios, e os ventos não representam tipos específicos de julgamento físico mas simplesmente resumir o julgamento final de Deus. A tempestade é o teste final que a casa de cada vida humana terá de enfrentar. Como o anjo da morte no Egito passou pelas casas de sangue aspergido dos filhos de Israel, enquanto abate de todos os primogênitos no resto, de modo que o mesmo acórdão, que passa sem perigo sobre a casa que está fundada sobre a rocha de Cristo e Sua Palavra destruir totalmente o que está construído sobre a areia ... -que é outra coisa senão a Cristo e à Sua Palavra.

Se a sua religião é verdadeira ou falsa, um dia ele vai ser julgado. E esse julgamento vai provar com Proposito absoluta que é trigo e qual é joio, que são ovelhas e cabras, que são que entraram pela porta estreita para andar pelo caminho estreito e que entraram pela porta larga para andar o caminho largo.

Aqueles cujas casas estão sobre a rocha de Jesus Cristo e Sua Palavra serão entregues "a partir da ira vindoura" (. 1Ts 1:10), e só terá louvor de Deus, diz Paulo (1Co 4:5). No entanto, ele não considera seu trabalho para o senhor onerosa. Por um lado, o trabalho que realmente fazer para o Senhor é o trabalho que ele faz através de nós. Por outro lado, o trabalho que é realmente feito para o Senhor é feito por amor, não por obrigação ou medo. Como o escritor anônimo do hino "Que Firme Alicerce", diz, o Senhor promete que este homem:

A alma que em Cristo confiante repousar,
Eu não vou, não vou abandonar a seus inimigos;
Essa alma, apesar de todo o inferno a queira destruir,
Eu nunca vou, não, nunca, não, nunca abandonará!
A diferença mais trágico entre os construtores está em seus destinos finais. Inigualável e incomparável obra sermão de Jesus termina com uma advertência devastador do julgamento. Suas últimas palavras são: . e foi grande a sua queda A linha inferior do evangelho para aqueles que rejeitam a Cristo não é que eles perdem uma grande quantidade de bênção ou mesmo que perder uma vida de felicidade eterna com Deus no céu, embora essas coisas são absolutamente verdadeiras. A linha inferior para aqueles que rejeitam a Cristo é que eles estão destinados para o tormento eterno, a destruição que continua a destruir para sempre. Para rejeitar Cristo é olhar para a frente para ser "lançado no inferno, onde o seu verme não morre, eo fogo não se apaga" (Marcos 9:47-48). Devido a esta inevitabilidade todo cristão professo precisa ouvir as palavras do Espírito Santo através Tiago: "Mostrai-vos cumpridores da palavra e não somente ouvintes, que se iludem" (Jc 1:22). À medida que aprendemos a partir de Provérbios: "Há um tipo que é pura aos seus próprios olhos, mas nunca foi lavada da sua imundícia" (30:12).

Resposta ao Sermão

O resultado foi que, quando Jesus terminou estas palavras, as multidões ficaram admirados com seu ensinamento; pois Ele as ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas. (7: 28-29)

A resposta a esta mais magnífico discurso dado sempre foi tão surpreendente de uma forma negativa como o sermão em si era de uma forma positiva. Parece certo que alguns dos que constam as multidõesque estavam lá naquele dia acreditou em Jesus. Mas o número que, em seguida, entrou pela porta estreita provou que Ele havia dito: "poucos são os que o encontram" (7:14).

Mas as conversões que possam ter ocorrido não são relatados. Só nos é dito que as multidões ficaram admirados com seu ensinamento (conforme Jo 7:46). Ekplēssō ( ficaram maravilhados ) significa literalmente de ser atingido fora de si, e foi usado no sentido figurado de ser atingido na mente, ou seja, de ser surpreendido ou fora de si. A multidão estava totalmente estupefato pelo poder do que Jesus disse. Eles nunca tinham ouvido tais palavras abrangentes, perspicazes de sabedoria, profundidade, percepção e profundidade. Eles nunca tinha ouvido tal denúncia direta e sem medo dos escribas e fariseus ou uma apresentação tão preto e branco do caminho da salvação. Eles nunca tinha ouvido um aviso tão terrível sobre as conseqüências do afastamento de Deus. Eles nunca tinham ouvido uma descrição tão poderosa e exigente da justiça verdadeira, ou uma descrição tão implacável e condenação da justiça própria.

Mas a coisa mais notável que atingiu o público naquele dia foi que Jesus ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas. Autoridade ( exousia ) tem a ver com poder e privilégio, e é uma palavra-chave na apresentação de Mateus da realeza de Jesus (9: 1-8; 21: 23-27; 28:18). No Novo Testamento, ele é usado para o poder que comprova e reflete a soberania de Jesus. Os escribas citou outros para emprestar autoridade para os seus ensinamentos, mas Jesus citou somente a Palavra de Deus e falou como a final autoridade em verdade. Ele falou a verdade eterna simplesmente, diretamente, com o amor (em contraste com o ódio amargo dos fariseus) e, sem hesitar ou consulta. Isso surpreendeu a multidão.

Todas essas coisas eram importantes para eles ouvirem, e foi totalmente adequado, de fato inevitável, que eles devem ser surpreendido , porque o Seu ensinamento foi realmente incrível. Mas o que eles precisavam não foi surpresa, mas a crença, não espanto, mas obediência. Jesus não lhes disse que todas essas coisas para seu espanto, ou mesmo simplesmente para sua informação, mas para a sua salvação.Ele não tinha a intenção apenas para mostrar-lhes a porta estreita eo caminho estreito, mas insistiu com eles para entrar aquele portão e seguir esse caminho, o que Ele iria tornar acessível ao pagar a pena por seus pecados.

Mas a maioria das pessoas só assistiu e ouviu, apenas ouvidas e consideradas, mas não decidir. Mesmo por não decidir, no entanto, eles decidiram. Por qualquer motivo, possivelmente sem nenhum motivo consciente em tudo, eles decidiram ficar no caminho largo.
CS Lewis dá um exemplo notável de sua própria vida do que a atitude é de muitos que ouvir o evangelho:
Quando eu era criança, muitas vezes eu tinha dor de dente, e eu sabia que se eu fui para a minha mãe, ela me daria algo que amortecer a dor para que a noite e me deixe dormir. Mas eu não queria ir para a minha mãe, pelo menos, não até que a dor se tornou muito ruim. E a razão de eu não ir era isso. Eu não duvido que ela me daria a aspirina, mas eu sabia que ela também iria fazer outra coisa. Eu sabia que ela ia me levar ao dentista manhã seguinte. Eu não poderia começar o que eu queria sair dela sem conseguir algo mais, o que eu não queria. Eu queria o alívio imediato da dor: mas eu não poderia fazê-lo sem ter meus dentes fixada permanentemente direita. E eu sabia que esses dentistas; Eu sabia que eles começou mexendo com todos os tipos de outros dentes que ainda não tinham começado a doer. Eles não iriam deixar os cães dormem mentir. ( Mere Christianity [New York: Macmillan, 1977], p 177).

É esse mesmo tipo de pensamento que mantém muitas pessoas para fora do reino: o preço é mais do que eles querem pagar. Lewis continua a dizer, nas palavras imaginárias de Cristo: "Você tem o livre-arbítrio, e se você escolher, você pode empurrar-me para longe. Mas se você não me afasta, entender que eu estou indo para ver este trabalho através de ... . Eu nunca vou descansar, nem deixá-lo descansar, até que você esteja literalmente perfeito, até que meu pai pode dizer sem reserva que Ele está bem satisfeito com você, como Ele disse que estava bem satisfeito com Me "(p. 158).

Essa é a decisão que o Senhor exige antes que Ele pode transformar corações vazios, com as suas palavras vazias e obras vazias, para o coração cheio que produzem as boas obras para as quais são recriados.É grande o desejo de Deus que nenhuma pessoa pereça e que cada pessoa "cheguem ao arrependimento" (2Pe 3:9) . Isso só se tornou possível através da morte e ressurreição do Salvador, que culminou Seu trabalho para o homem pecador e será a grande conclusão a boa notícia de Mateus.


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Mateus Capítulo 7 do versículo 1 até o 29

Mateus 7

O erro de julgar — Mat. 7:1-5

Ninguém pode julgar — Mat. 7:1-5 (cont.) Mt 7:6

Mt 7:6 (cont.) Carta fundamental da oração — Mat. 7:7-11

Mt 7:12

Mt 7:12 (cont.) 13 40:7-14'>A vida na encruzilhada — 13 40:7-14'>Mat. 7:13-14 Os falsos profetas — Mat. 7:15-20

Conhecidos por seus frutos — Mat. 7:15-20 (cont.)

Os frutos da inautenticidade — Mat. 7:15-20 (cont.) Os impostores — Mat. 7:21-23

O único fundamento verdadeiro — Mat. 7:24-27

O ERRO DE JULGAR

Mateus 7:1-5

Quando Jesus fala deste modo, como o faz com tanta freqüência no

Sermão da Montanha, usa palavras e conceitos bem conhecidos pelos judeus de sua época. Muitas vezes os rabinos advertiam a seus ouvintes sobre o engano de julgar a outros. "Aquele que julga favoravelmente a seu

próximo", diziam, "será julgado favoravelmente por Deus." Sustentavam que havia seis grandes boas obras que beneficiavam ao crente nesta vida e eram proveitosas até na vida vindoura – estudar, visitar os doentes, praticar a hospitalidade, orar devotamente, educar aos filhos na Lei, e pensar o melhor com respeito ao próximo. Os judeus sabiam também que a bondade no julgamento não é menos que uma obrigação sagrada.

É possível se pensar que este mandamento é fácil de obedecer, mas a história está infestada dos mais extraordinários enganos de julgamento. Houve tantos casos de julgamentos equivocados que se acreditaria que os homens deveriam aprender a abster-se totalmente de julgar a outros. Assim aconteceu na literatura.

Na Edinburgh Review do mês de novembro de 1814, Lorde Jeffrey escreveu um comentário sobre um poema que acabava de publicar Nordsworth, e que posteriormente se tornou famoso com o título de "A

excursão". E em seu julgamento crítico, dizia o comentarista: "Esta obra não vale nada."

Ao comentar a publicação do famoso Endimión, de Keats, o

periódico The Quarterly afirmava, de modo parcimonioso: "Há no poema algumas chispadas de talento que mereceriam melhor uso."

Em repetidas ocasiões artistas que, posteriormente, chegariam a ser

famosos, foram rechaçados por serem considerados inúteis. Em suas memórias Gilbert Frankau recorda como, na época vitoriana, a casa de sua mãe era uma reunião onde se encontravam as pessoas mais brilhantes da época. Sua mãe tomava provisões para entreter aos hóspedes com alguma expressão artística. Em certa oportunidade, convidou-se a uma jovem cantor australiana. Depois de ouvi-la, a senhora Frankau declarou: "Que voz atroz! Ela deveria ser amordaçada e não ser permitida cantar o resto de sua vida." A cantora era Nellie Melba, uma das mais famosas sopranos de ópera, poucos anos depois.

Gilbert Frankau, que era produtor de teatro, estava montando uma obra e pediu a uma agência de atores que lhe mandasse candidatos

jovens para o papel principal. Chegou um ator, enviado pela agência, e Frankau o provou. Imediatamente depois de ouvi-lo, telefonou aos

diretores da agência, e lhes disse: "Não serve, e nunca servirá. É melhor que o aconselhem a buscar outra profissão, se não quiser morrer de fome." O nome do moço era Ronald Colman, que se converteria num dos

mais famosos atores de cinema que jamais tenha havido.

Muitas vezes somos culpados de sérios enganos de julgamento.

Collie Knox conta o que ocorreu a ele e a um amigo. Ele tinha sofrido um acidente aéreo enquanto cumpria uma missão como piloto do Royal Flying Corps, durante a II Guerra Mundial. Seu amigo, naquele mesmo dia, tinha sido condecorado pela Rainha no palácio de Buckingham, por sua valentia em combate. Depois das cerimônias mudaram de roupa, e agora vestidos como civis estavam jantando em um famoso restaurante de Londres. Enquanto o faziam se aproximou uma jovem que pôs nas mãos de cada um destes dois heróis uma pena branca, que era sinal de desprezo pela covardia de quem não colaborava no esforço de guerra do Reino Unido.

Dificilmente haja alguém que não seja culpado de ter cometido sérios erros de julgamento. Dificilmente haja alguém que não tenha

sofrido algum engano de julgamento com respeito a si mesmo por parte de outros. E entretanto, o estranho é que dificilmente haja um

mandamento de Jesus que seja mais freqüentemente desobedecido que este, no qual se nos proíbe julgar a outros.

NINGUÉM PODE JULGAR

Mateus 7:1-5 (continuação)

Há três grandes razões que nos fazem incapazes de julgar a outros.

  1. Nunca conhecemos todos os fatos nem a totalidade da pessoa que julgamos.

Faz muito, o famoso rabino Hillel disse: "Não julguem a ninguém

até não ter conhecido a sua situação e circunstâncias." Ninguém conhece a força das tentações que outros devem suportar. O homem de temperamento plácido não conhece a tentação daqueles a quem ferve o sangue e se inflamam de paixão ante o menor motivo. O homem que foi bem educado, em um lar decente, não conhece as tentações de quem se criou em um tugúrio, ou em um lugar onde o mal caminha pela rua cotidianamente. Quem tem a bênção de pais cristãos não conhece as tentações de quem leva sobre si a tara de uma herança pecaminosa. O

fato é que se fôssemos capazes de conhecer todas as circunstâncias, ficaríamos surpresos de que tantas pessoas tenham podido ser tão boas, apesar do que tiveram que suportar.

Tampouco conhecemos a totalidade da pessoa. Em determinada situação, alguém pode ser terrivelmente insuportável, mas em outras

ocasiões poderá constituir-se em uma torre de poder espiritual e beleza.

Em uma de suas novelas Mark Rutherford conta a história de um homem que se casou pela segunda vez. Sua esposa também tinha estado

casada antes, e tinha, de seu primeiro casamento, uma filha adolescente. Esta menina era bastante insuportável, por seu caráter ressentido e sua atitude agressiva. O pobre homem não pôde tirar nada a limpo de sua

enteada. Então, inesperadamente, a mãe da moça caiu doente. Imediatamente a filha se transformou. Sem que ninguém tivesse necessidade de dizer-lhe converteu-se na enfermeira ideal, em um

autêntico exemplo de devoção e infatigável serviço. Seu habitual silêncio se iluminou com um repentino brilho, e apareceu nela outra pessoa que ninguém teria pensado que jamais podia ocultar-se nela.

Há um tipo de cristal que se chama "pedra do Lavrador". À primeira vista é uma pedra opaca, feia, que não chamaria a atenção de ninguém, mas se lhe damos volta, repentinamente, em certa posição, vista de certo

modo, estala um brilho muito bonito. Há muitas pessoas que são como esta pedra. Pareceriam ser difíceis de amar, mas é porque não as conhecemos na totalidade de suas facetas.

Todos têm algo bom. Nossa responsabilidade não é julgar e

condenar a outros, atendo-nos ao conhecimento superficial que temos deles, mas sim a procurar a beleza oculta que nos fará amá-los. Isso é o que esperaríamos de outros com respeito a nós e é o modo em que devemos agir com respeito a outros.

  1. É quase impossível julgar de maneira absolutamente imparcial. Uma e outra vez somos arrastados e desviados por nossas reações

instintivas, não raciocinadas, frente a outros. Nossos julgamentos não obedecem ao julgamento mas apenas a uma reação totalmente irrazoável

e ilógica. Diz-se que às vezes, entre os gregos, quando se julgava a alguém por alguma causa muito delicada, o julgamento se realizava às escuras, para que os juízes não pudessem ver o culpado e assim não ser influídos por outra coisa que os fatos do caso.

Em um de seus ensaios, Montaigne conta uma aguda e amarga história: Havia um juiz persa que tinha dado um veredicto injusto, tendo recebido suborno para isso. Quando Cambises, o rei, descobriu o que tinha ocorrido, deu ordem de que o juiz fosse executado. Depois da execução mandou que lhe tirassem a pele e com ela atapetou a poltrona em que os juízes se sentavam para emitir seus veredictos, como macabro aviso do caráter da justiça que não se vende. Somente uma pessoa completamente imparcial tem direito de julgar a outros. Mas não está na natureza humana o ser totalmente imparcial. Somente Deus pode nos julgar.

  1. Mas Jesus é quem deu expressão à principal das razões que nos impedem de julgar a outros. Ninguém é o suficientemente bom para julgar a outros. Jesus desenhou a imagem muito clara do homem que tem uma trave em seu olho e busca tirar o argueiro que há no olho de seu próximo. O cômico desta situação provocará nossa risada, e isto será suficiente para que aprendamos a lição. Somente o que é irrepreensível tem direito de procurar faltas em outros. Ninguém tem o direito de criticar a outro se não está disposto a, pelo menos, tentar que suas ações sejam melhores que as do outro, a quem critica. Todos os domingos os estádios de futebol estão cheios de pessoas que são críticos azedos dos enganos que os jogadores cometem, mas que ficariam em ridículo se eles mesmos descessem ao campo de jogo e tivessem que dirigir a bola.

Toda igreja e toda organização de qualquer tipo está cheia de pessoas que estão preparadas para criticar os que dirigem o grupo, mas

jamais sonhariam em assumir eles mesmos responsabilidades diretivas. O mundo está infestado de pessoas que reclamam o direito de julgar a

outros mas se abstêm de toda ação positiva. Ninguém tem o direito de

criticar a outros a menos que esteja disposto a encontrar-se na mesma situação. Ninguém é o suficientemente bom para criticar a seu próximo.

Temos muito que fazer para retificar nossas próprias vidas para que tratemos de retificar as de outros. Seria conveniente nos concentrarmos

em nossas próprias faltas, e deixar as faltas de outros ao juízo de Deus.

A VERDADE E O OUVINTE

Mt 7:6

Este dito de Jesus é, evidentemente, muito difícil de interpretar, porque parece exigir uma exclusividade que é precisamente o contrário

do espírito da mensagem cristã. A Igreja Primitiva o aplicava em duas circunstâncias particulares:

  1. Usavam-na os judeus que acreditavam que os dons e a graça de Deus eram somente para os judeus. Os inimigos do apóstolo Paulo,

cristãos judeus, sustentavam que os pagãos antes de poder entrar na 1greja deveriam circuncidar-se e aceitar a Lei, quer dizer, fazer-se judeus antes de poder chegar a ser cristãos. Era um texto que podia, certamente,

interpretar-se como apoio do exclusivismo dos cristãos judaizantes.

  1. A Igreja primitiva usava este texto de maneira muito particular. A Igreja estava sob um duplo ataque. Estava ameaçada de fora. A Igreja

primitiva era uma ilha de pureza rodeada por muito imoralidade pagã. Era muito fácil que essa imoralidade afetasse sua vida, tornando-a mundana. Mas também havia a ameaça que provinha de dentro da

mesma Igreja.

Naquela época primitiva, os cristãos começavam a elaborar as doutrinas da fé, e era inevitável que alguns fossem levados ao caminho

da heresia por suas especulações. Houve alguns que procuraram estabelecer uma solução de compromisso entre as categorias cristãs e a filosofia do paganismo, chegando a alguma síntese de ambos os pensamentos que pudesse satisfazer aos dois. Para poder sobreviver a

Igreja devia defender-se tanto das ameaças exteriores como desta ameaça

interior: de outro modo teriam chegado a converter-se em mais uma das religiões que competiam dentro do marco do Império Romano.

Especialmente, os cristãos daquela época eram muito cuidadosos com respeito à qualidade das pessoas que eram admitidas à celebração da

Eucaristia ou Ceia do Senhor. Este texto se associava com essa prática. A Santa Ceia começava com o anúncio: "As coisas santas são para os santos." Teodoreto cita o que, segundo ele, é um dito de Jesus que não foi recolhido pelos evangelistas: "Meus mistérios são para mim e para os

meus."

A Constituição Apostólica estabelece que ao começar a Ceia, um dos diáconos devia dizer: "Que nenhum dos catecúmenos (quer dizer,

aqueles que se estavam preparando para receber o batismo), e nenhum dos auditores os que tinham vindo ao culto porque estavam interessados em conhecer algo sobre o cristianismo), e nenhum dos incrédulos, e

nenhum dos hereges, permaneça neste lugar. A Mesa do Senhor estava fechada para todos, exceto os cristãos.

O Didaquê, um livro cujo título completo era O ensino dos doze

apóstolos, que data do ano 100 de nossa era, e que é o primeiro "manual de culto" ou "livro de oração comum" da Igreja, estabelece: "Que ninguém coma ou beba da Ceia, exceto os que foram batizados no nome do Senhor: porque, com respeito a isto, o mesmo Senhor disse: 'Não dêem o santo aos cães'." Um dos protestos de Tertuliano é que os hereges permitem o acesso à Ceia a toda classe de pessoas, até aos pagãos, e ao fazê-lo, "Jogam aos cães o que é santo, e aos porcos as pérolas (embora por certo não são verdadeiras pérolas)" (Do Praescriptione, 41).

Em todos estes casos o texto serve como fundamento de alguma forma de exclusivismo. Tal atitude não significa que a Igreja carecesse

de uma mentalidade missionária: a Igreja dos primeiros tempos vivia consumida pelo afã de ganhar a todos para Cristo. Mas ao mesmo tempo era consciente da necessidade de manter no alto a pureza da fé, para que

o cristianismo não fosse absorvido pouco a pouco, e finalmente tragado, pelo oceano de paganismo que o rodeava.

É fácil dar-se conta do significado transitivo deste texto; mas nós devemos tentar ver também seu significado permanente.

COMO ALCANÇAR OS QUE NÃO SÃO DIGNOS DE OUVIR

Mt 7:6 (continuação)

É possível que este dito de Jesus tenha sido modificado acidentalmente no processo de transmissão. Constitui, literalmente, um bom exemplo do paralelismo hebreu que já encontramos anteriormente

(Mt 6:10). Leiamo-lo em duas orações paralelas:

Não deis aos cães o que é santo,
nem lanceis ante os porcos as vossas pérolas...

Com exceção de uma palavra, o paralelismo é perfeito; dar possui como paralelo equivalente a jogar; os cães têm seu paralelo nos porcos;

mas santo não pode equiparar-se como paralelo de pérolas. Aqui se rompe o paralelismo. Entretanto, havia duas palavras hebraicas muito similares, especialmente quando lembramos que o hebraico antigo não

tinha vocais escritas, mas apenas consoantes. A palavra que significa santo é kadosh (K D SH) e a palavra aramaica que significa aro é kadasha (K D SH). As consoantes são exatamente iguais e na antiga

escritura hebraica ambas as palavras se escreviam igual. Mais ainda, no Talmud aparece a frase proverbial "um aro no focinho de um porco", que significava algo completamente incongruente, fora de lugar. Não é impossível, então, que a frase original dissesse:

"Não deis um aro aos cães,
nem lanceis as vossas pérolas aos porcos."

Neste caso existiria um paralelismo que poderíamos denominar perfeito.

Se este fosse o texto original do ensino de Jesus, significaria

simplesmente que há certas pessoas que não são capazes de receber a mensagem cristã que a Igreja está desejosa de oferecer. Não se trataria pois, de uma declaração de exclusivismo, mas sim de uma antecipação da dificuldade prática com que se enfrentariam os cristãos ao pregar o

evangelho, em qualquer época da história. É muito certo que é completamente impossível repartir a verdade a certas pessoas. Antes de receber algum ensino, algo deve suceder em suas vidas. Há um dito rabínico que afirma: "Assim como os tesouros não devem ser mostrados a qualquer um, as palavras da Lei não devem ser aprofundadas a não ser na presença de quem está capacitados a nos acompanhar."

Esta é uma verdade universal. Não é com qualquer um que podemos falar de qualquer coisa. Em um grupo de amigos podemos nos

sentar a conversar sobre nossa fé; podemos permitir que nossas mentes questionem e aventurem respostas; podemos falar das coisas que não compreendemos e das que nos deixam perplexos, e podemos permitir

que nossas mentes se lancem aos caminhos da especulação. Mas se ao mesmo grupo ingressa uma pessoa de ortodoxia rígida e pouco pormenorizada, o mais provável é que, ao ela nos ouvir, pendure em nós

a etiqueta de hereges perigosos; e se, em troca, entra uma alma simples, daquelas que jamais imaginam perguntas, o mais provável é que ao nos ouvir, sinta que sua fé é abalada e posta em tela de juízo.

Um filme científico, sobre os aspectos médicos do sexo, por exemplo, pode servir para alguns como experiência iluminadora, reveladora, valiosa e saudável; mas haverá outros, predispostos à

obscenidade e à curiosidade insalubre, que serão incapazes de compreender o verdadeiro significado das imagens.

Conta-se do Dr. Johnson que em certa oportunidade estava brincando e contando piadas como só pode fazer-se em um grupo de

amigos íntimos. Repentinamente viu que se aproximava uma pessoa que ele conhecia, cujo caráter era muito pouco agradável, e disse: "Fiquemos quietos, porque vem um tolo."

De maneira, pois, que há certas pessoas que são incapazes de receber a verdade cristã. Pode ser que suas mentes estejam fechadas; possivelmente tenham a capacidade de compreensão embotada pela

imundície que recobre seus sentidos; possivelmente tenham levado vidas que obscureceram sua capacidade para ver a verdade; possivelmente

sejam zombadores por natureza, especialmente frente a tudo o que é santo; possivelmente, como ocorre às vezes, careçamos completamente de um terreno comum com eles, a partir do qual possamos argumentar. Ninguém pode compreender senão aquilo para o qual está capacitado. Não podemos abrir nossos corações e mostrar seus segredos ante qualquer um. Sempre há alguns para quem a pregação de Cristo é tolice, e em cujas mentes a verdade, ao ser expressa em palavras, encontrará um muro impenetrável.

O que faremos com estes? Temos que abandoná-los, considerando-os casos perdidos? Vamos privá-los, terminantemente, da mensagem cristã? O que as palavras não podem fazer, freqüentemente pode fazê-lo uma vida autenticamente cristã. É possível que haja alguns absolutamente impermeáveis à mensagem cristã por meio de argumentos, mas que não terão resposta para a demonstração de uma vida cristã.

Cecil Northcott, em Uma Epifania Moderna, conta a história de uma conversação durante um acampamento no qual conviviam jovens

cristãos de distintas nacionalidades. "Uma noite muito úmida um grupo dentre os acampantes conversavam sobre as distintas maneiras de

comunicar o evangelho às pessoas. Em certo momento da discussão, voltaram-se para uma moça africana: "Maria, o que vocês fazem em seu país?" "Não falamos", disse Maria, "não organizamos campanhas

evangelísticas nem distribuímos folhetos. Simplesmente enviamos uma ou duas famílias cristãs para viver em uma aldeia onde o resto são pagãos. E quando vêem como são os cristãos, eles também querem

tornar-se cristãos."

Em última instância o único argumento que pode conquistar toda objeção é o de uma vida verdadeiramente cristã.

Com freqüência é impossível falar de Cristo frente a algumas pessoas. Sua insensibilidade, sua cegueira moral, seu orgulho intelectual, sua zombaria cínica, a sujeira de suas mentes, é possível que os fechem totalmente às palavras que falam de Cristo. Mas sempre é possível

mostrar a Cristo aos homens: a fraqueza da Igreja não é a falta de argumentos cristãos mas a escassez de vidas cristãs consagradas.

CARTA FUNDAMENTAL DA ORAÇÃO

Mateus 7:7-11

Todo homem que ora quererá saber a que Deus está orando. Em que classe de atmosfera serão ouvidas suas orações. Dirige-se a um Deus

avaro, de quem se deve arrancar os dons pela força? Dirige-se a um Deus zombador, cujos dons bem podem ser armas de duplo sentido? Ou se dirige a um Deus bondoso, que está mais disposto a dar que nós a pedir?

Jesus provinha de uma nação que amava a oração. Os rabinos judeus disseram algumas das coisas mais belas que ninguém jamais disse com respeito à oração. "Deus está tão perto de suas criaturas como a orelha está perto da boca." "Os seres humanos dificilmente podem ouvir

a duas pessoas que falam ao mesmo tempo, mas Deus é capaz de nos ouvir a cada um de nós, mesmo que todo mundo clame a Ele em um mesmo momento". "O homem se incomoda quando o chateiam os

pedidos de seus amigos, mas no caso de Deus, cada vez que alguém eleva a Ele suas necessidades, mais o ama."

Jesus tinha sido educado no amor da oração. Nesta passagem nos

oferece a carta fundamental cristã da oração.

O raciocínio de Jesus é muito simples. Um dos rabinos judeus perguntava se haveria algum homem que fosse capaz de odiar a seus

filhos. O argumento de Jesus era que se os homens não são capazes de odiar a seus filhos, Deus, o Pai celestial, não se negará jamais a ouvir as orações de suas criaturas.

Jesus escolhe seus exemplos com cuidado. Escolhe três, porque Lucas acrescentará mais um aos dois que temos em Mateus. Se o filho pedir pão, seu pai lhe dará uma pedra? Se o filho pedir um peixe, o pai lhe dará uma serpente? Se o filho pedir um ovo, o pai lhe dará um

escorpião? (Lc 11:12).

É importante que nos três exemplos, os dois objetos mencionados são de aparência semelhante. As pedras arredondadas que cobriam a costa do mar eram exatamente da forma, do tamanho e da cor de pequenas migalhas de pão. Se um filho pedir pão a seu pai, acaso este se rirá dele, oferecendo-lhe uma pedra, que possa confundir-se com um pão, porque seu aspecto é similar, mas que não se pode comer? Se o filho pede peixe, poderá o pai lhe dar uma serpente? A serpente, neste caso, provavelmente seja uma enguia. Segundo as leis judias a enguia não se podia comer, porque era um peixe impuro por não ter barbatanas nem escamas (Lv 11:12). Se o filho pede peixe a seu pai, este lhe dará um peixe, mas um peixe que está proibido comer, e que é inútil para isso? Zombará um pai deste modo da fome de seu filho? E se o filho pede um ovo, seu pais lhe dará um escorpião? O escorpião é um animal pequeno e perigoso. Em movimento, parece-se com uma lagosta de mar, aferra-se a seu vítima com duas pinças que tem nas extremidades de suas patas dianteiras. Tem o aguilhão na cauda e levantando-a rapidamente crava o aguilhão por cima do lombo; a picada pode ser muito dolorosa, e às vezes fatal. Quando o escorpião descansa, recolhe as patas, pinças e cauda e há uma espécie de escorpião pálido que pode confundir-se muito facilmente com um ovo. Se o filho pedir um ovo, há de seu pai enganá— lo, oferecendo-lhe, em seu lugar, um escorpião venenoso?

Deus nunca se negará a ouvir nossas orações, e nunca se rirá de nossos pedidos. Os gregos tinham em sua mitologia histórias de deuses que respondiam às orações de seus fiéis, mas estas respostas sempre

tinham alguma armadilha, eram armas de dois gumes. Aurora, a deusa da alvorada, apaixonou-se por Teotônio, um jovem mortal. Zeus, o rei de todos os deuses, ofereceu-lhe qualquer dom que ela quisesse, para seu

amante mortal. Aurora, é obvio, escolheu que o dom fosse a vida eterna para Teotônio, mas se esqueceu de pedir, ao mesmo tempo, a juventude eterna. De modo que Teotônio envelheceu cada vez mais sem nunca

poder morrer, e o dom que tinha recebido se transformou em uma maldição.

Podemos extrair uma lição de tudo isto. Deus responderá sempre nossas orações, mas o fará à sua maneira, e sua maneira será a da perfeita sabedoria e o perfeito amor que o caracterizam. Freqüentemente, se respondesse nossas orações tal como nós o desejamos, o resultado seria o pior possível para nós, porque em nossa ignorância costumamos pedir coisas que em vez de nos beneficiar nos prejudicariam. Este dito de Jesus afirma não somente que Deus responderá nossas orações, mas sim o fará com sabedoria e amor.

Mas embora esta seja a carta fundamental da oração cristã, impõe— nos certas obrigações. Em grego há duas formas imperativas do verbo. A primeira é o imperativo aoristo, que pronuncia uma ordem definida e limitada: "Feche a porta", por exemplo, seria um imperativo aoristo. Mas também existe imperativo presente, que dá caráter de continuidade à ordem que se reparte, como se se dissesse: "Feche sempre as portas." Os imperativos que aparecem aqui são imperativos presentes, e seu significado, portanto, é "Peçam sempre, e sigam pedindo; procurem sempre, e sigam procurando, batam sempre, e sigam batendo."

Jesus nos diz que devemos persistir na oração; diz-nos que não devemos desanimar. É evidente que nisto reside a prova de nossa sinceridade. Queremos realmente o que estamos pedindo? É algo de tal natureza que podemos voltar a levá-lo, uma e outra vez, ao trono da graça divina? Porque a prova do valor de qualquer desejo, sempre será se posso pedir a Deus por ele, em oração. Jesus estabelece, nesta passagem, a dupla realidade de que Deus sempre responderá nossas orações a sua maneira, em sabedoria e amor; e que devemos levar ante Deus uma vida de infatigável oração, que demonstre a validez das coisas pelas quais pedimos, e a validez de nossa sinceridade ao pedi-las.

O PINÁCULO DA ÉTICA

Mt 7:12

Estas são, provavelmente, as palavras mais universalmente famosas que Jesus proferiu. Com este mandamento o Sermão da Montanha

alcança seu cume e pico mais alto. Este dito de Jesus foi chamado "a pedra angular de todo o sermão". Constitui o regulamento fundamental de toda ética social, e é o pináculo de toda doutrina ética.

É possível citar ditos rabínicos paralelos de virtualmente tudo o que Jesus ensinou. Mas não existem paralelos desta doutrina. É algo que nunca ninguém havia dito antes. É um novo ensino, uma nova forma de

ver a vida e as obrigações que a vida impõe.

Não é difícil encontrar muitos paralelos deste afirmação em forma negativa. Como já o tínhamos afirmado, havia sobretudo dois mestres rabínicos, entre os judeus, que desfrutavam de enorme fama: Hillel, que

era reconhecido por sua doçura e graça, e Shamai, que orientava seus ensinos segundo uma rígida e firme austeridade. Os judeus contavam a seguinte história:

“Um pagão foi a Shamai e lhe disse: ‘Estou disposto a me converter em partidário e ingressar no judaísmo, se você for capaz de me ensinar toda a Lei enquanto eu me mantiver na posição de uma perna num só pé.’ Shamai o expulsou de sua casa, batendo nele com um ponteiro que tinha à mão. O pagão, então, foi a Hillel, quem o recebeu como partidário, e lhe disse: ‘Não faça a outros o que você não gostaria que fizessem a você; esta é toda a Lei, veja bem e continue aprendendo-a’.”

Aqui temos a Regra Áurea em sua forma negativa. No Livro de

Tobias há uma passagem no qual o ancião Tobias ensina a seu filho tudo o que necessita para a vida, e um de seus máximas é: "O que não queres

para ti, não o faças a ninguém" (Tobias 4:15). Há um livro judeu que se chama A Carta a Aristeas, que se apresenta como uma crônica do que aconteceu com os sábios judeus que se reuniram em Alexandria para traduzir as escrituras hebraicas ao grego e produziram a Septuaginta. O

rei do Egito lhes tinha devotado um banquete, durante o qual lhes fez

muitas perguntas difíceis. Entre outras lhes disse: "Qual é o ensino da sabedoria?" E um dos eruditos judeus lhe respondeu: "Assim como você gostaria que nenhum mal lhe sobreviesse, mas sim queria ser partícipe de todo o bem, assim aja com seus súditos e seus ofensores, admoestando docemente aos nobres e aos bons. Porque Deus atrai para si a todos os homens mediante a benignidade" (A Carta ao Aristeas, 207).

O rabino Eliézer foi provavelmente o que mais perto esteve da maneira em que Jesus o diz, quando ensina "Que a honra de seu amigo

seja tão cara para ti como a tua própria". O salmista conhecia também a forma negativa deste ensino, quando afirmava que somente o que não fizeram mal a ninguém podem aproximar-se de Deus (Sl 15:3). Não

é difícil encontrar paralelos no judaísmo da forma negativa da Regra de Ouro; mas não há paralelo da forma positiva em que Jesus a expressou.

O mesmo ocorre com os ensinos das outras religiões. A forma

negativa desta lei suprema é um dos princípios básicos nos ensinos de Confúcio. Tze-Kung lhe perguntou: "Há alguma palavra que possa servir como regra para ordenar toda a vida do homem?" E Confúcio respondeu: "Não é acaso ‘reciprocidade’ essa palavra que buscas? O que não queres que te façam, tampouco o faças aos outros."

Nos Hinos da do budismo há alguns versos muito bonitos, que se aproximam muito do ensino do cristianismo:

Todos os homens tremem ante o açoite, todos temem de morte;

Ponha-os no lugar dos outros, não matem, nem ordenem matar.

Todos os homens tremem ante o açoite,

todos os homens amam a vida; Façam como preferiria que lhes fizessem,

não matem nem ordenem matar.

O mesmo ocorre com os gregos e os romanos, Sócrates conta que o rei Nicocles impôs aos oficiais de seu exército o seguinte regulamento: "Não façam a outros aquelas coisas que deixam vocês zangados quando

as experimentam às mãos de outros." Epicteto condena a escravidão, fundando-se em que: "O sofrimento que a gente mesmo evita, não deve infligi-lo a outros." Uma das máximas básicas dos estóicos era: "O que não desejam que lhes seja feito, jamais o façam a outros." E se conta que o imperador Alexandre Severo fez que esta máxima fora gravada em pedra e colocada na parede de seu palácio, para não esquecê-la nunca como norma de vida.

Em sua forma negativa, este ensino é por certo a fundamentação de tudo ensino ética, mas ninguém, exceto Jesus, enunciou-a em sua forma

positiva. Muitas vozes disseram: "Não façam a outros, o que não querem que outros façam a vocês." Mas ninguém antes havia dito: "Façam aos

outros o que vocês querem que eles façam a vocês."

A REGRA ÁUREA DE JESUS

Mt 7:12 (continuação)

Vejamos agora no que se diferenciam a forma negativa e a positiva desta regra áurea. E vejamos quanto mais exigiu Jesus que qualquer

outro mestre que a humanidade tenha tido.

Quando se enuncia esta norma em sua forma negativa, quando se diz que não devemos fazer a outros o que não queremos que outros

façam conosco, a norma não é tão fundamental para a vida religiosa, mas sim ocupa um lugar subordinado. Trata-se simplesmente de uma afirmação do sentido comum, sem a qual as relações sociais seriam

impossíveis no mundo. Se não pudéssemos dar por sentado que o comportamento das demais pessoas tem que ajustar-se às normas da vida civilizada, a vida em sociedade seria intolerável. A forma negativa da

regra áurea não nos impõe uma obrigação adicional, mas sim é algo sem o qual seria impossível a mera existência de nossa sociedade.

Mais ainda, a forma negativa da regra áurea, envolve somente o não fazer certas coisas, significa evitar certas ações. Nunca é tão difícil não

fazer algo. O não ferir a outros não é um princípio religioso fundamental,

é antes um princípio legal. A classe de princípios que podem ser observados pelos que não acreditam em nada nem têm nenhum interesse religioso. A pessoa poderia abster-se de fazer o mal a outros, e entretanto não ser mais que uma pessoa inútil para seus semelhantes. Pode-se satisfazer a forma negativa da regra áurea, limitando-se a inação. Com não fazer absolutamente nada, evita-se quebrantar esta norma, de maneira perfeita. A bondade que consiste em não fazer nada seria uma total contradição de tudo o que significa a bondade cristã.

Quando se enuncia esta norma em forma positiva, quando se nos diz que devemos fazer a outros o que queremos que eles nos façam, entra em nossas vidas um novo princípio, e uma nova atitude para com nossos semelhantes. Uma coisa é dizer: "Não devo ferir a outros." Esta pode ser uma obrigação legal. Outra coisa muito distinta é dizer: "Devo me esforçar em ajudar a outros, sendo amável com eles, assim como eu gostaria que outros me ajudassem, sendo amáveis comigo." Somente o amor poderá nos ajudar a fazer isto. A atitude de quem afirma: "Não devo fazer mal a ninguém" é diametralmente oposta à de quem sustenta: "Devo fazer todo o bem que eu puder."

Para tomar uma analogia muito simples – se alguém tiver um carro, a lei pode obrigá-lo a dirigir de tal maneira que não atropele as pessoas

ou aos outros veículos, na rua ou estrada, mas nenhuma lei civil pode obrigá-lo a deter-se e levantar um caminhante cansado e com os pés feridos. É algo simples evitar fazer o mal a outros; não é tão difícil respeitar seus princípios e seus sentimentos. Mas é muito mais difícil

estabelecer deliberadamente como política e norma de nossa vida, o fazer tudo o que esteja a nosso alcance para agir de maneira tão amável para outros como gostaríamos que eles agissem conosco. E entretanto, é

justamente esta nova atitude o que faz bela a vida.

Jane Stoddart cita um incidente da vida de W. H. Smith.

“Quando Smith estava no Ministério de Guerra, seu secretário particular, o senhor Fleetwood Wilson, deu-se conta de que um sábado pela tarde, quando já tinha terminado a semana de trabalho, Smith estava ainda

ocupado em preparar a valise em que ele mesmo levaria os documentos que devia revisar durante o fim de semana no campo. O secretário, Wilson, disse-lhe que pouparia todo esse trabalho se adotasse a prática comum de outros ministros de governo – deixar os papéis para que fossem enviados pelo correio. Smith pareceu um pouco confundido por um momento e depois disse: ‘O que ocorre, Sr. Wilson, é que o carteiro que nos traz a correspondência desde Henley, tem já muitos coisas que carregar. Uma manhã eu o vi aproximar-se de minha casa, com o pesado pacote de meus papéis além das outras cartas e pacotes que normalmente deve levar, e fiz o propósito de evitar-lhe essa carga adicional, se estava em minhas mãos’.”

Ações assim demonstram uma atitude especial para com o nosso próximo. É a atitude de acreditar que não devemos limitar nossos entendimentos com outros ao que permite a lei, mas sim devemos tratá— los como o exige o amor.

É perfeitamente possível para qualquer um observar a regra áurea em sua forma negativa. Mediante um esforço poderia disciplinar sua vida de não fazer nunca nada que não queira que outros façam a ele. Mas a única pessoa que pode começar a obedecer, sequer, a regra áurea em sua forma positiva é aquele que tem o amor de Cristo em seu coração. Tentará perdoar tal como espera ser perdoado; ajudar tal como gostaria de ser ajudado; reconhecer o bom de outros tal como espera que se reconheça o seu; compreender, tal como espera ser compreendido. Nunca procurará evitar fazer coisas; estará sempre procurando coisas para fazer. É evidente que isto complicará sua vida; terá muito menos tempo livre para satisfazer seus desejos e atividades prediletas, porque uma e outra vez se verá obrigado pelo amor a deixar de fazer o que está fazendo para ajudar a outros. Será um princípio que dominará sua vida no lar, na fábrica, no ônibus, no escritório, na rua, no trem, nos lugares de recreação, e em todas as partes. Nunca poderá obedecer este princípio até que seu egoísmo não tenha morrido, extinto por completo de seu coração. Para obedecer este mandamento terá que converter-se em um homem novo, e possuir um novo centro em sua vida. Se o mundo

estivesse composto por indivíduos que procurassem obedecer esta regra, viveríamos em um mundo novo.

A VIDA NA ENCRUZILHADA

13 40:7-14'>Mateus13 40:7-14'> 13 40:7-14'>7:13-14

A vida sempre tem certa qualidade dramática, porque tal como foi dito: "Quando um homem se encontra em uma encruzilhada, concentra-

se sobre ele toda a vida". Cada ação da vida confronta o homem com uma decisão iniludível; não pode permanecer impassível. Sempre deve escolher um caminho ou outro. Por isso, uma das funções mais

importantes de todos os grandes homens da história, foi enfrentar a seus contemporâneos com essas decisões iniludíveis.

Quando se aproximava o fim de sua vida, Moisés falou com seu povo e lhes disse: "Vê que proponho, hoje, a vida e o bem, a morte e o

mal.., escolhe, pois, a vida, para que vivas, tu e a tua descendência..." (Deuteronômio 30:15-20). Quando Josué estava a ponto de transmitir o mando de seu povo, ao final de sua vida, enfrentou-os com a mesma

eleição: "Escolhei hoje a quem sirvais" (Js 24:15). Jeremias ouviu a voz de Deus que lhe dizia: "A este povo dirás: Assim diz o SENHOR: Eis que ponho diante de vós o caminho da vida e o caminho da morte"

(Jr 21:8).

É esta a decisão que Jesus põe diante dos homens nesta passagem. Há um caminho largo e fácil de transitar, e há muitos que o escolhem;

mas o fim dos que andam por ele é a ruína. Há um caminho estreito e difícil, e muito poucos são os que vão por ele; mas o fim deste é a vida. Ceve, o discípulo do Sócrates, escreveu em sua obra Tábula: "Vê uma

porta e em frente um caminho não muito transitado, pois os viajantes são poucos? Esse é o caminho que conduz à verdadeira instrução."

Examinemos a diferença entre os dois caminhos.

  1. É a diferença entre o fácil e o difícil. Nunca há vias fáceis que conduzam à grandeza; esta sempre é produto do esforço.

Hesíodo, o antigo poeta grego, escreve: "A maldade pode se ter em abundância com facilidade, o atalho é liso, e ela habita muito perto; mas frente à virtude os deuses imortais colocaram o suor." Epicarmo disse: "Os deuses nos exigem trabalho duro, como preço de todas as coisas boas." O homem ardiloso não deseja as coisas brandas", adverte, "porque terminará recebendo as duras."

Em certa oportunidade Edmund Burke pronunciou um grande discurso no Parlamento inglês, onde era deputado. Ao terminar, alguns

observaram que seu irmão, Richard Burke, estava submerso em profundos pensamentos. Perguntaram-lhe o que estava pensando, e respondeu: "Estava-me perguntando como fez Edmund para

monopolizar todo o talento de nossa família; mas depois lembrei que quando todos nós estávamos jogando, ele estava invariavelmente trabalhando."

Mesmo que algo se faz com aparente facilidade, essa facilidade mesma é, sem dúvida, o resultado de muito trabalho duro e perseverante. A habilidade do concertista de piano, ou a do campeão no campo de

golfe, não se alcança sem muito suor.

Nunca houve outro caminho que conduzisse à grandeza que o caminho do trabalho, e algo que prometa ser um atalho não é mais que

uma miragem e uma armadilha.

  1. É a diferença entre o caminho longo e o curto. É muito estranho que algo surja perfeito e acabado, sem que haja custado um longo esforço. A grandeza, em geral, provém de muito tempo dedicado ao

trabalho e à contínua atenção aos detalhes.

Horácio, em sua Poética, recomenda a Pisón que quando escrever algo o guarde durante nove anos antes de publicá-lo. Conta-lhe de um

discípulo que costumava levar exercícios a Quintílio, o famoso crítico, o qual normalmente lhe dizia: "Apaga-o e atira-o ao lixo, não o forjaste, deves devolvê-lo ao fogo e à bigorna."

A Eneida, de Virgílio, foi o trabalho dos últimos dez anos de sua vida. Quando estava a ponto de morrer, seu propósito foi destruir a obra,

porque a considerava imperfeita, e o teria feito se seus amigos não o tivessem detido. A República, de Platão começa com uma afirmação muito singela: "Ontem fui ao Pireo, com Glauco, filho do Aristão, para oferecer uma oração à deusa."

No manuscrito de Platão, de seu próprio punho e letra, havia correções que indicam como lhe ocorreram sucessivamente pelo menos treze versões diferentes desta primeira frase. O grande mestre da literatura grega trabalhou infatigavelmente com uma só oração, até conseguir a cadência exata que se adequava ao texto que queria produzir.

Um dos poemas imortais da literatura universal é a Elegia escrita em um cemitério rural, de Thomas Gray. Seu autor a escreveu no verão

de 1742, e só em 12 de junho de 1750 começou a circular, entre o grupo mais íntimo de seus amigos. Sua perfeição lapidária custou ao autor oito anos de trabalho.

Ninguém chegou a produzir uma obra mestra tomando um atalho. Neste mundo, constantemente nos são oferecidos atalhos, a promessa de resultados imediatos; e o caminho longo, cujos resultados se produzem a

longo prazo. As coisas de valor duradouro nunca se produzem instantaneamente; o caminho longo, em última análise, é sempre o mais adequado.

  1. É a diferença entre o caminho disciplinado e o indisciplinado. Nada se obteve jamais sem uma estrita disciplina. Muitos atletas e muitos homens comuns arruinaram suas possibilidades por abandonar a disciplina e permitir uma atitude descuidada.

Coleridge é a suprema tragédia da indisciplina. Nunca houve uma mente tão grande que produzisse tão pouco. Abandonou a Universidade de Cambridge para entrar no exército; abandonou o exército porque,

apesar de sua erudição, não podia pôr o cabresto num cavalo. Ingressou em Oxford, para reiniciar seus estudos, mas também saiu desta universidade sem obter grau acadêmico algum. Lançou um periódico,

chamado The Watchman e o abandonou depois de publicar dez números. Tem-se dito a seu respeito: "Perdia-se em visões de trabalho que seria

bom fazer mas que jamais faria. Coleridge possuiu todos os dons que fazem um grande poeta, exceto um, o da concentração no trabalho." Em sua cabeça e sua mente tinha inumeráveis livros, segundo ele mesmo dizia: "terminados, embora falta escrevê-los". "Estou em vésperas", diz, de enviar à imprensa dois volumes em oitavo." Mas os livros nunca foram compostos fora de sua mente, por não submeter-se à disciplina de sentar-se a escrevê-los.

Ninguém alcançou a eminência, e uma vez alcançada conseguiu mantê-la, sem disciplina no trabalho:

  1. É a diferença entre o trabalho reflexivo e a irreflexão. Aqui chegamos ao centro do problema. Ninguém escolheria o caminho fácil,

curto e indisciplinado se refletisse sobre o assunto. Neste mundo tudo tem dois aspectos – o que tem no momento e o que terá amanhã. O caminho fácil poderá parecer muito tentador no momento, e o caminho

difícil muito pouco atrativo. A única forma de organizar corretamente nossa escala de valores é ver não somente o princípio mas também a meta de nossos caminhos, ou seja ver todas as coisas não somente à luz

do tempo, mas também à luz da eternidade.

OS FALSOS PROFETAS

Mateus 7:15-20

Quase todas as expressões e frases deste texto poderiam evocar, nos judeus que as ouviram, coisas que para eles eram bem familiares. Os

judeus conheciam muito bem tudo concernente a falsos profetas. Jeremias, por exemplo, teve problemas com os profetas que diziam "Paz, paz; e não há paz" (Jr 6:14, Jr 8:11).

O falsos profetas e os falsos governantes eram chamados de lobos. Na pior época de Israel, Ezequiel havia dito: "Os seus príncipes no meio dela são como lobos que arrebatam a presa para derramarem o sangue, para destruírem as almas e ganharem lucro desonesto" (Ez 22:27).

Sofonías traça um escuro quadro do estado de coisas em Israel quando

diz: "Os seus príncipes no meio dela (a nação do Israel) são leões rugidores, os seus juízes lobos da tarde; nada deixam até o dia seguinte. Os seus profetas são levianos, homens traiçoeiros" (Sf 3:3, Sf 3:4). Quando Paulo, ao despedir-se dos anciãos de Éfeso, oferece-lhes sua última advertência contra os perigos que podia encerrar o futuro, diz-lhes: "Porque eu sei que depois de minha partida entrarão em meio de vós lobos rapaces, que não perdoarão ao rebanho" (At 20:29). Jesus disse que enviava a seus discípulos como a ovelhas em meio de lobos (Mt 10:16), e falou do Bom Pastor que protege com sua vida a segurança do rebanho (Jo 10:12). Esta era uma imagem que todos podiam reconhecer e compreender.

Jesus disse que os falsos profetas são como lobos cobertos com pele de ovelhas. Quando o pastor cuidava seus rebanhos nas serranias, sua vestimenta era um saco de pele de ovelha, com a lã para dentro e o couro para fora. Mas a pessoa pode se vestir como um pastor e, entretanto, não ser um pastor.

Os profetas usavam uma espécie de hábito, pelo qual eram reconhecidos. Elias tinha um manto (1Rs 19:131Rs 19:13, 1Rs 19:19) que era uma

espécie de capa de pêlos (2Rs 1:82Rs 1:8). Esse manto de lã de ovelha tinha chegado a ser uma espécie de uniforme dos profetas, tal como os

filósofos gregos usavam habitualmente uma toga de filósofo. Graças a esta vestimenta podia distinguir-se um profeta dentre outros homens. Mas às vezes a vestimenta era levada por quem não tinha o direito a fazê-lo, porque Zacarias afirma, em seu livro, que nos grandes dias por

vir, "nem mais (os profetas) se vestirão de manto de pêlos, para enganarem" (Zc 13:4). Havia quem se envolvia no "manto de pêlos" dos profetas mas não viviam como profetas.

Nos tempos neotestamentários também houve falsos profetas. Mateus foi escrito ao redor do ano 85 de nossa era, e nessa época os profetas eram ainda um dos ministérios reconhecidos na 1greja. Eram

homens que não tinham residência fixa e andavam de um lugar para outro, levando às Iglesias uma mensagem que acreditavam ter recebido

diretamente de Deus. Em sua melhor expressão os profetas eram uma inspiração para a Igreja, porque eram homens que, tendo abandonado tudo, serviam exclusivamente a Deus e a sua Igreja. Mas este ofício se prestava particularmente aos abusos. Havia quem se valia dele para ganhar prestígio, para aproveitar-se da generosidade das Iglesias locais e viver dessa maneira ociosos, comodamente e sem preocupações.

O Didaquê é o primeiro livro cristão de disciplina eclesiástica que conhecemos, e data de aproximadamente o ano 100 de nossa era. As disposições que propõe com respeito a esses profetas itinerantes são muito ilustrativas. Devia-se respeitar os verdadeiros profetas, outorgando a eles a mais elevada honra; se devia recebê-los com os braços abertos e nunca desatender suas palavras nem procurar limitar sua liberdade de expressão. "Mas ficará em cada congregação um só dia, dois dias possivelmente, se ficar mais de três dias, é um falso profeta." Se for profeta, se for necessário, mas nunca mais de três dias. Se pretendia falar inspirado pelo Espírito Santo, ordenando que se preparasse mesa para comer, podia ser considerado um falso profeta: "Quem quer que lhes diga, no Espírito 'Me dêem dinheiro' (ou qualquer outra coisa) não o devem ouvir; mas se exigir que dêem a outros, que têm necessidade, ninguém deverá julgá-lo." Se um profeta itinerante chegar a uma congregação e deseja estabelecer-se nela permanentemente, "se tiver um ofício, que trabalhe nele e viva de seu trabalho". Se não tiver ofício. "considerem como poderá viver convosco, sem ser um cristão ocioso... mas se não estiver disposto a aceitar estas condições, não é mais que um comerciante de Cristo. Tomem cuidado com os tais" (Didaquê, capítulos Mt 11:1 e 12).

A história do passado e os acontecimentos da vida presente na vida da Igreja faziam bem atuais as palavras de Jesus para quem as ouviu pela primeira vez, e para aqueles a quem Mateus as transmitiu.

CONHECIDOS POR SEUS FRUTOS

Mateus 7:15-20 (continuação)

Os judeus, como os gregos e os romanos, pensavam que a árvore pode ser conhecida pelos seus frutos, "Conforme seja a raiz, assim será o

fruto", dizia um provérbio. Epicteto acrescentaria: "Como poderia a videira crescer não como videira, mas sim como oliveira, ou como poderia a oliveira crescer não como oliveira mas sim como videira..."

(Epicteto, Discursos Mt 2:20). Sêneca declarava que o bem não pode provir do mal, assim como o figo não pode vir de uma oliveira.

Mas este ensino é muito mais profundo do que pode parecer ao

observador superficial. Jesus pergunta se se tiram uvas dos espinheiros. Havia na Palestina uma planta espinhosa que tinha um fruto preto, redondo e pequeno, muito parecido com pequenas uvas. Jesus também pergunta se os abrolhos dão figos. Havia um tipo de cardo cujo fruto, pelo menos a certa distância, podia confundir-se com um figo. O ensino que se extrai destas semelhanças é muito importante e saudável. É possível que haja uma similitude superficial entre o verdadeiro e o falso profeta.

O falso profeta pode vestir-se como um profeta verdadeiro e falar como um profeta. Mas ninguém pode alimentar-se com as "uvas" de um

espinheiro, nem com os "figos" de um cardo. Do mesmo modo, a vida da alma não pode sustentar-se como os frutos falsos que oferece o profeta que não o é. A verdadeira prova de qualquer ensino é se alimentar e

fortalecer ao homem para agüentar as cargas da vida e percorrer o caminho por onde deve andar.

Vejamos quem são falsos profetas, e quais são suas características.

Se o caminho for estreito e a porta de entrada tão estreita que é difícil de encontrar, devemos tomar cuidado de buscar para nós mestres que nos ajudem, e não mestres que nos afastem dela.

O defeito fundamental do falso profeta é o interesse pessoal. O

verdadeiro pastor se preocupa mais com o bem-estar do rebanho que

com sua própria vida. O lobo não tem outra preocupação senão a de satisfazer sua glutonaria e ambição. O falso profeta ensina não pelo que possa dar a outros, mas sim pelo que pode conseguir para si, Os judeus tinham uma aguda consciência deste perigo. Os rabinos eram os mestres da religião judia, mas um dos princípios fundamentais do judaísmo, no que respeita à sua disciplina religiosa, era que todo rabino devia exercer um ofício e deste modo ganhar a vida, e não devia receber retribuição alguma por seu ensino.

O rabino Zadok disse: "Não façam do conhecimento da Lei nenhuma coroa com a qual luzir, nenhuma pá para cavar a terra." Hillel disse: "Aquele que usa a coroa da Lei com finalidades exteriores, será aniquilado." Os judeus conheciam muito bem a esses mestres que ensinam interesseiramente, pensando mais em si mesmos do que em seus discípulos.

Há três formas em que um mestre pode ser dominado pelo interesse pessoal.

  1. Pode ensinar somente por ganho. Conta-se que na igreja do

Ecclefechan, onde o pai de Thomas Carlyle era "ancião", produziu-se um conflito entre a congregação e seu pastor por uma questão de dinheiro. Quando já se discutiu extensamente o assunto, o pai de Carlyle ficou de pé e disse de forma lapidar: "Dêem o pagamento ao assalariado, e que vá embora."

Ninguém pode viver de nada, e muito dificilmente pode alguém fazer seu melhor trabalho se estiver constantemente sob a pressão de

dificuldades econômicas, mas o grande privilégio do ensino do Evangelho não é o pagamento que oferece, mas sim a emoção de abrir a mente de meninos, jovens, homens e mulheres amadurecidos, à verdade

de Deus.

  1. Pode ensinar somente pelo prestígio. A pessoa pode ensinar não para ajudar a outros, mas para mostrar quão inteligente é.

Denney disse uma vez algo terrível: "Ninguém pode demonstrar ao mesmo tempo que ele é inteligente e que Cristo é maravilhoso."

O prestígio é a última coisa que buscam os que verdadeiramente são grandes mestres. J. P. Struthers era um santo varão de Deus. Passou toda sua vida a serviço da pequena 1greja Presbiteriana Reformada, quando poderia ter ocupado os mais elevados púlpitos da Grã-Bretanha. Os que o conheciam o amavam, e quanto mais o conheciam mais o amavam. Dois homens estavam falando dele. Um deles conhecia tudo o que Struthers fazia, mas não o havia conhecido pessoalmente. Recordando o santo ministério deste pastor, ele disse: "Terá um assento de primeira fila no reino dos céus." O outro homem, que tinha conhecido a Struthers pessoalmente, o corrigiu: "Struthers se sentiria muito incômodo em um primeiro assento, em qualquer lugar."

Há pregadores e mestres que usam sua mensagem como marco de suas personalidades. O falso profeta é o que está interessado em mostrar— se a si mesmo; o autêntico profeta deseja a anulação de si mesmo.

  1. Pode ensinar somente para transmitir suas próprias idéias. O falso profeta se empenha em difundir sua própria versão da verdade. O verdadeiro profeta é o que difunde a verdade de Deus.

É verdade que cada qual deve pensar por si mesmo, mas se dizia de John Brown, de Haddington, que cada vez que pregava costumava parar, de vez em quando, como se estivesse ouvindo uma voz. O verdadeiro

profeta ouve a Deus antes de falar com os homens. Nunca esquece que não é outra coisa que uma voz para falar em nome de Deus, e um canal mediante o qual a graça divina pode chegar aos homens. É dever de todo mestre e pregador levar aos homens, não suas próprias idéias particulares

sobre a verdade, mas a verdade tal como é em Jesus Cristo.

OS FRUTOS DA INAUTENTICIDADE

Mateus 7:15-20 (continuação)

Esta passagem diz muitas coisas importantes sobre os maus frutos dos maus profetas. Quais são os falsos efeitos, os maus frutos que um

falso profeta pode produzir?

  1. O ensino é falso se produzir uma religião que consiste exclusiva ou principalmente na observação de exterioridades. Este era o principal engano dos escribas e os fariseus. Para eles a religião consistia na observação das leis cerimoniais. Se alguém lavasse corretamente as mãos, se no dia de sábado nunca levasse nada que pesasse mais que dois figos, ou não caminhasse mais que a distância permitida, se era meticuloso na oferenda de seus dízimos, separando até o das ervas que cultivava em seu pomar, então era um homem bom. É muito fácil confundir a religião com as práticas religiosas. É possível, e não pouco comum, escutar o ensino de que a religião consiste em ir à igreja, observar o dia do Senhor, cumprir as obrigações financeiras com respeito à Igreja, ler a Bíblia. É possível fazer todas estas coisas e estar muito longe de ser cristão, porque o cristianismo é uma atitude do coração com respeito a Deus e ao próximo.
  2. Um ensino é falso se produzir uma religião que consiste em proibições. Toda religião fundada em uma série de imperativos negativos é uma religião falsa.

Há uma classe de mestre que diz à pessoa que planeja transitar pelo caminho cristão: "A partir de agora você não irá mais ao cinema, não dançará, não fumará nem usará maquiagem; tampouco lerá novelas nem

os jornais que se publicam no domingo, e não porá os pés em um teatro ou sala de diversões."

Se a gente pudesse ser cristão abstendo-se de fazer algumas coisas, o cristianismo seria uma religião muito mais fácil do que é. Mas a

essência do cristianismo é, precisamente, que não consiste em não fazer certas coisas; consiste em fazer. Um cristianismo negativo jamais pode constituir uma resposta adequada de nossa parte ao amor positivo que

Deus nos dá.

  1. Um ensino é falso se produzir uma religião fácil. Nos tempos do Paulo havia falsos mestres, o eco de cujos ensinos pode escutar-se em

Romanos 6. Perguntavam a Paulo: "De que modo você diz que a graça de Deus é a maior coisa que há no universo?" E Paulo respondia sem

vacilação: "Sim." "E você crê que a graça de Deus é suficientemente ampla para cobrir todo pecado?" "Sim." "Bem, se for assim, sigamos pecando até fartar-nos. Deus nos perdoará. Depois de tudo, nosso pecado não é mais que uma oportunidade que damos a Deus para pôr em ação sua graça perdoadora."

Uma religião tal não é mais que uma caricatura da verdadeira religião, porque é um insulto ao amor de Deus. Qualquer ensino que parta o fio cortante da religião, qualquer ensino que elimine do

cristianismo a cruz, qualquer ensino que elimine o tom de advertência e ameaça da voz de Jesus Cristo, qualquer ensino que relegue o juízo a um segundo plano e convide os homens a pensar no pecado com leviandade,

é um falso ensino.

  1. Um ensino é falso se separar a religião da vida. Qualquer ensino que separe o cristão da vida e da atividade no mundo é falso. Este

foi o engano que cometeram os monges e os ermitões. Sua crença era que para viver uma vida cristã deviam retirar-se ao desterro ou a um monastério, que deviam separar-se da substância absorvente e tentadora

vida do mundo, que somente podiam chegar a ser cristãos verdadeiros deixando de viver no mundo.

Quando Jesus orou por seus discípulos, disse: "Não rogo que os tire

do mundo, mas que os livres do mal" (Jo 17:15).

Conhecemos uma jornalista que encontrava muito difícil manter uma vida cristã em seu emprego secular e o abandonou para entrar no trabalho em um periódico puramente cristão.

Ninguém pode ser um bom soldado, fugindo do campo de batalha, e o cristão é um soldado de Cristo. Como poderá a levedura levedar a massa se se negar a ser inserida nesta? De que serve o testemunho se não

se oferecer aos incrédulos? Qualquer ensino que estimule o cristão a "observar" a vida, como diz John Mackay, é uma falsa interpretação do cristianismo. O cristão não é um espectador, desde seu balcão, mas sim

está comprometido nas lutas cotidianas da existência.

  1. Um ensino é falso se produzir uma religião arrogante e separatista. Todo ensino que estimula o crente a encerrar-se dentro dos limites de uma seita estreita e considerar o resto da humanidade como pecadores, é um ensino falso. A função da religião não é erigir muros de separação, mas sim derrubá-los. O sonho de Jesus foi que houvesse um só rebanho, sob um mesmo pastor (Jo 10:16). O exclusivismo não é uma qualidade religiosa; é completamente contrário à verdadeira religião. Fosdick cita a seguinte cópia:

Somos os poucos escolhidos de Deus, Todos os outros se condenam;

Não há lugar no céu para vós; Nós precisamos do espaço."

A religião tem o propósito de aproximar os homens entre si, não de separá-los. Deve uni-los em uma grande família, e não separá-los em grupos hostis. O ensino que sustenta o monopólio da graça ou a verdade por parte de uma Igreja ou uma seita, é um ensino falso, porque Cristo não deveu dividir, a não ser a unir aos homens.

OS 1MPOSTORES

Mateus 7:21-23

Esta passagem tem uma característica surpreendente. Jesus está disposto a aceitar que muitos dos falsos profetas farão e dirão coisas

maravilhosas e impressionantes. Devemos recordar como era o mundo daquela época. Os milagres eram fatos comuns da vida, e sua freqüência em parte deve atribuir-se à concepção da enfermidade que era comum na

antiguidade. Na antiguidade todas as enfermidades eram consideradas obra do demônio. Quando alguém adoecia era porque algum demônio tinha conseguido exercer uma influência maligna sobre ele, ou introduzir-se em alguma parte de seu corpo. As curas, portanto, eram

feitas mediante exorcismos.

Um dos resultados desta concepção da enfermidade era que muitas das doenças eram o que hoje chamaríamos psicológicas, o mesmo que sua cura. Se alguém conseguia convencer-se de que um demônio se havia possesso dele e o tinha sob seu poder, sem dúvida que caía presa de alguma enfermidade. E se alguém podia convencê-lo de que o poder do demônio sobre ele tinha sido quebrantado, sem lugar a dúvida o homem se curava. Na antiguidade qualquer um podia acreditar que estava possesso por um demônio e em conseqüência estava doente, e também podia acreditar que um bom exorcismo era capaz de expulsar o demônio, e portanto, simultaneamente, de curar a enfermidade.

Os dirigentes da Igreja nunca negaram que os pagãos pudessem fazer milagres. Para competir com os milagres que se atribuem a Jesus,

Celso citou milagres atribuídos a Esculápio e a Apolo. Orígenes, que procurou responder a seus argumentos, nem por um momento nega a

possibilidade destes milagres "pagãos". Limita-se a afirmar: "Esse poder curativo não é em si mesmo bom ou mau, e está ao alcance de ímpios assim como ao das pessoas honestas" (Orígenes, Contra Celso, 3:22).

Até no Novo Testamento encontramos a referência a um exorcista judeu que acrescentou o nome de Jesus a seu repertório de palavras mágicas, e com sua ajuda expulsava demônios (At 19:13). Houve mais

de um enganador que, fingindo servir a Jesus, a única coisa que fazia era usar seu nome para produzir resultados maravilhosos nos possessos de demônios que iam a ele para lhe pedir ajuda.

O que Jesus afirma nesta passagem é que ninguém pode usar seu

nome, tratando-se de uma impostura, sem que chegue o dia da verdade, quando deverá prestar contas. Ali se conhecerão seus verdadeiros motivos, e será afastado da presença de Deus.

Há nesta passagem duas grandes verdades eternas. Há somente uma forma de demonstrar a sinceridade de alguém, e é na prática. As palavras bonitas jamais servirão como substituto das boas ações. Há uma só prova

de amor e é a obediência. Não vale nada dizer que amamos a alguém, se

fizermos coisas que sabemos que ofendem mortalmente a quem dizemos amar.

Quando meninos muito provavelmente dissemos a nossa mãe: "Mãe, gosto de você." E é muito provável, também, que nossas mães nos

olhassem com muito carinho e um pouco de tristeza, e nos dissessem: "Queria que você o demonstrasse um pouco em seu comportamento." Com muita freqüência confessamos a Deus com nossos lábios e o negamos em nossas vidas. Não é difícil recitar um credo, mas sim é

difícil viver uma vida cristã. A fé sem uma vida que a expresse é uma contradição de termos. O amor sem obediência é uma impossibilidade.

Atrás desta passagem está a idéia do juízo. Em cada uma de suas

partes podemos reconhecer a certeza de que algum dia se ajustarão as contas. É possível que alguém consiga manter a máscara e o disfarce durante algum tempo, mas sempre chega o momento em que toda falsidade fica manifesta, e todo disfarce é arrancado. Possivelmente possamos enganar com nossas palavras aos homens, mas jamais poderemos enganar a Deus. "De longe penetras os meus pensamentos" (Sl 139:2). Ninguém pode enganar a Deus, que vê o coração.

O ÚNICO FUNDAMENTO VERDADERO

Mateus 7:24-27

Jesus era um especialista pelo menos em dois campos. Era um especialista na Escritura. O livro de Provérbios lhe deu a idéia principal

que desenvolve nesta passagem: "Como passa a tempestade, assim desaparece o perverso, mas o justo tem perpétuo fundamento" (Pv 10:25). Aqui está o germe da imagem que Jesus usou, na

qual aparecem duas casas e dois construtores. Mas Jesus também era um especialista no que concerne à vida. Era o artesão que sabia tudo com relação à construção de casas, e quando falava de fundamentos, ou alicerces, sabia perfeitamente bem do que estava falando. Não estamos

diante de um exemplo pensado pelo erudito em seu estudo: é o exemplo que nos ofereceria qualquer homem prático.

Nem se trata, tampouco, de uma ilustração rebuscada; é o tipo de coisas que sucedem todos os dias. Na Palestina, quando se edifica uma

casa é preciso pensar com antecipação. Há muitos terrenos que no verão são lugares aprazíveis e sombreados, mas no inverno se convertem em esmagadoras correntes de águas. Procurando um lugar para construir sua casa, a pessoa poderia achar um desses terrenos baixos arenosos, bem

defendido dos ventos e do sol, e poderia pensar que esse era o lugar mais apropriado para sua edificação. Mas se era pouco previdente, não se daria conta de que sua casa estaria colocada justo no leito seco de um rio

sazonal, e que durante o inverno a água a desintegraria. Até em um lugar comum era muito tentador começar a pôr os tijolos sobre o liso chão arenoso sem dar-se ao trabalho de cavar até chegar à rocha; mas assim se

preparava o desastre.

Somente a casa cujos alicerces são firmes pode suportar os embates da tormenta. E somente a vida cujo fundamento é firme pode suportar as

provas. Jesus exigia duas coisas.

  1. Exigia

    que

    os

    homens

    o

    ouvissem.

    Uma

    das

    maiores dificuldades que enfrentamos hoje é que com muita freqüência os

homens não sabem o que Jesus ensinou, ou o que a Igreja prega. Pior ainda, têm idéias muito erradas do que Jesus ensinou ou do que prega a Igreja. Um dos deveres importantes de toda pessoa honesta consiste em não condenar a uma pessoa ou a uma instituição sem antes tê-la escutado

  1. e isto, precisamente, é o que hoje a maioria não faz. O primeiro passo para uma vida cristã é dar a Jesus uma oportunidade para nos falar.
  2. Exigia que os homens pusessem em prática o que ele dizia. O

conhecimento só se torna importante e real para nós quando o traduzimos em ação. Seria perfeitamente possível aprovar com altas distinções um exame de ética cristã na universidade, sem ser cristão. O conhecimento deve transformar-se em ação; a teoria deve passar à prática; a teologia deve chegar a ser vida. Não tem sentido ir ao médico

se não estamos dispostos a fazer as coisas que nos vai dizer que façamos. De pouco vale ir a um especialista de qualquer tipo se não estamos preparados para agir segundo suas recomendações. E entretanto, há milhares de pessoas que todos os domingos ouvem os ensinos de Jesus nas Iglesias, e que conhecem perfeitamente bem o que Jesus ensinou, e entretanto, não fazem nem o mais insignificante intento de pôr todo isso em prática. Se tivermos que ser seguidores de Jesus, nossas duas obrigações primeiras são ouvir e fazer.

Há alguma palavra na qual se resuma o significado de ouvir e fazer? Essa palavra existe, é obvio, e é obediência. Aprender a obedecer é o mais importante na vida.

Faz algum tempo pôde ler-se nos jornais a notícia de um marinheiro da Armada Real Inglesa que foi severamente castigado por ter quebrantado importantes disposições regulamentares de sua arma. O

castigo foi severo ao ponto que muitos civis pensaram que se exagerou a nota, e assim o manifestaram de diversas maneiras. Um dos periódicos pediu a seus leitores que escrevessem cartas expressando sua opinião

sobre o assunto. Um dos que reagiram foi alguém que tinha servido durante muitos anos. Segundo sua opinião, o castigo não era muito severo. Sustentava que a disciplina era absolutamente essencial, pois seu

propósito era condicionar o homem a obedecer incondicionalmente e de maneira automática, e desta obediência podia depender até a própria vida do interessado. E citava um caso ocorrido em sua própria experiência. Em certa oportunidade estava a bordo de uma lancha, que rebocava outro

navio muito maior e pesado. Este navio estava atado à lancha por meio de um cabo de aço. De repente, no meio do vento e as ondas, ouviu-se a voz do oficial encarregado: "Corpo a terra!" Todos os homens que

estavam sobre coberta imediatamente se lançaram ao piso. Nesse mesmo momento estalou o cabo de reboque e seus pedaços açoitaram a coberta como uma serpente de aço enlouquecida. Se algum homem tivesse

estado de pé, teria morrido instantaneamente pelo golpe. Mas toda a tripulação obedeceu automaticamente e ninguém saiu machucado. Se

alguém parasse para discutir a ordem ou tivesse pedido esclarecimentos, teria sido homem morto. A obediência pode salvar a vida.

Esta é a classe de obediência que Jesus exige. Ele afirma que a obediência a suas palavras é o único fundamento firme para a vida; e sua promessa é que toda vida cimentada na obediência a Ele está segura, por fortes que sejam as tormentas que a açoitem.


Notas de Estudos jw.org

Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 1
Parem de julgar: Ou: “Parem de condenar”. Jesus sabia que humanos imperfeitos têm a tendência de julgar os outros, e muitos fariseus dos dias de Jesus davam um mau exemplo nesse sentido. Eles julgavam de forma dura os que não viviam de acordo com a Lei mosaica e os que não seguiam as tradições humanas que eles defendiam. Jesus disse que qualquer pessoa que tivesse o costume de julgar os outros devia parar de fazer isso. Em vez de ficar procurando defeitos nas pessoas, os discípulos de Jesus devem ‘continuar a perdoar’ as falhas delas. Ao fazer isso, eles motivam outros a ser perdoadores também. — Veja a nota de estudo em Lc 6:37.


Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 3
cisco . . . trave: Jesus usou esta hipérbole para expor a tolice de uma pessoa que critica seu irmão. Ele comparou uma pequena falha a um “cisco”. A palavra grega traduzida como “cisco” (kárfos) também pode se referir a uma palha ou a um pedaço bem pequeno de madeira. Por isso, algumas traduções em outros idiomas usam aqui “cavaco” ou “serragem”. A pessoa crítica dá a entender que a visão espiritual de seu irmão está comprometida a ponto de afetar seu conceito do que é certo e errado e sua capacidade de tomar decisões. Ela mostra orgulho quando se oferece para “tirar o cisco”, porque acha que pode ajudar seu irmão a ver as coisas de forma mais clara e a tomar boas decisões. Mas Jesus disse que ela mesma está com um problema em sua visão espiritual. Em seu olho, ela tem uma “trave”, uma longa viga que poderia ser usada para sustentar o telhado de uma casa. (Mt 7:4-5) Neste contraste, que chega a ter um toque de humor, Jesus usou elementos que, segundo alguns, indicam que ele conhecia bem o trabalho de carpinteiro.

do seu irmão: Aqui, a palavra grega adelfós (irmão) se refere a um irmão em sentido espiritual, um companheiro de adoração. Essa palavra também pode ser usada em um sentido mais amplo para se referir a uma pessoa em geral, ou seja, ao próximo. — Veja a nota de estudo em Mt 5:23.


Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 5
Hipócrita!: Em Mt 6:2-5, 16, Jesus usou essa palavra para se referir aos líderes religiosos judaicos. Mas, neste versículo, o “hipócrita” é o discípulo que fica apontando os erros dos outros em vez de enxergar seus próprios erros.


Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 6
Não deem aos cães o que é santo, nem lancem suas pérolas diante dos porcos: De acordo com a Lei mosaica, os porcos e os cães eram impuros. (Lv 11:7-27) Os israelitas podiam jogar aos cães a carne de um animal morto por um animal selvagem. (Ex 22:31) Mas a tradição judaica dizia que era proibido dar aos cães “carne sagrada”, ou seja, a carne de animais sacrificados a Jeová. Em Mt 7:6, os “cães” e os “porcos” representam pessoas que não reconhecem o valor das verdades preciosas da Palavra de Deus. Assim como um porco não dá nenhum valor às pérolas, esse tipo de pessoa não dá valor às verdades da Palavra de Deus. Essas pessoas podem até tratar mal aqueles que querem compartilhar essa mensagem preciosa com elas.


Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 7
Persistam em pedir, . . . buscar, . . . bater: A expressão “persistam em” é usada aqui porque o tempo verbal grego indica uma ação contínua. Essa expressão mostra que a pessoa nunca deve desistir de orar. O uso de “pedir”, “buscar” e “bater” em sequência intensifica a ação que ela deve tomar. Jesus disse algo parecido na ilustração em Lc 11:5-8.


Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 9
pão . . . pedra: Jesus deve ter usado o pão em sua ilustração porque era um alimento básico dos judeus e dos povos vizinhos. É possível que Jesus tenha comparado pães com pedras porque o tamanho e o formato de um pão podiam lembrar os de uma pedra. A resposta óbvia para a pergunta retórica de Jesus era: “Seria um absurdo um pai fazer uma coisa dessas!” — Veja a nota de estudo em Mt 7:10.


Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 10
peixe . . . serpente: O peixe era um alimento básico das pessoas que moravam perto do mar da Galileia. Algumas serpentes pequenas talvez se parecessem com os peixes que geralmente eram comidos com pão. Com essa pergunta retórica, Jesus estava dizendo que um pai que ama o filho jamais faria uma coisa dessas.


Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 11
vocês, embora maus: Como todos os humanos herdaram o pecado, todos são imperfeitos e, de certa forma, são maus.

quanto mais: Jesus usava muito esse tipo de raciocínio. Primeiro, ele falava de um fato bem óbvio ou de algo que todos conheciam bem. Depois, ele usava esse fato para ajudar seus ouvintes a entender uma verdade maior e mais importante. — Mt 10:25-12:12; Lc 11:13-12:28.


Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 12
a Lei e os Profetas: Veja a nota de estudo em Mt 5:17.


Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 13
Entrem pelo portão estreito: Antigamente, as pessoas chegavam às cidades muradas por estradas que davam nos portões da cidade. A Bíblia usa expressões como estrada ou “caminho” para descrever o tipo de vida que a pessoa leva. Quando Jesus falou que existem duas estradas diferentes, ele indicou que existem dois estilos de vida: um que agrada a Deus e outro que não agrada. Uma pessoa só vai poder entrar no Reino de Deus se andar pela estrada certa. — Sl 1:1-6; Jr 21:8; Mt 7:21.

largo é o portão e espaçosa é a estrada: Alguns manuscritos dizem apenas “larga e espaçosa é a estrada”. Mas a frase mais longa, que inclui “é o portão”, aparece em um número maior de manuscritos mais antigos. Além disso, as expressões “largo é o portão” e “espaçosa é a estrada” fazem um paralelo com as expressões “estreito é o portão” e “apertada é a estrada”, usadas no versículo seguinte (Mt 7:14). — Veja o Apêndice A3.


Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 15
em pele de ovelha: Ou: “vestidos de ovelha”. Essas pessoas tentam parecer mansas e inocentes para fazer todos pensarem que são ovelhas inofensivas do “rebanho” de Deus.

lobos vorazes: Jesus citou lobos ferozes e famintos como uma metáfora para se referir aos falsos profetas, que são extremamente gananciosos e tentam tirar vantagem das pessoas.


Lobo

O lobo (Canis lupus) é um animal feroz, valente e insaciável. É comum os lobos matarem mais ovelhas do que conseguem comer ou arrastar. Os lobos de Israel saem para caçar principalmente à noite. (Hc 1:8) Na Bíblia, os animais, suas características e seus hábitos muitas vezes são usados para representar características humanas, tanto positivas como negativas. Por exemplo, numa profecia em seu leito de morte, Jacó comparou a tribo de Benjamim a um lobo, indicando que seriam guerreiros valentes. (Gn 49:27) Mas, na maioria das vezes, o lobo é usado em comparações por causa de suas características negativas, por ele ser feroz, insaciável e traiçoeiro. Alguns exemplos de pessoas que a Bíblia compara com lobos são: os falsos profetas (Mt 7:15), os ferozes opositores da obra de pregação (Mt 10:16; Lc 10:3) e os falsos instrutores, que seriam um perigo para a congregação cristã (At 20:29-30). Os pastores sabiam muito bem que os lobos eram animais perigosos. Jesus falou de um “empregado” contratado para cuidar de um rebanho de ovelhas. Quando esse empregado “vê o lobo chegando, abandona as ovelhas e foge”. Mas Jesus é diferente desse empregado que “não se importa com as ovelhas”. Ele é o “bom pastor”, que deu “a sua vida pelas ovelhas”. — Jo 10:11-13.

Texto(s) relacionado(s): Mt 7:15; Mt 10:16; Lc 10:3; Jo 10:12; At 20:29

Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 16
frutos: Neste contexto, essa palavra representa o que as pessoas fazem ou dizem. Também pode se referir aos resultados do que elas fazem ou dizem.


Figueira, videira e espinheiro

Jesus escolhia muito bem as plantas que usava em suas ilustrações. Por exemplo, a figueira (1) e a videira (2) são mencionadas juntas em muitos textos, e as palavras de Jesus em Lc 13:6 mostram que era comum plantar figueiras em vinhedos. (2Rs 18:31; Jl 2:22) A expressão ‘se sentar debaixo da sua própria videira e da sua própria figueira’ simbolizava paz, prosperidade e segurança. (1Rs 4:25; Mq 4:4; Zc 3:10) Por outro lado, quando Jeová amaldiçoou o solo depois do pecado de Adão, ele disse que o solo produziria espinhos e abrolhos. (Gn 3:17-18) Não é possível identificar com certeza o tipo de espinheiro que Jesus tinha em mente em Mt 7:16. Uma possibilidade é a planta mostrada aqui (Centaurea iberica) (3), que é nativa de Israel.

Texto(s) relacionado(s): Mt 7:16; Lc 6:44

Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 23
o que é contra a lei: Veja a nota de estudo em Mt 24:12.


Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 24
prudente: Veja a nota de estudo em Mt 24:45.


Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 25
chuva . . . inundações . . . ventos: Tempestades repentinas são comuns em Israel durante o inverno (principalmente no mês de tebete, que corresponde a dezembro/janeiro). Essas tempestades trazem ventanias, chuvas torrenciais e enxurradas. — Veja o Apêndice B15.


Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 28
ficaram maravilhadas: O verbo grego usado aqui pode significar “estar tão impressionado a ponto de ficar fora de si”. No grego, o tempo verbal indica algo contínuo, dando a entender que as palavras de Jesus foram inesquecíveis para seus ouvintes.

seu modo de ensinar: Essa expressão, que também pode ser traduzida como “seus ensinos”, se refere não apenas ao modo como Jesus ensinou, mas também às coisas que ele ensinou no Sermão do Monte.


Notas de Estudos jw.org - Comentários de Mateus Capítulo 7 versículo 29
não como seus escribas: Os escribas tinham o costume de citar rabinos respeitados para apoiar seus ensinos. Mas Jesus citava a Palavra de Deus quando ensinava. Ele falava como um representante de Jeová e, por isso, ensinava como quem tinha autoridade.Jo 7:16.


Dicionário

Abre

Dicionário Comum
substantivo masculino [Gíria] Cachaça.
Etimologia (origem da palavra abre). De abrir.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo masculino [Gíria] Cachaça.
Etimologia (origem da palavra abre). De abrir.
Fonte: Priberam

Abrir

Dicionário Comum
verbo transitivo direto Transpor o que estava fechado: abrir uma porta.
Retirar o que está fechando um espaço, superfície etc.; descerrar: abrir uma embalagem.
Mover a tampa; destapar, destampar: abrir a panela.
Desobstruir um caminho, passagem; franquear: abrir a mata, uma estrada.
Tornar conhecido; desvendar: abrir novas perspectivas de carreira.
Fazer uma incisão; furar: abrir uma veia, um buraco.
Figurado Começar alguma coisa; inaugurar: abrir o baile.
Estabelecer algo; instalar, fundar: abrir uma escola.
Tirar os botões das casas; desabotoar: abrir a camisa.
Deixar aberto; esticar, estender: abrir os braços.
Fazer entalhe; esculpir em madeira ou outro material; entalhar: abrir a madeira.
Ser mais amigável, compreensivo: seus elogios abriram o coração da filha.
Causar uma reação, um estímulo (físico ou mental): seus conselhos abriram minha cabeça.
[Fonética] Articular um som, vogal, com maior abertura.
[Informática] Ter acesso ou tornar algo acessível; acessar: abrir um arquivo.
verbo transitivo direto e intransitivo Separar, afastar o que está junto: abrir os lábios; o atleta abriu vantagem em relação aos demais.
Estar autorizado a passar: abrir o sinal, o semáforo; o sinal abriu.
verbo bitransitivo Deixar acessível, disponível para todos: abrir a cidade para os turistas.
verbo intransitivo e pronominal Fazer abrir (falando de flores); desabrochar, desabotoar: as rosas abriram; plantas que abrem.
Demonstrar sentimentos; contar seus segredos a alguém; desabafar: abriu com o irmão; não conseguia se abrir facilmente.
verbo intransitivo Estar aberto: loja que abre aos domingos.
Dar acesso: esta porta abre para o jardim.
Deslocar-se para outro caminho: abrir o carro mais para a direita.
Melhorar as condições climatéricas: o céu abriu.
Passar a ter funcionamento: a escola abre às 7h da manhã.
substantivo masculino Ação de abrir, de passar pelo que estava fechado: o abrir dos olhos.
expressão [Popular] Abrir o jogo. Falar com franqueza, dizer logo o que está pensando.
Abrir passagem. Franquear o caminho.
Etimologia (origem da palavra abrir). Do latim aperire.
Fonte: Priberam

Dicionário de Sinônimos
soabrir, entreabrir, descerrar, escancarar. – Dispostos em outra ordem (descerrar, soabrir, entreabrir, abrir, escancarar) marcam estes vocábulos uma perfeita gradação de sorites. – Descerrar é apenas “desunir o que estava unido ou cerrado”. Descerra-se uma porta, ou uma cortina, se o afastamento que se operou no pano da cortina, ou na folha da porta, deixa passagem apenas a um raio de sol ou a uma réstia de luz. – Soabrir é “abrir muito pouco e instantaneamente”. – Entreabrir é “abrir pouco e com cuidado, mas de modo a poder-se ver e falar para fora, ou de fora para dentro”. Por uma janela soaberta mal se revezaria uma voz ou se distinguiria um vulto; por uma por- 48 Rocha Pombo ta entreaberta um homem não passaria, mas veria distintamente quem estivesse dentro da casa. Abrir é “remover alguma coisa da abertura que está ocupando (fechando) de modo que deixe passar, por essa abertura desimpedida, alguma outra coisa”. Abre-se uma janela para falar com alguém; abre-se uma porta para que alguém entre. Abre-se uma caixa, uma gaveta, um pacote de biscoitos. – Escancarar é abrir completamente, o mais possível, “de lés a lés”. (Aul.) Abre-se a boca falando; escancara-se a gargalhar; entreabrem-se os lábios a sorrir; soabrem-se os lábios num ríctus imperceptível.
Fonte: Dicio

Dicionário de Sinônimos
desunir, separar, desligar, soltar, desprender, desatar, desmembrar, afastar, apartar, distanciar, divorciar. – Abrir, aqui, é “afastar uma coisa da outra”. Mesmo quando se abre um caminho não se faz outra coisa senão, eliminando os embaraços que se acharem entre uma e outra, separar uma da outra margem, ou um lado do caminho do outro lado; e é só neste sentido que se diz – “abrir caminho”. Em referência a caminhos de ferro, por exemplo, já não se emprega o verbo abrir, porque em tal caso já não se trata só de “separar as margens”. – Desunir é antônimo de unir, e significa, portanto, separar “o que estava unido, ligado, apertado”. Tanto que não se diria, por exemplo: “desunir os bons dos maus”; “desunimo-nos ao chegar à vila”...; pois o verbo desunir só se deve aplicar quando se trata de coisas que tinham sido enlaçadas, associadas, ligadas intimamente. Desune-se um casal (separando um do outro esposo); desunem-se famílias que viviam em perfeita união; desunem-se mesmo povos que eram amigos; desunem-se, em geral, coisas que haviam sido incorporadas ou ajuntadas. – Separar diz propriamente “pôr, duas ou mais coisas, cada qual para o seu lado, ou no seu lugar.” Separa-se o trigo do joio; separam-se os bons dos maus; separa-se a Igreja do Estado: em regra, separa-se uma coisa da outra, ou as partes de uma coisa umas das outras, mesmo que nunca tivessem sido unidas. – Desligar é antônimo de ligar e diz, portanto, “separar o que estava ligado”. – Soltar enuncia a ideia geral de “libertar coisas que estavam juntas ou presas umas a outras”. – Desprender ainda exprime com mais força, e de modo mais preciso, a ideia de soltar. – Desatar é “deixar livre uma coisa que estava presa por nó”. – Desmembrar é desunir ou “separar por membros”, destruindo portanto a unidade ou o todo desmembrado. – Afastar é “pôr uma longe da outra as coisas que se desuniram ou separaram”. – Apartar é “impedir que continuem, duas ou mais coisas ou pessoas, unidas”. – Distanciar é “afastar muito as pessoas ou coisas que se separaram”. – Divorciar é, tratando-se particularmente do vínculo conjugal, “desunir, separar por sentença, segundo a lei”; e na acepção lata é “separar definitivamente”. “Nunca se divorciou da religião de seus pais”... “Fazem tudo por divorciar-me do meu partido”. Divorciam-se colegas, amigos que se separam para sempre.
Fonte: Dicio

Abrolhos

Dicionário Comum
substantivo masculino Formações rochosas situadas à superfície da água.
Figurado O que é muito difícil, trabalhoso, árduo; em que há dificuldades; trabalhoso: sua vida foi uma sequência de abrolhos intermináveis.
Etimologia (origem da palavra abrolhos). Plural de abrolho.
Fonte: Priberam

Dicionário de Sinônimos
cachopos, escolhos, farelhões, recifes, baixos, baixios, alfaques, parcéis, restingas, sirtes, banco. – Todas estas palavras designam acidentes ou situações no mar (ou nos rios), quase sempre junto das costas, e que impedem ou dificultam a navegação. – Quanto às quatro primeiras do grupo, diz Roq. que “os autores as têm confundido, sendo elas distintas e indicando coisas diferentes. Cachopos são penhascos que saem fora d’água, e onde rebentam as ondas. Dizem os etimologistas que cachopos é corrupção de scopuli “rocha”. Abrolhos é voz usada em sentido transla- Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 49 to para indicar aqueles cachopos que formam pontas como a planta chamada abrolhos ou estrepes. São menores que os cachopos. Escolhos são aqueles penhascos que estão debaixo d’água e não se descobrem bem: donde resulta serem mais perigosos que os cachopos... Farelhões são “escolhos pontiagudos, empinados acima d’água, uns contíguos à terra, outros formando ilhetas: e por sua grandeza, e pelo perigo que perto deles correm os navios, andam assinalados nas cartas marítimas”. – Recifes (ou recife, e também arrecifes) designa “rochedo ou série de rochedos pouco destacados da água e perto da costa embaraçando a navegação”. – Quanto às palavras que se seguem, até a penúltima, escreve Lac.: “Baixos é palavra genérica, e designa o fundo do mar onde há pouca altura, e por isso ali tocam os navios. Baixios (prolongamento de baixos) são bancos de areia em que, por falta de altura de água, não se pode navegar sem risco. – Alfaques, conforme a origem arábica, são baixios ou bancos de areia ou de pedra, mas com a circunstância de serem desiguais e muito fundos, no que se distinguem dos parcéis, que são baixos iguais, onde se corre, sem dúvida, risco por causa da pouca altura de água, mas pode navegar-se; e têm a circunstância de prolongar-se, às vezes, por espaço de muitas milhas. O alfaque é breve e fundo; mas o parcel tem pouca altura, por isso que se espraia largamente (chamando-se também por isso esparcelados). – Restingas são baixos de penhascos, ou de areia, cobertos de água, ou contíguos à costa. – Sirtes são baixos de areia movediça por entre penhascos, para onde a corrente arrasta as embarcações, e por isso perigosíssimos”. – Banco é “cômoro ou elevação mais ou menos extensa de areia, de rocha ou de coral, onde não há fundo para navios de grande calado”.
Fonte: Dicio

Apertado

Dicionário de Sinônimos
estreito. – Com toda razão observa Bruns. que frequentemente se ouve: calçado ou vestido apertado para indicar que o pé ou o corpo não se encontram neles à vontade; e diz que esta expressão é imprópria; o calçado é estreito, e por isso está o pé apertado; e por ser estreito o vestido, anda o corpo apertado. Falando de superfícies, estreita dir-se-á da que é pouco larga ou pouco ampla; e apertada da que, sendo demasiado estreita, está como cingida de um e outro lado. Esta rua é estreita, e está apertada entre altas paredes.
Fonte: Dicio

Dicionário Comum
apertado adj. 1. Que se apertou, sem deixar folga ou espaço. 2. Estreito ou estreitado. 3. Ajustado. 4. Difícil, dificultoso. 5. Severo, rigoroso. 6. Falto de recursos de ordem financeira.
Fonte: Priberam

Areia

Dicionário Comum
substantivo feminino Qualquer porção de terra que se componha de grãos soltos de minerais ou rochas maiores que os do lodo, porém menores que os do cascalho.
Engenheiros e geólogos medem a areia passando-a através de telas de arame.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo feminino Qualquer porção de terra que se componha de grãos soltos de minerais ou rochas maiores que os do lodo, porém menores que os do cascalho.
Engenheiros e geólogos medem a areia passando-a através de telas de arame.
Fonte: Priberam

Argueiro

Dicionário Bíblico
Uma partícula de qualquer coisa seca como o pó (Mt 7:3).
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Argueiro Cisco (Mt 7:3).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Comum
argueiro s. .M 1. Lasquinha, palhinha. 2. Cisco que cai nos olhos. 3. Corpúsculo em suspensão no ar; grão de poeira. 4. Coisa insignificante.
Fonte: Priberam

Assim

Dicionário Comum
advérbio Deste modo, desta forma: assim caminha a humanidade.
Igual a, semelhante a; do mesmo porte ou tamanho de: não me lembro de nenhum terremoto assim.
Em que há excesso; em grande quantidade: havia gente assim!
Do mesmo tamanho; desta altura: o meu filho já está assim.
conjunção Portanto; em suma, assim sendo: você não estudou, assim não conseguiu passar no vestibular.
Gramática Utilizado para dar continuidade ao discurso ou na mudança de pensamento: vou ao cinema amanhã; assim, se você quiser, podemos ir juntos.
locução adverbial De valor concessivo-adversativo. Assim mesmo, mesmo assim ou ainda assim; apesar disso, todavia, entretanto: advertiram-no várias vezes, mesmo assim reincidiu.
locução interjeição Assim seja. Queira Deus, amém; oxalá.
expressão Assim ou assado. De uma maneira ou de outra.
Assim que. Logo que: assim que ele chegar vamos embora!
Assim como. Bem como; da mesma maneira que: os pais, assim como os filhos, também já foram crianças.
Etimologia (origem da palavra assim). Do latim ad sic.
Fonte: Priberam

Autoridade

Dicionário Comum
substantivo feminino Direito que determina o poder para ordenar; poder exercido para fazer com que (alguém) obedeça.
O organismo que possui esse poder.
Designação atribuída ao representante de um governo ou de determinado seguimento: autoridade eleitoral.
Liberação oficial que permite a realização de alguma coisa.
Quem possui muito conhecimento em determinada área/assunto: ela é uma autoridade em genética.
Que pode ser utilizado como fundamento; base: quem te deu autoridade para dizer isso?
Que adiciona força para convencer: o professor adicionou autoridade à palestra.
Tipo de personalidade que faz com que alguém tenha domínio sobre outra pessoa.
Etimologia (origem da palavra autoridade). Do latim auctoritas.atis.
Fonte: Priberam

Dicionário de Sinônimos
poder, potestade, força. – Segundo Lacerda, “autoridade é a superioridade legal, quer a lei seja divina, quer natural, humana, ou de opinião”. – Poder é a autoridade que se acompanha da força necessária para fazer-se obedecer. Potestade supõe o poder que a sustenta. Os nossos clássicos davam a esta palavra a significação geral de poder. “Pobre está já (Roma) tão decaída da antiga potestade”. – Força, aqui, é “a resultante dos elementos materiais em que funda o poderoso o seu poder”.
Fonte: Dicio

Dicionário da FEB
A autoridade [...] é uma delegação de que terá de prestar contas aquele que se ache dela investido. [...] Deus confere a autoridade a título de missão, ou de prova, quando o entende, e a retira quando julga conveniente.
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18, it• 9

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Autoridade
1) Poder (Mt 9:6).


2) Pessoa que tem poder público (At 4:5, RA).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Autoridade Poder assentado sobre a legitimidade (Mt 12:2.10; 22,17). A que Jesus possui permite-lhe fazer milagres de cura, expulsar demônios e reinterpretar a Lei de Deus (Mt 7:29; 9,6; 9,8; Mc 1:27); purificar o Templo (Mt 21:23-27 e par.); julgar os seres humanos (Jo 5:27); entregar sua vida e ressuscitar (Jo 10:18. Comp. Jo 2:19-22) e dar a vida eterna (Jo 17:2). Jesus possuía essa autoridade onipotente (Mt 28:19-20) antes mesmo de nascer (Jo 17:1ss.) e a delega agora a

seus discípulos (Mt 10:1ss.), que devem exerce-la da mesma forma que ele o fez como Servo de Javé (Mt 20:25-28; Mc 10:42-45; Lc 22:24-27).

Ao lado dessa autoridade única, legítima, encontram-se outras constituídas, cuja origem não é humana, mesmo que tenha essa aparência (Jo 19:10-11). Assim a possui o Diabo sobre os reinos deste mundo (Lc 4:6).

Autor: César Vidal Manzanares

Bate

Dicionário Comum
substantivo masculino Variação de batimento.
Etimologia (origem da palavra bate). De bater.
substantivo masculino Raqueta com cabo, própria para receber a bola, em certos jogos.
Fonte: Priberam

Boa

Dicionário Comum
substantivo feminino [Informal] Jiboia. Designa as serpentes que pertencem ao gênero BOA, da família dos Boídeos. Cobra-papagaio; Cobra-de-veado.
[Pejorativo] Boazuda. Diz-se da mulher que possuí um corpo que atrai, atraente.
Inapropriado. Usado na Forma Red. das locuções substantivas em que concorda subentendidamente com o substantivo feminino.
Estado de satisfação de alguém que usufrui de algum conforto ou benefício.
Ironia. Utilizado para se referir à uma situação que dá trabalho, difícil: livrei-me de boa.
Algo inusitado, surpreendente: ele tem uma boa para me contar.
Observações ou críticas com propósito de ofender, comumente utilizado no plural: contei-lhe umas boas.
Conviver de maneira pacífica: estamos de boa.
Usualmente utilizada como cachaça ou aguardente.
Etimologia (origem da palavra boa). Feminino de bom.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo feminino [Informal] Jiboia. Designa as serpentes que pertencem ao gênero BOA, da família dos Boídeos. Cobra-papagaio; Cobra-de-veado.
[Pejorativo] Boazuda. Diz-se da mulher que possuí um corpo que atrai, atraente.
Inapropriado. Usado na Forma Red. das locuções substantivas em que concorda subentendidamente com o substantivo feminino.
Estado de satisfação de alguém que usufrui de algum conforto ou benefício.
Ironia. Utilizado para se referir à uma situação que dá trabalho, difícil: livrei-me de boa.
Algo inusitado, surpreendente: ele tem uma boa para me contar.
Observações ou críticas com propósito de ofender, comumente utilizado no plural: contei-lhe umas boas.
Conviver de maneira pacífica: estamos de boa.
Usualmente utilizada como cachaça ou aguardente.
Etimologia (origem da palavra boa). Feminino de bom.
Fonte: Priberam

Boas

Dicionário Comum
fem. pl. de bom

bom
(latim bonus, -a, -um)
adjectivo
adjetivo

1. Que é como deve ser ou como convém que seja; que corresponde ao que é desejado ou esperado (ex.: ela é uma boa chefe; queria comprar um bom carro).MAU

2. Que tem ou demonstra bondade ou magnanimidade (ex.: fez uma boa acção; é rabugento, mas tem bom coração; o seu pai é um bom homem). = BONDOSO, MAGNÂNIMOMALDOSO, MALVADO, MAU

3. Que é ética ou moralmente correcto no seu comportamento ou nas suas atitudes (ex.: boa pessoa; bom carácter).MAU, VIL

4. Que demonstra habilidade ou mestria na realização de alguma coisa (ex.: ele é bom a tirar fotografias). = HÁBIL, HABILIDOSO, DESTRODESAJEITADO, DESASTRADO, INÁBIL, MAU

5. Que cumpre o seu dever ou demonstra eficiência na realização de algo (ex.: é considerado um bom médico pelos pacientes).MAU

6. Que apresenta estado ou condições favoráveis (ex.: hoje o tempo está bom). = AGRADÁVEL, APRAZÍVELDESAGRADÁVEL, MAU

7. Que está livre de doença ou mal-estar físico ou mental (ex.: esteve doente, mas já está bom). = CURADO, SADIO, SÃO, SARADO, SAUDÁVELDOENTE

8. Que se caracteriza pela afabilidade, cortesia ou delicadeza (ex.: ela tem bom feitio; hoje está de bom humor). = AFÁVEL, CORTÊSMAU, RÍSPIDO, RUDE

9. Que agrada ao paladar (ex.: esta sopa é muito boa). = DELICIOSO, GOSTOSO, SABOROSOINTRAGÁVEL, MAU

10. Que está em conformidade; que tem validade (ex.: o advogado considerou que era um contrato bom). = CONFORME, VÁLIDOINVÁLIDO

11. Que traz benefícios ou vantagens (ex.: fazer exercício é bom para a saúde; fez um bom negócio ao vender a casa). = BENÉFICO, VANTAJOSODESVANTAJOSO, MAU, NOCIVO, PREJUDICIAL

12. Que foi produtivo ou rentável (ex.: boa colheita; foi um dia bom e fizemos muito dinheiro).MAU

13. Que tem dimensão considerável (ex.: é um bom quarto; deixou uma boa parte da comida no prato).

14. Que se adequa às circunstâncias. = ADEQUADO, APROPRIADO, IDEALDESADEQUADO, INADEQUADO, INCONVENIENTE

nome masculino

15. Pessoa que tem valor em alguma coisa ou que tem um desempenho com qualidade em determinada actividade (ex.: fizeram testes para separar os bons dos maus).MAU

16. Pessoa que se considera ter uma postura moral correcta (ex.: os cristãos acreditam que os bons irão para o céu).MAU

17. Aquilo que tem qualidades positivas; lado positivo de alguma coisa (ex.: o bom disto é que nos obriga a um debate sobre o assunto).MAU

interjeição

18. Expressão designativa de admiração, aprovação, etc. (ex.: Bom! Estou orgulhosa de ti.). = BOA

19. Expressão usada quando se quer encerrar um assunto ou introduzir um novo (ex.: bom, passamos ao tema seguinte). = BEM


do bom e do melhor
[Informal] Daquilo que tem melhor qualidade (ex.: só veste do bom e do melhor).

isso é que era bom
[Informal] Exclamação usada para indicar que alguém deve desistir de uma pretensão ou para indicar uma recusa de algo.

Superlativo: boníssimo ou óptimo.
Fonte: Priberam

Bom

Dicionário da Bíblia de Almeida
Bom V. RETIDÃO 1, (Sl 125:4); (Mt 5:45).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Comum
adjetivo Que tem o necessário para; que cumpre as exigências de: um bom carro; um bom trabalhador; um bom cidadão.
Que expressa bondade: um bom homem.
Que gosta de fazer o bem; generoso, caridoso: bom para os pobres.
Indulgente; que demonstra afeto: bom pai; bom marido.
Útil; que traz vantagem; que tem utilidade: boa profissão; boa crítica.
Feliz, favorável, propício: boas férias; boa estrela.
Violento, forte: um bom golpe, boa surra.
Saudável; que deixou de estar doente: ficou bom da tuberculose.
Confiável; que está de acordo com a lei: documento bom.
Apropriado; que se adapta às situações: é bom que você não se atrase.
Afável; que demonstra informalidade: bom humor!
Em proporções maiores do que as habituais: um bom pedaço de carne.
substantivo masculino Quem expressa bondade e retidão moral: os bons serão recompensados.
Característica gratificante: o bom dele é seu amor pela família.
interjeição Denota consentimento: Bom! Continue assim!
Utilizado no momento em que se pretende mudar de assunto: bom, o negócio é o seguinte!
Etimologia (origem da palavra bom). Do latim bonus.a.um.
Fonte: Priberam

Bons

Dicionário Comum
masc. pl. de bom

bom
(latim bonus, -a, -um)
adjectivo
adjetivo

1. Que é como deve ser ou como convém que seja; que corresponde ao que é desejado ou esperado (ex.: ela é uma boa chefe; queria comprar um bom carro).MAU

2. Que tem ou demonstra bondade ou magnanimidade (ex.: fez uma boa acção; é rabugento, mas tem bom coração; o seu pai é um bom homem). = BONDOSO, MAGNÂNIMOMALDOSO, MALVADO, MAU

3. Que é ética ou moralmente correcto no seu comportamento ou nas suas atitudes (ex.: boa pessoa; bom carácter).MAU, VIL

4. Que demonstra habilidade ou mestria na realização de alguma coisa (ex.: ele é bom a tirar fotografias). = HÁBIL, HABILIDOSO, DESTRODESAJEITADO, DESASTRADO, INÁBIL, MAU

5. Que cumpre o seu dever ou demonstra eficiência na realização de algo (ex.: é considerado um bom médico pelos pacientes).MAU

6. Que apresenta estado ou condições favoráveis (ex.: hoje o tempo está bom). = AGRADÁVEL, APRAZÍVELDESAGRADÁVEL, MAU

7. Que está livre de doença ou mal-estar físico ou mental (ex.: esteve doente, mas já está bom). = CURADO, SADIO, SÃO, SARADO, SAUDÁVELDOENTE

8. Que se caracteriza pela afabilidade, cortesia ou delicadeza (ex.: ela tem bom feitio; hoje está de bom humor). = AFÁVEL, CORTÊSMAU, RÍSPIDO, RUDE

9. Que agrada ao paladar (ex.: esta sopa é muito boa). = DELICIOSO, GOSTOSO, SABOROSOINTRAGÁVEL, MAU

10. Que está em conformidade; que tem validade (ex.: o advogado considerou que era um contrato bom). = CONFORME, VÁLIDOINVÁLIDO

11. Que traz benefícios ou vantagens (ex.: fazer exercício é bom para a saúde; fez um bom negócio ao vender a casa). = BENÉFICO, VANTAJOSODESVANTAJOSO, MAU, NOCIVO, PREJUDICIAL

12. Que foi produtivo ou rentável (ex.: boa colheita; foi um dia bom e fizemos muito dinheiro).MAU

13. Que tem dimensão considerável (ex.: é um bom quarto; deixou uma boa parte da comida no prato).

14. Que se adequa às circunstâncias. = ADEQUADO, APROPRIADO, IDEALDESADEQUADO, INADEQUADO, INCONVENIENTE

nome masculino

15. Pessoa que tem valor em alguma coisa ou que tem um desempenho com qualidade em determinada actividade (ex.: fizeram testes para separar os bons dos maus).MAU

16. Pessoa que se considera ter uma postura moral correcta (ex.: os cristãos acreditam que os bons irão para o céu).MAU

17. Aquilo que tem qualidades positivas; lado positivo de alguma coisa (ex.: o bom disto é que nos obriga a um debate sobre o assunto).MAU

interjeição

18. Expressão designativa de admiração, aprovação, etc. (ex.: Bom! Estou orgulhosa de ti.). = BOA

19. Expressão usada quando se quer encerrar um assunto ou introduzir um novo (ex.: bom, passamos ao tema seguinte). = BEM


do bom e do melhor
[Informal] Daquilo que tem melhor qualidade (ex.: só veste do bom e do melhor).

isso é que era bom
[Informal] Exclamação usada para indicar que alguém deve desistir de uma pretensão ou para indicar uma recusa de algo.

Superlativo: boníssimo ou óptimo.
Fonte: Priberam

Boás

Dicionário Comum
fem. pl. de bom

bom
(latim bonus, -a, -um)
adjectivo
adjetivo

1. Que é como deve ser ou como convém que seja; que corresponde ao que é desejado ou esperado (ex.: ela é uma boa chefe; queria comprar um bom carro).MAU

2. Que tem ou demonstra bondade ou magnanimidade (ex.: fez uma boa acção; é rabugento, mas tem bom coração; o seu pai é um bom homem). = BONDOSO, MAGNÂNIMOMALDOSO, MALVADO, MAU

3. Que é ética ou moralmente correcto no seu comportamento ou nas suas atitudes (ex.: boa pessoa; bom carácter).MAU, VIL

4. Que demonstra habilidade ou mestria na realização de alguma coisa (ex.: ele é bom a tirar fotografias). = HÁBIL, HABILIDOSO, DESTRODESAJEITADO, DESASTRADO, INÁBIL, MAU

5. Que cumpre o seu dever ou demonstra eficiência na realização de algo (ex.: é considerado um bom médico pelos pacientes).MAU

6. Que apresenta estado ou condições favoráveis (ex.: hoje o tempo está bom). = AGRADÁVEL, APRAZÍVELDESAGRADÁVEL, MAU

7. Que está livre de doença ou mal-estar físico ou mental (ex.: esteve doente, mas já está bom). = CURADO, SADIO, SÃO, SARADO, SAUDÁVELDOENTE

8. Que se caracteriza pela afabilidade, cortesia ou delicadeza (ex.: ela tem bom feitio; hoje está de bom humor). = AFÁVEL, CORTÊSMAU, RÍSPIDO, RUDE

9. Que agrada ao paladar (ex.: esta sopa é muito boa). = DELICIOSO, GOSTOSO, SABOROSOINTRAGÁVEL, MAU

10. Que está em conformidade; que tem validade (ex.: o advogado considerou que era um contrato bom). = CONFORME, VÁLIDOINVÁLIDO

11. Que traz benefícios ou vantagens (ex.: fazer exercício é bom para a saúde; fez um bom negócio ao vender a casa). = BENÉFICO, VANTAJOSODESVANTAJOSO, MAU, NOCIVO, PREJUDICIAL

12. Que foi produtivo ou rentável (ex.: boa colheita; foi um dia bom e fizemos muito dinheiro).MAU

13. Que tem dimensão considerável (ex.: é um bom quarto; deixou uma boa parte da comida no prato).

14. Que se adequa às circunstâncias. = ADEQUADO, APROPRIADO, IDEALDESADEQUADO, INADEQUADO, INCONVENIENTE

nome masculino

15. Pessoa que tem valor em alguma coisa ou que tem um desempenho com qualidade em determinada actividade (ex.: fizeram testes para separar os bons dos maus).MAU

16. Pessoa que se considera ter uma postura moral correcta (ex.: os cristãos acreditam que os bons irão para o céu).MAU

17. Aquilo que tem qualidades positivas; lado positivo de alguma coisa (ex.: o bom disto é que nos obriga a um debate sobre o assunto).MAU

interjeição

18. Expressão designativa de admiração, aprovação, etc. (ex.: Bom! Estou orgulhosa de ti.). = BOA

19. Expressão usada quando se quer encerrar um assunto ou introduzir um novo (ex.: bom, passamos ao tema seguinte). = BEM


do bom e do melhor
[Informal] Daquilo que tem melhor qualidade (ex.: só veste do bom e do melhor).

isso é que era bom
[Informal] Exclamação usada para indicar que alguém deve desistir de uma pretensão ou para indicar uma recusa de algo.

Superlativo: boníssimo ou óptimo.
Fonte: Priberam

Boã

Quem é quem na Bíblia?

Filho de Rúben, é mencionado somente em conexão com a “pedra de Boã” (Js 15:6; Js 18:17), um importante marco da fronteira entre Judá e Benjamim. Ele não é citado nas genealogias de Rúben.

Autor: Paul Gardner

Dicionário Bíblico
dedo polegar
Fonte: Dicionário Adventista

Busca

Dicionário Comum
substantivo feminino Ato de buscar, de procurar algo ou alguém; procura.
Empenho para encontrar ou para descobrir alguma coisa.
Pesquisa muito detalhada; investigação.
Dedicação para alcançar, conseguir alguma coisa; tentativa.
Indivíduo ou animal que procura e levanta a caça; buscante.
interjeição Comando de voz dado ao cão para que ele persiga a caça.
expressão Dar busca em. Percorrer algum lugar para procurar algo ou alguém.
Etimologia (origem da palavra busca). Forma regressiva de buscar.
Fonte: Priberam

Bôas

Dicionário Comum
fem. pl. de bom

bom
(latim bonus, -a, -um)
adjectivo
adjetivo

1. Que é como deve ser ou como convém que seja; que corresponde ao que é desejado ou esperado (ex.: ela é uma boa chefe; queria comprar um bom carro).MAU

2. Que tem ou demonstra bondade ou magnanimidade (ex.: fez uma boa acção; é rabugento, mas tem bom coração; o seu pai é um bom homem). = BONDOSO, MAGNÂNIMOMALDOSO, MALVADO, MAU

3. Que é ética ou moralmente correcto no seu comportamento ou nas suas atitudes (ex.: boa pessoa; bom carácter).MAU, VIL

4. Que demonstra habilidade ou mestria na realização de alguma coisa (ex.: ele é bom a tirar fotografias). = HÁBIL, HABILIDOSO, DESTRODESAJEITADO, DESASTRADO, INÁBIL, MAU

5. Que cumpre o seu dever ou demonstra eficiência na realização de algo (ex.: é considerado um bom médico pelos pacientes).MAU

6. Que apresenta estado ou condições favoráveis (ex.: hoje o tempo está bom). = AGRADÁVEL, APRAZÍVELDESAGRADÁVEL, MAU

7. Que está livre de doença ou mal-estar físico ou mental (ex.: esteve doente, mas já está bom). = CURADO, SADIO, SÃO, SARADO, SAUDÁVELDOENTE

8. Que se caracteriza pela afabilidade, cortesia ou delicadeza (ex.: ela tem bom feitio; hoje está de bom humor). = AFÁVEL, CORTÊSMAU, RÍSPIDO, RUDE

9. Que agrada ao paladar (ex.: esta sopa é muito boa). = DELICIOSO, GOSTOSO, SABOROSOINTRAGÁVEL, MAU

10. Que está em conformidade; que tem validade (ex.: o advogado considerou que era um contrato bom). = CONFORME, VÁLIDOINVÁLIDO

11. Que traz benefícios ou vantagens (ex.: fazer exercício é bom para a saúde; fez um bom negócio ao vender a casa). = BENÉFICO, VANTAJOSODESVANTAJOSO, MAU, NOCIVO, PREJUDICIAL

12. Que foi produtivo ou rentável (ex.: boa colheita; foi um dia bom e fizemos muito dinheiro).MAU

13. Que tem dimensão considerável (ex.: é um bom quarto; deixou uma boa parte da comida no prato).

14. Que se adequa às circunstâncias. = ADEQUADO, APROPRIADO, IDEALDESADEQUADO, INADEQUADO, INCONVENIENTE

nome masculino

15. Pessoa que tem valor em alguma coisa ou que tem um desempenho com qualidade em determinada actividade (ex.: fizeram testes para separar os bons dos maus).MAU

16. Pessoa que se considera ter uma postura moral correcta (ex.: os cristãos acreditam que os bons irão para o céu).MAU

17. Aquilo que tem qualidades positivas; lado positivo de alguma coisa (ex.: o bom disto é que nos obriga a um debate sobre o assunto).MAU

interjeição

18. Expressão designativa de admiração, aprovação, etc. (ex.: Bom! Estou orgulhosa de ti.). = BOA

19. Expressão usada quando se quer encerrar um assunto ou introduzir um novo (ex.: bom, passamos ao tema seguinte). = BEM


do bom e do melhor
[Informal] Daquilo que tem melhor qualidade (ex.: só veste do bom e do melhor).

isso é que era bom
[Informal] Exclamação usada para indicar que alguém deve desistir de uma pretensão ou para indicar uma recusa de algo.

Superlativo: boníssimo ou óptimo.
Fonte: Priberam

Caminho

Dicionário Comum
substantivo masculino Faixa de terreno para trânsito de pedestres ou de veículos; estrada.
Figurado Meio de alcançar um resultado; direção: o caminho do sucesso.
Espaço a percorrer de um lugar para outro: a linha reta é o caminho mais curto entre dois pontos.
Roteiro de viagem; itinerário: vou pelo caminho mais curto.
Modo como uma sequência de acontecimentos ocorre; tendência: neste país a educação segue pelo caminho errado.
Antigo Rumo marítimo: o caminho das Índias.
expressão Caminho de ferro. Via de comunicação que utiliza veículos sobre trilhos de ferro entre cidades, países etc.; estrada de ferro.
Etimologia (origem da palavra caminho). Do latim camminus; de origem celta.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
Esta palavra aparece na Bíbliano sentido de via, de estrada (Gn 16:7Nm 14:25 – Mc 10. 32). Muitas vezes o termo ‘caminho’ significa os simples hábitos da vida – ‘endireitai os vossos caminhos’ – ‘todo ser vivente havia corrompido o seu caminho na terra’ (Gn 6:12 – 19.31 – Jr 32:19). ‘Caminho do Senhor’ quer dizer o que Ele é em relação a nós: ‘os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos’ (is 55:8). ir ‘pelo caminho de todos os da terra’ (Js 23:14) significa estar para morrer, na sua viagem para a sepultura. Caminho duro representa o caminho dos pecadores (Jz 2:19). Jesus Cristo é chamado o Caminho (Jo 14:6), pois que é por Ele somente que os crentes obtêm a comunicação com o Pai. Estas expressões ‘o Caminho’, ‘este Caminho’, usavam-se a respeito da crença e prática cristãs (At 9:2 – 19.9,23 – 22.4 – 24.14,22), talvez para contrastar com o sistema judaico de regras para a vida diária, chamadas Halacote ou Caminhos.
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário de Sinônimos
estrada, via, trilha, raia, vicina, carreiro, azinhaga, picada, senda, vereda, atalho. – Todas estas palavras têm de comum a propriedade de designar “espaço aberto conduzindo de um lugar a outro”. – Caminho não sugere mais que a ideia de “espaço ou trilho livre entre dois pontos”. – Estrada é “caminho largo, construído com mais ou menos arte, e de modo que se preste ao tráfego de veículos”. Há estradas de rodagem, estradas de ferro, etc. Por influência do francês, já se diz também – caminho de ferro. – Via só dá ideia do meio de comunicação entre um e outro ponto. É assim que tanto dizemos – via terrestre, como – via marítima, ou fluvial (e não – estrada, nem mesmo caminho). – Trilha (ou trilho) é caminho estreito, aberto por entre obstácu- 248 Rocha Pombo lo. Nesta acepção, trilha é vocábulo mais próprio e mais usado do que trilho, pois este designa melhor o sulco, a passagem rápida para transpor um embaraço. – Raia é, aqui, “uma curta trilha destinada a jogos de corrida”. – Vicina é termo pouco usado, empregando-se, em vez dele, a locução – caminho vicinal – para indicar os “pequenos caminhos, que levam de um caminho geral ou de uma estrada, para os lugares vizinhos”. – Carreiro é “caminho estreito, aberto pelo tráfego de carros”. – Azinhaga é também “caminho estreito”, mas sugere a ideia de “complicado e escuso”. – Picada é “trilha mal aberta em floresta, cortando-se apenas as árvores, numa certa direção”. – Senda, se se atende à respetiva origem (do latim semita de semis + iter) deve significar “meio caminho”, ou caminho muito estreito por onde mal pode passar-se. Não se compreende como é tão usada esta palavra na frase – a senda..., e até – “a larga” senda do progresso... Talvez só se explique isso pela beleza fônica do vocábulo. – Vereda é “trilha tão maldistinta que apenas parece marcar o rumo seguido”. – Atalho é “caminho estreito, trilha, azinhaga por onde se evitam as longas curvas do caminho geral”.
Fonte: Dicio

Dicionário da FEB
O caminho celeste é o dia que o Pai nos concede, quando aproveitado por nós na prática do bem. Cada hora, desse modo, transforma-se em abençoado trecho dessa estrada divina, que trilharemos até o encontro com a grandeza e a perfeição do Supremo Criador, e cada oportunidade de bom serviço, durante o dia, é um sinal da confiança de Deus, depositada em nós. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O caminho oculto• Pelo Espírito Veneranda• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 19

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Caminho CAMINHO DO SENHOR

Nomes dados à religião dos primeiros cristãos e ao seu modo de vida (At 19:9; 22.4).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Caminho A estrada que conduz à vida eterna. Jesus ensinou que não existia uma pluralidade de caminhos; apenas que ele era o único que levava ao Pai (Jo 14:4-6). Em termos humanos, esse caminho é tão estreito que segui-lo é impossível sem uma prévia conversão (Mt 7:13ss.; Mt 5:20; 18,8ss.; 25,21.23).
Autor: César Vidal Manzanares

Casa

Dicionário da Bíblia de Almeida
Casa Construção em que pessoas moram. Na Palestina as casas eram feitas de pedra. Os pobres viviam às vezes em cavernas. As pessoas errantes, que se deslocavam em busca de alimentos e de pastagens para os seus rebanhos, viviam em barracas feitas com peles de cabra ou de camelo (Gn 4:20). No litoral do mar Mediterrâneo construíam-se casas de barro. O teto era feito de palha e barro.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário da FEB
[...] Aqui [no mundo etéreo], temos o poder de moldar a substância etérea, conforme pensamos. Assim, também as nossas casas são produtos das nossas mentes. Pensamos e construímos. É uma questão de vibração do pensamento e, enquanto mantivermos essas vibra ções, conservaremos o objeto que, du rante todo esse tempo, é objetivo para os nossos sentidos.
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 10

Fonte: febnet.org.br

Dicionário de Sinônimos
morada, vivenda, palácio, palacete, tugúrio, teto, chalé, lar, fogo, canto, palheiro, palhoça, choupana, casebre, cabana, tenda, barraca, arribana, choça, colmo, habitação, mansarda, pardieiro, biombo, cômodo, prédio, solar, castelo. – Habitação é, de todos os vocábulos deste grupo, o mais genérico. De “ato de habitar”, que é o que significa propriamente esta palavra habitação, passou a designar também a própria casa, que se habita: casa, ou palácio, ou choupana, ou biombo – tudo será habitação. – Casa é “o edifício de certas proporções destinado à habitação do homem”; e por extensão, designa, em linguagem vulgar, toda parte onde se abrigam alguns animais: a casa do escaravelho; a casa dos coelhos, etc. – Morada é “à habitação onde se mora, ou onde se fica por algum tempo, onde alguém se aloja provisoriamente”. – Vivenda é a “habitação onde se vive”, e sugere a ideia da maior ou menor comodidade com que a gente aí se abriga e vive. Por isso, usa-se quase sempre com um adjetivo: bela vivenda; vivenda detestável. – Palácio é “o edifício de proporções acima do normal, grandioso e magnífico”. Palacete é diminutivo de palácio, designando, portanto, “prédio rico e elegante”. – Tugúrio (latim tugurium, de tegere “cobrir”) é “o abrigo onde qualquer vivente se recolhe, ou habitualmente ou por algum tempo”. Este nome dá-se também, por modéstia ou por falsa humildade, à própria habitação magnífica. – Teto (latim tectum, também de tegere) é quase o mesmo que tugúrio: apenas teto não se aplica a um abrigo de animais, e sugere melhor a ideia de conchego, de proteção, de convívio amoroso: “teto paterno”; “era-lhe o céu um teto misericordioso”. – Chalé é palavra da língua francesa, hoje muito em voga, significando “casa de escada exterior, no estilo suíço, ordinariamente revestida de madeira, cujo teto de pouca inclinação é coberto de feltro, asfalto ou ardósia, e forma grande saliência sobre as paredes”. (Aul.). – Lar é a “habitação considerada como abrigo tranquilo e seguro da família”. – Fogos é o nome que se dá, nas estatísticas, às casas habitadas de um distrito, de uma cidade, ou de uma povoação: “a aldeia vizinha não chega a ter cem fogos”. – Canto, aqui, é “o lugar, o sítio, a morada humilde e desolada, onde alguém como que se refugia afastando-se do mundo”. – Palheiro é propriamente o lugar onde se guarda palha: designa, portanto, neste grupo, “abrigo ou habitação muito rústica e grosseira”. – Palhoça é “pequena casa coberta de palha”. – Choupana é – diz Aul. – “casa rústica de madeira, ou de ramos de árvores para habitação de pastores”. – Cabana (do italiano capánna) é “casinha coberta de colmo ou de palha, onde se abrigam à noite os camponeses, junto ou no meio das roças ou lavouras”. – Casebre é “pequena casa velha e arruinada, onde mora gente muito pobre”. – Tenda é “armação coberta para abrigo provisório ou de passagem em caminho ou em campanha”. – Barraca é “tenda ligeira, coberta de tela de lona ordinariamente”. – Arribana é “palheiro que serve mais para guarda de animais e trem de viagem propriamente que para habitação, prestando-se quando muito para pernoite ao abrigo de intempéries”. – Choça é “habitação ainda mais rústica e grosseira que a choupana”. Dizemos que o selvagem procura a sua choça (e não, pelo menos com a mesma propriedade –, a sua choupana). – Colmo, aqui, é “o colmo tomado pela cabana que é dele coberta”. – Mansarda afasta-se um pouco do francês de que a tomamos (mansarde é propriamente água-furtada ou trapeira, isto é – o último andar de uma casa tendo a janela ou janelas já abertas no telhado): tem, no português usual, mais a significação de “habitação 256 Rocha Pombo humilde, incômoda e difícil, onde há pobreza”. – Pardieiro é – diz Aul. – “edifício velho e em ruínas”: “Já me cansam estas perpétuas ruínas, estes pardieiros intermináveis” (Garrett). – Biombo é “um pequeno recinto separado de uma sala por meio de tabique móvel, e que serve de dormitório, de gabinete”, etc. Costuma-se dizer: “vou para o meu biombo” para significar que se vai para casa. – Cômodo, aqui, é “uma parte de prédio que se aluga por baixo preço e por pouco tempo ordinariamente”. – Prédio (latim prœdium, do prœs “garante, penhor, fiador”) é propriamente “bem de raiz, propriedade real”; mas, aqui, designa “a casa que é nossa própria, a propriedade que consta da casa e do terreno onde está construída”. – Solar é “a propriedade (terras e casa) considerada como representando uma tradição de família, tendo passado por herança de pais a filhos desde alguns séculos”. – Castelo era antiga habitação fortificada, fora das cidades, e onde residiam os grandes senhores feudais. Hoje é “habitação nobre, luxuosa, onde se vive com opulência”.
Fonte: Dicio

Dicionário Bíblico
No sentido mais lato da palavra “baytith” emprega-se para significar qualquer habitação, fixa, ou mutável. Pode ter-se derivado de uma raiz que significa passar a noite. Também o tabernáculo de Deus, embora tenha sido apenas uma tenda, é, algumas vezes, chamado a casa, a residência de Deus. Pouca mudança tem havido no sistema de edificar casas no oriente. As ruas das cidades são geralmente estreitas, tendo, por vezes de um e de outro lado uma carreira de lojas. Por detrás destas estão as habitações. Se entrarmos numa das principais casas, passaremos, primeiramente, por um corredor, onde se vêem bancos de cada lado, e é ali que o senhor da casa recebe qualquer indivíduo, quando quer tratar dos seus negócios, sendo a poucas pessoas permitido passar adiante. Para além desta entrada, o privilegiado visitante é recebido no pátio, ou quadrângulo, que geralmente é pavimentado de mármore ou outra substância dura, e não tem cobertura. Este pátio dá luz e ar a vários compartimentos que têm portas para aquele quadrângulo. Com o fim de receber hóspedes, é o pavimento coberto de esteiras ou tapetes – e visto como estão seguros contra qualquer interrupção de fora, é o lugar mais próprio para recepções e diversões. o pátio é, geralmente, rodeado de um claustro, sobre o qual, quando acontece ter a casa mais de um andar, é levantada uma galeria para cada andar nas mesmas dimensões que o claustro, tendo uma balaustrada para impedir o povo de cair. As janelas que deitam para a rua são pequenas e altamente colocadas, sendo fechadas por meio de um sistema de tábuas furadas e esculpidas em vez de vidro. Deste modo fica oculto o morador, podendo, contudo, obter uma vista do que se passa fora. Todavia, as janelas dos andares superiores são, freqüentemente, de considerável grandeza, e construídas numa saliência para fora da parede da casa. Foi esta a espécie da janela pela qual foi atirada Jezabel por mandado de Jeú. Nas casas dos ricos a parte mais baixa das paredes é adornada de tapeçarias de veludo ou damasco, suspensas em ganchos, podendo esses ornamentos subir ou descer segundo se quer (Et 1:6). A parte superior das paredes é adornada de um modo mais permanente, ao passo que os tetos são, algumas vezes, feitos de madeira preciosa e odorífera (Jr 22:14). os sobrados destes esplêndidos quartos são cobertos de lajes pintadas, ou de pedra mármore. Algumas vezes eram feitos de estuque, coberto de ricos tapetes. Em todos os casos, os quartos de mulheres estão separados, embora a separação não fossem outros tempos tão estrita como é hoje entre os hebreus. Nas casas de certa pretensão havia um quarto para hóspedes. o telhado das casas orientais é quase sempre plano. Compõe-se de vigas de madeira, cobertas de pedra ou argamassa, para proteger os moradores contra o sol e as chuvas, e também, para lhes proporcionar um sítio muito agradável ao ar livre quando está bom o tempo. Em volta deste telhado há um parapeito, não muito alto, para segurança das pessoas (Dt 22:8). Na Palestina o povo dorme nos terraços da casa, durante o tempo de mais calor, em caramanchões feitos de ramos ou de junco (Ne 8:16). o quarto dos hóspedes é, algumas vezes, construído sobre o telhado, e como para este se sobe por uma escada exterior, pode o hóspede entrar ou sair sem comunicar-se com a família. Várias ocupações domésticas são efetuadas nestes lugares altos da casa, como estender a roupa para secar, e espalhar figos, uvas, etc., para se fazer passas. E algumas vezes também foram usados estes lugares para o culto idolátrico (2 Rs 23.12 – Jr 32:29). As tendas, usadas durante a Festa do Tabernáculo, eram levantadas sobre telhados planos, que eram também escolhidos para os moradores se lamentarem em ocasião de grande aflição. os fogões não existem nas casas orientais, mas a família serve-se de braseiros, acontecendo, também, acenderem o lume no pátio aberto. Todavia, a cozinha tinha uma elevação feita de tijolo, com cavidades, em que se fazia a necessária fogueira. Havia os lugares para cozinhar, aos quais se refere Ez 46:23. Além dos caramanchões para uso no verão, havia, também, compartimentos especialmente protegidos, que se usavam no tempo frio. As casas dos pobres no oriente são construções muito fracas, sendo as paredes feitas de barro, canas e junco (*veja 4:19). Pode o ladrão penetrar facilmente dentro destas habitações (24:16Mt 24:43). Algumas vezes estas moradas de barro, e mesmo de tijolo, constavam de uma sala somente, sendo ainda uma parte dela separada para o gado. o exterior de todas as casas, tanto dos ricos como dos pobres, apresenta uma fraca aparência. Nada mais se observa, geralmente, do que uma nua parede branca, com pequenas janelas, gelosias e uma simples porta. (*veja Tenda, Tabernáculo, Cabana.)
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário Comum
substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
[Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
Em costura, fenda usada para pregar botões.
[Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
[Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
[Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
Em costura, fenda usada para pregar botões.
[Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
[Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.
Fonte: Priberam

Chuva

Dicionário Comum
substantivo feminino Precipitação da água atmosférica sob a forma de gotas.
Figurado O que cai em grande quantidade: chuva de papel.
Embriaguez.
A chuva resulta da impossibilidade de as correntes ascendentes manterem em suspensão as partículas líquidas ou sólidas formadas pela precipitação do vapor de água contido na atmosfera (fase de condensação devida à presença de núcleos de condensação), vapor este proveniente do resfriamento do ar úmido por expansão adiabática (fase de saturação). De acordo com os agentes determinantes das ascendências que são a base do ciclo das chuvas, distinguem-se classicamente as chuvas ciclônicas ou de ascendência frontal (devidas ao contato do ar quente com ar frio), as chuvas de instabilidade ou de convecção (devidas à variação da temperatura), as chuvas orográficas (devidas ao relevo).
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
Há, na Sagrada Escritura, referências às primeiras chuvas, e às que vinham mais tarde, as temporãs e as serôdias (Dt 11:14 – Jr 5. 24 – os 6:3Jl 2:23Tg 5:7). As primeiras caíam pelos meses de outubro e novembro (não muito depois do começo do ano civil), e as últimas na primavera. Na Palestina, a chuva, de modo geral, cai entre aquele espaço de tempo. Aquela trovoada e chuva miraculosamente vindas durante a sega dos trigos, encheram o povo de medo e de espanto (1 Sm 12.16 a 18). E Salomão pôde falar da ‘chuva na ceifa’ para dar expressivamente a idéia de alguma coisa fora do seu lugar, que não é natural (Pv 26:1). As chuvas, a maior parte das vezes, vinham do ocidente e do sudoeste (Lc 12:54).
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Chuva V. ESTAÇÃO (Ct 2:11).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Coisas

Dicionário Comum
coisa | s. f. | s. f. pl.

coi·sa
(latim causa, -ae, causa, razão)
nome feminino

1. Objecto ou ser inanimado.

2. O que existe ou pode existir.

3. Negócio, facto.

4. Acontecimento.

5. Mistério.

6. Causa.

7. Espécie.

8. [Informal] Qualquer pessoa do sexo feminino cujo nome se ignora ou não se quer nomear.

9. [Informal] Órgão sexual feminino.

10. Qualquer objecto que não se quer ou não se consegue nomear (ex.: essa coisa não serve para nada).

11. [Informal] Órgão sexual masculino. = COISO

12. [Brasil: Nordeste] Cigarro de haxixe ou marijuana. = BASEADO


coisas
nome feminino plural

13. Bens.


aqui há coisa
[Informal] Expressão que indica que algo levanta suspeitas ou dúvidas. = AQUI HÁ GATO

coisa alguma
O mesmo que nada.

coisa de
[Informal] Aproximadamente, cerca de.

coisa nenhuma
Usa-se para negar a ausência total de objectos, coisas, ideias, conceitos, etc. (ex.: não se lembrou de coisa nenhuma para dizer; coisa nenhuma lhe parecia interessante). = NADA

coisas da breca
[Informal] Coisas inexplicáveis, espantosas.

coisas do arco-da-velha
[Informal] Histórias extraordinárias, inverosímeis.

coisas e loisas
[Informal] Grande quantidade de coisas diversificadas.

[Informal] Conjunto de coisas indeterminadas.

como quem não quer a coisa
[Informal] Dissimuladamente.

fazer as coisas pela metade
[Informal] Não terminar aquilo que se começou.

mais coisa, menos coisa
[Informal] Aproximadamente.

não dizer coisa com coisa
[Informal] Ter um discurso desconexo; dizer disparates, coisas sem sentido.

não estar com coisas
[Informal] Agir prontamente, sem hesitar.

não estar/ser (lá) grande coisa
[Informal] Não estar/ser particularmente bom ou extraordinário.

ou coisa que o valha
[Informal] Ou algo parecido.

pôr-se com coisas
[Informal] Arranjar problemas ou dificuldades onde não existem.

que coisa
[Informal] Exclamação que se usa para exprimir espanto, desagrado ou irritação.

ver a
(s): coisa
(s): malparada(s)
[Informal] Prever insucesso ou perigo aquando da realização de algo.


Sinónimo Geral: COUSA

Fonte: Priberam

Como

Dicionário de Sinônimos
assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).
Fonte: Dicio

Dicionário Comum
como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.
Fonte: Priberam

Corta

Dicionário Comum
substantivo feminino Ação de cortar; poda.
Fonte: Priberam

Cães

Dicionário Comum
-
Fonte: Priberam

Da

Dicionário Comum
contração Combinação da preposição de com o artigo ou pronome demonstrativo feminino a.
Tendo em conta o que foi dito anteriormente: esta prova é da Joana.
Sobre algo ou alguém já mencionado inicialmente num período: uma ação parecida da que ela participou.
Sobre o que não se sabe; daquela: não fale da aluna desta maneira.
Etimologia (origem da palavra da). Contração da preposição "de" + art. def. ou pronome dem. "a".
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
contração Combinação da preposição de com o artigo ou pronome demonstrativo feminino a.
Tendo em conta o que foi dito anteriormente: esta prova é da Joana.
Sobre algo ou alguém já mencionado inicialmente num período: uma ação parecida da que ela participou.
Sobre o que não se sabe; daquela: não fale da aluna desta maneira.
Etimologia (origem da palavra da). Contração da preposição "de" + art. def. ou pronome dem. "a".
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
contração Combinação da preposição de com o artigo ou pronome demonstrativo feminino a.
Tendo em conta o que foi dito anteriormente: esta prova é da Joana.
Sobre algo ou alguém já mencionado inicialmente num período: uma ação parecida da que ela participou.
Sobre o que não se sabe; daquela: não fale da aluna desta maneira.
Etimologia (origem da palavra da). Contração da preposição "de" + art. def. ou pronome dem. "a".
Fonte: Priberam

Dar

Dicionário de Sinônimos
doar (dádiva, dote, dom; donativo, doação, dotação); oferecer, apresentar, entregar. – Conquanto na sua estrutura coincidam na mesma raiz (gr. do, que sugere ideia de “dom”) distinguem-se estes dois primeiros verbos do grupo essencialmente, como já eram distintos no latim, na acepção em que são considerados como sinônimos (dare e donare). – Dar é “passar a outrem a propriedade de alguma coisa, mas sem nenhuma formalidade, apenas entregando-lhe ou transmitindo-lhe a coisa que se dá”. – Doar é “dar com certas formalidades, mediante ato solene ou documento escrito, e ordinariamente para um fim determinado”. O que se dá é dádiva, dom, ou dote, ou dotação. Entre estas três palavras há, no entanto, distinção essencial, em certos casos pelo menos. O dom e a dádiva são graças que se fazem por munificência, pelo desejo de agradar, ou com o intuito de comover, ou de tornar feliz. – Dom é vocábulo mais extenso, e é com mais propriedade aplicado quando se quer designar “bens ou qualidades morais”; conquanto se empregue também para indicar dádiva, que se refere mais propriamente a coisas materiais. A inteligência, ou melhor, a fé, as grandes virtudes são dons celestes (não – dádivas). O lavrador tinha a boa colheita como dádiva de Ceres (não – dom). – Dote (do latim dos... tis, de dare), “além de significar dom, isto é, virtude, qualidade de espírito, ou mesmo predicado físico, é termo jurídico, significando “tudo que a mulher leva para a sociedade conjugal”. Entre dote e dotação, além da diferença que consiste em designar, a primeira a própria coisa com que se dota, e a segunda, Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 329 a ação de dotar – há ainda uma distinção essencial, marcada pela propriedade que tem dotação de exprimir a “renda ou os fundos com que se beneficia uma instituição, um estabelecimento, ou mesmo um serviço público”. A dotação de uma igreja, de um hospital, do ensino primário (e não – o dote). – O que se doa é donativo ou doação. O donativo é uma dádiva, um presente feito por filantropia, por piedade, ou por outro qualquer nobre sentimento. A doação (além de ato ou ação de doar) é “um donativo feito solenemente, mediante escritura pública”; é o “contrato – define Aul. – por que alguém transfere a outrem gratuitamente uma parte ou a totalidade de seus bens presentes”. F. fez à Santa Casa a doação do seu palácio tal (não – donativo). “O rei, de visita à gloriosa província, distribuiu valiosos donativos pelas instituições de caridade” (não – doações). – Oferecer diz propriamente “apresentar alguma coisa a alguém com a intenção de dar-lhe”. Significa também “dedicar”; isto é, “apresentar como brinde, como oferta, ou oferenda”. Oferecer o braço a uma senhora; oferecer um livro a um amigo; oferecer a Deus um sacrifício. – Apresentar é “pôr alguma coisa na presença de alguém, oferecendo- -lha, ou mesmo pedindo-lhe apenas atenção para ela”. – Entregar é “passar a alguém a própria coisa que se lhe dá, ou que lhe pertence”. Entre dar e entregar há uma diferença que se marca deste modo: dar é uma ação livre; entregar é uma ação de dever.
Fonte: Dicio

Dicionário Comum
verbo bitransitivo Oferecer; entregar alguma coisa a alguém sem pedir nada em troca: deu comida ao mendigo.
Oferecer como presente ou retribuição a: deu ao filho um computador.
Transferir; trocar uma coisa por outra: deu dinheiro pelo carro.
Vender; ceder alguma coisa em troca de dinheiro: dê-me aquele relógio.
Pagar; oferecer uma quantia em dinheiro: deram 45:000 pelo terreno.
Recompensar; oferecer como recompensa: deu dinheiro ao mágico.
Gerar; fazer nascer: a pata deu seis filhotes aos donos.
Atribuir um novo aspecto a algo ou alguém: o dinheiro deu-lhe confiança.
Estar infestado por: a fruta deu bolor.
verbo transitivo indireto Uso Informal. Ter relações sexuais com: ela dava para o marido.
verbo transitivo direto e bitransitivo Promover; organizar alguma coisa: deu uma festa ao pai.
Comunicar; fazer uma notificação: deram informação aos turistas.
Oferecer um sacramento: deram a comunhão aos crismandos.
Provocar; ser a razão de: aranhas me dão pavor; o álcool lhe dava ânsia.
verbo transitivo direto Receber uma notícia: deu no jornal que o Brasil vai crescer.
Desenvolver; fazer certa atividade: deu um salto.
Emitir sons: deu berros.
Ser o valor final de uma operação: 10 menos 2 dão 8.
verbo transitivo direto e predicativo Levar em consideração: deram o bandido como perigoso.
verbo pronominal Sentir; passar por alguma sensação: deu-se bem na vida.
Acontecer: o festa deu-se na semana passada.
Etimologia (origem da palavra dar). Do latim dare.
Fonte: Priberam

Dara

Dicionário Comum
-
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
hebraico: pérola da Sabedoria ou coração de sabedoria
Fonte: Dicionário Adventista

Dará

Dicionário Comum
-
Fonte: Priberam

Deixa

Dicionário Comum
deixa s. f. 1. Ato ou efeito de deixar. 2. Legado. 3. Teatro. Última palavra ou últimas palavras de uma fala.
Fonte: Priberam

Demônios

Dicionário Comum
-
Fonte: Priberam

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Demônios Termo derivado da palavra grega “daimon”, que originalmente designava seres superiores situados, em certas ocasiões, entre os deuses e os homens. Outras vezes, o termo referia-se a seres que falavam no interior da pessoa.

Nas Escrituras, o termo refere-se a espíritos imundos ou anjos decaídos voltados para o mal, cujos poderes eram mobilizados através da magia. O Antigo Testamento apresenta diversas referências aos demônios, acusados de ter relações sexuais com mulheres (Gn 6:2-4) antes do dilúvio e de serem comandados por Satanás (literalmente, o adversário).

Este era o causador de enfermidades (Jó 2), inimigo e acusador dos servos de Deus (Zc 3:1ss.) e regente oculto dos poderes mundiais opostos ao povo de Deus (Dn 10:13ss.). No judaísmo do Segundo Templo, era muito comum a crença nos demônios e nas suas possessões. Além de serem considerados origem de muitas doenças, afirmava-se que eles estavam por trás das divindades e dos poderes políticos do paganismo. Essas idéias não foram abandonadas — mas até desenvolvidas — no judaísmo do Talmude e da Cabala.

No que se refere à demonologia, os evangelhos refletem idéias bastante semelhantes às do judaísmo do Segundo Templo. Longe de interpretar Satanás e os demônios como símbolos ou arquétipos (nem como forças ou energias impessoais), os evangelhos descrevem-nos como seres espirituais absolutamente reais. Assim, afirma-se que os demônios podem possuir as pessoas Jesus expulsa os demônios que passam a atacar os porcos (manuscrito do séc. XII) (Mc 5:1ss. e par. etc.) ou que Satanás — o Diabo — controla os poderes políticos mundiais (Lc 4:5-8 e par.). Os demônios se encontram por trás de muitas situações de enfermidades (Mc 9:14-29).

Seu chefe Satanás lança mão da mentira e da violência (Jo 8:44); arranca a mensagem evangélica do coração das pessoas que não a incorporaram às suas vidas (Mt 13:19); semeia a cizânia no Reino (Mt 13:38); e dirige a conspiração para matar Jesus (Jo 13:26-27). O certo é que o Diabo e seus demônios foram derrotados pelo ministério de Jesus (Lc 11:20-23) e, especialmente, pelo seu sacrifício na cruz (Jo 16:32-17:26; ver também Hc 2:14-15; Cl 2:13-15). Essa visão de Jesus tradu-Zse também nos demais escritos do Novo Testamento em situações em que os cristãos devem opor-se (Jc 4:7; 1Pe 5:8-9) aos ataques do Diabo, revestindo-se da armadura de Deus (Fp 6:10ss.); e devem estar conscientes de que sua luta é um combate espiritual contra forças demoníacas (2Co 10:3-5), na certeza da vitória que Cristo já lhe conquistou. De fato, a expulsão de demônios em nome de Jesus — bem distinta do conceito de exorcismo — faz parte do anúncio evangélico (Mc 16:15-18).

A segunda vinda de Cristo implicará a derrota definitiva de Satanás e seus demônios que, segundo Mt 25:41.46, serão lançados ao castigo eterno e consciente no inferno.

m. I. Bubeck, The Adversary, Chicago 1975; L. S. Chafer, o. c.; m. Harper, o. c. ; J. L. Nevius, o. c.; J. E. Orr, o. c.; m. f. Unger, o. c.; C. Vidal Manzanares, Diccionario...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; ERE, I, pp. 669ss.; IV, 615-619; Hughes, pp. 84. 137ss. e 196.

Autor: César Vidal Manzanares

Dentre

Dicionário Comum
contração No interior de; no meio de; indica inclusão, seleção, relação, ligação etc.: dentre os candidatos, um conseguiu a vaga; um dentre os demais receberá o pagamento.
Gramática Contração da preposição "de" com a preposição "entre".
Etimologia (origem da palavra dentre). De + entre.
Fonte: Priberam

Dia

Dicionário da Bíblia de Almeida
Dia
1) Período de 24 horas (Rm 8:36;
v. HORAS).


2) Tempo em que a terra está clara (Rm 13:12).


3) O tempo de vida (Ex 20:12).


4) Tempos (Fp 5:16, plural).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Dia O oposto à noite, à qual segue (Lc 21:37; Jo 9:4). Também espaço temporal de 24 horas. Os romanos contavam o dia de meia-noite a meia-noite — prática que perdura entre nós —, enquanto os judeus contemporâneos de Jesus iniciavam o dia com o surgimento da lua, concluindo-o no dia seguinte pela tarde. Para designar um dia completo, costumava-se empregar a expressão “noite e dia” (Mc 4:27; 5,5; Lc 2:37).
Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Comum
substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
Época atual; atualidade: as notícias do dia.
Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.
Fonte: Priberam

Dicionário da FEB
Entre os índios e em geral no Oriente, a palavra que trasladamos por dia tem uma significação primitiva, que corresponde exatamente ao termo caldeu sare, revolução.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - O Velho Testamento

[...] todo dia é também oportunidade de recomeçar, reaprender, instruir ou reerguer.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

Cada dia é oportunidade de ascensão ao melhor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 58

[...] cada dia é um ramo de bênçãos que o Senhor nos concede para nosso aperfeiçoamento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

No livro da existência, cada dia é uma página em branco que confiarás ao tempo, gravada com teus atos, palavras e pensamentos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Cada dia é nova oportunidade de orar, de servir e semear. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Cada dia é desafio sereno da Natureza, constrangendo-nos docemente à procura de amor e sabedoria, paz e elevação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Cada dia é a oportunidade desvendada à vitória pessoal, em cuja preparação falamos seguidamente de nós, perdendo-lhe o valor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Cada dia é um país de vinte e quatro províncias. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Cada dia é oportunidade de realizar o melhor. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] o dia que deixas passar, vazio e inútil, é, realmente, um tesouro perdido que não mais voltará.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Diante do tempo

O dia e a noite constituem, para o homem, uma folha do livro da vida. A maior parte das vezes, a criatura escreve sozinha a página diária, com a tinta dos sentimentos que lhe são próprios, nas palavras, pensamentos, intenções e atos, e no verso, isto é, na reflexão noturna, ajudamo-la a retificar as lições e acertar as experiências, quando o Senhor no-lo permite.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 41

[...] Cada dia é uma página que preencherás com as próprias mãos, no aprendizado imprescindível. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 31

[...] O dia constitui o ensejo de concretizar as intenções que a matinal vigília nos sugere e que à noite balanceamos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6

Fonte: febnet.org.br

Dicionário Bíblico
o ‘calor do dia’ (Mt 20:12) significa o tempo das nove horas, quando no oriente o sol resplandece vivamente no Céu. ‘Pela viração do dia’ (Gn 3:8) é justamente antes do sol posto. Antes do cativeiro, os judeus dividiam a noite em três vigílias: a primeira vigília durava até à meia-noite (Lm 2:19), a média ia da meia-noite até ao cantar do galo (Jz 7:19), e a da manhã prolongava-se até ao nascer do sol (Êx 14:24). No N.T., porém, há referências a quatro vigílias, divisão que os judeus receberam dos gregos e romanos: a primeira desde o crepúsculo até às nove horas (Mc 11:11Jo 20:19) – a segunda, desde as nove horas até à meia-noite (Mc 13:35) – a terceira, desde a meia-noite até às três da manhã (Mc 13:35) – e a quarta, desde as três horas até ao romper do dia (Jo 18:28). o dia achava-se dividido em doze partes (Jo 11:9). A hora terceira, a sexta, e a nona, eram consagradas à oração (Dn 6:10, At 2:15, e 3.1). Parte de um dia era equivalente nos cálculos ao dia todo (Mt 12:40). os judeus não tinham nomes especiais para os dias da semana, mas contavam-nos desde o sábado. Usa-se, também, a palavra ‘dia’, como significando dia de festa (os 7:5), e dia de ruína (18:20, e os 1:11). Deve ser notado que no cálculo da duração de um reinado, por exemplo, conta-se uma pequena parte do ano por um ano completo. E assim se um rei subia ao trono no último dia do ano, o dia seguinte era o princípio do segundo ano do seu reinado. (*veja Cronologia, Tempo, Ano.)
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário Comum
substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
Época atual; atualidade: as notícias do dia.
Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
Época atual; atualidade: as notícias do dia.
Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
Época atual; atualidade: as notícias do dia.
Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.
Fonte: Priberam

Direi

Dicionário Comum
1ª pess. sing. fut. ind. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.

Fonte: Priberam

Discurso

Dicionário Comum
substantivo masculino Exposição de ideias, proferida em público, feita de improviso ou antecipadamente escrita com esse propósito; oração, fala.
Maneira própria de se expressar através da fala: seu discurso era caótico.
Conjunto de sentenças e enunciados que demonstram o modo comportamental ou as ações particulares de um grupo, ideologia, assunto etc.: discurso religioso.
[Linguística] Unidade de um idioma que é maior que uma sentença; enunciado.
[Linguística] Quaisquer expressões de uma língua, suas manifestações (oral ou escrita), tendo em conta o momento e contexto em que está inserida.
[Linguística] Língua falada no momento, do modo como é utilizada por quem dela faz uso.
[Popular] Fala comprida e chata, geralmente de quem pretende passar um ensinamento, uma lição de moral: ninguém aguenta mais esse seu discurso moralista!
expressão Discurso direto. Repetição textual das palavras de um interlocutor, ou de uma personagem narrativa.
Discurso indireto. Reprodução das ideias expressas na fala de um interlocutor, de uma personagem de narrativa, reprodução esta que se faz em oração subordinada a um verbo que signifique "dizer", "perguntar", "responder" e introduzida por conjunção integrante ou por pronome interrogativo.
Etimologia (origem da palavra discurso). Do latim discursus.
Fonte: Priberam

Diz

Dicionário Comum
3ª pess. sing. pres. ind. de dizer
2ª pess. sing. imp. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.

Fonte: Priberam

Doutrina

Dicionário Comum
substantivo feminino Reunião dos fundamentos e/ou ideias que, por serem essenciais, devem ser ensinadas.
Reunião dos preceitos básicos que compõem um sistema (religioso, político, social, econômico etc.).
[Política] Reunião dos preceitos utilizados por um governo como base para sua ação (social ou política).
Por Extensão Sistema que uma pessoa passa a adotar para gerir sua própria vida; norma, regra ou preceito.
O conjunto do que se utiliza para ensinar; disciplina.
Religião Crença ou reunião das crenças que são tidas como verdadeiras pelas pessoas que nelas acreditam; os dogmas relacionados à fé cristã; catecismo.
[Jurídico] Reunião daquilo (ideias, opiniões, pensamentos, pontos de vista etc.) que é utilizado como base para formulação de teorias (exame ou análise) no âmbito jurídico; regra que, resultante de uma interpretação, é utilizada como padrão no exercício prático de uma lei.
Etimologia (origem da palavra doutrina). Do latim doctrina.ae.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
Conjunto de princípios em que se baseia um sistema religioso, político ou filosófico. 2. Opinião em assuntos científicos
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Doutrina
1) Conjunto de ensinamentos religiosos (Is 42:4; Mc 1:22).


2) Um desses ensinamentos (1Co 14:26; 2Jo 10).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Bíblico
fazer justiça
Fonte: Dicionário Adventista

Quem é quem na Bíblia?

(Heb. “juiz” ou “julgamento”). O mais velho dos dois filhos que Jacó teve com Bila, serva de Raquel (Gn 30:5-6). De acordo com o relato sobre seu nascimento, Raquel comemorou o evento declarando: “Julgou-me Deus” (Heb. danannî); “por isso lhe chamou Dã”. O nome expressou assim uma situação particular na vida de Raquel e mais tarde também serviu de testemunho do favor de Deus quanto a sua esterilidade.

Dã não é mais citado individualmente, mas a tribo que recebeu seu nome é mencionada com frequencia, a maioria das vezes de forma negativa. Quando os danitas não conseguiram ocupar a terra que receberam na partilha de Canaã, viajaram bem para o norte, derrotaram e expulsaram a população de Laís e se fixaram ali (próximos da moderna cidade de Tell Dã), onde estabeleceram um culto idólatra (Jz 18). Dã, juntamente com Betel, foi mais tarde escolhida pelo rei Jeroboão como sede de seu novo centro de adoração, para que o povo não subisse a Jerusalém (1Rs 12:29). Talvez por esse motivo não seja mencionada no livro de Apocalipse, na distribuição das terras entre as tribos, no final dos tempos (Ap 7:5-8).

Ao abençoar os filhos no leito de morte, Jacó disse: “Dã julgará o seu povo”. Falou também que “Dã será serpente junto ao caminho” (Gn 49:16-17). Moisés, ao proferir sua bênção sobre os israelitas, não foi muito generoso, ao referir-se a Dã como um “leãozinho; saltará de Basã” (Dt 33:22).

E.M.

Autor: Paul Gardner

Dicionário da Bíblia de Almeida
[Juiz] -

1) Um dos filhos de Jacó (Gn 30:6)

2) A TRIBO de Dã e o seu território (Nu 1:39). 3 Uma cidade no extremo Norte da terra de Israel (Jz 20:1).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

E

Dicionário Comum
conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.
Fonte: Priberam

Então

Dicionário Comum
advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.
Fonte: Priberam

Escribas

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Escribas Com essa palavra designou-se, inicialmente, o trabalho relacionado com a capacidade de ler ou escrever. Devido ao grau de analfabetismo da sociedade antiga, não é de estranhar que constituíram um grupo específico, embora não se possa afirmar que, pelo menos no começo, tivessem uma visão tão delimitada como a dos fariseus ou dos saduceus. Sua estratificação era bastante variada, vindo desde os altos funcionários até aos escribas de aldeias. Evidentemente havia escribas na maioria dos diferentes grupos religiosos judeus.

Os intérpretes da Lei entre os fariseus com certeza foram escribas; os essênios contaram com escribas, e o mesmo se pode dizer em relação ao serviço do Templo ou da corte. Nas fontes judaicas, os escribas aparecem geralmente relacionados à Torá. Assim, no livro que leva seu nome, Esdras é apontado exatamente como escriba (Ed 7:6). Na literatura rabínica, aparecem ainda como copistas ou como especialistas em questões legais.

Flávio Josefo fala-nos tanto de um corpo de escribas do Templo, praticamernte equivalente a um funcionário (Ant. 11,5,1; 12,3,3), como de um escriba que pertencia à alta classe (Guerra 5:13,1). O retrato contido nos evangelhos é coerente com essas fontes e reflete a mesma diversidade.

Algumas vezes, os escribas estão ligados ao serviço do Templo (como nos informa Josefo); em outras, aparecem como intérpretes da Lei (como nas fontes rabínicas). Nem Jesus nem os apóstolos parecem ter recebido formação como escribas (Jo 7:15; At 4:13). Em geral, Jesus opôs-se aos escribas pelo seu desejo de honrarias e por praticarem uma exegese que abandonava o mais importante da Lei de Deus para perder-se em discussões legalistas (Mt 23:1-22:29-36; Lc 11:45-52; 20,46ss.). No geral, pelo menos conhecemos um caso em que a opinião de um escriba coincidiu com a de Jesus: em relação aos mandamentos que eram os mais importantes (Mc 12:28-34). Algumas passagens parecem indicar ainda a presença de algum escriba entre os discípulos (Mt

13 52:23-34).

A. J. Saldarini, Pharisees, Scribes and Sadduccees in Palestinian Society: A. Sociological Approach, Wilmington 1988; C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, Los esenios...; P. Lenhardt e m. Collin, La Torá oral de los fariseos, Estella 1991.

Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário da FEB
Nome dado, a princípio, aos secretários dos reis de Judá e a certos intendentes dos exércitos judeus. Mais tarde, foi aplicado especialmente aos doutores que ensinavam a lei de Moisés e a interpretavam para o povo. Faziam causa comum com os fariseus, de cujos princípios partilhavam, bem como da antipatia que aqueles votavam aos inovadores. Daí o envolvê-los Jesus na reprovação que lançava aos fariseus.
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Introd•

No sentido antigo, [os escribas] eram os copistas mestres das Escrituras. No sentido moderno, escrivães públicos, notários. Também assim se denominam os judeus letrados. Fig.: Escritor medíocre, de falsos méritos.
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - Glos•

Por escriba designava Jesus o homem mais esclarecido do que as massas e encarregado de espalhar no meio delas as luzes contidas no tesouro da sua erudição e da sua inteligência.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

Fonte: febnet.org.br

Escuta

Dicionário Comum
substantivo feminino Ato de escutar, de ficar à espreita para ouvir: pôs-se à escuta.
Lugar donde se pode escutar: posto de escuta.
Militar Processo de detecção da atividade inimiga pelo som.
Fonte: Priberam

Espaçoso

Dicionário da Bíblia de Almeida
Espaçoso Extenso; que tem bastante espaço (Sl 18:19; Mt 7:13).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Comum
adjetivo Amplo, extenso, largo, vasto: sala espaçosa. (Antôn.: estreito, apertado, pequeno.).
Fonte: Priberam

Espinheiros

Dicionário Comum
masc. pl. de espinheiro

es·pi·nhei·ro
nome masculino

1. Nome de diversas plantas, mais ou menos espinhosas, algumas espontâneas e cultivadas no País (espinheiro-alvar, espinheiro-da-virgínia, etc.).

2. [Brasil] Designação vulgar de muitas plantas de várias famílias, em especial acácias.

Fonte: Priberam

Estreita

Dicionário Comum
substantivo feminino Antigo Obstáculos da vida; situações adversas; má sorte ou miséria.
adjetivo Pouco largo; escasso: rua estreita.
Etimologia (origem da palavra estreita). Feminino de estreito.
Fonte: Priberam

Falsos

Dicionário Comum
masc. pl. de falso

fal·so
(latim falsus, -a, -um)
adjectivo
adjetivo

1. Não verdadeiro; não verídico.

2. Fingido, simulado.AUTÊNTICO, SINCERO, VERDADEIRO

3. Enganoso; mentiroso.

4. Desleal, traidor.

5. Que foi alvo de falsificação ou de corrupção. = ADULTERADO, FALSIFICADOAUTÊNTICO, GENUÍNO, LEGÍTIMO, VERDADEIRO

6. Suposto, que não é o que diz verdade.

adjectivo e nome masculino
adjetivo e nome masculino

7. Que ou quem mostra algo que não corresponde àquilo que pensa ou sente. = DISSIMULADO, FINGIDO, HIPÓCRITA

nome masculino

8. Vão dissimulado debaixo de uma escada, de um móvel, etc., geralmente usado como esconderijo.

advérbio

9. Com falsidade; em falso.


em falso
Errando o passo, a pancada, o movimento, etc.

Fonte: Priberam

Faz

Dicionário Comum
3ª pess. sing. pres. ind. de fazer
2ª pess. sing. imp. de fazer

fa·zer |ê| |ê| -
(latim facio, -ere)
verbo transitivo

1. Dar existência, ser autor de (ex.: fez uma obra notável). = CRIAR, OBRAR, PRODUZIR

2. Dar ou tomar determinada forma (ex.: façam uma fila). = FORMAR

3. Realizar determinada acção (ex.: fazer a limpeza; fazer uma cópia de segurança; fazer um gesto de atenção). = EFECTUAR, EXECUTAR

4. Agir com determinados resultados (ex.: fazer um erro; fazer um favor).

5. Fabricar (ex.: fizera um produto inovador).

6. Compor (ex.: fazer versos).

7. Construir (ex.: a construtora está a fazer uma urbanização).

8. Praticar (ex.: ele faz judo).

9. Ser causa de (ex.: esta imagem faz impressão). = CAUSAR, ORIGINAR, MOTIVAR, PRODUZIR, PROVOCAR

10. Obrigar a (ex.: fizeste-me voltar atrás).

11. Desempenhar um papel (ex.: fiz uma personagem de época; vai fazer de mau na novela). = REPRESENTAR

12. Ultimar, concluir.

13. Atingir determinado tempo ou determinada quantidade (ex.: a empresa já fez 20 anos; acrescentou uma maçã para fazer dois quilos). = COMPLETAR

14. Arranjar ou cuidar de (ex.: fazer a barba; fazer as unhas).

15. Tentar (ex.: faço por resolver os problemas que aparecem).

16. Tentar passar por (ex.: não se façam de parvos). = APARENTAR, FINGIR, SIMULAR

17. Atribuir uma imagem ou qualidade a (ex.: ele fazia da irmã uma santa).

18. Mudar para (ex.: as dificuldades fizeram-nos mais criativos ). = TORNAR

19. Trabalhar em determinada actividade (ex.: fazia traduções).

20. Conseguir, alcançar (ex.: fez a pontuação máxima).

21. Cobrir determinada distância (ex.: fazia 50 km por dia). = PERCORRER

22. Ter como lucro (ex.: nunca fizemos mais de 15000 por ano). = GANHAR

23. Ser igual a (ex.: cem litros fazem um hectolitro). = EQUIVALER

24. Exercer as funções de (ex.: a cabeleireira faz também de manicure). = SERVIR

25. Dar um uso ou destino (ex.: fez da camisola um pano do chão).

26. Haver determinada condição atmosférica (ex.: a partir de amanhã, vai fazer frio). [Verbo impessoal]

27. Seguido de certos nomes ou adjectivos, corresponde ao verbo correlativo desses nomes ou adjectivos (ex.: fazer abalo [abalar], fazer violência [violentar]; fazer fraco [enfraquecer]).

verbo pronominal

28. Passar a ser (ex.: este rapaz fez-se um homem). = TORNAR-SE, TRANSFORMAR-SE

29. Seguir a carreira de (ex.: fez-se advogada).

30. Desenvolver qualidades (ex.: ele fez-se e estamos orgulhosos).

31. Pretender passar por (ex.: fazer-se difícil; fazer-se de vítima). = FINGIR-SE, INCULCAR-SE

32. Julgar-se (ex.: eles são medíocres, mas fazem-se importantes).

33. Adaptar-se a (ex.: fizemo-nos aos novos hábitos). = ACOSTUMAR-SE, AFAZER-SE, HABITUAR-SE

34. Tentar conseguir (ex.: estou a fazer-me a um almoço grátis).

35. Cortejar (ex.: anda a fazer-se ao colega).

36. Iniciar um percurso em (ex.: vou fazer-me à estrada).

37. Levar alguém a perceber ou sentir algo (ex.: fazer-se compreender, fazer-se ouvir).

38. Haver determinada circunstância (ex.: já se fez noite).

39. Ter lugar (ex.: a entrega faz-se das 9h às 21h). = ACONTECER, OCORRER

nome masculino

40. Obra, trabalho, acção.


fazer das suas
Realizar disparates ou traquinices.

fazer por onde
Procurar a maneira de conseguir ou de realizar algo. = TENTAR

Dar motivos para algo.

fazer que
Fingir, simular (ex.: fez que chorava, mas depois sorriu).

não fazer mal
Não ter importância; não ser grave.

tanto faz
Expressão usada para indicar indiferença; pouco importa.

Fonte: Priberam

Figos

Dicionário Comum
masc. pl. de figo

fi·go
(latim ficus, -i)
nome masculino

1. Botânica Fruto da figueira.

2. Fruto de outras plantas que se assemelha a esse, nomeadamente o da figueira-da-índia.

3. [Veterinária] Carnosidade exterior das ranilhas.

4. Figurado Coisa amachucada ou muito doce.

5. Reprimenda.


chamar-lhe um figo
[Portugal, Informal] Comer sofregamente uma coisa que se considera deliciosa.

[Portugal, Informal] Servir-se de algo com grande prazer.

Fonte: Priberam

Filho

Dicionário Comum
substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.
Fonte: Priberam

Dicionário da FEB
Nossos filhos são companheiros de vidas passadas que retornam ao nosso convívio, necessitando, em sua grande maioria, de reajuste e resgate, reconciliação e reeducação. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

[...] todo filho é um empréstimo sagrado que, como tal, precisa ser valorizado, trabalhando através do amor e da devoção dos pais, para posteriormente ser devolvido ao Pai Celestial em condição mais elevada. [...]
Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 1

O filhinho que te chega é compromisso para a tua existência.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

[...] os filhos [...] são companheiros de vidas passadas que regressam até nós, aguardando corrigenda e renovação... [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 39

Os filhos são doces algemas de nossa alma.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Os filhos não são almas criadas no instante do nascimento [...]. São companheiros espirituais de lutas antigas, a quem pagamos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias puras, por créditos de outro tempo. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49

Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do mundo maior, de vez que todos nós integramos grupos afins.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vida e sexo• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2

[...] Os filhos são as obras preciosas que o Senhor confia às mãos [dos pais], solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 135

[...] os filhos são associados de experiência e destino, credores ou devedores, amigos ou adversários de encarnações do pretérito próximo ou distante, com os quais nos reencontraremos na 5ida Maior, na condição de irmãos uns dos outros, ante a paternidade de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Filho
1) Pessoa do sexo masculino em relação aos pais (Gn 4:17)

2) Descendente (Ml 3:6); (Lc 1:16). 3 Morador de um país (Am 9:7) ou de uma cidade (Jl 3:6).

4) Membro de um grupo (2Rs 2:15), RC).

5) Qualidade de uma pessoa (Dt 13:13), RC; (2Sm 3:34); (Mc 3:17); (Lc 10:6); (Jo 12:36).

6) Tratamento carinhoso (1
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Filhós

Dicionário Comum
substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).
Fonte: Priberam

Fogo

Dicionário Bíblico
Deus revelou a Sua presença na sarça ardente por meio do fogo (Êx 3:2), e desceu ao monte Sinai entre chamas e relâmpagos (Êx 19:18). Aquele fogo que desceu do céu, primeiramente sobre o altar do tabernáculo, e mais tarde sobre o altar do templo de Salomão, quando da sua dedicação, ali se conservou constantemente alimentado, e cuidadosamente sustentado de dia e de noite pelos sacerdotes. o fogo para fins sagrados, que não fosse obtido do altar, era chamado ‘fogo estranho’ – e por ser este usado por Nadabe e Abiú, foram estes sacerdotes mortos com fogo que veio de Deus (Lv 10:1-2Nm 3:4 – 26.61). o emprego do fogo para fundir metais já era conhecido dos hebreus no tempo do Êxodo (32.24). Em dia de sábado nenhum lume se acendia para qualquer fim doméstico (Êx 35:3Nm 15:32-36). os adoradores do deus Moloque, ou queimavam os seus filhos no fogo, ou os faziam passar por ele (2 Rs 16.3 – 21.6 – 2 Cr 33.6). o Espirito Santo é comparado ao fogo (Mt 3:11At 2:3), sendo a sua obra converter e purificar as almas, inflamando-as de amor a Deus e de zelo pela Sua Glória. A Palavra de Deus é, também, apresentada como semelhante ao fogo (Jr 23:29). Empregam-se, além disso, os termos ‘fogo’ e ‘chama’, para exprimir vivos sentimentos e a inspiração divina, e descrever calamidades temporais e futuros castigos (Sl 66:12Jr 20:9Jl 2:30Ml 3:2Mt 25:41Mc 9:43).
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da FEB
[...] No pensamento de Jesus, o fogo eterno não podia passar, portanto, de simples figura, pouco lhe importando fosse essa figura interpretada à letra, desde que ela servisse de freio às paixões humanas. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6, it• 7

Imagem, semelhante a tantas outras, tomada como realidade. [...] O homem não encontrou comparação mais enérgica do que a do fogo, pois, para ele, o fogo é o tipo do mais cruel suplício e o símbolo da ação mais violenta. Por isso é que a crença no fogo eterno data da mais remota antiguidade, tendo-a os povos modernos herdado dos mais antigos. Por isso também é que o homem diz, em sua linguagem figurada: o fogo das paixões; abrasar de amor, de ciúme, etc.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 974 e 974a

[...] A Teologia reconhece hoje que a palavra fogo é usada figuradamente e que se deve entender como significando fogo moral. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1009

O fogo exprime emblematicamente a expiação como meio de purificação e, portanto, de progresso para o Espírito culpado.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3

Fonte: febnet.org.br

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Fogo Um dos símbolos com o qual se descreve o castigo eterno: o inferno (Mt 5:22). Passagens como as de Lc 3:16 ou 12:49ss. referem-se, evidentemente, à dupla opção de vida diante da qual se coloca todo ser humano: ou aceitar o Evangelho de Jesus, o messias, e ser mergulhado (batizado) no Espírito Santo ou rejeitá-lo e ser lançado ao fogo eterno, destinado ao diabo e a seus anjos (Mt 25:41-46).

C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Las sectas frente a la Biblia, Madri 1992.

Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Comum
substantivo masculino Desenvolvimento simultâneo de calor, de luz e de chama produzido pela combustão viva de certos corpos, como a madeira, o carvão etc.
Fogueira, incêndio, labareda, lume.
Fogão ou lugar onde se cozinha ou se faz fogo para qualquer fim; lareira: conversávamos junto ao fogo.
Calor intenso e molesto: o dia de hoje foi um fogo.
Figurado Veemência, ardor, paixão: o fogo da cólera.
Fuzilaria, guerra, combate.
Figurado Fogo de palha, entusiasmo passageiro ou aparente.
Figurado Excitação, ardência sexual: mulher de muito fogo.
Negar fogo, falhar, iludir, desanimar.
Pegar fogo, incendiar-se, inflamar-se.
Fazer fogo, acender.
Comer fogo, fazer alguma coisa com grande sacrifício ou passar dificuldades.
Figurado Atiçar fogo, açular, incitar.
Brincar com o fogo, expor-se ao perigo, arriscar-se.
Figurado Ser fogo, ser difícil, irredutível, indomável, intransigente.
A fogo lento, pouco a pouco.
Tocar fogo na canjica, animar.
Figurado Pôr as mãos no fogo (por alguém), responsabilizar-se, confiar em.
interjeição Voz de disparo em combate ou aviso de incêndio.
substantivo masculino plural Fogos de artifício, peças pirotécnicas fáceis de inflamar para festejos juninos e outras comemorações.
Fonte: Priberam

Dicionário Etimológico
Fogo (que em latim se dizia "ignis" = ignição do carro) tem origem noutra palavra latina, "focu", cujo primeiro sentido é lar doméstico, lareira, e só posteriormente passou a significar fogo. Por via culta, "focu" nos deu foco, já com sentidos novos.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

Fruto

Dicionário Comum
substantivo masculino Botânica Órgão vegetal, proveniente do ovário da flor, e que contém as sementes; carpo.
Figurado Criatura nascida ou por nascer; filho, filha, prole.
Figurado Resultado de alguma coisa; proveito: sucesso é fruto de trabalho.
Figurado Aquilo que ocasiona coisas proveitosas; vantagem.
[Arquitetura] Pequeno intumescimento nas colunas dos templos gregos.
expressão Fruto proibido. Alusão ao fruto da árvore da vida, no qual Adão e Eva tinham recebido ordem de não tocar; qualquer coisa em que não se pode tocar.
Frutos do mar. Nome genérico dado aos crustáceos, aos mariscos ou outros animais apanhados no mar.
Frutos da terra. Produtos colhidos da reprodução vegetal, seja em virtude do trabalho do homem, seja em consequência da reprodução espontânea.
Etimologia (origem da palavra fruto). Do latim fructus.us.
Fonte: Priberam

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Fruto No ensinamento de Jesus, um símbolo daquilo que deve provir das pessoas que mantêm — ou dizem manter — uma relação com Deus. Jesus empregou diversas comparações como o grão (Mt 13:8.23; Mc 4:29), a figueira (Mt 21:19; Lc 13:6-9), a vinha (Mt 21:34.41-43; Mc 12:2; Lc 20:10) ou os talentos entregues pelo Senhor (Mt 25:26; Lc 19:13). Por conseguinte, o fruto pode ser insuficiente e até mau, e essa é uma das maneiras de serem reconhecidos os falsos profetas (Mt 7:15-20). Só existe uma forma de dar bom fruto: estar unido a Jesus (Jo 12:24; 15,2-8.16).
Autor: César Vidal Manzanares

Frutos

Dicionário Comum
masc. pl. de fruto

fru·to
(latim fructus, -us, direito de receber e usar os produtos de bens próprios ou de outrem, gozos, delícias, colheita)
nome masculino

1. Botânica Órgão que, no vegetal, sucede à flor e corresponde ao desenvolvimento de um ou mais ovários. = CARPO

2. Qualquer produto da terra.

3. Figurado Filhos, prole.

4. Efeito.

5. Resultado.

6. Vantagem.

7. Produto, lucro.


colher os frutos
Figurado Ser recompensado pelo esforço e empenho dispensados (ex.: o governo começa a colher os frutos da nova política educativa).

dar fruto
Figurado O mesmo que dar frutos.

dar frutos
Figurado Ter resultados positivos, favoráveis (ex.: o investimento deu frutos a curto prazo).

frutos do bosque
O mesmo que frutos silvestres.

frutos do mar
Designação dada a um conjunto de crustáceos e moluscos usados na alimentação humana.

frutos silvestres
Designação dada a um conjunto de frutos, em geral bagas, de cor vermelha, azulada ou negra, originalmente sem necessidade de cultura, mas hoje já cultivados para comercialização (ex.: o cesto de frutos silvestres tinha amoras, mirtilos, framboesas e groselhas).

Fonte: Priberam

Grande

Dicionário Comum
adjetivo De tamanho maior ou fora do normal: cabeça grande.
Comprido, extenso ou longo: uma corda grande.
Sem medida; excessivo: grandes vantagens.
Numeroso; que possui excesso de pessoas ou coisas: uma grande manifestação; uma grande quantia de dinheiro.
Que transcende certos parâmetros: grande profundeza.
Que obteve fortes consequências: grande briga; grandes discussões.
Forte; em que há intensidade: grande pesar.
Com muita eficiência: a água é um grande medicamento natural.
Importante; em que há importância: uma grande instituição financeira.
Adulto; que não é mais criança: o menino já está grande.
Notável; que é eficiente naquilo que realiza: um grande músico.
Cujos atributos morais e/ou intelectuais estão excesso: grande senhor.
Magnânimo; que exprime um comportamento nobre.
Fundamental; que é primordial: de grande honestidade.
Que caracteriza algo como sendo bom; positivo: uma grande qualidade.
Que é austero; rígido: um grande problema.
Território circundado por outras áreas adjacentes: a Grande Brasília.
substantivo masculino Pessoa que se encontra em idade adulta.
Quem tem muito poder ou influência: os grandes estavam do seu lado.
Etimologia (origem da palavra grande). Do latim grandis.e.
Fonte: Priberam

Ha

Dicionário Comum
Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
hebraico: calor, queimado
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário Comum
Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
(Etm. Forma alte. de hectare).
Fonte: Priberam

Hipócrita

Dicionário Etimológico
Do grego hypokrinein ou hypokrisía, que significava inicialmente “separar gradualmente” ou “representar um papel”, “fingir”.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

Dicionário da FEB
Os Espíritos hipócritas quase sempre são muito inteligentes, mas nenhuma fibra sensível possuem no coração; nada os toca; simulam todos os bons sentimentos para captar a confiança, e felizes se sentem quando encontram tolos que os aceitam como santos Espíritos, pois que possível se lhes torna governá-los à vontade. O nome de Deus, longe de lhes inspirar o menor temor, serve-lhes de máscara para encobrirem suas torpezas. No mundo invisível, como no mundo visível, os hipócritas são os seres mais perigosos, porque atuam na sombra, sem que ninguém disso desconfie; têm apenas as aparências da fé, mas fé sincera, jamais.
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 28

Fonte: febnet.org.br

Dicionário Bíblico
Que tem, ou em que há hipocrisia; impostura, fingimento, simulação, falsidade.
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário Comum
substantivo masculino e feminino Quem demonstra uma opinião que não possui ou dissimula qualidades que não têm; fingido.
Pessoa que finge sentir o que não sente; falso.
adjetivo Que se comporta com hipocrisia; que esconde seus reais sentimentos, intenções, opiniões; falso.
Que demonstra uma virtude ou qualidade que não possui.
Etimologia (origem da palavra hipócrita). Do latim hypocrita.ae, pelo grego hypokrités.oû.
Fonte: Priberam

Homem

Dicionário da Bíblia de Almeida
Homem
1) Qualquer indivíduo pertencente à espécie animal racional (Gn 2:15). O ser humano é composto de corpo e alma. Foi criado à imagem e semelhança de Deus, podendo, por isso, ter comunhão com ele (Gn 1:26);
v. IMAGEM DE DEUS).

2) Os seres humanos; a humanidade (Gn 1:26), hebraico adham; (Ef 6:6). 3 Ser humano do sexo masculino (Pv 30:19).

4) Ser humano na idade adulta (1Co 13:11).

5) “Velho homem” é a nossa velha natureza humana pecadora (Rm 6:6) em contraste com o “novo homem”, que é a natureza espiritual do regenerado (Ef 2:15).

6) “Homem interior” é o eu mais profundo (Rm 7:22) em contraste com o “homem exterior”
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário da FEB
O homem é um pequeno mundo, que tem como diretor o Espírito e como dirigido o corpo. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 27

O homem compõe-se de corpo e espírito [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3

H [...] é o filho de suas obras, durante esta vida e depois da morte, nada devendo ao favoritismo: Deus o recompensa pelos esforços e pune pela negligência, isto por tanto tempo quanto nela persistir.
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6

O homem é uma alma encarnada. Antes da sua encarnação, existia unida aos tipos primordiais, às idéias do verdadeiro, do bem e do belo; separa-se deles, encarnando, e, recordando o seu passado, é mais ou menos atormentada pelo desejo de voltar a ele.
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Introd•

Há no homem três coisas: 1º – o corpo ou ser material análogo aos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2º – a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; 3º – o laço que prende a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

O homem é filho de suas próprias obras; e as diferenças humanas são filhas do uso que cada um faz da sua liberdade.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 18

[...] é uma obra que glorifica seu incompreensível Autor.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

[...] é, desde o princípio, o Verbo fora de Deus, a sucessão eterna, a mutabilidade sem término.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

[...] é um ser progressivo e perfectível que sempre girará dentro da instabilidade. [...]
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 1

O homem é, essencialmente, um Espírito imortal, que não desaparece, portanto, com a morte orgânica, com o perecimento do corpo físico. [...] O homem é um Espírito, que se utiliza de vários corpos materiais, os corpos físicos, e de um semimaterial, fluídico, o corpo astral ou perispírito, para realizar, em várias etapas, chamadas encarnações, a evolução, a que está sujeito, por sua própria natureza.
Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2

Sabemos hoje que o homem é um anjo nascente e que séculos correrão sobre séculos antes de finda a empresa de seu apuro.
Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 21

[...] é o homem um ser imortal, evolvendo incessantemente através das gerações de um determinado mundo, e, em seguida, de mundo em mundo, até a perfeição, sem solução de continuidade!
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A progressividade da revelação divina 4

Urge compreendamos que, qualquer que seja a posição em que se achem situados, todos os homens são proletários da evolução e que a diversidade de funções no complexo social é tão indispensável à sua harmonia quanto às variadas finalidades dos órgãos o são ao equilíbrio de nosso organismo.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A lei de igualdade

Contrariando a Teologia tradicional, a Doutrina Espírita nos ensina (no que, aliás, é apoiada pela Ciência) que o homem surgiu neste mundo, não como H H uma criatura perfeita, que veio a decair depois por obra de Satanás, mas como um ser rude e ignorante, guardando traços fortes de sua passagem pela animalidade. Criado, entretanto, à imagem e semelhança de Deus, possui, latentes, todos os atributos da perfeição, inclusive o Amor, carecendo tão-somente que os desenvolva.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 12

[...] cada indivíduo é, espiritualmente, filho de si mesmo, ou melhor, traz, ao nascer, uma bagagem de boas ou más aquisições feitas em outras existências, que lhe constituem o caráter, o modo de ser todo pessoal [...].
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 15

Afirma Esquiros que cada um de nós é o autor e por assim dizer o obreiro de seus destinos futuros. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 1

[...] O homem é o universo reduzido. Se cada um pudesse deixar-se narrar, teríamos a mais maravilhosa história do mundo.
Referencia: DELGADO, América• Os funerais da Santa Sé• Pelo Espírito Guerra Junqueiro• Prefácio de Manuel Quintão• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Guerra Junqueiro

O homem possui dois corpos: um de matéria grosseira, que o põe em relação com o mundo físico; outro fluídico, por meio do qual entra em relação com o mundo invisível.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

[...] O homem é [...] o seu próprio juiz, porque, segundo o uso ou o abuso de sua liberdade, torna-se feliz ou desditoso. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4, cap• 39

Deus é o Espírito Universal que se exprime e se manifesta na Natureza, da qual o homem é a expressão mais alta.
Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9

Todo homem é um espelho particular do Universo e do seu Criador. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O porquê da vida: solução racional do problema da existência• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

[...] é a síntese de todas as formas vivas que o precederam, o último elo da longa cadeia de vidas inferiores que se desenrola através dos tempos. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9

[...] a observação dos fatos e a experiência provam que o ser humano não é somente um corpo material dotado de várias propriedades, mas também um ser psíquico, dotado de propriedades diferentes das do organismo animal.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 2

Preferimos a definição de Bonald: “O homem é uma inteligência servida por órgãos”. Declaremo-lo: o homem é essencialmente espírito, quer o saiba quer o ignore. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 3

[...] Sois constituídos por uma verdadeira multidão de seres grupados e submetidos pela atração plástica da vossa alma pessoal, a qual, do centro do ser, formou o corpo, desde o embrião, e reuniu em torno dele, no respectivo microcosmo, todo um mundo de seres destituídos ainda de consciência da sua individualidade.
Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 5a narrativa

[...] é mordomo, usufrutuário dos talentos de que se encontra temporariamente investido na condição de H donatário, mas dos quais prestará contas. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 17

Os homens são espíritos em provas, como os vês, como os encontras.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20

O homem não deve ser considerado como a máquina para o prazer, mas o ser eterno em contínuo processo de crescimento. O corpo é-lhe instrumento por ele mesmo – o Espírito que o habita – modelado conforme as necessidades que o promovem e libertam. A visão global do ser – Espírito, perispírito e matéria – é a que pode dar sentido à vida humana, facultando o entendimento das leis que a regem.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 16

O grande e superior investimento da Divindade é o homem, na inexorável marcha da ascensão libertadora.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 22

[...] o homem é o que pensa, o que faz e deseja.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 7

[...] todos somos a soma dos próprios atos, na contabilidade das experiências acumuladas desde priscas eras que não lobrigamos tão cedo conhecer. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

O homem é, na verdade, a mais alta realização do pensamento divino, na Terra, caminhando para a glória total, mediante as lutas e os sacrifícios do dia-a-dia.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio – solução insolvável

[...] O homem é um projetista de si mesmo com plena liberdade de, assim, autoprojetar-se. [...]
Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2

[...] é o que ele mesmo pode ou quer ser; por isso, o homem é sempre um problema em si mesmo e também encerra em si a solução. [...]
Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2

[...] O homem nasce imperfeito: chega a este mundo trazendo um duplo capital, o de suas faltas anteriores, que lhe cumpre expiar, ou de suas más tendências, que lhe cumpre reprimir; e o das virtudes adquiridas ou de aspirações generosas, que lhe cabe desenvolver. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 21a efusão

Todos os homens são filhos de Deus, todos estão destinados a tornar-se anjos [...].
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 29a efusão

[...] O homem, como dínamo psíquico, a que os complexos celulares se ajustam em obediência às leis que governam a matéria perispiritual, ainda é de compreensão muito difícil.
Referencia: MICHAELUS• Magnetismo Espiritual• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

[...] o homem é aquilo que pensa. É a força do seu pensamento que modela os seus atos e, por conseguinte, o seu estado de espírito, sua posição evolutiva, e a melhor ou pior situação humana nas vidas que se encadeiam. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 21

[...] o homem é, na essência, um Espírito imortal, cuja experiência e sabedoria se acumulam ao cabo de um rosário imenso de vidas, desde que começam a raiar nele os primeiros clarões da consH H ciência até que alcance os mais elevados graus de conhecimento e moral. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

[...] Será bom não esquecer que somos essência de Deus [...].
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Devassando o invisível• Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

[...] Será necessário que o homem compreenda que, como parcela divina que é, veio ao mundo também para colaborar na obra de aperfeiçoamento do planeta em que vive, e essa colaboração certamente subentenderá auxílio às almas mais frágeis do que a dele, que gravitam ao seu lado nas peripécias da evolução. [...]
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Devassando o invisível• Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

[...] somos o resultado das atividades do nosso passado, como hoje plantamos as sementes do nosso futuro.
Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3

O homem, regra geral, é um ser milenarmente viciado em atitudes negativas, assimilando, assim, com lamentável freqüência, vibrações tóxicas que o desajustam espiritualmente, da mesma forma que sofre constantes distúrbios digestivos quem não faz uso de alimentação adequada.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Sintonia da atitude

[...] o homem, apesar de sua aparência material, é essencialmente um ser espiritual e, como tal, seu destino não está jungido para sempre à matéria, mas apenas temporariamente.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 37

Cada criatura humana é uma irradiação da Força Divina, independentemente de seu estágio evolutivo. [...]
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 7

[...] é um Espírito eterno, continuando sua trajetória após o túmulo e voltando a viver neste mesmo mundo de aprendizado e resgates, onde os papéis individuais podem ser invertidos [...].
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 12

[...] O homem é co-autor dessa entidade misteriosa que é ele mesmo. Nascemos de Deus, fonte inexaurível da vida, e renascemos todos os dias, em nós mesmos, através das transformações por que passamos mediante a influência da auto-educação, cumprindo-se assim aquele célebre imperativo de Jesus: Sede perfeitos como o vosso Pai celestial é perfeito.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

[...] O homem é obra viva, inteligente e consciente de si própria. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 15

O homem renovado para o bem é a garantia substancial da felicidade humana. [...] O homem, herdeiro do Céu, refletirá sempre a Paternidade Divina, no nível em que se encontra.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Agenda cristã• Pelo Espírito André Luiz• 42a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Informando o leitor

No mundo assim também é: / O homem, na Humanidade, / É o viajor demandando / As luzes da eternidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartilha da Natureza• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - O carro

Todos nós somos dínamos viventes, nos mais remotos ângulos da vida, com o infinito por clima de progresso e com a eternidade por meta sublime. Geramos H raios, emitimo-los e recebemo-los constantemente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O homem não é um acidente biológico na Criação. É o herdeiro divino do Pai Compassivo e Todo Sábio que lhe confere no mundo a escola ativa de elevação e aprimoramento para a imortalidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é o legislador da própria existência e o dispensador da paz ou da desesperação, da alegria ou da dor de si mesmo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] o homem, acima de tudo, é espírito, alma, vibração, e esse espírito, salvo em casos excepcionais, se conserva o mesmo após a morte do corpo, com idênticos defeitos e as mesmas inclinações que o caracterizavam à face do mundo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 30

[...] Todos somos, por enquanto, espíritos imperfeitos, nos quadros evolutivos do trabalho que nos compete desenvolver e complementar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

Cada um de nós é um mundo por si, porque o Criador nos dotou a cada um de características individuais, inconfundíveis.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

O homem é inquilino da carne, com obrigações naturais de preservação e defesa do patrimônio que temporariamente usufrui.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Saúde

Lembre-se que você mesmo é: o melhor secretário de sua tarefa, o mais eficiente propagandista de seusideais,a mais clara demonstração de seusprincípios,o mais alto padrão do ensino superiorque seu espírito abraça,e a mensagem viva das elevadas noçõesque você transmite aos outros.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 29

Expurguemos a mente, apagando recordações indesejáveis e elevando o nível de nossas esperanças, porque, na realidade, somos arquitetos de nossa ascensão.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

Toda pessoa humana é aprendiz na escola da evolução, sob o uniforme da carne, constrangida ao cumprimento de certas obrigações [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Lugar depois da morte

O homem encarnado na Terra [...] é uma alma eterna usando um corpo perecível, alma que procede de milenários caminhos para a integração com a verdade divina [...]. Somos, todos, atores do drama sublime da evolução universal, através do amor e da dor [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13

Depois da morte física, o que há de mais surpreendente para nós é o reencontro da vida. Aqui [no plano espiritual] aprendemos que o organismo perispirítico que nos condiciona em matéria leve e mais plástica, após o sepulcro, é fruto igualmente do processo evolutivo. Não somos criações milagrosas, destinadas ao H H adorno de um paraíso de papelão. Somos filhos de Deus e herdeiros dos séculos, conquistando valores, de experiência em experiência de milênio a milênio. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

O homem terrestre não é um deserdado. É filho de Deus, em trabalho construtivo, envergando a roupagem da carne; aluno de escola benemérita, onde precisa aprender a elevar-se. A luta humana é sua oportunidade, a sua ferramenta, o seu livro.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - Novo amigo

Cada homem é uma casa espiritual que deve estar, por deliberação e esforço do morador, em contínua modificação para melhor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 133

[...] é um anjo decaído, em conseqüência do mau uso que fez de seu livre-arbítrio [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Volta Bocage• Sonetos do Espírito de Manuel Maria de Barbosa du Bocage; com apreciação, comentários e glossário pelo prof• L• C• Porto Carreiro Neto• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Filhos do Eterno, todos somos cidadãos da eternidade e somente elevamos a nós mesmos, a golpes de esforço e trabalho, na hierarquia das reencarnações.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 46

Fonte: febnet.org.br

Dicionário Bíblico
As principais palavras traduzidas por ‘homem’ no A.T. são :
(1). Adam (Gn 1:26, etc.) É, também, um termo coletivo, que se emprega ‘por humanidade’, e que se distingue de Deus.
(2). ish (Gn 2:24, etc.), um indivíduo do sexo masculino.
(3). Enosh (Gn 6:4, etc.), a raça humana, como seres mortais.
(4). Geber (Êx 10:11, etc.), homem na sua robustez. No N.T. as principais palavras são
(1). Aner (Lc 1:27, etc.), homem da idade madura –
(2). Anthropos (Mt 4:4, etc.), homem em oposição a animal.
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário Comum
substantivo masculino Indivíduo dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
Espécie humana; humanidade: a evolução social do homem.
Pessoa do sexo masculino.
Esposo, marido, companheiro.
A criatura humana sob o ponto de vista moral: todo homem é passível de aperfeiçoamento.
Etimologia (origem da palavra homem). Do latim homo.inis.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo masculino Indivíduo dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio.
Espécie humana; humanidade: a evolução social do homem.
Pessoa do sexo masculino.
Esposo, marido, companheiro.
A criatura humana sob o ponto de vista moral: todo homem é passível de aperfeiçoamento.
Etimologia (origem da palavra homem). Do latim homo.inis.
Fonte: Priberam

Homens

Dicionário Comum
masc. pl. de homem

ho·mem
(latim homo, -inis)
nome masculino

1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


abominável homem das neves
Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

de homem para homem
Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

homem de armas
Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

homem de Deus
Figurado O que é bondoso, piedoso.

[Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

homem de Estado
[Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

homem de lei(s)
Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

homem de letras
Literato, escritor.

homem de mão
Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

homem de Neandertal
[Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

homem de negócios
Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

homem de palha
[Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

homem de partido
[Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

homem de pé
Peão.

homem público
Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

Plural: homens.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
masc. pl. de homem

ho·mem
(latim homo, -inis)
nome masculino

1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


abominável homem das neves
Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

de homem para homem
Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

homem de armas
Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

homem de Deus
Figurado O que é bondoso, piedoso.

[Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

homem de Estado
[Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

homem de lei(s)
Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

homem de letras
Literato, escritor.

homem de mão
Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

homem de Neandertal
[Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

homem de negócios
Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

homem de palha
[Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

homem de partido
[Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

homem de pé
Peão.

homem público
Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

Plural: homens.
Fonte: Priberam

Hão

Dicionário Bíblico
hebraico: calor, queimado
Fonte: Dicionário Adventista

Iniquidade

Dicionário Comum
substantivo feminino Qualidade de iníquo, contrário à equidade, à justiça.
Aquilo que injusto, oposto ao que é justo e igualitário.
Ato ou comportamento contrário à moral, à religião, à igualdade.
Comportamento ou ação perversa e maldosa; malevolência.
Etimologia (origem da palavra iniquidade). Do latim iniquitas.atis.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
Maldade; perversidade
Fonte: Dicionário Adventista

Iniqüidade

Dicionário Bíblico
Maldade; perversidade
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Iniqüidade Pecado que consiste em não reconhecer igualmente o direito de cada um, em não ser correto, em ser perverso (Sl 25:11); 51.5; (Is 13:11); (Mt 7:23); (He 1:9).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Insensato

Dicionário da Bíblia de Almeida
Insensato Sem juízo (Pv 15:20; Mt 7:26).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Bíblico
Falto de senso; louco
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário Comum
insensato adj. 1. Que não é sensato, falto de senso. 2. Contrário ao bom senso e à razão.
Fonte: Priberam

Irmão

Dicionário Bíblico
Com vários sentidos aparece a palavra ‘irmão’, nas Sagradas Escrituras. Diversas vezes a significação é: um parente próximo (Gn 29:12) – um sobrinho (Gn 14:16) – um indivíduo da mesma tribo (2 Sm 19,12) – uma pessoa da mesma raça (Êx 2:11) – e, metaforicamente, qualquer semelhança (Lv 19:1730:29Pv 18:9). Também se usa por um amigo, um companheiro de trabalho, um discípulo (Mt 25:40). Este nome era geralmente empregado pelos cristãos, quando falavam dos que tinham a mesma crença religiosa (At 9:17 – 22.13). os judeus reservavam o termo ‘irmão’ para distinguir um israelita, mas Cristo e os Seus apóstolos estendiam a todos os homens a significação do nome (Lc 10:29-30 – 1 Co 5.11).
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário Comum
substantivo masculino Nascido do mesmo pai e da mesma mãe.
Figurado Pessoa que possui um proximidade afetiva muito grande em relação a outra: considero-o como um irmão.
Adepto das mesmas correntes, filosofias, opiniões e crenças religiosas que outro: irmão na fé cristã.
Nome que se dão entre si os religiosos e os maçons.
expressão Irmãos de armas. Companheiros de guerra.
Irmãos consanguíneos. Irmãos que compartilham apenas o mesmo pai.
Irmãos germanos. Irmãos que possuem o mesmo pai e a mesma mãe.
Irmãos gêmeos. Irmãos nascidos do mesmo parto.
Irmãos uterinos. Filhos da mesma mãe, mas de pais diferentes.
Irmãos colaços. Os que foram amamentados pela mesma mulher, mas de mães diferentes - irmãos de leite.
Irmãos siameses. Irmãos que compartilham o mesmo corpo.
Figurado Irmãos siameses. Pessoas inseparáveis, embora não sejam realmente irmãs.
Etimologia (origem da palavra irmão). Do latim germanus.
Fonte: Priberam

Dicionário da FEB
[...] para os verdadeiros espíritas, todos os homens são irmãos, seja qual for a nação a que pertençam. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

Em hebreu a palavra – irmão – tinha várias acepções. Significava, ao mesmo tempo, o irmão propriamente dito, o primo co-irmão, o simples parente. Entre os hebreus, os descendentes diretos da mesma linha eram considerados irmãos, se não de fato, ao menos de nome, e se confundiam muitas vezes, tratando-se indistintamente de irmãos e irI mãs. Geralmente se designavam pelo nome de irmãos os que eram filhos de pais-irmãos, os que agora chamais primos-irmãos.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

Irmão, portanto, é também expressão daquele mesmo sentimento que caracteriza a verdadeira mãe: amor. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Quem são meus irmãos?

Irmão é todo aquele que perdoa / Setenta vezes sete a dor da ofensa, / Para quem não há mal que o bem não vença, / Pelas mãos da humildade atenta e boa. / É aquele que de espinhos se coroa / Por servir com Jesus sem recompensa, / Que tormentos e lágrimas condensa, / Por ajudar quem fere e amaldiçoa. / Irmão é todo aquele que semeia / Consolação e paz na estrada alheia, / Espalhando a bondade que ilumina; / É aquele que na vida transitória / Procura, sem descanso, a excelsa glória / Da eterna luz na Redenção Divina.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 6

[...] é talvez um dos títulos mais doces que existem no mundo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

Fonte: febnet.org.br

Jesus

Dicionário da FEB
Não há dúvida de que Jesus é o mensageiro divino enviado aos homens J J para ensinar-lhes a verdade, e, por ela, o caminho da salvação [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10, it• 18

[...] Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 2

[...] o pão de Deus é aquele que desceu do Céu e que dá vida ao mundo. [...] Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome e aquele que em mim crê não terá sede. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 50

[...] o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 625

[...] é filho de Deus, como todas as criaturas [...].
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, O filho de Deus e o filho do homem

Jesus foi um Revelador de primeira plana, não porque haja trazido ao mundo, pela primeira vez, uma parcela da Verdade Suprema, mas pela forma de revestir essa Verdade, colocando-a ao alcance de todas as almas, e por ser também um dos mais excelsos Espíritos, para não dizer o primeiro em elevação e perfeição, de quantos têm descido à Terra, cujo governador supremo é Ele.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Pról•

Jesus Cristo é a paz – é a mansidão – é a justiça – é o amor – é a doçura – é a tolerância – é o perdão – é a luz – é a liberdade – é a palavra de Deus – é o sacrifício pelos outros [...].
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

Jesus é o ser mais puro que até hoje se manifestou na Terra. Jesus não é Deus. Jesus foi um agênere.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 71

Jesus é o centro divino da verdade e do amor, em torno do qual gravitamos e progredimos.
Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 24

Jesus é o protótipo da bondade e da sabedoria conjugadas e desenvolvidas em grau máximo. [...]
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual

Jesus Cristo é o Príncipe da Paz.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os pacificadores•••

[...] conquanto não seja Deus, e sim um Espírito sublimado, Jesus Cristo é o governador de nosso planeta, a cujos destinos preside desde a sua formação. Tudo (na Terra) foi feito por Ele, e, nada do que tem sido feito, foi feito sem Ele diz-nos João 3:1.[...] autêntico Redentor da Huma-nidade.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 1

Jesus, pois, é um desses Espíritos diretores e protetores de mundos, e a missão de dirigir a nossa Terra, com o concurso de outros Espíritos subordinados em pureza à sua pureza por excelência, lhe foi outorgada, como um prêmio à sua perfeição imaculada, em épocas que se perdem nas eternidades do passado. [...]
Referencia: CIRNE, Leopoldo• A personalidade de Jesus• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jesus nos Evangelhos

[...] espírito poderoso, divino missionário, médium inspirado. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

J [...] é, positivamente, a pedra angular do Cristianismo, a alma da nova revelação. Ele constitui toda a sua originalidade.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

[...] era um divino missionário, dotado de poderosas faculdades, um médium incomparável. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

[...] é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

[...] Espírito protetor da Terra, anjo tutelar desse planeta, grande sacerdote da verdadeira religião.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

Jesus é o Mestre por excelência: ofereceu-se-nos por amor, ensinou até o último instante, fez-se o exemplo permanente aos nossos corações e nos paroxismos da dor, pregado ao madeiro ignominioso, perdoou-nos as defecções de maus aprendizes.
Referencia: EVANGELIZAÇÃO espírita da infância e da juventude na opinião dos Espíritos (A)• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• Separata do Reformador de out• 82• - q• 5

Jesus é nosso Irmão porque é filho de Deus como nós; e é nosso Mestre porque sabe mais que nós e veio ao mundo nos ensinar.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

[...] é chamado Jesus, o Cristo, porque Cristo quer dizer o enviado de Deus.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

Jesus é o exemplo máximo dessa entrega a Deus, lição viva e incorruptível de amor em relação à Humanidade. Mergulhou no corpo físico e dominou-o totalmente com o seu pensamento, utilizando-o para exemplificar o poder de Deus em relação a todas as criaturas, tornando-se-lhe o Médium por excelência, na condição de Cristo que o conduziu e o inspirava em todos os pensamentos e atos. Sempre com a mente alerta às falaciosas condutas farisaicas e às circunstâncias difíceis que enfrentava, manteve-se sempre carinhoso com as massas e os poderosos, sem manter-se melífluo ou piegas com os infelizes ou subalterno e submisso aos dominadores de um dia... Profundo conhecedor da natureza humana sabia acioná-la, despertando os sentimentos mais profundos e comandando os pensamentos no rumo do excelso Bem. Vencedor da morte, que o não assustava, é o exemplo máximo de vida eterna, concitando-nos a todos a seguir-lhe as pegadas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

Jesus, embora incompreendido no seu tempo, venceu a História, ultrapassou todas as épocas, encontrando-se instalado no mundo e em milhões de mentes e corações que o aceitam, o amam e tentam segui-lo. O sofrimento que experimentou não o afligiu nem o turbou, antes foi amado e ultrapassado, tornando-se mais do que um símbolo, a fiel demonstração de que no mundo somente teremos aflições.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

Jesus de Nazaré jamais desprezou ou subestimou as dádivas relevantes do abençoado planeta, nunca se recusando J J à convivência social, religiosa, humana... Participou das bodas em Caná, freqüentou a Sinagoga e o Templo de Jerusalém, aceitou a entrevista com Nicodemos, o almoço na residência de Simão, o leproso, bem como hospedou-se com Zaqueu, o chefe dos publicanos, escandalizando a todos, conviveu com os pobres, os enfermos, os infelizes, mas também foi gentil com todos aqueles que o buscavam, a começar pelo centurião, que lhe fora rogar ajuda para o criado enfermo, jamais fugindo da convivência de todos quantos para os quais viera... Abençoou criancinhas buliçosas, dialogou com a mulher da Samaria, desprezada, com a adúltera que seguia para a lapidação, libertando-a, participou da saudável convivência de Lázaro e suas irmãs em Betânia, aceitou a gentileza da Verônica na via crucis, quando lhe enxugou o suor de sangue... Jesus tipificou o ser social e humano por excelência, portador de fé inquebrantável, que o sustentou no momento do sacrifício da própria vida, tornando-se, em todos os passos, o Homem incomparável. Jamais agrediu o mundo e suas heranças, suas prisões emocionais e paixões servis, seus campeonatos de insensatez, sua crueldade, sua hediondez em alguns momentos, por saber que as ocorrências resultavam da inferioridade moral dos seus habitantes antes que deles mesmos. Apesar dessa conduta, demonstrou a superioridade do Reino de Deus, porque, permanente, causal e posterior ao périplo carnal, convidando os homens e as mulheres de pensamento, os que se encontravam saturados e sem roteiro, os sofridos e atormentados à opção libertadora e feliz.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Aflições do mundo

[...] é o Médico Divino e a sua Doutrina é o medicamento eficaz de que nos podemos utilizar com resultados imediatos.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 23

Jesus é ainda e sempre a nossa lição viva, o nosso exemplo perene. Busquemo-lo!
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

[...] Jesus é o amor inexaurível: não persegue: ama; não tortura: renova; não desespera: apascenta! [...] é a expressão do amor e sua não-violência oferece a confiança que agiganta aqueles que o seguem em extensão de devotamento.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

[...] é a nossa porta: atravessemo-la, seguindo-lhe as pegadas ...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

[...] Jesus na manjedoura é um poema de amor falando às belezas da vida; Jesus na cruz é um poema de dor falando sobre as grandezas da Eternidade.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 2

[...] é a Vida em alta expressão de realidade, falando a todos os seres do mundo, incessantemente!... Sua lição inesquecível representa incentivo urgente que não podemos deixar de aplicar em nosso dia-a-dia redentor.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

J [...] é o guia divino: busque-o!
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 3, cap• 5

[...] é a Verdade e a Justiça, a que todos nós aspiramos!
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 7, cap• 13

[...] é sempre a verdade consoladora no coração dos homens. Ele é a claridade que as criaturas humanas ainda não puderam fitar e nem conseguiram compreender. [...]
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho

De todos os Evangelhos se evola uma onda de perfume balsâmico e santificador a denunciar a passagem gloriosa e solene de um Arauto da paz e da felicidade no Além.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Veracidade dos Evangelhos

[...] O Messias, o Príncipe da vida, o Salvador do mundo.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Interpretação subjetiva

[...] cognominado pelo povo de Grande profeta e tratado pelos seus discípulos como filho de Deus.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Identidade de Jesus

[...] o instrutor geral, o chefe da escola universal em todas as épocas.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Supremacia de Jesus

[...] O Consolador, O Espírito de Verdade a dirigir o movimento científico por todo o globo.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Materializações

Paulo, que se tornou cristão, por ter visto Jesus em Espírito e dele ter recebido a Revelação, diz que Jesus, o Cristo, é a imagem da Substância de Deus, o Primogênito de Deus (o texto grego diz: a imagem de Deus invisível e o primeiro concebido de toda a Criação) – o que não quer dizer que este primeiro concebido, seja idêntico fisiologicamente ao homem terrestre.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Natureza de Jesus

[...] é, ao mesmo tempo, a pureza que ama e o amor que purifica.
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 22a efusão

[...] foi o mais santo, o mais elevado, o mais delicado Espírito encarnado no corpo mais bem organizado que já existiu. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 23a efusão

Espírito da mais alta hierarquia divina, Jesus, conhecedor de leis científicas ainda não desvendadas aos homens, mas, de aplicação corrente em mundos mais adiantados, formou o seu próprio corpo com os fluidos que julgou apropriados, operando uma materialilização muitíssimo mais perfeita que aquelas de que nos falam as Escrituras e do que as que os homens já pudemos presenciar em nossas experiências no campo do psiquismo.
Referencia: MÍNIMUS• Os milagres de Jesus: historietas para a infância• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - cap• 1

Jesus é o amigo supremo, em categoria especial, com quem nenhum outro pode ser confrontado. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 4

[...] o caminho, a verdade e a vida, e é por ele que chegaremos ao divino estado da pureza espiritual. Esse é o mecanismo da salvação, da justificação, da predestinação.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5

esus – ensina Agasha – foi um exemplo vivo do que pregava. Ensinou aos homens a amarem-se uns aos outros, mas também ensinou que os homens haveriam de cometer muitos enganos e que Deus não os condenaria, mas lhe daria outras oportunidades para aprenderem.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4

Jesus Cristo, o mais sábio dos professores que o mundo já conheceu e o mais compassivo dos médicos que a Humanidade já viu, desde o princípio, permanece como divina sugestão àqueles que, no jornadear terrestre, ocupam a cátedra ou consagram a vida ao santo labor dos hospitais.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22

Se lhe chamamos Senhor e Mestre, Divino Amigo e Redentor da Humanidade, Sol de nossas vidas e Advogado de nossos destinos, por um dever de consciência devemos afeiçoar o nosso coração e conjugar o nosso esforço no devotamento à vinha que por Ele nos foi confiada.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 45

Sendo o Pão da Vida e a Luz do Mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo era, por conseguinte, a mais completa manifestação de Sabedoria e Amor que a Terra, em qualquer tempo, jamais sentira ou conhecera. [...] A palavra do Mestre se refletiu e se reflete, salutar e construtivamente, em todos os ângulos evolutivos da Humanidade.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 11

[...] o Verbo, que se fez carne e habitou entre nós.
Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 45

Jesus, evidentemente, é o amor semfronteiras, que a todos envolve e fascina,ampara e magnetiza.O pão da vida, a luz do mundo, o guiasupremo.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Introd•

[...] é o mais alto expoente de evolução espiritual que podemos imaginar [...].
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2

Nem homem, nem Deus, [...] mas, Espírito puro e não falido, um, na verdade, com o Pai, porque dele médium, isto é, veículo do pensamento e da vontade divinos, e, conseguintemente, conhecedor das leis que regem a vida moral e material neste e noutros planetas, ou seja, daquelas muitas moradas de que falava.
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5

[...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, o fundador, o protetor, o governador do planeta terreno [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] Espírito fundador, protetor e governador do mundo terrestre, a cuja formação presidiu, tendo, na qualidade de representante e delegado de Deus, plenos poderes, no céu, e na Terra, sobre todos os Espíritos que nesta encarnam [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] como filho, Ele, Jesus, não é Deus e sim Espírito criado por Deus e Espírito protetor e governador do planeta J terreno, tendo recebido de Deus todo o poder sobre os homens, a fim de os levar à perfeição; que foi e é, entre estes, um enviado de Deus e que aquele poder lhe foi dado com esse objetivo, com esse fim.
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, que, na santidade e na inocência, sem nunca haver falido, conquistou a perfeição e foi por Deus instituído fundador, protetor e governador da Terra [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

[...] Para S. Paulo, Jesus é um ser misterioso, sem pai, sem mãe, sem genealogia, que se manifesta aos homens como a encarnação duma divindade, para cumprir um grande sacrifício expiatório [...]. [...] Jesus Cristo é, realmente, aquele de quem disse o apóstolo Paulo: que proviera do mesmo princípio que os homens; e eis por que lhes chamava seus irmãos, porque é santo, inocente (innocens), sem mácula (impollutus), apartado dos pecadores (segregatus a peccatoribus) e perfeito por todo o sempre [...]. [...] Jesus a imagem, o caráter da substância de Deus, o qual não tendo querido hóstia, nem oblação, lhe formara um corpo para entrar no mundo; que Jesus era (nesse corpo e com esse corpo) “um espirito vivificante”.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

Jesus é um Espírito que, puro na fase da inocência e da ignorância, na da infância e da instrução, sempre dócil aos que tinham o encargo de o guiar e desenvolver, seguiu simples e gradualmente a diretriz que lhe era indicada para progredir; que, não tendo falido nunca, se conservou puro, atingiu a perfeição sideral e se tornou Espírito de pureza perfeita e imaculada. Jesus [...] é a maior essência espiritual depois de Deus, mas não é a única. É um Espírito do número desses aos quais, usando das expressões humanas, se poderia dizer que compõem a guarda de honra do Rei dos Céus. Presidiu à formação do vosso planeta, investido por Deus na missão de o proteger e o governar, e o governa do alto dos esplendores celestes como Espírito de pureza primitiva, perfeita e imaculada, que nunca faliu e infalível por se achar em relação direta com a divindade. É vosso e nosso Mestre, diretor da falange sagrada e inumerável dos Espíritos prepostos ao progresso da Terra e da humanidade terrena e é quem vos há de levar à perfeição.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

[...] Jesus é a ressurreição e a vida porque somente pela prática da moral que Ele pregou e da qual seus ensinos e exemplos o fazem a personificação, é que o Espírito chega a se libertar da morte espiritual, assim na erraticidade, como na condição de encamado.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4

Eu sou a porta; aquele que entrar por mim será salvo, disse Jesus (João 10:9). Por ser o conjunto de todas as perfeições, Jesus se apresentou como a personificação da porta estreita, a fim de que, por uma imagem objetiva, melhor os homens compreendessem o que significa J J entrar por essa porta, para alcançar a vida eterna.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] é o médico das almas [...] capaz de curá-las todas do pecado que as enferma, causando-lhes males atrozes. Portador ao mundo e distribuidor do divino perdão, base da sua medicina, Ele muda a enfermidade em saúde, transformando a morte em vida, que é a salvação.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] como governador, diretor e protetor do nosso planeta, a cuja formação presidiu, missão que por si só indica a grandeza excelsa do seu Espírito, tinha, por efeito dessa excelsitude, o conhecimento de todos os fluidos e o poder de utilizá-los conforme entendesse, de acordo com as leis naturais que lhes regem as combinações e aplicações.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus é servo e bem-amado de Deus, pela sua qualidade de Espírito puro e perfeito. Deus o elegeu, quando o constituiu protetor e governador do nosso planeta. Nele se compraz, desde que o tornou partícipe do seu poder, da sua justiça e da sua misericórdia; e faz que seu Espírito sobre ele constantemente pouse, transmitindo-lhe diretamente a inspiração, com o mantê-lo em perene comunicação consigo.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus personifica a moral, a lei de amor que pregou aos homens, pela palavra e pelo exemplo; personifica a doutrina que ensinou e que, sob o véu da letra, é a fórmula das verdades eternas, doutrina que, como Ele próprio o disse, não é sua, mas daquele que o enviou. Ele é a pedra angular. [...]
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Jesus era o amor sem termo; Jesus era a caridade, Jesus era a tolerância! Ele procurava sempre persuadir os seus irmãos da Terra e nunca vencê-los pela força do seu poder, que, no entanto, o tinha em superabundância! Ora banqueteando-se com Simão, o publicano, ora pedindo água à mulher samaritana, repudiada dos judeus, ele revelava-se o Espírito amante da conciliação, a alma disposta aos sentimentos da verdadeira fraternidade, não distinguindo hereges ou gentios!
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

Sendo Jesus a personificação do Bem Supremo, é natural que busquemos elegê-lo por padrão de nossa conduta.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Mudança imperiosa

Carta viva de Deus, Jesus transmitiu nas ações de todos os momentos a Grande Mensagem, e em sua vida, mais que em seus ensinamentos, ela está presente.
Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Natal

Jesus não é um instituidor de dogmas, um criador de símbolos; é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo

[...] é a pedra angular de uma doutrina que encerra verdades eternas, desveladas parcialmente antes e depois de sua passagem pela Terra.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 19

J Jesus é chamado o Justo, por encarnar em grau máximo, o Amor e a Justiça, em exemplificação para toda a Humanidade.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17

[...] encontramos em Jesus o maior psicólogo de todos os tempos [...].
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A mensagem matinal

Jesus é a manifestação mais perfeita de Deus, que o mundo conhece. Seu Espírito puro e amorável permitiu que, através dele, Deus se fizesse perfeitamente visível à Humanidade. Esse o motivo por que ele próprio se dizia – filho de Deus e filho do Homem.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O filho do homem

Jesus é a luz do mundo, é o sol espiritual do nosso orbe. Quem o segue não andará em trevas. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Fiat-lux

Jesus é a história viva do homem.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Jesus e a história

[...] é a única obra de Deus inteiramente acabada que o mundo conhece: é o Unigênito. Jesus é o arquétipo da perfeição: é o plano divino já consumado. É o Verbo que serve de paradigma para a conjugação de todos os verbos.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Verbo Divino

[...] é o Cristo, isto é, o ungido, o escolhido, Filho de Deus vivo.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2

Jesus foi o maior educador que o mundo conheceu e conhecerá. Remir ou libertar só se consegue educando. Jesus acredita va piamente na redenção do ímpio. O sacrifício do Gólgota é a prova deste asserto. Conhecedor da natureza humana em suas mais íntimas particularidades, Jesus sabia que o trabalho da redenção se resume em acordar a divindade oculta na psiquê humana.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 8

[...] Jesus é o Mestre excelso, o educador incomparável.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9

[...] é o Cordeiro de Deus, que veio arrancar o mundo do erro e do pecado. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cinqüenta Anos depois: episódios da História do Cristianismo no século II• Espírito Emmanuel• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 2

[...] é a Luz do Princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é a fonte da vida para toda a Humanidade terrestre. Sua mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia. [...] é a Luz de todas as vidas terrestres, inacessível ao tempo e à destruição.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•

[Da] Comunidade de seres angélicos e perfeitos [...] é Jesus um dos membros divinos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

É sempre o Excelso Rei do amor que nunca morre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 18

[...] o maior embaixador do Céu para a Terra foi igualmente criança.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 23

Jesus é também o amor que espera sempre [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6

J J [...] é a luminosidade tocante de todos os corações. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

[...] é a suprema personificação de toda a misericórdia e de toda a justiça [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30

[...] é sempre a fonte dos ensinamentos vivos [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

[...] é a única porta de verdadeira libertação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 178

[...] o Sociólogo Divino do Mundo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 32

Jesus é o semeador da terra, e a Humanidade é a lavoura de Deus em suas mãos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 50

Como é confortador pensar que o Divino Mestre não é uma figura distanciada nos confins do Universo e sim o amigo forte e invisível que nos acolhe com sua justiça misericordiosa, por mais duros que sejam nossos sofrimentos e nossos obstáculos interiores.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é o mentor sublime de todos os séculos, ensinando com abnegação, em cada hora, a lição do sacrifício e da humildade, da confiança e da renúncia, por abençoado roteiro de elevação da Humanidade inteira.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é o amor de braços abertos, convidando-nos a atender e servir, perdoar e ajudar, hoje e sempre.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o trabalhador divino, de pá nas mãos, limpando a eira do mundo.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o lapidário do Céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Guarda em tudo, por modelo, / Aquele Mestre dos mestres, / Que é o amor de todo o amor / Na luz das luzes terrestres.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Jesus é o salário da elevação maior.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] o Cristo de Deus, sob qualquer ângulo em que seja visto, é e será sempre o excelso modelo da Humanidade, mas, a pouco e pouco, o homem compreenderá que, se precisamos de Jesus sentido e crido, não podemos dispensar Jesus compreendido e aplicado. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Estante da vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

[...] Tratava-se de um homem ainda moço, que deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível. Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia, irradiava da sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5

[...] é a misericórdia de todos os que sofrem [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1

[...] é o doador da sublimação para a vida imperecível. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Jesus é o nosso caminho permanente para o Divino Amor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

J Jesus, em sua passagem pelo planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração. Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. Dele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes. Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a companhia.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 110

[...] é a fonte do conforto e da doçura supremos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3

Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dele abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 86

[...] é a verdade sublime e reveladora.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 175

Jesus é o ministro do absoluto, junto às coletividades que progridem nos círculos terrestres [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

Jesus é o coração do Evangelho. O que de melhor existe, no caminho para Deus, gira em torno dele. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 36

[...] sigamos a Jesus, o excelso timoneiro, acompanhando a marcha gloriosa de suor e de luta em que porfiam incan savelmente os nossos benfeitores abnegados – os Espíritos de Escol.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 86

[...] excelso condutor de nosso mundo, em cujo infinito amor estamos construindo o Reino de Deus em nós.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 92

Fonte: febnet.org.br

Dicionário Comum
interjeição Expressão de admiração, emoção, espanto etc.: jesus, o que foi aquilo?
Ver também: Jesus.
Etimologia (origem da palavra jesus). Hierônimo de Jesus.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
Salvador. – É a forma grega do nome Josué, o filho de Num. Assim em At 7:45Hb 4:8. – Em Cl 4:11 escreve S. Paulo afetuosamente de ‘Jesus, conhecido por Justo’. Este Jesus, um cristão, foi um dos cooperadores do Apóstolo em Roma, e bastante o animou nas suas provações. (*veja José.)
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Jesus 1. Vida. Não podemos entender os evangelhos como biografia no sentido historiográfico contemporâneo, mas eles se harmonizam — principalmente no caso de Lucas — com os padrões historiográficos de sua época e devem ser considerados como fontes históricas. No conjunto, apresentam um retrato coerente de Jesus e nos proporcionam um número considerável de dados que permitem reconstruir historicamente seu ensinamento e sua vida pública.

O nascimento de Jesus pode ser situado pouco antes da morte de Herodes, o Grande (4 a.C.) (Mt 2:1ss.). Jesus nasceu em Belém (alguns autores preferem apontar Nazaré como sua cidade natal) e os dados que os evangelhos oferecem em relação à sua ascendência davídica devem ser tomados como certos (D. Flusser, f. f. Bruce, R. E. Brown, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que seja de um ramo secundário. Boa prova dessa afirmação: quando o imperador romano Domiciano decidiu acabar com os descendentes do rei Davi, prendeu também alguns familiares de Jesus. Exilada sua família para o Egito (um dado mencionado também no Talmude e em outras fontes judaicas), esta regressou à Palestina após a morte de Herodes, mas, temerosa de Arquelau, fixou residência em Nazaré, onde se manteria durante os anos seguintes (Mt 2:22-23).

Exceto um breve relato em Lc 2:21ss., não existem referências a Jesus até os seus trinta anos. Nessa época, foi batizado por João Batista (Mt 3 e par.), que Lucas considera parente próximo de Jesus (Lc 1:39ss.). Durante seu Batismo, Jesus teve uma experiência que confirmou sua autoconsciência de filiação divina e messianidade (J. Klausner, D. Flusser, J. Jeremias, J. H. Charlesworth, m. Hengel etc.). De fato, no quadro atual das investigações (1995), a tendência majoritária dos investigadores é aceitar que, efetivamernte, Jesus viu a si mesmo como Filho de Deus — num sentido especial e diferente do de qualquer outro ser — e messias. Sustentada por alguns neobultmanianos e outros autores, a tese de que Jesus não empregou títulos para referir-se a si mesmo é — em termos meramente históricos — absolutamente indefendível e carente de base como têm manifestado os estudos mais recentes (R. Leivestadt, J. H. Charlesworth, m. Hengel, D. Guthrie, f. f. Bruce, I. H. Marshall, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.).

Quanto à sua percepção de messianidade, pelo menos a partir dos estudos de T. W. Manson, pouca dúvida existe de que esta foi compreendida, vivida e expressada por Jesus na qualidade de Servo de Yahveh (Mt 3:16 e par.) e de Filho do homem (no mesmo sentido, f. f. Bruce, R. Leivestadt, m. Hengel, J. H. Charlesworth, J. Jeremias 1. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.). É possível também que essa autoconsciência seja anterior ao batismo. Os sinóticos — e subentendido em João — fazem referência a um período de tentação diabólica que Jesus experimentou depois do batismo (Mt 4:1ss. e par.) e durante o qual se delineara plenamente seu perfil messiânico (J. Jeremias, D. Flusser, C. Vidal Manzanares, J. Driver etc.), rejeitando os padrões políticos (os reinos da terra), meramente sociais (as pedras convertidas em pão) ou espetaculares (lançar-se do alto do Templo) desse messianismo. Esse período de tentação corresponde, sem dúvida, a uma experiência histórica — talvez relatada por Jesus a seus discípulos — que se repetiria, vez ou outra, depois do início de seu ministério. Após esse episódio, iniciou-se a primeira etapa do ministério de Jesus, que transcorreu principalmente na Galiléia, com breves incursões por território pagão e pela Samaria. O centro da pregação consistiu em chamar “as ovelhas perdidas de Israel”; contudo, Jesus manteve contatos com pagãos e até mesmo chegou a afirmar não somente que a fé de um deles era a maior que encontrara em Israel, mas que também chegaria o dia em que muitos como ele se sentariam no Reino com os patriarcas (Mt 8:5-13; Lc 7:1-10). Durante esse período, Jesus realizou uma série de milagres (especialmente curas e expulsão de demônios), confirmados pelas fontes hostis do Talmude. Mais uma vez, a tendência generalizada entre os historiadores atualmente é a de considerar que pelo menos alguns deles relatados nos evangelhos aconteceram de fato (J. Klausner, m. Smith, J. H. Charlesworth, C. Vidal Manzanares etc.) e, naturalmente, o tipo de narrativa que os descreve aponta a sua autencidade.

Nessa mesma época, Jesus começou a pregar uma mensagem radical — muitas vezes expressa em parábolas — que chocava com as interpretações de alguns setores do judaísmo, mas não com a sua essência (Mt 5:7). No geral, o período concluiu com um fracasso (Mt 11:20ss.). Os irmãos de Jesus não creram nele (Jo 7:1-5) e, com sua mãe, pretendiam afastá-lo de sua missão (Mc 3:31ss. e par.). Pior ainda reagiram seus conterrâneos (Mt 13:55ss.) porque a sua pregação centrava-se na necessidade de conversão ou mudança de vida em razão do Reino, e Jesus pronunciava terríveis advertências às graves conseqüências que viriam por recusarem a mensagem divina, negando-se terminantemente em tornar-se um messias político (Mt 11:20ss.; Jo 6:15).

O ministério na Galiléia — durante o qual subiu várias vezes a Jerusalém para as festas judaicas, narradas principalmente no evangelho de João — foi seguido por um ministério de passagem pela Peréia (narrado quase que exclusivamente por Lucas) e a última descida a Jerusalém (seguramente em 30 d.C.; menos possível em 33 ou 36 d.C.), onde aconteceu sua entrada em meio do entusiasmo de bom número de peregrinos que lá estavam para celebrar a Páscoa e que relacionaram o episódio com a profecia messiânica de Zc 9:9ss. Pouco antes, Jesus vivera uma experiência — à qual convencionalmente se denomina Transfiguração — que lhe confirmou a idéia de descer a Jerusalém. Nos anos 30 do presente século, R. Bultmann pretendeu explicar esse acontecimento como uma projeção retroativa de uma experiência pós-pascal. O certo é que essa tese é inadmissível — hoje, poucos a sustentariam — e o mais lógico, é aceitar a historicidade do fato (D. Flusser, W. L. Liefeld, H. Baltensweiler, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.) como um momento relevante na determinação da autoconsciência de Jesus. Neste, como em outros aspectos, as teses de R. Bultmann parecem confirmar as palavras de R. H. Charlesworth e outros autores, que o consideram um obstáculo na investigação sobre o Jesus histórico.

Contra o que às vezes se afirma, é impossível questionar o fato de Jesus saber que morreria violentamente. Realmente, quase todos os historiadores hoje consideram que Jesus esperava que assim aconteceria e assim o comunicou a seus discípulos mais próximos (m. Hengel, J. Jeremias, R. H. Charlesworth, H. Schürmann, D. Guthrie, D. Flusser, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc). Sua consciência de ser o Servo do Senhor, do qual se fala em Is 53 (Mc 10:43-45), ou a menção ao seu iminente sepultamento (Mt 26:12) são apenas alguns dos argumentos que nos obrigam a chegar a essa conclusão.

Quando Jesus entrou em Jerusalém durante a última semana de sua vida, já sabia da oposição que lhe faria um amplo setor das autoridades religiosas judias, que consideravam sua morte uma saída aceitável e até desejável (Jo 11:47ss.), e que não viram, com agrado, a popularidade de Jesus entre os presentes à festa. Durante alguns dias, Jesus foi examinado por diversas pessoas, com a intenção de pegá-lo em falta ou talvez somente para assegurar seu destino final (Mt 22:15ss. E par.) Nessa época — e possivelmente já o fizesse antes —, Jesus pronunciou profecias relativas à destruição do Templo de Jerusalém, cumpridas no ano 70 d.C. Durante a primeira metade deste século, alguns autores consideraram que Jesus jamais anunciara a destruição do Templo e que as mencionadas profecias não passavam de um “vaticinium ex eventu”. Hoje em dia, ao contrário, existe um considerável número de pesquisadores que admite que essas profecias foram mesmo pronunciadas por Jesus (D. Aune, C. Rowland, R. H. Charlesworth, m. Hengel, f. f. Bruce, D. Guthrie, I. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.) e que o relato delas apresentado pelos sinóticos — como já destacou C. H. Dodd no seu tempo — não pressupõe, em absoluto, que o Templo já tivesse sido destruído. Além disso, a profecia da destruição do Templo contida na fonte Q, sem dúvida anterior ao ano 70 d.C., obriga-nos também a pensar que as referidas profecias foram pronunciadas por Jesus. De fato, quando Jesus purificou o Templo à sua entrada em Jerusalém, já apontava simbolicamente a futura destruição do recinto (E. P. Sanders), como ressaltaria a seus discípulos em particular (Mt 24:25; Mc 13; Lc 21).

Na noite de sua prisão e no decorrer da ceia pascal, Jesus declarou inaugurada a Nova Aliança (Jr 31:27ss.), que se fundamentava em sua morte sacrifical e expiatória na cruz. Depois de concluir a celebração, consciente de sua prisão que se aproximava, Jesus dirigiu-se ao Getsêmani para orar com alguns de seus discípulos mais íntimos. Aproveitando a noite e valendo-se da traição de um dos apóstolos, as autoridades do Templo — em sua maior parte saduceus — apoderaram-se de Jesus, muito provavelmente com o auxílio de forças romanas. O interrogatório, cheio de irregularidades, perante o Sinédrio pretendeu esclarecer e até mesmo impor a tese da existência de causas para condená-lo à morte (Mt 26:57ss. E par.). O julgamento foi afirmativo, baseado em testemunhas que asseguraram ter Jesus anunciado a destruição do Templo (o que tinha uma clara base real, embora com um enfoque diverso) e sobre o próprio testemunho do acusado, que se identificou como o messias — Filho do homem de Dn 7:13. O problema fundamental para executar Jesus consistia na impossibilidade de as autoridades judias aplicarem a pena de morte. Quando o preso foi levado a Pilatos (Mt 27:11ss. e par.), este compreendeu tratar-se de uma questão meramente religiosa que não lhe dizia respeito e evitou, inicialmente, comprometer-se com o assunto.

Convencidos os acusadores de que somente uma acusação de caráter político poderia acarretar a desejada condenação à morte, afirmaram a Pilatos que Jesus era um agitador subversivo (Lc 23:1ss.). Mas Pilatos, ao averiguar que Jesus era galileu e valendo-se de um procedimento legal, remeteu a causa a Herodes (Lc 23:6ss.), livrando-se momentaneamente de proferir a sentença.

Sem dúvida alguma, o episódio do interrogatório de Jesus diante de Herodes é histórico (D. Flusser, C. Vidal Manzanares, f. f. Bruce etc.) e parte de uma fonte muito primitiva. Ao que parece, Herodes não achou Jesus politicamente perigoso e, possivelmente, não desejando fazer um favor às autoridades do Templo, apoiando um ponto de vista contrário ao mantido até então por Pilatos, preferiu devolver Jesus a ele. O romano aplicou-lhe uma pena de flagelação (Lc 23:1ss.), provavelmente com a idéia de que seria punição suficiente (Sherwin-White), mas essa decisão em nada abrandou o desejo das autoridades judias de matar Jesus. Pilatos propôs-lhes, então, soltar Jesus, amparando-se num costume, em virtude do qual se podia libertar um preso por ocasião da Páscoa. Todavia, uma multidão, presumivelmente reunida pelos acusadores de Jesus, pediu que se libertasse um delinqüente chamado Barrabás em lugar daquele (Lc 23:13ss. e par.). Ante a ameaça de que a questão pudesse chegar aos ouvidos do imperador e o temor de envolver-se em problemas com este, Pilatos optou finalmente por condenar Jesus à morte na cruz. Este se encontrava tão extenuado que, para carregar o instrumento de suplício, precisou da ajuda de um estrangeiro (Lc 23:26ss. e par.), cujos filhos, mais tarde, seriam cristãos (Mc 15:21; Rm 16:13). Crucificado junto a dois delinqüentes comuns, Jesus morreu ao final de algumas horas. Então, seus discípulos fugiram — exceto o discípulo amado de Jo 19:25-26 e algumas mulheres, entre as quais se encontrava sua mãe — e um deles, Pedro, até mesmo o negou em público várias vezes. Depositado no sepulcro de propriedade de José de Arimatéia, um discípulo secreto que recolheu o corpo, valendo-se de um privilégio concedido pela lei romana relativa aos condenados à morte, ninguém tornou a ver Jesus morto.

No terceiro dia, algumas mulheres que tinham ido levar perfumes para o cadáver encontraram o sepulcro vazio (Lc 24:1ss. e par.). Ao ouvirem que Jesus ressuscitara, a primeira reação dos discípulos foi de incredulidade (Lc 24:11). Sem dúvida, Pedro convenceu-se de que era real o que as mulheres afirmavam após visitar o sepulcro (Lc 24:12; Jo 20:1ss.). No decorrer de poucas horas, vários discípulos afirmaram ter visto Jesus. Mas os que não compartilharam a experiência, negaram-se a crer nela, até passarem por uma semelhante (Jo 20:24ss.). O fenômeno não se limitou aos seguidores de Jesus, mas transcendeu os limites do grupo. Assim Tiago, o irmão de Jesus, que não aceitara antes suas afirmações, passou então a crer nele, em conseqüência de uma dessas aparições (1Co 15:7). Naquele momento, segundo o testemunho de Paulo, Jesus aparecera a mais de quinhentos discípulos de uma só vez, dos quais muitos ainda viviam vinte anos depois (1Co 15:6). Longe de ser uma mera vivência subjetiva (R. Bultmann) ou uma invenção posterior da comunidade que não podia aceitar que tudo terminara (D. f. Strauss), as fontes apontam a realidade das aparições assim como a antigüidade e veracidade da tradição relativa ao túmulo vazio (C. Rowland, J. P. Meier, C. Vidal Manzanares etc.). Uma interpretação existencialista do fenômeno não pôde fazer justiça a ele, embora o historiador não possa elucidar se as aparições foram objetivas ou subjetivas, por mais que esta última possibilidade seja altamente improvável (implicaria num estado de enfermidade mental em pessoas que, sabemos, eram equilibradas etc.).

O que se pode afirmar com certeza é que as aparições foram decisivas na vida ulterior dos seguidores de Jesus. De fato, aquelas experiências concretas provocaram uma mudança radical nos até então atemorizados discípulos que, apenas umas semanas depois, enfrentaram corajosamente as mesmas autoridades que maquinaram a morte de Jesus (At 4). As fontes narram que as aparições de Jesus se encerraram uns quarenta dias depois de sua ressurreição. Contudo, Paulo — um antigo perseguidor dos cristãos — teve mais tarde a mesma experiência, cuja conseqüência foi a sua conversão à fé em Jesus (1Co 15:7ss.) (m. Hengel, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.).

Sem dúvida, aquela experiência foi decisiva e essencial para a continuidade do grupo de discípulos, para seu crescimento posterior, para que eles demonstrassem ânimo até mesmo para enfrentar a morte por sua fé em Jesus e fortalecer sua confiança em que Jesus retornaria como messias vitorioso. Não foi a fé que originou a crença nas aparições — como se informa em algumas ocasiões —, mas a sua experiência que foi determinante para a confirmação da quebrantada fé de alguns (Pedro, Tomé etc.), e para a manifestação da mesma fé em outros até então incrédulos (Tiago, o irmão de Jesus etc.) ou mesmo declaradamente inimigos (Paulo de Tarso).

2. Autoconsciência. Nas últimas décadas, tem-se dado enorme importância ao estudo sobre a autoconsciência de Jesus (que pensava Jesus de si mesmo?) e sobre o significado que viu em sua morte. O elemento fundamental da autoconsciência de Jesus deve ter sido sua convicção de ser Filho de Deus num sentido que não podia ser compartilhado com mais ninguém e que não coincidia com pontos de vista anteriores do tema (rei messiânico, homem justo etc.), embora pudesse também englobá-los. Sua originalidade em chamar a Deus de Abba (lit. papaizinho) (Mc 14:36) não encontra eco no judaísmo até a Idade Média e indica uma relação singular confirmada no batismo, pelas mãos de João Batista, e na Transfiguração. Partindo daí, podemos entender o que pensava Jesus de si mesmo. Exatamente por ser o Filho de Deus — e dar a esse título o conteúdo que ele proporcionava (Jo 5:18) — nas fontes talmúdicas, Jesus é acusado de fazer-se Deus. A partir de então, manifesta-se nele a certeza de ser o messias; não, porém, um qualquer, mas um messias que se expressava com as qualidades teológicas próprias do Filho do homem e do Servo de YHVH.

Como já temos assinalado, essa consciência de Jesus de ser o Filho de Deus é atualmente admitida pela maioria dos historiadores (f. f. Bruce, D. Flusser, m. Hengel, J. H. Charlesworth, D. Guthrie, m. Smith, I. H. Marshall, C. Rowland, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que se discuta o seu conteúdo delimitado. O mesmo se pode afirmar quanto à sua messianidade.

Como já temos mostrado, evidentemente Jesus esperava sua morte. Que deu a ela um sentido plenamente expiatório, dedu-Zse das próprias afirmações de Jesus acerca de sua missão (Mc 10:45), assim como do fato de identificar-se com o Servo de YHVH (13 53:12'>Is 52:13-53:12), cuja missão é levar sobre si o peso do pecado dos desencaminhados e morrer em seu lugar de forma expiatória (m. Hengel, H. Schürmann, f. f. Bruce, T. W. Manson, D. Guthrie, C. Vidal Manzanares etc.). É bem possível que sua crença na própria ressurreição também partia do Cântico do Servo em Is 53 já que, como se conservou na Septuaginta e no rolo de Isaías encontrado em Qumrán, do Servo esperava-se que ressuscitasse depois de ser morto expiatoriamente. Quanto ao seu anúncio de retornar no final dos tempos como juiz da humanidade, longe de ser um recurso teológico articulado por seus seguidores para explicar o suposto fracasso do ministério de Jesus, conta com paralelos na literatura judaica que se refere ao messias que seria retirado por Deus e voltaria definitivamente para consumar sua missão (D. Flusser, C. Vidal Manzanares etc.).

3. Ensinamento. A partir desses dados seguros sobre a vida e a autoconsciência de Jesus, podemos reconstruir as linhas mestras fundamentais de seu ensinamento. Em primeiro lugar, sua mensagem centralizava-se na crença de que todos os seres humanos achavam-se em uma situação de extravio ou perdição (Lc 15 e par. no Documento Q). Precisamente por isso, Jesus chamava ao arrependimento ou à conversão, porque com ele o Reino chegava (Mc 1:14-15). Essa conversão implicava uma transformação espiritual radical, cujos sinais característicos estão coletados tanto nos ensinamentos de Jesus como os contidos no Sermão da Montanha (Mt 5:7), e teria como marco a Nova Aliança profetizada por Jeremias e inaugurada com a morte expiatória do messias (Mc 14:12ss. e par.). Deus vinha, em Jesus, buscar os perdidos (Lc 15), e este dava sua vida inocente como resgate por eles (Mc 10:45), cumprindo assim sua missão como Servo de YHVH. Todos podiam agora — independente de seu presente ou de seu passado — acolher-se no seu chamado. Isto supunha reconhecer que todos eram pecadores e que ninguém podia apresentar-se como justo diante de Deus (Mt 16:23-35; Lc 18:9-14 etc.). Abria-se então um período da história — de duração indeterminada — durante o qual os povos seriam convidados a aceitar a mensagem da Boa Nova do Reino, enquanto o diabo se ocuparia de semear a cizânia (13 1:30-36'>Mt 13:1-30:36-43 e par.) para sufocar a pregação do evangelho.

Durante essa fase e apesar de todas as artimanhas demoníacas, o Reino cresceria a partir de seu insignificante início (Mt 13:31-33 e par.) e concluiria com o regresso do messias e o juízo final. Diante da mensagem de Jesus, a única atitude lógica consistiria em aceitar o Reino (Mt 13:44-46; 8,18-22), apesar das muitas renúncias que isso significasse. Não haveria possibilidade intermediária — “Quem não estiver comigo estará contra mim” (Mt 12:30ss. e par.) — e o destino dos que o rejeitaram, o final dos que não manisfestaram sua fé em Jesus não seria outro senão o castigo eterno, lançados às trevas exteriores, em meio de choro e ranger de dentes, independentemente de sua filiação religiosa (Mt 8:11-12 e par.).

À luz dos dados históricos de que dispomos — e que não se limitam às fontes cristãs, mas que incluem outras claramente hostis a Jesus e ao movimento que dele proveio —, pode-se observar o absolutamente insustentável de muitas das versões populares que sobre Jesus têm circulado. Nem a que o converte em um revolucionário ou em um dirigente político, nem a que faz dele um mestre de moral filantrópica, que chamava ao amor universal e que olhava todas as pessoas com benevolência (já não citamos aqueles que fazem de Jesus um guru oriental ou um extraterrestre) contam com qualquer base histórica. Jesus afirmou que tinha a Deus por Pai num sentido que nenhum ser humano poderia atrever-se a imitar, que era o de messias — entendido como Filho do homem e Servo do Senhor; que morreria para expiar os pecados humanos; e que, diante dessa demonstração do amor de Deus, somente caberia a cada um aceitar Jesus e converter-se ou rejeita-lo e caminhar para a ruína eterna. Esse radicalismo sobre o destino final e eterno da humanidade exigia — e continua exigindo — uma resposta lara, definida e radical; serve também para dar-nos uma idéia das reações que esse radicalismo provocava (e ainda provoca) e das razões, muitas vezes inconscientes, que movem as pessoas a castrá-lo, com a intenção de obterem um resultado que não provoque tanto nem se dirija tão ao fundo da condição humana. A isso acrescentamos que a autoconsciência de Jesus é tão extraordinária em relação a outros personagens históricos que — como acertadamente ressaltou o escritor e professor britânico C. S. Lewis — dele só resta pensar que era um louco, um farsante ou, exatamente, quem dizia ser.

R. Dunkerley, o. c.; D. Flusser, o. c.; J. Klausner, o.c.; A. Edersheim, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio: o Documento Q, Barcelona 1993; Idem, Diccionario de las tres...; A. Kac (ed), The Messiahship of Jesus, Grand Rapids, 1986; J. Jeremias, Abba, Salamanca 1983; Idem Teología...; O. Cullmann, Christology...; f. f. Bruce, New Testament...; Idem, Jesus and Christian Origins Outside the New Testament, Londres 1974; A. J. Toynbee, o. c.; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Edimburgo 1981.

Autor: César Vidal Manzanares

Juízo

Dicionário da Bíblia de Almeida
Juízo
1) Ato de Deus baseado em sua JUSTIÇA, pelo qual ele condena ou absolve as pessoas (Sl 97:2)

2) Sentença dada por Deus (Jr 48:47). 3 A palavra de Deus, suas leis e suas promessas (Sl 119:39).

4) Na expressão “juízo final” ou outras semelhantes, o tempo em que Deus, ou o MESSIAS, julgará todas as pessoas, condenando os maus e salvando os JUSTOS (Sl 1:5); (Mt 10:15); (At 24:25).

5) Julgamento feito de acordo com a vontade de Deus, no dia-a-dia e nos tribunais (Sl 72:1); (Pv 21:3).

6) O próprio tribunal (Sl 112:5). 7)
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Comum
substantivo masculino Ação de julgar; faculdade intelectual de julgar, entender, avaliar, comparar e tirar conclusões; julgamento.
Apreciação acerca de algo ou alguém; opinião.
Qualidade de quem age responsável e conscientemente; prudência.
[Popular] Capacidade de agir racionalmente; razão: perder o juízo.
[Jurídico] Tribunal em que questões judiciais são deliberadas ou analisadas: o divórcio está em juízo.
[Jurídico] Reunião das ações realizadas pelos juízes no exercício de suas funções.
Etimologia (origem da palavra juízo). Do latim judicium.ii.
Fonte: Priberam

Lança

Dicionário Comum
substantivo feminino Arma ofensiva de longa haste e com uma ponta aguda.
Náutica. Antena que liga o calcetes aos pés dos mastros.
Pau roliço usado para empar as videiras.
Braço de guindaste.
Varal de carruagem.
Quebrar lanças (por algo), lutar sem trégua (por conseguir o que se deseja).
Etimologia (origem da palavra lança). Do latim lancea.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Lança ARMA de arremesso, que consistia numa longa haste de madeira, tendo uma ponta de pedra, bronze ou ferro pontudo (1Sm 13:19). V. DARDO.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Larga

Dicionário Comum
larga | s. f. | interj.
fem. sing. de largo
3ª pess. sing. pres. ind. de largar
2ª pess. sing. imp. de largar

lar·ga
nome feminino

1. Acto ou efeito de largar. = LARGADA

2. Soltura.

3. Gancho de ferro com que se sujeita ao banco a madeira que se trabalha.

4. Figurado Liberdade, folga.

5. Desenvolvimento, ampliação. (Mais usado no plural.)

interjeição

6. [Marinha] Voz de comando com que se manda soltar a amarra.


à larga
Com largueza; sem peias; generosamente; sem medida.

dar largas a
Figurado Soltar as peias a; dar voo a; dar liberdade a.


lar·go 2
(italiano largo)
adjectivo e nome masculino
adjetivo e nome masculino

1. [Música] Diz-se de ou andamento executado devagar, entre o adágio e o alegro.

advérbio

2. [Música] Com andamento entre o adágio e o alegro.


lar·go 1
(latim largus, -a, -um)
adjectivo
adjetivo

1. De bastante ou muita largura.

2. Que ocupa muito espaço. = AMPLO, ESPAÇOSO, VASTOACANHADO, APERTADO, PEQUENO

3. Que não cinge a parte que cobre o corpo.APERTADO

4. Lasso.

5. Dilatado.

6. Prolixo, difuso.

7. Importante, considerável.

8. Copioso.

9. Generoso.

nome masculino

10. Área urbana espaçosa na confluência de ruas. = PRAÇA, TERREIRO

11. Largura (ex.: o pátio tem 12 metros de largo).

12. Parte do mar afastada da costa. = ALTO-MAR

advérbio

13. Com largueza.


ao largo
A uma distância considerável (ex.: fica ao largo e não te aproximes demasiado).

A alguma distância de terra firme, mas fora de um porto (ex.: o barco ficava ao largo e os passageiros desembarcavam de bote).

fazer-se ao largo
Partir para o alto-mar (ex.: tiveram de esperar por tempo favorável para se fazerem ao largo). = FAZER-SE AO MAR

Partir ou afastar-se de determinado sítio ou ponto.

passar ao largo
Não se aproximar da costa ou passar perto sem entrar num porto.

Evitar ou não abordar determinado assunto ou problema.


lar·gar -
(largo + -ar)
verbo transitivo

1. Soltar das mãos.

2. Abandonar, deixar.

3. Desistir.

4. Ceder.

verbo intransitivo

5. [Marinha] Fazer-se (o navio) ao mar.

verbo pronominal

6. Fugir, escapar.

7. [Informal] Soltar ventosidades pelo ânus. = PEIDAR-SE

Fonte: Priberam

Lei

Dicionário Comum
substantivo feminino Regra necessária ou obrigatória: submeter-se a uma lei.
[Jurídico] Ato da autoridade soberana que regula, ordena, autoriza ou veda: promulgar uma lei.
[Jurídico] Conjunto desses atos: a ninguém é lícito ignorar a lei.
[Física] Enunciado de uma propriedade física verificada de modo preciso: a lei da gravidade dos corpos.
Obrigação da vida social: as leis da honra, da polidez.
Autoridade imposta a alguém: a lei do vencedor.
expressão Lei divina. Conjunto dos preceitos que Deus ordenou aos homens pela revelação.
Leis de guerra. Conjunto das regras (tratamento dispensado a feridos, prisioneiros etc.) admitidas por numerosos Estados que se comprometeram a respeitá-las em caso de guerra.
Lei marcial. Lei que autoriza a intervenção armada em caso de perturbações internas.
Lei moral. Lei que nos ordena praticar o bem e evitar o mal.
Lei natural. Conjunto de normas de conduta baseadas na própria natureza do homem e da sociedade.
Lei orgânica. Lei relativa à organização dos poderes públicos, sem caráter constitucional.
Etimologia (origem da palavra lei). Do latim lex.legis, "consolidação".
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
A palavra Torah, traduzida por lei, significa propriamente uma direção, que era primitivamente ritual. Usa-se o termo, nas Escrituras, em diversas acepções, segundo o fim e conexão da passagem em que ele ocorre. Por exemplo, algumas vezes designa a revelada vontade de Deus (Sl 1:2 – 19.7 – 119 – is 8:20 – 42.12 Jr 31:33). Também significa a instituição mosaica, como distinta do Evangelho (Mt 11:13 – 12.5 – Jo 1:17At 25:8), e por isso freqüentes vezes se considera a lei de Moisés como sendo a religião dos judeus (Mt 5:17Hb 9:19 – 10.28). outras vezes, num sentido mais restrito, significa as observâncias rituais ou cerimoniais da religião judaica (Ef 2:15Hb 10:1). É neste ponto de vista que o apóstolo S. Paulo afirma que ‘ninguém será justificado diante dele por obras da lei’ (Rm 3:20). A ‘lei gravada nos seus corações’, que Paulo menciona em Rm 2:15, é o juízo do que é mau e do que é justo, e que na consciência de cada homem Deus implantou. (*veja Justificação.) o princípio predominante da lei era a teocracia. o próprio Senhor era considerado como Rei – as leis foram por Ele dadas – o tabernáculo (e depois o templo) era considerado como Sua habitação – ali houve visíveis manifestações da Sua glória – ali revelou a Sua vontade – era ali oferecido o pão todos os sábados – ali recebeu os Seus ministros, e exerceu funções de Soberano. Com Deus tinham relação a paz e a guerra, questões estas determinadas sob todos os governos pela suprema autoridade (Dt 1:41-42Js 10:40Jz 1:1-2 – 1 Rs 12.24). A idolatria era uma traição. Por conseqüência, em relação aos judeus, era Jeová ao mesmo tempo Deus e Rei. (*veja Rei.) A teocracia tinha as suas externas manifestações. Deste modo, o tabernáculo, onde se realizou o culto público desde o Êxodo até ao reinado de Salomão, era não só o templo de Deus, mas também o palácio do Rei invisível. Era a ‘Sua santa habitação’ – era o lugar em que encontrava o Seu povo e com ele tinha comunhão, sendo portanto ‘o tabernáculo da congregação’. (*veja Tabernáculo.) Depois do tabernáculo veio o templo, harmonizando-se a suntuosidade do edifício e os seus serviços com as determinações divinas, e com o aumentado poder da nação.(*veja Templo.) Mas o Senhor, como Rei, não só tinha o Seu palácio, mas também tinha os Seus ministros e funcionários do Estado. Sacerdotes e levitas eram apartados para o Seu serviço. (*veja Sacerdote, Levitas.) Este governo de Deus era reconhecido por meio dos sacrifícios de várias espécies, realizados sob condições cuidadosamente definidas, exprimindo a propiciação, consagração e comunhão. (*veja Sacrifício.) os direitos divinos eram ainda reconhecidos por meio de certas festividades, que na sua variedade eram o sábado de todas as semanas, as três grandes festas anuais, o ano sabático, e além disso o jubileu, tudo isto levado a efeito com os seus fins espirituais e morais (*veja Festa (Dias de) Sabático (ano), Jubileu.) As especificadas determinações promulgadas em nome de Deus alcançavam plenamente a vida individual e nacional, mas não foi tudo decretado de uma só vez e num só lugar. Houve ordenações feitas no Egito (Êx 12:13) – no Sinai (Êx 19:20) – em Parã (Nm 15:1) – e nas planícies de Moabe (Dt 1:5). As enunciações vinham por vezes do tabernáculo (Lv 1:1). Que as prescrições da Lei tinham caído em desuso, pode provar-se não só pela decadência da religião e da moral no tempo dos reis, porém mais particularmente pela descoberta, no 18? ano do rei Josias, do ‘livro da Lei na casa do Senhor’ (2 Rs 22.8), e pelas reformas que se seguiram. (*veja Deuteronômio.) o sumário das ordenações desta Lei formava para toda a nação um código que, embora rigoroso, era salutar (Ne 9:13Ez 20:11Rm 7:12), e além disso agradável a uma mentalidade reta (Sl 119:97-100). As instituições cerimoniais, por exemplo, estavam maravilhosamente adaptadas às necessidades, tanto espirituais como materiais, de um povo nas condições do israelita. Porquanto
(1). eram, até certo ponto, regulamentos sanitários. E era isto um dos fins daquelas disposições, referentes às várias purificações, à separação dos leprosos, e à distinção de alimentos, etc.
(2). Serviam para perpetuar entre os israelitas o conhecimento do verdadeiro Deus, para manter a reverência pelas coisas santas, para a manifestação de sentimentos religiosos na vida de todos os dias, e em todas as relações sociais. Dum modo particular eram as festas sagradas fatores de valor para a consecução destes fins.
(3). Tinham, além disso, o efeito de evitar que os israelitas se tornassem estreitamente relacionados com as nações circunvizinhas (Ef 2:14-17). E assim deviam tantas vezes ter guardado o povo israelita da idolatria e corrupção, que campeavam em todo o mundo: deste modo conservou-se a nação inteiramente distinta dos outros povos, até que veio o tempo em que esta barreira já não era necessária.
(4). Estas observâncias tinham outros usos na sua simbólica significação. Em conformidade com o estado moral e intelectual do povo que não tinha ainda capacidade para prontamente alcançar as verdades divinas, eram as coisas espirituais representadas por objetos exteriores e visíveis. E assim, as idéias de pureza moral e de santidade divina eram comunicadas e alimentadas pelas repetidas abluções das pessoas e moradas – pela escolha de animais limpos para o sacrifício – pela perfeição sem mácula, que se requeria nas vítimas oferecidas – e pela limitação das funções sacerdotais a uma classe de homens que eram especialmente consagrados a estes deveres, e que se preparavam com repetidas purificações. Além disso, pela morte da vítima expiatória, para a qual o pecador tinha simbolicamente transferido os seus pecados pondo as mãos sobre a cabeça do animal e oferecendo a Deus o sangue que representava a vida, ensinava-se a importante verdade de que o pecado merecia um castigo extremo, que somente podia ser desviado sacrificando-se outro ser em substituição. E desta maneira, por meio de símbolos impressivos, lembravam-se constantemente os piedosos israelitas da justiça e santidade da violada Lei, da sua própria culpa, e de quanto necessitavam da misericórdia divina – e quando eram efe
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da FEB
[...] a lei é o amor, que há de continuamente crescer, até que vos tenha levado ao trono eterno do Pai. [...]
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

[...] A lei é uma força viva que se identifica conosco e vai acompanhando o surto de evolução que ela mesma imprime em nosso espírito. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pecado sem perdão

A lei é a consciência do delito. [...]A lei [...] é um freio para coibir o mal.[...] A lei personifica a justiça [...].
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Três grandes símbolos

A lei é conjunto eterno / De deveres fraternais: / Os anjos cuidam dos homens, / Os homens dos animais.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartilha da Natureza• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Os animais

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Lei
1) Vontade de Deus revelada aos seres humanos em palavras, julgamentos, preceitos, atos, etc. (Ex 16:28); (Sl 119:2)

2) PENTATEUCO (Lc 24:44). 3 O AT (Jo 10:34); 12.34).

4) Os DEZ MANDAMENTOS (Ex 20:2-17); (Dt 5:6-21), que são o resumo da vontade de Deus para o ser humano. Cumprindo a lei, os israelitas mostravam sua fé em Deus. Jesus respeitou e cumpriu a lei e mostrou seu significado profundo (Mt 5:17-48). Ele resumiu toda a lei no amor a Deus e ao próximo (Mt 22:37-39). A lei mostra a maldade do ser humano, mas não lhe pode dar a vitória sobre o pecado (Rom 3—7). Assim, o propósito da lei é preparar o caminho para o evangelho (Gal
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Lei Ver Torá.
Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Comum
substantivo feminino Regra necessária ou obrigatória: submeter-se a uma lei.
[Jurídico] Ato da autoridade soberana que regula, ordena, autoriza ou veda: promulgar uma lei.
[Jurídico] Conjunto desses atos: a ninguém é lícito ignorar a lei.
[Física] Enunciado de uma propriedade física verificada de modo preciso: a lei da gravidade dos corpos.
Obrigação da vida social: as leis da honra, da polidez.
Autoridade imposta a alguém: a lei do vencedor.
expressão Lei divina. Conjunto dos preceitos que Deus ordenou aos homens pela revelação.
Leis de guerra. Conjunto das regras (tratamento dispensado a feridos, prisioneiros etc.) admitidas por numerosos Estados que se comprometeram a respeitá-las em caso de guerra.
Lei marcial. Lei que autoriza a intervenção armada em caso de perturbações internas.
Lei moral. Lei que nos ordena praticar o bem e evitar o mal.
Lei natural. Conjunto de normas de conduta baseadas na própria natureza do homem e da sociedade.
Lei orgânica. Lei relativa à organização dos poderes públicos, sem caráter constitucional.
Etimologia (origem da palavra lei). Do latim lex.legis, "consolidação".
Fonte: Priberam

Leva

Dicionário Comum
substantivo feminino Conjunto de pessoas; grupo, multidão, bando, agrupamento.
Certa quantidade de alguma coisa; lote, grupo, remessa.
Quantidade de coisas, pessoas ou animais que são transportados ao mesmo tempo: a primeira leva do gado chegará amanhã.
[Náutica] Ato de levantar as âncoras do navio.
[Náutica] Cabo fino que, ao passar por um furo na costa do navio, prende os agnanéus das portas.
[Popular] Andadura do cavalo.
Antigo Alistamento militar cujos indivíduos se apresentavam algemados em dupla.
Etimologia (origem da palavra leva). Forma regressiva de levar.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Leva Grupo; multidão (1Rs 5:13).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Lho

Dicionário Comum
lho | contr.

lho
(lhe + o)
contracção
contração

Contracção de lhe ou lhes e o.

Fonte: Priberam

Lobos

Dicionário Comum
masc. pl. de lobo

lo·bo |ó| |ó| 2
(grego lóbos, -oû)
nome masculino

1. [Anatomia] Parte arredondada e saliente de um órgão.

2. [Anatomia] Parte inferior da orelha humana, de tecido mole. = LÓBULO

3. Jogo popular.

Plural: lobos |ô|.

lo·bo |ô| |ô| 1
(latim lupus, -i)
nome masculino

1. [Zoologia] Mamífero carnívoro (Canis lupus) da família dos canídeos, com pelagem cinzenta amarelada, que vive nas florestas da Europa, da Ásia e da América.

2. Máquina de abrir a lã (nas fábricas de lanifícios).

3. Homem de maus instintos.


comer como um lobo
Comer muito.

lobo do mar
Marinheiro experimentado e valente.

quem não quer ser lobo não lhe veste a pele
Expressão usada para dizer que quem não quer sofrer contrariedades, não se mete em perigos.

Plural: lobos |ô|.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
masc. pl. de lobo

lo·bo |ó| |ó| 2
(grego lóbos, -oû)
nome masculino

1. [Anatomia] Parte arredondada e saliente de um órgão.

2. [Anatomia] Parte inferior da orelha humana, de tecido mole. = LÓBULO

3. Jogo popular.

Plural: lobos |ô|.

lo·bo |ô| |ô| 1
(latim lupus, -i)
nome masculino

1. [Zoologia] Mamífero carnívoro (Canis lupus) da família dos canídeos, com pelagem cinzenta amarelada, que vive nas florestas da Europa, da Ásia e da América.

2. Máquina de abrir a lã (nas fábricas de lanifícios).

3. Homem de maus instintos.


comer como um lobo
Comer muito.

lobo do mar
Marinheiro experimentado e valente.

quem não quer ser lobo não lhe veste a pele
Expressão usada para dizer que quem não quer sofrer contrariedades, não se mete em perigos.

Plural: lobos |ô|.
Fonte: Priberam

Maravilhas

Dicionário Comum
2ª pess. sing. pres. ind. de maravilhar
fem. pl. de maravilha

ma·ra·vi·lhar -
(maravilha + -ar)
verbo transitivo , intransitivo e pronominal

Causar ou sentir espanto, admiração. = ADMIRAR-SE, PASMAR


ma·ra·vi·lha
nome feminino

1. Coisa ou pessoa que excede toda a ponderação.

2. Assombro, pasmo.

3. Espécie de malmequer do campo.

4. Botânica Planta balsaminácea do Brasil.


às mil maravilhas
Muito bem; da melhor maneira possível (ex.: tudo correu às mil maravilhas).

Confrontar: maravalha.
Fonte: Priberam

Maus

Dicionário Comum
masc. pl. de mau

mau
(latim malus, -a, -um)
adjectivo
adjetivo

1. De qualidade fraca ou insuficiente (ex.: mau texto).BOM

2. Que não presta; que não serve para a sua função ou propósito (ex.: má qualidade).BOM

3. Que não cumpre os seus deveres ou não desempenha bem as suas funções (ex.: actriz; mau funcionário).BOM, COMPETENTE, CUMPRIDOR

4. Que demonstra inabilidade ou incapacidade na realização de alguma coisa (ex.: ele é mau a fazer bolos, mas os salgados são deliciosos). = DESAJEITADO, DESASTRADO, INÁBILBOM, HÁBIL, HABILIDOSO, DESTRO

5. Que tem defeito ou apresenta falhas. = DEFEITUOSO, DEFICIENTE, MALFEITOBOM, PERFEITO

6. Que é ética ou moralmente pouco correcto no seu comportamento ou nas suas atitudes (ex.: ele não é má pessoa; mau carácter). = RELES, VILBOM

7. Que apresenta estado desfavorável (ex.: o avião não pode aterrar devido às más condições atmosféricas).BOM

8. Que traz prejuízos ou desvantagens (ex.: fumar é mau para a saúde; a compra de acções foi um mau investimento). = DANOSO, PREJUDICIALBENÉFICO, BOM, VANTAJOSO

9. Que tem consequências muito negativas (ex.: má experiência; mau resultado). = DESASTROSO, FUNESTO, NOCIVOBOM, FAVORÁVEL

10. Que apresenta dificuldades ou obstáculos (ex.: o caminho é mau, mas vale a pena). = DIFÍCILFÁCIL

11. Que foi pouco produtivo ou pouco rentável (ex.: má safra; o balancete apresenta um ano mau).BOM

12. Que se caracteriza pela indelicadeza ou rispidez (ex.: ela tem mau feitio; hoje está de mau humor).AFÁVEL, BOM, CORTÊS

13. Que não agrada aos sentidos (ex.: mau cheiro; mau sabor).BOM

nome masculino

14. Conjunto de coisas, qualidades ou acontecimentos considerados negativos ou prejudiciais. = MAL

15. Pessoa mal-intencionada ou que se considera ter uma postura moral incorrecta (ex.: considerou maniqueísta tentar distinguir os bons e os maus).BOM

16. Pessoa que pouco valor em alguma coisa ou que tem um desempenho sem qualidade em determinada actividade (ex.: a tarefa permitiu excluir os maus).BOM

17. Aquilo que tem qualidades negativas; lado negativo de alguma coisa (ex.: ele só consegue ver o mau deste acontecimento).BOM

interjeição

18. Expressão designativa de reprovação ou de desgosto.

Superlativo: malíssimo ou péssimo.
Confrontar: mal.
Fonte: Priberam

Maís

Dicionário Comum
substantivo masculino Variedade de milho graúdo, bem desenvolvido.
Não confundir com: mais.
Etimologia (origem da palavra maís). Do espanhol maíz.
Fonte: Priberam

Medida

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Medida Essa palavra traduz vários termos que aparecem nos evangelhos.

1. A metreta (hebraico: efa e bat). Medida grega de capacidade para líquidos de 1/10 de coro ou 36:44 litros (Jo 2:6).

2. O saton (hebraico sea). Medida de capacidade para sólidos, equivalente a 3/4 de efá ou 12:13 litros (Mt 13:33; Lc 13:21).

3. O coro (hebraico kor). Medida de capacidade para sólidos e líquidos, equivalente a 10 efás ou 364 litros. Equivale a homer, que geralmente designava a carga apropriada para um jumento (Lc 16:7).

4. O xestes ou sextário. Equivalente a uma jarra (0,46 litros) (Mc 7:4). Além dessas, os judeus usavam medidas de comprimento que eram determinadas pelas partes do corpo humano: o côvado (desde o cotovelo até a ponta do dedo médio), o palmo, quarta ou meio côvado (a mão aberta, do polegar ao dedo mínimo), o palmo menor (um terço de palma ou quarta, que correspondia à largura da mão); o dedo ou polegada (equivalente a um quarto do palmo menor). Para as distâncias, os judeus utilizavam a vara (seis codos) e o caminho do sábado (entre 1.100 e 1.250 m).

Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário da Bíblia de Almeida
Medida Medida de capacidade para secos (2Rs 7:1, RC; RA, alqueire), também chamada de chaliche e seá (hebr.). É igual a um pouco menos de 6 l (5,87 l). É 1/3 do EFA. Em Ap 6:6, medida (choinix) é igual a 1 l.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Comum
substantivo feminino Medição; ação ou efeito de medir: você sabe a medida disso?
Quantidade previamente determinada e usada para avaliação de outras: medida de comprimento.
Recipiente utilizado para medir a quantidade ou o volume; o conteúdo que esse recipiente suporta: medida de litro.
Vestuário. Valor numérico do tamanho de alguém ou de uma parte do seu corpo: a costureira tomou as medidas.
Figurado Limite; o que não se pode ultrapassar: sua grosseria passou da medida.
Providência; o que se faz na tentativa de obter algo ou para alcançar uma meta: medida de precaução.
[Jurídico] Mecanismo de segurança usado judicialmente para defender um direito ou uma determinação legal: medida provisória.
Por Extensão O que pode ser avaliado através de instrumentos.
Sob Medida. Cujas formas se adaptam perfeitamente ao corpo: vestido feito sob medida; muito apropriado: sua palavra foi sob medida.
Etimologia (origem da palavra medida). Feminino de medido.
Fonte: Priberam

Medir

Dicionário Comum
verbo transitivo Determinar a extensão, a altura ou a grandeza de: medir a área de um terreno.
Ter a extensão, a altura ou a grandeza de: o rapaz mede quase dois metros.
Figurado Regular algo com moderação: medir as palavras; medir as despesas.
Figurado Olhar com provocação ou desdém: mediu o rival de alto a baixo.
verbo pronominal Lutar com alguém, comparar-se a alguém: medir-se com o adversário.
Fonte: Priberam

Multidão

Dicionário Comum
substantivo feminino Agrupamento de pessoas, de animais ou de coisas.
Grande número de; montão: multidão de roupa para passar!
Reunião das pessoas que habitam o mesmo lugar.
Parte mais numerosa de gente que compõe um país; povo, populacho.
Etimologia (origem da palavra multidão). Do latim multitudo.inis.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
adjetivo Que se opõe ao que é bom; ruim: aluna má.
Capaz de fazer maldades e de se satisfazer com elas: bandida má.
Contrário à justiça, à moral: atitudes más.
De características ruins: leis más.
Que demonstra indelicadeza em relação aos demais.
Etimologia (origem da palavra ). Feminino de mau, do latim malus, mala, malum.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
adjetivo Que se opõe ao que é bom; ruim: aluna má.
Capaz de fazer maldades e de se satisfazer com elas: bandida má.
Contrário à justiça, à moral: atitudes más.
De características ruins: leis más.
Que demonstra indelicadeza em relação aos demais.
Etimologia (origem da palavra ). Feminino de mau, do latim malus, mala, malum.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
adjetivo Que se opõe ao que é bom; ruim: aluna má.
Capaz de fazer maldades e de se satisfazer com elas: bandida má.
Contrário à justiça, à moral: atitudes más.
De características ruins: leis más.
Que demonstra indelicadeza em relação aos demais.
Etimologia (origem da palavra ). Feminino de mau, do latim malus, mala, malum.
Fonte: Priberam

Nome

Dicionário Comum
substantivo masculino Denominação; palavra ou expressão que designa algo ou alguém.
A designação de uma pessoa; nome de batismo: seu nome é Maria.
Sobrenome; denominação que caracteriza a família: ofereceu seu nome.
Família; denominação do grupo de pessoas que vivem sob o mesmo teto ou possuem relação consanguínea: honrava seu nome.
Fama; em que há renome ou boa reputação: tinha nome na universidade.
Apelido; palavra que caracteriza alguém.
Quem se torna proeminente numa certa área: os nomes do cubismo.
Título; palavra ou expressão que identifica algo: o nome de uma pintura.
Gramática Que designa genericamente os substantivos e adjetivos.
Etimologia (origem da palavra nome). Do latim nomen.inis.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
Entre os hebreus dava-se o nome auma criança, umas vezes quando nascia (Gn 35:18), e outras quando se circuncidava (Lc 1:59), fazendo a escolha ou o pai, ou a mãe (Gn 30:24Êx 2:22Lc 1:59-63). Algumas vezes o nome tinha referência a certas circunstâncias relacionadas com o nascimento ou o futuro da criança, como no caso de isaque (Gn 21:3-6), de Moisés (Êx 2:10), de Berias (1 Cr 7.23). isto era especialmente assim com os nomes compostos de frases completas, como em is 8:3. Acontecia, também, que certos nomes de pessoas sugeriam as suas qualidades, como no caso de Jacó (Gn 27:36) e Nabal (1 Sm 25.25). Eram por vezes mudados os nomes, ou aumentados, em obediência a certas particularidades, como no caso de Abrão para Abraão (Gn 17:5), de Gideão para Jerubaal (Jz 6:32), de Daniel para Beltessazar (Dn 1:7), e de Simão, Pedro (Mt 16:18). Alem disso, devemos recordar que, segundo a mentalidade antiga, o nome não somente resumia a vida do homem, mas também representava a sua personalidade, com a qual estava quase identificado. E por isso a frase ‘em Meu nome’ sugere uma real comunhão com o orador Divino. Houve lugares que receberam o seu nome em virtude de acontecimentos com eles relacionados, como Babel (Gn 11:9), o Senhor proverá (Gn 22:14), Mara (Êx 15:23), Perez-Uzá (2 Sm 6.8), Aceldama (At l.19). Para o nome de Deus, *veja Jeová, Senhor.
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Nome Palavra que designa uma pessoa ou coisa. Nos tempos bíblicos o nome, às vezes, estava relacionado com algum fato relativo ao nascimento (Gn 35:18
v. BENONI); outras vezes expressava uma esperança ou uma profecia (Os 1:6; Mt 1:21-23). Era costume, no tempo de Jesus, o judeu ter dois nomes, um hebraico e outro romano (At 13:9). Partes dos nomes de Deus entravam, às vezes, na composição dos nomes (v. ELIAS, JEREMIAS, JESUS). Na invocação do nome de Deus chama-se a sua pessoa para estar presente, abençoando (Nu 6:22-27; Mt 28:19; Fp 6:24). Tudo o que é feito “em nome” de Jesus é feito pelo seu poder, que está presente (At 3:6; 4:10-12). Na oração feita “em nome de Jesus” ele intercede por nós junto ao Pai (Jo 15:16; Rm 8:34). Em muitas passagens “nome” indica a própria pessoa (Sl 9:10).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Nunca

Dicionário Comum
advérbio Jamais; em hipótese alguma: nunca fui corrompido.
De modo algum; em nenhuma situação: nunca contarei seu segredo.
De jeito nenhum; não: nunca na vida você irá nesta festa!
Em certo momento passado; já eu já gostei muito de chocolate! Quem nunca?
Etimologia (origem da palavra nunca). Do latim nunquam.
Fonte: Priberam

Não

Dicionário Comum
advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
Fonte: Priberam

Olho

Dicionário Comum
-
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo masculino Órgão externo da visão: o homem tem dois olhos.
Percepção operada pelo olho; olhar.
Figurado Excesso de atenção, cuidado, perspicácia: estou de olho!
Figurado Indício de qualidades, defeitos e sentimentos.
Figurado O que distingue, esclarece; luz, brilho: olhos do espírito.
locução adverbial A olho. Calcular pela visão, sem pesar nem medir.
A olho nu. Sem auxílio de instrumento óptico; apenas com os olhos.
A olhos vistos. Com toda a evidência; de modo que todos veem.
expressão Abrir o olho. Estar atento; observar.
Abrir os olhos. Cair em si; perceber.
Ser todo olhos. Olhar muito atentamente.
Abrir os olhos de alguém. Mostrar a verdade.
Ter olho em alguém. Vigiar alguém atentamente.
Ter bom olho. Ser perspicaz; descobrir no primeiro golpe de olhar.
Ter olhos de gato. Ver no escuro.
Ter olho de águia, de lince. Enxergar com acurácia.
Ver com bons olhos. Ver algo ou alguém com simpatia e afeição.
Ver com maus olhos. Ver com aversão, com desconfiança.
Ver com os olhos do coração. Desculpar os defeitos de alguém.
Não tirar os olhos de. Não desviar o olhar de algo ou alguém.
Não ver senão pelos olhos de. Não ter vontade própria.
Custar os olhos da cara. Ser muito caro.
Falar com os olhos. Revelar no olhar seus sentimentos e pensamentos.
Comer com os olhos. Olhar com atenção e interesse; cobiçar.
Não pregar olho. Não dormir.
Dormir com um olho aberto e outro fechado. Fingir que dorme; desconfiar.
Fechar os olhos. Morrer.
(Provérbio) Em terra de cegos, quem tem um olho é rei. Pessoa medíocre que, entre pessoas ignorantes ou de posição inferior, pretende passar por grande homem ou muito esperto.
(Provérbio) Olho por olho, dente por dente. Vingança.
Etimologia (origem da palavra olho). Do latim oculus.i.
Fonte: Priberam

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Olho Junto com o ouvido, designa a totalidade do ser humano em ação (Mt 13:14ss.; Mc 8:18) e o interior da pessoa (Mt 6:22ss.). Por isso, é tão empregado em expressões de conteúdo espiritual como abrir os olhos (Mt 9:30; Jo 9:10-14), ter os olhos abertos (Lc 24:31), levantar os olhos (Mt 17:8; Lc 16:23; Jo 4:35; 6,5), existir um olho bom (Lc 11:34) e um olho mau (Mt 20:15). E, finalmente: os olhos mais felizes são os que vêem — isto é, recebem e aceitam com fé — Jesus e sua pregação (Mt 13:16; Lc 10:23).
Autor: César Vidal Manzanares

Ovelhas

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Ovelhas Jesus empregou essa palavra de maneira simbólica para expressar sua compaixão e amor aos seres humanos desprovidos de bons pastores (Mt 9:36; 10,6) e à humanidade perdida que ele — o Bom Pastor que cuida realmente de suas ovelhas (Jo 10:1-27) — vem para redimir (Mt 18:12; Lc 15:4-6). Sua mansidão pode ser imitada pelos falsos profetas (Mt 7:15). Em sua missão evangelizadora, os discípulos assemelham-se às ovelhas em meio aos lobos (Mt 10:16; 26,31); em alguns casos, como o de Pedro, são chamados a ser pastores das outras ovelhas (Jo 21:16ss.).
Autor: César Vidal Manzanares

Pai

Dicionário Comum
substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
Esta palavra, além da sua significação geral, toma-se também na Escritura no sentido de avô, bisavô, ou fundador de uma família, embora remota. Por isso os judeus no tempo de Jesus Cristo chamavam pais a Abraão, isaque e Jacó. Jesus Cristo é chamado o Filho de Davi, embora este rei estivesse distante dele muitas gerações. Pela palavra ‘pai’ também se compreende o instituidor, o mestre, o primeiro de uma certa profissão. Jabal ‘foi o pai dos que habitam nas tendas e possuem gado’. E Jubal ‘foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta’ (Gn 4:20-21). Também se emprega o termo no sentido de parentesco espiritual bom ou mau – assim, Deus é o Pai da Humanidade. o diabo é cognominado o pai da mentira (Jo 8:44). Abraão é o pai dos crentes. É igualmente chamado ‘o pai de muitas nações’, porque muitos povos tiveram nele a sua origem. Na idade patriarcal a autoridade do pai na família era absoluta, embora não tivesse o poder de dar a morte a seus filhos (Dt 21:18-21).
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da FEB
Os pais não são os construtores da vida, porém, os médiuns dela, plasmando-a, sob a divina diretriz do Senhor. Tornam-se instrumentos da oportunidade para os que sucumbiram nas lutas ou se perderam nos tentames da evolução, algumas vezes se transformando em veículos para os embaixadores da verdade descerem ao mundo em agonia demorada.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso P de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 12

Os pais da Terra não são criadores, são zeladores das almas, que Deus lhes confia, no sagrado instituto da família.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Ser pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 46

[...] [Os pais são os] primeiros professores [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 16

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Pai Maneira de falar de Deus e com Deus. No AT Deus tratava o povo de Israel como seu filho (Ex 4:22); (Dt 1:31); 8.5; (Os 11:1). Jesus chamava Deus de “Pai” (Jo 5:17). Ele ensinou que todos aqueles que crêem nele são filhos de Deus (Jo 20:17). Ver também (Mt 6:9) e Rm
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Pai Ver Abba, Deus, Família, Jesus, Trindade.
Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Comum
substantivo masculino Aquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor.
Indivíduo em relação aos seus filhos.
Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa.
Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador.
[Zoologia] Animal macho que teve filhotes.
Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância.
Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor.
Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade.
Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa.
substantivo masculino plural Os progenitores de alguém ou os seus antepassados.
expressão Pai Eterno. Deus.
Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém.
Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
Fonte: Priberam

Palavras

Dicionário Comum
fem. pl. de palavra

pa·la·vra
(latim parabola, -ae)
nome feminino

1. [Linguística] [Linguística] Unidade linguística com um significado, que pertence a uma classe gramatical, e corresponde na fala a um som ou conjunto de sons e na escrita a um sinal ou conjunto de sinais gráficos. = TERMO, VOCÁBULO

2. Mensagem oral ou escrita (ex.: tenho que lhe dar uma palavra).

3. Afirmação ou manifestação verbal.

4. Permissão de falar (ex.: não me deram a palavra).

5. Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: confiamos na sua palavra).

6. Doutrina, ensinamento.

7. Capacidade para falar ou discursar.

interjeição

8. Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso.


dar a sua palavra
Prometer, comprometer-se.

de palavra
Que cumpre aquilo que promete; em que se pode confiar (ex.: governante de palavra).SEM PALAVRA

de poucas palavras
Que fala pouco (ex.: herói de poucas palavras). = CALADOFALADOR

palavra de ordem
Palavra ou conjunto de palavras que serve para marcar uma posição para reivindicar algo, geralmente pela repetição.

palavra de honra
Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso (ex.: ninguém vende mais barato, palavra de honra!). = PALAVRA

Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: dou-lhe a minha palavra de honra, não se vai arrepender). = PALAVRA

palavra gramatical
Gramática Palavra que não tem valor semântico ou referente externo e expressa uma relação gramatical, como, por exemplo, as preposições ou as conjunções.

palavra primitiva
Gramática Palavra que não é formada a partir de outra da mesma língua e que serve de base à formação de outras palavras.

palavras cruzadas
Jogo ou passatempo em que se deve preencher uma grelha de palavras que se entrecruzam de forma vertical e horizontal, a partir de pistas.

passar a palavra
Dizer a mais pessoas para que se conheça. = DIFUNDIR, DIVULGAR

retirar a palavra
Retractar-se.

Não deixar continuar no uso da palavra, geralmente em assembleia deliberativa.

sem palavra
Que não cumpre aquilo que promete; em que não se pode confiar (ex.: homem sem palavra).DE PALAVRA

tirar a
(s): palavra
(s): da boca de alguém
Anteceder-se à fala de outra pessoa, dizendo o que ela prentendia dizer.

última palavra
Decisão definitiva (ex.: nós demos a nossa opinião, mas a última palavra é dele).

voltar com a palavra atrás
Negar o que disse anteriormente. = DESDIZER-SE

Não cumprir o prometido. = DESDIZER-SE

Fonte: Priberam

Dicionário Comum
fem. pl. de palavra

pa·la·vra
(latim parabola, -ae)
nome feminino

1. [Linguística] [Linguística] Unidade linguística com um significado, que pertence a uma classe gramatical, e corresponde na fala a um som ou conjunto de sons e na escrita a um sinal ou conjunto de sinais gráficos. = TERMO, VOCÁBULO

2. Mensagem oral ou escrita (ex.: tenho que lhe dar uma palavra).

3. Afirmação ou manifestação verbal.

4. Permissão de falar (ex.: não me deram a palavra).

5. Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: confiamos na sua palavra).

6. Doutrina, ensinamento.

7. Capacidade para falar ou discursar.

interjeição

8. Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso.


dar a sua palavra
Prometer, comprometer-se.

de palavra
Que cumpre aquilo que promete; em que se pode confiar (ex.: governante de palavra).SEM PALAVRA

de poucas palavras
Que fala pouco (ex.: herói de poucas palavras). = CALADOFALADOR

palavra de ordem
Palavra ou conjunto de palavras que serve para marcar uma posição para reivindicar algo, geralmente pela repetição.

palavra de honra
Exclamação usada para exprimir convicção ou compromisso (ex.: ninguém vende mais barato, palavra de honra!). = PALAVRA

Manifestação verbal de promessa ou compromisso (ex.: dou-lhe a minha palavra de honra, não se vai arrepender). = PALAVRA

palavra gramatical
Gramática Palavra que não tem valor semântico ou referente externo e expressa uma relação gramatical, como, por exemplo, as preposições ou as conjunções.

palavra primitiva
Gramática Palavra que não é formada a partir de outra da mesma língua e que serve de base à formação de outras palavras.

palavras cruzadas
Jogo ou passatempo em que se deve preencher uma grelha de palavras que se entrecruzam de forma vertical e horizontal, a partir de pistas.

passar a palavra
Dizer a mais pessoas para que se conheça. = DIFUNDIR, DIVULGAR

retirar a palavra
Retractar-se.

Não deixar continuar no uso da palavra, geralmente em assembleia deliberativa.

sem palavra
Que não cumpre aquilo que promete; em que não se pode confiar (ex.: homem sem palavra).DE PALAVRA

tirar a
(s): palavra
(s): da boca de alguém
Anteceder-se à fala de outra pessoa, dizendo o que ela prentendia dizer.

última palavra
Decisão definitiva (ex.: nós demos a nossa opinião, mas a última palavra é dele).

voltar com a palavra atrás
Negar o que disse anteriormente. = DESDIZER-SE

Não cumprir o prometido. = DESDIZER-SE

Fonte: Priberam

Paô

Dicionário Comum
substantivo masculino [Brasil] Ave, do tamanho de pomba, negra, mas com o peito vermelho.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo masculino [Brasil] Ave, do tamanho de pomba, negra, mas com o peito vermelho.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo masculino [Brasil] Ave, do tamanho de pomba, negra, mas com o peito vermelho.
Fonte: Priberam

Pede

Dicionário Comum
substantivo deverbal Solicita; ação de solicitar, de fazer um pedido ou solicitação: ele sempre me pede dinheiro!
Implora; ação de implorar, de rogar insistentemente: ele pede a Deus melhores condições de vida; pede, pede, mas nunca alcança!
Gramática A grafia "pedi" tem o mesmo sentido, mas no passado.
Etimologia (origem da palavra pede). Forma regressiva de pedir.
Fonte: Priberam

Pedra

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Pedra Jesus é a pedra rejeitada, pedra de tropeço, é a pedra angular sobre a qual se sustenta o edifício de Deus (Mt 21:42). As passagens evangélicas que se referem a Jesus como pedra rejeitada ou de tropeço (Mt 21:42-44; Mc 12:10; Lc 20:17-18) têm origem veterotestamentária (Sl 118:22) e podem mesmo referir-se ao próprio YHVH (Is 8:14). Essa identificação das passagens como referências messiânicas aparece também no judaísmo. Assim, o Targum Jonatan usa “pedra” como título messiânico e o mesmo podemos constatar no Midraxe sobre Nu 13:14, no qual o messias é denominado também Filho do homem (Dn 7:14).

Neste último caso, a “pedra” é, mais concretamente, a que destruiu os reinos gentios (Dn 2:35). Embora nessas passagens não apareça a idéia de rejeição ao messias pelo povo de Israel, ela aparece no Talmude (Sanh 38a). Nessa referência, o messias, filho de Davi, é descrito como aquele que — conforme Is 8:14 — será pedra de tropeço e rocha de escândalo para as duas casas de Israel.

Também a identificação da “pedra de tropeço” com a “pedra de ângulo” conta com paralelos no judaísmo. Temos exemplo no Testamento de Salomão 22:7-23,4, no qual a pedra do Sl 118:22 já é “cabeça de ângulo”; o mesmo se pode dizer das referências no Manual de Disciplina 8:4 e em Yoma 54a. Em harmonia com essa visão, Jesus é a pedra de ângulo (Mt 21:42) e pedra de escândalo, que despedaçará os incrédulos (Lc 20:18).

Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Comum
substantivo feminino Corpo duro, sólido, da natureza rochosa geralmente usada em construções.
Calhau, seixo ou outro corpo sólido da mesma natureza.
[Medicina] Concreção que se forma em certos órgãos do corpo (bexiga, rins, vesícula biliar etc.); cálculo, litíase.
Figurado Algo ou alguém duro; insensível: coração de pedra.
Figurado Alguém ignorante, desprovido de inteligência; burro.
Botânica Dureza que se encontra em alguns frutos.
Precipitação atmosférica formada por glóbulos pequenos de gele, gotas de água congelada; granizo.
Peça nos jogos de tabuleiro (dama, gamão etc.).
Quadro escolar; lousa.
expressão Pedra de afiar ou amolar. Arenito duro usado para afiar ferramentas cortantes; rebolo, esmeril.
Pedra de ara. Pedra de altar.
Pedra angular ou pedra fundamental. Marco inicial de uma construção, que é costume lançar-se solenemente, e que, em geral, encerra medalhas ou documentos comemorativos.
Pedra britada. Pedra quebrada, pequena.
Figurado Pedra de escândalo. Pessoa ou coisa que é motivo de murmuração, de escândalo, de discórdia.
Pedra filosofal. Substância procurada pelos alquimistas da Idade Média, e que, segundo acreditavam, poderia transformar em ouro os metais vis, e curar ou remoçar o corpo humano; elixir; coisa preciosa, milagrosa, mas difícil ou impossível de encontrar.
Pedra fina ou semipreciosa. Gema não preciosa (como a ametista, a granada, a água-marinha, o topázio) usada em joalheria.
Pedra de fogo ou de isqueiro. Sílex muito duro, que produz centelhas quando atritado; pederneira.
Pedra lascada, pedra polida. Diz-se das épocas pré-históricas em que os instrumentos usados pelo homem eram constituídos por pedras apenas lascadas, ou já polidas.
Figurado No tempo da pedra lascada. Tempo remoto, muito antigo.
Pedra litográfica. Carbonato de cálcio, de porosidade finíssima, em que se pode gravar com tinta gorda um texto, ou desenho, para dele se tirarem várias cópias.
Pedra preciosa. Mineral duro, transparente ou translúcido, às vezes opaco, raro, de alto valor, e usado em joalheria e indústria.
Etimologia (origem da palavra pedra). Do latim petra.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
Montões ou pirâmides de pedra eram construídas como memórias ou balizas históricas. Jacó, e também Labão, efetuaram trabalhos deste gênero no monte Gileade (Gn 31:46). Josué mandou assentar um montão de pedras em Gilgal (Js 4:5-7) – e as duas tribos, e metade de outra, que ficaram além do Jordão, erigiram um monumento sobre a margem daquele rio, como testemunho de solidariedade com as tribos da Palestina ocidental (Js 22:10).
Fonte: Dicionário Adventista

Peixe

Dicionário Comum
substantivo masculino Animal vertebrado aquático, de corpo coberto de escamas, que se desloca na água, principalmente com a ajuda de nadadeiras, respira por guelras e cuja reprodução é ovípara.
[Popular] Alguém que recebe proteção de outra pessoa; protegido, peixinho.
substantivo masculino plural [Astrologia] No zodíaco, a décima segunda e última constelação (entre Aquário e Áries).
[Astrologia] Décimo segundo signo do zodíaco, de 20 de fevereiro a 21 de março.
expressão Como um peixe na água. À vontade, no seu elemento.
Pregar aos peixes. Falar em vão.
Não ser carne nem peixe. Não ter opinião definida, não ser pró nem contra.
Nada ter com o peixe. Não ter nada com a questão.
Vender o seu peixe. Tratar dos seus interesses zelosamente.
Etimologia (origem da palavra peixe). Do latim piscis.is.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo masculino Animal vertebrado aquático, de corpo coberto de escamas, que se desloca na água, principalmente com a ajuda de nadadeiras, respira por guelras e cuja reprodução é ovípara.
[Popular] Alguém que recebe proteção de outra pessoa; protegido, peixinho.
substantivo masculino plural [Astrologia] No zodíaco, a décima segunda e última constelação (entre Aquário e Áries).
[Astrologia] Décimo segundo signo do zodíaco, de 20 de fevereiro a 21 de março.
expressão Como um peixe na água. À vontade, no seu elemento.
Pregar aos peixes. Falar em vão.
Não ser carne nem peixe. Não ter opinião definida, não ser pró nem contra.
Nada ter com o peixe. Não ter nada com a questão.
Vender o seu peixe. Tratar dos seus interesses zelosamente.
Etimologia (origem da palavra peixe). Do latim piscis.is.
Fonte: Priberam

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Peixe Alimento não poucas vezes considerado humilde (Mt 7:10; 14,17-19; 15,34-36; 17,27; Lc 5:6-9; 24,42; Jo 21:6.8.11). Às vezes era consumido seco (Jo 6:9-11; 21,9-13). Jesus utiliza-o como símbolo dos homens recolhidos para o juízo de Deus (Mt 13:47-50).
Autor: César Vidal Manzanares

Perdição

Dicionário Comum
substantivo feminino Ação ou efeito de perder; perda.
Situação de desonra ou falta de honra, de moral; imoralidade.
Condição de desgraça, de infortúnio, de fracasso: o vício foi sua perdição.
O que não se consegue resistir; tentação: o doce para mim é uma perdição.
Religião Negação da religiosidade, das crenças religiosas; condenação das almas às punições eternas, ao inferno; irreligiosidade.
Etimologia (origem da palavra perdição). Do latim perditio.onis; perditione.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Perdição
1) Destruição; condenação ao castigo eterno (Rm 9:22); (1Tm 6:9)

2) Perda; prejuízo (At 27:21), RC).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Pode

Dicionário Comum
substantivo deverbal Ação de poder, de ter capacidade, direito ou autoridade para conseguir ou para realizar alguma coisa: ele não pode fazer este trabalho; ele tem todas as condições necessárias e pode se candidatar ao emprego.
Ação de estar sujeito a: o atleta pode se machucar durante o jogo.
Ação de ter controle sobre: o professor não pode com os alunos.
Gramática A grafia "pôde" é usada com o mesmo sentido, mas no passado.
Etimologia (origem da palavra pode). Forma Der. de poder.
substantivo deverbal Ação de podar, de cortar os ramos das plantas ou de aparar suas folhas: preciso que ele pode a videira.
Etimologia (origem da palavra pode). Forma Der. de podar.
Fonte: Priberam

Porcos

Dicionário Comum
masc. pl. de porco

por·co |ô| |ô|
(latim porcus, -i)
nome masculino

1. [Zoologia] Mamífero da família dos suídeos.

2. Carne desse animal, usada na alimentação.

adjectivo e nome masculino
adjetivo e nome masculino

3. [Informal, Depreciativo] Que ou quem tem pouca higiene ou apresenta sujidade. = BADALHOCO, JAVARDO

4. [Informal, Depreciativo] Que ou quem faz as coisas atabalhoadamente. = TRAPALHÃO

5. [Informal, Depreciativo] Que ou quem é indecente, obsceno ou grosseiro. = BADALHOCO, JAVARDO


ir com os porcos
[Portugal, Informal] Morrer (ex.: o gajo já foi com os porcos há muito tempo). = IR DESTA PARA MELHOR

[Portugal, Informal] Ser eliminado (ex.: se a equipa empatar, vai com os porcos). = PERDER

[Portugal, Informal] Não ser bem-sucedido ou não se concretizar (ex.: a alternativa foi com os porcos).

[Portugal, Informal] Desaparecer (ex.: as telhas foram com os porcos).

Plural: porcos |ó|.
Fonte: Priberam

Porquanto

Dicionário Comum
conjunção Porque; visto que: não foi ao casamento, porquanto perdeu o avião.
Gramática Utilizada para unir orações ou períodos que possuam as mesmas características sintáticas.
Gramática Tendo em conta o sentido, pode ser utilizada como conjunção explicativa, explicando ou justificando aquilo que havia sido dito ou escrito anteriormente.
Etimologia (origem da palavra porquanto). Por + quanto.
Fonte: Priberam

Porta

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Porta Abertura que permite a entrada em um edifício. Em sentido simbólico, Jesus é a única porta que nos permite entrar na vida eterna (Jo 10:7-9). Os seres humanos devem evitar as portas largas (Mt 7:13-14), que só conduzem à perdição.
Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Comum
substantivo feminino Abertura através da qual as pessoas entram e saem de um lugar.
Peça de madeira ou metal, que gira sobre gonzos, destinada a fechar essa abertura.
Prancha móvel usada em uma abertura desse tipo.
Essa prancha pode encaixar-se em dobradiças, deslizar em um sulco, girar em torno de um pivô como um eixo vertical, ou dobrar-se como uma sanfona.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
substantivo feminino Abertura através da qual as pessoas entram e saem de um lugar.
Peça de madeira ou metal, que gira sobre gonzos, destinada a fechar essa abertura.
Prancha móvel usada em uma abertura desse tipo.
Essa prancha pode encaixar-se em dobradiças, deslizar em um sulco, girar em torno de um pivô como um eixo vertical, ou dobrar-se como uma sanfona.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
As portas das casas, bem como asdas cidades, eram de madeira, de ferro, ou de cobre (1 Sm 4.18 – At 12:10-13). As portas das cidades eram os lugares de maior afluência do povo para negócios, processos judiciais, conversação, e passatempo na ociosidade (Gn 19:1Dt 17:5-25.7 – Rt 4:1-12 – 2 Sm 15.2 – 2 Rs 7.1 – Ne 8:129:7Pv 31:23Am 5:10-12,15). Como remanescente do velho costume e linguagem oriental, ainda hoje se chama Sublime Porta ao conselho ou governo de Constantinopla. As portas das cidades continham escritórios à entrada. Eram de dois batentes – cerravam-se com fechaduras e ainda se seguravam com barras de ferro. A porta Formosa do templo (At 3:2) era inteiramente feita de cobre de Corinto, sendo necessários vinte homens para a fechar.
Fonte: Dicionário Adventista

Porventura

Dicionário Comum
advérbio Demonstra que o falante expressa, no plano hipotético, o teor da oração que pretende modificar; por hipótese, por acaso: se porventura ela aparecer, você me chama?
Em frases interrogativas, geralmente em interrogações retóricas; por casualidade: o professor é porventura o escritor deste livro? Porventura seguiremos unidos até o final?
Etimologia (origem da palavra porventura). Por + ventura.
Fonte: Priberam

Primeiro

Dicionário de Sinônimos
primário, primitivo, primevo, primordial. – Segundo Lac. – primeiro é, em geral, o ser que está ou se considera à frente de uma série deles; é o que precede a todos em alguma das diferentes circunstân- Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 455 cias de tempo, lugar, dignidade, etc. – Primitivo é o primeiro ser de uma série com relação aos seus diferentes estados, ou com relação a outros seres que daquele se derivaram. – Primevo (como se vê da própria formação do vocábulo) refere-se ao que é da primeira idade, ou das primeiras idades. D. Afonso Henriques foi o primeiro rei de Portugal. A disciplina que se observava nos primeiros séculos da Igreja chama-se disciplina primitiva. As leis por que se regia um povo nos primeiros tempos da sua organização social chamam-se ao depois lei primevas. – Entre primeiro e primário há uma distinção essencial que se pode marcar assim: o primeiro está em primeiro lugar, ou está antes de todos na série; marca, portanto, apenas lugar na ordem, e é por isso mesmo que quase normalmente reclama um completivo: F. é o primeiro na classe; os primeiros homens; o primeiro no seu tempo; o primeiro a falar. Enquanto que primário marca também o que vem antes de todos, o que está em primeiro lugar, mas com relação aos atributos, ou ao modo de ser dos vários indivíduos que formam a série ou que entram na ordem: diz, portanto, primário – “o mais simples, aquele pelo qual se começa”. Ensino primário; noções primárias. – Primordial refere-se à época que precede a uma outra época e que se considera como origem desta. Período geológico primordial é o que precede ao primitivo. Neste já se encontram organismos: o primordial é azoico.
Fonte: Dicio

Dicionário Comum
adjetivo Que precede os outros no tempo, no lugar e na ordem.
O melhor, o mais notável: primeiro aluno da classe.
Que é indispensável; urgente: primeiras necessidades.
Noção básica; rudimentar: adquirir primeiros conhecimentos.
Através do qual algo se inicia; inicial: primeiro dia de trabalho.
Diz-se de um título ligado a certos cargos: primeiro médico do rei.
[Filosofia] Causa que seria a origem do encadeamento de causas e efeitos, isto é, de todo o universo; causa primeira.
advérbio Anterior a qualquer outra coisa; primeiramente.
substantivo masculino Algo ou alguém que está à frente dos demais.
numeral Numa sequência, o número inicial; um.
Etimologia (origem da palavra primeiro). Do latim primarius.a.um.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
adjetivo Que precede os outros no tempo, no lugar e na ordem.
O melhor, o mais notável: primeiro aluno da classe.
Que é indispensável; urgente: primeiras necessidades.
Noção básica; rudimentar: adquirir primeiros conhecimentos.
Através do qual algo se inicia; inicial: primeiro dia de trabalho.
Diz-se de um título ligado a certos cargos: primeiro médico do rei.
[Filosofia] Causa que seria a origem do encadeamento de causas e efeitos, isto é, de todo o universo; causa primeira.
advérbio Anterior a qualquer outra coisa; primeiramente.
substantivo masculino Algo ou alguém que está à frente dos demais.
numeral Numa sequência, o número inicial; um.
Etimologia (origem da palavra primeiro). Do latim primarius.a.um.
Fonte: Priberam

Prudente

Dicionário Comum
adjetivo Que expressa prudência; com precaução e sensatez; cauteloso.
Que se esquiva do perigo; que demonstra cautela; ajuizado: ela não foi prudente e perdeu todo o dinheiro no jogo.
Que tem o hábito de se precaver; que se prepara de maneira antecipada; precavido: o sujeito prudente está sempre preparado para as dificuldades.
Etimologia (origem da palavra prudente). Do latim prudens.entis.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
Precavido; de sobreaviso; prevenido
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Prudente Quem tem PRUDÊNCIA (Pv 13:16; Mt 25:9).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Prática

Dicionário Comum
prática s. f. 1. Ato ou efeito de praticar. 2. Experiência nascida da repetição dos atos. 3. Maneira ordinária de agir; costume. 4. Realização de um dever moral e social. 5. Maneira de agir, de fazer certas coisas. 6. Pequeno sermão ou discurso feito por um sacerdote aos fiéis antes ou no intervalo da missa; exortação.
Fonte: Priberam

Pão

Dicionário Bíblico
Em todos os tempos, mesmo nos maisremotos, foi o pão o principal alimento dos hebreus. Trigo e cevada, ou em separado, ou juntamente com outros grãos ou legumes, eram triturados ou pisados no pilão – misturava-se depois a farinha, com água, podendo deitar-se-lhe um pouco de sal, e por fim era cozida. Mais tarde começou a usar-se o fermento e substâncias aromáticas. Para fazer pão, amassava-se a farinha em gamelas, com as mãos ou com os pés, como os árabes ainda hoje fazem (Gn 18:6). A amassadura era, algumas vezes, feita numa peça circular de couro, que facilmente podia ser levantada e levada de terra em terra, como convinha a um povo nômade. Davam, às vezes, ao pão a forma de um bolo muito delgado, outras vezes tinha a espessura de um dedo. o processo de cozer o pão era rápido. Todas as manhãs era moído o trigo, e até se fazer o pão decorriam vinte minutos. Este era o pão asmo, que somente se usava em caso de necessidade (Gn 19:3), ou para fins cerimoniais. o pão fermentado requeria mais tempo, por causa da fermentação. Um pouco de massa do dia anterior era dissolvida em água, e com isto se misturava a farinha, sendo depois tudo bem amassado. Esperava-se, então, que a massa estivesse completamente levedada. o A.T. refere-se a três diferentes métodos de cozer o pão. Em 1 Rs 19.6 lê-se: ‘olhou ele e viu, junto à cabeceira um pão cozido sobre pedras em brasa.’ Este é, ainda hoje, o processo seguido pelos árabes. Sobre lajes acendia-se o lume com palha, ramos secos, e esterco de camelo. Quando a pedra estava bem quente, as cinzas eram removidas, sendo depois os bolos da massa postos sobre as pedras quentes, e as cinzas trazidas outra vez para o seu lugar. Passados alguns minutos, eram as cinzas novamente retiradas mas simplesmente pelo tempo necessário para se voltar o pão. Nas cidades havia padarias, havendo uma classe de padeiros profissionais. Mas geralmente possuía cada casa o seu próprio forno, que era um grande vaso de barro, no fundo do qual se acendia o lume. Quando estava aquecido, os pães era cozidos tanto na parte interior como na parte exterior daquele fogão. Nas pequenas povoações fazia-se uma cova no chão, revestindo-se o fundo e as paredes com uma camada de barro, a qual, com o fogo, se tornava dura e macia – a parte mais baixa oferecia boas condições de aquecimento para receber a massa para o pão. Em geral eram as mulheres que se ocupavam neste trabalho, mas os profissionais eram sempre homens. Em Jerusalém havia um bairro onde se fabricava o pão (Jr 37:21). (*veja Pão asmo.)
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da FEB
Esse pão que, na prece do Pai Nosso, Jesus ensina-nos a pedir ao Criador, não é, pois, apenas o alimento destinado à mantença de nosso corpo físico, mas tudo quanto seja indispensável ao crescimento e perfectibilidade de nossa consciência espiritual, o que vale dizer, à realização do reino dos céus dentro de nós.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - O Pai Nosso

[...] O pão é o alimento do corpo e a prece é o alimento da alma.
Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 15

O pão do corpo significa amor, trabalho e sacrifício do lavrador. O pão do espírito constitui serviço, esforço e renúncia do missionário do bem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Fonte: febnet.org.br

Dicionário da Bíblia de Almeida
Pão
1) Alimento feito de farinha, água e fermento e assado no forno (Jo 6:9)

2) Alimento (Gn 3:19). 3 Alimento espiritual (Jo 6:31-35).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Pão Alimento feito com farinha de cevada ou trigo e levedura. Às vezes, sua forma recordava a de uma pedra (Mt 4:3; 7,9; Lc 4:3; 11,11) e constituía o alimento básico da população judaica na época de Jesus (Mc 3:20; Lc 11:5; 14,15; 15,17).

Compartilhar o pão significava a união dos que o comiam e, precisamente por isso, tinha conotações religiosas (Mt 14:19; 26,26; Mc 6:41; 14,22; Lc 9:16; 22,19; Jo 6:11; 13,18).

Deus provê seus filhos do necessário pão cotidiano (Mt 6:11; Lc 11:3) e nesse sentido devem ser entendidos os milagres da multiplicação dos pães (Mt 14:13-21; 15,32-38). Também lhes proporciona o pão espiritual (Mt 14:20; Lc 22:16) — o próprio Jesus (Jo 6:35-47). A tendência é interpretar historicamente esta última passagem e à luz tanto da instituição da Nova Aliança (Mt 26:26 e par.) como da Eucaristia. O contexto parece indicar melhor que Jesus se refere a ele próprio e ao seu ensinamento que deve aceitar quem deseja ser seu discípulo (Jo 6:60ss.).

Autor: César Vidal Manzanares

Pérolas

Dicionário Comum
2ª pess. sing. pres. ind. de perolar
Será que queria dizer pérolas?

pe·ro·lar -
verbo transitivo

Ornar de pérolas; aljofrar, orvalhar, rociar.

Fonte: Priberam

Queda

Dicionário Comum
substantivo feminino Ato ou efeito de cair: levar uma queda.
Figurado Ato de ruir, de desmoronar; decadência, ruína: a queda de um império.
Baixa repentina e acentuada: a queda da Bolsa.
Queda de água, ver: CACHOEIRA.
Queda de braço, ver: QUEDA-DE-BRAÇO.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Queda
1) Tombo (27:23), RA).

2) Desgraça (Pv 16:18). 3 Ruína (Is 30:13); (Ez 26:15).

4) O momento narrado em (Gen 3), em que o ser humano (Adão e Eva) “caiu” em tentação, introduzindo, assim, o pecado na raça humana (Rm 5:12). A salvação vem por meio da fé em Cristo, o segundo Adão (Rm 5:12-21); (1Co 15:21-22),45
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Bíblico
A palavra queda, embora não sejausada na Escritura com o sentido de degeneração, designa geralmente o afastamento do estado de inocência em que vivia o homem para o estado de corrupção que predomina na Humanidade. A história da queda é narrada no cap. 3 do Gênesis. Este capítulo tem sido interpretado, ou literalmente, ou figurativamente. Muita coisa se lê na narrativa, sugerindo-nos o que é figurativo e metafórico – isto é, as duas árvores não são determinadamente simples árvores, e a serpente é mais alguma coisa do que mero réptil. o homem é criado, não no estado de perfeição, não no seu mais alto grau de desenvolvimento, mas na inocência, sem pecado. Está unido a Deus por certas leis de obediência, leis que ele transgride. o primeiro ato de infração constitui a queda – ele reconhece conscientemente essa queda – e, no seu primeiro conhecimento íntimo do pecado, recebe o aviso do plano divino da redenção. Além disso, vem ao conhecimento de que, de algum modo misterioso, o primeiro pecado não é simplesmente o pecado de um indivíduo, mas é contaminador da raça humana. Adão é representativo – ele é a origem da espécie humana – nele todos pecam, e todos morrem – como, e por que é isso assim, nunca a mente pôde descobrir. A Escritura revela o fato, e a experiência humana testemunha a sua realidade. A continua luta com o pecado, na esperança firme de que por último o bem surgirá vitorioso, segundo as palavras do proto-evangélico vers. 15 do cap. 3º do Gênesis, não diz respeito a Adão somente, mas a todos os homens. A vida humana é, pois, de conflito, pelas suas tendências pecaminosas, existindo na alma a esperança da vitória final. Não sendo assim, a vida seria inexplicável. Um ou dois pontos reclamam especial atenção:
i. A origem do mal. Deus, o Ente Supremo que existe por Si mesmo, infinitamente bom, podia ter-nos criado perfeitamente bons. A capacidade para o mal podia ter sido afastada por uma retidão inabalável do coração e consciência. Deus, porém, não quis assim: a Sua vontade é que nós sejamos aperfeiçoados pelo sofrimento da tentação, esse sofrimento que o próprio Jesus suportou – e contentes devemos estar em sustentar o combate, até alcançarmos gloriosamente a vitória por meio do Salvador.
ii. A queda e Cristo. o N.T. aceita e esclarece as duas doutrinas: a do pecado como absolutamente nocivo, e a de homens, sem exceção, pecaminosos, não tendo esperança alguma em si mesmos: mas refere-se pouco, se na verdade se refere, à própria queda. o nosso Salvador nunca fez alusões a esse fato, mas toma a própria queda como caso aceito, em todos os seus ensinamentos. Todos pecam – o pecado é um mal profundamente enraizado na vida interior – todavia, o homem é um ser de superior valor e dignidade. Tudo isto Cristo nos ensina, e nas parábolas do cap. 15 de S. Lucas, como em outros lugares, ele relaciona o caráter pecaminoso do homem, e a queda, com a Sua própria redenção e obra renovadora. S. Paulo, como já se observou, baseia a sua doutrina do pecado e da expiação no que o Gênesis nos revela. A doutrina do pecado original, como resultado da queda do homem, implicitamente ensinado em diversas passagens, é-o explicitamente em Rm 5:12-21, e 1 Co 15.22,44 e 47.
iii. A queda e a encarnação. Algumas vezes se tem feito esta pergunta: se o homem não tivesse pecado, ter-se-ia tornado homem o nosso Salvador Jesus Cristo? Essa é uma pergunta inútil a que não podemos responder. Tenhamos de memória que a encarnação e a morte de Cristo fazem completa a expiação. Sugere a revelação que Cristo encarnou para realizar-se a redenção (Mt 20:28Lc 19:10Gl 4:4 e seg.). A queda, a encarnação, a expiação, e a restauração final são fatos da história humana, e atos da presciência divina. Antes da queda, era perfeita a comunhão com Deus – no Reino tornará a ser perfeita: se, no caso de serem os homens impecáveis, o Filho de Deus se tornaria homem por amor à Humanidade, essa é uma questão metafísica, cuja solução não traria qualquer vantagem prática. (*veja Pecado.)
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da FEB
À primeira vista, a idéia de decaimento parece em contradição com o princípio segundo o qual os Espíritos não podem Q retrogradar. Deve-se, porém, considerar que não se trata de um retrocesso ao estado primitivo. O Espírito, ainda que numa posição inferior, nada perde do que adquiriu; seu desenvolvimento moral e intelectual é o mesmo, qualquer que seja o meio onde se ache colocado. Ele está na situação do homem do mundo condenado à prisão por seus delitos. Certamente, esse homem se encontra degradado, decaído, do ponto de vista social, mas não se torna nem mais estúpido, nem mais ignorante. Será crível, perguntamos agora, que esses homens mandados para a Nova Caledônia vão transformar-se de súbito em modelos de virtudes? Que vão abjurar repentinamente seus erros do passado? Para supor tal coisa, fora necessário desconhecer a Humanidade. Pela mesma razão, os Espíritos da raça adâmica, uma vez transplantados para a terra do exílio, não se despojaram instantaneamente do seu orgulho e de seus maus instintos; ainda por muito tempo conservaram as tendências que traziam, um resto da velha levedura. Ora, não é esse o pecado original?
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11, it• 48 e 49

Qualquer que seja a causa da queda, orgulho, inveja ou ateísmo, os que caem, tornando-se por isso Espíritos de trevas, são precipitados nos tenebrosos lugares da encarnação humana, conforme ao grau de culpabilidade, nas condições impostas pela necessidade de expiar e progredir.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

A queda é acidente natural no esforço de quem se movimenta e constrói.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tem bom ânimo

Fonte: febnet.org.br

Reino

Dicionário da Bíblia de Almeida
Reino Território politicamente organizado, governado por um rei ou por uma rainha (1Rs 2:12); 10.1; (2Cr 22:12).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Reino O âmbito de soberania de Deus. No Antigo Testamento e na literatura intertestamentária, a idéia do Reino aparece relacionada à intervenção de Deus na história através de seu messias. Essa mesma idéia permaneceu no judaísmo posterior. A crença na vinda do Reino constitui uma das doutrinas básicas do ensinamento de Jesus, que — não poucas vezes — refere-se a esse Reino em suas parábolas. O Reino já se manifestara com a vinda de Jesus e evidenciou-se em seus milagres e expulsões de demônios (Lc 11:20; 10,8-9). Não é deste mundo (Jo 18:36) e, por isso, não segue seu procedimento. A ética do Reino apresentada, por exemplo, no Sermão da Montanha (Mt 5:7) é totalmente diversa de qualquer norma humana e tem sido considerada, com justiça, inaplicável em uma sociedade civil. Se é possível viver, é graças ao amor de Deus e à sua vivência entre pessoas que compartilham essa mesma visão. O início do Reino é pequeno (Mt 13:31-33), contudo, apesar das dificuldades provocadas pelo Diabo e seus sequazes (13 24:30-36'>Mt 13:24-30:36-43), terá um final glorioso na Parusia de Jesus, após um tempo de grande tribulação e da pregação desse mesmo Reino no mundo inteiro (Mt 24:14). Desaparecerá então o domínio do diabo sobre o mundo e acontecerá a ressurreição, a recompensa dos que se salvaram e o castigo eterno dos condenados (13 1:23-24'>Mt 13:1-23:24-43; Mt 25:41-46). É oportuno ressaltar que todos esses aspectos coincidem com idéias sustentadas pelo judaísmo do Segundo Templo. Desde então, toda a humanidade é convidada a entrar no Reino (Mt 13:44-46). O Reino não pode ser confundido com a Igreja — como o demonstraram desenvolvimentos teológicos posteriores —, ainda que nesta se deva viver a vida do Reino.

G. E. Ladd, El evangelio del reino, Miami 1985; Idem, Theology...; Idem, Crucial questions about the kingdom of God, 1952; J. Grau, Escatología...; J. Bright, The kingdom...; C. H. Dodd, Las parábolas del Reino, Madri 1974; J. Jeremías, Teología..., vol. I; N. Perrin, The Kingdom of God in the teaching of Jesus, Londres 1963; C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo...; Colectivo, Evangelio y Reino de Dios, Estella 1995.

Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Comum
substantivo masculino Nação ou Estado governado por príncipe reinante que tem título de rei ou de rainha; monarquia, reinado: o reino da Dinamarca.
Conjunto das pessoas cujas funções estão subordinadas à aprovação do rei ou da rainha.
Figurado Domínio, lugar ou campo em que alguém ou alguma coisa é senhor absoluto: esta casa é o reino da desordem.
Figurado Conjunto do que ou de quem compartilha particularidades essenciais compondo algo único e homogêneo: aquele habita o reino da mentira!
[Biologia] Divisão que enquadra e agrupa seres, sendo considerada a mais elevada de todas as divisões taxonômicas: os reinos são Animalia, Plantae, Fungi, Monera e Protista .
[Biologia] Divisão que enquadra seres e coisas por relação de semelhança: reino animal, vegetal, mineral.
[Regionalismo: Nordeste] Mistura de aguardente.
expressão Religião Reino de Deus. Expressão evangélica que significa a atualização da realeza eterna de Deus.
Religião Reino celeste, Reino eterno, Reino dos céus. Paraíso cristão, o céu.
Etimologia (origem da palavra reino). Do latim regnum.
Fonte: Priberam

Rios

Dicionário Comum
masc. pl. de rio

ri·o
(latim vulgar rius, do latim rivus, -i)
nome masculino

1. Grande curso de água natural, quase sempre oriunda das montanhas, que recebe no trajecto águas de regatos e ribeiros, e desagua em outro curso de água, num lago ou no mar.

2. Figurado Aquilo que corre como um rio ou a ele se assemelha.

3. Grande quantidade de líquido.

4. Grande quantidade de qualquer coisa.


rio de enxurrada
Que só leva água quando chove.

Fonte: Priberam

Dicionário Comum
masc. pl. de rio

ri·o
(latim vulgar rius, do latim rivus, -i)
nome masculino

1. Grande curso de água natural, quase sempre oriunda das montanhas, que recebe no trajecto águas de regatos e ribeiros, e desagua em outro curso de água, num lago ou no mar.

2. Figurado Aquilo que corre como um rio ou a ele se assemelha.

3. Grande quantidade de líquido.

4. Grande quantidade de qualquer coisa.


rio de enxurrada
Que só leva água quando chove.

Fonte: Priberam

Rocha

Dicionário Comum
substantivo feminino Geologia Massa mineral que apresenta a mesma estrutura, a mesma composição e a mesma origem: o basalto é uma rocha.
Pedra, rochedo, penha, penhasco: escalar uma rocha.
Roca, penedia, penedo, penhasco, rochedo saliente no mar; grande massa de terra extremamente dura banhada pelo mar, pelas águas: as ondas chocavam-se contra as rochas.
Ganga pedregosa das pedras preciosas: a rocha do topázio.
Figurado Coisa insensível, inabalável.
Coração de rocha, coração duro, insensível, coração de pedra.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Rocha
1) Grande pedra (Ex 17:6); (Mt 27:60)

2) Figuradamente, Deus (Is 44:8). 3 Rocha de escândalo:
v. ESCÂNDALO (1Pe 2:8), RC).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Santas

Dicionário Comum
fem. pl. de santo
fem. pl. de santa

san·to
(latim sanctus, -a, -um, tornado sagrado ou inviolável)
adjectivo
adjetivo

1. Relativo ao culto religioso. = SACRO, SAGRADOPAGÃO, PROFANO

2. Que vive segundo a lei de Deus ou segundo preceitos religiosos.

3. Dedicado a Deus.

4. Bem-aventurado, sagrado.

5. Que deve ser cumprido ou respeitado. = SAGRADO

6. Religião Destinado ao culto ou a uma celebração religiosa, correspondo por vezes a um feriado (ex.: dia santo). = SANTIFICADO

7. Religião Que precede o domingo de Páscoa (ex.: quinta-feira santa, sábado santo).

8. Que inspira ou deve inspirar grande respeito ou veneração.

9. Religião Usa-se antes do nome masculino de um santo começado por vogal (ex.: Santo António) ou antes de um nome feminino de uma santa (ex.: Santa Teresa). [Confrontar: são]

10. Essencialmente puro; perfeito em tudo.

11. Inocente; imaculado; inviolável.

12. Eficaz; que cura.

adjectivo e nome masculino
adjetivo e nome masculino

13. Que ou quem foi canonizado e santificado por uma igreja.

14. Que ou quem morreu em estado de santidade.

15. Que ou quem tem uma extraordinária bondade, tem qualidades superiores ou tem um comportamento irrepreensível.

nome masculino

16. Imagem ou representação de uma pessoa canonizada (ex.: comprou mais dois santos no antiquário).


não haver santo que valha
Não haver solução (ex.: com esta maré de azar, não há santo que nos valha).

santo de casa não faz milagre
O mesmo que santos da casa não fazem milagres

santo de pau carunchoso
O mesmo que santo de pau oco.

santo de pau oco
Estátua de madeira de um santo, oca por dentro.

[Informal] Pessoa que finge ou parece ser o que não é. = FINGIDO, SONSO

santos da casa não fazem milagres
Expressão que se usa para indicar que é mais fácil contar com a ajuda de estranhos do que com a daqueles que nos são mais próximos.


san·ta
nome feminino

1. Mulher que foi canonizada.

2. Imagem dessa mulher.

3. Figurado Mulher que reúne muitas virtudes.

4. [Brasil] Peixe (espécie de arraia).


santa Bárbara!
Indica espanto e equivale a Deus nos acuda.

Fonte: Priberam

Senhor

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...

Autor: César Vidal Manzanares

Dicionário Bíblico
o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário Comum
substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.
Fonte: Priberam

Dicionário da FEB
[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho

Fonte: febnet.org.br

Serpente

Dicionário Comum
substantivo feminino Réptil da ordem dos ofídios; cobra. (Conhecem-se mais de 2.000 espécies de serpentes, muitas das quais são venenosas como a víbora, a cascavel, a coral, a jararacuçu etc.).
Figurado Pessoa pérfida e traiçoeira; víbora: esta mulher é uma serpente.
Coisa má ou que produz males: a serpente do ódio.
A serpente infernal ou maldita, o diabo.
Língua de serpente, pessoa que fala mal dos outros.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
Têm sido encontradas umas trinta espécies de serpentes na Palestina, muitas das quais são altamente venenosas. Pela primeira vez é a serpente mencionada em Gn 3:1-13, onde se diz ser ela mais sagaz do que todos os animais selvagem s. As perigosas propriedades da classe serpente acham-se mencionadas no Sl 58:4: ‘Têm peçonha semelhante à peçonha da serpente’, e também em Dt 32:24 e Pv 23. 32. Parece, em algumas passagens, afirmar-se que o veneno reside na língua (Jo 20:16Sl 140:3), em vez de ser atribuído à mordedura, como corretamente se acha indicado em Nm 21:9 e Pv 23:32. Ao hábito que têm as serpentes de se ocultarem, refere-se o livro do Eclesiastes (10.8), e o do profeta Amós (5.19). A maneira particular do seu caminhar é considerada como maravilhosa em Pv 30:19. Em is 59:5, a expressão ‘chocam ovos de áspide’ mostra que era bem conhecido o fato de serem as serpentes animais ovíparos (cp.com 34.15). E ao ato de se domesticarem e serem encantadas as serpentes há referências em Sl 58:5, Ec 10:11, e Jr 8:17. Jesus uma vez aludiu à prudência tradicional da serpente (Mt 10:16).
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário da Bíblia de Almeida
Serpente
1) Cobra, especialmente a venenosa (Ex 7:10; Jo 3:14;
v. ÁSPIDE e DRAGÃO).


2) Figuradamente, Satanás (Ap 12:9).

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Serpente Réptil, símbolo da maldade (Mt 7:10) e da hipocrisia (Mt 23:33). Jesus aconselha seus discípulos a terem a sua astúcia (Mt 10:16). Outras vezes, simboliza os demônios, a quem os discípulos podem derrotar graças à autoridade que receberam de Jesus (Lc 10:19. Comp. Sl 91:13). Um dos versículos finais do evangelho de Marcos (16,18) possivelmente deve ser lido neste último sentido.
Autor: César Vidal Manzanares

São

Dicionário Comum
adjetivo Que se encontra em perfeito estado de saúde; sadio: homem são.
Que não está estragado: esta fruta ainda está sã.
Que contribui para a saúde; salubre: ar são.
Figurado Concorde com a razão; sensato, justo: política sã.
Por Extensão Que não está bêbado nem embriagado; sóbrio: folião são.
Sem lesão nem ferimento; ileso, incólume: são e salvo.
Que age com retidão; justo: julgamento são; ideias sãs.
Em que há sinceridade, franqueza; franco: palavras sãs.
substantivo masculino Parte sadia, saudável, em perfeito estado de algo ou de alguém.
Aquele que está bem de saúde; saudável.
Característica da pessoa sã (sensata, justa, sincera, franca).
Condição do que está completo, perfeito.
expressão São e salvo. Que não corre perigo: chegou em casa são e salvo!
Etimologia (origem da palavra são). Do latim sanus.a.um.
substantivo masculino Forma abreviada usada para se referir a santo: São Benedito!
Etimologia (origem da palavra são). Forma sincopada de santo.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
adjetivo Que se encontra em perfeito estado de saúde; sadio: homem são.
Que não está estragado: esta fruta ainda está sã.
Que contribui para a saúde; salubre: ar são.
Figurado Concorde com a razão; sensato, justo: política sã.
Por Extensão Que não está bêbado nem embriagado; sóbrio: folião são.
Sem lesão nem ferimento; ileso, incólume: são e salvo.
Que age com retidão; justo: julgamento são; ideias sãs.
Em que há sinceridade, franqueza; franco: palavras sãs.
substantivo masculino Parte sadia, saudável, em perfeito estado de algo ou de alguém.
Aquele que está bem de saúde; saudável.
Característica da pessoa sã (sensata, justa, sincera, franca).
Condição do que está completo, perfeito.
expressão São e salvo. Que não corre perigo: chegou em casa são e salvo!
Etimologia (origem da palavra são). Do latim sanus.a.um.
substantivo masculino Forma abreviada usada para se referir a santo: São Benedito!
Etimologia (origem da palavra são). Forma sincopada de santo.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
são adj. 1. Que goza de perfeita saúde, sadio. 2. Completamente curado. 3. Salubre, saudável, sadio. 4. Que não está podre ou estragado. 5. Reto, justo. 6. Impoluto, puro; sem defeitos. 7. Ileso, incólume, salvo. 8. Justo, razoável. 9. Inteiro, intacto, sem quebra ou defeito (objeto). Sup. abs. sint.: saníssimo. Fe.M: sã. S. .M 1. Indivíduo que tem saúde. 2. A parte sã de um organismo.
Fonte: Priberam

Tira

Dicionário Comum
substantivo feminino Retalho de pano, de couro, de papel etc., mais comprido que largo.
Listra; ourela; correia.
Franja, renda.
Friso, filete.
[Comparativo] Pedaço ou tira de microfilme com uma ou mais imagens e identificação codificada.
substantivo masculino [Brasil] Agente de polícia, beleguim.
Fonte: Priberam

Dicionário Comum
tira s. f. 1. Retalho de couro, pano, papel etc., mais comprido que largo. 2. Lista, listão. 3. Correia, fita. 4. Filete, friso. 5. Historieta ou fragmento de histórias em quadrinhos, apresentada em uma única faixa horizontal. S. .M Gír. Agente policial.
Fonte: Priberam

Tirar

Dicionário Comum
verbo transitivo direto e bitransitivo Extrair algo de algum lugar; extirpar: tirou as amígdalas; tirou as plantas do vaso.
Puxar com muita força: os bois tiram o arado; tirou a cobertura do telhado.
Diminuir do valor da conta corrente; ver o extrato bancário: tirar dinheiro do banco; tirar o extrato.
Retirar algo de alguém; privar, perder: os problemas tiravam-lhe o sossego.
Direcionar para outro caminho: tirar o carro da frente do caminhão.
Comer alguma coisa: tirar um pedaço da torta.
verbo transitivo direto Tirar a roupa, o sapato etc.; despir, descalçar: tirou a roupa e os sapatos.
Arrancar algo do lugar onde estava; sacar, arrancar: tirou a espada.
Alcançar como efeito; receber, colher: tirar os frutos do seu trabalho.
Deixar como estava antes: tirar as manchas do tecido.
Finalizar um curso: tirar o mestrado, o doutorado.
Passar a possuir algo que não lhe pertence; roubar: tirar doces de crianças.
Fazer a captação de fotos, imagens; fotografar: tirar fotos.
Realizar a cópia de algo ou reproduzir algo a partir do original: tirar cópias de documentos.
Fazer um convite de dança para alguém: tirar alguém para dançar.
Deixar de ter um costume, hábito ou vício: tirar o álcool da sua vida.
Estar sujeito a torturas, punições, castigos etc.: tirou a vida inteira pelo assassinato.
Passar para o papel; transcrever: tirar uma letra de música.
verbo bitransitivo Retirar, fazer sair de um lugar: tirou o objeto daquela mesa.
Ser capaz de usar, de usufruir de algo: tirar proveito de uma situação.
Fazer sair intensa e violentamente: o vento tirou as roupas do varal.
Privar de; espoliar, usurpar: tirou-lhe a casa e tudo que tinha.
Fazer desaparecer por completo; limpar, eliminar: tirar a sujeira do chão.
Medir alguma coisa: tirar a temperatura da água.
Entender por dedução, pelo raciocínio: tirar conclusões dos testemunhos.
verbo bitransitivo e pronominal Mandar para longe: tirar alguém de uma festa; o policial me tirou do casamento.
verbo transitivo indireto Assemelhar-se a; ter o mesmo aspecto, aparência: o sapato tira para o castanho.
Ter uma tendência para; ser direcionado para: minha filha tira para as artes.
verbo pronominal Sair-se de; livrar-se: tirou-se daquele lugar terrível.
Desviar-se do caminho: a bicicleta tirou-se da estrada.
Etimologia (origem da palavra tirar). Do latim tirare.
Fonte: Priberam

Trave

Dicionário Comum
substantivo feminino Construção. Viga de madeira que liga duas asnas. O mesmo que linha ou tirante.
Trava.
Barrote.
Futebol. Cada uma das barras da baliza do gol.
Fonte: Priberam

Dicionário da Bíblia de Almeida
Trave VIGA (Hc 2:11; Mt 7:3-5).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Uvas

Dicionário Comum
fem. pl. de uva

u·va
(latim uva, -ae)
nome feminino

1. Botânica O fruto da videira.

2. Cada um dos bagos que formam um cacho.

3. Designação genérica dos frutos das videiras.

4. Nome de diferentes plantas cujos frutos são ordinariamente em cachos.


pôr as uvas em pisa a alguém
Dar-lhe grande sova, causar-lhe grande dano.

uva passa
A que foi seca ao sol, em forno ou em evaporador.

uvas de enforcado
As que pendem das árvores. = VINHA DE ENFORCADO

Confrontar: ova.
Fonte: Priberam

Vem

Dicionário Comum
3ª pess. sing. pres. ind. de vir
2ª pess. sing. imp. de vir
Será que queria dizer vêm?

vir -
(latim venio, -ire, vir, chegar, cair sobre, avançar, atacar, aparecer, nascer, mostrar-se)
verbo transitivo , intransitivo e pronominal

1. Transportar-se de um lugar para aquele onde estamos ou para aquele onde está a pessoa a quem falamos; deslocar-se de lá para cá (ex.: os turistas vêm a Lisboa; o gato veio para perto dele; o pai chamou e o filho veio).IR

verbo transitivo

2. Chegar e permanecer num lugar (ex.: ele veio para o Rio de Janeiro quando ainda era criança).

3. Derivar (ex.: o tofu vem da soja).

4. Ser transmitido (ex.: a doença dela vem da parte da mãe).

5. Ser proveniente; ter origem em (ex.: o tango vem da Argentina). = PROVIR

6. Ocorrer (ex.: vieram-lhe à mente algumas memórias).

7. Emanar (ex.: o barulho vem lá de fora).

8. Deslocar-se com um objectivo (ex.: ele veio à festa pela comida).

9. Descender, provir (ex.: ela vem de uma família aristocrata).

10. Bater, chocar, esbarrar (ex.: a bicicleta veio contra o muro).

11. Expor, apresentar, aduzir (ex.: todos vieram com propostas muito interessantes).

12. Chegar a, atingir (ex.: o fogo veio até perto da aldeia).

verbo transitivo e intransitivo

13. Apresentar-se em determinado local (ex.: os amigos disseram que viriam à festa; a reunião foi breve, mas nem todos vieram). = COMPARECER

verbo intransitivo

14. Chegar (ex.: o táxi ainda não veio).

15. Regressar, voltar (ex.: foram a casa e ainda não vieram).

16. Seguir, acompanhar (ex.: o cão vem sempre com ela).

17. Nascer (ex.: os gatinhos vieram mais cedo do que os donos esperavam).

18. Surgir (ex.: a chuva veio em força).

19. Começar a sair ou a jorrar (ex.: abriram as comportas e a água veio). = IRROMPER

20. Acontecer, ocorrer, dar-se (ex.: a fama e o sucesso vieram de repente).

verbo copulativo

21. Aparecer, surgir (ex.: a caixa veio aberta).

verbo pronominal

22. [Portugal, Informal] Atingir o orgasmo (ex.: estava muito excitado e veio-se depressa). = GOZAR


vir abaixo
Desmoronar-se (ex.: o prédio veio abaixo com a explosão). = IR ABAIXO


Ver também dúvida linguística: vir-se.
Fonte: Priberam

Ventos

Dicionário Comum
vento | s. m. | s. m. pl.
masc. pl. de ventó

ven·to
(latim ventus, -i)
nome masculino

1. Ar atmosférico que se desloca naturalmente, seguindo determinada direcção.

2. Movimento do ar assim deslocado.

3. Ar agitado, por qualquer meio (ex.: vento do ar condicionado).

4. Ar em geral.

5. Falha ou defeito em obra fundida, proveniente de algum ar, que entrou no metal durante a solidificação.

6. Gás contido no corpo do homem e dos animais. = FLATULÊNCIA, VENTOSIDADE

7. Figurado Influência favorável ou desfavorável (ex.: sentiu que maus ventos se aproximavam; foi levado por bons ventos). = SORTE

8. Vaidade, orgulho.

9. Faro.

10. Figurado Coisa rápida.

11. Coisa vã, inane.


ventos
nome masculino plural

12. [Portugal: Trás-os-Montes] Fendas de uma pedra.

13. [Brasil, Gíria] Dinheiro.


andar com todos os ventos
[Informal] Ser inconstante, concordar com qualquer opinião.

aos quatro ventos
[Informal] Muito alto ou em todas as direcções.

beber os ventos por
[Informal] Gostar muito de ou estar disposto a tudo para servir alguém.

cheio de vento
[Informal] Com muita vaidade, imodéstia ou presunção (ex.: ninguém gosta de pessoas cheias de vento).

com vento fresco
[Informal] Sem dizer nada, sem-cerimónia.

de vento em popa
Com vento favorável (ex.: navegar de vento em popa).

[Informal] De maneira próspera ou favorável (ex.: a loja vai de vento em popa).

vento encanado
[Informal, Regionalismo] Movimento de ar num espaço geralmente fechado. = AR ENCANADO, CORRENTE DE AR

vento ponteiro
O que sopra do lado para onde se quer navegar.


ven·tó
nome masculino

Espécie de escrivaninha acharoada.

Fonte: Priberam

Vestidos

Dicionário Comum
masc. pl. part. pass. de vestir
masc. pl. de vestido

ves·tir -
verbo transitivo

1. Pôr no corpo uma peça de roupa.

2. Pôr no corpo de outrem a roupa que o deve cobrir; ajudar alguém a vestir-se.

3. Dar roupa a.

4. Cobrir, adornar, revestir.

5. Usar como vestuário.

6. Trazer ordinariamente.

7. Fazer roupa para.

8. Figurado Cobrir, revestir, atapetar, alcatifar, forrar.

9. Adornar.

10. Assumir.

11. Encobrir, disfarçar.

12. Dar realce a; embelecer.

13. Tingir; tingir-se de.

verbo intransitivo

14. Trajar.

verbo pronominal

15. Cobrir-se com roupa.

16. Pôr trajo de sair; preparar-se para.

17. Comprar roupa para seu uso.

18. Cobrir-se, revestir-se, encobrir-se.

19. Imbuir-se, impregnar-se.

20. Disfarçar-se.


ves·ti·do
(latim vestitus, -us, traje, veste)
nome masculino

1. [Vestuário] [Vestuário] Peça de roupa, geralmente feminina, com ou sem mangas, de comprimento e formato variável, que cobre o tronco e as pernas (ex.: vestido curto; vestido de noiva).

2. Objecto que serve para vestir. = VESTE, VESTUÁRIO

adjectivo
adjetivo

3. Coberto com roupa. = ENROUPADO

4. [Linguagem poética] Atapetado, alcatifado.

Fonte: Priberam

Vida

Dicionário Comum
substantivo feminino Conjunto dos hábitos e costumes de alguém; maneira de viver: tinha uma vida de milionário.
Reunião daquilo que diferencia um corpo vivo do morto: encontrou o acidentado sem vida; a planta amanheceu sem vida.
O que define um organismo do seu nascimento até a morte: a vida dos animais.
Por Extensão Tempo que um ser existe, entre o seu nascimento e a sua morte; existência: já tinha alguns anos de vida.
Por Extensão Fase específica dentro dessa existência: vida adulta.
Figurado Tempo de duração de alguma coisa: a vida de um carro.
Por Extensão Reunião dos seres caracterizados tendo em conta sua espécie, ambiente, época: vida terrestre; vida marítima.
Figurado Aquilo que dá vigor ou sentido à existência de alguém; espírito: a música é minha vida!
Reunião dos fatos e acontecimentos mais relevantes na existência de alguém; biografia: descrevia a vida do cantor.
O que uma pessoa faz para sobreviver: precisava trabalhar para ganhar a vida.
Figurado O que se realiza; prática: vida rural.
Etimologia (origem da palavra vida). Do latim vita.ae.
Fonte: Priberam

Dicionário da FEB
[...] A vida humana é, pois, cópia davida espiritual; nela se nos deparam emponto pequeno todas as peripécias daoutra. Ora, se na vida terrena muitasvezes escolhemos duras provas, visandoa posição mais elevada, porque não ha-veria o Espírito, que enxerga mais lon-ge que o corpo e para quem a vidacorporal é apenas incidente de curtaduração, de escolher uma existênciaárdua e laboriosa, desde que o conduzaà felicidade eterna? [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 266

A vida vem de Deus e pertence a Deus,pois a vida é a presença de Deus emtoda parte.Deus criou a vida de tal forma que tudonela caminhará dentro da Lei deEvolução.O Pai não criou nada para ficar na es-tagnação eterna.A vida, em essência, é evolução. [...
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

V A vida é uma demonstração palmar de que o homem vem ao mundo com responsabilidades inatas; logo, a alma humana em quem se faz efetiva tal responsabilidade é preexistente à sua união com o corpo.
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 17

[...] é um dom da bondade infinita [...].
Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão

[...] é uma aventura maravilhosa, através de muitas existências aqui e alhures.
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 16

[...] É o conjunto de princípios que resistem à morte.
Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

A vida é uma grande realização de solidariedade humana.
Referencia: CASTRO, Almerindo Martins de• O martírio dos suicidas: seus sofrimentos inenarráveis• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

[...] o conjunto das funções que distinguem os corpos organizados dos corpos inorgânicos. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 1

[...] É a Criação... [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 2

A vida é uma idéia; é a idéia do resultado comum, ao qual estão associados e disciplinados todos os elementos anatômicos; é a idéia da harmonia que resulta do seu concerto, da ordem que reina em suas ações.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 2

A vida terrestre é uma escola, um meio de educação e de aperfeiçoamento pelo trabalho, pelo estudo e pelo sofrimento.
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Resumo

Cada vida terrena [...] é a resultante de um imenso passado de trabalho e de provações.
Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 18

[...] é um cadinho fecundo, de onde deves [o Espírito] sair purificado, pronto para as missões futuras, maduro para tarefas sempre mais nobres e maiores.
Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 14

[...] é uma vibração imensa que enche o Universo e cujo foco está em Deus.
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8

A vida é o bem maior que nos concede o Criador para o auto-aperfeiçoamento espiritual e somente o risco desse bem pode tornar admissível o sacrifício de uma vida que se inicia em favor de outra já plenamente adaptada à dimensão material e, por isso mesmo, em plena vigência da assunção dos seus compromissos para com a família e com a sociedade.
Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 6

[...] é um depósito sagrado e nós não podemos dispor de bens que nos não pertencem.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

A vida sem virtudes é lento suicídio, ao passo que, enobrecida pelo cumprimento do dever, santificada pelo amor universal, é o instrumento mais precioso do Espírito para o seu aperfeiçoamento indefinido.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

A vida é um sonho penoso, / Do qual nos desperta a morte.
Referencia: ERNY, Alfred• O psiquismo experimental: estudo dos fenômenos psíquicos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 2

[...] é uma força organizadora, que pode contrariar a tendência da matéria à V V desorganização. É uma força organizadora e pensante, que integra a matéria e a organiza, visto que, sem ela, toda matéria fica desorganizada.
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 2

[...] é um turbilhão contínuo, cuja diretiva, por mais complexa que seja, permanece constante. [...] (66, t. 2, cap.
1) [...] é uma força física inconsciente, organizadora e conservadora do corpo.
Referencia: FRANCINI, Walter• Doutor Esperanto: o romance de Lázaro Luís Zamenhof, criador da língua internacional• Com cartaprefácio do Dr• Mário Graciotti, da Academia Paulista de Letras• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - 1a narrativa

Considerada a vida uma sublime concessão de Deus, que se apresenta no corpo e fora dele, preexistindo-o e sobrevivendo-o, poder-se-á melhor enfrentar os desafios existenciais e as dificuldades que surgem, quando na busca da auto-iluminação. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impedimentos à iluminação

[...] é uma sinfonia de bênçãos aguardando teus apontamentos e comentários.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Tramas do destino• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 46

[...] é uma grande tecelã e nas suas malhas ajusta os sentimentos ao império da ordem, para que o equilíbrio governe todas as ações entre as criaturas.
Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 2, cap• 9

[...] é grande fortuna para quem deve progredir.
Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 3, cap• 7

Vidas são experiências que se aglutinam, formando páginas de realidade.
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Pról•

A vida física é oportunidade purificadora, da qual, em regra, ninguém consegue eximir-se. Bênção divina, flui e reflui, facultando aprimoramento e libertação.
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 1

[...] é o hálito do Pai Celeste que a tudo vitaliza e sustenta...
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 5

A vida terrena é um relâmpago que brilha por momentos no ambiente proceloso deste orbe, e logo se extingue para se reacender perenemente nas paragens siderais.
Referencia: GIBIER, Paul• O Espiritismo: faquirismo ocidental: estudo histórico crítico, experimental• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - L• 1, Na pista da verdade

[...] a nossa vida é um tesouro divino, que nos foi confiado para cumprir uma missão terrena [...].
Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - L• 9, cap• 1

[...] a vida humana é uma série ininterrupta de refregas e de desilusões...
Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - L• 9, cap• 22

[...] a vida humana é uma intérmina cadeia, uma corrente que se compõe de muitos elos, cada qual terminando no sepulcro, para de novo se soldar em ulterior encarnação até que o Espírito adquira elevadas faculdades, ou atinja a perfeição.
Referencia: GAMA, Zilda• Na sombra e na luz• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - L• 1, cap• 7

Vida e morte, uma só coisa, / Verdade de toda gente: / A vida é a flor que desponta / Onde a morte é uma semente.
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - cap• 173

[...] Em suas evoluções, a vida nada mais é que a manifestação cada vez mais completa do Espírito. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão

A vida, portanto, como efeito decorrente de um agente (princípio vital) sobre a matéria (fluido cósmico), tem, por V sustentação, a matéria e o princípio vital em estado de interação ativa, de forma contínua. Decorrente da mesma fonte original – pois reside no fluido magnético animal, que, por sua vez, não é outro senão o fluido vital – tem, contudo, a condição peculiar de veicular o contato com o princípio espiritual.
Referencia: MELO, Jacob• O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

[...] é amor e serviço, com Deus. [...]
Referencia: Ó, Fernando do• A dor do meu destino• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 2

A vida é a mais bela sinfonia de amor e luz que o Divino Poder organizou.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

Não vivi, pois a vida é o sentimento / De tudo o que nos toca em sofrimento / Ou exalta no prazer. [...] (185, Nova[...] é um combate insano e dolorido / Que temos de vencer. [...]
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sursum

[...] A vida é mesmo ingente aprendizado, / Onde o aluno, por vez desavisado, / Tem sempre ensanchas de recomeçar [...].
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Renovação

A vida humana não é um conjunto de artifícios. É escola da alma para a realidade maior.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mostremos o Mestre em nós

[...] é a manifestação da vontade de Deus: vida é amor.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo

[...] A vida, na sua expressão terrestre, é como uma árvore grandiosa. A infância é a sua ramagem verdejante. A mocidade se constitui de suas flores perfumadas e formosas. A velhice é o fruto da experiência e da sabedoria. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Boa nova• Pelo Espírito Humberto de Campos• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 9

[...] é a harmonia dos movimentos, resultante das trocas incessantes no seio da natureza visível e invisível. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 8

A vida em si é conjunto divino de experiências. Cada existência isolada oferece ao homem o proveito de novos conhecimentos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 22

[...] é trabalho, júbilo e criação na eternidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 68

A vida é sempre a iluminada escola.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 16

A vida é essência divina [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 17

A vida por toda parte / É todo um hino de amor, / Serve a nuvem, serve o vale, / Serve o monte, serve a flor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18

Lembrai-vos de que a vida é a eternidade em ascensão [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53

A oportunidade sagrada é a vida. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A vida é um campo divino, onde a infância é a germinação da Humanidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é a gloriosa manifestação de Deus. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

V V A vida é máquina divina da qual todos os seres são peças importantes e a cooperação é o fator essencial na produção da harmonia e do bem para todos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A vida é um câmbio divino do amor, em que nos alimentamos, uns aos outros, na ternura e na dedicação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Patrimônio da criação e divindade de todas as coisas, é a vida a vibração luminosa que se estende pelo infinito, dentro de sua grandeza e de seu sublime mistério.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é caminho em que nos cabe marchar para a frente, é sobretudo traçada pela Divina Sabedoria.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A vida é uma escola e cada criatura, dentro dela, deve dar a própria lição. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 26

[...] é um grande livro sem letras, em que as lições são as nossas próprias experiências.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião

A vida é uma corrente sagrada de elos perfeitos que vai do campo subatômico até Deus [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Notícias

A vida não é trepidação de nervos, a corrida armamentista ou a tortura de contínua defesa. É expansão da alma e crescimento do homem interior, que se não coadunam com a arte de matar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Apreciações

A vida é curso avançado de aprimoramento, através do esforço e da luta. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 54

A vida é processo de crescimento da alma ao encontro da Grandeza Divina.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71

E perceber o sentido da vida é crescer em serviço e burilamento constantes.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173

[...] é um jogo de circunstâncias que todo espírito deve entrosar para o bem, no mecanismo do seu destino. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Lembre-se de que a vida e o tempo são concessões de Deus diretamente a você, e, acima de qualquer angústia ou provação, a vida e o tempo responderão a você com a bênção da luz ou com a experiência da sombra, como você quiser.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 39

[...] é o carro triunfante do progresso, avançando sobre as rodas do tempo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13

Enquanto no corpo físico, desfrutas o poder de controlar o pensamento, aparentando o que deves ser; no entanto, após a morte, eis que a vida é a verdade, mostrando-te como és.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Espíritos transviados

A vida humana, pois, apesar de transitória, é a chama que vos coloca em contato com o serviço de que necessitais para ascensão justa. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

[...] afirmação de imortalidade gloriosa com Jesus Cristo!
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 8

[...] é uma longa caminhada para a vitória que hoje não podemos compreender. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Bilhete filial

V Todavia, é preciso lembrar que a vida é permanente renovação, propelindo-nos a entender que o cultivo da bondade incessante é o recurso eficaz contra o assédio de toda influência perniciosa.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Religião dos Espíritos: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 18a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Tentação e remédio

[...] é um cântico de trabalho e criação incessantes. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 24

[...] é aprimoramento incessante, até o dia da perfeição [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 60

[...] toda a vida, no fundo, é processo mental em manifestação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 23

A vida constitui encadeamento lógico de manifestações, e encontramos em toda parte a sucessão contínua de suas atividades, com a influenciação recípro ca entre todos os seres, salientando-se que cada coisa e cada criatura procede e depende de outras coisas e de outras criaturas.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 24

Fonte: febnet.org.br

Vontade

Dicionário Comum
substantivo feminino Determinação; sentimento que leva uma pessoa a fazer alguma coisa, a buscar seus objetivos ou desejos.
Capacidade individual de escolher ou desejar aquilo que bem entende; faculdade de fazer ou não fazer determinadas ações.
Capricho; desejo repentino: menino cheio de vontades!
Desejo físico ou emocional: vontade de dormir; vontade de se apaixonar.
Empenho; manifestação de entusiasmo e de determinação: guardou sua vontade para o vestibular.
Deliberação; decisão que uma pessoa expõe para que seja respeitada.
Prazer; expressão de contentamento: dançava com vontade.
Etimologia (origem da palavra vontade). Do latim voluntas.atis.
Fonte: Priberam

Dicionário da FEB
A vontade é atributo essencial do Espírito, isto é, do ser pensante. Com o auxílio dessa alavanca, ele atua sobre a matéria elementar e, por uma ação consecutiva, reage sobre os seus compostos, cujas propriedades íntimas vêm assim a ficar transformadas.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 131

A vontade é a participação consciente, esclarecida e responsável da alma que deseja sinceramente melhorar, depois de muito sofrer e de reconhecer suas grandes imperfeições, seus graves erros e imensas deficiências. O trabalho de vencer a si mesmo não é tarefa fácil.
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 14

[...] é uma força considerável, por meio da qual, eles [os Espíritos] agem sobre os fluidos; é pois, a vontade que determina as combinações dos fluidos [...].
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 4, cap• 3

[...] faculdade máter, cuja utilização constante e esclarecida tão alto pode elevar o homem. A vontade é a arma por excelência que ele precisa aprender a utilizar e incessantemente exercitar.
Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

V [...] é a faculdade soberana da alma, a força espiritual por excelência, e pode mesmo dizer-se que é a essência da sua personalidade.
Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4, cap• 32

[...] é a maior de todas as potências; é, em sua ação, comparável ao ímã. A vontade de viver, de desenvolver em nós a vida, atrai-nos novos recursos vitais; tal é o segredo da lei de evolução. A vontade pode atuar com intensidade sobre o corpo fluídico, ativar-lhe as vibrações e, por esta forma, apropriá-lo a um modo cada vez mais elevado de sensações, prepará-lo para mais alto grau de existência. [...] O princípio superior, o motor da existência, é a vontade.
Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 20

[...] é, certamente, uma energia de ordem intelectual.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 3

[...] é uma faculdade essencialmente imaterial, diferente do que se entende geralmente por propriedades da matéria.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 5

[...] uma das maiores potencialidades que existe no ser humano: a vontade.
Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 5

[...] é atributo essencial do Espírito, isto é, do ser pensante.
Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 6

[...] é o impacto determinante. Nela dispomos do botão poderoso que decide o movimento ou a inércia da máquina. [...] é, pois, o comando geral de nossa existência. Ela é a manifestação do ser como individualidade, no uso do seu livre-arbítrio. [...]
Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 6

[...] O princípio superior, o motor da existência, é a vontade. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Ligeiros comentários•••

[...] é a força principal do caráter, é, numa palavra, o próprio homem. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sursum corda

[...] Todos temos a vontade por alavanca de luz, e toda criatura, sem exceção, demonstrará a quantidade e o teor da luz que entesoura em si própria, toda vez que chamada a exame, na hora da crise.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Exames

[...] a vontade e a confiança do homem são poderosos fatores no desenvolvimento e iluminação da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 113

A vontade é a gerência esclarecida e vigilante, governando todos os setores da ação mental.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pensamento e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 2

A vontade é sagrado atributo do espírito, dádiva de Deus a nós outros para que decidamos, por nós, quanto à direção do próprio destino.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 57

Fonte: febnet.org.br

árvore

Dicionário Comum
substantivo feminino Planta lenhosa cujo caule, ou tronco, fixado no solo com raízes, é despido na base e carregado de galhos e folhas na parte superior.
Mecânica. Eixo usado para transmitir um movimento ou para transformá-lo: árvore de cames.
Árvore genealógica, quadro que dá, sob forma de árvore com suas ramificações, a filiação dos membros de uma família.
[Anatomia] Árvore da vida, parte interna e ramificada do cerebelo, cuja seção figura uma árvore.
[Psicologia] Teste da árvore, teste projetivo dos retardamentos e das perturbações da personalidade, que se revelam no desenho de uma árvore executada pelo indivíduo.
Árvore de Natal, árvore que se arma na noite de Natal, na sala principal da casa, e de cujos ramos pendem presentes e brindes.
Fonte: Priberam

Dicionário Bíblico
Em quase todos os países há certas árvores tidas como sagradas, e a Palestina não faz exceção. Não é raro ver ali árvores a que estão presos alguns pedaços de pano, como sinal da oração que aí foi feita por certos adoradores, pois se pensa que elas possuem uma sagrada virtude para afastar doenças. Esta reverência recua a tempos remotíssimos, muito antes dos patriarcas, e explica alguns casos em que se faz especial menção das árvores. o aserá (*veja Bosque), que é um tronco ou poste, não é mais que a forma convencional de uma árvore, e como tal se acha em conexão com um falso culto.
Fonte: Dicionário Adventista

Dicionário de Jesus e Evangelhos
Árvore Símbolo do ser humano, que deve dar bons frutos — a conversão — para não ser lançado ao fogo (Mt 3:10; 7,17ss.; 12,33; Lc 3:9; 6,43ss.).
Autor: César Vidal Manzanares

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
μή κρίνω ἵνα μή ἵνα μή κρίνω
Mateus 7: 1 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Não julgueis, para que não sejais julgados.
Mateus 7: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G2443
hína
ἵνα
para que
(that)
Conjunção
G2919
krínō
κρίνω
separar, colocar separadamente, selecionar, escolher
(to sue)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) infinitivo passivo
G3361
mḗ
μή
não
(not)
Advérbio


ἵνα


(G2443)
hína (hin'-ah)

2443 ινα hina

provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj

  1. que, a fim de que, para que

κρίνω


(G2919)
krínō (kree'-no)

2919 κρινω krino

talvez uma palavra primitiva; TDNT - 3:921,469; v

  1. separar, colocar separadamente, selecionar, escolher
  2. aprovar, estimar, preferir
  3. ser de opinião, julgar, pensar
  4. determinar, resolver, decretar
  5. julgar
    1. pronunciar uma opinião relativa ao certo e errado
      1. ser julgado, i.e., ser chamado à julgamento para que o caso possa ser examinado e julgado
    2. julgar, sujeitar à censura
      1. daqueles que atuam como juízes ou árbitros em assuntos da vida comum, ou emitem julgamento sobre as obras e palavras de outros
  6. reinar, governar
    1. presidir com o poder de emitir decisões judiciais, porque julgar era a prerrogativa dos reis e governadores
  7. contender juntos, de guerreiros ou combatentes
    1. disputar
    2. num sentido forense
      1. recorrer à lei, processar judicialmente

μή


(G3361)
mḗ (may)

3361 μη me

partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

  1. não, que... (não)

ἔν ὅς κρίμα γάρ κρίνω κρίνω καί ἔν μέτρον ὅς μετρέω ὑμῖν ἀντιμετρέω
Mateus 7: 2 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Porque com o juízo com que julgardes sereis julgados; e com a medida que medirdes vós sereis medidos.
Mateus 7: 2 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G1063
gár
γάρ
primícias da figueira, figo temporão
(as the earliest)
Substantivo
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2917
kríma
κρίμα
decreto
(judgment)
Substantivo - Dativo neutro no Singular
G2919
krínō
κρίνω
separar, colocar separadamente, selecionar, escolher
(to sue)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) infinitivo passivo
G3354
metréō
μετρέω
medir
(you measure)
Verbo - presente indicativo ativo - 2ª pessoa do plural
G3358
métron
μέτρον
raro, nobre, famaoso, difícil
(and noble)
Adjetivo
G3739
hós
ὅς
que
(which)
Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
G4771
σύ
de você
(of you)
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular


γάρ


(G1063)
gár (gar)

1063 γαρ gar

partícula primária; conj

  1. porque, pois, visto que, então

ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

κρίμα


(G2917)
kríma (kree'-mah)

2917 κριμα krima

de 2919; TDNT - 3:942,469; n n

  1. decreto
  2. julgamento
    1. condenação do erro, decisão (seja severa ou branda) que alguém toma a respeito das faltas de outros
    2. num sentido forense
      1. sentença de um juiz
      2. punição com a qual alguém é sentenciado
      3. sentença condenatória, julgamento penal, sentença

        um assunto a ser decidido judicialmente, ação judicial, um caso na corte


κρίνω


(G2919)
krínō (kree'-no)

2919 κρινω krino

talvez uma palavra primitiva; TDNT - 3:921,469; v

  1. separar, colocar separadamente, selecionar, escolher
  2. aprovar, estimar, preferir
  3. ser de opinião, julgar, pensar
  4. determinar, resolver, decretar
  5. julgar
    1. pronunciar uma opinião relativa ao certo e errado
      1. ser julgado, i.e., ser chamado à julgamento para que o caso possa ser examinado e julgado
    2. julgar, sujeitar à censura
      1. daqueles que atuam como juízes ou árbitros em assuntos da vida comum, ou emitem julgamento sobre as obras e palavras de outros
  6. reinar, governar
    1. presidir com o poder de emitir decisões judiciais, porque julgar era a prerrogativa dos reis e governadores
  7. contender juntos, de guerreiros ou combatentes
    1. disputar
    2. num sentido forense
      1. recorrer à lei, processar judicialmente

μετρέω


(G3354)
metréō (met-reh'-o)

3354 μετρεω metreo

de 3358; TDNT - 4:632,590; v

  1. medir
    1. qualquer espaço ou distância com uma cana ou régua de medidor
    2. metáf. julgar de acordo com uma regra ou norma, estimar

      medir, dar em doses a, i.e., dar sob medida


μέτρον


(G3358)
métron (met'-ron)

3358 μετρον metron

palavra aparentemente primária; TDNT - 4:632,590; n n

  1. medida, instrumento para medir
    1. vasilha para receber e determinar a quantidade das coisas, sejam elas secas ou líquidas
    2. vara graduada para medida, bastão de medida
    3. proverbialmente, a regra ou norma de julgamento
  2. extensão determinada, porção medida de, medida ou limite
    1. a medida requerida, obrigação, ajuste, proporção

ὅς


(G3739)
hós (hos)

3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

  1. quem, que, o qual

σύ


(G4771)
(soo)

4771 συ su

pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

  1. tu

τίς βλέπω κάρφος ἔν ὀφθαλμός σοῦ ἀδελφός δέ οὐ κατανοέω δοκός ἔν σός
Mateus 7: 3 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

E por que tu observas o cisco que está no olho do teu irmão, e não percebes a viga que está no teu próprio olho?
Mateus 7: 3 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G1161
δέ
e / mas / alem do mais / além disso
(moreover)
Conjunção
G1385
dokós
δοκός
[a] viga
([the] beam)
Substantivo - feminino acusativo singular
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G2595
kárphos
κάρφος
lança
(spears)
Substantivo
G2657
katanoéō
κατανοέω
a rainha do rei Ezequias e mãe de Manassés
([was] Hephzibah)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3756
ou
οὐ
o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
(and Carmi)
Substantivo
G3788
ophthalmós
ὀφθαλμός
sucesso, habilidade, proveito
(and in equity)
Substantivo
G4674
sós
σός
()
G4771
σύ
de você
(of you)
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
G5101
tís
τίς
Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
(who)
Pronome interrogativo / indefinido - nominativo masculino singular
G80
adelphós
ἀδελφός
O Nifal é o “passivo” do Qal - ver 8851
(small dust)
Substantivo
G991
blépō
βλέπω
ver, discernir, através do olho como orgão da visão
(looking upon)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo


δέ


(G1161)
(deh)

1161 δε de

partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

  1. mas, além do mais, e, etc.

δοκός


(G1385)
dokós (dok-os')

1385 δοκος dokos

de 1209 (pela idéia de sustentar); n f

  1. viga

ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

κάρφος


(G2595)
kárphos (kar'-fos)

2595 καρφος karphos

de karpho (murchar); n n

um talo ou ramo seco, palha

palhiço, resíduos dos cereais


κατανοέω


(G2657)
katanoéō (kat-an-o-eh'-o)

2657 κατανοεω katanoeo

de 2596 e 3539; TDNT - 4:973,636; v

perceber, notar, observar, entender

considerar atenciosamente, fixar os olhos ou a mente em alguém



(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


οὐ


(G3756)
ou (oo)

3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

  1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

ὀφθαλμός


(G3788)
ophthalmós (of-thal-mos')

3788 οφταλμος ophthalmos

de 3700; TDNT - 5:375,706; n m

olho

metáf. olhos da mente, faculdade de conhecer


σός


(G4674)
sós (sos)

4674 σος sos

de 4771; pron

  1. teu

σύ


(G4771)
(soo)

4771 συ su

pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

  1. tu

τίς


(G5101)
tís (tis)

5101 τις tis

τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

Possui relação com τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

ἀδελφός


(G80)
adelphós (ad-el-fos')

80 αδελφος adelphos

de 1 (como uma partícula conectiva) e delphus (o ventre);

TDNT 1:144,22; n m

  1. um irmão, quer nascido dos mesmos pais ou apenas do mesmo pai ou da mesma mãe
  2. tendo o mesmo antepassado nacional, pertencendo ao mesmo povo ou compatriota
  3. qualquer companheiro ou homem
  4. um fiel companheiro, unido ao outro pelo vínculo da afeição
  5. um associado no emprego ou escritório
  6. irmãos em Cristo
    1. seus irmãos pelo sangue
    2. todos os homens
    3. apóstolos
    4. Cristãos, como aqueles que são elevados para o mesmo lugar celestial

βλέπω


(G991)
blépō (blep'-o)

991 βλεπω blepo

um palavra primária; TDNT - 5:315,706; v

  1. ver, discernir, através do olho como orgão da visão
    1. com o olho do corpo: estar possuído de visão, ter o poder de ver
    2. perceber pelo uso dos olhos: ver, olhar, avistar
    3. voltar o olhar para algo: olhar para, considerar, fitar
    4. perceber pelos sentidos, sentir
    5. descobrir pelo uso, conhecer pela experiência
  2. metáf. ver com os olhos da mente
    1. ter (o poder de) entender
    2. discernir mentalmente, observar, perceber, descobrir, entender
    3. voltar os pensamentos ou dirigir a mente para um coisa, considerar, contemplar, olhar para, ponderar cuidadosamente, examinar
  3. sentido geográfico de lugares, montanhas, construções, etc.: habilidade de localizar o que se está buscando

Sinônimos ver verbete 5822


ἤ πῶς ἔρω σοῦ ἀδελφός ἀφίημι ἐκβάλλω κάρφος ἀπό σοῦ ὀφθαλμός ἰδού δοκός ἔν σοῦ
Mateus 7: 4 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o cisco do teu olho, e, eis uma viga no teu próprio olho?
Mateus 7: 4 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G1385
dokós
δοκός
[a] viga
([the] beam)
Substantivo - feminino acusativo singular
G1537
ek
ἐκ
o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
(Gilgal)
Substantivo
G1544
ekbállō
ἐκβάλλω
expulsar, expelir, mandar sair
( I might cast out)
Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Ativo - 1ª pessoa do singular
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G2046
eréō
ἐρέω
()
G2228
um sacerdote, filho de Uzi, e antepassado de Esdras, o escriba
(Zerahiah)
Substantivo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2595
kárphos
κάρφος
lança
(spears)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3708
horáō
ὁράω
ira, irritação, provocação, aflição
(of the provocation)
Substantivo
G3788
ophthalmós
ὀφθαλμός
sucesso, habilidade, proveito
(and in equity)
Substantivo
G4459
pōs
πῶς
dente, dente grande
(the great teeth)
Substantivo
G4771
σύ
de você
(of you)
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
G80
adelphós
ἀδελφός
O Nifal é o “passivo” do Qal - ver 8851
(small dust)
Substantivo
G863
aphíēmi
ἀφίημι
um comandante geteu procedente de Gate no exército de Davi
(the Ittai)
Substantivo


δοκός


(G1385)
dokós (dok-os')

1385 δοκος dokos

de 1209 (pela idéia de sustentar); n f

  1. viga

ἐκ


(G1537)
ek (ek)

1537 εκ ek ou εξ ex

preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

  1. de dentro de, de, por, fora de

ἐκβάλλω


(G1544)
ekbállō (ek-bal'-lo)

1544 εκβαλλω ekballo

de 1537 e 906; TDNT - 1:527,91; v

  1. expulsar, expelir, mandar sair
    1. com noção de violência
      1. expelir (expulsar)
      2. expulsar
        1. do mundo, i.e. ser privado do poder e influência que se exerce no mundo
        2. uma coisa: excremento da barriga na fossa
      3. expelir uma pessoa de uma sociedade: banir de uma família
      4. compelir alguém a partir; mandar alguém partir, de modo severo ainda que não violento na linguagem
      5. empregado para expressar a idéia de que o movimento rápido de algo saindo é transferido para algo sendo lançado
        1. ordenar ou fazer alguém sair apressadamente
      6. fazer sair com força, puxar
      7. com implicacões da força superar força oposta
        1. fazer uma coisa se mover em linha reta até o seu alvo pretendido
      8. rejeitar com desprezo, rejeitar ou jogar fora
    2. sem noção de violência
      1. fazer sair, extrair, algo inserido em outra coisa
      2. fazer sair, gerar
      3. excetuar, omitir, i.e. não receber
      4. levar ou conduzir a algum lugar com uma força que não se pode resistir

ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

ἐρέω


(G2046)
eréō (er-eh'-o)

2046 ερεω ereo

provavelmente um forma mais completa de 4483, uma alternativa para 2036 em determinados tempos; v

  1. expressar, falar, dizer


(G2228)
(ay)

2228 η e

partícula primária de distinção entre dois termos conectados; partícula

  1. ou ... ou, que

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

κάρφος


(G2595)
kárphos (kar'-fos)

2595 καρφος karphos

de karpho (murchar); n n

um talo ou ramo seco, palha

palhiço, resíduos dos cereais



(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὁράω


(G3708)
horáō (hor-ah'-o)

3708 οραω horao

propriamente, fitar [cf 3700]; TDNT - 5:315,706; v

  1. ver com os olhos
  2. ver com a mente, perceber, conhecer
  3. ver, i.e., tornar-se conhecido pela experiência, experimentar
  4. ver, olhar para
    1. dar atênção a, tomar cuidado
    2. cuidar de, dar atênção a

      Eu fui visto, mostrei-me, tornei-me visível

Sinônimos ver verbete 5822


ὀφθαλμός


(G3788)
ophthalmós (of-thal-mos')

3788 οφταλμος ophthalmos

de 3700; TDNT - 5:375,706; n m

olho

metáf. olhos da mente, faculdade de conhecer


πῶς


(G4459)
pōs (poce)

4459 πως pos

advérbio da raiz de 4226, partícula interrogativa de modo; partícula

  1. como, de que maneira

σύ


(G4771)
(soo)

4771 συ su

pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

  1. tu

ἀδελφός


(G80)
adelphós (ad-el-fos')

80 αδελφος adelphos

de 1 (como uma partícula conectiva) e delphus (o ventre);

TDNT 1:144,22; n m

  1. um irmão, quer nascido dos mesmos pais ou apenas do mesmo pai ou da mesma mãe
  2. tendo o mesmo antepassado nacional, pertencendo ao mesmo povo ou compatriota
  3. qualquer companheiro ou homem
  4. um fiel companheiro, unido ao outro pelo vínculo da afeição
  5. um associado no emprego ou escritório
  6. irmãos em Cristo
    1. seus irmãos pelo sangue
    2. todos os homens
    3. apóstolos
    4. Cristãos, como aqueles que são elevados para o mesmo lugar celestial

ἀφίημι


(G863)
aphíēmi (af-ee'-ay-mee)

863 αφιημι aphiemi

de 575 e hiemi (enviar, uma forma intensiva de eimi, ir); TDNT - 1:509,88; v

  1. enviar para outro lugar
    1. mandar ir embora ou partir
      1. de um marido que divorcia sua esposa
    2. enviar, deixar, expelir
    3. deixar ir, abandonar, não interferir
      1. negligenciar
      2. deixar, não discutir agora, (um tópico)
        1. de professores, escritores e oradores
      3. omitir, negligenciar
    4. deixar ir, deixar de lado uma dívida, perdoar, remitir
    5. desistir, não guardar mais
  2. permitir, deixar, não interferir, dar uma coisa para uma pessoa
  3. partir, deixar alguém
    1. a fim de ir para outro lugar
    2. deixar alguém
    3. deixar alguém e abandoná-lo aos seus próprios anseios de modo que todas as reivindicações são abandonadas
    4. desertar sem razão
    5. partir deixando algo para trás
    6. deixar alguém ao não tomá-lo como companheiro
    7. deixar ao falecer, ficar atrás de alguém
    8. partir de modo que o que é deixado para trás possa ficar,
    9. abandonar, deixar destituído

ὑποκριτής ἐκβάλλω πρῶτον δοκός ἐκ σοῦ ὀφθαλμός καί τότε διαβλέπω ἐκβάλλω κάρφος ἐκ ὀφθαλμός σοῦ ἀδελφός
Mateus 7: 5 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Hipócrita, tira primeiro a viga do teu olho, e então verás com clareza para tirar o cisco do olho do teu irmão.
Mateus 7: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G1227
diablépō
διαβλέπω
olhar através, penetrar pela visão
(you will see clearly)
Verbo - futuro do indicativo ativo - 2ª pessoa do singular
G1385
dokós
δοκός
[a] viga
([the] beam)
Substantivo - feminino acusativo singular
G1537
ek
ἐκ
o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
(Gilgal)
Substantivo
G1544
ekbállō
ἐκβάλλω
expulsar, expelir, mandar sair
( I might cast out)
Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Ativo - 1ª pessoa do singular
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2595
kárphos
κάρφος
lança
(spears)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3788
ophthalmós
ὀφθαλμός
sucesso, habilidade, proveito
(and in equity)
Substantivo
G4412
prōton
πρῶτον
primeiro
(first)
Advérbio - superlativo
G4771
σύ
de você
(of you)
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
G5119
tóte
τότε
então
(Then)
Advérbio
G5273
hypokritḗs
ὑποκριτής
agradável, gracioso, doce, amável, favorável
(and pleasant)
Adjetivo
G80
adelphós
ἀδελφός
O Nifal é o “passivo” do Qal - ver 8851
(small dust)
Substantivo


διαβλέπω


(G1227)
diablépō (dee-ab-lep'-o)

1227 διαβλεπω diablepo

de 1223 e 991; v

  1. olhar através, penetrar pela visão
    1. olhar fixamente, olhar firme para alguém
    2. ver claramente

δοκός


(G1385)
dokós (dok-os')

1385 δοκος dokos

de 1209 (pela idéia de sustentar); n f

  1. viga

ἐκ


(G1537)
ek (ek)

1537 εκ ek ou εξ ex

preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

  1. de dentro de, de, por, fora de

ἐκβάλλω


(G1544)
ekbállō (ek-bal'-lo)

1544 εκβαλλω ekballo

de 1537 e 906; TDNT - 1:527,91; v

  1. expulsar, expelir, mandar sair
    1. com noção de violência
      1. expelir (expulsar)
      2. expulsar
        1. do mundo, i.e. ser privado do poder e influência que se exerce no mundo
        2. uma coisa: excremento da barriga na fossa
      3. expelir uma pessoa de uma sociedade: banir de uma família
      4. compelir alguém a partir; mandar alguém partir, de modo severo ainda que não violento na linguagem
      5. empregado para expressar a idéia de que o movimento rápido de algo saindo é transferido para algo sendo lançado
        1. ordenar ou fazer alguém sair apressadamente
      6. fazer sair com força, puxar
      7. com implicacões da força superar força oposta
        1. fazer uma coisa se mover em linha reta até o seu alvo pretendido
      8. rejeitar com desprezo, rejeitar ou jogar fora
    2. sem noção de violência
      1. fazer sair, extrair, algo inserido em outra coisa
      2. fazer sair, gerar
      3. excetuar, omitir, i.e. não receber
      4. levar ou conduzir a algum lugar com uma força que não se pode resistir

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

κάρφος


(G2595)
kárphos (kar'-fos)

2595 καρφος karphos

de karpho (murchar); n n

um talo ou ramo seco, palha

palhiço, resíduos dos cereais



(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὀφθαλμός


(G3788)
ophthalmós (of-thal-mos')

3788 οφταλμος ophthalmos

de 3700; TDNT - 5:375,706; n m

olho

metáf. olhos da mente, faculdade de conhecer


πρῶτον


(G4412)
prōton (pro'-ton)

4412 πρωτον proton

neutro de 4413 como advérbio (com ou sem 3588); TDNT - 6:868,965; adv

  1. primeiro em tempo ou lugar
    1. em qualquer sucessão de coisas ou pessoas
  2. primeiro em posição
    1. influência, honra
    2. chefe
    3. principal

      primeiro, no primeiro


σύ


(G4771)
(soo)

4771 συ su

pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

  1. tu

τότε


(G5119)
tóte (tot'-eh)

5119 τοτε tote

do (neutro de) 3588 e 3753; adv

então

naquele tempo


ὑποκριτής


(G5273)
hypokritḗs (hoop-ok-ree-tace')

5273 υποκριτης hupokrites

de 5271; TDNT - 8:559,1235; n m

alguém que responde, intérprete

ator, artista de teatro

dissimulador, impostor, hipócrita


ἀδελφός


(G80)
adelphós (ad-el-fos')

80 αδελφος adelphos

de 1 (como uma partícula conectiva) e delphus (o ventre);

TDNT 1:144,22; n m

  1. um irmão, quer nascido dos mesmos pais ou apenas do mesmo pai ou da mesma mãe
  2. tendo o mesmo antepassado nacional, pertencendo ao mesmo povo ou compatriota
  3. qualquer companheiro ou homem
  4. um fiel companheiro, unido ao outro pelo vínculo da afeição
  5. um associado no emprego ou escritório
  6. irmãos em Cristo
    1. seus irmãos pelo sangue
    2. todos os homens
    3. apóstolos
    4. Cristãos, como aqueles que são elevados para o mesmo lugar celestial

μή δίδωμι κύων ὁ ἅγιος μηδέ βάλλω ἔμπροσθεν χοῖρος ὑμῶν μαργαρίτης μήποτε αὐτός καταπατέω ἔν πούς καί στρέφω ὑμᾶς ῥήγνυμι
Mateus 7: 6 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Não deis o que é santo aos cães, nem lanceis aos porcos as vossas pérolas, para que não suceda que as pisem com os seus pés, e voltando-se novamente, vos despedacem.
Mateus 7: 6 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G1325
dídōmi
δίδωμι
bato, uma unidade de medida para líquidos, com cerca de 40 litros, igual ao efa que é a
(baths)
Substantivo
G1715
émprosthen
ἔμπροσθεν
ante, perante / na frente de
(before)
Preposição
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2662
katapatéō
καταπατέω
pisar, esmagar com o pé, pisotear
(to be trampled upon)
Verbo - presente infinitivo intermediário ou passivo
G2965
kýōn
κύων
cachorro
(dogs)
Substantivo - Dativo Masculine Plural
G3135
margarítēs
μαργαρίτης
um benjamita, filho de Bequer
(and Joash)
Substantivo
G3361
mḗ
μή
não
(not)
Advérbio
G3366
mēdé
μηδέ
preço, valor, preciosidade, honra, esplendor, pompa
(the honor)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G40
hágios
ἅγιος
Abimeleque
(Abimelech)
Substantivo
G4219
póte
πότε
vasilha, bacia
(and its basins)
Substantivo
G4228
poús
πούς
pé, pata
(foot)
Substantivo - acusativo masculino singular
G4486
rhḗgnymi
ῥήγνυμι
rasgar, romper ou estourar, rebentar, quebrar
(they tear to pieces)
Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Ativo - 3ª pessoa do plural
G4762
stréphō
στρέφω
virar, girar
(turn)
Verbo - Imperativo aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Ativo - 2ª pessoa do singular
G4771
σύ
de você
(of you)
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
G5519
choîros
χοῖρος
()
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
G906
bállō
βάλλω
lançar ou jogar uma coisa sem cuidar aonde ela cai
(is thrown)
Verbo - presente indicativo médio ou passivo - 3ª pessoa do singular


δίδωμι


(G1325)
dídōmi (did'-o-mee)

1325 διδωμι didomi

forma prolongada de um verbo primário (que é usado com uma alternativa em muitos dos tempos); TDNT - 2:166,166; v

  1. dar
  2. dar algo a alguém
    1. dar algo a alguém de livre e espontânea vontade, para sua vantagem
      1. dar um presente
    2. conceder, dar a alguém que pede, deixar com que tenha
    3. suprir, fornecer as coisas necessárias
    4. dar, entregar
      1. estender, oferecer, apresentar
      2. de um escrito
      3. entregar aos cuidados de alguém, confiar
        1. algo para ser administrado
        2. dar ou entregar para alguém algo para ser religiosamente observado
    5. dar o que é dever ou obrigatório, pagar: salários ou recompensa
    6. fornecer, doar
  3. dar
    1. causar, ser profuso, esbanjador, doar-se a si mesmo
      1. dar, distribuir com abundância
    2. designar para um ofício
    3. causar sair, entregar, i.e. como o mar, a morte e o inferno devolvem o morto que foi engolido ou recebido por eles
    4. dar-se a alguém como se pertencesse a ele
      1. como um objeto do seu cuidado salvador
      2. dar-se a alguém, segui-lo como um líder ou mestre
      3. dar-se a alguém para cuidar de seus interesses
      4. dar-se a alguém a quem já se pertencia, retornar
  4. conceder ou permitir a alguém
    1. comissionar

Sinônimos ver verbete 5836


ἔμπροσθεν


(G1715)
émprosthen (em'-pros-then)

1715 εμπροσθεν emprosthen

de 1722 e 4314; adv

  1. em frente, antes
    1. antes, i.e. naquela região local que está em frente de uma pessoa ou coisa
    2. antes, na presença de, i.e. oposto a, contra alguém
    3. antes, de acordo com o ponto de vista de
    4. antes, denotando ordem

ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

καταπατέω


(G2662)
katapatéō (kat-ap-at-eh'-o)

2662 καταπατεω katapateo

de 2596 e 3961; TDNT - 5:940,804; v

  1. pisar, esmagar com o pé, pisotear
  2. metaph. tratar com rispidez e desprezo
    1. rejeitar, tratar com negligência insultante

κύων


(G2965)
kýōn (koo'-ohn)

2965 κυων kuon

palavra raiz; TDNT - 3:1101,; n m

cachorro

metáf. pessoa de mente impura, pessoa impudente


μαργαρίτης


(G3135)
margarítēs (mar-gar-ee'-tace)

3135 μαργαριτης margarites

de margaros (uma ostra perolífera); TDNT - 4:472,564; n m

pérola

provérbio, i.e., palavra de grande valor


μή


(G3361)
mḗ (may)

3361 μη me

partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

  1. não, que... (não)

μηδέ


(G3366)
mēdé (may-deh')

3366 μηδε mede

de 3361 e 1161; partícula

  1. e não, mas não, nem, não


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ἅγιος


(G40)
hágios (hag'-ee-os)

40 αγιος hagios

de hagos (uma coisa grande, sublime) [cf 53, 2282]; TDNT 1:88,14; adj

  1. algo muito santo; um santo

Sinônimos ver verbete 5878


πότε


(G4219)
póte (pot'-eh)

4219 ποτε pote

da raiz de 4226 e 5037; adv

  1. quando?, em que tempo?

πούς


(G4228)
poús (pooce)

4228 πους pous

palavra primária; TDNT - 6:624,925; n m

  1. pé, pata
    1. freqüentemente, no oriente, coloca-se o pé sobre o derrotado
    2. dos discípulos ouvindo a instrução de seu mestre, diz-se que estão aos seus pés

ῥήγνυμι


(G4486)
rhḗgnymi (hrayg'-noo-mee)

4486 ρηγνυμι rhegnumi ou ρησσω rhesso

ambas formas prolongadas de rheko (que aparece somente em determinadas formas, e é em si mesmo provavelmente um forma fortalecida de agnumi [ver em 2608]); v

  1. rasgar, romper ou estourar, rebentar, quebrar
    1. partir em pedaços
    2. irromper
      1. em alegria, de infantes ou pessoas mudas começando a falar
    3. contorcer, convulsionar
      1. de demônio causando convulsões em um possesso
      2. precipitar-se, lançar ao chão (ocorrência comum nos casos de possessão e epilepsia)

Sinônimos ver verbete 5850


στρέφω


(G4762)
stréphō (stref'-o)

4762 στρεφω strepho

reforçado da raiz de 5157; TDNT - 7:714,1093; v

  1. virar, girar
  2. virar-se (i.e., voltar as costas para alguém

    2a) de alguém que não mais se importa com o outro)

    1. metáf. mudar a conduta de, i.e., mudar a mente de alguém

σύ


(G4771)
(soo)

4771 συ su

pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

  1. tu

χοῖρος


(G5519)
choîros (khoy'-ros)

5519 χοιρος choiros

de derivação incerta; n m

  1. suíno

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo

βάλλω


(G906)
bállō (bal'-lo)

906 βαλλω ballo

uma palavra primária; TDNT - 1:526,91; v

  1. lançar ou jogar uma coisa sem cuidar aonde ela cai
    1. espalhar, lançar, arremessar
    2. entregar ao cuidado de alguém não sabendo qual será o resultado
    3. de fluidos
      1. verter, lançar aos rios
      2. despejar
  2. meter, inserir

αἰτέω καί δίδωμι ὑμῖν ζητέω καί εὑρίσκω κρούω καί ἀνοίγω ὑμῖν
Mateus 7: 7 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Pedi, e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei e abrir-se-vos-á.
Mateus 7: 7 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G1325
dídōmi
δίδωμι
bato, uma unidade de medida para líquidos, com cerca de 40 litros, igual ao efa que é a
(baths)
Substantivo
G154
aitéō
αἰτέω
pedir, rogar, suplicar, desejar, requerer
(asking of)
Verbo - particípio no presente Ativo - Dativo Masculino no Singular
G2147
heurískō
εὑρίσκω
o pai de Eliézer, o líder dos rubenitas no reinado de Davi
(and Zichri)
Substantivo
G2212
zētéō
ζητέω
purificar, destilar, coar, refinar
(refined)
Verbo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2925
kroúō
κρούω
()
G455
anoígō
ἀνοίγω
()
G4771
σύ
de você
(of you)
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular


δίδωμι


(G1325)
dídōmi (did'-o-mee)

1325 διδωμι didomi

forma prolongada de um verbo primário (que é usado com uma alternativa em muitos dos tempos); TDNT - 2:166,166; v

  1. dar
  2. dar algo a alguém
    1. dar algo a alguém de livre e espontânea vontade, para sua vantagem
      1. dar um presente
    2. conceder, dar a alguém que pede, deixar com que tenha
    3. suprir, fornecer as coisas necessárias
    4. dar, entregar
      1. estender, oferecer, apresentar
      2. de um escrito
      3. entregar aos cuidados de alguém, confiar
        1. algo para ser administrado
        2. dar ou entregar para alguém algo para ser religiosamente observado
    5. dar o que é dever ou obrigatório, pagar: salários ou recompensa
    6. fornecer, doar
  3. dar
    1. causar, ser profuso, esbanjador, doar-se a si mesmo
      1. dar, distribuir com abundância
    2. designar para um ofício
    3. causar sair, entregar, i.e. como o mar, a morte e o inferno devolvem o morto que foi engolido ou recebido por eles
    4. dar-se a alguém como se pertencesse a ele
      1. como um objeto do seu cuidado salvador
      2. dar-se a alguém, segui-lo como um líder ou mestre
      3. dar-se a alguém para cuidar de seus interesses
      4. dar-se a alguém a quem já se pertencia, retornar
  4. conceder ou permitir a alguém
    1. comissionar

Sinônimos ver verbete 5836


αἰτέω


(G154)
aitéō (ahee-teh'-o)

154 αιτεω aiteo

de derivação incerta; TDNT - 1:191,30; v

  1. pedir, rogar, suplicar, desejar, requerer

Sinônimos ver verbete 5802 e 5920


εὑρίσκω


(G2147)
heurískō (hyoo-ris'-ko)

2147 ευρισκω heurisko

forma prolongada de uma palavra primária ευρω heuro, que (junto com outra forma cognata ευρεω heureo hyoo-reh’-o) é usada em todos os tempos exceto no presente e imperfeito; TDNT - 2:769,*; v

  1. descobrir, encontrar por acaso, encontrar-se com
    1. depois de procurar, achar o que se buscava
    2. sem procura prévia, achar (por acaso), encontrar
    3. aqueles que vêm ou retornam para um lugar
  2. achar pela averiguação, reflexão, exame, escrutínio, observação, descobrir pela prática e experiência
    1. ver, aprender, descobrir, entender
    2. ser achado, i.e., ser visto, estar presente
    3. ser descoberto, reconhecido, detectado; revelar-se, do caráter ou estado de alguém, de como é percebido por outros (homens, Deus, ou ambos)
    4. obter conhecimento de, vir a conhecer, Deus

      descobrir por si mesmo, adquirir, conseguir, obter, procurar


ζητέω


(G2212)
zētéō (dzay-teh'-o)

2212 ζητεω zeteo

de afinidade incerta; TDNT - 2:892,300; v

  1. procurar a fim de encontrar
    1. procurar algo
    2. procurar [para descobrir] pelo pensamento, meditação, raciocínio; investigar
    3. procurar, procurar por, visar, empenhar-se em
  2. procurar, i.e., requerer, exigir
    1. pedir enfaticamente, exigir algo de alguém

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

κρούω


(G2925)
kroúō (kroo'-o)

2925 κρουοω krouo

aparentemente, verbo primário; TDNT - 3:954,475; v

  1. bater: na porta

ἀνοίγω


(G455)
anoígō (an-oy'-go)

455 ανοιγω anoigo

de 303 e oigo (abrir); v

  1. abrir

σύ


(G4771)
(soo)

4771 συ su

pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

  1. tu

γάρ πᾶς αἰτέω λαμβάνω ζητέω εὑρίσκω καί κρούω ἀνοίγω
Mateus 7: 8 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Porque aquele que pede, recebe; e o que busca, encontra; e ao que bate, abrir-se-lhe-á.
Mateus 7: 8 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G1063
gár
γάρ
primícias da figueira, figo temporão
(as the earliest)
Substantivo
G154
aitéō
αἰτέω
pedir, rogar, suplicar, desejar, requerer
(asking of)
Verbo - particípio no presente Ativo - Dativo Masculino no Singular
G2147
heurískō
εὑρίσκω
o pai de Eliézer, o líder dos rubenitas no reinado de Davi
(and Zichri)
Substantivo
G2212
zētéō
ζητέω
purificar, destilar, coar, refinar
(refined)
Verbo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2925
kroúō
κρούω
()
G2983
lambánō
λαμβάνω
descendentes do terceiro filho de Canaã que vivia em ou próximo ao local de Jebus, o
(the Jebusites)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3956
pâs
πᾶς
língua
(according to his language)
Substantivo
G455
anoígō
ἀνοίγω
()


γάρ


(G1063)
gár (gar)

1063 γαρ gar

partícula primária; conj

  1. porque, pois, visto que, então

αἰτέω


(G154)
aitéō (ahee-teh'-o)

154 αιτεω aiteo

de derivação incerta; TDNT - 1:191,30; v

  1. pedir, rogar, suplicar, desejar, requerer

Sinônimos ver verbete 5802 e 5920


εὑρίσκω


(G2147)
heurískō (hyoo-ris'-ko)

2147 ευρισκω heurisko

forma prolongada de uma palavra primária ευρω heuro, que (junto com outra forma cognata ευρεω heureo hyoo-reh’-o) é usada em todos os tempos exceto no presente e imperfeito; TDNT - 2:769,*; v

  1. descobrir, encontrar por acaso, encontrar-se com
    1. depois de procurar, achar o que se buscava
    2. sem procura prévia, achar (por acaso), encontrar
    3. aqueles que vêm ou retornam para um lugar
  2. achar pela averiguação, reflexão, exame, escrutínio, observação, descobrir pela prática e experiência
    1. ver, aprender, descobrir, entender
    2. ser achado, i.e., ser visto, estar presente
    3. ser descoberto, reconhecido, detectado; revelar-se, do caráter ou estado de alguém, de como é percebido por outros (homens, Deus, ou ambos)
    4. obter conhecimento de, vir a conhecer, Deus

      descobrir por si mesmo, adquirir, conseguir, obter, procurar


ζητέω


(G2212)
zētéō (dzay-teh'-o)

2212 ζητεω zeteo

de afinidade incerta; TDNT - 2:892,300; v

  1. procurar a fim de encontrar
    1. procurar algo
    2. procurar [para descobrir] pelo pensamento, meditação, raciocínio; investigar
    3. procurar, procurar por, visar, empenhar-se em
  2. procurar, i.e., requerer, exigir
    1. pedir enfaticamente, exigir algo de alguém

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

κρούω


(G2925)
kroúō (kroo'-o)

2925 κρουοω krouo

aparentemente, verbo primário; TDNT - 3:954,475; v

  1. bater: na porta

λαμβάνω


(G2983)
lambánō (lam-ban'-o)

2983 λαμβανω lambano

forma prolongada de um verbo primário, que é usado apenas como um substituto em certos tempos; TDNT - 4:5,495; v

  1. pegar
    1. pegar com a mão, agarrar, alguma pessoa ou coisa a fim de usá-la
      1. pegar algo para ser carregado
      2. levar sobre si mesmo
    2. pegar a fim de levar
      1. sem a noção de violência, i.e., remover, levar
    3. pegar o que me pertence, levar para mim, tornar próprio
      1. reinvindicar, procurar, para si mesmo
        1. associar consigo mesmo como companhia, auxiliar
      2. daquele que quando pega não larga, confiscar, agarrar, apreender
      3. pegar pelo astúcia (nossa captura, usado de caçadores, pescadores, etc.), lograr alguém pela fraude
      4. pegar para si mesmo, agarrar, tomar posse de, i.e., apropriar-se
      5. capturar, alcançar, lutar para obter
      6. pegar um coisa esperada, coletar, recolher (tributo)
    4. pegar
      1. admitir, receber
      2. receber o que é oferecido
      3. não recusar ou rejeitar
      4. receber uma pessoa, tornar-se acessível a ela
      5. tomar em consideração o poder, nível, ou circunstâncias externas de alguém, e tomando estas coisas em conta fazer alguma injustiça ou negligenciar alguma coisa
    5. pegar, escolher, selecionar
    6. iniciar, provar algo, fazer um julgamento de, experimentar
  2. receber (o que é dado), ganhar, conseguir, obter, ter de volta

Sinônimos ver verbete 5877



(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


πᾶς


(G3956)
pâs (pas)

3956 πας pas

que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

  1. individualmente
    1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
  2. coletivamente
    1. algo de todos os tipos

      ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


ἀνοίγω


(G455)
anoígō (an-oy'-go)

455 ανοιγω anoigo

de 303 e oigo (abrir); v

  1. abrir

ἤ τίς ἐκ ὑμῶν ἐστί ἄνθρωπος ὅς ἐάν υἱός αἰτέω ἄρτος αὐτός μή ἐπιδίδωμι λίθος
Mateus 7: 9 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Ou qual dentre vós é o homem que, se seu filho lhe pedir pão, lhe dará uma pedra?
Mateus 7: 9 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G1510
eimí
εἰμί
ser
(being)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
G1537
ek
ἐκ
o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
(Gilgal)
Substantivo
G154
aitéō
αἰτέω
pedir, rogar, suplicar, desejar, requerer
(asking of)
Verbo - particípio no presente Ativo - Dativo Masculino no Singular
G1929
epidídōmi
ἐπιδίδωμι
Ai
(Woe)
Interjeição
G2228
um sacerdote, filho de Uzi, e antepassado de Esdras, o escriba
(Zerahiah)
Substantivo
G3037
líthos
λίθος
Essa forma expressa basicamente uma ação “reflexiva” de Qal ou Piel
(Jaddua)
Substantivo
G3361
mḗ
μή
não
(not)
Advérbio
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3739
hós
ὅς
que
(which)
Pronome pessoal / relativo - neutro neutro no Singular
G444
ánthrōpos
ἄνθρωπος
homem
(man)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
G4771
σύ
de você
(of you)
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
G5101
tís
τίς
Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
(who)
Pronome interrogativo / indefinido - nominativo masculino singular
G5207
huiós
υἱός
filho
(son)
Substantivo - Masculino no Singular genitivo
G740
ártos
ἄρτος
um nome aplicado a Jerusalém
(for Ariel)
Substantivo
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


εἰμί


(G1510)
eimí (i-mee')

1510 ειμι eimi

primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

  1. ser, exitir, acontecer, estar presente

ἐκ


(G1537)
ek (ek)

1537 εκ ek ou εξ ex

preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

  1. de dentro de, de, por, fora de

αἰτέω


(G154)
aitéō (ahee-teh'-o)

154 αιτεω aiteo

de derivação incerta; TDNT - 1:191,30; v

  1. pedir, rogar, suplicar, desejar, requerer

Sinônimos ver verbete 5802 e 5920


ἐπιδίδωμι


(G1929)
epidídōmi (ep-ee-did'-o-mee)

1929 επιδιδωμι epididomi

de 1909 e 1325; v

  1. alcançar, entregar pessoalmente
  2. entregar, desistir
    1. entregar-se ao poder ou vontade de alguém


(G2228)
(ay)

2228 η e

partícula primária de distinção entre dois termos conectados; partícula

  1. ou ... ou, que

λίθος


(G3037)
líthos (lee'-thos)

3037 λιθος lithos

aparentemente, palavra primária; TDNT - 4:268,534; n m

  1. pedra
    1. de pequenas pedras
    2. de pedras para construção
    3. metáf. de Cristo

μή


(G3361)
mḗ (may)

3361 μη me

partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

  1. não, que... (não)


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὅς


(G3739)
hós (hos)

3739 ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho

provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron

  1. quem, que, o qual

ἄνθρωπος


(G444)
ánthrōpos (anth'-ro-pos)

444 ανθρωπος anthropos

de 435 e ops (o semblante, de 3700); com cara de homem, i.e. um ser humano; TDNT - 1:364,59; n m

  1. um ser humano, seja homem ou mulher
    1. genericamente, inclui todos os indivíduos humanos
    2. para distinguir humanos de seres de outra espécie
      1. de animais e plantas
      2. de Deus e Cristo
      3. dos anjos
    3. com a noção adicionada de fraqueza, pela qual o homem é conduzido ao erro ou induzido a pecar
    4. com a noção adjunta de desprezo ou piedade desdenhosa
    5. com referência às duas natureza do homem, corpo e alma
    6. com referência à dupla natureza do homem, o ser corrupto e o homem verdadeiramente cristão, que se conforma à natureza de Deus
    7. com referência ao sexo, um homem
  2. de forma indefinida, alguém, um homem, um indivíduo
  3. no plural, povo
  4. associada com outras palavras, ex. homem de negócios

σύ


(G4771)
(soo)

4771 συ su

pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

  1. tu

τίς


(G5101)
tís (tis)

5101 τις tis

τíς (Strong G5101) Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?

Possui relação com τις (Strong G5100) Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)

Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}

υἱός


(G5207)
huiós (hwee-os')

5207 υιος huios

aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m

  1. filho
    1. raramente usado para filhote de animais
    2. generalmente usado de descendente humano
    3. num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
    4. num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
      1. os filhos de Israel
      2. filhos de Abraão
    5. usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
      1. aluno
  2. filho do homem
    1. termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
    2. filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
    3. usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
  3. filho de Deus
    1. usado para descrever Adão (Lc 3:38)
    2. usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
    3. daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
      1. no AT, usado dos judeus
      2. no NT, dos cristãos
      3. aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
    4. aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos

Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


ἄρτος


(G740)
ártos (ar'-tos)

740 αρτος artos

de 142; TDNT - 1:477,80; n m

  1. alimento preparado com farinha misturada com água e assado
    1. os israelitas o preparavam como um bolo retangular ou aredondado, da grossura aproximada de um polegar, e do tamanho de um prato ou travessa. Por isso não era para ser cortado, mas quebrado
    2. pães eram consagrados ao Senhor
    3. pão usado nos ágapes (“festas de amor e de de comunhão”) e na Mesa do Senhor
  2. comida de qualquer tipo

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo

καί ἐάν αἰτέω ἰχθύς αὐτός μή ἐπιδίδωμι ὄφις
Mateus 7: 10 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Ou se lhe pedir peixe, lhe dará uma serpente?
Mateus 7: 10 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G154
aitéō
αἰτέω
pedir, rogar, suplicar, desejar, requerer
(asking of)
Verbo - particípio no presente Ativo - Dativo Masculino no Singular
G1929
epidídōmi
ἐπιδίδωμι
Ai
(Woe)
Interjeição
G2228
um sacerdote, filho de Uzi, e antepassado de Esdras, o escriba
(Zerahiah)
Substantivo
G2486
ichthýs
ἰχθύς
()
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G3361
mḗ
μή
não
(not)
Advérbio
G3789
óphis
ὄφις
escrever, registrar, anotar
(Write)
Verbo
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


αἰτέω


(G154)
aitéō (ahee-teh'-o)

154 αιτεω aiteo

de derivação incerta; TDNT - 1:191,30; v

  1. pedir, rogar, suplicar, desejar, requerer

Sinônimos ver verbete 5802 e 5920


ἐπιδίδωμι


(G1929)
epidídōmi (ep-ee-did'-o-mee)

1929 επιδιδωμι epididomi

de 1909 e 1325; v

  1. alcançar, entregar pessoalmente
  2. entregar, desistir
    1. entregar-se ao poder ou vontade de alguém


(G2228)
(ay)

2228 η e

partícula primária de distinção entre dois termos conectados; partícula

  1. ou ... ou, que

ἰχθύς


(G2486)
ichthýs (ikh-thoos')

2486 ιχθυς ichthus

de afinidade incerta; n m

  1. peixe

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

μή


(G3361)
mḗ (may)

3361 μη me

partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

  1. não, que... (não)

ὄφις


(G3789)
óphis (of'-is)

3789 οφις ophis

provavelmente de 3700 (da idéia de acuidade de visão); TDNT - 5:566,748; n m

cobra, serpente

entre os antigos, a serpente era um emblema de astúcia e sabedoria. A serpente que enganou Eva era considerada pelos judeus como o Diabo.


αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo

οὖν εἰ ὑμεῖς ὤν πονηρός εἴδω δίδωμι ἀγαθός δόμα ὑμῶν τέκνον πόσος μᾶλλον ὑμῶν πατήρ ὁ ἔν οὐρανός δίδωμι ἀγαθός αὐτός αἰτέω
Mateus 7: 11 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Então se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai, que está no céu, dará coisas boas aos que lhe pedirem?
Mateus 7: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G1325
dídōmi
δίδωμι
bato, uma unidade de medida para líquidos, com cerca de 40 litros, igual ao efa que é a
(baths)
Substantivo
G1390
dóma
δόμα
uma cidade no distrito montanhoso de Judá
(Gibeah)
Substantivo
G1487
ei
εἰ
se
(If)
Conjunção
G1492
eídō
εἴδω
ver
(knows)
Verbo - Pretérito Perfeito do indicativo Ativo - 3ª pessoa do singular
G1510
eimí
εἰμί
ser
(being)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
G154
aitéō
αἰτέω
pedir, rogar, suplicar, desejar, requerer
(asking of)
Verbo - particípio no presente Ativo - Dativo Masculino no Singular
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G18
agathós
ἀγαθός
de boa constituição ou natureza.
(good)
Adjetivo - Masculino no Plurak acusativo
G3123
mâllon
μᾶλλον
mais, a um grau maior, melhor
(much)
Advérbio
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3767
oûn
οὖν
portanto / por isso
(therefore)
Conjunção
G3772
ouranós
οὐρανός
cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer
(be cut off)
Verbo
G3962
patḗr
πατήρ
um lugar no sudeste da Palestina junto ao limite do território dos cananeus, próximo a
(unto Lasha)
Substantivo
G4190
ponērós
πονηρός
cheio de labores, aborrecimentos, fadigas
(evil)
Adjetivo - neutro acusativo singular
G4214
pósos
πόσος
quão grande
(how great)
Pronome interrogativo / indefinido - neutroidade nominativo singular
G4771
σύ
de você
(of you)
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
G5043
téknon
τέκνον
candeeiro, candelabro
(the lampstand)
Substantivo
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


δίδωμι


(G1325)
dídōmi (did'-o-mee)

1325 διδωμι didomi

forma prolongada de um verbo primário (que é usado com uma alternativa em muitos dos tempos); TDNT - 2:166,166; v

  1. dar
  2. dar algo a alguém
    1. dar algo a alguém de livre e espontânea vontade, para sua vantagem
      1. dar um presente
    2. conceder, dar a alguém que pede, deixar com que tenha
    3. suprir, fornecer as coisas necessárias
    4. dar, entregar
      1. estender, oferecer, apresentar
      2. de um escrito
      3. entregar aos cuidados de alguém, confiar
        1. algo para ser administrado
        2. dar ou entregar para alguém algo para ser religiosamente observado
    5. dar o que é dever ou obrigatório, pagar: salários ou recompensa
    6. fornecer, doar
  3. dar
    1. causar, ser profuso, esbanjador, doar-se a si mesmo
      1. dar, distribuir com abundância
    2. designar para um ofício
    3. causar sair, entregar, i.e. como o mar, a morte e o inferno devolvem o morto que foi engolido ou recebido por eles
    4. dar-se a alguém como se pertencesse a ele
      1. como um objeto do seu cuidado salvador
      2. dar-se a alguém, segui-lo como um líder ou mestre
      3. dar-se a alguém para cuidar de seus interesses
      4. dar-se a alguém a quem já se pertencia, retornar
  4. conceder ou permitir a alguém
    1. comissionar

Sinônimos ver verbete 5836


δόμα


(G1390)
dóma (dom'-ah)

1390 δομα doma

da raíz de 1325; n n

  1. dom, presente

Sinônimos ver verbete 5839


εἰ


(G1487)
ei (i)

1487 ει ei

partícula primária de condicionalidade; conj

  1. se

εἴδω


(G1492)
eídō (i'-do)

1492 ειδω eido ou οιδα oida

palavra raíz; TDNT - 5:116, 673; v

  1. ver
    1. perceber com os olhos
    2. perceber por algum dos sentidos
    3. perceber, notar, discernir, descobrir
    4. ver
      1. i.e. voltar os olhos, a mente, a atenção a algo
      2. prestar atenção, observar
      3. tratar algo
        1. i.e. determinar o que deve ser feito a respeito de
      4. inspecionar, examinar
      5. olhar para, ver
    5. experimentar algum estado ou condição
    6. ver i.e. ter uma intrevista com, visitar
  2. conhecer
    1. saber a respeito de tudo
    2. saber, i.e. adquirir conhecimento de, entender, perceber
      1. a respeito de qualquer fato
      2. a força e significado de algo que tem sentido definido
      3. saber como, ter a habilidade de
    3. ter consideração por alguém, estimar, prestar atênção a (1Ts 5:12)

Sinônimos ver verbete 5825


εἰμί


(G1510)
eimí (i-mee')

1510 ειμι eimi

primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

  1. ser, exitir, acontecer, estar presente

αἰτέω


(G154)
aitéō (ahee-teh'-o)

154 αιτεω aiteo

de derivação incerta; TDNT - 1:191,30; v

  1. pedir, rogar, suplicar, desejar, requerer

Sinônimos ver verbete 5802 e 5920


ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

ἀγαθός


(G18)
agathós (ag-ath-os')

18 αγαθος agathos

uma palavra primitiva; TDNT 1:10,3; adj

  1. de boa constituição ou natureza.
  2. útil, saudável
  3. bom, agradável, amável, alegre, feliz
  4. excelente, distinto
  5. honesto, honrado

μᾶλλον


(G3123)
mâllon (mal'-lon)

3123 μαλλον mallon

neutro do comparativo do mesmo que 3122; adv comparativo

  1. mais, a um grau maior, melhor
    1. muito mais (longe, disparado)
    2. melhor, mais prontamente
    3. mais prontamente


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


οὖν


(G3767)
oûn (oon)

3767 ουν oun

aparentemente, palavra raiz; partícula

  1. então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim

οὐρανός


(G3772)
ouranós (oo-ran-os')

3772 ουρανος ouranos

talvez do mesmo que 3735 (da idéia de elevação); céu; TDNT - 5:497,736; n m

  1. espaço arqueado do firmamento com todas as coisas nele visíveis
    1. universo, mundo
    2. atmosfera ou firmamento, região onde estão as nuvens e se formam as tempestades, e onde o trovão e relâmpago são produzidos
    3. os céus siderais ou estrelados

      região acima dos céus siderais, a sede da ordem das coisas eternas e consumadamente perfeitas, onde Deus e outras criaturas celestes habitam


πατήρ


(G3962)
patḗr (pat-ayr')

3962 πατηρ pater

aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m

  1. gerador ou antepassado masculino
    1. antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
    2. antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
      1. pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
    3. alguém avançado em anos, o mais velho
  2. metáf.
    1. o originador e transmissor de algo
      1. os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
      2. alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
    2. alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
    3. um título de honra
      1. mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
      2. membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
  3. Deus é chamado o Pai
    1. das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
    2. de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
      1. de seres espirituais de todos os homens
    3. de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
    4. o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
      1. por Jesus Cristo mesmo
      2. pelos apóstolos

πονηρός


(G4190)
ponērós (pon-ay-ros')

4190 πονηρος poneros

de um derivado de 4192; TDNT - 6:546,912; adj

  1. cheio de labores, aborrecimentos, fadigas
    1. pressionado e atormentado pelos labores
    2. que traz trabalho árduo, aborrecimentos, perigos: de um tempo cheio de perigo à fidelidade e à fé cristã; que causa dor e problema
  2. mau, de natureza ou condição má
    1. num sentido físico: doença ou cegueira
    2. num sentido ético: mau, ruim, iníquo

      A palavra é usada no caso nominativo em Mt 6:13. Isto geralmente denota um título no grego. Conseqüentemente Cristo está dizendo, “livra-nos do mal”, e está provavelmente se referindo a Satanás.

Sinônimos ver verbete 5908


πόσος


(G4214)
pósos (pos'-os)

4214 ποσος posos

de uma forma arcaica pos (quem, o que) e 3739; pron

quão grande

quanto

quantos


σύ


(G4771)
(soo)

4771 συ su

pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

  1. tu

τέκνον


(G5043)
téknon (tek'-non)

5043 τεκνον teknon

da raíz de 5098; TDNT - 5:636,759; n n

  1. descendência, crianças
    1. criança
    2. menino, filho
    3. metáf.
      1. nome transferido para aquele relacionamento íntimo e recíproco formado entre os homens pelos laços do amor, amizade, confiança, da mesma forma que pais e filhos
      2. em atitude amorosa, como usado por patrões, auxiliares, mestres e outros: minha criança
      3. no NT, alunos ou discípulos são chamados filhos de seus mestres, porque estes pela sua instrução educam as mentes de seus alunos e moldam seu caráter
      4. filhos de Deus: no AT do “povo de Israel” que era especialmente amado por Deus. No NT, nos escritos de Paulo, todos que são conduzidos pelo Espírito de Deus e assim estreitamente relacionados com Deus
      5. filhos do diabo: aqueles que em pensamento e ação são estimulados pelo diabo, e assim refletem seu caráter
    4. metáf.
      1. de qualquer que depende de, é possuído por um desejo ou afeição para algo, é dependente de
      2. alguém que está sujeito a qualquer destino
        1. assim filhos de uma cidade: seus cidadãos e habitantes
      3. os admiradores da sabedoria, aquelas almas que foram educadas e moldadas pela sabedoria
      4. filhos amaldiçoados, expostos a uma maldição e destinados à ira ou penalidade de

        Deus

Sinônimos ver verbete 5868 e 5943


αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo

πᾶς ἄν ὅσος οὖν θέλω ἵνα ἄνθρωπος ὑμῖν ποιέω οὕτω ποιέω ὑμεῖς καί αὐτός γάρ οὗτος ἐστί νόμος καί προφήτης
Mateus 7: 12 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Portanto, todas as coisas que vós quereis que vos façam os homens, fazei-o também a eles; pois esta é a lei e os profetas.
Mateus 7: 12 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G1063
gár
γάρ
primícias da figueira, figo temporão
(as the earliest)
Substantivo
G1437
eán
ἐάν
se
(if)
Conjunção
G1510
eimí
εἰμί
ser
(being)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
G2309
thélō
θέλω
querer, ter em mente, pretender
(willing)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
G2443
hína
ἵνα
para que
(that)
Conjunção
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G3551
nómos
νόμος
lei
(law)
Substantivo - acusativo masculino singular
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3745
hósos
ὅσος
(A
(and made a proclamation)
Verbo
G3767
oûn
οὖν
portanto / por isso
(therefore)
Conjunção
G3778
hoûtos
οὗτος
um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
(of the Chaldeans)
Substantivo
G3779
hoútō
οὕτω
os habitantes da Caldéia, que viviam junto ao baixo Eufrates e Tigre
(to the Chaldeans)
Substantivo
G3956
pâs
πᾶς
língua
(according to his language)
Substantivo
G4160
poiéō
ποιέω
fazer
(did)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
G4396
prophḗtēs
προφήτης
nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
(prophet)
Substantivo - Masculino no Singular genitivo
G444
ánthrōpos
ἄνθρωπος
homem
(man)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
G4771
σύ
de você
(of you)
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


γάρ


(G1063)
gár (gar)

1063 γαρ gar

partícula primária; conj

  1. porque, pois, visto que, então

ἐάν


(G1437)
eán (eh-an')

1437 εαν ean

de 1487 e 302; conj

  1. se, no caso de

εἰμί


(G1510)
eimí (i-mee')

1510 ειμι eimi

primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

  1. ser, exitir, acontecer, estar presente

θέλω


(G2309)
thélō (thel'-o)

2309 θελω thelo ou εθελω ethelo

em tempos certos θελεω theleo thel-eh’-o e εθελεω etheleo eth-el-eh’-o que são normalmente absoletos aparentemente reforçada pela forma alternativa de 138; TDNT - 3:44,318; v

  1. querer, ter em mente, pretender
    1. estar resolvido ou determinado, propor-se
    2. desejar, ter vontade de
    3. gostar
      1. gostar de fazer algo, gostar muito de fazer
    4. ter prazer em, ter satisfação

Sinônimos ver verbete 5915


ἵνα


(G2443)
hína (hin'-ah)

2443 ινα hina

provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj

  1. que, a fim de que, para que

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

νόμος


(G3551)
nómos (nom'-os)

3551 νομος nomos

da palavra primária nemo (parcelar, especialmente comida ou pasto para animais); TDNT - 4:1022,646; n m

  1. qualquer coisa estabelecida, qualquer coisa recebida pelo uso, costume, lei, comando
    1. de qualquer lei
      1. uma lei ou regra que produz um estado aprovado por Deus
        1. pela observância do que é aprovado por Deus
      2. um preceito ou injunção
      3. a regra de ação prescrita pela razão
    2. da lei mosaica, e referindo-se, de acordo ao contexto, ao volume da lei ou ao seu conteúdo
    3. a religião cristã: a lei que exige fé, a instrução moral dada por Cristo, esp. o preceito a respeito do amor
    4. o nome da parte mais importante (o Pentateuco), é usado para a coleção completa dos livros sagrados do AT

Sinônimos ver verbete 5918



(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὅσος


(G3745)
hósos (hos'-os)

3745 οσος hosos

pela reduplicação de 3739; pron

  1. tão grande quanto, tão longe quanto, quanto, quantos, quem quer que

οὖν


(G3767)
oûn (oon)

3767 ουν oun

aparentemente, palavra raiz; partícula

  1. então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim

οὗτος


(G3778)
hoûtos (hoo'-tos)

3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

do artigo 3588 e 846; pron

  1. este, estes, etc.

οὕτω


(G3779)
hoútō (hoo'-to)

3779 ουτω houto ou (diante de vogal) ουτως houtos

de 3778; adv

  1. deste modo, assim, desta maneira

πᾶς


(G3956)
pâs (pas)

3956 πας pas

que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

  1. individualmente
    1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
  2. coletivamente
    1. algo de todos os tipos

      ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


ποιέω


(G4160)
poiéō (poy-eh'-o)

4160 ποιεω poieo

aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

  1. fazer
    1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
    2. ser os autores de, a causa
    3. tornar pronto, preparar
    4. produzir, dar, brotar
    5. adquirir, prover algo para si mesmo
    6. fazer algo a partir de alguma coisa
    7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
      1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
      2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
    8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
    9. levar alguém a fazer algo
      1. fazer alguém
    10. ser o autor de algo (causar, realizar)
  2. fazer
    1. agir corretamente, fazer bem
      1. efetuar, executar
    2. fazer algo a alguém
      1. fazer a alguém
    3. com designação de tempo: passar, gastar
    4. celebrar, observar
      1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
    5. cumprir: um promessa

Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


προφήτης


(G4396)
prophḗtēs (prof-ay'-tace)

4396 προφητης prophetes

de um composto de 4253 e 5346; TDNT - 6:781,952; n m

  1. nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
  2. alguém que, movido pelo Espírito de Deus e, por isso, seu instrumento ou porta-voz, solenemente declara aos homens o que recebeu por inspiração, especialmente aquilo que concerne a eventos futuros, e em particular tudo o que se relaciona com a causa e reino de Deus e a salvação humana
    1. os profetas do AT, tendo predito o reino, obras e morte, de Jesus, o Messias.
    2. de João, o Batista, o arauto de Jesus, o Messias
    3. do profeta ilustre que os judeus esperavam antes da vinda do Messias
    4. o Messias
    5. de homens cheios do Espírito de Deus, que pela sua autoridade e comando em palavras de relevância defendem a causa de Deus e estimulam a salvação dos homens
    6. dos profetas que apareceram nos tempos apostólicos entre cristãos
      1. estão associados com os apóstolos
      2. discerniram e fizeram o melhor pela causa cristã e previram determinados eventos futuros. (At 11:27)
      3. nas assembléias religiosas dos cristãos, foram movidos pelo Santo Espírito para falar, tendo capacidade e autoridade para instruir, confortar, encorajar, repreender, sentenciar e motivar seus ouvintes
  3. poeta (porque acreditava-se que os poetas cantavam sob inspiração divina)
    1. de Epimênides (Tt 1:12)

ἄνθρωπος


(G444)
ánthrōpos (anth'-ro-pos)

444 ανθρωπος anthropos

de 435 e ops (o semblante, de 3700); com cara de homem, i.e. um ser humano; TDNT - 1:364,59; n m

  1. um ser humano, seja homem ou mulher
    1. genericamente, inclui todos os indivíduos humanos
    2. para distinguir humanos de seres de outra espécie
      1. de animais e plantas
      2. de Deus e Cristo
      3. dos anjos
    3. com a noção adicionada de fraqueza, pela qual o homem é conduzido ao erro ou induzido a pecar
    4. com a noção adjunta de desprezo ou piedade desdenhosa
    5. com referência às duas natureza do homem, corpo e alma
    6. com referência à dupla natureza do homem, o ser corrupto e o homem verdadeiramente cristão, que se conforma à natureza de Deus
    7. com referência ao sexo, um homem
  2. de forma indefinida, alguém, um homem, um indivíduo
  3. no plural, povo
  4. associada com outras palavras, ex. homem de negócios

σύ


(G4771)
(soo)

4771 συ su

pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

  1. tu

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo

εἰσέρχομαι διά πύλη στενός πλατύς πύλη καί εὐρύχωρος ὁδός ἀπάγω εἰς ἀπώλεια καί εἰσί πολύς ὁ εἰσέρχομαι διά αὐτός
Mateus 7: 13 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta, e amplo é o caminho que conduz à destruição, e muitos são os que entram por ela.
Mateus 7: 13 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G1223
diá
διά
Através dos
(through)
Preposição
G1510
eimí
εἰμί
ser
(being)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
G1519
eis
εἰς
(A
(disputed)
Verbo
G1525
eisérchomai
εἰσέρχομαι
veio
(came)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
G2149
eurýchōros
εὐρύχωρος
()
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3598
hodós
ὁδός
propriamente
(route)
Substantivo - Feminino no Singular genitivo
G3754
hóti
ὅτι
para que
(that)
Conjunção
G4116
platýs
πλατύς
(Qal) apressar
(And hurried)
Verbo
G4183
polýs
πολύς
um habitante de Moresete
(the Morasthite)
Adjetivo
G4439
pýlē
πύλη
portão, porta
(gate)
Substantivo - Feminino no Singular genitivo
G4728
stenós
στενός
()
G520
apágō
ἀπάγω
côvados
(cubits)
Substantivo
G684
apṓleia
ἀπώλεια
irmão mais velho de Davi
(Ozem)
Substantivo
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


διά


(G1223)
diá (dee-ah')

1223 δια dia

preposição primária que denota o canal de um ato; TDNT - 2:65,149; prep

  1. através de
    1. de lugar
      1. com
      2. em, para
    2. de tempo
      1. por tudo, do começo ao fim
      2. durante
    3. de meios
      1. atrave/s, pelo
      2. por meio de
  2. por causa de
    1. o motivo ou razão pela qual algo é ou não é feito
      1. por razão de
      2. por causa de
      3. por esta razão
      4. consequentemente, portanto
      5. por este motivo

εἰμί


(G1510)
eimí (i-mee')

1510 ειμι eimi

primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

  1. ser, exitir, acontecer, estar presente

εἰς


(G1519)
eis (ice)

1519 εις eis

preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

  1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

εἰσέρχομαι


(G1525)
eisérchomai (ice-er'-khom-ahee)

1525 εισερχομαι eiserchomai

de 1519 e 2064; TDNT - 2:676,257; v

  1. ir para fora ou vir para dentro: entrar
    1. de homens ou animais, quando se dirigem para uma casa ou uma cidade
    2. de Satanás tomando posse do corpo de uma pessoa
    3. de coisas: como comida, que entra na boca de quem come
  2. metáf.
    1. de ingresso em alguma condição, estado das coisas, sociedade, emprego
      1. aparecer, vir à existência, começar a ser
      2. de homens, vir perante o público
      3. vir à vida
    2. de pensamentos que vêm a mente

εὐρύχωρος


(G2149)
eurýchōros (yoo-roo'-kho-ros)

2149 ευρυχωρος euruchoros

de eurus (largo) e 5561; adj

  1. espaçoso, amplo

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὁδός


(G3598)
hodós (hod-os')

3598 οδος hodos

aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:42,666; n f

  1. propriamente
    1. caminho
      1. caminho transitado, estrada
    2. caminho dos viajantes, excursão, ato de viajar
  2. metáf.
    1. curso de conduta
    2. forma (i.e. modo) de pensar, sentir, decidir

ὅτι


(G3754)
hóti (hot'-ee)

3754 οτι hoti

neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

  1. que, porque, desde que

πλατύς


(G4116)
platýs (plat-oos')

4116 πλατυς platus

de 4111; adj

  1. amplo

πολύς


(G4183)
polýs (pol-oos')

4183 πολυς polus

que inclue as formas do substituto pollos; TDNT - 6:536,*; adj

  1. numeroso, muito, grande

πύλη


(G4439)
pýlē (poo'-lay)

4439 πυλη pule

aparentemente, palavra primária; TDNT - 6:921,974; n f

  1. portão, porta
    1. do tipo mais largo
      1. no muro da cidade
      2. num palácio
      3. numa cidadezinha
      4. no templo
      5. numa prisão

        as portas do inferno (semelhante a uma enorme prisão)

        metáf. o acesso ou entrada num estado


στενός


(G4728)
stenós (sten-os')

4728 στενος stenos

provavelmente da raiz de 2476; TDNT - 7:604,1077; adj

  1. estreito, apertado

ἀπάγω


(G520)
apágō (ap-ag'-o)

520 απαγω apago

de 575 e 71; v

  1. levar à força, conduzir
    1. esp. em referência àqueles que são levados à julgamento, prisão, ou castigo

ἀπώλεια


(G684)
apṓleia (ap-o'-li-a)

684 απωλεια apoleia

de um suposto derivado de 622; TDNT - 1:396,67; n f

  1. ato de destruir, destruição total
    1. de navios
  2. deteriorização, ruína, destruição
    1. de dinheiro
    2. a destruição que consiste no sofrimento eterno no inferno

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo

ὅτι στενός πύλη καί θλίβω ὁδός ὁ ἀπάγω εἰς ζωή καί εἰσί ὀλίγος εὑρίσκω αὐτός
Mateus 7: 14 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Porque estreita é a porta e apertado é o caminho que conduz à vida, e são poucos os que a encontram.
Mateus 7: 14 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G1510
eimí
εἰμί
ser
(being)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
G1519
eis
εἰς
(A
(disputed)
Verbo
G2147
heurískō
εὑρίσκω
o pai de Eliézer, o líder dos rubenitas no reinado de Davi
(and Zichri)
Substantivo
G2222
zōḗ
ζωή
pingar
([that] water)
Verbo
G2346
thlíbō
θλίβω
a parede / o muro
(the wall)
Substantivo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3598
hodós
ὁδός
propriamente
(route)
Substantivo - Feminino no Singular genitivo
G3641
olígos
ὀλίγος
uma cidade da Babilônia incluída entre as cidades de Ninrode
(and Calneh)
Substantivo
G3754
hóti
ὅτι
para que
(that)
Conjunção
G4439
pýlē
πύλη
portão, porta
(gate)
Substantivo - Feminino no Singular genitivo
G4728
stenós
στενός
()
G520
apágō
ἀπάγω
côvados
(cubits)
Substantivo
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


εἰμί


(G1510)
eimí (i-mee')

1510 ειμι eimi

primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

  1. ser, exitir, acontecer, estar presente

εἰς


(G1519)
eis (ice)

1519 εις eis

preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

  1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

εὑρίσκω


(G2147)
heurískō (hyoo-ris'-ko)

2147 ευρισκω heurisko

forma prolongada de uma palavra primária ευρω heuro, que (junto com outra forma cognata ευρεω heureo hyoo-reh’-o) é usada em todos os tempos exceto no presente e imperfeito; TDNT - 2:769,*; v

  1. descobrir, encontrar por acaso, encontrar-se com
    1. depois de procurar, achar o que se buscava
    2. sem procura prévia, achar (por acaso), encontrar
    3. aqueles que vêm ou retornam para um lugar
  2. achar pela averiguação, reflexão, exame, escrutínio, observação, descobrir pela prática e experiência
    1. ver, aprender, descobrir, entender
    2. ser achado, i.e., ser visto, estar presente
    3. ser descoberto, reconhecido, detectado; revelar-se, do caráter ou estado de alguém, de como é percebido por outros (homens, Deus, ou ambos)
    4. obter conhecimento de, vir a conhecer, Deus

      descobrir por si mesmo, adquirir, conseguir, obter, procurar


ζωή


(G2222)
zōḗ (dzo-ay')

2222 ζωη zoe

de 2198; TDNT - 2:832,290; n f

  1. vida
    1. o estado de alguém que está cheio de vitalidade ou é animado
    2. toda alma viva
  2. vida
    1. da absoluta plenitude da vida, tanto em essência como eticamente, que pertence a Deus e, por meio dele, ao “logos” hipostático e a Cristo, em quem o “logos” assumiu a natureza humana
    2. vida real e genuína, vida ativa e vigorosa, devota a Deus, abençoada, em parte já aqui neste mundo para aqueles que colocam sua confiança em Cristo, e depois da ressurreição a ser consumada por novas bênçãos (entre elas, um corpo mais perfeito) que permanecerão para sempre.

Sinônimos ver verbete 5821


θλίβω


(G2346)
thlíbō (thlee'-bo)

2346 θλιβω thlibo

semelhante a raíz de 5147; TDNT - 3:139,334; v

  1. prensar (como uvas), espremer, pressionar com firmeza
  2. caminho comprimido
    1. estreitado, contraído

      metáf. aborrecer, afligir, angustiar


καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὁδός


(G3598)
hodós (hod-os')

3598 οδος hodos

aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:42,666; n f

  1. propriamente
    1. caminho
      1. caminho transitado, estrada
    2. caminho dos viajantes, excursão, ato de viajar
  2. metáf.
    1. curso de conduta
    2. forma (i.e. modo) de pensar, sentir, decidir

ὀλίγος


(G3641)
olígos (ol-ee'-gos)

3641 ολιγος oligos

de afinidade incerta; TDNT - 5:171,682; adj

  1. pouco, pequeno, limitado
    1. de número: multidão, quantidade, ou tamanho
    2. de tempo: curto
    3. de grau ou intensidade: leve, desprezível

ὅτι


(G3754)
hóti (hot'-ee)

3754 οτι hoti

neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

  1. que, porque, desde que

πύλη


(G4439)
pýlē (poo'-lay)

4439 πυλη pule

aparentemente, palavra primária; TDNT - 6:921,974; n f

  1. portão, porta
    1. do tipo mais largo
      1. no muro da cidade
      2. num palácio
      3. numa cidadezinha
      4. no templo
      5. numa prisão

        as portas do inferno (semelhante a uma enorme prisão)

        metáf. o acesso ou entrada num estado


στενός


(G4728)
stenós (sten-os')

4728 στενος stenos

provavelmente da raiz de 2476; TDNT - 7:604,1077; adj

  1. estreito, apertado

ἀπάγω


(G520)
apágō (ap-ag'-o)

520 απαγω apago

de 575 e 71; v

  1. levar à força, conduzir
    1. esp. em referência àqueles que são levados à julgamento, prisão, ou castigo

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo

προσέχω ἀπό ψευδοπροφήτης ὅστις πρός ὑμᾶς ἔρχομαι ἔνδυμα ἔν πρόβατον δέ ἔσωθεν εἰσί λύκος ἅρπαξ
Mateus 7: 15 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Cuidado com os falsos profetas, que vêm a vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores.
Mateus 7: 15 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G1161
δέ
e / mas / alem do mais / além disso
(moreover)
Conjunção
G1510
eimí
εἰμί
ser
(being)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G1742
éndyma
ἔνδυμα
()
G2064
érchomai
ἔρχομαι
vir
(are come)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
G2081
ésōthen
ἔσωθεν
de dentro
(inwardly)
Advérbio
G3074
lýkos
λύκος
lobo
(wolves)
Substantivo - nominativo Masculino no Plural
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3748
hóstis
ὅστις
quem
(who)
Pronome pessoal / relativo - nominativo masculino singular
G4263
próbaton
πρόβατον
objeto de compaixão ou pena, coisa de dar pena
(that pities)
Substantivo
G4314
prós
πρός
pai de Matrede e avô de Meetabel, a esposa de Hadade, o último rei mencionado de
(of Mezahab)
Substantivo
G4337
proséchō
προσέχω
levar a, trazer para perto
(Beware)
Verbo - presente imperativo ativo - 2ª pessoa do plural
G4771
σύ
de você
(of you)
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
G5578
pseudoprophḗtēs
ψευδοπροφήτης
quem, agindo como um profeta divinamente inspirado, declara falsidades como se
(false prophets)
Substantivo - Masculino no Plurak genitivo
G575
apó
ἀπό
onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
(and where)
Advérbio
G727
hárpax
ἅρπαξ
baú, arca
(in a coffin)
Substantivo


δέ


(G1161)
(deh)

1161 δε de

partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

  1. mas, além do mais, e, etc.

εἰμί


(G1510)
eimí (i-mee')

1510 ειμι eimi

primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

  1. ser, exitir, acontecer, estar presente

ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

ἔνδυμα


(G1742)
éndyma (en'-doo-mah)

1742 ενδυμα enduma

de 1746; n n

  1. traje, vestuário, manto, uma veste externa

ἔρχομαι


(G2064)
érchomai (er'-khom-ahee)

2064 ερχομαι erchomai

voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

  1. vir
    1. de pessoas
      1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
      2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
  2. metáf.
    1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
    2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
  3. ir, seguir alguém

Sinônimos ver verbete 5818


ἔσωθεν


(G2081)
ésōthen (es'-o-then)

2081 εσωθεν esothen

de 2080; adv

  1. de dentro
  2. dentro, aquilo que está dentro, interior
    1. sua alma

λύκος


(G3074)
lýkos (loo'-kos)

3074 λυκος lukos

talvez semelhante a raiz de 3022 (do cabelo esbranquiçado); TDNT - 4:308,540; n m

lobo

metáf. de homens cruéis, gananciosos, vorazes



(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὅστις


(G3748)
hóstis (hos'-tis)

3748 οστις hostis incluindo o feminino ητις hetis e o neutro ο,τι ho,ti

de 3739 e 5100; pron

  1. quem quer que, qualquer que, quem

πρόβατον


(G4263)
próbaton (prob'-at-on)

4263 προβατον probaton também diminutivo προβατιον probation

provavelmente de um suposto derivado de 4260; TDNT - 6:689,936; n n

  1. qualquer quadrúpede, animal domesticado acostumado a pastar, gado pequeno (op. gado grande, cavalos, etc.), mais comumente uma ovelha ou uma cabra
    1. ovelha, este é sempre o sentido no NT

πρός


(G4314)
prós (pros)

4314 προς pros

forma fortalecida de 4253; TDNT - 6:720,942; prep

em benefício de

em, perto, por

para, em direção a, com, com respeito a


προσέχω


(G4337)
proséchō (pros-ekh'-o)

4337 προσεχω prosecho

de 4314 e 2192; v

  1. levar a, trazer para perto
    1. trazer um navio à terra, e simplesmente atracar, aportar
  2. mudar a mente para, tentar ser solícito
    1. a uma pessoa ou algo: cuidar, prover para
  3. assistir a si mesmo, i.e., dar atênção a si mesmo
    1. dar atênção a, ter cuidado
  4. aplicar-se a, concentrar-se em, segurar ou apegar-se a uma pessoa ou uma coisa
    1. ser dado ou dedicado a
    2. devotar pensamento e esforço a

σύ


(G4771)
(soo)

4771 συ su

pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

  1. tu

ψευδοπροφήτης


(G5578)
pseudoprophḗtēs (psyoo-dop-rof-ay'-tace)

5578 ψευδοπροφητης pseudoprophetes

de 5571 e 4396; TDNT - 6:781,952; n m

  1. quem, agindo como um profeta divinamente inspirado, declara falsidades como se fossem profecias divinas
  2. falso profeta

ἀπό


(G575)
apó (apo')

575 απο apo apo’

partícula primária; preposição

  1. de separação
    1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
    2. de separação de uma parte do todo
      1. quando de um todo alguma parte é tomada
    3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
    4. de um estado de separação. Distância
      1. física, de distância de lugar
      2. tempo, de distância de tempo
  2. de origem
    1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
    2. de origem de uma causa

ἅρπαξ


(G727)
hárpax (har'-pax)

727 αρπαξ harpax

de 726; adj

  1. de rapina, voraz
  2. um extorquiador, um ladrão

ἀπό καρπός μήτι αὐτός ἐπιγινώσκω συλλέγω σταφυλή ἀπό ἄκανθα ἤ σῦκον ἀπό τρίβολος
Mateus 7: 16 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Por seus frutos os conhecereis. Homens colhem uvas dos espinheiros, ou figos dos abrolhos?
Mateus 7: 16 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G173
ákantha
ἄκανθα
esposa de Esaú
(Aholibamah)
Substantivo
G1921
epiginṓskō
ἐπιγινώσκω
honrar, adornar, glorificar, ser alto
(shall you be partial to)
Verbo
G2228
um sacerdote, filho de Uzi, e antepassado de Esdras, o escriba
(Zerahiah)
Substantivo
G2590
karpós
καρπός
embalsamar, condimentar, tornar temperado
(to embalm)
Verbo
G3385
mḗti
μήτι
não
(not)
Partícula negativa
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G4718
staphylḗ
σταφυλή
burado, excavação, perfuração
(a hammer)
Substantivo
G4810
sŷkon
σῦκον
outro nome para Mefibosete
(Merib-baal)
Substantivo
G4816
syllégō
συλλέγω
recolher
(Do they gather)
Verbo - presente indicativo ativo - 3ª pessoa do plural
G5146
tríbolos
τρίβολος
filho de Lameque, pai de Sem, Cam e Jafé; construtor da arca que salvou a sua família da
(Noah)
Substantivo
G575
apó
ἀπό
onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
(and where)
Advérbio
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


ἄκανθα


(G173)
ákantha (ak'-an-thah)

173 ακανθα akantha

provavelmente do mesmo que 188; n f

  1. espinho, espinheiro, arbusto espinhoso
  2. arbusto, roseira brava, sarça, planta espinhosa

ἐπιγινώσκω


(G1921)
epiginṓskō (ep-ig-in-oce'-ko)

1921 επιγινωσκω epiginosko

de 1909 e 1097; TDNT - 1:689,119; v

  1. tornar-se completamente conhecido, saber totalmente
    1. conhecer exatamente, conhecer bem
  2. conhecer
    1. reconhecer
      1. pela visão, audição, ou por certos sinais, reconhecer quem é a pessoa
    2. saber, i.e., perceber
    3. saber, i.e., descobrir, determinar
    4. saber, i.e., entender


(G2228)
(ay)

2228 η e

partícula primária de distinção entre dois termos conectados; partícula

  1. ou ... ou, que

καρπός


(G2590)
karpós (kar-pos')

2590 καρπος karpos

provavelmente da raiz de 726; TDNT - 3:614,416; n m

  1. fruta
    1. fruto das árvores, das vinhas; colheitas
    2. fruto do ventre, da força geratriz de alguém, i.e., sua progênie, sua posteridade
  2. aquele que se origina ou vem de algo, efeito, resultado
    1. trabalho, ação, obra
    2. vantagem, proveito, utilidade
    3. louvores, que sã apresentados a Deus como oferta de agradecimento
    4. recolher frutos (i.e., uma safra colhida) para a vida eterna (como num celeiro) é usado figuradamente daqueles que pelo seu esforço têm almas preparadas almas para obterem a vida eterna

μήτι


(G3385)
mḗti (may'-tee)

3385 μητι meti ou μη τι

de 3361 e o neutro de 5100; partícula

  1. se, de qualquer modo, talvez


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


σταφυλή


(G4718)
staphylḗ (staf-oo-lay')

4718 σταφυλη staphule

provavelmente da raiz de 4735; n f

  1. uvas, cacho de uvas

σῦκον


(G4810)
sŷkon (soo'-kon)

4810 συκον sukon

aparentemente, palavra primária; TDNT - 7:751,1100; n n

  1. figo, fruta madura da figueira

συλλέγω


(G4816)
syllégō (sool-leg'-o)

4816 συλλεγω sullego

de 4862 e 3004 em seu sentido original; v

recolher

juntar para levar


τρίβολος


(G5146)
tríbolos (trib'-ol-os)

5146 τριβολος tribolos

de 5140 e 956; n m

  1. espinho, planta selvagem espinhosa, nociva para outras plantas

ἀπό


(G575)
apó (apo')

575 απο apo apo’

partícula primária; preposição

  1. de separação
    1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
    2. de separação de uma parte do todo
      1. quando de um todo alguma parte é tomada
    3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
    4. de um estado de separação. Distância
      1. física, de distância de lugar
      2. tempo, de distância de tempo
  2. de origem
    1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
    2. de origem de uma causa

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo

οὕτω πᾶς δένδρον ἀγαθός ποιέω καλός καρπός δέ δένδρον σαπρός ποιέω καρπός πονηρός
Mateus 7: 17 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, mas a árvore corrompida produz frutos ruins.
Mateus 7: 17 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G1161
δέ
e / mas / alem do mais / além disso
(moreover)
Conjunção
G1186
déndron
δένδρον
uma cidade no teritório de Rúbem, mencionada em conexão com Nebo, e na época de
(Baal-meon)
Substantivo
G18
agathós
ἀγαθός
de boa constituição ou natureza.
(good)
Adjetivo - Masculino no Plurak acusativo
G2570
kalós
καλός
bonito, gracioso, excelente, eminente, escolhido, insuperável, precioso, proveitoso,
(good)
Adjetivo - Masculino no Singular acusativo
G2590
karpós
καρπός
embalsamar, condimentar, tornar temperado
(to embalm)
Verbo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3779
hoútō
οὕτω
os habitantes da Caldéia, que viviam junto ao baixo Eufrates e Tigre
(to the Chaldeans)
Substantivo
G3956
pâs
πᾶς
língua
(according to his language)
Substantivo
G4160
poiéō
ποιέω
fazer
(did)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
G4190
ponērós
πονηρός
cheio de labores, aborrecimentos, fadigas
(evil)
Adjetivo - neutro acusativo singular
G4550
saprós
σαπρός
levantamento (de estacas), ação de levantar acampamento, partida, jornada
(on his journeys)
Substantivo


δέ


(G1161)
(deh)

1161 δε de

partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

  1. mas, além do mais, e, etc.

δένδρον


(G1186)
déndron (den'-dron)

1186 δενδρον dendron

provavelmente de drus (carvalho); n n

  1. árvore

ἀγαθός


(G18)
agathós (ag-ath-os')

18 αγαθος agathos

uma palavra primitiva; TDNT 1:10,3; adj

  1. de boa constituição ou natureza.
  2. útil, saudável
  3. bom, agradável, amável, alegre, feliz
  4. excelente, distinto
  5. honesto, honrado

καλός


(G2570)
kalós (kal-os')

2570 καλος kalos

de afinidade incerta; TDNT - 3:536,402; adj

  1. bonito, gracioso, excelente, eminente, escolhido, insuperável, precioso, proveitoso, apropriado, recomendável, admirável
    1. bonito de olhar, bem formado, magnífico
    2. bom, excelente em sua natureza e características, e por esta razão bem adaptado aos seus objetivos
      1. genuíno, aprovado
      2. precioso
      3. ligado aos nomes de homens designados por seu ofício, competente, capaz, tal como alguém deve ser
      4. louvável, nobre
    3. bonito por razão de pureza de coração e vida, e por isso louvável
      1. moralmente bom, nobre
    4. digno de honra, que confere honra
    5. que afeta a mente de forma prazenteira, que conforta e dá suporte

Sinônimos ver verbete 5893


καρπός


(G2590)
karpós (kar-pos')

2590 καρπος karpos

provavelmente da raiz de 726; TDNT - 3:614,416; n m

  1. fruta
    1. fruto das árvores, das vinhas; colheitas
    2. fruto do ventre, da força geratriz de alguém, i.e., sua progênie, sua posteridade
  2. aquele que se origina ou vem de algo, efeito, resultado
    1. trabalho, ação, obra
    2. vantagem, proveito, utilidade
    3. louvores, que sã apresentados a Deus como oferta de agradecimento
    4. recolher frutos (i.e., uma safra colhida) para a vida eterna (como num celeiro) é usado figuradamente daqueles que pelo seu esforço têm almas preparadas almas para obterem a vida eterna


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


οὕτω


(G3779)
hoútō (hoo'-to)

3779 ουτω houto ou (diante de vogal) ουτως houtos

de 3778; adv

  1. deste modo, assim, desta maneira

πᾶς


(G3956)
pâs (pas)

3956 πας pas

que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

  1. individualmente
    1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
  2. coletivamente
    1. algo de todos os tipos

      ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


ποιέω


(G4160)
poiéō (poy-eh'-o)

4160 ποιεω poieo

aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

  1. fazer
    1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
    2. ser os autores de, a causa
    3. tornar pronto, preparar
    4. produzir, dar, brotar
    5. adquirir, prover algo para si mesmo
    6. fazer algo a partir de alguma coisa
    7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
      1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
      2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
    8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
    9. levar alguém a fazer algo
      1. fazer alguém
    10. ser o autor de algo (causar, realizar)
  2. fazer
    1. agir corretamente, fazer bem
      1. efetuar, executar
    2. fazer algo a alguém
      1. fazer a alguém
    3. com designação de tempo: passar, gastar
    4. celebrar, observar
      1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
    5. cumprir: um promessa

Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


πονηρός


(G4190)
ponērós (pon-ay-ros')

4190 πονηρος poneros

de um derivado de 4192; TDNT - 6:546,912; adj

  1. cheio de labores, aborrecimentos, fadigas
    1. pressionado e atormentado pelos labores
    2. que traz trabalho árduo, aborrecimentos, perigos: de um tempo cheio de perigo à fidelidade e à fé cristã; que causa dor e problema
  2. mau, de natureza ou condição má
    1. num sentido físico: doença ou cegueira
    2. num sentido ético: mau, ruim, iníquo

      A palavra é usada no caso nominativo em Mt 6:13. Isto geralmente denota um título no grego. Conseqüentemente Cristo está dizendo, “livra-nos do mal”, e está provavelmente se referindo a Satanás.

Sinônimos ver verbete 5908


σαπρός


(G4550)
saprós (sap-ros')

4550 σαπρος sapros

de 4595; TDNT - 7:94,1000; adj

apodrecido, podre

corrompido por alguém e não mais próprio para o uso, gasto

de qualidade pobre, ruim, impróprio para o uso, sem valor


οὐ δύναμαι δένδρον ἀγαθός ποιέω καρπός πονηρός οὐδέ δένδρον σαπρός ποιέω καρπός καλός
Mateus 7: 18 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Não pode a árvore boa dar frutos ruins, nem pode a árvore corrompida dar frutos bons.
Mateus 7: 18 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G1186
déndron
δένδρον
uma cidade no teritório de Rúbem, mencionada em conexão com Nebo, e na época de
(Baal-meon)
Substantivo
G1410
dýnamai
δύναμαι
sétimo filho de Jacó através de Zilpa, serva de Lia, e irmão legítimo de Aser
(Gad)
Substantivo
G18
agathós
ἀγαθός
de boa constituição ou natureza.
(good)
Adjetivo - Masculino no Plurak acusativo
G2570
kalós
καλός
bonito, gracioso, excelente, eminente, escolhido, insuperável, precioso, proveitoso,
(good)
Adjetivo - Masculino no Singular acusativo
G2590
karpós
καρπός
embalsamar, condimentar, tornar temperado
(to embalm)
Verbo
G3756
ou
οὐ
o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
(and Carmi)
Substantivo
G3761
oudé
οὐδέ
nem / tampouco
(Nor)
Conjunção
G4160
poiéō
ποιέω
fazer
(did)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
G4190
ponērós
πονηρός
cheio de labores, aborrecimentos, fadigas
(evil)
Adjetivo - neutro acusativo singular
G4550
saprós
σαπρός
levantamento (de estacas), ação de levantar acampamento, partida, jornada
(on his journeys)
Substantivo


δένδρον


(G1186)
déndron (den'-dron)

1186 δενδρον dendron

provavelmente de drus (carvalho); n n

  1. árvore

δύναμαι


(G1410)
dýnamai (doo'-nam-ahee)

1410 δυναμαι dunamai

de afinidade incerta; TDNT - 2:284,186; v

  1. ser capaz, ter poder quer pela virtude da habilidade e recursos próprios de alguém, ou de um estado de mente, ou através de circunstâncias favoráveis, ou pela permissão de lei ou costume
  2. ser apto para fazer alguma coisa
  3. ser competente, forte e poderoso

ἀγαθός


(G18)
agathós (ag-ath-os')

18 αγαθος agathos

uma palavra primitiva; TDNT 1:10,3; adj

  1. de boa constituição ou natureza.
  2. útil, saudável
  3. bom, agradável, amável, alegre, feliz
  4. excelente, distinto
  5. honesto, honrado

καλός


(G2570)
kalós (kal-os')

2570 καλος kalos

de afinidade incerta; TDNT - 3:536,402; adj

  1. bonito, gracioso, excelente, eminente, escolhido, insuperável, precioso, proveitoso, apropriado, recomendável, admirável
    1. bonito de olhar, bem formado, magnífico
    2. bom, excelente em sua natureza e características, e por esta razão bem adaptado aos seus objetivos
      1. genuíno, aprovado
      2. precioso
      3. ligado aos nomes de homens designados por seu ofício, competente, capaz, tal como alguém deve ser
      4. louvável, nobre
    3. bonito por razão de pureza de coração e vida, e por isso louvável
      1. moralmente bom, nobre
    4. digno de honra, que confere honra
    5. que afeta a mente de forma prazenteira, que conforta e dá suporte

Sinônimos ver verbete 5893


καρπός


(G2590)
karpós (kar-pos')

2590 καρπος karpos

provavelmente da raiz de 726; TDNT - 3:614,416; n m

  1. fruta
    1. fruto das árvores, das vinhas; colheitas
    2. fruto do ventre, da força geratriz de alguém, i.e., sua progênie, sua posteridade
  2. aquele que se origina ou vem de algo, efeito, resultado
    1. trabalho, ação, obra
    2. vantagem, proveito, utilidade
    3. louvores, que sã apresentados a Deus como oferta de agradecimento
    4. recolher frutos (i.e., uma safra colhida) para a vida eterna (como num celeiro) é usado figuradamente daqueles que pelo seu esforço têm almas preparadas almas para obterem a vida eterna

οὐ


(G3756)
ou (oo)

3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

  1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

οὐδέ


(G3761)
oudé (oo-deh')

3761 ουδε oude

de 3756 e 1161; conj

  1. e não, nem, também não, nem mesmo

ποιέω


(G4160)
poiéō (poy-eh'-o)

4160 ποιεω poieo

aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

  1. fazer
    1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
    2. ser os autores de, a causa
    3. tornar pronto, preparar
    4. produzir, dar, brotar
    5. adquirir, prover algo para si mesmo
    6. fazer algo a partir de alguma coisa
    7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
      1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
      2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
    8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
    9. levar alguém a fazer algo
      1. fazer alguém
    10. ser o autor de algo (causar, realizar)
  2. fazer
    1. agir corretamente, fazer bem
      1. efetuar, executar
    2. fazer algo a alguém
      1. fazer a alguém
    3. com designação de tempo: passar, gastar
    4. celebrar, observar
      1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
    5. cumprir: um promessa

Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


πονηρός


(G4190)
ponērós (pon-ay-ros')

4190 πονηρος poneros

de um derivado de 4192; TDNT - 6:546,912; adj

  1. cheio de labores, aborrecimentos, fadigas
    1. pressionado e atormentado pelos labores
    2. que traz trabalho árduo, aborrecimentos, perigos: de um tempo cheio de perigo à fidelidade e à fé cristã; que causa dor e problema
  2. mau, de natureza ou condição má
    1. num sentido físico: doença ou cegueira
    2. num sentido ético: mau, ruim, iníquo

      A palavra é usada no caso nominativo em Mt 6:13. Isto geralmente denota um título no grego. Conseqüentemente Cristo está dizendo, “livra-nos do mal”, e está provavelmente se referindo a Satanás.

Sinônimos ver verbete 5908


σαπρός


(G4550)
saprós (sap-ros')

4550 σαπρος sapros

de 4595; TDNT - 7:94,1000; adj

apodrecido, podre

corrompido por alguém e não mais próprio para o uso, gasto

de qualidade pobre, ruim, impróprio para o uso, sem valor


πᾶς δένδρον μή ποιέω καλός καρπός ἐκκόπτω καί βάλλω εἰς πῦρ
Mateus 7: 19 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Toda a árvore que não produz frutos bons corta-se e lança-se no fogo.
Mateus 7: 19 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G1186
déndron
δένδρον
uma cidade no teritório de Rúbem, mencionada em conexão com Nebo, e na época de
(Baal-meon)
Substantivo
G1519
eis
εἰς
(A
(disputed)
Verbo
G1581
ekkóptō
ἐκκόπτω
camelo
(and camels)
Substantivo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2570
kalós
καλός
bonito, gracioso, excelente, eminente, escolhido, insuperável, precioso, proveitoso,
(good)
Adjetivo - Masculino no Singular acusativo
G2590
karpós
καρπός
embalsamar, condimentar, tornar temperado
(to embalm)
Verbo
G3361
mḗ
μή
não
(not)
Advérbio
G3956
pâs
πᾶς
língua
(according to his language)
Substantivo
G4160
poiéō
ποιέω
fazer
(did)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
G4442
pŷr
πῦρ
rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo a quem Abrão deu o dízimo depois da batalha
(Melchizedek)
Substantivo
G906
bállō
βάλλω
lançar ou jogar uma coisa sem cuidar aonde ela cai
(is thrown)
Verbo - presente indicativo médio ou passivo - 3ª pessoa do singular


δένδρον


(G1186)
déndron (den'-dron)

1186 δενδρον dendron

provavelmente de drus (carvalho); n n

  1. árvore

εἰς


(G1519)
eis (ice)

1519 εις eis

preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

  1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

ἐκκόπτω


(G1581)
ekkóptō (ek-kop'-to)

1581 εκκοπτω ekkopto

de 1537 e 2875; TDNT - 3:857,453; v

  1. cortar fora, remover
    1. de uma árvore
  2. metáf. remover

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

καλός


(G2570)
kalós (kal-os')

2570 καλος kalos

de afinidade incerta; TDNT - 3:536,402; adj

  1. bonito, gracioso, excelente, eminente, escolhido, insuperável, precioso, proveitoso, apropriado, recomendável, admirável
    1. bonito de olhar, bem formado, magnífico
    2. bom, excelente em sua natureza e características, e por esta razão bem adaptado aos seus objetivos
      1. genuíno, aprovado
      2. precioso
      3. ligado aos nomes de homens designados por seu ofício, competente, capaz, tal como alguém deve ser
      4. louvável, nobre
    3. bonito por razão de pureza de coração e vida, e por isso louvável
      1. moralmente bom, nobre
    4. digno de honra, que confere honra
    5. que afeta a mente de forma prazenteira, que conforta e dá suporte

Sinônimos ver verbete 5893


καρπός


(G2590)
karpós (kar-pos')

2590 καρπος karpos

provavelmente da raiz de 726; TDNT - 3:614,416; n m

  1. fruta
    1. fruto das árvores, das vinhas; colheitas
    2. fruto do ventre, da força geratriz de alguém, i.e., sua progênie, sua posteridade
  2. aquele que se origina ou vem de algo, efeito, resultado
    1. trabalho, ação, obra
    2. vantagem, proveito, utilidade
    3. louvores, que sã apresentados a Deus como oferta de agradecimento
    4. recolher frutos (i.e., uma safra colhida) para a vida eterna (como num celeiro) é usado figuradamente daqueles que pelo seu esforço têm almas preparadas almas para obterem a vida eterna

μή


(G3361)
mḗ (may)

3361 μη me

partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

  1. não, que... (não)

πᾶς


(G3956)
pâs (pas)

3956 πας pas

que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

  1. individualmente
    1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
  2. coletivamente
    1. algo de todos os tipos

      ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


ποιέω


(G4160)
poiéō (poy-eh'-o)

4160 ποιεω poieo

aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

  1. fazer
    1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
    2. ser os autores de, a causa
    3. tornar pronto, preparar
    4. produzir, dar, brotar
    5. adquirir, prover algo para si mesmo
    6. fazer algo a partir de alguma coisa
    7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
      1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
      2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
    8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
    9. levar alguém a fazer algo
      1. fazer alguém
    10. ser o autor de algo (causar, realizar)
  2. fazer
    1. agir corretamente, fazer bem
      1. efetuar, executar
    2. fazer algo a alguém
      1. fazer a alguém
    3. com designação de tempo: passar, gastar
    4. celebrar, observar
      1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
    5. cumprir: um promessa

Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


πῦρ


(G4442)
pŷr (poor)

4442 πυρ pur

palavra raiz; TDNT - 6:928,975; n n

  1. fogo

βάλλω


(G906)
bállō (bal'-lo)

906 βαλλω ballo

uma palavra primária; TDNT - 1:526,91; v

  1. lançar ou jogar uma coisa sem cuidar aonde ela cai
    1. espalhar, lançar, arremessar
    2. entregar ao cuidado de alguém não sabendo qual será o resultado
    3. de fluidos
      1. verter, lançar aos rios
      2. despejar
  2. meter, inserir

ἄρα ἀπό αὐτός καρπός αὐτός ἐπιγινώσκω
Mateus 7: 20 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Portanto, pelos seus frutos os conhecereis.
Mateus 7: 20 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G1921
epiginṓskō
ἐπιγινώσκω
honrar, adornar, glorificar, ser alto
(shall you be partial to)
Verbo
G2590
karpós
καρπός
embalsamar, condimentar, tornar temperado
(to embalm)
Verbo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G575
apó
ἀπό
onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
(and where)
Advérbio
G686
ára
ἄρα
guardar, poupar, acumular
(have laid up in store)
Verbo
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


ἐπιγινώσκω


(G1921)
epiginṓskō (ep-ig-in-oce'-ko)

1921 επιγινωσκω epiginosko

de 1909 e 1097; TDNT - 1:689,119; v

  1. tornar-se completamente conhecido, saber totalmente
    1. conhecer exatamente, conhecer bem
  2. conhecer
    1. reconhecer
      1. pela visão, audição, ou por certos sinais, reconhecer quem é a pessoa
    2. saber, i.e., perceber
    3. saber, i.e., descobrir, determinar
    4. saber, i.e., entender

καρπός


(G2590)
karpós (kar-pos')

2590 καρπος karpos

provavelmente da raiz de 726; TDNT - 3:614,416; n m

  1. fruta
    1. fruto das árvores, das vinhas; colheitas
    2. fruto do ventre, da força geratriz de alguém, i.e., sua progênie, sua posteridade
  2. aquele que se origina ou vem de algo, efeito, resultado
    1. trabalho, ação, obra
    2. vantagem, proveito, utilidade
    3. louvores, que sã apresentados a Deus como oferta de agradecimento
    4. recolher frutos (i.e., uma safra colhida) para a vida eterna (como num celeiro) é usado figuradamente daqueles que pelo seu esforço têm almas preparadas almas para obterem a vida eterna


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ἀπό


(G575)
apó (apo')

575 απο apo apo’

partícula primária; preposição

  1. de separação
    1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
    2. de separação de uma parte do todo
      1. quando de um todo alguma parte é tomada
    3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
    4. de um estado de separação. Distância
      1. física, de distância de lugar
      2. tempo, de distância de tempo
  2. de origem
    1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
    2. de origem de uma causa

ἄρα


(G686)
ára (ar'-ah)

686 αρα ara

provavelmente de 142 (devido a idéia de tirar uma conclusão); part

  1. portanto, assim, então, por isso

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo

οὐ πᾶς μοί λέγω κύριος κύριος εἰσέρχομαι εἰς βασιλεία οὐρανός ἀλλά ποιέω θέλημα μοῦ πατήρ ἔν οὐρανός
Mateus 7: 21 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor, entrará no reino do céu, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está no céu.
Mateus 7: 21 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G1473
egṓ
ἐγώ
exilados, exílio, cativeiro
(captive)
Substantivo
G1519
eis
εἰς
(A
(disputed)
Verbo
G1525
eisérchomai
εἰσέρχομαι
veio
(came)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G2307
thélēma
θέλημα
o que se deseja ou se tem determinado que será feito
(will)
Substantivo - neutro neutro no Singular
G235
allá
ἀλλά
ir, ir embora, ir de uma parte para outra
(is gone)
Verbo
G2962
kýrios
κύριος
antes
(before)
Prepostos
G3004
légō
λέγω
terra seca, solo seco
(the dry land)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3756
ou
οὐ
o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
(and Carmi)
Substantivo
G3772
ouranós
οὐρανός
cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer
(be cut off)
Verbo
G3956
pâs
πᾶς
língua
(according to his language)
Substantivo
G3962
patḗr
πατήρ
um lugar no sudeste da Palestina junto ao limite do território dos cananeus, próximo a
(unto Lasha)
Substantivo
G4160
poiéō
ποιέω
fazer
(did)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
G932
basileía
βασιλεία
um rubenita que demarcou o limite entre Judá e Benjamim com uma pedra
(of Bohan)
Substantivo


ἐγώ


(G1473)
egṓ (eg-o')

1473 εγω ego

um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

  1. Eu, me, minha, meu

εἰς


(G1519)
eis (ice)

1519 εις eis

preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

  1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

εἰσέρχομαι


(G1525)
eisérchomai (ice-er'-khom-ahee)

1525 εισερχομαι eiserchomai

de 1519 e 2064; TDNT - 2:676,257; v

  1. ir para fora ou vir para dentro: entrar
    1. de homens ou animais, quando se dirigem para uma casa ou uma cidade
    2. de Satanás tomando posse do corpo de uma pessoa
    3. de coisas: como comida, que entra na boca de quem come
  2. metáf.
    1. de ingresso em alguma condição, estado das coisas, sociedade, emprego
      1. aparecer, vir à existência, começar a ser
      2. de homens, vir perante o público
      3. vir à vida
    2. de pensamentos que vêm a mente

ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

θέλημα


(G2307)
thélēma (thel'-ay-mah)

2307 θελημα thelema

da forma prolongada de 2309; TDNT - 3:52,318; n n

  1. o que se deseja ou se tem determinado que será feito
    1. do propósito de Deus em abênçoar a humanidade através de Cristo
    2. do que Deus deseja que seja feito por nós
      1. mandamentos, preceitos

        vontade, escolha, inclinação, desejo, prazer, satisfação


ἀλλά


(G235)
allá (al-lah')

235 αλλα alla

plural neutro de 243; conj

  1. mas
    1. todavia, contudo, não obstante, apesar de
    2. uma objeção
    3. uma exceção
    4. uma restrição
    5. mais ainda, antes, mais propriamente, até mesmo, além do mais
    6. introduz uma transição para o assunto principal

κύριος


(G2962)
kýrios (koo'-ree-os)

2962 κυριος kurios

de kuros (supremacia); TDNT - 3:1039,486; n m

  1. aquele a quem uma pessoa ou coisas pertence, sobre o qual ele tem o poder de decisão; mestre, senhor
    1. o que possue e dispõe de algo
      1. proprietário; alguém que tem o controle da pessoa, o mestre
      2. no estado: o soberano, príncipe, chefe, o imperador romano
    2. é um título de honra, que expressa respeito e reverência e com o qual servos tratavam seus senhores
    3. título dado: a Deus, ao Messias

Sinônimos ver verbete 5830


λέγω


(G3004)
légō (leg'-o)

3004 λεγω lego

palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

  1. dizer, falar
    1. afirmar sobre, manter
    2. ensinar
    3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
    4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
    5. chamar pelo nome, chamar, nomear
    6. gritar, falar de, mencionar


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


οὐ


(G3756)
ou (oo)

3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

  1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

οὐρανός


(G3772)
ouranós (oo-ran-os')

3772 ουρανος ouranos

talvez do mesmo que 3735 (da idéia de elevação); céu; TDNT - 5:497,736; n m

  1. espaço arqueado do firmamento com todas as coisas nele visíveis
    1. universo, mundo
    2. atmosfera ou firmamento, região onde estão as nuvens e se formam as tempestades, e onde o trovão e relâmpago são produzidos
    3. os céus siderais ou estrelados

      região acima dos céus siderais, a sede da ordem das coisas eternas e consumadamente perfeitas, onde Deus e outras criaturas celestes habitam


πᾶς


(G3956)
pâs (pas)

3956 πας pas

que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

  1. individualmente
    1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
  2. coletivamente
    1. algo de todos os tipos

      ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


πατήρ


(G3962)
patḗr (pat-ayr')

3962 πατηρ pater

aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m

  1. gerador ou antepassado masculino
    1. antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
    2. antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
      1. pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
    3. alguém avançado em anos, o mais velho
  2. metáf.
    1. o originador e transmissor de algo
      1. os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
      2. alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
    2. alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
    3. um título de honra
      1. mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
      2. membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
  3. Deus é chamado o Pai
    1. das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
    2. de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
      1. de seres espirituais de todos os homens
    3. de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
    4. o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
      1. por Jesus Cristo mesmo
      2. pelos apóstolos

ποιέω


(G4160)
poiéō (poy-eh'-o)

4160 ποιεω poieo

aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

  1. fazer
    1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
    2. ser os autores de, a causa
    3. tornar pronto, preparar
    4. produzir, dar, brotar
    5. adquirir, prover algo para si mesmo
    6. fazer algo a partir de alguma coisa
    7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
      1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
      2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
    8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
    9. levar alguém a fazer algo
      1. fazer alguém
    10. ser o autor de algo (causar, realizar)
  2. fazer
    1. agir corretamente, fazer bem
      1. efetuar, executar
    2. fazer algo a alguém
      1. fazer a alguém
    3. com designação de tempo: passar, gastar
    4. celebrar, observar
      1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
    5. cumprir: um promessa

Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


βασιλεία


(G932)
basileía (bas-il-i'-ah)

932 βασιλεια basileia

de 935; TDNT - 1:579,97; n f

  1. poder real, realeza, domínio, governo
    1. não confundir com um reino que existe na atualidade. Referência ao direito ou autoridade para governar sobre um reino
    2. do poder real de Jesus como o Messias triunfante
    3. do poder real e da dignidade conferida aos cristãos no reino do Messias
  2. um reino, o território sujeito ao governo de um rei
  3. usado no N.T. para referir-se ao reinado do Messias

πολύς ἔν ἐκεῖνος ἡμέρα ἔρω μοί κύριος κύριος οὐ προφητεύω σός ὄνομα καί σός ὄνομα ἐκβάλλω δαιμόνιον καί σός ὄνομα ποιέω πολύς δύναμις
Mateus 7: 22 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos os demônios? E em teu nome não fizemos muitas maravilhas?
Mateus 7: 22 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G1140
daimónion
δαιμόνιον
poder divino, deidade, divindade
(demons)
Substantivo - neutro acusativo plural
G1411
dýnamis
δύναμις
potência
(power)
Substantivo - Feminino no Singular nominativo
G1473
egṓ
ἐγώ
exilados, exílio, cativeiro
(captive)
Substantivo
G1544
ekbállō
ἐκβάλλω
expulsar, expelir, mandar sair
( I might cast out)
Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Ativo - 1ª pessoa do singular
G1565
ekeînos
ἐκεῖνος
duro, estéril, ríspido, frio
(solitary)
Adjetivo
G1722
en
ἐν
ouro
(gold)
Substantivo
G2046
eréō
ἐρέω
()
G2250
hēméra
ἡμέρα
[os] dias
([the] days)
Substantivo - Dativo Feminino no Plural
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2962
kýrios
κύριος
antes
(before)
Prepostos
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3686
ónoma
ὄνομα
uma cidade no extremo sul de Judá e a cerca de 24 km (15 milhas) no sudoeste de
(and Chesil)
Substantivo
G3756
ou
οὐ
o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
(and Carmi)
Substantivo
G4160
poiéō
ποιέω
fazer
(did)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
G4183
polýs
πολύς
um habitante de Moresete
(the Morasthite)
Adjetivo
G4395
prophēteúō
προφητεύω
profetizar, ser um profeta, proclamar por inspirações divinas, predizer
(did we prophesy)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
G4674
sós
σός
()


δαιμόνιον


(G1140)
daimónion (dahee-mon'-ee-on)

1140 δαιμονιον daimonion

neutro de um derivado de 1142; TDNT - 2:1,137; n n

  1. poder divino, deidade, divindade
  2. espírito, ser inferior a Deus, superior ao homem
  3. espíritos maus ou os mensageiros e ministros do mal

δύναμις


(G1411)
dýnamis (doo'-nam-is)

1411 δυναμις dunamis

de 1410; TDNT - 2:284,186; n f

  1. poder, força, habilidade
    1. poder inerente, poder que reside numa coisa pela virtude de sua natureza, ou que uma pessoa ou coisa mostra e desenvolve
    2. poder para realizar milagres
    3. poder moral e excelência de alma
    4. poder e influência própria dos ricos e afortunados
    5. poder e riquezas que crescem pelos números
    6. poder que consiste em ou basea-se em exércitos, forças, multidões

Sinônimos ver verbete 5820


ἐγώ


(G1473)
egṓ (eg-o')

1473 εγω ego

um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

  1. Eu, me, minha, meu

ἐκβάλλω


(G1544)
ekbállō (ek-bal'-lo)

1544 εκβαλλω ekballo

de 1537 e 906; TDNT - 1:527,91; v

  1. expulsar, expelir, mandar sair
    1. com noção de violência
      1. expelir (expulsar)
      2. expulsar
        1. do mundo, i.e. ser privado do poder e influência que se exerce no mundo
        2. uma coisa: excremento da barriga na fossa
      3. expelir uma pessoa de uma sociedade: banir de uma família
      4. compelir alguém a partir; mandar alguém partir, de modo severo ainda que não violento na linguagem
      5. empregado para expressar a idéia de que o movimento rápido de algo saindo é transferido para algo sendo lançado
        1. ordenar ou fazer alguém sair apressadamente
      6. fazer sair com força, puxar
      7. com implicacões da força superar força oposta
        1. fazer uma coisa se mover em linha reta até o seu alvo pretendido
      8. rejeitar com desprezo, rejeitar ou jogar fora
    2. sem noção de violência
      1. fazer sair, extrair, algo inserido em outra coisa
      2. fazer sair, gerar
      3. excetuar, omitir, i.e. não receber
      4. levar ou conduzir a algum lugar com uma força que não se pode resistir

ἐκεῖνος


(G1565)
ekeînos (ek-i'-nos)

1565 εκεινος ekeinos

de 1563; pron

  1. ele, ela, isto, etc.

ἐν


(G1722)
en (en)

1722 εν en

preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

  1. em, por, com etc.

ἐρέω


(G2046)
eréō (er-eh'-o)

2046 ερεω ereo

provavelmente um forma mais completa de 4483, uma alternativa para 2036 em determinados tempos; v

  1. expressar, falar, dizer

ἡμέρα


(G2250)
hēméra (hay-mer'-ah)

2250 ημερα hemera

de (com 5610 implicado) um derivado de hemai (descansar, semelhante a raíz de 1476) significando manso, i.e. dócil; TDNT - 2:943,309; n f

  1. o dia, usado do dia natural, ou do intervalo entre o nascer e o pôr-do-sol, como diferenciado e contrastado com a noite
    1. durante o dia
    2. metáf., “o dia” é considerado como o tempo para abster-se de indulgência, vício, crime, por serem atos cometidos de noite e na escuridão
  2. do dia civil, ou do espaço de vinte e quatro horas (que também inclui a noite)
    1. o uso oriental deste termo difere do nosso uso ocidental. Qualquer parte de um dia é contado como um dia inteiro. Por isso a expressão “três dias e três noites” não significa literalmente três dias inteiros, mas ao menos um dia inteiro, mais partes de dois outros dias.

      do último dia desta presente era, o dia em que Cristo voltará do céu, ressuscitará os mortos, levará a cabo o julgamento final, e estabelecerá o seu reino de forma plena.

      usado do tempo de modo geral, i.e., os dias da sua vida.


καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

κύριος


(G2962)
kýrios (koo'-ree-os)

2962 κυριος kurios

de kuros (supremacia); TDNT - 3:1039,486; n m

  1. aquele a quem uma pessoa ou coisas pertence, sobre o qual ele tem o poder de decisão; mestre, senhor
    1. o que possue e dispõe de algo
      1. proprietário; alguém que tem o controle da pessoa, o mestre
      2. no estado: o soberano, príncipe, chefe, o imperador romano
    2. é um título de honra, que expressa respeito e reverência e com o qual servos tratavam seus senhores
    3. título dado: a Deus, ao Messias

Sinônimos ver verbete 5830



(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὄνομα


(G3686)
ónoma (on'-om-ah)

3686 ονομα onoma

de um suposto derivado da raiz de 1097 (cf 3685); TDNT - 5:242,694; n n

nome: univ. de nomes próprios

o nome é usado para tudo que o nome abrange, todos os pensamentos ou sentimentos do que é despertado na mente pelo mencionar, ouvir, lembrar, o nome, i.e., pela posição, autoridade, interesses, satisfação, comando, excelência, ações, etc., de alguém

pessoas reconhecidas pelo nome

a causa ou razão mencionada: por esta causa, porque sofre como um cristão, por esta razão


οὐ


(G3756)
ou (oo)

3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

  1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

ποιέω


(G4160)
poiéō (poy-eh'-o)

4160 ποιεω poieo

aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

  1. fazer
    1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
    2. ser os autores de, a causa
    3. tornar pronto, preparar
    4. produzir, dar, brotar
    5. adquirir, prover algo para si mesmo
    6. fazer algo a partir de alguma coisa
    7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
      1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
      2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
    8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
    9. levar alguém a fazer algo
      1. fazer alguém
    10. ser o autor de algo (causar, realizar)
  2. fazer
    1. agir corretamente, fazer bem
      1. efetuar, executar
    2. fazer algo a alguém
      1. fazer a alguém
    3. com designação de tempo: passar, gastar
    4. celebrar, observar
      1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
    5. cumprir: um promessa

Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


πολύς


(G4183)
polýs (pol-oos')

4183 πολυς polus

que inclue as formas do substituto pollos; TDNT - 6:536,*; adj

  1. numeroso, muito, grande

προφητεύω


(G4395)
prophēteúō (prof-ate-yoo'-o)

4395 προφητευω propheteuo

de 4396; TDNT - 6:781,952; v

  1. profetizar, ser um profeta, proclamar por inspirações divinas, predizer
    1. profetizar
    2. com a idéia de prever eventos futuro que pertencem esp. ao reino de Deus
    3. proclamar, declarar, algo que pode apenas ser conhecido por revelação divina
    4. irromper sob impulso repentino em discurso ou louvor sublime dos conselhos divinos
      1. sob tal impulso, ensinar, refutar, reprovar, admoestar, confortar outros
    5. agir como um profeta, cumprir o ofício profético

σός


(G4674)
sós (sos)

4674 σος sos

de 4771; pron

  1. teu

τότε αὐτός ὁμολογέω οὐδέποτε ὑμᾶς γινώσκω ἀποχωρέω ἀπό ἐμοῦ ἐργάζομαι ἀνομία
Mateus 7: 23 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

E então lhes declararei: Eu nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós trabalhadores da iniquidade.
Mateus 7: 23 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G1097
ginṓskō
γινώσκω
gastando adv de negação
(not)
Substantivo
G1473
egṓ
ἐγώ
exilados, exílio, cativeiro
(captive)
Substantivo
G2038
ergázomai
ἐργάζομαι
trabalhar, labutar, fazer trabalho
(working)
Verbo - Presente do indicativo médio ou passivo - masculino vocativo Masculino no Plurak
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3670
homologéō
ὁμολογέω
(Nifal) ser posto ou impelido num ou para um canto, esconder-se de vista, ser
(do be removed into a corner)
Verbo
G3754
hóti
ὅτι
para que
(that)
Conjunção
G3763
oudépote
οὐδέποτε
nunca
(Never)
Advérbio
G458
anomía
ἀνομία
a condição daquele que não cumpre a lei
(lawlessness)
Substantivo - feminino acusativo singular
G4771
σύ
de você
(of you)
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
G5119
tóte
τότε
então
(Then)
Advérbio
G575
apó
ἀπό
onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
(and where)
Advérbio
G672
apochōréō
ἀποχωρέω
um lugar próximo a Betel onde Raquel morreu e foi sepultada
(to Ephrath)
Substantivo
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


γινώσκω


(G1097)
ginṓskō (ghin-oce'-ko)

1097 γινωσκω ginosko

forma prolongada de um verbo primário; TDNT - 1:689,119; v

  1. chegar a saber, vir a conhecer, obter conhecimento de, perceber, sentir
    1. tornar-se conhecido
  2. conhecer, entender, perceber, ter conhecimento de
    1. entender
    2. saber
  3. expressão idiomática judaica para relação sexual entre homem e mulher
  4. tornar-se conhecido de, conhecer

Sinônimos ver verbete 5825


ἐγώ


(G1473)
egṓ (eg-o')

1473 εγω ego

um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

  1. Eu, me, minha, meu

ἐργάζομαι


(G2038)
ergázomai (er-gad'-zom-ahee)

2038 εργαζομαι ergazomai

voz média de 2041; TDNT - 2:635,251; v

  1. trabalhar, labutar, fazer trabalho
  2. comerciar, ganhar pelo comércio, “fazer negócios”
  3. fazer, executar
    1. exercitar, realizar, empenhar-se
    2. fazer existir, produzir

      trabalhar para, ganhar pelo trabalho, adquirir


καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὁμολογέω


(G3670)
homologéō (hom-ol-og-eh'-o)

3670 ομολογεω homologeo

de um composto da raiz de 3674 e 3056; TDNT - 5:199,687; v

  1. dizer a mesma coisa que outro, i.e., concordar com, consentir
  2. conceder
    1. não rejeitar, prometer
    2. não negar
      1. confessar
      2. declarar
      3. confessar, i.e., admitir ou declarar-se culpado de uma acusação
  3. professar
    1. declarar abertamente, falar livremente
    2. professar a si mesmo o adorador de alguém

      louvar, celebrar


ὅτι


(G3754)
hóti (hot'-ee)

3754 οτι hoti

neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj

  1. que, porque, desde que

οὐδέποτε


(G3763)
oudépote (oo-dep'-ot-eh)

3763 ουδεποτε oudepote

de 3761 e 4218; adv

  1. nunca

ἀνομία


(G458)
anomía (an-om-ee'-ah)

458 ανομια anomia

de 459; TDNT - 4:1085,646; n f

  1. a condição daquele que não cumpre a lei
    1. porque não conhece a lei
    2. porque transgride a lei
  2. desprezo e violação da lei, iniqüidade, maldade

Sinônimos ver verbete 5879


σύ


(G4771)
(soo)

4771 συ su

pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

  1. tu

τότε


(G5119)
tóte (tot'-eh)

5119 τοτε tote

do (neutro de) 3588 e 3753; adv

então

naquele tempo


ἀπό


(G575)
apó (apo')

575 απο apo apo’

partícula primária; preposição

  1. de separação
    1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
    2. de separação de uma parte do todo
      1. quando de um todo alguma parte é tomada
    3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
    4. de um estado de separação. Distância
      1. física, de distância de lugar
      2. tempo, de distância de tempo
  2. de origem
    1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
    2. de origem de uma causa

ἀποχωρέω


(G672)
apochōréō (ap-okh-o-reh'-o)

672 αποχωρεω apochoreo

de 575 e 5562; v

  1. ir embora, partir

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo

πᾶς ὅστις οὖν ἀκούω τούτους μοῦ λόγος καί αὐτός ποιέω ὁμοιόω ἀνήρ φρόνιμος ὅστις οἰκοδομέω αὑτοῦ οἰκία ἐπί πέτρα
Mateus 7: 24 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem sábio, que construiu a sua casa sobre a rocha.
Mateus 7: 24 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G1473
egṓ
ἐγώ
exilados, exílio, cativeiro
(captive)
Substantivo
G1909
epí
ἐπί
sobre, em cima de, em, perto de, perante
(at [the time])
Preposição
G191
akoúō
ἀκούω
ser idiota, louco
(the foolish)
Adjetivo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G3056
lógos
λόγος
do ato de falar
(on account)
Substantivo - Masculino no Singular genitivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3614
oikía
οἰκία
casa
(house)
Substantivo - feminino acusativo singular
G3618
oikodoméō
οἰκοδομέω
noiva, nora
(his daughter-in-law)
Substantivo
G3666
homoióō
ὁμοιόω
ser feito como
(be like)
Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Passivo - 2ª pessoa do plural
G3748
hóstis
ὅστις
quem
(who)
Pronome pessoal / relativo - nominativo masculino singular
G3767
oûn
οὖν
portanto / por isso
(therefore)
Conjunção
G3778
hoûtos
οὗτος
um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
(of the Chaldeans)
Substantivo
G3956
pâs
πᾶς
língua
(according to his language)
Substantivo
G4073
pétra
πέτρα
rocha, penhasco ou cordilheira de pedra
(rock)
Substantivo - feminino acusativo singular
G4160
poiéō
ποιέω
fazer
(did)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
G435
anḗr
ἀνήρ
com referência ao sexo
(husband)
Substantivo - acusativo masculino singular
G5429
phrónimos
φρόνιμος
uma medida de farinha ou cereal
(measures)
Substantivo
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


ἐγώ


(G1473)
egṓ (eg-o')

1473 εγω ego

um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

  1. Eu, me, minha, meu

ἐπί


(G1909)
epí (ep-ee')

1909 επι epi

uma raíz; prep

sobre, em cima de, em, perto de, perante

de posição, sobre, em, perto de, acima, contra

para, acima, sobre, em, através de, contra


ἀκούω


(G191)
akoúō (ak-oo'-o)

191 ακουω akouo

uma raiz; TDNT - 1:216,34; v

  1. estar dotado com a faculdade de ouvir, não surdo
  2. ouvir
    1. prestar atenção, considerar o que está ou tem sido dito
    2. entender, perceber o sentido do que é dito
  3. ouvir alguma coisa
    1. perceber pelo ouvido o que é dito na presença de alguém
    2. conseguir aprender pela audição
    3. algo que chega aos ouvidos de alguém, descobrir, aprender
    4. dar ouvido a um ensino ou a um professor
    5. compreender, entender

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

λόγος


(G3056)
lógos (log'-os)

3056 λογος logos

de 3004; TDNT - 4:69,505; n m

  1. do ato de falar
    1. palavra, proferida a viva voz, que expressa uma concepção ou idéia
    2. o que alguém disse
      1. palavra
      2. os ditos de Deus
      3. decreto, mandato ou ordem
      4. dos preceitos morais dados por Deus
      5. profecia do Antigo Testamento dado pelos profetas
      6. o que é declarado, pensamento, declaração, aforismo, dito significativo, sentença, máxima
    3. discurso
      1. o ato de falar, fala
      2. a faculdade da fala, habilidade e prática na fala
      3. tipo ou estilo de fala
      4. discurso oral contínuo - instrução
    4. doutrina, ensino
    5. algo relatado pela fala; narração, narrativa
    6. assunto em discussão, aquilo do qual se fala, questão, assunto em disputa, caso, processo jurídico
    7. algo a respeito do qual se fala; evento, obra
  2. seu uso com respeito a MENTE em si
    1. razão, a faculdade mental do pensamento, meditação, raciocínio, cálculo
    2. conta, i.e., estima, consideração
    3. conta, i.e., cômputo, cálculo
    4. conta, i.e., resposta ou explanação em referência a julgamento
    5. relação, i.e., com quem, como juiz, estamos em relação
      1. razão
    6. razão, causa, motivo

      Em João, denota a essencial Palavra de Deus, Jesus Cristo, a sabedoria e poder pessoais em união com Deus. Denota seu ministro na criação e governo do universo, a causa de toda a vida do mundo, tanto física quanto ética, que para a obtenção da salvação do ser humano, revestiu-se da natureza humana na pessoa de Jesus, o Messias, a segunda pessoa na Trindade, anunciado visivelmente através suas palavras e obras. Este termo era familiar para os judeus e na sua literatura muito antes que um filósofo grego chamado Heráclito fizesse uso do termo Logos, por volta de 600 a.C., para designar a razão ou plano divino que coordena um universo em constante mudança. Era a palavra apropriada para o objetivo de João no capítulo 1 do seu evangelho. Ver Gill ou “Jo 1:1”.



(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


οἰκία


(G3614)
oikía (oy-kee'-ah)

3614 οικια oikia

de 3624; TDNT - 5:131,674; n f

  1. casa
    1. edifício habitado, moradia
    2. habitantes de uma casa, família
    3. propriedade, riqueza, bens

Sinônimos ver verbete 5867


οἰκοδομέω


(G3618)
oikodoméō (oy-kod-om-eh'-o)

3618 οικοδομεω oikodomeo também οικοδομος oikodomos At 4:11

do mesmo que 3619; TDNT - 5:136,674; v

  1. construir uma casa, erigir uma construção
    1. edificar (a partir da fundação)
    2. restaurar pela construção, reconstruir, reparar
  2. metáf.
    1. fundar, estabelecer
    2. promover crescimento em sabedoria cristã, afeição, graça, virtude, santidade, bemaventurança
    3. cresçer em sabedoria e piedade

ὁμοιόω


(G3666)
homoióō (hom-oy-o'-o)

3666 ομοιοω homoioo

de 3664; TDNT - 5:188,684; v

  1. ser feito como
  2. assemelhar, comparar
    1. ilustrar por comparação

ὅστις


(G3748)
hóstis (hos'-tis)

3748 οστις hostis incluindo o feminino ητις hetis e o neutro ο,τι ho,ti

de 3739 e 5100; pron

  1. quem quer que, qualquer que, quem

οὖν


(G3767)
oûn (oon)

3767 ουν oun

aparentemente, palavra raiz; partícula

  1. então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim

οὗτος


(G3778)
hoûtos (hoo'-tos)

3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

do artigo 3588 e 846; pron

  1. este, estes, etc.

πᾶς


(G3956)
pâs (pas)

3956 πας pas

que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

  1. individualmente
    1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
  2. coletivamente
    1. algo de todos os tipos

      ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


πέτρα


(G4073)
pétra (pet'-ra)

4073 πετρα petra

do mesmo que 4074; TDNT - 6:95,834; n f

  1. rocha, penhasco ou cordilheira de pedra
    1. rocha projetada, penhasco, solo rochoso
    2. rocha, grande pedra
    3. metáf. homem como uma rocha, por razão de sua firmeza e força de espírito

ποιέω


(G4160)
poiéō (poy-eh'-o)

4160 ποιεω poieo

aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

  1. fazer
    1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
    2. ser os autores de, a causa
    3. tornar pronto, preparar
    4. produzir, dar, brotar
    5. adquirir, prover algo para si mesmo
    6. fazer algo a partir de alguma coisa
    7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
      1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
      2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
    8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
    9. levar alguém a fazer algo
      1. fazer alguém
    10. ser o autor de algo (causar, realizar)
  2. fazer
    1. agir corretamente, fazer bem
      1. efetuar, executar
    2. fazer algo a alguém
      1. fazer a alguém
    3. com designação de tempo: passar, gastar
    4. celebrar, observar
      1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
    5. cumprir: um promessa

Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


ἀνήρ


(G435)
anḗr (an'-ayr)

435 ανερ aner

uma palavra primária cf 444; TDNT - 1:360,59; n m

  1. com referência ao sexo
    1. homem
    2. marido
    3. noivo ou futuro marido
  2. com referência a idade, para distinguir um homem de um garoto
  3. qualquer homem
  4. usado genericamente para um grupo tanto de homens como de mulheres

φρόνιμος


(G5429)
phrónimos (fron'-ee-mos)

5429 φρονιμος phronimos

de 5424; TDNT - 9:220,1277; adj

inteligente, sábio

prudente, i.e., atento aos próprios interesses

Sinônimos ver verbete 5872


αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo

καί καταβαίνω βροχή ἔρχομαι ποταμός πνέω ἄνεμος καί προσκόπτω ἐκεῖνος οἰκία καί οὐ πίπτω γάρ θεμελιόω ἐπί πέτρα
Mateus 7: 25 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

E desceu a chuva, vieram as inundações, e sopraram os ventos e golpearam contra aquela casa, mas ela não caiu, porque estava fundada sobre a rocha.
Mateus 7: 25 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G1028
brochḗ
βροχή
um lugar em Gade, possivelmente Bete-Harrã, distante uma hora a leste do Jordão, no
(Beth-haran)
Substantivo
G1063
gár
γάρ
primícias da figueira, figo temporão
(as the earliest)
Substantivo
G1565
ekeînos
ἐκεῖνος
duro, estéril, ríspido, frio
(solitary)
Adjetivo
G1909
epí
ἐπί
sobre, em cima de, em, perto de, perante
(at [the time])
Preposição
G2064
érchomai
ἔρχομαι
vir
(are come)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
G2311
themelióō
θεμελιόω
colocar fundamento, fundar
(it had been founded)
Verbo - Pretérito mais que perfeito ou passivo - 3ª pessoa do singular
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2597
katabaínō
καταβαίνω
descer, vir para baixo, abaixar
(descending)
Verbo - particípio atual ativo - neutro acusativo singular
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3614
oikía
οἰκία
casa
(house)
Substantivo - feminino acusativo singular
G3756
ou
οὐ
o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
(and Carmi)
Substantivo
G4073
pétra
πέτρα
rocha, penhasco ou cordilheira de pedra
(rock)
Substantivo - feminino acusativo singular
G4098
píptō
πίπτω
descender de um lugar mais alto para um mais baixo
(having fallen down)
Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - nominativo masculino Masculino no Plural
G4154
pnéō
πνέω
respirar, soprar
(blew)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Indicativo Ativo - 3ª pessoa do plural
G417
ánemos
ἄνεμος
.. .. ..
(.. .. ..)
Substantivo
G4215
potamós
ποταμός
córrego, rio
(River)
Substantivo - masculino dativo singular
G4363
prospíptō
προσπίπτω
ou מכמש Mikmash;
(in Michmash)
Substantivo


βροχή


(G1028)
brochḗ (brokh-ay')

1028 βροχη broche

de 1026; n f

  1. ato de respingar, irrigação, chuva
    1. usado para chuva torrencial ou temporal violento

γάρ


(G1063)
gár (gar)

1063 γαρ gar

partícula primária; conj

  1. porque, pois, visto que, então

ἐκεῖνος


(G1565)
ekeînos (ek-i'-nos)

1565 εκεινος ekeinos

de 1563; pron

  1. ele, ela, isto, etc.

ἐπί


(G1909)
epí (ep-ee')

1909 επι epi

uma raíz; prep

sobre, em cima de, em, perto de, perante

de posição, sobre, em, perto de, acima, contra

para, acima, sobre, em, através de, contra


ἔρχομαι


(G2064)
érchomai (er'-khom-ahee)

2064 ερχομαι erchomai

voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

  1. vir
    1. de pessoas
      1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
      2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
  2. metáf.
    1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
    2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
  3. ir, seguir alguém

Sinônimos ver verbete 5818


θεμελιόω


(G2311)
themelióō (them-el-ee-o'-o)

2311 θεμελιοω themelioo

de 2310; TDNT - 3:63,322; v

colocar fundamento, fundar

tornar estável, estabelecer


καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

καταβαίνω


(G2597)
katabaínō (kat-ab-ah'-ee-no)

2597 καταβαινω katabaino

de 2596 e a raiz de 939; TDNT - 1:522,90; v

  1. descer, vir para baixo, abaixar
    1. o lugar do qual alguém desceu
    2. descer
      1. como do templo de Jerusalém, da cidade de Jerusalém
      2. dos seres celestiais descendo à terra
    3. ser lançado para baixo
  2. de coisas
    1. vir (i.e. ser enviado) para baixo
    2. vir (i.e. cair) para baixo
      1. das regiões superiores

        metáf. (ir, i.e.) ser lançado ao estágio mais baixo da miséria e vergonha



(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


οἰκία


(G3614)
oikía (oy-kee'-ah)

3614 οικια oikia

de 3624; TDNT - 5:131,674; n f

  1. casa
    1. edifício habitado, moradia
    2. habitantes de uma casa, família
    3. propriedade, riqueza, bens

Sinônimos ver verbete 5867


οὐ


(G3756)
ou (oo)

3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

  1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

πέτρα


(G4073)
pétra (pet'-ra)

4073 πετρα petra

do mesmo que 4074; TDNT - 6:95,834; n f

  1. rocha, penhasco ou cordilheira de pedra
    1. rocha projetada, penhasco, solo rochoso
    2. rocha, grande pedra
    3. metáf. homem como uma rocha, por razão de sua firmeza e força de espírito

πίπτω


(G4098)
píptō (pip'-to)

4098 πιπτω pipto

forma reduplicada e contraída de πετω peto, (que ocorre apenas como um substituto em tempos determinados), provavelmente semelhante a 4072 pela idéia de desmontar de um cavalo; TDNT - 6:161,846; v

  1. descender de um lugar mais alto para um mais baixo
    1. cair (de algum lugar ou sobre)
      1. ser empurrado
    2. metáf. ser submetido a julgamento, ser declarado culpado
  2. descender de uma posição ereta para uma posição prostrada
    1. cair
      1. estar prostrado, cair prostrado
      2. daqueles dominados pelo terror ou espanto ou sofrimento ou sob o ataque de um mal espírito ou que se deparam com morte repentina
      3. desmembramento de um cadáver pela decomposição
      4. prostrar-se
      5. usado de suplicantes e pessoas rendendo homenagens ou adoração a alguém
      6. decair, cair de, i.e., perecer ou estar perdido
      7. decair, cair em ruína: de construção, paredes etc.
    2. perder um estado de prosperidade, vir abaixo
      1. cair de um estado de retidão
      2. perecer, i.e, chegar ao fim, desaparecer, cessar
        1. de virtudes
      3. perder a autoridade, não ter mais força
        1. de ditos, preceitos, etc.
      4. ser destituído de poder pela morte
      5. falhar em participar em, perder a porção em

πνέω


(G4154)
pnéō (pneh'-o)

4154 πνεω pneo

palavra raiz; TDNT - 6:452,876; v

  1. respirar, soprar
    1. do vento

ἄνεμος


(G417)
ánemos (an'-em-os)

417 ανεμος anemos

da raiz de 109; n m

  1. vento, uma agitação violenta e corrente de ar
  2. um vento tempestuoso muito forte
  3. as quatro direções ou os pontos cardeais, por isso os quatro cantos da terra

Sinônimos ver verbete 5923


ποταμός


(G4215)
potamós (pot-am-os')

4215 ποταμος potamos

provavelmente de um derivado do substituto de 4095 (cf 4224); TDNT - 6:595,921; n m

córrego, rio

corrente

inundações


προσπίπτω


(G4363)
prospíptō (pros-pip'-to)

4363 προσπιπτω prospipto

de 4314 e 4098; v

  1. cair perante, cair, prostrar-se diante, em reverência ou súplica: aos pés de alguém
  2. precipitar sobre, bater contra
    1. de ventos que batem contra uma casa

καί πᾶς ἀκούω τούτους μοῦ λόγος καί μή αὐτός ποιέω ὁμοιόω ἀνήρ μωρός ὅστις οἰκοδομέω αὑτοῦ οἰκία ἐπί ἄμμος
Mateus 7: 26 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

E aquele que ouve estas minhas palavras e não as pratica, compará-lo-ei ao homem insensato, que edificou a sua casa sobre a areia.
Mateus 7: 26 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G1473
egṓ
ἐγώ
exilados, exílio, cativeiro
(captive)
Substantivo
G1909
epí
ἐπί
sobre, em cima de, em, perto de, perante
(at [the time])
Preposição
G191
akoúō
ἀκούω
ser idiota, louco
(the foolish)
Adjetivo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G285
ámmos
ἄμμος
um neto de Eli
(of Ahitub)
Substantivo
G3056
lógos
λόγος
do ato de falar
(on account)
Substantivo - Masculino no Singular genitivo
G3361
mḗ
μή
não
(not)
Advérbio
G3474
mōrós
μωρός
ser correto, ser direito, ser plano, ser honesto, ser justo, estar conforme a lei, ser suave
(pleases me well)
Verbo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3614
oikía
οἰκία
casa
(house)
Substantivo - feminino acusativo singular
G3618
oikodoméō
οἰκοδομέω
noiva, nora
(his daughter-in-law)
Substantivo
G3666
homoióō
ὁμοιόω
ser feito como
(be like)
Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Passivo - 2ª pessoa do plural
G3748
hóstis
ὅστις
quem
(who)
Pronome pessoal / relativo - nominativo masculino singular
G3778
hoûtos
οὗτος
um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
(of the Chaldeans)
Substantivo
G3956
pâs
πᾶς
língua
(according to his language)
Substantivo
G4160
poiéō
ποιέω
fazer
(did)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 3ª pessoa do singular
G435
anḗr
ἀνήρ
com referência ao sexo
(husband)
Substantivo - acusativo masculino singular
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


ἐγώ


(G1473)
egṓ (eg-o')

1473 εγω ego

um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

  1. Eu, me, minha, meu

ἐπί


(G1909)
epí (ep-ee')

1909 επι epi

uma raíz; prep

sobre, em cima de, em, perto de, perante

de posição, sobre, em, perto de, acima, contra

para, acima, sobre, em, através de, contra


ἀκούω


(G191)
akoúō (ak-oo'-o)

191 ακουω akouo

uma raiz; TDNT - 1:216,34; v

  1. estar dotado com a faculdade de ouvir, não surdo
  2. ouvir
    1. prestar atenção, considerar o que está ou tem sido dito
    2. entender, perceber o sentido do que é dito
  3. ouvir alguma coisa
    1. perceber pelo ouvido o que é dito na presença de alguém
    2. conseguir aprender pela audição
    3. algo que chega aos ouvidos de alguém, descobrir, aprender
    4. dar ouvido a um ensino ou a um professor
    5. compreender, entender

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

ἄμμος


(G285)
ámmos (am'-mos)

285 αμμος ammos

talvez de 260; n f

  1. areia, terra arenosa

λόγος


(G3056)
lógos (log'-os)

3056 λογος logos

de 3004; TDNT - 4:69,505; n m

  1. do ato de falar
    1. palavra, proferida a viva voz, que expressa uma concepção ou idéia
    2. o que alguém disse
      1. palavra
      2. os ditos de Deus
      3. decreto, mandato ou ordem
      4. dos preceitos morais dados por Deus
      5. profecia do Antigo Testamento dado pelos profetas
      6. o que é declarado, pensamento, declaração, aforismo, dito significativo, sentença, máxima
    3. discurso
      1. o ato de falar, fala
      2. a faculdade da fala, habilidade e prática na fala
      3. tipo ou estilo de fala
      4. discurso oral contínuo - instrução
    4. doutrina, ensino
    5. algo relatado pela fala; narração, narrativa
    6. assunto em discussão, aquilo do qual se fala, questão, assunto em disputa, caso, processo jurídico
    7. algo a respeito do qual se fala; evento, obra
  2. seu uso com respeito a MENTE em si
    1. razão, a faculdade mental do pensamento, meditação, raciocínio, cálculo
    2. conta, i.e., estima, consideração
    3. conta, i.e., cômputo, cálculo
    4. conta, i.e., resposta ou explanação em referência a julgamento
    5. relação, i.e., com quem, como juiz, estamos em relação
      1. razão
    6. razão, causa, motivo

      Em João, denota a essencial Palavra de Deus, Jesus Cristo, a sabedoria e poder pessoais em união com Deus. Denota seu ministro na criação e governo do universo, a causa de toda a vida do mundo, tanto física quanto ética, que para a obtenção da salvação do ser humano, revestiu-se da natureza humana na pessoa de Jesus, o Messias, a segunda pessoa na Trindade, anunciado visivelmente através suas palavras e obras. Este termo era familiar para os judeus e na sua literatura muito antes que um filósofo grego chamado Heráclito fizesse uso do termo Logos, por volta de 600 a.C., para designar a razão ou plano divino que coordena um universo em constante mudança. Era a palavra apropriada para o objetivo de João no capítulo 1 do seu evangelho. Ver Gill ou “Jo 1:1”.


μή


(G3361)
mḗ (may)

3361 μη me

partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula

  1. não, que... (não)

μωρός


(G3474)
mōrós (mo-ros')

3474 μωρος moros

provavelmente da raiz de 3466; TDNT - 4:832,620; adj

tolo

ímpio, incrédulo



(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


οἰκία


(G3614)
oikía (oy-kee'-ah)

3614 οικια oikia

de 3624; TDNT - 5:131,674; n f

  1. casa
    1. edifício habitado, moradia
    2. habitantes de uma casa, família
    3. propriedade, riqueza, bens

Sinônimos ver verbete 5867


οἰκοδομέω


(G3618)
oikodoméō (oy-kod-om-eh'-o)

3618 οικοδομεω oikodomeo também οικοδομος oikodomos At 4:11

do mesmo que 3619; TDNT - 5:136,674; v

  1. construir uma casa, erigir uma construção
    1. edificar (a partir da fundação)
    2. restaurar pela construção, reconstruir, reparar
  2. metáf.
    1. fundar, estabelecer
    2. promover crescimento em sabedoria cristã, afeição, graça, virtude, santidade, bemaventurança
    3. cresçer em sabedoria e piedade

ὁμοιόω


(G3666)
homoióō (hom-oy-o'-o)

3666 ομοιοω homoioo

de 3664; TDNT - 5:188,684; v

  1. ser feito como
  2. assemelhar, comparar
    1. ilustrar por comparação

ὅστις


(G3748)
hóstis (hos'-tis)

3748 οστις hostis incluindo o feminino ητις hetis e o neutro ο,τι ho,ti

de 3739 e 5100; pron

  1. quem quer que, qualquer que, quem

οὗτος


(G3778)
hoûtos (hoo'-tos)

3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

do artigo 3588 e 846; pron

  1. este, estes, etc.

πᾶς


(G3956)
pâs (pas)

3956 πας pas

que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj

  1. individualmente
    1. cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
  2. coletivamente
    1. algo de todos os tipos

      ... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)


ποιέω


(G4160)
poiéō (poy-eh'-o)

4160 ποιεω poieo

aparentemente forma prolongada de uma palavra primária arcaica; TDNT - 6:458,895; v

  1. fazer
    1. com os nomes de coisas feitas, produzir, construir, formar, modelar, etc.
    2. ser os autores de, a causa
    3. tornar pronto, preparar
    4. produzir, dar, brotar
    5. adquirir, prover algo para si mesmo
    6. fazer algo a partir de alguma coisa
    7. (fazer, i.e.) considerar alguém alguma coisa
      1. (fazer, i.e.) constituir ou designar alguém alguma coisa, designar ou ordenar alguém que
      2. (fazer, i.e.) declarar alguém alguma coisa
    8. tornar alguém manifesto, conduzi-lo
    9. levar alguém a fazer algo
      1. fazer alguém
    10. ser o autor de algo (causar, realizar)
  2. fazer
    1. agir corretamente, fazer bem
      1. efetuar, executar
    2. fazer algo a alguém
      1. fazer a alguém
    3. com designação de tempo: passar, gastar
    4. celebrar, observar
      1. tornar pronto, e assim, ao mesmo tempo, instituir, a celebração da páscoa
    5. cumprir: um promessa

Sinônimos ver verbete 5871 e 5911


ἀνήρ


(G435)
anḗr (an'-ayr)

435 ανερ aner

uma palavra primária cf 444; TDNT - 1:360,59; n m

  1. com referência ao sexo
    1. homem
    2. marido
    3. noivo ou futuro marido
  2. com referência a idade, para distinguir um homem de um garoto
  3. qualquer homem
  4. usado genericamente para um grupo tanto de homens como de mulheres

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo

καί καταβαίνω βροχή ἔρχομαι ποταμός πνέω ἄνεμος καί προσπίπτω ἐκεῖνος οἰκία καί πίπτω ἦν μέγας αὐτός πτῶσις
Mateus 7: 27 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

E desceu a chuva, vieram as inundações, e sopraram os ventos e golpearam contra aquela casa, e ela caiu, e grande foi a sua queda.
Mateus 7: 27 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G1028
brochḗ
βροχή
um lugar em Gade, possivelmente Bete-Harrã, distante uma hora a leste do Jordão, no
(Beth-haran)
Substantivo
G1510
eimí
εἰμί
ser
(being)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
G1565
ekeînos
ἐκεῖνος
duro, estéril, ríspido, frio
(solitary)
Adjetivo
G2064
érchomai
ἔρχομαι
vir
(are come)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) indicativo ativo - 1ª pessoa do plural
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G2597
katabaínō
καταβαίνω
descer, vir para baixo, abaixar
(descending)
Verbo - particípio atual ativo - neutro acusativo singular
G3173
mégas
μέγας
só, só um, solitário, um
(only)
Adjetivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3614
oikía
οἰκία
casa
(house)
Substantivo - feminino acusativo singular
G4098
píptō
πίπτω
descender de um lugar mais alto para um mais baixo
(having fallen down)
Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - nominativo masculino Masculino no Plural
G4154
pnéō
πνέω
respirar, soprar
(blew)
Verbo - Aoristo (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Indicativo Ativo - 3ª pessoa do plural
G417
ánemos
ἄνεμος
.. .. ..
(.. .. ..)
Substantivo
G4215
potamós
ποταμός
córrego, rio
(River)
Substantivo - masculino dativo singular
G4350
proskóptō
προσκόπτω
bater contra
(you strike)
Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Subjuntivo Ativo - 2ª pessoa do singular
G4431
ptōsis
πτῶσις
מלך
(let my counsel)
Substantivo
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


βροχή


(G1028)
brochḗ (brokh-ay')

1028 βροχη broche

de 1026; n f

  1. ato de respingar, irrigação, chuva
    1. usado para chuva torrencial ou temporal violento

εἰμί


(G1510)
eimí (i-mee')

1510 ειμι eimi

primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

  1. ser, exitir, acontecer, estar presente

ἐκεῖνος


(G1565)
ekeînos (ek-i'-nos)

1565 εκεινος ekeinos

de 1563; pron

  1. ele, ela, isto, etc.

ἔρχομαι


(G2064)
érchomai (er'-khom-ahee)

2064 ερχομαι erchomai

voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v

  1. vir
    1. de pessoas
      1. vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
      2. aparecer, apresentar-se, vir diante do público
  2. metáf.
    1. vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
    2. ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
  3. ir, seguir alguém

Sinônimos ver verbete 5818


καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

καταβαίνω


(G2597)
katabaínō (kat-ab-ah'-ee-no)

2597 καταβαινω katabaino

de 2596 e a raiz de 939; TDNT - 1:522,90; v

  1. descer, vir para baixo, abaixar
    1. o lugar do qual alguém desceu
    2. descer
      1. como do templo de Jerusalém, da cidade de Jerusalém
      2. dos seres celestiais descendo à terra
    3. ser lançado para baixo
  2. de coisas
    1. vir (i.e. ser enviado) para baixo
    2. vir (i.e. cair) para baixo
      1. das regiões superiores

        metáf. (ir, i.e.) ser lançado ao estágio mais baixo da miséria e vergonha


μέγας


(G3173)
mégas (meg'-as)

3173 μεγας megas

[incluindo as formas prolongadas, feminino megale, plural megaloi, etc., cf também 3176, 3187]; TDNT - 4:529,573; adj

  1. grande
    1. da forma externa ou aparência sensível das coisas (ou de pessoas)
      1. em particular, de espaço e suas dimensões, com referência a
        1. massa e peso: grande
        2. limite e extensão: largo, espaçoso
        3. medida e altura: longo
        4. estatura e idade: grande, velho
    2. de número e quantidade: numeroso, grande, abundante
    3. de idade: o mais velho
    4. usado para intensidade e seus graus: com grande esforço, da afeições e emoções da mente, de eventos naturais que afetam poderosamente os sentidos: violento, poderoso, forte
  2. atribuído de grau, que pertence a
    1. pessoas, eminentes pela habilidade, virtude, autoridade, poder
    2. coisas altamente estimadas por sua importância: de grande momento, de grande peso, importância
    3. algo para ser altamente estimado por sua excelência: excelente
  3. esplêndido, preparado numa grande escala, digno
  4. grandes coisas
    1. das bênçãos preeminentes de Deus
    2. de coisas que excedem os limites de um ser criado, coisas arrogantes (presunçosas) cheio de arrogância, depreciador da majestade de Deus


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


οἰκία


(G3614)
oikía (oy-kee'-ah)

3614 οικια oikia

de 3624; TDNT - 5:131,674; n f

  1. casa
    1. edifício habitado, moradia
    2. habitantes de uma casa, família
    3. propriedade, riqueza, bens

Sinônimos ver verbete 5867


πίπτω


(G4098)
píptō (pip'-to)

4098 πιπτω pipto

forma reduplicada e contraída de πετω peto, (que ocorre apenas como um substituto em tempos determinados), provavelmente semelhante a 4072 pela idéia de desmontar de um cavalo; TDNT - 6:161,846; v

  1. descender de um lugar mais alto para um mais baixo
    1. cair (de algum lugar ou sobre)
      1. ser empurrado
    2. metáf. ser submetido a julgamento, ser declarado culpado
  2. descender de uma posição ereta para uma posição prostrada
    1. cair
      1. estar prostrado, cair prostrado
      2. daqueles dominados pelo terror ou espanto ou sofrimento ou sob o ataque de um mal espírito ou que se deparam com morte repentina
      3. desmembramento de um cadáver pela decomposição
      4. prostrar-se
      5. usado de suplicantes e pessoas rendendo homenagens ou adoração a alguém
      6. decair, cair de, i.e., perecer ou estar perdido
      7. decair, cair em ruína: de construção, paredes etc.
    2. perder um estado de prosperidade, vir abaixo
      1. cair de um estado de retidão
      2. perecer, i.e, chegar ao fim, desaparecer, cessar
        1. de virtudes
      3. perder a autoridade, não ter mais força
        1. de ditos, preceitos, etc.
      4. ser destituído de poder pela morte
      5. falhar em participar em, perder a porção em

πνέω


(G4154)
pnéō (pneh'-o)

4154 πνεω pneo

palavra raiz; TDNT - 6:452,876; v

  1. respirar, soprar
    1. do vento

ἄνεμος


(G417)
ánemos (an'-em-os)

417 ανεμος anemos

da raiz de 109; n m

  1. vento, uma agitação violenta e corrente de ar
  2. um vento tempestuoso muito forte
  3. as quatro direções ou os pontos cardeais, por isso os quatro cantos da terra

Sinônimos ver verbete 5923


ποταμός


(G4215)
potamós (pot-am-os')

4215 ποταμος potamos

provavelmente de um derivado do substituto de 4095 (cf 4224); TDNT - 6:595,921; n m

córrego, rio

corrente

inundações


προσκόπτω


(G4350)
proskóptō (pros-kop'-to)

4350 προσκοπτω proskopto

de 4314 e 2875; TDNT - 6:745,946; v

  1. bater contra
    1. daqueles que batem contra uma pedra ou outro obstáculo no caminho, tropeçar
    2. bater o pé contra uma pedra
      1. i.e., deparar-se com algum perigo;
    3. impelir, bater contra
    4. se levado a tropeçar em algo
      1. i.e., metáf. ser induzido a pecar

πτῶσις


(G4431)
ptōsis (pto'-sis)

4431 πτωσις ptosis

do substituto de 4098; TDNT - 6:167,846; n f

  1. queda, caída

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo

ὅτε Ἰησοῦς συντελέω τούτους λόγος ἐκπλήσσω ὄχλος ἐκπλήσσω ἐπί αὐτός διδαχή
Mateus 7: 28 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, as pessoas se admiraram da sua doutrina.
Mateus 7: 28 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G1096
gínomai
γίνομαι
o quarto dos profetas maiores, tomado como refém na primeira deportação para a
(Belteshazzar)
Substantivo
G1322
didachḗ
διδαχή
vergonha
(to your own shame)
Substantivo
G1605
ekplḗssō
ἐκπλήσσω
ferir, expelir com uma pancada, expulsar
(were astonished)
Verbo - Pretérito Imperfeito do indicativo médio ou passivo - 3ª pessoa do plural
G1909
epí
ἐπί
sobre, em cima de, em, perto de, perante
(at [the time])
Preposição
G2424
Iēsoûs
Ἰησοῦς
de Jesus
(of Jesus)
Substantivo - Masculino no Singular genitivo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G3056
lógos
λόγος
do ato de falar
(on account)
Substantivo - Masculino no Singular genitivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3753
hóte
ὅτε
quando
(when)
Advérbio
G3778
hoûtos
οὗτος
um território na baixa Mesopotâmia fazendo fronteira com o Golfo Pérsico n pr m
(of the Chaldeans)
Substantivo
G3793
óchlos
ὄχλος
impressão, inscrição, marca
(and any)
Substantivo
G5055
teléō
τελέω
empurrar, arremeter, chifrar
(gores)
Verbo
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


γίνομαι


(G1096)
gínomai (ghin'-om-ahee)

1096 γινομαι ginomai

prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v

  1. tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
  2. tornar-se, i.e. acontecer
    1. de eventos
  3. erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
    1. de homens que se apresentam em público
  4. ser feito, ocorrer
    1. de milagres, acontecer, realizar-se
  5. tornar-se, ser feito

διδαχή


(G1322)
didachḗ (did-akh-ay')

1322 διδαχη didache

de 1321; TDNT - 2:163,161; n f

  1. ensino
    1. aquilo que é ensinado
    2. doutrina, ensino a respeito de algo
  2. o ato de ensinar, instrução
    1. nas assembléias religiosas dos cristãos, fazer uso do discuro como meio de ensinar, em distinção de outros modos de falar em público

ἐκπλήσσω


(G1605)
ekplḗssō (ek-place'-so)

1605 εκπλησσω ekplesso

de 1537 e 4141; v

  1. ferir, expelir com uma pancada, expulsar
  2. expulsar através de pancada, expelir
    1. comumente, entrar em pânico, ficar chocado, ficar maravilhado
  3. maravilhar-se, espantar-se, ficar assombrado

Sinônimos ver verbete 5841


ἐπί


(G1909)
epí (ep-ee')

1909 επι epi

uma raíz; prep

sobre, em cima de, em, perto de, perante

de posição, sobre, em, perto de, acima, contra

para, acima, sobre, em, através de, contra


Ἰησοῦς


(G2424)
Iēsoûs (ee-ay-sooce')

2424 Ιησους Iesous

de origem hebraica 3091 ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m

Jesus = “Jeová é salvação”

Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado

Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo

Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)

Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)

Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)


καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

λόγος


(G3056)
lógos (log'-os)

3056 λογος logos

de 3004; TDNT - 4:69,505; n m

  1. do ato de falar
    1. palavra, proferida a viva voz, que expressa uma concepção ou idéia
    2. o que alguém disse
      1. palavra
      2. os ditos de Deus
      3. decreto, mandato ou ordem
      4. dos preceitos morais dados por Deus
      5. profecia do Antigo Testamento dado pelos profetas
      6. o que é declarado, pensamento, declaração, aforismo, dito significativo, sentença, máxima
    3. discurso
      1. o ato de falar, fala
      2. a faculdade da fala, habilidade e prática na fala
      3. tipo ou estilo de fala
      4. discurso oral contínuo - instrução
    4. doutrina, ensino
    5. algo relatado pela fala; narração, narrativa
    6. assunto em discussão, aquilo do qual se fala, questão, assunto em disputa, caso, processo jurídico
    7. algo a respeito do qual se fala; evento, obra
  2. seu uso com respeito a MENTE em si
    1. razão, a faculdade mental do pensamento, meditação, raciocínio, cálculo
    2. conta, i.e., estima, consideração
    3. conta, i.e., cômputo, cálculo
    4. conta, i.e., resposta ou explanação em referência a julgamento
    5. relação, i.e., com quem, como juiz, estamos em relação
      1. razão
    6. razão, causa, motivo

      Em João, denota a essencial Palavra de Deus, Jesus Cristo, a sabedoria e poder pessoais em união com Deus. Denota seu ministro na criação e governo do universo, a causa de toda a vida do mundo, tanto física quanto ética, que para a obtenção da salvação do ser humano, revestiu-se da natureza humana na pessoa de Jesus, o Messias, a segunda pessoa na Trindade, anunciado visivelmente através suas palavras e obras. Este termo era familiar para os judeus e na sua literatura muito antes que um filósofo grego chamado Heráclito fizesse uso do termo Logos, por volta de 600 a.C., para designar a razão ou plano divino que coordena um universo em constante mudança. Era a palavra apropriada para o objetivo de João no capítulo 1 do seu evangelho. Ver Gill ou “Jo 1:1”.



(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


ὅτε


(G3753)
hóte (hot'-eh)

3753 οτε hote

de 3739 e 5037; partícula

  1. quando, sempre que, enquanto, contanto que

οὗτος


(G3778)
hoûtos (hoo'-tos)

3778 ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai

do artigo 3588 e 846; pron

  1. este, estes, etc.

ὄχλος


(G3793)
óchlos (okh'los)

3793 οχλος ochlos

de um derivado de 2192 (que significa veículo); TDNT - 5:582,750; n m

  1. multidão
    1. ajuntamento informal de pessoas
      1. multidão de pessoas que se reuniram em algum lugar
      2. tropel
    2. multidão
      1. povo comum, como oposto aos governadores e pessoas de importância
      2. com desprezo: a multidão ignorante, o populacho
    3. multidão
      1. multidões, parece denotar grupo de pessoas reunidas sem ordem

Sinônimos ver verbete 5927


τελέω


(G5055)
teléō (tel-eh'-o)

5055 τελεω teleo

de 5056; TDNT - 8:57,1161; v

  1. levar a um fim, finalizar, terminar
    1. que passou, que finalizou
  2. realizar, executar, completar, cumprir, (de forma que o realizado corresponda àquilo que foi dito; ordem, comando, etc.)
    1. com especial referência ao assunto tema, cumprir os conteúdos de um comando
    2. com referência também à forma, fazer exatamente como ordenado, e geralmente envolvendo a noção de tempo, realizar o último ato que completa um processo, realizar, cumprir
  3. pagar
    1. de tributo

      "Está consumado” Jo 19:30 Cristo satisfez a justiça de Deus pela morte por todos para pagar pelos pecados do eleito. Estes pecados nunca poderão ser punidos outra vez já que isto violaria a justiça de Deus. Os pecados podem ser punidos apenas uma vez, seja por um substituto ou por você mesmo.


αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo

γάρ αὐτός διδάσκω ἦν ὡς ἔχω ἐξουσία καί οὐ ὡς γραμματεύς
Mateus 7: 29 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Pois ele os ensinava como quem tinha autoridade, e não como os escribas.
Mateus 7: 29 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Junho de 28
G1063
gár
γάρ
primícias da figueira, figo temporão
(as the earliest)
Substantivo
G1122
grammateús
γραμματεύς
escrituário, escriba, esp. um servidor público, secretário, arquivista cujo ofício e
(scribes)
Substantivo - Masculino no Plurak acusativo
G1321
didáskō
διδάσκω
carne
(flesh)
Substantivo
G1510
eimí
εἰμί
ser
(being)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
G1849
exousía
ἐξουσία
bater, bater em ou a
(and if men should overdrive them)
Verbo
G2192
échō
ἔχω
ter, i.e. segurar
(holding)
Verbo - Presente do indicativo ativo - nominina feminino no singular
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3756
ou
οὐ
o 4o. filho de Rúben e progenitor dos carmitas
(and Carmi)
Substantivo
G5613
hōs
ὡς
como / tão
(as)
Advérbio
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


γάρ


(G1063)
gár (gar)

1063 γαρ gar

partícula primária; conj

  1. porque, pois, visto que, então

γραμματεύς


(G1122)
grammateús (gram-mat-yooce')

1122 γραμματευς grammateus

de 1121; TDNT - 1:740,127; n m

  1. escrituário, escriba, esp. um servidor público, secretário, arquivista cujo ofício e influência não é a mesma em cada estado
  2. na Bíblia, pessoa versada na lei mosaica e nas sagradas escrituras, intérprete, professor. Os escribas examinavam as questões mais difíceis e delicadas da lei; acrescentavam à lei mosaica decisões sobre vários tipos, com a intenção de elucidar seu significado e extensão, e faziam isto em detrimento da religião. Como o conselho de homens experimentados na lei era necessário para o exame de causas e a solução de questões difíceis, eles tornavam-se membros do Sinédrio; são mencionados em conexão com os sacerdotes e anciãos do povo. Consultar um Dicionário Bíblico para mais informações a respeito dos escribas.
  3. professor religioso: tão instruído que da sua erudição e capacidade de ensinar podem redundar benefícios para o reino dos céus

διδάσκω


(G1321)
didáskō (did-as'-ko)

1321 διδασκω didasko

uma forma prolongada (causativo) de um verbo primário dao (aprender); TDNT - 2:135,161; v

  1. ensinar
    1. conversar com outros a fim de instruir-los, pronunciar discursos didáticos
    2. ser um professor
    3. desempenhar o ofício de professor, conduzir-se como um professor
  2. ensinar alguém
    1. dar instrução
    2. instilar doutrina em alguém
    3. algo ensinado ou prescrito
    4. explicar ou expor algo
    5. ensinar algo a alguém

εἰμί


(G1510)
eimí (i-mee')

1510 ειμι eimi

primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

  1. ser, exitir, acontecer, estar presente

ἐξουσία


(G1849)
exousía (ex-oo-see'-ah)

1849 εξουσια exousia

de 1832 (no sentido de abilidade); TDNT - 2:562,238; n f

  1. poder de escolher, liberdade de fazer como se quer
    1. licença ou permissão
  2. poder físico e mental
    1. habilidade ou força com a qual alguém é dotado, que ele possui ou exercita
  3. o poder da autoridade (influência) e do direito (privilégio)
  4. o poder de reger ou governar (o poder de alguém de quem a vontade e as ordens devem ser obedecidas pelos outros)
    1. universalmente
      1. autoridade sobre a humanidade
    2. especificamente
      1. o poder de decisões judiciais
      2. da autoridade de administrar os afazeres domésticos
    3. metonimicamente
      1. algo sujeito à autoridade ou regra
        1. jurisdição
      2. alguém que possui autoridade
        1. governador, magistrado humano
        2. o principal e mais poderoso entre os seres criados, superior ao homem, potestades espirituais
    4. sinal de autoridade do marido sobre sua esposa
      1. véu com o qual a mulher devia propriamente cobrir-se
    5. sinal de autoridade real, coroa

Sinônimos ver verbete 5820


ἔχω


(G2192)
échō (ekh'-o)

2192 εχω echo

incluindo uma forma alternativa σχεω scheo, usado apenas em determinados tempos), verbo primário; TDNT - 2:816,286; v

  1. ter, i.e. segurar
    1. ter (segurar) na mão, no sentido de utilizar; ter (controlar) possessão da mente (refere-se a alarme, agitação, emoção, etc.); segurar com firmeza; ter ou incluir ou envolver; considerar ou manter como
  2. ter, i.e., possuir
    1. coisas externas, tal com possuir uma propriedade ou riquezas ou móveis ou utensílios ou bens ou comida, etc.
    2. usado daqueles unidos a alguém pelos laços de sangue ou casamento ou amizade ou dever ou lei etc, de atênção ou companhia
  3. julgar-se ou achar-se o fulano-de-tal, estar em certa situação
  4. segurar mesmo algo, agarrar algo, prender-se ou apegar-se
    1. estar estreitamente unido a uma pessoa ou uma coisa

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


οὐ


(G3756)
ou (oo)

3756 ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch

palavra primária, negativo absoluto [cf 3361] advérbio; partícula

  1. não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa

ὡς


(G5613)
hōs (hoce)

5613 ως hos

provavelmente do comparativo de 3739; adv

  1. como, a medida que, mesmo que, etc.

αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo