Ao dizer essas {coisas}, Jesus saiu com os seus discípulos para o outro lado do ribeiro do Cedrom, onde havia um horto, no qual ele entrou com seus discípulos.
BKJ
Tendo Jesus dito essas palavras, saiu com os seus discípulos para além do ribeiro de Cedrom, onde havia um jardim, no qual ele entrou com os seus discípulos.
LTT
(Depois de) havendo Jesus dito estas palavras, saiu juntamente- com os Seus discípulos para o outro lado do ribeiro do Cedrom, onde havia um jardim para dentro do qual entrou, Ele mesmo e os Seus discípulos.
BJ2
Tendo dito isso, Jesus foi com seus discípulos para o outro lado da torrente do Cedron. Havia ali um jardim, onde Jesus entrou com seus discípulos.
VULG
Hæc cum dixisset Jesus, egressus est cum discipulis suis trans torrentem Cedron, ubi erat hortus, in quem introivit ipse, et discipuli ejus.
jo 18: 2
Versão
Versículo
ARA
E Judas, o traidor, também conhecia aquele lugar, porque Jesus ali estivera muitas vezes com seus discípulos.
ARC
E Judas, que o traía, também conhecia aquele lugar, porque Jesus muitas vezes se ajuntava ali com os seus discípulos.
TB
Judas, que o traía, também conhecia o lugar, porque Jesus ali estivera muitas vezes com seus discípulos.
E Judas, que o entregou, também conhecia o lugar, porque muitas vezes reuniu-se Jesus ali com os seus discípulos.
BKJ
E também Judas, que o traía, conhecia aquele lugar; porque muitas vezes Jesus se reunira ali com os seus discípulos.
LTT
E Judas (aquele que O estava traindo- e- entregando) também tinha conhecido aquele lugar, porque muitas vezes Se reuniu Jesus ali com os Seus discípulos.
BJ2
Ora, Judas, que o estava traindo, conhecia também esse lugar, porque, freqüentemente, Jesus e seus discípulos aí se reuniam.
VULG
Sciebat autem et Judas, qui tradebat eum, locum : quia frequenter Jesus convenerat illuc cum discipulis suis.
jo 18: 3
Versão
Versículo
ARA
Tendo, pois, Judas recebido a escolta e, dos principais sacerdotes e dos fariseus, alguns guardas, chegou a este lugar com lanternas, tochas e armas.
ARC
Tendo pois Judas recebido a coorte e oficiais dos principais sacerdotes e fariseus, veio para ali com lanternas, e archotes e armas.
TB
Judas, portanto, tendo recebido a coorte e alguns oficiais de justiça dos principais sacerdotes e dos fariseus, chegou a esse lugar com lanternas, archotes e armas.
Judas, então, depois de receber a coorte e os guardas dos sumos sacerdotes e fariseus, chega ali com tochas, lâmpadas e armas.
BKJ
Tendo, então, Judas recebido um destacamento de homens e oficiais dos principais sacerdotes e fariseus, veio para ali com lanternas, e tochas, e armas.
LTT
Então Judas, havendo recebido a coorte ①, e servidores provenientes- dos principais sacerdotes e fariseus, vem ali com lanternas e tochas, e com armas.
BJ2
Judas, então, levando a coorte[e] e guardas destacados pelos chefes dos sacerdotes e pelos fariseus, aí chega, com lanternas, archotes e armas.
VULG
Judas ergo cum accepisset cohortem, et a pontificibus et pharisæis ministros, venit illuc cum laternis, et facibus, et armis.
jo 18: 4
Versão
Versículo
ARA
Sabendo, pois, Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se e perguntou-lhes: A quem buscais?
ARC
Sabendo pois Jesus todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se, e disse-lhes: A quem buscais?
TB
Jesus, sabendo tudo o que lhe ia acontecer, adiantou-se e perguntou-lhes: A quem buscais?
Então Simão Pedro, tendo puxado uma espada, golpeou o servo do sumo sacerdote e cortou-lhe a orelhinha direita; o nome do servo era Malco.
BKJ
Então Simão Pedro, que tinha uma espada, desembainhou-a e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita. E o nome do servo era Malco.
LTT
Então Simão Pedro, tendo uma espada, a desembainhou, e feriu o escravo do sumo sacerdote (Caifás), e amputou a sua orelha direita. E era o nome do escravo Malco.
BJ2
Então, Simão Pedro, que trazia uma espada, tirou-a, feriu o servo do Sumo Sacerdote, a quem decepou, a orelha direita. O nome do servo era Malco.
VULG
Simon ergo Petrus habens gladium eduxit eum : et percussit pontificis servum, et abscidit auriculam ejus dexteram. Erat autem nomen servo Malchus.
jo 18: 11
Versão
Versículo
ARA
Mas Jesus disse a Pedro: Mete a espada na bainha; não beberei, porventura, o cáliceque o Pai me deu?
ARC
Mas Jesus disse a Pedro: Mete a tua espada na bainha; não beberei eu o cálice que o Pai me deu?
TB
Jesus disse a Pedro: Mete a tua espada na bainha; não hei de beber o cálice que o Pai me deu?
Seguiu a Jesus Simão Pedro e outro discípulo. E este discípulo, sendo conhecido do sumo sacerdote, entrou com Jesus para o pátio interior {da residência} do sumo sacerdote.
BKJ
E Simão Pedro seguia a Jesus, e o mesmo fazia outro discípulo; este discípulo era conhecido do sumo sacerdote, e foi e entrou com Jesus no palácio do sumo sacerdote.
LTT
Ora, seguia a Jesus: Simão Pedro (e um # outro discípulo (João)). E este discípulo (João) era conhecido do sumo sacerdote (Caifás), e entrou juntamente com Jesus para dentro do palácio ① do sumo sacerdote (Caifás).
BJ2
Ora, Simão Pedro, junto com outro discípulo,[f] seguia Jesus. Esse discípulo era conhecido do Sumo Sacerdote e entrou com Jesus no pátio do Sumo Sacerdote.
VULG
Sequebatur autem Jesum Simon Petrus, et alius discipulus. Discipulus autem ille erat notus pontifici, et introivit cum Jesu in atrium pontificis.
jo 18: 16
Versão
Versículo
ARA
Pedro, porém, ficou de fora, junto à porta. Saindo, pois, o outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, falou com a encarregada da porta e levou a Pedro para dentro.
ARC
E Pedro estava da parte de fora, à porta. Saiu então o outro discípulo que era conhecido do sumo sacerdote, e falou à porteira, levando Pedro para dentro.
TB
Pedro, porém, ficou de fora, à porta. Saindo, pois, o outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, falou com a porteira e levou a Pedro para dentro.
Pedro, porém, permaneceu em pé {do lado de} fora da porta. Então saiu o outro discípulo, conhecido do sumo sacerdote, falou à porteira, e conduziu para dentro Pedro.
BKJ
Mas Pedro ficou parado do lado de fora do portão. Saiu, então, o outro discípulo que era conhecido do sumo sacerdote, e falou àquela que guardava a porta, e trouxe Pedro.
LTT
Pedro, porém, tinha-se postado à porta, do lado de fora. Saiu, então, o outro discípulo (João), que era conhecido do sumo sacerdote, e falou à guardiã da porta, e levou Pedro para dentro.
BJ2
Pedro, entretanto, ficou junto a porta, de fora. Então, o outro discípulo, conhecido do Sumo Sacerdote, saiu, falou com a porteira e introduziu Pedro.
VULG
Petrus autem stabat ad ostium foris. Exivit ergo discipulus alius, qui erat notus pontifici, et dixit ostiariæ : et introduxit Petrum.
jo 18: 17
Versão
Versículo
ARA
Então, a criada, encarregada da porta, perguntou a Pedro: Não és tu também um dos discípulos deste homem? Não sou, respondeu ele.
ARC
Então a porteira disse a Pedro: Não és tu também dos discípulos deste homem? Disse ele: Não sou.
TB
Então, a criada que guardava a porta perguntou a Pedro: Não és tu também um dos discípulos deste homem? Não sou, respondeu ele.
Então a criada porteira diz a Pedro: Não és tu, também, um dos discípulos deste homem? Ele diz: Não sou.
BKJ
Então, a donzela que guardava a porta, disse a Pedro: Não és tu também um dos discípulos deste homem? Disse ele: Eu não sou.
LTT
Diz, então, a criada (a guardiã da porta) a Pedro: "Não és, também tu, proveniente- de- entre os discípulos de o Homem, este?" Diz ele: "Não sou."
BJ2
A criada que guardava a porta diz então a Pedro: "Não és, tu também, um dos discípulos deste homem?" Respondeu ele: "Não sou".
VULG
Dicit ergo Petro ancilla ostiaria : Numquid et tu ex discipulis es hominis istius ? Dicit ille : Non sum.
jo 18: 18
Versão
Versículo
ARA
Ora, os servos e os guardas estavam ali, tendo acendido um braseiro, por causa do frio, e aquentavam-se. Pedro estava no meio deles, aquentando-se também.
ARC
Ora estavam ali os servos e os criados, que tinham feito brasas, e se aquentavam, porque fazia frio; e com eles estava Pedro, aquentando-se também.
TB
Ora, os servos e os oficiais de justiça estavam ali, tendo acendido um braseiro por causa do frio, e aquentavam-se. Pedro estava também no meio deles, aquentando-se.
Estavam {ali} os servos e guardas , {que} haviam feito uma fogueira e se aqueciam, porque estava frio. Pedro também estava com eles, e estava de pé se aquecendo.
BKJ
E estavam ali os servos e os oficiais, tendo feito uma fogueira com carvão, porque fazia frio, e eles estavam se aquecendo. Também Pedro estava parado junto deles se aquecendo.
LTT
Ora, ali tinham-se postado de pé os escravos e os servidores (dos sacerdotes), tendo feito um fogo de carvões porque estava frio, e aquentavam-se; e estava com eles Pedro, tendo-se postado de pé e aquentando-se.
BJ2
Os servos e os guardas tinham feito uma fogueira, porque estava frio; em torno dela se aqueciam. Pedro também ficou com eles, aquecendo-se.
VULG
Stabant autem servi et ministri ad prunas, quia frigus erat, et calefaciebant se : erat autem cum eis et Petrus stans, et calefaciens se.
jo 18: 19
Versão
Versículo
ARA
Então, o sumo sacerdote interrogou a Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina.
ARC
E o sumo sacerdote interrogou Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina.
TB
Então, o sumo sacerdote interrogou a Jesus acerca de seus discípulos e acerca do seu ensino.
Então o sumo sacerdote interrogou Jesus a respeito dos seus discípulos e a respeito do seu ensino.
BKJ
Então, o sumo sacerdote interrogou Jesus acerca dos seus discípulos, e da sua doutrina.
LTT
O sumo sacerdote (Caifás), então, interrogou Jesus concernente aos Seus discípulos e a respeito da doutrina dEle (Jesus).
BJ2
O Sumo Sacerdote interrogou Jesus sobre os seus discípulos e sobre a sua doutrina.
VULG
Pontifex ergo interrogavit Jesum de discipulis suis, et de doctrina ejus.
jo 18: 20
Versão
Versículo
ARA
Declarou-lhe Jesus: Eu tenho falado francamente ao mundo; ensinei continuamente tanto nas sinagogas como no templo, onde todos os judeus se reúnem, e nada disse em oculto.
ARC
Jesus lhe respondeu: Eu falei abertamente ao mundo; eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se ajuntam, e nada disse em oculto.
TB
Disse-lhe Jesus: Eu tenho falado abertamente ao mundo; eu ensinei continuadamente nas sinagogas e no templo, onde se reúnem todos os judeus, e nada falei ocultamente.
Respondeu-lhe Jesus: Eu tenho falado publicamente ao mundo; eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se reúnem, e nada disse em oculto.
BKJ
Jesus lhe respondeu: Eu falei abertamente ao mundo; eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde os judeus sempre se reúnem, e eu nada falei em oculto.
LTT
Respondeu-lhe Jesus: "Eu em aberto 852 falei ao mundo; Eu sempre ensinei na sinagoga ①e no Templo (locais onde sempre # os judeus se ajuntam), e em oculto nada disse Eu.
BJ2
Jesus lhe respondeu: "Falei abertamente ao mundo. Sempre ensinei na sinagoga e no Templo, onde se reúnem todos os judeus; nada falei às escondidas.
VULG
Respondit ei Jesus : Ego palam locutus sum mundo : ego semper docui in synagoga, et in templo, quo omnes Judæi conveniunt, et in occulto locutus sum nihil.
jo 18: 21
Versão
Versículo
ARA
Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que lhes falei; bem sabem eles o que eu disse.
ARC
Para que me perguntas a mim? pergunta aos que ouviram o que é que lhes ensinei; eis que eles sabem o que eu lhes tenho dito.
TB
Por que me interrogas? Pergunta aos meus ouvintes o que lhes falei; eles sabem o que eu disse.
Quando ele disse essas {coisas}, um dos guardas presentes deu uma bofetada em Jesus, dizendo: {É} assim que respondes ao sumo sacerdote?
BKJ
E, havendo ele falado isso, um dos oficiais que ali estavam bateu em Jesus com a palma da sua mão, dizendo: Assim que tu respondes ao sumo sacerdote?
LTT
E, estas coisas havendo Ele dito, exatamente um dos servidores (dos sacerdotes) , ali tendo se postado ao lado, deu um golpe- com- a- palma- da- sua- mão ① em Jesus, havendo dito: "Desta maneira respondes Tu ao sumo sacerdote (Caifás)?"
BJ2
A essas palavras, um dos guardas, que ali se achavam, deu uma bofetada em Jesus, dizendo: "Assim respondes ao Sumo Sacerdote?"
VULG
Hæc autem cum dixisset, unus assistens ministrorum dedit alapam Jesu, dicens : Sic respondes pontifici ?
jo 18: 23
Versão
Versículo
ARA
Replicou-lhe Jesus: Se falei mal, dá testemunho do mal; mas, se falei bem, por que me feres?
ARC
Respondeu-lhe Jesus: Se falei mal, dá testemunho do mal; e, se bem, porque me feres?
TB
Respondeu-lhe Jesus: Se eu falei mal, dá testemunho do mal; mas, se falei bem, porque me feres?
Simão Pedro estava em pé, aquecendo-se. Disseram-lhe, então: Não és tu, também, um dos discípulos dele? Ele negou, e disse: Não sou.
BKJ
E Simão Pedro estava ali se aquecendo. Disseram-lhe, então: Não és também tu um dos seus discípulos? Ele negou e disse: Não sou eu.
LTT
Ora, estava Simão Pedro tendo se postado de pé ali, e aquentando-se. Disseram-lhe, pois: "Não és, também tu, proveniente- de- entre os discípulos dEle (Jesus)?" Ele (Pedro) negou isto, e disse: "Não o sou."
BJ2
Simão Pedro continuava lá, de pé, aquecendo-se. Disseram-lhe então: "Não és tu também um dos seus discípulos?" Ele negou e respondeu: "Não sou".
VULG
Erat autem Simon Petrus stans, et calefaciens se. Dixerunt ergo ei : Numquid et tu ex discipulis ejus es ? Negavit ille, et dixit : Non sum.
jo 18: 26
Versão
Versículo
ARA
Um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha decepado a orelha, perguntou: Não te vi eu no jardim com ele?
ARC
E um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha, disse: Não te vi eu no horto com ele?
TB
Um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro tinha decepado a orelha, perguntou: Não te vi eu no jardim com ele?
Um dos servos do sumo sacerdote, que era parente daquele a quem Pedro cortara a orelha, diz: Eu não te vi no horto com ele?
BKJ
E um dos servos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha, disse: Eu não te vi no jardim com ele?
LTT
Diz exatamente um, proveniente- de- entre os escravos do sumo sacerdote, parente sendo daquele a quem Pedro amputou a orelha: "Porventura não te vi eu no jardim (do outro lado do ribeiro de Cedrom), com Ele (Jesus)?"
BJ2
Um dos servos do Sumo Sacerdote, parente daquele a quem Pedro decepara a orelha, disse: "Não te vi no jardim com ele?"
VULG
Dicit ei unus ex servis pontificis, cognatus ejus, cujus abscidit Petrus auriculam : Nonne ego te vidi in horto cum illo ?
jo 18: 27
Versão
Versículo
ARA
De novo, Pedro o negou, e, no mesmo instante, cantou o galo.
ARC
E Pedro negou outra vez, e logo o galo cantou.
TB
De novo, Pedro o negou, e no mesmo instante cantou o galo.
Novamente, então, Pedro negou; e, imediatamente, o galo cantou.
BKJ
Pedro, então, negou outra vez, e imediatamente o galo cantou.
LTT
Outra vez, então, Pedro negou isto. E, imediatamente depois, um galo cantou.
BJ2
Pedro negou novamente. E logo o galo cantou.
VULG
Iterum ergo negavit Petrus : et statim gallus cantavit.
jo 18: 28
Versão
Versículo
ARA
Depois, levaram Jesus da casa de Caifás para o pretório. Era cedo de manhã. Eles não entraram no pretório para não se contaminarem, mas poderem comer a Páscoa.
ARC
Depois levaram Jesus da casa de Caifás para a audiência. E era pela manhã cedo. E não entraram na audiência, para não se contaminarem, mas poderem comer a páscoa.
TB
Conduziram a Jesus da casa de Caifás para o Pretório . Era de manhã cedo. Eles não entraram no Pretório para não se contaminarem, mas para poderem comer a Páscoa.
Então conduziram Jesus de Caifás para o pretório. Era cedo, e eles não entraram no pretório, para que não se tornassem impuros, mas {pudessem} comer a Páscoa.
BKJ
Então eles conduziram Jesus de Caifás para a sala de julgamento, e era cedo, e eles não entraram na sala de julgamento, para não se contaminarem, mas poderem comer a Páscoa.
LTT
Depois, levam Jesus para longe de a casa de Caifás, para dentro do salão- de- julgamento ①. E era cedo- de- manhã. E eles mesmos(os judeus) não entraram no salão- de- julgamento, a fim de que não fossem contaminados, mas que (depois) pudessem- comer a páscoa.
BJ2
Então de Caifás conduziram Jesus ao pretório.[h] Era de manhã. Eles não entraram no pretório para não se contaminarem[i] e poderem comer a Páscoa.
VULG
Adducunt ergo Jesum a Caipha in prætorium. Erat autem mane : et ipsi non introierunt in prætorium, ut non contaminarentur, sed ut manducarent Pascha.
jo 18: 29
Versão
Versículo
ARA
Então, Pilatos saiu para lhes falar e lhes disse: Que acusação trazeis contra este homem?
ARC
Então Pilatos saiu fora e disse-lhes: Que acusação trazeis contra este homem?
TB
Pilatos saiu para ir ter com eles e perguntou-lhes: Que acusação trazeis contra este homem?
Respondeu Pilatos: Acaso eu sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes te entregaram a mim. Que fizeste?
BKJ
Pilatos respondeu: Eu sou um judeu? A tua própria nação e os principais sacerdotes entregaram-te a mim, o que tu fizeste?
LTT
Respondeu Pilatos: "Porventura sou eu um judeu? A Tua própria nação e os principais dos sacerdotes Te entregaram a mim. Que fizeste Tu?"
BJ2
Respondeu Pilatos: "Sou, por acaso, judeu? Teu povo e os chefes dos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste?"
VULG
Respondit Pilatus : Numquid ego Judæus sum ? gens tua et pontifices tradiderunt te mihi : quid fecisti ?
jo 18: 36
Versão
Versículo
ARA
Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus ministros se empenhariam por mim, para que não fosse eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.
ARC
Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo: se o meu reino fosse deste mundo, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus: mas agora o meu reino não é daqui.
TB
Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus súditos pelejariam, para não ser eu entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.
Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus servidores teriam combatido para que {eu} não fosse entregue aos judeus. Agora, porém, o meu reino não é daqui.
BKJ
Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, então os meus servos lutariam, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.
LTT
Respondeu Jesus: "O Meu reinar não é proveniente- de- dentro- deste mundo. Se o Meu reinar era proveniente- de- dentro- deste mundo, então os Meus servidores esforçadamente- lutavam ①a fim de que Eu não fosse entregue aos judeus. Agora, porém, o Meu reinar não é daqui."
BJ2
Jesus respondeu: "Meu reino não é deste mundo. Se meu reino fosse deste mundo, meus súditos teriam combatido para que eu não fosse entregue aos judeus Mas meu reino não é daqui".
VULG
Respondit Jesus : Regnum meum non est de hoc mundo. Si ex hoc mundo esset regnum meum, ministri mei utique decertarent ut non traderer Judæis : nunc autem regnum meum non est hinc.
jo 18: 37
Versão
Versículo
ARA
Então, lhe disse Pilatos: Logo, tu és rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.
ARC
Disse-lhe pois Pilatos: Logo tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.
TB
Perguntou-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.
Disse-lhe, então, Pilatos: Sendo assim, tu és rei? Respondeu Jesus: Tu dizes que sou rei. Eu fui gerado para isso, e para isso vim ao mundo, a fim de testemunhar a Verdade. Todo aquele que é da Verdade ouve a minha voz.
BKJ
Disse-lhe, então, Pilatos: Então és tu um rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.
LTT
Disse-Lhe, pois, Pilatos: "Logo, rei és Tu?!" Jesus respondeu: "Tu dizesistoporque Rei sou, Eu. Eu para isso tenho sido nascido, e para isso tenho vindo para dentro do mundo: a fim de testemunhar de a Verdade. Todo aquele sendo proveniente- de- dentro- de a Verdade dá ouvidos à Minha voz."
BJ2
Pilatos lhe disse: "Então, tu és rei?" Respondeu Jesus: "Tu o dizes: eu sou rei. Para isso nasci e para isto vim ao mundo: para dar testemunho da verdade. Quem é da verdade escuta a minha voz"
VULG
Dixit itaque ei Pilatus : Ergo rex es tu ? Respondit Jesus : Tu dicis quia rex sum ego. Ego in hoc natus sum, et ad hoc veni in mundum, ut testimonium perhibeam veritati : omnis qui est ex veritate, audit vocem meam.
jo 18: 38
Versão
Versículo
ARA
Perguntou-lhe Pilatos: Que é a verdade? Tendo dito isto, voltou aos judeus e lhes disse: Eu não acho nele crime algum.
ARC
Disse-lhe Pilatos: Que é a verdade? E, dizendo isto, tornou a ir ter com os judeus, e disse-lhes. Não acho nele crime algum;
Diz-lhe Pilatos: Que é a Verdade? Ao dizer isso, novamente saiu em direção aos judeus, e diz a eles: Eu não encontro nenhum motivo {de condenação}.
BKJ
Disse-lhe Pilatos: O que é a verdade? E, dizendo isso, ele foi novamente até os judeus e disse-lhes: Eu não acho nenhuma culpa nele.
LTT
Diz-Lhe Pilatos: "Que é a verdade?" E, isto havendo ele dito, novamente saiu até aos judeus, e lhes diz: "Eu nem exatamente uma falta sequer encontro nEle ①!
BJ2
Disse-lhe Pilatos: "Que é a verdade?" E tendo dito isso, saiu de novo e foi ao encontro dos judeus e lhes disse: "Nenhuma culpa encontro nele.[l]
VULG
Dicit ei Pilatus : Quid est veritas ? Et cum hoc dixisset, iterum exivit ad Judæos, et dicit eis : Ego nullam invenio in eo causam.
jo 18: 39
Versão
Versículo
ARA
É costume entre vós que eu vos solte alguém por ocasião da Páscoa; quereis, pois, que vos solte o rei dos judeus?
ARC
Mas vós tendes por costume que eu vos solte alguém pela páscoa. Quereis pois que vos solte o Rei dos Judeus?
TB
Mas é costume entre vós que eu vos solte alguém por ocasião da Páscoa; quereis, pois, que vos solte o Rei dos Judeus?
Gritaram, então, novamente, dizendo: Não este, mas Barrabás. Barrabás, porém, era salteador.
BKJ
Então, todos gritaram novamente, dizendo: Este homem não, mas Barrabás. Ora, Barrabás era um ladrão.
LTT
Então, todos (anciãos, escribas, principais sacerdotes, Sinédrio) clamaram novamente, dizendo: "Não (solta) a Este Varão, mas sim a Barrabás." Ora, era Barrabás um salteador.
BJ2
Então eles gritaram de novo, clamando: "Esse não, mas Barrabás!" Barrabás era um bandido.
VULG
Clamaverunt ergo rursum omnes, dicentes : Non hunc, sed Barabbam. Erat autem Barabbas latro.
Referências Cruzadas
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
João 18:1
E toda a terra chorava a grandes vozes, passando todo o povo; também o rei passou o ribeiro de Cedrom, e passou todo o povo na direção do caminho do deserto.
e até a Maaca, sua mãe, removeu para que não fosse rainha, porquanto tinha feito um horrível ídolo a Aserá; também Asa desfez o seu ídolo horrível e o queimou junto ao ribeiro de Cedrom.
Também tirou da Casa do Senhor o ídolo do bosque para fora de Jerusalém até o ribeiro de Cedrom, e o queimou junto ao ribeiro de Cedrom, e o desfez em pó, e lançou o seu pó sobre as sepulturas dos filhos do povo.
Também o rei derribou os altares que estavam sobre o terraço do cenáculo de Acaz, os quais fizeram os reis de Judá; como também o rei derribou os altares que fizera Manassés nos dois átrios da Casa do Senhor; e, esmigalhados, os tirou dali e lançou o pó deles no ribeiro de Cedrom.
E também a Maaca, mãe do rei Asa, ele a depôs, para que não fosse mais rainha, porquanto fizera a Aserá um horrível ídolo; e Asa destruiu o seu horrível ídolo, e o despedaçou, e o queimou junto ao ribeiro de Cedrom.
E todo o vale dos cadáveres e da cinza e todos os campos até ao ribeiro de Cedrom, até à esquina da Porta dos Cavalos para o oriente, serão consagrados ao Senhor; não se arrancarão, nem se derribarão mais, eternamente.
E, estando ele ainda a falar, eis que chegou Judas, um dos doze, e com ele, grande multidão com espadas e porretes, vinda da parte dos príncipes dos sacerdotes e dos anciãos do povo.
E logo, falando ele ainda, veio Judas, que era um dos doze, da parte dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e dos anciãos, e, com ele, uma grande multidão com espadas e porretes.
Varões irmãos, convinha que se cumprisse a Escritura que o Espírito Santo predisse pela boca de Davi, acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam a Jesus;
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
João 18:4
Vive o Senhor, teu Deus, que não houve nação nem reino aonde o meu senhor não mandasse em busca de ti; e dizendo eles: Aqui não está, então, ajuramentava os reinos e as nações, se eles te não tinham achado.
Desde então, começou Jesus a mostrar aos seus discípulos que convinha ir a Jerusalém, e padecer muito dos anciãos, e dos principais dos sacerdotes, e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia.
Então, Jesus lhes disse: Todos vós esta noite vos escandalizareis em mim,porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se dispersarão.
dizendo: Eis que nós subimos a Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas, e o condenarão à morte, e o entregarão aos gentios,
E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos.
Ora, antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.
A aparência do seu rosto testifica contra eles; e publicam os seus pecados como Sodoma; não os dissimulam. Ai da sua alma! Porque se fazem mal a si mesmos.
Porventura, envergonham-se de cometer abominação? Pelo contrário, de maneira nenhuma se envergonham, nem sabem que coisa é envergonhar-se; portanto, cairão entre os que caem e tropeçarão no tempo em que eu os visitar, diz o Senhor.
Então, lhe enviou um capitão de cinquenta; e, subindo a ele (porque eis que estava assentado no cume do monte), disse-lhe: Homem de Deus, o rei diz: Desce.
Ora, antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim.
Eisque chega a hora, e já se aproxima, em que vós sereis dispersos, cadaum para sua casa, e me deixareis só,mas não estou só, porque o Pai está comigo.
Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que vos não deixará tentar acima do que podeis; antes, com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.
E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo.
Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome.Tenho guardado aqueles que tu me deste,e nenhum deles se perdeu, senão ofilho da perdição,para que a Escritura se cumprisse.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
João 18:10
Porque na mão do Senhor há um cálice cujo vinho ferve, cheio de mistura, e dá a beber dele; certamente todos os ímpios da terra sorverão e beberão as suas fezes.
Jesus, porém, respondendo, disse: Não sabeis o que pedis;podeis vós beber o cálice que eu hei de beber e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado? Dizem-lhe eles: Podemos.
E, indo um pouco adiante, prostrou-se sobre o seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai,se é possível, passa de mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres.
Pai,aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste;porque tu me hás amado antes da criação do mundo.
Respondeu Jesus: O meu Reino não é deste mundo; se o meu Reino fosse deste mundo, lutariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas, agora, o meu Reino não é daqui.
Disse-lhe Jesus: Não me detenhas, porque ainda não subi para meu Pai, mas vai parameus irmãos e dize-lhesque eu subo para meu Pai e vosso Pai,meu Deus e vosso Deus.
Porque não recebestes o espírito de escravidão, para, outra vez, estardes em temor, mas recebestes o espírito de adoção de filhos, pelo qual clamamos: Aba, Pai.
olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.
E já vos esquecestes da exortação que argumenta convosco como filhos: Filho meu, não desprezes a correção do Senhor e não desmaies quando, por ele, fores repreendido;
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
João 18:12
E vieram ao lugar que Deus lhes dissera, e edificou Abraão ali um altar, e pôs em ordem a lenha, e amarrou a Isaque, seu filho, e deitou-o sobre o altar em cima da lenha.
Então, os filisteus pegaram nele, e lhe arrancaram os olhos, e fizeram-no descer a Gaza, e amarraram-no com duas cadeias de bronze, e andava ele moendo no cárcere.
E, logo ao amanhecer, os principais dos sacerdotes, e os anciãos, e os escribas, e todo o Sinédrio tiveram conselho; e, amarrando Jesus, o levaram e entregaram a Pilatos.
E, havendo grande dissensão, o tribuno, temendo que Paulo fosse despedaçado por eles, mandou descer a soldadesca, para que o tirassem do meio deles e o levassem para a fortaleza.
E Pedro estava da parte de fora, à porta. Saiu, então, o outro discípulo que era conhecido do sumo sacerdote e falou à porteira, levando Pedro para dentro.
E, depois de terem jantado, disse Jesus a Simão Pedro: Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes? E ele respondeu: Sim, Senhor; tu sabes que te amo. Disse-lhe: Apascenta os meus cordeiros.
No seu secreto conselho, não entre minha alma; com a sua congregação, minha glória não se ajunte; porque, no seu furor, mataram varões e, na sua teima, arrebataram bois.
E, trazendo-o debaixo de olho, mandaram espias que se fingiam de justos, para o apanharem em alguma palavra e o entregarem à jurisdição e poder do governador.
Não falei em segredo, nem em lugar algum escuro da terra; não disse à descendência de Jacó: Buscai-me em vão; eu sou o Senhor, que falo a justiça e anuncio coisas retas.
Chegai-vos a mim e ouvi isto: Não falei em segredo desde o princípio; desde o tempo em que aquilo se fez, eu estava ali; e, agora, o Senhor Jeová me enviou o seu Espírito.
E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.
E percorria Jesus todas as cidades e aldeias, ensinando nas sinagogas deles, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.
E, chegando ao templo, acercaram-se dele, estando já ensinando, os príncipes dos sacerdotes e os anciãos do povo, dizendo: Com que autoridade fazes isso? E quem te deu tal autoridade?
Então, disse Jesus à multidão: Saístes, como para um salteador, com espadas e porretes, para me prender? Todos os dias me assentava junto de vós, ensinando no templo, e não me prendestes.
Então, o sumo sacerdote rasgou as suas vestes, dizendo: Blasfemou; para que precisamos ainda de testemunhas? Eis que bem ouvistes, agora, a sua blasfêmia.
E aconteceu, num daqueles dias, que, estando ele ensinando o povo no templo e anunciando o evangelho, sobrevieram os principais dos sacerdotes e os escribas com os anciãos
Clamava, pois, Jesus no templo, ensinando e dizendo: Vós me conheceis e sabeis de onde sou; eeu não vim de mim mesmo, mas aquele que me envioué verdadeiro, o qual vós não conheceis.
Porque o rei, diante de quem falo com ousadia, sabe estas coisas, pois não creio que nada disto lhe é oculto; porque isto não se fez em qualquer canto.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
João 18:21
Além disso, eu, Paulo, vos rogo, pela mansidão e benignidade de Cristo, eu que, na verdade, quando presente entre vós, sou humilde, mas ausente, ousado para convosco;
E os filhos de Israel que se acharam em Jerusalém celebraram a Festa dos Pães Asmos sete dias, com grande alegria; e os levitas e os sacerdotes louvaram bem alto ao Senhor, dia após dia.
Também fizeram os seus príncipes ofertas voluntárias ao povo, aos sacerdotes e aos levitas; Hilquias, e Zacarias, e Jeiel, maioral da Casa de Deus, deram aos sacerdotes para os sacrifícios da Páscoa duas mil e seiscentas reses de gado miúdo e trezentos bois.
Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; deveis, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas.
E, logo ao amanhecer, os principais dos sacerdotes, e os anciãos, e os escribas, e todo o Sinédrio tiveram conselho; e, amarrando Jesus, o levaram e entregaram a Pilatos.
O Deus de Abraão, e de Isaque, e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu Filho Jesus, a quem vós entregastes e perante a face de Pilatos negastes, tendo ele determinado que fosse solto.
E disse-lhes: Vós bem sabeis que não é lícito a um varão judeu ajuntar-se ou chegar-se a estrangeiros; mas Deus mostrou-me que a nenhum homem chame comum ou imundo.
E começaram a acusá-lo, dizendo: Havemos achado este pervertendo a nossa nação, proibindo dar o tributo a César e dizendo que ele mesmo é Cristo, o rei.
A eles respondi que não é costume dos romanos entregar algum homem à morte, sem que o acusado tenha presentes os seus acusadores e possa defender-se da acusação.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
João 18:30
dizendo: Eis que nós subimos a Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas, e o condenarão à morte, e o entregarão aos gentios,
E os principais dos sacerdotes e os escribas procuravam lançar mão dele naquela mesma hora; mas temeram o povo, porque entenderam que contra eles dissera esta parábola.
E começaram a acusá-lo, dizendo: Havemos achado este pervertendo a nossa nação, proibindo dar o tributo a César e dizendo que ele mesmo é Cristo, o rei.
Desde então, Pilatos procurava soltá-lo; mas os judeus gritavam, dizendo: Se soltas este, não és amigo do César! Qualquer que se faz rei é contra o César!
O Deus de Abraão, e de Isaque, e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu Filho Jesus, a quem vós entregastes e perante a face de Pilatos negastes, tendo ele determinado que fosse solto.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
João 18:31
Vendo-o, pois, os principais dos sacerdotes e os servos, gritaram, dizendo: Crucifica-o! Crucifica-o! Disse-lhes Pilatos: Tomai-o vós e crucificai-o, porque eu nenhum crime acho nele.
Mas eles bradaram: Tira! Tira! Crucifica-o! Disse-lhes Pilatos: Hei de crucificar o vosso rei? Responderam os principais dos sacerdotes: Não temos rei, senão o César.
o seu cadáver não permanecerá no madeiro, mas certamente o enterrarás no mesmo dia, porquanto o pendurado é maldito de Deus; assim, não contaminarás a tua terra, que o Senhor, teu Deus, te dá em herança.
dizendo: Eis que nós subimos a Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas, e o condenarão à morte, e o entregarão aos gentios,
Disse-lhes, pois, Jesus: Quando levantardeso Filho do Homem,então, conhecereis quem eu sou eque nada faço por mim mesmo; masfalo como o Pai me ensinou.
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre e montado sobre um jumento, sobre um asninho, filho de jumenta.
Depois, levaram Jesus da casa de Caifás para a audiência. E era pela manhã cedo. E não entraram na audiência, para não se contaminarem e poderem comer a Páscoa.
Disse-lhe, pois, Pilatos: Logo tu és rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aqueleque é da verdade ouve a minha voz.
Desde então, Pilatos procurava soltá-lo; mas os judeus gritavam, dizendo: Se soltas este, não és amigo do César! Qualquer que se faz rei é contra o César!
Saiba o rei que os judeus que subiram de ti vieram a nós a Jerusalém, e edificam aquela rebelde e malvada cidade, e vão restaurando os seus muros, e reparando os seus fundamentos.
E falou na presença de seus irmãos e do exército de Samaria e disse: Que fazem estes fracos judeus? Permitir-se-lhes-á isso? Sacrificarão? Acabá-lo-ão num só dia? Vivificarão dos montões do pó as pedras que foram queimadas?
Depois, levaram Jesus da casa de Caifás para a audiência. E era pela manhã cedo. E não entraram na audiência, para não se contaminarem e poderem comer a Páscoa.
Vendo-o, pois, os principais dos sacerdotes e os servos, gritaram, dizendo: Crucifica-o! Crucifica-o! Disse-lhes Pilatos: Tomai-o vós e crucificai-o, porque eu nenhum crime acho nele.
O Deus de Abraão, e de Isaque, e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu Filho Jesus, a quem vós entregastes e perante a face de Pilatos negastes, tendo ele determinado que fosse solto.
Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e esse reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos e será estabelecido para sempre.
E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino, o único que não será destruído.
Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém; eis que o teu rei virá a ti, justo e Salvador, pobre e montado sobre um jumento, sobre um asninho, filho de jumenta.
Disse-lhes Jesus: Tu o disseste; digo-vos, porém, que vereisem breve o Filho do Homem assentado à direita do Todo-Poderoso e vindo sobre as nuvens do céu.
Respondeu Jesus e disse-lhes: Ainda que eu testifico de mim mesmo, o meu testemunho é verdadeiro, porque sei de onde vim e para onde vou; masvós não sabeis de onde vim, nem para onde vou.
Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus ouve-nos; aquele que não é de Deus não nos ouve. Nisto conhecemos nós o espírito da verdade e o espírito do erro.
E sabemos que já o Filho de Deus é vindo e nos deu entendimento para conhecermos o que é verdadeiro; e no que é verdadeiro estamos, isto é, em seu Filho Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.
João, às sete igrejas que estão na Ásia: Graça e paz seja convosco da parte daquele que é, e que era, e que há de vir, e da dos sete Espíritos que estão diante do seu trono;
Então, Pilatos, vendo que nada aproveitava, antes o tumulto crescia, tomando água, lavou as mãos diante da multidão, dizendo: Estou inocente do sangue deste justo; considerai isso.
Haveis-me apresentado este homem como pervertedor do povo; e eis que, examinando-o na vossa presença, nenhuma culpa, das de que o acusais, acho neste homem.
Vendo-o, pois, os principais dos sacerdotes e os servos, gritaram, dizendo: Crucifica-o! Crucifica-o! Disse-lhes Pilatos: Tomai-o vós e crucificai-o, porque eu nenhum crime acho nele.
E, tratando ele da justiça, e da temperança, e do Juízo vindouro, Félix, espavorido, respondeu: Por agora, vai-te, e, em tendo oportunidade, te chamarei;
O Deus de Abraão, e de Isaque, e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu Filho Jesus, a quem vós entregastes e perante a face de Pilatos negastes, tendo ele determinado que fosse solto.
Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra
As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
João 18
: 1
ribeiro
Lit. “ribeiro, riacho (torrente que corre no inverno, mas seca durante o verão)”.
João 18
: 1
horto
Lit. “jardim, horto (lugar onde foram plantadas árvores, ervas, plantas)”.
João 18
: 3
coorte
Lit. “um destacamento militar romano de aproximadamente 600 soldados”.
João 18
: 3
guardas
ὑπηρέτῃ (huperétai) - remador, marinheiro, navegador; servido; assistente, auxiliar - Sub (2-20), composto pela preposição νπηρ (hupér - em composição pode indicar ênfase, excesso) + substantivo εταιης (erétes - remador), que por sua vez deriva do verbo ερετης (erétes - remador), que por sua vez deriva do verbo ερεααω (erésso - remar). Trata-se de um humilde servidor, e não de um escravo, já que o indivíduo conserva sua autonomia, sua liberdade. A preposição νπηρ (hupér) sugere a ideia de alguém que está na fronteira que separa o servidor do servo. Em resumo, a palavra grega indica o servidor, na mais exata acepção do termo. O vocábulo foi empregado, no Novo Testamento, para designar diversos tipos de servidores: os assistentes do Rei, os oficiais do Sinédrio, os assistentes dos Magistrados, as sentinelas do Templo de Jerusalém. Na literatura grega, a palavra é empregada para designar remador, marujo, todos os homens sob as ordens de outro, um servidor comum, um servidor que acompanha o soldado de infantaria (na Grécia antiga), ajudante de um general; servidor de Deus.
João 18
: 3
lâmpadas
Lit. “lâmpada pequena, tocha, archote”. Trata-se de um pequeno recipiente feito de barro, provido de uma tampa móvel na parte superior, no centro do qual havia um orifício para se colocar o óleo de oliva. Havia também outro orifício, ao lado, por onde saia a chama. Era utilizada para iluminação do ambiente doméstico. A destruição de uma lâmpada doméstica, em sentido figurado, representava a extinção de uma família (Pv 13:9).
João 18
: 3
armas
Lit. “utensílio, implemento; armas, armadura (instrumentos de guerra, ofensivos e defensivos)”.
João 18
: 6
recuaram
Lit. “foram para trás”.
João 18
: 9
cumpra
Lit. “encher, tornar cheio; completar; realizar, cumprir”. Visto que a exegese rabínica evita uma abordagem puramente abstrata das escrituras, era comum perguntar-se: “Quem cumpriu esse trecho da escritura”? Essa indagação levava os intérpretes a citar personagens, sobretudo os patriarcas, com o objetivo de demonstrar o cumprimento da escritura em suas vidas, e a escritura sendo cumprida (vivenciada) por suas vidas.
João 18
: 10
puxado
Lit. “puxar, tirar, extrair; trazer, atrair”.
João 18
: 10
golpeou
Lit. “golpear, bater (com o punho, com uma espada); atacar”.
João 18
: 10
orelhinha
Possível referência à ponta da orelha, vez que o substantivo está no diminutivo.
João 18
: 12
coorte
Lit. “um destacamento militar romano de aproximadamente 600 soldados”.
João 18
: 12
quiliarca
χιλιαρχος - (chiliarchos) Lit. “líder/comandante de mil”. Trata-se de um cargo relacionado ao exército romano, que dava ao titular a responsabilidade de comandar mil homens (uma coorte).
João 18
: 12
guardas
ὑπηρέτῃ (huperétai) - remador, marinheiro, navegador; servido; assistente, auxiliar - Sub (2-20), composto pela preposição νπηρ (hupér - em composição pode indicar ênfase, excesso) + substantivo εταιης (erétes - remador), que por sua vez deriva do verbo ερετης (erétes - remador), que por sua vez deriva do verbo ερεααω (erésso - remar). Trata-se de um humilde servidor, e não de um escravo, já que o indivíduo conserva sua autonomia, sua liberdade. A preposição νπηρ (hupér) sugere a ideia de alguém que está na fronteira que separa o servidor do servo. Em resumo, a palavra grega indica o servidor, na mais exata acepção do termo. O vocábulo foi empregado, no Novo Testamento, para designar diversos tipos de servidores: os assistentes do Rei, os oficiais do Sinédrio, os assistentes dos Magistrados, as sentinelas do Templo de Jerusalém. Na literatura grega, a palavra é empregada para designar remador, marujo, todos os homens sob as ordens de outro, um servidor comum, um servidor que acompanha o soldado de infantaria (na Grécia antiga), ajudante de um general; servidor de Deus.
João 18
: 12
amarraram
Lit. “amarrar, atar, prender, ligar”.
João 18
: 12
coorte
Originalmente significava a “tenda do general (pretor)”. Mais tarde, passou a ser aplicado ao “conselho de oficiais militares”, até ser tornar o nome da “residência oficial do governador romano”, uma vez que lá, além de residir o governador, era o local ocupado pela guarnição do exército romano.
João 18
: 12
quiliarca
χιλιαρχος - (chiliarchos) Lit. “líder/comandante de mil”. Trata-se de um cargo relacionado ao exército romano, que dava ao titular a responsabilidade de comandar mil homens (uma coorte).
João 18
: 13
Anás
Ἅννας - (Hanas) Lit. “Hannas (forma grega do nome hebraico “Hananiah – Deus é gracioso”)”. Trata-se do sogro de Caifás (sumo sacerdote na época de Jesus). Anás foi nomeado sumo sacerdote no ano 7 d.C, por Quirino (governador da Síria), e deposto no ano 16 d.C por Valerius Gratus (procurador da Judeia). Embora não fosse mais o sumo sacerdote, era muito respeitado e exercia grande influência sobre o seu genro.
João 18
: 13
Caifás
Caifás (sumo sacerdote na época de Jesus) foi nomeado sumo sacerdote no ano 18 d.C, por Valerius Gratus (procurador da Judeia), e deposto no ano 36 d.C por Vitélio (procurador romano na Síria).
João 18
: 14
ser melhor
Lit. “é preferível, é melhor; é útil, proveitoso”.
João 18
: 15
pátio interior
Lit. “espaço descoberto ao redor de uma casa, cercado por uma parede, onde ficavam os estábulos, aprisco; pátio de uma casa; pátio interno das habitações de pessoas prósperas. Nas residências orientais, geralmente construídas em forma de quadrado, havia um pátio interior, descoberto, bem como um pátio exterior (uma espécie de varanda). Esse vocábulo também pode ser utilizado para se referir à residência ou palácio como um todo.
ὑπηρέτῃ (huperétai) - remador, marinheiro, navegador; servido; assistente, auxiliar - Sub (2-20), composto pela preposição νπηρ (hupér - em composição pode indicar ênfase, excesso) + substantivo εταιης (erétes - remador), que por sua vez deriva do verbo ερετης (erétes - remador), que por sua vez deriva do verbo ερεααω (erésso - remar). Trata-se de um humilde servidor, e não de um escravo, já que o indivíduo conserva sua autonomia, sua liberdade. A preposição νπηρ (hupér) sugere a ideia de alguém que está na fronteira que separa o servidor do servo. Em resumo, a palavra grega indica o servidor, na mais exata acepção do termo. O vocábulo foi empregado, no Novo Testamento, para designar diversos tipos de servidores: os assistentes do Rei, os oficiais do Sinédrio, os assistentes dos Magistrados, as sentinelas do Templo de Jerusalém. Na literatura grega, a palavra é empregada para designar remador, marujo, todos os homens sob as ordens de outro, um servidor comum, um servidor que acompanha o soldado de infantaria (na Grécia antiga), ajudante de um general; servidor de Deus.
João 18
: 18
fogueira
Lit. “carvão, brasa”.
João 18
: 22
guardas
ὑπηρέτῃ (huperétai) - remador, marinheiro, navegador; servido; assistente, auxiliar - Sub (2-20), composto pela preposição νπηρ (hupér - em composição pode indicar ênfase, excesso) + substantivo εταιης (erétes - remador), que por sua vez deriva do verbo ερετης (erétes - remador), que por sua vez deriva do verbo ερεααω (erésso - remar). Trata-se de um humilde servidor, e não de um escravo, já que o indivíduo conserva sua autonomia, sua liberdade. A preposição νπηρ (hupér) sugere a ideia de alguém que está na fronteira que separa o servidor do servo. Em resumo, a palavra grega indica o servidor, na mais exata acepção do termo. O vocábulo foi empregado, no Novo Testamento, para designar diversos tipos de servidores: os assistentes do Rei, os oficiais do Sinédrio, os assistentes dos Magistrados, as sentinelas do Templo de Jerusalém. Na literatura grega, a palavra é empregada para designar remador, marujo, todos os homens sob as ordens de outro, um servidor comum, um servidor que acompanha o soldado de infantaria (na Grécia antiga), ajudante de um general; servidor de Deus. Editar
João 18
: 22
bofetada
Lit. “bater com um bastão (rápis); golpear com a palma da mão; esmurrar, esbofetear”.
João 18
: 23
testemunha
Expressão idiomática semítica, provavelmente, empregada em contexto jurídico com a ideia de “diga a razão”, “diga o motivo”.
João 18
: 23
açoitas
Lit. “esfolar, tirar a pele; castigar, maltratar; bater, açoitar”.
João 18
: 24
amarrado
Lit. “amarrar, atar, prender, ligar”.
João 18
: 26
horto
Lit. “jardim, horto (lugar onde foram plantadas árvores, ervas, plantas)”.
João 18
: 28
tornassem
Lit. “manchar (de sangue, de pó); tornar-se impuro (física e cerimonialmente), macular, corromper”. Entrar na residência de um gentio acarretava impureza legal (At 11:3; Mt 8:8), impedindo a pessoa de celebrar a Páscoa.
João 18
: 32
indicando
Lit. “indicar (por meio de sinal), sinalizar, comunicar; tornar conhecido, especificar”.
João 18
: 33
pretório
στρατηγος (strategos) - Lit. “líder/comandante de um exército, general; pretor romano, magistrado provincial; comandante, capitão da guarda do templo (chefe dos levitas que mantinham a guarda dentro e ao redor do templo de Jerusalém).
João 18
: 36
servidores
ὑπηρέτῃ (huperétai) - remador, marinheiro, navegador; servido; assistente, auxiliar - Sub (2-20), composto pela preposição νπηρ (hupér - em composição pode indicar ênfase, excesso) + substantivo εταιης (erétes - remador), que por sua vez deriva do verbo ερετης (erétes - remador), que por sua vez deriva do verbo ερεααω (erésso - remar). Trata-se de um humilde servidor, e não de um escravo, já que o indivíduo conserva sua autonomia, sua liberdade. A preposição νπηρ (hupér) sugere a ideia de alguém que está na fronteira que separa o servidor do servo. Em resumo, a palavra grega indica o servidor, na mais exata acepção do termo. O vocábulo foi empregado, no Novo Testamento, para designar diversos tipos de servidores: os assistentes do Rei, os oficiais do Sinédrio, os assistentes dos Magistrados, as sentinelas do Templo de Jerusalém. Na literatura grega, a palavra é empregada para designar remador, marujo, todos os homens sob as ordens de outro, um servidor comum, um servidor que acompanha o soldado de infantaria (na Grécia antiga), ajudante de um general; servidor de Deus.
João 18
: 36
combatido
Lit. “esforçar-se por; disputar um prêmio, participar de competição esportiva; combater, lutar; sustentar um litígio; falar em público”.
João 18
: 39
um
Trata-se do numeral “1”.
João 18
: 40
salteador
Lit. “assaltante (de estrada), saqueador; pirata; salteador”.
Notas de rodapé da LTT
As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
①
"coorte": 600 soldados.
①
futuro.
851
Jo 18:12-14 Citaremos The New Scofield Bible, pag. 1042: "Foram dois os sistemas legais que condenaram o Cristo: o judaico e o romano, exatamente os dois que embasam a moderna ciência jurídica. A prisão [de Jesus] e os procedimentos sob a supervisão de Anás e de Caifás e do Sinédrio ocorreram sob a lei judaica; quanto à prisão e procedimentos tanto sob Pilatos como sob Herodes, eles ocorreram sob a lei romana.
- O JULGAMENTO JUDAICO FOI ILEGAL em vários particulares: 1. O juiz não foi imparcial e não protegeu o acusado. E não há evidência de que o quorum de vinte e três juízes tomou parte na prisão. E eles [os juízes] foram hostis (Mt 26:62-63). 2. A prisão foi ilegal porque foi feita sem nenhuma acusação formal. 3. Em julgamentos de crimes todas as sessões tinham que ser começadas e conduzidas somente durante o dia. Sessões noturnas eram ilegais. 4. Um veredicto "culpado" não podia ser tomado no mesmo dia da conclusão do "interrogatório + exame de provas + argumentação" [com um advogado defendendo contra os acusadores]. O veredicto tinha que ser dado no dia seguinte. 5. Procurar [forçando, a todo custo] testemunho hostil era ilegal (Mt 26:59; Mc 14:56; Jo 11:53). 6. Nenhum acusado podia ser condenado com base em evidências suas [isto é, produzidas por ele mesmo], todavia os acusadores procuraram obter respostas e admissões por parte de o Cristo, para condená-lo (Mt 26:63-66; Jo 18:19). 7. Nenhuma evidência legal válida foi apresentada contra o Cristo.
- [O JULGAMENTO ROMANO]: depois que Pilatos declarou o Cristo inocente (Mt 27:24), seus atos subsequentes foram todos eles [totalmente] contrários à letra e ao espírito da lei Romana."
Jo 18:20 "Em aberto": isto não nega que Jesus usou parábolas para confundir os cegos rebeldes descrentes. A coisa enfatizada aqui é a covardia dos que em oculto conspiraram, prenderam, e O julgavam.
①
de cada cidade. # Stephen 1550, Complutense.
①
ou "deu um golpe- com- uma- vara- ou- chicote".
#
Beza, Geneva 1557, Bishop's Bible.
853
Jo 18:24 – Muitas boas Bíblias traduzem o aoristo como "MANDOU-O", mas isto cria uma [aparente?] contradição com Mt 26:57, que nos faz entender que o interrogatório de Jesus teve lugar na casa de Caifás [não na de Anás], onde escribas e anciãos estavam reunidos para interrogá-lO. Mas Edward Hills, em "KJB Defended", chapter 8, explica que, à luz do contexto e coincidindo com traduções e comentários (v. Jo 18:13 ou 24) de Cirilo de Alexandria, Erasmo, Lutero, Calvin, Beza, Geneva 1567 e Bishop's Bible, a KJB traduz melhor o aoristo, para "O HAVIA ENVIADO", que pode ser considerado um mais- que- perfeito. Isso é completa e perfeitamente possível em certos casos, veja em qualquer boa gramática ou no resumido https://www.academia.edu/1527669/On_Translating_the_Greek_Aorist_into_English?auto=download. O v. Jo 18:24 é parentético e se refere a algo anterior ao v. Jo 18:19: naquele tempo, o sumo sacerdote em exercício, real, efetivo era Caifás e não Anás (mas, em Lc 3:2, este era chamado de sumo sacerdote juntamente com seu genro Caifás e, agora, ainda devia reter tal título, embora já fora do ofício real). Portanto, v. Jo 18:19 se refere a Caifás, no seu palácio, e v. Jo 18:24 se refere ao verso Jo 18:13. Detalhando: - v. Jo 18:13-14 – O Cristo foi levado primeiramente à casa de Anás e a Bíblia não narra o que se passou lá. Anás deve ter imediatamente se juntado ao malévolo grupo, liderando-o e introduzindo-o no palácio de Caifás, seu genro (é possível que as duas casas fossem anexas uma à outra, ou próximas uma da outra), o qual era (efetivamente) o sumo sacerdote. - v. Jo 18:15-18 – Pedro e João acompanham tudo, de longe; depois, entram no palácio de Caifás; a seguir, Pedro nega o Cristo. - v. Jo 18:19-23 – Caifás interroga, Jesus responde e é esbofeteado. - v. Jo 18:24 (parentético e referindo-se ao que tinha se passado atrás, no verso Jo 18:13): foi Anás quem tinha enviado o Cristo (tendo Este sido acorrentado) a Caifás. - v. Jo 18:25-27 – Pedro nega o Cristo.
①
"salão- de- julgamento": no palácio de Herodes.
①
aoristo.
854
Jo 18:32 "significando de QUE- TIPO DE MORTE Ele estava para morrer": os romanos executavam por crucificação, os judeus por apedrejamento.
Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
A MORTE DE JESUS E O TÚMULO VAZIO
33 d.C.
JESUS É PRESO Os quatro evangelistas descrevem em detalhes os acontecimentos que antecederam a morte de Jesus. Na noite de quinta-feira, Jesus e seus discípulos saíram da cidade de Jerusalém, atravessaram o vale do Cedrom e se dirigiram ao bosque de oliveiras conhecido como jardim do Getsêmani. Foi nesse local que uma grande multidão armada com espadas e porretes, enviada pelos principais sacerdotes, prendeu Jesus depois de Judas tê-lo identificado!
JESUS É JULGADO Jesus foi levado a Anás, o sogro de Caifás, o sumo sacerdote, e, em seguida, ao próprio Caifás e ao Sinédrio, a suprema corte dos judeus. Decidiu-se que Jesus devia receber a pena capital, mas como não tinham autoridade para executar a sentença de morte em casos desse tipo, os líderes judeus enviaram Jesus a Pôncio Pilatos, o governador romano da Judéia de 26 a 36 d.C. Ao ficar sabendo que Jesus era da Galiléia, Pilatos se deu conta que o prisioneiro estava sob a jurisdição de Herodes Antipas e, assim, o enviou a Herodes, que se encontrava em Jerusalém na ocasião. Em 196l, arqueólogos italianos que estavam escavando um teatro construído por Herodes, o Grande, em Cesaréia, ao norte da atual Tel Aviv, encontraram um bloco de pedra calcária reutilizado, medindo 82 por 68 por 20 cm. No bloco, havia uma inscrição em latim, onde se podia ler na segunda linha: ...TIVSPILATVS" e, na linha seguinte, o seu título: Prefeito da Judeia. Ficou claro de imediato que a maior parte do nome de Pôncio Pilatos em latim havia sido preservada por acaso.
JESUS É CRUCIFICADO Em resposta às exigências dos líderes judeus, Pilatos entregou Jesus para ser crucificado. O local escolhido foi o Gólgota ("caveira" em aramaico). Os evangelistas consideram suficiente declarar: "Então, o crucificaram"." Não procuram descrever em detalhes a dor lancinante sofrida pelas vítimas da crucificação. Sem dúvida, seus leitores já haviam visto os condenados serem pregados pelos pulsos e pés a duas traves de madeira. A crucificação, talvez de origem fenícia, era uma forma de execução usada com frequência pelos romanos desde 200 a.C. m 71 a.C., o general romano Marco Lucínio Crasso mandou crucificar seis mil escravos rebeldes ao longo da via Ápia de Cápua até Roma. Na cruz de Jesus havia uma inscrição em aramaico, latim e grego, informando que ele era o "Rei dos Judeus". De acordo com Mateus 27:37, essa placa foi colocada acima da sua cabeça, dando a entender que a forma tradicional da cruz é, de fato, correta. Escavações realizadas em 1968 num cemitério antigo em Giv'at ha-Mivtar, ao norte de Jerusalém, revelaram algumas arcas de pedra calcária ou "ossuários" contendo os restos mortais de trinta e cinco indivíduos. Num dos ossuários, inscrito com o nome Yehohanan, havia restos do esqueleto de uma pessoa que morreu provavelmente com vinte e poucos anos de idade, vítima de crucificação no primeiro século d.C. Nos calcanhares de Yehohanan ainda estava cravado um único prego com 18 cm de comprimento. Quem remove Yehohanan da cruz concluiu que era mais fácil cortar os pés com o prego do que arrancar o prego cravado nos pés. Parece que Yehohanan foi pregado na cruz pelo antebraço, e não pela mão. Assim, sugere-se que a palavra normalmente traduzida por "mãos" em Lucas 24:39-40 e João 20.20,25,27 deve ser traduzida por "braços". "Depois, vendo Jesus que tudo já estava consumado, para se cumprir a Escritura, disse: Tenho sede! Estava ali um vaso cheio de vinagre. Embeberam de vinagre uma esponja e, fixando-a num caniço de hissopo, lha chegaram à boca. Quando, pois, Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito." João 19:28-30 Assim, nesta primeira Sexta-Feira Santa - provavelmente 14 de nisã, ou seja, sexta-feira, 3 de abril de 33 d.C. - por volta das 15 horas, no exato momento que os cordeiros pascais estavam sendo imolados, Jesus morreu. No caso de Yehohanan, o osso de sua canela direita foi estilhaçado por um golpe desferido para apressar sua morte. Com referência a Jesus, João registra: "Então, os judeus, para que no sábado não ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação, pois era grande o dia daquele sábado, rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem tirados (...] chegando-se, porém, a Jesus, como vissem que já estava morto, não lhe quebraram as pernas. João 19.316 33-34a
A IMPORTÂNCIA DA MORTE DE JESUS Os evangelistas registram um período de escuridão durante as últimas três horas que Jesus passou na cruz e descrevem em detalhes vários fenômenos ocorridos imediatamente depois da sua morte. O véu do templo se rasgou de alto a baixo em duas partes, a terra tremeu e as rochas se partiram, túmulos se abriram, e os corpos de muitos santos que haviam morrido foram ressuscitados. Os escritores das epístolas do Novo Testamento focalizam mais a teologia da morte de Jesus, seu lugar no plano preordenado de Deus para tratar do pecado lugar no plano preordenado de Deus para tratar do pecado dos seres humanos e poder restaurá-los a Deus: "Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus" (1Pe 3:18).
JESUS É SEPULTADO Mateus 27:57-56 relata como, no fim da tarde de sexta-feira, José de Arimatéia obteve permissão de Pilatos para sepultar o corpo de Jesus. José era um dos discípulos ricos de Jesus. Ele possuía um túmulo no qual sepultou o corpo de Jesus. O corpo foi envolvido num pano limpo de linho e uma pedra foi colocada na entrada do túmulo. Mateus enfatiza que os romanos levaram a sério a declaração de Jesus de que ressuscitaria e, portanto, montaram guarda na entrada do túmulo e a selaram.
JESUS RESSUSCITA No domingo começaram a circular relatos de que o túmulo estava vazio e Jesus estava vivo. Os líderes judeus pagaram aos guardas uma grande soma em dinheiro para dizer que os discípulos tinham vindo durante a note e levado o corpo." Porém, os boatos persistiram e os líderes judeus não conseguiram contê-los, pois para isso seria preciso mostrar o corpo de Jesus. Os discípulos desmoralizados foram transformados. Sete semanas depois da ressurreição de Jesus, Pedro estava proclamando a ressurreição de Cristo ousadamente no dia de Pentecostes: "Ao qual [...] Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela" (At 2:24). Esses relatos se transformaram no cerne da fé dos milhões de cristãos ao longo de quase dois milênios. Nunca foram refutados de forma satisfatória nem receberam uma explicação lógica incontestável. Para alguns, uma inscrição supostamente de Nazaré, a cidade onde Jesus passou sua infância, pode ter sido a resposta de um imperador romano anônimo as acontecimentos subseqüentes à crucificação de Jesus e dita ressurreição. A pedra com 60 por 37,5 cm traz uma tradução do latim para o grego e a forma das letras indica uma data do século I. "Decreto de César. É minha vontade que túmulos e sepulturas [.….] permaneçam intocados para sempre [.…..] O respeito pelos que se encontram sepultados é de suma importância; ninguém deve perturbá-los de nenhum modo. Se alguém o fizer, exijo que seja executado por saquear túmulos" (linhas 1-2,5-6,17-22). O texto não parece ser um decreto imperial, mas sim, uma resposta oficial a um governador local que havia relatado ao imperador um caso específico de saque em túmulos. Ou esse tipo de crime havia acontecido em escala tão grande que era considerado digno da atenção do imperador, ou o acontecimento do qual o imperador foi informado foi extremamente incomum. A ameaça de aplicação da pena de morte, sem precedentes para esse crime no século I, mostra a gravidade da resposta do imperador. Memo que a inscrição de Nazaré não tenha nenhuma relação com a morte e dita ressurreição de Jesus, torna muito menos provável a hipótese de que os discípulos removeram o corpo. O que os levaria a correr o risco de serem executados por saquearem um túmulo, num momento em que se encontravam profundamente desalentados com a morte de Jesus? E se os discípulos haviam roubado o corpo, por que as autoridades romanas não os julgaram e aplicaram a pena de morte?
O TÚMULO VAZIO DE JESUS Sabemos pelo Novo Testamento que tanto o lugar onde Tesus foi crucificado quanto o lugar onde foi sepultado ficavam foram dos muros de Jerusalém, pois a lei judaica não permitia sepultamentos dentro da cidade. Os dois lugares propostos com mais freqüência para o túmulo vazio de lesus ficam ao norte da Terusalém do século I. O local chamado de "túmulo do jardim" só foi identificado no final do século XIX pelo general Charles Gordon. Usando como indicação a designação "lugar da caveira" e observando que duas cavernas num morro próximo pareciam as órbitas dos olhos de uma caveira, ele propôs 'um novo lugar para a crucificação que ficou conhecido como "Calvário de Gordon" O túmulo do iardim fica perto do Calvário de Gordon e fora do muro da Jerusalém moderna. A popularidade desse local se deve, em grande parte, à sua simplicidade serena. Porém, esse não pode ser o local do sepultamento de Jesus, pois não é um túmulo do século I. Na verdade, é bem mais antigo; pode ser datado do século VIII ou VIl a.C. Desde 326 d.C., o local do túmulo de lesus é marcado pela Igreja do Santo Sepulcro. Não há praticamente nenhum vestígio do túmulo original, pois este foi destruído em 1009 .C. pelo califa Hakim, considerado um louco. Porém, uma descrição feita por um peregrino francês chamado Arculf por volta de 680 .C., dando conta de que havia uma bancada que ia de uma extremidade à outra sem divisões, sobre a qual havia espaço suficiente para estender uma pessoa de costas, condiz com a forma dos túmulos mais sofisticados do século I. Um aspecto controverso é a posicão desse local, a saber, se ficava, de fato, fora do segundo muro no norte de Jerusalém. Nenhum vestígio desse segundo muro foi descoberto nessa parte da cidade, mas uma pedreira encontrada 40 m ao sul da Igreja do Santo Sepulcro e várias sepulturas nos arredores da igreja parecem indicar que esse lugar ficava ao norte do segundo muro de Terusalém e, portanto, fora da cidade. É possível, então, que o local seja autêntico.
A última semana da vida de Jesus
Os números referem-se, em ordem cronológica, aos acontecimentos da última semana da vida de jesus.
1) Jesus deixa Betânia e vai para Betfagé.
2) Montado num jumentinho, é aclamado pelas multidões.
3) Entra em Jerusalém em triunfo.
4) Purifica o templo.
5) No monte das Oliveiras, fala sobre a destruição vindoura de Jerusalém e sobre o fim dos tempos
6) Celebra a última ceia com seus discípulos.
7) Volta com seus discípulos para o monte das Oliveiras
Hebreus 13:12 A última semana da vida de JesusO assim chamado calvário de Gordon, em Jerusalém.Interior da Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém.Bloco de pedra com 82 × 68 × 20 cm. Faz referência a Pôncio Pilatos, Prefeito da Judéia. Proveniente de um teatro em Cesaréia.Interior do túmulo do jardim, em Jerusalém.
A OCUPAÇÃO DA TRANSJORDÂNIA PELOS ISRAELITAS
A Transjordânia era relativamente pouco povoada no ponto onde Israel entrou na terra; contudo, parece ter sido ocupada por edomitas, moabitas, amonitas, amorreus e outras tribos. A Bíblia apresenta os três primeiros desses grupos como parentes distantes de Israel (Gn 19:37-38; 36.1,9; Dt2.2-23). Ao que parece, num primeiro momento não houve confronto entre esses grupos e os israelitas. No entanto, os temíveis reinos amorreus de Siom e Ogue representaram um desafio diferente. A área dominada por Siom se estendia a leste do Jordão, desde o rio Jaboque, no norte, até Hesbom, a capital, no sul, abarcando uma região com muitas cidades grandes e pequenas. Mas, na época do Exodo, Siom havia ampliado seu domínio ainda mais para o sul, até o rio Arnom (Iz 11:18-20), e avancando assim em território moabita. De acordo com a narrativa bíblica, o itinerário dos israelitas os levou até o deserto de Quedemote e o lugar conhecido como Matana (Nm 21:18-19). Ao entrarem no território de Siom. foi entregue ao monarca amorreu uma mensagem pedindo para passarem com segurança (Nm 21:21-22; Dt 2:26-29). Além de rejeitar firmemente o pedido, Siom reuniu suas tropas e as conduziu até Jaaz. Seguiu-se uma batalha em que suas forças foram totalmente destruídas e o próprio Siom foi morto (Nm 21:23-26; Dt 2:32-36). Como consequência, Israel assumiu o controle do território entre o rio Arnom e a região de Hesbom. Após essa vitória, um contingente de tropas israelitas foi enviado ao norte para combater os amorreus que viviam em Jazer (Nm 21:32); as tropas conquistaram a cidade e avançaram mais para o norte, na direção de Basã. Essas manobras devem ter preocupado Ogue, rei de Basã, que enviou seu exército até Edrei, uma cidade-fortaleza da fronteira sul de seu reino (Nm 21:33-35; Dt 3:1-11; cp. Is 12:4). Mas de novo o exército israelita prevaleceu, destruindo Ogue e capturando seu território de 60 cidades e muitas aldeias sem muros. Assim, a maior parte do restante da Transjordânia - de Hesbom até o monte Hermom, no norte - foi subjugada pelas forças israelitas, que agora voltaram para acampar na planície de Moabe, em frente de Jericó. As vitórias sobre Siom e Ogue foram de grande importância. Do ponto de vista geográfico, o território transjordaniano conquistado entre o Arnom e o monte Hermom seria entregue às tribos israelitas de Rúben, Gade e Manassés do Leste (Is 13:8-33). Teologicamente, mais tarde as duas vitórias seriam descritas como um lembrete da identidade de aliança de Israel e da fidelidade de Deus em guardar a aliança (Dt 29:7-9; Ne 9:22: SI 135.11: 136.19,20). E, em termos estratégicos, o efeito dessas vitórias foi plantar medo no coração de alguns dos povos que restavam nas proximidades, mesmo antes de qualquer outro combate (Is 2:10-9.10). Sem dúvida, essa perturbadora sequência de acontecimentos levou Balaque, rei de Moabe, a solicitar o serviço de Balaão, um vidente originário da longínqua Alta Mesopotâmia (Nm 22:1-6; cf. Dt 23:4). O rei queria obter dele um oráculo poderoso que diminuísse significativamente a ameaça israelita. Quando por fim Balaão consentiu, foi levado a vários cumes nas proximidades do monte Nebo (Nm 22:41-23.14.28). De um ponto assim elevado, que dava vista para as planícies de Moabe e os israelitas embaixo, Balaão tentou repetidas vezes pronunciar sua maldição, porém não conseguiu. Ao invés disso, pronunciou uma bênção sobre Israel (Nm 22:24) A OCUPAÇÃO DA TRANSJORDÂNIA PELOS ISRAELITAS
A QUEDA DE JERUSALÉM
66-73 d.C.
JESUS PREDIZ A QUEDA DE JERUSALÉM Depois da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, seus discípulos comentaram como o templo era adornado com belas pedras e dádivas dedicadas a Deus. A resposta de Jesus deve tê-los surpreendido: "Vedes estas coisas? Dias virão erar que não ficará pedra sobre pedra que não seja derribada" (Lc 21:6). Mais adiante, Jesus descreveu os sinais que antecederiam sua vinda em poder e grande glória, mas, entretecido com esse discurso, pode. se observar advertências claras a cerca da destruição iminente de Jerusalém: "Quando porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos sabei que está próxima a sua devastação. Então os que estiverem na Judeia, fujam para 0: montes; os que se encontrarem dentro da cidade retirem-se: e os que estiverem nos campos não entrem nela" (Lc 26:20-21).
MOTIVOS DA REVOLTA Em 6 d.C., Augusto destituiu Herodes Arquelau, o sucessor de Herodes na Judéia. A região deixou de ser um reino vassalo e foi transformada numa província do Império Romano sob um governador imperial que desempenhava as funções de comandante militar e juiz. Esta situação persistiu até 66 d.C., com exceção de um breve intervalo (41-44 d.C) no qual o poder ficou nas mãos do rei vassalo Agripa I. Os impostos cobrados por Roma e o controle exercido pela fortaleza Antônia sobre o templo de Jerusalém fomentaram a resistência dos judeus ao governo romano. Até mesmo as vestes do sumo sacerdote eram guardadas pelos romanos na fortaleza Antônia e, no caso de crimes passíveis da pena de morte, os judeus tinham de entregar os condenados as romanos. Em conflitos secundários envolvendo judeus e não-judeus, os romanos normalmente tomavam partido dos não-Judeus. Por fim. os sacerdotes do templo construíram um muro alto para impedir os soldados da fortaleza de Antônia de ver o que se passava no templo As tenses crescentes chegaram ao auge em maio de 66 d.C., quando o governador romano Géssio Flor confiscou dezessete talentos (quase 600 kg) do tesouro do templo. O povo se revoltou e fechou as passages que ligavam a fortaleza ao templo. Floro se retirou e, em setembro de 66 d.C., quando a multidão tomou a fortaleza, os soldados romanos que ainda estavam em Jerusalém se renderam.
A REBELIÃO SE PROPAGA Pouco depois, os rebeldes atacaram a fortaleza de Massada, perto do mar Morto. A violência entre judeus e não-judeus se espalhou por toda a Palestina. De acordo com o historiador Flávio Josefo (37-100 d.C.), a Palestina se viu num estado caótico e todas as cidades foram divididas em dois setores, sendo que a sobrevivência de um dependia da destruição do outro. Kebelloes chegaram a eclodir até em Alexandria, no Egito. Josefo havia sido nomeado governador da Galiléia, mas não teve coragem de lutar contra Roma. No verão de 67 d.C., quando se viu cercado em Jotapata, na Galiléia, Josefo se rendeu ao general romano Tito Flávio Vespasiano, o futuro imperador Vespasiano e, ao que parece, profetizou a ascensão do general ao trono." Daí em diante, Josefo adotou uma posição pró-romana, como se pode ver claramente em seu relato, Guerra Judaica. Vespasiano continuo a reprimir a resistência dos judeus na Galiléia, encontrando oposição particularmente intensa em Gamala, a leste do lago da Galiléia, no outono de 67 d.C. Na primavera de 68 d.C., Vespasiano cortou as comunicações de Jerusalém com o mundo externo, ocupando a Samaria, a Peréia, a Iduméia e a costa do Mediterrâneo. No verao, apenas umas poucas fortalezas isoladas como Herodium e Massada ainda permaneciam nas mãos dos rebeles. Mas enquanto preparava o ataque final a Terusalém, Vespasiano recebeu a noticia do suicídio do imperador Nero em sua vila fora de Roma em 9 de junho de 68 d.C. Mais que depressa, os judeus se aproveitaram da situação e Simão bar Giora tomou Hebrom, enquanto outro líder rebelde, João de Giscala se proclamou senhor de Jerusalém. Lembrando-se das palavras de Jesus, os cristãos fugiram para Pela, na Peréia. Na primavera de 69 d.C., Simão entrou em Jerusalém. Uma vez que outros líderes rebeldes se recusaram a reconhecê-lo, a cidade ficou dividida sob o controle de vários governantes. Simão ocupou a Cidade Alta, enquanto seu filho, Eleazar, ficou com o templo. O restante da cidade, incluindo a fortaleza Antônia, permaneceu nas mãos de João de Giscala. As reservas de cereais de jerusalém foram destruídas durante os conflitos entre esses líderes.
O CERCO A JERUSALÉM Em junho de 69 d.C., Vespasiano voltou ocupar Hebrom, mas não ficou muito tempo ali, pois logo foi proclamado imperador. Transferiu o comando ao seu filho. Tito, que iniciou o cerco a Jerusalém na primavera de 70 d.C. A região num raio de 15 km ao redor da cidade foi completamente desmatada." Em Jerusalém, conflitos internos se intensificaram quando loão de Giscala obteve o controle do templo remove Eleazar. Porém, quando os romanos atacaram o terceiro muro, a proteção externa da cidade, João e Simão colocaram suas diferenças de lado. Em maio, o terceiro e o segundo muro não resistiram. Duas legiões foram encarregadas de atacar a Cidade Alta e outras duas, de atacar a fortaleza Antônia. Josefo, então um dos assessores de Tito, instou o povo da cidade a se entregar, mas ninguém lhe deu ouvidos. Em três dias, os romanos levantaram uma barreira de 7 km ao redor de Jerusalém, impedindo a entrada de provisões. Muitos dos habitantes da cidade morreram de fome e os corpos em putrefação começaram a se amontoar pelas ruas. Em junho, a fortaleza Antônia foi tomada e iniciou-se o cerco ao templo. A escassez de alimentos se tornou tão severa que foram relatados casos de canibalismo.
O TEMPLO É DESTRUÍDO Em 27 de agosto de 70 d.C., os soldados romanos queimaram a porta do templo e o invadiram. Os generais romanos discutiram se deviam incendiar o templo ou não. Em 29 de agosto, um soldado romano lançou um pedaço de madeira em chamas pela porta interna e incendiou o santuário. As súplicas de Tito para que se apagasse o fogo foram ignoradas. Considerando inútil poupar as outras partes do templo, os romanos incendiaram o restante da construção. As grandes pedras do templo de Herodes foram separadas umas das outras para permitir acesso ao ouro derretido e seguiu-se um terrível massacre. Grupos de rebeldes resistiram em outras regiões de Jerusalém até setembro. A cidade foi arrasada, mas uma parte do muro e três torres do palácio de erodes foram preservadas. Tito voltou à Itália com seus espólios, incluindo a mesa dos pães da proposição, o menorá (o candelabro de sete hastes) e as trombetas de prata, objetos retratados no Arco de Tito, construído em Roma depois de seu falecimento.
O CERCO A MASSADA As fortalezas de Herodium e Maqueronte resistiram. Mas foi a bravura de Eleazar, filho de Jairo, e seus 960 seguidores na fortaleza de Massada, no deserto próximo do mar Morto, que entrou para a história. Reservatórios com capacidade para quatro milhões de litros de água vinda de enxurradas garantiram o suprimento de água. Além disso, os rebeldes tinham os depósitos cheios de cereais e tâmaras, o que lhes permitiu resistir durante três anos. Nesse meio tempo, os romanos construíram pouco a pouco uma rampa junto ao despenhadeiro. Torres de assalto com cobertura foram empurradas morro acima. Com balistas, os romanos lançaram pedras enormes sobre as fortificações. Atacaram o muro externo com aríetes, derrubando uma parte dele em abril de 73 .C. No entanto, por trás desse muro os rebeldes haviam construído outra barreira com grandes vigas de madeira e o uso repetido dos aríetes só serviu para fortalecê-la. Por fim, os romanos conseguiram atear fogo à barreira. Ao se darem conta que o inimigo triunfaria, os rebeldes escolheram dez executores que mataram todo o grupo e queimaram os cadáveres. Então, em 21 de abril, depois de lançar sortes, um desses dez executores, matou seus companheiros e se suicidou. Uma mulher idosa e cinco crianças que se esconderam num aqueduto subterrâneo sobreviveram.
O JUDAÍSMO DEPOIS DA DESTRUIÇÃO DE JERUSALÉM Os sacrifícios e ofertas cessaram com a destruição do templo, conforme predito pelo escritor de Hebreus. O Sinédrio e o sumo sacerdócio foram abolidos e até o templo cismático de Leontópolis no Egito foi fechado para não se tornar um ponto de convergência para a resistência judaica. De todas as seitas judaicas, somente a dos fariseus sobreviveu. O culto, que não podia mais ser centralizado no templo, teve continuidade em âmbito local, nas sinagogas de uma diáspora que se tornou cada vez mais ampla.
Hebreus 8:13 Fortaleza de Massada no alto do monte, próximo ao mar Morto, palco da última resistência judaica a Roma. Os romanos tomaram a fortaleza em abril de 73 d.C. A rampa construída pelos romanos durante o cerco ainda pode ser vista à direita.Cena do Arco de Tito (79-81 d.C.), em Roma. Soldados romanos carregam o candelabro de ouro do Templo de Jerusalém
ROMA
56 d.C.
PAULO E PEDRO EM ROMA Em 57 d.C., durante sua estadia em Corinto, Paulo escreveu aos cristãos de Roma. Passaram-se mais três anos até que ele pudesse visitá-los. O apóstolo permaneceu dois anos em Roma (60-62 d.C.) sob prisão domiciliar' e é provável que tenha ficado preso novamente durante o governo do imperador Nero (66-67 d.C.), quando escreveu II Timóteo, sua última carta. De acordo com a tradição, Paulo foi decapitado em Roma, junto à Via Ostia. A Igreja das Três Fontes, próxima ao terceiro marco miliário, indica o local de sua execução, e a Basílica de São Paulo fora dos Muros, cerca de 1,5 km mais próxima da cidade, marca o local de seu sepultamento. A tradição também afirma que Pedro teve um fim semelhante, mas foi crucificado.° A Basílica de São Pedro, igreja mundialmente famosa no monte do Vaticano, marca o lugar tradicional de seu sepultamento.
ROMA NO TEMPO DE PAULO Roma se desenvolveu nas imediações do primeiro ponto de travessia do rio Tibre, a cerca de 20 km do mar. Sete colinas - Capitolina, Palatina, Quirinal, Viminal, Esquilina, Celia e Aventina- foram circundadas pelo "muro de Sérvio", datado do século IV a.C., encerrando uma área de 426 hectares. Apesar de um incêndio ter destruído metade do centro de Roma em 64 d.C., vários monumentos existentes no tempo de Paulo sobreviveram, ainda que nem sempre em sua forma original. O foro de Roma, antigo mercado da cidade, com cerca de 175 m de comprimento por 60 m de largura, ficava num vale entre cinco das sete colinas. A medida que a cidade foi crescendo, as lojas foram transferidas para outros lugares e o foro adquiriu um papel cerimonial. Foi ornamentado com estátuas e colunas comemorativas de vitórias e cercado de pórticos e colunatas. O primeiro foro foi expandido com o acréscimo dos foros de César e Augusto. Ruínas de vários templos ainda podem ser vistas. O mausoléu de Augusto, um cilindro de pedra gigantesco com 88 m de diâmetro e 44 m de altura, com árvores ao redor e uma estátua de bronze de Augusto no alto, se encontra parcialmente preservado junto ao rio Tibre, no norte da cidade. Augusto se gabou de ter encontrado Roma construída com tijolos e tê-la deixado construída com mármore. O teatro de Marcelo, datado de 23-13 a.C. tinha capacidade para cerca de onze mil espectadores. Dois de seus três andares ainda se encontram parcialmente preservados. O Circus Maximus ocupava o espaço entre as colinas Palatina e Aventina. Construído por Júlio César em 46 a.C., recebeu ampliações posteriores e chegou a ter mais de 600 m de comprimento, mais de 200 m de largura e capacidade para duzentas e cinquenta e cinco mil pessoas. No final da pista de corrida ficava a spin ao redor da qual quatro quadrigas percorriam sete voltas (8,4 km). No século IV, o centro da spina recebeu o obelisco de granito vermelho de Ramsés II (1279-1213 a.C.), um monumento com 32 m de altura, hoje na Piazza del Popolo. Algumas pontes romanas construídas sobre o rio Tibre, como Sublicius, Fabricius e Mulvius, ainda estão em uso hoje em dia. Catorze aquedutos traziam para a cidade diariamente cerca de um bilhão de litros de água. O grande Aqua Claudia, iniciado em 38 d. C., trazia para Roma água de Subiaco, a 72 km da cidade. Alguns dos arcos que ainda restam dessa construção têm mais de 30 m de altura. Um enorme alojamento de tijolos foi construído para a guarda pretoriana na parte nordeste da cidade. De acordo com registros do início do século IV, Roma possuía 1.797 casas particulares e 46.602 conjuntos habitacionais ou insulae. Partes de vários deles ainda podem ser vistos hoe em dia. Os prédios desses conjuntos eram construídos com cinco ou mais andares, até que Augusto limitou sua altura em 20 m e Nero baixou essa altura máxima para 18 m.° Construídos em concreto revestido com tijolos, muitos dos prédios tinham sacadas em todo o seu redor. Várias janelas grandes se abriam para a rua e para um átrio ou abertura central que permitia a entrada de luz. Uma vez que o vidro era um material raro, é provável que as janelas fossem fechadas com venezianas de madeira. Os moradores dos andares superiores não tinham água e os banhos e latrinas eram comunitários. Em geral, o nível térreo era ocupado por lojas e, como não é de surpreender, os incêndios não eram uma ocorrência rara. Vários túmulos fora da cidade foram preservados. Talvez o mais notável seja a pirâmide de Gaio Céstio, datado de 12 a.C., uma estrutura de concreto revestida de mármore branco.
ROMA DEPOIS DE PAULO Muitas das construções mais importantes de Roma, como os balneários de Caracala, Diocleciano e Constantino, o mausoléu de Adriano (Castelo de Santo Ângelo), as colunas de Trajano e Marco Aurélio e os arcos de Tito, Septímio Severo e Constantino, são posteriores à visita de Paulo à cidade. Três dessas construções são dignas de comentários mais detalhados. O Coliseu, um enorme anfiteatro elíptico medindo 189 m por 156 m no vale entre as colinas Esquilina e Celia, foi construído entre 70 e 80 d.C. e podia abrigar mais de cinquenta mil pessoas. O anfiteatro possuía 76 entradas e foi inaugurado com cem dias de jogos, nos quais, em apenas um dia, foram usados cinco mil animais para entreter os espectadores. Também era palco de competições de gladiadores e simulações de batalhas navais. O fato de muitos cristãos term sido martirizados nesse local garantiu sua preservação pela igreja católica. O Panteão, datado de 120-124 d.C., era um templo circular dedicado a todos os deuses, construído em concreto revestido de tijolos, com 43 m de altura e diâmetro. O ambiente é iluminado pela luz natural que entra por uma abertura circular com 8 m de diâmetro no meio da cúpula. Durante o império, Roma se expandiu muito além dos muros de 10 km de extensão construídos no século IV a.C. Mas foi só em 271 .C., depois de uma incursão de tribos germânicas no vale do Pó, que o imperador Aureliano ordenou a construção de muros novos. Com 3,5 m de espessura e construídos em concreto revestido com tijolos, esses muros levaram dez anos para serem concluídos. Com uma extensão total de 19 km, possuíam dezoito portas principais e uma torre quadrada a cada 30 m. Esses muros cercavam uma área de 1.372 hectares.
A CAPITAL DO IMPÉRIO Roma era a capital de um império que, no século II d.C., se estendia da muralha de Adriano, no norte da Inglaterra, até o rio Eufrates, no leste da Turquia, e do rio Danúbio ao deserto do Saara. Calcula-se que o império possuía 50 a 60 milhões de habitantes, talvez um quinto ou um sexto da população do mundo na época. Em seu auge, a população de Roma pode ter chegado a um milhão, dos quais quatrocentos mil eram escravos. Em 20 a.C., Augusto colocou um marco de miliário dourado no foro romano. Na realidade, o marco era uma coluna de pedra decorada com placas de bronze banhado a ouro com inscrições registrando a distância entre Roma e as principais cidades do império. Roma era o centro de um sistema viário cont mais de 85.000 km de estradas. Produtos de todas as partes do império e de outros lugares podiam ser encontrados em Roma. Silos gigantescos foram construídos a região sul da cidade, junto ao rio Tibre, para armazenar cereais do Egito. Calcula-se que Roma consumia, por ano, cerca de 150.000 toneladas de cereais, 75 milhões de litros de vinho e 20 milhões de litros de azeite que era usado para fins alimentares e para iluminação. Perto do Tibre, uma oitava colina (Monte Testaccio) com 30 m de altura e 800 m de diâmetro foi criada com ânforas (recipientes de azeite) quebradas. Calcula-se que a colina é formada por 53 milhões de ânforas despedaças, com capacidade total para 2 bilhões de litros de azeite.
ALÉM DE ROMA: A NOVA JERUSALÉM O apóstolo João foi exilado na ilha grega de Patmos, provavelmente durante o governo do imperador romano Domiciano (81-96 d.C.). No livro de Apocalipse, João fornece uma descrição detalhada de produtos comercializados em Roma: "Mercadoria de ouro, de prata, de pedras preciosas, de pérolas, de linho finíssimo, de púrpura, de seda, de escarlata; e toda espécie de madeira odorífera, todo gênero de objeto de marfim, toda qualidade de móvel de madeira preciosíssima, de bronze, de ferro e de mármore; e canela de cheiro, especiarias, incenso, unguento, bálsamo, vinho, azeite, flor de farinha, trigo, gado e ovelhas; e de cavalos, de carros, de escravos e até almas humanas" (Ap 18:12-13). A cidade em sua descrição é chamada de "Babilônia", da qual o juízo vem em uma só hora. Não se sabe ao certo se João estava se referindo especificamente a Roma, porém uma referência às sete colinas (ou "montes") em Apocalipse 17:9 dá espaço para esta suposição. Pode ser mais provável que, em última análise, o apóstolo esteja antevendo a queda de todo o sistema mundial. Não há dúvida que João olha além de Roma e vislumbra a substituta da Babilônia, a Nova Jerusalém. "Nela, não vi santuário, porque o seu santuário é o Senhor, o Deus Todo-Poderoso, e o Cordeiro. A cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro é a sua lâmpada" (Ap 21:22-23).
Apocalipse 18:10 Planta urbana de Roma Capital do império, Roma tinha cerca de um milhão de habitantes.O fórum romano; ao fundo, o Coliseu.
Apêndices
Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.
Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus
Últimos dias do ministério de Jesus em Jerusalém (Parte 2)
Região governada por Herodes Arquelau, depois pelo governador romano Pôncio Pilatos
Região governada por Herodes Antipas
Região governada por Filipe
Cidades de Decápolis
Livros
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Referências em Livro Espírita
Emmanuel
jo 18:1
Antologia Mediúnica do Natal
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 72 Francisco Cândido Xavier Emmanuel
Reunião pública de 29 de Fevereiro de 1960
de “O Livro dos Médiuns”
Se entre as vidas magnificentes da Terra uma existe, na qual a mediunidade comparece com todas as características, essa foi a vida gloriosa do Cristo.
Surge o Evangelho do contato entre dois mundos.
Zacarias, o sacerdote, faz-se clarividente de um instante para outro e vê um mensageiro espiritual que se identifica pelo nome de Gabriel, anunciando-lhe o nascimento de João Batista. (Lc 1:8)
O mesmo Gabriel, na condição de embaixador celestial, visita Maria de Nazaré e saúda-lhe o coração lirial, notificando-lhe a maternidade sublime. (Lc 1:26)
Nasce, então, Jesus sob luzes e vozes dos Espíritos Superiores.
Usando o magnetismo divino que lhe é próprio, o Excelso Benfeitor transforma a água em vinho, nas bodas de Caná. (Jo 2:1)
Intervém nos fenômenos obsessivos de variada espécie, nos quais as entidades inferiores provocam desajustes diversos, seja na alienação mental do obsidiado de Gadara (Mc 5:1) ou na exaltação febril da sogra de Pedro. (Mc 1:29)
Levanta corpos cadaverizados e regenera as forças vitais dos enfermos de todas as procedências.
Apazigua elementos desordenados da Natureza e multiplica alimentos para as necessidades do povo.
Sonda os ideais mais íntimos da filha de Magdala, quanto lê na samaritana os pensamentos ocultos.
Conversa, ele mesmo, com desencarnados ilustres, no cimo do Tabor, (Lc 9:28) ante os discípulos espantados.
Avisa a Pedro que Espíritos infelizes procurarão induzi-lo à queda moral, (Lc 22:31) e faz sentir a Judas que não desconhece a trama de sombras de que o apóstolo desditoso está sendo vítima.
Ora no horto, antes da crucificação, assinalando a presença de enviados divinos. (Jo 18:1)
E, depois da morte, volta a confabular com os amigos, fornecendo-lhes instruções quanto ao destino da Boa-Nova. (Jo 20:19)
Reaparece, plenamente materializado, diante dos aprendizes, no caminho de Emaús, (Lc 24:13) e, mais tarde, em Espírito, procura Saulo de Tarso, nas vizinhanças de Damasco, para confiar-lhe elevada missão entre os homens. (At 9:1)
E porque o jovem perseguidor do Evangelho nascente se mostre traumatizado, ante o encontro imprevisto, busca ele próprio a cooperação de Ananias para socorrer o novo companheiro dominado de assombro.
É inútil, assim, que cristãos distintos, nesse ou naquele setor da fé, se reúnam para confundir respeitosamente a mediunidade em nome da metapsíquica ou da parapsicologia — que mais se assemelham a requintados processos de dúvida e negação —, porque ninguém consegue empanar os fatos mediúnicos da vida de Jesus, que, diante de todas as religiões da Terra, permanece por Sol indiscutível, a brilhar para sempre.
Essa é a 72ª lição do livro “Antologia Mediúnica do Natal”, editado pela FEB em 1966.
jo 18:1
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo João
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0 Francisco Cândido Xavier Emmanuel
Ao chegarmos ao quarto volume da coleção, é preciso reconhecer que grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso, queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.
Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação Espírita Brasileira, particularmente à diretoria da instituição pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa, e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.
Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.
Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor e à Ana Clara, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.
A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa através da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.
A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.
A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão Maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o Seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.
A Deus, inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.
jo 18:1
Seara dos Médiuns
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 17 Francisco Cândido Xavier Emmanuel
Reunião pública de 29 de Fevereiro de 1960
de “O Livro dos Médiuns”
Se entre as vidas magnificentes da Terra uma existe, na qual a mediunidade comparece com todas as características, essa foi a vida gloriosa do Cristo.
Surge o Evangelho do contato entre dois mundos.
Zacarias, o sacerdote, faz-se clarividente de um instante para outro e vê um mensageiro espiritual que se identifica pelo nome de Gabriel, anunciando-lhe o nascimento de João Batista. (Lc 1:8)
O mesmo Gabriel, na condição de embaixador celestial, visita Maria de Nazaré e saúda-lhe o coração lirial, notificando-lhe a maternidade sublime. (Lc 1:26)
Nasce, então, Jesus sob luzes e vozes dos Espíritos Superiores.
Usando o magnetismo divino que lhe é próprio, o Excelso Benfeitor transforma a água em vinho, nas bodas de Caná. (Jo 2:1)
Intervém nos fenômenos obsessivos de variada espécie, nos quais as entidades inferiores provocam desajustes diversos, seja na alienação mental do obsidiado de Gadara (Mc 5:1) ou na exaltação febril da sogra de Pedro. (Mc 1:29)
Levanta corpos cadaverizados e regenera as forças vitais dos enfermos de todas as procedências.
Apazigua elementos desordenados da Natureza e multiplica alimentos para as necessidades do povo.
Sonda os ideais mais íntimos da filha de Magdala, quanto lê na samaritana os pensamentos ocultos.
Conversa, ele mesmo, com desencarnados ilustres, no cimo do Tabor, (Lc 9:28) ante os discípulos espantados.
Avisa a Pedro que Espíritos infelizes procurarão induzi-lo à queda moral, (Lc 22:31) e faz sentir a Judas que não desconhece a trama de sombras de que o apóstolo desditoso está sendo vítima.
Ora no horto, antes da crucificação, assinalando a presença de enviados divinos. (Jo 18:1)
E, depois da morte, volta a confabular com os amigos, fornecendo-lhes instruções quanto ao destino da Boa-Nova. (Jo 20:19)
Reaparece, plenamente materializado, diante dos aprendizes, no caminho de Emaús, (Lc 24:13) e, mais tarde, em Espírito, procura Saulo de Tarso, nas vizinhanças de Damasco, para confiar-lhe elevada missão entre os homens. (At 9:1)
E porque o jovem perseguidor do Evangelho nascente se mostre traumatizado, ante o encontro imprevisto, busca ele próprio a cooperação de Ananias para socorrer o novo companheiro dominado de assombro.
É inútil, assim, que cristãos distintos, nesse ou naquele setor da fé, se reúnam para confundir respeitosamente a mediunidade em nome da metapsíquica ou da parapsicologia — que mais se assemelham a requintados processos de dúvida e negação —, porque ninguém consegue empanar os fatos mediúnicos da vida de Jesus, que, diante de todas as religiões da Terra, permanece por Sol indiscutível, a brilhar para sempre.
Essa é a 72ª lição do livro “Antologia Mediúnica do Natal”, editado pela FEB em 1966.
jo 18:10
Há dois mil anos...
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 5 Francisco Cândido Xavier Emmanuel
No dia imediato à cena que acabamos de descrever, vamos encontrar, juntas, as duas grandes amigas que, longe de serem a senhora e a serva, eram duas almas unidas pelos mesmos ideais, ligadas pelos elos mais santos do coração.
Ana acabava de chegar a casa, depois de cumprir algumas obrigações no Forum Olitorium , quando, encontrando Lívia mais a sós, lhe disse confidencialmente:
— Senhora, hoje a noite uma nova voz se levantará no santuário das catacumbas, para as pregações da nossa fé. Amigos nossos me avisaram esta manhã, que, já há alguns dias, se encontra na cidade um emissário da igreja de Antioquia, chamado João de Cleofas, portador de significativas revelações para nós outros, os cristãos desta cidade…
Lívia deixou transparecer um clarão de íntimo contentamento nos olhos, exclamando:
— Ah! sim… havemos de ir hoje às catacumbas. Tenho necessidade de comungar com os nossos irmãos de crença, nas mesmas vibrações da nossa fé! Além disso, preciso agradecer ao Senhor a misericórdia das suas graças imensas!…
E elevando um pouco a voz, como se desejasse comunicar à amiga o santo júbilo de suas esperanças mais íntimas, exclamou com terno sorriso a lhe irradiar no semblante calmo:
— Ana, desde a morte de Calpúrnia, noto que Públio está mais sereno e mais esclarecido… Nestes últimos dias, tem-me dirigido a palavra com a ternura de outros tempos, havendo-me afirmado, ainda ontem, que seu coração me reserva doce surpresa para amanhã, depois da sua vitória suprema na vida pública. Sinto que é muito tarde para que seja novamente feliz neste mundo, mas, em suma, estou intimamente satisfeita, porque nunca desejei morrer em desarmonia com o companheiro que Deus me concedeu para as lutas e alegrias da vida. Acredito que nunca me perdoará o crime de infidelidade que julga haver eu praticado há vinte e cinco anos, mas choro de contentamento ao reconhecer que Públio me sente redimida, ante a severidade de seus olhos!…
E chorava, comovida, enquanto a velha criada lhe afiançava com ternura:
— Sim, minha senhora, talvez tenha ele reconhecido as suas abnegações santificantes no lar, nestes longos anos de sacrifícios abençoados.
— Agradeço a Jesus tamanha misericórdia — replicou Lívia, sensibilizada. Suponho mesmo que não estou longe de partir para o mundo das realidades celestes, onde todos os sofredores hão-de ser consolados…
E depois de ligeira pausa, continuou:
— Ainda ontem, quando orava junto à cruz singela, lá no quarto, ouvi uma voz que me anunciava o Reino de Jesus para muito breve.
Ouvindo-a, Ana lembrou-se subitamente de Simeão e das horas que antecederam os seus sacrifícios, mergulhando-se em dolorosas cismas. Suas recordações remontavam ao passado longínquo, quando a voz de Lívia novamente a despertou nestes termos:
— Ana — dizia com as heroicas decisões da sua fé —, não sei como serei chamada pelo Messias, mas, na hipótese da minha breve partida, peço-te continuares nesta casa, no teu apostolado de trabalho e sacrifícios, porque Jesus há-de abençoar-te os labores santificantes.
A antiga serva dos Lêntulus queria dar novo rumo à conversação pungente e exclamou com a serenidade criteriosa que lhe conhecemos:
— Senhora, sabe Deus qual de nós partirá primeiro. Esqueçamos, hoje, este assunto para pensar tão somente nas suas santificadas alegrias.
E, como para encerrar a angustiada impressão daquela palestra íntima, rematou perguntando, confidencialmente:
— Então, iremos hoje, de fato, às catacumbas?
— Sim. Fica combinado. À noitinha, partiremos para as nossas orações e carinhosas lembranças do Messias Nazareno. Tenho necessidade desse desafogo espiritual, após os longos meses que estive retida junto da minha nobre Calpúrnia; além disso, desejo pedir aos nossos irmãos que orem comigo por ela, testemunhando ao mesmo tempo, ao Senhor, meu sincero agradecimento pelas suas graças divinas…
Ao partirmos, peço-te me atives a memória, pois quero levar ao novo apóstolo uma espórtula destinada à igreja de Antioquia.
Se, amanhã, Públio vai receber o supremo galardão do homem do mundo, quero rogar a Jesus não lhe abandone o coração intrépido e generoso, para que as vaidades da Terra não o inibam de buscar, algum dia, o reino maravilhoso do Céu!
Assim entendidas, separaram-se na azáfama dos misteres domésticos. E enquanto o senador, durante todo o dia, tomava providências numerosas para que nada faltasse ao brilho pessoal do seu grande triunfo no dia imediato, Lívia passava as horas de alma voltada para o Cristo, em preces fervorosas.
À noitinha, consoante combinaram, lá se foram à secreta reunião das práticas primitivas do Cristianismo.
Todos os servos graduados do palácio viram-nas sair, sem preocupação nem surpresa. Em todo o longo período da moléstia de Calpúrnia, Lívia e Ana nunca mais haviam fixado a sua presença no interior do lar e não seria de estranhar que ambas houvessem deliberado buscar a residência dos Sevérus, naquela noite, de onde, possivelmente, não voltariam senão no dia seguinte, depois de confortarem o espírito abatido de Flávia, no desdobramento de seus fadigosos encargos domésticos.
Foi assim que as horas passaram, tranquilas e descuidadas; e quando o senador se aproximou dos aposentos da esposa, antegozando as profundas alegrias esperadas para o dia seguinte, presumiu, no pesado silêncio ali reinante, a significação do seu calmo repouso, nas asas leves e cariciosas do sono. Imaginando que Lívia descansava na paz soberana da noite, Públio Lêntulus recolheu-se ao seu gabinete particular, com o cérebro referto de radiosas esperanças, no propósito de se penitenciar de todos os seus erros do passado.
Lívia, porém, em companhia de Ana, aproveitara-se das primeiras sombras da noite para atingir as catacumbas.
Passava das dezenove horas, quando ambas se ocultavam entre as pedras abandonadas que davam acesso aos subterrâneos, onde se amontoava a velha poeira dos mortos.
Num vasto espaço abobadado, que servia outrora às assembleias das cooperativas funerárias, reunia-se grande número de pessoas em torno da figura simpática e generosa do culto pregador, que chegara da Síria distante. A um canto, erguia-se improvisada tribuna, para onde, daí a minutos subia João de Cleofas, dentro do halo de doçura que lhe aureolava a singular individualidade.
O apóstolo de Antioquia trazia à cabeça os primeiros cabelos brancos e toda a sua figura estava saturada de forte magnetismo pessoal, que ligava intimamente a sua personalidade a quantos se lhe aproximavam, levados pela doce afinidade da crença e dos sentimentos profundos.
Todos os presentes pareciam empolgados por sua palavra sedutora e impressionante, que se fez ouvir por quase duas horas sucessivas, caindo no coração do auditório como orvalho sublime da eloquência celeste. Conceitos elevados, proféticas observações, ressoavam pelas arcadas silenciosas e sombrias, fracamente iluminadas pela claridade de algumas tochas.
De fato, a assembleia tinha razão de se eletrizar com aquele doloroso e sublime profetismo, porque João de Cleofas pronunciava profunda alocução, mais ou menos nestes termos:
— Irmãos, seja convosco a paz do Cordeiro de Deus, Nosso Senhor Jesus-Cristo, na intimidade de vossa consciência e no santuário do vosso coração!…
O santo patriarca de Antioquia, nas suas preces e meditações de cada dia, recebeu numerosas revelações do Messias, ordenando a vinda de um mensageiro ao ambiente de vossos trabalhos na capital do mundo, a fim de anuncia-vos grandes coisas…
Pelas revelações do Espírito Santo, os cristãos desta cidade impiedosa foram escolhidos pelo Cordeiro para o grande sacrifício. E eu vos venho anunciar nossa breve entrada no Reino de Jesus, em nome dos seus apóstolos bem-amados!…
Sim, porque aqui onde todas as glórias divinas foram escarnecidas e humilhadas pela impenitência das criaturas, se hão de travar os primeiros grandes embates das forças do bem e do mal, preludiando o estabelecimento definitivo, no mundo, da divina e eterna mensagem do Evangelho do Senhor!
Na última reunião geral dos crentes de Antioquia, manifestaram-se as vozes do Céu, em línguas de fogo, como aconteceu nos dias gloriosos do cenáculo dos apóstolos, depois da divina ressurreição do nosso Salvador; e o vosso servo, aqui presente, foi escolhido para emissário dessas notícias confortadoras, porque as vozes celestes nos prometem o Reino do Senhor, em breves dias…
Amados, acredito que estamos em vésperas dos mais atrozes testemunhos da nossa fé, pelos sofrimentos remissores, mas a cruz do Calvário deverá iluminar a penosa noite dos nossos padecimentos…
Eu também tive a felicidade de ouvir a palavra do Senhor, nas horas derradeiras da sua dolorosa agonia, à face deste mundo. E que pedia ele, meus queridos, senão o perdão infinito do Pai para os algozes implacáveis que o atormentavam? Sim, não duvidemos das revelações do Céu… Verdugos inflexíveis rondam nossos passos e eu vos trago a mensagem do amor e da fortaleza em Nosso Senhor Jesus-Cristo!
Roma batizará sua nova fé com o sangue dos justos e dos inocentes; mas, também importa considerar que o Cordeiro imáculo de Deus Todo Poderoso se imolou no madeiro infamante, para resgatar os pecados e aviltamentos do mundo!…
Andaremos, talvez, nestas vias suntuosas, como em novas ruas de uma Jerusalém apodrecida, cheia de desolação e de amargura… Clamam as vozes celestes que, aqui, seremos desprezados, humilhados, vilipendiados e vencidos; mas, a vitória suprema do Senhor nos espera além das palmas espinhosas do martírio, nas claridades doces do seu Reino, inacessível ao sofrimento e à morte!…
Lavaremos com o nosso sangue e as nossas lágrimas a iniquidade destes mármores preciosos, mas, um dia, irmãos meus, toda esta Babilônia de inquietação e de pecado ruirá, fragorosamente, ao peso de suas misérias ignóbeis… Um furacão destruidor derrubará os falsos ídolos e confundirá as pretensiosas mentiras dos seus altares… Tormentas dolorosas do extermínio e do tempo farão chover sobre este Império poderoso as ruínas da pobreza e do mais triste esquecimento… os circos da impiedade hão-de desaparecer sob um punhado de cinzas, o Fórum e o Senado dos impenitentes hão-de ser confundidos pela suprema justiça divina, e os guerreiros orgulhosos desta cidade pecadora rastejarão um dia, como vermes, pelas margens do mesmo Tibre que lhes carreia a iniquidade!…
Então, novos Jeremias hão-de chorar sobre os mármores, à piedosa luz da noite… os suntuosos palácios destas colinas soberbas e donosas cairão em penoso torvelinho de assombros e, sobre os seus monumentos de orgulho, de egoísmo e vaidade, gemerão os ventos tristes das noites silenciosas e desertas…
Felizes todos aqueles que chorarem agora, por amor ao Divino Mestre; venturosos todos os que derramarem seu sangue pelas sublimes verdades do Cordeiro, porque no Céu existem as moradas divinas para os bem-aventurados de Jesus…
Falava a voz suave e terrível do emissário da igreja de Antioquia e suas palavras ressoavam no profundo silêncio das abóbadas ermas.
Cerca de duas centenas de pessoas ali se encontravam, ouvindo-o atentamente.
Quase todos os cristãos presentes choravam, embevecidos. No íntimo das almas pairava uma exaltação suave e mística, fazendo-lhes sentir as doces emoções de todos aqueles apóstolos anônimos, que tombaram nas arenas ignominiosas dos circos, para cimentar com sangue e lágrimas a edificação da nova fé.
Depois das profecias singulares e dolorosas, que encheram todos os olhares de clarões indefiníveis de alegria interior, na antevisão do glorioso Reino de Jesus, João foi consultado por numerosos confrades a respeito de vários assuntos de interesse geral para a marcha e desenvolvimento da nova doutrina, tal como acontecia nas primitivas assembleias do Cristianismo nascente, e a todos atendia com as mais francas expressões de bondade fraterna.
Interpelado, por um dos presentes, quanto ao motivo de sua alegria radiosa, quando as revelações do Espírito Santo anunciavam tão grandes provações e tantos padecimentos, o generoso emissário respondeu com sublimado otimismo:
— Sim, meus amigos, não podemos esperar senão o sagrado cumprimento das profecias anunciadas, mas devemos considerar com júbilo que se Jesus permite aos ímpios a realização de monumentos maravilhosos, como os desta cidade suntuosa e apodrecida, que não reservará ele, na sua infinita misericórdia, aos homens bons e justos, nas claridades do seu Reino?
Aquelas respostas consoladoras caíam na alma da numerosa assembleia, como bálsamo dulcificante.
Palavras de amor e saudações afetuosas eram trocadas entre todos, com as mais doces demonstrações de júbilo e fraternidade.
Lívia e Ana tinham um clarão de alegria íntima a lhes brilhar nos olhos calmos.
Ao fim da reunião, todos se levantaram para as preces singelas e espontâneas das primitivas lições do Cristianismo, em suas fontes puras.
A voz do emissário de Antioquia, ainda uma vez, se fez ouvir, brilhante e clara:
— Pai Nosso, que estais nos Céus, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso Reino de misericórdia, seja feita a vossa vontade, assim na Terra, como nos Céus… (Mt 6:9)
Todavia, nesse instante, a palavra meiga e comovedora foi abafada por sinistro tinir de armaduras.
— É aqui, Luculo!… — gritava a voz estentórica do centurião Clódio Várrus, que avançava, com os seus numerosos pretorianos, para a massa atônita dos cristãos indefesos, constituída, na sua maioria, de mulheres.
Alguns crentes mais inflamados começaram então a apagar as tochas, provocando as trevas para a confusão e o tumulto, mas João de Cleofas descera da tribuna com a sua figura radiosa e impressionante.
— Irmãos — gritou com voz estranha e vibrante no seu apelo, como que saturado de extraordinário magnetismo —, recomendou o Senhor que jamais colocássemos a luz sob o alqueire! Não apagueis a claridade que deve iluminar o nosso exemplo de coragem e de fé!…
A esse tempo, os dois centuriões presentes já haviam articulado as suas forças, em comum, organizando os cinquenta homens que tinham vindo, sob suas ordens, para a hipótese de uma resistência.
Viu-se, então, o apóstolo de Antioquia caminhar com desassombro, sob o pasmo silencioso dos presentes, dirigindo-se a Luculo Quintílius, estendendo-lhe os braços pacificamente e solicitando com empenho:
— Centurião, cumpre a tua tarefa sem receio, porque eu não vim a Roma senão para as glórias do sacrifício.
O preposto do Império não se comoveu com essas palavras e, depois de brandir ao rosto do missionário os copos de sua espada, em dois tempos amarrou-lhe os braços, impossibilitando-lhe os movimentos.
Dois jovens crentes, dando largas ao seu temperamento ardoroso e sincero, revoltados com a crueldade, desembainharam as armas, que reluziram à claridade pálida daquele interior de penumbra, avançando para os soldados num gesto supremo de defesa e resistência, mas João de Cleofas advertiu ainda uma vez, com a sua palavra magnética e profunda:
— Meus filhos, não repitais neste recinto a cena dolorosa da prisão do Messias. Lembrai-vos de Málcus (Jo 18:10) e guardai a vossa espada na bainha, porque os que ferem com o ferro, com o ferro serão feridos…
Houve, então, na assembleia, um movimento de quietude e de assombro. A coragem serena do apóstolo contagiara todos os corações.
Nos grandes momentos da vida, há sempre uma vibração espiritual que flui doutros mundos, para conforto dos míseros viajores da jornada terrestre.
Observou-se, desse modo, o inaudito e inesperado. Todos os presentes imitaram o apóstolo valoroso, entregando os braços inermes para o sacrifício.
No seu doloroso momento, Lívia enchera-se de uma coragem que nunca havia possuído. Diante da sua figura nobre e da sua indumentária de patrícia detiveram-se, longamente, os olhares significativos dos verdugos. Naquela assembleia, era ela a única mulher que ostentava as insígnias do patriciado romano.
Clódio Várrus cumpria sua tarefa algo respeitoso e, daí a minutos, a pesada caravana estava a caminho da prisão, dentro das sombras espessas da meia-noite.
O cárcere onde os cristãos iam passar tantas horas ao relento, em angustiosa promiscuidade, que, de algum modo, representava para eles suave consolo, ficava anexo ao grande circo, sobre cujas proporções gigantescas somos obrigados a deter nossas vistas, dando ao leitor uma fraca ideia da sua grandeza.
O Circo Máximo ficava situado justamente no vale que separa o Palatino do Aventino, erguendo-se, ali, como uma das mais belas maravilhas da cidade invicta. Edificado nos primórdios da organização romana, suas proporções grandiosas se haviam desenvolvido com a cidade e, ao tempo de Domício Nero, tal era a sua extensão, que ocupava 2190 pés de comprimento, por 960 de largura, terminando em semicírculo, com capacidade para trezentos mil espectadores comodamente instalados. De ambos os lados, corriam duas ordens de pórticos, superpostos, ornados de colunas preciosas e coroadas de terraços confortáveis. Naquele luxo de construções e demasia de ornamentos, viam-se tascas numerosas e inúmeros lugares de devassidão, a cuja sombra dormiam os miseráveis e repousava a maioria do povo, embriagado e amolecido nos prazeres mais hediondos. Seis torres quadradas, denotando as mais avançadas expressões de bom gosto da arquitetura da época, dominavam os terraços, servindo de camarotes luxuosos às personalidades mais distintas, nos espetáculos de grande gala. Largos bancos de pedra, dispostos em anfiteatro, corriam por três lados, localizando-se, em seguida, em linha reta, o espaço ocupado pelos cárceres, de onde saíam os cavalos e carros, bem como escravos e prisioneiros, feras e gladiadores, para os divertimentos preferidos da sociedade romana. Sobre os cárceres, erguia-se o suntuoso pavilhão do Imperador, de onde as mais altas autoridades e áulicos acompanhavam o César nos seus entretenimentos. A arena era dividida longitudinalmente por uma muralha de seis pés de altura, por doze de largura, erguendo-se sobre ela altares e estátuas preciosas, que ostentavam bronzes finos e dourados. Bem no centro dessa muralha, imprimindo um traço majestoso de grandeza ao ambiente, levantava-se, à altura de cento e vinte pés, o famoso obelisco de Augusto, dominando a arena colorida de vermelho e de verde, dando a impressão de relva deliciosa que se tingisse subitamente de flores de sangue.
Os míseros prisioneiros daquela caçada humana foram atirados a uma larga dependência dos Cárceres, nas primeiras horas da madrugada.
Os soldados os despojaram, um a um, dos objetos de valor, ou das pequenas importâncias em dinheiro que traziam consigo. As próprias senhoras não escaparam ao esbulho humilhante, sendo roubadas nas suas joias mais preciosas. Apenas Lívia pelo respeito que inspiravam suas vestes, foi poupada ao exame infamante.
Num gabinete privado, Clódio Várrus dava ciência ao seu superior, Cornélio Rúfos, do êxito da diligência que lhe fora cometida aquela noite.
— Sim — exclamava Cornélio satisfeito —, pelo que vejo, a festa de amanhã correrá a inteiro contento do Imperador. Essa primeira caçada de cristãos era essencial ao glorioso feito das grandes homenagens aos senadores.
Mas, escuta — continuava ele mais discretamente, referindo-se à Lívia —, quem é essa mulher que traz a toga das matronas da mais alta classe social?
— Ignoro — respondeu o centurião, assaz pensativo. — Aliás, muito me admirei de encontrá-la em tal ambiente, mas cumpri severamente as vossas ordens.
— Fizeste bem.
Todavia, como se estivesse adotando intimamente uma providência nova, Cornélio Rúfos sentenciou:
— Deixá-la-emos aqui até amanhã, até o momento do espetáculo, quando, então, poderá ser posta em liberdade.
— E porque não a libertamos desde já?
— Ela poderia, na sua condição de nobreza, provocar algum movimento de protesto contra a decisão de César e isso nos colocaria em péssima situação. E como essas miseráveis criaturas serão atiradas às feras, na qualidade de escravos e condenados à última pena, nos derradeiros divertimentos da tarde, não convém nos comprometermos perante a sua família. Retendo-a aqui, satisfazemos os caprichos de Nero e, soltando-a em seguida, não nos incompatibilizaremos com os que gozam dos favores da situação.
— É verdade; essa é a solução mais razoável. Contudo, por que motivo essas criaturas serão condenadas como escravos, quando deveriam morrer como cristãos, pois tão somente essa é a causa de sua justa condenação? A razão de sua morte não está na humilhante doutrina que professam?
— Sim, mas temos de ponderar que o Imperador não se sente ainda com bastante força para enfrentar a opinião dos senadores, dos edis e de várias outras autoridades, que, certamente, desejariam advogar a causa destes infelizes, em seu próprio desprestígio e no de seus mais íntimos conselheiros… Mas, não duvido de que essa perseguição aos adeptos da odiosa doutrina do Crucificado será oficializada em breves dias, tão logo os poderes imperiais estejam mais fortemente centralizados.
Esperemos, pois, mais algum tempo e, até lá, fortifiquemos o prestígio de Nero, porque o detentor do poder deve representar sempre o melhor dos amigos.
Enquanto isso ocorria, todos os cristãos se dividiam em grupos, no interior do cárcere, trocando as mais íntimas impressões sobre o angustioso transe.
Em dado momento, todavia, abriu-se uma porta, por onde surgiu a figura detestável de Clódio, exclamando, ironicamente:
— Cristãos, não há clemência de César para os que professam as perigosas doutrinas do Nazareno. Se tendes alguns negócios materiais a resolver, lembrai-vos de que é muito tarde, porquanto poucas horas vos separam das feras da arena, no circo.
Novamente, a pesada porta se fechou sobre a sua figura, enquanto os míseros condenados se surpreendiam amargamente com a notícia inquietante e dolorosa.
Através das grades reforçadas, podiam observar os movimentos dos numerosos soldados que os guardavam, dando guarida, nos primeiros instantes, às mais angustiosas conjeturas. Depressa, porém, voltara-lhes a calma e os prisioneiros se aquietaram, com humildade. Alguns faziam preces fervorosas, enquanto outros trocavam pensamentos em voz baixa.
Os carcereiros não tardaram a separar as mulheres, instalando-as em dependência contígua, onde cada grupo de crentes ficou de alma voltada para Jesus, nos instantes supremos em que aguardavam a morte.
De manhãzinha, mal o sol havia surgido de todo nas amplitudes do formoso firmamento romano, vamos encontrar Ana e Lívia em conversação quase serena, a sós, numa espécie de biombo dos muitos existentes na espaçosa sala reservada às mulheres, enquanto numerosas companheiras aparentavam descansar, estremunhadas.
— Senhora — exclamava a serva, algo preocupada —, noto que vos tratam aqui com simpatia e deferência. Porque não pleiteardes imediatamente a vossa liberdade? Não sabemos o que de sinistro e terrível nos ocorrerá nas horas penosas deste dia!…
— Não, minha boa Ana — respondeu Lívia, tranquila —, deves ficar certa de que minhalma está convenientemente preparada para o sacrifício. E ainda que me não sentisse conformada, não deverias apresentar-me semelhante alvitre, porque Jesus, sendo embora o mestre de todos os mestres e Senhor do Reino dos Céus, não pleiteou sua liberdade junto aos algozes que o atormentavam e oprimiam…
— Isso é verdade, senhora. Mas, acredito que Jesus saberia compreender o vosso gesto, porque tendes ainda um esposo e uma filha… — acentuou a velha empregada, como a lhe recordar as obrigações humanas.
— Um esposo? — retrucou a nobre matrona, com heroica serenidade. — Sim, agradeço a Deus a paz que me concedeu, permitindo que Públio me demonstrasse a sua contrição nestes últimos dias. Para mim, só essa tranquilidade era essencial e necessária, porque o esposo, na sua feição humana, eu o perdi há longos vinte e cinco anos… Debalde sacrifiquei todos os impulsos de minha mocidade para lhe provar o meu amor e a minha inocência, em contraposição à calúnia com que humilharam meu nome. Por um quarto de século tenho vivido com as minhas orações e as minhas lágrimas… Angustiosa tem sido a minha saudade e dolorosíssimo o triste degredo espiritual a que fui relegada no plano dos meus afetos mais puros.
Não creio possa reviver para mim, no coração do velho companheiro, a confiança antiga, cheia de felicidade e ternura…
Quanto à filha, entreguei-a a Jesus, desde os dias de sua infância, quando me vi obrigada à terrível separação do seu afeto. Afastada de sua alma por imposição de Públio, tive de sufocar os mais doces entusiasmos do coração materno. Sabe o Senhor de minhas ansiosas angústias, nas noites silenciosas e tristes em que lhe confiava meus amargurosos padecimentos. Além disso, Flávia tem hoje um marido que procurou isolá-la ainda mais do meu pobre espírito, receoso da minha fé, qualificada por todos de demência…
E depois de ligeira pausa, na sua confidência dolorosa, acentuou com serena tristeza:
— Para mim, não pode haver o reflorescimento das esperanças aqui na Terra… Só aspiro, agora, a morrer em paz confortadora com a minha consciência.
— Mas, senhora — retornou a criada com veemência —, hoje é o dia da maior vitória do vosso esposo…
— Não me esqueci dessa circunstância. Faz, porém, vinte e cinco anos que Públio segue rumo oposto ao meu caminho e não será demais que, buscando ele hoje a suprema recompensa do mundo, como triunfo final dos seus desejos, busque eu também não a vitória do Céu, que não mereci, mas a possibilidade de mostrar ao Senhor a sinceridade da minha fé, ansiosa pelas bênçãos lucificantes da sua infinita misericórdia.
Depois, minha querida Ana, é muito grato ao coração sonhar com o seu Reino santificado e misericordioso… Vermos, de novo, as mãos suaves do Messias abençoando-nos o Espírito, com os seus gestos amplos de caridade e de ternura!…
Lívia tinha um clarão divino nos olhos, que se molhavam em lágrimas espontâneas, como se houvesse caído sobre o seu coração o orvalho do Paraíso.
Via-se, claramente, que suas ideias não estavam na Terra, mas, sim, flutuando num mundo de radiosidades suavíssimas, cheio de recordações carinhosas do passado e saturado de ternas esperanças no amor de Jesus-Cristo.
— Sim — continuava falando, como se fora tão somente para a sua própria alma, na intimidade do coração —, ultimamente, muito me tenho lembrado do Divino Mestre e de suas palavras inesquecíveis… Naquela tarde inolvidável de suas pregações, ainda era crepúsculo e o céu estava recamado de estrelas, com se as luzes do firmamento desejassem também ouvi-lo… As ondas do Tiberíade, que se apresentavam, frequentemente, tão rumorosas ao fustigo do vento, vinham, silenciosas, desfazer-se num leque de espumas, de encontro às barcas da praia, numa doce expressão de respeito, quando se faziam ouvir na paisagem os seus divinos ensinamentos! Tudo se aquietava de manso; era de ver-se o sorriso carinhoso das criancinhas, à claridade terna dos seus olhos de pastor dos homens e da Natureza…
Nos meus anseios, minha boa Ana, desejava adotar todos aqueles petizes maltrapilhos e famintos, que surgiam nas assembleias populares de Cafarnaum; mas, meu propósito materno de amparar aquelas mulheres desprezadas e aquelas crianças andrajosas, que viviam ao desamparo, não podia realizar-se neste mundo… Todavia, suponho que hei-de realizar os ideais de minha alma, se Jesus me acolher nas claridades do seu Reino…
A velha serva chorava emocionada, ouvindo estas expansões carinhosas e comovedoras.
Depois de longa pausa, continuou como se desejasse bem aproveitar as derradeiras horas:
— Ana — disse com enérgica tranquilidade —, ambas fomos chamadas ao testemunho sagrado da fé, nas horas que passam e que devem ser gloriosas para o nosso Espírito. Perdoa-me, querida, se algum dia te ofendi o coração com alguma palavra menos digna. Antes que Simeão te entregasse à minha guarda, já eu te amava ternamente, como se foras minha irmã ou minha própria filha!…
A serva chorava constrangida, enquanto Lívia, carinhosa, continuava:
— Agora, querida, tenho um derradeiro pedido a fazer-te…
— Dizei, senhora — sussurrou a serva, com os olhos rasos de lágrimas —, antes de tudo, sou vossa escrava.
— Ana, se é verdade que temos de testemunhar ainda hoje a nossa fé, eu desejava comparecer ao sacrifício como aquelas criaturas desamparadas, que ouviam as consolações divinas junto do Tiberíade. Se puderes atender-me, troca hoje comigo a toga da senhora pela túnica da serva! Desejava participar do sacrifício com as vestes humildes e pobres da plebe, não porque me sinto humilhada perante as pessoas da minha condição, no momento ditoso do testemunho, mas porque, arrancando para sempre os derradeiros preconceitos do meu nascimento, daria à minha consciência cristã o conforto do último ato de humildade… Eu, que nasci entre as púrpuras da nobreza, desejava buscar o Reino de Jesus com as vestiduras singelas dos que passaram pelo mundo no torvelinho doloroso das provações e dos trabalhos!…
— Senhora!… — obtemperou a serva, hesitante…
— Não vaciles, se queres proporcionar-me a satisfação derradeira.
Ana não pôde recusar, ante os piedosos propósitos da generosa criatura e, num instante, na penumbra daquele improvisado recanto que as separava das demais companheiras, trocaram a toga e a túnica, que eram tão somente uma espécie de manto, sobre a complicada indumentária da época, tendo Lívia adornado a toga de lã finíssima, agora no corpo da serva, com as joias discretas que trazia usualmente consigo. Depois de entregar-lhe dois anéis preciosos e um gracioso bracelete, apenas um adorno de valor lhe restava, mas Lívia, passando a mão pelo pescoço e acariciando um pequeno colar, com imensa ternura, exclamou com decisão para a companheira:
— Está bem, Ana, fica-me apenas este pequeno colar, em que trago o camafeu com o perfil de Públio, em alto relevo, e que é um presente dele no dia longínquo das nossas núpcias. Morrerei com esta joia, como se ela fora um símbolo de união entre os meus dois amores, que são meu marido e Jesus-Cristo…
Ana aceitou, sem protesto, todas as piedosas imposições da senhora e, em breves instantes, na sua antiga beleza virginal, o porte da serva humilde estava tocado de imponente nobreza, como se ela fosse uma soberana figura de marfim velho.
Para todos os prisioneiros, na terrível inquietação que os oprimia, embora as doces claridades interiores da prece que os integrava na precisa coragem moral para o sacrifício, as horas do dia passavam pesadas e vagarosas. João de Cleofas, com o resignado heroísmo do seu fervor religioso, conseguiu manter aceso o calor da fé em todos os corações: não faltaram os companheiros mais animosos que, na exaltação de sua confiança na Providência Divina, ensaiaram os próprios cânticos de glória espiritual, para o instante supremo do martírio.
No palácio do Aventino, todos os domésticos mais íntimos acreditavam na permanência de Lívia em casa da filha; mas, um pouco antes do meio-dia, Flávia Lentúlia veio ter com o pai, a fim de beijá-lo antes do triunfo.
Informada pelo senador, quanto aos seus projetos de restabelecer a antiga felicidade doméstica, com as mais expressivas demonstrações públicas de confiança e de amor pela esposa, Flávia, com grande surpresa para o pai, procurava a mãe para as manifestações de sua justificada alegria.
Angustiosa interrogação se estampou, desse modo, em todos os semblantes.
Depois de vinte e cinco anos, era a primeira vez que Lívia e Ana se ausentavam de casa de um dia para outro, provocando os mais justificados receios.
O senador sentiu o coração tocado de presságios angustiosos, mas os escravos já se encontravam preparados para conduzi-lo ao Senado, onde as primeiras cerimônias teriam início depois do meio-dia, com a presença de César. Observando-lhe a aflição e os olhares ansiosos e inquietos, Flávia Lentúlia buscou tranquilizá-lo com estas palavras, que dissimulavam as suas próprias aflições:
— Vai tranquilo, meu pai. Voltarei agora a casa, mas não me descuidarei das providências necessárias, porque, quando regressares, de tarde, com a auréola do triunfo, quero abraçar-te com a mamãe, entre as flores do vestíbulo, a fim de podermos ambas recebe-lo com as pétalas do nosso amor desvelado de todos os dias.
— Sim, filha — respondeu o senador com uma sombra de angústia —, permitam os deuses que assim seja, porque as rosas do lar serão para mim as melhores recompensas!…
E tomando a liteira, saudado por amigos numerosos que o esperavam, Públio Lêntulus demandou o Senado, onde multidões entusiásticas esfuziavam de alegria, em sinal de agradecimento pela farta distribuição de trigo com que as autoridades romanas haviam comemorado aquele evento, aplaudindo os homenageados com a gritaria ensurdecedora das grandes manifestações populares.
Da nobre casa política, onde os mais elegantes torneios de oratória foram proferidos para enaltecimento da personalidade do Imperador e antecedidos pela figura impressionante do César, que nunca desdenhou o fausto retumbante dos grandes espetáculos, na sua feição de antigo comediante, dirigiram-se os senadores para o famoso Templo de Júpiter, onde os homenageados receberiam a auréola de mirto e rosas, como os triunfadores, obedecendo à inspiração de Sêneca, que tudo envidava por desfazer a penosa impressão do governo cruel do seu ex-discípulo, que, afinal, decretaria também a sua morte no ano 66. No Templo de Júpiter, o grande artista que era Domício Nero coroou a fronte de mais de cem senadores do Império, sob a bênção convencional dos sacerdotes, demorando-se as cerimônias na sua complicada feição religiosa, por algumas horas sucessivas. Somente depois das 15 horas, saía do templo, em direção ao Circo Máximo, o grosso e desmesurado cortejo. A compacta procissão, tocada de aspecto solene, poucas vezes observado em Roma nos séculos posteriores, dirigiu-se primeiramente ao Fórum, atravessando pela massa formidável de povo, com o máximo respeito.
Para esclarecimento dos leitores, passemos a dar pálida ideia do maravilhoso cortejo, de conformidade com as grandes cerimônias públicas da época.
Na frente, vai um carro, soberba e magnificamente ornamentado, onde se instala molemente o Imperador, seguindo-se-lhe numerosos carros nos quais se aboletam os senadores homenageados, bem como os seus áulicos preferidos.
Domício Nero, junto de um dos favoritos mais caros, passa sobranceiro no seu traje vermelho de triunfador, com o luxo espalhafatoso que lhe caracterizava as atitudes.
Em seguida, numeroso grupo de jovens de quinze anos passa, a cavalo e a pé, escoltando as carruagens de honra e abrindo a marcha.
Passam, depois, os cocheiros guiando as bigas, as quadrigas, as séjuges, que eram carros a dois, a quatro e a seis cavalos, para as loucas emoções das corridas tradicionais.
Seguindo-se aos aurigas, quase em completa nudez, surgem os atletas, que farão os números de todos os grandes e pequenos jogos da tarde; após eles, vão os três coros clássicos de dançarinos, o primeiro constituído por adultos, o segundo dos adolescentes insinuantes, e o terceiro por graciosas crianças, todos ostentando a túnica escalarte apertada com uma cinta de cobre, espada ao lado e lança na mão, salientando-se o capacete de bronze enfeitado de penachos e cocares, que lhes completam a indumentária extravagante. Esses bailarinos passam, seguidos pelos músicos, exibindo movimentos rítmicos e executando bailados guerreiros, ao som de harpas de marfim, flautas curtas e numerosos alaúdes.
Depois dos músicos, qual bando de sinistros histriões, surgem os Sátiros e os Silenos, personagens estranhas, que apresentam máscaras horripilantes, cobertos de peles de bode, sob as quais fazem os gestos mais horrendos, provocando o riso frenético dos espectadores, com as suas contorções ridículas e estranhas. Sucedem-se novos grupos musicais, que se fazem acompanhar de vários ministros secundários do culto de Júpiter e outros deuses, levando nas mãos grandes recipientes à guisa de turíbulos de ouro e de prata, de onde espiralam inebriantes nuvens de incenso.
Seguindo os ministros, com adornos de ouro e pedras preciosas, passam as estátuas das numerosas divindades arrancadas, por um momento, dos seus templos suntuosos e sossegados. Cada estátua, na sua expressão simbólica, faz-se acompanhar de seus devotos ou dos seus variados colégios sacerdotais. Todas as imagens, em grande aparato, são conduzidas em carros de marfim ou de prata, puxados por cavalos imponentes, guiados delicadamente por meninos nobres de dez a doze anos, que tenham pai e mãe vivos, e escoltados, com atenção, pelos patrícios mais em evidência na grande cidade.
Era tudo um deslumbramento de coroas de ouro, púrpuras, luxuosos tecidos do Oriente, metais brilhantes, cintilações de pedras preciosas.
Fecha o cortejo a última legião de sacerdotes e ministros do culto, seguindo-se-lhes a massa interminável do povo anônimo e desconhecido.
A formidável procissão penetra o Grande Circo com grande recolhimento, em observância às mais elevadas solenidades. O silêncio é apenas cortado pelas aclamações parciais dos diferentes grupos de cidadãos, quando passa a estátua da divindade que lhes protege as atividades e a profissão, na vida comum.
Depois de um volteio solene pelo interior do circo, as silenciosas figuras de marfim são depostas na edícula, junto aos Cárceres, sob os fulgores radiosos do pavilhão do Imperador e onde se fazem as preces e sacrifícios de nobres e plebeus, enquanto o César e seus áulicos, em companhia dos políticos homenageados naquela tarde, fazem numerosas e extraordinárias libações.
Terminadas aquelas cerimônias, desaparece igualmente, o silencioso recolhimento das multidões.
Começam, então, os jogos sob os olhares ávidos de mais de trezentos mil espectadores, que não se circunscrevem às massas compactas, comprimidas nas dimensões grandiosas do luxuoso recinto. Os palácios do Aventino e do Palatino, bem como os elegantes terraços do Célio, servem também de arquibancadas para a numerosa assistência, que não pode ver de mais perto o formidando espetáculo.
Roma diverte-se e todas as suas classes estão deslumbradas.
A competição dos carros é o primeiro número a ser apresentado, mas os aplausos entusiásticos somente se verificam quando morrem na arena os primeiros cocheiros e os primeiros cavalos espatifados.
Os jogadores distinguem-se pelas cores da túnica. Há os que se vestem de vermelho, de azul, de branco e de verde, representando vários partidos, enquanto a plateia se reparte em grupos exaltados e enlouquecidos. Gritam apaixonadamente os admiradores e os sócios de cada facção, traduzindo a sua alegria, o seu receio, a sua angústia ou a sua impaciência. Ao fim dos primeiros números, verificam-se desoladoras cenas de luta entre os adversários desse ou daquele partido, no seio da enorme assistência, havendo sérios tumultos, imediatamente degenerados em sanha criminosa, de onde são retirados, em seguida, alguns cadáveres.
Após as corridas, houve uma caçada fabulosa, levando-se a efeito terríveis combates entre homens e feras, nos quais alguns escravos jovens perderam a vida em trágicas circunstâncias, ante as aclamações delirantes das massas inconscientes.
O Imperador sorri, satisfeito, e continua nas suas libações pessoais, vagarosamente, junto de alguns amigos mais íntimos. Seis harpistas executam as melodias prediletas no pavilhão, enquanto os alaúdes fazem ouvir, igualmente, sons maviosos e claros.
Outros jogos passaram, vários, divertidos e terríveis, e, depois de algumas danças exóticas, executadas na arena, viu-se um áulico predileto de Domício Nero inclinar-se discretamente, falando-lhe ao ouvido:
— Chegou o instante, ó Augusto, da grande surpresa dos jogos desta tarde!…
— Entrarão, agora, os cristãos na arena? — perguntou o Imperador em voz baixa, com o seu impiedoso e frio sorriso.
— Sim, já foi dada ordem para que fiquem em liberdade na arena os vinte leões africanos, tão logo se apresentem em público os condenados.
— Bela homenagem aos senadores! — glosou Nero, sarcasticamente. — Esta festividade foi uma feliz lembrança de Sêneca, porque terei oportunidade de mostrar ao Senado que a lei é a força e toda a força deve estar comigo.
Poucos minutos faltavam para a apresentação do número surpreendente da tarde, quando Clódio Várrus aconselhava a um dos auxiliares de confiança:
— Aton — dizia ele circunspecto —, podes providenciar agora a entrada de todos os prisioneiros na arena, mas afasta com discrição uma mulher que lá se conserva com a toga do patriciado. Deixa-a por último, expulsando-a em seguida para a rua, porque não desejamos complicações com a sua família.
O soldado fez sinal, como quem havia guardado fielmente a ordem recebida, dispondo-se a cumpri-la e, daí a momentos, o numeroso grupo de cristãos, sob impropérios e apupos dos mais baixos servidores do Circo, encaminhava-se, impavidamente, para o sacrifício…
Em primeiro lugar, ia João de Cleofas, murmurando intimamente a sua derradeira prece.
No instante, porém, de se abrir a grande porta, através da qual se ouviam os rugidos ameaçadores das feras esfomeadas, Aton aproximou-se de Ana e, reparando-lhe a toga finíssima de lã, as joias discretas que lhe adornavam o porte enobrecido, bem como a delicada rede de ouro que lhe prendia graciosamente os cabelos, exclamou respeitosamente, admirado da nobreza de sua figura:
— Senhora, ficareis aqui, até segunda ordem!
A velha criada dos Lêntulus trocou significativo e angustioso olhar com a sua senhora, respondendo, todavia, com serena altivez:
— Mas, porquê? Pretendeis privar-me da glória do sacrifício?
Aton e seus colegas se surpreenderam com aquela atitude de profundo heroísmo espiritual, e aquele, depois de um gesto de dúvida, que exprimia vacilação da resposta que lhe competia dar, esclareceu respeitosamente:
— Sereis a última!
Aquela explicação pareceu satisfaze-la, mas Lívia e Ana, nesse instante decisivo de separação, trocaram entre si um amoroso olhar, angustiado e inesquecível.
Tudo, porém, fora obra de alguns segundos, porque a porta sinistra estava agora aberta e as armas ameaçadoras dos prepostos de Domício Nero obrigavam os prisioneiros a demandar a arena, como um bloco de condenados ao terror da última pena.
O venerável apóstolo de Antioquia entestou a fileira com serenidade valorosa. Seu coração elevava-se ao infinito, em orações sinceras e fervorosas. Em poucos instantes, todos os prisioneiros se encontravam reunidos à entrada da arena, saturados de uma força moral que, até então, lhes era desconhecida. É que, por detrás daquelas púrpuras suntuosas e além daqueles risos estridentes e impropérios sinistros, estava uma legião de mensageiros celestes fortalecendo as energias espirituais dos que iam sucumbir de morte infamante, para regar a semente do Cristianismo com as suas lágrimas fecundas. Uma estrada luminosa, invisível aos olhos mortais, abrira-se nas claridades do firmamento e, por ela, descia todo um exército de arcanjos do Divino Mestre, para aureolar com as bênçãos da sua glória os valorosos trabalhadores da sua causa.
Sob os aplausos delirantes e ensurdecedores da turba numerosa, soltaram-se os leões famintos, para a espantosa cena de impiedade, de pavor e sangue, mas nenhum dos apóstolos desconhecidos, que iam morrer no depravado festim de Nero, sentiu as torturas angustiosas de tão horrenda morte, porque o brando anestésico das potências divinas lhes balsamizou o coração dorido e dilacerado no tormentoso momento.
Fustigados pela angústia e pela aflição do instante derradeiro, ante o público sanguinário, os míseros sacrificados não tiveram tempo de se reunir na arena dolorosa. As feras famintas pareciam tocadas de horrível ansiedade. E enquanto se estraçalhavam corpos misérrimos, Domício Nero mandava que todos os coros de dançarinos e todos os músicos celebrassem o espetáculo com os cânticos e bailados de Roma vitoriosa.
Incluindo-se a considerável assistência que se aglomerava nas colinas, quase meio milhão de pessoas vibrava em aplausos ensurdecedores e espantosos, enquanto duas centenas de criaturas humanas tombavam espostejadas…
Ingressando na arena, Lívia ajoelhara-se defronte do grande e suntuoso pavilhão do Imperador, onde buscou lobrigar o vulto do esposo, pela derradeira vez, a fim de guardar no fundo d’alma a dolorosa expressão daquele último quadro junto da imagem íntima de Jesus Crucificado, que inundava de emoções serenas o seu pobre coração dilacerado no minuto supremo. Pareceu-lhe divisar, confusamente, na doce claridade do crepúsculo, a figura ereta do senador coroado de rosas, como os triunfadores e, quando seus lábios se entreabriram numa última prece misturada de lágrimas ardentes que lhe borbulhavam dos olhos, viu-se repentinamente envolvida pelas patas selvagens de um monstro. Não sentira, porém, qualquer comoção violenta e rude, que assinala comumente o minuto obscuro da morte. Figurou-se-lhe haver experimentado ligeiro choque, sentindo-se agora embalada nuns braços de névoa translúcida, que ela contemplou altamente surpreendida. Buscou certificar-se da sua posição, dentro do circo, e reconheceu, a seu lado, a nobre figura de Simeão, que lhe sorria divinamente, dando-lhe a silenciosa e doce certeza de haver transposto o limiar da Eternidade.
Naquele instante, dentro do camarim de honra do Imperador, Públio Lêntulus sentiu no coração inexprimível angústia. No turbilhão daquele ensurdecedor vozerio, o senador nunca sentira tão fundo desalento e tão amargo desencanto da vida. Horrorizavam-lhe agora aqueles tremendos espetáculos homicidas, de pavor e morte. Sem que pudesse explicar o motivo, seu pensamento voltou à Galileia longínqua, figurando-se-lhe divisar, , a suave figura do Messias de Nazaret, quando lhe afirmava: — Todos os poderes do teu Império são bem fracos e todas as suas riquezas bem miseráveis!…
Inclinando-se para o seu amigo Eufanilo Drúsus, Públio desabafou a penosa impressão discretamente:
— Meu amigo, este espetáculo de hoje me apavora!… Sinto, aqui, emoções de angústia, como jamais experimentei em toda a vida… Serão escravos destinados à última pena os que ora sucumbem, sob a crueldade das feras violentas e rudes?
— Não creio — respondeu o senador Eufanilo, segredando-lhe ao ouvido. — Corre o boato de que estes míseros condenados são pobres cristãos inofensivos aprisionados nas catacumbas!…
Sem saber explicar a razão do seu profundo desgosto, Públio Lêntulus lembrou-se repentinamente de Lívia, mergulhando-se, angustiado, nas mais penosas conjeturas.
Enquanto ocorriam esses fatos, voltemos a examinar a situação de Ana, logo após a entrada dos companheiros na arena do sacrifício. Certa de que Jesus lhe havia reservado o último lugar no penoso momento do martírio, a antiga serva mantinha o espírito valoroso em orações sinceras e ardentes. Seus olhos, porém, não abandonaram a figura de Lívia, que se afastava para um recanto da arena, onde se ajoelhara, chegando a fixar o grande leão africano que lhe desferira um golpe fatal à altura do peito. Nesse instante, a pobre criatura sentiu algo de enfraquecimento, ante as tremendas perspectivas do testemunho, mas, num relance, antes que suas ideias tomassem novo curso, Aton e mais um dos colegas acercaram-se, exclamando:
— Senhora, acompanhai-nos!
Observando que os soldados a faziam voltar ao interior, protestou com energia:
— Soldados, eu nada mais desejo, senão morrer igualmente, nesta hora, pela fé em Jesus-Cristo!
Mas, reparando-lhe a coragem indomável, o preposto do Império agarrou-a fortemente pelo braço e trazendo-a para uma passagem do interior dos cárceres, que comunicava com a via pública, Aton dirigiu-lhe a palavra, quase ameaçadora.
— Retirai-vos, mulher! Fugi sem demora, pois não desejamos complicações com a vossa família!
E, dizendo-o, fechava a porta ampla, enquanto a antiga criada de Lívia tudo compreendia agora. Angustiada, chegou imediatamente à conclusão de que a indumentária da senhora lhe salvara a vida no amargurado transe. Sentiu que o pranto lhe borbotava abundante dos olhos. Suas lágrimas eram bem um misto de inenarráveis sofrimentos morais e, no íntimo, inquiria a si mesma a razão pela qual não a admitira o Senhor à glorificação dos sacrifícios daquela tarde memorável e dolorosa.
Percebia o confuso rumor de mais de trezentas mil vozes, que se concentravam em gritos retumbantes de aplauso, aclamando a corrida sinistra das feras na sua caçada humana e, passo a passo, carregando consigo o peso torturante de uma angústia sem termos, buscou o palácio do Aventino, que não distava muito do circo ignominioso, lá penetrando desalentada e silenciosa.
Apenas alguns escravos mais íntimos faziam a guarda da residência dos Lêntulus, como de costume nos grandes dias de festas populares, das quais participavam quase todos os servos. Ninguém percebeu o retorno da serva, que conseguiu despojar-se da toga com a calma precisa. Alijou as joias preciosas do vestuário, das mãos e dos cabelos e, ajoelhando-se no aposento, deixou que as lágrimas dolorosas corressem livremente, ao influxo das orações amargas que elevava a Jesus, sob o peso de suas angustiosas mágoas.
Não chegou a saber quantos minutos infindos permaneceu naquela atitude súplice e dolorosa, entre rogativas ardentes e amarguradas conjeturas sobre o seu inesperado afastamento das torturas do circo, sentindo-se indigna de testemunhar ao Salvador a sua fé profunda e sincera, até que um rumor mais pronunciado lhe denunciava o regresso do senador.
Era quase noite e as primeiras estrelas brilhavam no azul do formoso céu romano.
Penetrando no lar com o espírito inquieto e desalentado, Públio Lêntulus atingiu o vestíbulo vazio, de alma opressa, sendo, porém, imediatamente procurado pelo servo Fábio Túlio, que, havia muitos anos, substituíra Comênio, arrebatado pela morte naquele cargo de confiança.
Acercando-se do senador que entrara só, dispensando a companhia dos amigos sob a alegação de que a esposa se encontrava gravemente enferma, exclamou o antigo serviçal com atencioso respeito:
— Senhor, vossa filha manda comunicar, por um mensageiro, que continua providenciando, a fim de que tenhais notícias da senhora, dentro do menor prazo possível.
O senador agradeceu com leve sinal de cabeça, acentuando suas penosas preocupações íntimas.
Ana, contudo, na soledade de suas preces, no cômodo que lhe era reservado, verificando o regresso do amo, compreendeu o triste dever que lhe corria naquele instante inesquecível, de modo a cientificá-lo de todas as ocorrências e, em breves minutos, Fábio voltava a procurá-lo nos seus apartamentos, a fim de participar-lhe que Ana lhe pedia uma entrevista em particular. O senador atendeu imediatamente à velha serva de sua casa, tomado de indefinível surpresa.
Olhos inchados de chorar e com a voz frequentemente entrecortada por emoções rudes e penosas, Ana expôs todos os fatos, sem omitir nenhum detalhe dos trágicos incidentes, enquanto o senador de olhos arregalados, tudo fazia por compreender aquelas confidências dolorosas, na sua incredulidade e no seu pavoroso espanto.
Ao fim do terrível depoimento, álgido suor lhe corria da fronte atormentada, enquanto as têmporas lhe batiam assustadoramente.
A princípio, desejou esmagar a criada humilde, como se o fizesse a uma víbora venenosa, tomado das primeiras comoções de revolta do seu orgulho e da sua vaidade. Não queria acreditar naquela confissão horrível e angustiosa, mas o coração lhe batia apressadamente e seus nervos se exaltavam em vibrações lancinantes.
Públio Lêntulus experimentou a dor mais terrível de sua misérrima existência. Todos os seus sonhos, todas as suas aspirações e carinhosas esperanças esboroavam-se penosamente, irremediavelmente, para todo o sempre, sob a maré sombria das realidades tenebrosas.
Sentindo-se o mais desventurado réu da justiça dos deuses, no momento em que presumia efetivar a sua suprema ventura, nada mais enxergou à frente dos olhos, senão a realidade esmagadora da sua dor sem limites.
Sob os olhares comovidos de Ana, que o observava receosa, levantou-se rígido e sem uma lágrima, com os olhos raiando pela loucura, tal a sua fixidez estranha e dolorosa, e como se fora um fantasma de revolta, de dor, de vingança e sofrimento indefiníveis, sem nada responder à serva atônita, que rogava silenciosamente a Jesus lhe serenasse as angustiosas mágoas, deu alguns passos como um autômato em direção à porta, que abriu de par em par e por onde entraram as brisas suaves e refrigerantes da noite…
Cambaleando de dor selvagem através do peristilo, caminhou, depois, resoluto, como se fosse disputar um duelo com as sombras, para defender a esposa caluniada e traída, martirizada pelos criminosos daquela corte de infâmia, dirigindo-se com rapidez, sem observar o desalinho de suas vestes, para o circo, onde a plebe rematava as paixões impiedosas do seu César desalmado.
Todavia, um espetáculo mais terrível deparou-se aos seus olhos agoniados, no insulamento da sua suprema angústia moral.
Embriagados nos baixos instintos da sua perversa materialidade, os soldados e o povo colocaram os restos sinistros do monstruoso banquete das feras, naquela tarde inesquecível, nas eminências de postes e colunas improvisados à maneira de tochas, e iluminavam todo o exterior do grande recinto com o incêndio tétrico dos fragmentos de carne humana.
Públio Lêntulus sentiu toda a extensão da sua impotência diante daquela demonstração suprema de horror e crueldade, mas avançou, cambaleante de dor, como ébrio ou louco, com espanto dos que o viam a pé, em tais lugares, contemplando boquiaberto as tochas sinistras feitas de cabeças disformes e combustas.
Dava largas aos pensamentos doridos de angústia e de revolta, como se o seu espírito não passasse de um tigre encarcerado no arcabouço do peito envelhecido, quando notou a presença de dois soldados ébrios, em luta por causa de um delicado objeto, que lhe chamou repentinamente a atenção, sem que conseguisse explicar o motivo do seu inesperado interesse por alguma coisa.
Era um pequeno colar de pérolas, do qual pendia precioso camafeu antigo. Seus olhos fixaram aquele objeto estranho e o coração adivinhou o resto. Ele o reconhecera. Aquela joia fora o presente de núpcias, feito à esposa idolatrada e somente agora se lembrava do apego carinhoso da mulher ao camafeu que lhe guardava o próprio perfil da juventude, recordando a única afeição da sua mocidade.
Postou-se à frente dos contendores, que se formalizaram imediatamente em atitude respeitosa, devida à sua presença.
Interpelado com severidade, um dos soldados esclareceu humilde e trêmulo:
— Ilustríssimo, esta joia pertenceu a uma das mulheres condenadas às feras, no espetáculo de hoje…
— Quanto quereis pelo achado? — perguntou Públio Lêntulus, sombriamente.
— Comprei-a de um companheiro por dois sestércios.
— Entregai-ma! — replicou o senador, em tom ameaçador e imperativo.
Os soldados entregaram-lhe o colar, humildemente, e o senador, revolvendo as vestes, retirou pesada bolsa de moedas de ouro, jogando-a aos contendores num gesto de nojo e de supremo desprezo.
Públio Lêntulus afastou-se do ambiente nefando, mal contendo as lágrimas que, agora, lhe subiam em torrente, do coração oprimido e dilacerado.
Apertando de encontro ao peito aquele adereço minúsculo, parecia tomado de força misteriosa. Afigurava-se-lhe que, conservando aquele último vestígio da “toilette” de sua mulher, arquivara, junto de si próprio e para sempre, alguma coisa da sua personalidade e do seu coração.
Longe das luzes sinistras que iluminavam macabramente em toda a extensão a via pública, o senador penetrou por uma viela cheia de sombras.
Depois de alguns passos, notou que à sua frente se elevava para o céu uma árvore gigantesca, que poetizava todo o ambiente, com a vetustez da sua majestade frondejante. Cambaleando, encostou-se ao tronco anoso, ávido de repouso e consolação. Contemplou as estrelas que matizavam de cintilações cariciosas todo o firmamento romano e lembrou-se de que, por certo, em tal momento a alma puríssima da companheira deveria repousar na paz sublime das claridades celestes, sob a bênção dos deuses…
Num gesto espontâneo, beijou o colar minúsculo, apertou-o com dedicado enlevo de encontro ao coração e, considerando o deserto árido da sua vida, chorou, como nunca o fizera em qualquer outra circunstância dolorosa da sua atribulada existência.
Num retrospecto profundo de todo o passado amarguroso, considerava que todas as suas nobres aspirações haviam recebido o escárnio dos deuses e dos homens. No seu orgulho desventurado, pagara ao mundo os mais pesados tributos de angústia e de lágrimas dolorosas e, na sua vaidade de homem, recebera as mais penosas humilhações do destino. Ponderava, tardiamente, que Lívia tudo fizera por torná-lo venturoso, numa vida de amor risonho, simples e despretensiosa. Recordou os mínimos incidentes do passado doloroso, como se o seu espírito estivesse procedendo a meticulosa autópsia de todos os seus sonhos, esperanças e ilusões, na caligem do tempo.
Como homem, vivera unido aos processos do Estado, que lhe roubavam os mais encantadores entretenimentos da vida doméstica e, como esposo, não tivera energia bastante para armar-se contra as calúnias insidiosas. Como pai, considerava-se o mais desgraçado de todos. De que lhe valia, então, a auréola do triunfo, se ela lhe chegava como intragável cálice de amargura? De que lhe valiam, agora, as vitórias políticas e a significação social dos títulos de nobreza, bem como a vultosa expressão da sua fortuna, sob a mão implacável do seu impiedoso destino neste mundo?
Perdiam-se as suas meditações em profundos abismos de sombra e de dúvidas amargas, quando lhe surgiu na mente atormentada a figura suave e doce do sublime profeta de Nazaret, com a riqueza indestrutível da sua paz e da sua humildade.
Na plenitude de suas , pareceu ouvir ainda as extraordinárias advertências que lhe dirigira com a voz carinhosa e compassiva, junto às águas marulhentas do Tiberíades. Recordando-se intensamente de Jesus, sentiu-se tomado por uma vertigem de lágrimas dolorosas, as quais, de alguma forma, lhe balsamizavam o deserto do coração. Ajoelhando-se sob fronde opulenta e generosa, qual o fizera um dia na Palestina, exclamou para os Céus, com os olhos marejados de pranto, lembrando-se da força moral que a doutrina cristã havia proporcionado ao coração da esposa, nutrindo-a espiritualmente para receber com dignidade e heroísmo todos os sofrimentos:
— Jesus de Nazaret! — disse com voz súplice e dolorosa — foi preciso perdesse eu o melhor e o mais querido de todos os meus tesouros, para recordar a concisão e a doçura de tuas palavras!… Não sei compreender a tua cruz e ainda não sei aceitar a tua humildade dentro da minha sinceridade de homem, mas, se podes ver a enormidade de minhas chagas, vem socorrer, ainda uma vez, meu coração miserável e infeliz!…
Penosa crise de lágrimas sobreveio a essa invocação tocada de uma franqueza rude, agressiva e dolorosa.
Figurou-se-lhe, todavia, que uma energia indefinível e imponderável o ajudava, agora, a atravessar o angustioso transe.
Terminada a súplica que lhe fluía do imo da alma lacerada, o orgulhoso patrício observou que a presença de inexplicável força modificava, naquele momento inesquecível, todas as disposições mais íntimas do seu coração e, conservando-se genuflexo, notou, com a visão interior do seu Espírito, que a seu lado começava a surgir um ponto luminoso, que se desenvolveu prodigiosamente, na dolorosa serenidade daquele penoso instante de sua vida, surpreendendo-se com o fenômeno que lhe sugeria ao pensamento as conjeturas mais inesperadas.
Por fim, aquele núcleo de luz tomava forma e, diante de si, viu a figura radiosa de Flamínio Sevérus, que lhe vinha falar na tormentosa noite de sua infinita amargura.
Públio reconheceu-lhe a presença, surpreendido e espantado, identificando-lhe os traços fisionômicos e as saudações acolhedoras, como quando se dirigia a ele, na Terra. Seu semblante era o mesmo, na doce expressão de serenidade, agora tocada de triste e amargurado sorriso. Ostentava a mesma toga de barra purpurina, mas não apresentava o aspecto marcial e imponente dos dias terrestres. Flamínio contemplou-o como se estivesse assomado de piedade infinita e de ilimitada amargura. Seu olhar penetrante de espírito lhe devassava os mais recônditos refolhos da consciência, enquanto o senador se aquietava, reverente, sensibilizado e surpreendido.
— Públio — disse-lhe carinhosamente a voz amiga do duende —, não te revoltes com a execução dos desígnios divinos, que hoje modificou todos os roteiros da tua vida!… Ouve-me bem! Falo-te com a mesma sinceridade e amor que nos une os corações, de há longos séculos!… Diante da morte, todas as nossas vaidades desaparecem… nas suas claridades sublimadas; nossos poderes terrenos são de uma fragilidade misérrima!… o orgulho, amigo meu, abre-nos além do túmulo uma porta de trevas densas, nas quais nos perdemos em nosso egoísmo e impenitência!… Volta a tua casa e sorve o conteúdo da taça travosa das provas rudes, com serenidade e valor espiritual, porque ainda estás longe de esgotar o cálice de tuas purificadoras amarguras, dentro das expiações redentoras e supremas… As grandes dores, sem remédio no mundo, hão-de abrir para o teu raciocínio um caminho novo, nos eternos horizontes da crença!… Nossos deuses são expressões de fé respeitável e pura, mas Jesus de Nazaret é o Caminho, a Verdade e a Vida!… Enquanto nossas ilusões sobre Júpiter nos levam a render culto aos mais poderosos e aos mais fortes, considerados como prediletos de nossas divindades, pela expressão valiosa dos seus ricos sacrifícios, os ensinos preciosos do Messias Nazareno nos levam a ponderar a miserabilidade de nossos falsos poderes à face do mundo, abraçando os mais pobres e os mais desventurados da sorte, como a impelir todas as criaturas a caminho do seu Reino, conquistado com o sacrifício e o esforço de cada um, em demanda da única vida real, que é a vida do Espírito… Hoje sei que perdeste, um dia, a tua sublime oportunidade, mas o Filho de Deus Todo Poderoso, na sua piedade infinita e infinito amor, atende agora ao teu apelo, permitindo que a minha velha afeição venha balsamizar as feridas dolorosas do teu coração atormentado!…
O senador deixou que todo o seu pensamento se perdesse na tempestade das mais abençoadas lágrimas de sua vida. Arfando nos soluços de sua compunção, suplicava, mentalmente:
— Sim, meu amigo e meu mestre, eu quero compreender a verdade e almejo o perdão das minhas faltas enormes!… Flamínio, inspiração de minha alma dilacerada, sê o meu guia na tormentosa noite do meu triste destino!… Vale-me com a tua ponderação e bondade!… Toma-me, de novo, pelas mãos e esclarece-me o coração no tenebroso caminho!… Que fazer para alcançar do Céu o esquecimento de minhas faltas?!…
A serena visão, como se se houvera comovido intensamente ao receber aquele apelo, tinha agora os olhos iluminados por piedosa e divina lágrima.
Aos poucos, sem que Públio pudesse compreender o mecanismo daquele fenômeno insólito, observou que a silhueta do amigo se diluía levemente na sombra, afastando-se da tela de suas contemplações espirituais; mas, ainda assim, percebeu que seus lábios murmuravam, piedosamente, uma palavra: — Perdoa!…
Aquela suave recomendação caiu-lhe nalma como bálsamo dulcificante. Sentiu, então, que seus olhos estavam agora abertos para as realidades materiais que o rodeavam, como se houvera acordado de sonho edificante.
Sentiu-se algo aliviado de suas profundas dores e levantou-se para retomar, com decidido valor, o fardo penoso da existência terrena.
Regressando a casa, por volta das vinte e duas horas, ali encontrou Plínio e Flávia, que o esperavam aflitos.
Vendo-lhe a fisionomia fundamente abatida e transfigurada, a filha, ansiosa, o abraçou, num transporte de ternura indefinível, exclamando em lágrimas:
— Meu pai, meu querido pai, até agora não nos foi possível obter qualquer notícia.
Públio Lêntulus, porém, fixou nos filhos o olhar triste e desalentado, enlaçando-os silenciosamente.
Em seguida, chamou-os ao gabinete particular, para onde determinou, igualmente, a vinda de Ana, e os quatro, em conselho de família, examinaram, emocionadamente, os inolvidáveis sucessos daquele dia de provações aspérrimas.
À medida que o senador transmitia aos filhos as revelações penosas de Ana, que lhe acompanhava as palavras extremamente comovida, via-se que Flávia e o esposo traduziam no rosto as emoções mais singulares e mais fortes, sob a angustiosa impressão daquela narrativa.
Ao fim do minucioso relato, Plínio Sevérus exclamou no seu orgulho irrefletido:
— Mas não poderíamos imputar toda a culpa dos fatos a esta mísera criatura que há tantos anos serve indignamente em vossa casa?
Assim se pronunciando, o oficial apontava a serva, que baixou a cabeça humildemente, rogando a Jesus lhe fortalecesse o espírito para o testemunho daquele momento, que adivinhava penoso para os sentimentos mais delicados do seu coração.
Públio Lêntulus pareceu participar da opinião do genro; contudo, afigurou-se-lhe que as palavras de Flamínio ainda lhe ressoavam no ádito da consciência e respondeu com firmeza:
— Filhos, esqueçamos os julgamentos apressados e, se bem reconheça a falta de Ana aceitando as vestes de sua senhora, quero venerar nesta serva a memória de Lívia, para sempre. Companheira fiel dos seus angustiosos martírios de vinte e cinco anos consecutivos, ela continuará nesta casa com as mesmas regalias que lhe foram outorgadas por sua benfeitora. Apenas exijo que o seu coração saiba guardar os nossos lúgubres segredos desta noite, porque desejo honrar publicamente a memória de minha mulher, depois do seu tremendo sacrifício naquela festividade da infâmia.
Plínio e Flávia observaram-lhe, surpresos, a generosidade espontânea para com a criada que, por sua vez, agradecia a Jesus a graça do seu esclarecimento.
O senador pareceu profundamente modificado naquele choque terrível, experimentado por suas fibras espirituais.
— A vários amigos nossos que aqui estiveram para cumprimentar-vos, declarei que, em vista do nosso luto por minha mãe, não comemoraríeis o vosso triunfo político na data de hoje, informando mais, no intuito de justificar vossa ausência, que a senhora Lívia se encontrava gravemente enferma, em Tíbur, para onde fora em busca de melhoras, notícias essas que, aliás, eram recebidas pelos nossos íntimos com o máximo de naturalidade, porque a vossa consorte nunca mais frequentou a sociedade desde a volta da Palestina, sendo compreensível que todos os nossos amigos a considerassem doente.
O senador ouviu, com interesse, essas explicações, como se houvera encontrado solução para o angustioso problema que o oprimia.
Ao cabo de alguns momentos, depois de examinar a possibilidade da execução da ideia que lhe aflorara no cérebro dolorido, exclamou mais animado:
— Tua ideia, meu filho, neste particular, veio trazer-me a perspectiva de solução razoável para a angustiosa questão que me acabrunha.
Cumpre-me defender a memória de minha mulher — continuava o senador, de olhos úmidos —, e, se fora possível, iria lutar corpo a corpo com a mentalidade infame do governo cruel que atualmente nos conspurca as melhores conquistas sociais; mas, se eu fosse bradar pessoalmente a minha indignação e a minha revolta, na praça pública, seria tachado de louco; e se fosse desafiar Domício Nero seria o mesmo que tentar a imobilidade das águas do Tibre com o galho de uma flor. Neste sentido, pois, saberei agir nos bastidores políticos, para derrubar o tirano e seus asseclas, ainda que isso nos custe o máximo de tempo e paciência.
Agora, o que me compete urgentemente é prestar todas as homenagens possíveis aos sentimentos imáculos da companheira arrebatada nos torvelinhos da insânia e da crueldade.
Plínio e Flávia escutavam-no, silenciosos e comovidos, sem lhe perturbarem o curso rápido das palavras, enquanto ele prosseguia sensatamente:
— Há mais de dez anos que a sociedade romana via em minha pobre companheira uma enferma e uma demente. E já que os nossos amigos foram avisados de que Lívia se encontrava em Tíbur, talvez aguardando a morte, partirei para lá ainda esta noite, levando Ana em minha companhia…
E como se estivesse tomado por uma ideia fixa, com aquela preocupação de homenagear a morta inesquecível, Públio Lêntulus continuou:
— Nossa casa em Tíbur está agora desabitada, porque, há mais de vinte dias, Filopátor foi a Pompeia, obedecendo a determinações minhas… Chegarei lá com Ana, levando uma urna funerária que, para todos os efeitos, encerrará os restos da minha pobre Lívia… Nossos servos devem partir amanhã, igualmente, quando então mandarei mensageiros a Roma, cientificando-lhes, do acontecimento por satisfazer as pragmáticas da vida social!… Em Tíbur, prestaremos à memória de Lívia todas as homenagens, transladando, em seguida, publicamente, as cinzas para aqui, onde farei celebrar as mais solenes exéquias, na visitação pública, testemunhando, assim, embora tardiamente, minha veneração pela santa criatura que se sacrificou por nós a vida inteira…
— Mas… e a incineração? — perguntou Plínio Sevérus, prudentemente, ao conjeturar o êxito possível do projeto.
O senador, porém, não hesitou, resolvendo o assunto com a habitual energia das suas decisões:
— Se essa cerimônia requer a presença dos sacerdotes, saberei conduzir-me junto ao ministro do culto, na cidade, alegando o desejo de tudo fazer no mais reduzido círculo da minha intimidade familiar.
O que resta, tão somente, é esperar, de vocês que me ouvem, silêncio tumular sobre as providências dolorosas desta noite, a fim de não ferirmos as suscetibilidades do preconceito social.
Surpreso com aquela energia em tão penosas circunstâncias, Plínio Sevérus fez-lhe companhia naquelas horas avançadas, para a compra da urna mortuária, que foi adquirida, em poucos minutos, de um comerciante que nada indagou do estranho cliente, atendendo à circunstância da sua posição social e política, bem como à vultosa importância da compra, efetuada com significativas vantagens para o seu interesse.
Naquela mesma noite Públio Lêntulus e Ana se dirigiram com alguns escravos para a cidade de repouso dos antigos romanos, vencendo em algumas horas as sombras espessas dos caminhos e chegando com a possível tranquilidade, de modo a ambientar as derradeiras homenagens à memória de Lívia.
Todas as providências foram adotadas com profunda surpresa para todos os servos, que não ousavam discutir as ordens recebidas, e mesmo para os patrícios da cidade, que sabiam doente a esposa do senador, mas ignoravam o doloroso episódio da sua morte.
Flávia e Plínio foram chamados no dia seguinte, satisfazendo-se a todos os imperativos de ordem social, naquela penosa representação de condolências.
Um donativo mais rico e mais generoso de Públio Lêntulus ao culto de Júpiter conquistava-lhe a plena autorização do clero tiburtino, no referente à sua decisão de incinerar o cadáver da esposa na intimidade da família, sendo a memória de Lívia homenageada com todos os cerimoniais do antigo culto dos deuses, invocando-se a proteção dos manes e divindades domésticas.
Numerosos portadores foram expedidos a Roma e daí a dois dias a urna funerária chegava à sede do Império, penetrando pomposamente no palácio do Aventino, onde a esperava um soberbo catafalco.
Durante três dias sucessivos, as cinzas simbólicas de Lívia estiveram expostas à visitação do povo, tendo o senador mandado distribuir vultosos donativos, em alimentos e dinheiro, à plebe que viesse prestar as últimas homenagens à memória da sua morta querida. Longas romarias visitaram a residência, dia e noite, dando-lhe o aspecto imponente de um templo aberto a todas as classes sociais. Toda a nobreza romana, inclusive o cruel Imperador, se fez representar nas pompas daquelas exéquias, que eram como que uma expressão de remorso e uma tentativa de reparação da parte do esposo amargurado. Públio Lêntulus considerava que, somente assim, poderia agora penitenciar-se, publicamente, a respeito de sua mulher, que voltava a ocupar o lugar de veneração no círculo numeroso de amizades aristocráticas da sua família.
Terminado o último número daquelas cerimônias, o senador fez questão de que a filha e o genro, bem como Agripa, passassem a residir no palácio do Aventino, em sua companhia, no que foi atendido, em caráter provisório, segundo asseverava Plínio à mulher, e, naquela mesma noite, com a alma dilacerada de saudade e de angústias transportou, em companhia de Ana, todos os objetos de uso pessoal da esposa para os seus aposentos particulares.
Terminada a tarefa, Públio Lêntulus exclamou para a serva, com singular interesse:
— Tudo pronto?
Recebendo resposta afirmativa, insistiu, como se faltasse ainda alguma coisa, referindo-se à cruz de Simeão, guardada cuidadosamente pela dedicação de Ana, como se mais ninguém pudesse apreciar a significação especial daquele tesouro:
— Onde está uma pequena cruz de madeira tosca, que minha mulher tanto venerava?
— Ah! é verdade!… — exclamou a serva, satisfeita por observar a modificação daquela alma austera.
E, retirando do seu quarto , entregou-lha com reverência afetuosa. O senador, então, colocou-a num móvel secreto. Todavia, quem lhe acompanhasse a existência amargurada, poderia vê-lo, todas as noites, na solidão do seu aposento, junto do precioso símbolo das crenças da companheira.
Quando as luzes do palácio se apagavam, de leve, e quando todos buscavam o repouso no silêncio da noite, o orgulhoso patrício retirava do cofre de suas lembranças mais queridas a cruz de Simeão e, ajoelhado qual o fazia Lívia, parava a máquina do convencionalismo mundano, para meditar e chorar amargamente.
— Mercado de legumes — Nota de Emmanuel.
— A maioria dos historiadores do Império Romano assinala as primeiras perseguições ao Cristianismo somente no ano de 64; entretanto, desde 58 alguns dos favoritos de Nero conseguiram iniciar o criminoso movimento, salientando-se que os cristãos da época, antes do grande incêndio da cidade, eram levados aos sacrifícios, na qualidade de escravos misérrimos, para divertimento do povo — Nota de Emmanuel
jo 18:11
Fonte Viva
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 114 Página: 261 Francisco Cândido Xavier Emmanuel
“Embainha tua espada…” — JESUS (Jo 18:11)
A guerra foi sempre o terror das nações.
Furacão de inconsciência, abre a porta a todos os monstros da iniquidade por onde se manifesta. O que a civilização ergue, ao preço dos séculos laboriosos de suor, destrói com a fúria de poucos dias.
Diante dela, surgem o morticínio e o arrasamento, que compelem o povo à crueldade e à barbaria, através das quais aparecem dias amargos de sofrimento e regeneração para as coletividades que lhe aceitaram os desvarios.
Ocorre o mesmo, dentro de nós, quando abrimos luta contra os semelhantes…
Sustentando a contenda com o próximo, destruidora tempestade de sentimentos nos desarvora o coração. Ideais superiores e aspirações sublimes longamente acariciados por nosso Espírito, construções do presente para o futuro e plantações de luz e amor, no terreno de nossas almas, sofrem desabamento e desintegração, porque o desequilíbrio e a violência nos fazem tremer e cair nas vibrações do egoísmo absoluto que havíamos relegado à retaguarda da evolução.
Depois disso, muitas vezes devemos atravessar aflitivas existências de expiação para corrigir as brechas que nos aviltam o barco do destino, em breves momentos de insânia…
Em nosso aprendizado cristão, lembremo-nos da palavra do Senhor:
— “Embainha tua espada…”
Alimentando a guerra com os outros, perdemo-nos nas trevas exteriores, esquecendo o bom combate que nos cabe manter em nós mesmos.
Façamos a paz com os que nos cercam, lutando contra as sombras que ainda nos perturbam a existência, para que se faça em nós o reinado da luz.
De lança em riste, jamais conquistaremos o bem que desejamos. A cruz do Mestre tem a forma de uma espada com a lâmina voltada para baixo.
Recordemos, assim, que, em se sacrificando sobre uma espada simbólica, devidamente ensarilhada, é que Jesus conferiu ao homem a bênção da paz, com felicidade e renovação.
jo 18:13
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Mateus
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0 Francisco Cândido Xavier Emmanuel
Grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.
Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação. Espírita Brasileira, particularmente à Diretoria da Instituição pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.
Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.
Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor, 9 anos, e Ana Clara, 11 anos, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.
A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa por meio da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.
A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.
A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.
A Deus, Inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.
Fac-símile do comentário mais antigo a integrar a coleção, referente a Jo 10:30, publicado em novembro de 1940 na revista Reformador.
N. E.: Essa mensagem no 4° volume da coleção O Evangelho por Emmanuel, mas, considerando seu conteúdo e significação, optamos por incluí-la também no início de cada volume.
jo 18:13
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Marcos
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0 Francisco Cândido Xavier Emmanuel
Grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.
Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação. Espírita Brasileira, particularmente à Diretoria da Instituição pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.
Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.
Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor, 9 anos, e Ana Clara, 11 anos, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.
A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa por meio da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.
A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.
A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.
A Deus, Inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.
Fac-símile do comentário mais antigo a integrar a coleção, referente a Jo 10:30, publicado em novembro de 1940 na revista Reformador.
N. E.: Essa mensagem no 4° volume da coleção O Evangelho por Emmanuel, mas, considerando seu conteúdo e significação, optamos por incluí-la também no início de cada volume.
jo 18:13
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Lucas
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0 Francisco Cândido Xavier Emmanuel
Ao chegarmos ao terceiro volume da coleção, é preciso reconhecer que grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.
Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação. Espírita Brasileira, particularmente à Diretoria da Instituição pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.
Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.
Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor, 9 anos, e Ana Clara, 11 anos, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.
A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa por meio da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.
A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.
A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.
A Deus, Inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.
jo 18:34
Caminho, Verdade e Vida
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 85 Página: 185 Francisco Cândido Xavier Emmanuel
“Respondeu-lhe Jesus: — Dizes isso de ti mesmo ou foram outros que to disseram de mim?” — (Jo 18:34)
A pergunta do Cristo a Pilatos tem significação mais extensiva. Compreendemo-la, aplicada às nossas experiências religiosas.
Quando encaramos no Mestre a personalidade do Salvador, por que o afirmamos? Estaremos agindo como discos fonográficos, na repetição pura e simples de palavras ouvidas?
É necessário conhecer o motivo pelo qual atribuímos títulos amoráveis e respeitosos ao Senhor. Não basta redizer encantadoras lições dos outros, mas viver substancialmente a experiência íntima na fidelidade ao programa divino.
Quando alguém se refere nominalmente a um homem, esse homem pode indagar quanto às origens da referência.
Jesus não é símbolo legendário; é um Mestre Vivo.
As preocupações superficiais do mundo chegam, educam o espírito e passam, mas a experiência religiosa permanece.
Nesse capítulo, portanto, é ilógico recorrermos, sistematicamente, aos patrimônios alheios.
É útil a todo aprendiz testificar de si mesmo, iluminar o coração com os ensinos do Cristo, observar-lhe a influência excelsa nos dias tranquilos e nos tormentosos.
Reconheçamos, pois, atitude louvável no esforço do homem que se inspira na exemplificação dos discípulos fiéis; contudo, não nos esqueçamos de que é contraproducente repousarmos em edificações que não nos pertencem, olvidando o serviço que nos é próprio.
jo 18:36
Pão Nosso
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 133 Página: 277 Francisco Cândido Xavier Emmanuel
“Mas agora o meu Reino não é daqui.” — JESUS (Jo 18:36)
Desde os primórdios do Cristianismo, observamos aprendizes que se retiram deliberadamente do mundo, alegando que o Reino do Senhor não pertence à Terra.
Ajoelham-se, por tempo indeterminado, nas casas de adoração, e acreditam efetuar na fuga a realização da santidade.
Muitos cruzam os braços à frente dos serviços de regeneração e, quando interrogados, expressam revolta pelos quadros chocantes que a experiência terrena lhes oferece, reportando-se ao Cristo, diante de Pilatos, quando o Mestre asseverou que o seu reino ainda não se instalara nos círculos da luta humana.
No entanto, é justo ponderar que o Cristo não deserdou o planeta. A palavra d’Ele não afiançou a negação absoluta da felicidade celeste para a Terra, mas apenas definiu a paisagem então existente, sem esquecer a esperança no porvir.
O Mestre esclareceu: — “Mas agora o meu reino não é daqui.”
Semelhante afirmativa revela-lhe a confiança. Jesus, portanto, não pode endossar a falsa atitude dos operários em desalento, tão só porque a sombra se fez mais densa em torno de problemas transitórios ou porque as feridas humanas se fazem, por vezes, mais dolorosas. Tais ocorrências, muita vez, obedecem a pura ilusão visual.
A atividade divina jamais cessa e justamente no quadro da luta benéfica é que o discípulo insculpirá a própria vitória.
Não nos cabe, pois, a deserção pela atitude contemplativa e, sim, avançar, confiantemente, para o grande futuro.
jo 18:36
Livro da Esperança
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 3 Página: 23 Francisco Cândido Xavier Emmanuel
“Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo.” — JESUS (Jo 18:36)
“Todo cristão, pois, firmemente crê na vida futura, mas a ideia que muitos fazem dela é ainda vaga, incompleta e por isso mesmo falsa em diversos pontos. Para grande número de pessoas não há a tal respeito, mais do que uma crença balda de certeza absoluta, donde as dúvidas e mesmo a incredulidade.
O Espiritismo veio completar nesse ponto, como em vários outros, o ensino do Cristo, fazendo-o quando os homens já se mostram maduros bastante para apreenderem o verdade.” — ()
Esperavas pelos irmãos do caminho a fim de te entregares à construção da Terra melhor e quedas-te, muita vez, em amargoso desalento porque tardem a vir.
Observa, porém, a estrada longa da evolução, para que o entendimento te pacifique.
Milhares deles são corações de pensamento verde que te rogam apoio e outros muitos seguem trilha adiante, inibidos por névoas interiores que desconhecem.
Repara os que se renderam às lágrimas excessivas.
Choraram tanto que turvaram os olhos não mais divisando os companheiros infinitamente mais desditosos a lhes suplicarem auxílio nas vascas da aflição.
Contempla os que passam vaidosos sem saberem utilizar, construtivamente, os favores da fortuna.
Habituaram-se tanto às enganosas vantagens da moeda abundante que perderam o senso íntimo.
Enumera os que se embriagam de poder transitório.
Abusaram tanto da autoridade que caíram na exaltação da paranoia sem darem conta disso.
Relaciona os que asseveram amar, transformando a afetividade no egoísmo envolvente.
Apaixonaram-se tanto por criaturas e cousas, cultivando exigências, que deliram positivamente sem perceber.
Anota os que avançam, hipnotizados pelas dignidades que receberam do mundo.
Fascinaram-se tanto pelas honras exteriores que olvidaram os semelhantes a quem lhes compete o dever de servir.
Nenhum deles atrasou por maldade. Foram vítimas da ilusão que, frequentemente, se agiganta qual imenso nevoeiro na periferia da vida, mas regressarão depois à verdade triunfante para atenderem às tarefas que realizas.
Para todos eles que ainda não conseguiram chegar à grande renovação é compreensível o adiamento do trabalho a fazer.
Entretanto, nada nos justificará desânimo ou deserção na Obra do Cristo, porque embora estejamos consideravelmente distantes da sublimação necessária, transportamos conosco o raciocínio lúcido e libertado no sustento da fé.
jo 18:36
A Caminho da luz
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 17 Francisco Cândido Xavier Emmanuel
Os mensageiros de Jesus.
Em todo o século VI, de conformidade com as deliberações efetuadas no Plano Invisível, aparecem grandes vultos de sabedoria e bondade, contrastando a vaidade orgulhosa dos bispos católicos, que em vez de herdarem as tesouros de humildade e amor do Crucificado, reclamaram para si a vida suntuosa, as honrarias e prerrogativas dos imperadores. Os chefes eclesiásticos, guindados à mais alta preponderância política, não se lembravam da pobreza e da simplicidade apostólicas, nem das palavras do Messias, que afirmara não ser o seu reino ainda deste mundo. (Jo 18:36)
Todavia, nesse pantanal de ambições floresciam, igualmente, os lírios da misericórdia de Jesus, em sublimadas realizações de sacrifício e bondade. Espíritos heroicos e missionários, cuja maioria não se incorporou aos nomes da galeria histórica terrestre, exerceram a função de novos sacerdotes da ideia sagrada do Cristianismo, conservando-lhe o fogo divino para as futuras gerações do planeta. Subordinados, embora, à disciplina da Igreja romana, eles ouviam, no ádito do coração, a palavra eterna e suave do Divino Jardineiro e sabiam, por isso, que a sua missão era a da renúncia, do sacrifício e da humildade. Roma podia negociar os títulos eclesiásticos com a política do mundo e estabelecer a simonia nos templos sagrados, esquecendo os mais severos compromissos; eles, porém, nas suas túnicas rotas, atravessariam o mundo alentando a palavra das promessas evangélicas, edificariam pousos de silêncio e de misericórdia, onde guardassem as tradições escritas da cultura sagrada, para os dias do porvir.
Desses exércitos de abnegados que se organizaram com Jesus e por Jesus, no seio da Igreja, somos levados a destacar os missionários beneditinos, cujo esforço amoroso e paciente conduziu grande número de coletividades dos povos considerados bárbaros, principalmente os germanos, para o seio generoso das ideias do Cristianismo.
O Império Bizantino.
Depois da morte do imperador Teodósio, eis que o mundo conhecido se reparte em dois impérios — o do Ocidente e o do Oriente divididos entre os seus dois filhos, Honório e Arcádio. Com o assalto dos hérulos, em 476 desaparece o império ocidental e com ele, para sempre, os resquícios da integridade do Império Romano, instalando-se depois, em 493, o reino ostrogodo na Itália, tendo Ravena por capital.
Constantinopla é então a sucessora legítima da grande cidade imperial. O império bizantino era o depositário da legislação e dos costumes romanos. Um poderoso sopro de latinidade vitaliza as suas instituições. Debalde, porém, as expressões romanas buscam um refúgio nas outras terras, com o objetivo de uma perpetuação. Homens enérgicos, como Justiniano, não conseguem salvá-las. Forças ocultas e poderosas estavam incumbidas de sua visceral renovação, e, não obstante sua resistência milenar, o império bizantino, herdeiro dos Césares, ia cair exânime, em 1453, ao assalto de Maomet II.
O Islamismo.
Antes da fundação do Papado, em 607, as forças espirituais se viram compelidas a um grande esforço no combate contra as sombras que ameaçavam todas as consciências. Muitos emissários do Alto tomam corpo entre as falanges católicas no intuito de regenerar os costumes da Igreja. Embalde, porém, tentam operar o retorno de Roma aos braços do Cristo, conseguindo apenas desenvolver o máximo de seus esforços no penoso trabalho de arquivar experiências para as gerações vindouras.
Numerosos Espíritos reencarnam com as mais altas delegações do Plano Invisível. Entre esses missionários, veio aquele que se chamou Maomet, ao nascer em Meca no ano 570. Filho da tribo dos Coraixitas, sua missão era reunir todas as tribos árabes sob a luz dos ensinos cristãos, de modo a organizar-se na Ásia um movimento forte de restauração do Evangelho do Cristo, em oposição aos abusos romanos, nos ambientes da Europa. Maomet, contudo, pobre e humilde no começo de sua vida, que deveria ser de sacrifício e exemplificação, torna-se rico após o casamento com Khadidja e não resiste ao assédio dos Espíritos da Sombra, traindo nobres obrigações espirituais com as suas fraquezas. Dotado de grandes faculdades mediúnicas inerentes ao desempenho dos seus compromissos, muitas vezes foi aconselhado por seus mentores do Alto, nos grandes lances da sua existência, mas não conseguiu triunfar das inferioridades humanas. É por essa razão que o missionário do Islã deixa entrever, nos seus ensinos, flagrantes contradições. A par do perfume cristão que se evola de muitas das suas lições, há um espírito belicoso, de violência e de imposição; junto da doutrina fatalista encerrada no Alcorão, existe a doutrina da responsabilidade individual, divisando-se através de tudo isso uma imaginação superexcitada pelas forças do bem e do mal, num cérebro transviado do seu verdadeiro caminho. Por essa razão o Islamismo, que poderia representar um grande movimento de restauração do ensino de Jesus, corrigindo os desvios do Papado nascente, assinalou mais uma vitória das Trevas contra a Luz e cujas raízes era necessário extirpar.
As guerras do Islã.
Maomet, nas recordações do dever que o trazia à Terra, lembrando os trabalhos que lhe competiam na Ásia, a fim de regenerar a Igreja para Jesus, vulgarizou a palavra “infiel”, entre as várias famílias do seu povo, designando assim os árabes que lhe eram insubmissos, quando a expressão se aplicava, perfeitamente, aos sacerdotes transviados do Cristianismo. Com o seu regresso ao Plano Espiritual, toda a Arábia estava submetida à sua doutrina, pela força da espada; e todavia os seus continuadores não se deram por satisfeitos com semelhantes conquistas. Iniciaram no exterior as “guerras santas”, subjugando toda a África setentrional, no fim do século VII. Nos primeiros anos do século imediato, atravessaram o estreito de Gibraltar, estabelecendo-se na Espanha, em vista da escassa resistência dos visigodos atormentados pela separação, e somente não seguiram caminho além dos Pirineus porque o Plano Espiritual assinalara um limite às suas operações, encaminhando Carlos Martel para as vitórias de 732.
Carlos Magno.
É depois dessa época que Jesus permite a reencarnação de um dos mais nobres imperadores romanos, ansioso de auxiliar o espírito europeu na sua amargurada decadência. Essa entidade renasceu, então, sob o nome de Carlos Magno, o verdadeiro reorganizador dos elementos dispersos para a fundação do mundo ocidental. Quase analfabeto, criou as mais vastas tradições de energia e de bondade, com a superioridade que lhe caracterizava o espírito equilibrado e altamente evolvido. Num reinado de 46 anos consecutivos, Carlos Magno intensificou a cultura, corrigiu defeitos administrativos que imperavam entre os povos desorganizados da Europa, deixando as mais belas perspectivas para a latinidade.
Sabe Jesus quanto de lágrimas lhe custou o cumprimento de uma tarefa dessa natureza, cujo desempenho exigia as mais altas qualidades de cérebro e coração. Mas, antecipando as doces comoções que o aguardavam no Plano Espiritual, numerosos amigos invisíveis, que com ele haviam caminhado na Roma do direito e do dever, cercam-lhe a personalidade na noite do Natal do ano 800, quando o seu pensamento em prece se elevava a Jesus, na basílica de São Pedro. Uma onda de vibrações harmoniosas invade o ambiente suntuoso, pouco propício às demonstrações da verdadeira espiritualidade. Leão III, o papa reinante, sente-se tocado de incompreensível arrebatamento espiritual, e, aproximando-se do grande batalhador do bem, cinge-lhe a fronte com uma coroa de ouro, enquanto a multidão designa-o, em vozes comovidas e entusiásticas, como “imperador dos romanos”.
Carlos Magno sente que aquela cidade era também dele. Parece-lhe voltar ao passado longínquo, contemplando a Roma do pretérito, cheia de dignidade e de virtude. Seu coração derrama lágrimas, como Jeremias sobre a Jerusalém (Lm 1:1) das suas dores, agradecendo a Jesus os favores divinos.
Decorridos alguns anos sobre esse acontecimento, o grande imperador busca de novo as claridades do Além, para reconhecer que o seu esforço caía sobre as almas qual uma bênção, mas o império por ele organizado teria escassa duração.
O Feudalismo.
Depois das nobres conquistas atenienses em matéria de política administrativa, depois das grandes jornadas do direito romano à face do mundo, custa-se a entender o porquê do feudalismo, que se estendeu pela Europa, desde o século VIII até o século XII, figurando-se ao estudioso da História um como retrocesso de toda a civilização.
Toda a unidade política desaparece nesses tempos de luzidas lembranças para a Humanidade. A propriedade individual jamais alcançou tamanha importância e nunca a servidão moral ganhou tão forte impulso. Com semelhante regime, as lutas fratricidas tiveram campo largo no território europeu, disputando-se uma hegemonia que jamais chegava na equação dos movimentos bélicos. Somente as poucas qualidades cristãs da Igreja Católica conseguiram atenuar o caráter nefasto dessa situação, instituindo-se as chamadas “tréguas de Deus”, obrigando os guerreiros ao repouso em determinados dias da semana, com o objetivo de comemorar as passagens da vida de Jesus-Cristo e defendendo-se a paz com a periódica cessação das hostilidades.
Razões do Feudalismo.
Esse regime, todavia, é facilmente explicável.
A missão de Carlos Magno houvera sido organizada pelo Plano Invisível como uma das mais vastas tentativas de reorganização do império do Ocidente, mas, observando-se a inutilidade do tentame, em virtude do endurecimento da maioria dos corações, as autoridades espirituais, sob a égide do Cristo, renovaram os processos educativos do mundo europeu, então no início da civilização atual, chamando todos os homens para a vida do campo, a fim de aprenderem melhor, no trato da terra e no contato da Natureza. Só o feudalismo podia realizar essa obra, e as suas normas, embora grosseiras, foram aproveitadas na escola penosa das aquisições espirituais, onde a reflexão e a sensibilidade iam surgir para a construção do edifício milenar da civilização do Ocidente.
jo 18:36
Irmão
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 19 Francisco Cândido Xavier Emmanuel
Em verdade, asseverou Jesus que o Reino de Deus ainda não é deste mundo, (Jo 18:36) no entanto, várias vezes, afirmou que esse Reino permanece dentro de nós. (Lc 17:20)
Muitos aguardam a vinda espetacular do Céu à Terra, ignorando que a construção do Céu há de começar em nós, se nos propomos alcançar a Vida Perfeita.
Não olvides o reino do coração, se anelas trabalhar pelo Reino do Cristo.
Não podes sustar a perturbação que ruge em derredor de teus passos, entretanto, é possível apaziguar a própria alma e encontrar dentro dela um abrigo de serenidade e esperança.
Não podes paralisar o verbo que fere e vergasta, mas, é fácil guardar o próprio espírito em silêncio para somente movimentá-lo na bondade que ajuda, compreende e perdoa.
Não podes, sem dúvida, inventar, de repente, hospitais e escolas, lares e templos em que a coletividade enferma e sofredora encontre, de imediato, remédio e ensinamento, aconchego e fé viva, contudo, ainda hoje, é possível socorrer o parente desarvorado, amparar a criança infeliz, consolar o velhinho anônimo, auxiliar ao ignorante com uma frase amiga ou encorajar o irmão doente.
Não podes, de improviso, impedir a carreira do mal, no entanto, é justo te consagres ao bem, como ponto de apoio ao amor puro que se derrama da Esfera Divina, em benefício da Humanidade em crescimento para a Luz.
Para isso, porém, é preciso te escudes, hoje e amanhã, na boa vontade.
Lembremo-nos de que o valor de nossa existência está em função do valor que a nossa vida represente para as vidas que nos rodeiam.
Ainda mesmo que todas as circunstâncias te hostilizem, ajuda sempre.
A Eterna Sabedoria, a seu tempo, se manifestará, abençoando-te o sacrifício.
Realmente, não podes aguardar o Reino de Deus na Terra de agora, mas, desde agora, podes iluminar o Reino de Deus que está em ti.
jo 18:36
Cinquenta Anos Depois
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 2 Francisco Cândido Xavier Emmanuel
Helvídio Lúcius encontrava-se entre a Tessália e a Beócia, quando lhe chegou a notícia do falecimento do pai. Inútil cogitar de uma visita a Roma, com o fim de confortar o coração desolado dos seus, não somente porque muitos dias já se haviam passado, como também devido aos seus labores intensos, no cargo a ele confiado pelos caprichos do Imperador.
Entre os mármores e preciosidades da antiga Fócida, em cujas ruínas era obrigado a utilizar os seus talentos na escolha de material aproveitável às obras de Tibur, sentiu no coração um vácuo imenso. O genitor era para ele um amparo e um símbolo. Aquela morte deixava-lhe n’alma uma saudade imorredoura.
Os longos meses de separação do ambiente doméstico decorriam pesadamente.
Debalde atirava-se ao trabalho para fugir ao desalento que, amiúde, lhe invadia o coração.
Embora a comitiva imperial permanecesse em Atenas, junto de Adriano, ele nunca estava livre das convenções sociais e políticas, no ambiente de suas atividades diuturnas. Sobretudo Cláudia Sabina nunca o abandonava na faina do esforço comum, cooperando na sua tarefa com decisão e com êxito, reconquistando-lhe a simpatia e amizade de outros tempos. Helvídio Lúcius, porém, se lhe admirava a capacidade de trabalho, não poderia transigir no tocante aos sagrados deveres conjugais, guardando a imagem da esposa no santuário de suas lembranças mais queridas, com lealdade e veneração. Recebia as suas cartas afetuosas e confiantes, como um estímulo indispensável aos seus feitos e acariciava a esperança de regressar a Roma em breve tempo, como alguém que aguardasse ansioso o dia de paz e liberdade.
Desde muito, porém, o generoso patrício trazia o íntimo onusto de preocupações e de sombras.
A esposa de Lólio Úrbico, modificando os processos de sedução, apresentava-se agora, a seus olhos, como amiga devotada e fiel, irmã dos seus ideais e de suas preocupações. No fundo, a antiga plebeia conservava a paixão desvairada de sempre, acompanhada dos mesmos propósitos de vingança para com Alba Lucínia, considerada como usurpadora da sua ventura.
O tribuno, entretanto, observando-lhe as dedicações reiteradas e aparentemente sinceras, começou a acreditar no seu desinteresse, verificando a confortadora transformação dos sentimentos da sua profunda capacidade de artificialismo. Cláudia Sabina, contudo, continuava a quere-lo desvairadamente. O constante adiamento de suas esperanças represava-lhe a paixão com mais violência. No íntimo, experimentava os padecimentos de uma leoa ferida, mas a verdade é que, a cada investida do seu afeto, Helvídio lhe fazia perceber o caráter sagrado das obrigações matrimoniais de ambos, indiferente ao seu olhar ansioso e às suas aspirações inconfessáveis. A mulher de Lólio Úrbico desejava ser amada, assim, com tanta fidelidade e devotamento, mas os sentimentos grosseiros do coração não lhe deixavam perceber as vibrações mais nobres do espírito. Sabia, tão somente, que amava Helvídio Lúcius com todos os impulsos do seu temperamento lascivo. Para realizar os seus propósitos inconfessáveis, não recuaria. Odiava Alba Lucínia e não trepidaria em lhe impor a vingança mais cruel, desde que conseguisse voltar às delícias do antigo amor, feito de exclusividade e violência.
Cláudia percebeu que o tribuno, apegado às concepções do dever, poderia ser vencido tão somente por uma dissimulação a toda prova, e por isso cercava Helvídio de atenções carinhosas e constantes dedicações. Quando, acidentalmente, se referia à esposa ausente, tinha o cuidado de elogiá-la, esforçando-se por colorir os conceitos com o melhor tom de sinceridade.
Desse modo, o filho de Cneio Lúcius se foi prendendo, novamente, na teia de encantos daquela mulher, concedendo-lhe uma atenção indevida, sensibilizado nas fibras mais íntimas do coração, embora nunca chegasse a olvidar as suas obrigações mais sagradas.
Cláudia Sabina, contudo, afagava novas esperanças. Aos seus olhos, bastaria afastar do caminho a figura incômoda de Alba Lucínia, para assegurar a sua bastarda felicidade.
Certo dia, a esposa do prefeito fingindo distração nas palavras, como de costume, asseverou a Helvídio em íntima palestra:
— A última carta de uma das minhas amigas, de Roma, dava-me a conhecer um pormenor curioso da vida de meu marido. Musônia avisa-me que Úrbico passa em sua casa quase todo o tempo de que dispõe nos seus labores de Estado.
— Em minha casa? — Perguntou o tribuno ruborizado, adivinhando a malícia de semelhante informação.
— Sim — respondeu Cláudia aparentando a maior indiferença — sempre notei em meu marido singular predileção por sua família. Lucínia e sua filha sempre foram alvo de suas gentilezas especiais. Aliás, isso não nos pode surpreender. Fábio Cornélio, desde muitos anos, tem sido o seu melhor amigo.
— Sim, isso é incontestável — exclamou Helvídio algo desapontado com semelhantes alusões ao seu lar.
Sabina percebeu que aquele instante era favorável para iniciar o tenebroso plano e, fingindo interesse pela paz doméstica de Helvídio Lúcius, acrescentou sem piedade:
— Meu amigo, aqui entre nós, devo dizer-lhe que meu marido não é um homem que justifique os mais preciosos costumes do ambiente romano. Avalie quanto me custa fazer-lhe esta confidência, mas desejo zelar pela paz do seu lar, acima de tudo. Hipócrita e impulsivo por índole, Lólio Úrbico tem feito numerosas vítimas, no campo de suas aventuras de conquistador inveterado. Temo-lhe a frequência a sua casa, por sua mulher e por sua filha.
Helvídio fez-se pálido, mas Cláudia, percebendo o efeito de suas palavras, prosseguia impiedosamente:
— Vivemos uma época de surpresas temerosas, na qual as mais sólidas reputações baqueiam imprevistamente… Desde que me casei com o prefeito, venho experimentando uma série de provações. Suas aventuras amorosas têm-me acarretado grandes dissabores, dado o clamor das vítimas, a me repercutirem no coração…
— Por Júpiter! — murmurou o tribuno fortemente impressionado — não posso contestar as suas apreciações, mas quero crer que Fábio Cornélio não se poderia enganar por tantos anos, elegendo no prefeito um de seus melhores amigos.
— Sim, esse argumento parece forte à primeira vista — respondeu Sabina com argúcia — mas convém lembrar que o meu amigo recomeça a sua vida na Capital do Império, depois de muitos anos acostumado à tranquilidade da Província. O tempo demonstrará que o censor e o prefeito se identificaram muito em uns tantos negócios do Estado. Ambos são compelidos a se respeitarem e a se quererem mutuamente, mas, quanto à conduta individual, sabem os deuses da realidade de minhas afirmativas.
Helvídio Lúcius desviou a palestra para outros assuntos, reconhecendo a delicadeza daquelas observações sobre a honorabilidade de outrem e a propósito do seu lar, mas, quando Sabina se retirou, sentiu-se envenenado de preocupações injustificáveis e profundas. Que significariam aquelas visitas reiteradas do Lólio Úrbico a sua casa? Porventura, Alba Lucínia ter-se-ia esquecido dos seus sagrados deveres? Fábio Cornélio prender-se-ia tanto aos interesses materiais, a ponto de olvidar o nome e as respeitáveis tradições da família? Na mente do tribuno, as numerosas cogitações íntimas se baralhavam em tormenta. Ainda bem que aquela ausência dolorosa estava prestes a findar. Élio Adriano já expedira as ordens para que largassem da Itália as galeras para o regresso.
Em Roma, porém, a situação de Alba Lucínia e da filha chegava ao auge do sofrimento moral. Várias vezes, Célia percebera os colóquios de sua mãe com o impiedoso conquistador, mas, dada a sua timidez, não podia perceber a repulsa da genitora, diante da infâmia e da cruel ousadia. Lucínia, a seu turno, algumas vezes, encontrava o prefeito dos pretorianos em visita a sua casa, quando de suas curtas ausências junto das amigas, encontrando o implacável perseguidor em conversação com a filha, que o acolhia com a tolerância dos seus bons sentimentos, de modo a não ferir o coração materno, salientando-se que a esposa de Helvídio temia, sinceramente, a presença daquele homem cruel, transformado em demônio do seu lar.
A nobre senhora, abatida e doente, pensou em expor a situação ao velho pai e, todavia, considerou que o censor já deveria ter percebido, de longa data, a sua posição angustiosa, do ponto de vista moral, supondo, portanto, que, se ele silenciava, é que lhe sobravam ponderosas razões para faze-lo.
Muitas vezes tentou falar à filha sobre tão delicado assunto, supondo-a também vítima das perseguições insidiosas do inimigo da sua paz; todavia, Célia com a sua natural pudicícia jamais deu ensejo às confidências maternais, desviando o curso das conversações e multiplicando os carinhos para com ela, em cujo coração adivinhava as mais angustiosas inquietações.
Afinal, quando faltavam dois meses para o regresso definitivo de Helvídio, Alba Lucínia acamou-se, extremamente abatida.
Mais de um ano fazia que o Imperador ausentara.
Foram catorze meses de angústia para a filha de Fábio Cornélio, cuja saúde não pudera resistir ao embate das provações mais penosas. Célia, igualmente, tinha as faces descoradas e tristes. Através dos seus traços, podia observar-se o enfraquecimento orgânico. As preocupações filiais se traduziam por longas noites de insônia, que acabaram por lhe arruinar a saúde, antes vigorosa. Com a sua ternura inata, ela tudo fazia por consolar a mãezinha combalida.
Dos portos da Itália foram enviadas quatro grandes galeras para o regresso de Adriano e sua comitiva. A primeira embarcação, chegada ao litoral da Ática, foi disputada pelos elementos mais ávidos de retornar ao ambiente romano, entre os quais Cláudia Sabina, que pretextava a necessidade de voltar quanto antes, considerando os apelos do seu círculo doméstico.
Helvídio Lúcius estranhou aquela pressa, mas não podia adivinhar o alcance de seus planos. Ele também desejaria regressar, urgentemente, mas era obrigado a atender ao convite do Imperador, para fazer-lhe companhia na embarcação de honra, que chegaria a Óstia oito dias depois das primeiras galeras.
Daí a alguns dias, a mulher do prefeito dos pretorianos chegava à Capital do Império, com o avanço de uma semana, de molde a cogitar da realização dos sinistros projetos de vingança que lhe trabalhavam a mente. O marido recebeu-a com a frieza habitual e os servos da casa, com a angústia que a sua presença lhes facultava.
Cláudia Sabina teve meios de fazer chegar à Hatéria a notícia de sua volta, encarecendo-lhe a visita com a possível urgência.
Em frente de sua cúmplice, a quem dispensava o máximo de generosidade, a antiga plebeia disse-lhe ansiosamente:
— Hatéria, chegou o momento de jogar a última cartada na minha partida. Realizarei meu projeto sem vacilar nas minhas atitudes, e, quanto a ti, receberás agora o prêmio da tua dedicação.
— Sim, senhora — retrucava a serva com o olhar cúpido, considerando a propina.
— Como vai a mulher de Helvídio?
— A patroa vai muito abatida, e doente.
— Ainda bem — murmurou Sabina satisfeita — isso favorece a execução dos meus planos.
E depois de fixar na companheira os olhos a ansiosos, acentuou de maneira singular:
— Hatéria, estás preparada para o que possa acontecer?
— Sem dúvida, minha senhora. Entrei em casa do patrício Helvídio Lúcius, para vos servir, exclusivamente.
— Não te arrependerás por isso — disse Sabina com decisão. — Ouve-me: estamos ao termo da missão que te retém junto de Alba Lucínia. Espero do teu esforço o último serviço de colaboração na minha tarefa de amplo desagravo do passado doloroso. Tenho sido generosa contigo, mas desejo assegurar o teu futuro pelos bons serviços que me hás prestado. Que desejas para descanso da tua velhice no seio da plebe desamparada?
Depois de pensar um momento, a velha serva murmurou satisfeita, como se já houvesse realizado, no íntimo, todos os cálculos imprescindíveis a uma resposta mais exata.
— Senhora, sabeis que tenho uma filha casada, cujo marido vem arcando com a maior miséria nos seus dias de tormento e de pobreza. Valério, meu genro, teve sempre grande amor à vida do campo; mas, em sua penosa condição de liberto pobre, jamais conseguiu amealhar o suficiente para adquirir um trato de terra, onde pudesse fazer a felicidade da família. Meu ideal, portanto, é possuir um sítio longe de Roma, onde me recolhesse junto dos filhos e dos netos que me estimarão, como hoje, nos dias próximos da decrepitude e da invalidez para o trabalho.
— Teus desejos serão satisfeitos — exclamou a mulher do prefeito, enquanto Hatéria a escutava, cheia de alegria — vou indagar o custo de um sítio aprazível e, no momento oportuno, dar-te-ei a quantia necessária.
— E que devo fazer agora para lograr semelhante ventura?
— Escuta — disse Cláudia com gravidade — de hoje a uma semana Helvídio Lúcius deverá estar de volta. Na tarde de sua chegada, deverás procurar-me para receber instruções. Nesse mesmo dia terás o dinheiro necessário para realizar teus desejos. Por agora, vai-te em paz e confia em mim.
Hatéria estava radiante com as perspectivas do futuro, sem levar em conta os meios criminosos que haveria de empregar para atingir seus fins.
No dia seguinte, pela manhã, uma liteira modesta saía da residência de Lólio Úrbico, em direção à Suburra.
Será inútil esclarecer que se tratava de Cláudia Sabina dirigindo-se à , com quem haveria de concluir os seus projetos sinistros.
A feiticeira de Cumas recebeu-a sem surpresa, como se estivesse à sua espera.
Depois de mergulhar as mãos ávidas na aluvião de sestércios que Cláudia lhe trazia, Plotina concentrou-se diante da trípode que já conhecemos, falando em seguida:
— Senhora, o momento é único! Deveremos cuidar de todos os pormenores, quanto ao que vos cumpre fazer, afim de que se não percam os nossos melhores esforços.
Cláudia Sabina pôs-se a meditar num plano minucioso que a feiticeira submetia ao seu critério.
Plotina falava em voz muito baixa, como se receasse as próprias paredes, tal a ignomínia das sugestões criminosas.
Finda a longa exposição, a consulente retrucou pensativa:
— Mas não seria melhor exterminar a rival? Tenho alguém em sua casa que se poderá incumbir do último golpe. Sei que conheces os filtros mais violentos e que mos podes fornecer hoje mesmo.
— Senhora — as vossas ponderações são razoáveis, mas deveis recordar que a morte do corpo só aproveita aos assuntos de ordem material; e, em nosso caso, eles são de ordem espiritual, tornando-se indispensável um golpe infalível. Quem nos dirá que o homem amado voltará aos vossos braços se a companheira descer às cinzas de um túmulo? Os que partem para o Além costumam deixar uma saudade duradoura, alimentando sempre uma paixão inextinguível.
E enquanto a esposa do prefeito considerava as estranhas insinuações como certas e justas, Plotina continuava:
— É preciso instilar o ódio no coração do homem desejado, para que a vossa ventura seja efetiva. Para atingirmos esse fim, necessária se torna flagelar a alma, abatendo-a e destruindo-a.
— Sim, as tuas advertências são assaz judiciosas e não devo desprezá-las, mas, de conformidade com o teu plano, meu marido deverá desaparecer…
— E que vos importa isso, se a sua morte se faz necessária? Não forçais o destino para gozar a felicidade possível com outro homem?
— Sim, teu projeto é o melhor, porquanto chegaste a prever todas as consequências.
E, como se apostrofasse a figura imaginária da rival, vítima da sua insânia e do seu ódio, acentuou com os olhos perdidos no vácuo:
— Alba Lucínia deverá viver!… Relegada a uma plana inferior, com a sua vergonha, padecerá o desprezo e a execração que tenho padecido!…
Plotina levantara-se. De um armário esquisito, retirou frascos e pacotes que entregou à cliente, com observações especializadas.
Aceitando de alma aberta o plano odioso, Cláudia Sabina saiu, prometendo voltar.
Daí a dias Élio Adriano com a sua imponente comitiva entrava pela Porta Óstia, aclamado pela onda espessa do patriciado e do povo.
O Imperador, com a sua predileção pelas relíquias da antiguidade, recomendou a Helvídio superintendesse todo o serviço de descarga das peças curiosas da Fócida, destinadas a Roma. O tribuno, porém, delegando a incumbência a um dos seus prepostos de confiança, dirigiu-se à cidade, para abraçar a esposa e a filha.
Lucínia e Célia receberam-no com transportes de júbilo indizível.
O tribuno, porém, abraçou-as tomado de enorme surpresa. Ambas se encontravam desfiguradas e doentes. Nada obstante, trocaram-se impressões carinhosas, cheias do encantamento e do júbilo de se reverem. Assinalando essa comovedora alegria, o generoso patrício, amante do lar, retirou de pequena caixa um soberbo bracelete de pedras preciosas, que entregou à esposa como lembrança de Atenas e deu à filha uma formosa pérola adquirida na Acaia, como recordação da Grécia longínqua.
Depois, foi um longo desfiar de reminiscências amigas e doces. Alba Lucínia teve de confiar ao marido todas as peripécias da enfermidade, agonia e morte de Cneio Lúcius.
Enquanto a cidade se repletava de espetáculos para ilustrar o regresso do Imperador, Helvídio Lúcius e os seus entretinham-se em palestra cariciosa, matando as saudades recalcadas.
Todavia, quando os derradeiros clarões do Sol preludiavam o crepúsculo, o patrício disse à esposa, com grande ternura:
— Agora, querida, regressarei à Óstia, onde sou obrigado a pernoitar ainda hoje. Amanhã estarei definitivamente reintegrado em casa, afim de organizarmos a nossa vida nova. Já me avistei com Fábio Cornélio, que acompanhou o Imperador ao lado do prefeito, mas somente amanhã poderei estar com Márcia, para ouvi-la acerca de meu pai e dos seus últimos desejos.
— Mas, as responsabilidades em Óstia são assim tão imperiosas? — perguntou Alba Lucínia preocupada — Para os serviços do Imperador não teria bastado a ausência de mais de um ano?
— Sim, querida, faz-se mister cumprirmos o dever nas suas características mais severas. Adriano incumbiu-me da verificação de todas as relíquias transportadas da Grécia e não posso confiar tão somente no trabalho dos servos, dado o valor considerável da carga em apreço. Mas, não te amofines com isso!… Lembra-te que amanhã aqui estarei para concertar os nossos planos familiares.
Alba Lucínia aquiesceu com um sorriso triste, como se estivesse em face do inevitável. Seu coração, porém, desejava a presença do companheiro para confiar-lhe, imediatamente, os seus íntimos dissabores.
Ao cair da tarde, a liteira de Helvídio saía de casa apressadamente.
Alba Lucínia recolhia-se ao leito, cheia de novas esperanças, enquanto a filha voltava às suas meditações.
Alguém, contudo, saía da residência do tribuno, cautelosa e apressadamente, sem despertar a curiosidade dos serviçais domésticos. Era Hatéria que se dirigia para o Capitólio.
Cláudia Sabina recebeu-a sôfrega, fazendo-a entrar num gabinete mais discreto e falando-lhe nestes termos:
— Ainda bem que vieste mais cedo! Tenho de tomar muitas providências.
— Aguardo as vossas ordens — respondeu a criatura na sua fingida humildade.
— Hatéria — volveu Sabina com voz quase imperceptível — estou vivendo horas decisivas para o meu destino. Confio em ti como se confiasse em minha própria mãe.
E entregando-lhe pesada bolsa, com o preço da traição, acrescentava:
— Aqui está o prêmio da tua dedicação em favor da minha felicidade. São economias com que poderás adquirir um sítio, longe de Roma, conforme desejas.
Hatéria, cúpida, recebia a pequena fortuna, deixando transparecer estranha alegria nos olhos fulgurantes.
A mulher de Lólio Úrbico, todavia, continuava em tom discreto:
— Em troca da minha generosidade, exijo-te, contudo, segredo tumular, ouviste?
— Essa exigência me é muito grata, creia-me — dizia a cúmplice.
— Cofio na tua palavra.
E depois de uma pausa, olhos perdidos no vácuo, como a antever os seus feitos horríveis, acentuou:
— Conheces a coluna lactária, no mercado de legumes?
— Sim, não fica longe do Pórtico de Otávia. Há muitos anos, por ali perambulei, afim de observar as criancinhas abandonadas.
— Neste caso não me será difícil explicar-te o que pretendo.
Começou a falar com a velha serva em voz muito baixa, expondo-lhe os seus projetos, enquanto Hatéria a ouvia muito admirada, mas aquiescendo a todas as sugestões.
Cláudia Sabina parecia alucinada. Olhar abstrato, a expressão fisionômica tinha um quê de sinistro. Como que concentrada no só propósito de efetivar os seus planos, dirigia-se à velha serva maquinalmente:
— Hatéria — disse, entregando-lhe um pequeno frasco — este filtro dá repouso físico e sono prolongado… Ao ministrá-lo, é preciso que Alba Lucínia descanse tranquilamente…
Confiando-lhe outro frasco, afoitamente acrescentava:
— Leva também este! Terás necessidade de tudo isso!…
E, enquanto a serva guardava os elementos do crime, acentuava:
— Que os deuses da minha vingança nos protejam… Até que enfim, chegou o instante da desforra… Sim, Hatéria, amanhã Helvídio Lúcius saberá, para todos os efeitos, que a esposa lhe foi infiel, apresentando-lhe o fruto de um crime… A escolha da criança ficará ao teu critério… Poderei contar absolutamente contigo?
— Pela fé no poder de , podeis confiar em mim, senhora. Irei à coluna lactária, depois da meia noite, e levarei comigo a criança. Os recém-nascidos são ali abandonados diariamente, às dezenas…
Assentada a combinação sinistra, a noite já havia desdobrado sobre Roma o seu manto de sombras espessas.
Todavia, enquanto Hatéria retornava à casa dos amos, Cláudia Sabina privava-se das festas noturnas do Imperador, encaminhando-se à Porta de Óstia apressadamente.
Encontrando-se lá com o filho de Cneio Lúcius, solicitou-lhe o favor de uma palavra em particular, no que foi imediatamente atendida.
— Helvídio — falou a perversa criatura com a sua facilidade de dissimulação — aqui estou para prevenir-te, reservadamente, de graves acontecimentos, aliás, já por mim previstos, quando na Grécia.
— Mas, que acontecimentos? — Interrogou o patrício com ansiedade.
— Deves estar preparado para ouvir-me, pois acredito que o prefeito dos pretorianos, com a bruteza dos seus sentimentos, chegou a macular a honra da tua casa.
— Impossível! — Exclamou o tribuno com veemência.
— Entretanto, deves ouvir Alba Lucínia imediatamente, verificando até que ponto conseguiu Lólio Úrbico introduzir-se no teu lar.
Eu não posso duvidar de minha mulher sequer um minuto — revidou com sinceridade.
— Queres ou não ouvir-me até o fim, para conheceres os pormenores do fato? — Perguntou Sabina encolerizada.
— Ouvi-la-ei com prazer, desde que o assunto não se refira à minha família e à honra da minha casa.
— É possível que tua opinião amanhã se modifique.
E, despedindo-se bruscamente do homem de suas paixões, que sabia defender as tradições do lar e da família, a antiga plebeia regressava ao Capitólio, mais que nunca interessada no desdobramento dos seus sinistros desígnios. O gênio do mal, que lhe falava no coração, preparava para aquela noite os acontecimentos mais terríveis.
Enquanto a vemos, pela madrugada, a examinar documentos e pergaminhos no gabinete de Lólio Úrbico, acompanhemos Hatéria até o mercado de legumes.
A sociedade romana já se havia habituado a ver junto da coluna lactária os míseros enjeitadinhos. Esse local de triste memória, onde muitas mães abnegadas acolhiam pobres crianças abandonadas, constituía como que os primórdios das famosas “rodas de expostos”, nos estabelecimentos de caridade cristã, que floresceriam mais tarde para o mundo.
À claridade mortiça da Lua, antes do amanhecer, a velha serva verificou a presença de três míseros pequeninos. Um deles, porém, chamou-lhe a atenção pelos seus suaves vagidos de recém-nato. Era uma criancinha de traços delicados e nobres, que a cúmplice de Cláudia pôde examinar, minuciosamente, à luz de uma tocha. O enjeitadinho, com roupas muito pobres, parecia nascido de poucas horas. Hatéria tomou-o nos braços, quase com enlevo, considerando intimamente: esta criança deve ser um digno rebento de patrícios romanos!… Que penoso romance não se ocultará no seu vestidinho roto e ordinário…
Levou-o consigo, penetrando na sala dos amos com todo o cuidado.
Amanhecia…
À noite, a criminosa adicionara o narcótico aos remédios de sua senhora.
Entrou no quarto onde a esposa de Helvídio repousava, tranquilamente, depôs a criança ao seu lado, envolvendo-a no ambiente tépido das coberturas. Em seguida, preparou ali toda a encenação necessária, sem que a pobre vítima do filtro que a mergulhara em longo e pesado sono pudesse perceber o que se passava.
Todavia, o pequenino começou a chorar fracamente, embora a serva criminosa fizesse o possível por acalmá-lo.
No quarto contíguo ao de sua mãe, dado o ruído insólito, Célia despertava.
Acordou aturdida e sensibilizada. Acabava de sonhar que se encontrava, novamente, no cemitério triste da Porta Nomentana, como na memorável noite em que pudera rever o bem-amado de sua alma. Figurou-se-lhe contemplar Ciro a seu lado, enquanto Nestório mantinha a mesma atitude das suas antigas prédicas perguntando: — Quem é minha mãe e quem são os meus irmãos? (Mt 12:46) Tinha o cérebro ainda preso de emoções carinhosas, e as mais ternas lembranças no coração de menina e moça…
Nesse instante, o ruído insólito chegava-lhe aos ouvidos. Vagidos de criança? Que significaria aquilo?
Levantou-se, apressada, com o pensamento ansioso, mergulhado em dolorosas perspectivas.
Notando o movimento de alguém que se aproximava, Hatéria fez menção de retirar-se à pressa, mas a jovem já havia transposto a porta, verificando-lhe a presença.
Contemplando a criança ao lado de sua mãe adormecida e os sinais evidentes de quanto caracteriza o lugar de um parto, presumiu adivinhar o drama com as amargas suspeitas do seu coração filial.
Um turbilhão de pensamentos penosos surpreendeu-lhe o cérebro enfraquecido. Sim, aquela criancinha deveria ter nascido ali, como consequência fatal de uma tragédia inesquecível.
— Hatéria — exclamou num gemido — que significa tudo isso?
— Vossa mãe, esta noite, minha boa menina — respondeu a serva criminosa, sem se perturbar — deu à luz um pequenino…
— É incrível! — Soluçou a filha de Helvídio, com a voz estrangulada.
— Entretanto é a verdade — revidou Hatéria em voz muito baixa — não dormi, auxiliando a senhora em seus sofrimentos!
E, apontando para a infortunada consorte do tribuno, exclamava quase tranquila:
— Agora ela dorme… e precisa repousar.
Célia não podia definir a intensidade dolorosa dos pensamentos que a empolgava. Nunca acreditara que sua mãe pudesse prevaricar na ausência paterna. Seu coração carinhoso sempre fora, ao seu ver, um modelo de virtudes, um símbolo de honestidade. Certamente Lólio Úrbico levara a infâmia aos mais pavorosos extremos. Ela bem lhe ouvira as palavras de conquistador desalmado e cruel! Além de tudo, sua mãe há muito que andava doente. Com certeza, seu coração bondoso e honesto estava cheio de tormentos da compunção e do arrependimento. Sentia pela mãe um enternecimento infinito. Seu pai regressara na véspera, cheio de novas esperanças. Ela surpreendera lágrimas nos olhos maternos, pranto esse que deveria ser de júbilo intenso e de comovedora alegria. Quanto não haveria sofrido o coração materno naqueles longos meses de expectativas angustiosas! Alba Lucínia, porém, sua mãe e melhor amiga, tinha agora um filhinho que não era uma flor do tálamo conjugal. Helvídio Lúcius não lhe perdoaria nunca. Célia conhecia a enfibratura do pai, assaz generoso, mas demasiadamente impulsivo. Além de tudo, a sociedade romana não admitia transigências, em se tratando de tragédia como aquela, no seio do patriciado. Com as lágrimas a borbulharem-lhe dos olhos, naquelas ríspidas e singulares meditações, a jovem cristã lembrou-se do sonho daquela noite, e pareceu-lhe ainda ouvir Nestório a repetir as palavras do Evangelho — “Quem é minha mãe e quem são meus irmãos?” — Levando as suas lembranças mais longe, recordou a exortação nas vésperas do sacrifício, quando afirmara que a melhor renúncia por Jesus não era propriamente a da morte, mas a do testemunho que o crente fornece com os exemplos da sua vida. Depois a figura do avô surgiu, espontânea em sua mente. Parecia-lhe que Cneio voltava do túmulo para recomendar-lhe, mais uma vez, a tranquilidade do pai e a ventura da mãe, nas provas asperíssimas!…
De olhos molhados, aproximou-se do pequenino, que abrira os olhos pela primeira vez, às primeiras claridades do dia… O enjeitadinho fez um movimento com os braços minúsculos, como se os levantasse para ela, suplicando-lhe conforto e afeto. Célia sentiu que as suas lágrimas caíam-lhe no rosto alvo e minúsculo, experimentando no coração uma ternura infinita. Retirou-o com cuidado como se o fizesse a um irmãozinho… Sentiu que o coraçãozinho batia-lhe de encontro ao seu, como o de uma ave assustada, sem direção e sem ninho… Seu espírito, como que tocado de sentimentos misteriosos e inexplicáveis, estava também povoado das mais profundas emoções maternas…
Depois de alguns minutos, em que Hatéria a contemplava surpreendida, Célia ajoelhou-se aos pés da serva, exclamando comovedoramente no seu sublime espírito de sacrifício:
— Hatéria, minha mãe é honesta e pura! Esta criança que vês nos meus braços é meu filho! Sê-lo-á, meu filhinho, agora e sempre, compreendes?
— Jamais o direi — respondeu a cúmplice de Cláudia, aterrada.
— Mas, ouve! Tu que foste a confidente da minha mãe ajuda-me a salvá-la!… Pelo amor de tuas crenças, confirma os meus propósitos!… Minha mãe precisa cuidar de meu pai no curso da vida e meu pai a adora! Se ela errou, porque não auxiliarmos a sua felicidade, devolvendo à sua alma a ventura merecida? Minha mãe nunca erraria de moto próprio!… Foi sempre boa, carinhosa e fiel… Só um homem muito perverso poderia induzi-la a uma falta dessa natureza, pelos caminhos do crime!…
Lacrimejante, enquanto a criada a escutava estarrecida, continuava:
— Cede aos meus desejos! Esquece o que viste esta noite, considerando que os tiranos dos nossos tempos costumam raptar nobres damas aplicando-lhes filtros de esquecimento! Minha pobre mãe deve ter sido vítima desses processos miseráveis… Quero salvá-la e conto contigo!… Dar-te-ei todas as minhas joias mais preciosas. Meu pai não costuma dar-me dinheiro em espécie, mas tenho dele e de meu avô as lembranças mais ricas… Ficarão contigo! Vende-las-ás onde quiseres… Arranjarás uma pequena fortuna…
— Mas, e a menina? — murmurou Hatéria espantada com o imprevisto dos acontecimentos — já pensou que essa ideia do sacrifício é impossível? Com quem ficaríeis no mundo? Vosso pai porventura, suportaria ver-vos assim, como mãe de uma criança infeliz?!…
— Eu… — exclamou a jovem com atitudes reticenciosas, como se desejasse lembrar alguém que a pudesse valer em tão dolorosas circunstâncias — eu… ficarei com Jesus!…
Em seguida, ante o silêncio de Hatéria, que lhe obedecia maquinalmente, todo o cenário foi transportado ao seu quarto, enquanto Célia conchegava o pequenino ao coração, entregando à serva ambiciosa todas as joias mais preciosas e guardando, apenas, a pérola que Helvídio lhe dera na véspera.
Alba Lucínia, contudo, saíra do seu torpor, repentinamente. Aturdida com os efeitos do narcótico, estava surpresa, ouvindo no quarto da filha os vagidos da criança.
Divisando o vulto de Hatéria através de uma cortina, chamou-a em voz alta para certificar-se do que ocorria.
A criada criminosa, porém, apareceu-lhe de frente, lívida e aterrada…
Levando as mãos à cabeça num gesto de fingido desespero, exclamava com esgares estranhos:
— Senhora!… Senhora! que grande desgraça!…
A esposa do tribuno, com o coração a lhe saltar do peito, pálida e aturdida, ia interrogar a serva, quando alguém transpôs a porta e penetrou no aposento.
Era Helvídio. O genro de Fábio não conseguira conciliar o sono. Depois das insinuações pérfidas de Sabina, parecia que veneno atroz lhe destruía todas as forças do coração. Trabalhou intensamente para que as horas da noite lhe fossem menos amargurosas e, todavia, ao dealbar da aurora, montara um cavalo veloz que o transportou célere, à casa, para consolidar a sua tranquilidade espiritual junto da mulher e da filhinha.
Lá chegando, ainda ouviu a velha serva exclamar desesperada:
— Uma desgraça!… uma grande desgraça!…
Enquanto Lucínia o contemplava aflita e amargurada, Helvídio Lúcius caminhava para ela e para a criada, com o semblante carregado e triste…
— Explica-te, Hatéria!… — Teve forças para murmurar à pobre senhora, aflitamente.
Nesse instante, porém, depois de longa prece, a jovem cristã surgiu, quase cambaleante, à porta da alcova materna.
Tinha os olhos vermelhos e tristes, a roupa mal posta, os cabelos em desalinho. Acalentado em seus braços afetuosos, o pequerrucho se acalmara, qual pássaro que houvesse reencontrado o ninho tépido.
Helvídio e sua mulher contemplaram a filha, surpresos e aterrados.
— Mas que significa tudo isso? — Explodiu o tribuno dirigindo-se à serva.
Célia quis explicar-se, mas a voz estrangulara-se-lhe na garganta, enquanto Hatéria esclarecia:
— Meu senhor, a menina, esta noite…
Contudo, ante o olhar duro do patrício, a sua voz se perdia nas reticências dos remorsos e das dúvidas, quanto às terríveis consequências da sua infâmia.
Célia, porém, cheia de fé na Providência Divina e sinceramente desejosa de sacrificar-se por sua mãe, ajoelhara-se humilde, exclamando com voz quase firme:
— Sim, me pai… minha mãe… pesa-me a confissão da minha falta, mas esta criança é meu filho!…
O tribuno sentiu que uma comoção desconhecida invadiu-lhe todo o ser. A cabeça andava-lhe à roda, ao mesmo tempo que lividez de mármore cobria-lhe as feições, vincadas de cólera e angústia. Os mesmos fenômenos fisiológicos passavam-se com sua mulher, cujos olhos aterrados não encontravam lágrimas para chorar. Alba Lucínia contudo ainda teve energia para murmurar, olhando o Alto:
— Deus do Céu!…
Célia, porém, genuflexa, enquanto Hatéria erguia a cabeça, fria e impassível, exclamava com o pranto da sua humildade:
— Se puderdes, perdoai a filha que não conseguiu ser feliz! Sei o crime cometido e aceito de boa vontade as consequências da minha falta!
De olhos baixos, com as lágrimas a aljofrarem a face do inocentinho, a jovem continuava dirigindo-se ao pai, que a ouvia estarrecido, como se o pavor daquela hora o houvesse petrificado:
— Na vossa ausência, andou nesta casa o espírito de um tirano!… Recebido como amigo, assediou minha mãe com todos os seus processos de infâmia… Ela, porém, como sabeis, foi sempre fiel e pura!… Reconhecendo-lhe a virtude incorruptível, o prefeito dos pretorianos abusou da minha inocência, levando-me ao que vedes!… Nunca confessei à mamãe as faltas de minh’alma, mas esta noite senti a realidade da minha desventura! No auge dos sofrimentos, busquei o auxílio de Hatéria, para salvar a vida deste inocentinho!…
E erguendo os olhos súplices para a criada impassível, a jovem acrescentava:
— Não é verdade, Hatéria?
Lucínia e o esposo não queriam acreditar no que viam, mas a serva criminosa confirmava com fingida amargura:
— É verdade!…
— Sei que as nossas tradições não me perdoam a falta — continuava Célia, tristemente — mas toda a minha mágoa vem do fato de haver maculado o lar paterno, aceitando uma afronta e dando margem a desonra!… Não posso ser perdoada, mas vede o meu arrependimento e tende compaixão do meu espírito abatido! Expiarei o crime como as circunstâncias exigirem, e, se for indispensável a morte para lavar a mácula, saberei morrer com humildade!…
As lágrimas embargavam-lhe a voz, não obstante sentir-se amparada por braços intangíveis do Plano espiritual, no instante penoso do sacrifício.
Helvídio Lúcius, saindo do seu pasmo, deu alguns passos em direção à esposa trêmula, perguntando com voz estranha e quase infame?
Alba Lucínia, experimentando a queda de todas as suas energias, recordava o seu calvário doméstico, em face das investidas do conquistador, cuja perseguição à filha o seu espírito adivinhara. Longe de sentir toda a realidade tenebrosa daquelas cenas que o gênio criminoso de Cláudia Sabina havia idealizado, murmurou fracamente:
— Sim, Helvídio, o prefeito, tem sido o verdugo impiedoso da nossa casa!
— Mas, meu coração não quer acreditar no que os meus olhos veem — murmurou o tribuno surdamente.
Célia continuava genuflexa, olhos nevoados de lágrimas, amparando o pequenino que chorava.
Alba Lucínia contemplava a filha, tomada de amargura e de assombro. Agora, presumia compreender as esquivanças da filhinha a todos os passeios, nos derradeiros tempos, para só confugir-se ao insulamento do seu quarto, engolfada em preces e meditações. Atribuía o retraimento de Célia à morte do avô, que lhes deixara a ambas as mais penosas saudades. Entretanto, sua desconfiança de mãe entendia, agora, que o conquistador covarde havia abusado da inexperiência de sua filha. Muitas vezes, receara sair deixando-a só, no lar, porquanto a intuição materna há muito lhe advertia que Lólio Úrbico buscaria vingar-se executando as suas terríveis ameaças. Agora, a realidade amarga torturava-lhe o espírito.
— Lucínia — continuou Helvídio sombriamente — explica-te!… Não terias exercido nesta casa a preciosa vigilância materna? É verdade que o prefeito dos pretorianos insultou a tua dignidade?…
— Helvídio — soluçou com voz tremente — tudo o que ocorre é absolutamente estranho e incrível, mas o fato aí está patente, atestando a realidade mais amarga! Desconfiava que a nossa pobre filha fosse também vítima do perverso amigo de meu pai, porquanto, de minha parte venho sofrendo, desde que partiste, as mais atrozes perseguições, traduzidas em contínuas ameaças, dada a minha resistência aos seus inconfessáveis desejos…
Ante o esboroar de suas últimas esperanças, com a palavra sincera da esposa que se mostrava amargurada e surpreendida, o orgulhoso patrício deixou-se dominar completamente pelas realidades aparentes daquela hora trágica.
De punhos cerrados, olhos duros e sombrios a revelarem disposições inflexíveis de vingança, Helvídio Lúcius exclamou com voz terrível, dominadas todas as suas expressões fisionômicas por um ricto de angústia:
— Vingar-me-ei do infame, sem piedade!…
E contemplando a filha que permanecia de joelhos e de olhos baixos, como se evitasse o olhar paterno, acentuou terrivelmente:
— Quanto a ti, deverás morrer para resgatar o crime hediondo!… Iniciando os meus desgostos, com o preferir aos escravos, acabaste arruinando o meu nome, levando esta casa a uma situação execrável! Mas, saberei lavar a mancha criminosa com as minhas decisões implacáveis!…
Dito isso, o orgulhoso tribuno arrancou acerado punhal, que reluziu à luminosidade do Sol matinal, mas Alba Lucínia, de um salto, prevendo-lhe a resolução inflexível, susteve-lhe o braço, exclamando angustiada:
— Helvídio, pelos deuses e por quem és… Não basta a dor imensa da nossa vergonha e da nossa desventura?!… Queres agravar nossos padecimentos com a morte e com o crime? Não! Isso não!… Acima de tudo, Célia é nossa filha!
Nesse instante, o tribuno lembrou-se repentinamente das rogativas amoráveis do genitor, na mais profunda recordação, como a pedir-lhe calma, resignação e clemência. Pareceu-lhe que Cneio Lúcius regressava das sombras do sepulcro para lhe suplicar pela neta idolatrada, cooperando nas exortações da esposa.
Então, sentindo o coração saturado de um sofrimento moral indefinível, acentuou com voz cavernosa:
— Os deuses não permitirão seja eu um miserável filicida… Mas, esmagarei o traidor como se esmaga uma víbora!
E, voltando-se de repente para a filha humilhada, sentenciou com energia:
— Poupo-te a vida, mas, doravante estás definitivamente morta para a nossa desdita imensurável!… Vai-te desta casa com o fruto da tua infâmia, porque tua indignidade não te permite viver mais um minuto sob o teto paterno!… És maldita para sempre!… Foge para qualquer parte, sem te lembrares de teus pais ou do teu nascimento, porque Roma assistirá ao teu funeral em breves dias! Serás estranha ao nosso afeto!… Não nos recordes, nunca, nem busques o passado, pois eu poderia exterminar-te nos meus impulsos!…
Célia continuava na sua atitude humilde, de joelhos, mas aos seus ouvidos ressoavam as palavras decisivas do pai orgulhoso e ofendido no seu amor-próprio.
— Vai-te, foge, maldita!…
Ergueu-se ela, então, cambaleante, endereçando à mãe um derradeiro olhar, no qual parecia concentrar toda a sua crença e toda a sua esperança… Alba Lucínia retribuiu-lhe o gesto afetuoso, fixando-a com a sua ternura dolorosa. Pareceu-lhe descobrir na limpidez daquele olhar toda a inocência d’alma piedosa e cristã da desventurada filha; todavia o seu coração maternal agradecia intimamente aos deuses o lhe haverem poupado a vida…
Compreendendo a inflexibilidade da ordem paterna, Célia deu alguns passos vacilantes e, saindo por uma porta lateral, encontrou-se em plena rua, sem direção nem destino, enquanto atrás dela fechavam-se as portas do lar paterno, para sempre.
Depois de exprobrar a conduta da esposa, culpando-a pela indiferença e falta de vigilância, e após prometer recompensar o silêncio de Hatéria, ameaçando-a também com o cárcere, caso viesse a verificar-se o contrário, mandou um servo dos mais prestimosos à residência dos sogros, chamando-os a sua casa com a maior urgência.
Dentro de uma hora, Fábio Cornélio e sua mulher encontravam-se junto do casal, inteirando-se de todo o acontecido.
Enquanto o coração de Júlia Spínter sentia-se tocado das mais dolorosas emoções, o velho e orgulhoso censor exclamava convictamente:
— Sim, Helvídio, vamos procurar o traidor quanto antes, afim de o exterminar, sejam quais forem as consequências; mas, devias ter aniquilado a filha, pois o sangue deve compensar os prejuízos da vergonha, segundo os nossos códigos de honra!… Mas, enfim, ela estará moralmente morta para sempre. Depois de exterminarmos Lólio Úrbico, faremos com que as cinzas de Célia venham de Cápua para serem recolhidas em Roma, ao jazigo da família.
Ao passo que as duas senhoras, mãe e filha, ficavam no aposento, sucumbidas, consolando-se reciprocamente e rogando a proteção dos deuses para a tragédia inesperada e dolorosa, Fábio e Helvídio dirigiram-se apressadamente para o Capitólio, afim de exterminarem o inimigo, como se o fizessem a uma serpente imunda e venenosa.
Todavia, uma surpresa, tão grande quanto a primeira, os esperava.
No palácio do prefeito dos pretorianos o movimento era desusado e estranho.
Antes de atingirem o átrio, os dois patrícios foram informados de que Lólio Úrbico havia falecido minutos antes, acreditando-se que se tratava de um suicídio.
A morte do marido constava do programa sinistro de Cláudia, agora dona de opulento patrimônio financeiro, porquanto, desse modo, não ficaria voz alguma que pudesse elucidar Helvídio Lúcius, quanto à infâmia que a antiga plebeia acreditava haver atirado ao nome de sua esposa. Além disso, alta madrugada, Sabina tomara de um dos pergaminhos em branco, assinados pelo prefeito e escreveu, com perfeita imitação caligráfica um bilhete lacônico, no qual se confessava enfarado da vida, e rogava a Fábio Cornélio, amigo de todos os tempos, perdoasse o dano moral que lhe causara.
Penetrando, aturdidos na casa do inimigo morto, Fábio e Helvídio foram abordados por Cláudia Sabina, que lhes apareceu lacrimosa, naquela manhã trágica.
Depois de se lastimar, comentando a tétrica resolução do esposo em desertar da vida, Sabina entregava ao censor o último bilhete de Úrbico, que dizia grafado pelo marido à última hora, deixando transparecer curiosidade a respeito daquele pedido de perdão, injustificável e estranho. Desejava, assim, conhecer os primeiros resultados do trabalho tenebroso de Hatéria, esperando ansiosamente, dos lábios de Helvídio ou de alguma alusão de Fábio, as informações indiretas que o seu espírito vingativo ansiosamente aguardava.
O censor e o genro, entretanto, receberam o suposto bilhete de Úrbico com secura e indiferença. E como era preciso dizer alguma coisa em face daquele imprevisto, Fábio Cornélio acrescentou:
— Guardarei este bilhete como prova do seu desequilíbrio mental nos últimos momentos, pois só assim se justifica este pedido. E agora, minha senhora — acentuou enigmaticamente para Cláudia, que o ouvia com atenção — há-de perdoar a nossa ausência, porquanto cada qual tem os seus infortúnios…
O velho patrício estendia-lhe as mãos em despedida, mas, sentindo a sua curiosidade fundamente aguçada por aquelas expressões, a antiga plebeia interrogou com interesse, como a provocar algum esclarecimento de Helvídio Lúcius, que se fechara em mutismo enigmático.
— Infortúnios? mas que desejais dizer com isso? Pretendeis abandonar-me nesta situação? Qual a razão de sairdes assim, desta casa, quando o cadáver de um amigo e chefe exige testemunhos de veneração e amizade? Porventura aconteceu algo de grave à Alba Lucínia?…
Notava-se que a última pergunta transpirava um sentido misterioso. Ela esperava que Helvídio lhe falasse da sua tragédia doméstica, dos seus profundos desgostos conjugais, da infidelidade da esposa, conforme previa e decorria dos seus planos. Seu coração bastardo aguardava que o homem amado, naquele instante, iria dispensar-lhe as atenções amorosas tão ardentemente aneladas naqueles últimos meses, em que os seus sentimentos mesquinhos haviam acariciado tão grandes esperanças. O tribuno, porém, mantinha-se impassível, como se tivesse os lábios petrificados.
Fábio Cornélio, todavia, sem trair a fibra orgulhosa, esclarecia Sabina nestes termos:
— Minha filha vai bem, graças aos deuses, mas também nós acabamos de ser feridos no mais íntimo do coração! Um emissário da Campânia nos trouxe, esta manhã, a dolorosa notícia da morte repentina de minha neta solteira, que se encontrava junto da irmã, numa estação de repouso. Esta a razão que nos impede prestar ao prefeito as derradeiras homenagens, porquanto, vínhamos justamente comunicar-lhe a imediata partida para Cápua, afim de promover o transporte das cinzas!…
Dito isso, os dois homens despediram-se secamente, saindo a passo firme, no burburinho dos amigos e dos servos apressados, que emulavam no patentear a Lólio Úrbico a bajulação derradeira.
Ante a cena enigmática, Sabina deixava vagar o pensamento em conjeturas. Hatéria ter-se-ia esquecido de cumprir cegamente as suas ordens? Que ocorrera com a rival, cujas notícias a deixavam perplexa, quando tudo premeditara com tanta segurança? Os preconceitos sociais, contudo, as obrigações daquela hora extrema, que a sua própria maldade havia provocado, não lhe permitiam correr como louca no encalço da cúmplice, fosse onde fosse, para matar a curiosidade!
Enquanto o seu espírito se perdia em divagações ansiosas, Fábio Cornélio e o genro dirigiam-se ao Imperador, obtendo a necessária licença para a precisa viagem a Campânia, cedendo-se-lhes incontinente, uma galera confortável que os receberia em Óstia, de modo a abreviar a viagem o mais possível.
Naquela mesma tarde, a embarcação saía do porto mencionado, conduzindo a família ao seu destino, salientando-se que Helvídio Lúcius não se esquecera de levar Hatéria com os outros serviçais de sua confiança.
Enquanto o patriciado romano rende homenagens ao prefeito dos pretorianos e a galera de Helvídio se afasta conduzindo em seu bojo quatro corações angustiados, sigamos a jovem cristã nas suas primeiras horas de amargura e sacrifício.
Saindo da casa paterna, Célia atravessou ruas e praças, receosa de encontrar alguém que a reconhecesse no seu doloroso caminho…
Conchegava o pequenino de encontro ao coração, como se ele fora seu próprio filho, tal o enternecimento que a sua figura lhe inspirava.
Depois de errar longamente, presa de acerbas meditações, sentiu que o Sol ia muito alto e precisava cuidar da nutrição do inocentinho. Atravessara os bairros aristocráticos, encontrava-se agora junto à ponte Fabrícius, cheia de cansaço, extenuada. Além do Tibre, surgiam as modestas edificações dos judeus e dos libertos pobres; ali estava a famosa Ilha do Tibre, onde outrora se ergueram os templos de Licaônio e o de … A seu lado passavam os filhos da plebe, inquietos e apressados. De vez em quando, surgiam soldados da marinha, da frota de Ravena, aquartelados no Trastevere e que lhe deitavam olhares libidinosos. Cansada dirigiu-se a uma casa de judeus, onde uma mulher do povo deu-lhe de comer, provendo-a de tudo quanto necessitava o pequenino. Mais confortada, levando uma pequena provisão de leite de jumenta, a filha de Helvídio continuou a dolorosa peregrinação pelas vias públicas, como se aguardasse uma inspiração feliz para o seu penoso destino.
À tarde, porém, voltou ao mesmo ponto, nas proximidades do qual fora socorrida pelos mais humildes.
Triste e só, descansou num dos ângulos da ponte Fabrícius, ora contemplando os transeuntes mal vestidos, ora fixando as águas do Tibre, com o coração envolto em dolorosas cismas.
Aos poucos, o sol se escondia lentamente, dourando ao longe as derradeiras nuvens do horizonte.
Um vento frio, cortante, começava a soprar em todas as direções.
Contemplando os operários pobres que se recolhiam aos lares, a jovem cristã aconchegou mais fortemente ao peito a mísera criancinha. Sentindo-se desalentada, começou a orar e lembrou-se que Jesus também andara no mundo, ao desamparo, experimentando um suave consolo nessa reminiscência evangélica. Contudo, pungente saudade do lar feria-lhe o coração sensível e carinhoso. Mulheres do povo, depois das fainas penosas do dia, regressavam à casa com uma auréola de júbilo tranquilo a lhes transparecer no rosto, enquanto que ela, filha de patrícios, sentia-se acabrunhada ante as incertezas da sorte e exposta ao frio cortante do crepúsculo…
Entretanto sempre o pequenino, como se quisesse furtá-lo ao ar glacial da tarde, mau grado à sua fé e resignação, não pôde conter o pranto, refletindo amargamente no seu penoso destino!…
As grandes nuvens, batidas de sol, esmaeciam-se pouco a pouco, dando lugar às primeiras estrelas.
de Emmanuel — A Coluna Lactaria no Mercado de Legumes, ou Forum Olitorium, era o local onde se expunham, diariamente, os recém-nascidos enjeitados.
de Emmanuel — A Ponte Fabrícius foi depois denominada Ponte di Quatri Capi, em vista de uma estátua de Jânus Quadrifons, posta à entrada da praça. Foi construída de pedra, depois da conjuração de Catilina.
Eliseu Rigonatti
jo 18:1
O Evangelho dos Humildes
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 26 Eliseu Rigonatti
(Mt 26:1-75; Mc 14:1-2; Lc 22:1-6; Jo 11:45-53) 1 E aconteceu isto, que tendo Jesus acabado todos estes discursos, disse a seus discípulos:
2 Vós sabeis que daqui a dois dias se há de celebrar a Páscoa, e o Filho do homem será entregue para ser crucificado.
Por meio de sua clarividência, Jesus percebe que se aproxima o momento supremo do testemunho.
É fenômeno digno de notar-se que todos aqueles que consagram um pouco do seu tempo ao cultivo espiritual de suas almas, entrevêem, ainda que vagamente, a ocasião em que passarão pelas provas decisivas para o seu progresso. Parece que a alma adquire a presciência do que lhe vai acontecer, e prepara-se, fortificando-se pela oração e pela vigilância, para suportar os acontecimentos.
3 Então se ajuntaram os príncipes dos sacerdotes e os magistrados do povo no átrio do príncipe dos sacerdotes, que se chama Caifaz;
4 E tiveram conselho para prenderem a Jesus com engano, e fazerem-no morrer.
Começam os preparativos para o sacrifício de Jesus. Até aqui ele pregou as leis da fraternidade, do amor a Deus e ao próximo, e ensinou como socorrer espiritualmente aos deserdados do mundo. Agora ele exemplificaria como perdoar aos inimigos, como orar pelos que perseguem e caluniam, como cada um deverá carregar pacientemente sua cruz, e como ser obediente aos desígnios do Altíssimo.
No sacrifício de Jesus não há fatalidade; se ele o quisesse poderia evitá-lo.
Ele tinha seu livre-arbítrio, e dependia apenas dele aceitar ou repelir a prova que o Altíssimo lhe oferecia.
Diariamente vemos pessoas rejeitarem as provas que lhes estão destinadas; é verdade que o que devemos, embora o resgate seja protelado momentaneamente, voltará mais tarde, às vezes em circunstâncias desfavoráveis; as consequências dos atos de vidas anteriores não podem ser preteridas indefinidamente; um dia terão de ser resolvidas.
Com muito mais facilidade Jesus poderia livrar-se, tanto mais que ele nada devia de existências anteriores; estava em suas mãos afastar o sofrimento que se avizinhava. Entretanto, preferiu sujeitar-se à vontade de Deus, a fim de beneficiar pelo exemplo aos sofredores da terra. Depois do sacrifício de Jesus, os que sofrem haurem forças em seu exemplo para suportarem resignadamente seus próprios padecimentos; os que são caluniados e perseguidos aprenderam a orar pelos seus perseguidores e caluniadores; os que são maltratados, humilhados, escarnecidos, vilipendiados e sacrificados, tomam Jesus por modelo, perdoam e esquecem. Se o Altíssimo não nos tivesse dado Jesus por Mestre e exemplificador de suas leis, que modelo teríamos aqui na terra para nos basearmos com relação aos que nos causarem males e danos?
Não sendo o sacrifício de Jesus uma fatalidade, uma vez que estava em suas mãos aceitá-lo ou não, gerou-se ele, todavia, da incompreensão dos homens, os quais combateram as ideias que Jesus nos veio trazer. Houve e haverá em todos os tempos, grupos de interessados em que as ideias novas não triunfem para tirarem proveito da situação. Estes grupos iniciam os movimentos contrários, e recebem reforços dos ignorantes, dos comodistas, e dos que temem qualquer mudança no regime em que vivem. Foi o que sucedeu com Jesus e seu Evangelho. Mas o Altíssimo dispõe de infinitos meios para fazer brihar a Verdade. E quando os perseguidores julgaram que os ensinamentos de Jesus estavam mortos, eles ressurgiram com redobrado vigor, e espalharam-se pela terra com a rapidez de relâmpago.
5 Mas diziam eles: Não se execute isto no dia da festa, para que não suceda levantar-se algum motim no povo.
O povo amava Jesus. Convivendo com os humildes, granjeara no seio da classe sofredora inúmeros amigos. E como sua prisão nada tinha que a justificasse, os sacerdotes temiam o protesto popular que dela resultaria.
O JANTAR EM BETÃNIA
(Mc 14:3-9; Jo 12:1-8)
6 Ora estando Jesus em Betânia, em casa de Simão, o leproso.
É de notar-se a humildade de Jesus, hospedando-se em casa de um leproso. Pela lei de Moisés, eram os leprosos declarados impuros. Jesus, não fazendo caso das convenções humanas, leva ao mísero leproso o conforto de sua presença.
Este versículo encerra uma profunda lição, digna de ser posta em prática por todos os que, realmente, querem observar o Evangelho. Jesus preferia a amizade e a companhia dos que passavam pelas provas e sofriam suas expiações, abandonados e esquecidos dos homens. Ninguém melhor do que ele conhecia a lei de causa e efeito; portanto, sabia perfeitamente porque cada um sofria; contudo, não se arvorava em juiz, mas em amigo, ajudando os sofredores a bem carregarem suas cruzes. Neste ponto Jesus era muito diferente da maioria da humanidade, a qual procura sempre a companhia e a amizade dos influentes e dos ricos, dos sãos e dos poderosos, desprezando os que lhe são inferiores, quer em saúde, quer em riqueza, quer em poder.
Semelhante proceder é contrário à lei da fraternidade, que manda não fazermos acepção de pessoas. Hoje, graças às revelações do Espiritismo, sabemos que o sofrimento pelo qual cada um passa, é justo; é a expressão da justiça do Altíssimo, que dá a cada um segundo suas obras de encarnações passadas. Se é justo o que cada um sofre, nem por isso devemos afastar-nos do sofredor, o qual para reabilitar-se, não pode prescindir de nossos amparos e auxílios fraternais. Se o Espiritismo nos mostra a causa, o Evangelho nos diz que é nosso dever ajudar a cada um dos sofredores da terra a bem cumprirem suas penas.
7 Chegou-se a ele uma mulher que trazia uma redoma de alabastro cheia de precioso bálsamo, e o derramou sobre a cabeça de Jesus, estando recostado à mesa.
8 E vendo isto os seus discípulos, se indignaram, dizendo: Para que foi este desperdício?
9 Porque podia isto vender-se por bom preço, e dar-se este aos pobres.
10 Mas Jesus sabendo isto, disse-lhes: Porque molestais vós esta mulher? que, no que fez, me fez uma boa obra.
11 Porque vós outros sempre tendes convosco os pobres, mas a mim nem sempre me tereis.
12 Porquanto derramar ela este bálsamo sobre o meu corpo, foi ungir-me para ser enterrado.
13 Em verdade vos digo que onde quer que for pregado este Evangelho, que o será em todo o mundo, publicar-se-á também, para memória sua, a ação que esta mulher fez.
O ato de a mulher ungir os pés de Jesus com seu bálsamo precioso, traduz um sentimento de gratidão. Mulher pecadora sentindo-se reanimada pelas palavras do Mestre, e fortificada para começar o resgate de suas faltas, não encontrou outro meio de expressar o reconhecimento de que estava possuída, senão perfumando aquele que a tinha tirado da lama.
Tal acontece com os espíritos que atravessam várias encarnações, atolando-se cada vez mais no lodo das paixões inferiores. Um dia, tocados pelos ensinamentos do Mestre, deixam a má vida, e felizes e reanimados para o bem, elevam a Jesus uma prece de profundo agradecimento. Semelhante prece é qual um bálsamo precioso, vertido de corações que pulsam de amor por Aquele que lhes indicou o Caminho, a Verdade e a Vida.
O PREÇO DA TRAIÇÃO
(Mc 14:10-11; Lc 23:3-6)
14 Então se foi ter um dos doze, que se chamava Judas Iscariotes, com os príncipes dos sacerdotes.
15 E lhes disse: Que me quereis vós dar; e eu vo-lo entregarei? E eles lhe assinaram trinta moedas de prata.
16 E desde então buscava oportunidade para o entregar.
Não resta a menor dúvida de que não foi o desejo de possuir as trinta moedas de prata, o que levou Judas a trair o Mestre. O motivo que influiu no ânimo de Judas para que agisse mal, foi político. Os judeus, nessa época, viviam sob o jugo romano. Os patriotas israelitas ansiavam por recuperar a liberdade perdida. Judas pertencia ao grupo dos que, por meio de uma revolução, queriam libertar a Judeia. Iludido pela simpatia que Jesus desfrutava no seio do povo, e pela boa acolhida que Jerusalém lhe tributara, Judas não via em Jesus um missionário celeste, mas um chefe de partido. Judas quis precipitar os acontecimentos políticos, entregando o Mestre à prisão; julgava que houvesse reação, os partidários se reuniriam, e se faria a tão ambicionada revolta contra os Romanos.
A ÚLTIMA PÁSCOA. A SANTA CEIA
(Mc 14:12-16; Lc 22:7-13)
17 E no primeiro dos dias em que se comiam os pâes ázimos, vieram ter com Jesus os seus discípulos, dizendo: Onde queres tu que te preparemos o que se há de comer na Páscoa?
18 E disse Jesus: Ide à cidade, à casa de um tal, e dizei-lhe: O meu tempo está próximo, em tua casa quero celebrar a Páscoa com meus discípulos.
19 E fizeram os discípulos como Jesus lhes havia ordenado, e prepararam a Páscoa.
20 Chegada pois a tarde, pôs-se Jesus à mesa com os seus doze discípulos.
A Páscoa é uma cerimônia anual de agradecimentos a Deus, e remonta à mais alta antiguidade. Foi instituida por Moisés em memória da saída do povo hebreu do Egito, onde eram escravos. O Cristianismo recebeu esta herança do Judaísmo, porém, não mais comemora por meio dela a partida das terras do Egito; mas sim, atualmente, relembra, pela Páscoa, a ressurreição de Jesus. É uma festa de alegria e de esperanças e essencialmente familiar, como o Natal.
É quando a família cristã recorda a gloriosa materialização do Mestre ante seus discípulos, depois de ter desencarnado na cruz, provando que a morte não existe, e que depois do túmulo a vida continua eterna e mais bela ainda.
Jesus mandou seus discípulos à casa dum tal, isto é, de quem melhor os acolhesse; não havia preferências; onde fossem bem acolhidos, ali celebrariam a Páscoa. Assim também os ensinamentos de Jesus se dirigem à humanidade, sem preferências por determinada seita. Todavia, germinam apenas na alma de quem preparou seu coração para bem recebê-los.
O meu tempo está próximo, é mais um aviso que Jesus faz a seus discípulos. Indiretamente quis avisá-los de que sua missão estava quase terminada aqui na terra.
21 E estando eles comendo, disse-lhes: Em verdade vos afirmo que um de vós me há de entregar.
Como já sabemos, Jesus percebia o que se estava tramando a seu respeito por meio da clarividência, faculdade que possuia em alto grau. Para ele nada havia encoberto, pois, podia ver em quadros fluídicos o desenrolar dos acontecimentos. Judas, que já tinha dado os passos necessários para entregar o Mestre, emitia pensamentos que o denunciavam; e Jesus via os quadros formados pelos pensamentos de Judas a respeito da traição.
A clarividência é uma faculdade da alma, que está sempre em relação com o progresso espiritual, já conseguido pela alma. Quanto maior for o adiantamento espiritual de um espírito, tanto maior será sua clarividência.
A clarividência de Jesus lhe permitia ler no perispírito de cada sofredor que o procurava, o resultado das reencarnações passadas e o que pensava para o futuro. Desse modo, ele verificava se o sofredor merecia ou não a cura que solicitava.
A clarividência é o estado normal dos espíritos desencarnados; quando encarnados, só excepcionalmente ela se manifesta, como, por exemplo, no caso de Jesus. A matéria em-bota essa faculdade da alma; e para que o espírito a possua, estando encarnado, é necessária muita renúncia, muito desprendimento das coisas materiais, extrema dedicação a seus semelhantes, e muita pureza de pensamentos.
22 E eles, muito cheios de tristeza, cada um começou a dizer: Porventura sou eu, Senhor?
23 E ele, respondendo, lhes disse: O que mete comigo a mão no prato, esse é o que me há de entregar.
Jesus aqui nos dá um belíssimo exemplo de amor, tolerância e perdão.
Apesar de saber que um de seus discípulos o trairia, nem por isso deixa de tratar bem a todos, sem fazer distinção. O próprio discípulo culpado é admitido à sua mesa com carinho e benevolência.
Os discípulos se entristeceram quando ouviram a afirmação de jesus, porque conheciam o ódio que os sacerdotes lhe votavam. E por isso, recearam que fossem compelidos a atraiçoarem o Mestre, embora não o quisessem. E perguntado, Jesus lhe responde• qué era um daqueles em quem confiara.
24 O Filho do homem vai certamente, como está escrito dele, mas ai daquele homem por cuja intervenção há de ser entregue o Filho do homem; melhor fora ao tal homem não haver nascido.
25 E respondendo Judas, o que o entregou, disse: Sou eu, porventura, Mestre? Disse-lhe Jesus: Tu o disseste.
Jesus lhes explica que não recuaria ante o suplício. Entretanto, advertia o traidor de que seu erro lhe acarretaria grandes sofrimentos para o futuro. E assim foi: durante muitos séculos, Judas se reencarnou na terra, afrontando inúmeros perigos e tormentos, sempre lutando pela sagrada causa de Jesus, até se reabilitar da falta praticada. Sua falta se originou da falsa interpretação que deu à missão de Jesus.
26 Estando eles, porém, ceiando tomou Jesus o pão, e o benzeu, e partiuo e deu-o a seus discípulos, e disse: Tomai e comei; este é o meu corpo.
27 E tomando o cálice, deu graças, e deu-lhos, dizendo: Bebei dele todos.
28 Porque este é o meu sangue do novo testamento, que será derramado por muitos para remissão de pecados. Na antiga lei de Moisés, quando se consumava o sacrifício da Páscoa, comiam-se as carnes das vítimas sacrificadas, e aspergia-se o povo com o sangue delas. De acordo com a lei, todos os que eram aspergidos, purificavam-se. Era uma cerimônia material, adequada aos espíritos da época, os quais ainda não tinham evolução suficiente para compreenderem as coisas unicamente espirituais. Jesus, que seria a vítima da nova doutrina que viera trazer à terra simbolicamente oferece sua carne e seu sangue aos seus discípulos, demonstrando-lhes que, pelo seu sacrifício, seu Evangelho seria consolidado nos corações das criaturas. De então por diante, o sangue das vítimas não mais remiria nem purificaria; mas os homens alcançariam a remissão de seus erros, através da fiel observância dos preceitos evangélicos.
29 Mas digo-vos: que desta hora em diante não beberei mais deste fruto da vida, ate’ aquele dia em que o beberei de novo convosco no reino de meu Pai.
30 E cantando o hino, saíram para o monte das Oliveiras.
Com a prisão do Mestre e seu consequente sacrifício, a vida em comum que todos tinham vivido, ficaria rompida. O Mestre subiria para sua luminosa esfera espiritual, e os discípulos se espalhariam pelo mundo, pregando o Evangelho, e dando cumprimento à missão de que estavam revestidos. Somente depois de terem concluído seu trabalho aqui na terra, é que voltariam a reunir-se a Jesus, na pátria espiritual.
Notemos aqui a perfeita confiança de Jesus no Pai Celestial; apesar de saber que rudes provas se aproximavam, não deixa de elevar, em cânticos, seu pensamento a Deus.
PEDRO É AVISADO
(Mc 14:26-31; Lc 22:31-34; Jo 13:36-38)
31 Então lhes disse Jesus: A todos vós serei esta noite uma ocasião de escándalo. Está pois escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas do rebanho se porão em desarranjo.
32 Porém, depois que eu ressurgir, irei adiante de vós para a Galileia.
Conquanto fosse grande o amor que os discípulos votavam ao Mestre, a prisão dele os desorientaria. O desespero tomaria conta dos apóstolos, porque lhes faltava o que ainda falta à humanidade de hoje: a fé na Providência Divina.
Como ainda não tinham compreendido a missão essencialmente espiritual de Jesus, os discípulos se perturbariam. Sabedor disso, Jesus os reanima, prometendo-lhes que se encontrariam na Galileia, depois de tudo consumado.
A promessa se cumpriu como se cumpriram em todos os tempos, as promessas de Jesus.
Os aprendizes do Evangelho devem começar por desenvolver em seus corações a fé, que lhes dará a tranquilidade quanto ao futuro e serenidade ante todos os acontecimentos a vida. Essa fé é a confiança na Providência Divina e nas promessas do Evangelho. Dada a pequenez de nossos espíritos, e aos erros de nossas vidas anteriores, ainda não somos possuidores de uma fé firme; temos, por isso, muita necessidade de adquiri-la, de cultivá-la e de desenvolvê-la. A fé se adquire pelo trabalho material e pelo espiritual. Assim, diremos ao nosso corpo o que ele precisa para servir de bom instrumento à alma; e daremos à alma os meios adequados à sua elevação espiritual. E através desses trabalhos, sempre compatíveis com nossas forças, acalentaremos a fé em nosso íntimo.
33 E respondendo Pedro, lhe disse: Ainda quando todos se escandalizarem a teu respeito, eu nunca me escandalizarei.
34 Jesus lhe replicou: Em verdade te digo, que nesta mesma noite, antes que o galo cante, me hás de negar três vezes.
35 Pedro lhe disse: Ainda que seja necessário morrer eu contigo, não te negarei. E todos os mais discípulos disseram o mesmo.
Pedro deveria passar pela prova de extrema fidelidade ao Mestre. A clarividência de Jesus lhe demonstra que Pedro falharia na hora decisiva.
Esta passagem encerra uma advertência aos que procuram edificar dentro de si o reino dos céus. Devemos ter o máximo cuidado com nossas promessas: nem sempre as afirmações verbalísticas traduzem o que realmente temos dentro de nós próprios. Daí, quando se apresenta a ocasião, desmentirmos com atos, o que tínhamos afirmado com palavras.
JESUS EM GETHSEMANI
(Mc 14:32-42; Lc 22:39-46)
36 Então foi Jesus com eles a uma granja, chamada Gethsemani, e disse a seus discípulos: Assentai-vos aqui, enquanto eu vou acolá e faço oração.
Jesus não despreza o socorro da oração para fortificar-se e não falhar ante a prova. É mais um exemplo que nos lega. Quando nosso coração se confranger pelo rigor da prova a que formos submetidos, recordemos sua Divina Figura em Gethsemani, e como ele, digamos também: Pai, seja feita tua vontade. Demonstraremos assim nossa humildade a Deus e a confiança que nele depositamos, o único que nos poderá amparar.
37 E tendo tomado consigo a Pedro e aos dois filhos de Zebedeu, começou a entristecer-se e angustiar-se.
38 Disse-lhes então: A minha alma está numa tristeza mortal; demorai-vos aqui, e vigiai comigo.
Notemos que na hora difícil, Jesus buscou o conforto de seus amigos, e recursos na oração. É mais um exemplo que nos legou de como nos devemos comportar, quando percebemos a aproximação das provas. Conquanto ele já fosse um espírito evoluido, angustiou-se também; mas não se desesperou, nem se isolou, nem se lamentou. Fazendo-se acompanhar de amigos, ele nos ensina que uma pessoa que se isola, não pode progredir. O progresso só é possível quando há auxilio mútuo. Somente quando orava e quando se entregava à meditação é que Jesus ficava só; fora disso, gostava de estar na companhia dos apóstolos e de quantos o procuravam.
39 E adiantando-se uns poucos de passos, se prostrou com o rosto em terra, fazendo oração, e dizendo: Pai meu, se é possível, passa de mim este cálice; todavia não se faça nisto a minha vontade, mas sim a tua.
Quanto mais evoluído for um espírito, tanto mais saberá obedecer à vontade divina. A rebeldia é própria de espíritos pouco evoluídos espiritualmente.
Jesus aqui nos ensina que acima de nossa vontade, acima de nossas conveniências, acima de nossos interesses, está a soberana vontade de Deus, diante da qual nos devemos curvar humildemente. Notemos aqui a humildade de Jesus perante o Pai, e sua extrema obediência a seus desígnios.
O desejo de todos nós, encarnados, é nunca sermos atingidos pelo sofrimento e pelas desilusões da vida. Todavia se Deus determinar coisas contrárias ao que esperamos e desejamos, lembremo-nos do exemplo de obediência que Jesus nos deu e como ele digamos: Não se faça a nossa, mas a tua vontade, Pai.
40 Depois veio ter com seus discípulos, e os achou dormindo, e disse a Pedro: Visto isso, não pudestes uma hora vigiar comigo?
Por duas razões os discípulos dormiam: uma porque não percebiam a gravidade da situação; e outra porque nos momentos decisivos de suas provas, cada espírito estará só diante do Pai.
Não podemos dividir com outros as responsabilidades de nossos triunfos ou de nossos fracassos. Cada um de nós será plenamente responsável pela maneira pela qual se comportará. Não importa que tenhamos sido bem ou mal orientados por terceiros; nós, e ninguém mais, responderemos por nossos atos; é para isso que Deus nos concedeu o livre-arbítrio.
41 Vigiai e orai, para que não entreis em tentação. O espírito na ver dade está pronto, mas a carne é fraca.
Oração e vigilância é a recomendação suprema de Jesus. Ninguém sabe quando será provado, O espírito poderá ter se preparado muito, quando estava no mundo espiritual, antes de se encarnar; porém, depois de encarnado sofre a influência da matéria que o reveste, e do esquecimento temporário em que mergulhou; por isso, caso se descuide e não se socorra do plano espiritual por constantes orações, facilmente poderá falhar.
42 De novo se retirou segunda vez, e orou, dizendo: Pai meu, se este cálice não pode passar sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.
Acima de tudo, Jesus procura ser um fiel intérprete da vontade divina. Para isto, reveste-se de humildade, mostrando a Deus que estava pronto a obedecêlo, assim nos ensinando também a obedecer.
Conquanto seu desejo fosse que as coisas se passassem de outra maneira, nem por isso deixa de submeter-se aos decretos do Altíssimo, exemplificando-nos a submissão ante o poder supremo. Se ele o quisesse, poderia evitar as provas dolorosas; entretanto, permanece no seu posto, aguardando serenamente os acontecimentos. Era um espírito evoluído; no entanto, vale-se da prece no momento em que suas forças poderiam falhar; não podendo encontrar consolo e conforto junto dos discípulos que dormiam, encontra o bálsamo confortador e fortificador na prece dirigida ao Pai.
43 E veio outra vez, e também os achou dormindo; porque estavam carregados os olhos deles.
44 E deixando-os de novo, foi orar terceira vez, dizendo as mesmas palavras.
45 E então veio ter com seus discípulos, e lhes disse: Dormi, descansai, eis aqui está chegada a hora em que o Filho do homem será entregue nas mãos dos pecadores.
46 Levantai-vos, vamos, eis aí vem chegando o que me há de entregar.
A oração que Jesus dirigiu ao Altíssimo, preparou-o pará o doloroso transe e, cheio de bom ânimo, acorda os discípulos e tranquilamente aguarda o que devia acontecer.
Como já dissemos, os discípulos dormiram porque no instante agudo de nossas provas e expiações, estaremos sozinhos diante de Deus, a fim de demonstrarmos o aproveitamento das lições e a experiência que a vida nos ministrou. Nossos amigos, os encarnados e os desencarnados, poderão acompanhar-nos até o lugar onde passemos pelas provas e pelas expiações, mas não poderão suportá-las conosco. Só a nós compete sofrê-las. E se formos vencedores, o mérito é nosso; se falharmos, a culpa será exclusivamente nossa.
JESUS É PRESO
(Mc 14:43-52; Lc 22:47-53; Jo 18:1-11)
47 Estando ele ainda falando, eis que chega Judas, um dos doze, e com ele uma grande multidão de gente com espadas e varapaus, que eram os ministros enviados pelos príncipes dos sacerdotes e pelos anciãos do povo.
48 Ora o traidor tinha-lhes dado este sinal, dizendo: Aquele a quem eu der um ósculo, esse é que é: prendei-o.
49 E chegando-se logo a Jesus lhe disse: Deus te salve, Mestre. E deu-lhe um ósculo.
50 E Jesus lhe disse: Amigo, a que deste? Ao mesmo tempo se chegaram os outros a ele, e lançaram mão de Jesus, e o prenderam.
Jesus agora vai exemplificar com os atos, o que até então tinha pregado.
Seu sacrifício é a exemplificação de seus ensinamentos no Sermão da Montanha. A mesma serenidade que Jesus demonstrou ao curar os enfermos, ao discutir com os orgulhosos sacerdotes, ao ensinar o povo, é também por ele demonstrada ao deparar com seus algozes. Notemos a mansidão com que ele os recebe: a Judas, que o entrega, chama de amigo, e não esboça um gesto de violência sequer.
Jesus sabia que o Pai Celestial recebe com amor o filho justo, e com justiça o filho rebelde, concedendo-lhe todos os meios de se reabilitar e de se elevar na escala da perfeição. E Jesus como filho mais velho e irmão devotado distribui a seus irmãos menores sempre o bem, e jamais usou de violências para com os que não o compreendiam, nem para os que o perseguiam.
51 E senão quando um dos que estavam com Jesus, metendo a mão à espada que trazia, a desembainhou, e, ferindo a um servo do sumo pontífice, lhe cortou uma orelha.
52 Então lhe disse Jesus: Mete a tua espada no seu lugar; porque todos os que tomarem espada morrerão àespada.
Plenamente consciente de sua missão de instruir seus irmãos menos evoluídos, Jesús não perde as oportunidades. Ao gesto de violência que o discípulo executou para defendê-lo, o Mestre lhe responde com o ensinamento profundo do choque de retorno: Quem com ferro fere, com ferro será ferido, ou — o que fizeres aos outros, isso mesmo te estará reservado. Com isto Jesus nos ensinou que, cedo ou tarde, receberemos o reflexo das ações que tivermos praticado contra nosso próximo: reflexo bom se foi o bem; e reflexo de sofrimento se foi o mal.
É comum observarmos e conhecermos pessoas que fazem de suas vidas terrenas um longo período de iniquidades, parecendo sempre felizes e que tudo lhes corre sempre bem. Todavia, se pudéssemos acompanhar essas mesmas pessoas através de várias reencarnações futuras, veríamos que se tornariam vítimas das mesmas iniquidades, que cometeram contra seus irmãos.
O bem jamais ficará sem recompensa, e o mal nunca deixará de ser castigado, seja qual for a espécie dele, a situação e a ocasião em que foi cometido.
53 Acaso cuidas tu que eu não possa rogar a meu Pai, e que ele me não porá aqui logo prontas mais de doze legiões de anjos?
54 Como se cumprirão logo as escrituras que declaram que assim deve suceder?
Dizendo Jesus que se quisesse receberia auxílio contra os que o perseguiam, quis demonstrar aos homens que podemos escapar da justiça terrena, mas jamais poderemos iludir a justiça divina. É verdade que Jesus não estava no caso de um espírito em provas ou em expiação, não tendo culpas a resgatar; fora declarado culpado unicamente pelos sacerdotes. Ele recusou livrar-se dos homens porque, como Missionário celeste que era, não quis renunciar à sua missão. Ele compreendia que se não se submetesse, o seu Evangelho de Amor, Renúncia, Sacrifício, Bondade, Tolerância, Humildade, Perdão e Submissão às leis divinas e humanas, não teria valor para a posteridade.
55 Na mesma hora disse Jesus àquele tropel de gente: Vós viestes armados de espadas e de varapaus para me prender, como se eu fora um ladrão; todos os dias assentado entre vós estava eu ensinando no templo, e não me prendestes.
56 Mas tudo isto assim aconteceu, para que se cumprissem as escrituras dos profetas. Então todos os discípulos o deixaram, e fugiram.
Jesus repreende ternamente seus perseguidores, dizendo-lhes: Como me prendeis de noite, se passei o dia a ensinar-vos?
Se os homens não se entregassem tanto à materialidade da vida terrena, e consagrassem alguns momentos ao cultivo espiritual de suas almas, teriam nas Escrituras Sagradas excelentes lições que lhes poupariam muitos erros de consequências desastrosas, não só para si, como para a coletividade.
Os discípulos fugiram porque só nesse instante é que conheceram a missão puramente espiritual de Jesus, mas não tiveram a coragem de se colocarem ao seu lado, testemunhando o compromisso de discípulos fiéis, que tinham assumido para com o Mestre.
Do mesmo modo, há grande número de adeptos do Espiritismo e de outras correntes espiritualistas, que não se sentem com coragem de romper com as conveniências sociais, com os interesses materiais, e com amizades que os desviam do dever espiritual; por isso, ao terem de dar o testemunho supremo, quando mais claramente deviam proclamar os princípios espirituais a que se filiam, desertam das fileiras da espiritualidade, ou se retraem medrosamente.
JESUS PERANTE O SINÉDRIO
(Mc 14:53-65; Lc 22:54, Lc 22:63-71; Jo 18:12-27)
57 Mas os que tinham preso a Jesus o levaram à casa de Caifaz, príncipe dos sacerdotes, onde se haviam congregado os escribas e os anciãos.
58 E Pedro o ia seguindo de longe, até ao pátio do príncipe dos sacerdotes. E tendo entrado para dentro, estava assentado com os oficiais de Justiça, para ver em que parava o caso.
Caifaz era o sumo sacerdote daquele ano; em sua casa ia começar o simulacro do julgamento de Jesus.
Pedro procura ser fiel até o fim, e segue jesus para mais tarde negá-lo. É mais uma lição que o Evangelho guarda: não basta seguir a Jesus, ou a uma determinada doutrina; nas horas amargas da existência, é preciso demonstrar fidelidade aos princípios esposados.
59 Entretanto, os príncipes dos sacerdotes e todo o conselho, andavam buscando quem jurasse algum falso testemunho contra Jesus, a fim de o entregarem à morte.
São os próprios sacerdotes e ministros da justiça, encarregados do julgamento e por isso no dever de serem imparciais, os que procuram aliciar as testemunhas falsas. Recorriam mais uma vez aos ardis de que a hipocrisia usa para mascarar seus propósitos. Ao ato ilegal que praticavam, queriam dar as aparências legais.
60 Mas não o acharam, sendo assim que foram muitos os que se apresentaram para jurar falso. Mas por último chegaram duas testemunhas falsas.
Não era possível encontrar na vida de Jesus qualquer falta, por menor que fosse, que servisse de pretexto a um julgamento, quanto mais a uma condenação. Por fim acharam dois homens que tinham ouvido as lições de Jesus, porém, não se tinham dado ao trabalho de extrair os ensinamentos morais e espirituais que elas continham. Essas duas falsas testemunhas iniciam a série imensa dos que, através dos séculos, falsearam os ensinamentos de Jesus.
61 E depuseram: Este disse: Posso destruir o templo de Deus, e reedificálo em três dias.
Ao pronunciar tais palavras, evidentemente Jesus se referia à destruição de seu corpo físico. O templo em que o espírito habita é o corpo. Como a morte não existe, destruído que seja o corpo carnal, o espírito passa a viver com seu corpo etérico, o perispírito. Os homens daquele tempo não o compreenderam, e, por isso, julgaram que se tratava do templo e pedra de Jerusalém.
62 Então, levantando-se o príncipe dos sacerdotes lhe disse: Não respondes nada ao que estes depõem contra ti?
Os sacerdotes forçavam Jesus a dar-lhes uma resposta, pois, por ela o condenariam. Jesus preferiu calar, uma vez que sabia que seria condenado de qualquer forma.
63 Porém, Jesus estava calado. E o príncipe dos sacerdotes lhe disse: Eu te conjuro pelo Deus vivo que nos digas se tu és o Cristo Filho de Deus.
64 Respondeu-lhe Jesus: Tu o disseste; mas eu vos declaro que vereis daqui a pouco ao Filho do homem assentado à direita do poder de Deus, e vir sobre as nuvens do céu.
Jesus aqui nos ensina a sermos fiéis aos princípios que pregamos. Nunca devemos deixar de afirmar os nossos nobres ideais, sempre que preciso for, e em quaisquer circunstâncias e diante de quem quer que seja. É esta uma lição para os adeptos do Espiritismo e de várias correntes espiritualistas, muitos dos quais preferem negar seus ideais dizendo-se adeptos da religião dogmática oficial, cada vez que seus interesses estão em jogo. Assistimos então a pregadores espíritas, a médiuns com longos anos de serviço, e a muitos outros fiéis do Espiritismo e do Espiritualismo que, ao se apresentarem oportunidades de proclamarem diante do mundo fidelidade à Doutrina, preferem seguir as conveniências sociais, casando-se e batizando seus filhos na igreja dogmática, e assistindo a missas, e mandando dizê-las pelos seus desencarnados.
Desprezam assim a sagrada ocasião do testemunho, e destroem, num momento destes, todo o seu trabalho espiritual, pois não souberam baseá-lo na exemplificação e na coragem de romperem com o passado de ignorância.
O exemplo de Jesus se reveste de alta significação para a posteridade de seus discípulos.
Os sacerdotes, vendo que não conseguiram fazê-lo falar, tentam obrigá-lo a desmentir o que tinha pregado. Mas o Mestre, em voz bem alta para que todos o ouvissem, dá testemunho de sua doutrina.
Vereis daqui a pouco o Filho do homem assentado àdireita do poder de Deus, e vir sobre as nuvens do céu. Esta frase é um símbolo de que Jesus se serve para mostrar que suas palavras se espalhariam, em breve, pelo mundo todo e nas nuvens, isto é, pelos planos espirituais próximos à terra, dos quais desceriam espíritos para provarem as verdades que ele pregava. E hoje o Espiritismo, restabelecendo o intercâmbio entre encarnados e desencarnados, faz com que vejamos e compreendamos a glória e o poder de Jesus, estendendo sua mão amiga e protetora aos seus pequeninos tutelados da terra.
65 Então o príncipe dos sacerdotes rasgou as suas vestiduras, dizendo: Blasfemou; que necessidade temos já de testemunhas? Eis aí acabais de ouvir agora uma blasfêmia.
66 Que vos parece? E eles, respondendo, disseram: É réu de morte.
67 Então uns lhe cuspiram no rosto, e o feriam a punhadas, e outros lhe deram bofetadas no rosto.
68 — Dizendo: Adivinha-nos, Cristo, quem é que te deu?
Estes versículos nos revelam três coisas: A primeira é a incompreensão espiritual dos homens daquela época. Apesar de os sacerdotes constituírem a parte da nação que estudava as escrituras, tomavam os ensinamentos ao pé da letra; e assim fizeram com os ensinamentos de Jesus. Não foram capazes de compreender que Jesus falava no sentido espiritual, descobrindo aos homens os bens imperecíveis da alma, e ensinando como conquistá-los.
A segunda é a intolerância característica das religiões dogmáticas; embora não o compreendessem, deveriam tolerá-lo; mas a maldade que traziam nos corações, não o deixou.
A terceira é o modelo que de então por diante os homens teriam para perdoar seus ofensores. Até aquele momento os homens conheciam apenas a lei de Moisés, olho por olho, dente por dente. Com o sacrifício de Jesus, os homens começariam a reconhecer a lei do perdão e do amor, pregada e exemplificada por ele, ao retríbuir com a mansidão e com o perdão aos que o magoavam.
PEDRO NEGA A JESUS
(Mc 14:66-72; Lc 22:54-62; Jo 18:15-27)
69 Pedro, entretanto, estava assentado fora do átrio, e chegou a ele uma criada dizendo: Tu também estavas com Jesus, o Calileu.
70 Mas ele o negou diante de todos, dizendo: Não sei o que dizes.
71 E saindo ele à porta, viu-o outra criada, e disse para os que ali se achavam: Este também estava com Jesus Nazareno.
72 E segunda vez negou com juramento, dizendo: Juro que tal homem não conheço.
73 E daí a pouco chegaram-se uns que ali estavam, e disseram a Pedro: Tu certamente és dos tais, porque até a tua linguagem te dá bem a conhecer.
74 Então começou a fazer imprecações, e a jurar que não conhecia tal homem. E imediatamente cantou o galo.
75 E Pedro se lembrou das palavras que lhe havia dito Jesus: Antes de cantar o galo, três vezes me negarás. E tendo saido para fora, chorou amargamente.
A negação de Pedro é uma séria e profunda advertência a todos os que trabalham no campo evangélico.
Durante três anos Pedro se preparou, sob a orientação de Jesus, para o divino ministério do apostolado. O Mestre jamais cessara de lhe recomendar, bem como aos demais discípulos, que vigiassem e orassem, porque não sabiam quando, e como e onde seriam provados. Diante da última advertência que Jesus lhe faz, Pedro jura fidelidade. Conhecendo a fragilidade das promessas humanas, Jesus se limitou a sorrir. E ainda o avisa de que dentro em breve o negaria. A Pedro, tal coisa se lhe afigura impossível. No entanto, no horto não pode assistir ao Mestre na sua hora de agonia, e depois o nega publicamente. Por conseguinte, tenhamos cuidado todos nós que somos aprendizes do Evangelho. Na estrada que conduz a Cristo, não faltarão oportunidades de dar-lhe o testemunho; mas também as ocasiões de atraiçoálo, e de negá-lo, são numerosas.
Este episódio também nos dá um exemplo do que é uma consciência educada. Logo que errou, Pedro recebeu o seu erro. Sua consciência, educada nos princípios evangélicos, imediatamente o adverte. E Pedro se arrepende e chora, mas levanta-se decidido a corrigir o erro, sem demora, lutando pela causa de Jesus.
Se Pedro não tivesse a consciência educada, somente muito tempo depois, ou talvez só no mundo espiritual, é que ele iria compreender o erro, quando lhe seria extremamente difícil o corrigi-lo.
Em nosso estudo do Evangelho e do Espiritismo, procuremos educar nossa consciência para que ela se possa manifestar e ser ouvida por nós, demonstrando-nos sempre os erros, assim que os tenhamos cometido. Desse modo, teremos o tempo suficiente para corrigi-los, sem sofrermos consequências dolorosas, e daremos provas de que estamos aproveitando os ensinamentos recebidos.
Jesus era chamado quase sempre de rabi, quer dizer, mestre. Esse título não era oficial; era como o povo se dirigia aos que ensinavam e tinham discípulos. O clero em Israel era formado por níveis hierárquicos, a começar pelo sumo sacerdote em exercício. O comandante do Templo era o assistente do sumo sacerdote e gerenciava os outros sacerdotes chefes. Esse cargo era pressuposto para se tornar sumo sacerdote. Abaixo do comandante do Templo estava o sacerdote que regulava o revezamento dos 24 grupos de sacerdotes que, dispersos pela Judeia e pela Galileia, compareciam uma vez a cada 24 semanas em Jerusalém, alternadamente, para oficiar as atividades diárias do Templo junto à população (holocaustos, sacrifícios pelos pecados, sacrifícios de reparação e de comunhão). Cada grupo de sacerdotes possuía seu respectivo chefe. Todos somavam aproximadamente 7.200 sacerdotes. Zacarias, pai de João Batista, era um deles, da classe de Abias, a oitava das 24 classes. Isabel, sua mulher, era filha de sacerdote. (LUCAS, 1:5.) Nas festas, todos os grupos de sacerdotes eram convocados conjuntamente para suprir as enormes demandas de atividades.
Depois do chefe do revezamento semanal, estavam os chefes das quatro a nove seções diárias que faziam parte da seção semanal. Na ordem hierárquica seguinte, vinha um sacerdote chefe destacado para zelar pela vigilância do Templo, que dispunha da guarda. Mais abaixo na hierarquia, funcionavam pelo menos três sacerdotes chefes tesoureiros, com vários auxiliares. Eles administravam as finanças do Templo: as rendas, os capitais, os contratos, as vendas de oferendas e as compras. Por fim, como assistentes subalternos estavam os levitas, que constituíam o “baixo clero”, sem serem sacerdotes, divididos igualmente em 24 seções semanárias. O grupo mais eminente de levitas era formado pelos cantores e músicos das liturgias do Templo. O outro grupo reunia os demais funcionários, cerca de 9.600 levitas: guardas, porteiros, faxineiros etc. Foi essa guarda levítica, reforçada pelos guardas do sumo sacerdote em exercício e por soldados romanos, que prendeu Jesus. (JOÃO, 18:3.) Alguns levitas tinham destaque no campo intelectual; eram escribas, como José Barnabé, um dos líderes da cristandade primitiva, companheiro de Paulo em sua primeira viagem apostólica. O título de sacerdote e de levita músico era transmitido por herança. Não havia outra forma de aquisição dessas dignidades. Uma pesquisa detalhada da genealogia do candidato era feita nos arquivos do Templo para se verificar a pureza da descendência. A idade canônica para tornar-se sacerdote era de 20 anos. Israel era uma teocracia. O clero se localizava no topo sociopolítico e econômico da classe alta, que era composta também pela nobreza leiga, não religiosa. A nobreza sacerdotal era fabulosamente rica, enquanto os sacerdotes comuns recebiam baixos salários. Todos aqueles classificados como chefes tinham jurisdição sobre os demais sacerdotes e integravam o Sinédrio, a corte suprema da nação, junto com os sumos sacerdotes passados, os escribas e os anciãos, num total de 71 membros.
O Sinédrio, assim, tinha formação tríplice: sacerdotes, escribas e anciãos. Aqueles chamados anciãos, ou, conforme LUCAS, 19:47, os “chefes do povo”, os notáveis, os grandes de Israel, representavam a nobreza leiga, os chefes de família não sacerdotes, de expressão política e econômico- financeira. Era o caso de José de Arimateia. Grande parte dos membros da nobreza leiga eram saduceus. Os saduceus constituíam um partido religioso fundado próximo de 250 a.C.; sua doutrina aceitava Deus, mas negava a ressurreição dos mortos, ou seja, a imortalidade da alma, e preceituava gozar o mais possível dos bens que a Providência divina favorecesse para a vida terrena. Uma vida sábia e honrada seria recompensada na vida física; o sucesso material seria símbolo de uma vida religiosamente pura. Pode-se dizer que eram os materialistas e sensualistas de Israel. Invariavelmente eram ricos, e os sacerdotes que ocupavam os lugares principais na hierarquia do Templo, sobretudo o sumo sacerdote, costumavam ser saduceus. Após a guerra contra os romanos, entre 66 e 70 d.C., a nobreza leiga e a nobreza sacerdotal, saduceias, entram em declínio. Uma nova classe ascende, a dos escribas, os doutores da Lei. Diferentemente dos nobres leigos e sacerdotes, os escribas não se baseavam em privilégio de origem, e alguns escribas famosos tiveram até sangue pagão. Pessoas de todas as camadas sociais podiam ser escribas, embora a maior parte deles fosse das camadas do povo, não abastadas: mercadores, artesãos, carpinteiros, fabricantes de tendas, trabalhadores diaristas, quase miseráveis, como o célebre Hilel, da Babilônia. Pouquíssimos escribas eram ricos na época de Jesus. Aqiba, o venerado doutor da Lei, e sua mulher dormiam sobre a palha no inverno; Yuda ben Elai tinha uma só capa, que ele e a mulher usavam alternadamente para sair, e seis dos seus discípulos só tinham um casaco para se cobrirem. Nicodemos e Gamaliel (ATOS DOS APÓSTOLOS, 22:3), ao contrário, eram doutores de famílias nobres e ricas, e vestiam a túnica dos escribas de posses, em forma de filactérios, caindo até os pés, com longas franjas. (MATEUS, 23:5.) Joachim Jeremias (2005, p. 320) salienta que o saber era o único e exclusivo fator do poder dos escribas. Quem desejasse se agregar a eles seguia um ciclo regular de estudos em alguns anos, passando de discípulo a rabi. Até os 40 anos, seria “doutor não ordenado”. Alcançada essa idade, era recebido, mediante ordenação, na corporação dos doutores. Estava, com isso, autorizado a fornecer pareceres sobre questões religiosas e legais, inclusive ser juiz em processos criminais e civis. Aliás, no século I, vários cargos importantes da administração pública, anteriormente ocupados apenas por sacerdotes e nobres, estavam dominados pelos escribas. No tempo de Jesus, o título de rabi ainda era dado como título honorífico geral, mesmo a quem não houvesse adquirido formação acadêmica, ou rabínica. A designação estava em evolução. Só mais adiante seria reservada exclusivamente aos escribas ordenados. O grande prestígio dos escribas se concentrava não somente no serem detentores do conhecimento, mas especialmente no serem portadores de conhecimentos esotéricos, não revelados aos leigos, a ciência secreta sobre as maravilhas da criação, do homem e de bar nasa, o “Filho do Homem”. Para essas questões, os ensinos eram particulares e versavam sobre teosofia e cosmogonia. Os ensinamentos esotéricos não constituíam teses isoladas, mas verdadeiros sistemas doutrinários atribuídos à inspiração divina. Do ponto de vista histórico e social, os escribas são os possuidores da ciência secreta de Deus e são os sucessores dos profetas. O povo venerava os escribas como antes fizera aos profetas. À passagem deles, as pessoas se levantavam; nos banquetes, ocupavam os primeiros lugares; nas sinagogas, lugares exclusivos eram destinados a eles. (JEREMIAS, 2005, p. 323-328.) Jesus também reservara muitos ensinos estritamente aos ouvidos dos apóstolos e discípulos. Nicodemos, quando o visitou, estava interessado em aprofundamentos quanto ao reino de Deus e à salvação, e obteve a confirmação da reencarnação. Na carta aos HEBREUS, 5:13 e 14, Paulo observa que a criancinha apenas amamenta, não pode degustar algo que curiosamente chama de “doutrina da justiça”; os adultos, porém, possuem o senso moral exercitado para discernir o bem e o mal, e recebem alimento sólido. A ascensão dos escribas irá alterar profundamente a dinâmica da vida judaica, depois da queda do Templo, no ano 70. De uma aristocracia baseada no sangue, as comunidades israelitas passarão a ser dirigidas por uma aristocracia intelectual, baseada no mérito pessoal. A maioria dos escribas era composta de fariseus, como fora Paulo, mas também havia escribas saduceus. Os fariseus formavam um partido religioso de grande prestígio. Parte deles era constituída de escribas, notadamente os membros influentes. (JEREMIAS, 2005, p. 321.) Mas a maioria era do povo, sem formação de escriba. Fariseu (perushim) significa separado: a “verdadeira comunidade de Israel”, “a comunidade santa” idealizada fazia mais de um século para duas finalidades: resistir à penetração das tendências gregas na cultura judaica e opor-se aos saduceus. Os fariseus se sentiam mais judeus que os outros e eram conservadores ortodoxos dos preceitos da Lei, severos observadores das práticas exteriores e ostentadores de virtudes. De origem contemporânea à dos essênios, viram-se os fariseus, com as lutas políticas e religiosas, valorizados junto à população, até que Herodes, o Grande, acabou por ceder-lhes honras e privilégios, projetando- os para dentro do Poder. Formavam um partido das massas, lutando, em termos sociais e religiosos, contra as pretensões da aristocracia saduceia. Se na ordem religiosa, no tempo de Jesus, os fariseus detinham predominante influência, inclusive definindo prescrições litúrgicas do Templo, na administração pública o seu domínio só iria sobrepor-se aos saduceus após a primeira guerra contra os romanos (66–70 d.C.). Na verdade, os fariseus formavam várias comunidades dentro de uma mesma cidade, com seus chefes e assembleias, como acontecia em Jerusalém, todas elas comprometidas em observar o regulamento geral da grande comunidade quanto às regras de pureza e quanto ao dízimo. Ao mesmo tempo em que representavam o povo, recebendo uma adesão incondicional das massas, os fariseus se “separavam” da população que não observava as prescrições sobre pureza e dízimo. Joachim Jeremias (2005, p. 359) relata que o comércio, o casamento e a comensalidade com o não fariseu, suspeito de impureza, receberam proibições e limitações. Na esteira das grandes religiões e correntes filosóficas da Antiguidade, essênios, saduceus e fariseus viviam, de variadas maneiras, isolados do povo. Os essênios viviam em suas comunidades fechadas, sob as rigorosas regras de seus monastérios. Os saduceus estavam encastelados em seus palácios e em suas posições no Templo, no ponto mais alto de um abismo socioeconômico e religioso. Os fariseus se afastavam pelo impenitente preconceito religioso cultivado contra o homem comum. E Jesus? Jesus foi o rabi dos desfavorecidos e desprezados de Israel. Exceção feita a alguns notáveis, era a boca do povo simples que se comprazia em chamá-lo raboni, mestrezinho. A distância entre a camada social alta e a camada média e baixa fez que muitos dividissem as sociedades da Antiguidade em apenas duas classes — uma pequena classe superior e uma larga classe inferior. Os seguidores de Jesus pertenciam quase inteiramente à camada inferior. A classe média era composta por não assalariados: artesãos com oficinas próprias, pequenos comerciantes, estalajadeiros etc.
A classe pobre (am ha’aretz – pessoas da terra) era formada pelos diaristas alugados, aqueles que garantiam a subsistência pelo trabalho assalariado (um denário por dia, mais a refeição). Também era integrada por aqueles (numerosos) que viviam da ajuda de terceiros ou do auxílio público: desempregados, mendigos, portadores de deficiências físicas ou mentais. A esses se juntavam, ainda, os escravos. Jesus era de família muito pobre. Quando sua mãe compareceu ao Templo, após os quarenta dias do parto, para o sacrifício da purificação, ela precisou valer-se do “privilégio” dos pobres: em vez de ofertar o cordeiro de um ano e uma rolinha, apresentou duas rolinhas em substituição. (LUCAS, 2:24.) Cada rolinha custava um oitavo de denário, em Jerusalém. (JEREMIAS, 2005, p. 159.) Ele não teve onde repousar a cabeça (MATEUS, 8:20); não levava dinheiro consigo, como revelaram os episódios do estáter16 encontrado na boca do peixe (MATEUS, 17:27) e do tributo a César (MATEUS, 22:21); e suas atividades missionárias eram subvencionadas pelos bens das mulheres discípulas (LUCAS, 8:3). Desse quadro geral, entrevê-se a coragem de Jesus em desmascarar o comportamento dos saduceus, dos escribas e dos fariseus na exploração criminosa dos humildes, seja no episódio da expulsão dos vendilhões do Templo, seja na exprobação pública desses grupos. Os escribas e os fariseus deveriam ser atendidos em todas as suas prescrições, mas não imitados em suas ações, porque não faziam o que diziam. (MATEUS, 23:1 a 3.) E as boas ações que praticavam, faziam-nas para serem vistos. Eram hipócritas, condutores cegos, sepulcros caiados por fora, raça de víboras, amigos do dinheiro (LUCAS, 16:14) e devoradores das casas das viúvas (MARCOS, 12:40). Jesus não pretendeu criar um partido religioso, muito menos uma religião para o povo. O reino de Deus que Ele anunciava está dentro das criaturas, e sua construção se desenvolve numa ligação com Deus em espírito e verdade. Deus “habita” a alma e não a magnificência dos templos.
Mas poucos séculos depois de Jesus, o movimento que Ele iniciou para difundir as leis morais e a ética desse reino sofreria uma grande e perniciosa transformação. Nas primeiras comunidades cristãs, após a desencarnação dos apóstolos e dos primeiros discípulos, a direção dos trabalhos estava com aqueles que demonstrassem mais dons do Espírito e mais equilíbrio moral, ou santidade; isto é, a liderança se concentrava na autoridade espiritual e moral. No século II, entretanto, as comunidades começaram a ser dominadas pelas hierarquias. O poder dos bispos se sobrepôs ao valor dos dons espirituais (dos carismas) e da moralidade. Lentamente os dons espirituais passaram a ser malvistos. Os bispos se proclamavam sucessores dos apóstolos e elegiam patriarcas. O patriarca de Roma não demorou a sustentar sua supremacia sobre os outros patriarcados, lançando a base do papado, formalizado no século VII. O termo “católico” vem do grego kata (junto) e holos (todo), designando o que é universal, o que abrange tudo e reúne todos. Inácio de Antioquia foi o primeiro a empregar esse termo para se referir à igreja cristã de Roma, no século II. No ano de 381, o caráter universal foi admitido como um atributo oficial da igreja romana, no concílio realizado em Constantinopla, colocando as demais igrejas abaixo dela. Antes, porém, no Concílio de Niceia, primeiro concílio ecumênico da cristandade, em 325 d.C., ocorreu um dos marcos da desnaturação do ideal de Jesus. Nele, entre outros debates cristológicos, o arianismo foi apontado como doutrina herética. Para Arius, Jesus não era Deus. Para os bispos reunidos na cidade de Niceia, Jesus era Deus. Contudo, algo mais grave iria acontecer no banquete celebrado na conclusão do Concílio de Niceia. Após o encerramento dos trabalhos, os bispos foram ao palácio do imperador romano Constantino e entraram com naturalidade, passando pela guarda real e pelo exército que fazia a segurança do lugar. Ingressando nos aposentos privativos do imperador, os bispos e patriarcas se reclinaram em torno da mesa, cercados por extremo conforto e, ao lado do imperador, esperavam que a criadagem servisse o fino repasto. O banquete do reino de Deus, anunciado na Boa-Nova como resultado da edificação espiritual do ser, estava sendo desfigurado em seu conceito, pois não se concilia com ambições de domínio exterior, principalmente as de influência e poder nos gabinetes da política do mundo. Juan Arias (2001, p. 128), teólogo e filósofo que por quase quinze anos foi correspondente no Vaticano para o jornal El País, lembra que o governo central da Igreja foi copiado basicamente dos imperadores romanos: uma “monarquia absoluta”, “preocupada com os ricos e poderosos”, “contaminada pelos poderes mundanos e políticos”, que tirou “o ouro dos pobres para enriquecer seus templos”. Jesus advertiu seus discípulos, quando censurava os maus escribas e os maus fariseus (MATEUS, 23:8 a 12): — “Quanto a vós, não permitais que vos chamem ‘Rabi’, pois um só é o vosso Mestre e todos vós sois irmãos. A ninguém na Terra chameis ‘Pai’, que um só é o vosso Pai, o celeste. Nem permitais que vos chamem ‘Guias’, pois um só é o vosso guia, Cristo. Antes, o maior dentre vós será aquele que vos serve. Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado”. Sendo assim, por que “padre”, do latim pater, “pai”? Por que “papa”, do grego páppas, “pai”? Bonhoeffer, teólogo protestante morto num campo de concentração nazista, escreveu: “Jesus não chamou para uma nova religião, e sim para a vida”. (apud ARIAS, 2001, p. 131.) A verdadeira religião de Jesus é a vida, mas uma vida em abundância com o próximo e com Deus. “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. (JOÃO, 10:10.) Jesus é o guia e o modelo para uma vida espiritualmente farta. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. (JOÃO, 14:6.)
As multidões ficavam extasiadas com seu ensinamento, porque “as ensinava com autoridade”. (MATEUS, 7:28 e 29.) Guia e modelo, com autoridade. Dois títulos apenas Ele aceitou: Mestre e Senhor. “Vós me chamais de Mestre e Senhor e dizeis bem, pois eu o sou”. (JOÃO, 13:13.) 16 N.E.: Moeda de prata que valia quatro denários.
Amélia Rodrigues
jo 18:10
…Até o Fim dos Tempos
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 22 Divaldo Pereira Franco Amélia Rodrigues
O sumo sacerdote representava, entre os hebreus, o grande guardador do Templo, que se responsabilizava pela pureza da doutrina, pela manutenção do culto e pela santidade do povo. Tratava-se de cargo hereditário, que procedia dos tempos de Eleazar, filho de Arão, conforme ensina o Êxodo, que remanescia da tribo de Levi.
Era-lhe concedida a honra de consorciar-se, desde que com uma virgem, e o seu poder era quase ilimitado entre os de sua raça.
Trajava-se de forma exuberante, vistosa, de acordo com a opulência igualmente retratada no mesmo livro do Êxodo, sendo-lhe permitido, somente a ele, a entrada no santuário do tabernáculo onde estava o Santo dos Santos, sendo-lhe também facultado consultar os oráculos mais sagrados do povo, denominados Urim e Tummim.
Ao tempo de Jesus, era sumo sacerdote em Jerusalém José Caifás, no poder desde o ano 18 d.C. e prolongando-se até 36 d.C.
Começara a sua atividade no período em que governava Jerusalém Valério Crato, e permaneceu até os dias de Pôncio Pilatos, em cuja jurisdição foi julgado e condenado Jesus Cristo.
Foi ele quem conduziu o processo criminal contra Jesus, por haver-se denominado Filho de Deus, já que outro motivo não conseguiu encontrar para persegui-lO.
Pusilânime e covarde, exerceu a sua influência junto a Pôncio Pilatos, igualmente hipócrita, acusando o Mestre de haver-se colocado acima do Imperador e por haver blasfemado ao dizer-se Filho do Altíssimo, cujo nome era proibido de ser pronunciado.
Acolitado por verdadeira corte, aqueles que o serviam eram tidos em alta conta e acreditavam-se igualmente portadores de poderes que tentavam exercer contra os mais infelizes e menos destacados no conceito da sociedade hedionda de então.
Dentre outros, destacava-se Malco, jovem ambicioso e de origem desconhecida, que anelava por chamar atenção e gozar de privilégios, dedicando-se com fidelidade canina ao amo, que lhe notava a ambição desmedida e a estimulava, a fim de atender ao desmedido egotismo.
Malco sempre se apresentava nas situações menos felizes e disputava-se honrarias e louros após as pequenas vitórias conseguidas a troco de infâmia e adulação, ou de perseguição soez.
Era natural que, nas situações embaraçosas que pudessem render estipêndios para a sua vaidade desmedida, se fizesse presente sem convocação, de forma a atrair a atenção do amo, que não podia ocultar a impiedade nem o despeito sobre o poder de Jesus, reconhecido pelo povo e admirado até mesmo por alguns fariseus mais sensatos e doutores da Lei, como Nicodemos e outros.
A presença de Jesus no cenário palestino produzia inquietação no pomposo chefe religioso que, do seu palácio, acompanhava a urdidura das calúnias que estimulava, e instigava a perseguição insana onde quer que Ele se apresentasse.
Sucede que os homens de poder terrestre, salvadas as exceções naturais, temem a própria sombra, porque se reconhecem sem a estrutura moral necessária para a vivência da autoridade, da justiça e do dever.
Caifás era, portanto, um infra-homem alçado à posição de super-homem. Temendo a própria sombra, espalhava o terror, ocultando-se na escuridão dos próprios conflitos.
*
A rede bem-entretecida das calúnias apertava o cerco e ameaçava o Mestre.
A Sua entrada em Jerusalém, dias antes, entre ramos, folhas de palmeiras e sorrisos, com que se homenageavam os vitoriosos de retorno ao lar, chegara aos ouvidos de Caifás, que mais se amedrontou em relação a Jesus.
O Homem sereno era opositor natural do homem cruel. A grandeza do Justo inquietava a pequenez do culpado.
Eram duas forças que se opunham. A primeira não colocava resistência e por isso vencia a outra que se armava de violência.
Estabelecidos os parâmetros para o hediondo crime, a situação se tornou irrespirável na velha cidade atormentada.
A onda de crueldade vibrava no ar apaixonado dos indivíduos, quando Jesus despediu-se dos companheiros na ceia e buscou o Jardim das Oliveiras, para preparar-se...
Afinal, Ele viera para dar o testemunho, para aquelas horas que se iriam apresentar devastadoras, assinalando a História com um marco de crueldade incomum.
A noite serena derramava a claridade das estrelas lucilantes ao longe.
O Mestre houvera convocado os Seus mais próximos amigos e lhes pedira para que vigiassem enquanto Ele ia orar a Deus. Por mais de uma vez, saíra do seu colóquio com o Pai e viera vê-los, mas, invigilantes, eles dormiam...
*
Aconteceu como todas as tragédias, inesperadamente. Portando lanternas, archotes fumegantes, armas e varapaus, uma coorte comandada por Judas, que era Seu amigo, adentrou-se pelo Jardim, do lado oposto à torrente do Cédron e Jesus, que sabia o que lhe ia acontecer, aproximou-se e indagou:
– A quem buscais?
E eles responderam: – A Jesus de Nazaré.
Uma grande expectativa dominou a coorte, quando Ele, sereno, afirmou:
– Sou eu.
E porque não aceitaram que Aquele fosse o criminoso que buscavam, não o acreditaram, ficando aturdidos.
Repetiu-se a interrogação e a resposta não deixava dúvidas.
Os amigos que dormiam despertaram assustados e acorreram aos gritos, na altercação que se fez natural, e Pedro, que se encontrava com uma espada, movimentou-a e decepou a orelha de Malco, que se encontrava entre os aventureiros requisitados de última hora para a prisão do Mestre.
Com um urro bestial, Malco começou a vociferar, enquanto a hemorragia escorria abundante.
Sem perturbar-se, Jesus tocou-lhe a ferida aberta em sangue, e cicatrizou-a, advertindo Pedro:
– Embainha a tua espada, porque, quem com ferro fere, com ferro será ferido...
Começava ali a tragédia da Cruz, que assinalaria a história dos tempos futuros, como o momento de hediondez humana, que se repetiria, sem dúvida, através de outros nefastos acontecimentos.
*
Malco ficou assinalado com a perda da orelha. O Mestre cicatrizou-lhe a ferida, porém, não se preocupou com a devolução e colocação da peça no seu devido lugar.
Antiga tradição conta que o servo do sumo-sacerdote, estigmatizado pela marca, que assinalava o crime de furto, fugiu da Palestina indo residir em Roma, entre os forasteiros e vagabundos da capital do Império.
As ambições de fastígio e de poder morreram-lhe no desencanto e ficaram-lhe na amargura das lembranças infelizes.
Ao mesmo tempo, recordava a dualidade chocante do instante desesperador: o ato do agressor e o gesto de Jesus curando-o, somente lamentando não lhe haver restituído o órgão.
Os anos se passaram amargos até o reinado de Nero, quando se comprazia em acompanhar os esbirros de Tigelinus, que defendia o ímpio e perverso imperador.
Numa dessas sortidas às catacumbas, foram aprisionados inúmeros discípulos do Carpinteiro galileu, e, algum tempo depois, em uma noite de horror, seguiu um grupo que conduzia Simão Pedro, de quem se recordava, a uma das colinas próximas para a crucificação.
Agredindo o velho pescador com palavras chulas e obscenas, imprecando para que ele recorresse a Jesus para que o viesse salvar, chegaram ao acume do monte e, enquanto era preparado o instrumento de punição, porque continuasse vociferando contra Pedro, o discípulo renovado de Jesus, convocado a olhar-lhe o lugar da orelha cortada, foi tomado de horror por si mesmo, e recordando-se do Mestre querido, deixou-se arrastar por imensa compaixão pela vítima, ajoelhando-se-lhe aos pés e rogando-lhe perdão.
Num átimo, os legionários, vendo a cena, seguraram Malco e lhe disseram:
– Se esse a quem vamos crucificar – que é importante entre os seguidores do judeu odiado – ajoelha-se aos teus pés, certamente és muito mais importante do que ele. Crucifiquemo-lo, também...
Fortemente detido e debatendo-se, Malco gritava inocência, que não era ouvida nem aceita, logo sendo montada uma cruz tosca, na qual, ao lado de Pedro, em desespero incomum, blasfemando e estorcegando-se, morreu também...
*
Espada e cruz! A espada fere e produz dano, que aguarda correção. A cruz eleva e santifica os sentimentos humanos. Há espadas invisíveis que despedaçam vidas, esfacelam esperanças, ceifam ideais, destroçam edificações do bem.
Há cruzes invisíveis que depuram, convidam à reflexão, transformam-se em asas que alçam o ser às cumeadas do progresso e da felicidade.
Espadas que esgrimem o ódio e a vingança, que combatem nas guerras e impedem a paz.
Cruzes que sublimam as criaturas que as abraçam com amor e abnegação.
Pedro e Malco – espada e cruz!
jo 18:20
Mensagem do Amor Imortal (A)
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 19 Divaldo Pereira Franco Amélia Rodrigues
A orquestração para a tragédia encontrava-se melhor os músicos insensatos, que ensaiaram habilmente a farsa tétrica.
Era-lhes habitual esse tipo de comportamento.
Vivendo dos ressaibos das intrigas, perfídias e traições, e acumulando o azedume que se derivava da insegurança política, uniam-se contra qualquer sombra que supunham pudesse ameaçar-lhes a estabilidade no poder sempre instável.
Qualquer insurreição era sempre afogada em sangue através das armas da impiedade, a fim de atemorizar futuros nacionalistas ou fanáticos de ocasião.
Aquele Homem era-lhes mais do que uma ameaça. Intemerato e intimorato, realizava uma revolução arriscada para os seus padrões de covardia, tornando-se, a cada dia, um perigo maior. A Sua força era a Sua fraqueza terrena: sem dinheiro, sem prestígio social, sem destaque na comunidade. . . No entanto, o Seu fascínio arrastava as multidões, o que fora constatado quando da Sua entrada em Jerusalém, fazia pouco, ovacionado e recebido com as palmas da esperança e da vitória. . .
Era necessário silenciá-lO quanto antes. . .
Jerusalém, naqueles dias, regurgitava com dezenas de milhares de peregrinos que vieram de toda parte para as celebrações da Páscoa.
Uma faísca descuidada, no rastilho de pólvora dos problemas humanos ali expostos, e desencadearia um incêndio de proporções imprevisíveis. . .
Era necessário agir nas sombras, no silêncio da noite, aves de rapina que eram, piores do que os falcões e os abutres. . .
O prisioneiro foi conduzido à presença de Anás, o astuto ex-Sumo Sacerdote, que vivia em luxuoso palácio próximo ao Templo que explorava.
Na mesma suntuosa residência, vivia o seu genro Caifás, tão soberbo e cruel, quanto o seu símile e modelo.
Anás era filho de Seth, que também exercera o honroso cargo durante mais de um decênio, havendo sido apeado do poder, quando Tibério César iniciara o domínio sobre o Império. Era, no entanto, a personalidade mais influente do Judaísmo.
Saduceu, portanto, materialista, governava toda uma geração de membros religiosos, mantendo a supremacia por intermédio de Caifás, que o atendia servilmente, a troco do poder e das migalhas que lhe caíam das mãos avaras. . .
Desse homem dominador, um filho com o seu mesmo nome, posteriormente assassinaria Tiago, o discípulo de Jesus, no local de lapidação no Templo.
Será esse ignóbil ser quem julgará Jesus pela primeira vez.
Idoso, passara a noite praticamente acordado, esperando o resultado do plano terrível.
Os dois se fitaram por primeira vez. O passado apodrecido das religiões e a esperança, o futuro da religiosidade espiritual.
A pompa de mentira e a verdade desnuda.
Com empáfia e astúcia desejava saber se Ele era realmente o Messias, e qual era a Sua Doutrina.
Sem qualquer perturbação, ao ser interrogado, o Filho de Deus redarguiu:
— Eu tenho falado abertamente ao mundo; eu ensinei continuamente nas sinagogas e no templo, onde se reúnem todos os judeus, e nada falei ocultamente. Porque me interrogas? Pergunta aos meus ouvintes o que lhes falei; eles sabem o que eu disse. . .
João 18:20-21 Era o Senhor que se não perturbava ante a loucura dos servos ingratos.
(. . .) E porque nada houvesse conseguido, mandou-o a Caifás.
Caifás governava o poder religioso como Sumo Sacerdote, e a sua era a história de um farsante aproveitador. Chamava-se José. O seu sobrenome Caifás, também é Cefas, que significa pedra. O atormentado José Pedra recebeu a Doçura para o Seu julgamento, insensível.
Fariseu, primava pela hipocrisia, exaltando a aparência em detrimento da realidade.
Alcançara o poder absoluto, por ser genro de Anás, que o antecedera no cargo, igualmente servil e odiento, como já referido.
Através da compra de consciências com as moedas recolhidas nas infames negociações do Templo, podia manter o esplendor no palácio suntuoso em que fossava o comportamento infeliz.
A sua soberba era conhecida, a sua hostilidade a tudo e a todos — a Roma, que o submetia, às demais províncias, que detestava e a grande parte do Sinédrio, que temia - era típica do usurpador infame.
Foi ele quem novamente julgou a vítima sem crime, nesse momento manietado por ordem de Anás.
A longa noite de aflições cedia as sombras lentamente ao dia em vitória de luz.
Nem mesmo os representantes do Sinédrio puderam alterar-Lhe a calma, intimidá-lO.
Nada encontrando que justificasse a punição de morte que planejava, Anás O enviou ao representante de César, Pôncio Pilatos.
Os hipócritas e pérfidos que O conduziram não entraram no Pretório, a fim de não se contaminarem com as impurezas, pois que, do contrário, não poderiam celebrar a Páscoa.
Mentir e excruciar aquela vítima indefesa, não os tornavam impuros, mas sim, a sordidez supersticiosa das suas crendices.
Pilatos era um biltre, que se fizera Procurador, representando Tibério César, na Judeia, provavelmente havendo sido um liberto ou seu descendente, tornando-se odiado pelos judeus desde a sua chegada.
Alcançara o poder, graças à sua mulher Cláudia Prócula, que provinha de família distinta em Roma, o que lhe facultara acompanhar o marido àquela conturbada região, o que nem sempre era permitido às mulheres.
Durante dez anos exercera o cargo de maneira inescrupulosa, terminando por cometer graves erros que obrigaram o governador da Síria, Lúcio Vitélio, enviá-lo a Roma, a fim de justificar-se e desculpar-se perante o Imperador, pela maneira hedionda como se comportava. Infelizmente, quando chegou à capital do Império, Tíbério houvera morrido e fora substituído por Calígula, que o mandou para o exílio nas Gálias, onde terminou por suicidar-se.
Odiava os judeus, que também o detestavam.
Por duas vezes tentara impor a imagem do Imperador próxima ao Templo e por duas vezes tivera que recuar, pela força das intrigas judaicas encaminhadas a Roma.
Sentira-se humilhado e nunca perdoaria a afronta.
Surpreendido com a malta perversa e o inocente, logo percebeu a trama odienta de fundo religioso, de ciúmes e de crimes de que eram capazes, indagando:
— Que acusação trazeis contra este Homem?
— Se ele não fosse malfeitor, não o entregaríamos — responderam, cínicos e hipócritas.
A farsa se ampliava, mas ficaria inconclusa, mesmo depois que os infames triunfassem na mentira e na ilusão. . .
Pilatos percebeu a trama e mandou que eles mesmos O julgassem segundo a sua própria lei.
Acuado, porém, pela astúcia sórdida dos perseguidores, não teve como fugir à penosa injunção. No íntimo, desejava conhecê-lO, pois que ouvira d’Ele falar. No entanto, a Sua aparência desolada, os hematomas e as marcas das agressões sofridas, a face pálida e dorida, inspiraram desconforto no representante de César, até mesmo certo desprezo, pois que ele primava pelo luxo, pelo excesso das prerrogativas que se permitia.
Mas Ele, no entanto, viera para aqueles terríveis momentos.
Preparara-se, pois sabia que o Seu destino estava selado pelo Amor.
Julgado por Anás e Caifás, somente lhes respondera o indispensável. Eles não tinham condições para conhecer a verdade, tampouco o desejavam. . .
O Seu silêncio e nobreza perturbaram-nos.
Diante do servo de Tibério, igualmente não lhe concedeu a consideração untuosa que ele se permitia.
A Sua nobreza, entre os trapos e as rosas rubras de sangue, era a condecoração que O engrandecia.
Após algumas considerações o herege n’Ele não encontrou culpa.
Aturdido, sentindo a pressão da malta programada para matá-lO, desejou libertá-lO.
As hienas humanas, porém, desejavam os Seus despojos para banquetearem-se, e por isso, pediram a Sua morte.
Cláudia Prócula, que acompanhava de longe o arbitrário julgamento, mandou informar ao marido que não se envolvesse naquele processo, porque aquele Homem durante toda a noite a fizera sofrer. . .
Ele também sentiu-Lhe o poder.
Subitamente, perguntou-Lhe:
— Es Tu o rei dos Judeus?
Jesus, serenamente, respondeu:
— Dizes tu, isso, por ti mesmo, ou foram outros que te disseram de mim?
Zombeteiro, o Procurador respondeu, indagando:
— Porventura sou eu judeu? A Tua própria nação e os principais dos sacerdotes entregaram-Te nas minhas mãos. Que fizeste?
Houve um grande silêncio no imenso recinto tumultuado pela alucinação generalizada.
Com soberania e majestade, Ele redarguiu:
— O Meu Reino não é deste mundo; se o Meu Reino fosse deste mundo, os meus súditos pelejariam, para não ser eu entregue aos judeus; mas, agora, o Meu Reino não é daqui.
O diálogo prosseguiu surpreendente:
— Logo, Tu és rei? — Indagou, Pilatos.
E Jesus, compassivo, elucidou:
— Tu dizes que sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da Verdade. Todo aquele que é da Verdade, ouve a minha voz.
Dominado pelo Seu magnetismo, o Procurador voltou a interrogar:
— O que é a verdade?
Ele nada respondeu. Não havia como explicar ao réprobo, ao enganado e enganador, o que é a verdade.
Pilatos informou, então, que nEle não via qualquer culpa. Apelou para a razão, justificando que: Por ocasião da Páscoa, seja solto alguém, referindo-se a Jesus, ante o bandido Barrabás.
A massa, inflamada pelo ódio e obsidiada pelas forças do mal, bradou:
— Não a este, mas a Barrabás. . .
O Procurador perturbou-se, e tentou negociar, informando que O mandaria açoitar, punindo-O, e após, libertando-O.
Era um pusilânime, que não tinha força moral para enfrentar os inimigos de todos, inclusive dele, pois que o odiavam. . .
Após o vergonhoso flagício, um soldado impôs-lhe uma ridícula e espinhosa coroa de urze sobre a cabeça, em deboche, gritando:
— Salve, rei dos judeus! — Dando-lhe bofetadas.
Arrastado, ferido, quase desfalecente, foi apresentado:
— Eis o Homem, ou o que dEle restai O crime que lhe atribuíam era religioso e ao Procurador não competia puni-lO por essa razão.
Pôncio Pilatos detestava-lhes a religião fanática e cruel, não podendo, nem desejando imiscuir-se nessa prebenda revoltante.
A massa ensandecida, no entanto, não se contentava, e gritava frenética:
— Crucifica-O! Crucifica-O!
Respondeu, aturdido, Pilatos:
— Tomai-O vós mesmos e crucificai-o; porque eu não acho nEle crime.
Furiosos, responderam, em coro:
— Nós temos uma Lei, e segundo a nossa Lei ele deve morrer, porque se fez Filho de Deus. . .
Mais assustado, Pilatos voltou a inquiri-lO:
— Donde és?
Ante o silêncio profundo, insistiu:
— Não me falas? Não sabes que tenho poder para Te soltar e poder para Te crucificar?
A musicalidade sublime da Sua voz ergueu-se, e Ele respondeu:
— Não terias sobre mim poder algum, se ele te não fosse dado lá de cima; por isso o que me entregou a ti, tem maior poder.
Era o clímax da coragem e de auto definição como Filho de Deus.
Pilatos temeu muito mais e pensou em libertá-lO, mas os Seus inimigos, habilmente, encontraram a fórmula final para perdê-lO:
— Se soltares esse Homem, não és amigo de César; todo aquele que se faz rei, opõe-se a César. . .
João 11:1-16 Pilatos não podia ignorar a acusação. Se silenciasse era sedicioso, estava traindo o Imperador.
Todos aqueles que odiavam Roma, inesperadamente tornaram-se seus defensores, do maldito Império que os esmagava, conforme o consideravam.
A astúcia cruel era aplicada de maneira hábil e inconfessável.
Não havia outra alternativa, e o pústula humano vendeu a alma, declarando:
— Eis o vosso rei!
Os assassinos clamaram:
— Não temos rei, senão César.
Estava tudo consumado!
Pilatos pediu água, e mergulhando as mãos, para lavá-las, exclamou:
— Sou inocente desse sangue; isso é lá convosco.
Mateus 27:24-26 Os bárbaros, então, gritaram:
— O sangue d’Ele caia sobre nós e sobre nossos filhos; conforme aconteceu através dos muitos séculos, que vieram depois da maquinação hedionda.
Pilatos prosseguiu lavando as mãos. . . até sucumbir pelo suicídio.
A hedionda patética culminou em altissonante sinfonia de vida para o Justo sem mácula.
As figuras truanescas de Anás, Caifás e Pilatos permanecem ainda insculpidas nas sociedades de todos os tempos desde aquele tempo.
(. . .) E Jesus, negado, traído, condenado e crucificado, prossegue vivo, amparando e convidando em silêncio a Humanidade ao amor e à justiça, à paz e ao arrependimento.
Os julgamentos injustos, infames prosseguem, no mundo, mas também a misericórdia espraia-se anunciando a vitória da Verdade.
Salvador-BA, em 26. 12. 2007.
AMÉLIA RODRIGUES
jo 18:26
Primícias do Reino
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 19 Divaldo Pereira Franco Amélia Rodrigues
A manhã esplendente parecia vibrar com a mesma esfuziante alegria que os inundava. [44]
O mar amigo, velho companheiro dos longos cismares e demorados labores, levantava-se em ondulações a se despedaçarem em rendas de brancas espumas nos seixos da praia amena.
Tudo entoava uma melodia de felicidade: o leve ar da alvorada, o cicio da brisa no arvoredo, o canto das aves, a orquestração da natureza. . . e os corações estuantes.
Aquele era o terceiro reencontro com o Mestre desde os funestos acontecimentos de Jerusalém.
Fora tão rápido!
Ele estava jogando a rede desde a noite, na ânsia de reconquistar a agilidade de outrora, depois do que acontecera, embora a mente atada às recordações, quando ouviu a inesquecível ondulação da voz do Rabi dizer: Lançai a rede para a banda da direita do barco, e achareis.
Fizera-o maquinalmente como nos dias transatos.
Ao tentar levantar as cordas, extasiou-se: a abundância de peixes era surpreendente.
Somente, então, percebeu que estava nu.
Ocultou-se no barco tosco e compôs-se com a túnica. Alongou os olhos e lá, na praia, estava o Mestre.
A circulação em descompasso provocava-lhe tonteiras e todo ele era uma canção de indizível alegria.
Não esperou que o barco se aproximasse da praia. Atirou-se às águas.
Quando os outros chegaram com os peixes, o Amigo tomou um, assou-o nas brasas de improvisada fogueira e comeu com eles. . .
— Vinde jantar. —, dissera com naturalidade. Repetiam-se as cenas dos dias idos. A distância no tempo murchara e tudo continuava como se nada houvesse acontecido.
Os olhos d’Ele brilhavam mais e havia, naquele rosto outrora impregnado de melancolia, a emanação de um amor como não se pode descrever.
— Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes? Como O amava! Todo ele se dera à Boa-nova, desde que a Sua voz o chamara a pescar almas no oceano dos homens. Que poderia dizer, naquele instante de excelso conúbio?
— Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo.
— Apascenta os meus cordeiros.
Sentia-se fraco, sabia-se fraco.
Para segui-lO, e somente por isso, abandonara aqueles sítios. Ali nascera, vivia, todo o seu mundo eram aquelas mirradas fronteiras que se podiam abarcar com um lance ousado dos olhos.
Como poderia apascentar ovelhas!?
— Simão, filho de Jonas, amas-me?
A interrogação fora levemente assinalada pela tristeza.
Olhou-o com ansiedade. Seria necessário repeti-lo?
— Sim, Senhor, Tu sabes que Te amo.
— Apascenta as minhas ovelhas.
Imensas as trilhas por onde seguem os pés dos homens, longes as terras em que se encontram. Sentia-se só, sem forças, e triste.
Duvidaria o Rabi, da sua dedicação?
— Simão! . . .
A exclamação parecia uma música de cristais que se despedaçassem em granitos.
— . . . filho de Jonas, tu me amas? . . .
— Senhor, Tu sabes tudo, — não pôde dominar as lágrimas espontâneas — Tu sabes que eu Te amo, que Te dei a vida; Tu, que tudo sabes.
— Apascenta as minhas ovelhas.
Digo-te, Simão, "que quando eras mais moço, te cingias a ti mesmo, e andavas por onde querias; mas, quando já fores velho, estenderás as tuas mãos; outro te cingirá, e te levará para onde não queiras". Voltou-lhe à mente aquela noite cruel, noite de insanidade.
Três vezes o Mestre o inquirira, três vezes o apontaram antes. . .
— Não és também dos discípulos deste homem? —, interrogara-o à porteira da casa do Sumo Sacerdote.
— Não sou — gritara quase inconscientemente.
Um peso terrível caiu-lhe sobre as têmporas inflamadas. Quis correr e gritar: não somente O conheço, amo-O, também. Não foi possivel fazê-lo.
Misturou-se aos demais com a mente obnubilada, quando as labaredas clarearam o seu rosto e lhe disseram, identificando-o:
— Não és, também, um dos Seus discípulos.
Cólera surda estourou no âmago do seu Espírito inquieto e falou com ressentimento, sem poder conter-se:
— Não sou, nunca O vi. . .
Oh! Céus, estava louco. Como podia negar o Rabi! Que força dominava sua fraqueza?
Saiu amargurado sem coragem para sobreviver a tanto desequilíbrio, quando outro servo do Sumo Sacerdote o inquiriu:
— Não te vi eu no horto com Ele? Não és amigo d´Ele.
— Não — revidou com profunda mágoa — nunca O vi! Fora demais a sua dor, agora que cantara o galo, triste, cronometrando a sua perfídia.
Parecia ver aqueles olhos fitando-o tristemente.
Ele mesmo dissera antes: Por ti darei a minha vida.
— Anegar-me-ás três vezes antes que cante o galo. Inesquecível fora a modulação da Sua voz.
Achara impossivel. Como poderia o Mestre vaticinar tão rigoroso e nefando decesso da sua fidelidade!?
E caíra, três vezes, embora o amasse.
Sabia-se fraco, nunca, porém, se supunha fraco a tal ponto: trair, fugir, negar!
Não ignorava a interferência das forças do mal. A elas se referira o Mestre por diversas vezes, conclamando à oração e à vigilância.
Sabia que eles seriam alvo, mil vezes, de tais agressões. No entanto, fora ele, a enganar-se, obsidiado, momentaneamente, como um grito de incomparável alerta para todas as horas.
Antes, dormira de estranha exaustão, no Horto. . .
. . . E estas três indagações não seriam, por acaso, para aprofundar nos painéis da sua mente os vínculos do seu dever?!
O Rabi levantou-se e chamou-o a instruí-lo quanto à dedicação junto às ovelhas perdidas nos ínvios caminhos da Terra.
Desatrelar-se do carro das paixões e morrer para todos os tipos de ansiedade, mantendo somente uma paixão: imolar-se pela felicidade de todos.
João seria poupado, certamente. Ficaria a cantar a Mensagem com a vibração melodiosa do seu exemplo formoso, como harpa divina dedilhada por vigorosa e ignota mão.
Ele, porém, deveria verter o pranto de fel e recompor os caminhos, até que outras mãos tomassem das suas mãos e as cingissem com cordas. . .
Exultou intimamente.
Poderosa, estranha força, emanando do Benfeitor, dominava-o.
Subitamente compreendeu tudo quanto antes não entendera.
Doçura e meiguice infiltravam-se no seu ânimo. De compleição moral severa, sentia-se enérgico e terno naquele instante e tudo faria para manter-se assim. . .
Na mente em festa, desfilaram aqueles quase três anos de convívio. Pareciam um curso que o Mestre viera ministrar-lhes, a eles, discípulos ignorantes e simples. E os últimos dias em que parecia Ausente e O sentiam poderosamente Presente, significavam o adestramento intensivo para a lavoura de comunhão com os homens.
— Quem dizem os homens ser o Filho do Homem? —, recordou-se da indagação eloquente com que os honrara a todos meses atrás.
— "Dizem uns, que tu és João Batista — responderam com segurança - outros afirmam que és Elias e outros Jeremias ou algum dos profetas" reencarnado. . .
— E tu, quem dizes que eu sou!
O dia colorido, rubro de Sol, era uma tela de incomparável beleza, uma pauta musical, aguardando as notas de inconfundível melodia.
— Eu afirmo que "Tu és o Cristo, o Filho de Deus Vivo ", aquele que todos esperamos.
Era como se estranha voz falasse pela sua voz, por sua boca. . .
— Bem-aventurado és tu, Simão Bar fonas, porque não te revelou a carne nem o sangue.
Eu te digo Pedro, sobre esta pedra, esta verdade, verdade que acabas de proclamar, eu erguerei a minha Igreja, a igreja da verdade e da revelação do Mundo Invisível, porque não foste tu a falar mas o Pai que está nos Céus. . . e as forças do mal não prevalecerão contra ela, porque é a Igreja da Informação da Verdade revelada.
Ele falara com o sopro do Pai, fizera-se medianeiro do Altíssimo.
Os companheiros fitaram-no, comovidos, e mesmo a balsamina singela do campo desatou aroma, balsamizando o ar.
Logo depois, acoimado por súbito receio quanto aos padecimentos que o amigo sofreria, constrangera-O a ponto de Ele exortar:
— Afasta-te de mim, Satanás, que me escandalizas. Não compreendes as coisas de Deus e temes, pensando nas humanas.
Sem compreender, inquirira-O logo depois, e Ele esclarecera:
— E necessário vigiar. Quando exclamaste a meu respeito foste medianeiro da Luz Imarcescível, para depois fazer-te veículo das Trevas.
Compreendera, então, a dualidade do bem e do mal, a incessante luta pela qual se afadigava o Mestre.
A morte, não ceifando a vida, é veículo que conduz e guarda os que são colhidos como são, com o que têm, permanecendo como eram, como preferiam nos dias da experiência carnal. . .
Conhecera o Rabi quando os desencantos da vida lhe encaneciam os primeiros cabelos.
Acostumado às fainas do mar, aprendera a respeitar a Lei e os Profetas. Entendia pouco, no entanto, as sutilezas e discussões que tomavam todo o tempo na Sinagoga, como os argumentos de que eles se utilizavam para perseguirem e malsinarem os já afligidos e atormentados em si mesmos.
Os sacerdotes e levitas, conhecia-os. Ostentavam a brancura dos trajes, mas conservavam negros e sujos os espíritos e os corações.
Atendia aos deveres frios do culto religioso por hábito, sem qualquer emoção, amando, porém, aquele povo sofredor das aldeias ribeirinhas e das praças, das praias e dos caminhos; povo, como ele, igualmente sofredor, sem esperança.
Quando o Rabi passeara os Seus olhos sobre a dor da multidão e a Sua voz acenara esperanças, na praia formosa, chamando-o, levantara-se para segui-lO, esquecido de tudo.
Somente voltava às redes nos intervalos das jornadas ou para atender aos companheiros, socorrendo as necessidades do grupo.
Todas aquelas noites foram povoadas de esperança e todos os dias estavam assinalados de luz.
As pequenas desinteligências entre os companheiros, o Rabi as sabia apaziguar.
— Que vínheis discutindo pelos caminhos? — Vibravam as recordações. Já eram os últimos tempos.
— Discutíeis — perguntou, amargurado, o Mestre, que os aguardava discutíeis qual dentre vós é, perante mim, o maior? Eu vos digo, porém, que o maior seja o servo de todos. . .
Que lição estranha e profunda! Que acuidade do Rabi!
Repassavam a visão do lago e o seu temor, a tempestade apaziguada, o pagamento do tributo. . . todas as evocações se faziam miraculosamente redivivas em seu cérebro excitado.
Como lhe fora difícil, antes daquela hora, compreender as sutilezas da Sua mensagem.
Era, de fato, Cephas, Petra, calhau ou pedra, cabeça dura. Não possuía sutileza para as questões do espírito.
Rocha ou pedra, apelido que o Mestre lhe dera, significaria que seriam tão firmes a sua fé e abnegação, que se compararia à força e rigidez da pedra? Não poderia afirmá-lo.
Desde a Ressurreição, todavia, aclaravam-se os painéis e as recordações ofereciam-lhe soberana lucidez.
— Eis que deixamos tudo para seguir-Te. Que lucraremos com isto? — Era o homem rude.
— Explica-nos esta parábola. — Era o espécime avançado da ignorância.
— Ensina-nos a orar. — Já a pedra se cindia ante a luz.
No Tabor, egoisticamente, sugerira fossem levantadas tendas para eles. . .
— Sim, Senhor; sabes o quanto te amo. Desejava permanecer-Lhe fiel e dar-se. . .
Agora sentia a sabedoria d’Ele iluminar o seu amor, diferenciando o trivial do sublime, o trágico do que é superficial.
— Eu te seguirei. . .
— Simão, filho de Jonas, tu me amas? —, ribombava na mente.
— Sim, Tu sabes que eu te amo!
Estava desde agora iniludivelmente estreitado ao Rabi, entregue aos Seus cordeiros.
Dias depois viu-O ascender, entre as lágrimas da saudade e da gratidão profunda.
Desceu de Betânia a Jerusalém e foi apascentar os cordeiros do Seu rebanho. . .
* * *
Na "Casa do Caminho", ou na estrada de Jopa, ou em Antioquia, no "mundo Mediterrâneo", ou em Roma, a veneranda figura de Simão Pedro foi a pedra angular da Igreja de Jesus para a Humanidade, o emérito missivista da arregimentação da fé e da esperança até o momento em que, na "Babilônia", com Paulo, ampliando e mantendo os horizontes da fé viva, "outras mãos cingiram suas mãos. . . E o levaram ao testemunho. Foi o discípulo por excelência - Simão Pedro: pedra e pastor, - que se levantou do engano para viver Jesus até o último instante, apascentando os cordeiros do Seu rebanho de amor. . .
Joanna de Ângelis
jo 18:11
Leis Morais da Vida
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 28 Divaldo Pereira Franco Joanna de Ângelis
O agressor deve ser examinado como alguém perturbado em si mesmo, em lamentável processo de agravamento.
Não obstante merece tratamento a agressividade, que procede do espírito cujos germes o contaminam, em decorrencia da predominância dos instintos materiais que o governam e dominam.
Problema sério que exige cuidados especiais, a agressividade vem dominando cada vez maior número de vítimas que lhe caem inermes nas malhas constritoras.
Sem dúvida, fatores externos contribuem para distonias nervosas, promotoras de reações perturbantes, que geram, não raro, agressividade naqueles que, potencialmente, são violentos.
Acostumado à "lei da selva", o espírito atribulado retorna à carne galvanizado pelas paixões que o laceram e de que não se deseja libertar, favorecendo facilmente que as reminiscências assomem ao consciente e se reincorporem à personalidade atual, degenerando nas trágicas manifestações da barbárie que ora aterram todas as criaturas.
A agressividade reponta desde os primeiros dias da vida infantil e deve ser disciplinada pela educação, na sua nobre finalidade de corrigir e criar hábitos salutares.
A pouco e pouco refreada, termina por ceder lugar às expressões superiores que constituem a natureza espiritual de todo homem.
O espírito é constituído pelos feixes de emoções que lhe cabe sublimar ao império dos renascimentos proveitosos, O que não corrija agora, transforma-se em rude adversário a tocaiá-lo nas esquinas do futuro.
O temperamento irascível, aqui estimulado, ressurge em violência infeliz adiante.
O egoísmo vencido, o orgulho superado cedem lugar ao otimismo e à alegria de viver para sempre.
* * *
O agressivo torna-se vítima da própria agressividade, hoje ou posteriormente.
O organismo sobrecarregado pelas toxinas elaboradas arrebenta-se em crise de apoplexia fulminante.
A máquina fisiológica sacudida pelas ondas mentais de cólera, sucumbe, inevitavelmente, quando não desarranja a aparelhagem eletrônica em que se sustenta, dando início aos lances da loucura e das aberrações mentais.
Outrossim, gerando ódio em volta de si, o agressivo atrai outros violentos com os quais entra em choque padecendo, por fim, as consequências das arbitrariedades que se permite.
Não foi por outra razão que Jesus aconselhou a Simão, no momento grave da Sua prisão: "Embainha a tua espada, porque quem com ferro fere, com ferro será ferido. " Acautela-te, e vence a agressividade, antes que ela te infelicite e despertes tardiamente.
Só o amor vence todo o mal e nunca se deixa vencer.
jo 18:36
Jesus e o Evangelho (Série Psicologica Joanna de Ângelis Livro 11)
Categoria: Livro Espírita
Ref: 9670 Capítulo: 2 Divaldo Pereira Franco Joanna de Ângelis
O meu reino não é deste mundo.
João, 18:36
O mundo, examinado sob a óptica teológica à luz da Psicologia Profunda, é um educandário de desenvolvimento dos recursos espirituais do ser em trânsito para o Reino dos Céus.
Do ponto de vista teológico ancestral, é possuidor de um significado secundário e perturbador para o Espírito, que o deve desprezar e mesmo odiá-lo.
Essa visão originada no Cristianismo primitivo, encontrou, na ignorância medieval, o seu apogeu, estimulando os crentes a renunciá-lo, deixando o corpo consumir-se pelas enfermidades degenerativas e pelo abandono a que era relegado como passaporte para a glória celeste.
Tomou parte da sua a família de Lázaro, da Betânia, aceitando as gentilezas de Maria e advertindo com bonomia a preocupada Marta.
Em momento nenhum levantou a Sua voz para maldizer o mundo, para condená-lo; antes propunha respeito e consideração pela sua estrutura conforme Ele próprio se comportava, comedido e afável.
Mas que o Seu Reino não era deste mundo transitório, relativo, material, é, por definitivo, uma grande verdade. Ele viera para que os homens conhecessem a realidade, estes que, de origem pastoril e nômade, não tinham, ao tempo de Moisés, condição para entendê-la, necessitando, antes, do rigor de leis severas a fim de comportar-se com equilíbrio após sucessivos períodos de escravidão, nos quais amolentaram o caráter, a conduta, a existência sem ideal de crescimento e dignificação.
Na visão da Psicologia Profunda, embora Ele se referisse às Esferas de onde procedia, o Seu Reino também eram as paisagens e regiões do sentimento, onde se pudessem estabelecer as bases da fraternidade, e o amor unisse todos os indivíduos como irmãos, conquista primordial para a travessia, pela ponte metafísica, do mundo terrestre para aquele que é de Deus e nos aguarda a todos. Humanizado, Ele enfrentava os desafios e compreendia a sombra que pairava sobre o discernimento das pessoas, qual ainda ocorre na atualidade expressivamente.
A ignorância da realidade predomina nos jogos dos interesses servis, deixando sempre os seus áulicos profundamente frustrados por não encontrarem neles tudo quanto creem necessitar para estarem em harmonia.
Essa busca de coisa nenhuma, a que se atribui demasiado valor, sempre conduz à solidão, ao desespero, ao vazio existencial, perturbando as melhores aspirações de beleza e de realização pessoal.
Não foram poucos os indivíduos que desejavam instalar aquele Reino por Ele anunciado no próprio coração. Fascinavam-se com a Sua eloquência, com a lógica da proposta libertadora e logo recuavam, ante um mas, que abria condição para optar pelos interesses das paixões a que estavam acostumados, iludindo-se quanto a improváveis possibilidades de retornarem ao Seu convívio.
Um jovem queria segui-lo e era rico. Sensibilizado, afirmou que deixaria tudo e até mesmo daria os seus bens aos pobres pela alegria de O acompanhar, mas, naquele momento, tinha outros compromissos que pretendia atender, após os quais se resolveria pelo que fazer corretamente. E se foi. . .
Outro moço sintonizou com o Seu chamado, experimentou a sensação indizível da Sua presença harmônica, mas, seu pai havia morrido e ele estava obrigado a sepultá-lo, escamoteando o motivo real, que era receber a herança, e também se foi. . .
Dez leprosos haviam recebido o Seu aval para a recuperação orgânica, e seguiram jubilosos, cantando hosanas, mas, só um voltou para agradecer, e não se sabe se ingressou nas fileiras da Boa-nova, porque outros objetivos o esperavam. E também se foi. . .
A multidão que O exaltou no momento da entrada triunfal em Jerusalém, desapareceu aos primeiros sinais.
jo 18:36
Celeiro de Bênçãos
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 27 Divaldo Pereira Franco Joanna de Ângelis
"O reino não é deste mundo. " JOÃO: 18-36. Um sem número deles transitam, ainda, pelas faixas do instinto, adquirindo melhores experiências para o sentimento. Trazem na face os profundos sulcos da miséria em que rebolcam, assinalados pelo desinteresse de progredir, e, assoberbados pelas prementes necessidades da sensação, brutalizados, se demoram... Expressiva quantidade expunge os equívocos em que se comprazeram, padecendo as necessárias limitações de que precisam para avançar e crescer. Outros tantos recebem as consequências da imprudência da atualidade mesma, passando a sofrer as constrições a que fazem jus por indisciplina e leviandade.
Todos, porém, estão ansiosos por adquirir paz e sequiosos de encontrar socorro.
Passam e assinalam a senda com as pegadas da tristeza ou do desespero, como se constituíssem infinita legião de desventurados. Raros, somente, conseguem alcançar os valores da resignação e da fé, de modo a sustentarem as forças debilitadas, nos sublimes requisitos da coragem em forma de humildade e resistência na luta.
A larga maioria, sem os tesouros do amor que lhes falta, deixa-se arrastar às trilhas do desconforto moral ou cai nos abismos da revolta em que se aniquilam, demandando o túmulo em lamentável estado espiritual...
Não constituem, apenas, sofredores, os que estão nas fileiras dos colhidos pela miséria econômica. Também os que experimentam enfermidades de vária ordem, os que suportam aflições morais, os que aspiram a ideais nobilitantes e deparam empecilhos, os que amam e não encontram resposta afetiva... Sem dúvida mais sobrecarregados de agonias, e, todavia, convidados a avançar, desdobrar recursos de progresso onde estejam e para onde sigam...
De alguma forma estás incurso no programa dos sofredores da Terra. Ninguém se encontra em clima de exceção. Espírito algum vive em caráter especial.
Sendo a Terra o "planeta das provas e expiações", os que nos vinculamos às suas matrizes, constituindo a sua humanidade, estamos sob o crivo de mil necessidades que nos impelem a seguir, buscando libertação. O sofrimento, pela nossa própria responsabilidade, faz-se o aguilhão que desperta o espírito e o impele a marcha. Enquanto o amor discretamente convida e inspira, a dor realiza esse mister imediato, em chamado urgente para a realidade espiritual. Por isso, os sofredores se encontram em regime de felicidade, enquanto os que fomentam o sofrimento, comandam as condições que geram a dor e se constituem fatores de aflição, transformam-se, verdadeiramente, em desventurados. Faze, porém, a tua parte, a melhor que te está destinada. Disse Jesus: "O meu reino não é deste mundo. " No entanto, aqui se encontram os recursos valiosos e inapreciáveis para a vida futura, na qual, libertado das constrições afligentes, a felicidade será a plenitude do teu espírito, passando o sofrimento a ser lembrança ditosa, graças ao qual conseguirás a vitória.
jo 18:36
Encontro com a Paz e a Saúde
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 7 Divaldo Pereira Franco Joanna de Ângelis
O ser humano está fadado à felicidade, que lhe constitui um grande desafio.
Para lográ-la, deve investir todos os valores que se lhe encontrem ao alcance.
Felicidade, porém, não é algo diferente de infelicidade.
Ninguém deve considerar a felicidade como um estado de plenitude, de ausência de ação, mediante a qual o nada fazer geraria contentamento ou despreocupação.
Essa inércia, se viesse a ocorrer, levaria o indivíduo ao estado amorfo, de tédio dourado, em que a ociosidade conspiraria contra a harmonia emocional.
É impossível uma existência feliz distante do trabalho, da solidariedade e das ações de engrandecimento moral do Self bem como dos indivíduos com os quais se é colocado para conviver.
Quando o conforto excessivo é facultado e os ob-jetivos de trabalho parecem conseguidos, não mais existindo, pelo menos aparentemente, novas realizações a serem conquistadas, ocorre uma perda de interesse pela existência, conspirando contra a saúde emocional e física, sempre culminando com a morte prematura.
A ingenuidade psicológica estabeleceu que a felicidade existe onde se encontram o prazer e a comodidade, a fortuna e o repouso, em violenta agressão à vida que se desenvolve em ações incessantes, formadoras de abençoados recursos para a sustentação do corpo e o equilíbrio da mente.
Essa visão tem sido responsável por muita infelicidade injustificada, que mais decorre da óptica defeituosa de quem observa os poderosos, e, sem os conhecer, conclui que são felizes, quando apenas encontram-se assoberbados de coisas, preocupações, atitudes e solidão...
A busca, pois, da felicidade, é essencial, para ser experimentada desde o momento em que se a enceta.
Não será o conseguir, que a instalará na mente e no comportamento, porém, o empreendimento em si mesmo para lográ-la, que faculta, por antecipado, a satisfação de bem-estar.
Muito distante da posse de tesouros que embelezam a vida, mas não preenchem os vazios existenciais, a felicidade apresenta-se como realização interior e esforço pelo seu prosseguir.
Na amizade sincera e não nas paixões sexuais, encontram-se razões básicas para as experiências felizes, motivadoras de novas e amplas conquistas.
Nos relacionamentos fraternais e nas atividades altruísticas apresentam-se os fatores para a existência tranquila, que também não significa falta de preocupação ou de responsabilidade.
Trata-se, realmente, do esforço para agirse sem estresse, sem ansiedade desgastante, sem angústia dissolvente.
As populações que vivem do trabalho, modesto que seja, que se sentem beneficiadas pela justiça social, nas quais existe assistência educacional, médica e fraternal, ensejam mais felicidade aos seus membros, do que naquelas industrializadas, de altos PIB’s e de excelente tecnologia, porquanto aí, as intensas lutas pela sobrevivência, mesmo entre os poderosos, produzem desarmonias interiores e desgastes psicológicos.
Por outro lado, a competição desenfreada para a conquista de mais, aturde os indivíduos, que perdem o direcionamento do ideal, do necessário, do equilibrado, para conseguir além das possibilidades de aplicar e utilizar em próprio benefício.
Não serão, no entanto, como se pensa, os lugares exóticos, silenciosos, distantes de tudo, onde se encontram os fatores propiciatórios à felicidade, mas nos burgos ativos, não competitivos, trabalhadores, não ambiciosos, onde se pode desfrutar de tranquilidade e confiança no futuro.
Nesses lugares, os níveis de vida são mais elevados do que nos centros de grande importância social e tecnológica, em razão da ausência dos fenômenos geradores de problemáticas cardiovasculares, cânceres, distúrbios emocionais decorrentes da insatisfação.
Onde todos trabalham e contentam-se com o quanto ganham, mais facilmente se realizam, mesmo que os frutos do esforço não sejam em forma de grandes estipêndios.
Sabendo como administrar os recursos que amealham através do esforço pessoal, os indivíduos aspiram a menos e alegram-se com menores quantidades de quinquilharias e exibicionismos de poder e de fortuna, que provocam inveja e raiva.
Muitos complexos de inferioridade defluem da mágoa de não se estar nas mesmas condições de outros que são tidos como privilegiados, somente porque se encontram no topo, passeiam na futilidade e parecem não enfrentar nenhuma forma de preocupação, quais se fossem deuses recém-descidos do Olimpo, em visita triunfal entre os seres humanos...
Trata-se de ilusão essa torpe visão da realidade.
Pessoa alguma, na Terra, existe, que esteja isenta dos processos fisiológicos de desgaste, de envelhecimento, de enfermidade e de morte, e portanto, igual a todas as outras.
Por outro lado, os tormentos íntimos nem sempre se refletem na face, na aparência bem maquiada, permanecendo como roedores inclementes até chegarem aos resultados, quase sempre funestos, da sua presença infeliz.
Desse modo, a busca da felicidade deve caracterizar-se pelo conhecimento de si mesmo em relação aos demais indivíduos, pela conscientização das próprias aspirações, pelos objetivos que sejam colocados como fundamentais para a vida.
Não existe, portanto, uma fórmula mágica para a felicidade, nenhuma receita misteriosa ou mapa desconhecido para alcançá-la.
Cada indivíduo, conforme sua constituição emocional, física e psíquica, tem as próprias aspirações, o que estabelece a variedade de expressões a seu respeito, demonstrando que, aquilo que para uns é realização plenificadora, para outros, talvez não tenha qualquer significado relevante.
Alguém pode aspirar à quietude de um burgo onde possa renovar-se após o cansaço e a exaustão do trabalho, caminhando por trilhas ricas de vegetação e céu azul, enquanto que outros são capazes de ambicionar uma residência palaciana suntuosa, com criadagem submissa e tesouros que deslumbrem a vista e estimulem à soberba...
Há o encantamento do artista ante a beleza, do cientista ante a investigação, do religioso na ânsia do êxtase, do pensador na elaboração de ideias grandiosas, como também dos oprimidos sonhando com a liberdade, dos famintos anelando pelo pão, dos enfermos lutando pela conquista da saúde, dos solitários encontrando companhia, dos simples de coração anelando pela dádiva do trabalho e da paz...
Variando, de acordo com os níveis de inteligência e de consciência, a felicidade é peregrina que viaja de uma para outra ambição sempre risonha, aparentemente difícil de ser retida, mas de fácil conquista, quando se ama e não se espera receber a retribuição.
O que é felicidade
Os psicólogos clínicos têm-se voltado, nos últimos tempos, para o estudo da raiva, da inveja, da insatisfação, procurando entender-lhes os conteúdos perturbadores.
Por outro lado, os neurocientistas vêm-se preocupando, cada vez mais, em detectar, no cérebro, os hormônios desencadeadores da alegria, da felicidade, assim como da mágoa e da depressão.
Lentamente vão surgindo a compreensão e a decodi-ficação dos elementos que respondem pelos sentimentos nos processos bioquímicos da organização cerebral, altamente responsáveis pelos comportamento e pelas emoções.
Façamos uma distinção entre sentimentos, que são as vivências do que é percebido pela emoção de maneira consciente, enquanto que a emoção é o efeito espontâneo do organismo a qualquer ocorrência, produzindo descargas de adrenalina pela corrente circulatória, que se encarrega de pôr brilho nos olhos, colorir a face, sorrir...
A emoção produz o sentimento que passa a ser o júbilo ou o constrangimento, a expectativa ou a frustração...
Desse modo, as emoções funcionam automaticamente, sem consciência direta da ocorrência, enquanto que os sentimentos são percepções conscientes das ocorrências.
Para que se apresente a felicidade, assim como outros sentimentos, torna-se necessário que o cérebro seja convidado a traduzir os sinais que recebe do corpo, logo transformando-os.
Em decorrência, a mente não está localizada apenas no cérebro, mas se expande por todo o organismo.
Nada obstante, por mais se procure encontrar respostas próprias para as emoções e os sentimentos na organização fisiológica, enquanto não se remonte ao espírito como ser independente da matéria, sempre se apresentarão interrogações complexas em torno da personalidade e da estrutura psíquica, emocional e física do ser humano.
Indubitavelmente, os mecanismos neurobiológicos manifestam-se conforme os impulsos que procedem da mente do ser reencarnado, comandante consciente ou não da maquinaria física pela qual o espírito se comunica e se movimenta no proscênio terrestre.
A felicidade, desse modo, é o sentimento agradável que resulta das emoções saudáveis, aquelas que acalmam e enriquecem de júbilo, eliminando as sensações perturbadoras.
Pode-se, desse modo, experimentar a felicidade, mesmo em estados orgânicos deteriorados, em face da compreensão da ocorrência e da sua aceitação, que é uma espécie de entendimento pela razão.
Quando a atitude é consciente e positiva, objetivando o bem-estar, experiênciase o momento de felicidade, que se prolonga enquanto permanece a emoção.
Muitas vezes, o indivíduo desestruturado considera-se infeliz, porque os sentimentos estão confusos, resultado de raivas, de constrangimentos, de insucessos.
Nada obstante, não se trata de infelicidade, mas de situação na qual se apresentam processos negativos e perturbadores, que podem ser revertidos, logo haja calma e compreensão do incidente desagradável que deu lugar ao aborrecimento, assim como ao êxito.
Essas expressões transitórias dos sentimentos, que se apresentam ambivalentes, podem ser modificadas através de atitudes positivas e confiantes nos potenciais íntimos, portadores de resistências morais e de significados dignificantes.
As emoções negativas estimulam mais o hemisfério direito do cérebro que se apresenta ativo, enquanto que as positivas encontram-se no lóbulo frontal esquerdo, produzindo os correspondentes sentimentos de infelicidade e de felicidade, respectivamente.
Graças a esse mecanismo são arquivadas as nossas preferências e satisfações, alegrias, afeições, tanto quanto os nossos desgostos e ansiedades, mal-estares e animosidades, que se transformam em sentimentos de uma ou de outra ordem.
Tudo quanto é agradável e prazenteiro é arquivado no lado esquerdo do cérebro, enquanto as questões perturbadoras e afligentes repousam no lado direito.
Os indivíduos que exercem grande controle sobre as emoções e as ocorrências do quotidiano, desenvolvem mais o hemisfério direito, tornando-se introspectivos, inseguros, insatisfeitos, pessimistas, enquanto que aqueles que estimulam o lado esquerdo, fazem-se portadores de melhor humor, de alegria e de confiança em si mesmos, assim como em relação ao seu próximo com o qual convivem ou se relacionam.
Os primeiros exsudam infelicidade, em face da preservação dos sentimentos negativos, enquanto que os segundos proporcionam mais agradável convivência, inspiram alegria e correspondem facilmente aos convites do bemestar.
Isto ocorre, porque os extrovertidos produzem quantidade maior de linfócitos, que os imunizam contra bactérias e vírus ou os destroem quando existem.
Por esta razão, considera-se o riso saudável como de natureza terapêutica, em face da presença de imunoglobulinas que, na saliva, têm objetivos de contribuir para a digestão, mas também para a defesa do organismo em relação a alguns agentes enfermiços.
O cultivo da felicidade contribui para a longevidade humana, a saúde e as realizações nobilitantes.
A felicidade, desse modo, pode ser adquirida e preservada, não se aguardando que se transforme em uma parasitose, mas em um significativo sentimento de gratidão à vida.
Pode-se aprender a ser feliz como se consegue adquirir experiência e conhecimento em torno de outras atividades humanas.
O atavismo pieguista, no entanto, a falsa necessidade de inspirar compaixão em vez de amor, o predomínio do ego sobre o Selfestabelecem parâmetros para situar a felicidade dentro de limites individualistas e falsos, nos quais se expressam sentimentos desordenados e instáveis, que agradam àquele que assim procede, desde que submetendo os demais ao seu talante.
Não se trata essa postura como de felicidade, mas de inarmonia pessoal.
A felicidade sempre gera sol de alegria onde se instala, mantendo juventude e ampliando as possibilidades de auto-realização com ênfase no progresso moral e espiritual do ser humano.
Deve-se, pois, aprender a ser feliz, selecionando os sentimentos altruístas e positivos daqueles morbosos, pessimistas e negativos.
Trata-se de uma realização interior, que independe de outrem.
Quase sempre se pensa que determinadas companhias e afetos propiciam felicidade, passando-se a depender de outrem.
Quando isso ocorre, porque o outro também aguarda encontrar essa guarida para a sua insegurança, unem-se ou aproximam-se dois infelizes, buscando sustentação um na limitada capacidade do outro.
O que ocorre, quando se está com alguém é prazer, manifestando-se sentimentos de bem-estar e de fraternidade, não devendo, porém, tornar-se razão para que, no fato, se estabeleça a felicidade, porque, ao interromper-se o vínculo, ou modificar-se a situação, isso não deve ser tido como infelicidade.
É muito comum, quando desencarna alguém que é querido ou cuja convivência é frutuosa, interrogar-se: - "E agora! Que será de mim?", sem que se pense no outro, naquele em quem foi depositado o sentimento de felicidade.
Será que a afeição tem por finalidade o bem-estar pessoal, ao invés da satisfação do relacionamento entre ambos?
Felicidade, portanto, independe de outras pessoas, sendo construção própria e intransferível.
A felicidade constitui-se da sabedoria de poder-se administrar as ocorrências do quotidiano, retirando das situações mais difíceis a quota edificante e produtora de harmonia, considerando-as como propostas educativas e aprendizado oportuno para os futuros embates.
Ser feliz é a meta da existência, e lográ-la, é o desafio psicológico aguardando amadurecimento do ser humano.
Como conseguir a felicidade
No momento quando se materializa a felicidade, isto é, quando se a considera como resultado de posses econômicas, de poder social, político, religioso, artístico, científico ou cultural, ela se faz frustrante, em decorrência das oscilações que existem nos relacionamentos humanos e das circunstâncias existenciais que se alteram a cada momento.
O conceito de uma felicidade estática é equívoco do sentimento, porquanto o processo da evolução é inestancável e as variações do amadurecimento psicológico são contínuas, em face das experiências que são armazenadas no trânsito existencial.
Em cada faixa biológica da vida física, em decorrência do desenvolvimento orgânico e intelectual, os conceitos alteram-se, e tudo quanto, em uma fase, é significativo e relevante, portador de grande expressão, logo depois cede lugar a novas aspirações e a conceitos mais profundos.
Assim ocorre também em relação à felicidade, que, de acordo com a faixa etária e as conquistas morais, espirituais do ser humano, passa a adquirir significado diferente.
Quando se é jovem, as metas por alcançar, parecem constituir-se como essenciais à aquisição da felicidade.
Nada obstante, logo que são logradas, perdem a empatia de que se revestiam antes de conseguidas.
Por isso, a felicidade é um sentimento que deve ser trabalhado em padrões de harmonia emocional, de complementação sexual, de realização profissional, de vitória sobre os conflitos, de interiorização espiritual, a fim de saber-se o que realmente tem sentido, em relação àquilo que é de natureza secundária, e momentaneamente desfruta de especial significação.
O místico alcança a felicidade no momento do seu êxtase; os genitores, quando os filhos logram a realização social e profissional; o cientista, quando consegue entender e decifrar o enigma da sua busca; o artista, no instante em que a obra é reconhecida ou tem-na como concluída e perfeita, e assim, sucessivamente...
A felicidade do agricultor apresenta-se quando o mesmo contempla a plantação enriquecida de flores, frutos, sementes, abrindo-se à colheita.
O indivíduo, de acordo com os objetivos que estabelece para a existência, empenhando-se em nunca desistir dos seus sonhos - claro que dos ideais de enobrecimento - consegue permanecer fiel, mesmo quando não compreendido, perseguido ou desprezado, experiência a felicidade durante todo o período em que se demora devotado na luta pela sua realização.
Nem sempre, portanto, a felicidade estará presente apenas no término, quando se logra o objetivo anelado, mas essencialmente durante todo o transcurso da sua realização.
A felicidade é conseguida quando cada qual se torna administrador da própria existência, podendo estabelecer os métodos de conduta saudável e segui-los, edificando-se e realizando outras vidas.
Há fatores sociológicos, econômicos, políticos, que contribuem em favor da aquisição da felicidade individual e coletiva.
Nos pequenos e prósperos burgos onde o estresse não aflige, porque se dispõe de tempo para todas as realizações, inclusive para os divertimentos renovadores, onde as competições cedem lugar à cooperação, diante de regime democrático, no qual todos são convidados a participar da administração e das decisões locais, certamente os fatores propiciatórios à felicidade são muito maiores do que nas urbes desgastantes, onde todos são desconhecidos e inimigos fraternos, indiferentes uns aos outros, ambiciosos e agressivos.
Nos reduzidos núcleos de atividade, há interesse pela vida do próximo, participação nas suas realizações e solidariedade nos seus sofrimentos, enquanto que, nas grandes populações tudo é automático, os encontros são rápidos e superficiais, as amizades quase inexistem, porque parece haver uma necessidade emocional de todos estarem vigilantes em relação pessoal com os demais.
De certo modo, a postura de vigilância é saudável, ante as tragédias do quotidiano, as ocorrências desastrosas, os relacionamentos perturbadores, no entanto, essa cautela não deve ser levada a extremos geradores de inquietação e de estresse.
Quando cada membro da sociedade procura adaptar-se ao sistema, melhorando-o com a sua contribuição e ampliando o círculo de amizade sincera, modificam-se os quadros de ocorrências negativas, favorecendo o bem-estar possível.
Quando a pessoa sente-se desamparada, ignorada, sem possibilidade de encontrar entendimento, logo se apresentam os componentes da inquietação e da revolta íntima, quando não resvala para a depressão.
Torna-se necessário que se expandam o sentimento de solidariedade e o contributo da amizade para que o grupo social seja mais ativo em relação aos seus membros, buscando ampará-los em um tipo de amplexo espiritual que dê ideia e seja realmente de segurança e de proteção.
Quando a solidariedade é cultivada, proporciona ampliação da capacidade de conviver com as diferentes condutas sem prejuízo para a harmonia do grupo.
Compreendendo-se, que cada indivíduo traz conflitos graves, expressos ou disfarçados, à semelhança daqueles que são do seu Self, essa sombra se dilui, cedendo lugar à claridade da alegria de viver e da esperança de ser-se feliz.
A ausência de controle sobre o próprio destino, a incerteza em torno do futuro, a insegurança no comportamento constituem processos geradores de infelicidade, conhecimento da impossibilidade de conseguir-se realizações prazenteiras, objetivos libertadores.
A mente, sempre ela, é convidada ao equilíbrio, à fixação de pensamentos edificantes, reservando-se a irrestrita confiança em Deus, o Pai afável de todas as criaturas...
Uma conduta, portanto, religiosa, destituída de qualquer tipo de fanatismo e de exclusivismo, é fator de segurança para o encontro com a felicidade, mesmo que sob injunções difíceis que se tornam suportadas com resignação dinâmica e coragem para superá-las.
Nunca será demais repetir-se que o espírito elabora o seu destino, sendo o semeador e o colhedor de tudo quanto realize.
No âmago do ser, encontra-se em germe o tesouro que lhe cabe conquistar, impresso nos genes, exteriorizando-se nos neurotransmissores, expressando-se no comportamento psicológico ou na organização fisiológica.
Alterar esse destino a cada momento faz-se possível, cm razão da neurogênese, que ora assevera que os neurônios se renovam, nascem em todas as épocas da existência e cuja função pode ser orientada pela mente.
O hábito salutar da meditação e da oração, de caminhadas e exercícios que liberam toxinas cerebrais e renovam a oxigenação do encéfalo, predispõe às realizações enobrecedoras, mediante o esforço físico bem direcionado, propiciando felicidade.
Uma vida ativa, assinalada pela produção equilibrada de serviços, produz pensamentos favoráveis ao bem-estar, por expressar auto-realização, utilidade existencial.
Herdeiro de conceitos equivocados sobre o destino na Terra, tida, por muito tempo, como vale de lágrimas, lugar de degredo, paraíso perdido, o ser humano criou arquétipos de infelicidade para ser feliz, num comportamento masoquista e doentio, sem nenhum sentido ético.
A Terra é escola de renovação espiritual e de dig-nificação moral, onde todos aprendemos a descobrir os valores adormecidos no íntimo, o Deus em nós, o Arquétipo primordial.
As preocupações desordenadas com a aparência como fator de auto-realização vêm desviando as pessoas da sua realidade, da beleza interior que se reflete no exterior, assim como as exigências descabidas dos padrões de beleza estimulando o surgimento da anorexia e da bulimia de efeitos devastadores na conduta psicológica, respondem por atitudes infelizes que não se justificam racionalmente.
Esses pacientes, sem dúvida, encontram-se dominados por conflitos de inferioridade, procurando realizações externas ante a autodesconsideração em que se firmam, realizando projeções do que gostariam de ser ou de como estar, impondo-se aflições punitivas.
A felicidade, porém, apresenta-se com simplicidade, destituída de atavios e complexidades que somente a enfeitariam sem produzi-la em realidade, qual mecanismo de fuga em relação à sua conquista verdadeira.
Assim, é possível desfrutar-se de felicidade em qualquer situação, desde que não se estabeleça que terá de permanecer duradoura, incessante, sem desafios emocionais e físicos, de trabalho e de renovação interior, tornando-a monótona e tediosa.
Afinal, a vida física é de efêmera duração, sendo uma escolaridade para ser alcançada a plenitude espiritual em definitivo após o trânsito carnal.
Prazer e felicidade
O prazer está mais vinculado aos sentidos físicos, embora se expresse também na área emocional, como satisfação, contentamento, em face dos resultados adquiridos nas lutas empreendidas, convertendo-se em gozo, muitas vezes confundindo-se.
A felicidade advém do autoconhecimento, da identificação do Self com o ego que se adapta às imposições superiores, passando a vivenciar as emoções e os sentimentos de beleza, de harmonia e de tranquilidade.
Facilmente experimentam-se prazeres, gozos, boas disposições e mais especificamente felicidade, quando se atingem estados de elevação e de superação das tendências primitivas, das más inclinações.
Normalmente se buscam prazeres de resposta imediata em consumismo, em posturas hedonistas, dando largas à libido e às paixões.
Porque são muito rápidos, quase sempre deixam uma sensação de desencanto ou de ansiedade por novas vivências, o que conduz ao aturdi-mento ou à usança de expedientes de diversa elaboração, gerando dependência e posterior inquietação.
Os prazeres são necessários à existência física, sem os quais a mesma perdería o sentido, caso estivesse assinalada somente pela luta, pelos desafios, pelas insatisfações e tormentos.
Nada obstante, deve-se anelar por satisfações mais significativas e não variáveis, que assinalem profundamente os sentimentos, ensejando o prolongamento dos esforços em favor da evolução.
O prazer ocorre com pequenos resultados, enquanto que a felicidade deve ser trabalhada, conquistada, passo a passo, ao largo do tempo.
Jamais será uma dádiva do destino, uma concessão gratuita da Divindade.
Enquanto o corpo fica em lassidão após determinados prazeres do estômago, do sexo, dos esforços em qualquer área, em que se experimentam prazeres, a felicidade nunca proporciona cansaço, mal-estar ou estresse por novos logros.
A mente fica, então, desperta, o que proporciona prazer quando se observa algo agradável e encantador, ensejando o momento de felicidade que vem depois.
O prazer induz à posse, ao acúmulo, à obstinação pela conquista de coisas, enquanto que a felicidade deflui da superação dos tormentos de possuir, de preservar, de multiplicar.
O prazer dos relacionamentos felizes com as demais pessoas proporciona a felicidade de encontrar-se lúcido e útil ao grupo social, trabalhando em favor da harmonia geral, pela contribuição valiosa da presença e da convivência fraternal.
Pode-se asseverar, nesse caso, que o amor e a amizade são desencadeadores de felicidade, em razão do significado psicológico dessas qualidade morais do espírito em crescimento na escala da evolução.
A identificação daquilo que proporciona prazer e felicidade é muito importante no desenvolvimento da harmonia interior e na busca da realização existencial.
Cada indivíduo, por estagiar em um nível próprio de evolução, experimenta de forma especial o prazer e a felicidade, o que lhe faculta elaborar projetos e desenvolver esforços para alcançar esses estados.
No respeito a si mesmo, ao próximo e a Deus, reside o elemento básico para a harmonia emocional do ser humano, para o seu amadurecimento psicológico, para que se consiga a felicidade, que é de valor inestimável.
Ninguém vive, por outro lado, sem as emoções negativas, em razão dos embates, das heranças ancestrais, dos arquétipos que permanecem no âmago de todos.
Todavia, trabalhar para convertê-las em edificantes, positivas, é dever a que todos estão convidados, de modo a diluí-las como um sol benfazejo desfazendo a névoa que obscurece a paisagem...
Por meio de exercícios mentais e físicos, torna-se possível viver em alegria e bem-estar, desfrutando-se de prazeres e conseguindo-se a felicidade, à medida que se liberta das injunções perversas do estresse, das aspirações ambíguas e dos sentimentos de insatisfação e intolerância.
É indispensável, para tanto, um treinamento de controle dos sentimentos controvertidos, gerador de hábitos agradáveis e apaziguamento interior das ambições destituídas de sentido psicológico superior.
O ser humano está fadado à felicidade, sem dúvida, avançando no rumo da auto-realização mediante prazeres e satisfações que complementam a existência.
Temas para reflexão:
(...) "O homem deseja ser feliz e natural é o sentimento que dá origem a esse desejo.
Por isso é que trabalha incessantemente para melhorar a sua posição na Terra, que pesquisa as causas de seus males, para remediá-los.
Quando compreender bem que no egoísmo reside uma dessas causas, a que gera o orgulho, a ambição, a cupidez, a inveja, o ódio, o ciúme, que a cada momento o magoam, a que perturba todas as relações sociais, provoca as dissensões, aniquila a confiança, a que o obriga a se manter constantemente na defensiva contra o seu vizinho, enfim a que do amigo faz inimigo, ele compreenderá também que esse vício é incompatível com a suafelicidade e, podemos mesmo acrescentar, com a sua própria segurança.
E quanto mais haja sofrido por efeito desse vício, mais sentirá a necessidade de combatê-lo, como se combatem a peste, os animais nocivos e todos os outros fiagelos.
O seu próprio interesse a isso o induzirá. (784). "O egoísmo é a fonte de todos os vícios, como a caridade oéde todas as virtudes.
Destruir um e desenvolver a outra, tal deve ser o alvo de todos os esforços do homem, se quiser assegurar a suafelicidade neste mundo, tanto quanto no futuro. " Comentários de Allan Kardec à questão 917.
* "O meu reino não é deste mundo". (Jo 18:36).
jo 18:36
Libertação Pelo Amor
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 14 Divaldo Pereira Franco Joanna de Ângelis
Convencionou-se que felicidade é despreocupação, logo seguida de alegrias em paisagens rutilantes de Sol e de bem-estar.
Para fruí-la, até a embriaguez dos sentidos, basta acumular haveres ou recebê-los de outrem, de modo que a despreocupação acompanhe a trajetória do indivíduo fútil e ditoso.
Lamentável equívoco tal conceito, porquanto esse estado, mais de prazer do que de felicidade, somente existe como alguma forma de utopia.
A existência humana é uma sucessão de desafios, mediante os quais os valores morais se fortalecem na luta, desenvolvendo as potencialidades íntimas do ser.
Qualquer anseio por comodidade sem ação dignificadora transforma-se em indolência que trabalha em favor da decomposição moral e emocional do indivíduo.
Aquele que não se vincula a um labor, exercitando a mente, vitalizando a emoção, acionando o corpo, avança para a desorganização da existência e converte-se em parasita social, nutrindo-se do esforço alheio e das concessões da vida, que não deseja retribuir.
A constituição orgânica é susceptível de alterações sutis ou expressivas, sempre manifestando situações que alteram completamente os quadros ilusórios do prazer que é sempre de breve duração.
Como consequência, os estados emocionais estão sujeitos a mudanças de humor, mesmo quando, aparentemente, tudo transcorre bem.
Essa satisfação, disfarçada de felicidade, também oculta situações penosas em que o Espírito se encontra.
Pode indicar leviandade e desinteresse em relação aos acontecimentos morais, ou mesmo manifestar-se como síndrome de alguma alienação mental em processo de agravamento.
A criatura responsável não se aquieta no banquete do prazer, nem se amolenta no veículo do comodismo, desfrutando sem produzir, gozando sem favorecer aos demais.
É propelida ao esforço do automelhoramento, e, para tanto, empreende lutas e sacrifícios que lhe exigem tensão emocional, desgaste de energias físicas que, no entanto, renovam-se sem cessar, em face do próprio estímulo a que são propelidas.
O riso, que expressa alegria, quando deslocado no tempo e na oportunidade, demonstra desequilíbrio, falta de sensatez, porque momentos se apresentam que exigem seriedade, reflexão.
Certamente que o sofrimento não representa felicidade, se olhado sob o ponto de vista do imediatismo social.
Pelo contrário, a sua presença no trânsito carnal constitui convite à avaliação de como transcorrem os dias e as experiências, tornando-se uma advertência em torno da maneira de se viver.
O ser humano é um conjunto eletrônico regido pela consciência, que se exterioriza do Espírito imortal.
* * *
Pretendendo alcançar a meta programada para a reencarnação, desperta para a realização do teu processo iluminativo.
Se visitado pelas dores de quaisquer matizes, não te aflijas em demasia, antes considerando que elas são mecanismos expungitivos que a vida te proporciona, a fim de que redundem como alegrias reais.
Se a escassez de recursos econômicos te constringe ou se problemas se apresentam na área da saúde, de forma alguma consideres o evento como uma desgraça, valorizando a experiência como recurso de aprendizado e renovação de comportamento que trabalha pela tua edificação pessoal.
Se sofres perseguições e te vês a braços com problemas que exigem atenção, mantém-te sereno e encontrarás meios para superá-los todos.
Se a ausência de afeto, de companheirismo para ajudar-te na escalada evolutiva magoa-te, renova-te na esperança de que amanhã encontrarás a alma querida que, no momento, não pode estar ao teu lado.
Melhor a solidão, não poucas vezes, do que as companhias turbulentas, afligentes e desesperadoras, mediante as quais são impostas reparações morais muito complexas.
Em realidade, felizes são todos aqueles que, na Terra, por enquanto, experimentam aflição e abandono, enfermidades e dores, porque esses são recursos valiosos de que se utiliza a Divindade para facultar o aprimoramento do Espírito que se aformoseia na luta de crescimento íntimo.
As pessoas que se banqueteiam no conforto e na saúde, na beleza e no prazer, desfrutando de facilidades sem que retribuam de alguma forma, encontram-se em parasitose doentia, explorando os tesouros do Amor de Deus, que devem ser multiplicados para o atendimento de todos os Seus filhos.
Com que direito se atribuem, esses indivíduos, o mérito para existências privilegiadas e regimes de exceção, quando as demais pessoas encontram-se em batalhas contínuas para a aquisição do apenas necessário à sobrevivência?
Sucede que esses que ora sorriem na indiferença das alheias aflições serão chamados a contas e deverão compreender que felicidade, na Terra, é lamentável equívoco dos seus sentidos físicos e presunção como vangloria do seu desenvolvimento intelectual.
Riam, portanto, os que sofrem hoje, porque, concluídas as provas em que se encontram, desfrutarão da felicidade, ora escassa, que se lhes instalará no coração, fruindo as bênçãos da paz de consciência.
Pode parecer paradoxal tal colocação. Nada obstante, é a realidade, porquanto todo aquele que recebe na contabilidade da vida é devedor, enquanto que aqueloutro que doa, é credor.
Aqueles que ora desfrutam, encontram-se em provas de avaliação de conduta, a fim de que aprendam a aplicar, conforme a Parábola das Virgens Loucas e das Virgens Prudentes que receberam combustível com finalidade exclusiva, que não podia nem devia ser utilizado inadequadamente.
* * *
Por essas razões, convencionou-se, também, por outro lado, que tais afirmações, essas que fazemos, são apologia ao sofrimento, necessidade masoquista de realização pessoal.
Mais um equívoco esse, que a mínima lógica se encarrega de diluir, tendo-se em vista a brevidade da existência física e a perenidade do existir como Espírito.
Agradece, portanto, a Deus, os teus testemunhos, as tuas lutas ásperas, as tuas ansiedades e carências.
Conforme os administres hoje, poderás revertê-los em júbilos, em paz e em prosperidade para amanhã.
Equívoco é pensar que a existência humana é uma viagem ao país da fantasia e da ilusão, não uma experiência de aformoseamento do caráter e de desenvolvimento do Espírito.
Por isso, Jesus foi muito enfático ao asseverar:
— "(...) O meu reino não é deste mundo... "-, portanto, a felicidade igualmente não o é.
jo 18:36
Iluminação Interior
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 15 Divaldo Pereira Franco Joanna de Ângelis
Espírito está fadado à felicidade.
Mesmo quando opta por atitudes infelizes, durante o processo cesso da evolução, dispõe dos recursos inexauríveis da reencarnação a fim de depurar-se dos erros, avançando no rumo da perfeição.
Esse mecanismo evolutivo vem-lhe imprimindo, na indumentária carnal, os requisitos indispensáveis para que se lhe manifestem as bênçãos da vida, que se lhe encontram em germe, aguardando somente o despertar e o desenvolver das faculdades evolutivas.
Em face disso, ao largo dos milênios o perispírito vem fixando, no cérebro físico, os elementos encarregados de propiciar-lhe a felicidade, assinalando alguns neurônios com essa faculdade especial de produzi-los.
Neurotransmissores específicos, quais a dopamina a serotonina, são portadores dos fatores que proporcionam felicidade à criatura humana, cabendo ao Espírito somente saber canalizar as emoções de modo que se expressem como alegria de viver, harmonia pessoal, equilíbrio...
De igual maneira, as imperfeições e os compromissos negativos são igualmente registrados no cérebro, dando lugar ao surgimento de equivalentes mensageiros da emoção, que se encarregam de impedir a espontânea manifestação do júbilo e do bem-estar.
Não seja pois, de estranhar, que modernos neurocientistas informem que já se encontram definidos geneticamente no ser humano, os elementos que proporcionam felicidade e desdita, após cuidadosos mapeamentos cerebrais, utilizando-se de equipamentos ultrassensíveis, assim determinando-lhe o destino.
É natural, portanto, que isso ocorra, desde que a maquinaria orgânica é uma cópia mais densa do veículo perispiritual, encarregado de definir e elaborar os competentes mecanismos de crescimento para a vida.
Desta maneira, ninguém está fadado a ser ditoso ou desventurado, em face da organização física, que é o efeito dos comportamentos ancestrais do Espírito reencarnado.
A presença desses neurotransmissores é uma consequência do processo ético-moral que decorre das atitudes infelizes que foram perpetradas.
Ínsitos no Espírito, os deslizes morais e os débitos espirituais transferem-se para o corpo, de modo que se estabeleçam os códigos do ressarcimento através das aflições que, bem direcionadas, modificam a estrutura interna da psique, alterando, em longo prazo, a constituição neuronial.
Em face da ocorrência, nada impede o ser de modificar a conduta emocional, estabelecendo metas de prazer e de ventura que podem ser conseguidas mediante a alteração da óptica em torno dos valores existenciais.
Não existem efeitos sem causas que os desencadeiem. Cessando, portanto, a geratriz da ocorrência, o fenômeno desaparece.
Todos estão na Terra para adquirir felicidade, jornadeando no rumo da plenitude que é a meta futura. Um exame cuidadoso em torno das oportunidades a vida faculta, e logo surgem paisagens enriquece-as e motivos alentadores para a mudança total de situação.
O invidente, que antes padecia a noite temerária que se encontrava, impossibilitado de alegrar-se e a beleza da inteligência e as bênçãos da emoção, partir de Braille, que concebeu o alfabeto especial, ;sou a conhecer o mundo e as coisas, a sentir melhor as concessões da vida e fruí-las, tornando o seu padecimento suavizado pela alegria de viver e pensar, sentir e amar.
O paralítico de qualquer espécie, que encontra apoio especializado da ortopedia, recupera os movimentos e torna a existência perfeitamente saudável, compensara.
Nas hoje denominadas paraolimpíadas, a vitória dos indivíduos que tiveram amputados alguns membros ou releram a visão, ou experimentaram impedimentos orgânicos, apresentam-se vencedores dos limites que triunfam sobre as dificuldades momentâneas, superando injunções reencarnacionistas.
As finalidades da existência terrestre são o bem, a vitória sobre os desafios, a superação de si mesmo.
Aquele que se entrega às queixas e lamentações perde o ensejo iluminativo de crescimento e de reparação para o qual recomeça na indumentária orgânica.
Realizando novas conquistas, permitindo-se atividades benéficas e otimistas, os resgates dolorosos cedem lugar às recuperações jubilosas.
O Senhor da Vida não se compraz em castigar aqueles que se entregam aos deslizes morais ou se corrompem diante dos compromissos que menosprezam. Antes proporciona-lhes o recurso educativo da reparação, mediante o qual dignificam-se, restabelecendo os valores éticos propiciadores do seu crescimento espiritual.
Na sucessão das experiências, reformulam a conduta e interagem nas ações compensadoras da verdade, superando as injunções penosas em que renasceram, alcançando outros patamares de bem-estar que os estimulam ao prosseguimento e à vitória total.
Pequenos exercícios e disciplinas interiores auxiliam a conquistar esse desiderato.
Se trazes marcas do teu passado infeliz, que agora dificultam a tua alegria de viver, recomeça a experiência da bondade para com os demais, cultivando pensamentos edificantes, que te estimularão ao desenvolvimento das faculdades elevadas que estão adormecidas.
Se experimentas angústias que te parecem injustificáveis, defluentes, sem dúvida, da consciência de culpa, faze o bem possível, renovando-te as disposições de serviço e de fraternidade.
Se o desencanto povoa a tua paisagem mental, contempla a Natureza e vive-a, aspirando-lhe o ar puro, mantendo-a sem perturbação, haurindo a sua mensagem de beleza, e notarás uma diferença expressiva quão imediata no teu mundo íntimo.
Sai da situação penosa a que te arrojaste e galga os degraus do esforço pessoal, trabalhando pelo próprio engrandecimento moral.
Não te lamentes, nem te insurjas contra a situação n que transitas.
Altera o rumo, busca novas diretrizes, abre as janelas da alma para a luz do dia esfuziante e sorri de ti mesmo, das circunstâncias penosas, das provas a que estás submetido.
Logo se te surgirão razões ponderosas para seres feliz, e o serás se persistires no programa de autoiluminação.
A felicidade pode apresentar-se de mil maneiras diferentes e nunca será perene, enquanto se está no mundo transitório.
Aquilo que hoje representa a finalidade existencial como logro da felicidade, assim que conseguida perde brilho na sucessão dos dias, deperece no entusiasmo, torna-se rotina e depois desilusão, o que, afinal de contas, é muito bom, ensejando uma nova busca, um novo encontro.
Nunca te detenhas em um objetivo que, logrado, abrirá possibilidade para outro mais adiante.
Aprende a ser feliz com pequenas concessões e conquistas existenciais, desfrutando do prazer de pensar, de compreender, de amar.
Nunca coloques a felicidade em pessoas, em coisas, em valores perecíveis e de transitória posse, porque te decepcionarás com eles.
Não foi por outra razão que Jesus asseverou: O meu reino não é deste mundo, confirmando o Eclesiastes quando afirma que a felicidade não é deste mundo.
Diversos
jo 18:15
Irmãos Unidos
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 11 Francisco Cândido Xavier Diversos
Afirma você que passou a experimentar inqualificável flagelo íntimo, desde que iniciou o desenvolvimento das faculdades medianímicas, à face das dúvidas que lhe assaltam a vida. E acrescenta que, em seu grupo, a maioria dos companheiros descrê de suas palavras, enquanto os amigos lhe metem a ridículo as informações que consegue recolher da Espiritualidade.
Enunciando desapontamentos e embaraços, você conclui: “vale a pena continuar sofrendo tamanhas desilusões? não será um serviço prematuro esse, em que somos defrontados, a cada instante, pela negação sistemática, a partir daqueles que mais amamos?”
Estimaria alinhar opiniões e argumentos que lhe extirpassem de imediato as atribulações da cabeça, mas, estamos todos, encarnados e desencarnados, em luta evolutiva na Terra, sob a carga dos problemas alusivos ao nosso resgate de consciências endividadas perante a Lei.
Você aí, tanto quanto nós, padece o desafio constante das dificuldades que lhe dizem respeito ao aprimoramento da alma, e, sinceramente, não dispomos de receituário para a sua doença, além daquele que nos é formulado pelos princípios cristãos, no capítulo em que nos aconselham desculpa incondicional para toda ofensa.
Ouso, contudo, lembrar-lhe a história de “alguém” que passou pelo mundo, suportando aflições maiores que as nossas.
Ninguém tolerou, até hoje, as afrontas que lhe foram atiradas em rosto, em matéria de injúria e desconfiança.
Nascido para o desempenho de celeste missão, foi anunciado aos parentes pela visita dos anjos.
Dele, tradições numerosas forneciam testemunho incessante ao ânimo popular.
Mensagens e visões indicaram-lhe a vinda aos familiares maravilhados e, mesmo assim, não apareceu quem se animasse a oferecer-lhe um cubículo em casa para nascer, a ponto de, renegado por toda a gente, refugiar-se entre os animais.
Desenvolvendo-se ao lado de um primo, considerado profeta de grande merecimento [v. ], com quem se iniciou no alto ministério de que estava incumbido, foi depois por ele interpelado quanto à veracidade de sua investidura.
De censuras e sarcasmos dos principais de seu tempo nem é preciso falar. Basta dizer que foi corrido por todos eles qual se fosse idiota, circunstância que o obrigou a asilar-se entre pescadores e homens rudes de singelo rincão. Todavia, mesmo entre estes, embora andasse, de contínuo, fazendo o bem, restaurando enfermos e ensinando a verdade, recolheu azedume infamante. Um deles, situando-lhe em dúvida o serviço divino, abocanhou dinheiro para denunciá-lo à justiça como agitador perigoso, conduzindo à prisão [v. ].
Dos agentes da autoridade, os quais procurou respeitar, teve o cárcere por resposta, e do povo, de quem curara chagas e extinguira infortúnios, recebeu o tratamento devido a uma fera solta.
Dos amigos diletos, um dos mais nobres negou conhecê-lo por três vezes numa só noite, (Jo 18:15) e todos fugiram, envergonhados e atônitos, quando lhe viram a decisão de se entregar à morte na cruz como supremo recurso de resistência perante o mal.
Nem por isso, no entanto, abandonou os companheiros e os acusadores gratuitos no charco da ignorância, regressando, depois da morte, para auxiliá-los em perpetuidade de entendimento.
Esse “alguém”, meu amigo, como claramente já percebeu, foi Jesus Cristo, o Divino Governador da Terra.
Regozijar-nos-emos se o que a ele aconteceu puder servir para seu esclarecimento e conforto; mas, se você não conseguir edificar-se em tão sublime exemplo, a única solução será desistir lamentavelmente da sua oportunidade de cooperar na sementeira da luz divina, assentando-se na cinza da frustração, até que o tempo lhe renove a visão, no Universo de Deus.
(.Humberto de Campos)
jo 18:38
Vitória
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 6 Francisco Cândido Xavier Diversos
ENSAGEM I
“Veia”; abençoe seu filho. Estou aqui.
Isto não é carta. É bilhete. Só informática.
Não creia que deixei filhos do corpo aí no mundo. Isso até que é muito engraçado.
A Juliana, que tive o desejo de adotar, não era minha filha, e creia que gostei daquela garota quase como se lhe fosse um pai.
Não esquente a cabeça com conversas do mundo Grande. Isso aí é uma panela fervendo.
Coitado de quem cair na beirada, porque a maledicência esfogueia a cuca até dos anjos, creio eu, porque, de minha parte, sempre bastou ajudar um tantinho alguma pobre irmã da Terra, para que não faltasse quem me visse paternalizando crianças.
Deixe pra lá essa nova fofocagem e vamos trabalhar, porque você mesma, dona Augustinha, é que ensinou esse “Menino da Porteira” que sou eu, a fazer qualquer coisa de bom.
Os assuntos são muitos, mas o tempo está gasto e eu pedi muito para podar essa sua preocupação.
Mãe de rapaz, até de rapaz morto, sofre, sofre sempre as consequências das mínimas impressões que um filho solteiro cause.
Não se incomode com o que digam. Que andei vagueando por aí, isso é mais do que verdadeiro, mas vaguei com quem vagueava, e quem vagueia no vazio, não encontra senão o vazio ao fim de qualquer estrada.
Mãezinha Augusta, creia em mim e tranquilize-se. Não sou anjo e nem estou aqui de mãos postas, como se estivesse guardado num nicho. Estou lufando e lutando muito para melhorar-me, mas quero melhorar-me para Deus e para você, que foi e continua sendo para mim a melhor mãe que o Céu me poderia dar.
Desculpe esta página de confessionário doméstico, que somente visa a sua paz, e em que procuro adquirir a humildade que ainda não tenho e receba, com lembranças para nossa querida Dona Lélia, um beijão de seu filho, sempre seu,
“Veia” querida, Deus nos abençoe.
Comemoração de aniversário. Dois corações, no coração de grande família espiritual.
Agradeço o carinho de sua lembrança. Isso é muito, Dona Augustinha, para um filho que nada fez por merecer, mas sinto que os irmãos e sobrinhos estão conosco em pensamento e, por eles todos, almas queridas que somam tanta felicidade para nós na vida, a festa é válida. Não falta ingrediente algum.
Chamas brilhando se localizam nos sentimentos dos companheiros que nos compartilham das orações.
O pão espiritual significando o bolo tradicional é farto em auxílio a nós que o recebemos, jubilosamente das palavras iluminadas de amor e fé que estão sendo articuladas pela nossa irmã, com a interpretação da noite.
Flores temo-las em monte nas esperanças que se exteriorizam desta sala, perfumando o ambiente com o aroma da fraternidade positivamente vivida.
E os votos do seu maternal carinho me alcançam, de impacto, lembrando-me a necessidade de progredir e aperfeiçoar me para ser melhor, ou mais acertadamente, para ser bom, tanto quanto devo e preciso.
Estou sensibilizado. As recordações são numerosas.
Venho pedir pra você, porém, compreender comigo que a nossa festividade hoje é mais autêntica.
Sei que você, quando enxerga alguma praça de alegria ou algum lance de felicidade nos outros, escuto, de imediato, o seu pensamento, a dizer me sem palavras terrestres: “Ah! se o meu Henrique aqui estivesse!…”
Sei quanto amor transparece de suas afirmativas, no entanto, saiba, querida “Veia”; que a minha volta ao Mundo Espiritual foi uma bênção. Tornamo-nos mais unidos. Agora, sei viver conscientemente, com você e por você.
O papai Gastão me explica, de quando em quando, — “Você teria de vir, meu filho, para conseguir auxiliar a mamãe de maneira segura”.
A princípio, acreditava que meu pai falava desse modo, de maneira a prestar me consolo, entretanto, os dias aqui não passam vazios, para quem aspira a aprender.
Ainda não pude compulsar o Livro da Vida, nas suas informações mais profundas, entretanto, dentro de mim, vou encontrando lembranças ligeiras, a me revelarem quão juntos estamos nós perante a vida.
Que seria de seu Henrique se ficasse por aí, sassaricando aqui ou ali, ou seguindo a cartilha das paqueras?
Quando seus olhos estivessem detidos em algum desfile dessa ou daquela natureza na Terra, ou quando se veja cercada por grande multidão, recorde quão feliz me vejo, liberado de adesões e participações e movimentos aos quais intimamente não me associo.
Quero contar pra você, mamãe Augustinha, um segredo de que estou fazendo um prato público.
Pensei muitas vezes em casamento, mas no fundo de meu próprio ser, permanecia o desejo de encontrar alguém que continuasse você, junto de mim.
Você era o espelho e a medida para minhas escolhas e não encontrei ninguém para substituí-la em meu campo íntimo.
Algum sabidão da Terra falará em triângulo afetivo, Freud será invocado para se destacar a sexualidade sobre quaisquer sentimentos, mas de tanto ouvir semelhantes argumentações sem base na validade, deixo-as para novos estudos no Grande Porvir.
Raciocinando com as minhas reflexões, a sua bondade verificará que a Terra, ficaria sendo inabitável para mim.
O pai Gastão me esclarece que vim para cá na momento certo, quando mais intensa se me desabrochariam reminiscências imprecisas de vidas passadas.
Não lastime o processo pelo qual fui removido para cá. Isso era necessário.
Em nossas conversações espirituais, nas horas de prece, você acaba sempre concluindo que a nossa união vem de muito longe.
E o que digo, nestas páginas, pode servir a muitas mães e pais que são compelidos a perder, na Terra, provisoriamente, a companhia de filhos inesquecíveis.
Quantos de nós, renascemos para reavivar chamas de amor que a saudade ou a renúncia devem sublimar?
Hoje, observo quanto me pesariam festas e soçaites, solenidades e outros etecéteras, se houvesse permanecido na condição que o Plano Físico me oferecia.
Com toda certeza, integraria a lista dos desajustados e infelizes que uma cobertura dourada habitualmente oculta aos olhos alheios.
Não mentalize para seu Henrique outra espécie de ato final na peça de minha existência última.
Para aqueles que partem, ficam os vínculos repletos de luz com os pais abençoados, e para os que se demoram no mundo, a carência afetiva exerce a função de sentinela, impedindo que a atenção volte de novo para as algemas do Mundo Físico, já que a saudade lhes habita a alma ansiosa, à maneira de lâmpada acesa, permanentemente, indicando os Caminhos do Céu.
Tudo isso, “Veia”, é material para nossas reflexões e folgo com isso, porque, em plena lembrança de natalício, posso rememorar a nossa união sublime, com a alegria de quem redescobre um Tesouro que Deus nos concedeu e que nunca desaparecerá.
Quanto ao mais, aguente as pontas por aí, porque a existência na Terra, sem perder a nossa reverência para com Deus que no-la cedeu, em nosso próprio benefício, mais se parece a uma peça em que todos os atores, para serem eficientes, devem estar armados de máscaras e ensaios com disciplinas de pontos e deixas para que o papel seja representado com segurança.
O nascimento da criatura é a entrada em palco e por muito tempo a pessoa, sempre disfarçada para efeito educativo, transita entre luzes e gambiarras, muitas vezes falando ou fazendo aquilo que no íntimo não deseja.
A morte é o regresso aos bastidores. E dos bastidores é que apreciamos as cenas com segurança, numa torcida quase louca para que os artistas de nossa afeição consigam vencer na parte que lhes compete.
Como pode observar, estou agora fora dos enfoques e lutando para que você consiga vitória plena. E assim prossigamos felizes.
Hoje, sou muito mais seu do que ontem e posso colaborar em suas tarefas, com possibilidades de tempo e atenção que antes, nem de leve, supunha pudesse obter algum dia.
O recado de amor filial está transmitido e agora peço-lhe dizer para as nossas irmãs, Dulce e Silvinha, que o nosso estimado Zacharias está no trabalho espiritual junto delas, com valiosa quota de recursos entre a nossa Irradiação e o Solar, na prática daquele amor que ele sempre soube exemplificar.
E para a nossa querida irmã Gilca, enviamos daqui a certeza de que a nossa maternal amiga Sebastiana, continua crescendo em abnegação e carinho, amparando, não somente a ela, mas igualmente a muitos irmãos sofredores.
Do pessoal de Trindade, não posso ainda enviar qualquer notícia, embora tenha amigos nas equipes assistenciais que funcionaram nas solenidades sempre dignas de nosso melhor respeito. Espero obter informes, oportunamente.
Rogo a você, querida “Veia”, dialogar com o nosso Dudu, o nosso querido Eduardo, pedindo a ele para que não esmoreça. Toda realização pede preço. E a faculdade de voar com preciosas coberturas sociais e econômicas, exige muito esforço.
Mas esforço é bênção, sempre que orientado para o bem e, acima de tudo, desejamos que ele esteja resguardado no bem para construir o bem sempre maior.
Muitas lembranças para Ângela e Márcia, Luiz Antônio e Mário Lúcio, com os nossos “grandes gênios mirins” que, segundo dizem, vão construir a nova civilização na Terra.
Agradeço à nossa irmã Lélia a companhia afetuosa e a todos os irmãos que nos auxiliam com o suporte dos pensamentos de amizade e tolerância, a fim de que eu possa garatujar esta carta.
E agora, querida mamãe, é aquela hora… A palavra deve dizer “até breve”, mas esse “até breve” não é exato, porque lhe desejo muito tempo de presença generosa juntamente dos nossos, por dentro da família e dos nossos que aparentemente estão por fora do nosso círculo doméstico.
Se eu disser “adeus”, igualmente estaria iludindo a mim mesmo, porque a Bondade de Deus nos uniu para sempre.
Então faço um beijo com lágrimas de saudade e de alegria, para depor em seu coração querido. Quem dirá que parto, se estou ficando?
Pense nisso, e continuemos cada vez mais unidos em Jesus. É isso aí, Dona Augustinha.
Fique tranquila e saiba que as suas saudades que me iluminam tanto, guardam as mesmas dimensões das saudades do seu filho, sempre seu menino do coração,
“Veia” querida. Deus nos abençoe.
Estamos igualmente regressando da excursão de fraternidade. Viagem através da experiência humana para o reencontro com o Cristo.
Jesus na pessoa dos nossos companheiros da retaguarda.
Jesus doente nos enfermos esquecidos, nas crianças relegadas ao frio da noite, nas mães infelizes, nos pais extenuados de inquietação e sofrimento, nos tristes que perderam a esperança, nos corações caídos em desalento e voltamos pensando nas lições recebidas.
Natal é uma promessa de alegria e uma realidade de lágrimas. Isso porque basta nos distanciarmos um tanto de nossas comodidades e de nossos hábitos, para enfrentarmos o desafio do Mundo Melhor por fazer.
Aquele Eterno Amigo que nasceu ao clarão de estrela resplendente e foi sacrificado no cimo de um Monte, a fim de que todos lhe víssemos a suprema renúncia, continua a chamar-nos…
Dezembro a Dezembro se renova o convite sublime. Amparar os deserdados, erguer os que se estiram em desânimo, iluminar os que jazem nas trevas; socorrer os últimos das filas imensas da provação…
É por este motivo que finalizamos a nossa caminhada igualmente em prece…
Oramos por aqueles outros companheiros do Mundo, para os quais a escola de Jesus ainda não se fez conhecida, ante a indiferença deles próprios;
pelos que transformaram a própria existência num recanto de prazeres inúteis;
pelos que preferiram a sombra a fim de se entregarem à perturbação com que se lhes entenebrece o curso dos dias;
pelos que desertaram da fé, acreditando-se meros fantoches no caminho dos deveres a que foram convocados, deles se desviando para a celebração de festivais da descrença e do egoísmo em que se lhes desgastam as forças;
pelos que inventam as necessidades dos semelhantes, dificultando-lhes o acesso ao pão de cada dia, de modo a se patentearem na condição de donos dos recursos da Terra, ignorando que voltarão à Verdadeira Vida em plena nudez espiritual, assim qual surgiram na experiência física;
pelos que se fazem surdos aos gemidos alheios, qual se fossem impermeáveis à dor que os transformará no Grande Futuro;
pelos que espalham aflição e pranto, destruindo a paz e o equilíbrio de corações devotados ao bem;
pelos que se enganam com as suas possibilidades próprias, transformando-as em leviandade e agressão aos outros, sem perceber que unicamente estruturam as algemas que os prenderão por muito tempo nas celas da culpa, e por todos aqueles que ferem e perseguem, desconhecendo que acabam dilapidando e enlouquecendo a eles mesmos…
Por todos oramos, rogando ao Senhor os envolva no manto da Paz e da Verdade para que venham igualmente caminhar, procurando-O nos irmãos encarcerados na prova, em doloroso burilamento.
Estamos felizes porque atravessamos a Noite Santa, buscando Aquele que nos recomendou: “e tudo o que fizerdes a qualquer destes meus pequeninos é a mim que o fazeis”. (Mt 25:40)
Pois eu hoje sou o pequenino entre os menores, a quem seu coração materno e os nossos amigos presentes trouxeram imenso bem.
Em nome de todos os companheiros que terminamos nesta hora, em companhia de nosso querido grupo, a jornada pelos caminhos do trabalho regenerativo, o nosso “muito obrigado”.
E agradecendo ainda, por todos aqueles aos quais estendidas se fizeram as mãos, de todos os amigos que nos compuseram a companhia, porque de todas as migalhas de amor doadas aos herdeiros do Calvário, formará o Divino Mestre a Luz sublime que lhes guiará os passos no Dia do Retomo.
Quando soar, um dia, a campainha da Volta ao Grande Lar, conservem os amigos queridos a certeza de que as bênçãos distribuídas, ainda as menos perceptíveis, se lhes farão marcos iluminados, assinalando a estrada do reencontro com o Eterno Doador de Todas as Bênçãos.
Mamãe Augustinha, estou contente. Perdoe se seu filho ora nesta noite com o pranto a lhe encharcar os pensamentos…
São as lágrimas de alegria por haver aprendido em seu colo a pronunciar o nome de Deus e a conhecer o Benfeitor Infatigável Jesus-Cristo, o Luzeiro de Deus, que, no Mundo, aceitou o sacrifício e a morte para conduzir nos todos à verdadeira Vida e à imortalidade da Luz.
Muito amor e gratidão do seu filho, sempre o seu,
“Veia” querida, pensemos em Deus para que minhas palavras não lhe fujam da bênção.
Estou ouvindo os seus pensamentos, pedindo-me para adiar as minhas dicas para outra.
Seus olhos estão fitando a sala cheia e, por dentro, você me diz que o nosso papo deveria ser adiado. O negócio, porém, é que você está quase doente de aflição.
E tristezas com perguntas concentradas acabam em veneno, maltratando o corpo de quem as acolhe, se não forem derramadas em algum coração que nos compreenda.
Pois é isso aí. Outro lugar, por enquanto, não temos para garatujar as notícias de seu rapaz e, por isso, lanço as falas com a alegria de quem deseja substituir a sua preocupação por esperança.
Mãe, querida, é natural que a sua dedicação fique de sentinela para auxiliar os filhos queridos, mas fora isso, deixe certos assuntos pra lá da inquietação e mais pra cá de nossa confiança em Deus.
Nossa escola de entendimento e perdão está funcionando. Determinados casos precisam ficar na geladeira para que o tempo lhes esfrie o fervedouro.
É a lição dos nossos Guias: Silêncio e prece.
Estou furtando esta legenda das nossas próprias paredes, porque considero adequada ao nosso problema semelhante mensagem exposta.
O que está resguardado pelos outros, resguardado fique, até que seja o tempo disso ou daquilo sair à luz.
Essa história de verdade aberta costuma separar muita gente e até suscitar doenças que induzem à morte prematura. Quando Pilatos perguntou a Jesus o que era a Verdade, nem Ele, o dono dela, quis responder. (Jo 18:38) O Divino Mestre terá permanecido no ponto a que me refiro: Silêncio e prece. E mais nada.
O tempo é um grande ministro de Deus, na renovação de tudo o que possa atrasar os processos da vida ou complicá-los.
Que outros se apropriem de certos pratos sociais e se deliciem com eles. Esses companheiros desavisados não sabem quanto lhes custará o tempero de vinagre e pimenta com que costumam regar os lanches da fofocolândia. Deus os proteja.
Conversa amiga com o nosso Eduardo só faz bem. Quanto ao mais, saiba, “Veia”, que tenho muita prática do “bicho homem”, porque há muito tempo faço parte desse antigo zoológico, que a gente precisa respeitar e deixar com Deus para não dificultar a vida em si mesma, com tanto problema para esquentar a cabeça. Já temos grudes e pampeiros pro gasto.
E quanto ao dinheiro que outros dissipem, deixe essa manobra no campo em que aparece. Do que venhamos a necessitar, pode crer que Deus não nos deixará em falta.
Se alguém estiver aqui com empeços semelhantes aos nossos, os que nos partilharem a prova nos entenderão, e até, penso eu, ficarão contentes com o que digo.
Sigamos para diante fazendo o bem, que do mal já existe muita gente cuidando.
Peço ao seu coração de mãe dependurar um belo sorriso nos lábios e, com o silêncio e prece, sigamos na direção de outras experiências.
Barras maneiradas e passos firmes na estrada que Deus nos deu, porque o serviço aí já é demais.
Em nossas meditações com o retrato de permeio, continuaremos conversando.
Muito confiante na vida, e pedindo a Deus a todos nos auxilie e nos proteja, receba, Dona Augustinha, a alegria e a gratidão no beijo repleto de muito carinho e reconhecimento do seu filho, sempre o seu,
Veia, não seria possível estarmos tão pertos um do outro, no salão do papel e do lápis e não me empenhar na conquista de alguns minutos para lhe escrever.
Impossível o silêncio, quando a sua saúde física andou periclitando… E continuamos preocupados, na defesa do seu refazimento de forças.
Mãe, é preciso lutar, não amoleça com a ideia de vir a ter conosco, por enquanto. Preciso trabalhar muito ainda para recebê-la menos mal.
Quando aí estive, você me aninhou em tantas rendas e me instalou num monte de sedas e eu, por agora, ainda estou muito pobre a fim de tê-la comigo, embora o meu pai Gastão esteja rico de merecimentos dele.
Quero, porém, entrar nos meus próprios recursos para repartir consigo a minha pobreza linda, porque é pobreza repleta dos tesouros de suas lembranças.
Prepare-se para tratamento oportuno, caso não nos seja possível arredá-la de nova cirurgia. Acontece que os ligamentos de categute se dissolveram antes do reajuste sólido dos tecidos atingidos pelo bisturi e esse fiasco de um fio tão famoso nos impele hoje a refletir numa nova e possível intervenção.
Ainda assim, Dona Augustinha, não se apavore. No entanto, no começo de qualquer providência seja exigente na escolha do material, seja humano ou seja de elementos de menor significação, para entregar o próprio corpo a novos cortes. Desculpe-me falar assim, mas o amor manda e eu obedeço.
A vida na Terra, mamãe, é um aprendizado bendito. Fico admirado hoje com quem se recusa a sofrer e adquirir experiências novas.
Quem não chora não sabe ver a realidade, e quem não luta, não atinge o sabor da vitória que é triunfo mais por dentro de nós do que por fora.
Continue firme em seus princípios. Não se esqueça de uma beira de tempo, cada dia, para colocar o corpo no estaleiro de meditação e da prece para as necessárias reparações.
Não se pode parar no cotidiano, mas arranjar uma pausa para a reconstituição das próprias energias, isso é preciso, tanto quanto em qualquer texto, a pontuação é indispensável. Ponha algumas vírgulas em suas tarefas e sigamos em frente.
Estamos satisfeitos com a sua decisão de cooperar com o Lino, no Lar São Francisco.
A nossa Mariquinha Veiga já retomou o arado e está muito contente com a sua presença mais assídua, em serviço. Efetivamente, a obra precisa de braços e corações que a entendam, e isso você tem de sobra.
Compreendo o contratempo havido com outros ambientes, mas, com franqueza, se eu ainda estivesse aí e alguém só quisesse passes por minhas mãos como se eu fosse um santo de barro, não concordaria, e já que não conseguiria desligar-me do trabalho de que necessito, visando à minha própria melhoria, decerto bateria em outra porta, buscando fregueses novos para as bugigangas espirituais que me fosse possível distribuir.
É isso. Quando a criatura se percebe eleita, sem possibilidade de clarear o problema, o negócio é mudar, conquanto o respeito e o carinho pela obra em si, que nos serviu e nos serve tanto, continuem sem a mínima alteração em nosso agradecimento.
E você, Dona Augustinha, ainda tem o lar do Mário Lúcio e do Luiz Antônio com os netos de quebra.
Não é somente a casa de São Francisco, mas é também a residência das filhas, onde o estado menor da família não lhe dispensa o comando.
E tem outra. O nosso Eduardo ainda está por aí pensando no Tim e o Tim precisa cooperar em auxílio ao Eduardo.
Graças a Deus o trabalho não nos falta e a gente vai indo para adiante, ora com mais rapidez e ora como se fôssemos puxados à força de bois amigos ou de motores violentos.
Aqui, igualmente, para quem deseja aprender a servir, as horas são devoradas por quefazeres que parecem longe de qualquer fim.
A propósito de novidades, quero informar à nossa irmã Eurídice que o Paulo vai seguindo com melhoras apreciáveis.
Desencarnações inesperadas trazem um mundo de sequelas que é preciso podar a tempo, a fim de que certos condicionamentos mentais não se cristalizem por dentro de nós.
Não temos vocação para criticar ninguém, mas realmente, enquanto no Plano Físico, muita gente se engana com a dona das cinco letras que lhe formam o nome fatídico. A morte não é banho milagroso, no qual a criatura entra e sai com diferenças assombrosas.
Os distintos penetram à força nesse balneário de surpresas e encontram tanto serviço por fazer em si próprios, que muito poucos se sentem dispostos ao correio mediúnico.
Guardam o receio de faltarem com a verdade e ao mesmo tempo não se animam a declarar que não encontraram o céu e nem o inferno e sim os pensamentos materializados deles mesmos.
Ainda assim não posso fugir do propósito de animá-la para o seu tratamento e seu trabalho. Filosofia fica para depois.
O nosso amigo Alvicto está presente e me recomenda dizer à nossa irmã Lélia para que se sustente na calma habitual, seguindo as ocorrências da vida e tratando da execução de seus próprios compromissos com a Espiritualidade Maior.
Ele próprio conseguiria dizer o que deseja com mais segurança do que eu mesmo, no entanto, ei-lo que diz que para se entender com Dona Lélia lhe basta uma carona em comunicado de pessoa amiga, e faço isso com prazer.
Mamãe, abrace o Eduardo por mim e peça a ele fazer sempre a revisão das máquinas em que pretenda se deslocar ou decolar. Se a função não é dele, que a providência seja por ele movimentada. Com isso não estamos colocando banca de cigana. É que o trânsito no ar é mais difícil do que o trânsito de rua.
Mas, por agora, chega de minha conversa, temos muitos companheiros fazendo força contra o bocejo, e o bocejo quando é demais vira calamidade para quem o provoca.
Muitas lembranças para todo o nosso pessoal.
E com muitas saudades do seu carinho, conquanto esteja sempre a receber lhe os afagos em meu pobre retrato, livre-me, querida Mamãe, do frio da solidão e fique sempre comigo porque preciso cada vez mais de você e todo o amor e todo o reconhecimento do seu, sempre o seu filho-mais-filho porque desejo ser sempre o seu amor mais-amor.
Beijos do seu filho
Na manhã de 16 de abril de 1985, o Sr. Ayres Soares, residente em Uberaba (fone: 3332-1588), irmão de D. Augusta Soares Gregoris, deixou em nossa residência um envelope, acompanhado de um bilhete seu, contendo farto material iconográfico e mensagens de Henrique Emanuel Gregoris, algumas absolutamente inéditas e outras somente em livros, que a gentileza de D. Augustinha nos enviou para que pudéssemos aproveitar num próximo volume a ser organizado com páginas recebidas pelo médium Xavier.
Incluído, anteriormente, nos livros — Capítulos 23 a 28 —, e — Capítulos 11 a 14 —, Henrique nasceu em Goiânia-GO, a 7 de julho de 1952, filho de Gastão Henrique Gregoris, já desencarnado, por afogamento, um dos co-autores espirituais de Enxugando Lágrimas, e de D. Augusta Soares Gregoris, residente na Capital de Goiás, à Rua 90, n° 790, Apto. 202-A —, Edifício Itapuã — Setor Sul — Fone: 062-223-1086, CEP 74310, aí desencarnando, vítima de arma de fogo, a 10 de fevereiro de 1976.
Tendo sido o amigo com quem Henrique se encontrava, no local da ocorrência, absolvido pelo Juiz da Comarca de Piracanjuga, que respondia pela de Hidrolândia, a família Gregoris apelou para Instância Superior, somente encerrando, definitivamente, o processo, quando o médium Chico Xavier, a pedido do Espírito de Henrique, foi, pessoalmente, a Goiânia, solicitar à D. Augustinha para que perdoasse o referido amigo.
Trabalhava na Planitec, Assessoria e Planejamento, que prestava serviços à APEGO — Associação de Poupança e Empréstimos de Goiás.
Cursava Administração de Empresas, inicialmente na Universidade do Distrito Federal, e, depois, na Universidade Católica de Goiás, em sua terra natal.
Era solteiro e entusiasta com os trabalhos do campo.
Espírita-Cristão, frequentava, regularmente, a Irradiação Espírita-Cristã e o Centro Espírita Irmã Scheilla, de Goiânia.
Servindo-nos de dados fornecidos por D. Augustinha, que acompanham correspondência, datada de 10 de abril de 1985, passemos ao estudo das mensagens que selecionamos para este volume, lembrando-nos de que, em todas elas, Henrique prossegue chamando a genitora de “Veia” e usando as gírias que lhe eram habituais.
Mensagem I, recebida numa noite de 6ª feira para sábado de junho de 1977:
1 — “Não creia que deixei filhos do corpo aí no mundo. / Isso até que é muito engraçado. / A Juliana, que tive o desejo de adotar, não era minha filha, e creia que gostei daquela garota como se lhe fosse um pai. / Não esquente a cabeça com conversas do mundo Grande. / Isso aí é uma panela fervendo.”: Eis o que nos diz D. Augustinha:
“(A mais interessante de todas as mensagens.) Saí para fazer pagamentos no Banco, e lá uma amiga me saudou toda eufórica, dizendo:
— Sabe, eu conheço o filho do Henrique, que é a cara do pai.
No meu espanto e incredulidade, fiquei sem fala ou movimentos.
Ela, nem percebeu a minha fraqueza. Falou, falou e eu… pasma.
Procurei os amigos do meu filho, e eles me afirmaram ser conversa inverídica.
Fui até Uberaba, com a amiga Lélia.
Lá, quando chegamos, os trabalhos já estavam bem adiantados, na noite.
Chico Xavier psicografou uma mensagem de Emmanuel e outra belíssima de Dráusio, para a mãezinha dele, Zilda Rosin.
Eu pedia mentalmente ao Dráusio que me enviasse algum recado do meu Tim.
Nada.
Depois de lidas as mensagens, Chico pegou uma página sobre a mesa, olhou-me dentro dos olhos (ele não sabia que estávamos em Uberaba), e começou a ler este bilhete, que lavou minha alma da angústia e da aflição.
(Sem comentários.)
Juliana: Filha de uma das colegas de serviço de Henrique, de Brasília, que desencarnou em acidente automobilístico em Minas Gerais, 40 dias depois dele.
Henrique amava muito esta garotinha.
(Amor e Luz, pág. 114.)”
Aqui se nos depara um assunto sobre o qual precisamos nos deter, dada a importância de que se reveste.
Não fora o nosso orgulho milenar, alimentado pela panela fervente do mundo Grande, ainda de provas e expiações, e todos os pais e mães deveríamos nos alegrar ao saber que um de nossos rebentos, ao invés de lançar mão de técnicas abortivas, entrando na criminalidade, para descartar-se de um filho gerado fora do casamento, deixa, pelo contrário, que ele nasça com todos os traumas necessários à sua evolução espiritual.
Comumente, qual a nossa atitude diante de semelhante quadro?
Ficamos arrasados. E os princípios espíritas que esposamos? Qual a finalidade deles em nossas vidas? Até quando o orgulho há de nos guiar os passos, afastando-nos do Cristo de Deus?
O problema, quando visto de outro ângulo — dos chamados filhos adulterinos —, toma-se mais sério, ainda em consequência do orgulho.
Todos os psiquiatras e médiuns espíritas com atendimento ao público, como se dá com Chico Xavier, há 60 anos ininterruptos, têm bastante experiência neste campo: rapazes ou moças portando armas com vistas a tirarem a vida daqueles que lhes facilitaram a entrada neste mundo, mas que não puderam ou não quiseram assumir-lhes a paternidade, oficialmente.
Em vez de beijarem os pés desses filhos de Deus, por lhes terem facultado a volta a este planeta para o cumprimento de provas e o resgate de dívidas contraídas no grande pretérito, não merecendo, atualmente, usufruir pais, de acordo com as leis terrenas, em obediência à Lei do Merecimento e às injunções das leis cármicas — filhos abandonados; sem qualquer noção de responsabilidade, e a falta de respeito para com os genitores que a Providência Divina lhes destinou em vidas passadas —, guardam ressentimentos e se tomam amargos.
Quantos há que por aparecer no sumário de suas biografias somente o nome da genitora, como se dá com o autor do Dicionário Filosófico (filho de Marie-Marguerite Daunard, nasceu François-Marie Arouet, dito Voltaire, em…), se recusam a aparecer, publicamente, levando vida de completo isolamento!
O autor destes apontamentos, relativamente qualificado neste difícil terreno, ele mesmo um filho natural, em fazendo estas considerações, roga permissão para unir-se a todos os leitores, sob o clima de oração e trabalho infatigável na caridade material e moral, para que todos possamos combater em nós mesmos, não somente o orgulho, mas, ainda, o egoísmo e a vaidade, a fim de que, com efeito, tenhamos condições de nos considerarmos autênticos espíritas-cristãos.
2 — “Menino da Porteira”: Sobre a toada de Teddy Vieira e Luisinho (), que Henrique e seu irmão Eduardo tocavam no violão e cantavam, acompanhados por D. Augustinha, vejamos o item 16 do Capítulo 13 de .
3 — Dona Lélia: Sra. Lélia de Amorim Nogueira, filha do Sr. Antenor de Amorim, e esposa de Alvicto Osóris Nogueira, nossos conhecidos de Enxugando Lágrimas, e muito amiga da família de Henrique.
* * *
Mensagem II, recebida na noite de 7 de julho de 1979. “Muito interessante esta mensagem de 7/7/1979,” afirma Dona Augustinha — “aniversário de Henrique, porque, quando jovem, sua mãe fazia parte do Grupo Teatral A. G. (Agremiação Goiana de Teatro), e anos mais tarde, Henrique se ligou ao mesmo Grupo, liderado pelo diretor Otavinho Arantes.”
1 — “Você era o espelho e a medida para minhas escolhas e não encontrei ninguém para substituí-la em meu campo íntimo. / Algum sabidão da Terra falará em Triângulo afetivo, Freud será invocado…”: Escrevendo sobre o Espiritismo na Correspondência e na Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, a liberdade de transcrever dois passos bastante elucidativos, psicografados pelo médium Xavier, sobre Sigmund Freud (1856-1939) e sua doutrina, o primeiro de André Luiz, extraído de (FEB, Rio, 4ª edição, 1952, pp. 31-33), e o segundo de Emmanuel (resposta à questão 47 de ), que justificam, plenamente, este significativo trecho de Henrique.
2 — Dulce e Silvinha: Dulce Moraes Zacharias e Silvinha Zacharias, viúva e filha de João Zacharias, desencarnado, amigas da família de Henrique.
3 — “A nossa Irradiação e o Solar” a) Irradiação Espírita Cristã — Centro Espírita sito à Rua 201, n° 232, Vila Nova, Goiânia-GO; b) Solar Colombino Augusto de Bastos — Abrigo para velhinhos, pertencente à Irradiação Espírita Cristã.
4 — “Nossa querida irmã Gilca; nossa maternal amiga Sebastiana”: a) Dra. Gilca Esselin, odontóloga amiga da família; b) Sebastiana Pereira Esselin, Sra. mãe da Dra. Gilca Esselin, desencarnada a 6 de janeiro de 1976.
5 — Trindade: Cidade e município do Estado de Goiás, com 1.273 km 2 de superfície. Próxima de Goiânia, a cidade é famosa pelas tradicionais festas católicas que aí se realizam, recebendo, por ano, milhares de romeiros.
6 — “O nosso Dudu, o nosso querido Eduardo”: Eduardo Gregoris, piloto comercial, irmão de Henrique.
7 — Ângela e Márcia, Luiz Antônio e Mário Lúcio: a) Ângela e Márcia, irmãs; b) Luiz Antônio e Mário Lúcio: Luiz Antônio Rabelo e Mário Lúcio Sobrosa, cunhados do comunicante.
* * *
Mensagem III, recebida na noite de Natal — 24-25 de dezembro de 1979.
Belíssima página com a qual Henrique, a nosso ver, dá mostras de estar se preparando para, em momento oportuno, entrar na equipe de Espíritos de Luz que escrevem sobre o Natal, através do médium Xavier, com as Benfeitoras espirituais Meimei e Maria Dolores à frente.
* * *
Mensagem IV, recebida na noite de 8 de março de 1980.
Excelentes as considerações de Henrique a propósito do lema adotado pelos Guias da Espiritualidade Maior: Silêncio e prece, relembrando, com propriedade, o passo do Jo 18:38 — sobre o silêncio de Jesus ante a pergunta de Pilatos — “o que é a Verdade?”
* * *
Mensagem V, recebida na noite de 4 de junho de 1982.
Registramos mais alguns passos do depoimento de D. Augustinha:
“Henrique descende, pelo lado paterno, de família de origem italiana.
Enrico Gregori, bisavô de Henrique, natural de Udine, emigrou para o Brasil e se instalou em Ribeirão Preto, SP, e foi um dos fundadores da Colônia Italiana, sendo seu presidente, e recebendo o título de Socio Onorario da Società Operaia Mutuo Soccorro e Beneficenza “UNIONE ITALIANA”, no dia 31 de outubro de 1928.
Acrescentou um “s” ao nome, para que ficasse mais brasileiro, Gregoris. De muitos filhos, Eduardo, já casado, veio para Goiânia, onde Gastão Henrique, seu primogênito, residia há alguns anos.
Gastão Henrique, natural de Ribeirão Preto, casou-se com Augusta Soares, de Sacramento, Minas, e Henrique Emanuel era o segundo de quatro filhos.
Seu nome — homenagem ao bisavô e ao Benfeitor Emmanuel.
Seus irmãos — Márcia, Ângela e Eduardo.
Henrique, tanto quanto o pai, sonhava estudar Medicina, mas a realidade ou necessidade da vida os empurrou para a economia administrativa; onde eram excelentes cabeças.
O chefe do Henrique, Vasco G. Rosa, da Planitec Assessoria, me disse, uma vez, que acreditava que o filho, em matéria de economia, era ainda melhor do que o pai.
De igual forma pensa o seu primeiro chefe no Grupo Inca, Paulo Sérgio Peixoto, seu grande amigo; amizade que perdura com o passar dos anos. Paulo Sérgio, João Freixo e Henrique — os amigos inseparáveis.
Henrique, louco por cavalos, inscreveu-se em um páreo amador, e entre eles, um garoto de uns 12 anos, Colombo Filho, que o venceu no torneio.
Terminada a corrida, o comentário de Henrique:
— Veia, o cavalo disparou, era noite, e eu fui me apavorando com o abismo que formava ao redor de mim.
— E o Colombinho, que ganhou a corrida?
— Ah, Veia, e aquele menino tão novinho sabe lá o que é perigo? Por isso que ele ganhou a corrida!”
1 — “Estamos satisfeitos com a sua decisão de cooperar com o Lino, no Lar São Francisco.”: Trata-se do Sr. Aurelino Consort, Diretor do Lar São Francisco.
2 — “A nossa Mariquinha Veiga”: Cooperadora espiritual do Lar São Francisco.
3 — “A propósito de novidades, quero informar à nossa irmã Eurídice que o Paulo vai seguindo com melhoras apreciáveis.”: Paulo Lopes, que desencarnara recentemente em desastre aéreo, em Santa Helena de Goiás. Sua esposa, D. Eurfdice Lopes, presente na reunião, segundo D. Augustinha, alegrou-se, sobremaneira, com a notícia que surgiu de forma tão espontânea.
4 — “Nosso amigo Alvicto e nossa irmã Lélia”: Consultando o item 3 da Mensagem 1, acima, reafirmemos: a) que Alvicto Osoris Nogueira desencarnou a 22 de outubro de 1967, em consequência de um acidente automobilístico; b) que D. Lélia de Amorim Nogueira, sua esposa, acompanhava D. Augustinha naquela memorável reunião do Grupo Espírita da Prece.
* * *
A fim de fechar com chave de ouro este extenso capítulo, pedimos vênia para transcrever duas delicadas peças literárias, de fino lavor, a primeira, que foi encontrada na carteira de Henrique, junto de seus documentos pessoais, já amarelecida e gasta pelo tempo, em trechos, e um bilhete em versos setissílabos dele — Henrique —, recebido pelo médium Xavier, em reunião pública do Grupo Espírita da Prece, na noite de 9 de julho de 1983.
Ei-las:
“(…)
GOSTAR DE VIVER não quer dizer apenas respirar, ter um coração batendo e o sangue correndo nas veias.
VIVER É SENTIR cada minuto e cada segundo, porque cada minuto e cada segundo é parte de nossa vida e a vida merece ser bem vivida.
VIVER É RECONHECER a si mesmo, é dirigir os próprios passos com a paz no coração.
VIVER É ENCONTRAR a felicidade nas coisas simples que fazem parte da nossa vida, um sorriso sincero, uma palavra de incentivo, um silêncio oportuno. Mas para isso é preciso gostar de viver, saber aproveitar todo momento na sua essência.
GOSTAR DE VIVER não quer dizer ser apenas otimista, fazendo de conta que tudo é maravilhoso.
GOSTAR DE VIVER não é brincar de contente achando que os outros são mais infelizes do que nós, não souberam encontrar o caminho certo.
GOSTAR DE VIVER é ter esperança no futuro que a gente está construindo e, principalmente, ter prazer em construir esse futuro.
GOSTAR DE VIVER é participar conscientemente da vida.
GOSTAR DE VIVER é reconhecer as próprias limitações é saber como lidar com elas, desenvolvendo os talentos, que a gente tem, sem fazer tragédia diante dos obstáculos, sejam eles grandes ou pequenos.
GOSTAR DE VIVER é lutar e vencer, ou, pelo menos, procurar vencer.
A VIDA É UM CAMINHAR constante. Sempre e só para a frente .Por isso o que se conta são os passos que a gente dá com os próprios pés. É claro que cada um pode e deve contar com o auxílio dos outros. E sempre haverá os que também esperam nossa colaboração. Isso é o que se chama ajuda mútua ou amor ao próximo. Porque viver e amar são quase a mesma coisa, pois ambos se constituem num dar e receber. Às vezes a gente encontra pessoas que se julgam enterradas vivas. Não sabem encontrar a alegria. Acham que não podem modificar o mundo que as rodeia a seu modo e então se acomodam a ele, colocando-se desta forma à margem da vida.
ESSAS PESSOAS SE ESQUECEM de que o erro está nelas mesmas. O que lhes falta é apenas um pouco de coragem para descobrir isso. Um pouco só, pois ninguém precisa de muito heroísmo para se entregar, de corpo e alma, à aventura de viver!”
HOMENAGEM À DONA AUGUSTA SOARES GREGORIS
À querida Dona Augusta,
Hoje não chamo por “Veia”
Pois em meu aniversário
Mamãe é a minha Teteia…
Márcia e Mário, vejam só
Nesta lembrança do Tim,
Com tantos versos brilhando,
Meu recado está no fim.
Francisco Cândido Xavier, Elias Barbosa, Espíritos Diversos, Enxugando Lágrimas, IDE, Araras (SP), 1ª edição — 1978, pp. 11-136.
Claramente Vivos, IDE, Araras (SP), 1ª edição — 1979, pp. 62-83.
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0 Divaldo Pereira Franco e Raul Teixeira Divaldo Pereira Franco e Raul Teixeira
O homem moderno vive massificado por expressiva soma de informações que não consegue digerir emocionalmente.
Têm preferência as notícias que o agridem, atingindo-lhe o sentimento e perturbando-lhe a razão, graças à violência em alucinação e ao sexo em desgoverno, exibindo os mitos do prazer e do triunfo; como se a criatura fosse apenas um ser fisiológico, dirigido pela sensação.
Esmaecem a cultura e a ética no universo da atualidade comportamental, enquanto o despautério propõe modelos psicológicos alienados que passam a conduzir a mole que os alimenta e os atende com paixão.
As filosofias imediatistas surgem pela madrugada e desaparecem ao entardecer das emoções, deixando-os vazios perturbadores na mente e no sentimento dos seus aficionados.
As doutrinas religiosas, esquecidas do homem e preocupadas com os grupos, associam Dionísio e Paulo, Cristo e Baco, realizando banquetes em favor dos seus deuses, enquanto os atiram às masmorras dos vícios e das degradações.
As conquistas científicas beneficiam as elites, enquanto o indivíduo, esquecido, encharca-se de rebeldia, contaminado pela desesperação que campeia.
Há também, inegavelmente, homens que são extraordinários exemplos de amor e de abnegação, como Instituições de beneficência e dignificação humana, de solidariedade e de progresso, quais florações de bênçãos nas terras áridas dos sentimentos individuais e coletivos.
Assim considerando, saudamos, neste pequeno livro, o esforço conjugado de dois obreiros do Cristo, interessados em esclarecer os companheiros da marcha evolutiva, em torno da vida e da sua finalidade, dos fenômenos existenciais e da morte física, da paranormalidade e da sobrevivência do Espírito, da obsessão e do serviço ao bem, nos encontros fraternos de estudos espíritas, nos quais foram sabatinados pelo desejo honesto e saudável, por parte dos seus interrogadores, ansiosos por aprenderem mais.
Não são conceitos novos, nem trazem nada de original, porquanto a Doutrina Espírita os explicita com admirável claridade, mas constituem uma contribuição louvável e prática para quem deseja uma vida pautada nas diretrizes da sadia moral e do bom tom.
Esperamos que estas páginas logrem oferecer segurança comportamental e discernimento mental a todos aqueles que, desconhecendo os temas abordados ou tendo deles uma informação apenas superficial, resolvam-se por meditá-los, incorporando-os ao seu cotidiano.
Exorando ao Senhor que a todos nos abençoe, formulamos votos de paz e plenitude para os nossos caros leitores.
Joanna de Ângelis Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, em 30/8/1989, na sessão mediúnica do Centro Espírita "Caminho da Redenção", em Salvador-Bahia. SEGURA DIRETRIZ Meditando sobre as páginas fulgurantes da Boa Nova, identificaremos o questionamento, a pergunta, como elemento de capital importância, no relacionamento do Divino Amigo com os diversos indivíduos que O rodeavam, nos instantes mais variados dos caminhos. "Senhor, que farei para conseguir a vida eterna?"’, perguntou-Lhe o intérprete da lei, desejando obter a preciosa orientação. "Por que dizem os escribas ser necessário que Elias venha primeiro?" 2, indagaram os Discípulos, que com Ele desciam do Tabor, após expressiva demonstração da imortalidade gloriosa. "Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo?" 3, interrogou Legião, identificando a autoridade do Bem sobre a ilusão maléfica e perturbadora.
Essas e muitas outras questões foram respondidas pelo Mestre, buscando atender cada qual, de acordo com a necessidade e o entendimento dos questionadores.
Entretanto, Jesus, por Sua vez, indagou aos que O cercavam, procurando fazê-los meditar, considerando-se que Ele sabia o que lhes ia nas almas, nos pensamentos, na condição de Celeste Zagal do rebanho humano: "Quem dizem os homens que eu Sou?" 4.
E fez ressaltar, junto aos Discípulos, a crença popular no fenômeno da reencarnação. "Mas, se falei bem, por que me feres?" 5.
Deu ocasião, assim, para que a exibição vaidosa e a cobardia fossem denunciadas e abatidas pela coragem e grandeza de espírito. "Que queres que eu te faça?" 6.
E ensinou a importância de que tenhamos superiores e claros objetivos, em nossa fé, quando nos dirijamos às Supremas Fontes da Vida.
Perguntas, profundas ou simples, compuseram a pauta de formidáveis ocasiões de aprendizado feliz, ao longo de todo o Evangelho de Jesus Cristo.
Desse modo, quando, no Movimento Espírita, vemos os irmãos das lides terrenas se encontrarem para o estudo e, dentro dele, dedicarem algum tempo para dissiparem dúvidas, de modo honesto e salutar, vibramos com a possibilidade de que tais questões e suas respectivas respostas, apareçam documentadas para a elucidação de muitos, em torno de diversos pontos da doutrina veneranda do Espiritismo.
Louvamos ao Senhor, frente a esse pequeno trabalho, que, com certeza, se não representa novidade no contexto espírita, será segura diretriz, para tantos que anseiam por entender melhor ou ampliar reflexões e conhecimentos sobre a prática espiritista.
Certo da bênção do Excelente Mestre para este singelo livro, anelamos por prosseguir estudando e avançando a serviço da Seara do Bem, na qual nos encontramos engajados, pela misericórdia de nosso Pai.
Camilo Página psicografada pelo médium. Raul Teixeira, em 04/9/1989, na sessão mediúnica da Sociedade Espírita Fraternidade, em Niterói-RJ.
Notas do médium 1) - Lc 10:25 2) - Mc 9:11-3 3) - Mc 5:7 4) - Mc 8:27 5) - Jo 18:23 6) - Mc 10:51
Allan Kardec
jo 18:33
O Evangelho Segundo o Espiritismo
Categoria: Livro Espírita
Ref: 9981 Capítulo: 2 Página: 67 Allan Kardec
Pilatos, tendo entrado de novo no palácio e feito vir Jesus à sua presença, perguntou-lhe: És o rei dos judeus? Respondeu-lhe Jesus: Meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, a minha gente houvera combatido para impedir que eu caísse nas mãos dos judeus; mas, o meu reino ainda não é aqui. Disse-lhe então Pilatos: És, pois, rei? Jesus lhe respondeu: Tu o dizes; sou rei; não nasci e não vim a este mundo senão para dar testemunho da verdade. Aquele que pertence a verdade escuta a minha voz. (João 18, 33:36-37)
Hilário Silva
jo 18:36
Almas em Desfile
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 6 Francisco Cândido Xavier Hilário Silva
I
Aristeu Leite era antigo lidador da Doutrina Espírita.
Assíduo cliente das sessões.
Dono de belas palestras. Edificava maravilhosamente os ouvintes.
Bom leitor. Correspondente de instituições distintas.
Mantinha com veemência o culto do Evangelho no lar.
Extremamente caridoso. Visitava, cada fim de semana, vários núcleos beneficentes.
II
Naquela sexta-feira foi para casa, exultante.
Vivera um dia pleno de trabalho, coroado à noite pela oração ao pé dos amigos.
Entrou. Serviu-se de pequena porção de leite e, logo após, dirigiu-se ao quarto de dormir, onde a esposa e as filhinhas repousavam.
Preparou-se para o sono.
Sentia, porém, necessidade de meditação e voltou à sala adjacente.
Abriu pequeno volume e releu este trecho:
“O cristão é testado, a cada instante, em sua fé, pelos acontecimentos naturais do caminho.
“Por isso mesmo, a oração e a vigilância, recomendadas pelo Divino Mestre, constituem elementos indispensáveis para que estejamos serenos e valorosos nas menores ações da vida.
“Em razão disso, confie na Providência Maior, busque a benignidade e seja otimista.
“A caridade, acima de tudo, é infatigável amor para todos os infelizes.
“Por ela encontraremos a porta de nossa renovação espiritual.
“Acalme-se, pois, sejam quais forem as circunstâncias e ajude a todos os seres da Criação, na certeza de que estará ajudando a si mesmo.”
Aristeu fechou o livro, confortado, e refletiu. “Estou satisfeito. Vivi bem o meu dia. Continuarei imperturbável. Auxiliarei a todos. Estou firme. Louvado seja Deus.”
Sem dúvida, sentia-se mais senhor de si.
Realizava-se. E, em voo mais alto de superestimação do próprio valor, acreditou-se em elevado grau de ascensão íntima.
Nesse estado dalma, proferiu breve oração e consultou o despertador. Uma e quinze da madrugada.
Apagou a luz e recolheu-se.
III
Penetrava de leve os domínios do sono, quando acordou sobreexcitado.
Alguém pressionava de manso a porta.
A esposa despertou trêmula.
Aterrada, não conseguia sequer falar.
Aristeu, descontrolado, pôde apenas balbuciar: — Psiu, psiu… Ladrão em casa.
Lembrou-se, num átimo, de antigo revólver carregado, em gaveta de seu exclusivo conhecimento.
Deslizou, à feição de gato.
E porque o rumor aumentasse, disparou dois tiros contra o suposto intruso.
Dispunha-se a continuar, quando voz carinhosa exclamou assustadiça:
— Meu filho! Meu filho! Sou eu, seu pai! Sou eu! Sou eu!…
Desfez-se o tremendo engano.
O genitor do chefe da casa viera de residência contígua. Possuindo as chaves domésticas, não vacilara, aflito, em vir rogar ao filho socorro médico para a esposa acamada, com febre alta.
Algazarra.
Vizinhos em cena.
Meninas em choro de grande grito.
Aristeu, envergonhado, abraçava o pai, saído incólume, e explicava aos circunstantes o acontecido.
Enquanto revirava pequena farmácia familiar, procurando um calmante, deu uma olhadela no relógio.
Uma e meia da manhã.
Entre os votos solenes e a ação intempestiva que praticara, havia somente o espaço de quinze minutos…
(Psicografia de Francisco C. Xavier)
Humberto de Campos
jo 18:36
Boa Nova
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 8 Francisco Cândido Xavier Humberto de Campos
O apóstolo foi um dos mais dedicados discípulos do Cristo, desde os primeiros tempos de suas pregações, junto ao Tiberíades. Todas as suas possibilidades eram empregadas em acompanhar o Mestre, na sua tarefa divina. Entretanto, Bartolomeu era triste e, vezes inúmeras, o Senhor o surpreendia em meditações profundas e dolorosas.
Foi, talvez, por isso que, uma noite, enquanto e sua família se entregavam a inadiáveis afazeres domésticos, Jesus aproveitou alguns instantes para lhe falar mais demoradamente ao coração.
Após uma interrogativa afetuosa e fraternal, Bartolomeu deixou falasse o seu espírito sensível.
— Mestre — exclamou, timidamente —, não saberia nunca explicar-vos o porquê de minhas tristezas amargurosas. Só sei dizer que o vosso Evangelho me enche de esperanças para o Reino de luz que nos espera os corações, além, nas alturas… Quando esclarecestes que o vosso Reino não é deste mundo, (Jo 18:36) experimentei uma nova coragem para atravessar as misérias do caminho da Terra, pois, aqui, o selo do mal parece obscurecer as coisas mais puras!.. Por toda parte, é a vitória do crime, o jogo das ambições, a colheita dos desenganos!…
A voz do apóstolo se tornara quase abafada pelas lágrimas. Todavia, Jesus fitou-o brandamente e lhe falou, com serenidade:
— A nossa doutrina, entretanto, é a do ou da Boa Nova e já viste, Bartolomeu, uma boa notícia não produzir alegria? Fazes bem, conservando a tua esperança em face dos novos ensinamentos; mas, não quero senão acender o bom ânimo no espírito dos meus discípulos. Se já tive ocasião de ensinar que o meu Reino ainda não é deste mundo, isso não quer dizer que eu desdenhe o trabalho de estendê-lo, um dia, aos corações que mourejam na Terra. Achas, então, que eu teria vindo a este mundo, sem essa certeza confortadora? O Evangelho terá de florescer, primeiramente, na alma das criaturas, antes de frutificar para o espírito dos povos. Mas, venho de meu Pai, cheio de fortaleza e confiança, e a minha mensagem há de proporcionar grande júbilo a quantos a receberem de coração.
Depois de uma pausa, em que o discípulo o contemplava silencioso, o Mestre continuou:
— A vida terrestre é uma estrada pedregosa, que conduz aos braços amorosos de Deus. O trabalho é a marcha. A luta comum é a caminhada de cada dia. Os instantes deliciosos da manhã e as horas noturnas de serenidade são os pontos de repouso; mas, ouve-me bem: Na atividade ou no descanso físico, a oportunidade de uma hora, de uma leve ação, de uma palavra humilde, é o convite de Nosso Pai para que semeemos as suas bênçãos sacrossantas. Em geral, os homens abusam desse ensejo precioso para anteporem a sua vontade imperfeita aos desígnios superiores, perturbando a própria marcha. Daí resultam as mais ásperas jornadas obrigatórias para retificação das faltas cometidas e muitas vezes infrutíferos labores. Em vista destas razões, observamos que os viajores da Terra estão sempre desalentados. Na obcecação de sua vontade própria, ferem a fronte nas pedras da estrada, cerram os ouvidos à realidade espiritual, vendam os olhos com a sombra da rebeldia e passam em lágrimas, em desesperadas imprecações e amargurados gemidos, sem enxergarem a fonte cristalina, a estrela cariciosa do céu, o perfume da flor, a palavra de um amigo, a claridade das experiências que Deus espalhou, para a sua jornada, em todos os aspectos do caminho.
Houve um pequeno intervalo nas considerações afetuosas, depois do que, sem mesmo perceber inteiramente o alcance de suas palavras, Bartolomeu interrogou:
— Mestre, os vossos esclarecimentos dissipam os meus pesares; mas o Evangelho exige de nós a fortaleza permanente?
— A verdade não exige: transforma. O Evangelho não poderia reclamar estados especiais de seus discípulos; porém, é preciso considerar que a alegria, a coragem e a esperança devem ser traços constantes de suas atividades em cada dia. Por que nos firmarmos no pesadelo de uma hora, se conhecemos a realidade gloriosa da eternidade com o Nosso Pai?
— E quando os negócios do mundo nos são adversos? E quando tudo parece em luta contra nós? — perguntou o pescador, de olhar inquieto.
Jesus, todavia, como se percebesse, inteiramente, a finalidade de suas perguntas, esclareceu com bondade: — Qual o melhor negócio do mundo, Bartolomeu?
Será a aventura que se efetua a peso de ouro, muita vez amordaçando-se o coração e a consciência, para aumentar as preocupações da vida material, ou a iluminação definitiva da alma para Deus, que se realiza tão só pela boa vontade do homem, que deseje marchar para o seu amor, por entre as urzes do caminho? Não será a adversidade nos negócios do mundo um convite amigo para a criatura semear com mais amor, um apelo indireto que a arranque às ilusões da Terra para as verdades do Reino de Deus?
Bartolomeu guardou aquela resposta no coração, não, todavia, sem experimentar certa estranheza. E logo, lembrando-se de que sua genitora partira, havia pouco tempo, para a sombra do túmulo, interpelou ainda, ansioso:
— Mestre: não será justificável a tristeza quando perdemos um ente amado?
— Mas, quem estará perdido, se Deus é o Pai de todos nós?… Se os que estão sepultados no lodo dos crimes hão de vislumbrar, um dia, a alvorada da redenção, por que lamentarmos, em desespero, o amigo que partiu ao chamado do Todo-Poderoso? A morte do corpo abre as portas de um mundo novo para a alma. Ninguém fica verdadeiramente órfão sobre a Terra, como nenhum ser está abandonado, porque tudo é de Deus e todos somos seus filhos. Eis por que todo discípulo do Evangelho tem de ser um semeador de paz e de alegria!…
Jesus entrou em silêncio, como se houvera terminado a sua exposição judiciosa e serena.
E, pois que a hora já ia adiantada, Bartolomeu se despediu. O olhar do Mestre oferecia ao seu, naquela noite, uma luz mais doce e mais brilhante; suas mãos lhe tocaram os ombros, levemente, deixando-lhe uma sensação salutar e desconhecida.
Embora nascido em Caná da Galileia, Bartolomeu residia, então, em Dalmanuta, para onde se dirigiu, meditando gravemente nas lições que havia recebido. A noite pareceu-lhe formosa como nunca. No alto, as estrelas se lhe afiguravam as luzes gloriosas do palácio de Deus à espera das suas criaturas, com hinos de alegria. As águas do Genesaré, aos seus olhos, estavam mais plácidas e felizes. Os ventos brandos lhe sussurravam ao entendimento cariciosas inspirações, como um correio delicado que chegasse do Céu.
Bartolomeu começou a recordar as razões de suas tristezas intraduzíveis, mas, com surpresa, não mais as encontrou no coração. Lembrava-se de haver perdido a afetuosa genitora; refletiu, porém, com mais amplitude quanto aos desígnios da Providência Divina. Deus não lhe era pai e mãe nos Céus? Recordou os contratempos da vida e ponderou que seus irmãos pelo sangue o aborreciam e caluniavam. Entretanto, Jesus não lhe era um irmão generoso e sincero? Passou em revista os insucessos materiais. Contudo, que eram as suas pescarias ou a avareza dos negociantes de Betsaida e de Cafarnaum, comparados à luz do Reino de Deus, que ele trabalhava por edificar no coração?
Chegou a casa pela madrugada. Ao longe, os primeiros clarões do Sol lhe pareciam mensageiros ao conforto celestial. O canto das aves ecoava em seu espírito como notas harmoniosas de profunda alegria. O próprio mugido dos bois apresentava nova tonalidade aos seus ouvidos. Sua alma estava agora clara; o coração, aliviado e feliz.
Ao ranger os gonzos da porta, seus irmãos dirigiram-lhe impropérios, acusando-o de mau filho, de vagabundo e traidor da lei. Bartolomeu, porém, recordou o Evangelho e sentiu que só ele tinha bastante alegria para dar a seus irmãos. Em vez de reagir asperamente, como de outras vezes, sorriu-lhes com a bondade das explicações amigas. Seu velho pai o acusou, igualmente, escorraçando-o. O apóstolo, no entanto, achou natural. Seu pai não conhecia a Jesus e ele o conhecia. Não conseguindo esclarecê-los, guardou os bens do silêncio e achou-se na posse de uma alegria nova. Depois de repousar alguns momentos, tomou as suas redes velhas e demandou sua barca. Teve para todos os companheiros de serviço uma frase consoladora e amiga. O lago como que estava mais acolhedor e mais belo; seus camaradas de trabalho, mais delicados e acessíveis. De tarde, não questionou com os comerciantes, enchendo-lhes, aliás, o espírito de boas palavras e de atitudes cativantes e educativas.
Bartolomeu havia convertido todos os desalentos num cântico de alegria, ao sopro regenerador dos ensinamentos do Cristo; todos o observaram com admiração, exceto Jesus, que conhecia, com júbilo, a nova atitude mental de seu discípulo.
No sábado seguinte, o Mestre demandou as margens do lago, cercado de seus numerosos seguidores. Ali, aglomeravam-se homens e mulheres do povo, judeus e funcionários de , a par de grande número de soldados romanos.
Jesus começou a pregar a Boa Nova e, a certa altura, contou, conforme a narrativa de Mateus, que — “o Reino dos Céus é semelhante a um tesouro que, oculto num campo, foi achado e escondido por um homem que, movido de gozo, vendeu tudo o que possuía e comprou aquele campo”. (Mt 13:44)
Nesse instante, o olhar do Mestre pousou sobre Bartolomeu que o contemplava, embevecido; a luz branda de seus olhos generosos penetrou fundo no íntimo do apóstolo, pela ternura que evidenciava, e o pescador humilde compreendeu a delicada alusão do ensinamento, experimentando a alma leve e satisfeita, depois de haver alijado todas as vaidades de que ainda se não desfizera, para adquirir o tesouro divino, no campo infinito da vida.
Enviando a Jesus um olhar de amor e reconhecimento, Bartolomeu limpou uma lágrima. Era a primeira vez que chorava de alegria. O pescador de Dalmanuta aderira, para sempre, aos eternos júbilos do Evangelho do Reino.
(.Irmão X)
André Luiz
jo 18:36
Libertação
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 1 Francisco Cândido Xavier André Luiz
— No vasto salão do educandário que nos reunia, o Ministro Flácus, fixando em nós o olhar saturado de doce magnetismo, convidava-nos a preciosas meditações.
Congregamo-nos, ali, somente algumas dezenas de companheiros, de modo a registrar-lhe as instruções edificantes. E, sem dúvida, a preleção revestia-se de profundo interesse.
Podíamos perguntar à vontade, dentro do assunto, e guardar todas as informações compatíveis com o novo trabalho que nos cumpria desempenhar.
Até então, ouvira comentários alusivos a colônias purgatoriais, perfeitamente organizadas para o trabalho expiatório a que se destinam, arrebanhando milhares de criaturas arraigadas no mal; entretanto, agora, o Instrutor Gúbio, que se mantinha silencioso, em nossa companhia, concedera-nos permissão de acompanhá-lo a enorme centro dessa espécie.
Interessados na palavra fluente e primorosa do orador, seguíamos o curso das elucidações com justificável expectação de aluno que não deseja perder um til do ensinamento, observando que a serenidade e a atenção transpareciam no rosto de todos os aprendizes, considerando-se que todos, no recinto, éramos candidatos ao serviço de socorro aos irmãos ignorantes, atormentados nas sombras…
Senhoreando-nos o espírito, o Ministro prosseguia, satisfeito:
— Os superiores que se disponham a trabalhar em benefício dos inferiores, em ação persistente e substancial, não lhes podem utilizar as armas, sob pena de se precipitarem no baixo nível deles. A severidade pertencerá ao que instrui, mas o amor é o companheiro daquele que serve.
Sabemos que a educação, na maioria das vezes, parte da periferia para o centro; contudo, a renovação, traduzindo aperfeiçoamento real, movimenta-se em sentido inverso. Ambos os impulsos, todavia, são alimentados e controlados pelos poderes quase desconhecidos da mente.
O Espírito humano lida com a força mental, tanto quanto maneja a eletricidade, com a diferença, porém, de que se já aprende a gastar a segunda, no transformismo incessante da Terra, mal conhece a existência da primeira, que nos preside a todos os atos da vida.
A rigor, portanto, não temos Círculos infernais, de acordo com os figurinos da antiga teologia, onde se mostram indefinidamente gênios satânicos de todas as épocas e, sim, Esferas obscuras em que se agregam consciências embotadas na ignorância, cristalizadas no ócio reprovável ou confundidas no eclipse temporário da razão. Desesperadas e insubmissas, criam zonas de tormentos reparadores. Semelhantes criaturas, no entanto, não se regeneram à força de palavras. Necessitam de amparo eficiente que lhes modifique o tom vibratório, elevando-lhes o modo de sentir e pensar.
Eminentes pensadores do mundo traçam diretrizes à salvação das almas; mas somos de parecer que possuímos suficiente número de roteiros nesse sentido, em todos os setores do conhecimento terrestre. Reclamamos, na atualidade, quem ajude o pensamento do homem na direção do Alto. Empreender o tentame, incentivando-se tão somente os valores culturais, seria consagrar a tecnocracia, que procura a simples mecanização da vida, destruindo-lhe as sementes gloriosas de improvisação, de infinito e de eternidade.
Grandes políticos e veneráveis condutores nunca se ausentaram do mundo.
Passam pela multidão, sacudindo-a ou arregimentando-a. É forçoso reconhecer, porém, que a organização humana, por si só, não atende às exigências do ser imperecível.
Péricles, o estadista que legou seu nome a um século, realiza edificante trabalho educativo, junto dos gregos; entretanto, não lhes atenua a belicosidade e os pruridos de hegemonia, sucumbindo ao assédio de aflitivo desgosto.
Alexandre, o conquistador, organiza vastíssimo império, estabelecendo uma civilização respeitável; no entanto, não impede que os seus generais prossigam em conflitos sanguinolentos, difundindo o saque e a morte.
Augusto, o Divino, unifica o Império Romano em sólidos alicerces, concretizando avançado programa político em benefício de todos os povos, mas não consegue banir de Roma o desvario pela dominação a qualquer preço.
Constantino, o Grande, advogado dos cristãos indefesos, oferece novo padrão de vida ao Planeta; contudo, não modifica as disposições detestáveis de quantos guerreavam em nome de Deus.
Napoleão, o ditador, impõe novos métodos de progresso material, em toda a Terra; mas não se furta, ele próprio, às garras da tirania, pela simples ganância da posse.
Pasteur, o cientista, defende a saúde do corpo humano, devotando-se, abnegado, ao combate silencioso contra a selva microbiana; todavia, não pode evitar que seus contemporâneos se destruam reciprocamente em disputas incompreensíveis e cruéis.
Permanecemos diante de um mundo civilizado na superfície, que reclama não só a presença daqueles que ensinam o bem, mas principalmente daqueles que o praticam.
Sobre os mananciais da cultura, nos vales da Terra, é imprescindível que desçam as torrentes da compaixão do Céu, através dos montes do amor e da renúncia.
Cristo não brilha apenas pelo ensino sublimado. Resplandece na demonstração. Em companhia d’Ele, é indispensável mantenhamos a coragem de amparar e salvar, descendo aos recessos do abismo.
Não longe de nossa paz relativa, em Círculos escuros de desencanto e desesperação, misturam-se milhões de seres, conclamando comiseração… Porque não acender piedosa luz, dentro da noite em que se mergulham, desorientados? Porque não semear esperança entre corações que abdicaram da fé em si mesmos?
À frente, pois, de imensas coletividades em dolorosa petição de reajustamento, faz-se inadiável o auxílio restaurador.
Somos entidades ainda infinitamente humildes e imperfeitas para nos candidatarmos, de pronto, à condição dos anjos.
Comparada à grandeza, inabordável para nós, de milhões de sóis que obedecem a leis soberanas e divinas, em pleno Universo, a nossa Terra, com todas as Esferas de substância ultrafísica que a circundam, pode ser considerada qual laranja minúscula, perante o Himalaia, e nós outros, confrontados com a excelsitude dos Espíritos Superiores, que dominam na sabedoria e na santidade, não passamos, por enquanto, de bactérias, controladas pelo impulso da fome e pelo magnetismo do amor. Entretanto, guindados a singelas culminâncias da inteligência, somos micróbios que sonham com o crescimento próprio para a eternidade.
Enquanto o homem, nosso irmão, desintegra assombrado as formações atômicas, nós outros, distanciados do corpo denso, estudamos essa mesma energia através de aspectos que a ciência terrestre, por agora, mal conseguiria imaginar. Caminheiros, porém, que somos do progresso infinito, principiamos apenas, ele e nós, a sondar a força mental, que nos condiciona as manifestações nos mais variados Planos da natureza.
Encarcerados ainda na lei de retorno, temos efetuado multisseculares recapitulações, por milênios consecutivos.
Expressando-nos coletivamente, sabemos hoje que o espírito humano lida com a razão há, precisamente, quarenta mil anos… Todavia, com o mesmo furioso ímpeto com que o homem de Neandertal aniquilava o companheiro, a golpes de sílex, o homem da atualidade, classificada de gloriosa era das grandes potências, extermina o próprio irmão a tiros de fuzil.
Os investigadores do raciocínio, ligeiramente tisnados de princípios religiosos, identificam tão somente, nessa anomalia sinistra, a renitência da imperfeição e da fragilidade da carne, (Mt 26:41) como se a carne fosse permanente individuação diabólica, esquecidos de que a matéria mais densa não é senão o conjunto das vidas inferiores incontáveis, em processo de aprimoramento, crescimento e libertação.
Nos campos da Crosta Planetária, queda-se a inteligência, qual se fora anestesiada por perigosos narcóticos da ilusão; no entanto, auxiliá-la-emos a sentir e reconhecer que o Espírito permanece vibrando em todos os ângulos da existência.
Cada espécie de seres, do cristal até o homem, e do homem até o anjo, abrange inumeráveis famílias de criaturas, operando em determinada frequência do Universo. E o amor divino alcança-nos a todos, à maneira do Sol que abraça os sábios e os vermes.
Todavia, quem avança demora-se em ligação com quem se localiza na esfera próxima.
O domínio vegetal vale-se do império mineral para sustentar-se e evolutir. Os animais aproveitam os vegetais na obra de aprimoramento. Os homens se socorrem de uns e outros para crescerem mentalmente e prosseguir adiante…
Atritam os reinos da vida, conhecidos na Terra, entre si.
Torturam-se e entredevoram-se, através de rudes experiências, a fim de que os valores espirituais se desenvolvam e resplandeçam, refletindo a divina luz…
— Nesse ponto, o esclarecido Ministro fez longa pausa, fitou-nos, bondoso, e continuou:
— Mas… além do principado humano, para lá das fronteiras sensoriais que guardam ciosamente a alma encarnada, amparando-a com limitada visão e benéfico esquecimento, começa vasto império espiritual, vizinho dos homens. Aí se agitam milhões de Espíritos imperfeitos que partilham, com as criaturas terrenas, as condições de habitabilidade da Crosta do Mundo. Seres humanos, situados noutra faixa vibratória, apoiam-se na mente encarnada, através de falanges incontáveis, tão semiconscientes na responsabilidade e tão incompletas na virtude, quanto os próprios homens.
A matéria, congregando milhões de vidas embrionárias, é também a condensação da energia, atendendo aos imperativos do “eu” que lhe preside à destinação.
Do hidrogênio às mais complexas unidades atômicas, é o poder do Espírito eterno a alavanca diretora de prótons, nêutrons e elétrons, na estrada infinita da vida. Demora-se a inteligência corporificada no Círculo humano em transitória região, adaptada às suas exigências de progresso e aperfeiçoamento, dentro da qual o protoplasma lhe faculta instrumentos de trabalho, crescimento e expansão. Entretanto, nesse mesmo espaço, alonga-se a matéria noutros estados, e, nesses outros estados, a mente desencarnada, em viagem para o conhecimento e para a virtude, radica-se na Esfera física, buscando dominá-la e absorvê-la, estabelecendo gigantesca luta de pensamento que ao homem comum não é dado calcular.
Frustrados em suas aspirações de vaidoso domínio no domicílio celestial, homens e mulheres de todos os climas e de todas as civilizações, depois da morte, esbarram nessa região em que se prolongam as atividades terrenas e elegem o instinto de soberania sobre a Terra por única felicidade digna do impulso de conquistar. Rebelados filhos da Providência, tentam desacreditar a grandeza divina, estimulando o poder autocrático da inteligência insubmissa e orgulhosa e buscam preservar os Círculos terrestres para a dilatação indefinida do ódio e da revolta, da vaidade e da criminalidade, como se o Planeta, em sua expressão inferior, lhes fosse paraíso único, ainda não integralmente submetido a seus caprichos, em vista da permanente discórdia reinante entre eles mesmos. É que, confinados ao berço escabroso da ignorância em que o medo e a maldade, com inquietudes e perseguições recíprocas, lhes consomem as forças e lhes inutilizam o tempo, não se apercebem da situação dolorosa em que se acham.
Fora do amor verdadeiro, toda união é temporária e a guerra será sempre o estado natural daqueles que perseveram na posição de indisciplina.
Um reino espiritual, dividido (Mt 12:25) e atormentado, cerca a experiência humana, em todas as direções, intentando dilatar o domínio permanente da tirania e da força.
Sabemos que o Sol opera por meio de radiações, nutrindo, maternalmente, a vida a milhões de quilômetros. Sem nos referirmos às condições da matéria em que nos movimentamos, lembremo-nos de que, em nosso sistema, as existências mais rudimentares, desde os cumes iluminados aos recôncavos das trevas, estão sujeitas à sua influenciação.
Como acontece aos corpos gigantescos do Cosmos, também nós outros, espiritualmente, caminhamos para o zênite evolutivo, experimentando as radiações uns dos outros. Nesse processo multiforme de intercâmbio, atração, imantação e repulsão, aperfeiçoam-se mundos e almas, na comunidade universal.
Dentro de semelhante realidade, toda a nossa atividade terrestre se desdobra num campo de influências que nem mesmo nós, os aprendizes humanos em Círculos mais altos, poderíamos, por enquanto, determinar.
Incapacitados de prosseguir além do túmulo, a caminho do Céu que não souberam conquistar, os filhos do desespero organizam-se em vastas colônias de ódio e miséria moral, disputando, entre si, a dominação da Terra. Conservam, igualmente, quanto ocorre a nós mesmos, largos e valiosos patrimônios intelectuais e, anjos decaídos da Ciência, buscam, acima de tudo, a perversão dos processos divinos que orientam a evolução planetária.
Mentes cristalizadas na rebeldia, tentam solapar, em vão, a Sabedoria Eterna, criando quistos de vida inferior, na organização terrestre, entrincheiradas nas paixões escuras que lhes vergastam as consciências. Conhecem inumeráveis recursos de perturbar e ferir, obscurecer e aniquilar. Escravizam o serviço benéfico da reencarnação em grandes setores expiatórios e dispõem de agentes da discórdia contra todas as manifestações dos sublimes propósitos que o Senhor nos traçou às ações.
Os homens terrenos que, semilibertos do corpo, lhes conseguiram identificar, de algum modo, a existência, recuaram, tímidos e espavoridos, espalhando entre os contemporâneos as noções de um inferno punitivo e infindável, encravado em tenebrosas regiões além da morte.
A mente infantil da Terra, embalada pela ternura paternal da Providência, através da teologia comum, nunca pôde apreender, mais intensivamente, a realidade espiritual que nos governa os destinos.
Raros compreendem na morte simples modificação de envoltório, e escasso número de pessoas, ainda mesmo em se tratando dos religiosos mais avançados, guardaram a prudência de viver, no vaso físico, de conformidade com os princípios superiores que esposaram. Somos defrontados, agora, pela necessidade da proclamação de verdades velhas para os velhos ouvidos e novas para os ouvidos novos da inteligência juvenil situada no mundo.
O homem, herdeiro presuntivo da Coroa Celeste, é o condutor do próprio homem, dentro de enormes extensões do caminho evolutivo. Entre aquele que já se acerca do anjo e o selvagem que ainda se limita com o irracional, existem milhares de posições, ocupadas pelo raciocínio e pelo sentimento dos mais variados matizes. E, se há uma corrente, brilhante e maravilhosa, de criaturas encarnadas e desencarnadas que se dirigem para o monte da sublimação, desferindo glorioso cântico de trabalho, imortalidade, beleza e esperança, exaltando a vida, outra corrente existe, escura e infeliz, nas mesmas condições, interessada em descer aos recôncavos das trevas, lançando perturbação, desânimo, desordem e sombra, consagrando a morte. Espíritos incompletos que somos ainda, aderimos aos movimentos que lhes dizem respeito e colhemos os benefícios da ascensão e da vitória ou os prejuízos da descida e da derrota, controlados pelas inteligências mais vigorosas que a nossa e que seguem conosco, lado a lado, na zona progressiva ou deprimente, em que nos colocamos.
O inferno, por isto mesmo, é um problema de direção espiritual.
Satã é a inteligência perversa.
O mal é o desperdício do tempo ou o emprego da energia em sentido contrário aos propósitos do Senhor.
O sofrimento é reparação ou ensinamento renovador.
As almas decaídas, contudo, quaisquer que sejam, não constituem uma raça espiritual sentenciada irremediavelmente ao satanismo, integrando, tão somente, a coletividade das criaturas humanas desencarnadas, em posição de absoluta insensatez. Misturam-se à multidão terrestre, exercem atuação singular sobre inúmeros lares e administrações e o interesse fundamental das mais poderosas inteligências, dentre elas, é a conservação do mundo ofuscado e distraído, à força da ignorância defendida e do egoísmo recalcado, adiando-se o Reino de Deus, entre os homens, indefinidamente…
De milênios a milênios, a região em que respiram padece extremas alterações, qual acontece ao campo provisoriamente ocupado pelos povos conhecidos. A matéria que lhes estrutura a residência sofre tremendas modificações e precioso trabalho seletivo se opera na transformação natural, dentro dos moldes do Infinito Bem. Entretanto, embora [componham-se] de fileiras compactas incessantemente substituídas, persistem por séculos sucessivos, acompanhando o curso das civilizações e seguindo-lhes os esplendores e experiências, as aflições e derrotas.
Fazendo-se nova pausa do Ministro, que me pareceu oportuna e intencional, um companheiro interferiu, indagando:
— Grande benfeitor, reconhecemos a veracidade de vossas afirmativas; todavia, porque não suprime o Senhor Compassivo e Sábio tão pavoroso quadro?
O esclarecido mentor fixou um gesto de condescendência e respondeu:
— Não será o mesmo que interrogar pela tardança de nossa própria adesão ao Reino Divino? Sente-se o meu amigo suficientemente iluminado para negar o lado sombrio da própria individualidade? Libertou-se de todas as tentações que fluem dos escaninhos misteriosos da luta interna? Não admite que o orbe possua os seus Círculos de luz e trevas, qual acontece a nós mesmos nos recessos do coração? E assim como duelamos em formidáveis conflitos por dentro, a vida planetária é compelida igualmente a combater nos recônditos ângulos de si mesma. Quanto à intervenção do Senhor, recordemo-nos de que os estudos desta hora não se prendem aos aspectos da compaixão e, sim, aos problemas da justiça.
Nós outros e a humanidade militante na carne não representamos senão diminuta parcela da família universal, confinados à faixa vibratória que nos é peculiar.
Somos simplesmente alguns bilhões de seres perante a Eternidade. E estejamos convencidos de que se o diamante é lapidado pelo diamante, o mau só pode ser corrigido pelo mau. Funciona a justiça, através da injustiça aparente, até que o amor nasça e redima os que se condenaram a longas e dolorosas sentenças diante da Boa Lei.
Homens perversos, calculistas, delituosos e inconsequentes são vigiados por gênios da mesma natureza, que se afinam com as tendências de que são portadores.
Realmente, nunca faltou proteção do Céu contra os tormentos que as almas endurecidas e ingratas semearam na Terra e os numes guardiães não se despreocupam dos tutelados; no entanto, seria ilógico e absurdo designar um anjo para custodiar criminosos.
Os homens encarnados, de maneira geral, permanecem cercados pelas escuras e degradantes irradiações de entidades imperfeitas e indecisas, quanto eles próprios, criaturas que lhes são invisíveis ao olhar, mas que lhes partilham a residência.
Em razão disso, o Planeta, por enquanto, ainda não passa de vasto crivo de aprimoramento, ao qual somente os indivíduos excepcionalmente aperfeiçoados pelo próprio esforço conseguem escapar, na direção das Esferas sublimes.
Considerando semelhante situação, o Mestre Divino exclamou perante o juiz, em Jerusalém: “Por agora, o meu Reino não é daqui” (Jo 18:36) e, pela mesma razão, Paulo de Tarso, depois de lutas angustiosas, escreve aos Efésios que “não temos de lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas e contra as hostes espirituais da maldade, nas próprias regiões celestes.” (Ef 6:12)
Além, pois, do reino humano, o império imenso das inteligências desencarnadas participa de contínuo no julgamento da Humanidade.
E entendendo a nossa condição de trabalhadores incompletos, detentores de velhas dificuldades e terríveis inibições, na ordem do aprimoramento iluminativo, cabe-nos preparar recursos de auxílio, reconhecendo que a obra redentora é trabalho educativo por excelência.
O sacrifício do Mestre representou o fermento divino, levedando toda a massa. É por isto que Jesus, acima de tudo, é o Doador da Sublimação para a vida imperecível. Absteve-se de manejar as paixões da turba, visto reconhecer que a verdadeira obra salvacionista permanece radicada ao coração, e distanciou-se dos decretos políticos, não obstante reverenciá-los com inequívoco respeito à autoridade constituída, por não ignorar que o serviço do Reino Celeste não depende de compromissos exteriores, mas do individualismo afeiçoado à boa vontade e ao espírito de renúncia em benefício dos semelhantes.
Sem nosso esforço pessoal no bem, a obra regenerativa será adiada indefinidamente, compreendendo-se por precioso e indispensável nosso concurso fraterno para que irmãos nossos, provisoriamente impermeáveis no mal, se convertam aos Desígnios Divinos, aprendendo a utilizar os poderes da luz potencial de que são detentores. Somente o amor sentido, crido e vivido por nós provocará a eclosão dos raios de amor em nossos semelhantes. Sem polarizar as energias da alma na direção divina, ajustando-lhes o magnetismo ao Centro do Universo, todo programa de redenção é um conjunto de palavras, pecando pela improbabilidade flagrante.
O Ministro sorriu para nós, expressivamente, e concluiu:
— Terei sido bastante claro?
Transbordava de todos os rostos o desejo de ouvi-lo por mais tempo; no entanto, Flácus, aureolado de luz, desceu da tribuna e pôs-se a conversar familiarmente conosco.
A preleção fora encerrada.
As considerações ouvidas despertavam em mim o máximo interesse. No entanto, era preciso aguardar nova oportunidade para mais amplos esclarecimentos.
[Vide no outra referência ao mesmo assunto.]
Espíritos Diversos
jo 18:36
Servidores no Além
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 19 Francisco Cândido Xavier Espíritos Diversos
Sábios existem que asseveram não ser a felicidade deste mundo, mas isso não quer dizer que a felicidade não seja do homem.
E sabendo nós outros que há diversos tipos de contentamento na Terra, não podemos ignorar que há um júbilo cristão, do qual não nos será lícito esquecer em tempo algum.
A alegria da mente ignorante que se mergulhou nos despenhadeiros do crime, reside na execução do mal, ao passo que a satisfação do homem esclarecido, jaz no dever bem desempenhado, no coração enobrecido e na reta consciência.
Não olvidemos que se o Reino do Senhor ainda não é deste mundo, (Jo 18:36) nossa alma pode, desde agora, ingressar nesse Divino Reino e aí encontrar a ventura sem mácula do amor vitorioso sob a inspiração do Celeste Amigo.
A felicidade do discípulo de Jesus brilha em toda parte, induzindo-nos à Bênção Maior.
É a bênção de auxiliar.
A construção da simpatia fraterna.
A oportunidade de sofrer pela própria santificação.
O ensejo de aprender para progredir na Eternidade.
A riqueza do trabalho.
A alegria de servir, não só com o dinheiro farto ou com a autoridade respeitável da Terra, mas também com o sorriso de entendimento, com o pão da boa vontade ou com o agasalho ao doente e à criança.
Tibério era feliz e desventurado no Palácio de Capri, quando o Divino Mestre era ferido e glorificado na cruz em Jerusalém.
A felicidade, portanto, se ainda não é deste mundo, já pode residir no espírito que realmente a procura na alegria de dar de si mesmo, de sacrificar-se pelo bem comum e de auxiliar a todos, quando Jesus soube, amando e servindo, subir do madeiro sanguinolento aos esplendores da Eterna Ressurreição.
Joanna De Ângelis
jo 18:37
Vitória Sobre a Depressão
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 29 Divaldo Pereira Franco Joanna De Ângelis
Em todas as épocas, a busca da verdade é uma constante. Vestida de mitos e lendas, apresentada em metáforas ou como a última palavra, a verdade é sempre enigmática e transitória, exceção a algumas das suas expressões imortalistas.
Por essa razão, a verdade pode apresentar-se como a maneira de entender do observador, em razão do seu nível de consciência, do observado, em face da sua capacidade de entendimento, e aquela que é a real, a que transcende a compreensão momentânea das criaturas, e manifesta-se depois, sendo, a pouco e pouco, desvelada.
A tarefa da ciência, da religião, assim como da filosofia, tem sido a de penetrar no mistério da verdade e, através da observação, da análise, da experiência, torná-la factível no mundo das formas, aceita e aplicada como diretriz de equilíbrio e de segurança moral.
Quanto mais se desenvolvem o psiquismo e o sentimento humanos, mais ampla se torna a sua capacidade para entender, descobrir e vivenciar a verdade, pelo menos aquela que é conquistada de momento.
Transitória, em cada época, o seu fundamento, entretanto, é sempre o mesmo, sendo a maneira de expressar-se que varia, adquirindo legitimidade ou perdendo o significado.
Dessa maneira, muitas das suas manifestações, consideradas reais, por uns, não o são, por outros, tornando-se inútil qualquer tentativa de as impor àqueles que se encontram na margem oposta, fortalecidos por especiais e próprias considerações.
Mesmo Jesus, o Espirito mais nobre que esteve na Terra, quando interrogado por Pilatos sobre a verdade, silenciou, porque aquele administrador mesquinho não a podia entender. Nada obstante, informara antes que todo aquele que é da verdade ouvia-Lhe a voz. (Jo 18: 37-38).
A verdade, portanto, transcende a indumentária linguística para tornar-se um estado interior de conquista espiritual, característica dos Espíritos nobres e sábios.
Ante a impossibilidade natural de conhecer-se a verdade de um para outro momento, o aventureirismo cultural veste-a de complicadas informações que mais a desfiguram e a ocultam.
Por outro lado, a verdade é simples como o ar que se respira, a paisagem rutilante que enternece, o brilho das estrelas que fascina, o sentimento de amor que dignifica e eleva… A dificuldade consiste em expressá-la, tornando-a de fácil compreensão, o que conseguem os sofistas, os hábeis mistificadores, que se habilitam em confundir e enganar, porque não a têm ao alcance…
— Buscai a verdade, e a verdade vos libertará — propôs Jesus.
Certamente, referia-se à verdade profunda, àquela que diz o ser que se é, qual a finalidade da sua existência na Terra e as razões que explicam os sofrimentos, os desafios e as dificuldades que defronta na sua trajetória autoiluminativa.
* * *
Nunca imponhas a tua verdade, defendendo-a com vigor, toda vez quando fores convidado a expressá-la.
Expõe o que pensas com tranquilidade e bem-estar, de maneira fácil e simpática, que a torne atraente e não repulsiva.
Evita o puritanismo que te jactaria diante daqueles que ainda permanecem na ignorância de determinados conhecimentos, expressando-te sem complexidades nem arroubos de cultura vazia.
Por muito falar, poucos se fazem entendidos.
Silencia, quando perceberes que o momento não é próprio, as circunstâncias não são favoráveis, aguardando a tua oportunidade sem pressa nem aflição.
Tornam-se muito frequentes as abordagens sobre às verdades de cada um com caráter de generalidade.
No que diz respeito à área dos aconselhamentos espirituais tem muito cuidado com a colocação do teu verbo na concha dos sentimentos de quem te pede socorro.
Nem todos estão preparados para tomar conhecimento de determinadas informações que mais os afligirão do que os confortarão.
Evita os diagnósticos desesperadores, o engessamento em fórmulas adrede estabelecidas, recordando-te de que aquele que te busca necessita de orientação e não de intimidamento, de conforto moral e não de acrimônia. Tudo quanto lhe digas, seja assinalado pela bondade e pela gentileza, demonstrando que é possível libertar-se da situação penosa, desde que se interesse pelo conseguir, não assinalando ninguém com rótulos depressivos, perturbadores, aparvalhantes… Se alguém é portador de algum problema obsessivo, por exemplo, que detectas, não o amargures com a informação assustadora, que ele não tem capacidade para digerir, nem sequer para entender, perdendo-se em conceitos que abarcam soluções mágicas, punitivas ou destrutivas… Encaminha o paciente às atividades do estudo, do esclarecimento espiritual e moral, conclamando-o à reflexão, à transformação de conduta pessoal para melhor, abordando as bênçãos da saúde que o espera, caso resolva-se por ser feliz.
Essa atitude o fará confiante, auxiliá-lo-á a sair do pesadelo sem temor, a percorrer os novos caminhos apontados como estradas de fácil acesso, observando, à distância, a claridade da saúde e da alegria.
Nunca te permitas abordagens em torno do que ignoras, dando a falsa impressão de que sabes tudo e estás informado a respeito de todas as coisas.
Sê simples no falar e, sobretudo, no esclarecer.
A autenticidade das tuas palavras será revelada pela onda de simpatia e de verdade que exteriorizarás.
* * *
O mundo está referto de pseudossábios, de ilusionistas, de pessoas brilhantes por fora, debatendo-se em sombras interiores.
E cada vez maior o número de portadores de verdades interesseiras em moedas e retribuições pelos seus feitos.
Não sejas um a mais, porém, alguém equilibrado que encontrou o caminho e segue-o com alegria e simplicidade de coração.
A tua verdade é muito boa para ti, vive-a, então, permitindo que os demais realizem o seu encontro pessoal e desfrutem-lhe as bênçãos de que necessitam, quando assim ocorrer.
Honório Onofre de Abreu
jo 18:37
As Chaves do Reino
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 13 Wagner Gomes da Paixão Honório Onofre de Abreu
Se é fato que o instinto patrocina de modo seguro a caminhada do Espírito, que se revela simples e ignorante na primitividade, à medida que esse instinto passa a ser substituído pela inteligência - quando as existências físicas apresentam-lhe desafios e proposições mais elaborados, de natureza moral –, o ser que pensa e sente é impulsionado a agir com habilidade e senso psicológico, a fim de não se perder nos cipoais dos vícios, dos erros, que lhe acarretariam sofrimentos e dores.
O despertamento mental da criatura humana passa por diversas fases e enfrenta o "peso" da responsabilidade, que, naturalmente, assume ao avançar no domínio de suas forças intrínsecas e pelo comando do meio ambiente em que se insere. É exatamente isso que a "Parábola do servo vigilante" propõe com sabedoria, para nos advertir sobre o imperativo da vigilância: "E, a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá" (LC 12:35-48).
Dos sentidos que o homem desenvolveu como "janelas" de interação entre o mundo externo e o mundo interno, a audição e a visão guardam peculiaridades muito especiais, citadas no Antigo e no Novo Testamento ("olhos de ver" e "ouvidos de ouvir" - IS 42:18; MC 8:18; AT 28:26-27).
São recorrentes, nas passagens evangélicas, afirmativas como "ouvistes", "ouvi", "vede", "veem" etc. Isso porque, na caminhada da evolução, os sentidos guardam uma função determinante para fixação de registros que se somam no tempo, formando um piso de entendimento e sensibilização. Quando ricos, bem conjugados, tais registros autorizam um "salto" de percepção, de legítima compreensão dos temas da vida, permitindo a denominada "síntese evolutiva" sobre a qual o Reino dos Céus se instala, para gáudio da vida moral, do domínio do bom senso, da sabedoria ("Casa edificada sobre a rocha" - MT 7:24).
Todo o trabalho das reencarnações guarda o objetivo de despertar e fixar os valores que constituem a pureza, a perfeição das criaturas como meio de revelar-lhes as potências divinas herdadas do Criador e Pai. É tão sagrado esse processo de desbravamento dos próprios potenciais intrínsecos pelas vidas sucessivas (contato objetivo com a matéria), que sem ele seríamos apenas abstração, sem identidade sem dinâmica no Universo, e não poderíamos, pela lógica que hoje o Espiritismo apresenta ao mundo, compreender Jesus, quando, por exemplo, assinala: "Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e aborrecerás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos" (MT 5:43-44). Sem gradação do aprendizado, impossível edificar a consciência cósmica, quando se revelam os genuínos potenciais do amor.
É nessa base intelecto-moral que positivamos tanto o "ouvir", como auscultação profunda, a qual registra a "palavra divina", que é imanente a tudo o que existe ("Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz" - JO 18:37), quanto o "ver", que é prerrogativa de quem enxerga a verdade e se nutre, se inflama com sua beleza transcendente: "Mas bem-aventurados os vossos olhos, porque veem, e os vossos ouvidos porque ouvem" (MT 13:16). Há dois registros muito fecundos sobre "cegueira" no Evangelho, quais sejam, as curas dos cegos de Jericó (LC 18:35-43) e de Betsaida (MC 8:22-26).
No episódio do cego de Jericó, notamos que a "audição" lhe favoreceu a percepção da passagem do "filho de Davi", referência à linhagem humana de Jesus, forma simplória daquele Espírito identificar alguém com autoridade, indicando que se tratava de um cego natural por ignorância, sem maiores complicações cármicas. Demonstrou resolução para superar sua condição de limitado, ainda à margem do caminho, mas já próximo dele, quando vence as repreensões da multidão que tentava lhe impor silêncio. Clamando veementemente é atendido pelo Mestre, que lhe pergunta: "Que queres que te faça?".
E expressando objetividade em sua busca, responde: "Senhor, que eu veja". Esse relato explicita o valor do esforço consciente, quando o próprio indivíduo se autoafere e se dispõe a crescer, a avançar, com humildade e determinação.
Já com o cego de Betsaida, reconhecemos na sua cegueira uma complexidade cármica, definida por suas escolhas infelizes. Temos no texto elementos preciosos de análise, que nos ajudam a vê-lo como a maioria humana, escravizado a problemas de ordem egoística e personalista, distorcendo o plano harmônico do Universo (Ezequiel 12:2). Esse cego é "trazido" a Jesus, na contramão do que ocorrera com o de Jericó, que clamou, em iniciativa pessoal de superação. O verbo é "trazer", significando que os corações que se compadeceram dele e se valeram do poder de Jesus já estavam com o Mestre, em sintonia de propósitos. Todo o processo de atendimento do cego pelo Cristo tem significação espiritual. Tirá-lo da "aldeia" é uma atitude salvadora, a qual devemos copiar, pois o Senhor o retirou das áreas de complicação que o escravizavam, que o enfermavam, retendo-o aos vícios. A aplicação da saliva sugere a lubrificação dos olhos (remonta aos plasmas que asseguram a vitalidade dos órgãos do corpo). A imposição das mãos, como bem sabemos pela Doutrina Espírita intensifica a captação de forças renovadoras. Indagado se via alguma coisa, responde que vê os homens como árvores que andam (Jesus comparou os homens com árvores, quando estabelece que "[... ] pelos seus frutos os conhecereis" - MT 7:20). Repetida a imposição das mãos nos olhos, o cego, restabelecido, "já via ao longe e distintamente a todos", ou seja, restaurou, com toda a experiência sofrida e buscando a Luz Divina, a sua capacidade de discernimento. Note-se que Jesus o manda voltar para casa, mas o orienta a não entrar na "aldeia". É que a elevação de propósitos na vida nos retira dos "guetos" personalistas que criamos ilusoriamente, e, ao nos reencontrarmos em essência como filhos de Deus e identificados com Sua Lei de Amor, não podemos cultivar hábitos claramente nocivos e impróprios a uma vida de harmonia e paz.
Vale ressaltar que a visão profunda do homem está situada na glândula pineal, pois é a sede da mente no cérebro físico, e Jesus adverte em LC 11:34: "A candeia do corpo é o olho. Sendo, pois, o teu olho simples, também todo o teu corpo será luminoso; mas, se for mau também o teu corpo será tenebroso".
jo 18:37
O Evangelho por Dentro
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 18 Wagner Gomes da Paixão Honório Onofre de Abreu
MT 10:20
POIS NÃO SOIS VÓS OS QUE FALAM, MAS O ESPÍRITO DO VOSSO PAI FALANDO EM VÓS.
POIS NÃO SOIS VÓS OS QUE FALAM, - O verbo, como palavra de Deus, é a gênese de toda a Criação infinita (Jo 1:1-3). Força soberana de vida e fundamento de toda a Verdade manifestou-se, pleno, em Jesus Cristo, para a glória de nossa evolução na Terra (Jo 1:9-14; A Gênese, Capítulo 15, itens 1:2; O Consolador, questão 261).
Considerando, pois, o verbo em sua máxima expressão de pureza e poder criador, compreenderemos que FALAR é atributo dos que nos exercitamos em atividades inteligentes de maior ou menor expressão (Evolução em Dois Mundos, parte primeira, Capítulo 1, subtítulos CO-CRIAÇÃO EM PLANO MAIOR e CO-CRIAÇÃO EM PLANO MENOR).
Criados por Deus e vivendo no que o Criador e Pai igualmente criou para facultar-nos progresso e evolução (O Livro dos Espíritos, questão 27; Evolução em Dois Mundos, parte primeira, Capítulo 1, subtítulo PLASMA DIVINO), todas as nossas manifestações representam VERBALIZAÇÃO do que somos ou de como estamos, segundo os degraus evolutivos já alcançados.
A matéria, que se origina em todas as suas expressões - conhecidas ou não - do Fluido Cósmico ou universal é definida didaticamente na Obra Kardequiana como LAÇO QUE PRENDE O ESPÍRITO (O Livro 66 dos Espíritos, questão 22) e será em permanente associação com a matéria, em seus estados múltiplos, que o espírito se revelará, gerando gravitações e, por sua vez, gravitando em torno de outros seres e suas propostas em VERBALIZAÇÃO vibracional, conforme acontece com os elétrons em torno do núcleo atômico ou com os planetas em torno do sol.
Emmanuel assinala que EM QUALQUER PROVIDÊNCIA E EM QUALQUER OPINIÃO SOMOS SEMPRE A SOMA DE MUITOS e resume com sabedoria: EXPRESSAMOS MILHARES DE CRIATURAS E MILHARES DE CRIATURAS NOS EXPRESSAM (Pensamento e Vida, Capítulo 8).
Estudando a fundo o assunto FALAR, VERBALIZAR, com o auxílio das bases doutrinárias do Espiritismo, podemos tirar o tema da vala comum, pois a simples habilidade da fala, como conquista humana, guarda a função de FIXAR CONCEITOS (Evolução em Dois Mundos, parte primeira, Capítulo 10, subtítulo PENSAMENTO CONTÍNUO).
E como o objetivo da evolução é o progresso intelecto-moral dos seres, sua qualificação para a vida mais perfeita, DESMATERIALIZAR concepções e hábitos é seu caminho de felicidade (O Livro dos Espíritos, questão 917, nota de Allan Kardec).
Portando, Jesus ensina aos que se convertem à sua PALAVRA (Jo 6:63; Jo 17:15-21; Jo 18:37) que NÃO SOIS VÓS OS QUE FALAM [. ], pois O BEM, ORIGINARIAMENTE, VEM DE DEUS.
MAS O ESPÍRITO DO VOSSO PAI FALANDO EM VÓS. - Nas anotações dos Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João) encontraremos citações que definem o Mestre dizendo: MEU PAI (Jo 10:29-30; Jo 15:1; Jo 16:23; Jo 16:28; Jo 17:21), VOSSO PAI (Mt 5:45; Mt 6:14-26, Mt 6:32; 7:11) e NOSSO PAI (Mt 6:9) .
O termo O ESPÍRITO DO VOSSO PAI FALANDO EM VÓS guarda a justa compreensão dos degraus evolutivos da capacidade íntima de 68 cada ser frente ao universo. Jesus respeitava, em seus ensinos, a gradação espiritual dos seus irmãos perante Deus, embora operasse a disseminação da suprema Verdade pelos próprios exemplos (Jo 1:18) .
Toda vez que priorizamos a VOZ da consciência, registramos a PALAVRA DE DEUS, para repeti-la em ações no plano objetivo da vida terrestre, sempre em acordo com o despertamento de nossa mente ([. ] CAMPO DE NOSSA CONSCIÊNCIA DESPERTA, NA FAIXA EVOLUTIVA EM QUE O CONHECIMENTO ADQUIRIDO NOS PERMITE OPERAR - Pensamento e Vida, Capítulo 1).
Irmão X
jo 18:38
Lázaro Redivivo
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 32 Francisco Cândido Xavier Irmão X
Muito estranha a reclamação dos companheiros da Terra, no capítulo da verdade. Invariavelmente, rogam que lhe digamos a realidade pura. Exigem-na como crianças teimosas, apaixonadas por um capricho qualquer. Entretanto, como se fosse bagatela o que pedem, solicitam manifestações quase burlescas, reduzindo-nos à categoria de simples profissionais da prestidigitação.
Determinado cavalheiro esconde o lenço na última gaveta da cômoda de pinho e aguarda-nos o pronunciamento. Devemos declarar a natureza do objeto, a qualidade do material com que foi fabricado, o móvel a que foi conduzido, com todas as especificações. Se conseguimos a façanha, acreditará na sobrevivência. Certa senhora, por exemplo, reclama demonstração diferente. Perdeu uma joia de preço e estimação, portas a dentro do próprio lar. Lançou ligeiras olhadelas nos ângulos residenciais e assegura que procurou minuciosamente em todos os escaninhos da casa. Depois de suspeitar com leviandade, solicita aos irmãos invisíveis seja dito o nome da pessoa que lhe subtraiu a relíquia e, quando o amigo espiritual se demora nos esclarecimentos, em obediência ao código de boas-maneiras, justificando a sua abstenção em face do escabroso assunto, a consulente interroga, intentando auxiliar:
— Não foi o Antônio, filho da vizinha da frente?
Às vezes, a entidade espiritual retarda-se nas explicações delicadas, mas a criatura insiste, inquirindo, de novo:
— Não teria sido a visita que esteve conosco na tarde de quinta-feira?
Imagine-se, porém, a surpresa do Espírito Benevolente e Sábio, ante as inesperadas interrogações. Venceria tão grandes obstáculos vibratórios, desceria de zona tão elevada, a fim de brincar de cabra-cega ou descobrir objetos perdidos, de damas preguiçosas ou malevolentes?
Acreditam outros que, pelo fato de havermos abandonado o envoltório físico, sabemos tudo o que se relaciona com a vida e com a morte. Planejam experiências engraçadas, nas quais o mensageiro invisível deve ler o trecho tal a folhas tantas, num livro oculto entre centenas de volumes outros, alusivos a variados assuntos. Se o companheiro desencarnado consegue satisfaze-los, admitem a visita da verdade que, para eles, se reduz a punhado de demonstrações pequeninas.
Logicamente, tudo isso é possível. Encontrar objetos ao abandono e realizar experiências telepáticas constituem ocupações agradáveis a muitas entidades que cercam a inteligência humana, como causam enorme prazer aos jovens de recados certas intimidades domésticas que o visitante educado consideraria grosseiras e ridículas indiscrições.
Objetar-se-á, talvez, que existem nos dois planos pessoas que se consagram a esse gênero de investigações, com objetivo científico. A moderna psicometria, por exemplo, exige certas demonstrações, que auxiliam os menos convictos; mas, nesse setor, quase sempre, a realização é levada a efeito pelo próprio sensitivo, que se ausenta provisoriamente do corpo denso, revelando capacidades transcendentais da alma encarnada.
Os Espíritos Benfeitores não podem utilizar semelhantes expressões fenomênicas, a pretexto de executarem o serviço edificante e eterno da verdade.
— A título de ser verdadeiro, não posso interferir na descoberta do anel de madama — explicava-me um companheiro que fora convidado a trabalho dessa natureza —, porque, se eu conseguir encontrá-lo, amanhã incumbir-me-á de localizar-lhe a bolsa esquecida na sala da costureira, na semana próxima encarregar-me-á de procurar-lhe a empregada que fugiu com o padeiro e, no mês vindouro, irá com a mente inquieta, onde eu estiver em ocupações inadiáveis e sagradas, para que eu lhe busque o esposo, perdido na embriaguez, em noites de prazeres mais longos. E se eu não descobrir a bolsa, não encontrar a criada e não restituir o marido ao lar, como fiz no caso do anel, cobrir-me-á talvez de acusações descabidas, não hesitará em ofender a honorabilidade do médium que nos serviu caridosamente a ambos, e é provável que se converta, por isso, em detratora gratuita da própria doutrina que nos é tão venerável, como fonte de consolação e esperança do mundo. Não podemos baratear as nossas manifestações, sob pena de desrespeitar as funções de nosso próprio ministério.
Outro amigo nosso, bondoso facultativo desencarnado, asseverava-me, há tempos:
— A maioria dos enfermos terrestres roga-nos diagnósticos infalíveis e esclarecimentos exatos, reclamando sejam informados com realidade absoluta, alegando que nós, os Espíritos exonerados da carne, devemos ser rigorosamente verdadeiros. Como demonstrar, porém, a eles, autores de seus próprios desastres, que destruíram o fígado com as irritações inconsequentes, que envenenaram o estômago nos excessos da mesa, que arruinaram o sangue em aventuras condenáveis, que adquiriram infecções perigosas, através da precipitação ou do relaxamento? Se lhes mostrarmos o quadro de responsabilidades em que se encontram envolvidos, nos processos patológicos, talvez não consigam permanecer no corpo, senão algumas horas, depois de nossas declarações. Todavia, lembrando nosso trânsito na carne, somos obrigados não a mentir, mas a silenciar para o bem deles, aguardando o tempo. Utilizando a serenidade, conseguimos salvar alguns patrimônios e preservar algumas forças que ainda prestam aos nossos amigos do mundo valiosos serviços.
Segundo observamos, pois, a verdade, mesmo para os que já se transferiram para a região invisível da Terra, é sagrada revelação de Deus, no plano de nossos interesses eternos, que ninguém deve menosprezar no campo da vida.
— Que é a verdade? — pergunta Pilatos, (Jo 18:38) presunçosamente, a Jesus.
O Mestre, porém, respondeu-lhe com o sublime silêncio. Que expressão da verdade poderia ser dada aos homens, naquela hora angustiada de Jerusalém, na qual a mentira dominava os judeus e romanos empenhados no processo da cruz? Como encher de mel o vaso transbordante de vinagre?
O conhecimento supremo, como divina revelação, não é um bem transmissível. Todos os filhos de Deus, na Terra ou fora da Terra, estão procurando adquiri-lo. Ninguém, portanto, reclame dos amigos desencarnados demonstrações que lhes solucione esse problema de integração com a luz divina. A verdade não constitui edificação que se levante por informações alheias, no caminho da vida. É realização eterna que cabe a cada criatura consolidar aos poucos, dentro de si mesma, utilizando a própria consciência.
(.Humberto de Campos)
Opúsculos Autores diversos
jo 18:38
OPÚSCULOS
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 13 Francisco Cândido Xavier Opúsculos Autores diversos
1. Eterna Criação
Em uma das reuniões de nosso Grupo surgiu a inexplicável questão da Eterna Criação. Infelizmente não podemos deixar de analisar os problemas do Espírito, senão com o uso da razão, compatível com o nosso nível evolutivo. Assim, aplicando o conceito de vantagem em relação ao tempo, afiguram-se-nos desiguais as oportunidades dadas a todos os [seres] criados, porquanto os que foram criados há milênios, gozam e gozarão sempre maior tempo de vida consciente em razão do “handicap” (vantagem) que levam sobre os que estão sendo criados agora e os que serão no futuro. Como devemos estudar esta questão?
Somos de parecer que as gotas da pia irmanadas na profunda tranquilidade do oceano, indenes do ruidoso alarido de sua marcha, sobre o corpo ciclópico da Terra, integram-se na perfeita comunhão da estabilidade total. Valemo-nos do símbolo para afirmar a nossa convicção de que, um dia, quando perdermos as antigas e insistentes arestas da personalidade, repousaremos no mar da integração com a Sabedoria divina, livres, enfim, de qualquer consideração angustiosa de espaço e tempo.
Rogamos, contudo, ao nosso irmão Henrique, devotado trabalhador da inteligência, que não nos considere senhores da última palavra nas questões científicas e filosóficas que lhe preocupam a tarefa.
A desencarnação não é investimento de sabedoria. E porque um cooperador de boa vontade procure contribuir na plantação do bem, tornando ao mundo, depois da morte física, isso não expressa a liberação dele quanto a velhos impedimentos e limitações que nos inutilizam apaixonados impulsos de pesquisa, em torno da verdade.
Somos, apenas, meu amigo, irmãos e servidores e, desse modo, respondemos as suas perguntas, nos dando vênia para exprimir o nosso modo atual de sentir, ver e crer sem a menor pretensão de assumir a responsabilidade de orientadores. Somos companheiros de trabalho e dessa condição nos regozijamos por identificar-lhe o amor pela revelação divina, esperando no Senhor que o seu esforço se coroe das mais valiosas edificações para benefício de nossos círculos de serviço, hoje na luta mais árdua sobre a Terra e, amanhã, na jornada mais animadora, na direção da Gloriosa Imortalidade.
2. Teratologia e Carma
Como interpretar as razões determinantes dos fenômenos teratológicos [malformação orgânica], na esfera animal sub-humana, e no campo vegetal, uma vez que, a nosso ver, essas formas de vida estão submetidas às leis evolutivas da seleção e da influência do meio, sem o carma oriundo do livre-arbítrio? Como estudá-los, se não há no caso o fator pensamento, vontade, moral etc.… como elementos de interferência na livre manifestação da vida?
Meu amigo, a natureza é um reservatório de experiências, no qual prevalecem os pensamentos do homem responsável na organização da luta para si mesmo e os pensamentos da inteligência superior que, na pessoa dos Espíritos prepostos do Senhor, nos serviços de supervisão das formas, orienta o progresso e o aprimoramento dessas mesmas formas, através de inúmeras observações, das quais podem surgir, provisoriamente, sem os fenômenos da dor-resgate, certas irregularidades quase que instantaneamente corrigidas pelos poderes de ordem superior.
3. Pilatos e a Verdade
Perguntou Pilatos ao Cristo “QUID EST VERITAS?” e, segundo estudos recentes a resposta estava contida na própria pergunta, com a inversão das letras desta mesma indagação em curioso anagrama, ou seja, “EST VIR QUI ADEST”. Sabemos que o acaso não existe e, em vista disso, alguns aspectos da passagem do Cristo pela Terra, POR FALTA DE MAIORES ESCLARECIMENTOS, assemelha-se a uma representação com todas as minúcias previamente estudadas, tudo para, cumprindo as profecias, obedecer à lei do determinismo. Não está claro que a ignorância de Pilatos não lhe possibilitaria outra atitude e que a ninguém cabe o direito de condenar a Pilatos?
Também de nossa parte, não nos sentimos com bastante coragem para penetrar no centro de elaboração mental do Juiz romano, agora que vamos escalando, pouco a pouco, novos degraus de conhecimento de acordo com a nossa capacidade humilde de assimilação e retenção. Continuemos agindo e aprendendo na construção do bem e as nossas experiências mais vivas, no terreno da Boa Nova aquietar-nos-ão a alma indagadora com o fruto abençoado de nossa verdadeira maturação espiritual.
4. Determinismo e Livre Arbítrio
A Grande Síntese [de Pietro Ubaldi] nos esclarece bem que o determinismo é mais atuante e rígido quanto mais inferior for a espécie. Isso, entretanto, no que diz respeito à sua seqüência evolutiva. Como poderemos compreender, sem atribuir injustiça à divina lei do determinismo, a atitude de criaturas como Judas, por exemplo, que contribuiu para o cumprimento das profecias? Se não fosse ele, outro seria. Não compreendemos como pode o determinismo escalar alguém para a prática de um ato nefando, cujas consequências imprevisíveis para o praticante, lhe causarão profundos e prolongados sofrimentos?
Sabemos que determinismo e livre-arbítrio coexistem no espaço e no tempo em que se nos amplia o tônus vibratório na atualidade de nossos valores evolutivos.
Todos os dias encontramos o “fantasma do ontem” nas circunstâncias que nos cercam e, diariamente, cultivamos o campo das causas para a colheita de experiência amanhã.
Consideramos, porém, que se o determinismo nos quadros mais baixos da vida é mais constringente e mais pesado, nos círculos mais elevados, esse determinismo alcança mais altos graus de sutileza.
Nesse aspecto, tomamos a liberdade de observar respeitosamente a posição de , no colégio apostólico, abstendo-nos, entretanto, de qualquer comentário tendente a examinar-lhe o mundo íntimo, o que constituiria atividade menos construtiva de nossa parte.
5. O Percalço de Judas
Alguns historiadores esclarecem que Judas não traiu, o que nos parece razoável, mas, apenas entregou o Cristo. Entretanto, como se pode interpretar o significado da passagem que diz “melhor fora que ele (Judas) não houvesse nascido”, atribuída ao Cristo? Previamente, portanto, sabia-se da atitude de Judas e essa presciência, na impossibilidade de ser desmentida, não cancelava a Judas uma outra atitude?
Peçamos ao Senhor suficiente luz para o estudo metódico do Evangelho. De nossa parte, não possuímos, ainda, senão boa vontade para concorrer com os nossos amigos na aquisição do conhecimento sublime da Boa Nova, mas confessamo-nos, com sinceridade, ainda longe de poder opinar com segurança quanto ao drama de treva e esplendor, de amargura e esperança que marcou a retirada do Mestre Divino de seu divino apostolado na Terra.
6. Reprodução Assexuada
Frente a partenogênese não será lícito que se confirme a tese de que “a fecundação é feita pelo Espírito”, ao qual se subordinam espermatozoides e óvulos, cromossomos, genes e gametas etc.… Ainda aqui, não será aplicável que leis superiores, para as quais caminham as criaturas dentro da evolução, podem superar as leis do Plano atual, como precursoras de uma nova fase?
Meu amigo, Jesus nos abençoe. O assunto é realmente fascinante e convida ao estudo e à meditação. Esperamos poder, mais tarde, partilhar as reflexões que ele suscita. Aguardemos.
7. Planejamento Demográfico
No capítulo 90 de o livro A Grande Síntese (Trad. de Mário Corbiolli) diz o seguinte: “… Mas lembrai-vos de que a quantidade nunca poderá criar a qualidade; de que o valor supremo do homem não está no abandonar-se, irresponsável, à função animal da procriação, mas está no enfrentar, consciente e responsável, a função de educar. De outra forma, o número degradará a raça”. Seguindo o que está aí, o homem consciente de sua missão, poderá limitar o número?
Cremos que a procriação é responsabilidade no homem consciente e cremos igualmente que a vida na Terra não guarda a função de criar o gozo transitório e inútil da alma na romagem da carne, e sim a finalidade de aperfeiçoar sempre.
Cada semeador responderá pela plantação que houver estabelecido.
Admitimos, assim, que os efeitos bons ou maus de nossa lavoura espiritual no mundo constituirão caminho de acesso a Espiritualidade Superior ou causa de cativeiro ou estacionamento nas regiões inferiores do Planeta.
Não nos cabe, pois, segundo cremos, ditar regras ou determinações no círculo do assunto e sim recordar que, em qualquer tempo ou em qualquer setor de evolução “receberemos segundo as nossas próprias obras” (Sl 62:12) e que todos detemos severas obrigações em nosso autoaprimoramento.
8. Procriação e Responsabilidade
Que dizer da não limitação, menos realmente, por fidelidade a lei do “crescei e multiplicai-vos”, (Gn 9:7) e mais pela ignorância da verdadeira responsabilidade da paternidade?
Não podemos, nem devemos encarecer outra face do problema, senão a de que o homem e a mulher são responsáveis pela condução e educação dos filhos que convocarem ao círculo do lar que estabeleceram como pouso de reconforto na Terra.
9. Controle de Natalidade
Sendo o poder de Deus tão indescritivelmente grande, e sendo suas leis imutáveis, será justo falarmos que a limitação da prole, burla ou contraria essas mesmas leis? Que dizer dos casos em que, embora havendo a ação limitadora do homem, existe, à revelia desse a procriação? E se a ação do homem prevalecer, não será justo julgarmos que essa ação tem o beneplácito das leis e, que, de alguma forma, contribui para o equilíbrio do todo?
Acreditamos que por fidelidade aos princípios morais que nos orientam para a vida superior, não devemos criar qualquer impedimento à expansão da família numerosa no Planeta e sim colaborar no serviço da fraternidade verdadeira, a fim de que os Espíritos renascentes encontrem condições cada vez mais seguras e mais nobres ao aprimoramento moral de que necessitam.
Não acreditamos que a coletividade humana esteja, por enquanto, habilitada, espiritualmente, a controlar o renascimento na Terra, sem prejudicar seriamente o desenvolvimento da lei de provas purificadoras, de vez que a mente humana, de coração ainda retardado no progresso da virtude, seria tentada a converter a existência em simples instrumento de mimoso prazer, comprometendo todas as atividades concernentes à sublimação da vida espiritual no Globo Terrestre.
10. Reencarnação e Sexualidade
Se, como descreveu André Luiz, a orientação do sexo de uma reencarnação foi orientada pelos Espíritos disso encarregados, e que para tal cancelaram o processo natural que determinaria um ser do sexo oposto ao desejado, sempre que houver necessidade de uma encarnação, não podem também os Espíritos incumbidos dessa missão, valendo-se das possibilidades de leis maiores, eliminar também os fatores químicos físicos e mentais… que estejam obstando essa concretização?
Sim, a Esfera superior, no estado evolutivo em que ainda se encontra o homem na Terra, pode influenciar em todos os fenômenos da procriação no mundo, com vista à execução dos compromissos assumidos pelas entidades reencarnadas ou reencarnantes no Plano Espiritual.
11. Planejamento Familiar
Levando em conta que a educação de uma criatura exige no Plano material recursos econômicos para a alimentação, o vestuário, a escola, a habitação, a medicação e todos os cuidados que a pessoa física requer para que o corpo possa ser sadio, da mesma forma, no Plano espiritual a criatura requer recursos como a moral, a ciência, a tolerância, a argúcia, o amor e etc.… Dado que no Plano material os recursos se dispersam pelo número, e que espiritualmente a quantidade, pelo cansaço, obriga um relaxamento de cuidados, não será mais razoável que cada um tenha o número de filhos condizente com as suas possibilidades materiais e espirituais?
Quando os pais terrestres se integram harmoniosamente na função de zeladores dos filhos que o Senhor lhes confia, entregando-se ao trabalho e à responsabilidade, à boa vontade e ao amor, não lhes faltam recursos adequados à proteção e à preparação dos filhos para a vida.
Os cuidados paternos no Planeta podem ser assumidos e conduzidos até certo ponto, isto é, até à zona em que a herança dos filhos se manifesta. Por isso mesmo, vemos pais aparentemente pobres de recursos materiais, guardando filhos equilibrados, robustos e felizes, ao lado de pais supostamente ricos pela fortuna amoedada de que são portadores, detendo crianças e jovens, doentes, desvairados ou infelizes de acordo com as dívidas que eles mesmos contraíram no passado próximo ou remoto.
O lar não deve ser uma instituição de medo sistemático onde, a nossa estreita personalidade seja louvada, mas sim um Templo de alegria, onde possamos atender à vontade de Deus.
12. Prudência e Sacrifício
É passível de censura a mãe ou o pai que, enfraquecidos fisicamente por qualquer doença, limitam sua prole ou a evitam totalmente, com o único pensamento de não transmitir aos filhos a sua doença? Do casal, economicamente pobre, e que sofre as privações dos filhos? Da mãe que, pelas condições atuais, muitas vezes é chamada a prestar serviço fora do seu lar, ficando assim inibida de prestar aos filhos a assistência contínua que uma mãe deve dar? Diante dessas questões, e muitas outras, como encontrar uma solução humana, realmente cristã?
A procriação é serviço de nossa responsabilidade moral diante da vida. Ninguém deve ser exonerado de suas obrigações, quando se manifeste naturalmente, desde que centralize as suas forças mentais no sexo, que, no fundo, é altar de Glorificação ao pensamento divino.
Se a Vida Superior nos julga dignos da procriação no mundo, não nos assiste o direito da fuga, de vez que em todas as obras de progresso da experiência edificante das almas na Terra, não passamos de meros instrumentos dos Divinos Desígnios, competindo-nos tão somente o mérito de aderir ao programa do Alto sem o receio inferior do sacrifício de nós mesmos, sacrifício esse que, em qualquer caso, será enriquecimento de nosso coração para a Vida Imortal.
— O conteúdo original desse livro (impresso) está divido em duas partes, a 1ª, psicografada por F. C. Xavier, sem referência de data, e a 2ª, por Wagner Gomes da Paixão; sem nenhum menosprezo pela obra mediúnica de nosso caro confrade Wagner, mas unicamente por uma questão de respeito ao Testamento Xavierirano, não pudemos incluir a 2ª parte do livro na Bíblia do Caminho, desde que tal parceria não pode ser concretizada por vontade expressa do médium F. C. Xavier enquanto encarnado; pelo que solicitamos a compreensão de todos pela omissão da 2ª parte do mesmo. K. J.
Quid est veritas? (Jo 18:38) — O que é a Verdade? (Jo 18:38)
Est vir qui adest. — É aquele que aqui está. v.
Referências em Outras Obras
CARLOS TORRES PASTORINO
jo 18:1
Sabedoria do Evangelho - Volume 8
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 10 CARLOS TORRES PASTORINO
MT 26:30
30. Cantando um hino, saíram para o Monte das Oliveiras.
MC 14:26
26. E cantando um hino, saíram para o Monte das Oliveiras.
LC 22:39
39. E saindo, dirigiu-se, segundo o costume, para o Monte das Oliveiras, e seguiram-no também os discípulos.
JO 18:1
18. Tendo falado essas coisas, Jesus saiu com seus discípulos para a outra margem da torrente do Cedron...
Pequeno versículo, mas que traz a confirmação do hábito israelita de finalizar a ceia pascal com a recita ção do hino (hymnêzantes) de ação de graças (eucharistía), que consistia na segunda parte do Hillel, que era cantado depois da quarta e última taça de vinho. A segunda parte do Hillel era composta dos salmos 113 a 11o. Lucas e João não citam esse pormenor.
"Saíram" vem provar que realmente está certa a hipótese que formulamos à página 19, transpondo os versículos 14:27-31 para o final do capítulo 17.
Para o "monte das Oliveiras". Vimos (vol. 7) que o cenáculo ficava perto da porta de Siloé. Então, o caminho seguido pode ter sido: a) subir em linha reta e descer diretamente para o Cedron e o Getsemani, atravessando o cabeço do Ophel, b) ou descer a encosta do Tiropeu em escadaria (recentes escavações puseram essa escada à vista), sair pela porta de Siloé, e dobrar à esquerda, atravessando o pequeno vale do Cedron, hoje denominado Sitti Maryam. Aí estava um dos uádis do Cedron, classificado de "torrente" (cheimárros) porque só tinha água no inverno, na época as grandes chuvas, permanecendo seco no resto do ano.
A distância não ultrapassava a medida permitida para os sábados. Deviam ser, concordam os comentadores, cerca das 22 horas.
Por Lucas (cfr. 21:37) sabemos que era hábito de Jesus orar à noite naquele local, ali pernoitando quando não desejava ir até Betânia.
Essa torrente do Cedron é citada (2SM 15:23) no episódio da fuga de David. perseguido por Arquitofel.
Depois da prece, dirige-se Jesus com Seus discípulos para orar no monte das Oliveiras.
Como já vimos de outras vezes, para orar Jesus sempre "sobe a um monte", isto é, eleva suas vibrações; pois só subindo a frequência vibratória, conseguirá sintonizar com a altíssima faixa que venha a atingir a Casa do Pai.
Além disso, temos que considerar o simbolismo não apenas do "monte", como também do nome desse monte: "das oliveiras". Desde Noé, a oliveira simboliza a PAZ.
Tendo elevado Suas vibrações, automaticamente penetra na esfera da Paz interna, que nada poderá alterar, pois se torna inatingível às vibrações barônticas do "mundo".
Aí temos, pois, uma lição que a todos nós servirá: nos grandes momentos que precedem ou acompanham os passos decisivos de nossa vida, mesmo quando as forças negativas do Antissistema nos atacam, precisamos subir a sintonia e penetrar na paz, a fim de não sermos atingidos em nosso Eu profundo pelos distúrbios provenientes do mundo externo.
Nessa atmosfera de paz dinâmica interna profunda, pode cair sobre nós qualquer avalanche, que nosso Eu não se perturba, embora a personagem transitória possa angustiar-se externamente. Mas a individualidade não se altera, e acaba conseguindo dominar e controlar a personagem.
jo 18:5
Sabedoria do Evangelho - Volume 6
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 29 CARLOS TORRES PASTORINO
MT 20:29-34
29. E saindo eles de Jericó, acompanhou-o grande multidão.
30. E eis dois cegos sentados à beira da estrada, ouvindo que Jesus passa, gritaram, dizendo: "Compadece-te de nós, senhor filho de David"!
31. A multidão repreendia-os, para que se calassem, mas eles gritavam mais, dizendo: "Senhor, filho de David, compadece-te de nós"! 32. Parando, Jesus chamou-os e disse: "Que quereis que vos faça"?
33. Disseram-lhe: "Senhor, que se abram nossos olhos"!
34. Compadecido, pois, Jesus tocou-lhes os olhos e imediatamente enxergaram de novo e o seguiam.
MC 10:46-52
46. E chegaram a Jericó. E saindo ele de Jericó com seus discípulos, e bastante gente, o filho de Timeu, Bartimeu, cego e mendigo, estava sentado à beira da estrada.
47. E ouvindo que era Jesus o Nazareno, começou a gritar e dizer: "Jesus, filho de David, compadece-te de mim"!
48. E muitos mandaram que se calasse, mas ele gritava mais ainda: "Filho de David, compadece-te de mim"!
49. E parando, Jesus disse: "Chamai-o". E chamaram o cego, dizendo-lhe: "Confia, levanta-te, ele te chama".
50. Alijando a capa e saltando, ele veio para Jesus.
51. E falou-lhe Jesus, dizendo: "Que queres que te faça"? O cego disse-lhe: "Rabboni, que eu veia de novo"!
52. E disse-lhe Jesus: "Vai, tua fé te salvou". E imediatamente viu de novo e o acompanhou pela estrada.
LC 18:35-43
35. Aconteceu pois, ao aproximarse ele de Jericó, um cego estava sentado, mendigando, à beira da estrada.
36. Ouvindo passar uma multidão, indagava o que era aquilo.
37. Disseram-lhe que era Jesus, o Nazareno, que passava.
38. E gritava, dizendo: "Jesus, filho de David compadecete de mim"!
39. E Os que iam à frente mandavam que se calasse, ele porém gritava mais ainda: "Filho de David, compadecete de mim"!
40. Detendo-se, pois, Jesus mandou que o conduzissem a ele. Tendo chegado, perguntoulhe:
41. "Que queres que te faca"? Ele disse: "Senhor, que eu veja de novo".
42. E Jesus disse-lhe: "Vê. Tua fé te salvou".
43. E de pronto viu de novo e seguiu-o, louvando a Deus. E, vendo, todo o povo deu louvor a Deus.
De início precisamos resolver uma dificuldade. Mateus e Marcos dizem que a cura foi efetuada ao sair de Jericó e Lucas que foi ao entrar na cidade. Estudemos a topografia.
A cerca de 26 ou 30 km de Jerusalém, havia uma cidade antiquíssima, chamada Jericó, construída perto da fonte de Eliseu. Cidade desde Números e Deuteronômio, ficou célebre quando os israelitas, sob o comando de Josué, a tomaram, ao entrar na Terra Prometida, tendo sido derrubadas suas muralhas ao som das trombetas e dos gritos dos soldadas hebreus. Era chamada a "cidade das palmeiras" (DT 34:3), pois estava num oásis fértil. Suas ruínas foram descobertas nas escavações de 1908-1910.
Acontece que Herodes o Grande, e mais tarde Arquelau, aproveitando o oásis, construíram outra cidade mais ao sul, com o mesmo nome, no local em que o Ouadi eI-Kelt desemboca na planície. Local maravilhoso para morar no inverno, porque as montanhas da Judeia o protegiam contra os ventos frios de oeste. Foram construídos grandes palácios suntuosos, com piscinas luxuosas, um anfiteatro e um hipódromo, termas e templos, etc. Jericó tornou-se a segunda cidade da Palestina em importância e extensão, depois de Jerusalém.
Para os israelitas Mateus e Marcos, a Jericó verdadeira era a "velha", pois a nova era "pagã". Para o grego Lucas, Jericó era a cidade nova. Compreende-se, então, que ao sair da velha e entrar na nova cidade, tenha o cego encontrado Jesus. Tanto assim que, logo a seguir Lucas narra o episódio de Zaqueu, que habitava a cidade nova.
Mas os cegos eram dois ou só havia um? Mateus diz que eram dois, contra a opinião de Marcos e de Lucas, que afirmam ter sido um, sendo que o primeiro lhe dá até o nome, demonstrando estar muito bem informado do que ocorreu. Alguns exegetas alegam que de fato os cegos costumavam andar em duplas, para se distraírem conversando durante as longas horas de espera, e para se consolarem de seu infortúnio. Observamos, entretanto, que Mateus gosta de dobrar, como no caso dos dois cegos, narrado em 9:27, dos dois obsidiados de Gerasa (8:28), embora Marcos 5:1-3 e Lucas 8:26-3 digam ter sido um (cfr. vol. 3).
Também aqui os exegetas dividem suas opiniões, procurando justificar: um dos cegos, Bartimeu, tomou a iniciativa e chamou sobre si a atenção; o outro, que o acompanhava, nem foi quase notado, a não ser por Mateus, presente à cena, pois Marcos ouviu o relato de Pedro, e Lucas só veio a saber dos fatos muito mais tarde, pela tradição oral. É o que diz Agostinho: hinc est ergo quod ipsum solum voluit commemorare Marcus, cujus illuminatio tam claram famam huic miráculo comparavit, quam erat illius nota calámitas, isto é, "daí porque Marcos só quis recordar aquele único, cuja cura adquiriu uma fama tão grande com esse prodígio, quanto era conhecida a calamidade dele" (Patrol. Lat. vol. 34, col. 1138).
De qualquer forma, a anotação de Marcos e Lucas, de que se tratava de "mendigos" (prosaítês), confirma a realidade, já que, àquela época, não havia preocupação de aproveitar os estropiados: desde que a criança nascesse defeituosa, só havia um caminho: a mendicância.
O local escolhido pelos dois era excelente: passagem obrigatória para todos os peregrinos que, por ocasião da Páscoa que se aproximava, vinham da Transjordânia e da Galileia, dirigindo-se para Jerusal ém.
Quanto ao nome, dado em arameu, observamos que geralmente (cfr. MC 3:17; MC 7:11, MC 7:34; 14:26, etc.) é dado primeiro o nome, e depois o significado; no entanto aqui se inverte: primeiro aparece a tradução, "filho de Timeu", e depois o nome "Bartimeu". Portanto, nome patronímico, como tantos outros (cfr. Barjonas, Bartolomeu, Barjesus, Barnabé, Baraquias, Barrabás, Barsabás, etc.) .
Ao perceber a pequena multidão bulhenta que passava, o cego indagou de que se tratava, e foi informado de que era o taumaturgo-curador Jesus o Nazareno, filho de David.
A Palavra "Nazareno" aparece com mais frequência sob a forma "Nazoreu" (nâshôray e nazôraios, em hebr. e grego). Porém, não se confunda essa palavra com "nazireu"! Com efeito, nos evangelhos temos onze vezes a forma nazoreu (MT 2:23 e MT 26:71; JO 18:5, JO 18:7, e 19:19; AT 2:22; AT 3:6; AT 4:10; AT 6:14; AT 22:8; 24:5 e 26:9) contra seis vezes a forma "nazareno" (MC 1:24; MC 10:47; MC 14:67 e MC 16:6, e LC 4:34 e LC 24:19). Mesmo neste local o texto de Mateus varia nos códices entre nazarenus (Vaticano e outros) e nazoreu (Sinaítico e outros).
Ao saber de quem se tratava, o cego gritou em altos brados, pedindo compaixão. A multidão tenta faz ê-lo calar-se, mas ele não quer perder aquela oportunidade e grita mais forte ainda.
Marcos dá pormenores vivos: Jesus pára e manda chamá-lo. Lucas, médico, é mais preciso na linguagem: Jesus "manda que o tragam até Ele". O espírito leviano da alma coletiva demonstra sua psicolo gia: já não mais o repreendem para que se cale; ao invés, o encorajam e ajudam, como se tudo proviesse da generosidade deles!
Ao saber-se chamado, o cego arroja de si o manto, para não atrapalhá-lo na rapidez dos movimentos, e levanta-se de um salto, lépido e esperançoso. Jesus pergunta-lhe o que quer Dele: dinheiro? A resposta do cego é clara: "Senhor (Marcos manteve o arameu Rabboni) que eu veja de novo"! O verbo anablépô dá a entender que não se tratava de cego de nascença.
Como sempre, Jesus atribui a cura, que foi instantânea, à fé ou confiança (pistis) do cego. A certeza de obter o favor era tão firme, que foi possível curá-lo.
E o cego "acompanhou Jesus pela estrada", feliz de estar novamente contemplando a luz e de poder ver o homem que o tirara das trevas.
Aqui novamente deparamos com um fato que simboliza uma iluminação obtida por um espírito que sabe o que quer e que quer o que sabe. Não é pedida nenhuma vantagem pessoal, mas a luz da compreensão.
Bartimeu (filho do "honorável"), embora mergulhado nas trevas em que o lançaram seus erros, ainda sabe reconhecer o momento propício de uma invocação, para obter a visão plena do espírito, e sabe seguí-la depois que a obteve, acompanhando Jesus pela estrada da vida.
Apesar de muita gente querer impedir que o cego grite por compaixão, este não desiste de sua pretensão.
Sua confiança é ilimitada; e esse espírito está enquadrado na primeira bem-aventurança: "felizes os que mendigam o espírito, porque deles é o reino dos céus".
O mendigar a plenos pulmões, diante da multidão, sem deixar vencer-se pelas vozes que nos querem obrigar a calar, tem esse resultado: "entramos no reino dos céus", seguindo o Cristo na estrada, sem mais largá-Lo. Realmente, é esse o primeiro passo para o início da caminhada na Senda: VER com o intelecto aberto e com a alma liberta dos preconceitos mundanos. E, uma vez obtida a luz, saber abandonar tudo, para seguir o Mestre excelso.
Hoje não temos mais o Mestre Jesus em corpo a perambular pelas ruas de nossas cidades. Mas quantas vezes passa o Cristo por nós e, distraídos, deixamos escapara oportunidade.
Passa o Cristo no meio da multidão azafamada, preocupada pelos negócios, interesseira de vantagens materiais, e não sabemos descobri-Lo, e deixamos desvanecer-se o ensejo.
Passa o Cristo entre os furacões e as tempestades de nossa alma, e nós, atormentados e dominados pelas emoções, nem reparamos em Sua passagem.
Passa o Cristo silencioso nas solidões tristes das horas vazias, nos abandonos cruéis de todos os amigos, nas fugas amedrontadas de nossos companheiros, e não percebemos Sua vibração misteriosa e profunda a convocar-nos ao Seu coração amoroso.
Quantas vezes já terá passado o Cristo, sem que o tenhamos percebido!
jo 18:9
Sabedoria do Evangelho - Volume 2
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 31 CARLOS TORRES PASTORINO
AS BEM-AVENTURANÇAS
MT 5:1-12
31. Vendo Jesus a multidão, subiu ao monte; e depois de sentar-se, aproximaram-se dele seus discípulos,
32. e, abrindo a boca, ele lhes ensinava, dizendo:
33. felizes os mendigos do Espírito, porque deles é o reino dos céus;
34. felizes os que choram, porque serão consolados;
35. felizes os mansos, porque eles herdarão a Terra;
36. felizes os famintos e sequiosos de perfeição, porque eles serão satisfeitos;
37. felizes os misericordiosos, porque eles obterão misericórdia;
38. felizes os limpos de coração, porque eles verão Deus;
39. felizes os pacificadores, porque eles serão chamados Filhos de Deus.
40. Felizes os que forem perseguidos por causa da perfeição, porque deles é o reino dos céus.
41. Felizes sois, quando vos injuriarem, vos perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós minha causa;
42. alegrai-vos e exultai, porque é grande vosso prêmio nos céus, pois assim perseguiram aos profetas que existiram antes de vós.
Luc- 6:20-26
20. E tendo erguido os olhos para seus discípulos, disse: felizes os pobres, porque vosso é o reino de Deus
21. Felizes os que agora tendes fome, porque sereis fartos. Felizes os que agora chorais, porque rireis.
22. Felizes sois, quando os homens vos odiarem e quando vos excomungarem, vos ultrajarem e rejeitarem vosso nome como indigno, por causa do Filho do Homem
23. alegrai-vos e exultai nesse dia, pois grande é vosso prêmio no céu, porque assim seus pais fizeram aos profetas.
24. Mas ai de vós que sois ricos, porque já recebestes vossa consolação.
25. Ai de vós os que agora estais fartos, porque tereis fome. Ai de vós, os que agora rides, porque haveis de lamentar-vos e chorar,
26. Ai de vós quando vos louvarem os homens, porque assim seus pais fizeram aos falsos profetas.
Penetramos, agora, num capítulo da Boa Nova, que todo cristão deveria ler, de joelhos, diariamente, vivendo-o intensamente. Constitui um dos mais perfeitos, elevados e completos cursos de iniciação profunda. Se todos os livros de espiritualidade do mundo se perdessem, mas restasse apenas este trechos, bastaria ele para levar as criaturas à perfeição mais extremada, ao adeptado mais avançado, levandonos - se vivido integralmente - à libertação total dos ciclos reencarnatórios.
* * *
Diz-nos Mateus que Jesus "subiu ao monte" e lá falou: é a tradição de Jerusalém. Lucas, tradição de Antióquia, afirma que Jesus "desceu da montanha a um lugar plano" e aí ensinou o Contradição apenas aparente. Lucas dá-nos os pormenores, que Mateus resume. E absolutamente não se diz, no 3. º Evangelho, que Jesus desceu à planície mas apenas a "um lugar plano", provavelmente na encosta do monte ainda, onde deparou a multidão que o esperava. Atendeu-a, e depois falou.
O sentido profundo justifica plenamente as duas escrituras. Em Mateus, onde todo o discurso é dado seguidamente, Jesus fala no monte, elevadamente, para as individualidades, ao Espírito. Em Lucas, dirige-se Jesus às personalidades, facilita Seu ensino, DESCE a "um lugar plano". Observamos que as bem-aventuranças em Lucas se referem ao plano físico: os pobres, os que choram, os que têm fome, que sentem essas angústias na carne, no corpo denso, e o Mestre se refere exatamente à pobreza de dinheiro, às lágrimas das dores, à fome de comida. E logo a seguir, condena os ricos, os que estão fartos, os que riem, tudo na parte material, coisa que não vemos em Mateus. Este dá-nos a parte espiritual, com elevação (monte) extra-terrena: cada um interpreta o ensinamento segundo seu diferente ponto de vista: Mateus, segundo o Espírito, segundo a individualidade; Lucas segundo o corpo, a personalidade.
Daí ter escrito que Jesus DESCEU a um lugar plano.
Bastaria essa observação atenta, para convencer-nos, mesmo se não houvesse outras provas, que a linguagem dos Evangelhos tem profundo sentido simbólico e místico, embora os fatos narrados tenham realmente ocorrido no mundo físico; mas além da letra (que mata) temos que entender o Espírito (que vivifica).
Interpretemos, primeiro, o trecho de Lucas, subindo, em seguida, ao de Mateus.
LUCAS
Lucas apresenta-nos quatro bem-aventuranças e quatro condenações em paralelo, visando unicamente à personalidade humana em suas vidas sucessivas. Sabemos, com efeito, que, de modo geral, as encarna ções oferecem alternância de situações: os ricos renascem pobres, e vice-versa (cfr. 1SM 2:7-8), os caluniados renascem louvados e vice-versa. Essa ideia foi bem apreendida por Lucas, quando transcreveu em seu Evangelho o Cântico de Maria (Lc. 1:52-53).
Que não se referia a esta mesma vida de um só transcurso está claro, porque em uma mesma existência não se dão, absolutamente, tais transformações. E também não podia referir-se à vida "celestial" de um paraíso ou "céu" de espíritos, porque, uma vez lá, ninguém pensará em fartar-se de iguarias para vingarse da fome que aqui passou; e mesmo que aqui se tenha fartado, não ligará a menor importância à falta de alimentos físicos, desnecessários ao espírito. Logo, a única conclusão lógica aceitável racionalmente é a recompensa ou castigo que nos virão NESTA MESMA TERRA, numa vida posterior, com um corpo novo. E o ambiente antioqueno, todo ele reencarnacionista, compreenderia bem essas realidades.
As quatro oposições são as seguintes:
1) Felizes vós os mendigos, porque vosso é o reino de Deus.
Ai de vós os ricos, porque já fostes consolados.
2) Felizes vós que tendes fome sereis fartos. Ai de vós os fartos, porque tereis fome.
3) Felizes vós que chorais, porque rireis. Ai de vós que rides, porque chorareis.
4) Felizes quando fordes perseguidos, porque assim fizeram aos profetas Ai de vós quando vos louvarem porque assim fizeram aos falsos-profetas Se não entendêramos o sentido real da reencarnação, teríamos nesse resumo uma tirada demagógica, para conquistar simpatizantes e adeptos, pois são declarados felizes exatamente os da massa explorada e escravizada, enaltecendo-se como coisas ótimas a pobreza, a fome, a dor (doença) e a rejeição dos homens. E as ameaças atingem precisamente os elementos exploradores e gozadores: os ricos, os de mesa farta, os alegres (sadios) e os famosos.
De qualquer maneira, é uma versão personalística expressa para aqueles que ainda se apegam a seu eu pequenino e passageiro, julgando-o seu Eu real. É uma consolação interesseira, para aqueles que ainda dão valor ao que é externo a si mesmos: o consolo dos outros, a posse dos bens materiais ou não, uma boa mesa, e os elogios dos homens.
Para Lucas, neste passo, Deus é a Lei Justiceira que premia e pune, que dá e tira, tal como O concebem as personalidades presas ao transitório irreal de um mundo passageiro, do qual eles se acreditam "partes integrantes". Personalidades que ainda não se libertaram do apego à Terra, às condições exteriores de bem-estar financeiro, físico, emocional ou de apoio das outras criaturas.
Acredite ou não na reencarnação, a massa humana se encontra nesse estágio e busca ansiosamente essas mesmas coisas, por todos os meios, materiais e espirituais. Nada interessa ao rebanho senão, em primeiro lugar a saúde, depois o dinheiro para viver, a seguir a tranquilidade emocional (amores) e enfim a "boa cotação" na opinião pública. Esses são os pedidos mais frequentes e angustiosos, feitos nas preces dos crentes de todas as religiões.
MATEUS
Muito diferentes as palavras de Mateus. Transcrevendo os ensinamentos profundos de Jesus, relativos à individualidade - que não dá a menor importância a coisa alguma que venha de fora, que seja externo, quem presta a mínima atenção ao que dizem "os outros".
Os exegetas e hermeneutas buscam o número 7 nas bem-aventuranças, não conseguindo reduzi-las a esse número, nem mesmo reunindo duas em uma. Mas, realmente, as bem-aventuranças são apenas 7, já que as duas últimas vezes em que aparece a palavra "bem-aventurados" (felizes), estão fora da série, tratam de coisas externas, que não dependem da evolução interna da criatura. As sete primeiras referemse à evolução do homem, as duas últimas são acidentes que podem ocorrer e que também podem não ocorrer, o que nada tira nem acrescenta à evolução do indivíduo: representam elas provações exteriores, que experimentam e provam a legitimidade da evolução genuína.
PRIMEIRA - Uma variedade imensa de traduções tem sido dada às palavras de Mateus ptôchoi tôi pnéumati. Vamos analisá-las. O primeiro elemento, ptôchos, significa exatamente "aquele que caminha humilde a mendigar". Sua construção normal com acusativo de relação poderia significar o que costumam dar as traduções correntes: "mendigos (pobres, humildes) no (quanto ao) espírito".
Acontece, porém, que aí aparece construído com dativo, à semelhança de tapeinous tôi pnéumati (Salmo 34:18), "submissos ao Espírito"; ou zéôn tôi pneúmati (AT 18:25), "fervorosos para com Espírito"; ou hagía kai tôi sômati kai tôi pnéumati (1CO 7:34), "santos tanto para o corpo, como para com o espírito".
Após havermos considerado numerosas traduções, aceitamos a que propôs José de Oiticica. MENDIGOS DE ESPÍRITO, por ser mais conforme ao original grego, e por ser a mais lógica e racional; pois realmente são felizes aqueles que mendigam o Espírito; aqueles que, algemados ainda no cárcere da carne, buscam espiritualizar-se por todos os meios ao seu alcance, pedem, imploram, mendigam esse Espírito que neles reside, mas que tão oculto se acha.
SEGUNDA - Felizes os que choram, ansiosos em obter esse Espírito, embora presos às sensações. E choram porque sentem a dificuldade de libertar-se das provações e tentações a que os sentidos os arrastam.
Não se trata de chorar por chorar, que isso de nada adiantaria à evolução. Fora assim, os que vivem a lamentar-se da vida seriam os mais perfeitos... e aqueles que criam doenças e males imaginários, leva dos pela auto compaixão, para sobre si atraírem alheias atenções, palavras de conforto, estariam como elevados na linha evolutiva... Nada disso: as lágrimas enchem os olhos e sobretudo o coração diante do próprio atraso, diante da verificação de quanto ainda somos involuídos. E isso trar-nos-á a consolação de ver-nos finalmente libertados.
Não podemos admitir más interpretações em textos de tão alta espiritualidade, que trazem incontestável clareza na exposição de seu pensamento.
TERCEIRA - Salienta-se, a seguir, a mansidão ou humildade. a paciência ou doçura (pralís); e aos que assim forem é prometida, como herança, a Terra.
Já dizia Davi (Salmo 37:11) "os mansos herdarão a Terra e se deleitarão na abundância da paz". E mais tarde Isaías (Isaías 65:9) "meus escolhidos herdarão a Terra e meus servos nela habitarão". Também nos Provérbios 2:21-3 se diz: "porque os homens retos habitarão a Terra e os íntegros nela permanecer ão; mas os ímpios serão suprimidos da Terra e os pérfidos dela serão arrancados".
Há, pois, uma constante no pensamento do Antigo e do Novo Testamentos, nesse sentido: a Terra será o prêmio dos justos, que aí encontrarão a paz perfeita. Não se fala em herdar o "céu", no sentido moderno, mas A TERRA (tên gên), sem a menor possibilidade de interpretações malabaristas.
Que prêmio será esse? Será o apego à personalidade? ao corpo físico e às coisas físicas? Cremos que não.
Não é, evidentemente, nesta nossa vida atual, em pleno pólo negativo; mas num renascimento futuro ou, como disse Jesus textualmente, na reencarnação - en têi paliggenesía -, quando o Filho do Homem se sentar em seu trono de glória (MT 19-28).
A Terra, este mesmo planeta, transformado em planeta de paz (depois que dele tiverem sido expulsos todos os que buscam e causam guerras), conservará como seus habitantes, na evolução, aqueles que, com ela, tiverem também evoluído por meio da mansidão, da paciência, da doçura e da humildade.
QUARTA - Nesta bem-aventurança fala-se dos famintos e sequiosos de perfeição. Geralmente dikaios únê é traduzido por "justiça". Essa palavra, entretanto, permite uma incompreensão que falsearia o sentido original: como podem ser louvados os que exigem justiça, se logo após são ditos felizes os misericordiosos ? Uma coisa exclui a outra: ou justiça, ou misericórdia! Como teria podido Jesus contradizerse a tão curto intervalo ? Há de haver algum engano.
Ora, realmente o termo grego dikaiosúnê é derivado de dikaios, que exprime precisamente "o observador da regra, o justo, o reto, o honesto, ou, numa expressão mais exata ainda "o que se adapta às regras e conveniências", pois o termo primitivo dikê, donde todos os outros derivaram, significa REGRA.
Compreendemos, então, que o sentido (para coadunar-se com a bem-aventurança seguinte) só pode referir-se aos que aspiram ardente e sequiosamente à PERFEIÇÃO, ao AJUSTAMENTO de si mesmos às Leis divinas. Então é justiça no sentido de JUSTEZA (tal como o francês justice, no sentido de JUSTESSE).
Esses que são famintos desse ajustamento, hão de ser saciados em suas aspirações ardentes.
QUINTA - Nesta quinta, fala Jesus dos misericordiosos, daqueles que, segundo Paulo (CL 3:12) "se revestem das entranhas da misericórdia". É o oposto da "justiça". É o SERVIÇO no sentido mais amplo.
O serviço de quem se compadece daquele que erra, porque nele não vê maldade: vê apenas ignor ância e infantilidade.
Esses obterão misericórdia, porque sabem distribuir servindo sempre, sem jamais cogitar de merecimentos ou prêmios. É a misericórdia que tudo entrega à Vontade do Pai, e vai distribuindo bênção a mancheias sobre todos, indistintamente, incondicionalmente, ilimitadamente, amorosamente.
SEXTA - Fala-nos esta da limpeza do coração. Muitos interpretam-na como limpeza ou pureza no sentido de castidade, de não-contato sexual, atribuindo, a um acidente secundário, uma condição fundamental.
Não é isso: é pureza e limpeza no sentido de renúncia, de ausência total de apego, de nudez, porque nada possuímos de nosso: tudo pertence ao Pai, e nos é concedido por empréstimo temporário ("nada trouxemos para este mundo, e nada poderemos dele levar", 1TM 6:7); estamos limpos, estamos livres, estamos nus de posses, de apegos, e até mesmo de desejos, desligados inclusive de nossa própria personalidade.
A palavra Katharós tem um significado bem claro em grego: é tudo aquilo que é puro por não ter mistura, que é isento, desembaraçado, livre, limpo de qualquer agregação.
A expressão Katharoí têi Kardíai já aparece no Salmo 24:4 (que também traz o adjunto em dativo) e aí aparece no seguinte sentido: "quem subirá ao monte de YHVW e quem estará no santo lugar"? ou seja," quem obterá a realização elevada do encontro com o Cristo"? e a resposta diz: "aquele que é inocente (sem culpa) nas mãos (nos atos) e LIMPO DE CORAÇÃO", isto é, que em seus atos (mãos) e pensamentos (coração) não tem apego nem culpa, que não trai o amor de Deus (individualidades), desviandoo para amar as personalidades externas, passageiras e enganosas.
Essa mesma expressão é usada por Platão, no diálogo Crátilo (405 b), de que traduziremos o texto: "a purgação e a limpeza, seja da medicina seja da mediunidade, as fumigações de enxofre, seja por drogas medicinais ou por mediunismo, e também os banhos desse tipo e as aspersões, tudo isso tem um só e único poder: tornar o homem limpo, quer seja do corpo, quer seja de alma (Katharós katà sôma tò kai katà tên psuchén) ... Assim, esse espírito é o limpador, o lavador e libertador de semelhantes sujeiras (ou agregações que enfeiam)".
Nada se acena à castidade nem ao sexo, cuja união é uma ordem taxativa de Deus e da Natureza, sem o qual a obra divina não sobreviveria; logo é um ato SANTO e PURO.
Esses, que se libertaram até do eu pequenino, verão Deus (futuro de horáô), que é VER não só física, mas sobretudo espiritualmente: sentir, experimentar.
SÉTIMA - Ensina-nos a respeito dos pacificadores, ou, literalmente, dos "fazedores de paz", eirênopoi ós (substantivo que é um hapax na Bíblia); trata-se daquele que não somente TEM a paz, como também a distribui com suas vibrações de amor.
Esses serão chamados, porque realmente o são, Filhos de Deus, desse "Deus de Paz" de que nos fala Paulo (2CO 13:11), isto é, atingiram não apenas o encontro com o Cristo, mas a unificação permanente com Deus.
Passemos, agora, ao comentário esotérico, onde procuraremos penetrar não apenas o sentido profundo das palavras de Jesus, como também meditar a respeito de algumas das correspondências das bem-aventuranças com outros ensinamentos do próprio Jesus e de outros conhecimentos da realidade da vida. Será um resumo de estudo comparativo, que poderá ser multiplicado pelos leitores em suas meditações a respeito.
Vamos verificar que as sete bem-aventuranças dão os sete passos essenciais da evolução íntima de todas as criaturas, para atingir aquilo que Paulo afirma que TODOS DEVERÃO alcançar "até que todos cheguemos à unidade da convicção e do pleno conhecimento (pela vivência) do Filho de Deus, ao estado de Homem Perfeito, à medida da estatura da plenitude de Cristo (EF 4:13), ou seja, até que consigamos que o Cristo viva plenamente em nós, e nossa vida seja UNIFICADA à Dele.
Bem-aventurança: "Felizes os mendigos de espírito, porque deles é o reino do céus".
Cristo em relação ao plano: "Eu sou o Pão vivo" (JO 6:51) Prece: "Liberta-nos do mal" (da matéria, que é o pólo negativo, o satanás, o adversário do Espírito.
Todos aqueles que, mesmo ainda presos à matéria, já atingiram um grau evolutivo que os faz compreender a necessidade de passar do negativo ao positivo, da matéria ao Espirito (5º plano), começam a aborrecer a materialidade, com todo o seu cortejo de bens materiais, sensações, emoções; e então, mendigam o Espírito ansiosa e insistentemente, sentindo que, para eles, o único Pão vivo que vem do céu é o Cristo Interno, o Deus que habita em nós.
Ainda estão sujeitos às forças materiais, mas pedem para delas ser libertados, pois constituem elas "mal" para eles, o maior adversário (satanás ou diabo) do desenvolvimento interior espiritual.
Esses, não há dúvida, são os candidatos mais sérios ao "reino dos céus", que é justamente o "reino espiritual" acima do reino mineral, do reino vegetal, do reino animal, do reino hominal. E o reino espiritual ou celestial ou reino dos céus, quando atingido conscientemente, mesmo na permanência da criatura na matéria, traz a realização do objetivo máximo da evolução passar de um reino ao outro, desenvolvendo em si as forças superiores, pelo domínio das inferiores. Todo ensinamento de Jesus visou e visa a ensinar aos homens como abandonar o reino hominal para atingir o reino espiritual (ou dos céus ou de Deus): lição de como dar um passo a mais na estrada evolutiva, que Ele nos ensinou com palavras e sobretudo com Seu exemplo.
Bem-aventurança: "Felizes os que choram, porque serão consolados".
Cristo no plano: "Eu sou a Luz do mundo" (JO 8:12).
Prece: "Não nos induzas às provações".
Além da prisão na matéria, o "espírito", que compreendeu sua necessidade imperiosa de evoluir, procura libertar-se, também, das sensações causadas por forças externas; e chora pelo fato de ver-se ainda prisioneiro dos cincos sentidos limitadores, cinco portas por onde entram as "tentações", as provações, os sofrimentos que ainda lhe ferem a sensibilidade.
Para todos, as tentações ou provações, as dores e sofrimentos "físicos", são causados pelas forças etéricas (no sistema nervoso). Ora, todo esse complexo de forças em choques violentos traz lágrimas de angústia, na verificação da dificuldade (ou até, por vezes, da impossibilidade) de libertação imediata.
Nesse plano etérico manifestam-se os elementais, as obsessões tenazes, os assédios do hipnotismo coletivo de forças que vivem a sugestionar a humanidade, quer pela propaganda, quer pelas ideiasmatrizes que procuram amoldar a elas nosso intelecto, provenientes de elementos encarnados ou desencarnados.
Toda a humanidade, atualmente, se acha hipnotizada ou pelo menos sugestionada pela leitura, pela audição (de rádios), pela visão de imagens nas TVs, que impõem ideias, produtos, "slogans", pontos de vista, buscando desviar a criatura (tentá-la) para fazê-la sair da estrada certa da interiorização que a levaria à felicidade do encontro com o Cristo Interno, ao mergulho na Consciência Cósmica. Sente-se o homem "em trevas", sem saber por onde fugir a esse impiedoso cerco de forças violentas. E para estes é que o Cristo se apresenta: "Eu sou a Luz do mundo", desse mundo conturbado.
Então a prece que mais natural se expande de nosso coração, consiste nas palavras "Não nos induzas às provações", não nos leves, Pai a uma permanência demasiadamente longa nesse plano; e ao proferir essas palavras, as lágrimas saltam do coração para os olhos.
Mas ainda felizes os que choram essas lágrimas, porque ao menos compreenderam seu estado e, com essa compreensão, tem os meios de sair dele: esses, pois, serão consolados com a libertação dessas angústias torturantes mas, ao mesmo tempo, purificadoras.
3. º PASSO Plano: astral (animal) Lei : Justiça - Efeito: Exação única Estado de consciência : sono com sonhos.
Expansão: emoções.
Forças: animais.
Cor: amarelo - Efeito: concretização da Lei de Causa e Efeito (Carma).
Bem-aventurança: "Felizes os mansos, porque herdarão a Terra".
Cristo no plano: "Eu sou a Porta das ovelhas" (JO 10:9).
Prece: "desliga-nos de nossos débitos (cármicos), assim como desligamos aqueles que nos devem".
Além do corpo, além das sensações, o aspirante sente - à proporção que evolui - o atraso que lhe causam as emoções, manifestação puramente animal da alma. As emoções são movimentos anímicos entre os dois pólos extremos, o positivo (amor) e o negativo (ódio), com todos os matizes intermediários.
O que mais prende o "espírito" ao ciclo reencarnatório é exatamente a faixa emocional, que os nãoevolu ídos confundem com evolução, quando a experimentam em relação ao pólo positivo.
Explicamo-nos. O devoto, que sente emoção e chora ao orar; aquele que se emociona ao ver a dor alheia, sentindo-a em si; o amoroso que vibra emocionalmente diante da pessoa ou das pessoas amadas; o orador que derrama lágrimas emotivas ao narrar os sofrimentos de Jesus, e que comove o audit ório, arrastando-o à reforma mental; todos esses estão agindo no plano puramente animal, que é o das emoções. O amor, a caridade, a prece que Jesus ensinou não são manifestações emotivas: são espirituais, e só poderão ser puras, elevadas, divinas, quando nada mais tiverem de emotividade.
A libertação dessa emotividade, que tanto mal causa à humanidade, é obtida quando a criatura conquista a mansidão, a paciência, a resignação ativa, a conformação com tudo o que com ela ocorre.
Cristo, em relação a este plano, é a Porta das ovelhas, porque só através Dele podemos sair do plano animal (das ovelhas) e penetrar no reino hominal, subindo daí até o reino celestial ou divino.
A prece coincide perfeitamente: a lei do plano é a da Justiça, portanto Lei do Carma, de Causa e Efeito, que só age, (e só pode agir) no plano emocional. E por isso, a prece que Jesus ensinou é esta: "desliga-nos de nossos débitos (cármicos), assim como nós desligamos os que nos devem". O termo grego exprime: "resgatar, soltar, desligar, libertar". Mas a condição de obtermos isso (crf. MT 6:15)
é que de nossa parte também nos desliguemos dos outros. A tradução comum é "perdoar", que ainda supõe a emoção; o perdão dá a entender que a pessoa se sentiu "ofendida" e, depois, reagindo, vencendose a si mesma superiormente, concede com generosidade o perdão. Tudo no campo emotivo.
Nada disso ensinou Jesus. Mas era natural que a humanidade, que tantos séculos viveu e ainda vive às expensas das emoções, só pudesse entender nesse plano. Vendo melhor hoje, compreendemos que não é isso. Trata-se do desligamento, como tão bem exprime a palavra original grega. Nem a criatura se sente ofendida (porque nada atinge nosso Eu real), nem precisa perdoar, porque não se julga magoada: simplesmente SE DESLIGA, como se as ocorrências se tivessem passado com pessoas totalmente estranhas. O perdão ainda supõe, da parte de quem o dá, o sentimento emocional da vaidade. Ora, de fato, qualquer coisa que atinja nosso "eu" pequeno, só fere exatamente uma criatura "estranha", passageira e ilusória: porque se importar com isso o Eu Real inatingível? O que tem que fazer é DESLIGAR-
SE totalmente, para subir de plano, e não ficar preso a emoções várias, que só trazem perturbação.
Aqueles que, vencidas as emoções (todas, boas e más), conseguirem a mansidão mais absoluta, a inalterabilidade, esses herdarão a Terra, após sua "reencarnação".
4. º PASSO Plano: intelectual (homem) Lei: Liberdade. - Efeito: Poder de condicionamento Estado de consciência: semi-vigília.
Expansão: oposição entre eu e "não-eu"
Força: humanas.
Cor: verde. - Efeito: ensino intelectual.
Bem-aventurança: "Felizes os famintos e sequiosos de perfeição, porque serão fartos".
Cristo no plano: "Eu sou o Bom Pastor" (JO 10:11).
Prece: "dá-nos hoje nosso pão supersubstancial".
No plano intelectual já a criatura começa a ter capacidade de raciocínio, de discernimento, de escolha, de condicionamento da própria vida. Já opõe, pela divisão "satânica", o eu contra todo o resto do mundo, que é o não-eu. Entra no intelectualismo cerebral, querendo provas de tudo, indagando o porquê de tudo, e só aceitando o que o próprio cérebro tenha capacidade de compreender. Uma coisa evidente a um cérebro desenvolvido, pode constituir insondável mistério para outro que ainda se não desenvolveu.
Uma integral luminosidade clara a um matemático, é um emaranhado de letras escuras para o cérebro virgem nesse ramo (e muita gente nem mesmo entende o que significa á palavra "integral" que escrevemos acima...) . Então, há infinidade de estágios também neste plano.
A bem-aventurança explica-se perfeitamente: "felizes os famintos e sequiosos de perfeição, porque serão saciados". No plano em que vige a lei da Liberdade, são felizes precisamente os que buscam a perfeição, do caminho, e não a tortuosidade dos enganos; os que se esforçam em conformar-se, em ajustar-se ao Espírito reto, e não à matéria sinuosa (observe-se que a natureza física tem horror à linha reta perfeita).
Cristo, nesse plano, diz: "Eu sou o Bom Pastor", aquele que pode guiar seu rebanho com segurança e amor.
A prece é a mais necessária: "dá-nos hoje nosso pão supersubstancial, ou seja, o alimento básico que está acima da substância, que está no Espírito: a iluminação do intelecto.
Cor: azul. - Efeito: dedicação a Deus e às criaturas.
Bem aventurança: "Felizes os misericordiosos, porque obterão misericórdia".
Cristo no plano: "Eu sou a ressurreição da vida" (JO 11:25).
Prece: "seja feita a Tua vontade".
No quinto plano, a criatura já superou o intelecto, já ascendeu acima da personalidade dividida (egoísta), já compreendeu que seu Eu Real não é o quaternário inferior - pura manifestação temporária e ilusória de um Espírito eterno.
Logicamente, em vendo isso, percebe que só tem um caminho: o aperfeiçoamento contínuo, sem paradas, sem retrocessos.
Com essa percepção, dedica-se a Deus nas criaturas, e às criaturas de Deus, servindo-as com todas as suas forças.
Por isso a bem-aventurança diz: "felizes os misericordiosos, porque obterão misericórdia": quanto mais misericordioso na ajuda aos outros, mais as forças super-humanas o ajudarão.
A esse plano, Cristo revela-se: "Eu sou a ressurreição da vida". Por isso, os que estão nesse plano sabem que a vida não termina com o desfazimento da personalidade transitória; sabem que esta atual, sobre a Terra, não é vida, mas prisão, e que apenas estão manifestados temporariamente na matéria; sabem que no Cristo Interno eles têm o reerguimento da verdadeira vida, que temporariamente se encontra eclipsada pelo encarceramento no corpo denso. A vida real, que existe potencialmente em nós (embora abafada) se reerguerá porque o Cristo Interno, que somos Nós, é substancialmente o reerguimento, a ressurreição, o ressurgimento dessa vida.
A prece: "seja feita Tua vontade na Terra, tal como é feita nos céus" constitui uma aceitação plena e incondicional de nosso estágio terreno na cruz da carne. Pois a criatura já SABE qual seu Eu Real, e conhece a ilusão de seu eu terreno: pede, pois, que nesse eu terreno se realize em cheio, sem nenhuma limitação, tal como se realiza no plano espiritual (celeste).
6. º PASSO Plano: mental.
Lei: Perfeição. - Efeito: Harmonia integral.
Estado de consciência: visão direta.
Expansão: eu único em todos: fraternidade absoluta.
Bem-aventurança: "Felizes os limpos de coração, porque verão Deus".
Cristo no plano: "Eu sou o caminho da Verdade e da Vida" (JO 14:6) Prece: "Venha a nós T eu reino".
Neste sexto plano, o mental, a criatura já está iluminada (daí chamarem os hindus a este plano, "búdico"). O homem conquistou a perfeita paz interna, a harmonia integral no corpo e no espírito.
E compreendeu que seu Eu Real é único em todas as criaturas, pouco importando a manifestação externa e transitória que esse Eu Real assuma. As forças angélicas estão "a serviço" e com elas sintonizam aqueles que o atingiram: os místicos, de qualquer corrente, os verdadeiros vedantas. A cor violeta, representativa da mistura entre o rosa (devoção) e o azul claro (espiritualização), assinala a aura dessas criaturas que superaram a personalidade e vivem na individualidade.
Aí a compreensão da Vida é total. A verdade é sentida em toda a Sua amplitude. E o homem entregase ao sacrifício de si mesmo em benefício da coletividade, na maior das harmonias internas.
"Felizes os limpos de coração" corresponde exatamente a esse plano, já que a criatura que atingiu esse ponto está desapegada de tudo, tem o coração totalmente "limpo" e vazio, para nele abrigar apenas o Cristo Interno. Superou as emoções e ama sem mistura de emoção: ama integralmente, sem distinções, a todos e a tudo, pois sabe, por experiência pessoal, que o Eu é o mesmo em todos e em tudo, e portanto, todas as criaturas são um único Espírito (cfr. Ef. 4:4): Disse Cristo aos desse plano: Eu sou o caminho da Verdade e da Vida. Indicou-nos, com Seu exemplo, o caminho que todos temos que seguir para atingir a Vida e a Verdade, que Ele conhece porque já percorreu todos os estágios vitoriosamente. E só Ele, que sobrepujou todos os planos, pode trazer-nos essas elucidações com toda a segurança, não apenas com Suas palavras, como com Sua vivência perfeita, sublinhada pelo sacrifício total em benefício da humanidade.
Por isso pode bem dizer ser Ele, o Cristo Interno, manifestado em toda a Sua plenitude em Jesus, o Caminho da Verdade e da Vida.
A prece, "venha a nós Teu reino", expressa bem a ânsia que temos de penetrar nesse plano do reino espiritual, que é o reino do Pai, o reino divino.
Estado de consciência: integração e unificação (transubstanciação).
Expansão: fusão total em Deus e em Suas criaturas.
Forças: divinas.
Cor: dourada. - Efeito: Vida.
Bem-aventurança: "Felizes os pacificadores, porque serão Filhos de Deus".
Cristo no plano: "Eu sou a Videira e vós os ramos" (JO 15:1).
Prece: "Santificado seja Teu Nome".
Neste sétimo plano, divino; a lei que vige é a beleza (daí tanto atrair a todos a Beleza, em qualquer de seus graus e planos).
Neste ponto, já a união não é mais intermitente, sendo superada mesmo a visão direta. Já existe a contempla ção absoluta, constante, numa integração perfeita: é a unificação ("Eu e o Pai somos um", João,
10:30) e a criatura, através da vivência em Cristo, unifica-se e funde-se em todas as criaturas de qualquer plano.
A cor dourada exprime o resplendor da beleza, (daí exercer o ouro tanta atração em todos), onde agem forças divinas, que atuam e são atuadas pelos seres cristificados do sétimo plano. O efeito de tudo é a Vida em Deus, porque Deus passa a viver plenamente na criatura "nele habita toda a plenitude da Divindade" (CL 2:9) e "já não sou mais eu que vivo: é Cristo que vive em mim" (GL 2:20).
A bem-aventurança enaltece esses, que são os pacificadores, os que com sua simples presença, com a ação benéfica de sua aura, irradiam a paz, pacificando corações e pessoas. Esses pacificadores serão os chamados Filhos de Deus, pois só os Filhos de Deus são capazes de pacificar realmente, não com a paz externa, mas com a paz de Cristo: "a minha paz vos deixo, a minha paz vos dou: não a dou como a dá o mundo. Não se perturbe vosso coração" (JO 14:27).
Diz-nos Cristo nesse plano: "Eu sou a Videira e vós os ramos". E afirma a seguir que só podem ter Vida os ramos, enquanto estiverem "unidos" à videira. O vinho exprime, no simbolismo esotérico, o Espírito. Cristo faz aqui a revelação total: que é a Videira, senão a reunião total do tronco e dos ramos?
Cristo só estará integralizado quando a humanidade, de que Ele é a cabeça (EF 4:15) estiver toda unida a Ele, na unidade total e fundamental.
O nome é a representação externa da substância. Quando a humanidade, em todas as suas partes - que são a manifestação externa no Cristo Cósmico - estiver "santificada", então poderá o Cristo dizer realmente: " completei a obra que me confiaste para realizar" (JO 17:4), pois "não perdi nenhum dos que me deste" (JO 18:9). Esse é portanto o pedido da prece deste plano: que Teu nome, que Tuas manifesta ções, sejam santificadas.
* * *
Após a enumeração dos diversos passos no Caminho da Perfeição, o texto continua no mesmo tom.
Nada exige, no entanto, que estas últimas bem-aventuranças tenham sido proferidas na mesma ocasião, e nessa ordem: podem ter sido ensinadas em outro momento e acrescentadas aqui pelo evangelista, para continuar a série. Mas também podem ter sido ditadas em seguida às outras, sem que isso influa nos sete passos que atrás estudamos.
Firmemos, todavia, que as duas vezes seguintes, em que se repete a palavra "felizes", não fazem parte dos Sete Passos do Caminho da Perfeição: representam, porém, um corolário, um resultado fatal, inexor ável, que advirá a todos os que seguirem por essa estrada.
Todos, sem exceção, todos os que perlustrarem, ainda que apenas os primeiros passos na senda, serão perseguidos por causa da retidão de vida que assumiram. Felizes, contudo, serão; pois embora perseguidos
—e até mesmo porque perseguidos - mais depressa atingirão a meta. E também serão felizes os que forem injuriados, perseguidos e caluniados, já que isso ocorreu sistematicamente a todos os profetas (médiuns) que passaram pela Terra. Portanto, é normal que, no pólo negativo em que nos encontramos, recebamos malevolência em troca do bem que pretendamos distribuir.
Interessante observar que o termo grego traduzido por "injuriar" é oneidísôsin, formado de ónos, "burro" e de eídos, "figura", ou seja, "chamar de burro" . Realmente na grafite encontrada no Monte Palatino (e hoje conservada no Museu Kirscher, em Roma), vemos pregada à cruz uma personagem com cabeça de burro...
A interpretação profunda não difere muito da comum. Realmente, todos os que entram ou procuram entrar, pela estrada do aperfeiçoamento em busca do Cristo interior, encontram grandes dificuldades de todos os lados: da parte de outras criaturas (externas) e da parte de seus próprios veículos físicos inferiores. As dificuldades parecem, por vezes, insuperáveis. Daí ser chamada de "estrada estreita", porque realmente difícil: todos os atropelos investem contra aqueles que buscam destacar-se da craveira comum da humanidade, que forcejam por sair do pólo negativo, onde estamos presos há milênios.
jo 18:15
Sabedoria do Evangelho - Volume 4
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 28 CARLOS TORRES PASTORINO
JO 7:45-53
45. Voltaram, então, os empregados aos principais sacerdotes e fariseus, e estes lhes perguntaram: "Por que não o trouxestes"?
46. Responderam os empregados: "Nunca homem algum falou como fala esse homem".
47. Retrucaram-lhes os fariseus: "Acaso também fostes enganados?
48. Porventura creu nele alguma das autoridades, ou algum dos fariseus?
49. Mas este povo, que não conhece a lei, é amaldiçoado".
50. Nicodemos, um deles, que antes fora ter com Jesus, perguntou-lhes
51. "Porventura julga nossa lei um homem sem primeiro ouvi-lo e dele saber o que faz"?
52. Eles lhe responderam e disseram: "Acaso tu também és da Galileia? Pesquisa, e vê que da Galileia não se levanta profeta".
53. E cada um foi para sua casa.
JO 8:1
8:1 Mas Jesus foi para o monte das Oliveiras.
Narra-se o que ocorreu nos bastidores do Evangelho. Essa informação só pode ter sido obtida de testemunha que, por pertencer ao grupo, assistiu a cena íntima, passada intra muros. O próprio Nicodemos?
José de Arimateia, que também pertencia ao Sinédrio? Ou aquele "empregado" que era conhecido de João (JO 18:15)?
Os empregados (hypêretás, "servos, adjuntos") voltam de mãos vazias, fazendo um relatório verbal favorável a Jesus. Sobressai do texto a irritação que causou nos sacerdotes "principais" o fracasso da missão que fora confiada a seus empregados de confiança. Evidenciava-se a superioridade da honesta sinceridade dos servos, sobre a covardia dos "grandes" que pretendiam prender o Nazareno, sem imiscuirse pessoalmente no caso, afim de amanhã jurarem inocência, jogando a responsabilidade do ocorrido sobre o povo... Mas os simples são mais capazes de entender, e não possuem malícia: as palavras daquele homem eram sublimes! Ninguém jamais falara como ele! Não era possível prendê-lo...
Não podendo confessar suas intenções excusas, desafogam a irritação com sarcasmo, fazendo crer que se eles, os "chefes", não aceitam, é porque Jesus diz coisas que não servem: eles são a "medida", os" sábios" únicos capazes de julgar... Esse povo - am-ha-harés - é endemoninhado!
E a ironia ferina é vomitada até mesmo contra o companheiro Nicodemos, membro do Grande Conselho (JO 3:2), isto é, do grupo dirigente do Sinédrio e doutor da lei (JO 3:10). Suas palavras foram sensatas e, com ponderação, defendiam as prescrições legais (EX 23:1 e DT 1:11). No entanto, os ânimos exaltados e decepcionados respondem com uma injúria chamando-o de "galileu".
Segue-se ao desprezo uma demonstração de cegueira momentânea, causada pela raiva: "pesquisa (a Escritura) e vê que da Galileia não se levanta profeta", o que é uma inverdade, já que Jonas (2. º Reis,
14:25) era galileu; e o próprio Isaías (Isaías 8:23) estende à Galileia a glória messiânica. E isto sem contar o fato concreto (mas ignorado deles) de que Jesus não nasceu na Galileia, embora seus pais aí residissem; e aí tivesse sido Ele criado.
Nessa desarmonia vibratória, retira-se cada um para sua casa, enquanto Jesus sobe ao Monte das Oliveiras para meditar. Os grandes desníveis evolutivos notam-se até nos pequenos gestos corriqueiros.
O monte das Oliveiras fica perto de Jerusalém, da qual só o separa o Vale do Cedron. Era lugar calmo, solitário e silencioso, arborizado com a planta que simboliza a paz. Sempre que permanecia em Jerusal ém era hábito de Jesus retirar-se para lá à noite (cfr. MT 21:1:24:3:26:30).
O final do capítulo dá-nos conta, apenas, do que se passou "do lado de fora", para ensinar-nos que o procedimento dos homens é o mesmo em todos os tempos, e não devemos desanimar nem preocuparnos.
Não é o discípulo mais que seu Mestre e o que fizeram ao Mestre, farão também a Seus discípulos (cfr. MT 10:24-25).
Os humildes são os primeiros a atingir a compreensão, porque suas mentes estão limpas de vaidade.
Os grandes, dominados e inchados pelo orgulho das posições que ocupam, são como cegos e debaterse nas trevas, mas recusando a luz, mesmo quando a poderiam vislumbrar para recobrar a visão.
Perdem as melhores oportunidades, peados pelo convencimento de conhecer tudo; fecham raivosamente os olhos, trancam-se nos castelos arruinados de sua ignorância presunçosa, e ainda buscam destruir aqueles que lhes querem trazer a luz e aqueles que, deslumbrados pela Beleza, ouvem a doce e amorável voz do Espírito.
Enquanto os pequenos reconhecem por instinto a fala do Mestre e a acatam (cfr. JO 10:3), os autosuficientes só sabem julgar pelas aparências, pelas exterioridades, preocupando-se apenas com filiação, linhagem, riquezas, títulos acadêmicos, sem conseguir penetrar - porque têm a mente obtusa - os arcanos do conhecimento, as ideias imponderáveis, a santidade invisível.
Após a rejeição, voltam à sua materialidade, a "suas casas" de pedra (cfr. vol. 1), pois são pigmeus que não podem olhar o céu acima dos telhados nem expandir-se na amplidão, subindo o Monte da Paz, onde meditam os iluminados pelo Espírito.
jo 18:15
Sabedoria do Evangelho - Volume 7
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 26 CARLOS TORRES PASTORINO
MT 26:1-5
1. E aconteceu que, quando Jesus terminou todos esses ensinos, disse a seus discípulos:
2. "Sabeis que com dois dias acontecerá a Páscoa e o Filho do Homem será entregue para ser crucificado".
3. Então reuniram-se os principais sacerdotes e anciãos do povo no palácio do sumo Sacerdote, chamado Caifás,
4. e resolveram apoderar-se de Jesus com engano e matálo.
5. Mas diziam: Não durante a festa, para que não surja tumulto no povo.
MC 14:1-2
1. Era, pois, a Páscoa e os ázimos dois dias depois. E procuravam os principais sacerdotes e os escribas como, prendendo-o com enganos, o matariam,
2. pois diziam: não na festa, para que não haja tumulto no povo.
LC 22:1-2
1. Aproximava-se, porém, a festa dos ázimos, a chamada Páscoa,
2. e procuravam os principais sacerdotes e os escribas como o matariam, pois temiam o povo.
Ao terminar a grande lição, o Mestre anuncia aos discípulos que a "páscoa" OU "festa dos ázimos" se celebrará daí a dois dias. Estamos, pois, na noite de terça ou na manhã de quarta-feira, já que essa festa era celebrada das 18 horas de quinta até as 18 horas de sexta-feira.
Recordemos (vol. 1) que o primitivo nome de "páscoa" era pesah hu"la YHWH (em grego páscha estì kuríôi) ou seja a passagem de YHWH" (EX 12:11).
Diz mais, que nessa páscoa "o Filho do Homem será entregue para ser crucificado". A comunicação é feita com tranquila solenidade.
Logo a seguir o evangelista modifica o cenário, e sobre o palco aparece a reunião das autoridades, isto é, dos sacerdotes, escribas e anciãos. Mateus e Lucas citam os escribas, que Mateus omite, como em outros passos (cfr. 21:23; 26:47; 27:1, 3, 12, 20).
A reunião é realizada no "palácio" (aulê) do Sumo Sacerdote. O sentido de aulê pode ser o próprio" palácio" (como em MT 26:3, MT 26:38; MC 14:54 e MC 15:16; LC 11:21 e JO 18:15) ou o "pátio do palácio", sobretudo quando acompanhado do adjetivo "exterior" (cfr. MT 26:69; MC 14:66 e LC 22:55).
A páscoa era comemorada rigorosamente a 14 de nisan, com a imolação do cordeiro, enquanto a "festa dos ázimos" durava uma semana, durante a qual só poderiam comer-se pães sem fermento e alimentos sem sal nem azeite, (cfr. EX 12:1-20 e EX 12:39).
A resolução era consumar-se o sacrifício às ocultas, e não durante a festa, a fim de não provocar tumulto entre o povo. Mas os desígnios espirituais nem sempre coincidem com as intenções humanas.
Dada toda a parte teórica da lição, já está soando o momento de chegar-se à parte prática, vivendo-se tudo o que foi ensinado. Isso é anunciado com palavras bastantes claras para todos.
A partir deste ponto da permanência de Jesus na Terra, em carne, torna-se de cristalina evidência que todas as ocorrências e palavras assumem característica dúplice: A) a parte externa, exotérica, para os profanos, que só percebem os fatos físicos, os gestos, as atitudes, os diálogos, numa palavra, o que ocorre com a personagem;
B) a parte interna, esotérica, que é representada simbolicamente pelas ocorrências exteriores, mas que se realiza em outro plano, em outra dimensão, relacionando-se com a individualidade, e que constitui em última análise, a verdadeira lição a aprender.
Jesus terminou "todos esses ensinos" teóricos (pántas tous lógous toútous) e faz a revelação que a exemplificação prática está para começar dentro de dois dias, durante os quais será feita toda a preparação mística indispensável. Tratava-se da "passagem" de um grau iniciático a outro, a "travessia"" da "porta estreita". Realmente, era esse o significado atribuído à palavra "páscoa" por aqueles que" entendiam" do assunto. Tanto assim que a "páscoa" era chamada por Flávio Josefo (Ant. Jud.
2. 14. 6) hyperbasía, isto é, "passagem"; por Filon (1,174 e II, 292) era dita diabatêria, "travessia"; por Gregorio Nazianzeno (Patrol. Graeca, vol. 37 col. 213) heortê diabatêrios, "festa da travessia".
Para essa "travessia" o Filho do Homem "tinha que ser entregue (paradídotai) para ser crucificado (staurôthênai)".
Aqui começamos a tomar contato com os primeiros passos da grande cena que se desenrolará (à imitação dos dramas sacros de Elêusis) em solene cerimônia iniciática, com a participação integral de todos os elementos indispensáveis a essa realização suprema.
Era o "sacerdote da Ordem de Melquisedec" que ia submeter-se ao sacrifício máximo para - se conseguisse vencê-lo vencendo-se - atingir o grau de "Sumo Sacerdote" da mesma Ordem, ou seja, o grau de Hierofante ou de "Rei" (1).
(1) Não é sem razão que o catolicismo considera Jesus "Rei": trata-se do grau máximo das Escolas Iniciáticas, inclusive da que Ele criou.
Para o ato, reuniu-se o alto poder espiritual de seu povo, o povo de Israel, na cidade-santa Jerusalém.
Embora as personagens que o compunham nem sequer desconfiassem do papel que estavam desempenhando na economia planetária pois só "viam dos tetos para baixo" e só consideravam os corpos físicos visíveis - não obstante a Lei utiliza as criaturas para execução de seus fins, mesmo sem nada revelarlhes: os homens são marionetas pretensiosas que julgam agir de acordo com suas convicções inabaláveis e sua plena liberdade de escolha...
Sacerdotes, anciãos e escribas (o Sinédrio) RESOLVEM matá-lo, mas desejam fazê-lo às ocultas, sem que o povo perceba, a fim de evitar tumultos e possíveis represálias. Pretendem, pois, executá-lo DEPOIS da festa da páscoa. Mas os desígnios dos Espíritos Superiores são outros: há de ser exatamente na celebração solene da PASSAGEM ("páscoa"). E o meio de conseguí-lo será posto em realização, conforme predições proféticas anteriores.
Vê-lo-emos a seguir.
jo 18:36
Sabedoria do Evangelho - Volume 3
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 29 CARLOS TORRES PASTORINO
MT 14:22-23
22. Em seguida obrigou os discípulos a embarcar e passar primeiro do que ele para o outro lado, enquanto ele despedia o povo.
23. Tendo despedido o povo, subiu sozinho ao monte para orar. E à noitinha achava-se ali só.
MC 6:45-46
45. imediatamente obrigou seus discípulos a embarcar e passar adiante, para o outro lado, para Betsaida, enquanto ele despedia a multidão.
46. E tendo-se separado dela, foi ao monte para orar.
JO 6:14-15
14. E vendo os homens a demonstração que Jesus fizera, disseram: "Este é verdadeiramente o profeta que vem ao mundo".
15. Percebendo Jesus que eles estavam para vir apanhálo, a fim de fazê-lo rei, retirouse novamente para o monte, ele só.
Aqui encontramos uma expressão estranha, repetida nos dois sinópticos: Jesus obrigou (énágkase) os discípulos" ... Por que haveria necessidade de obrigá-los, a eles que parecem ter sido sempre dóceis e obedíentes? Parece que a causa é revelada por João. Vejamos: Com a maravilhosa demonstração de poder (tò sémeion) que foi a multipilcação dos pães e peixes, a massa popular composta exatamente de agricultores e pescadores entreviu um paraíso na Terra: não haveria mais necessidade do duro labor nos campos na plantação e na colheita sempre duvidosa! Não mais as noites frias e chuvosas no lago à procura de peixe! Ali estava quem poderia fornecer para sempre ao povo pão e peixe sem trabalho! era só fazê-Lo "rei"! Moisés não alimentara os israelitas no deserto, anos a fio, com pão caído do céu todas as manhãs (cfr. EX 16:4. 8, 12-15)? Ora, o próprio Moisés predissera (DT 18:15) que surgiria em Israel um profeta com os mesmos poderes que ele. Não seria um simples profeta (cfr. JO 6:16 e JO 9:17), mas "o" profeta, "semelhante a Moisés", o qual, segundo os fariseus (cfr. JO 1:21) não coincidiria com a pessoa do Messias. Mas, para o povo, essas distinções eram supérfluas. Então, ali estava "o" profeta, igual a Moisés, e que daria pão e peixes em abundância. Por que não fazê-Lo imediatamente "rei"?
Ora, isso constituiria uma subversão total da missão puramente espiritual de Jesus ("o meu reino não é deste mundo", JO 18:36). Mas, além disso, seria precipitar a perseguição de Herodes, que não suportaria um concorrente. E Jesus terminaria, mais cedo do que devia, como os outros galileus indóceis em suas pretensões messiânicas (cfr. Josefo, Ant. Jud. 17. 9, 3) e que foram massacrados por ordem de Pilatos (cfr. LC 13:2).
Era indispensável obviar a essa dificuldade com rapidez e energia. Talvez os próprios discípulos, atônitos com a multiplicação de pães e peixes (tanto que mais tarde não na haviam ainda compreendido (cfr. MC 6:52), talvez eles também se tivessem entusiasmado com a ideia de fazê-Lo "rei" ... pois ainda não haviam penetrado profundamente no sentido espiritual da missão de Jesus.
Dai Jesus dizer-lhes que "fossem para a outra margem", a cuja sugestão quiçá tivessem reagido, já influenciados pelo desejo de colocá-Lo no "lugar merecido"; e isso forçou Jesus a constrangê-los com uma ordem taxativa e firme, que os evangelistas traduziram pelo verbo "obrigar": eles foram contra a vontade.
Foram, para onde? Estavam no território de Betsaida- Júlias, na margem oriental. Diz Mateus: "para a outra margem", que Marcos repete, acrescentando: "para Betsaida". Haveria outra Betsaida na margem ocidental do lago? Essa questão é ardorosamente discutida pelos comentadores, dividindo-se em dois campos:
1) os que negam a existência, interpretam prós Bethsaidan como "na região fronteiriça a Betsaida", sentido possível da preposição grega prós (cfr Tucídides, História, 2,55: hê prós Pelopponéson, "a qual é fronteira ao Peloponeso). Assim traduzem Lagrange João Marta, Abel, Pirot, etc. E perguntam eles: se os discípulos iam para Betsaida, por que diz João "que se dirigiam para Cafarnaum (JO 6:17) onde desembarcaram (JO 6:21)? E por que Mateus (Mateus 14:34) e Marcos (Marcos 6:53) dizem que desembarcaram em Genesaré?
2) os que afirmam a existência de outra Betsaida (van Kasteren, Patrizzi, Knabenbauer, Fillion.
Meistermann. Rose, Buzy e outros), trazem os seguintes argumentos: a) a existência de Bethsaida-Júlias (hoje el-Tell) a dois km ao norte de el-Aradj, é coisa certa: a cidade foi reconstruída pelo tetrarca Filipe, que lhe acrescentou o cognome Júlias em homenagem à filha de Augusto; b) João, no início de seu Evangelho (1:44) diz que o discípulo Filipe "era de Betsaida"; mais tarde (12:21) especifica melhor, que "era de Bétsaida da Galileia". Ora. Betsaida-Julias ficava na província de Gaulanítida, e não na Galileia. E João devia conhecer bem a região... não iria confundir duas províncias.
c) Neubauer ("La Géographie du Talmud", pág. 225) e Strack-Biller-beck, o. c. pág. 605) citam a existência de uma localidade, não longe de Cafarnaum, em Ain-Tabgha ou Khan Minyeh (ao norte do Tell Oreimeh) denominada Saydethah, que eles supõem ser a Beth-Saida do Evangelho, e que ficava exatamente na Galileia.
Depois que os discípulos partiram, Jesus convenceu o povo a ir para casa, e Ele mesmo subiu ao monte para orar sozinho, segundo seu hábito.
Acontece com frequência que o público que cerca os "pregadores" se entusiasma e quer "homenageálos" com posições destacadas, com títulos honrosos, ou convencê-los a arriscar-se em cargos eletivos na política. Jesus exemplificou que se deve fugir dessas situações com energia e rapidez, "obrigandoos" a retirar-se "para a outra margem".
No outro sentido mais profundo, verificamos algo mais sério. Quando a individualidade consegue manifestar-se por intermédio de nossa personalidade, realizando algo mais fora do comum, a personalidade quase sempre se envaidece e começa a acreditar-se "missionário", um "enviado divino", certo de que é superior às demais criaturas "vulgares", que é um "privilegiado" com direitos adquiridos e merecimento garantido. Os veículos físicos se exaltam: o intelecto raciocina sobre tudo isso para cada vez mais convencer-se de sua superioridade, e complacentemente ouve e acredita nas mais mirabolantes histórias de encarnações passadas grandiosas; as emoções e sensações se comovem e incham, e para combater isso, só há um remédio: mandá-los "afastar-se para a outra margem", e retirar-se para uma região mais elevada (monte) a fim de entrar em contato com a Divindade, por meio da oração e da meditação.
É mister separar-se de tudo o que é material, para compreender as proporções reais da perspectiva; entrar no plano das realidades espirituais, para perceber as ilusões terrenas.
Assim em cada fato, em cada episódio do Evangelho, há uma lição preciosa, oportuna e profunda, exemplifícada pelo Mestre Inolvidável, o Cristo Divino que vive em nossos corações e que se manifestou plenamente em Jesus, que soube aniquilar sua personalidade para deixar o Cristo Divino exteriorizarse.
Huberto Rohden
jo 18:6
Nosso Mestre
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 169 Huberto Rohden
Ainda estava Jesus falando, quando chegou um tropel de gente. À frente ia Judas, um dos doze. Aproximou-se de Jesus e beijou-o. Disse-lhe Jesus: "Judas, com um beijo atraiçoas o Filho do homem?" (Lc. 22, 47-49). Jesus, sabendo tudo o que estava para suceder-lhe, adiantou-se e perguntou-lhes: "A quem procurais?" "A Jesus de Nazaré" - responderam-lhe. Disse-lhes Jesus: "Sou eu". Tanto que lhes disse: "Sou eu", recuaram e caíram por terra. Tornou a perguntar-lhes: "A quem procurais?" "A Jesus de Nazaré" - responderam. "Já vos disse - replicou Jesus - que sou eu. Se, pois, me procurais a mim, deixai ir a esses". Devia assim cumprir-se a palavra que proferira: "Não perdi nenhum dos que me deste" (Jo. 18, 4-9). Quando os seus companheiros viram o que ia suceder, exclamaram: "Senhor, batemo-los à espada?" E um deles vibrou um golpe contra um servo do príncipe dos sacerdotes e cortou-lhe a orelha direita. "Deixa! Basta" - disse Jesus, e, tocando a orelha, sarou-a. Em seguida, disse aos príncipes dos sacerdotes, autoridades do templo e anciãos que avançavam sobre ele: "Saístes como se fora a um ladrão, com espadas e varapaus. Dia a dia estava eu convosco, no templo, e não me deitastes as mãos. Esta, porém, é a vossa hora e o poder das trevas" (Lc. 22, 47-58).
Locais
Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.
CEDRON
Atualmente: ISRAEL.
Ribeiro que nasce ao norte de Jerusalém entre Jerusalém e o Monte das Oliveiras: II Samuel 15:23; João 18:1
Casa de Caifás
A Casa de Caifás foi o local onde o sumo sacerdote Caifás julgou Jesus Cristo, que para eles, haviam acusado de traição contra a Lei. Segundo a Bíblia, depois que Jesus foi julgado na Casa de Caifás, levaram-no para o Pátio de Anás, seu sogro, e em seguida, os soldados romanos conduziram-no até o governador romano Pôncio Pilatos, o qual daria seu veredicto final. Ou eles libertavam Jesus ou crucificariam Barrabás. Mas o povo escolheu o contrário. Jesus foi crucificado e morto.
Os especialistas concluíram que o ossuário e suas inscrições são autênticos e antigos, escreveu o “Jerusalem Post”. A peça faz parte de um conjunto de 12 usuários recuperados no mesmo local e pertencentes à família Caifás.
Dentro dessa urna foram encontrados ossos de seis pessoas ao que tudo indica da mesma família: dois bebês, uma criança entre 2 e 5 anos, um rapaz entre 13 e 18, uma mulher adulta e um homem de perto de 60 anos.
Na mesma peça lê-se a inscrição: “Miriam [Maria], filha de Yeshua [Jesus], filho de Caifás, sacerdote de Maazias de Beth Imri”. Num dos lados não decorados aparece o nome “José bar Caifás”, onde “bar” não necessariamente significa “filho de”.
A Miriam da inscrição poderia ser neta do próprio Caifás do Evangelho ou de algum outro membro da família sacerdotal. Ossuário presumido do Sumo Sacerdote que mandou crucificar Cristo
O nome “Caifás” é a pista crucial, segundo os arqueólogos mencionados. Os arqueólogos Yuval Goren da Universidade de Tel Aviv e Boaz Zissu da Universidade Bar Ilan confirmaram, noticiou a “Folha de S.Paulo” a autenticidade de um ossuário pertencente à família do sacerdote que teria conduzido a tumultuada sessão do Sinédrio que considerou “blasfemo” Jesus Cristo. No ossuário, os judeus guardavam os ossos dos antepassados depois da fase inicial de sepultamento.
Comentários Bíblicos
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Beacon
Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de João Capítulo 18 do versículo 1 até o 40
É chegada a hora (Jo 13:1-17. 1) ! As conversas com os discípulos (Jo 13:31-16. 33) e a oração ao Senhor por si mesmo, pelos seus discípulos e por todos os que algum dia seriam crentes (Jo 17) tinham terminado. Tendo Jesus dito isso, saiu (1). Aqueles que reor-ganizam o texto em Jo 14:15-16(e.g., Moffatt, Bernard) dizem que Ele foi ao cenáculo. No entanto, o texto como está sugere que Ele tinha deixado o cenáculo anteriormente (Jo 14:31). Então, é mais provável que Ele tenha saído da cidade de Jerusalém para além do ribeiro de Cedrom.1 Esta observação é característica de João. O vale de Cedrom (cujo nome moderno é Wady Sitti Maryam) fica entre Jerusalém e o monte das Oliveiras (ver o mapa 2).
Do outro lado do ribeiro, havia um horto, no qual ele entrou com os seus discípulos (1). A palavra no indica que era uma área fechada. A menção ao horto (ou jardim) é importante. Foi o horto em que Ele foi preso; também foi o lugar da sua ressurreição, e "havia um horto naquele lugar onde fora crucificado" (19.41; cf. Jo 20:15). "A Paixão e a Ressurreição que realizaram a salvação do mundo estão em contraste com a queda no Jardim do Éden".2 Não há menção ao nome Getsêmani na narrativa de João. No entanto, a linguagem do versículo 11, Não beberei eu o cálice que o Pai me deu?, é semelhante à oração de agonia no horto (Mt 26:38; Mac 14.36; Lc 22:42). Alguns comentaram que João propositadamente omitiu a oração da agonia por causa da sua inclusão da exaltação espiritual no capítulo 17. Bernard destaca: "Os momentos de maior depressão e provação espirituais normalmente vêm logo após os sentimentos da maior exaltação espiritual".3
Um dos primeiros inimigos da fé cristã, Celso, disse que Jesus foi até o horto para esconder-se, e "foi preso enquanto tentava esconder-se e fugir do modo mais infeliz".4 Mas esta é uma interpretação preconceituosa, pois Judas, que o traía, também co-nhecia aquele lugar (2). O particípio paradidous, traduzido como traía, está no pre-sente, indicando uma ação que está acontecendo. Uma tradução literal seria "Judas, que está no meio do ato de traí-lo, conhecia o lugar". Parece que Jesus foi deliberadamente até um lugar que Judas conhecia. Ele estava se dando em um ato completamente volun-tário (10.18), o que de nenhuma maneira deve ser interpretado como uma maquinação dos homens.
O grupo que veio para prender Jesus constituía-se de três elementos: Judas, o traidor, que tem um papel muito passivo no texto de João (cf. 5; Mt 26:49; Mac 14:44-45; Lc 22:47-48) ; oficiais dos principais sacerdotes e fariseus (as duas principais facções do Sinédrio) ; e um bando de homens (coorte) (3; a versão RSV diz que são solda-dos e sugere que Judas os tinha procurado). A palavra speiran, traduzida como coorte, é equivalente à palavra latina cohors (cf. NASB — "a coorte romana"), que se constituía de 600 ou 1.000 homens. Se fosse o último caso, haveria 240 cavaleiros e 760 homens a pé (cf. Atos 21:31). Toda a speiran era comandada por um chiliarchos (comandante ou tribuno, 12). Não se sabe ao certo se toda a speiran veio até o horto. De qualquer forma, foi um destacamento daquele grupo. Os oficiais eram "membros da polícia do Templo, que estavam sob as ordens do Sinérdio".5 Todos esses vieram para prender Jesus. Hoskyns diz: "No relato de João, as forças das trevas, as autoridades romanas e judaicas e o discípulo apóstata estavam contra o Cristo desde o princípio".6 Todos foram liderados por Judas, a personificação de Satanás.' Vindo para prender aquele que é a Luz do Mundo (Jo 1:9-9.5), eles carregavam lanternas e archotes (ou tochas) (3). Os archotes eram phanos feitas de tiras de madeira, amarradas juntas, e as lanternas eram lampas, archotes normais. Eles também levavam armas (hoplon), que eram "espadas e porretes" (Lc 22:52).
Jesus não esperou que o bando de homens o procurasse. Como Ele sabia todas as coisas que sobre ele haviam de vir (cf. Jo 13:1-17.1), adiantou-se e disse-lhes: A quem buscais? (4) Em resposta à pergunta, eles usaram o nome pelo qual Ele era mais conhecido — Jesus, o Nazareno (7), literalmente "Jesus de Nazaré" (cf. Mt 26:71; Mac 10.47; 14.67; 16.6; Lc 4:34-18.37; 24.19; Act 2:22). O nosso Senhor imediatamente identi-ficou-se como aquele a quem eles procuravam. Sou eu (6; cf. 8.24,28; 13.19).' Westcott diz que esse Sou eu (ego eimi) somente revela "a pessoa procurada, e não a sua natureza".' Entretanto, Macgregor afirma que "Jesus é retratado como em completo comando da situação, e agora a falta de autoridade de todo o bando que o atacava, perante a sua divina majestade, fica ainda mais evidente".10 Esta observação tem fundamento, pois João observa que, depois da afirmação de Jesus, recuaram e caíram por terra (6). Sobre isto, Hoskyns diz: "O instrumento do mal cai prostrado perante o verdadeiro co-mandante".11 Westcott modifica ligeiramente a sua afirmação anterior quando explica o fato de cair por terra como "o efeito que a presença do Senhor, na sua serena majestade, teve sobre aqueles que vieram para prendê-lo".'
A mesma pergunta do versículo 4 é repetida a Jesus pelo grupo de homens, e hou-ve a mesma resposta. Agora Jesus respondeu: Já vos disse que sou eu; se, pois me buscais a mim, deixai ir estes (8). E o mercenário que foge quando o lobo se aproxi-ma, mas "o bom pastor dá a sua vida pelas suas ovelhas" (10.12; cf. 15.13). Jesus, que logo seria aprisionado e condenado como um criminoso comum, estava conduzindo as coisas que estavam relacionadas a si mesmo. O seu cuidado providencial pelos homens é possível pelo seu sacrifício eterno. João viu no apelo de Jesus pela segurança dos discípulos um cumprimento da frase: Dos que me deste nenhum deles perdi (9. cf; Jo 6:39-10.28; 17.12).
Sobre 6-9, Alexander Maclaren fala de "Cristo e os seus captores". 1. Uma manifes-tação momentânea notável da glória de nosso Senhor (6) ; 2. O voluntariado do sofrimen-to do nosso Senhor (7-8) ; 3. O cuidado sacrificial de Cristo por nós (8).
Deve ter sido por ordem de Jesus que os homens vieram para levá-lo. Quando o bando se aproximou, isto foi demais para Pedro, que tinha jurado defender e proteger Jesus, mesmo com risco da sua própria vida (13.37). Pedro tinha uma espada (Lc 22:38).
Ele desembainhou-a e feriu o servo do sumo sacerdote, cortando-lhe a orelha direita (10)." Podemos ter certeza de que Pedro teria desejado algo mais do que uma orelha! O nome do servo ["escravo", NASB] era Malco. Estes detalhes, por exemplo, orelha direita e Malco — muito característicos da narrativa feita por João da prisão, do julgamento, da crucificação e do sepultamento — dão mais evidências de que o autor do quarto Evangelho foi uma testemunha ocular desses eventos.'
O que o Mestre disse a Pedro, Mete a tua espada na bainha (11), foi uma clara indicação da natureza da luta em que Jesus estava envolvido, e que Ele mesmo a deveria levar até o final (Jo 19:30; cf. Mt 26:52; Ef 6:12). Parece que o homem está sempre pronto para assumir algum meio externo de acertar diferenças profundas, esquecendo-se de que a verdadeira luta é interna, e que uma solução satisfatória só pode ser encontrada nas obras do Espírito. O homem, como Pedro, pergunta em tom de clamor: "Senhor, por que não sou capaz de seguir-te agora?" (13.37, tradução literal). Jesus disse a Pedro por que a espada não era a resposta: Não beberei eu o cálice que o Pai me deur O ato de Jesus foi de "aceitação confiante".16
2. Os Sumos Sacerdotes (18:12-14)
Quando lemos o relato de João sobre a prisão, somos levados a sentir que, em cada etapa, Jesus está no pleno comando, mesmo que os servos do mal estejam envolvidos em realizar o seu trabalho. Assim foi que a coorte, e o tribuno [chiliarchos], e os servos dos judeus prenderam a Jesus, e o manietaram (12). Provavelmente ataram' as suas mãos às suas costas. Agora, Ele estava à mercê deles, ou sujeito a sua falta de misericórdia, mas somente porque Ele assim o desejava.
De acordo com um plano idealizado anteriormente, eles conduziram-no primei-ramente a Anás (13). Somente João menciona a aparição perante Anás (cf. Lc 3:2; At 4:6). Edersheim diz: "Nenhuma pessoa é mais conhecida na história judaica contempo-rânea do que Anás; nenhuma pessoa foi considerada mais afortunada ou com mais su-cesso; mas também nenhuma foi mais execrada do que o último sumo sacerdote." Ele foi afortunado porque, embora ele mesmo tenha sido sumo sacerdote somente de 6 a 15 d.C., tendo sido deposto por Valério Grato, foi sucedido pelos seus cinco filhos, pelo seu genro Caifás José, e por um neto. Esse monopólio familiar não era facilmente sustentável. Havia subornos e corrupção em nome da religião, e tudo isto se destinava diretamente ao acúmulo de riquezas e à perpetuação no cargo. "Por meio da exploração dos adoradores, pelo comércio dos sacrifícios sagrados... Anás tinha acumulado uma fortuna".' Barclay cita um trecho do Talmude que reflete o ódio que até mesmo os judeus devem ter sentido por Anás e seus herdeiros: "Tristeza para a casa de Anás! Tristeza para o silvo da serpen-te! Eles são sumos sacerdotes; os seus filhos são os guardiões do tesouro; os seus genros são os guardiões do Templo; e os seus servos batem no povo com varas".20
Não é de admirar que Anás fosse "o líder real em toda a ação".21 Os seus interesses adquiridos estavam sendo seriamente ameaçados por este homem que tinha expulsado do Templo os mercadores e os cambistas de Anás (Mt 21:12-17; Mac 11:15-19; Lc 19:45-48; Jo 2:13-17).
Caifás José, o genro de Anás, era o verdadeiro sumo sacerdote nessa época, indica-do pelo procurador romano Valério Grato. Ele se manteve no posto durante dezoito anos (18 a 36 d.C.) e foi deposto por Vitélio.22 Quando se diz que ele era o sumo sacerdote daquele ano (13), não se está fazendo referência ao seu mandato, mas sim àquele "ano funesto", o ano em que Cristo foi crucificado. Evidentemente, isto era importante, segun-do o modo de pensar de João, pois ele escreveu que Caifás era quem tinha aconselha-do aos judeus que convinha que um homem morresse pelo povo (14; ver os co-mentários sobre 11:49-52).
Aparentemente, todos os discípulos fugiram (se "dispersaram", 16,32) depois da pri-são de Jesus, exceto Simão Pedro e outro discípulo (15), que seguiam a Jesus. O discípulo cujo nome não é mencionado é descrito como conhecido do sumo sacerdo-te. Ele era suficientemente conhecido, pois pôde entrar com Jesus na sala do sumo sacerdote (ver o mapa 2).
Quem era este outro discípulo? Houve diversas conjeturas: Nicodemos, José de Arimatéia ou até mesmo Judas, com base no fato de que ele ficara conhecido quando auxiliou nos planos para a prisão de Jesus. No caso de Judas, é inimaginável que Pedro conversasse com ele (16) diante do que havia acabado de acontecer no horto, ou que João tivesse deixado de mencioná-lo pelo nome (cf. Jo 6:70-71; 12.4; 14.22). A tradição, bem embasada, é de que o outro discípulo aqui era o discípulo amado, João, o filho de Zebedeu.23
Como João, um pescador da Galiléia, poderia ter tão íntimo relacionamento com o sumo sacerdote? A esse respeito, houve duas sugestões. Uma delas se baseia em uma tradição lendária, atribuída a uma afirmação de "Polícrato, um bispo de Éfeso no final do século II, de que 'João, o amado do Senhor, era um sacerdote que usava o petalon'. A palavra grega petalon é usada na Septuaginta em Êxodo 28:36, como uma referência à placa de ouro que se amarrava na frente da mitra do sumo sacerdote".' Se a lenda for verdadeira, ela explica o fácil acesso de João. A outra idéia é a de que o pai de João, Zebebeu, era um rico pescador que tinha um negócio próspero. Isto envolvia o comércio do peixe salgado, que ele vendia para a casa do sumo sacerdote. Barclay fala sobre uma cafeteria árabe nas ruas de trás de Jerusalém que alguns franciscanos afirmam ter sido a filial em Jerusalém da empresa de peixe salgado de Zebedeu, "e esta é a razão por que João podia entrar na casa do sumo sacerdote"."
De qualquer forma, João estava dentro, enquanto Pedro estava da parte de fora, à porta (16). Como nos primeiros dias do discipulado (1.41), João saiu... levando Pedro para dentro. Havia uma porteira (empregada) ou uma encarregada da porta. Pedro precisava passar por ela. Quando ele o fez, ela disse: Não és tu também dos discípu-los deste homem? (17) Estas palavras devem ter passado como uma flecha pelo coração de Pedro. Até agora ele tinha conservado as suas intenções boas e fortes (13.37). Ne-nhum outro sacou a espada, embora outro discípulo tivesse uma (Lc 22:38). Outros ti-nham fugido, mas Pedro seguiu (15). Deve ser dito, a favor de Pedro, que embora tenha fracassado, ele fracassou tentando com toda a sua força humana. É muito melhor tentar e falhar do que não tentar.
A resposta de Pedro à mulher: Não sou (17) pareceu satisfazer à mulher, mas abalou Pedro. Inseguro de si mesmo, incerto sobre onde estava e incapaz de ver o seu Senhor, ele moveu-se para ocultar a sua identidade entre os servos e os criados, que tinham feito brasas, e se aquentavam. Com eles estava Pedro, aquentando-se também (18).
2. Perante Anás (18:19-23)
Estes versículos só aparecem no texto de João. Os Sinóticos não fazem menção
de uma audiência perante Anás. Mas não é difícil ver que o sumo sacerdote (19) Anás' "enquanto viveu, supostamente manteve uma posição patriarcal"." Pode ter acontecido que Caifás estivesse presente, mas não no comando. Além disso, como Jesus ameaçara seriamente o seu poder, a sua posição e o seu prestígio, "Anás queria ser o primeiro a tripudiar sobre a prisão, a derrota, e a frustração deste galileu perturbador"."
Esta audiência perante Anás não foi uma assembléia formal do Sinédrio. Não foram chamadas testemunhas. Parece ter sido uma tentativa de fazer com que Jesus se incriminasse. As perguntas feitas a Jesus foram acerca dos seus discípulos e da sua doutrina (19). A resposta de Jesus indicou que a sua obra e os seus ensinos não ti-nham sido secretos ou encobertos. Eu falei abertamente ao mundo; eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se ajuntam, e nada disse em oculto (20; cf. Jo 6:59-7.4,12,14,26; 10.23; 11.54; 12.19). A expressão na sina-goga (en synagoge) se refere às ocasiões "em que o povo se reunia em assembléia sole-ne".29 A palavra abertamente (parresia) transmite a idéia de "franqueza, simplicida-de de discurso, que não esconde nada e que não passa por cima de nada"." Aqui somos recordados das palavras de Sócrates: "Se alguém disser que já ouviu ou aprendeu algu-ma coisa em particular comigo, que todos os demais não podem ter ouvido, saibam que tal pessoa não fala a verdade"."
Como "era um princípio reconhecido da lei que a prova de um homem sobre si mesmo era suspeita"," Jesus devolveu a pergunta a Anás. Para que me perguntas a mim? Pergunta aos que ouviram o que é que lhes ensinei; eis que eles sabem o que eu lhes tenho dito (21). Era um princípio fundamental da lei judaica que não se devia fazer perguntas ao prisioneiro sobre si mesmo, que, caso respondidas, pudessem incriminá-lo. Barclay cita Maimonides, um estudioso medieval judeu: "A nossa verdadeira lei não inflige a penalidade da morte sobre um pecador com base na sua própria confissão"." A tentativa de Jesus de injetar algo parecido com justiça aos pro-cedimentos ilegais de Anás encontraram uma rejeição imediata. Um dos criados que ali estavam deu uma bofetada em Jesus, dizendo: Assim respondes ao sumo sacerdote? (22) Este "uso de violência somente mostrou a fraqueza do criado".' O ato do criado é outra indicação de que não se tratava de uma reunião formal do Sinédrio. Tal ato não teria sido tolerado ali.
A resposta de Jesus ao golpe recebido foi um lembrete digno de que a justiça sempre deve estar em ordem. Se falei mal, dá testemunho do mal; e, se bem, porque me feres? (23) A palavra ferir (dero) quer dizer literalmente "bater, golpear". Westcott ob-serva: "Os antigos comentaristas viam na censura calma uma verdadeira interpretação do preceito (Mt 5:39.
Jesus É Enviado a Caifás (18,24)
A única menção de Caifás em ligação com esse julgamento de Jesus é a de que Anás mandou-o, manietado, ao sumo sacerdote Caifás (24). O verbo grego para mandar é apesteilen, um tempo aoristo, não mais-que-perfeito; assim será melhor traduzido como mandou, como em várias versões. Mesmo que Caifás estivesse presente durante o pro-cesso informal perante Anás, era necessária a ação oficial do Sinédrio antes que o caso pudesse ser submetido ao procurador romano, para a decisão final. Caifás, sendo o sumo sacerdote oficial, presidiu aquela audiência (Mt 26:57-27.2; Mac 14:53-65; 15.1; Lc 22:54-63-71). "Nada é dito aqui sobre a audiência... que era somente uma formalidade, uma vez que já tinha sido tomada a decisão na reunião espúria na casa de Anás"." Westcott destaca que a reunião "se realizou para confirmar a decisão já tomada anteriormente, e assim satisfazer a forma da lei, que, contudo, foi desrespeitada pela imposição e execu-ção da sentença no mesmo dia do julgamento".'
A Segunda e a Terceira Negação de Pedro (18:25-27)
O relato de João das negações de Pedro é interrompido pelo registro do acontecimen-to perante Anás. Alguns sugeriram que tanto Caifás quanto Anás viviam no mesmo lu-gar, i.e., ocupavam diferentes apartamentos que estavam ao redor de um pátio comum, e que tudo era parte da residência do sumo sacerdote (ver o mapa 2). De qualquer modo, a cena de Pedro junto ao fogo continua no versículo 25. Simão Pedro estava ali e aquen-tava-se. Mesmo que Pedro tivesse esperança de ocultar a sua identidade infiltrando-se no meio dos "servos e... criados" (18), eles (evidentemente, mais de um) disseram-lhe: Não és também tu um dos seus discípulos? (25) A colocação das palavras no original indica que eles esperavam uma resposta negativa. Estava além da sua compreensão que qualquer homem pudesse ser tão tolo para identificar-se com um Homem que já estava condenado à morte. Mas eles tinham subestimado o poder de atração do amor de Cristo. Ele obriga os homens a agir de uma maneira que é incompreensível para o mundo. Pedro não estava se rebelando contra o Senhor — ao contrário, ele estava incapaz (impotente, Jo 13:36) perante os homens acusadores. Assim, ele negou e disse: Não sou (25).
Aquilo que tinha começado como uma acusação impessoal e geral dos servos e cria-dos repentinamente tornou-se muito pessoal e específico. Desta vez, o acusador era um dos servos [lit., "escravos"] do sumo sacerdote, e parente (Weymouth) daquele a quem Pedro cortara a orelha (26). Não há nada indireto sobre a sua pergunta. Da colocação das palavras em grego, fica evidente que a resposta esperada era afirmativa: Não te vi [ou seja, com os meus próprios olhos] eu no horto com ele? (26) João, fiel aos fatos, mas não dando maiores detalhes sobre a fraqueza do seu colega discípulo, escre-veu simplesmente: Pedro negou outra vez (cf. Mt 26:74; Mac 15.71). Assim que Pedro pronunciou a sua terceira negação, o galo cantou (27; cf. 13.38).38
a. A Acusação (18:28-32). A cena passa da audiência formal perante Caifás e do Sinédrio para a audiência (28), que era o praitorion, transliterado como "pretório" (NASB). Originalmente, a palavra designava as instalações de um general no campo, e mais tarde a residência oficial do governador. A localização do pretório em Jerusalém não é certa. Alguns dizem que era o palácio construído por Herodes, que ficava sobre a colina de Sião, na parte oeste da cidade. Outros acham que era o Castelo de Antônia, que ficava ao norte da área do Templo (ver o mapa 2). "A maioria dos estudiosos é favorável à segunda localização"."
Quando levaram Jesus ao pretório era pela manhã cedo. A palavra para cedo (proi) refere-se à quarta vigília, das 3 às 6 horas da manhã. Como "uma audiência roma-na podia acontecer a qualquer hora depois do nascer do sol", esta ida até o governador deve ter acontecido tão cedo quanto possível"." Mas eles (sacerdotes, criados, servos do sumo sacerdote) não entraram na audiência, para não se contaminarem e pode-rem comer a Páscoa (28). Como era sexta-feira, e a Páscoa começava oficialmente ao pôr-do-sol, um judeu, para estar cerimonialmente puro, não ousaria entrar em uma cor-te ou casa de um gentio, de onde não tivesse sido removido o pão levedado (Êx 12:15). Bernard observa: "Aqueles homens estavam prestes a corromper as suas almas pelo testemunho inescrupuloso que levaria Jesus a uma morte horrível, mas não queriam incorrer na impureza técnica ou cerimonial ao dar esses testemunho Não há perversão tão sinistra quanto a da consciência humana".' Eles foram o exemplo perfeito de coar um mosquito e engolir um camelo. Sobre eles, Hoskyns diz: "Aqueles que fingem tão grande devoção são, na verdade, culpados de enorme superstição, pois a execução do Messias se torna a preparação da sua festa solene"."
Pilatos, a quem Jesus foi trazido, conhecia bem os costumes e as práticas religiosas dos judeus. Ele tinha aprendido, da pior maneira, que deixar de reconhecer e cooperar com esses costumes só trazia problemas — e ele não queria mais ter problemas. Assim, Pilatos saiu (29) — ele se encontrou com eles fora do pretório.
Quem é este Pilatos, e qual era o seu relacionamento com os judeus? O imperador Tibério nomeara Pilatos como procurador romano em 26 d.C. A sua província abrangia parte da Síria, que incluía a Judéia, Samaria e Iduméia. As suas obrigações eram tanto militares quando administrativas. Embora tecnicamente sob a jurisdição do governador da província da Síria, ele tinha praticamente jurisdição absoluta em sua própria provín-cia, exceto quando havia um cidadão romano envolvido. A política de Roma era a de conceder um elevado grau de autogoverno às províncias, e devido aos costumes e às práticas religiosas dos judeus, esta política conciliatória "era levada a instâncias incomuns, de modo que o governo da Judéia era excepcionalmente difícil"." Pilatos manteve esse posto por dez anos, apesar de períodos de extrema turbulência. Ele é retratado como um homem que era "obstinado, sem tato e teimoso".44
Pode ser que Pilatos tenha sido avisado da prisão, provavelmente na hora em que o "bando" de soldados foi reunido. Assim, quando eles trouxeram Jesus, pela manhã, ele saiu, disposto a ouvir as suas queixas. Ele perguntou: Que acusação trazeis contra este homem? (29) De modo hostil e insolente, eles responderam: Se este não fosse malfeitor [lit., "alguém que pratica o mal"], não to entregaríamos (30). A intenção da resposta era indicar a Pilatos que eles já tinham feito um julgamento. Tudo o que eles queriam era a ratificação necessária para a sua execução. Mas não era fácil encurralar Pilatos. Uma vez que eles já tinham realizado um julgamento, como a sua resposta dei-xava claro, o governador os desafiou: Levai-o vós e julgai-o segundo a vossa lei (31). Se os judeus pudessem ter atingido o seu objetivo maléfico "sozinhos", eles o teriam feito. Sem dúvida, no seu ardiloso planejamento, tinham considerado todos os ângulos possí-veis. A sua resposta deixava claro o seu dilema: A nós não nos é lícito matar pessoa alguma (31)."
João, na sua maneira característica, interpreta isto como uma parte do plano divino previamente mencionado pelo próprio Senhor Jesus... significando de que morte ha-via de morrer (32; cf. Jo 12:32). Ao considerar isto, Hoskyns assume a opinião de que, como deveria haver derramamento de sangue para a salvação do mundo, "Os judeus, ao insistir na crucificação, são motivados pela necessidade divina de que são totalmente inconscientes. Toda a narrativa conduz à conclusão abrangente do julgamento perante Pilatos: [Ele] entregou-lho, para que fosse crucificado" (Jo 19:16).46
b. Onde Está Jesus-Rei? (Jo 18:33-38a). Lucas lembra o fato de que Jesus tinha sido, perante Pilatos, acusado de dizer que era um rei (Lc 23:2). Embora João não registre isso, existem evidências de que tal acusação tenha sido feita. Pilatos tornou, pois, a entrar na audiência, e chamou a Jesus (33)." Imediatamente, disse-lhe: Tu és o rei dos judeus? (33)." O próprio fato de Pilatos ter levantado essa questão sobre o reinado de Jesus fornece a Jesus a oportunidade de inquirir Pilatos sobre a natureza do seu interesse. Teria Pilatos perguntado por causa da sua própria admissão de que estava na presença de um soberano, ou em nome de outros? (34) Pilatos afirmou, em sua respos-ta, que tinha sido por sugestão de outros. Porventura, sou eu judeu? A tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim. Que fizeste? (35)
É Jesus rei? Ele mesmo deu a resposta afirmativa. Ele tem um Reino, meu Reino, mas que não é deste mundo (36). Nele estão os seus servos, que, devido à sua natureza e propósito (eles não são deste mundo, Jo 17:16), não podem lutar para assegurar a liberta-ção de Jesus (18,11) dos judeus. O Reino de Jesus não é do tipo que pode ser defendido pelo escudo, ou propagado pela espada.' Pilatos supôs que isto significava que Jesus professava ser um rei e disse: "Logo tu és rei?" (37, trad. lit.) Jesus confirmou o seu reinado: Tu dizes que eu sou rei (37), e Pilatos concordou com isto. Mas a pergunta continua: Pilatos entendeu que o reino de Jesus é o Reino da verdade, e que Ele é o Soberano da verdade? Eu para isso nasci e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. "A natureza da sua soberania corresponde à natureza da sua missão. Ele é o Rei da verdade, e Ele manifesta o seu poder real não pela força, mas pelo testemunho que Ele dá em relação à verdade" (Jo 3:32-5.33)." Como para colocar a questão de modo pessoal e intencional para Pilatos, Jesus disse: Todo aquele que é da verda-de ouve a minha voz (37; cf. Jo 10:16-27).
Aqui, nos versículos 37:38, está o antigo conflito entre a fé e o cinismo. Aqui está a oportunidade de um homem seguir a verdade e o que é direito, não importando as conse-qüências. E aqui também está a tentação de rejeitar a verdade e as ações honradas, quando isto for custoso. Se pelo menos os homens pudessem ouvir Jesus e crer nele! Se pelo menos os homens pudessem se unir à fé de Lowell:
A verdade, sempre, no patíbulo, O engano sempre no trono -Mas o patíbulo governa o futuro, E, por trás do escuro desconhecido, Está Deus em meio às sombras, Protegendo os seus.
(Da obra The Present Crisis)
Pilatos ouviu a voz de Jesus? Evidentemente não, pois a sua pergunta, Que é a verdade? (38) "meio triste, meio cínica, implica que, mesmo nos assuntos rotineiros, a verdade não é alcançável".51
Jesus nunca deu a Pilatos uma resposta verbal a esta pergunta. Mas o que o nosso Senhor fez, para que todos os homens vissem, foi mostrar o caminho da verdade. A ver-dade é o caminho da vida, mesmo quando é o caminho da cruz.
O Rei dos Judeus, ou Barrabás? (18.38b-40) Pilatos estava convencido da inocên-cia de Jesus, ainda que não completamente atraído pela Verdade. Quando foi ter com os judeus, disse-lhes: Não acho nele crime [aitia, "causa para punição, crime?' algum (38). Então, Pilatos tentou escapar entre as garras do dilema em que ele se encontrava. Por um lado, ele estava persuadido de que Jesus não era culpado. Por outro, sabia que algum favor ou demência teria de ser oferecido aos judeus. Então lembrou-se do costume de libertar um prisioneiro na época da Páscoa.' Eles queriam que ele soltasse o rei dos judeus? (39) Uma vez que Pilatos tinha estado tão cego quanto à verdadeira natureza e missão de Jesus, este título que ele empregou pode ter sido apenas uma maneira de demonstrar o seu desprezo pelos judeus.
A tentativa de Pilatos de resolver o dilema propondo uma terceira solução fracassou completamente. Pois todos voltaram a gritar, dizendo: Este não, mas Barrabás! (40) "Existe uma impressionante emoção na curta frase"' com que João conclui o assun-to: E Barrabás era um salteador.
Champlin
Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de João Capítulo 18 versículo 1
Ribeiro Cedrom: Um vale estreito ou ribanceira entre Jerusalém e o monte das Oliveiras.Jo 18:1Mt 26:36; Mc 14:32.
Champlin - Comentários de João Capítulo 18 versículo 5
Champlin - Comentários de João Capítulo 18 versículo 13
Anás... Caifás: Anás foi sumo sacerdote durante os anos 6:15 d.C., e o seu genro Caifás, nos anos 18:36 d.C. Anás conservou o título no tempo de Caifás, devido ao seu prestígio e porque também conservava certa autoridade. Conforme Lc 3:2; At 4:6.
Champlin - Comentários de João Capítulo 18 versículo 14
Champlin - Comentários de João Capítulo 18 versículo 28
Pretório: Era a casa onde se alojava o governador, que vivia em Cesaréia, porém passava algumas temporadas em Jerusalém. O lugar seria o palácio de Herodes, situado ao poente da cidade, ou a Fortaleza Antônia, situada perto do templo, onde ficava o quartel da tropa romana.Jo 18:28 Ao entrar na casa de um pagão, o judeu tornava-se ritualmente impuro (conforme At 10:28).
Champlin - Comentários de João Capítulo 18 versículo 29
Pôncio Pilatos, governador da Judéia (26-36 d.C.), vivia em Cesaréia, situada na costa do mar Mediterrâneo, porém ia a Jerusalém por ocasião das festas principais dos judeus.
Champlin - Comentários de João Capítulo 18 versículo 31
Os romanos se reservavam o direito de aplicar a pena de morte.
Champlin - Comentários de João Capítulo 18 versículo 32
Isto é, pela crucificação (conforme Jo 3:14; Jo 8:28; Jo 12:32). Essa forma de execução não existia na lei judaica. Os romanos a aplicavam, sobretudo, aos que não eram cidadãos romanos, para castigar delitos graves como o de sedição.
Champlin - Comentários de João Capítulo 18 versículo 33
As autoridades judaicas acusavam Jesus diante de Pilatos do delito de sedição: pretender ser rei dos judeus.
Champlin - Comentários de João Capítulo 18 versículo 37
A pergunta de Pilatos e a resposta de Jesus correspondem à pergunta e resposta diante do próprio Sinédrio (conforme Mt 26:63-64). Como, com certeza, Pilatos não entenderia o conceito que os judeus tinham sobre o Messias, o mais fácil era acusar Jesus de pretender ser rei, coisa que o governador interpretaria como um ato de rebelião contra Roma. A resposta de Jesus (Tu dizes que sou rei) podia significar simplesmente Sim ou também podia indicar que Jesus admitia ser rei, se bem que não no sentido em que o governador havia entendido.Jo 18:37 Conforme Jo 1:14,Jo 1:17; Jo 8:45; Jo 14:6.
Genebra
Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de João Capítulo 18 do versículo 1 até o 40
*
18.1-40
Este capítulo tem três seções: a prisão de Jesus é registrada nos vs. 1-18; o julgamento diante de Anás nos vs. 19-27; e o julgamento diante de Pilatos nos vs. 28-40.
As narrativas dos quatro Evangelhos cobrem os maiores eventos da prisão, julgamento, execução e ressurreição de Jesus. Embora algumas dificuldades surgiam na correlação de detalhes, os principais elementos estão em completa harmonia. Jesus foi preso à noite. Seu julgamento diante das autoridades judaicas teve, pelo menos, duas fases e durante esta parte do julgamento, Pedro negou Jesus três vezes. O julgamento diante de autoridades seculares teve três fases e Jesus foi executado pelos soldados de Pilatos. Ele foi sepultado no túmulo de José de Arimatéia, e no primeiro dia da semana ressurgiu dentre os mortos, e foi visto vivo em várias ocasiões, pelos seus discípulos. Nenhuma dificuldade na correlação de detalhes é insuperável. Em um número de casos, mais do que uma explicação é possível e, na ausência de dados mais completos, é difícil escolher entre eles.
* 18:1
ribeiro Cedrom. No vale do Cedrom a leste da cidade.
* 18:3
a escolta e, dos principais sacerdotes e dos fariseus. Estes eram, provavelmente, os mesmos guardas do templo, referidos em 7.32,45. Eles, obviamente, esperavam resistência à prisão, tanto por parte de Jesus como dos discípulos.
* 18:4
sabendo... todas as coisas... adiantou-se e perguntou-lhes. Notar aqui e nos vs. 7 e 11, que Jesus estava pronto para ser preso e interrogado. Não esboçou nenhuma tentativa de escapar àquilo que viera fazer.
* 18.5-7
Sou eu. Aqui pode ser uma simples identificação, mas mesmo assim, a resposta de Jesus coincide com o nome solene de Deus (EU SOU), usado na tradução grega do Antigo Testamento, em Êx 3:14 (6.35, nota).
* 18:8
deixai ir estes. Mesmo nesta hora crucial, Jesus estava preocupado com os seus discípulos (17.12).
* 18:10
Pedro... feriu o servo do sumo sacerdote. Um mau concebido ato de resistência. Só João registra que Pedro carregava uma espada e que Malco era o nome do servo; somente Lucas registra que Jesus o curou (Lc 22:51).
* 18:11
Mete a espada na bainha. A repreensão de Jesus nada tem a ver com a possibilidade da auto-defesa ou da resistência civil; a questão é que Jesus veio para dar a sua vida em resgate de muitos e ele não devia ser dissuadido desta tarefa (conforme Mt 16:21-23).
não beberei... o cálice. Esse "cálice" é o cálice do vinho da ira de Deus (Sl 75:8; Is 51:17; Jr 25:15-17,27-38). O "cálice" que Jesus escolheu beber não é meramente a morte, mas a ira de Deus sobre o pecado (conforme Mt 20:22; Mc 10:38).
* 18:13
Anás. Um dos mais influentes líderes judeus da época. Ainda que deposto do ofício de sumo sacerdote pelos romanos, ele era ainda conhecido por este título entre os judeus. É difícil determinar se este versículo e os vs. 19-24 representam uma ou duas fases de um julgamento diante das autoridades judaicas. Mateus, Marcos e Lucas se referem a uma fase adicional diante do Sinédrio. A julgar pela descrição das regras para julgamento encontradas no Mishnah de uns dois séculos depois, os procedimentos aqui foram marcados por sérias irregularidades e violações da lei judaica. O Sinédrio não podia reunir-se à noite; a pena de morte não podia ser declarada no dia do julgamento; aí foram usadas falsas evidências e falsos testemunhos (Mt 26:59,60). Jesus foi esbofeteado pelos guardas durante o julgamento (v.22; Mc 14:65). Em acréscimo a tudo isto, era ilegal o Sinédrio reunir-se para um processo capital na véspera de um Sábado ou do dia de festa. Estas violações mostram que a condenação de Jesus, pelas autoridades judaicas, foi uma caricatura grotesca de justiça.
* 18:15
e outro discípulo. Provavelmente este era João, uma vez que dos três mais chegados a Jesus (Pedro, Tiago e João) ele é o único que não é mencionado pelo nome no Evangelho.
conhecido do sumo sacerdote. Ele foi admitido ao palácio e até mesmo se lhe permitiu convidar um hóspede (v.16).
* 18:17
A narrativa da negação de Pedro é interrompida no Evangelho de João por uma parte do processo de julgamento (vs. 19-24). Pareceria que houve três ocasiões da negação, ao invés de três declarações diferentes de Pedro. Isto é o que alguém poderia esperar com várias pessoas indo e vindo para aquecer-se junto ao fogo. Pode haver diferentes modos legítimos de distinguir as ocasiões para demonstrar a figura das três negações preditas por Jesus (13.38). Todos os quatro Evangelhos concordam que a primeira negação foi em resposta a uma pergunta de "uma serva", em outras palavras, de uma pessoa inofensiva, sem grande importância na casa.
Não sou. A negação de Pedro mostra que, quando Jesus suportou o castigo divino contra o pecado, ele o fez sem o conforto ou consolação. A negação de Pedro é predita em Zc 13:6,7. A solidão de Jesus em seu sofrimento é antecipada noSl 69:20.
* 18:19
Então, o sumo sacerdote interrogou. Este pode ter sido Anás ou Caifás na casa de Anás (v.24). Um acusado não podia ser interrogado até que uma testemunha tivesse, primeiro, estabelecido uma base para fundamentar a culpa. Por esta razão, alguns chamam isto uma audiência, e não um julgamento.
* 18:22
um dos guardas... deu uma bofetada em Jesus. Isto, obviamente, era altamente irregular, especialmente quando o prisioneiro estava amarrado (v.24).
* 18:26
parente. Uma pergunta feita por este colocou Pedro em maior perigo do que as perguntas anteriores, uma vez que o interlocutor podia estar querendo vingar Malco.
* 18:28
o pretório. Ver referência lateral. O julgamento romano de Jesus parece ter tido três fases: levado diante de Pilatos (vs.28-38); levado diante de Herodes (Lc 23:5-12); e levado segunda vez diante de Pilatos (18.39—19.16). João descreve somente a primeira e terceira partes, porém com mais detalhes do que os outros Evangelhos.
não entraram no pretório para não se contaminarem. O pretório romano era um lugar de hostilidade entre os romanos e os judeus, e um lugar imundo para os judeus. Extraordinariamente, é o lugar onde eles colaboraram para levar Jesus à morte. Ver nota sobre caps.13-17.
* 18:29
Que acusação. Os judeus não tinham acusação que seria reconhecida num tribunal romano, não importando se fosse considerada por eles como uma pena capital.
* 18:31
Tomai-o vós outros e julgai-o. Uma resposta lógica. O argumento de Pilatos é que se eles não estavam querendo especificar as acusações, não deviam esperar que Pilatos conduzisse o julgamento.
A nós não nos é lícito matar ninguém. Esta era uma disposição usual nos países ocupados por Roma, talvez para proteger aqueles que apoiavam Roma. Os judeus nem sempre eram tão obedientes: veja-se a morte de Estêvão (At 7:57-60).
* 18:32
significando o modo por que havia de morrer. Ver 3.14; 12:32-34. O apedrejamento era o método judeu de punição capital. Enforcamento ou crucificação, como implicado nas palavras "for levantado", eram usados pelos romanos. Isto mostra o controle divino sobre todo aquele procedimento jurídico, mesmo que tenha sido marcado por flagrante injustiça.
* 18:33
rei dos judeus. Jesus não era o "rei dos judeus" no sentido de promover sedição contra Roma, como o acusaram os líderes judeus (Lc 23:2), mas era o Rei dos Judeus no sentido Messiânico (12.13; Mt 2:2; Lc 1:32-33; 19:38).
* 18:36
O meu reino não é deste mundo. Jesus é um rei, mas não estabelecerá o seu reino pela força. Isto confundiu grandemente a Pilatos. Ver "O Reino Celestial de Jesus", em At 7:55.
* 18:37
Tu dizes que sou rei. A pergunta de Pilatos enseja a maravilhosa resposta de Jesus cujo reino e missão são fundados na verdade (1.8,14,17; 8.32;14.6).
* 18:38
Que é a verdade. A verdade não importa para aqueles que, como Pilatos, são motivados por oportunismo. Do mesmo modo, a verdade não importa para os céticos, que perderam a esperança de conhecê-la.
Eu não acho nele crime algum. Pilatos não encontra crime em Jesus e está relutante em condenar Jesus à morte. Ironicamente, é um governador romano pagão, que tenta soltar Jesus, enquanto "os seus" (1,11) querem matá-lo.
* 18:39
É costume entre vós. O costume de perdoar um criminoso na Páscoa é relevante em relação à própria festa, que comemora a ação de Deus em poupar os israelitas da morte.
* 18:40
Barrabás. O nome significa "filho do pai". Ao invés dele, foi o verdadeiro Filho do Pai que morreu.
Matthew Henry
Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de João Capítulo 18 do versículo 1 até o 40
18:3 Os oficiais dos principais sacerdotes e dos fariseus possivelmente eram membros do guarda do templo; eram judeus a quem os líderes religiosos delegaram autoridade para efetuar arrestos em casos de infrações menores. Os soldados talvez tenham sido uma pequena companhia de soldados romanos que não participaram da detenção, mas sim acompanharam ao guarda do templo para assegurar-se de que a situação não se descontrolasse.18:4, 5 João não narra o beijo de saudação do Judas (Mt 26:49; Mc 14:45; Lc 22:47-48), mas o beijo do Judas marcou um ponto de transição para os discípulos. A partir da detenção do Jesus, a vida de cada um seria radicalmente diferente. Pela primeira vez, Judas traiu abertamente ao Jesus diante dos outros discípulos. Pela primeira vez, os leais discípulos do Jesus se afastaram correndo (Mt 26:56). O grupo de discípulos sofreria um tempo de severo prova antes de transformar-se de seguidores vacilantes em líderes dinâmicos. TRAICION NO HORTA : depois de comer a ceia de Páscoa no aposento alto, Jesus e seus discípulos foram ao Getsemaní, lugar onde o guarda do templo, guiado pelo Judas, prenderia o Jesus. Desde aí o levariam a casa do Caifás para o primeiro de seus muitos julgamentos.18:6 Os homens talvez se surpreenderam ante o jogo da pergunta do Jesus, ou ante as palavras "Eu sou", que era uma declaração de sua divindade (Ex 3:14). Ou possivelmente ficaram afligidos ante o óbvio poder e autoridade do Senhor.18.10, 11 Tratando de proteger ao Jesus, Pedro desenvainó uma espada e feriu o servo do supremo sacerdote. Mas Jesus disse ao Pedro que colocasse sua espada na vagem e permitisse o desdobramento do plano de Deus. Às vezes resulta tentador nos encarregar dos assuntos, forçar a situação. A maioria das vezes essas atitudes nos conduzem ao pecado. Em lugar disso devemos confiar que Deus levará a cabo seu plano. Considere-o: se Pedro o tivesse feito a sua maneira, Jesus não teria ido à cruz, e o plano de redenção de Deus se teria obstaculizado.18:11 A taça significa o sofrimento, o isolamento e a morte que Jesus deveria suportar a fim de expiar os pecados do mundo.18.12, 13 Ao Jesus o levaram imediatamente à residência do supremo sacerdote, apesar de que isto ocorreu em meio da noite. Os líderes religiosos estavam apurados; queriam completar a execução antes do dia de repouso e seguir adiante com a celebração da Páscoa. Esta residência era um palácio cujos muros exteriores rodeavam um pátio onde servos e soldados se esquentavam junto a um fogo.18:13 Anás e Caifás foram supremos sacerdotes. Anás foi o supremo sacerdote do Israel desde 6 a 15 D.C., quando os governadores romanos o depuseram. Ao Caifás, genro do Anás, nomearam-no supremo sacerdote e permaneceu no cargo desde 18 a 36/37 D.C. De acordo com a lei judia, esta posição era vitalícia. portanto, muitos judeus seguiam considerando ao Anás como supremo sacerdote e o seguiam chamando por esse título. Mas, embora Anás seguia tendo muita autoridade entre os judeus, Caifás tomava as decisões finais. Tanto Caifás como Anás se interessavam mais por suas ambições políticas que por sua responsabilidade de guiar ao povo para Deus. Apesar de ser líderes religiosos, voltaram-se malvados. Em sua condição de líderes espirituais, devessem ter sido sensíveis à revelação de Deus. Devessem ter sabido que Jesus era o Messías do qual falavam as Escrituras e devessem ter conduzido ao povo para O. Mas quando homens e mulheres enganosos procuram fazer o mal, desejam eliminar toda oposição. Em lugar de fazer uma avaliação sincera das declarações do Jesus apoiando-se em seu conhecimento das Escrituras, estes líderes religiosos procuraram satisfazer suas próprias ambições egoístas e inclusive estiveram dispostos a matar ao Filho de Deus, se era isso o que fazia falta para as obter.18:15, 16 O outro discípulo possivelmente era João, o autor deste Evangelho. Conhecia supremo sacerdote e se deu a conhecer a criada que estava à entrada. Por causa de suas relações, João conseguiu entrar junto com o Pedro ao pátio. Mas este não quis identificar-se como seguidor do Jesus. As experiências do Pedro nas horas subseqüentes lhe trocariam a vida. se desejar mais informação sobre o Pedro, veja-se seu perfil no Mateus 27.18.19ss Durante a noite, Jesus teve uma audiência prévia ao julgamento ante o Anás antes de que o levassem ao Caifás e a todo o Sanedrín (Mc 14:53-65). Os líderes religiosos sabiam que não tinham do que acusar ao Jesus, assim trataram de acumular evidências em seu contrário mediante o uso de falsas testemunhas (Mc 14:55-59).18.22-27 Facilmente podemos nos zangar com o concílio por sua injustiça ao condenar ao Jesus, mas devemos recordar que Pedro e outros discípulos também contribuíram à dor do Jesus ao abandoná-lo e negá-lo (Mt 26:56, Mt 26:75). Apesar de que muitos não somos como os líderes religiosos, todos somos como os discípulos, pois às vezes negamos que Cristo é o Senhor em aspectos muito vitais de nossas vidas ou mantivemos em segredo nossa identidade como crentes em tempos de pressão. Não se desculpe assinalando a outros cujos pecados parecem ser piores que os seus. Mas bem, acuda ao Jesus em busca de perdão e sanidade.18.25-27 Imagine que você está parado fora enquanto interrogam ao Jesus, seu Senhor e Professor. Imagine também olhando a esse homem, o qual chegou a acreditar que é o Messías tão esperado, enquanto abusam do e o golpeiam. Naturalmente, Pedro estava confundido e assustado. É um pecado sério negar a Cristo, mas Jesus perdoou ao Pedro (21.15-17). Nenhum pecado é muito grande para que Jesus o perdoe se você estiver na verdade arrependido. O perdoará inclusive seu pior pecado se deixar de cometê-lo e pede perdão.18:25 Os outros Evangelhos dizem que as três negações do Pedro ocorreram perto de um fogo no pátio exterior do palácio do Caifás. No relato do João a primeira negação aparece para fora da casa do Anás e as outras duas para fora da casa do Caifás. É provável que tenham ocorrido no mesmo pátio. A residência do supremo sacerdote era grande e Anás e Caifás sem dúvida viviam perto.18:27 Este fato cumpriu as palavras que Jesus disse ao Pedro depois que ele prometesse que jamais o negaria (Mc 14:31; Jo 13:38).18:28 Segundo a lei judia, entrar na casa de um gentil convertia ao judeu em uma pessoa ceremonialmente poluída. Como resultado, dita pessoa não podia participar do culto no templo nem celebrar as festas enquanto não se restaurasse a um estado de "limpeza". Por temor a poluir-se, estes homens permaneceram fora da casa onde levaram ao Jesus para ser julgado. Respeitaram os requisitos do cerimonial de sua religião enquanto que em seu coração albergavam homicídio e traição.18:29 Este governador romano, Pilato, teve a seu cargo a Judea (a região onde estava localizada Jerusalém) desde 26 a 36 D.C. Pilato não era popular entre os judeus porque saqueou o tesouro do templo procurando dinheiro para construir um aqueduto. Não lhe agradavam os judeus, mas quando Jesus, o Rei dos judeus, esteve de pé ante ele, Pilato o achou inocente.18:30 Pilato sabia o que ocorria; sabia que os líderes religiosos odiavam ao Jesus e não queria lhes servir de verdugo. Não podiam condená-lo a morte, a permissão devia vir de um líder romano. Mas Pilato em um início se negou a sentenciar ao Jesus sem evidência suficiente. A vida do Jesus passou a ser um peão na luta do poder político.18.31ss Pilato tentou quatro vezes chegar a uma solução com o Jesus: (1) tratou de fazer que outro carregasse com a responsabilidade (18.31); (2) tratou de encontrar uma via de escapamento para liberar o Jesus (18.39); (3) tratou de chegar a um acerto fazendo que açoitassem ao Jesus em lugar de entregá-lo à morte (19.1-3); e (4) tratou de apelar diretamente à simpatia dos acusadores (19.15). Todos devem decidir o que fazer com Cristo. Pilato tentou deixar que outros decidissem por ele e ao final saiu perdendo.18:32 Esta predição aparece em Mt 20:19. A crucificação era um método comum de execução para criminosos que não eram cidadãos de Roma.18:34 Se Pilato formulava esta pergunta em seu papel de governador romano, sua intenção seria a de averiguar se Jesus estava estabelecendo um governo rebelde. Mas os judeus usavam a palavra rei para pô-lo como um governante religioso, o Messías. Israel era uma nação cativa, sob o poderio militar do Império Romano. Um rei rival poderia ter sido uma ameaça para Roma; um Messías poderia ter sido um líder puramente religioso.JULGAMENTO E CRUCIFIXION DO Jesus: Jesus foi levado do julgamento ante o Sanedrín judeu ao julgamento ante o procurador romano Pilato, na Torre Antonia. Pilato o enviou ao Herodes (Lc 23:5-12), mas este não demorou em mandá-lo ao Pilato. Respondendo às ameaças da turfa, Pilato por último acessou a que Jesus fora crucificado.18.36, 37 Pilato formulou ao Jesus uma pergunta direta e este respondeu com claridade. Jesus é um Rei, mas um rei cujo Reino não é deste mundo. Ao parecer, na mente do Pilato não havia dúvida de que Jesus dizia a verdade e era inocente de qualquer delito. Também parece evidente que apesar de reconhecer a verdade, Pilato decidiu rechaçá-la. É uma tragédia que não reconheçamos a verdade. É uma tragédia maior reconhecer a verdade e não lhe emprestar atenção.18:38 Pilato era um cínico; pensava que toda verdade era relativa. Para muitos oficiais do governo, a verdade era algo com a que estivesse de acordo a maioria ou o que fora que ajudasse a promover seu próprio poder pessoal e suas metas políticas. Onde não há uma base de verdade, não há apóie para o que é moralmente bom e mau. A justiça passa a ser algo que dê resultado ou o que seja que ajude aos que exercem o poder. No Jesus e em sua Palavra encontramos uma norma para o que é verdade e para nossa conduta moral.18:40 Diabinho era um rebelde contra Roma e, apesar de ter cometido homicídio, possivelmente era um herói entre os judeus. Os judeus detestavam que Roma os governasse e ter que pagar impostos ao desprezado governo. A Diabinho, que dirigiu uma rebelião faltada, liberaram-no em lugar do Jesus, o Unico que na verdade podia ajudar ao Israel. se desejar mais informação sobre Diabinho, veja-a nota a Lc 23:18-19. OS SEIS CENÁRIOS DO JULGAMENTO DO Jesus Apesar de que o julgamento do Jesus durou menos de dezoito horas, apresentaram-no ante seis auditórios diferentes.ANTE AUTORIDADES JUDIASAudiência preliminar ante o Anás (cf11\ul Jo 18:12-24) devido a que o ofício de supremo sacerdote era vitalício, Anás ainda era o supremo sacerdote "oficial" ante os judeus, embora os romanos escolheram a outro. Anás ainda tinha uma grande influencia ante os membros do Sanedrín. Audiência ante o Caifás (Mt 26:57-68) Como no caso da audiência ante o Anás, esta também se levou a cabo na noite, em segredo. Esteve cheia de ilegalidades que fizeram da justiça uma brincadeira (veja-se quadro no Mateus 28). Julgamento ante o Sanedrín (Mt 27:1, 2) Depois do amanhecer, setenta membros do concílio judeu se reuniram para manifestar sua aprovação à audiência prévia para lhe dar validez legal. O propósito deste julgamento não foi fazer justiça, a não ser justificar seus próprios preconceptos da culpabilidade do Jesus.ANTE AUTORIDADES ROMANASPrimeira audiência ante o Pilato (cf11\ul Lc 23:1-5) Por motivos religiosos, os líderes religiosos condenaram ao Jesus à morte, mas solo o governo romano podia autorizar a aplicação da pena de morte. Por isso, levaram ao Jesus ante o Pilato, governador romano, e o acusaram de traição e rebelião, delitos pelos quais o governo romano aplicava a pena de morte. Pilato notou imediatamente que Jesus era inocente, mas temia que se originasse um alvoroço e que os líderes religiosos o acusassem. Audiência ante o Herodes (Lc 23:6-12) Tomando em conta que Jesus vivia na região da Galilea, Pilato enviou ao Jesus ao Herodes Agripa, governador da Galilea, quem se achava em Jerusalém para celebrar a Páscoa. Herodes estava desejoso de ver um milagre, mas quando Jesus permaneceu calado, Herodes perdeu a paciência e o mandou de novo ao Pilato. Ultima audiência ante o Pilato (Lc 23:13-25) Ao Pilato não caíam bem os líderes religiosos. Tampouco lhe interessava liberar o Jesus, apesar de que sabia que era inocente. Sabia também que outro distúrbio em seu distrito poderia lhe custar seu posto. Primeiro quis congraçar-se com os líderes religiosos fazendo açoitar ao Jesus, uma ação ilegal em si mesmo. Mas ao final cedeu e o entregou para ser executado. Seu próprio interesse era muito mais forte que seu sentido de justiça.
Wesley
Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de João Capítulo 18 do versículo 1 até o 40
IV. A história da paixão (Jo 18:19) 1 Quando Jesus pronunciou estas palavras, ele saiu com os seus discípulos para além do ribeiro de Cedrom, onde havia um jardim, no qual ele entrou, ele e seus discípulos. 2 Agora Judas, o traidor, conhecia aquele lugar, porque Jesus muitas vezes ajuntava ali com os seus discípulos. 3 Judas, em seguida, depois de ter recebido a banda de soldados e oficiais dos principais sacerdotes e os fariseus, chegou ali com lanternas, tochas e armas. 4 Jesus, portanto, sabendo que todas as coisas que lhe havia de suceder, adiantou-se e disse-lhes: A quem buscais? 5 Responderam-lhe: Jesus de Nazaré. Jesus disse-lhes: Eu sou ele . E Judas, que o traía, também estava com Ec 6:1 Quando, portanto, ele disse-lhes: Eu sou ele , eles andaram para trás, e caiu no chão. 7 Mais uma vez, portanto, perguntou-lhes: A quem buscais? E eles disseram, Jesus de Nazaré. 8 Jesus respondeu: Eu disse a você que eu sou ele ; se, portanto, a mim que buscais, deixai ir estes maneira: 9 que a palavra se cumprisse o que ele falou, Dos que me deste eu não perdeu 1. 10 Então Simão Pedro, que tinha espada, desembainhou-a e feriu o sumo sacerdote de servo, e cortou-lhe a orelha direita. . Agora o nome do servo era Malco 11 Jesus, pois, disse a Pedro: Mete a tua espada na bainha; o cálice que o Pai me deu, não hei de beber?
A conta que João deu da Paixão e da Ressurreição é completo em si mesmo e de acordo com o seu método de utilização de eventos selecionados na vida de Jesus como sinais ou testemunhas à sua pessoa. A história de João dos Passos serve este mesmo fim.Seguindo também o seu conceito de um calendário na vida de Jesus, João retratado Ele como calmamente e deliberadamente deixando a cena do último discurso e ir com os discípulos para o Jardim do Getsêmani (embora ele não nomeá-lo, nem estar relacionados a agonia de Jesus que teve lugar lá). Para os discípulos que era uma outra ocasião para fugir do frio da noite com o seu Senhor, a quem eles estavam começando a observar com uma nova visão. Para Jesus foi manter um compromisso com Judas, o traidor, e com a morte, o último grande inimigo do homem. Judas conhecia o lugar , e Jesus parecia saber que Judas iria olhar para ele no jardim. Como a cena tinha mudado desde aqueles momentos em que Judas foi um dos Doze, em comunhão com Jesus no encontro jardim!
A deliberação de Jesus foi acompanhado pela intensidade de Judas, o que mostra que o mal pode ser tão convincente quanto a justiça do homem que se entrega a ele. A mania de cabeça apreendidos Judas, e pode-se imaginar a sua corrida de atividade em preparação para a prisão, como se ele estivesse com medo de parar para que um melhor lay impulso conta dele. Desde a época da Última Ceia, que não poderia ter sido mais do que algumas horas de acordo com João-Judas tinha conferido com o Sinédrio, fez um acordo com esse corpo dirigente dos judeus, e apressou-se para encontrar Jesus. Ele veio para o jardim com um grupo de soldados fornecidos pelo Sinédrio, tendo um capitão e os oficiais (v. Jo 18:12 ). Eles estavam armados para a noite de combatividade com lanternas, archotes e armas (v. Jo 18:3 ). Certamente não havia necessidade de tal força, se eles esperavam apenas para prender Jesus. Os soldados podem ter sido enviado junto para proteger Judas no caso de Jesus ou os discípulos deram resistência. Mais provavelmente, a força foi atribuído a Judas no caso do levante temido (Jo 11:48) deve ocorrer, mesmo que fosse noite, quando poucas pessoas estariam ao redor. O medo era, em parte, justificado, para a aparência dos soldados Pedro liderou um movimento de resistência de um homem só o tempo suficiente para cortar a orelha de um homem. É um pouco surpreendente para encontrar Pedro com uma espada. João teve o cuidado de dizer que ele tinha um, como se não fosse a coisa habitual. Certamente não havia nada no programa de Jesus para exigir os seus discípulos a ter armas de qualquer tipo. Pedro pode ter obtido a espada no caminho para o jardim, antecipando problemas, e determinado a provar sua lealdade a Jesus expressa que o Mestre tinha muito recentemente desafiou (13 37:38'>13 37:38 ). De qualquer forma, assim que soube que os soldados tinham vindo para Jesus, ele entrou em ação, atacando o primeiro homem que ele poderia alcançar; parece haver nenhuma outra razão por que ele feriu o servo do sumo sacerdote.Pedro foi, provavelmente, um espadachim pobre, sendo um pescador e não um soldado. Com o objetivo de unir a cabeça do homem, ele perdeu e tomou-lhe a orelha direita. Este era um mau perder, de fato, se Pedro teve a chance de ser destro. Ele poderia ter atingido novamente, mas ele foi interrompido, não pelos soldados, mas por Jesus, para que Pedro deve ter sido grato como ele pensou sobre o evento. Lucas diz que os discípulos perguntaram a Jesus se eles devem lutar, e que um deles correu com sua espada antes de Jesus podia responder. Ao que Jesus repreendeu-o e curou a orelha (Lc 22:49 ).
Os soldados que vieram com Judas provavelmente não eram soldados romanos, que "teria levado Jesus ao mesmo tempo a Pilatos, e não para o sumo sacerdote." Judas veio como seu guia. Jesus identificou-se a eles, de acordo com João, ao passo que os Sinópticos dizer que Judas identificou-Lo por beijá-lo. Quando Jesus disse que uma segunda vez, eu sou ele , os soldados recuaram em consternação e medo, repelido pela própria majestade de Seu porte. João disse isso para mostrar que eles não poderiam ter levado Jesus a não ser que ele se permitiu ser tomadas. Pode ter sido a Judas que Jesus disse: Se, pois, a mim que buscais, deixai ir estes maneira (v. Jo 18:8 ), o que significa para ele a deixar o grupo e deixar os soldados retornar aos seus quartéis. Se assim for, esta foi uma tentativa de ganhar Judas volta. Mais nenhuma menção de Judas é feita no Evangelho de João; Mateus diz que Judas se enforcou (Mt 27:5)
12 Então, a banda e até o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus e amarrou-o, 13 e levou-o a Annas em primeiro lugar; pois era sogro de Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano. 14 Ora, Caifás era quem tinha aconselhado aos judeus que convinha que um homem morra pelo povo. 15 E Simão Pedro seguia Jesus, e assim o fez outro discípulo. Este discípulo era conhecido do sumo sacerdote, e entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote; 16 mas Pedro estava parado na porta, sem. Então o outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, saiu e falou a ela que manteve a porta e levou Pedro para dentro. 17 A empregada, portanto, que manteve o diz porta a Pedro: Não és tu também um dos discípulos deste homem? Ele diz: Eu não sou. 18 Ora, os servos e os guardas estavam de pélá , depois de ter feito um fogo de brasas; porque fazia frio; e eles estavam se aquecendo, e Pedro também estava com eles, de pé, aquecendo-se. 19 O sumo sacerdote, portanto, perguntou Jesus dos seus discípulos, e de seu ensino. 20 Jesus lhe respondeu: Eu falei abertamente ao mundo; Eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se reúnem; e falou o segredo que eu nada.21 Por que me perguntas a mim? pedir-lhes que já ouviu falar de mim , o que eu lhes dizia: Eis que estes sabem as coisas que eu disse. 22 E, havendo dito isso, um dos guardas que ali por Jesus bateu com a mão, dizendo: Não respondes ao sumo sacerdote ? assim 23 Respondeu-lhe Jesus: Se falei mal, dá testemunho do mal; mas, se bem, por que me feres? 24 Annas, portanto, enviou, maniatado, a Caifás, o sumo sacerdote. 25 E Simão Pedro estava se aquecendo. Disseram-lhe, pois és tu também um dos seus discípulos? Ele negou, e disse: Não sou. 26 E um dos servos do sumo sacerdote, sendo um parente daquele a quem Pedro cortara a orelha, disse, não te vi eu no jardim com ele? 27 , portanto, Pedro negou novamente: e logo o galo cantou.
O julgamento de Jesus era duplo-eclesiástica e civil. Cada um tinha três fases, como pode ser visto a partir de um levantamento dos quatro Evangelhos neste momento. João omitido a sessão antes do Sinédrio no início da manhã, bem como que diante de Herodes da Galiléia. Ele também abreviado muitos detalhes fornecidos por um ou mais dos Sinópticos. Eles, por sua vez omitir a sessão antes de Annas.
Os soldados parecem ter sido instruído a evitar conflitos e para prender Jesus o mais silenciosamente possível, porque ali estavam, até que tenha certeza de que não haveria oposição aberta. Em seguida, eles apreenderam Jesus e amarrou-o (v. Jo 18:12 ), a lição que as chances de que todos os amigos podem tentar resgatá-lo. Ele foi mantido amarrado perante o sumo sacerdote (v. Jo 18:24 ), mas, aparentemente, foi dada liberdade suficiente para andar quando levado a Pilatos (v. Jo 18:28 ). Levaram-no primeiramente a Anás; pois era sogro de Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano (v. Jo 18:13 ). Anás era o sumo sacerdote 7-14 ANÚNCIO e foi seguido por cinco filhos e um filho-de-lei, Caifás. Se ele ocupou um cargo no Sinédrio, no momento do julgamento de Jesus é incerta, mas evidentemente ele continuou a exercer considerável controle sobre seus assuntos. O questionamento parece ter ocorrido diante de Anás, depois que Jesus foi entregue a Caifás para a disposição de seu caso. "Note-se que de acordo com João não há julgamento formal, nenhuma citação de testemunhas como nos Sinópticos, mas sim uma tentativa de reunir provas contundentes para colocar diante de Pilatos." Jesus foi questionado a respeito de seus discípulos e os Seus ensinamentos . Em suas respostas Ele não fez nenhuma referência aos discípulos, testemunhando apenas de si mesmo: Eu tenho falado abertamente ... e falou em segredo que eu nada. Por que me perguntas me tu? pedir-lhes que me ouviu (vv. Jo 18:21-22 ). A única resposta veio de um dos oficiais de impedimento, que atacaram Jesus com a palma da sua mão, acusando-o de ser descortês com o sumo sacerdote. Pode-se imaginar que o policial fez isso em resposta a um sinal silencioso de Caifás. Mas Jesus ignorou a referência ao sumo sacerdote, e novamente fez Seu apelo com base em seus ensinamentos. Se falei mal [ no meu ministério público ], dá testemunho do mal: mas, se bem, por que me feres (v . 23 ). Com isso, ele foi levado para o palácio de Pilatos.
Pedro e outro discípulo tinham seguido Jesus à casa do sumo sacerdote. O outro discípulo é tradicionalmente pensado para ter sido o apóstolo João e autor deste Evangelho. Como ele, um pescador da Galiléia, era conhecido do sumo sacerdote (v. Jo 18:15) tem sido um problema para os estudiosos. Esta observação é mais fácil de conciliar com uma teoria da autoria dos atributos que o Evangelho a um ancião Jerusalém, em vez de João, filho de Zebedeu. Talvez João, ocultando o nome do discípulo, não estava referindo-se a si mesmo. Havia um discípulo que conhecemos tinha acesso à presença do sumo sacerdote, ele tinha estado lá não muito muitas horas antes. Não nos é dito que Judas estava fazendo durante a prisão e interrogatório de Jesus, mas o Evangelho de Mateus diz que no final do processo (antes de Jesus foi levado a Pilatos), ele foi "condenado" pelo que ele tinha feito; ele devolveu o dinheiro aos chefes dos sacerdotes e se enforcou. Ele não foi convidado a testemunhar contra Jesus, mas como ele observou o propósito e as táticas das autoridades judaicas, e quando viu o Mestre levados para a morte certa, ele "se arrependeu" de que ele tinha feito. Ele e Pedro estavam presentes no julgamento eclesiástico. E assim, o discípulo que ganhou ingresso para Pedro poderia ter sido Judas.Se isto é assim, Judas poderia ter sido um fator que influencia em Pedro negar o seu Senhor. Se João sabia o relato de Mateus que Judas se arrependeu de sua má ação, ele pode ter sido constrangido a esperança de que Judas tinha obtido misericórdia e morreu um discípulo de coração-por isso, talvez, João chamou-o um discípulo ao invés de usar o seu nome.
Não nos é dito por que Pedro seguiu Jesus para as câmaras do sumo sacerdote, mas a razão é óbvia. Era como Pedro de correr e correr riscos. Mas era mais do que impetuosidade que o levou. Foi um follow-up do episódio espada pela qual ele havia procurado demonstrar sua lealdade a Jesus. Ele esperava ser capaz de compensar suas declarações e ações ineptos; mas como é frequentemente o caso, o resultado foi um excesso de compensação. Ele tentou muito duro e com mau discernimento. Se ele tinha a esperança de ter a chance de defender Jesus diante do sumo sacerdote que estava decepcionado. Ele foi pego de surpresa em cada turno. A recepcionista, vendo Pedro com outro discípulo a quem ela reconheceu, perguntou-lhe: És tu também um dos discípulos deste homem? (v. Jo 18:17 ). E ele respondeu rapidamente, eu não sou . Pego de surpresa, ele respondeu por medo. Mas uma mentira, no entanto não premeditado, é difícil de lembrar. Como a ocasião em que ele tentou andar sobre a água para chegar a Jesus (sua tentativa de alcançá-Lo desta vez foi ainda mais patético) Pedro começou a afundar, sem nada para apoiá-lo. E assim ele negou conhecimento de Jesus de novo, e de novo, e cantou o galo. O Evangelho de Lucas diz que "o Senhor virou-se e olhou para Pedro" (Lc 22:61 ), e que Pedro "saiu e chorou amargamente." Aquele olhar era a mão estendida para salvar Pedro, e o choro foi a sua resposta . Judas também ver que o olhar de Jesus? É isso o que o condenou? É por isso que ele "se arrependeu", dizendo: "Pequei, que eu traí sangue inocente"? (Mateus 27:4. ). Talvez mais esperança pode ser realizada fora para Judas do que tem sido habitual.
A previsão que Jesus tinha feito da negação de Pedro , antes que o galo cante significava que ele iria fazê-lo antes do amanhecer, para o galo era o arauto da madrugada. A escuridão era tudo ao seu redor, e não apenas a escuridão da noite, mas de circunstância e negação de Pedro estava envolvido nela. Mas o amanhecer vindo não foi tão evidente. Em suas aulas de história, Dr. Beard diz: "Quando é escuro o suficiente, você pode ver as estrelas." Jesus tinha uma perspectiva melhor para Pedro do que isso: a noite seria seguido por manhã. Era uma promessa da ressurreição.
Wiersbe
Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de João Capítulo 18 do versículo 1 até o 40
Jesus deixou seu lugar de oração para encontrar-se com seus inimi-gos. O "ribeiro Cedrom" lembra- nos o rei Davi que foi banido de seu trono pela rebelião de seus amigos e família e atravessou esse mesmo ribeiro (veja 2Sm 15:0), encontra seu inimigo em um jardim e triun-fa, enquanto o primeiro Adão en-controu o inimigo em um jardim e fracassou. Adão escondeu-se, mas Cristo revelou-se publicamente. Veja outros contrastes que encontra nessas duas cenas de jardim à medi-da que as examina.
Judas ficou com o inimigo. "Uma vez soltos, procuraram os ir-mãos" (At 4:23). As pessoas sempre vão para onde está seu coração. Judas tinha Satanás no coração e ficou com o grupo de adeptos deste. É triste dizer que Pedro se misturou ao mesmo grupo! Obser-ve como Jesus aturdiu-os quando usou o termo "Eu sou". (Nos ma-nuscritos gregos originais, consta "ele" no versículo 6.) O mesmo nome que salva os crentes (17: 6) condena o perdido.
No versículo 8, Jesus aconse-lha seus discípulos a ir embora a fim de que não tenham problemas. Ele já lhes dissera que se dispersa-riam (16:32), mas Pedro prefere fi-car e lutar — e passa a correr perigo por isso. O pecado de Pedro não foi seguir Jesus de longe, mas segui-lo! Ele deveria ter obedecido à Palavra e partido.
O versículo 9 volta a 17:12, em que Cristo falou da salvação dos discípulos. Aqui, ele fala da segu-rança física deles. Portanto, Cristo guarda-nos de duas maneiras: ele preserva nossa alma em salvação e guarda nosso corpo, selando-o com o seu Espírito até o dia da redenção (Ef 1:13-49).
Pedro desobedeceu a Cristo de forma clara ao usar a espada. Ele não precisa da nossa proteção, e, para combater Satanás, deve-mos usar armas espirituais (2Co 10:4-47; Ef 6:0) e, assim, proteger Pedro de qualquer dano. Caso contrário poderia haver mais uma cruz no Calvário, e Pedro seria crucifica-do antes do tempo designado por Deus (Jo 21:1Jo 21:8Jo 21:9).
A negação (18:15-27)
Agora, a narrativa foca Pedro, e ve-mos seu triste declínio. No cenácu- lo, Pedro vangloriara-se três vezes de que permanecería fiel a Cristo (Mt 26:33,Mt 26:35; Jo 13:37). No jardim, ele dormiu três vezes (Mc 14:32-41); no jardim, ele entregou- se à fraqueza da carne; e, agora, no pátio do sacerdote, ele cede à pres-são do mundo. Como é importante vigiar e orar!
No versículo 15, não sabemos quem é o discípulo citado. Talvez fosse Nicodemos ou José de Ari- matéia. Não é provável que João (muitas vezes, chamado de "o ou-tro discípulo" — 20: 3) estivesse em termos amigáveis com o sumo sa-cerdote. VejaAt 4:1-44. Seja quem for esse discípulo, ele levou Pedro ao pecado quando abriu a porta para ele! O versículo 18 informa que estava "frio", portanto Pedro sentou perto do braseiro; todavia, Lc 22:44 afirma que Cristo suou aquela noite enquanto orava! Pedro estava com frio físico e espiritual e aqueceu-se no fogo do inimigo. Ele "and[ou] no conselho dos ímpios" e agora "se det[inha] no caminho dos pecadores" (veja Sf 1:1). Cristo so-fria, enquanto Pedro se aquecia mas não compartilhava o sofrimento do Senhor de forma alguma.
A rejeição (18:28-40)
Vemos como a nação era corrup-ta naquela época pelo fato de ha-ver dois sumos sacerdotes. Anás e Caifás eram sócios no comércio do templo e odiavam Jesus por ter puri-ficado o templo duas vezes.
Tem-se escrito muito a respei-to dos aspectos ilegais do julga-mento de Cristo. Ele aconteceu à noite; assumiu-se que o prisionei-ro era culpado e o trataram como tal; a corte pagou pessoas para dar falso testemunho; o juiz permitiu que maltratassem o prisioneiro; a corte não deu ao acusado o direito de defender-se. Após o julgamento noturno secreto, os astutos líderes religiosos levaram Jesus até Pilatos para a sentença final de morte. Eles não podiam entrar em uma sala de gentios a fim de não se contaminar, mas não hesitavam em condenar à morte um homem inocente!
A passagem de 18:33 a 19:15 apresenta o triste relato da indecisão covarde de Pilatos. Este se dirigiu, pelo menos, sete vezes aos judeus do exterior e aos da sala para tentar um acordo. Pilatos crucificou Cristo porque era um covarde que queria "contentar a multidão" (Mc 15:15). Quantos pecadores irão para o in-ferno porque temem as pessoas e tentam agradá-las!
Cristo explicou a Pilatos a natu-reza espiritual de seu reino, mas não sua afirmação: "O meu reino não é deste mundo". Ele poderia ter estabe-lecido seu reino na terra, se os judeus o tivessem recebido. Contudo, eles o rejeitaram, pois seu reino é de nature-za espiritual, no coração das pessoas. Ele estabelecerá seu reino sobre a ter-ra quando retornar. Como ansiamos por esse dia abençoado!
Há séculos, os filósofos têm feito a pergunta de Pilatos: "Que é a verdade?". Em 14:6, Jesus declara: "Eu sou [...] a verdade". Jo 17:17 afirma: "A tua palavra é a verdade". Primeira Jo 5:6 afirma seguramen-te que "o Espírito é a verdade". O Es-pírito e a Palavra apontam para Cris-to, a Verdade.
O mundo faz as escolhas erra-das em relação aos assuntos espi-rituais. A multidão preferiu matar o Príncipe da vida! Ela escolheu o contraventor, não o Legislador! Os judeus rejeitaram o verdadeiro Mes-sias; no entanto, um dia, aceitarão o falso Messias de Satanás, o anticris- to (5:43). Os homens rejeitam Jesus por diversos motivos. Judas rejeitou Cristo, porque ouviu o diabo; Pila-tos ouviu o mundo; Herodes obede-ceu à carne. Pilatos diz: "E costume entre vós" (18: 39). É triste constatar que Pilatos conhecia os costumes reli-giosos, mas não conhecia a Cristo! Ainda hoje, as pessoas são assim, cuidadosas em observar costumes e feriados religiosos, mas desconhe-cem o Salvador do mundo. A rejei-ção significa condenação eterna, e a fé, vida eterna.
Russell Shedd
Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de João Capítulo 18 do versículo 1 até o 40
18.1 Saiu. Talvez da cidade ou do cenáculo (14.31). Jardim. Mateus e Marcos nos informam que era o Getsêmani; Lucas o denomina de "Monte das Oliveiras".
18.2,3 Vários grupos se unem no propósito de destruir a Jesus. 1) Judas, o discípulo traidor, 2) escolta de soldados romanos (talvez pagos); 3) principais, sacerdotes (i.e., saduceus); 4) fariseus; 5) policia do templo ("guardas"); 5) Pilatos e os soldados (19.1,2).
18.5.6 Todas as forças sob o príncipe deste mundo (12.31; 14,30) recuam e se prostram diante daquele que recebeu toda autoridade do Pai (17.2). Ele tem direito ao nome "Eu Sou" (5, 6, 8; conforme Êx 3:14; Jo 8:28n). Outra vez João observa que Jesus se entrega voluntariamente. Quando se certificou de que os discípulos ficariam em liberdade, Cristo se entregou (8b).
18.10 Malco. João conhecia o nome deste escravo (gr doulos) porque ele conhecia pessoalmente o sumo sacerdote (15).
18.12 Comandante (gr chiliarchos) com a escolta ali presente mostra a participação dos romanos. Manietaram-no (24). Só João menciona este pormenor. Isto nos lembra Isaque amarrado sobre o altar (Gn 22:9; conforme Rm 8:32).
18.14 Caifás foi apontado sumo sacerdote (24) pelo governador romano em 15 d.C. Provavelmente, não foi, aceito pelos judeus, permitindo Anás a continuar no poder (note-se que Anás é sumo sacerdote em v. 19).
18.15 Outro discípulo. Seria o discípulo amado (13.23n)?
18.17 Não sou. Notável entre os evangelhos é a maneira branda em que João descreve a negação tríplice de Pedro (17, 25, 26). Pedro aqui não jura nem amaldiçoa.
18.20 Falado francamente. Conforme 7.4 onde os irmãos de Jesus o desafiam para se manifestar ao mundo. O ministério culminante de Jesus foi sobre a cruz (12.32). Em oculto. Jesus não era subversivo.
18.21 Por que me interrogas? Era ilícito forçar o réu a se condenar a si mesmo.
18.22 Uma bofetada. Jesus sofre esta violência porque fez Anás parecer estúpido, não porque o insultou.
18.23 Dá testemunho do mal. Como se vê em 8.46, Jesus zela pela irrepreensibilidade de Sua pessoa. Nas epístolas pastorais nota-se que esta qualificação é essencial ao ministro (1Tm 3:2, 1Tm 3:7, 1Tm 3:10; Tt 1:7).
18.24 Caifás. Conforme 11.49n; 18.14n.
18.26 Parente. João conheceu bem os elementos da casa do sumo sacerdote (10, 16). Alguém sugeriu que Zebedeu e seus filhos, Tiago e João, forneceram peixe salgado do mar da Galiléia à casa de Anás e Caifás (16n).
18.27 Pedro o negou. A queda de Pedro, ocorrendo três vezes, mostra a inerente fraqueza da carne quando privada da assistência sobrenatural do Espírito (Gl 5:16).
18.28 Pretório. Residência de Pilatos, o governador romano. EmFp 1:13 pode se referir à residência do imperador no Monte Palatino em Roma, ou do quartel geral em Éfeso. Não entraram. Para um judeu entrar numa casa pagã significava contaminação ritual, o que devia ser evitado a todo custo (conforme Mc 7:2-41).
18.30 Se... malfeitor. As autoridades judias não queriam qualquer investigação da parte dos romanos.
18.31,32 Segundo a vossa lei. Pilatos manda que os judeus julguem a Jesus, uma vez que o mal de que o acusavam era uma infração religiosa de que os romanos não podiam tomar conhecimento. Mas isso não satisfez os interesses dos judeus, que não descansariam até Cristo ser morto, As Escrituras predisseram que o modo de morte do Messias seria por cruz (3.14; 12.32). Se os judeus tivessem aplicado a pena capital, Jesus teria sido apedrejado como blasfemo (Lv 20:27; At 7:54-44).
18.33 És tu o rei dos judeus? Alguém informara a Pilatos nesta altura que Jesus era um pretendente ao trono de Israel (Lc 23:2, Lc 23:3).
• N. Hom. 18.36 O Reino de Cristo: 1) Ainda que não seja reino político, tem ministros Lm 2:0; Sl 93:1, Sl 93:2, Sl 93:5).
18.38 Que é a verdade? Pilatos levantou cinicamente a maior dúvida da filosofia. Pilatos indaga, "Que"; Jesus já declarara que Ele é a verdade ("quem").
Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de João Capítulo 18 do versículo 1 até o 40
II. A TRAIÇÃO, A PRISÃO E A EXECUÇÃO (18.1—19.42)
1) A prisão. Pedro nega Jesus (18:1-27) v. 1. o vale do Gedrom-. Está situado entre a colina do templo e o monte das Oliveiras. Jesus entrou no Getsêmani pelo outro lado. João não registra a agonia no jardim (conforme Mc
14:32-42; Mt 26:36-40; Lc 22:40-42), mas ele relata uma agonia semelhante à qual o Salvador deu expressão (conforme 12:27-33). Jesus claramente entendeu tudo que estava para acontecer como parte do plano divino, v. 5. Sou eu (gr. egõ eimi)-. Com essa resposta grandiosa (conforme 8.58), Jesus antecipou o plano maquinado entre Judas e os oficiais armados (cf. 8.24,28; 13.19). Os Sinópticos nos contam do beijo mortal. Aqui, no entanto, temos um retrato do Salvador tomando a iniciativa em cada estágio (conforme v. 11 a seguir). A queda ao chão dos seus captores não foi necessariamente miraculosa, mas, possivelmente, caíram uns sobre os outros em virtude da calma de Jesus, v. 9. Isso aconteceu para que se cumprissem as palavras que ele dissera: Temos aqui um comentário inspirado que toma as palavras da oração de Jesus (conforme 17,12) bem literalmente. Por isso, Jesus estava disposto e capacitado a aceitar as implicações da sua vida de oração, v. 10. uma espada: O significado desse ato dramático é que Simão Pedro não iria aceitar essa dócil liberação como tinha sido sugerida no apelo de Jesus aos oficiais. Malco: Somente João dá nome ao soldado ferido, assim como somente Lucas registra que ele foi curado (conforme Lc 22:51).
v. 11. Acaso não haverei de beber o cálice. Essa é a contraparte de João à declaração no Getsêmani: “não seja o que eu quero, mas sim o que tu queres”, registrada pelos outros evangelistas (conforme Mc 14:36-41; Mt 26:39-40; Lc 22:42). Ele anuncia que o seu desejo é tomar o cálice, pois isso é, de fato, a vontade do Pai para ele. v. 13. Anás-. Apenas Mateus (conforme Mt 26:57) menciona a casa de Caifás; os outros evangelistas simplesmente se referem aos chefes dos sacerdotes (conforme Mc 14:53; Lc 22:54), e Lucas não apresenta relato algum da audiência com os judeus. Anás tinha sido o sumo sacerdote anterior (6-15 d.C.). Na lei hebraica, o sumo sacerdócio era um ofício vitalício. Mas sob os romanos era mudado com freqüência. Anás havia sido deposto em 15 d.C., mas tinha sido sucedido por outros membros da família, além de Caifás, que foi sumo sacerdote de 18 a 36 d.C. Contudo, mesmo depois de sua deposição, Anás continuou atuando como um ancião estadista do judaísmo, v. 15. outro discípulo-. Provavelmente o discípulo amado (conforme 13.23; 19.26; 20.2; 21.20). Ele era conhecido do sumo sacerdote, e evidentemente conhecia os membros do Sinédrio e suas casas muito bem (conforme o nome de Malco, v. 10). Sua entrada na câmara da audiência ilustra a verdade de que aquele que fica próximo de Jesus tem mais probabilidade de resistir à tentação de negá-lo.
v. 17. Você não é (gr. mê kai sy) um dos discípulos desse homem?-. A forma da pergunta normalmente sugere uma resposta negativa, embora “Sim” possa ser a resposta esperada. Essa pergunta reflete favoravelmente a posição do outro discípulo, v. 19. o sumo sacerdote interrogou Jesus-, Quase certamente foi Anás. Foram feitas tentativas de provar que foi Caifás ao deslocar o v. 24 para depois do v. 13, e.g., pela Sinaítica Siríaca, pelo minúsculo 225 e por Lutero. Mas a maioria dos comentaristas adota a ordem usual do texto, aplicando-o a qualquer um dos dois homens segundo sua convicção e preferência; a sugestão que um copista antigo tenha colocado o v. 24 onde o temos hoje, após omiti-lo acidentalmente depois do v. 13, embora possível, não é convincente. Anás continuou a ser conhecido como sumo sacerdote muito depois de sua deposição (conforme At 4:6). v. 22. um dos guardas [...] bateu-lhe no rosto-, Esse golpe pode ter sido uma indicação da lealdade que muitos judeus continuavam a ter para com Anás, a quem consideravam o sumo sacerdote de direito, embora tivesse sido “exonerado” à força. A resposta de Jesus deixa claro que nada dói mais do que a verdade nos ouvidos daqueles que já fecharam a sua mente para ela. v. 24. Anás enviou Jesus, de mãos amarradas, a Caifás, o sumo sacerdote-, O nome de Caifás parece apoiar comentários anteriores do v. 19. Caifás ainda não apareceu no julgamento (conforme Mc 14:53-41; Mt 26:57,Mt 26:58; Lc 22:63-42).
A atenção se volta agora novamente para Simão Pedro. v. 26. Eu não o vi com ele no olival?-. A pergunta final pode ter sido feita por sentimento de solidariedade para com Malco, o oficial ferido. João omite todas as referências aos juramentos e maldições com que Pedro consumou a sua negação. Tampouco explica, como faz Marcos (conforme Mc 14:72), como o remorso entrou no coração dele. Provavelmente foi no caminho para a casa de Caifás que Jesus se virou para olhar para Pedro (conforme Lc 22:61).
2) O julgamento diante de Pilatos (18.28—19.16)
Essa parte do procedimento foi realizada para conseguir a confirmação da sentença de morte (conforme Mc 15:2-41; Mt 27:11-40; Lc 23:125). v. 28. o Pretório-, Era a residência oficial do governador romano. Normalmente ele residia em Cesaréia, na costa, e vinha a Jerusalém nas épocas de festas para garantir a ordem e o cumprimento da lei. Os judeus não entravam nele com base no costume de que nenhum judeu deveria entrar na casa de um gentio, porque ali sempre havia a possibilidade de se tornar impuro; incorrer nisso nesse momento os tornaria desqualificados para comer a Páscoa (v.comentário Dt 1:31). v. 31. Mas nós não temos o direito de executar ninguém-, O poder sobre a morte e a vida aparentemente não tinha sido exercido pelo Sinédrio desde o tempo de Herodes, o Grande, embora as opiniões acerca disso sejam divergentes. v. 32. as palavras que Jesus tinha dito-, E difícil avaliar a profundidade com que tinham sido compreendidas as palavras acerca de “levantar” (conforme 3.14; 12.32). Mas o evangelista claramente vê o seu cumprimento na Paixão,
v. 33. Você é o rei dos judeus?-. O texto em português não capta o que possivelmente foi um toque de ironia: “Você? Rei dos judeus?”. Pilatos sugere que o prisioneiro não tinha muita aparência de líder revolucionário que tivesse causado tanto distúrbio para poder denominar-se rei (conforme Lc 23:2). A acusação religiosa tinha sido substituída por uma acusação política para ter mais peso diante de Pilatos. A resposta de Jesus desafia a consciência de Pilatos (v. 35), mas este a descarta. Não obstante, Pilatos está desconcertado por uma reivindicação dessas ter suscitado a hostilidade dos judeus (v. 35b). v. 36. meu Reino: Jesus se refere ao seu lugar no propósito divino. Se o seu reino fosse terreno, seus servos iriam resistir a Pilatos e seus homens (conforme Mt 26:53). v. 37. Todos os que são da verdade me ouvem: A resposta de Jesus à pergunta de Pilatos novamente é não comprometedora, na medida em que ele nega os termos de referência de Pilatos. Mas ele é rei, embora não no sentido que Pilatos entendia essa palavra. v. 38. Que é a verdade?: No melhor dos casos, essa era uma pergunta quase filosófica. Mas, ao propô-la, Pilatos evidentemente não é “da verdade”, v. 39. Os temores de Pilatos agora são duplos. Ele está consciente da pressão dos judeus na Páscoa e fica perturbado também pelos temores da sua mulher (Mt 27:19). v. 40. Rarrabás era um rebelde (conforme Mc 15:7) e, por isso, como Jesus, um prisioneiro “político”. Os seus gritos renovados mostram que a explosão anterior dos judeus começara com a aparição anterior de Jesus (cf. Mt 27:13,Mt 27:14).
Moody
Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de João Capítulo 18 do versículo 1 até o 14
A narrativa de João enfatiza a firmeza de Jesus e Sua prontidão em ser levado, tornando inútil a traição de Judas de um lado e a tentativa de Pedro exibir sua lealdade doutro lado. Aqui está incluída a narrativa da prisão e da transferência de Jesus para a casa do sumo sacerdote.
Moody - Comentários de João Capítulo 18 do versículo 7 até o 9
7-9. Quando a multidão confessou novamente que o seu objetivo era Jesus de Nazaré, Ele pôde logo pedir que os discípulos tivessem permissão de partir. A segurança física deles nessa ocasião pode ser considerada como uma prova de que a sua preservação espiritual estava assegurada (cons. Jo 6:39; Jo 17:12).
Moody - Comentários de João Capítulo 18 do versículo 10 até o 11
10, 11. A atitude de Pedro em recorrer ao uso da espada é compreensível à vista de sua declaração de lealdade em Jo 13:37. A posse da espada explica-se pelo conselho de Cristo em Lc 22:35-38. A espada era um símbolo dos dias de luta que estavam à frente, mas não era destinada ao uso literal. Eis aí o porquê da repreensão de Jesus. O fato de João mencionar o nome do servo e especificar a orelha é uma indicação de que foi testemunha ocular. Malco não era um dos oficiais mas um escravo pessoal do sumo sacerdote.
Moody - Comentários de João Capítulo 18 do versículo 12 até o 14
12-14. Prenderam. Com o próprio Jesus pedindo que não resistissem o grupo de soldados, levados por seu capitão (comandante) e auxiliados pelos oficiais judeus, prenderam Jesus e o maniataram. Não queriam se arriscar a qualquer deslize em seus planos. Os sinóticos falam de Jesus aparecendo diante de Caifás, mas nada dizem sobre Anás neste caso. Primeiramente chama a atenção do leitor para o material que agora está sendo acrescentado à narrativa dos sinóticos. Embora Caifás o genro de Anás, fosse o sumo sacerdote naquela ocasião, o próprio Anás estava longe de se conservar inativo. Além de Caifás, Anás tinha diversos filhos que o sucederam neste cargo, dando a esta família um monopólio do sumo sacerdócio por mais de meio século. Lucas é o único escritor que menciona Anás (Lc 3:2; At 4:6). Fontes judias deram ao regime de Anás o rótulo de corrupto. A opinião de Caifás sobre Jesus já fora dada ao Sinédrio (Jo 11:49, Jo 11:50).
Moody - Comentários de João Capítulo 18 do versículo 19 até o 20
19, 20. Então, o sumo sacerdote interrogou Jesus. Ao que parece é Anás. Não era um julgamento, pois o Sinédrio não fora convocado; antes era um interrogatório para se obter evidências a serem apresentadas a este organismo quando se reunisse horas depois. O interrogatório tocou nos discípulos e doutrina de Jesus. Não se sabe se Anás tinha em mente processar os discípulos. É mais provável que estivesse esperando obter uma confissão de que esses homens estavam sendo preparados para uma atividade revolucionária. Jesus ignorou a pergunta. No que dizia respeito aos Seus ensinamentos, negou ter dado instruções secretas que pudessem ser interpretadas como conspiração contra as autoridades. Ele ensinara francamente, em lugares públicos tais como as sinagogas e o templo. Seus ensinamentos não eram subversivos.
Moody - Comentários de João Capítulo 18 do versículo 23 até o 24
23, 24. Quando Cristo apontou a injustiça envolvida, nem o criado nem Anás puderam justificar tal atitude. Não havia nada a fazer além de enviar o prisioneiro a Caifás.
Moody - Comentários de João Capítulo 18 do versículo 25 até o 27
25-27. A narrativa retorna a Pedro. Enquanto Cristo estava negando as insinuações apontadas contra Ele – e o fazia com justiça, Pedro negava o seu Senhor, pecando. As duas perguntas feitas a Pedro foram bastante diferentes. A primeira foi insinuante, como se esperassem que negasse o seu relacionamento com Jesus; enquanto que a segunda levouo a se definir, a própria pergunta implicando em sua culpa. Foi reconhecido como aquele que empunhara a espada no jardim. O cantar do galo lembrou Pedro da predição do Senhor (Jo 13:38) e provou-lhe o seu pecado. "Cantar do galo" era o nome que se dava à terceira das quatro vigílias nas quais a noite era dividida.
Moody - Comentários de João Capítulo 18 do versículo 29 até o 30
29, 30. O Sinédrio não preparou uma acusação formal contra Jesus para apresentar a Pilatos. Esperavam que o governador aceitasse a sua palavra sem discutir a acusação de que este homem era um malfeitor. A resposta foi petulante. Os judeus não gostavam de Pilatos.
Dúvidas
Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
Dúvidas - Comentários de João Capítulo 18 versículo 31
Jo 18:31 - Era plenamente legal os judeus aplicarem a pena capital?
PROBLEMA: Nesse versículo, os judeus do tempo de Jesus disseram que "a nós não nos é lícito matar ninguém". Entretanto, precisamente no capítulo seguinte, eles insistiram dizendo: "Temos uma lei e, de conformidade com a lei, ele deve morrer"(Jo 19:7). Qual dessas posições estava correta?
SOLUÇÃO: As duas são corretas. De acordo com a lei judaica de Moisés, quem blasfemasse contra Deus teria de receber a pena capital (veja Lv 24:16). Entretanto, quando falaram com Pilatos, que era o governador romano, os judeus observaram corretamente que os romanos não permitiam que os povos dominados aplicassem a pena capital, mas que tinham retido aquele direito exclusivamente para si. Assim, os judeus corretamente disseram a Pilatos: "A nós não nos é lícito matar ninguém" (Jo 18:31).
Francis Davidson
O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de João Capítulo 18 do versículo 1 até o 40
X. A PAIXÃO E RESSURREIÇÃO DO SENHOR JESUS CRISTO Jo 18:1-43) -Ver notas em Mt 26:36-40; Mc 14:32-41; Lc 22:39-42. Chega ao seu auge o ódio dos judeus. Jesus atravessa o ribeiro Cedrom (1). Durante a maior parte do ano, o leito fica sem água. João omite a narração da oração de Jesus na agonia (cfr. Mt 26:36 e segs.; Mc 14:32 e segs.; Lc 22:39 e segs.). Judas dirige uma escolta com tochas e armas (3). A referência a lanternas, tochas e armas (3) é evidência de uma testemunha ocular. O evangelista menciona que Jesus se entregou voluntariamente (4). Jesus revela Sua identidade nas palavras Sou eu (5). Os soldados e Judas ficam, temporariamente, transtornados pela declaração majestosa e caem por terra. Jesus então repete: A quem buscais? (7) e recebe dos soldados a mesma resposta. Estes podem prendê-lo, porém não aos discípulos (8) que conseguem fugir em cumprimento das Escrituras (9). Jesus repreende o ato impulsivo de Pedro quando fere o servo do sumo-sacerdote. Logo rende-se, dizendo: Não beberei, porventura, o cálice que o Pai me deu? (11).
2. O JULGAMENTO ECLESIÁSTICO E A NEGAÇÃO DE PEDRO (Jo 18:12-43) -Ver notas em Mt 26:57-40. Jesus é levado preso à presença de Anás, sogro de Caifás. Anás tinha sido deposto do munus de Sumo Sacerdote por Valerius Gratus, procurador romano antes de Pilatos, mas ainda exercia sua influência sorrateiramente. Simão Pedro e outro discípulo conhecido do sumo sacerdote, provavelmente João, O seguem. A narrativa deste exame perante Anás não aparece nos sinóticos. Provavelmente teve lugar na residência de Anás. João relata um interrogatório perante Anás à noite e outro perante Caifás pela manhã. Entrementes, João consegue entrar no pátio (15) e faz com que Pedro o acompanhe. Interrogado, Pedro nega, três vezes, ser discípulo de Jesus (15,25,27). Jesus, examinado quanto às Suas doutrinas, afirma serem conhecidas por todos, dizendo: Pergunta aos que ouviram (21). Jesus é mal tratado por ter respondido a Anás, ex-sumo sacerdote, de uma maneira julgada insolente pelos guardas. Teria sido perfeitamente natural usar ainda o título de sumo sacerdote com referência a Anás (22). A réplica de Jesus é irrefutável (23). Dali, Jesus é enviado a Caifás. Pedro bem podia ter testificado quanto aos ensinos de Jesus, mas em vez disto, nega o seu Mestre (25-27).
3. O JULGAMENTO CIVIL (Jo 18:28-43; Mc 15:1-41; Lc 23:1-42. Após o Seu julgamento pelo sinédrio, na casa de Caifás, Jesus é levado ao pretório, na residência do governador. Os judeus permanecem do lado de fora, para não serem contaminados cerimonialmente antes de se celebrar a páscoa. Pilatos inquire da acusação levantada contra Jesus (29). Os judeus tentam evitar uma resposta. Desejam que o governador confirme a sua decisão, mas Pilatos prefere deixar a responsabilidade com eles, tendo em vista a falta de uma acusação específica. Os judeus queriam apedrejar Jesus, se tivessem oportunidade, mas não podiam fazê-lo legalmente (31). O fato de outras vítimas terem sido assassinadas pela população judaica não altera a lei. Às vezes, as autoridades romanas fechavam os olhos a tais crimes. Pilatos então interroga Jesus das acusações feitas contra Ele, dizendo: És tu o rei dos judeus? (33). Em resposta, Jesus lhe pergunta se as palavras representam o reconhecimento pessoal das Suas reivindicações como Rei, ou se ele está citando outros (34). Pilatos replica com desdém e com isto Jesus lhe anuncia o caráter do Seu reino (36). Não é deste mundo, nem é estabelecido por poderes naturais, sendo um reino espiritual cujo alicerce é a verdade. Note-se que Jesus, falando com o sumo sacerdote, se expressa nos termos escatológicos dos judeus, e falando com Pilatos, apela para a verdade. Pilatos despede Jesus com galhofa (38).
Pilatos, saindo do pretório, dirige-se aos judeus e declara-se convencido da inocência de Jesus (38). Acomodando-se com a situação, sugere que Jesus seja solto e Barrabás guardado preso. Os judeus com gritos pedem que Barrabás seja solto (40). Pilatos procura salvar Jesus da pena de morte e, ao mesmo tempo, aplacar a fúria dos judeus, propondo uma pena mais leve. Falta-lhe a coragem de pôr Jesus em liberdade.
John MacArthur
Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de João Capítulo 18 do versículo 1 até o 40
Quando Jesus pronunciou estas palavras, Ele saiu com os seus discípulos sobre a ravina do Cedron, onde havia um jardim, onde Ele entrou com os seus discípulos. Agora Judas, que o traía, também conhecia aquele lugar, porque Jesus muitas vezes se reunira ali com os seus discípulos. Judas, em seguida, tendo recebido a coorte romana e oficiais dos principais sacerdotes e os fariseus, chegou ali com lanternas, tochas e armas. Então, Jesus, sabendo que todas as coisas que lhe havia de suceder, adiantou-se e disse-lhes: "A quem procurais?"Responderam-lhe: "Jesus, o Nazareno". Ele disse-lhes: "Eu sou Ele." E Judas, que o traía, também estava com eles. Então, quando Ele lhes disse: "Eu sou Ele", eles recuaram e caíram no chão. Ele, portanto, mais uma vez perguntou-lhes: "A quem procurais?" E eles disseram: "Jesus, o Nazareno". Jesus respondeu: "Eu te disse que eu sou Ele, por isso, se você procurar-me, deixe ir estes", para cumprir a palavra que ele falou, "Dos que me deste eu não perdeu um." Simão Pedro, então, que tinha uma espada, puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote, e cortou-lhe a orelha direita; eo nome do servo era Malco. Então Jesus disse a Pedro: "Põe a tua espada na bainha; o cálice que o Pai me tem dado, não vou beber?"(18: 1-11)
De todas as falsas visões da vida e do ministério terreno de nosso Senhor um dos mais pernicioso é o retrato da sua morte como a de, uma vítima involuntária involuntário. Pseudoscholars que defendem esse ponto de vista ver Jesus meramente como um sábio ou filósofo judeu, um professor de moral e ética. Outros imaginam que Ele era uma busca revolucionária para derrubar o governo de Roma. Em ambos os casos, para que a história se passa, as coisas correram muito mal. Jesus entrou em conflito com as autoridades judaicas e romanas, e involuntariamente conseguiu chegar-se executado. (Incrivelmente alguns, que ou não ter lido os relatos evangélicos ou se recusam a acreditar neles, até argumentar que as autoridades judaicas tentou salvar Jesus dos romanos.)
Mas, na verdade Jesus não era vítima. Em Jo 10:1). Em seu sermão no dia de Pentecostes, Pedro disse que Jesus "foi entregue sobre [a morte] pelo plano pré-determinado e presciência de Deus" (At 2:23; conforme At 3:18; 4: 27-28; 13: . At 13:27; Mt 26:24; Lc 22:22; 24: 44-46).
Como o Deus encarnado, Jesus estava sempre no controle absoluto de todos os acontecimentos de sua vida. Esse controle prorrogado até mesmo para as circunstâncias de sua morte. Longe de ser um acidente, morte sacrificial de Jesus foi a principal razão que Ele tomou sobre a vida humana em primeiro lugar; é o ápice da história da redenção No início do evangelho de João, ele havia dito: "Agora a minha alma está perturbada; e que direi: 'Pai, salva-me desta hora" Mas para este fim cheguei a esta hora? "( 12:27). Em vez de ser pego de surpresa por sua execução, o Senhor havia predito repetidamente-lo (por exemplo, Mt 16:21; 17: 22-23.; 20: 17-19; Lucas 24:6-7,Lc 24:26). Ressaltando a importância crucial da morte de Cristo, os Evangelhos dedicam cerca de um quinto de seu material para os últimos dias de sua vida. João dedica nove capítulos (12-20) —nearly metade de seu relato sobre a vida de Cristo para os eventos da Semana da Paixão.
De acordo com o seu propósito de retratar Jesus como o Filho de Deus encarnado (20:31), João descreve Sua majestade e glória, assim como ele é traído e preso a ser executado. O apóstolo habilmente demonstra que os vergonhosos, aviltantes coisas feitas a Cristo não conseguiu desvirtuar sua pessoa, mas sim oferecido prova decisiva da sua glória BF Westcott observa, Na comparação entre a narrativa de São João com as narrativas paralelas dos Synoptists, deve observar-se geralmente que aqui, como em toda parte, St. João fixa a atenção do leitor sobre as idéias que os vários eventos trazem para fora e ilustrar. A paixão e ressurreição são para ele revelações da Pessoa de Cristo. O fato objetivo é um "sinal" de algo que é mais profundo .... Ele [o relato da Paixão e da Ressurreição] é ...como o resto do Evangelho, uma interpretação do significado interior da história que ele contém . ( O Evangelho segundo São João [repr .; Grand Rapids: Eerdmans, 1978], 249)
Assim, ao contrário de Mateus, Marcos e Lucas, João não faz menção a oração de agonia de Jesus ao Pai (conforme Mt 26:39; Mc 14:36; Lc 22:1, A Commentary MacArthur Novo Testamento [Chicago: Moody, 2006] ).
Em seu relato de traição e prisão de Cristo, João apresenta quatro características mais proeminentes que demonstram sua majestade e glória: Sua suprema coragem, poder, amor e obediência.
Supremo Coragem de Cristo
Quando Jesus pronunciou estas palavras, Ele saiu com os seus discípulos sobre a ravina do Cedron, onde havia um jardim, onde Ele entrou com os seus discípulos. Agora Judas, que o traía, também conhecia aquele lugar, porque Jesus muitas vezes se reunira ali com os seus discípulos. Judas, em seguida, tendo recebido a coorte romana e oficiais dos principais sacerdotes e os fariseus, chegou ali com lanternas, tochas e armas. Então, Jesus, sabendo que todas as coisas que foram vindo sobre ele, saíram. (18: 1-4a)
Seu tempo final de ensino com os onze discípulos restantes estava encerrada, e tendo dito estas palavras (caps. 13-17), Jesus saiu com os seus discípulos. O argumento apresentado aqui não é que eles deixaram a sala superior, mas que deixaram Jerusalém. Eles já haviam abandonado a sala de cima, de modo que a última parte do discurso de despedida de Jesus, e Sua oração sacerdotal, teve lugar, como Ele e os discípulos passaram pelas ruas de Jerusalém (ver a exposição de 14:31 no capítulo 12 do este volume). Como o pequeno grupo deixou a cidade para trás, eles cruzaram sobre a ravina do Cedron,leste de e algumas centenas de metros abaixo do monte do templo. O barranco era na verdade um barranco, por onde a água fluiu durante o inverno estação chuvosa. Em sua primeira menção nas Escrituras, o Vale do Cedron tinha sido parte de uma outra cena de traição e infidelidade, como Davi fugiu de Jerusalém após a rebelião de Absalão (2Sm 15:23). Asa (1Rs 15:13), Josias (II Reis 23:4-12), e Ezequias (. 2Cr 29:16; 2Cr 30:14) tinha queimado ídolos lá em conexão com as suas reformas.
Do outro lado do vale familiarizado foi a encosta ocidental do Monte das Oliveiras, onde havia um jardim. João não nomeia esse lugar, mas Mt 26:36 e Mc 14:32 chamam de Getsêmani. O nome significa literalmente "prensa de óleo", sugerindo que este era um olival (tais pomares eram comuns no Monte das Oliveiras, daí a sua designação óbvio). Que Jesus entrou no jardim com os seus discípulose depois deixou-lo (v. 4) sugere que ele era um, talvez até mesmo um jardim murado privado identificável, de propriedade de uma família rica de Jerusalém, que permitiu o uso do Senhor do mesmo.
Getsêmani era bem conhecido de Judas ... que o traía, porque Jesus muitas vezes se reunira ali com os seus discípulos. estados relato de Lucas que era costume de Jesus para visitar o Monte das Oliveiras (Lc 22:39). Isso tinha sido verdade em todo o seu ministério sempre que estava em Jerusalém (conforme Jo 8:1; conforme Mc 11:19). Além disso, o Senhor havia visitado freqüentemente Bethany (Mt 21:17; 26:. Mt 26:6; Jo 11:1) na encosta sudeste do Monte das Oliveiras .
Cristo foi ao Getsêmani, porque era um lugar isolado, onde Ele poderia abrir o coração ao Pai em privado. Mas o mais importante nesta noite, Ele foi para lá porque sabia que é onde Judas olharia para ele.Assim, o Senhor dispostos soberanamente a hora eo local em que foi traído. Todos os de seus inimigos anteriores tentativas de prendê-lo tinha sido vencido, porque a sua hora ainda não havia chegado (conforme Jo 2:4; Jo 8:20). Mas agora, na realização do plano eterno de Deus, tinha chegado a hora para ele para oferecer a Sua vida (conforme Lc 22:53).
O Senhor tinha outro motivo para a escolha deste lugar específico para permitir que seus inimigos para prendê-lo. Jerusalém estava repleta de peregrinos, muitos dos quais haviam fervorosamente saudaram como o Messias apenas alguns dias antes. Sua prisão poderia ter acendido uma insurreição pelas multidões apaixonAdãoente nacionalistas. Isso é exatamente o que os líderes judeus temiam que aconteceria, portanto, "eles planejaram juntos para aproveitar Jesus em segredo e matá-lo. Mas eles estavam dizendo, 'Not durante o festival, caso contrário, poderá ocorrer um tumulto entre as pessoas'" (Mat. 26 : 4-5; conforme Mt 21:46; Lucas 19:47-48). Nem Jesus quer ser o catalisador de uma revolta da população, uma vez que Ele não veio como um conquistador militar que pretende derrubar os romanos (conforme Jo 6:15) —Ele veio para morrer como um sacrifício pelo pecado (Mt 1:21; Jo 1:29). Além disso, os discípulos podem muito bem ter sido morto no meio da confusão que se seguiu, e que o Senhor queria protegê-los (conforme a discussão do v. 9 abaixo).
Enquanto isso, os planos maléficos de Judas estavam prestes a vir a ser concretizadas. Poucos dias antes, ele havia se aproximado das autoridades judaicas e se ofereceu para trair o Senhor (conforme capítulo 1 deste volume). Em seguida, mais cedo naquela noite Judas, tendo sido demitido por Jesus, deixou de fazer os arranjos finais para a traição (veja os capítulos 6:7 deste volume). Agora, tendo recebido o corte romana e oficiais dos principais sacerdotes e os fariseus, Judas levou este "grande multidão" (Mt 26:47) para o Getsêmani, onde ele sabia que Jesus estaria esperando.
A corte romana com força total, numeradas de 600 a 1.000 homens. É improvável, porém, que a coorte completa estacionados em Jerusalém para manter a ordem durante a época de Páscoa teria sido enviado para prender Jesus. Mais provavelmente, isso foi um descolamento menor conhecido como um manipulo, o qual consistia em cerca de 200 homens. Em qualquer caso, o suficiente dos soldados da coorte foram enviados para justificar seu comandante que os acompanham (v. 12). A referência de João à unidade maior do que esse desprendimento era uma parte era uma figura de linguagem. Da mesma forma, para dizer que o corpo de bombeiros apagar um incêndio não implica que todo o departamento estava envolvido. Para os romanos para enviar um grande distanciamento tal que lidar com um indivíduo potencialmente problemático não era incomum; eles detalharam 470 soldados para tomar Paulo de Jerusalém para Cesaréia (At 23:23). Como as autoridades judaicas, os romanos temiam que a prisão de Cristo pode tocar fora um motim. Os legionários estavam lá para servir como backup para os oficiais dos principais sacerdotes e os fariseus. Estes membros da força policial do templo (conforme 07:32), evidentemente, efetuou a prisão real (já que Jesus foi levado primeiro para as autoridades judaicas, não o governador romano). Lucas acrescenta que alguns dos principais sacerdotes também estavam presentes, sem dúvida, para supervisionar a polícia templo (Lc 22:52).
A grande procissão, com Judas na liderança (Lc 22:47), chegou ali com lanternas, tochas e armas para prender Jesus. A menção a este aparentemente menor detalhe oferece evidências de que o autor foi testemunha ocular (Ver a introdução de João em João 1:11 ). As lanternas e tochas não teria sido necessária para iluminar o caminho para o Getsêmani; uma vez que era Páscoa, que foi comemorada quando houve uma lua cheia, não teria havido muita luz. Evidentemente, eles anteciparam que Jesus iria tentar fugir, e que eles teriam que procurar por ele na montanha.
Mas o Senhor não tinha intenção de se esconder ou fugir. Em vez disso com calma majestosa, auto-controle absoluto, supremo e coragem, Jesus, sabendo que todas as coisas que foram vindo sobre ele, saiu para fora do jardim e encontrou aqueles que vieram para prendê-lo. Nota do João que Jesus conhecia todas as coisas que foram vindo sobre ele enfatiza tanto Sua onisciência e Seu domínio completo da situação. Entrega voluntária do Senhor sublinha mais uma vez que ele voluntariamente deu a Sua vida (João 10:17-18).
Embora o apóstolo João não gravá-la, Judas, no ato da história mais cínico de hipocrisia, descarAdãoente se aproximou de Jesus e beijou-o (Mt 26:49;. Mc 14:45; Lc 22:47) —o sinal previamente combinado pelo qual ele seria apontá-lo (Mc 14:44). Nada simboliza mais claramente a depravação de seu coração e da profundidade de seu pecado de Judas de usar o beijo de um discípulo como sinal de um traidor.
Além de ser um gesto reconhecido de respeito e carinho, esse tipo de beijo era um sinal de homenagem nessa cultura. Das variedades do beijo (pés, mãos, cabeça, bainha da roupa), Judas escolheu aquele que declarou a homenagem e mais profundo amor. O beijo na bochecha com um abraço era apropriado para um amigo íntimo. Assim, a traição de Judas é o mais desprezível.
Poder Supremo de Cristo
e disse-lhes: "A quem procurais?" Responderam-lhe: "Jesus, o Nazareno". Ele disse-lhes: "Eu sou Ele." E Judas, que o traía, também estava com eles. Então, quando Ele lhes disse: "Eu sou Ele", eles recuaram e caíram no chão. (18: 4b-6)
Jesus, a vítima, assumiu o comando da situação e disse-lhes: "A quem procurais?" Eles (provavelmente os líderes), provavelmente indicando as suas ordens oficiais, respondeu-lhe: "Jesus, o Nazareno".
O Senhor disse-lhes: "Eu sou Ele." A palavra "Ele" não é no grego original, de modo que, como tinha feito antes em várias ocasiões (por exemplo, 8: 24,28,58), Jesus foi reivindicando para si o nome de Deus em Ex 3:14). Eles certamente teria sido espalhada, tanto para se defender contra um ataque pelos seguidores de Jesus, e para cortar qualquer tentativa de fuga por parte dele. A noção de que centenas de policiais experientes e soldados altamente treinados iria ficar tão juntos em uma longa linha de que eles poderiam ser tombou como dominós é ridícula.
A Bíblia fala muitas vezes sobre o poder da palavra falada de Deus. Ele falou, e os céus ea terra foram criados (Gn 1:3,Gn 1:9,Gn 1:11,Gn 1:14, Gn 1:20,Gn 1:24,Gn 1:26; conforme Sl 33:6); a geração rebelde de israelitas morreram no deserto (Nu 26:65.); e Israel foi para o exílio por 70 anos (2Cr 36:21). Quando o Senhor Jesus Cristo voltar, Ele vai executar o julgamento sobre os seus inimigos "com a espada que [vem] de [sua] boca" (Ap 19:21; conforme v 15;. 1:16; 2:16). Relato de João destaca o poder divino de Cristo; em Sua palavra Seus inimigos foram jogados para trás, para o chão.
Supremo Amor de Cristo
Ele, portanto, mais uma vez perguntou-lhes: "A quem procurais?" E eles disseram: "Jesus, o Nazareno". Jesus respondeu: "Eu te disse que eu sou Ele, por isso, se você procurar-me, deixe ir estes", para cumprir a palavra que ele falou, "Dos que me deste eu não perdeu um." (18: 7-9)
Depois de Sua impressionante exibição de seu poder divino, Jesus pediu novamente o seu candidato a captores aturdidos, "A quem procurais?" Picking-se do chão, eles repetiram seus pedidos e respondeu: "Jesus, o Nazareno". "Eu disse a você que eu sou aquele", Jesus lembrou-lhes, em seguida, ordenou-lhes, "se você procurar-me, deixe ir estes." Ao fazer Seus captores duas vezes afirmam que suas ordens eram apenas para prendê-lo, o Senhor forçado —los a reconhecer que eles tinham sido dadas por seus superiores nenhuma autoridade para prender os discípulos. Sua exigência de que eles deixam o onze só foi apoiado pelo poder incrível Ele tinha acabado exibido.
Por que Jesus proteger os discípulos de prisão? O Senhor é o Bom Pastor, que protege suas ovelhas. Ele não é como o mercenário, que fugiu quando viu o lobo se aproximando (João 10:12-13). Jesus manteve os discípulos de ser preso para cumprir a palavra que ele falou, "Dos que me deste perdi nem um sequer" (conforme 6: 39,40,44; 10:28; 17:12). Esta é uma declaração surpreendente, o que significa que Ele os impediu de ser preso para que não se perca. Cada um era um dom do Pai ao Filho. E Ele já havia dito,
Tudo o que o Pai me dá virá a mim, e aquele que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora. Porque eu desci do céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou. Esta é a vontade daquele que me enviou, para que de tudo o que ele me deu eu não perde nada, mas o ressuscite no último dia Porque esta é a vontade de meu Pai, que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, esse tenha a vida eterna, e eu me o ressuscitarei no último dia. (João 6:37-40)
Ele não vai perder um! A implicação é que se tivessem sido preso, sua fé teria falhado e que teria perdido a sua salvação. O Senhor sabia que o trauma de ser preso, preso, ou talvez até executado poderia quebrar a fé dos discípulos. Ele, portanto, a certeza de que eles não seriam tomadas. Isso quer dizer que a salvação pode ser perdida? Que a fé pode falhar? Se deixada para nós, é claro. Mas nunca será perdido nem a fé salvadora falhar, precisamente porque nosso Senhor nos mantém seguros. Ele nunca permite que qualquer coisa para vir em cima de nós que seria mais do que a nossa fé poderia segurar. Como os discípulos, todos os crentes são fracos e vulneráveis para além da proteção do Senhor. Martin Luther, não é estranho ao conflito espiritual, expressa que a verdade em seu magnífico hino "Castelo Forte nosso Deus é":
Será que nós, na nossa própria força Confide, Nosso esforço estaria perdendo, Não era o homem certo ao nosso lado, O Homem de própria escolha de Deus: Dost perguntar quem que pode ser? Jesus Cristo, é Ele; Senhor Sabaoth Seu nome De geração em geração o mesmo; E Ele deve vencer a batalha.
Os crentes podem ter a certeza de que Deus vai sempre manter sua promessa de nunca permitir que eles sejam tentados além de sua capacidade de suportar (1Co 10:13). Sua segurança eterna não descansa em sua própria força, mas em constante intercessão de Cristo (He 7:25; 1João 2:1-2.) E amor incessante (Rm 8:35-39.) Para eles. "Porque se nós, quando éramos inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho", escreveu Paulo, "muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida" (Rm 5:10).
Supremo obediência de Cristo
Simão Pedro, então, que tinha uma espada, puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote, e cortou-lhe a orelha direita; eo nome do servo era Malco. Então Jesus disse a Pedro: "Põe a tua espada na bainha; o cálice que o Pai me tem dado, não vou beber?" (18: 10-11)
Percebendo o que estava prestes a acontecer, os discípulos gritou: "Senhor, devemos atacar com a espada?" (Lc 22:49). Sem esperar a resposta do Senhor, Simão Pedro, encorajados pela fantástica exibição do poder divino de Cristo que ele tinha acabado de ver, impulsivamente (e desnecessária) cobrada para a defesa do Senhor. Tendo uma espada (gr. machaira , uma espada curta ou punhal, um dos dois os discípulos tinham com eles de acordo com Lc 22:38), Pedro desenhou. Ao invés de permitir que Jesus a ser preso, e sentindo-se invencível na esteira da exibição de "achatamento" o poder do Senhor, tinha a intenção de cortar o seu caminho ao longo de todo o descolamento. Seu primeiro alvo foi escravo do sumo sacerdote, Malco. (Embora todos os quatro Evangelhos mencionar o incidente, apenas João observa que foi Pedro quem atacou Malco. Talvez já que Pedro já estava morto no momento em que João escreveu, João não precisa protegê-lo de represálias.) Pedro apontado para a cabeça de Malco, mas errou (ou Malco conseguiu pato) e cortou-lhe a orelha direita. acto imprudente de Pedro ameaçou iniciar uma batalha que pode acabar ficando os discípulos mortos ou presos-o muito coisa Jesus estava tentando impedir.
O Senhor mudou-se imediatamente para acalmar a situação. AcentuAdãoente repreendendo-o, Jesus disse a Pedro: com efeito, "Pare! Não mais deste" (Lc 22:51). "Coloque a espada na bainha. Para todos aqueles que pegar a espada perecerão pela espada "( Mt 26:52). Ele não era um rei terreno, que precisava de Seus seguidores a lutar para proteger Ele (Jo 18:36). Ele tinha escolhido para, Jesus poderia ter chamado sobre os defensores muito mais poderosos do que os discípulos (Mt 26:53).
Então o Senhor "tocou na orelha [de Malco] eo curou" (Lc 22:51). Esta foi mais uma demonstração do poder divino de Cristo, no espaço de apenas alguns minutos. Ao vê-lo criar uma orelha, a multidão deveria ter caído a seus pés novamente e adoraram. Mas cego por e endurecido em seu pecado, eles o prenderam (v. 12), o que demonstra mais uma vez a verdade do que João tinha escrito antes em seu evangelho: "Mas, ainda que Ele havia feito tantos sinais diante deles, mas eles não estavam acreditando em Ele "(12:37).
Ato corajoso, mas impetuoso de Pedro revelou sua continuada incapacidade para compreender a necessidade da morte de Jesus. Depois de sua afirmação de toque que Jesus era o Cristo (Mt 16:16), o Senhor imediatamente falou aos discípulos sobre sua morte (21 v.). Chocada, "Pedro levou à parte e começou a repreendê-lo, dizendo: 'Deus me livre, Senhor! Isso nunca deve acontecer com você'" (v. 22).Agora que tinha chegado o momento, Pedro ainda não entendeu, então Jesus lembrou-lhe (e no resto dos discípulos), "O cálice que o Pai me tem dado, não hei de beber?" O copo do qual o Senhor falou foi a taça do julgamento divino (conforme Sl 11:6; Ez 23:1; Ap 16:19), que Ele iria drenar completamente na cruz, quando Deus "fez Aquele que não conheceu pecado, o pecado por nós, para que nos tornássemos justiça de Deus em Cristo" (2Co 5:21)
Assim, o corte romana e o comandante e os guardas dos judeus, prenderam Jesus e amarraram-no e levaram-no primeiramente a Anás; para ele era o pai-de-lei de Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano. Ora, Caifás era quem tinha aconselhado aos judeus que era conveniente para um homem morrer em nome do povo. Simão Pedro seguia Jesus, e por isso foi um outro discípulo. Este discípulo era conhecido do sumo sacerdote, e entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote, enquanto Pedro ficava na porta do lado de fora. Então o outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, saiu e falou à porteira, e levou Pedro para dentro. Em seguida, a escrava que guardava a porta disse a Pedro: "Você não é também um dos discípulos deste homem, é você? " Ele disse: "Eu não sou." Ora, os escravos e os guardas estavam ali, tendo feito uma fogueira, pois estava frio e eles estavam se aquecendo; e Pedro também estava com eles, de pé, aquecendo-se. Então o sumo sacerdote interrogou Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina. Jesus respondeu-lhe: "Eu tenho falado abertamente ao mundo; eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se reúnem;. E nada falei em segredo Por que você me pergunta questionar aqueles que ouviram o que eu? Falou-lhes, pois eles sabem o que eu disse ". Quando Ele tinha dito isso, um dos guardas que ali perto bateu Jesus, dizendo: "É assim que você responder ao sumo sacerdote?" Jesus respondeu-lhe: "Se falei mal, dá testemunho do mal;? Mas se bem, por que me feres" Então, Anás enviou, maniatado, a Caifás, o sumo sacerdote. Simão Pedro estava se aquecendo. Então eles disseram-lhe: "Você não é também um dos seus discípulos, não é?" Ele negou, e disse: "eu não sou." Um dos escravos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha, disse: "Eu não te vi no jardim com ele?" Pedro negou outra vez, e imediatamente o galo cantou. (18: 12-27)
Ao longo de seu evangelho, João retrata a majestade e glória do Senhor Jesus Cristo. O prólogo declara que Ele é o Filho de Deus (1: 1), que gosta de comunhão íntima com o Pai (1: 2) e é auto-existente (1: 4), o Criador (1: 3), e o Verbo que se fez carne e manifesta a glória de Deus (1:14). João Batista, o maior homem que viveu até o seu tempo (. Mt 11:11), reconheceu que Jesus era superior a ele (1: 15,27).O apóstolo João também registra a onisciência de Jesus (1:48; 2: 24-25; 16:30), impecabilidade (08:46), a eternidade (1: 1-2), a união com o Pai (10:30, 38 ; 12:45), e sinais miraculosos (2: 1-11; 4: 46-54; 5: 1-9; 6: 1-13 16:21-9: 1-7; 11: 1-45; 21: 6-11).
Mesmo em seu relato sobre Jesus 'traição e prisão, João retrata Jesus "dignidade, coragem e completo domínio da situação (ver a exposição de 18: 1-11 no capítulo anterior deste volume). A presente passagem encontra o Senhor sob a custódia de seus inimigos, em julgamento por sua vida. Mas, mesmo em tais circunstâncias aparentemente degradantes, João ainda conseguiu exaltarei. O apóstolo fez justapondo as contas da audiência inicial do Senhor antes de negações Anás e Pedro. Ambas as cenas aconteceram ao mesmo tempo e João, sob inspiração do Espírito, teceu-los em uma narrativa dramática.
A interação dos dois dramas põe em foco verdades opostas afiadas que são fundamentais para todos da doutrina cristã: a glória de Cristo e da pecaminosidade do homem. Essas verdades são evidentes a partir do contraste entre a fidelidade de Cristo e falta de fé de Pedro; Sua coragem e covardia de Pedro; Seu amor sacrificial e mentiras de auto-preservação de Pedro. O drama se desenrola em quatro atos: ele abre com o primeiro ato de julgamento de Jesus, seguindo-se um ato de negação de Pedro. A cena então muda para o segundo ato do julgamento de Jesus, e, em seguida, conclui com o segundo e último ato de negação de Pedro.
Julgamento de Jesus: Act One
Assim, o corte romana e o comandante e os guardas dos judeus, prenderam Jesus e amarraram-no e levaram-no primeiramente a Anás; para ele era o pai-de-lei de Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano. Ora, Caifás era quem tinha aconselhado aos judeus que era conveniente para um homem morrer em nome do povo. (18: 12-14)
Como observado no capítulo anterior deste volume, a parte prender consistiu de judeus e gentios. O destacamento de coorte romana que estava estacionado em Jerusalém durante a época da Páscoa foi acompanhada pela de coorte comandante, o tribuno romano (gr. chiliarchos ; comandante de mil "). Os guardas dos judeus (membros da força policial do templo) foram também acompanhado por alguns dos seus superiores (Lc 22:52). A presença de oficiais de alta patente revela o potencial explosivo da situação. Ambos os romanos e os judeus temiam que prender Jesus pode desencadear uma revolta pelas multidões nacionalistas militantemente que saudara como o Messias apenas alguns dias antes.
Jesus tinha acabado exibida Seu poder sobrenatural, dizendo seu nome divino (após o qual toda a multidão entrou em colapso no chão) e restaurar a orelha decepada de Malco (18: 6; Lc 22:51).Incrivelmente os soldados e policiais do templo agiu como se nada de milagroso tinha acontecido e mecanicamente realizado suas ordens. Sua estupidez teimosa ilustra graficamente o terrível poder do pecado e Satanás para cegar as mentes e endurecer os corações dos não regenerado (2Co 4:4; Marcos 14:53-65; Lc 22:54); o terceiro foi depois do nascer do sol na manhã seguinte, as autoridades confirmaram a decisão tomada na audiência anterior (Mt 27:1). Julgamento civil do Senhor também teve três fases: diante de Pilatos (Mt 27:2; João 18:28-38); diante de Herodes (Lucas 23:6-12); e, em seguida, diante de Pilatos novamente (Mateus 27:15-26; Mc 15:1; João 18:39-19: 16). (Para mais informações sobre os ensaios de Jesus, ver Robert L. Tomé e Stanley N. Gundry, A Harmonia dos Evangelhos [Chicago: Moody, 1979]., 329-37)
Embora ele já não ocupou o cargo na época, Anás era a figura mais poderosa na hierarquia judaica Ele tinha sido o sumo sacerdote do D.C 6 a AD 15, quando ele foi afastado do cargo por Valério Grato, predecessor de Pilatos como governador. Ele ainda podia transportar corretamente o título de sumo sacerdote (vv. 15,16,19,22), da mesma forma que os ex-presidentes dos Estados Unidos ainda são referidos como presidente depois que deixar o cargo. Título de Anás, no entanto, foi mais do que uma mera cortesia. Muitos judeus, ressentido da intromissão dos romanos em seus assuntos religiosos, ainda considerado Annas para ser o verdadeiro poder (especialmente desde que de acordo com a lei mosaica sumos sacerdotes servido para a vida; conforme Nu 35:25.).
Além disso, depois de sua destituição do cargo, cinco dos filhos de Anás e um de seus netos serviu como sumo sacerdote. Ele também foi o pai-de-lei de Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano (ou seja, na época, João não é o que implica que os altos sacerdotes servido apenas por um ano). Assim, Leon Morris concorda: "Há pouca dúvida de que ... o velho astuto na cabeça da família exerceu uma boa dose de autoridade. Ele estava com toda a probabilidade o verdadeiro poder na terra, quaisquer que sejam as formalidades legais" ( O Evangelho Segundo João, A Commentary New International sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1979], 749). O Novo Testamento coloca o início do ministério de João Batista "no sumo sacerdócio de Anás e Caifás" (Lc 3:2; Mt 21:12-13.). Talvez ele tivesse Jesus trouxe para ele, porque ele "queria ser o primeiro a tripudiar sobre a captura deste perturbador Galileu" (William Barclay, O Evangelho de João, vol 2. [Louisville: Westminster João Knox, 2001], 264).
Nota entre parêntesis de João que Caifás era quem tinha aconselhado aos judeus que era conveniente para um homem morrer em nome das pessoas refere-se ao incidente registrado em 11: 49-52:
Mas um deles, Caifás, que era sumo sacerdote naquele ano, disse-lhes: "Você sabe absolutamente nada, nem você levar em conta que é conveniente para você que um homem morra pelo povo, e que toda a nação não perecer. " Agora, ele não disse isso por sua própria iniciativa, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus iria morrer pela nação, e não somente pela nação, mas para que Ele também para congregar na unidade os filhos de Deus que andavam dispersos. José Caifás tinha sido nomeado sumo sacerdote em AD 18 por Valério Grato, o mesmo prefeito romano que tinha deposto o pai-de-lei Annas três anos antes. Ele permaneceu no cargo até O D.C 36, quando os romanos o removeu. Mandato como sumo sacerdote de Caifás era um dos mais longos no primeiro século, o que revela sua natureza astúcia e oportunista. Que propôs matar Jesus para preservar seu poder e do Sinédrio (conforme 11: 48) demonstra sua absoluta crueldade.
Com Jesus sob a custódia de seus inimigos, a cena agora muda para Pedro.
Negação de Pedro: Act One
Simão Pedro seguia Jesus, e por isso foi um outro discípulo. Este discípulo era conhecido do sumo sacerdote, e entrou com Jesus no pátio do sumo sacerdote, enquanto Pedro ficava na porta do lado de fora. Então o outro discípulo, que era conhecido do sumo sacerdote, saiu e falou à porteira, e levou Pedro para dentro. Em seguida, a escrava que guardava a porta disse a Pedro: "Você não é também um dos discípulos deste homem, é você? " Ele disse: "Eu não sou." Ora, os escravos e os guardas estavam ali, tendo feito uma fogueira, pois estava frio e eles estavam se aquecendo; e Pedro também estava com eles, de pé, aquecendo-se. (18: 15-18)
Apesar de seu show de bravata em atacar e ferindo Malco, Pedro havia fugido junto com o resto dos discípulos após a prisão de Jesus (Mt 26:56). Mas ele conseguiu recuperar a compostura e agora estava seguindo Jesus ea festa-se bem prender a uma distância (Mt 26:58;. Mc 14:54; Lc 22:54). Pedro não estava sozinho; outro discípulo também havia dominado seu medo e voltou com ele. Alguns identificam esse discípulo não identificado como José de Arimatéia ou Nicodemos, mas também não é um candidato provável. Nenhum deles foi com o Senhor no cenáculo (Mt 26:20; Marcos 14:17-18., Lc 22:14). E, portanto, não no Getsêmani ou (conforme Mt 26:36; "eles" no contexto de vv. 30-36 refere-se aos onze discípulos restantes que estavam no cenáculo). É pouco provável que não teria havido tempo para José ou Nicodemus ter descoberto sobre a prisão de Jesus e se juntou a Pedro. Além disso, José de Arimatéia ainda não era abertamente um discípulo de Jesus (Jo 19:38). Assim, é improvável que ele teria o seguiu até o pátio do sumo sacerdote, especialmente não com Pedro, que era conhecido por ser um dos discípulos de Cristo.
O outro discípulo com Pedro era mais provável João, que nunca nomes-se em seu evangelho, mas em vez disso se descreve como o discípulo a quem Jesus amava (ver introdução, "A Autoria do Evangelho de João," em João 1:11, A Commentary MacArthur Novo Testamento [Chicago: Moody, 2006]). Essa identificação recebe apoio de 20: 2-8, a única outra passagem no Evangelho de João, onde a frase "outro discípulo" ocorre. Há o "outro discípulo" é claramente identificado como o discípulo que Jesus amava (20: 2). O discípulo que Jesus amava (João) também está associada com Pedro em 13 23:24-21: 20-21.
Algum objeto que um pescador galileu simples, como João dificilmente poderia ser conhecido (a palavra grega sugere mais do que uma relação casual) do sumo sacerdote. Mas é preciso lembrar que "os pescadores eram empresários, trabalhadores que não são comuns na parte inferior do social spectrum "(DM Smith, citado em Andreas J. Köstenberger, João, Baker Exegetical Comentário sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Baker, 2004], 513 n 14.). Negócio de pesca do pai de João era grande o suficiente para ele ter contratado funcionários que trabalham para ele (Marcos 1:19-20). De acordo com o evangelho apócrifo dos hebreus, o apóstolo João usado para entregar peixe à casa do sumo sacerdote, enquanto ele ainda estava trabalhando para seu pai (Köstenberger, João, 513 n. 14).
Também é possível que João, através de sua mãe, Salomé (27:56 conforme Matt. Com Mc 15:40), era de ascendência sacerdotal. Ela aparentemente era a irmã da mãe de Jesus, Maria (conforme Jo 19:25 com Mc 15:40). Desde Maria estava relacionada com Elisabete (Lc 1:36, provavelmente através de sua mãe, ela era da linhagem de Davi, através de seu pai [Lucas 3:23-38]), que era de uma família sacerdotal (Lc 1:5, O New Commentary americano [Nashville: Broadman & Holman, 2002], 230).
Sem dúvida, desesperado para evitar mais perguntas, Pedro se apressou em frente ao pátio em direção ao local onde alguns dos do sumo sacerdote escravos e os oficiais da guarda do templo (provavelmente parte da festa de prender) estavam de pé. O detalhe que eles tinham feito um fogo de carvão , porque fazia frio e eles estavam se aquecendo, novamente reflete testemunho ocular. Mais importante, ele mostra que esta primeira audiência ocorreu à noite, uma vez que não teria provavelmente sido bastante frio na Páscoa ter um incêndio durante o dia. Tentando se misturar e ser o mais discreto possível, Pedro também estava com eles, de pé, aquecendo-se. Ele estava assumindo um risco de que alguém iria reconhecê-lo à luz do fogo (que é exatamente o que aconteceu; Marcos 14:66-67 ; Lucas 22:55-56). Mas estando sozinho no pátio só teria chamado mais atenção para si mesmo, o que era a última coisa que ele queria fazer. Numa ironia amarga Pedro, como Judas um pouco mais cedo no Getsêmani (18: 5), acabou de pé, com os inimigos de Jesus.
Deixando Pedro nessa posição vulnerável, a cena agora muda dentro de casa para o confronto dramático entre Anás e Jesus.
Julgamento de Jesus: Segundo Ato
Então o sumo sacerdote interrogou Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina. Jesus respondeu-lhe: "Eu tenho falado abertamente ao mundo; eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se reúnem;. E nada falei em segredo Por que você me pergunta questionar aqueles que ouviram o que eu? Falou-lhes, pois eles sabem o que eu disse ".Quando Ele tinha dito isso, um dos guardas que ali perto bateu Jesus, dizendo: "É assim que você responder ao sumo sacerdote?" Jesus respondeu-lhe: "Se falei mal, dá testemunho do mal;? Mas se bem, por que me feres" Então, Anás enviou, maniatado, a Caifás, o sumo sacerdote. (18: 19-24)
Julgamento de Jesus perante as autoridades judaicas era uma farsa, já que seu destino já havia sido determinada. Voltar no capítulo 11 ", os sumos sacerdotes e os fariseus convocou um conselho, e diziam: 'O que estamos fazendo? Por que este homem está realizando muitos sinais" (vv. 47-48). A conclusão arrepiante eles chegaram (proposto por Caifás;. Vv 49-50) foi a de que Jesus teve que morrer ", de modo a partir daquele dia eles planejaram juntos para matá-lo" (v 53).. Assim, nenhuma das três fases do julgamento do Senhor antes de as autoridades judaicas era uma tentativa imparcial para determinar verdadeiramente Sua culpa ou inocência. Em vez disso, seu propósito era colocar um verniz de legalidade sobre seu assassinato. Esta audição informal diante de Anás não foi excepção. Ao invés de trazer acusações contra o Senhor e produção de provas para fundamentar-los como em qualquer processo legal, Anás interrogou Jesus acerca dos seus discípulos e da sua doutrina. Esta flagrante tentativa de obter o Senhor a depor contra si era ilegal. Assim como a Quinta Emenda da Constituição dos Estados Unidos faz hoje, a lei judaica protegido o acusado de ser obrigado a depor contra si mesma. Era responsabilidade de Anás para informar Jesus das acusações contra ele. Em vez disso, ele pediu vagas, perguntas gerais, na esperança de descobrir um crime para justificar a sentença de morte que já tinham sido decididas.
Jesus, no entanto, estava bem ciente da lei. Por isso, Ele lhe respondeu: "Eu tenho falado abertamente ao mundo; eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde todos os judeus se reúnem;. e eu falei nada em segredo" O Senhor não tinha segundas intenções, nenhum plano secreto, nenhuma agenda conhecida apenas por um quadro interno de seguidores escondido. Ele havia pregado abertamente o evangelho salvador do reino (Mateus 11:1-5; Mc 1:1,38-39; Mc 4:17; Lucas 4:18-21,43-44; Lc 8:1; Jo 10:9). O Senhorrespondeu a pessoa que o feriu, "Se falei mal, dá testemunho do mal; mas, se bem, por que me feres?" lógica de Cristo foi impecável. Se Ele estava errado sobre o procedimento jurídico adequado, eles deveriam ter corrigido a Ele em vez de bater nele. Mas se (como o fez), o Senhor falou com precisão, o que razão justificável estava lá para golpear-Lo? Mais uma vez Jesus exigiu uma feira de tentativa que seus oponentes não tinha a intenção de lhe dar.
Percebendo que ele estava chegando a lugar nenhum com seu questionamento de Jesus, Anás enviou, maniatado, a Caifás, o sumo sacerdote. Só Caifás, o Campeão do sumo sacerdote, poderia levar a acusações judiciais contra Jesus diante de Pilatos.
Como eles levaram Jesus, o foco mudou de volta para o pátio, onde o ato final no drama da negação de Pedro estava prestes a jogar fora.
Negação de Pedro: Act Two
Simão Pedro estava se aquecendo. Então eles disseram-lhe: "Você não é também um dos seus discípulos, não é?" Ele negou, e disse: "eu não sou." Um dos escravos do sumo sacerdote, parente daquele a quem Pedro cortara a orelha, disse: "Eu não te vi no jardim com ele?" Pedro negou outra vez, e imediatamente o galo cantou. (18: 25-27)
Enquanto Jesus estava sendo questionado por Anás, Pedro, ainda de pé, aquecendo-se ao lado do fogo no pátio, foi interrogado pelos subordinados de Anás. Tornando-se desconfiado desse estranho, que lhe disse: "Você não é também um dos seus discípulos, não é?" Aqui era uma chance para Pedro se redimir e ser corajosamente honesto. Mais uma vez, no entanto, ele negou, e disse: "eu não sou." Mas o questionamento repetido de Pedro pelos outros despertaram as suspeitas de um dos escravos do sumo sacerdote. Fazendo uma situação ruim para Pedro muito pior, este indivíduo era um parente daquele a quem Pedro cortara a orelha (Malco) mais cedo naquela noite no Getsêmani. Ele desafiou Pedro com a acusação mais específico (e perigoso) de todos: "Será que eu não te vi no jardim com ele?" Ser um discípulo de Jesus não era um crime como ainda, mas agredir um homem com uma espada era. Em pânico, Pedro enfaticamente negado pela terceira vez qualquer conhecimento de Jesus.
Naquele exato momento, aconteceram duas coisas que chamou os dois dramas a respeito de Jesus e Pedro juntos. Imediatamente após a terceira negação de Pedro, o galo cantou. Naquele exato momento, "o Senhor se voltou e olhou para Pedro. E Pedro se lembrou da palavra do Senhor , como Ele lhe tinha dito: 'Antes que o galo cante hoje, você me negará três vezes' "(Lc 22:61). Sobrecarregado com vergonha, culpa e tristeza em seus pecados de negação, Pedro "saiu e chorou amargamente" (v. 62).
70. Jesus diante de Pilatos-Parte 1: A primeira fase do processo civil (João 18:28-38)
Depois levaram Jesus da casa de Caifás para o pretório, e foi antecipada; e eles mesmos não entraram no pretório, para que eles não se contaminarem, mas poderem comer a Páscoa.Portanto Pilatos saiu ao encontro deles e disse: "Que acusação trazeis contra este homem?" Responderam-lhe: "Se este homem não fosse um malfeitor, não teríamos entregue a Ele que você." Então Pilatos disse-lhes: "Tomai-o vós, e julgai-o segundo a vossa lei." Os judeus disseram-lhe: "Nós não estão autorizados a colocar alguém à morte", para cumprir a palavra de Jesus, que Ele falou, significando com que tipo de morte que estava prestes a morrer. Portanto Pilatos entrou novamente no pretório, e chamou Jesus e disse-lhe: "És tu o rei dos judeus?" Jesus respondeu: "Você está dizendo isso por sua própria iniciativa, ou foram outros dizer sobre mim?" Pilatos respondeu: "Eu não sou judeu, eu sou tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim,? O que você fez" Jesus respondeu: "O meu reino não é deste mundo se o meu reino fosse deste mundo, então meus servos estaria lutando para que eu não fosse entregue aos judeus;., Mas como ela é, meu reino não é deste reino . " Portanto Pilatos disse-lhe: "Então tu és rei?" Jesus respondeu: "Tu dizes que eu sou rei. Para isso nasci e para isto vim ao mundo: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz." Pilatos disse-lhe: "Que é a verdade?" E, havendo dito isto, ele saiu de novo para os judeus e disse-lhes: "Não acho culpa nEle." (18: 28-38)
Os julgamentos do Senhor Jesus Cristo são aborto mais notório da história da justiça. Neles, o amigo dos pecadores (Lc 7:34) enfrentou o ódio dos pecadores; o Juiz de toda a terra (Gn 18:25) foi citado perante juízes humanos mesquinhos; o Senhor exaltado da glória (1Co 2:8) foi tratado como um vil pecador; Aquele que é a verdade (Jo 14:6; conforme Jo 14:30). No Antigo Testamento, Isaías profetizou a respeito dele,
Seu túmulo foi atribuído com homens ímpios, No entanto, Ele estava com um homem rico na sua morte, Porque Ele nunca fez injustiça,
Também não houve engano na sua boca. (Is 53:9); Seu traidor lamentou que ele tinha "pecou traindo sangue inocente" (Mt 27:4); eo centurião romano encarregado de sua execução, disse a Ele, "Certamente este homem era justo" (v. 47). Paulo disse que Ele "não conheceu pecado" (2Co 5:21); o escritor de Hebreus afirmou que "foi ele tentado em todas as coisas como nós somos, mas sem pecado", e é "santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores" (07: 26) (He 4:15.); e Pedro escreveu que ele "não cometeu pecado, nem dolo algum se achou em sua boca" (1Pe 2:22).
O elenco de personagens nos relatos evangélicos de ensaios de Jesus inclui a maioria dos governantes e homens importantes em Israel. Anás, o antigo sumo sacerdote e ainda o verdadeiro poder por trás dos bastidores, estava lá. Então era Caifás, o sumo sacerdote atual e filho-de-lei de Anás. Junto com eles estavam os membros do Sinédrio, o corpo dirigente (sob os romanos) de Israel. Pilatos, o governador romano, desempenhou um papel importante; Herodes Antipas, governador da região de Jesus casa da Galiléia, teve uma participação especial; e os extras incluídos vários falsas testemunhas não identificadas, juntamente com as multidões que gritam por Ele para ser crucificado. Mas ao longo dos seis fases (três religiosos, três civis) do seu julgamento, o Senhor Jesus Cristo ocupa o centro do palco.
João não registrou a segunda e terceira fases do julgamento religioso do Senhor, embora ele mencionou que Anás enviou Jesus para Caifás (18:24). O Sinédrio tinha encontrado na casa de Caifás durante a noite (Matt. 26: 57-68) e decidiu que Jesus deveria morrer (Matt .26: 66). Em seguida, em uma homenagem à legalidade (pois a lei judaica não permite ensaios de capital a ser realizada durante a noite), o Sinédrio se reuniram após o amanhecer ea sentença pronunciada formalmente (Mt 27:1,Nu 19:16). Essa preocupação resultou da crença judaica comum que os gentios eliminados de bebês abortados ou natimortos, atirando-os para baixo os drenos (Leon Morris, O Evangelho segundo João, A Commentary New Internacional sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1979], 763 , n. 59). Assim, a Mishná declarou todas as casas Gentil de ser impuros (Morris, João, 763, n. 58). Entrando na colunata ou pátio exterior da residência de Pilatos, no entanto, não contaminar-los.
Ilustrativo da devoção torcida de legalistas religiosos, os líderes judeus esperado para agradar a Deus através de seu legalismo expressa em separação física de uma casa Gentil, enquanto, ao mesmo tempo assassinar ilegalmente o Filho de Deus. Eles fastidiously evitou qualquer contaminação cerimonial superficial, mas não se preocupava com a contaminação moral profunda eles efectuadas a partir de rejeitar e condenar o Santo Filho de Deus até a morte. "Os judeus tomar precauções elaboradas para evitar a contaminação ritual, a fim de comer a Páscoa, no mesmo tempo, eles estão ocupados manipulando o sistema judicial para garantir a morte daquele que por si só é a verdadeira Páscoa" (DA Carson, O Evangelho Segundo o João, O Pillar New Testament Commentary [Grand Rapids: Eerdmans, 1991], 589).
O relato de João desta fase do julgamento de Jesus se desenrola em três atos: a acusação, o interrogatório eo julgamento.
A acusação
Portanto Pilatos saiu ao encontro deles e disse: "Que acusação trazeis contra este homem?" Responderam-lhe: "Se este homem não fosse um malfeitor, não teríamos entregue a Ele que você." Então Pilatos disse-lhes: "Tomai-o vós, e julgai-o segundo a vossa lei." Os judeus disseram-lhe: "Nós não estão autorizados a colocar alguém à morte", para cumprir a palavra de Jesus, que Ele falou, significando com que tipo de morte que estava prestes a morrer. (18: 29-32)
Em deferência aos seus escrúpulos religiosos, Pilatos saiu para atender os judeus fora de sua residência. Sua recusa em entrar no Praetorium obrigou-o a serviço de transporte ida e volta a partir de dentro do edifício, onde Jesus estava, para o exterior, onde seus acusadores, levantando.
Pôncio Pilatos tinha sido nomeado o quinto governador da Judéia pelo Imperador Tiberius em AD 26 e manteve essa posição por cerca de dez anos. Ambos os Evangelhos e as fontes extra-bíblicas retratá-lo como orgulhoso, arrogante e cínico (conforme 18:38), mas também como fraco e vacilante. Seu mandato como governador foi marcado pela insensibilidade e brutalidade (conforme Lc 13:1)
O Senhor também havia previsto a forma Sua execução levaria. Em 3:14; 08:28; e 12:32 Ele falou de ser "levantado", o que Ele disse: "para indicar o género de morte com que Ele estava para morrer" (12:33; Sl 22:6-18.). Tinha os judeus executados Ele, que teria jogado-lo e apedrejaram (como fizeram Estevão; Atos 7:58-60). Mas a previsão do Senhor estava prestes a ser cumprida, como ele era "levantado" na cruz, uma espécie distinta romana de execução. Deus providencialmente controlado os acontecimentos do julgamento de Jesus para garantir que as suas palavras proféticas viria a passar.
O Interrogatório
Portanto Pilatos entrou novamente no pretório, e chamou Jesus e disse-lhe: "És tu o rei dos judeus?" Jesus respondeu: "Você está dizendo isso por sua própria iniciativa, ou foram outros dizer sobre mim?" Pilatos respondeu: "Eu não sou judeu, eu sou tua nação e os principais dos sacerdotes entregaram-te a mim,? O que você fez" Jesus respondeu: "O meu reino não é deste mundo se o meu reino fosse deste mundo, então meus servos estaria lutando para que eu não fosse entregue aos judeus;., Mas como ela é, meu reino não é deste reino . "Portanto Pilatos disse-lhe: "Então tu és rei?" Jesus respondeu: "Tu dizes que eu sou rei. Para isso nasci e para isto vim ao mundo: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz." Pilatos disse-lhe: "Que é a verdade?" (18: 33-38a)
Deixando os líderes judeus do lado de fora, Pilatos entrou novamente no pretório, e convocou Jesus.Lc 23:2). Seu objetivo era retratá-lo como um rebelde, empenhados em derrubar o domínio romano e estabelecer a sua própria.
Pilatos não podia ignorar uma ameaça tão grande para poder romano. Sua pergunta, "Você é o rei dos judeus?" estava em vigor pedindo a Jesus se ele era de se declarar culpado ou não culpado da acusação de insurreição. "A pergunta de Pilatos procura determinar se ou não Jesus constituía uma ameaça política ao poder imperial romano" (Andreas J. Köstenberger, João, Baker Exegetical Comentário do Novo Testamento [Grand Rapids: Baker, 2004], 527). Em todos os quatro evangelho contas esta é a primeira pergunta Pilatos pergunta a Jesus, e em todos os quatro o pronome "você" é enfático. O texto grego diz literalmente: "Tu, que és o rei dos judeus?" Pilatos estava incrédulo; a partir de uma perspectiva humana, Jesus não se parecia com um rei. E se Ele era um rei, onde estavam Seus seguidores e seu exército? E como Ele foi uma ameaça a Roma?
Jesus não poderia responder a pergunta de Pilatos com um incondicional "Sim" ou "Não" sem antes definir exatamente o que Sua realeza implica. Sua counterquestion, "Você está dizendo isso por sua própria iniciativa, ou foram outros dizer sobre mim?", tinha a intenção de esclarecer a questão. Se Pilatos estava dizendo isso em sua própria iniciativa, ele estaria perguntando se Jesus era um rei no sentido político (e, portanto, uma ameaça a Roma). A resposta de Jesus, nesse caso, haveria; Ele não era um rei, no sentido de um líder militar ou política. Ele já havia rejeitado a tentativa da multidão para fazer dele um tal rei (06:15). Mas nem o Senhor poderia negar que como o Messias Ele era verdadeiro rei de Israel.
Réplica mordaz de Pilatos, "Eu não sou judeu, sou eu?" reflete tanto o seu desdém para o povo judeu, e sua exasperação crescente com o frustrante, intrigante caso étnico definido antes dele. Sua maior elaboração, sua própria nação e os sumos sacerdotes entregaram 5ocê para mim, deixa claro que o governador estava apenas repetindo a acusação levantada contra Jesus pelos líderes judeus; a acusação era deles, não de Roma. Exatamente por isso que o tivessem feito ainda iludiu Pilatos. Ele sabia muito bem que os judeus não teria entregue a ele alguém hostil a Roma, a menos que eles estavam a ganhar com isso.
A tentativa mais uma vez para chegar ao fundo das coisas, Pilatos fez a pergunta que ele deveria ter perguntado desde o início: ? O que você fez Ao contrário da prática judaica (ver a discussão Dt 18:19 no capítulo anterior deste volume), Roman procedimento legal permitiu que o acusado a ser questionada em detalhe (Köstenberger, João, 527). Pilatos compreendeu que os líderes judeus haviam entregado Jesus até ele por causa da inveja (Mt 27:18). O que ele ainda não entendia era o que Jesus tinha feito para provocar tamanha hostilidade veemente com eles e que, se for o caso, o crime que cometera.
Desde que foi agora claro que Pilatos estava apenas repetindo a acusação de os líderes judeus, Jesus respondeu sua pergunta. Ele era um rei, mas não uma intenção governante político em desafiar o governo de Roma. "O meu reino não é (em grego ek ; "fora do meio") deste mundo ", declarou ele. Sua fonte não era o sistema mundial, nem Jesus derivam sua autoridade de qualquer fonte humana. Como observado anteriormente, ele havia rejeitado a tentativa da multidão para coroá-lo rei. Ele também deixou passar uma oportunidade de proclamar-se rei na entrada triunfal, quando Ele entrou em Jerusalém montado na cabeça de dezenas de milhares de aspirantes frenéticos.
Para reforçar seu argumento, Jesus observou que se o Seu reino fosse deste mundo, então Seus servos seria lutando para que ele não seria entregue aos judeus. Nenhum rei terreno teria se permitiu ter sido capturado tão facilmente Mas quando um de Seus seguidores (Pedro) tentou defendê-lo, Jesus repreendeu-o. O reino messiânico não se origina de esforço humano, mas por meio do Filho do Homem da conquista do pecado nas vidas daqueles que pertencem ao Seu reino espiritual.
O reino de Cristo é espiritualmente ativo no mundo de hoje, e um dia ele vai voltar a reinar fisicamente na terra em glória milenar (Ap 11:15; Ap 20:6). Ao contrário de reis terrenos, no entanto, Jesus não foi coroado um rei por qualquer órgão humano Por isso eu ter nascido, Ele declarou, e para isto vim ao mundo. Jesus só não tinha nascido como todos os outros seres humanos, mas também havia de vir ao mundo de um outro reino dos céus (conforme 3: 13 31:06-33; 08:23; 17: 5). Em conjunto, as duas frases são uma referência inequívoca à preexistência e encarnação do Filho de Deus.
A missão de Jesus não era política, mas espiritual. Foi para dar testemunho da verdade por "proclamar o evangelho do reino" (Mt 4:23). Cristo proclamou a verdade sobre Deus, os homens, o pecado, o julgamento, a santidade, o amor, a vida eterna, em suma, "tudo o que diz respeito à vida e à piedade" (2Pe 1:3) A minha voz. " Jesus é "o caminho, ea verdade, ea vida; não um vem ao Pai senão por meio [Ele] "(14: 6). Em 10:27 Ele acrescentou: "As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu as conheço, e elas me seguem." Somente aqueles que continuam em Sua Palavra são verdadeiramente Seus discípulos; somente aqueles que são verdadeiramente Seus discípulos saberão e ser posto em liberdade pela verdade (8: 31-32).
As palavras de Jesus eram um convite implícito a Pilatos para ouvir e obedecer a verdade sobre ele. Mas eles foram perdidos no governador, que terminou abruptamente o interrogatório de Cristo com a, observação cínica pessimista, "Que é a verdade?" Como os céticos de todas as idades, incluindo os pós-modernistas contemporâneos, Pilatos desesperaram de encontrar a verdade universal. Essa é a tragédia de rejeição do homem decaído de Deus. Sem Deus, não pode haver quaisquer absolutos; sem absolutos, não pode haver objetivas, de verdades normativas universais. Verdade se torna subjetiva, relativa, pragmática; objetividade dá lugar à subjetividade; princípios universais atemporais se tornar meras preferências pessoais ou culturais. Toda a humanidade caída tem realizado, abandonando Deus ", o manancial de águas vivas", é "para HEW para si cisternas, cisternas rotas, que não retêm as águas" (Jr 2:13). Retorta irreverente de Pilatos provou que ele não era um daqueles dados pelo Pai ao Filho, que ouvem e obedecem a voz de Cristo.
A Adjudicação
E, havendo dito isto, ele saiu de novo para os judeus e disse-lhes: "Não acho culpa nEle." (18: 38b)
Tendo terminado a interrogar Jesus, Pilatos pronunciou seu veredicto. Ele saiu de novo para os judeus e disse-lhes: "Não acho culpa nele." Ele entendeu o suficiente para perceber que Jesus não representava uma ameaça ao domínio romano. Ele deixou claro que Jesus era inocente das acusações de sedição e insurreição levantadas contra ele pelos líderes judeus (Lucas 23:2).
Nenhuma acusação válida Dele no início; nenhuma convicção de ele no final. O Senhor da glória foi criticado, odiado, e falsamente acusado, mas, no entanto encontrado para ser perfeito, impecável, e inocente.
Barclay
O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de João Capítulo 18 do versículo 1 até o 40
Quando a Última Ceia terminou e quando chegou ao fim a conversação e a oração de Jesus com seus discípulos, saíram do cenáculo. Dirigiam-se ao jardim do Getsêmani. Sairiam pelas portas da cidade, baixariam pelo vale íngreme e cruzariam o canal da corrente Cedrom. Ali deve ter acontecido algo simbólico. Todos os cordeiros pascais eram sacrificados no templo e se vertia seu sangue sobre o altar como oferta a Deus. A quantidade de cordeiros que se matava para a páscoa era imensa. Em certa ocasião, trinta anos depois da época de Jesus, fez-se um censo e se contaram 256:000. Podemos imaginar o que seriam os pátios do templo quando se vertia todo o sangue destas ovelhas sobre o altar. Do altar havia um canal que ia ao arroio Cedrom e o sangue fluía por ele. Quando Jesus cruzou o arroio certamente ainda estava vermelho com o sangue dos cordeiros sacrificados. E sem dúvida alguma ao ver esse sangue vislumbraria de maneira mais clara seu próprio sacrifício. Depois de cruzar o canal do Cedrom, chegaram ao monte das Oliveiras. Sobre a ladeira desse monte estava o pequeno jardim do Getsêmani que significa prensa de azeite: a prensa de onde se extraía o azeite das azeitonas que cresciam no monte. Muita gente acomodada tinha seu jardim particular nesse lugar. Em Jerusalém não havia muito espaço para jardins particulares porque estava construída sobre o topo de um monte. Por outro lado, certas regulamentos cerimoniais proibiam o emprego de abono no solo da cidade sagrada. Essa era a razão pela qual o povo rico tinha seus jardins privados fora da cidade nas ladeiras monte das Oliveiras. Até o dia de hoje se mostra aos peregrinos um pequeno jardim sobre o monte. Os monges franciscanos cuidam dele com amor e há oito grandes oliveiras de tal tamanho que, como diz H. V. Morton, parecem rochas em vez de árvores. São muito velhos, sabe-se que se remontam à época anterior à conquista da Palestina pelos muçulmanos. Não é muito provável que pertençam à época de Jesus mas sem dúvida alguma os pequenos caminhos que cruzam o monte das Oliveiras foram transitados por Jesus. De maneira que Jesus foi a este jardim. Algum cidadão abastado, um amigo anônimo de Jesus cujo nome jamais conheceremos, deve ter-lhe dado a chave da porta e o direito a fazer uso do jardim enquanto estava em Jerusalém. Jesus e seus discípulos tinham ido ali muitas vezes em busca de paz e silêncio. Judas sabia que encontraria a Jesus ali e decidiu que esse seria o lugar onde poderiam prendê-lo com maior facilidade. Há algo surpreendente na força que foi prender a Jesus. João diz que havia uma companhia de soldados junto com oficiais dos principais sacerdotes e dos fariseus. Os oficiais seriam a polícia do templo. As autoridades do templo tinham uma espécie de polícia particular para manter a ordem e o Sinédrio tinha polícia e oficiais para fazer cumprir seus regulamentos. Os oficiais eram a força policial judia. Mas também havia um grupo de soldados. A palavra é speira. Agora, se empregada de maneira correta, essa palavra pode ter três sentidos. É a palavra grega para designar a coorte romana. Cada uma delas tinha seiscentos homens. Se fosse uma coorte de homens de auxílio, a speira tinha mil homens, duzentos e quarenta de cavalaria e setecentos e sessenta de infantaria. Às vezes, embora com menor freqüência, empregava-se a palavra para referir-se a um manípulo formado por duzentos homens. Inclusive se tomarmos a palavra neste último sentido, que expedição para enviar contra um carpinteiro da Galiléia desarmado! Na época da páscoa sempre tinha soldados de mais em Jerusalém aquartelados na Torre de Antonia da qual se via o templo. Portanto não era difícil contar com homens.
Mas que reconhecimento do poder de Jesus! Quando as autoridades decidiram prendê-lo enviaram quase um exército. Havia tal poder neste único homem que seus inimigos sentiram que necessitavam um exército para reduzi-lo e garantir seu captura.
Há poucas cenas em todas as escrituras que nos mostrem as qualidades de Jesus como o faz este arresto no jardim.
Mostra-nos sua coragem. Na época da páscoa havia Lua cheia e a noite estava quase tão iluminada como o dia. Entretanto, os inimigos de Jesus tinham chegado com lâmpadas e tochas. Por que? Não precisavam delas para ver o caminho à luz argêntea da Lua. Devem ter pensado que teriam que buscar entre as árvores, sobre as ladeiras e nas entradas e covas do monte para encontrar a Jesus. Devem ter suposto que se esconderia. Longe de fazer algo semelhante, quando chegaram Jesus deu um passo à frente. “A quem buscais?” perguntou. “A Jesus, o Nazareno”, responderam. “Sou eu”, chegou a resposta. O homem que criam que deveriam buscar entre as árvores e as covas estava de pé diante deles com um desafio glorioso e arriscado. Aqui temos a coragem de um homem que está disposto a encarar as coisas.
Durante a Guerra Civil Espanhola se sitiou uma cidade. Havia alguns que queriam entregar-se, mas surgiu um líder. "É melhor", disse, "morrer de pé que viver ajoelhados". Se Jesus devia morrer, morreria como um herói.
Mostra-nos sua autoridade. Ali estava; uma única figura, solitária, desarmada. Ali estavam eles, centenas de homens, armados e equipados. Entretanto, ao vê-lo, retrocederam e caíram ao solo. Nesse momento, o poder irradiava de Jesus. Fluía do um sentimento de autoridade que, apesar de sua solidão, o fazia mais forte que o poder de seus inimigos.
Mostra-nos que Jesus escolheu morrer. Mais uma vez, é evidente que Jesus poderia ter evitado a morte se o quisesse. Poderia ter caminhado em meio deles e ter-se ido para longe. Mas não o fez. Jesus chegou até a ajudar a seus inimigos a prendê-lo. Escolheu morrer.
Mostra-nos seu amor protetor. Não pensava em si mesmo, mas em seus amigos. Disse: “Já vos declarei que sou eu; se é a mim, pois, que buscais, deixai ir estes.” Pensava mais no perigo que enfrentavam os discípulos que no próprio.
Entre as muitas histórias imortais da Segunda Guerra Mundial se destaca a do Alfred Sadd, o missionário da Tarrawa. Quando os japoneses chegaram a sua ilha estava formado com outros vinte homens, em sua maioria soldados de Nova Zelândia que tinham formado parte das tropas. Os japoneses estenderam uma bandeira da Inglaterra no solo e ordenaram ao Sr. Sadd que caminhasse sobre ela. O Sr. Sadd se aproximou da bandeira e, ao chegar a ela deu a volta rumo à direita. Voltaram-lhe a ordenar que pisasse na bandeira e desta vez girou rumo à esquerda. A terceira vez o obrigaram a chegar até ela; levantou-a nos braços e a beijou. Quando os japoneses os fizeram sair a todos para matá-los muitos deles eram tão jovens que estavam afligidos, mas o Sr.
Sadd levantou-lhes o ânimo. Ficaram de pé em fila, com Sadd no meio e nesse momento o Sr. Sadd se separou um pouco da fila e lhes dirigiu palavras de alento. Quando terminou, retornou à fila mas se manteve um pouco mais adiante que outros para ser o primeiro a morrer. Alfred Sadd pensava mais nos problemas dos outros que nos próprios. O amor protetor de Jesus se ocupava dos discípulos inclusive no Getsêmani.
Mostra-nos sua obediência máxima. "A taça que o Pai me deu", disse, "não a hei de beber?" Essa era a vontade de Deus e isso era suficiente para Ele. Foi fiel até a morte.
E há uma pessoa neste relato a quem devemos fazer justiça: Pedro. Pedro, um só homem, desembainhou sua espada contra centenas. Como disse Macaulay:
Que melhor morte pode pretender um homem que fazer frente a riscos temíveis?
Pedro negaria a seu mestre pouco tempo depois, mas nesse momento estava disposto às ver-se com centenas de homens para defender a Cristo. Podemos falar da covardia e o fracasso de Pedro, mas jamais devemos esquecer a coragem sublime que demonstrou nesse momento.
Para manter a continuidade da narração nos ocuparemos das duas passagens que tratam sobre o juízo perante Anás ao mesmo tempo. Faremos o mesmo com as duas passagens que se ocupam da tragédia de Pedro. João é o único que diz que levaram a Jesus a Anás antes que nada. Anás era um personagem notável. Edersheim escreve sobre ele:
"Não há nenhuma outra figura tão conhecida na história judia contemporânea como Anás. Ninguém o reputava tão afortunado ou triunfante mas tampouco havia outra pessoa tão execrável como o antigo sumo sacerdote”. Anás era o poder que estava atrás do trono em Jerusalém. Ele mesmo tinha sido sumo sacerdote desde 6 a 15 d C. Quatro de seus filhos também tinham ocupado essa acusação e Caifás era seu genro. Esse dado é sugestivo e esclarecedor por si mesmo. Houve um tempo quando os judeus eram livres, então os sumos sacerdotes ocupavam o cargo vitalício. Mas quando chegou o governo romano, o cargo se converteu em tema de controvérsia, intrigas, corrupção e suborno. Agora a acusação ia ao maior adulador e o melhor lançador, a quem estivesse mais disposto a baixar a cabeça perante o governador romano. O sumo sacerdote era o grande colaborador, o homem que comprava o conforto, a facilidade, o prestígio e o poder à custa de gastar dinheiro em subornos e de colaborar estreitamente com os senhores de seu país. A família de Anás tinha uma fortuna imensa e um por um tinham participado de intrigas e subornos para chegar a ocupar seus cargos; enquanto isso Anás mantinha seu poder por trás de todos eles. Até a forma em que Anás juntou sua fortuna deve ter sido vergonhosa. No Pátio dos gentios havia vendedores das vítimas para o sacrifício. Eram os mesmos vendedores que Jesus expulsou do templo. Não eram comerciantes e sim chantagistas. Cada vítima que se oferecia no templo devia estar limpa de toda mancha ou defeito. Havia inspetores que controlavam tudo isto. Se fosse comprada uma vítima fora do templo era preciso inspecioná-la e examiná-la e sem dúvida alguma seria encontrado algum defeito. Recomendava-se ao fiel que comprasse nos postos do templo onde se vendiam vítimas que já tinham passado pelo exame dos sacerdotes e não corriam o risco de ser rechaçadas. Isso teria sido conveniente e útil exceto por um detalhe. Fora do templo um casa de campo de pombas custaria 22,50 dólares e dentro do templo seu preço ascendia a 37,50 dólares. Todo o comércio do templo era uma exploração declarada e os negócios onde se vendiam os animais se chamavam as Lojas de Anás. Pertenciam à família de Anás. Este tinha conseguido sua fortuna mediante a exploração de fiéis que foram oferecer sacrifícios sagrados. Os próprios judeus odiavam essa família.
Uma passagem do Talmud diz: "Maldita seja a casa de Anás. Maldito seja seu assobio de serpente. São sumos sacerdotes; seus filhos cuidam o tesouro, seus genros são os guardas do templo e seus servos golpeiam às pessoas com paus". Anás e toda sua família eram muito conhecidos.
Agora compreendemos por que Anás dispôs as coisas de maneira que Jesus tivesse que comparecer perante ele em primeiro lugar. Jesus era o homem que atacou seus interesses financeiros, varreu do templo os vendedores de animais e feriu Anás num lugar doloroso: seu bolso e suas enormes economias. Anás queria ser o primeiro em desfrutar da captura, da derrota e da humilhação deste galileu perturbador. O juízo perante Anás foi uma trapaça à justiça. Uma norma essencial da Lei judia estabelecia que não se podia fazer ao prisioneiro nenhuma pergunta que ao responder o fizesse reconhecer-s culpado. Maimonides, o grande erudito judeu, estabelece-o assim: "Nossa verdadeira Lei não impõe a pena de morte ao pecador por sua própria confissão". Anás violou os princípios da justiça judia ao interrogar a Jesus. Jesus recordou justamente isso a Anás. “Por que me interrogas? Pergunta aos que ouviram o que lhes falei”. Jesus dizia, em realidade: "Recolhe o testemunho a respeito de mim como o manda a Lei. Interroga às testemunhas, coisa que tem todo o direito de fazer. Não me interrogue pois não tem direito de fazer algo semelhante". Quando Jesus disse isso, um dos oficiais lhe deu uma bofetada. Disse: "Acaso quer ensinar ao sumo sacerdote como conduzir um juízo?" A resposta de Jesus foi: "Se houver dito ou ensinado algo ilegal, terá que chamar testemunhas. Só citei a Lei. Por que me fere, então?" Jesus jamais esperou justiça. Tinha tocado o interesse pessoal de Anás e seus colegas e estava condenado antes de passar pelo juízo. Quando alguém empreendeu um mau caminho a única coisa que quer é eliminar a qualquer que se lhe opõe. Não pode fazê-lo por meios justos, portanto, está obrigado a fazê-lo por meios injustos. Qualquer argumento que requer injustiças e bofetadas demonstra que não é válido.
Quando os outros discípulos abandonaram a Jesus e escaparam Pedro se negou a segui-los. Seguiu a Jesus inclusive depois de seu arresto porque não podia suportar a idéia de separar-se dEle. De maneira que chegou até a casa de Caifás, o sumo sacerdote. Estava com outro discípulo que tinha direito a entrar na casa do sumo sacerdote porque o conhecia. Elaboraram-se muitas especulações a respeito da identidade deste discípulo pois o seu nome não aparece e não se sabe com certeza quem era. Alguns pensam que se trata de algum discípulo desconhecido cujo nome não poderemos saber jamais. Alguns o relacionam, como é natural, com Nicodemos ou José de Arimatéia. Ambos eram membros do Sinédrio e devem ter conhecido muito bem ao sacerdote.
Fez-se uma sugestão muito interessante. Afirmou-se que o discípulo que não se nomeia era Judas 1scariotes. Judas deve ter tido que entrar e sair várias vezes para acertar a traição e o devem ter conhecido tanto o servo que abria a porta como o próprio sumo sacerdote. O que parece invalidar a teoria é que depois da cena no jardim, quando Judas chegou com os soldados e os oficiais, deve ter ficado bem clara sua participação na traição. É quase incrível pensar que Pedro pode ter sequer falado com Ele depois de sua ação. A interpretação tradicional sempre afirmou que o discípulo a quem não se nomeia é o próprio João. A tradição é tão poderosa que é difícil deixar de lado. Mas, neste caso, expõe-se a pergunta, Como João da Galiléia pode ter sido um conhecido, aparentemente íntimo, do sumo sacerdote? Sugeriram-se duas coisas para explicar esta relação entre João e a casa do sumo sacerdote. (a) Em épocas posteriores um autor chamado Polícrates escreveu sobre o Quarto Evangelho e seu autor e sobre o discípulo amado. Polícrates jamais duvidou de que João escreveu o Quarto Evangelho e que foi o discípulo amado mas diz algo muito curioso sobre ele. Diz que, por nascimento, João era sacerdote e que vestia o pétala que era a franja dourada estreita, ou ziz, onde estavam escritas as palavras "Santidade ao Senhor" que o sumo sacerdote levava sobre a fronte. Se isto for certo, João pertencia à família e à casa do sumo sacerdote. Entretanto, é-nos difícil crer que João pertença à linha sacerdotal pois os Evangelhos nos indicam com toda clareza que era um pescador da Galiléia,
(b) A segunda explicação é mais fácil de aceitar. É evidente que o pai de João deve ter tido um comércio pesqueiro florescente pois podia permitir-se tomar servos pagamentos (Mc 1:20). Uma das grandes indústrias da Galiléia era a do peixe salgado. Nesses tempos, o peixe fresco era um grande luxo porque não havia forma de transportá-lo para que conservasse sua frescura. Mas, por outro lado, o peixe salgado era um elemento essencial da dieta. Supõe-se que o pai de João estava na indústria do peixe salgado e que abastecia a casa do sumo sacerdote. Se era assim, o sumo sacerdote e seus servos conheciam João pois mais de uma vez teria levado peixe. Nesse caso, João assistiria de maneira regular à casa do sumo sacerdote. Acontece que certas lendas apóiam esta teoria.
H. V. Morton nos conta que até o dia de hoje há um pequeno edifício nas ruas laterais de Jerusalém que na atualidade é uma confeitaria árabe. Dentro há algumas pedras e arcos que formavam parte de uma Igreja cristã muito primitiva. Os franciscanos crêem que essa velha igreja estava no lugar que ocupava a casa de Zebedeu, o pai de João. A família, sempre segundo os franciscanos, eram comerciantes de peixe na Galiléia com uma sucursal em Jerusalém e abasteciam a casa do Caifás, o sumo sacerdote, com peixe salgado. Essa era a razão pela qual João podia entrar na casa do sumo sacerdote. Sejam como forem todos estes detalhes, Pedro entrou no pátio da casa do sumo sacerdote e ali negou a seu Senhor três vezes.
Há algo muito interessante sobre o canto do galo. Jesus havia dito que Pedro o negaria três vezes antes do cantar do galo. Agora, isso apresenta algumas dificuldades. Segundo a Lei ritual judia era ilegal ter galos na cidade santa mas não podemos assegurar que todos obedeciam essa Lei. Por outro lado, jamais se pode estar seguro de que o galo cantará. Não obstante, os romanos tinham um costume militar. A noite se dividia em quatro guardas: 18 a 21, 21 a 24, 24 a 3 e 3 a 6. Depois do terceiro guarda se trocavam os soldados de volta e para o assinalar se tocava a trombeta às três da manhã. Esse toque se chamava gallicinium em latim e alektorophonia em grego. Ambos os termos significam canto do galo. Pode ser que Jesus haja dito a Pedro: "Antes que a trombeta toque o canto do galo, você me negará três vezes". Todos os habitantes de Jerusalém devem ter conhecido o toque de trombeta das três da manhã. Essa noite ressonou por toda a cidade e Pedro se lembrou das palavras do Senhor.
De modo que no pátio da casa do sumo sacerdote Pedro negou a seu Senhor. Nunca se tratou a ninguém de maneira mais injusta do que o fizeram os comentaristas e pregadores com Pedro. O que sempre se acentua neste relato é o fracasso e a vergonha de Pedro. Entretanto, devemos lembrar algumas coisas.
Devemos lembrar que todos os outros discípulos, com exceção de João, se ele for o discípulo a quem não se nomeia, tinham abandonado a Jesus e fugiram. Todos, exceto Pedro, foram embora. Pensemos no que fez Pedro. Foi o único que desembainhou a espada diante de um inimigo muito mais poderoso no jardim, foi o único que seguiu até ver o final. Era o único valente. A primeira coisa que devemos lembrar ao pensar em Pedro não é seu fracasso mas a coragem que o manteve perto de Jesus quando todos os outros foram embora. O tremendo a respeito de Pedro é que seu fracasso só pôde ocorrer a alguém que tinha uma coragem imensa. É certo que Pedro fracassou mas o fez em uma situação que nenhum dos outros discípulos se animou a enfrentar. Não fracassou porque era um homem covarde mas sim porque era valente.
Devemos lembrar quanto amava Pedro a Jesus. Seu amor era o único que tinha passado a prova. Outros tinham abandonado a Jesus; Pedro foi o único que permaneceu a seu lado. Pedro amava tanto a Jesus que não podia deixá-lo. É certo que falhou, mas o fez em uma situação a qual só podia chegar quem amava fielmente a Jesus.
Devemos lembrar como Pedro se redimiu. As coisas não lhe devem ter sido fáceis. O relato de sua negação se difundiria com celeridade porque as pessoas gostam de contar coisas maliciosas. Pode acontecer, como sustenta a lenda, que as pessoas tenham imitado o canto do galo quando Pedro passava. Mas Pedro teve a coragem e a força de vontade de redimir-se, de partir de seu fracasso e tender rumo à verdadeira grandeza.
O essencial é que foi o Pedro autêntico quem afirmou sua lealdade no cenáculo; foi o Pedro genuíno quem desembainhou a espada solitária no jardim, à luz da Lua; foi o verdadeiro Pedro quem seguiu a Jesus porque não podia tolerar a idéia de deixá-lo sozinho; não foi o Pedro autêntico quem perdeu a coragem sob a tensão do momento e negou a seu Senhor. E isso era justamente o que Jesus podia ver.
O tremendo a respeito de Jesus é que sob todos nossos fracassos vê o homem verdadeiro. Jesus compreende. Ama-nos apesar do que fazemos porque não nos ama pelo que somos mas sim pelo que podemos chegar a ser. O amor perdoador de Jesus é tão imenso que vê nossa verdadeira personalidade não em nossa infidelidade mas em nossa lealdade, não em nosso fracasso diante do pecado mas em nossa tensão rumo à bondade, inclusive quando estamos vencidos.
Este é o relato mais dramático do juízo de Jesus no Novo Testamento. Se o cortássemos em pequenas seções perderíamos seu pateticismo. É uma passagem que terá que ler como um tudo. Uma vez lido empregaremos vários dias para estudá-lo. O drama da passagem radica no choque e a inter-relação entre as personalidades. De maneira que a melhor forma de estudar esta parte não será seção por seção mas em função das pessoas que intervêm nele.
Começaremos por analisar os judeus. Na época de Jesus os judeus estavam submetidos aos romanos. Estes lhes permitiam exercer uma boa medida de auto-governo mas não tinham direito de aplicar a pena de morte. A iuz gladii, o direito da espada — era assim chamado — pertencia aos romanos. O Talmud testemunha: "Quarenta anos antes da destruição do templo foi tirado de Israel o julgamento em assuntos de vida ou morte." O primeiro governador romano da Palestina se chamava Coponio e ao mencionar sua designação Josefo diz que o enviou como procurador "com poder sobre a vida e a morte conferido por César" (Josefo, Guerras dos judeus, 2, 8, 1). Josefo fala de certo sacerdote, chamado Anano, que se propôs matar alguns de seus inimigos. Outros judeus mais prudentes protestaram contra sua decisão sobre a base de que não tinha direito de determinar essa pena nem de levá-la a cabo. Não permitiu cumprir com sua decisão e o destituiu de seu cargo pelo simples fato de tê-la pensado. (Josefo, Antiguidades dos judeus, 20, 9, 1). É certo que, em algumas oportunidades, como aconteceu com Estêvão, os judeus tomaram a Lei em suas próprias mãos. Mas do ponto de vista legal e oficial não tinham direito de infligir a pena de morte a ninguém. Essa é a razão pela qual tiveram que levar Jesus perante Pilatos antes de poder crucificá-lo.
Se os próprios judeus pudessem aplicar a sentença de morte o teriam apedrejado. A Lei o estabelece assim: “Aquele que blasfemar o nome do SENHOR será morto; toda a congregação o apedrejará” (Lv 24:16). Nesse caso, a testemunha que demonstrou a existência do crime devia ser o primeiro em lançar as pedras. “A mão das testemunhas será a primeira contra ele, para matá-lo; e, depois, a mão de todo o povo” (Dt 17:7). Esse é o sentido do versículo 32. Ali se diz que tudo isto acontecia para que se cumprisse o ensino que Jesus repartiu dando a entender de que morte ia morrer. Jesus tinha dito que se Ele fosse levantado da terra, quer dizer, se fosse crucificado, atrairia a todos os homens (Jo 12:32). Se essa profecia tinha que cumprir-se, Jesus devia ser crucificado, não apedrejado. De maneira que, inclusive além do fato de a lei romana não permitir aos judeus aplicar a pena de morte, Jesus devia morrer com uma morte romana porque devia ser levantado.
De principio a fim, os judeus tentavam usar a Pilatos para seus próprios fins. Eles não podiam matar a Jesus, de maneira que tinham decidido que os romanos o fizessem.
Entretanto, há mais elementos a respeito dos judeus. À medida que lemos este relato notamos certas coisas sobre eles.
Começaram sentindo ódio para com Jesus mas terminaram em uma verdadeira histeria de ódio. Converteram-se em uma multidão enlouquecida, vociferante, gritando como lobos com as caras decompostas pelo ódio: "Crucifica-o! Crucifica-o!" No fim, os judeus alcançaram tal loucura em seu ódio que eram impermeáveis à razão e a misericórdia e até ao humanitarismo mais simples. Não há nada neste mundo que torça tanto o juízo de alguém como o ódio. É uma espécie de loucura. Uma vez que alguém se entrega ao ódio já não pode pensar, ver ou escutar sem distorções. É algo tão tremendo porque anula os sentidos do homem.
O ódio dos judeus os fez perder todo sentido da proporção. Eram tão cuidadosos do ritual e da pureza cerimoniosa que não estavam dispostos a entrar nos quartéis de Pilatos e, entretanto, estavam muito ocupados em fazer todo o possível para crucificar o Filho de Deus. Para comer a páscoa o judeu devia estar cerimonialmente limpo. Se tivessem ingressado nos quartéis de Pilatos teriam ficado impuros em um duplo sentido. Em primeiro lugar, a Lei dos escribas dizia: "As casas dos gentios são impuras."
Em segundo lugar, a páscoa era a festa do pão sem levedar. Parte da preparação para essa festa era a busca cerimonial de levedura: fazia-se desaparecer cada partícula de levedura que havia nas casas. A levedura era o símbolo do mal e devia desaparecer de todas as casas. Se entravam na casa de Pilatos significava que ingressavam em um lugar onde podia haver levedura. Fazer algo semelhante quando estava sendo preparada a páscoa significava ficar impuro. Inclusive se o fizessem, teriam entrado na casa de um gentio onde podia haver levedura, ficavam impuros até o entardecer quando poderiam ter passado por um banho cerimonioso e se purificaram. Agora, vejamos o que os judeus faziam. Cumpriam cada detalhe da Lei cerimonial com o maior cuidado e ao mesmo tempo empurravam rumo à cruz ao Filho de Deus que era a encarnação do amor. Esse é o tipo de coisas que sempre estão inclinados a fazer os homens. Há mais de um membro da Igreja que se preocupa com as pequenezas mais absolutas e entretanto todos os dias desobedece a lei do amor, do perdão e do serviço. Inclusive há muitas Igrejas onde se cuida com minuciosidade cada detalhe da vestimenta, dos móveis, do ritual e da cerimônia mas o espírito do amor e da comunidade brilham por sua ausência. Uma das coisas mais trágicas do mundo é a maneira em que a mente humana pode perder o sentido da proporção e sua capacidade de dar às coisas o lugar que lhes corresponde.
Os judeus não titubearam em torcer sua acusação contra Jesus. Em seu interrogatório particular formularam a acusação de blasfêmia contra Jesus (Mt 26:65). Sabiam muito bem que Pilatos não faria nada a partir de semelhante acusação. Diria que se tratava de uma controvérsia religiosa que não lhe incumbia e que podiam resolvê-la sem apelar à sua autoridade. No fim, acusaram a Jesus de rebelião e insurreição política. Acusavam a Jesus de afirmar que era um rei e sabiam que se tratava de uma mentira. O ódio é algo terrível, não vacila em torcer a verdade. Ninguém conta com um argumento válido quando deve sustentá-lo com uma mentira.
A fim de conseguir a morte de Jesus os judeus negaram cada um de seus princípios. O mais surpreendente que disseram nesse dia foi: "Nosso único rei é César." Samuel havia dito ao povo que seu único rei era Deus (1Sm 12:12). Quando se ofereceu a coroa a Gideão, sua resposta foi: “Não dominarei sobre vós, nem tampouco meu filho dominará sobre vós; o SENHOR vos dominará” (Jz 8:23). Quando os romanos chegaram a Palestina pela primeira vez tinham feito um censo para determinar os impostos que o povo podia pagar. E se produziu uma rebelião sangrenta porque os judeus insistiam que seu único rei era Deus e que só a Ele pagariam tributo. Quando o líder judeu disse: "Nosso único rei é César" deu as costas a toda a história de seu povo da forma mais surpreendente. A afirmação deve ter deixado sem fôlego a Pilatos que provavelmente os olhou com expressão de surpresa e diversão cínica ao mesmo tempo. Os judeus estavam dispostos a abandonar todos os seus princípios para eliminar a Jesus.
É uma imagem tremenda. O ódio dos judeus os converteu em uma multidão de fanáticos enlouquecidos e vociferantes. Esqueceram toda misericórdia, todo sentido da proporção, toda justiça, todos os seus princípios e até a Deus. Nunca se viu com tanta clareza a loucura do ódio.
JESUS PERANTE PILATOS; PILATOS O GOVERNADOR João 18:28-40 (continuação)
Agora vejamos o segundo personagem deste relato: Pilatos. Ao longo de todo o juízo a conduta de Pilatos é quase incompreensível. É muito evidente, não poderia ser mais claro, que Pilatos sabia que as acusações dos judeus eram uma série de mentiras e que Jesus era absolutamente inocente, que estava profundamente impressionado por Ele e que não desejava condená-lo à morte. Entretanto, ele o fez.
Em primeiro lugar negou-se a tomar o caso em suas mãos; logo tentou libertar Jesus dizendo que sempre se deixava em liberdade a um criminoso para páscoa. Logo tentou ficar em paz com os judeus ao açoitar a Jesus e por último faz o chamado final. Mas se negou a ser forte e dizer aos judeus que não queria ter nada que ver com suas maquinações más. Jamais poderemos sequer começar a compreender a Pilatos se não entendermos seu historia. Nós a encontramos nos escritos do Josefo e nos de Filo. Para entender a parte que desempenhou Pilatos neste drama devemos nos remontar muito atrás. Para começar, que fazia um governador romano na Judéia? No ano 4 a.C. Herodes o Grande morreu. Herodes tinha sido rei de toda a Palestina. Apesar de todos seus defeitos, em mais de um sentido foi um bom rei e manteve muito boas relações com os romanos. No testamento, dividiu seu reino entre três de seus filhos. Antipas recebeu Galiléia e Peréia; Filipe recebeu Batanea, Auranitis e Traconites, as regiões selvagens e desertas do nordeste. Arquelau, que à maturação contava só dezoito anos, recebeu Iduméia, Judéia e Samaria. Os romanos aceitaram esta distribuição do reino e a ratificaram. Antipas e Filipe governavam bem e sem escândalos mas Arquelau se comportava como um tirano que extorquia até tal ponto que os mesmos judeus pediram aos romanos que o destituíssem e nomeassem um governador. O mais provável era que pretendessem ser incorporados à numerosa província de Síria. Como esta província era tão populosa o mais provável era que tivessem podido continuar os seus costumes. As províncias romanas se dividiam em duas classes. As que requeriam que houvesse tropas apostadas estavam sob o controle direto do imperador e eram províncias imperiais. As que não requeriam tropas, eram pacíficas e careciam de problemas sérios, estavam controladas pelo senado e eram províncias senatoriais. Agora, a Palestina, como é evidente, era uma região rebelde. Precisava de tropas e portanto estava controlada pelo imperador. As províncias muito grandes estavam governadas por um procônsul ou um delegado; esse era o caso da Síria. As províncias mais pequenas, pertencentes à segunda categoria, estavam governadas por um procurador. Este controlava toda a administração militar e judicial da província. Visitava cada parte da província pelo menos uma vez ao ano e ouvia os problemas e as queixas. Fiscalizava a coleta de impostos mas não tinha autoridade para aumentá-los. Recebia um salário do tesouro e tinha estritamente proibido receber presentes ou subornos. Se fosse excessivo em seus deveres, os habitantes de sua província podiam denunciá-lo ao imperador. Augusto designou um procurador para controlar os problemas da Palestina e o primeiro deles foi acusado no ano 6 D.C. Pilatos assumiu sua funções no ano 26 d C. e permaneceu em seu povo até o 35. Palestina era um fervilhar de problemas, requeria uma mão firme, forte e sábia. Não conhecemos a história anterior de Pilatos mas deve ter tido fama de bom administrador porque do contrário jamais lhe tivessem atribuído a responsabilidade de governar a Palestina. Era necessário manter essa região em ordem pois, como se pode ver no mapa, era a ponte entre o Egito e Síria. Entretanto, como governador Pilatos foi um fracasso. Parecia partir de um desprezo e uma falta de simpatia absolutos para com os judeus. Três incidentes famosos marcaram sua carreira. O primeiro ocorreu durante sua primeira visita a Jerusalém. Esta não era a capital da província. Os quartéis gerais da província estavam em Cesaréia. Mas o procurador fazia muitas visitas a Jerusalém e nessas ocasiões ficava no palácio dos Herodes na parte ocidental da cidade. Quando o procurador chegava a Jerusalém sempre o fazia em companhia de um destacamento de soldados. Estes tinham um estandarte em cuja ponta havia um pequeno busto de metal do imperador em volta. O imperador era um deus e para os judeus esse pequeno busto era uma imagem. Todos os governadores romanos anteriores, em sinal de respeito para com os escrúpulos religiosos dos judeus, faziam tirar a imagem antes de entrar na cidade. Pilatos se negou a fazê-lo. Os judeus lhe rogaram que o fizesse. Pilatos se indignou, não daria alento às superstições dos judeus. Voltou para Cesaréia. Os judeus o seguiram. Pisaram os seus calcanhares durante cinco dias. Eram humildes mas decididos em seus pedidos. Por último, disse-lhes que o encontrassem no anfiteatro. Uma vez ali, os fez rodear por soldados armados e lhes disse que se não cessavam em seus requerimentos os mataria ali mesmo. Os judeus puseram seus pescoços à vista e ordenaram aos soldados que os matassem. Nem sequer Pilatos podia massacrar a homens indefesos. Ficou derrotado, teve que claudicar, viu-se obrigado a admitir que a partir desse momento se deviam tirar as imagens dos estandartes. Assim foi como começou Pilatos: foi um mau começo.
O segundo incidente foi este: a provisão de água de Jerusalém era inadequada. Pilatos se propôs construir um aqueduto novo. De onde proviria o dinheiro? Arrasou com o tesouro do templo. Havia milhões no tesouro. É muito pouco provável que tenha tomado o dinheiro depositado para os sacrifícios e o culto do templo. O mais factível é que tenha tomado o dinheiro chamado Corbã e que provinha de fontes que faziam impossível empregá-lo para o serviço sagrado. O aqueduto de Pilatos era muito necessário; valia a pena fazê-lo; a provisão de água inclusive beneficiaria o templo que precisava de uma boa medida de limpeza em razão de seus contínuos sacrifícios. Não obstante, o povo resistiu; rebelaram-se e saíram às ruas. Pilatos misturou seus soldados entre a multidão vestidos de civil e com armas escondidas entre a roupa. Diante de um sinal predeterminado, os soldados atacaram a multidão e muitos judeus morreram espancados ou esfaqueados. Mais uma vez Pilatos se converteu em uma figura antipopular e corria perigo de ser denunciado ao imperador.
O terceiro incidente foi pior até para Pilatos. Como já vimos, quando ia a Jerusalém ficava no antigo palácio do Herodes. Mandou fazer certos escudos e lhes fez inscrever o nome de Tibério, o imperador. Tratava-se de escudos votivos. Agora, o imperador era um deus; aqui estava o nome de um deus estranho inscrito e desdobrado para que o reverenciassem na cidade santa. O povo gente se exaltou; os homens mais importantes, inclusive aqueles que os apoiavam com maior afinco, rogaram a Pilatos que os tirasse. Pilatos não quis fazê-lo. Os judeus denunciaram o assunto a Tibério e este ordenou a Pilatos que tirasse os escudos. É importante destacar como terminou Pilatos. Este último incidente ocorreu depois da crucificação de Jesus no ano 35 D.C. Houve uma rebelião em Samaria. Não foi muito séria. Pilatos a sufocou com uma ferocidade sádica e com uma quantidade de execuções. Os samaritanos sempre foram considerados cidadãos leais a Roma. O delegado de Síria interveio. Tibério mandou Pilatos retornar a Roma. Quando este estava a caminho, Tibério morreu. Segundo a informação que temos Pilatos nunca foi a juízo e a partir desse momento desaparece da história.
Agora fica claro por que Pilatos agiu como o fez. Os judeus o chantagearam para que crucificasse a Jesus. Disseram-lhe: "Se você deixar em liberdade a este homem você não é amigo de César." O que lhe diziam era o seguinte: "Sua atuação não é muito boa. Já o denunciaram uma vez. Se você não agradar nosso pedido voltaremos a denunciar você ao imperador e o destituirão." Nesse dia, em Jerusalém, o passado de Pilatos se apresentou perante seus olhos e o atormentou. Pilatos foi chantageado para que aceitasse a morte de Jesus porque seus enganos anteriores faziam impossível desafiar os judeus e conservar seu posto. De algum modo, não podemos deixar de compadecê-lo. Queria fazer o correto mas não teve a coragem de desafiar os judeus. Pilatos crucificou a Jesus para manter seu posto.
Vimos a história de Pilatos, vejamos agora sua conduta durante o juízo a Jesus. Pilatos não queria condená-lo porque sabia que Jesus era inocente. Entretanto, viu-se apanhado por seu próprio passado. O que foi, então, o que Pilatos quis fazer e o que fez de fato?
Começou procurou delegar a responsabilidade. Disse aos judeus: "Tomem este homem e julguem segundo suas leis." Tentou fugir da responsabilidade de ocupar-se de Jesus. Isso é justamente algo que ninguém pode fazer. Ninguém pode ocupar-se de Jesus em nosso nome, devemos fazê-lo nós mesmos.
Pilatos passou a buscar uma via de escape do labirinto no qual se encontrava. Apelar ao costume pela qual se liberava um prisioneiro na páscoa para deixar livre a Jesus. Tentou evitar o confronto direto com Jesus. Mais uma vez, isso é algo que ninguém pode fazer. Não há forma de escapar a uma decisão pessoal com respeito a Jesus. Somos nós mesmos aqueles que devemos decidir o que faremos com Ele, se o aceitaremos ou o rechaçaremos.
Pilatos passou logo a ver o que podia fazer com uma claudicação parcial. Ordenou que açoitassem a Jesus. Pilatos deve ter pensado que os açoites satisfariam ou, ao menos, suavizariam a hostilidade dos judeus. Sentia que possivelmente poderia evitar pronunciar o veredicto da cruz ao dar a ordem de açoitá-lo. Isto também é algo impossível. Ninguém pode andar com meias tintas com Jesus; ninguém pode servir a dois amos. Estamos a favor ou em contra e não há via intermediária.
Pilatos tentou ver o que podia obter com um chamado à reflexão. Levou a Jesus destroçado pelos açoites e o mostrou às pessoas. Perguntou-lhes: "Querem que crucifique a seu rei?" Tentou derrubar o peso da balança mediante este chamado à misericórdia e à piedade. Mas ninguém pode pretender que a apelação a outros substitua a decisão pessoal. Pilatos devia tomar sua própria decisão em lugar de tentar que a multidão tomasse por ele. Ninguém pode evadir esse veredicto pessoal e essa decisão com respeito a Jesus Cristo.
De maneira que, por último, Pilatos reconheceu seu derrota. Abandonou a Jesus nas mãos da multidão porque não teve a coragem necessária para tomar a decisão correta e fazer o que correspondia. Não obstante, há mais elementos a respeito de Pilatos.
Vislumbra-se a atitude essencial de cinismo que o caracterizava. Perguntou a Jesus se era um rei. Jesus perguntou se o dizia em virtude do que ele mesmo tinha descoberto ou sobre a base da informação que tinha recebido de maneira indireta. A resposta de Pilatos é: "Acaso sou judeu? Como pretende que saiba algo dos assuntos dos judeus?"
Pilatos era muito orgulhoso para misturar-se no que ele considerava superstições e rixas judias. E era esse mesmo orgulho que o convertia em um péssimo governador. Ninguém pode governar um povo se não fizer um esforço para compreendê-lo e entrar em suas mentes e idéias.
Há uma espécie de curiosidade supersticiosa em Pilatos. Queria saber de onde vinha Jesus: ao perguntá-lo estava pensando em algo mais que sua cidade natal. Quando escutou que Jesus tinha afirmado que era o Filho de Deus se sentiu ainda mais perturbado. Pilatos era supersticioso antes que religioso. Temia que houvesse algo de verdade em todas essas afirmações. Tinha medo de tomar uma decisão que favorecesse a Jesus porque temia os judeus. Sentia o mesmo temor de decidir contra Jesus porque guardava uma leve suspeita que Deus estava metido em todo esse assunto. Pilatos não tinha coragem nem para desafiar os homens nem para reconhecer a Deus.
Mas no coração de Pilatos havia um desejo profundo. Quando Jesus disse que tinha vindo para dar testemunho da verdade, a resposta de Pilatos é: "O que é a verdade?" Essa pergunta se pode formular de muitas maneiras. Pode-se fazê-la com um tom cínico e zombador. Bacon imortalizou a resposta de Pilatos quando escreveu: "O que é a verdade?" disse jocoso Pilatos, e não quis ficar para ouvir a resposta." Pilatos não formulou essa pergunta com um humor cínico; tampouco é a pergunta de alguém que não se importa com a resposta. Aqui vemos a greta na armadura de Pilatos. Formula a pergunta com desejo e cansaço.
Segundo os valores do mundo, Pilatos era um homem que tinha triunfado. Tinha chegado quase à cúpula do serviço civil romano; era governador de uma das províncias do Império; mas faltava algo. Perante este humilde, perturbador e odiado galileu Pilatos sentiu que a verdade, para ele, continuava sendo um mistério; e que ficou em uma posição que fazia impossível descobri-la. Pode ser que Pilatos escarneceu, mas era a zombaria do desespero. Em algum lugar, Philip Gibbs relata que ouviu um debate entre T. S. Eliot, Margaret 1rwin, C. Day Lewis e outros personagens de renome sobre o tema: "Merece a tristeza viver esta vida?" "É certo que faziam piadas", escreve, "mas o faziam como bufões que golpeiam contra a porta da morte."
O mesmo acontecia com Pilatos. Jesus entrou em sua vida e nesse instante descobriu quanto tinha perdido. Nesse dia pôde ter encontrado todo aquilo que tinha perdido mas não teve a coragem de desafiar o mundo apesar de seu passado e se posicionar junto a Cristo assegurando um futuro glorioso.
Agora consideremos Barrabás. João relata o incidente de Barrabás com muito poucas palavras. Sobre o costume de libertar um prisioneiro na páscoa não sabemos mais que o que nos dizem os Evangelhos. Os outros Evangelhos completam, até certo ponto, a breve imagem que João dá de Barrabás. Depois de reunir toda a informação descobrimos que Barrabás era um prisioneiro muito famoso, que era um criminoso, que participou de uma insurreição na cidade e que tinha cometido um homicídio (Mat. 27:15-26: Mar. 15:6-15; Luc. 23:17-25; At 3:14).
O nome Barrabás é interessante. Há duas possibilidades com respeito a sua origem. Pode estar composto por Bar Aba que significaria "filho do pai" ou por Bar Rabban, que significaria "filho do rabino". Não é impossível que Barrabás fosse o filho de algum rabino, o membro de alguma família distinguida que tinha tomado um mau caminho. E pode ser que, apesar de seu caráter criminal, fosse popular entre o povo, como uma espécie do Robin Hood. O que é indubitável é que não devemos vê— lo como um simples ladrão, ladrão de carteira ou um detento qualquer. Era um lestes que significa criminal. Podia ser um desses criminosos belicosos que assolavam a estrada do Jericó, o tipo de homem em cujas mãos caiu o viajante da parábola, ou, o que é mais provável, era um dos zelotes que tinham jurado libertar a Palestina dos romanos, embora isso significasse cometer infinidade de crimes, roubos e assassinatos. Barrabás não era um criminoso qualquer. Podia ser um homem violento mas sua violência tinha uma auréola romântica e podia muito bem convertê-lo no herói da multidão e no desespero da Lei ao mesmo tempo.
Entretanto, há outro elemento interessante a respeito de seu nome. Barrabás não é, por certo, um nome cristão; é o segundo nome. Barrabás deve ter tido outro nome, tal como Pedro se chamava Simão bar Jonas, Simão, filho de Jonas. Há certos antigos manuscritos gregos e certas traduções siríacas e armênias do Novo Testamento que afirmam que o outro nome de Barrabás é Jesus. Não se trata de algo impossível porque naqueles tempos Jesus era um nome muito comum pois é uma versão grega do Josué. Se era assim, a opção da multidão aparece como um pouco mais dramática ainda, pois exclamariam: "Não a Jesus nazareno mas a Jesus Barrabás."
A escolha da multidão foi a opção de todos os tempos. Barrabás era o homem forte, o homem sanguinário, alguém que escolhia chegar a seu objetivo pelo caminho da violência. Jesus era o homem do amor e a suavidade, que não queria saber da força e cujo reino estava nos corações dos homens. O fato trágico da história é que ao longo dos séculos os homens escolheram o caminho de Barrabás e rechaçaram o de Jesus. Ninguém sabe o que aconteceu com Barrabás. Em um de seus livros, João Oxenham traça uma biografia imaginária. A princípio Barrabás só podia pensar em sua liberdade mas logo começou a olhar ao homem que morreu e que podia ter vivido. Havia algo em Jesus que lhe era fascinante e o seguiu até o fim. Quando o viu carregando a cruz, um pensamento iluminou sua mente: "Eu deveria carregar essa cruz em lugar dele, ele me salvou." E ao ver Jesus no Calvário, a única coisa que podia pensar era: "Eu deveria estar pendurado ali, ele não, ele me salvou." Pode que seja assim, pode que não, mas sem dúvida alguma Barrabás foi um dos pecadores por cuja salvação morreu Jesus.
Notas de Estudos jw.org
Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 18 versículo 1
do vale do Cédron: Ou: “da torrente de inverno do Cédron”. Esta é a única vez que o vale do Cédron é citado nas Escrituras Gregas Cristãs. Ele fica ao leste de Jerusalém e percorre todo o comprimento da cidade (de norte a sul), separando Jerusalém do monte das Oliveiras. O vale do Cédron geralmente ficava seco, mesmo no inverno, a não ser quando acontecia uma chuva muito forte. A palavra grega traduzida aqui como “vale” (kheímarros) significa literalmente “torrente de inverno”, ou seja, uma forte corrente de água formada pelas chuvas pesadas de inverno. Essa palavra foi usada mais de 80 vezes na Septuaginta para traduzir a palavra hebraica para “vale” (náhhal), usada quando o vale do Cédron é citado nas Escrituras Hebraicas. (2Sm 15:23-1Rs 2: 37) Tanto a palavra hebraica como a grega para “vale” podem se referir a uma torrente ou corrente de água. (Dt 10:7; Jó 6:15; Is 66:12; Ez 47:5) Mas, na maioria das vezes, elas se referem a um vale que foi escavado por uma torrente de inverno, por onde as águas das chuvas correm durante a estação chuvosa. (Nm 34:5; Js 13:9-17:9; 1Sm 17:40-1Rs 15:13; 2Cr 33:14; Ne 2:15; Ct 6:11) Em muitos contextos, as duas palavras também poderiam ser traduzidas como “uádi”. — Veja o Glossário, “Uádi”.
Vale do Cédron
O vale do Cédron (Nahal Qidron) fica ao leste de Jerusalém e percorre todo o comprimento da cidade (de norte a sul), separando Jerusalém do monte das Oliveiras. Ele começa a uma boa distância dos muros da cidade, na direção norte. De início, ele é largo e raso, mas depois se torna mais estreito e profundo. Na parte do vale que fica em frente à extremidade sul da antiga área do templo, ele tem uns 120 metros de largura e aproximadamente 30 metros de profundidade, mas tudo indica que a profundidade era maior nos dias de Jesus. O vale segue até o Mar Morto, passando pelo deserto da Judeia. Jesus atravessou o vale do Cédron quando foi ao jardim de Getsêmani, depois de ter realizado a primeira Ceia do Senhor, em 14 de nisã de 33 d.C. — Jo 18:1.
1. Vale do Cédron
2. Monte do Templo
3. Monte das Oliveiras (a parte mostrada aqui está coberta de túmulos)
Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 18 versículo 3
o destacamento de soldados: A palavra grega usada aqui (speíra) indica que esses soldados eram romanos. João é o único escritor dos Evangelhos que menciona que soldados romanos participaram na prisão de Jesus. — Jo 18:12.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 18 versículo 10
atacou o escravo do sumo sacerdote: Este acontecimento foi registrado pelos quatro escritores dos Evangelhos. Os quatro relatos se complementam. (Mt 26:51; Mc 14:47; Lc 22:50) Lucas, “o médico amado” (Cl 4:14), é o único que diz que Jesus ‘tocou na orelha e curou’ o escravo. (Lc 22:51) Apenas João informa que foi Simão Pedro quem atacou o homem e que o nome do escravo era Malco. Tudo indica que João era o discípulo “conhecido do sumo sacerdote” e de seus servos. (Jo 18:15-16) Assim, seria natural ele mencionar o nome do homem que tinha sido ferido. Outro texto que deixa claro que João conhecia os servos do sumo sacerdote é Jo 18:26. Ali, João explica que o escravo que acusou Pedro de ser discípulo de Jesus era “parente do homem cuja orelha Pedro havia cortado”.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 18 versículo 11
beber o cálice: A Bíblia muitas vezes usa a palavra “cálice” (ou: “copo”) para representar a “porção” que Deus dá a alguém, ou seja, a vontade de Deus para aquela pessoa. (Sl 11:6, nota de rodapé; 16:5; 23: 5) Aqui, “beber o cálice” significa aceitar a vontade de Deus. O “cálice” de Jesus envolvia sofrer maus-tratos, morrer por causa da acusação falsa de blasfêmia e ser ressuscitado para a vida imortal no céu. — Veja as notas de estudo em Mt 20:22-26:39.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 18 versículo 12
comandante militar: A palavra grega khilíarkhos (quiliarca) significa literalmente “governante de 1.000”, ou seja, comandante de 1.000 soldados. O quiliarca era um tribuno militar romano. Havia seis tribunos em cada legião romana, mas a legião não era dividida em seis grupos. Em vez disso, os seis tribunos se revezavam em comandar a legião inteira. Esses comandantes militares tinham grande autoridade, o que incluía indicar e nomear centuriões. A palavra khilíarkhos também podia se referir de modo geral a oficiais de alta patente. Havia um comandante militar romano junto com os soldados que prenderam Jesus.
dos judeus: Aqui, a palavra “judeus” pelo visto se refere às autoridades judaicas, os líderes religiosos dos judeus. — Veja a nota de estudo em Jo 7:1.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 18 versículo 13
Eles o levaram primeiro a Anás: João é o único escritor dos Evangelhos que menciona este fato. Anás foi designado sumo sacerdote por Quirino, governador romano da Síria, por volta de 6 ou 7 d.C. e serviu nessa função até cerca de 15 d.C. Parece que mesmo depois de Anás ser deposto pelos romanos, deixando de ser oficialmente o sumo sacerdote, ele continuou tendo o mesmo poder e respeito, e era a autoridade judaica mais influente. Cinco dos filhos de Anás foram sumo sacerdotes, e seu genro, Caifás, serviu nessa posição de cerca de 18 d.C. a cerca de 36 d.C. Assim, Caifás era o sumo sacerdote naquele ano, ou seja, em 33 d.C., o ano marcante em que Jesus foi executado. — Veja a nota de estudo em Lc 3:2.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 18 versículo 15
um outro discípulo: Aparentemente se refere ao apóstolo João. Isso estaria de acordo com o fato de que João não fala de si mesmo por nome nenhuma vez em seu Evangelho. (Veja as notas de estudo em Jo 13:23-19:26; 20:2; 21:7; 21:20.) Além disso, João e Pedro são mencionados juntos no relato de Jo 20:2-8 sobre os acontecimentos depois da ressurreição de Jesus. A Bíblia não explica como foi que João, que era da Galileia, se tornou conhecido do sumo sacerdote. Mas, por conhecer os servos do sumo sacerdote, João conseguiu entrar no pátio e depois conseguiu que “a serva que tomava conta da porta” deixasse Pedro entrar. — Jo 18:16.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 18 versículo 18
braseiro: Lit.: “fogo de carvão”. O carvão vegetal é uma forma quebradiça e porosa de carbono. Ele tem cor preta e é geralmente o resíduo de madeira que foi parcialmente queimada. Nos tempos antigos, o processo de produzir carvão envolvia cobrir uma pilha de madeira com terra e deixá-la queimar lentamente por vários dias, deixando o ar entrar apenas o suficiente para os gases queimarem. No fim, o que sobrava era uma forma relativamente pura de carbono. Esse processo era demorado e precisava ser acompanhado de perto. Mas o carvão era o combustível preferido quando se desejava calor intenso e uniforme, sem fumaça. O carvão era usado para aquecer ambientes, às vezes dentro de um recipiente como o braseiro. (Is 47:14; Jr 36:22) Por causa de seu calor uniforme, sem chamas nem fumaça, o carvão também era ideal para cozinhar. — Jo 21:9.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 18 versículo 19
o principal sacerdote: Ou seja, Anás. — Veja as notas de estudo em Jo 18:13; At 4:6.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 18 versículo 24
a Caifás, o sumo sacerdote: Veja a possível localização da casa de Caifás no Apêndice B12-A.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 18 versículo 27
um galo cantou: Veja a nota de estudo em Mc 14:72.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 18 versículo 28
residência do governador: Veja a nota de estudo em Mt 27:27.
de manhã cedo: Ou seja, na manhã de 14 de nisã, o dia em que Jesus foi julgado e executado. A Páscoa tinha começado na noite anterior, depois do pôr do sol que marcou o início de 14 de nisã. Os outros Evangelhos mostram que naquela noite Jesus comeu a refeição pascoal junto com seus apóstolos. (Mt 26:18-20; Mc 14:14-17; Lc 22:15) Assim, a refeição pascoal mencionada aqui deve ser a refeição que os judeus iriam tomar depois do pôr do sol, no início do dia 15 de nisã, o primeiro dia da Festividade dos Pães sem Fermento. Na época de Jesus, a Páscoa (14 de nisã) e a Festividade dos Pães sem Fermento (15 a 21 de nisã) eram às vezes consideradas uma só festividade e chamadas de “Páscoa”. — Lc 22:1.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 18 versículo 31
O fragmento mais antigo das Escrituras Gregas Cristãs
A foto mostra a frente e o verso de um fragmento muito antigo, que contém parte do Evangelho de João, conhecido como Papiro Rylands 457 (P52). Ele foi comprado no Egito em 1920 e faz parte do acervo da Biblioteca Universitária John Rylands, em Manchester, na 1nglaterra. Um lado tem uma parte de Jo 18:31-33 e o outro, uma parte de Jo 18:37-38. O fato de estar escrito dos dois lados mostra que esse papiro era parte de um códice (um conjunto de folhas costuradas como um livro). O fragmento mede 9 por 6 centímetros. Muitos estudiosos consideram que ele seja o fragmento mais antigo já encontrado de um manuscrito das Escrituras Gregas Cristãs e o datam da primeira metade do século 2 d.C. Assim, é provável que esse fragmento fizesse parte de uma cópia produzida apenas algumas décadas depois de João escrever seu Evangelho, por volta do ano 98 d.C. O texto desse fragmento é praticamente idêntico ao de manuscritos gregos posteriores mais completos que servem de base para as traduções modernas das Escrituras Gregas Cristãs.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 18 versículo 33
Você é o Rei dos judeus?: Veja a nota de estudo em Mt 27:11.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 18 versículo 36
Meu Reino não faz parte deste mundo: Pilatos tinha acabado de perguntar a Jesus: “O que você fez?” (Jo 18:35) Mas, em vez de responder essa pergunta, Jesus se concentrou na primeira pergunta de Pilatos: “Você é o Rei dos judeus?” (Jo 18:33) A resposta de Jesus foi curta, mas nela ele mencionou três vezes o Reino do qual ele seria Rei. Ao dizer que o Reino dele ‘não fazia parte deste mundo’, Jesus deixou claro que esse Reino não era um governo humano. Isso está de acordo com o fato de que, em ocasiões anteriores, esse Reino foi chamado de “Reino dos céus” ou “Reino de Deus”. (Mt 3:2; Mc 1:15) Além disso, Jesus tinha dito que seus seguidores ‘não faziam parte do mundo’, ou seja, da sociedade humana injusta afastada de Deus. (Jo 17:14-16) E, quando o apóstolo Pedro tentou impedir que Jesus fosse preso, Jesus mostrou que seus seguidores não deveriam lutar para defendê-lo assim como os assistentes de um rei humano fariam. — Mt 26:51-52; Jo 18:11.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 18 versículo 37
O senhor mesmo está dizendo que eu sou rei: Esta resposta de Jesus era uma confirmação de que ele era um rei. (Mt 27:11; compare com as notas de estudo em Mt 26:25-64.) Mas Jesus não era rei no sentido que Pilatos imaginava. O Reino de Jesus ‘não fazia parte deste mundo’ e, por isso, não era uma ameaça para o Império Romano. — Jo 18:33-36.
dar testemunho: Nas Escrituras Gregas Cristãs, as palavras traduzidas como “dar testemunho” (martyréo), “testemunho” (martyría) e “testemunha” (mártys) são bem abrangentes. Elas têm o sentido básico de testemunhar sobre coisas que se sabe ou viu, mas também podem incluir a ideia de “declarar; confirmar; falar bem de”. Jesus não apenas deu testemunho e proclamou as verdades que sabia, mas também viveu de uma maneira que confirmou que as profecias e promessas de seu Pai eram verdadeiras. (2Co 1:20) Deus tinha predito em detalhes o seu propósito com relação ao Reino e ao Rei messiânico. Durante a vida de Jesus na Terra e principalmente ao dar sua vida como sacrifício, ele cumpriu todas as profecias sobre si mesmo, incluindo as “sombras”, ou quadros proféticos, contidas no pacto da Lei. (Cl 2:16-17; Hb 10:1) Assim, pode-se dizer que Jesus ‘deu testemunho da verdade’ tanto pelo que falou como pelo que fez.
da verdade: Jesus não estava se referindo à verdade de modo geral, mas à verdade sobre o propósito de Deus. Uma das verdades principais relacionadas com o propósito de Deus é que Jesus, o “filho de Davi”, serve como Sumo Sacerdote e Rei do Reino de Deus. (Mt 1:1) Jesus explicou que um dos objetivos mais importantes de sua vinda à Terra e de seu ministério era declarar a verdade sobre esse Reino. Anjos declararam uma mensagem parecida tanto antes de Jesus nascer como na ocasião do nascimento dele em Belém da Judeia, a mesma cidade onde Davi tinha nascido. — Lc 1:32-33; 2:10-14.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 18 versículo 38
O que é verdade?: Pelo visto, a pergunta de Pilatos era sobre a verdade de modo geral, não sobre a “verdade” que Jesus tinha acabado de mencionar. (Jo 18:37) Se a pergunta de Pilatos fosse sincera, Jesus sem dúvida teria dado uma resposta. Mas é provável que Pilatos não estivesse esperando que Jesus respondesse. Aparentemente, ele estava dizendo com descrença: “Verdade? O que é isso? Não existe verdade!” Pilatos nem mesmo esperou pela resposta de Jesus antes de sair para falar com os judeus.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de João Capítulo 18 versículo 39
vocês têm o costume de que eu liberte um homem: O costume de libertar um prisioneiro também é mencionado em Mt 27:15 e Mc 15:6. Pelo visto, foram os judeus que começaram com esse costume, já que Pilatos disse a eles: “Vocês têm o costume.” Não existe base nem precedente nas Escrituras Hebraicas para o costume de libertar um preso, mas parece que nos dias de Jesus isso já tinha se tornado uma tradição entre os judeus. Esse costume não seria estranho para os romanos, pois há evidências de que eles libertavam prisioneiros para agradar as multidões.
Dicionário
Aconselhado
Dicionário Comum
adjetivoQue obteve conselho. Que recebeu uma orientação. Que possui sensatez ou característica daquele que é prudente. Indivíduo que foi convencido ou alvo de persuasão. Sujeito que foi indicado, sugerido. Apto para julgar de maneira correta, com discernimento.
Fonte: Priberam
Acusação
Dicionário Comum
substantivo femininoAção ou efeito de acusar, imputar uma falta, um erro, um crime a alguém; incriminação. [Jurídico] Declaração de um crime à justiça para que seja punido; denúncia; exposição das culpas do réu. [Jurídico] Atribuição de uma ação repreensível: acusação grave, leve. [Jurídico] Ato voluntário de se declarar culpado; confissão. Demonstração dos próprios sentimentos, pensamentos, conhecimentos: confissão de ideais. Religião Designação de organizações religiosas ou da prática da fé cristã. expressãoReligião Sacramento da Confissão. Sacramento em que o pecador revela seus pecados, buscando o perdão ou a absolvição divina. Etimologia (origem da palavra acusação). Do latim confissio.onis, "ato de reconhecer seus próprios pecados".
Fonte: Priberam
Agora
Dicionário Comum
advérbioNesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido. De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo. Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa. A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu! Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto! conjunçãoTodavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar. Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
advérbioNesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido. De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo. Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa. A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu! Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto! conjunçãoTodavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar. Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
advérbioNesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido. De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo. Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa. A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu! Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto! conjunçãoTodavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar. Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.
Fonte: Priberam
Ali
Dicionário de Sinônimos
lá, acolá, aí, além. – Ali diz propriamente – “naquele lugar”, tanto à vista como no sítio de que se acaba de tratar. – Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 161 Lá significa – “naquele outro lugar”; isto é – no lugar que não é o em que me encontro eu presentemente e que está distante de mim, na parte oposta àquela em que estou. – Aí quer dizer – “nesse lugar”; isto é – no lugar em que se encontra a pessoa a quem nos dirigimos. – Acolá diz – “ali, naquele lugar que está à vista, mas que não é o que eu ocupo, nem o que está ocupando a pessoa com quem falo”. – Além significa – “mais para diante, do outro lado de um lugar ou um acidente à vista, ou mesmo não visível”.
Fonte: Dicio
Dicionário Comum
advérbioNaquele lugar: vou te deixar ali, perto da igreja. Naquele tempo; então: até ali estávamos bem, foi depois que nos separamos. Num local conhecido ou já mencionado: deixe os guarda-chuvas ali. Nessa situação, momento, pessoa; naquilo: ninguém disse mais nada, ali tem algo errado! Gramática Quando usado com um pronome pessoal ou demonstrativo intensifica a relação de identificação ou de proximidade: põe isso ali, por favor. Etimologia (origem da palavra ali). Do latim ad illic.
Fonte: Priberam
Além
Dicionário Comum
advérbioQue se localiza no lado oposto de; que está para o lado de lá; acolá: observava os pássaros que além seguiam voando. Muito adiante: o mar permanece além. Situado num lugar muito longe; excessivamente longe: quando jovem, ele queria ir muito além. Para o lado de fora; que segue para o exterior; afora: seguia pelo campo além. substantivo masculinoO mundo em que os espíritos habitam: sobre o além nada se sabe. Etimologia (origem da palavra além). De origem duvidosa.
Fonte: Priberam
Dicionário de Sinônimos
adiante, depois, após. – Além, aqui, designa situação do que se encontra “depois de alguma outra coisa e em relação ao lugar que ocupamos nós: é antônimo de aquém. – Adiante é também aplicado para designar ordem de situação; mas é um pouco mais preciso que além, e sugere ideia de “posto à frente de alguma coisa”, também relativamente a nós. É antônimo de atrás, ou para trás. – Depois quer dizer – “em seguida, posterior a alguma coisa”; e é antônimo de antes. – Após é de todos os do grupo o mais preciso: diz – “logo depois, imediatamente depois”.
[Farmácia, Medicina]
Usado para significar em partes iguais ou com a mesma quantidade de cada componente.
Nota: usado em receitas com as formas reduzidas ã, ãa, aã, ãã.
a·ná1 (hindustâni anah)
nome feminino
[Numismática]
Antiga moeda de prata indiana correspondente à 16.ª parte da rupia.
a·nã
nome feminino
1.
Flexão feminina de anão.
2.
Espécie de bananeira do Brasil.
Fonte: Priberam
Ano
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Ano Sua duração dependia de seu caráter solar ou lunar. Dividia-se em inverno (de 15 de outubro a 15 de maio) e verão (de 15 de maio a 15 de outubro). Nos cálculos de duração, uma fração de ano equivalia a um ano inteiro. Contavam-se os anos de um imperador a partir de sua ascensão ao trono. Assim, o ano quinze de Tibério (Lc 3:1) iria de 19 de agosto de 28 a 19 de agosto de 29, mas Lucas utilizou o cômputo sírio — que iniciava o ano em 1o de outubro — e, nesse caso, o ano quinze teria iniciado em 1o de outubro de 27.
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Bíblico
Uma comparação entre Dn 7:25-12.7 e Ap 11:2-3 e 12.6, mostra que se faz nesses lugares referência a um ano de 360 dias. Um tempo, tempos, e meio tempo ou 3,5 anos ou 42 meses ou 1.260 dias. Mas um ano de 360 dias teria tido logo este mau resultado: as estações, as sementeiras, a ceifa e coisas semelhantes deviam ter sido pouco a pouco separadas dos meses a que estavam associadas. Conjectura-se que para obviar a este mal foi, nos devidos tempos, intercalado um mês, chamado o segundo mês de adar. o ano sagrado principiava no mês de abibe (nisã), pelo tempo do equinócio da primavera. No dia 16 de abibe, as espigas de trigo, já maduras, deviam ser oferecidas como primícias da colheita (Lv 2:14 – 23.10,11). Depois do cativeiro, um mês, o décimo-terceiro, era acrescentado ao ano, todas as vezes que o duodécimo acabava tão longe do equinócio, que não se podia fazer a oferta das primícias no tempo fixado. o ano civil principiava aproximadamente no tempo do equinócio do outono. (*veja Cronologia, Tempo.)
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da Bíblia de Almeida
Ano Período de 12 meses lunares (354 dias; (1Cr 27:1-15). De 3 em 3 anos acrescentava-se um mês (repetindo-se o último mês) para acertar a diferença entre os 12 meses lunares e o ano solar.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário Comum
substantivo masculinoPeríodo de tempo compreendido entre 1 de janeiro e 31 de dezembro, composto por 12 meses. [Astronomia] Tempo que a Terra leva para completar uma volta em torno do Sol, com duração de 365 dias e 6 horas; ano solar. [Astronomia] Duração média da revolução de qualquer astro ao redor do Sol: ano de Marte. Medida da idade, do tempo de existência de algo ou de alguém: jovem de 20 anos. Período anual durante o qual algumas atividades são feitas com regularidade. substantivo masculino pluralTempo, velhice: o estrago dos anos. expressãoAno bissexto. Ano que tem 366 dias, contando-se em fevereiro 29 dias, e ocorre de quatro em quatro anos. Ano letivo. O que vai do início ao encerramento das aulas; ano escolar. Ano novo ou ano bom. Primeiro de janeiro. Etimologia (origem da palavra ano). Do latim annu-.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoPeríodo de tempo compreendido entre 1 de janeiro e 31 de dezembro, composto por 12 meses. [Astronomia] Tempo que a Terra leva para completar uma volta em torno do Sol, com duração de 365 dias e 6 horas; ano solar. [Astronomia] Duração média da revolução de qualquer astro ao redor do Sol: ano de Marte. Medida da idade, do tempo de existência de algo ou de alguém: jovem de 20 anos. Período anual durante o qual algumas atividades são feitas com regularidade. substantivo masculino pluralTempo, velhice: o estrago dos anos. expressãoAno bissexto. Ano que tem 366 dias, contando-se em fevereiro 29 dias, e ocorre de quatro em quatro anos. Ano letivo. O que vai do início ao encerramento das aulas; ano escolar. Ano novo ou ano bom. Primeiro de janeiro. Etimologia (origem da palavra ano). Do latim annu-.
Fonte: Priberam
Anás
Quem é quem na Bíblia?
É mencionado quatro vezes como “sumo sacerdote” (Lc 3:2; Jo 18:13-24; At 4:6) e é sempre associado a Caifás. Josefo, o historiador judeu, o menciona como sumo sacerdote em Jerusalém mais ou menos de 6 a 15 d.C. O sumo sacerdote era o líder entre os sacerdotes. Seu único papel na adoração era o de entrar uma vez por ano no Santo dos Santos, na parte mais consagrada do Templo, onde somente ele podia oferecer o sacrifício no Dia da Expiação. Por causa de seu ofício, era também o líder do Sinédrio. Dessa maneira, centralizava tanto o poder religioso como o político, mantendo um contato estreito com o governador romano. Este cargo tornara-se mais político do que religioso. Anás era um poderoso líder, cuja influência continuou mesmo depois que a função foi assumida por outros. Seu genro Caifás e seu neto Matias também exerceram este cargo. Assim, Anás e Caifás são mencionados juntos quando a Palavra do Senhor veio a João Batista (Lc 3:2). Os algozes primeiro procuraram Anás, quando Jesus foi preso (Jo 18:13-24), e ele então o encaminhou a Caifás. Este ainda estava envolvido no Sinédrio, quando Pedro e João foram questionados a respeito da fé (At 4:6). P.D.G.
Autor: Paul Gardner
Dicionário da Bíblia de Almeida
Anás [Javé Mostra Graça] - SUMO SACERDOTE que viveu no tempo de Jesus. O sumo sacerdote em exercício era Caifás. Anás tinha sido o sumo sacerdote antes de Caifás, seu genro, e era costume continuar chamando de sumo sacerdote aquele que já havia ocupado esse cargo (Lc 3:2).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Anás Sumo sacerdote a partir de 6 d.C. (Lc 3:2), sogro de Caifás e, muito possivelmente, chefe do grupo dos saduceus. Embora deposto por Valério Grato em 15 d.C., continuou mantendo um poder à sombra, como demonstra o fato de Jesus ter sido conduzido diante dele no transcurso de seu processo (Jo 18:13-24).
[Farmácia, Medicina]
Usado para significar em partes iguais ou com a mesma quantidade de cada componente.
Nota: usado em receitas com as formas reduzidas ã, ãa, aã, ãã.
a·ná1 (hindustâni anah)
nome feminino
[Numismática]
Antiga moeda de prata indiana correspondente à 16.ª parte da rupia.
a·nã
nome feminino
1.
Flexão feminina de anão.
2.
Espécie de bananeira do Brasil.
Fonte: Priberam
Armas
Dicionário Bíblico
Primeiramente, vamos tratar das armas ofensivas, mencionadas na Bíblia: 1. A espada, o instrumento de guerra mais usual, na antigüidade, era menor do que a moderna, como podemos inferir da descrição em Jz 3:16, onde se diz que o punhal de Eúde tinha um côvado de comprimento. Mas, nas mãos de guerreiros experimentados, ela podia ser manejada com terrível efeito (2 Sm 20.8 a 12 – 1 Rs 2.5). Era metida numa bainha, e estava presa a um cinturão. Antes do tempo do metal, as armas contundentes e cortantes eram feitas de pederneira, mas em parte alguma se diz que os israelitas fizeram uso delas. Somente em tempo de guerra se usava a espada – em tempo de paz nem mesmo o rei na sua majestade a trazia (1 Rs 3.24). 2. A lança, de diversas espécies, desde a fortíssima arma, a chanith, que pesava cerca de 25 arratéis, e foi usada por Golias e Saul, até ao kidon, leve e curta haste, que o guerreiro levava às costas, entre os ombros. Ainda havia outras, como a romack, a slelach, e a shebet. Foi com a lança shebet (traduzida a palavra por ‘dardos’) que Joabe acabou de matar Absalão (2 Sm 18.14). 3. o ano era uma arma, na qual eram amestrados todos os soldados, desde o mais humilde aos filhos do rei. Parece que era curvado com o auxílio do pé. Também são mencionados arcos de aço, como especialmente fortes. o cordel era provavelmente, a princípio, alguma fibra dura. As setas eram levadas numa aljava, e algumas vezes envenenadas. 4. A funda é, pela primeira vez, mencionada em Jz 20:16, onde se diz que 700 benjamitas, com a sua mão esquerda, podiam atirar ‘com a funda uma pedra num cabelo, e não erravam’. Em tempos posteriores os fundibulários faziam parte do exército regular (2 Rs 3.25). As fundas são ainda usadas na Palestina por aqueles que vigiam os rebanhos, e certamente Davi, enquanto rapaz, também fez uso dessa arma, com que mais tarde havia de ferir o gigante Golias. Agora, a respeito de armas defensivas, que a Bíblia menciona – são elas: (1). a couraça (1 Sm 17.5, 2 Cr 26.14 – Ne 4:16) – (2). o capacete (1 Sm 17.5 – 2 Cr 26.14 – Ez 27:10) – (3). grevas ou caneleiras para proteger as pernas e os pés (1 Sm 17,6) – o escudo, de que havia duas espécies: o zinnah, que encobria toda a pessoa, e o magen, para usar-se nos conflitos corpo a corpo. Ambas estas palavras se usam nos salmos metaforicamente com relação ao amparo de Deus (*veja Ef 6:10-17).
Fonte: Dicionário Adventista
Assim
Dicionário Comum
advérbioDeste modo, desta forma: assim caminha a humanidade. Igual a, semelhante a; do mesmo porte ou tamanho de: não me lembro de nenhum terremoto assim. Em que há excesso; em grande quantidade: havia gente assim! Do mesmo tamanho; desta altura: o meu filho já está assim. conjunçãoPortanto; em suma, assim sendo: você não estudou, assim não conseguiu passar no vestibular. Gramática Utilizado para dar continuidade ao discurso ou na mudança de pensamento: vou ao cinema amanhã; assim, se você quiser, podemos ir juntos. locução adverbialDe valor concessivo-adversativo. Assim mesmo, mesmo assim ou ainda assim; apesar disso, todavia, entretanto: advertiram-no várias vezes, mesmo assim reincidiu. locução interjeiçãoAssim seja. Queira Deus, amém; oxalá. expressãoAssim ou assado. De uma maneira ou de outra. Assim que. Logo que: assim que ele chegar vamos embora! Assim como. Bem como; da mesma maneira que: os pais, assim como os filhos, também já foram crianças. Etimologia (origem da palavra assim). Do latim ad sic.
substantivo femininoReunião dos indivíduos (ouvintes ou espectadores) que, por suposição, por pesquisa, por estimativa ou por comprovação estatística, assistem a determinados programas de televisão ou de rádio. Por Extensão As pessoas que fazem parte do público em geral; plateia. [Jurídico] Sessão solene que, ocorrendo num tribunal, tem o objetivo de julgar uma causa, ouvir as testemunhas, os advogados e/ou partes interessadas em sua resolução. Ação de prestar atenção ou de ouvir atentamente a pessoa que fala; audição. Ação de receber uma pessoa (ou autoridade) com a intenção de ouvir aquilo que ela tem a dizer, a relatar, a pedir etc.; essa ação e o tempo de sua duração. Etimologia (origem da palavra audiência). Do latim audientia.ae.
Fonte: Priberam
Bainha
Dicionário Comum
substantivo femininoDobra com costura na extremidade de um pano, de uma peça do vestuário. Estojo em que se mete a lâmina de um punhal, espada ou de outro objeto semelhante, para protegê-la de desgaste ou oxidação.
Fonte: Priberam
Dicionário da Bíblia de Almeida
Bainha Estojo usado para cobrir a lâmina de faca ou espada (2Sm 20:8); (Jo 18:11).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Barrabás
Dicionário da Bíblia de Almeida
Barrabás [Filho de um Pai]
Preso que Pilatos soltou quando julgava Jesus (Mt 27:26).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Barrabás Literalmente, filho de Abbas ou filho do pai. Delinqüente judeu cuja liberdade alguns do seu povo preferiram à de Jesus (Mt 26:16; Mc 15:6ss; Lc 23:18ss.; Jo 18:40; At 3:14). A circunstância da libertação de um preso pela Páscoa tem base histórica e aparece comentada no Talmude. Bem difícil de sustentar é a interpretação moderna que vê em Barrabás um revolucionário nacionalista em vez de um delinqüente comum. Tampouco existe a possibilidade de ter sido um zelote, porque esse grupo não existia na época de Jesus.
H. Guevara, Ambiente político del pueblo judío en tiempos de Jesús, Madri 1985: E. Schürer, o. c.; J. Blinzler, o. c.; D. R. Catchpole, The Trial of Jesus, Leiden 1971; C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...
Autor: César Vidal Manzanares
Quem é quem na Bíblia?
(Heb. “filho do pai”). “Prisioneiro notório” e assassino, solto pelo governador romano Pôncio Pilatos no lugar de Cristo. Uma multidão foi rapidamente reunida pelos líderes religiosos, a fim de exigir uma sentença de morte para Jesus. Pilatos nada achou de errado em Jesus e buscou uma justificativa para libertá-lo, ao dar uma alternativa para a multidão. Mas, ao seguir a orientação dos “sacerdotes e dos principais da sinagoga”, a multidão exigiu que libertasse Barrabás, para tristeza de Pilatos.
Barrabás foi líder de uma rebelião, embora o propósito da mesma não fique claro nos evangelhos. Talvez fosse um “zelote” e o levante representasse uma tentativa de se alcançar a liberdade do jugo romano. Se esse fosse o caso, contudo, não seria provável oferecê-lo para ser solto, mesmo como um gesto de boa vontade por parte de Pilatos (Mt 27:16-26; Mc 15:7-15; Lc 23:18-19; Jo 18:40).
Uma grande ênfase é dada por todos os escritores dos evangelhos ao fato de que Barrabás foi solto e Jesus, crucificado. O significado foi bem apresentado por Pedro em seu sermão em Atos 3, onde chama Barrabás de “homicida”. Pelo fato de o povo fazer tal escolha e ser dominado pelos líderes religiosos, vemos a rejeição final do Messias de Deus, “o Santo e o Justo”. Jesus não era a grande figura messiânica que esperavam. Sua atitude de paz e sofrimento não era algo que atraía as multidões. Em última análise, contudo, a escolha dos judeus e seus líderes foi a mesma que homens e mulheres de todas as épocas e raças ainda fazem hoje, quando rejeitam a fé no Evangelho do “Cristo crucificado” e preferem seguir a “sabedoria deste mundo” (1Co 1:18-21). P.D.G.
Autor: Paul Gardner
Dicionário Bíblico
Filho do pai, ou do Rabi. Aquele a quem Pilatos libertou, em conformidade a um antigo costume na Páscoa, deixando Jesus preso. Difere nos quatro Evangelhos a descrição do crime pelo qual aquele homem tinha sido lançado na prisão. Em Mt 27:16 ele é apenas ‘um preso muito conhecido’; Marcos diz (15,7) que Barrabás tinha sido ‘preso com amotinadores, os quais em um tumulto haviam cometido um homicídio’; Lucas confirma a exposição de Marcos, mas afirma também que a insurreição tinha sido na própria cidade de Jerusalém; e Zoão (18,40) não diz mais do que isto: ‘Barrabás era salteador’.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
-
Fonte: Priberam
Bem
Dicionário Comum
substantivo masculinoO que causa alegria e felicidade: desejar o bem. Pessoa de quem se gosta muito: ela sempre foi o meu bem. Aquilo que alguém possui; posse: tinha muitos bens. advérbioDe maneira boa e adequada; adequadamente: ele trabalha bem. De modo saudável; que apresenta uma boa saúde: o paciente está bem. Em que há correção, perfeição, qualidade; corretamente: ele atua bem. De modo confortável, cômodo; confortavelmente: o sapato ficou bem? De modo justo, honesto ou correto; honestamente: comportou-se bem. Em demasia; de modo excessivo; muito: o jogo foi bem fácil. De modo exato; sem atrasos; exatamente: o avião aterrissou bem no horário. adjetivoQue faz parte da classe de pessoas ricas, da alta sociedade. Etimologia (origem da palavra bem). Do latim bene.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoO que causa alegria e felicidade: desejar o bem. Pessoa de quem se gosta muito: ela sempre foi o meu bem. Aquilo que alguém possui; posse: tinha muitos bens. advérbioDe maneira boa e adequada; adequadamente: ele trabalha bem. De modo saudável; que apresenta uma boa saúde: o paciente está bem. Em que há correção, perfeição, qualidade; corretamente: ele atua bem. De modo confortável, cômodo; confortavelmente: o sapato ficou bem? De modo justo, honesto ou correto; honestamente: comportou-se bem. Em demasia; de modo excessivo; muito: o jogo foi bem fácil. De modo exato; sem atrasos; exatamente: o avião aterrissou bem no horário. adjetivoQue faz parte da classe de pessoas ricas, da alta sociedade. Etimologia (origem da palavra bem). Do latim bene.
Fonte: Priberam
Dicionário da FEB
[...] O bem é uma couraça contra o qual virão sempre se quebrar as armas da malevolência. Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5
[...] para fazer o bem, o espírita não deve sondar a consciência e a opinião e, ainda que tivesse à sua frente um inimigo de sua fé, mas infeliz, deve vir em seu auxílio nos limites de suas faculdades. É agindo assim que o Espiritismo mostrará o que é e provará que vale mais do que o que lhe opõem. Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21
O bem é tudo o que é conforme à Lei de Deus [...]. Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a Lei de Deus. [...] Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 630
[...] fazer o bem não consiste, para o homem, apenas em ser caridoso, mas em ser útil, na medida do possível, todas as vezes que o seu concurso venha a ser necessário. Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 643
[...] é uma couraça contra a qual sempre se quebrarão as manobras da malevolência!... Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Os desertores
[...] O bem que fazemos é conquista pessoal, mas ele vem partilhado pelos empréstimos de talentos da Bondade Divina, a fim de que nossos esforços não sucumbam diante da história de sombras que trazemos de experiências passadas. Para realizar o bem, é preciso a decisão íntima – eu quero fazer. Mas os resultados que porventura venham dessa prática, segundo Paulo, não nos pertencem. Uma visita fraterna, uma aula bem preparada em favor da evangelização infanto-juvenil, uma palestra amorosa que toque o coração dos ouvintes – tudo são ações cometidas pelo empenho individual, por uma decisão particular, mas cujas conseqüências devem ser depositadas na conta do Cristo, Fonte geradora dos recursos sutis em que nos apoiamos para realizar a tarefa. Referencia: ABRANCHES, Carlos Augusto• Vozes do Espírito• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A luz é minha realização
[...] é a única realidade eterna e absoluta em todo o Universo [...]. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O problema do mal
[...] é a única Realidade Absoluta, o destino final da Criação [...]. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Os Espíritos podem retrogradar?
O bem é a lei suprema do Universo e o alvo da elevação dos seres. [...] Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Resumo
[...] Todo bem que se pode produzir é felicidade que se armazena. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 17
O bem é tudo quanto estimula a vida, produz para a vida, respeita e dignifica a vida. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 34
O bem [...] não se circunscreve a limites nem se submete a nominações, escolas ou grupos. Como o oxigênio puro, a tudo vitaliza e, sem ele, a vida perece. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 18
[...] O bem que distendemos pelo caminho é eterna semente de luz que plantamos no solo do futuro, por onde um dia chegarão nossos pés. [...] Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 8
[...] saneador divino [...]. Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 8
[...] É uma conseqüência inevitável do que traz uma das características divinas: a imutabilidade. Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Tempo
O bem é, por conseguinte, valioso recurso autopsicoterápico, que merece experimentado pelos encarnados. Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 33
[...] é a substância intrínseca de tudo quanto existe. [...] Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5
O Bem Eterno é bênção de Deus à disposição de todos. Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 28
[...] todo bem realizado, com quem for e seja onde for, constitui recurso vivo, atuando em favor de quem o pratica. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 6
[...] é o progresso e a felicidade, a segurança e a justiça para todos os nossos semelhantes e para todas as criaturas de nossa estrada [...], nossa decidida cooperação com a Lei, a favor de todos, ainda mesmo que isso nos custe a renunciação mais completa [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 7
[...] constitui sinal de passagem livre para os cimos da Vida Superior [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19
[...] é o verdadeiro antídoto do mal. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19
[...] é o único determinismo divino dentro do Universo, determinismo que absorve todas as ações humanas, para as assinalar com o sinete da fraternidade, da experiência e do amor. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 15
[...] é o movimento evolutivo na escala ascensional para a Divindade [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 35
Não olvides, portanto, / Que possuis tão-somente / O que dás de ti mesmo / No amparo aos semelhantes, / Porque o bem que ofereces / Aos irmãos de jornada / É crédito de luz / A enriquecer-te a vida, / Nos caminhos da Terra / E nas bênçãos do Céu. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 20
O Bem é a luz que deve consolidar as conquistas substanciais do nosso esforço e onde estiver o bem, aí se encontra o Espírito do Senhor, auxiliando-nos a soerguer os corações para as Esferas Superiores. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
O Bem é o trabalho que aperfeiçoa. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
O bem é porto seguro / Neste globo deescarcéus, / Pague o seu débito aomundo / E seja credor nos céus. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] é o inamovível fundamento da Lei.[...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1
[...] o bem real para nós será semprefazer o bem aos outros em primeirolugar. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 2ª reunião-conversação
Em suma, o bem é o Amor que sedesdobra, em busca da Perfeição noInfinito, segundo os Propósitos Divinos[...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Amor
Estende a bondade a todos. / O bem é aglória da vida. / Enfermeiro sem cuidado/ Alarga qualquer ferida. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Gotas de luz• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 5
Nunca te afastes do bem, / Que é a baseda Lei Divina. / O desejo é semprenosso, / Mas Deus é quem determina Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Gotas de luz• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 30
Todo bem, qualquer que ele seja, ébênção creditada a favor de quem opratica. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Merecimento maior
[...] o bem genuíno será sempre o bemque possamos prestar na obra do bemaos outros. [...]O bem é luz que se expande, na medidado serviço de cada um ao bem de todos,com esquecimento de todo mal. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Na lei do bem
[...] A prática do bem ainda é a maior escola de aperfeiçoamento individual, porque conjuga em seus cursos a experiência e a virtude, o raciocínio e o sentimento. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 31
[...] é a nossa porta redentora. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17
[...] é o crédito infalível no livro da eternidade [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Religião dos Espíritos: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 18a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Amanhã
O bem é o único dissolvente do mal, em todos os setores, revelando forças diferentes. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 62
[...] praticar o bem, dando alguma coisa de nós mesmos, nas aquisições de alegria e felicidade para os outros, é o dom sublime por excelência [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20
O bem é uma idéia-luz, descerrando à vida caminhos de elevação. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 20
[...] o bem [...] possui caráter divino e semelhante aos atributos do Pai Excelso, traz em si a qualidade de ser infinito em qualquer direção. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 44
Bem e mal O bem semeia a vida, o mal semeia a morte. O primeiro é o movimento evolutivo na escala ascensional para a Divindade, o segundo é a estagnação. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] todo bem é expansão, crescimento e harmonia e todo mal é condensação, atraso e desequilíbrio. O bem é a onda permanente da vida a irradiar-se como o Sol e o mal pode ser considerado como sendo essa mesma onda, a enovelar-se sobre si mesma, gerando a treva enquistada. Ambos personalizam o amor que é libertação e o egoísmo, que é cárcere. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 60
Fonte: febnet.org.br
Bofetada
Dicionário Comum
substantivo femininoPancada no rosto com a mão aberta; tapa, tabefe. Figurado Dito Insultuoso; injúria, desfeita. Figurado Resposta que atinge perfeitamente o objetivo. expressãoBofetada com luvas de pelica. Ofensa que se faz a alguém de maneira disfarçada. Etimologia (origem da palavra bofetada). Bofete + ada.
1.
Carvão ou lenha incandescente, mas sem chama.
=
TIÇÃO
2.
Estado de incandescência.
3.
FiguradoEstado de afogueamento ou rubor vivo.
4.
[Informal]
Pessoa considerada fisicamente muito atraente (ex.: ela é uma brasa).
brasas
nome feminino plural
5.
Carvão e cinza que ficam no forno depois de apagado.
6.
[Brasil, Informal]
Excremento de animais.
7.
[Brasil, Informal]
Trago em cigarro de haxixe ou marijuana.
=
PEGA, TAPA
8.
[Brasil, Informal]
Aguardente de cana.
=
CACHAÇA
chegar a brasa à sua sardinha Tratar dos seus interesses.
comer brasas Ficar furioso, irritar-se.
passar pelas brasas Assar ligeiramente.
Dormitar.
em brasa Ao rubro.
=
INCANDESCENTE
Muito quente.
=
ESCALDANTE
Afogueado, enrubescido.
=
CORADO
Irado, furioso ou impaciente.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Trata-se do carvão de madeira, empregado como combustível. Aquela refeição de Elias, ‘um pão cozido sobre pedras em brasa’, significa um bolo cozido sobre uma pedra quente, como é ainda usual no oriente (1 Rs 19.6). A expressão proverbial ‘amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça’ (Pv 25:22) foi adotada por S. Paulo para exprimir a vergonha ardente que os homens devem sentir quando o mal que fizeram é pago com o bem (Rm 12:20).
Fonte: Dicionário Adventista
Caifás
Dicionário da Bíblia de Almeida
Caifás [Depressão] - O sumo sacerdote que tomou parte no julgamento de Jesus (Mat 26:3-57) e de Pedro e João (At 4:6).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Caifás Nome pelo qual o Sumo Sacerdote judeu José, que desempenhou suas funções de 18 a 36 d.C., era conhecido. Genro de Anás, deveu a este não só a designação como a inspiração com que dirigiu seu cargo. Membro do grupo dos saduceus, presidiu o Sinédrio que decidiu entregar Jesus às autoridades romanas para sua execução (Jo 18:33ss.). Também perseguiu os seguidores de Jesus (At 4:6).
C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; C. Saulnier e B. Rolland, Palestina en tiempos de Jesús, Estella 101994; J. Comby e J. P. Lémonon, Roma frente a Jerusalén, Estella 1983; H. Cousin, Los textos evangélicos de la Pasión, Estella
21987.
Autor: César Vidal Manzanares
Quem é quem na Bíblia?
Por meio de Josefo, historiador judeu, aprendemos que Caifás sobreviveu na função de sumo sacerdote (cargo político) por quase dezoito anos. Seu sogro Anás, o supremo líder religioso antes dele, provavelmente manteve uma influência considerável, enquanto o genro esteve no cargo. Isso explica a estranha referência em Lucas 3:2, a qual dá a ideia de que ambos ocupavam a posição de sumo sacerdote. Essa relação provavelmente reflete o aspecto político da situação, na qual Anás era considerado o poder por trás do “trono”.
Após a ressurreição de Lázaro, as autoridades judaicas se reuniram para resolver o que fazer com Jesus. Diante da possibilidade do poder delas sobre o povo ser ameaçado por Cristo, sentiram que os romanos viriam contra eles e sua religião (Jo 11:48-53; Jo 18:14). Caifás argumentou: “Vós não percebeis que convém que um só homem morra pelo povo, e que não pereça toda a nação”. Embora tenha dito isso motivado simplesmente pela autopreservação, esse era precisamente o curso da ação que Deus tinha em mente para Jesus. Assim, João identificou claramente esse comentário como uma profecia: “Ele não disse isto de si mesmo, mas como sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus morreria. E não somente pela nação, mas também para reunir em um só corpo os filhos de Deus que andavam dispersos” (Jo 11:51-52).
A soberania do Senhor, ao levar Jesus até a cruz para morrer como o Cordeiro de Deus pelo pecado do mundo, é um forte tema no evangelho de João (Jo 2:29; etc.) e é novamente enfatizado nesse extraordinário episódio. Daquele momento em diante, Caifás e os líderes planejavam como matar Jesus; foi o próprio Caifás quem presidiu o Sinédrio, quando Cristo foi levado para ser julgado (Mt 26:3-57). Naquele julgamento, onde as testemunhas não eram coerentes, foi o sumo sacerdote quem finalmente fez a pergunta direta: “És tu o Cristo, o Filho do Deus Bendito?” (Mc 14:61). Jesus respondeu: “Eu sou”. Nesse ponto eles condenaram, torturaram e crucificaram o Filho de Deus.
O antagonismo de Caifás para com a fé cristã e sua perseguição aos crentes continuou bem depois da morte de Jesus (At 4:6-21; At 6:12-13; etc.). Veja Anás. P.D.G.
Autor: Paul Gardner
Dicionário Bíblico
Genro de Anás, foi sumo sacerdote desde o ano 18 até ao ano 36 (A.D.), exercendo, pois, esta alta função sacerdotal por muito tempo, o que raramente acontecia. Depois da ressurreição de Lázaro, proferiu Caifás perante o Sinédrio aquela inconsciente predição de que Jesus havia de morrer pela nação (Jo 11:50). Ele teve conhecimento da conspiração para prender Jesus com dolo (Mt 26:3-4). E Jesus, depois de interrogado por Anás, foi por este enviado, manietado, a Caifás (Jo 18:24), a quem Ele confessou que era o filho de Deus. Por esta razão Caifás o considerou digno de morte (Mt 26:66). Este príncipe dos sacerdotes também interrogou os apóstolos Pedro e João (At 4:6).
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
-
Fonte: Priberam
Casa
Dicionário da FEB
[...] Aqui [no mundo etéreo], temos o poder de moldar a substância etérea, conforme pensamos. Assim, também as nossas casas são produtos das nossas mentes. Pensamos e construímos. É uma questão de vibração do pensamento e, enquanto mantivermos essas vibra ções, conservaremos o objeto que, du rante todo esse tempo, é objetivo para os nossos sentidos. Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 10
Fonte: febnet.org.br
Dicionário da Bíblia de Almeida
Casa Construção em que pessoas moram. Na Palestina as casas eram feitas de pedra. Os pobres viviam às vezes em cavernas. As pessoas errantes, que se deslocavam em busca de alimentos e de pastagens para os seus rebanhos, viviam em barracas feitas com peles de cabra ou de camelo (Gn 4:20). No litoral do mar Mediterrâneo construíam-se casas de barro. O teto era feito de palha e barro.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário Comum
substantivo femininoConstrução em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares. Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros. Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa. Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores. Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil. [Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas. Em costura, fenda usada para pregar botões. [Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20. [Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado. Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.
Fonte: Priberam
Dicionário de Sinônimos
morada, vivenda, palácio, palacete, tugúrio, teto, chalé, lar, fogo, canto, palheiro, palhoça, choupana, casebre, cabana, tenda, barraca, arribana, choça, colmo, habitação, mansarda, pardieiro, biombo, cômodo, prédio, solar, castelo. – Habitação é, de todos os vocábulos deste grupo, o mais genérico. De “ato de habitar”, que é o que significa propriamente esta palavra habitação, passou a designar também a própria casa, que se habita: casa, ou palácio, ou choupana, ou biombo – tudo será habitação. – Casa é “o edifício de certas proporções destinado à habitação do homem”; e por extensão, designa, em linguagem vulgar, toda parte onde se abrigam alguns animais: a casa do escaravelho; a casa dos coelhos, etc. – Morada é “à habitação onde se mora, ou onde se fica por algum tempo, onde alguém se aloja provisoriamente”. – Vivenda é a “habitação onde se vive”, e sugere a ideia da maior ou menor comodidade com que a gente aí se abriga e vive. Por isso, usa-se quase sempre com um adjetivo: bela vivenda; vivenda detestável. – Palácio é “o edifício de proporções acima do normal, grandioso e magnífico”. Palacete é diminutivo de palácio, designando, portanto, “prédio rico e elegante”. – Tugúrio (latim tugurium, de tegere “cobrir”) é “o abrigo onde qualquer vivente se recolhe, ou habitualmente ou por algum tempo”. Este nome dá-se também, por modéstia ou por falsa humildade, à própria habitação magnífica. – Teto (latim tectum, também de tegere) é quase o mesmo que tugúrio: apenas teto não se aplica a um abrigo de animais, e sugere melhor a ideia de conchego, de proteção, de convívio amoroso: “teto paterno”; “era-lhe o céu um teto misericordioso”. – Chalé é palavra da língua francesa, hoje muito em voga, significando “casa de escada exterior, no estilo suíço, ordinariamente revestida de madeira, cujo teto de pouca inclinação é coberto de feltro, asfalto ou ardósia, e forma grande saliência sobre as paredes”. (Aul.). – Lar é a “habitação considerada como abrigo tranquilo e seguro da família”. – Fogos é o nome que se dá, nas estatísticas, às casas habitadas de um distrito, de uma cidade, ou de uma povoação: “a aldeia vizinha não chega a ter cem fogos”. – Canto, aqui, é “o lugar, o sítio, a morada humilde e desolada, onde alguém como que se refugia afastando-se do mundo”. – Palheiro é propriamente o lugar onde se guarda palha: designa, portanto, neste grupo, “abrigo ou habitação muito rústica e grosseira”. – Palhoça é “pequena casa coberta de palha”. – Choupana é – diz Aul. – “casa rústica de madeira, ou de ramos de árvores para habitação de pastores”. – Cabana (do italiano capánna) é “casinha coberta de colmo ou de palha, onde se abrigam à noite os camponeses, junto ou no meio das roças ou lavouras”. – Casebre é “pequena casa velha e arruinada, onde mora gente muito pobre”. – Tenda é “armação coberta para abrigo provisório ou de passagem em caminho ou em campanha”. – Barraca é “tenda ligeira, coberta de tela de lona ordinariamente”. – Arribana é “palheiro que serve mais para guarda de animais e trem de viagem propriamente que para habitação, prestando-se quando muito para pernoite ao abrigo de intempéries”. – Choça é “habitação ainda mais rústica e grosseira que a choupana”. Dizemos que o selvagem procura a sua choça (e não, pelo menos com a mesma propriedade –, a sua choupana). – Colmo, aqui, é “o colmo tomado pela cabana que é dele coberta”. – Mansarda afasta-se um pouco do francês de que a tomamos (mansarde é propriamente água-furtada ou trapeira, isto é – o último andar de uma casa tendo a janela ou janelas já abertas no telhado): tem, no português usual, mais a significação de “habitação 256 Rocha Pombo humilde, incômoda e difícil, onde há pobreza”. – Pardieiro é – diz Aul. – “edifício velho e em ruínas”: “Já me cansam estas perpétuas ruínas, estes pardieiros intermináveis” (Garrett). – Biombo é “um pequeno recinto separado de uma sala por meio de tabique móvel, e que serve de dormitório, de gabinete”, etc. Costuma-se dizer: “vou para o meu biombo” para significar que se vai para casa. – Cômodo, aqui, é “uma parte de prédio que se aluga por baixo preço e por pouco tempo ordinariamente”. – Prédio (latim prœdium, do prœs “garante, penhor, fiador”) é propriamente “bem de raiz, propriedade real”; mas, aqui, designa “a casa que é nossa própria, a propriedade que consta da casa e do terreno onde está construída”. – Solar é “a propriedade (terras e casa) considerada como representando uma tradição de família, tendo passado por herança de pais a filhos desde alguns séculos”. – Castelo era antiga habitação fortificada, fora das cidades, e onde residiam os grandes senhores feudais. Hoje é “habitação nobre, luxuosa, onde se vive com opulência”.
Fonte: Dicio
Dicionário Bíblico
No sentido mais lato da palavra “baytith” emprega-se para significar qualquer habitação, fixa, ou mutável. Pode ter-se derivado de uma raiz que significa passar a noite. Também o tabernáculo de Deus, embora tenha sido apenas uma tenda, é, algumas vezes, chamado a casa, a residência de Deus. Pouca mudança tem havido no sistema de edificar casas no oriente. As ruas das cidades são geralmente estreitas, tendo, por vezes de um e de outro lado uma carreira de lojas. Por detrás destas estão as habitações. Se entrarmos numa das principais casas, passaremos, primeiramente, por um corredor, onde se vêem bancos de cada lado, e é ali que o senhor da casa recebe qualquer indivíduo, quando quer tratar dos seus negócios, sendo a poucas pessoas permitido passar adiante. Para além desta entrada, o privilegiado visitante é recebido no pátio, ou quadrângulo, que geralmente é pavimentado de mármore ou outra substância dura, e não tem cobertura. Este pátio dá luz e ar a vários compartimentos que têm portas para aquele quadrângulo. Com o fim de receber hóspedes, é o pavimento coberto de esteiras ou tapetes – e visto como estão seguros contra qualquer interrupção de fora, é o lugar mais próprio para recepções e diversões. o pátio é, geralmente, rodeado de um claustro, sobre o qual, quando acontece ter a casa mais de um andar, é levantada uma galeria para cada andar nas mesmas dimensões que o claustro, tendo uma balaustrada para impedir o povo de cair. As janelas que deitam para a rua são pequenas e altamente colocadas, sendo fechadas por meio de um sistema de tábuas furadas e esculpidas em vez de vidro. Deste modo fica oculto o morador, podendo, contudo, obter uma vista do que se passa fora. Todavia, as janelas dos andares superiores são, freqüentemente, de considerável grandeza, e construídas numa saliência para fora da parede da casa. Foi esta a espécie da janela pela qual foi atirada Jezabel por mandado de Jeú. Nas casas dos ricos a parte mais baixa das paredes é adornada de tapeçarias de veludo ou damasco, suspensas em ganchos, podendo esses ornamentos subir ou descer segundo se quer (Et 1:6). A parte superior das paredes é adornada de um modo mais permanente, ao passo que os tetos são, algumas vezes, feitos de madeira preciosa e odorífera (Jr 22:14). os sobrados destes esplêndidos quartos são cobertos de lajes pintadas, ou de pedra mármore. Algumas vezes eram feitos de estuque, coberto de ricos tapetes. Em todos os casos, os quartos de mulheres estão separados, embora a separação não fossem outros tempos tão estrita como é hoje entre os hebreus. Nas casas de certa pretensão havia um quarto para hóspedes. o telhado das casas orientais é quase sempre plano. Compõe-se de vigas de madeira, cobertas de pedra ou argamassa, para proteger os moradores contra o sol e as chuvas, e também, para lhes proporcionar um sítio muito agradável ao ar livre quando está bom o tempo. Em volta deste telhado há um parapeito, não muito alto, para segurança das pessoas (Dt 22:8). Na Palestina o povo dorme nos terraços da casa, durante o tempo de mais calor, em caramanchões feitos de ramos ou de junco (Ne 8:16). o quarto dos hóspedes é, algumas vezes, construído sobre o telhado, e como para este se sobe por uma escada exterior, pode o hóspede entrar ou sair sem comunicar-se com a família. Várias ocupações domésticas são efetuadas nestes lugares altos da casa, como estender a roupa para secar, e espalhar figos, uvas, etc., para se fazer passas. E algumas vezes também foram usados estes lugares para o culto idolátrico (2 Rs 23.12 – Jr 32:29). As tendas, usadas durante a Festa do Tabernáculo, eram levantadas sobre telhados planos, que eram também escolhidos para os moradores se lamentarem em ocasião de grande aflição. os fogões não existem nas casas orientais, mas a família serve-se de braseiros, acontecendo, também, acenderem o lume no pátio aberto. Todavia, a cozinha tinha uma elevação feita de tijolo, com cavidades, em que se fazia a necessária fogueira. Havia os lugares para cozinhar, aos quais se refere Ez 46:23. Além dos caramanchões para uso no verão, havia, também, compartimentos especialmente protegidos, que se usavam no tempo frio. As casas dos pobres no oriente são construções muito fracas, sendo as paredes feitas de barro, canas e junco (*veja Jó 4:19). Pode o ladrão penetrar facilmente dentro destas habitações (Jó 24:16 – Mt 24:43). Algumas vezes estas moradas de barro, e mesmo de tijolo, constavam de uma sala somente, sendo ainda uma parte dela separada para o gado. o exterior de todas as casas, tanto dos ricos como dos pobres, apresenta uma fraca aparência. Nada mais se observa, geralmente, do que uma nua parede branca, com pequenas janelas, gelosias e uma simples porta. (*veja Tenda, Tabernáculo, Cabana.)
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
substantivo femininoConstrução em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares. Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros. Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa. Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores. Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil. [Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas. Em costura, fenda usada para pregar botões. [Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20. [Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado. Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.
Fonte: Priberam
Cedo
Dicionário Comum
advérbioQue ocorre antes do tempo; que acontece antes do combinado. De manhã; ao raiar do dia: ela precisa acordar cedo para ir à escola. De curta duração; que ocorre num espaço curto de tempo; depressa: cedo aparecerão os arrependimentos. Etimologia (origem da palavra cedo). Do latim cito.
Fonte: Priberam
Cedrom
Dicionário Comum
-
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Escuro. É o nome de um ribeiro,cuja nascente está ao noroeste de Jerusalém, e desliza para o oriente pelo lado setentrional até à distância de 2,5 km – depois dá uma volta apertada para o sul passando entre a cidade e o monte das oliveiras – contrai-se, então, e desce rapidamente, sendo depois o seu leito profundo estreito e escuro, pelo qual só correm águas durante as grandes chuvas do inverno. Liga-se ao vale de Hinom em Bir-Ezube, 200 metros abaixo do seu ponto de partida, e dai segue, tomando a direção do sueste, até ao mar Morto. Foi atravessado por Davi, quando fugia de Absalão (2 Sm 15. 23) – e por Jesus Cristo, no seu caminho para o monte das oliveiras e para o jardim de Getsêmani (Jo 18:1). Nele se lançavam ídolos e outras impurezas (2 Rs 23.4,6, 12 – 2 Cr 29.16 – 30.14 – Jr 31:40). Hoje é vulgarmente conhecido por vale de Josafá. A palavra Cedrom é, segundo alguns escritores, o genitivo plural grego de cedro, significando ‘dos cedros’, e talvez seja corrupção popular pela semelhança no som com a palavra hebraica Kidron (escuro).
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da Bíblia de Almeida
Cedrom 1) Ribeiro que corria entre Jerusalém e o monte das Oliveiras (Jo 18:1).
2) Vale por onde corria esse ribeiro. Havia ali um cemitério (2Rs 23:6).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Coisas
Dicionário Comum
coisa
| s. f.
| s. f. pl.
coi·sa (latim causa, -ae, causa, razão)
nome feminino
1.
Objecto ou ser inanimado.
2.
O que existe ou pode existir.
3.
Negócio, facto.
4.
Acontecimento.
5.
Mistério.
6.
Causa.
7.
Espécie.
8.
[Informal]
Qualquer pessoa do sexo feminino cujo nome se ignora ou não se quer nomear.
9.
[Informal]
Órgão sexual feminino.
10.
Qualquer objecto que não se quer ou não se consegue nomear (ex.: essa coisa não serve para nada).
11.
[Informal]
Órgão sexual masculino.
=
COISO
12.
[Brasil: Nordeste]
Cigarro de haxixe ou marijuana.
=
BASEADO
coisas
nome feminino plural
13.
Bens.
aqui há coisa
[Informal]
Expressão que indica que algo levanta suspeitas ou dúvidas.
=
AQUI HÁ GATO
coisa alguma O mesmo que nada.
coisa de
[Informal]
Aproximadamente, cerca de.
coisa nenhuma Usa-se para negar a ausência total de objectos, coisas, ideias, conceitos, etc. (ex.: não se lembrou de coisa nenhuma para dizer; coisa nenhuma lhe parecia interessante).
=
NADA
coisas da breca
[Informal]
Coisas inexplicáveis, espantosas.
coisas do arco-da-velha
[Informal]
Histórias extraordinárias, inverosímeis.
coisas e loisas
[Informal]
Grande quantidade de coisas diversificadas.
[Informal]
Conjunto de coisas indeterminadas.
como quem não quer a coisa
[Informal]
Dissimuladamente.
fazer as coisas pela metade
[Informal]
Não terminar aquilo que se começou.
mais coisa, menos coisa
[Informal]
Aproximadamente.
não dizer coisa com coisa
[Informal]
Ter um discurso desconexo; dizer disparates, coisas sem sentido.
não estar com coisas
[Informal]
Agir prontamente, sem hesitar.
não estar/ser (lá) grande coisa
[Informal]
Não estar/ser particularmente bom ou extraordinário.
ou coisa que o valha
[Informal]
Ou algo parecido.
pôr-se com coisas
[Informal]
Arranjar problemas ou dificuldades onde não existem.
que coisa
[Informal]
Exclamação que se usa para exprimir espanto, desagrado ou irritação.
ver a (s): coisa (s): malparada(s)
[Informal]
Prever insucesso ou perigo aquando da realização de algo.
Sinónimo Geral:
COUSA
Fonte: Priberam
Comer
Dicionário Comum
verbo transitivo direto Ingerir algum alimento, levando à boca e engolindo: ele não gosta de comer legumes; adorava comer tortas. Roubar ou apropriar-se do não lhe pertence: os impostos comiam meu salário. Deixar de ver; ocultar ou omitir: durante a leitura, comia palavras. Figurado Gastar completamente; consumir: comeu a herança da filha. Figurado Acreditar muito em: o delegado não comeu sua história. Figurado Vulgar. Possuir sexualmente outra pessoa. verbo pronominal Consumir-se por: comia-se de raiva! verbo intransitivo Alimentar-se habitualmente: não como em restaurantes. Provar pela primeira vez; experimentar: comer da maçã proibida. Figurado Carcomer, roer, consumir: a ferrugem come o ferro. Figurado Eliminar ou ganhar pedras em jogo de tabuleiro. substantivo masculinoAção de comer; aquilo que se come ou ingere; alimento: o comer não lhe satisfaz. Etimologia (origem da palavra comer). Do latim comedere.
Fonte: Priberam
Conhecido
Dicionário Comum
conhecidoadj. 1. Que muitos conhece.M 2. De que se tem conhecimento; sabido. 3. Experimentado, versado. 4. Ilustre.
Fonte: Priberam
Coorte
Dicionário Comum
substantivo femininoHistória Unidade tática da infantaria romana (dez coortes formavam uma legião). Por Extensão Grupo ou força armada (soldados, militares); tropa. Grande quantidade de pessoas; multidão, magote, bando. Grupo de animais cujo nascimento se deu na mesma época. Conjunto de indivíduos que têm algo relevante para ser estudado comparativamente: coorte de diabéticos. [Zoologia] Divisão classificatória imediatamente acima da superordem. Etimologia (origem da palavra coorte). Do latim cohors.tis.
Fonte: Priberam
Dicionário da Bíblia de Almeida
Coorte Grupo de seiscentos soldados romanos, divididos em seis centúrias, cada qual comandada por um CENTURIÃO (At 27:1); pronuncia-se cô-órte).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Coorte Unidade militar básica na legião romana, equivalente a dez delas, que compreendia entre 600 a 1.000 soldados. Nas províncias era comum a existência de coortes auxiliares formadas por pessoas naturais da localidade, mas sob o comando romano. Em Jerusalém havia uma permanente e outra que servia de guarda ao governador romano (Mt 27:27; Jo 18:3.12).
Autor: César Vidal Manzanares
Costume
Dicionário Comum
substantivo masculinoManeira de pensar ou de se comportar própria de uma pessoa ou sociedade: costumes brasileiros. Prática comum aos membros de um grupo social; hábito. Modo de agir habitual; rotina: tenho o costume de me levantar cedo. O que está sendo usado; moda: é normal o costume dos celulares? Traço característico; comportamento: tinha o costume de falar alto. Roupa própria para ser utilizada em espetáculos de teatro. Por Extensão Traje masculino ou feminino; indumentária, vestimenta. Etimologia (origem da palavra costume). Do latim con/s/tuetumen.inis; forma alte. de consuetudo.inis.
Fonte: Priberam
Dicionário de Sinônimos
hábito, uso, rotina. – Consiste o hábito em fazer ordinariamente, ou frequentemente uma mesma coisa, ou uma coisa do mesmo modo, como se isso nos fosse natural, em consequência de, à força de atos reiterados, nos havermos amoldado ou afeito a ela; ou em virtude de se haver o nosso espírito constituído na necessidade de a procurar, proporcionando-se, cada vez que a repete, um gosto ou prazer mais ou menos vivo. É termo subjetivo, pois exprime um fato pessoal e peculiar ao sujeito. Com o termo hábito tem grande analogia a palavra rotina, que significa propriamente o trilho que inconscientemente se segue em virtude de uma prática habitual, ou que se segue apenas porque vemos que outros o seguem. Diferem, porém, as duas palavras em ser o hábito, como dissemos, subjetivo; enquanto que a rotina é objetiva, pois este vocábulo sugere a ideia de que se quer obter o resultado por um meio quase irrefletido. – Hábito pode tomar-se à boa ou à má parte, segundo o sentido que tem na frase, ou segundo o sentido que lhe dá o qualificativo que o acompanha. – Rotina toma-se quase sempre a má parte, por indicar que se opera maquinalmente, por desídia ou por ignorância, preferindo-se adotar e seguir um método ou processo mau ou sediço a aperfeiçoar os meios de ação. Fazer uma coisa por hábito será louvável quando o hábito for bom, e censurável se ele for mau. Fazer uma coisa seguindo a rotina é sempre censurável, porque é obrar como sempre se tem visto obrar, sem esforço por fazer melhor o que se faz. – Costume, propriamente, encerra ideia de coletividade, porque designa um modo de obrar, ou de usar segundo o que é geralmente adotado por todos ou por muitos. É também vocábulo objetivo, predominando nele, não a ideia do sujeito, mas sim a da coisa, ou do objeto a que a vontade do agente se submete, ou ao qual o seu espírito obedece para conformar-se ao modo geral de obrar ou de usar. Seguimos um costume, não em virtude de uma especial modificação que nos distinga dos outros, mas precisamente por não nos diferençarmos deles. Cada um de nós tem os seus hábitos, uns contraídos por gosto, outros por fraqueza, outros por negligência; a força da vontade pode fazer-nos perder os hábitos de que nos queremos livrar. Cada terra tem os seus costumes, mais ou menos geralmente seguidos; podemos resistir, e até opor-nos a esses costumes, mas não podemos fazer que outros os percam por um esforço da nossa vontade. O hábito está em nós, e por isso o dominamos; o costume está fora de nós: podemos adotá-lo, mas não podemos destruí-lo. Mesmo em sentido mais pessoal, costume indicará sempre um fato exterior. “Tenho o hábito de tomar café depois de jantar” – é uma expressão de alcance muito diferente ao da – “tenho o costume de tomar café depois de jantar”: aquela indica um ato que nos é agradável e de que faremos questão, porque se nos tornou por assim dizer necessário, e cuja privação nos seria penosa; esta indica apenas a ação que fazemos todos os dias. – Uso é vocábulo menos extensivo que costume; não deixa, no entanto, por isso de encerrar ideia de coletividade. Se o costume é de todos, ou quando menos de muitos, o Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 323 uso é apenas peculiar a determinado grupo da totalidade. Se numa terra é costume ir aos ofícios da igreja, nem por isso fazem todos uso do livro de missa: esse uso é quase exclusivo às senhoras. (Segundo Bruns.)
cri·a·do (latim creatus, -a, -um, particípio de creo, -are, criar, fazer crescer, causar, dar origem)
adjectivo
adjetivo
1.
Que se criou.
2.
Nédio, gordo (falando-se de animais).
nome masculino
3.
Empregado doméstico.
4.
Usado como fórmula de cortesia para indicar que a pessoa que fala se coloca ao serviço ou às ordens de outrem.
Fonte: Priberam
Crime
Dicionário Comum
substantivo masculinoDelito; qualquer violação grave da lei por ação ou por omissão, dolosa ou culpável; ação ilícita. Por Extensão Toda ação cujas consequências são desastrosas, condenáveis ou desagradáveis; o que se opõe à moral, à ética; aquilo que é socialmente condenável. Figurado O que traz resultados ruins para si mesmo ou para outra (s): pessoa(s). Por Extensão Reunião de pessoas que cometem infrações. Por Extensão O modo de vida de quem pratica ações ilegais. [Jurídico] De acordo com o conceito material, qualquer ação que ofende um bem que está sob tutela jurídica. adjetivoCriminal; que se relaciona com ações ilícitas, com infrações ou delitos: ato crime. Etimologia (origem da palavra crime). Do francês crime.
Fonte: Priberam
Cumprir
Dicionário Comum
verbo transitivo direto Executar; realizar uma determinação ou obrigação previamente estabelecida: cumpriu o aviso prévio. verbo pronominal Acontecer; ter existência real: o contrato não se cumpriu. verbo transitivo direto , transitivo indireto e pronominalRealizar; efetivar-se de alguma forma: o político não cumpriu as promessas; ele não cumpriu com suas obrigações; o destino se cumpriu. verbo transitivo direto e pronominalPreencher; completar o tempo estabelecido para: o presidente cumpriu 4 anos de mandato; cumpriram-se os prazos para a entrega do trabalho. verbo intransitivo e transitivo indiretoConvir; ser adequado, útil ou necessário: cumpre acabar com a dengue; cumpre aos cidadãos o pagamento dos impostos. Etimologia (origem da palavra cumprir). Do latim complere.
Fonte: Priberam
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Cumprir Levar algo até seu fim e consumação. A vida de Jesus cumpriu as Escrituras na medida em que se ateve às profecias messiânicas do Antigo Testamento (Mt 1:22 etc.). Ele nasceu quando se cumpriu o tempo de Deus para a vinda do Messias (Lc 1:23.57; 2,6.21ss.; Lc 9:51). Foi batizado como cumprimento da justiça de Deus (Mt 3:15). Cumpriu a Lei de Moisés ao lhe dar seu verdadeiro sentido, ao lhe obedecer fielmente e ao declarar consumado seu tempo de aplicação (Mt 5:17). Finalmente, com sua morte, cumpriu sua missão salvífica ao ser executado como sacrifício expiatório em favor da humanidade (Lc 12:50; Jo 19:28-30; Mc 10:45).
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Bíblico
ocorre freqüentes vezes no N.T a frase ‘para se cumprir’, ou ‘para que se cumprisse’ (Mt 2:15-17,23 – 8.17 – 12.17). isto geralmente não quer dizer que aquelas pessoas que tomavam parte no acontecimento soubessem que estavam cumprindo uma profecia. o sentido, na maioria dos casos, deve ser, na realidade, o seguinte: ‘neste acontecimento se verificou o que foi dito pelo profeta…’.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário de Sinônimos
observar, guardar. – Segundo Bensabat, estes verbos são sinônimos no sentido de fazer ou executar o que está prescrito por uma ordem ou por uma lei ou mesmo por um dever moral. O sentido próprio de observar é ter à vista, prestar atenção a, impor a si mesmo como regra ou como norma. “Se houvéssemos de observar aquela sentença do rei egípcio…” (d. Franc. de Melo). O sentido próprio de guardar é ter sob sua guarda, velar sobre, ter sempre à vista com muito cuidado o objeto para o conservar e defender: “Pouco se poderá acrescentar como novidade guardando-se, como se deve guardar, o preceito crítico que manda julgar os livros pelos princípios.” (Reb. da Silva) O sentido próprio de cumprir é tornar efetivas as prescrições de desempenhar, executar com toda exação e rigor: “Cumprir uma ordem; cumprir a lei”.
Do latim calix, que significa “copo” ou “vaso para beber”.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus
Dicionário Bíblico
Segundo o costume dos judeus, nos seus sacrifícios de ação de graças, o anfitrião tomava um cálice de vinho na mão, e em palavras solenes rendia graças e louvores a Deus pelos benefícios recebidos, naquela ocasião especial, e passava depois o cálice a todos os convidados, cada um dos quais bebia dele. o Salmista refere-se a este costume em Sl 116:13 – nosso Salvador, na célebre reunião em que se despedia dos Seus discípulos, seguiu a mesma prática. S. Paulo, em 1 Co 10.16, faz referência ao uso do ‘cálice de bênção’. É, algumas vezes, uma expressão eufêmica por ‘amaldiçoar’, e assim se acha traduzida em Jó 1:5-11 e 2.5,9.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da Bíblia de Almeida
Cálice Figuradamente pode significar sofrimento (Mt 20:22; 26.39), ou a morte (sangue) de Jesus por nós (Lc 22:20).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Cálice Copo de barro ou metal, de forma côncava e de pouca profundidade (Mt 23:25ss.; Mc 7:4). Nos evangelhos, simboliza o destino ou missão da pessoa (Mt 20:22ss.; Mc 10:38ss.), o que, às vezes, implica uma prova difícil (Mt 26:39.42; Mc 14:36; Lc 22:42; Jo 18:11).
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Comum
substantivo masculinoConjunto de sépalas de uma flor. Copinho para licores e vinhos fortes: um cálice de conhaque. Vaso sagrado em que se põe o vinho durante o sacrifício da missa. Beber o cálice até as fezes, sofrer até o fim as maiores aflições; suportar as mais pesadas afrontas.
Fonte: Priberam
Da
Dicionário Comum
contraçãoCombinação da preposição de com o artigo ou pronome demonstrativo feminino a. Tendo em conta o que foi dito anteriormente: esta prova é da Joana. Sobre algo ou alguém já mencionado inicialmente num período: uma ação parecida da que ela participou. Sobre o que não se sabe; daquela: não fale da aluna desta maneira. Etimologia (origem da palavra da). Contração da preposição "de" + art. def. ou pronome dem. "a".
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
contraçãoCombinação da preposição de com o artigo ou pronome demonstrativo feminino a. Tendo em conta o que foi dito anteriormente: esta prova é da Joana. Sobre algo ou alguém já mencionado inicialmente num período: uma ação parecida da que ela participou. Sobre o que não se sabe; daquela: não fale da aluna desta maneira. Etimologia (origem da palavra da). Contração da preposição "de" + art. def. ou pronome dem. "a".
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
contraçãoCombinação da preposição de com o artigo ou pronome demonstrativo feminino a. Tendo em conta o que foi dito anteriormente: esta prova é da Joana. Sobre algo ou alguém já mencionado inicialmente num período: uma ação parecida da que ela participou. Sobre o que não se sabe; daquela: não fale da aluna desta maneira. Etimologia (origem da palavra da). Contração da preposição "de" + art. def. ou pronome dem. "a".
Fonte: Priberam
Daqui
Dicionário Comum
contraçãoCombinação da preposição de com o advérbio aqui; a partir deste ponto; indica algo que se iniciará a partir o local em que está a pessoa que fala: esperamos que daqui a 10 anos a árvore esteja com 10 metros de altura. No lugar em que está a pessoa que fala; neste momento, ponto, situação, circunstância, local; desde lugar: daqui não se vê o mar. Etimologia (origem da palavra daqui). Preposição de + adv. aqui.
Fonte: Priberam
Dar
Dicionário Comum
verbo bitransitivo Oferecer; entregar alguma coisa a alguém sem pedir nada em troca: deu comida ao mendigo. Oferecer como presente ou retribuição a: deu ao filho um computador. Transferir; trocar uma coisa por outra: deu dinheiro pelo carro. Vender; ceder alguma coisa em troca de dinheiro: dê-me aquele relógio. Pagar; oferecer uma quantia em dinheiro: deram 45:000 pelo terreno. Recompensar; oferecer como recompensa: deu dinheiro ao mágico. Gerar; fazer nascer: a pata deu seis filhotes aos donos. Atribuir um novo aspecto a algo ou alguém: o dinheiro deu-lhe confiança. Estar infestado por: a fruta deu bolor. verbo transitivo indireto Uso Informal. Ter relações sexuais com: ela dava para o marido. verbo transitivo direto e bitransitivoPromover; organizar alguma coisa: deu uma festa ao pai. Comunicar; fazer uma notificação: deram informação aos turistas. Oferecer um sacramento: deram a comunhão aos crismandos. Provocar; ser a razão de: aranhas me dão pavor; o álcool lhe dava ânsia. verbo transitivo direto Receber uma notícia: deu no jornal que o Brasil vai crescer. Desenvolver; fazer certa atividade: deu um salto. Emitir sons: deu berros. Ser o valor final de uma operação: 10 menos 2 dão 8. verbo transitivo direto e predicativoLevar em consideração: deram o bandido como perigoso. verbo pronominal Sentir; passar por alguma sensação: deu-se bem na vida. Acontecer: o festa deu-se na semana passada. Etimologia (origem da palavra dar). Do latim dare.
Fonte: Priberam
Dicionário de Sinônimos
doar (dádiva, dote, dom; donativo, doação, dotação); oferecer, apresentar, entregar. – Conquanto na sua estrutura coincidam na mesma raiz (gr. do, que sugere ideia de “dom”) distinguem-se estes dois primeiros verbos do grupo essencialmente, como já eram distintos no latim, na acepção em que são considerados como sinônimos (dare e donare). – Dar é “passar a outrem a propriedade de alguma coisa, mas sem nenhuma formalidade, apenas entregando-lhe ou transmitindo-lhe a coisa que se dá”. – Doar é “dar com certas formalidades, mediante ato solene ou documento escrito, e ordinariamente para um fim determinado”. O que se dá é dádiva, dom, ou dote, ou dotação. Entre estas três palavras há, no entanto, distinção essencial, em certos casos pelo menos. O dom e a dádiva são graças que se fazem por munificência, pelo desejo de agradar, ou com o intuito de comover, ou de tornar feliz. – Dom é vocábulo mais extenso, e é com mais propriedade aplicado quando se quer designar “bens ou qualidades morais”; conquanto se empregue também para indicar dádiva, que se refere mais propriamente a coisas materiais. A inteligência, ou melhor, a fé, as grandes virtudes são dons celestes (não – dádivas). O lavrador tinha a boa colheita como dádiva de Ceres (não – dom). – Dote (do latim dos... tis, de dare), “além de significar dom, isto é, virtude, qualidade de espírito, ou mesmo predicado físico, é termo jurídico, significando “tudo que a mulher leva para a sociedade conjugal”. Entre dote e dotação, além da diferença que consiste em designar, a primeira a própria coisa com que se dota, e a segunda, Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 329 a ação de dotar – há ainda uma distinção essencial, marcada pela propriedade que tem dotação de exprimir a “renda ou os fundos com que se beneficia uma instituição, um estabelecimento, ou mesmo um serviço público”. A dotação de uma igreja, de um hospital, do ensino primário (e não – o dote). – O que se doa é donativo ou doação. O donativo é uma dádiva, um presente feito por filantropia, por piedade, ou por outro qualquer nobre sentimento. A doação (além de ato ou ação de doar) é “um donativo feito solenemente, mediante escritura pública”; é o “contrato – define Aul. – por que alguém transfere a outrem gratuitamente uma parte ou a totalidade de seus bens presentes”. F. fez à Santa Casa a doação do seu palácio tal (não – donativo). “O rei, de visita à gloriosa província, distribuiu valiosos donativos pelas instituições de caridade” (não – doações). – Oferecer diz propriamente “apresentar alguma coisa a alguém com a intenção de dar-lhe”. Significa também “dedicar”; isto é, “apresentar como brinde, como oferta, ou oferenda”. Oferecer o braço a uma senhora; oferecer um livro a um amigo; oferecer a Deus um sacrifício. – Apresentar é “pôr alguma coisa na presença de alguém, oferecendo- -lha, ou mesmo pedindo-lhe apenas atenção para ela”. – Entregar é “passar a alguém a própria coisa que se lhe dá, ou que lhe pertence”. Entre dar e entregar há uma diferença que se marca deste modo: dar é uma ação livre; entregar é uma ação de dever.
Fonte: Dicio
Dentro
Dicionário Comum
advérbioInteriormente; localizado no interior de; de modo interno: lá dentro está melhor. Adentro; em direção ao interior de: entrou mato adentro. interjeição[Marinha] Ordem dada aos marinheiros para que as vergas sejam recolhidas. expressãoEstar por dentro. Saber do que acontece: estou por dentro do assunto. Dentro de. Na parte interna; de modo íntimo; com o passar do tempo: passou o dia dentro do escritório; guardei seu nome dentro da minha cabeça; o ônibus sairá dentro de minutos. Dentro em. Intimamente; de maneira íntima e particular: o amor está dentro em mim. Etimologia (origem da palavra dentro). Do latim de + intro.
Fonte: Priberam
Depois
Dicionário de Sinônimos
logo. – Segundo Lac. – “ambos estes advérbios indicam tempo que se segue ao atua1; porém logo designa termo mais próximo, e depois termo mais remoto. Logo ao sair da missa montaremos a cavalo; e depois de darmos um bom passeio, iremos jantar com teu tio”.
Fonte: Dicio
Dicionário Comum
advérbioSeguidamente; numa circunstância posterior: chegou depois das 21h. Atrás; de modo posterior, na parte de trás: saiu depois da banda. Ademais; em adição a: o tumulto foi desordeiro e, depois, se opôs ao governo. Etimologia (origem da palavra depois). De origem questionável.
Fonte: Priberam
Direita
Dicionário Comum
substantivo femininoReunião dos parlamentares, dos políticos ou das organizações políticas que se pautam ou seguem preceitos tradicionais e conversadores. Por Extensão Corrente política que se opõe à esquerda, aos comunistas ou socialistas. [Política] Parlamentares que, numa assembléia, estão opostos à esquerda. Destra; a mão direita; a mão contrária à esquerda: escreve com a direita. O lado oposto ao esquerdo; o lado direito: andava sempre pela direita. Futebol. A perna direita: chutava com a direita. Etimologia (origem da palavra direita). Feminino de direito; do latim directus.a.um.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
grego: destra, gazeta
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Direita O lado mais nobre do ser humano (Mt 5:29ss. e 39). O lugar mais favorável — por oposição à esquerda (Mt 25:33) — ocupado pelos redimidos em relação ao messias, e pelo Filho do homem em relação a Deus (Mt 22:44; 26,64; Mc 16:19).
Autor: César Vidal Manzanares
Discipulo
Dicionário Bíblico
É discípulo o que aprende dealguém, ou o que segue os princípios de um Mestre, seja de Moisés (Jo 9:28), ou de João Batista (Mt 9:14), ou dos fariseus (Mt 22:16) – mas de um modo preeminente se dá a qualidade de discípulo, ou em geral aos que seguiam Jesus Cristo (Mt 10:42), ou de um modo restrito aos Apóstolos (Mt 10:1). A palavra é também aplicada a uma mulher, no caso de Dorcas (At 9:36). (*veja Escolas, Apóstolo.)
Fonte: Dicionário Adventista
Discípulo
Dicionário da FEB
Os seguidores do Cristo, por serem a luz do mundo, devem constituir-se em veículo da revelação divina a todos os povos e nações. Cada discípulo do Mestre, individualmente, deve ser um facho de luz a iluminar os homens no caminho para o céu, sendo necessário que, por seu intermédio, resplandeça a bondade e a misericórdia do Pai, pois é desígnio da Providência que a Humanidade receba as suas bênçãos através de instrumentos humanos. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Vós sois a luz do mundo
[...] Os discípulos de Jesus, hoje, são aqueles que lhe seguem as pegadas e que, esclarecidos pelo facho do Espiritismo, isto é, assistidos pelos Espíritos do Senhor, por essas virtudes dos céus, que se abalaram de lá e vieram à Terra, e por eles guiados, buscam a verdade nas suas palavras. [...] Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1
Os discípulos fiéis de Jesus eram Espíritos elevados, que se não deixavam dominar pelo sentimento da animosidade pessoal, que, com segurança, julgavam do espírito e não do homem, visto que se achavam em condições de apreciar, pela inspiração que recebiam sob a influência e ação espíritas, o valor daqueles a quem se dirigiam. [...] Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2
Os discípulos de Jesus, como já dissemos, eram Espíritos elevados, encarnados em missão, que aceitaram as condições rigorosas da primeira fase de suas existências humanas, da fase que lhes precedeu à vocação, a fim de concorrerem para a obra de redenção. [...] Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2
[...] os discípulos da Boa Nova são, a seu turno, os mensageiros do seu amor [de Jesus], nos mais recônditos lugares do orbe terrestre. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 127
E o discípulo de Jesus é um combatente efetivo contra o mal, que não dispõe de muito tempo para cogitar de si mesmo, nem pode exigir demasiado repouso, quando sabe que o próprio Mestre permanece em trabalho ativo e edificante. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 94
O discípulo do Evangelho é alguém que foi admitido à presença do Divino Mestre para servir. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 138
[...] O discípulo sincero, porém, é o trabalhador devotado que atinge a luz do Senhor, não em benefício de Jesus, mas, sobretudo, em favor de si mesmo. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 133
Fonte: febnet.org.br
Dicionário da Bíblia de Almeida
Discípulo Pessoa que segue os ensinamentos de um mestre. No NT se refere tanto aos APÓSTOLOS (Mt 10:1) como aos cristãos em geral (At 6:1).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário Comum
substantivo masculinoQuem recebe disciplina ou instrução de outra pessoa; aluno. Quem segue as ideias ou imita os exemplos de outro: discípulo de Hegel. Religião Cada um dos apóstolos de Jesus que propagaram seus ensinamentos. Pessoa que adota uma doutrina, filosofia, ideal: discípulos do capitalismo. Aquele que dá continuidade ao trabalho de outra pessoa: discípulos de Saussure. Etimologia (origem da palavra discípulo). Do latim discipulus.
Fonte: Priberam
Discípulos
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Discípulos O conceito de discípulo — aquele que aprende de um mestre — surgiu no judaísmo do Segundo Templo. De fato, no Antigo Testamento a palavra só aparece uma vez (1Cr 25:8).
Nos evangelhos, o termo indica a pessoa chamada por Jesus (Mc 3:13Lc 6:13; 10,1), para segui-lo (Lc 9:57-62), fazendo a vontade de Deus a ponto de aceitar a possibilidade de enfrentar uma morte vergonhosa como era a condenação à cruz (Mt 10:25.37; 16,24; Lc 14:25ss.).
Os discípulos de Jesus são conhecidos pelo amor existente entre eles (Jo 13:35; 15,13). A fidelidade ao chamado do discípulo exige uma humildade confiante em Deus e uma disposição total para renunciar a tudo que impeça seu pleno seguimento (Mt 18:1-4; 19,23ss.; 23,7).
Mesmo que tanto os apóstolos como o grupo dos setenta e dois (Mt 10:1; 11,1; Lc 12:1) tenham recebido a designação de discípulos, o certo é que não pode restringir-se somente a esses grupos. Discípulo é todo aquele que crê em Jesus como Senhor e Messias e segue-o (At 6:1; 9,19).
E. Best, Disciples and Discipleship, Edimburgo 1986; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Nova York 1981; J. J. Vicent, Disciple and Lord, Sheffield 1976; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; J. Dupont, El Mensaje de las Bienaventuranzas, Estella 81993; J. Zumstein, Mateo, el teólogo, Estella 31993.
1.
Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).
2.
Referir, contar.
3.
Depor.
4.
Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).
5.
Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).
6.
Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).
7.
Exprimir por música, tocando ou cantando.
verbo intransitivo
8.
Condizer, corresponder.
9.
Explicar-se; falar.
10.
Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem).
=
CONVIR, QUADRAR
verbo pronominal
11.
Intitular-se; afirmar ser.
12.
Chamar-se.
13.
Declarar o jogo que se tem ou se faz.
nome masculino
14.
Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).
15.
Estilo.
16.
Maneira de se exprimir.
17.
Rifão.
18.
Alegação, razão.
quer dizer Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente.
=
ISTO É, OU SEJA
tenho dito Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.
Fonte: Priberam
Dito
Dicionário Comum
adjetivoQue se disse; mencionado, referido. substantivo masculinoExpressão; frase; sentença; conceito; mexerico. Dar o dito por não dito, considerar sem efeito o que se disse.
substantivo femininoReunião dos fundamentos e/ou ideias que, por serem essenciais, devem ser ensinadas. Reunião dos preceitos básicos que compõem um sistema (religioso, político, social, econômico etc.). [Política] Reunião dos preceitos utilizados por um governo como base para sua ação (social ou política). Por Extensão Sistema que uma pessoa passa a adotar para gerir sua própria vida; norma, regra ou preceito. O conjunto do que se utiliza para ensinar; disciplina. Religião Crença ou reunião das crenças que são tidas como verdadeiras pelas pessoas que nelas acreditam; os dogmas relacionados à fé cristã; catecismo. [Jurídico] Reunião daquilo (ideias, opiniões, pensamentos, pontos de vista etc.) que é utilizado como base para formulação de teorias (exame ou análise) no âmbito jurídico; regra que, resultante de uma interpretação, é utilizada como padrão no exercício prático de uma lei. Etimologia (origem da palavra doutrina). Do latim doctrina.ae.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Conjunto de princípios em que se baseia um sistema religioso, político ou filosófico. 2. Opinião em assuntos científicos
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da Bíblia de Almeida
Doutrina 1) Conjunto de ensinamentos religiosos (Is 42:4; Mc 1:22).
(Heb. “juiz” ou “julgamento”). O mais velho dos dois filhos que Jacó teve com Bila, serva de Raquel (Gn 30:5-6). De acordo com o relato sobre seu nascimento, Raquel comemorou o evento declarando: “Julgou-me Deus” (Heb. danannî); “por isso lhe chamou Dã”. O nome expressou assim uma situação particular na vida de Raquel e mais tarde também serviu de testemunho do favor de Deus quanto a sua esterilidade.
Dã não é mais citado individualmente, mas a tribo que recebeu seu nome é mencionada com frequencia, a maioria das vezes de forma negativa. Quando os danitas não conseguiram ocupar a terra que receberam na partilha de Canaã, viajaram bem para o norte, derrotaram e expulsaram a população de Laís e se fixaram ali (próximos da moderna cidade de Tell Dã), onde estabeleceram um culto idólatra (Jz 18). Dã, juntamente com Betel, foi mais tarde escolhida pelo rei Jeroboão como sede de seu novo centro de adoração, para que o povo não subisse a Jerusalém (1Rs 12:29). Talvez por esse motivo não seja mencionada no livro de Apocalipse, na distribuição das terras entre as tribos, no final dos tempos (Ap 7:5-8).
Ao abençoar os filhos no leito de morte, Jacó disse: “Dã julgará o seu povo”. Falou também que “Dã será serpente junto ao caminho” (Gn 49:16-17). Moisés, ao proferir sua bênção sobre os israelitas, não foi muito generoso, ao referir-se a Dã como um “leãozinho; saltará de Basã” (Dt 33:22).
2) A TRIBO de Dã e o seu território (Nu 1:39). 3 Uma cidade no extremo Norte da terra de Israel (Jz 20:1).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Déu
Dicionário Comum
substantivo masculinoUsa-se na locução andar de em: andar à procura de alguma coisa, de casa em casa, de porta em porta.
Fonte: Priberam
E
Dicionário Comum
conjunçãoConjunção que liga palavras e orações com mesma função. Indica adição: pai e mãe extremosos. Indica oposição: falou muito, e não disse nada. Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal. Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos. Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira. Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses. Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois. Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram. Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias? substantivo masculinoA quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e. Maneira de representar essa letra (e). numeral[Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série. Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
conjunçãoConjunção que liga palavras e orações com mesma função. Indica adição: pai e mãe extremosos. Indica oposição: falou muito, e não disse nada. Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal. Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos. Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira. Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses. Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois. Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram. Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias? substantivo masculinoA quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e. Maneira de representar essa letra (e). numeral[Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série. Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.
Fonte: Priberam
Eis
Dicionário Comum
advérbioAqui está; veja, perceba, olhe: eis o prêmio que tanto esperava. Eis que/quando. De maneira inesperada; subitamente: eis que, inesperadamente, o cantor chegou. Etimologia (origem da palavra eis). De origem questionável.
Fonte: Priberam
Entrar
Dicionário Comum
verbo intransitivo Passar para dentro, introduzir-se, penetrar: entrar sem convite. Recolher-se à casa. Intrometer-se, intervir, interferir: não entre em briga de marido e mulher. Invadir. Encaixar-se, ajustar-se: a chave não entra na fechadura. Ser admitido, adotar uma profissão, fazer parte de: entrar para a Academia, o magistério, um partido. Ser um dos elementos constituintes de: entra muito orgulho no seu procedimento. Iniciar: entrar em negociações, entrar na matéria.
Fonte: Priberam
Entregue
Dicionário Comum
adjetivoEntregado; que se conseguiu entregar a alguém; cuja posse foi confiada a outra pessoa: os produtos foram entregues na loja. Que se encontra completamente absolvido por algo: entregue ao álcool. Absorto; que se volta para si próprio: entregue aos pensamentos. Por Extensão Cansado; que está exausto ou enfraquecido: entregue ao cansaço. Possuidor; que conserva a posse de: estava entregue de seu documento. Gramática Particípio irregular do verbo entregar. Etimologia (origem da palavra entregue). Forma regressiva de entregar.
Fonte: Priberam
Então
Dicionário Comum
advérbioAgora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada! Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão. Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando. interjeiçãoQue demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou? Que se utiliza para animar (alguém): então, força! substantivo masculinoPeríodo de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude. Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.
Fonte: Priberam
Era
Dicionário Comum
substantivo femininoÉpoca fixa a partir da qual se começam a contar os anos. Figurado Época notável em que se estabelece uma nova ordem de coisas: a era romântica; a era espacial. Período histórico que se sobressai por suas características próprias, por situações e acontecimentos importantes. Qualquer intervalo ou período de tempo; século, ano, época. expressãoEra Cristã. Tempo que se inicia a partir do nascimento de Jesus Cristo. Era Geológica. Cada uma das cinco grandes divisões da história da Terra. Etimologia (origem da palavra era). Do latim aera.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
outro
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da Bíblia de Almeida
Era Período longo de tempo que começa com uma nova ordem de coisas (Lc 20:35, RA).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Erã
Quem é quem na Bíblia?
Um dos netos de Efraim e filho de Sutela. Tornou-se líder do clã dos eranitas.
Indicativo de extracção (esbagoar), separação (escolher).
Fonte: Priberam
Espada
Dicionário da FEB
[...] A espada é, para Deus, um punhal fratricida que os códigos sociais tornaram legal, e, portanto, sobre ela não pode incidir sua bênção luminosa. [...] Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - L• 7, cap• 3
Com Jesus [...] a espada é diferente. Voltada para o seio da Terra, representa a cruz em que Ele mesmo prestou o testemunho supremo do sacrifício e da morte pelo bem de todos. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Bíblico
A espada era curta e larga, geralmente com um só gume, mas algumas vezes com dois, quando a sua função era a de instrumento perfurante. A sua forma era muito variável, sendo muitas vezes direita, outras curva. Era sempre levada sobre a coxa esquerda, e por esta razão pôde Eúde ocultar uma espada curta ou um punhal sobre a coxa direita, sem desconfiança, visto que era canhoto (Jz 3:16). A espada é a mais antiga arma ofensiva mencionada na Bíblia. Foi com ela que os filhos de Jacó assassinaram os siquemitas (Gn 34:25). É muitas vezes sinônimo de guerra: ‘o Senhor mandará a espada à terra.’ ‘A espada da boca’ (Jó 5:15 – Sl 57:4) é a conversa perniciosa, a falsa acusação, a difamação, a calúnia. A Palavra de Deus é, na sua força penetrante, comparada a uma espada de dois gumes (Hb 4:12). As palavras: ‘Da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes’ (Ap 1:16) exprimem a força da Sua Palavra, quer se considere a Sua graça, ou o Seu juízo.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
substantivo femininoUma das mais antigas armas de combate, constituída de longa espada lâmina de aço. O homem começou a fazer armas logo após descobrir a arte de trabalhar os metais. As mais antigas espadas de que temos notícia foram as dos assírios, gauleses e gregos. Suas espadas eram armas curtas e de dois gumes, feitas e bronze. A espada romana era uma arma curta, reta, de aço com uma ponta aguda e dois gumes.
Fonte: Priberam
Dicionário Etimológico
Do grego spathé que em latim deu spatha = arma branca, forma de uma lâmina fina e pontiaguda, podendo ser de um, o que é mais comum, ou de dois gumes, citada no Apocalipse 1:16.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus
Dicionário da Bíblia de Almeida
Espada Arma que consta de uma lâmina comprida e pontuda, afiada dos dois lados (1Sm 17:51); (Mt 26:51); (He 4:12).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Fariseus
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Fariseus Uma das principais seitas no judaísmo do Segundo Templo. Os dados de que dispomos acerca dos fariseus chegaram-nos, principalmente, a partir dos documentos de Qumrán, de Josefo, do Novo Testamento e dos escritos rabínicos. Os escritos de Qumrán evidenciam clara animosidade contra os fariseus, a quem qualificam de “falsos mestres”, “que caminham cegamente para a ruína” e “cujas obras não são mais do que engano” (Livro dos Hinos 4:6-8), o que recorda bastante a acusação de Jesus de serem “cegos e guias de cegos” (Mt 23:24). Quanto à acusação de Jesus de não entrarem nem deixarem entrar no conhecimento de Deus (Lc 11:52), é menos dura do que a de Pesher de Na 2:7-10, que deles diz: “cerram a fonte do verdadeiro conhecimento aos que têm sede e lhes dão vinagre para aplacar sua sede”.
Ponto de vista diferente é o de Flávio Josefo. Este se encontrava ligado aos fariseus e tinha mesmo um especial interesse em que os ocupantes romanos os aceitassem como coluna vertebral do povo judeu após a destruição do Templo em 70 d.C. Não nos estranha, portanto, que o retrato que nos apresenta seja muito favorável (Guerra 2:8,14; Ant. 13 5:9; Ant. 18,1,3). Contudo, as referências aos fariseus contidas nas obras de Josefo são contraditórias entre si em alguns aspectos. Assim, a descrição das Antigüidades (escrituras c. 94 d.C.) contém um matiz político e apologético que não aparece na Guerra (c. 75 d.C.). Em Ant. 18,1,2-3, Josefo apresenta-os dotados de grande poder (algo bem tentador, evidentemente, para o invasor romano), embora seja mais do que duvidoso que sua popularidade entre o povo fosse tão grande. O relato da influência dos fariseus sobre a rainha Alexandra (Ant. 13 5:5) ou sobre o rei Herodes (Ant. 17,2,4) parece ter sido concebido apenas para mostrar o benefício de ter os fariseus como aliados políticos para um governante que desejasse controlar a Judéia. Nesta mesma obra, Josefo retrocede a influência dos fariseus ao reinado de João Hircano (134-104 a.C.). Na autobiografia de Josefo, intitulada Vida, escrita em torno de 100 d.C., encontra-se a mesma apresentação dos fariseus, mas com algumas referências muito importantes sobre eles. Assim, sabemos que acreditavam na liberdade humana; na imortalidade da alma; em um castigo e uma recompensa eternos; na ressurreição; na obrigação de obedecer à sua tradição interpretativa. Sustentavam, além disso, a crença comum no Deus único e em sua Lei; a aceitação do sistema de sacrifícios sagrados do Templo (que já não era comum a todas as seitas) e a crença na vinda do messias (que tampouco era sustentada por todos). Estavam dispostos, além do mais, a obter influência política na vida de Israel.
O Novo Testamento oferece uma descrição dos fariseus diferente da apresentada por Josefo e nada favorável a eles. Especialmente o evangelho de Mateus apresenta uma forte animosidade contra eles. Se realmente seu autor foi o antigo publicano chamado Levi ou Mateus, ou se foram utilizadas tradições recolhidas por ele mesmo, explica-se essa oposição, recordando o desprezo que ele sofreu durante anos da parte daqueles “que se consideravam justos”. Jesus reconheceu (Mt 23:2-3) que os fariseus ensinavam a Lei de Moisés e que era certo muito do que diziam. Mas também repudiou profundamente muito de sua interpretação específica da Lei de Moisés ou Halaká: a referente ao cumprimento do sábado (Mt 12:2; Mc 2:27), as abluções das mãos antes das refeições (Lc 11:37ss.), suas normas alimentares (Mc 7:1ss.) e, em geral, todas aquelas tradições interpretativas que se centralizavam no ritualismo, em detrimento do que Jesus considerava o essencial da lei divina (Mt 23:23-24). Para Jesus, era intolerável que tivessem “substituído os mandamentos de Deus por ensinamentos dos homens (Mt 15:9; Mc 7:7).
Jesus via, portanto, a especial religiosidade farisaica não como uma ajuda para chegar a Deus, mas como uma barreira para conhecê-lo (Lc 18:9-14) e até como motivo de “uma condenação mais severa” (Mc 12:40). O retrato que os evangelhos oferecem dos fariseus é confirmado, em bom número de casos, por testemunhos das fontes rabínicas e é semelhante, em aspecto doutrinal, ao que encontramos em Josefo. Embora emitidos por perspectivas bastante diversas, os dados coincidem. E, em que pese tudo o que já foi mencionado, foi com os fariseus que Jesus e seus discípulos mais semelhanças apresentaram. Como eles, acreditavam na imortalidade da alma (Mt 10:28; Lc 16:21b-24), num inferno para castigo dos maus (Mt 18:8; 25,30; Mc 9:47-48; Lc 16:21b-24 etc.) e na ressurreição (Lc 20:27-40); e esta última circunstância, em certa ocasião, salvou um seguidor de Jesus dos ataques dos saduceus (At 23:1-11).
As tradições rabínicas a respeito dos fariseus se revestem de especial importância porque foram estes os predecessores dos rabinos. Acham-se recolhidas na Misná (concluída por volta de 200 d.C., embora seus materiais sejam muito anteriores), na Tosefta (escrita cerca de 250 d.C.) e nos do Talmudim, o palestino (escrito entre 400-450 d.C.) e o babilônico (escrito entre 500-600 d. C.). Dada a considerável distância de tempo entre estes materiais e o período de tempo abordado, devem ser examinados criticamente. J. Neusner ressaltou a existência de 371 tradições distintas, contidas em 655 passagens, relacionadas com os fariseus anteriores a 70 d.C. Das 371, umas 280 estão relacionadas com um fariseu chamado Hillel (séc. I a.C.). A escola a ele vinculada, e oposta à de Shamai, converter-se-ia na corrente dominante do farisaísmo (e do judaísmo) nos finais do séc. I d.C.
As fontes rabínicas coincidem substancialmente com o Novo Testamento e com Josefo (não tanto com Qumrán), embora nos proporcionem mais dados quanto aos personagens-chave do movimento.
Também nos transmitiram críticas dirigidas aos fariseus semelhantes às pronunciadas por Jesus. O Talmude (Sota 22b; TJ Berajot - 14b) fala de sete classes de fariseus das quais somente duas eram boas, enquanto as outras cinco eram constituídas por hipócritas. Entre estes, estavam os fariseus que “colocavam os mandamentos nas costas” (TJ Bejarot 14b), o que recorda a acusação de Jesus de que amarravam cargas nas costas das pessoas, mas nem com um dedo eles queriam tocá-las (Mt 23:4). Das 655 passagens ou perícopes estudadas por Neusner, a maior parte refere-se a dízimos, ofertas e questões parecidas e, depois, a preceitos de pureza ritual. Os fariseus concluíram que a mesa das refeições era um altar e que as normas de pureza sacerdotal, somente obrigatórias aos sacerdotes, deviam estender-se a todo o povo. Para eles, essa medida era uma forma de estender a espiritualidade mais refinada a toda a população de Israel, fazendo-a viver em santidade diante de Deus; para Jesus, era acentuar a exterioridade, esquecendo o mais importante: a humildade, o reconhecimento dos pecados e a própria incapacidade de salvação, o arrependimento, a aceitação de Jesus como caminho de salvação e a adoção de uma forma de vida em consonância com seus próprios ensinamentos. Não é estranho que, partindo de posturas tão antagônicas, apesar das importantes coincidências, elas se tornaram mais opostas e exacerbadas com o passar do tempo.
L. Finkelstein, The Pharisees, 2 vols., Filadélfia 1946; Schürer, o. c.; J. Neusner, The Rabbinic Traditions About the Pharisees Before 70, 3 vols., Leiden 1971; Idem, Judaism in the Beginning of Christianity, Londres 1984; Idem, From Politics to Piety: The Emergence of Rabbinic Judaism, Nova York 1979, p. 81; J. Bowker, Jesus and the Pharisees, Cambridge 1973; C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, Los esenios...; Idem, Los Documentos del Mar Muerto...; Idem, El judeo-cristianismo...; H. Maccoby, Judaism in the first century, Londres 1989; E. E. Urbach, o. c.; A. Saldarini, o. c.; P. Lenhardt e m. Collin, La Torá oral de los fariseos, Estella 1991; D. de la Maisonneuve, Parábolas rabínicas, Estella 1985.
Autor: César Vidal Manzanares
Quem é quem na Bíblia?
Uma das três seitas judaicas descritas por Josefo, historiador judeu do século I (as outras duas são os saduceus e os essênios). Provavelmente não mais do que 5 a 10% de todos os judeus pertenciam a esse grupo, o qual era uma mistura de partido político e facção religiosa. É provável que o nome signifique “separatistas” e fosse aplicado a um movimento que cresceu no tempo dos Macabeus, composto de líderes religiosos e estudantes da Lei que tentavam criar uma “cerca” em torno da Torá — um bem elaborado sistema de legislação oral e de interpretações que capacitaria os judeus fiéis a obedecer e aplicar os mandamentos de Deus em todas as áreas da vida. Originalmente reformadores piedosos, eram bem respeitados pelos judeus comuns, menos piedosos, apesar de às vezes os fariseus os criticarem por não serem suficientemente escrupulosos em guardar a Lei. Diferentemente dos saduceus, eles observavam Roma como um governo ilegítimo e opressor que impedia Israel de receber as bênçãos divinamente ordenadas de paz e liberdade na Terra. De maneira alguma eram todos hipócritas, como os cristãos geralmente supõem erroneamente. A tradição talmúdica descrevia sete categorias de fariseus, relacionadas de acordo com a motivação para o comportamento, e somente um grupo dos sete tinha fama de agir sem escrúpulo.
No evangelho de Marcos, alguns fariseus perguntaram a Jesus por que Ele comia com cobradores de impostos e pecadores (Mc 2:16). Alegaram que jejuavam e os discípulos de Cristo não faziam isso (2:18), acusaram Jesus de não respeitar o sábado (2:24), começaram a tramar a morte dele (3:6), questionaram por que Ele não seguia as tradições do ritual da purificação (7:1,3,5) e exigiram um sinal sobrenatural que autenticasse seu ministério (8:11). Os ensinos deles foram comparados a uma força maligna e insidiosa (8:15); prepararam uma armadilha para Jesus, quando pediram sua opinião sobre o divórcio (10: 2) e os impostos (12:13).
Mateus repete todas essas referências, mas reforça a animosidade, pois acrescenta vários outros eventos e mantém sua posição de antagonismo para com os líderes judaicos. Os fariseus que estavam presentes questionaram o ministério e o batismo de João Batista (Mt 3:7). Jesus declarou que a justiça de seus discípulos precisava exceder a dos fariseus (5:20). Eles o acusaram de que só expulsava os espíritos imundos pelo poder de Belzebu, príncipe dos demônios (9:34; 12: 24) e identificaram-se com os lavradores ímpios da parábola (21:45). Um deles, doutor da lei, questionou Jesus sobre qual era o maior mandamento (22:34,35). Cristo os acusou de toda sorte de hipocrisia, em seu mais longo discurso de acusação nos evangelhos (Mt 23), e eles solicitaram a Pilatos que lhes desse autorização para colocar guardas no túmulo de Jesus (27:52).
Lucas difere de Mateus e Marcos em várias passagens. Algumas de suas referências aos fariseus são também negativas. Contrapuseram-se à afirmação de Jesus de ter poder para perdoar pecados (Lc 5:21); “rejeitaram o conselho de Deus” (7:30), murmuraram por causa da associação de Cristo com os impenitentes (15:2), rejeitaram o ensino de Jesus sobre a mordomia porque “eram avarentos” (16: 14) e disseram a Cristo que repreendesse seus seguidores, quando o aclamaram rei (19:39). A parábola de Jesus sobre o fariseu e o publicano chocou a audiência, porque o popular líder judeu não foi justificado e sim o notório empregado do governo imperialista romano (18:10-14). Por outro lado, Lucas foi o único evangelista que incluiu numerosos textos que retratam os fariseus de forma mais positiva, muitas vezes no contexto da comunhão com Jesus. Simão convidou Cristo para jantar em sua casa, mas foi Jesus quem usou a ocasião para criticar sua hospitalidade (7:36-50). Lucas 11:37-53 e 14:1-24 descrevem duas festas semelhantes nas quais os fariseus agiram em favor de Cristo, o qual os criticou por algum aspecto comportamental. Em Lucas 13:31 advertiram Jesus contra a fúria do rei Herodes e pareceram genuinamente preocupados com seu bem-estar. Em Lucas 17:20-21, os fariseus perguntaram sobre o advento do reino de Deus e criaram uma oportunidade para que Jesus declarasse que o reino já estava entre eles, em sua própria pessoa e ministério.
João assemelha-se mais a Mateus, pois retrata os fariseus como extremamente hostis a Jesus. Ele enviaram os guardas do Templo numa tentativa fracassada de prendê-lo (Jo 7:32-46). Alegaram que o testemunho de Cristo não tinha validade, pois falava a seu próprio favor (8:13). Investigaram a cura de um cego, rejeitando as declarações dele sobre Jesus e revelando no processo a sua própria cegueira espiritual (9:13-41). Formaram um concílio no qual decidiram prender Cristo e tentar matá-lo em segredo (11:45-57); lamentaram o fato de “todo o mundo” ir após Jesus, quando o Filho de Deus entrou triunfalmente em Jerusalém (12: 19) e fizeram parte do grupo que foi ao Jardim Getsêmani para prendê-lo (18:3). O medo em relação aos fariseus impediu alguns judeus que creram em Jesus de confessar isso publicamente (12:42). Por outro lado, pelo menos um dos mais proeminentes deles apareceu sob uma perspectiva mais positiva — Nicodemos (3:1), que, apesar de inicialmente não entender a afirmação de Cristo sobre o novo nascimento (vv. 3,4), tempos depois levantou-se em defesa de Jesus (7:50,51) e ajudou José de Arimatéia a sepultar Cristo (19:39). Há também outros textos mais brandos que envolvem os fariseus, como a discussão sobre a identidade do Batista (1: 24) e o registro de que Jesus batizava mais pessoas do que João (4:1).
Como no evangelho de Lucas, o livro de Atos alterna referências positivas e negativas. Um importante membro da suprema corte judaica, Gamaliel, saiu em defesa dos apóstolos. Alguns fariseus tornaram-se cristãos, mas erroneamente pensavam que os novos convertidos entre os gentios eram obrigados a obedecer à Lei mosaica (At 15:5). Em sua audiência diante do Sinédrio, Paulo causou uma divisão entre seus membros; alinhou-se com os fariseus contra os saduceus, ao alegar que era julgado porque cria na ressurreição. Novamente em Atos 26:5, quando se defendia diante do rei Agripa, o apóstolo referiu-se ao seu passado como membro da seita dos fariseus. Filipenses 3:5 registra esse mesmo testemunho, mas nos dois contextos Paulo também deixou claro que, como cristão, muitas de suas convicções fundamentais mudaram. C.B.
Autor: Paul Gardner
Dicionário da FEB
Fariseus (do hebreu parush, divisão, separação). – A tradição constituía parte importante da teologia dos judeus. Consistia numa compilação das interpretações sucessivamente dadas ao sentido das Escrituras e tornadas artigos de dogma. Constituía, entre os doutores, assunto de discussões intermináveis, as mais das vezes sobre simples questões de palavras ou de formas, no gênero das disputas teológicas e das sutilezas da escolástica da Idade Média. Daí nasceram diferentes seitas, cada uma das quais pretendia ter o monopólio da verdade, detestando-se umas às outras, como sói acontecer. [...] Tomavam parte ativa nas controvérsias religiosas. Servis cumpridores das práticas exteriores do culto e das cerimônias; cheios de um zelo ardente de proselitismo, inimigos dos inovadores, afetavam grande severidade de princípios; mas, sob as aparências de meticulosa devoção, ocultavam costumes dissolutos, muito orgulho e, acima de tudo, excessiva ânsia de dominação. Tinham a religião mais como meio de chegarem a seus fins, do que como objeto de fé sincera. Da virtude nada possuíam, além das exterioridades e da ostentação; entretanto, por umas e outras, exerciam grande influência sobre o povo, a cujos olhos passavam por santas criaturas. Daí o serem muito poderosos em Jerusalém. Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Introd•
Fariseus eram os seguidores de uma das mais influentes seitas do Judaísmo. Demonstravam grande zelo pelas suas tradições teológicas, cumpriam meticulosamente as práticas exteriores do culto e das cerimônias estatuídas pelo rabinismo, dando, assim, a impressão de serem muito devotos e fiéis observadores dos princípios religiosos que defendiam. Na realidade, porém, sob esse simulacro de virtudes, ocultavam costumes dissolutos, mesquinhez, secura de coração e sobretudo muito orgulho. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Parábolas evangélicas: à luz do Espiritismo• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Parábola do fariseu e do publicano
[...] indivíduos que, conquanto pertençam a esta ou àquela igreja, não pautam seus atos pela doutrina que dizem esposar, só guardam a aparência de virtuosos e, nessas condições, não podem exercer nenhuma influência benéfica naqueles que os rodeiam. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Vós sois o sal da terra
Uma das principais seitas dos judeus; membros de uma seita judaica que ostentava, hipocritamente, grande santidade. Fig.: Fariseu: hipócrita, fingido, falso. Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - Glos•
Pelas palavras fariseus e saduceus – neles empregadas, os apóstolos designavam, de um modo geral, os incrédulos. [...] Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2
Fariseu ainda é todo homem presunçoso, dogmático, exclusivo, pretenso privilegiado das forças divinas. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 54
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Bíblico
Separados. Formavam os fariseus a mais importante das escolas judaicas, de caráter religioso, que funcionaram, depois que, 150 anos antes do nascimento de Cristo, mais ou menos, o espírito de profecia já tinha deixado de existir. Receberam aquele nome porque eles, na sua vida, separavam-se de todos os outros judeus, aspirando a mais do que uma simples santidade e exato cumprimento de deveres religiosos: mas a sua separação consistia principalmente em certas distinções a respeito do alimento e de atos rituais. A maior parte das vezes isso era apenas exterioridade religiosa, sem profundeza de religião (Mt 23:25-28), embora, em geral, não fossem faltos de sinceridade. Não tardou muito tempo para que esta seita obtivesse reputação e poder entre o povo – e passava já como provérbio o dizer-se que se apenas duas pessoas entrassem no céu, uma delas havia de ser fariseu. Foi a seita farisaica a única que sobreviveu depois da destruição do estado judaico, imprimindo as suas doutrinas em todo o Judaísmo posterior. A literatura talmúdica é unicamente obra sua. As suas principais doutrinas eram as seguintes: a lei oral que eles supunham ter Deus entregado a Moisés por meio de um anjo no monte Sinai, e que tinha sido preservada e desenvolvida pelo ensino tradicional, tinha autoridade igual à da lei escrita. Na observância destas leis podia um homem não somente obter a sua justificação com Deus, mas realizar, também, meritórias obras. o jejum, as esmolas, as abluções e as confissões eram suficiente expiação pelo pecado. os pensamentos e desejos não eram pecaminosos, a não ser que fossem postos em ação. Reconheciam que a alma é imortal e que a esperavam futuros castigos ou futuras recompensas – acreditavam na predestinação, na existência de anjos bons e maus, e na ressurreição do corpo. (*veja Ressurreição.) o estado de felicidade futura, em que criam alguns dos fariseus, era muito grosseiro. imaginavam eles que no outro mundo se come, bebe, e goza dos prazeres do amor, vivendo cada homem com a sua primeira mulher. E derivou desta maneira de pensar a astuta questão dos saduceus, que não acreditavam na ressurreição – eles perguntaram a Jesus de quem seria no céu a mulher que tivesse tido sete maridos na terra. No seu vestuário, os fariseus manifestavam muitas particularidades. As suas filactérias (peças de pergaminho com textos escritos e que se punham na testa ou no braço) eram mais largas do que as da outra gente (Dt 6:8) – estendiam a orla dos seus vestidos (Mt 23:5) – alargavam as franjas (Nm 15:38-39) – e adotavam uma especial vestimenta e cobertura da cabeça, quando estavam cumprindo um voto.
Fonte: Dicionário Adventista
Feito
Dicionário Comum
adjetivoRealizado, consumado; constituído. Adulto: homem feito. conjunçãoComo, tal como: chorava feito criança. locução adverbialDe feito, O mesmo que de fato.
substantivo masculinoCircunstância que termina outra: fim de um livro. Extremidade no tempo e no espaço: fim do ano. Interrupção de; cessação: o fim de uma luta. Perda da existência; morte, desaparecimento: sentir chegar o fim. Objetivo para o qual se tende; intenção: alcançar seus fins. Parte que está no final de; final: fim de semana. O que motiva ou determina algo; motivo, razão: fins lucrativos. Destino: o fim do homem. expressãoPôr fim a. Terminar, concluir: pôs fim ao casamento. locução prepositivaA fim de. Com a intenção de; para: casou a fim de ser feliz. locução adverbialPor fim. Finalmente: por fim, apresento os resultados da tese. Etimologia (origem da palavra fim). Do latim finis.is.
Fonte: Priberam
Dicionário da FEB
O fim é aquilo que se pretende realizar na vida real, quer no campo empírico, quer no meio social, quer na educação. Por exemplo, o fim do educador espírita é o desenvolvimento da espiritualidade do educando. [...] Referencia: LOBO, Ney• Estudos de filosofia social espírita• Rio de Janeiro: FEB, 1992• -
Fonte: febnet.org.br
Fora
Dicionário Comum
advérbioNa parte exterior; na face externa. Em outro local que não aquele em que habitualmente se reside. Em país estrangeiro; no exterior: minha irmã vive fora. interjeiçãoVoz áspera para expulsar alguém de um recinto, vaiar ou patear interpretação teatral ou musical, discurso político etc. preposiçãoCom exclusão de; além de; exceto: deram-lhe todo o dinheiro, fora os lucros, que foram depositados. substantivo masculinoErro grosseiro; rata, fiasco: aquele erro foi o maior fora da minha vida. Expressão de ignorância: não fala nada interessante, é um fora atrás do outro. Não aceitação de; recusa. locução prepositivaFora de. Sem: fora de propósito. Distante de: fora da cidade. Do lado externo: fora de casa. expressãoDar fora em. Não aceitar ficar com alguém; romper namoro. Dar um fora. Cometer um erro grosseiro. Levar um fora. Ser rejeitado; sofrer recusa. Etimologia (origem da palavra fora). Do latim foras.
Fonte: Priberam
Frio
Dicionário Comum
substantivo masculinoCuja temperatura é baixa; que expressa ou parece possuir uma temperatura mais baixa do que a corporal. Estação em que a temperatura é mais baixa; o inverno: o frio está chegando. adjetivoQue expressa ou está com a temperatura baixa: sopa fria. [Informal] Que foi alvo de fraude ou não possui valor legal: contrato frio. Figurado Insensível; que não demonstra ou não possui sentimentos. Reservado; que é contido, sisudo, circunspecto. Frígido; desprovido de desejo sexual. Etimologia (origem da palavra frio). Do latim frigidus.a.um.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoCuja temperatura é baixa; que expressa ou parece possuir uma temperatura mais baixa do que a corporal. Estação em que a temperatura é mais baixa; o inverno: o frio está chegando. adjetivoQue expressa ou está com a temperatura baixa: sopa fria. [Informal] Que foi alvo de fraude ou não possui valor legal: contrato frio. Figurado Insensível; que não demonstra ou não possui sentimentos. Reservado; que é contido, sisudo, circunspecto. Frígido; desprovido de desejo sexual. Etimologia (origem da palavra frio). Do latim frigidus.a.um.
Fonte: Priberam
Galo
Dicionário Comum
substantivo masculinoGênero de aves galináceas de bico pequeno, crista carnuda e asas curtas e largas. Macho da galinha doméstica. Elevação produzida por contusão ou pancada, especialmente na cabeça. Uma das categorias de boxeadores. Designação comum a vários peixes. Ao cantar do galo, de madrugada. Missa do galo, a primeira missa de Natal, que se diz à meia-noite de 24 de dezembro. [Popular] Cantar de galo, considerar-se superior ao vitorioso.
Fonte: Priberam
Dicionário Etimológico
Em épocas remotas, o deus da guerra, Ares (Marte para os romanos), andava namorando a deusa da beleza, Afrodite, aquela que era conhecida por Vênus entre os latinos. Ela era casada com Hefestos, ou Vulcano, que era um deus muito trabalhador, dono de uma siderúrgica. Além de workaholic, ele era feio pra chuchu e manco, de modo que a pobre Afrodite até tinha certa desculpa. Ele passava o dia junto às suas forjas, no vulcão Etna, e chegava muito cansado em casa. Pudera! Passava o dia preparando os raios que Zeus ou Júpiter ia lançar contra os desafetos. Quando o dono da casa avisava que ia fazer serão e que voltaria apenas de manhã cedinho, Ares passava as noites muito contente com Afrodite. Nestas ocasiões, o deus da guerra deixava sempre por perto um jovem amigo chamado Aléctrion para avisar da chegada do Sol que tudo mostra. Mas, numa dessas ocasiões, Aléctrion adormeceu, Hefesto chegou e descobriu tudo e se armou uma confusão das maiores na corte divina. Desta parte não falarei, mas sim do castigo que Ares impôs ao dorminhoco Aléctrion: transformou-o num galo, com a obrigação de cantar todos os dias ao nascer do sol. Ou seja, num ser que nunca pode dormir até tarde. Como se pode adivinhar, Alektrion quer dizer galo em Grego.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus
Gritar
Dicionário Comum
verbo transitivo e intransitivoDar ou emitir gritos. Falar em voz alta. Bradar, clamar: gritar por socorro. Queixar-se, protestar, reclamar. Ralhar, admoestar; zangar-se: não grite comigo, por favor! Proferir em tom de voz elevado: gritar injúrias.
Fonte: Priberam
Homem
Dicionário Comum
substantivo masculinoIndivíduo dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio. Espécie humana; humanidade: a evolução social do homem. Pessoa do sexo masculino. Esposo, marido, companheiro. A criatura humana sob o ponto de vista moral: todo homem é passível de aperfeiçoamento. Etimologia (origem da palavra homem). Do latim homo.inis.
Fonte: Priberam
Dicionário da Bíblia de Almeida
Homem 1) Qualquer indivíduo pertencente à espécie animal racional (Gn 2:15). O ser humano é composto de corpo e alma. Foi criado à imagem e semelhança de Deus, podendo, por isso, ter comunhão com ele (Gn 1:26); v. IMAGEM DE DEUS).
2) Os seres humanos; a humanidade (Gn 1:26), hebraico adham; (Ef 6:6). 3 Ser humano do sexo masculino (Pv 30:19).
5) “Velho homem” é a nossa velha natureza humana pecadora (Rm 6:6) em contraste com o “novo homem”, que é a natureza espiritual do regenerado (Ef 2:15).
6) “Homem interior” é o eu mais profundo (Rm 7:22) em contraste com o “homem exterior”
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário Comum
substantivo masculinoIndivíduo dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio. Espécie humana; humanidade: a evolução social do homem. Pessoa do sexo masculino. Esposo, marido, companheiro. A criatura humana sob o ponto de vista moral: todo homem é passível de aperfeiçoamento. Etimologia (origem da palavra homem). Do latim homo.inis.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
As principais palavras traduzidas por ‘homem’ no A.T. são : (1). Adam (Gn 1:26, etc.) É, também, um termo coletivo, que se emprega ‘por humanidade’, e que se distingue de Deus. (2). ish (Gn 2:24, etc.), um indivíduo do sexo masculino. (3). Enosh (Gn 6:4, etc.), a raça humana, como seres mortais. (4). Geber (Êx 10:11, etc.), homem na sua robustez. No N.T. as principais palavras são (1). Aner (Lc 1:27, etc.), homem da idade madura – (2). Anthropos (Mt 4:4, etc.), homem em oposição a animal.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da FEB
O homem é um pequeno mundo, que tem como diretor o Espírito e como dirigido o corpo. [...] Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 27
O homem compõe-se de corpo e espírito [...]. Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3
H [...] é o filho de suas obras, durante esta vida e depois da morte, nada devendo ao favoritismo: Deus o recompensa pelos esforços e pune pela negligência, isto por tanto tempo quanto nela persistir. Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6
O homem é uma alma encarnada. Antes da sua encarnação, existia unida aos tipos primordiais, às idéias do verdadeiro, do bem e do belo; separa-se deles, encarnando, e, recordando o seu passado, é mais ou menos atormentada pelo desejo de voltar a ele. Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Introd•
Há no homem três coisas: 1º – o corpo ou ser material análogo aos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2º – a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; 3º – o laço que prende a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito. Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•
O homem é filho de suas próprias obras; e as diferenças humanas são filhas do uso que cada um faz da sua liberdade. Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 18
[...] é uma obra que glorifica seu incompreensível Autor. Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2
[...] é, desde o princípio, o Verbo fora de Deus, a sucessão eterna, a mutabilidade sem término. Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2
[...] é um ser progressivo e perfectível que sempre girará dentro da instabilidade. [...] Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 1
O homem é, essencialmente, um Espírito imortal, que não desaparece, portanto, com a morte orgânica, com o perecimento do corpo físico. [...] O homem é um Espírito, que se utiliza de vários corpos materiais, os corpos físicos, e de um semimaterial, fluídico, o corpo astral ou perispírito, para realizar, em várias etapas, chamadas encarnações, a evolução, a que está sujeito, por sua própria natureza. Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2
Sabemos hoje que o homem é um anjo nascente e que séculos correrão sobre séculos antes de finda a empresa de seu apuro. Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 21
[...] é o homem um ser imortal, evolvendo incessantemente através das gerações de um determinado mundo, e, em seguida, de mundo em mundo, até a perfeição, sem solução de continuidade! Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A progressividade da revelação divina 4
Urge compreendamos que, qualquer que seja a posição em que se achem situados, todos os homens são proletários da evolução e que a diversidade de funções no complexo social é tão indispensável à sua harmonia quanto às variadas finalidades dos órgãos o são ao equilíbrio de nosso organismo. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A lei de igualdade
Contrariando a Teologia tradicional, a Doutrina Espírita nos ensina (no que, aliás, é apoiada pela Ciência) que o homem surgiu neste mundo, não como H H uma criatura perfeita, que veio a decair depois por obra de Satanás, mas como um ser rude e ignorante, guardando traços fortes de sua passagem pela animalidade. Criado, entretanto, à imagem e semelhança de Deus, possui, latentes, todos os atributos da perfeição, inclusive o Amor, carecendo tão-somente que os desenvolva. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 12
[...] cada indivíduo é, espiritualmente, filho de si mesmo, ou melhor, traz, ao nascer, uma bagagem de boas ou más aquisições feitas em outras existências, que lhe constituem o caráter, o modo de ser todo pessoal [...]. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 15
Afirma Esquiros que cada um de nós é o autor e por assim dizer o obreiro de seus destinos futuros. [...] Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 1
[...] O homem é o universo reduzido. Se cada um pudesse deixar-se narrar, teríamos a mais maravilhosa história do mundo. Referencia: DELGADO, América• Os funerais da Santa Sé• Pelo Espírito Guerra Junqueiro• Prefácio de Manuel Quintão• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Guerra Junqueiro
O homem possui dois corpos: um de matéria grosseira, que o põe em relação com o mundo físico; outro fluídico, por meio do qual entra em relação com o mundo invisível. Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10
[...] O homem é [...] o seu próprio juiz, porque, segundo o uso ou o abuso de sua liberdade, torna-se feliz ou desditoso. [...] Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4, cap• 39
Deus é o Espírito Universal que se exprime e se manifesta na Natureza, da qual o homem é a expressão mais alta. Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9
Todo homem é um espelho particular do Universo e do seu Criador. [...] Referencia: DENIS, Léon• O porquê da vida: solução racional do problema da existência• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -
[...] é a síntese de todas as formas vivas que o precederam, o último elo da longa cadeia de vidas inferiores que se desenrola através dos tempos. [...] Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9
[...] a observação dos fatos e a experiência provam que o ser humano não é somente um corpo material dotado de várias propriedades, mas também um ser psíquico, dotado de propriedades diferentes das do organismo animal. Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 2
Preferimos a definição de Bonald: “O homem é uma inteligência servida por órgãos”. Declaremo-lo: o homem é essencialmente espírito, quer o saiba quer o ignore. [...] Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 3
[...] Sois constituídos por uma verdadeira multidão de seres grupados e submetidos pela atração plástica da vossa alma pessoal, a qual, do centro do ser, formou o corpo, desde o embrião, e reuniu em torno dele, no respectivo microcosmo, todo um mundo de seres destituídos ainda de consciência da sua individualidade. Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 5a narrativa
[...] é mordomo, usufrutuário dos talentos de que se encontra temporariamente investido na condição de H donatário, mas dos quais prestará contas. [...] Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 17
Os homens são espíritos em provas, como os vês, como os encontras. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20
O homem não deve ser considerado como a máquina para o prazer, mas o ser eterno em contínuo processo de crescimento. O corpo é-lhe instrumento por ele mesmo – o Espírito que o habita – modelado conforme as necessidades que o promovem e libertam. A visão global do ser – Espírito, perispírito e matéria – é a que pode dar sentido à vida humana, facultando o entendimento das leis que a regem. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 16
O grande e superior investimento da Divindade é o homem, na inexorável marcha da ascensão libertadora. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 22
[...] o homem é o que pensa, o que faz e deseja. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 7
[...] todos somos a soma dos próprios atos, na contabilidade das experiências acumuladas desde priscas eras que não lobrigamos tão cedo conhecer. [...] Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1
O homem é, na verdade, a mais alta realização do pensamento divino, na Terra, caminhando para a glória total, mediante as lutas e os sacrifícios do dia-a-dia. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio – solução insolvável
[...] O homem é um projetista de si mesmo com plena liberdade de, assim, autoprojetar-se. [...] Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2
[...] é o que ele mesmo pode ou quer ser; por isso, o homem é sempre um problema em si mesmo e também encerra em si a solução. [...] Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2
[...] O homem nasce imperfeito: chega a este mundo trazendo um duplo capital, o de suas faltas anteriores, que lhe cumpre expiar, ou de suas más tendências, que lhe cumpre reprimir; e o das virtudes adquiridas ou de aspirações generosas, que lhe cabe desenvolver. [...] Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 21a efusão
Todos os homens são filhos de Deus, todos estão destinados a tornar-se anjos [...]. Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 29a efusão
[...] O homem, como dínamo psíquico, a que os complexos celulares se ajustam em obediência às leis que governam a matéria perispiritual, ainda é de compreensão muito difícil. Referencia: MICHAELUS• Magnetismo Espiritual• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32
[...] o homem é aquilo que pensa. É a força do seu pensamento que modela os seus atos e, por conseguinte, o seu estado de espírito, sua posição evolutiva, e a melhor ou pior situação humana nas vidas que se encadeiam. [...] Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 21
[...] o homem é, na essência, um Espírito imortal, cuja experiência e sabedoria se acumulam ao cabo de um rosário imenso de vidas, desde que começam a raiar nele os primeiros clarões da consH H ciência até que alcance os mais elevados graus de conhecimento e moral. [...] Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23
[...] Será bom não esquecer que somos essência de Deus [...]. Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Devassando o invisível• Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8
[...] Será necessário que o homem compreenda que, como parcela divina que é, veio ao mundo também para colaborar na obra de aperfeiçoamento do planeta em que vive, e essa colaboração certamente subentenderá auxílio às almas mais frágeis do que a dele, que gravitam ao seu lado nas peripécias da evolução. [...] Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Devassando o invisível• Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10
[...] somos o resultado das atividades do nosso passado, como hoje plantamos as sementes do nosso futuro. Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3
O homem, regra geral, é um ser milenarmente viciado em atitudes negativas, assimilando, assim, com lamentável freqüência, vibrações tóxicas que o desajustam espiritualmente, da mesma forma que sofre constantes distúrbios digestivos quem não faz uso de alimentação adequada. Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Sintonia da atitude
[...] o homem, apesar de sua aparência material, é essencialmente um ser espiritual e, como tal, seu destino não está jungido para sempre à matéria, mas apenas temporariamente. Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 37
Cada criatura humana é uma irradiação da Força Divina, independentemente de seu estágio evolutivo. [...] Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 7
[...] é um Espírito eterno, continuando sua trajetória após o túmulo e voltando a viver neste mesmo mundo de aprendizado e resgates, onde os papéis individuais podem ser invertidos [...]. Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 12
[...] O homem é co-autor dessa entidade misteriosa que é ele mesmo. Nascemos de Deus, fonte inexaurível da vida, e renascemos todos os dias, em nós mesmos, através das transformações por que passamos mediante a influência da auto-educação, cumprindo-se assim aquele célebre imperativo de Jesus: Sede perfeitos como o vosso Pai celestial é perfeito. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2
[...] O homem é obra viva, inteligente e consciente de si própria. [...] Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 15
O homem renovado para o bem é a garantia substancial da felicidade humana. [...] O homem, herdeiro do Céu, refletirá sempre a Paternidade Divina, no nível em que se encontra. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Agenda cristã• Pelo Espírito André Luiz• 42a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Informando o leitor
No mundo assim também é: / O homem, na Humanidade, / É o viajor demandando / As luzes da eternidade. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartilha da Natureza• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - O carro
Todos nós somos dínamos viventes, nos mais remotos ângulos da vida, com o infinito por clima de progresso e com a eternidade por meta sublime. Geramos H raios, emitimo-los e recebemo-los constantemente. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
O homem não é um acidente biológico na Criação. É o herdeiro divino do Pai Compassivo e Todo Sábio que lhe confere no mundo a escola ativa de elevação e aprimoramento para a imortalidade. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] é o legislador da própria existência e o dispensador da paz ou da desesperação, da alegria ou da dor de si mesmo. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] o homem, acima de tudo, é espírito, alma, vibração, e esse espírito, salvo em casos excepcionais, se conserva o mesmo após a morte do corpo, com idênticos defeitos e as mesmas inclinações que o caracterizavam à face do mundo. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 30
[...] Todos somos, por enquanto, espíritos imperfeitos, nos quadros evolutivos do trabalho que nos compete desenvolver e complementar. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4
Cada um de nós é um mundo por si, porque o Criador nos dotou a cada um de características individuais, inconfundíveis. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9
O homem é inquilino da carne, com obrigações naturais de preservação e defesa do patrimônio que temporariamente usufrui. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Saúde
Lembre-se que você mesmo é: o melhor secretário de sua tarefa, o mais eficiente propagandista de seusideais,a mais clara demonstração de seusprincípios,o mais alto padrão do ensino superiorque seu espírito abraça,e a mensagem viva das elevadas noçõesque você transmite aos outros. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 29
Expurguemos a mente, apagando recordações indesejáveis e elevando o nível de nossas esperanças, porque, na realidade, somos arquitetos de nossa ascensão. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12
Toda pessoa humana é aprendiz na escola da evolução, sob o uniforme da carne, constrangida ao cumprimento de certas obrigações [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Lugar depois da morte
O homem encarnado na Terra [...] é uma alma eterna usando um corpo perecível, alma que procede de milenários caminhos para a integração com a verdade divina [...]. Somos, todos, atores do drama sublime da evolução universal, através do amor e da dor [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13
Depois da morte física, o que há de mais surpreendente para nós é o reencontro da vida. Aqui [no plano espiritual] aprendemos que o organismo perispirítico que nos condiciona em matéria leve e mais plástica, após o sepulcro, é fruto igualmente do processo evolutivo. Não somos criações milagrosas, destinadas ao H H adorno de um paraíso de papelão. Somos filhos de Deus e herdeiros dos séculos, conquistando valores, de experiência em experiência de milênio a milênio. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3
O homem terrestre não é um deserdado. É filho de Deus, em trabalho construtivo, envergando a roupagem da carne; aluno de escola benemérita, onde precisa aprender a elevar-se. A luta humana é sua oportunidade, a sua ferramenta, o seu livro. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - Novo amigo
Cada homem é uma casa espiritual que deve estar, por deliberação e esforço do morador, em contínua modificação para melhor. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 133
[...] é um anjo decaído, em conseqüência do mau uso que fez de seu livre-arbítrio [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Volta Bocage• Sonetos do Espírito de Manuel Maria de Barbosa du Bocage; com apreciação, comentários e glossário pelo prof• L• C• Porto Carreiro Neto• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
Filhos do Eterno, todos somos cidadãos da eternidade e somente elevamos a nós mesmos, a golpes de esforço e trabalho, na hierarquia das reencarnações. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 46
Fonte: febnet.org.br
Horto
Dicionário Comum
substantivo masculinoPequeno terreno onde são cultivadas plantas de jardim; pequena horta. Figurado Lugar de tormento, por alusão ao Horto das Oliveiras, onde Jesus Cristo foi preso e viveu momentos de dor e sofrimento. Espaço público usado para pesquisa e experiências com plantas. expressãoHorto florestal. Lugar onde se cultivam e estudam espécimes florestais. Etimologia (origem da palavra horto). Do latim hortus.i.
Mencionado em I Crônicas 7:12, provavelmente trata-se do mesmo nome citado no v. 7. Veja Iri.
Autor: Paul Gardner
Dicionário Bíblico
Vigilante
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
verbo intransitivo e pronominalLocomover; mover-se de um local para outro: ir ao show; o carro vai à cidade; foi-se embora. Sair; deixar algum local: o aluno já foi? Não vá! Deslocar-se para: preciso ir! Nós não vamos nos atrasar. Figurado Perder a vida: os que foram deixarão saudades; a filha foi-se antes da mãe. verbo transitivo indireto e pronominalPercorrer certa direção ou caminho, buscando alguma coisa: foi para Belo Horizonte e ficou por lá; ele se foi para Belo Horizonte. verbo pronominal Deixar de existir ou de se manifestar: foi-se a alegria; foi-se a viagem. Ser alvo de prejuízo ou dano: foi-se o telhado; foi-se a honra do presidente. Alcançar ou não certo propósito: sua empresa vai mal. verbo predicativoEstar; expressar certo estado: como vai? Acontecer de certa forma: tudo vai mal. Decorrer; desenrolar-se de certo modo: como foi a festa? Obter certo resultado: foi mal na prova. Comportar-se; agir de certa forma: desse jeito, vai morrer. verbo transitivo indireto Aparecer pessoalmente: fui à festa de casamento. Ter determinado propósito: a doação irá para a igreja. Decorrer num certo tempo: vai para 30 anos de casamento. Possuir desigualdade ou distância no tempo, espaço ou quantidade: da casa à fazenda vão horas de viagem. Atribuir algo a alguém: o prêmio vai para a escola infantil. Ser influenciado por: foi na conversa do chefe. Possui uma relação sexual com: ele foi com a cidade inteira. verbo intransitivo Prolongar-se: o rio vai até a cidade; a festa foi pela madrugada. Acontecer: a tragédia vai pela cidade. Comportar-se sem reflexão: a vizinha foi e criou um boato. verbo transitivo indireto e intransitivoAtingir: a dívida foi aos milhões; sua tristeza vai crescendo. verbo transitivo indireto predicativoCombinar; estar em concordância com: essa roupa vai com tudo! Etimologia (origem da palavra ir). Do latim ire.
Fonte: Priberam
Jesus
Dicionário Bíblico
Salvador. – É a forma grega do nome Josué, o filho de Num. Assim em At 7:45 – Hb 4:8. – Em Cl 4:11 escreve S. Paulo afetuosamente de ‘Jesus, conhecido por Justo’. Este Jesus, um cristão, foi um dos cooperadores do Apóstolo em Roma, e bastante o animou nas suas provações. (*veja José.)
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da FEB
Não há dúvida de que Jesus é o mensageiro divino enviado aos homens J J para ensinar-lhes a verdade, e, por ela, o caminho da salvação [...]. Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10, it• 18
[...] Segundo definição dada por um Espírito, ele era médium de Deus. Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 2
[...] o pão de Deus é aquele que desceu do Céu e que dá vida ao mundo. [...] Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome e aquele que em mim crê não terá sede. [...] Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 15, it• 50
[...] o tipo mais perfeito que Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo. [...] Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 625
[...] é filho de Deus, como todas as criaturas [...]. Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, O filho de Deus e o filho do homem
Jesus foi um Revelador de primeira plana, não porque haja trazido ao mundo, pela primeira vez, uma parcela da Verdade Suprema, mas pela forma de revestir essa Verdade, colocando-a ao alcance de todas as almas, e por ser também um dos mais excelsos Espíritos, para não dizer o primeiro em elevação e perfeição, de quantos têm descido à Terra, cujo governador supremo é Ele. Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Pról•
Jesus Cristo é a paz – é a mansidão – é a justiça – é o amor – é a doçura – é a tolerância – é o perdão – é a luz – é a liberdade – é a palavra de Deus – é o sacrifício pelos outros [...]. Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8
Jesus é o ser mais puro que até hoje se manifestou na Terra. Jesus não é Deus. Jesus foi um agênere. Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 71
Jesus é o centro divino da verdade e do amor, em torno do qual gravitamos e progredimos. Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 24
Jesus é o protótipo da bondade e da sabedoria conjugadas e desenvolvidas em grau máximo. [...] Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual
Jesus Cristo é o Príncipe da Paz. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os pacificadores•••
[...] conquanto não seja Deus, e sim um Espírito sublimado, Jesus Cristo é o governador de nosso planeta, a cujos destinos preside desde a sua formação. Tudo (na Terra) foi feito por Ele, e, nada do que tem sido feito, foi feito sem Ele diz-nos João 3:1.[...] autêntico Redentor da Huma-nidade. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 1
Jesus, pois, é um desses Espíritos diretores e protetores de mundos, e a missão de dirigir a nossa Terra, com o concurso de outros Espíritos subordinados em pureza à sua pureza por excelência, lhe foi outorgada, como um prêmio à sua perfeição imaculada, em épocas que se perdem nas eternidades do passado. [...] Referencia: CIRNE, Leopoldo• A personalidade de Jesus• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jesus nos Evangelhos
[...] espírito poderoso, divino missionário, médium inspirado. [...] Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2
J [...] é, positivamente, a pedra angular do Cristianismo, a alma da nova revelação. Ele constitui toda a sua originalidade. Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3
[...] era um divino missionário, dotado de poderosas faculdades, um médium incomparável. [...] Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6
[...] é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...] Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão
[...] Espírito protetor da Terra, anjo tutelar desse planeta, grande sacerdote da verdadeira religião. Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29
Jesus é o Mestre por excelência: ofereceu-se-nos por amor, ensinou até o último instante, fez-se o exemplo permanente aos nossos corações e nos paroxismos da dor, pregado ao madeiro ignominioso, perdoou-nos as defecções de maus aprendizes. Referencia: EVANGELIZAÇÃO espírita da infância e da juventude na opinião dos Espíritos (A)• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• Separata do Reformador de out• 82• - q• 5
Jesus é nosso Irmão porque é filho de Deus como nós; e é nosso Mestre porque sabe mais que nós e veio ao mundo nos ensinar. Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4
[...] é chamado Jesus, o Cristo, porque Cristo quer dizer o enviado de Deus. Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4
Jesus é o exemplo máximo dessa entrega a Deus, lição viva e incorruptível de amor em relação à Humanidade. Mergulhou no corpo físico e dominou-o totalmente com o seu pensamento, utilizando-o para exemplificar o poder de Deus em relação a todas as criaturas, tornando-se-lhe o Médium por excelência, na condição de Cristo que o conduziu e o inspirava em todos os pensamentos e atos. Sempre com a mente alerta às falaciosas condutas farisaicas e às circunstâncias difíceis que enfrentava, manteve-se sempre carinhoso com as massas e os poderosos, sem manter-se melífluo ou piegas com os infelizes ou subalterno e submisso aos dominadores de um dia... Profundo conhecedor da natureza humana sabia acioná-la, despertando os sentimentos mais profundos e comandando os pensamentos no rumo do excelso Bem. Vencedor da morte, que o não assustava, é o exemplo máximo de vida eterna, concitando-nos a todos a seguir-lhe as pegadas. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente
Jesus, embora incompreendido no seu tempo, venceu a História, ultrapassou todas as épocas, encontrando-se instalado no mundo e em milhões de mentes e corações que o aceitam, o amam e tentam segui-lo. O sofrimento que experimentou não o afligiu nem o turbou, antes foi amado e ultrapassado, tornando-se mais do que um símbolo, a fiel demonstração de que no mundo somente teremos aflições. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento
Jesus de Nazaré jamais desprezou ou subestimou as dádivas relevantes do abençoado planeta, nunca se recusando J J à convivência social, religiosa, humana... Participou das bodas em Caná, freqüentou a Sinagoga e o Templo de Jerusalém, aceitou a entrevista com Nicodemos, o almoço na residência de Simão, o leproso, bem como hospedou-se com Zaqueu, o chefe dos publicanos, escandalizando a todos, conviveu com os pobres, os enfermos, os infelizes, mas também foi gentil com todos aqueles que o buscavam, a começar pelo centurião, que lhe fora rogar ajuda para o criado enfermo, jamais fugindo da convivência de todos quantos para os quais viera... Abençoou criancinhas buliçosas, dialogou com a mulher da Samaria, desprezada, com a adúltera que seguia para a lapidação, libertando-a, participou da saudável convivência de Lázaro e suas irmãs em Betânia, aceitou a gentileza da Verônica na via crucis, quando lhe enxugou o suor de sangue... Jesus tipificou o ser social e humano por excelência, portador de fé inquebrantável, que o sustentou no momento do sacrifício da própria vida, tornando-se, em todos os passos, o Homem incomparável. Jamais agrediu o mundo e suas heranças, suas prisões emocionais e paixões servis, seus campeonatos de insensatez, sua crueldade, sua hediondez em alguns momentos, por saber que as ocorrências resultavam da inferioridade moral dos seus habitantes antes que deles mesmos. Apesar dessa conduta, demonstrou a superioridade do Reino de Deus, porque, permanente, causal e posterior ao périplo carnal, convidando os homens e as mulheres de pensamento, os que se encontravam saturados e sem roteiro, os sofridos e atormentados à opção libertadora e feliz. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Aflições do mundo
[...] é o Médico Divino e a sua Doutrina é o medicamento eficaz de que nos podemos utilizar com resultados imediatos. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 23
Jesus é ainda e sempre a nossa lição viva, o nosso exemplo perene. Busquemo-lo! Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5
[...] Jesus é o amor inexaurível: não persegue: ama; não tortura: renova; não desespera: apascenta! [...] é a expressão do amor e sua não-violência oferece a confiança que agiganta aqueles que o seguem em extensão de devotamento. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10
[...] é a nossa porta: atravessemo-la, seguindo-lhe as pegadas ... Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16
[...] Jesus na manjedoura é um poema de amor falando às belezas da vida; Jesus na cruz é um poema de dor falando sobre as grandezas da Eternidade. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 2
[...] é a Vida em alta expressão de realidade, falando a todos os seres do mundo, incessantemente!... Sua lição inesquecível representa incentivo urgente que não podemos deixar de aplicar em nosso dia-a-dia redentor. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1
J [...] é o guia divino: busque-o! Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 3, cap• 5
[...] é a Verdade e a Justiça, a que todos nós aspiramos! Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 7, cap• 13
[...] é sempre a verdade consoladora no coração dos homens. Ele é a claridade que as criaturas humanas ainda não puderam fitar e nem conseguiram compreender. [...] Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho
De todos os Evangelhos se evola uma onda de perfume balsâmico e santificador a denunciar a passagem gloriosa e solene de um Arauto da paz e da felicidade no Além. Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Veracidade dos Evangelhos
[...] O Messias, o Príncipe da vida, o Salvador do mundo. Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Interpretação subjetiva
[...] cognominado pelo povo de Grande profeta e tratado pelos seus discípulos como filho de Deus. Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Identidade de Jesus
[...] o instrutor geral, o chefe da escola universal em todas as épocas. Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Supremacia de Jesus
[...] O Consolador, O Espírito de Verdade a dirigir o movimento científico por todo o globo. Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Materializações
Paulo, que se tornou cristão, por ter visto Jesus em Espírito e dele ter recebido a Revelação, diz que Jesus, o Cristo, é a imagem da Substância de Deus, o Primogênito de Deus (o texto grego diz: a imagem de Deus invisível e o primeiro concebido de toda a Criação) – o que não quer dizer que este primeiro concebido, seja idêntico fisiologicamente ao homem terrestre. Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Natureza de Jesus
[...] é, ao mesmo tempo, a pureza que ama e o amor que purifica. Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 22a efusão
[...] foi o mais santo, o mais elevado, o mais delicado Espírito encarnado no corpo mais bem organizado que já existiu. [...] Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 23a efusão
Espírito da mais alta hierarquia divina, Jesus, conhecedor de leis científicas ainda não desvendadas aos homens, mas, de aplicação corrente em mundos mais adiantados, formou o seu próprio corpo com os fluidos que julgou apropriados, operando uma materialilização muitíssimo mais perfeita que aquelas de que nos falam as Escrituras e do que as que os homens já pudemos presenciar em nossas experiências no campo do psiquismo. Referencia: MÍNIMUS• Os milagres de Jesus: historietas para a infância• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - cap• 1
Jesus é o amigo supremo, em categoria especial, com quem nenhum outro pode ser confrontado. [...] Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 4
[...] o caminho, a verdade e a vida, e é por ele que chegaremos ao divino estado da pureza espiritual. Esse é o mecanismo da salvação, da justificação, da predestinação. Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 1, cap• 5
esus – ensina Agasha – foi um exemplo vivo do que pregava. Ensinou aos homens a amarem-se uns aos outros, mas também ensinou que os homens haveriam de cometer muitos enganos e que Deus não os condenaria, mas lhe daria outras oportunidades para aprenderem. Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4
Jesus Cristo, o mais sábio dos professores que o mundo já conheceu e o mais compassivo dos médicos que a Humanidade já viu, desde o princípio, permanece como divina sugestão àqueles que, no jornadear terrestre, ocupam a cátedra ou consagram a vida ao santo labor dos hospitais. Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 22
Se lhe chamamos Senhor e Mestre, Divino Amigo e Redentor da Humanidade, Sol de nossas vidas e Advogado de nossos destinos, por um dever de consciência devemos afeiçoar o nosso coração e conjugar o nosso esforço no devotamento à vinha que por Ele nos foi confiada. Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 45
Sendo o Pão da Vida e a Luz do Mundo, Nosso Senhor Jesus Cristo era, por conseguinte, a mais completa manifestação de Sabedoria e Amor que a Terra, em qualquer tempo, jamais sentira ou conhecera. [...] A palavra do Mestre se refletiu e se reflete, salutar e construtivamente, em todos os ângulos evolutivos da Humanidade. Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 11
[...] o Verbo, que se fez carne e habitou entre nós. Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 45
Jesus, evidentemente, é o amor semfronteiras, que a todos envolve e fascina,ampara e magnetiza.O pão da vida, a luz do mundo, o guiasupremo. Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Introd•
[...] é o mais alto expoente de evolução espiritual que podemos imaginar [...]. Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2
Nem homem, nem Deus, [...] mas, Espírito puro e não falido, um, na verdade, com o Pai, porque dele médium, isto é, veículo do pensamento e da vontade divinos, e, conseguintemente, conhecedor das leis que regem a vida moral e material neste e noutros planetas, ou seja, daquelas muitas moradas de que falava. Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5
[...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, o fundador, o protetor, o governador do planeta terreno [...]. Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -
[...] Espírito fundador, protetor e governador do mundo terrestre, a cuja formação presidiu, tendo, na qualidade de representante e delegado de Deus, plenos poderes, no céu, e na Terra, sobre todos os Espíritos que nesta encarnam [...]. Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -
[...] como filho, Ele, Jesus, não é Deus e sim Espírito criado por Deus e Espírito protetor e governador do planeta J terreno, tendo recebido de Deus todo o poder sobre os homens, a fim de os levar à perfeição; que foi e é, entre estes, um enviado de Deus e que aquele poder lhe foi dado com esse objetivo, com esse fim. Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -
[...] puro Espírito, um Espírito de pureza perfeita e imaculada, que, na santidade e na inocência, sem nunca haver falido, conquistou a perfeição e foi por Deus instituído fundador, protetor e governador da Terra [...]. Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -
[...] Para S. Paulo, Jesus é um ser misterioso, sem pai, sem mãe, sem genealogia, que se manifesta aos homens como a encarnação duma divindade, para cumprir um grande sacrifício expiatório [...]. [...] Jesus Cristo é, realmente, aquele de quem disse o apóstolo Paulo: que proviera do mesmo princípio que os homens; e eis por que lhes chamava seus irmãos, porque é santo, inocente (innocens), sem mácula (impollutus), apartado dos pecadores (segregatus a peccatoribus) e perfeito por todo o sempre [...]. [...] Jesus a imagem, o caráter da substância de Deus, o qual não tendo querido hóstia, nem oblação, lhe formara um corpo para entrar no mundo; que Jesus era (nesse corpo e com esse corpo) “um espirito vivificante”. Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1
Jesus é um Espírito que, puro na fase da inocência e da ignorância, na da infância e da instrução, sempre dócil aos que tinham o encargo de o guiar e desenvolver, seguiu simples e gradualmente a diretriz que lhe era indicada para progredir; que, não tendo falido nunca, se conservou puro, atingiu a perfeição sideral e se tornou Espírito de pureza perfeita e imaculada. Jesus [...] é a maior essência espiritual depois de Deus, mas não é a única. É um Espírito do número desses aos quais, usando das expressões humanas, se poderia dizer que compõem a guarda de honra do Rei dos Céus. Presidiu à formação do vosso planeta, investido por Deus na missão de o proteger e o governar, e o governa do alto dos esplendores celestes como Espírito de pureza primitiva, perfeita e imaculada, que nunca faliu e infalível por se achar em relação direta com a divindade. É vosso e nosso Mestre, diretor da falange sagrada e inumerável dos Espíritos prepostos ao progresso da Terra e da humanidade terrena e é quem vos há de levar à perfeição. Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1
[...] Jesus é a ressurreição e a vida porque somente pela prática da moral que Ele pregou e da qual seus ensinos e exemplos o fazem a personificação, é que o Espírito chega a se libertar da morte espiritual, assim na erraticidade, como na condição de encamado. Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4
Eu sou a porta; aquele que entrar por mim será salvo, disse Jesus (João 10:9). Por ser o conjunto de todas as perfeições, Jesus se apresentou como a personificação da porta estreita, a fim de que, por uma imagem objetiva, melhor os homens compreendessem o que significa J J entrar por essa porta, para alcançar a vida eterna. Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
[...] é o médico das almas [...] capaz de curá-las todas do pecado que as enferma, causando-lhes males atrozes. Portador ao mundo e distribuidor do divino perdão, base da sua medicina, Ele muda a enfermidade em saúde, transformando a morte em vida, que é a salvação. Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
[...] como governador, diretor e protetor do nosso planeta, a cuja formação presidiu, missão que por si só indica a grandeza excelsa do seu Espírito, tinha, por efeito dessa excelsitude, o conhecimento de todos os fluidos e o poder de utilizá-los conforme entendesse, de acordo com as leis naturais que lhes regem as combinações e aplicações. Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
Jesus é servo e bem-amado de Deus, pela sua qualidade de Espírito puro e perfeito. Deus o elegeu, quando o constituiu protetor e governador do nosso planeta. Nele se compraz, desde que o tornou partícipe do seu poder, da sua justiça e da sua misericórdia; e faz que seu Espírito sobre ele constantemente pouse, transmitindo-lhe diretamente a inspiração, com o mantê-lo em perene comunicação consigo. Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
Jesus personifica a moral, a lei de amor que pregou aos homens, pela palavra e pelo exemplo; personifica a doutrina que ensinou e que, sob o véu da letra, é a fórmula das verdades eternas, doutrina que, como Ele próprio o disse, não é sua, mas daquele que o enviou. Ele é a pedra angular. [...] Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
Jesus era o amor sem termo; Jesus era a caridade, Jesus era a tolerância! Ele procurava sempre persuadir os seus irmãos da Terra e nunca vencê-los pela força do seu poder, que, no entanto, o tinha em superabundância! Ora banqueteando-se com Simão, o publicano, ora pedindo água à mulher samaritana, repudiada dos judeus, ele revelava-se o Espírito amante da conciliação, a alma disposta aos sentimentos da verdadeira fraternidade, não distinguindo hereges ou gentios! Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6
Sendo Jesus a personificação do Bem Supremo, é natural que busquemos elegê-lo por padrão de nossa conduta. Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Mudança imperiosa
Carta viva de Deus, Jesus transmitiu nas ações de todos os momentos a Grande Mensagem, e em sua vida, mais que em seus ensinamentos, ela está presente. Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Natal
Jesus não é um instituidor de dogmas, um criador de símbolos; é o iniciador do mundo no culto do sentimento, na religião do amor. [...] Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo
[...] é a pedra angular de uma doutrina que encerra verdades eternas, desveladas parcialmente antes e depois de sua passagem pela Terra. Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 19
J Jesus é chamado o Justo, por encarnar em grau máximo, o Amor e a Justiça, em exemplificação para toda a Humanidade. Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 17
[...] encontramos em Jesus o maior psicólogo de todos os tempos [...]. Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A mensagem matinal
Jesus é a manifestação mais perfeita de Deus, que o mundo conhece. Seu Espírito puro e amorável permitiu que, através dele, Deus se fizesse perfeitamente visível à Humanidade. Esse o motivo por que ele próprio se dizia – filho de Deus e filho do Homem. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O filho do homem
Jesus é a luz do mundo, é o sol espiritual do nosso orbe. Quem o segue não andará em trevas. [...] Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Fiat-lux
Jesus é a história viva do homem. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Jesus e a história
[...] é a única obra de Deus inteiramente acabada que o mundo conhece: é o Unigênito. Jesus é o arquétipo da perfeição: é o plano divino já consumado. É o Verbo que serve de paradigma para a conjugação de todos os verbos. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Verbo Divino
[...] é o Cristo, isto é, o ungido, o escolhido, Filho de Deus vivo. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2
Jesus foi o maior educador que o mundo conheceu e conhecerá. Remir ou libertar só se consegue educando. Jesus acredita va piamente na redenção do ímpio. O sacrifício do Gólgota é a prova deste asserto. Conhecedor da natureza humana em suas mais íntimas particularidades, Jesus sabia que o trabalho da redenção se resume em acordar a divindade oculta na psiquê humana. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 8
[...] Jesus é o Mestre excelso, o educador incomparável. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 9
[...] é o Cordeiro de Deus, que veio arrancar o mundo do erro e do pecado. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cinqüenta Anos depois: episódios da História do Cristianismo no século II• Espírito Emmanuel• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 2
[...] é a Luz do Princípio e nas suas mãos misericordiosas repousam os destinos do mundo. Seu coração magnânimo é a fonte da vida para toda a Humanidade terrestre. Sua mensagem de amor, no Evangelho, é a eterna palavra da ressurreição e da justiça, da fraternidade e da misericórdia. [...] é a Luz de todas as vidas terrestres, inacessível ao tempo e à destruição. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•
[Da] Comunidade de seres angélicos e perfeitos [...] é Jesus um dos membros divinos [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1
É sempre o Excelso Rei do amor que nunca morre. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 18
[...] o maior embaixador do Céu para a Terra foi igualmente criança. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia mediúnica do Natal• Por diversos Espíritos• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 23
Jesus é também o amor que espera sempre [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6
J J [...] é a luminosidade tocante de todos os corações. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13
[...] é a suprema personificação de toda a misericórdia e de toda a justiça [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30
[...] é sempre a fonte dos ensinamentos vivos [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6
[...] é a única porta de verdadeira libertação. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 178
[...] o Sociólogo Divino do Mundo [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 32
Jesus é o semeador da terra, e a Humanidade é a lavoura de Deus em suas mãos. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 50
Como é confortador pensar que o Divino Mestre não é uma figura distanciada nos confins do Universo e sim o amigo forte e invisível que nos acolhe com sua justiça misericordiosa, por mais duros que sejam nossos sofrimentos e nossos obstáculos interiores. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] é o mentor sublime de todos os séculos, ensinando com abnegação, em cada hora, a lição do sacrifício e da humildade, da confiança e da renúncia, por abençoado roteiro de elevação da Humanidade inteira. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] é o amor de braços abertos, convidando-nos a atender e servir, perdoar e ajudar, hoje e sempre. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Jesus é o trabalhador divino, de pá nas mãos, limpando a eira do mundo. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Jesus é o lapidário do Céu, a quem Deus, Nosso Pai, nos confiou os corações. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Guarda em tudo, por modelo, / Aquele Mestre dos mestres, / Que é o amor de todo o amor / Na luz das luzes terrestres. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Jesus é o salário da elevação maior. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] o Cristo de Deus, sob qualquer ângulo em que seja visto, é e será sempre o excelso modelo da Humanidade, mas, a pouco e pouco, o homem compreenderá que, se precisamos de Jesus sentido e crido, não podemos dispensar Jesus compreendido e aplicado. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Estante da vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22
[...] Tratava-se de um homem ainda moço, que deixava transparecer nos olhos, profundamente misericordiosos, uma beleza suave e indefinível. Longos e sedosos cabelos molduravam-lhe o semblante compassivo, como se fossem fios castanhos, levemente dourados por luz desconhecida. Sorriso divino, revelando ao mesmo tempo bondade imensa e singular energia, irradiava da sua melancólica e majestosa figura uma fascinação irresistível. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 5
[...] é a misericórdia de todos os que sofrem [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1
[...] é o doador da sublimação para a vida imperecível. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1
Jesus é o nosso caminho permanente para o Divino Amor. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25
J Jesus, em sua passagem pelo planeta, foi a sublimação individualizada do magnetismo pessoal, em sua expressão substancialmente divina. As criaturas disputavam-lhe o encanto da presença, as multidões seguiam-lhe os passos, tocadas de singular admiração. Quase toda gente buscava tocar-lhe a vestidura. Dele emanavam irradiações de amor que neutralizavam moléstias recalcitrantes. Produzia o Mestre, espontaneamente, o clima de paz que alcançava quantos lhe gozavam a companhia. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 110
[...] é a fonte do conforto e da doçura supremos. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 3
Na Terra, Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa contribuição na oficina dos séculos. A confiança dele abrange as eras, sua experiência abarca as civilizações, seu devotamento nos envolve há milênios... Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 86
[...] é a verdade sublime e reveladora. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 175
Jesus é o ministro do absoluto, junto às coletividades que progridem nos círculos terrestres [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17
Jesus é o coração do Evangelho. O que de melhor existe, no caminho para Deus, gira em torno dele. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 36
[...] sigamos a Jesus, o excelso timoneiro, acompanhando a marcha gloriosa de suor e de luta em que porfiam incan savelmente os nossos benfeitores abnegados – os Espíritos de Escol. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 86
[...] excelso condutor de nosso mundo, em cujo infinito amor estamos construindo o Reino de Deus em nós. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 92
Fonte: febnet.org.br
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Jesus 1. Vida. Não podemos entender os evangelhos como biografia no sentido historiográfico contemporâneo, mas eles se harmonizam — principalmente no caso de Lucas — com os padrões historiográficos de sua época e devem ser considerados como fontes históricas. No conjunto, apresentam um retrato coerente de Jesus e nos proporcionam um número considerável de dados que permitem reconstruir historicamente seu ensinamento e sua vida pública.
O nascimento de Jesus pode ser situado pouco antes da morte de Herodes, o Grande (4 a.C.) (Mt 2:1ss.). Jesus nasceu em Belém (alguns autores preferem apontar Nazaré como sua cidade natal) e os dados que os evangelhos oferecem em relação à sua ascendência davídica devem ser tomados como certos (D. Flusser, f. f. Bruce, R. E. Brown, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que seja de um ramo secundário. Boa prova dessa afirmação: quando o imperador romano Domiciano decidiu acabar com os descendentes do rei Davi, prendeu também alguns familiares de Jesus. Exilada sua família para o Egito (um dado mencionado também no Talmude e em outras fontes judaicas), esta regressou à Palestina após a morte de Herodes, mas, temerosa de Arquelau, fixou residência em Nazaré, onde se manteria durante os anos seguintes (Mt 2:22-23).
Exceto um breve relato em Lc 2:21ss., não existem referências a Jesus até os seus trinta anos. Nessa época, foi batizado por João Batista (Mt 3 e par.), que Lucas considera parente próximo de Jesus (Lc 1:39ss.). Durante seu Batismo, Jesus teve uma experiência que confirmou sua autoconsciência de filiação divina e messianidade (J. Klausner, D. Flusser, J. Jeremias, J. H. Charlesworth, m. Hengel etc.). De fato, no quadro atual das investigações (1995), a tendência majoritária dos investigadores é aceitar que, efetivamernte, Jesus viu a si mesmo como Filho de Deus — num sentido especial e diferente do de qualquer outro ser — e messias. Sustentada por alguns neobultmanianos e outros autores, a tese de que Jesus não empregou títulos para referir-se a si mesmo é — em termos meramente históricos — absolutamente indefendível e carente de base como têm manifestado os estudos mais recentes (R. Leivestadt, J. H. Charlesworth, m. Hengel, D. Guthrie, f. f. Bruce, I. H. Marshall, J. Jeremias, C. Vidal Manzanares etc.).
Quanto à sua percepção de messianidade, pelo menos a partir dos estudos de T. W. Manson, pouca dúvida existe de que esta foi compreendida, vivida e expressada por Jesus na qualidade de Servo de Yahveh (Mt 3:16 e par.) e de Filho do homem (no mesmo sentido, f. f. Bruce, R. Leivestadt, m. Hengel, J. H. Charlesworth, J. Jeremias 1. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.). É possível também que essa autoconsciência seja anterior ao batismo. Os sinóticos — e subentendido em João — fazem referência a um período de tentação diabólica que Jesus experimentou depois do batismo (Mt 4:1ss. e par.) e durante o qual se delineara plenamente seu perfil messiânico (J. Jeremias, D. Flusser, C. Vidal Manzanares, J. Driver etc.), rejeitando os padrões políticos (os reinos da terra), meramente sociais (as pedras convertidas em pão) ou espetaculares (lançar-se do alto do Templo) desse messianismo. Esse período de tentação corresponde, sem dúvida, a uma experiência histórica — talvez relatada por Jesus a seus discípulos — que se repetiria, vez ou outra, depois do início de seu ministério. Após esse episódio, iniciou-se a primeira etapa do ministério de Jesus, que transcorreu principalmente na Galiléia, com breves incursões por território pagão e pela Samaria. O centro da pregação consistiu em chamar “as ovelhas perdidas de Israel”; contudo, Jesus manteve contatos com pagãos e até mesmo chegou a afirmar não somente que a fé de um deles era a maior que encontrara em Israel, mas que também chegaria o dia em que muitos como ele se sentariam no Reino com os patriarcas (Mt 8:5-13; Lc 7:1-10). Durante esse período, Jesus realizou uma série de milagres (especialmente curas e expulsão de demônios), confirmados pelas fontes hostis do Talmude. Mais uma vez, a tendência generalizada entre os historiadores atualmente é a de considerar que pelo menos alguns deles relatados nos evangelhos aconteceram de fato (J. Klausner, m. Smith, J. H. Charlesworth, C. Vidal Manzanares etc.) e, naturalmente, o tipo de narrativa que os descreve aponta a sua autencidade.
Nessa mesma época, Jesus começou a pregar uma mensagem radical — muitas vezes expressa em parábolas — que chocava com as interpretações de alguns setores do judaísmo, mas não com a sua essência (Mt 5:7). No geral, o período concluiu com um fracasso (Mt 11:20ss.). Os irmãos de Jesus não creram nele (Jo 7:1-5) e, com sua mãe, pretendiam afastá-lo de sua missão (Mc 3:31ss. e par.). Pior ainda reagiram seus conterrâneos (Mt 13:55ss.) porque a sua pregação centrava-se na necessidade de conversão ou mudança de vida em razão do Reino, e Jesus pronunciava terríveis advertências às graves conseqüências que viriam por recusarem a mensagem divina, negando-se terminantemente em tornar-se um messias político (Mt 11:20ss.; Jo 6:15).
O ministério na Galiléia — durante o qual subiu várias vezes a Jerusalém para as festas judaicas, narradas principalmente no evangelho de João — foi seguido por um ministério de passagem pela Peréia (narrado quase que exclusivamente por Lucas) e a última descida a Jerusalém (seguramente em 30 d.C.; menos possível em 33 ou 36 d.C.), onde aconteceu sua entrada em meio do entusiasmo de bom número de peregrinos que lá estavam para celebrar a Páscoa e que relacionaram o episódio com a profecia messiânica de Zc 9:9ss. Pouco antes, Jesus vivera uma experiência — à qual convencionalmente se denomina Transfiguração — que lhe confirmou a idéia de descer a Jerusalém. Nos anos 30 do presente século, R. Bultmann pretendeu explicar esse acontecimento como uma projeção retroativa de uma experiência pós-pascal. O certo é que essa tese é inadmissível — hoje, poucos a sustentariam — e o mais lógico, é aceitar a historicidade do fato (D. Flusser, W. L. Liefeld, H. Baltensweiler, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.) como um momento relevante na determinação da autoconsciência de Jesus. Neste, como em outros aspectos, as teses de R. Bultmann parecem confirmar as palavras de R. H. Charlesworth e outros autores, que o consideram um obstáculo na investigação sobre o Jesus histórico.
Contra o que às vezes se afirma, é impossível questionar o fato de Jesus saber que morreria violentamente. Realmente, quase todos os historiadores hoje consideram que Jesus esperava que assim aconteceria e assim o comunicou a seus discípulos mais próximos (m. Hengel, J. Jeremias, R. H. Charlesworth, H. Schürmann, D. Guthrie, D. Flusser, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc). Sua consciência de ser o Servo do Senhor, do qual se fala em Is 53 (Mc 10:43-45), ou a menção ao seu iminente sepultamento (Mt 26:12) são apenas alguns dos argumentos que nos obrigam a chegar a essa conclusão.
Quando Jesus entrou em Jerusalém durante a última semana de sua vida, já sabia da oposição que lhe faria um amplo setor das autoridades religiosas judias, que consideravam sua morte uma saída aceitável e até desejável (Jo 11:47ss.), e que não viram, com agrado, a popularidade de Jesus entre os presentes à festa. Durante alguns dias, Jesus foi examinado por diversas pessoas, com a intenção de pegá-lo em falta ou talvez somente para assegurar seu destino final (Mt 22:15ss. E par.) Nessa época — e possivelmente já o fizesse antes —, Jesus pronunciou profecias relativas à destruição do Templo de Jerusalém, cumpridas no ano 70 d.C. Durante a primeira metade deste século, alguns autores consideraram que Jesus jamais anunciara a destruição do Templo e que as mencionadas profecias não passavam de um “vaticinium ex eventu”. Hoje em dia, ao contrário, existe um considerável número de pesquisadores que admite que essas profecias foram mesmo pronunciadas por Jesus (D. Aune, C. Rowland, R. H. Charlesworth, m. Hengel, f. f. Bruce, D. Guthrie, I. H. Marshall, C. Vidal Manzanares etc.) e que o relato delas apresentado pelos sinóticos — como já destacou C. H. Dodd no seu tempo — não pressupõe, em absoluto, que o Templo já tivesse sido destruído. Além disso, a profecia da destruição do Templo contida na fonte Q, sem dúvida anterior ao ano 70 d.C., obriga-nos também a pensar que as referidas profecias foram pronunciadas por Jesus. De fato, quando Jesus purificou o Templo à sua entrada em Jerusalém, já apontava simbolicamente a futura destruição do recinto (E. P. Sanders), como ressaltaria a seus discípulos em particular (Mt 24:25; Mc 13; Lc 21).
Na noite de sua prisão e no decorrer da ceia pascal, Jesus declarou inaugurada a Nova Aliança (Jr 31:27ss.), que se fundamentava em sua morte sacrifical e expiatória na cruz. Depois de concluir a celebração, consciente de sua prisão que se aproximava, Jesus dirigiu-se ao Getsêmani para orar com alguns de seus discípulos mais íntimos. Aproveitando a noite e valendo-se da traição de um dos apóstolos, as autoridades do Templo — em sua maior parte saduceus — apoderaram-se de Jesus, muito provavelmente com o auxílio de forças romanas. O interrogatório, cheio de irregularidades, perante o Sinédrio pretendeu esclarecer e até mesmo impor a tese da existência de causas para condená-lo à morte (Mt 26:57ss. E par.). O julgamento foi afirmativo, baseado em testemunhas que asseguraram ter Jesus anunciado a destruição do Templo (o que tinha uma clara base real, embora com um enfoque diverso) e sobre o próprio testemunho do acusado, que se identificou como o messias — Filho do homem de Dn 7:13. O problema fundamental para executar Jesus consistia na impossibilidade de as autoridades judias aplicarem a pena de morte. Quando o preso foi levado a Pilatos (Mt 27:11ss. e par.), este compreendeu tratar-se de uma questão meramente religiosa que não lhe dizia respeito e evitou, inicialmente, comprometer-se com o assunto.
Convencidos os acusadores de que somente uma acusação de caráter político poderia acarretar a desejada condenação à morte, afirmaram a Pilatos que Jesus era um agitador subversivo (Lc 23:1ss.). Mas Pilatos, ao averiguar que Jesus era galileu e valendo-se de um procedimento legal, remeteu a causa a Herodes (Lc 23:6ss.), livrando-se momentaneamente de proferir a sentença.
Sem dúvida alguma, o episódio do interrogatório de Jesus diante de Herodes é histórico (D. Flusser, C. Vidal Manzanares, f. f. Bruce etc.) e parte de uma fonte muito primitiva. Ao que parece, Herodes não achou Jesus politicamente perigoso e, possivelmente, não desejando fazer um favor às autoridades do Templo, apoiando um ponto de vista contrário ao mantido até então por Pilatos, preferiu devolver Jesus a ele. O romano aplicou-lhe uma pena de flagelação (Lc 23:1ss.), provavelmente com a idéia de que seria punição suficiente (Sherwin-White), mas essa decisão em nada abrandou o desejo das autoridades judias de matar Jesus. Pilatos propôs-lhes, então, soltar Jesus, amparando-se num costume, em virtude do qual se podia libertar um preso por ocasião da Páscoa. Todavia, uma multidão, presumivelmente reunida pelos acusadores de Jesus, pediu que se libertasse um delinqüente chamado Barrabás em lugar daquele (Lc 23:13ss. e par.). Ante a ameaça de que a questão pudesse chegar aos ouvidos do imperador e o temor de envolver-se em problemas com este, Pilatos optou finalmente por condenar Jesus à morte na cruz. Este se encontrava tão extenuado que, para carregar o instrumento de suplício, precisou da ajuda de um estrangeiro (Lc 23:26ss. e par.), cujos filhos, mais tarde, seriam cristãos (Mc 15:21; Rm 16:13). Crucificado junto a dois delinqüentes comuns, Jesus morreu ao final de algumas horas. Então, seus discípulos fugiram — exceto o discípulo amado de Jo 19:25-26 e algumas mulheres, entre as quais se encontrava sua mãe — e um deles, Pedro, até mesmo o negou em público várias vezes. Depositado no sepulcro de propriedade de José de Arimatéia, um discípulo secreto que recolheu o corpo, valendo-se de um privilégio concedido pela lei romana relativa aos condenados à morte, ninguém tornou a ver Jesus morto.
No terceiro dia, algumas mulheres que tinham ido levar perfumes para o cadáver encontraram o sepulcro vazio (Lc 24:1ss. e par.). Ao ouvirem que Jesus ressuscitara, a primeira reação dos discípulos foi de incredulidade (Lc 24:11). Sem dúvida, Pedro convenceu-se de que era real o que as mulheres afirmavam após visitar o sepulcro (Lc 24:12; Jo 20:1ss.). No decorrer de poucas horas, vários discípulos afirmaram ter visto Jesus. Mas os que não compartilharam a experiência, negaram-se a crer nela, até passarem por uma semelhante (Jo 20:24ss.). O fenômeno não se limitou aos seguidores de Jesus, mas transcendeu os limites do grupo. Assim Tiago, o irmão de Jesus, que não aceitara antes suas afirmações, passou então a crer nele, em conseqüência de uma dessas aparições (1Co 15:7). Naquele momento, segundo o testemunho de Paulo, Jesus aparecera a mais de quinhentos discípulos de uma só vez, dos quais muitos ainda viviam vinte anos depois (1Co 15:6). Longe de ser uma mera vivência subjetiva (R. Bultmann) ou uma invenção posterior da comunidade que não podia aceitar que tudo terminara (D. f. Strauss), as fontes apontam a realidade das aparições assim como a antigüidade e veracidade da tradição relativa ao túmulo vazio (C. Rowland, J. P. Meier, C. Vidal Manzanares etc.). Uma interpretação existencialista do fenômeno não pôde fazer justiça a ele, embora o historiador não possa elucidar se as aparições foram objetivas ou subjetivas, por mais que esta última possibilidade seja altamente improvável (implicaria num estado de enfermidade mental em pessoas que, sabemos, eram equilibradas etc.).
O que se pode afirmar com certeza é que as aparições foram decisivas na vida ulterior dos seguidores de Jesus. De fato, aquelas experiências concretas provocaram uma mudança radical nos até então atemorizados discípulos que, apenas umas semanas depois, enfrentaram corajosamente as mesmas autoridades que maquinaram a morte de Jesus (At 4). As fontes narram que as aparições de Jesus se encerraram uns quarenta dias depois de sua ressurreição. Contudo, Paulo — um antigo perseguidor dos cristãos — teve mais tarde a mesma experiência, cuja conseqüência foi a sua conversão à fé em Jesus (1Co 15:7ss.) (m. Hengel, f. f. Bruce, C. Vidal Manzanares etc.).
Sem dúvida, aquela experiência foi decisiva e essencial para a continuidade do grupo de discípulos, para seu crescimento posterior, para que eles demonstrassem ânimo até mesmo para enfrentar a morte por sua fé em Jesus e fortalecer sua confiança em que Jesus retornaria como messias vitorioso. Não foi a fé que originou a crença nas aparições — como se informa em algumas ocasiões —, mas a sua experiência que foi determinante para a confirmação da quebrantada fé de alguns (Pedro, Tomé etc.), e para a manifestação da mesma fé em outros até então incrédulos (Tiago, o irmão de Jesus etc.) ou mesmo declaradamente inimigos (Paulo de Tarso).
2. Autoconsciência. Nas últimas décadas, tem-se dado enorme importância ao estudo sobre a autoconsciência de Jesus (que pensava Jesus de si mesmo?) e sobre o significado que viu em sua morte. O elemento fundamental da autoconsciência de Jesus deve ter sido sua convicção de ser Filho de Deus num sentido que não podia ser compartilhado com mais ninguém e que não coincidia com pontos de vista anteriores do tema (rei messiânico, homem justo etc.), embora pudesse também englobá-los. Sua originalidade em chamar a Deus de Abba (lit. papaizinho) (Mc 14:36) não encontra eco no judaísmo até a Idade Média e indica uma relação singular confirmada no batismo, pelas mãos de João Batista, e na Transfiguração. Partindo daí, podemos entender o que pensava Jesus de si mesmo. Exatamente por ser o Filho de Deus — e dar a esse título o conteúdo que ele proporcionava (Jo 5:18) — nas fontes talmúdicas, Jesus é acusado de fazer-se Deus. A partir de então, manifesta-se nele a certeza de ser o messias; não, porém, um qualquer, mas um messias que se expressava com as qualidades teológicas próprias do Filho do homem e do Servo de YHVH.
Como já temos assinalado, essa consciência de Jesus de ser o Filho de Deus é atualmente admitida pela maioria dos historiadores (f. f. Bruce, D. Flusser, m. Hengel, J. H. Charlesworth, D. Guthrie, m. Smith, I. H. Marshall, C. Rowland, C. Vidal Manzanares etc.), ainda que se discuta o seu conteúdo delimitado. O mesmo se pode afirmar quanto à sua messianidade.
Como já temos mostrado, evidentemente Jesus esperava sua morte. Que deu a ela um sentido plenamente expiatório, dedu-Zse das próprias afirmações de Jesus acerca de sua missão (Mc 10:45), assim como do fato de identificar-se com o Servo de YHVH (13 53:12'>Is 52:13-53:12), cuja missão é levar sobre si o peso do pecado dos desencaminhados e morrer em seu lugar de forma expiatória (m. Hengel, H. Schürmann, f. f. Bruce, T. W. Manson, D. Guthrie, C. Vidal Manzanares etc.). É bem possível que sua crença na própria ressurreição também partia do Cântico do Servo em Is 53 já que, como se conservou na Septuaginta e no rolo de Isaías encontrado em Qumrán, do Servo esperava-se que ressuscitasse depois de ser morto expiatoriamente. Quanto ao seu anúncio de retornar no final dos tempos como juiz da humanidade, longe de ser um recurso teológico articulado por seus seguidores para explicar o suposto fracasso do ministério de Jesus, conta com paralelos na literatura judaica que se refere ao messias que seria retirado por Deus e voltaria definitivamente para consumar sua missão (D. Flusser, C. Vidal Manzanares etc.).
3. Ensinamento. A partir desses dados seguros sobre a vida e a autoconsciência de Jesus, podemos reconstruir as linhas mestras fundamentais de seu ensinamento. Em primeiro lugar, sua mensagem centralizava-se na crença de que todos os seres humanos achavam-se em uma situação de extravio ou perdição (Lc 15 e par. no Documento Q). Precisamente por isso, Jesus chamava ao arrependimento ou à conversão, porque com ele o Reino chegava (Mc 1:14-15). Essa conversão implicava uma transformação espiritual radical, cujos sinais característicos estão coletados tanto nos ensinamentos de Jesus como os contidos no Sermão da Montanha (Mt 5:7), e teria como marco a Nova Aliança profetizada por Jeremias e inaugurada com a morte expiatória do messias (Mc 14:12ss. e par.). Deus vinha, em Jesus, buscar os perdidos (Lc 15), e este dava sua vida inocente como resgate por eles (Mc 10:45), cumprindo assim sua missão como Servo de YHVH. Todos podiam agora — independente de seu presente ou de seu passado — acolher-se no seu chamado. Isto supunha reconhecer que todos eram pecadores e que ninguém podia apresentar-se como justo diante de Deus (Mt 16:23-35; Lc 18:9-14 etc.). Abria-se então um período da história — de duração indeterminada — durante o qual os povos seriam convidados a aceitar a mensagem da Boa Nova do Reino, enquanto o diabo se ocuparia de semear a cizânia (13 1:30-36'>Mt 13:1-30:36-43 e par.) para sufocar a pregação do evangelho.
Durante essa fase e apesar de todas as artimanhas demoníacas, o Reino cresceria a partir de seu insignificante início (Mt 13:31-33 e par.) e concluiria com o regresso do messias e o juízo final. Diante da mensagem de Jesus, a única atitude lógica consistiria em aceitar o Reino (Mt 13:44-46; 8,18-22), apesar das muitas renúncias que isso significasse. Não haveria possibilidade intermediária — “Quem não estiver comigo estará contra mim” (Mt 12:30ss. e par.) — e o destino dos que o rejeitaram, o final dos que não manisfestaram sua fé em Jesus não seria outro senão o castigo eterno, lançados às trevas exteriores, em meio de choro e ranger de dentes, independentemente de sua filiação religiosa (Mt 8:11-12 e par.).
À luz dos dados históricos de que dispomos — e que não se limitam às fontes cristãs, mas que incluem outras claramente hostis a Jesus e ao movimento que dele proveio —, pode-se observar o absolutamente insustentável de muitas das versões populares que sobre Jesus têm circulado. Nem a que o converte em um revolucionário ou em um dirigente político, nem a que faz dele um mestre de moral filantrópica, que chamava ao amor universal e que olhava todas as pessoas com benevolência (já não citamos aqueles que fazem de Jesus um guru oriental ou um extraterrestre) contam com qualquer base histórica. Jesus afirmou que tinha a Deus por Pai num sentido que nenhum ser humano poderia atrever-se a imitar, que era o de messias — entendido como Filho do homem e Servo do Senhor; que morreria para expiar os pecados humanos; e que, diante dessa demonstração do amor de Deus, somente caberia a cada um aceitar Jesus e converter-se ou rejeita-lo e caminhar para a ruína eterna. Esse radicalismo sobre o destino final e eterno da humanidade exigia — e continua exigindo — uma resposta lara, definida e radical; serve também para dar-nos uma idéia das reações que esse radicalismo provocava (e ainda provoca) e das razões, muitas vezes inconscientes, que movem as pessoas a castrá-lo, com a intenção de obterem um resultado que não provoque tanto nem se dirija tão ao fundo da condição humana. A isso acrescentamos que a autoconsciência de Jesus é tão extraordinária em relação a outros personagens históricos que — como acertadamente ressaltou o escritor e professor britânico C. S. Lewis — dele só resta pensar que era um louco, um farsante ou, exatamente, quem dizia ser.
R. Dunkerley, o. c.; D. Flusser, o. c.; J. Klausner, o.c.; A. Edersheim, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio: o Documento Q, Barcelona 1993; Idem, Diccionario de las tres...; A. Kac (ed), The Messiahship of Jesus, Grand Rapids, 1986; J. Jeremias, Abba, Salamanca 1983; Idem Teología...; O. Cullmann, Christology...; f. f. Bruce, New Testament...; Idem, Jesus and Christian Origins Outside the New Testament, Londres 1974; A. J. Toynbee, o. c.; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Edimburgo 1981.
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Comum
interjeiçãoExpressão de admiração, emoção, espanto etc.: jesus, o que foi aquilo? Ver também: Jesus. Etimologia (origem da palavra jesus). Hierônimo de Jesus.
Fonte: Priberam
Judas
Dicionário Comum
substantivo masculinoTraidor. Boneco que se malha no sábado de Aleluia como representante do apóstolo traidor, ou de pessoas conhecidas que caem no desagrado do povo. Beijo de Judas, beijo de traidor. Onde Judas perdeu as botas, lugar muito distante. Andar como Judas, vestir-se mal, de andrajos. Pegar (alguém) para Judas, implicar com uma pessoa, atormentá-la, fazê-la vítima de mofa.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
É a forma grega da palavra hebraica Judá. 1. Filho de Jacó (Mt 1:2-3). 2. Um habitante de Damasco, em cuja casa foi Saulo recolhido (At 9:11). Era na ‘rua que se chama Direita’, ou na rua dos Bazares, que desde a porta do sul se estendia até ao centro da cidade. Ainda hoje se mostra aos viajantes uma ‘casa de Judas’. 3. Judas, chamado Barsabás, talvez irmão de José Barsabás. Era membro da igreja de Jerusalém (At 15:22 e seg.). Ele foi escolhido para ir com Paulo e Barnabé, como delegados, à igreja de Antioquia, com o fim de informarem os crentes cristãos sobre a resolução dos Apóstolos em Jerusalém, de que não era necessário ser observada a Lei pelos gentios. Tinha dons proféticos, gozava de grande consideração entre os seus irmãos na fé, e, segundo a tradição, tinha ele sido um dos setenta discípulos. E nada mais se sabe a respeito dele. 4. Judas, de Galiléia (At 5:37). No ano 6 ou 7 da era cristã, opôs-se ao registo do povo, feito por Quirino (Cirênio), na Judéia. Este alistamento efetuava-se com o fim de lançar impostos, e por isso era uma medida impopular. Nessa ocasião Judas, habitante de Gamala, conseguiu que o povo se revoltasse contra as autoridades, sendo a sua divisa ‘não temos outro mestre e senhor: só Deus’. E clamava Judas que pagar o tributo a César e reconhecer, de qualquer maneira, uma autoridade estrangeira era uma traição a Deus e à Lei de Moisés. Um considerável número dos seus partidários, os gaulonitas, como se chamavam, julgaram que ele era o Messias. Todavia, ele nada pôde fazer contra o poder de Roma – e ainda que por algum tempo assolou o país, foi por fim morto – e, dispersos os seus seguidores, recebeu o movimento o seu golpe de morte com a ruína total da nação. Embora os seus métodos fossem errados, e impiamente tivesse assumido o lugar de Messias, deve Judas ser considerado como um herói nacional, amante da sua pátria. 5. ‘Judas, de Tiago’, que talvez fosse filho de um Tiago, também chamado Tadeu. Era o décimo na lista dos apóstolos. Em Jo 14:22, ele é apresentado como ‘Judas, não o iscariotes’ – mas em Lc 6:16, e At 1:13, é ele simplesmente Judas sem qualquer apelido distintivo. Diz a tradição que ele pregou o Evangelho em Edessa, o campo da missão e martírio de Tomé – e que viajou até à Assíria, sendo, na sua volta às terras ocidentais, condenado à morte na Fenícia. 6. o irmão do Senhor e de Tiago i. os habitantes de Nazaré mencionaram o seu nome quando escutavam maravilhados os grandes ensinamentos do Filho dos seus vizinhos (Mt 13:55 – Mc 6:3). Foi ele quem escreveu a epístola de Judas, apresentando-se a si mesmo como ‘servo de Jesus Cristo e irmão de Tiago’.
Fonte: Dicionário Adventista
Quem é quem na Bíblia?
1. Veja Judas 1scariotes.
2. Filho de Tiago, é mencionado em Lucas 6:16 e Atos 1:13 como um dos doze discípulos escolhidos por Jesus para serem apóstolos. Nas listas de Mateus 10:3 e Marcos 3:18, no lugar do nome Judas, encontra-se Tadeu. Talvez trate de outro termo para a mesma pessoa, a fim de não ser confundido com o Judas que traiu Jesus. João 14:22 provavelmente refere-se a ele.
3. O meio irmão de Jesus (Mt 13:55; Mc 6:3). Provavelmente não fazia parte do grupo dos apóstolos, pois João 7:5 diz que os irmãos de Cristo “não criam nele”. Posteriormente, entretanto, creram que Jesus era o Filho de Deus e estavam presentes no Cenáculo, depois da ressurreição, no grupo de irmãos que “perseveravam unanimemente em oração”, ao lado dos apóstolos e algumas das mulheres que estiveram com Cristo (At 1:14). Na epístola de Judas (v. 1), ele se intitula o “irmão de Tiago” e é muito provável que o autor da epístola na verdade fosse este Judas, irmão de Jesus.
Geralmente é aceito que o mencionado em Judas 1 era o irmão de Tiago [meio irmão de Jesus] (veja Mc 6:3). Existe pouca informação na carta que possa indicar quando Judas a escreveu, mas 90 d.C. seria a data ideal. Nesta carta, o autor encoraja seus destinatários, ao enfatizar a graça de Deus e sua fidelidade em guardar seus filhos da queda (Jd 1:24). Também desafia os cristãos a batalhar pela fé (v. 3). Ele demonstrou, por meio das Escrituras, que os problemas e as maldades que os cristãos enfrentavam na sociedade não eram novos. No passado, Deus julgou sistematicamente os que ensinaram o mal e faria isso novamente. O grande consolo para todos os cristãos que enfrentam as heresias é que o Senhor cuida dos seus e com certeza os guardará. P.D.G.
4. “Judas, o galileu”, mencionado em Atos 5:37 pelo rabino Gamaliel. Foi um judeu zeloso e patriota que se rebelou contra o censo ordenado pelo imperador Quirino. Ao sugerir a libertação dos apóstolos recentemente presos pelos saduceus, Gamaliel argumentou que outros homens surgiram no passado aparentemente como líderes do povo. Se tais pessoas fossem realmente dirigidas por Deus, o trabalho delas sobreviveria; se não, terminaria como o de Judas, o galileu, que “levou muito povo após si. Mas também este pereceu, e todos os que lhe deram ouvidos foram dispersos”.
5. Cristão procurado por Saulo (Paulo) após sua experiência na estrada de Damasco. Ananias foi instruído por Deus a visitar a casa de Judas, na rua Direita, em Damasco, para conversar com Saulo sobre sua recente conversão à fé e orar por ele (At 9:11). Veja Ananias.
6. Judas Barsabás, um dos cristãos mais respeitáveis presentes no assim chamado “Concílio de Jerusalém”, em Atos 15. Nesta assembléia dos líderes da Igreja recém-formada, numerosas questões teológicas foram discutidas, a maioria das quais surgidas na igreja de Antioquia. A questão principal era referente à relação entre os novos convertidos ao cristianismo, procedentes do judaísmo, e os convertidos entre os gentios. Estes deviam adotar a circuncisão? Deviam guardar a Lei de Moisés? (At 15:20). Quando os líderes decidiram qual curso de ação seria adotado, ou seja, que os gentios fossem reconhecidos como cristãos completos, sem necessidade da circuncisão, enviaram uma carta com detalhes sobre a decisão para a igreja de Antioquia. Judas e Silas, “homens distintos entre os irmãos” (At 15:22), receberam a tarefa de levar aquela correspondência.
Os cristãos de Antioquia ficaram animados com o conteúdo da carta e com a explicação e a confirmação do que fora escrito, dadas por Judas e Silas. Ambos eram profetas e encorajaram e fortaleceram os irmãos (vv. 27,32). P.D.G.
Autor: Paul Gardner
Dicionário da Bíblia de Almeida
Judas 1) Iscariotes, escolhido por Jesus para ser apóstolo (Mt 10:4), sendo o tesoureiro do grupo (Jo 12:6). Traiu a Jesus (Mt 26:47-49) e, depois, enforcou-se (Mt 27:3-5; At 1:16-19).
2) Irmão de Jesus (Mt 13:55) e provável autor da carta que leva seu nome (v. JUDAS, EPÍSTOLA DE).
3) Apóstolo, filho de Tiago, também chamado de Tadeu (Mt 10:3; Lc 6:16).
4) Cristão de Damasco, em cuja casa Paulo se hospedou, após sua conversão (At 9:11).
5) Cristão que se destacou na igreja de Jerusalém, também chamado de Barsabás (At 15:22-32).
7) Macabeu, chefe da revolta dos macabeus (v. MACABEUS).
========================
EPÍSTOLA DE JUDAS
Breve carta escrita por Judas, o “irmão de Tiago” (Jd 1), sendo ambos provavelmente irmãos de Jesus. Foi dirigida a uma igreja ou grupo de igrejas, que estavam sendo vítimas dos ensinamentos de falsos mestres (Jd 4). O autor repreende o comportamento imoral desses perturbadores e aconselha os leitores a se manterem firmes na fé. Essa epístola é um dos livros ANTILEGÔMENA e é muito semelhante a II Pedro.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Judas 1. Iscariotes. O discípulo que traiu Jesus, entregando-o ao Sinédrio por trinta moedas de prata (Mc 14:10ss. Comparar com Zc 11:12-13). Já se pretendeu identificar seu cognome com “sicário” e ligando-o assim com a seita dos zelotes.
Atualmente, essa interpretação é impossível, porque esse grupo não existia na época de Jesus. É mais provável que o nome se relacionasse com um local chamado Cariot. Os evangelhos atribuem sua traição à avareza (Mt 27:15ss.; Jo 12:6) e à ação de Satanás (Lc 22:3; Jo 6:70ss.; 13 2:26ss.). Suicidou-se (Mt 27:3ss.; At 1:16ss.), após ter devolvido o dinheiro da traição aos sacerdotes judeus, que adquiriram com ele um campo, Hacéldama, provavelmente destinado para o sepultamento dos pobres. Foi venerado pela seita gnóstica dos cainitas.
2. Um dos irmãos de Jesus (Mc 6:3; Mt 13:54ss.), o qual provavelmente pode ser identificado como o autor da carta neotestamentária que leva seu nome.
3. Tadeu (ou Lebeu). Um dos apóstolos. Temos apenas alguns dados sobre ele (Jo 14:22).
O. Cullmann, El estado en el Nuevo Testamento, Madri 1966; S. G. f. Brandon, Jesus and the Zealots, Manchester 1967; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; H. Guevara, o. c.
Autor: César Vidal Manzanares
Judeu
Dicionário Comum
substantivo masculinoAquele que segue o judaísmo, religião do povo hebreu cujo livro sagrado é a Torá ou Tora que contém os cinco primeiros livros da Bíblia; israelita, hebreu. Qualquer pessoa de raça hebraica; israelita. Pessoa natural ou habitante do Estado de Israel. História Indivíduo natural da Judeia. História Aquele que descende dos antigos habitantes da Judeia. Culinária Tipo de bolo de milho. [Regionalismo: Amazonas] Nome dado aos sírios. [Regionalismo: Santa Catarina] Apelido dado aos liberais pelos conservadores denominados cristãos. [Regionalismo: Minas Gerais] Espécie de virado ou tutu de feijão. Ictiologia Designação comum de papa-terra. [Zoologia] Macaco da Amazônia; cuxiú. Mineralogia Feixe de capim, com pedras dentro, para formação dos tapumes em trabalhos de mineração. adjetivoHistória Que diz respeito à Judeia ou aos judeus; hebreu, israelita, judaico. expressãoJudeu errante. Diz-se do indivíduo que viaja muito. Etimologia (origem da palavra judeu). Do latim judaeus.a.um.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Esse termo, derivado de Judá, a princípio denotou o pertencente dessa tribo, vindo mais tarde a ser empregado em referência a todos os descendentes de Abraão. Outras designações são: israelitas e hebreus.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da Bíblia de Almeida
Judeu 1) Morador da JUDÉIA. Os israelitas que voltaram do CATIVEIRO para a província da Judéia e os seus descendentes passaram a ser chamados de judeus porque a maioria deles era da tribo de Judá (Ed 4:12; Ne 1:2).
2) No NT o termo também é usado para aqueles que seguiam o JUDAÍSMO e que, às vezes, atacavam a fé cristã, chegando a perseguir os cristãos (Mt 28:15; Jo 1:19; 3.25; At 14:19).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Judeus
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Judeus 1. Súdito do reino de Judá formado pelas tribos de Judá e Levi.
2. O nascido de pais judeus (especificamente de mãe judia), o que aceita o judaísmo através da conversão (guiur), conforme a Torá escrita e oral. Não é considerado judeu o nascido de matrimônio misto, em que só o pai é judeu.
1.
Que ou quem professa a religião judaica.
=
HEBREU
2.
O mesmo que israelita.
adjectivo
adjetivo
3.
Relativo à Judeia, região da Palestina.
4.
Relativo à tribo ou ao reino de Judá ou a Judá, nome de duas personagens bíblicas.
5.
Relativo à religião judaica.
=
HEBRAICO, HEBREU
6.
[Informal, Depreciativo]
Muito travesso.
7.
[Informal, Depreciativo]
Que gosta de fazer judiarias.
=
PERVERSO
nome masculino
8.
[Informal, Depreciativo]
Agiota, usurário.
9.
[Popular]
Enxergão.
10.
IctiologiaPeixe pelágico (Auxis rochei) da família dos escombrídeos, de corpo alongado, coloração azulada com bandas escuras no dorso e ventre prateado.
=
SERRA
11.
[Brasil]
Feixe de capim com pedras, para a formação de tapumes, em trabalhos de mineração.
judeu errante Personagem lendária condenada a vagar pelo mundo até ao fim dos tempos.
Indivíduo que viaja com muita frequência, que não se fixa num lugar.
A palavra judeu significava, primitivamente, um membro do reino de Judá (2 Rs 16.6 – 25.25 – Jr 34:9). Durante o cativeiro, e depois da volta para a Palestina, os israelitas que formaram o novo Estado eram, geralmente, conhecidos pelo nome de judeus. os outros membros da raça israelita, espalhados por todo o mundo, foram, no decorrer do tempo, chamados judeus, e a si próprios eles também davam esse nome (Et 3 – Dn 3:8-12). (*veja Dispersão, Hebreu, israelitas.) Entre as nações, onde fixaram a sua residência, foram eles principalmente notáveis pelo seu extremo exclusivismo. Crendo estar sob a especial proteção do Senhor, eles depressa recuperavam as suas forças, que perdiam nas diversas calamidades causadas pela sua desobediência aos preceitos divinos, retomando a sua antiga satisfação como povo escolhido. Com a queda da cidade de Jerusalém, e a destruição do templo, terminou a existência nacional dos judeus. Daí para o futuro eram eles estrangeiros entre outros povos. Mesmo muito antes da conquista, realizada por Tito, tinham-se espalhado por outras terras, onde formaram grandes e poderosas comunidades. Um certo número deles tinha ficado na Babilônia, depois da volta do cativeiro. No Egito e em Cirene habitavam quase em igual quantidade, e em Roma e em outras grandes cidades formavam grandes colônias. Quão largamente eles estavam dispersos, pode deduzir-se da lista dada por Lucas na sua narrativa a propósito dos acontecimentos no dia de Pentecoste (At 2:1-11). Com qualquer outro povo o resultado da sua dispersão teria sido o desaparecimento das suas particularidades nacionais, se não raciais, e também o serem absorvidos pelas nações nas quais foram habitar. Todavia, já se vão 2.000 anos, e nota-se que eles continuam em vida separada, obedecendo, porém, às leis dos diferentes povos, conformando-se com os seus costumes, e falando a sua língua. Conquanto tenham percorrido todas as nações, é ainda o hebraico a sua língua nacional, e a sua religião é ainda o antigo culto de israel. Através de todas as dificuldades, embora súditos de muitos Estados, a verdade é que um judeu permanece sempre judeu, e somente judeu. Foi este poder de resistência às influências exteriores que os habilitou a restaurar o Sinédrio, passados alguns anos depois da total destruição de Jerusalém. Em duas gerações, com a maravilhosa vitalidade”, que sempre os distinguiu, puderam os judeus ‘recuperar em grande extensão os seus números, a sua riqueza, e o seu espírito indomável’. E é-nos fácil agora compreender como o tesouro do templo, tantas vezes arrebatado, era tão depressa substituído. Quando chegava às comunidades estrangeiras dos judeus a notícia de qualquer nova desgraça, eram por eles mandado dinheiro e homens a Jerusalém para o serviço do templo, e também para ser restabelecido o saqueado tesouro. As calamidades e misérias, que os judeus têm suportado, não podem talvez, comparar-se com os infortúnios de qualquer outra nação. o nosso Salvador chorou quando previu a rapina, o assassinato, o fogo, a pestilência, e outros horrores, que estavam para atormentar o povo escolhido. Quase todos os judeus modernos são fariseus na doutrina, embora eles não se chamem assim – e acham-se tão ligados à lei tradicional (isto é, oral), como o eram os seus antepassados. Eles nutrem um ódio implacável aos caraítas (uma seita dos Escrituristas), que aderem ao texto de Moisés, rejeitando as interpretações dos rabinos. Não há saduceus declarados, mas as doutrinas de muitos judeus ‘reformados’ não são dessemelhantes. Quanto aos samaritanos ainda restam cerca de 200, principalmente em Nablus.
1.
Espécie de caixa, rodeada de vidros, com luz no interior.
=
LAMPIÃO
2.
Aparelho portátil que contém uma lâmpada eléctrica.
3.
AntigoArtefacto em que insere o foco de luz (nas carruagens, nas varas que ladeiam os andores, etc.).
4.
[Arquitectura]
[Arquitetura]
Clarabóia em forma de cúpula envidraçada para dar luz a uma escada ou corredor.
=
LANTERNIM
5.
Fresta para dar ar e luz.
=
LANTERNIM
6.
Parte iluminante de um farol, onde se encontra o foco de luz e as lentes.
nome de dois géneros
7.
[Brasil]
[Desporto]
Classificado que ocupa o último lugar de um campeonato ou de uma competição.
=
LANTERNINHA
lanterna absconsa O mesmo que lanterna de furta-fogo.
lanterna de furta-fogo Aquela em que a luz se pode ocultar rapidamente.
lanterna surda O mesmo que lanterna de furta-fogo.
lanterna vermelha
[Portugal]
[Desporto]
Classificado que ocupa o último lugar de um campeonato ou de uma competição.
Fonte: Priberam
Lei
Dicionário Comum
substantivo femininoRegra necessária ou obrigatória: submeter-se a uma lei. [Jurídico] Ato da autoridade soberana que regula, ordena, autoriza ou veda: promulgar uma lei. [Jurídico] Conjunto desses atos: a ninguém é lícito ignorar a lei. [Física] Enunciado de uma propriedade física verificada de modo preciso: a lei da gravidade dos corpos. Obrigação da vida social: as leis da honra, da polidez. Autoridade imposta a alguém: a lei do vencedor. expressãoLei divina. Conjunto dos preceitos que Deus ordenou aos homens pela revelação. Leis de guerra. Conjunto das regras (tratamento dispensado a feridos, prisioneiros etc.) admitidas por numerosos Estados que se comprometeram a respeitá-las em caso de guerra. Lei marcial. Lei que autoriza a intervenção armada em caso de perturbações internas. Lei moral. Lei que nos ordena praticar o bem e evitar o mal. Lei natural. Conjunto de normas de conduta baseadas na própria natureza do homem e da sociedade. Lei orgânica. Lei relativa à organização dos poderes públicos, sem caráter constitucional. Etimologia (origem da palavra lei). Do latim lex.legis, "consolidação".
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo femininoRegra necessária ou obrigatória: submeter-se a uma lei. [Jurídico] Ato da autoridade soberana que regula, ordena, autoriza ou veda: promulgar uma lei. [Jurídico] Conjunto desses atos: a ninguém é lícito ignorar a lei. [Física] Enunciado de uma propriedade física verificada de modo preciso: a lei da gravidade dos corpos. Obrigação da vida social: as leis da honra, da polidez. Autoridade imposta a alguém: a lei do vencedor. expressãoLei divina. Conjunto dos preceitos que Deus ordenou aos homens pela revelação. Leis de guerra. Conjunto das regras (tratamento dispensado a feridos, prisioneiros etc.) admitidas por numerosos Estados que se comprometeram a respeitá-las em caso de guerra. Lei marcial. Lei que autoriza a intervenção armada em caso de perturbações internas. Lei moral. Lei que nos ordena praticar o bem e evitar o mal. Lei natural. Conjunto de normas de conduta baseadas na própria natureza do homem e da sociedade. Lei orgânica. Lei relativa à organização dos poderes públicos, sem caráter constitucional. Etimologia (origem da palavra lei). Do latim lex.legis, "consolidação".
4) Os DEZ MANDAMENTOS (Ex 20:2-17); (Dt 5:6-21), que são o resumo da vontade de Deus para o ser humano. Cumprindo a lei, os israelitas mostravam sua fé em Deus. Jesus respeitou e cumpriu a lei e mostrou seu significado profundo (Mt 5:17-48). Ele resumiu toda a lei no amor a Deus e ao próximo (Mt 22:37-39). A lei mostra a maldade do ser humano, mas não lhe pode dar a vitória sobre o pecado (Rom 3—7). Assim, o propósito da lei é preparar o caminho para o evangelho (Gal
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário da FEB
[...] a lei é o amor, que há de continuamente crescer, até que vos tenha levado ao trono eterno do Pai. [...] Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1
[...] A lei é uma força viva que se identifica conosco e vai acompanhando o surto de evolução que ela mesma imprime em nosso espírito. [...] Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pecado sem perdão
A lei é a consciência do delito. [...]A lei [...] é um freio para coibir o mal.[...] A lei personifica a justiça [...]. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Três grandes símbolos
A lei é conjunto eterno / De deveres fraternais: / Os anjos cuidam dos homens, / Os homens dos animais. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartilha da Natureza• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Os animais
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Bíblico
A palavra Torah, traduzida por lei, significa propriamente uma direção, que era primitivamente ritual. Usa-se o termo, nas Escrituras, em diversas acepções, segundo o fim e conexão da passagem em que ele ocorre. Por exemplo, algumas vezes designa a revelada vontade de Deus (Sl 1:2 – 19.7 – 119 – is 8:20 – 42.12 Jr 31:33). Também significa a instituição mosaica, como distinta do Evangelho (Mt 11:13 – 12.5 – Jo 1:17 – At 25:8), e por isso freqüentes vezes se considera a lei de Moisés como sendo a religião dos judeus (Mt 5:17 – Hb 9:19 – 10.28). outras vezes, num sentido mais restrito, significa as observâncias rituais ou cerimoniais da religião judaica (Ef 2:15 – Hb 10:1). É neste ponto de vista que o apóstolo S. Paulo afirma que ‘ninguém será justificado diante dele por obras da lei’ (Rm 3:20). A ‘lei gravada nos seus corações’, que Paulo menciona em Rm 2:15, é o juízo do que é mau e do que é justo, e que na consciência de cada homem Deus implantou. (*veja Justificação.) o princípio predominante da lei era a teocracia. o próprio Senhor era considerado como Rei – as leis foram por Ele dadas – o tabernáculo (e depois o templo) era considerado como Sua habitação – ali houve visíveis manifestações da Sua glória – ali revelou a Sua vontade – era ali oferecido o pão todos os sábados – ali recebeu os Seus ministros, e exerceu funções de Soberano. Com Deus tinham relação a paz e a guerra, questões estas determinadas sob todos os governos pela suprema autoridade (Dt 1:41-42 – Js 10:40 – Jz 1:1-2 – 1 Rs 12.24). A idolatria era uma traição. Por conseqüência, em relação aos judeus, era Jeová ao mesmo tempo Deus e Rei. (*veja Rei.) A teocracia tinha as suas externas manifestações. Deste modo, o tabernáculo, onde se realizou o culto público desde o Êxodo até ao reinado de Salomão, era não só o templo de Deus, mas também o palácio do Rei invisível. Era a ‘Sua santa habitação’ – era o lugar em que encontrava o Seu povo e com ele tinha comunhão, sendo portanto ‘o tabernáculo da congregação’. (*veja Tabernáculo.) Depois do tabernáculo veio o templo, harmonizando-se a suntuosidade do edifício e os seus serviços com as determinações divinas, e com o aumentado poder da nação.(*veja Templo.) Mas o Senhor, como Rei, não só tinha o Seu palácio, mas também tinha os Seus ministros e funcionários do Estado. Sacerdotes e levitas eram apartados para o Seu serviço. (*veja Sacerdote, Levitas.) Este governo de Deus era reconhecido por meio dos sacrifícios de várias espécies, realizados sob condições cuidadosamente definidas, exprimindo a propiciação, consagração e comunhão. (*veja Sacrifício.) os direitos divinos eram ainda reconhecidos por meio de certas festividades, que na sua variedade eram o sábado de todas as semanas, as três grandes festas anuais, o ano sabático, e além disso o jubileu, tudo isto levado a efeito com os seus fins espirituais e morais (*veja Festa (Dias de) Sabático (ano), Jubileu.) As especificadas determinações promulgadas em nome de Deus alcançavam plenamente a vida individual e nacional, mas não foi tudo decretado de uma só vez e num só lugar. Houve ordenações feitas no Egito (Êx 12:13) – no Sinai (Êx 19:20) – em Parã (Nm 15:1) – e nas planícies de Moabe (Dt 1:5). As enunciações vinham por vezes do tabernáculo (Lv 1:1). Que as prescrições da Lei tinham caído em desuso, pode provar-se não só pela decadência da religião e da moral no tempo dos reis, porém mais particularmente pela descoberta, no 18? ano do rei Josias, do ‘livro da Lei na casa do Senhor’ (2 Rs 22.8), e pelas reformas que se seguiram. (*veja Deuteronômio.) o sumário das ordenações desta Lei formava para toda a nação um código que, embora rigoroso, era salutar (Ne 9:13 – Ez 20:11 – Rm 7:12), e além disso agradável a uma mentalidade reta (Sl 119:97-100). As instituições cerimoniais, por exemplo, estavam maravilhosamente adaptadas às necessidades, tanto espirituais como materiais, de um povo nas condições do israelita. Porquanto (1). eram, até certo ponto, regulamentos sanitários. E era isto um dos fins daquelas disposições, referentes às várias purificações, à separação dos leprosos, e à distinção de alimentos, etc. (2). Serviam para perpetuar entre os israelitas o conhecimento do verdadeiro Deus, para manter a reverência pelas coisas santas, para a manifestação de sentimentos religiosos na vida de todos os dias, e em todas as relações sociais. Dum modo particular eram as festas sagradas fatores de valor para a consecução destes fins. (3). Tinham, além disso, o efeito de evitar que os israelitas se tornassem estreitamente relacionados com as nações circunvizinhas (Ef 2:14-17). E assim deviam tantas vezes ter guardado o povo israelita da idolatria e corrupção, que campeavam em todo o mundo: deste modo conservou-se a nação inteiramente distinta dos outros povos, até que veio o tempo em que esta barreira já não era necessária. (4). Estas observâncias tinham outros usos na sua simbólica significação. Em conformidade com o estado moral e intelectual do povo que não tinha ainda capacidade para prontamente alcançar as verdades divinas, eram as coisas espirituais representadas por objetos exteriores e visíveis. E assim, as idéias de pureza moral e de santidade divina eram comunicadas e alimentadas pelas repetidas abluções das pessoas e moradas – pela escolha de animais limpos para o sacrifício – pela perfeição sem mácula, que se requeria nas vítimas oferecidas – e pela limitação das funções sacerdotais a uma classe de homens que eram especialmente consagrados a estes deveres, e que se preparavam com repetidas purificações. Além disso, pela morte da vítima expiatória, para a qual o pecador tinha simbolicamente transferido os seus pecados pondo as mãos sobre a cabeça do animal e oferecendo a Deus o sangue que representava a vida, ensinava-se a importante verdade de que o pecado merecia um castigo extremo, que somente podia ser desviado sacrificando-se outro ser em substituição. E desta maneira, por meio de símbolos impressivos, lembravam-se constantemente os piedosos israelitas da justiça e santidade da violada Lei, da sua própria culpa, e de quanto necessitavam da misericórdia divina – e quando eram efe
Fonte: Dicionário Adventista
Lugar
Dicionário Comum
substantivo masculinoEspaço que ocupa ou pode ocupar uma pessoa, uma coisa: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. Cargo que se ocupa em; emprego: perder seu lugar. Posição final numa competição, concurso etc.: colocação, ordem: tirou o primeiro lugar no concurso. Posição que uma pessoa ou uma coisa deve ocupar: esse homem não conhece seu lugar. Qualquer local; localidade: lugar fresco. Situação em circunstâncias especiais: em seu lugar, eu teria protestado. Circunstância favorável para o desenvolvimento de; ocasião, ensejo: não me deu lugar para ficar zangado. Maneira como alguma coisa está disposta num dado período; condição, situação, posição. expressãoTer lugar. Ter cabimento, vir a propósito: seu comentário não tem lugar aqui. Lugares santos. Na Palestina, os lugares onde viveu Jesus Cristo. Etimologia (origem da palavra lugar). Do latim localis, de locus.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoEspaço que ocupa ou pode ocupar uma pessoa, uma coisa: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. Cargo que se ocupa em; emprego: perder seu lugar. Posição final numa competição, concurso etc.: colocação, ordem: tirou o primeiro lugar no concurso. Posição que uma pessoa ou uma coisa deve ocupar: esse homem não conhece seu lugar. Qualquer local; localidade: lugar fresco. Situação em circunstâncias especiais: em seu lugar, eu teria protestado. Circunstância favorável para o desenvolvimento de; ocasião, ensejo: não me deu lugar para ficar zangado. Maneira como alguma coisa está disposta num dado período; condição, situação, posição. expressãoTer lugar. Ter cabimento, vir a propósito: seu comentário não tem lugar aqui. Lugares santos. Na Palestina, os lugares onde viveu Jesus Cristo. Etimologia (origem da palavra lugar). Do latim localis, de locus.
Fonte: Priberam
Lícito
Dicionário Comum
adjetivo[Jurídico] Que se encontra em conformidade com a lei; de acordo com os princípios do direito. Em que há justiça; que se permite; permitido. Que se pode admitir ou justificar; justificável. substantivo masculinoAquilo que é justo; o que é admitido; legítimo. Etimologia (origem da palavra lícito). Do latim licitus.a.um.
Fonte: Priberam
Dicionário da Bíblia de Almeida
Lícito O que é permitido pela lei (1Co 6:12); legal (Mt 12:2).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Mal
Dicionário Comum
substantivo masculinoContrário ao bem; que prejudica ou machuca: vivia desejando o mal aos outros; a falta de segurança é um mal que está presente em grandes cidades. Modo de agir ruim: o mal não dura muito. Aquilo que causa prejuízo: as pragas fazem mal à plantação. Tragédia: os males causaram destruição na favela. Doença: padece de um mal sem cura. Dor ou mágoa: os males da paixão. Sem perfeição: seu mal era ser mentiroso. Reprovável; contrário ao bem, à virtude ou à honra: escolheu o mal. Religião Designação para personificar o Diabo, geralmente usada em maiúsculas. advérbioSem regularidade; que se distancia do esperado: a segurança pública se desenvolve mal. De um modo incompleto; sem perfeição: escreveu mal aquele texto. Insatisfatoriamente; de uma maneira que não satisfaz por completo; sem satisfação. Erradamente; de uma maneira errada: o professor ensinou-nos mal. Defeituosamente; de uma maneira inadequada: o portão estava mal colocado. Incompletamente; de um modo incompleto; não suficiente: mal curado. Pouco; que uma maneira inexpressiva: mal comentou sobre o acontecido. Rudemente; de uma maneira indelicada e rude: falou mal com a mãe. Cruelmente; de um modo cruel; sem piedade: trata mal os gatinhos. Que se opõe à virtude e à ética; sem moral: comportou-se mal. Em que há ofensa ou calúnia: sempre falava mal da sogra. Que não se consegue comunicar claramente: o relacionamento está mal. Jamais; de maneira alguma: mal entendia o poder de sua inteligência. Que não possui boa saúde; sem saúde: seu filho estava muito mal. De uma maneira severa; que é implacável: os autores escreveram mal o prefácio. conjunçãoQue ocorre logo após; assim que: mal mudou de emprego, já foi mandado embora. Etimologia (origem da palavra mal). Do latim male.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoContrário ao bem; que prejudica ou machuca: vivia desejando o mal aos outros; a falta de segurança é um mal que está presente em grandes cidades. Modo de agir ruim: o mal não dura muito. Aquilo que causa prejuízo: as pragas fazem mal à plantação. Tragédia: os males causaram destruição na favela. Doença: padece de um mal sem cura. Dor ou mágoa: os males da paixão. Sem perfeição: seu mal era ser mentiroso. Reprovável; contrário ao bem, à virtude ou à honra: escolheu o mal. Religião Designação para personificar o Diabo, geralmente usada em maiúsculas. advérbioSem regularidade; que se distancia do esperado: a segurança pública se desenvolve mal. De um modo incompleto; sem perfeição: escreveu mal aquele texto. Insatisfatoriamente; de uma maneira que não satisfaz por completo; sem satisfação. Erradamente; de uma maneira errada: o professor ensinou-nos mal. Defeituosamente; de uma maneira inadequada: o portão estava mal colocado. Incompletamente; de um modo incompleto; não suficiente: mal curado. Pouco; que uma maneira inexpressiva: mal comentou sobre o acontecido. Rudemente; de uma maneira indelicada e rude: falou mal com a mãe. Cruelmente; de um modo cruel; sem piedade: trata mal os gatinhos. Que se opõe à virtude e à ética; sem moral: comportou-se mal. Em que há ofensa ou calúnia: sempre falava mal da sogra. Que não se consegue comunicar claramente: o relacionamento está mal. Jamais; de maneira alguma: mal entendia o poder de sua inteligência. Que não possui boa saúde; sem saúde: seu filho estava muito mal. De uma maneira severa; que é implacável: os autores escreveram mal o prefácio. conjunçãoQue ocorre logo após; assim que: mal mudou de emprego, já foi mandado embora. Etimologia (origem da palavra mal). Do latim male.
Fonte: Priberam
Dicionário da FEB
[...] O mal é a antítese do bem [...]. Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 7
[...] o mal, tudo o que lhe é contrário [à Lei de Deus]. [...] Fazer o mal é infringi-la. Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 630
O mal é todo ato praticado pelas mãos, pelos pensamentos e pelas palavras, contrários às Leis de Deus, que venha prejudicar os outros e a nós mesmos. As conseqüências imediatas ou a longo prazo virão sempre, para reajustar, reeducar e reconciliar os Espíritos endividados, mas toda cobrança da Justiça Divina tem o seu tempo certo. Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20
[...] apenas um estado transitório, tanto no plano físico, no campo social, como na esfera espiritual. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O problema do mal
[...] apenas a ignorância dessa realidade [do bem], ignorância que vai desaparecendo, paulatinamente, através do aprendizado em vidas sucessivas. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Os Espíritos podem retrogradar?
[...] é a luta que se trava entre as potências inferiores da matéria e as potências superiores que constituem o ser pensante, o seu verdadeiro “eu”. [...] Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7
[...] O mal não é mais que um efeito de contraste; não tem existência própria. O mal é, para o bem, o que a sombra é para a luz. [...] Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10
[...] estado de inferioridade e de ignorância do ser em caminho de evolução. [...] O mal é a ausência do bem. [...] Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6
O mal é a conseqüência da imperfeição humana. [...] Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9
[...] é apenas o estado transitório do ser em via de evolução para o bem; o mal é a medida da inferioridade dos mundos e dos indivíduos [...]. Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 18
O mal é toda ação mental, física ou moral, que atinge a vida perturbando-a, ferindo-a, matando-a. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 34
[...] é a treva, na qual um foco de luz tem mais realce. O mal é a transgressão às leis celestes e sociais. O mal é a força destruidora da harmonia universal: está em desencontro aos códigos celestiais e planetários; gera o crime, que é o seu efeito, e faz delinqüentes sobre os quais recaem sentenças incoercíveis, ainda que reparadoras. Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 2
M [...] é a prática de atos contrários às leis divinas e sociais, é o sentimento injusto e nocivo que impede a perfeição individual, afastando os seres das virtudes espirituais. [...] Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 2
O mal é a medida da inferioridade dos mundos e dos seres. [...] é conseqüência da imperfeição do Espírito, sendo a medida de seu estado íntimo, como Espírito. Referencia: GELEY, Gustave• O ser subconsciente: ensaio de síntese explicativa dos fenômenos obscuros de psicologia normal e anormal• Trad• de Gilberto Campista Guarino• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - Geley: Apóstolo da Ciência Cristã
Perturbação em os fenômenos, desacordo entre os efeitos e a causa divina. Referencia: GIBIER, Paul• O Espiritismo: faquirismo ocidental: estudo histórico crítico, experimental• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 1, cap• 7
[...] O mal é um incidente passageiro, logo absorvido no grande e imperturbável equilíbrio das leis cósmicas. Referencia: MARCUS, João (Hermínio C• Miranda)• Candeias na noite escura• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18
O mal só existe porque ainda há Espíritos ignorantes de seus deveres morais. [...] Referencia: MENDES, Indalício• Rumos Doutrinários• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A prece do coração amargurado
[...] uma enfermação, uma degenerescência, um aviltamento do bem, sempre de natureza transitória. Ele surge da livre ação filiada à ignorância ou à viciação, e correspondente a uma amarga experiência no aprendizado ou no aprimoramento do espírito imortal. [...] O mal é a [...] deformação transitória [do bem], que sempre é reparada por quem lhe dá causa, rigorosamente de acordo com a lei de justiça, imanente na Criação Divina. Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5
[...] é geratriz de desequilíbrios, frustrações e insuportável solidão. Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 13
[...] será sempre representado por aquela triste vocação do bem unicamente para nós mesmos, a expressar-se no egoísmo e na vaidade, na insensatez e no orgulho que nos assinalam a permanência nas linhas inferiores do espírito. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 7
[...] significa sentença de interdição, constrangendo-nos a paradas mais ou menos difíceis de reajuste. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19
[...] é a estagnação. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 35
O mal que esparge, às mãos cheias. / Calúnias, golpes, labéus, / É benefício do mundo / Que ajuda a escalar os Céus. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] é sempre um círculo fechado sobre si mesmo, guardando temporariamente aqueles que o criaram, qual se fora um quisto de curta ou longa duração, a dissolver-se, por fim, no bem infinito, à medida que se reeducam as Inteligências que a ele se aglutinam e afeiçoam. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1
[...] O mal é como a fogueira. Se não encontra combustível, acaba por si mesma. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 5a reunião
[...] O mal é, simplesmente, o amor fora da Lei. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Amor
O mal, em qualquer circunstância, é desarmonia à frente da Lei e todo desequilíbrio redunda em dificuldade e sofrimento. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 176
O mal é o desperdício do tempo ou o emprego da energia em sentido contrário aos propósitos do Senhor. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1
Fonte: febnet.org.br
Dicionário da Bíblia de Almeida
Mal 1) Qualquer coisa que não está em harmonia com a ordem divina; aquilo que é moralmente errado; aquilo que prejudica ou fere a vida e a felicidade; aquilo que cria desordem no mundo (Gn 3:5); (Dt 9:18); (Rm 7:19). V. PECADO. 2) Sofrimento (Lc 16:25). 3 Desgraça (Dn 9:13).
Mal O oposto ao bem. Ao contrário de outras cosmovisões, não procede de Deus nem é um princípio necessário à constituição do cosmos. Origina-se no coração do homem (Mt 9:4; 12,34; 22,18; Mc 7:22; Lc 11:39), embora para ele contribuem também decisivamente Satanás e seus demônios (Mt 5:37; 12,45; 13 19:38; Lc 7:21; Jo 17:15). De ambas as circunstâncias provêm problemas físicos (Mt 15:22; Lc 16:25) e morais (Mt 22:18). Jesus venceu o mal (Mt 12:28) e orou ao Pai para que protegesse seus discípulos do mal (Jo 17:15).
Autor: César Vidal Manzanares
Malco
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Malco Nome do criado do Sumo Sacerdote a quem Pedro cortou uma orelha, no seu esforço para defender Jesus (Jo 18:10). A ocasião permitiu a Jesus pronunciar um de seus ensinamentos contra o uso da violência (Mt 26:52. Comp. Jo 18:36).
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário da Bíblia de Almeida
Malco [Conselheiro]
Servo do sumo sacerdote. Pedro cortou a orelha dele (Jo 18:10).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Quem é quem na Bíblia?
Mencionado em João 18:10, era servo do sumo sacerdote, na época em que Jesus foi traído e preso. Numa atitude desesperada para proteger o Mestre, no momento da prisão do Filho de Deus, Pedro tirou a espada da bainha e cortou a orelha de Malco. Jesus imediatamente o repreendeu e, de acordo com o texto de Lucas 22:50, curou aquele servo. Cristo não se manifestou como o Messias que muitas pessoas esperavam, ou seja, um rei que viera para conquistar (veja Lc 22:52). Pelo contrário, apresentou-se como uma ovelha sendo levada ao matadouro (Is 53:7), que se dirigiu à morte deliberadamente, para cumprir a vontade do Pai e salvar seu povo do pecado. Mais tarde, outro servo do sumo sacerdote, um parente de Malco, confrontou Pedro e perguntou-lhe se não estivera com Jesus no Jardim das Oliveiras. Pedro, pela terceira vez naquela noite, negou conhecer a Cristo. P.D.G.
Autor: Paul Gardner
Dicionário Comum
-
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
rei
Fonte: Dicionário Adventista
Malfeitor
Dicionário Bíblico
Aquele que comete crimes ou delitos condenáveis.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
substantivo masculinoFacínora; aquele que é perverso; quem comete crimes, praticando o mal ou possuindo ações deploráveis. adjetivoDiz-se dessa pessoa: ditador malfeitor. Malfazejo; que acarreta prejuízo, danos. Etimologia (origem da palavra malfeitor). Do latim malefactor.oris.
Fonte: Priberam
Dicionário da Bíblia de Almeida
Malfeitor Aquele que comete crimes; perverso; mau (Sl 37:9; Lc 22:37).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Manhã
Dicionário Comum
substantivo femininoPeríodo de tempo ou parte inicial do dia (entre o nascer do Sol e o meio-dia). As primeiras horas do dia; amanhecer. Período de tempo que vai da meia-noite ao meio-dia; madrugada: cinco horas da manhã. Figurado Aquilo que dá início a; o principio; começo: manhã de uma nova vida. De manhãzinha. Muito cedo. De manhã. Que ocorre ou poderá acontecer entre o amanhecer e o meio-dia: viajaram de manhã. De manhã cedo. Nas horas iniciais do dia. Pela manhã. Que ocorre ou poderá acontecer entre o amanhecer e o meio-dia: eles chegarão pela manhã. Etimologia (origem da palavra manhã). Do latim maneána.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo femininoPeríodo de tempo ou parte inicial do dia (entre o nascer do Sol e o meio-dia). As primeiras horas do dia; amanhecer. Período de tempo que vai da meia-noite ao meio-dia; madrugada: cinco horas da manhã. Figurado Aquilo que dá início a; o principio; começo: manhã de uma nova vida. De manhãzinha. Muito cedo. De manhã. Que ocorre ou poderá acontecer entre o amanhecer e o meio-dia: viajaram de manhã. De manhã cedo. Nas horas iniciais do dia. Pela manhã. Que ocorre ou poderá acontecer entre o amanhecer e o meio-dia: eles chegarão pela manhã. Etimologia (origem da palavra manhã). Do latim maneána.
Fonte: Priberam
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Manhã Expressão que se refere à quarta vigília da noite — de 3 a 6 horas — (Mt 16:3; 20,1; 21,18; 27,1; Mc 1:35; 11,20; 13 35:15-1; 16,2.9; Jo 18:28; 20,1; 21,4).
Autor: César Vidal Manzanares
Matar
Dicionário Etimológico
de origem controversa, este vocábulo pode ser vindo tanto do latim mactare, imolar as vítimas sagradas, quanto do árabe mat, morto. Deriva da expressão religiosa "mactus esto": "santificado sejas", ou "honrado sejas", que se dizia aos deuses enquanto se imolava uma vítima (um animal, obviamente); daí resultou o verbo "mactare", que significava "imolar uma vítima aos deuses" e, depois, qualquer tipo de assassinato.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus
Dicionário Comum
verbo transitivo direto e intransitivoAssassinar; tirar a vida de alguém; provocar a morte de: matou o bandido; não se deve matar. verbo pronominal Suicidar-se; tirar a própria vida: matou-se. verbo transitivo direto Destruir; provocar destruição: a chuva matou a plantação. Arruinar; causar estrago: as despesas matam o orçamento. Trabalhar sem atenção ou cuidado: o padeiro matou o bolo da noiva. Fazer desaparecer: a pobreza acaba matando os sonhos. Saciar; deixar de sentir fome ou sede: matou a fome. [Informal] Gastar todo o conteúdo de: matou a comida da geladeira. [Informal] Diminuir a força da bola: matou a bola no peito. verbo transitivo direto e intransitivoAfligir; ocasionar sofrimento em: suas críticas mataram o escritor; dizia palavras capazes de matar. Cansar excessivamente: aquela faculdade o matava; o ócio mata. verbo pronominal Sacrificar-se; fazer sacrifícios por: eles se matavam pelos pais. Etimologia (origem da palavra matar). De origem questionável. verbo transitivo direto Costura. Realizar mate, unir duas malhas em uma só. Etimologia (origem da palavra matar). Mate + ar.
Fonte: Priberam
Mesmo
Dicionário Comum
adjetivoExprime semelhança, identidade, paridade: eles têm o mesmo gosto. O próprio, não outro (colocado imediatamente depois de substantivo ou pronome pessoal): Ricardo mesmo me abriu a porta; uma poesia de Fernando Pessoa, ele mesmo. Utilizado de modo reflexivo; nominalmente: na maioria das vezes analisava, criticava-se a si mesmo. Que possui a mesma origem: nasceram na mesma região. Imediatamente referido: começou a trabalhar em 2000, e nesse mesmo ano foi expulso de casa. substantivo masculinoQue ocorre da mesma forma; a mesma coisa e/ou pessoa: naquele lugar sempre acontece o mesmo; ela nunca vai mudar, vai sempre ser a mesma. conjunçãoApesar de; embora: mesmo sendo pobre, nunca desistiu de sonhar. advérbioDe modo exato; exatamente, justamente: pusemos o livro mesmo aqui. De maneira segura; em que há certeza: sem sombra de dúvida: os pastores tiveram mesmo a visão de Nossa Senhora! Ainda, até: chegaram mesmo a negar-me o cumprimento. locução conjuntivaMesmo que, ainda que, conquanto: sairei, mesmo que não queiram. locução adverbialNa mesma, sem mudança de situação apesar da ocorrência de fato novo: sua explicação me deixou na mesma. Etimologia (origem da palavra mesmo). Do latim metipsimus.
Fonte: Priberam
Morrer
Dicionário Comum
verbo intransitivo Cessar de viver, perder todo o movimento vital, falecer. Figurado Experimentar uma forte sensação (moral ou física) intensamente desagradável; sofrer muito: ele parece morrer de tristeza. Cessar, extinguir-se (falando das coisas morais). Diz-se de um som que pouco se vai esvaecendo até extinguir-se de todo. Desmerecer, perder o brilho; tornar-se menos vivo (falando de cores). Aniquilar-se, deixar de ser ou de ter existência.
Morte 1) O fim da vida natural, que resultou da QUEDA em pecado (Gn 2:17; Rm 5:12). É a separação entre o espírito ou a alma e o corpo (Ec 12:7). Para os salvos, a morte é a passagem para a vida eterna com Cristo (2Co 5:1; Fp 1:23).
2) No sentido espiritual, morte é estar separado de Deus (Mt 13:49-50; 25.41; Lc 16:26; Rm 9:3), e a segunda morte é estar separado de Deus para sempre (Ap 20:6-14).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário da FEB
A extinção da vida orgânica acarreta a separação da alma em conseqüência do rompimento do laço fluídico que a une ao corpo, mas essa separação nunca é brusca. O fluido perispiritual só pouco a pouco se desprende de todos os órgãos, de sorte que a separação só é completa e absoluta quando não mais reste um átomo do perispírito ligado a uma molécula do corpo. “A sensação dolorosa da alma, por ocasião da morte, está na razão direta da soma dos pontos de contados existentes entre o corpo e o perispírito, e, por conseguinte, também da maior ou menor dificuldade que apresenta o rompimento. Não é preciso portanto dizer que, conforme as circunstâncias, a morte pode ser mais ou menos penosa. [...] O último alento quase nunca é doloroso, uma vez que ordinariamente ocorre em momento de inconsciência, mas a alma sofre antes dele a desagregação da matéria, nos estertores da agonia, e, depois, as angústias da perturbação. [...] Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 1, it• 4 e 7
[...] transformação, segundo os desígnios insondáveis de Deus, mas sempre útil ao fim que Ele se propõe. [...] Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2
A morte, para os homens, mais não é do que uma separação material de alguns instantes. Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 28, it• 60
[...] é a libertação dos cuidados terrenos [...]. Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 291
A morte é apenas a destruição do envoltório corporal, que a alma abandona, como o faz a borboleta com a crisálida, conservando, porém, seu corpo fluídico ou perispírito. Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 12
[...] começo de outra vida mais feliz. [...] Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão
[...] a morte, conseqüentemente, não pode ser o término, porém simplesmente a junção, isto é, o umbral pelo qual passamos da vida corpórea para a vida espiritual, donde volveremos ao proscênio da Terra, a fim de representarmos os inúmeros atos do drama grandioso e sublime que se chama evolução. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Heliotropismo espiritual
[...] é um estágio entre duas vidas. [...] Referencia: DEJEAN, Georges• A nova luz• Trad• de Guillon Ribeiro• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
[...] uma lei natural e uma transformação necessária ao progresso e elevação da alma. [...] Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7
[...] A morte mais não é que uma transformação necessária e uma renovação, pois nada perece realmente. [...] Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 13
[...] uma porta aberta para formas impalpáveis, imponderáveis da existência [...]. Referencia: DENIS, Léon• O Além e a sobrevivência do ser• Trad• de Guillon Ribeiro• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• -
A morte é uma simples mudança de estado, a destruição de uma forma frágil que já não proporciona à vida as condições necessárias ao seu funcionamento e à sua evolução. [...] A morte é apenas um eclipse momentâneo na grande revolução das nossas existências; mas, basta esse instante para revelar-nos o sentido grave e profundo da vida. [...] Toda morte é um parto, um renascimento; é a manifestação de uma vida até aí latente em nós, vida invisível da Terra, que vai reunir-se à vida invisível do Espaço. [...] Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 10
[...] é o estado de exteriorização total e de liberação do “eu” sensível e consciente. [...] é simplesmente o retorno da alma à liberdade, enriquecida com as aquisições que pode fazer durante a vida terrestre; e vimos que os diferentes estados do sono são outros tantos regressos momentâneos à vida do Espaço. [...] Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 11
O nada não existe; a morte é um novo nascimento, um encaminhar para novas tarefas, novos trabalhos, novas colheitas; a vida é uma comunhão universal e eterna que liga Deus a todos os seus filhos. Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 20
A morte é uma modificação – não da personalidade, porém da constituição dos princípios elevados do ser humano. [...] Referencia: ERNY, Alfred• O psiquismo experimental: estudo dos fenômenos psíquicos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - pt• 2, cap• 2
[...] A morte é o maior problema que jamais tem ocupado o pensamento dos homens, o problema supremo de todos os tempos e de todos os povos. Ela é fim inevitável para o qual nos dirigimos todos; faz parte da lei das nossas existências sob o mesmo título que o do nascimento. Tanto uma como outro são duas transições fatais na evolução geral, e entretanto a morte, tão natural como o nascimento, parece-nos contra a Natureza. Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 1
[...] Quer a encaremos de frente ou quer afastemos a sua imagem, a morte é o desenlace supremo da Vida. [...] Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 1
[...] Fenômeno de transformação, mediante o qual se modificam as estruturas constitutivas dos corpos que sofrem ação de natureza química, física e microbiana determinantes dos processos cadavéricos e abióticos, a morte é o veículo condutor encarregado de transferir a mecânica da vida de uma para outra vibração. No homem representa a libertação dos implementos orgânicos, facultando ao espírito, responsável pela aglutinação das moléculas constitutivas dos órgãos, a livre ação fora da constrição restritiva do seu campo magnético. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 7
A morte é sempre responsabilidade pelos sofrimentos que ferem as multidões. Isto porque há uma preferência geral pela ilusão. Todos, porém, quantos nascem encontram-se imediatamente condenados à morte, não havendo razões para surpresas quando a mesma ocorre. No entanto, sempre se acusa que a famigerada destruidora de enganos visita este e não aquele lar, arrebata tal pessoa e M não aquela outra, conduz saudáveis e deixa doentes... Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Culto ao sofrimento
A tradição védica informa que o nascimento orgânico é morte, porque é uma viagem no mundo de sombras e de limites, quanto que a morte é vida, por ensejar a libertação do presídio da matéria para facultar os vôos nos rios do Infinito. Possivelmente, por essa razão, o sábio chinês Confúcio, escreveu: Quando nasceste todos riam e tu choravas. Vive, porém, de tal forma que, quando morras, todos chores, mas tu sorrias. [...] Concordando com essa perspectiva – reencarnação é morte e desencarnação é vida! [...] Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Iluminação para a ação
A morte se traduz como uma mudança vibratória que ocorre entre dois estados da vida: físico e fluídico. Através dela se prossegue como se é. Nem deslumbramento cerúleo nem estarrecimento infernal de surpresa. [...] Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11
A morte, examinada do ponto de vista terrestre, prossegue sendo a grande destruidora da alegria e da esperança, que gera dissabores e infortúnios entre os homens. [...] do ponto de vista espiritual, a morte significa o retorno para o lar, donde se procede, antes de iniciada a viagem para o aprendizado na escola terrena, sempre de breve duração, considerando-se a perenidade da vida em si mesma. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 21
[...] Morrer é renascer, volver o espírito à sua verdadeira pátria, que é a espiritual. [...] Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 1, cap• 5
[...] A morte, à semelhança da semente que se despedaça para germinar, é vida que se desenlaça, compensadora. [...] Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 2, cap• 9
Etimologicamente, morte significa “cessação completa da vida do homem, do animal, do vegetal”. Genericamente, porém, morte é transformação. Morrer, do ponto de vista espiritual, nem sempre é desencarnar, isto é, liberar-se da matéria e das suas implicações. A desencarnação é o fenômeno de libertação do corpo somático por parte do Espírito, que, por sua vez, se desimanta dos condicionamentos e atavismos materiais, facultando a si mesmo liberdade de ação e de consciência. A morte é o fenômeno biológico, término natural da etapa física, que dá início a novo estado de transformação molecular. A desencarnação real ocorre depois do processo da morte orgânica, diferindo em tempo e circunstância, de indivíduo para indivíduo. A morte é ocorrência inevitável, em relação ao corpo, que, em face dos acontecimentos de vária ordem, tem interrompidos os veículos de preservação e de sustentação do equilíbrio celular, normalmente em conseqüência da ruptura do fluxo vital que se origina no ser espiritual, anterior, portanto, à forma física. A desencarnação pode ser rápida, logo após a morte, ou se alonga em estado de perturbação, conforme as disposições psíquicas e emocionais do ser espiritual. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Morte e desencarnação
[...] morrer é prosseguir vivendo, apesar da diferença vibratória na qual se expressará a realidade. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Morrendo para viver
Morrer é desnudar-se diante da vida, é verdadeira bênção que traz o Espírito de volta ao convívio da família de onde partiu... Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Processo desencarnatório
A morte é a desveladora da vida. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Identificação dos Espíritos
[...] a morte traduz, em última análise, o ponto de partida do estágio terrestre para, assim, a alma, liberta dos liames carnais, ascender a mundos superiores numa mesma linha de continuidade moral, intelectual e cultural, integralmente individualizada nos seus vícios e virtudes, nas suas aspirações e ideais, para melhor poder realizar a assimilação das experiências colhidas durante a sua encarnação na matéria física e planetária. [...] Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Da evolução e da Divindade
[...] a morte não é o remate dos padecimentos morais ou físicos, e sim uma transição na vida imortal. [...] A morte é o despertar de todas as faculdades do espírito entorpecidas no túmulo da carne e, então, liberto das sombras terrenas. Referencia: GAMA, Zilda• Almas crucificadas• Pelo Espírito Victor Hugo• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - L• 3
A morte não é, como dizem geralmente, o sono eterno; é, antes, o despertar da alma – que se acha em letargia enquanto constrangida no estojo carnal – despertar que, às vezes, dura tempo bem limitado, porque lhe cumpre retornar à Terra, a desempenhar nova missão; não é o esvaimento de nenhum dos atributos anímicos; é o revigoramento e o ressurgimento de todos eles, pois é quando a inteligência se torna iluminada como por uma projeção elétrica, para se lhe desvendarem todas as heroicidades e todos os delitos perpetrados no decorrer de uma existência. [...] Referencia: GAMA, Zilda• Na sombra e na luz• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - L• 1, cap• 7
[...] é um ponto-e-vírgula, não um ponto final. [...] Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - Um gênero e duas épocas
[...] a morte é uma passagem para outra vida nova. [...] Referencia: KRIJANOWSKI, Wera• A vingança do judeu Pelo Espírito Conde J• W• Rochester• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - pt• 2, o homem propõe e Deus dispõe
[...] prelúdio de uma nova vida, de um novo progresso. Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• Uma carta de Bezerra de Menezes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• -
[...] a morte – ou seja, libertação do Espírito – é tão simples e natural que a grande maioria, por um espaço de tempo maior ou menor, nem mesmo sabe o que aconteceu e continua presa aos ambientes onde viveu na carne, numa atmosfera de pesadelo que não entende e da qual não consegue sair. [...] Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 15
M [...] a extinção da vida física não é uma tragédia que se possa imputar a Deus, mas um processo pelo qual a própria vida se renova. [...] Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23
A morte é oportunidade para que pensemos na existência da alma, na sua sobrevivência e comunicabilidade com os vivos da Terra, através dos médiuns, da intuição, ou durante o sono. A morte é, ainda, ensejo para que glorifiquemos a Indefectível Justiça, que preside a vida em todas as suas manifestações. Na linguagem espírita, a morte é, tão-somente, transição de uma para outra forma de vida. Mudança de plano simplesmente. [...] a morte não é ocorrência aniquiladora da vida, mas, isto sim, glorioso cântico de imortalidade, em suas radiosas e sublimes manifestações. Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 34
[...] nada mais é do que a transição de um estado anormal – o de encarnação para o estado normal e verdadeiro – o espiritual! Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Apres•
[...] a morte não é mais do que o prosseguimento da vida transportada para ambientes diferentes [...]. Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6
Morte que é vida admirável e feliz, ou tormentosa; vida exuberante, à luz do Cristo ou nas sombras do remorso e do mal. Mas vida eterna prometida por Jesus, que é, agora, mais bem compreendida. [...] Referencia: RAMOS, Clóvis• 50 anos de Parnaso• Prefácio de Francisco Thiesen; apresentação de Hernani T• Sant’Anna• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 6
[...] a morte é, na realidade, o processo renovador da vida. Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Amar e servir• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 42
Não te amedronte, filha minha, a morte, / Que ela é qual simples troca de vestido: / Damos de mão a um corpo já puído, / Por outro mais esplêndido e mais forte. [...] A morte, filha minha, é a liberdade! / É o vôo augusto para a luz divina, / Sob as bênçãos de paz da Eternidade! / É bem começo de uma nova idade: / Ante-manhã formosa e peregrina / Da nossa vera e grã felicidade. Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A morte
[...] A morte não existe; e aquilo a que damos esse nome não é mais que a perda sofrida pela alma de parte das mônadas, que constituem o mecanismo de seu corpo terreno, dos elementos vívidos que voltam a uma condição semelhante àquela em que se achavam, antes de entrarem no cenário do mundo. [...] Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 1
[...] é simplesmente o nosso libertamento de um organismo pelo qual, apesar da grosseria dos sentidos, a nossa alma, invisível e perfectível, se nobilita [...]. Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 2
A morte é ponto de interrogação entre nós incessantemente colocado, o primeiro tema a que se ligam questões sem-número, cujo exame faz a preocupação, o desespero dos séculos, a razão de ser de imensa cópia de sistemas filosóficos. [...] Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Depois da morte
[...] é o remate da vida. [...] Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Convive com ele
[...] é a ressuscitadora das culpas mais disfarçadas pelas aparências do homem ou mais absconsas nas profundezas do espírito. Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Em paz e paciência
A morte não é noite sem alvorada nem dia sem amanhã; é a própria vida que segue sempre. Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A lei da morte
[...] Morrer é passar de um estado a outro, é despir uma forma para revestir outra, subindo sempre de uma escala inferior para outra, imediatamente superior. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Evolução
[...] a morte só é simples mergulho na vida espiritual, para quem soube ser realmente simples na experiência terrestre. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartas e crônicas• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 20
A morte do corpo constitui abençoada porta de libertação, para o trabalho maior. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] a morte transforma, profundamente, o nosso modo de apreciar e de ser, acendendo claridades ocultas, onde nossa visão não alcançaria os objetivos a atingir. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
É a morte um simples túnel, através do qual a carruagem de nossos problemas se transfere de uma vida para outra. Não há surpresas nem saltos. Cada viajante traz a sua bagagem. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A morte é o passado que, quase sempre, reclama esquecimento. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A morte é somente uma longa viagem. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A morte é a grande niveladora do mundo [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Toda morte é ressurreição na verdade. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A morte é uma ilusão, entre duas expressões da nossa vida. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] A morte significa apenas uma nova modalidade de existência, que continua, sem milagres e sem saltos. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1
Indubitavelmente, a morte do corpo é uma caixa de surpresas, que nem sempre são as mais agradáveis à nossa formação. [...] A morte, porém, é processo revelador de caracteres e corações [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Do Além
[...] é sempre um caminho surpreendente. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De retorno
A morte é o banho revelador da verdade, porque a vida espiritual é a demonstração positiva da alma eterna. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Tudo claro
[...] a hora da morte é diferente de todas as outras que o destino concede à nossa existência à face deste mundo [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 8
M A morte não provocada / É bênção que Deus envia, / Lembrando noite estrelada / Quando chega o fim do dia. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 38
A morte é renovação, investindo a alma na posse do bem ou do mal que cultivou em si mesma durante a existência. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Em saudação
Então, a morte é isto? uma porta que se fecha ao passado e outra que se abre ao futuro? Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 28
A morte é simplesmente um passo além da experiência física, simplesmente um passo. Nada de deslumbramento espetacular, nada de transformação imediata, nada de milagre e, sim, nós mesmos, com as nossas deficiências e defecções, esperanças e sonhos. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 31
[...] a morte, por mais triste e desconcertante, é sempre o toque de ressurgir. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Jornada acima
[...] a morte é chave de emancipação para quantos esperam a liberdade construtiva. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 41
A morte é simples mudança de veste [...] somos o que somos. Depois do sepulcro, não encontramos senão o paraíso ou o inferno criados por nós mesmos. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12
A morte física não é o fim. É pura mudança de capítulo no livro da evolução e do aperfeiçoamento. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Missionários da luz• Pelo Espírito André Luiz• 39a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Ante os tempos novos
A morte não é uma fonte miraculosa de virtude e sabedoria. É, porém, uma asa luminosa de liberdade para os que pagaram os mais pesados tributos de dor e de esperança, nas esteiras do tempo. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Marte
[...] a morte representa para nós outros um banho prodigioso de sabedoria [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Carta a Gastão Penalva
O repouso absoluto no túmulo é a mais enganosa de todas as imagens que o homem inventou para a sua imaginação atormentada. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Carta a Gastão Penalva
[...] é campo de seqüência, sem ser fonte milagreira, que aqui ou além o homem é fruto de si mesmo. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Obreiros da vida eterna• Pelo Espírito André Luiz• 31a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - Rasgando véus
A morte física não é salto do desequilíbrio, é passo da evolução, simplesmente. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Os mensageiros
A morte é simplesmente o lúcido processo / Desassimilador das formas acessíveis / À luz do vosso olhar, empobrecido e incerto. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Parnaso de Além-túmulo: poesias mediúnicas• Por diversos Espíritos• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - O mistério da morte
[...] A morte física, em qualquer circunstância, deve ser interpretada como elemento transformador, que nos cabe aproveitar, intensificando o conhecimento de nós mesmos e a sublimação de nossas qualidades individuais, a fim de atendermos, com mais segurança, aos desígnios de Deus. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 30
[...] A morte mais terrível é a da queda, mas a Terra nos oferece a medicação justa, proporcionando-nos a santa possibilidade de nos reerguermos. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 1
[...] o instante da morte do corpo físico é dia de juízo no mundo de cada homem. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 23
A morte para todos nós, que ainda não atingimos os mais altos padrões de humanidade, é uma pausa bendita na qual é possível abrir-nos à prosperidade nos princípios mais nobres. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16
[...] A morte é lição para todos. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Almas em desfile• Pelo Espírito Hilário Silva• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 22
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Bíblico
Fim da vida física. A morte espiritual significa separação em relação a Deus (Ef 2:1-5). A palavra é também empregada nos seguintes sentidos: 1) o fim de um modo pecaminoso de viver (Rm 6:4-8) e 2) a derradeira irreversível separação em relação a Deus após o juízo (Ap 20:11-15).
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Etimológico
vem diretamente do Latim mors. Em épocas mais recuadas, quando ela se fazia presente de modo mais visível, o Indo-Europeu criou a raiz mor-, "morrer", da qual descendem as palavras atuais sobre a matéria. Dentre elas, mortandade, "número elevado de mortes, massacre", que veio do Latim mortalitas, "mortalidade". Dessa mesma palavra em Latim veio mortalidade, "condição do que é passível de morrer".
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus
Dicionário Comum
substantivo femininoÓbito ou falecimento; cessação completa da vida, da existência. Extinção; falta de existência ou ausência definitiva de alguma coisa: morte de uma espécie; morte da esperança; morte de uma planta. Figurado Sofrimento excessivo; pesar ou angústia: a perda do filho foi a morte para ele. Figurado Ruína; destruição completa e definitiva de: a corrupção é, muitas vezes, o motivo da morte da esperança. Por Extensão Representação da morte, caracterizada por um esqueleto humano que traz consigo uma foice. Entre a vida e a morte. Estar sob a ameaça de morrer. Morte aparente. Estado em que há redução das funções vitais do corpo. Etimologia (origem da palavra morte). Do latim mors.mortis.
Fonte: Priberam
Mundo
Dicionário Comum
substantivo masculinoConjunto de tudo que existe, os astros e planetas; universo. Planeta Terra e tudo o que nele existe; lugar onde vive o homem. Conjunto de indivíduos que formam um agrupamento humano determinado; designação da espécie humana. Figurado Organização, companhia, instituição ou empresa de tamanho notável; em que há abundância: esta loja é um mundo! Seção restrita de um âmbito do conhecimento ou atividade: mundo da música. Religião A vida que não se relaciona aos preceitos religiosos; vida mundana: deixou o mundo pela fé. Figurado Número indefinido de pessoas: um mundo de gente! Conjunto de pessoas notáveis pela sua origem, pela fortuna, pela situação social; classe social: não fazem parte do mesmo mundo. adjetivoExcessivamente limpo; asseado. Etimologia (origem da palavra mundo). Do latim mundus.i.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Cinco palavras se traduzem por ‘mundo’ no A. T., e quatro no N. T. No A. T. a mais usada, ‘tebel’, implica uma terra fértil e habitada (como no Sl 33:8 – is 27:6). Eretz, usualmente ‘terra’ (como em Gn 1:1), quatro vezes aparece vertida na palavra ‘mundo’. No N. T. o termo que se vê com mais freqüência é Koamoa. Esta palavra implicava primitivamente a ‘ordem’ e foi posta em uso na filosofia de Pitágoras para significar o mundo ou o Universo, no seu maravilhoso modo de ser em oposição ao caos. No evangelho de S. João quer dizer ‘mundo’ nos seus vários aspectos, isto é: a parte dos entes, ainda separados de Deus, a Humanidade como objeto dos cuidados de Deus, e a Humanidade em oposição a Deus (*veja, por exemplo, Jo 1:9 – 3.16 – 14.17 – 1 Jo 2:2-15 – 5.19). Depois de kosmos, a palavra mais usada é aiõn, que originariamente significava a duração da vida, e também eternidade, uma época, ou mesmo certo período de tempo. Emprega-se no sentido de ‘fim do mundo’ (Mt 13:49), ‘Este mundo’ (idade), e o ‘Século vindouro’ (Mt 12:32 – Mc 4:19 – Lc 18:30 – Rm 1L 2) – e em Hebreus 1:2-11.3, é o ‘mundo’, como feito pelo Filho. oikoumene, significando o mundo habitado, especialmente o império Romano, ocorre em Mt 24:14 – Lc 2:1 – At 17:6 – Ap 12:9, etc. Gê, a terra, aparece somente em Ap 13:3.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário de Sinônimos
universo, orbe. – Tratando de mundo e universo é Roq. mais completo que S. Luiz. “Chama-se mundo e universo” – diz ele – “o céu e a terra considerados como um todo. A palavra universo conserva sempre esta significação; porém a palavra mundo tem muitas acepções diferentes. – Universo é uma palavra necessária para indicar positivamente este conjunto de céu e terra, sem relação com as outras acepções de mundo. – Mundo toma-se particularmente pela terra com suas diferentes partes, pelo globo terrestre; e neste sentido se diz: ‘dar volta ao mundo’: o que não significa dar – volta ao universo. – Mundo toma-se também pela totalidade dos homens, por um número considerável deles, etc.; e em todas estas acepções não se compreende mais que uma parte do universo. – Universo, ao contrário, é uma palavra que encerra, debaixo da ideia de um só ser, todas as partes do mundo, e representa o agregado de todas as coisas criadas, com especial relação à natureza física. Diz-se que Jesus Cristo remiu o mundo; mas não – que remiu o universo; o velho e o novo mundo, e não – o velho e o novo universo; neste mundo, isto é, na terra, nesta vida, e não – neste universo, porque não há senão um e mesmo universo”. – Só figuradamente pode aplicar-se a palavra universo fora dessa rigorosa significação, ou sem atenção a ela. – Dizemos, por exemplo: – o universo moral; em psicologia estamos em presença de um universo novo, para significar, no primeiro caso – a totalidade das leis morais; e no segundo – as novas noções a que ascende a consciência humana à medida que vai desvendando no universo coisas que nos têm parecido misteriosas. – Orbe toma-se pelo mundo, e refere-se mais particularmente à superfície do globo, dando ideia da sua amplitude. Em todo o orbe não se encontrou nunca uma alma em cujo fundo não estivesse a ideia de uma justiça eterna, isto é, superior às contingências do mundo. – Mundo, neste exemplo, significa portanto – a comunhão dos homens, a consciência humana – móvel no tempo e no espaço; enquanto que orbe diz toda a superfície do nosso globo.
Fonte: Dicio
Dicionário da FEB
[...] todos esses mundos são as moradas de outras sociedades de almas. [...] Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 14
[...] O mundo é escola, e na sua condição de educandário desempenha papel primacial para a evolução, em cujo bojo encontra-se o objetivo de tornar o Cristo interno o verdadeiro comandante das ações e dos objetivos inarredáveis da reencarnação. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Frustração
[...] cada mundo é um vasto anfiteatro composto de inúmeras arquibancadas, ocupadas por outras tantas séries de seres mais ou menos perfeitos. E, por sua vez, cada mundo não é mais do que uma arquibancada desse anfiteatro imenso, infinito, que se chama Universo. Nesses mundos, nascem, vivem, morrem seres que, pela sua relativa perfeição, correspondem à estância mais ou menos feliz que lhes é destinada. [...] Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 8a efusão
[...] mundos incontáveis são, como disse Jesus, as muitas moradas da Casa do Eterno Pai. É neles que nascem, crescem, vivem e se aperfeiçoam os filhos do criador, a grande família universal... São eles as grandes escolas das almas, as grandes oficinas do Espírito, as grandes universidades e os grandes laboratórios do Infinito... E são também – Deus seja louvado – os berços da Vida. Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2
[...] vasta escola de regeneração, onde todas as criaturas se reabilitam da trai ção aos seus próprios deveres. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Boa nova• Pelo Espírito Humberto de Campos• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 13
O mundo é uma associação de poderes espirituais. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] os mundos [são] laboratórios da vida no Universo [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
O mundo, em todo tempo, é uma casa em reforma, com a lei da mudança a lhe presidir todos os movimentos, através de metamorfoses e dificuldades educativas. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 40
Mundo 1. O universo, o cosmo (Jo 1:10; 17,5; 21,25).
2. O lugar onde o ser humano habita (Mt 4:8; 16,26; 26,13; Lc 12:30).
3. O gênero humano que está perdido e é mau (Jo 12:31; 14,30), mas a quem Deus ama e manifesta seu amor ao enviar seu Filho, para que todo aquele que nele crê não se perca, mas tenha vida eterna (Jo 3:16; 1,29; 6,51). Jesus vence o mundo entendido como humanidade má e decaída, oposta a Deus e a seus desígnios (Jo 3:17; 4,42; 12,47; 16,11.33). Os discípulos estão neste mundo, todavia não participam dele (Jo 8:23; 9,5; 17,11.15ss.). Sinal disso é que se negam a combater (Jo 18:36).
4. O mundo vindouro é o Olam havah hebraico, o novo tempo, a nova era que se inaugurará após o triunfo definitivo do messias (Mt 12:32; Mc 10:30; Lc 20:35).
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Comum
substantivo masculinoConjunto de tudo que existe, os astros e planetas; universo. Planeta Terra e tudo o que nele existe; lugar onde vive o homem. Conjunto de indivíduos que formam um agrupamento humano determinado; designação da espécie humana. Figurado Organização, companhia, instituição ou empresa de tamanho notável; em que há abundância: esta loja é um mundo! Seção restrita de um âmbito do conhecimento ou atividade: mundo da música. Religião A vida que não se relaciona aos preceitos religiosos; vida mundana: deixou o mundo pela fé. Figurado Número indefinido de pessoas: um mundo de gente! Conjunto de pessoas notáveis pela sua origem, pela fortuna, pela situação social; classe social: não fazem parte do mesmo mundo. adjetivoExcessivamente limpo; asseado. Etimologia (origem da palavra mundo). Do latim mundus.i.
Fonte: Priberam
Nazareno
Dicionário Bíblico
Habitante de Nazaré. Era um termo freqüentes vezes aplicado ao nosso Salvador, talvez em certas ocasiões por desdém, sendo depois adotado e glorificado pelos discípulos. Todos os habitantes da Galiléia, em que se achava situada a cidade de Nazaré, eram olhados com desprezo pelo povo da Judéia por causa da singularidade das suas maneiras e da sua fala. o opróbrio de Nazaré, a que se refere um homem, que era galileu (Jo 1:46), pode ter-se originado na má reputação pela falta de religiosidade e pelo relaxamento de costumes. A palavra hebraica, vertida para nazareno, é ‘netser’, que significa ‘renovo’, e é idêntica à palavra usada em is 11:1: ‘Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes um renovo.’ E desta maneira, todas as vezes que chamaram a Jesus o ‘Nazareno’, estavam pronunciando, com conhecimento ou sem o saber, um dos nomes do anunciado Messias. E assim se explica a alusão em Mt 2:23. o epíteto de nazareno é aplicado com desprezo aos seguidores de Jesus em At 24:5. o nome ainda existe em árabe, como uma simples designação dos cristãos.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Nazareno 1. Cognome de Jesus, oriundo talvez de sua procedência de Nazaré (Mc 1:24; Mt 2:23), embora também pudesse conter um jogo de palavras que o relacionassem com o “nazir” ou descendente de Davi que seria o messias (Is 11:1).
2. Cognome que designava os judeu-cristãos (At 24:5).
3. Denominação dos cristãos no Corão.
4. Uma das denominações dos cristãos no Talmude e outras fontes judaicas.
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário da Bíblia de Almeida
Nazareno 1) Natural ou morador de NAZARÉ (Mt 2:23).
2) Nome que os judeus no início davam aos cristãos (At 24:5).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário Comum
adjetivoDe Nazaré. adjetivo, substantivo masculinoNatural ou habitante dessa cidade. Nome que os judeus davam aos primeiros cristãos, em alusão a Jesus de Nazaré. Escola nazarena, grupo de pintores alemães instalados em Roma (1813), que se inspiravam no idealismo ingênuo dos primitivos italianos. (O mais conhecido dos nazarenos é Overbeck.). O Nazareno, nome dado a Jesus Cristo.
Fonte: Priberam
Quem é quem na Bíblia?
Este nome aparece três vezes nos evangelhos e refere-se a Jesus (Mt 2:23; Mc 14:67; Mc 16:6). Em Atos 24:5 foi usado pelo orador Tértulo, no julgamento de Paulo diante do governador Félix, a fim de descrever a seita que o apóstolo supostamente liderava, ou seja, para apresentar o próprio cristianismo.
A origem da palavra continua em debate. Provavelmente a resposta é bem simples, porque Jesus era conhecido como proveniente da cidade de Nazaré. A expressão “de Nazaré”, para se referir a Cristo ocorre com maior freqüência (17 vezes nos evangelhos e Atos). O fato de que Nazaré era uma cidade um tanto desprezada naquela época talvez indique o desdém que se vinculou à palavra no final do ministério de Jesus, no seu uso, por exemplo, em Marcos 16:6. Provavelmente isso ajuda a explicar o uso deste termo em Mateus 2:23, onde o evangelista diz que cumpriram-se as Escrituras no sentido de que Jesus seria chamado “Nazareno”.
A associação com Nazaré, o lugar desprezado onde Cristo fora criado, provavelmente ajudou esse escritor a ver mais profundamente o cumprimento de todas as profecias que sugeriam um Messias desprezado e rejeitado (por exemplo, Is 49:7; Is 53:3; Sl 22:6-7; etc.). Ainda com relação ao cumprimento das mensagens proféticas, não é que necessariamente os profetas dissessem que o Messias viria de Nazaré, mas, sim, que seria desprezado, como acontecia com as pessoas provenientes de Nazaré nos dias de Mateus.
P.D.G.
Autor: Paul Gardner
Nação
Dicionário Comum
substantivo femininoGrupo de pessoas que estão ligadas por uma mesma religião, ou por possuirem costumes, origens, tradições em comum; povo: nação muçulmana. Comunidade ou agrupamento político independente, com território demarcado, sendo suas instituições partilhadas pelos seus membros. Extensão territorial ocupada por essa comunidade; país de nascimento; pátria, país. População que habita esse território: o Presidente discursou à nação. Sistema de governo de um país; Estado. Designação concedida a diversos grupos de indivíduos negros, de origem africana, que foram levados ao Brasil. Etnia indígena brasileira ou de qualquer outra nacionalidade. Etimologia (origem da palavra nação). Do latim natio.onis.
Fonte: Priberam
Dicionário da FEB
Nação é a transcendentalidade Espírito-moral e histórico-evolutiva de um conjunto significativo e substancial de seres espirituais afins, encarnados e desencarnados, solidários entre si, na constância da comunhão de idéias, pendores, sentimentos e responsabilidades quanto a culpas, méritos e compromissos do passado, que se estendem ao longo das existências (reencarnações) desses seres, abarcando os dois planos de vida estreitamente vinculados e em permanente interação e transposição de um plano para outro, através dos tempos, até alcançarem certo grau evolutivo superior. Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Comum
substantivo femininoGrupo de pessoas que estão ligadas por uma mesma religião, ou por possuirem costumes, origens, tradições em comum; povo: nação muçulmana. Comunidade ou agrupamento político independente, com território demarcado, sendo suas instituições partilhadas pelos seus membros. Extensão territorial ocupada por essa comunidade; país de nascimento; pátria, país. População que habita esse território: o Presidente discursou à nação. Sistema de governo de um país; Estado. Designação concedida a diversos grupos de indivíduos negros, de origem africana, que foram levados ao Brasil. Etnia indígena brasileira ou de qualquer outra nacionalidade. Etimologia (origem da palavra nação). Do latim natio.onis.
Fonte: Priberam
Nome
Dicionário Comum
substantivo masculinoDenominação; palavra ou expressão que designa algo ou alguém. A designação de uma pessoa; nome de batismo: seu nome é Maria. Sobrenome; denominação que caracteriza a família: ofereceu seu nome. Família; denominação do grupo de pessoas que vivem sob o mesmo teto ou possuem relação consanguínea: honrava seu nome. Fama; em que há renome ou boa reputação: tinha nome na universidade. Apelido; palavra que caracteriza alguém. Quem se torna proeminente numa certa área: os nomes do cubismo. Título; palavra ou expressão que identifica algo: o nome de uma pintura. Gramática Que designa genericamente os substantivos e adjetivos. Etimologia (origem da palavra nome). Do latim nomen.inis.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Entre os hebreus dava-se o nome auma criança, umas vezes quando nascia (Gn 35:18), e outras quando se circuncidava (Lc 1:59), fazendo a escolha ou o pai, ou a mãe (Gn 30:24 – Êx 2:22 – Lc 1:59-63). Algumas vezes o nome tinha referência a certas circunstâncias relacionadas com o nascimento ou o futuro da criança, como no caso de isaque (Gn 21:3-6), de Moisés (Êx 2:10), de Berias (1 Cr 7.23). isto era especialmente assim com os nomes compostos de frases completas, como em is 8:3. Acontecia, também, que certos nomes de pessoas sugeriam as suas qualidades, como no caso de Jacó (Gn 27:36) e Nabal (1 Sm 25.25). Eram por vezes mudados os nomes, ou aumentados, em obediência a certas particularidades, como no caso de Abrão para Abraão (Gn 17:5), de Gideão para Jerubaal (Jz 6:32), de Daniel para Beltessazar (Dn 1:7), e de Simão, Pedro (Mt 16:18). Alem disso, devemos recordar que, segundo a mentalidade antiga, o nome não somente resumia a vida do homem, mas também representava a sua personalidade, com a qual estava quase identificado. E por isso a frase ‘em Meu nome’ sugere uma real comunhão com o orador Divino. Houve lugares que receberam o seu nome em virtude de acontecimentos com eles relacionados, como Babel (Gn 11:9), o Senhor proverá (Gn 22:14), Mara (Êx 15:23), Perez-Uzá (2 Sm 6.8), Aceldama (At l.19). Para o nome de Deus, *veja Jeová, Senhor.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da Bíblia de Almeida
Nome Palavra que designa uma pessoa ou coisa. Nos tempos bíblicos o nome, às vezes, estava relacionado com algum fato relativo ao nascimento (Gn 35:18 v. BENONI); outras vezes expressava uma esperança ou uma profecia (Os 1:6; Mt 1:21-23). Era costume, no tempo de Jesus, o judeu ter dois nomes, um hebraico e outro romano (At 13:9). Partes dos nomes de Deus entravam, às vezes, na composição dos nomes (v. ELIAS, JEREMIAS, JESUS). Na invocação do nome de Deus chama-se a sua pessoa para estar presente, abençoando (Nu 6:22-27; Mt 28:19; Fp 6:24). Tudo o que é feito “em nome” de Jesus é feito pelo seu poder, que está presente (At 3:6; 4:10-12). Na oração feita “em nome de Jesus” ele intercede por nós junto ao Pai (Jo 15:16; Rm 8:34). Em muitas passagens “nome” indica a própria pessoa (Sl 9:10).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Não
Dicionário Comum
advérbioModo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não. Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados. Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não? Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes? Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não! substantivo masculinoAção de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho. Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
advérbioModo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não. Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados. Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não? Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes? Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não! substantivo masculinoAção de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho. Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
Fonte: Priberam
Ocasião
Dicionário Comum
substantivo femininoCircunstância favorável para o desenvolvimento de alguma coisa: a ocasião para o assunto ainda não apareceu. Momento; intervalo de tempo: naquela ocasião venceu o oponente. Conjuntura; reunião de acontecimentos que ocorrem num certo momento: ocasião difícil para a agricultura. Motivo; aquilo que causa a existência ou o desenvolvimento de algo: a ocasião do divórcio foi a traição do esposo. Etimologia (origem da palavra ocasião). Do latim occasio.onis.
Fonte: Priberam
Oculto
Dicionário Comum
adjetivoQue se consegue ocultar; escondido, secreto. Que não se conhece nem se tem conhecimento sobre; desconhecido: territórios ocultos. Envolto em mistério; misterioso: práticas ocultas. Que não se mostra nem se revela; escondido. expressãoCiências ocultas. Ciência cujo conhecimento e prática são envoltos em mistério (a alquimia, a magia, a astrologia, a cabala, a nicromancia etc.). Etimologia (origem da palavra oculto). Do latim occultus.a.um, do latim occulare, "esconder".
1.
Operário de ofício que trabalha sob as ordens do mestre. (Feminino: oficiala.)
nome de dois géneros
2.
[Militar]
Militar de qualquer graduação superior à de sargento.
3.
[Administração]
Funcionário cujo posto é acima de aspirante e abaixo de chefe (ex.: oficial de secretaria).
4.
Dignitário condecorado com uma ordem honorífica.
adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros
5.
Proposto pela autoridade ou pelo governo.
6.
Que dimana de ordens do governo ou dos seus agentes.
7.
Relativo ao alto funcionalismo.
8.
Solene.
9.
Próprio das repartições públicas.
10.
Apoiado pelo governo.
11.
Burocrático.
12.
Que tem carácter de ofício.
oficial de dia
[Militar]
Oficial que, na ausência do comando, é responsável pelo funcionamento da unidade militar durante 24 horas.
oficial de diligências O mesmo que oficial de justiça.
oficial de justiça Funcionário de tribunal judicial ou que está encarregado de fazer cumprir ordens judiciais.
=
ESBIRRO, MALSIM, MEIRINHO
oficial marinheiro Mestre, contramestre ou guardião (na marinha de guerra).
Fonte: Priberam
Orelha
Dicionário Comum
substantivo femininoÓrgão do ouvido situado em cada lado da parte externa da cabeça; pavilhão ou concha auditiva. Sentido pelo qual se percebem os sons; ouvido. [Arquitetura] A hélice do capitel coríntio. Botânica Apêndice na base de certas folhas. A parte fendida do martelo, oposta à cabeça, e que serve para endireitar ou tirar pregos. Furo na canga do coice, pelo qual se passa o correame que sustenta o cabeçalho. Cada uma das duas abas da capa ou sobrecapa do livro, que ficam dobradas para dentro, em que se escreve alguma informação ou crítica sobre o livro ou sobre o autor. Alça do cano da bota, que serve para ajudar a calçá-la. Andar de orelha à escuta, andar de atalaia. Andar de orelha em pé, estar desconfiado, andar prevenido. Estar empenhado até às orelhas, ter todos os bens hipotecados, estar cheio de dívidas; ter muita proteção, muitos empenhos para qualquer pretensão. Puxar as orelhas de alguém, infligir-lhe uma correção. Ficar de orelhas murchas, ficar humilhado. Torcer as orelhas, arrepender-se de não ter feito o que podia fazer. Loc. advérbioAté às orelhas, dos pés à cabeça; fig.completamente.
Os pais não são os construtores da vida, porém, os médiuns dela, plasmando-a, sob a divina diretriz do Senhor. Tornam-se instrumentos da oportunidade para os que sucumbiram nas lutas ou se perderam nos tentames da evolução, algumas vezes se transformando em veículos para os embaixadores da verdade descerem ao mundo em agonia demorada. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17
Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso P de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 12
Os pais da Terra não são criadores, são zeladores das almas, que Deus lhes confia, no sagrado instituto da família. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Ser pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 46
[...] [Os pais são os] primeiros professores [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 16
Fonte: febnet.org.br
Dicionário da Bíblia de Almeida
Pai Maneira de falar de Deus e com Deus. No AT Deus tratava o povo de Israel como seu filho (Ex 4:22); (Dt 1:31); 8.5; (Os 11:1). Jesus chamava Deus de “Pai” (Jo 5:17). Ele ensinou que todos aqueles que crêem nele são filhos de Deus (Jo 20:17). Ver também (Mt 6:9) e Rm
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário Bíblico
Esta palavra, além da sua significação geral, toma-se também na Escritura no sentido de avô, bisavô, ou fundador de uma família, embora remota. Por isso os judeus no tempo de Jesus Cristo chamavam pais a Abraão, isaque e Jacó. Jesus Cristo é chamado o Filho de Davi, embora este rei estivesse distante dele muitas gerações. Pela palavra ‘pai’ também se compreende o instituidor, o mestre, o primeiro de uma certa profissão. Jabal ‘foi o pai dos que habitam nas tendas e possuem gado’. E Jubal ‘foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta’ (Gn 4:20-21). Também se emprega o termo no sentido de parentesco espiritual bom ou mau – assim, Deus é o Pai da Humanidade. o diabo é cognominado o pai da mentira (Jo 8:44). Abraão é o pai dos crentes. É igualmente chamado ‘o pai de muitas nações’, porque muitos povos tiveram nele a sua origem. Na idade patriarcal a autoridade do pai na família era absoluta, embora não tivesse o poder de dar a morte a seus filhos (Dt 21:18-21).
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
substantivo masculinoAquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor. Indivíduo em relação aos seus filhos. Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa. Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador. [Zoologia] Animal macho que teve filhotes. Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância. Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor. Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade. Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa. substantivo masculino pluralOs progenitores de alguém ou os seus antepassados. expressãoPai Eterno. Deus. Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém. Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoAquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor. Indivíduo em relação aos seus filhos. Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa. Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador. [Zoologia] Animal macho que teve filhotes. Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância. Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor. Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade. Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa. substantivo masculino pluralOs progenitores de alguém ou os seus antepassados. expressãoPai Eterno. Deus. Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém. Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoAquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor. Indivíduo em relação aos seus filhos. Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa. Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador. [Zoologia] Animal macho que teve filhotes. Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância. Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor. Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade. Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa. substantivo masculino pluralOs progenitores de alguém ou os seus antepassados. expressãoPai Eterno. Deus. Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém. Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
Fonte: Priberam
Palavra
Dicionário da FEB
A palavra é um dom divino, quando acompanhada dos atos que a testemunhem [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 124
[...] O verbo é a projeção do pensamento criador. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17
[...] a palavra é, sem dúvida, a continuação de nós mesmos. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17
A palavra é dom sagrado, / É a ciência da expressão / Não deve ser objeto / De mísera exploração. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] O verbo mal conduzido é sempre a raiz escura de grande parte dos processos patogênicos que flagelam a Humanidade. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9
O verbo gasto em serviços do bem é cimento divino para realizações imorredouras. Conversaremos, pois, servindo aos nossos semelhantes de modo substancial, e nosso lucro será crescente. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3
Veículo magnético, a palavra, dessa maneira, é sempre fator indutivo, na origem de toda realização. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra
O verbo é plasma da inteligência, fio da inspiração, óleo do trabalho e base da escritura. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra
Em tudo quanto converses, / Toma o bem por tua escolta. / Toda palavra é um ser vivo / Por conta de quem a solta. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6
A palavra é o instrumento mágico que Deus nos confia. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23
[...] a palavra é precioso dom que Deus concede para auxílio ao nosso progresso geral, nossa felicidade e nossa alegria, mas jamais para o insulto e a afronta contra o que quer que seja dentro da Criação, nem mesmo ao mais abjeto verme, e ainda menos contra o Criador de todas as coisas [...]. Referencia: PEREIRA, Yvonne A• À luz do Consolador• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB• 1997• - Blasfêmia
Fonte: febnet.org.br
Dicionário da Bíblia de Almeida
Palavra 1) Expressão, falada ou escrita, de pensamento (Sl 5:1; Ap 21:5).
5) O VERBO (Jo 1:1, NTLH). Jesus é mais do que expressão falada: ele é Deus em ação, criando (Gn 1:3), se revelando (Jo 10:30) e salvando (Sl 107:19-20; 1Jo 1:1-2).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário Etimológico
Do latim parabola, que significa “discurso” ou “fala”.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus
Dicionário Comum
substantivo femininoUnidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras. Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação. Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala. Gramática Vocábulo provido de significação; termo. Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela. Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra. Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos. Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra. Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase. Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas. Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo femininoUnidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras. Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação. Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala. Gramática Vocábulo provido de significação; termo. Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela. Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra. Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos. Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra. Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase. Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas. Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.
Fonte: Priberam
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Palavra Esse conceito tem uma importância fundamental nos evangelhos. Jesus não menciona a palavra de Deus; apenas afirma “porém eu vos digo” (Mt 5:22.28). Essa palavra (logos) é a primeira causa de surpresa e de espanto entre seus contemporâneos (Lc 4:36). Com ela, Jesus faz milagres (Mt 8:8.16), frutos da fé nessa palavra (Jo 4:50-53). É também verbalmente que perdoa os pecados (Mt 9:1-7) e transmite autoridade (Mt 18:18; Jo 20:23). Diante dela, as pessoas devem tomar uma decisão (Mt 7:24-27; 13,23) e isso faz com que se dividam (Mc 8:38). Para João, o evangelista, Jesus é a Palavra (Logos — Memrá) que é Deus (Jo 1:1) e que se fez carne (Jo 1:11. 14) para revelar o Pai e salvar o homem (Jo 1:18; 3,34; 12,50; 17,8.14).
Autor: César Vidal Manzanares
Parente
Dicionário Bíblico
No A.T. usa-se principalmente esta palavra para significar as pessoas mais próximas pelo sangue, com certas obrigações, como bem se acha explicado no livro de Rute (caps. 2 a 4). No N.T. o termo tem uma significação mais lata, abrangendo os membros da mesma raça (Rm 9:3).
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
parenteadj. Que pertence à mesma família. S. .M Indivíduo que, em relação a outros, pertence à mesma família.
Fonte: Priberam
Parte
Dicionário Comum
substantivo femininoPorção; qualquer parcela de um todo: parte poluída da floresta. Quinhão; porção atribuída a cada pessoa na divisão de algo: dividiu a herança em duas partes. Local; território não determinado: gosta de caminhar em toda parte. Lado; região ou área demarcada: a criminalidade está na parte afastada da cidade. Responsabilidade; tarefa a cumprir: a parte do chefe é pagar os salários. Cada um dos lados de um acordo ou litígio: não houve acordo entre as partes; as partes formaram uma empresa. Aviso; anúncio feito oral ou verbalmente: deram parte da sociedade aos familiares. Queixa; delação de um crime ou irregularidade: deram parte da empresa à polícia. [Música] Cada elemento que compõe a estrutura de uma composição: parte de uma melodia. Não confundir com: aparte. Etimologia (origem da palavra parte). Do latim pars.tis.
Fonte: Priberam
Pedro
Dicionário Comum
Nome Grego - Significado: Rocha, pedra.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
pedra, rocha
Fonte: Dicionário Adventista
Quem é quem na Bíblia?
Originalmente chamado de Simão, era filho de João (Jo 1:42) e irmão de André (Mt 4:18; Jo 6:8). Pedro era casado e sua esposa o acompanhou em suas viagens (Mt 8:14-1Co 9:5). Antes de ser chamado por Jesus, trabalhava com seu pai como pescador (Mc 1:16-20).
Pedro não fora educado religiosamente e possuía forte sotaque da região da Galiléia (Mt 26:33). Era, portanto, considerado como ignorante e sem estudos pelos líderes judaicos de Jerusalém (At 4:13).
A vocação de Pedro
Pedro sempre encabeça a lista dos discípulos de Jesus, não porque tenha sido o primeiro a ser chamado, mas — como as discussões nas seções seguintes indicarão — devido ao fato de ser líder entre os discípulos. Em Mateus 10:2 lemos: “O primeiro, Simão, chamado Pedro” (também em Mc 3:16; Lc 6:14). Fazia parte do círculo mais íntimo dos discípulos de Cristo, no qual encontravam-se também Tiago e João (Mc 5:37; Mc 9:2; Mc 13:3; Lc 8:51).
Pedro era um discípulo dedicado, que buscava exercitar a fé, embora demonstrasse um pouco de volubilidade, como revelou o incidente em que Jesus andou sobre a água (Mt 14:28). Ele admitia sua ignorância e a própria pecaminosidade (Mt 15:15; Lc 5:8; Lc 12:41) e, quando tinha dúvidas, fazia muitas perguntas (Jo 13:24). Apesar de receber uma revelação divina a respeito da identidade de Jesus, rejeitou qualquer noção quanto à sua morte, uma atitude que Cristo atribuiu ao próprio diabo. A motivação dele foi considerada de origem terrena, isto é, seu conceito do Messias era que se tratava de um governador terreno, em cujo reino talvez imaginasse a si mesmo no desempenho de um papel importante (Mt 16:23; Mc 8:33). Esteve presente com Tiago e João na Transfiguração (Mc 9:7; Lc 9:28) e ouviu a voz de Deus confirmando que Jesus era seu Filho amado (um incidente do qual deu testemunho em 2Pe 1:18) e exigindo obediência aos ensinos de Cristo (Mt 17:1-6). Pedro aprendeu a importância de os discípulos de Jesus pagarem os impostos aos reis terrenos, não porque tivessem a obrigação, mas porque o não pagamento causaria uma dificuldade para a promoção do Evangelho (Mt 17:27). Questionou sobre o perdão e foi advertido a respeito do que aconteceria com o discípulo que não perdoasse e a tortura que experimentaria (Mt 18:21-35). Foi rápido ao lembrar a Jesus que os discípulos abandonaram tudo para segui-lo e recebeu a promessa de que os doze se sentariam em tronos para julgar Israel (Mt 19:27-30; Mc 10:28; Lc 18:28). Inicialmente não permitiu que Jesus lavasse seus pés e depois pediu que banhasse também suas mãos e sua cabeça, como sinal de limpeza (Jo 13:6-10).
Pedro é lembrado por contradizer Jesus quando este falou que os discípulos o negariam. Assim como os outros, replicou que estava disposto a morrer e jamais negaria o Mestre (Mt 26:33-35; Mc 14:29; Lc 22:34; Jo 13:36-38). Falhou em vigiar e orar junto com Jesus, apesar do aviso de que o espírito estava preparado, mas a carne era fraca (Mt 26:37-44; Mc 14:33-41). No momento da prisão de Cristo, numa atitude impetuosa, cortou a orelha de Malco, empregado do sumo sacerdote (Jo 18:10). No pátio da casa de Caifás, a determinação de Pedro entrou em colapso, não diante de um tribunal, mas da pergunta de uma jovem empregada. A enormidade de sua negação, em cumprimento à profecia de Jesus de que ela aconteceria antes do amanhecer do dia seguinte, fez com que ele chorasse amargamente (Mt 26:58-69-75; Mc 14:54-66-72; Lc 22:54-62; Jo 18:15-18-25-27). Diante do túmulo vazio, as mulheres receberam instruções de dizer aos discípulos e a Pedro que veriam Jesus na Galiléia (Mc 16:7). Foi ele que a seguir correu ao túmulo vazio e teve dúvida sobre o que tudo aquilo significava (Lc 24:12; Jo 20:2-10). Quando estava no lago de Genesaré, com alguns dos outros discípulos, Jesus apareceu-lhes e mostrou que estava vivo. Pedro, que na ocasião estava no mar, lançou-se na água quando João identificou que era o Senhor e foi em direção ao Mestre. A instrução que Jesus deu da praia sobre o local onde deveriam atirar as redes resultou numa pesca abundante. Depois da refeição, Cristo questionou Pedro sobre o nível de seu amor por ele. Diante da afirmação de sua lealdade, Pedro recebeu a ordem de cuidar do povo de Deus e alimentá-lo espiritualmente. Na mesma ocasião ele foi informado sobre a forma de sua própria morte — por meio da qual Deus seria glorificado (Jo 21:19). Segundo a tradição, tal fato ocorreu em Roma.
O apostolado de Pedro
Depois da pergunta feita por Jesus, sobre como as pessoas o viam e o que os próprios discípulos pensavam dele, Pedro foi o primeiro a confessar que Cristo era o Messias prometido no Antigo Testamento. Além disso, reconheceu que era o Filho do Deus vivo e que tinha as palavras de vida eterna (Mt 16:16; Jo 6:68). Essa verdade não se desenvolveu por dedução ou por algum meio humano, mas como revelação do Deus Pai. De acordo com Jesus, esse entendimento de Pedro seria uma grande bênção não somente porque constituía a verdadeira base do Evangelho para entender quem é Jesus, mas também porque esta seria a mensagem que ele proclamaria (Mt 16:17-19). Num jogo de palavras, Cristo disse a Simão que seu nome seria mudado para “Pedro”, para descrever seu papel como apóstolo. Jesus disse que seria “sobre esta pedra” que sua Igreja seria edificada (“Sobre esta pedra” é uma tradução equivocada da frase. Na construção original em grego o verbo é seguido por um particípio que, neste caso, é usado no sentido de construir algo em frente de e não sobre algo). Seria “diante desta pedra” (petros) que Jesus edificaria sua Igreja (assembléia). Israel havia-se reunido numa assembléia solene diante do monte Sinai para ouvir a Palavra de Deus, isto é, “o Livro da Aliança”, lido por Moisés. Os israelitas endossaram a leitura e foram formalmente constituídos como povo de Deus, depois da salvação do Egito (Ex 24:1-11). Assim também a Palavra de Deus, isto é, o Evangelho na boca de Pedro, seria o meio pelo qual os judeus que abraçassem a salvação oferecida por Jesus constituiriam o povo de Deus naquela assembléia. Jesus, entretanto, disse a Pedro que “as portas do inferno”, isto é, as hostes malignas, jamais prevaleceriam contra a Igreja, pois tal é o poder concedido por Jesus. Pedro foi o apóstolo dos judeus na Palestina, possivelmente em Corinto (1Co 1:12) e também na Babilônia [que a tradição diz ser Roma] (2Pe 5:13).
De fato vemos esta promessa de Jesus cumprir-se em Atos, pois foi Pedro quem proclamou o Evangelho no dia de Pentecostes, quando aproximadamente 3:000 judeus de Jerusalém e da diáspora foram salvos. Seu discurso demonstrou seu conhecimento do Antigo Testamento, quando citou Joel 2:28-32 como explicação para o fenômeno de judeus de diferentes partes do Império Romano ouvirem as “grandezas de Deus”, isto é, o Evangelho, proclamadas em sua própria língua materna. No mesmo discurso, ele mencionou também o Salmo 16:8-11, para mostrar que a morte jamais alcançaria vitória sobre Jesus e que o derramamento do Espírito Santo era a prova de que Jesus fora exaltado como Senhor, conforme o Salmo 110:1 dizia que Ele seria (At 2:1-42).
Novamente Pedro foi o pregador que explicou à multidão que o milagre da cura do coxo na Porta Formosa não fora operado por ele, mas pelo poder do Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Foi esse Senhor que glorificara seu servo Jesus cujo sofrimento fora predito por todos os profetas. Pedro proclamou que Jesus era aquele sobre o qual Moisés falou em Deuteronômio 18:15-19 e que os que se recusassem a aceitá-lo seriam destruídos. Ele declarou que a bênção sobre todas as famílias da Terra, conforme predito na promessa abraâmica em Gênesis 12:3, agora realizara-se na morte e ressurreição de Cristo. Os judeus, portanto, eram os primeiros a ter a oportunidade de receber essa bênção, por meio dos arrependimento dos pecados. Em face do interrogatório por parte dos líderes judaicos, Pedro declarou que o milagre fora operado no nome do Senhor Jesus, o Messias ressurrecto, a pedra rejeitada que é mencionada no Salmo 118:22, a única em que a salvação estava alicerçada. A tentativa dos líderes de silenciar Pedro e João falhou quando ambos declararam que não podiam ficar em silêncio, pois o papel deles como apóstolos os compelia a dar testemunho do que tinham visto e ouvido (At 3:1-4:22).
Cornélio, um homem temente a Deus, foi o primeiro gentio a ouvir o Evangelho, por meio da pregação de Pedro. Tal palavra foi declarada como a mensagem da paz enviada por Jesus, o Messias, que se tornou Senhor de todos, após sua morte e ressurreição. Cristo deu aos discípulos a tarefa de testemunhar que Ele era o que Deus apontou como juiz dos vivos e dos mortos. Jesus tinha assegurado a remissão dos pecados para todo aquele que cresse nele, como todos os profetas testificaram que aconteceria (At 10:34-44).
Foi Pedro também quem declarou aos líderes da Igreja na Judéia que Deus concedera a salvação também aos gentios mediante a pregação da Palavra de Deus, oferecida por Jesus Cristo. Sua relutância natural em levar-lhes o Evangelho, pois era judeu, foi vencida pela visão divina e as circunstâncias miraculosas pelas quais os mensageiros de Cornélio foram dirigidos até a casa onde ele estava hospedado (At 10:1-23; At 11:1-18). Aconselhou a assembléia reunida em Jerusalém a discutir a questão polêmica da circuncisão dos novos cristãos e da obediência deles às leis judaicas. Segundo Pedro, não deviam tentar a Deus, ao colocar sobre os gentios convertidos o jugo da Lei que nem os próprios judeus conseguiam carregar. Declarou que os gentios foram salvos pela graça de Deus, da mesma maneira que os judeus cristãos (At 15:7-11).
Foi Pedro quem liderou os procedimentos para a eleição de Matias (At 1:15-26). O livro de Atos mostra também que ele tomou a iniciativa e falou contra a fraude de Ananias e Safira (At 5:1-4). Foi liberto da prisão e da morte certa de maneira sobrenatural em Atos 12:1-20; na cidade de Jope, um milagre foi operado por meio dele, ou seja, a ressurreição de Dorcas (At 10:36-43).
Os escritos de Pedro
De acordo com Papias, um escritor cristão do século II, o evangelho de Marcos reflete o ensino de Pedro. Realmente, de acordo com a tradição, este jovem evangelista [Marcos] atuou como escriba, pois registrou tudo o que este apóstolo ensinou. Certamente existem incríveis paralelos entre este evangelho e as linhas gerais da vida e do ministério de Jesus na pregação de Pedro ao centurião Cornélio. Em Marcos, o Evangelho de Jesus começa na Galiléia, depois da pregação de João Batista e da unção do Espírito Santo. O ministério de Cristo foi descrito a Cornélio em termos de fazer o bem, curar os oprimidos pelo diabo, a crucificação e a ressurreição (At 10:36-43). Certamente o sermão de Pedro, o qual é apenas um resumo geral em Atos, forma um paralelo surpreendente com os eventos narrados no evangelho de Marcos.
I Pedro descreve seu autor como “Pedro, apóstolo de Jesus Cristo” e “testemunha das aflições de Cristo” (1Pe 1:1-1Pe 5:1); a carta é endereçada aos cristãos dispersos na região que atualmente é o norte da Turquia. Foi escrita por Silvano (1Pe 5:12; para mais detalhes, veja Silas, Silvano).
Uma das características dessa carta é o uso do Antigo Testamento; Pedro não somente citou passagens específicas como escolheu situações idênticas àquelas enfrentadas pelos cristãos, para apoiar seus argumentos. Ele faz a mesma coisa em seus discursos em Atos. De fato, ao começar esta carta, declara que os cristãos são os “eleitos” de Deus dispersos, não na Babilônia, como os israelitas ficaram enquanto aguardavam o retorno para Jerusalém, mas espalhados pelas províncias do Império Romano, até que recebessem a herança eterna no céu.
Numa forte introdução trinitariana, Pedro descreveu a obra do Pai, e do Filho e do Espírito Santo, que assegurava a salvação (1Pe 1:2). Depois, explicou sistematicamente a maneira como cada membro da Trindade contribuía nessa obra (1Pe 1:3-12). Esse fundamento da fé capacitaria os cristãos a esperar com confiança pela herança no céu.
Pedro falou ao povo disperso de Deus sobre o modus vivendi, em face da suspeita e do antagonismo. Assim como Jeremias 29:7 descreve em uma situação similar, jamais deviam ser autoindulgentes, mas sim buscar o bem-estar da cidade em que vivessem. Se fizessem isso, apresentariam um estilo de vida de boas obras, o qual confirmaria o Evangelho quando fosse pregado para os outros (1Pe 2:11-12). Com esse tema principal, Pedro examinou sistematicamente várias esferas da vida, e em cada uma delas exortou os crentes a fazer o bem — ou seja, na vida civil, nas situações domésticas, no casamento e na sociedade em geral (1Pe 2:13-3:12).
Pedro deu grande ênfase à obra de Cristo como exemplo de amor e vida cristã (1Pe 1:18ss). Baseou-se nos sofrimentos de Jesus, a fim de demonstrar que ninguém deve desistir diante das presentes adversidades, mas, sim, sempre fazer o bem, o verdadeiro significado da vida cristã (1Pe 3:14-4:2). Era a vontade de Deus que assim fosse, ou seja, que silenciassem as acusações sem fundamento lançadas contra eles e encomendassem a alma ao Todo-poderoso (1Pe 2:15-1Pe 4:19).
Num mandamento que lembrava a comissão de Jesus — “apascenta minhas ovelhas” (Jo 21:15-17), semelhantemente Pedro convocou os líderes cristãos a exercer o ministério, não contra a vontade ou por ganância, nem como um meio de dominar outras pessoas, mas, sim, liderar pelo exemplo e ser assim recompensados pelo sumo Pastor (1Pe 5:1-4). Os membros mais jovens, bem como toda a congregação, foram exortados a se humilhar sob a poderosa mão de Deus, a fim de receber a promessa de que a ansiedade e o sofrimento são dessa maneira suportados. O Senhor sempre usa tais adversidades para desenvolver maior estabilidade em suas vidas cristãs (1Pe 5:5-11).
1. Pedro é referida como a carta que fala sobre a verdadeira graça de Deus (cf At 15:11) na qual os cristãos são exortados a permanecer firmes (1Pe 5:12), a despeito das dificuldades e da discriminação que sofriam. Não deviam ceder às indulgências da natureza humana, porque tais atividades no final seriam julgadas com imparcialidade pelo Pai (1Pe 1:17-1Pe 2:11; 1Pe 4:3-4).
2. Pedro foi escrita para os cristãos descritos como os que obtiveram uma fé idêntica à dos apóstolos, por meio da “justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (2Pe 1:1). Os destinatários foram os mesmos da primeira carta, conforme Pedro diz: “Esta é a segunda carta que vos escrevo” (2Pe 3:1). Sua ênfase é sobre o crescimento na vida cristã e a importância do registro do seu testemunho nos eventos da vida de Cristo para refutar o falso entendimento. A declaração feita sobre a morte sugere que sua vida terrena estava próxima do fim (2Pe 1:14-15; cf. Jo 21:19-20).
A confiabilidade das “grandíssimas e preciosas promessas de Deus” seria a base da confiança dos cristãos na salvação (2Pe 1:2-4). Pedro declarou que o desenvolvimento da vida cristã não era automático, mas exigia fé nas promessas do Senhor. Bondade, conhecimento, domínio próprio, perseverança, piedade e fraternidade eram virtudes que deviam abundar dentro do contexto essencial da fé, para que o conhecimento de Jesus como Senhor não fosse improdutivo. A abundância de tais atributos garantiria a entrada jubilosa do cristão no céu (2Pe 1:4-11)..
A ênfase na lembrança do testemunho apostólico da transfiguração e a palavra do próprio Deus a respeito de seu Filho tinha como objetivo refutar as fábulas inventadas, semelhantemente ao uso que Pedro fazia das Escrituras do Antigo Testamento. Havia falsos mestres na comunidade cristã cujo estilo de vida e a maneira como exploravam os cristãos eram detalhadamente descritos com a ajuda dos incidentes tirados do Antigo Testamento (2Pe 2). Os falsos mestres perturbavam os cristãos com zombarias sobre a demora da vinda de Cristo, o ensino-padrão sobre a certeza dela e a necessidade de vigilância (2Pe 3:1-13; cf. Mc 13).
Existe uma importante referência aos ensinos de Paulo como textos canônicos, pois Pedro indicou que eram mal empregados, assim como as “outras Escrituras” (2Pe 3:14-16). A despeito do incidente em Antioquia, quando evitou comer junto com os gentios depois da chegada de outros judeus, Pedro não alimentou nenhum ressentimento contra o apóstolo Paulo pela maneira justificada como repreendeu sua atitude. De fato, referiu-se a ele como “nosso amado irmão Paulo”, o qual falava segundo a sabedoria divina que lhe fora dada (2Pe 3:15; cf. Gl 2:11-14; cf. At 10:9-16; At 11:1-8).
Como um apóstolo que recebera a responsabilidade de apascentar as ovelhas do Senhor, Pedro permaneceu fiel à sua tarefa e concluiu sua última carta com a exortação para que os cristãos crescessem na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo (2Pe 3:18).
Pedro foi indicado por Jesus como o principal apóstolo entre os judeus, papel que desempenhou ao estabelecer a Igreja de Cristo por meio da pregação do Evangelho e apascentar fielmente o rebanho de Deus até o final de sua vida. B.W.
Autor: Paul Gardner
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Pedro Tradução grega da palavra aramaica Kepha (rocha). Discípulo de Jesus também chamado Simão ou Simeão (At 15:14; 2Pe 1:1). Filho de João (Jo 1:42) ou Jonas (Mt 16:17), com seu irmão André, dedicava-se à pesca na Galiléia (Mt 4:18).
Natural de Betsaida (Jo 1:44), residia com sua família em Cafarnaum (Mc 1:29ss.; Mt 8:14; Lc 4:38). Esteve ligado a João Batista (Jo 1:35-42) antes de seguir Jesus. Fez parte do grupo dos Doze e, mais especificamente, dos três discípulos mais próximos de Jesus (Mt 17:1; Mc 5:37; 9,2; Lc 8:51 etc.). Convencido da messianidade de Jesus (foi essa a confissão que levou Jesus a falar de sua Igreja edificada sobre a fé em sua pessoa como messias e Filho de Deus), Pedro resistiu, no entanto, à visão do messias sofredor que Jesus tinha (Mt 16:18ss.) e chegou mesmo a negar seu Mestre no momento de sua prisão (Mt 26:69ss. e par.). A princípio, Pedro não acreditou no anúncio da ressurreição de Jesus (Lc 24:11), mas ver o túmulo vazio (Lc 24:12; Jo 20:1-10) e a aparição de Jesus no domingo da ressurreição (Lc 24:34; 1Co 15:5), assim como aparições de que outros discípulos falavam mudaram radicalmente sua vida.
Apenas algumas semanas depois da morte de Jesus, Pedro convertera-se em uma pessoa disposta a confrontar-se com as autoridades judias que, durante a época de Herodes Agripa, estiveram a ponto de executá-lo (At 12).
Embora a comunidade judeu-cristã de Jerusalém fosse dirigida por todos os apóstolos em seus primeiros tempos, não há dúvida de que Pedro atuava como porta-voz da mesma (At 2:4). Juntamente com João, foi ele quem legitimou a evangelização fora da Judéia (Samaria, At 8; o litoral, At 9:32ss.) e deu o primeiro passo para a evangelização dos não-judeus (At 10:11). Parece ter sido bom seu relacionamento com Paulo (Gl 1:2), exceto um incidente em Antioquia em que Pedro agiu contra as suas convicções para não causar escândalo aos judeus.
Durante os anos 40:50, a Igreja de Jerusalém esteve sob a direção de Tiago e não de Pedro (At 12:17; 15,13 21:18; Gl 2:9.12), mas este estava presente no Concílio de Jerusalém, no qual apoiou as idéias de Paulo.
Temos muito poucos dados sobre esse período final de sua vida: quase um quarto de século. Com segurança, desenvolveu um ministério missionário (1Co 9:5), durante o qual, possivelmente, trabalhou em Corinto (1Co 1:12) para, logo mais, concluí-lo com o martírio (Jo 21:19). Considera-se a possibilidade de ter visitado Roma, embora não seja provável que fosse ele o fundador da comunidade dessa cidade. Mais plausível é a tradição que considera sua execução durante a perseguição empreendida por Nero. Das obras que se lhe atribuem, é sua — sem dúvida — a primeira epístola que leva seu nome. Tem-se questionado a autenticidade da segunda, mas o certo é que o livro do Novo Testamento com o qual tem maiores coincidências é exatamente a primeira carta de Pedro. As lógicas diferenças entre ambas as obras não devem ser levadas a extremo, pois dependem não tanto da diversidade de autores como de gênero literário: a primeira é uma epístola e a segunda, uma forma de testamento. Tampouco pode ser descartada a possibilidade de a segunda ser de Pedro, mas ter recebido sua forma final da escrita de um copista.
Quanto aos Atos de Pedro, o Apocalipse de Pedro e o Evangelho de Pedro não são, realmente, de sua autoria. Tem-se ressaltado a possibilidade de o evangelho de Marcos apresentar, substancialmente, o conteúdo da pregação de Pedro, já que João Marcos aparece como seu intérprete em algumas fontes.
C. P. Thiede, o. c.; W. H. Griffith Thomas, El apóstol...; f. f. Bruce, Acts...; Idem, New Testament...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; O. Cullmann, Peter, Londres 1966; R. f. Brown e outros, Pedro...; R. Aguirre
(ed.), Pedro en la Iglesia primitiva, Estella 1991.
substantivo femininoFrase com a qual se pretende interrogar, fazer uma interrogação; palavra usada para indagar ou questionar: ouviu a pergunta, mas não quis responder. Pedido; indagação sobre algo, para pedir informação. Questão proposta a alguém para que esta pessoa a responda: as perguntas do exame estavam dificílimas. Pergunta retórica. Indagação ou questão que não busca uma resposta, mas pretende enfatizar uma ideia. Gramática Coletivo: questionário. Etimologia (origem da palavra pergunta). Forma regressiva de perguntar.
Fonte: Priberam
Perguntar
Dicionário Comum
verbo transitivo indireto Indagar; questionar através de perguntas, questões: pergunte ao professor sobre o assunto; não me pergunte sobre questões pessoais. verbo transitivo indireto e bitransitivoPedir; propor uma solicitação; fazer um pedido: minha mãe perguntou sobre mim; o juiz perguntou ao advogado sobre o suspeito. verbo intransitivo e pronominalQuestionar; realizar questões; buscar esclarecimentos: meu filho gostava de perguntar; perguntava-se se precisava terminar o trabalho. verbo transitivo direto Investigar; procurar uma solução: perguntou a razão do divórcio. Antigo Interrogar; fazer um interrogatório através de perguntas: o juiz perguntou o réu. Etimologia (origem da palavra perguntar). Do latim praecuntare.
Fonte: Priberam
Perguntas
Dicionário da FEB
[...] é preciso saber formular e encadear metodicamente as perguntas, para que sejam obtidas respostas mais explícitas, assimilando nas respostas as nuanças que muitas vezes constituem traços característicos e revelações importantes que escapam ao observador superficial, inexperiente ou ocasional. [...] Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5
Fonte: febnet.org.br
Pessoa
Dicionário Comum
substantivo femininoSer humano; quem pertence à espécie humana; criatura. [Jurídico] Indivíduo a quem se atribuem deveres e direitos. Gramática Classe gramatical que determina quem fala, primeira pessoa; com quem se fala, segunda pessoa; e sobre o que se fala, terceira pessoa. Personagem; quem se distingue; sujeito respeitável. Individualidade; característica própria que distingue alguém. Religião Catolicismo. Designação das divindades que compõem a Santíssima Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo. Etimologia (origem da palavra pessoa). Do latim persona.
Fonte: Priberam
Pilatos
Dicionário da Bíblia de Almeida
Pilatos PÔNCIO
Governador romano da JUDÉIA, de 26 a 36 d.C. Por motivos políticos, deixou que Jesus fosse crucificado (Mt 27; Lc 13:1).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Pilatos Pôncio Pilatos
Procurador romano da Judéia, de 26 a 36 d. C. As referências ao mesmo em Tácito, Fílon e Flávio Josefo são bastante negativas e se encaixam, histórica e moralmente, com as informações fornecidas pelos evangelhos (Mt 27; Mc 15; Lc 23; Jo 18), que mostram que Pilatos, apesar de convencido da inocência de Jesus, curvou-se a pressões externas e condenou-o à morte. Mt 27:19 faz uma referência à esposa de Pilatos, a qual intercedeu pela liberdade de Jesus. Uma lenda espalhada mais tarde converteu-a em discípula de Jesus, dando-lhe o nome de Procla ou Cláudia Prócula.
C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El primer Evangelio...; Schürer, o. c.; f. f. Bruce, Israel...
Autor: César Vidal Manzanares
Quem é quem na Bíblia?
Pôncio Pilatos foi um oficial romano (procurador ou prefeito) relativamente cruel que governou a Judéia de 26 a 36 d.C., inclusive no período do ministério de Cristo (Lc 3:1). Lucas 13:1 diz que ele, após matar alguns galileus, misturou o sangue deles com o sangue dos sacrifícios que oferecia. Aparece com maior destaque, entretanto, nos relatos dos quatro evangelhos sobre a crucificação de Jesus Cristo.
Marcos 15 relata como os membros do Sinédrio levaram Jesus perante Pilatos e pediram sua execução. Ele perguntou se Cristo era realmente o “rei dos judeus”, conforme era acusado por seus inimigos. Jesus respondeu com uma afirmação restrita (v. 2). Com relação às demais acusações, permaneceu em silêncio. A fim de seguir um costume de sempre libertar um prisioneiro na festa da Páscoa, Pilatos tentou soltar Cristo; os judeus, entretanto, clamaram pela libertação de Barrabás, assassino e líder de insurreições. Pilatos perguntou o que queriam que fizesse com Jesus e o povo exigiu sua crucificação. Apesar de acreditar que Cristo não cometera crime algum, ele consentiu, e ordenou que Jesus fosse açoitado e depois crucificado (v. 15). Mais tarde autorizou José de Arimatéia a retirar o corpo de Jesus da cruz e dar-lhe um sepultamento adequado (vv. 42-45). Para Marcos, Pilatos teve uma atitude muito mais de fraqueza do que de crueldade.
Mateus 27 apresenta o mesmo resumo dos eventos, mas acrescenta que a esposa de Pilatos teve um sonho com Jesus e aconselhou o marido a não se envolver com a morte “desse justo” (v. 19). Ele lavou suas mãos em público, declarando: “Estou inocente do sangue deste homem. A responsabilidade é vossa” (v. 24). Todos esses acréscimos demonstram o interesse de Mateus em estabelecer primariamente a culpa pela morte de Jesus sobre os líderes judeus. Nos vv. 62-66, os fariseus pediram e receberam de Pilatos um grupo de soldados para guardar o túmulo.
Lucas 23 enfatiza ainda mais a convicção de Pilatos de que Jesus era inocente (veja vv. 4,13 16:22). Ele tentou transferir o problema para Herodes Antipas; tal manobra não deu resultado, apenas propiciou a reconciliação dos dois líderes (vv. 6-12). A maneira branda pela qual Lucas descreve o comportamento de Pilatos em toda esta cena demonstra seu desejo de apresentar o cristianismo sob uma luz positiva para os líderes romanos daqueles dias.
João 18:19 contêm o relato mais elaborado do julgamento de Jesus diante de Pilatos. Repetidamente o governador romano moveu-se entre os líderes judeus e Cristo, com o intuito de libertá-lo. João 18:33-38 menciona um diálogo entre Pilatos e Jesus. Cristo revelou que era Rei, mas não deste mundo, e fora enviado para dar testemunho da verdade. Pilatos, entretanto, não compreendeu a que verdade Jesus se referia. João 19:10 ilustra um tema importante para o evangelista — a soberania de Jesus Cristo, até com relação à sua própria morte. João também esclarece qual foi o motivo primário de Pilatos para ceder diante dos líderes judaicos: o medo de ser considerado desleal a César (vv. 12,15). Os vv. 19-23 descrevem o título que Pilatos ordenou que fosse fixado acima da cruz de Jesus, o qual recusou-se a alterar: “Jesus de Nazaré, o Rei dos judeus”.
Atos refere-se retrospectivamente à atitude pérfida de Pilatos na crucificação de Cristo (3:13 4:27-13:28), mas deixou claro que tudo isso foi em cumprimento das Escrituras, como parte da soberania de Deus. I Timóteo 6:13 classifica o testemunho que Jesus deu do seu reino diante de Pilatos como “a boa confissão”, a fim de exortar os crentes a imitar o Senhor, mediante um testemunho ousado. C.B.
Autor: Paul Gardner
Dicionário Comum
substantivo masculinoNome, que se dava a uma pequena bandeira, usada na procissão de dois de Novembro.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
armado de lança
Fonte: Dicionário Adventista
Porta
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Porta Abertura que permite a entrada em um edifício. Em sentido simbólico, Jesus é a única porta que nos permite entrar na vida eterna (Jo 10:7-9). Os seres humanos devem evitar as portas largas (Mt 7:13-14), que só conduzem à perdição.
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Comum
substantivo femininoAbertura através da qual as pessoas entram e saem de um lugar. Peça de madeira ou metal, que gira sobre gonzos, destinada a fechar essa abertura. Prancha móvel usada em uma abertura desse tipo. Essa prancha pode encaixar-se em dobradiças, deslizar em um sulco, girar em torno de um pivô como um eixo vertical, ou dobrar-se como uma sanfona.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
As portas das casas, bem como asdas cidades, eram de madeira, de ferro, ou de cobre (1 Sm 4.18 – At 12:10-13). As portas das cidades eram os lugares de maior afluência do povo para negócios, processos judiciais, conversação, e passatempo na ociosidade (Gn 19:1 – Dt 17:5-25.7 – Rt 4:1-12 – 2 Sm 15.2 – 2 Rs 7.1 – Ne 8:1 – Jó 29:7 – Pv 31:23 – Am 5:10-12,15). Como remanescente do velho costume e linguagem oriental, ainda hoje se chama Sublime Porta ao conselho ou governo de Constantinopla. As portas das cidades continham escritórios à entrada. Eram de dois batentes – cerravam-se com fechaduras e ainda se seguravam com barras de ferro. A porta Formosa do templo (At 3:2) era inteiramente feita de cobre de Corinto, sendo necessários vinte homens para a fechar.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
substantivo femininoAbertura através da qual as pessoas entram e saem de um lugar. Peça de madeira ou metal, que gira sobre gonzos, destinada a fechar essa abertura. Prancha móvel usada em uma abertura desse tipo. Essa prancha pode encaixar-se em dobradiças, deslizar em um sulco, girar em torno de um pivô como um eixo vertical, ou dobrar-se como uma sanfona.
Fonte: Priberam
Porteira
Dicionário Comum
substantivo femininoA mulher do porteiro. Mulher encarregada da guarda de uma porta ou portaria. Cancela. Portão de entrada de propriedade rural.
Fonte: Priberam
Porventura
Dicionário Comum
advérbioDemonstra que o falante expressa, no plano hipotético, o teor da oração que pretende modificar; por hipótese, por acaso: se porventura ela aparecer, você me chama? Em frases interrogativas, geralmente em interrogações retóricas; por casualidade: o professor é porventura o escritor deste livro? Porventura seguiremos unidos até o final? Etimologia (origem da palavra porventura). Por + ventura.
Fonte: Priberam
Povo
Dicionário Comum
substantivo masculinoConjunto das pessoas que vivem em sociedade, compartilham a mesma língua, possuem os mesmos hábitos, tradições, e estão sujeitas às mesmas leis. Conjunto de indivíduos que constituem uma nação. Reunião das pessoas que habitam uma região, cidade, vila ou aldeia. Conjunto de pessoas que, embora não habitem o mesmo lugar, possuem características em comum (origem, religião etc.). Conjunto dos cidadãos de um país em relação aos governantes. Conjunto de pessoas que compõem a classe mais pobre de uma sociedade; plebe. Pequena aldeia; lugarejo, aldeia, vila: um povo. Público, considerado em seu conjunto. Quantidade excessiva de gente; multidão. [Popular] Quem faz parte da família ou é considerado dessa forma: cheguei e trouxe meu povo! substantivo masculino pluralConjunto de países, falando em relação à maioria deles: os povos sul-americanos sofreram com as invasões europeias. Designação da raça humana, de todas as pessoas: esperamos que os povos se juntem para melhorar o planeta. Etimologia (origem da palavra povo). Do latim populus, i “povo”.
1.
Que é o primeiro, o mais considerado, o mais importante (de um certo grupo).
2.
Fundamental, essencial.
3.
[Música]
Diz-se da parte cantante de uma sinfonia.
nome masculino
4.
Prelado superior de um colégio ou corporação.
5.
O que há de mais considerável, de mais importante.
6.
Pessoa mais importante pela sua hierarquia ou pelo seu mérito.
7.
Capital de uma dívida (em contraposição aos juros).
oração principal Aquela a que estão subordinadas todas as outras orações do período.
Qualquer oração a que outra está subordinada ainda que ela mesma seja subordinada de uma terceira.
Fonte: Priberam
Páscoa
Dicionário Etimológico
A palavra Páscoa advém do nome em hebraico Pessach (=passagem), festa judaica que comemora a passagem da escravatura no Egito para a liberdade na Terra prometida. A raiz da palavra Pessach, entretanto, remete à passagem do anjo exterminador, enviado por Deus para matar todos os primogênitos do Egito na noite do êxodo. Os eventos da Páscoa cristã (morte e ressureição de cristo) teriam ocorrido durante a celebração de Pessach, já que Cristo, como se sabe, era judeu (e na última ceia estaria dividindo com os apóstulos exatamente o pão ázimo, uma das tradições judaicas). Já os termos "Easter" e "Ostern" (Páscoa em inglês e alemão, respectivamente) parecem não ter qualquer relação etimológica com o Pessach. Acredita-se que esses termos estejam relacionados com Eostremonat, nome de um antigo mês germânico, formado pelas palavras Eostre (deusa germânica relacionada com a primavera) e Monat (mês, em alemão).
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus
Dicionário Bíblico
É a festa instituída em lembrança da morte dos primogênitos do Egito e da libertação dos israelitas. o seu nome deriva de uma palavra hebraica, que significa a passagem do anjo exterminador, sendo poupadas as habitações dos israelitas, cujas portas tinham sido aspergidas com o sangue do cordeiro pascal (Êx 12:11-27). Chama-se ‘a Páscoa do Senhor’ (Êx 12:11-27) – a ‘festa dos pães asmos’ (Lv 23:6 – Lc 22:1) – os ‘dias dos pães asmos’ (At 12:3 – 20.6). A palavra Páscoa é aplicada não somente à festa no seu todo, mas também ao cordeiro pascal, e à refeição preparada para essa ocasião solene (Lc 22:7 – 1 Co 5.7 – Mt 26:18-19 – Hb 11:28). Na sua instituição, a maneira de observar a Páscoa era da seguinte forma: o mês da saída do Egito (nisã-abibe) devia ser o primeiro mês do ano sagrado ou eclesiástico – e no décimo-quarto dia desse mês, entre as tardes, isto é, entre a declinação do sol e o seu ocaso, deviam os israelitas matar o cordeiro pascal, e abster-se de pão fermentado. No dia seguinte, o 15º, a contar desde as 6 horas da tarde anterior, principiava a grande festa da Páscoa, que durava sete dias – mas somente o primeiro e o sétimo dias eram particularmente solenes. o cordeiro morto devia ser sem defeito, macho, e do primeiro ano. Quando não fosse encontrado cordeiro, podiam os israelitas matar um cabrito. Naquela mesma noite devia ser comido o cordeiro, assado, com pão asmo, e uma salada de ervas amargas, não devendo, além disso, serem quebrados os ossos. Se alguma coisa ficava para o dia seguinte, era queimada. os que comiam a Páscoa precisavam estar na atitude de viajantes, cingidos os lombos, tendo os pés calçados, com os cajados nas mãos, alimentando-se apressadamente. Durante os oito dias da Páscoa, não deviam fazer uso de pão levedado, embora fosse permitido preparar comida, sendo isto, contudo, proibido no sábado (Êx 12). A Páscoa era uma das três festas em que todos os varões haviam de ‘aparecer diante do Senhor’ (Êx 23:14-17). Era tão rigorosa a obrigação de guardar a Páscoa, que todo aquele que a não cumprisse seria condenado à morte (Nm 9:13) – mas aqueles que tinham qualquer impedimento legítimo, como jornada, doença ou impureza, tinham que adiar a sua celebração até ao segundo mês do ano eclesiástico, o 14º dia do mês iyyar (abril e maio). Vemos um exemplo disto no tempo de Ezequias (2 Cr 30.2,3). Ulteriores modificações incluíam a oferta do ômer, ou do primeiro feixe da colheita (Lv 23:10-14), bem como as instruções a respeito de serem oferecidos especiais sacrifícios em todos os dias da semana festiva (Nm 28:16-25), e a ordem para que os cordeiros pascais fossem mortos no santuário nacional e o sangue aspergido sobre o altar, em vez de ser sobre os caixilhos e umbrais das portas (Dt 16:1-6). ‘À tarde, ao pôr do sol’ (querendo isto, talvez, dizer na ocasião do crepúsculo, ou então entre as três e seis horas), eram mortos os cordeiros, sendo postos de parte a gordura e o sangue. A refeição era, então, servida em conformidade com a sua original instituição. Na mesma noite, depois de ter começado o dia 15 de nisã, era a gordura queimada pelo sacerdote, e o sangue derramado sobre o altar (2 Cr 30.16 – 35.11). Nesse dia 15, passada já a noite, havia o ajuntamento da congregação, durante o qual nenhuma obra desnecessária podia ser feita (Êx 12:16). No dia seguinte, era oferecido o primeiro molho da colheita, e agitado pelo sacerdote diante do Senhor, sendo igualmente sacrificado um cordeiro macho, em holocausto, com oferta de margares e bebida. os dias entre o primeiro e o sétimo eram de quietude, a não ser que houvesse sacrifícios pelo pecado, ou fosse prescrita a liberdade de alguma espécie de trabalho. o dia 21 do mês de nisã, e o último dia da festa, era novamente de santa convocação (Dt 16:8). Devia prevalecer em todos um ânimo alegre durante os dias festivos (Dt 27:7). No tempo de Jesus Cristo, como a festividade com os sacrifícios acessórios só podia efetuar-se em Jerusalém, de toda parte concorria tanta gente, que não era possível acomodar-se toda dentro dos muros da cidade. Foi esta a razão que os magistrados apresentavam para que Jesus não fosse preso, pois receavam algum tumulto da parte da multidão, que se achava em Jerusalém para a celebração da Páscoa (Mt 26:5). Durante a semana da Páscoa (a 16 do mês de abril), era oferecido um feixe, formado dos primeiros frutos da colheita da cevada, com um sacrifício particular (Lv 23:9-14). No aniversário deste dia levantou-Se Jesus Cristo dentre os mortos, e o apóstolo Paulo pode ter tido este fato em vista, quando, falando da ressurreição do Redentor, ele disse: ‘Sendo ele as primícias dos que dormem’ 1Co 15:20). A guarda da Páscoa é várias vezes mencionada: quando foi instituída (Êx 12:28-50) – no deserto do Sinai (Nm 9:3-5) – e nas planícies de Jericó ao entrarem os israelitas na terra de Canaã (Js 5:10-11). E também a Bíblia refere que foi celebrada a Páscoa por Ezequias e alguns do povo (2 Cr 30) – por Josias (2 Rs 23.21 a 23 – 2 Cr 35.1,18,19) – depois da volta do cativeiro (Ed 6:19-22) – e por Jesus Cristo (Mt 26:17-20 – Lc 22:15 – Jo 2:13-23). (*veja Festa (dias de), Ceia do Senhor.)
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da FEB
A Páscoa é um símbolo, nada mais que um símbolo. É o selo aposto por Jesus aos ensinamentos que ministrava pela sua palavra. É a confirmação da lei do amor e da união que devem reinar entre os homens. É a suprema lição do Mestre. É o derradeiro e solene apelo por Ele feito à prática da lei do amor e da união e, portanto, à fraternidade uni P versal, meio único de operar-se a regeneração humana, senda da libertação [...]. Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3
A Páscoa era a maior festa dos judeus, recomendada por Moisés e celebrada pela primeira vez quando deixaram o Egito. A palavra páscoa significa passagem, ou seja, a passagem dos judeus pelo Mar Vermelho e do anjo que matou os primogênitos do Egito e poupou os hebreus, cujas casas estavam assinaladas com o sangue do cordeiro. Páscoa é, pois, para os judeus, a comemoração da passagem de Israel do cativeiro para a liberdade. Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4 – Nota da Ed•
Fonte: febnet.org.br
Dicionário da Bíblia de Almeida
Páscoa Festa em que os israelitas comemoram a libertação dos seus antepassados da escravidão no Egito (Ex 12:1-20; Mc 14:12). Cai no dia 14 de NISÃ (mais ou menos 1 de abril). Em hebraico o nome dessa festa é Pessach. A FESTA DOS PÃES ASMOS era um prolongamento da Páscoa (Dt 16:1-8).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Páscoa A primeira das três festas de peregrinação que os judeus celebravam anualmente. Começava na véspera do dia 15 de Nisã e durava sete dias. Comemorava — e ainda comemora — o êxodo ou saída de Israel da escravidão do Egito, com ritos especiais como a proibição de se consumir pão fermentado no decorrer da festa. Também se celebrava a refeição pascal conhecida como seder pesah. Na sua celebração, está o fundamento da Eucaristia cristã.
Y. Kaufmann, o. c.; L. Deiss, La Cena...; C. Shepherd, Jewish...; J. Barylko, Celebraciones...
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Comum
substantivo femininoFesta anual cristã em que se comemora a ressurreição de Jesus Cristo. Por Extensão Participação ou comunhão coletiva que celebra a efetivação dos preceitos da Páscoa: a páscoa dos alunos. Religião Pessach; festividade judaica que celebra a fuga dos hebreus do Egito. Religião Na época pré-mosaica, festa em celebração à chegada da primavera, do antigo povo hebreu. Gramática Na acepção relacionada com a festa cristã, deve-se grafar com a inicial maiúscula: celebração da Páscoa. Etimologia (origem da palavra páscoa). Do latim pascha.
Fonte: Priberam
Quando
Dicionário Comum
quando adv. Em que época, em que ocasião, em que tempo. Conj. 1. Posto que. 2. Mas.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
advérbioDenota ocasião temporal; em qual circunstância: disse que a encontraria, mas não disse quando. Numa interrogação; em que momento no tempo: quando será seu casamento? Preciso saber quando será seu casamento. Em qual época: quando partiram? advérbioRel. Em que: era na quadra quando as cerejeiras floriam. conjunçãoGramática Inicia orações subordinadas adverbiais denotando: tempo, proporção, condição e concessão. conjunção[Temporal] Logo que, assim que: irei quando puder. conjunçãoProp. À medida que: quando chegaram ao hotel, tiveram muitos problemas. conjunção[Condicional] Se, no caso de; acaso: só a trata bem quando precisa de dinheiro. conjunçãoConce. Embora, ainda que: vive reclamando quando deveria estar trabalhando. locução conjuntivaQuando quer que. Em qualquer tempo: estaremos preparados quando quer que venha. locução conjuntivaQuando mesmo. Ainda que, mesmo que, ainda quando: iria quando mesmo lho proibissem. Etimologia (origem da palavra quando). Do latim quando.
Fonte: Priberam
Rei
Dicionário Bíblico
l. o título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl 10:16 – 47.7 – 1 Tm 1.17). 2. Este título foi aplicado a Jesus Cristo, como rei dos judeus (Mt 27:11-37, e refs.). 3. No A.T. o título de rei emprega-se em um sentido muito lato, não só falando dos grandes potentados da terra, como os Faraós do Egito (Gn 41:46) e o rei da Pérsia (Ed 1:1), mas tratando-se também de pequenos monarcas, como o rei de Jericó (Js 2:2 – cp com Jz 1:7). 4. Também se usa o título: a respeito do povo de Deus (Ap 1:6) – e da morte, como quando se diz ‘rei dos terrores’ (Jó 18:14) – e do ‘crocodilo’, como na frase ‘é rei sobre todos os animais orgulhosos’ (Jó 41:34). 5. Na história dos hebreus sucedeu o governo dos reis ao dos juizes. A monarquia, existente nos povos circunvizinhos, foi uma concessão de Deus (1 Sm 8.7 – 12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo. Esse desejo, que já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8:22-23), e na escolha de Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9:6), equivalia à rejeição da teocracia (1 Sm 8.7), visto como o Senhor era o verdadeiro rei da nação (1 Sm 8.7 – is 33:22). A própria terra era conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25:23). Todavia, não foi retirado o cuidado de Deus sobre o seu povo (1 Sm 12.22 – 1 Rs 6.13). A monarquia assim constituída era hereditária, embora a sucessão não fosse necessariamente pela linha dos primogênitos, pois Davi nomeou Salomão como seu sucessor de preferência a Adonias, que era o seu filho mais velho nessa ocasião. A pessoa do rei era inviolável (1 Sm 24.5 a 8 – 2 Sm 1.14). Quando a coroa era colocada na cabeça do monarca, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2 Sm 5.3 – 1 Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar obediência – e confirmavam a sua palavra com o beijo de homenagem (1 Sm 10.1). os rendimentos reais provinham dos campos de trigo, das vinhas, e dos olivais (1 Sm 8.14 – 1 Cr 27.26 a 28), e do produto dos rebanhos (1 Sm 21.7 – 2 Sm 13.23 – 1 Cr 27.29 a 31 – 2 Cr 26.10), pertencendo aos reis a décima parte nominal do que produziam os campos de trigo, as vinhas, e os rebanhos (1 Sm 8.15 e 1l). A renda do rei também se constituía do tributo que pagavam os negociantes que atravessavam o território hebraico (1 Rs 10,15) – dos presentes oferecidos pelos súditos (1 Sm 10:27 – 16.20 – 1 Rs 10.25 – Sl 72:10) – e dos despojos da guerra e as contribuições das nações conquistadas (2 Sm 8.2,7,8,10 – 1 Rs 4.21 – 2 Cr 27.5). Além disso, tinha o rei o poder de exigir o trabalho forçado, o que era para ele causa de aumentarem os seus bens. Devia, também, Salomão ter auferido lucros das suas empresas comerciais pelo mar (1 Rs 1020 – Davi, rei em Hebrom (2 Sm 2.1 a 4). 22.17,18 – 2 Sm 1.15).
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
substantivo masculinoMonarca; aquele que detém o poder soberano num reino. Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa. Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete. Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira. Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez. Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas. substantivo masculino pluralReis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos. Gramática Feminino: rainha. Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoMonarca; aquele que detém o poder soberano num reino. Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa. Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete. Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira. Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez. Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas. substantivo masculino pluralReis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos. Gramática Feminino: rainha. Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.
Fonte: Priberam
Dicionário da Bíblia de Almeida
Rei 1) Governador de um IMPÉRIO 1, (At 1:2), de um país (1Sm 8:5; Mt 2:1) ou de uma cidade-estado (Gn 14:2). Ocorrendo a morte do rei, um descendente seu o sucede no trono (1Rs 2:11-12).
Reino Território politicamente organizado, governado por um rei ou por uma rainha (1Rs 2:12); 10.1; (2Cr 22:12).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Reino O âmbito de soberania de Deus. No Antigo Testamento e na literatura intertestamentária, a idéia do Reino aparece relacionada à intervenção de Deus na história através de seu messias. Essa mesma idéia permaneceu no judaísmo posterior. A crença na vinda do Reino constitui uma das doutrinas básicas do ensinamento de Jesus, que — não poucas vezes — refere-se a esse Reino em suas parábolas. O Reino já se manifestara com a vinda de Jesus e evidenciou-se em seus milagres e expulsões de demônios (Lc 11:20; 10,8-9). Não é deste mundo (Jo 18:36) e, por isso, não segue seu procedimento. A ética do Reino apresentada, por exemplo, no Sermão da Montanha (Mt 5:7) é totalmente diversa de qualquer norma humana e tem sido considerada, com justiça, inaplicável em uma sociedade civil. Se é possível viver, é graças ao amor de Deus e à sua vivência entre pessoas que compartilham essa mesma visão. O início do Reino é pequeno (Mt 13:31-33), contudo, apesar das dificuldades provocadas pelo Diabo e seus sequazes (13 24:30-36'>Mt 13:24-30:36-43), terá um final glorioso na Parusia de Jesus, após um tempo de grande tribulação e da pregação desse mesmo Reino no mundo inteiro (Mt 24:14). Desaparecerá então o domínio do diabo sobre o mundo e acontecerá a ressurreição, a recompensa dos que se salvaram e o castigo eterno dos condenados (13 1:23-24'>Mt 13:1-23:24-43; Mt 25:41-46). É oportuno ressaltar que todos esses aspectos coincidem com idéias sustentadas pelo judaísmo do Segundo Templo. Desde então, toda a humanidade é convidada a entrar no Reino (Mt 13:44-46). O Reino não pode ser confundido com a Igreja — como o demonstraram desenvolvimentos teológicos posteriores —, ainda que nesta se deva viver a vida do Reino.
G. E. Ladd, El evangelio del reino, Miami 1985; Idem, Theology...; Idem, Crucial questions about the kingdom of God, 1952; J. Grau, Escatología...; J. Bright, The kingdom...; C. H. Dodd, Las parábolas del Reino, Madri 1974; J. Jeremías, Teología..., vol. I; N. Perrin, The Kingdom of God in the teaching of Jesus, Londres 1963; C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo...; Colectivo, Evangelio y Reino de Dios, Estella 1995.
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Comum
substantivo masculinoNação ou Estado governado por príncipe reinante que tem título de rei ou de rainha; monarquia, reinado: o reino da Dinamarca. Conjunto das pessoas cujas funções estão subordinadas à aprovação do rei ou da rainha. Figurado Domínio, lugar ou campo em que alguém ou alguma coisa é senhor absoluto: esta casa é o reino da desordem. Figurado Conjunto do que ou de quem compartilha particularidades essenciais compondo algo único e homogêneo: aquele habita o reino da mentira! [Biologia] Divisão que enquadra e agrupa seres, sendo considerada a mais elevada de todas as divisões taxonômicas: os reinos são Animalia, Plantae, Fungi, Monera e Protista . [Biologia] Divisão que enquadra seres e coisas por relação de semelhança: reino animal, vegetal, mineral. [Regionalismo: Nordeste] Mistura de aguardente. expressãoReligião Reino de Deus. Expressão evangélica que significa a atualização da realeza eterna de Deus. Religião Reino celeste, Reino eterno, Reino dos céus. Paraíso cristão, o céu. Etimologia (origem da palavra reino). Do latim regnum.
Fonte: Priberam
Reí
Quem é quem na Bíblia?
(Heb. “amigável”). Um dos homens que, junto com o sacerdote Zadoque e o profeta Natã, entre outros, permaneceram fiéis ao desejo de Davi de colocar seu filho Salomão no trono, como seu sucessor (1Rs 1:8). Outro filho do rei, Adonias, tentou usurpar o reino; Salomão, entretanto, seguiu cuidadosamente os conselhos de Natã e de Zadoque e garantiu seu direito à sucessão. Para mais detalhes, veja Natã.
Autor: Paul Gardner
Ribeiro
Dicionário Bíblico
Pequena corrente de água, secano verão, e abundante no inverno. os principais ribeiros mencionados nas Escrituras são Arnom, Besor, Querite, Escol, Cedrom, Quisom, Zerede.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
substantivo masculinoPequeno curso de água; riacho, regato, arroio. adjetivoDiz-se de certa espécie de trigo.
Fonte: Priberam
Sacerdote
Dicionário Bíblico
substantivo masculinoMinistro que oferecia vítimas à divindade e cuidava dos assuntos religiosos. Aquele que ministra os sacramentos da Igreja; padre. Figurado Aquele que tem profissão honrosa ou missão nobre: os sacerdotes do magistério.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da FEB
[...] sacerdotes são os ungidos do Senhor; a fim de, por bom caminho, conduzir os inúmeros cegos que tropeçam nas paixões e caem nos vícios. [...] Esta é a missão dos que se chamam ministros de Deus! [...] Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6
[...] o verdadeiro sacerdote é o pai de todos os desgraçados. [...] Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18
[...] Sacerdote é todo aquele que chora com o órfão, que assiste a desolada viúva, que partilha do desespero materno ante um berço vazio; é todo aquele que chora com o preso a sua liberdade, que busca, enfim, todos os meios de melhorar a sorte dos infelizes. Sacerdote é também todo aquele que, por suas faltas anteriores, tem que vir à Terra para viver completamente só, sem tomar parte nos gozos terrenos, e, dotado de claro entendimento, se consagra à difusão da luz, vivendo embora entre sombras, não entre as brumas do erro e as trevas do pecado, entenda-se, mas entre as sombras da própria solidão. Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29
[...] Sacerdotes, com ou sem indumento próprio, são todos aqueles que propagam e pregam o bem, a caridade e o amor. Referencia: IMBASSAHY, Carlos• Religião: refutação às razões dos que combatem a parte religiosa em Espiritismo• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - Def•
Fonte: febnet.org.br
Dicionário da Bíblia de Almeida
Sacerdote No AT, descendente de ARÃO separado para servir como oficiante no culto realizado primeiro no TABERNÁCULO e depois no TEMPLO. O sacerdote era MEDIADOR entre Deus e o povo, oferecendo SACRIFÍCIOS e orando em seu favor (Êx 28—29; Lv 21:1Cr 24). Antes de Arão já havia sacerdotes (Hc 7:1-3). No NT, todos os cristãos são sacerdotes (Ap 1:6; 5.10; v. SACERDÓCIO).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário Comum
substantivo masculinoMinistro que oferecia vítimas à divindade e cuidava dos assuntos religiosos. Aquele que ministra os sacramentos da Igreja; padre. Figurado Aquele que tem profissão honrosa ou missão nobre: os sacerdotes do magistério.
1.
ReligiãoPessoa que fazia sacrifícios às divindades.
2.
ReligiãoPessoa que ministra os sacramentos de uma igreja.
=
PADRE
3.
FiguradoO que exerce profissão muito honrosa e elevada.
sumo sacerdote ReligiãoPessoa que está no topo da hierarquia de uma igreja.
Feminino: sacerdotisa.
Fonte: Priberam
Quem é quem na Bíblia?
Veja Levitas.
Autor: Paul Gardner
Sala
Dicionário Comum
substantivo femininoCompartimento espaçoso de uma habitação: sala de jantar. Lugar vasto e coberto, destinado a um serviço público ou a importante atividade: sala de audiências. Público que enche uma sala: toda a sala aplaudiu. Sala de armas, lugar onde os mestres de armas dão suas lições de esgrima. Sala de espera, aquela onde ficam as visitas até serem recebidas ou conduzidas à sala principal. Fazer sala a alguém, receber e entreter visitas; lisonjear, procurar captar a simpatia de alguém. Sala dos passos perdidos, sala de um palácio de justiça que precede as salas de audiência.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
substantivo femininoCompartimento espaçoso de uma habitação: sala de jantar. Lugar vasto e coberto, destinado a um serviço público ou a importante atividade: sala de audiências. Público que enche uma sala: toda a sala aplaudiu. Sala de armas, lugar onde os mestres de armas dão suas lições de esgrima. Sala de espera, aquela onde ficam as visitas até serem recebidas ou conduzidas à sala principal. Fazer sala a alguém, receber e entreter visitas; lisonjear, procurar captar a simpatia de alguém. Sala dos passos perdidos, sala de um palácio de justiça que precede as salas de audiência.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
substantivo femininoCompartimento espaçoso de uma habitação: sala de jantar. Lugar vasto e coberto, destinado a um serviço público ou a importante atividade: sala de audiências. Público que enche uma sala: toda a sala aplaudiu. Sala de armas, lugar onde os mestres de armas dão suas lições de esgrima. Sala de espera, aquela onde ficam as visitas até serem recebidas ou conduzidas à sala principal. Fazer sala a alguém, receber e entreter visitas; lisonjear, procurar captar a simpatia de alguém. Sala dos passos perdidos, sala de um palácio de justiça que precede as salas de audiência.
numeralNuma série, indica ou ocupa a posição correspondente ao número dois. adjetivoDe qualidade inferior ou menos importante; secundário: artigos de segunda ordem. Que apresenta semelhanças de um modelo, tipo ou versão anterior; rival, cópia: atriz se acha a segunda Fernanda Montenegro. Que pode se repetir posteriormente; novo: segunda chance. Cuja importância está condicionada a algo ou alguém melhor: é a segunda melhor aluna. [Música] Que, num canto ou ao reproduzir um instrumento musical, produz sons graves: segunda voz. substantivo masculinoAlgo ou alguém que está na segunda posição: não gosto de ser o segundo em minhas competições. Curto espaço de tempo: já chego num segundo! [Esporte] Pessoa que presta auxílio ou ajuda o boxeador. [Geometria] Medida do ângulo plano expressa por 1/60 do minuto, sendo simbolizada por ”. [Física] Medida de tempo que, no Sistema Internacional de Unidades, tem a duração de 9.192.631.770 períodos de radiação, sendo simbolizada por s. Etimologia (origem da palavra segundo). Do latim secundum, “que ocupa a posição dois”. preposiçãoEm conformidade com; de acordo com; conforme: segundo o juiz, o goleiro é realmente culpado. conjunçãoIntroduz uma oração que expressa subordinação, e conformidade com o que foi expresso pela oração principal: segundo vi, este ano teremos ainda mais problemas climatéricos. Introduz uma oração que expressa subordinação, indicando proporcionalidade em relação à oração principal; à medida que: segundo o contar dos dias, ia ficando ainda mais inteligente. Etimologia (origem da palavra segundo). Do latim secundum, do verbo segundar. advérbioDe modo a ocupar o segundo lugar. Etimologia (origem da palavra segundo). Do latim secundo.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
hebraico: o segundo
Fonte: Dicionário Adventista
Quem é quem na Bíblia?
(Lat. “segundo”). Junto com Aristarco, Segundo era um cristão da igreja em Tessalônica que se uniu a Paulo em sua última jornada pela Grécia e finalmente de volta a Jerusalém. Ao que parece foi um dos representantes daquela igreja que levou os donativos coletados para os pobres em Jerusalém (At 20:4).
Autor: Paul Gardner
Sempre
Dicionário Comum
sempre adv. 1. A toda a hora, a todo o momento, em todo o tempo. 2. Constantemente, continuamente, sem cessar. 3. Afinal, enfi.M 4. Com efeito, efetivamente. Conj. Contudo, entretanto, no entanto, todavia. S. .M Todo o tempo (o passado, o presente, o futuro).
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
advérbioEm todo tempo; a toda hora; perpetuamente ou eternamente: espero que nosso casamento seja sempre assim. De um modo contínuo; em que há continuidade; constantemente ou continuamente: está sempre irritado. Em que há ou demonstra hábito; que se desenvolve ou ocorre de maneira habitual; geralmente: almoça sempre no trabalho. De um modo invariável; de qualquer modo; invariavelmente: com alunos ou não, o professor vem sempre à escola. Em que há finalidade; por fim; enfim: fez uma crítica construtiva, isso sempre ajuda. Na realidade; de maneira verdadeira; realmente: é um absurdo o que você fez! Sempre é um patife! conjunçãoQue expressa adversão; no entanto ou todavia: machuca-me o seu comportamento, sempre te escuto. substantivo masculinoTudo que se refere ao tempo (passado ou futuro). Etimologia (origem da palavra sempre). Do latim semper.
Fonte: Priberam
Ser
Dicionário da FEB
O ser é uno mesmo quando no corpo ou fora dele. No corpo, ocorre a perfeita integração dos elementos que o constituem, e, à medida que se liberta dos envoltórios materiais, prossegue na sua unidade com os vestígios da vivência impregnados nos tecidos muito sutis do perispírito que o transmitem à essência espiritual. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento
[...] o ser é fruto dos seus atos passados, para agir com as ferramentas da própria elaboração, na marcha ascendente e libertadora. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 5
[...] cada ser é um universo em miniatura, expansível pelo pensamento e pelo sentimento e que possui como atributo a eternidade. Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 8
[...] o ser é o artífice da sua própria desgraça ou felicidade, do seu rebaixamento ou elevação. [...] Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Comum
verbo predicativoPossuir identidade, particularidade ou capacidade inerente: Antônia é filha de José; esta planta é uma samambaia; a Terra é um planeta do sistema solar. Colocar-se numa condição ou circunstância determinada: um dia serei feliz. Gramática Usado na expressão de tempo e de lugar: são três horas; era em Paris. verbo intransitivo Pertencer ao conjunto dos entes concretos ou das instituições ideais e abstratas que fazem parte do universo: as lembranças nos trazem tudo que foi, mas o destino nos mostrará tudo o que será. Existir; fazer parte de uma existência real: éramos os únicos revolucionários. verbo predicativo e intransitivoPossuir ou preencher um lugar: onde será sua casa? Aqui foi uma igreja. Demonstrar-se como situação: a festa será no mês que vem; em que lugar foi isso? Existir: era uma vez um rei muito mau. Ser com. Dizer respeito a: isso é com o chefe. verbo predicativo e auxiliarUne o predicativo ao sujeito: a neve é branca. Gramática Forma a voz passiva de outros verbos: era amado pelos discípulos. Gramática Substitui o verbo e, às vezes, parte do predicado da oração anterior; numa oração condicional iniciada por "se" ou temporal iniciada por "quando" para evitar repetição: se ele faz caridade é porque isso lhe traz vantagens políticas. Gramática Combinado à partícula "que" realça o sujeito da oração: eu é que atuo. Gramática Seguido pelo verbo no pretérito perfeito composto: o ano é acabado. substantivo masculinoPessoa; sujeito da espécie humana. Criatura; o que é real; ente que vive realmente ou de modo imaginário. A sensação ou percepção de si próprio. A ação de ser; a existência. Etimologia (origem da palavra ser). Do latim sedẽo.es.sẽdi.sessum.sedẽre.
Fonte: Priberam
Servo
Dicionário Comum
substantivo masculinoQuem não é livre; privado de sua liberdade. Quem age com obediência ou servindo alguém: servo de Deus. História Numa sociedade feudal, quem pertencia a um senhor sem ser escravo. Quem oferece ou realiza serviços; criado. Quem se submete ao poder de um senhor por pressão ou violência. adjetivoQue não é livre; cuja liberdade foi retirada. Que está sujeito aos poderes de um senhor; escravo. Que realiza ou oferece serviços; serviçal. Etimologia (origem da palavra servo). Do latim servus.i.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoQuem não é livre; privado de sua liberdade. Quem age com obediência ou servindo alguém: servo de Deus. História Numa sociedade feudal, quem pertencia a um senhor sem ser escravo. Quem oferece ou realiza serviços; criado. Quem se submete ao poder de um senhor por pressão ou violência. adjetivoQue não é livre; cuja liberdade foi retirada. Que está sujeito aos poderes de um senhor; escravo. Que realiza ou oferece serviços; serviçal. Etimologia (origem da palavra servo). Do latim servus.i.
3) Pessoa que presta culto e obedece a Deus (Dn 3:26; Gl 1:10) ou a Jesus Cristo (Gl 1:10). No NT Jesus Cristo é chamado de “o Servo”, por sua vida de perfeita obediência ao Pai, em benefício da humanidade (Mt 12:18; RA: At 3:13; 4.27).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário Bíblico
Por esta palavra se traduzem duas palavras hebraicas, que ocorrem freqüentemente no A.T., e que significam rapaz, pessoa de serviço, ou um escravo. A palavra é, algumas vezes, empregada a respeito de pessoas humildes (Gn 32:18-20), e também com relação a altos oficiais da corte (Gn 40:20 – 2 Sm 10.2,4). Uma terceira palavra implica aquele que está às ordens de alguém para o ajudar (Êx 33:11). Mas, pela maior parte das vezes, no A.T., trata-se de um escravo. De igual modo, no N.T., a palavra ‘servo’ aparece como tradução das indicadas palavras hebraicas, significando criada da casa (como em Lc 16:13), ou um rapaz (como em Mt 8:6), ou ainda um agente (como em Mt 26:58) – mas na maioria dos casos o termo refere-se a um escravo (Mt 8:9, etc.). Esta palavra aplicavam-na os apóstolos a si mesmos, como sendo os servos de Deus (At 4:29 – Tt 1:1 – Tg 1:1) e de Jesus Cristo (Rm 1:1 – Fp 1:1 – Jd 1). (*veja Escravidão.)
ouvindo. l. irmão de Jesus (Mt 13:55 – Mc 6:3). (*veja irmãos do Senhor.) 2. (Mt 4:18, etc.). (*veja Pedro.) 3. o Zelote, um apóstolo de Jesus Cristo. Nada sabemos dos seus atos como apóstolo (Mt 10:4 – Mc 3:18 – Lc 6:15 – At 1:13). *veja Cananita. 4. Leproso que vivia em Betânia, e em cuja casa foi a cabeça do Salvador ungida com óleo (Mt 26:6 – Mc 14:3). Como ele estava vivendo na sua própria casa e entre o povo, devia já estar livre da lepra, sendo, provavelmente, um dos curados por Jesus Cristo. Lázaro, Maria e Marta estavam presentes como hóspedes (Jo 12:2). 5. Um cireneu, que foi obrigado a prestar auxílio ao Redentor, levando também a cruz ao lugar da crucificação (Mt 27:32 – Mc 15:21 – Lc 23:26), pois Jesus, pela Sua fadiga, não a podia levar para mais longe. Era pai de Alexandre e Rufo (Mc 15:21) – e talvez o cristão de Roma, de quem se fala em Rm 16:13. 6. Um fariseu, em cuja casa foi ungido Jesus pela mulher, que era uma pecadora (Lc 7:36-50). 7. o pai de Judas iscariotes (Jo 6:71 – 12.4 – 13 2:26). (*veja Judas iscariotes.) 8. Um mágico de Samaria, geralmente chamado Simão Mago, o qual procurou comprar por dinheiro o dom do Espírito Santo (At 8:9-24). Ao seu ímpio oferecimento de dinheiro, para receber o dom do Espírito Santo, chamou-se ‘simonia’. A posterior tradição cristã encontra muito que dizer da sua vida depois daquele acontecimento. 9. Simão, o curtidor, um cristão de Jope em cuja casa esteve Pedro hospedado (At 9:43 – 10.6,17,32).
Fonte: Dicionário Adventista
Quem é quem na Bíblia?
Usado como forma grega do nome hebraico Simeão, que significa “ouvindo”. Existem nove personagens com esse nome no Novo Testamento.
1. Irmão de André, um dos doze discípulos e apóstolos de Jesus. Veja Pedro.
2. Irmão de Jesus, é mencionado pelo nome apenas em Marcos 6:3 e na passagem paralela em Mateus 13:55. Nessa narrativa, Cristo havia chegado à cidade de Nazaré, onde fora criado, e começou a pregar na sinagoga. Ambos os evangelhos revelam a surpresa da multidão em face da sabedoria que Jesus manifestava. As pessoas ficaram particularmente espantadas, porque todos conheciam sua família, que estivera presente na cidade o tempo todo. Numa bela retórica, perguntaram: “Não é este o filho do carpinteiro? E não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? Não estão entre nós todas as suas irmãs? Donde, pois, lhe veio tudo isto? E escandalizavam-se nele” (Mt 13:55-57). Lamentavelmente, devido à falta de fé deles, Jesus não fez muitos milagres na cidade e declarou que o profeta não tem honra no meio de seu próprio povo.
Em outro texto os irmãos de Jesus manifestam o desejo de que Ele fosse mais explícito em seu ministério público, sem de fato acreditar nele (Jo 7:3-5). Mais tarde, porém, claramente passaram a crer no Senhor e foram mencionados no grupo que “orava constantemente” antes do dia de Pentecostes, em Atos 1:14. Pelo menos alguns tornaram-se missionários na 1greja primitiva e são mencionados em I Coríntios 9:5.
Durante toda a história da Igreja, a palavra “irmão”, referente aos irmãos de Jesus, tem sido interpretada de várias maneiras. Alguns argumentam que deveriam ser filhos apenas de José, de um casamento anterior, a fim de manter a ideia que mais tarde tornou-se conhecida como a doutrina da virgindade perpétua de Maria. Agostinho e outros notáveis escritores católicos romanos argumentavam que a palavra significava simplesmente “parentes” ou “primos”. Os textos onde a frase aparece, entretanto, dão muito mais a ideia de referir-se a irmãos literais de Jesus, nascidos de Maria, depois que teve seu filho “primogênito”, Jesus (Lc 2:7; cf. Mt 1:25).
3. Simão, um fariseu, é mencionado apenas em Lucas 7. Jesus aceitou um convite para jantar em sua casa. Quando estavam à mesa, uma mulher que morava na mesma cidade, “uma pecadora”, entrou na casa e “estando por detrás, aos seus pés, chorando, regava-os com suas lágrimas. Então os enxugava com os próprios cabelos, beijava-os e os ungia com ungüento” (v. 38). Claramente ela reconhecia seus pecados e buscava seu perdão e sua bênção. Como fariseu, Simão logo ficou preocupado com o fato de uma “pecadora” tocar em Jesus, deixando-o, desta maneira, cerimonialmente contaminado. Desde que Cristo parecia não se preocupar com isso, Simão concluiu que ele não era um verdadeiro profeta, pois se assim fosse entenderia o que ocorria naquela atitude da pecadora. Jesus respondeu aos pensamentos silenciosos de Simão com uma parábola, na qual contrastou duas pessoas que tinham uma dívida com um agiota. Uma devia uma grande soma e a outra, pouco dinheiro; ambos os débitos foram perdoados. Jesus perguntou a Simão qual das duas pessoas amaria mais o agiota. Desta maneira o fariseu foi apanhado pela parábola, ao ter de aplicá-la aos seus próprios pensamentos. Respondeu que a pessoa que fora perdoada do maior débito. Cristo então aplicou a parábola a Simão e à mulher. Ele cumprira suas obrigações legais de hospitalidade para com Jesus, mas ela mostrara seu amor pelo Senhor desde que entrara na casa dele. “Ela amou mais” porque seus “muitos pecados” foram perdoados. Por outro lado, por implicação, Simão amava menos, pois tinha experimentado pouco do perdão de Deus (v. 47).
Lucas enfatiza dois pontos importantes neste incidente nos vv. 49 e 50. Primeiro, prossegue com um tema de seu evangelho, a fim de mostrar como os outros convidados foram forçados a perguntar: “Quem é este que até perdoa pecados?” Queria que seus leitores também fizessem essa mesma pergunta, pois assim conheceriam melhor a Jesus Cristo (veja também Lc 4:22-41; Lc 5:21; Lc 7:16-19; Lc 8:26-9:18-20; etc.). Segundo, Lucas conclui a seção, a fim de revelar que a resposta da mulher a Cristo foi fundamental para o seu perdão: “A tua fé te salvou; vai-te em paz”. Portanto, por implicação, essa deveria ser a resposta dos leitores a Jesus, a qual os levaria ao perdão e à salvação. P.D.G.
4. Simão, o zelote, é um dos apóstolos menos conhecidos de Jesus. Seu nome é registrado na Bíblia somente nas listas dos apóstolos nos três primeiros evangelhos e na cena do Cenáculo, em Atos 1.
Provavelmente existem duas razões pelas quais o nome dele é sempre especificado como “o zelote”, ou uma palavra semelhante. A primeira razão seria para que não houvesse confusão com Simão Pedro. Ambos tinham o mesmo nome e, assim, era necessário fazer uma distinção entre eles. Jesus deu ao mais proeminente deles o apelido de Pedro (Mt 10:2; Mt 16:18). Não sabemos quem começou a chamar o outro de “zelote”.
A segunda razão, sem dúvida, é que esse nome descrevia seu caráter ou sua lealdade, tanto no passado como no presente. Além dos nomes de família, tais designações eram comuns entre os apóstolos. Tiago e João, os filhos de Zebedeu, eram conhecidos como “filhos do trovão” (Mc 3:17), claramente um comentário sobre suas personalidades impetuosas. Mateus era chamado de “o publicano” (Mt 10:3), para lembrar seu passado antes de tornar-se discípulo de Cristo.
Provavelmente a melhor explicação a respeito de Simão, o zelote, seja devido à sua personalidade — caráter ou atividades passadas. A descrição dele como “o zelote” numa passagem que relata uma situação posterior à ressurreição de Cristo (At 1:13) implica que qualquer que fosse o motivo da designação, ele continuou o mesmo. Se essa ideia estiver correta, seria entendido como “o zeloso”, talvez pelo seu zelo geral ou especificamente em relação a Jesus Cristo.
Por outro lado, as passagens nos evangelhos sinópticos (Mt 10:4; Mc 3:18; Lc 6:15) ocorrem exatamente no início do ministério de Jesus. Nesse aspecto, é muito mais provável que “zelote” refira-se ao partido político nacionalista que existia no judaísmo, naquela época. Essa hipótese é apoiada pela palavra grega traduzida como “zelote”, em Mateus 10:4 e Marcos 3:18. A palavra é cananaios, que é outro termo para a seita judaica dos zelotes. É claro que é bem possível que o antigo zelo nacionalista de Simão tenha-se transformado numa lealdade intensa a Jesus, caso em que ambos os nomes estariam presentes. Qualquer que seja o motivo, o papel de Simão, o zelote, como apóstolo de Cristo é um exemplo magnífico da graça transformadora de Deus e também como o Senhor usa pessoas drasticamente diferentes para realizar seus propósitos.
A.B.L.
5. Simão, o leproso, é mencionado apenas em Mateus 26:6 e Marcos 14:3. É a única pessoa acometida de lepra citada pelo nome, no Novo Testamento. Veja Lepra. Ele nos proporciona um interessante exemplo de como Jesus era totalmente capaz de aceitar aquelas pessoas marginalizadas pela sociedade. Em Marcos 14, Cristo fora à casa de Simão, em Betânia, para uma refeição. Enquanto alimentavam-se, uma mulher entrou e derramou um perfume caríssimo sobre a cabeça dele. Alguns na sala consideraram a ação dela um grande desperdício de dinheiro e “murmuravam contra ela” (Mc 14:5). Jesus lembrou aos presentes que os pobres sempre estariam com eles, mas o Filho de Deus não se encontraria entre eles por muito tempo. Tomou o perfume como um indicador profético de sua morte, quando seu corpo seria preparado com essências aromáticas para o sepultamento (v. 8). João 12:1-8 aparentemente relata o mesmo evento ocorrido em Betânia. A mulher é identificada como Maria, mas nenhuma menção é feita a Simão, o leproso.
6. Simão Iscariotes é mencionado apenas no evangelho de João. Era pai de Judas 1scariotes, o discípulo que traiu Jesus (Jo 6:71; Jo 13:2-26). Veja Judas 1scariotes.
7. Simão de Cirene foi forçado pelos guardas romanos a carregar a cruz para Jesus até o Gólgota, local onde Cristo foi crucificado (Mt 27:32; Lc 23:26). Marcos 15:21 acrescenta que ele era “pai de Alexandre e de Rufo” e que “por ali passava, vindo do campo”. Isso pode significar que seus filhos posteriormente aderiram à fé em Cristo e eram conhecidos na 1greja primitiva.
Cirene ficava no norte da África (moderna Líbia) e parece que ali havia uma grande comunidade judaica (At 6:9). É possível que Simão estivesse em Jerusalém para a festa da Páscoa. Posteriormente, no dia de Pentecostes, visitantes de Cirene ouviram o evangelho em sua própria língua e se converteram (At 2:10). Pessoas desse país também são mencionadas em conexão com a pregação do evangelho aos gentios (At 11:20) e um certo Lúcio de Cirene era mestre na igreja em Antioquia (At 13:1).
8. Simão, o mágico, vivia em Samaria e suas artes mágicas eram bem conhecidas na comunidade (At 8:9). Ele tinha prazer na aclamação do povo da cidade, o qual achava que ele tinha poderes divinos (vv. 10,11). Filipe, o evangelista, pregou a palavra de Deus em Samaria e muitas pessoas creram e foram batizadas. Ele realizou milagres em nome de Jesus e expeliu os demônios; toda a cidade foi afetada (vv. 4-8). O próprio Simão ficou maravilhado com o que acontecia por intermédio de Filipe e ele mesmo creu e foi batizado (v. 13). Pedro e João foram a Samaria para ver por si mesmos quantas pessoas tinham crido em Cristo e impuseram as mãos sobre os novos convertidos, para que recebessem o Espírito Santo (vv. 14-17). “Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, ofereceu-lhes dinheiro, dizendo: Dai-me também esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo” (vv. 18,19).
Acostumado a ser pago por seus serviços de magia, provavelmente Simão nada viu de errado em oferecer dinheiro para adquirir um pouco do poder que os apóstolos possuíam. O pedido, entretanto, revelou seu pecado e sua falta de entendimento. Pedro o olhou fixamente e lhe disse sem preâmbulos: “O teu coração não é reto diante de Deus”. Exortou-o então a se arrepender, a buscar perdão e uma mudança no coração: “Pois vejo que estás em fel de amargura e em laço de iniqüidade”. Simão pediu a Pedro que orasse por ele, para que não sofresse o juízo de Deus (vv. 23,24).
O texto não deixa claro até que ponto a conversão de Simão foi genuína. Certamente ele foi atraído pela operação de sinais e maravilhas, como acontece com tantas pessoas através dos séculos. Pedro precisou de maturidade espiritual para ver que a atração aos sinais e a crença neles não representava uma conversão genuína. A implicação no final da passagem é que, embora a fé de Simão não fosse genuína no princípio, no final ele realmente buscou o perdão do Senhor.
9. Simão, o curtidor, vivia perto do mar, em Jope (At 9:43;10:6-32). Sua casa provavelmente ficava à beira-mar, para que o curtume das peles de animais não causasse contaminação cerimonial à comunidade judaica. Pedro permaneceu em sua casa “por muitos dias”. O apóstolo chegara a Jope procedente de Lida, chamado por alguns discípulos, pois Tabita, uma discípula conhecida por suas boas obras, havia morrido. Pedro orou e ela ressuscitou dentre os mortos (At 9:40). Quando estava no terraço, na casa de Simão, o curtidor, Pedro teve a visão na qual foi encorajado a comer dos assim chamados animais “impuros”. Por meio desta revelação, o Senhor o preparava para o trabalho entre os gentios e especificamente para encontrar-se com o centurião Cornélio, cujos empregados já estavam a caminho de Jope, para pedir-lhe que os acompanhasse a Cesaréia. P.D.G.
5. Um personagem de Betânia, afligido pela lepra (Mt 26:6; Mc 14:3). Às vezes, é identificado com o 4.
6. O Cireneu. Personagem — possivelmente gentio — que foi obrigado a ajudar Jesus a levar a cruz (Mt 27:32; Mc 15:21; Lc 23:26);
7. Simão Iscariotes, pai de Judas 1scariotes (Jo 6:71; 13 2:26).
Autor: César Vidal Manzanares
Sinagoga
Dicionário Bíblico
Assembléia. A sua significação literal é a de uma convenção ou assembléia. A palavra, como no caso de ‘igreja’, veio a significar o próprio edifício, onde a assembléia se reunia. ‘Assembléias’ locais para instrução da Lei, e para culto, existiam desde tempos muito afastados, como eram, por exemplo, ‘as casas dos profetas’ (1 Sm 10.11 – 19.20 a 24 – 2 Rs 4,1) – e durante o cativeiro não eram raras as reuniões dos anciãos de israel (*veja Ez 8:1 e passagens paralelas) – as verdadeiras sinagogas parece terem-se formado mais tarde, na dispersão. Desde o ano 200 (a.C.), mais ou menos, começou a desenvolver-se na Palestina este gênero de assembléia com uma sistemática organização, multiplicando-se os edifícios próprios para os serviços religiosos. Estavam estas assembléias intimamente relacionadas com a obra dos escribas, como sendo instituições para instruir o povo na Lei e ensinar a sua aplicação na vida diária. Nas sinagogas, os custosos rolos das Escrituras, escritos pelos escribas, eram cuidadosamente guardados numa caixa ou arca, que de um modo visível estava voltada para o povo que se achava sentado. Havia serviços regulares todos os sábados, e também no segundo e quinto dia da semana. Uma especial importância era dada nestes serviços à leitura da Lei e dos Profetas – e também se faziam orações, exortações, explicações, e se davam esmolas. Como o conhecimento da antiga língua hebraica foi a pouco e pouco extinguindo-se, tinha a leitura de indicadas porções da Escritura de ser acompanhada da respectiva tradução em aramaico, ou talvez mesmo em grego, que parece ter sido uma língua entendida ao norte da Palestina no tempo de Jesus Cristo. As sinagogas eram não somente lugares de culto, mas também escolas, onde as crianças aprendiam a ler e a escrever – e serviam, também, de pequenos tribunais de justiça, nos quais a sentença não só era dada mas executada (Mt 10:17). Geralmente a sinagoga estava sob a direção dos ‘anciãos’ (Mc 7:3), sendo o primeiro deles chamado algumas vezes o príncipe ou o chefe daquelas assembléias (Lc 13:14 – At 13:15). os lugares dos anciãos, e dos principais, eram em frente da arca, estando eles voltados para a congregação. os anciãos tinham o poder de disciplinar, de excomungar e de açoitar – e eram eles, ou os principais, que na ocasião do serviço religioso convidavam pessoas de consideração para ler, ou orar, ou pregar. A coleta era levantada por dois ou mais indivíduos, e havia um ‘ministro’ (assistente), (Lc 4:20), que tinha sob o seu cuidado os livros sagrados, e cumpria os simples deveres de guarda. A ordem do culto nas sinagogas assemelhava-se muito à que se acha descrita em Ne 8:1-8, devendo comparar-se esta passagem com a de Lc 4:16-20. As sinagogas eram muito numerosas. Em qualquer povoação, em que vivia um certo número de judeus, tratando dos seus negócios, ali havia uma sinagoga. As companhias comerciais também possuíam a sua própria sinagoga, e até pessoas estranhas as construíam para os da sua própria nação. E por isso se fala em sinagogas ‘dos Cireneus, dos Alexandrinos, e dos da Cilícia e Ásia’, sendo essas pessoas do gênero daquelas que desses países numa ocasião subiram a Jerusalém (At 6:9). No tempo de Jesus Cristo era raro o país, em todo o império romano, onde não fosse encontrada uma sinagoga.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da FEB
Sinagoga (do grego synagogê, assembléia, congregação) – Um único templo havia na Judéia, o de Salomão, em Jerusalém, onde se celebravam as grandes cerimônias do culto. Os judeus, todos os anos, lá iam em peregrinação para as festas principais, como as da Páscoa, da Dedicação e dos Tabernáculos. Por ocasião dessas festas é que Jesus também costumava ir lá. As outras cidades não possuíam templos, mas apenas sinagogas: edifícios onde os judeus se reuniam aos sábados, para fazer preces públicas,sob a chefia dos anciãos, dos escribas,ou doutores da Lei. Por isso é que Jesussem ser sacerdote, ensinava aos sábadosnas sinagogas.Desde a ruína de Jerusalém e a disper-são dos judeus, as sinagogas, nas cida-des por eles habitadas, servem-lhes detemplos para a celebração do culto Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Introd•
Fonte: febnet.org.br
Dicionário da Bíblia de Almeida
Sinagoga Casa de oração dos judeus, que começou a existir provavelmente durante o CATIVEIRO. As sinagogas se espalharam pelo mundo bíblico. Nelas, adultos e crianças adoravam a Deus, oravam e estudavam as ESCRITURAS (Lc 4:16-30). A doutrina cristã se espalhou entre os judeus por meio das sinagogas (At 13:13-15) , cuja organização e forma de culto foram adotadas pelas igrejas cristãs.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Sinagoga Lugar do culto judaico. A palavra é de origem grega e designa um local de reunião. O termo hebraico para essa palavra é bet ha-kneset (casa de reunião). Aparece já no exílio babilônico após a primeira destruição do Templo, embora alguns estudiosos considerem que Jr 39:8 poderia ser uma referência antecipada a essa palavra.
Nesses locais de reunião, os judeus liam e estudavam a Bíblia, oravam e encontravam consolo em seu exílio. Antes do ano 70, já existiam umas 400 sinagogas somente em Jerusalém e umas 1.000 na diáspora. Depois dessa época, a sinagoga substituiu o Templo e se transformou no centro da vida judaica. Com o passar do tempo, a sinagoga modificou-se arquitetonicamente, mas conservou, sem dúvida, uma estrutura básica que consistia em uma arca sagrada (arón hakodesh), em um muro oriental ou de frente a ele (mizraj), em direção a Jerusalém em frente da entrada (Ber. 30a, Tosef. a Meg. 4.22); em uma bimah no centro ou voltado para trás; e em um ner tamid ou lâmpada perene pendurada diante da arca para simbolizar a menorah — ou candelabro de sete braços — do Templo. Também o setor de mulheres (ezrat nashim) encontrava-se separado dos homens por uma divisão, ou era construído em forma de galeria. A arca continha rolos sagrados (Sefer Torah) e diversos objetos religiosos. Junto a ela, ficavam os assentos de honra para os rabinos e fiéis ilustres.
Jesus freqüentou as sinagogas e utilizou-as como lugar de pregação (Mc 1:39; Lc 4:44). Na de Nazaré, iniciou seu ministério público (Lc 4:16-22). As sinagogas foram também cenário de seus confrontos com demônios (Lc 4:31ss.) e de seus milagres (Mc 3:1ss).
J. Peláez del Rosal, La sinagoga, Córdoba 1988; C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; E. Schürer, o. c.; f. Murphy, o. c.; S. Sandmel, Judaism...; E. P. Sanders, Judaism...
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Comum
substantivo femininoTemplo onde os judeus se reúnem para o exercício de seu culto. Assembléia de fiéis na religião judaica.
Fonte: Priberam
Sogro
Dicionário Comum
substantivo masculinoO pai de um dos cônjuges em relação ao outro.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
sogro (ô), s. .M O pai da mulher, em relação ao genro, ou o pai do marido, em relação à nora.
Fonte: Priberam
Sumo
Dicionário Comum
substantivo masculinoSuco feito de diversas formas. Líquido que se extrai de frutas: sumo de laranja. Etimologia (origem da palavra sumo). Do grego zomós. adjetivoDe extrema importância; proeminente, supremo: sumo sacerdote. Fora do comum; extraordinário. O ponto mais alto de; cume. substantivo masculinoFigurado Momento mais importante de; ápice. Etimologia (origem da palavra sumo). Do latim summus.
substantivo masculinoSuco feito de diversas formas. Líquido que se extrai de frutas: sumo de laranja. Etimologia (origem da palavra sumo). Do grego zomós. adjetivoDe extrema importância; proeminente, supremo: sumo sacerdote. Fora do comum; extraordinário. O ponto mais alto de; cume. substantivo masculinoFigurado Momento mais importante de; ápice. Etimologia (origem da palavra sumo). Do latim summus.
Fonte: Priberam
Dicionário de Sinônimos
-
Fonte: Dicio
Templo
Dicionário da FEB
[...] O templo é a casa onde se reúnem os que prestam culto à divindade. Não importa que se lhe chame igreja, mesquita, pagode ou centro. É sempre o local para onde vão aqueles que acreditam no Criador e que em seu nome se agregam, se unem, se harmonizam. Referencia: IMBASSAHY, Carlos• Religião: refutação às razões dos que combatem a parte religiosa em Espiritismo• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - Def•
Templo de fé é escola do coração. Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Templo de fé
Templo é o Universo, a Casa de Deus tantas vezes desrespeitada pelos desatinos humanos. Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Desvios da fé
A rigor, os homens deviam reconhecer nos templos o lugar sagrado do Altíssimo, onde deveriam aprender a fraternidade, o amor, a cooperação no seu programa divino. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 65
O templo é obra celeste no chão planetário objetivando a elevação da criatura [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19
Fonte: febnet.org.br
Dicionário de Sinônimos
igreja (igrejório, igrejário, igrejinha, igrejola), basílica, ermida, capela, delubro, fano, edícula, santuário. – Segundo S. Luiz, “convêm estes vocábulos (os três primeiros) em exprimir a ideia genérica de lugar destinado para o exercício público da religião; mas com suas diferenças”. – Templo refere-se diretamente à divindade; igreja, aos fiéis; basílica, à magnificência, ou realeza do edifício. – Templo é propriamente o lugar em que a divindade habita e é adorada. – Igreja é o lugar em que se ajuntam os fiéis para adorar a divindade e render-lhe culto. Por esta só diferença de relações, ou de modos de considerar o mesmo objeto, vê-se que templo exprime uma ideia mais augusta; e igreja, uma ideia menos nobre. Vê-se ainda que templo é mais próprio do estilo elevado e pomposo; e igreja, do estilo ordinário e comum. Pela mesma razão se diz que o coração do homem justo é o templo de Deus; que os nossos corpos são templos do Espírito Santo, etc.; e em nenhum destes casos poderia usar-se o vocábulo igreja. – Basílica, que significa própria e literalmente “casa régia”, e que na antiguidade eclesiástica se aplicou às igrejas por serem casas de Deus, Rei Supremo do Universo – hoje se diz de algumas igrejas principais, mormente quando os seus edifícios são vastos e magníficos, ou de fundação régia. Tais são as basílicas de S. Pedro e de S. João de Latrão em Roma; a basílica patriarcal em Lisboa, etc. Quando falamos das falsas religiões, damos às suas casas de oração, ou o nome geral de templo, ou os nomes particulares de mesquita, mochamo, sinagoga, pagode, etc., segundo a linguagem dos turcos e mouros, dos árabes, judeus, gentios, etc. – Igreja e basílica somente se diz dos templos cristãos, e especialmente dos católicos romanos”. – Os vocábulos igrejário, igrejório, igrejinha e igrejola são diminutivos de igreja, sendo este último, igrejola, o que melhor exprime a ideia da insignificância do edifício. A primeira, igrejário, pode aplicar-se ainda com a significação de – “conjunto das igrejas de uma diocese ou de uma cidade”. – Ermida Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 473 é propriamente igrejinha em paragem desolada; e também pequeno, mas belo e artístico templo em aldeia, ou povoado. – Capela é “propriamente a sala destinada ao culto, o lugar onde se faz oração nos conventos, nos palácios, nos colégios, etc. Em sentido mais restrito, é pequena igreja pobre de bairro, de fazenda, de sítio, ou de povoação que não tem ainda categoria eclesiástica na diocese”. – Delubro = templo pagão; capela de um templo; e também o próprio ídolo. – Fano – pequeno templo pagão; lugar sagrado, onde talvez se ouviam os oráculos. – Edícula = pequena capela ou ermida dentro de um templo ou de uma casa; oratório, nicho. – Santuário = lugar sagrado, onde se guardam coisas santas, ou onde se exercem funções religiosas.
Fonte: Dicio
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Templo Santuário destinado ao culto divino. No judaísmo, estava situado em Jerusalém. O primeiro foi construído por Salomão, em torno de 950 d.C., e substituiu o tabernáculo portátil e os santuários locais. Levantado sobre o monte do templo, identificado como o monte Moriá, tinha uma superfície de 30x10x15m aproximadamente. Entrava-se por um pórtico ladeado por dois pilares de bronze denominados Jaquin e Booz e, em seu interior, havia um vestíbulo (ulam), uma sala principal (hekal) e o Santíssimo (Debir), ao qual só o Sumo Sacerdote tinha acesso uma vez por ano, no dia de Yom Kippur. Dentro do Templo, destinado às tarefas do culto, estavam o altar para os sacrifícios, a arca e os querubins, a menorah de ouro e a mesa para a exposição do pão.
Os sacerdotes ou kohanim realizavam o culto diário no Hekal, existindo no pátio do Templo exterior uma seção reservada para eles (ezrat cohanim). Nos outros dois pátios havia lugar para os homens (ezrat 1srael) e para as mulheres de Israel (ezrat nashim). Esse Templo foi destruído no primeiro jurbán.
Reconstruído depois do regresso do exílio babilônico (c. 538-515 a.C.), passou por uma ambiciosa remodelação feita por Herodes (20 a.C.), que incluía uma estrutura duplicada da parte externa. Durante esse período, o Sumo Sacerdote desfrutou de considerável poder religioso, qual uma teocracia, circunstância desastrosa para Israel à medida que a classe sacerdotal superior envolvia-se com a corrupção, o roubo e a violência, conforme registram as próprias fontes talmúdicas.
Destruído no ano 70 pelos romanos, dele apenas restou o muro conhecido por Muro das Lamentações. A sinagoga viria a suprir, em parte, o Templo como centro da vida espiritual.
Jesus participou das cerimônias do Templo, mas condenou sua corrupção (Mt 5:23ss.; 12,2-7; 23,16-22; Lc 2:22-50). Anunciou sua destruição (Mt 23:38ss.; 24,2; 26,60ss.; 27,39ss.), o que não pode ser considerado “vaticinium ex eventu” já que, entre outras razões, está registrado em Q, que é anterior a 70 d.C. Essa destruição, prefigurada pela purificação do Templo (Mt 21:12ss. e par.), aconteceria por juízo divino. O episódio recolhido em Mt 27:51 e par. — que, curiosamente, conta com paralelos em alguma fonte judaica — indica que a existência do Templo aproximava-se do seu fim.
J. Jeremias, Jerusalén...; A. Edersheim, El Templo...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; Idem, Diccionario de las tres...
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Bíblico
Vamos fazer a descrição de trêstemplos em Jerusalém – o templo de Salomão – o templo reedificado sob a direção de Neemias – e o templo de Herodes. 1. Templo de Salomão. A edificação do templo foi a grande tarefa do reinado de Salomão. A madeira empregada na construção foi trazida do Líbano pelos operários fenícios, que em grande número foram empregados nesta obra, e outras semelhantes. Preparou-se o emadeiramento antes de ser levado até ao mar, sendo depois feita a sua condução em navios até Jope, e deste porto de mar até Jerusalém, numa distância apenas de 64 km, mais ou menos (1 Rs 5.9). Semelhantemente, as grandes pedras eram cortadas, cinzeladas, e cuidadosamente marcadas antes de serem mandadas para Jerusalém. Foram empregados neste trabalho milhares de operários. Havia 160.000 palestinos divididos em duas classes: a primeira compreendia israelitas nativos, dos quais 30:000, ou aproximadamente 1 por 44 da população vigorosa do sexo masculino, foram arregimentados para aquela obra numa ‘leva’. Estes homens trabalhavam em determinados espaços de tempo, funcionando 10.000 durante um mês, depois do que voltavam por dois meses para suas casas. A segunda classe de operários (1 Rs 5.15 – 2 Cr 2.17,18), era constituída por 150.000 homens, dos quais 70:000 eram carregadores, e 80.000 serradores de pedra. os da primeira dasse, sendo hebreus, eram trabalhadores livres, que trabalhavam sob a direção de inteligentes artífices de Hirão, ao passo que os da outra classe, que eram os representantes dos antigos habitantes pagãos da Palestina, eram realmente escravos (1 Rs 9.20,21 – 2 Cr 2.17,18 – 8.7 a 9). Além destes homens foram nomeados 3:300 oficiais (1 Rs 5.16), com 550 ‘chefes’ (1 Rs 9.23), dos quais 250 eram, na verdade, israelitas nativos (2 Cr 8.10). o contrato entre Salomão e Hirão era assim: Salomão devia dar providências para a manutenção e salário dos homens de Hirão, que haviam de receber certa quantidade de trigo batido, cevada, vinho e azeite (2 Cr 2,10) – ao passo que, enquanto os materiais para a edificação fossem requisitados, impunha Hirão, por esse beneficio, uma contribuição anual de 20.000 medidas de trigo, e 20 medidas do melhor azeite do mercado. A Fenícia dependia principalmente da Palestina para seu abastecimento de pão e azeite (Ez 27:17 – At 12:20). o mestre de obras, que o rei Hirão mandou, chamava-se Hirão-Abi, um homem que descendia dos judeus, pela parte da mãe (2 Cr 2.13,14). o templo estava voltado para o oriente – quer isto dizer que os adoradores, entrando pela parte oriental, tinham em frente o Lugar Santíssimo e olhavam para o ocidente – e, com efeito, sendo o véu desviado para o lado, a arca na parte mais funda do Santuário era vista, estando voltada para o oriente. Entrando, pois, pelo lado oriental, o crente achar-se-ia no vestíbulo, que ocupava toda a largura do templo, isto é, cerca de 9 metros, com uma profundidade de 10,5 metros. Propriamente o Santuário tinha 27 metros de comprimento, por 9 de largura, e 13,5 de altura – constava do Santo Lugar e do Santo dos Santos. Estas medições dizem respeito ao interior – se se quiser saber qual seria a área do templo, temos já de considerar para a avaliação as paredes e a cadeia circunjacente de construções laterais. Estas câmaras serviam para armazenagem dos vasos sagrados – também, talvez, de quartos de dormir para uso dos sacerdotes que estavam de serviço no templo. Era a entrada nessas câmaras por uma porta, que estava ao meio do frontispício do sul, de onde também havia uma escada de caracol que ia ter aos compartimentos superiores (1 Rs 6.8). As janelas do próprio templo, que deviam estar acima do telhado das câmaras, eram de grades, não podendo ser abertas (1 Rs 6.4). os objetos mais proeminentes no vestíbulo eram dois grandes pilares, Jaquim e Boaz, que Hirão formou por ordem de Salomão (1 Rs 7.15 a 22). Jaquim (‘ele sustenta’) e Boaz (‘nele há força’), apontavam para Deus, em Quem se devia firmar, como sendo a Força e o Apoio por excelência, não só o Santuário, mas também todos aqueles que ali realmente entravam. o vestíbulo dava para o Santo Lugar por meio de portas de dois batentes. Estas portas eram feitas de madeira de cipreste, sendo os seus gonzos de ouro, postos em umbrais de madeira de oliveira. Tinham a embelezá-las diversas figuras esculpidas de querubins entre palmeiras, e por cima delas botões de flor a abrir e grinaldas. Dentro do Santuário todos os móveis sagrados eram de ouro, sendo os exteriores feitos de cobre. o sobrado, as paredes (incrustadas, se diz, de pedras preciosas), e o teto eram cobertos de ouro. Tudo isto devia luzir com grande brilho à luz dos sagrados candelabros, sendo dez, e de ouro puro, os que estavam no Santo Lugar, cada um deles com sete braços: havia cinco do lado direito e cinco do lado esquerdo, em frente do Santo dos Santos (1 Rs 7.49). A entrada para o Santo dos Santos estava vedada por um véu ‘de estofo azul, púrpura, carmesim e linho fino’, e bordados nele se viam querubins (2 Cr 3.14). Entre os castiçais estava o altar do incenso, feito de madeira de cedro, e coberto de ouro (1 Rs 6.20,22 – 7,48) – e colocados à direita e à esquerda estavam dez mesas de ouro com os pães da proposição (2 Cr 4.8). os instrumentos necessários para o uso desta sagrada mobília eram, também, de ouro puro (1 Rs 7.49,50). Passava-se do Santo Lugar para o Santo dos Santos por portas de dois batentes, feitas de madeira de oliveira. Dentro do Santo dos Santos estava a arca, a mesma que tinha estado no tabernáculo. Salomão mandou pôr do lado setentrional da mesma arca e do lado do sul duas gigantescas figuras de querubim, esculpidas em madeira de oliveira, e revestidas de ouro. Cada um deles tinha a altura de 4,5 metros, e os dois com as suas asas estendidas, cobrindo o propiciatório, tinham a largura de 4,5 metros. Saía-se do vestíbulo para o átrio interior, ou ‘pátio dos sacerdotes’ (1 Rs 6.36 – 2 Cr 4.9). Era este um pavimento, formado de grandes pedras, como também o era o ‘pátio grande’ do povo (2 Cr 4.9). No ‘pátio dos sacerdotes’ estava o altar dos holocaustos (1 Rs 8.64), de bronze, com 4,5 metros de altura, sendo a base de 9 me
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
substantivo masculinoEdifício consagrado ao culto religioso; igreja. Local em que se realizam as sessões da maçonaria. Nome de uma ordem religiosa Ver templários. Figurado Lugar digno de respeito: seu lar é um templo.
Fonte: Priberam
Dicionário da Bíblia de Almeida
Templo Edifício construído no monte Moriá, em Jerusalém, no qual estava centralizado o culto a Javé em Israel. Substituiu o TABERNÁCULO. O primeiro Templo foi construído por Salomão, mais ou menos em 959 a.C., e destruído pelos babilônios em 586 a.C. (2Rs 25:8-17). O Templo propriamente dito media 27 m de comprimento por 9 de largura por 13,5 de altura. Estava dividido em duas partes: o LUGAR SANTÍSSIMO (Santo dos Santos), que media 9 m de comprimento, e o LUGAR SANTO, que media 18 m. Encostados nos lados e nos fundos do Templo, havia três andares de salas destinadas a alojar os sacerdotes e servir como depósito de ofertas e de objetos. Na frente havia um PÓRTICO, onde se encontravam duas colunas chamadas Jaquim e Boaz. No Lugar Santíssimo, onde só o sumo sacerdote entrava uma vez por ano, ficava a ARCA DA ALIANÇA, cuja tampa era chamada de PROPICIATÓRIO. No Lugar Santo, onde só entravam os sacerdotes, ficavam o ALTAR de INCENSO, a mesa dos PÃES DA PROPOSIÇÃO e o CANDELABRO. Do lado de fora havia um altar de SACRIFÍCIOS e um grande tanque de bronze com água para a purificação dos sacerdotes. Em volta do altar estava o pátio (ÁTRIO) dos sacerdotes (1Rs 5—7; a NTLH tem as medidas em metros). A construção do segundo Templo foi feita por Zorobabel. Começou em 538 a.C. e terminou em 516 a.C., mais ou menos (Ed 6). O terceiro Templo foi ampliado e embelezado por Herodes, o Grande, a partir de 20 a.C. Jesus andou pelos seus pátios (Jo 2:20). As obras só foram concluídas em 64 d.C. Nesse Templo havia quatro pátios: o dos sacerdotes, o dos homens judeus, o das mulheres judias e o dos GENTIOS. No ano 70, contrariando as ordens do general Tito, um soldado romano incendiou o Templo, que nunca mais foi reconstruído. No seu lugar está a mesquita de Al Acsa. O Templo da visão de Ezequiel é diferente dos outros (Ez 40—46).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Terra
Dicionário da FEB
[...] berço de criaturas cuja fraqueza as asas da Divina Providência protege, nova corda colocada na harpa infinita e que, no lugar que ocupa, tem de vibrar no concerto universal dos mundos. Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 23
O nosso mundo pode ser considerado, ao mesmo tempo, como escola de Espíritos pouco adiantados e cárcere de Espíritos criminosos. Os males da nossa Humanidade são a conseqüência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos que a formam. Pelo contato de seus vícios, eles se infelicitam reciprocamente e punem-se uns aos outros. Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3, it• 132
Disse Kardec, alhures, que a Terra é um misto de escola, presídio e hospital, cuja população se constitui, portanto, de homens incipientes, pouco evolvidos, aspirantes ao aprendizado das Leis Naturais; ou inveterados no mal, banidos, para esta colônia correcional, de outros planetas, onde vigem condições sociais mais elevadas; ou enfermos da alma, necessitados de expungirem suas mazelas através de provações mais ou menos dolorosas e aflitivas. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça
[...] é oficina de trabalho, de estudo e de realizações, onde nos cumpre burilar nossas almas. [...] Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Sede perfeitos
[...] é o calvário dos justos, mas é também a escola do heroísmo, da virtude e do gênio; é o vestíbulo dos mundos felizes, onde todas as penas aqui passadas, todos os sacrifícios feitos nos preparam compensadoras alegrias. [...] A Terra é um degrau para subir-se aos céus. Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 11
O mundo, com os seus múltiplos departamentos educativos, é escola onde o exercício, a repetição, a dor e o contraste são mestres que falam claro a todos aqueles que não temam as surpresas, aflições, feridas e martírios da ascese. [...] Referencia: EVANGELIZAÇÃO: fundamentos da evangelização espírita da infância e da juventude (O que é?)• Rio de Janeiro: FEB, 1987• -
[...] A Terra é um mundo de expiações e provas, já em fase de transição para se tornar um mundo de regeneração. Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4
[...] o Planeta terrestre é o grande barco navegando no cosmo, sacudido, a cada instante, pelas tempestades morais dos seus habitantes, que lhe parecem ameaçar o equilíbrio, a todos arrastando na direção de calamidades inomináveis. Por esta razão, periodicamente missionários e mestres incomuns mergulharam no corpo com a mente alerta, a fim de ensinarem comportamento de calma e de compaixão, de amor e de misericórdia, reunindo os aflitos em sua volta e os orientando para sobreviverem às borrascas sucessivas que prosseguem ameaçadoras. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente
Quando o homem ora, anseia partir da Terra, mas compreende, também, que ela é sua mãe generosa, berço do seu progresso e local da sua aprendizagem. [...] Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1
Assim se compreende porque a Terra é mundo de “provas e expiações”, considerando-se que os Espíritos que nela habitam estagiam na sua grande generalidade em faixas iniciais, inferiores, portanto, da evolução. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pensamento e perispírito
Apesar de ainda se apresentar como planeta de provas e expiações, a Terra é uma escola de bênçãos, onde aprendemos a desenvolver as aptidões e a aprimorar os valores excelentes dos sentimentos; é também oficina de reparos e correções, com recursos hospitalares à disposição dos pacientes que lhes chegam à economia social. Sem dúvida, é também cárcere para os rebeldes e os violentos, que expungem o desequilíbrio em processo de imobilidade, de alucinação, de limites, resgatando as graves ocorrências que fomentaram e praticaram perturbando-lhe a ordem e a paz. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Trilhas da libertação• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cilada perversa
O mundo conturbado é hospital que alberga almas que sofrem anemia de amor, requisitando as vitaminas do entendimento e da compreensão, da paciência e da renúncia, a fim de que entendimento e compreensão, paciência e renúncia sejam os sinais de uma vida nova, a bem de todos. Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Hospital
[...] É um astro, como Vênus, como seus irmãos, e vagueia nos céus com a velocidade de 651.000 léguas por dia. Assim, estamos atualmente no céu, estivemos sempre e dele jamais poderemos sair. Ninguém mais ousa negar este fato incontestável, mas o receio da destruição de vários preconceitos faz que muitos tomem o partido de não refletir nele. A Terra é velha, muito velha, pois que sua idade se conta por milhões e milhões de anos. Porém, malgrado a tal anciania, está ainda em pleno frescor e, quando lhe sucedesse perecer daqui a quatrocentos ou quinhentos mil anos, o seu desaparecimento não seria, para o conjunto do Universo, mais que insignificante acidente. Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 4a efusão
[...] Por se achar mais distante do sol da perfeição, o nosso mundozinho é mais obscuro e a ignorância nele resiste melhor à luz. As más paixões têm aí maior império e mais vítimas fazem, porque a sua Humanidade ainda se encontra em estado de simples esboço. É um lugar de trabalho, de expiação, onde cada um se desbasta, se purifica, a fim de dar alguns passos para a felicidade. [...] Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 8a efusão
[...] A Terra tem que ser um purgatório, porque a nossa existência, pelo menos para a maioria, tem que ser uma expiação. Se nos vemos metidos neste cárcere, é que somos culpados, pois, do contrário, a ele não teríamos vindo, ou dele já houvéramos saído. [...] Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão
Nossa morada terrestre é um lugar de trabalho, onde vimos perder um pouco da nossa ignorância original e elevar nossos conhecimentos. [...] Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• Uma carta de Bezerra de Menezes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• -
[...] é a escola onde o espírito aprende as suas lições ao palmilhar o longuíssimo caminho que o leva à perfeição. [...] Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23
[...] o mundo, para muitos, é uma penitenciária; para outros, um hospital, e, para um número assaz reduzido, uma escola. Referencia: Ó, Fernando do• Alguém chorou por mim• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2
[...] casa de Deus, na específica destinação de Educandário Recuperatório, sem qualquer fator intrínseco a impedir a libertação do homem, ou a desviá-lo de seu roteiro ascensional. Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1
[...] é uma estação de inverno, onde o Espírito vem preparar-se para a primavera do céu! Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pref•
Feito o planeta – Terra – nós vemos nele o paraíso, o inferno e o purgatório.O paraíso para os Espíritos que, emigra-dos de mundos inferiores, encontram naTerra, podemos dizer, o seu oásis.O inferno para os que, já tendo possuí-do mundos superiores ao planeta Terra,pelo seu orgulho, pelas suas rebeldias, pelos seus pecados originais a ele desceram para sofrerem provações, para ressurgirem de novo no paraíso perdido. O purgatório para os Espíritos em transição, aqueles que, tendo atingido um grau de perfectibilidade, tornaram-se aptos para guias da Humanidade. Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1
Antes de tudo, recorda-se de que o nosso planeta é uma morada muito inferior, o laboratório em que desabrocham as almas ainda novas nas aspirações confusas e paixões desordenadas. [...] Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a guerra
O mundo é uma escola de proporções gigantescas, cada professor tem a sua classe, cada um de nós tem a sua assembléia. Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Colegas invisíveis
A Terra é o campo de ação onde nosso espírito vem exercer sua atividade. [...] Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Por que malsinar o mundo?
[...] é valiosa arena de serviço espiritual, assim como um filtro em que a alma se purifica, pouco a pouco, no curso dos milênios, acendrando qualidades divinas para a ascensão à glória celeste. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 1
A Terra inteira é um templo / Aberto à inspiração / Que verte das Alturas [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia da espiritualidade• Pelo Espírito Maria Dolores• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1985• - cap• 4
A Terra é a escola abençoada, onde aplicamos todos os elevados conhecimentos adquiridos no Infinito. É nesse vasto campo experimental que devemos aprender a ciência do bem e aliá-la à sua divina prática. Nos nevoeiros da carne, todas as trevas serão desfeitas pelos nossos próprios esforços individuais; dentro delas, o nosso espírito andará esquecido de seu passado obscuro, para que todas as nossas iniciativas se valorizem. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10
A Terra é uma grande e abençoada escola, em cujas classes e cursos nos matriculamos, solicitando – quando já possuímos a graça do conhecimento – as lições necessárias à nossa sublimação. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53
O mundo atual é a semente do mundo paradisíaco do futuro. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Crônicas de além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• - cap• 25
Servidores do Cristo, orai de sentinela! / Eis que o mundo sangrando é campo de batalha, / Onde a treva infeliz se distende e trabalha / O coração sem Deus, que em sombra se enregela. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
No macrocosmo, a casa planetária, onde evolvem os homens terrestres, é um simples departamento de nosso sistema solar que, por sua vez, é modesto conjunto de vida no rio de sóis da Via-Láctea. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
No mundo terrestre – bendita escola multimilenária do nosso aperfeiçoamento espiritual – tudo é exercício, experimentação e trabalho intenso. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
O orbe inteiro, por enquanto, / Não passa de um hospital, / Onde se instrui cada um, / Onde aprende cada qual. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
O mundo, com as suas lutas agigantadas, ásperas, é a sublime lavoura, em que nos compete exercer o dom de compreender e servir. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
O mundo é uma escola vasta, cujas portas atravessamos, para a colheita de lições necessárias ao nosso aprimoramento. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Apesar dos exemplos da humildade / Do teu amor a toda Humanidade / A Terra é o mundo amargo dos gemidos, / De tortura, de treva e impenitência. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A Terra é o nosso campo de ação. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A Terra é a nossa grande casa de ensino. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A Terra é uma escola, onde conseguimos recapitular o pretérito mal vivido, repetindo lições necessárias ao nosso reajuste. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A Terra, em si mesma, é asilo de caridade em sua feição material. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A Terra é o campo de trabalho, em que Deus situou o berço, o lar, o templo e a escola. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A Terra é a Casa Divina, / Onde a luta nos ensina / A progredir e brilhar. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
O mundo em que estagiamos é casa grande de treinamento espiritual, de lições rudes, de exercícios infindáveis. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] é um grande magneto, governado pelas forças positivas do Sol. Toda matéria tangível representa uma condensação de energia dessas forças sobre o planeta e essa condensação se verifica debaixo da influência organizadora do princípio espiritual, preexistindo a todas as combinações químicas e moleculares. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22
O mundo é caminho vasto de evolução e aprimoramento, onde transitam, ao teu lado, a ignorância e a fraqueza. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71
O mundo não é apenas a escola, mas também o hospital em que sanamos desequilíbrios recidivantes, nas reencarnações regenerativas, através do sofrimento e do suor, a funcionarem por medicação compulsória. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Doenças da alma
O Universo é a projeção da mente divina e a Terra, qual a conheceis em seu conteúdo político e social, é produto da mente humana. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
O mundo é uma ciclópica oficina de labores diversíssimos, onde cada indivíduo tem a sua parcela de trabalho, de acordo com os conhecimentos e aptidões morais adquiridos, trazendo, por isso, para cada tarefa, o cabedal apri morado em uma ou em muitas existências. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Antíteses da personalidade de Humberto de Campos
A Terra é uma vasta oficina. Dentro dela operam os prepostos do Senhor, que podemos considerar como os orientadores técnicos da obra de aperfeiçoamento e redenção. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 39
A Terra é um plano de experiências e resgates por vezes bastante penosos. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 338
A Terra deve ser considerada escola de fraternidade para o aperfeiçoamento e regeneração dos Espíritos encarnados. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 347
[...] é o caminho no qual a alma deve provar a experiência, testemunhar a fé, desenvolver as tendências superiores, conhecer o bem, aprender o melhor, enriquecer os dotes individuais. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 403
O mundo em que vivemos é propriedade de Deus. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Lembranças
[...] é a vinha de Jesus. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29
[...] é uma escola de iluminação, poder e triunfo, sempre que buscamos entender-lhe a grandiosa missão. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33
[...] abençoada escola de dor que conduz à alegria e de trabalho que encaminha para a felicidade com Jesus. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 28
Não olvides que o mundo é um palácio de alegria onde a Bondade do Senhor se expressa jubilosa. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alegria
[...] é uma vasta oficina, onde poderemos consertar muita coisa, mas reconhecendo que os primeiros reparos são intrínsecos a nós mesmos. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6
A Terra é também a grande universidade. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Do noticiarista desencarnado
Salve planeta celeste, santuário de vida, celeiro das bênçãos de Deus! ... Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 15
A Terra é um magneto enorme, gigantesco aparelho cósmico em que fazemos, a pleno céu, nossa viagem evolutiva. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8
[...] é um santuário do Senhor, evolutindo em pleno Céu. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 12
Agradece, cantando, a Terra que te abriga. / Ela é o seio de amor que te acolheu criança, / O berço que te trouxe a primeira esperança, / O campo, o monte, o vale, o solo e a fonte amiga... Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 33
[...] é o seio tépido da vida em que o princípio inteligente deve nascer, me drar, florir e amadurecer em energia consciente [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Evolução em dois mundos• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 13
Fonte: febnet.org.br
Dicionário de Sinônimos
terreno, solo, campo. – Terra sugere ideia das qualidades, das propriedades da massa natural e sólida que enche ou cobre uma parte qualquer da superfície da terra. – Terreno refere-se, não só à quantidade, ou à extensão da superfície, como ao destino que se lhe vai dar, ou ao uso a que se adapta. – Solo dá ideia geral de assento ou fundamento, e designa a superfície da terra, ou o terreno que se lavra, ou onde se levanta alguma construção. – Campo é solo onde trabalha, terreno de cultura, ou mesmo já lavrado. Naquela província há terras magníficas para o café; dispomos apenas de um estreito terreno onde mal há espaço para algumas leiras e um casebre; construiu o monumento em solo firme, ou lançou a semente em solo ingrato; os campos já florescem; temos aqui as alegrias da vida do campo.
Fonte: Dicio
Dicionário Bíblico
os hebreus tinham vários nomes para terra, especialmente Adama e Eretz. Adama, isto é a terra vermelha (Gn 1:25), denota, muitas vezes, terra arável (Gn 4:2). o termo é, também, empregado a respeito de um país, especialmente a Palestina (Gn 47:19 – Zc 2:12). Quando Naamã pediu uma carga de terra que dois mulos pudessem levar (2 Rs 5.17), ele foi influenciado pela idéia pagã de que o Senhor era um deus local, podendo apenas ser adorado com proveito no seu nativo solo. Eretz é a terra em oposição ao céu, ou a terra seca como distinta do mar (Gn 1:1-10). A palavra é, também, aplicada a toda a terra (Gn 18:18), ou a qualquer divisão dela (Gn 21:32), e mesmo ao chão que uma pessoa pisa (Gn 33:3). A frase ‘profundezas da terra’ (is 44:23) significa literalmente os vales, os profundos recessos, como as cavernas e subterrâneos, e figuradamente a sepultura. No N.T., além do termo vulgar ‘terra’, que corresponde às várias significações já apresentadas, há uma palavra especial que significa ‘ terra habitada’ (Lc 4:5 – Rm 10:18 – etc.), usando-se esta expressão de um modo especial a respeito do império Romano. Terra, num sentido moral, é oposta ao que é celestial e espiritual (*veja Jo 3:31 – 1 Co 15.47 a 49 – Tg 3:15, etc.).
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
substantivo femininoGeografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida. Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra. Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil. País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira. Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra. Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada. Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra. [Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos. [Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento. expressãoBeijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora. Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção. Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura. Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação. Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina. Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo femininoGeografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida. Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra. Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil. País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira. Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra. Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada. Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra. [Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos. [Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento. expressãoBeijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora. Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção. Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura. Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação. Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina. Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.
Fonte: Priberam
Testemunho
Dicionário Comum
substantivo masculinoDeclaração feita pela testemunha, pela pessoa que estava presente ou viu algum acontecimento ou crime; depoimento. O que pode ser usado para comprovar a veracidade ou existência de algo; prova. Registro que se faz com o intuito de fundamentar algo, geralmente uma uma passagem da própria vida: testemunho religioso; comprovação. Geologia Os restos ou aquilo que resta de antigas superfícies destruídas pelo efeito da erosão. Ação ou efeito de testemunhar, de manifestar algo por palavras ou gestos. Etimologia (origem da palavra testemunho). Do latim testimonium.
substantivo masculinoMedida japonesa, equivalente a 18,039 litros. Relicário dos japoneses.toto Contração do pronome te com o pronome o.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoMedida japonesa, equivalente a 18,039 litros. Relicário dos japoneses.toto Contração do pronome te com o pronome o.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoMedida japonesa, equivalente a 18,039 litros. Relicário dos japoneses.toto Contração do pronome te com o pronome o.
Fonte: Priberam
Tribuno
Dicionário Comum
substantivo masculinoOrador. [Antiguidade] rom. Funcionário público da Roma antiga. Havia dois tipos de tribunos: os tribunos militares e os tribunos do povo. Os primeiros tribunos militares eram chefes dos soldados que as várias tribos romanas forneciam ao exército da república. Havia seis tribunos para cada legião, os quais ocupavam postos logo abaixo do comandante supremo. Os primeiros tribunos eram indicados pelos cônsules. Mais tarde, o povo passou a elegê-los. Os tribunos do povo eram funcionários eleitos para proteger os direitos dos plebeus. Segundo um relato, os plebeus deixaram Roma em 494 a.C. e recusaram-se a voltar enquanto não tivessem permissão para eleger seus próprios defensores. Os historiadores acreditam que inicialmente havia apenas dois tribunos. Mais tarde, o seu número chegou a quatro ou cinco e depois a dez. Ocupavam o cargo durante um mandato de um ano, mas podiam ser reeleitos. Os tribunos podiam defender os cidadãos contra as injustiças cometidas pelos funcionários públicos. No senado, podiam vetar projetos de leis e, na sua própria assembléia, introduzir plebiscitos. Não podiam ser presos. Tribunos militares, magistrados romanos que assumiram durante algum tempo a autoridade dos cônsules.
substantivo masculinoDucto, canal, fresta ou ramificação das mais variadas cores, formas ou tamanhos que são encontradas em pedras, madeiras ou em mármore. Por Extensão Sinal que se assemelha a uma estria, riscas irregulares; estria. Corrente de água que provém de rios; riacho. Mineralogia Camada que pode ser explorada; filão: veio de ouro. Figurado O que pode ser utilizado como fundamento para; o ponto central de; essência: o veio de uma teoria. Canal natural de água que se localiza abaixo da terra. Peça que move uma roda, eixo de ativação manual; manivela. Etimologia (origem da palavra veio). Veia + o.
Fonte: Priberam
Verdade
Dicionário Comum
substantivo femininoQue está em conformidade com os fatos ou com a realidade: as provas comprovavam a verdade sobre o crime. Por Extensão Circunstância, objeto ou fato real; realidade: isso não é verdade! Por Extensão Ideia, teoria, pensamento, ponto de vista etc. tidos como verídicos; axioma: as verdades de uma ideologia. Por Extensão Pureza de sentimentos; sinceridade: comportou-se com verdade. Fiel ao original; que representa fielmente um modelo: a verdade de uma pintura; ela se expressava com muita verdade. [Filosofia] Relação de semelhança, conformação, adaptação ou harmonia que se pode estabelecer, através de um ponto de vista ou de um discurso, entre aquilo que é subjetivo ao intelecto e aquilo que acontece numa realidade mais concreta. Etimologia (origem da palavra verdade). Do latim veritas.atis.
Fonte: Priberam
Dicionário da FEB
Importa que cada coisa venha a seu tempo. A verdade é como a luz: o homem precisa habituar-se a ela, pouco a pouco; do contrário, fica deslumbrado. [...] Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 628
[...] Desde que a divisa do Espiritismo é Amor e caridade, reconhecereis a verdade pela prática desta máxima, e tereis como certo que aquele que atira a pedra em outro não pode estar com a verdade absoluta. [...] Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Discurso de Allan Kardec aos Espíritas de Bordeaux
O conhecimento da Verdade liberta o ser humano das ilusões e impulsiona-o ao crescimento espiritual, multiplicando-lhe as motivações em favor da auto-iluminação, graças à qual torna-se mais fácil a ascensão aos páramos celestes. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impermanência e imortalidade
[...] é lâmpada divina de chama inextinguível: não há, na Terra, quem a possa apagar ou lhe ocultar as irradiações, que se difundem nas trevas mais compactas. Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - L• 5, cap• 3
[...] A verdade é filha do tempo e não da autoridade. [...] Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 17
[...] a verdade é o bem: tudo o que é verdadeiro, justo e bom [...]. Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4
A verdade, a que Jesus se referia [...] é o bem, é a pureza que o Espírito conserva ao longo do caminho do progresso que o eleva na hierarquia espírita, conduzindo-o à perfeição e, pela perfeição, a Deus, que é a verdade absoluta. Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4
[...] A verdade é o conhecimento de todo princípio que, assim na ordem física, como na ordem moral e intelectual, conduz a Humanidade ao seu aperfeiçoamento, à fraternidade, ao amor universal, mediante sinceras aspirações ao espiritualismo, ou, se quiserdes, à espiritualidade. A idéia é a mesma; mas, para o vosso entendimento humano, o espiritualismo conduz ao Espiritismo e o Espiritismo tem que conduzir à espiritualidade. Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4
A verdade é sempre senhora e soberana; jamais se curva; jamais se torce; jamais se amolda. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade
A verdade é, muitas vezes, aquilo que não queremos que seja; aquilo que nos desagrada; aquilo com que antipatizamos; V aquilo que nos prejudica o interesse, nos abate e nos humilha; aquilo que nos parece extravagante, e até mesmo aquilo que não cabe em nós. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A verdade
[...] é o imutável, o eterno, o indestrutível. [...] Verdade é amor. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo
[...] a verdade sem amor para com o próximo é como luz que cega ou braseiro que requeima. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião
A verdade é remédio poderoso e eficaz, mas só deve ser administrado consoante a posição espiritual de cada um. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões
A verdade é uma fonte cristalina, que deve correr para o mar infinito da sabedoria. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De longe
Conhecer, portanto, a verdade é perceber o sentido da vida. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173
[...] é luz divina, conquistada pelo trabalho e pelo merecimento de cada um [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Crenças
[...] é sagrada revelação de Deus, no plano de nossos interesses eternos, que ninguém deve menosprezar no campo da vida. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32
[...] É realização eterna que cabe a cada criatura consolidar aos poucos, dentro de si mesma, utilizando a própria consciência. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32
A verdade é a essência espiritual da vida. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 193
Todos nós precisamos da verdade, porque a verdade é a luz do espírito, em torno de situações, pessoas e coisas; fora dela, a fantasia é capaz de suscitar a loucura, sob o patrocínio da ilusão. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21
Fonte: febnet.org.br
Dicionário da Bíblia de Almeida
Verdade 1) Conformação da afirmativa com a realidade dos fatos (Pv 12:17; Fp 4:25).
3) Jesus, que é, em pessoa, a expressão do que Deus é (Jo 14:6).
4) “Na verdade” ou “em verdade” é expressão usada por Jesus para introduzir uma afirmativa de verdade divina (Mt 5:18).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Verdade O que está em conformidade com a realidade (Mt 14:33; 22,16; 26,73; 27,54; Mc 5:33; 12,32; Lc 16:11). Nesse sentido, logicamente, existe a Verdade absoluta e única que se identifica com Jesus (Jo 14:6). Suas ações e ensinamentos são expressão do próprio Deus (Jo 5:19ss.; 36ss.; 8,19-28; 12,50). Mais tarde, é o Espírito de verdade que dará testemunho de Jesus (Jo 4:23ss.; 14,17; 15,26; 16,13).
Autor: César Vidal Manzanares
Vez
Dicionário Comum
substantivo masculinoDado momento; certa ocasião, circunstância ou período de tempo: uma vez ele apareceu na loja e fez um escândalo enorme. Turno; momento que pertence a alguém ou a essa pessoa está reservado: espere a sua vez! Ocasião; tendência para que algo se realize; em que há oportunidade: deste vez irei à festa! Acontecimento recorrente; ocorrência de situações semelhantes ou iguais: ele se demitiu uma vez; já fui àquele restaurante muitas vezes. Parcela; usado para multiplicar ou comparar: vou pagar isso em três vezes; três vezes dois são seis. locução adverbialÀs vezes ou por vezes: só vou lá de vez em quando. De uma vez por todas. Definitivamente: ele foi embora de uma vez por todas. De vez em quando ou de quando em vez. Quase sempre: vou ao trabalho de vez em quando. De vez. De modo final: acabei de vez com meu casamento! Desta vez. Agora; neste momento: desta vez vai ser diferente. locução prepositivaEm vez de, em lugar de. Era uma vez. Em outro tempo: era uma vez um rei que. Uma vez na vida e outra na morte. Muito raramente: tenho dinheiro uma vez na vida e outra na morte. Etimologia (origem da palavra vez). Do latim vice.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
vez (ê), s. f. 1. Unidade ou repetição de um fato: Uma vez. Cinco vezes. 2. Tempo, ocasião, momento oportuno para agir: Falar na sua vez. 3. Ensejo, oportunidade. 4. Dose, pequena porção, quinhão.
1.
Transportar-se de um lugar para aquele onde estamos ou para aquele onde está a pessoa a quem falamos; deslocar-se de lá para cá (ex.: os turistas vêm a Lisboa; o gato veio para perto dele; o pai chamou e o filho veio).
≠
IR
verbo transitivo
2.
Chegar e permanecer num lugar (ex.: ele veio para o Rio de Janeiro quando ainda era criança).
3.
Derivar (ex.: o tofu vem da soja).
4.
Ser transmitido (ex.: a doença dela vem da parte da mãe).
5.
Ser proveniente; ter origem em (ex.: o tango vem da Argentina).
=
PROVIR
6.
Ocorrer (ex.: vieram-lhe à mente algumas memórias).
7.
Emanar (ex.: o barulho vem lá de fora).
8.
Deslocar-se com um objectivo (ex.: ele veio à festa pela comida).
9.
Descender, provir (ex.: ela vem de uma família aristocrata).
10.
Bater, chocar, esbarrar (ex.: a bicicleta veio contra o muro).
11.
Expor, apresentar, aduzir (ex.: todos vieram com propostas muito interessantes).
12.
Chegar a, atingir (ex.: o fogo veio até perto da aldeia).
verbo transitivo e intransitivo
13.
Apresentar-se em determinado local (ex.: os amigos disseram que viriam à festa; a reunião foi breve, mas nem todos vieram).
=
COMPARECER
verbo intransitivo
14.
Chegar (ex.: o táxi ainda não veio).
15.
Regressar, voltar (ex.: foram a casa e ainda não vieram).
16.
Seguir, acompanhar (ex.: o cão vem sempre com ela).
17.
Nascer (ex.: os gatinhos vieram mais cedo do que os donos esperavam).
18.
Surgir (ex.: a chuva veio em força).
19.
Começar a sair ou a jorrar (ex.: abriram as comportas e a água veio).
=
IRROMPER
20.
Acontecer, ocorrer, dar-se (ex.: a fama e o sucesso vieram de repente).
verbo copulativo
21.
Aparecer, surgir (ex.: a caixa veio aberta).
verbo pronominal
22.
[Portugal, Informal]
Atingir o orgasmo (ex.: estava muito excitado e veio-se depressa).
=
GOZAR
vir abaixo Desmoronar-se (ex.: o prédio veio abaixo com a explosão).
=
IR ABAIXO
verbo transitivo indireto , intransitivo e pronominalDirigir-se ou ser levado de um local para outro, normalmente para o lugar onde estamos ou para seus arredores: a minha mãe virá a Minas Gerais; o aparelho virá de barco; abatido, vinha-se para o sofá e dormia. verbo transitivo indireto e intransitivoCaminhar-se em direção a: os cães vêm à margem da praia; escutava o barulho do navio que vinha. Chegar para ficar por um tempo maior: o Papa vem ao Brasil no próximo ano; o Papa virá no próximo ano. Regressar ou retornar ao (seu) lugar de origem: o diretor escreverá a autorização quando vier à escola; a empregada não vem. Estar presente em; comparecer: o professor solicitou que os alunos viessem às aulas; o diretor pediu para que os alunos viessem. verbo transitivo indireto Ser a razão de; possuir como motivo; originar: sua tristeza vem do divórcio. Surgir no pensamento ou na lembrança; ocorrer: o valor não me veio à memória. Espalhar-se: o aroma do perfume veio do quarto. Demonstrar aprovação; concordar com; convir. Demonstrar argumentos: os que estavam atrasados vieram com subterfúgios. Alcançar ou chegar ao limite de: a trilha vem até o final do rio. Ter como procedência; proceder: este sapato veio de Londres. verbo intransitivo Estar na iminência de acontecer: tenho medo das consequências que vêm. Tomar forma; surgir ou acontecer: o emprego veio numa boa hora. Progredir ou se tornar melhor: o aluno vem bem nas avaliações. Aparecer em determinada situação ou circunstância: quando o salário vier, poderemos viajar. Aparecer para ajudar (alguém); auxiliar: o médico veio logo ajudar o doente. Andar ou ir para acompanhar uma outra pessoa; seguir: nunca conseguia andar sozinha, sempre vinha com o pai. Chegar, alcançar o final de um percurso: sua encomenda veio no final do ano. verbo predicativoComeçar a existir; nascer: as novas plantações de café vieram mais fracas. Etimologia (origem da palavra vir). Do latim veniere.
Fonte: Priberam
Voz
Dicionário Comum
substantivo feminino[Anatomia] Vibração nas pregas vocais que produz sons e resulta da pressão do ar ao percorrer a laringe. Capacidade de falar; fala: perdeu a voz durante o discurso. [Música] Parte vocal de uma composição musical: melodia em três vozes. [Música] Emissão vocal durante o canto: voz soprano, contralto etc. Figurado Conselho que se dá a alguém; advertência, apelo: escutar a voz dos mais velhos. [Jurídico] Intimação oral em tom alto: voz de prisão. Boato generalizado; rumores: é voz corrente a sua nomeação. Direito de falar numa assembleia, reunião etc.: tem voz, mas sem direito a voto. Maneira de pensar; opinião própria; ponto de vista: nunca tive voz na minha casa. Avaliação que se pauta numa previsão; prognóstico: presidente que não ouvia a voz do mercado. Sugestão que alguém dá a si próprio: nunca escutou a voz do coração. Gramática Categoria verbal caracterizada pela sua relação com o sujeito (com a categoria gramatical que concorda com o verbo), indicando o modo: voz ativa, voz passiva. Gramática Expressão verbal; palavra. [Zoologia] Som próprio de alguns animais. Frase ou palavra que expressa uma ordem: voz de comando. Etimologia (origem da palavra voz). Do latim vox.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo feminino[Anatomia] Vibração nas pregas vocais que produz sons e resulta da pressão do ar ao percorrer a laringe. Capacidade de falar; fala: perdeu a voz durante o discurso. [Música] Parte vocal de uma composição musical: melodia em três vozes. [Música] Emissão vocal durante o canto: voz soprano, contralto etc. Figurado Conselho que se dá a alguém; advertência, apelo: escutar a voz dos mais velhos. [Jurídico] Intimação oral em tom alto: voz de prisão. Boato generalizado; rumores: é voz corrente a sua nomeação. Direito de falar numa assembleia, reunião etc.: tem voz, mas sem direito a voto. Maneira de pensar; opinião própria; ponto de vista: nunca tive voz na minha casa. Avaliação que se pauta numa previsão; prognóstico: presidente que não ouvia a voz do mercado. Sugestão que alguém dá a si próprio: nunca escutou a voz do coração. Gramática Categoria verbal caracterizada pela sua relação com o sujeito (com a categoria gramatical que concorda com o verbo), indicando o modo: voz ativa, voz passiva. Gramática Expressão verbal; palavra. [Zoologia] Som próprio de alguns animais. Frase ou palavra que expressa uma ordem: voz de comando. Etimologia (origem da palavra voz). Do latim vox.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
vozs. f. 1. Produção de sons na laringe dos animais, especialmente na laringe humana, com auxílio do ar emitido pelos pulmões. 2. A faculdade de emitir esses sons. 3. A faculdade de falar. 4. Linguage.M 5. Grito, clamor. 6. Ordem dada em voz alta. 7. Boato, fama. 8. Palavra, dicção, frase. 9. Fon. Som que uma vogal representa na escrita. 10. Mús. Parte vocal de uma peça de música. 11. Mús. Nas fugas para piano e para órgão, cada uma das diferentes alturas em que o tema é desenvolvido. 12. Gra.M Aspecto ou forma com que um verbo indica a ação. 13. Opinião. 14. Sugestão íntima.
Indicativo de extracção (esbagoar), separação (escolher).
Fonte: Priberam
Strongs
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
João 18: 1 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana
Tendo Jesus dito essas palavras, saiu com os seus discípulos para além do ribeiro de Cedrom, onde havia um jardim, no qual ele entrou com os seus discípulos.
João 18: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
6 de Abril de 30. Cerca de meia-noite de quinta para sexta
João 18: 3 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana
Tendo, então, Judas recebido um destacamento de homens e oficiais dos principais sacerdotes e fariseus, veio para ali com lanternas, e tochas, e armas.
João 18: 3 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
(CLBL) (Peal) ser longo, alcançar, encontrar adj v
(do meet)
Verbo
ἐκ
(G1537)
ek (ek)
1537εκ ek ou εξ ex
preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep
de dentro de, de, por, fora de
ἐκεῖ
(G1563)
ekeî (ek-i')
1563εκει ekei
de afinidade incerta; adv
lá, em ou para aquele lugar
ἔρχομαι
(G2064)
érchomai (er'-khom-ahee)
2064ερχομαι erchomai
voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v
vir
de pessoas
vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
aparecer, apresentar-se, vir diante do público
metáf.
vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
λαμβάνω
(G2983)
lambánō (lam-ban'-o)
2983λαμβανω lambano
forma prolongada de um verbo primário, que é usado apenas como um substituto em certos tempos; TDNT - 4:5,495; v
pegar
pegar com a mão, agarrar, alguma pessoa ou coisa a fim de usá-la
pegar algo para ser carregado
levar sobre si mesmo
pegar a fim de levar
sem a noção de violência, i.e., remover, levar
pegar o que me pertence, levar para mim, tornar próprio
reinvindicar, procurar, para si mesmo
associar consigo mesmo como companhia, auxiliar
daquele que quando pega não larga, confiscar, agarrar, apreender
pegar pelo astúcia (nossa captura, usado de caçadores, pescadores, etc.), lograr alguém pela fraude
pegar para si mesmo, agarrar, tomar posse de, i.e., apropriar-se
capturar, alcançar, lutar para obter
pegar um coisa esperada, coletar, recolher (tributo)
pegar
admitir, receber
receber o que é oferecido
não recusar ou rejeitar
receber uma pessoa, tornar-se acessível a ela
tomar em consideração o poder, nível, ou circunstâncias externas de alguém, e tomando estas coisas em conta fazer alguma injustiça ou negligenciar alguma coisa
pegar, escolher, selecionar
iniciar, provar algo, fazer um julgamento de, experimentar
receber (o que é dado), ganhar, conseguir, obter, ter de volta
de origem hebraica, cf 6567פרושים; TDNT - 9:11,1246; n m
Seita que parece ter iniciado depois do exílio. Além dos livros do AT, os Fariseus reconheciam na tradição oral um padrão de fé e vida. Procuravam reconhecimento e mérito através da observância externa dos ritos e formas de piedade, tal como lavagens ceremoniais, jejuns, orações, e esmolas. Comparativamente negligentes da genuína piedade, orgulhavam-se em suas boas obras.
Mantinham de forma persistente a fé na existência de anjos bons e maus, e na vinda do Messias; e tinham esperança de que os mortos, após uma experiência preliminar de recompensa ou penalidade no Hades, seriam novamente chamados à vida por ele, e seriam recompensados, cada um de acordo com suas obras individuais. Em oposição à dominação da família Herodes e do governo romano, eles de forma decisiva sustentavam a teocracia e a causa do seu país, e tinham grande influência entre o povo comum. De acordo com Josefo, eram mais de 6000. Eram inimigos amargos de Jesus e sua causa; foram, por outro lado, duramente repreendidos por ele por causa da sua avareza, ambição, confiança vazia nas obras externas, e aparência de piedade a fim de ganhar popularidade.
sumo-sacerdote. Ele era honrado acima de todos com título de sacerdote, chefe dos sacerdotes. Era lícito para ele realizar os deveres comuns do sacerdócio; mas seu principal dever era, uma vez por ano no dia da expiação, entrar no Santo dos Santos (dever do qual os outros sacerdotes estavam excluídos) e oferecer sacrifícios por seus próprios pecados e pelos pecados do povo, e presidir sobre o Sinédrio, ou Concílio Supremo, quando convocado para deliberações. De acordo com a lei mosaica, ninguém podia aspirar ao sumo sacerdócio a menos que fosse da tribo de Arão e descendente de uma família de sumos sacerdotes; e aquele a quem o ofício era conferido, ocupava este cargo até a morte. Mas a partir de Antíoco Epifanes, quando os reis Selêucidas e mais tarde os príncipes herodianos e os romanos arrogaram para si mesmos o poder de nomear os sumos sacerdotes, o ofício não mais permanecia fixo na família pontifical nem era conferido a alguém por toda a vida; mas tornou-se venal, e podia ser transferido de um para outro de acordo com a vontade dos governos civis e militares. Isto explica por que vinte e oito pessoas ocuparam a dignidade pontifical durante os cento e sete anos que separam Herodes, o grande e a destruição da cidade santa.
Os sumo-sacerdotes. Inclui-se nesta categoria, além daquele que detinham o ofício sumosacerdotal, tanto aqueles que foram previamente depostos, e mesmo depostos, continuavam exercendo um grande poder no estado, quanto os membros das famílias
das quais procediam os sumo-sacerdotes, dado que tinham grande influência am assuntos públicos.
Usado em referência a Cristo. Ao sofrer uma morte sangrenta, ele ofereceu a si mesmo como sacrifício expiatório para Deus, e entrou no santuário celeste onde continuamente intercede em nosso favor.
com menção do lugar do qual alguém sai, ou o ponto do qual ele parte
daqueles que deixam um lugar por vontade própria
daqueles que são expelidos ou expulsos
metáf.
sair de uma assembléia, i.e. abandoná-la
proceder fisicamente, descender, ser nascido de
livrar-se do poder de alguém, escapar dele em segurança
deixar (a privacidade) e ingressar no mundo, diante do público, (daqueles que pela inovação de opinião atraem atenção)
de coisas
de relatórios, rumores, mensagens, preceitos
tornar-se conhecido, divulgado
ser propagado, ser proclamado
sair
emitido seja do coração ou da boca
fluir do corpo
emanar, emitir
usado de um brilho repentino de luz
usado de algo que desaparece
usado de uma esperança que desaparaceu
ἐπί
(G1909)
epí (ep-ee')
1909επι epi
uma raíz; prep
sobre, em cima de, em, perto de, perante
de posição, sobre, em, perto de, acima, contra
para, acima, sobre, em, através de, contra
ἔρχομαι
(G2064)
érchomai (er'-khom-ahee)
2064ερχομαι erchomai
voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v
vir
de pessoas
vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
aparecer, apresentar-se, vir diante do público
metáf.
vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
procurar [para descobrir] pelo pensamento, meditação, raciocínio; investigar
procurar, procurar por, visar, empenhar-se em
procurar, i.e., requerer, exigir
pedir enfaticamente, exigir algo de alguém
Ἰησοῦς
(G2424)
Iēsoûs (ee-ay-sooce')
2424Ιησους Iesous
de origem hebraica 3091ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m
Jesus = “Jeová é salvação”
Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado
Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo
Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)
Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)
Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
λέγω
(G3004)
légō (leg'-o)
3004λεγω lego
palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v
dizer, falar
afirmar sobre, manter
ensinar
exortar, aconselhar, comandar, dirigir
apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
chamar pelo nome, chamar, nomear
gritar, falar de, mencionar
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
οὖν
(G3767)
oûn (oon)
3767ουν oun
aparentemente, palavra raiz; partícula
então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim
πᾶς
(G3956)
pâs (pas)
3956πας pas
que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj
individualmente
cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
coletivamente
algo de todos os tipos
... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)
τίς
(G5101)
tís (tis)
5101τις tis
τíς (Strong G5101)
Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
Possui relação com
τις (Strong G5100)
Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)
Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}
αὐτός
(G846)
autós (ow-tos')
846αυτος autos
da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron
Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - nominativo masculino Singular
descender de um lugar mais alto para um mais baixo
(having fallen down)
Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - nominativo masculino Masculino no Plural
um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron
Eu, me, minha, meu
εἰμί
(G1510)
eimí (i-mee')
1510ειμι eimi
primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v
ser, exitir, acontecer, estar presente
εἰς
(G1519)
eis (ice)
1519εις eis
preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep
em, até, para, dentro, em direção a, entre
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
λέγω
(G3004)
légō (leg'-o)
3004λεγω lego
palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v
dizer, falar
afirmar sobre, manter
ensinar
exortar, aconselhar, comandar, dirigir
apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
chamar pelo nome, chamar, nomear
gritar, falar de, mencionar
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
ὀπίσω
(G3694)
opísō (op-is'-o)
3694οπισω opiso
do mesmo que 3693 com enclítico de direção; TDNT - 5:289,702; adv
atrás, depois, após, posteriormente
de lugar: coisas que estão atrás
de tempo: depois
οὖν
(G3767)
oûn (oon)
3767ουν oun
aparentemente, palavra raiz; partícula
então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim
πίπτω
(G4098)
píptō (pip'-to)
4098πιπτω pipto
forma reduplicada e contraída de πετω peto, (que ocorre apenas como um substituto em tempos determinados), provavelmente semelhante a 4072 pela idéia de desmontar de um cavalo; TDNT - 6:161,846; v
descender de um lugar mais alto para um mais baixo
cair (de algum lugar ou sobre)
ser empurrado
metáf. ser submetido a julgamento, ser declarado culpado
descender de uma posição ereta para uma posição prostrada
cair
estar prostrado, cair prostrado
daqueles dominados pelo terror ou espanto ou sofrimento ou sob o ataque de um mal espírito ou que se deparam com morte repentina
desmembramento de um cadáver pela decomposição
prostrar-se
usado de suplicantes e pessoas rendendo homenagens ou adoração a alguém
decair, cair de, i.e., perecer ou estar perdido
decair, cair em ruína: de construção, paredes etc.
perder um estado de prosperidade, vir abaixo
cair de um estado de retidão
perecer, i.e, chegar ao fim, desaparecer, cessar
de virtudes
perder a autoridade, não ter mais força
de ditos, preceitos, etc.
ser destituído de poder pela morte
falhar em participar em, perder a porção em
χαμαί
(G5476)
chamaí (kham-ah'-ee)
5476χαμαι chamai
talvez da raiz de 5490 pela idéia de uma fenda no chão; adv
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
οὖν
(G3767)
oûn (oon)
3767ουν oun
aparentemente, palavra raiz; partícula
então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim
πάλιν
(G3825)
pálin (pal'-in)
3825παλιν palin
provavelmente do mesmo que 3823 (da idéia de repetição oscilatória); adv
de novo, outra vez
renovação ou repetição da ação
outra vez, de novo
outra vez, i.e., mais uma vez, em adição
por vez, por outro lado
τίς
(G5101)
tís (tis)
5101τις tis
τíς (Strong G5101)
Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
Possui relação com
τις (Strong G5100)
Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)
Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}
αὐτός
(G846)
autós (ow-tos')
846αυτος autos
da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron
Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - nominativo masculino Singular
um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron
Eu, me, minha, meu
ἐκ
(G1537)
ek (ek)
1537εκ ek ou εξ ex
preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep
de dentro de, de, por, fora de
ἵνα
(G2443)
hína (hin'-ah)
2443ινα hina
provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj
que, a fim de que, para que
λέγω
(G3004)
légō (leg'-o)
3004λεγω lego
palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v
dizer, falar
afirmar sobre, manter
ensinar
exortar, aconselhar, comandar, dirigir
apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
palavra, proferida a viva voz, que expressa uma concepção ou idéia
o que alguém disse
palavra
os ditos de Deus
decreto, mandato ou ordem
dos preceitos morais dados por Deus
profecia do Antigo Testamento dado pelos profetas
o que é declarado, pensamento, declaração, aforismo, dito significativo, sentença, máxima
discurso
o ato de falar, fala
a faculdade da fala, habilidade e prática na fala
tipo ou estilo de fala
discurso oral contínuo - instrução
doutrina, ensino
algo relatado pela fala; narração, narrativa
assunto em discussão, aquilo do qual se fala, questão, assunto em disputa, caso, processo jurídico
algo a respeito do qual se fala; evento, obra
seu uso com respeito a MENTE em si
razão, a faculdade mental do pensamento, meditação, raciocínio, cálculo
conta, i.e., estima, consideração
conta, i.e., cômputo, cálculo
conta, i.e., resposta ou explanação em referência a julgamento
relação, i.e., com quem, como juiz, estamos em relação
razão
razão, causa, motivo
Em João, denota a essencial Palavra de Deus, Jesus Cristo, a sabedoria e poder pessoais em união com Deus. Denota seu ministro na criação e governo do universo, a causa de toda a vida do mundo, tanto física quanto ética, que para a obtenção da salvação do ser humano, revestiu-se da natureza humana na pessoa de Jesus, o Messias, a segunda pessoa na Trindade, anunciado visivelmente através suas palavras e obras. Este termo era familiar para os judeus e na sua literatura muito antes que um filósofo grego chamado Heráclito fizesse uso do termo Logos, por volta de 600 a.C., para designar a razão ou plano divino que coordena um universo em constante mudança. Era a palavra apropriada para o objetivo de João no capítulo 1 do seu evangelho. Ver Gill ou “Jo 1:1”.
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
ὅς
(G3739)
hós (hos)
3739ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho
provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron
quem, que, o qual
ὅτι
(G3754)
hóti (hot'-ee)
3754οτι hoti
neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj
que, porque, desde que
οὐ
(G3756)
ou (oo)
3756ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch
tornar cheio, completar,i.e., preencher até o máximo
fazer abundar, fornecer ou suprir liberalmente
Tenho em abundância, estou plenamente abastecido
tornar pleno, i.e., completar
preencher até o topo: assim que nada faltará para completar a medida, preencher até borda
consumar: um número
fazer completo em cada particular, tornar perfeito
levar até o fim, realizar, levar a cabo, (algum empreendimento)
efetuar, trazer à realização, realizar
relativo a deveres: realizar, executar
de ditos, promessas, profecias, fazer passar, ratificar, realizar
cumprir, i.e., fazer a vontade de Deus (tal como conhecida na lei) ser obedecida como deve ser, e as promessas de Deus (dadas pelos profetas) receber o cumprimento
primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v
ser, exitir, acontecer, estar presente
ἑλκύω
(G1670)
helkýō (hel-koo'-o)
1670ελκυω helkuo ou ελκω helko
provavelmente semelhante a 138; TDNT - 2:503,227; v
puxar, arrancar
metáf., puxar por um poder interno, arrastar, impelir
ἔχω
(G2192)
échō (ekh'-o)
2192εχω echo
incluindo uma forma alternativa σχεω scheo, usado apenas em determinados tempos), verbo primário; TDNT - 2:816,286; v
ter, i.e. segurar
ter (segurar) na mão, no sentido de utilizar; ter (controlar) possessão da mente (refere-se a alarme, agitação, emoção, etc.); segurar com firmeza; ter ou incluir ou envolver; considerar ou manter como
ter, i.e., possuir
coisas externas, tal com possuir uma propriedade ou riquezas ou móveis ou utensílios ou bens ou comida, etc.
usado daqueles unidos a alguém pelos laços de sangue ou casamento ou amizade ou dever ou lei etc, de atênção ou companhia
julgar-se ou achar-se o fulano-de-tal, estar em certa situação
segurar mesmo algo, agarrar algo, prender-se ou apegar-se
estar estreitamente unido a uma pessoa ou uma coisa
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
nome do servo do sumo sacerdote de quem Pedro cortou a orelha direita por ocasião da prisão de Cristo no jardim
μάχαιρα
(G3162)
máchaira (makh'-ahee-rah)
3162μαχαιρα machaira
de um suposto derivado de 3163; TDNT - 4:524,572; n f
faca grande, usada para matar animais e cortar carne
pequena espada, para diferenciá-la de uma grande
espada curva, para um golpe cortante
uma espada reta, para perfurar
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
ὄνομα
(G3686)
ónoma (on'-om-ah)
3686ονομα onoma
de um suposto derivado da raiz de 1097 (cf 3685); TDNT - 5:242,694; n n
nome: univ. de nomes próprios
o nome é usado para tudo que o nome abrange, todos os pensamentos ou sentimentos do que é despertado na mente pelo mencionar, ouvir, lembrar, o nome, i.e., pela posição, autoridade, interesses, satisfação, comando, excelência, ações, etc., de alguém
pessoas reconhecidas pelo nome
a causa ou razão mencionada: por esta causa, porque sofre como um cristão, por esta razão
οὖν
(G3767)
oûn (oon)
3767ουν oun
aparentemente, palavra raiz; partícula
então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim
παίω
(G3817)
paíō (pah'-yo)
3817παιω paio
verbo primário; dar um golpe (como se por um simples golpe e com menos violência que 5180); v
bater, golpear
atormentar (bater ou ferir com um espinho)
Πέτρος
(G4074)
Pétros (pet'-ros)
4074πετρος Petros
aparentemente, palavra primária; TDNT - 6:100,835; n pr m
sumo-sacerdote. Ele era honrado acima de todos com título de sacerdote, chefe dos sacerdotes. Era lícito para ele realizar os deveres comuns do sacerdócio; mas seu principal dever era, uma vez por ano no dia da expiação, entrar no Santo dos Santos (dever do qual os outros sacerdotes estavam excluídos) e oferecer sacrifícios por seus próprios pecados e pelos pecados do povo, e presidir sobre o Sinédrio, ou Concílio Supremo, quando convocado para deliberações. De acordo com a lei mosaica, ninguém podia aspirar ao sumo sacerdócio a menos que fosse da tribo de Arão e descendente de uma família de sumos sacerdotes; e aquele a quem o ofício era conferido, ocupava este cargo até a morte. Mas a partir de Antíoco Epifanes, quando os reis Selêucidas e mais tarde os príncipes herodianos e os romanos arrogaram para si mesmos o poder de nomear os sumos sacerdotes, o ofício não mais permanecia fixo na família pontifical nem era conferido a alguém por toda a vida; mas tornou-se venal, e podia ser transferido de um para outro de acordo com a vontade dos governos civis e militares. Isto explica por que vinte e oito pessoas ocuparam a dignidade pontifical durante os cento e sete anos que separam Herodes, o grande e a destruição da cidade santa.
Os sumo-sacerdotes. Inclui-se nesta categoria, além daquele que detinham o ofício sumosacerdotal, tanto aqueles que foram previamente depostos, e mesmo depostos, continuavam exercendo um grande poder no estado, quanto os membros das famílias
das quais procediam os sumo-sacerdotes, dado que tinham grande influência am assuntos públicos.
Usado em referência a Cristo. Ao sofrer uma morte sangrenta, ele ofereceu a si mesmo como sacrifício expiatório para Deus, e entrou no santuário celeste onde continuamente intercede em nosso favor.
αὐτός
(G846)
autós (ow-tos')
846αυτος autos
da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron
não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa
οὖν
(G3767)
oûn (oon)
3767ουν oun
aparentemente, palavra raiz; partícula
então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim
πατήρ
(G3962)
patḗr (pat-ayr')
3962πατηρ pater
aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m
gerador ou antepassado masculino
antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
alguém avançado em anos, o mais velho
metáf.
o originador e transmissor de algo
os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
um título de honra
mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
Deus é chamado o Pai
das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
de seres espirituais de todos os homens
de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
por Jesus Cristo mesmo
pelos apóstolos
Πέτρος
(G4074)
Pétros (pet'-ros)
4074πετρος Petros
aparentemente, palavra primária; TDNT - 6:100,835; n pr m
Pedro = “uma rocha ou uma pedra”
um dos doze discípulos de Jesus
πίνω
(G4095)
pínō (pee'-no)
4095πινω pino
forma prolongada de πιω pio; que (junto como outra forma ποω poo) ocorre apenas como um substituto em determinados tempos; TDNT - 6:135,840; v
beber
figurativamente, receber na alma o que serve para refrescar, fortalecer e nutrir para a vida eterna
ποτήριον
(G4221)
potḗrion (pot-ay'-ree-on)
4221ποτηριον poterion
de um derivado do substituto de 4095; TDNT - 6:148,841; n n
copo, cálice
metáf. porção ou experiência de alguém, seja prazenteira ou adversa.
Designações divinas, sejam favoráveis ou desfavoráveis. Comparável a um cálice que Deus apresenta a alguém para beber: tanto de prosperidade, como de adversidade
αὐτός
(G846)
autós (ow-tos')
846αυτος autos
da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron
ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
ele, ela, isto
o mesmo
βάλλω
(G906)
bállō (bal'-lo)
906βαλλω ballo
uma palavra primária; TDNT - 1:526,91; v
lançar ou jogar uma coisa sem cuidar aonde ela cai
espalhar, lançar, arremessar
entregar ao cuidado de alguém não sabendo qual será o resultado
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
Καϊάφας
(G2533)
Kaïáphas (kah-ee-af'-as)
2533Καιαφας Kaiaphas
de origem aramaica קיפא; n pr m
Caifás = “tão gracioso”
sumo sacerdote dos judeus nomeado para aquele ofício por Valério Grato, governador da Judéia, após a destituição de Simão, filho de Camite, 18 d.C. Destituído em 36 d.C. por Vitélio, governador da Síria, que nomeou Jonatã, filho de Anás (Anás, sogro de Caifás), seu sucessor
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
ὅς
(G3739)
hós (hos)
3739ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho
provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron
sumo sacerdote dos judeus, elevado ao sacerdócio por Quirino, o governador da Síria em 6 ou 7 d.C., contudo, mais tarde deposto por Valerius Gratus, o procurador da Judéia, que colocou em seu lugar, primeiro Ismael, filho de Fabi, e logo depois Eleazar, filho de Anás. Depois de Eleazar, o ofício passou a Simão; de Simão em 18 d.C. a Caifás; no entanto, mesmo depois de ter sido deposto do ofício, Anás continuou a ter grande influência.
ἄγω
(G71)
ágō (ag'-o)
71αγω ago
uma palavra primária; v
guiar, conduzir
conduzir segurando com as mãos, levando deste modo ao destino final: de um animal
seguir acompanhando até um lugar
comandar com a personalidade de alguém, nomear alguém como um ajudante
conduzir, trazer
levar para a corte de justiça, magistrado, etc.
guiar, conduzir
conduzir, guiar, dirigir
guiar através, conduzir para algo
mover, impelir: pela força e influência da mente
passar um dia, guardar ou celebrar uma festa, etc.
sumo-sacerdote. Ele era honrado acima de todos com título de sacerdote, chefe dos sacerdotes. Era lícito para ele realizar os deveres comuns do sacerdócio; mas seu principal dever era, uma vez por ano no dia da expiação, entrar no Santo dos Santos (dever do qual os outros sacerdotes estavam excluídos) e oferecer sacrifícios por seus próprios pecados e pelos pecados do povo, e presidir sobre o Sinédrio, ou Concílio Supremo, quando convocado para deliberações. De acordo com a lei mosaica, ninguém podia aspirar ao sumo sacerdócio a menos que fosse da tribo de Arão e descendente de uma família de sumos sacerdotes; e aquele a quem o ofício era conferido, ocupava este cargo até a morte. Mas a partir de Antíoco Epifanes, quando os reis Selêucidas e mais tarde os príncipes herodianos e os romanos arrogaram para si mesmos o poder de nomear os sumos sacerdotes, o ofício não mais permanecia fixo na família pontifical nem era conferido a alguém por toda a vida; mas tornou-se venal, e podia ser transferido de um para outro de acordo com a vontade dos governos civis e militares. Isto explica por que vinte e oito pessoas ocuparam a dignidade pontifical durante os cento e sete anos que separam Herodes, o grande e a destruição da cidade santa.
Os sumo-sacerdotes. Inclui-se nesta categoria, além daquele que detinham o ofício sumosacerdotal, tanto aqueles que foram previamente depostos, e mesmo depostos, continuavam exercendo um grande poder no estado, quanto os membros das famílias
das quais procediam os sumo-sacerdotes, dado que tinham grande influência am assuntos públicos.
Usado em referência a Cristo. Ao sofrer uma morte sangrenta, ele ofereceu a si mesmo como sacrifício expiatório para Deus, e entrou no santuário celeste onde continuamente intercede em nosso favor.
estar irado, estar descontente, respirar de forma ofegante
(was angry)
Verbo
δέ
(G1161)
dé (deh)
1161δε de
partícula primária (adversativa ou aditiva); conj
mas, além do mais, e, etc.
εἰμί
(G1510)
eimí (i-mee')
1510ειμι eimi
primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v
ser, exitir, acontecer, estar presente
εἷς
(G1520)
heîs (hice)
1520εις heis
(incluindo o neutro [etc.] hen); TDNT - 2:434,214; numeral
um
Ἰουδαῖος
(G2453)
Ioudaîos (ee-oo-dah'-yos)
2453ιουδαιος Ioudaios
de 2448 (no sentido de 2455 como um país); TDNT - 3:356,372; adj
judeu, que pertence à nação dos judeus
judeu de nascimento, origem, religião
Καϊάφας
(G2533)
Kaïáphas (kah-ee-af'-as)
2533Καιαφας Kaiaphas
de origem aramaica קיפא; n pr m
Caifás = “tão gracioso”
sumo sacerdote dos judeus nomeado para aquele ofício por Valério Grato, governador da Judéia, após a destituição de Simão, filho de Camite, 18 d.C. Destituído em 36 d.C. por Vitélio, governador da Síria, que nomeou Jonatã, filho de Anás (Anás, sogro de Caifás), seu sucessor
λαός
(G2992)
laós (lah-os')
2992λαος laos
aparentemente, palavra primária; TDNT - 4:29,499; n m
povo, grupo de pessoas, tribo, nação, todos aqueles que são da mesma origem e língua
de uma grande parte da população reunida em algum lugar
João 18: 15 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana
E Simão Pedro seguia a Jesus, e o mesmo fazia outro discípulo; este discípulo era conhecido do sumo sacerdote, e foi e entrou com Jesus no palácio do sumo sacerdote.
João 18: 15 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
sumo-sacerdote. Ele era honrado acima de todos com título de sacerdote, chefe dos sacerdotes. Era lícito para ele realizar os deveres comuns do sacerdócio; mas seu principal dever era, uma vez por ano no dia da expiação, entrar no Santo dos Santos (dever do qual os outros sacerdotes estavam excluídos) e oferecer sacrifícios por seus próprios pecados e pelos pecados do povo, e presidir sobre o Sinédrio, ou Concílio Supremo, quando convocado para deliberações. De acordo com a lei mosaica, ninguém podia aspirar ao sumo sacerdócio a menos que fosse da tribo de Arão e descendente de uma família de sumos sacerdotes; e aquele a quem o ofício era conferido, ocupava este cargo até a morte. Mas a partir de Antíoco Epifanes, quando os reis Selêucidas e mais tarde os príncipes herodianos e os romanos arrogaram para si mesmos o poder de nomear os sumos sacerdotes, o ofício não mais permanecia fixo na família pontifical nem era conferido a alguém por toda a vida; mas tornou-se venal, e podia ser transferido de um para outro de acordo com a vontade dos governos civis e militares. Isto explica por que vinte e oito pessoas ocuparam a dignidade pontifical durante os cento e sete anos que separam Herodes, o grande e a destruição da cidade santa.
Os sumo-sacerdotes. Inclui-se nesta categoria, além daquele que detinham o ofício sumosacerdotal, tanto aqueles que foram previamente depostos, e mesmo depostos, continuavam exercendo um grande poder no estado, quanto os membros das famílias
das quais procediam os sumo-sacerdotes, dado que tinham grande influência am assuntos públicos.
Usado em referência a Cristo. Ao sofrer uma morte sangrenta, ele ofereceu a si mesmo como sacrifício expiatório para Deus, e entrou no santuário celeste onde continuamente intercede em nosso favor.
entre os gregos do tempo de Homero, um espaço sem cobertura ao redor da casa, cercado por um muro, no qual estavam os abrigos para os animais. Daí, entre os orientais, aquele espaço aberto, sem telhado, cercado por um muro, em campo aberto, no qual ovelhas eram arrrebanhadas durante a noite, um aprisco
o pátio descoberto da casa. No A.T. refere-se particularmente aos pátios do tabernáculo e do templo em Jerusalém. As moradias das classes mais altas geralmente tinham dois pátios, um exterior, entre a porta e a rua; o outro interior, rodeado pela área construída da própria casa. Este último é mencionado em Mt 26:69.
João 18: 16 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana
Mas Pedro ficou parado do lado de fora do portão. Saiu, então, o outro discípulo que era conhecido do sumo sacerdote, e falou àquela que guardava a porta, e trouxe Pedro.
João 18: 16 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
sumo-sacerdote. Ele era honrado acima de todos com título de sacerdote, chefe dos sacerdotes. Era lícito para ele realizar os deveres comuns do sacerdócio; mas seu principal dever era, uma vez por ano no dia da expiação, entrar no Santo dos Santos (dever do qual os outros sacerdotes estavam excluídos) e oferecer sacrifícios por seus próprios pecados e pelos pecados do povo, e presidir sobre o Sinédrio, ou Concílio Supremo, quando convocado para deliberações. De acordo com a lei mosaica, ninguém podia aspirar ao sumo sacerdócio a menos que fosse da tribo de Arão e descendente de uma família de sumos sacerdotes; e aquele a quem o ofício era conferido, ocupava este cargo até a morte. Mas a partir de Antíoco Epifanes, quando os reis Selêucidas e mais tarde os príncipes herodianos e os romanos arrogaram para si mesmos o poder de nomear os sumos sacerdotes, o ofício não mais permanecia fixo na família pontifical nem era conferido a alguém por toda a vida; mas tornou-se venal, e podia ser transferido de um para outro de acordo com a vontade dos governos civis e militares. Isto explica por que vinte e oito pessoas ocuparam a dignidade pontifical durante os cento e sete anos que separam Herodes, o grande e a destruição da cidade santa.
Os sumo-sacerdotes. Inclui-se nesta categoria, além daquele que detinham o ofício sumosacerdotal, tanto aqueles que foram previamente depostos, e mesmo depostos, continuavam exercendo um grande poder no estado, quanto os membros das famílias
das quais procediam os sumo-sacerdotes, dado que tinham grande influência am assuntos públicos.
Usado em referência a Cristo. Ao sofrer uma morte sangrenta, ele ofereceu a si mesmo como sacrifício expiatório para Deus, e entrou no santuário celeste onde continuamente intercede em nosso favor.
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
εἰμί
(G1510)
eimí (i-mee')
1510ειμι eimi
primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v
ser, exitir, acontecer, estar presente
ἐκ
(G1537)
ek (ek)
1537εκ ek ou εξ ex
preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep
João 18: 18 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana
E estavam ali os servos e os oficiais, tendo feito uma fogueira com carvão, porque fazia frio, e eles estavam se aquecendo. Também Pedro estava parado junto deles se aquecendo.
João 18: 18 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
sumo-sacerdote. Ele era honrado acima de todos com título de sacerdote, chefe dos sacerdotes. Era lícito para ele realizar os deveres comuns do sacerdócio; mas seu principal dever era, uma vez por ano no dia da expiação, entrar no Santo dos Santos (dever do qual os outros sacerdotes estavam excluídos) e oferecer sacrifícios por seus próprios pecados e pelos pecados do povo, e presidir sobre o Sinédrio, ou Concílio Supremo, quando convocado para deliberações. De acordo com a lei mosaica, ninguém podia aspirar ao sumo sacerdócio a menos que fosse da tribo de Arão e descendente de uma família de sumos sacerdotes; e aquele a quem o ofício era conferido, ocupava este cargo até a morte. Mas a partir de Antíoco Epifanes, quando os reis Selêucidas e mais tarde os príncipes herodianos e os romanos arrogaram para si mesmos o poder de nomear os sumos sacerdotes, o ofício não mais permanecia fixo na família pontifical nem era conferido a alguém por toda a vida; mas tornou-se venal, e podia ser transferido de um para outro de acordo com a vontade dos governos civis e militares. Isto explica por que vinte e oito pessoas ocuparam a dignidade pontifical durante os cento e sete anos que separam Herodes, o grande e a destruição da cidade santa.
Os sumo-sacerdotes. Inclui-se nesta categoria, além daquele que detinham o ofício sumosacerdotal, tanto aqueles que foram previamente depostos, e mesmo depostos, continuavam exercendo um grande poder no estado, quanto os membros das famílias
das quais procediam os sumo-sacerdotes, dado que tinham grande influência am assuntos públicos.
Usado em referência a Cristo. Ao sofrer uma morte sangrenta, ele ofereceu a si mesmo como sacrifício expiatório para Deus, e entrou no santuário celeste onde continuamente intercede em nosso favor.
αὐτός
(G846)
autós (ow-tos')
846αυτος autos
da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron
João 18: 20 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana
Jesus lhe respondeu: Eu falei abertamente ao mundo; eu sempre ensinei na sinagoga e no templo, onde os judeus sempre se reúnem, e eu nada falei em oculto.
João 18: 20 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - nominativo masculino Singular
uma forma prolongada (causativo) de um verbo primário dao (aprender); TDNT - 2:135,161; v
ensinar
conversar com outros a fim de instruir-los, pronunciar discursos didáticos
ser um professor
desempenhar o ofício de professor, conduzir-se como um professor
ensinar alguém
dar instrução
instilar doutrina em alguém
algo ensinado ou prescrito
explicar ou expor algo
ensinar algo a alguém
ἐγώ
(G1473)
egṓ (eg-o')
1473εγω ego
um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron
Eu, me, minha, meu
ἐν
(G1722)
en (en)
1722εν en
preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep
O templo de Jerusalém consistia de toda uma área sagrada, incluindo todo agregado de construções, galerias, pórticos, pátios (pátio dos homens de Israel, pátio das mulheres, e pátio dos sacerdotes), que pertenciam ao templo. A palavra também era usada para designar o edifício sagrado propriamente dito, consistindo de duas partes, o “santuário” ou “Santo Lugar” (onde ninguém estava autorizado a entrar, exceto os sacerdotes), e o “Santo dos Santos” ou “O Mais Santo Lugar” (onde somente o sumo-sacerdote entrava no grande dia da expiação). Também estavam os pátios onde Jesus ou os apóstolos ensinavam ou encontravam-se com os adversários ou outras pessoas “no templo”; do pátio dos gentios Jesus expulsou os comerciantes e os cambistas.
de origem hebraica 3091ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m
Jesus = “Jeová é salvação”
Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado
Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo
Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)
Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)
Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)
Ἰουδαῖος
(G2453)
Ioudaîos (ee-oo-dah'-yos)
2453ιουδαιος Ioudaios
de 2448 (no sentido de 2455 como um país); TDNT - 3:356,372; adj
judeu, que pertence à nação dos judeus
judeu de nascimento, origem, religião
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
κόσμος
(G2889)
kósmos (kos'-mos)
2889κοσμος kosmos
provavelmente da raiz de 2865; TDNT - 3:868,459; n m
uma organização ou constituição apta e harmoniosa, ordem, governo
ornamento, decoração, adorno, i.e., o arranjo das estrelas, ’as hostes celestiais’ como o ornamento dos céus. 1Pe 3:3
mundo, universo
o círculo da terra, a terra
os habitantes da terra, homens, a família humana
a multidão incrédula; a massa inteira de homens alienados de Deus, e por isso hostil a causa de Cristo
afazeres mundanos, conjunto das coisas terrenas
totalidade dos bens terrestres, dotes, riquezas, vantagens, prazeres, etc, que apesar de vazios, frágeis e passageiros, provocam desejos, desencaminham de Deus e são obstáculos para a causa de Cristo
qualquer conjunto ou coleção geral de particulares de qualquer tipo
os gentios em contraste com os judeus (Rm 11:12 etc)
de 3956 e um derivado de 4483; TDNT - 5:871,794; n f
liberdade em falar, franqueza na fala
abertamente, francamente, i.e, sem segredo
sem abigüidade ou circunlocução
sem o uso de figuras e comparações
confiança aberta e destemida, coragem entusiástica, audácia, segurança
comportamento pelo qual alguém se faz conspícuo ou assegura publicidade
πᾶς
(G3956)
pâs (pas)
3956πας pas
que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj
individualmente
cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
coletivamente
algo de todos os tipos
... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)
συναγωγή
(G4864)
synagōgḗ (soon-ag-o-gay')
4864συναγωγη sunagoge
da (forma reduplicada de) 4863; TDNT - 7:798,1108; n f
ajuntamento, recolhimento (de frutas)
no NT, uma assembléia de homens
sinagoga
assembléia de judeus formalmente reunidos para ofertar orações e escutar leituras e exposições das escrituras; reuniões deste tipo aconteciam todos os sábados e dias de festa; mais tarde, também no segundo e quinto dia de cada semana; nome transferido para uma assembléia de cristãos formalmente reunidos para propósitos religiosos
as construções onde aquelas assembléias judaicas solenes eram organizadas. Parece ser que as sinagogas tiveram sua origem durante o exílio babilônico. Na época de Jesus e dos apóstolos, cada cidade, não apenas na Palestina, mas também entre os gentios, se tivesse um considerável número de habitantes judeus, tinha pelo menos uma sinagoga. A maioria das sinagogas nas grandes cidades tinha diversas, ou mesmo muitas. As sinagogas eram também usadas para julgamentos e punições.
τíς (Strong G5101)
Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
Possui relação com
τις (Strong G5100)
Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)
Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}
αὐτός
(G846)
autós (ow-tos')
846αυτος autos
da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron
Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - nominativo masculino Singular
sumo-sacerdote. Ele era honrado acima de todos com título de sacerdote, chefe dos sacerdotes. Era lícito para ele realizar os deveres comuns do sacerdócio; mas seu principal dever era, uma vez por ano no dia da expiação, entrar no Santo dos Santos (dever do qual os outros sacerdotes estavam excluídos) e oferecer sacrifícios por seus próprios pecados e pelos pecados do povo, e presidir sobre o Sinédrio, ou Concílio Supremo, quando convocado para deliberações. De acordo com a lei mosaica, ninguém podia aspirar ao sumo sacerdócio a menos que fosse da tribo de Arão e descendente de uma família de sumos sacerdotes; e aquele a quem o ofício era conferido, ocupava este cargo até a morte. Mas a partir de Antíoco Epifanes, quando os reis Selêucidas e mais tarde os príncipes herodianos e os romanos arrogaram para si mesmos o poder de nomear os sumos sacerdotes, o ofício não mais permanecia fixo na família pontifical nem era conferido a alguém por toda a vida; mas tornou-se venal, e podia ser transferido de um para outro de acordo com a vontade dos governos civis e militares. Isto explica por que vinte e oito pessoas ocuparam a dignidade pontifical durante os cento e sete anos que separam Herodes, o grande e a destruição da cidade santa.
Os sumo-sacerdotes. Inclui-se nesta categoria, além daquele que detinham o ofício sumosacerdotal, tanto aqueles que foram previamente depostos, e mesmo depostos, continuavam exercendo um grande poder no estado, quanto os membros das famílias
das quais procediam os sumo-sacerdotes, dado que tinham grande influência am assuntos públicos.
Usado em referência a Cristo. Ao sofrer uma morte sangrenta, ele ofereceu a si mesmo como sacrifício expiatório para Deus, e entrou no santuário celeste onde continuamente intercede em nosso favor.
αὐτός
(G846)
autós (ow-tos')
846αυτος autos
da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron
Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - nominativo masculino Singular
a respeito de, concernente a, por causa de, no interesse de, em torno de, junto a
τίς
(G5101)
tís (tis)
5101τις tis
τíς (Strong G5101)
Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
Possui relação com
τις (Strong G5100)
Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)
Satanás é dito prender uma mulher torta por meio de um demônio, como seu mensageiro, tomando posse da mulher e privando-a de ficar reta
atar, colocar sob obrigações, da lei, dever etc.
estar preso a alguém, um esposa, um esposo
proibir, declarar ser ilícito
Καϊάφας
(G2533)
Kaïáphas (kah-ee-af'-as)
2533Καιαφας Kaiaphas
de origem aramaica קיפא; n pr m
Caifás = “tão gracioso”
sumo sacerdote dos judeus nomeado para aquele ofício por Valério Grato, governador da Judéia, após a destituição de Simão, filho de Camite, 18 d.C. Destituído em 36 d.C. por Vitélio, governador da Síria, que nomeou Jonatã, filho de Anás (Anás, sogro de Caifás), seu sucessor
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
οὖν
(G3767)
oûn (oon)
3767ουν oun
aparentemente, palavra raiz; partícula
então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim
sumo sacerdote dos judeus, elevado ao sacerdócio por Quirino, o governador da Síria em 6 ou 7 d.C., contudo, mais tarde deposto por Valerius Gratus, o procurador da Judéia, que colocou em seu lugar, primeiro Ismael, filho de Fabi, e logo depois Eleazar, filho de Anás. Depois de Eleazar, o ofício passou a Simão; de Simão em 18 d.C. a Caifás; no entanto, mesmo depois de ter sido deposto do ofício, Anás continuou a ter grande influência.
sumo-sacerdote. Ele era honrado acima de todos com título de sacerdote, chefe dos sacerdotes. Era lícito para ele realizar os deveres comuns do sacerdócio; mas seu principal dever era, uma vez por ano no dia da expiação, entrar no Santo dos Santos (dever do qual os outros sacerdotes estavam excluídos) e oferecer sacrifícios por seus próprios pecados e pelos pecados do povo, e presidir sobre o Sinédrio, ou Concílio Supremo, quando convocado para deliberações. De acordo com a lei mosaica, ninguém podia aspirar ao sumo sacerdócio a menos que fosse da tribo de Arão e descendente de uma família de sumos sacerdotes; e aquele a quem o ofício era conferido, ocupava este cargo até a morte. Mas a partir de Antíoco Epifanes, quando os reis Selêucidas e mais tarde os príncipes herodianos e os romanos arrogaram para si mesmos o poder de nomear os sumos sacerdotes, o ofício não mais permanecia fixo na família pontifical nem era conferido a alguém por toda a vida; mas tornou-se venal, e podia ser transferido de um para outro de acordo com a vontade dos governos civis e militares. Isto explica por que vinte e oito pessoas ocuparam a dignidade pontifical durante os cento e sete anos que separam Herodes, o grande e a destruição da cidade santa.
Os sumo-sacerdotes. Inclui-se nesta categoria, além daquele que detinham o ofício sumosacerdotal, tanto aqueles que foram previamente depostos, e mesmo depostos, continuavam exercendo um grande poder no estado, quanto os membros das famílias
das quais procediam os sumo-sacerdotes, dado que tinham grande influência am assuntos públicos.
Usado em referência a Cristo. Ao sofrer uma morte sangrenta, ele ofereceu a si mesmo como sacrifício expiatório para Deus, e entrou no santuário celeste onde continuamente intercede em nosso favor.
αὐτός
(G846)
autós (ow-tos')
846αυτος autos
da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron
primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v
ser, exitir, acontecer, estar presente
ἐκ
(G1537)
ek (ek)
1537εκ ek ou εξ ex
preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep
um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron
Eu, me, minha, meu
εἰμί
(G1510)
eimí (i-mee')
1510ειμι eimi
primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v
ser, exitir, acontecer, estar presente
εἷς
(G1520)
heîs (hice)
1520εις heis
(incluindo o neutro [etc.] hen); TDNT - 2:434,214; numeral
um
ἐκ
(G1537)
ek (ek)
1537εκ ek ou εξ ex
preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep
de dentro de, de, por, fora de
ἐν
(G1722)
en (en)
1722εν en
preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep
em, por, com etc.
κῆπος
(G2779)
kēpos (kay'-pos)
2779κηπος kepos
de afinidade incerta; n m
jardim
λέγω
(G3004)
légō (leg'-o)
3004λεγω lego
palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v
dizer, falar
afirmar sobre, manter
ensinar
exortar, aconselhar, comandar, dirigir
apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
sumo-sacerdote. Ele era honrado acima de todos com título de sacerdote, chefe dos sacerdotes. Era lícito para ele realizar os deveres comuns do sacerdócio; mas seu principal dever era, uma vez por ano no dia da expiação, entrar no Santo dos Santos (dever do qual os outros sacerdotes estavam excluídos) e oferecer sacrifícios por seus próprios pecados e pelos pecados do povo, e presidir sobre o Sinédrio, ou Concílio Supremo, quando convocado para deliberações. De acordo com a lei mosaica, ninguém podia aspirar ao sumo sacerdócio a menos que fosse da tribo de Arão e descendente de uma família de sumos sacerdotes; e aquele a quem o ofício era conferido, ocupava este cargo até a morte. Mas a partir de Antíoco Epifanes, quando os reis Selêucidas e mais tarde os príncipes herodianos e os romanos arrogaram para si mesmos o poder de nomear os sumos sacerdotes, o ofício não mais permanecia fixo na família pontifical nem era conferido a alguém por toda a vida; mas tornou-se venal, e podia ser transferido de um para outro de acordo com a vontade dos governos civis e militares. Isto explica por que vinte e oito pessoas ocuparam a dignidade pontifical durante os cento e sete anos que separam Herodes, o grande e a destruição da cidade santa.
Os sumo-sacerdotes. Inclui-se nesta categoria, além daquele que detinham o ofício sumosacerdotal, tanto aqueles que foram previamente depostos, e mesmo depostos, continuavam exercendo um grande poder no estado, quanto os membros das famílias
das quais procediam os sumo-sacerdotes, dado que tinham grande influência am assuntos públicos.
Usado em referência a Cristo. Ao sofrer uma morte sangrenta, ele ofereceu a si mesmo como sacrifício expiatório para Deus, e entrou no santuário celeste onde continuamente intercede em nosso favor.
αὐτός
(G846)
autós (ow-tos')
846αυτος autos
da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron
ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
ele, ela, isto
o mesmo
πάλιν Πέτρος ἀρνέομαι καί εὐθέως φωνέω ἀλέκτωρ
João 18: 27 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana
Pedro, então, negou outra vez, e imediatamente o galo cantou.
João 18: 27 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
João 18: 28 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana
Então eles conduziram Jesus de Caifás para a sala de julgamento, e era cedo, e eles não entraram na sala de julgamento, para não se contaminarem, mas poderem comer a Páscoa.
João 18: 28 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
mais ainda, antes, mais propriamente, até mesmo, além do mais
introduz uma transição para o assunto principal
Ἰησοῦς
(G2424)
Iēsoûs (ee-ay-sooce')
2424Ιησους Iesous
de origem hebraica 3091ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m
Jesus = “Jeová é salvação”
Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado
Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo
Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)
Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)
Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)
ἵνα
(G2443)
hína (hin'-ah)
2443ινα hina
provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj
que, a fim de que, para que
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
Καϊάφας
(G2533)
Kaïáphas (kah-ee-af'-as)
2533Καιαφας Kaiaphas
de origem aramaica קיפא; n pr m
Caifás = “tão gracioso”
sumo sacerdote dos judeus nomeado para aquele ofício por Valério Grato, governador da Judéia, após a destituição de Simão, filho de Camite, 18 d.C. Destituído em 36 d.C. por Vitélio, governador da Síria, que nomeou Jonatã, filho de Anás (Anás, sogro de Caifás), seu sucessor
μή
(G3361)
mḗ (may)
3361μη me
partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula
não; se usa em perguntas diretas que esperam uma resposta afirmativa
οὖν
(G3767)
oûn (oon)
3767ουν oun
aparentemente, palavra raiz; partícula
então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim
πάσχα
(G3957)
páscha (pas'-khah)
3957πασχα pascha
de origem aramaica, cf 6453פסח; TDNT - 5:896,797; n n
sacrifício pascal (que era comum ser oferecido por causa da libertação do povo do Egito)
cordeiro pascal, i.e., o cordeiro que os israelitas tinham o costume de matar e comer no décimo quarto dia do mês de Nisã (o primeiro mês do ano para eles) em memória do dia no qual seus pais, preparando-se para sair do Egito, foram ordenados por Deus a matar e comer um cordeiro, e aspergir as ombreiras de suas portas com o seu sangue, para que o anjo destruidor, vendo o sangue, passasse por sobre as suas moradas; Cristo crucificado é comparado ao cordeiro pascal imolado
ceia pascal
festa pascal, festa da Páscoa, que se estende do décimo quarto ao vigésimo dia do mês Nisã
πραιτώριον
(G4232)
praitṓrion (prahee-to'-ree-on)
4232πραιτωριον praitorion
de origem latina; n n
“quartel-general” num campo romano, tenda do comandante supremo
palácio no qual o governador ou procurador de uma província residia. Os romanos estavam acostumados a apropriar-se dos palácios já existentes e anteriormente habitados pelos reis ou príncipes; em Jerusalém, apropriaram-se do magnífico palácio que Herodes, o grande, havia construído para si, e que os procuradores romanos parecem ter ocupado sempre que vinham da Cesaréia a Jerusalém para tratar de negócios públicos
acampamento dos soldados pretorianos estabelecido por Tibério
de 435 e ops (o semblante, de 3700); com cara de homem, i.e. um ser humano; TDNT - 1:364,59; n m
um ser humano, seja homem ou mulher
genericamente, inclui todos os indivíduos humanos
para distinguir humanos de seres de outra espécie
de animais e plantas
de Deus e Cristo
dos anjos
com a noção adicionada de fraqueza, pela qual o homem é conduzido ao erro ou induzido a pecar
com a noção adjunta de desprezo ou piedade desdenhosa
com referência às duas natureza do homem, corpo e alma
com referência à dupla natureza do homem, o ser corrupto e o homem verdadeiramente cristão, que se conforma à natureza de Deus
com referência ao sexo, um homem
de forma indefinida, alguém, um homem, um indivíduo
no plural, povo
associada com outras palavras, ex. homem de negócios
τίς
(G5101)
tís (tis)
5101τις tis
τíς (Strong G5101)
Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
Possui relação com
τις (Strong G5100)
Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)
Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}
φέρω
(G5342)
phérō (fer'-o)
5342φερω phero
verbo primário (para o qual outras palavras e aparentemente não cognatas são usadas em determinados tempos apenas, especialmente, οιω oio; e ενεγκω enegko; TDNT - 9:56,1252; v
1) carregar
levar alguma carga
levar consigo mesmo
mover pelo ato de carregar; mover ou ser transportado ou conduzido, com sugestão de força ou velocidade
de pessoas conduzidas num navio pelo mar
de uma rajada de vento, para impelir
da mente, ser movido interiormente, estimulado
carregar, i.e., sustentar (guardar de cair)
de Cristo, o preservador do universo
carregar, i.e., suportar, agüentar o rigor de algo, agüentar pacientemente a conduta de alguém, poupar alguém (abster-se de punição ou destruição)
trazer, levar a, entregar
mudar para, adotar
comunicar por anúncio, anunciar
causar, i.e., gerar, produzir; apresentar num discurso
conduzir, guiar
φημί
(G5346)
phēmí (fay-mee')
5346φημι phemi
propriamente, o mesmo que a raiz de 5457 e 5316; v
tornar conhecido os pensamentos de alguém, declarar
dizer
αὐτός
(G846)
autós (ow-tos')
846αυτος autos
da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron
Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - nominativo masculino Singular
ser julgado, i.e., ser chamado à julgamento para que o caso possa ser examinado e julgado
julgar, sujeitar à censura
daqueles que atuam como juízes ou árbitros em assuntos da vida comum, ou emitem julgamento sobre as obras e palavras de outros
reinar, governar
presidir com o poder de emitir decisões judiciais, porque julgar era a prerrogativa dos reis e governadores
contender juntos, de guerreiros ou combatentes
disputar
num sentido forense
recorrer à lei, processar judicialmente
λαμβάνω
(G2983)
lambánō (lam-ban'-o)
2983λαμβανω lambano
forma prolongada de um verbo primário, que é usado apenas como um substituto em certos tempos; TDNT - 4:5,495; v
pegar
pegar com a mão, agarrar, alguma pessoa ou coisa a fim de usá-la
pegar algo para ser carregado
levar sobre si mesmo
pegar a fim de levar
sem a noção de violência, i.e., remover, levar
pegar o que me pertence, levar para mim, tornar próprio
reinvindicar, procurar, para si mesmo
associar consigo mesmo como companhia, auxiliar
daquele que quando pega não larga, confiscar, agarrar, apreender
pegar pelo astúcia (nossa captura, usado de caçadores, pescadores, etc.), lograr alguém pela fraude
pegar para si mesmo, agarrar, tomar posse de, i.e., apropriar-se
capturar, alcançar, lutar para obter
pegar um coisa esperada, coletar, recolher (tributo)
pegar
admitir, receber
receber o que é oferecido
não recusar ou rejeitar
receber uma pessoa, tornar-se acessível a ela
tomar em consideração o poder, nível, ou circunstâncias externas de alguém, e tomando estas coisas em conta fazer alguma injustiça ou negligenciar alguma coisa
pegar, escolher, selecionar
iniciar, provar algo, fazer um julgamento de, experimentar
receber (o que é dado), ganhar, conseguir, obter, ter de volta
aquela separação (seja natural ou violenta) da alma e do corpo pela qual a vida na terra termina
com a idéia implícita de miséria futura no inferno
o poder da morte
como o mundo inferior, a habitação dos mortos era concebida como sendo muito escura, equivalente à região da mais densa treva, i.e., figuradamente, uma região envolvida em trevas de ignorância e pecado
metáf., a perda daquela única vida digna do nome,
a miséria da alma que se origina do pecado, que começa na terra, mas continua e aumenta, depois da morte do corpo, no inferno
o estado miserável do ímpio no inferno
no sentido mais amplo, a morte, incluindo toda as misérias que se originam do pecado, e inclui a morte física como a perda de um vida consagrada a Deus e abênçoada por ele na terra, é seguida pela desdita no inferno
Ἰησοῦς
(G2424)
Iēsoûs (ee-ay-sooce')
2424Ιησους Iesous
de origem hebraica 3091ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m
Jesus = “Jeová é salvação”
Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado
Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo
Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)
Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)
Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)
ἵνα
(G2443)
hína (hin'-ah)
2443ινα hina
provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj
que, a fim de que, para que
λέγω
(G3004)
légō (leg'-o)
3004λεγω lego
palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v
dizer, falar
afirmar sobre, manter
ensinar
exortar, aconselhar, comandar, dirigir
apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
palavra, proferida a viva voz, que expressa uma concepção ou idéia
o que alguém disse
palavra
os ditos de Deus
decreto, mandato ou ordem
dos preceitos morais dados por Deus
profecia do Antigo Testamento dado pelos profetas
o que é declarado, pensamento, declaração, aforismo, dito significativo, sentença, máxima
discurso
o ato de falar, fala
a faculdade da fala, habilidade e prática na fala
tipo ou estilo de fala
discurso oral contínuo - instrução
doutrina, ensino
algo relatado pela fala; narração, narrativa
assunto em discussão, aquilo do qual se fala, questão, assunto em disputa, caso, processo jurídico
algo a respeito do qual se fala; evento, obra
seu uso com respeito a MENTE em si
razão, a faculdade mental do pensamento, meditação, raciocínio, cálculo
conta, i.e., estima, consideração
conta, i.e., cômputo, cálculo
conta, i.e., resposta ou explanação em referência a julgamento
relação, i.e., com quem, como juiz, estamos em relação
razão
razão, causa, motivo
Em João, denota a essencial Palavra de Deus, Jesus Cristo, a sabedoria e poder pessoais em união com Deus. Denota seu ministro na criação e governo do universo, a causa de toda a vida do mundo, tanto física quanto ética, que para a obtenção da salvação do ser humano, revestiu-se da natureza humana na pessoa de Jesus, o Messias, a segunda pessoa na Trindade, anunciado visivelmente através suas palavras e obras. Este termo era familiar para os judeus e na sua literatura muito antes que um filósofo grego chamado Heráclito fizesse uso do termo Logos, por volta de 600 a.C., para designar a razão ou plano divino que coordena um universo em constante mudança. Era a palavra apropriada para o objetivo de João no capítulo 1 do seu evangelho. Ver Gill ou “Jo 1:1”.
μέλλω
(G3195)
méllō (mel'-lo)
3195μελλω mello
forma consolidada de 3199 (da idéia de expectação); v
estar prestes a
estar a ponto de fazer ou sofrer algo
intentar, ter em mente, pensar
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
ὅς
(G3739)
hós (hos)
3739ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho
provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron
tornar cheio, completar,i.e., preencher até o máximo
fazer abundar, fornecer ou suprir liberalmente
Tenho em abundância, estou plenamente abastecido
tornar pleno, i.e., completar
preencher até o topo: assim que nada faltará para completar a medida, preencher até borda
consumar: um número
fazer completo em cada particular, tornar perfeito
levar até o fim, realizar, levar a cabo, (algum empreendimento)
efetuar, trazer à realização, realizar
relativo a deveres: realizar, executar
de ditos, promessas, profecias, fazer passar, ratificar, realizar
cumprir, i.e., fazer a vontade de Deus (tal como conhecida na lei) ser obedecida como deve ser, e as promessas de Deus (dadas pelos profetas) receber o cumprimento
de homens ou animais, quando se dirigem para uma casa ou uma cidade
de Satanás tomando posse do corpo de uma pessoa
de coisas: como comida, que entra na boca de quem come
metáf.
de ingresso em alguma condição, estado das coisas, sociedade, emprego
aparecer, vir à existência, começar a ser
de homens, vir perante o público
vir à vida
de pensamentos que vêm a mente
Ἰησοῦς
(G2424)
Iēsoûs (ee-ay-sooce')
2424Ιησους Iesous
de origem hebraica 3091ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m
Jesus = “Jeová é salvação”
Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado
Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo
Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)
Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)
Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)
Ἰουδαῖος
(G2453)
Ioudaîos (ee-oo-dah'-yos)
2453ιουδαιος Ioudaios
de 2448 (no sentido de 2455 como um país); TDNT - 3:356,372; adj
judeu, que pertence à nação dos judeus
judeu de nascimento, origem, religião
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
λέγω
(G3004)
légō (leg'-o)
3004λεγω lego
palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v
dizer, falar
afirmar sobre, manter
ensinar
exortar, aconselhar, comandar, dirigir
apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
chamar pelo nome, chamar, nomear
gritar, falar de, mencionar
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
οὖν
(G3767)
oûn (oon)
3767ουν oun
aparentemente, palavra raiz; partícula
então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim
πάλιν
(G3825)
pálin (pal'-in)
3825παλιν palin
provavelmente do mesmo que 3823 (da idéia de repetição oscilatória); adv
de novo, outra vez
renovação ou repetição da ação
outra vez, de novo
outra vez, i.e., mais uma vez, em adição
por vez, por outro lado
Πιλᾶτος
(G4091)
Pilâtos (pil-at'-os)
4091πιλατος Pilatos
de origem latina; n pr m
Pilatos = “armado com uma lança”
sexto procurador romano de Judá e Samaria que ordenou que Cristo fosse crucificado
πραιτώριον
(G4232)
praitṓrion (prahee-to'-ree-on)
4232πραιτωριον praitorion
de origem latina; n n
“quartel-general” num campo romano, tenda do comandante supremo
palácio no qual o governador ou procurador de uma província residia. Os romanos estavam acostumados a apropriar-se dos palácios já existentes e anteriormente habitados pelos reis ou príncipes; em Jerusalém, apropriaram-se do magnífico palácio que Herodes, o grande, havia construído para si, e que os procuradores romanos parecem ter ocupado sempre que vinham da Cesaréia a Jerusalém para tratar de negócios públicos
acampamento dos soldados pretorianos estabelecido por Tibério
σύ
(G4771)
sý (soo)
4771συ su
pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron
Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - nominativo masculino Singular
ἐγώ
(G1473)
egṓ (eg-o')
1473εγω ego
um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron
Eu, me, minha, meu
ἤ
(G2228)
ḗ (ay)
2228η e
partícula primária de distinção entre dois termos conectados; partícula
ou ... ou, que
Ἰησοῦς
(G2424)
Iēsoûs (ee-ay-sooce')
2424Ιησους Iesous
de origem hebraica 3091ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m
Jesus = “Jeová é salvação”
Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado
Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo
Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)
Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)
Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)
Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - nominativo masculino Singular
pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron
tu
τίς
(G5101)
tís (tis)
5101τις tis
τíς (Strong G5101)
Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
Possui relação com
τις (Strong G5100)
Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)
sumo-sacerdote. Ele era honrado acima de todos com título de sacerdote, chefe dos sacerdotes. Era lícito para ele realizar os deveres comuns do sacerdócio; mas seu principal dever era, uma vez por ano no dia da expiação, entrar no Santo dos Santos (dever do qual os outros sacerdotes estavam excluídos) e oferecer sacrifícios por seus próprios pecados e pelos pecados do povo, e presidir sobre o Sinédrio, ou Concílio Supremo, quando convocado para deliberações. De acordo com a lei mosaica, ninguém podia aspirar ao sumo sacerdócio a menos que fosse da tribo de Arão e descendente de uma família de sumos sacerdotes; e aquele a quem o ofício era conferido, ocupava este cargo até a morte. Mas a partir de Antíoco Epifanes, quando os reis Selêucidas e mais tarde os príncipes herodianos e os romanos arrogaram para si mesmos o poder de nomear os sumos sacerdotes, o ofício não mais permanecia fixo na família pontifical nem era conferido a alguém por toda a vida; mas tornou-se venal, e podia ser transferido de um para outro de acordo com a vontade dos governos civis e militares. Isto explica por que vinte e oito pessoas ocuparam a dignidade pontifical durante os cento e sete anos que separam Herodes, o grande e a destruição da cidade santa.
Os sumo-sacerdotes. Inclui-se nesta categoria, além daquele que detinham o ofício sumosacerdotal, tanto aqueles que foram previamente depostos, e mesmo depostos, continuavam exercendo um grande poder no estado, quanto os membros das famílias
das quais procediam os sumo-sacerdotes, dado que tinham grande influência am assuntos públicos.
Usado em referência a Cristo. Ao sofrer uma morte sangrenta, ele ofereceu a si mesmo como sacrifício expiatório para Deus, e entrou no santuário celeste onde continuamente intercede em nosso favor.
João 18: 36 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana
Respondeu Jesus: O meu reino não é deste mundo; se o meu reino fosse deste mundo, então os meus servos lutariam, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora o meu reino não é daqui.
João 18: 36 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - nominativo masculino Singular
um rubenita que demarcou o limite entre Judá e Benjamim com uma pedra
(of Bohan)
Substantivo
δέ
(G1161)
dé (deh)
1161δε de
partícula primária (adversativa ou aditiva); conj
mas, além do mais, e, etc.
εἰ
(G1487)
ei (i)
1487ει ei
partícula primária de condicionalidade; conj
se
εἰμί
(G1510)
eimí (i-mee')
1510ειμι eimi
primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v
ser, exitir, acontecer, estar presente
ἐκ
(G1537)
ek (ek)
1537εκ ek ou εξ ex
preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep
de origem hebraica 3091ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m
Jesus = “Jeová é salvação”
Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado
Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo
Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)
Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)
Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)
ἵνα
(G2443)
hína (hin'-ah)
2443ινα hina
provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj
que, a fim de que, para que
Ἰουδαῖος
(G2453)
Ioudaîos (ee-oo-dah'-yos)
2453ιουδαιος Ioudaios
de 2448 (no sentido de 2455 como um país); TDNT - 3:356,372; adj
judeu, que pertence à nação dos judeus
judeu de nascimento, origem, religião
κόσμος
(G2889)
kósmos (kos'-mos)
2889κοσμος kosmos
provavelmente da raiz de 2865; TDNT - 3:868,459; n m
uma organização ou constituição apta e harmoniosa, ordem, governo
ornamento, decoração, adorno, i.e., o arranjo das estrelas, ’as hostes celestiais’ como o ornamento dos céus. 1Pe 3:3
mundo, universo
o círculo da terra, a terra
os habitantes da terra, homens, a família humana
a multidão incrédula; a massa inteira de homens alienados de Deus, e por isso hostil a causa de Cristo
afazeres mundanos, conjunto das coisas terrenas
totalidade dos bens terrestres, dotes, riquezas, vantagens, prazeres, etc, que apesar de vazios, frágeis e passageiros, provocam desejos, desencaminham de Deus e são obstáculos para a causa de Cristo
qualquer conjunto ou coleção geral de particulares de qualquer tipo
os gentios em contraste com os judeus (Rm 11:12 etc)
João 18: 37 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana
Disse-lhe, então, Pilatos: Então és tu um rei? Jesus respondeu: Tu dizes que eu sou rei. Eu para isso nasci, e para isso vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade ouve a minha voz.
João 18: 37 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - nominativo masculino Singular
na tradição judaica, de alguém que traz outros ao seu modo de vida, que converte alguém
de Deus ao fazer Cristo seu filho
de Deus ao transformar pessoas em seus filhos através da fé na obra de Cristo
ἐγώ
(G1473)
egṓ (eg-o')
1473εγω ego
um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron
Eu, me, minha, meu
εἰμί
(G1510)
eimí (i-mee')
1510ειμι eimi
primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v
ser, exitir, acontecer, estar presente
εἰς
(G1519)
eis (ice)
1519εις eis
preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep
em, até, para, dentro, em direção a, entre
ἐκ
(G1537)
ek (ek)
1537εκ ek ou εξ ex
preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep
de dentro de, de, por, fora de
ἀκούω
(G191)
akoúō (ak-oo'-o)
191ακουω akouo
uma raiz; TDNT - 1:216,34; v
estar dotado com a faculdade de ouvir, não surdo
ouvir
prestar atenção, considerar o que está ou tem sido dito
entender, perceber o sentido do que é dito
ouvir alguma coisa
perceber pelo ouvido o que é dito na presença de alguém
conseguir aprender pela audição
algo que chega aos ouvidos de alguém, descobrir, aprender
dar ouvido a um ensino ou a um professor
compreender, entender
ἔρχομαι
(G2064)
érchomai (er'-khom-ahee)
2064ερχομαι erchomai
voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v
vir
de pessoas
vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
aparecer, apresentar-se, vir diante do público
metáf.
vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
verdadeiramente, em verdade, de acordo com a verdade
de uma verdade, em realidade, de fato, certamente
que é verdade em coisas relativas a Deus e aos deveres do ser humano, verdade moral e religiosa
na maior extensão
a verdadeira noção de Deus que é revelada à razão humana sem sua intervenção sobrenatural
a verdade tal como ensinada na religião cristã, com respeito a Deus e a execução de seus propósitos através de Cristo, e com respeito aos deveres do homem, opondo-se igualmente às superstições dos gentios e às invenções dos judeus, e às opiniões e preceitos de falsos mestres até mesmo entre cristãos
subjetivamente
verdade como excelência pessoal
sinceridade de mente, livre de paixão, pretensão, simulação, falsidade, engano
Ἰησοῦς
(G2424)
Iēsoûs (ee-ay-sooce')
2424Ιησους Iesous
de origem hebraica 3091ישוע; TDNT - 3:284,360; n pr m
Jesus = “Jeová é salvação”
Jesus, o filho de Deus, Salvador da humanidade, Deus encarnado
Jesus Barrabás era o ladrão cativo que o judeus pediram a Pilatos para libertar no lugar de Cristo
Jesus [Josué] era o famoso capitão dos israelitas, sucessor de Moisés (At 7:45; Hb 4:8)
Jesus [Josué], filho de Eliézer, um dos ancestrais de Cristo (Lc 3:29)
Jesus, de sobrenome Justo, um cristão judeu, cooperador de Paulo na pregação do evangelho (Cl 4:11)
ἵνα
(G2443)
hína (hin'-ah)
2443ινα hina
provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj
que, a fim de que, para que
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
κόσμος
(G2889)
kósmos (kos'-mos)
2889κοσμος kosmos
provavelmente da raiz de 2865; TDNT - 3:868,459; n m
uma organização ou constituição apta e harmoniosa, ordem, governo
ornamento, decoração, adorno, i.e., o arranjo das estrelas, ’as hostes celestiais’ como o ornamento dos céus. 1Pe 3:3
mundo, universo
o círculo da terra, a terra
os habitantes da terra, homens, a família humana
a multidão incrédula; a massa inteira de homens alienados de Deus, e por isso hostil a causa de Cristo
afazeres mundanos, conjunto das coisas terrenas
totalidade dos bens terrestres, dotes, riquezas, vantagens, prazeres, etc, que apesar de vazios, frágeis e passageiros, provocam desejos, desencaminham de Deus e são obstáculos para a causa de Cristo
qualquer conjunto ou coleção geral de particulares de qualquer tipo
os gentios em contraste com os judeus (Rm 11:12 etc)
que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj
individualmente
cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
coletivamente
algo de todos os tipos
... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)
Πιλᾶτος
(G4091)
Pilâtos (pil-at'-os)
4091πιλατος Pilatos
de origem latina; n pr m
Pilatos = “armado com uma lança”
sexto procurador romano de Judá e Samaria que ordenou que Cristo fosse crucificado
σύ
(G4771)
sý (soo)
4771συ su
pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron
tu
φωνή
(G5456)
phōnḗ (fo-nay')
5456φωνη phone
provavelmente semelhante a 5316 pela idéia de revelação; TDNT - 9:278,1287; n f
preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep
com menção do lugar do qual alguém sai, ou o ponto do qual ele parte
daqueles que deixam um lugar por vontade própria
daqueles que são expelidos ou expulsos
metáf.
sair de uma assembléia, i.e. abandoná-la
proceder fisicamente, descender, ser nascido de
livrar-se do poder de alguém, escapar dele em segurança
deixar (a privacidade) e ingressar no mundo, diante do público, (daqueles que pela inovação de opinião atraem atenção)
de coisas
de relatórios, rumores, mensagens, preceitos
tornar-se conhecido, divulgado
ser propagado, ser proclamado
sair
emitido seja do coração ou da boca
fluir do corpo
emanar, emitir
usado de um brilho repentino de luz
usado de algo que desaparece
usado de uma esperança que desaparaceu
εὑρίσκω
(G2147)
heurískō (hyoo-ris'-ko)
2147ευρισκω heurisko
forma prolongada de uma palavra primária ευρω heuro, que (junto com outra forma cognata ευρεω heureo hyoo-reh’-o) é usada em todos os tempos exceto no presente e imperfeito; TDNT - 2:769,*; v
descobrir, encontrar por acaso, encontrar-se com
depois de procurar, achar o que se buscava
sem procura prévia, achar (por acaso), encontrar
aqueles que vêm ou retornam para um lugar
achar pela averiguação, reflexão, exame, escrutínio, observação, descobrir pela prática e experiência
ver, aprender, descobrir, entender
ser achado, i.e., ser visto, estar presente
ser descoberto, reconhecido, detectado; revelar-se, do caráter ou estado de alguém, de como é percebido por outros (homens, Deus, ou ambos)
obter conhecimento de, vir a conhecer, Deus
descobrir por si mesmo, adquirir, conseguir, obter, procurar
verdadeiramente, em verdade, de acordo com a verdade
de uma verdade, em realidade, de fato, certamente
que é verdade em coisas relativas a Deus e aos deveres do ser humano, verdade moral e religiosa
na maior extensão
a verdadeira noção de Deus que é revelada à razão humana sem sua intervenção sobrenatural
a verdade tal como ensinada na religião cristã, com respeito a Deus e a execução de seus propósitos através de Cristo, e com respeito aos deveres do homem, opondo-se igualmente às superstições dos gentios e às invenções dos judeus, e às opiniões e preceitos de falsos mestres até mesmo entre cristãos
subjetivamente
verdade como excelência pessoal
sinceridade de mente, livre de paixão, pretensão, simulação, falsidade, engano
Ἰουδαῖος
(G2453)
Ioudaîos (ee-oo-dah'-yos)
2453ιουδαιος Ioudaios
de 2448 (no sentido de 2455 como um país); TDNT - 3:356,372; adj
judeu, que pertence à nação dos judeus
judeu de nascimento, origem, religião
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
λέγω
(G3004)
légō (leg'-o)
3004λεγω lego
palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v
dizer, falar
afirmar sobre, manter
ensinar
exortar, aconselhar, comandar, dirigir
apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
chamar pelo nome, chamar, nomear
gritar, falar de, mencionar
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
οὐδείς
(G3762)
oudeís (oo-dice')
3762ουδεις oudeis incluindo feminino ουδεμια oudemia e neutro ουδεν ouden
τíς (Strong G5101)
Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
Possui relação com
τις (Strong G5100)
Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)
Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}
αὐτός
(G846)
autós (ow-tos')
846αυτος autos
da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron
primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v
ser, exitir, acontecer, estar presente
εἷς
(G1520)
heîs (hice)
1520εις heis
(incluindo o neutro [etc.] hen); TDNT - 2:434,214; numeral
um
ἐν
(G1722)
en (en)
1722εν en
preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep
em, por, com etc.
ἵνα
(G2443)
hína (hin'-ah)
2443ινα hina
provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj
que, a fim de que, para que
Ἰουδαῖος
(G2453)
Ioudaîos (ee-oo-dah'-yos)
2453ιουδαιος Ioudaios
de 2448 (no sentido de 2455 como um país); TDNT - 3:356,372; adj
judeu, que pertence à nação dos judeus
judeu de nascimento, origem, religião
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
οὖν
(G3767)
oûn (oon)
3767ουν oun
aparentemente, palavra raiz; partícula
então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim
πάσχα
(G3957)
páscha (pas'-khah)
3957πασχα pascha
de origem aramaica, cf 6453פסח; TDNT - 5:896,797; n n
sacrifício pascal (que era comum ser oferecido por causa da libertação do povo do Egito)
cordeiro pascal, i.e., o cordeiro que os israelitas tinham o costume de matar e comer no décimo quarto dia do mês de Nisã (o primeiro mês do ano para eles) em memória do dia no qual seus pais, preparando-se para sair do Egito, foram ordenados por Deus a matar e comer um cordeiro, e aspergir as ombreiras de suas portas com o seu sangue, para que o anjo destruidor, vendo o sangue, passasse por sobre as suas moradas; Cristo crucificado é comparado ao cordeiro pascal imolado
ceia pascal
festa pascal, festa da Páscoa, que se estende do décimo quarto ao vigésimo dia do mês Nisã
σύ
(G4771)
sý (soo)
4771συ su
pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron