Disse Jesus também aos discípulos: Havia um homem rico que tinha um administrador; e este lhe foi denunciado como quem estava a defraudar os seus bens.
ARC
E DIZIA também aos seus discípulos: Havia um certo homem rico, o qual tinha um mordomo; e este foi acusado perante ele de dissipar os seus bens.
TB
Disse Jesus também aos discípulos: Havia um homem rico que tinha um administrador; e este lhe foi denunciado como esbanjador dos seus bens.
Dizia também aos discípulos: Havia certo homem rico, que tinha um administrador , e este foi acusado perante ele de estar dissipando os seus bens.
BKJ
E ele dizia também aos seus discípulos: Havia um certo homem rico, o qual tinha um mordomo; e este foi acusado perante ele de estar desperdiçando os seus bens.
LTT
Ora, Ele (Jesus) dizia também aos Seus discípulos: "Um certo homem rico havia, o qual tinha um servo- despenseiro- distribuidor; e este foi acusado perante ele comoestandodissipando os seus bens.
BJ2
[t] Dizia ainda a seus discípulos: "Um homem rico tinha um administrador que foi denunciado por estar dissipando os seus bens.
VULG
Dicebat autem et ad discipulos suos : Homo quidam erat dives, qui habebat villicum : et hic diffamatus est apud illum quasi dissipasset bona ipsius.
lc 16: 2
Versão
Versículo
ARA
Então, mandando-o chamar, lhe disse: Que é isto que ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, porque já não podes mais continuar nela.
ARC
E ele, chamando-o, disse-lhe: Que é isto que ouço de ti? Dá contas da tua mordomia, porque já não poderás ser mais meu mordomo.
TB
Chamou-o e perguntou-lhe: Que é isso que ouço dizer de ti? Dá conta da tua administração; pois já não podes mais ser meu administrador.
Chamando-o, disse-lhe: Que {é} isso {que} ouço a teu respeito? Presta contas da tua administração, pois não podes mais administrar.
BKJ
E ele, chamando-o, disse-lhe: O que é isso que eu ouço de ti? Entrega a conta da tua mordomia, porque já não podes mais ser meu mordomo.
LTT
E ele(o homem rico), havendo-o chamado, lhe disse: 'Que é isto que ouço concernente a ti? Dá contas da tua administração- da- casa, porque não mais poderás ser o meu administrador- da- casa.'
BJ2
Mandou chamá-lo e disse-lhe: "Que é isso que ouço dizer de ti? Presta contas da tua administração, pois já não podes ser administrador!"
VULG
Et vocavit illum, et ait illi : Quid hoc audio de te ? redde rationem villicationis tuæ : jam enim non poteris villicare.
lc 16: 3
Versão
Versículo
ARA
Disse o administrador consigo mesmo: Que farei, pois o meu senhor me tira a administração? Trabalhar na terra não posso; também de mendigar tenho vergonha.
ARC
E o mordomo disse consigo: Que farei, pois que o meu senhor me tira a mordomia? Cavar, não posso; de mendigar, tenho vergonha.
TB
Disse o administrador consigo: Que hei de fazer, já que o meu amo me tira a administração? Não tenho forças para cavar, de mendigar tenho vergonha.
O administrador disse a si mesmo: Que farei, já que o meu senhor está tirando de mim a administração? Não sou capaz de cavar, tenho vergonha de mendigar.
BKJ
Então, o mordomo disse consigo: O que eu farei? Pois o meu senhor me tira a mordomia. Cavar eu não posso, de mendigar tenho vergonha.
LTT
E disse, dentro de si mesmo, o servo- despenseiro- distribuidor: 'Que farei (pois que o meu senhor plenamente- tira a administração- da- casa para longe de mim)? Para cavar, não tenho forças; de mendigar, me envergonho.
BJ2
O administrador então refletiu: "Que farei, uma vez que meu senhor me retire a administração? Cavar? Não posso. Mendigar? Tenho vergonha...
VULG
Ait autem villicus intra se : Quid faciam, quia dominus meus aufert a me villicationem ? Fodere non valeo, mendicare erubesco.
lc 16: 4
Versão
Versículo
ARA
Eu sei o que farei, para que, quando for demitido da administração, me recebam em suas casas.
ARC
Eu sei o que hei de fazer, para que, quando for desapossado da mordomia, me recebam em suas casas.
TB
Eu sei o que hei de fazer para que, quando for despedido do meu emprego, me recebam em suas casas.
Ele disse: Cem batos de óleo {de oliva}. Disse-lhe ele: Toma a tua conta e, sentando-te, escreve depressa: cinquenta.
BKJ
E ele disse: Cem medidas de azeite. E disse-lhe: Toma a tua conta e assenta-te rapidamente, e escreve cinquenta.
LTT
E ele disse: 'Cem batos ①de azeite.' E(o administrador- da- casa)lhe disse: 'Toma a tua escritura de dívida, e havendo-te assentado ②rapidamente, escreve tu cinquenta(batos).'
BJ2
"Cem barris de óleo", respondeu ele. Disse então: "Toma tua conta, senta-te e escreve depressa cinqüenta".
VULG
At ille dixit : Centum cados olei. Dixitque illi : Accipe cautionem tuam : et sede cito, scribe quinquaginta.
lc 16: 7
Versão
Versículo
ARA
Depois, perguntou a outro: Tu, quanto deves? Respondeu ele: Cem coros de trigo. Disse-lhe: Toma a tua conta e escreve oitenta.
ARC
Disse depois a outro: E tu quanto deves? E ele respondeu: Cem alqueires de trigo. E disse-lhe: Toma a tua obrigação, e escreve oitenta.
TB
Depois, perguntou a outro: E tu quanto deves? Respondeu ele: Cem coros de trigo. Disse-lhe: Toma a tua conta e escreve oitenta.
Então, disse ao outro: E tu, quanto deves? Ele disse: Cem coros de trigo. Disse-lhe: Toma a tua conta e escreve oitenta.
BKJ
Então, ele disse a outro: E tu, quanto deves? E ele disse: Cem medidas de trigo. E disse-lhe: Toma a tua conta e escreve oitenta.
LTT
Depois, a outro disse: 'E tu, quanto deves?' E ele disse: 'Cem coros ①de trigo.' E(o administrador- da- casa)lhe diz: 'Toma a tua escritura de dívida, e escreve oitenta(coros).'
BJ2
Depois, disse a outro: "E tu, quanto deves?" -— "Cem medidas de trigo", respondeu. Ele disse: "Toma tua conta e escreve oitenta".
VULG
Deinde alii dixit : Tu vero quantum debes ? Qui ait : Centum coros tritici. Ait illi : Accipe litteras tuas, et scribe octoginta.
lc 16: 8
Versão
Versículo
ARA
E elogiou o senhor o administrador infiel porque se houvera atiladamente, porque os filhos do mundo são mais hábeis na sua própria geração do que os filhos da luz.
ARC
E louvou aquele senhor o injusto mordomo por haver procedido prudentemente, porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz.
TB
O amo louvou ao administrador iníquo por haver procedido sabiamente; porque os filhos deste mundo são mais sábios para com a sua geração do que os filhos da luz.
E o senhor elogiou o administrador da injustiça, porque ele agiu prudentemente. Porque os filhos desta era são mais prudentes do que são os filhos da luz em sua própria geração.
BKJ
E o senhor elogiou o mordomo injusto, porque ele agiu com sabedoria. Porque os filhos deste mundo são mais sábios na sua geração do que os filhos da luz.
LTT
Eporventuraaquele senhor elogiou- em- alta- voz 666 o injusto servo- despenseiro- distribuidor porque procedeu sagazmente,eporque os filhos deste mundo, para dentro da sua própria geração, mais prudentes do que os filhos de a Luz são?
BJ2
E o senhor louvou o administrador desonesto por ter agido com prudência.[u] Pois os filhos deste século são mais prudentes com sua geração do que os filhos da luz.
VULG
Et laudavit dominus villicum iniquitatis, quia prudenter fecisset : quia filii hujus sæculi prudentiores filiis lucis in generatione sua sunt.
lc 16: 9
Versão
Versículo
ARA
E eu vos recomendo: das riquezas de origem iníqua fazei amigos; para que, quando aquelas vos faltarem, esses amigos vos recebam nos tabernáculos eternos.
ARC
E eu vos digo: Granjeai amigos com as riquezas da injustiça; para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos.
TB
Eu vos digo: Granjeai amigos com as riquezas da iniquidade, para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos.
E eu vos digo: Fazei amigos, para vós mesmos, da Mâmon da injustiça, para que, quando cessar, vos recebam nos tabernáculos eternos.
BKJ
E eu vos digo: Fazei para si amigos com as riquezas da injustiça, para que, quando estas vos faltarem, eles vos recebam nas habitações eternas.
LTT
Eporventuravos digo, Eu: 'Granjeai para vós mesmos amigos provenientes- de- dentro- do Mamom ①de(natureza de)a injustiça; a fim de que, quando vós faltardes ②, eles vos recebam para dentro dos tabernáculos que- duram- para- sempre.'? ③
BJ2
E eu vos digo: fazei amigos com o Dinheiro da iniqüidade,[v] a fim de que, no dia em que faltar, eles vos recebam nas tendas eternas.
VULG
Et ego vobis dico : facite vobis amicos de mammona iniquitatis : ut, cum defeceritis, recipiant vos in æterna tabernacula.
lc 16: 10
Versão
Versículo
ARA
Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito.
ARC
Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo, também é injusto no muito.
TB
Quem é fiel no pouco também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco também é injusto no muito.
E, se não vos tornardes fiéis no alheio, quem vos dará o vosso?
BKJ
E se não fostes fiéis naquilo que é de outro homem, quem vos dará o que é vosso?
LTT
E, se naquiloque éalheio não fostes fiéis, ①Quem vos dará o que é vosso próprio?
BJ2
Se não fostes fiéis em relação ao bem alheio,[x] quem vos dará o vosso?[z]
VULG
Et si in alieno fideles non fuistis, quod vestrum est, quis dabit vobis ?
lc 16: 13
Versão
Versículo
ARA
Ninguém pode servira dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar ao outro ou se devotará a um e desprezará ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.
ARC
Nenhum servo pode servir dois senhores; porque, ou há de aborrecer um e amar o outro, ou se há de chegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.
TB
Nenhum servo pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer a um e amar ao outro ou há de unir-se a um e desprezar ao outro. Não podeis servir a Deus e as riquezas.
Nenhum servo {doméstico} pode servir a dois senhores, pois ou odiará a um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mâmon.
BKJ
Nenhum servo pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.
LTT
Nenhum escravo- da- casa pode a dois senhores(donos- controladores)servir; porque ou a exatamente um odiará e ao outro amará, ou a exatamente um se agarrará e ao outro desprezará. Não podeis servir a Deus e a Mamom ①."
BJ2
Ninguém pode servir a dois senhores: com efeito, ou odiará um e amará o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao Dinheiro".
VULG
Nemo servus potest duobus dominis servire : aut enim unum odiet, et alterum diliget : aut uni adhærebit, et alterum contemnet. Non potestis Deo servire et mammonæ.
lc 16: 14
Versão
Versículo
ARA
Os fariseus, que eram avarentos, ouviam tudo isto e o ridiculizavam.
ARC
E os fariseus, que eram avarentos, ouviam todas estas coisas, e zombavam dele.
TB
Os fariseus, que eram avarentos, ouviam tudo isso e mofavam dele.
Os fariseus, que eram amigos do dinheiro, ouviam todas essas {coisas}, e o ridicularizavam.
BKJ
E também os fariseus, que eram ambiciosos, ouviam todas essas coisas; e zombavam dele.
LTT
E ouviam todas estas coisas também os fariseus, sendo avarentos, e zombavam dEle.
BJ2
Os fariseus, amigos do dinheiro, ouviam tudo isso e zombavam dele.
VULG
Audiebant autem omnia hæc pharisæi, qui erant avari : et deridebant illum.
lc 16: 15
Versão
Versículo
ARA
Mas Jesus lhes disse: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece o vosso coração; pois aquilo que é elevado entre homens é abominação diante de Deus.
ARC
E disse-lhes: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações, porque, o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.
TB
Disse-lhes Jesus: Vós sois os que vos justificais diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações; pois o que é elevado entre os homens é abominação diante de Deus.
E disse-lhes: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos, diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações, porque o que entre os homens é elevado, diante de Deus é abominação.
BKJ
E ele disse-lhes: Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece o vosso coração; porque o que entre os homens é elevado perante Deus é abominação.
LTT
E Ele (Jesus) lhes disse: "Vós sois aqueles declarando justos a vós mesmos diante dos homens; mas Deus conhece os vossos corações. Porque aquilo que entre os homens é tido como elevado, abominação aos olhos de Deus é.
BJ2
Jesus lhes disse: "Vós sois os que querem passar por justos diante dos homens, mas Deus conhece os corações; o que é elevado para os homens, é abominável diante de Deus.
VULG
Et ait illis : Vos estis qui justificatis vos coram hominibus : Deus autem novit corda vestra : quia quod hominibus altum est, abominatio est ante Deum.
lc 16: 16
Versão
Versículo
ARA
A Lei e os Profetas vigoraram até João; desde esse tempo, vem sendo anunciado o evangelho do reino de Deus, e todo homem se esforça por entrar nele.
ARC
A lei e os profetas duraram até João: desde então é anunciado o reino de Deus, e todo o homem emprega força para entrar nele.
TB
A lei e os profetas duraram até João; desde esse tempo, o evangelho do reino de Deus é anunciado, e todos, à força, entram nele.
Até João, a Lei e os Profetas! Desde então, o Reino de Deus está sendo evangelizado , e todo {aquele} que se esforça {entra} nele.
BKJ
A lei e os profetas duraram até João; desde este tempo o reino de Deus é pregado, e todo homem esforça para entrar nele.
LTT
A Lei e os Profetas duraram até João; desde então o reinar de Deus é pregado- como- as- boas- novas(o evangelho), e todo o homem emprega forçapara irpara dentro dele.
BJ2
A Lei e os Profetas até João! Daí em diante, é anunciada a Boa Nova do Reino de Deus, e todos se esforçam para entrar nele, com violência.
VULG
Lex et prophetæ usque ad Joannem : ex eo regnum Dei evangelizatur, et omnis in illud vim facit.
lc 16: 17
Versão
Versículo
ARA
E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til sequer da Lei.
ARC
E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da lei.
TB
É, porém, mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da lei.
Todo aquele que repudia sua mulher e que se casa com outra comete adultério; e quem se casa com a repudiada pelo varão comete adultério.
BKJ
Todo aquele que repudia sua mulher, e casa com outra comete adultério; e quem casar com a repudiada por seu marido comete adultério.
LTT
Todo aquele que está mandando- embora ①a sua esposa e casando com outra ②, adultera; e todo aquele que está casando com aquela tendo sido mandada- embora ①para longe do maridodela ②, adultera também.
BJ2
Todo aquele que repudiar sua mulher e desposar outra comete adultério, e quem desposar uma repudiada por seu marido comete adultério.
VULG
Omnis qui dimittit uxorem suam et alteram ducit, mœchatur : et qui dimissam a viro ducit, mœchatur.
lc 16: 19
Versão
Versículo
ARA
Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias, se regalava esplendidamente.
ARC
Ora, havia um homem rico, e vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente.
TB
Havia um homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que todos os dias se regalava esplendidamente.
Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino, deleitando-se a cada dia esplendidamente.
BKJ
Havia um certo homem rico, que se vestia de púrpura e de linho finíssimo, alegrando-se diariamente no seu luxo;
LTT
Ora, um certo homem rico havia, e vestia-se ele de púrpura e de linho finíssimo, todos os dias suntuosamente vivendo- regozijando- e- se- banqueteando.
BJ2
Havia um homem rico que se vestia de púrpura e linho fino e cada dia se banqueteava com requinte.
VULG
Homo quidam erat dives, qui induebatur purpura et bysso, et epulabatur quotidie splendide.
lc 16: 20
Versão
Versículo
ARA
Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta daquele;
ARC
Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele.
TB
Um mendigo chamado Lázaro, coberto de chagas, fora deitado ao seu portão,
desejando saciar-se do que caía da mesa do rico. Além disso, os cães vinham lamber-lhe as chagas.
BKJ
e desejava ser alimentado com as migalhas que caíam da mesa do rico; além disso cães vinham lamber-lhe as feridas.
LTT
E intensamente- desejando ser farto proveniente- de- junto- das migalhas queestãocaindo provenientes- de- junto- da mesa do rico: mas até mesmo os cães, vindo, lambiam as suas chagas.
BJ2
Desejava saciar-se do que caía da mesa do rico...[b] E até os cães vinham lamber-lhe as úlceras.
VULG
cupiens saturari de micis quæ cadebant de mensa divitis, et nemo illi dabat : sed et canes veniebant, et lingebant ulcera ejus.
lc 16: 22
Versão
Versículo
ARA
Aconteceu morrer o mendigo e ser levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico e foi sepultado.
ARC
E aconteceu que o mendigo morreu, e foi levado pelos anjos para o seio d?Abraão; e morreu também o rico, e foi sepultado.
TB
Morreu o mendigo e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; morreu também o rico, e foi sepultado.
No hades , levantando os olhos, estando em tormentos, viu Abraão de longe, e Lázaro em seu seio.
BKJ
E, no inferno, ele ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão e Lázaro no seu seio.
LTT
E, dentro do inferno ① 667, havendo ele(o rico)erguido os seus olhos, estando em tormentos, vê Abraão ao longe, e Lázaro noS seioS ②dele.
BJ2
Na mansão dos mortos, em meio a tormentos, levantou os olhos e viu ao longe Abraão e Lázaro em seu seio.
VULG
Elevans autem oculos suos, cum esset in tormentis, vidit Abraham a longe, et Lazarum in sinu ejus :
lc 16: 24
Versão
Versículo
ARA
Então, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
ARC
E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro que molhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
TB
Clamou: Pai Abraão, tem compaixão de mim! E manda a Lázaro que molhe a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama.
Ele, chamando-o, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! Envia Lázaro para que mergulhe na água a ponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou aflito nesta chama.
BKJ
E, ele gritando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e envia a Lázaro para que ele possa molhar a ponta de seu dedo na água e refrescar a minha língua, porque eu estou atormentado nesta chama.
LTT
E ele(o rico), havendo clamado alto, disse: 'Ó pai Abraão, tem tu misericórdia de mim, e envia Lázaro a fim de que temporariamente- mergulhe a ponta do seu dedo na água e(depois)refresque a minha língua, porque estou atormentado nesta chama.'
BJ2
Então exclamou: "Pai Abraão, tem piedade de mim e manda que Lázaro molhe a ponta do dedo para me refrescar a língua, pois estou torturado nesta chama".
VULG
et ipse clamans dixit : Pater Abraham, miserere mei, et mitte Lazarum ut intingat extremum digiti sui in aquam, ut refrigeret linguam meam, quia crucior in hac flamma.
lc 16: 25
Versão
Versículo
ARA
Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado; tu, em tormentos.
ARC
Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e Lázaro somente males; e agora este é consolado e tu atormentado;
TB
Mas Abraão respondeu: Filho, lembra-te que recebeste os teus bens na tua vida, e Lázaro, do mesmo modo os males; agora, porém, ele está consolado, e tu, em tormentos.
Disse Abraão: Filho, lembra-te as tuas {coisas} boas, durante a tua vida; e Lázaro, do mesmo modo, as {coisas} más. Agora, ele está sendo consolado aqui e tu estás aflito.
BKJ
Mas Abraão disse: Filho, lembra-te de que em tua vida recebeste os teus bens, e Lázaro de igual modo as coisas ruins, mas agora ele é confortado e tu atormentado.
LTT
Disse, porém, Abraão: 'Ó filho, lembra-te que plenamente- recebeste tuas tuas coisas boas durante a tua vida, e Lázaro, semelhantemente,(plenamente recebeu)ascoisas más; agora, porém, este é consolado e tu és atormentado.
BJ2
Abraão respondeu: "Filho, lembra-te de que recebeste teus bens durante tua vida, e Lázaro por sua vez os males; agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado.
VULG
Et dixit illi Abraham : Fili, recordare quia recepisti bona in vita tua, et Lazarus similiter mala : nunc autem hic consolatur, tu vero cruciaris :
lc 16: 26
Versão
Versículo
ARA
E, além de tudo, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que querem passar daqui para vós outros não podem, nem os de lá passar para nós.
ARC
E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tão pouco os de lá passar para cá.
TB
Demais, entre nós e vós está firmado um grande abismo, de modo que os que querem passar daqui para vós não podem, nem os de lá, passar para nós.
Além disso tudo, foi estabelecido um grande abismo entre nós e vós, a fim de que os que queiram atravessar daqui para vós não possam, nem atravessem de lá para nós.
BKJ
E, além destas coisas, está posto um grande abismo entre nós e vós; de modo que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá, passar para cá.
LTT
E, além de tudo isso, entre nós e vós um grande abismo tem sido estabelecido, de forma que aqueles querendo passar daqui para vós outros não possam, nem tampouco os de lá para nós passem.'
BJ2
E além do mais, entre nós e vós existe um grande abismo,[e] a fim de que aqueles que quiserem passar daqui para junto de vós não o possam, nem tampouco atravessem de lá até nós".
VULG
et in his omnibus inter nos et vos chaos magnum firmatum est : ut hi qui volunt hinc transire ad vos, non possint, neque inde huc transmeare.
lc 16: 27
Versão
Versículo
ARA
Então, replicou: Pai, eu te imploro que o mandes à minha casa paterna,
ARC
E disse ele: Rogo-te pois, ó pai, que o mandes a casa de meu pai.
TB
Ele replicou: Pai, eu te rogo, então, que o mandes à casa de meu pai,
Disse-lhe: Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, mesmo se alguém se levantar dentre os mortos, não serão persuadidos.
BKJ
E ele disse-lhe: Se eles não ouvem a Moisés e aos profetas, também não serão convencidos, mesmo se alguém ressuscitar dos mortos.
LTT
Diz-lhe, porém, Abraão: 'Se a Moisés e aos Profetas eles(teus irmãos)não dão- ouvidos, tampouco serão persuadidos, nem mesmo se algum certo homem ressuscitasse para- fora- de- entre os mortos'."
BJ2
Mas Abraão lhe disse: "Se não escutam nem a Moisés nem aos Profetas, mesmo que alguém ressuscite dos mortos, não se convencerão" ".
VULG
Ait autem illi : Si Moysen et prophetas non audiunt, neque si quis ex mortuis resurrexerit, credent.
Referências Cruzadas
As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Lucas 16:1
Então, Davi convocou em Jerusalém todos os príncipes de Israel, os príncipes das tribos, e os capitães das turmas, que serviam o rei, e os capitães, dos milhares, e os capitães das centenas, e os maiorais de toda a fazenda e possessão do rei, e de seus filhos, como também os eunucos e varões, e todo varão valente.
Porque convém que o bispo seja irrepreensível como despenseiro da casa de Deus, não soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobiçoso de torpe ganância;
Alegra-te, jovem, na tua mocidade, e alegre-se o teu coração nos dias da tua mocidade, e anda pelos caminhos do teu coração e pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas essas coisas te trará Deus a juízo.
Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um receberá de Deus o louvor.
E vi os mortos, grandes e pequenos, que estavam diante do trono, e abriram-se os livros. E abriu-se outro livro, que é o da vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Lucas 16:3
E, entrando Hamã, o rei lhe disse: Que se fará ao homem de cuja honra o rei se agrada? Então, Hamã disse no seu coração: De quem se agradará o rei para lhe fazer honra mais do que a mim?
Mas que fareis vós outros no dia da visitação e da assolação que há de vir de longe? A quem recorrereis para obter socorro e onde deixareis a vossa glória,
Depois, foram para Jericó. E, saindo ele de Jericó com seus discípulos e uma grande multidão, Bartimeu, o cego, filho de Timeu, estava assentado junto ao caminho, mendigando.
E era trazido um varão que desde o ventre de sua mãe era coxo, o qual todos os dias punham à porta do templo chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam.
E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que faça? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer.
Ora, a serpente era mais astuta que todas as alimárias do campo que o Senhor Deus tinha feito. E esta disse à mulher: É assim que Deus disse: Não comereis de toda árvore do jardim?
Eia, usemos sabiamente para com ele, para que não se multiplique, e aconteça que, vindo guerra, ele também se ajunte com os nossos inimigos, e peleje contra nós, e suba da terra.
Pelo que chamai-me, agora, todos os profetas de Baal, todos os seus servos e todos os seus sacerdotes; não falte nenhum, porque tenho um grande sacrifício a fazer a Baal; todo aquele que faltar não viverá. Porém Jeú fazia isso com astúcia, para destruir os servos de Baal.
dos homens, com a tua mão, Senhor, dos homens do mundo, cuja porção está nesta vida e cujo ventre enches do teu tesouro oculto; seus filhos estão fartos, e estes dão os seus sobejos às suas crianças.
Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;
no dia em que tremerem os guardas da casa, e se curvarem os homens fortes, e cessarem os moedores, por já serem poucos, e se escurecerem os que olham pelas janelas;
Porventura, não é também que repartas o teu pão com o faminto e recolhas em casa os pobres desterrados? E, vendo o nu, o cubras e não te escondas daquele que é da tua carne?
Portanto, ó rei, aceita o meu conselho e desfaze os teus pecados pela justiça e as tuas iniquidades, usando de misericórdia para com os pobres, e talvez se prolongue a tua tranquilidade.
Ninguém pode servir adois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro.Não podeis servir a Deus e aMamom.
Vendei o que tendes, edai esmolas, e fazei para vós bolsas que não se envelheçam, tesouro nos céus que nunca acabe, aonde não chega ladrão, e a traça não rói.
Nenhumservo pode servir a dois senhores, porque ou há de aborrecer a um e amar ao outro ou se há de chegar a um e desprezar ao outro. Não podeis servir a Deus e aMamom.
Este, fixando os olhos nele e muito atemorizado, disse: Que é, Senhor? E o anjo lhe disse: As tuas orações e as tuas esmolas têm subido para memória diante de Deus.
E eis que diante de mim se apresentou um varão com vestes resplandecentes e disse: Cornélio, a tua oração foi ouvida, e as tuas esmolas estão em memória diante de Deus.
Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos;
Vendei o que tendes, edai esmolas, e fazei para vós bolsas que não se envelheçam, tesouro nos céus que nunca acabe, aonde não chega ladrão, e a traça não rói.
E, quando Jesus ouviu isso, disse-lhe: Ainda te falta uma coisa:vende tudo quanto tens, reparte-o pelos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e segue-me.
Ouvi, meus amados irmãos. Porventura, não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam?
aconselho-teque de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças, e vestes brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os olhos com colírio, para que vejas.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Lucas 16:12
Porque quem sou eu, e quem é o meu povo, que tivéssemos poder para tão voluntariamente dar semelhantes coisas? Porque tudo vem de ti, e da tua mão to damos.
Porém, se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolhei hoje a quem sirvais: se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao Senhor.
Ninguém pode servir adois senhores, porque ou há de odiar um e amar o outro ou se dedicará a um e desprezará o outro.Não podeis servir a Deus e aMamom.
Se alguém vier a mime não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.
Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?
Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.
Era desprezado e o mais indigno entre os homens, homem de dores, experimentado nos trabalhos e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
E estes cães são gulosos, não se podem fartar; e eles são pastores que nada compreendem; todos eles se tornam para o seu caminho, cada um para a sua ganância, cada um por sua parte.
Portanto, darei suas mulheres a outros, e as suas herdades, a quem as possua; porque, desde o menor até ao maior, cada um deles se dá à avareza; desde o profeta até ao sacerdote, cada um deles usa de falsidade.
Conjuração dos seus profetas há no meio dela, como um leão que ruge, que arrebata a presa; eles devoram as almas; tesouros e coisas preciosas tomam, multiplicam as suas viúvas no meio dela.
E eles vêm a ti, como o povo costuma vir, e se assentam diante de ti como meu povo, e ouvem as tuas palavras, mas não as põem por obra; pois lisonjeiam com a sua boca, mas o seu coração segue a sua avareza.
Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!Pois que fechais aos homens o Reino dos céus; e nem vós entrais, nem deixais entrar aos que estão entrando.
E o povo estava olhando. E também os príncipes zombavam dele, dizendo: Aos outros salvou; salve-se a si mesmo, se este é o Cristo, o escolhido de Deus.
olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Lucas 16:15
Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a altura da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.
E bem sei eu, Deus meu, que tu provas os corações e que da sinceridade te agradas; eu também, na sinceridade de meu coração, voluntariamente dei todas estas coisas; e agora vi com alegria que o teu povo, que se acha aqui, voluntariamente te deu.
então, ouve tu desde os céus, do assento da tua habitação, e perdoa, e dá a cada um conforme todos os seus caminhos, segundo conheces o seu coração (pois só tu conheces o coração dos filhos dos homens),
Quando, pois, deres esmola, nãofaças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
E, quando orares, não sejas como os hipócritas, pois se comprazem em orar em pé nas sinagogas e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
E,quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas, porque desfiguram o rosto, para que aos homens pareça que jejuam. Em verdade vos digo que já receberam o seu galardão.
O fariseu,estando em pé, orava consigo desta maneira:Ó Deus, graças te dou, porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este publicano.
E, trazendo-o debaixo de olho, mandaram espias que se fingiam de justos, para o apanharem em alguma palavra e o entregarem à jurisdição e poder do governador.
Disse-lhe terceira vez: Simão, filho de Jonas, amas-me? Simão entristeceu-se por lhe ter dito terceira vez: Amas-me? E disse-lhe: Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo. Jesus disse-lhe: Apascenta as minhas ovelhas.
Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um receberá de Deus o louvor.
Semelhantemente vós, jovens, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.
E ferirei demorte a seus filhos,e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda as mentes e os corações.E darei a cada um de vós segundo as vossas obras.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Lucas 16:16
E percorria Jesus toda a Galileia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino, e curando todas as enfermidades e moléstias entre o povo.
Porque João veio a vós no caminho de justiça,e não o crestes, mas os publicanos e as meretrizes o creram; vós, porém, vendo isso, nem depois vos arrependestes para o crer.
Mas, tendo ele saído, começou a apregoar muitas coisas e a divulgar o que acontecera; de sorte que Jesus já não podia entrar publicamente na cidade, mas conservava-se fora em lugares desertos; e de todas as partes iam ter com ele.
Filipe achou Natanael e disse-lhe: Havemos achado aquele de quem Moisés escreveu na Lei e de quem escreveram os Profetas: Jesus de Nazaré, filho de José.
Levantai os olhos para os céus e olhai para a terra de baixo, porque os céus desaparecerão como a fumaça, e a terra se envelhecerá como uma veste, e os seus moradores morrerão como mosquitos; mas a minha salvação durará para sempre, e a minha justiça não será quebrantada.
Mas o Dia do Senhor virá como o ladrão de noite, no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra e as obras que nela há se queimarão.
Eu vos digo,porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de prostituição, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.
A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também, da mesma maneira, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher.
E foi o peso dos pendentes de ouro que pediu mil e setecentos siclos de ouro, afora as luetas, e as cadeias, e as vestes de púrpura que traziam os reis dos midianitas, e afora as coleiras que os camelos traziam ao pescoço.
Então, Mardoqueu saiu da presença do rei com uma veste real azul celeste e branca, como também com uma grande coroa de ouro e com uma capa de linho fino e púrpura, e a cidade de Susã exultou e se alegrou.
E assim foste ornada de ouro e prata, e a tua veste foi de linho fino, e de seda, e bordadura; nutriste-te de flor de farinha, e de mel, e de óleo; e foste formosa em extremo e foste próspera, até chegares a ser rainha.
Eis que esta foi a maldade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e abundância de ociosidade teve ela e suas filhas; mas nunca esforçou a mão do pobre e do necessitado.
E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, adornada com ouro, e pedras preciosas, e pérolas, e tinha na mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição.
Quanto ela se glorificou e em delícias esteve, foi-lhe outro tanto de tormento e pranto, porque diz em seu coração: Estou assentada como rainha, não sou viúva e não verei o pranto.
e dizendo: Ai! Ai daquela grande cidade, que estava vestida de linho fino, de púrpura, de escarlata, adornada com ouro e pedras preciosas e pérolas! Porque numa hora foram assoladas tantas riquezas.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Lucas 16:20
Levanta o pobre do pó e, desde o esterco, exalta o necessitado, para o fazer assentar entre os príncipes, para o fazer herdar o trono de glória; porque do Senhor são os alicerces da terra, e assentou sobre eles o mundo.
Desde a planta do pé até à cabeça não há nele coisa sã, senão feridas, e inchaços, e chagas podres, não espremidas, nem ligadas, nem nenhuma delas amolecida com óleo.
E era trazido um varão que desde o ventre de sua mãe era coxo, o qual todos os dias punham à porta do templo chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam.
Ouvi, meus amados irmãos. Porventura, não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do Reino que prometeu aos que o amam?
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Lucas 16:21
Assim também vi os ímpios sepultados, e eis que havia quem fosse à sua sepultura; e os que fizeram bem e saíam do lugar santo foram esquecidos na cidade; também isso é vaidade.
Que é que tens aqui? Ou a quem tens tu aqui, para que cavasses aqui uma sepultura, cavando em lugar alto a sua sepultura, cinzelando na rocha uma morada para si mesmo!
Perece o justo, e não há quem considere isso em seu coração, e os homens compassivos são retirados, sem que alguém considere que o justo é levado antes do mal.
E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta,os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.
E Pedro, voltando-se, viu que o seguia aquele discípulo a quem Jesus amava, e que na ceia se recostara também sobre o seu peito, e que dissera: Senhor, quem é que te há de trair?
E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que, pela morte, aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo,
Porque sai o sol com ardor, e a erva seca, e a sua flor cai, e a formosa aparência do seu aspecto perece; assim se murchará também o rico em seus caminhos.
levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.
E ouvi uma voz do céu, que me dizia: Escreve: Bem-aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem dos seus trabalhos, e as suas obras os sigam.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Lucas 16:23
O inferno, desde o profundo, se turbou por ti, para te sair ao encontro na tua vinda; despertou por ti os mortos e todos os príncipes da terra e fez levantar do seu trono a todos o reis das nações.
Eu, porém, vos digo quequalquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo, e qualquer que chamar a seu irmão de racaserá réu do Sinédrio; e qualquer que lhe chamar de louco seráréu do fogo do inferno.
Portanto, se o teu olho direito te escandalizar,arranca-o e atira-o para longe de ti, pois te é melhor que se perca um dos teus membros do que todo o teu corpo seja lançado no inferno.
E tu, Cafarnaum,que te ergues até aos céus, serás abatida até aos infernos; porque, se em Sodoma tivessem sido feitos os prodígios que em ti se operaram, teria ela permanecido até hoje.
E, se o teu olho te escandalizar, arranca-o, e atira-o para longe de ti. Melhor te é entrar na vida com um só olho do que, tendo dois olhos, seres lançado no fogo do inferno.
E, quando viu a Jesus, prostrou-se diante dele, exclamando e dizendo com alta voz: Que tenho eu contigo Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Peço-te que não me atormentes.
Porque, se Deus não perdoou aos anjos que pecaram, mas, havendo-os lançado no inferno, os entregou às cadeias da escuridão, ficando reservados para o Juízo;
também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.
E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.
Quando os seus ramos se secarem, serão quebrados; vindo as mulheres, os acenderão, porque este povo não é povo de entendimento; por isso, aquele que o fez não se compadecerá dele e aquele que o formou não lhe mostrará nenhum favor.
Os aflitos e necessitados buscam águas, e não as há, e a sua língua se seca de sede; mas eu, o Senhor, os ouvirei, eu, o Deus de Israel os não desampararei.
Pelo que assim diz o Senhor Jeová: Eis que os meus servos comerão, mas vós padecereis fome; eis que os meus servos beberão, mas vós tereis sede; eis que os meus servos se alegrarão, mas vós vos envergonhareis;
E sairão e verão os corpos mortos dos homens que prevaricaram contra mim; porque o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará; e serão um horror para toda a carne.
E esta será a praga com que o Senhor ferirá todos os povos que guerrearam contra Jerusalém: a sua carne será consumida, estando eles de pé, e lhes apodrecerão os olhos nas suas órbitas, e lhes apodrecerá a língua na sua boca.
Eu, porém, vos digo quequalquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo, e qualquer que chamar a seu irmão de racaserá réu do Sinédrio; e qualquer que lhe chamar de louco seráréu do fogo do inferno.
E, se a tua mão teescandalizar, corta-a; melhor é para ti entrares na vida aleijado do que, tendo duas mãos, ires para o inferno, para o fogo que nunca se apaga,
Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento e não comeceis a dizer em vós mesmos: Temos Abraão por pai, porque eu vos digo que até destas pedras pode Deus suscitar filhos a Abraão.
e fosse pai da circuncisão, daqueles que não somente são da circuncisão, mas que também andam nas pisadas daquela fé de Abraão, nosso pai, que tivera na incircuncisão.
A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno.
também o tal beberá do vinho da ira de Deus, que se deitou, não misturado, no cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.
E a besta foi presa e, com ela, o falso profeta, que, diante dela, fizera os sinais com que enganou os que receberam o sinal da besta e adoraram a sua imagem. Estes dois foram lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre.
dos homens, com a tua mão, Senhor, dos homens do mundo, cuja porção está nesta vida e cujo ventre enches do teu tesouro oculto; seus filhos estão fartos, e estes dão os seus sobejos às suas crianças.
Lembra-se Jerusalém, nos dias da sua aflição e das suas rebeliões, de todas as suas mais queridas coisas, que tivera dos tempos antigos; quando caía o seu povo na mão do adversário, e ela não tinha quem a socorresse, os adversários a viram e fizeram escárnio da sua queda. Hete.
E, se o teu pé te escandalizar, corta-o; melhor é para ti entrares coxo na vida do que, tendo dois pés, seres lançado no inferno, no fogo que nunca se apaga,
E eu disse-lhe: Senhor, tu sabes. E ele disse-me: Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Lucas 16:26
E, vindo Abigail a Nabal, eis que tinha em sua casa um banquete, como banquete de rei; e o coração de Nabal estava alegre nele, e ele já mui embriagado, pelo que não lhe deu a entender palavra alguma, pequena nem grande, até à luz da manhã.
Como ovelhas, são enterrados; a morte se alimentará deles; os retos terão domínio sobre eles na manhã; e a sua formosura na sepultura se consumirá, por não ter mais onde more.
E a casa de Israel nunca mais terá espinho que a pique, nem espinho que cause dor, de qualquer que ao redor deles os roubam; e saberão que eu sou o Senhor Jeová.
de maneira que nós mesmos nos gloriamos de vós nas igrejas de Deus, por causa da vossa paciência e fé, e em todas as vossas perseguições e aflições que suportais,
Porque sai o sol com ardor, e a erva seca, e a sua flor cai, e a formosa aparência do seu aspecto perece; assim se murchará também o rico em seus caminhos.
E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre.
Ninguém oprima ou engane a seu irmão em negócio algum, porque o Senhor é vingador de todas estas coisas, como também, antes, vo-lo dissemos e testificamos.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Lucas 16:29
Buscai no livro do Senhor e lede; nenhuma dessas coisas falhará, nem uma nem outra faltará; porque a sua própria boca o ordenou, e o seu espírito mesmo as ajuntará.
Mas para vós que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça e salvação trará debaixo das suas asas; e saireis e crescereis como os bezerros do cevadouro.
Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim.
E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia esclareça, e a estrela da alva apareça em vosso coração,
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Lucas 16:30
Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento e não comeceis a dizer em vós mesmos: Temos Abraão por pai, porque eu vos digo que até destas pedras pode Deus suscitar filhos a Abraão.
E, clamando, disse: Abraão, meu pai, tem misericórdia de mim e manda a Lázaro que molhe na água a ponta do seu dedo eme refresque a língua, porque estouatormentado nesta chama.
E os homens foram abrasados com grandes calores, e blasfemaram o nome de Deus, que tem poder sobre estas pragas; e não se arrependeram para lhe darem glória.
Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de
Lucas 16:31
E, havendo-lhe eles assinalado um dia, muitos foram ter com ele à pousada, aos quais declarava com bom testemunho o Reino de Deus e procurava persuadi-los à fé de Jesus, tanto pela lei de Moisés como pelos profetas, desde pela manhã até à tarde.
Assim que, sabendo o temor que se deve ao Senhor, persuadimos os homens à fé, mas somos manifestos a Deus; e espero que, na vossa consciência, sejamos também manifestos.
Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra
As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Lucas 16
: 1
administrador
Lit. “aquele que administra uma casa; escravo de confiança cuja responsabilidade é exercer a superintendência dos demais servos e dos bens da propriedade do seu senhor; depositário; administrador/procurador público; tesoureiro”.
Lit. “devolver, restituir; pagar; vender, dar em troca”. No caso, o verbo foi utilizado juntamente com a palavra “contas”, dando origem a uma espécie de expressão idiomática “devolve as contas” que pode ser substituída por outra em português: “presta contas”.
Lucas 16
: 3
tirando
Lit. “tirar, remover, extirpar, amputar”.
Lucas 16
: 3
sou capaz de cavar
Lit. “ser forte, capaz, poderoso; ser válido; ser capaz; prestar, servir (utilidade)”.
Lucas 16
: 5
convocando
Lit. “convocar, citar, intimar; chamar para si mesmo, reunir, convidar; evocar”.
Lucas 16
: 6
batos
Lit. “bato”. Trata-se de medida hebraica para líquidos, descrita por Flávio Josefo (Ant. 1, VIII, 9) como correspondente a setenta e dois sextarri (cerca de cinquenta litros). Todavia, outros autores divergem, uns postulando que essa medida equivale a 28 litros, outros que equivale a 34 litros.
Lucas 16
: 6
Toma
Lit. “tomar nas mãos; receber; aprender, adquirir conhecimento de, receber pela audição (sentido metafórico)”.
Lucas 16
: 6
conta
Lit. “aquilo que é escrito ou desenhado; letra (qualquer caractere do alfabeto); manuscrito, livro; reconhecimento de dívida, conta, débito, letra de dívida (nota promissória); epístola, carta; Escritura Hebraica (todos os livros da bíblia hebraica)”.
Lucas 16
: 7
coros de trigo
Lit. “cor”. Trata-se da maior medida hebraica para coisas secas. Era equivalente ao ômer (aproximadamente 370 litros), segundo Flávio Josefo (Ant. 1, XV, 9, § 2).
Expressão idiomática semítica que utiliza o conhecido expediente de colocar lado a lado dois substantivos, em relação de construto, com a finalidade de produzir neologismos. Com base em Lc
Expressão idiomática semítica que utiliza o conhecido expediente de colocar lado a lado dois substantivos, em relação de construto, com a finalidade de produzir neologismos.
Lucas 16
: 9
Mâmon
Lit. “mâmon, mamôna (com artigo definido)”. Palavra de origem aramaica que significa “recursos, posses, riqueza”, de qualquer espécie, seja dinheiro, imóvel, escravos, ou outros bens. Os lexicógrafos da língua aramaica sustentam que essa palavra, possivelmente, seja derivada da raiz “aman (o que é confiado/aquilo em que se confia)”, para expressar aquilo que é confiado ao homem por Deus. Nos escritos rabínicos significa, não somente “dinheiro”, mas todos os recursos, todas as posses de um homem, tudo aquilo que ele possui além do seu corpo e da sua vida, ou seja, tudo aquilo que pode ser convertido em dinheiro, que pode ser calculado. Esse vocábulo ocorre apenas em Mt
Lucas 16
: 11
verdadeira
podemos postular que há uma oposição entre a riqueza deste mundo (riqueza da injustiça) e a riqueza do Reino de Deus (riqueza verdadeira/da justiça). Nesse caso, o administrador dos bens deste mundo seria uma espécie de “administrador da injustiça”.
Lucas 16
: 14
amigos
Lit. “amigos da prata”, amigos do dinheiro. Expressão idiomática semítica que utiliza o conhecido expediente de colocar lado a lado dois substantivos, em relação de construto, com a finalidade de produzir neologismos. A expressão parece indicar a pessoa avarenta, apegada aos bens materiais.
Lucas 16
: 14
ridicularizavam
Lit. “levantar o nariz, mostrar desrespeito ou desprezo; ridicularizar, zombar, escarnecer”.
Lucas 16
: 15
justificais
Lit. “ter ou reconhecer como justo, declarar justo (justificar)”. Trata-se de terminologia forense, ligada à prática dos tribunais, cujo significado é “absolver, reconhecer como justo”.
Lucas 16
: 15
abominação
Lit. “o que provoca náusea; detestável, abominável, abjeto, nojento”.
Lucas 16
: 16
evangelizado
ευαγγελιζω - (euaggelizo) Lit. “evangelizar, anunciar boas novas, dar boas notícias”. O verbo significa, originalmente, anunciar as boas novas, dar uma boa notícia.
Lucas 16
: 16
esforça
Vocábulo de difícil tradução, que provoca divisão entre os exegetas. O verbo pode ser encontrado na forma ativa (usar de força, de violência), na forma média (usar de violência; entrar ou sair à força; tornar-se violento; violentar, maltratar; constranger) e passiva (sofrer violência, ser constrangido, ser maltratado). O grande problema reside no fato de não ser possível diferenciar a forma média da forma passiva do verbo, pois são formalmente iguais. Nesse caso, é preciso recorrer ao contexto da fala. Nessa passagem, o verbo está na forma média/passiva. Acreditamos que a expressão como um todo reflita uma expressão idiomática semítica, de colorido intenso, para expressar a força, a violência consigo mesmo exigida do discípulo para efetivar as mudanças internas necessárias, a fim de ser admitido ao Reino de Deus.
Lucas 16
: 17
passar o céu e a terra
Lit. “passar ao lado de; decorrer; desaparecer, perecer; ignorar, negligenciar”.
Lucas 16
: 17
traço
Lit. “chifre; ponta, extremidade; ponto, traço, parte diminuta”.
Lucas 16
: 18
repudia
Lit. “soltar, libertar; liberar de um vínculo ou encargo; divorciar, repudiar (liberar a mulher do vínculo conjugal); remir, perdoar, liberar a dívida; despedir, deixar partir”
Lucas 16
: 19
vestia
A veste exterior era tingida de púrpura, ao passo que a veste interior era de linho fino (fibras de linho).
Lit. “mendicante, pedinte, pobre; oprimido”. Expressa a situação de extrema penúria. Vocábulo derivado do verbo “mendigar; ser ou tornar-se pobre”.
Lucas 16
: 20
portão
Lit. “pórtico, portão; vestíbulo”.
Lucas 16
: 21
Além
As duas partículas “allá” e “kai” estão combinadas conferindo um sentido progressivo: “além disso”, “além do mais”.
Lucas 16
: 22
seio
Lit. “peito, seio (parte da frente do tórax, entre os braços)”. Todavia, “estar no seio” constitui expressão idiomática semítica para se referir àqueles convidados de honra, em um banquete, que se reclinavam à mesa, próximos do anfitrião, de modo que a cabeça deles tampava o peito da pessoa que estava próxima. A veracidade deste significado (posicionamento na mesa) pode ser constatada na passagem referente à última ceia (Jo 13:23). No caso em exame, a referida expressão nos remete ao banquete do mundo vindouro (vida futura), no qual, segundo a tradição judaica, estarão os patriarcas e todos os profetas, além dos justos de todas as nações.
Lucas 16
: 23
hades
ᾅδην - (hades) Trata-se do submundo, o mundo dos mortos, segundo a literatura grega.
Lucas 16
: 25
do mesmo modo
Lit. “semelhantemente”. Trata-se de um advérbio.
Lucas 16
: 30
arrependerão
μετάνοια - (metanoia) Lit. “mudança de mente, de opinião, de sentimentos, de vida”.
Lucas 16
: 31
levantar
Lit. “erguer-se, levantar-se”. Expressão idiomática semítica que faz referência à ressurreição dos mortos. Para expressar a morte e a ressurreição, utilizavam as expressões “deitar-se” (morte) e “levantar-se” (ressurreição).
Notas de rodapé da LTT
As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
①
bato: 38 litros.
②
"assentar" faz parte da ordem para escrever.
①
coro: 128 a 152 litros.
666
Lc 16:8 "E PORVENTURA AQUELE SENHOR ELOGIOU- EM- ALTA- VOZ O INJUSTO SERVO- DESPENSEIRO- DISTRIBUIDOR...?": o verso é uma afirmação, mas somente pode ser IRONIA e sarcasmo, pois nem Deus nem nenhum furtado elogiam o furtar e o desonesto enganar! E qualquer filho de Deus, andando no Espírito Santo, tem mais sabedoria real que todos os filhos das trevas, juntos! 1Rs 4:31 (Salomão); Sl 119:98; Pv 1:7. Por esses fatos, traduzimos a sentença como uma pergunta retórica cuja resposta tem que ser "não".
①
"Mamom": tesouro ou riqueza, tomados como se fossem uma pessoa.
②
"vós faltardes" pode ser eufemismo para "vós morrerdes" (o que casa com o contexto).
Lc 16:23 "INFERNO – Hades": ao morrerem, antes da ascensão de o Cristo, os salvos iam imediatamente para a metade do inferno que ficava protegida das chamas (compare Dn 3:19-27; Lc 16:19-31). Após a ressurreição de o Cristo, esta metade feliz foi transladada para o céu (Jo 14:2-4; At 7:56; 2Co 5:8; 2Co 12:2; Ap 2:7) e hoje, ao morrerem, os salvo vão imediatamente para lá. Os perdidos sempre foram e estão indo e irão para o inferno de sofrimento consciente; e, no julgamento do Grande Trono Branco, serão lançados no Lago de Fogo, em sofrimento consciente, terrível, e eterno. Ver nota1Sm 28:19.
Gematria é a numerologia hebraica, uma técnica de interpretação rabínica específica de uma linhagem do judaísmo que a linhagem Mística.
Oitenta (80)
Alude a verdadeira Liberdade. Também lembra o reinado e o poder da fala.
Dois (2)
A natureza dualística existente no cosmo. O positivo e negativo, o bem e o mal, céus e terra, anoite e o dia, ..., Etc. É a pluralidade das criaturas existentes no mundo, isto é, as coisas tangíveis; a matéria.
cinco (5)
Valor numérico da 5a letra hebraica (Hei), a qual representa a geração da vida, o poder da divisão gerando a multiplicação. É a união da água com o fogo e o sopro da vida, que são os componentes necessários para a concepção de um ser humano. Também pode ser a força que faz parar as influências negativas. Alude a alegria da pessoa com o Criador. Outrossim, conforme o Pirke Avot, é a idade em que a criança está apta ao estudo da Torá.
Mapas Históricos
Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
A GEOGRAFIA DA PALESTINA
Quando do alto se contempla a Terra Santa, os olhos imediatamente se deslocam para o corredor formado pelo vale do Jordão, que corre toda a extensão da Palestina, no sentido nortesul, do monte Hermom até a Arabá. Apesar da grande sinuosidade em seu curso mais baixo, ao contrário de outros rios, o Jordão é comprimido pelas altas paredes do vale, que fazem parte do vale da Grande Falha. Essa falha pertence a uma falha geológica de 6.500km, que vai da Síria até Moçambique. Milhões de anos atrás, as placas subterrâneas que sustentam os continentes da África e da Ásia avançaram uma contra a outra, fazendo que a crosta terrestre se envergasse e fendesse. Daí os aspectos distintivos da Palestina. A pressão entre as duas placas fez que os sedimentos abaixo da superfície se abaulassem e surgissem no oeste, formando as colinas da Judéia. Na Transjordânia, a placa se inclinou para cima e formou o alto Planalto Oriental. Entre os dois, o sedimento cedeu; daí a superfície do mar Morto estar 400m abaixo do nível do mar, o lugar mais baixo da terra. Para o clima e a vegetação da região, os efeitos desse cataclisma foram enormes. Mesmo com apenas 75km de largura, a Palestina tem altitudes variando entre 1000m (nas montanhas da Judéia) e 400m negativos (no mar Morto). Onde o terreno é baixo, estendendo-se a partir do litoral, prevalecem temperaturas altas e condições desérticas. Nas montanhas, as temperaturas são mais baixas, e as pastagens e cultivos são sustentados por chuvas refrescantes. Visto que o terreno ao norte do mar Morto é montanhoso, os ventos do oeste, vindo do Mediterrâneo, traziam chuvas que sustentavam grandes áreas de floresta. No sul do mar Morto, ventos secos e quentes, vindos da África e da Arábia, formaram os desertos.
O ar quente do Mediterrâneo traz invernos moderados para a zona litorânea, época em que caem 90% das chuvas, mas nas colinas e nas montanhas a temperatura pode chegar a abaixo de zero e pode nevar em lugares como Jerusalém. O verão, de maio a setembro, é quente e seco, passando de 38°C no vale do Jordão e junto ao mar Morto. Entre a região moderada do Mediterrâneo e as condições severas e áridas do deserto, há um clima intermediário de estepe. Nessa região, mais ou menos entre Hebrom e Berseba e na margem ocidental do planalto da Transjordânia, chove todo ano cerca de 20-30 cm, ao passo que as regiões de deserto geralmente recebem menos de 20 cm por ano. Há quem diga que a região passou por mudanças climáticas no decurso do tempo, e isso explicaria a alteração na vegetação nativa. Entretanto, não há indícios arqueológicos para tal. E mais provável que uma sucessão de povos tenha explorado demais os recursos naturais, principalmente a madeira, causando assim a erosão do solo e uma lenta desertificação da área. A necessidade de madeira nas construções e para servir de combustível exauriu o que antes era uma região de carvalhos, de pinheiros e de acácia. (Desde 1948, o governo de Israel tem desenvolvido um enorme programa de reflorestamento, numa tentativa de corrigir a situação.) A utilização descontrolada do terreno por ovelhas e cabras também destruiu o pasto natural, transformando grandes extensões de terra em cerrados. Exceção a esse desmatamento é o centro do vale do Jordão, que permanece uma densa floresta de tamargueiras e de cerrado de espinhos, "a floresta do Jordão" (Jr 12:5). A economia tradicional da Palestina era agrícola. O trabalho de pastores predominava nos terrenos mais pobres e nos mais altos, ao passo que a lavoura se desenvolvia nos vales em que choviam pelo menos 20 cm todos os anos. A rivalidade por causa da terra era muitas vezes fonte de conflito no AT, conforme retratam as histórias de Abraão e de Ló, podendo também explicar o confronto entre Caim e Abel.
DIAGRAMA DE BLOCOS DA PALESTINAMAPA DO RELEVO DA PALESTINAOS DESERTOS EM VOLTA DA PALESTINA E MÉDIA DE CHUVAS ANUAL DA PALESTINA
HERODES, O GRANDE
40-4 a.C.
HERODES PASSA A SER REI Dos últimos governantes da Judeia, o maior foi, sem dúvida, Herodes, o Grande, que não era judeu. Seu pai, Antipater, era idumeu, descendente dos edomitas do Antigo Testamento e sua mãe, Cipros, era árabe nabateia. Em 47 a.C,, os romano: nomearam Antipater governador da judeia. Ele, por sua vez, nomeou o filho, Herodes, prefeito Galiléia. Em 40 a.C., o Senado romano conferiu a Herodes o título de "rei dos judeus", mas para obter o poder correspondente ao título ele teve de lutar durante três anos contra o governante hasmoneu Antígono e sitar Jerusalém. Ao longo de todo o seu governo, Herodes foi um amigo e aliado leal de Roma.
MESTRE DE INTRIGAS Herodes tomou Mariamne, neta do sacerdote exilado Hircano Il, como uma de sua dez esposas e, desse modo, procurou legitimar seu governo aos olhos dos judeus. Em 29 a.C., mandou assassinar Mariamne e iniciou uma erradicação sistemática da família hasmonéia. Em 7 a.C., ordenou que até seus dois filhos com Mariamne, Alexandre Aristobulo fossem mortos. Alguns dias antes de sua morte em 4 a.C., Herodes ordenou a execução de outro filho, Anupater. Referindo-se à proibição da lei judaica de comer carne de porco, o imperador romano Augusto comentou em tom de gracejo que era mais seguro ser um porco de Herodes do que ser seu filho!! Outras vítimas de Herodes foram o sumo sacerdote Aristóbulo III, afogado por ordem do rei na piscina em Jericó em 36 a.C.e o sumo sacerdote reempossado Hircano II, em 30 a.C. O GRANDE CONSTRUTOR O maior projeto de Herodes foi, sem dúvida, a reconstrução do templo de Jerusalém do qual trataremos em detalhes mais adiante. Desse templo, resta apenas o Muro das Lamentaçõe (muro ocidental), mas uma análise de vários outros projetos de Herodes mostra como sua construções eram grandiosas Na cidade chamada Torre de Estrato, no Mediterrâneo, Herodes construiu um porto com 36 m de profundidade, protegido por um quebra-mar de 60 m de largura. O maior porte artificial do Mediterrâneo recebeu o nome de Cesaréia, em homenagem a imperador romano. Blocos maciços com até 13,5 m de comprimento toram usados para fazer os oura-mares um canal foi criado especialmente para remover a areia do porto Esse local com uma área de 66 hectares conhecido hoje como Qisaya, possuía depósitos enormes, aquedutos, um hipódromo, um teatro e um anfiteatro, sendo que este último ainda não havia sido escavado quando da publicação desta obra. Herodes realizou várias obras em Samaria, antiga capital de Israel, o reino do norte. A cidade construída por ele na região recebeu o nome de Sebaste (Augusta) em homenagem ao imperador romano. O local, ainda conhecido como Sebaste nos dias de hoje, possuía uma área de 64 hectares, com uma rua ladeada de colunas, um hipódromo e um teatro. Em Hebrom, o rei construiu um monumento colossal aos patriarcas (Haram el-Khalil), cercado por um muro alto e ornamentado de forma simples, porém imponente com pilastras alternadas com rebaixamentos. A maior pedra dessa construção mede 7,5 m por 1,4 m. Em Massada, um monte escarpado com vista para o mar Morto, construiu uma grande fortaleza, cercada com muros de 6 m de altura, 3,5 m de largura e 38 torres, cada uma com pelo menos 21 m de altura. Na extremidade norte, a única parte desse local que fica à sombra durante a maior parte do dia, Herodes mandou construiu um palácio de três andares, suspenso sobre um desfiladeiro. Em Jericó, construiu um palácio de inverno com jardins ornamentais e duas fortalezas nas imediações: uma em Tell el-Akabe, com vista para o Wadi Qelt, e outra chamada Ciprus, em homenagem à sua mãe, com vista para a cidade. Outras fortalezas construídas por Herodes foram Hircânia (Khirbet Mird), 13 km a sudeste de Jerusalém, próxima ao mar Morto, e Maqueronte (el-Mekawer), uma construção espetacular do outro lado do mar Morto, na atual Jordânia. De acordo com Josefo, João Batista foi decapitado na fortaleza de Maqueronte. Por fim, convém mencionar o Herodium, atual Jebel Fureidis, uma fortaleza circular no alto de uma colina artificial que fica 11 km ao sul de Jerusalém. Ela demarca o local de uma batalha travada em 40 a.C, na qual Herodes rechaçou um ataque violento de opositores judeus. A fortaleza era cercada por dois muros concêntricos e para chegar até la era preciso subir duzentos degraus. Herodes foi sepultado no Herodium, mas o paradeiro de seus restos mortais ainda é um mistério.
HERODES, O PAGÃO Sempre desejoso de obter o favor dos romanos, Herodes construiu templos para Roma e Augusto em Cesaréia e Sebaste. Restaurou o templo de Apolo Pítio em Rodes, consagrou aos deuses duas estátuas na Acrópole em Atenas e aceitou a presidência honorária dos Jogos Olímpicos em Olímpia, na Grécia. Graças às suas origens iduméias e ao fato de simpatizar com práticas pagãs e ter erradicado os hasmoneus, Herodes nunca obteve popularidade mais ampla entre os judeus.
A MORTE DE HERODES Depois de uma enfermidade longa e dolorosa, talvez sífilis, Herodes morreu em Jericó em 4 de março de 4 a.C. Seu corpo foi levado em procissão por 40 km até o Herodium, local que ele havia preparado para seu sepultamento. O reino foi dividido entre os três filhos restantes: a Judeia e a Samaria ficaram com Arquelau; a Galileia e a região da Peréia, do outro lado do Jordão, ficaram com Herodes Antipas (também chamado de Herodes o Tetrarca) e os territórios do nordeste ficaram com Filipe.' Salomé, que era irmã de Herodes, também recebeu dois territórios menores.
Lucas 3:1 O Herodium (Jebel Fureidis), local onde Herodes, o Grande, foi sepultado.territórios governados por Herodes, o Grande Depois da morte de Herodes, seu reino foi dividido entre seus filhos. Dois territórios pequenos foram deixados para sua irmã, Salomé.Moeda de Herodes, o Grande.Em Cesaréia, Herodes construiu o maior porto artificial do mar Mediterrâneo. Uma parte dessa obra pode ser vista ainda nos dias de hoje.
HERODES, O GRANDE, RECONSTRÓI O TEMPLO
19-4 a.C.
AS MOTIVAÇÕES DE HERODES Na esperança de conquistar o favor dos judeus, Herodes anunciou que reconstruiria o templo do Senhor em Jerusalém, construído por Zorobabel entre 520 e 516 a.C. Esse anúncio foi feito no décimo oitavo ano do seu reinado.' Caso se calcule o tempo do reinado de Herodes a partir do momento em que ele tomou posse de Jerusalém, em 37 a.C., a data desse anúncio é 19 a.C. A declaração não foi bem recebida por todos, pois alguns temiam que ele destruiria o templo antigo e não construiria outro em seu lugar. Para tranquilizar a população, Herodes publicou todos os planos para a construção antes de começar a demolir o templo antigo. Usaria a mesma pedra branca empregada por Salomão no primeiro templo. As pedras foram transportadas até o local em mil carroções. O trabalho foi dificultado pela necessidade de continuar com os cultos e sacrifícios e pela norma segunda a qual somente sacerdotes podiam entrar no templo. Herodes contratou dez mil operários especializados e mandou treinar mil sacerdotes para trabalhar com pedras de modo que pudessem construir o edifício sagrado. Os sacerdotes treinados construíram a parte interna do novo templo em dezoito meses, mas as obras ainda estavam em andamento no tempo de Jesus, daí o comentário dos judeus "Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário" (João 2.20). Os pátios foram concluídos em 63 d.C. Sete anos depois, o templo foi destruído pelos romanos.
O COMPLEXO DO TEMPLO O templo e suas construções anexas formavam um retângulo irregular. O muro oriental tinha 470 m de extensão, enquanto o muro ocidental se estendia por 485 m. O muro do norte media 315 m. e o do sul, 280 m. Essa enorme área, cinco vezes maior do que a da Acrópole em Atenas, e representada hoje pela grande plataforma retangular de Haram esh-Sharif, era rodeada por uma grande muralha externa. Os catorze segmentos inferiores do lado ocidental ainda podem ser vistos nos dias de hoje e formam o assim chamado Muro das Lamentações. O comprimento de seus blocos varia de 1,25 m a 3 m e cada bloco pesa, no mínimo, 2 toneladas. Túneis subterrâneos revelaram pedras com até 12 m de comprimento, 3 m de altura e 4 m de espessura, com um peso estimado de 400 toneladas. Não é de admirar que, segundo o registro bíblico, um dos discípulos de Jesus tenha exclamado para ele: "Mestre! Que pedras, que construções! (Mc 13:16). Do lado ocidental encontram-se os restos de dois viadutos, chamados de arcos de Wilson e Robinson. Na extremidade sudeste ficava o "pináculo do templo". De acordo com os Evangelhos, Jesus foi tentado a atirar-se do pináculo, o que representaria uma queda de 130 m até o fundo do vale do Cedrom.? Eusébio, o historiador da igreja antiga, relata que Tiago, o irmão de Jesus, foi morto ao ser atirado desse local abaixo. Havia uma canalização subterrânea que despejava o sangue dos sacrifícios no vale do Cedrom. Parte dela ainda pode ser vista no muro do sul.
PORTAS E COLUNATAS Nove portas revestidas de ouro conduziam ao interior do complexo. Do lado oriental, ficava a Porta Dourada ou Porta de Susã, pela qual se supõe que Jesus realizou sua entrada triunfal em Jerusalém. Dentro do pátio havia um pórtico de colunas coríntias. Cada coluna desse pórtico media 11,5 m de altura e havia sido cortada de um bloco maciço de mármore branco. Essa colunata se estendia pelos quatro lados, por cerca de 1.200 m. Do lado oriental, era chamada de "Pórtico de Salomão". Do lado sul, havia um pórtico triplo, constituído de 162 colunas, que era chamado de Pórtico Real. Nesse local estavam instalados os cambistas e aqueles que vendiam animas para os sacrifícios. Dali foram expulsos por Jesus em duas ocasiões durante seu ministério. As colunas ladeavam o Pátio dos Gentios que ocupava uma área de aproximadamente 14 hectares, quase duas vezes maior que o pátio do templo de Zorobabel.
INSCRIÇÕES DO TEMPLO Uma inscrição curta em hebraico: "À casa do toque das trombetas" encontrada na extremidade sudoeste indica que as trombetas eram tocadas nesse local para anunciar o início e o final do sábado. Uma balaustrada de pedra com 1,3 m de altura marcava o final do Pátio dos Gentios. Somente judeus podiam passar daquele ponto e entrar no templo. Em 1871, foi encontrada uma inscrição proibindo indivíduos que não fossem judeus de entrar nos pátios internos. A inscrição, hoje no Museu Arqueológico de Istambul, diz: "Nenhum estrangeiro deve ir além da balaustrada e do muro ao redor do lugar santo; quem for pego responderá por si mesmo, pois a pena é é a morte". Parte de uma cópia dessa inscrição, com letras pintadas em vermelho para maior destaque, foi encontrada em 1936.
OS PÁTIOS 1NTERNOS O primeiro pátio interno era o Pátio das Mulheres, no qual se entrava passando por uma porta de bronze, provavelmente a Porta Formosa mencionada em Atos 3:2. Oito dias depois de seu nascimento, Jesus foi apresentado no Pátio das Mulheres.* Numa das laterais desse pátio ficavam treze recipientes em forma de trombeta onde eram colocadas as ofertas em dinheiro. Somente os homens judeus podiam entrar no pátio seguinte, o Pátio de Israel, que dava para o Pátio dos Sacerdotes. Neste, diante do santuário, ficava o altar dos sacrifícios ao qual se tinha acesso por uma rampa. Acreditava-se que era o local onde Abraão havia começado a cumprir a ordem divina de sacrificar seu filho Isaque e onde Davi havia construído um altar ao Senhor na eira do jebuseu Araúna." Esse lugar faz parte, hoje, da mesquita do Domo da Rocha.
O SANTUÁRIO Doze degraus conduziam ao santuário propriamente dito, uma estrutura com 45 m de altura e paredes brancas e espessas revestidas com placas de ouro. O telhado também era coberto de ouro e possuía hastes pontiagudas de ouro espalhadas em sua superfície para espantar os pássaros. Como no templo de Salomão, a primeira câmara era um pórtico. Portas gigantescas com incrustações de metais preciosos davam para o Lugar Santo. Acima das portas havia uma grande escultura de uma vinha de ouro com cachos do tamanho de uma pessoa, simbolizando o triunfo de Israel. O santuário era ladeado por três andares de depósitos. No Lugar Santo ficavam a mesa com os pães da proposição, o menorá (candelabro de sete hastes) e o altar de incenso. Uma cortina grossa que foi rasgada ao meio quando Jesus morreu separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo (o Santo dos Santos) onde o sacerdote entrava uma vez por ano no dia da expiação. O Lugar Santíssimo não abrigava mais a arca da aliança, que talvez tenha sido destruída quando Nabucodonosor saqueou Jerusalém em 586 a.C.Como o general romano Pompeu pôde verificar, o Lugar Santíssimo estava vazio.
Lucas 23:45 Inscrição em grego proíbe a entrada de gentios nos pátios internos do Templo em Jerusalém.Reconstituição do templo de HerodesTemplo construído por Heródes
O Tabernáculo
século XV ou XIII a.C.
O QUE ERA O TABERNÁCULO? Enquanto o povo de Israel se encontrava acampado no deserto junto ao monte Sinai, o Senhor deu a Moisés instruções detalhadas para a construção de uma tenda de culto,' chamada de "santuário", "tabernáculo" e "tenda da congregação" O termo "tabernáculo" (da palavra latina tabernaculum, tenda) se referia à tenda de culto e ao átrio ao seu redor. A tenda propriamente dita era constituída do Santo Lugar, medindo 20 por 10 côvados (9 por 4,5 m) e do Lugar Santíssimo, também chamado de "Santo dos Santos", com 10 côvados (4,5 m) de cada lado, onde ficava a "arca da aliança". As duas partes do santuário eram separadas por uma cortina de fio azul, púrpura e escarlate. Ao redor da tenda de culto, havia um átrio retangular cercado de cortinas com 100 por 150 côvados (45 por 22,5 m). A estrutura era feita de madeira de acácia, resistente aos insetos como os cupins, comuns na península do Sinai. Sobre esta estrutura, era esticada uma cobertura feita de peles de carneiros e bodes, e de um animal cuja identificação ainda é incerta.? Há quem proponha que essas "peles finas" fossem provenientes de dugongos, mamíferos aquáticos encontrados no mar Vermelho, uma hipótese bem mais provável do que os "'exugos" mencionados na 5ersão Revista e Corrigida.
SANTUÁRIOS MÓVEIS DO EGITO E DO SINAI Moisés e seus artífices tinham à sua disposição a tecnologia egípcia tradicional de construção de santuários móveis. exemplo mais antigo do qual se tem conhecimento é estrutura de um pavilhão laminado em ouro da rainha Hetepheres (c. 2600 a.C.), a mãe de Khufu (Quéops), o faraó que construiu a grande pirâmide. Vários santuários móveis revestidos de ouro foram encontrados no túmulo do rei egípcio Tutankamon (1336-1327). Antes do êxodo, Moisés passou quarenta anos na península do Sinai com midianitas da família de sua esposa.? Um santuário em forma de tenda datado de 1100 a.C. proveniente de uma mina de core em Timna (Khibert Tibneh), no vale da Arabá ao sul do mar Morto, pode ter sido confeccionado por midianitas. Varas de madeira com vestígios de cortinas vermelhas e amarelas foram encontradas nesse local. Além da experiência egípcia, Moisés talvez tenha lançado mão de térnicas dos midianitas na construção do tabernáculo.
A MOBÍLIA DO TABERNÁCULO Vários objetos colocados no tabernáculo são descritos em detalhe em Êxodo 25:10-40; 27:1-8. O lugar de honra foi reservado para a "arca da aliança", uma arca de madeira de acácia revestida de ouro medindo 1,1 m de comprimento e 70 centímetros de largura e altura, contendo as duas tábuas de pedra onde os Dez Mandamentos haviam sido gravados. Sobre sua tampa de ouro maciço ficavam dois querubins com as asas estendidas. O nome dessa tampa, chamada tradicionalmente de "propiciatório", deriva do verbo hebraico "expiar" ou "fazer propiciação". Nas laterais da arca havia quatro argolas de ouro, pelas quais eram passadas varas de acácia revestidas de ouro para carregar a arca, um método semelhante àquele usado para carregar uma caixa encontrada no túmulo de Tutankamon Reconstituição do tabernáculo, a Arca da aliança e o candelabro de ouro podem ser vistos dentro da tenda de adoração.
A RECONSTRUÇÃO DO TEMPLO
537-520 a.C.
SESBAZAR De acordo com Esdras 2:64, um total de 42.360 judeus aceitaram o desafio de voltar a Jerusalém. Não se sabe ao certo a proporção que esse número representa em relação a todos os judeus exilados na Babilônia. O historiador Josefo diz que muitos não se mostraram dispostos a deixar seus bens para trás.' A volta dos judeus foi liderada por Sesbazar, o príncipe de Judá.? O povo levou consigo os utensílios do templo do Senhor que Nabucodonosor havia tirado de Jerusalém.' Sua jornada de volta a Jerusalém provavelmente foi realizada em 537 a.C.
OS ALICERCES DO TEMPLO SÃO LANÇADOS Desse ponto em diante, Sesbazar sai de cena e seu lugar como líder de Judá é ocupado por Zorobabel, filho de Sealtiel e neto de Joaquim. Assim que chegaram, os judeus reconstruíram o altar e voltaram a oferecer sacrifícios. No ano seguinte, lançaram os alicerces do novo templo. O livro de Esdras registra emoções conflitantes: "E todo o povo jubilou com altas vozes, louvando ao SENHOR por se terem lançado os alicerces da sua casa. Porém muitos dos sacerdotes, e levitas, e cabeças de famílias, já idosos, que viram a primeira casa, choraram em alta voz [...] muitos, no entanto, levantaram as vozes com gritos de alegria." Esdras 3:11b-12 Essa alegria durou pouco, pois, quando sua oferta para ajudar foi recusada, os descendentes dos povos reassentados em Samaria contrataram conselheiros para trabalhar contra os judeus e frustrar seus planos. Assim, as obras no templo ficaram paradas durante o restante do reinado de Ciro e de seu filho, Cambises II (530-522 a.C.), dezesseis anos, no total. Em 400 a.C., os samaritanos obtiveram autorização dos persas para construir um templo ao Senhor no monte Gerizim, próximo a Siquém
UM NOVO COMEÇO: DARIO, AGEU E ZACARIAS A morte de Cambises em 522 a.C. foi seguida de uma luta pelo trono da Pérsia. Quem saiu vitorioso foi Dario, filho do sátrapa Histaspes e membro de uma linhagem secundária da família real. Sua ascensão ao trono da Pérsia é relatada na famosa inscrição em pedra de Behistun, ou Bisitun, a cerca de 30 km de Kermansha, no Irà. (Essa inscrição em babilônio, elamita e pers antigo foi usada para decifrar o sistema de escrita cuneiform da Mesopotâmia.) Em 520 a.C., quando Dario havia se firmado no poder, o Senhor levantou dois profetas: Ageu e Zacarias, para instar o povo a concluir o templo,5 Ageu foi objetivo e direto: "Acaso, é tempo de habitardes vós em casas apaineladas, enquanto esta casa permanece em ruínas? (Ag 1:4). O Senhor falou a Zacarias por meio de várias visões: "Esta é a palavra do Senhor a Zorobabel: Não por força nem por poder, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos. Quem és tu, ó grande monte? Diante de Zorobabel serás uma campina; porque ele colocará a pedra de remate, em meio a aclamações: Haja graça e graça para ela!" (Zc 4:6-7). As obras sofreram mais atrasos quando Tatenai, O governador da província dalém do Eufrates, quis saber quem havia autorizado os judeus a reconstruir o templo. Felizmente para os judeus, uma cópia do decreto de Ciro foi encontrada na cidade de Ecbatana (atual cidade iraniana de Hamadà), na província da Média. As palavras dos profetas surtiram o efeito desejado. As obras do templo foram reiniciadas no vigésimo quarto dia do sexto mês (21 de setembro de 520 a.C.) e completadas três anos e meio depois, no terceiro dia de adar (12 de março de 516 a.C.).° O templo de Zorobabel, uma construção menor e menos ornamentada do que o templo de Salomão, foi substituído posteriormente pelo templo suntuoso de Herodes. É possível que parte das pedras do templo de Zorobabel tenha sido preservada.
DARIO Dario (522-486 a.C.) foi um rei guerreiro bem-sucedido. Seus grandes feitos são celebrados pelo historiador grego Heródoto de Halicarnasso (atual Bodrum, no sudoeste da Turquia). Usando uma ponte de barcos que atravessava o Bósforo até o norte da atual Istambul, Dario conquistou os citas do sudeste da Rússia e toda a região dos Bálcás que ficava ao sul do rio Danúbio. Também abriu um canal ligando o rio Nilo ao mar Vermelho e registrou suas obras em quatro estelas de granito vermelho. Seu único insucesso foi a expedição contra a Grécia. Uma tempestade na costa próxima ao monte Atos, na região norte da Grécia, destruiu grande parte de sua frota. Em 490 a.C., as embarcações persas que resistiram à tempestade lançaram âncora na baía de Maratona, na costa leste da península de Ática, apenas 40 km de Atenas. Uma vez que não receberam ajuda dos espartanos, os atenienses tiveram de enfrentar os persas sozinhos. Conseguiram fazer os persas recuarem para o mar e capturaram sete de suas embarcações. Os persas deram meia volta e regressaram à Ásia. Exasperados com essa derrota, organizaram uma invasão muito maior sob o comando de Xerxes, filho de Dario (486 465 a.C.), dez anos depois. Império Persa Os persas dominaram um império que começava no mar Egeu e se estendia até o rio Indo. O rei persa Cambises conquistou o Egito em 525 a.C., e os reis persas Dario e Xerxes empreenderam campanhas malogradas contra a Grécia em 490 e 480 a.C.Muro leste do Templo. Junção da construção herodiana esmerada (à esquerda) com partes edificadas anteriormente. Acredita-se que a parte mais antiga pertencia ao templo de Zorobabel.Persépolis, onde se encontram as ruínas de Apadana, o salão de audiências de Dario I (522-486 a.C.).
O MINISTÉRIO DE JESUS: PRIMEIRO ANO
30 d.C. a março de 31 d.C.
JOÃO BATISTA Um indivíduo um tanto incomum que se vestia com roupas de pelo de camelo e coma gafanhotos e mel silvestre apareceu no deserto da Judeia, uma região praticamente desprovida de vegetação entre Jerusalém e o mar Morto, e começou a pregar: "Arrependei-vos, porque está próximo o reino dos céus" (Mt 3:2). Devido as batismos em massa realizados por ele no rio Jordão, esse profeta veio a ser chamado de João Batista. Era um parente de Jesus, pois suas mães eram aparentadas. Lucas data o início do ministério de João do décimo quinto ano de Tibério César. Augusto, o antecessor de Tibério, havia falecido em 19 de agosto de 14 .C., de modo que João iniciou seu ministério em 29 .dC. Jesus saiu da Galileia e foi a Betânia, na margem leste do Jordão, para ser batizado por João. De acordo com Lucas, nessa ocasião o Espírito Santo desceu sobre Jesus e ele começou seu ministério, tendo, na época, cerca de trinta anos de idade.
OS QUATRO EVANGELHOS Dependemos inteiramente dos quatro Evangelhos para um registro detalhado da vida e ministério de Jesus. Os Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas são visivelmente semelhantes. O. Evangelho de Mateus contém 91% do Evangelho de Marcos, enquanto o de Lucas contém 53% de Marcos: o uso de fontes comuns, tanto orais quanto escritas, costuma ser postulado como motivo para essas semelhanças. O Evangelho de João apresenta a vida de Jesus de um ponto de vista diferente, enfatizando os ensinamentos de Jesus. De acordo com os Evangelhos, Mateus e loão foram apóstolos de Jesus que passaram três anos com ele. Acredita-se que joão Marcos trabalhou com Pedro. Lucas, um médico e companheiro de viagens do apóstolo Paulo, não foi testemunha ocular do ministério de Jesus, mas compilou o seu relato a partir de informações de outras testemunhas oculares.
OUTRAS CONSIDERAÇÕES CRONOLÓGICAS Apesar dos quatro Evangelhos tratarem do ministério de Jesus em detalhes, seu conteúdo é organizado de forma temática, e não de acordo com uma cronologia rígida. Neste Atlas procuramos colocar os acontecimentos da vida de Jesus numa sequência cronológica. Se outros que estudaram as mesmas evidências chegaram a conclusões diferentes, estas devem ser igualmente respeitadas, sendo necessário, porém, levar em consideração alguns indicadores cronológicos. O Evangelho de João registra três Páscoas, incluindo aquela em que Jesus morreu. Assim, o ministério de Cristo se estendeu por pelo menos dois anos, apesar do consenso acadêmico favorecer um período de três anos. Na primeira Páscoa, os judeus comentam que o templo de Herodes estava em construção há 46 anos. Uma vez. que Herodes "se pôs a construir" o templo em Jerusalém em 19 a.C., há quem considere que o ministério de Jesus se iniciou em 25 d.C., quatro anos antes da data calculada de acordo com o Evangelho de Lucas, como mencionamos anteriormente. Argumenta-se, portanto, que os 46 anos mencionados não incluem o tempo gasto para juntar os materiais necessários antes do início da construção.
JESUS É TENTADO POR SATANÁS Conforme o relato dos Evangelhos, depois de seu batismo Jesus foi conduzido pelo Espírito para o deserto e tentado por Satanás. Numa das tentações, Jesus foi transportado a Jerusalém e tentado a se lançar do ponto mais alto do templo, talvez uma referência à extremidade sudeste do templo, da qual havia uma queda de cerca de 130 m até o fundo do vale do Cedrom. Em outra tentação, Jesus foi levado ao alto de um monte de onde Satanás lhe mostrou todos os reinos da terra e seu esplendor.
O PRIMEIRO MILAGRE DE JESUS Jesus e sua mãe, Maria, foram convidados para um casamento em Caná da Galileia. Quando o vinho acabou, Maria pediu a ajuda de Jesus e ele realizou seu primeiro milagre, transformando em vinho a água que havia em seis talhas grandes de pedra usadas para as lavagens de purificação, num total de cerca de 600 litros. O mestre do banquete ficou justificadamente impressionado com a qualidade do vinho. Juntos, os quatro Evangelhos registram uns 35 milagres de Jesus.
JESUS PURIFICA O TEMPLO Jesus foi a Jerusalém na época da Páscoa. Caso se adote a data de 30 d.C., nesse ano a Páscoa foi comemorada em 7 de abril. Irado com os comerciantes de bois, ovelhas e pombos e com os cambistas no pátio do templo, Jesus fez um chicote com cordas e os expulsou do local. "Não façais da casa de meu Pai casa de negócio" Jo 2:16, disse ele.
NICODEMOS E A MULHER SAMARITANA Não é de surpreender que a medida tomada por Jesus no templo tenha suscitado a indignação das autoridades religiosas judaicas. Ainda assim, Nicodemos, um membro do concílio dirigente dos judeus, procurou Jesus durante a noite. A resposta de Jesus a ele é um resumo breve do plano de Deus para salvar a humanidade: "Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna" (jo 3:16). No caminho de volta à Galileia, Jesus parou numa cidade de Samaria chamada Sicar (atual Aksar). Os samaritanos eram inimigos de longa data dos judeus. Seu templo ao Senhor em Gerizim, perto de Siquém, havia sido destruído pelo governante judeu João Hircano em 128 a.C. Sentado junto ao poço de Jacó ao meio-dia, Jesus teve uma longa conversa com uma mulher samaritana sobre a água viva e a verdadeira adoração e lhe revelou que era o Messias, chamado Cristo.
JESUS VOLTA À GALILEIA De volta à Galileia, Jesus encontrou um oficial do rei cujo filho estava enfermo em Cafarnaum. O Evangelho de João 4.43 45 relata como foi necessária apenas uma palavra de Jesus para restaurar a saúde do filho. Ao voltar a Nazaré, a cidade de sua infância, Jesus leu um trecho do profeta Isaías na sinagoga: "O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para por em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor." Lucas 4:18-19 Quando Jesus afirmou que estas palavras das Escrituras estavam se cumprindo naquele momento, o povo da sinagoga se enfureceu e o expulsou da cidade.
JESUS CHAMA OS PRIMEIROS DISCÍPULOS Jesus se dirigiu a Cafarnaum, junto ao lago da Galileia, no qual, hoje em dia, há dezoito espécies de peixe, dez delas comercialmente expressivas. Ali, chamou dois pares de irmãos: Simão, chamado Pedro, e seu irmão André; e Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João. Os quatro eram pescadores, mas Jesus lhes disse para deixarem suas redes e segui-lo. Esse encontro talvez não tenha corrido Dor acaso como os evangelistas dão a entender. Provavelmente loo e. sem duvida. André, haviam sido discipulados de João Batista e encontrado com Jesus depois de seu batismo, quando André Lhe apresentou seu irmão, Pedro. Ademais, Tiago e João talvez fossem primos de Jesus caso, conforme proposto por alguns, sui mãe, Salomé, fosse irmã de Maria, mãe de Jesus.
JESUS NA GALILEIA Marcos e Lucas descrevem como Jesus confrontou um homem possuído de um espírito mundo na sinagoga em Cafarnaum. As ruínas da sinagoga em Cafarnaum são datas do século IV d.C., mas debaixo delas, pode-se ver paredes parcialmente preservadas de basalto negro provavelmente construídas no seculo I. Essa pode ter sido a sinagoga que um centurião havia dado de presente à cidade e que foi visitada por Jesus. 10 Kim seguida, Jesus percorreu Galileia ensinando nas sinagogas, pregando as boa novas do reino de Deus e curando toda sorte de doenças e enfermidades. Muitos outros enfermos toram levados até ele e grandes multidões acompanhavam. Algumas dessas pessoas vinham de regiões mais distantes, fora da Galileia, de Jerusalém e dalém do Jordão. Numa ocasião quando uma grande multidão se reuniu a beira do lago, Jesus ensinou o povo sentado num barco Em seguida, seguindo às instruções de Jesus, os discípulos levaram o barco a uma parte mai funda do lago e, lançando suas redes, pegaram tantos peixes que as redes começaram a romper. Em 1985, houve uma seca em Israel e a água do lago da Galileia chegou a um nível incomumente baixo, revelando o casco de um barco antigo com 8.2 m de comprimento e 2,35 de largura, próximo de Magdala. Uma panela e uma lamparina encontradas no barco sugerem uma data do seculo I. confirmada por um teste de carbono 14 numa amostra da madeira do barco. Não ha como provar nenhuma ligação entre esse barco e qualquer pessoa dos Evangelhos, mas e quase certo que c barco e do período correspondente ao dos Evangelhos ou de um período bastante próximo Não é de surpreender que jornalistas tenham chamado a descoberta de "barco de Jesus"
JESUS ESCOLHE OS APÓSTOLOS Em Cafarnaum, Jesus chamou Mateus, também conhecido como Levi, para ser seu discípulo Mateus era um coletor de impostos para o governo romano. Sua profissão era desprezada por muitos judeus, pois era considerada uma forma de colaboração com os conquistadores pagãos e vários coletores abusavam de seu cargo e defraudavam o povo. Numa ocasião, Jesus subiu em um monte e chamou doze de seus discípulos mais próximos, homens que receberam a designação de "apóstolos" (um termo que significa "os enviados") e, durante os dois anos seguintes, foram treinados e preparados por Jesus. Vários deles se tornaram líderes importantes da igreja primitiva.
O primeiro ano do ministério de Jesus Os números se referem, em ordem cronológica, aos acontecimentos do primeiro ano do ministério de Jesus.
1) Jesus deixa a casa de sua infância em Nazaré.
2) E batizado por João Batista em Betânia, do lado leste do rio Jordão.
3) É tentado no deserto. Satanás o desafia a atirar-se do alto do templo, em Jerusalém.
4) Transforma água em vinho numa festa de casamento em Caná da Galileia.
5) Visita Jerusalém e purifica o templo.
6) Conversa com uma mulher samaritana em Sicar.
7) Encontra um oficial em Caná e cura o filho dele que estava enfermo em Cafarnaum.
8) É expulso da sinagoga de sua própria cidade, Nazaré.
9) Vai a Cafarnaum, chama seus discípulos e ensina nos arredores dessa cidade, onde realiza muitos milagres.
Lucas 6:13 primeiro ano do ministério de JesusRuínas da sinagoga em Cafarnaum, datadas do século IV d.C. Na parte inferior, pode-se ver parte de uma parede de basalto negro, possivelmente de uma sinagoga construída no século I d.C.Região de deserto do vale do Jordão, onde Jesus foi tentado por Satanás.Casco do assim chamado "barco de Jesus" uma embarcação de pesca do século I d.C. encontrada no mar da Galiléia em 1985.
PALESTINA - TERMINOLOGIA HISTÓRICA
Infelizmente, na Antiguidade o sul do Levante não era conhecido por um único nome abrangente, mas por vários, dependendo de onde e de quando se fazia referência ao lugar. O contrário acontecia: uma gama de termos bíblicos e/ou seculares designava a terra do Israel bíblico, não sendo possível supor que algum deles correspondesse completamente às fronteiras teológicas de Israel (ou um ao outro) nem se podendo aplicar qualquer deles a todo o período da história bíblica sem criar algum anacronismo. Na Antiguidade, em muitos casos, nomes que antes haviam sido usados para denotar uma divindade ou um grupo populacional importante foram simplesmente emprestados e reaplicados para designar a entidade geopolítica em que aquele grupo estava. Por exemplo, o nome "Canaa" derivou dos cananeus; o nome "Palestina" deve sua existência aos filisteus; e "(a terra de) Hatti" originalmente designava uma série de cidades-estados neo-hititas situadas aproximadamente entre Carquêmis e Damasco, cujos habitantes parecem ser descendentes de Hete (e.g., Gn 10:15-1Cr 1,13) e/ou devotos do deus Hatti.37 O texto bíblico diz que tanto os cananeus quanto os hititas estavam entre os "ocupantes da terra" na época da colonização por Israel (Dt 7:1; Dt 3:10-12.8; cp. Gn 15:18-21; Ex 3:8-17), e sabe-se que os filisteus imigraram para aquela terra por volta de 1200 a.C.
CANAÃ O termo Canaa/cananeu(s) é bem atestado em boa parte dos textos do segundo milênio a.C.38 A julgar por esse uso, parece que Canaã era o termo convencional para designar o sul da área que o Egito controlava na Ásia, em contraste com Amurru (a terra dos amorreus, ao norte do rio el-Kabir). Canaã se estendia das cidades de Gaza e Ráfia, no sul, até tão ao norte quanto o vale do rio el-Kabir e a localidade de Sumra/Simyra.3 De modo que o quadro geral que surge é que as citações, tanto em textos do Oriente Próximo quanto na Bíblia, revelam uma notável semelhança quando delineiam os limites de Cana (v. acima a análise sobre as fronteiras teológicas de Israel). Essa afirmação pode ter consequências quanto à antiguidade e à essencial historicidade daquelas narrativas que mencionam as fronteiras de Israel. Antes das descobertas arqueológicas em Nuzi, em geral se acreditava que a palavra "Canaa" derivava de um verbo semítico com o sentido de "curvar/curvar-se/ser baixo", porque os cananeus ocupavam a região baixa perto do mar, em contraste com a região montanhosa dos amorreus (Nm 13:29; Js 5:1; cp. Is 23:11). Uma teoria relacionada é que Canaã era o lugar onde o sol "se curva" (se põe), de maneira que, por definição, um cananeu era alguém do oeste. Mas se descobriu que, em Nuzi, a palavra kinahhu" se refere a uma substância de cor púrpura avermelhada, extraída de conchas de múrex e usada no tingimento de tecidos, especialmente lã. Os textos antigos estão repletos de referências à grande consideração dada a quem se vestia de púrpura. Por ser natural, ao invés de produzida pelo homem, a tintura de múrex tinha valor elevado, pois nunca desbotava. A lucrativa indústria do múrex se concentrava ao norte de Cesareia, no Mediterrâneo, onde as águas do mar regularmente lançavam na praia uma grande quantidade dessas conchas. No local de uma antiga fábrica de tintura, em Tiro, foi encontrado um grande número de conchas*2 e, em Dor, também se encontraram claros indícios do processo de tingimento.43 Os nomes de certos lugares cananeus nos arredores oferecem ainda outros indícios de que o tingimento de múrex era uma atividade econômica essencial. Por exemplo, o nome "Sarepta" vem de um verbo que tem o sentido de "tingir" e o nome "Zobá" é derivado de um verbo que denota o tingimento de tecido. Às vezes a própria palavra "cananeu" é traduzida por "comerciante/mercador"* Como consequência, parece preferível entender Canaã como "a terra da púrpura" e "cananeus" como "o povo da terra da púrpura" (ideia a partir da qual o conceito de comércio poderia facilmente derivar). Textos gregos nos mostram que, no primeiro milênio a.C., os herdeiros culturais dessa indústria de tintura foram denominados fenícios, nome que deriva da palavra grega phoinix ("púrpura"). Mesmo no Novo Testamento aparentemente "cananeu" e "fenício" ainda eram designativos um tanto quanto equivalentes (Mt 15:22 refere-se a uma mulher cananeia; o relato de Marcos sobre o mesmo acontecimento chama-a de siro-fenícia [Mc 7:26]). Parece, então, que as palavras "Canaa" e "Fenícia" têm apenas duas diferenças básicas: (1) a primeira é vocábulo semítico, ao passo que a segunda é de origem grega; (2) a primeira é empregada no segundo milênio a.C., enquanto a segunda passa a ser normativa no primeiro milênio a.C. Se levarmos esses dados à sua conclusão lógica, parece que a mesma palavra teve, no início, a conotação do processo de tingimento, com o passar do tempo foi estendida às pessoas envolvidas no processo e, por fim, englobou o território/província onde essas pessoas formavam um grupo bastante importante da população.
PALESTINA Por motivos que ainda não estão claros para nós, por volta de 1200 a.C. boa parte do mundo bíblico experimentou uma séria turbulência política, provocada em grande parte por hordas de invasores a que fontes egípcias se referem como "povos do mar" Há muito os estudiosos vêm cogitando sobre o que provocou esse movimento de cerca de 14 povos na direção sudeste: denyen, lukka, shardanu, masha, arinna, karkisha, pitassa, kashka, akawasha, tursha, sheklesh, peleset (filisteus), tjekker e weshesh (essas grafias são aproximadas). Embora dois ou três desses povos também apareçam em textos mais antigos do Levante ou do Egito, parece que por essa época houve uma migração bem vasta. Esses povos foram desalojados devido a uma mudança climática que causou escassez de alimento, à turbulência política que cercou a batalha de Troia ou à invasão da Grécia pelos dórios, ou a algum outro fator? Qualquer que tenha sido o motivo, é provável que, antes de chegar ao coração do Egito, vários contingentes de povos do mar tenham sido responsáveis pela queda do Império Hitita, cujo centro de poder ficava na Ásia Menor, pela captura da ilha de Chipre e pela devastação e/ou reocupação de muitas cidades em todo o Levante: Ugarit, Alalakh, Carquêmis, T. Sukas, Tiro, Sidom, Hazor, Aco, Dor e um grande número de lugares na planície da Filístia. Mas os egípcios resistiram aos povos do mar, e seus textos indicam que os filisteus foram repelidos do território egípcio na direção nordeste,15 onde mais tarde habitaram o sudoeste de Canaã, que se tornou conhecido como planície da Filístia. O local de onde os filisteus emigraram também continua sendo objeto de debate.1 A tradição bíblica de que procederam de Caftor (Creta) não é decisiva, porque aquele texto declara que os filisteus foram trazidos de Caftor da mesma maneira que os israelitas foram trazidos do Egito (Am 9:7; cp. Gn 10:14-1Cr 1.12; Jr 47:4; Ez. 25.16; SF2.5). Ou seja, é possível que a Biblia não esteja indicando o lugar de origem de nenhum dos dois povos. Levando em conta certos aspectos da cultura material filisteia (caixões de defunto estilizados, cerâmica característica etc.) ou palavras bíblicas encontradas em narrativas sobre os filisteus (guerreiro, senhor, capacete, arca), alguns estudiosos defendem que os filisteus emigraram da Grécia. Outros, com base em épicos gregos e na tradução que a LXX faz de Caftor ("Capadócia") em Deuteronômio 2.23 e Amós 9.7, afirmam que os filisteus tiveram origem ao longo do litoral sudoeste da atual Turquia. Mas tudo isso continua sendo bastante especulativo, em parte devido à escassez de textos indubitavelmente filisteus e em parte porque os filisteus começaram a passar pelo processo de assimilação cultural logo depois de chegarem a Canaã. A única conclusão segura a que se pode chegar é que, como designação de uma entidade geográfica distinta, a palavra Palestina deriva dos filisteus. Hoje em dia às vezes se diz que, como designação da terra de Israel, o termo "Palestina" surgiu só em meados do segundo século d.C., quando, como castigo político pela revolta de Bar-Kochba, o imperador Adriano deliberadamente adotou o nome dos antigos inimigos de Israel - os filisteus - e apenas o latinizou para criar conotações pejorativas óbvias. De acordo com esse ponto de vista, o uso mais antigo de "Palestina" foi propaganda feita pelos romanos com fortíssimas implicações políticas antijudaicas. Nesse caso, então, qualquer uso que se faça atualmente da palavra Palestina para se referir à história antes da época de Adriano é, na melhor das hipóteses, perigosamente anacrônico e historicamente errôneo e, na pior, antibíblico e até mesmo antijudaico. Existem, contudo, dados que apontam em outra direção. Para começar, o nome Palestina aparece 13 vezes em textos neoassírios ainda do reinado de Adade-Nirari III (810-782 a.C.), Tiglate-Pileser III (744-727 a.C.) e Sargão II (721- 705 a.C.)." É improvável que qualquer uma dessas citações vislumbrasse a terra de Israel como um todo (em contraste com a região da Filístia). Na realidade, em um dos textos, Palestina aparece em contraste tanto com Israel (literalmente " terra de Onri") quanto com Edom.5 No entanto, em 11 casos a palavra Palestina é imediatamente precedida pelo indicador semântico para "terra/país", o que é uma indicação inconfundível de que a referência é a uma entidade geográfica distinta. De modo semelhante, uma estatueta egípcia com data presumível da 27. dinastia (945-715 a.C.) traz inscrição que faz referência a um "encarregado de Cana e Palestina" (escrita PIst). Nesse caso, o termo Palestina está sendo usado em contraste com o território de Canaã. Pode-se observar mais uma vez que o termo aparece definitivamente num contexto geográfico/provincial (e não político). Mais relevantes para essa controvérsia são, porém, os resultados de uma pesquisa por computador que pode ser feita no Thesaurus linguae graecae (TLG; University of California, campus de Irvine). Uma pesquisa de "Palestina" como nome próprio em textos escritos antes do fim do primeiro século da era crista revelou 196 citações completas em textos gregos ou latinos (excluindo-se possíveis atestações parciais da palavra Parte das extensas ruínas arqueológicas do período Palácio Novo (aprox. 1700-1400 a.C.) em Zakros, no litoral sudeste de Creta. Alguns especialistas creem que o lugar de origem dos filisteus pode ter sido Creta.
ISRAEL O nome Israel deriva, em última instância, do patriarca Jacó, cujo nome foi mudado para Israel (Gn 32:28). Quando os descendentes do patriarca se tornaram escravos no Egito, a expressão "filhos de Israel" passou a ser frequentemente aplicada a eles (Êx 1:9-12; 2.23,25; 3:9-11; etc.). Mais tarde, o nome Israel veio a ser aplicado ao reino nortista de Efraim, em contraste com o reino sulista de Judá (1Rs 12:18-20; 1Cr 5:17; etc.). Posteriormente, após o desaparecimento do Reino do Norte, ocasionalmente "Israel" foi usado para se referir ao reino sulista de Judá (Jr 10:1). Assim mesmo, é difícil identificar uma passagem bíblica que use explicitamente a palavra Israel para denotar uma área geográfica específica. É claro que ocorre a expressão "terra de Israel" (1Sm 13:19-1Cr 22.2; 2Cr 2:17; Ez 40:2-47.18), mas ela sempre está ligada ao terreno ocupado ou a ser ocupado por alguns ou por todos os israelitas e, em consequência, a extensão dessa área sofre variação. Fora da Bíblia, "Israel" (i.e., o Israel da Bíblia) ocorre em três textos antigos. O mais antigo é uma estela de granito do quinto ano de Merneptah (1209 a.C.). Nessa tábua de granito há uma inscrição que menciona 1srael, mas ela está registrada de tal maneira que parece apontar para uma entidade étnica e, por esse motivo, a citação não oferece quase nenhuma ajuda na definição das fronteiras geográficas de Israel. Contudo, a Estela de Merneptah é a única testemunha extrabíblica de Israel antes do nono século a.C., quando o nome aparece em duas inscrições distintas. O Obelisco Negro está escrito em cuneiforme e data do sexto ano do rei assírio Salmaneser III (853 a.C.), quando Acabe forneceu 2 mil carros e 10 mil soldados para uma coalizão que lutou contra as forças de Salmaneser. A inscrição faz referência a Acabe como " rei de Israel" Poucos anos depois (c. 835 a.C.), o rei Messa de Moabe mandou inscrever, em uma estela de basalto, uma dedicatória à sua divindade, Camos; nessa inscrição ele se vangloriou de ter retomado o território que anteriormente havia sido conquistado por Onri, "rei de Israel" De acordo com a Bíblia, Messa de Moabe foi vassalo de Israel durante os dias de Onri e Acabe, mas se rebelou por ocasião da morte deste último (2Rs 3:4-5). Contudo, uma batalha ocorrida em seguida e registrada na Bíblia terminou com uma derrota moabita (2Rs 3:9-27). Numa tentativa de harmonizar a afirmação bíblica com a declaração de vitória registrada na estela de Messa, alguns estudiosos sustentam que a vitória de Messa sobre Israel ocorreu um pouco depois, durante o reinado de Jeoacaz. Nenhuma dessas duas inscrições do nono século a.C. fornece informações geográficas que permitam traçar fronteiras específicas para Israel. No entanto, ambas são bastante úteis, pois cada uma identifica explicitamente pelo nome pessoas que, na Bíblia, também são conhecidas como "rei de Israel. A Inscrição de Messa é ainda muito útil por ser rica em terminologia bíblica.
ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO
UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo. Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício. A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.
No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn 14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era. Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava. Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio. Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo. Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.) , os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.
DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura. Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos. Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos. Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros. Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade. Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros. Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil. Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas. Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:
Abraão, vindo de Berseba (Gn 22:4), avistou o monte Moria (com quase toda certeza nas vizinhancas de Jerusalém) no terceiro dia de sua viagem, e os dois lugares estão separados por cerca de 80 quilômetros.
Vindos de Afeque, Davi e seus homens chegaram em Ziclague no terceiro dia (1Sm 30:1) e, aqui de novo, os dois lugares estão separados por apenas pouco mais de 80 quilômetros.
Cades-Barneia (Ain Qadeis) ficava a 11 dias de viagem do Horebe (no iebel Musa ou perto dele) pela estrada que passava pelo monte Seir (Dt 1:2), e cerca de 305 quilômetros separam os dois lugares.
Uma marcha de Jerusalém para a capital de Moabe (Ouir-Haresete), pelo "caminho de Edom" durava sete dias. e a distância aproximada envolvida nessa rota era de cerca de 185 quilômetros (2Rs 3:5-10).
A Bíblia conta que a caravana de judeus liderada por Esdras partiu da fronteira babilônica (quer tenha sido de Hit, quer de Awana) no dia 12 do primeiro mês (Ed 8:31) e chegou em Jerusalém no dia primeiro do quinto mês (Ed 7:9), o que significa que a jornada levou pouco mais de três meses e meio. Tendo em vista a rota provável percorrida por Esdras e seus compatriotas (8.22,31 - 0 caminho mais curto e mais perigoso adiante de Tadmor, eles viajaram cerca de 1.440 quilômetros em pouco mais de 100 dias, mas o tamanho e a composição de sua caravana podem ter impedido médias diárias maiores.
Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).
A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido. Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco. De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã. De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade. Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.
A ESTRADA REAL Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21. 22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.
A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.
VIAGEM POR MAR As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem. Rotas de Transporte do mundo bíblicoRotas Marítimas do mundo Greco-RomanoAs estradas da Palestina
ABRAÃO NA PALESTINA
Em alguns aspectos, o "chamado" divino a Abraão (Gn 12:1-3) trouxe consigo muitas das mesmas consequências de sua "maldição" sobre Caim (Gn 4:12-16): cada um foi levado a abandonar todas as formas de segurança conhecidas em seu mundo e ir viver em outro lugar. Abraão abandonou sua terra, clã e família em Harrã e foi na direção da terra que, por fim, seus descendentes iriam herdar (Gn 12:4-5). Ao chegar ao planalto central de Canaã, o grande patriarca construiu um altar na cidade de Siquém e adorou a Deus (Gn 12:6-7). Dali se mudou para o sul, para acampar perto de Betel e Ai (Gn 12:8). Mas Abraão também descobriu uma realidade bem dura nesse novo local: na época, a terra era dominada por cananeus (Gn 12:6b) e foi assolada por uma fome (Gn 12:10), o que o forçou a viajar para o Egito, presumivelmente pela estrada central que passava por Hebrom e Berseba. Quando a fome acabou, Abraão e seu grupo retornaram pelo Neguebe até o lugar de seu antigo acampamento, perto de Betel/Ai, onde voltaram a residir (Gn 13:3-4). Mas não se passou muito tempo e Abraão experimentou mais um problema - dessa vez um problema familiar. Ao que parece, não havia pastagens suficientes para alimentar os rebanhos de Abraão e seu sobrinho, Ló, o que fez com que Ló partisse para a planície do Jordão, que era mais bem regada, e passasse a residir na cidade de Sodoma (Gn 13:11-12; cp. 14.12). Nesse ínterim, Abraão se mudou para o sul e se estabeleceu junto aos carvalhos de Manre, em Hebrom (Gn 13:18), onde construiu mais um altar ao Senhor. Algum tempo depois, cinco cidades situadas no vale de Sidim (Sodoma, Gomorra, Admá, Zeboim e Zoar) se rebelaram contra seus soberanos da Mesopotâmia (Gn 14:1-4). Reagindo a esse desafio, os monarcas mesopotâmicos enviaram seus exércitos na direção de Canaã e, a caminho, atacaram as terras transjordanianas dos refains, zuzins, emins e horeus, chegando até El-Para (Gn 14:5-6). Depois de passarem por El-Pará, os reis inimigos se voltaram para En-Mispate (Cades-Barneia), onde subjugaram alguns amalequitas (14.7a), e, em seguida, derrotaram os amorreus, em Tamar (14.7b). Essa ação deve ter permitido que os reis da Mesopotâmia voltassem a atenção para seus verdadeiros inimigos: as cidades do vale de Sidim (Gn 14:8-11). O fraseado de Gênesis 13:10-11 tem levado alguns pesquisadores a procurar as cidades perto do lado norte do mar Morto e da foz do rio lordão. Mas a maioria sustenta que essas cidades devem ter ficado perto do lado sul do mar Morto, com base no fato de que o mapa-mosaico de Medeba, do século 6, situa o nome de uma delas (Zoar) naquela região [v. mapa 15]. Ademais, perto da margem sudeste do mar Morto foram encontradas muitas sepulturas da Idade do Bronze Inicial, com restos de milhares de esqueletos humanos - o que levou alguns escritores a levantarem a hipótese de que esses achados teriam relação com os acontecimentos que envolveram Sodoma e Gomorra. Uma tradição cristã bem antiga que predominou bastante nos mapas medievais mais antigos foi situar Sodoma e Gomorra debaixo da água das bacias do mar Morto, em particular da bacia sul. Contudo, o abaixamento do nível do mar Morto no século 20 fez com que terra seca ficasse exposta na bacia sul, e não se descobriu nenhum vestígio arqueológico que apoiasse essa suposição. A vitória dos mesopotâmios foi rápida e decisiva. As cidades da planície do Jordão foram derrotadas. Alguns de seus cidadãos, inclusive Ló, foram levados cativos para o norte, chegando até a cidade de Dá (Gn 14:12). Quando informado dessa tragédia, Abraão imediatamente liderou alguns de seus homens na perseguição aos captores de Ló, alcançando-os perto de Da e desbaratando-os com sucesso até Damasco e mesmo além (Gn 14:13-15). Ouando Abraão, voltando de sua missão, chegou perto do vale de Savé, Melquisedeque, o rei de Salém, saiu ao seu encontro, e o patriarca partilhou com ele os despojos da vitória (Gn 14:17-24). O texto bíblico diz que, dali, Abraão viajou para o sul, na direção do Neguebe, e que por fim chegou em Gerar (Gn 20:1). Durante seus anos ali, finalmente se concretizou a promessa de um filho, que tinha sido aguardado por tanto tempo (Gn 21:2-3). Mas, quando surgiu um problema com o rei de Gerar devido a direitos de uso de água (Gn 21:25), Abraão se mudou mais para o interior, para Berseba (implícito em Gn 21:31). Ao que parece, esse lugar serviu de residência para o patriarca até sua morte, quando foi levado e enterrado ao lado de Sara, na caverna próxima de Hebrom (Gn 25:8-10). Abraão na PalestinaA Siquém bíblica (moderna Nablus) fica onde o uádi Siquém se junta à estrada da Serra Central.
O CLIMA NA PALESTINA
CLIMA À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte. A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.
1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19). 2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1). 3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.
A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo. Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste. Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13. 15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".
ARBORIZAÇÃO Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:
(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.); (2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.); (3) os últimos 200 anos.
O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18). Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina. Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos. Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos. É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8). Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6). A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina. O Clima no Oriente Médio no VerãoO Clima no Oriente Médio no InvernoTabela do clima da Palestina
O NASCIMENTO DE JESUS
c. 5 a.C.
O NASCIMENTO DE JESUS EM BELÉM Na pequena cidade de Belém, na Judeia, ocorreu um fato que, apesar do cálculo errado feito no sexto século pelo monge Dionísio Exíguo, é usado para dividir a história em duas partes: a.C. (antes de Cristo) e d.C. (depois de Cristo). Localizada 9 km ao sul de Jerusalém, Belém era a cidade de origem da família de Davi e, de acordo com o profeta Miquéias, seria o lugar onde nasceria aquele "cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade". O Evangelho de Lucas relata que a mãe de Jesus, Maria, e seu marido José cumpriram um decreto de César Augusto (31 a.C. - 14 d.C.) e viajaram 120 km de Nazaré até Belém para serem registrados. Também observa que esse foi primeiro censo realizado quando Quirino era governador da Síria. Sabe-se que Públio Sulpício Quirino cumpriu dois mandatos governador da Síria: de 6 a 4 a.C. e de 6 a 9 d.C. Assim, o censo não pode ter sido realizado no período entre 3 a.C.e 5 d.C. e, portanto, Jesus não pode ter nascido no ano designado de forma conjetural como 1 d.C. A proposta de que seu nascimento ocorreu antes dessa data corroborada pela morte de outro personagem histórico importante: Herodes, o Grande, no final de marco de 4 a.C
NÃO HAVIA LUGAR NA HOSPEDARIA A história do nascimento de Jesus em Belém é descrita nos Evangelhos de Mateus e Lucas. Marcos e loão não a mencionam. Lucas diz apenas: "Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias, e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria" (Lc 2:6-7). O termo grego para "hospedaria" é usado posteriormente por Lucas em seu Evangelho para se referir ao "aposento" "salão de hóspedes" onde Jesus realizou refeição pascal com seus discípulos pouco antes de sua crucificação. Assim, tendo em vista grande número de pessoas de fora de Belém em função do censo, Maria e José não conseguiram encontrar um quarto de hóspedes. Não sabemos a certo onde o nascimento ocorreu. Na metade do século II, Justino Mártir escreveu que Jesus nasceu numa caverna. Os escritores dos Evangelhos são menos específicos, mas sabe-se que alguém providenciou uma comida manjedoura (um cocho em que se colocava a de animais), na qual Maria e José colocaram Jesus. A "Igreja da Natividade", que fica sobre uma caverna considerada tradicionalmente como o local do nascimento de Jesus, foi construída pelo imperador Constantino em 325 d.C. e ampliada por Justiniano (527-565 d.C.).
PASTORES NOS CAMPOS Lucas registra que um anjo apareceu à noite a alguns pastores que estavam nos campos guardando seus rebanhos do ataque de ladrões e animais predadores. Esses rebanhos tão próximos de Jerusalém talvez fossem reservados para os sacrifícios no templo. O anjo anunciou: "Hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor. E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura" (Lc 2:11-12). Os pastores se dirigiram apressadamente a local indicado e encontraram o bebê deitado na manjedoura, conforme o anjo tinha dito. Talvez tenhamos aqui uma indicação da época do ano, pois as ovelhas normalmente ficavam nos pastos entre os meses de marco e novembro. Os meses de inverno_ eram frios e, portanto inadequados para os animais pastarem. Assim, ao que parece, Jesus não nasceu em dezembro quando se celebra essa ocasião. Comemoramos o Natal em dezembro porque os cristãos primitivos decidiram celebrar a vinda do Senhor ao mundo durante o festival romano do "sol invicto" no solstício de inverno, observado em 25 de dezembro. Lucas registra que Jesus foi circuncidado e recebeu seu nome no templo, depois de "completados oito dias". Descreve também como Simeão, um homem devoto, e a profetisa Ana identificaram o bebê de imediato como o redentor prometido dos judeus.
OS MAGOS De acordo com o Evangelho de Mateus, Maria e o menino Jesus receberam visitantes misteriosos vindos do Oriente, os quais o texto grego chama de magoi, um termo latinizado para magi e traduzido como "magos" ou "sábios". Esse acontecimento parece ter ocorrido algum tempo depois do nascimento de Jesus, pois sua família estava vivendo numa casa. Talvez as acomodações de emergência, quaisquer que fossem, tenham se mostrado inadequadas para uma criança pequena. A reação de Herodes ao ordenar que todos os meninos de Belém com até dois anos de idade fossem mortos pode indicar que Jesus estava com quase três anos de idade quando os visitantes chegaram. De onde esses magos vieram? Muitos propõem que eram da Babilônia, o centro da astronomia ,antiga. Astrólogos babilônios ocupavam-se desde tempos remotos com a observação dos astros que pressagiavam o bem ou o mal para a "terra do Ocidente", ou seja, a Síria-Palestina. No entanto. é mais provável que os magos fossem provenientes_ da Pérsia. A palavra magos é derivada do termo persa magush, que denotava uma classe de astrólogos. O número três é associado tradicinnalmente aos magos devido as três presentes oferecidos. A designação "reis" não possui base neotestamentária, originando-se de um desejo de retratar os visitantes do Oriente com o cumprimento de três profecias do Antigo Testamento nas quais reis prestam homenagem ao Senhor.
SEGUINDO A ESTRELA De acordo com o Evangelho de Mateus, os magos ficaram sabendo do nascimento de Jesus pela observação das estrelas. Uma estrela específica chamou a sua atenção e reconheceram que anunciava o nascimento do "rei dos judeus". Conforme Mateus relata, a estrela que conduziu os magos a Belém havia aparecido no Oriente numa determinada ocasião e se movido adiante deles até parar no local onde o menino se encontrava. Pesquisas sobre essa estrela que deve ter aparecido antes da morte de Herodes, o Grande, no final de março de 4 a.C. sugerem as seguintes hipóteses:
1. A conjunção de Júpiter e Saturno na constelação de Peixes ocorreu três vezes durante o ano 7 a.C. (em maio, outubro e dezembro). No entanto, deve ter sido um fenômeno de curta duração e não seria descrito como sendo apenas uma estrela.
2. Há quem proponha uma supernova, uma estrela que "explode". Sugeriu-se que registros chineses de 4 a.C. mencionam uma supernova visível próxima à estrela Alfa Aquiles, mas as supernovas são fenômenos astronômicos extremamente raros e não se deslocam no céu. Além disso, e o termo em questão diz respeito, na verdade, a um cometa.
3. Registros chineses se referem a três cometas. Um, visto em agosto de 12 a.C.. é o famoso cometa de Halley. também mencionado em registros romanos, masque passou muito antes do nascimento de Jesus. Outro cometa, avistado em abril de 4a.C. também não pode ser considerado a estrela. Sua passagem foi tardia demais. pois Herodes faleceu no final de março daquele ano. Resta, ainda, um cometa visível por setenta dias entre março e abril de 5 a.C. chamado em chinês. de sui-hsing (estrela-vassoura), ou seja, um cometa com uma cauda. Ao percorrer seu caminho ao redor do sol, o cometa fica temporariamente invisível, como a estrela dos magos que desaparece enquanto eles viajam de Jerusalém a Belém.
OURO, INCENSO E MIRRA Mateus registra que os magos presentearam o menino Jesus com ouro, incenso e mirra. O incenso e a mirra eram originários do sul da Arábia, o reino de Sabá no Antigo Testamento. Isso não significa, porém, que os magos vieram de lá, pois as caravanas percorriam rotas movimentadas levando esses produtos para a Síria e a Palestina ao norte e também para a Babilônia, de modo que os magos podem ter comprado o incenso e a mirra na Babilônia. É igualmente possível que tenham comprado os presentes a caminho da Palestina, no bazar de Damasco, ou mesmo no mercado de Jerusalém. O ouro representa o esplendor real, O incenso era um ingrediente do incenso sagrado queimado no tabernáculo em sinal de adoração e para fumigar o ambiente. A mirra, um dos ingredientes do óleo da unção era usada em cosméticos e no embalsamamento. Foi misturada com aloés e aplicada ao corpo de Jesus depois da crucificação.
A FUGA PARA O EGITO Conforme o Evangelho de Mateus, a pressuposição dos magos de que o "rei dos judeus" nasceria em Jerusalém os• levou a informar Herodes, o Grande (37-4 a.C.), do nascimento desse rei que desejavam visitar. Advertido por um anjo num sonho, José levou sua família para o Egito.
A VOLTA A NAZARÉ Depois da morte de Herodes, a família de Jesus voltou a se estabelecer em Nazaré, uma cidade pequena e inexpressiva nos montes da Galileia. Com exceção do registro de uma viagem a Jerusalém quando Jesus estava com doze anos de idade, não sabemos mais nada sobre a vida dele até o início de seu ministério público, cerca de dezoito anos depois. Maria, sua mãe, deve ter se perguntado como o nascimento virginal! e os acontecimentos extraordinários relacionados a ele preparariam Jesus para cumprir a missão divina resumida no nome que o anjo instruiu José a dar ao menino: "Lhe porás o nome de Jesus [o Senhor salva], porque ele salvará o seu povo dos pecados deles" (Mt 1:21).
Mateus 1:23 Visitantes em Belém O mapa mostra o caminho que Maria e José provavelmente percorreram de Nazaré a Belém, e também o caminho percorrido pelos magos. Também mostra o provável caminho de José e Maria ao fugirem para o Egito quando Jesus ainda era bebê.Interior da Igreja da Natividade, em Belém.
Apêndices
Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.
Principais acontecimentos da vida terrestre de Jesus
Ministério de Jesus ao leste do Jordão
DATA
LUGAR
ACONTECIMENTO
MATEUS
MARCOS
LUCAS
JOÃO
32 d.C., após a Festividade da Dedicação
Betânia do outro lado do Jordão
Vai ao local onde João batizava; muitos exercem fé em Jesus
Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 1)
Reis do Reino de duas tribos, ao sul Reino de Judá
997 a.C.
Roboão: 17 anos
980
Abias (Abião): 3 anos
978
Asa: 41 anos
937
Jeosafá: 25 anos
913
Jeorão: 8 anos
c. 906
Acazias: 1 ano
c. 905
Rainha Atalia: 6 anos
898
Jeoás: 40 anos
858
Amazias: 29 anos
829
Uzias (Azarias): 52 anos
Reis do Reino de dez tribos, ao norte Reino de Israel
997 a.C.
Jeroboão: 22 anos
c. 976
Nadabe: 2 anos
c. 975
Baasa: 24 anos
c. 952
Elá: 2 anos
Zinri: 7 dias (c. 951)
Onri e Tibni: 4 anos
c. 947
Onri (sozinho): 8 anos
c. 940
Acabe: 22 anos
c. 920
Acazias: 2 anos
c. 917
Jeorão: 12 anos
c. 905
Jeú: 28 anos
876
Jeoacaz: 14 anos
c. 862
Jeoacaz e Jeoás: 3 anos
c. 859
Jeoás (sozinho): 16 anos
c. 844
Jeroboão II: 41 anos
Lista de profetas
Joel
Elias
Eliseu
Jonas
Amós
Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 2)
Reis do reino de Judá (continuação)
777 a.C.
Jotão: 16 anos
762
Acaz: 16 anos
746
Ezequias: 29 anos
716
Manassés: 55 anos
661
Amom: 2 anos
659
Josias: 31 anos
628
Jeoacaz: 3 meses
Jeoiaquim: 11 anos
618
Joaquim: 3 meses e 10 dias
617
Zedequias: 11 anos
607
Jerusalém e seu templo são destruídos pelos babilônios durante o reinado de Nabucodonosor. Zedequias, o último rei da linhagem de Davi, é tirado do trono
Reis do reino de Israel (continuação)
c. 803 a.C.
Zacarias: reinado registrado de apenas 6 meses
Em algum sentido, Zacarias começou a reinar, mas pelo visto seu reinado não foi plenamente confirmado até c. 792
c. 791
Salum: 1 mês
Menaém: 10 anos
c. 780
Pecaías: 2 anos
c. 778
Peca: 20 anos
c. 758
Oseias: 9 anos a partir de c. 748
c. 748
Parece que foi somente em c. 748 que o reinado de Oseias foi plenamente estabelecido ou recebeu o apoio do monarca assírio Tiglate-Pileser III
740
A Assíria conquista Samaria e domina 1srael; o reino de Israel de dez tribos, ao norte, chega ao seu fim
Lista de profetas
Isaías
Miqueias
Sofonias
Jeremias
Naum
Habacuque
Daniel
Ezequiel
Obadias
Oseias
Livros
Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.
Referências em Livro Espírita
Vinícius
lc 16:1
Na Seara do Mestre
Categoria: Livro Espírita
Ref: 3388 Capítulo: 18 Página: 86 Vinícius
É admirável a maneira simples e clara com que o Mestre da Galileia abordava certos assuntos, tidos, até hoje, como complexos e difíceis de serem apreendidos e solucionados.
Jesus tudo esclarecia em poucas e concisas palavras. Os homens, porém, acham que as medidas propostas pelo Instrutor e Guia da Humanidade, acerca de vários problemas sociais, são impraticáveis.
Mas a grande verdade, verdade que cada vez mais e mais se impõe, é que os homens não conseguem resolver seus perturbadores problemas pelos processos e meios que se afastam daqueles indicados e preconizados por Jesus.
É excusado tergiversar e contornar os casos. Os homens hão de chegar à conclusão de que só seguindo as pegadas daquele que "é o caminho da verdadeira vida", lograrão sair do caos em que se acham.
A diferença entre os métodos humanos e aqueles adotados pelo Divino Mestre está em que os homens experimentam, procurando acertar, enquanto Jesus vai, seguro e certo, ferindo o alvo, sem vacilações nem delongas; está ainda em que os homens agem influenciados pelo egoísmo, ao passo que o Filho de Deus atua sempre iluminado pelas claridades do amor, visando ao bem coletivo.
Vamos, pois, meditar a Parábola do mordomo infiel.
Vejamos como o Senhor a concebeu, segundo o relato de Lucas, 16:1 a 13.
Havia um homem rico que tinha um administrador; e este lhe foi denunciado como esbanjador dos seus bens. Chamou-o, então, e lhe disse: "Que é isto que ouço dizer de ti? dá conta da tua administração; pois já não podes mais ser meu administrador. " Disse o feitor consigo: "Que hei de fazer, já que o meu amo me tira a administração? Não tenho forças para cavar, e de mendigar tenho vergonha. Eu sei o que farei, para que, quando despedido do meu emprego, tenha quem me receba em suas casas. "
Convocando os devedores do seu amo, perguntou ao primeiro:
"Quanto deves ao meu amo?" Respondeu ele: "Cem cados de azeite". Disse-lhe então: "Toma a tua conta; senta-te depressa e escreve cinquenta. "
Depois perguntou a outro: "Quanto deves tu?". Respondeu ele:
"Cem coros de trigo. " Disse-lhe: "Toma a tua conta e escreve oitenta. " E o amo, sabendo de tudo, louvou o mordomo infiel por haver procedido sabiamente; porque os filhos do século são mais sábios na sua geração do que os filhos da luz. E eu vos digo: "Granjeai amigos com as riquezas da iniquidade, para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos. "
Quem é fiel no pouco também será no muito; e quem é infiel no pouco também o será no muito. Se, pois, não fostes fiéis nas riquezas iníquas, quem vos confiará as verdadeiras? E se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso?
Nenhum servo pode servir a dois senhores; pois há de aborrecer a um e amar a outro, ou há de unir-se a este e desprezar aquele.
Não podeis servir a Deus e às riquezas. "
Em tal importa, em sua literalidade, a Parábola do mordomo infiel. Para sermos sintéticos, como é aconselhável que sejamos em crônicas desta natureza, comecemos por interpretar as personagens que figuram neste conto evangélico.
Quem é o rico proprietário? Onde a sua propriedade agrícola? Quem é o administrador infiel? Quem são os devedores beneficiados pela astúcia do mordomo demissionário?
O proprietário prefigura indubitavelmente aquele que é a Causa Suprema e Soberana, donde procede o Universo: Deus. Ele é o Senhor, criador, plasmador e mantenedor dos seres, dos mundos e dos sóis. Nele vivemos e nos movemos, porque dele somos geração — como disse Paulo de Tarso.
A propriedade a que alude a parábola é o planeta que habitamos: a Terra.
O mordomo infiel — somos nós; é o homem. A nossa infidelidade procede do fato de nos apossarmos dos bens que nos foram confiados para administrar. Somos mordomos dolosos porque praticamos o delito que juridicamente se denomina — apropriação indébita.
Deste caráter são todos os haveres que retemos em mãos, considerando-os nossa propriedade. A realidade, no entanto, é que daqui, da Terra, nada é nosso. Não passamos de simples administradores. Tanto assim, que o dia de prestação de contas chega para todos. É o que na parábola representa — a demissão. Todo mordomo infiel será, com a morte, despedido da mordomia, despojando-se, então, muito a contragosto, dos bens materiais em cuja posse se achava.
A despeito dos homens saberem que é assim, visto como estão vendo, todos os dias, os abastados serem privados das suas riquezas, as quais passam a pertencer, temporariamente, a terceiros, eles dedicam o melhor de sua inteligência e dos seus esforços na conquista e na retenção dos bens temporais. Iludem-se, deixando-se sugestionar com a ideia de posse. E, nesse delírio, os homens vivem, porfiam e lutam há milênios, sem que se convençam de que tudo, neste mundo, é precário e instável.
Não só as riquezas e fazendas não nos pertencem, como não são igualmente nossos aqueles que estão ligados a nós pelos laços da carne e do sangue. A esposa diz: meu marido. Este, de igual modo, reportando-se à companheira, diz: minha esposa. De fato, porém, não é assim. O estado de viuvez em que ficam homens e mulheres reflete, penosamente, a grande verdade: daqui, nada é nosso.
Com que profundo e sagrado apego as mães dizem: meu filho! Eis que esse filho das suas entranhas, carne da sua carne e sangue do seu sangue, é chamado para o Além, e a mãe fica sem ele! O próprio corpo com que nos apresentamos, essa vestidura carnal que nos dá a forma sob a qual somos conhecidos, também não nos pertence, pois a qualquer momento podemos ser privados da sua posse.
É assim tudo neste meio em que ora vivemos; nada é nosso. Somos meros depositários e usufrutuários, por tempo limitado e incerto, de tudo que nos vem às mãos, inclusive parentes, amigos, mocidade, saúde, beleza e até mesmo o indumento físico com que nos achamos vestidos.
Não obstante, todos nos apegamos às coisas terrenas, como se realmente constituíssem legítima propriedade nossa. O egoísmo age em nós como velho instinto de conservação, determinando nossa conduta. Pois bem, já que nos apossamos indevidamente da propriedade que nos foi confiada para administrar, façamos, então, como o mordomo da parábola em apreço. Que fez ele? Conquistou amigos com a riqueza do seu amo. De que maneira? Convocando os devedores daquele, e reduzindo as suas dívidas, para que, após a demissão do cargo que exercia, pudesse contar com amigos que o favorecessem. O amo, sabendo desse procedimento, longe de censurar, louvou a prudência e a sabedoria do mordomo. E Jesus termina a parábola, dizendo: "Assim, eu vos digo: Granjeai amigos com as riquezas da iniquidade, para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles, nos tabernáculos eternos".
É bastante claro o conselho do Mestre, o qual pode ser assim resumido: já que vos apoderais das riquezas terrenas como se fossem vossas, fazei ao menos como este mordomo — isto é, beneficiai os que sofrem, atentai para os necessitados, minorando as suas angústias e padecimentos. Toda vez, pois, que acudimos as necessidades do nosso próximo, reduzimos a conta dos devedores, de vez que toda a sorte de sofrimento importa, quase sempre, em resgate de débitos passados. Procedendo desta maneira, quando, despojados dos bens terrenos, partirmos para os tabernáculos eternos, teremos ali quem nos receba e nos acolha com bondade e gratidão.
Cumpre notarmos ainda esta frase do Mestre: "Porque os filhos deste século são mais sábios na sua geração do que os filhos da luz". Quer isto dizer que o mordomo infiel, filho do século, foi mais sábio, preparando e assegurando o seu futuro, aqui no mundo, do que os filhos da luz, no que respeita ao modo como procedem para assegurar o porvir que os espera após a morte.
Realmente, se os já esclarecidos sobre a vida futura agissem procurando garantir a sua felicidade vindoura com o afã e o denodo com que os homens do século procedem no terreno utilitário, para satisfazerem suas ambições, certamente aqueles já teriam galgado planos superiores, deixando uma esteira de luz após a sua passagem por este orbe de trevas.
Basta considerarmos a soma de esforços, de engenho, de arte, de arrojo e de sacrifício que os homens empregam na guerra, para ver como os filhos do século vão ao extremo, na loucura das suas ambições. Ora, o que não conseguiriam os filhos da luz, se, na esfera do bem, agissem com tamanha dedicação?
Razão tem o Mestre em proclamar que os homens do século são mais esforçados e diligentes, nas suas empresas, do que os filhos da luz em seus empreendimentos.
Ratificando a assertiva de que toda riqueza é iníqua, Jesus aborda as seguintes considerações:
"Quem é fiel no pouco, também o será no muito; e quem se mostra infiel no pouco, por certo o será também no muito. Se, pois, não fostes fiéis nas riquezas iníquas, quem vos confiará as verdadeiras? E se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso? Nenhum servo pode servir a dois senhores: a Deus e às riquezas. "
Está visto que o pouco, o iníquo e o alheio — que nos foram confiados — representam os bens terrenos; ao passo que o muito, as nossas legítimas riquezas estão expressas nos dons do espírito — tais como a sabedoria e a virtude.
Estes, porém, só nos serão concedidos quando o merecermos, isto é, quando, experimentados no pouco, tenhamos dado boas contas.
Conforme vemos, a moralidade desta parábola é clara e edificante, envolvendo interessante caso de Sociologia.
Quando os homens se inteirarem de seu espírito, deixarão de ser ávidos e cúpidos, prestando o seu concurso aos menos favorecidos, não com aquela jactância e vaidade dos que buscam aplausos da sociedade, nem com a falsa visão dos que pretendem negociar com a Divindade uma posição de destaque no Céu —, mas como o cumprimento de um dever natural, de quem sabe que os bens terrenos não constituem privilégio de ninguém, mas devem ser utilizados por todos os filhos de Deus que envergaram a libré da carne neste mundo, a fim de resgatar as culpas do passado, elaborando, ao mesmo tempo, as premissas de um futuro auspicioso.
Ao gesto de dar esmolas, eivado de egoísmo, e, não raro, de hipocrisia, teremos a ideia de justiça, derivada da compreensão das responsabilidades assumidas pelos detentores de riquezas, provindas desta ou daquela origem, pouco importa, visto como, consoante o critério evangélico, elas são sempre iníquas. E o meio de justificá-las está em proceder como o mordomo infiel, reduzindo a conta dos devedores, isto é, minorando as angústias materiais do próximo.
São esses os ensinamentos que nos dão os Espíritos do Senhor, que são as virtudes do Céu. Eles assim agem no desempenho do mandato que lhes foi confiado, consoante a seguinte promessa de Jesus:
"Em tempo oportuno, eu vos enviarei o Espírito da Verdade. Ele vos lembrará as minhas palavras e vos revelará novos conhecimentos, à medida que puderdes comportá-los. " (João, 15:26 e 27.)
Essa plêiade de Espíritos está em atividade. Não há forças nem traças humanas capazes de sustar a sua ação, a qual se exercerá, malgrado os interesses contrariados. Sua finalidade é esclarecer as consciências, revivendo, em espírito e verdade, a doutrina inconfundível de Jesus, o único Mestre, Senhor e Guia da Humanidade, luz do mundo e caminho da verdadeira vida!
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Nas Pegadas do Mestre
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 2 Página: 15 Vinícius
Vendo Deus os homens se hostilizarem numa vida de egoísmo — uns amontoando haveres, outros sucumbindo rotos e famintos, uns governando como tiranos, outros obedecendo como escravos —, chamou Jesus, e disse-lhe: "Filho bem-amado; vai à Terra, e dize àquela gente que eles todos são irmãos, filhos meus, criados por mim que tenho reservado a todos igual destino. Ensina-lhes que minha lei é amor. Esforça-te por fazê-los compreender essa lei; exemplifica-a do melhor modo possivel, ainda mesmo com sacrifício de tua parte. Quero, faço empenho que o egoísmo desmedido, que impera no coração do homem, seja substituído pelo amor. Sei que isto é difícil, que vai custar muito, mas não importa: minha vontade é essa. Tu serás a encarnação do meu verbo.
Falarás aos homens, instruí-los-ás no conhecimento desta verdade. Eu serei contigo. "
Jesus, filho dileto e obediente, ouviu a palavra do Pai, saturou-se dela, e, compenetrado da missão que recebera, veio ao mundo.
Nasceu num estábulo, para mostrar em que desprezo tinha as estultas vaidades deste meio. Cresceu, fêz-se homem, e deu início ao cumprimento da ordem recebida.
Começou a instruir a Humanidade. Pregava nas praças públicas, nas praias do mar, nas ruas, onde quer que se reunisse o povo. Percorria cidades, vilas e aldeias, anunciando e exemplificando a lei do amor.
Dizia, dentre outras coisas: Homens: vós sois ir mãos; amai-vos mutuamente; pois em tal se resume a única e verdadeira religião. A vossa sociedade está dividida; há entre vós separações profundas. Uns dispõem do poder com tirania; outros se submetem como servos. O grande oprime o pequeno. O fraco é esmagado pelo forte. Para os ricos, todas as regalias, todos os privilégios; para os pobres, trabalhos e angústias. Tendes concentrado toda a vossa aspiração na posse da terra com seus bens. O egoísmo domina-vos. É necessário que vos reformeis. A existência, que ora fruís no mundo, passa como uma sombra, é apenas uma oportunidade que o Pai vos concede para conquistardes o futuro brilhante que Ele vos reserva. Aspirai pois, de preferência, aos bens espirituais, que o ladrão não rouba, e a traça não rói. Tal é a vontade do Pai. Vós o adorais com os lábios, mas não o fazeis com o coração. Deus é espírito, e neste caráter deve ser compreendido. Ele não está encarcerado nos templos de pedra como supõem os judeus em Jerusalém, e os samaritanos em Garezim; mas, espírito que é, Ele se manifesta a todos que invocam seu nome com fé, permanecendo em seu mandamento. A estes, Deus procura para seus adoradores. Os ritos e cerimônias são coisas vãs, inventadas pelos homens.
E enquanto assim ia falando, Jesus curava toda a sorte de enfermos que encontrava, inclusive leprosos, cegos de nascença, e paralíticos. E tudo fazia por amor;
não recebia nenhuma paga pelos benefícios que prodigamente distribuía.
O povo escutava-o com avidez, sorvendo a largos haustos as boas novas que ele anunciava; pois, até então, jamais alguém pregara semelhante doutrina de amor e de igualdade. Grande era já o número dos que o seguiam e propagavam seus feitos.
O clero e as autoridades começaram a inquietar-se vendo na doutrina de Jesus um perigo para as instituições vigentes, e particularmente para os privilégios que desfrutavam os representantes do Estado e da Igreja.
Os dois poderes — o temporal e o espiritual — resolveram agir em defesa de seus mútuos interesses seriamente ameaçados. Trataram, desde logo, de prender Jesus.
Antes, porém, de o fazer, prepararam o ânimo do povo, dizendo: o Nazareno é um impostor, inimigo da Igreja e de César. Todos os prodígios que faz é por influência de Belzebu. É um blasfemo, um herege, que nem sequer guarda a tradição de nossos pais, legada por Moisés.
Sugestionado o povo ignaro, restava consumar-se o delito. Prenderam o Enviado de Deus, e levaram-no ao sinédrio.
Ali, os sacerdotes o interrogaram, e acerbamente o acusaram. Jesus caleira. É indispensável que morra, concluíram por unanimidade. Levemo-lo a Pilatos para que ele, na qualidade de representante de César, lavre a sentença. E conduziram-no, sob chufas e apupadas, até o palácio do preposto de César. Pilatos recebeu a embaixada, e interpelou o pseudo-criminoso. Achou-o inocente. Voltando-se então para os seus acusadores, disse: "Não vejo neste homem crime algum. Proponho que seja absolvido. "
— Nunca! — Bradaram em coro os sacerdotes, os escribas e os fariseus. — Preferimos perdoar a Barrabás, o homicida. Quanto ao Nazareno queremos que seja crucificado. É amotinador, é blasfemo, é endemoninhado, é louco; cura doentes de graça;
nivela senhores e escravos, nobres e plebeus; diz que se deve renunciar às riquezas, que todos os homens são filhos de Deus, e que a religião é amor.
— Mas eu não vejo nele crime algum. — Obtemperou o Procônsul romano.
— Se não crucificares o Nazareno — retrucou o poviléu, instigado pelos sacerdotes
—, não és amigo de César, pois só a ele temos como rei, e Jesus se dizerei. Lavra a sentença; do contrário apelamos para César.
Pilatos, acobardado pela ameaça, entregou Jesus, para ser crucificado. E crucificaram-no, ladeado por ladrões.
Antes, porém, de Jesus exalar o derradeiro suspiro, voltou-se para umas mulheres piedosas, e alguns discípulos fiéis, que choravam ao pé da cruz, e disse:
— Não vos entristeçais; eu não vos deixarei órfãos, mas voltarei a vós. — E, levantando os olhos para o céu, acrescentou: — Pai, cumpri o teu mandato. Fui até o sacrifício. Traguei, até à última gota, o cálice da amargura. Os homens deste mundo são maus, contudo, eu imploro para eles o teu perdão, porque também são ignorantes: não sabem o que fazem. Julgam que podem contrariar os teus desígnios executando-me, a mim, que fui o intérprete de tua palavra. Eu sei que tu farás prevalecer a tua soberana vontade. E continuarei ao teu lado, agindo sob teu influxo, e, comigo, aqueles que tu me deste.
Assim, mais dia menos dia, a luz vencerá as trevas, a liberdade se oporá à escravidão, a justiça destronará a tirania, e, ao reinado do egoísmo, sucederá o reinado do amor. Passarão o céu e a terra, mas a tua palavra não passará. Recebe, Pai, o meu espírito.
“Disse Jesus aos discípulos: Havia um homem rico, que tinha um administrador; e este lhe foi denunciado como esbanjador dos seus bens.
Chamou-o e perguntou-lhe: que é isto que ouço dizer de ti? Dá conta da tua administração; pois já não podes mais ser meu administrador. Disse o administrador consigo: Que hei de fazer, já que o meu amo me tira a administração? Não tenho forças para cavar; de mendigar tenho vergonha.
Eu sei o que hei de fazer para que, quando for despedido do meu emprego, me recebam em suas casas. Tendo chamado cada um dos devedores do seu amo, perguntou ao primeiro: Quanto deves ao meu amo? Respondeu ele: Cem cados de azeite. Disse-lhe então: Toma a tua conta, senta-te depressa e escreve cinquenta. Depois perguntou a outro: E tu, quanto deves?
Respondeu ele: Cem coros de trigo. Disse-lhe: Toma a tua conta e escreve oitenta. E o amo louvou o administrador iníquo, por haver procedido sabiamente; porque os filhos deste mundo são mais sábios para com a sua geração do que os filhos da luz. E eu vos digo: Granjeai amigos com as riquezas da iniquidade, para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos. Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco, também é injusto no muito. Se, pois, não fostes fiéis nas riquezas injustas, quem vos confiará as verdadeiras? E se não fostes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso? Nenhum servo pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer a um e amar a outro, ou há de unir-se a um e desprezar ao outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas. "
(Lucas, XVI, 1-13.)
O sentido oculto desta parábola visa a estas duas qualidades, pelas quais se reconhece a bondade ou a maldade do homem: fidelidade e infidelidade.
Fidelidade é a constância, a firmeza e a lealdade com que agimos em todos os momentos da vida: na abastança como na pobreza, nas eminências dos palácios como na humildade das choupanas, na saúde como na enfermidade, e até nos umbrais da morte como no apogeu da vida.
O Apóstolo Paulo, demonstrando sua lealdade, sua constância, sua fidelidade, sua firmeza de caráter, dizia: “Quem me separará do amor de Cristo?" A fidelidade é a pedra de toque com que se prova o grau do caráter do homem.
É fiel nos seus deveres? Tem forçosamente todas as qualidades exigidas ao homem de caráter: reconhecimento, gratidão, indulgência, caridade, amor, porque a verdadeira fidelidade não se manifesta com exceções ou preferências. Aquele que caminha para se aperfeiçoar em tudo, obedece à sentença de Jesus: “Sede perfeitos como perfeito é o vosso Pai Celestial. " Pelo que se conclui: expondo a parábola, Jesus teve por fim exortar seus discípulos a se aplicarem nessa virtude, que se chama fidelidade, para que pudessem um dia representá-la condignamente, tal como se manifesta nos Céus.
Como tudo na Natureza e como tudo o que se faz mister para a perfeição, quer no plano físico ou na esfera intelectual e moral, a fidelidade vai-se engrandecendo em nós à proporção que nela nos aperfeiçoamos. Não a adquirimos de uma só vez em sua plenitude, mas paulatinamente, gradativamente. E aquele que já a possui em certo grau, como o “administrador infiel" da parábola, faz jus à benevolência divina.
Pelo estudo analítico da Parábola vemos que o administrador foi acusado por alguém, ou por outra, foi denunciado como esbanjador dos bens de seu patrão, pelo que este resolveu chamá-lo à ordem, perguntando-lhe: “O que quer dizer esta denúncia que tive de ti? Dá conta da tua administração; pois dessa forma não podes mais ser meu empregado. " Pela prestação de contas verificou-se não ter havido esbanjamento, mas sim facilidade em negócios, que prejudicaram o patrão. O prejuízo constava de vendas feitas sem dinheiro e sem documentos: cem cados de azeite e cem coros de trigo. Tanto assim que, legalizadas as contas, com as letras correspondentes ao valor de cinquenta cados de azeite e oitenta coros de trigo", “o amo louvou o administrador iníquo, por haver procedido sabiamente. E salientando a seus discípulos a boa tática comercial do empregado que não só garantia a empresa que lhe fora confiada, mas também constituía um bom meio de granjear amigos, disselhes: “Granjeai amigos com as riquezas da iniquidade, para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos. " É o mesmo que dizer: auxiliai, com as vossas sobras, os que têm necessidade e sede também indulgentes para com os pecadores, não lhes imputando o mal que fazem; mas antes, ao que deve cem cados de mal, mandai-o escrever só cinquenta, e, ao que deve cem coros de erros, mandai-os escrever oitenta; mas observai-os, que precisam trabalhar para resgatar essa dívida. Fazei como fez o administrador infiel, assim chamado pelos seus acusadores, mas que, na verdade, procedeu sabiamente, “porque quem é fiel no pouco, também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco, também é injusto no muito. " “Se não tostes fiéis nas riquezas injustas, quem vos confiará as verdadeiras? E se não fostes fiéis no alheio quem vos dará o que é VOSSO?" As riquezas da iniquidade são os bens materiais, dos quais não somos mais que depositários; são riquezas injustas e não são NOSSAS, porque não prevalecem para a OUTRA VIDA.
O que é NOSSO são os bens incorruptíveis, dos quais Jesus falou também a seus discípulos, para que os buscassem de preferência, porque “os vermes não os estragam, a ferrugem não as consome, os ladrões não os alcançam nem a morte os subtrai. " Os discípulos, — como têm obrigação de fazer todos os que querem ser discípulos de Jesus — deveriam servir somente a Deus, que é o AMO, não se escravizando a qualquer inconsciente endinheirado ou pseudossábio que lhe queira dominar a consciência: não se pode servir a Deus e a Mamon!
Conclui-se de tudo o que acabamos de ler que o título de infiel, dado ao administrador, foi mal aplicado, torcendo por completo o sentido que Jesus deu à mesma parábola.
A palavra divina, pelo ser falha quando de humana interpretação, fazse mister recorrermos às Entidades Superiores do Espaço, para que lhe compreendamos sempre o sentido em espírito e verdade.
Diversos
lc 16:1
Através do Tempo
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 20 Francisco Cândido Xavier Diversos
Espiritismo com Jesus é o edifício do aperfeiçoamento moral que os corações de boa vontade estão erigindo para o mundo.
Se você não puder trazer planos completos para a sublime edificação, ajude a levantar o conjunto da obra redentora.
Se não conseguir responsabilizar-se por algum trecho isolado das paredes de luz, traga o tijolo da colaboração fraterna.
Se você não possui algumas gramas de cimento para contribuir no serviço, coopere com um punhado de areia.
Se não puder partilhar o esforço coletivo de instalação e equipamento do santuário, ofereça uma prece pelo fortalecimento dos que se empenham na sagrada realização.
Mas se lhe não é possível o concurso do coração ou da inteligência, do apoio material ou do próprio suor, não perturbe os raros trabalhadores que se dedicam ao levantamento desse refúgio divino da Humanidade.
Quando você não puder auxiliar espontaneamente aqueles que consagram alguma coisa de si mesmos à execução dos projetos salvadores do Mestre, guarde respeitoso silêncio em seu verbo e que as suas mãos não apedrejem os servos que se movimentam na concretização dos Celestes Desígnios.
Conferindo-lhe a claridade santificante da Doutrina da Luz e do Amor, o Cristo honrou a sua existência com elevado mandato de serviço, mas se o seu Espírito prefere a posição do mendigo, não prejudique os colaboradores do Senhor, a fim de que eles possam socorrer o seu próprio coração, nos dias escuros da necessidade que você atravessará, certamente, mais tarde, na amargura e no desencanto do Lc 16:1 que reteve debalde a gleba da benção e da oportunidade sem qualquer produção para os celeiros do bem.
(Psicografada em 26/6/1950 no Centro Espírita Amor ao Próximo, na cidade de Leopoldina, M. G.)
lc 16:12
Escultores de Almas
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 18 Francisco Cândido Xavier Diversos
O homem, frequentemente, dispõe de recursos maiores ou menores que pertencem à administração de outros homens.
Entretanto, são poucos os que se guardam nos limites das obrigações próprias.
Imensa maioria, sob pretextos diversos invadem, embora cortesmente, a área de trabalho pertencente a outros companheiros, para usufruir vantagens que não lhes dizem respeito.
Onde estivermos, saibamos respeitar os patrimônios materiais ou espirituais sob a responsabilidade alheia.
Semelhante atitude é muito importante na preservação de nossa paz.
Dia chegará em que ouviremos de novo as palavras do Divino Mestre: “E se no alheio não fostes fiéis, quem vos dará o que é vosso?” (Lc 16:12)
lc 16:19
Abençoa Sempre
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 13 Francisco Cândido Xavier Diversos
Meus amigos, meus irmãos, Jesus nos abençoe e ilumine.
Congregados à luz da Clemência Divina, vivemos confortador período de luz renovadora, nesta casa de fé vibrante e pura, consagrada ao espiritualismo com o Divino Mestre.
Refiro-me, em nome de vários companheiros, às novas edificações que os aprendizes do Evangelho em Leopoldina vão concretizando com a inteligência associada ao coração.
As sementes do cristianismo, jamais perecem. Muita vez, atravessam ciclos seculares no caminho dos povos, parecendo estagnadas e mortas.
Demoram, em muitas circunstâncias, aparentemente raquíticas e anônimas, na senda evolutiva das coletividades, tanto quanto, por vezes, na esfera dos indivíduos. Surge, porém, o instante sublime do renascimento espiritual e a planta celeste germina e cresce na Terra, espalhando flores de esperança e produzindo frutos de paz e amor santificantes.
Este — o nosso caso.
Quem viveu o entusiasmo dos primeiros dias continua convosco no trabalho reconstrutivo em bases mais sólidas, pugnando pela materialização mais extensa de nossos ideais.
Em outro tempo, seduzia-nos o fenômeno que imperava em nossos círculos de crença e discussão filosófica. Pretendíamos talvez atingir objetivos superiores, mergulhados nos ângulos inferiores do serviço.
Nossas investigações visitavam o campo externo e, à frente do idealismo regenerador que o Espiritismo nos impunha, gastávamos o tempo nas ilações acadêmicas e nas preocupações demagógicas de ordem doutrinária e a hora passou, surpreendendo-nos distraídos.
O Plano Espiritual aguardou-nos com a verdade imutável. A vida real não se modificava para favorecer-nos com a graça a cuja obtenção não fizéramos jus.
Entendemos, então, que a fé abraçada não se constituirá de ornamentos verbalísticos ou de meros títulos pessoais, garantindo-nos ingresso nas assembleias da Espiritualidade elevada.
A Doutrina — reconhecemos — é acima de tudo campo de trabalho e escola dos sentimentos.
Multiplicamos esforços e dilatamos ações no sentido de acordar os amigos que permaneciam a distância.
Como aconteceu ao Rico da Parábola, (Lc 16:19) nós que fôramos abastados senhores do intelectualismo, suplicamos, em vão, a oportunidade de voltar imediatamente à nossa família no ideal, de modo a despertar-vos.
Outros companheiros de experiência humana classificados entre nós em dias recuados, à conta de mendigos da inteligência, banqueteavam-se à plena luz, mas, embora nosso desejo de voltar precipitadamente à instituição doméstica, a fim de anunciar-vos diferentes novas, foi necessário construir recursos e merecer a ocasião de falar-vos mais diretamente.
De alguns poucos anos a esta parte, nossa meta foi abraçada.
O centro abençoado de nossos estudos retornou ao caminho de verdadeiro amor ao próximo com o Mestre dos Mestres.
Despertos e compreensivos, nossos companheiros abriram a consciência ao influxo da luz divina.
Reabilitamos o nosso roteiro de espiritualidade e aqui estamos, meus irmãos, para reafirmar-vos que Espiritismo sem Evangelho sentido e vivido, no santuário íntimo de cada um, pode apresentar admirável movimento de ideias, todavia, sem alicerces de renovação do espírito para as realidades da vida.
Mais que nunca, é indispensável atender à nossa fé, através de prismas diferentes.
Cessem as indagações despropositadas, sejam atenuados os conflitos da interpretação, diminuam-se as manifestações puramente intelectualistas sem obras sérias da crença consoladora em nós mesmos e incentive-se, acima de tudo, a iluminação de cada um de nós ao sol imperecível da Revelação Divina.
Com isto, não pretendemos extinguir o manancial da inteligência.
Sabedoria e amor são as duas asas da alma para o voo supremo às Esferas Supremas da Divindade.
Decretar menosprezo à ciência fora imperdoável loucura.
Entretanto, urge reconhecer que o nosso campo é tão profundamente rico de dádivas espirituais que o perigo da fascinação e da cegueira assedia a todos aqueles que empreendem a jornada para a Humanidade Redimida.
Convenhamos, assim, que temos agora nossos passos acertados.
Caminhai, meus amigos, sob o estandarte de fraternidade, convictos de que Jesus lança sobre nós a sua bênção edificante.
Não vos descentralizeis, em face da nossa necessidade de concentração em Cristo Jesus.
Provavelmente, na atualidade, é impossível conhecerdes tudo…
Sois, como acontece a nós, caminheiros da Vida Eterna, trabalhadores do Verbo, Infinito em Amor e Sabedoria, no campo finito de nossas limitações.
Dia virá, porém, meus irmãos, em que penetrareis o passado e os imperativos que nos congregam agora, e juntos, marcharemos para o Senhor, entoando novos cânticos de esperança.
Até lá, meus amigos, prossigamos unidos na fé e na solidariedade, amando-nos uns aos outros e estendendo nossa dedicação à extensa família humana que o Pai nos conferiu.
Não vos firam espinhos e pedras da estrada.
Mais iluminados, sereis mais fortes que os predecessores na senda.
Um dia, lançamos a boa semente e esquecendo as linhas fundamentais da obra eterna, não reparamos que o cipoal da ilusão nos asfixiava o trabalho…
Vós, no entanto, sustentados pela luz do Verbo Celestial, recomeçastes a construção do templo de nossa fé e, amparados uns aos outros, consagrá-lo-emos à glória do Eterno no recanto planetário em que tivemos o júbilo de acordar para Deus.
Que Ele nos ampare a todos, auxiliando-nos a servir em seu nome até a vitória final.
(Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, dirigida a um grupo de amigos, no Centro Espírita “Amor ao Próximo”, em sessão pública de 1.° de julho de 1947, em Leopoldina, Minas.)
lc 16:19
Instruções Psicofônicas
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 23 Francisco Cândido Xavier Diversos
A fase terminal de nossas tarefas, na noite de 12 de agosto de 1954, trouxe-nos à presença antigo companheiro de lides espíritas em Belo Horizonte, que passaremos a nomear simplesmente por Irmão Lima, já que o respeito fraternal nos impede identificá-lo plenamente.
Lima, que era pai de família exemplar, desfrutava excelente posição social e, por muitos anos, exerceu os dons mediúnicos de que era portador em ambientes íntimos. Em 1949, como que minado por invencível esgotamento, suicidou-se sem razões plausíveis, trazendo, com isso, dolorosa surpresa a todos os seus amigos.
Na noite a que nos referimos, naturalmente trazido por Amigos Espirituais, utilizou-se das faculdades psicofônicas do médium e ofertou-nos o relato de sua história comovente, que constitui para nós todos uma advertência preciosa.
Venho da escura região dos mortos-vivos, à maneira de muitos vivos-mortos que se agitam na Terra.
O Espiritismo foi minha grande oportunidade. Fui médium. Doutrinei.
Contribuí para que irmãos sofredores e transviados recebessem uma luz para o caminho.
Recolhi as instruções dos mestres da sabedoria e tentei acomodar-me com as verdades que são hoje o vosso mais alto patrimônio espiritual.
Fui consolado e consolei. Doentes, enfraquecidos, desesperados, tristes, fracassados, desanimados, derrotados da sorte, muitas vezes se reuniam junto de nós e junto de mim… Através da oração, colaborei para que se lhes efetivasse o reerguimento.
Mas, no círculo de minhas atividades, a dúvida era como que um nevoeiro a entontecer-me o espírito e, pouco a pouco, deixei-me enredar nas malhas de velhos inimigos a me acenarem do pretérito — do pretérito que guarda sobre o nosso presente uma atuação demasiado poderosa para que lhe possamos entender, de pronto, a evidência…
E esses adversários sutilmente me impuseram à lembrança o passado que se desenovelou, dentro de mim, fustigando-me os germes de boa vontade e fé, assim como a ventania forte castiga a erva tenra.
Enquanto a vida foi árdua, sob provações aflitivas, o trabalho era meu refúgio. No entanto, à medida que o tempo funcionava como calmante celeste sobre as minhas feridas, adoçando-me as penas, o repouso conquistado como que se infiltrou em minha vida por venenoso anestésico, através do qual as forças perturbadoras me alcançaram o mundo íntimo.
E, desse modo, a ideia da autodestruição avassalou-me o pensamento. Relutei muito, até que, em dado instante, minha fraqueza transformou-se em derrota.
Dizer o que foi o suicídio para um aprendiz da fé que abraçamos, ou relacionar o tormento de um Espírito consciente da própria responsabilidade é tarefa que escapa aos meus recursos.
Sei somente que, desprezando o meu corpo de carne, senti-me sozinho e desventurado.
Perambulei nas sombras de mim mesmo, qual se estivera amarrado a madeiro de fogo, lambido pelas chamas do remorso.
Após muito tempo de agoniada contrição, percebi que o alívio celeste me visitava. Senti-me mais sereno, mais lúcido…
Desde então, porém, estou na condição daquele rico da parábola evangélica, (Lc 16:19) porque muitos dos encarnados e desencarnados que recebiam junto de mim as migalhas que nos sobravam à mesa surgem agora, ante a minha visão, vitoriosos é felizes, enquanto me sinto queimar na labareda invisível do arrependimento, ouvindo a própria consciência a execrar-me, gritando:
— Resigna-te ao sofrimento expiatório! Quando te regalavas no banquete da luz, os lázaros da sombra, hoje triunfantes, apenas conheceram amarguras e lágrimas!…
Imponho-me, assim, o dever de clamar a todos os companheiros quanto aos impositivos do serviço constante.
A ação infatigável no bem é semelhante à luz do Sol, a refletir-se no espelho de nossa mente e a projetar-se de nós sobre a estrada alheia. Contudo, no descanso além do necessário, nossa vida interior passa a retratar as imagens obscuras de nossas existências passadas, de que se aproveitam antigos desafetos, arruinando-nos os propósitos de regeneração.
Comunicando-me convosco, associo-me às vossas preces. Sou o vosso Irmão Lima, companheiro de jornada, médium que, por vários anos, guardou nas mãos o archote da verdade, sem saber iluminar a si próprio.
Creio que um mendigo ulcerado e faminto à vossa porta não vos inspiraria maior compaixão.
Cortei o fio de minha responsabilidade… Amigos generosos estendem-me aqui os braços, no entanto, vejo-me na posição do sentenciado que condena a si mesmo, porquanto a minha consciência não consegue perdoar-se.
Sinto-me intimado ao retorno… A experiência carnal compele-me à volta.
Antes, porém, da provação necessária, visito, quanto possível, os ambientes familiares de nossa fé, buscando mostrar aos irmãos espiritistas que a nossa mesa de fraternidade e oração simboliza o altar do amor universal de Jesus-Cristo.
Temos conosco aquele cenáculo simples, em que o Senhor se reuniu aos companheiros de sublime apostolado…
De todas as religiões, o Espiritismo é a mais bela, por facultar-nos a prece pura e livre, em torno desse lenho sagrado, como sacerdotes de nós mesmos, à procura da inspiração divina que jamais é negada aos corações humildes, que aceitam a dor e a luta por elementos básicos da própria redenção.
Estou suplicando ao Senhor me conceda, oportunamente, a graça de reencarnar-me num bordel. Isso por haver desdenhado o lar que era meu templo…
Indispensável que eu sofra, para redimir-me, diante de mim mesmo.
Não mereço agora o sorriso e os braços abertos de nossos benfeitores, perante o libelo de meu próprio juízo.
Cabia-me aproveitar o tesouro da amizade, enquanto o dia era claro e quando o corpo carnal — enxada divina — estava jungido à minha existência como instrumento capaz de operar-me a renovação.
Ah! meus amigos, que as minhas lágrimas a todos sirvam de exemplo!… Sou o trabalhador que abandonou o campo antes da hora justa…
O tormento da deserção dói muito mais que o martírio da derrota.
Devo regressar… Reentrarei pela porta da angústia. Serei enjeitado, porque enjeitei… Serei desprezado, por haver desprezado sem consideração…
E, mais tarde, encadear-me-ei, de novo, aos velhos adversários. Sem a forja da tentação, não chegaremos ao reajuste.
Rogo, pois, a Deus para que o trabalho não se afaste de minhas mãos e para que a aflição não me abandone… Que a carência de tudo seja socorro espiritual em meu benefício e, se for necessário, que a lepra me cubra e proteja para que eu possa finalmente vencer.
Não me olvideis nas vibrações de amizade e que Jesus nos abençoe.
lc 16:19
Vozes do Grande Além
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 5 Francisco Cândido Xavier Diversos
No horário reservado à instrução, na noite de 14 de julho de 1955, nosso conjunto recolheu expressiva mensagem do irmão G…, inserta neste capitulo, em que nos informa quanto aos seus primeiros instantes na Vida Espiritual.
Cabe-nos esclarecer que o comunicante, político e administrador de méritos indiscutíveis, recentemente desencarnado, esteve antes em nossa casa de preces, sob a custódia dos amigos espirituais que lhe amparavam a recuperação necessária e justa.
Mostrava-se, então, enfermiço e indisposto, mas a breve tempo, retemperado e fortalecido, retornou ao nosso templo, onde nos forneceu as valiosas impressões que passamos a transcrever.
Meus amigos:
Recordando aquele rico da parábola evangélica que não obteve permissão para tornar ao círculo doméstico, (Lc 16:19) depois da morte, compreendo hoje perfeitamente a justeza da proibição que lhe frustrou o propósito, porque, sem sombra de dúvida, ninguém no mundo lhe daria crédito à palavra.
A experiência social na Terra vive tão distraída nos jogos de máscara, que a visita da verdade sem mescla, a qualquer agrupamento humano, por muito tempo ainda será francamente inoportuna.
Falando assim ao vosso mundo afetivo, não nutro o menor interesse em quebrar a cadeia de enganos a que se aprisionam meus antigos laços do coração.
Profundamente transformado, depois da grande travessia, em que o túmulo é o marco de nosso retorno à realidade, dirijo-me particularmente a vós outros, navegantes da fé no oceano da vida, para destacar a necessidade de valorização do tempo nos curtos dias de nossa permanência no corpo.
Para exemplo, recorro ao meu caso, já que, pelo concurso fraterno, ligastes-vos ao processo de minha renovação.
Como sabeis, qual ocorre à árvore doente, que tomba aos primeiros toques do lenhador, caí também, de imprevisto, ao primeiro golpe da Morte.
Industrial, administrador e homem público, em atividade intensa e incessante, não admitia que o sepulcro me requisitasse tão apressadamente à meditação.
A angina, porém, espreitava-me, vigilante, e fulminou-me sem que eu pudesse lutar.
Recordo-me de haver sido arremessado a uma espécie de sono que me não furtava a consciência e a lucidez, embora me aniquilasse os movimentos.
Incapaz de falar, ouvi os gritos dos meus e senti que mãos amigas me tateavam o peito, tentando debalde restituir-me a respiração.
Não posso precisar quantos minutos gastei na vertigem que me tomara de assalto, até que, em minha aflição por despertar, notei que a forma inerte me retomava a si, que minhalma entontecida regressava ao corpo pesado; no entanto, espessa cortina de sombra parecia interpor-se agora entre os meus afeiçoados e a minha palavra ressoante, que ninguém atendia…
Inexplicavelmente assombrado, em vão pedia socorro, mas acabei por resignar-me à ideia de que estava sendo vítima de estranho pesadelo, prestes a terminar.
Ainda assim, amedrontava-me a ausência de vitalidade e calor a que me via sentenciado.
Após alguns minutos de pavoroso conflito, que a palavra terrestre não consegue determinar, tive a impressão de que me aplicavam sacos de gelo aos pés.
Por mais verberasse contra semelhante medicação, o frio alcançava-me todo o corpo, até que não pude mais…
Aquilo valia por expulsão em regra. Procurei libertar-me e vi-me fora do leito, leve e ágil, pensando, ouvindo e vendo…
Contudo, buscando afastar-me, reparei que um fio tênue de névoa branquicenta ligava minha cabeça móvel à minha cabeça inerte.
Indiscutivelmente delirava — dizia de mim para comigo —, no entanto aquele sonho me dividia em duas personalidades distintas, não obstante guardar a noção perfeita de minha identidade.
Apavorado, não conseguia maior afastamento da câmara íntima, reconhecendo, inquieto, que me vestiam caprichosamente a estátua de carne, a enregelar-se.
Dominava-me indizível receio. Sensações de terror neutralizavam-me o raciocínio.
Mesmo assim, concentrei minhas forças na resistência. Retomaria o corpo. Lutaria por reaver-me. O delíquio inesperado teria fim.
Contudo, escoavam-se as horas e, não obstante contrariado, vi-me exposto à visitação pública.
Mas oh! irrisão de meu novo caminho!… Eu, que me sentia singularmente repartido, observei que todas as pessoas com acesso ao recinto, diante de mim, revelavam-se divididas em identidade de circunstâncias, porque, sem poder explicar o fenômeno, lhes escutava as palavras faladas e as palavras imaginadas.
Muitas diziam aos meus familiares em pranto: — Meus pêsames! perdemos um grande amigo…
E o pensamento se lhes esguichava da cabeça, atingindo-me como inexprimível jato de força elétrica, acentuando: — “não tenho pesar algum, este homem deveria realmente morrer…”
Outras se enlaçavam aos amigos, e diziam com a boca: — Meus sentimentos! O doutor G… morreu moço, muito moço.
E acrescentavam, refletindo: — “morreu tarde… ainda bem que morreu… Velhaco! deixou uma fortuna considerável… deve ter roubado excessivamente…”
Outras, ainda, comentavam junto à carcaça morta: — Homem probo, homem justo!…
E falavam de si para consigo: — “político ladrão e sem palavra! que a terra lhe seja leve e que o inferno o proteja!…”
Via-me salteado por interminável projeção de espinhos invisíveis a me espicaçarem o coração.
Torturado de vergonha, não sabia onde esconder-me. Ainda assim, quisera protestar quanto às reprovações que me pareceram descabidas.
Realmente não fora o homem que devia ter sido, no entanto, até ali, vivera como o trabalhador interessado em quitar-se com os seus compromissos.
Não seria falta de caridade atacarem-me, assim, quando plenamente inabilitado a qualquer defensiva?
Por muito tempo, perdurava a conturbação, até que encontrei algum alívio…
Muitas crianças das escolas, que eu tanto desejaria ter ajudado, oravam agora junto a mim.
Velhos empregados das empresas em que eu transitara, e de cuja existência não cogitara com maior interesse, vinham trazer-me respeitosamente, com lágrimas nos olhos, a prece e o carinho de sincera emoção.
Antigos funcionários, fatigados e humildes, aos quais estimara de longe, ofertavam-me pensamentos de amor.
Alguns poucos amigos envolveram-me em pensamentos de paz.
Aquietei-me, resignado. Doce bálsamo de reconhecimento acalmou-me a aflição e pude chorar, enfim…
Com o pranto, consegui encomendar-me à Bondade Infinita de Deus, respirando consolo e apaziguamento.
Humilhado, aguardei paciente as surpresas da nova situação.
Estava inegavelmente morto e vivo. O catafalco não favorecia qualquer dúvida.
Curtia dolorosas indagações, quando, em dado instante, arrebataram-me o corpo.
Achava-me livre para pensar, mas preso aos despojos hirtos pelo estranho cordão que eu não podia compreender e, em razão disso, acompanhei o cortejo triste, cauteloso e desapontado.
Não valiam agora o carinho sincero e a devoção afetiva com que muitos braços amigos me acalentavam o ataúde…
A vizinhança do cemitério abalava a escassa confiança que passara a sustentar em mim mesmo.
O largo portão aberto, a contemplação dos túmulos à entrada e a multidão que me seguia, compacta, faziam-me estarrecer.
Tentei apoiar-me em velhos companheiros de ideal e de luta, mas o ambiente repleto de palavras vazias e orações pagas como que me acentuava a aflição e o desespero.
Senti-me fraquejar. Clamei debalde por socorro, até que, com os primeiros punhados de terra atirados sobre o esquife, caí na sepultura acolhedora, sem qualquer noção de mim mesmo.
Apagara-se o conflito. Tudo era agora letargo, abatimento, exaustão…
Por vários dias repousei, até que, ao clarão da verdade, reconheci que as tarefas do industrial e político haviam chegado a termo.
Apesar disso, porém, a certeza da vida que não morre levantara-me a esperança.
Antigas afeições surgiram, amparando-me a luta nova e, desse modo, voltou à condição do servidor anônimo o homem que talvez indebitamente se elevara no mundo aos postos de diretiva.
É assim que, em vos visitando, devo estimular-vos ao culto dos valores claros e certos.
Instalar a felicidade no próprio espírito, através da felicidade que pudermos edificar para os outros, é a única forma de encontrarmos a verdadeira felicidade.
Tenho hoje a convicção de que os patrimônios financeiros apenas agravam as responsabilidades da alma encarnada, e a política, presentemente, para mim se assemelha à tina d’água que agitamos em esforço constante para vê-la sempre a mesma, em troca apenas do cansaço que nos impõe.
Todos os aparatos da experiência humana são sombras a se movimentarem nas telas passageiras da vida.
Só o bem permanece. Só o bem que idealizamos e plasmamos é a luz que fica. Assim pois, buscando o bem, roguemos a Deus nos esclareça e nos abençoe.
IRMÃO G… — Grande político e emérito administrador, desencarnado em Minas Gerais, cuja identificação é compreensivelmente suprimida.
Francisco Cândido Xavier
lc 16:1
Construção do Amor
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 14 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Francisco Cândido Xavier
Apreciando o problema daqueles que guardam no mundo as diretivas da experiência, não te fixes nos companheiros que trazem consigo a cruz do ouro e do poder. (Lc 16:1)
Recordemos a esquecida autoridade que o conhecimento superior determina seja exercida por nós em nós mesmos.
Quase sempre ensinamos a arte do pensamento nobre, receitando exercícios e regras aos amigos que nos perlustram a senda, guardando o próprio cérebro à feição de barco desgovernado, em cujas brechas ocultas penetram as sugestões da ignorância e da sombra.
Indicamos aos outros recursos providenciais para que se mantenham indenes de todo mal, através da pureza dos olhos e dos ouvidos, empenhando as próprias percepções à triste aventura da leviandade e do desacerto que acaba sempre na crítica indébita ou na azedia destruidora.
Estruturamos planos para a boa palavra naqueles que nos cercam, sem refrearmos o próprio verbo no galope insensato da crueldade, indicamos fé e esperança para o ânimo alheio, a perder-nos no charco da negação e do derrotismo, exaltamos para ouvintes confiantes a excelência das horas, no capítulo do trabalho e da realização, mergulhando as mãos no visco da inércia e pregamos a excelsitude da caridade para os amigos que nos rodeiam, a desfazer-nos em egoísmo e exigência.
Autoridade!… Autoridade!…
Dela abusaram todos os tiranos que fizeram da própria soberbia escuro resvaladouro para as trevas da criminalidade e da morte e dela, ainda hoje, nos valemos todos para acobertar as próprias fraquezas, sobrecarregando os ombros do próximo com fardos que somos incapazes de suportar.
Lembremo-nos, porém, de Jesus, no sublime governo da própria alma, passando entre os homens com a suprema revelação da Divina Luz, e entesouraremos suficiente humildade para entregar a Deus todos os patrimônios que nos enriquecem a vida, aprendendo a disciplinar-nos para refletir-lhe a grandeza na condição abençoada de filhos do Seu Amor.
lc 16:1
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Mateus
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Francisco Cândido Xavier
Grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.
Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação. Espírita Brasileira, particularmente à Diretoria da Instituição pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.
Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.
Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor, 9 anos, e Ana Clara, 11 anos, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.
A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa por meio da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.
A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.
A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.
A Deus, Inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.
Fac-símile do comentário mais antigo a integrar a coleção, referente a Jo 10:30, publicado em novembro de 1940 na revista Reformador.
N. E.: Essa mensagem no 4° volume da coleção O Evangelho por Emmanuel, mas, considerando seu conteúdo e significação, optamos por incluí-la também no início de cada volume.
lc 16:1
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Marcos
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Francisco Cândido Xavier
Grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.
Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação. Espírita Brasileira, particularmente à Diretoria da Instituição pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.
Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.
Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor, 9 anos, e Ana Clara, 11 anos, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.
A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa por meio da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.
A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.
A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.
A Deus, Inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.
Fac-símile do comentário mais antigo a integrar a coleção, referente a Jo 10:30, publicado em novembro de 1940 na revista Reformador.
N. E.: Essa mensagem no 4° volume da coleção O Evangelho por Emmanuel, mas, considerando seu conteúdo e significação, optamos por incluí-la também no início de cada volume.
lc 16:1
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Lucas
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Francisco Cândido Xavier
Ao chegarmos ao terceiro volume da coleção, é preciso reconhecer que grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.
Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação. Espírita Brasileira, particularmente à Diretoria da Instituição pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.
Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.
Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor, 9 anos, e Ana Clara, 11 anos, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.
A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa por meio da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.
A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.
A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.
A Deus, Inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.
lc 16:1
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo João
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Francisco Cândido Xavier
Ao chegarmos ao quarto volume da coleção, é preciso reconhecer que grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso, queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.
Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação Espírita Brasileira, particularmente à diretoria da instituição pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa, e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.
Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.
Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor e à Ana Clara, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.
A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa através da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.
A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.
A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão Maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o Seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.
A Deus, inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.
lc 16:1
Pão Nosso
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 111 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Francisco Cândido Xavier
“Também vos digo: granjeai amigos com as riquezas da injustiça.” — JESUS (Lc 16:9)
Se o homem conseguisse, desde a experiência humana, devassar o pretérito profundo, chegaria mais rapidamente à conclusão de que todas as possibilidades que o felicitam, em conhecimento e saúde, provêm da Bondade Divina e de que a maioria dos recursos materiais, à disposição de seus caprichos, procede da injustiça.
Não nos cabe particularizar e, sim, deduzir que as concepções do direito humano se originaram da influência divina, porque, quanto a nós outros, somos compelidos a reconhecer nossa vagarosa evolução individual do egoísmo feroz para o amor universalista, da iniquidade para a justiça real.
Bastará recordar, nesse sentido, que quase todos os Estados terrestres se levantaram, há séculos, sobre conquistas cruéis. Com exceções, os homens têm sido servos dissipadores que, no momento do ajuste, não se mostram à altura da mordomia.
Eis por que Jesus nos legou a parábola do empregado infiel, (Lc 16:1) convidando-nos à fraternidade sincera para que, através dela, encontremos o caminho da reabilitação.
O Mestre aconselhou-nos a granjear amigos, isto é, a dilatar o círculo de simpatias em que nos sintamos cada vez mais intensivamente amparados pelo espírito de cooperação e pelos valores intercessórios.
Se o nosso passado espiritual é sombrio e doloroso, busquemos simplificá-lo, adquirindo dedicações verdadeiras, que nos auxiliem através da subida áspera da redenção. Se não temos hoje determinadas ligações com as riquezas da injustiça, tivemo-las, ontem, e faz-se imprescindível aproveitar o tempo para o nosso reajustamento individual perante a Justiça Divina.
lc 16:1
Refúgio
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 13 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Francisco Cândido Xavier
Apreciando o problema daqueles que guardam no mundo as diretivas da experiência, não te fixes nos companheiros que trazem consigo a cruz do ouro e do poder. (Lc 16:1)
Recordemos a esquecida autoridade que o conhecimento superior determina seja exercida por nós em nós mesmos.
Quase sempre ensinamos a arte do pensamento nobre, receitando exercícios e regras aos amigos que nos perlustram a senda, guardando o próprio cérebro à feição de barco desgovernado, em cujas brechas ocultas penetram as sugestões da ignorância e da sombra.
Indicamos aos outros recursos providenciais para que se mantenham indenes de todo mal, através da pureza dos olhos e dos ouvidos, empenhando as próprias percepções à triste aventura da leviandade e do desacerto que acaba sempre na crítica indébita ou na azedia destruidora.
Estruturamos planos para a boa palavra naqueles que nos cercam, sem refrearmos o próprio verbo no galope insensato da crueldade, indicamos fé e esperança para o ânimo alheio, a perder-nos no charco da negação e do derrotismo, exaltamos para ouvintes confiantes a excelência das horas, no capítulo do trabalho e da realização, mergulhando as mãos no visco da inércia e pregamos a excelsitude da caridade para os amigos que nos rodeiam, a desfazer-nos em egoísmo e exigência.
Autoridade!… Autoridade!…
Dela abusaram todos os tiranos que fizeram da própria soberbia escuro resvaladouro para as trevas da criminalidade e da morte e dela, ainda hoje, nos valemos todos para acobertar as próprias fraquezas, sobrecarregando os ombros do próximo com fardos que somos incapazes de suportar.
Lembremo-nos, porém, de Jesus, no sublime governo da própria alma, passando entre os homens com a suprema revelação da Divina Luz, e entesouraremos suficiente humildade para entregar a Deus todos os patrimônios que nos enriquecem a vida, aprendendo a disciplinar-nos para refletir-lhe a grandeza na condição abençoada de filhos do Seu Amor.
Essa mensagem foi publicada originalmente em 1980 pela editora CEU e é a 14ª lição do livro “”
lc 16:2
Fonte Viva
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 75 Página: 177 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Francisco Cândido Xavier
“Dá conta de tua administração.” — JESUS (Lc 16:2)
Na essência, cada homem é servidor pelo trabalho que realiza na obra do Supremo Pai, e, simultaneamente, é administrador, porquanto cada criatura humana detém possibilidades enormes no plano em que moureja.
Mordomo do mundo não é somente aquele que encanece os cabelos, à frente dos interesses coletivos, nas empresas públicas ou particulares, combatendo tricas mil, a fim de cumprir a missão a que se dedica.
Cada inteligência da Terra dará conta dos recursos que lhe foram confiados.
A fortuna e a autoridade não são valores únicos de que devemos dar conta hoje e amanhã.
O corpo é um templo sagrado.
A saúde física é um tesouro.
A oportunidade de trabalhar é uma bênção.
A possibilidade de servir é um obséquio divino.
O ensejo de aprender é uma porta libertadora.
O tempo é um patrimônio inestimável.
O lar é uma dádiva do Céu.
O amigo é um benfeitor.
A experiência benéfica é uma grande conquista.
A ocasião de viver em harmonia com o Senhor, com os semelhantes e com a Natureza é uma glória comum a todos.
A hora de ajudar os menos favorecidos de recursos ou entendimento é valiosa.
O chão para semear, a ignorância para ser instruída e a dor para ser consolada são apelos que o Céu envia sem palavras ao mundo inteiro.
Que fazes, portanto, dos talentos preciosos que repousam em teu coração, em tuas mãos e no teu caminho?
Vela por tua própria tarefa no bem, diante do Eterno, porque chegará o momento em que o Poder Divino te pedirá: — “Dá conta de tua administração.”
lc 16:2
Palavras de Vida Eterna
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 178 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Francisco Cândido Xavier
“Reconcilia-te depressa com o teu adversário, enquanto estás a caminho com ele…” — JESUS (Mt 5:25)
Jesus nos solicitou a imediata reconciliação com os adversários, para que a nossa oração se dirija a Deus, escoimada de qualquer sentimento aviltante.
Não ignoramos que os adversários são nossos opositores ou, mais propriamente, aqueles que alimentam pontos de vista contrários aos nossos. E muitos deles, indiscutivelmente, se encontram em condições muito superiores às nossas, em determinados ângulos de serviço e merecimento. Não nos cabe, assim, o direito de espezinhá-los e sim o dever de respeitá-los e cooperar com eles, no trabalho do bem comum, embora não lhes possamos abraçar o quadro integral das opiniões.
Há companheiros, porém, que, atreitos ao comodismo sistemático, a pretexto de humildade, se ausentam de qualquer assunto em que se procura coibir a dominação do mal, esquecidos de que os nossos irmãos delinquentes são enfermos necessitados de amparo e intervenção compatíveis com os perigos que apresentem para a comunidade.
Todos aqueles que exercem algum encargo de direção sabem perfeitamente que é preciso velar em defesa da obra que a vida lhes confiou.
Imperioso manter-nos em harmonia com todos os que não pensam por nossos princípios, entretanto, na posição de criaturas responsáveis, não podemos passar indiferentes diante de um irmão obsidiado, que esteja lançando veneno em depósitos de água destinada à sustentação coletiva.
Necessitamos acatar os condôminos do edifício que nos serve de residência, toda vez que não consigam ler os problemas do mundo pela cartilha de nossas ideias, todavia, não será justo desinteressar-nos da segurança geral, se vemos um deles ateando fogo no prédio.
Vivamos em paz, contudo, sem descurar das responsabilidades que o discernimento nos atribui. Com isso, não queremos dizer que se deva instalar a discórdia, em nome da corrigenda, mas sim que é obrigação preservar a ordem nas áreas de trabalho, sob nossa jurisdição, usando clareza e ponderação, caridade e prudência.
Cristo, em verdade, Mt 5:25, do Evangelho de Mateus, nos afirma: “reconcilia-te depressa com o teu adversário”, mas no Lc 16:2, do Evangelho de Lucas, não se esqueceu de acrescentar: “dá conta de tua mordomia”.
lc 16:9
Deus Conosco
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 61 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Francisco Cândido Xavier
25/06/1941
Meus amigos, Deus vos conceda muita paz. Agradeço-vos, de coração, pelas nossas alegrias na tarefa do esforço fraternal de cooperação. Os últimos retoques ao livro da poderemos concluir em breves dias. Reconhecidamente, agradeço a leitura feita pelo nosso irmão. Não precisarão examinar mais detidamente o assunto, porquanto todas as anotações feitas pela sua observação são oportunas. Buscarei renovar as expressões e corrigir nos textos. Peço-vos uma leitura mais demorada do episódio das referências do apóstolo à proteção de Poppéa Sabina e as possibilidades das riquezas iníquas. (Lc 16:9) Não desejo oferecer um material para interpretações dubitativas ou bifrontes. Quanto ao mais, anexaremos o prefácio e o trabalho estará pronto! Que Deus vos recompense. Desejando-vos muita paz, sou o vosso amigo e servo de sempre,
lc 16:9
Paulo e Estêvão
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 10 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Francisco Cândido Xavier
Às vésperas da partida em busca da gentilidade espanhola, eis que o Apóstolo recebe uma carta comovente de . O ex-pescador de Cafarnaum escrevia-lhe de Corinto, avisando sua próxima chegada à cidade imperial. A missiva era afetuosa e enternecedora, cheia de confidências amargas e tristes. Pedro confiava ao amigo suas derradeiras desilusões na Ásia e mostrava-se-lhe vivamente interessado pelo que lhe sucedera em Roma. Ignorando que o ex-rabino fora restituído à liberdade, procurava confortá-lo fraternalmente. Também ele, Simão, deliberara exilar-se junto dos irmãos da metrópole imperial, esperando ser útil ao amigo, em quaisquer circunstâncias. Ainda no mesmo documento íntimo, rogava aproveitasse o portador para comunicar aos confrades romanos o propósito de se demorar algum tempo entre eles.
O convertido de Damasco leu e releu a mensagem amiga, altamente sensibilizado.
Pelo emissário, irmão da igreja de Corinto, foi avisado de que o venerando Apóstolo de Jerusalém chegaria ao porto de Óstia dentro de dez dias, mais ou menos.
Não hesitou um momento. Lançou mão de todos os meios ao seu alcance, preveniu os íntimos e preparou uma casa modesta, onde Pedro pudesse alojar-se com a família. Criou o melhor ambiente para a recepção do respeitável companheiro. Valendo-se do argumento de sua próxima excursão à Espanha, dispensava as dádivas dos amigos, indicando-lhes as necessidades de Simão, para que nada lhe faltasse. Transportou quanto possuía, em objetos de uso doméstico, do singelo aposento que alugara junto à Porta Lavernal para a casinha destinada a Simão, próximo dos cemitérios israelitas da Via Ápia. Esse exemplo de cooperação foi altamente apreciado por todos. Os irmãos mais humildes fizeram questão de oferecer pequeninas utilidades ao Apóstolo venerando que chegaria desprovido.
Informado de que a embarcação entrava no porto, o ex-rabino largou-se pressurosamente para Óstia. e , sempre em sua companhia, junto de outros cooperadores devotados, o amparavam nos pequenos acidentes do caminho, dando-lhe o braço, aqui e ali.
Não fora possível organizar uma recepção mais ostensiva. A perseguição surda aos adeptos do Nazareno apertava o cerco por todos os lados. Os últimos conselheiros honestos do Imperador estavam desaparecendo. Roma assombrava-se com a enormidade e quantidade de crimes que se repetiam diariamente. Nobres figuras do patriciado e do povo eram vítimas de atentados cruéis. Atmosfera de terror dominava todas as atividades políticas e, no cômputo dessas calamidades, os cristãos eram os mais rudemente castigados, em vista da atitude hostil de quantos se acomodavam com os velhos deuses e se regalavam com os prazeres de uma existência dissoluta e fácil. Os seguidores de Jesus eram acusados e responsabilizados por quaisquer dificuldades que sobrevinham. Se caía uma tempestade mais forte, devia-se o fenômeno aos adeptos da nova doutrina. Se o inverno era mais rigoroso, a acusação pesava sobre eles, porquanto ninguém como os discípulos do Crucificado havia desprezado tanto os santuários da crença antiga, abominando os favores e os sacrifícios aos numes tutelares. A partir do reinado de Cláudio, espalhavam-se lendas torpes a respeito das práticas cristãs. A fantasia do povo, ávido das distribuições de trigo nas grandes festas do circo, imaginava situações inexistentes, gerando conceitos extravagantes e absurdos, com relação aos crentes do Evangelho. Por isso mesmo, desde o ano de 58, os cristãos ímbeles eram levados ao Circo como escravos revolucionários ou rebeldes, que deveriam desaparecer. A opressão agravara-se dia a dia. Os romanos mais ou menos ilustres, pelo nome ou pela situação financeira, que simpatizavam com a doutrina do Cristo, continuavam indenes de públicos vexames; mas os pobres, os operários, os filhos da plebe, eram levados ao martírio, às centenas. Assim, os amigos do Evangelho não prepararam nenhuma homenagem pública à chegada de Simão Pedro. Ao invés, procuraram dar ao fato um cunho todo íntimo, de maneira a não despertar represálias dos esbirros da situação.
Paulo de Tarso estendeu os braços ao velho amigo de Jerusalém, tomado de alegria. trouxera a esposa e os filhos, além de . Sua palavra generosa estava cheia de novidades para o Apóstolo do gentilismo. Em poucos minutos, ficou sabendo da morte de e das novas torturas infligidas pelo Sinédrio à igreja de Jerusalém. O velho pescador contava as últimas peripécias da sua sorte, bem-humorado. Comentava os testemunhos mais pesados com um sorriso nos lábios e intercalava toda a narrativa de louvores a Deus. Depois de reportar-se às lutas que empenhara em muitas e repetidas peregrinações, contava ao ex-rabino que se refugiara alguns dias em Éfeso, junto de João, sendo acompanhado pelo filho de Zebedeu até Corinto, onde resolveram demandar a capital do Império. Paulo, por sua vez, relatou as tarefas recebidas de Jesus, nos últimos anos, e era de ver-se o otimismo e a coragem desses homens que, inflamados do espírito messiânico e amoroso do Mestre, comentavam as desilusões e as dores do mundo como láureas da vida.
Depois das suaves alegrias do reencontro, o grupo se encaminhou discretamente para a casinha reservada a Simão Pedro e sua família.
O ex-pescador, sentindo a excelência da acolhida carinhosa, não encontrava palavras para traduzir os júbilos d’alma. Como Paulo quando chegou a Pouzzoles, tinha a impressão de estar num mundo diferente daquele em que vivera até então.
Com a sua chegada, recrudesceram os serviços apostólicos: mas o pregador do gentilismo não abandonou a ideia de ir à Espanha. Alegando que Pedro o substituiria com vantagem, deliberou embarcar no dia prefixado, num pequeno navio que se destinava à costa gaulesa. Não valeram amistosos protestos, nem mesmo a insistência de Simão para que adiasse a viagem. Acompanhado de , e Demas, o velho advogado dos gentios, partiu ao amanhecer de um dia lindo cheio de projetos generosos.
A missão visitou parte das Gálias, dirigindo-se ao território espanhol, demorando-se mais na região de Tortosa. Em toda parte, a palavra e feitos do Apóstolo ganhavam novos corações para o Cristo, multiplicando os serviços do Evangelho e renovando as esperanças populares, à luz do Reino de Deus.
Em Roma, todavia, a situação prosseguia cada vez mais grave. Com a perversidade de Tigelino à frente da Prefeitura dos Pretorianos, acentuara-se o terror entre os discípulos de Jesus. Faltava somente um édito em que os cidadãos romanos, simpatizantes do Evangelho, fossem condenados publicamente, porque os libertos, os descendentes de outros povos e os filhos da plebe já enchiam as prisões.
Simão Pedro, como figura de relevo do movimento, não tinha descanso. Não obstante a fadiga natural da senectude, procurava atender a todas as necessidades emergentes. Seu espírito poderoso sobrepunha-se a todas as vicissitudes e desempenhava os mínimos deveres com devotamento máximo à causa da Verdade. Assistia os doentes, pregava nas catacumbas, percorria longas distâncias, sempre animoso e satisfeito. Os cristãos do mundo inteiro jamais poderão esquecer aquela falange de abnegados que os precedeu nos primeiros testemunhos da fé, afrontando situações dolorosas e injustas, regando com sangue e lágrimas a sementeira do Cristo, abraçando-se mutuamente confortados nas horas mais negras da história do Evangelho, nos espetáculos hediondos do circo, nas preces de aflição que se elevavam dos cemitérios abandonados.
Tigelino, grande inimigo dos prosélitos do Nazareno, buscava agravar a situação por todos os meios ao alcance da sua autoridade odiosa e perversa.
O filho de Zebedeu preparava-se para regressar à Ásia, quando um grupo de esbirros dos perseguidores o colheu em pregação carinhosa e inspirada, na qual se despedia dos confrades de Roma, com exortações de tocante reconhecimento a Jesus. Apesar das atenciosas explicações, foi preso e esbordoado impiedosamente. E, com ele, dezenas de irmãos foram trancafiados nos cárceres imundos do Esquilino.
Pedro recebeu a notícia dolorosamente surpreendido. Conhecia a extensão dos trabalhos que aguardavam na Ásia o companheiro generoso e rogou ao Senhor não o abandonasse, a fim de obter absolvição justa. Como proceder em tão difíceis circunstâncias? Recorreu às relações prestigiosas que a cidade lhe oferecia. Entretanto, seus afeiçoados eram igualmente pobres de influência política nos gabinetes administrativos da época. Os cristãos de posição financeira mais destacada não ousavam enfrentar a onda avassaladora, de perseguição e tirania. O antigo chefe da igreja de Jerusalém não desanimou. Precisava libertar o amigo, concorrendo, para isso, com todo o potencial de energia, na esfera de suas possibilidades. Compreendendo a timidez natural dos romanos simpatizantes do Cristo, buscou reunir apressadamente uma assembleia de amigos íntimos, para examinar o caso.
No meio dos debates alguém se lembrou de Paulo. O Apóstolo dos gentios dispunha na capital do Império de grande número de afeiçoados eminentes. No caso da sua absolvição, a providência partida do círculo dileto de Popeia Sabina. Muitos militares colaboradores de Afrânius Búrrus eram seus admiradores. Acácio Domício, que dispunha de valiosos empenhos junto dos pretorianos, era seu amigo dedicado e incondicional. Ninguém melhor que o ex-tecelão de Tarso poderia incumbir-se da delicada missão de salvar o prisioneiro. Não seria razoável pedir sua ajuda? Comentava-se o caráter urgente da medida, mesmo porque, numerosos cristãos morriam todos os dias na prisão do Esquilino, vítimas das queimaduras de azeite fervente. Tigelino e alguns comparsas da administração criminosa distraíam-se com os suplícios das vítimas. O azeite era lançado aos infelizes no poste do martírio. Outras vezes, os prisioneiros maniatados eram mergulhados em grandes barris de água em ebulição. O Prefeito dos Pretorianos exigia que os correligionários assistissem ao suplício, para escarmento geral. Os encarcerados acompanhavam as tristes operações, banhados em pranto silencioso. Verificada a morte da vítima, um soldado se encarregava de lançar as vísceras aos peixes famintos, nos tanques vastos das prisões odiosas. Dada a situação geral, apavorante, poder-se-ia contar com a intervenção de Paulo? A Espanha ficava muito distante. Era possível que a sua vinda não aproveitasse ao caso pessoal de João. Pedro, porém, considerou a oportunidade do recurso e advertiu que seguiriam trabalhando a favor do filho de Zebedeu. Nada impedia, porém, de recorrer desde logo para o prestígio de Paulo, ainda porque a situação piorava de instante a instante. Aquele ano de 64 começara com terríveis perspectivas. Não se podia dispensar um homem enérgico e resoluto à frente dos interesses da causa.
Dado este parecer do venerando Apóstolo de Jerusalém, a assembleia concordou com a medida aventada. Um irmão que se tornara devotado cooperador de Paulo, em Roma, foi mandado à Espanha, com urgência. Esse emissário era Crescêncio, que saiu de Óstia, com enorme ansiedade, levando a missiva de Simão.
O Apóstolo dos gentios, depois de muito peregrinar, demorava-se em Tortosa, onde conseguira reunir grande número de colaboradores devotados a Jesus. Suas atividades apostólicas continuavam ativas, conquanto atenuadas, em virtude do cansaço físico. O movimento das epístolas diminuíra, mas não se interrompera de todo. Atendendo à necessidade das igrejas do Oriente, Timóteo partira da Espanha para a Ásia, carregado de cartas e recomendações amigas. Em torno do Apóstolo agrupara-se novo contingente de cooperadores diligentes e sinceros. Em todos os recantos, Paulo de Tarso ensinava o trabalho e a renúncia, a paz da consciência e o culto do bem.
Quando planejava novas viagens na companhia de Lucas, eis que surge em Tortosa o mensageiro de Simão.
O ex-rabino lê a carta e resolve regressar à cidade imperial, imediatamente. Através das linhas afetuosas do velho amigo, entreviu a gravidade dos acontecimentos. Além disso, necessitava voltar à Ásia. Não ignorava a influência benéfica que ele exercia em Jerusalém. Em Éfeso, onde a igreja se compunha de elementos judaicos e gentios, o filho de Zebedeu fora sempre um vulto nobre e exemplar, indene de espírito sectarista. Paulo de Tarso passou em revista as necessidades do serviço evangélico entre as comunidades orientais, e concluiu pela urgência do regresso de João, deliberando intervir no assunto sem perda de tempo.
Como de outras vezes, nada valeram as considerações dos amigos, no tocante ao problema de sua saúde. O homem enérgico e decidido, apesar dos cabelos brancos, mantinha o mesmo ânimo resoluto, elevado e firme, que o caracterizara na mocidade distante. Favorecido pela grande movimentação de barcos, nos princípios de maio de 64, não lhe foi difícil retornar ao porto de Óstia, junto dos companheiros.
Simão Pedro recebeu-o enternecido. Em poucas horas o convertido de Damasco conhecia a situação intolerável criada em Roma pela ação delituosa de Tigelino. João continuava encarcerado, apesar dos recursos levados aos tribunais. O antigo pescador de Cafarnaum, em significativas confidências, revelava ao companheiro que o coração lhe pressagiava novas dores e testemunhos cruciantes. Um sonho profético anunciava-lhe perseguições e provas ásperas. Numa das últimas noites, contemplara um quadro singular, em que uma cruz de proporções gigantescas parecia envolver com sua sombra toda a família dos discípulos do Senhor. Paulo de Tarso ouviu-o, com interesse, manifestando-se de inteiro acordo com os seus pressentimentos. Apesar dos horizontes carregados, deliberaram uma ação conjunta para libertar o filho de Zebedeu.
Corria o mês de junho.
O ex-rabino desdobrou-se em atividades intensas, procurou Acácio Domício, solicitando a sua intervenção e valimento. Mais ainda: considerando que as providências morosas poderiam redundar num fracasso, auxiliado por amigos eminentes procurou avistar-se com numerosos áulicos da Corte Imperial, chegando à presença de Popeia Sabina, a fim de rogar seus bons ofícios, no caso do filho de Zebedeu. A célebre favorita ouviu-lhe a confidência com enorme surpresa. Aquelas revelações de uma vida eterna, aquela concepção da Divindade assustavam-na. Embora inimiga declarada dos cristãos, dada a simpatia que mantinha pelo judaísmo, Popeia impressionou-se com a figura ascética do Apóstolo e com os argumentos de reforço ao seu pedido. Sem ocultar sua admiração, prometeu atendê-lo, apontando desde logo as providências imediatas.
Paulo retirou-se esperançoso da absolvição do companheiro, porque Sabina prometera libertá-lo dentro de três dias.
Voltando à comunidade, deu ciência aos irmãos da entrevista que tivera com a favorita de Nero; mas, terminada a exposição, notou, algo surpreso, que alguns companheiros reprovavam a sua iniciativa. Pediu, então, que o esclarecessem e justificassem quaisquer dúvidas. Surgiram fracas considerações que ele acolheu com a sua inesgotável serenidade. Alegava-se que não era louvável dirigir-se a uma cortesã dissoluta, para impetrar um favor. Semelhante proceder afigurava-se defeso a seguidores do Cristo. Popeia era mulher de vida notadamente dissoluta, banqueteava-se nas orgias do Palatino, caracterizava-se por sua luxúria escandalosa. Seria razoável pedir-lhe proteção para os discípulos de Jesus?
Paulo de Tarso aceitou as mofinas arguições com beatífica paciência e objetou, sensatamente:
— Respeito e acato a vossa opinião, mas, antes de tudo, considero necessário libertar João. Fosse eu o prisioneiro e não haveria de julgar o caso tão urgente e tão grave. Estou velho, alquebrado, e, portanto, melhor me fora, e mais útil quiçá, meditar na misericórdia de Jesus, através das grades do cárcere. Mas João está relativamente moço, é forte e dedicado; o Cristianismo da Ásia não pode dispensar-lhe a atividade construtiva, até que outros trabalhadores sejam chamados à semeadura divina. Com referência às vossas dúvidas, porém, cumpre-me aduzir um argumento que requer ponderação. Por que considerais imprópria uma solicitação a Popeia Sabina? Teríeis a mesma ideia, se me dirigisse a Tigelino ou ao próprio imperador? Não serão eles vítimas da mesma prostituição que estigmatiza as favoritas de sua Corte? Se combinasse com um militar embriagado, do Palatino, as providências imprescindíveis à libertação do companheiro, talvez aplaudísseis meu gesto, sem restrições. Irmãos, é indispensável compreender que a derrocada moral da mulher, quase sempre, vem da prostituição do homem. Concordo em que Popeia não é a figura mais conveniente ao feito, em virtude das inquietações da sua vida; entretanto é a providência que as circunstâncias indicaram e nós precisamos libertar o devotado discípulo do Senhor. Aliás, procurei valer-me de semelhantes recursos, recordando a exortação do Mestre, na qual recomenda ao homem granjear amigos com as riquezas da iniquidade. Considero que quaisquer relações com o Palatino constituem expressões da fortuna iníqua, mas suponho útil mobilizar os que se conservam “mortos” no pecado para algum ato de caridade e de fé, pelo qual se desliguem dos laços com o passado delituoso, auxiliados pela intercessão de amigos fiéis.
A elucidação do Apóstolo espalhou grande calma em todo o recinto. Em poucas palavras, Paulo de Tarso fizera ver, aos companheiros, transcendentes conclusões de ordem espiritual.
A promessa não falhara. Em três dias o filho de Zebedeu era restituído à liberdade. João estava abatidíssimo. Os maus tratos, a contemplação dos quadros terríveis do cárcere, a expectação angustiosa, haviam-lhe mergulhado o espírito em perplexidades dolorosas.
Pedro regozijava-se, mas o ex-rabino, atento à tensão ambiente, sugeriu o regresso do Apóstolo galileu à Ásia, sem perda de tempo. A igreja de Éfeso esperava-o. Jerusalém devia contar com a sua colaboração desinteressada e amiga. João não teve tempo para muitas considerações, porque Paulo, como que possuído de amargos pressentimentos, foi ao porto de Óstia para predispor o seu embarque, aproveitando um navio napolitano prestes a largar para Mileto. Colhido pelas providências e impossibilitado de resistir ao resoluto ex-rabino, o filho de Zebedeu embarcou em fins de junho de 64, enquanto os demais amigos permaneceriam em Roma para a boa batalha em prol do Evangelho.
Quanto mais sombrios os horizontes, mais coeso se tornava o grupo dos irmãos na fé, em Cristo Jesus. Multiplicavam-se as reuniões nos cemitérios distantes e abandonados. Naqueles dias de sofrimentos, as pregações pareciam mais belas.
Paulo de Tarso e os cooperadores desdobravam-se em edificações espirituais, quando a cidade foi sacudida, de súbito, por espantoso acontecimento. Na manhã de 16 de julho de 64 irrompeu violento incêndio nas proximidades do Grande Circo, abrangendo toda a região do bairro localizado entre o Célio e o Palatino. O fogo começara em vastos armazéns repletos de material inflamável e propagara-se com rapidez assombrosa. Debalde foram convocados os operários e homens do povo para atenuar-lhe a violência; em vão a turba numerosa e compacta movimentou recursos para aliviar a situação. As labaredas subiam sempre, alastrando-se com furor, deixando montões de escombros e ruínas. Roma inteira acudia a ver o sinistro espetáculo, já empolgada pelas suas paixões ameaçadoras e terríveis. O fogo, com prodigiosa rapidez, deu volta ao Palatino e invadiu o Velabro.
O primeiro dia findava-se com angustiosas perspectivas. O firmamento cobria-se de fumo espesso, iluminando-se grande parte das colinas com o clarão odioso do incêndio terrível. As elegantes construções do Aventino e do Célio pareciam árvores secas de floresta em chamas. Acentuara-se a desolação das vítimas da enorme catástrofe. Tudo ardia nas adjacências do Fórum. Começou o êxodo com infinitas dificuldades. As portas da cidade congestionavam-se de pessoas tomadas de profundo terror. Animais espavoridos corriam ao longo das vias públicas, como acossados por perseguidores invisíveis. Prédios antigos, de sólida construção, ruíam com sinistro estrondo. Todos os habitantes de Roma desejavam distanciar-se da zona comburente. Ninguém mais se atrevia a atacar a fogueira indômita.
O segundo dia apresentou-se com o mesmo espetáculo inesquecível. Os populares desistiram de salvar alguma coisa; contentavam-se em poder enterrar os mortos sem conta, encontrados nos locais de possível aceso. Dezenas de pessoas percorriam as ruas em gargalhadas de horrível acento; a loucura generalizava-se entre as criaturas mais impressionáveis. Macas improvisadas conduziam feridos sem destino certo. Longas procissões invadiam os santuários para salvar as suntuosas imagens dos deuses. Milhares de mulheres acompanhavam a figura impassível dos numes tutelares, em dolorosas súplicas, fazendo votos de penosos sacrifícios, em vozes estentóricas. Homens piedosos apanhavam, no remoinho das multidões estonteadas, as crianças massacradas ou apenas feridas. Toda a zona de acesso à Via Ápia, em direção de Alba Longa, estava entupida de retirantes apressados e desiludidos. Centenas de mães gritavam pelos filhinhos desaparecidos e, não raro, tomavam-se providências, à pressa, para socorrer as que enlouqueciam. A população em peso desejava abandonar a cidade, ao mesmo tempo. A situação tornara-se perigosa. A turba amotinada atacava as liteiras dos patrícios. Somente os cavaleiros desassombrados conseguiam romper a mole humana, provocando novas blasfêmias e lamentações.
O fogo já havia devorado, quase totalmente, os palacetes nobres e preciosos das Carinas e continuava destroçando os bairros romanos, entre os vales e as colinas, onde a população era muito densa. Durante uma semana, dia e noite, lavrou o fogo destruidor, espalhando desolações e ruínas. Das catorze circunscrições em que se dividia a metrópole imperial, apenas quatro ficaram incólumes. Três eram uma aluvião de escombros fumegantes e as outras sete conservavam tão só alguns vestígios dos edifícios mais preciosos.
O imperador estava em Âncio (Antium), quando irrompeu a fogueira por ele mesmo idealizada pois a verdade é que, desejoso de edificar uma cidade nova com os imensos recursos financeiros que chegavam das províncias tributárias, projetara o incêndio famoso, assim vencendo a oposição do povo, que não desejava a transferência dos santuários.
Além dessa medida de ordem urbanística, o filho de Agripina caracterizava-se, em tudo, pela sua originalidade satânica. Presumindo-se genial artista não passava de monstruoso histrião, assinalando a sua passagem pela vida pública com crimes indeléveis e odiosos. Não seria interessante apresentar ao mundo uma Roma em chamas? Nenhum espetáculo, a seus olhos, seria inesquecível como esse. Depois das cinzas mortas, reedificaria os bairros destruídos. Seria generoso para com as vítimas da imensa catástrofe. Passaria à história do Império como administrador magnânimo e amigo dos súditos sofredores.
Alimentando tais propósitos, combinou o atentado com os áulicos de sua maior confiança e intimidade, ausentando-se da cidade para não despertar suspeitas no espírito dos políticos mais honestos.
Entretanto, não pudera prever, ele próprio, a extensão da espantosa calamidade. O incêndio tomara proporções indesejáveis. Seus conselheiros menos dignos não puderam pressentir a amplitude do desastre. Arrancado, à pressa, dos seus prazeres criminosos, o imperador chegou a tempo de observar o último dia de fogo, verificando o caráter da medida odiosa. Dirigindo-se a um dos pontos mais elevados, contemplou o montão de ruínas e sentiu a gravidade da situação. O extermínio da propriedade particular atingira proporções quase infinitas. Não se pudera prever tão dolorosas consequências. Reconhecendo, a irritação justa do povo, Nero procurou falar, em público, esboçando algumas lágrimas na sua profunda capacidade de dissimulação. Prometeu auxiliar a restauração das casas particulares, declarou que compartilhava do sofrimento geral e que Roma se levantaria novamente sobre os escombros fumegantes, mais imponente e mais bela. Imensa multidão ouvia-lhe a palavra, atenta aos seus mínimos gestos. O imperador na sua mímica teatral, assumia atitudes comovedoras. Referia-se aos santuários perdidos, debulhado em pranto. Invocava a proteção dos deuses a cada frase de maior efeito. A turba sensibilizara-se. Jamais o César se mostrara tão paternalmente comovido. Não seria razoável duvidar das suas promessas e observações. Em dado instante, a sua palavra vibrou mais patética e expressiva. Comprometia-se, solenemente, com o povo, a punir inexoravelmente os responsáveis. Procuraria os incendiários, vingaria a desgraça romana sem piedade. Rogava, mesmo, a todos os habitantes da cidade cooperassem com ele, procurando e denunciando os culpados.
Nesse ínterim, quando o verbo imperial se tornara mais significativo, notou-se que a massa popular se agitava estranhamente. Maioria esmagadora irmanava-se, agora, num grito terrível:
— Cristãos às feras! Às feras!
O filho de Agripina encontrara a solução que procurava. Ele que procurava, em vão, no espírito superexcitado, as novas vítimas das suas maquinações execrandas, às quais pudesse atribuir a culpa dos sucessos lamentáveis, viu no brado ameaçador da turba uma resposta às próprias cogitações sinistras. Nero conhecia o ódio que o vulgo votava aos seguidores humildes do Nazareno. Os discípulos do Evangelho mantinham-se alheios e superiores aos costumes dissolutos e brutais da época. Não frequentavam os circos, afastavam-se dos templos pagãos, não se prosternavam diante dos ídolos nem aplaudiam as tradições políticas do Império. Além disso, pregavam ensinamentos estranhos e pareciam aguardar um novo reino. O grande histrião do Palatino sentiu uma onda de alegria invadir-lhe os olhos míopes e congestos. A escolha do povo romano não poderia ser melhor. Os cristãos deviam ser mesmo os criminosos. Sobre eles deveria cair o gládio vingador. Trocou um olhar inteligente com Tigelino, como a exprimir que haviam apanhado, ao acaso, a solução imprevista e logo afirmou à massa enfurecida que tomaria providências imediatas para reprimir os abusos e castigar os culpados da catástrofe; finalmente, que o incêndio seria considerado crime de lesa-majestade e sacrilégio, para que os castigos também fossem excepcionais.
O povo aplaudia freneticamente, antegozando as sensações do circo, com esgares de feras e cânticos de martírio.
A nefanda acusação pesou sobre os discípulos de Jesus, como fardo hediondo.
As primeiras prisões realizaram-se como flagelo maldito. Numerosas famílias refugiaram-se nos cemitérios e nos arredores da cidade meio destruída, receosas dos algozes implacáveis. Praticava-se toda a espécie de abusos. Jovens indefesas eram entregues, nos cárceres, ao instinto feroz de soldados sem entranhas. Anciães respeitáveis conduzidos à enxovia, sob algemas e pancadas. Os filhos arrancados do colo maternal, entre lágrimas e apelos comovedores. Tempestade sinistra caíra sobre os seguidores do Crucificado, que se submetiam a punições injustas, de olhos no céu.
De nada valeram, para Nero, as ponderações dos patrícios ilustres, que ainda cultivavam as tradições de prudência e honestidade. Quantos se aproximavam da autoridade imperial, com a valiosa contribuição de alvitres justos, eram declarados suspeitos, agravando a situação.
O filho de Agripina e seus áulicos imediatos deliberaram que se oferecesse ao povo o primeiro espetáculo no princípio de agosto de 64, como positiva demonstração das providências oficiais, contra os supostos autores do nefando atentado. As demais vítimas, isto é, todos os prisioneiros que chegassem ao cárcere, depois da festa inicial, serviriam de ornamento aos futuros regozijos, à medida que a cidade pudesse recompor-se com as novas construções em perspectiva. Para isso, determinara-se a reedificação imediata do Grande Circo. Antes de atender às próprias necessidades da Corte, o imperador desejava as simpatias do povo ignorante e sofredor, alimentando o que pudesse satisfazer seus estranhos caprichos.
A primeira carnificina, destinada a distrair o ânimo popular, foi levada a efeito em jardins imensos, na parte que permanecera imune da destruição, por entre orgias indecorosas, de que participaram a plebe e a grande fração do patriciado que se entregara à dissolução e ao desregramento. A festividade prolongou-se por noites sucessivas, sob a claridade de esplêndida iluminação e o ritmo harmonioso de numerosas orquestras, que inundavam o ar de melodias enternecedoras. Nos lagos artificiais deslizavam barcos graciosos, artisticamente iluminados. No seio da paisagem, favorecida pelas sombras da noite, que as tochas poderosas não conseguiam afastar de todo, repastava-se a devassidão em jogo franco. Ao lado das expressões festivas, enfileiravam-se as do martírio dos pobres condenados. Os cristãos eram entregues ao povo para o castigo que ele julgasse mais justo. Para isso, com intervalos regulares, os jardins estavam cheios de cruzes, de postes, de açoites e numerosos instrumentos outros de flagelação. Havia guardas imperiais para auxiliarem as atividades punitivas. Em fogueiras preparadas, encontravam-se água e azeite fervente, bem como pontas de ferro em brasa, para os que desejassem aplicá-las.
Os gemidos e soluços dos desgraçados casavam-se ironicamente com as notas harmoniosas dos alaúdes. Uns expiravam entre lágrimas e preces, aos apupos do povo; outros, entregavam-se estoicamente ao martírio, contemplando o céu alto e estrelado.
A linguagem mais forte será pobre para traduzir as dores imensas da grei cristã, naqueles dias angustiosos. Não obstante os tormentos inenarráveis, os seguidores fiéis de Jesus revelaram o poder da fé àquela sociedade perversa e decadente, afrontando as torturas que lhes cabiam. Interrogados nos tribunais, em momento tão trágico, declaravam abertamente sua confiança em Cristo Jesus, aceitando os sofrimentos com humildade, por amor ao seu nome. Aquele heroísmo parecia acirrar, ainda mais, os ânimos da multidão animalizada. Inventavam-se novos gêneros de suplício. A perversidade apresentava, diariamente, números novos em sua venenosa facúndia. Mas os cristãos pareciam possuídos de energias diferentes das conhecidas nos campos de batalhas sanguinolentas. A paciência invencível, a fé poderosa, a capacidade moral de resistência, assombravam os mais afoitos. Não foram poucos os que se entregaram ao sacrifício, cantando. Muita vez, diante de tanta coragem, os verdugos improvisados temeram o misterioso poder triunfante da morte.
Terminada a chacina de agosto, com grande entusiasmo popular, continuou a perseguição sem tréguas, para que não faltasse o contingente de vítimas nos espetáculos periódicos, oferecidos ao povo em regozijo pela reconstrução da cidade.
Diante das torturas e da carnificina, o coração de Paulo de Tarso sangrava de dor. A tormenta operava confusão em todos os setores. Os cristãos do Oriente, em sua maioria, trabalhavam por desertar do campo da luta, forçados por circunstâncias imperiosas da vida particular. O velho Apóstolo, entretanto, unindo-se a Pedro, reprovava essa atitude. A exceção de Lucas, todos os cooperadores diretos, conhecidos desde a Ásia, haviam regressado. O ex-tecelão, todavia, fazendo causa comum com os desamparados, fez questão de assisti-los no transe inaudito. As igrejas domésticas estavam silenciosas. Fechados os grandes salões alugados na Suburra para as pregações da doutrina. Restava aos seguidores do Mestre apenas um meio de se entreverem e se reconfortarem na prece e nas lágrimas comuns: era as reuniões nas catacumbas abandonadas. E a verdade é que não poupavam sacrifícios para acorrer a esses lugares tristes e ermos. Era nesses cemitérios esquecidos que encontravam o conforto fraternal para o momento trágico que os visitava. Ali oravam, comentavam as luminosas lições do Mestre e hauriam novas forças para os testemunhos impendentes.
Amparando-se em Lucas, Paulo de Tarso enfrentava o frio da noite, as sombras espessas, os caminhos ásperos. Enquanto Simão Pedro cogitava de atender a outros setores, o ex-rabino encaminhava-se aos antigos sepulcros, levando aos irmãos aflitos a inspiração do Mestre Divino, que lhe borbulhava na alma ardente. Muitas vezes as pregações se realizavam alta madrugada, quando soberano silêncio dominava a Natureza. Centenas de discípulos escutavam a palavra luminosa do velho Apóstolo dos gentios, experimentando o poderoso influxo da sua fé. Nesses recintos sagrados, o convertido de Damasco associava-se aos cânticos que se misturavam de prantos dolorosos. O espírito santificado de Jesus, nesses momentos, parecia pairar na fronte daqueles mártires anônimos, infundindo-lhes esperanças divinas.
Dois meses haviam decorrido, após a festa hedionda, e o movimento das prisões aumentava dia a dia. Esperavam-se grandes comemorações. Alguns edifícios nobres do Palatino, reconstruídos em linhas sóbrias e elegantes, reclamavam homenagens dos poderes públicos. As obras de reedificação do Grande Circo estavam adiantadíssimas. Era imprescindível programar festejos condignos. Para esse fim, os cárceres estavam repletos. Não faltariam figurantes para as cenas trágicas. Projetavam-se naumaquias pitorescas, bem como caçadas humanas no circo, em cuja arena seriam igualmente representadas peças famosas de sabor mitológico.
Os cristãos oravam, sofriam, esperavam.
Certa noite, Paulo dirigia aos irmãos a palavra afetuosa, no comentário do Evangelho de Jesus. Seus conceitos pareciam, mais que nunca, divinamente inspirados. As brisas da madrugada penetravam a caverna mortuária, que se iluminava de algumas tochas bruxuleantes. O recinto estava repleto de mulheres e crianças, ao lado de muitos homens embuçados.
Depois da pregação comovedora, ouvida por todos, com os olhos molhados de lágrimas, o ex-tecelão de Tarso perorava solícito:
— Sim, irmãos, Deus é mais belo nos dias trágicos. Quando as sombras ameaçam o caminho, a luz é mais preciosa e mais pura. Nesses dias de sofrimento e morte, quando a mentira destronou a verdade e a virtude foi substituída pelo crime, lembremos Jesus no madeiro infamante. A cruz tem, para nós outros uma divina mensagem. Não desdenhemos o testemunho sagrado, quando o Mestre, não obstante imáculo, só alcançou neste mundo batalhas silenciosas e sofrimentos indefiníveis. Fortaleçamo-nos na ideia de que seu Reino ainda não é deste mundo. Alcemos o espírito à Esfera do seu amor imortal. A cidade dos cristãos não está na Terra; ela não poderia ser a Jerusalém que crucificou o Enviado Divino, nem a Roma que se compraz em derramar o sangue dos mártires. Neste mundo, estamos em uma frente de combate incruento trabalhando pelo triunfo eterno da paz do Senhor. Não esperemos, portanto, repousar no lugar do trabalho e dos testemunhos vivos. Da cidade indestrutível da nossa fé, Jesus nos contempla e balsamiza o coração. Caminhemos ao seu encontro, através dos suplícios e das perplexidades dolorosas. Ele ascendeu ao Pai, do cimo do Calvário nós lhe seguiremos as pegadas, aceitando com humildade os sofrimentos que, por amor, nos forem reservados…
O auditório parecia extático, ouvindo as palavras proféticas do Apóstolo. Entre as lajes frias e impassíveis, os irmãos na fé sentiam-se mais unidos entre si. Em todos os olhares cintilava a certeza da vitória espiritual. Naquelas expressões de dor e de esperança havia o tácito compromisso de seguir o Crucificado até ao seu Reino de Luz.
O orador fizera uma pausa, sentindo-se dominado por estranhas comoções.
Nesse instante inesquecível, um magote de guardas rompeu afoito no recinto. O centurião Volúmnio, à testa da patrulha armada, fazia intimações em alta voz, enquanto os crentes pacíficos estarreciam surpresos.
— Em nome de César! — bradava o preposto imperial, exultando de contentamento. E ordenando aos soldados que fechassem o círculo em torno dos cristãos indefesos, continuava gritando de modo espetacular. — E que ninguém fuja! Quem o tentar, morre como um cão!
Apoiando-se a forte cajado, pois, nessa noite não tivera a companhia de Lucas, Paulo, ereto, evidenciando sua energia moral, exclamou firmemente:
— E quem vos disse que fugiríamos? Ignorais, porventura, que os cristãos conhecem o Mestre a quem servem? Sois emissário de um príncipe do mundo, que estes sepulcros esperam; mas nós somos trabalhadores do Salvador magnânimo e imortal!…
Volúmnio fitou-o surpreso. Quem seria aquele velho, cheio de energia e combatividade? Apesar da admiração que lhe inspirava, o centurião manifestou seu desagrado num sorriso de ironia. Medindo o ex-rabino de alto a baixo, com olhar de profundo desprezo, acrescentou:
— Atentem bem no que aqui dizem e fazem…
E depois de uma gargalhada, dirigiu-se a Paulo com insolência:
— Como ousas afrontar a autoridade de Augusto? Devem existir, de fato, diferenças singulares entre o imperador e o crucificado de Jerusalém. Não sei onde estaria seu poder de salvação para deixar suas vítimas ao abandono, no fundo dos cárceres ou nos postes do martírio…
Essas palavras eram pontilhadas de mordaz ironia, mas o Apóstolo respondeu com a mesma nobreza de convicção:
— Enganai-vos, centurião! As diferenças são apreciáveis!… É que vós obedeceis a um infeliz e odiento perseguidor e nós trabalhamos por um salvador que ama e perdoa. Os administradores romanos, impensadamente, poderão inventar crueldades; mas Jesus nunca cessará de nutrir a fonte das bênçãos!…
A resposta produzira grande sensação no auditório. Os cristãos pareciam mais calmos e confiantes, os soldados não ocultavam a enorme impressão que os dominava. O centurião, embora reconhecendo o desassombro daquele espírito varonil, não queria parecer fraco aos olhos dos subalternos e exclamou irritado:
— Vamos, Lucílio: três bastonadas neste velho atrevido.
O nomeado avançou para o Apóstolo, impassível. Ante a admiração silenciosa dos presentes, o bastão zuniu no ar, bateu em cheio no rosto do Apóstolo que, nem por isso, se alterou. As três pancadas foram rápidas; no entanto, um filete de sangue lhe escorria da face dilacerada.
O ex-rabino, a quem haviam tomado o cajado de apoio, mantinha-se de pé com certa dificuldade, mas sem trair o bom ânimo que lhe caracterizava a alma enérgica. Fixou os verdugos com firmeza e sentenciou:
— Não podeis ferir senão o corpo. Podereis amarrar-me de pés e mãos; quebrar-me a cabeça, mas as minhas convicções são intangíveis, inacessíveis aos vossos processos de perseguição.
Diante de tanta serenidade, Volúmnio quase recuou aterrado. Não podia compreender aquela energia moral que se lhe deparava aos olhos cheios de espanto. Começava a acreditar que os cristãos, desprotegidos e anônimos, retinham um poder que a sua inteligência não lograva atingir. Impressionando-se com semelhante resistência, organizou, à pressa, as filas dos pobres perseguidos, que, humildes, obedeciam sem vacilar. O velho apóstolo tarsense tomou lugar entre os prisioneiros sem trair o mínimo gesto de enfado ou rebeldia. Observando atentamente a conduta dos guardas, exclamou, quando se deslocava o bloco de vítimas e verdugos, ao primeiro contato com o relento frio da madrugada:
— Exigimos o máximo respeito para com as mulheres e crianças!…
Ninguém ousou responder à observação, articulada em tom grave de advertência. O próprio Volúmnio parecia obedecer inconscientemente às admoestações daquele homem de fé poderosa e invencível.
O grupo marchou em silêncio, atravessando as estradas desertas, chegando à Prisão Mamertina quando listravam o horizonte os primeiros clarões da aurora.
Atirados, previamente, num pátio escuro, até serem alojados individualmente nas divisões gradeadas e infectas, os discípulos do Senhor aproveitaram esses rápidos momentos para conforto mútuo, para trocarem ideias e conselhos edificantes.
Paulo de Tarso, todavia, não descansou. Solicitou audiência ao administrador da prisão, prerrogativa conferida ao seu título de cidadania romana, sendo prestes atendido. Expôs sua doutrina sem rebuços e, impressionando a autoridade com seu verbo fluente e sedutor, encareceu as providências atinentes ao seu caso, pedindo a presença de vários amigos como Acácio Domício e outros, para deporem no concernente à sua conduta e antecedentes honestos. O administrador vacilava na resolução a tomar. Tinha ordens terminantes de recolher ao cárcere todos os componentes de assembleias que se filiassem à crença perseguida e execrada. No entanto, as determinações de ordem superior continham certas restrições, no sentido de preservar, de algum modo, os “humiliores”, aos quais a Corte oferecia recursos de liberdade, caso prestassem juramento a Júpiter, abjurando o Cristo Jesus. Examinando os títulos de Paulo e conhecendo, através de seus informes verbais, as prestigiosas relações de que podia dispor nos círculos romanos, o chefe da Prisão Mamertina resolveu consultar Acácio Domício, sobre as providências cabíveis no caso.
Chamado ao estudo da questão, o amigo do Apóstolo compareceu solícito, procurando falar com o prisioneiro, depois de longa entrevista com o diretor da prisão.
Domício explicou ao benfeitor que a situação era muito grave; que o Prefeito dos Pretorianos estava investido de plenos poderes para dirigir a campanha como melhor entendesse; que toda a prudência era indispensável e que, como último recurso, só restava um apelo à magnanimidade do imperador, perante quem o Apóstolo devia comparecer para defender-se pessoalmente, caso fosse deferida a petição apresentada a César naquele mesmo dia.
Ouvindo essas ponderações, o ex-rabino recordou que uma noite, , entre a Grécia e a Ilha de Malta, ouvira a voz profética de um mensageiro de Jesus, que lhe anunciava o comparecimento perante César, sem esclarecer os motivos do evento. Não seria aquele o momento previsto? Milhares de irmãos estavam presos ou em extrema desolação. Acusados de incendiários, não haviam encontrado uma voz firme e resoluta que lhes advogasse a causa com o preciso desassombro. Percebia em Acácio a preocupação pela sua liberdade; mas, por trás das insinuações delicadas, havia um convite discreto para que ocultasse a sua fé perante o imperador, na hipótese de ser admitido à real entrevista. Compreendia os receios do amigo, mas, intimamente, desejava alcançar a audiência de Nero, a fim de esclarecê-lo quanto aos sublimes princípios do Cristianismo. Constituir-se-ia advogado dos irmãos perseguidos e desditosos. Afrontaria de face a tirania ovante, clamaria pela retificação do seu ato injusto. Se fosse novamente preso, voltaria ao cárcere com a consciência edificada no cumprimento de um sagrado dever.
Depois de rápida meditação sobre a conveniência do recurso que lhe parecia providencial, insistiu com Domício para que o patrocinasse com os empenhos ao seu alcance.
O amigo do Apóstolo multiplicou atividades pessoais para alcançar os fins em vista. Valendo-se do prestígio de todos os que viviam em condições de subalternidade junto do imperador, conseguiu a desejada audiência para que Paulo de Tarso se defendesse, como convinha, no apelo direto à autoridade de Augusto.
No dia aprazado, foi conduzido entre guardas, à presença de Nero, que o recebeu curioso num vasto salão onde costumava reunir os favoritos ociosos da sua Corte criminosa e excêntrica. Interessava-lhe a personalidade do ex-rabino. Queria conhecer o homem que mobilizara grande número de seus íntimos para apoiar-lhe o recurso. A presença do Apóstolo dos gentios causou-lhe enorme decepção. Que valor poderia ter aquele velho insignificante e franzino? Ao lado de Tigelino e de outros conselheiros perversos, fixou ironicamente a figura de Paulo. Era incrível tamanho interesse em torno de uma criatura tão vulgar. Quando se dispunha a recambiá-lo à prisão sem lhe ouvir o apelo, um dos áulicos lembrou que seria conveniente facultar-lhe a palavra, para que se lhe aferisse a indigência mental. Nero, que jamais perdia ocasião de ostentar suas presunções artísticas, considerou o alvitre bem apresentado e ordenou ao prisioneiro que falasse à vontade.
Ladeado por dois guardas, o inspirado pregador do Evangelho levantou a fronte cheia de nobreza, fitou César e os companheiros do seu séquito leviano e começou, resoluto:
— Imperador dos romanos, compreendo a grandeza desta hora em que vos falo, apelando para os vossos sentimentos de generosidade e justiça. Não me dirijo, aqui, a um homem falível, a uma personalidade humana, simplesmente, mas ao administrador que deve ser consciencioso e justo, ao maior dos príncipes do mundo e que, antes de tomar o cetro e a coroa de um Império imenso, deve considerar-se o pai magnânimo de milhões de criaturas!…
As palavras do velho Apóstolo ecoavam no recinto com o caráter de uma profunda revelação. O imperador fixava-o, admirado e enternecido. Seu temperamento caprichoso era sensível às referências pessoais, onde predominassem as imagens brilhantes. Percebendo que se impunha ao reduzido auditório, o convertido de Damasco prosseguiu mais corajoso:
— Confiando em vossa longanimidade, pleiteei esta hora inesquecível, a fim de apelar para o vosso coração, não somente por mim, mas por milhares de homens, mulheres e crianças, que padecem nos cárceres ou sucumbem nos circos do martírio. Falo, aqui, em nome dessa multidão incontável de sofredores, perseguida com requintes de crueldade por favoritos de vossa Corte, que deveria ser constituída de homens íntegros e humanitários. Acaso não chegarão aos vossos ouvidos os lamentos angustiosos da viuvez, da velhice e da orfandade? Oh! Augusto imperante do trono de Cláudio, sabei que uma onda de perversidade e de crimes odiosos varre os bairros da cidade imperial, arrancando soluços dolorosos aos vossos tutelados miserandos! Ao lado da vossa atividade governamental, por certo, rastejam víboras venenosas que é necessário extirpar, a bem da tranquilidade e do trabalho honesto do vosso povo. Esses cooperadores perversos desviam vossos esforços do caminho reto, espalham terror entre as classes desfavorecidas da sorte, ameaçam os mais infelizes! São eles os acusadores dos prosélitos de uma doutrina de amor e redenção. Não acrediteis no embuste dos seus conselhos que ressumam crueldade. Ninguém trabalhou, talvez, quanto os cristãos, no socorro às vítimas do incêndio voraginoso. Enquanto os patrícios ilustres fugiam de Roma desolada, enquanto os mais tímidos se recolhiam aos lugares mais abrigados de perigo, os discípulos de Jesus percorriam os quarteirões em chamas, aliviando as vítimas infortunadas. Alguns imolaram a vida ao altruísmo dignificador. E por fim, vede, os trabalhadores sinceros do Cristo foram recompensados com a pecha de autores do crime hediondo, de caluniadores sem entranhas. Acaso não vos doeu a consciência ao endossardes tão infames alegações, à revelia de uma sindicância imparcial e rigorosa? No esfervilhar das calúnias, não vi surgir uma voz que vos esclarecesse. Admito que participais, certamente, de tão trágicas ilusões, porque não creio no desvirtuamento da vossa autoridade reservada às melhores resoluções em favor do Império. É por isso — ó imperador dos romanos! — que, reconhecendo o grandioso poder enfeixado em vossas mãos, ouso levantar minha voz para esclarecer-vos. Atentai para a extensão gloriosa de vossos deveres. Não vos entregueis à sanha de políticos inconscientes e cruéis. Lembrai-vos de que, numa vida mais elevada que esta, ser-vos-ão pedidas contas de vossa conduta nos atos públicos. Não alimenteis a pretensão de que vosso cetro seja eterno. Sois mandatário de um Senhor poderoso, que reside nos Céus. Para vos convencerdes da singularidade de semelhante situação, volvei um olhar, apenas, ao passado brumoso. Onde os vossos antecessores? Em vossos palácios faustosos perambularam guerreiros triunfantes, reis improvisados, herdeiros vaidosos de suas tradições. Onde estão eles? A História nos conta que chegaram ao trono com os aplausos delirantes das multidões. Vinham soberbos, ostentando magnificências nos carros do triunfo, decretando a morte dos inimigos, adornando-se com os despojos sangrentos das vítimas. Entretanto, bastou um sopro para que resvalassem do esplendor do trono para a escuridão do sepulcro. Uns partiram pelas consequências fatais dos próprios excessos destruidores; outros assassinados pelos filhos da revolta e do desespero. Recordando semelhante situação, não desejo transformar o culto da vida em culto da morte, mas demonstrar que a fortuna suprema do homem é a paz da consciência pelo dever cumprido. Por todas essas razões, apelo para a vossa magnanimidade, não só por mim como por todos os correligionários que gemem à sombra dos cárceres, esperando o gládio da morte.
Observando-se longa pausa no verbo eloquente do orador, podia ver-se a estranha sensação que a sua palavra havia causado. Nero estava lívido. Tigelino, profundamente irritado, procurava um recurso para insinuar-se com alguma observação menos digna, a respeito do postulante. As raras cortesãs presentes não disfarçavam a indizível comoção que lhes abalara o sistema nervoso. Os amigos do Prefeito dos Pretorianos mostravam-se indignados, rubros de cólera. Depois de ouvir um áulico, o imperador ordenou que o apelante se conservasse em silêncio, até que tomasse as primeiras deliberações.
Estavam todos surpreendidos. Não se podia esperar de um velho franzino e doente tamanho poder de persuasão, um desassombro que raiava pela loucura, segundo as noções do patriciado. Por muito menos, velhos e probos conselheiros da Corte haviam alcançado o exílio ou a sentença de morte.
O filho de Agripina parecia abalado. Não mais assentava no olho a impertinente esmeralda, à guisa de monóculo. Tinha a impressão de haver escutado sinistros vaticínios. Entregava-se, automaticamente, aos seus gestos característicos, quando impressionado e nervoso. As advertências do Apóstolo penetravam-lhe o coração, suas palavras pareciam ecoar-lhe nos ouvidos para sempre. Tigelino percebeu a delicadeza da situação e aproximou-se.
— Divino — exclamou o Prefeito dos Pretorianos em atitude servil, a voz quase imperceptível —, se quiserdes, o atrevido poderá morrer aqui mesmo, ainda hoje!
— Não, não — redarguiu Nero comovido —, este homem é dos mais perigosos que tenho encontrado. Ninguém, como ele, ousou comentar a presente situação nestes termos. Vejo, por detrás da sua palavra, muitos vultos talvez eminentes, que, conjugando valores, poderiam fazer-me grande mal.
— Concordo — disse o outro hesitante, em voz muito baixa.
— Assim, pois — continuou o imperador prudentemente —, é preciso parecer magnânimo e sagaz. Dar-lhe-ei o perdão, por agora, recomendando que não se afaste da cidade, até que se esclareça de todo a situação dos seguidores do Cristianismo…
Tigelino escutava com um sorriso ansioso, enquanto o filho de Agripina rematava em voz sumida:
— Mas vigiarás seus menores passos, mantê-lo-ás em custódia oculta, e quando vier a festividade da reconstrução do Grande Circo, aproveitaremos a oportunidade para despachá-lo a lugar distante, onde deverá desaparecer para sempre.
O odioso Prefeito sorriu e acentuou:
— Ninguém resolveria melhor o intrincado problema.
Terminada a breve conversação, imperceptível aos demais, Nero declarou, com enorme surpresa dos palacianos, conceder ao apelante a liberdade que pleiteava em sua primeira defesa, mas reservava o ato de absolvição para quando se apurasse definitivamente a responsabilidade dos cristãos. Dessarte, o defensor do Cristianismo poderia permanecer em Roma, à vontade, submetendo-se, contudo, ao compromisso de não se ausentar da sede do Império, até que seu caso pessoal fosse bastantemente esclarecido. O Prefeito dos Pretorianos lavrou a sentença em pergaminho. Paulo de Tarso, por sua vez, estava confortado e radiante. O caviloso monarca pareceu-lhe menos mau, digno de amizade e reconhecimento. Sentia-se possuído de grande alegria, por isso que os resultados da sua primeira defesa eram de molde a proporcionar nova esperança aos seus irmãos na fé.
Paulo retornou ao cárcere, ficando o administrador notificado das últimas disposições a seu respeito. Só então lhe deram liberdade.
Assaz esperançado, procurou os amigos; mas, por toda parte, só encontrava desoladoras notícias. A maioria dos colaboradores mais íntimos e prestimosos haviam desaparecido, presos ou mortos. Muitos haviam debandado, temerosos do extremo sacrifício. Por fim, sempre teve a satisfação de reencontrar Lucas. O piedoso médico informou-o dos acontecimentos dolorosos e trágicos que se repetiam, diariamente. Ignorando que um guarda o seguia de longe, para lhe situar a nova residência, Paulo, acompanhado do amigo, atingiu uma casa pobre nas proximidades da Porta Capena. Necessitando repousar e fortalecer o corpo debilitado, o velho pregador procurou dois generosos irmãos, que o receberam com imensa alegria. Trata-se de Lino e Cláudia, dedicados servidores de Jesus.
O Apóstolo dos gentios instalou-se no lar pobre, com a obrigação de comparecer à Prisão Mamertina, de três em três dias, até que se aclarasse a situação, de modo definitivo.
Não obstante o consolo de que se sentia possuído, o venerável amigo do gentilismo experimentava singulares presságios. Surpreendia-se a refletir no coroamento da carreira apostólica como se nada mais lhe restasse senão morrer por Jesus. Combatia tais pensamentos, no propósito de continuar propugnando pela difusão dos ensinamentos evangélicos. Não mais pôde encaminhar-se à pregação das catacumbas, dada a prostração física, mas, valia-se da colaboração afetuosa e dedicada de Lucas para as epístolas que julgava necessárias. Nessas, inclui-se , aproveitando dois amigos que partiam para a Ásia. Paulo escreve esse último documento ao discípulo muito amado, tomando-se de singulares emoções que lhe enchem os olhos de lágrimas abundantes. Sua alma generosa deseja confiar ao filho de Eunice as últimas disposições, mas luta consigo mesmo, de modo a não se dar por vencido. O ex-rabino, ao traçar conceitos afetuosos, sente-se qual discípulo chamado a Esferas mais altas, sem poder furtar-se à condição de homem que não deseja capitular na luta. Ao mesmo tempo que confia a Timóteo a convicção de haver terminado a carreira, pede-lhe que envie a ampla capa de couro deixada em Trôade, em casa de Carpo, (2tm 4:13) visto necessitar de agasalho para o corpo abatido. Enquanto lhe envia as últimas impressões cheias de prudência e carinho, roga os seus bons ofícios para que venha à sede do Império, a fim de auxiliá-lo no serviço apostólico. Quando a mão trêmula e rugosa escreve melancolicamente: — “Só Lucas está comigo”, o convertido de Damasco interrompe-se para chorar sobre os pergaminhos. Nesse instante, porém sente afagar-lhe a fronte um como flabelo de asas que adejassem de leve. Brando conforto lhe invade o coração amoroso e intrépido. Nesse ponto da carta, recobra novo ânimo e volta a demonstrar decisão de luta, terminando com as recomendações atinentes às necessidades da vida material e aos seus labores evangélicos.
Paulo de Tarso, entretanto, entrega a missiva a Lucas para expedi-la, sem conseguir disfarçar os seus lúgubres pressentimentos. Em vão, o carinhoso médico e devotado amigo procura desfazer aquelas apreensões. Debalde Lino e Cláudia tentam distraí-lo.
Embora não abandonasse os trabalhos condizentes com a nova situação, o velho Apóstolo mergulhou-se em profundas meditações, das quais apenas se forrava para atender às necessidades triviais.
Efetivamente, decorridas algumas semanas após a carta a Timóteo, um grupo armado visitou a residência de Lino, depois de meia-noite, na véspera das grandes festividades com que a administração pública desejava assinalar a reconstrução do Grande Circo. O dono da casa, a esposa e Paulo de Tarso foram presos, escapando Lucas pelo fato de pernoitar em outra parte. As três vítimas foram conduzidas a um cárcere do monte Esquilino, dando provas de poderosa fé em face do martírio que começava.
O Apóstolo foi atirado a uma cela escura e incomunicável. Os próprios soldados se intimidavam da sua coragem. Ao despedir-se de Lino e sua mulher, enquanto esta se desfazia em lágrimas, o valoroso pregador abraçava-os dizendo:
— Tenhamos coragem. Esta deve ser a última vez em que nos saudamos com os olhos materiais; mas havemos de avistar-nos no Reino do Cristo. O poder tirânico de César não atinge senão o corpo miserável…
Em virtude de ordem expressa de Tigelino, o prisioneiro ficou insulado de todos os companheiros.
Na escuridão do cárcere, que mais se assemelhava a uma cova úmida, deu um balanço retrospectivo em todas as atividades de sua vida, entregando-se a Jesus, inteiramente confiado na sua divina misericórdia. Desejou sinceramente permanecer junto dos irmãos que, por certo, se destinavam aos espetáculos nefandos do dia imediato, esperando com eles comungar a hóstia dos martírios, quando chegasse a hora extrema.
Não pôde dormir, a considerar as horas transcorridas desde o momento da prisão, e concluiu que o dia do sacrifício estaria iminente. Nem uma réstia de luz penetrava o cubículo infecto e acanhado. Percebia, somente, vagos rumores longínquos, que lhe davam ideia da aglomeração popular nas vias públicas. As horas passaram em expectativas que pareciam intermináveis. Depois de angustioso cansaço, conseguiu algumas horas de sono. Acordou, mais tarde, já incapacitado de calcular as horas decorridas. Tinha sede e fome, mas orou com fervor, sentindo que fluíam brandas consolações para sua alma, das fontes da providência invisível. No fundo, estava preocupado com a situação dos companheiros. Um guarda o informara de que enorme contingente de cristãos seria levado ao circo e ele sofria por não ter sido chamado a perecer com os irmãos, na arena do martírio, por amor a Jesus. Mergulhado nessas reflexões, não tardou a sentir que alguém abria, cautelosamente, a porta da enxovia. Conduzido ao exterior, o ex-rabino defrontou seis homens armados que o aguardavam junto de um veículo de regulares proporções. Ao longe, no horizonte pontilhado de estrelas, delineavam-se os tons maravilhosos da madrugada próxima.
O Apóstolo, silencioso, obedeceu à escolta. Ataram-lhe as mãos calejadas, brutalmente, com grosseiras cordas. Um vigilante noturno, visivelmente embriagado, aproximou-se e escarrou-lhe na face. O ex-rabino recordou os sofrimentos de Jesus e recebeu o insulto sem revelar o mínimo gesto de amor-próprio ofendido.
Mais uma ordem, tomou lugar no veículo, junto dos seis homens armados que o observavam, admirados de tanta serenidade e coragem.
Os cavalos trotaram lépidos como se quisessem atenuar a viagem úmida da manhã.
Chegados aos cemitérios que se enfileiravam ao longo da Via Ápia, as sombras noturnas se desfaziam quase completamente, auspiciando um dia de sol radioso.
O militar que chefiava a escolta mandou parar o carro e, fazendo descer o prisioneiro, disse-lhe hesitante:
— O Prefeito dos Pretorianos, por sentença de César, ordenou que fôsseis sacrificado no dia imediato ao da morte dos cristãos votados às comemorações do circo, realizadas ontem. Deveis saber, portanto, que estais vivendo os últimos minutos.
Calmo, olhos brilhantes e mãos amarradas, Paulo de Tarso, mudo até então, exclamou, surpreendendo os verdugos com a sua majestosa serenidade:
— Ciente da tarefa criminosa que vos incumbe desempenhar… Os discípulos de Jesus não temem os algozes que só lhes podem aniquilar o corpo. Não julgues que vossa espada possa eliminar-me a vida, de vez que, vivendo estes fugazes minutos em corpo carnal, isso significa que vou penetrar, sem mais demora, nos tabernáculos da vida eterna, com o meu Senhor Jesus-Cristo, o mesmo que vos tomará contas, tanto quanto a Nero e Tigelino!…
A patrulha sinistra estarrecia de assombro. Aquela energia moral, no momento supremo, era de molde a abalar os mais fortes. Percebendo a surpresa geral e cioso do seu mandato, o chefe da escolta tomou a iniciativa do sacrifício. Os demais companheiros pareciam desorientados, nervosos, trêmulos. O inflexível preposto de Tigelino, porém, ordenou ao prisioneiro que desse vinte passos à frente. Paulo de Tarso caminhou serenamente, embora, no íntimo, se recomendasse a Jesus, compreendendo a necessidade de amparo espiritual para o testemunho supremo.
Ao chegar no local indicado, o sequaz de Tigelino desembainhou a espada, mas, nesse instante, tremeu-lhe a mão, fixando a vítima, e falou-lhe em tom quase imperceptível:
— Lastimo ter sido designado para este feito e intimamente não posso deixar de lamentar-vos…
Paulo de Tarso, erguendo a fronte quanto lhe era possível, respondeu sem hesitar:
— Não sou digno de lástima. Tende antes compaixão de vós mesmo, porquanto morro cumprindo deveres sagrados, em função de vida eterna; enquanto que vós ainda não podeis fugir às obrigações grosseiras da vida transitória. Chorai por vós, sim, porque eu partirei buscando o Senhor da Paz e da Verdade, que dá vida ao mundo; ao passo que vós, terminada vossa tarefa de sangue, tereis de voltar à hedionda convivência dos mandantes de crimes tenebrosos da vossa época!…
O algoz continuava a fitá-lo com assombro e Paulo, notando a tremura com que ele empunhava a espada, concitou resoluto:
— Não tremais!… Cumpri vosso dever até ao fim!
Um golpe violento fendeu-lhe a garganta, seccionando quase inteiramente a velha cabeça que se nevara aos sofrimentos do mundo.
Paulo de Tarso caiu redondamente, sem articular uma palavra. O corpo alquebrado embolou-se no solo, como um despojo horrendo e inútil. O sangue jorrava em golfões nas últimas contrações da agonia rápida, enquanto a expedição regressava penosamente, muda, dentro da luz matinal e triunfante.
O valoroso discípulo do Evangelho sentia a angústia das derradeiras repercussões físicas; mas, aos poucos, experimentava uma sensação branda de alívio reparador. Mãos carinhosas e solícitas pareciam tocá-lo de leve, como se arrancassem, tão só nesse contato divino, as terríveis impressões dos seus amargurosos padecimentos. Tomado de surpresa, verificou que o transportavam a local distante e pensou que amigos generosos desejavam assisti-lo em lugar mais conveniente, para que lhe não faltasse a doce consolação da morte tranquila. Depois de alguns minutos as dores haviam desaparecido por completo. Guardando a impressão de permanecer à sombra de alguma árvore frondosa e amiga, experimentava a carícia das brisas matinais que passavam em lufadas frescas. Tentou levantar-se, abrir os olhos, identificar a paisagem. Impossível! Sentia-se fraco, qual convalescente de moléstia prolongada e gravíssima. Reuniu as energias mentais, como lhe foi possível, e orou, suplicando a Jesus permitisse o esclarecimento de sua alma, naquela nova situação. Sobretudo, a falta de visão deixava-o submerso em angustiosa expectativa. Recordou os dias de Damasco, quando a cegueira lhe invadira os olhos de pecador, ofuscados pela luz gloriosa do Mestre. Lembrou o carinho fraternal de Ananias e chorou ao influxo daquelas singulares reminiscências. Depois de grande esforço, conseguiu levantar-se e refletiu que o homem precisava servir a Deus, ainda que tateasse em densas trevas.
Foi aí que ouviu passos de alguém que se aproximava de leve. Ocorreu-lhe subitamente o dia inesquecível em que fora visitado pelo emissário do Cristo, na pensão de Judas.
— Quem sois? — perguntou como o fizera outrora, naquele lance inolvidável.
— Irmão Paulo… — começou a dizer o recém-chegado.
Mas o Apóstolo dos gentios, identificando aquela voz bem-amada, interrompeu-lhe a palavra, bradando com júbilo inexprimível:
Ananias!… Ananias!…
E caiu de joelhos, em pranto convulsivo.
— Sim, sou eu — disse a veneranda entidade pousando a mão luminosa na sua fronte —, um dia Jesus mandou que te restituísse a visão, para que pudesses conhecer o caminho áspero dos seus discípulos e hoje, Paulo, concedeu-me a dita de abrir-te os olhos para a contemplação da vida eterna. Levanta-te! Já venceste os últimos inimigos, alcançaste a coroa da vida, atingiste novos planos da Redenção!…
O Apóstolo levantou-se afogado em lágrimas de jubilosa gratidão, enquanto Ananias, pousando a destra nos seus olhos apagados, exclamou com carinho:
— Vê, novamente, em nome de Jesus!… Desde a revelação de Damasco, dedicaste os olhos ao serviço do Cristo! Contempla, agora, as belezas da vida eterna, para que possamos partir ao encontro do Mestre amado!…
Então, o devotado trabalhador do Evangelho reconheceu as maravilhas que Deus reserva aos seus cooperadores no mundo cheio de sombras. Tomado de espanto, identificou a paisagem que o rodeava. Não longe estavam as catacumbas da via Ápia. Misteriosas forças o haviam afastado do quadro triste em que se decompunham os despojos sangrentos. Sentiu-se jovem e feliz. Compreendia, agora, a grandeza do corpo espiritual no ambiente estranho aos organismos da Terra. Suas mãos estavam sem rugas, a epiderme sem cicatrizes. Tinha a impressão de haver sorvido um misterioso elixir de juventude. Uma túnica de alvura resplandecente envolvia-o em graciosas ondulações. Mal despertava do seu deslumbramento, quando alguém lhe bateu levemente no ombro: Era que lhe trazia um ósculo fraternal. Paulo de Tarso sentiu-se o mais ditoso dos seres. Abraçando-se ao velho mestre e a , num só gesto de ternura, exclamava entre lágrimas:
— Só Jesus me poderia conceder alegria igual a esta!
Mal não acabara de o dizer, começaram a chegar velhos companheiros de lutas terrenas, amigos de outros tempos, irmãos desvelados que lhe vinham trazer as boas-vindas, ao transpor os umbrais da Eternidade. Os deslumbramentos do Apóstolo sucediam-se ininterruptos. Como se ficassem em Roma, à sua espera, todos os mártires das festividades da véspera chegaram cantando, nas proximidades das catacumbas. Todos queriam abraçar o generoso discípulo, oscular-lhe as mãos. Nesse ínterim, dando a impressão de nascer em maravilhosas fontes do Mais Além, ouviu-se uma cariciosa melodia acompanhada de vozes argentinas, que deviam ser angélicas. Surpreendido com a beleza da composição, intraduzível na linguagem humana, Paulo ouvia o venerando amigo de Damasco, que explicava solícito:
— Este é o hino dos prisioneiros libertados!…
Observando-lhe a intensa comoção, Ananias perguntou qual o seu primeiro desejo na Esfera dos redimidos. Paulo de Tarso, intimamente, recordou Abigail e os anelos sagrados do coração, como aconteceria a qualquer ser humano; mas, integrado no ministério divino, que manda esquecer os caprichos mais singelos, e sem trair a gratidão à misericórdia do Cristo, respondeu comovidamente:
— Meu primeiro desejo seria rever Jerusalém, onde pratiquei tantos males e, ali, orar a Jesus, para ofertar-lhe o meu agradecimento.
Tão depressa o disse e a luminosa assembleia se punha em movimento. Assombrado com o poder da volitação, Paulo observava que as distâncias nada representavam agora para as suas possibilidades espirituais.
De mais alto continuavam fluindo harmonias de sublimada beleza. Eram hinos que exaltavam a ventura dos trabalhadores triunfantes, e a misericórdia das bênçãos do Todo-Poderoso.
Paulo desejava imprimir à divina excursão o sabor de suas reminiscências. Para esse fim, o grupo seguiu ao longo da via Ápia até Arícia, de onde se desviou em direção a Pouzzoles, em cuja igreja se deteve em preces, por alguns minutos de ventura inigualável. Daí a caravana espiritual demandou a Ilha de Malta, transportando-se em seguida para o Peloponeso, onde Paulo se extasiou na contemplação de Corinto, dando curso a recordações carinhosas e doces. Inflamados de entusiasmo fraternal, os componentes da caravana acompanhavam o valoroso discípulo no caminho das sagradas lembranças que lhe vibravam no coração. Atenas, Tessalônica, Filipes, Neápolis, Trôade e Éfeso foram pontos nos quais o Apóstolo estacionara, demoradamente, orando com lágrimas de gratidão ao Altíssimo. Atravessadas as zonas da Panfília e da Cilícia, entraram na Palestina, tomados de júbilo e sagrado respeito. Em todos os caminhos incorporavam-se emissários e trabalhadores do Cristo. Paulo não conseguia avaliar a alegria da chegada a Jerusalém, sob o prodigioso azul do crepúsculo.
Obedecendo ao alvitre de Ananias, reuniram-se no cimo do Calvário e ali cantaram hinos de esperanças e de luz.
Lembrando os erros do passado amarguroso, Paulo de Tarso ajoelhou-se e elevou a Jesus fervorosa súplica. Os companheiros remidos recolheram-se em êxtase, enquanto ele, transfigurado, em pranto, procurava exprimir a mensagem de gratidão ao Divino Mestre. Desenhou-se então, na tela do Infinito, um quadro de beleza singular. Como se houvesse rasgado a imensurável umbela azul, surgiu na amplidão do espaço uma senda luminosa e três vultos que se aproximavam radiantes. O Mestre estava no centro, conservando à direita e Abigail ao lado do coração. Deslumbrado, arrebatado, o Apóstolo apenas pôde estender os braços, porque a voz lhe fugia no auge da comoção. Lágrimas abundantes perolavam-lhe o rosto também transfigurado. Abigail e Estêvão adiantaram-se. Ela tomou-lhe delicadamente as mãos num assomo de ternura, enquanto Estêvão o abraçava com efusão.
Paulo quis lançar-se nos braços dos dois irmãos de Corinto, beijar-lhes as mãos no seu arroubo de ventura, mas, qual a criança dócil que tudo devesse ao Mestre dedicado e bom, procurou o olhar de Jesus, para sentir-lhe a aprovação.
O Mestre sorriu, indulgente e carinhoso, e falou:
— Sim, Paulo, sê feliz! Vem, agora, a meus braços, pois é da vontade de meu Pai que os verdugos e os mártires se reúnam, para sempre, no meu Reino!…
E assim unidos, ditosos, os fiéis trabalhadores do Evangelho da Redenção seguiram as pegadas do Cristo, em demanda às Esferas da Verdade e da Luz…
Lá em baixo, Jerusalém contemplava, embevecida, o dilúculo vespertino, esperando o luar que não tardaria com os primeiros clarões…
Lc 16:9. — (Nota de Emmanuel)
Humiliores eram as pessoas de condição humilde sem qualquer título de dignidade social. — (Nota de Emmanuel)
2tm 4:11 (Nota de Emmanuel)
lc 16:13
Caminho, Verdade e Vida
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 142 Página: 299 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Francisco Cândido Xavier
“Nenhum servo pode servir a dois senhores.” — JESUS (Lc 16:13)
Se os cristãos de todos os tempos encontraram dolorosas situações de perplexidade nas estradas do mundo, é que, depois dos apóstolos e dos mártires, a maioria tem cooperado na divulgação de falsos sentimentos, com respeito ao Senhor a que devem servir.
Como o Reino do Cristo ainda não é da Terra, não se pode satisfazer a Jesus e ao mundo, a um só tempo. O vício e o dever não se aliam na marcha diária.
Que dizer de um homem que pretenda dirigir dois centros de atividade antagônica, em simultâneo esforço?
Cristo é a linha central de nossas cogitações.
Ele é o Senhor único, depois de Deus, para os filhos da Terra, com direitos inalienáveis, porquanto é a nossa luz do primeiro dia evolutivo e adquiriu-nos para a redenção com os sacrifícios de seu amor.
Somos servos d’Ele. Precisamos atender-lhe aos interesses sublimes, com humildade. E, para isso, é necessário não fugir do mundo, nem das responsabilidades que nos cercam, mas, sim, transformar a parte de serviço confiada ao nosso esforço, nos círculos de luta, em célula de trabalho do Cristo.
A tarefa primordial do discípulo é, portanto, compreender o caráter transitório da existência carnal, consagrar-se ao Mestre como centro da vida e oferecer aos semelhantes os seus divinos benefícios.
lc 16:13
Rumo Certo
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 30 Página: - Francisco Cândido Xavier Emmanuel Francisco Cândido Xavier
(O Evangelho )
Letras de câmbio! Alterações de câmbio!…
Em toda parte, vemos o problema da troca na vida monetária por base de sustentação a mercados diversos.
Tanto quanto possível, no entanto, pensa no câmbio da caridade!…
Sempre que se nos fixe a atenção no dinheiro, reflitamos nas aflições que ele pode suprimir.
Medita em teu saldo financeiro, ainda que mínimo, transformado no socorro ao enfermo ou na alegria de uma criança.
Frequentemente, a quantia que julgas modesta e sem qualquer significação, se aplicada a benefício de outrem, pode ser transubstanciada no reconforto e na bênção de muitos.
É inegável que inúmeros de nossos irmãos da Humanidade não compreendem ainda a missão benemérita da riqueza material, dissipando-a sem elevação nem grandeza, tanto quanto existem outros muitos que desconhecem o valor do corpo, dilapidando-lhe as energias sem entendimento ou proveito. Gradativamente, porém, as criaturas observarão a importância do dinheiro, à margem das próprias necessidades, por instrumento potencial de trabalho e educação, progresso e beneficência, à espera de nossas resoluções para construir e servir.
Bendita seja sempre a moeda que remunera o suor do pai de família, que realiza os sonhos respeitáveis da juventude, que se faz socorro aos irmãos desfalecentes na estrada ou que se converte em escora e recuperação dos pequeninos que vagam sem apoio e sem direção!
Coloca-te no lugar daqueles companheiros nossos do mundo que se oneram de débitos e compromissos de solução urgente, que varam humilhação e penúria, que sofrem doença com abandono ou que se estiram nas trilhas de provação, sem ânimo e sem teto, e reconhecerás que a moeda empregada a serviço do bem pode ser comparada a um raio de luz do Céu que verte de Mais Alto, ao encontro da lágrima na Terra, a fim de transformá-la em bênção de esperança e de amor, na edificação de um mundo mais feliz.
lc 16:13
Instrumentos do Tempo
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 23 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Francisco Cândido Xavier
(Lc 16:13)
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Quando o Mestre ensinou que não se pode servir simultaneamente a Deus e a Mamon, (Mt 6:24) não desejava, por certo, dividir as criaturas em dois campos opostos, nos quais os ricos e os pobres, os bons e os menos bons, os justos e menos justos da Terra, se guerreassem constantemente.
Encontrando um doente, que nos propomos aliviar ou curar, efetuamos imediata separação entre enfermo e enfermidade, atacando a moléstia e protegendo-lhe a vítima.
Ninguém cogita de eliminar socorrendo ou de matar medicando.
Por isso mesmo, em nos sentindo defrontados pelo avarento, saibamos afastá-lo da usura, despertando-o para a caridade.
Se somos chamados a cooperar no levantamento de alguém que se entregou ao desequilíbrio, ajudemo-lo a soerguer-se com a verdadeira confiança em si mesmo, devidamente restaurada.
Se o Mestre nos pede o concurso amigo, ao lado de um irmão delinquente, busquemos extirpar-lhe as chagas do remorso, restabelecendo-lhe as oportunidades de refazer-se e servir.
Há quem se isole da luta, a pretexto de cultivar a sublimação. Entretanto, é sempre fácil satisfazer aos imperativos da virtude, onde não há tentações, e não é difícil atender à caridade onde a fartura se revele excessivamente.
Colaboremos com o Senhor, em sua Obra Divina, acendendo luz na sombra e oferecendo bem ao mal, a fim de convertermos a animalidade primitiva em Humanidade real.
Nada existe na Criação de Deus sem a “boa parte”. (Lc 10:42)
Esforcemo-nos por desenvolver os menores princípios de elevação, que nos felicitem o caminho, buscando nas almas, por mais aparentemente transviadas ou infelizes, a “parte melhor” de que são portadoras e, embora movimentando os nossos recursos entre os grandes expoentes do erro e da [maldade, da desordem e da] indisciplina [do delito e da viciação], estaremos realmente a serviço do Senhor, que nos confiou, com o aprendizado da Terra, a nossa bendita oportunidade de aperfeiçoamento e elevação.
Essa mensagem, diferindo nas palavras marcadas e [entre colchetes] foi publicada em setembro de 1953 pela no Reformador e é também a 165ª lição do 1º volume do livro “”
lc 16:13
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários às Cartas de Paulo
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 232 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Francisco Cândido Xavier
“Mas vós não aprendestes assim a Cristo.” — PAULO (Ef 4:20)
O homem, como é natural, encontrará diversas sugestões no caminho. Não somente do Plano material receberá certos alvitres tendentes a desviá-lo das realizações mais nobres. A Esfera invisível, imediata ao Círculo de suas cogitações, igualmente pode oferecer-lhe determinadas perspectivas que se não coadunam com os deveres elevados que a existência implica em si mesma.
Na consideração desse problema, os discípulos sinceros compreendem a necessidade de sua centralização em Jesus-Cristo.
Quando esse imperativo é esquecido, as maiores perturbações podem ocorrer.
O aprendiz menos centralizado nos ensinos do Mestre acredita que pode servir a dois senhores (Lc 16:13) e, por vezes, chega a admitir que é possível atender a todos os desvairamentos dos sentidos, sem prejudicar a paz de sua alma. Justificam-se, para isso, em doutrinas novas, filhas das novidades científicas do século; valem-se de certos filósofos improvisados que conferem demasiado valor aos instintos; mas, chegados a esse ponto, preparem-se para os grandes fracassos porque a necessidade de edificação espiritual permanece viva e cada vez mais imperiosa. Poderão recorrer aos conceitos dos pretensos sábios do mundo, entretanto, Jesus não ensinou assim.
lc 16:13
Religião dos espíritos
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 7 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Francisco Cândido Xavier
Reunião pública de 26 de Janeiro de 1959
de “O Livro dos Espíritos”
Efetivamente, perante a visão da Esfera Espiritual, o homem afortunado na Terra surge sempre à feição de alguém que enorme risco ameaça.
Operários da evolução, a quem se confiou a mordomia do ouro, aqueles que detêm a finança comum afiguram-se-nos companheiros constantemente afrontados pelas perspectivas de desastre iminente, assim como os responsáveis pela condução da energia elétrica, em contato com agentes de alta tensão, ou, ainda, como os especialistas de laboratório, quando impelidos a manusear certa classe de vírus ou de venenos, com vistas à preservação e ao benefício do povo.
Considerando, porém, as inconveniências e desvantagens que assinalam a luta dos que foram chamados a transportar semelhantes cruzes amoedadas, é forçoso convir que o coração voltado para Jesus pode sustentar-se, nesse círculo de incessantes inquietações, na tarefa sublime da paz e da luz, da ascensão e da liberdade.
Isso porque, se o dinheiro nas garras da usura pode agravar os flagícios da orfandade e os tormentos da viuvez, nas mãos justas do bem converte o pauperismo em trabalho e o sofrimento em educação.
Se a riqueza entesourada sem o lucro de todos pode gerar o colapso do progresso, o centavo movimentado ao impulso da caridade é o avivamento do amor na Terra, por transformar-se, a cada minuto, no remédio ao enfermo necessitado, no livro renovador das vítimas do desânimo, no teto endereçado aos que vagueiam sem rumo e na gota de leite que tonifica o corpo subnutrido da criancinha sem lar.
Ninguém tema, desse modo, a grave responsabilidade da posse efêmera entre as criaturas humanas, mas que toda propriedade seja por nós recebida como empréstimo santo, cujos benefícios é preciso estender em proveito geral, atentos à lei de que a felicidade só é verdadeira felicidade quando respira na construção da felicidade devida aos outros.
Assim, pois, compreendamos, com a segurança da lógica e com a harmonia da sensatez, que, em verdade, não se pode servir a Deus e a Mamon, (Lc 16:13) mas que é nossa obrigação das mais simples colocar Mamon a serviço de Deus.
lc 16:19
Escrínio de Luz
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 49 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Francisco Cândido Xavier
Recordemos a lição de Jesus na Parábola, (Lc 16:19) para que não Lhe percamos a bênção do conteúdo.
Não se ergueu Lázaro ao paraíso por que fosse pobre, nem desceu o Rico aos abismos da sombra, por que houvesse granjeado a fortuna entre os homens.
O primeiro elevou-se à glória de Abraão pela humildade com que se portou na prova recebida. Arrojou-se o segundo ao seio atormentado das trevas, pela displicência com que usufruiu a posição e o dinheiro que o mundo lhe oferecia.
Enquanto o Rico se trajava de linho e púrpura, exibia Lázaro as chagas que lhe envenenavam a carne e, enquanto o afortunado companheiro se banqueteava, feliz, sem lembrar-se do irmão desditoso que lhe visitava a porta, conformava-se Lázaro sofredor, com o espinheiro de angústia que as circunstâncias lhe impunham à sensibilidade, incapaz de amaldiçoar o vizinho gozador, indiferente e surdo aos seus rogos.
O problema do Céu para Lázaro e da expiação para o Rico, é de simples atitude, induzindo-nos a meditar nas oportunidades de progresso e sublimação que o Senhor nos confere, para que o tempo amanhã não nos encontre categorizados à condição de réus em nós mesmos.
Não nos esqueçamos, ainda, de que os dois, embora separados por desfiladeiros intransponíveis, na alegria celeste e no sofrimento infernal, podiam comunicar-se entre si, entendendo-se um com outro.
Não olvides que na abundância ou na carência, na mordomia ou na subalternidade, sempre somas depositários da confiança de Deus e que somente a nossa atitude para com a vida, cultivando o bem onde estivermos, determinará a nossa ascensão à luz e o nosso definitivo afastamento do mal.
(Reformador, julho 1958, p. 161)
lc 16:19
Tocando o Barco
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 24 Francisco Cândido Xavier Emmanuel Francisco Cândido Xavier
Não suponhas que o rico da parábola (Lc 16:19) seja a única espécie de mordomo infeliz na vida espiritual.
Ainda hoje há quem se banqueteia no festim da saúde física, menosprezando os enfermos que lhe batem à porta.
Por toda parte, verificamos a luzida assembleia dos que se fartam à mesa da inteligência, olvidando os irmãos de caminho que lhes pedem socorro, mergulhados nas correntes da ignorância.
Em todos os lugares, é possível observar a caravana dos que passam, hipertrofiados de conforto, fugindo aos filhos da angústia que lhes imploram uma réstia de alegria.
Nas variadas sendas do mundo, somos defrontados pelos que se mostram supernutridos de fé, a menoscabar aqueles que lhes suplicam leve migalha de esperança.
Todos somos surpreendidos pelos lázaros da necessidade e da aflição em provas mais ríspidas que as nossas.
Todos identificamos, junto do próprio coração, bafejado de conhecimento superior, companheiros infortunados que se enriqueceriam com mínimos gestos nossos, no setor da bondade e do estímulo, do entendimento e do perdão.
Não te detenhas, tão somente, na contemplação do quadro evangélico, em que um pobre sovina encontrou, ao fim da estrada, apenas o azinhavre a que se lhe reduziu o perecível tesouro.
Recordemos nossas oportunidades de semear o bem, reconhecendo no próximo o degrau vivo que nos conferirá o desejado acesso à comunhão com a Providência Divina.
Abracemos os penitentes da necessidade e do desânimo, da expiação e do sofrimento, que nos anotam os passos, em todos os ângulos da estrada evolutiva e, oferecendo-lhes o próprio coração, em forma de serviço fraterno, estejamos convencidos de que marcharemos com eles na direção da vida imperecível, para a incorporação definitiva de nossa herança espiritual.
Irmão X
lc 16:1
Pontos e Contos
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0 Francisco Cândido Xavier Irmão X
O Evangelho é o Livro da Vida, cheio de contos e pontos divinos, trazidos ao mundo pelo Celeste Orientador.
Cada apóstolo lhe reflete a sabedoria e a santidade.
E em cada página o Espírito do Mestre resplende, sublime de graça e encantamento, beleza e simplicidade.
É a história do bom samaritano. (Lc 10:29)
A exaltação de uma semente de mostarda. (Mt 13:31)
O romance do filho pródigo. (Lc 15:11)
O drama das virgens loucas. (Mt 25:1)
A salvação do mordomo infiel. (Lc 16:1)
O ensinamento da dracma perdida. (Lc 15:8)
A tragédia da figueira infrutífera. (Lc 13:6)
A lição da casa sobre a rocha. (Mt 7:24)
A parábola do rico. (Lc 12:13)
A rendição do juiz contrafeito. (Lc 18:1)
Na montanha, o Divino Amigo multiplica os pães, mas não se esquece de salientar as bem-aventuranças.
Na cura de enfermos ou de obsidiados, traça pontos de luz que clareiam a rota dos séculos restaurando o corpo doente, sem olvidar o espírito imperecível.
Inspirados na Boa Nova, escrevemos para você, leitor amigo, as páginas deste livro singelo.
Por que se manifestam os desencarnados, com tamanha insistência na Terra? não teriam encontrado visões novas da vida que os desalojassem do mundo? — perguntará muita gente, surpreendendo-nos o esforço.
É que o túmulo não significa cessação de trabalho, nem resposta definitiva aos nossos problemas.
É imprescindível agir, sempre a auxiliarmo-nos uns aos outros.
Conta-nos Longfellow a história de um monge que passou muitos anos, rogando uma visão do Cristo. Certa manhã, quando orava, viu Jesus ao seu lado e caiu de joelhos, em jubilosa adoração. No mesmo instante o sino do convento derramou-se em significativas badaladas. Era a hora de socorrer os doentes e aflitos, à porta da casa e, naquele momento, o trabalho lhe pertencia. O clérigo relutou, mas, com imenso esforço, levantou-se e foi cumprir as obrigações que lhe competiam. Serviu pacientemente ao povo, no grande Portão do mosteiro, não obstante amargurado por haver interrompido a indefinível contemplação. Voltando, porém, à cela, após o dever cumprido, oh maravilha! Chorando e rindo de alegria, observou que o Senhor o aguardava no cubículo e, ajoelhando-se, de novo, no êxtase que o possuía, ouviu o Mestre que lhe disse, bondoso:
— “Se houvesses permanecido aqui, eu teria fugido.”
Assim, de nossa parte, dentro do ministério que hoje nos cabe, não nos é lícito desertar da luta e sim cooperar, dentro dela, para a vitória do Sumo Bem.
É por isso, leitor, que trazemos a você estas páginas despretensiosas, relacionando conclusões e observações dos nossos trabalhos e experiências.
Talvez sirvam, de algum modo, à sua jornada na Terra. Mas se houver alguma semelhança, entre estes pontos e contos com algum episódio de sua própria vida, acredite você que isso não passa de mera coincidência.
(.Humberto de Campos)
Pedro Leopoldo, 3 de outubro de 1950.
lc 16:19
Lázaro Redivivo
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 16 Francisco Cândido Xavier Irmão X
Conta-se que o Rico da Parábola, (Lc 16:19) após desiludir-se quanto aos propósitos de voltar à Terra, a fim de anunciar a verdade aos parentes, atormentado de sede desceu às regiões mais baixas do purgatório, forradas de fogo devorador.
De algum modo, resignara-se com os tormentos que lhe assediavam o coração, porque fizera por merecê-los, bem o reconhecia. Despojara viúvas paupérrimas, perseguira órfãos desprotegidos e provocara a falência de homens honestos; faltara a princípios comezinhos de caridade, praticara a usura e subornara consciências frágeis. Sempre decidido a valer-se do fascínio do ouro, aproveitara muita gente invigilante e inclinada ao mal, a serviço da ambição que lhe era própria. Receando o futuro, amealhara consideráveis haveres para os filhos; rodeara-os de vantagens e facilidades econômicas, à custa do angustiado suor dos humildes, por ele convertidos em escravos sofredores. Em suma, fora cruel e fazia jus à punição. Entretanto, não se conformava com a impossibilidade de avistar-se com a família. Por que não voltar à Terra para renovar a concepção da mulher e dos filhos? A companheira sempre fora fiel às suas recomendações. Se pudesse falar-lhe, corrigiria tudo a tempo. Todavia, Pai Abraão não lhe proporcionara qualquer esperança.
Refletia, amargurado, consigo mesmo, quando surgiu alguém no seio das sombras. A princípio, não reconhecera o recém-chegado, mas, depois de um abraço, o visitante exclamou:
— Não se lembra?!
Retribuiu emocionadamente. Recordava-se, agora. Aquele era Benjamim, filho de Habacuc, que o precedera no túmulo. Espantava-o a surpresa do reencontro. Benjamim, tanto quanto ele próprio, fora usurário, de coração frio e duro. O manto roto denunciava-lhe a penosa situação e a cinza que lhe cobria as mãos, o rosto e os cabelos davam a ideia de que o mísero emergia do bojo de uma cratera.
Terminadas as saudações da hora, o Rico humilhado expôs-lhe o caso pessoal. Conformava-se com o purgatório tenebroso, no reconhecimento de suas culpas, contudo desesperava-se pela impossibilidade de voltar a casa, para relacionar a verdade dos fatos.
O outro, porém, após ouvi-lo pacientemente, assegurou:
— Não vale a pena inquietar-se. Voltei e nada consegui.
— Voltou? — inquiriu o novo condenado, deixando transparecer, na voz, um raio de esperança.
— Sim.
— E chegou a visitar sua casa, sua mulher, seus filhos, seus servos, suas propriedades, suas terras, seus jumentos, seus camelos, seus bois?
— Sim.
— Visitou o templo?
— Visitei.
— Tornou a cruzar nossos campos?
— Tornei.
O Rico chegou a olvidar as aflições do momento e, contemplando o interlocutor, admirado, prosseguiu:
— E os familiares? Reconheceram-no?
O interpelado entrou em silêncio. Algumas lágrimas umedeceram-lhe os olhos sombrios. Instado pelo amigo, informou, com desapontamento:
— Visitei a família, detive-me nas propriedades que julguei me pertencessem, rendi homenagem aos tesouros de nossa raça, mas ninguém me reconheceu. Decorridos alguns dias sobre a morte do meu corpo, desarmonizaram-se meus filhos por questões da herança que lhes deixei. Ruben amputou o braço de Eliazar numa cena de sangue, Esaú amaldiçoou os irmãos e entregou-se ao vinho pela ausência do trabalho e Simeão enlouqueceu no vício. Minha esposa, não obstante a idade, apaixonou-se por um rico mercador de tapetes que se assenhoreou do nosso dinheiro e das preciosidades domésticas que me eram mais caras, conduzindo-a para Kades. Minhas terras de Gaza foram vendidas a qualquer preço a libertos romanos, meus camelos foram entregues, a troco de reduzidas moedas, a velhacos negociantes do deserto, meus bois foram mortos, meus jumentos dispersos. Alguns de meus servos fugiram espancados, enquanto outros foram vendidos para Chipre. Minhas propriedades rurais mergulharam no mato, caindo no abandono e entregues a criadores de cavalos e porcos.
Mostrou o Rico uma careta de angústia e perguntou:
— Mas a mulher e os filhos não o reconheceram?
— Visitei-os à noite, para conversarmos a sós, no entanto expulsaram-me em desespero, insistindo para que eu descesse para sempre aos infernos. Em vão procurei fazer insinuar-me entre eles. Não acreditaram na minha presença e fizeram-se surdos às minhas palavras.
Desencantado, o Rico perguntou:
— Não fez reclamações aqui? Não rogou o socorro de Pai Abraão?
Voltou-se o companheiro, explicando gravemente:
— Pedi o amparo dos mensageiros de Jeová, entretanto, em nome d’Ele, nosso Eterno Senhor, esclareceram-me que a obra era minha, que nunca fui verdadeiramente esposo de minha mulher e pai de meus filhos, nem amigo dos cooperadores e dos animais que me serviam diariamente. Jamais auxiliara os meus na aquisição dos valores positivos do espírito imortal e nem criara nas propriedades de que fui mordomo infiel o ambiente de amor e harmonia, calma e confiança que Jeová, em vão, esperou de mim. Apegara-me simplesmente à usura, ao egoísmo, à admiração e culto de mim mesmo, dilatando a vaidade de minha dominação indébita.
E concluiu, com tristeza:
— Por isso, mereci a ironia da sorte e a incompreensão dos meus.
O Rico ouviu, meditou, consultou as próprias reminiscências e, erguendo os braços para o alto, exclamou:
— Glória a Pai Abraão que não permitiu meu regresso à Terra e me deu a sede angustiosa e o fogo consumidor para que sarem as feridas de minhalma!
E, resignado, deitou-se na cinza quente do purgatório, esperando o futuro.
(.Humberto de Campos)
Amélia Rodrigues
lc 16:1
Mensagem do Amor Imortal (A)
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 7 Divaldo Pereira Franco Amélia Rodrigues
Lucas 16:1-34
A incomparável balada rica de esperanças e de alegrias espraiava-se pelas terras distantes umas das outras, anunciando o Reino de Deus que logo mais se instalaria na Terra.
Vivia-se sob a escravidão política de Roma, ultrajante e destrutiva, da Lei judaica, sempre injusta em relação aos desafortunados do mundo, a insidiosa dominação dos rabinos, ambiciosos e insaciáveis, bem como sob o jugo da pobreza, das enfermidades, do abandono dos governantes. . .
O ser humano encontrava-se reduzido à mínima condição de alimária de carga, utilizado apenas quando submetido à sujeição dos poderosos.
Os campos despovoados, as searas abandonadas, as cidades regurgitantes de miseráveis, as praças abarrotadas de desocupados, de enfermos, de mutilados. . .
Os desvios de comportamento emocional e mental avolumavam-se em face da pressão dos sofrimentos diversos, misturando-se com as obsessões crucificadoras, formando uma sinfonia patética, ensurdecedora em todo lugar.
Na região da Galileia, porém, ante a placidez do mar, quebrada somente pelas tormentas periódicas, respirava-se ingenuidade, resignação e alguma fraternidade.
Ocorre que a pobreza desvestida de revolta e sem as angústias decorrentes das ansiedades de poder e de glória une os seus membros em relativa amizade, porque não se tendo o que invejar, nem competir, nem anelar, surge um clima de identificação de necessidades e de compreensão, que a todos atende no mesmo nível de relativa paz.
Foi, nesse cenário de gentes simples e desataviadas, que a sinfonia do Evangelho esplendeu em toda a sua majestade e beleza.
Entre pescadores que amavam a labuta do mar, vinhateiros que se afadigavam pelo cultivo da videira, curtidores de lã animal afeiçoados à fabricação tosca de tecidos, Ele encontrou o coração do povo que abriu a sua acústica para ouvir a melodia da esperança.
Israel estava cansado de rabis e profetas, afinal de contas, mais enfáticos e orgulhosos, guerreiros e presunçosos, que irmãos da plebe e companheiros dos sofredores.
Periodicamente, apareciam tonitruantes, belicosos, ameaçadores, exóticos, conclamando o povo à revolta, ao ódio, ao desforço pela miséria secularmente sofrida, sem oportunidade de dignificação.
Ele, não! Belo como o irradiar da manhã e puro como uma chama ardente, era afável e companheiro, misturando-se com os deserdados e com eles convivendo sem parecer-lhes melhor ou superior.
A Sua voz, embora forte em determinados momentos, era macia e quente aos ouvidos do desespero, apaziguando-o, o que permitia que a Sua palavra penetrasse qual música divina e se fixasse como unguento perfumado nos refolhos das almas.
Assim, conforme seria de esperar-se, a pouco e pouco foi se tornando conhecido e amado - esperança vigorosa daqueles que haviam perdido tudo, menos a identidade com Deus!
Não poucas vezes, contemplando as massas sedentas de paz e necessitadas de pão, Ele as induzia à confiança irrestrita em Deus, que veste de incomparáveis cores as aves dos céus e os lírios do campo, nutrindo de alimentos os primeiros e vitalizando os outros, a fim de que perfumem o ar. E o Seu verbo encorajava-as ao prosseguimento das lutas em que se afadigavam.
Apesar disso, era necessário insculpir nos seus corações os delineamentos do Reino de Deus, de modo que pudessem enfrentar as vicissitudes com fortaleza, superando-as e preparando-se para o futuro após a dissolução das formas orgânicas.
A arte insuperável de narrar história era um dos recursos pedagógicos mais enriquecedores de que se podia dispor, e todos os grandes pensadores utilizaram-se desse admirável mecanismo para expressar o seu pensamento.
Ele também assim o fez.
Ante as inseguranças e problemáticas do entendimento da ética-moral e dos deveres a todos impostos pela vida, Ele recorria às imagens vigorosas do cotidiano para que pudessem entender e vivenciar o mais valioso recurso de dignificação humana.
(. . .) E as parábolas espocavam dos Seus lábios como flores do campo, naturais e formosas.
Uma delas informava que se tratava de um homem rico, que possuía um mordomo, que foi acusado de estar utilizando em benefício próprio bens que não lhe pertenciam.
E porque tudo indicasse a realidade infeliz da sua conduta, o amo chamou-o e pediu-lhe que prestasse contas da sua mordomia, porquanto já não tinha condições de merecer fé nem respeito.
Surpreendido pela atitude severa do amo, o infiel começou a conjecturar a respeito do futuro que lhe estava reservado, constatando não possuir recursos para o exercício de outra função, que lhe exigisse esforço e luta. Então, desonesto como era, convidou um dos devedores do seu patrão e perguntou-lhe:
— Quanto deves ao meu senhor?
Informado que era cem cados de azeite, propôs-lhe que anotasse apenas metade, comprometendo-se a pagá-los.
O mesmo fez em relação a outro devedor, que informou ser cem coros de trigo, indicando-lhe que anotasse apenas oitenta e não deixasse de pagá-los.
Com essa atitude, o sagaz agradou aos devedores, que lhe ficaram amigos, mas também poupou o seu senhor de grandes prejuízos, garantindo-lhe o recebimento de parte das dívidas.
Em face dessa astúcia, o amo também o estimou, porque essa atitude era compatível com aqueles outros desonestos que se comportavam da mesma maneira, muito diferente Aos filhos da luz.
Após silenciar por um pouco, a fim de que os ouvintes pudessem captar o conteúdo do ensinamento, Ele arrematou enfático:
— Granjeai amigos por meio das riquezas da injustiça; para que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabemáculos eternos.
Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito; quem é injusto no pouco, também é injusto no muito.
Se, pois, nas riquezas injustas não fostes fiéis, quem vos confiará as verdadeiras?
E se no alheio não fostes fiéis, quem vos dará o que é vosso?
Ele fez uma grande pausa, perpassando o olhar sobre a massa em meditação, logo prosseguindo:
— Nenhum servo pode servir dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar ao outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.
Os fariseus, que eram gananciosos, ouviam todas essas coisas e zombavam dele.
As riquezas da injustiça constituem os recursos que a sagacidade consegue, amealhando para outrem enquanto acumula também para si.
Impossibilitado de ser honrado no cumprimento dos deveres que lhe dizem respeito, o indivíduo utiliza-se dos bens que pode reunir, compensando a própria astúcia com os valores que supõe pertencer-lhe.
Esse comportamento reserva-lhe meios de sobrevivência para o futuro, mas não lhe granjeia a paz de consciência, pelo reconhecer da falibilidade moral e defecção espiritual.
Esse treinamento da honra ao lado dos pequenos valores, de alguma forma prepara-o para as grandes conquistas de que se verá a braços, a serviço do Senhor da Vinha, Aquele que é a Justiça e Soberania.
Torna-se indispensável aprender a servi-lO mediante os bens da avareza, da transitoriedade, do comércio terreno, no qual a maioria se equivoca, dando-Lhe prioridade e significação.
A sua posição enfrenta, então, duas alternativas, a que diz respeito ao mundo imediato e aquela que se refere à transcendência.
Quem deseje a eterna, certamente terá que despojar- -se da ambição enganosa dos valores transitórios, porque em serviço da autoiluminação, necessita despojar-se de toda sombra interior, enquanto caminha pela senda humana.
Mordomos, todos o somos dos haveres divinos, que nos cumpre prestar contas com fidelidade, a fim de sermos credores da confiança em relação aos eternos recursos da Paternidade Celeste.
Paramirim-BA, em 21. 06. 2004.
AMÉLIA RODRIGUES
lc 16:8
Primícias do Reino
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 6 Divaldo Pereira Franco Amélia Rodrigues
Nuvens esvoaçantes nas franjas do vento jornaleiro. A imensa planície humana a perder de vista.
A considerável extensão de terra, à espera de ser sulcada pelo arado promissor.
O mar, velho amigo, debruçando-se em ondas coroadas de brancas espumas nas areias e nos seixos da praia larga.
Assentado no barco, Jesus alongou os olhos pela planície dos corações e lembrou-se da terra inculta. Tomado de imenso amor pelos homens, depois de falar sobre muitas coisas, considerou: Eis que o semeador saiu a semear. E, quando semeava, uma parte da semente caiu ao pé do caminho.
A luz derrama filões de ouro vivo no céu anilado.
O ar transparente cicia aos ouvidos atenciosos da multidão.
(. . .) E vieram as aves, e comeram-na. . .
O Reino dos Céus é semelhante. . .
O homem bom semeou a boa semente na boa terra; enquanto dormia, um homem mal semeou joio na boa terra. E cresceram trigo e joio. Ora, para salvar o grão sadio foi necessário arrancar o escalracho, erradicando, naturalmente, muito trigo são. O joio, em molhos, foi queimado e o trigo ensacado foi posto no celeiro.
O grão de mostarda é o menor de todos, no entanto, cresce e a planta se torna grandiosa. As aves nela se alojam, procurando agasalho nos seus ramos. . .
O fermento insignificante leveda a massa toda.
O tesouro que um homem encontrou é tão valioso, que tudo quanto possuía vendeu para tê-lo seu.
Outro homem descobriu uma pérola de incomparável valor e de tudo se desfez para consegui-la. . .
Uma rede lançada ao mar reuniu muitos peixes, bons e maus, que foram separados pelo pescador. Assim, mais tarde, serão separados os homens que se candidatam ao Reino dos Céus. . .
* * *
Outra parte caiu em pedregais, onde não havia terra bastante.
Vindo o Sol, queimou-se, e secou-se, porque não tinha raiz. . .
As coisas ocultas, Ele as desvela em parábolas.
Era uma vez. . .
Um homem, pai de família, preparou a terra, plantou-a, circundou-a de um valado, e construiu nela um lagar, edificou uma torre e arrendou-a a trabalhadores. A época dos frutos mandou buscar a parte que lhe pertencia. Os posseiros da terra mataram os primeiros servos, os que vieram depois, e mesmo o Filho do Homem, os criminosos o mataram. Quando, porém, o dono veio. . .
* * *
O pai disse ao filho: Vem trabalhar em minha vinha.
— Não quero! —, mas, arrependendo-se, foi. Chamado o segundo filho, este respondeu:
—Vou! —, mas não ligou importância. . .
* * *
O rei, chegando a ocasião das bodas do filho, mandou os servos convidarem amigos. Os amigos, porém, não quiseram ir. Novos áulicos saíram a repetir o convite, narrando a excelência do banquete que os aguardava, mas eles não desejaram experimentá-lo.
Revoltados com a insistência do rei, mataram os servos. O rei, sabendo da ingratidão dos convidados, ordenou ao seu exército que fosse exterminar os homicidas. . .
* * *
Dez eram ao todo.
Cinco eram noivas loucas. Gastaram o óleo e ficaram sem luz.
Puseram-se a dormir. Ao chegarem os noivos. . .
Eram cinco noivas, virgens e loucas. . .
* * *
— Eu sei que és severo. Amedrontado, enterrei o seu talento, o que me confiaste.
— Mau servo! Tomem quanto tem e deem-no a quem já o tem.
* * *
As melodias cantam no ar leve e transparente.
. . . . Outra caiu entre espinhos e os espinhos cresceram, e sufocaram-na. . .
Quem põe uma candeia acesa sob o alqueire ou escondida?
Uma figueira brava à borda do caminho foi solicitada à doação de frutos; como não fosse ocasião própria de produzi-los, foi considerada inditosa, digna de ser arrancada e lançada ao fogo até converter-se em cinza. . .
* * *
Respondeu-lhe o enfático doutor da Lei: "Aquele que usou de misericórdia com ele".
Vai e faze o mesmo. Esse é o teu próximo. . .
* * *
Amigo, empresta-me três pães.
— Não me importunes.
Levantar-se-á esse amigo para livrar-se do importuno.
* * *
Oh! Dize a meu irmão que reparta os seus bens comigo.
— Quem me pôs a mim por juiz ou repartidor de bens?
Nunca te sentes nos primeiros lugares, sem que tenhas sido mandado pelo teu anfitrião. . .
* * *
(. . .) E outra caiu em boa terra, e deu fruto: um a cem, outro a sessenta e outro a trinta. . .
Hipérbatos, sínquises e hipérboles vestem as abstrações; e, como poemetos, são excertos de vida as canções do Reino de Deus.
Era uma vez. . .
Um credor tinha dois devedores, e como ambos não lhe pudessem pagar. . .
Bem-aventurados aqueles servos, os quais, quando o Senhor vier, achar vigiando!. . . "Qualquer que não levar a sua cruz, e não vier após mim. . .
Pai, pequei contra o céu e perante a ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros.
Trazei o melhor vestido e vesti-o, pondo-lhe um anel na mão, alparcas nos pés. Este meu filho estava morto, e vive; tinha-se perdido, e foi achado. . . "
* * *
E o fariseu dizia: eu pago o tributo, sou justo, cumpro com os deveres que a Lei prescreve. . ., mas aquele que ali está. . .
No entanto, o Senhor lhe disse. . .
* * *
Louvou o amo aquele mordomo injusto por haver procedido prudentemente, porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz. . . . Granjeai amigos. . . . Quem é fiel no mínimo, também é fiel no muito. . .
E a viúva dizia: faze-me justiça contra o meu adversário. . .
Far-lhe-ei justiça, disse o juiz, para que ela não volte a importunar-me. . .
* "Deu-lhes dez minas. . . " "Havia um homem rico, a quem, depois de morto, Abraão disse. . . " "Estes, os últimos, são os primeiros e os primeiros serão os últimos. . . " "Quem tem ouvidos, ouça. . . " E Ele falava por parábolas.
Parábolas, "alegorias que escondem verdades".
Revestidos da pureza das pombas e da vivacidade das serpentes os discípulos da verdade chegam à vida. "Se a vossa fé for do tamanho de um grão de mostarda. . . " O semeador saiu a semear. . .
Parábolas, verdades nas alegorias.
* * *
Os grãos se transformam em grãos e a messe afortunada é ouro em pendões de vida.
Simples e desataviadas, suas palavras são palavras da boca do povo. Ninguém, no entanto, as coordenava como Ele as enunciava.
Havia realmente "algo" n´Ele, na sua forma de dizer. "Ninguém fala como Ele fala" - murmuravam até mesmo os que, conspirando, procuravam motivo de traí-lO. "Fala com autoridade" — reconheciam todos.
A semente é luz e vida.
Vida na semente.
Luz na Vida.
* * *
O Bom Pastor dá a Vida pelas suas ovelhas.
Entrando pela porta estreita, a que se caracteriza pelas dificuldades, o acesso ao reino da Ventura plena se faz triunfal.
Vigiando à porta de entrada, pode o morador defender a casa do assalto dos bandidos que espreitam e se vestem de sombras para a agressão nas sombras.
Os escolhidos são os grãos felizes que se multiplicam em mil sementes compensando a sementeira toda.
* * *
A charneca das paixões é planície de esperança sob a ação da semente.
Na imensa várzea, porém, o dia a dia das criaturas se transforma em lutas por nada.
O solo a arrotear, imenso, quase ao abandono. . . "O semeador saiu a semear. " Parábolas e espírito de vida.
Vida nas parábolas.
Aos seus, aos discípulos, Ele as explicava.
* * *
Já não é dia.
O negro tule da noite corisca nos engastes alvinitentes dos astros, e o vento canta uma onomatopeia em litania ininterrupta.
O semeador repousa. "O Reino dos Céus está dentro de vós. . . " "Vós sois deuses. . . " "Buscai primeiro o Reino. . . " "Quando eu for erguido atrairei todos a mim. "
* * *
A madrugada da Era Nova raia.
O semeador foi erguido. . . numa cruz.
Rasgados, os braços atraem, o coração aguarda.
Caminho para a Vida — o semeador.
Caminho até a porta — o semeador.
A cruz das renúncias e sacrifícios como uma áspera charrua na gleba do espírito — ponte entre os abismos: o "eu" propínquo e "ele" próximo — longínquo.
A charneca reflete a estrela.
A estrela desce ao charco, fica presa à água que a retém e repousa na montanha altaneira.
O semeador espera. . . "Ele saiu a ensinar por parábolas. "E outras caíram em terra fértil e produziram. " A semente é a Palavra para quem busca a Verdade.
A verdade é a Vida.
O semeador saiu a semear. . .
lc 16:30
Trigo de Deus
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 8 Divaldo Pereira Franco Amélia Rodrigues
Ao tempo de Jesus, Nazaré era uma aldeia perdida nas encostas dos montes de calcáreo, na região da Baixa Galileia. Parecia uma pérola, que esplendia entre pedras brutas, cercada de flores miúdas quase que permanentes.
Fundada, fazia mais de dois mil anos, antes de Jesus, não tinha qualquer importância, porque nenhuma estrada significativa a atravessava, exceto quando se seguia a rota algo escarpada na direção do Egito, caminho certamente percorrido por Maria, José e o Filho, quando da fuga para liberar-se do ódio de Herodes.
Nazaré se tornaria conhecida depois dEle.
Não é o lugar que torna notável o homem, mas este que, extraordinário, dignifica o lugar de sua origem elevando-o ao estado de grandeza, de notoriedade.
Nazaré situa-se em uma bacia, a quase quatrocentos metros acima do nível do mar Mediterrâneo.
O seu é um clima privilegiado e o vale de Jezrael é sempre fértil e verde, havendo merecido do historiador Flávio Josefo comentários entusiásticos e comovedores.
Ao oeste, podem-se ver o monte Carmelo e o mar; a leste está o vale do Jordão; ao sul, a planície do Esdrelon, região onde está Meguido e na qual o rei Josias sofreu sua terrível derrota; ali também lutaram os Macabeus, sonhando com a liberdade. Mais ao sul, encontra-se o monte de Gelboé e, a nordeste, o lago de Tiberíades.
Saul fora derrotado pelos filisteus muito perto dali, nas cercanias de Gelboé, ficando assinalado o seu fracasso face à desobediência à profecia de Samuel, o último dos Juizes, que lhe viera falar através da mediunidade exuberante da pitonisa do Endor...
Não sendo uma aldeia importante, esteve sujeita a Jafa, a Séforis, a Quislot, e ficou quase esquecida.
A população da Galileia era constituída por sírios, que vieram do Norte, gentios, romanos do meado do século I, a. C, gregos que fugiram das conquistas de Alexandre Magno, e pelo povo da região, que falavam o dialeto arameu, uma linguagem pobre que se arrimava às imagens vivas da Natureza, sem dispor de um vocabulário próprio para vestir as ideias.
Não seja, portanto, de estranhar, que o Mestre usasse a mesma palavra para definir, às vezes, coisas e acontecimentos diferentes.
Por outro lado, era comum que um mesmo vocábulo adquirisse um significado mais genérico, o que, certamente, criou dificuldades para o entendimento das anotações escriturísticas.
* * *
Em Nazaré haviam chegado as notícias dos feitos que comoveram Cafarnaum.
O jovem ali conhecido passara a curar e o Seu magnetismo arrebatava as multidões necessitadas que O buscavam.
Nesse clima, Ele resolveu em um sábado vir a Nazaré e visitar a sinagoga, como era do Seu hábito.
A casa de orações se encontrava repleta.
A Sua chegada houve uma comoção geral.
A beleza que dEle se irradiava parecia penetrar as almas, sensibilizando-as com amor e ternura, ou despeito e inveja.
Sempre acontecerá o mesmo fenômeno com as pessoas de vida pública, guias e líderes das massas...
NEle, no entanto, atingia-se o máximo e isto se generalizava por onde passasse à Sua grandeza.
Tomando da Tora, Ele leu o texto de Isaías e referiu-se:
— O Espírito do Senhor está sobre mim. Pelo que me unge, para anunciar as boas novas aos pobres.
Silenciou. Logo após, disse:
— Hoje se cumpriu esta Escritura na minha pessoa...
E prosseguiu comentando o texto em luz.
Houve silêncio e interesse.
Alguns presentes indagaram, comovidos: — Não é Ele o filho de José e de Maria, que trabalhava na carpintaria, que todos conhecemos e não são os Seus irmãos e irmãs os amigos com os quais convivemos?
Era, portanto, um momento singular, rico de expectativas e de carinho.
Ele prosseguiu integérrimo:
— Ninguém é profeta em sua terra, nem encontrará guarida na sua própria casa. E se lhe dirá: — Médico, cura-te a ti mesmo. "Quando os céus deixaram de fertilizar a terra com chuvas abençoadas, Elias não atendeu a aflição das viúvas, exceto à de Sarepta, de Sidon... E quando Eliseu veio ao povo e os leprosos o buscaram, ele não os limpou, dando preferência ao sírio Naaman... "Desse modo, foram maltratados pelos familiares e coetâneos. " A ira, a inveja e a revolta uniram-se em desequilíbrio e expulsaram-nO, levando-0 a uma encosta, pensando em atirá-lo do alto, em expiação, qual o fazem com o bode sacrificado na festa do Yom Kippur.
Jesus olhou-os com infinita compaixão, liberou-se de suas mãos e atravessou o grupo furibundo, descendo a Cafarnaum...
Nazaré possuía apenas uma fonte de águas generosas e abundantes, e talvez isso haja contribuído para que permanecesse, até o século II, quase desconhecida.
Graças a Jesus e às terras férteis do vale do Esdrelon tornou-se famosa, enriqueceu-se de cisternas cavadas no calcáreo dos montes.
A pequena pérola cintilante, que era Nazaré com os seus campos de papoulas escarlates e amarelas ao vento, com os cachos de mirra e ervas aromáticas, conheceu Jesus na Sua infância e juventude.
Ele correu por aquelas pradarias, cabelos à brisa e olhar abrangendo os montes altaneiros que a cercavam a distância.
... Nunca mais Ele voltaria a Nazaré, que significa lugar de sentinela.
Nazaré não O recebeu.
A inveja, a mágoa, o despeito dos Seus, expulsaram-nO dali.
Outras Nazarés existem ainda hoje, aguardando os cristãos decididos a fim de os expulsarem dali.
Lucas 16:30 e Mateus 55:56. (Nota da Autora espiritual.)
Joanna de Ângelis
lc 16:2
Dimensões da Verdade
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 30 Divaldo Pereira Franco Joanna de Ângelis
Não esperes os "sinais da morte" em aproximação para que penses nos programas nobilitantes da vida, que não foram executados. Nem constranjas os outros, à hora final, com as confissões de "alívio da consciência" para que consigas uma entrada tranquila no país do além-túmulo...
É muito generalizada a crença de que no instante da despedida se dissipam mágoas e azedumes sob o encantamento mágico da desencarnação, mediante acordos improcedentes...
Muitos moribundos que dispõem de voz, antes do grande coma, arrolam despedidas e acenam adeuses, apresentando as "últimas vontades" com as quais se vinculam, após a partida, aos que se acumpliciaram em atendê-los, alongando a enfermidade nos tecidos sutis do perispírito e gerando delicados processos de obsessão pertinaz nos que ficaram.
Alguns que não puderam expressar os pensamentos atormentantes do leito de agonias, remoem-se nos arrependimentos e tartamudeiam mentalmente o quanto gostariam de ter, porém...
Outros mais, ante a mensagem-aviso desencarnatório preparam-se apressadamente, para desanuviarem a mente sombreada de remorsos, expondo os erros em que incidiram e rogando perdão... Todavia, em recuperando a saúde por impositivo de continuação das lutas na forma física, retornam aos velhos sítios onde se compraziam, recomeçando, ávidos o comércio com a loucura a que se re-entregam...
* * *
A máquina funciona com eficiência enquanto a engrenagem se demora em harmonia. Desengonçada, emperra, com prejuízo para a produção.
Vigorosos cabos sustentam pesos colossais ao império da estrutura bem elaborada. Enfraquecidos pelo uso, perdem a finalidade, ameaçando a segurança.
Instrumentos sensíveis colaboram eficazmente para elaborações nobres. Desajustados levemente, tornam-se danosos a qualquer cálculo e realização.
Todas as peças de engenho humano gozam de um período hábil de utilidade, depois do que não merecem confiança. Algumas alongam o prazo da previsão. Outras, reparadas, servem mais demoradamente. Nunca, porém, com o vigor de que dispunham ao ser produzidas.
Também o corpo, também a oportunidade da reencarnação. "A nossa vida passa rapidamente", afirma o Salmista.
Produze, pois, quanto possas durante o tempo em que podes.
Amanhã serão diferentes as circunstâncias de tempo, modo e lugar...
Movimenta a máquina físico-mental sob o beneplácito da saúde fazendo o melhor ao teu alcance. Retornando da enfermidade serão menores as probabilidades de êxito.
Apazigua a consciência reparando, com o bem, os males praticados, enquanto caminhas com os ludibriados pela tua incúria.
Resolve as tuas dificuldades nos dias de vigor da experiência carnal, evitando transferir para os outros os malogros em que demoraste por imprevidência.
Mesmo que te tranquilizes aparentemente por transferência de responsabilidade para outrem, despertarás, após a viagem, como és, com o que tens, como agiste durante o período previsto para a tua finalidade pelo Excelso Concessionário.
* * *
O Evangelista Lucas, no versículo 2 do Capítulo 16 (Lc 16:2), narrando a Parábola do Mordomo infiel, refere-se ao impositivo de "dar conta da administração".
A vida física é posse transitória da Fazenda Divina, de que terás de dar conta.
Recorda que Jesus, o Operário Incansável, em chegando a hora do encontro com Deus, não arrolou, na Cruz, queixas ou recriminações, lamentos ou petitórios e, estando tranquilo pela tarefa bem cumprida, "entregou o Espírito às mãos do Pai", serenamente, inaugurando, logo depois, com a sua Ressurreição gloriosa, após o túmulo, a Era nova do espírito imortal. Vive com reta conduta antes da desencarnação, porque, também tu, ressuscitarás depois da morte.
lc 16:13
Convites da Vida
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 10 Página: 38 Divaldo Pereira Franco Joanna de Ângelis
Será possivel o consórcio da Espiritualidade com as ambições mundanas?
Será crível amar as estrelas e demorar-se no charco?
Pode-se estudar o bem e cultivar a ilusão?
Permite-se o concurso da saúde no organismo debilitado?
É factível a dedicação à caridade e o comércio com a rebeldia?
Disse Jesus com propriedade inalterável: – "Não se serve bem a dois senhores. " Sem dúvida, não nos encontramos diante da necessidade de construir comunidades novas em que a ojeriza ao mundo se patenteie pela fuga aos cometimentos humanos. Não estamos diante de uma imposição para que se edifiquem células quistosas no organismo social, em que os seus membros se transformem em marginais da vida contemporânea. Desejamos aclarar quanto à necessidade de que aquele que encontrou a rota luminosa da Verdade, por um princípio de coerência natural, não se deve permitir engodos.
Desde que não se podem coadunar realidades que se contrapõem, tu que conheces os objetivos da vida não deves permitir fixações e posições falsas que já deverias ter abandonado a benefício da paz interior, enquanto conivindo com atitudes dúbias, navegando no mar das indecisões, estarás na crista e nas baixadas das ondas das dúvidas sob as contingências das posições emocionais em atropelo.
O convite do Cristo tem sido sempre imperioso. Tomando-se da charrua não se deve olhar para trás. Diante do desejo da retificação, marchar para o bem e não tornar ao pecado. . .
Imprescindível decidas o que desejas da vida, como conduzires a vida, qual a ideia que fazes da vida e, por fim, marcha na direção da Vida que venhas a eleger como rota para a verdadeira Vida.
lc 16:13
Jesus e o Evangelho (Série Psicologica Joanna de Ângelis Livro 11)
Categoria: Livro Espírita
Ref: 9690 Capítulo: 22 Divaldo Pereira Franco Joanna de Ângelis
(. . .) Não podeis servir simultaneamente a Deus e a Mamon.
Lucas, 16:13
O homem, na perspectiva da Psicologia Profunda, é um ser real, estruturalmente parafísico, revestido de corpo somático, que lhe permite o processo de construção de valores ético-morais e aquisições espirituais que o tornam pleno, quanto mais conquista e ascende na escala evolutiva com abandono das mazelas que lhe constituem embaraço ao progresso.
Criação do Psiquismo Divino é germe de vida fadado ao desabrochar de mil potencialidades que lhe dormem na essência, que é a sua realidade.
Cada etapa do desenvolvimento emocional e moral rompe-lhe envoltórios grosseiros que resguardam os tesou-ros-luz que lhe cumpre desvelar.
Qual diamante valioso e desconhecido, oculto em grosseiro revestimento, a lapidação lhe favorece o surgimento da grandeza de que é investido.
A sua emancipação resulta do esforço que empreende para vencer os obstáculos que lhe dificultam o voo no rumo da plenitude que o aguarda. Etapa a etapa, no entanto, adquireforça que o propele a vencer os empecilhos e autoencontrar-se ao longo da marcha ascensional.
Mergulhando no corpo, e dele saindo sempre com as conquistas adquiridas, que lhe servem de investimento para experiências mais audaciosas, o Self se desenovela dos impositivos do ego até esplender em magnífico sol de autorrealização.
Depositário de incomparáveis títulos de enobrecimento, perdese, temporariamente, no báratro do processus iluminativo, demorando-se por ignorância ou teimosia na ilusão em que mergulha e de que se deve libertar, não poucas vezes a sacrifício e abnegação com vistas aos resultados compensadores que lhe advêm.
Por instinto de conservação da vida, apega-se aos recursos que lhe passam pelo caminho: afetivos, emocionais, materiais e, sem as reservas morais suficientes, submete-se-lhes, escravizandose, para depois vencer, a ingentes lutas, a situação calamitosa a que se atirou.
As experiências não vivenciadas, as circunstâncias ainda não conhecidas constituem-lhe a sombra, que se pode apresentar, também, do nosso ponto de vista, como os insucessos, os abusos, os desgastes a que se entregou, fazendo-a densa, porque necessitada de diluir-se através de outras atitudes compatíveis com as conquistas da inteligência e do sentimento.
A propriedade é conquista antropossocioeconômica que resulta de longas buscas nos relacionamentos humanos, objetivando harmonia e respeito pelos valores indispensáveis às trocas que fomentam o comércio, que nobilitam a existência e que promovem o progresso.
Em grande parte, é resultado da avareza, da ilicitude, da ambição desmedida, de atos ignóbeis, como heranças do primarismo de que ainda não se libertou imenso contingente de seres humanos.
Normalmente, porém, é aquisição digna de cada qual, que envida sacrifício e habilidade, conhecimento e labor a fim de adquiri-la, pensando de forma previdente nos dias difíceis da velhice, da enfermidade, da morte. . .
A sociedade, de alguma forma, estabelece os seus sistemas nos valores e posses dos grupos afins, das entidades congêneres, das nações e seus recursos, de modo a facilitar o intercâmbio bemcomo a competitividade de produtos e bens de consumo entre as pessoas e os povos da Terra.
Tem um fim providencial, que é desenvolver a indústria, a ciência, fomentar as artes, facilitar a comodidade e propiciar valores que contribuem para a sobrevivência dos indivíduos e dos grupos humanos.
Entregar-se à sua conquista é dever de todo indivíduo que pensa e constitui célula do organismo da sociedade. A família depende desses recursos, como a própria criatura, trabalhando em favor da harmonia do grupamento no qual se encontra colocada.
Constitui um laço que retém o indivíduo à vida física, estimulando-o ao crescimento intelectual e cultural, para mais facilmente aumentar os haveres.
O risco da posse ou da aquisição da propriedade não está no fato em si mesmo de os conseguir, mas na maneira como isto se dá, além do que representa emocionalmente.
Se é um meio para alcançar-se equilíbrio e bem-estar, torna-se instrumento dignificante; todavia, se se converte em único objetivo existencial, transforma-se em gigante cruel da realidade do ser, que se lhe escraviza e atormenta as demais pessoas que lhe padecem a insegurança e ambição.
Há perigos na posse, que resultam do estágio espiritual daquele que a armazena, deixando-se dominar pelos valores transitórios, a que atribui duração permanente, escorregando na loucura do desregramento que proporcionam, ou das paixões de outra ordem a que se entrega, desejando usufruir além das possibilidades de manter o próprio gozo.
A posse que leva à riqueza, à fortuna, também facilita os desmandos, o exacerbar dos sentimentos vis como o orgulho, o egoísmo, a vaidade desmedida, a alucinação argentária em detrimento do enriquecimento interior, que se consegue por meio da abnegação, da renúncia, do devotamento e, sobretudo, da seleção de valores entre aqueles que são eternos e os efêmeros, que transitam de mãos.
O Homem-Jesus sabia-o, e esclareceu com vigor que não se pode servir simultaneamente a dois senhores com a mesma dedicação, que podem ser também interpretados como a realidade do Si e o capricho do ego. O primeiro é permanente; o outro, transitório. Enquanto um necessita de previdência e equilíbrio para o engrandecimento e a conquista de mais altospatamares, o outro permanece mesquinho e diminuto, comprazendo-se no imediatismo inseguro de necessidades que se renovam sem cessar.
O ser humano tem o dever de selecionar os objetivos existenciais, colocando-os em ordem de acordo com a qualidade e o significado de todos eles, para empenhar-se em destacar aqueles que são primaciais, exigindo todo o empenho, e aqueloutros que são secundários, podendo ser conduzidos com naturalidade, sem maior sofreguidão.
A propriedade pode tornar-se, em razão do ego, motivo de males incontáveis, como sob a inspiração do Self transformar-se em fonte de inexauríveis bênçãos para aquele que é o seu momentâneo detentor e os outros que se lhe acercam em carência.
Deus faculta a riqueza, proporcionando recursos ao ser humano para desenvolver a consciência e ampliar os sentimentos superiores.
A aquisição de valores propicia e estimula o trabalho incessante, motivando o homem à renovação das forças e aos empreendimentos que se multiplicam em competição justa pelo adquiri-las. E estimulante para a existência física e fator de identificação social no grupo em que se movimenta.
Jesus compreendia a finalidade superior da propriedade, por isso, valorizou-a, quando conviveu com os homens de bem e aqueles que possuíam recursos, estimulando-os, porém, a buscarem o Reino dos Céus, de que se haviam esquecido.
Quando se reportou aos ricos, aparentemente apresentando palavras duras, não se deteve somente na referência aos detentores de coisas, moedas, minerais preciosos, propriedades, escravos, mas também aos possuidores de exacerbado orgulho, de incomum dureza de sentimentos, de rancor e de ódio, de presunção e de avareza, que também são possuidores de preciosos bens, de que não se dispõem a libertar.
Por outro lado, a inteligência, a saúde, a memória, as aptidões gerais constituem recursos valiosos de que se deve utilizar o Espírito com sabedoria, a fim de dar conta, mais tarde, da aplicação que foi feita.
Não são poucos aqueles que se empenham para conseguir propriedades, que os tornam desditosos, incompletos, mais ambiciosos, enquanto deveriam reflexionar em torno da sua realidade psicológica, dos haveres morais e sentimentais,empenhando-se pela conquista de segurança espiritual, em vez daquela de natureza física, que mil fatores mutilam, alteram ou destroem com facilidade.
Os valores que jamais se perdem, são as conquistas elegidas pela razão e pela emoção, que não se transferem de mãos, não perdem a atualidade, constituindo fonte incessante de enriquecimento interior.
Em um estudo profundo da consciência humana na Sua e em todas as épocas, o Mestre Jesus foi de uma clareza incomparável, estabelecendo que não podeis servir simultaneamente a Deus e a Mamon.
André Luiz
lc 16:13
Conduta Espírita
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 10 Página: 46 Waldo Vieira André Luiz
Situar em posição clara e definida as aspirações sociais e os ideais espíritas cristãos, sem confundir os interesses de César com os deveres para com o Senhor.
Só o Espírito possui eternidade.
Distanciar-se do partidarismo extremado.
Paixão em campo, sombra em torno.
Em nenhuma oportunidade, transformar a tribuna espírita em palanque de propaganda política, nem mesmo com sutilezas comovedoras em nome da caridade.
O despistamento favorece a dominação do mal.
Cumprir os deveres de cidadão e eleitor, escolhendo os candidatos aos postos eletivos, segundo os ditames da própria consciência, sem, contudo, enlear-se nas malhas do fanatismo de grei.
O discernimento é caminho para o acerto.
Repelir acordos políticos que, com o empenho da consciência individual, pretextem defender os princípios doutrinários ou aliciar prestígio social para a Doutrina, em troca de votos ou solidariedade a partidos e candidatos.
O Espiritismo não pactua com interesses puramente terrenos.
Não comerciar com o voto dos companheiros de Ideal, sobre quem a sua palavra ou cooperação possam exercer alguma influência.
A fé nunca será produto para o mercado humano.
Por nenhum pretexto, condenar aqueles que se acham investidos com responsabilidades administrativas de interesse público, mas sim orar em favor deles, a fim de que se desincumbam satisfatoriamente dos compromissos assumidos.
Para que o bem se faça, é preciso que o auxílio da prece se contraponha ao látego da crítica.
Impedir palestras e discussões de ordem política nas sedes das instituições doutrinárias, não olvidando que o serviço de evangelização é tarefa essencial.
A rigor, não há representantes oficiais do Espiritismo em setor algum da política humana.
lc 16:19
Obreiros da Vida Eterna
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 8 Página: - Waldo Vieira André Luiz
Completa a comissão de serviço de que Zenóbia se fazia acompanhar, pusemo-nos em marcha, abeirando-nos do vale de treva e sofrimento.
A sombra tornava-se, de novo, muito densa e não se conseguia divisar o recôncavo. Frases comovedoras, porém, subiam até nós. Dolorosos ais, blasfêmias, imprecações. Guardava a ideia de que vastíssimo agrupamento de infelizes se rebolcava no solo, em baixo. Os impropérios infundiam receio; contudo, os gemidos ecoavam-me angustiosamente nalma. Certo, os demais companheiros experimentavam análogas emoções, porque a Irmã Zenóbia tomou a palavra, esclarecendo:
— Os padecimentos que sentimos não se verificam à revelia da Proteção Divina. Incansáveis trabalhadores da verdade e do bem visitam seguidamente estes sítios, convocando os prisioneiros da rebeldia à necessária renovação espiritual; no entanto, retraem-se eles, revoltados e endurecidos no mal. Lamentam-se, suplicam e provocam compaixão. Raramente alguns deles nos ouvem o apelo. Às vezes, intentamos impor-lhes o bem. Entretanto, quando retirados compulsoriamente do vale tenebroso, acusam-nos de violentadores e ingratos, fugindo ao nosso contato e influenciação.
Embora o triste conteúdo da notificação, Zenóbia no-la fornecia, inflamada no espírito de serviço, a julgar pelo bom ânimo que transparecia de seus gestos e palavras.
— A negação deles, — continuou a orientadora, — não é motivo para qualquer negação de nossa parte. Lembremo-nos de que o esforço da Natureza converte o carvão em diamante… Trabalhemos em benefício de todos os necessitados, procurando, para o nosso espírito, o divino dom de refletir os Supremos Desígnios. Façam-se as obras da vida, não como queremos, mas como o Senhor determine. Grande é a beneficência do Pai para conosco. Repartamo-la em serviço de fraternidade e esclarecimento, na harmonia comum.
Em seguida, dez cooperadores, obedecendo-lhe as ordens, acenderam focos de intensa luz.
Contemplamos, então, sensibilizados e surpresos, monstruoso quadro vivo. Vasta legião de sofredores cobria o fundo, um pouco abaixo de nossos pés. A rampa que nos separava não era íngreme, mas compacto e enorme o lamaçal.
Em face da claridade brusca, muitas vozes suplicaram socorro, em frases angustiosas que nos cortavam a alma. Outras, porém, faziam-se ouvir, diferentes: vociferavam blasfêmias, ironias, condenações.
Recomendou Zenóbia, por necessário ao êxito de nossos trabalhos, nos congregássemos todos em grupo exclusivo, de modo a infundir respeito e temor nas perigosas entidades que ali se misturavam aos infelizes, acrescentando:
— Os adeptos da revolta e do desespero encontram-se igualmente aqui, compelindo-nos a severa atividade defensiva. São pobres desequilibrados que tentam induzir todas as situações à desarmonia em que vivem.
Em seguida, solicitou ao padre Hipólito dirigisse apelo geral, em nome do Senhor, às vítimas do infortúnio, para que considerassem a necessidade da transformação íntima.
O ex-sacerdote abriu pequeno manual evangélico que carregava consigo e leu, na relação do Apóstolo Lucas, a parábola do homem rico que se vestia de púrpura, em regalada existência, enquanto o mendigo chaguento lhe batia, debalde, à porta da sensibilidade. Pronunciou, alta e pausadamente, todos os versículos, Lc 16:19. Logo após, enchendo o expressivo silêncio, destacou a sentença “Lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida”, constante do versículo vinte e cinco, e dispunha-se ao comentário, quando certos gritos blasfematórios chegaram até nós, ameaçadores e sarcásticos:
— Fora! Fora! Abaixo as mentiras do altar!
— Ataquemos de vez o padre!
— Estamos bem, somos felizes! Não pedimos auxílio algum, não precisamos de arengas!
— Temos aqui o nosso céu! Vão para os infernos!…
Os adversários gratuitos de nossa atuação não se limitaram ao vozerio perturbador. Bolas de substância negra começaram a cair, ao nosso lado, partindo de vários pontos do abismo de dor.
— As redes! — Exclamou Zenóbia, dirigindo-se a alguns colaboradores, — estendam as redes de defesa, isolando-nos o agrupamento.
As determinações foram cumpridas rapidamente. Redes luminosas desdobraram-se à nossa frente, material esse especializado para o momento, em vista da sua elevada potência magnética, porque as bolas e setas, que nos eram atiradas, detinham-se aí, paralisadas por misteriosa força.
A diretora da Casa Transitória, afeita a ocorrências iguais àquela, fornecia-nos belo exemplo de firmeza e serenidade. Após organizar a defensiva, fez sinal ao pregador para que falasse; e o padre Hipólito, sobrepondo-se aos ruídos e insultos, iniciou o comentário com empolgante acento:
— Irmãos, que vos prepareis para a recepção da Luz Divina, é o nosso desejo fraternal! Reúnem-se aqui várias centenas de infortunados companheiros em precárias condições espirituais. De alma esfrangalhada pela dor, vencidos de aflição, suportando inomináveis padecimentos, entregai-vos, muita vez, ao desalento, à rebeldia e ao desespero. Perturbada e desditosa, vossa mente não sabe senão fabricar pensamentos de angústia destruidora. Alegais que as Forças Divinas vos esqueceram no vale fundo das trevas e, de negação em negação, transformai-vos, gradativa e naturalmente, em perigosos gênios da sombra e do mal, personificando figuras diabólicas e assediando, indistintamente, as obras edificantes dos mensageiros do Pai. Cruéis perversões interiores modificam-vos o aspecto fisionômico. Não vos assemelhais às criaturas humanas que fostes, repletas de dons divinos, e, sim, a imagens vivas das regiões infernais, infundindo compaixão aos bons, receio e pavor aos mais tímidos. Na lastimável posição mental a que vos conduzistes e na qual muitos de vós outros perseverais apaixonadamente, sois tão autênticos demônios da perversidade e do crime, que nem mesmo as vergastadas da dor conseguem modificar a boca disforme. Entretanto, sois nossos irmãos mais infelizes, aleijados do sentimento e do raciocínio, perdidos em dolorosos desertos da ignorância, não por falta de amor da Providência Celeste, mas pela própria imprevidência no descaso com que recebestes na Terra todas as oportunidades de ascensão à Esfera superior do Espírito eterno. Por mais que nos expulseis de vossas congregações de sofrimento, nunca escasseará, para convosco, nossa sincera comiseração. Visitaremos a paisagem sinistra dos abismos, quantas vezes se façam necessárias. Nunca nos cansaremos de proclamar a misericórdia excelsa do Pai e jamais se imobilizará nossa mão fraterna no sublime serviço da semeadura do bem e da verdade!
As palavras injuriosas que ouvíamos antes, desapareceram, pouco a pouco. A franqueza de Hipólito triunfara. O pregador falava com ardorosa eloquência e, possuído de angélicos pensamentos, todo ele irradiava luz. Ante o respeitoso silêncio que o seu verbo inflamado provocara, prosseguiu, comovendo-nos:
— Dominam-vos a inveja e o despeito, a maldade e o sarcasmo, quando não permaneceis aniquilados de supremo terror. Emitis desordenadas paixões, entre coros de ironias e lágrimas… Quase todos, recebeis nosso concurso amoroso, reagindo, impenitentes. Acreditais que somos agraciados por favores indébitos, que somos prediletos dos Céus e afirmais levianamente que privilégios gratuitos nos felicitam a vida. Ó meus amigos! Não vos falará, porventura, a inteligência da justiça indefectível que rege toda a vida? Somos, também, batalhadores a longa distância da última vitória sobre nós mesmos, encontramo-nos, igualmente, no mesmo carreiro de redenção. Trabalhamos, lutamos, choramos e sofremos; apenas diverge de algum modo a nossa posição da vossa, porquanto, nós outros, que vos dirigimos a palavra tranquila e fraterna, já iniciamos o luminoso aprendizado do reconhecimento a Deus, nosso Pai, todo poder, justiça e misericórdia, agradecendo ao Cristo, o Divino Intermediário, o ensejo de trabalho e realização no presente. Também sentimos saudades do lar terrestre e dos brandos elos afetivos que se movimentam agora, muito distantes, experimentando, como vos acontece, o vivo desejo de regressar ao passado, a fim de retificar os caminhos percorridos, e, quase sempre, debalde procuramos aqueles que nos testemunharam amor, com o fim de beijar-lhes as mãos e pedir-lhes esquecimento das nossas fraquezas. Possuímos, todavia, a felicidade de compreender a extensão de nossos débitos e pusemo-nos, desde muito, a caminho do futuro redentor.
Penetrando a interpretação direta da parábola, Hipólito modificou o tom de voz e prosseguiu:
— Qual de nós não terá sido, na Crosta do Mundo, aquele “rico, vestido de púrpura e linho finíssimo”, do ensinamento do Mestre? Exibíamos a roupa vistosa e brilhante do “eu” egoístico, ferindo a observação de nossos semelhantes e vivendo o bendito ensejo de permanência nos Círculos carnais, “regalada e esplendidamente”. Todos nós, que nos associamos nesta paisagem de dor, tivemos, em derredor, mendigos de afeto e socorro espiritual mostrando-nos, em vão, as chagas de suas necessidades. Chamavam-se eles familiares, parentes, companheiros de luta, irmãos remotos de humanidade… Eram filhos famintos de orientação, pais necessitados de carinho, viandantes do caminho evolutivo sequiosos de auxílio, que, improficuamente, se aproximavam de nós, implorando algo de reconforto e alegria. Em geral, lembrávamo-nos sempre tarde de suas feridas interiores, indiferentes ao menosprezo da oportunidade sublime que nos fora concedida para ministrar-lhes o bem. No justo instante a que se recolhiam no leito mortuário, multiplicávamos afetos e carícias, depois de haver gasto o tempo sagrado da vida humana entre a insensibilidade e a exigência. Desejavam, os mais pobres que nós, alguma coisa das migalhas de nosso permanente banquete de conhecimentos e facilidades, frequentavam-nos a companhia, quais crianças necessitadas de iluminação e ternura, e os próprios cães se inclinavam para eles, tomados de natural simpatia… Nós, porém, envaidecidos das próprias conquistas, encarcerados em clamorosa apatia, amontoávamos expressões de bem-estar, crendo-nos superiores a todas as criaturas integrantes do quadro de nossa passagem pela carne. Prisioneiros de nossas criações inferiores, a morte precipitou-nos no despenhadeiro purgatorial, semelhante ao tenebroso inferno da teologia mitológica. Envelhecida e rota a veste rica da oportunidade, ao término do curso de aprimoramento espiritual no educandário terrestre, somos, por vezes, mais pobres que o último dos miseráveis que nos batiam, confiantes, à porta do coração e para os quais poderíamos ter sido beneméritos doadores da felicidade. Viajores, na travessia do rio sagrado da elevação, fugíamos de todos os companheiros necessitados, instituíamos serviços ativos de vigilância contra os náufragos sofredores, estimávamos, acima de tudo, o bom tempo, as ilhas encantadas de prazer, a camaradagem dos mais fortes, para atingir a outra margem, humilhados e pesarosos, em terríveis necessidades do espírito, incapazes de prosseguir a caminho dos continentes divinos da redenção… Sejamos razoáveis, meus irmãos, reconhecendo que esse inferno é construção mental em nós mesmos. O estacionamento, após esforço destrutivo, estabelece clima propício aos fantasmas de toda sorte, fantasmas que torturam a mente que os gerou, levando-a a pesadelos cruéis. Cavamos poços abismais de padecimentos torturantes, pela intensidade do remorso de nossas misérias íntimas; arquitetamos penitenciárias sombrias com a negação voluntária, ante os benefícios da Providência. Desertos calcinantes de ódio e malquerença estendem-se aos nossos pés, seguindo-se a jornadas vazias de tristeza e desconsolo supremo. Semelhamo-nos a duendes vagabundos da inquietação e do desalento, pela amargura do que fomos e pela dificuldade quase invencível na aquisição dos recursos para o que devemos vir a ser. De um lado, a falência gritante; do outro, o desafio da vida eterna. Como o rico infeliz da parábola, todavia, sabemos que muitas de nossas vítimas de outro tempo escalaram altas posições no campo hierárquico da eternidade; que muitos daqueles mendigos de carinho da estrada humana foram conduzidos a fontes da Maravilhosa Sabedoria e do Inesgotável Amor, e, assim, porque não impetrarmos o concurso de suas bênçãos intercessórias? Porque não dobrarmos humildemente a cerviz, considerando os desvios do passado, a fim de recebermos a sublime e indispensável cooperação do presente? Sabemos, amigos, que muitos de vós outros padeceis, atormentados, a devoradora sede da água viva do Espírito imortal, que, aflitos e desanimados, neste vale de sombras, desejaríeis romper todos os obstáculos para a recepção de uma gota apenas do líquido precioso, prometido por Jesus aos sedentos que a Ele se devotassem de boa vontade! Ah! Não basta, porém, a desordenada rogativa de dor, para que o orvalho divino refresque o coração dorido e dilacerado! Urge regenerar o vaso receptivo da alma enferma, alijando a poeira venenosa da Terra, para que permaneça puro e reconfortante o rocio do Céu! Imprescindível o sofrimento de função purificadora. Os desvarios mentais, a que nos entregamos na Crosta Planetária, são energias que presentemente se manifestam com a intensidade das forças libertas, depois de longo represamento, e, daí, a intraduzível angústia da fome, da sede, da aflição e da enfermidade que muitos de vós ainda sentis, pela carência de conformação com as leis estabelecidas pelo Eterno Pai!…
Pelo silêncio do ambiente, parecia-me que o padre Hipólito era ouvido com respeitosa atenção pelas inúmeras fileiras de sofredores ali congregados diante de nós. Após ligeira interrupção, continuou o pregador, bem inspirado:
— Nenhum de nós outros, os que apelamos para a vossa renovação, encontrou até agora a residência dos anjos. Somos companheiros em cujo coração palpita, plena, a humanidade, com os seus defeitos e aspirações. Compreendemos, contudo, vosso tormento consumidor e trazemos a todos o convite de renúncia aos impulsos egoísticos, concitando-vos, ainda, ao reconhecimento devido ao Senhor e à penitência pelos nossos erros voluntários e criminosos do passado. Agradeçamos a Misericórdia Divina e, reunidos, peçamos ao Cristo entendimento de sua vontade sublime e sábia, com a precisa força para executá-la, onde estivermos. Não roguemos, como o rico enganado da narração evangélica, qualquer vantagem para o nosso individualismo ou para o círculo pessoal de nossos interesses particulares, mas, sim, a compreensão, suficiente compreensão dos deveres que nos cabem, na atualidade menos venturosa, de acordo com as suas diretrizes salvadoras. E, cheios de confiança nova, aguardemos o porvir, em que a Terra, nossa grande mãe, nos oferecerá, generosa, outras ocasiões fecundas de aprender e resgatar, santificar e redimir.
Nesse momento, o ex-sacerdote sustou por longos instantes a pregação, possibilitando-nos detido exame do quadro exterior.
Longas filas de sofredores acorriam de todos os recantos, fitando-nos à claridade das tochas, à distância de trinta metros, aproximadamente. Estendiam-se em vasta procissão de duendes silenciosos e tristes, parecendo guardar todas as características das enfermidades físicas trazidas da Crosta, no campo impressivo do corpo astral. Viam-se ali necessitados de todos os tipos: aleijões, feridas, misérias exibiam-se ao nosso olhar, constringindo-nos os corações. Muitos deles, ajoelhados, talvez na suposição de que fôssemos embaixadores do Celeste Poder em visita ao purgatório desditoso, mantinham-se em posição de supremo respeito, embora deixando transparecer, na face angustiada, indescritíveis padecimentos. De olhos ansiosos, falavam sem palavras do intenso e secreto desejo de se unirem a nós; entretanto, algo lhes coibia a realização. Semelhavam-se a prisioneiros, suspirando pela liberdade. Porque não corriam ao nosso encontro? Porque não se ajoelharem, junto de nós, em sinal de reconhecimento sincero a Deus? Desejando penetrar a causa daquela imobilidade compulsória, compreendi, sem maiores esclarecimentos, o que se passava. Entre a multidão compacta e nós outros, cavava-se profundo fosso, e, onde surgiam possibilidades de transposição mais fácil, reuniam-se pequenos grupos de entidades que se revelavam por sinistra expressão fisionômica. Não podia abrigar qualquer dúvida. Aqueles rostos agressivos e duros sustentavam severa vigilância. Que faziam aí semelhantes verdugos? Permaneceriam dirigidos por potências vingadoras, com poderes transitórios na zona das trevas, ou agiriam por sua conta própria, obedientes a desvairadas paixões da mente em desequilíbrio? Recordei antigas lendas do inferno esboçado na teologia católico-romana, para concluir que a fogueira ardente, onde Satã se comprazia em torturar as almas, devia ser mais bela que a paisagem de lama, treva e sofrimento à nossa vista. Recolhi, porém, o fio das considerações desnecessárias ao momento, compreendendo que o minuto não comportava divagações, por exigir contribuição ativa.
Prolongando-se a pausa do pregador, uma criatura de rosto patibular gritou, em meio de gestos odiosos:
— Não pedimos exércitos de salvação! Fujam daqui!
Bastou isolada manifestação para que outras expressões de desagrado explodissem.
— Não desejamos redimir coisa alguma! Nada devemos! Interessam-nos o culto sistemático do ódio, a revolta contra os deuses insensíveis, o movimento de resistência à repugnante aristocracia espiritual!
— Morram os pregoeiros da virtude falsificada! Caiam os oportunistas de além-túmulo! Viva o nosso movimento de destruição contra a velha ordem dos senhores e dos escravos! Depois das ruínas, edificaremos o mundo novo!
Homenzarrão hirsuto, com todas as particularidades dum gigante, avançou até à borda do fosso, no outro lado, fez significativo gesto de provocação e perguntou, bradando:
— Calou-se o realejo do padre?!
Riu-se, diabolicamente, e continuou:
— Perdem tempo! Estão redondamente enganados! Também temos programa e também sabemos querer! Onde está o Deus que nos prometeram?! Têm, porventura, o mapa do céu? Nossos ídolos agora estão quebrados. Somos filhos do desespero, tentando reorganizar a vida no deserto que nos defronta. Voltaremos, acaso, à ingenuidade primitiva, a ponto de acreditar novamente em mentiras religiosas? Em que remota região se compraz a beneficência divina que não se condói de nossas necessidades? Declaram-se felizes e proclamam a compaixão de um pai que não conhecemos. Viram-no alguma vez?
Fria gargalhada pontilhou suas últimas palavras. Revelando-se sob forte impressão, o padre Hipólito respondeu:
— O conhecimento da Divindade e o roteiro celeste serão encontrados dentro de nós mesmos. Por que audácia inominável cometeríamos o absurdo de aguardar plena e pronta identificação da nossa natureza egressa da irracionalidade, em dias tão curtos, com a sublime plenitude de Deus? Como ombrear-se o batráquio com o Sol? Em verdade, as religiões antropomórficas da Crosta envenenaram-nos a mente, instilando falsas concepções de Deus em nossos raciocínios. Não podemos, todavia, culpá-las em sentido absoluto, porquanto a estagnação espiritual caracterizava-nos a todos. Quando os discípulos se integrarem efetivamente, de cérebro e coração renovado, no Evangelho do Mestre, será impossível a negativa interferência sacerdotal. O dogma, considerado imparcialmente, constitui desafio e castigo simultâneos. Desafio à inteligência investigadora e construtiva, para que se dilate no mundo a noção do Universo Infinito, e castigo às mentes ociosas que renunciam levianamente ao dom de pensar e decidir por si mesmas as questões sagradas do destino. Em toda parte encontraremos a Sabedoria Operante e Invisível do Senhor, estendendo-se em todas as minúcias da Natureza. Calai, portanto, a vaidade ferida e o orgulho humilhado que vos ditam observações ingratas e criminosas! Detende-vos no santuário da consciência e não exigireis visões e revelações que não conseguiríeis suportar. Tomados, pois, de compaixão pela vossa rebeldia e infortúnio, rogamos ao Senhor abençoe a esperança de quantos nos ouvem, famintos de suprema redenção, como nós, diante da grandeza inapreciável da vida eterna!
Para outro público, as palavras do ex-sacerdote seriam vivas e convincentes, mas as entidades endurecidas e perversas, para quem foram proferidas, mostraram-se frias e insensíveis.
Fizeram-se ouvir outras vozes, em sinistro coro:
— Basta! Basta!
— Fora! Fora!…
Todavia, entre aqueles que nos seguiam atenciosamente o serviço, contemplamos inúmeros rostos angustiados, revelando o pavor que os companheiros lhes causavam. Aumentara-se-lhes o número. Verifiquei, porém, que não havia ali uma só criança. Apenas adultos, jovens e velhos de todos os aspectos. Notava-se que a dissertação de Hipólito lhes fizera enorme bem. Muitos deles vertiam pranto copioso. Contudo, impropérios e maldições cruzavam o espaço. Os malfeitores impenitentes não nos toleravam a presença e cada qual era mais fértil nas ironias selecionadas, com o fim de despertar humorismo sarcástico e desprezo na desventurada assembleia.
A princípio, impulsos de reação afloraram-me no espírito surpreso. Não seria conveniente que nos organizássemos contra semelhante malta de criminosos? Não seria melhor saltar o óbice visível e arrebatar-lhes as vítimas indefesas? A nosso favor, contávamos com a volitação fácil. E as noções de caridade avivavam-me justificado instinto de reação. Perante nós, a algumas dezenas de metros viam-se mulheres desfiguradas pela dor, velhos e moços esquálidos e abatidos. Ninguém fugia ao doloroso aspecto de supremo infortúnio. Semelhavam-se a cadáveres em retorno inesperado à vida, depois de longa permanência no túmulo.
Pensamentos de revolta cruzavam-se-me no cérebro.
Por que razão o padre Hipólito não respondia à altura? Porque não punir aqueles sicários da sombra, que denunciavam refinada cultura intelectual e vigorosa inteligência? Não possuíamos suficiente poder para a repressão necessária?
O Assistente Jerônimo, percebendo-me o perigoso estado dalma, aproximou-se cautelosamente de mim e falou, discreto:
— André, extingue a vibração da cólera injusta. Ninguém auxilia por intermédio da irritação pessoal. Não assumas papel de crítico. Permanecemos aqui, na qualidade de irmãos mais velhos no conhecimento divino, tentando socorro aos mais jovens, menos felizes que nós. Revistamo-nos de calma e paciência. Responder a insultos descabidos é perder valioso tempo, na obra de confraternização, ante o Eterno Pai. Hipólito não pode duelar verbalmente, nem a Irmã Zenóbia autorizaria qualquer violência a estes infortunados, sob pena de relegarmos ao esquecimento sublime oportunidade de praticar o verdadeiro bem. Modifica a emissão mental para que te não falte a cooperação construtiva e guardemos a voz, não para condenar, e, sim, para informar e edificar cristãmente.
Reajustei o campo emotivo, rogando a Jesus me conferisse forças para olvidar o “homem velho” que gritava dentro de mim.
Com a invocação ao Plano Superior, através da súplica, instantânea compreensão brotou-me na consciência.
Em verdade, como interpretar investidas de criaturas já de si mesmas tão desventuradas? Antes de tudo, necessitavam de amparo e compaixão. Não haviam recebido ainda, como acontecera a nós outros, a bênção da fé viva, da conformação aos desígnios da Lei Eterna, do reconhecimento das próprias necessidades interiores, por incapacidade espiritual. Blasfemavam e riam, sarcásticas. Desprezavam as dádivas da Providência. Injuriavam o Mestre. Esqueciam todas as considerações referentes à ordem divina e ao respeito humano. Quem éramos nós, para convertê-las, inopinadamente, se o próprio Senhor lhes tolerava, paciente e amigo, as palavras torpes, sem represálias individuais? Não lhes bastaria a limitação lamentável a que se entregavam? No círculo estreito do sofrimento e acoimados pelo desespero, não ultrapassavam a esfera de sensações grosseiras e intentavam inutilmente combater o bem. Verdade é que doía vê-los oprimindo míseras entidades que se ajoelhavam, sob nosso olhar, implorando ajuda e libertação; entretanto, razões ponderáveis existiriam, justificando a ligação entre algozes e vítimas, razões que me escapavam, naturalmente, na hora em curso. Modificaram-se-me as apreciações do primeiro instante. Tomado de súbita piedade, notei que, ao serenarem as ironias dos maus e observando talvez que não transpúnhamos o obstáculo em serviço de libertação, pintava-se, na fisionomia dos sofredores confessos, a mais pungente ansiedade.
Pobre velhinha, que me pareceu desassombrada na fé, examinando os terríveis fatores circunstanciais, estendeu-nos os braços esqueléticos e, na sua antiga concepção religiosa, suplicou-nos:
— Santos mensageiros de Deus, nosso Pai, dignai-vos retirar-nos do purgatório! Estamos torturados pelo fogo dos remorsos e pelos demônios que nos cercam. Por piedade, salvai-nos!
Fortes soluços interceptavam-lhe a voz; todavia, a venerável anciã continuou:
— Nossas faltas, mal pagas na Terra, uniram-nos aos Espíritos perversos do abismo! Somos pecadores necessitados da purgação, mas não nos abandoneis à nossa própria sorte! Ajudai-nos, em nome de Jesus, por quem vos suplicamos a graça da salvação! Errei muito, é verdade… Entretanto, meu Espírito arrependido implora proteção… Sei que não mereço o descanso do paraíso, mas, ó emissários do Céu! Por quem sois, concedei-me recursos para resgatar minhas dívidas. Estou pronta! Procurarei aqueles a quem ofendi durante a vida terrestre, a fim de humilhar-me e pedir perdão!…
De mãos postas, a fitar-nos angustiosamente, concluía:
— Não me desampareis! Não me desampareis!…
Mudou-se de algum modo o quadro. A valorosa pedinte encorajou os demais companheiros de infortúnio:
— Pelos méritos de São Geraldo de Majela gritou um infeliz, — revelando sua antiga condição de católico-romano, — libertai-nos daqui! Salvai-nos do torvelinho infernal! Socorrei-nos, por amor de Deus!
Destacando-se umas das outras, as súplicas proferidas evidenciavam a presença de adeptos de variados credos religiosos, conhecidos na Crosta, e os espiritistas não faltavam no triste concerto. Determinada senhora, de porte respeitável, cabelos revoltos e fundas chagas no rosto, deprecou, chorosa:
— Espíritos do Bem, auxiliai-me! Eu conheci Bezerra de Menezes na Terra, aceitei o Espiritismo. No entanto, ai de mim! Minha crença não chegou a ser fé renovadora. Dedicava-me à consolação, mas fugia à responsabilidade! A morte atirou-me aqui, onde tenho sofrido bastante as consequências do meu relaxamento espiritual! Socorrei-me, por Jesus!
De todos os recantos soavam apelos comovedores.
Jamais esquecerei a inflexão das palavras ouvidas. Jovens e velhos, homens e mulheres, em deploráveis condições, prostrados a reduzida distância, respeitosos e confiantes, em virtude das luzes que acendêramos dentro da noite triste, imploravam o socorro divino, tratando-nos com extrema veneração, como se fôramos legítimos expoentes de santidade. Quando os rogos cresceram, partindo de tantas bocas, os verdugos empunharam látegos sinistros, espalhando vergastadas, quase que indiscriminadamente… A maioria dos pobres que se mantinham genuflexos debandou, em passos tão apressados quanto lhes era possível, regressando aos ângulos sombrios do vale fundo. Alguns, porém, suportavam os golpes, heroicamente, prosseguindo de joelhos e contemplando-nos, ansiosos.
— Estão vendo? São benfeitores de gravata! Não se atiram à luta em favor de ninguém! Ensinam com lábios, mas, no fundo, são mensageiros do inferno, insensíveis e duros, como estátuas de pedra. Nenhum deles ousa atravessar a barreira para prestar-vos assistência e socorro!…
Seguiram-se gargalhadas tão escarnecedoras que todo o meu sentimento de repulsa humana aflorou de súbito. Onde estava que não reprimia o provocador? Porque não puni-lo devidamente? Abeirava-me de pleno desequilíbrio mental, quando a Irmã Zenóbia, temendo talvez pela nossa reação, se voltou, tranquila, e recomendou:
— Amigos, conservemo-nos em calma para o trabalho eficiente. Ninguém se conserva neste abismo de dor, sem razão de ser.
E possivelmente convicta da necessidade de argumentação mais firme para demover-nos, acrescentou:
— Que seria do Cristianismo se Jesus abandonasse o madeiro do testemunho, a meio caminho, a fim de entrar em pugilato com a multidão? Permanecemos aqui em tarefa consoladora e educativa, não o esqueçamos. O serviço de punição dos culpados virá de Mais Alto.
A referência despertou-nos, de pronto, para o caráter elevado da investidura. As almas efetivamente superiores possuem o dom de projetar-nos o espírito em zonas sagradas da vida, reintegrando-nos na corrente inspiracional das Forças Divinas que sustentam o Universo.
A hora não comportava qualquer dissertação mais longa, a respeito das obrigações que deveríamos desempenhar. Sem perda da tempo, a diretora da Casa Transitória entrou em combinação com os auxiliares que havia trazido, desenrolando extenso material socorrista.
Iam as providências em meio, quando vários grupos de infelizes tentaram vencer o obstáculo, ansiosos por se reunirem a nós outros; mas os verdugos, agindo, solertes, golpeavam-nos cruelmente, empenhando-se em luta para precipitá-los ao fundo do fosso tenebroso, do qual fugiam as vítimas, tomadas de visível terror.
Ativa, delicada, Zenóbia determinou que fossem lançadas faixas luminosas de salvação ao outro lado, no propósito de retirarmos o número possível de sofredores de tão amargurosa situação; todavia, a ordem seguiu-se de odiosa represália. Os gênios diabólicos fizeram-se mais duros. Acorreram míseras almas, aos magotes, buscando agarrar-se às extremidades resplandecentes, descidas na margem oposta, como bordos de acolhedora ponte de luz; no entanto, multiplicaram-se golpes e pancadas. Entidades perversas, em grande número, continham os aflitos prisioneiros, impedindo-lhes o salvamento, com manifesto recrudescimento de maldade. Nosso esforço persistiu por longos minutos, ao fim dos quais, observando que redundavam inúteis, apenas favorecendo a dilatação da agressividade dos algozes, a Irmã Zenóbia, mantendo-se em grande serenidade, determinou fosse recolhido o material utilizado para os trabalhos de salvação.
Às rogativas chorosas das vítimas, casavam-se as frases injuriosas dos verdugos, confrangendo-nos o coração.
Após a recomposição do material, improficuamente utilizado, a devotada orientadora acenou para um servidor que lhe trouxe pequenino aparelho, destinado à ampliação da voz, e falou, pausadamente, na direção do abismo:
— Irmãos em humanidade, reine conosco a Paz Divina!
Sua palavra adquirira impressionante poder de repercussão. Ecoava, longe, como se fosse endereçada às almas que, porventura, se mantivessem dormindo a consideráveis distâncias.
Sem qualquer demonstração de impaciência ou desagrado, continuou:
— Regozijai-vos, ó corações de boa vontade! E confiai, sobretudo, na proteção de Nosso Senhor Jesus. Dilaceram-nos vossas dores, tocam-nos, de perto, as incompreensões e sofrimentos a que vos entregastes, apartados da Lei Divina, e se não atravessamos o fosso negro, na tentativa suprema de salvar-vos temporariamente do mal, é que somos igualmente companheiros de luta, sem imunidades angélicas, detentoras de possibilidades limitadas no amparo aos semelhantes! Alegrai-vos, porém, e aguardai, confiantes, porque se manifestará, em vosso benefício, o fogo consumidor, nesta região menos feliz, onde tantas inteligências perversas tripudiam sobre os mandamentos do Pai e menosprezam-Lhe as bênçãos de luz. Amanhã mesmo, demonstrar-se-á o Supremo Poder.
Fez pequena pausa e prosseguiu:
— Faz mais de um lustro que a Casa Transitória de Fabiano persevera nestas zonas de treva e sofrimento, convocando almas perdidas ao aproveitamento da bendita oportunidade do recomeço, através do trabalho dignificador, em cujas bênçãos há sempre recursos de apagar as manchas do pretérito, regenerando-se os caminhos do porvir. Há cerca de dois mil anos ensinamos o bem e a verdade, preparando corações para o futuro redentor. Se é inegável que muitos irmãos se valeram de nosso concurso humilde, aceitando o remédio para a restauração, a maioria de vós outros sempre nos fugiu à influência, desdenhando-nos o socorro, abjurando-nos a colaboração, desprezando-nos os serviços, favorecendo a discórdia e a perseguição e oferecendo-nos obstáculos de toda sorte. Entretanto, meus amigos, o pouso de Fabiano ainda se coloca no vosso dispor, até amanhã, durante as primeiras horas.
Ante a grave inflexão daquela voz e considerando talvez o teor do aviso, calaram-se as bocas pervertidas e desequilibradas. Os mais perversos passaram a contemplar-nos, entre o receio e a interrogação.
Depois de curto intervalo, Zenóbia prosseguiu, fundamente emocionada:
— Não lutamos corpo a corpo com a ignorância audaciosa e infeliz, porque a delegação que o Mestre nos confiou traça-nos deveres de amor e não de porfia. Fomos designados para ministrar o bem e lamentamos que irmãos horrivelmente desventurados nos ofereçam resistência, mergulhando-se no pântano da revolta pessoal. Não temos, porém, qualquer palavra condenatória. Os que tentam escapar às Leis Eternas são bastante infortunados por si mesmos. Amarga ser-lhes-á a colheita da triste semeadura. Gastarão longo tempo extraindo espinhos envenenados, introduzidos por eles próprios no coração. Porque combatê-los se estão vencidos, desde o primeiro repto à Divindade? Porque torturá-los, se permanecem perseguidos pelos fantasmas criados pela própria rebeldia e insensatez? O Poderoso Senhor, porém, que ama os justos e retifica os injustos, fará com que amanhã surja neste céu a tempestade renovadora. O asilo de Fabiano receberá criaturas de boa vontade, dentro das horas próximas; todavia, será inútil procurar-lhe o socorro sem modificação substancial para o bem. Sofredor algum será recolhido tão só porque implore abrigo com os lábios. Nossa casa de paz cristã é igualmente templo de trabalho cristão e a hipocrisia não lhe pode alterar o ministério santificador. Nossas defesas magnéticas funcionarão rigorosas e apenas os corações sinceramente interessados na renovação própria, em Cristo Jesus, serão portadores de senha indispensável ao ingresso. Debalde, rogarão socorro as entidades endurecidas no crime e na indiferença.
Os algozes fixavam as vítimas com expressão odiosa.
A Irmã Zenóbia, contudo, prosseguiu, intrépida, dirigindo-se especialmente aos infortunados:
— Suportai os verdugos cruéis por mais algumas horas e valei-vos da oração para que não vos faltem energias interiores. Não temos necessidade da luta corporal, nem da defensiva destruidora e, sim, da resistência que o Divino Mestre exemplificou. Tolerai os inimigos gratuitos do bem, desesperados e infelizes, que nos perseguem e maltratam, orando por eles, porque o Poder Renovador se manifestará, convidando, por intermédio do sofrimento, a que se arrependam e se convertam.
Em seguida, expressando otimismo e felicidade nos olhos lúcidos, a orientadora ergueu comovente súplica pelos habitantes do abismo, a qual acompanhamos com lágrimas de emoção.
Semblantes angustiados seguiam-nos, atentos, na outra margem, enquanto os impenitentes adversários da luz guardavam silêncio. Entrementes, os encarcerados na dor continuaram implorando auxílio, mas, atendendo as determinações da Irmã Zenóbia, apagamos as luzes, pondo-nos de volta.
De outras vezes, ao término dos incidentes que me surpreendiam, eu conservava uma imensidade de indagações no cérebro ágil e curioso. Agora, todavia, regressava tristemente.
A extensão da luta compungia-me o ser. Os padecimentos da ignorância, de fato, não tinham limites e todo abuso do livre arbítrio individual encontrava punição espontânea nas leis universais. Certo, em diferentes lugares, outros abismos como aquele estariam repletos de vítimas e verdugos.
Ah! Também eu guardava no vaso do coração todos os ressaibos das vicissitudes humanas! Também eu sofrera muito e havia feito sofrer! Reminiscências vigorosas da existência carnal jaziam vivas em mim. De alma voltada em silêncio para o Cristo de Deus, meditei sobre a grandeza do seu sublime sacrifício e, pensando nos cruéis perseguidores e nos pobres perseguidos do vale escuro, perguntava ao Senhor, na intimidade do coração frágil e oprimido, por quem deveria eu chorar mais intensamente.
Allan Kardec
lc 16:13
O Evangelho Segundo o Espiritismo
Categoria: Livro Espírita
Ref: 10209 Capítulo: 16 Página: 263 Allan Kardec
Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou odiará a um e amará a outro, ou se prenderá a um e desprezará o outro. Não podeis servir simultaneamente a Deus e a Mamon. (Lucas 16:13)
Honório Abreu
lc 16:13
O Caminho do Reino
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 40 Wagner Gomes da Paixão Honório Abreu
Embora saibamos que tudo caminha para a Unidade em Deus - com o "trânsito" definido pelo Espírito de Verdade como sendo "do átomo ao arcanjo" (O Livro dos Espíritos, questão 540), que forma cadeias de vida, em laçadas que vão dos mundos primitivos, em que o reino mineral é "o instituto de recepção da onda criadora da vida"(Evolução em Dois Mundos, parte primeira, capítulo 6), ou seja, dos Princípios Inteligentes, atravessando o reino vegetal e o reino animal, em gravitações reveladoras de potenciais intrínsecos para efeito de fixação de experiências, com que as estruturas do "perispírito" são desenhadas e automatizadas, permitindo o surgimento do "homem", com suas prerrogativas de "pensamento contínuo", até a exuberância da angelitude, em que o "Filho de Deus" surge para executar a obra que lhe compete no concerto da Criação –, vamos encontrar os "universos", os quais são relativos e surgem para desaparecer, quando cumprem sua missão, em termos coletivos e individuais.
No primeiro livro de Moisés, vamos identificar essa providência relativa, para definição de um contexto estimulador de progresso 180 e evolução aos que seriam os habitantes da Terra, assim que fora criada: "E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos" (Gênesis 1:14). Aí, "céus e terra", "sol e lua", "estrelas e outros luminares" sinalizariam o nível de evolução compatível com o tempo e as características das almas então agrupadas. Era um primeiro e substancioso lance de vida e progresso apresentado aos seres, que deveriam lutar e sofrer para conquistar o seu "universo interior". São exatamente esses luminares e a própria terra então definida no Gênesis que perderiam sua validade, sua vitalidade, quando, no Sermão Profético, Jesus anuncia uma nova era, após sofrimentos e lutas depuradores dos sentidos até então obtusos e materialistas das almas: "E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas" (MT 24:29).
Esses ciclos de evolução, descritos de modo alegórico por Jesus, se sucedem na Criação excelsa e, dependendo da posição conceitual e evolutiva dos Espíritos, têm duração maior ou menor, pois são, em figura de linguagem, "berços" ou "ninhos" de vida, acalentando potências que o Ser revelará em contato com esse tipo de matéria que define essas expressões ("A matéria é laço que prende o espírito" - O Livro dos Espíritos, questão 22): "Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê não foi feito do que é aparente" (Hebreus 11:3).
No versículo 32, do capítulo 24 de Mateus, vemos a proposição da Parábola da Figueira, anunciando, após a desativação do universo já explorado e em ruínas para a alma que o transcendeu em fixação de valores ali disponíveis (imagem do deserto, que é a transição entre polos ou ciclos evolutivos): "Quando já os seus ramos se tornam tenros e brotam folhas, sabeis que está próximo o verão". É a imagem do "renascimento", possível quando o sol - ou um "novo sol" - brilha com toda a sua intensidade, por isso o verão... Aqui Jesus caminha para as conclusões, após estudar, em figuras de linguagem, todo o périplo de evolução, em ciclos distintos de acordamento da mente, vislumbre de valores morais, dilemas entre retaguarda e vanguarda, afirmação de metas morais e seletividade na eleição de conteúdos, para que o "Filho do Homem" domine, e um novo "universo", em característica de "expansão", surja, como "caminho" para sua plenitude em Deus: "Igualmente, quando virdes todas estas coisas, sabei que ele está próximo, às portas. Em verdade vos digo que não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam" (MT 24:33-34).
Jesus se refere depois ao dilúvio bíblico, quando Noé e os seus salvam da "destruição" um par de cada espécie existente (ou sete pares, de acordo com a espécie), na famosa Arca que construíra (Gênesis 7:1-3).
Como o assunto é evolução, a imagem não poderia ser mais perfeita.
Em Noé, temos a ordenação mental, a "casa mental", descrita por André Luiz na obra No Mundo Maior. E, diante dessas imagens de referência, em termos filosóficos, podemos ajuizar do que o Mestre descreve em seguida no seu Sermão tão rico de ciência da vida: "Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem" (MT 24:38-39). O assunto diz respeito à preparação individual. A alusão aos que "casavam e davam-se em casamento" refere-se às escolhas pessoais, aos vínculos eletivos, pois, para buscar o Alto e a Deus, de modo a servi-lo, não podemos estar presos, escravizados a outros interesses: "Nenhum servo pode servir dois senhores; porque, ou há de odiar um e amar o outro, ou se há de chegar a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom" (LC 16:13). Sem qualquer nota de radicalismo, esses textos revelam a "imaturidade" das criaturas, pois, sem foco, sem convencimento, a conversão a um ideal não se dá, e o coração estará sempre preso ao que mais interessa ao indivíduo.
Daí Deus usar o tempo e nunca violentar consciência alguma. "Comer e beber" significam as "trocas" compensatórias em que as almas se nutrem, se fixam, se entregam e se comprazem. Jesus nos daria um exemplo de sublimação desses atos, quando diz: "A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra" (JO 4:34). "Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro; estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra"(MT 24:40-41). Nestas imagens, a sabedoria do Senhor se estampa de modo extraordinário, vinculando razão e sentimento, homem e mulher, ativo e passivo, macho e fêmea, consoante ocorrera nos pares de toda espécie que adentraram o "porão" da Arca de Noé. O "campo" é externo, seu explorador é o "varão", ou seja, a "razão": "E Adão pôs os nomes a todo o gado, e às aves dos céus, e a todo o animal do campo" (Gênesis 2:20). Já o papel da "mulher", que é a expressão do "sentimento", como "adjutora" do "varão", é "moer no moinho", e este é trabalho interno, implicando decodificar, em plano prático, as concepções que o "varão" nomeia, para expansão da mente: "E chamou Adão o nome de sua mulher Eva; porquanto era a mãe de todos os viventes" (Gênesis 3:20). A dualidade que dinamiza a existência na Terra guarda essa peculiaridade, que pode ser concebida a partir do dilema "espírito" e "matéria". Os dois se fundem, mas, no momento da aferição, somente um é levado, ou seja, no plano das conquistas evolutivas, somente o valor moral, que é atributo do Espírito "desperto"(talento vivenciado, sabedoria), é que vai. O outro fica, por pertencer aos mundos onde as almas ainda primitivas ou viciadas irão dele se ocupar, para saturação e projeção essencial no tempo.
Desse modo, tudo passa, por ser condição transitória de aprendizado.
Os luminares da Terra e o nosso próprio Globo desaparecerão quando nossas almas se projetarem para mundos da ordem mais elevada, quais os existentes em Sirius, em Betelgeuse, em Canopus... Lá, os "sóis" são outros, e as "estrelas", que configuram conquistas, virtudes balizarão, através de influências dinâmicas e vivas, o nosso florescer para a grandeza imensurável do Criador e Pai. E tudo o que nos ensinou Jesus, o Cristo imortal, são palavras, ou melhor, verdades, que nunca se apagarão: "O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar" (MT 24:35).
FIM
Honório Onofre de Abreu
lc 16:13
O Evangelho por Dentro
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 17 Wagner Gomes da Paixão Honório Onofre de Abreu
MT 10:9
NÃO ADQUIRAIS OURO, NEM PRATA, NEM COBRE PARA VOSSOS CINTOS.
NÃO ADQUIRAIS OURO, NEM PRATA, NEM COBRE - Na apreciação lógica desta recomendação de Jesus, temos a ciência de que NÃO SE PODE SERVIR A DOIS SENHORES (Lc 12:13-21; Lc 16:13), remetendo-nos ao estudo da dicotomia: espírito versus matéria, ou do conflito: espiritualidade versus personalismo (O Livro dos Espíritos, questões 873 a 885).
A Humanidade, à época de Jesus, ainda incapaz de compreender e sentir o ESPÍRITO que a tudo ordena e forma no universo, apegava-se à matéria, tendo a Terra por reino máximo. Por isso o senhor falou e ensinou por parábolas, reservando aos discípulos e a outros mais despertos moralmente a orientação mais objetiva e mais clara, conforme hoje se dá pelos ensinos dos Espíritos, na Codificação Espírita e nas obras sérias e comprometidas com a Verdade de Deus.
Desse modo, ADQUIRIR, POSSUIR guardam aquela conotação de IDENTIDADE - muito perigosa para quem já ultrapassou a órbita das sensações escravizantes e tão primárias à preservação e ilustração da criatura em início de jornada evolutiva (A Gênese, Capítulo 3, itens 18:19). Daí o imperativo de DOMINAR AS PAIXÕES fugindo às cristalizações da mente e dos sentimentos em torno de ilusões, de sistemas que SUGEREM posse e poder em clara expressão de ambição e usura, em circuitos de obsessão e treva moral.
O USUFRUTO é legítimo na Criação de nosso Pai, pois todos somos MÉDIUNS, somos INTERMEDIÁRIOS de recursos e providências para a exaltação da vida em toda parte: EM TODOS OS DOMÍNIOS DO UNIVERSO VIBRA, POIS, A INFLUÊNCIA RECÍPROCA (Pensamento e Vida, Capítulo 1).
Na escalada da evolução planetária, os MINERAIS formalizam o BERÇO de recepção dos Princípios inteligentes, para fixação e expansão de valores intrínsecos, tendo em vista a organização planetária com suas funções educativas e igualmente a PROJEÇÃO desses Princípios Espirituais a novas escalas de progresso (reinos vegetal e animal) até seu despertamento no homem, quando se dão os fenômenos do PENSAMENTO CONTÍNUO, da inteligência e da razão (Evolução em Dois Mundos, parte primeira, Capítulo 3, subtítulo EVOLUÇÃO NO TEMPO).
Fácil, pois, entendermos a AFINIDADE do ser com todas as expressões ambientes de sua retaguarda evolucional, às vezes raiando pela ADORAÇÃO, pelo ENDEUSAMENTO, numa forma de culto em plena submissão, como geralmente encontramos nas relações amorosas entre pares que, encantados um com o outro, não enxergam e não se interessam por mais nada, a não ser pelo culto de seu ENCANTAMENTO magnético, até que as consequências de sua comunhão íntima os induzam ao campo das responsabilidades morais, quando formam um lar e equilibram os desejos e sua febre afetiva na expansão compensatória de forças, ao receberem os filhos (Pensamento e Vida, Capítulo 12).
PARA VOSSOS CINTOS. - É clara a advertência a nós, que geralmente buscamos apoio e força de viver no que é transitório, fugindo à real construção de nossa felicidade (Mt 7:24-27; O Evangelho segundo o Espiritismo, Capítulo 16, itens 9 a 15).
O cinto, historicamente, é a cobertura do LOMBO para transporte de carga no animal: ESTEJAM CINGIDOS OS VOSSOS QUADRIS [. ] (PARÁBOLA DO SERVO VIGILANTE - Lc 12:35) . E é acessório de apoio à viagem, onde se guardavam, à época, recursos de provisão et cetera: JOÃO USAVA [. ] UM CINTO DE COURO EM TORNO DOS QUADRIS (Mt 3:4) .
Jesus era chamado quase sempre de rabi, quer dizer, mestre. Esse título não era oficial; era como o povo se dirigia aos que ensinavam e tinham discípulos. O clero em Israel era formado por níveis hierárquicos, a começar pelo sumo sacerdote em exercício. O comandante do Templo era o assistente do sumo sacerdote e gerenciava os outros sacerdotes chefes. Esse cargo era pressuposto para se tornar sumo sacerdote. Abaixo do comandante do Templo estava o sacerdote que regulava o revezamento dos 24 grupos de sacerdotes que, dispersos pela Judeia e pela Galileia, compareciam uma vez a cada 24 semanas em Jerusalém, alternadamente, para oficiar as atividades diárias do Templo junto à população (holocaustos, sacrifícios pelos pecados, sacrifícios de reparação e de comunhão). Cada grupo de sacerdotes possuía seu respectivo chefe. Todos somavam aproximadamente 7.200 sacerdotes. Zacarias, pai de João Batista, era um deles, da classe de Abias, a oitava das 24 classes. Isabel, sua mulher, era filha de sacerdote. (LUCAS, 1:5.) Nas festas, todos os grupos de sacerdotes eram convocados conjuntamente para suprir as enormes demandas de atividades.
Depois do chefe do revezamento semanal, estavam os chefes das quatro a nove seções diárias que faziam parte da seção semanal. Na ordem hierárquica seguinte, vinha um sacerdote chefe destacado para zelar pela vigilância do Templo, que dispunha da guarda. Mais abaixo na hierarquia, funcionavam pelo menos três sacerdotes chefes tesoureiros, com vários auxiliares. Eles administravam as finanças do Templo: as rendas, os capitais, os contratos, as vendas de oferendas e as compras. Por fim, como assistentes subalternos estavam os levitas, que constituíam o “baixo clero”, sem serem sacerdotes, divididos igualmente em 24 seções semanárias. O grupo mais eminente de levitas era formado pelos cantores e músicos das liturgias do Templo. O outro grupo reunia os demais funcionários, cerca de 9.600 levitas: guardas, porteiros, faxineiros etc. Foi essa guarda levítica, reforçada pelos guardas do sumo sacerdote em exercício e por soldados romanos, que prendeu Jesus. (JOÃO, 18:3.) Alguns levitas tinham destaque no campo intelectual; eram escribas, como José Barnabé, um dos líderes da cristandade primitiva, companheiro de Paulo em sua primeira viagem apostólica. O título de sacerdote e de levita músico era transmitido por herança. Não havia outra forma de aquisição dessas dignidades. Uma pesquisa detalhada da genealogia do candidato era feita nos arquivos do Templo para se verificar a pureza da descendência. A idade canônica para tornar-se sacerdote era de 20 anos. Israel era uma teocracia. O clero se localizava no topo sociopolítico e econômico da classe alta, que era composta também pela nobreza leiga, não religiosa. A nobreza sacerdotal era fabulosamente rica, enquanto os sacerdotes comuns recebiam baixos salários. Todos aqueles classificados como chefes tinham jurisdição sobre os demais sacerdotes e integravam o Sinédrio, a corte suprema da nação, junto com os sumos sacerdotes passados, os escribas e os anciãos, num total de 71 membros.
O Sinédrio, assim, tinha formação tríplice: sacerdotes, escribas e anciãos. Aqueles chamados anciãos, ou, conforme LUCAS, 19:47, os “chefes do povo”, os notáveis, os grandes de Israel, representavam a nobreza leiga, os chefes de família não sacerdotes, de expressão política e econômico- financeira. Era o caso de José de Arimateia. Grande parte dos membros da nobreza leiga eram saduceus. Os saduceus constituíam um partido religioso fundado próximo de 250 a.C.; sua doutrina aceitava Deus, mas negava a ressurreição dos mortos, ou seja, a imortalidade da alma, e preceituava gozar o mais possível dos bens que a Providência divina favorecesse para a vida terrena. Uma vida sábia e honrada seria recompensada na vida física; o sucesso material seria símbolo de uma vida religiosamente pura. Pode-se dizer que eram os materialistas e sensualistas de Israel. Invariavelmente eram ricos, e os sacerdotes que ocupavam os lugares principais na hierarquia do Templo, sobretudo o sumo sacerdote, costumavam ser saduceus. Após a guerra contra os romanos, entre 66 e 70 d.C., a nobreza leiga e a nobreza sacerdotal, saduceias, entram em declínio. Uma nova classe ascende, a dos escribas, os doutores da Lei. Diferentemente dos nobres leigos e sacerdotes, os escribas não se baseavam em privilégio de origem, e alguns escribas famosos tiveram até sangue pagão. Pessoas de todas as camadas sociais podiam ser escribas, embora a maior parte deles fosse das camadas do povo, não abastadas: mercadores, artesãos, carpinteiros, fabricantes de tendas, trabalhadores diaristas, quase miseráveis, como o célebre Hilel, da Babilônia. Pouquíssimos escribas eram ricos na época de Jesus. Aqiba, o venerado doutor da Lei, e sua mulher dormiam sobre a palha no inverno; Yuda ben Elai tinha uma só capa, que ele e a mulher usavam alternadamente para sair, e seis dos seus discípulos só tinham um casaco para se cobrirem. Nicodemos e Gamaliel (ATOS DOS APÓSTOLOS, 22:3), ao contrário, eram doutores de famílias nobres e ricas, e vestiam a túnica dos escribas de posses, em forma de filactérios, caindo até os pés, com longas franjas. (MATEUS, 23:5.) Joachim Jeremias (2005, p. 320) salienta que o saber era o único e exclusivo fator do poder dos escribas. Quem desejasse se agregar a eles seguia um ciclo regular de estudos em alguns anos, passando de discípulo a rabi. Até os 40 anos, seria “doutor não ordenado”. Alcançada essa idade, era recebido, mediante ordenação, na corporação dos doutores. Estava, com isso, autorizado a fornecer pareceres sobre questões religiosas e legais, inclusive ser juiz em processos criminais e civis. Aliás, no século I, vários cargos importantes da administração pública, anteriormente ocupados apenas por sacerdotes e nobres, estavam dominados pelos escribas. No tempo de Jesus, o título de rabi ainda era dado como título honorífico geral, mesmo a quem não houvesse adquirido formação acadêmica, ou rabínica. A designação estava em evolução. Só mais adiante seria reservada exclusivamente aos escribas ordenados. O grande prestígio dos escribas se concentrava não somente no serem detentores do conhecimento, mas especialmente no serem portadores de conhecimentos esotéricos, não revelados aos leigos, a ciência secreta sobre as maravilhas da criação, do homem e de bar nasa, o “Filho do Homem”. Para essas questões, os ensinos eram particulares e versavam sobre teosofia e cosmogonia. Os ensinamentos esotéricos não constituíam teses isoladas, mas verdadeiros sistemas doutrinários atribuídos à inspiração divina. Do ponto de vista histórico e social, os escribas são os possuidores da ciência secreta de Deus e são os sucessores dos profetas. O povo venerava os escribas como antes fizera aos profetas. À passagem deles, as pessoas se levantavam; nos banquetes, ocupavam os primeiros lugares; nas sinagogas, lugares exclusivos eram destinados a eles. (JEREMIAS, 2005, p. 323-328.) Jesus também reservara muitos ensinos estritamente aos ouvidos dos apóstolos e discípulos. Nicodemos, quando o visitou, estava interessado em aprofundamentos quanto ao reino de Deus e à salvação, e obteve a confirmação da reencarnação. Na carta aos HEBREUS, 5:13 e 14, Paulo observa que a criancinha apenas amamenta, não pode degustar algo que curiosamente chama de “doutrina da justiça”; os adultos, porém, possuem o senso moral exercitado para discernir o bem e o mal, e recebem alimento sólido. A ascensão dos escribas irá alterar profundamente a dinâmica da vida judaica, depois da queda do Templo, no ano 70. De uma aristocracia baseada no sangue, as comunidades israelitas passarão a ser dirigidas por uma aristocracia intelectual, baseada no mérito pessoal. A maioria dos escribas era composta de fariseus, como fora Paulo, mas também havia escribas saduceus. Os fariseus formavam um partido religioso de grande prestígio. Parte deles era constituída de escribas, notadamente os membros influentes. (JEREMIAS, 2005, p. 321.) Mas a maioria era do povo, sem formação de escriba. Fariseu (perushim) significa separado: a “verdadeira comunidade de Israel”, “a comunidade santa” idealizada fazia mais de um século para duas finalidades: resistir à penetração das tendências gregas na cultura judaica e opor-se aos saduceus. Os fariseus se sentiam mais judeus que os outros e eram conservadores ortodoxos dos preceitos da Lei, severos observadores das práticas exteriores e ostentadores de virtudes. De origem contemporânea à dos essênios, viram-se os fariseus, com as lutas políticas e religiosas, valorizados junto à população, até que Herodes, o Grande, acabou por ceder-lhes honras e privilégios, projetando- os para dentro do Poder. Formavam um partido das massas, lutando, em termos sociais e religiosos, contra as pretensões da aristocracia saduceia. Se na ordem religiosa, no tempo de Jesus, os fariseus detinham predominante influência, inclusive definindo prescrições litúrgicas do Templo, na administração pública o seu domínio só iria sobrepor-se aos saduceus após a primeira guerra contra os romanos (66–70 d.C.). Na verdade, os fariseus formavam várias comunidades dentro de uma mesma cidade, com seus chefes e assembleias, como acontecia em Jerusalém, todas elas comprometidas em observar o regulamento geral da grande comunidade quanto às regras de pureza e quanto ao dízimo. Ao mesmo tempo em que representavam o povo, recebendo uma adesão incondicional das massas, os fariseus se “separavam” da população que não observava as prescrições sobre pureza e dízimo. Joachim Jeremias (2005, p. 359) relata que o comércio, o casamento e a comensalidade com o não fariseu, suspeito de impureza, receberam proibições e limitações. Na esteira das grandes religiões e correntes filosóficas da Antiguidade, essênios, saduceus e fariseus viviam, de variadas maneiras, isolados do povo. Os essênios viviam em suas comunidades fechadas, sob as rigorosas regras de seus monastérios. Os saduceus estavam encastelados em seus palácios e em suas posições no Templo, no ponto mais alto de um abismo socioeconômico e religioso. Os fariseus se afastavam pelo impenitente preconceito religioso cultivado contra o homem comum. E Jesus? Jesus foi o rabi dos desfavorecidos e desprezados de Israel. Exceção feita a alguns notáveis, era a boca do povo simples que se comprazia em chamá-lo raboni, mestrezinho. A distância entre a camada social alta e a camada média e baixa fez que muitos dividissem as sociedades da Antiguidade em apenas duas classes — uma pequena classe superior e uma larga classe inferior. Os seguidores de Jesus pertenciam quase inteiramente à camada inferior. A classe média era composta por não assalariados: artesãos com oficinas próprias, pequenos comerciantes, estalajadeiros etc.
A classe pobre (am ha’aretz – pessoas da terra) era formada pelos diaristas alugados, aqueles que garantiam a subsistência pelo trabalho assalariado (um denário por dia, mais a refeição). Também era integrada por aqueles (numerosos) que viviam da ajuda de terceiros ou do auxílio público: desempregados, mendigos, portadores de deficiências físicas ou mentais. A esses se juntavam, ainda, os escravos. Jesus era de família muito pobre. Quando sua mãe compareceu ao Templo, após os quarenta dias do parto, para o sacrifício da purificação, ela precisou valer-se do “privilégio” dos pobres: em vez de ofertar o cordeiro de um ano e uma rolinha, apresentou duas rolinhas em substituição. (LUCAS, 2:24.) Cada rolinha custava um oitavo de denário, em Jerusalém. (JEREMIAS, 2005, p. 159.) Ele não teve onde repousar a cabeça (MATEUS, 8:20); não levava dinheiro consigo, como revelaram os episódios do estáter16 encontrado na boca do peixe (MATEUS, 17:27) e do tributo a César (MATEUS, 22:21); e suas atividades missionárias eram subvencionadas pelos bens das mulheres discípulas (LUCAS, 8:3). Desse quadro geral, entrevê-se a coragem de Jesus em desmascarar o comportamento dos saduceus, dos escribas e dos fariseus na exploração criminosa dos humildes, seja no episódio da expulsão dos vendilhões do Templo, seja na exprobação pública desses grupos. Os escribas e os fariseus deveriam ser atendidos em todas as suas prescrições, mas não imitados em suas ações, porque não faziam o que diziam. (MATEUS, 23:1 a 3.) E as boas ações que praticavam, faziam-nas para serem vistos. Eram hipócritas, condutores cegos, sepulcros caiados por fora, raça de víboras, amigos do dinheiro (LUCAS, 16:14) e devoradores das casas das viúvas (MARCOS, 12:40). Jesus não pretendeu criar um partido religioso, muito menos uma religião para o povo. O reino de Deus que Ele anunciava está dentro das criaturas, e sua construção se desenvolve numa ligação com Deus em espírito e verdade. Deus “habita” a alma e não a magnificência dos templos.
Mas poucos séculos depois de Jesus, o movimento que Ele iniciou para difundir as leis morais e a ética desse reino sofreria uma grande e perniciosa transformação. Nas primeiras comunidades cristãs, após a desencarnação dos apóstolos e dos primeiros discípulos, a direção dos trabalhos estava com aqueles que demonstrassem mais dons do Espírito e mais equilíbrio moral, ou santidade; isto é, a liderança se concentrava na autoridade espiritual e moral. No século II, entretanto, as comunidades começaram a ser dominadas pelas hierarquias. O poder dos bispos se sobrepôs ao valor dos dons espirituais (dos carismas) e da moralidade. Lentamente os dons espirituais passaram a ser malvistos. Os bispos se proclamavam sucessores dos apóstolos e elegiam patriarcas. O patriarca de Roma não demorou a sustentar sua supremacia sobre os outros patriarcados, lançando a base do papado, formalizado no século VII. O termo “católico” vem do grego kata (junto) e holos (todo), designando o que é universal, o que abrange tudo e reúne todos. Inácio de Antioquia foi o primeiro a empregar esse termo para se referir à igreja cristã de Roma, no século II. No ano de 381, o caráter universal foi admitido como um atributo oficial da igreja romana, no concílio realizado em Constantinopla, colocando as demais igrejas abaixo dela. Antes, porém, no Concílio de Niceia, primeiro concílio ecumênico da cristandade, em 325 d.C., ocorreu um dos marcos da desnaturação do ideal de Jesus. Nele, entre outros debates cristológicos, o arianismo foi apontado como doutrina herética. Para Arius, Jesus não era Deus. Para os bispos reunidos na cidade de Niceia, Jesus era Deus. Contudo, algo mais grave iria acontecer no banquete celebrado na conclusão do Concílio de Niceia. Após o encerramento dos trabalhos, os bispos foram ao palácio do imperador romano Constantino e entraram com naturalidade, passando pela guarda real e pelo exército que fazia a segurança do lugar. Ingressando nos aposentos privativos do imperador, os bispos e patriarcas se reclinaram em torno da mesa, cercados por extremo conforto e, ao lado do imperador, esperavam que a criadagem servisse o fino repasto. O banquete do reino de Deus, anunciado na Boa-Nova como resultado da edificação espiritual do ser, estava sendo desfigurado em seu conceito, pois não se concilia com ambições de domínio exterior, principalmente as de influência e poder nos gabinetes da política do mundo. Juan Arias (2001, p. 128), teólogo e filósofo que por quase quinze anos foi correspondente no Vaticano para o jornal El País, lembra que o governo central da Igreja foi copiado basicamente dos imperadores romanos: uma “monarquia absoluta”, “preocupada com os ricos e poderosos”, “contaminada pelos poderes mundanos e políticos”, que tirou “o ouro dos pobres para enriquecer seus templos”. Jesus advertiu seus discípulos, quando censurava os maus escribas e os maus fariseus (MATEUS, 23:8 a 12): — “Quanto a vós, não permitais que vos chamem ‘Rabi’, pois um só é o vosso Mestre e todos vós sois irmãos. A ninguém na Terra chameis ‘Pai’, que um só é o vosso Pai, o celeste. Nem permitais que vos chamem ‘Guias’, pois um só é o vosso guia, Cristo. Antes, o maior dentre vós será aquele que vos serve. Aquele que se exaltar será humilhado, e aquele que se humilhar será exaltado”. Sendo assim, por que “padre”, do latim pater, “pai”? Por que “papa”, do grego páppas, “pai”? Bonhoeffer, teólogo protestante morto num campo de concentração nazista, escreveu: “Jesus não chamou para uma nova religião, e sim para a vida”. (apud ARIAS, 2001, p. 131.) A verdadeira religião de Jesus é a vida, mas uma vida em abundância com o próximo e com Deus. “Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. (JOÃO, 10:10.) Jesus é o guia e o modelo para uma vida espiritualmente farta. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. (JOÃO, 14:6.)
As multidões ficavam extasiadas com seu ensinamento, porque “as ensinava com autoridade”. (MATEUS, 7:28 e 29.) Guia e modelo, com autoridade. Dois títulos apenas Ele aceitou: Mestre e Senhor. “Vós me chamais de Mestre e Senhor e dizeis bem, pois eu o sou”. (JOÃO, 13:13.) 16 N.E.: Moeda de prata que valia quatro denários.
Geraldo Lemos Ne
lc 16:19
Depois da Travessia
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 38 Francisco Cândido Xavier Espíritos Diversos Geraldo Lemos Ne
17|05|1939
Meus filhos,
Que Jesus conceda a todos vós muita paz ao coração!
Se é justo que a nossa Julinha experimente o coração cheio de júbilo em vos vendo assinalar os passos terrestres na luz da crença consoladora do Espiritismo, eu também, embora tardiamente, participo dessas suaves alegrias do generoso espírito de minha filha. Sou eu, minha querida Aurélia, que pedi aos nossos mais elevados guias espirituais a doce satisfação de vir trazer-te, e ao teu companheiro de lutas terrenas, as boas-vindas em casa de Maria.
Eu, tão pobre de luz, minhas queridas, venho até ambas suplicando-vos a continuidade da fé, a continuidade de valor espiritual, em face dos numerosos preconceitos do mundo. Se muitos — como o meu pobre e imprevidente Espírito — se perdem pelo excessivo apego às opiniões alheias, as almas heroicas na crença conhecem a inutilidade de certos preceitos sociais absurdos que impedem a nossa visão espiritual, com respeito à contemplação de horizontes mais vastos.
Aqui, minhas queridas, se muito me desiludi, também muito expiei pela minha prisão nas futilidades da época em matéria de religião e de crença. A verdade é que a Igreja não nos prepara convenientemente para as realidades do além-túmulo. Depois do meu passamento, debalde clamei pela assistência dos chamados últimos sacramentos. Em vão pedi e supliquei, porque em volta de mim eu colocara a sombra espessa da incompreensão, sem a luz necessariamente vigilante para me livrar dos perigos que me envolviam o coração no domínio das ideias. Aqui venho colher o fruto amargo de minha imprevidência espiritual. Nos primeiros meses, foi em vão que implorava a presença dos nossos bem-amados que me haviam antecedido na jornada do sepulcro. Somente depois, muito depois, auxiliada pelas vibrações fraternas de alguns dos nossos familiares, consegui compreender a minha penosa situação. Nas primeiras vezes que enviei à Julinha as minhas palavras, não cheguei a narrar-lhe a intensidade dos meus padecimentos morais. Também não seria agradável que meus primeiros comunicados traduzissem tão somente queixas amargas e estéreis lamentações. Contudo, Julinha percebeu toda a minha posição espiritual nas entrelinhas. E hoje, mais aliviada das recordações penosas do mundo, venho até vós trazendo-vos a minha expressão amorosa e terna de outros tempos, atualmente, minha grande preocupação, não preciso esclarecer perante vós, minhas queridas. Quero referir-me à pobre Esther e à Maria Lydia, que, embora não fosse filha do meu sangue, foi uma filha para a minha alma, que sempre a amou, santamente.
Em voltando ao passado, pela imaginação, desejaria corrigir a minha feição educativa. Se pudesse fazê-lo, haveria de realizar todos os milagres de afeto, a fim de que ambas penetrassem por outros caminhos. Entretanto, eu estou como aquele “rico” da parábola de Jesus (Lc 16:19) e pouco ou nada posso fazer em beneficio de ambas. Ainda, há tempos, minha bondosa Aurélia fez indiretamente com que a Maria enviasse a Esther o meu pensamento maternal. Era uma das mais corajosas tentativas de minha alma, abusando da confiança amorosa da neta cheia de fé e de afeição. No entanto, todos os meus esforços foram baldados e sou obrigada a esperar para que o tempo, com sua esponja milagrosa, apague o mal que pratiquei consolidando as ilusões religiosas em corações que jamais poderei esquecer.
Se vos conto isso, filhas, não é tão-só para fazer uma confidência penosa de minha alma. Não haveria nisso um fim útil. Meu objetivo é de despertar no coração dos filhos presentes esse desejo cada vez mais intenso de progredir no terreno do conhecimento espiritual. Quanto a ti, Aurélia, Deus te abençoe os bons propósitos, fazendo com que as flores do teu carinho de esposa e de mãe frutifiquem a cem por uma. A vida terrena, minha filha, é essa para o Infinito. Prossegue no teu caminho de dedicações santificadas e puras! Sê a sentinela amorosa e consoladora do companheiro nobre que Deus te deu para a travessia do longo oceano das provações!
Ainda me lembro, querida, como Espírito, das preces que fiz por ti, nos dias do teu noivado, rogando a Jesus que não te faltasse com as realidades confortadoras do sonho caricioso de teu coração. Daqui todos nós temos amparado o coração de Aurélia nas lutas redentoras da existência em família. Querida, Julinha é bem um guia carinhoso e devotado para as aquisições espirituais nas estradas terrenas. Como mães, tendes o coração voltado para aquela que foi o lírio da piedade e do perdão, no amor mais puro. Como esposas, devotai-vos aos corações que estão algemados aos vossos, através de um laço imperecível.
Aurélia, minha querida, antes de me retirar eu quero te dizer que estamos te auxiliando em todos os teus esforços para bem realizares os teus planos de construção moral para o futuro na intimidade sacrossanta da família. Amigos abnegados do Plano invisível para os homens buscam amparar o teu Clóvis na estrada das mais nobres realizações dentro da vida e eu, como outras amizades tuas, estamos confiados na Providência Divina em beneficio de teu ideal quanto ao porvir.
À Julinha as minhas carinhosas lembranças, esperando que, junto da Engracinha, esteja produzindo o máximo de claridades para os nossos irmãos menos felizes. Aqui está presente uma amiga de nome Hermínia, que te agradece as preces em favor dela.
Meus filhos, Deus vos conceda muita paz de espírito! Não estranheis o meu tratamento por vós quando o tratamento por “vocês” seria mais suave e mais íntimo. De qualquer forma, porém, meus filhos, fiquem com a tranquilidade das bênçãos de Jesus e com o coração muito afetuoso da vovó, que muito necessita ainda de vossas preces,
Hermínia, de Ponta Grossa, Paraná, mãe de Borell, amigo de Ururaí, sobre os quais não nos foram dadas maiores informações.
Humberto de Campos
lc 16:19
Crônicas de Além-Túmulo
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 3 Francisco Cândido Xavier Humberto de Campos
Meus filhos, venho falar a vocês como alguém que abandonasse a noite de Tirésias, no carro fulgurante de , subindo aos cumes dourados e perfumados do Hélicon. Tudo é harmonia e beleza na companhia dos numes e dos gênios, mas o pensamento de um cego, em reabrindo os olhos nas rutilâncias da luz, é para os que ficaram, lá longe, dentro da noite onde apenas a esperança é uma estrela de luz doce e triste.
Não venho da minha casa subterrânea de São João Batista, como os mortos que os larápios, às vezes, fazem regressar aos tormentos da Terra, por mal dos seus pecados. Na derradeira morada do meu corpo ficaram os meus olhos enfermos e as minhas disposições orgânicas. Cá estou como se houvesse sorvido um néctar de juventude no banquete dos deuses.
Entretanto, meus filhos, levanta-se entre nós um rochedo de mistério e de silêncio.
Eu sou eu. Fui o pai de vocês e vocês foram meus filhos. Agora somos irmãos. Nada há de mais belo do que a lei de solidariedade fraterna, delineada pelo Criador na sua glória inacessível. A morte não suprimiu a minha afetividade e ainda possuo o coração de homem para o qual vocês são as melhores criaturas desse mundo.
Dizem que Orfeu, quando tangia as cordas de sua lira, sensibilizava as feras que se agrupavam enternecidas para escutá-lo. As árvores vinham de longe, transportadas na sua harmonia. Os rios sustavam o curso nas suas correntes impetuosas, quedando-se para ouvi-lo. Havia deslumbramentos na paisagem musicalizada. A morte, meus filhos, cantou para mim, tocando o seu alaúde. Todas as minhas convicções deixaram os seus lugares primitivos para sentir a grandeza do seu canto.
Não posso transmitir esse mistério maravilhoso através dos métodos imperfeitos de que disponho. E, se pudesse, existe agora entre nós: o fantasma da dúvida.
Convidado pelo Senhor, eu também estive no banquete da vida. Não nos palácios da popularidade ou da juventude efêmera, mas no átrio pobre e triste do sofrimento onde se conservam temporariamente os mendigos da sua casa. Minha primeira dor foi a minha primeira luz. E quando os infortúnios formaram uma teia imensa de amarguras para o meu destino, senti-me na posse do celeiro de claridades da sabedoria. Minhas dores eram a minha prosperidade. Porém qual o cortesão de Dionísio, vi a dúvida como espada afiadíssima balouçando-se sobre a minha cabeça. Aí na Terra, entre a crença e a descrença, está sempre ela, a espada de Dâmocles. Isso é uma fatalidade.
Venho até vocês cheio de amorosa ternura e se não me posso individualizar, apresentando-me como o pai carinhoso, não podem vocês garantir a impossibilidade da minha sobrevivência. A dúvida entre nós é como a noite. O amor, entretanto, luariza estas sombras. Um morto, como eu, não pode esperar a certeza ou a negação dos vivos que receberem a sua mensagem para a qual há de prevalecer o argumento dubitativo. E nem pode exigir outra coisa quem no mundo não procederia de outra forma.
Sinto hoje, mais que nunca, a necessidade de me impessoalizar, de ser novamente o filho ignorado de dona Anica, a boa e santa velhinha, que continua sendo para mim a mais santa das mães. Tenho necessidade de me esquecer de mim mesmo. Todavia, antes que se cumpra este meu desejo, volto para falar a vocês paternalmente como no tempo em que destruía o fosfato do cérebro a fim de adquirir combustível para o estômago.
— Meus filhos!… Meus filhos!… Estou vivendo… Não me veem?… Mas, olhem, olhem o meu coração como está batendo ainda por vocês!…
Aqui, meus filhos, não me perguntaram se eu havia descido gloriosamente as escadas do Petit Trianon; não fui inquirido a respeito dos meus triunfos literários e não me solicitaram informes sobre o meu fardão acadêmico. Em compensação, fui arguido acerca das causas dos humildes e dos infortunados pelas quais me bati.
Vivam pois com prudência na superfície desse mundo de futilidades e de glórias vãs.
Num dos mais delicados poemas de Wilde, as Órcades lamentam a morte de Narciso junto de sua fonte predileta, transformada numa taça de lágrimas.
— Não nos admira — suspiram elas — que tanto tenhas chorado!… Era tão lindo!…
— Era belo Narciso? — perguntou o lago.
— Quem melhor do que tu poderia sabe-lo, se nos desprezava a todas para estender-se nas relvas da tua margem, baixando os olhos para contemplar, no diamante da tua onda, a sua formosura?…
A fonte respondeu:
— Eu chorava Narciso porque, quando me procurava com os olhos, eu via, no espelho das suas pupilas, o reflexo da minha própria beleza.
Em sua generalidade, meus filhos, os homens, quando não são Narciso, enamorados de sua própria formosura, são a fonte de Narciso.
Não venho exortar a vocês como sacerdote; conheço de sobra as fraquezas humanas. Vivam porém a vida do trabalho e da saúde, longe da vaidade corruptora. E, na religião da consciência retilínea, não se esqueçam de rezar. Eu, que era um homem tão perverso e tão triste, estou aprendendo de novo a minha prece, como fazia na infância, ao pé de minha mãe, na Parnaíba.
Venham, meus filhos!… Ajoelhemos de mãos postas… Não veem que cheguei de tão longe?! Fui mais feliz que o Rico e o Lázaro da parábola, (Lc 16:19) que não puderam voltar… Ajoelhemos no templo do Espírito; inclinem vocês a fronte sobre o meu coração. Cabem todos nos meus braços? Cabem, sim…
Vamos rezar com o pensamento em Deus, com a alma no Infinito. Padre Nosso… que estais no Céu… santificado seja o vosso nome… (Mt 6:9)
(.Irmão X)
8 de abril de 1935.
Cemitério de São João Batista.
Wanda Amorim Joviano
lc 16:19
Sementeira de Luz
Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 118 Francisco Cândido Xavier Neio Lúcio Wanda Amorim Joviano
18|08|1943
Meus filhos, Deus abençoe a vocês, concedendo-lhes muita paz aos corações.
Estamos assistindo à sessão de vocês em torno das narrativas concernentes a Nosso Lar. Folgamos por identificar-lhes o interesse, porque os melhores trabalhos não são aqueles que despertam a mais forte emoção, mas os que proporcionam os maiores valores educativos. são imensas e valem como programas valiosos para todos os departamentos de atividades na Terra. Sem que vocês sintam, a mente se desloca para as Esferas mais altas. Não somos mais o símbolo do “rico” a pedir água à bondade de Abraão, em súplicas chorosas. Somos a criatura que compreendeu a própria necessidade e procura quebrar os laços da paralisia espiritual, observando Abraão e caminhando ao seu encontro. Afinal de contas, é preciso atravessar os abismos e, graças ao Pai Eterno, vamos atravessando os que nos separavam da zona superior. Hoje lutando, amanhã seguindo com impulso mais forte, mas sempre jornadeando para a frente, classificando estradas, lançando marcos, edificando defesas, garantindo retaguarda para avançar com proveito. A verdadeira caminhada humana, meus filhos, não se faz com os pés. A civilização não tem semelhantes membros. A jornada é da mente, o caminho se desdobra aos sentimentos e ideias, às concepções e raciocínios. Terminada a experiência no corpo terrestre, verificamos que todos os movimentos dos pés marcaram traços na poeira do mundo, apagando-se devagarinho, ou pela passagem da ventania renovadora, ou pela intromissão de pegadas diferentes, mas os caminhos que o homem traçou com “a cabeça e o coração”, pensando e agindo, idealizando e edificando, lutando e sofrendo, estes são as verdadeiras sendas da alma, ou para cima, ou para baixo. Regozijemo-nos, pois, pela nossa atual condição. Não estamos implorando como paralíticos, estamos pedindo, mas com os movimentos necessários para crescermos, desenvolvermo-nos e servirmos na casa do Pai.
A sessão de vocês, portanto, é muito significativa. Continuem assim. A construção espiritual fica sempre mais bela. As mensagens de conteúdo divino são também como as fontes da estrada. Cada qual enche o seu cântaro e conduz o que pode suportar. A fonte é sempre a mesma, inalterada, porque vem, sobretudo, da Providência Divina, cuja abundância de amor jamais se altera.
Por falar você, meu caro Rômulo, em almas de grupo, torno a me referir à nossa prezada Marcelina para lhes dizer que continuamos operando em favor dela. O alarme em casa, as aflições são justas. Generosa e devotada irmã de nós todos, só a perspectiva de sua ausência do plano visível causa angústia e inquietação a todos. Não posso negar, meu filho, que o fenômeno se estende a mim próprio, que não poderei deixar de sentir semelhante afastamento, embora se verifique tão só na Esfera material. Fará ela imensa falta à sua mãe e às meninas. Nossa amiga, porém, mesmo que não venha agora, providência pela qual faço também a minha intercessão pessoal, não se demorará muito tempo. Terminará uma existência brilhante! Paulo de Tarso, ao fim de seus dias de apóstolo, escrevia a Timóteo acrescentando que terminara a carreira e guardara a fé, (2tm 4:7) e a nossa Marcelina poderá dizer que guardou a renúncia. Semelhante riqueza da alma é incalculável. Ela soube escolher a experiência de devotamento e tem sabido vivê-la. Aliás, como alma do grupo, desta vez preferiu ela a condição de servidora, lembrando os sacrifícios de Alcíone. Mais tarde poderemos localizar as posições. Nas horas de combate é muito difícil classificar individualmente os soldados, mas serenada a batalha é possível atender à situação de cada qual. Continuaremos a ajudá-la em seus testemunhos de espírito forte e dedicado.
Creio não precisar dirigir-me a vocês sobre saúde. Prossigam na prudência que vão observando. Isto é essencial. Refiro-me à alimentação sóbria. Que Deus abençoe suas lágrimas, minha filha, vertidas na concha de nossas preces e recordações. Guardá-las-ei comigo em penhor de minha gratidão de pai e amigo. Lutas terrestres, Maria, são neblinas na face do sol. A neblina é um núcleo, o sol é infinito. Para perturbar a manhã, a neblina vive alguns minutos. Para encher a Terra de vida, o sol brilha sempre. A neblina nunca permanece, o sol ilumina incessantemente. A melhor posição na vida, pois, é esquecer a neblina e caminhar para o sol. Vamos todos juntos. Essas experiências são pequeninos trabalhos que nos trazem ilimitados benefícios.
Boa noite, meus filhos! Guardem a paz de Deus. Com um abraço afetuoso, sou o papai muito amigo,
Nota da organizadora: Lc 16:19.
Nota da organizadora: Refere-se à estimada e dedicada servidora do lar de Arthur Joviano, por longos anos.
Referências em Outras Obras
CARLOS TORRES PASTORINO
lc 16:1
Sabedoria do Evangelho - Volume 6
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 5 CARLOS TORRES PASTORINO
LC 16:1-17
1. Disse Jesus também a seus discípulos: "Certo homem era rico e tinha um administrador, e este lhe foi acusado como dilapidador de seus bens.
2. E tendo-o chamado, perguntou-lhe: "Que ouço dizer de ti? Presta conta de tua administração, pois não podes mais administrar".
3. Disse o administrador consigo mesmo: "Que farei, porque meu senhor me tira a administração? Não tenho forças para cavar, tenho vergonha de mendigar...
4. Sei o que farei para que, quando for removido da administração, me recebam em suas casas".
5. Tendo chamado cada um dos devedores de seu senhor, disse ao primeiro: "Quanto deves a meu senhor"?
6. Respondeu ele: "Cem cados (1) de azeite". Disse-lhe então: "Pega tua fatura, senta-te já e escreve cinquenta".
7. Depois perguntou a outro: "E tu, quanto deves"? Respondeu ele: "Cem coros (2) de trigo". Disse-lhe: "Pega tua fatura e escreve oitenta".
8. E o senhor louvou o administrador não justo, porque procedeu prudentemente; porque os filhos deste eon são mais atilados para com sua geração, do que os filhos da luz.
9. E eu vos digo: Fazei para vós amigos da riqueza não justa, para que, quando vos faltar, vos recebam eles nas tendas do eon.
10. Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito; e quem não é justo no pouco, também não é justo no muito.
11. Se pois não vos tornastes fiéis na riqueza vã, quem vos confiará a verdadeira?
12. E se não vos tornastes fiéis no alheio, quem vos dará o que é vosso?
13. Nenhum empregado pode servir a dois senhores: porque, ou aborrecerá a um e amará o outro; ou se unirá a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.
14. Ouviam tudo isso os fariseus, que eram amigos do dinheiro, e caçoavam dele.
15. Disse-lhes Jesus: "Sois vós que vos justificais perante os homens, mas Deus conhece vossos corações; pois é abominável diante de Deus.
16. A lei e os profetas (foram) até João: desde então o reino de Deus é alegremente anunciado, e todos forcejam para ele.
17. Mas é mais fácil passarem o céu e a terra, do que cair um til da Lei".
(1) Cado, medida que equivale a 40 litros. A dívida, portanto era de 4. 000 litros, que foram reduzidos a 2. 000.
(2) Coros, medida que equivale a 400 litros. A dívida, pois, era de 40. 000 litros, reduzidos a 32. 000 litros.
Mais uma vez Jesus se dirige a Seus discípulos. No entanto, como havia elementos estranhos ao colégio iniciático por perto (cfr. vers. 14), utiliza, como de hábito, uma parábola. Talvez mais tarde a tenha explicado em particular ao grupo.
O exemplo escolhido é de um mordomo ou administrador (em grego ecônomo) que se demonstrou infiel para com seu senhor. E as falcatruas chegaram aos ouvidos do amo, pelo que este, agindo corretamente, afirma que ouviu acusações sérias, e portanto pede que lhe sejam apresentadas as contas, pois, caso se verifique o acerto da acusação, não poderá mais gerir seus bens.
O verbo diabállô tem o sentido de "acusar", embora também aceite o sentido de "caluniar" (cfr. DN 3:8, DN 3:9 e DN 3:2. º Mac. 3:11). Desse verbo vem o adjetivo diábolos, que é o "acusador", o "adversário" que acusa ou calunia, ou seja, a matéria que se opõe à espiritualização, o "Antissistema" (P. Ubaldi) ou pólo negativo, em que mergulha a Centelha ou Mônada.
O parabolista não esclarece (nem interessa à história) a espécie de desonestidade do mordomo, se era simples má gestão ou real malversação dos bens para proveito próprio. A continuação da parábola demostra inclusive a que ponto podia chegar: falsário.
O administrador estava tão convicto da verdade das acusações, que não cogita aproveitar-se do ensejo de defesa que o patrão lhe coloca à disposição: apresentação das contas, demonstrando correção. Ao invés, passa logo a cogitar de como sair-se para defender-se depois de despedido.
Resolve aproveitar o curto espaço de tempo que lhe ficou à disposição para organizar seu balanço, a fim de falsificar a escrituração. Mas engaja os devedores em sua falsificação, de forma a tê-los presos a si, impossibilitados de acusá-lo sem que também sejam envolvidos no mesmo crime; e daí, uma vez complicados pela cumplicidade, se verem obrigados a dar cobertura ao mordomo despedido.
O "devedor" (chreôpheilétês) de que fala o texto é aquele que realizou a compra e ainda a não pagou, por ter que fazê-lo apenas 30 ou 60 dias "fora o mês". Modificando a escrituração do balanço, e modificando a fatura de entrega da mercadoria, nada apareceria de errado, embora toda a transação fosse desonesta.
O mordomo, ainda investido de suas funções, convoca os devedores, embora cada um seja introduzido em particular, conforme especifica o texto. A cada um é feita, inicialmente, a pergunta de "quanto deve", ou seja é pedida uma "confissão de dívida" explícita para que fique bem clara a transação irregular a realizar-se.
Apenas dois exemplos são dados. As medidas utilizadas, bem estudadas no artigo do Pe. Barrois, "La Métrologie dans 1a Bible", publicado na "Revue Biblique" de 1931 (pág. 212), são bem diferentes uma da outra. O batos (do hebraico bâth) tem 39. 384 litros ao passo que o coros (do hebraico kôrs) tem dez vezes mais, isto é, 393. 384 litros. Arredondando, os cem batos correspondem a 4. 000 litros, enquanto os cem coros correspondem a 40. 000 litros. Daí os primeiros CEM terem sido reduzidos à metade, num abatimento de 2. 000 litros; ao passo que os segundos CEM só foram reduzidos de 20%, isto é, de 8. 000 litros. As dívidas, portanto, desceram de 4. 000 para 2. 000 e de 40. 000 para 32. 000. A redução da segunda dívida de 50% seria muito forte e, talvez, não teria sido aceita pelo próprio devedor, temeroso de ser descoberto.
"Nada há de oculto, que se não venha a conhecer": o senhor descobriu a falcatrua do mordomo, não se diz como. E reconheceu que o administrador foi atilado e agiu com prudência, embora continue denominandoo "não-justo" (adikías).
Até aqui a parábola. Seguem-se as considerações do Mestre aos discípulos, dando a interpretação mais chã (já que falava diante de profanos) e aproveitando a ocasião para aconselhá-los.
Em primeiro lugar, salienta a prudência com que agem os filhos "deste eon" (toú aiônos toútou) entre si, "em sua geração" (eis tên geneán tên heautôn), e lamenta que os "filhos da luz" não utilizem a mesma habilidade para conquistar o "reino dos céus".
Depois vem um conselho em estilo algo confuso, que requer muita atenção, a fim de ser bem compreendido:
"fazei para vós amigos da riqueza não justa (Huberto Rohden traduz, com muita propriedade, " riqueza vã") para que, quando esta faltar, vos recebam eles (esses amigos) nas tendas do eon". As traduções correntes aproveitam o sentido de "por meio de", que recebe a preposição grega ek (cfr. Xenofonte, Helênicas, 3, 2, 11 e Anabase, 2, 3,10; Sófocles, Filoctete, 702 e Plutarco, Temístocles, 4), para apresentar: "fazei-vos amigos com (por meio da) riqueza vã". No entanto, a Vulgata traduz o ek pela preposição latina de: fácite vobis amicos de mammona iniquitatis, conservando a mesma perífrase que o grego. Em inglês usaríamos from, em lugar de by. Observemos que o sentido muda totalmente.
Analisemos.
Fazer amigos por meio da riqueza vã, é utilizar a nossa riqueza para conquistar esses amigos. Fazer amigos da riqueza vã, é conquistar a amizade dos ricos, pelos serviços a eles prestados. Por mais generalizada que seja a primeira interpretação, preferimos a segunda, considerando que os discípulos "filhos da luz" não são, de modo geral, pessoas que abundem de bens terrenos materiais, embora sejam ricos de espírito de serviço e de bondade desinteressada.
Doutro lado, a expressão "quando esta faltar" (hótan eklipêi, no singular, muito mais bem testemunhado que o plural eklípete) pode referir-se às riquezas, dando margem às duas interpretações: se somos ricos e usamos a riqueza para conquistar amigos, quando esta faltar, seremos recebidos por esses amigos a quem conquistamos; ou: se conquistamos a amizade dos ricos, quando o dinheiro nos fizer falta, seremos por eles recebidos. Quer dizer, ambas as interpretações são válidas no contexto. Outros intérpretes chegam mais adiante: quando faltar "a vida", isto é, quando morrermos, abandonando forçadamente as riquezas, seremos recebidos pelos amigos conquistados.
Recebidos aonde? "Nas tendas do eon" (eis tãs aiôníous skênás). Também aqui entendemos nas "casas deles", nas residências do eon, do século, do mundo, da matéria; embora a maioria dos exegetas prefira traduzir aiôníous por "eternas": seremos recebidos "nos tabernáculos eternos", isto é, nas casas celestiais.
A interpretação corrente, pois, é que: se conquistarmos amigos por meio de nossas riquezas, dando esmolas, os que receberem essas esmolas se tornarão nossos amigos e nos receberão "no astral", quando lá chegarmos desprovidos de tudo, já que as riquezas ficaram na terra. Não chegamos a entender, positivamente, esse jogo de interesses, de querer "comprar" um lugar no "astral" ou no "céu", por meio das riquezas terrenas, como se evolução espiritual fosse coisa comprável com dinheiro.
Daí nossa preferência por "tendas de eon", ou seja, casas terrenas, do "século", do qual são "filhos" os homens atilados, e onde podem eles agir como "donos" da situação. E não no "astral" ou "céu", onde pouco devem poder os que vivem na matéria e para a matéria.
Quanto ao vocábulo "riquezas", é tradução do aramaico mammona, que tem o sentido de "confiado, depositado, ganho", conforme fala também Agostinho (Patrol. Lat. vol. 34 col. 1290): lucrum púnice mammona dícitur, isto é, "em cartaginês o lucro é chamado mamona".
Seguem-se duas frases em estilo axiomático: fidelidade ou desonestidade são qualidades que não dependem de medida: o fiel e o desonesto o são tanto nas coisas mínimas como nas máximas: é uma atitude intrínseca, congênita na pessoa.
A conclusão imediata é que, se alguém não se tornou fiel na riqueza vã (nos bens materiais) tampouco merece confiança para receber em depósito as riquezas verdadeiras (espirituais), pois não sendo fiéis no alheio, não terá oportunidade de receber o que lhe é próprio.
Chega, então, a conclusão geral: impossível servir a Deus e às riquezas. Repetição do que já foi dito antes (MT 6:24).
Os fariseus, ditos aqui "amigos do dinheiro" (philárgyroi) já que consideravam os bens materiais como um dom divino em recompensa da fidelidade à lei (DT 28. 1-14), só podiam ter uma atitude em relação a esses ensinamentos: zombaria.
Mas Jesus responde que eles se dizem e se fazem justos perante os homens, mas por conta própria, porque Deus conhece "os corações deles". E acrescenta que tudo o que é julgado grande pelos homens, para Deus não passa de coisa abominável. Interessante observar que o termo grego bdélygma é o que se renega "por causa do fedor".
Segue-se a afirmativa que "A lei e os profetas até João", sem verbo, que geralmente é suprido por "duraram" ou "vigoraram". Entendem alguns que depois de João a Lei e os profetas não mais tem ação, só passando a vigorar o Evangelho, a Boa-Nova. O próprio texto dá a entender isso, afirmando que "desde então o reino de Deus é alegremente anunciado (evaggelízetai) e todos forcejam por penetrar nele.
No entanto, Jesus já afirmara que não veio destruir a lei, mas aperfeiçoá-la (cfr. MT 5:17-20).
O final da parábola é categórico: mais fácil é ruírem céu e terra que um "til" (keraía, que é um daqueles sinais minúsculos colocados nos caracteres hebreus, para facilitar a leitura) da lei deixar de ser cumprido.
O Senhor da Terra, isto é, do Planeta, não a trabalha diretamente, mas por meio dos homens, pois as criaturas humanas são as ADMINISTRADORAS dos bens terrenos que lhes não pertencem, mas sim ao Dono da Terra, ao Supremo Governador (a que os hebreus chamam Melquisedec, os hindus Rama ou Naráyana).
Todas as vezes que a criatura que recebe a mordomia dilapida os bens de seu Senhor, utilizando-os em benefício próprio com prejuízo daqueles que também possuem direitos sobre eles; ou quando não os sabe conservar e gerir de forma a multiplicá-los; ou os esbanja em frioleiras e gozos exagerados, em vez de empregá-los em benefício de obras úteis; ou com eles compra terras e as deixa improdutivas, com a ideia egoísta de guardá-las só para si e para os seus; ou os enterra em bancos sem aproveitamento
—essa criatura está dilapidando os bens de seu Senhor, porque os não está empregando segundo a Vontade Dele, mas sim de acordo com seus caprichos.
Definida esta parte, observemos os ensinos da parábola.
O Senhor chama o administrador - a criatura que emprega mal os bens que recebeu em mordomia - e pede as contas, porque chegou a um ponto em que não pode continuar gerindo bens terrenos. É geralmente o momento da desencarnação e aproximação da morte.
Nesses últimos momentos, a criatura se lembra de que realmente agiu com egoísmo. E sabe que vai ter que abandonar não só os bens, mas a própria decisão a respeito deles. Então, só então, se lembra de que há pobres (os pobres são os que entram na Terra como devedores, e por isso não recebem bens para gerir) e resolve diminuir-lhes as dívidas, dando-lhes parte da fortuna que está gerindo, saldando, de um, 50% da dívida, de outro 20%, etc...
Essas importâncias dadas (ou deixadas em testamento) têm a vantagem, segundo essa criatura, de fazer que os beneficiados lhe demonstrem gratidão no eon futuro. Tinha, pois, muita razão, o Senhor de louvá-lo, pois agira, átiladamente e com prudência. E aqui pode compreender-se plenamente o termo utilizado pelo evangelista: o "administrador não-justo". Lembramo-nos de que os que se aproximam do Caminho foram divididos por Jesus em três classes: os profetas, os justos, e os discípulos (vol. 3). Aqui é simplesmente citado o caso de alguém que ainda não atingiu o segundo grau: ainda não é justo, o que não significa que seja positivamente "iníquo" nem "desonesto" integralmente. Não percamos de vista que os Evangelhos adotam um linguajar técnico rigoroso de Escola Iniciática (vol. 4). Nem poderia supor-se o contrário de livros especializados e "inspirados". Dizer que o Novo Testamento é escrito em linguagem popular porque seus autores não tinham conhecimentos, é desvalorizar a inspiração do Alto. O sentido de cada palavra é sempre rigidamente empregado dentro da técnica do ensino ministrado pelo Mestre, que era um Hierofante da categoria sublime de Jesus, e da inconcebível e incomensurável sabedoria do Cristo que através Dele se manifesta. Não são obras de ignorantes nem de iletrados: são documentos perfeitos e cientificamente redigidos, embora em alguns pontos os homens os tenham modificado para adaptá-los às suas conveniências. Podemos admitir que seus autores não eram gênios, mas temos que convir que suas mãos eram dirigidas por Inteligências superiores. Não pode conceber-se que obras, destinadas ao ensinamento profundo da humanidade durante milênios, fossem deixadas ao acaso das incompetências e limitações cerebrais de homens sem cultura. Afirmar o contrário é irreverência e até mesmo blasfêmia inominável.
A continuação do texto vem confirmar esta segunda interpretação. Observemos as frases: a) "fazei para vós amigos da riqueza vã" (não-justa), isto é, da riqueza terrena material (ou também," por meio da riqueza vã"), pois, de qualquer maneira, ao terminar o ciclo da vida material, essas amizades perdurarão no ciclo astral e espiritual. As amizades, no ambiente terreno, são sustentadas e alimentadas pelos obséquios, pelos presentes trocados, pelos favores dados e recebidos, o que facilita uma sintonização de interesse mútuo que, com o tempo, se tornará sintonização de vibrações intelectuais e, mais tarde, de vibrações espirituais.
b) "quem é fiel no pouco sê-lo-á igualmente no muito", etc. ; verdade substancial, já que honestidade, fidelidade, justiça são qualidades intrínsecas (já o vimos) e independem da quantidade.
c) portanto, ao homem é apresentada a ocasião de exercitar-se e de revelar suas qualidades, e de aperfeiçoá-las, enquanto na matéria, no "pouco" (bens terrenos materiais) para que, se for dada prova de possuir a qualidade mestra da justiça e da fidelidade, lhe seja entregue a riqueza verdadeira.
Ponto essencial para não correr-se o risco de dar as riquezas verdadeiras (o conhecimento espiritual) a criaturas ainda incapazes, que poderão transformar-se em "magos negros". Daí a necessidade de escolas com períodos probatórios longos. Dai as numerosas encarnações de experimentação rígida de valores. Só depois de longos séculos de provações em muitos campos, e depois de haver treinado a administração dos bens materiais, pode a criatura ser aceita como discípulo.
E, mesmo depois desse passo, chegam os exames, os "passos iniciáticos", as provas rigorosas, a prática, a vivência (páthein, vol. 4), para que, depois de tudo isso, possam ser dados, confiantemente, os graus iniciáticos, até atingir-se o adeptado. Se não dermos provas cabais e definitivas de fidelidade na administração sábia dos bens terrenos (e todos os que administram por profissão estão ainda nesse passo), não estaremos aptos a receber o conhecimento da riqueza verdadeira.
d) A mesma ideia é repisada com outras palavras: a fidelidade no alheio é uma garantia para recebermos o que é nosso. Dentro da pura concepção humana terrena, esse conceito é logicamente absurdo.
Ninguém experimenta a fidelidade de uma criatura confiando-lhe riquezas alheias para se comprovada a qualidade - entregar-lhe a riqueza própria. Temos, pois, um ensino mais profundo: se não nos tornarmos fiéis no que é dos outros, ou seja, no que pertence aos veículos inferiores, ao planeta físico, aos demais seres que nos cercam, comprovamos não estar aptos a entrar na posse dos bens espirituais, a que temos direito por nossa origem divina. E essa é uma das razões de nossa encarnação na matéria: aprender a governar-nos no que é alheio, mas sem importância capital, até tornar-nos capacitados para recebermos a herança que nos pertence. Ninguém nos dará a riqueza verdadeira (espiritual) a que temos direito, se antes não tivermos atingido a perfeição da justiça naquilo que é material e transitório. Todos os que estão atualmente encarregados de administrar as riquezas materiais, estão se preparando ainda para que no futuro possam entrar na posse na, verdades espirituais. São períodos encarnatórios de treino, indispensáveis para verificação da capacidade intrínseca de cada um. E a VIDA é sábia, e distribui as profissões a cada um, de acordo com o degrau evolutivo que tiver atingido. Que os dirigentes de Escola estejam atentos, pois, em não confiar iniciações àqueles cuja profissão terrena oficial ainda for administração financeira.
e) "não podeis servir a dois senhores". Realmente é impossível dedicar-nos à gestão e conquista de riquezas materiais e ao espiritualismo da busca divina. Claro e lógico. São duas direções opostas.
Ninguém pode caminhar ao mesmo tempo para o norte e para o sul. Ninguém pode dirigir-se simultaneamente para o Sistema e para o Antissistema, para o pólo positivo e para o pólo negativo.
Questão de orientação fundamental do caminho a ser percorrido. Quem se encaminha na direção do Sistema, fixando-se na Individualidade, aborrece as riquezas; e quem se prende às riquezas para multiplicá-las, a fim de comprar apartamentos, casas de campo, comodidades, conforto, etc., automaticamente desprezará as filigranas espirituais e o desprendimento total, por que precisa agir na zona pesada dos interesses que não admitem sentimentalismos. O esclarecimento final do Mestre acaba com as dúvidas: Deus e as riquezas (posses = Mammona) são pólos opostos. Ou seguimos para a direita, abandonando tudo o que é material e seguindo Cristo, ou para a esquerda, e possuiremos bens terrenos, estando atentos às nossas contas bancárias. Os que nesse campo se aproximam dos espiritualistas, estão exercitando para que, em próximas vidas, possam aprender a renunciar totalmente aos bens terrenos.
A intervenção dos fariseus provoca outros ensinos.
f) "o que é elevado entre os homens, é abominável diante de Deus": posições, honrarias, títulos, cargos, riquezas, fama, domínio - tudo o que se julga nobre e digno de respeito na humanidade terrena, constitui algo desprezível e "fedorento" (bdélygma) para Deus e para os Seres que já superaram o caminho evolutivo e se encontram no ápice da pirâmide. Deus conhece os corações, porque neles habita, conscientemente impelindo e dirigindo a evolução de cada um. E os que buscam Deus e a evolução, procuram realmente apagar-se no campo terráqueo do Antissistema.
g) A expressão "lei e profetas" exprime o Antigo Testamento, que é o símbolo da personagem terrena; o Novo Testamento é o reino de Deus, que é o campo da Individualidade.
Moisés legislou para a personalidade terrena; Jesus para a individualidade espiritual. O reino da personalidade durou até João, que foi o maior entre os "filhos de mulher" (cfr. vol. 1, vol. 3 e vol. 4); ao passo que Jesus é o "Filho do Homem", trazendo à Terra o "Reino de Deus", que é "anunciado alegremente". Portanto, até João ainda vigoravam os preceitos para a personalidade, que perderam sua razão de ser nesse nível, porque foram completados e aperfeiçoados (cfr. vol. 2) pela vinda de Jesus, que os elevou, para aplicá-los e adaptá-los à individualidade.
h) "Todos forcejam para o reino dos céus", exprime a velocidade maior no final da carreira (motus in fine velocior) . Uma vez percebida e compreendida a meta, a criatura envereda com entusiasmo pela senda, forcejando e violentando-se, e percorre o que falta em relativamente menor número de encarnações. Exemplifiquemos grosseiramente: se levara 80. 000 encarnações para percorrer de 1 a 80 (à razão de 1. 000 em cada passo), levará agora 200 encarnações para caminhar de 80 a 100
(à razão de 10 em cada passo). Essa pressa violenta (como dá a entender o verbo grego biázô) exprime o esforço de atingir o objetivo o mais depressa possível. Mas jamais nos iludamos de que estamos na "última encarnação". Só poderemos afirmar isso, se tivermos alcançado a evolução que Jesus tinha. Quem a tem? i) O último ensino é categórico: a LEI se cumprirá. Aqui não há mais referência à lei mosaica, escrita para a personagem transitória, e portanto transitória ela mesma. Trata-se da LEI suprema da evolução, da LEI MAIOR, que não toma conhecimento de privilégios nem de pistolões.
Essa, pois, a segunda interpretação que podemos dar à magnífica lição contida na parábola do administrador não-justo. Outras existirão ainda, pois cada parábola encerra em si ensinos de profundidade variável, de acordo com a capacidade de quem a lê.
lc 16:8
Sabedoria do Evangelho - Volume 2
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 2 CARLOS TORRES PASTORINO
JO 3:16-21
16. Deus teve, pois, tanta predileção pelo mundo, que deu seu Filho, o Unigênito, para que todo o que nele crê, ao invés de perder-se, tenha a vida imanente.
17. Pois Deus não enviou seu Filho ao mundo para julgar o mundo, mas para que o mundo seja preservado por meio dele.
18. Quem nele crê não é julgado; o que não crê, já está julgado, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus.
19. O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, pois eram más suas obras,
20. porque todo o que faz coisas inferiores aborrece a luz, e não vem para a luz, para que suas obras não sejam inculpadas;
21. mas aquele que faz a verdade, chega-se para a luz, para que sejam manifestadas suas obras, porque foram feitas em Deus.
Neste ponto, o evangelista toma a palavra para comentar os ensinos de Jesus a Nicodemos. Os verbos são empregados agora no passado, e suas primeiras palavras ουτως γαρ são as que geralmente iniciam seus comentários pessoais (cfr. 2:25; 4:8; 5:13, 20; 6:6, 33; 13:11). Convida-nos João a buscar a razão íntima dos ensinamentos: o amor de Deus, que é universal, e não apenas restrito aos elementos de uma determinada religião: Deus ama O MUNDO τον κοσµον. Interessante observar o verbo utilizado no início do versículo. Em grego há três verbos que exprime "amar" : φιλειν, que é "amar de amizade, querer bem"; εραν, que significa "amar de amor, apaixonarse"; e αγαπειν que quer dizer "amar com preferência, ter predileção por". Neste trecho, é empregado esse último: "ter predileção ou carinho especial pelo mundo".
Tanto assim, que (oração consecutiva) deu seu Filho, aquele Filho Unigênito que é a própria manifesta ção divina nos universos ilimitados, o Cristo C6smco, para que "todo aquele que nele crê", e que viva a sua vida, não se perca. mas obtenha uma vida divina IMANENTE na perfeita união.
VIDA "ETERNA" = VIDA IMANENTE
A tradução corrente das palavras gregas ξωη αιωνιος é "VIDA ETERNA".
No entanto, essa interpretação não nos parece correta. Senão vejamos.
1. º - Se esse fora o sentido: "quem crer nele terá a vida eterna, isto significaria que, quem não cresse não teria a vida eterna, e portanto deveria ter seu "espírito" destruído, aniquilado (morte do espírito).
Mesmo se admitíssemos o "castigo eterno" (absurdo inconcebível), mesmo assim o espírito teria a vida eterna, embora não crendo em Jesus. Então, que "promessa" seria essa, que vantagem traria o fato de crer em Cristo?
2. º - Poderia admitir-se que Jesus aceitava, com isso, a doutrina dos fariseus, tão bem esplanada por Josefo (Ant. Jud. 18, 1, 3): "Os fariseus acreditam que possuem um vigor imortal e os virtuosos terão o poder de ressuscitar e viver de novo"; e mais (Bell. Jud. 2, 5, 11): "Ensinam os fariseus que as almas são imortais; que as almas dos justos passam, depois desta vida, para outros corpos, e as dos maus sofrem tormentos eternamente". Quando fala do suicídio, repete essa mesma teoria (Bell. Jud. 2, 5, 14): "Os corpos de todos os homens são, sem dúvida, mortais e feitos de matéria corruptível; mas a alma é sempre imortal e é uma partícula de Deus, que habita em nossos corpos... Recordam (os fariseus) que todos os espíritos puros, quando partem desta vida, obtêm um lugar mais santo no céu, donde, no transcurso dos tempos, são novamente enviados em corpos puros; ao passo que as almas dos que cometeram sua auto-destruição, são condenadas à região tenebrosa do hades".
Realmente, em linhas gerais, os livros do Novo Testamento confirmam e reproduzem as crenças dos fariseus. Mas não é só isso que está na promessa, pois isso seria obtido mesmo sem crer em Jesus, por qualquer fariseu sincero.
A solenidade da repetição dessa promessa, feita 45 vezes em o Novo Testamento, sobretudo por João (25 vezes), por Paulo (9 vezes), por Lucas Ev. e At. (5 vezes), por Mateus (3 vezes), por Marcos (2 vezes) e por Judas (1 vez), parece exprimir algo mais profundo e de grande importância.
Tentemos compreender, pesquisando o sentido do adjetivo empregado, assim como do substantivo do qual se originou.
O substantivo que exprime ETERNO, em grego, é άίδιος assim definido por Platão (Definições, 411a): τό иατά πάντα Χρόνον иαί πρότερον όν иαί νύν µή έφθαρµένον, ou seja, "o que é anterior, e através de todo o tempo e agora, não podendo ser destruído".
Em outras palavras: "o que não tem princípio nem fim".
O advérbio άεί (sempre) também é colocado com a ideia de eternidade: ό άεί Χρόνος = o tempo eterno (Platão, Fedon, 103e). Outro substantivo αίών - que é correntemente traduzido como "eterno" - aparece assim definido por Aristóteles: το τέλος τό πε ριέиον τόν τής έиάστου ζωής Χρόνον ... αίών έиάστου иέиλεται (Arist., Do Céu, 1,9,15), isto é: "o período que abarca o tempo da vida de cada um, chama-se o "aiôn" dele (a permanência na Terra).
Realmente, "aiôn" tem seu paralelo em latim aiuom (aevum), que deu, em português, a palavra "evo".
Desse substantivo originou-se o adjetivo αίώνιος, ος, ογ a que o "Greek-English Lexicon" (Oxford) dá os seguintes sentidos (jamais aparecendo "eterno", que realmente não tinha): " I - uma vida, a vida de alguém (sentido mais comum nos poetas) cfr. Homero, Odisseia, 5:160; Ilíada, 5:685 e 24:725;
2. uma época, uma geração, cfr. Ésquilo, Tebas, 744: Demócrito, 295, 2 ; Platão, Axíolos, 370 c.
3. uma parte da vida, cfr. Eurípedes, Andrômaca, 1215.
II - 1. longo espaço de tempo, uma idade (lat. aevum) cfr. Menandro, Incert 7; usado especialmente com preposiçõe "pelas idades, pelas gerações" ; cfr. Hesiodo, Teogonia, 609; Ésquilo, Suplicantes, 582 e 574; Agamemnon, 554; Platão, Timeu 37 d; Aristóteles, do Céu, 1. 19. 14; Licurgo, 155, 42; Filon, 2. 608.
2. um espaço de tempo claramente definido e destacado, uma era, uma idade. período, o "mundo presente" em oposição ao" mundo futuro"; cfr. MT 13:22; LC 16:8. Nesse sentido também usado no plural cfr. Romanos, 1:25: Filipenses, 4:20;
Efésios, 3:9; 1 Coríntios 2:7 e 1 Coríntios 2:1 Coríntios 10:11. etc. ".
Ora, "eterno" é filosoficamente, outra coisa; é o QUE ESTA FORA do tempo, como diz Aristóteles (Física, 4. 12, 221 b) : ώστε φανερόν ότι τά άεί όντα,ή άεί όντα, ούи έστιν έν Χρόνω: ού γάρ περιέΧεται ύπό Χρόνον, ούδε µετρείται τό εί-ναι αύτών ύπό τού Χρόνου: σηµείον δέ τούτου ότι ούδε πάσΧει ούδεν ύπό τού Χρόνου ώς ούи όντα ένΧρόνω - que significa: "Vê-se, portanto, que os seres eternos, enquanto seres eternos, não estão no tempo, porque o tempo não os envolve, nem mede a existência deles; a prova é que o tempo não tem efeito sobre eles, porque eles não estão no tempo".
Quando se fala de "eterno" em grego, são as palavras que aparecem.
Mas há um trecho importante de Platão (Timeu, 37 e 38) em que sentimos bem a diferença entre αιδιος e αιωνιος . Vamos citá-lo na íntegra e no original, para bem compreender-se o sentido, e para quc os conhecedores controlem a veracidade do que afirmamos. Ώς δέ иινηθέν αύτό иαί ζών ένόησεν τών άϊδίων θεών γεγο-νός άγαλµα ό γεννήσας πατήρ, ήγάσθη τε иαί εύφρανθείς έτι δή µάλλον όµοιον πρός τό παράδειγµα έπενόησεν άπεργάσασθαι. Κα-θάπερ ούν αύτό τυγχάνει ζώον άίδιον όν,иαί τόδε τό πάν ούτως είς δύναµιν έπεχείρξσε τοίούτον άποτελεϊν. Н µέν ούν τού ζώ-ου φύσις έτύγχανεν ουσα αίώνιος, иαί τούτο µέν δή τώ γεννετώ παντελώς προσαπτειν ούи ή δυνατονúείиώ δέπενόει иίνητόν τί να αίώνος ποιήσαι, иαί διαиοσµών άµα ούρανόν ποιεί µένοντος αίώνος έν ένί иατδιαиοσµών άµα ούρανόν ποιεί µένοντος αίώνος έν ένί иατάριθµόν ίούσαν αίώνιον είиόνα, τούτον όν δή χρονον ώνοµάиαµεν. Нµέρας γάρ иαρ иαί νύиτας иαί µήνας иαί ένιαυτούς, ούи όντας πρίν ουρανον γενέσθαι, τόδε άµα έиείνω συνισταµένω τήν γένεσιν αύτών µηχανάται-ταΰτα δέ πάντα µέ-ρη χρόνου, иαί τό τήν τό τέσται χρόνου γεγονότα είδη, & δή φέροντες λανθάνοµεν έπί τήν άίδιον αύσίαν ούи όρθώς. Λέγοµεν γάρ δή ώς ήν έστιν τε иαί έσται, τή δέ τό έστιν µόνον иατά τόν άγηθή λόγον προσήиει, τό δέ ήύ τό τέσται περί τήν έν χρόνω γένεσιν ίοϋσαν πρέπει λέγεσθαι- иινήσεις γάρ έστον, τό δέ άέί иατά ταύτα έχον άиινήτως ούτε πρεσβύτερον ούτε νεώτε-ρον προσήиει γίγνεσθαι διά χρόνου ούδε γενέσθαι ποτέ ούδέ γε γονέναι νϋν ούδ είς αύθις έσεσθαι, τό παράπαν τε ούδέν όσα γε-νεσις τοϊς έν αίσθήσει φεροµένοις προσήψενάλλά χρόνου ταϋτα αίώνα µιµουµένου иαί иατάριθµόν иυиλουµένου γέγονεν είδη-иαί πρός τούτοις έτι τά τοιάδε, τό τε γεγονός είναι γεγονός иαί τό γιγνόµενον είναι γιγνόµενον, έτι τε τό γενεσοµενον εί-ναι γενεσοµενον иαί τό µή όν µή όν είναι, ών ούδέν άиριβές λέγοµεν ... χρόνος δ ούν µετ ούρανοϋ γέγονεν, άµα ίνα γεννη-θέντες άµα иαί λυθώσιν, άν ποτε λύσις τις αύτών γίγνηται, иαί иατά τό παράδειγµα τής διαιωνίας φύσεως, ίν ώς όµοιότατος, αύ τώ иατά δύναµιν ή τό µέν γάρ δή παράδειγµα πάντα αίώνά έσ-τιν όν, ό δ αύ διά τέλους τόν άπαντα χρονον γεγονώς τε иαί ών иαί έσοµενος. Eis a tradução literal, em que traduzimos αιωνιος por "permanente", para compreendermos bem as diferenças. Platão explica, pela boca de Timeu, qual a diferença entre eternidade e tempo, e fala na criação do tempo juntamente com o "céu", isto é, com a abóbada celeste. Esclarece que a eternidade é estável, imóvel, permanente em realidade, ao passo que o tempo imita essa permanência. com uma" permanência " relativa. Eis o texto: " Quando então o Pai Genitor percebeu que este (mundo), que foi a joia dos deuses eternos, se movia e vivia, ficou admirado e, alegrando-se, concebeu elaborá-lo ainda mais semelhante ao modelo. E como ele é um Vivente Eterno, e este é O TODO, empreendeu aperfeiçoá-lo dentro do possível. Sendo porém permanente a natureza do Vivente, não seria possível em vista disso igualar totalmente a ela o que teve princípio. Doutro lado, tinha feito uma imagem móvel do permanente e, organizando juntamente o céu, faz uma imagem permanente ritmada segundo o número, de acordo com a permanência imutável do UM, e isto é o que chamamos tempo.
Com efeito, não existindo os dias, as noites, os meses e os anos antes de ter sido produzido o céu, ele os produziu então juntamente com a constituição do mesmo. Todas essas coisas, porém, são parte do tempo, e o passado e o futuro são aspectos do tempo que evolui, e não percebemos que (falamos) impropriamente quando os aplicamos à essência eterna. Com efeito, dizemos que (ela) "era", "é" e "será"; mas uma única palavra verdadeiramente lhe convém: "é"; "era" e "será" só devem ser ditos a respeito da evolução que se processa no tempo, porque são movimentos; o eterno, porém, sendo imutável, não cabe (ser) mais velho, nem mais moço, nem evoluir através do tempo, nem ter aparecido outrora, nem ter acabado de aparecer agora, nem retroceder, nem (ter) qualquer qualidade que a evolução atribuiu às coisas que são percebidas, porque estes são aspectos pertencentes ao tempo, que imita a permanência e que gira segundo o número.
Além disso, estas outras expressões "o evoluído é (como se fora) mesmo evoluído", "o que evoluirá, evoluirá mesmo", "o não-ser é mesmo não-ser", são expressões inexatas... Então, o tempo evolui com o céu, para que, tendo nascido juntos, juntos também sejam dissolvidos caso um dia se dê a dissolução dos mesmos - e (o tempo foi feito) segundo o modelo da natureza permanente, para que seja o mais semelhante possível a ela. Com efeito, o modelo é todo permanente, mas este (o tempo) é para sempre um tempo inteiro de passado, presente e futuro".
Agora vejamos o emprego dessas palavras em o Novo Testamento.
I - O substantivo αιδιος só aparece duas vezes:
1) na Epístola de Paulo aos Romanos (Romanos 1:20) "o Poder e a Divindade dele são eternos".
2) na Epístola de Judas (6-7), numa frase que é iniciada dizendo que Jesus salvou do Egito os israelitas (logo, sentido simbólico), e prossegue: "prendeu os anjos nos cárceres eternos sob a treva; Sodoma e Gomorra suportando a justiça do fogo permanente".
II - O substantivo αιων aparece 120 vezes, empregado com os sentidos: a) os séculos, isto é, uma época, um lapso de tempo (92 vezes);
MT 6:13; MT 21:19; MC 3:29; MC 11:14; Lc. 1:33. 55, 70; JO 4:14; 8:35 (2x), 51; 52; 10:28; 11:26; 12:34;
b) o século, com o significado de "o mundo material" (em oposição ao mundo espiritual), ou com o sentido de "uma geração" 28 vezes: MT 12:32; MT 13:22, MT 13:39, MT 13:40. 49; 24:3; 21:20; MC 4:19; MC 10:30; Lc. 16:8; 18:30; 20:34,35; RM 12:2; 1CO 1:20; 1CO 2:6 (2x), 8; 3:18; 2CO 4:4; EF 1:21; EF 2:2; 1TM 6:17; 2 Tim. - 4:20; TT 2:12; HB 6:5;
9:26; 1PE 3:18.
III - o adjetivo αιωνιος é empregado, ao lado de vários substantivos, qualificando-os, em 72 lugares: Uma única vez aparece com o sentido que pode ser interpretado como "eterno", usado por Paulo, em Romanos (Romanos 16:26) ao lado do substantivo "Deus" : Κατεπιταγεν του αιωνιου θεου (segundo o preceito do Deus sempiterno), em oposição ao que escreve na 2. ª Coríntios (os 4:4) : o θεος του αιωνιος τουτου "o deus deste século", isto é, deste mundo.
Eis os sentidos : a) futuro, ou seja, no século ou na época vindoura, na vida seguinte, 19 vezes: MT 18:8; MT 25:41; MT 25:46; MC 3:29; LC 16:9; RM 16:25; 2 Th. 1:9; 2:16; 2TM 2:10; HB 5:9;
b) permanente ou perene, no sentido de durar muito tempo, quase um século, 5 vezes:
2CO 4:17, 2CO 4:18; 5:1; 1TM 6:16; Film. 15.
c) os tempos atuais, ou seja, este século, 2 vezes:
2TM 1:9; TT 1:2.
d) com o substantivo VIDA (cujo sentido estudaremos agora), 45 vezes: MT 19:16, MT 19:29; 25:46; MC 10:17, MC 10:30; Lc. 10:25; 18:18. 30; AT 13:46 48; JO 3:15, 16, 36; 4:14,36;
O sentido de ζωή αίώνιος é dado pelo próprio Jesus, no evangelho de João, que é o que emprega mais vezes a expressão (25 vezes, contra 20 em todos os demais livros do novo Testamento). Lemos aí: αύτη δέ έστιν ή αίώνιος ζωή, ϊνα γινώσиωσιν σέ, τόν µόνον άληθινόν θεόν, иαί όν άπέστειλας Ιησοϋν χριστόν ou seja, "a vida IMANENTE é esta: 1) que conheçam a ti, o único Deus verdadeiro, e
2) a quem enviaste, Jesus Cristo".
Por aí verificamos que a ζωήûαίώνιος NÃO É uma vida QUE DURA ETERNAMENTE (todas as vidas têm essa qualidade); não se refere à DURAÇÃO da vida, mas a uma QUALIDADE ESPECIFICA, que reside no CONHECIMENTO DA VERDADE TEOLÓGICA. E, ao conhecer essa verdade, haverá então a unificação total com o Cristo (cfr. JO 17:11,21,22), que dá a IMANÊNCIA perfeita, que resultar á na liberdade (cfr. JO 8:32) dos filhos de Deus (cfr. RM 8:21), que existe onde está o Espírito do Cristo (cfr. 1CO 10:29). Paulo também explica qual a origem dessa VIDA IMANENTE, quando esclarece aos Romanos (Romanos 6:23): τά γάρ όψώνα τής άµαρ-τίας θάνατος, τό δέ χαρισµα τοϋ θεοϋ ζωή αίώνιος, έν χριστώ Ιησοϋ τώ иυρίω ήµώ
ν isto é, "o salário do erro é a morte, a recompensa de Deus é a VIDA PERMANENTE em Cristo Jesus, o Senhor nosso".
Depois de tudo isso, podemos perceber a profundidade do sentido de "zoé aiónios".
É a VIDA PERMANENTE ou IMANENTE EM CRISTO. Em outros termos, é a união total do "eu" pequeno com o EU profundo, do "espírito" personalístico, com o Espírito ou Individualidade. A crença em Cristo, baseada no CONHECIMENTO e na CONVICÇÃO (fé), produzirá seus efeitos com a "nega ção da personalidade" (cfr. MT 16:24), que fica absorvida pela individualidade, pelo Cristo, que passa a "viver em nós" (cfr. GL 2:20 e GL 2:2CO 13:5). É o MERGULHO na Divindade, na qual nos dissolvemos, e isso se realiza através do Cristo.
Pelo oposição dos termos, salienta-se o significado: o erro nos trouxe a condição de encarnados, sujeitos à morte, e por isso o "salário do erro é o a morte". Mas a recompensa de Deus é o tirar-nos, quando nós o quisermos (por nosso esforço), desse cativeiro, dando-nos a VIDA IMANENTE de unifica ção com o Cristo, não mais sujeita a reencarnações e à morte.
Concluindo, pois, temos que "zoé aiónios": a) não pode ser vida "eterna" (como duração), de que todos participam; b) não pode ser vida "futura" (como reencarnação) porque todos os espíritos a vivem; c) não pode ser a vida "espiritual" (do "espírito") porque todos a têm, na alegria ou na dor.
Então, resta que é uma vida diferente dessas todas.
Por isso, compreendemos que só pode ser a vida NO REINO DE DEUS ou no REINO DOS CÉUS, que é a VIDA IMANENTE em Cristo.
Portanto, o melhor adjetivo para traduzir "aiónios", quando ao lado do substantivo VIDA, é IMANENTE, embora essa tradução não se encontre nos dicionários de grego.
No entanto, o sentido cabe perfeitamente. O latim manere significa "ficar". Com o preverbo PER, dá ideia de tempo ou duração; com o preverbo IN, exprime penetração, interiorização, união interna e íntima, "dentro de". Os dois são, pois, um mesmo verbo: MANERE, formando dois compostos: PERmanere e INmanere; e os sentidos também correspondem: a PERmanência é "ficar durante algum tempo" e a Imanência é "ficar dentro de", ou "penetrar em algo e lá permanecer".
Passemos ao versículo 17. Afirma o evangelista que Deus enviou seu Filho NÃO para julgar o mundo, mas para encaminhá-lo na direção certa.
Parece, à primeira vista, haver contradição entre essa frase e o que se diz logo adiante (5:22): "o Pai a ninguém julga, mas entregou todo julgamento ao Filho", acrescentando-se (5:27) : "Ele Lhe deu o poder de julgar, porque é Filho do Homem". Também em Mateus se descreve o Filho a julgar 25:31-3.
Entretanto, a contradição é mais aparente que real. Uma coisa é dizer que "o Filho julgará", ou "que o julgamento Lhe foi entregue", e outra, totalmente diferente, é dizer que foi essa a CAUSA da descida do Filho. Neste passo que comentamos, afirma-se que a RAZÃO de Sua vinda NÃO FOI o julgamento da humanidade (embora isto Lhe tenha sido colocado nas mãos), mas a missão de tirar a humanidade do caminho errado (αφεσις αµαρτιων) para orientá-la pelo caminho certo (σω-ζειν), isto é, para "preserv á-la" ou "salvá-la".
O sentido dos versículos seguintes (18-21) é bastante claro na sua interpretação literal, não carecendo de comentários.
Nesse trecho verificamos que mais clara se torna a linguagem mística de João.
O mundo - expresso pela palavra "cosmo (que significa "ordem" ou "harmonia do universo") - é a manifestação visível do Cristo Cósmico, ou seja, do "Filho Unigênito". Portanto, a própria exterioriza ção do Cosmo é, já de per si, uma doação que o Pai faz de seu "FILHO UNIGÊNITO".
Recordemos. Já falamos que Deus é O ESPÍRITO (JO 4:24), isto é, O AMOR, o qual, ao expandirse e manifestar-se, assume a atitude de PAI, ou VERBO (Logos, Palavra) isto é, O AMANTE, e que o resultado de sua manifestação ou exteriorização é O FILHO, que é o Universo em sua totalidade absoluta, e que, portanto, é realmente UNIGÊNITO, ou seja, o AMADO.
Por tudo isso, vemos que o CRISTO (CÓSMICO) é o FILHO UNIGÊNITO que está dentro de todos (sendo então chamado CRISTO INTERNO ou mônada divina).
Ora, todos aqueles espíritos que, por sua evolução, chegam a compreender, a buscar e a conseguir a Consciência Cósmica (ou consciência do Cristo Cósmico) também denominada União com o Cristo Interno - porque acreditaram nas palavras do Manifestante divino esses conseguirão a VIDA IMANENTE, a vida UNA com a Divindade que está em todos e em tudo, vida que flui internamente de dentro deles como fonte de água viva (cfr. JO 4:14). Esses não mais "se perderão" na ilusão da mat éria "satânica" ou opositora, a ela regressando constantemente vida após vida, mas empreenderão o caminho libertador da evolução sem fim.
E Jesus, o maior Manifestante da Divindade entre as criaturas terrenas - a quem Bahá’u’lláh denomin "Sua Santidade o Espírito" não veio para julgar os homens: apontou o caminho com Suas palavras e, muito mais, com Seus exemplos. Mas deixou as criaturas livres para escolher a estrada longa ou curta, larga ou estreita. A finalidade de Sua encarnação foi, apenas, conservar ou preservar o mundo, dando-lhe Seus exemplos, ensinando-lhe Sua doutrina, e derramando sobre o globo terrestre o Seu sangue vivificador.
No entanto, aqueles que não creem e se apegam à matéria (ao opositor ou satanás) já se julgam a si mesmos por sua própria atitude; ao renegar o Espírito ("mas aquele que se rebelar contra o Espírito, o Santo, não será libertado nem neste século (aiõni) nem no futuro", MT 12:33, cfr. MC 3:29 e LC 12:10) renunciam espontaneamente à evolução e, nem nesta encarnação nem na próxima, poder ão ser libertados do carma. Com efeito, a base ou o barema do julgamento é que a Luz Cristônica baixou até o mundo na Manifestação de Jesus; mas os homens preferiram as trevas à Luz. E justificase a preferência: suas obras (de separatismo, sectarismo, divisão, concorrência, egoísmo, ambição material, ódios, etc.) são más, ou seja, não sintonizam com o Amor que é Deus. Já aqueles que agem e vivem a Verdade, se aproximam vibracionalmente da Luz e deixam que suas obras se manifestem, porque, sendo realizadas em união total com o Amor (com Deus), são obras boas.
Mas, por que diz "crer NO NOME do Unigênito Filho de Deus" (vers. 18) ? O nome é a identificação da essência que se manifesta. Trata-se, portanto, de crer na manifestação do Filho de Deus, que é a Força Crística exteriorizada nos Universos (cfr. "seja santificado o Teu Nome", MT 6:9) a ela unindose a criatura através da "infinitização" própria, realizando a "consciência cósmica". O "nome" exprime, pois, a realidade mesma do Cristo divino que está em nós.
lc 16:8
Sabedoria do Evangelho - Volume 4
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13 CARLOS TORRES PASTORINO
MT 16:24-28
24. Jesus disse então o seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, neguese a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.
25. Porque aquele que quiser preservar sua alma. a perderá; e quem perder sua alma por minha causa, a achará.
26. Pois que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma?
27. Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com seus mensageiros, e então retribuirá a cada um segundo seu comportamento.
28. Em verdade vos digo, que alguns dos aqui presentes absolutamente experimentarão a morte até que o Filho do Homem venha em seu reino. MC 8:34-38 e MC 9:1
34. E chamando a si a multidão, junto com seus discípulos disse-lhes: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.
35. Porque quem quiser preservar sua alma, a perderá; e quem perder sua alma por amor de mim e da Boa-Nova, a preservará.
36. Pois que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?
37. E que daria um homem em troca de sua alma?
38. Porque se alguém nesta geração adúltera e errada se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, também dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na glória de seu Pai com seus santos mensageiros". 9:1 E disse-lhes: "Em verdade em verdade vos digo que há alguns dos aqui presentes, os quais absolutamente experimentarão a morte, até que vejam o reino de Deus já chegado em força".
LC 9:23-27
23. Dizia, então, a todos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me.
24. Pois quem quiser preservar sua alma, a perderá; mas quem perder sua alma por amor de mim, esse a preservará.
25. De fato, que aproveita a um homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar-se ou causar dano a si mesmo?
26. Porque aquele que se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória, na do Pai e na dos santos mensageiros.
27. Mas eu vos digo verdadeiramente, há alguns dos aqui presentes que não experimentarão a morte até que tenham visto o reino de Deus.
Depois do episódio narrado no último capítulo, novamente Jesus apresenta uma lição teórica, embora bem mais curta que as do Evangelho de João.
Segundo Mateus, a conversa foi mantida com Seus discípulos. Marcos, entretanto, revela que Jesu "chamou a multidão" para ouvi-la, como que salientando que a aula era "para todos"; palavras, aliás, textuais em Lucas.
Achava-se a comitiva no território não-israelita ("pagão") de Cesareia de Filipe, e certamente os moradores locais haviam observado aqueles homens e mulheres que perambulavam em grupo homogêneo.
Natural que ficassem curiosos, a "espiar" por perto. A esses, Jesus convida que se aproximem para ouvir os ensinamentos e as exigências impostas a todos os que ambicionavam o DISCIPULATO, o grau mais elevado dos três citados pelo Mestre: justos (bons), profetas (médiuns) e discípulos (ver vol. 3).
As exigências são apenas três, bem distintas entre si, e citadas em sequência gradativa da menor à maior. Observamos que nenhuma delas se prende a saber, nem a dizer, nem a crer, nem a fazer, mas todas se baseiam em SER. O que vale é a evolução interna, sem necessidade de exteriorizações, nem de confissões, nem de ritos.
No entanto, é bem frisada a vontade livre: "se alguém quiser"; ninguém é obrigado; a espontaneidade deve ser absoluta, sem qualquer coação física nem moral. Analisemos.
Vimos, no episódio anterior, o Mestre ordenar a Pedro que "se colocasse atrás Dele". Agora esclarece: " se alguém QUER ser SEU discípulo, siga atrás Dele". E se tem vontade firme e inabalável, se o QUER, realize estas três condições:
1. ª - negue-se a si mesmo (Lc. arnésasthô; Mat. e Mr. aparnésasthô eautón).
2. ª - tome (carregue) sua cruz (Lc. "cada dia": arátô tòn stáurou autoú kath"hêméran);
3. ª - e siga-me (akoloutheítô moi).
Se excetuarmos a negação de si mesmo, já ouvíramos essas palavras em MT 10:38 (vol. 3).
O verbo "negar-se" ou "renunciar-se" (aparnéomai) é empregado por Isaías (Isaías 31:7) para descrever o gesto dos israelitas infiéis que, esclarecidos pela derrota dos assírios, rejeitaram ou negaram ou renunciaram a seus ídolos. E essa é a atitude pedida pelo Mestre aos que QUEREM ser Seus discípulos: rejeitar o ídolo de carne que é o próprio corpo físico, com sua sequela de sensações, emoções e intelectualismo, o que tudo constitui a personagem transitória a pervagar alguns segundos na crosta do planeta.
Quanto ao "carregar a própria cruz", já vimos (vol. 3), o que significava. E os habitantes da Palestina deviam estar habituados a assistir à cena degradante que se vinha repetindo desde o domínio romano, com muita frequência. Para só nos reportarmos a Flávio Josefo, ele cita-nos quatro casos em que as crucificações foram em massa: Varus que fez crucificar 2. 000 judeus, por ocasião da morte, em 4 A. C., de Herodes o Grande (Ant. Jud. 17. 10-4-10); Quadratus, que mandou crucificar todos os judeus que se haviam rebelado (48-52 A. D.) e que tinham sido aprisionados por Cumarus (Bell. Jud. 2. 12. 6); em 66 A. D. até personagens ilustres foram crucificadas por Gessius Florus (Bell. Jud. 2. 14. 9); e Tito que, no assédio de Jerusalém, fez crucificar todos os prisioneiros, tantos que não havia mais nem madeira para as cruzes, nem lugar para plantá-las (Bell. Jud. 5. 11. 1). Por aí se calcula quantos milhares de crucificações foram feitas antes; e o espetáculo do condenado que carregava às costas o instrumento do próprio suplício era corriqueiro. Não se tratava, portanto, de uma comparação vazia de sentido, embora constituindo uma metáfora. E que o era, Lucas encarrega-se de esclarecê-lo, ao acrescentar "carregue cada dia a própria cruz". Vemos a exigência da estrada de sacrifícios heroicamente suportados na luta do dia a dia, contra os próprios pendores ruins e vícios.
A terceira condição, "segui-Lo", revela-nos a chave final ao discipulato de tal Mestre, que não alicia discípulos prometendo-lhes facilidades nem privilégios: ao contrário. Não basta estudar-Lhe a doutrina, aprofundar-Lhe a teologia, decorar-Lhe as palavras, pregar-Lhe os ensinamentos: é mister SEGUILO, acompanhando-O passo a passo, colocando os pés nas pegadas sangrentas que o Rabi foi deixando ao caminhar pelas ásperas veredas de Sua peregrinação terrena. Ele é nosso exemplo e também nosso modelo vivo, para ser seguido até o topo do calvário.
Aqui chegamos a compreender a significação plena da frase dirigida a Pedro: "ainda és meu adversário (porque caminhas na direção oposta a mim, e tentas impedir-me a senda dolorosa e sacrificial): vai para trás de mim e segue-me; se queres ser meu discípulo, terás que renunciar a ti mesmo (não mais pensando nas coisas humanas); que carregar também tua cruz sem que me percas de vista na dura, laboriosa e dorida ascensão ao Reino". Mas isto, "se o QUERES" ... Valerá a pena trilhar esse áspero caminho cheio de pedras e espinheiros?
O versículo seguinte (repetição, com pequena variante de MT 10:39; cfr. vol. 3) responde a essa pergunta.
As palavras dessa lição são praticamente idênticas nos três sinópticos, demonstrando a impress ão que devem ter causado nos discípulos.
Sim, porque quem quiser preservar sua alma (hós eán thélei tên psychên autòn sõsai) a perderá (apolêsei autên). Ainda aqui encontramos o verbo sôzô, cuja tradução "salvar" (veja vol. 3) dá margem a tanta ambiguidade atualmente. Neste passo, a palavra portuguesa "preservar" (conservar, resguardar) corresponde melhor ao sentido do contexto. O verbo apolesô "perder", só poderia ser dado também com a sinonímia de "arruinar" ou "degradar" (no sentido etimológico de "diminuir o grau").
E o inverso é salientado: "mas quem a perder "hós d"án apolésêi tên psychên autoú), por minha causa (héneken emoú) - e Marcos acrescenta "e da Boa Nova" (kaì toú euaggelíou) - esse a preservará (sósei autén, em Marcos e Lucas) ou a achará (heurêsei autén, em Mateus).
A seguir pergunta, como que explicando a antinomia verbal anterior: "que utilidade terá o homem se lucrar todo o mundo físico (kósmos), mas perder - isto é, não evoluir - sua alma? E qual o tesouro da Terra que poderia ser oferecido em troca (antállagma) da evolução espiritual da criatura? Não há dinheiro nem ouro que consiga fazer um mestre, riem que possa dar-se em troca de uma iniciação real.
Bens espirituais não podem ser comprados nem "trocados" por quantias materiais. A matemática possui o axioma válido também aqui: quantidades heterogêneas não podem somar-se.
O versículo seguinte apresenta variantes.
MATEUS traz a afirmação de que o Filho do Homem virá com a glória de seu Pai, em companhia de Seus Mensageiros (anjos), para retribuir a cada um segundo seus atos. Traduzimos aqui dóxa por "glória" (veja vol. 1 e vol. 3), porque é o melhor sentido dentro do contexto. E entendemos essa glória como sinônimo perfeito da "sintonia vibratória" ou a frequência da tônica do Pai (Verbo, Som). A atribui ção a cada um segundo "seus atos" (tên práxin autoú) ou talvez, bem melhor, de acordo com seu comportamento, com a "prática" da vida diária. Não são realmente os atos, sobretudo isolados (mesmo os heroicos) que atestarão a Evolução de uma criatura, mas seu comportamento constante e diuturno.
MARCOS diz que se alguém, desta geração "adúltera", isto é, que se tornou "infiel" a Deus, traindo-O por amar mais a matéria que o espírito, e "errada" na compreensão das grandes verdades, "se envergonhar" (ou seja "desafinar", não-sintonizar), também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier com a glória do Pai, em companhia de Seus mensageiros (anjos).
LUCAS repete as palavras de Marcos (menos a referência à Boa Nova), salientando, porém, que o Filho do Homem virá com Sua própria glória, com a glória do Pai, e com a glória dos santos mensageiros (anjos).
E finalmente o último versículo, em que só Mateus difere dos outros dois, os quais, no entanto, nos parecem mais conformes às palavras originais.
Afirma o Mestre "alguns dos aqui presentes" (eisin tines tõn hõde hestótõn), os quais não experimentar ão (literalmente: "não saborearão, ou mê geúsôntai) a morte, até que vejam o reino de Deus chegar com poder. Mateus em vez de "o reino de Deus", diz "o Filho do Homem", o que deu margem à expectativa da parusia (ver vol. 3), ainda para os indivíduos daquela geração.
Entretanto, não se trata aqui, de modo algum, de uma parusia escatológica (Paulo avisa aos tessalonicenses que não o aguardem "como se já estivesse perto"; cfr. 1. ª Tess. 2: lss), mas da descoberta e conquista do "reino de Deus DENTRO de cada um" (cfr. LC 17:21), prometido para alguns "dos ali presentes" para essa mesma encarnação.
A má interpretação provocou confusões. Os gnósticos (como Teodósio), João Crisóstomo, Teofilacto e outros - e modernamente o cardeal Billot, S. J. (cfr. "La Parousie", pág. 187), interpretam a "vinda na glória do Filho do Homem" como um prenúncio da Transfiguração; Cajetan diz ser a Ressurreição;
Godet acha que foi Pentecostes; todavia, os próprios discípulos de Jesus, contemporâneos dos fatos, não interpretaram assim, já que após a tudo terem assistido, inclusive ao Pentecostes, continuaram esperando, para aqueles próximos anos, essa vinda espetacular. Outros recuaram mais um pouco no tempo, e viram essa "vinda gloriosa" na destruição de Jerusalém, como "vingança" do Filho do Homem; isso, porém, desdiz o perdão que Ele mesmo pedira ao Pai pela ignorância de Seus algozes (D. Calmet, Knabenbauer, Schanz, Fillion, Prat, Huby, Lagrange); e outros a interpretaram como sendo a difusão do cristianismo entre os pagãos (Gregório Magno, Beda, Jansênio, Lamy).
Penetremos mais a fundo o sentido.
Na vida literária e artística, em geral, distinguimos nitidamente o "aluno" do "discípulo". Aluno é quem aprende com um professor; discípulo é quem segue a trilha antes perlustrada por um mestre. Só denominamos "discípulo" aquele que reproduz em suas obras a técnica, a "escola", o estilo, a interpretação, a vivência do mestre. Aristóteles foi aluno de Platão, mas não seu discípulo. Mas Platão, além de ter sido aluno de Sócrates, foi também seu discípulo. Essa distinção já era feita por Jesus há vinte séculos; ser Seu discípulo é segui-Lo, e não apenas "aprender" Suas lições.
Aqui podemos desdobrar os requisitos em quatro, para melhor explicação.
Primeiro: é necessário QUERER. Sem que o livre-arbítrio espontaneamente escolha e decida, não pode haver discipulato. Daí a importância que assume, no progresso espiritual, o aprendizado e o estudo, que não podem limitar-se a ouvir rápidas palavras, mas precisam ser sérios, contínuos e profundos.
Pois, na realidade, embora seja a intuição que ilumina o intelecto, se este não estiver preparado por meio do conhecimento e da compreensão, não poderá esclarecer a vontade, para que esta escolha e resolva pró ou contra.
O segundo é NEGAR-SE a si mesmo. Hoje, com a distinção que conhecemos entre o Espírito (individualidade) e a personagem terrena transitória (personalidade), a frase mais compreensível será: "negar a personagem", ou seja, renunciar aos desejos terrenos, conforme ensinou Sidarta Gotama, o Buddha.
Cientificamente poderíamos dizer: superar ou abafar a consciência atual, para deixar que prevaleça a super-consciência.
Essa linguagem, entretanto, seria incompreensível àquela época. Todavia, as palavras proferidas pelo Mestre são de meridiana clareza: "renunciar a si mesmo". Observando-se que, pelo atraso da humanidade, se acredita que o verdadeiro eu é a personagem, e que a consciência atual é a única, negar essa personagem e essa consciência exprime, no fundo, negar-se "a si mesmo". Diz, portanto, o Mestre: " esse eu, que vocês julgam ser o verdadeiro eu, precisa ser negado". Nada mais esclarece, já que não teria sido entendido pela humanidade de então. No entanto, aqueles que seguissem fielmente Sua lição, negando seu eu pequeno e transitório, descobririam, por si mesmos, automaticamente, em pouco tempo, o outro Eu, o verdadeiro, coisa que de fato ocorreu com muitos cristãos.
Talvez no início possa parecer, ao experimentado: desavisado, que esse Eu verdadeiro seja algo "externo".
Mas quando, por meio da evolução, for atingido o "Encontro Místico", e o Cristo Interno assumir a supremacia e o comando, ele verificará que esse Divino Amigo não é um TU desconhecido, mas antes constitui o EU REAL. Além disso, o Mestre não se satisfez com a explanação teórica verbal: exemplificou, negando o eu personalístico de "Jesus", até deixá-lo ser perseguido, preso, caluniado, torturado e assassinado. Que Lhe importava o eu pequeno? O Cristo era o verdadeiro Eu Profundo de Jesus (como de todos nós) e o Cristo, com a renúncia e negação do eu de Jesus, pode expandir-se e assumir totalmente o comando da personagem humana de Jesus, sendo, às vezes, difícil distinguir quando falava e agia "Jesus" e quando agia e falava "o Cristo". Por isso em vez de Jesus, temos nele O CRISTO, e a história o reconhece como "Jesus", O CRISTO", considerando-o como homem (Jesus) e Deus (Cristo).
Essa anulação do eu pequeno fez que a própria personagem fosse glorificada pela humildade, e o nome humano negado totalmente se elevasse acima de tudo, de tal forma que "ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na Terra e debaixo da terra" (Filp. 2:10).
Tudo isso provocou intermináveis discussões durante séculos, por parte dos que não conseguiram penetrar a realidade dos acontecimentos, caracterizados, então, de "mistério": são duas naturezas ou uma? Como se realizou a união hipostática? Teria a Divindade absorvido a humanidade?
Por que será que uma coisa tão clara terá ficado incompreendida por tantos luminares que trataram deste assunto? O Eu Profundo de todas as criaturas é o Deus Interno, que se manifestará em cada um exatamente na proporção em que este renunciar ao eu pequeno (personagem), para deixar campo livre à expressão do Cristo Interno Divino. Todos somos deuses (cfr. Salmo 81:6 e JO 10:34) se negarmos totalmente nosso eu pequeno (personagem humana), deixando livre expansão à manifestação do Cristo que em todos habita. Isso fez Jesus. Se a negação for absoluta e completa, poderemos dizer com Paulo que, nessa criatura, "habita a plenitude da Divindade" (CL 2:9). E a todos os que o fizerem, ser-lhes-á exaltado o nome acima de toda criação" (cfr. Filp. 2:5-11).
Quando isto tiver sido conseguido, a criatura "tomará sua cruz cada dia" (cada vez que ela se apresentar) e a sustentará galhardamente - quase diríamos triunfalmente - pois não mais será ela fonte de abatimentos e desânimos, mas constituirá o sofrimento-por-amor, a dor-alegria, já que é a "porta estreita" (MT 7:14) que conduzirá à felicidade total e infindável (cfr. Pietro Ubaldi, "Grande Síntese, cap. 81).
No entanto, dado o estágio atual da humanidade, a cruz que temos que carregar ainda é uma preparação para o "negar-se". São as dores físicas, as incompreensões morais, as torturas do resgate de carmas negativos mais ou menos pesados, em vista do emaranhado de situações aflitivas, das "montanhas" de dificuldades que se erguem, atravancando nossos caminhos, do sem-número de moléstias e percalços, do cortejo de calúnias e martírios inomináveis e inenarráveis.
Tudo terá que ser suportado - em qualquer plano - sem malsinar a sorte, sem desesperos, sem angústias, sem desfalecimentos nem revoltas, mas com aceitação plena e resignação ativa, e até com alegria no coração, com a mais sólida, viva e inabalável confiança no Cristo-que-é-nosso-Eu, no Deus-
Imanente, na Força-Universal-Inteligente e Boa, que nos vivifica e prepara, de dentro de nosso âmago mais profundo, a nossa ascensão real, até atingirmos TODOS, a "plena evolução crística" (EF 4:13).
A quarta condição do discipulato é também clara, não permitindo ambiguidade: SEGUI-LO. Observese a palavra escolhida com precisão. Poderia ter sido dito "imitá-Lo". Seria muito mais fraco. A imitação pode ser apenas parcial ou, pior ainda, ser simples macaqueação externa (usar cabelos compridos, barbas respeitáveis, vestes talares, gestos estudados), sem nenhuma ressonância interna.
Não. Não é imitá-Lo apenas, é SEGUI-LO. Segui-Lo passo a passo pela estrada evolutiva até atingir a meta final, o ápice, tal como Ele o FEZ: sem recuos, sem paradas, sem demoras pelo caminho, sem descanso, sem distrações, sem concessões, mas marchando direto ao alvo.
SEGUI-LO no AMOR, na DEDICAÇÃO, no SERVIÇO, no AUTO-SACRIFÍCIO, na HUMILDADE, na RENÚNCIA, para que de nós se possa afirmar como Dele foi feito: "fez bem todas as coisas" (MC 7. 37) e: "passou pela Terra fazendo o bem e curando" (AT 10:38).
Como Mestre de boa didática, não apresenta exigências sem dar as razões. Os versículos seguintes satisfazem a essa condição.
Aqui, como sempre, são empregados os termos filosóficos com absoluta precisão vocabular (elegantia), não deixando margem a qualquer dúvida. A palavra usada é psychê, e não pneuma; é alma e nã "espírito" (em adendo a este capítulo daremos a "constituição do homem" segundo o Novo Testamento).
A alma (psychê) é a personagem humana em seu conjunto de intelecto-emoções, excluído o corpo denso e as sensações do duplo etérico. Daí a definição da resposta 134 do "Livro dos Espíritos": "alma é o espírito encarnado", isto é, a personagem humana que habita no corpo denso.
Aí está, pois, a chave para a interpretação do "negue-se a si mesmo": esse eu, a alma, é a personagem que precisa ser negada, porque, quem não quiser fazê-lo, quem pretender preservar esse eu, essa alma, vai acabar perdendo-a, já que, ao desencarnar, estará com "as mãos vazias". Mas aquele que por causa do Cristo Interno - renunciar e perder essa personagem transitória, esse a encontrará melhorada (Mateus), esse a preservará da ruína (Marcos e Lucas).
E prossegue: que adiantará acumular todas as riquezas materiais do mundo, se a personalidade vai cair no vazio? Nada de material pode ser-lhe comparado. No entanto, se for negada, será exaltada sobre todas as coisas (cfr. o texto acima citado, Filp. 2:5-11).
Todas e qualquer evolução do Espírito é feita exclusivamente durante seu mergulho na carne (veja atrás). Só através das personagens humanas haverá ascensão espiritual, por meio do "ajustamento sintônico". Então, necessidade absoluta de consegui-lo, não "se envergonhando", isto é, não desafinando da tônica do Pai (Som) que tudo cria, governa e mantém. Enfrentar o mundo sem receio, sem" respeitos humanos", e saber recusá-lo também, para poder obter o Encontro Místico com o Cristo Interno. Se a criatura "se envergonha" e se retrai, (não sintoniza) não é possível conseguir o Contato Divino, e o Filho do Homem também a evitará ("se envergonhará" dessa criatura). Só poderá haver a" descida da graça" ou a unificação com o Cristo, "na glória (tônica) do Pai (Som-Verbo), na glória (tônica) do próprio Cristo (Eu Interno), na glória de todos os santos mensageiros", se houver a coragem inquebrantável de romper com tudo o que é material e terreno, apagando as sensações, liquidando as emoções, calando o intelecto, suplantando o próprio "espírito" encarnado, isto é, PERDENDO SUA ALMA: só então "a achará", unificada que estará com o Cristo, Nele mergulhada (batismo), "como a gota no oceano" (Bahá"u"lláh). Realmente, a gota se perde no oceano mas, inegavelmente, ao deixar de ser gota microscópica, ela se infinitiva e se eterniza tornando-se oceano...
Em Mateus é-nos dado outro aviso: ao entrar em contato com a criatura, esta "receberá de acordo com seu comportamento" (pláxin). De modo geral lemos nas traduções correntes "de acordo com suas obras". Mas isso daria muito fortemente a ideia de que o importante seria o que o homem FAZ, quando, na realidade, o que importa é o que o homem É: e a palavra comportamento exprime-o melhor que obras; ora, a palavra do original práxis tem um e outro sentido.
Evidentemente, cada ser só poderá receber de acordo com sua capacidade, embora todos devam ser cheios, replenos, com "medida sacudida e recalcada" (cfr. Lc. 5:38).
Mas há diferença de capacidade entre o cálice, o copo, a garrafa, o litro, o barril, o tonel... De acordo com a própria capacidade, com o nível evolutivo, com o comportamento de cada um, ser-lhe-á dado em abundância, além de toda medida. Figuremos uma corrente imensa, que jorra permanentemente luz e força, energia e calor. O convite é-nos feito para aproximar-nos e recolher quanto quisermos.
Acontece, porém, que cada um só recolherá conforme o tamanho do vasilhame que levar consigo.
Assim o Cristo Imanente e o Verbo Criador e Conservador SE DERRAMAM infinitamente. Mas nós, criaturas finitas, só recolheremos segundo nosso comportamento, segundo a medida de nossa capacidade.
Não há fórmulas mágicas, não há segredos iniciáticos, não peregrinações nem bênçãos de "mestres", não há sacramentos nem sacramentais, que adiantem neste terreno. Poderão, quando muito, servir como incentivo, como animação a progredir, mas por si, nada resolvem, já que não agem ex ópere operantis nem ex opere operatus, mas sim ex opere recipientis: a quantidade de recebimento estará de acordo com a capacidade de quem recebe, não com a grandeza de quem dá, nem com o ato de doação.
E pode obter-se o cálculo de capacidade de cada um, isto é, o degrau evolutivo em que se encontra no discipulato de Cristo, segundo as várias estimativas das condições exigidas:
a) - pela profundidade e sinceridade na renúncia ao eu personalístico, quando tudo é feito sem cogitar de firmar o próprio nome, sem atribuir qualquer êxito ao próprio merecimento (não com palavras, mas interiormente), colaborando com todos os "concorrentes", que estejam em idêntica senda evolutiva, embora nos contrariem as ideias pessoais, mas desde que sigam os ensinos de Cristo;
b) - pela resignação sem queixas, numa aceitação ativa, de todas as cruzes, que exprimam atos e palavras contra nós, maledicências e calúnias, sem respostas nem defesas, nem claras nem veladas (já nem queremos acenar à contra-ataques e vinganças).
c) - pelo acompanhar silencioso dos passos espirituais no caminho do auto-sacrifício por amor aos outros, pela dedicação integral e sem condições; no caminho da humildade real, sem convencimentos nem exterioridades; no caminho do serviço, sem exigências nem distinções; no caminho do amor, sem preferências nem limitações. O grau dessas qualidades, todas juntas, dará uma ideia do grau evolutivo da criatura.
Assim entendemos essas condições: ou tudo, à perfeição; ou pouco a pouco, conquistando uma de cada vez. Mas parado, ninguém ficará. Se não quiser ir espontaneamente, a dor o aguilhoará, empurrandoo para a frente de qualquer forma.
No entanto, uma promessa relativa à possibilidade desse caminho é feita claramente: "alguns dos que aqui estão presentes não experimentarão a morte até conseguirem isso". A promessa tanto vale para aquelas personagens de lá, naquela vida física, quanto para os Espíritos ali presentes, garantindo-selhes que não sofreriam queda espiritual (morte), mas que ascenderiam em linha reta, até atingir a meta final: o Encontro Sublime, na União mística absoluta e total.
Interessante a anotação de Marcos quando acrescenta: O "reino de Deus chegado em poder". Durante séculos se pensou no poder externo, a espetacularidade. Mas a palavra "en dynámei" expressa muito mais a força interna, o "dinamismo" do Espírito, a potencialidade crística a dinamizar a criatura em todos os planos.
O HOMEM NO NOVO TESTAMENTO
O Novo Testamento estabelece, com bastante clareza, a constituição DO HOMEM, dividindo o ser encarnado em seus vários planos vibratórios, concordando com toda a tradição iniciática da Índia e Tibet, da China, da Caldeia e Pérsia, do Egito e da Grécia. Embora não encontremos o assunto didaticamente esquematizado em seus elementos, o sentido filosófico transparece nítido dos vários termos e expressões empregados, ao serem nomeadas as partes constituintes do ser humano, ou seja, os vários níveis em que pode tornar-se consciente.
Algumas das palavras são acolhidas do vocabulário filosófico grego (ainda que, por vezes, com pequenas variações de sentido); outras são trazidas da tradição rabínica e talmúdica, do centro iniciático que era a Palestina, e que já entrevemos usadas no Antigo Testamento, sobretudo em suas obras mais recentes.
A CONCEPÇÃO DA DIVINDADE
Já vimos (vol, 1 e vol. 3 e seguintes), que DEUS, (ho théos) é apresentado, no Novo Testamento, como o ESPÍRITO SANTO (tò pneuma tò hágion), o qual se manifesta através do Pai (patêr) ou Lógos (Som Criador, Verbo), e do Filho Unigênito (ho hyiós monogenês), que é o Cristo Cósmico.
DEUS NO HOMEM
Antes de entrar na descrição da concepção do homem, no Novo Testamento, gostaríamos de deixar tem claro nosso pensamento a respeito da LOCALIZAÇÃO da Centelha Divina ou Mônada NO CORA ÇÃO, expressão que usaremos com frequência.
A Centelha (Partícula ou Mônada) é CONSIDERADA por nós como tal; mas, na realidade, ela não se separa do TODO (cfr. vol. 1); logo, ESTÁ NO TODO, e portanto É O TODO (cfr. JO 1:1).
O "TODO" está TODO em TODAS AS COISAS e em cada átomo de cada coisa (cfr. Agostinho, De Trin. 6, 6 e Tomás de Aquino, Summa Theologica, I, q. 8, art. 2, ad 3um; veja vol. 3, pág. 145).
Entretanto, os seres e as coisas acham-se limitados pela forma, pelo espaço, pelo tempo e pela massa; e por isso afirmamos que em cada ser há uma "centelha" ou "partícula" do TODO. No entanto, sendo o TODO infinito, não tem extensão; sendo eterno, é atemporal; sendo indivisível, não tem dimensão; sendo O ESPÍRITO, não tem volume; então, consequentemente, não pode repartir-se em centelhas nem em partículas, mas é, concomitantemente, TUDO EM TODAS AS COISAS (cfr. l. ª Cor. 12:6).
Concluindo: quando falamos em "Centelha Divina" e quando afirmamos que ela está localizada no coração, estamos usando expressões didáticas, para melhor compreensão do pensamento, dificílimo (quase impossível) de traduzir-se em palavras.
De fato, porém, a Divindade está TODA em cada célula do corpo, como em cada um dos átomos de todos os planos espirituais, astrais, físicos ou quaisquer outros que existam. Em nossos corpos físicos e astral, o coração é o órgão preparado para servir de ponto de contato com as vibrações divinas, através, no físico, do nó de Kait-Flake e His; então, didaticamente, dizemos que "o coração é a sede da Centelha Divina".
A CONCEPÇÃO DO HOMEM
O ser humano (ánthrôpos) é considerado como integrado por dois planos principais: a INDIVIDUALIDADE (pneuma) e a PERSONAGEM ou PERSONALIDADE; esta subdivide-se em dois: ALMA (psychê) e CORPO (sôma).
Mas, à semelhança da Divindade (cfr. GN 1:27), o Espírito humano (individualidade ou pneuma) possui tríplice manifestação: l. ª - a CENTELHA DIVINA, ou Cristo, partícula do pneuma hágion; essa centelha que é a fonte de todo o Espirito, está localizada e representada quase sempre por kardia (coração), a parte mais íntima e invisível, o âmago, o Eu Interno e Profundo, centro vital do homem;
2. ª - a MENTE ESPIRITUAL, parte integrante e inseparável da própria Centelha Divina. A Mente, em sua função criadora, é expressa por noús, e está também sediada no coração, sendo a emissora de pensamentos e intuições: a voz silenciosa da super-consciência;
3. ª - O ESPÍRITO, ou "individualização do Pensamento Universal". O "Espírito" propriamente dito, o pneuma, surge "simples e ignorante" (sem saber), e percorre toda a gama evolutiva através dos milênios, desde os mais remotos planos no Antissistema, até os mais elevados píncaros do Sistema (Pietro Ubaldi); no entanto, só recebe a designação de pneuma (Espírito) quando atinge o estágio hominal.
Esses três aspectos constituem, englobamente, na "Grande Síntese" de Pietro Ubaldi, o "ALPHA", o" espírito".
Realmente verificamos que, de acordo com GN 1:27, há correspondência perfeita nessa tríplice manifesta ção do homem com a de Deus: A - ao pneuma hágion (Espírito Santo) correspondente a invisível Centelha, habitante de kardía (coração), ponto de partida da existência;
B - ao patêr (Pai Criador, Verbo, Som Incriado), que é a Mente Divina, corresponde noús (a mente espiritual) que gera os pensamentos e cria a individualização de um ser;
C - Ao Filho Unigênito (Cristo Cósmico) corresponde o Espírito humano, ou Espírito Individualizado, filho da Partícula divina, (a qual constitui a essência ou EU PROFUNDO do homem); a individualidade é o EU que percorre toda a escala evolutiva, um Eu permanente através de todas as encarnações, que possui um NOME "escrito no livro da Vida", e que terminará UNIFICANDO-SE com o EU PROFUNDO ou Centelha Divina, novamente mergulhando no TODO. (Não cabe, aqui, discutir se nessa unificação esse EU perde a individualidade ou a conserva: isso é coisa que está tão infinitamente distante de nós no futuro, que se torna impossível perceber o que acontecerá).
No entanto, assim como Pneuma-Hágion, Patêr e Hyiós (Espírito-Santo, Pai e Filho) são apenas trê "aspectos" de UM SÓ SER INDIVISÍVEL, assim também Cristo-kardía, noús e pneuma (CristoSABEDORIA DO EVANGELHO coração, mente espiritual e Espírito) são somente três "aspectos" de UM SÓ SER INDIVÍVEL, de uma criatura humana.
ENCARNAÇÃO
Ao descer suas vibrações, a fim de poder apoiar-se na matéria, para novamente evoluir, o pneuma atinge primeiro o nível da energia (o BETA Ubaldiano), quando então a mente se "concretiza" no intelecto, se materializa no cérebro, se horizontaliza na personagem, começando sua "crucificação". Nesse ponto, o pneuma já passa a denominar-se psychê ou ALMA. Esta pode considerar-se sob dois aspectos primordiais: a diánoia (o intelecto) que é o "reflexo" da mente, e a psychê propriamente dita isto é, o CORPO ASTRAL, sede das emoções.
Num último passo em direção à matéria, na descida que lhe ajudará a posterior subida, atinge-se então o GAMA Ubaldiano, o estágio que o Novo Testamento designa com os vocábulos diábolos (adversário) e satanás (antagonista), que é o grande OPOSITOR do Espírito, porque é seu PÓLO NEGATIVO: a matéria, o Antissistema. Aí, na matéria, aparece o sôma (corpo), que também pode subdividir-se em: haima (sangue) que constitui o sistema vital ou duplo etérico e sárx (carne) que é a carapaça de células sólidas, último degrau da materialização do espírito.
COMPARAÇÃO
Vejamos se com um exemplo grosseiro nos faremos entender, não esquecendo que omnis comparatio claudicat.
Observemos o funcionamento do rádio. Há dois sistemas básicos: o transmissor (UM) e os receptores (milhares, separados uns dos outros).
Consideremos o transmissor sob três aspectos: A - a Força Potencial, capaz de transmitir;
B - a Antena Emissora, que produz as centelas;
C - a Onda Hertziana, produzida pelas centelhas.
Mal comparando, aí teríamos:
a) - o Espirito-Santo, Força e Luz dos Universos, o Potencial Infinito de Amor Concreto;
b) - o Pai, Verbo ou SOM, ação ativa de Amante, que produz a Vida
c) - o Filho, produto da ação (do Som), o Amado, ou seja, o Cristo Cósmico que permeia e impregna tudo.
Não esqueçamos que TUDO: atmosfera, matéria, seres e coisas, no raio de ação do transmissor, ficam permeados e impregnados em todos os seus átomos com as vibrações da onda hertziana, embora seja esta invisível e inaudível e insensível, com os sentidos desarmados; e que os três elementos (Força- Antena e Onda) formam UM SÓ transmissor o Consideremos, agora, um receptor. Observaremos que a recepção é feita em três estágios:
a) - a captação da onda
b) - sua transformação
c) - sua exteriorização Na captação da onda, podemos distinguir - embora a operação seja uma só - os seguintes elementos: A - a onda hertziana, que permeia e impregna todos os átomos do aparelho receptor, mas que é captada realmente apenas pela antena;
B - o condensador variável, que estabelece a sintonia com a onda emitida pelo transmissor. Esses dois elementos constituem, de fato, C - o sistema RECEPTOR INDIVIDUAL de cada aparelho. Embora a onda hertziana seja UMA, emitida pelo transmissor, e impregne tudo (Cristo Cósmico), nós nos referimos a uma onda que entra no aparelho (Cristo Interno) e que, mesmo sendo perfeita; será recebida de acordo com a perfeição relativa da antena (coração) e do condensador variável (mente). Essa parte representaria, então, a individualidade, o EU PERFECTÍVEL (o Espírito).
Observemos, agora, o circuito interno do aparelho, sem entrar em pormenores, porque, como dissemos, a comparação é grosseira. Em linhas gerais vemos que a onda captada pelo sistema receptor propriamente dito, sofre modificações, quando passa pelo circuito retificador (que transforma a corrente alternada em contínua), e que representaria o intelecto que horizontaliza as ideias chegadas da mente), e o circuito amplificador, que aumenta a intensidade dos sinais (que seria o psiquismo ou emoções, próprias do corpo astral ou alma).
Uma vez assim modificada, a onda atinge, com suas vibrações, o alto-falante que vibra, reproduzindo os sinais que chegam do transmissor isto é, sentindo as pulsações da onda (seria o corpo vital ou duplo etérico, que nos dá as sensações); e finalmente a parte que dá sonoridade maior, ou seja, a caixa acústica ou móvel do aparelho (correspondente ao corpo físico de matéria densa).
Ora, quanto mais todos esses elementos forem perfeitos, tanto mais fiel e perfeito será a reprodução da onda original que penetrou no aparelho. E quanto menos perfeitos ou mais defeituosos os elementos, mais distorções sofrerá a onda, por vezes reproduzindo, em guinchos e roncos, uma melodia suave e delicada.
Cremos que, apesar de suas falhas naturais, esse exemplo dá a entender o funcionamento do homem, tal como conhecemos hoje, e tal como o vemos descrito em todas as doutrinas espiritualistas, inclusive
—veremos agora quiçá pela primeira vez - nos textos do Novo Testamento.
Antes das provas que traremos, o mais completas possível, vejamos um quadro sinóptico: θεός DEUS πνεϋµα άγιον Espírito Santo λόγος Pai, Verbo, Som Criador υίός - Χριστό CRISTO - Filho Unigênito άνθρωπος HOMEM иαρδία - Χριστ
ό CRISTO - coração (Centelha)
πνεϋµα νους mente individualidade πνεϋµα Espírito φυΧή διάγοια intelecto alma φυΧή corpo astral personagem σώµα αίµα sangue (Duplo) corpo σάρ
ξ carne (Corpo)
A - O EMPREGO DAS PALAVRAS
Se apresentada pela primeira vez, como esta, uma teoria precisa ser amplamente documentada e comprovada, para que os estudiosos possam aprofundar o assunto, verificando sua realidade objetiva. Por isso, começaremos apresentando o emprego e a frequência dos termos supracitados, em todos os locais do Novo Testamento.
KARDÍA
Kardía expressa, desde Homero (Ilíada, 1. 225) até Platão (Timeu, 70 c) a sede das faculdades espirituais, da inteligência (ou mente) e dos sentimentos profundos e violentos (cfr. Ilíada, 21,441) podendo até, por vezes, confundir-se com as emoções (as quais, na realidade, são movimentos da psychê, e não propriamente de kardía). Jesus, porém, reiteradamente afirma que o coração é a fonte primeira em que nascem os pensamentos (diríamos a sede do Eu Profundo).
Com este último sentido, a palavra kardía aparece 112 vezes, sendo que uma vez (MT 12:40) em sentido figurado.
MT 5:8, MT 5:28; 6:21; 9:4; 11:29; 12:34 13-15(2x),19; 15:8,18,19; 18;35; 22;37; 24:48; MC 2:6, MC 2:8; 3:5;
Noús não é a "fonte", mas sim a faculdade de criar pensamentos, que é parte integrante e indivisível de kardía, onde tem sede. Já Anaxágoras (in Diógenes Laércio, livro 2. º, n. º 3) diz que noús (o Pensamento Universal Criador) é o "’princípio do movimento"; equipara, assim, noús a Lógos (Som, Palavra, Verbo): o primeiro impulsionador dos movimentos de rotação e translação da poeira cósmica, com isso dando origem aos átomos, os quais pelo sucessivo englobamento das unidades coletivas cada vez mais complexas, formaram os sistemas atômicos, moleculares e, daí subindo, os sistemas solares, gal áxicos, e os universos (cfr. vol. 3. º).
Noús é empregado 23 vezes com esse sentido: o produto de noús (mente) do pensamento (nóêma), usado 6 vezes (2. ª Cor. 2:11:3:14; 4:4; 10:5; 11:3; Filp. 4:7), e o verbo daí derivado, noeín, empregado
14 vezes (3), sendo que com absoluta clareza em João (João 12:40) quando escreve "compreender com o coração" (noêsôsin têi kardíai).
LC 24. 45; RM 1:28; RM 7:23, RM 7:25; 11:34; 12:2; 14. 5; l. ª Cor. 1. 10; 2:16:14:14,15,19; EF 4:17, EF 4:23; Filp.
Pneuma, o sopro ou Espírito, usado 354 vezes no N. T., toma diversos sentidos básicos: MT 15:17; MT 16:9, MT 16:11; 24:15; MC 7:18; MC 8:17; MC 13:14; JO 12:40; RM 1:20; EF 3:4, EF 3:20; 1. ª Tim. 1:7;
2. ª Tim. 2:7; HB 11:13
1. Pode tratar-se do ESPÍRITO, caracterizado como O SANTO, designando o Amor-Concreto, base e essência de tudo o que existe; seria o correspondente de Brahman, o Absoluto. Aparece com esse sentido, indiscutivelmente, 6 vezes (MT 12:31, MT 12:32; MC 3:29; LC 12:10; JO 4:24:1. ª Cor. 2:11).
Os outros aspectos de DEUS aparecem com as seguintes denominações:
a) - O PAI (ho patêr), quando exprime o segundo aspecto, de Criador, salientando-se a relação entre Deus e as criaturas, 223 vezes (1); mas, quando se trata do simples aspecto de Criador e Conservador da matéria, é usado 43 vezes (2) o vocábulo herdado da filosofia grega, ho lógos, ou seja, o Verbo, a Palavra que, ao proferir o Som Inaudível, movimenta a poeira cósmica, os átomos, as galáxias.
(1) MT 5:16, MT 5:45, MT 5:48; MT 6:1, MT 6:4, MT 6:6, MT 6:8,9,14,15,26,32; 7:11,21; 10:20,29,32,33; 11:25,27; 12:50; 13:43; 15:13; 16:17,27; 18:10,14,19,35; 20:23; 23:9; 24:36; 25:34:26:29,39,42,53; MC 8:25; MC 11:25, MC 11:32; MC 11:14:36; LC 2:49; LC 2:6:36;9:26;10:21,22;11:2,13;12:30,32;22:29,42;23:34,46;24:49;JO 1:14, JO 1:18; JO 1:2:16;3:35;4:21,23;5:1 7,18,19,20,21,22,23,26,36,37,43,45,46,27,32,37,40,44,45,46,57,65;8:18,19,27,28,38,41,42,49,54;10:1 5,17,18,19,25,29,30,32,35,38;11:41;12:26,27,28,49,50;13:1,3;14:2,6,7,8,9,10,11,13,16,20,21,24,26,28, 31,15:1,8,9,10,15,16,23,24,26;16:3,10,15,17,25,26,27,28,32;17:1,5,11,21,24,25; 18:11; 20:17,21;AT 1:4, AT 1:7; AT 1:2:33;Rom. 1:7;6:4;8:15;15:6;1. º Cor. 8:6; 13:2; 15:24; 2. º Cor. 1:2,3; 6:18; 11:31; Gól. 1:1,3,4; 4:6; EF 1:2, EF 1:3, EF 1:17; EF 2:18; EF 2:3:14; 4:6; 5:20; FP 1:2; FP 2:11; FP 4:20; CL 1:2, CL 1:3, CL 1:12:3:17; 1. 0 Teõs. 1:1,3; 3:11,13; 2° Tess. 1:1 2; : 2:16; 1. º Tim. 1:2; 2. º Tim. 1:2; TT 1:4; Flm. 3; HB 1:5; HB 12:9; Tiago 1:17, Tiago 1:27:3:9; 1° Pe. 1:2,3,17; 2. º Pe. 1:17, 1. º JO 1:2,3; 2:1,14,15,16, 22,23,24; 3:1; 4:14; 2. º JO 3,4,9; Jud. 9; AP 1:6; AP 2:28; AP 3:5, AP 3:21; 14:1. (2) MT 8:8; LC 7:7; JO 1:1, JO 1:14; 5:33; 8:31,37,43,51,52,55; 14:23,24; 15:20; 17:61417; 1. º Cor. 1:13; 2. º Cor. 5:19; GL 6:6; Filp. 2:6; Cor. 1:25; 3:16; 4:3; 1. º Tess. 1:6; 2. º Tess. 3:1; 2. º Tim. 2:9; Heb. : 12; 6:1; 7:28; 12:9; Tiago, 1:21,22,23; 1. ° Pe. 1:23; 2. º Pe. 3:5,7; 1. º JO 1:1,10; 2:5,7,14; AP 19:13.
b) - O FILHO UNIGÊNITO (ho hyiós monogenês), que caracteriza o CRISTO CÓSMICO, isto é, toda a criação englobadamente, que é, na realidade profunda, um dos aspectos da Divindade. Não se trata, como é claro, de panteísmo, já que a criação NÃO constitui a Divindade; mas, ao invés, há imanência (Monismo), pois a criação é UM DOS ASPECTOS, apenas, em que se transforma a Divindade. Esta, além da imanência no relativo, é transcendente como Absoluto; além da imanência no tempo, é transcendente como Eterno; além da imanência no finito, é transcendente como Infinito.
A expressão "Filho Unigênito" só é usada por João (1:14,18; 13:16,18 e 1. a JO 4:9). Em todos os demais passos é empregado o termo ho Christós, "O Ungido", ou melhor, "O Permeado pela Divindade", que pode exprimir tanto o CRISTO CÓSMICO que impregna tudo, quanto o CRISTO INTERNO, se o olhamos sob o ponto de vista da Centelha Divina no âmago da criatura.
Quando não é feita distinção nos aspectos manifestantes, o N. T. emprega o termo genérico ho theós Deus", precedido do artigo definido.
2. Além desse sentido, encontramos a palavra pneuma exprimindo o Espírito humano individualizado; essa individualização, que tem a classificação de pneuma, encontra-se a percorrer a trajetória de sua longa viagem, a construir sua própria evolução consciente, através da ascensão pelos planos vibratórios (energia e matéria) que ele anima em seu intérmino caminhar. Notemos, porém, que só recebe a denominação de pneuma (Espírito), quando atinge a individualização completa no estado hominal (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 79: "Os Espíritos são a individualização do Princípio Inteligente, isto é, de noús).
Logicamente, portanto, podemos encontrar espíritos em muitos graus evolutivos, desde os mais ignorantes e atrasados (akátharton) e enfermos (ponêrón) até os mais evoluídos e santos (hágion).
Todas essas distinções são encontradas no N. T., sendo de notar-se que esse termo pneuma pode designar tanto o espírito encarnado quanto, ao lado de outros apelativos, o desencarnado.
Eis, na prática, o emprego da palavra pneuma no N. T. :
MT 8:16; MT 10:1; MT 12:43, MT 12:45; MC 1:23, MC 1:27; 3:11, 30; 5:2, 8, 13; 6:7; 7:25; 9:19; LC 4:36; LC 6:18; LC 7:21; LC 8:2; LC 10:20; LC 11:24, LC 11:26; 13:11; AT 5:16; AT 8:7; AT 16:16, AT 19:12, AT 19:13, AT 19:15, AT 19:16; RM 11:8:1. ° Cor. 2:12; 2. º Cor. 11:4; EF 2:2; 1. º Pe. 3:19; 1. º JO 4:2, 6; AP 13:15; AP 16:13; AP 18:2.
c) - pneuma como "espírito" no sentido abstrato de "caráter", 7 vezes: (JO 6:63; RM 2:29; 1. ª Cor. 2:12:4:21:2. ª Cor. 4:13; GL 6:1 e GL 6:2. ª Tim. 1:7)
d) - pneuma no sentido de "sopro", 1 vez: 2. ª Tess. 2:8 Todavia, devemos acrescentar que o espírito fora da matéria recebia outros apelativo, conforme vimos (vol. 1) e que não é inútil recordar, citando os locais.
PHÁNTASMA, quando o espírito, corpo astral ou perispírito se torna visível; termo que, embora frequente entre os gregos, só aparece, no N. T., duas vezes (MT 14:26 e MC 6:49).
ÁGGELOS (Anjo), empregado 170 vezes, designa um espírito evoluído (embora nem sempre de categoria acima da humana); essa denominação específica que, no momento em que é citada, tal entidade seja de nível humano ou supra-humano - está executando uma tarefa especial, como encarrega de "dar uma mensagem", de "levar um recado" de seus superiores hierárquicos (geralmente dizendo-se "de Deus"): MT 1:20, MT 1:24; 2:9, 10, 13, 15, 19, 21; 4:6, 11; 8:26; 10:3, 7, 22; 11:10, 13; 12:7, 8, 9, 10, 11, 23; 13:39, 41, 49; 16:27; 18:10; 22:30; 24:31, 36; 25:31, 41; 26:53; 27:23; 28:2, 5; MC 1:2, MC 1:13; 8:38; 12:25; 13:27, 32; LC 1:11, LC 1:13, LC 1:18, LC 1:19, 26, 30, 34, 35, 38; 4:10, 11; 7:24, 27; 9:26, 52; 12:8; 16:22; 22:43; 24:23; JO 1:51; JO 12:29; JO 20:12 AT 5:19; AT 6:15; AT 7:30, AT 7:35, AT 7:38, AT 7:52; 12:15; 23:8, 9; RM 8:38; 1. ° Cor. 4:9; 6:3; 11:10; 13:1; 2. º Cor. 11:14; 12:7; GL 1:8; GL 3:19; GL 4:14; CL 2:18; 2. º Tess. 1:7; 1. ° Tim. 3:16; 5:21; HB 1:4, HB 1:5, HB 1:6, HB 1:7, 13; 2:2, 5, 7, 9, 16; 12:22; 13:2; Tiago 2:25; 1. º Pe. 1:4, 11; Jud. 6; AP 1:1, AP 1:20; 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 5, 7, 9, 14; 5:2, 11; 7:1, 11; 8:2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 13; 9:1, 11, 13, 14, 15; 10:1, 5, 7, 8, 9, 10; 11:15; 12:7, 9, 17; 14:6, 9, 10, 15, 17, 18, 19; 15:1, 6, 7, 8, 10; 16:1, 5; 17:1, 7; 18:1, 21; 19:17; 20:1; 21:9, 12, 17; 22:6, 8, 16. BEEZEBOUL, usado 7 vezes: (MT 7. 25; 12:24, 27; MC 3:22; LC 11:15, LC 11:18, LC 11:19) só nos Evangelhos, é uma designação de chefe" de falange, "cabeça" de espíritos involuído.
DAIMÔN (uma vez, em MT 8:31) ou DAIMÓNION, 55 vezes, refere-se sempre a um espírito familiar desencarnado, que ainda conserva sua personalidade humana mesmo além túmulo. Entre os gregos, esse termo designava quer o eu interno, quer o "guia". Já no N. T. essa palavra identifica sempre um espírito ainda não-esclarecido, não evoluído, preso à última encarnação terrena, cuja presença prejudica o encarnado ao qual esteja ligado; tanto assim que o termo "demoníaco" é, para Tiago, sinônimo de "personalístico", terreno, psíquico. "não é essa sabedoria que desce do alto, mas a terrena (epígeia), a personalista (psychike), a demoníaca (demoniôdês). (Tiago, 3:15)
MT 7:22; MT 9:33, MT 9:34; 12:24, 27, 28; 10:8; 11:18; 17:18; MC 1:34, MC 1:39; 3:15, 22; 6:13; 7:26, 29, 30; 9:38; 16:9, 17; LC 4:33, LC 4:35, LC 4:41; 7:33; 8:2, 27, 29, 30, 33, 35, 38; 9:1, 42, 49; 10:17; 11:14, 15, 18, 19, 20; 13:32; JO 7:2; JO 8:48, JO 8:49, JO 8:52; 10:20, 21; AT 17:18; 1. ª Cor. 10:20, 21; 1. º Tim. 4:1; Tiago 2:16; Apoc 9:20; 16:24 e 18:2.
Ao falar de desencarnados, aproveitemos para observar como era designado o fenômeno da psicofonia: I - quando se refere a uma obsessão, com o verbo daimonízesthai, que aparece 13 vezes (MT 4:24;
8:16, 28, 33; 9:32; 12:22; 15:22; Marc 1:32; 5:15, 16, 18; LC 8:36; JO 10:21, portanto, só empregado pelos evangelistas).
II - quando se refere a um espírito evoluído, encontramos as expressões:
• "cheio de um espírito (plêrês, LC 4:1; AT 6:3, AT 6:5; 7:55; 11:24 - portanto só empregado por Lucas);
• "encher-se" (pimplánai ou plêthein, LC 1:15, LC 1:41, LC 1:67; AT 2:4; AT 4:8, AT 4:31; 9:17; 13:19 - portanto, só usado por Lucas);
• "conturbar-se" (tarássein), JO 11:33 e JO 13:21).
Já deixamos bem claro (vol 1) que os termos satanás ("antagonista"), diábolos ("adversário") e peirázôn ("tentador") jamais se referem, no N. T., a espíritos desencarnados, mas expressam sempre "a matéria, e por conseguinte também a "personalidade", a personagem humana que, com seu intelecto vaidoso, se opõe, antagoniza e, como adversário natural do espírito, tenta-o (como escreveu Paulo: "a carne (matéria) luta contra o espírito e o espírito contra a carne", GL 5:17).
Esses termos aparecem: satanãs, 33 vezes (MT 4:10; MT 12:26; MT 16:23; MC 1:13; MC 3:23, MC 3:26; 4:15; 8:33; LC 10:18; LC 11:18; LC 13:16; LC 22:3; JO 13:27, JO 13:31; AT 5:3; AT 26:18; RM 16:20; 1. º Cor. 5:5; 7:5; 2. º Cor. 2:11; 11:14; 12:17; 1. ° Tess. 2:18; 2. º Tess. 2:9; 1. º Tim. 1:20; 5:15; AP 2:9, AP 2:13, AP 2:24; 3:9; 12:9; 20:2, 7); diábolos, 35 vezes (MT 4:1, MT 4:5, MT 4:8, MT 4:11; 13:39; 25:41; LC 4:2, LC 4:3, LC 4:6, LC 4:13; 8:12; JO 6:70; JO 8:44; JO 13:2; AT 10:38; AT 13:10; EF 4:27; EF 6:11; 1. º Tim. 3:6, 7, 11; 2. º Tim. 2:26; 3:3 TT 2:3; HB 2:14; Tiago, 4:7; 1. º Pe. 5:8; 1. º JO 3:8, 10; Jud. 9; AP 2:10; AP 12:9, AP 12:12; 20:2,10) e peirázôn, duas vezes (MT 4:3 e MT 4:1. ª Tess. 3:5).
DIÁNOIA
Diánoia exprime a faculdade de refletir (diá+noús), isto é, o raciocínio; é o intelecto que na matéria, reflete a mente espiritual (noús), projetando-se em "várias direções" (diá) no mesmo plano. Usado 12 vezes (MT 22:37; MC 12:30: LC 1:51; LC 10:27: EF 2:3; EF 4:18; CL 1:21; HB 8:10; HB 10:16; 1. ª Pe. 1:13; 2. ª Pe. 3:1; 1. ª JO 5:20) na forma diánoia; e na forma dianóêma (o pensamento) uma vez em LC 11:17. Como sinônimo de diánoia, encontramos, também, synesis (compreensão) 7 vezes (MC 12:33; LC 2:47; 1. ª Cor. 1:19; EF 3:4; CL 1:9 e CL 2:2; e 2. ª Tim. 2:7). Como veremos logo abaixo, diánoia é parte inerente da psychê, (alma).
PSYCHÊ
Psychê é a ALMA, isto é, o "espírito encarnado (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 134: " alma é o espírito encarnado", resposta dada, evidentemente, por um "espírito" afeito à leitura do Novo Testamento).
A psychê era considerada pelos gregos como o atualmente chamado "corpo astral", já que era sede dos desejos e paixões, isto é, das emoções (cfr. Ésquilo, Persas, 841; Teócrito, 16:24; Xenofonte, Ciropedia, 6. 2. 28 e 33; Xen., Memoráveis de Sócrates, 1. 13:14; Píndaro, Olímpicas, 2. 125; Heródoto, 3. 14; Tucídides, 2. 40, etc.) . Mas psychê também incluía, segundo os gregos, a diánoia ou synesis, isto é, o intelecto (cfr. Heródoto, 5. 124; Sófocles, Édipo em Colona, 1207; Xenofonte, Hieron, 7. 12; Plat ão, Crátilo, 400 a).
No sentido de "espírito" (alma de mortos) foi usada por Homero (cfr. Ilíada 1. 3; 23. 65, 72, 100, 104;
Odisseia, 11. 207,213,222; 24. 14 etc.), mas esse sentido foi depressa abandonado, substituído por outros sinônimos (pnenma, eikôn, phántasma, skiá, daimôn, etc.) .
Psychê é empregado quase sempre no sentido de espírito preso à matéria (encarnado) ou seja, como sede da vida, e até como a própria vida humana, isto é, a personagem terrena (sede do intelecto e das emoções) em 92 passos: Mar. 2:20; 6:25; 10:28, 39; 11:29; 12:18; 16:25, 26; 20:28; 22:37; 26:38; MC 3:4; MC 8:35, MC 8:36, MC 8:37; 10:45; 12:30; 14:34; LC 1:46; LC 2:35; LC 6:9; LC 9:24(2x), 56; 10:27; 12:19, 20, 22, 23; 14:26; 17:33; 21:19; JO 10:11, JO 10:15, JO 10:17, JO 10:18, 24; 12:25, 27; 13:37, 38; 15:13; AT 2:27, AT 2:41, AT 2:43; 3:23; 4:32; 7:14; 14:2, 22; 15:24, 26; 20:10, 24; 27:10, 22, 37, 44; RM 2:9; RM 11:3; RM 13:1; RM 16:4; 1. º Cor. 15:45; 2. º Cor. 1:23; 12:15; EF 6:6; CL 3:23; Flp. 1:27; 2:30; 1. º Tess. 2:8; 5:23; HB 4:12; HB 6:19; HB 10:38, HB 10:39; 12:3; 13:17; Tiago 1:21; Tiago 5:20; 1. º Pe. 1:9, 22; 2:11, 25; 4:19; 2. º Pe. 2:8, 14; 1. º JO 3:16; 3. º JO 2; AP 12:11; AP 16:3; AP 18:13, AP 18:14.
Note-se, todavia, que no Apocalipse (6:9:8:9 e 20:4) o termo é aplicado aos desencarnados por morte violenta, por ainda conservarem, no além-túmulo, as características da última personagem terrena.
O adjetivo psychikós é empregado com o mesmo sentido de personalidade (l. ª Cor. 2:14; 15:44, 46; Tiago, 3:15; Jud. 19).
Os outros termos, que entre os gregos eram usados nesse sentido de "espírito desencarnado", o N. T.
não os emprega com essa interpretação, conforme pode ser verificado:
SKIÁ (sombra) - MT 4:16; MC 4:32; LC 1:79; AT 5:15; CL 2:17; HB 8:5; HB 10:1.
Também entre os gregos, desde Homero, havia a palavra thumós, que era tomada no sentido de alma encarnada". Teve ainda sentidos diversos, exprimindo "coração" quer como sede do intelecto, quer como sede das paixões. Fixou-se, entretanto, mais neste último sentido, e toda, as vezes que a deparamos no Novo Testamento é, parece, com o designativo "força". (Cfr. LC 4:28; AT 19:28; RM 2:8; 2. ª Cor. 12:20; GL 5:20; EF 4:31; CL 3:8; HB 11:27; AP 12:12; AP 14:8, AP 14:10, AP 14:19; 15:1, 7; 16:1, 19; 18:3 e 19:15)
SOMA
Soma exprime o corpo, geralmente o físico denso, que é subdividido em carne (sárx) e sangue (haima), ou seja, que compreende o físico denso e o duplo etérico (e aqui retificamos o que saiu publicado no vol. 1, onde dissemos que "sangue" representava o astral).
Já no N. T. encontramos uma antecipação da moderna qualificação de "corpos", atribuída aos planos ou níveis em que o homem pode tornar-se consciente. Paulo, por exemplo, emprega soma para os planos espirituais; ao distinguir os "corpos" celestes (sómata epouránia) dos "corpos" terrestres (sómata epígeia), ele emprega soma para o físico denso (em lugar de sárx), para o corpo astral (sôma psychikôn) e para o corpo espiritual (sôma pneumatikón) em 1. ª Cor. 15:40 e 44.
No N. T. soma é empregado ao todo 123 vezes, sendo 107 vezes no sentido de corpo físico-denso (material, unido ou não à psychê);
MT 5:29, MT 5:30; 6:22, 25; 10:28(2x); 26:12; 27:58, 59; MC 5:29; MC 14:8; MC 15:43; LC 11:34; LC 12:4, LC 12:22, LC 12:23; 17:37; 23:52, 55; 24:3, 23; JO 2:21; JO 19:31, JO 19:38, JO 19:40; 20:12; Aros. 9:40; RM 1:24; RM 4:19; RM 6:6, RM 6:12; 7:4, 24; 8:10, 11, 13, 23; 12:1, 4; 1. º Cor. 5:13; 6:13(2x), 20; 7:4(2x), 34; 9:27; 12:12(3x),14, 15(2x), 16 (2x), 17, 18, 19, 20, 22, 23, 24, 25; 13:3; 15:37, 38(2x) 40). 2. 0 Cor. 4:40; 5:610; 10:10; 12:2(2x); Gól. 6:17; EF 2:16; EF 5:23, EF 5:28; Ft. 3:21; CL 2:11, CL 2:23; 1. º Tess. 5:23; HB 10:5, HB 10:10, HB 10:22; 13:3, 11; Tiago 2:11, Tiago 2:26; 3:2, 3, 6; 1. º Pe. 2:24; Jud. 9; AP 18:13. Três vezes como "corpo astral" (MT 27:42; 1. ª Cor. 15:14, duas vezes); duas vezes como "corpo espiritual" (1. º Cor. 15:41); e onze vezes com sentido simbólico, referindo-se ao pão, tomado como símbolo do corpo de Cristo (MT 26:26; MC 14:22; LC 22:19; RM 12:5; 1. ª Cor. 6:15; 10:16, 17; 11:24; 12:13, 27; EF 1:23; EF 4:4, EF 4:12, EF 4:16; Filp. 1:20; CL 1:18, CL 1:22; 2:17; 3:15).
HAIMA
Haima, o sangue, exprime, como vimos, o corpo vital, isto é, a parte que dá vitalização à carne (sárx), a qual, sem o sangue, é simples cadáver.
O sangue era considerado uma entidade a parte, representando o que hoje chamamos "duplo etérico" ou "corpo vital". Baste-nos, como confirmação, recordar que o Antigo Testamento define o sangue como "a alma de toda carne" (LV 17:11-14). Suma importância, por isso, é atribuída ao derramamento de sangue, que exprime privação da "vida", e representa quer o sacrifício em resgate de erros e crimes, quer o testemunho de uma verdade.
A palavra é assim usada no N. T. :
a) - sangue de vítimas (HB 9:7, HB 9:12, HB 9:13, HB 9:18, 19, 20, 21, 22, 25; 10:4; 11:28; 13:11). Observe-se que só nessa carta há preocupação com esse aspecto;
b) - sangue de Jesus, quer literalmente (MT 27:4, MT 27:6, MT 27:24, MT 27:25; LC 22:20; JO 19:34; AT 5:28; AT 20:28; RM 5:25; RM 5:9; EF 1:7; EF 2:13; CL 1:20; HB 9:14; HB 10:19, HB 10:29; 12:24; 13:12, 20; 1. ª Pe. 1:2,19; 1. ª JO 1:7; 5:6, 8; AP 1:5; AP 5:9; AP 7:14; AP 12:11); quer simbolicamente, quando se refere ao vinho, como símbolo do sangue de Cristo (MT 26:28; MC 14:24; JO 6:53, JO 6:54, JO 6:55, JO 6:56; 1. ª Cor. 10:16; 11:25, 27).
c) - o sangue derramado como testemunho de uma verdade (MT 23:30, MT 23:35; 27:4; LC 13:1; AT 1:9; AT 18:6; AT 20:26; AT 22:20; RM 3:15; HB 12:4; AP 6:10; 14,: 20; 16:6; 17:6; 19:2, 13).
d) - ou em circunstâncias várias (MC 5:25, MC 5:29; 16:7; LC 22:44; JO 1:13; AT 2:19, AT 2:20; 15:20, 29; 17:26; 21:25; 1. ª Cor. 15:50; GL 1:16; EF 6:12; HB 2:14; AP 6:12; AP 8:7; AP 15:3, AP 15:4; 11:6).
SÁRX
Sárx é a carne, expressão do elemento mais grosseiro do homem, embora essa palavra substitua, muitas vezes, o complexo soma, ou seja, se entenda, com esse termo, ao mesmo tempo "carne" e "sangue".
Apesar de ter sido empregada simbolicamente por Jesus (JO 6:51, JO 6:52, JO 6:53, JO 6:54, 55 e 56), seu uso é mais literal em todo o resto do N. T., em 120 outros locais: MT 19:56; MT 24:22; MT 26:41; MC 10:8; MC 13:20; MC 14:38; LC 3:6; LC 24:39; JO 1:14; JO 3:6(2x); 6:63; 8:15; 17:2; AT 2:7, AT 2:26, AT 2:31; RM 1:3; RM 2:28; RM 3:20; RM 4:1; RM 6:19; RM 7:5, RM 7:18, RM 7:25; 8:3, 4(2x), 5(2x), 6, 7, 8, 9, 13(2x); 9:358; 11:14; 13:14; 1. º Cor. 1:2629; 5:5; 6:16; 7:28;10:18; 15:39(2x),50; 2. º Cor. 1:17; 4:11; 5:16; 7:1,5; 10:2,3(2x); 1:18; 12:7; GL 2:16, GL 2:20; 3:3; 4:13, 14, 23; 5:13, 16, 17, 19, 24; 6:8(2x), 12, 13; EF 2:3, EF 2:11, EF 2:14; 5:29, 30, 31; 6:5; CL 1:22, CL 1:24; 2:1, 5, 11, 13, 18, 23; 3:22, 24; 3:34; 1. º Tim. 3:6; Flm. 16; HB 5:7; HB 9:10, HB 9:13; 10:20; 12:9; Tiago 5:3; 1. º Pe. 1:24; 3;18, 21; 4:1, 2, 6; 2. º Pe. 2:10, 18; 1. º JO 2:16; 4:2; 2. º JO 7; Jud. 7, 8, 23; AP 17:16; AP 19:21.
B - TEXTOS COMPROBATÓRIOS
Respiguemos, agora, alguns trechos do N. T., a fim de comprovar nossas conclusões a respeito desta nova teoria.
Comecemos pela distinção que fazemos entre individualidade (ou Espírito) e a personagem transitória humana.
INDIVIDUALIDADE- PERSONAGEM
Encontramos essa distinção explicitamente ensinada por Paulo (l. ª Cor. 15:35-50) que classifica a individualidade entre os "corpos celestiais" (sómata epouránia), isto é, de origem espiritual; e a personagem terrena entre os "corpos terrenos" (sómata epígeia), ou seja, que têm sua origem no próprio planeta Terra, de onde tiram seus elementos constitutivos (físicos e químicos). Logo a seguir, Paulo torna mais claro seu pensamento, denominando a individualidade de "corpo espiritual" (sôma pneumatikón) e a personagem humana de "corpo psíquico" (sôma psychikón). Com absoluta nitidez, afirma que a individualidade é o "Espírito vivificante" (pneuma zoopioún), porque dá vida; e que a personagem, no plano já da energia, é a "alma que vive" (psychê zôsan), pois recebe vida do Espírito que lhe constitui a essência profunda.
Entretanto, para evitar dúvidas ou más interpretações quanto ao sentido ascensional da evolução, assevera taxativamente que o desenvolvimento começa com a personalidade (alma vivente) e só depois que esta se desenvolve, é que pode atingir-se o desabrochar da individualidade (Espírito vivificante).
Temos, pois, bem estabelecida a diferença fundamental, ensinada no N. T., entre psychê (alma) e pneuma (Espírito).
Mas há outros passos em que esses dois elementos são claramente distinguidos:
1) No Cântico de Maria (LC 1:46) sentimos a diferença nas palavras "Minha alma (psychê) engrandece o Senhor e meu Espírito (pneuma) se alegra em Deus meu Salvador".
2) Paulo (Filp. 1:27) recomenda que os cristãos tenham "um só Espírito (pneuma) e uma só alma (psychê), distinção desnecessária, se não expressassem essas palavras coisas diferentes.
3) Ainda Paulo (l. ª Tess. 5:23) faz votos que os fiéis "sejam santificados e guardados no Espírito (pneuma) na alma (psychê) e no corpo (sôma)", deixando bem estabelecida a tríade que assinalamos desde o início.
4) Mais claro ainda é o autor da Carta dos Hebreus (quer seja Paulo Apolo ou Clemente Romano), ao
. utilizar-se de uma expressão sintomática, que diz: "o Logos Divino é Vivo, Eficaz; e mais penetrante que qualquer espada, atingindo até a divisão entre o Espirito (pneuma) e a alma (psychê)" (HB 4:12); aí não há discussão: existe realmente uma divisão entre espírito e alma.
5) Comparando, ainda, a personagem (psiquismo) com a individualidade Paulo afirma que "fala não palavras aprendidas pela sabedoria humana, mas aprendidas do Espírito (divino), comparando as coisas espirituais com as espirituais"; e acrescenta, como esclarecimento e razão: "o homem psíquico (ho ánthrôpos psychikós, isto é, a personagem intelectualizada) não percebe as coisas do Espírito Divino: são tolices para ele, e não pode compreender o que é discernido espiritualmente; mas o homem espiritual (ho ánthrôpos pneumatikós, ou, seja, a individualidade) discerne tudo, embora não seja discernido por ninguém" (1. ª Cor. 2:13-15).
Portanto, não há dúvida de que o N. T. aceita os dois aspectos do "homem": a parte espiritual, a tríade superior ou individualidade (ánthrôpos pneumatikós) e a parte psíquica, o quaternário inferior ou personalidade ou personagem (ánthrôpos psychikós).
O CORPO
Penetremos, agora, numa especificação maior, observando o emprego da palavra soma (corpo), em seu complexo carne-sangue, já que, em vários passos, não só o termo sárx é usado em lugar de soma, como também o adjetivo sarkikós (ou sarkínos) se refere, como parte externa visível, a toda a personagem, ou seja, ao espírito encarnado e preso à matéria; e isto sobretudo naqueles que, por seu atraso, ainda acreditam que seu verdadeiro eu é o complexo físico, já que nem percebem sua essência espiritual.
Paulo, por exemplo, justifica-se de não escrever aos coríntios lições mais sublimes, porque não pode falar-lhes como a "espirituais" (pnenmatikoí, criaturas que, mesmo encarnadas, já vivem na individualidade), mas só como a "carnais" (sarkínoi, que vivem só na personagem). Como a crianças em Cristo (isto é, como a principiantes no processo do conhecimento crístico), dando-lhes leite a beber, não comida, pois ainda não na podem suportar; "e nem agora o posso, acrescenta ele, pois ainda sois carnais" (1. ª Cor. 3:1-2).
Dessa forma, todos os que se encontram na fase em que domina a personagem terrena são descritos por Paulo como não percebendo o Espírito: "os que são segundo a carne, pensam segundo a carne", em oposição aos "que são segundo o espírito, que pensam segundo o espírito". Logo a seguir define a "sabedoria da carne como morte, enquanto a sabedoria do Espírito é Vida e Paz" (Rom, 8:5-6).
Essa distinção também foi afirmada por Jesus, quando disse que "o espírito está pronto (no sentido de" disposto"), mas a carne é fraca" (MT 26:41; MC 14:38). Talvez por isso o autor da Carta aos Hebreus escreveu, ao lembrar-se quiçá desse episódio, que Jesus "nos dias de sua carne (quando encarnado), oferecendo preces e súplicas com grande clamor e lágrimas Àquele que podia livrá-lo da morte, foi ouvido por causa de sua devoção e, não obstante ser Filho de Deus (o mais elevado grau do adeptado, cfr. vol. 1), aprendeu a obediência por meio das coisas que sofreu" (Heb, 5:7-8).
Ora, sendo assim fraca e medrosa a personagem humana, sempre tendente para o mal como expoente típico do Antissistema, Paulo tem o cuidado de avisar que "não devemos submeter-nos aos desejos da carne", pois esta antagoniza o Espírito (isto é constitui seu adversário ou diábolos). Aconselha, então que não se faça o que ela deseja, e conforta os "que são do Espírito", assegurando-lhes que, embora vivam na personalidade, "não estão sob a lei" (GL 5:16-18). A razão é dada em outro passo: "O Senhor é Espírito: onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2. ª Cor. 3:17).
Segundo o autor da Carta aos Hebreus, esta foi uma das finalidades da encarnação de Jesus: livrar a personagem humana do medo da morte. E neste trecho confirma as palavras do Mestre a Nicodemos: "o que nasce de carne é carne" (JO 3:6), esclarecendo, ao mesmo tempo, no campo da psicobiologia, (o problema da hereditariedade: dos pais, os filhos só herdam a carne e o sangue (corpo físico e duplo etérico), já que a psychê é herdeira do pneuma ("o que nasce de espírito, é espírito", João, ibidem). Escreve, então: "como os filhos têm a mesma natureza (kekoinônêken) na carne e no sangue, assim ele (Jesus) participou da carne e do sangue para que, por sua morte, destruísse o adversário (diábolos, a matéria), o qual possui o império da morte, a fim de libertá-las (as criaturas), já que durante toda a vida elas estavam sujeitas ao medo da morte" (HB 2:14).
Ainda no setor da morte, Jesus confirma, mais uma vez, a oposição corpo-alma: "não temais os que matam o corpo: temei o que pode matar a alma (psychê) e o corpo (sôma)" (MT 10:28). Note-se, mais uma vez, a precisão (elegantia) vocabular de Jesus, que não fala em pneuma, que é indestrutível, mas em psychê, ou seja, o corpo astral sujeito a estragos e até morte.
Interessante observar que alguns capítulos adiante, o mesmo evangelista (MT 27:52) usa o termo soma para designar o corpo astral ou perispírito: "e muitos corpos dos santos que dormiam, despertaram".
Refere-se ao choque terrível da desencarnação de Jesus, que foi tão violento no plano astral, que despertou os desencarnados que se encontravam adormecidos e talvez ainda presos aos seus cadáveres, na hibernação dos que desencarnam despreparados. E como era natural, ao despertarem, dirigiram-se para suas casas, tendo sido percebidos pelos videntes.
Há um texto de Paulo que nos deixa em suspenso, sem distinguirmos se ele se refere ao corpo físico (carne) ou ao psíquico (astral): "conheço um homem em Cristo (uma individualidade já cristificada) que há catorze anos - se no corpo (en sômai) não sei, se fora do corpo (ektòs sômatos) não sei: Deus
sabe foi raptado ao terceiro céu" (l. ª Cor. 12:2). É uma confissão de êxtase (ou talvez de "encontro"?), em que o próprio experimentador se declara inapto a distinguir se se tratava de um movimento puramente espiritual (fora do corpo), ou se tivera a participação do corpo psíquico (astral); nem pode verificar se todo o processo se realizou com pneuma e psychê dentro ou fora do corpo.
Entretanto, de uma coisa ele tem certeza absoluta: a parte inferior do homem, a carne e o sangue, esses não participaram do processo. Essa certeza é tão forte, que ele pode ensinar taxativamente e sem titubeios, que o físico denso e o duplo etérico não se unificam com a Centelha Divina, não "entram no reino dos céus", sendo esta uma faculdade apenas de pneuma, e, no máximo, de psychê. E ele o diz com ênfase: "isto eu vos digo, irmãos, que a carne (sárx) e o sangue (haima) NÃO PODEM possuir o reino de Deus" (l. ª Cor. 15:50). Note-se que essa afirmativa é uma negação violenta do "dogma" da ressurreição da carne.
ALMA
Num plano mais elevado, vejamos o que nos diz o N. T. a respeito da psychê e da diánoia, isto é, da alma e do intelecto a esta inerente como um de seus aspectos.
Como a carne é, na realidade dos fatos, incapaz de vontades e desejos, que provêm do intelecto, Paulo afirma que "outrora andávamos nos desejos de nossa carne", esclarecendo, porém, que fazíamos "a vontade da carne (sárx) e do intelecto (diánoia)" (EF 2:3). De fato "o afastamento e a inimizade entre Espírito e corpo surgem por meio do intelecto" (CL 1. 21).
A distinção entre intelecto (faculdade de refletir, existente na personagem) e mente (faculdade inerente ao coração, que cria os pensamentos) pode parecer sutil, mas já era feita na antiguidade, e Jerem ías escreveu que YHWH "dá suas leis ao intelecto (diánoia), mas as escreve no coração" (JR 31:33, citado certo em HB 8:10, e com os termos invertidos em HB 10:16). Aí bem se diversificam as funções: o intelecto recebe a dádiva, refletindo-a do coração, onde ela está gravada.
Realmente a psychê corresponde ao corpo astral, sede das emoções. Embora alguns textos no N. T.
atribuam emoções a kardía, Jesus deixou claro que só a psychê é atingível pelas angústias e aflições, asseverando: "minha alma (psychê) está perturbada" (MT 26:38; MC 14:34; JO 12:27). Jesus não fala em kardía nem em pneuma.
A MENTE
Noús é a MENTE ESPIRITUAL, a individualizadora de pneuma, e parte integrante ou aspecto de kardía. E Paulo, ao salientar a necessidade de revestir-nos do Homem Novo (de passar a viver na individualidade) ordena que "nos renovemos no Espírito de nossa Mente" (EF 4:23-24), e não do intelecto, que é personalista e divisionário.
E ao destacar a luta entre a individualidade e a personagem encarnada, sublinha que "vê outra lei em seus membros (corpo) que se opõem à lei de sua mente (noús), e o aprisiona na lei do erro que existe em seus membros" (RM 7:23).
A mente espiritual, e só ela, pode entender a sabedoria do Cristo; e este não se dirige ao intelecto para obter a compreensão dos discípulos: "e então abriu-lhes a mente (noún) para que compreendessem as Escrituras" (LC 24:45). Até então, durante a viagem (bastante longa) ia conversando com os "discípulos de Emaús". falando-lhes ao intelecto e provando-lhes que o Filho do Homem tinha que sofrer; mas eles não O reconheceram. Mas quando lhes abriu a MENTE, imediatamente eles perceberam o Cristo.
Essa mente é, sem dúvida, um aspecto de kardía. Isaías escreveu: "então (YHWH) cegou-lhes os olhos (intelecto) e endureceu-lhes o coração, para que não vissem (intelectualmente) nem compreendessem com o coração" (IS 6:9; citado por JO 12:40).
O CORAÇÃO
Que o coração é a fonte dos pensamentos, nós o encontramos repetido à exaustão; por exemplo: MT 12:34; MT 15:18, MT 15:19; Marc 7:18; 18:23; LC 6:45; LC 9:47; etc.
Ora, se o termo CORAÇÃO exprime, límpida e indiscutivelmente, a fonte primeira do SER, o "quarto fechado" onde o "Pai vê no secreto" MT 6:6), logicamente se deduz que aí reside a Centelha Divina, a Partícula de pneuma, o CRISTO (Filho Unigênito), que é UNO com o Pai, que também, consequentemente, aí reside. E portanto, aí também está o Espírito-Santo, o Espírito-Amor, DEUS, de que nosso Eu é uma partícula não desprendida.
Razão nos assiste, então, quando escrevemos (vol. 1 e vol. 3) que o "reino de Deus" ou "reino dos céus" ou "o céu", exprime exatamente o CORAÇÃO; e entrar no reino dos céus é penetrar, é MERGULHAR (batismo) no âmago de nosso próprio EU. É ser UM com o CRISTO, tal como o CRISTO é UM com o PAI (cfr. JO 10. 30; 17:21,22, 23).
Sendo esta parte a mais importante para a nossa tese, dividamo-la em três seções:
a) - Deus ou o Espírito Santo habitam DENTRO DE nós;
b) - CRISTO, o Filho (UNO com o Pai) também está DENTRO de nós, constituindo NOSSA ESSÊNCIA PROFUNDA;
c) - o local exato em que se encontra o Cristo é o CORAÇÃO, e nossa meta, durante a encarnação, é CRISTIFICAR-NOS, alcançando a evolução crística e unificando-nos com Ele.
a) -
A expressão "dentro de" pode ser dada em grego pela preposição ENTOS que encontramos clara em LC (LC 17:21), quando afirma que "o reino de Deus está DENTRO DE VÓS" (entòs humin); mas tamb ém a mesma ideia é expressa pela preposição EN (latim in, português em): se a água está na (EM A) garrafa ou no (EM O) copo, é porque está DENTRO desses recipientes. Não pode haver dúvida. Recordese o que escrevemos (vol. 1): "o Logos se fez carne e fez sua residência DENTRO DE NÓS" (JO 1:14).
Paulo é categórico em suas afirmativas: "Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita dentro de vós" (1. ª Cor. 3:16).
Οΰи οίδατε ότι ναός θεοϋ έστε иαί τό πνεϋµα τοϋ θεοϋ έν ϋµϊν οίиεί;
E mais: "E não sabeis que vosso corpo é o templo do Espírito Santo que está dentro de vós, o qual recebestes de Deus, e não pertenceis a vós mesmos? Na verdade, fostes comprados por alto preço. Glorificai e TRAZEI DEUS EM VOSSO CORPO" (1. ª Cor. 6:19-20).
Esse Espírito Santo, que é a Centelha do Espírito Universal, é, por isso mesmo, idêntico em todos: "há muitas operações, mas UM só Deus, que OPERA TUDO DENTRO DE TODAS AS COISAS; ... Todas essas coisas opera o único e mesmo Espírito; ... Então, em UM Espírito todos nós fomos MERGULHADOS en: UMA carne, judeus e gentios, livres ou escravos" (1. ª Cor. 12:6, 11, 13).
Καί διαιρέσεις ένεργηµάτων είσιν, ό δέ αύτός θεός ό ένεργών τα πάντα έν πάσιν... Дάντα δέ ταύτα ένεργεί τό έν иαί τό αύτό πνεύµα... Кαί γάρ έν ένί πνεύµατι ήµείς πάντες είς έν σώµα έβαπτίσθηµεν, είτε ̉Ιουδαίοι εϊτε έλληνες, είτε δούλοι, εϊτε έλεύθεροι. Mais ainda: "Então já não sois hóspedes e estrangeiros, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus, superedificados sobre o fundamento dos Enviados e dos Profetas, sendo a própria pedra angular máxima Cristo Jesus: em Quem toda edificação cresce no templo santo no Senhor, no Qual tamb ém vós estais edificados como HABITAÇÃO DE DEUS NO ESPÍRITO" (EF 2:19-22). " Αρα ούν ούиέτι έστε ζένοι иαί πάροιиοι, άλλά έστε συµπολίται τών άγίων иαί οίиείοι τού θεού, έποιиοδοµηθέντες έπί τώ θεµελίω τών άποστόλων иαί προφητών, όντος άиρογωνιαίου αύτού Χριστόύ #cite Іησού, έν ώ πάσα οίиοδοµή συναρµολογουµένη αύζει είς ναόν άγιον έν иυρίώ, έν ώ иαί ύµείς συνοιиοδοµείσθε είς иατοιиητήεριον τού θεού έν πνεµατ
ι.
Se Deus habita DENTRO do homem e das coisas quem os despreza, despreza a Deus: "quem despreza estas coisas, não despreza homens, mas a Deus, que também deu seu Espírito Santo em vós" (1. ª Tess. 4:8).
João dá seu testemunho: "Ninguém jamais viu Deus. Se nos amarmos reciprocamente, Deus permanecer á DENTRO DE NÓS, e o Amor Dele, dentro de nós, será perfeito (ou completo). Nisto sabemos que permaneceremos Nele e Ele em nós, porque DE SEU ESPÍRITO deu a nós" (1. ª JO 4:12-13).
θεόν ούδείς πώποτε τεθέαται: έάν άγαπώµεν άλλήλους, ό θεός έν ήµϊν µένει, иαί ή άγάπη αύτοϋ τε- τελειωµένη έν ήµϊν έστιν. Εν τουτω γινώσиοµεν ότι έν αύτώ µένοµεν иαί αύτός έν ήµϊν, ότι έи τοϋ πνεύµατος αύτοϋ δέδώиεν ήµϊ
ν.
b) -
Vejamos agora os textos que especificam melhor ser o CRISTO (Filho) que, DENTRO DE NÓS. constitui a essência profunda de nosso ser. Não é mais uma indicação de que TEMOS a Divindade em nós, mas um ensino concreto de que SOMOS uma partícula da Divindade. Escreve Paulo: "Não sabeis que CRISTO (Jesus) está DENTRO DE VÓS"? (2. ª Cor. 13:5). E, passando àquela teoria belíssima de que formamos todos um corpo só, cuja cabeça é Cristo, ensina Paulo: "Vós sois o CORPO de Cristo, e membros de seus membros" (l. ª Cor. 12:27). Esse mesmo Cristo precisa manifestar-se em nós, através de nós: "vossa vida está escondida COM CRISTO em Deus; quando Cristo se manifestar, vós também vos manifestareis em substância" (CL 3:3-4).
E logo adiante insiste: "Despojai-vos do velho homem com seus atos (das personagens terrenas com seus divisionismos egoístas) e vesti o novo, aquele que se renova no conhecimento, segundo a imagem de Quem o criou, onde (na individualidade) não há gentio nem judeu, circuncidado ou incircunciso, bárbaro ou cita, escravo ou livre, mas TUDO e EM TODOS, CRISTO" (CL 3:9-11).
A personagem é mortal, vivendo a alma por efeito do Espírito vivificante que nela existe: "Como em Adão (personagem) todos morrem, assim em CRISTO (individualidade, Espírito vivificante) todos são vivificados" (1. ª Cor. 15:22).
A consciência de que Cristo vive nele, faz Paulo traçar linhas imorredouras: "ou procurais uma prova do CRISTO que fala DENTRO DE MIM? o qual (Cristo) DENTRO DE VÓS não é fraco" mas é poderoso DENTRO DE VÓS" (2. ª Cor. 13:3).
E afirma com a ênfase da certeza plena: "já não sou eu (a personagem de Paulo), mas CRISTO QUE VIVE EM MIM" (GL 2:20). Por isso, pode garantir: "Nós temos a mente (noús) de Cristo" (l. ª Cor. 2:16).
Essa convicção traz consequências fortíssimas para quem já vive na individualidade: "não sabeis que vossos CORPOS são membros de Cristo? Tomando, então, os membros de Cristo eu os tornarei corpo de meretriz? Absolutamente. Ou não sabeis que quem adere à meretriz se torna UM CORPO com ela? Está dito: "e serão dois numa carne". Então - conclui Paulo com uma lógica irretorquível - quem adere a Deus é UM ESPÍRITO" com Deus (1. ª Cor. 6:15-17).
Já desde Paulo a união sexual é trazida como o melhor exemplo da unificação do Espírito com a Divindade. Decorrência natural de tudo isso é a instrução dada aos romanos: "vós não estais (não viveis) EM CARNE (na personagem), mas EM ESPÍRITO (na individualidade), se o Espírito de Deus habita DENTRO DE VÓS; se porém não tendes o Espírito de Cristo, não sois Dele. Se CRISTO (está) DENTRO DE VÓS, na verdade o corpo é morte por causa dos erros, mas o Espírito vive pela perfeição. Se o Espírito de Quem despertou Jesus dos mortos HABITA DENTRO DE VÓS, esse, que despertou Jesus dos mortos, vivificará também vossos corpos mortais, por causa do mesmo Espírito EM VÓS" (RM 9:9-11). E logo a seguir prossegue: "O próprio Espírito testifica ao nosso Espírito que somos filhos de Deus; se filhos, (somos) herdeiros: herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo" (RM 8:16). Provém daí a angústia de todos os que atingiram o Eu Interno para libertar-se: "também tendo em nós as primícias do Espírito, gememos dentro de nós, esperando a adoção de Filhos, a libertação de nosso corpo" (RM 8:23).
c) -
Finalmente, estreitando o círculo dos esclarecimentos, verificamos que o Cristo, dentro de nós, reside NO CORAÇÃO, onde constitui nosso EU Profundo. É ensinamento escriturístico.
Ainda é Paulo que nos esclarece: "Porque sois filhos, Deus enviou o ESPÍRITO DE SEU FILHO, em vosso CORAÇÃO, clamando Abba, ó Pai" (GL 4:6). Compreendemos, então, que o Espírito Santo (Deus) que está em nós, refere-se exatamente ao Espírito do FILHO, ao CRISTO Cósmico, o Filho Unigênito. E ficamos sabendo que seu ponto de fixação em nós é o CORAÇÃO.
Lembrando-se, talvez, da frase de Jeremias, acima-citada, Paulo escreveu aos coríntios: "vós sois a nossa carta, escrita em vossos CORAÇÕES, conhecida e lida por todos os homens, sendo manifesto que sois CARTA DE CRISTO, preparada por nós, e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo; não em tábuas de pedra, mas nas tábuas dos CORAÇÕES CARNAIS" (2. ª Cor. 3:2-3). Bastante explícito que realmente se trata dos corações carnais, onde reside o átomo espiritual.
Todavia, ainda mais claro é outro texto, em que se fala no mergulho de nosso eu pequeno, unificandonos ao Grande EU, o CRISTO INTERNO residente no coração: "CRISTO HABITA, pela fé, no VOSSO CORAÇÃO". E assegura com firmeza: "enraizados e fundamentados no AMOR, com todos os santos (os encarnados já espiritualizados na vivência da individualidade) se compreenderá a latitude, a longitude a sublimidade e a profundidade, conhecendo o que está acima do conhecimento, o AMOR DE CRISTO, para que se encham de toda a plenitude de Deus" (EF 3:17).
Quando se dá a unificação, o Espírito se infinitiza e penetra a Sabedoria Cósmica, compreendendo então a amplitude da localização universal do Cristo.
Mas encontramos outro ensino de suma profundidade, quando Paulo nos adverte que temos que CRISTIFICAR-NOS, temos que tornar-nos Cristos, na unificação com Cristo. Para isso, teremos que fazer uma tradução lógica e sensata da frase, em que aparece o verbo CHRIO duas vezes: a primeira, no particípio passado, Christós, o "Ungido", o "permeado da Divindade", particípio que foi transliterado em todas as línguas, com o sentido filosófico e místico de O CRISTO; e a segunda, logo a seguir, no presente do indicativo. Ora, parece de toda evidência que o sentido do verbo tem que ser O MESMO em ambos os empregos. Diz o texto original: ho dè bebaiôn hemãs syn humin eis Christon kaí chrísas hemãs theós (2. ª Cor. 1:21).
Completando, enfim, o ensino - embora ministrado esparsamente - vem o texto mais forte e explícito, informando a finalidade da encarnação, para TÔDAS AS CRIATURAS: "até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, ao Homem Perfeito, à medida da evolução plena de Cristo" (EF 4:13).
Мέρχι иαταντήσωµεν οί πάντες είς τήν ένότητα τής πίστοως. иαί τής έπιγνώσεως τοϋ υίοϋ τοϋ θεοϋ, είς άνδρα τελειον, είς µέτρον ήλιиίας τοϋ πληρώµατος τοϋ Χριστοϋ. Por isso Paulo escreveu aos Gálatas: "ó filhinhos, por quem outra vez sofro as dores de parto, até que Cristo SE FORME dentro de vós" (GL 4:19) (Тεиνία µου, ούς πάλιν ώδίνω, µέρχις ού µορφωθή Χριστός έν ύµϊ
ν).
Agostinho (Tract. in Joanne, 21, 8) compreendeu bem isto ao escrever: "agradeçamos e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos", (Christus facti sumus); e Metódio de Olimpo ("Banquete das dez virgens", Patrol. Graeca, vol. 18, col. 150) escreveu: "a ekklêsía está grávida e em trabalho de parto até que o Cristo tome forma em nós, até que Cristo nasça em nós, a fim de que cada um dos santos (encarnados) por sua participação com o Cristo, se torne Cristo". Também Cirilo de Jerusalém ("Catechesis mystagogicae" 1. 3. 1 in Patr. Graeca vol. 33, col. 1. 087) asseverou: " Após terdes mergulhado no Cristo e vos terdes revestido do Cristo, fostes colocados em pé de igualdade com o Filho de Deus... pois que entrastes em comunhão com o Cristo, com razão tendes o nome de cristos, isto é, de ungidos".
Todo o que se une ao Cristo, se torna um cristo, participando do Pneuma e da natureza divina (theías koinônoí physeôs) (2. ª Pe. 1:3), pois "Cristo é o Espírito" (2. ª Cor. 3:17) e quem Lhe está unido, tem em si o selo (sphrágis) de Cristo. Na homilia 24,2, sobre 1. ª Cor. 10:16, João Crisóstomo (Patrol.
Graeca vol. 61, col. 200) escreveu: "O pão que partimos não é uma comunhão (com+união, koinônía) ao corpo de Cristo? Porque não disse "participação" (metoché)? Porque quis revelar algo mais, e mostrar uma associação (synápheia) mais íntima. Realmente, estamos unidos (koinônoúmen) não só pela participação (metéchein) e pela recepção (metalambánein), mas também pela UNIFICAÇÃO (enousthai)".
Por isso justifica-se o fragmento de Aristóteles, supra citado, em Sinésio: "os místicos devem não apenas aprender (mathein) mas experimentar" (pathein).
Essa é a razão por que, desde os primeiros séculos do estabelecimento do povo israelita, YHWH, em sua sabedoria, fazia a distinção dos diversos "corpos" da criatura; e no primeiro mandamento revelado a Moisés dizia: " Amarás a Deus de todo o teu coração (kardía), de toda tua alma (psychê), de todo teu intelecto (diánoia), de todas as tuas forças (dynameis)"; kardía é a individualidade, psychê a personagem, dividida em diánoia (intelecto) e dynameis (veículos físicos). (Cfr. LV 19:18; DT 6:5; MT 22:37; MC 12:13; LC 10:27).
A doutrina é uma só em todos os sistemas religiosos pregados pelos Mestres (Enviados e Profetas), embora com o tempo a imperfeição humana os deturpe, pois a personagem é fundamentalmente divisionista e egoísta. Mas sempre chega a ocasião em que a Verdade se restabelece, e então verificamos que todas as revelações são idênticas entre si, em seu conteúdo básico.
ESCOLA INICIÁTICA
Após essa longa digressão a respeito do estudo do "homem" no Novo Testamento, somos ainda obrigados a aprofundar mais o sentido do trecho em que são estipuladas as condições do discipulato.
Há muito desejaríamos ter penetrado neste setor, a fim de poder dar explicação cabal de certas frases e passagens; mas evitamo-lo ao máximo, para não ferir convicções de leitores desacostumados ao assunto.
Diante desse trecho, porém, somos forçados a romper os tabus e a falar abertamente.
Deve ter chamado a atenção de todos os estudiosos perspicazes dos Evangelhos, que Jesus jamais recebeu, dos evangelistas, qualquer título que normalmente seria atribuído a um fundador de religião: Chefe Espiritual, Sacerdote, Guia Espiritual, Pontífice; assim também, aqueles que O seguiam, nunca foram chamados Sequazes, Adeptos, Adoradores, Filiados, nem Fiéis (a não ser nas Epístolas, mas sempre com o sentido de adjetivo: os que mantinham fidelidade a Seus ensinos). Ao contrário disso, os epítetos dados a Jesus foram os de um chefe de escola: MESTRE (Rabbi, Didáskalos, Epistátês) ou de uma autoridade máxima Kyrios (SENHOR dos mistérios). Seus seguidores eram DISCÍPULOS (mathêtês), tudo de acordo com a terminologia típica dos mistérios iniciáticos de Elêusis, Delfos, Crotona, Tebas ou Heliópolis. Após receberem os primeiros graus, os discípulos passaram a ser denominado "emissários" (apóstolos), encarregados de dar a outros as primeiras iniciações.
Além disso, é evidente a preocupação de Jesus de dividir Seus ensinos em dois graus bem distintos: o que era ministrado de público ("a eles só é dado falar em parábolas") e o que era ensinado privadamente aos "escolhidos" ("mas a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus", cfr. MT 13:10-17 ; MC 4:11-12; LC 8:10).
Verificamos, portanto, que Jesus não criou uma "religião", no sentido moderno dessa palavra (conjunto de ritos, dogmas e cultos com sacerdócio hierarquicamente organizado), mas apenas fundou uma ESCOLA INICIÁTICA, na qual preparou e "iniciou" seus DISCÍPULOS, que Ele enviou ("emissários, apóstolos") com a incumbência de "iniciar" outras criaturas. Estas, por sua vez, foram continuando o processo e quando o mundo abriu os olhos e percebeu, estava em grande parte cristianizado. Quando os "homens" o perceberam e estabeleceram a hierarquia e os dogmas, começou a decadência.
A "Escola iniciática" fundada por Jesus foi modelada pela tradição helênica, que colocava como elemento primordial a transmissão viva dos mistérios: e "essa relação entre a parádosis (transmissão) e o mystérion é essencial ao cristianismo", escreveu o monge beneditino D. Odon CaseI (cfr. "Richesse du Mystere du Christ", Les éditions du Cerf. Paris, 1964, pág. 294). Esse autor chega mesmo a afirmar: " O cristianismo não é uma religião nem uma confissão, segundo a acepção moderna dessas palavras" (cfr. "Le Mystere du Culte", ib., pág. 21).
E J. Ranft ("Der Ursprung des Kathoíischen Traditionsprinzips", 1931, citado por D . O. Casel) escreve: " esse contato íntimo (com Cristo) nasce de uma gnose profunda".
Para bem compreender tudo isso, é indispensável uma incursão pelo campo das iniciações, esclarecendo antes alguns termos especializados. Infelizmente teremos que resumir ao máximo, para não prejudicar o andamento da obra. Mas muitos compreenderão.
TERMOS ESPECIAIS
Aiôn (ou eon) - era, época, idade; ou melhor CICLO; cada um dos ciclos evolutivos.
Akoueíu - "ouvir"; akoueín tòn lógon, ouvir o ensino, isto é, receber a revelação dos segredos iniciáticos.
Gnôse - conhecimento espiritual profundo e experimental dos mistérios.
Deíknymi - mostrar; era a explicação prática ou demonstração de objetos ou expressões, que serviam de símbolos, e revelavam significados ocultos.
Dóxa - doutrina; ou melhor, a essência do conhecimento profundo: o brilho; a luz da gnôse; donde "substância divina", e daí a "glória".
Dynamis - força potencial, potência que capacita para o érgon e para a exousía, infundindo o impulso básico de atividade.
Ekklêsía - a comunidade dos "convocados" ou "chamados" (ékklêtos) aos mistérios, os "mystos" que tinham feito ou estavam fazendo o curso da iniciação.
Energeín - agir por dentro ou de dentro (energia), pela atuação da força (dybamis).
Érgon - atividade ou ação; trabalho espiritual realizado pela força (dynamis) da Divindade que habita dentro de cada um e de cada coisa; energia.
Exêgeísthaí - narrar fatos ocultos, revelar (no sentido de "tirar o véu") (cfr. LC 24:35; JO 1:18; AT 10:8:15:12, 14).
Hágios - santo, o que vive no Espírito ou Individualidade; o iniciado (cfr. teleios).
Kyrios - Senhor; o Mestre dos Mistérios; o Mistagogo (professor de mistérios); o Hierofante (o que fala, fans, fantis, coisas santas, hieros); dava-se esse título ao possuidor da dynamis, da exousía e do érgon, com capacidade para transmiti-los.
Exousía - poder, capacidade de realização, ou melhor, autoridade, mas a que provém de dentro, não "dada" de fora.
Leitourgia - Liturgia, serviço do povo: o exercício do culto crístico, na transmissão dos mistérios.
Legómena - palavras reveladoras, ensino oral proferido pelo Mestre, e que se tornava "ensino ouvido" (lógos akoês) pelos discípulos.
Lógos - o "ensino" iniciático, a "palavra" secreta, que dava a chave da interpretação dos mistérios; a" Palavra" (Energia ou Som), segundo aspecto da Divindade.
Monymenta - "monumentos", ou seja, objetos e lembranças, para manter viva a memória.
Mystagogo o Mestre dos Mystérios, o Hierofante.
Mystérion - a ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação; donde, o ensino revelado apenas aos perfeitos (teleios) e santos (hágios), mas que devia permanecer oculto aos profanos.
Oikonomía - economia, dispensação; literalmente "lei da casa"; a vida intima de cada iniciado e sua capacidade na transmissão iniciática a outros, (de modo geral encargo recebido do Mestre).
Orgê - a atividade ou ação sagrada; o "orgasmo" experimentado na união mística: donde "exaltação espiritual" pela manifestação da Divindade (erradamente interpretado como "ira").
Parábola - ensino profundo sob forma de narrativa popular, com o verdadeiro sentido oculto por metáforas e símbolos.
Paradídômi - o mesmo que o latim trádere; transmitir, "entregar", passar adiante o ensino secreto.
Parádosis - transmissão, entrega de conhecimentos e experiências dos ensinos ocultos (o mesmo que o latim tradítio).
Paralambánein - "receber" o ensino secreto, a "palavra ouvida", tornando-se conhecedor dos mistérios e das instruções.
Patheín - experimentar, "sofrer" uma experiência iniciática pessoalmente, dando o passo decisivo para receber o grau e passar adiante.
Plêrôma - plenitude da Divindade na criatura, plenitude de Vida, de conhecimento, etc.
Redençãoa libertação do ciclo de encarnações na matéria (kyklos anánkê) pela união total e definitiva com Deus.
Santo - o mesmo que perfeito ou "iniciado".
Sêmeíon - "sinal" físico de uma ação espiritual, demonstração de conhecimento (gnose), de força (dynamis), de poder (exousía) e de atividade ou ação (érgon); o "sinal" é sempre produzido por um iniciado, e serve de prova de seu grau.
Sophía - a sabedoria obtida pela gnose; o conhecimento proveniente de dentro, das experiências vividas (que não deve confundir-se com a cultura ou erudição do intelecto).
Sphrágis - selo, marca indelével espiritual, recebida pelo espírito, embora invisível na matéria, que assinala a criatura como pertencente a um Senhor ou Mestre.
Symbolos - símbolos ou expressões de coisas secretas, incompreensíveis aos profanos e só percebidas pelos iniciados (pão, vinho, etc.) .
Sótería - "salvação", isto é, a unificação total e definitiva com a Divindade, que se obtém pela "redenção" plena.
Teleíos - o "finalista", o que chegou ao fim de um ciclo, iniciando outro; o iniciado nos mistérios, o perfeito ou santo.
Teleisthai - ser iniciado; palavra do mesmo radical que teleutan, que significa "morrer", e que exprime" finalizar" alguma coisa, terminar um ciclo evolutivo.
Tradítio - transmissão "tradição" no sentido etimológico (trans + dare, dar além passar adiante), o mesmo que o grego parádosis.
TRADIÇÃO
D. Odon Casel (o. c., pág. 289) escreve: "Ranft estudou de modo preciso a noção da tradítio, não só como era praticada entre os judeus, mas também em sua forma bem diferente entre os gregos. Especialmente entre os adeptos dos dosis é a transmissão secreta feita aos "mvstos" da misteriosa sôtería; é a inimistérios, a noção de tradítio (parádosis) tinha grande importância. A paraciação e a incorporação no círculo dos eleitos (eleitos ou "escolhidos"; a cada passo sentimos a confirmação de que Jesus fundou uma "Escola Iniciática", quando emprega os termos privativos das iniciações heléntcas; cfr. " muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos" - MT 22. 14), características das religiões grecoorientais. Tradítio ou parádosis são, pois, palavras que exprimem a iniciação aos mistérios. Tratase, portanto, não de uma iniciação científica, mas religiosa, realizada no culto. Para o "mysto", constitui uma revelação formal, a segurança vivida das realidades sagradas e de uma santa esperança. Graças a tradição, a revelação primitiva passa às gerações ulteriores e é comunicada por ato de iniciação. O mesmo princípio fundamental aplica-se ao cristianismo".
Na página seguinte, o mesmo autor prossegue: "Nos mistérios, quando o Pai Mistagogo comunica ao discípulo o que é necessário ao culto, essa transmissão tem o nome de traditio. E o essencial não é a instrução, mas a contemplação, tal como o conta Apuleio (Metamorphoses, 11, 21-23) ao narrar as experiências culturais do "mysto" Lúcius. Sem dúvida, no início há uma instrução, mas sempre para finalizar numa contemplação, pela qual o discípulo, o "mysto", entra em relação direta com a Divindade.
O mesmo ocorre no cristianismo (pág. 290).
Ouçamos agora as palavras de J. Ranft (o. c., pág. 275): "A parádosis designa a origem divina dos mistérios e a transmissão do conteúdo dos mistérios. Esta, à primeira vista, realiza-se pelo ministério dos homens, mas não é obra de homens; é Deus que ensina. O homem é apenas o intermediário, o Instrumento desse ensino divino. Além disso... desperta o homem interior. Logos é realmente uma palavra intraduzível: designa o próprio conteúdo dos mistérios, a palavra, o discurso, o ENSINO. É a palavra viva, dada por Deus, que enche o âmago do homem".
No Evangelho, a parádosis é constituída pelas palavras ou ensinos (lógoi) de Jesus, mas também simbolicamente pelos fatos narrados, que necessitam de interpretação, que inicialmente era dada, verbalmente, pelos "emissários" e pelos inspirados que os escreveram, com um talento superior de muito ao humano, deixando todos os ensinos profundos "velados", para só serem perfeitamente entendidos pelos que tivessem recebido, nos séculos seguintes, a revelação do sentido oculto, transmitida quer por um iniciado encarnado, quer diretamente manifestada pelo Cristo Interno. Os escritores que conceberam a parádosis no sentido helênico foram, sobretudo, João e Paulo; já os sinópticos a interpretam mais no sentido judaico, excetuando-se, por vezes, o grego Lucas, por sua convivência com Paulo, e os outros, quando reproduziam fielmente as palavras de Jesus.
Se recordarmos os mistérios de Elêusis (palavra que significa "advento, chegada", do verbo eléusomai," chegar"), ou de Delfos (e até mesmo os de Tebas, Ábydos ou Heliópolis), veremos que o Novo Testamento concorda seus termos com os deles. O logos transmitido (paradidômi) por Jesus é recebida (paralambánein) pelos DISCÍPULOS (mathêtês). Só que Jesus apresentou um elemento básico a mais: CRISTO. Leia-se Paulo: "recebi (parélabon) do Kyrios o que vos transmiti (parédote)" (l. ª Cor. 11:23).
O mesmo Paulo, que define a parádosis pagã como "de homens, segundo os elementos do mundo e não segundo Cristo" (CL 2:8), utiliza todas as palavras da iniciação pagã, aplicando-as à iniciação cristã: parádosis, sophía, logo", mystérion, dynamis, érgon, gnose, etc., termos que foram empregados também pelo próprio Jesus: "Nessa hora Jesus fremiu no santo pneuma e disse: abençôo-te, Pai, Senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e hábeis, e as revelaste aos pequenos, Sim, Pai, assim foi de teu agrado. Tudo me foi transmitido (parédote) por meu Pai. E ninguém tem a gnose do que é o Filho senão o Pai, e ninguém tem a gnose do que é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quer revelar (apokalypsai = tirar o véu). E voltando-se para seus discípulos, disse: felizes os olhos que vêem o que vedes. Pois digo-vos que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram, e ouvir o que ouvis, e não ouviram" (LC 10:21-24). Temos a impressão perfeita que se trata de ver e ouvir os mistérios iniciáticos que Jesus transmitia a seus discípulos.
E João afirma: "ninguém jamais viu Deus. O Filho Unigênito que esta no Pai, esse o revelou (exêgêsato, termo específico da língua dos mistérios)" (JO 1:18).
"PALAVRA OUVIDA"
A transmissão dos conhecimentos, da gnose, compreendia a instrução oral e o testemunhar das revelações secretas da Divindade, fazendo que o iniciado participasse de uma vida nova, em nível superior ( "homem novo" de Paulo), conhecendo doutrinas que deveriam ser fielmente guardadas, com a rigorosa observação do silêncio em relação aos não-iniciados (cfr. "não deis as coisas santas aos cães", MT 7:6).
Daí ser a iniciação uma transmissão ORAL - o LOGOS AKOÊS, ou "palavra ouvida" ou "ensino ouvido" - que não podia ser escrito, a não ser sob o véu espesso de metáforas, enigmas, parábolas e símbolos.
Esse logos não deve ser confundido com o Segundo Aspecto da Divindade (veja vol. 1 e vol. 3).
Aqui logos é "o ensino" (vol. 2 e vol. 3).
O Novo Testamento faz-nos conhecer esse modus operandi: Paulo o diz, numa construção toda especial e retorcida (para não falsear a técnica): "eis por que não cessamos de agradecer (eucharistoúmen) a Deus, porque, recebendo (paralabóntes) o ENSINO OUVIDO (lógon akoês) por nosso intermédio, de Deus, vós o recebestes não como ensino de homens (lógon anthrópôn) mas como ele é verdadeiramente: o ensino de Deus (lógon theou), que age (energeítai) em vós que credes" (l. ª Tess. 2:13).
O papel do "mysto" é ouvir, receber pelo ouvido, o ensino (lógos) e depois experimentar, como o diz Aristóteles, já citado por nós: "não apenas aprender (matheín), mas experimentar" (patheín).
Esse trecho mostra como o método cristão, do verdadeiro e primitivo cristianismo de Jesus e de seus emissários, tinha profunda conexão com os mistérios gregos, de cujos termos específicos e característicos Jesus e seus discípulos se aproveitaram, elevando, porém, a técnica da iniciação à perfeição, à plenitude, à realidade máxima do Cristo Cósmico.
Mas continuemos a expor. Usando, como Jesus, a terminologia típica da parádosis grega, Paulo insiste em que temos que assimilá-la interiormente pela gnose, recebendo a parádosis viva, "não mais de um Jesus de Nazaré histórico, mas do Kyrios, do Cristo ressuscitado, o Cristo Pneumatikós, esse mistério que é o Cristo dentro de vós" (CL 1:27).
Esse ensino oral (lógos akoês) constitui a tradição (traditio ou parádosis), que passa de um iniciado a outro ou é recebido diretamente do "Senhor" (Kyrios), como no caso de Paulo (cfr. GL 1:11): "Eu volo afirmo, meus irmãos, que a Boa-Nova que preguei não foi à maneira humana. Pois não na recebi (parélabon) nem a aprendi de homens, mas por uma revelação (apokálypsis) de Jesus Cristo".
Aos coríntios (l. ª Cor. 2:1-5) escreve Paulo: "Irmãos, quando fui a vós, não fui com o prestígio do lógos nem da sophía, mas vos anunciei o mistério de Deus. Decidi, com efeito, nada saber entre vós sen ão Jesus Cristo, e este crucificado. Fui a vós em fraqueza, em temor, e todo trêmulo, e meu logos e minha pregação não consistiram nos discursos persuasivos da ciência, mas numa manifestação do Esp írito (pneuma) e do poder (dynamis), para que vossa fé não repouse na sabedoria (sophía) dos homens, mas no poder (dynamis) de Deus".
A oposição entre o logos e a sophia profanos - como a entende Aristóteles - era salientada por Paulo, que se referia ao sentido dado a esses termos pelos "mistérios antigos". Salienta que à sophia e ao logos profanos, falta, no dizer dele, a verdadeira dynamis e o pnenma, que constituem o mistério cristão que ele revela: Cristo.
Em vários pontos do Novo Testamento aparece a expressão "ensino ouvido" ou "ouvir o ensino"; por exemplo: MT 7:24, MT 7:26; 10:14; 13:19, 20, 21, 22, 23; 15:12; 19:22; MC 4:14, MC 4:15, MC 4:16, MC 4:17, 18, 19, 20; LC 6:47; LC 8:11, LC 8:12, LC 8:13, LC 8:15; 10:39; 11:28; JO 5:24, JO 5:38; 7:40; 8:43; 14:24; AT 4:4; AT 10:44; AT 13:7; AT 15:7; EF 1:13; 1. ª Tess. 2:13; HB 4:2; 1. ª JO 2:7; Ap. 1:3.
DYNAMIS
Em Paulo, sobretudo, percebemos o sentido exato da palavra dynamis, tão usada nos Evangelhos.
Pneuma, o Espírito (DEUS), é a força Potencial ou Potência Infinita (Dynamis) que, quando age (energeín) se torna o PAI (érgon), a atividade, a ação, a "energia"; e o resultado dessa atividade é o Cristo Cósmico, o Kosmos universal, o Filho, que é Unigênito porque a emissão é única, já que espaço e tempo são criações intelectuais do ser finito: o Infinito é uno, inespacial, atemporal.
Então Dynamis é a essência de Deus o Absoluto, a Força, a Potência Infinita, que tudo permeia, cria e governa, desde os universos incomensuráveis até os sub-átomos infra-microscópicos. Numa palavra: Dynamis é a essência de Deus e, portanto, a essência de tudo.
Ora, o Filho é exatamente o PERMEAADO, ou o UNGIDO (Cristo), por essa Dynamis de Deus e pelo Érgon do Pai. Paulo já o dissera: "Cristo... é a dynamis de Deus e a sophía de Deus (Christòn theou dynamin kaí theou sophían, 1. ª Cor. 1:24). Então, manifesta-se em toda a sua plenitude (cfr. CL 2:9) no homem Jesus, a Dynamis do Pneuma (embora pneuma e dynamis exprimam realmente uma só coisa: Deus): essa dynamis do pneuma, atuando através do Pai (érgon) toma o nome de CRISTO, que se manifestou na pessoa Jesus, para introduzir a humanidade deste planeta no novo eon, já que "ele é a imagem (eikôn) do Deus invisível e o primogênito de toda criação" (CL 1:15).
EON
O novo eon foi inaugurado exatamente pelo Cristo, quando de Sua penetração plena em Jesus. Daí a oposição que tanto aparece no Novo Testamento Entre este eon e o eon futuro (cfr., i. a., MT 12:32;
MC 10:30; LC 16:8; LC 20:34; RM 12:2; 1. ª Cor. 1:20; 2:6-8; 3:18:2. ª Cor. 4:4; EF 2:2-7, etc.) . O eon "atual" e a vida da matéria (personalismo); O eon "vindouro" é a vida do Espírito ó individualidade), mas que começa na Terra, agora (não depois de desencarnados), e que reside no âmago do ser.
Por isso, afirmou Jesus que "o reino dos céus está DENTRO DE VÓS" (LC 17:21), já que reside NO ESPÍRITO. E por isso, zôê aiónios é a VIDA IMANENTE (vol, 2 e vol. 3), porque é a vida ESPIRITUAL, a vida do NOVO EON, que Jesus anunciou que viria no futuro (mas, entenda-se, não no futuro depois da morte, e sim no futuro enquanto encarnados). Nesse novo eon a vida seria a da individualidade, a do Espírito: "o meu reino não é deste mundo" (o físico), lemos em JO 18:36. Mas é NESTE mundo que se manifestará, quando o Espírito superar a matéria, quando a individualidade governar a personagem, quando a mente dirigir o intelecto, quando o DE DENTRO dominar o DE FORA, quando Cristo em nós tiver a supremacia sobre o eu transitório.
A criatura que penetra nesse novo eon recebe o selo (sphrágis) do Cristo do Espírito, selo indelével que o condiciona como ingresso no reino dos céus. Quando fala em eon, o Evangelho quer exprimir um CICLO EVOLUTIVO; na evolução da humanidade, em linhas gerais, podemos considerar o eon do animalismo, o eon da personalidade, o eon da individualidade, etc. O mais elevado eon que conhecemos, o da zôê aiónios (vida imanente) é o da vida espiritual plenamente unificada com Deus (pneuma-dynamis), com o Pai (lógos-érgon), e com o Filho (Cristo-kósmos).
DÓXA
Assim como dynamis é a essência de Deus, assim dóxa (geralmente traduzida por "glória") pode apresentar os sentidos que vimos (vol. 1). Mas observaremos que, na linguagem iniciática dos mistérios, além do sentido de "doutrina" ou de "essência da doutrina", pode assumir o sentido específico de" substância divina". Observe-se esse trecho de Paulo (Filp. 2:11): "Jesus Cristo é o Senhor (Kyrios) na substância (dóxa) de Deus Pai"; e mais (RM 6:4): "o Cristo foi despertado dentre os mortos pela substância (dóxa) do Pai" (isto é, pelo érgon, a energia do Som, a vibração sonora da Palavra).
Nesses passos, traduzir dóxa por glória é ilógico, não faz sentido; também "doutrina" aí não cabe. O sentido é mesmo o de "substância".
Vejamos mais este passo (l. ª Cor. 2:6-16): "Falamos, sim da sabedoria (sophia) entre os perfeitos (teleiois, isto é, iniciados), mas de uma sabedoria que não é deste eon, nem dos príncipes deste eon, que são reduzidos a nada: mas da sabedoria dos mistérios de Deus, que estava oculta, e que antes dos eons Deus destinara como nossa doutrina (dóxa), e que os príncipes deste mundo não reconheceram. De fato, se o tivessem reconhecido, não teriam crucificado o Senhor da Doutrina (Kyrios da dóxa, isto é, o Hierofante ou Mistagogo). Mas como está escrito, (anunciamos) o que o olho não viu e o ouvido não ouviu e o que não subiu sobre o coração do homem, mas o que Deus preparou para os que O amam.
Pois foi a nós que Deus revelou (apekalypsen = tirou o véu) pelo pneuma" (ou seja, pelo Espírito, pelo Cristo Interno).
MISTÉRIO
Mistério é uma palavra que modificou totalmente seu sentido através dos séculos, mesmo dentro de seu próprio campo, o religioso. Chamam hoje "mistério" aquilo que é impossível de compreender, ou o que se ignora irremissivelmente, por ser inacessível à inteligência humana.
Mas originariamente, o mistério apresentava dois sentidos básicos:
1. º - um ensinamento só revelado aos iniciados, e que permanecia secreto para os profanos que não podiam sabê-lo (daí proveio o sentido atual: o que não se pode saber; na antiguidade, não se podia por proibição moral, ao passo que hoje é por incapacidade intelectual);
2. º - a própria ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação completa.
Quando falamos em "mistério", transliterando a palavra usada no Novo Testamento, arriscamo-nos a interpretar mal. Aí, mistério não tem o sentido atual, de "coisa ignorada por incapacidade intelectiva", mas é sempre a "ação divina revelada experimentalmente ao homem" (embora continue inacessível ao não-iniciado ou profano).
O mistério não é uma doutrina: exprime o caráter de revelação direta de Deus a seus buscadores; é uma gnose dos mistérios, que se comunica ao "mysto" (aprendiz de mística). O Hierofante conduz o homem à Divindade (mas apenas o conduz, nada podendo fazer em seu lugar). E se o aprendiz corresponde plenamente e atende a todas as exigências, a Divindade "age" (energeín) internamente, no "Esp írito" (pneuma) do homem. que então desperta (egereín), isto é, "ressurge" para a nova vida (cfr. "eu sou a ressurreição da vida", JO 11:25; e "os que produzirem coisas boas (sairão) para a restauração de vida", isto é, os que conseguirem atingir o ponto desejado serão despertados para a vida do espírito, JO 5-29).
O caminho que leva a esses passos, é o sofrimento, que prepara o homem para uma gnose superior: "por isso - conclui O. Casel - a cruz é para o cristão o caminho que conduz à gnose da glória" (o. c., pág. 300).
Paulo diz francamente que o mistério se resume numa palavra: CRISTO "esse mistério, que é o Cristo", (CL 1:27): e "a fim de que conheçam o mistério de Deus, o Cristo" (CL 2:2).
O mistério opera uma união íntima e física com Deus, a qual realiza uma páscoa (passagem) do atual eon, para o eon espiritual (reino dos céus).
O PROCESSO
O postulante (o que pedia para ser iniciado) devia passar por diversos graus, antes de ser admitido ao pórtico, à "porta" por onde só passavam as ovelhas (símbolo das criaturas mansas; cfr. : "eu sou a porta das ovelhas", JO 10:7). Verificada a aptidão do candidato profano, era ele submetido a um período de "provações", em que se exercitava na ORAÇÃO (ou petição) que dirigia à Divindade, apresentando os desejos ardentes ao coração, "mendigando o Espírito" (cfr. "felizes os mendigos de Espírito" MT 5:3) para a ele unir-se; além disso se preparava com jejuns e alimentação vegetariana para o SACRIF ÍCIO, que consistia em fazer a consagração de si mesmo à Divindade (era a DE + VOTIO, voto a Deus), dispondo-se a desprender-se ao mundo profano.
Chegado a esse ponto, eram iniciados os SETE passos da iniciação. Os três primeiros eram chamado "Mistérios menores"; os quatro últimos, "mistérios maiores". Eram eles:
1 - o MERGULHO e as ABLUÇÕES (em Elêusis havia dois lagos salgados artificiais), que mostravam ao postulante a necessidade primordial e essencial da "catarse" da "psiquê". Os candidatos, desnudos, entravam num desses lagos e mergulhavam, a fim de compreender que era necessário "morrer" às coisas materiais para conseguir a "vida" (cfr. : "se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só; mas se morrer dá muito fruto", JO 12:24). Exprimia a importância do mergulho dentro de si mesmo, superando as dificuldades e vencendo o medo. Ao sair do lago, vestia uma túnica branca e aguardava o segundo passo.
2 - a ACEITAÇÃO de quem havia mergulhado, por parte do Mistagogo, que o confirmava no caminho novo, entre os "capazes". Daí por diante, teria que correr por conta própria todos os riscos inerentes ao curso: só pessoalmente poderia caminhar. Essa confirmação do Mestre simbolizava a "epiphanía" da Divindade, a "descida da graça", e o recem-aceito iniciava nova fase.
3 - a METÂNOIA ou mudança da mente, que vinha após assistir a várias tragédias e dramas de fundo iniciático. Todas ensinavam ao "mysto" novato, que era indispensável, através da dor, modificar seu" modo de pensar" em relação à vida, afastar-se de. todos os vícios e fraquezas do passado, renunciar a prazeres perniciosos e defeitos, tornando-se o mais perfeito (téleios) possível. Era buscada a renovação interna, pelo modo de pensar e de encarar a vida. Grande número dos que começavam a carreira, paravam aí, porque não possuíam a força capaz de operar a transmutação mental. As tentações os empolgavam e novamente se lançavam no mundo profano. No entanto, se dessem provas positivas de modifica ção total, de serem capazes de viver na santidade, resistindo às tentações, podiam continuar a senda.
Havia, então, a "experiência" para provar a realidade da "coragem" do candidato: era introduzido em grutas e câmaras escuras, onde encontrava uma série de engenhos lúgubres e figuras apavorantes, e onde demorava um tempo que parecia interminável. Dali, podia regressar ou prosseguir. Se regressava, saía da fileira; se prosseguia, recebia a recompensa justa: era julgado apto aos "mistérios maiores".
4 - O ENCONTRO e a ILUMINAÇÃO, que ocorria com a volta à luz, no fim da terrível caminhada por entre as trevas. Através de uma porta difícil de ser encontrada, deparava ele campos floridos e perfumados, e neles o Hierofante, em paramentação luxuosa. que os levava a uma refeição simples mas solene constante de pão, mel, castanhas e vinho. Os candidatos eram julgados "transformados", e porSABEDORIA DO EVANGELHO tanto não havia mais as exteriorizações: o segredo era desvelado (apokálypsis), e eles passavam a saber que o mergulho era interno, e que deviam iniciar a meditação e a contemplação diárias para conseguir o "encontro místico" com a Divindade dentro de si. Esses encontros eram de início, raros e breves, mas com o exercício se iam fixando melhor, podendo aspirar ao passo seguinte.
5 - a UNIÃO (não mais apenas o "encontro"), mas união firme e continuada, mesmo durante sua estada entre os profanos. Era simbolizada pelo drama sacro (hierõs gámos) do esponsalício de Zeus e Deméter, do qual nasceria o segundo Dionysos, vencedor da morte. Esse matrimônio simbólico e puro, realizado em exaltação religiosa (orgê) é que foi mal interpretado pelos que não assistiam à sua representação simbólica (os profanos) e que tacharam de "orgias imorais" os mistérios gregos. Essa "união", depois de bem assegurada, quando não mais se arriscava a perdê-la, preparava os melhores para o passo seguinte.
6 - a CONSAGRAÇÃO ou, talvez, a sagração, pela qual era representada a "marcação" do Espírito do iniciado com um "selo" especial da Divindade a quem o "mysto" se consagrava: Apolo, Dyonisos, Isis, Osíris, etc. Era aí que o iniciado obtinha a epoptía, ou "visão direta" da realidade espiritual, a gnose pela vivência da união mística. O epopta era o "vigilante", que o cristianismo denominou "epískopos" ou "inspetor". Realmente epopta é composto de epí ("sobre") e optos ("visível"); e epískopos de epi ("sobre") e skopéô ("ver" ou "observar"). Depois disso, tinha autoridade para ensinar a outros e, achando-se preso à Divindade e às obrigações religiosas, podia dirigir o culto e oficiar a liturgia, e também transmitir as iniciações nos graus menores. Mas faltava o passo decisivo e definitivo, o mais difícil e quase inacessível.
7 - a PLENITUDE da Divindade, quando era conseguida a vivência na "Alma Universal já libertada".
Nos mistérios gregos (em Elêusis) ensinava-se que havia uma Força Absoluta (Deus o "sem nome") que se manifestava através do Logos (a Palavra) Criador, o qual produzia o Filho (Kósmo). Mas o Logos tinha duplo aspecto: o masculino (Zeus) e o feminino (Deméter). Desse casal nascera o Filho, mas também com duplo aspecto: a mente salvadora (Dionysos) e a Alma Universal (Perséfone). Esta, desejando experiências mais fortes, descera à Terra. Mas ao chegar a estes reinos inferiores, tornouse a "Alma Universal" de todas as criaturas, e acabou ficando prisioneira de Plutão (a matéria), que a manteve encarcerada, ministrando-lhe filtros mágicos que a faziam esquecer sua origem divina, embora, no íntimo, sentisse a sede de regressar a seu verdadeiro mundo, mesmo ignorando qual fosse.
Dionysos quis salvá-la, mas foi despedaçado pelos Titãs (a mente fracionada pelo intelecto e estraçalhada pelos desejos). Foi quando surgiu Triptólemo (o tríplice combate das almas que despertam), e com apelos veementes conseguiu despertar Perséfone, revelando lhe sua origem divina, e ao mesmo tempo, com súplicas intensas às Forças Divinas, as comoveu; então Zeus novamente se uniu a Deméter, para fazer renascer Dionysos. Este, assumindo seu papel de "Salvador", desce à Terra, oferecendose em holocausto a Plutão (isto é, encarnando-se na própria matéria) e consegue o resgate de Perséfone, isto é, a libertação da Alma das criaturas do domínio da matéria e sua elevação novamente aos planos divinos. Por esse resumo, verificamos como se tornou fácil a aceitação entre os grego, e romanos da doutrina exposta pelos Emissários de Jesus, um "Filho de Deus" que desceu à Terra para resgatar com sua morte a alma humana.
O iniciado ficava permeado pela Divindade, tornando-se então "adepto" e atingindo o verdadeiro grau de Mestre ou Mistagogo por conhecimento próprio experimental. Já não mais era ele, o homem, que vivia: era "O Senhor", por cujo intermédio operava a Divindade. (Cfr. : "não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim", GL 2:20; e ainda: "para mim, viver é Cristo", Filp. 1:21). A tradição grega conservou os nomes de alguns dos que atingiram esse grau supremo: Orfeu... Pitágoras... Apolônio de Tiana... E bem provavelmente Sócrates (embora Schuré opine que o maior foi Platão).
NO CRISTIANISMO
Todos os termos néo-testamentários e cristãos, dos primórdios, foram tirados dos mistérios gregos: nos mistérios de Elêusis, o iniciado se tornava "membro da família do Deus" (Dionysos), sendo chamado.
então, um "santo" (hágios) ou "perfeito" (téleios). E Paulo escreve: "assim, pois, não sois mais estran geiros nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus. ’ (EF 2:19). Ainda em Elêusis, mostrava-se aos iniciados uma "espiga de trigo", símbolo da vida que eternamente permanece através das encarnações e que, sob a forma de pão, se tornava participante da vida do homem; assim quando o homem se unia a Deus, "se tornava participante da vida divina" (2. ª Pe. 1:4). E Jesus afirmou: " Eu sou o PÃO da Vida" (JO 6. 35).
No entanto ocorreu modificação básica na instituição do Mistério cristão, que Jesus realizou na "última Ceia", na véspera de sua experiência máxima, o páthos ("paixão").
No Cristianismo, a iniciação toma sentido puramente espiritual, no interior da criatura, seguindo mais a Escola de Alexandria. Lendo Filon, compreendemos isso: ele interpreta todo o Antigo Testamento como alegoria da evolução da alma. Cada evangelista expõe a iniciação cristã de acordo com sua própria capacidade evolutiva, sendo que a mais elevada foi, sem dúvida, a de João, saturado da tradição (parádosis) de Alexandria, como pode ver-se não apenas de seu Evangelho, como também de seu Apocalipse.
Além disso, Jesus arrancou a iniciação dos templos, a portas fechadas, e jogou-a dentro dos corações; era a universalização da "salvação" a todos os que QUISESSEM segui-Lo. Qualquer pessoa pode encontrar o caminho (cfr. "Eu sou o Caminho", JO 14:6), porque Ele corporificou os mistérios em Si mesmo, divulgando-lhes os segredos através de Sua vida. Daí em diante, os homens não mais teriam que procurar encontrar um protótipo divino, para a ele conformar-se: todos poderiam descobrir e utir-se diretamente ao Logos que, através do Cristo, em Jesus se manifestara.
Observamos, pois, uma elevação geral de frequência vibratória, de tonus, em todo o processo iniciático dos mistérios.
E os Pais da Igreja - até o século 3. º o cristianismo foi "iniciático", embora depois perdesse o rumo quando se tornou "dogmático" - compreenderam a realidade do mistério cristão, muito superior, espiritualmente, aos anteriores: tornar o homem UM CRISTO, um ungido, um permeado da Divindade.
A ação divina do mistério, por exemplo, é assim descrita por Agostinho: "rendamos graças e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos" (Tract. in Joanne, 21,8); e por Metódio de Olímpio: "a comunidade (a ekklêsía) está grávida e em trabalho de parto, até que o Cristo tenha tomado forma em nós; até que o Cristo nasça em nós, para que cada um dos santos, por sua participação ao Cristo, se torne o cristo" (Patrol. Graeca, vol. 18, ccl. 150).
Temos que tornar-nos cristos, recebendo a última unção, conformando-nos com Ele em nosso próprio ser, já que "a redenção tem que realizar-se EM NÓS" (O. Casel, o. c., pág. 29), porque "o único e verdadeiro holocausto é o que o homem faz de si mesmo".
Cirilo de Jerusalém diz: "Já que entrastes em comunhão com o Cristo com razão sois chamados cristos, isto é, ungidos" (Catechesis Mystagogicae, 3,1; Patrol. Graeca,, 01. 33, col. 1087).
Essa transformação, em que o homem recebe Deus e Nele se transmuda, torna-o membro vivo do Cristo: "aos que O receberam, deu o poder de tornar-se Filhos de Deus" (JO 1:12).
Isso fez que Jesus - ensina-nos o Novo Testamento - que era "sacerdote da ordem de Melquisedec (HB 5:6 e HB 7:17) chegasse, após sua encarnação e todos os passos iniciáticos que QUIS dar, chegasse ao grau máximo de "pontífice da ordem de Melquisedec" (HB 5:10 e HB 6:20), para todo o planeta Terra.
CRISTO, portanto, é o mistério de Deus, o Senhor, o ápice da iniciação a experiência pessoal da Divindade.
através do santo ensino (hierôs lógos), que vem dos "deuses" (Espíritos Superiores), comunicado ao místico. No cristianismo, os emissários ("apóstolos") receberam do Grande Hierofante Jesus (o qual o recebeu do Pai, com Quem era UNO) a iniciação completa. Foi uma verdadeira "transmiss ão" (traditio, parádosis), apoiada na gnose: um despertar do Espírito que vive e experimenta a Verdade, visando ao que diz Paulo: "admoestando todo homem e ensinando todo homem, em toda sabedoria (sophía), para que apresentem todo homem perfeito (téleion, iniciado) em Cristo, para o que eu também me esforço (agõnizómenos) segundo a ação dele (energeían autou), que age (energouménen) em mim, em força (en dynámei)". CL 1:28-29.
Em toda essa iniciação, além disso, precisamos não perder de vista o "enthousiasmós" (como era chamado o "transe" místico entre os gregos) e que foi mesmo sentido pelos hebreus, sobretudo nas" Escolas de Profetas" em que eles se iniciavam (profetas significa "médiuns"); mas há muito se havia perdido esse "entusiasmo", por causa da frieza intelectual da interpretação literal das Escrituras pelos Escribas.
Profeta, em hebraico, é NaVY", de raiz desconhecida, que o Rabino Meyer Sal ("Les Tables de la Loi", éd. La Colombe, Paris, 1962, pág. 216/218) sugere ter sido a sigla das "Escolas de Profetas" (escolas de iniciação, de que havia uma em Belém, de onde saiu David). Cada letra designaria um setor de estudo: N (nun) seriam os sacerdotes (terapeutas do psicossoma), oradores, pensadores, filósofos;
V (beth) os iniciados nos segredos das construções dos templos ("maçons" ou pedreiros), arquitetos, etc. ; Y (yod) os "ativos", isto é, os dirigentes e políticos, os "profetas de ação"; (aleph), que exprime "Planificação", os matemáticos, geômetras, astrônomos, etc.
Isso explica, em grande parte, porque os gregos e romanos aceitaram muito mais facilmente o cristianismo, do que os judeus, que se limitavam a uma tradição que consistia na repetição literal decorada dos ensinos dos professores, num esforço de memória que não chegava ao coração, e que não visavam mais a qualquer experiência mística.
TEXTOS DO N. T.
O termo mystérion aparece várias vezes no Novo Testamento.
A - Nos Evangelhos, apenas num episódio, quando Jesus diz a Seus discípulos: "a vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus" (MT 13:11; MC 4:11; LC 8:10).
B - Por Paulo em diversas epístolas: RM 11:25 - "Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério... o endurecimento de Israel, até que hajam entrado todos os gentios".
Rom. 16:15 - "conforme a revelação do mistério oculto durante os eons temporais (terrenos) e agora manifestados".
1. ª Cor. 2:1 "quando fui ter convosco... anunciando-vos o mistério de Deus".
1. ª Cor. 2:4-7 - "meu ensino (logos) e minha pregação não foram em palavras persuasivas, mas em demonstração (apodeíxei) do pneúmatos e da dynámeôs, para que vossa fé não se fundamente na sophía dos homens, mas na dynámei de Deus. Mas falamos a sophia nos perfeitos (teleiois, iniciados), porém não a sophia deste eon, que chega ao fim; mas falamos a sophia de Deus em mistério, a que esteve oculta, a qual Deus antes dos eons determinou para nossa doutrina". 1. ª Cor. 4:1 - "assim considerem-nos os homens assistentes (hypêrétas) ecônomos (distribuidores, dispensadores) dos mistérios de Deus".
1. ª Cor. 13:2 - "se eu tiver mediunidade (prophéteía) e conhecer todos os mistérios de toda a gnose, e se tiver toda a fé até para transportar montanhas, mas não tiver amor (agápé), nada sou". l. ª Cor. 14:2 - "quem fala em língua (estranha) não fala a homens, mas a Deus, pois ninguém o ouve, mas em espírito fala mistérios". 1. ª Cor. 15:51 - "Atenção! Eu vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados".
EF 1:9 - "tendo-nos feito conhecido o mistério de sua vontade"
EF 3:4 - "segundo me foi manifestado para vós, segundo a revelação que ele me fez conhecer o mistério (como antes vos escrevi brevemente), pelo qual podeis perceber, lendo, minha compreensão no mistério do Cristo".
EF 3:9 - "e iluminar a todos qual a dispensação (oikonomía) do mistério oculto desde os eons, em Deus, que criou tudo".
EF 5:32 - "este mistério é grande: mas eu falo a respeito do Cristo e da ekklésia.
EF 9:19 - "(suplica) por mim, para que me possa ser dado o logos ao abrir minha boca para, em público, fazer conhecer o mistério da boa-nova".
CL 1:24-27 - "agora alegro-me nas experimentações (Pathêmasin) sobre vós e completo o que falta das pressões do Cristo em minha carne, sobre o corpo dele que é a ekklêsía, da qual me tornei servidor, segundo a dispensação (oikonomía) de Deus, que me foi dada para vós, para plenificar o logos de Deus, o mistério oculto nos eons e nas gerações, mas agora manifestado a seus santos (hagioi, iniciados), a quem aprouve a Deus fazer conhecer a riqueza da doutrina (dóxês; ou "da substância") deste mistério nas nações, que é CRISTO EM VÓS, esperança da doutrina (dóxês)".
CL 2:2-3 - "para que sejam consolados seus corações, unificados em amor, para todas as riquezas da plena convicção da compreensão, para a exata gnose (epígnôsin) do mistério de Deus (Cristo), no qual estão ocultos todos os tesouros da sophía e da gnose".
CL 4:3 - "orando ao mesmo tempo também por nós, para que Deus abra a porta do logos para falar o mistério do Cristo, pelo qual estou em cadeias".
2. ª Tess. 2:7 - "pois agora já age o mistério da iniquidade, até que o que o mantém esteja fora do caminho".
1. ª Tim. 3:9 - "(os servidores), conservando o mistério da fé em consciência pura".
1. ª Tim. 2:16 - "sem dúvida é grande o mistério da piedade (eusebeías)".
No Apocalipse (1:20; 10:7 e 17:5, 7) aparece quatro vezes a palavra, quando se revela ao vidente o sentido do que fora dito.
CULTO CRISTÃO
Depois de tudo o que vimos, torna-se evidente que não foi o culto judaico que passou ao cristianismo primitivo. Comparemos: A luxuosa arquitetura suntuosa do Templo grandioso de Jerusalém, com altares maciços a escorrer o sangue quente das vítimas; o cheiro acre da carne queimada dos holocaustos, a misturar-se com o odor do incenso, sombreando com a fumaça espessa o interior repleto; em redor dos altares, em grande número, os sacerdotes a acotovelar-se, munidos cada um de seu machado, que brandiam sem piedade na matança dos animais que berravam, mugiam dolorosamente ou balavam tristemente; o coro a entoar salmos e hinos a todo pulmão, para tentar superar a gritaria do povo e os pregões dos vendedores no ádrio: assim se realizava o culto ao "Deus dos judeus".
Em contraste, no cristianismo nascente, nada disso havia: nem templo, nem altares, nem matanças; modestas reuniões em casas de família, com alguns amigos; todos sentados em torno de mesa simples, sobre a qual se via o pão humilde e copos com o vinho comum. Limitava-se o culto à prece, ao recebimento de mensagens de espíritos, quando havia "profetas" na comunidade, ao ensino dos "emissários", dos "mais velhos" ou dos "inspetores", e à ingestão do pão e do vinho, "em memória da última ceia de Jesus". Era uma ceia que recebera o significativo nome de "amor" (ágape).
Nesse repasto residia a realização do supremo mistério cristão, bem aceito pelos gregos e romanos, acostumados a ver e compreender a transmissão da vida divina, por meio de símbolos religiosos. Os iniciados "pagãos" eram muito mais numerosos do que se possa hoje supor, e todos se sentiam membros do grande Kósmos, pois, como o diz Lucas, acreditavam que "todos os homens eram objeto da benevolência de Deus" (LC 2:14).
Mas, ao difundir-se entre o grande número e com o passar dos tempos, tudo isso se foi enfraquecendo e seguiu o mesmo caminho antes experimentado pelo judaísmo; a força mística, só atingida mais tarde por alguns de seus expoentes, perdeu-se, e o cristianismo "foi incapaz - no dizer de O. Casel - de manterse na continuação, nesse nível pneumático" (o. c. pág. 305). A força da "tradição" humana, embora condenada com veemência por Jesus (cfr. MT 15:1-11 e MT 16:5-12; e MC 7:1-16 e MC 8:14-11; veja atrás), fez-se valer, ameaçando as instituições religiosas que colocam doutrinas humanas ao lado e até acima dos preceitos divinos, dando mais importância às suas vaidosas criações. E D. Odon Casel lamenta: " pode fazer-se a mesma observação na história da liturgia" (o. c., pág. 298). E, entristecido, assevera ainda: "Verificamos igualmente que a concepção cristã mais profunda foi, sob muitos aspectos, preparada muito melhor pelo helenismo que pelo judaísmo. Lamentavelmente a teologia moderna tende a aproximar-se de novo da concepção judaica de tradição, vendo nela, de fato, uma simples transmiss ão de conhecimento, enquanto a verdadeira traditio, apoiada na gnose, é um despertar do espírito que VIVE e EXPERIMENTA a Verdade" (o. c., pág. 299).
OS SACRAMENTOS
O termo latino que traduz a palavra mystérion é sacramentum. Inicialmente conservou o mesmo sentido, mas depois perdeu-os, para transformar-se em "sinal visível de uma ação espiritual invisível".
No entanto, o estabelecimento pelas primeiras comunidades cristãs dos "sacramentos" primitivos, perdura até hoje, embora tendo perdido o sentido simbólico inicial.
Com efeito, a sucessão dos "sacramentos" revela exatamente, no cristianismo, os mesmos passos vividos nos mistérios grego. Vejamos: 1- o MERGULHO (denominado em grego batismo), que era a penetração do catecúmeno em seu eu interno. Simbolizava-se na desnudação ao pretendente, que largava todas as vestes e mergulhava totalmente na água: renunciava de modo absoluto as posses (pompas) exteriores e aos próprios veículos físicos, "vestes" do Espírito, e mergulhava na água, como se tivesse "morrido", para fazer a" catarse" (purificação) de todo o passado. Terminado o mergulho, não era mais o catecúmeno, o profano. Cirilo de Jerusalém escreveu: "no batismo o catecúmeno tinha que ficar totalmente nu, como Deus criou o primeiro Adão, e como morreu o segundo Adão na cruz" (Catechesis Mistagogicae,
2. 2). Ao sair da água, recebia uma túnica branca: ingressava oficialmente na comunidade (ekklêsía), e então passava a receber a segunda parte das instruções. Na vida interna, após o "mergulho" no próprio íntimo, aguardava o segundo passo.
2- a CONFIRMAÇÃO, que interiormente era dada pela descida da "graça" da Força Divina, pela" epifanía" (manifestação), em que o novo membro da ekklêsía se sentia "confirmado" no acerto de sua busca. Entrando em si mesmo a "graça" responde ao apelo: "se alguém me ama, meu Pai o amará, e NÓS viremos a ele e permaneceremos nele" (JO 14:23). O mesmo discípulo escreve em sua epístola: "a Vida manifestou-se, e a vimos, e damos testemunho. e vos anunciamos a Vida Imanente (ou a Vida do Novo Eon), que estava no Pai e nos foi manifestada" (l. ª JO 1:2).
3- a METÁNOIA (modernamente chamada "penitência") era então o terceiro passo. O aprendiz se exercitava na modificação da mentalidade, subsequente ao primeiro contato que tinha tido com a Divindade em si mesmo. Depois de "sentir" em si a força da Vida Divina, há maior compreensão; os pensamentos sobem de nível; torna-se mais fácil e quase automático o discernimento (krísis) entre certo e errado, bem e mal, e portanto a escolha do caminho certo. Essa metánoia é ajudada pelos iniciados de graus mais elevados, que lhe explicam as leis de causa e efeito e outras.
4- a EUCARISTIA é o quarto passo, simbolizando por meio da ingestão do pão e do vinho, a união com o Cristo. Quem mergulhou no íntimo, quem recebeu a confirmação da graça e modificou seu modo de pensar, rapidamenle caminha para o encontro definitivo com o Mestre interno, o Cristo.
Passa a alimentar-se diretamente de seus ensinos, sem mais necessidade de intermediários: alimentase, nutre-se do próprio Cristo, bebe-Lhe as inspirações: "se não comeis a carne do Filho do Homem e não bebeis seu sangue, não tendes a vida em vós. Quem saboreia minha carne e bebe meu sangue tem a Vida Imanente, porque minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é
verdadeiramente bebida. Quem come minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele" (JO 6:53 ss).
5- MATRIMÔNIO é o resultado do encontro realizado no passo anterior: e o casamento, a FUSÃO, a união entre a criatura e o Criador, entre o iniciado e Cristo: "esse mistério é grande, quero dizê-lo em relação ao Cristo e à ekklêsia", escreveu Paulo, quando falava do "matrimônio" (EF 5:32). E aqueles que são profanos, que não têm essa união com o Cristo, mas antes se unem ao mundo e a suas ilusões, são chamados "adúlteros" (cfr. vol. 2). E todos os místicos, unanimemente, comparam a união mística com o Cristo ti uma união dos sexos no casamento.
6- a ORDEM é o passo seguinte. Conseguida a união mística a criatura recebe da Divindade a consagra ção, ou melhor, a "sagração", o "sacerdócio" (sacer "sagrado", dos, dotis, "dote"), o "dote sagrado" na distribuição das graças o quinhão especial de deveres e obrigações para com o "rebanho" que o cerca. No judaísmo, o sacerdote era o homem encarregado de sacrificar ritualmente os animais, de examinar as vítimas, de oferecer os holocaustos e de receber as oferendas dirigindo o culto litúrgico. Mais tarde, entre os profanos sempre, passou a ser considerado o "intemediário" entre o homem e o Deus "externo". Nessa oportunidade, surge no Espírito a "marca" indelével, o selo (sphrágis) do Cristo, que jamais se apaga, por todas as vidas que porventura ainda tenha que viver: a união com essa Força Cósmica, de fato, modifica até o âmago, muda a frequência vibratória, imprime novas características e a leva, quase sempre, ao supremo ponto, à Dor-Sacrifício-Amor.
7- a EXTREMA UNÇÃO ("extrema" porque é o último passo, não porque deva ser dada apenas aos moribundos) é a chave final, o último degrau, no qual o homem se torna "cristificado", totalmente ungido pela Divindade, tornando-se realmente um "cristo".
Que esses sacramentos existiram desde os primeiros tempos do cristianismo, não há dúvida. Mas que não figuram nos Evangelhos, também é certo. A conclusão a tirar-se, é que todos eles foram comunicados oralmente pela traditio ou transmissão de conhecimentos secretos. Depois na continuação, foram permanecendo os ritos externos e a fé num resultado interno espiritual, mas já não com o sentido primitivo da iniciação, que acabamos de ver.
Após este escorço rápido, cremos que a afirmativa inicial se vê fortalecida e comprovada: realmente Jesus fundou uma "ESCOLA INICIÁTICA", e a expressão "logos akoês" (ensino ouvido), como outras que ainda aparecerão, precisam ser explicadas à luz desse conhecimento.
* * *
Neste sentido que acabamos de estudar, compreendemos melhor o alcance profundo que tiveram as palavras do Mestre, ao estabelecer as condições do discipulato.
Não podemos deixar de reconhecer que a interpretação dada a Suas palavras é verdadeira e real.
Mas há "mais alguma coisa" além daquilo.
Trata-se das condições exigidas para que um pretendente possa ser admitido na Escola Iniciática na qualidade de DISCÍPULO. Não basta que seja BOM (justo) nem que possua qualidades psíquicas (PROFETA). Não é suficiente um desejo: é mistér QUERER com vontade férrea, porque as provas a que tem que submeter-se são duras e nem todos as suportam.
Para ingressar no caminho das iniciações (e observamos que Jesus levava para as provas apenas três, dentre os doze: Pedro, Tiago e João) o discípulo terá que ser digno SEGUIDOR dos passos do Mestre.
Seguidor DE FATO, não de palavras. E para isso, precisará RENUNCIAR a tudo: dinheiro, bens, família, parentesco, pais, filhos, cônjuges, empregos, e inclusive a si mesmo: à sua vontade, a seu intelecto, a seus conhecimentos do passado, a sua cultura, a suas emoções.
A mais, devia prontificar-se a passar pelas experiências e provações dolorosas, simbolizadas, nas iniciações, pela CRUZ, a mais árdua de todas elas: o suportar com alegria a encarnação, o mergulho pesado no escafandro da carne.
E, enquanto carregava essa cruz, precisava ACOMPANHAR o Mestre, passo a passo, não apenas nos caminhos do mundo, mas nos caminhos do Espírito, difíceis e cheios de dores, estreitos e ladeados de espinhos, íngremes e calçados de pedras pontiagudas.
Não era só. E o que se acrescenta, de forma enigmática em outros planos, torna-se claro no terreno dos mistérios iniciáticos, que existiam dos discípulos A MORTE À VIDA DO FÍSICO. Então compreendemos: quem tiver medo de arriscar-se, e quiser "preservar" ou "salvar" sua alma (isto é, sua vida na matéria), esse a perderá, não só porque não receberá o grau a que aspira, como ainda porque, na condição concreta de encarnado, talvez chegue a perder a vida física, arriscada na prova. O medo não o deixará RESSUSCITAR, depois da morte aparente mas dolorosa, e seu espírito se verá envolvido na conturbação espessa e dementada do plano astral, dos "infernos" (ou umbral) a que terá que descer.
No entanto, aquele que intimorato e convicto da realidade, perder, sua alma, (isto é, "entregar" sua vida do físico) à morte aparente, embora dolorosa, esse a encontrará ou a salvará, escapando das injunções emotivas do astral, e será declarado APTO a receber o grau seguinte que ardentemente ele deseja.
Que adianta, com efeito, a um homem que busca o Espírito, se ganhar o mundo inteiro, ao invés de atingir a SABEDORIA que é seu ideal? Que existirá no mundo, que possa valer a GNOSE dos mistérios, a SALVAÇÃO da alma, a LIBERTAÇÃO das encarnações tristes e cansativas?
Nos trabalhos iniciáticos, o itinerante ou peregrino encontrará o FILHO DO HOMEM na "glória" do Pai, em sua própria "glória", na "glória" de Seus Santos Mensageiros. Estarão reunidos em Espírito, num mesmo plano vibratório mental (dos sem-forma) os antigos Mestres da Sabedoria, Mensageiros da Palavra Divina, Manifestantes da Luz, Irradiadores da Energia, Distribuidores do Som, Focos do Amor.
Mas, nos "mistérios", há ocasiões em que os "iniciantes", também chamados mystos, precisam dar testemunhos públicos de sua qualidade, sem dizerem que possuem essa qualidade. Então está dado o aviso: se nessas oportunidades de "confissão aberta" o discípulo "se envergonhar" do Mestre, e por causa de "respeitos humanos" não realizar o que deve, não se comportar como é da lei, nesses casos, o Senhor dos Mistérios, o Filho do Homem, também se envergonhará dele, considerá-lo-á inepto, incapaz para receber a consagração; não mais o reconhecerá como discípulo seu. Tudo, portanto, dependerá de seu comportamento diante das provas árduas e cruentas a que terá que submeter-se, em que sua própria vida física correrá risco.
Observe-se o que foi dito: "morrer" (teleutan) e "ser iniciado" (teleusthai) são verbos formados do mesmo radical: tele, que significa FIM. Só quem chegar AO FIM, será considerado APTO ou ADEPTO (formado de AD = "para", e APTUM = "apto").
Nesse mesmo sentido entendemos o último versículo: alguns dos aqui presentes (não todos) conseguirão certamente finalizar o ciclo iniciático, podendo entrar no novo EON, no "reino dos céus", antes de experimentar a morte física. Antes disso, eles descobrirão o Filho do Homem em si mesmos, com toda a sua Dynamis, e então poderão dizer, como Paulo disse: "Combati o bom combate, terminei a carreira, mantive a fidelidade: já me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia - e não só a mim, como a todos os que amaram sua manifestação" (2. ª Tim. 4:7-8).
Huberto Rohden
lc 16:2
Nosso Mestre
Categoria: Outras Obras
Capítulo: 128 Huberto Rohden
Assim como um previdente feitor, em vésperas de perder o seu cargo, providencia sobre o seu futuro e granjeia amigos, assim devemos também nós servir-nos dos bens terrenos para ganharmos amigos no mundo futuro. É o que fazemos usando para fins eternos os bens temporais. Disse Jesus aos seus discípulos: "Havia um homem rico, que tinha um feitor. Este foi acusado perante ele de lhe defraudar os haveres. Mandou-o, pois, chamar e lhe disse: Que é isto que ouço dizer de ti? Dá conta da tua administração, porque já não poderás ser meu feitor. Disse então consigo o feitor: Que farei? Pois que meu amo me tira a administração? Cavar a terra não posso, e de mendigar tenho vergonha. Sei o que vou fazer para que, quando for removido da administração, haja quem me receba em sua casa. Mandou, pois, chamar, um após outro, os devedores de seu amo. E perguntou ao primeiro: Quanto deves a meu senhor? Cem jarros de azeite - respondeu ele. Toma os teus papéis - disse-lhe - senta-te aí depressa e escreve cinquenta. Perguntou a outro: E tu, quanto deves? Cem alqueires de trigo - respondeu ele. Toma os teus papéis - disse-lhe - e escreve oitenta. E o senhor reconheceu que o feitor infiel procedera com tino. É que os filhos deste mundo são mais atilados, no trato com seus semelhantes, do que os filhos da luz. Também eu vos digo: granjeai-vos amigos com as riquezas vãs, para que, quando vierdes a falecer, vos recebam nos tabernáculos eternos. Quem é fiel nas coisas mínimas é fiel também no muito; e quem é infiel em coisas mínimas é infiel também no muito. Se não administrardes fielmente as riquezas vãs, quem vos confiará os bens verdadeiros? E, se não administrardes fielmente os bens alheios, quem vos entregará o que é vosso? Nenhum servo pode servir a dois senhores; ou terá ódio a um e amor a outro, ou aderirá a um e não fará caso do outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas" (Lc. 16, 1-13) .
Locais
Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.
Mansão dos mortos
No Novo Testamento da Bíblia Cristã, encontramos relatos que Jesus Cristo "ressuscitou dentre os mortos" (At 3:15; Rm 8:11-1 Cor 15,20). Logo, anteriormente a sua ressurreição, ele foi à morada dos mortos, chamada de Mansão dos Mortos ou Infernos.
A Mansão dos Mortos é descrita pela Bíblia, como os 1nfernos, o Seol ou o Hades, visto que os que lá se encontram estão privados da visão de Deus, segundo o Catecismo.
Comentários Bíblicos
Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.
Beacon
Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Lucas Capítulo 16 do versículo 1 até o 31
14. A Parábola do Mordomo Infiel (16:1-9)
Esta parábola foi provavelmente ensinada logo depois daquelas que se encontram no capítulo 15, mas em uma ocasião diferente. Provavelmente mais tarde, no mesmo dia.
E dizia também aos seus discípulos (1). A palavra discípulos é usada em um sentido amplo, incluindo todos os simpatizantes seguidores de Cristo. Embora diri-gisse esta parábola aos seus discípulos, Jesus ainda estava na presença da multidão. Isto fica evidente no versículo 14, onde encontramos os fariseus se opondo à mensa-gem do Senhor.
Havia um certo homem rico, o qual tinha um mordomo; e este foi acusado perante ele de dissipar os seus bens. Este administrador cuidava dos negócios e bens do homem rico, incluindo as suas propriedades. Ele evidentemente havia recebido amplos poderes para administrar e controlar as riquezas do dono e, portanto, tinha vári-as oportunidades de ser desonesto. Ele foi acusado de desperdiçar os bens do seu senhor. A palavra grega traduzida como dissipar significa literalmente "desperdiçar", "espa-lhar", como em uma campanha militar. Parece que o mordomo estava realmente rouban-do os bens, ou administrando-os em seu próprio benefício. O dono evidentemente não vivia na propriedade, mas na cidade, e assim não conhecia os negócios desonestos do administrador.
E ele, chamando-o, disse-lhe: ... Presta contas da tua mordomia, porque já não poderás ser mais meu mordomo (2). Prestar contas significa literalmente "mostrar as contas". Seu patrão exigiu que fosse preparado um relatório financeiro completo. Esta conta não seria para mostrar a inocência ou culpa do administrador. O proprietário já tinha certeza de sua culpa, e o informou: porque já não poderás ser mais meu mordomo.
E o mordomo disse consigo: Que farei... Cavar não posso; de mendigar te-nho vergonha. Eu sei o que hei de fazer, para que, quando for desapossado da mordomia, me recebam em suas casas (3-4). O Dr. J. B. Chapman certa vez escreveu um pequeno artigo no Herald of Holiness sobre esta parábola, e o intitulou "Cavar, Men-digar, ou Roubar". Ele afirma que o mordomo era muito preguiçoso para cavar e tinha vergonha de pedir; então decidiu roubar. O homem decidiu usar as poucas horas que lhe restavam no escritório para ganhar a amizade de alguns devedores do seu patrão, de forma que após a sua demissão tivesse amigos que o acolhessem.
Quanto deves ao meu senhor? (5) Este administrador desonesto e esperto cha-mou cada um dos devedores do seu patrão, e diminuiu a quantia da dívida que cada um tinha. Ele alterou uma conta de cem medidas de azeite (mil galões de azeite) para cinqüenta; reduziu outra conta de cem alqueires de trigo para oitenta.
E louvou aquele senhor o injusto mordomo por haver procedido prudente-mente (8). O senhor que elogiou o mordomo na história era o dono dos bens na história, é claro, e não Jesus. A palavra traduzida como prudentemente pode ser traduzida como "sabiamente" ou "de forma escrupulosa em relação aos seus próprios interesses". Embora o homem rico tivesse sido roubado, ele admirou esta demonstração incomum de prudência, de lidar com o dinheiro para fazer amigos.
Porque os filhos deste mundo são mais prudentes na sua geração do que os filhos da luz. Ou, "Porque ao lidar com os seus semelhantes, os homens do mundo são mais espertos do que os filhos da luz" (Weymouth). Os cristãos são geralmente menos prudentes ao lidar com o dinheiro do que os homens do mundo.
E eu vos digo: granjeai amigos com as riquezas da injustiça, para que, quan-do estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos (9). Jesus não está de forma alguma aprovando a desonestidade do administrador. Mas, ao contrário, Ele diz: "Usem as riquezas deste mundo para conseguir amigos a fim de que, quando as riquezas faltarem, eles recebam vocês no lar eterno". Este versículo é de difícil interpretação. Riquezas da injustiça, ou mamom, significa, literalmente, "riquezas mundanas". Quando estas vos faltarem é uma expressão que consta nos melhores textos gregos. Jesus está dizendo: "Use a sua riqueza mundana de forma a alcançar valores maiores". Ele também encoraja os seus discípulos a usarem maior diligência e prudência ao se prepararem para o seu futuro eterno, assim como o mordomo infiel usou estas qualidades para se preparar para a seqüência de seus assuntos temporais. Trench escreve: "Estou convencido de que aqui temos simplesmente uma parábola da prudência cris-tã — Cristo nos exortando a usar o mundo e os bens do mundo, por assim dizer, contra o mundo e a favor de Deus"."
Nunca houve um conselho melhor sobre o tema deste versículo, do que aquele que está contido no sermão de John Wesley, intitulado: "O Uso do Dinheiro". Ele faz três considerações simples, porém excelentes:
1) "Ganhe tudo que puder";
2) "Economize tudo que puder";
3) "Dê tudo que puder". Para que seja corretamente entendido, o sermão deve ser lido em sua totalidade.
15. A Fidelidade de Todo o Coração (16:10-13)
A mensagem destes versículos é uma continuação do pensamento e uma aplicação da parábola do mordomo infiel.
Quem é fiel no mínimo também é fiel no muito; quem é injusto no mínimo também é injusto no muito (10). Esta é uma verdade universal. Fidelidade e infideli-dade não são questões matemáticas. Elas surgem da condição moral e espiritual do ho-mem interior. Assim, a fidelidade ou infidelidade do homem em questões menores é um indicador do seu caráter. Baseado neste indicador alguém pode determinar se pode ser confiável em questões de maior importância.
Pois, se nas riquezas injustas não fostes fiéis, quem vos confiará as verda-deiras? (11). Aqui está um contraste entre riqueza eterna e temporal. A temporal não é mais do que uma sombra quando comparada com aquela que é eternamente real. A infi-delidade em relação à temporal é uma clara indicação da falta de merecimento de confi-ança em relação àquilo que é real e eterno.
E, se no alheio não fostes fiéis, quem vos dará o que é vosso? (12). A falta de confiança como mordomo/administrador faz com que uma pessoa se torne indigna de possuir riquezas. A verdade escondida por trás da imagem é que nesta vida não possuímos nada; Deus é o dono de tudo e nós somos os seus administradores. Neste versículo está implícita a promessa de que no mundo vindouro receberemos a nossa própria riqueza. Mas se formos infiéis em nossa atual condição de administradores de riquezas, Deus não nos confiará a nossa própria riqueza — Ele não nos dará aquela verdadeira riqueza no próximo mundo.
Nenhum servo pode servir a dois senhores (13). A verdadeira lealdade não pode ser dividida em qualquer esfera, e isto é verdade especialmente na esfera celestial. Porque ou há de aborrecer a um e amar ao outro ou se há de chegar a um e desprezar ao outro (veja os comentários sobre Mt 6:24).
16. Autojustificação e Condenação Divina (16:14-15)
E os fariseus, que eram avarentos, ouviam todas essas coisas e zombavam dele (14). O egoísta pervertido passará a ridicularizar quando não tiver argumentos para defender a sua conduta. Visto que os fariseus eram notoriamente ambiciosos, eles sofreram uma dupla "ferroada" através da denúncia de Jesus: ferroada de consciência e ferroada de uma reputação ferida. É natural que sentissem que nestes dois assuntos os ensinos de Jesus eram dirigidos diretamente a eles, como sem dúvida eram — ao menos em parte.
E disse-lhes: Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos ho-mens, mas Deus conhece o vosso coração (15). A reputação da qual gozavam os fariseus, obtida pela religiosidade, pelo poder da lei Mosaica, e da lógica, facilitava que eles impusessem sobre as pessoas as suas idéias, e justificassem as suas condutas, quan-do qualquer uma de suas incoerências eram expostas à visão pública. Mas Jesus esclare-ce que embora pudessem convencer os homens da sua piedade e santidade, eles não podiam enganar a Deus. Ele conhece a verdade sobre todos os homens.
Porque o que entre os homens é elevado perante Deus é abominação. Os julgamentos dos homens são confundidos tanto pela ignorância como pela natureza car-nal pervertida. Os homens apreciam as posses temporais mais do que as riquezas celestiais. Eles são enganados para acreditar que a hipocrisia farisaica é a verdadeira religião, e que a verdade sagrada é heresia. Mas Deus não pode ser enganado. Seu co-nhecimento é perfeito, e seus julgamentos são sempre verdadeiros e justos.
Esforçando-se para Entrar no Reino (16:16-17)
A Lei e os Profetas duraram até João; desde então, é anunciado o Reino de Deus, e todo homem emprega força para entrar nele (16). Veja os comentários sobre Mateus 11:12-13.
E é mais fácil passar o céu e a terra do que cair um til da Lei (17). Veja os comentários sobre Mateus 5:18
Acerca do Divórcio (16,18)
Qualquer que deixa sua mulher e casa com outra adultera; e aquele que casa com a repudiada pelo marido adultera também (18). Veja os comentários sobre Mateus 5:32-19.9; e Mc 10:11. Mateus acrescenta a frase: "A não ser por causa de prostituição", mas Marcos e Lucas não fazem exceção.
A Parábola do Rico e Lázaro (16:19-31)
Havia um homem rico (19). Nas parábolas do filho pródigo e do mordomo infiel, um homem rico representava Deus. Nesta aqui o rico é visto apenas à luz das suas responsabilidades para com Deus e para com os seus semelhantes.
Muitos afirmam que esta história é o relato de um acontecimento real e não simples-mente uma parábola. Estes entendem que a frase um homem rico, indica uma pessoa histórica. Quer a parábola seja uma história verdadeira ou não, uma coisa é certa: Jesus deu um relato do que poderia acontecer.
E vestia-se de púrpura e de linho finíssimo, e vivia todos os dias regalada e esplendidamente. Isto retrata uma vida de luxúria e magnífico esplendor. Este ho-mem tinha em abundância tudo que o mundo podia oferecer para facilitar o conforto, o esplendor ou a felicidade mundana. Suas roupas eram de príncipe; sua casa era um palácio; suas refeições eram banquetes.
Havia também um certo mendigo, chamado Lázaro, que jazia cheio de chagas à porta daquele. E desejava alimentar-se com ás migalhas que caíam da mesa do rico; e os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas (20-21). Este mendigo era um completo contraste com o homem rico. Ele era a incorporação da pobreza, doença, e necessidade, assim como o rico o era da riqueza, prazer e saúde. Lázaro era, sem dúvida, colocado à porta do homem rico pelos seus amigos. Ali ele esperava comer as migalhas, ou pedaços de pão que se usavam para limpar os dedos e se atiravam aos cães debaixo da mesa. Mas este conforto lhe era evidentemente negado. O rico não tinha misericórdia nem compaixão. Os próprios cães vinham lamber-lhe as chagas. Estes provavelmente não eram os cães do homem rico. Eram cachorros selvagens sem donos, que perambulavam pelas ruas e comiam os restos que eram jogados ali.
O mendigo morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão (22). Nada se diz sobre seu funeral, mas ele provavelmente recebeu o funeral comum de um miserá-vel. Isto não tinha importância nenhuma, porque a morte marcava o final do sofrimento e da privação, e o início da alegria celestial. A frase o seio de Abraão é uma linguagem figurada, emprestada do costume de se reclinar à mesa. Dizia-se que cada um estava no seio daquele que estivesse atrás de si, porque a sua cabeça estava próxima ao peito do outro. Esta frase era usada como uma referência ao paraíso, ou à morada de Deus. Observe o contexto e a terminologia rabínica do Antigo Testamento nesta parábola. Jesus estava se dirigindo àqueles que eram especialistas neste uso.
Morreu também o rico e foi sepultado. A menção específica deste enterro nos relembra a pompa e a cerimônia associada aos funerais dos ricos nos dias de Jesus. Mas havia um temor e uma trágica ironia ali, quando percebemos onde o homem rico estava — a parte de seu ser que continuava viva — enquanto acontecia esta dispendiosa cerimô-nia fúnebre, acompanhada de grandes prantos e homenagens. O contraste entre as con-dições destes dois homens não termina na morte, mas ocorre uma inversão.
E, no Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos (23). Ali não havia ne-nhum sono da alma, nenhum estado intermediário. Ele morreu, e imediatamente estava no inferno, enquanto Lázaro foi levado imediatamente para o céu pelos anjos. Este homem rico sem coração fechou os olhos para as suas riquezas terrenas e abriu os olhos no inferno. A palavra Hades é um termo amplo, equivalente "à terra dos espíritos que partiram" ou "mundo futuro". Portanto nem sempre se refere a um lugar de punição. Mas nesta parábola era inquestionavelmente um local de punição; o rico abriu os olhos em tormentos. Observe que a palavra está no plural. O fogo era apenas uma das muitas causas de sofrimento para o homem perdido. Havia memória, consciência, raciocínio, a capacidade de enxergar o lugar bem-aventurado de Lázaro, e muito mais.
E viu ao longe Abraão e Lázaro, no seu seio. E, clamando, disse: Abraão, meu pai, tem misericórdia de mim e manda a Lázaro que molhe na água aponta do seu dedo e me refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama (23b-24). Pela primeira vez o homem percebe que está desesperadamente neces-sitado de ajuda, e que ela está muito distante — distante demais para que pudesse lhe fazer algum bem. Ele não está apenas nos tormentos das chamas, mas também está sem ajuda. Ele quer que Lázaro traga uma gota d'água para lhe molhar a língua. Sua desola-ção é enfatizada quando nos lembramos de que na terra ele tinha todo conforto possível.
Agora ele implora por uma gota d'água. Ao fazer esta súplica, ele certamente se lembra de Lázaro, que mendigava pedindo migalhas; e se lembra também de que Lázaro mendi-gava em vão.
Disse, porém, Abraão: Filho, lembra-te... (25). Não foi solicitado que o rico se lembrasse de um crime ou de uma vida de vícios. Era apenas uma vida de indulgência egoísta, uma vida tão cheia de preocupações egocêntricas que não havia espaço nem tempo para os outros, nem para Deus. Agora, este é consolado, e tu, atormentado. Há uma justiça poética aqui, um acerto de contas. Contudo, o rico não estava em tormentos porque havia sido rico, nem Lázaro estava no seio de Abraão porque havia sido pobre. Nas duas parábolas anteriores o rico representava Deus; este não é o caso aqui. Esta parábola deixa claro porque o rico foi para o inferno. No caso de Lázaro, embora os fatos não sejam explicitados, devemos supor que ele era um homem justo.
E, além disso, está posto um grande abismo entre nós e vós (26). Deus colocou um abismo entre o céu e o inferno que nenhum homem pode atravessar. Esta vida é o tempo para o arrependimento; este mundo é o lugar onde se prepara a alma para a eternidade. Além daquela linha que demarca a morte, nenhum homem pode mudar o seu estado espiritual, ou o lugar onde morará eternamente.
E disse ele: Rogo-te, pois, ó pai, que o mandes à casa de meu pai, pois tenho cinco irmãos... (27-28). Ao ter seu pedido de ajuda recusado, o homem pede que Lázaro seja enviado à terra, como um missionário, aos seus cinco irmãos. Estes irmãos estavam evidentemente seguindo o mesmo caminho de egoísmo e pecado que o levaram para o inferno. Como ali não havia ajuda para ele, ao menos queria poupá-los do tormento que estava sofrendo. Mas este espírito missionário, este interesse pela salvação de sua famí-lia, deveria ter vindo mais cedo — quando ele ainda estava com eles.
Eles têm Moisés e os Profetas (29). Eles têm o modo e o meio pelo qual o Senhor Deus planejou e determinou a salvação, e qualquer um que tenha o coração submisso pode encontrar o caminho Deus não abre exceções para aqueles que têm um coração endurecido.
disse ele: Não, Abraão, meu pai; mas, se algum dos mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam... Se não ouvem a Moisés e aos Profetas, tampouco acre-ditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite (30-31). O rico, como o povo de cada geração, achava que toda ocorrência sobrenatural faria com que os homens se vol-tassem a Deus. Ele supôs que o reaparecimento daqueles que morreram — como testemu-nhas oculares dos tormentos do inferno — faria com que os homens se arrependessem. Mas Deus não usa este método. Deus não se propõe a aceitar aqueles que se voltam a Ele apenas por medo do inferno. Um desejo completamente egoísta de escapar do inferno e desfrutar o céu não é o tipo de motivo que leva à salvação. Deus aceita aqueles que o servem porque agora odeiam o pecado, assim como Deus odeia o pecado. Eles querem a Deus pelo que Ele é, ao invés de simplesmente o quererem por aquilo que Ele pode fazer para evitar uma catástrofe eterna na vida deles. O modo e o meio pelo qual o Senhor Deus planejou e determinou a salvação são totalmente suficientes para todos aqueles cujos motivos estejam corretos; e não há outra forma de salvação.
Champlin
Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Lucas Capítulo 16 versículo 1
Esta parábola tem dado lugar a problemas de interpretação, por causa da conduta do administrador. O que a parábola destaca é a sagacidade com que este atua (v. 8).Lc 16:1 Era freqüente na Palestina que os proprietários encarregassem um administrador da gerência dos seus negócios.
Champlin - Comentários de Lucas Capítulo 16 versículo 7
Cem cados de azeite: Provavelmente uns 2200 l de azeite de oliva, que valeriam uns 1000 denários. Cem coros de trigo: Aprox. 22.000 l, que valeriam uns 2500 denários.
Champlin - Comentários de Lucas Capítulo 16 versículo 9
Vos recebam: O plural, possivelmente, seja usado para referir-se a Deus sem mencionar o nome divino (ver Mt 5:4,).
Champlin - Comentários de Lucas Capítulo 16 versículo 10
Champlin - Comentários de Lucas Capítulo 16 versículo 13
Mt 6:24. Riquezas: Gr. mamoná, que provém de uma palavra aramaica com esse significado.
Champlin - Comentários de Lucas Capítulo 16 versículo 16
A Lei e os Profetas: Expressão que se refere a todas as Escrituras que os cristãos chamam de AT; ver a Introdução ao NT.Lc 16:16João: O Batista.Jo 16:16E todo homem se esforça por entrar nele: Outra tradução possível: A todos se forçam a entrar. Ver Mt 11:12,
Champlin - Comentários de Lucas Capítulo 16 versículo 17
Champlin - Comentários de Lucas Capítulo 16 versículo 19
Se vestia de púrpura, isto é, vestimenta tingida de roxo, que reis e potentados vestiam.
Champlin - Comentários de Lucas Capítulo 16 versículo 21
Os cães: Animais considerados pelos judeus como desprezíveis e impuros (Sl 22:16,Sl 22:20; Pv 26:11; Mt 7:6); o cúmulo dos males para Lázaro era não poder defender-se deles.
Champlin - Comentários de Lucas Capítulo 16 versículo 22
Para o seio de Abraão: Expressão que indica o lugar de preferência (ver Jo 13:23,). Notar o contraste com os vs. Lc 16:19-21.
Champlin - Comentários de Lucas Capítulo 16 versículo 23
No inferno: Lit., hades, onde, segundo o pensamento judaico, permaneciam os mortos à espera do juízo.
Champlin - Comentários de Lucas Capítulo 16 versículo 29
Jo 5:45-47. Moisés e os profetas: Isto é, as Escrituras do AT (ver Jo 16:16,).
Genebra
Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Lucas Capítulo 16 do versículo 1 até o 31
*
16:1
administrador. O homem que dirigia a propriedade, deixando o proprietário livre, sem envolver-se com cada detalhe. Pelo fato de não ser atentamente supervisionado, era fácil para ele ser desonesto ou ocioso.
* 16:6
O administrador pode simplesmente ter sido desonesto, mas os Judeus estavam proibidos de cobrar juros e um modo de contornar a proibição era exagerar no preço. O devedor poderia ter levado quatrocentos galões de óleo e sua conta seria de oitocentos galões (ver referência lateral); os galões extras seriam o equivalente aos juros do negócio. Reduzindo significativamente os juros cobrados do devedor, o administrador teria obrigado o devedor a ajudá-lo pessoalmente (v.4), pelo menos uma vez e isto, sem diminuir o lucro do seu senhor.
* 16:8
Com as contas originais destruídas, o proprietário estava em posição desconfortável. Seria difícil para ele estabelecer a sua reivindicação para o pagamento pleno, que incluísse os juros. Seu elogio à esperteza do seu administrador foi o reconhecimento da maior habilidade de seu subalterno. Jesus usa a parábola para ilustrar que os filhos do mundo, freqüentemente, usam aquilo que têm para favorecer seus próprios fins terrenos, e o fazem mais sabiamente do que fazem os filhos da luz para favorecer os objetivos inteiramente diferentes do reino de Deus.
* 16:9
Os discípulos de Jesus devem usar as suas riquezas não com propósitos egoístas, mas com o objetivo de “fazer amigos” (esmolas aos pobres, provavelmente, são referidas aqui).
vos recebam. O texto não explica explicitamente quem está recebendo. As possibilidades incluem o pobre que foi ajudado nesta vida ou incluem, talvez, o próprio Deus. Em qualquer caso, a salvação por meio das obras não está sendo ensinada aqui (15.29, nota). A ajuda que é dada com amor aos outros, nesta vida, é um sinal de genuíno discipulado e da salvação já alcançada, mais do que um fundamento meritório da salvação.
* 16:11
verdadeira riqueza. Tesouros celestiais.
* 16:12
Se “o que é vosso” é a “verdadeira riqueza” mencionada no v.11, então Jesus está dizendo que a fidelidade, como um administrador nesta vida, determina a recompensa no reino de Deus (Mt 25:34).
* 16:13
servir. Servo é o escravo da casa.
* 16:16
A Lei e os profetas. Uma referência a todo o Antigo Testamento.
vigoraram até João. Lucas aqui indica que o ministério de João Batista assinalou o grande ponto crucial na História da Redenção (Mt 11:11, nota).
e todo homem se esforça por entrar nele. É uma difícil afirmação para traduzir e interpretar. Alguns sugerem que Jesus está exortando seus seguidores e referindo-se à dedicação necessária para entrar no reino (13.24). Outros sugerem que “esforçar-se” tem sentido negativo, que retrata poderes hostis em luta contra o reino (Mt 11:12, nota).
* 16:17
til. É um pequeno sinal sobre algumas letras hebraicas; era a menor parte de uma letra. Toda a lei vem de Deus e é tão certa como seu Autor.
* 16:18
Os judeus, naquele tempo, podiam divorciar-se de suas esposas, facilmente, e pelas razões mais sem importância. Jesus tinha o mais alto conceito do casamento. A provisão de leis para o divórcio (Dt 24:1-4) existia por causa da dureza do coração (Mc 10:5). Ele vê os divórcios triviais como causando adultério (Mt 5:31,32; 19:9) Ver “Casamento e Divórcio”, emMl 2:16.
* 16:19
certo homem rico. Este homem é, às vezes, chamado “Dives”, uma palavra latina que significa “rico”.
de púrpura e de linho finíssimo. Roupas caras de rico. A púrpura seria usada para vestimentas externas e o linho para roupa de baixo.
* 16:20
Lázaro. O único personagem que recebe nome nas parábolas de Jesus.
* 16:22
Jesus nada diz a respeito da condição religiosa de qualquer dos dois, mas deixa implícito que Lázaro era justo perante Deus, ao passo que o rico, não.
seio de Abraão. A imagem de “seio” significa ser hóspede de honra num banquete (ver Jo 13:23).
* 16:23
inferno. (No grego “Hades”). Hades é o nome grego comum para designar o lugar dos mortos. No Novo Testamento não é usado com referência aos justos. Aqui é claramente lugar de tormento. Ver “Inferno”, emMarcos 9:39.
* 16:24
Mesmo no inferno o rico é arrogante, pensando que pode mandar chamar Lázaro para cumprir sua ordem.
* 16:25
O tratamento “filho” é terno, mas não pode alterar os fatos. Um grande abismo os separa e há toda uma nova ordem numa completa inversão de valores terrenos.
recebeste os teus bens. O rico tinha recebido aquilo que considerava boas coisas. Ele poderia ter escolhido as coisas de Deus, mas preferiu prazeres materiais.
* 16:27-28
Pela primeira vez o rico pensa em alguma outra coisa, ainda que permaneça só no âmbito da na sua própria família. E ele ainda presume que Lázaro possa ser enviado para atender a seu pedido.
* 16:29
Moisés e os profetas. Uma referência ao Antigo Testamento como um todo. O rico presumiu que o aparecimento de Lázaro a seus familiares seria eficaz. Jesus, no entanto, está dizendo que os seus familiares têm o testemunho da Palavra de Deus; rejeitando-o, eles não aceitarão outro.
Matthew Henry
Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Lucas Capítulo 16 do versículo 1 até o 31
16.1-8 Nosso uso do dinheiro nos fala do senhorio de Cristo. (1) Usemos nossos recursos com sabedoria porque são de Deus e não de nós. (2) O dinheiro pode usar-se para bem ou para mau; usemos o nosso para bem. (3) O dinheiro tem muito poder, daí que devemos usá-lo com cuidado e seriedade. (4) Devemos usar nossos meios materiais de maneira que fomentem a fé e a obediência (veja-se Lc 12:33-34).16:9 Andamos pelo caminho da sabedoria quando usamos as oportunidades financeiras, não para ganhar o céu, mas sim para que esse céu ("moradas eternas") seja uma experiência agradável em quem ajudo. Se usarmos nossos recursos para ajudar aos necessitados ou ajudamos a outros a encontrar a Cristo, nosso investimento nos brindará benefícios na eternidade. Quando acatamos a vontade de Deus, usamos desinteresadamente as posses.16.10, 11 Muitas vezes nossa integridade guarda relação com os assuntos monetários. Deus nos pede que sejamos honestos até em pequenos detalhes. As riquezas no céu são muito mais valiosas que as terrestres. Mas se não sermos confiáveis com nossas riquezas terrestres (sem importar o muito ou pouco que tenhamos), não estamos em condições de nos encarregar das grandes riquezas do Reino de Deus. Não permita que sua integridade se desmorone ante assuntos intrascendentes, solo assim não falhará em decisões cruciais.16:13 O dinheiro tem o poder de ocupar o lugar de Deus em sua vida. Pode converter-se em seu amo. Como descobrir se for escravo do dinheiro? (1) Está preocupado sempre por ele? (2) Dá por generosidade ou o faz a fim de obter mais dinheiro? (3) Utiliza grande parte de seu tempo preocupando-se com suas posses? (4) É-lhe difícil dar dinheiro? (5) Tem dívidas? O dinheiro é um amo poderoso e enganador. Promete poder e controle, mas freqüentemente não o pode dar. As grandes fortunas podem obter-se e perder-se da noite para o dia, mas não há riqueza que compre saúde, felicidade nem vida eterna. Não há nada melhor que permitir que Deus seja seu amo. Seus servos têm paz e segurança, agora e sempre.16:14 devido a que os fariseus amavam o dinheiro, fizeram uma exceção com o ensino do Jesus. Possivelmente também tenhamos paixão por nosso dinheiro. Burlamo-nos das advertências do Jesus contra servir ao dinheiro? Tratamos de lhe dar alguma explicação? Aplicamo-las a outros, os fariseus, por exemplo? A menos que tomemos a sério as declarações do Jesus, possivelmente atuemos igual aos fariseus.16:15 Os fariseus atuavam piamente para que outros os admirassem, mas Deus sabia o que havia em seus corações. Consideravam que a riqueza mostravam a aprovação de Deus. O Senhor detestou suas posses porque motivaram o abandono de sua verdadeira espiritualidade. Talvez a prosperidade ganhe o favor da gente, mas nunca substituirá a devoção nem o serviço a Deus.16:16, 17 João o Batista era a linha divisória entre o Antigo e o Novo Testamentos (Jo 1:15-18). Com o Jesus se fizeram realidade todas as esperanças dos profetas. Enfatizou que seu Reino cumpriu a Lei (o Antigo Testamento); não a anulou (Mt 5:17). Não implantou um novo sistema, a não ser consumou o antigo. O mesmo Deus que obrou através do Moisés obrava mediante Jesus.16:18 A maioria dos líderes religiosos da época do Jesus permitiam que o homem se divorciasse de sua esposa quase por qualquer motivo. O que Jesus ensinou quanto ao divórcio foi além do que Moisés ensinou (Dt 24:1-4). Estritas como qualquer escola de pensamento, os ensinos do Jesus estremeceram a seus ouvintes (veja-se Mt 19:10) como na atualidade o faz a seus leitores. Jesus diz em termos inequívocos que o matrimônio é um compromisso para toda a vida. Possivelmente seja legal que seu cônjuge lhe deixe por outra pessoa, mas é adultério aos olhos de Deus. Ao pensar no matrimônio, recorde que a intenção de Deus é que seja um compromisso permanente.16.19-31 Os fariseus consideravam a prosperidade como uma prova de retidão. Jesus os alarmou com esta história onde se premia a um mendigo doente e se castiga a um homem rico. O rico não foi ao inferno por suas riquezas, mas sim por egoísmo. Não alimentou ao Lázaro, não lhe permitiu entrar em sua casa, nem cuidou de sua saúde. Apesar de suas muitas bênções, foi um homem duro de coração. A quantidade de dinheiro que tenhamos não é o mais importante, a não ser a forma em que o usamos. Os ricos podem ser generosos ou avaros, o mesmo acontece com os pobres. Qual é sua atitude frente a suas posses? Monopoliza-as egoístico ou as usa para bênção de outros?16:20 Este Lázaro não deve confundir-se com o que Jesus ressuscitou no João 11.16.29-31 O rico pensou que seus cinco irmãos sem dúvida acreditariam em um mensageiro que ressuscitasse. Mas Jesus disse que se não acreditaram no Moisés e aos profetas, os que sempre falavam da importância de cuidar dos pobres, nem sequer uma ressurreição os convenceria. Note a ironia na declaração do Jesus em seu caminho a Jerusalém para a morte, estava totalmente seguro de que, se ressuscitava, grande parte dos líderes religiosos não o aceitariam. Estavam obstinados a sua maneira de pensar e nem as Escrituras nem o Filho de Deus mesmo conseguiriam variar sua posição.
Wesley
Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Lucas Capítulo 16 do versículo 1 até o 31
9. Manejo (16: 1-31) 1. Parábola do Injusto Steward (16: 1-13) 1 E dizia também aos discípulos: Havia um certo homem rico que tinha um administrador; e este foi acusado perante ele de estar dissipando os seus bens. 2 E chamou-o e disse-lhe: Que é isto que ouço dizer de ti? Presta contas da tua mordomia; pois tu podes deixar de ser mordomo. 3 E o mordomo disse consigo: Que hei de fazer, já que o meu senhor tira o mordomia de mim? Eu não tenho forças para cavar; mendigar tenho vergonha. 4 Agora sei o que fazer, que, quando estou a colocar para fora da mordomia, me recebam em suas casas. 5 E chamando a si cada um dos devedores do seu senhor, disse ao primeiro , Quanto deves ao meu senhor? 6 E ele respondeu: Cem medidas de azeite. E ele disse-lhe: Toma a tua conta, senta-te depressa e escreve cinquenta. 7 Disse depois a outro: E tu, quanto deves? E ele respondeu: Cem medidas de trigo. Disse-lhe: Toma a tua obrigação, e escreve oitenta. 8 E o seu senhor elogiou o administrador injusto, porque ele tinha feito com sabedoria, porque os filhos deste mundo são para sua própria geração mais sábios do que os filhos da luz. 9 E eu digo a vós, façais para vós amigos por meio de riquezas da injustiça; que, quando estas vos faltarem, vos recebam eles nos tabernáculos eternos. 10 Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito;. e quem é injusto no pouco, também é injusto no muito 11 Se vós, pois, não fostes fiéis nas riquezas injustas, que se comprometerá a sua confiança as verdadeiras riquezas ? 12 E se não fostes fiéis no que é do outro, quem vos dará o que é vosso? 13 Nenhum servo pode servir a dois senhores : porque ou há de odiar um e amar o outro; ou então ele irá realizar a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus ea Mamom.
Esta é uma das muitas parábolas encontrados somente em Lucas. Assim como os vários que o precedem, é anti-farisaica na ênfase. Assim, ele faz parte do inevitável conflito entre o amor divino e legalismo humano. Das histórias deste capítulo Plummer diz: "Estas duas parábolas, como os três anteriores, são dirigidos contra defeitos especiais dos fariseus. As três primeiras combatida sua exclusividade disco, auto-justiça, e desprezo pelos outros. Estes dois combate a sua auto-indulgência. "
A interpretação desta parábola é reconhecidamente difícil. Farrar escreve: "Não parábola tem sido mais diversa e multitudinously explicou que isso." Mas ele continua a dizer: "Nós não pode estar errado se aproveitarmos como a principal lição da parábola, a que o próprio Cristo ligado a ele (8 -12 ), ou seja, o uso de dádivas terrenas de riqueza e oportunidade para celestial e não terrena para a objetiva. "Em outras palavras, assim como o injusto mordomo fez uso de apresentar oportunidades a fim de prever o futuro, para o seguidor de Cristo deve usar as coisas materiais da vida para ajudar a fornecer para a próxima vida. Não se pode comprar a salvação com dinheiro. Mas o que se faz com o seu dinheiro terá muito a ver com a derradeira salvação de sua alma. Trench coloca a questão de forma muito breve: "Estou convencido de que temos aqui simplesmente uma parábola da prudência cristã, -Cristo nos exortando a usar o mundo e do mundo bom, por assim dizer, contra o mundo, e para Deus. "
O mordomo era uma espécie de gerente de negócios para seu mestre. A palavra significa literalmente "casa-manager." Naqueles dias stewards carregava grande responsabilidade e eram tidos em alta estima.
Este mordomo foi acusado ao seu mestre que ele estava desperdiçando -Mesma palavra como em Lc 15:13 - . seus bens Então o mestre convocado e ordenou-lhe para prestar contas de sua administração, ao mesmo tempo, dispensando-o de sua posição (v. Lc 16:2 ).
O mordomo tinha que fazer alguma raciocínio rápido. Ele estava fraco demais para cavar , orgulhoso demais para pedir (v. Lc 16:3 ). De repente, ele teve uma "brilhante idéia" plano -a por que ele iria fazer muitos devedores do seu senhor obrigado a ele, para que eles iriam recebê-lo em suas casas (v. Lc 16:4 ).
Convocando os que estavam em dívida com seu mestre, ele pediu a cada um o quanto devia. Em seguida, ele passou a descontar uma porcentagem de cada conta e cinquenta por cento a partir de um, vinte por cento a partir de outro, e assim por diante, provavelmente clara para baixo da linha de todos aqueles que ao seu senhor nada. Tem sido sugerido que as contas reduzidas pode ter representado a quantidade correta, que o mordomo pode ter sido "padding"-los para seu próprio lucro. Este tipo de desonestidade era muito Ct 1:1 . Ele salienta a verdade crucial que, em última análise pode-se ter apenas um mestre. Todo mundo tem que escolher entre Deus ea Mamom. Ninguém pode servir a ambos, embora muitos tentar. Uma das maiores maldições do cristianismo popular é o da lealdade dividida.
b. Amantes do dinheiro (16: 14-17) 14 E os fariseus, que eram gananciosos, ouviam todas essas coisas; e zombavam dele. 15 E disse-lhes: Vós sois os que justificam a si mesmos aos olhos dos homens; mas Deus conhece os vossos corações, porque o que é exaltado entre os homens é uma abominação aos olhos de Dt 16:1 ). Ele mostrou um farisaísmo vaidoso que, embora possa ter sido exaltado entre os homens foi uma abominação aos olhos de Deus. A seleção de um lugar de destaque, onde muitos poderiam ver e ouvi-lo, ele procurou justificar -se aos olhos dos homens , recitando suas virtudes para que todos possam ouvir e dizer a Deus o quanto melhor ele era do que outros homens. Este é o orgulho religioso no seu pior, e este é o tipo de coisa que Jesus estava atacando aqui.
O versículo 16 é paralela à Mt 11:13 , Mt 11:12 (ver notas lá). A afirmação de que a lei e os profetas duraram até João é uma clara indicação por parte de Jesus, que a antiga dispensação tinha chegado ao fim, e uma nova foi começando agora. A partir desse momento -o tempo de João Batista- o evangelho do reino de Deus (conforme . Mt 4:23 ; Mc 1:14) é pregado - evangelizetai ", proclamou como alvíssaras" - e todo homem força para entrar nele - "está fazendo forçada entrada para ele. "Farrar diz: "A alusão é a ansiedade com que a mensagem do reino foi aceito pelos publicanos e as pessoas em geral."
Na superfície pode parecer não haver conexão entre os versículos 16:17 . Mas Meyer sugere que "o anúncio do reino, bem como o esforço geral, após o reino que havia começado desde o tempo de João, pode facilmente jogar em cima de Jesus a suspeita de colocar de volta o velho princípio, o da lei, para a sombra." Mas não, não uma coisa da Lei seria um fracasso.
O versículo 17 é paralela à Mt 5:18 (ver notas lá). O til (literalmente, "chifre") refere-se a pequena projeção que distingue letras hebraicas similares do alfabeto. Alguns deles são tão pequenos que é preciso olhar com cuidado para decidir qual carta se destina. Os rabinos declarou que, se um destes pequenos chifres foi alterada em uma carta na Lei, o mundo seria destruído. Isso reflete a veneração indevida os judeus deram ao pé da letra exata da lei, enquanto eles perderam o seu espírito. Mas podemos ser gratos pelo cuidado extremo em copiar as Escrituras do Antigo Testamento, que resultaram desta atitude.
Jesus declarou que não menos importante item na Lei iria cair, ou seja, deixar de realização (conforme Lc 5:18 Matt. - "até que todas estas coisas aconteçam"). O cristão não tem que manter todas as exigências cerimoniais da lei mosaica, porque eles foram cumpridos em Cristo e Sua morte expiatória. Ao aceitar a Ele e viver n'Ele nós cumprimos o verdadeiro propósito da Lei.
c. Divórcio (Lc 16:18) 18 Todo aquele que repudia sua mulher e casa com outra, comete adultério; e aquele que casar com aquele que foi repudiada pelo marido, também comete adultério.
Isso parece não ter ligação com o que precede ou segue, mas sim para ficar como um provérbio isolado. Mas Plummer sugere uma solução: "Talvez isso introduz um exemplo da durabilidade da lei moral, apesar de evasões humanos. O adultério continua sendo o adultério, mesmo quando ele foi legalizado, e legalizada por homens que ciosamente guardados cada fração da letra, enquanto eles flagrantemente violado o espírito da Lei "A exemplo culminante foi a interpretação do rabino Hillel de. Dt 24:1 -e as notas sobre as passagens).
d. O homem rico e Lázaro (16: 19-31) 19 Ora, havia um homem rico, que se vestia de púrpura e linho fino, saindo suntuosamente todos os dias: 20 e um certo mendigo, chamado Lázaro estava deitado em seu portão, coberto de chagas, 21 e desejando ser alimentado com as migalhas que caíam da mesa do rico; sim, até os cães vinham lamber-lhe as chagas. 22 E aconteceu que o mendigo morreu, e que ele foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado. 23 E em Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe Abraão, e Lázaro no seu seio. 24 E, clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e manda a Lázaro, que molhe a ponta de sua dedo na água, e me refresque a língua; porque estou atormentado nesta chama. 25 Mas Abraão disse: Filho, lembra-te de que em tua vida recebeste os teus bens, e Lázaro de igual modo os males;. mas agora ele aqui é consolado, e tu és na angústia 26 E além de tudo isso, entre nós e vós há um grande abismo, para que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, e que ninguém pode os de lá passar para Nu 27:1 E ele disse: Rogo-te, pois, pai, que o mandes à casa de meu pai, 28 porque tenho cinco irmãos; que ele lhes dê testemunho, para que não venham também para este lugar de tormento.29 Mas diz Abraão: Eles têm Moisés e os profetas; ouçam- Nu 30:1 E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se um vai para eles dos mortos, eles vão se arrepender. 31 E disse-lhe: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão persuadir , se um aumento dos mortos.
Às vezes é debatido sobre se esta história é uma parábola ou não. Algum objeto que tratá-la como tal enfraqueceria a sua força doutrinária. Mas esse é o pensamento ilógico. A parábola tem que ser verdadeiro para a vida, ou é uma fábula, não uma parábola.Este começa com a mesma frase introdutória como a Parábola do Injusto Stewardship havia um homem rico (conforme v. Lc 16:1 ). Quase todos os comentaristas, tanto conservadores e liberais, rotular esta uma parábola. Geldenhuys escreve: "Embora Lucas não indique expressamente que essa é uma parábola e, embora o Salvador deu ao mendigo um nome, ele não é de forma necessário assumir que temos aqui a história de algo que realmente aconteceu e não uma parábola. "
Nesta história Jesus pega novamente Sua ênfase sobre o uso correto do dinheiro. Ele tinha lidado com isso na parábola do Injusto Steward e sua aplicação (vv. Lc 16:1-13 ). Os fariseus são chamados de "amantes do dinheiro" (v. Lc 16:14 ). Agora, o mestre dá a ilustração viva de um homem que usou seu dinheiro para a auto-indulgência.
O homem rico é descrito como vestido de púrpura e linho fino, saindo suntuosamente todos os dias (v. Lc 16:19 ). Este homem é muitas vezes referida como Dives, que é simplesmente a palavra latina para "um homem rico." A palavra grega para roxo foi usado pela primeira vez para o Murex , ou peixe roxo, e, em seguida, para o corante feito a partir do peixe. Era muito caro, porque tão escassos. Lydia é chamado de "vendedora de púrpura" (At 16:14 ), e ela era, evidentemente, uma mulher de negócio próspero, para ela manteve todo o grupo missionário na casa dela. A palavra grega para linho fino foi usado pela primeira vez para o linho egípcio e, em seguida, para o linho caro, feito a partir dele. Isso se refere ao vestuário sob, enquanto roxo indicou o manto externo.
Faring suntuosamente todos os dias é, literalmente, "fazer feliz todos os dias, esplendidamente." Por esta vida do homem era uma longa festa, gay. Que contraste com a vida após a morte!
No portão (alta, pórtico ornamentada) da mansão do homem rico que tinha sido colocado (pluperfect passiva) um mendigo, chamado Lázaro . Talvez o seu nome é dado porque significa "Deus tem ajudado." Ele estava cheio de feridas , (uma expressão somente aqui no Novo Testamento). Era "o termo médico regular para 'para ser ulcerada. "O mendigo foi desejava alimentar-se com as sobras da mesa do homem rico (v. Lc 16:21 ). Como bem o seu desejo foi cumprido não nos é dito. Os únicos que teve pena dele eram os cães, que lamberam suas feridas , talvez por pena.
Por fim, o mendigo morreu (v. Lc 16:22 ). Nada é dito sobre um funeral ou o sepultamento. Mas ele tinha anjos para pallbearers. Eles levaram para o seio de Abraão. Plummer diz: "Lázaro no Sheol repousa com a cabeça sobre o peito de Abraão, como uma criança no colo de seu pai, e compartilha sua felicidade." E acrescenta: "A expressão não é comum nos escritos judaicos; mas Abraão às vezes é representado como acolher o penitente para o paraíso ".
Finalmente chegou a hora quando o homem rico também morreu -como todos os homens deve- e foi sepultado . Com que pompa e cerimônia que foi feito pode bem ser imaginado. Mas nenhuma menção é feita de anjos.
O homem rico se viu em Hades -o equivalente do hebraico Sheol . Arndt e Gingrich dizer de Hades : "(substantivo originalmente adequada, nome do deus do submundo), o submundo .como o lugar dos mortos "Isso não significa sempre um lugar de tormento parece indicado em At 2:27 , At 2:31 e 1Co 15:55 , onde é traduzido "grave" (KJV). Mas Laird Harris faz a seguinte observação: "O Novo Testamento, por vezes, tem o costume judeu Velha de Hades para Sheol", a sepultura ", mas, por vezes, como em Lc 16:23 e, provavelmente, em Mt 11:23 e Lc 10:15 mostra uma terminologia avançada referindo-se ao lugar de punição dos mortos ímpios ".
De qualquer forma, o homem rico estava em Hades e ele estava em tormentos . Vendo ao longe Abraão e Lázaro no seu seio, ele gritou por ajuda. Até mesmo uma gota de água fria em sua língua facilitaria a terrível agonia e angústia .
Em resposta Abraão lembrou o homem rico que, em sua vida, ele gostava de coisas boas, enquanto Lázaro suportou coisas más (v. Lc 16:25 ). Agora as suas posições foram invertidas. A próxima vida vai corrigir os erros desta vida. No final, a justiça triunfará. Esse é o consolo de que todas as pessoas aflitas e oprimidos de Deus têm neste mundo.
Mas havia um grande abismo fixado entre Paraíso e Torment, para que Lázaro não poderia ministrar às necessidades do homem sofrimento (v. Lc 16:26 ). Desesperada de alguma ajuda para si mesmo, o homem pediu que Lázaro ser enviados para avisar seus cinco irmãos, para que eles não iriam vir para este lugar de tormento (v. Lc 16:28 ). Quando Abraão respondeu que eles tinham Moisés e os profetas -o Escrituras, o que lhes daria avisos suficientes, se eles iriam ouvi-los (v. Lc 16:29) -o homem rico argumentou que, se um foi de entre os mortos, eles vão se arrepender (v. Lc 16:30 ). Abraão fez a declaração significativa: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão persuadir, se um aumento dos mortos (v. Lc 16:31 ). Esta verdade é surpreendentemente confirmada e illlustrated pelo caso de Lázaro, que ressuscitou dos mortos. Qual foi a atitude dos líderes judeus em relação a ele? "Mas os principais sacerdotes tomaram conselho que possam colocar Lázaro também para a morte; pois que, por causa dele muitos dos judeus foi embora, e creram em Jesus "( Jo 11:10 , Jo 11:11 ). Esta é ampla evidência de que, se as pessoas não vão ouvir a Palavra de Deus, as Escrituras escritas, não seriam convencidos por qualquer milagre. A incredulidade é primariamente uma moral ao invés de matéria mental. Na maioria dos casos as pessoas não acreditam, porque eles vão não acredito.
Wiersbe
Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Lucas Capítulo 16 do versículo 1 até o 31
Nesse capítulo, Jesus continua com o assunto da riqueza que a parábo-la dos dois filhos trouxe à tona. Os judeus pensavam que a riqueza era um sinal de salvação e do favor de Deus (Mc 10:17-41), mas Jesus en-sinou que ela pode levar à conde-nação. Esse capítulo apresenta três perigos que devemos evitar.
O desperdício da riqueza (16:1-12)
Esse administrador, como o filho pródigo (gastador), esbanja os bens de seu senhor, da mesma forma que muitas pessoas fazem hoje. Tudo que possuímos veio do Senhor e deve ser usado para o bem dos outros e a glória de Deus. Um dia, teremos de prestar contas do que fizemos com o que o Senhor compartilhou conosco, pois não somos proprietá-rios de nada, apenas administramos as posses dele.
Jesus elogia o administrador por fazer bom uso da oportunidade que lhe foi dada, não por enganar o seu senhor. As pessoas deste mundo são muito melhores em buscar oportu-nidades e lucrar com elas que os filhos de Deus (Ef 5:15-49). Duran-te nossa breve vida, temos chance de usar nossa riqueza a fim de fazer amigos para Deus, com os quais nos encontraremos no céu.
A fidelidade é fundamental (vv. 10-12). O iníquo Mamom (dinhei-ro, riquezas) é o mínimo, mas as riquezas eternas são "o máximo". Deus, se usarmos as riquezas dele de acordo com a sua vontade, nos dará riquezas verdadeiras que serão nossas. Jesus não considera que há "um grande abismo" entre o material e o espiritual, já que uma das coisas mais espirituais que podemos fazer é usar as coisas materiais para a glória de Deus na conquista do perdido.
O desejo de riqueza (16:13-18)
Os fariseus eram piedosos exterior-mente e cheios de cobiça em seu in-terior (Mt 23:14; Tt 1:11). Eles riram de Jesus e de seus ensinamentos, pois acreditavam que a riqueza era um sinal da bênção de Deus. Eles não eram diferentes dos "pregado-res de sucesso" de hoje que equipa-ram a felicidade e a santidade com a prosperidade. Eles tentavam fazer o impossível: servir a dois senhores — a Deus e ao dinheiro. Não pode haver concessões — ou servimos ao Senhor ou às riquezas
Russell Shedd
Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Lucas Capítulo 16 do versículo 1 até o 31
16.1 Também. Indica uma conexão com a parábola anterior. O administrador astuto "defraudou" (o gr é traduzido como "dissipou", 15,13) os bens do seu senhor. Ao contrário da atitude do filho mais velho, que se irrita com a volta do irmão, o mordomo assegura seu futuro, fazendo amigos. Não apresenta um exemplo para ser seguido, mas é uma história real de um indivíduo mundano que coloca em primeiro lugar a si mesmo e prudentemente consegue a segurança mundana. Os filhos da luz (v. 8; Jo 8:12; Jo 12:36; Ef 5:8). Amigos. Devem ser os discípulos ganhos para Cristo por meio de fidelidade no pouco (10), isto é, utilizando os bens materiais na expressão de amor às almas.
16.12 Alheio. Tudo o que temos neste mundo pertence ao Senhor (conforme Sl 24:1). Na vida futura receberemos o direito de possuir.
16.13 Servir. Gr douleuen, "ser escravo"; conforme Rm 1:0; Jo 12:43), mas Deus, que sonda os corações, vê os motivos egoístas que são uma abominação para Ele.
16.16 Todo homem se esforça com violência (conforme Mt 11:12n). No evangelho, a salvação é dada inteiramente pela graça, de um modo que, mesmo não sendo judeus "zelosos da lei" como os fariseus, muitos estão entrando no reino de Deus seguindo o difícil, e desprezado caminho de Cristo (14.27).
16.17 Um til. Não passará da lei a menor parte, pois ela se refere à mensagem de Cristo e cumpre-se no reino de Deus (conforme Mt 5:17, Mt 5:18).
16.20 Lázaro ("Deus ajuda"). Este nome específico talvez indique que Jesus, nesta parábola, conta uma história conhecida. Não deve ser interpretada como fonte de informação sobre a vida do além. Jazia, gr esbebleto, "foi jogado". Esta palavra era usada para exprimir prostração por causa de doença ou feridas.
16.22 O rico... Provavelmente um saduceu (da seita judaica que não acreditava na vida após a morte, conforme At 23:8, e limitava o cânon aos livros de Moisés). Em contraste com o "administrador astuto" e sua precaução para o futuro (vv. 4-9), este rico, como o "louco" (12.16ss), é indiferente ao sofrimento presente e ao juízo futuro, ilustra o princípio do v. 15b.
16.23 Inferno. Gr hades, não é geena (conforme Mt 5:22n), mas a habitação dos mortos no mundo inferior, até o juízo final. O paraíso (seio de Abraão, v. 22; conforme 13.28ss) está separado pelo abismo entre o mundo inferior e os "lugares celestiais” (2Co 12:4; Ap 2:7;
6.9).
16.24 Tudo fica invertido, na eternidade. O rico, que nunca mendigara na terra, agora implora usando talvez as mesmas palavras com que Lázaro lhe pedira as migalhas. • N. Hom. A Oração Ineficaz: 1) Se tardia, a petição de misericórdia só poderia ser atendida quando feita antes da morte; 2) mal endereçada - nem Abraão, nem santo algum, nem mesmo Maria, pode atender às orações (Jo 14:13); 3) Sem arrependimento e fé - o rico ainda procura alívio, mas não a glória de Deus.
16.25 Tormentos. O inferno é um lugar de sofrimento, de onde é visto o que jamais se gozará (v. 23), de onde os condenados se lembrarão do passado com saudade insaciável e remorso (v. 25), de sede sem alivio (v. 24) e de condenação irrevogável (v. 26). Jesus elimina, assim, a possibilidade de existência do purgatório ou de salvação após a morte.
16.31 A parábola ensina a obstinação da incredulidade e a impossibilidade do homem se salvar rejeitando a Bíblia (vv. 29-31; conforme Jo 5:45-43). Nem a ressurreição de Lázaro (de Betânia) nem a de Cristo persuadiram os arrogantes lideres a se arrependerem (cf.Jo 11:47-12.11).
NVI F. F. Bruce
Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Lucas Capítulo 16 do versículo 1 até o 31
h) Ensinando os discípulos (16.1—17.10)
A multidão parece ter se dispersado, embora os fariseus ainda estejam ouvindo (v. 14); Jesus agora dirige os seus ensinos aos discípulos. O ensino dele abrange diversos tópicos e inclui duas das parábolas mais importantes, a do administrador astuto e a do rico e Lázaro.
(1) A parábola do administrador astuto (16:1-9)
Na primeira leitura, essa parábola é como um choque, visto que parece defender o perfeito vilão como modelo a ser imitado, o que, sem dúvida, erra completamente o alvo. Jeremias (p. 182) sugere que “Jesus está aparentemente tratando de um caso real que lhe havia sido relatado”; mas, seja como for, a história está repleta de dificuldades, embora muitas delas tenham surgido em virtude de se tratar a história como uma alegoria e se tentar enxergar um significado em cada detalhe. A figura central é chamada de administrador desonesto(v. 8), e há diversas opiniões acerca do que o torna desonesto. Alguns sugerem que sua desonestidade já havia sido detectada antes de a história ser contada e tinha causado a sua demissão. De acordo com esse ponto de vista, a narrativa conta dos seus esforços de corrigir o prejuízo. G. B. Caird (p. 186-7) apresenta um relato interessante dessa forma de ver a história e sugere que a redução da dívida não paga seja apenas o cancelamento dos juros, levando a conduta do administrador a concordar mais com o ensino do AT acerca dos juros abusivos; daí a aprovação. Há pouca probabilidade de acerto na interpretação dispensacionalista de J. N. Darby: “Israel era o administrador de Deus, colocado na vinha de Deus [...] mas, no final, mostrou-se que Israel tinha desperdiçado os bens de Deus” (The Gospel ofLuke,p. 139ss). E igualmente pouco convincente a teoria de que a desonestidade do administrador estivesse nos seus esforços cínicos de se garantir contra o desastre iminente ao comprar a proteção dos devedores do seu patrão à custa do próprio patrão. Provavelmente a chave para essa parábola seja que um proprietário de terras dessa magnitude tenha dado a administração ao homem que lhe prometeu a renda mais elevada e cujo rendimento seria o dinheiro extra que ele obtivesse. A desonestidade do administrador consistia em que ele estava desperdiçando os seus bens[do patrão] ao querer espremer demais das propriedades. O que o administrador riscou das dívidas foi o dinheiro extra que ele esperava obter para si mesmo. Somente assim, ele pode ser considerado como alguém que usou o seu dinheiro de forma sábia; de acordo com esse ponto de vista, somente com base na premissa de que ele estava dando o que era seu, podemos dar algum sentido ao texto. Então, quem foi que elogiou o administrador desonesto(v. 8)? Foi o senhorna parábola, ou o Senhor que contou a parábola? Que foi o homem rico, parece a idéia natural; mas, mesmo que em geral isso seja aceito, às vezes se expressam dúvidas acerca de por que alguém que havia sofrido por causa da desonestidade de seu servo iria elogiá-lo. A solução certamente está nas palavras do v. 8: O senhor elo ff ou o administrador desonesto, porque agiu astutamente.Confrontado com a ruína, tomou medidas enérgicas para evitá-la; são sua antevisão do futuro e sua desenvoltura que são elogiadas, e não sua desonestidade. Seu planejamento e os esforços para os seus objetivos pessoais envergonham a percepção e a perseverança de muitos filhos da luz que deveriam reconhecer as coisas que estão adiante deles. “E muito normal vocês ficarem indignados”, Jeremias (p. 182) parafraseia as palavras de Jesus; “mas vocês deveriam aplicar a lição a si mesmos. Vocês estão na mesma posição desse administrador que viu o desastre iminente que o ameaçava com a ruína, mas a crise que ameaça vocês, na qual, aliás, vocês já estão metidos, é incomparavelmente mais terrível”.
v. 9. A parábola termina com um conselho para os seus ouvintes: Usem a riqueza deste mundo ímpio para ganhar amigos, de forma que quando ela acabar, estes os recebam nas moradas eternas.O dinheiro, por manchado que seja, deveria ser usado de tal forma que, quando [...] acabar— isto é, na morte, quando não vale mais nada —, o enriquecimento espiritual esteja garantido em contraste com o enriquecimento desta vida transitória. A mensagem está clara; na nossa mordomia das coisas de Deus, sejamos ao menos tão dedicados e eficientes como o administrador na defesa dos seus próprios interesses.
(2) Ditos acerca das riquezas e do orgulho (16:10-15) Qualquer dúvida que alguém possa ter acerca do significado da parábola deve ser dirimida pelos ditos que seguem, sublinhando a importância suprema da integridade. A honestidade precisa ser vista nas minúcias e detalhes, se é que queremos que seja percebida nas questões mais importantes da vida (v. 10). Se não somos fiéis nas coisas materiais, como confiarão a nós as coisas espirituais (v. 11)? E se não somos confiáveis com as coisas que pertencem aos outros, como podemos esperar que seremos fiéis com relação às nossas coisas (v. 12)? Servir a Deus é um emprego de tempo integral; como no caso de escravos, todo o nosso tempo e todos os nossos esforços pertencem ao nosso Senhor (v. 13). Finalmente, quando os avarentos fariseus zombam dele (v. 14), ele os adverte de que, embora consigam impressionar os homens, não conseguem enganar Deus, que detesta o orgulho deles (v. 15).
v. 13. Esse versículo tem um paralelo em Mt 6:24, no contexto do Sermão do Monte; o restante é peculiar a Lucas.
(3) Ditos acerca da nova ordem (16:16-18)
Três ditos breves acerca do reino, da lei e do divórcio. Os primeiros dois ocorrem também em Mateus e, assim, provavelmente, pertencem a “Q”; o terceiro é encontrado nos três sinópticos. Acerca do v. 16, conforme comentário de Mt 11:12,Mt 11:13; acerca do v. 17, cf. comentário de Mt 5:18; acerca do v. 18, conforme comentário de Mc 10:4,Mc 10:11,Mc 10:12 e Mt 5:31,Mt 5:32.
(4) A parábola do rico e Lázaro (16:19-31) Um homem rico, desfrutando de todo tipo de luxo de roupa e alimento, morre aproximadamente na mesma época que Lázaro, um pobre coitado que senta à porta do rico para pedir esmola, cuja presença quase não é notada por aquele. No além-mundo, seus papéis são invertidos; o mendigo desfruta da felicidade junto de Abraão, enquanto o rico foi ao Hades, onde estava atormentado.Mesmo nessa condição, ainda quer ordenar que Lázaro faça trabalhos servis para ele, mas Abraão destaca que o rico já teve mais do que a sua parcela justa de coisas boas; e, além disso, o trânsito entre os dois lados é absolutamente impossível. Ao perceber que falhou em conseguir algum tipo de concessão para si, o rico pede que Lázaro seja enviado aos seus cinco irmãos para adverti-los. Mas esse pedido também é negado, visto que eles têm todas as advertências de que precisam nas Escrituras.
Essa parábola é diferente de todas as outras no aspecto de que a personagem central é mencionada; alguns comentaristas argumentam, por essa razão, que deve ser considerada narrativa histórica, e não parábola. Mas esse ponto de vista, à parte do fato de que todas as parábolas narrativas provavelmente falam de eventos que de fato aconteceram, ignora o elemento de simbolismo que está bem evidente na história. As expressões “junto de Abraão”, “grande abismo” e “este lugar de tormento” não devem ser forçadas demais em seu sentido literal material, e seria muito imprudente tentar descrever a vida após a morte com base nos detalhes descritos aqui. Alan Richardson diz corretamente: “O objetivo da parábola não é nos familiarizar com os detalhes da vida por vir, mas confrontar-nos com nossa tarefa nesta vida” (A Theological Word Book of the Bible,1950, p. 107).
Certas verdades concernentes à vida por vir são, no entanto, destacadas inescapavel-mente na parábola. Em primeiro lugar, está o caráter final e decisivo da morte como destino humano; o estado da alma individual depois da morte é determinado irrevogavelmente durante esta vida. Em segundo lugar, seja o que estiver representado na linguagem simbólica, a parábola ensina claramente que o destino dos justos é a infinita felicidade, e o dos ímpios a aflição indescritível. Tanto a felicidade quanto a aflição são conscientes, e, além disso, a memória desta vida com suas oportunidades perdidas subsiste no além. Em terceiro lugar, além da insistência na realidade das diversas condições após a morte, há uma insistência equivalente na verdade de que para todos os homens há orientações suficientes do caminho para o céu nas Escrituras. v. 19. Havia um homem rico: O seu nome não é apresentado. Não importa quem era, parece se encaixar na descrição de um sadu-ceu; ele é abastado e veste roupas que são adequadas ao seu elevado nível social. Um materialista de mão cheia cuja filosofia parece ser “comamos e bebamos porque amanhã morreremos”, ele também é um racionalista que não acredita na vida após a morte mais do que os irmãos que ele quer despertar — tarde demais — para a verdade. Mas isso não justifica a pressuposição de T. W. Manson {Sayings, p. 295) e de outros segundo a qual Lucas está enganado ao mencionar fariseus no v. 14, em que deveria ter escrito saduceus; aliás, apesar do que acaba de ser dito, a parábola é considerada por alguns uma ampliação Dt 16:14,Dt 16:15, e assim o rico seria, afinal de contas, um fariseu, v. 20. Lázaro: A única personagem que tem nome na parábola. Ê a forma grega do nome Eleazar, “Deus é a sua ajuda”, e um nome suficientemente comum nos dias do NT, para tornar improdutiva a especulação em torno da identidade desse Lázaro em particular, v. 22. “A imagem é deduzida do costume de se reclinar em divãs na hora das refeições. ‘O discípulo a quem Jesus amava estava reclinado ao lado dele’ na última ceia (Jo 13:23)” (Balmforth, p. 244). v. 23. Hades: No uso geral em grego, era quase equivalente ao hebraico Sheol, o túmulo, a moradia dos que haviam partido, bons ou maus, mas posteriormente passou a ser usado quase exclusivamente como lugar dos maus que haviam morrido, v. 25. A afirmação de uma circunstância da presente narrativa, e não o enunciado da doutrina de que na vida após a morte há uma simples inversão da sorte desta vida. v. 31. tampouco se deixarão convencer, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos: Um dito que se cumpriu fartamente pouco tempo depois. A maioria dos judeus não se deixou convencer quando o próprio Jesus ressuscitou dos mortos.
Dúvidas
Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
Dúvidas - Comentários de Lucas Capítulo 16 versículo 31
Lc 16:31 - Os milagres provam a missão divina de Jesus?
PROBLEMA: Começando com Moisés, os milagres foram dados como uma prova da divina missão de cada um dos servos de Deus (conforme Ex 4:1-17). Nicodemos reconheceu que Jesus fora enviado por Deus porque, conforme ele disse a Jesus: "ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não estiver com ele" (Jo 3:2). Lucas nos diz que Jesus foi "aprovado por Deus diante de vós com milagres, prodígios e sinais, os quais o próprio Deus realizou por intermédio dele entre vós, como vós mesmos sabeis" (At 2:22). O autor de Hebreus declarou que Deus deu "testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres e por distribuições do Espírito Santo, segundo a sua vontade" (He 2:4).
Por outro lado, é evidente que os milagres não operam no sentido de confirmar a mensagem divina na vida das pessoas que não crêem. O próprio Jesus admitiu isso na passagem em que ele disse: "tampouco se deixarão persuadir, ainda que ressuscite alguém dentre os mortos" (Lc 16:31). E, num importante versículo de João, depois de Jesus ter realizado muitos de seus sinais milagrosos, o evangelista admitiu que "embora tivesse feito tantos sinais na sua presença, não creram nele" (Jo 12:37).
Assim, com base nesses versículos, tudo indica que os milagres realmente não contribuem para a confirmação de uma missão divina.
SOLUÇÃO: A razão de tal discrepância não é difícil de ser encontrada. Há uma diferença entre provar e persuadir. Devido ao contexto teísta, os milagres de Jesus eram uma confirmação de suas reivindicações, mas isso não significa que todo aquele que os visse seria convencido por esses milagres. Esses eram uma demonstração objetiva das reivindicações de Jesus, mas nem todos se convenceram subjetivamente por eles. Até mesmo a melhor evidência só é efetiva havendo vontade, não a rejeição.
Aqueles que se fecharem para Deus ouvirão apenas o "trovão", ao passo que aqueles que estiverem abertos ouvirão a própria voz de Deus (conforme Jo 12:27-29).
Francis Davidson
O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Lucas Capítulo 16 do versículo 1 até o 31
5. DUAS PARÁBOLAS DE ADVERTÊNCIA (Lc 16:1-42) -Estas duas parábolas são também peculiares a Lucas. Têm a ver com o uso das riquezas deste mundo. Uma delas foi dita aos discípulos e a outra aos fariseus.
Na parábola do mordomo prudente (1-8) Jesus tirou uma lição para os discípulos da previsão humana de providenciar para seu futuro. O mordomo não estava necessariamente atuando com desonestidade ao cortar as dívidas que eram devidas a seu patrão, pois que é possível que ele perfaria a quantia com recursos próprios. Isto está implícito na própria lição da parábola (9). É nossa riqueza que devemos empregar ao fazer amigos e não a riqueza alheia, usada fraudulentamente. O mordomo é denominado injusto com referência ao encargo elementar de desperdiçar os bens de seu patrão, não em relação ao tratamento dado aos devedores de seu patrão. Foi ele elogiado porque se houvera atiladamente (8); usara sua riqueza presente a fim de fazer provisão para o futuro. Jesus estava descrevendo o tipo de sabedoria que o povo deste mundo demonstra em providenciar para seu futuro terreno, para mostrar uma lição para os filhos da luz (8) ao providenciarem para seu futuro eterno. Ele então prossegue, dando ênfase à lição da parábola, com mais alguns comentários (9-13).
Um administrador (1); ele teria a direção total da propriedade do homem rico. Devedores do seu senhor (5). Eles pagaram suas dívidas em espécie e o administrador, por vezes, havia recebido mais deles do que havia colocado em suas contas, aumentando deste modo a sua própria riqueza. Desta vez ele aceitará menos do que devem, a fim de obter favor da parte deles. Cem cados de azeite (6). Esta medida hebraica continha aproximadamente trinta litros. Cem coros de trigo (7). Esta é uma medida diferente, em hebraico cor, que era igual a cerca de dez alqueires.
Elogiou o senhor (8); em outra versão, "seu senhor", isto é, o homem rico, que evidentemente sabia tudo quanto o administrador havia feito. O administrador infiel (8); literalmente, "o administrador da injustiça", descrevendo seu caráter de modo geral. Os filhos do mundo (8); literalmente, "os filhos desta era", o mundo tal como o é atualmente. Os filhos da luz (8); literalmente, aqueles que receberam a luz da nova era. Das riquezas de origem iníqua (9). Dinheiro ou riqueza mundana tende a promover a injustiça, porém os discípulos de Cristo têm que usá-la por causa do reino de Deus. Quando estas vos faltarem (9); isto é, quando chegarem a um fim, tal como seguramente chegarão. Esses amigos vos recebam (9). Provavelmente poderia ser interpretado em um sentido impessoal ou geral, sem ser propriamente amigos. Aplicação do alheio (12); isto é, riquezas terrenas que temos somente em confiança e que não podemos guardar. Quem vos dará o que é vosso (12); isto é, riquezas espirituais-as que possuímos para sempre.
Os fariseus zombaram deste ensinamento e Jesus fê-los lembrar que Deus estava vendo através de seu orgulho de autojustiça. A antiga dispensação estava sendo superada pelo reino de Deus em que a lei seria completamente cumprida (14-18). Jesus, então, ilustrou esses princípios com a parábola do homem rico e de Lázaro, na qual Ele pintou as conseqüências que se seguem ao emprego errôneo das riquezas terrenas. A parábola contém duas cenas, uma na terra e outra no outro mundo, as quais são antepostas uma à outra. Na cena aqui na terra (19-22), um contraste aberrante é feito entre o homem rico e o mendigo, primeiramente na vida e depois na morte. A outra cena passa-se no Hades (Seio de Abraão), o mundo para onde vão todos quantos partem deste mundo a fim de aguardarem o julgamento final. Aqui o contraste é completamente no reverso, e entre os dois homens há um grande abismo estabelecido. Das duas entrevistas compondo a cena uma é relacionada à porção do homem rico após a morte (23-26) e a outra a de seus cinco irmãos aqui na terra (27-31). Que eram avarentos (14); ou melhor, "amantes do dinheiro". Os fariseus encaravam suas riquezas como uma recompensa especial por sua observância meticulosa da lei. A lei e os profetas (16); subentendendo que uma nova dispensação começou com ele. Todo o homem se esforça por entrar nele (16). Nosso Senhor percebeu que em toda parte os homens ansiavam por lugares no reino, até mesmo quando não soubessem de tudo quanto estava incluído nisso. Nos vers. 17 e 18, que parecem ter muito pouca conexão com o que precede, Jesus contrasta o ensino da lei com o espírito dos fariseus.
Certo mendigo, chamado Lázaro (20). O nome é a forma grega do hebraico Eleazar e significa "Deus ajuda". Provavelmente tinha a tendência de indicar a fé em Deus que esse mendigo tinha. E até os cães vinham (21); agravando sua miséria, pois que os cachorros não eram domesticados e eram mesmo encarados como sendo impuros. Seio de Abraão (22); não um sinônimo de Paraíso, embora significasse estar lá. A expressão é tirada da idéia de um banquete onde cada homem, reclinando em seu divã, está no seio do homem à sua esquerda. Lázaro, assim se imaginava, deveria estar assentado próximo a Abraão (cfr. Jo 13:23). E foi sepultado (22). Os anjos não são mencionados eles não assistiram ao homem rico em sua morte.
Estou atormentado nesta chama (24); simbolicamente descrevendo a agonia dos desejos inflamados que agora não mais podiam ser satisfeitos. Filho, lembra-te (25). A memória do passado não é afogada no outro mundo. Agora, porém (25); outra versão diria: "Mas agora, aqui", marcando tanto o contraste de tempo como o de lugar. Está posto um grande abismo (26). A palavra significa uma tremenda brecha. Além de tudo (26); ou antes, "a fim de que". A brecha fora colocada para o propósito de estabelecer uma separação insuperável entre as duas classes no outro mundo.
John MacArthur
Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Lucas Capítulo 16 do versículo 1 até o 31
92. Investindo as Finanças terrenas com foco no Eterno (Lucas 16:1-13)
Agora Ele também estava dizendo aos discípulos: "Havia um homem rico que tinha um administrador, e este gerente que lhe foi reportado como esbanjar os seus bens. E chamou-o e disse-lhe: 'O que é isso que eu ouvi sobre você? Dê uma prestação de contas de sua gestão, para que você não pode mais ser gerente. " O gerente disse para si mesmo: 'Que farei, pois o meu senhor está a assumir a gestão longe de mim? Eu não sou forte o suficiente para cavar; Tenho vergonha de mendigar. Eu sei o que hei de fazer, para que, quando eu estou removido das pessoas gestão me recebam em suas casas. " E ele chamou cada um dos devedores do seu senhor, e ele começou a dizer ao primeiro: 'Quanto deves ao meu senhor?' E ele disse: 'Cem medidas de azeite. " E ele disse-lhe: Toma a tua conta, senta-te depressa e escreve cinquenta. Então ele disse a outro: 'E quanto deves?' E ele disse: 'Cem medidas de trigo'. Ele disse-lhe: Toma a tua conta e escreve oitenta. ' E seu mestre elogiou o gerente injusto, porque agiu com astúcia; para os filhos deste mundo são mais astutos em relação ao seu próprio tipo do que os filhos da luz. E eu digo a você, fazer amigos para a vós mesmos por meio da riqueza de injustiça, de modo que quando ele falhar, eles vão recebê-lo nas moradas eternas. Quem é fiel no pouco, coisa que também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco, também é fiel no muito. Portanto, se você não fostes fiéis no uso das riquezas injustas, quem lhes confiará as verdadeiras riquezas? E se não fostes fiéis no uso do que é do outro, que lhe dará o que é vosso? Nenhum servo pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro "(16: 1-13).
Dos quase quarenta parábolas contadas por Jesus Cristo nos Evangelhos, cerca de um terço delas tratam de alguma forma com o dinheiro. Esse dinheiro desempenhou um papel tão proeminente no ensino de Jesus não é surpreendente, uma vez que tem um papel dominante na sociedade e na vida dos indivíduos. As pessoas gastam muito do seu tempo pensando em dinheiro; como adquiri-lo, gastá-lo, guardá-lo, investi-lo, emprestá-lo, mantenha o controle do mesmo, e às vezes dá-lo afastado. A preocupação generalizada com o dinheiro que dominam os resultados da sociedade de hoje em ansiedade, a cobiça, o egoísmo, a ganância, o descontentamento, a idolatria, e orgulho. Escritura tem muito a dizer sobre o dinheiro, incluindo a forma de obtê-lo, como a considerá-lo, e como usá-lo.
A Bíblia revela ambas as maneiras certas e erradas para obter dinheiro. A forma mais importante para ganhar dinheiro é através do trabalho. Pv 14:23 diz: "Em todo trabalho há proveito, mas só em palavras leva à pobreza" (conforme 6: 6-11; 20: 4; 28:19), e Paulo escreveu que aqueles que se recusam a trabalhar deve não comer (2Ts 3:10).
Segundo, a moeda pode ser obtido por poupança para o futuro. "Há tesouro precioso e azeite na casa do sábio", escreveu Salomão ", mas o homem insensato os devora" (Pv 21:20; conforme 30: 24-25.).
Em terceiro lugar, o dinheiro pode ser obtido através de uma avaliação adequada dos próprios recursos e planejamento sábio. Salomão aconselhou: "Conheça bem a condição de seus rebanhos, e prestar atenção aos seus rebanhos; de riquezas não são para sempre, nem uma coroa aguentar a todas as gerações "(Prov. 27: 23-24).
A Bíblia também estabelece a utilização correcta dos fundos. As pessoas estão a ganhá-lo para se sustentar (2 Ts 3: 10-12.), Suas famílias (1Tm 5:8), bem como para ajudar as pessoas em necessidade (Mt 6:2-3; Tiago 2:15-16.).
Acima e além dessas coisas, existem alguns pré-requisitos necessários para dar bíblicos para os propósitos do Reino. Em primeiro lugar, aqueles que verdadeiramente honrar a Deus na doação deve transferir a propriedade de suas dinheiro, posses, tempo e talentos para Ele. Em segundo lugar, eles devem fazer exaltar Cristo e proclamar o evangelho o propósito supremo de suas vidas. Finalmente, eles devem colocar-se em posição de usar seu dinheiro para honrar a Deus, tomando medidas para sair da dívida (pagamento de contas, priorizando gastos, eliminando os gastos não essenciais, a venda de itens que perpetuam a dívida, se recusando a emprestar dinheiro para luxos, perseguindo contentamento , etc). Vários princípios marcar doação Novo Testamento. Em primeiro lugar, dar Cristão é inteiramente voluntária (conforme 2Co 9:7.), Regular e sistemática (1 Cor. 16: 1-2), e motivado pelo amor, não compulsão legalista (2Co 8:8). Depois de seu mestre levou a gestão longe do que ele enfrentou duas alternativas desagradáveis. Por um lado, ele era não forte o suficiente para cavar . Ele era, em termos contemporâneos, um trabalhador de colarinho branco, e não é capaz de árduo trabalho manual.Além disso, ele sem dúvida viu esse trabalho como abaixo de sua dignidade. A outra alternativa era igualmente inaceitável. Se o trabalho manual era debaixo dele, quanto mais ele teria sido vergonha de mendigar? O futuro parecia sombrio, e ele não via saída de seu dilema.
Então, ele teve um súbito lampejo de inspiração; um "momento eureka", ou epifania. "Eu sei o que vou fazer", ele exclamou, "de modo que quando eu estou removido das pessoas gestão me recebam em suas casas." As pessoas a quem ele se referia eram devedores do seu senhor , com quem ele havia feito negócios em nome de seu mestre. A solução que ele veio com forneceria todas as coisas que ele precisa: um lugar para viver, renda e status.
Além de sua má gestão, o gerente lançou um novo esquema para roubar o seu mestre. Ele convocou cada um dos devedores do seu senhor , por sua vez e renegociou seus negócios para reduzir o montante que devia. Desde seu mestre não tinha terminado-lo imediatamente, ele ainda tinha acesso aos seus contratos. Aparentemente, seu mestre ausente ainda não havia rescindido a autoridade do gerente para agir em seu nome, ou palavra de que ainda não havia atingido seus devedores. As dívidas envolvidas mercadorias, e foram devido a ser pago no momento da colheita. Ao reduzir o que eles eram obrigados a pagar seu mestre, ele colocá-los sob a obrigação a ele. Reciprocation era uma parte integrante da sociedade judaica; se alguém fizesse uma pessoa a favor, essa pessoa foi obrigado a fazer um para ele.
Jesus, então, deu dois exemplos de relações enganosas do gerente. Para o primeiro , ele disse, "Quanto deves ao meu senhor?" E ele disse: "Cem medidas de azeite." E ele disse-lhe: "Tome a seu relato, senta-te depressa e escreve cinquenta. " Uma centena de medidas de oliva óleo era de 875 litros, ou o rendimento de cerca de 150 oliveiras, e valeu a pena cerca de mil denários mais do que salário de seis anos para um trabalhador comum. O novo acordo, que cortou a dívida pela metade, criou uma perda significativa para o seu mestre. O segundo devedor devia cem coros de trigo . O gestor reduziu a sua factura em vinte por cento a oitenta alqueires de trigo, mais uma vez defraudar seu antigo mestre de uma quantidade considerável de dinheiro (cem coros de trigo teria sido equivalente ao salário de oito a dez anos de um trabalhador comum). Estes não foram os casos em que a dívida foi reestruturada devido a circunstâncias atenuantes, tais como danos às culturas de clima ou gafanhotos, ou flutuações de preços. Isso foi feito exclusivamente para beneficiar o gerente, fazendo com que os devedores para os devedores mestre para ele.
Então veio a chocante, conclusão inesperada para a história: seu mestre elogiou o gerente injustos . Para aqueles escuta do Senhor relacionar esta história, que teria parecia que ele tinha tomado a licença de seus sentidos. Mas o mestre não louvar o gerente, porque ele era um desperdício, irresponsável, ou um ladrão. Ele elogiou-o , porque ele agiu astutamente . phronimos ( astutamente ) significa agir com sabedoria e discernimento. O gerente aproveitou sua oportunidade, que trabalha com cuidado a situação para sua própria vantagem. Uma vez que os devedores foram agora obrigados a ele, seu futuro estava seguro.
O ponto da parábola é simples. "Os filhos deste mundo" (os pecadores, aqueles que estão fora do reino de Deus), Jesus disse, "são mais astutos em relação ao seu próprio tipo do que os filhos da luz"(crentes; cf . João 0:36; Ef 5:8) estão em obter sua recompensa eterna no mundo vindouro. Os crentes devem ser muito mais astuto na preparação para seus futuros eternas.
O APLICATIVO
"E eu digo a você, fazer amigos para a vós mesmos por meio da riqueza de injustiça, de modo que quando ele falhar, eles vão recebê-lo nas moradas eternas. Quem é fiel no pouco, coisa que também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco, também é fiel no muito. Portanto, se você não fostes fiéis no uso das riquezas injustas, quem lhes confiará as verdadeiras riquezas? E se não fostes fiéis no uso do que é do outro, que lhe dará o que é vosso? Nenhum servo pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e ao dinheiro "(16: 9-13).
O Senhor chamou três lições da parábola relativa a atitude dos crentes em relação ao dinheiro: como eles vêem o seu dinheiro em relação aos outros, a si mesmos, e Deus. Em relação aos outros, Jesus exortava os seus ouvintes a fazer amigos para si mesmos por meio da riqueza da injustiça , assim chamado porque ele pertence a este injusto, mundo que passa. Os incrédulos, como o gerente injustos, costumam usar o dinheiro para comprar amigos terrestres. Os crentes, por outro lado, são para usar seu dinheiro para evangelizar e, assim, adquirir amigos celestiais. Ariqueza da injustiça , sendo um elemento da experiência da sociedade caída, não pode durar passado vida presente (conforme Lc 12:20). Quando ele falha , os amigos crentes ganharam através do investimento na pregação do evangelho vai recebê-los nas moradas eternas do céu. Aqueles amigos estará esperando para recebê-los quando eles chegam em glória, porque através do seu sacrifício financeiro para alcançar os não convertidos que ouviram e acreditaram no evangelho.
O Senhor chama os cristãos a usar seu dinheiro para os propósitos eternos para produzir uma recompensa celestial. Nas palavras familiares do Sermão da Montanha, Ele ordenou:
Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça ea ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas ajuntai para vós tesouros no céu, onde nem a traça ea ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem roubam; para onde o seu tesouro, aí estará o seu coração também. (Mateus 6:19-21.)
Onde investir seu dinheiro revela onde o coração das pessoas são. Acumulação pessoal sem fim é pecaminoso, perdulários e rouba aqueles que persegui-lo de bênção eterna. Com relação a sua atitude em relação ao dinheiro que se refere a si mesmo, Cristo exortou os crentes a serem fiéis a fazerem investimentos eternos. Sua declaração, Quem é fiel no pouco, coisa que também é fiel no muito; e quem é injusto no pouco, também é fiel no muito , é axiomático. Alguns afirmam que se tivessem mais dinheiro, eles iriam dar mais. Mas a verdade é que o personagem, não circunstâncias, determina fidelidade. Alguns, como a viúva pobre descrito em Lucas 21:1-4, que não têm nada dar tudo; outros que têm tudo dar nada. A questão não é financeira, mas a integridade e caráter espiritual. Aqueles que são fiéis com o muito pouco que eles têm que ser fiéis se tivessem mais; aqueles que são injustos -selfish, orgulhoso, indulgente-in o uso do que pouco têm que ser assim, se eles tiveram muito. O fator determinante não é o quanto as pessoas possuem, mas o quão forte o seu compromisso com o evangelho da salvação é.
A perspectiva das pessoas em dinheiro e sua fidelidade ou infidelidade resultante tem implicações para a sua recompensa eterna. Se você não tiver sido fiel no uso das riquezas injustas , Jesus perguntou:quem lhes confiará as verdadeiras riquezas para você? É tolice imaginar que Deus vai recompensar aqueles que pecaminosamente desperdiçar a sua oportunidade de ser fiel no uso das riquezas injustasnesta vida. Aqueles que não conseguem investir sua riqueza na obra da redenção empobrecer-se para sempre. Recompensa eterna vem para aqueles que são fiéis.
A pergunta do Senhor, ? Se você não fostes fiéis no uso do que é do outro, quem vos dará o que é o seu próprio revela a importância da gestão; reconhecendo que tudo o que temos pertence a Deus, e nós somos responsáveis para gerenciá-lo para Sua glória (conforme Mt 25:1: "Onde riquezas manter o domínio do coração, Deus perdeu a sua autoridade." Demandas conflitantes, inevitavelmente produzir emoções conflitantes e atitudes. Aqueles que amam o dinheiro vai desprezar e se ressente do que Deus exige deles a respeito dele. Mas aqueles que o amam vai escolher para honrá-lo por não fazer riqueza terrena seu mestre. Em vez de usá-lo para satisfazer egoisticamente seus desejos, eles vão procurar gerir o dinheiro que ele confiou a eles, para a salvação das almas para a glória de Deus.
93. Por que os falsos mestres zombam da Verdade (Lucas 16:14-18)
Agora, os fariseus, que eram amantes do dinheiro, estavam ouvindo todas essas coisas e zombavam Dele. E Ele lhes disse: "Você é daqueles que se justificam perante os olhos dos homens, mas Deus conhece os vossos corações; pois aquilo que é elevado entre homens é abominação aos olhos de Deus. A Lei e os Profetas foram proclamados até João; Desde então, o evangelho do reino de Deus tem sido pregado, e todo mundo está forçando seu caminho para ele. Mas é mais fácil para o céu ea terra para passar longe do que por um golpe de uma letra da lei a falhar. Todo aquele que repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e quem casa-se com aquele que é repudiada pelo marido, também comete adultério "(16: 14-18).
É uma verdade paradoxal que aqueles que são os mais perigosos inimigos de Deus não são os únicos que abertamente se opor a ele, mas sim aqueles que por fora realmente parecem os mais dedicados a Ele.Muitos supõem que essas pessoas aparentemente piedosas, especialmente aqueles que se identificam com o Deus das Escrituras, certamente deve ter a sua aprovação, quando, na realidade, as falsas formas de adoração dirigidas ao Deus da Bíblia são odiados por Ele. Apóstata judaísmo e cristianismo falso, junto com todos os seus professores enganadores, são inimigos da verdade divina e de Deus.
Condenações mais severas de Deus foram reservados para os tolos não sem religião, que negam a sua existência (Sl 14:1 o Senhor condenou aqueles hipócritas judeus que "se aproximam com as suas palavras e me honra com os serviço de bordo, mas eles removem seus corações longe de mim, e sua reverência para mim consiste em tradição aprendida de cor", enquanto em Is 48:1.). "O sacrifício dos ímpios é abominável ao Senhor" (Pv 15:8).
Coletivamente os fariseus, os líderes religiosos de Israel nos dias de Jesus, se encaixam nessa categoria. Eles foram cuidadosamente dedicado a interpretar e aplicar a lei do Velho Testamento e rituais e cerimônias mosaicas fastidiously observados. Eles deram tudo indica exterior de serem adoradores dedicados do verdadeiro Deus de Israel. No entanto, eles foram ferozmente hostil a e odioso dos encarnados Senhor Jesus Cristo, Deus. Inicialmente, eles haviam sido curioso sobre ele e seu ensinamento, mesmo convidando-O em suas casas para aprender mais sobre Ele (Lucas 7:36-50; 11: 37-54; 14: 1-24), mas mesmo nesses encontros houve uma corrente de animosidade que procurou armadilha e desacreditá-lo. Eventualmente, essa animosidade endurecido na rejeição vicioso que levou a demandas sanguinários para o assassinato de seu Messias.
A comparação do presente passagem com o capítulo anterior do evangelho de Lucas revela a hostilidade crescente dos fariseus em relação a Cristo. Em Lc 15:2; Jer. 20: 7-8) e do Antigo Testamento tinham predito seria feito para o Messias (Sl. 22: 7-8.; Is 53:3). O adjetivo philarguros deriva de duas palavras:phileo , "Amar", ou "ter afeição por", e arguros , "prata". Caídos, povo pecador avidamente desejo de satisfazer as suas necessidades: assim, muitos são "amantes do dinheiro" em Além de ser "amantes de si mesmos" (2Tm 3:2.), "Gananciosos" (Jr 6:13;. Jr 8:10), e diz deles: "Quando eles têm algo a morder com os dentes, eles choram, 'Paz' Mas contra ele que põe nada em suas bocas eles declaram guerra santa "(Mq 3:5.) , assim como Pedro, que alertou seus leitores que "em sua ganância [falsos mestres] farão de vós negócio com palavras fingidas" (2Pe 2:3), mesmo inclinando-se tão baixo que devoram as casas das viúvas (Lc 20:47). Mesmo suas doações era apenas uma ostentação buscando honra dos homens (Mt 6:2) . Em suma, os fariseus operava a partir de impuros, corruptos, auto-engrandecimento, motivos gananciosos.
ELES FORAM ANTAGONISTAS EXIGÊNCIAS DE DEUS
estavam ouvindo todas essas coisas e zombavam Dele. (16: 14b)
Enquanto os fariseus estavam ouvindo todas estas coisas Jesus estava dizendo, o que desencadeou seu desprezo era o Seu ensinamento relativo ao uso correto do dinheiro (1-13 vv.). O ensinamento do Senhor que as pessoas estão a investir no reino de Deus para colher dividendos espirituais no céu, e servir a Deus, não o dinheiro, indiciou os fariseus dinheiro-loving. E aqueles obcecados com riquezas obtenção respondeu ao ensino de que eles não querem ouvir ridicularizando e zombando Jesus, o professor.
Sua reação agressiva, hostil significado que eles eram falsos adoradores, sem capacidade para receber e responder à verdade. Eles estavam cegos espiritualmente (2Co 4:4).. "Este é o julgamento", Jesus declarou: "que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más" (Jo 3:19). Eles estão "dispostos a chegar a [Cristo], para que [eles] tenham vida" (Jo 5:40). Essas pessoas podem até chamar Jesus Senhor, mas eles não têm capacidade de obedecê-Lo (Lc 6:46). Como resultado, sua vida espiritual não tem fundamento, e eles serão varridos pela torrente do julgamento divino (v 49; conforme Jo 12:1; conforme Lc 11:28) e, como resultado, têm "vida eterna, e [fazer] não entram em julgamento, mas [ter] passou da morte para a vida "(Jo 5:24). A evidência de que eles "têm vindo a conhecê-Lo" é que "guarda os seus mandamentos" (1Jo 2:3). (. Gl 1:14) Todos os fervor e legalistas esforços religiosos que fez dele uma estrela em ascensão no judaísmo do primeiro século feitos e um perseguidor da Igreja (. 1Co 15:9) ele reconheceu mais tarde a ser lixo sem qualquer valor (Fp 3:8; conforme Rm 1:17; Gl 3:11; He 10:38.). Essa verdade permeia o Novo Testamento, e apenas o deliberAdãoente cego poderia perdê-la: "Pelas obras da lei nenhuma carne será justificada diante dele" (Rm 3:20.); "Sendo justificados como um presente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus" (v 24.);Deus é "justo e justificador daquele que tem fé em Jesus" (v 26.); "Para nós, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei" (28 v.); "Mas, ao que não trabalha, mas crê naquele que justifica o ímpio, sua fé lhe é creditada como justiça" (4: 5); "Portanto, tendo sido justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo" (5: 1); "No entanto, sabendo que o homem não é justificado por obras da lei, mas pela fé em Cristo Jesus, temos também crido em Cristo Jesus, para que fôssemos justificados pela fé em Cristo e não pelas obras da lei; uma vez que pelas obras da lei nenhuma carne será justificada "(Gl 2:16.); "A Escritura, prevendo que Deus havia de justificar pela fé os gentios" (3: 8); "Agora que ninguém é justificado pela Lei perante Deus é evidente; para, "O justo viverá pela fé" (v. 11);"Por isso que a lei se tornou nosso aio para nos conduzir a Cristo, para que fôssemos justificados pela fé" (v 24.); "Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não como resultado de obras, para que ninguém se glorie "(Ef. 2: 8-9).
A trágica realidade foi que os fariseus tinham levado as pessoas na direção do inferno. Eles foram "guias cegos" (Mt 15:14.), Levando o cego espiritualmente "ovelhas perdidas da casa de Israel" (Mt 10:6.). Seu erro fatal foi que "não conhecendo a justiça de Deus e procurando estabelecer a sua própria, não se sujeitaram à justiça de Deus" (Rm 10:3; 19:. Lv 19:2; Lv 20:26; Sl 99:1, Sl 99:9; Is 6:3).
ELES PROCURARAM APROVAÇÃO HUMANA
aos olhos dos homens (16: 15b)
Os fariseus eram como aqueles a quem Paulo advertiu os gálatas, "desejo de fazer uma boa exibição na carne" (Gl 6:12). Eles queriam que a adulação e respeito das pessoas, e tentou parecer nobre e virtuoso. Jesus os repreendeu porque "como [d] para andar com vestes compridas, e como [d] respeitosas saudações nas praças" (Marcos 0:38), e porque "eles [fez] todas as suas obras para ser notado por homens; para eles alargar [va] os seus filactérios e alongam [va] as borlas das suas vestes. Eles adoram [d] o lugar de honra nos banquetes e os primeiros assentos nas sinagogas, e respeitosas saudações nas praças, e de ser chamados Rabi pelos homens "(Mateus 23:5-7.). A única recompensa para aqueles que desfilam sua auto-justiça é a honra que recebem dos homens; eles não receberá nada de Deus (Mateus 6:1-2., Mt 6:5, Mt 6:16).
ELES ERAM MAUS AT HEART
mas Deus conhece os vossos corações; pois aquilo que é elevado entre homens é abominação aos olhos de Deus. (16: 15c)
Fachada externa de piedade e santidade dos fariseus podem ter enganado os homens, mas a Deus , em Sua onisciência sabia o que estava em seus corações . "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas!" Jesus advertiu: "Porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia. Então, você, também, por fora parecem justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade "(Mateus 23:27-28.). Em 1Sm 16:7; conforme 1Cr 28:91Cr 28:9; 139:.. Sl 139:2; Jr 17:10; Jr 20:12; 08:27 Rom; Ap 2:23) e "vê o que é feito em segredo" (Mt 6:18). Jesus "não precisa de ninguém para testemunhar a respeito do homem, pois ele bem sabia o que havia no homem" (Jo 2:25).
Deus não só sabia o que estava em seus corações, mas desaprovou-lo, pois o que é muito estimado entre os homens é abominação aos olhos de Deus . Deus encontra todas as formas falsas de religião exaltados entre os homens detestáveis (a palavra grega pode se referir a algo que cheira mal, isto é abominável, repugnante, revoltante); ou seja, não é de todo uma oferta suficiente para satisfazê-lo.Sabedoria religiosa do mundo é mera loucura aos olhos de Deus (conforme Rm 1:22;. 1Co 1:201Co 1:20).
ELES REJEITARAM O EVANGELHO DO REINO
A Lei e os Profetas foram proclamados até João; Desde então, o evangelho do reino de Deus tem sido pregado, e todo mundo está forçando seu caminho para ele. (16:16)
Qualquer um faz-se detestável aos olhos de Deus, rejeitando o evangelho do reino, até mesmo os religiosos mais zelosos. A frase a Lei e os Profetas se refere ao Antigo Testamento (conforme 24:27, 44; Mt 5:17;. Mt 7:12; Mt 22:40; 01:45 João; At 13:15; At 24:14; At 28:23).. O Antigo Testamento era, a era da promessa, celebrado com o Ministério da João O Baptist, o último dos profetas do Antigo Testamento.Além de ser o representante final da era do Antigo Testamento da promessa, João também foi o primeiro representante da era do Novo Testamento de cumprimento; seu ministério em ponte das duas eras.Ele não só previu aparição do Messias, mas também testemunharam. Por causa de sua posição original e seu privilégio de ser precursor do Messias, Jesus declarou João ter sido a melhor pessoa que já viveu até seu dia (Mt 11:11). Em sua manifestação de louvor a Deus, o pai de João, Zacarias, havia observado o cumprimento das promessas do Antigo Testamento na vinda do Messias (Lucas 1:67-79). O ministério de João atingiu o seu clímax quando ele batizou Jesus, o Messias. A transição de João para Jesus, desde a época do Antigo Testamento da promessa para a era do Novo Testamento de cumprimento foi completa. "Ele deve crescer", disse João de Jesus ", que eu diminua" (Jo 3:30). Não muito tempo depois, João foi preso e executado por decapitação (Matt. 14: 3-12).
A frase desde aquela época e outras frases semelhantes são importantes marcadores de tempo no Evangelho de Lucas, denotando pontos de viragem (conforme 01:48; 05:10; 12:52; 22:18, 69). Após a conclusão do ministério de João, Jesus tornou-se o ponto focal; o cumprimento das promessas do Antigo Testamento (conforme 24:27, 44; Jo 1:45; Jo 5:39; At 4:12; Rom. 1: 1-3).
Que as pessoas estavam forçando seu caminho para isso é outro lembrete de que entrar no reino é um duro, difícil luta. Enquanto a salvação é de nenhuma maneira um esforço puramente humano, o verdadeiro arrependimento, no entanto, envolve a vontade atuando na abnegação. "Se alguém quer vir após mim," Jesus declarou solenemente, "renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-Me" (Lc 9:23; conforme 14: 26-27), uma vez que "quem quiser salvar a sua vida a perderá, mas quem perder a sua vida por minha causa, ele é o único que vai salvá-lo "(Lc 9:24). Há uma luta monumental na alma humana pecaminosa para esmagar orgulho e auto-vontade e chegar a penitência total.
ELES NÃO TINHAM NENHUMA CATEGORIA PARA GRAÇA
Mas é mais fácil para o céu ea terra para passar longe do que por um golpe de uma letra da lei a falhar. Todo aquele que repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e quem casa-se com aquele que é repudiada pelo marido, também comete adultério "(16: 17-18).
À primeira vista, estes dois versos parecem não ter qualquer ligação com os precedentes. Eles não são afirmações aleatórias pregado aqui, sem motivo aparente, no entanto, mas, na verdade, se encaixam logicamente em fluxo de pensamento do Senhor. Os fariseus ficaram ofendidos por relações de Jesus com cobradores de impostos e outros pecadores desprezados (Lucas 15:1-2). Era um ultraje que ofendeu suas sensibilidades espirituais que Ele iria se misturar com pessoas que eles viram como a escória corruptos da sociedade judaica. Em resposta a essa indignação, Jesus tinha dito três parábolas enfatizando a alegria de Deus quando os pecadores se arrependam e abraçar a salvação (15: 3-32). Não havia lugar no pensamento dos fariseus para a alegria que vem de que tipo de graça e perdão. Pelo contrário, eles acreditavam que, ao pregar a graça e perdão de Jesus foi agredir a lei e prejudicar todo o seu sistema de salvação pela realização humana, fortalecendo ainda mais a sua convicção de que Jesus era de Satanás, e não Deus.
Esta foi a sua confiança, apesar do fato de que o Senhor tinha dito, em seu ensino no Sermão da Montanha, que, longe de desvalorizar a lei Ele manteve-lo nos mínimos detalhes, na verdade, o aumento do nível muito acima de onde colocou. Os fariseus estavam preocupados apenas com observância externa, mas Ele se concentrou em obediência interna do coração (Mat. 5: 17-48).
Sua declaração de que é mais fácil para o céu ea terra para passar longe do que por um golpe de uma letra da lei a falhar expressa confirmação absoluta de Cristo da permanência da lei de Deus. A Bíblia revela que o céu ea terra vai realmente passar (Sl 102:25-26; Is 51:1; Mt 24:35; 2 Pedro 3:. 2Pe 3:7, 2Pe 3:10). Mas seria mais fácil para que isso aconteça, para todo o universo criado para sair da existência do que para os mais pequenos, detalhe aparentemente mais insignificantes da lei a falhar. Não só o menor letra da lei (em hebraico a letra yodh , que se parece com um apóstrofo) não passará (Mt 5:18), nem mesmo um golpe de uma letra da lei vai falhar . Um acidente vascular cerebral foi uma marca minúscula que diferenciou duas letras hebraicas, como a pequena marca que distingue um F de capital a partir de um capital de E ou de uma capital de R partir de um capital B em Inglês.
Esta declaração e os similares em Mt 5:18 e 24:35 são, provavelmente, a mais clara defesa interna da inspiração verbal das Escrituras. Jesus enfatizou que as palavras da Escritura-down para a menor parte de uma carta-se divinamente inspirada (conforme 2 Sam 23:1-2; 1Co 2:131Co 2:13..).
Apesar de sua devoção professavam a lei, ficou claro que os fariseus depreciou-lo. Se eles realmente acreditavam que todas as promessas de Deus seria cumprida, eles teriam reconhecido a esmagadora evidência de que Jesus era o Messias. Em vez disso, eles rejeitaram. Nem eles manter os padrões morais imutáveis da lei, como Jesus demonstrou ao apontar um comando que eles ignoraram. O Antigo Testamento ensinou que todos os que se divorciar de sua mulher e casar com outra comete adultério; e quem casa-se com aquele que é repudiada pelo marido, também comete adultério .Os fariseus não, é claro, tolera abertamente adultério. Em vez disso, eles simplesmente se divorciaram suas esposas e se casou com uma mulher que preferiam. Eles justificaram que a ação interpretando mal o ensino de Moisés, em Deuteronômio 24: (v. 1 NVI) 1-4 como apologia do divórcio por motivos de "impureza". Essa impureza não era uma referência ao adultério, uma vez que a pena de morte por adultério estava em vigor (Dt 22:22), mas sim a algo mais que uma mulher fez que seu marido pode achar vergonhoso. Alguns fariseus, e outros a seguir seu exemplo, aproveitou essa declaração e viram nela uma permissão geral para se divorciar de suas esposas, por qualquer motivo. Escusado será dizer que eles interpretaram impureza nos termos mais amplos possíveis, e no uso prático, passou a significar o que o homem decidiu que ele não gostava de sua mulher. (Algumas das razões no registro foram sendo um pobre cozinheiro, sendo desrespeitoso com a mãe-de-lei, deixando de dar o seu marido um filho, sendo menos bonito do que uma outra mulher, etc.)
Mas o texto do Antigo Testamento não era nem apologia nem elogiando divórcio, muito menos comandando isso. Foi meramente reconhecendo que o divórcio aconteceu e houve uma necessidade de divinamente regulá-la. O texto era, na verdade, um aviso de Deus que se um homem se divorciou de sua esposa, sem justa causa, e ela se casou de novo, se o segundo marido morreu, ou se divorciou dela, o primeiro não poderia casar-se novamente dela. Como não havia fundamentos bíblicos para o divórcio e, portanto, o novo casamento estava errado, ela e seu segundo marido seria culpada de adultério, e se casar novamente novamente seu primeiro marido faria-o culpado de se casar com uma adúltera. Ilegítimo, divórcio e novo casamento irrestrito resultaria na proliferação de adultério, o que seria "uma abominação diante do Senhor" e "trazer o pecado sobre a terra" (v. 4). O ponto de Deuteronômio 24:1-4 foi o de evitar o divórcio e novo casamento. Os fariseus tinham transformou-o em sua cabeça para dar-lhes liberdade para se divorciar de suas esposas, por qualquer motivo.
Jesus deixou que o divórcio no caso de, impenitente adultério persistente, de coração duro (Mt 5:31-32.; 19: 1-9). Uma vez que Deus, em Sua graça comum tinha permitido a pena de morte por adultério a desaparecer, essa concessão foi um ato de misericórdia para com as partes inocentes, garantindo que um adúltero pode ser divorciado (ao invés de executado) para que o cônjuge não seria permanente, realizada em o aperto de miserável pecador comportamento de um dos cônjuges, sem castidade. O apóstolo Paulo dá a palavra do Espírito que um crente pode também ser divorciados novamente casados se um incrédulos folhas cônjuge (1Co 7:15).
As palavras do Senhor a respeito do divórcio são uma ilustração desenhado para expor a hipocrisia descarada dos fariseus. Apesar de sua devoção professavam a lei, eles de fato eram violadores do mesmo. E eles coletivamente repreensível como adúlteros através de sua proliferação dos divórcios. O conflito entre aqueles que proclamam fielmente a Palavra de Deus e os falsos mestres não mudou. O líder do conflito, Satanás, não mudou. Seus emissários, tanto humanos como demoníacas, ainda aprovisionar as doutrinas de demônios que têm sido desenvolvidos e propagadas desde a queda.
A questão é a verdade. A religião falsa condena. Ele não salva, e deve ser exposto para o que é e seus seguidores advertiu da condenação e desafiou a aderir a uma verdadeira compreensão da palavra de Deus. Dizer a verdade sobre mentirosos enganadores é o único misericordioso, compassivo e amoroso coisa que se pode fazer. Jesus confrontou os de Seu dia para que eles pudessem se arrepender, e para que as pessoas que os seguiram iria vê-los para que eles realmente eram. Essa ainda é a responsabilidade daqueles cujos olhos foram abertos para compreender a glória da verdade divina (conforme Lucas 20:45-47).
"Ora, havia um homem rico, e ele habitualmente vestida de púrpura e linho fino, alegremente vivendo em esplendor todos os dias. E um homem pobre chamado Lázaro estava deitado em seu portão, coberto de chagas, e desejando ser alimentado com as migalhas que caíam da mesa do rico; Além disso, mesmo os cães vinham lamber-lhe as chagas e. Ora, o pobre morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado. No Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio. E ele gritou e disse: 'Pai Abraão, tem misericórdia de mim e envia Lázaro para que ele possa molhar a ponta do seu dedo na água e refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. " Mas Abraão disse: 'Filho, lembre-se que durante a sua vida que você recebeste os teus bens, e Lázaro somente coisas ruins; mas agora ele está sendo consolado aqui, e você está em agonia. E além de tudo isso, entre nós e vós há um grande abismo, de modo que aqueles que desejam vir daqui para vós não será capaz, e que ninguém pode passar daí para nós. " E ele disse: 'Então eu te peço, ó pai, que você mandá-lo para casa do meu pai, pois tenho cinco irmãos de modo que ele possa avisá-los, para que eles não venham também para este lugar de tormento'. Mas Abraão disse: 'Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos. " Mas ele disse: 'Não, pai Abraão, mas se alguém vai para eles dos mortos, eles vão se arrepender! " Mas ele disse-lhe: 'Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão persuadir ainda que ressuscite alguém dentre os mortos. "(16: 19-31)
CS Lewis observou certa vez que a pessoa mais maçante e mais desinteressante você fala pode um dia ser uma criatura que, se você viu isso agora, você estaria fortemente tentado a adoração, ou então um horror e uma corrupção como agora se encontram, se em tudo, apenas em um pesadelo .... Não há ordinárias pessoas ... É imortais quem brincar com, trabalhar, casar, arrebitado e exploram-imortal horrores ou esplendores eternos. ( O Weight da Gloria [New York: Macmillan, 1949], 15. itálico no original).
Seu ponto era que todos os caminhos divergentes pessoas viajam na vida estreita para apenas dois no momento da morte, após o que todo mundo quer se torna um ser glorioso no céu, ou um ser miserável no inferno.
Ninguém que leva a Bíblia a sério duvida da existência do céu. Mas o inferno é negado por muitos, e pregada por alguns. Muitos dos que professam crer na autoridade das Escrituras evitar falar sobre o inferno, expressar dúvidas de que mais do que alguns pecadores colossais vão lá, ou mesmo negar a sua existência totalmente em contradição direta com o ensinamento do Senhor Jesus Cristo. Ele disse mais sobre o inferno do que ninguém, e afirmou solenemente a sua existência como o lugar do eterno tormento consciente para a maioria das pessoas (conforme Mt 5:22, Mt 5:29, Mt 5:30;. Mt 7:19; Mt 8:12; Mt 10:28; Mt 13:40, Mt 13:42, Mt 13:50; 18: 8-9; Mt 22:13; Mt 23:15, Mt 23:33; Mt 24:51; Mt 25:30, Mt 25:41; Mc 9:43, Mc 9:45, Mc 9:47, Mc 9:48; Lc 12:5; Jo 15:6; Mt 25:44; 13 25:42-13:27'>Lucas 13:25-27.). Uma pesquisa recente revelou que praticamente todas as pessoas que acreditam no céu também acredito que eles irão para lá (Gallup pesquisa enquete, 10-13 maio 2007). Tal foi o caso com o homem rico nesta história. Tanto para si mesmo e para os outros, ele teria parecia uma fechadura para o céu. Os judeus acreditavam que as riquezas eram um sinal claro da bênção de Deus. Portanto, quanto mais dinheiro um homem teve a maior bênção de Deus. Quando Jesus disse aos discípulos: "Quão difícil será para aqueles que são ricos entrar no Reino de Deus!" (Mc 10:23), "os discípulos ficaram admirados com as suas palavras" (24 v.). E quando o Senhor ", respondeu novamente e disse-lhes: Filhos, quão difícil é para entrar no reino de Deus! É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus '"(vv. 24-25)", eles foram ainda mais espantado e disse-lhe: "Então, quem pode ser salvo? '"(26 v.), se não os ricos.
A resposta dos discípulos refletiu a crença comum do povo-especialmente judeus O-money amoroso (Lc 16:14) fariseus a quem Jesus dirigiu esta história. O homem rico simboliza eles, tanto no seu amor ao dinheiro, e em sua suposição de que sua riqueza era um sinal do favor de Deus. Como ele (vv. 27-30), os fariseus exigiam sinais de Jesus antes que eles acreditariam. E como ele, que um dia iria ficar chocado ao encontrar-se no inferno. Eles são exemplos trágicos daqueles que ganhou o mundo, mas perderam suas almas (Mc 8:36).
A questão é saber se esta história contada por nosso Senhor era um relato de um acontecimento real, ou uma parábola. Aqueles que argumentam que esta é uma história real fazê-lo, porque nenhum dos indivíduos em qualquer das outras parábolas do Senhor são sempre dado um nome. Mas não há nada inerente ao conceito de uma parábola que proíbe nomear um indivíduo, para facilitar a identificação na história (especialmente razoável, já que os nomes de Abraão e de Moisés, também são utilizados). E, como se verá, há uma razão importante pela qual Jesus deu Lazarus seu nome. Por outro lado, as palavras de abertura da história, agora que havia um homem rico , são consistentes com a linguagem com a qual Jesus começou frequentemente Suas parábolas (conforme 10:30; 14:16; 15:11; 19:12). Além disso, as circunstâncias descritas na história não pode ser literalmente verdade. Não há nada na Bíblia que sugere que aqueles no inferno pode ver o céu e conversar com aqueles que estão lá. Nem os anjos 'que leva o corpo do homem pobre para o céu a experiência normal de crentes na hora da morte. É melhor, portanto, para ver isto como uma parábola, uma história criada pelo Senhor para transmitir a verdade espiritual vital.
A parábola pode ser vista a partir de duas perspectivas: os contrastes entre os dois homens, e as lições que o Senhor pretendia a parábola para ensinar.
OS CONTRASTES
"Ora, havia um homem rico, e ele habitualmente vestida de púrpura e linho fino, alegremente vivendo em esplendor todos os dias. E um homem pobre chamado Lázaro estava deitado em seu portão, coberto de chagas, e desejando ser alimentado com as migalhas que caíam da mesa do rico; Além disso, mesmo os cães vinham lamber-lhe as chagas e. Ora, o pobre morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado. No Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio. E ele gritou e disse: 'Pai Abraão, tem misericórdia de mim e envia Lázaro para que ele possa molhar a ponta do seu dedo na água e refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. " Mas Abraão disse: 'Filho, lembre-se que durante a sua vida que você recebeste os teus bens, e Lázaro somente coisas ruins; mas agora ele está sendo consolado aqui, e você está em agonia. E além de tudo isso, entre nós e vós há um grande abismo, de modo que aqueles que desejam vir daqui para vós não será capaz, e que ninguém pode passar daí para nós. " (16: 19-26)
A história desses dois homens é marcada por contrastes extremos na vida e reversões chocantes após a morte. Na vida, um era imensamente rico, o outro um mendigo empobrecida. O homem rico estava dentro da casa, o pobre homem do lado de fora. O pobre homem não tinha comida, o homem rico tinha toda a comida que ele poderia comer. O pobre homem tinha necessidades, o homem rico não tinha nenhuma. O pobre homem desejado tudo, o homem rico nada desejado. O pobre homem sofrido, o homem rico estava satisfeito. O pobre homem era atormentado, o homem rico estava feliz. O pobre homem foi humilhado, o homem rico foi homenageado. O pobre homem procurado migalhas, o homem rico festejaram. O pobre homem precisava de ajuda, o homem rico lhe deu nenhum. O pobre homem era um ninguém, o homem rico era bem conhecido. O pobre homem não tinha dignidade na morte, nem mesmo um enterro, o homem rico tinha dignidade na morte e um funeral de luxo. O pobre homem possuía nenhuma esperança, o homem rico possuía toda a esperança. Após a morte, no entanto, as situações de os dois foram completamente revertidas. O homem rico ficou mais pobre que o pobre homem já tinha sido, enquanto o pobre homem se tornou mais rico do que o homem rico jamais poderia ter imaginado. O pobre homem estava no interior (o céu), enquanto que o homem rico estava do lado de fora (inferno). O pobre homem gostei do grande banquete celestial, enquanto o rico foi totalmente privados. O pobre homem não precisava de nada, enquanto que o homem rico faltava tudo. O pobre homem tinha todos os seus desejos satisfeitos, enquanto que os desejos do homem rico iria eternamente insatisfeito. O pobre homem estava satisfeito, enquanto o homem rico sofrido. O pobre homem estava feliz, enquanto o homem rico era atormentado. O pobre homem foi homenageado, enquanto o rico foi humilhado. O pobre homem teve uma grande festa, enquanto o homem rico ansiava por uma gota de água. O homem rico procurou desesperAdãoente de ajuda, enquanto o pobre homem não foi capaz de fornecê-la. O pobre não tinha um nome, enquanto o homem rico não o fez. O pobre não tinha dignidade, ao passo que o homem rico não tinha nenhuma. Todas as esperanças do pobre homem foram realizados além do que ele poderia ter imaginado, enquanto as esperanças do homem rico desaparecido para sempre. O homem rico é o personagem principal da história. O pobre homem nunca fala; a sua função é principalmente a servir como o contraste com o rico. As palavras do homem rico dar o único testemunho do inferno encontrado em qualquer lugar na Bíblia. As grandes diferenças entre estes dois homens podem ser agrupadas em três segmentos: vida, morte e vida após a morte.
Vida
"Ora, havia um homem rico, e ele habitualmente vestida de púrpura e linho fino, alegremente vivendo em esplendor todos os dias. E um homem pobre chamado Lázaro estava deitado em seu portão, coberto de chagas, e desejando ser alimentado com as migalhas que caíam da mesa do rico; Além disso, mesmo os cães vinham lamber-lhe as chagas e. (16: 19-21)
Jesus fez o contraste mais evidente nas vidas terrenas dos dois homens a sua situação económica. O homem rico Ele retratado como extremamente rico, aquele que habitualmente (diariamente) vestida de púrpura e linho fino . Que ele estava vestido de púrpura significa que sua roupa exterior tinha sido tingido com um corante púrpura de Tiro, que foi extraído de caracóis do mar. Porque era muito trabalhoso para produzir, o corante roxo foi extremamente caro e só os ricos podiam pagar tecidos ou roupas tingidas com ele. Lydia, a mulher rica em cuja casa os crentes de Filipos conheci (At 16:40), era um comerciante de tais tecidos (v. 14). Que ele usava uma roupa interior de linho fino de algodão egípcio caro demonstra ainda mais a sua riqueza. Como o homem rico em outra das parábolas de Cristo, cujo lema de vida era: "Tome a sua vontade, comer, beber e ser feliz" (Lc 12:19), este homem foi alegremente vivendo em esplendor todos os dias . Seu estilo de vida foi um pródigo de auto-indulgência e ostentação.
Em contraste com o seu estilo de vida extravagante era a situação desesperada do homem pobre . Ptōchos ( pobre ) descreve uma pessoa no estado de mais extrema pobreza (por exemplo, Marcos 12:42-44). Em Gl 4:9), o homem rico na história de Jesus ignorou alguém que precisava de ajuda urgentemente. Apesar de ser aparentemente religiosa, ele ignorou o segundo mandamento mais importante da lei, "Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Lv 19:18; conforme Mt 22:1). Esses mesmos cães foram chegando e lambendo o pobre homemferidas . Cães em tempos bíblicos não foram domesticados animais de estimação, mas os catadores semi-selvagens (conforme Ex 22:31; 1Rs 14:111Rs 14:11; 16:. 1Rs 16:4; 21: 23-24), e são constantemente apresentados na Bíblia em uma luz negativa (por exemplo, 1Sm 17:43; 1Sm 24:14; Sl 22:16; Pv 26:11; Fp 3:1; 2Pe 2:222Pe 2:22; Ap 22:15.).
Morte
Ora, o pobre morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão; e morreu também o rico e foi sepultado. (16:22)
O extremo contraste entre os dois homens na vida continuou em morte. Enquanto eles estavam vivos, o homem rico tinha tratado os pobres, o sofrimento, o homem que jazia ao seu portão, como se ele já estivesse morto. Mas então tudo mudou. O pobre homem morreu , doentes, desamparados, e morrendo de fome. Não houve enterro, funeral, ou honra terrena na morte, mas a honra veio do céu como seu corpo foi levado pelos anjos para o seio de Abraão (veja a discussão abaixo). Não teria sido um, em qualquer caso; seu corpo teria sido jogado na lixeira com os do resto de párias da sociedade. O rico também morreu , mas ao contrário do pobre homem, ele foi sepultado e, sem dúvida, um homem teria sido homenageado com um funeral elaborado. Todos os seus recursos, dinheiro, amigos, privilégio e prestígio não podia comprar-lhe mais um dia de vida; suas riquezas não conseguiu impedir a inevitabilidade da morte. E não há anjos chegaram para levá-lo para o céu.
Vida Depois da Morte
No Hades, ergueu os olhos, estando em tormentos, e viu ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio. E ele gritou e disse: 'Pai Abraão, tem misericórdia de mim e envia Lázaro para que ele possa molhar a ponta do seu dedo na água e refresque a língua, porque estou atormentado nesta chama. " Mas Abraão disse: 'Filho, lembre-se que durante a sua vida que você recebeste os teus bens, e Lázaro somente coisas ruins; mas agora ele está sendo consolado aqui, e você está em agonia. E além de tudo isso, entre nós e vós há um grande abismo, de modo que aqueles que desejam vir daqui para vós não será capaz, e que ninguém pode passar daí para nós. " (16: 23-26)
A dissimilaridade entre o homem rico e Lázaro na vida continuou durante a transição da morte e tornou-se ampliado ao extremo na eternidade. Na história do Senhor Ele descreve Lázaro dramaticamente sendo levado para o céu pelos santos anjos quando ele morreu. Isso combina com a história, mas enquanto anjos ministrar aos santos (por exemplo, Mt 18:10;.. He 1:14), não há nenhum precedente bíblico para eles carregando um crente em pessoa ao céu no momento da morte. A frase seio de Abraão só aparece aqui na Bíblia. Não é, como alguns acreditam, um termo técnico para a morada dos santos do Antigo Testamento até depois da morte de Cristo fez expiação pelos seus pecados. Apenas indica que quando o pobre homem morreu, ele foi imediatamente para o lado de Abraão na morada dos justos.
Que os anjos iria ministrar a uma pessoa os fariseus visto como um pária teria chocado-los. A crença de que a doença ea pobreza significava maldição de Deus sobre a pessoa estava profundamente enraizada em seu pensamento. Três amigos de Jó insistiu que seu sofrimento foi o resultado de seu pecado. Até mesmo os discípulos perguntaram a Jesus a respeito de um homem cego de nascença, "Mestre, quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego?" (Jo 9:2), o pai da raça judaica e dos fiéis (Gn 15:5:.. Sl 139:8; Is 7:11; 13 66:20-14'>20: 13-14).
A frase , ergueu os olhos indica que ele estava plenamente consciente de seu entorno e, consciente tormento . Sua alma não estava dormindo, nem ele sair da existência. Assim como Lázaro ilustrado que na morte a remidos ir imediatamente para o gozo consciente da felicidade do céu, para que o homem rico mostra que a não resgatados imediatamente entrar em tormento consciente no inferno. Para o bem do ponto da história ele foi autorizado a ver ao longe a Abraão e Lázaro no seu seio , embora, como mencionado acima, que não pode acontecer na realidade. Ao vê-los , ele gritou , dirigindo-se Abraão comopai Abraão , baseando seu argumento que se seguiu à sua herança judaica e descendência de Abraão, o pai do povo judeu.
Seu apelo por misericórdia -algo que ele tinha provavelmente nunca pediu em vida, foi um reconhecimento de sua culpa e que sua punição foi merecida. Ele não protestou a sua inocência, ou questionar a gravidade de sua punição, mas só procurou algum alívio temporário. Seu apelo por Abraão para enviar Lázaro indica que sua visão do mendigo não tinha mudado. Ele ainda viu Lázaro como alguém tão humilde e insignificante que se alguém foram selecionados para deixar o céu e vir para o inferno deve ser ele. Sua atitude inalterada, impenitente ilustra a realidade de que o inferno não é corretiva, mas punitiva. Que o homem rico apelou para Abraão, que mostra nenhum interesse em Deus, o Pai ou o Senhor Jesus Cristo, apoia ainda mais que a verdade. Aqueles que rejeitaram a Deus na vida não vai de repente desejo de amar e servi-Lo quando se encontram no inferno. Uma das razões é o inferno para sempre é que as atitudes pecaminosas continuar para sempre, assim, a punição não pode acabar.
Buscando misericórdia nas mãos da pessoa a quem ele tinha mostrado nenhuma piedade, o homem rico pediu a Abraão para enviar humilde Lázaro de modo que ele pode molhar a ponta do seu dedo na água e refresque a sua língua , porque ele estava em agonia em o chama (conforme Mt 3:12; Mt 5:22; Mt 7:19; Mt 13:40, Mt 13:42, Mt 13:50; 18:. Mt 18:8, Mt 18:9; Mt 25:41; Mc 9:43; Jo 15:6 descreve-o como um lugar "onde o seu verme não morre" (conforme Is 66:24). O "verme" muito provavelmente simboliza a plenamente informado, acusando-o de consciência e de roer, irritante, culpa implacável pressiona sobre a alma torturada no inferno. Dn 12:2;; Mt 22:13Mt 22:25:30.) (Conforme 2Ts 1:9, Mt 13:50;. Mt 22:13; Mt 24:51; Mt 25:30; Lc 13:28).
O pior de tudo, não há nenhuma esperança de alívio para os habitantes do inferno, que "não têm descanso nem de noite" (Ap 14:11; conforme Ap 20:10). Sua sentença é eterna; o castigo que nunca termina. O fogo do inferno é insaciável e nunca deixará de queimar (Mt 3:12; Mc 9:43.), Uma vez que é eterna (Mt 18:1; Mt 25:41; Jd 1:7 indica que os ímpios são aniquilados e sair da existência. Isso, obviamente, estaria em contradição com as passagens citadas acima, que ensinam que os perdidos sofrerão o tormento consciente no inferno. Obviamente, alguém que tem saiu de existência seria incapaz de sofrimento Nem a palavra grega traduzida como "destruir" significa deixar de existir, mas sim para ser inútil, perecer, ou ser perdido [ele seja usado em Mt 9:17;.. Mt 10:6; Mt 12:14; Mc 3:6; Mc 9:22; Lc 13:33; Lc 15:4; Lc 19:10; Lc 6:12 João, 27; Rm 14:15;. 1Co 8:111Co 8:11;. etc.]).
AS LIÇÕES
E ele disse: 'Então eu te peço, ó pai, que você mandá-lo para casa do meu pai, pois tenho cinco irmãos de modo que ele possa avisá-los, para que eles não venham também para este lugar de tormento'. Mas Abraão disse: 'Eles têm Moisés e os Profetas; ouçam-nos. " Mas ele disse: 'Não, pai Abraão, mas se alguém vai para eles dos mortos, eles vão se arrepender! "Mas ele disse-lhe: 'Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco se deixarão persuadir ainda que ressuscite alguém dentre os mortos. "(16: 27-31)
Várias lições podem ser tiradas a partir do diálogo final desta história convincente e assustador.
Em primeiro lugar, esta parábola responde à pergunta de por que os pecadores para o inferno. O homem rico parecia certo para fazê-lo para o céu, mas em vez disso se viu no inferno. Ouvintes do Senhor, especialmente os fariseus, teria sido dumfounded, e em uma perda para explicar o porquê. Não era porque ele não era do estoque racial direita. Os judeus erroneamente (conforme Mt 8:11-12; Lc 3:8; João 8:31-58) acredita que o inferno estava reservado para os gentios, enquanto a maioria dos judeus (exceto cobradores de impostos, os judeus não religiosos, e aqueles culpados de pecados graves) iria para o céu. Por isso, um de ascendência abraâmico essencialmente garantido entrada para o céu. Antes de sua salvação, Paulo estava confiante de que ele iria chegar ao céu, porque ele era "circuncidado ao oitavo dia, da nação de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça que há na lei, fui irrepreensível "(Fp. 3: 5-6); depois de sua salvação, ele percebeu que as coisas não eram nada além "lixo" (v. 8).
Lázaro representava os párias que vieram a Jesus e receberam a salvação. O homem rico é os fariseus e todos os que seguem a sua marca de obras religião. O homem rico era um descendente de Abraão. Ele apelou para Abraão como seu pai, ou ancestral, e Abraão reconheceu que, chamando-o "Criança". Mas a raça não é um fator para determinar o destino eterno de uma pessoa. Ser judeu não garante uma entrada para o céu mais do que ser um Gentil garante um será enviado para o inferno.
Também não era sua substância que condenou o homem rico para o inferno. É verdade que, como observado anteriormente neste capítulo, a riqueza pode tornar difícil para entrar no reino. Mas a riqueza não é uma barreira absoluta para a salvação, porque Deus tem o poder de salvar quem ele escolher (Mt 19:26). O próprio Abraão era muito rico (Gn 13:2), Jacó (Gn 32:5), Davi (1Cr 29:28), Salomão (2Cr 1:1), e José de Arimatéia (Mt 27:57)..
O homem rico não foi enviado para o inferno, porque ele era um secular, judeu irreligiosa. Como os fariseus, ele foi para o exterior religiosa pelos padrões da época, tanto que ele pensou que suas riquezas eram uma recompensa de Deus; ele e seus irmãos estavam familiarizados com Moisés e os profetas , e ele mesmo entendeu que eles precisavam se arrepender para que eles se não vêm também para este lugar de tormento em que se encontrava. Seu reconhecimento de que eles precisavam se arrepender também pressupõe uma crença no pecado, a lei, e Deus como o doador lei.
Embora o pecado condena todos os não-redimidos para o inferno, não há nada que sugira que ele era culpado de quaisquer pecados especialmente odiosos. Como os judeus, ele era religioso e bem respeitado e que defende o fato de que ele não estava no inferno, porque ele era culpado de tais pecados. Alguns podem pensar que ele acabou no inferno, porque ele era egoísta, totalmente carente de compaixão, amor e preocupação com os pobres mendigo que jazia ao seu portão. É verdade que o seu pecado enviou-o para o inferno, e que o egoísmo é o cerne de todo o pecado. Mas dizer que o egoísmo condenou o homem rico para o inferno é apenas parcialmente verdadeiro. Mesmo se ele tivesse sido generoso, bondoso e misericordioso para com Lázaro, esses atos de caridade e compaixão não teria expiado seus pecados. Salvação ao longo da história redentora sempre foi unicamente pela graça de Deus por meio da fé (veja a discussão sobre esta verdade abaixo). No fim das contas, só há uma razão que o homem rico (e, por extensão, todos os não-redimidos) acabou no inferno: não acreditar e agir de acordo com a verdade das Escrituras. O céu é para aqueles que acreditam no que Deus revelou em Sua Palavra e agir sobre ela. Abraão afirmou suficiência das Escrituras, quando disse em resposta ao pedido do homem rico para enviar Lázaro a seus irmãos: Eles têm Moisés e os profetas; ouçam-nos . Revelando sua falta de crença na suficiência das Escrituras, o homem rico pediu um sinal sobrenatural: Não, pai Abraão, mas se alguém vai para eles dos mortos, eles vão se arrepender! Isso era uma queixa e um pedido. A implicação é que ele e seus irmãos tinham dados insuficientes; que eles não tinham um sinal suficientemente convincente. Os fariseus fizeram exatamente isso: eles repetidamente exigiu um sinal do Senhor (Mt 12:38; 16:. Mt 16:1; Lc 11:16; Jo 2:18), que Ele se recusou a dar-lhes (Mt 12:39; Mt 16:4;. 1Pe 1:231Pe 1:23).
Esta resposta levanta a questão de que as pessoas antes da Cruz precisava acreditar para escapar do inferno. Primeiro, eles precisavam acreditar que a verdade sobre Deus. O Antigo Testamento revela ser Ele o Criador santo soberano, Régua, e Legislador que sempre julga o pecado. Deus julgou o pecado com a queda, para o qual o refrão repetido na genealogia registrada em Gênesis 5 ", e ele morreu", atesta. O julgamento catastrófico da enchente dá mais uma prova de que Deus julga o pecado. Porque Ele é absolutamente santo (Is 6:3.). Portanto, Ele deve punir o pecado, e como resultado, "a alma que pecar, essa morrerá" (Ez 18:4). Através de Ezequiel, Deus chamou para Israel para se arrepender e se converter dos seus pecados (Ez. 18: 30-32). "Deixe o ímpio o seu caminho", Isaías declarou: "eo homem maligno os seus pensamentos; e deixá-lo voltar para o Senhor, e Ele terá compaixão dele, e para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar "(Is 55:7; 34: 6-7.; Sl 41:4). Assim, os pecadores de todos os tempos foram salvos pela graça, nunca por seu próprio mérito, obras, sacrifícios, ou realização de rituais e cerimônias.
Em quarto lugar, eles precisavam para acreditar que Deus perdoa o pecador arrependido, porque Ele é, por natureza, um Deus que perdoa. Em Êxodo 34:6-7 Deus descreve a si mesmo como
o Senhor, o Senhor Deus, misericordioso e piedoso, tardio em irar-se, e grande em benignidade e em verdade; que mantém misericórdia em mil gerações, que perdoa a iniqüidade, a transgressão eo pecado;Ele ainda não tem por deixar impunes os culpados, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos e nos netos, até a terceira e quarta gerações.
Davi, não é estranho para o perdão de Deus (conforme Sl 32:1; 51: 1-4.), Escreveu:
Ele não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui segundo as nossas iniqüidades. Para tão alto como os céus estão acima da terra, assim é grande a sua misericórdia para com os que o temem.Tanto quanto o oriente está longe do ocidente, tanto tem ele removeu nossas transgressões de nós. (Salmo 103:10-12.)
Micah exclamou:
Quem é Deus semelhante a ti, que perdoa a iniqüidade e passa sobre o ato de rebelião do restante da tua herança? Ele não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer no amor imutável. Ele voltará a ter compaixão de nós; Ele pisará nossas iniqüidades sob os pés. Sim, você vai lançar todos os nossos pecados nas profundezas do mar. (Mic 7: 18-19.)
Os fariseus, que imaginou que Deus era menos justo do que ele é e que eles eram mais justos do que eles eram, viu pouca necessidade de arrependimento genuíno. Eles se aproximaram de Deus só para confessar seus pecados superficialmente, mas mais para comemorar a sua própria justiça:
[Jesus] disse esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos que eram justos, e viram os outros com desprezo: "Dois homens subiram ao templo para orar: um, fariseu, o outro cobrador de impostos. O fariseu, de pé e estava orando isso para si mesmo: 'Deus, eu te agradeço porque não sou como as outras pessoas:. Roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano "(Lucas 18:9-11)
Em quinto lugar, eles precisavam acreditar que a salvação graciosa de Deus e do perdão do pecado é apropriada pela fé. Abraão "creu no Senhor; e Ele imputou-lhe isto como justiça "(Gn 15:6.). Habacuque escreveu que "o justo viverá pela sua fé" (Hc 2:4; Gl 3:11; He 10:38...).
Em sexto lugar, eles precisavam acreditar que a salvação ocorreu pela concessão ou imputação de uma justiça alheia; isto é, a justiça de fora deles (conforme Fm 1:3).
Em sétimo lugar, eles precisavam acreditar que a justiça de Deus foi satisfeita pela transferência Seu julgamento para um substituto. Os milhões de animais sacrificados ao longo da história de Israel lhes ensinou que "sem derramamento de sangue não há remissão" (He 9:22). Esses inúmeros sacrifícios não poderia, no entanto, tirar os pecados (Heb. 10: 1-4).
Em oitavo lugar, eles precisavam acreditar que o Messias viria e redimi-los de seus pecados (Jó 19:25) através da Sua morte substitionary em seu nome. Ele seria a semente da mulher, que esmagou a cabeça de Satanás (Gn 3:15), o servo sofredor de Isaías 53. Ele seria humano e divino; tanto o descendente de Davi e seu Senhor (Mt 22:42-45.); aquele que viria a ser humilde (Zc 9:9; conforme Gn 49:10.).
Por fim, eles precisavam acreditar que a recepção da salvação requer o perdão de todo pecado, ou esperança de salvação por todos os meios humanos. No Sl 3:8; 45: 21-22.). Isaías 55:6-7, como mencionado acima, também pede apenas um abandono tão completo de qualquer outra esperança de salvação.
O Antigo Testamento, então, continha todas as informações necessárias para levar o candidato honesto para a salvação. Paulo exortou Timóteo a lembrar "que desde a infância sabes as sagradas letras [de sua mãe e avó de acreditar; 2Tm 1:5.). Pedro proclamou ao povo de Israel que "as coisas que Deus anunciadas de antemão pela boca de todos os profetas, que o seu Cristo havia de padecer tem, assim, cumprido" (At 3:18). Jesus indiciou os líderes judeus para a compreensão de que o Antigo Testamento ensinou a verdade sobre a vida eterna, mas não estar disposto a crer nEle (João 5:39-40). Paulo escreveu aos Romanos que "agora, sem lei, a justiça de Deus se manifestou, tendo o testemunho da Lei e os Profetas" (Rm 3:21), e testemunhou que o Corinthians, "Por que eu entregue a você como primeiramente o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras "(1 Cor. 15: 3-4).
Como o homem rico, como mencionado acima, os judeus exigiam sinais do Senhor. Mas eles rejeitaram os indícios convincentes de que eles receberam (Jo 12:37) —incluindo a ressurreição de uma pessoa morta. Depois que o Senhor fez o milagre surpreendente de ressuscitar Lázaro dentre os mortos (João 11:1-44), a resposta dos fariseus era para traçar sua morte e que de Lázaro (João 12:10-11) (vv 47-53). .E quando o próprio Senhor Jesus Cristo ressuscitou dos mortos, os líderes religiosos subornaram os soldados romanos que tinham sido guardando o túmulo a falsa alegação de que os discípulos haviam roubado seu corpo (Mat. 28: 11-15).
Para o homem rico, Israel, e todos os que chegam no inferno, o problema não é a falta de informação, mas a rejeição da verdade: "Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a Luz, porque as suas obras eram más "(Jo 3:19).
Barclay
O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Lucas Capítulo 16 do versículo 1 até o 31
Esta é uma parábola evidentemente muito difícil de interpretar. É uma história a respeito de um grupo de patifes que poderíamos encontrar em qualquer lugar. O mordomo era um patife. Embora fosse um escravo,
estava a cargo da administração de toda a propriedade de seu amo. Na
Palestina era freqüente a ausência periódica dos proprietários. Este amo bem pode ter sido um deles, que teria confiado todos os seus bens ao mordomo. Este se havia entregue a uma carreira de desfalques. Os devedores também eram canalhas. Sem dúvida deviam o arrendamento. Na Palestina muitas vezes este era pago não em dinheiro, e sim em espécie. Em geral era uma proporção combinada do produto da parte da propriedade que se alugava.
O mordomo sabia que tinha perdido seu posto. Portanto, teve uma idéia brilhante. Falsificou os registros nos livros, de modo que os
devedores devessem muito menos do que em realidade deviam. Isto teria dois efeitos. Primeiro, os devedores lhe estariam agradecidos, e segundo,
e muito mais efetivo, ele os envolveu em suas próprias maldades, e, se acontecia o pior, estava em boa posição para exercer uma chantagem. O próprio amo era um tanto canalha, porque, em vez de assombrar-se com
o procedimento, apreciou o engenhoso proceder e elogiou o mordomo pelo que tinha feito.
A dificuldade em interpretar a parábola procede do fato de que
Lucas atribui a ele não menos de quatro lições morais.
No versículo 8 a moral é que os filhos deste mundo são mais sábios em sua geração que os filhos da luz. Isto quer dizer que, se os
cristãos fossem tão ansiosos e engenhosos em seus intentos de obter o bem como o é o homem deste mundo em seu desejo de obter dinheiro e comodidade, seriam muito melhores. Se os homens dessem tanta importância às coisas que têm que ver com suas almas como dão ao que
concerne a seus negócios, seriam melhores. É muito certo que há os que vez por outra dedicam vinte vezes mais tempo e dinheiro a obter seu prazer, praticar esportes, ou cuidar seu jardim que o que dedicam à
igreja. Nosso cristianismo só começará a ser real e efetivo quando lhe dedicarmos tanto tempo e esforço como a nossas atividades mundanas.
No versículo 9 é ensinado que as posses materiais deveriam ser
utilizadas para estreitar as amizades nas quais descansa o valor permanente e real da vida. Isto se poderia fazer de duas maneiras.
Noqueserelacionacomaeternidade. Os rabinos tinham um dito: "O rico ajuda ao pobre neste mundo, mas o pobre ajuda o rico no mundo vindouro." Ambrósio, comentando sobre o rico insensato que edificou celeiros maiores para guardar os seus bens, disse: "O peito dos pobres, as casas das viúvas, as bocas dos meninos são os celeiros que duram para sempre." Em todo caso, era uma crença judaica que a caridade para com os pobres seria o crédito de um homem no mundo por vir. A verdadeira riqueza de um homem não estava no que guardava e sim no que dava.
Noqueserelacionacomestemundo. As pessoas podem usar suas riquezas egoisticamente, ou podem usá-las para tornar mais fácil a
vida, não só para si mesmo, mas também para seus amigos e concidadãos.
Quantos pobres estudiosos estão para sempre agradecidos ao
homem rico que deixou dinheiro para outorgar becas que lhe fizeram possível a carreira universitária! Quantos homens estão agradecidos a um amigo em boa posição que os ajudou a sair de um problema em um momento de necessidade na forma mais prática! As posses não são em si mesmos um pecado, mas sãouma grande responsabilidade, e o homem que as utiliza para ajudar a seus amigos tem feito muito em cumprir essa responsabilidade.
Nos versículos 10:11 o ensino é que a forma em que alguém realize uma tarefa pequena é a melhor prova de se servirá ou não para uma tarefa maior. Isto está bem claro se considerarmos as coisas
terrestres. Nenhum homem ascenderá a uma posição mais alta até que tenha provado sua honestidade e habilidade em uma mais baixa. Mas Jesus estende o princípio à eternidade. Diz: "Na Terra estão a cargo de
coisas que não são realmente suas. Não podem levá-las com vocês ao morrer. Vocês só as têm emprestadas. Não são mais que mordomos delas. Não podem, pela natureza das coisas, ser sempre suas. Por outro
lado, no céu obterão o que real e eternamente é essencialmente seu. E o que obtenham no céu dependerá de como tenham utilizado as coisas da
Terra. O que lhes for dado como próprio dependerá da maneira como tenham usado as coisas das quais vocês só foram mordomos."
O versículo 13 estabelece a regra de que nenhum escravo pode servir
a
dois
senhores.
O
amo
possuía
o
escravo,
e
o
possuía
exclusivamente. Em nossos dias, um servo ou um operário pode realizar facilmente dois trabalhos, e trabalhar para duas pessoas. Pode fazer uma tarefa em seu horário de trabalho, e outra em seu tempo livre. Pode ser, por exemplo, empregado de escritório durante o dia e músico de noite.
Muitos homens aumentam suas entradas ou encontram verdadeiro interesse em suas ocupações durante o tempo livre. Mas um escravo não tinha tempo livre: cada momento de seu dia e cada grama de sua energia
pertencia a seu amo. Não tinha um momento que fosse dele. De modo que servir a Deus não pode ser nunca uma tarefa para nosso tempo livre. Uma vez que o homem escolheu servir a Deus, cada momento de sua
vida e cada átomo de sua energia pertencem a Deus. Deus é o amo mais exclusivo. Nós Lhe pertencemos em forma total ou não Lhe pertencemos absolutamente.
Começa com uma resposta aos fariseus. Diz que ridiculizavam a Jesus. A palavra significa literalmente que olhavam a Jesus com desdém.
Os judeus tendiam a relacionar a prosperidade terrestre com a bondade. A riqueza era um sinal de que uma pessoa era boa. Os fariseus faziam desdobramento de bondade e viam a prosperidade material como um
prêmio à bondade; mas quanto mais se exaltavam diante dos homens, mais abomináveis eram para Deus. É bastante mau que um homem se creia bom; mas é pior que considere a prosperidade material como uma prova indisputável de sua bondade.
Antes de vir Jesus a Lei e os Profetas tinham sido a última palavra de Deus; mas Jesus veio pregando o Reino. Então as pessoas mais inesperadas – os coletores de impostos e os pecadores – foram em multidão a tomar o caminho ao Reino, embora os escribas e fariseus teriam querido levantar barreiras para mantê-los fora.
Mas Jesus deu ênfase a uma coisa: o Reino não era o fim da lei. É verdade que se apagavam os pequenos detalhes e regras da lei cerimonial. Mas que ninguém pensasse que o cristianismo oferecia um
caminho fácil em que não existia nenhuma lei. As grandes leis se mantinham inalteradas e inalteráveis. Algumas letras hebraicas são muito semelhantes entre si; distinguem-se só por um til, que é uma pequena
linha acima ou abaixo da letra. Nem sequer um til da lei seria abolido.
Como ilustração da lei que nunca desapareceria, Jesus tomou a da castidade. A afirmação bem definida do Jesus deve ser lida com o
pano de fundo da vida judaica da época. Os judeus glorificavam a fidelidade e a castidade. Os rabinos diziam: "Deus pode passar por cima de qualquer coisa, menos a falta de castidade." "A falta de castidade faz
com que a glória de Deus se afaste."
Um judeu devia perder a vida antes de cometer idolatria, assassinato ou adultério. Mas o tragédia era que nessa época o vínculo
matrimonial estava prestes a ser destruído. Devemos lembrar sempre que diante dos olhos da lei judaica a mulher era um objeto. Uma mulher só se podia divorciar de seu marido se este ficava leproso, ou se era apóstata ou se violava uma virgem. Fora disso, a mulher não tinha nenhum outro
direito nem reparação, salvo que se devolvia seu dote se se divorciava. A lei dizia: "Um homem pode divorciar-se de sua mulher com ou sem o consentimento desta, mas se ela quer divorciar-se, ele tem que dar seu
consentimento." A lei mosaica dizia: “Se um homem tomar uma mulher e se casar com ela, e se ela não for agradável aos seus olhos, por ter ele achado coisa indecente nela, e se ele lhe lavrar um termo de divórcio, e
O contrato de divórcio devia ser assinado por duas testemunhas e dizia: "Que este seja meu escrito de divórcio e carta de demissão e ato de liberação, para que possa te casar com qualquer homem que desejes." Tão simples e fácil era o divórcio. A questão girava em torno da interpretação da frase coisaindecenteda lei mosaica.
Havia duas escolas de pensamento. A escola do Shammai dizia que só significava adultério. A escola do Hillel dizia que podia significar "se arruinava uma comida; se fazia tricô na rua; se falava com um homem
estranho; se era culpado de falar sem respeito dos parentes de seu marido estando ele presente; se era uma mulher gritona, que se definia como uma mulher cuja voz pudesse ser ouvida da casa vizinha.
O rabino Akiba chegou a dizer que um homem podia divorciar-se caso encontrasse uma mulher mais bonita que sua esposa. Sendo como é a natureza humana, prevalecia a escola do Hillel, de modo que, na época
de Jesus, as coisas estavam tão mal que as mulheres se negavam a casar— se, e a vida familiar estava em perigo.
Jesus estabelece aqui a santidade do laço matrimonial. A declaração
é repetida em Mt 5:31, Mt 5:32 onde o adultério é a única exceção da regra universal. Algumas vezes pensamos que nossa geração é má, mas Jesus viveu em uma geração em que tudo era tão mau como agora. Se destruirmos a vida familiar, destruímos a própria base da vida cristã; e Jesus estabelece aqui uma lei que só pode ser desobedecida com grande perigo.
Esta parábola está construída com tal mestria que não tem uma só frase a mais. Consideremos os dois personagens da mesma.
Primeiro, o homem rico, a quem se chama usualmente Dives, ou seja "rico", em latim. Cada frase adiciona algo para descrever o luxo em
que vivia. Vestia-se de púrpura e linho fino. Esta é a descrição das
túnicas dos sumos sacerdotes, que podiam custar uma soma equivalente a vários anos de trabalho de um operário, cujo jornal corrente era, como vimos, em torno de uma dracma. Todos os dias dava festas. A palavra que se utiliza para banquete é a usada para um glutão ou gastrônomo que se alimenta com pratos exóticos e custosos.
Fazia isto todososdias. Fazendo-o quebrantava definida e positivamente o quarto mandamento, que não só proíbe trabalhar nos sábados, mas também diz seisdiastrabalharás(Ex 20:9). Em um
país onde a pessoa pobre se contava feliz se podia comer carne uma vez por semana e onde trabalhava duramente seis dias por semana, o rico é a figura da indolência e da insensibilidade. Lázaro aguardava que caíssem
as migalhas da mesa do rico. Na época de Jesus não havia nem faca nem garfos nem guardanapos. Comia-se com as mãos, e em toda casa rica, as mãos se limpavam em pedaços grossos de pão, que logo se jogavam.
Lázaro estava esperando esse pão. O rico é a imagem do esbanjamento.
Em segundo lugar, Lázaro. Estranhamente, de todas as parábolas Lázaro é o único personagem que tem nome. O nome é a
forma latina do Eleazar, que significa Deus é minhaajuda. Era um mendigo. Estava coberto de chagas ulceradas. Era tão fraco que nem sequer podia afastar os cães da ruas, animais sujos, que o importunavam.
Lázaro é a imagem da mais abjeta pobreza.
Esta é a cena neste mundo, e logo o cenário é abruptamente mudado a outro mundo, e vemos a Lázaro na glória e o rico na tortura. Qual tinha sido o pecado do rico? Não tinha ordenado que Lázaro fosse posto para
fora. Não tinha objetado a que Lázaro tomasse o pão que se atirava de sua mesa. Não lhe tinha dado de chutes ao passar. Não tinha sido deliberadamente cruel com ele. O pecado do rico tinha sido não prestar
atenção a Lázaro, tê-lo aceito parte do panorama, ter pensado que era perfeitamente natural e inevitável que Lázaro estivesse tendido na dor e a fome enquanto ele nadava na opulência. Como alguém disse: "Não foi o
que o rico fez o que o condenou, mas sim o que não fez o levou ao inferno." O pecado do rico era que podia olhar o sofrimento e a
necessidade do mundo, sem sentir que a espada da dor e a compaixão atravessava seu coração; via outro homem, faminto e dolorido, e não fazia nada por ele. Seu castigo foi o de alguém que nunca se deu conta de nada.
Parece-nos muito duro que seu pedido de que se advertisse a seus irmãos fosse denegado. Mas a simples realidade é que se os homens possuírem a verdade da Palavra de Deus, e sim, a qualquer lugar que olhem, há tristeza que consolar, necessidade que suprir, dor que remediar, e isso não os move à compaixão e a ação, nada os mudará.
É uma terrível advertência o recordar que o pecado do rico foi, não que fizesse coisas más, mas sim não ter feito nada.
O Evangelho em Carne e Osso
Flávio Gouvêa de Oliveira, Pastor da Igreja Presbiteriana do Brasil
O Evangelho em Carne e Osso - Comentários de Lucas Capítulo 16 do versículo 1 até o 13
Ainda que Jesus se dirigisse aos seus discípulos, o público que o ouvia era formado também por pecadores em geral, cobradores de impostos, fariseus e escribas. Uma coisa todos eles tinham em comum: gostavam de dinheiro e, de um modo ou de outro, ganhando ou perdendo, estavam ligados às negociações em sua sociedade e tinham suas ambições. Essas negociações eram vistas, assim como se faz atualmente, como um mundo próprio com suas próprias regras e, em muitos casos, tratado praticamente como uma religião. Desse modo, o pensamento religioso até se relacionava com o econômico, mas com pouca influência, deixado em segundo plano ou até mesmo distorcido para favorecer o próprio mercado.
Sabendo disso, Jesus mais uma vez surpreende ao usar uma situação dos bastidores da economia da época para ensinar uma lição. Ele conta uma parábola onde um administrador infiel - descoberto em sua infidelidade e tendo de prestar contas antes de ser despedido - serve como exemplo para uma atitude virtuosa com relação ao dinheiro neste mundo e com relação à eternidade. Como isso é possível?
Um infiel como exemplo para os fiéis
A liberdade dos administradores com as posses de seus senhores era tão grande que poderiam até mesmo fazer empréstimos sem que aqueles soubessem. Nesses empréstimos eles acrescentavam seus próprios juros e comissões, podendo ganhar muito dinheiro com isso. O patrão, então, descobriu o que aquele administrador estava fazendo e exigiu que ele fizesse sua prestação de contas para ser mandado embora. Este administrador sabia que a situação era crítica e tratou de pensar em como ficaria sua vida depois da demissão. Resolveu, então, renegociar a dívida de cada um dos devedores do seu patrão dando-lhes grandes descontos que, muito provavelmente, seriam seus ganhos pessoais. Com isso ele recebeu o necessário para pagar o patrão e ainda ficou sendo visto como um grande benfeitor por aqueles que tiveram suas dívidas reduzidas a vinte e cinco (v. 7) e até a cinquenta por cento (v. 6). O próprio patrão acabou elogiando-o por sua astúcia na prestação de contas; ao mesmo tempo em que, ao ajudar aqueles devedores, ganhou sua gratidão, tendo as portas abertas para ele em seu momento de crise.
Jesus reconhece “que os filhos do mundo são mais hábeis em sua geração que os filhos da luz” (v. - 8b) e lhes dá uma instrução, aplicando a parábola, para cumprirem em seu contexto como “filhos da luz” (v. 9).
Quando o administrador infiel soube que sua infidelidade havia sido descoberta e que o patrão iria mandá-lo embora, pedindo que prestasse contas, tratou de mudar sua prioridade e sua relação com o dinheiro. Abriu mão de seus ganhos desonestos e tratou de usá-los para fazer amigos que o recebessem em casa quando ficasse desempregado, pois ter amigos nos momentos críticos seria mais importante que os lucros desonestos que o levara à demissão e que poderiam levá-lo até à prisão.
O ensinamento aqui se assemelha à parábola do rei que vem com vinte mil soldados sobre o outro que possui apenas dez mil, este deve calcular se poderá vencê-lo, caso contrário, será melhor tentar um acordo de paz (conforme Lc 14:31-33). O Reino estava presente em Cristo anunciando que todos foram declarados infiéis e passíveis de condenação, mas dando ainda a graça de se arrependerem e crerem enquanto era tempo, transformando suas atitudes - inclusive a avareza. Dessa forma, a riqueza desse mundo já não valia mais nada e seu uso deveria ser para fazer bem ao próximo, fazer bons relacionamentos com aqueles que não podem pagar e nem retribuir, pois isso geraria recompensa não nas casas deles, mas nos “tabernáculos eternos”. É o mesmo que Jesus ensinou naquele jantar dos fariseus onde insistiu para que dessem jantares a quem não pudesse retribuir, pois a recompensa estaria na “ressurreição dos justos” (Lc 14:14).
A fidelidade com as riquezas
Usar as riquezas mundanas com o propósito de fazer o bem ao próximo, e abrindo mão da avareza, demonstra compromisso e fidelidade com o reino de Deus, pois quem é fiel no pouco (as riquezas mundanas) é fiel também no muito (as riquezas do reino de Deus). Ao agir deste modo, o discípulo de Jesus coloca também as riquezas em seu lugar, como um servo, como instrumentos nas mãos de um administrador fiel, “simples como as pombas e prudente como as serpentes” (conforme Mt 10:16).
E assim Jesus chega à raiz da avareza, mostrando que o problema humano com o dinheiro é muito maior que a comparação em uma parábola, é real e indica quem realmente é o seu senhor, o deus da pessoa.
Quando afirma que não é possível servir a dois senhores, não diz que um é Deus e o outro Satanás, como geralmente é sugerido, mas diz que esses dois senhores são Deus e as riquezas. E assim podemos notar a seriedade com a qual Jesus tratava a questão do dinheiro em relação às pessoas: é muito mais que um bem material, mas algo que pode se tornar um deus. E afirma ainda que se alguém quiser ter os dois como senhores de sua vida, será impossível agradar a ambos, sendo necessário tomar uma decisão na vida: ou o dinheiro é o senhor e tudo passa a existir em função dele, inclusive o próprio Deus; ou Deus é o Senhor e o dinheiro é apenas um servo nas mãos do discípulo fiel, que abre mão de seus ganhos extras para o bem do próximo sem esperar nada dele em troca (Lc 6:34-36).
Assim, a parábola é um ultimato urgente avisando os ouvintes que a infidelidade deles foi descoberta e que deverão prestar contas de tudo. É o último momento para se tomar atitudes para com essa nova situação. Em outras palavras, somos todos administradores infiéis diante do ultimato de nosso Senhor. Qual será nossa atitude?
O Evangelho em Carne e Osso - Comentários de Lucas Capítulo 16 do versículo 14 até o 18
No trecho anterior Jesus falou sobre o dinheiro de uma maneira muito forte, colocando-o inclusive não apenas como um bem, mas como um “deus” na vida de quem escolhe servi-lo. Os fariseus eram avarentos, isto é, tinham amor pelo dinheiro e, ao mesmo tempo, se mostravam como piedosos e bons conhecedores da lei. Por isso, embora tenham sido atingidos diretamente pelo ensino de Jesus, passaram a zombar dele querendo que ele se passasse por ridículo.
As palavras de Jesus pareciam não ter muita aplicação prática para os fariseus ou para qualquer “realista” que entenda que o dinheiro é indispensável para a vida em sociedade desde os tempos mais antigos. Mais ainda, muitos textos bíblicos falavam a respeito da providência divina, mostrando que as bênçãos divinas também vinham na forma de recursos financeiros para os piedosos. E, para eles, que procuravam demonstrar sua piedade, as riquezas passariam a imagem de alguém abençoado por Deus. Por isso agiam como se Jesus nem soubesse do que estava falando. Quantos ainda agem assim atualmente?
Jesus sabia bem o que acontecia e declarou que eles apenas se justificavam diante dos homens – os quais também tinham o mesmo tipo de pensamento - mas que Deus conhecia seus corações. Na aparência da piedade o amor ao dinheiro poderia ser facilmente escondido e justificado, apenas no coração seria possível ver que o dinheiro era o verdadeiro senhor de pessoas como aquelas, assim como de muitas outras. Atualmente essa auto justificação dos fariseus permanece forte no próprio meio cristão, especialmente na chamada “teologia da prosperidade”, mas o que Deus encontra nesses corações?
E Jesus ainda afirma que muitas coisas que são vistas como elevadas pelos homens, que muitos veem como verdadeiras justificativas ou até mesmo como provas do favor de Deus, na verdade são abomináveis a ele. Como foi ensinado anteriormente, não se pode servir a dois senhores, assim, se o dinheiro é o senhor na vida de alguém, então Deus não o é, há outro deus diante dele – e isso é abominável para Deus.
A lei e o evangelho
Os fariseus, assim como os escribas e todos os religiosos em Israel, se justificavam pelas suas próprias interpretações da lei e dos escritos dos profetas, expressos no que conhecemos hoje por “Velho Testamento”. Jesus também afirma o valor e a autoridade da lei, declarando que toda ela seria cumprida até em seus mínimos detalhes, mas numa perspectiva diferente do que eles imaginavam.
A lei e os profetas ficaram em vigor até João, o batista, que pode ser visto como o último profeta do Velho Testamento e que nem era reconhecido como tal pelos religiosos da época. Jesus pregava a nova realidade: o reino de Deus presente entre os homens, cumprindo a lei e mostrando sua essência, revelando as intenções pecaminosas até dos corações mais piedosos e trazendo a graça de Deus para a salvação.
Muitos desejavam entrar nesse reino à força, por meio da própria justiça e do julgamento precipitado dos pecadores. A entrada nele era vista como uma conquista para poucos, como uma recompensa por sua interpretação correta e prática sacrificial até dos seus pontos mais impraticáveis. Por isso não podiam aceitar o que Jesus ensinava, não conseguiam reconhecer que ainda eram pecadores e nem aceitar que o reino pudesse receber graciosamente os que, a seu ver, se mantinham no pecado. Sentiam-se já justificados pela lei, embora eles mesmos já a reinterpretassem de vários modos. Assim, de um lado conseguiam justificar-se a si mesmos, por outro lado colocavam grande peso sobre os homens (Mt 23).
A lei, entretanto, nunca mudara, mesmo com suas variadas interpretações, e era ela mesma que mostrava o quanto todos eram (são) culpados diante de Deus (Rm 3:19,20).O evangelho era o anúncio do perdão a esses miseráveis pecadores, mas eles não o viam assim.
Em suas cartas, o apóstolo Paulo fala bastante sobre a justificação do pecador pelo sacrifício de Cristo, entretanto, muitos preferem justificar seus pecados. Mas quando justificam o pecado – dizendo que ele não é pecado – afirmam que não são pecadores e, se não são pecadores, não precisam de salvação. Era isso que os fariseus faziam na época e que muitos cristãos fazem ainda hoje.
O exemplo da questão do divórcio
Um grande exemplo de interpretação da lei para sua auto justificação era com relação ao divórcio. Eles chegavam a ser bastante rígidos com relação ao adultério, como naquela conhecida passagem onde perguntam a Jesus se deveriam apedrejar a adúltera (Jo 8:1-11), mas eram bastante permissivos com relação ao divórcio. Havia escolas de interpretação que chegavam a permitir o divórcio por qualquer motivo, por menor que fosse. Havia também a carta de repúdio, que, diferentemente do divórcio, mantinha a mulher como propriedade do homem, sem, contudo, lhe conferir a honra de esposa e podendo o homem casar novamente; e essa modalidade divórcio parece ser o assunto principal aqui.
O evangelista Mateus (Mt 19:3-12) dá mais alguns detalhes dessa discussão. Nela alguns fariseus perguntam a Jesus se era certo se divorciar ou repudiar da mulher por qualquer motivo. Quando Jesus responde que marido e mulher são uma só carne, eles imediatamente replicam: então porque Moisés mandou dar carta de divórcio e repudiar? Essa pergunta fazia referência ao que estava prescrito em Deuteronômio 24:1-4, o qual eles até interpretavam como uma ordem de Moisés para o divórcio. Jesus responde, ainda em Mateus, que isso era uma permissão por causa da dureza dos corações daqueles homens, mas que não era essa a vontade de Deus desde o princípio.
Quem passa por divórcio sabe o quanto essa situação não é ideal, ainda que em muitos casos seja o último recurso. Entretanto, justificados por sua interpretação, aqueles fariseus banalizavam a seriedade do casamento - e mesmo do divórcio - ao verem a carta de repúdio até como uma ordem de Moisés. Por isso, com grande autoridade Jesus afirma que isso é pecado, casar-se com a mulher repudiada também e, em outra ocasião, vai ainda mais longe, dizendo que “quem olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela” (Mt 5:28). E assim ele encerra todos como pecadores nesse quesito, não há quem possa justificar-se a si mesmo.
O reino de Deus não seria conquistado pela auto justificação de cada um e nem pela relativização ou diminuição do valor da lei, mas recebido graciosamente por aquele que se arrependesse e cresse no evangelho, como foi anunciado em tantas ocasiões.
O Evangelho em Carne e Osso - Comentários de Lucas Capítulo 16 do versículo 19 até o 31
O texto vem falando da correta aplicação das riquezas; de como elas podem ser tornar um deus; e até da auto justificação que se tenta fazer quanto à sua má utilização. Agora Jesus conta uma parábola muito intensa sobre vida, morte, estilo de vida, recompensa final e alerta aos que vivem. Os fariseus ridicularizaram Jesus quando ele falou que não se pode servir a Deus e às riquezas (Lc 16:14), e esta parábola deixaria o ensino ainda mais dramático e urgente.
A parábola mostra um homem em extrema riqueza e prazer e outro em extrema pobreza que ansiava, no mínimo, pelas migalhas que caíam da mesa do rico. O miserável é o único personagem das parábolas de Jesus que recebe nome: Lázaro, que significa “Deus socorre”. Na religiosidade comum, tanto naquela época como atualmente, o rico seria facilmente visto como alguém abençoado por Deus, enquanto Lázaro seria visto como um desgraçado (isento de graça). Seria muito difícil imaginar que aquele pobre com cães lambendo suas chagas fosse o que “Deus socorre”, entretanto, a parábola continua e confirma isso.
Lázaro morre e é levado pelos anjos para junto de Abraão, um modo bem judaico para se falar do que chamamos hoje de céu, enquanto o rico fica em tormentos no “hades”, o mundo dos mortos. Ali a situação se inverte: antes, Lázaro ansiava pelas migalhas que caíam da mesa do rico; agora, é este que pede a Lázaro lhe desse uma gota de água com seu dedo. A resposta vem do pai Abraão, a quem o rico havia clamado e que ainda o chama de filho: o rico teve sua consolação na terra através de suas riquezas, como aquele homem da outra parábola que dizia à própria alma pra descansar em suas posses (Lc 12:16-21); mas Lázaro não tinha nem o consolo das migalhas, apenas o socorro de Deus, que carregava em seu nome.
Pode parecer estranho que Jesus nem tenha se referido à religiosidade ou à fé de ambos para explicar porque um foi para o céu enquanto outro para o inferno, entretanto, podemos notar no ensino de Jesus que o modo como se lida com as riquezas não é algo neutro, mas está intimamente ligado ao que realmente se crê como base para as atitudes de cada. Também não é uma questão de números no holerite, mas de onde se busca a consolação e a esperança. Como Jesus disse em outra ocasião: “Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração”. Vamos lembrar algumas passagens em Lucas:
Já no cântico de Maria, falando sobre o significado do nascimento do Messias, ela exclama: “encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos” (Lc 1:53). No sermão das bem-aventuranças Jesus afirma: “Bem-aventurados vós, os pobres, porque vosso é o reino de Deus. Bem-aventurados, os que agora tendes fome, porque serão fartos” (Lc 6:20,21), e ainda: “Mas ai de vós os ricos! Porque tendes a vossa consolação. Ai de vós os que estais agora fartos! Porque vireis a ter fome” (Lc 6:24,25). A parábola do homem avarento mostra sua loucura quando este diz à sua alma para descansar, comer, beber e se alegrar por ter muitos bens armazenados, o que não significaria nada em sua morte (Lc 12:16-21). Aos fariseus ele recomendou que dessem jantares aos que não pudessem lhes retribuir, esperando sua recompensa apenas na ressurreição dos justos (Lc 14:13,14). E, na parábola anterior, sobre o administrador infiel, ensinou que deveriam usar as riquezas para fazerem amigos e, assim, serem recebidos nos tabernáculos eternos quando elas faltassem (Lc16.9). O rico teve toda uma vida para fazer de Lázaro um amigo que não poderia lhe retribuir, e agora chegava o momento do tabernáculo eterno. Na mesma parábola Jesus afirmou ser impossível servir a Deus e às riquezas (v.13), o que levou os fariseus a ridicularizarem-no (v. 14). É nesse contexto que se encontra a mensagem da parábola.
Quem crê em avisos?
Os fariseus que ridicularizavam Jesus ao falar sobre dinheiro poderiam facilmente ser comparados ao rico da parábola. Esse rico só se deu conta daquela realidade quando já não havia mais nada a fazer, e então se lembrou de seus irmãos que, ainda vivos, permaneciam com os mesmos valores que o levaram para aquela situação atormentada. Mais uma vez ele pede a ajuda de Lázaro (por algum motivo ele via alguma relação entre eles). Pede que ele seja enviado aos seus irmãos para contar que o que estava acontecendo com ele era real e que eles deveriam se arrepender, crer e mudar de atitude. Com esse pedido, também parece sugerir que ele mesmo não tivesse sido devidamente avisado enquanto estava vivo, e não queria que isso acontecesse com seus irmãos.
A resposta que ele recebe é a de que o aviso já estava dado e era acessível a eles, pois conheciam as Escrituras (aqui representada por Moisés e os profetas), bastava ouvir o que ela dizia. Aqui Jesus ressalta, mais uma vez, a autoridade bíblica e reafirma que ela mesma ensina essa questão a respeito de Deus e das riquezas, ou seja, o aviso já estava dado havia muito tempo. Podemos nos lembrar, por exemplo, do Salmo 73, onde se fala a respeito da prosperidade dos ímpios; ou dos profetas quando falam daqueles israelitas que se sentiam tranquilos em suas riquezas mesmo com as acusações vindas de Deus, como em Amós, capítulo 6, e muitos outros textos que os fariseus certamente conheciam muito bem.
Mas o rico sabia que só o testemunho das Escrituras não era suficiente, essa era a dura realidade mesmo entre os que diziam ser radicais em seu ensino, assim como muitos hoje ainda o fazem. Eles precisavam de mais para crer, precisavam de algum milagre, de alguma comprovação sobrenatural, de algo excepcional como a ressurreição de Lázaro – que provavelmente seus irmãos também conheciam e ignoravam. Apenas Moisés e os profetas não lhes eram suficientes para crer e mudar de atitude, assim como não foram para ele enquanto estava vivo.
Abraão nega-lhe o pedido fazendo uma afirmação direta e que é um grande ensino para nós atualmente: “Se não ouvem Moisés e os profetas, também não se deixarão convencer, mesmo que alguém ressuscite dos mortos” (v. 31). Este é o ponto quanto à incredulidade: ainda que se vejam sinais maravilhosos, os conceitos internos de cada pessoa vão interpretar esses milagres e usá-los de acordo com a própria vontade, assim, se não aceitam os conceitos das Escrituras, continuarão fazendo isso mesmo que vejam coisas maravilhosas.
Como já dizia o profeta Isaías a respeito do Evangelho, e bem antes de Jesus nascer: “Quem creu na nossa pregação?...” (Is 53ss).
Notas de Estudos jw.org
Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Lucas Capítulo 16 versículo 1
administrador: Ou: “administrador da casa; mordomo”. — Veja a nota de estudo em Lc 12:42.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Lucas Capítulo 16 versículo 6
medidas: Ou: “batos”. Alguns estudiosos acreditam que palavra grega usada aqui, bátos, se refira a uma unidade de medida usada pelos hebreus chamada “bato”. Foram encontrados alguns fragmentos de jarros com a inscrição “bato” escrita em letras hebraicas antigas. Com base nesses fragmentos, parece que 1 bato tinha cerca de 22 litros. — Veja o Glossário, “Bato”, e o Apêndice B14-A.
Termo de confissão de dívida
Em sua ilustração sobre o administrador injusto, Jesus fez referência ao costume de registrar as transações comerciais em contratos. (Lu 16:6, 7) O documento de papiro mostrado nesta foto foi escrito em aramaico e é datado de aproximadamente 55 d.C. Ele foi encontrado em uma caverna no uádi Murabbaat, no deserto da Judeia. O documento descreve a dívida e as condições em que o pagamento seria feito, conforme tinha sido combinado entre Absalão, filho de Hanin, e Zacarias, filho de Jeoanã. Pode ser que as pessoas tenham pensado nesse tipo de documento quando ouviram a ilustração de Jesus.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Lucas Capítulo 16 versículo 7
grandes medidas: Ou: “coros”. Alguns estudiosos acreditam que a palavra grega usada aqui, kóros, se refira a uma unidade de medida usada pelos hebreus chamada “coro”, que equivalia a 10 batos. Considerando-se que 1 bato tinha uns 22 litros, 1 coro teria cerca de 220 litros. — Veja a nota de estudo em Lc 16:6; o Glossário, “Bato”, “Coro”; e o Apêndice B14-A.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Lucas Capítulo 16 versículo 8
agiu com sabedoria prática: Ou: “agiu com astúcia (prudência)”. A palavra grega traduzida aqui como “com sabedoria prática” é fronímos. Um adjetivo relacionado com essa palavra foi traduzido como mais sábios em sentido prático neste mesmo versículo e como “prudente” em Mt 7:24-24:45; 25:2 e Lc 12:42. — Veja as notas de estudo em Mt 24:45; Lc 12:42.
deste sistema de coisas: A palavra grega usada aqui, aión, tem o sentido básico de “época”. Ela pode se referir também a uma situação existente ou a características marcantes de certo período ou época. Aqui, ela se refere ao atual sistema de coisas injusto e ao estilo de vida das pessoas que fazem parte dele. — Veja o Glossário, “Sistema(s) de coisas”.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Lucas Capítulo 16 versículo 9
amigos: Ou seja, amigos no céu, se referindo a Jeová Deus e a Jesus Cristo, os únicos que podem receber alguém “nas moradas eternas”.
das riquezas injustas: Lit.: “do mamom da injustiça”. Em geral, os estudiosos entendem que a palavra grega mamonás (de origem semítica), que é traduzida em algumas Bíblias como “Mamom”, se refere a dinheiro ou riquezas. (Veja a nota de estudo em Mt 6:24.) Jesus chamou as riquezas materiais de injustas, pelo visto, porque elas estão sob o controle de humanos pecadores, porque normalmente são usadas para objetivos egoístas e porque muitas vezes são conseguidas de forma injusta. Além disso, possuir ou desejar riquezas materiais pode levar a pessoa a fazer coisas erradas. Visto que essas riquezas podem perder seu valor, os que são ricos em sentido material não deveriam confiar nelas. (1Tm 6:9-10, 17-19) Em vez disso, eles deveriam usar suas riquezas para fazer amizade com Jeová e com Jesus, que podem recebê-los “nas moradas eternas”.
moradas eternas: Lit.: “tendas eternas”. Ao que tudo indica, esta expressão se refere a moradas perfeitas no novo mundo, seja no Reino celestial junto com Jesus Cristo, seja no Paraíso terrestre governado pelo Reino.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Lucas Capítulo 16 versículo 13
odiará: Ou seja, será menos dedicado a ele. — Veja a nota de estudo em Lc 14:26.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Lucas Capítulo 16 versículo 16
A Lei e os Profetas: “A Lei” se refere aos livros de Gênesis a Deuteronômio. “Os Profetas” são os livros das Escrituras Hebraicas escritos pelos profetas. Mas, quando as duas expressões são mencionadas juntas, elas podem se referir a todos os livros das Escrituras Hebraicas. — Mt 5:17-7:12; 22:40; veja a nota de estudo em Mt 11:13.
avança vigorosamente: A palavra grega usada aqui transmite a ideia básica de ação enérgica ou esforço vigoroso. Alguns tradutores da Bíblia entendem que ela tem um sentido negativo (de sofrer violência ou de agir com violência). Mas Jesus tinha acabado de dizer: o Reino de Deus está sendo declarado como boas novas. Como ele estava falando de algo positivo, é razoável concluir que a palavra grega também tenha sido usada de modo positivo, com o sentido de “ir atrás de algo com entusiasmo; buscar fervorosamente”. Tudo indica que ela se refere ao grande esforço feito pelos que aceitavam as boas novas. Esse esforço abria para eles a oportunidade de se tornarem herdeiros do Reino.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Lucas Capítulo 16 versículo 17
um só traço de uma letra: Nos dias de Jesus, algumas letras do alfabeto hebraico tinham um traço bem pequeno que as diferenciava de outras. Jesus usou essa hipérbole para mostrar que a Palavra de Deus se cumpriria nos mínimos detalhes. — Veja a nota de estudo em Mt 5:18.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Lucas Capítulo 16 versículo 18
comete adultério: O verbo grego usado aqui, moikheúo, se refere a trair o marido ou a esposa. De acordo com a Bíblia, adultério se refere a qualquer ato intencional de “imoralidade sexual” (em grego, porneía) que uma pessoa casada comete com alguém que não é sua esposa ou seu marido. (Para uma explicação sobre o que é “imoralidade sexual”, veja a nota de estudo em Mt 5:32.) Na época em que a Lei mosaica estava em vigor, um homem que tivesse relações sexuais com a esposa ou a noiva de outro homem era culpado de adultério. — Veja as notas de estudo em Mt 5:27; Mc 10:11.
uma mulher divorciada: Ou seja, uma mulher divorciada por um motivo que não fosse imoralidade sexual. — Veja a nota de estudo em Mt 5:32.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Lucas Capítulo 16 versículo 19
Corante púrpura
O corante púrpura era extraído de moluscos como o Murex trunculus (à esquerda) e o Murex brandaris (à direita). As conchas desses moluscos têm de 5 a 8 centímetros de comprimento. Eles têm em seu pescoço uma pequena glândula que contém apenas uma gota de um fluido chamado de “a flor”, que tem aparência e consistência semelhante à nata. Mas quando esse fluido é exposto ao ar e à luz, ele muda aos poucos para um tom intenso de violeta ou de vermelho puxando para o roxo. Esses moluscos são encontrados no litoral do mar Mediterrâneo, e o tom do corante obtido varia de acordo com a região. Os moluscos maiores eram abertos individualmente, e seu precioso fluido era extraído com cuidado. Já os moluscos menores eram triturados em um pilão. Visto que só era possível retirar uma pequena quantidade de fluido de cada molusco, ficava muito caro obter corante suficiente para tingir uma roupa. Por isso, usar roupas tingidas de púrpura passou a ser um sinal de que a pessoa era rica ou importante. — Et 8:15.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Lucas Capítulo 16 versículo 20
um mendigo: Ou: “um homem pobre”. A palavra grega usada aqui pode se referir a alguém necessitado ou extremamente pobre. Ela estabelece um nítido contraste com o homem rico da ilustração de Jesus. A mesma palavra é usada em sentido figurado em Mt 5:3, que fala sobre “os que têm consciência de sua necessidade espiritual”, literalmente “os que são pobres (necessitados; indigentes; mendigos) com relação ao espírito”. Ali ela se refere a pessoas que têm plena consciência de que são pobres em sentido espiritual e de que precisam de Deus. — Veja a nota de estudo em Mt 5:3.
Lázaro: Provavelmente a forma grega do nome hebraico Eleazar, que significa “Deus ajudou”.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Lucas Capítulo 16 versículo 21
cães: De acordo com a Lei mosaica, os cães eram impuros. (Lv 11:27) Pelo visto, Jesus estava se referindo a cachorros de rua que se alimentavam de restos de comida que encontravam no lixo. As Escrituras Hebraicas muitas vezes se referem aos cachorros em tom negativo. (Dt 23:18, nota de rodapé; 1Sm 17:43-24:14; 2Sm 9:8-2Rs 8:13; Pv 26:11) Assim, o fato de Jesus falar em sua ilustração que “cães” lambiam as feridas de Lázaro mostrava o estado lastimável em que ele estava. Em Mt 7:6, a palavra “cães” é usada em sentido figurado e se refere a pessoas que não reconhecem o valor das verdades preciosas da Palavra de Deus. — Veja as notas de estudo em Mt 7:6-15:26.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Lucas Capítulo 16 versículo 22
para junto de Abraão: Lit.: “para o seio de Abraão”. A expressão “para o seio de” era uma figura de linguagem. Ela vinha do costume que as pessoas tinham naquela época de tomar refeições deitadas lado a lado em divãs, o que permitia que um amigo se encostasse no peito do outro. (Jo 13:23-25) Convidar alguém para a posição junto ao seio era uma demonstração de grande consideração ou amizade achegada. — Veja a nota de estudo em Jo 1:18.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Lucas Capítulo 16 versículo 23
Sepultura: Ou: “Hades”. Ou seja, o lugar simbólico (ou a condição) em que estão os mortos em geral. — Veja o Glossário.
ao seu lado: Lit.: “no seio dele”. — Veja a nota de estudo em Lc 16:22.
Notas de Estudos jw.org - Comentários de Lucas Capítulo 16 versículo 29
Eles têm Moisés e os Profetas: Ou seja, os livros escritos por Moisés e pelos profetas, que eram lidos nas sinagogas todo sábado (At 15:21) e deveriam ter levado aqueles homens a aceitar Jesus como o Messias e Rei escolhido por Deus.
Dicionário
Abismo
Dicionário Comum
substantivo masculinoPrecipício muito profundo; profundeza. Lugar excessivamente inclinado; despenhadeiro. Figurado O que é extremo; em último grau: um abismo de perversidade. Figurado O que divide, separa profundamente: um abismo entre mentalidades. Figurado Falta de sucesso; desastre, ruína: a empresa está à beira do abismo. Figurado Situação ou circunstância excessivamente complicada; caos. Figurado O caos, as trevas, o inferno: os abismos do universo. Etimologia (origem da palavra abismo). Do latim abyssus.i.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Poço sem fundo que, no fim dos tempos, Satanás ficará banido por um tempo (Ap 20:3). Os gregos empregavam a palavra em referência ao submundo dos espíritos; transmite a idéia de um lugar tão profundo que chega a ser insondável (Lc 8:31).
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da Bíblia de Almeida
Abismo 1) Vasta extensão de águas do mundo em formação (Gn 1:2; Pv 8:27).
2) Vasto depósito de águas subterrâneas (Gn 7:11) ou as profundezas dos mares (Sl 107:26).
Abismo Do grego “abyssos”, profundidade sem fundo nem limites. Na tradução do Antigo Testamento para o grego, conhecida como Septuaginta ou Bíblia dos LXX, o termo é utilizado com referência ao caos anterior à obra criadora de Deus (Gn 1:2) e também em relação ao sheol ou Hades (Jó 41:24 LXX). No Livro de Henoc, o abismo é claramente indicado como o lugar de castigo consciente dos demônios ou anjos decaídos. Jesus identificou-o com a morada dos demônios (Lc 8:31) e o Hades com o lugar dos mortos conscientes (Lc 16:26ss.) (comp. Mt 25:41.46).
J. Grau, Escatología, Barcelona 1977; J. Guillén Torralba, Luces y sombras del más allá, Madri 1964; A. Edesrsheim, The Life and Times of Jesus the Messiah, Grand Rapids 1976; César Vidal Manzanares, Diccionario de lãs tres religiones monoteístas: judaísmo, cristianismo e islam, Madri 1993; idem, El judeo-cristianismo palestino en el s. I: de Pentecostés a Jamnia, Madri 1994; m. Gourgues, El más allá en el Nuevo Testamento, Estella 41993.
Autor: César Vidal Manzanares
Abominação
Dicionário Comum
substantivo femininoAto ou efeito de abominar, de sentir horror por alguma coisa. Ação execrável; repulsa violenta: abominação da justiça. Sentimento de repugnância diante de; aversão, repugnância. Etimologia (origem da palavra abominação). Do latim abominatio.onis.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Termo especialmente usado arespeito de coisas ou atos pelos quais se tem religiosa aversão. É aplicado aos sentimentos dos egípcios com respeito a comerem juntamente com os hebreus (Gn 43:32), e aos sacrifícios israelíticos de animais que no Egito se consideravam sagrados (Êx 8:26) – e também com relação aos pastores (Gn 46:34). E mais freqüentemente a abominação se refere (havendo com o mesmo sentido diferentes palavras hebraicas), àquilo que era detestado pelo povo ou pelo Senhor Deus de israel, como as carnes imundas (Lv 11), carne imprópria para os sacrifícios, práticas pagãs, e especialmente a idolatria e os deuses gentílicos (Jr 4:1 – 7.30 – vede o artigo seguinte).
Aborrecer é uma expressão que, na vossa linguagem, tem uma força, um vigor de que carece o termo que lhe corresponde no idioma hebraico e que neste passo foi empregado, significando apenas não fazer da vida objeto de culto, não sacrificar o que a honra, o respeito e o amor a Deus concitam o homem a ter em conta. O que Jesus quis dizer, servindo-se daquele vocábulo, foi que cumpre ao homem conservar a sua vida espiritual, para caminhar nas sendas que conduzem à perfeição. Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Comum
verbo transitivo direto e intransitivoCausar irritação ou sentir desagrado, aborrecimento; desagradar, entediar: sua burrice a aborrecia; a monotonia aborrece. verbo pronominal Ficar mal-humorado; contrariar-se: suas críticas me aborreciam. Brigar com alguém; desentender-se: aborreceu-se com seus amigos. verbo transitivo direto Sentir horror a; detestar: colegas preguiçosos aborrecem trabalhadores esforçados. verbo transitivo direto Deixar de ter interesse por; chatear, entediar: a reunião demorada aborreceu os funcionários. Etimologia (origem da palavra aborrecer). Do latim abhorrescere.
Fonte: Priberam
Abraão
Dicionário Comum
Nome Hebraico - Significado: Pai das multidões.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
pai de muitos povos
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da Bíblia de Almeida
Abraão [Pai de uma Multidão] - Filho de Terá e descendente de Sem. Deus o chamou em Ur da CALDÉIA para dar começo à nação hebraica (Gn 12:1—25: 1) 0). Por causa da sua fidelidade, tornou-se o pai dos crentes de todos os tempos (Gl 3:6-7).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Abraão 1. Patriarca. Filho de Taré ou Tera, pai dos hebreus, pai dos que crêem e amigo de Deus (Gn 15:1-18; 16,1-11; 18,1-19.28; 20,1-17; 22,1-14; 24). Segundo Jesus, no final dos tempos e junto ao patriarca, desfrutarão do banquete do Reino de Deus não somente os israelitas como também os gentios que creram no Cristo. 2. Seio de. Na literatura judaica, como por exemplo: Discurso a los griegos acerca del Hades, de Flávio Josefo, o lugar do sheol ou hades, donde os justos esperavam conscientemente a descida do Messias, que os arrebataria ao céu. Esse é o sentido que os Evangelhos expressam, como o relato do homem rico e Lázaro de Lc 16:19-31.
Autor: César Vidal Manzanares
Acusado
Dicionário Comum
acusadoadj. Que sofreu acusação; incriminado. S. .M Pessoa sobre quem recai a acusação (réu).
Fonte: Priberam
Agora
Dicionário Comum
advérbioNesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido. De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo. Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa. A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu! Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto! conjunçãoTodavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar. Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
advérbioNesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido. De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo. Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa. A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu! Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto! conjunçãoTodavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar. Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
advérbioNesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido. De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo. Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa. A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu! Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto! conjunçãoTodavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar. Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.
Fonte: Priberam
Ainda
Dicionário Comum
advérbioAté este exato momento; até agora: o professor ainda não chegou. Naquele momento passado; até então: eu fui embora da festa, mas minha mãe ainda ficou por lá. Num instante recente; agora mesmo: ainda há pouco ouvi seus gritos. Que tende a chegar num tempo futuro; até lá: quando ele voltar, ela ainda estará esperando. Num certo dia; algum dia indeterminado: você ainda vai ser famoso. Em adição a; mais: há ainda outras concorrentes. No mínimo; ao menos: ainda se fosse rico, mas não sou. De modo inclusivo; inclusive: gostava de todos os alunos, inclusive os mais bagunceiros. Etimologia (origem da palavra ainda). Etm a + inda.
de outrem, estranho. – “Entre alheio e de outrem – escreve Bruns. – há uma muito leve diferença, suficiente não obstante para que em muitos casos as duas expressões não possam empregar-se indistintamente. – Alheio indica apenas que o objeto não é nosso; de outrem não só indica que o objeto não é nosso, mas afirma que outrem é seu dono. Cobiçar o alheio é cobiçar o que não é nosso; cobiçar o que é de outrem é cobiçar o que pertence a determinado indivíduo. Entre alheio e estranho também se nota a seguinte diferença: o alheio não é nosso; o estranho não só não é nosso, senão que ignoramos se tem dono”.
Fonte: Dicio
Dicionário Comum
adjetivoQue se conserva afastado; distante: alheio às críticas. Que pertence ou diz respeito a outra pessoa: alegra-o a tristeza alheia. Sem relação com o assunto tratado; impertinente: texto alheio à obra. Que precisa; que não possui; necessitado: alheio de carinho fraternal. Em que há liberdade; liberto: alheio às normas, regras etc. Que demonstra falta de atenção; desatento: alheio às aulas. Sem conhecimento; ignorante: alheio da situação, fez a coisa errada. Desprovido de razão; louco: depois da tragédia, ele ficou alheio. Proveniente de outro país; estrangeiro: viajou para território alheio. substantivo masculinoQue é de outra pessoa. substantivo masculino pluralAlheios. Aqueles que não fazem parte da família; estranhos. Alheio de si. Muito concentrado em seus próprios pensamentos. Etimologia (origem da palavra alheio). Do latim alienus.a.um.
Fonte: Priberam
Alimentar
Dicionário Comum
adjetivoRelativo a alimento: gastos alimentares. Obrigação alimentar, obrigação legal de prover os alimentos dos parentes próximos. Pensão alimentar, pensão fixada judicialmente e destinada a assegurar a subsistência de quem dela necessitar. Provisão alimentar, soma destinada à sobrevivência de uma das partes enquanto aguarda julgamento de um processo. Bolo alimentar, massa formada pela comida antes da digestão.
Fonte: Priberam
Dicionário de Sinônimos
nutrir, sustentar, manter. – Alimentar, diz Roq., que “se refere à ideia da necessidade que de comer têm os seres viventes. – Nutrir explica esta mesma necessidade satisfeita em proveito do indivíduo pelos bons resultados da digestão. – Sustentar significa prover do necessário para a vida, dar o sustento, a comida diária. Alimenta-se o pobre com umas sopas. Nutre-se o rico de bons manjares. As pessoas caritativas sustentam muitas famílias necessitadas. No sentido figurado, dizemos que a lenha alimenta o fogo, a água as plantas. O literato alimenta-se lendo Horácio, e nutre-se com as verdades da filosofia. Os poderosos do século sustentaram com sua influência e conselhos muitos erros e heresias”. – Manter diz propriamente – “conservar alguma coisa como está, no seu lugar, nas condições em que se encontra. Mantém-se a família; mantém- -se a promessa, a atitude, a opinião...
1.
Antigo
[Metrologia]
Medida de capacidade (1/60 do moio). [O alqueire varia entre 13,215 l e 22,605 l.]
2.
Terreno que leva essa medida de semeadura.
3.
Medida de seis canadas (para azeite).
alqueire mineiro
[Brasil: Regionalismo]
Medida agrária equivalente a 48 400 metros quadrados.
Fonte: Priberam
Além
Dicionário Comum
advérbioQue se localiza no lado oposto de; que está para o lado de lá; acolá: observava os pássaros que além seguiam voando. Muito adiante: o mar permanece além. Situado num lugar muito longe; excessivamente longe: quando jovem, ele queria ir muito além. Para o lado de fora; que segue para o exterior; afora: seguia pelo campo além. substantivo masculinoO mundo em que os espíritos habitam: sobre o além nada se sabe. Etimologia (origem da palavra além). De origem duvidosa.
Fonte: Priberam
Dicionário de Sinônimos
adiante, depois, após. – Além, aqui, designa situação do que se encontra “depois de alguma outra coisa e em relação ao lugar que ocupamos nós: é antônimo de aquém. – Adiante é também aplicado para designar ordem de situação; mas é um pouco mais preciso que além, e sugere ideia de “posto à frente de alguma coisa”, também relativamente a nós. É antônimo de atrás, ou para trás. – Depois quer dizer – “em seguida, posterior a alguma coisa”; e é antônimo de antes. – Após é de todos os do grupo o mais preciso: diz – “logo depois, imediatamente depois”.
verbo transitivo direto Adorar; possuir afeição por; demonstrar adoração por: amava os santos. Apreciar; demonstrar estima; gostar exageradamente de: ama estudar. Figurado Gostar; ter uma boa relação com: os cães amam carinho. verbo transitivo direto e pronominalExpressar amor por: amava a esposa; nunca se amaram. Ter relações sexuais com: amou-o à noite; amaram-se no primeiro encontro. verbo pronominal Exprimir um amor-próprio exagerado: amava-se mais que aos demais. Etimologia (origem da palavra amar). Do latim amare.
1.
Que ou quem sente amizade por ou está ligado por uma afeição recíproca a.
=
COMPANHEIRO
≠
INIMIGO
2.
Que ou quem está em boas relações com outrem.
≠
INIMIGO
3.
Que ou quem se interessa por algo ou é defensor de algo (ex.: amigo dos animais).
=
AMANTE, APRECIADOR
nome masculino
4.
Pessoa à qual se está ligado por relação amorosa.
=
NAMORADO
5.
Pessoa que vive maritalmente com outra.
=
AMANTE, AMÁSIO
6.
Pessoa que segue um partido ou uma facção.
=
PARTIDÁRIO
7.
Forma de tratamento cordial (ex.: amigo, venha cá).
=
COMPANHEIRO
adjectivo
adjetivo
8.
Que inspira simpatia, amizade ou confiança.
=
AMIGÁVEL, AMISTOSO, RECONFORTANTE, SIMPÁTICO
9.
Que mantém relações diplomáticas amistosas (ex.: países amigos).
=
ALIADO
≠
INIMIGO
10.
Que ajuda ou favorece.
=
FAVORÁVEL, PROPÍCIO
≠
CONTRÁRIO
amigo colorido Pessoa com quem se tem relacionamento afectivo e sexual sem compromisso assumido.
amigo da onça
[Informal]
Pessoa que parece amiga, mas que é falsa ou traiçoeira.
amigo de Peniche
[Portugal]
Pessoa que parece amiga, mas que é falsa ou traiçoeira.
amigo do alheio
[Informal]
Ladrão.
amigo oculto O mesmo que amigo secreto. (Confrontar: amigo-oculto.)
amigo secreto Pessoa, num grupo de colegas, amigos ou familiares, que deverá, por sorteio e geralmente na época de Natal, oferecer um presente a alguém numa data combinada, sem que seja identificado antes dessa data. (Confrontar: amigo-secreto.)
=
AMIGO OCULTO
falso amigo
[Linguística]
[Linguística]
Cada uma das palavras que, pertencendo a línguas diferentes, são muito parecidas na forma mas diferentes no significado. [Por exemplo, em italiano, a palavra "burro" significa "manteiga" e não "asno", como em português.]
fiel amigo
[Portugal, Informal]
Bacalhau usado na alimentação.
Superlativo: amicíssimo ou amiguíssimo.
Fonte: Priberam
Anjos
Quem é quem na Bíblia?
Existem aproximadamente 292 referências a “anjos” nas Escrituras, ou seja, 114 no Antigo e 178 no Novo Testamento. Esse número registra mais de 60 referências ao “anjo do Senhor”, mas não inclui as relacionadas aos dois anjos chamados pelo nome na Bíblia, Gabriel (Dn 8:16; Dn 9:21; Lc 1:19-26) e Miguel (Dn 10:13-21; Dn 12:1; Jd 9; Ap 12:7). Existem também mais de 60 referências aos querubins, seres celestiais que são citados freqüentemente em conexão com a entronização simbólica de Deus no Tabernáculo e no Templo (Ex 25:18-20; Ex 37:7-9; 1Rs 6:23-25; Rs 8:6-7; 2Cr 3:7-14; Ez 10:1-20; Hb 9:5).
Os anjos no Antigo Testamento
A palavra usada no Antigo Testamento, para designar anjo, significa simplesmente “mensageiro”. Normalmente, constituía-se em um agente de Deus, para cumprir algum propósito divino relacionado com a humanidade. Exemplo: dois anjos foram a Sodoma alertar Ló e sua família sobre a iminente destruição da cidade, como punição do Senhor por sua depravação (Gn 19:1-12-15).
Os anjos trazem direção, ajuda ou encorajamento Em outras ocasiões, um anjo atuou na direção de uma pessoa, para o fiel cumprimento da vontade de Deus. Exemplo: o servo de Abraão foi enviado à Mesopotâmia, a fim de encontrar uma esposa para Isaque entre seus parentes, depois que Abraão lhe disse que o Senhor “enviaria seu anjo” adiante dele, para que o ajudasse a alcançar seu propósito (Gn 24:8-40).
Às vezes os anjos apareciam, no Antigo Testamento, para encorajar o povo de Deus. Assim, o patriarca Jacó, depois que saiu de Berseba, teve um sonho em Betel, no qual viu uma escada “posta na terra, cujo topo chegava ao céu; e os anjos de Deus subiam e desciam por ela” (Gn 28:12). Por meio dessa experiência, o Senhor falou com Jacó e tornou a prometer-lhe que seria o seu Deus, cuidaria dele e, depois, o traria à Terra Prometida (Gn 28:13-15).
Essa proteção divina é vista pelo salmista como extensiva a todos os que genuinamente colocam a confiança no Deus vivo: “O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra” (Sl 34:7; cf. 91:11-12).
Uma das referências mais interessantes aos anjos foi quando Moisés enviou mensageiros ao rei de Edom. Ao registrar as dificuldades enfrentadas durante o cativeiro egípcio, o legislador comentou: “Mas quando clamamos ao Senhor, ele ouviu a nossa voz, enviou um anjo, e nos tirou do Egito” (Nm 20:16). Infelizmente, a lembrança da ajuda divina no passado não foi suficiente e a passagem pelo território edomita foi negada (Nm 20:18-20).
Os anjos como executores do juízo de Deus Houve ocasiões em que os anjos tiveram um papel preponderante no propósito divino (Gn 19:12-2Sm 24:16-17). Uma ilustração contundente de um anjo no exercício do juízo divino é encontrada em I Crônicas 21:15: “E Deus mandou um anjo para destruir a Jerusalém”. Nesse caso, felizmente, a aniquilação da cidade foi evitada: “Então o Senhor deu ordem ao anjo, que tornou a meter a sua espada na bainha” (1Cr 21:27). A justiça de Deus foi temperada com a misericórdia divina. Por outro lado, houve ocasiões quando a teimosa oposição ao Senhor foi confrontada com a implacável fúria divina, como nas pragas que caíram sobre o Egito. “Atirou para o meio deles, quais mensageiros de males, o ardor da sua ira, furor, indignação e angústia” (Sl 78:49).
Um dos casos mais dramáticos de retaliação divina ocorreu na derrota de Senaqueribe, em 701 a.C., em resposta à oração do rei Ezequias: “E o Senhor enviou um anjo que destruiu a todos os homens valentes, os chefes e os oficiais no arraial do rei da Assíria” (2Cr 32:21s.; cf. 2Rs 19:35; Is 37:36). A mesma ação que produziu juízo contra os inimigos de Deus trouxe livramento ao seu povo.
Anjos interlocutores Eles aparecem com freqüência no livro de Zacarias, onde um anjo interlocutor é citado várias vezes (Zc 1:14-18,19; 2:3;4:1-5; 5:5-10; 6:4-5; cf. Ed 2:44-48; Ed 5:31-55). Assim lemos, quando o anjo do Senhor levantou a questão sobre até quando a misericórdia divina seria negada a Jerusalém: “Respondeu o Senhor ao anjo que falava comigo, palavras boas, palavras consoladoras” (Zc 1:13). O anjo então transmitiu ao profeta a mensagem dada por Deus (Zc 1:14-17). Esse papel do mensageiro do Senhor de comunicar a revelação divina ao profeta traz luz sobre o Apocalipse, onde um papel similar é dado a um anjo interlocutor (Ap 1:1-2; Ap 22:6).
Os anjos e o louvor a Deus Um dos mais bonitos papéis desempenhados pelos anjos no Antigo Testamento é o louvor. O salmista exortou: “Bendizei ao Senhor, anjos seus, magníficos em poder, que cumpris as suas ordens, que obedeceis à sua voz. Bendizei ao Senhor, todos os seus exércitos celestiais, vós, ministros seus, que executais a sua vontade” (Sl 103:20-21). Semelhantemente, o Salmo 148 convoca os anjos a louvar ao Senhor junto com todos os seres criados: “Louvai-o, todos os seus anjos; louvai-o, todos os seus exércitos celestiais” (v. 2). Quando Deus criou a Terra, todos os anjos (conforme trazem algumas versões) rejubilaram (Jó 38:7). Da mesma maneira, os serafins — criaturas celestiais que são citadas somente na visão de Isaías — ofereciam louvor e adoração, por sua inefável santidade: “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da sua glória” (Is 6:2-4). O próprio nome desses seres (“aqueles que queimam”) indica sua pureza como servos de Deus. Nesse texto, uma grande ênfase é colocada sobre a santidade do Senhor e a importância do louvor por parte dos anjos que o servem.
Os anjos no período intertestamentário
Os anjos foram particularmente proeminentes na literatura judaica no período entre os dois testamentos (2 Esdras 6:3; Tobias 6:5; 1 Macabeus 7:41; 2 Macabeus 11:6). Alguns anjos, segundo os livros apócrifos, eram conhecidos pelo nome (Uriel, em 2 Esdras 5:20 e Rafael, em Tobias 5: 4) e, a partir daí, desenvolveram-se elaboradas angelologias. Tobias, por exemplo, falou sobre “sete santos anjos que apresentam as orações dos santos e entram na presença da glória do Santo”. O livro apócrifo “Os Segredos de Enoque”, que apresenta um forte interesse pelos anjos, menciona quatro deles pelo nome, os quais são líderes e desempenham funções específicas no plano divino (1 Enoque 40:9-10). No entanto, este ensino sobre os anjos é restrito e saturado do elemento especulativo, o qual tornou-se tão dominante no período intertestamentário.
Os anjos no Novo Testamento
No Novo Testamento, a palavra grega angelos significa “mensageiro” (usada com referência a João Batista, Mc 1:2-4) ou um “anjo”. Os anjos são mencionados muitas vezes nos Evangelhos, Atos, Hebreus e Apocalipse e ocasionalmente nos outros livros. Os anjos e os nascimentos de João e de Jesus O elemento do louvor certamente marcou presença no NT. Em Lucas, o nascimento de Jesus é anunciado por uma “multidão dos exércitos celestiais, louvando a Deus, e dizendo: Glória a Deus nas maiores alturas, paz na terra entre os homens...” (Lc 2:13-14). Assim, também no NT os anjos participam do louvor e da adoração ao Senhor, da mesma maneira que faziam no AT. O louvor a Deus era uma de suas atividades primárias (Ap 5:11-12).
Vários outros aspectos da história do nascimento de Jesus são dignos de nota. Primeiro, o anjo do Senhor teve um papel preponderante no anúncio dos nascimentos tanto de João Batista como de Jesus, ao aparecer a José (Mt 1:20-24; Mt 2:13), a Zacarias (Lc 1:11-20) e aos pastores (Lc 2:9-12). Segundo, o anjo Gabriel fez o anúncio para Zacarias e Maria (Lc 1:19-26). Lucas destacou também a participação de Gabriel na escolha do nome de Jesus (2:21; cf. 1:26-38).
Os anjos e a tentação de Jesus Durante a tentação, o Salmo 91:11-12 foi citado pelo diabo, para tentar Jesus e fazê-lo colocar a fidelidade de Deus à prova (Mt 4:5-7; Lc 4:9-12). Cristo recusou-se a aceitar a sugestão demoníaca e é interessante que Marcos destacou o ministério dos anjos em seu relato da tentação (Mc 1:13). Da mesma maneira, no final de seu registro sobre este assunto, Mateus declarou: “Então o diabo o deixou, e chegaram os anjos e o serviram” (Mt 4:11). A promessa divina do Salmo 91 foi assim cumprida, mas no tempo e na maneira de Deus (cf. Lc 22:43).
Os anjos e o tema do testemunho Os anjos são citados várias vezes em conexão com a vida cristã. O testemunho de Cristo era importante, pois era visto contra o pano de fundo da eternidade: “Qualquer que de mim e das minhas palavras se envergonhar, dele se envergonhará o Filho do homem, quando vier na sua glória e na do Pai e dos santos anjos” (Lc 9:26). O testemunho cristão tem um significado solene, com relação à nossa situação final na presença de Deus e dos anjos: “Digo-vos que todo aquele que me confessar diante dos homens também o Filho do homem o confessará diante dos anjos de Deus. Mas quem me negar diante dos homens será negado diante dos anjos de Deus” (Lc 12:8-9; cf. Mt 10:32-33; Ap 3:5). Em adição, Lucas destacou também a alegria trazida pelo arrependimento sincero: “Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende” (Lc 15:10).
Os anjos e o dia do SenhorMateus destacou o papel dos anjos no dia do Senhor. Na Parábola do Joio, por exemplo, Jesus disse aos discípulos: “A ceifa é o fim do mundo, e os ceifeiros são os anjos. . . Mandará o Filho do homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o que causa pecado e todos os que cometem iniqüidade” (Mt 13:39). Semelhantemente, na Parábola da Rede, os anjos participam no julgamento final: “Virão os anjos e separarão os maus dentre os justos, e os lançarão na fornalha de fogo, onde haverá pranto e ranger de dentes” (Mt 13:49-50). Em Mateus 16:27, os anjos são vistos como agentes de Deus, os quais terão um papel significativo no processo judicial: “Pois o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com seus anjos, e então recompensará a cada um segundo as suas obras”. No final dos tempos, Deus “enviará os seus anjos, com grande clamor de trombeta, os quais ajuntarão os seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus” (Mt 24:31).
Os anjos em cenas de morte e ressurreição Os anjos são mencionados na intrigante passagem sobre o homem rico e Lázaro, onde “morreu o mendigo e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão”; por outro lado, “morreu também o rico e foi sepultado” (Lc 16:22). O destino eterno dos dois foi muito diferente e mostrou um forte contraste com o contexto de suas vidas na Terra!
Anjos apareceram no túmulo vazio, logo depois da ressurreição de Jesus Cristo (Mt 28:2-5; Lc 24:23; Jo 20:12). Mateus escreveu que um “anjo do Senhor” rolou a pedra que fechava o túmulo, e citou sua impressionante aparência e a reação aterrorizada dos guardas (Mt 28:2-3). Ele também registrou as instruções do anjo para as mulheres (Mt 28:5-7; cf. Mc 16:5-7; Lc 24:4-7). De acordo com o evangelho de João, Maria Madalena encontrou “dois anjos vestidos de branco” e depois o próprio Cristo ressurrecto (Jo 20:11-18; cf. At 1:10-11).
Os anjos em outras referências nos evangelhos Mateus chamou a atenção para o papel dos anjos guardiões, que protegem o povo de Deus (Mt 18:10; cf. Sl 34:7; Sl 91:11; At 12:11). Incluiu também o ensino de Jesus sobre o casamento no estado futuro: “Na ressurreição nem casam nem são dados em casamento; serão como os anjos de Deus no céu” (Mt 22:30; cf. Lc 20:36). Finalmente, há o sombrio repúdio dos que estarão ao lado esquerdo do Rei, na passagem sobre os bodes e as ovelhas: “Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 25:41). A partir desta passagem, fica claro que alguns dos anjos pecaram e uniram-se ao maligno e consequentemente também receberão o castigo eterno (cf. Is 14:12-17; Ez 28:12-19; 2Pe 2:4; Jd 6).
Em seu evangelho, João registrou o comentário de Jesus para Natanael: “Vereis o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem” (Jo 1:51). Essa passagem lembra o sonho que Jacó teve em Betel (Gn 28:10-17), onde os anjos faziam algo similar. Aqui, a ideia é que Cristo, como o Filho de Deus, será o elo de ligação entre o céu e a terra.
Os anjos no livro de Atos Lucas fez muitas referências aos anjos em Atos. “O anjo do Senhor” abriu as portas das prisões para os apóstolos em várias ocasiões (At 5:19; At 12:7-11). Mais tarde, “o anjo do Senhor” encorajou Paulo no meio de uma tempestade no mar, com uma mensagem de conforto e a certeza do livramento (At 27:23-24). Por outro lado, “o anjo do Senhor” trouxe juízo contra um inimigo do povo de Deus (o rei Herodes) como no AT: “No mesmo instante o anjo do Senhor feriu-o, porque não deu glória a Deus, e, comido de bichos, expirou” (At 12:23). Deus guiava seu povo e usava seus anjos, embora os saduceus racionalistas negassem a existência deles (At 23:8).
Os anjos nas cartas de Paulo Paulo tinha menos a dizer sobre anjos do que se poderia esperar, embora reconhecesse que a luta do cristão era contra “principados e potestades” (Ef 6:12; cf. 2:2; Jo12:31; 14:30). Estava convencido de que nem os anjos e nem qualquer outro poder criado separariam os verdadeiros cristãos do amor de Deus em Cristo (Rm 8:38-39).
Paulo mencionou os anjos caídos, e lembrou aos crentes pecaminosos de Corinto que “os santos” julgariam os anjos (1Co 6:3). Também admitiu que “o próprio Satanás se transforma em anjo de luz” (2Co 11:14). Esse comentário afirma ser necessário estarmos em constante vigilância, para resistirmos a tais ataques enganadores. Embora os anjos tenham desempenhado um papel importante no tocante à colocação da lei divina em atividade (Gl 3:19), certamente não deveriam ser adorados Cl 2:18). Na verdade, ao escrever aos gálatas, Paulo diz que “ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos anunciamos, seja anátema” (Gl 1:8). Ele reconhecia com gratidão a bondade inicial dos gálatas, pois “me recebestes como a um anjo de Deus” (Gl 4:14). Ao escrever aos tessalonicenses, Paulo declarou solenemente que os oponentes do cristianismo, os quais perseguiam os crentes, seriam punidos, “quando do céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu poder, em chama de fogo...” (2Ts 1:7-8). Deus ainda estava no controle de sua criação.
Duas passagens em I Timóteo devem ser observadas. Na primeira, os anjos são mencionados num antigo hino muito bonito (1Tm 3:16). Na segunda, uma séria advertência é feita ao jovem líder cristão, não só na presença de Deus e de Cristo, mas também diante “dos anjos eleitos” (1Tm 5:21), em contraste com Satanás e os outros anjos caídos.
Os anjos no livro de Hebreus Os anjos são citados muitas vezes na carta aos Hebreus (Hb 2:16; Hb 12:22; Hb 13:2), mas são considerados inferiores a Cristo (Hb 1:5-14). São cuidadosamente definidos no primeiro capítulo como “espíritos ministradores, enviados para servir a favor dos que hão de herdar a salvação” (Hb 1:14). São introduzidos numa passagem que adverte os discípulos a atentar para a grande salvação oferecida em Cristo (Hb 2:1-2). Anjos inumeráveis fazem parte da Jerusalém celestial e isso é mencionado como um incentivo a mais, para que os destinatários não recaíssem no Judaísmo (Hb 12:22-24; cf. Mt 26:53).
Os anjos em I Pedro, II Pedro e Judas O plano divino da salvação é tão maravilhoso que desperta a curiosidade dos anjos (1Pe 1:12). A ascensão de Cristo ao Céu, entre outras coisas, significou que anjos, autoridades e potestades foram colocados em submissão a Ele (1Pe 3:22). Referências sombrias à condenação dos anjos caídos em II Pedro e Judas são feitas nas passagens que apontam solenemente os erros dos falsos mestres e sua absoluta destruição (2Pe 2:4; Jd 6). Em II Pedro 2:11, um forte contraste é feito entre os anjos bons e os maus.
Os anjos no livro de ApocalipseEm Apocalipse, as cartas são endereçadas “ao anjo” das sete igrejas (Ap 2:12-18;3:1-14). Em cada um dos casos, a referência é feita aos pastores das igrejas, os quais eram os mensageiros de Deus para o seu povo, numa época de crise iminente. Por outro lado, existem também muitas citações aos anjos como seres sobrenaturais, por todo o livro (Ap 5:2-11;7:1-11; 8:3-8; 14:6-10; 19:17; 20:1).
A limitação do espaço nos restringe a quatro observações: primeira, os anjos aqui, como em outros lugares na Bíblia, são descritos como executores do juízo de Deus sobre a Terra (Ap 9:15; Ap 16:3-12); segunda, o papel do anjo interlocutor, observado em Zacarias, também é encontrado em Apocalipse (Ap 1:1-2; Ap 10:7-9; Ap 22:6); terceira, é observada uma divisão entre os anjos bons e os maus. “E houve guerra no céu: Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão. E o dragão e os seus anjos batalhavam” (Ap 12:7). Nesta batalha, o lado divino saiu vitorioso: o diabo “foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele” (Ap 12:9); quarta, os anjos verdadeiros adoram a Deus e reúnem-se no louvor a Cristo ao redor do trono divino (Ap 5:11-12).
Sumário
A Bíblia tem muito a dizer sobre os anjos. Eles foram criados e não devem ser adorados ou louvados. Pelo contrário, são servos sobrenaturais de Deus, que participam dos seus propósitos, tanto de juízo como de salvação. São agentes e mensageiros do Senhor, trabalhando em favor dos seus filhos e protegendo-os. Os anjos participam da adoração a Deus e cumprem a sua vontade na Terra. Alguns, entretanto, se rebelaram contra o Senhor e aliaram-se a Satanás. Estes serão julgados junto com o diabo. A.A.T.
adjetivoQue se anunciou, comunicou; dito oralmente; comunicado. Divulgado por publicidade; por anúncio; publicitado: produtos anunciados. Que se previu antecipadamente; preconizado: morte anunciada. Etimologia (origem da palavra anunciado). Particípio de anunciar, do latim anuntiare, "dizer por anúncio".
Fonte: Priberam
Arrepender
Dicionário Comum
verbo pronominal Sentir-se culpado por ter cometido algum erro ou praticado alguma injustiça com alguém: arrependeu-se do que disse. Lamentar-se por comportamentos, atitudes ou decisões já tomadas: arrependi-me de comprar o carro; me arrependi de ter ajudado aquela pessoa. Mudar de ideia; voltar atrás em alguma decisão: arrependeu-se da compra que fez. Etimologia (origem da palavra arrepender). Do latim repoenitere "provocar pena".
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
se – Abandonar conscientemente o pecado e voltar-se para Deus; lastimar-se por atos cometidos e resolver nunca mais repetir o mesmo erro.
Fonte: Dicionário Adventista
Atormentado
Dicionário Comum
atormentadoadj. 1. Submetido a tormentos. 2. Aflito, atribulado, mortificado.
Fonte: Priberam
Azeite
Dicionário Comum
substantivo masculinoÓleo de oliva ou azeitona, muito usado em culinária. Óleo extraído de outros frutos, de plantas ou da gordura de certos animais. Estar com (ou nos) seus azeites, estar de mau humor, estar aborrecido.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
A principal fonte de azeite entre os judeus era a oliveira. Havia comércio de azeite com os negociantes do Tiro, os quais, provavelmente, o exportavam para o Egito, onde as oliveiras, na maior parte, não o produzem de boa qualidade. Foi na quantidade de 20.000 batos (2 Cr 2.10), ou 20 coros (1 Rs 5.11), o azeite fornecido por Salomão a Hirão. o comércio direto desta produção era, também, sustentado entre o Egito e a Palestina (1 Rs 5.11 – 2 Cr 2.10,15 – Ed 3:7 – is 30:6 – 57.9 – Ez 27:17 – os 12:1). A ‘oferta de manjares’, prescrita pela Lei, era, freqüentes vezes, misturada com azeite (Lv 2:4-7,15 -8.26,31 – Nm 7:19 – Dt 12:17 – 32.13 – 1 Rs 17.12,15 – 1 Cr 12.40 – Ez 16:13-19). o azeite estava incluído entre as ofertas de primeiros frutos (Êx 22:29 – 23.16 – Nm 18:12 – Dt 18:4 – 2 Cr 31,5) – e o seu dízimo era reclamado (Dt 12:17 – 2 Cr 31.5 – Ne 10:37-39 – 13.12 – Ez 45:14). o azeite ‘para a luz’ devia ser, por expressa ordenação, o azeite das azeitonas esmagadas no lagar (Êx25.6 – 27.20,21 -35.8 – Lv 24:2 – 1 Sm3.3 – 2 Cr 13.11 – Zc 4:3-12). Usava-se o azeite na consagração dos sacerdotes (Êx 29:2-23 – Lv 6:15-21), no sacrifício diário (Êx 29:40), na pu-rificação do leproso (Lv 14:10-18,21,24,28), e no complemento do voto dos nazireus (Nm 6:15). Certas ofertas deviam efetuar-se sem aquele óleo, como, por exemplo, as que eram feitas para expiação do pecado (Lv 5:11) e por causa de ciúmes (Nm 5:15). os judeus também empregavam o azeite para friccionar o corpo, depois do banho, ou antes de uma ocasião festiva, mas em tempo de luto ou dalguma calamidade abstinham-se de usá-lo. Nos banquetes dos egípcios havia o costume de ungir os hóspedes – os criados ungiam a cabeça de cada um na ocasião em que tomavam o seu lugar à mesa (Dt 28:40 – Rt 3:3 – 2 Sm 12.20 – 14.2 – Sl 23:5 – 92.10 – 104. 15 – is S1.3 – Dn 10:3 – Am 6:6 – Mq 6:15 – Lc 7:46). Também se aplicava o azeite externamente ou internamente como medicamento (is 1:6 – Mc 6:13 – Lc 10:34 – Tg 5:14). Geralmente era ele empregado nos candeeiros, que no Egito têm um depósito de vidro, onde primeiramente se derrama água: a mecha é feita de algodão, torcida em volta de uma palha (Mt 25:1-8 – Lc 12:35). o azeite indicava alegria, ao passo que a falta denunciava tristeza, ou humilhação (is 61:3 – Jl 2:19 – Ap 6:6). Muitas vezes é tomado simbolicamente o azeite por nutrição e conforto (Dt 32:13 – 33.24 – Jó 29:6 – Sl 45:7 – 109.18 – is 61:3). (*veja Unção, oliveira.)
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da Bíblia de Almeida
Azeite Óleo tirado de azeitonas, as quais são produzidas pelas OLIVEIRAS. Era usado na alimentação (1Rs 17:12) e para pôr em ferimentos (Lc 10:34), para passar no corpo como cosmético (Sl 104:15), para iluminação (Mt 25:4), para a UNÇÃO 1, de doentes (Jc 5:14) e de hóspedes (Lc 7:46). Pela unção pessoas eram separadas para serviço especial (reis: (1Sm 10:1); profetas: (1Rs 19:15-16); e sacerdotes: (Ex 28:41) e também objetos sagrados (Act Exo 30:22-33).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Azeite Alimento obtido da azeitona prensada. Além de alimento, na época de Jesus era utilizado para a iluminação (Mt 25:3ss.), como remédio (Lc 10:34; Mc 6:13) e como cosmético (Mt 6:17; Lc 7:46). O azeite da parábola das virgens (Mt 25:3ss.) simboliza a fidelidade espiritual dos discípulos que devem, nessa atitude, esperar a parusia.
Autor: César Vidal Manzanares
Cair
Dicionário Comum
verbo intransitivo Perder o equilíbrio, levar uma queda: ele quis correr e caiu. Lançar de cima para baixo; precipitar: a chuva caiu. Colocar num nível inferior: a bolsa de valores caiu. Estar decadente; apresentar um declínio; decair: o ditador caiu. Lançar com rapidez; atirar-se: cair aos pés de alguém. Ser aprisionado: cair numa armadilha, cair em mãos inimigas. Deixar de existir; sucumbir: caiu no campo de honra. Ser arrastado, para baixo, pelo próprio peso: a cadeira caiu. Ficar pendente: os cabelos caem-lhe sobre os ombros. verbo transitivo indireto [Informal] Estar envolvido em; ter participação; participar: caiu na bandidagem. Figurado Condenar com veemência; criticar: caiu sobre o réu com acusações. [Informal] Estar encantado, apaixonado por; apaixonar: cair de amor. verbo intransitivo Figurado Estar a ponto de terminar; declinar: cai o dia. Destacar-se do que se estava ligado; soltar-se: as folhas caem. Ter como acontecimento; chegar: esta festa cai numa quinta-feira. Mudar de estado, de condição; tornar-se (como verbo de ligação): cair doente. expressãoCair bem. Assentar bem, vir a propósito: o vestido lhe cai bem. Cair em desgraça. Perder o apoio, a proteção, a simpatia. Cair no esquecimento. Ser completamente esquecido. Cair em ruínas. Desmoronar-se lentamente. Etimologia (origem da palavra cair). Do latim cadere.
Fonte: Priberam
Casa
Dicionário de Sinônimos
morada, vivenda, palácio, palacete, tugúrio, teto, chalé, lar, fogo, canto, palheiro, palhoça, choupana, casebre, cabana, tenda, barraca, arribana, choça, colmo, habitação, mansarda, pardieiro, biombo, cômodo, prédio, solar, castelo. – Habitação é, de todos os vocábulos deste grupo, o mais genérico. De “ato de habitar”, que é o que significa propriamente esta palavra habitação, passou a designar também a própria casa, que se habita: casa, ou palácio, ou choupana, ou biombo – tudo será habitação. – Casa é “o edifício de certas proporções destinado à habitação do homem”; e por extensão, designa, em linguagem vulgar, toda parte onde se abrigam alguns animais: a casa do escaravelho; a casa dos coelhos, etc. – Morada é “à habitação onde se mora, ou onde se fica por algum tempo, onde alguém se aloja provisoriamente”. – Vivenda é a “habitação onde se vive”, e sugere a ideia da maior ou menor comodidade com que a gente aí se abriga e vive. Por isso, usa-se quase sempre com um adjetivo: bela vivenda; vivenda detestável. – Palácio é “o edifício de proporções acima do normal, grandioso e magnífico”. Palacete é diminutivo de palácio, designando, portanto, “prédio rico e elegante”. – Tugúrio (latim tugurium, de tegere “cobrir”) é “o abrigo onde qualquer vivente se recolhe, ou habitualmente ou por algum tempo”. Este nome dá-se também, por modéstia ou por falsa humildade, à própria habitação magnífica. – Teto (latim tectum, também de tegere) é quase o mesmo que tugúrio: apenas teto não se aplica a um abrigo de animais, e sugere melhor a ideia de conchego, de proteção, de convívio amoroso: “teto paterno”; “era-lhe o céu um teto misericordioso”. – Chalé é palavra da língua francesa, hoje muito em voga, significando “casa de escada exterior, no estilo suíço, ordinariamente revestida de madeira, cujo teto de pouca inclinação é coberto de feltro, asfalto ou ardósia, e forma grande saliência sobre as paredes”. (Aul.). – Lar é a “habitação considerada como abrigo tranquilo e seguro da família”. – Fogos é o nome que se dá, nas estatísticas, às casas habitadas de um distrito, de uma cidade, ou de uma povoação: “a aldeia vizinha não chega a ter cem fogos”. – Canto, aqui, é “o lugar, o sítio, a morada humilde e desolada, onde alguém como que se refugia afastando-se do mundo”. – Palheiro é propriamente o lugar onde se guarda palha: designa, portanto, neste grupo, “abrigo ou habitação muito rústica e grosseira”. – Palhoça é “pequena casa coberta de palha”. – Choupana é – diz Aul. – “casa rústica de madeira, ou de ramos de árvores para habitação de pastores”. – Cabana (do italiano capánna) é “casinha coberta de colmo ou de palha, onde se abrigam à noite os camponeses, junto ou no meio das roças ou lavouras”. – Casebre é “pequena casa velha e arruinada, onde mora gente muito pobre”. – Tenda é “armação coberta para abrigo provisório ou de passagem em caminho ou em campanha”. – Barraca é “tenda ligeira, coberta de tela de lona ordinariamente”. – Arribana é “palheiro que serve mais para guarda de animais e trem de viagem propriamente que para habitação, prestando-se quando muito para pernoite ao abrigo de intempéries”. – Choça é “habitação ainda mais rústica e grosseira que a choupana”. Dizemos que o selvagem procura a sua choça (e não, pelo menos com a mesma propriedade –, a sua choupana). – Colmo, aqui, é “o colmo tomado pela cabana que é dele coberta”. – Mansarda afasta-se um pouco do francês de que a tomamos (mansarde é propriamente água-furtada ou trapeira, isto é – o último andar de uma casa tendo a janela ou janelas já abertas no telhado): tem, no português usual, mais a significação de “habitação 256 Rocha Pombo humilde, incômoda e difícil, onde há pobreza”. – Pardieiro é – diz Aul. – “edifício velho e em ruínas”: “Já me cansam estas perpétuas ruínas, estes pardieiros intermináveis” (Garrett). – Biombo é “um pequeno recinto separado de uma sala por meio de tabique móvel, e que serve de dormitório, de gabinete”, etc. Costuma-se dizer: “vou para o meu biombo” para significar que se vai para casa. – Cômodo, aqui, é “uma parte de prédio que se aluga por baixo preço e por pouco tempo ordinariamente”. – Prédio (latim prœdium, do prœs “garante, penhor, fiador”) é propriamente “bem de raiz, propriedade real”; mas, aqui, designa “a casa que é nossa própria, a propriedade que consta da casa e do terreno onde está construída”. – Solar é “a propriedade (terras e casa) considerada como representando uma tradição de família, tendo passado por herança de pais a filhos desde alguns séculos”. – Castelo era antiga habitação fortificada, fora das cidades, e onde residiam os grandes senhores feudais. Hoje é “habitação nobre, luxuosa, onde se vive com opulência”.
Fonte: Dicio
Dicionário da FEB
[...] Aqui [no mundo etéreo], temos o poder de moldar a substância etérea, conforme pensamos. Assim, também as nossas casas são produtos das nossas mentes. Pensamos e construímos. É uma questão de vibração do pensamento e, enquanto mantivermos essas vibra ções, conservaremos o objeto que, du rante todo esse tempo, é objetivo para os nossos sentidos. Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 10
Fonte: febnet.org.br
Dicionário da Bíblia de Almeida
Casa Construção em que pessoas moram. Na Palestina as casas eram feitas de pedra. Os pobres viviam às vezes em cavernas. As pessoas errantes, que se deslocavam em busca de alimentos e de pastagens para os seus rebanhos, viviam em barracas feitas com peles de cabra ou de camelo (Gn 4:20). No litoral do mar Mediterrâneo construíam-se casas de barro. O teto era feito de palha e barro.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário Bíblico
No sentido mais lato da palavra “baytith” emprega-se para significar qualquer habitação, fixa, ou mutável. Pode ter-se derivado de uma raiz que significa passar a noite. Também o tabernáculo de Deus, embora tenha sido apenas uma tenda, é, algumas vezes, chamado a casa, a residência de Deus. Pouca mudança tem havido no sistema de edificar casas no oriente. As ruas das cidades são geralmente estreitas, tendo, por vezes de um e de outro lado uma carreira de lojas. Por detrás destas estão as habitações. Se entrarmos numa das principais casas, passaremos, primeiramente, por um corredor, onde se vêem bancos de cada lado, e é ali que o senhor da casa recebe qualquer indivíduo, quando quer tratar dos seus negócios, sendo a poucas pessoas permitido passar adiante. Para além desta entrada, o privilegiado visitante é recebido no pátio, ou quadrângulo, que geralmente é pavimentado de mármore ou outra substância dura, e não tem cobertura. Este pátio dá luz e ar a vários compartimentos que têm portas para aquele quadrângulo. Com o fim de receber hóspedes, é o pavimento coberto de esteiras ou tapetes – e visto como estão seguros contra qualquer interrupção de fora, é o lugar mais próprio para recepções e diversões. o pátio é, geralmente, rodeado de um claustro, sobre o qual, quando acontece ter a casa mais de um andar, é levantada uma galeria para cada andar nas mesmas dimensões que o claustro, tendo uma balaustrada para impedir o povo de cair. As janelas que deitam para a rua são pequenas e altamente colocadas, sendo fechadas por meio de um sistema de tábuas furadas e esculpidas em vez de vidro. Deste modo fica oculto o morador, podendo, contudo, obter uma vista do que se passa fora. Todavia, as janelas dos andares superiores são, freqüentemente, de considerável grandeza, e construídas numa saliência para fora da parede da casa. Foi esta a espécie da janela pela qual foi atirada Jezabel por mandado de Jeú. Nas casas dos ricos a parte mais baixa das paredes é adornada de tapeçarias de veludo ou damasco, suspensas em ganchos, podendo esses ornamentos subir ou descer segundo se quer (Et 1:6). A parte superior das paredes é adornada de um modo mais permanente, ao passo que os tetos são, algumas vezes, feitos de madeira preciosa e odorífera (Jr 22:14). os sobrados destes esplêndidos quartos são cobertos de lajes pintadas, ou de pedra mármore. Algumas vezes eram feitos de estuque, coberto de ricos tapetes. Em todos os casos, os quartos de mulheres estão separados, embora a separação não fossem outros tempos tão estrita como é hoje entre os hebreus. Nas casas de certa pretensão havia um quarto para hóspedes. o telhado das casas orientais é quase sempre plano. Compõe-se de vigas de madeira, cobertas de pedra ou argamassa, para proteger os moradores contra o sol e as chuvas, e também, para lhes proporcionar um sítio muito agradável ao ar livre quando está bom o tempo. Em volta deste telhado há um parapeito, não muito alto, para segurança das pessoas (Dt 22:8). Na Palestina o povo dorme nos terraços da casa, durante o tempo de mais calor, em caramanchões feitos de ramos ou de junco (Ne 8:16). o quarto dos hóspedes é, algumas vezes, construído sobre o telhado, e como para este se sobe por uma escada exterior, pode o hóspede entrar ou sair sem comunicar-se com a família. Várias ocupações domésticas são efetuadas nestes lugares altos da casa, como estender a roupa para secar, e espalhar figos, uvas, etc., para se fazer passas. E algumas vezes também foram usados estes lugares para o culto idolátrico (2 Rs 23.12 – Jr 32:29). As tendas, usadas durante a Festa do Tabernáculo, eram levantadas sobre telhados planos, que eram também escolhidos para os moradores se lamentarem em ocasião de grande aflição. os fogões não existem nas casas orientais, mas a família serve-se de braseiros, acontecendo, também, acenderem o lume no pátio aberto. Todavia, a cozinha tinha uma elevação feita de tijolo, com cavidades, em que se fazia a necessária fogueira. Havia os lugares para cozinhar, aos quais se refere Ez 46:23. Além dos caramanchões para uso no verão, havia, também, compartimentos especialmente protegidos, que se usavam no tempo frio. As casas dos pobres no oriente são construções muito fracas, sendo as paredes feitas de barro, canas e junco (*veja Jó 4:19). Pode o ladrão penetrar facilmente dentro destas habitações (Jó 24:16 – Mt 24:43). Algumas vezes estas moradas de barro, e mesmo de tijolo, constavam de uma sala somente, sendo ainda uma parte dela separada para o gado. o exterior de todas as casas, tanto dos ricos como dos pobres, apresenta uma fraca aparência. Nada mais se observa, geralmente, do que uma nua parede branca, com pequenas janelas, gelosias e uma simples porta. (*veja Tenda, Tabernáculo, Cabana.)
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
substantivo femininoConstrução em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares. Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros. Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa. Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores. Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil. [Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas. Em costura, fenda usada para pregar botões. [Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20. [Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado. Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo femininoConstrução em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares. Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros. Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa. Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores. Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil. [Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas. Em costura, fenda usada para pregar botões. [Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20. [Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado. Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.
1.
Nome genérico de todas as construções destinadas a habitação.
2.
Construção destinada a uma unidade de habitação, geralmente unifamiliar, por oposição a apartamento.
=
MORADIA, VIVENDA
3.
Cada uma das divisões de uma habitação.
=
CÓMODO, COMPARTIMENTO, DEPENDÊNCIA
4.
Local de habitação (ex.: pediram financiamento para a compra de casa própria).
=
DOMICÍLIO, LAR, MORADA, RESIDÊNCIA
5.
Anexo a um edifício.
6.
[Náutica]
Compartimento destinado a máquinas ou equipamento especial (ex.: casa das máquinas).
7.
Conjunto de pessoas da família ou de pessoas que habitam a mesma morada.
8.
Conjunto de despesas com a habitação.
9.
Estabelecimento comercial ou industrial (ex.: casa de chá, casa de fados, casa de hóspedes, casa de saúde).
=
EMPRESA, FIRMA
10.
Lotação de um estabelecimento comercial, geralmente de diversão ou espectáculo (ex.: casa cheia).
11.
Local ou instalação que se considera pertença de algo ou alguém (ex.: equipa da casa; jogar em casa).
12.
Designação dada a algumas repartições ou instituições, públicas ou privadas (ex.: Casa da Moeda; Casa dos Açores). (Geralmente com inicial maiúscula.)
13.
Conjunto de pessoas que trabalham directamente com um chefe de estado (ex.: casa civil).
14.
Família pertencente à nobreza ou à realeza (ex.: casa de Bragança).
15.
Cada uma das divisões resultantes da intersecção de linhas em tabela, tabuleiro, tabuada, mapa, etc.
16.
[Jogos]
Escaninho do tabuleiro do gamão.
17.
Posição respectiva dos algarismos.
18.
Pequena abertura em peça de vestuário por onde entra um botão.
=
BOTOEIRA
19.
Número arredondado aproximado (ex.: ele anda na casa dos 40).
20.
Posição de um algarismo em relação aos outros que compõem um número (ex.: casa das unidades, casa das centenas, casa decimal).
21.
[Encadernação]
Espaço entre dois nervos, na lombada de um livro encadernado.
=
ENTRENERVO
casa comercial Estabelecimento onde se efectuamtransacções comerciais.
casa da adova AntigoSala, nas cadeias, onde os presos passeavam e recebiam visitas.
casa da Joana
[Informal]
Aquela onde não há regras ou disciplina, onde reinam a confusão e a desordem.
casa da mãe Joana
[Informal]
O mesmo que casa da Joana.
Casa da Moeda Instituição pública responsável pela cunhagem de moeda e impressão de cédulas de dinheiro de um país.
casa da sogra
[Informal]
O mesmo que casa da Joana.
casa de banho Compartimento dotado de equipamento sanitário que permite realizar as necessidades fisiológicas e a higiene pessoal.
=
BANHEIRO, CASINHA
casa de correcção Prisão de menores.
=
REFORMATÓRIO
casa de farinha
[Brasil]
Lugar equipado com utensílios (triturador, prensa, peneira) e forno próprios para transformar a mandioca em farinha.
casa de jantar Divisão de uma habitação geralmente usada para tomar as refeições.
=
SALA DE JANTAR
casa de malta Casa onde moram muitas pessoas de baixa condição e que não têm parentesco entre si.
casa de orate Casa de malucos.
=
HOSPÍCIO
casa de passe Habitação onde se pratica a prostituição.
=
BORDEL, PROSTÍBULO
casa de pasto Estabelecimento modesto onde se servem comidas.
casa de penhores Casa onde se empresta dinheiro sobre objectos de valor.
casa de tolerância Casa onde se pratica a prostituição.
Casa onde é possível alugar quartos para encontros amorosos.
casa lotérica
[Brasil]
Estabelecimento que comercializa lotarias ou onde se registam apostas (ex.: a família já foi dona de uma casa lotérica).
=
LOTÉRICA
casa nocturna Estabelecimento de espectáculo ou de diversão aberto toda a noite.
casa pia Estabelecimento de caridade, onde se educam crianças pobres.
casa professa Convento de religiosos professos.
de casa e pucarinho
[Portugal, Informal]
Diz-se de casal que faz vida em comum, sem laços de casamento (ex.: resolveram casar ao fim de dez anos de casa e pucarinho).
[Portugal, Informal]
Diz-se das pessoas que partilham grande intimidade, que são muito próximas (ex.: amigos de casa e pucarinho).
deitar a casa abaixo Fazer grande agitação a propósito de algo.
estar de casa e pucarinha Ser hospedado e alimentado por alguém.
sentir-se em casa Estar à vontade.
ca·sar
-
(casa + -ar)
verbo transitivo
1.
Unir por casamento.
2.
[Brasil]
Fazer uma aposta.
=
APOSTAR
verbo transitivo , intransitivo e pronominal
3.
Unir-se por casamento.
4.
FiguradoCondizer, combinar.
Fonte: Priberam
Cavar
Dicionário Comum
verbo transitivo e intransitivoRevolver a terra com enxada, sacho ou outro instrumento agrícola. Figurado Revolver, escavar: a tormenta cava os mares. Tornar côncavo; sulcar; emagrecer: a dor cavou-lhe as faces. Extrair, cavando: cavar o ouro das minas. Figurado Buscar com empenho. Abrir cava em: cavar o vestido. Trabalhar, cavando: cavaram o dia todo. [Brasil] Usar de processos pouco lícitos para conseguir vantagem ou lucro: cavar um bom emprego.
Fonte: Priberam
Cem
Dicionário Comum
numeralDez vezes dez; um cento. (Antes de outro número, não se diz cem, mas cento: cem pessoas; cento e três pessoas.). Usa-se enfaticamente como número indeterminado: já lhe disse isso cem vezes! Cem por cento (ou cento por cento), inteiramente, completamente: cem por cento brasileiro.
Fonte: Priberam
Chagas
Dicionário Comum
substantivo feminino pluralLesões abertas no corpo, geralmente causadas por ferimento, queimadura ou tumor; esse ferimento ou essa ferida: tinha chagas no corpo abertas por chicotes com pregos. Figurado Aquilo que penaliza, pune, acarreta sofrimento e dor. Corte feito numa árvore através do qual se extrai seiva ou resina. Botânica Planta pertencente à família das trepadeiras cujas flores têm forma de campânula, geralmente com coloração em laranja, amarelo e vermelho; as flores dessa planta. Etimologia (origem da palavra chagas). Plural de chaga; do latim plaga.ae "golpe, pancada, ferida".
Fonte: Priberam
Chama
Dicionário Comum
substantivo femininoMistura luminosa, incandescente e gasosa que, junto de luz e de energia térmica, se forma com o fogo, numa combustão. Por Extensão Incêndio; fogo excessivo e permanente: o prédio estava em chamas! Por Extensão Luz; em que há luminosidade: a chama do lampião iluminava o sarau. Figurado Entusiasmo; excesso de vigor, de paixão: a chama da juventude. Etimologia (origem da palavra chama). Do latim flamma.ae. substantivo femininoChamada; ação de chamar, de dizer o nome de uma pessoa, esperando que ela responda: chama o garçom, por favor! [Brasil] Atrativo; o que se destaca em relação aos demais. substantivo masculinoPio; instrumento musical de sopro que imita o canto. Aves. Pássaro que se amarra pelo pé para atrair outro para a armadilha. Etimologia (origem da palavra chama). Forma regressiva de chamar.
Fonte: Priberam
Dicionário de Sinônimos
flama, labareda, fogueira, incêndio, lume, fogo; faísca, fagulha, chispa, centelha. – Chama é, segundo Lacerda, “a parte mais luminosa do fogo, e que se levanta em forma piramidal acima do corpo que arde. – Flama tem a mesma significação (é a forma erudita do latim flamma, de que chama é a forma popular), porém é palavra preferível para o estilo culto, porque a palavra chama se tornou vulgar. – Labareda designa grande chama, que se eleva e ondeia em línguas de fogo. – Lume exprime propriamente o que dá luz e claridade; e fogo, o que causa calor, queima e abrasa. No uso vulgar confundem-se estas palavras; mas, no sentido translato, deve notar-se com cuidado a diferença que há entre uma e outra. Dizemos – o lume da razão, mas não se pode dizer – o fogo da razão. Dizemos – o fogo da mocidade, mas não se dirá – o lume da mocidade. É certo que se diz – o lume, ou – o fogo dos olhos; mas é porque nos olhos há estas duas propriedades, pois que, ou cintilam e dão luz, como o lume; ou queimam, e comunicam o calor e ardor da paixão, como o fogo. Todavia, é mais correto dizer – o fogo, do que – o lume dos olhos. – Fogueira é, por assim dizer, o resultado do fogo: é o fogo aplicado à matéria combustível (e a esta circunscrito – como diz muito bem Bruns.); é essa matéria acesa, em ala, e grande labareda ou brasido”. – Incêndio é “grande fogo ou fogueira que se alastra e devora”. – Faísca, fagulha, chispa e centelha designam todas “pequenas porções de fogo ou de matéria inflamada que se desprendem de fogo maior”. – Chispa dá ideia da rapidez com que a partícula ardente se desprende; e centelha dá ideia da luz produzida pela fagulha (e é como se se dissesse – partícula de chama).
Fonte: Dicio
Chamado
Dicionário Comum
chamadoadj. 1. Que se chamou. 2. Denominado, apelidado. S. .M Chamada.
Fonte: Priberam
Chegar
Dicionário Comum
verbo intransitivo Atingir o fim de um movimento: a carta chegou; chegar ao cume da montanha. Tornar-se real; acontecer, ocorrer: uma notícia boa nunca chega gratuitamente. Ser mais que o necessário: não aguento mais suas críticas, chega! Voltar após um tempo fora; regressar a um determinado lugar: sua irmã já chegou? verbo intransitivo e transitivo indiretoSer suficiente; bastar: o dinheiro não chegou para as despesas. Surgir o momento ou a oportunidade de fazer ou de realizar alguma coisa: o seu dia chegará; ainda não chegou a sua vez. Figurado Alcançar determinado ponto, posição; elevar, ascender: chegar a ministro. verbo transitivo direto Modificar ou alterar a posição de algo: chega esta televisão para trás. Etimologia (origem da palavra chegar). Do latim plicare.
Fonte: Priberam
Cheio
Dicionário Comum
adjetivoQue contém tudo de que é capaz; preenchido, repleto. Que está completamente ocupado; atarefado: dia cheio. Que não está vazio, oco; maciço, compacto. Em quantidade excessiva; repleto: casa cheia de poeira. Que alcançou seu limite máximo; ocupado: o salão já está cheio. De formas arredondadas, com aspecto redondo: rosto cheio. [Astronomia] Cuja face completa está voltada para a Terra, possuindo um aspecto circular, falando especialmente da lua: Lua Cheia. No nível mais elevado, no ponto mais alto, falando da maré: maré cheia. Figurado Condição de quem foi invadido por sensações, repleto de sentimentos: vida cheia de amor. Que expressa determinada condição física ou moral: cheio de raiva. [Popular] Que demonstra uma irritação exagerada; enfadado, irritado: já estou cheio disso! Cujo som ou voz apresenta intensidade e nitidez corretas, sem interferências. substantivo masculinoParte ocupada de um todo sem espaços vazios: o cheio do tecido não precisa ser preenchido com mais cores. expressãoEstar cheio. Estar saturado, no limite da paciência. Etimologia (origem da palavra cheio). Do latim plenu.
Fonte: Priberam
Cinco
Dicionário Comum
numeralNumeral cardinal correspondente a cinco unidades. Quantidade que corresponde a 4 mais 1:5. Que representa essa quantidade: documento número cinco. Que ocupa a quinta posição; quinto: página cinco. Que expressa ou contém cinco unidades: sala com cinco alunos. substantivo masculinoRepresentação desse número; em arábico: 5; em número romano: V. Carta, face do dado ou peça do dominó que tem marcados cinco pontos. Pessoa ou coisa que em uma série ocupa o quinto lugar. Etimologia (origem da palavra cinco). Do latim quinque.
Fonte: Priberam
Cinquenta
Dicionário Comum
adjetivoOutra fórma de cincoenta, usada por Garrett, mas pouco diffundida, embora exacta.
Fonte: Priberam
Coisas
Dicionário Comum
coisa
| s. f.
| s. f. pl.
coi·sa (latim causa, -ae, causa, razão)
nome feminino
1.
Objecto ou ser inanimado.
2.
O que existe ou pode existir.
3.
Negócio, facto.
4.
Acontecimento.
5.
Mistério.
6.
Causa.
7.
Espécie.
8.
[Informal]
Qualquer pessoa do sexo feminino cujo nome se ignora ou não se quer nomear.
9.
[Informal]
Órgão sexual feminino.
10.
Qualquer objecto que não se quer ou não se consegue nomear (ex.: essa coisa não serve para nada).
11.
[Informal]
Órgão sexual masculino.
=
COISO
12.
[Brasil: Nordeste]
Cigarro de haxixe ou marijuana.
=
BASEADO
coisas
nome feminino plural
13.
Bens.
aqui há coisa
[Informal]
Expressão que indica que algo levanta suspeitas ou dúvidas.
=
AQUI HÁ GATO
coisa alguma O mesmo que nada.
coisa de
[Informal]
Aproximadamente, cerca de.
coisa nenhuma Usa-se para negar a ausência total de objectos, coisas, ideias, conceitos, etc. (ex.: não se lembrou de coisa nenhuma para dizer; coisa nenhuma lhe parecia interessante).
=
NADA
coisas da breca
[Informal]
Coisas inexplicáveis, espantosas.
coisas do arco-da-velha
[Informal]
Histórias extraordinárias, inverosímeis.
coisas e loisas
[Informal]
Grande quantidade de coisas diversificadas.
[Informal]
Conjunto de coisas indeterminadas.
como quem não quer a coisa
[Informal]
Dissimuladamente.
fazer as coisas pela metade
[Informal]
Não terminar aquilo que se começou.
mais coisa, menos coisa
[Informal]
Aproximadamente.
não dizer coisa com coisa
[Informal]
Ter um discurso desconexo; dizer disparates, coisas sem sentido.
não estar com coisas
[Informal]
Agir prontamente, sem hesitar.
não estar/ser (lá) grande coisa
[Informal]
Não estar/ser particularmente bom ou extraordinário.
ou coisa que o valha
[Informal]
Ou algo parecido.
pôr-se com coisas
[Informal]
Arranjar problemas ou dificuldades onde não existem.
que coisa
[Informal]
Exclamação que se usa para exprimir espanto, desagrado ou irritação.
ver a (s): coisa (s): malparada(s)
[Informal]
Prever insucesso ou perigo aquando da realização de algo.
Sinónimo Geral:
COUSA
Fonte: Priberam
Consolado
Dicionário Comum
consoladoadj. 1. Aliviado de aflição ou dor. 2. Alegre, contente.
Fonte: Priberam
Conta
Dicionário Comum
substantivo femininoAção ou efeito de contar, de avaliar uma quantidade: fazer a conta dos lucros. Operação aritmética, cálculo, cômputo. Nota do que se deve. Ajustar contas (com alguém), avir-se com ou haver-se com, tomar satisfações a (alguém). Dar conta de, ser capaz de cumprir, executar, fazer; desincumbir-se de: ele dá conta da tarefa. Dar(-se) conta, dar conta de si, notar, perceber, cair em si. Dar conta do recado, cumprir satisfatoriamente uma missão. Estar, ficar por conta, ficar furioso, indignado. Fazer de conta que, supor, imaginar, fingir que. Ficar (algo, alguém) por conta de, estar, ficar (algo) sob a responsabilidade de alguém. Fazer as contas (de um empregado), pagar o que se deve a um empregado para despedi-lo. Gastar sem conta, fazer despesas perdulárias, gastar sem limites. Levar, lançar à conta de, imputar, atribuir. Levar a sua conta, levar uma surra; uma sova. Levar ou ter (algo) em conta, dar importância, ter em consideração. Saldar contas, pagar o que se deve. Figurado Desforrar-se, exigir satisfações. Ser a conta, ser suficiente, bastar. Prestar contas, dar explicações ou informações sobre alguma coisa pela qual se é responsável. Tomar conta de, encarregar-se, incumbir-se de, vigiar. Ter(-se) na conta de, considerar(-se), reputar(-se). Conta aberta, aquela a que sucessivamente se vão lançando novos artigos. Conta corrente, escrituração do débito e do crédito de alguém; conta aberta em banco. Conta de chegar, aquela em que se ajustam valores para se obter um total desejado ou preestabelecido. Por Extensão Acomodar situações com desprezo a certas minúcias. Conta redonda, aquela em que se desprezam frações ou unidades de pouco valor (centavos, p. ex.). Dar, pagar por conta, dar, pagar uma parcela do que se deve para amortização de quantia maior. Afinal de contas, enfim, em suma. Sem conta, muito numeroso, em grande quantidade. substantivo feminino pluralMiçangas.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo femininoAção ou efeito de contar, de avaliar uma quantidade: fazer a conta dos lucros. Operação aritmética, cálculo, cômputo. Nota do que se deve. Ajustar contas (com alguém), avir-se com ou haver-se com, tomar satisfações a (alguém). Dar conta de, ser capaz de cumprir, executar, fazer; desincumbir-se de: ele dá conta da tarefa. Dar(-se) conta, dar conta de si, notar, perceber, cair em si. Dar conta do recado, cumprir satisfatoriamente uma missão. Estar, ficar por conta, ficar furioso, indignado. Fazer de conta que, supor, imaginar, fingir que. Ficar (algo, alguém) por conta de, estar, ficar (algo) sob a responsabilidade de alguém. Fazer as contas (de um empregado), pagar o que se deve a um empregado para despedi-lo. Gastar sem conta, fazer despesas perdulárias, gastar sem limites. Levar, lançar à conta de, imputar, atribuir. Levar a sua conta, levar uma surra; uma sova. Levar ou ter (algo) em conta, dar importância, ter em consideração. Saldar contas, pagar o que se deve. Figurado Desforrar-se, exigir satisfações. Ser a conta, ser suficiente, bastar. Prestar contas, dar explicações ou informações sobre alguma coisa pela qual se é responsável. Tomar conta de, encarregar-se, incumbir-se de, vigiar. Ter(-se) na conta de, considerar(-se), reputar(-se). Conta aberta, aquela a que sucessivamente se vão lançando novos artigos. Conta corrente, escrituração do débito e do crédito de alguém; conta aberta em banco. Conta de chegar, aquela em que se ajustam valores para se obter um total desejado ou preestabelecido. Por Extensão Acomodar situações com desprezo a certas minúcias. Conta redonda, aquela em que se desprezam frações ou unidades de pouco valor (centavos, p. ex.). Dar, pagar por conta, dar, pagar uma parcela do que se deve para amortização de quantia maior. Afinal de contas, enfim, em suma. Sem conta, muito numeroso, em grande quantidade. substantivo feminino pluralMiçangas.
contas do Porto Aquelas em que cada um paga a sua parte da despesa comum.
con·ta (derivação regressiva de contar)
nome feminino
1.
Acto ou efeito de contar.
2.
Execução e resultado de qualquer operação aritmética.
3.
Cálculo.
4.
Importância de uma despesa.
5.
Papel em que se escreveu a conta.
6.
Enumeração de débitos ou créditos, ou de ambos a par.
7.
Saldo.
8.
Número determinado; soma total.
9.
Contagem.
10.
Dívida.
11.
Vantagem, conveniência.
12.
Cuidado, cautela.
13.
Responsabilidade.
14.
Suposição.
15.
Estimação; opinião.
16.
Indícios, informação.
17.
Relação, narração.
18.
Pequena esfera com um furo por onde pode ser enfiado um fio, geralmente para bordar, fazer colares, rosários, etc.
19.
Número de fios que deve ter um tecido.
20.
FiguradoPessoa que não se deixa ver.
21.
Pessoa muito acanhada.
contas
nome feminino plural
22.
Rosário; missanga.
23.
Negócios mútuos.
à conta de Por causa de.
=
POR CONTA DE
A pretexto de.
=
POR CONTA DE
afinal de contas Em conclusão, por fim.
=
AFINAL
dar conta do recado Ser capaz de cumprir uma tarefa.
dar conta Aperceber-se.
fazer de conta Fingir, simular.
fechar contas Saldar ou pagar as contas.
levar em conta O mesmo que ter em conta.
por conta Para diminuir o débito.
por conta de Por causa de.
Para deduzir a.
A cargo de, às custas de.
Por incumbência de.
por conta própria De forma independente (ex.: trabalhar por conta própria).
prestar contas Explicar ou justificar as despesas (ex.: fez as compras, mas depois teve de prestar contas).
Explicar ou justificar acções ou procedimentos (ex.: o primeiro-ministro terá de prestar contas ao parlamento).
ter em conta Pensar ou examinar com alguma atenção; levar em consideração.
=
ATENDER, ATENTAR, CONSIDERAR
con·tar
-
(latim computo, -are, calcular)
verbo transitivo
1.
Determinar o número, o valor, a quantidade.
=
COMPUTAR
2.
Calcular.
3.
Ter o número de.
4.
Levar em conta.
5.
Incluir.
6.
Ter tenção de.
7.
Narrar, referir.
verbo intransitivo
8.
Fazer contas.
9.
Esperar, ter confiança.
verbo pronominal
10.
Entrar em conta; incluir-se; dizer-se.
Fonte: Priberam
Coração
Dicionário da FEB
[...] O coração, por exemplo, é o recanto por onde flui o calor suave e generoso das boas impressões que ele guarda acerca da vida e das esperanças por tempos melhores. É o espaço interior propício a que se realize sua capacidade de acolher em plenitude a lei do Amor e suas manifestações. Referencia: ABRANCHES, Carlos Augusto• Vozes do Espírito• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O coração é o meu templo
[...] O coração é o terreno que mais deveremos cultivar, pois é dele que nascem as forças de nossa vida. [...] Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5
Espontaneidade do sentimento nos nossos atos, nas idéias e em sua expressão. Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mediunidades diversas
[...] o coração é mais do que a bomba que impulsiona o sangue por todo o organismo. Sendo o órgão fisiológico mais resistente que se conhece no ser pensante, porquanto começa a pulsar a partir do vigésimo quinto dia de vida do feto, continua em ação palpitando cem mil vezes diariamente, no que resultam quarenta milhões de vezes por ano, e quando cessa a vida se desorganiza, advindo a morte dos equipamentos orgânicos com a sua conseqüente degenerescência. A pouco e pouco, alguns cientistas dão-se conta de que ele é portador de uma energia vital, que o mantém e o impulsiona ininterruptamente. Essa energia seria permutável, podendo ser intercambiada com outros indivíduos que se beneficiariam ou não, conforme o teor de que se constitua, positiva ou negativa, cálida ou fria, estimuladora ou indiferente. Seguindo essa linha de raciocínio, estão concluindo que esse órgão é portador da faculdade de pensar, tornando afirmativa a tradicional voz do coração a que se referem poetas, escritores, artistas, amantes e... Jesus. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cérebro e coração
Nosso coração é um templo que o Senhor edificou, a fim de habitar conosco para sempre. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18
2) Em sentido figurado, o coração é a sede do intelecto (Gn 6:5), dos sentimentos (1Sm 1:8) e da vontade (Sl 119:2).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Coração Nos evangelhos, a palavra tem um conteúdo simbólico, servindo para designar os sentimentos (Jo 16:6.22), o íntimo da personalidade (Mt 15:8; Mc 7:6), a origem do pensamento (Mc 2:6.8; Lc 3:15) e do entendimento (Lc 24:25). Também em sentido figurado, afirma-se que o coração é o lugar das decisões morais (Mt 22:37; Mc 12:30; Lc 10:27) e, por isso, onde se opta pela fé e se acolhe Jesus (Lc 24:32) ou ainda onde acontece a incredulidade (Mc 6:52). Quem decidiu seguir Jesus tem um coração puro (Mt 5:8) e nele reina a paz (Jo 14:1.27).
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Bíblico
os hebreus empregavam esta palavra no sentido de ser a sede de toda a vida mental – inteligência, vontade e emoção (Ez 13:2 – os 7:11 – Lc 8:15 – At 16:14).
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
substantivo masculinoÓrgão torácico, oco e muscular, que funciona como o motor central da circulação do sangue. Figurado Parte anterior do peito em que se sente as pulsações cardíacas. Objeto com a forma estilizada desse órgão: corrente um coração de prata. Figurado Conjunto das faculdades emocionais; sede da afetividade; caráter, índole: tem um bom coração. Figurado O que se traz na memória: trago seu nome gravado em meu coração. Figurado Demonstração de afeição; amor: conquistaste meu coração. Figurado Parte central de alguma coisa; objeto situado no centro: sua casa fica no coração da cidade. expressãoCoração duro. Coração de pedra; pessoa sem sentimentos. Coração de leão. Grande coragem. Coração mole. Predisposição para se comover ou se emocionar. Coração de ouro. Generosidade, grande bondade. Abrir o coração. Fazer confidências. Cortar o coração. Causar grande dor ou constrangimento. Com o coração nas mãos. Com toda a sinceridade. De coração ou de todo o coração. Com o máximo de empenho; com toda a boa vontade; com toda a sinceridade. Sem coração. Diz-se da pessoa insensível. [Medicina] Coração de atleta. Hipertrofia do coração por excesso de exercício. [Medicina] Coração artificial. Aparelho destinado a assegurar a circulação do sangue, quando necessário isolar do circuito sanguíneo do coração natural, para uma intervenção cirúrgica. Etimologia (origem da palavra coração). Pelo espanhol corazón.
Fonte: Priberam
Dicionário Etimológico
Do latim cor, cordis, que significa “coração” ou “órgão que bombeia o sangue para o corpo”.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus
Cá
Dicionário Comum
advérbioNeste lugar; no lugar em que se está; no local onde está quem fala; aqui: estarei cá, ao lado da saída. Para aqui; em direção ao lugar de quem fala: venha cá! Num lugar específico, indicado com um gesto: cá está o carro. Entre as pessoas presentes; entre nós: cá em casa não falamos mal dos outros. Neste instante: foi cá que precisei de auxílio. substantivo masculinoDesignação atribuída à letra "k". Etimologia (origem da palavra cá). Do latim hac.eccum + hac; ecc'hac, eccá, acc'ha, acá, cá. substantivo masculinoTambor utilizado pelos índios bororos. Etimologia (origem da palavra cá). De origem indígena.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
advérbioNeste lugar; no lugar em que se está; no local onde está quem fala; aqui: estarei cá, ao lado da saída. Para aqui; em direção ao lugar de quem fala: venha cá! Num lugar específico, indicado com um gesto: cá está o carro. Entre as pessoas presentes; entre nós: cá em casa não falamos mal dos outros. Neste instante: foi cá que precisei de auxílio. substantivo masculinoDesignação atribuída à letra "k". Etimologia (origem da palavra cá). Do latim hac.eccum + hac; ecc'hac, eccá, acc'ha, acá, cá. substantivo masculinoTambor utilizado pelos índios bororos. Etimologia (origem da palavra cá). De origem indígena.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
advérbioNeste lugar; no lugar em que se está; no local onde está quem fala; aqui: estarei cá, ao lado da saída. Para aqui; em direção ao lugar de quem fala: venha cá! Num lugar específico, indicado com um gesto: cá está o carro. Entre as pessoas presentes; entre nós: cá em casa não falamos mal dos outros. Neste instante: foi cá que precisei de auxílio. substantivo masculinoDesignação atribuída à letra "k". Etimologia (origem da palavra cá). Do latim hac.eccum + hac; ecc'hac, eccá, acc'ha, acá, cá. substantivo masculinoTambor utilizado pelos índios bororos. Etimologia (origem da palavra cá). De origem indígena.
Fonte: Priberam
Cães
Dicionário Comum
-
Fonte: Priberam
Céu
Dicionário Comum
substantivo masculinoEspaço infinito no qual se localizam e se movem os astros. Parte do espaço que, vista pelo homem, limita o horizonte: o pássaro voa pelo céu. Reunião das condições climáticas; tempo: hoje o céu está claro. Local ou situação feliz; paraíso: estou vivendo num céu. Religião Deus ou a sabedoria ou providência divina: que os céus nos abençoem. Religião Local para onde vão as boas almas: o reino dos Céus. Religião A reunião dos anjos, dos santos que fazem parte do Reino de Deus. Por Extensão Atmosfera ou parte dela situada acima de uma região na superfície terrestre. expressãoA céu aberto. Ao ar livre: o evento será a céu aberto. Mover céus e terras. Fazer todos os esforços para obter alguma coisa. Cair do céu. Chegar de imprevisto, mas numa boa hora: o dinheiro caiu do céu. Etimologia (origem da palavra céu). Do latim caelum; caelus.i.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Segundo os judeus, havia pelo menos três céus: o primeiro era a região nublada do ar, onde voam os pássaros, que por isso mesmo são chamados ‘as aves dos céus’ (Jó 35:11). É a este que se referem aquelas passagens em que se fala do orvalho do céu, das nuvens do céu, e do vento do céu. o segundo céu era aquela parte do espaço, onde luzem o Sol, a Lua, e as estrelas, e que se chama o ‘firmamento’, ou a expansão do céu (Gn 1:8). o terceiro, segundo pensavam os judeus, achava-se simbolizado pelo Santo dos Santos, e era a Casa de Deus e dos santos anjos. Foi este o céu, donde veio Cristo, e para o qual subiu depois da Sua ressurreição (At 1:11), e donde há de vir outra vez (1 Ts 4.16). A este mesmo céu foi Paulo arrebatado (2 Co 12.2). Não é como os outros céus, perceptíveis à vista humana (Jo 3:12-13 – Hb 8:1 – e 9.24). Alguns judeus distinguiam sete céus (Testamento dos doze Patriarcas, Levi 2 e 3 – Livro dos Segredos de Enoque, 3.21). Com respeito ao céu, como eterna morada dos remidos, sabemos que é um lugar, que foi para eles preparado por Jesus Cristo (Jo 14:2) – um lugar de felicidade 1Co 2:9), e de glória (2 Tm 2,11) – e é, também, um repouso, em que se está livre de toda inquietação (Hb 4:10-11). Chama-se ‘reino’ (Mt 25:34 – Tg 2:5 – 2 Pe 1,11) – Paraíso (Lc 23:43 – Ap 2:7) – uma herança (1 Pe 1,4) – cidade (Hb 11:10). Nesta abençoada morada servem os remidos a Deus, inteiramente livres do mal da alma e do corpo (Ap 7:15-16), em completa alegria e felicidade (Sl 16:11), vida essa acima da nossa compreensão 1Co 2:9).
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da FEB
Em geral, a palavra céu designa o espaço indefinido que circunda a Terra, e mais particularmente a parte que está acima do nosso horizonte. Vem do latim coelum, formada do grego coilos, côncavo, porque o céu parece uma imensa concavidade. Os antigos acreditavam na existência de muitos céus superpostos, de matéria sólida e transparente, formando esferas concêntricas e tendo a Terra por centro. [...] Segundo a opinião mais comum, havia sete céus e daí a expressão – estar no sétimo céu – para exprimir perfeita felicidade. [...] A teologia cristã reconhece três céus: o primeiro é o da região do ar e das nuvens; o segundo, o espaço em que giram os astros, e o terceiro, para além deste, é a morada do Altíssimo, a habi-tação dos que o contemplam face a face.[...]As diferentes doutrinas relativamente aoparaíso repousam todas no duplo errode considerar a Terra centro do Uni-verso, e limitada a região dos astros Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3, it• 1 e 2
[...] é o espaço universal; são os plane-tas, as estrelas e todos os mundos supe-riores, onde os Espíritos gozamplenamente de suas faculdades, sem astribulações da vida material, nem as an-gústias peculiares à inferioridade. Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1016
[...] O Céu é o espaço infinito, a multidão incalculável de mundos [...]. Referencia: FLAMMARION, Camille• Deus na Natureza• Trad• de M• Quintão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - t• 4, cap• 1
[...] o Céu que Deus prometeu aos que o amam é também um livro, livro variado, magnífico, cada uma de cujas páginas deve proporcionar-nos emoções novas e cujas folhas os séculos dos séculos mal nos consentirão voltar até a última. Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 6a efusão
O Céu de Jesus é o reinado do Espírito, é o estado da alma livre, que, emancipando-se do cativeiro animal, ergue altaneiro vôo sem encontrar mais obstáculos ou peias que a restrinjam. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O Céu de Jesus
O Céu representa uma conquista, sem ser uma imposição. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 2
[...] em essência, é um estado de alma que varia conforme a visão interior de cada um. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Céu
[...] o céu começará sempre em nós mesmos [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Céu e inferno
Toda a região que nomeamos não é mais que uma saída gloriosa com milhões de portas abertas para a celeste ascensão. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 57
Céu – esferas espirituais santificadas onde habitam Espíritos Superiores que exteriorizam, do próprio íntimo, a atmosfera de paz e felicidade. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 8
Fonte: febnet.org.br
Dicionário da Bíblia de Almeida
Céu 1) Uma das grandes divisões do UNIVERSO (Gn 1:1).
2) Lugar onde moram Deus, os seres celestiais e os salvos que morrem (Is 66:1; Mt 24:36; 2Co 5:1).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Céu 1. No evangelho de Mateus, no plural, perífrase empregada no lugar de Deus como, por exemplo, o Reino de Deus é descrito como o Reino dos céus (Mt 5:10; 6,20; 21,25; Lc 10:20; 15,18.21; Jo 3:27).
m. Gourgues, El más allá en el Nuevo Testamento, Estella 41993; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...
Autor: César Vidal Manzanares
Daqui
Dicionário Comum
contraçãoCombinação da preposição de com o advérbio aqui; a partir deste ponto; indica algo que se iniciará a partir o local em que está a pessoa que fala: esperamos que daqui a 10 anos a árvore esteja com 10 metros de altura. No lugar em que está a pessoa que fala; neste momento, ponto, situação, circunstância, local; desde lugar: daqui não se vê o mar. Etimologia (origem da palavra daqui). Preposição de + adv. aqui.
Fonte: Priberam
Dara
Dicionário Bíblico
hebraico: pérola da Sabedoria ou coração de sabedoria
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
-
Fonte: Priberam
Dará
Dicionário Comum
-
Fonte: Priberam
De
Dicionário Comum
preposiçãoEstabelece uma relação de subordinação entre palavras. Expressa uso, propósito, cargo, atividade, obrigação ou utilidade: creme de cabelo; escola de crianças; trabalho de especialistas. Expressa condição, estado, circunstância: você está de repouso; andar de pé; estou de bem com ela. Expressa origem, razão ou causa: dormiu de exaustão; morreu de fome. Expressa um comportamento ou maneira de agir: não se arrepende de se exercitar. Expressa valor, quantidade, preço: celular de 500 reais; apartamento de 100 metros; porta de trás. Expressa maneira, recurso: viajamos de avião. Expressa o conteúdo ou material usado para: blusa de lã; sapato de couro. Expressa relação com: não me fale de seu passado. Expressa uma qualidade própria de: comportamento de criança educada. Expressa uma condição temporal, o tempo: morreu de manhã. Gramática Numa comparação, destaca o segundo termo: gosta mais dela do que dele. Gramática Formas contraídas da preposição "de": do, da, dele, dela, dum, duma, disto, disso, deste, desta, desse, dessa, daquele, daquela, daquilo, doutro, doutra, doutrem, daí, daqui, dali, dacolá e donde. Não confundir com: dê. Etimologia (origem da palavra de). Do latim de.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
preposiçãoEstabelece uma relação de subordinação entre palavras. Expressa uso, propósito, cargo, atividade, obrigação ou utilidade: creme de cabelo; escola de crianças; trabalho de especialistas. Expressa condição, estado, circunstância: você está de repouso; andar de pé; estou de bem com ela. Expressa origem, razão ou causa: dormiu de exaustão; morreu de fome. Expressa um comportamento ou maneira de agir: não se arrepende de se exercitar. Expressa valor, quantidade, preço: celular de 500 reais; apartamento de 100 metros; porta de trás. Expressa maneira, recurso: viajamos de avião. Expressa o conteúdo ou material usado para: blusa de lã; sapato de couro. Expressa relação com: não me fale de seu passado. Expressa uma qualidade própria de: comportamento de criança educada. Expressa uma condição temporal, o tempo: morreu de manhã. Gramática Numa comparação, destaca o segundo termo: gosta mais dela do que dele. Gramática Formas contraídas da preposição "de": do, da, dele, dela, dum, duma, disto, disso, deste, desta, desse, dessa, daquele, daquela, daquilo, doutro, doutra, doutrem, daí, daqui, dali, dacolá e donde. Não confundir com: dê. Etimologia (origem da palavra de). Do latim de.
Fonte: Priberam
Dedo
Dicionário Comum
substantivo masculinoCada um dos prolongamentos distintos e articulados que terminam a mão e o pé do homem, e os membros de outros animais. Cada uma das partes da luva correspondente a um dedo. Dedo anular, aquele em que habitualmente se usa anel, sobretudo a aliança. Dedo auricular, o menor dos dedos da mão; O mesmo que dedo mínimo (pop., mindinho ou minguinho). Dedo índex ou indicador, o que está entre o polegar e o médio (assim chamado porque é com ele que habitualmente se aponta ou se indica alguma coisa). Dedo médio, o que está no meio. Dedo polegar (pólex ou pólice), o primeiro, o mais grosso dos dedos da mão (pop.: mata-piolho). Cheio de dedos, confuso, embaraçado. Pôr o dedo na ferida, indicar ou reconhecer o ponto vulnerável. Contar pelos dedos, fazer cálculos com muito vagar.
Fonte: Priberam
Dicionário da Bíblia de Almeida
Dedo Medida de comprimento igual a um pouco menos de dois centímetros (1,85 cm). É um quarto da MÃO Ex 25:25, RA).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Deixa
Dicionário Comum
deixas. f. 1. Ato ou efeito de deixar. 2. Legado. 3. Teatro. Última palavra ou últimas palavras de uma fala.
Fonte: Priberam
Depois
Dicionário Comum
advérbioSeguidamente; numa circunstância posterior: chegou depois das 21h. Atrás; de modo posterior, na parte de trás: saiu depois da banda. Ademais; em adição a: o tumulto foi desordeiro e, depois, se opôs ao governo. Etimologia (origem da palavra depois). De origem questionável.
Fonte: Priberam
Dicionário de Sinônimos
logo. – Segundo Lac. – “ambos estes advérbios indicam tempo que se segue ao atua1; porém logo designa termo mais próximo, e depois termo mais remoto. Logo ao sair da missa montaremos a cavalo; e depois de darmos um bom passeio, iremos jantar com teu tio”.
Fonte: Dicio
Desprezar
Dicionário Comum
desprezar v. tr. dir. 1 Tratar com desprezo. pron. 2 Dar-se ao desprezo; rebaixar-se. tr. dir. 3 Não dar importância a; não levar em conta.
Fonte: Priberam
Deus
Dicionário da Bíblia de Almeida
Deus [hebr. El, Elah, Eloah, Elohim; gr. theós]
O nome mais geral da Divindade (Gn 1:1; Jo 1:1). Deus é o Ser Supremo, único, infinito, criador e sustentador do universo. É espírito pessoal e subsiste em três pessoas ou distinções: Pai, Filho e Espírito Santo (v. TRINDADE). É santo, justo, amoroso e perdoador dos que se arrependem. O ateu diz que Deus não existe; o agnóstico diz que não podemos saber se Deus existe ou não; o crente sabe que Deus existe e afirma: “... nele vivemos, nos movemos e existimos” (At 17:28).
==========================
NOMES DE DEUS
Nas Escrituras Sagradas Deus é chamado por vários nomes e cognomes (títulos), que seguem alistados na ordem decrescente do número de ocorrências:
Deus O judaísmo apresentava uma visão estritamente monoteísta da divindade. As afirmações a respeito que aparecem no Antigo Testamento não podem ser mais explícitas. Antes e depois dele não houve nem haverá outros deuses (Is 43:10-11). Tudo criou sem ajuda nem presença de ninguém (Is 44:24; 45,12). É o primeiro e o último (Is 44:6), clemente e misericordioso (Sl 111:4), o que cuida dos oprimidos (Sl 113:7), o que cura todas as dores e perdoa todas as iniqüidades (Sl 103:3).
Foi ele quem entregou a Torá a Moisés no Sinai (Êx 19:20) e que estabeleceu uma Aliança Eterna com Israel como povo seu. Ele que falou através dos profetas, ele que não pode ser representado por nenhum tipo de imagem, desenho ou pintura (Ex 20:4ss.) etc.
Deste Deus se esperava que enviaria seu messias e que no final dos tempos ressuscitaria os justos e injustos, proporcionando recompensa eterna aos primeiros e castigo vergonhoso e consciente aos segundos (Dn 12:2).
Nos evangelhos encontramos uma aceitação de todas essas afirmações. Deus é único (Mc 12:29ss.), é o Deus dos patriarcas (Mt 22:32), é o único que pode receber culto e serviço (Mt 6:24; Lc 4:8). Para ele tudo é possível (Mt 19:26; Lc 1:37). Ainda que faça brilhar o sol sobre justos e injustos (Mt 5:45), só é Pai daqueles que recebem Jesus (Jo 1:12). Essa relação de paternidade entre Deus e os seguidores de Jesus explica por que ele é tratado como Pai (Mt 11:25ss.; Mc 14:36; Lc 23:34.46; Jo 11:41; 17, 1.5.11). A ele se deve dirigir no oculto do coração e sem usar contínuas repetições como os pagãos (Mt 6:4. 18) e nele se deve confiar sem sombra de dúvida (Mt 6:26-32; 10,29-31; Lc 15). E podemos então chegar a conhecê-lo porque se nos revelou em Jesus (Jo 1:18).
Esse monoteísmo com o qual Deus é contemplado no Novo Testamento encontra-se, não obstante, selecionado através da fé na Trindade, que afirma uma pluralidade de pessoas no âmago da única divindade. Existem precedentes da crença na divindade do messias no judaísmo, assim como da atuação de Deus em várias pessoas. De fato, o judeu-cristianismo posterior — tal como registra o Talmude — apenas se referiu a elas para defender sua essência judaica. Assim, no Antigo Testamento, atribui-se ao Messias o título divino de El-Guibor (Is 9:5-6); Deus se expressa em termos plurais (Gn 1:26-27; Is 6:8); o malak YHVH ou o anjo de YHVH não é senão o próprio YHVH (Jz 13:20-22) etc, expressões que foram interpretadas como sinais da revelação da Trindade.
Nos evangelhos encontramos de fato afirmações nesse sentido que não podem ser consideradas equívocas. Por exemplo: Jesus é denominado Deus (Jo 1:1; 20-28 etc.); afirma-se que o Filho de Deus é igual a Deus (Jo 5:18); ressalta-se que era adorado pelos primeiros cristãos (Mt 28:19-20 etc.), recebe a designação de “Verbo”, termo procedente dos targuns aramaicos para referir-se ao próprio YHVH (Jo 1:1) etc.
Tem-se discutido se todos esses enfoques procedem realmente do próprio Jesus ou se, ao contrário, devem ser atribuídos à comunidade primitiva. Também se questiona o seu caráter judaico.
Atualmente, sabemos que esses pontos de vista não se originaram do helenismo, mas do judaísmo contemporâneo de Jesus (m. Hengel, A. Segal, C. Vidal Manzanares etc.). A característica que difere o cristianismo das outras doutrinas é afirmar essa hipóstase do Deus único, encarnado em Jesus. A este também retrocede todas as interpretações sobre sua pessoa. Para essa interpretação, defendem-se passagens de indiscutível autenticidade histórica, como a de Lc 10:21-22, assim como as de auto-identificação que Jesus atribui a si, como a Jokmah hipostática dos Provérbios (Lc 7:35; 11,49-51) e como o “Kyrios” (Senhor) do Antigo Testamento (Lc 12:35-38; 12,43ss.). Essas passagens de fato fazem parte da fonte Q, o que indica sua antigüidade.
m. Hengel, El Hijo de Dios, Salamanca 1978; A. Segal, Paul, The Convert, New Haven e Londres 1990; m. Gilbert - J. N. Aletti, La Sabiduría y Jesucristo, Estella; C. Vidal Manzanares, El primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo palestino...
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Etimológico
Do latim deus, daus, que significa “ser supremo” ou “entidade superior”.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus
Quem é quem na Bíblia?
Introdução
(O leitor deve consultar também os seguintes verbetes: Cristo, Espírito Santo, Jesus, Senhor.) O Deus da Bíblia revela-se em sua criação e, acima de tudo, por meio de sua Palavra, as Escrituras Sagradas. De fato, a Bíblia pode ser definida como “a autorevelação de Deus ao seu povo”. É importante lembrar que as Escrituras mostram que o conhecimento que podemos ter de Deus é limitado e finito, enquanto o Senhor é infinito, puro e um Espírito vivo e pessoal, ao qual ninguém jamais viu. Freqüentemente a Bíblia usa antropomorfismos (palavras e ideias extraídas da experiência das atividades humanas, emoções, etc.) numa tentativa de nos ajudar a entender melhor Deus. Esse recurso pode ser realmente muito útil, embora o uso de descrições e termos normalmente aplicados aos seres humanos para referir-se ao Senhor eterno e infinito sempre deixe algo a desejar. Alguém já disse que “conhecer a Deus”, até o limite de que somos capazes por meio de sua Palavra, é o cerne da fé bíblica. De acordo com as Escrituras, todas as pessoas, durante toda a história, estão de alguma maneira relacionadas com o Senhor, seja numa atitude de rebelião e incredulidade, seja de fé e submissão.
Homens e mulheres existem na Terra graças ao poder criador e sustentador de Deus; a Bíblia ensina que um dia todos estarão face a face com o Senhor, para o julgamento no final dos tempos. A natureza de Deus e seus atributos são, portanto, discutidos de diversas maneiras nas Escrituras Sagradas, de modo que Ele será mais bem conhecido por meio da forma como se relaciona com as pessoas. Por exemplo, aprende-se muito sobre Deus quando age no transcurso da história, em prol do sustento e da defesa de seu povo, e leva juízo sobre os que pecam ou vivem em rebelião contra Ele. Muito sabemos sobre o Senhor por meio dos nomes aplicados a Ele na Bíblia e quando sua criação é examinada e discutida. Acima de tudo, aprendemos de Deus quando estudamos sobre Jesus, o “Emanuel” (Deus conosco).
As seções seguintes proporcionam apenas um resumo do que a Bíblia revela sobre Deus. Uma vida inteira de estudo, fé e compromisso com o Senhor, por intermédio de Cristo, ainda deixaria o crente ansioso por mais, especialmente pelo retorno de Jesus, pois concordamos com a declaração do apóstolo Paulo: “Agora conheço em parte; então conhecerei como também sou conhecido” (1Co 13:12).
A existência do único Deus
A Bíblia subentende a existência de Deus. Não há discussão alguma sobre isso em suas páginas, pois trata-se de um livro onde o Senhor revela a si mesmo. Somente o “tolo”, a pessoa maligna e corrupta, diz “no seu coração: Não há Deus” (Sl 14:1-53.1; veja O tolo e o sábio). A existência de Deus é freqüentemente afirmada nos contextos que advertem contra a idolatria. Sempre é dada uma ênfase especial ao fato de que somente o Senhor é Deus e não existe nenhum outro. Deuteronômio 6:4 declara: “Ouve, ó Israel: O Senhor nosso Deus é o único Senhor”. Deuteronômio 32:39 diz: “Vede agora que Eu sou, Eu somente, e não há outro Deus além de mim. Eu causo a morte, e restituo a vida; eu firo, e eu saro, e não há quem possa livrar das minhas mãos”. Por essa razão, a idolatria é considerada um grande pecado (cf. 1 Co 8.4). Envolver-se com ela é viver e acreditar na mentira, numa rejeição direta da revelação do único Deus verdadeiro. Esperava-se que o povo de Israel testemunhasse para as nações ao redor que existia apenas um único Senhor e que não havia nenhum outro deus. Isso seria visto especialmente no poder de Deus para proporcionar a eles os meios para vencerem as batalhas contra inimigos mais fortes, no tempo de paz, na extensão das fronteiras (contra o poder de outros assim chamados deuses) e em sua justiça e juízo sobre todos os que se desviavam dele, ou rejeitavam seus caminhos ou seu povo. As nações ao redor precisavam aprender com Israel que os seus deuses eram falsos e que na verdade adoravam demônios (1Co 10:20).
Os escritores dos Salmos e os profetas também proclamaram que somente o Senhor é Deus e que Ele pré-existe e auto-subsiste. O Salmo 90:2 diz: “Antes que os montes nascessem, ou que formasses a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus”. Em Isaías, lemos: “Assim diz o Senhor, Rei de Israel, e seu Redentor, o Senhor dos Exércitos: Eu sou o primeiro, e eu sou o último, e fora de mim não há Deus” (Is 44:6). “Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim não há Deus. Eu te fortalecerei, ainda que não me conheças” (Is 45:5; veja também 45.21; etc.). Jeremias disse: “Mas o Senhor Deus é o verdadeiro Deus; ele mesmo é o Deus vivo, o Rei eterno. Do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jr 10:10).
No Novo Testamento, novamente a autoexistência eterna de Deus é subentendida: “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por meio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens” (Jo 1:14). Paulo argumentou em sua pregação para os atenienses: “Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos” (At 17:28). O apóstolo fez um apelo aos habitantes de Listra, a fim de que reconhecessem a existência do único Deus verdadeiro, pois “não deixou de dar testemunho de si mesmo. Ele mostrou misericórdia, dando-vos chuvas dos céus, e colheita em sua própria estação, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações” (At 14:17). Em Romanos 1:19-20, há o pressuposto de que mesmo os que são maus e rejeitam a Deus podem ser considerados em débito, “visto que o que de Deus se pode conhecer, neles se manifesta, porque Deus lhes manifestou. Pois os atributos invisíveis de Deus, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que foram criadas, de modo que eles são inescusáveis”.
Como em João 1, mencionado anteriormente, é no Novo Testamento que aprendemos sobre Jesus e começamos a entender mais sobre o próprio Deus, sua preexistência e sua auto-existência. Colossenses 1:17 descreve a preexistência de Cristo como “a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação” (Cl 1:15). Tanto Deus, o Pai, como Jesus são considerados eternos em sua existência: “Eu sou o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, diz o Senhor, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-poderoso” (Ap 1:8-11.15, 17; 2 Pe 3.8). Hebreus 13:8 também fala de Jesus: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje, e eternamente”.
O Deus criador
A autoexistência de Deus, bem como sua eternidade, também são sinalizadas na criação, a qual Ele fez do “ex nihilo” (a partir do nada; veja Gn 1; Rm 4:17; Hb 11:3). A Bíblia não admite a ideia do nada existindo lado a lado com o Senhor através da eternidade. Não há ensino, por exemplo, de que a matéria sempre existiu, ou que o mal sempre permaneceu como uma alternativa ao lado de Deus. O Todo-poderoso sempre existiu e sempre existirá; Ele é o Criador. O que existe traz outras coisas à existência. O racionalismo pode argumentar que, se algo existe, deve ter o poder da auto-existência dentro de si. A Bíblia mostra que o ser que auto-existe é Deus e somente Ele é o Senhor. Porque Deus existe, a vida veio à existência e surgiu a criação. No Senhor há vida e luz. Somente Ele tem a vida em si mesmo e habita na luz e na glória eternamente.
O ato de Deus na criação é descrito em muitos lugares da Bíblia. De maneira notável, Gênesis 1:2 descrevem a Palavra de Deus que traz tudo o que conhecemos à existência. Esses capítulos demonstram claramente que o Senhor já existia antes da criação e foi por meio de sua palavra e seu poder que o mundo veio à existência. Também revelam que Deus não iniciou simplesmente o processo e o concluiu, ou ainda não o concluiu, com o que conhecemos neste mundo hoje. Ele interferiu ativamente, várias vezes, para criar a luz, o sol, a lua, a água, a vegetação, os peixes, os mamíferos, os pássaros e a humanidade. Em Gênesis 1, essa obra ativa de Deus durante todo o período da criação pode ser notada nas duas frases: “E disse Deus: Haja...” e “E viu Deus que isso era bom”. Em Gênesis 2, a obra e as palavras do “Senhor Deus” são mencionadas repetidamente. O Salmo 33:4-9 personaliza a “palavra de Deus” como a que criou e “é reta e verdadeira; todas as suas obras são fiéis... Pela palavra do Senhor foram feitos os céus... Tema toda a terra ao Senhor... Pois ele falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu”. Jeremias afirma: “Pois ele (o Senhor) é o criador de todas as coisas, e Israel é a tribo da sua herança; Senhor dos Exércitos é o seu nome” (Jr 10:16-51.19; veja também Jó 26:7; Sl 102:25-104.24; Ne 9:6; etc.).
No NT, o escritor da carta aos Hebreus lembra os crentes que “pela fé entendemos que os mundos foram criados pela palavra de Deus, de maneira que o visível não foi feito do que se vê” (Hb 11:3). Louvor e adoração são devidos a Deus, o Pai, e a Jesus, a Palavra de Deus, pela criação e pelo seu contínuo sustento de todas as coisas criadas. Desde que a criação deriva sua vida e existência do próprio Deus, se o Senhor não a sustentasse, ela deixaria de existir (Ap 4:11; Jo 1:1-3; 1 Co 8.6; Cl 1:16-17; Hb 1:2-2 Pe 3.5; etc.).
Essa obra da criação, a qual necessita do poder sustentador do Senhor, proporciona a evidência da soberania e do poder de Deus sobre todas as coisas. Ele está presente em todos os lugares, a fim de sustentar e vigiar sua criação, realizar sua justiça, amor e misericórdia, trazer à existência e destruir, de acordo com sua vontade e seus propósitos. A doxologia de Romanos 1:1-36 oferece a resposta adequada do crente na presença do Deus criador, sustentador e que existe por si: “Porque dele e por ele e para ele são todas as coisas. Glória, pois, a ele eternamente. Amém” (v.36).
O Deus pessoal
O Criador do Universo e de todas as coisas, que sustém o mundo e todas as pessoas, revela-se a si mesmo como um “Deus pessoal”. A palavra “pessoal” não é aplicada a Ele em nenhum outro lugar da Bíblia e é difícil nossas mentes finitas assimilarem o que essa expressão “pessoal” significa, ao referir-se ao Senhor. Ainda assim, é dessa maneira que Ele é consistentemente revelado. Deus é um ser auto-existente e autoconsciente. Qualidades que indicam um ser pessoal podem ser atribuídas a Deus. Ele é apresentado como possuidor de liberdade, vontade e propósitos. Quando colocamos esses fatores na forma negativa, o Senhor nunca é descrito nas Escrituras da maneira que as pessoas o apresentam hoje, como uma energia ou uma força sempre presente. Deus revela a si mesmo como um ser pessoal no relacionamento entre Pai, Filho e Espírito Santo (veja mais sobre a Trindade neste próprio verbete) e em seu desejo de que seu povo tenha um relacionamento real com o “Deus vivo”. Sua “personalidade”, é claro, é Espírito e, portanto, não está limitada da mesma maneira que a humana. Porque é pessoal, entretanto, seu povo pode experimentar um relacionamento genuíno e pessoal com Ele. Deus, por ser bom, “ama” seu povo e “fala” com ele. O Senhor dirige os seus e cuida deles. O Salmo 147:10-11 dá alguns sentimentos de Deus, como um ser pessoal: “Não se deleita na força do cavalo, nem se compraz na agilidade do homem. O Senhor se agrada dos que o temem, e dos que esperam no seu constante amor” (veja também Sl 94:9-10). Efésios 1:9-11 mostra como a vontade e os propósitos de Deus são especialmente colocados à disposição dos que Ele “escolheu”, aos quais ele “ama”. O Senhor é aquele que conhece seu povo (1Co 8:3) e pode ser chamado de “Pai” pelos que vivem por ele (v.6). A revelação de Deus em Jesus novamente mostra como Ele é um Deus “pessoal”, tanto no relacionamento de Cristo e do Pai (como o Filho faz a vontade do Pai e fala as suas palavras), como na maneira pela qual o Pai mostrou seu amor pelo mundo, quando deu “o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3:16-14:15-31; 15.9,10; etc.).
O Deus providencial
Já que Deus é eterno, auto-existente e o Criador do Universo, não é de admirar que um dos temas mais freqüentes na Bíblia refira-se à soberana providência do Senhor. Deus é visto como o rei do Universo, o que fala e tudo acontece, que julga e as pessoas morrem, que mostra seu amor e traz salvação. Ele é o Senhor (veja Senhor) que controla o mundo e exige obediência. Busca os que farão parte de seu povo. É neste cuidado providencial por seu mundo e seu povo que mais freqüentemente descobrimos na Bíblia os grandes atributos divinos de sabedoria, justiça e bondade. Aqui vemos também sua verdade e seu poder. As Escrituras declaram que Deus tem o controle total sobre tudo, ou seja, sobre as pessoas, os governos, etc. Ele é chamado de Rei, pois estabelece reinos sobre a Terra e destrói-os, de acordo com seu desejo. Sua soberania é tão grande, bem como sua providência, em garantir que sua vontade seja realizada, que mesmo o mal pode ser revertido e usado pelo Senhor, para realizar seus bons propósitos.
Os escritores da Bíblia demonstram com convicção que Deus governa sobre toda a criação; assim, os conceitos do destino e do acaso são banidos. À guisa de exemplo, uma boa colheita não acontece por acaso, mas é providenciada pelo Senhor. É Deus quem promete: “Enquanto a terra durar, não deixará de haver sementeira e ceifa, frio e calor, verão e inverno, dia e noite” (Gn 8:22). Por outro lado, o Senhor mantém tal controle sobre a criação que pode suspender a colheita dos que vivem no pecado ou se rebelam contra Ele (Is 5:10). Nos dias do rei Acabe, de Israel, Deus suspendeu a chuva e o orvalho, por meio de “sua palavra”, como castigo sobre o monarca e o povo (1Rs 17:1). A fome foi extremamente severa, mas a providência particular e amorosa do Senhor por seu povo fez com que suprisse as necessidades do profeta Elias de maneira miraculosa (1Rs 17:18).
A Bíblia preocupa-se muito em mostrar a providência de Deus, que pode ser vista no seu relacionamento com seu povo (veja 2 Cr 16.9). Paulo fala sobre isso quando diz: “Sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Rm 8:28). Aqui vemos que não somente o cuidado soberano do Senhor sempre é feito segundo a sua vontade e seu propósito, mas também que esse desejo preocupa-se especialmente com seu povo, mediante o cuidado e a proteção. O poder de Deus é tão grande que em “todas as coisas” Ele trabalha para atingir seus fins. Tal entendimento da providência do Senhor leva à conclusão inevitável de que mesmo o que começou por meio do mal, ou emanado de nossos próprios desejos pecaminosos, pode ser revertido por Deus, enquanto Ele trabalha incessantemente para completar e realizar sua vontade. Essa fé e confiança no cuidado providencial do Senhor não eram conceitos novos nos dias de Paulo. Quando José foi capturado por seus irmãos e vendido como escravo para o Egito, não foi o acaso que finalmente o levou a ser governador egípcio, num momento em que o povo de Deus precisava ser preservado da fome terrível. Tudo foi parte da vontade do Senhor. Posteriormente, ao discutir o assunto com seus irmãos amedrontados, José disse: “Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim, porém Deus o tornou em bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida” (Gn 50:20). O cuidado providencial de Deus por Jó, quando Satanás desejava atacá-lo e destruí-lo, também é uma prova do poder soberano do Senhor, mesmo sobre o mundo dos espíritos, inclusive Satanás (Jó 1:2). Deus até mesmo controlou as ações do rei da Pérsia em favor de seu povo (Is 44:28-45:1-7).
Em nenhum outro contexto o cuidado providencial de Deus pode ser visto com tanta clareza como na provisão da salvação para o seu povo, por meio da morte expiatória de Jesus Cristo. A ação mais perversa de Satanás e o mais terrível de todos os pecados cometidos pelos seres humanos levaram à crucificação do Filho de Deus. Isso, porém, fora determinado pela vontade de Deus, e Ele reverteu aquele ato terrível para proporcionar expiação a todo aquele que se voltar para o Senhor (At 2:23-24). Esse desejo de Deus foi realizado “segundo as Escrituras”. Certamente o Senhor freqüentemente é visto agindo de maneira providencial e com poder soberano, de acordo com sua Palavra (Rm 5:6-1 Co 15.3; 2 Co 5.15).
A providência do Senhor também é vista na maneira como chama as pessoas para si. Toda a Trindade está envolvida nesta obra de atrair e cuidar do povo de Deus (Jo 17:11-12, 24; Ef 1:3-14; Cl 1:12-14; etc.). A reflexão sobre a soberania do Senhor sobre tudo, seu poder total de realizar o que sua vontade determina, sua providência na natureza, na humanidade de modo geral e especialmente em relações aos redimidos, nos leva novamente a louvá-lo e bendizê-lo (Sl 13:9-13-16; 145.1, 13 16:1 Pe 5.7; Sl 103).
O Deus justo
A Bíblia mostra-nos um Senhor “justo”. Isso faz parte de sua natureza e tem que ver com sua verdade, justiça e bondade. Em termos práticos, o reconhecimento da justiça de Deus nas Escrituras permite que as pessoas confiem em que sua vontade é justa e boa e podem confiar nele para tomar a decisão ou a ação mais justa. Ele é justo como Juiz do mundo e também na demonstração de sua misericórdia. Mais do que isso, sua vontade eterna é inteiramente justa, íntegra e boa. É uma alegria para homens e mulheres pecadores saberem que podem voltar-se para um Deus justo e receber misericórdia. É motivo de temor para os que se rebelam que o justo Juiz julgará e condenará.
O povo de Deus (“o povo justo”, formado pelos que foram perdoados por Deus) freqüentemente apela para sua justiça. Por exemplo, o salmista orou, para pedir misericórdia ao Senhor, quando parecia que as pessoas más prevaleciam. Achou estranho que os perversos prosperassem quando o “justo” padecia tanto sofrimento. Portanto, apelou para a justiça de Deus, para uma resposta ao seu dilema: “Tenha fim a malícia dos ímpios, mas estabeleça-se o justo. Pois tu, ó justo Deus, sondas as mentes e os corações” (Sl 7:9-11). “Responde-me quando clamo, ó Deus da minha retidão. Na angústia dá-me alívio; tem misericórdia de mim e ouve a minha oração” (Sl 4:1-129.4; 2 Ts 1.6). É mediante sua justiça que Deus mostra misericórdia ao seu povo (Sl 116:4-6; 37.39).
Por vezes, entretanto, o povo de Deus tentou questionar o Senhor, quando parecia que Ele não os ajudava, ou estava do lado de outras nações. A resposta de Deus era que, se o Senhor lhes parecia injusto, é porque eles haviam-se entregado à incredulidade e ao pecado. As ações do Senhor são sempre justas, mesmo quando resultam em juízo sobre seu próprio povo. Veja, por exemplo, Ezequiel 18:25 (também v. 29): “Dizeis, porém: O caminho do Senhor não é justo. Ouvi agora, ó casa de Israel: Não é o meu caminho justo? Não são os vossos caminhos injustos?”.
Deus pode ser visto como justo em tudo o que faz. Isso se reflete em sua Lei, a qual é repetidamente definida como “justa” (Sl 119; Rm 7:12). Deuteronômio 32:4 resume a justiça do Senhor desta maneira: “Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, e todos os seus caminhos são justiça. Deus é a verdade, e não há nele injustiça. Ele é justo e reto”.
Enquanto o povo de Deus ora, vê a justiça divina em seus atos de misericórdia e socorro para com eles e em seu juízo sobre os inimigos; assim, reconhecem que a justiça do Senhor permite que Ele traga disciplina sobre eles, quando pecam. Em II Crônicas 12, o rei Roboão e os líderes de Israel finalmente foram obrigados a admitir que, por causa do pecado e da rebelião deles contra Deus, Faraó Sisaque teve permissão para atacar Judá e chegar até Jerusalém. Deus os poupou da destruição somente quando se humilharam e reconheceram: “O Senhor é justo” (v. 6). Na época do exílio babilônico, os líderes tornaram-se particularmente conscientes deste aspecto da justiça de Deus. Daniel expressou dessa maneira: “Por isso, o Senhor vigiou sobre o mal, e o trouxe sobre nós, porque justo é o Senhor, nosso Deus, em todas as obras que faz; contudo, não obedecemos à sua voz” (Dn 9:14; veja também Ed 9:15).
Os profetas olhavam adiante para ver a revelação da justiça de Deus no futuro reino do Messias: “Vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo, um rei que reinará e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23:5; Is 9:7-11.4; etc. veja Lc 1:75; At 22:14). Paulo falou sobre a obra de Cristo em termos da revelação da justiça de Deus. Na morte de Jesus, pode-se ver o juízo do Senhor sobre o pecado e a manifestação de seu amor e misericórdia sobre os que são perdoados. Deus não comprometeu nem sua justiça que exige a morte pelo pecado, nem sua aliança de amor para com o seu povo, que promete perdão e misericórdia. Desta maneira, o Senhor permanece justo e íntegro na salvação (Rm 1:17-2.5,6; 3.5, 20-26; etc.).
Ao falar sobre os últimos dias e o retorno de Cristo, quando Deus vindicará seu nome diante de todo o mundo, inclusive os ímpios, será sua justiça que uma vez mais será notada e levará seu povo, que está ansioso por essa revelação, a louvá-lo (Ap 15:3-16.7).
O Deus amoroso
É justo que haja uma seção separada sobre este atributo, o mais maravilhoso do Senhor da Bíblia, ainda que tradicionalmente o amor de Deus seja visto como um aspecto de sua “bondade”. Várias vezes as Escrituras dizem que o Senhor “ama” ou mostra “amor” à sua criação, especialmente para o seu povo. É parte da natureza de Deus, pois ele é “bom” e é “amor”. O Senhor faz o que é bom (2Sm 10:12-1 Cr 19.13; Sl 119:68), porém, mais do que isso, ele é bom. Em outras palavras, a bondade é tão parte dele e de seu ser que o salmista disse: “Pois o teu nome é bom” (Sl 52:9-54.6; este vocábulo “nome” refere-se a todo o caráter do próprio Deus). Jesus disse: “Ninguém há bom, senão um, que é Deus” (Lc 18:19). Assim, se alguém deseja saber o que significa bondade e amor, deve olhar para o Senhor. I João 4:8-16 diz: “ Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor... E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus tem por nós. Deus é amor. Quem está em amor está em Deus, e Deus nele”.
Deus é a fonte da bondade. Tiago 1:17 diz: “Toda boa dádiva e todo dom perfeito é do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação”. O texto não só mostra que o Senhor é a fonte daquilo que é bom, como ensina que Deus é sempre bom. Não existe um lado “sombrio” no Senhor, nenhuma base para a visão oriental de que o bem e o mal existem lado a lado, e juntos formam algo chamado “deus”.
A bondade de Deus, tão freqüentemente chamada de seu “amor”, é vista de muitas maneiras neste mundo. É evidente que no universo é algo generalizado, ou na manutenção da própria vida, da justiça, da ordem na criação, ou mesmo na provisão da luz do Sol e da chuva, do tempo de semear e de colher (Sl 33:5; Mt 5:45; At 17:25). Sua bondade, entretanto, é mais evidente em seu amor e fidelidade para com seu povo, a quem Ele protege, cuida e livra do juízo. Seu amor fiel por seu povo às vezes é chamado de “aliança de amor” ou “amor fiel”, pois Deus prometeu amar seu povo para sempre. Os israelitas repetidamente louvavam ao Senhor por seu amor eterno, extraordinário e não merecido, demonstrado através de toda a história de Israel (1Cr 16:34-2 Cr 5.13 7:3; Ed 3:11; Sl 118:1-29; Jr 33:11). É digno de nota como os vocábulos “bom” e “amor” aparecem juntos de maneira tão frequente, quando aplicados a Deus.
Os que buscam a Deus experimentam sua bondade e amor, pois encontram sua salvação (Lm 3:25). O seu povo o louva acima de tudo pelo amor demonstrado em sua misericórdia e perdão dos pecados. Foi para a bondade do Senhor que o rei Ezequias apelou, quando pediu perdão pelo povo de Israel, que adorava a Deus sem ter passado pelo ritual da purificação. “Ezequias, porém, orou por eles, dizendo: O Senhor, que é bom, perdoe a todo aquele que dispôs o coração para buscar o Senhor...” (2Cr 30:18; Nm 14:19). O próprio Deus, ao falar por meio do profeta Oséias, adverte, a respeito da contínua rebelião do povo: “eu não tornarei mais a compadecer-me da casa de Israel, mas tudo lhe tirarei” (Os 1:6).
A salvação de Deus para seu povo é sua mais profunda e fantástica demonstração de bondade e amor. Jesus foi oferecido pelo Pai como sacrifício pelo pecado de todo o que crê. Talvez o mais famoso versículo da Bíblia, João 3:16, expresse o sentimento desse dom de Deus: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. O dom é ainda mais extraordinário, pois “Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5:8; Tt 3:4-1Jo 3:16). O povo de Deus sabe que não merece este sacrifício. A natureza do amor divino, dado a pessoas que não são merecedoras, freqüentemente é expressa por meio do vocábulo “graça”.
O amor de Deus também é visto por seu povo na maneira como Ele dá o seu Espírito Santo, de tal forma que todos possam conhecê-lo e responder-lhe em amor (Rm 5:5). Eles também experimentam o amor divino em seu cuidado providencial. Isso pode significar que o amor será em forma de disciplina (Ap 3:19), mas também representa o fato de que “todas as coisas” cooperam para o bem do povo de Deus, dos que são chamados segundo o seu propósito. Nada poderá separá-los do amor de Deus e de Cristo (Rm 8:28-35, 39; veja a seção anterior “O Deus providencial”). Ao meditar sobre sua graça a favor de todos, para os levar à salvação, eles o louvam pela maneira como os escolheu e os predestinou para serem filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito da sua vontade (Ef 1:4-6; 1 Jo 3:1). Essa grande obra de salvação é feita “segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo” (v. 9).
“Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossos delitos, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)” (Ef 2:4-5). O problema é como uma mente humana pode assimilar a profundidade desse amor, pois “excede todo o entendimento” (Ef 3:18-19).
O Deus salvador
O amor de Deus é visto proeminentemente em sua salvação por meio de Jesus (“Jesus” significa “o Senhor salva”; veja Jesus). O Senhor é corretamente descrito como “Deus salvador”. A Bíblia ensina que toda a humanidade é pecadora e necessita de redenção, que só é efetivada pela ação salvadora de Deus. O AT refere-se ao Senhor como “Libertador”, “Redentor” e “Salvador”, tanto da nação como dos indivíduos. Ambos necessitam de perdão, se não querem receber juízo. Uma lição necessária à compreensão de todas as pessoas é que somente Deus é Todo-poderoso, soberano e justo; portanto, o único que pode salvar: “E não há outro Deus senão eu, Deus justo e Salvador não há além de mim” (Is 45:21-43.11). Às vezes, o povo de Israel voltava-se para outras nações em busca de proteção e salvação; essa atitude, entretanto, invariavelmente falhava, ao passo que o Senhor ensinava que somente Ele era o Salvador (Dt 32:15-24; 1 Cr 16:34-36; Is 17:10).
A promessa que Deus faz ao seu povo é que “quando clamarem ao Senhor, por causa dos opressores, ele lhes enviará um salvador e um defender, que os livrará” (Is 19:20-43.3; 45.15). Os homens e mulheres fiéis, mencionados no AT, todos conheceram a atividade salvadora e libertadora de Deus, tanto nas batalhas como no perdão dos pecados. O êxodo do Egito tornou-se o grande evento na história de Israel, que ofereceu às gerações futuras um memorial e uma ilustração da salvação e redenção operadas pelo Senhor. Deus redimiu seu povo do Egito porque o amava: “Mas porque o Senhor vos amava, e para guardar o juramento que fizera a vossos pais, o Senhor vos tirou com mão forte, e vos resgatou da casa da servidão, da mão de Faraó, rei do Egito” (Dt 7:8).
Aquele acontecimento histórico proporcionou às gerações futuras uma evidência de que Deus tem o poder para salvar e libertar; essa verdade tornou-se a base em que podiam apelar para o Senhor salvá-los e livrá-los novamente em outras situações adversas (Êx 6:6; Dt 9:26; Sl 106:10). A libertação do Egito, porém, proporcionou também uma advertência, que mostra os acontecimentos no deserto para os que “esqueceram seu Deus”: “Pondo-os ele à morte, então o procuravam; voltavam, e de madrugada buscavam a Deus. Lembravam-se de que Deus era a sua rocha, de que o Deus Altíssimo era o seu Redentor” (Sl 78:34-35; veja também 1 Cr 10:1-12). O próprio Deus mostrou a sua obra salvadora, ao levá-los do Egito para Canaã, e esperava fidelidade e serviço do seu povo redimido (Dt 13:5-15.15; 24.18; Os 13:4).
Assim como precisavam de uma redenção física e libertação, os israelitas necessitavam também de perdão dos pecados; nisto também o Senhor provou ser o Salvador e Redentor do seu povo. Louvavam o seu nome pelo seu perdão e sabiam que podiam submeter-se à justiça de Deus e que Ele os salvaria (Dt 21:8; Sl 31:5-34.22; 44.26; Is 54:5-59.20).
Os profetas olhavam para o futuro, para o dia em que um Salvador e Redentor viria para o povo de Deus: “O Redentor virá a Sião e aos que se desviarem da transgressão em Jacó, diz o Senhor” (Is 59:20). Isaías olhava adiante, para o dia do advento do Messias, quando o povo o louvaria: “Graças te dou, ó Senhor. Ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolaste. Certamente Deus é a minha salvação; confiarei e não temerei. O Senhor Deus é a minha força e o meu cântico; ele se tornou a minha salvação. Vós com alegria tirareis águas das fontes da salvação” (Is 12:1-3; veja Jr 23:6; Zc 9:9).
Jesus foi o cumprimento de tais promessas. Ele era o Deus Salvador que veio à Terra para salvar e redimir. Quando seu nascimento foi anunciado, sua atividade salvadora e redentora imediatamente dominou as palavras dos anjos, de Zacarias e de Maria. As profecias concernentes à salvação do povo de Deus, com o advento do rei da linhagem de Davi, são anexadas às promessas do perdão de pecados e salvação do juízo de Deus. Toda a “história da salvação”, como alguns a têm chamado, chega ao seu grande clímax com o advento daquele que seria chamado de “Jesus, porque ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1:21; Lc 1:46-47, 68-75; 2.11, 30-32, 38; etc.).
O Deus salvador é revelado plenamente em Jesus. Nele, e em ninguém mais, há salvação (Lc 3:6-19.9,10; At 4:12; Hb 2:10). De fato, os vocábulos “salvar” e “salvação” referem-se a toda a obra salvadora de Cristo, desde sua encarnação, morte e ressurreição, até sua glorificação. Sua obra salvadora é considerada como um acontecimento realizado em três tempos: passado (na cruz, quando os crentes foram “justificados”; Rm 5:1-8.24; Ef 2:8-2 Tm 1.9); presente (com a operação progressiva do Espírito Santo na vida do crente, no processo de santificação, 1 Co 1.18; 2 Co 2,15) e futuro (no dia do julgamento, quando os crentes serão salvos da justa ira de Deus e serão glorificados; Rm 5:9-10).
A meditação sobre quem é o Senhor sempre tem levado à doxologia; assim, Judas 25 expressa o louvor a Deus como Salvador, por meio de Jesus Cristo: “Ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.
O Deus Pai
Conforme já vimos, Deus é bom e é amor; portanto, é também “Pai”. Ele é a fonte de todas as coisas e, nesse sentido, é Pai. É o Pai da criação de Israel — o povo da sua aliança e dos cristãos. Acima de tudo, ele é o Pai de seu único Filho Jesus Cristo. Numa época em que muitas vezes se pergunta se o Senhor realmente deveria ser chamado de “Pai”, pois isso pode parecer uma postura “machista”, é importante notar novamente que Deus é Espírito. Portanto, é totalmente errado descrevê-lo como masculino ou feminino. De fato, lemos sobre o Pai como o Deus “que te gerou” (Dt 32:18) — o que dificilmente seria considerada como uma ação masculina! A paternidade humana deriva de Deus e não vice-versa. Chamar Deus de “Pai” sem dúvida é correto do ponto de vista bíblico e, devidamente entendido, tem muito a dizer para corrigir os muitos abusos que são presenciados atualmente, cometidos pelos pais humanos.
Primeiro, Deus é ocasionalmente referido, num sentido genérico, como Pai de todas as pessoas, pois elas são geradas por Ele (Ml 2:10; At 17:28-29; Hb 12:9). Segundo, a paternidade de Deus sobre Israel é mencionada ou subentendida. Como Pai, o Senhor tem o direito de ser obedecido. Deuteronômio 3:2-6 dá alguma indicação desse relacionamento: “Corromperam-se conta ele; já não são seus filhos, e isso é a sua mancha, geração perversa e depravada é. É assim que recompensas ao Senhor, povo louco e ignorante? Não é ele teu Pai, que te adquiriu, que te fez e te estabeleceu?” É o relacionamento pactual com seu povo que está especialmente em destaque aqui. O Senhor toma (cria) Israel, ao fazer dele o seu povo peculiar e ao adotá-lo amorosamente como pai, na esperança de receber de volta amor e obediência (Ml 1:6). Deus adverte Israel de que será rejeitado, se porventura desprezar seu Pai (v. 18). Assim, Israel é o seu “filho primogênito” e, se obedecer, receberá a proteção do Senhor. Por exemplo, Deus exige de Faraó: “Israel é meu filho, meu primogênito. Deixa ir o meu filho” (Êx 4:22-23; Os 11:1).
O fato de Deus apresentar-se como Pai de Israel significa que tem o direito de esperar em resposta uma sincera comunhão com o filho. Lamentavelmente, na maior parte do tempo, encontrou um povo rebelde. Deus diz em Isaías 1:2: “Criei filhos, e os engrandeci, mas eles estão revoltados contra mim”. Tanto este profeta como Jeremias, entretanto, olham para o futuro, para um tempo em que o Senhor será o Pai de um filho que corresponde. Deus então mostrará a Israel seu cuidado e seu amor: “Guiá-los-ei aos ribeiros de águas, por caminho reto em que não tropeçarão, porque sou um pai para Israel, e Efraim é o meu primogênito” (Jr 31:9). Um filho humilde admitirá que o Pai tem direitos: “Mas agora, ó Senhor, tu és o nosso Pai. Nós somos o barro, tu és o nosso oleiro; somos todos obra das tuas mãos. Não te enfureças tanto, ó Senhor, nem perpetuamente te lembres da iniqüidade. Olha, nós te pedimos, todos nós somos o teu povo” (Is 64:8-9; veja também 45.10,11; 63.16). Como Pai e Deus da Aliança, quando seu filho chamar, ele responderá: “Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, a rocha da minha salvação... O meu amor lhe manterei para sempre, e a minha aliança lhe será firme” (Sl 89:26-28).
Deus também é o Pai do rei de Israel, de uma maneira especial, pois ele representa o povo. A aliança que o Senhor fez com o rei Davi estabeleceu que Deus seria o “Pai” dos descendentes dele: “Eu serei seu Pai e ele será meu filho”. O salmista destaca esse tema. Por exemplo, o Salmo 2:7 diz: “Proclamarei o decreto do Senhor: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (veja também Sl 89:26-27). Posteriormente, essas passagens sobre o filho assumiram um significado messiânico, quando as pessoas olhavam para o futuro, para o advento do rei ungido da linhagem de Davi. De fato, mais tarde foram aplicadas a Jesus Cristo (At 13:33; Hb 1:5).
Deus é “Pai” unicamente de Jesus, o qual é descrito como “o Filho unigênito de Deus” (veja Jesus). Esta filiação está relacionada ao seu nascimento virginal (Lc 1:35), mas essa não é a única origem. O Pai anuncia claramente a condição de Jesus, em seu batismo: “Então ouviu-se esta voz dos céus: Tu és o meu Filho amado em quem me comprazo” (Mc 1:11). Isso, porém, serviu apenas para confirmar publicamente o que já era verdade. De fato, o NT indica uma comunhão permanente entre o Deus Pai, como “pai”; e o Deus Filho, como “filho”. Esse relacionamento eterno é indicado em João 1:18: “Ninguém nunca viu a Deus, mas o Deus unigênito, que está ao lado do Pai, é quem o revelou”. Em João 17 Jesus dirige-se a Deus como “Pai” e olha para o futuro, quando receberá novamente “a glória que me deste, porque me amaste antes da criação do mundo” (vv. 24,25; 1 Jo 4:9).
O acesso a Deus como “Pai” só é possível por meio de Cristo: “Ninguém vem ao Pai, senão por mim”, disse Jesus (Jo 14:6). Isso também aponta o caminho para a filiação a Deus para todos os cristãos.
Deus como Pai de todos os cristãos é o complemento de sua paternidade a ser mencionada aqui. O Senhor é o Pai de todo o que tem fé em Cristo. Parte da plenitude da salvação, aplicada aos crentes pelo Espírito Santo, é a condição de “adoção” de filhos (Rm 8:23; Ef 1:5), mediante a qual podem utilizar o nome mais pessoal de “Aba” (Papai), ao dirigir-se a Deus (Rm 8:14-17; Gl 4:6). É importante notar que em ambos os textos a “filiação” também está intimamente ligada à herança. Assim como Jesus, o Filho, é herdeiro da glória de Deus, Paulo diz que os filhos adotados são “co-herdeiros de Cristo, se é certo que com ele padecemos, para que também com ele sejamos glorificados” (Rm 8:17). É possível para todo o que crê em Cristo conhecer o Pai (Gl 3:26), pois Jesus lhes revela (Jo 14:6-9). Cristo mostrou o Pai ao mundo: “Não crês tu que eu estou no Pai, e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo, não as digo por mim mesmo. Antes, é o Pai que está em mim quem faz as obras” (v.10).
Novamente, a única resposta apropriada por parte do cristão, diante da ideia de ser feito filho de Deus, é o louvor: “Vede quão grande amor nos concedeu o Pai, que fôssemos chamados filhos de Deus. E somos mesmo seus filhos! O mundo não nos conhece porque não o conheceu. Amados, agora somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que havemos de ser. Mas sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque assim como é, o veremos” (1Jo 3:1-2).
Os nomes de Deus
Enquanto nas modernas culturas ocidentais o nome realmente só é usado para distinguir uma pessoa de outra, os registrados na Bíblia são utilizados para representar totalmente a pessoa ou indicar aspectos de seu caráter ou de seu objetivo na vida (veja seção Os nomes e seus significados na 1ntrodução). Em nenhum outro lugar isso pode ser visto mais claramente do que na expressão “nome do Senhor”, que ocorre aproximadamente 100 vezes nas Escrituras. É uma frase que sintetiza o que nunca pode ser totalmente resumido — ou seja, o próprio Deus. O Nome. Quando Gênesis 4:26 diz: “Foi nesse tempo que os homens começaram a invocar o nome do Senhor”, não quer dizer simplesmente que as pessoas aprenderam a usar o nome “Senhor”. O texto indica que elas começaram a adorar ao Senhor por tudo o que Ele é. Quando a Lei diz: “Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, pois o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão” (Êx 20:7), claramente tem em mente mais do que as ocasionais expressões irreverentes (embora, é claro, sua proibição esteja incluída no mandamento). A lei afirma que o próprio Senhor não deve ser considerado com desdém. Não pode ser tratado da mesma maneira que os ídolos pagãos, mencionados no mandamento anterior. Jamais deve ser invocado como um poder mágico ou ser referido numa adoração que não é centralizada exclusivamente nele.
Assim, uma referência ao “Nome” do Senhor leva consigo uma indicação da própria natureza de Deus. Em Êxodo 23:20, o “Nome” de Deus está presente no anjo enviado para liderar o povo de Israel. Também é correto concluir que tal ser trata-se de uma “teofania”, por meio da qual o Senhor de alguma maneira era experimentado ou visto na presença do anjo (veja Teofanias).
Quando a Bíblia fala em “invocar” o nome de Deus, geralmente é num contexto de exortação para se adorar ao Senhor totalmente, em toda a vida e vê-lo como o Deus soberano e transcendente que é: pessoal, amoroso e fiel, que está presente em todas as áreas de seu domínio (2Rs 5:11; Sl 17:7; Jl 2:32; Sf 3:9).
Fazer alguma coisa no “nome do Senhor” é realizar algo no lugar do próprio Deus ou fazer com todo o endosso de sua presença e em obediência à sua ordem. Dessa maneira, os sacerdotes e levitas ministravam “no nome do Senhor” e os profetas falavam “no nome do Senhor”; não que eles alegassem ser Deus, mas isso significava que falavam e operavam com sua total autoridade e poder por trás deles. Até o mesmo o rei Davi lutou “em nome do Senhor” (Dt 18:17-22; 21.5; 1 Sm 17.45; 1 Rs 18.24; etc.). Quando os israelitas desejavam afirmar a presença de Deus com a Arca da Aliança, faziam isso mediante a invocação do “Nome do Senhor dos Exércitos” (2Sm 6:2). Salomão falava em construir um Templo “ao nome do Senhor” (1Rs 8:20). Dessa maneira, o nome é um meio de descrever a plenitude, a transcendência e a presença do próprio Deus.
É interessante notar que no NT o “nome” pertence a Jesus, para lembrar os textos do AT que se referiam a tudo o que Deus é. Se o nome é de Deus e Jesus é chamado pelo “nome”, então tudo o que pertence a Deus está em Jesus e tudo o que Deus é, Cristo também é (compare Joel 2:32 com Atos 2:21; Romanos 10:13). Assim como a autoridade e o poder de Deus são vistos em seu “nome”, o mesmo acontece com Jesus. É “no nome de Jesus” que as pessoas são desafiadas ao arrependimento, batismo e a receber perdão. A fé precisa ser “no nome de Jesus” (At 2:38-3.16; 9.21). É “no nome de Jesus” que os apóstolos curavam e a Igreja orava (At 3:6; Tg 5:14).
Em adição a essa maneira abrangente de referir-se à plenitude de Deus, vários nomes específicos são atribuídos ao Senhor na Bíblia e nos ajudam a entendê-lo melhor. Diferentemente de todos os “nomes”, eles enfatizam aspectos da natureza e do caráter de Deus, a fim de afirmar e enriquecer o que já foi mencionado anteriormente. El, Elohim. Um nome comum usado para o Senhor e geralmente traduzido como “Deus” (Elohim é a forma plural). A raiz deste vocábulo provavelmente significa “poder”. Este termo era utilizado em outras culturas e religiões para descrever uma grande divindade. Na Bíblia, porém, o nome é aplicado ao único Deus — “El Elohe Israel”, [Deus, o Deus de Israel] (Gn 33:20). Nas Escrituras, Ele é o “Deus do céu e da terra” (Gn 24:3); “o Deus de Abraão, Isaque e Jacó”; o “Deus dos hebreus” (Êx 3:18); o “Deus dos deuses”; “Deus da verdade” (Sl 31:5) e, é claro, “Deus da glória” (Sl 29:3).
A forma plural às vezes refere-se a outros deuses, mas também é usada na Bíblia para o único Deus, embora o termo esteja no plural. A forma plural indica a plenitude do Senhor. Ele é totalmente distinto das pessoas criadas, em seu ser (Nm 23:19).
O vocábulo “El” também aparece em formas como “El Shaddai” (Deus Todo-poderoso”; Gn 17:1; Êx 6:3. Para mais detalhes, veja a seção “O Deus de Abraão”, no artigo sobre Abraão); “El Elyom” (Deus Altíssimo; Dt 32:8; Dn 7:18-22; etc.); “El Betel” (Deus de Betel; Gn 35:7); e “El Olam” (Deus Eterno; Gn 21:33; veja também Sl 90:2). Yahweh (o Senhor). O vocábulo Yahweh, que geralmente é traduzido como “Senhor”, em nossas versões da Bíblia em Português, tem sido corretamente chamado de “o nome da aliança de Deus”. Foi por este título que o Deus de Abraão, Isaque e Jacó escolheu revelar-se a Moisés (Êx 6:3). Sem dúvida, os seguidores fiéis do Senhor já o conheciam por este nome antes da revelação da sarça ardente, mas com Moisés há mais revelações da fidelidade de Yahweh à aliança e de sua comunhão íntima com seu povo. O nome em si é derivado do verbo hebraico “ser”. Moisés imaginou pessoas que lhe perguntariam pelo nome do Deus que lhe apareceu, quando voltasse para seu povo. O Senhor lhe respondeu: “EU SOU O QUE SOU. Disse mais: Assim dirás aos filhos de Israel: EU SOU me enviou a vós” (Êx 3:14; veja v. 15). Yahweh, portanto, significa algo como “Ele é” ou talvez “Ele traz à existência”.
Como o nome revelado de Deus, o título “Yahweh” trazia uma declaração da existência contínua do Senhor e sua presença permanente com seu povo. Foi Ele quem se apresentou a Moisés e ao povo de Israel através das gerações como o Deus da aliança, o que sempre seria fiel às suas promessas em favor de seu povo. Foi sob este nome que o povo da aliança adorou a Deus. No NT, os cristãos entenderam que o Senhor da aliança era Jesus Cristo e, assim, ideias e atributos do AT que pertenciam a Yahweh foram trazidos e aplicados a Jesus. Para uma discussão mais detalhada do grande significado deste nome, veja Senhor. Adonai (Senhor). Com o significado de “Senhor” ou “Mestre”, este termo é aplicado a seres humanos em posição de autoridade. Quando relacionado a Deus, entretanto, geralmente é usado junto com o nome Yahweh. Isso apresenta algumas dificuldades na tradução. Não é fácil ler a frase “O senhor senhor”! Assim, geralmente traduz-se como “Senhor Deus” (2Sm 7:28; Is 28:16-56.8; etc.). Rocha. A fidelidade, a confiabilidade e a graça salvadora do Deus da aliança são ocasionalmente descritas por meio do epíteto “Rocha” (Dt 32:4-15, 18; 2 Sm 22.3, 47; Sl 62:7; Hc 1:12; etc.). Outros nomes. Embora algumas vezes sejam tomados como nomes, muitos outros termos aplicados a Deus são adjetivos. São usados para descrever o Senhor, atribuir louvor ao seu nome e diferenciá-lo dos deuses pagãos. Juízes 6:24 diz que “o Senhor é paz”. Outros textos falam sobre Deus como “o Santo” ou “o Santo de Israel”, a fim de estabelecer um elo no AT entre a sua santidade e a necessidade de que o seu povo seja santo (Jó 6:10; Pv 9:10; Is 12:6). Deus também é conhecido como o “Rei” (veja Rei), o “Senhor Todo-poderoso”, “o Senhor é minha Bandeira”, entre outros. Jeová. Este termo é pouco citado nas modernas versões da Bíblia. Deve, contudo, ser mencionado aqui como um nome que ainda sobrevive em algumas traduções. É suficiente dizer que, em hebraico, o termo YHWH aparece e, na maioria das vezes, é traduzido como SENHOR, em nossas versões, ou colocam-se vogais e assim lê-se Yahweh (o que alguns colaboradores deste volume têm feito). Jeová deriva de uma leitura equivocada de Yahweh. O pano de fundo do problema com o nome “Jeová” é explicado no verbete Senhor.
A Trindade
O cristianismo tradicionalmente argumenta que muitas evidências bíblicas revelam Deus em três pessoas distintas. Para alguns, tal definição do Senhor tem causado sérios problemas. A história da Igreja é permeada pelo surgimento de seitas que não reconheciam Jesus Cristo como Deus ou que se recusavam a aceitar a visão trinitária do Senhor; outras não viam um dos componentes da Trindade como totalmente Deus, ou negavam que houvesse distinções entre as três pessoas. Outros grupos estão totalmente fora do ensino bíblico e entram efetivamente no mundo do triteísmo, uma noção negada explicitamente na Bíblia, como, por exemplo, na oração da “Shema” (Dt 6:4). Embora o termo “trindade” não seja mencionado nas Escrituras, os cristãos sempre creram que somente ele pode fazer justiça à revelação bíblica da “plenitude” de Deus. Começando com o AT, os cristãos apontam indicações que pressagiam um ensino mais detalhado no NT. Muitas passagens conduzem para a pluralidade relacionada com o que é o “único Deus”. Muitos textos sugerem uma identificação do Messias que virá com o próprio Deus. Ele será chamado de Deus Poderoso, governará em completa soberania e será eterno — atributos divinos (Is 9:6-7; Sl 2; etc.). Mas indicações também estão presentes na compreensão da própria criação, no AT. Embora algumas pessoas neguem seu significado, é interessante notar que o Senhor refere-se a si mesmo com o termo plural “elohim” em certas passagens. Em Gênesis 1, é Deus quem cria, por meio de sua Palavra e pelo seu Espírito (Gn 1:1-3). Às vezes essa referência no plural parece ainda mais notável, feita de forma explícita com o uso de verbos e pronomes nas pessoas do plural; por exemplo, “Então disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem...” (Gn 1:26-3.22; 11.7; Is 6:8). Existe também uma personalização da “Palavra de Deus” que criou os céus (Sl 33:6). Algo semelhante ocorre em Provérbios 8, onde a sabedoria do Senhor é personalizada como o próprio Deus que opera no mundo, concede vida e envolve-se com a própria criação (principalmente Pv 8:12-21).
Alguns sugerem que “o anjo do Senhor” também deve ser identificado com Deus e ainda assim é distinto dele (Êx 3:2-6; veja também Anjo do Senhor). Em Isaías 63:1014, o Espírito Santo é identificado como Agente de Deus. Esse tipo de evidência espera por sua interpretação mais completa no NT (veja também Teofanias).
No NT, aspectos da doutrina da Trindade surgem primeiro quando os discípulos e seguidores de Jesus reconhecem as obras e as palavras de Deus nas atitudes de Jesus. Realmente, o problema dos líderes religiosos daquela época foi justamente que algumas das coisas que Cristo fazia e dizia só seriam feitas e ditas por Deus; portanto, eles alegavam que Jesus blasfemava, ao tentar passar por Deus. Por exemplo, Cristo perdoou os pecados do paralítico, algo que os escribas acreditavam que somente Deus era capaz de fazer; portanto, era uma blasfêmia. Jesus então demonstrou sua autoridade divina, ao curar o homem completamente (Mt 9:2-6). João 8 é especialmente esclarecedor sobre essa questão e traz uma série de declarações feitas por Jesus. Sua alegação de pertencer a Deus e ser enviado por Ele (vv. 14, 23), de partir para um lugar desconhecido dos líderes religiosos (v. 14), intimamente combinada com o uso da expressão “Eu Sou” e sua declaração de ter existido antes de Abraão (vv. 24, 28, 58, etc.), tudo isso ocasionou uma acusação de blasfêmia e a tentativa de apedrejamento — a punição para aquela transgressão (v. 59). Jesus aceitou a confissão de Pedro de que Ele era o Cristo (Mc 8:29-30) e alegou ter “todo” poder e autoridade antes de fazer uma das principais declarações trinitárias da Bíblia: “Ide... batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28:18).
Em todo o NT, ambos, o Espírito Santo e Jesus, são apresentados como seres divinos. João 1:1-14 fala de Cristo como preexistente. Romanos 9:5 geralmente é destacado por alguns teólogos, mas provavelmente a leitura deveria ser essa: “Cristo, que é Deus sobre todos, seja louvado...” (veja também Cl 2:9; Hb 1:9-10; etc.). O Espírito Santo também é visto como Deus (veja At 5:3-4; Jo 15:26; Mc 3:29-2 Co 3.17; etc.).
São também interessantes as passagens do NT onde os escritores apostólicos aplicam a Jesus o nome de Yahweh do AT (Senhor). Veja, por exemplo, Romanos 1:0-13, onde a confissão da fé em Cristo é provada como confissão de fé em Deus, por uma referência que aponta para o AT e menciona Yahweh. Vários textos merecem um exame cuidadoso, pois trazem o entendimento do AT sobre Yahweh ou aplicam declarações concernentes a Yahweh, no AT, e a Jesus, no NT. Por exemplo, veja João 1:2-41 (cf. Is 6:10); Atos 2:34-36; I Coríntios 1:30-31; 12.3; Filipenses 2:9-11 (cf. Is 45:23), etc.
Em muitas passagens bíblicas, a ideia do Deus trino é no mínimo implícita nos textos do NT, se não explícita. O batismo de Jesus envolveu o Filho, o Pai e o Espírito Santo (Mt 3:13-17). O mencionado em Mateus 28:19 é em nome das três pessoas da Trindade. Jesus referiu-se ao Espírito Santo como “outro Consolador”. Assim como o Pai enviou Cristo, Ele mandaria o Espírito Santo (Jo 14:15-23). Veja também a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo na vida do crente (Ef 3:14-19).
As Escrituras revelam uma figura de Deus em três pessoas e a isso nós chamamos de “Trindade”. O Pai não é maior do que o Filho e ambos são distintos do Espírito Santo, embora exista um ensino claro tanto no AT como no NT de que Deus é único. Existem três pessoas, mas apenas um Senhor. Tal ensino, quando apresentado em conjunto, implica um modo de existência longe do que nossa mente humana possa entender. É por esta razão que todas as analogias humanas invariavelmente fracassam quando se trata de explicar o que significa a Trindade.
Os cristãos estão convencidos de que negar essa doutrina é renunciar à clara evidência bíblica sobre o próprio Deus. Um escritor resumiu o ensino bíblico dessa maneira: “A doutrina da Trindade não explica plenamente o misterioso caráter de Deus. Pelo contrário, estabelece as fronteiras, fora das quais não devemos andar... Isso exige que sejamos fiéis à revelação bíblica que em um sentido Deus é um e num sentido diferente ele é três” (R. C. Sproul).
Conclusão
O Deus da Bíblia é revelado como Eterno, Majestoso, Transcendente, Onipotente e Onisciente. Também é descrito como o Criador de todo o Universo e das pessoas e, neste contexto, revela a si mesmo em sua Palavra como um Deus pessoal, amoroso e soberano, um Deus justo, verdadeiro e íntegro. Deus é revelado como o Pai, o Filho e o Espírito Santo. É o Deus presente com seu povo (Emanuel, Deus conosco) e atuante em toda a criação, embora de modo algum seja absorvido por ela, como certas religiões orientais ensinam. Embora seja um Deus santo, separado e distinto da criação e das criaturas, não permite que o mundo se perca totalmente em seu pecado, sem nenhuma esperança de redenção; pelo contrário, revela a si mesmo como um Deus de amor que salva e redime todo aquele que o busca. Sua graça salvadora é vista claramente em sua vinda aqui na Terra: Jesus, o Filho de Deus, veio para ser o Salvador e Redentor da humanidade. Esta dádiva é experimentada por meio de sua Palavra (a Bíblia) e da presença do Espírito Santo no coração e na vida daqueles que crêem nele. Quanto mais a Bíblia é lida, fica mais claro que todo o seu povo é exortado repetidamente a cantar louvores ao Deus Todo-poderoso que, embora seja transcendente, está presente, a fim de sustentar, cuidar e salvar. “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e apresentar-vos jubilosos e imaculados diante da sua glória, ao único Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade, domínio e poder, antes de todos os séculos, agora e para todo o sempre. Amém”.
P.D.G.
Autor: Paul Gardner
Dicionário Bíblico
i. os nomes de Deus. A palavra portuguesa Deus, que tem a mesma forma na língua latina, representa alguns nomes da Bíblia, referentes ao Criador. (a): o termo de uso mais freqüente é Elohim, que restritamente falando, é uma forma do plural, derivando-se, presumivelmente, da palavra eloah. Mas, embora seja plural, é certo que, quando se refere ao único verdadeiro Deus, o verbo da oração, de que Elohim é o sujeito, e o nome predicativo vão quase invariavelmente para o singular. As principais exceções são quando a pessoa que fala, ou aquela a quem se fala, é um pagão (Gn 20:13 – 1 Sm 4.8). (b): El, provavelmente ‘o único que é forte’, também ocorre freqüentemente. E encontra-se este nome com adições: El-Elyon, ‘o Deus Altíssimo’ (Gn 14:18) – El-Shaddai, ‘o Deus Todo-poderoso’ (Gn 17:1) – e entra na composição de muitos vocábulos hebraicos (por exemplo Eliabe, Micael). (c): Adonai, Senhor, ou Superior. Esta palavra e as duas precedentes eram empregadas quando se queria significar o Deus da Humanidade, sem especial referência ao povo de israel. (d): Todavia, Jeová, ou mais propriamente Jahveh, o Senhor, o Ser que por Si mesmo existe, o Ser absoluto, que é sempre a Providência do Seu povo, designa Aquele que num especial sentido fez o pacto com o povo de israel. (e): outro nome, ou antes, titulo, ‘o Santo de israel’ (is 30:11) merece ser aqui mencionado, porque ele nos manifesta o alto ensino moral dos profetas, fazendo ver aos israelitas que o Senhor, a Quem eles adoravam, estava muito afastado dos ordinários caminhos do homem, e portanto era necessário que o Seu povo fosse como Ele, odiando o pecado. É sob este título que o Senhor é reconhecido como uma pedra de toque não só da pureza cerimonial, mas também da pureza ética. (f): Pai. Nas primitivas religiões semíticas, este termo, enquanto aplicado aos deuses, tinha uma base natural, pois que os povos acreditavam que eram descendentes de seres divinos. Todavia, no A.T. é Deus considerado como o Pai do povo israelita, porque Ele, por atos da Sua misericórdia, o constituiu em nação (Dt 32:6 – os 11:1 – *veja Êx 4:22). De um modo semelhante é Ele chamado o Pai da geração davídica de reis, porque Ele a escolheu e a tornou suprema (2 Sm 7.14 – Sl 2:7-12 – 89.27). Mais tarde se diz que Deus Se compadece dos que o temem (isto refere-se particularmente aos israelitas e aos que aceitam a religião de israel), como um pai se compadece dos seus filhos (Sl 103:13 – Mt 3:17). ii. A doutrina de Deus. Certas considerações nos são logo sugeridas sobre este ponto. (a): Em nenhuma parte da Bíblia se procura provar a existência de Deus. A crença no Criador é doutrina admitida. Nunca houve qualquer dúvida a respeito da existência da Divindade, ou da raça humana em geral. Entre os argumentos que podemos lembrar para provar a existência do Criador, devem ser notados: a relação entre causa e efeito, conduzindo-nos à grande Causa Primeira – a personalidade, a mais alta forma de existência que se pode conceber, de sorte que uma Causa Primeira, que carecesse de personalidade, seria inferior a nós próprios – a idéia de beleza, de moralidade, de justiça – o desejo insaciável, inato em nós, de plena existência que nunca poderia ser satisfeita, se não houvesse Aquele Supremo Ser, Luz, Vida e Amor, para onde ir. (b): Deus é um, e único (Dt 6:4, doutrina inteiramente aceita por Jesus Cristo, Mc 12:29). Porquanto se houvesse mais que uma Divindade, haveria, de certo, conflito entre esses seres todo-onipotentes. Por isso, contrariamente ao dualismo de Zoroastro, segundo o qual há dois seres supremos, um bom e outro mau, a Bíblia ensina que Deus tem a autoridade suprema mesmo sobre o mal (is 45:6-7). Este fato fundamental da Unidade de Deus não está em contradição com a doutrina cristã da Trindade, antes pelo contrário, a salvaguarda. (c): Deus é o Criador e o Conservador de tudo (Gn 1:1 – At 17:24 – Ap 4:11 – e semelhantemente Jo 1:3 – Col 1.16, onde o imediato Agente é a Segunda Pessoa da Trindade). Todos os dias estamos aprendendo, com clareza de percepção, que a matéria não é coisa morta e sem movimento, que as próprias pedras tremem pela sua energia, sustentando a sua coesão pelas formidáveis e ativas forças que sem interrupção nelas operam. o nosso conhecimento, cada vez mais aperfeiçoado, sobre os métodos de Deus na Criação, leva-nos a um louvor cada vez mais elevado. (d): Estamos, também, sabendo mais com respeito à relação de Deus para conosco, como governador e conservador de tudo. Relativamente a este assunto há duas verdades, nenhuma das quais deverá excluir a outra: (1). Ele é transcendente, isto é, superior ao universo, ou acima dele (*veja is 40:22 – 42.5 – 1 Tm 6.16). (2). É igualmente importante notar que Deus é imanente, isto é, está na matéria, ou com ela. Nesta consideração, nós e todos os seres vivemos Nele (At 17:28 – *veja também Jo 1:3-4) – e Ele em nós está pelo simples fato de que sendo Espírito (Jo 4:24) é dotado de onipresença. iii. A adoração a Deus. Se a religião é, na verdade, uma necessidade natural, o culto é sua forma visível. Porquanto, embora possamos supor a priori que nos podemos colocar na presença da Divindade sem qualquer sinal exterior, é isto, contudo, tão incompatível como a natureza humana, e tão contrário às exigências da religião, visto como esta pede a adoração a Deus com toda a nossa complexa personalidade, que não é possível admitir-se tal coisa. É certo que Jesus Cristo disse: ‘Deus é Espirito – e importa que os seus adoradores o adorem em espirito e em verdade’ (Jo 4:24). (*veja Altar, Baal, igreja, Eloí, Espírito Santo, Jewá, Jesus Cristo, Senhor, Senhor dos Exércitos, Tabernáculo, Templo, Trindade, Adoração.)
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
substantivo masculinoO ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito. Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem. Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo. Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza. Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe. Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina. Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoO ser que está acima de todas as coisas; o criador do universo; ser absoluto, incontestável e perfeito. Religião Nas religiões monoteístas, uma só divindade suprema, o ser que criou o universo e todas as coisas que nele existem. Figurado Aquilo que é alvo de veneração; ídolo. Figurado Sujeito que está acima dos demais em conhecimento, beleza. Religião Ente eterno e sobrenatural cuja existência se dá por si mesmo; a razão necessária e o fim de tudo aquilo que existe. Religião Cristianismo. Designação da santíssima trindade: Pai, Filho e Espírito Santo. Religião Nas religiões politeístas, mais de uma divindade superior, a divindade masculina. Etimologia (origem da palavra deus). Do latim deus.dei.
Fonte: Priberam
Diante
Dicionário Comum
advérbioEm frente ou à frente; em primeiro lugar: sentou-se diante. locução adverbialEm, por ou para diante. Num tempo futuro: de agora em diante tudo vai ser diferente. locução prepositivaDiante de. Localizado à frente de: colocou o livro diante do computador. Em companhia de: falou a verdade diante do júri. Como resultado de: diante das circunstâncias, decidiu pedir demissão. Etimologia (origem da palavra diante). De + do latim inante.
Fonte: Priberam
Dias
Dicionário Comum
substantivo masculino pluralTempo de vida, de existência, dias de vida, vida. Etimologia (origem da palavra dias). Pl de dia.
Fonte: Priberam
Discípulos
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Discípulos O conceito de discípulo — aquele que aprende de um mestre — surgiu no judaísmo do Segundo Templo. De fato, no Antigo Testamento a palavra só aparece uma vez (1Cr 25:8).
Nos evangelhos, o termo indica a pessoa chamada por Jesus (Mc 3:13Lc 6:13; 10,1), para segui-lo (Lc 9:57-62), fazendo a vontade de Deus a ponto de aceitar a possibilidade de enfrentar uma morte vergonhosa como era a condenação à cruz (Mt 10:25.37; 16,24; Lc 14:25ss.).
Os discípulos de Jesus são conhecidos pelo amor existente entre eles (Jo 13:35; 15,13). A fidelidade ao chamado do discípulo exige uma humildade confiante em Deus e uma disposição total para renunciar a tudo que impeça seu pleno seguimento (Mt 18:1-4; 19,23ss.; 23,7).
Mesmo que tanto os apóstolos como o grupo dos setenta e dois (Mt 10:1; 11,1; Lc 12:1) tenham recebido a designação de discípulos, o certo é que não pode restringir-se somente a esses grupos. Discípulo é todo aquele que crê em Jesus como Senhor e Messias e segue-o (At 6:1; 9,19).
E. Best, Disciples and Discipleship, Edimburgo 1986; m. Hengel, The Charismatic Leader and His Followers, Nova York 1981; J. J. Vicent, Disciple and Lord, Sheffield 1976; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; J. Dupont, El Mensaje de las Bienaventuranzas, Estella 81993; J. Zumstein, Mateo, el teólogo, Estella 31993.
Autor: César Vidal Manzanares
Dissipar
Dicionário Comum
verbo transitivo direto e pronominalOcasionar o desaparecimento de; desaparecer ou desaparecer-se; dispersar-se: o vento dissipou a chuva; a tempestade estava perto de se dissipar. Desaparecer no sentido figurado: as dificuldades ainda não se dissiparam; as tristezas dissiparam o amor. verbo transitivo direto Gastar dinheiro em demasia; esbanjar: dissipou em duas semanas todo o seu dinheiro. Figurado Danificar pelo uso excessivo; estragar: dissipou sua vida e sua saúde bebendo todos os dias. Etimologia (origem da palavra dissipar). Do latim dissipare.
1.
Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).
2.
Referir, contar.
3.
Depor.
4.
Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).
5.
Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).
6.
Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).
7.
Exprimir por música, tocando ou cantando.
verbo intransitivo
8.
Condizer, corresponder.
9.
Explicar-se; falar.
10.
Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem).
=
CONVIR, QUADRAR
verbo pronominal
11.
Intitular-se; afirmar ser.
12.
Chamar-se.
13.
Declarar o jogo que se tem ou se faz.
nome masculino
14.
Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).
15.
Estilo.
16.
Maneira de se exprimir.
17.
Rifão.
18.
Alegação, razão.
quer dizer Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente.
=
ISTO É, OU SEJA
tenho dito Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.
Fonte: Priberam
Dois
Dicionário Comum
numeralUm mais um (2); o número imediatamente após o 1; segundo. Equivalente a essa quantidade: dois carros na garagem. Segundo dia do mês: dia um, dia dois. Segundo elemento numa contagem, série, lista. substantivo masculinoAlgarismo que representa esse número (2). Nota dois: tirei dois no exame. Carta do baralho, marcada com dois pontos: o dois de ouros. Etimologia (origem da palavra dois). Do latim duos; pelo espanhol dos.
Fonte: Priberam
E
Dicionário Comum
conjunçãoConjunção que liga palavras e orações com mesma função. Indica adição: pai e mãe extremosos. Indica oposição: falou muito, e não disse nada. Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal. Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos. Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira. Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses. Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois. Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram. Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias? substantivo masculinoA quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e. Maneira de representar essa letra (e). numeral[Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série. Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
conjunçãoConjunção que liga palavras e orações com mesma função. Indica adição: pai e mãe extremosos. Indica oposição: falou muito, e não disse nada. Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal. Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos. Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira. Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses. Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois. Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram. Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias? substantivo masculinoA quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e. Maneira de representar essa letra (e). numeral[Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série. Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.
Fonte: Priberam
Elevado
Dicionário Comum
elevadoadj. 1. Que tem elevação. 2. Que se elevou. 3. Sublime. 4. Grande, nobre.
Fonte: Priberam
Entrar
Dicionário Comum
verbo intransitivo Passar para dentro, introduzir-se, penetrar: entrar sem convite. Recolher-se à casa. Intrometer-se, intervir, interferir: não entre em briga de marido e mulher. Invadir. Encaixar-se, ajustar-se: a chave não entra na fechadura. Ser admitido, adotar uma profissão, fazer parte de: entrar para a Academia, o magistério, um partido. Ser um dos elementos constituintes de: entra muito orgulho no seu procedimento. Iniciar: entrar em negociações, entrar na matéria.
Fonte: Priberam
Então
Dicionário Comum
advérbioAgora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada! Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão. Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando. interjeiçãoQue demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou? Que se utiliza para animar (alguém): então, força! substantivo masculinoPeríodo de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude. Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.
1.
Serve para ligar o sujeito ao predicado, por vezes sem significado pleno ou preciso (ex.: o dicionário é útil).
2.
Corresponder a determinada identificação ou qualificação (ex.: ele era muito alto; ela é diplomata).
3.
Consistir em.
4.
Apresentar como qualidade ou característica habitual (ex.: ele é de manias; ela não é de fazer essas coisas).
5.
Estar, ficar, tornar-se.
6.
Exprime a realidade.
7.
Acontecer, ocorrer, suceder.
8.
Equivaler a determinado valor, custo ou preço (ex.: este relógio é 60€).
verbo transitivo
9.
Pertencer a (ex.: o carro é do pai dele).
10.
Ter como proveniência (ex.: o tapete é de Marrocos).
11.
Preferir ou defender (ex.: eu sou pela abolição da pena de morte).
verbo intransitivo
12.
Exprime a existência.
13.
Acontecer, suceder (ex.: não sei o que seria, se vocês se fossem embora).
14.
Indica o momento, o dia, a estação, o ano, a época (ex.: já é noite; são 18h00).
verbo auxiliar
15.
Usa-se seguido do particípio passado, para formar a voz passiva (ex.: foram ultrapassados, tinha sido comido, fora pensado, será espalhado, seríamos enganados).
nome masculino
16.
Aquilo que é, que existe.
=
ENTE
17.
O ente humano.
18.
Existência, vida.
19.
O organismo, a pessoa física e moral.
20.
Forma, figura.
a não ser que Seguido de conjuntivo, introduz a condição para que algo se verifique (ex.: o atleta não pretende mudar de clube, a não ser que a proposta seja mesmo muito boa).
não poder deixar de ser Ser necessário; ter forçosamente de ser.
não poder ser Não ser possível.
não ser para graças Não gostar de brincadeiras; ser valente.
o Ser dos Seres Deus.
qual é
[Brasil, Informal]
Expresão usada para se dirigir a alguém, geralmente como provocação (ex.: qual é, vai sair da frente ou não?).
advérbioDe modo esplêndido; de maneira admirável, grandiosa; em que há deslumbramento: cantava esplendidamente bem. Etimologia (origem da palavra esplendidamente). Esplêndido + mente.
[Portugal]
Expressão usada para atender o telefone ou iniciar uma chamada telefónica.
=
ALÔ, ESTÁ
es·tar
-
(latim sto, stare, estar de pé, estar imóvel, ficar firme)
verbo copulativo
1.
Achar-se em certas condições ou em determinado estado (ex.: a caixa está danificada; ele está uma pessoa diferente; estou sem paciência; está claro que há divergências entre nós).
3.
Ter atingido um certo grau ou qualidade (ex.: a execução está perfeita; isto está uma porcaria).
4.
Achar-se em certa colocação, posição ou postura, sujeita a alteração ou modificação (ex.: a equipa está em segundo lugar no campeonato; estou sentado porque esta menina cedeu-me o lugar).
5.
Ter certo vestuário, ornamento ou acessório (ex.: os convivas estão em traje de gala).
6.
Apresentar determinado estado de saúde (ex.: o paciente está pior; estou bem, obrigado; como está o seu marido?).
7.
Sair pelo preço de ou ter um valor (ex.: a banana está a 2 euros; a despesa está em 1000 euros).
=
ATINGIR, CUSTAR, IMPORTAR
verbo transitivo
8.
Achar-se, encontrar-se num dado momento ou num determinado espaço (ex.: estamos no início do ano lectivo; estávamos na rua e ouvimos o estrondo; vou estar por casa; estou em reunião).
9.
Ter determinada localização (ex.: o Brasil está na América do Sul; o Funchal está a mais de 900 km de Lisboa).
=
FICAR, LOCALIZAR-SE, SITUAR-SE
10.
Ter chegado a ou ter atingido determinada situação ou ocasião (ex.: estamos num ponto de viragem; estou com problemas; o carro está à venda).
11.
Ser presente; marcar presença (ex.: não estava ninguém na sala).
=
COMPARECER
12.
Ter uma relação afectiva ou sexual (ex.: estou com um namorado novo).
13.
Haver, existir, verificar-se determinado estado (ex.: estão 29 graus à sombra; ainda está chuva?). [Verbo impessoal]
=
FAZER
14.
Partilhar a mesma habitação (ex.: depois da separação dos pais, esteve vários anos com a avó).
=
COABITAR, MORAR, RESIDIR
15.
Ter data marcada (ex.: a consulta está para dia 8).
16.
Pertencer a um grupo, a uma corporação ou a uma classe especial (ex.: ele está nos bombeiros voluntários; estamos no partido há muito tempo).
=
INTEGRAR
17.
Seguir uma carreira ou um percurso escolar ou profissional (ex.: ele está na função pública; esteve 30 anos na carreira diplomática; está em medicina).
18.
Empregar-se ou ocupar-se durante certo tempo (ex.: estou num curso de especialização; o rapaz está num restaurante da praia).
19.
Fazer viagem ou visita a (ex.: estivemos em Londres no mês passado).
=
VISITAR
20.
Conversar com ou fazer companhia a (ex.: está com um cliente; ela esteve com uma amiga com quem não falava há anos).
21.
Não desamparar; ficar ao lado ou a favor de (ex.: estou convosco nesta luta; estamos pelos mais fracos).
=
APOIAR
22.
Ter vontade ou disposição (ex.: ele hoje não está para brincadeiras).
23.
Ficar, permanecer ou esperar (ex.: eu estou aqui até vocês voltarem).
24.
Depender (ex.: a decisão está no supervisor).
25.
Ter o seu fundamento ou a sua base em (ex.: as qualidades estão nos gestos, não nas palavras; o problema está em conseguirmos cumprir o prazo).
=
CONSISTIR, RESIDIR
26.
Ser próprio do caráter ou da natureza de (ex.: está nele ajudar as pessoas).
27.
Condizer ou combinar bem ou mal, com alguma coisa (ex.: a roupa está-lhe bem; isto está aqui bem).
=
FICAR
28.
[Pouco usado]
Usa-se seguido de oração integrante introduzida pela conjunção que, para indicar uma opinião (ex.: estou que isto não é grave).
=
ACHAR, CRER, ENTENDER, JULGAR, PENSAR
verbo auxiliar
29.
Usa-se seguido de gerúndio ou da preposição a e infinitivo, para indicar continuidade da acção (ex.: estavam a descansar; a reunião está decorrendo; não sei o que estarão a pensar; estava espalhando um boato; estariam a enganar alguém).
30.
Usa-se seguido da preposição para e infinitivo, para indicar que algo se vai realizar (ex.: não sei o que está para vir; está para acontecer uma surpresa).
31.
Usa-se seguido da preposição para e infinitivo, para indicar vontade ou intenção de realizar certo acto dentro de pouco tempo (ex.: ele hoje não está para brincadeiras; estou para ir ver a exposição há 2 meses).
32.
Usa-se seguido da preposição por e infinitivo, para indicar que a acção não se realizou ainda (ex.: o trabalho está por fazer).
33.
Usa-se seguido de particípio, para formar uma voz passiva cuja acção sofrida é geralmente permanente (ex.: o texto está escrito, agora é só rever; a derrota estava prevista).
nome masculino
34.
Modo de ser num determinado momento.
=
CONDIÇÃO, ESTADO
35.
A posição de imobilidade, a postura, a atitude.
está bem Expressão usada para consentir, anuir, concordar (ex.: está bem, podem sair).
=
SIM
não estar nem aí
[Informal]
Não ligar a ou não se interessar por algo (ex.: ele não está nem aí para os que os outros possam pensar).
Separados. Formavam os fariseus a mais importante das escolas judaicas, de caráter religioso, que funcionaram, depois que, 150 anos antes do nascimento de Cristo, mais ou menos, o espírito de profecia já tinha deixado de existir. Receberam aquele nome porque eles, na sua vida, separavam-se de todos os outros judeus, aspirando a mais do que uma simples santidade e exato cumprimento de deveres religiosos: mas a sua separação consistia principalmente em certas distinções a respeito do alimento e de atos rituais. A maior parte das vezes isso era apenas exterioridade religiosa, sem profundeza de religião (Mt 23:25-28), embora, em geral, não fossem faltos de sinceridade. Não tardou muito tempo para que esta seita obtivesse reputação e poder entre o povo – e passava já como provérbio o dizer-se que se apenas duas pessoas entrassem no céu, uma delas havia de ser fariseu. Foi a seita farisaica a única que sobreviveu depois da destruição do estado judaico, imprimindo as suas doutrinas em todo o Judaísmo posterior. A literatura talmúdica é unicamente obra sua. As suas principais doutrinas eram as seguintes: a lei oral que eles supunham ter Deus entregado a Moisés por meio de um anjo no monte Sinai, e que tinha sido preservada e desenvolvida pelo ensino tradicional, tinha autoridade igual à da lei escrita. Na observância destas leis podia um homem não somente obter a sua justificação com Deus, mas realizar, também, meritórias obras. o jejum, as esmolas, as abluções e as confissões eram suficiente expiação pelo pecado. os pensamentos e desejos não eram pecaminosos, a não ser que fossem postos em ação. Reconheciam que a alma é imortal e que a esperavam futuros castigos ou futuras recompensas – acreditavam na predestinação, na existência de anjos bons e maus, e na ressurreição do corpo. (*veja Ressurreição.) o estado de felicidade futura, em que criam alguns dos fariseus, era muito grosseiro. imaginavam eles que no outro mundo se come, bebe, e goza dos prazeres do amor, vivendo cada homem com a sua primeira mulher. E derivou desta maneira de pensar a astuta questão dos saduceus, que não acreditavam na ressurreição – eles perguntaram a Jesus de quem seria no céu a mulher que tivesse tido sete maridos na terra. No seu vestuário, os fariseus manifestavam muitas particularidades. As suas filactérias (peças de pergaminho com textos escritos e que se punham na testa ou no braço) eram mais largas do que as da outra gente (Dt 6:8) – estendiam a orla dos seus vestidos (Mt 23:5) – alargavam as franjas (Nm 15:38-39) – e adotavam uma especial vestimenta e cobertura da cabeça, quando estavam cumprindo um voto.
Fonte: Dicionário Adventista
Quem é quem na Bíblia?
Uma das três seitas judaicas descritas por Josefo, historiador judeu do século I (as outras duas são os saduceus e os essênios). Provavelmente não mais do que 5 a 10% de todos os judeus pertenciam a esse grupo, o qual era uma mistura de partido político e facção religiosa. É provável que o nome signifique “separatistas” e fosse aplicado a um movimento que cresceu no tempo dos Macabeus, composto de líderes religiosos e estudantes da Lei que tentavam criar uma “cerca” em torno da Torá — um bem elaborado sistema de legislação oral e de interpretações que capacitaria os judeus fiéis a obedecer e aplicar os mandamentos de Deus em todas as áreas da vida. Originalmente reformadores piedosos, eram bem respeitados pelos judeus comuns, menos piedosos, apesar de às vezes os fariseus os criticarem por não serem suficientemente escrupulosos em guardar a Lei. Diferentemente dos saduceus, eles observavam Roma como um governo ilegítimo e opressor que impedia Israel de receber as bênçãos divinamente ordenadas de paz e liberdade na Terra. De maneira alguma eram todos hipócritas, como os cristãos geralmente supõem erroneamente. A tradição talmúdica descrevia sete categorias de fariseus, relacionadas de acordo com a motivação para o comportamento, e somente um grupo dos sete tinha fama de agir sem escrúpulo.
No evangelho de Marcos, alguns fariseus perguntaram a Jesus por que Ele comia com cobradores de impostos e pecadores (Mc 2:16). Alegaram que jejuavam e os discípulos de Cristo não faziam isso (2:18), acusaram Jesus de não respeitar o sábado (2:24), começaram a tramar a morte dele (3:6), questionaram por que Ele não seguia as tradições do ritual da purificação (7:1,3,5) e exigiram um sinal sobrenatural que autenticasse seu ministério (8:11). Os ensinos deles foram comparados a uma força maligna e insidiosa (8:15); prepararam uma armadilha para Jesus, quando pediram sua opinião sobre o divórcio (10: 2) e os impostos (12:13).
Mateus repete todas essas referências, mas reforça a animosidade, pois acrescenta vários outros eventos e mantém sua posição de antagonismo para com os líderes judaicos. Os fariseus que estavam presentes questionaram o ministério e o batismo de João Batista (Mt 3:7). Jesus declarou que a justiça de seus discípulos precisava exceder a dos fariseus (5:20). Eles o acusaram de que só expulsava os espíritos imundos pelo poder de Belzebu, príncipe dos demônios (9:34; 12: 24) e identificaram-se com os lavradores ímpios da parábola (21:45). Um deles, doutor da lei, questionou Jesus sobre qual era o maior mandamento (22:34,35). Cristo os acusou de toda sorte de hipocrisia, em seu mais longo discurso de acusação nos evangelhos (Mt 23), e eles solicitaram a Pilatos que lhes desse autorização para colocar guardas no túmulo de Jesus (27:52).
Lucas difere de Mateus e Marcos em várias passagens. Algumas de suas referências aos fariseus são também negativas. Contrapuseram-se à afirmação de Jesus de ter poder para perdoar pecados (Lc 5:21); “rejeitaram o conselho de Deus” (7:30), murmuraram por causa da associação de Cristo com os impenitentes (15:2), rejeitaram o ensino de Jesus sobre a mordomia porque “eram avarentos” (16: 14) e disseram a Cristo que repreendesse seus seguidores, quando o aclamaram rei (19:39). A parábola de Jesus sobre o fariseu e o publicano chocou a audiência, porque o popular líder judeu não foi justificado e sim o notório empregado do governo imperialista romano (18:10-14). Por outro lado, Lucas foi o único evangelista que incluiu numerosos textos que retratam os fariseus de forma mais positiva, muitas vezes no contexto da comunhão com Jesus. Simão convidou Cristo para jantar em sua casa, mas foi Jesus quem usou a ocasião para criticar sua hospitalidade (7:36-50). Lucas 11:37-53 e 14:1-24 descrevem duas festas semelhantes nas quais os fariseus agiram em favor de Cristo, o qual os criticou por algum aspecto comportamental. Em Lucas 13:31 advertiram Jesus contra a fúria do rei Herodes e pareceram genuinamente preocupados com seu bem-estar. Em Lucas 17:20-21, os fariseus perguntaram sobre o advento do reino de Deus e criaram uma oportunidade para que Jesus declarasse que o reino já estava entre eles, em sua própria pessoa e ministério.
João assemelha-se mais a Mateus, pois retrata os fariseus como extremamente hostis a Jesus. Ele enviaram os guardas do Templo numa tentativa fracassada de prendê-lo (Jo 7:32-46). Alegaram que o testemunho de Cristo não tinha validade, pois falava a seu próprio favor (8:13). Investigaram a cura de um cego, rejeitando as declarações dele sobre Jesus e revelando no processo a sua própria cegueira espiritual (9:13-41). Formaram um concílio no qual decidiram prender Cristo e tentar matá-lo em segredo (11:45-57); lamentaram o fato de “todo o mundo” ir após Jesus, quando o Filho de Deus entrou triunfalmente em Jerusalém (12: 19) e fizeram parte do grupo que foi ao Jardim Getsêmani para prendê-lo (18:3). O medo em relação aos fariseus impediu alguns judeus que creram em Jesus de confessar isso publicamente (12:42). Por outro lado, pelo menos um dos mais proeminentes deles apareceu sob uma perspectiva mais positiva — Nicodemos (3:1), que, apesar de inicialmente não entender a afirmação de Cristo sobre o novo nascimento (vv. 3,4), tempos depois levantou-se em defesa de Jesus (7:50,51) e ajudou José de Arimatéia a sepultar Cristo (19:39). Há também outros textos mais brandos que envolvem os fariseus, como a discussão sobre a identidade do Batista (1: 24) e o registro de que Jesus batizava mais pessoas do que João (4:1).
Como no evangelho de Lucas, o livro de Atos alterna referências positivas e negativas. Um importante membro da suprema corte judaica, Gamaliel, saiu em defesa dos apóstolos. Alguns fariseus tornaram-se cristãos, mas erroneamente pensavam que os novos convertidos entre os gentios eram obrigados a obedecer à Lei mosaica (At 15:5). Em sua audiência diante do Sinédrio, Paulo causou uma divisão entre seus membros; alinhou-se com os fariseus contra os saduceus, ao alegar que era julgado porque cria na ressurreição. Novamente em Atos 26:5, quando se defendia diante do rei Agripa, o apóstolo referiu-se ao seu passado como membro da seita dos fariseus. Filipenses 3:5 registra esse mesmo testemunho, mas nos dois contextos Paulo também deixou claro que, como cristão, muitas de suas convicções fundamentais mudaram. C.B.
Autor: Paul Gardner
Dicionário da FEB
Fariseus (do hebreu parush, divisão, separação). – A tradição constituía parte importante da teologia dos judeus. Consistia numa compilação das interpretações sucessivamente dadas ao sentido das Escrituras e tornadas artigos de dogma. Constituía, entre os doutores, assunto de discussões intermináveis, as mais das vezes sobre simples questões de palavras ou de formas, no gênero das disputas teológicas e das sutilezas da escolástica da Idade Média. Daí nasceram diferentes seitas, cada uma das quais pretendia ter o monopólio da verdade, detestando-se umas às outras, como sói acontecer. [...] Tomavam parte ativa nas controvérsias religiosas. Servis cumpridores das práticas exteriores do culto e das cerimônias; cheios de um zelo ardente de proselitismo, inimigos dos inovadores, afetavam grande severidade de princípios; mas, sob as aparências de meticulosa devoção, ocultavam costumes dissolutos, muito orgulho e, acima de tudo, excessiva ânsia de dominação. Tinham a religião mais como meio de chegarem a seus fins, do que como objeto de fé sincera. Da virtude nada possuíam, além das exterioridades e da ostentação; entretanto, por umas e outras, exerciam grande influência sobre o povo, a cujos olhos passavam por santas criaturas. Daí o serem muito poderosos em Jerusalém. Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Introd•
Fariseus eram os seguidores de uma das mais influentes seitas do Judaísmo. Demonstravam grande zelo pelas suas tradições teológicas, cumpriam meticulosamente as práticas exteriores do culto e das cerimônias estatuídas pelo rabinismo, dando, assim, a impressão de serem muito devotos e fiéis observadores dos princípios religiosos que defendiam. Na realidade, porém, sob esse simulacro de virtudes, ocultavam costumes dissolutos, mesquinhez, secura de coração e sobretudo muito orgulho. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Parábolas evangélicas: à luz do Espiritismo• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Parábola do fariseu e do publicano
[...] indivíduos que, conquanto pertençam a esta ou àquela igreja, não pautam seus atos pela doutrina que dizem esposar, só guardam a aparência de virtuosos e, nessas condições, não podem exercer nenhuma influência benéfica naqueles que os rodeiam. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Vós sois o sal da terra
Uma das principais seitas dos judeus; membros de uma seita judaica que ostentava, hipocritamente, grande santidade. Fig.: Fariseu: hipócrita, fingido, falso. Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - Glos•
Pelas palavras fariseus e saduceus – neles empregadas, os apóstolos designavam, de um modo geral, os incrédulos. [...] Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2
Fariseu ainda é todo homem presunçoso, dogmático, exclusivo, pretenso privilegiado das forças divinas. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 54
Fonte: febnet.org.br
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Fariseus Uma das principais seitas no judaísmo do Segundo Templo. Os dados de que dispomos acerca dos fariseus chegaram-nos, principalmente, a partir dos documentos de Qumrán, de Josefo, do Novo Testamento e dos escritos rabínicos. Os escritos de Qumrán evidenciam clara animosidade contra os fariseus, a quem qualificam de “falsos mestres”, “que caminham cegamente para a ruína” e “cujas obras não são mais do que engano” (Livro dos Hinos 4:6-8), o que recorda bastante a acusação de Jesus de serem “cegos e guias de cegos” (Mt 23:24). Quanto à acusação de Jesus de não entrarem nem deixarem entrar no conhecimento de Deus (Lc 11:52), é menos dura do que a de Pesher de Na 2:7-10, que deles diz: “cerram a fonte do verdadeiro conhecimento aos que têm sede e lhes dão vinagre para aplacar sua sede”.
Ponto de vista diferente é o de Flávio Josefo. Este se encontrava ligado aos fariseus e tinha mesmo um especial interesse em que os ocupantes romanos os aceitassem como coluna vertebral do povo judeu após a destruição do Templo em 70 d.C. Não nos estranha, portanto, que o retrato que nos apresenta seja muito favorável (Guerra 2:8,14; Ant. 13 5:9; Ant. 18,1,3). Contudo, as referências aos fariseus contidas nas obras de Josefo são contraditórias entre si em alguns aspectos. Assim, a descrição das Antigüidades (escrituras c. 94 d.C.) contém um matiz político e apologético que não aparece na Guerra (c. 75 d.C.). Em Ant. 18,1,2-3, Josefo apresenta-os dotados de grande poder (algo bem tentador, evidentemente, para o invasor romano), embora seja mais do que duvidoso que sua popularidade entre o povo fosse tão grande. O relato da influência dos fariseus sobre a rainha Alexandra (Ant. 13 5:5) ou sobre o rei Herodes (Ant. 17,2,4) parece ter sido concebido apenas para mostrar o benefício de ter os fariseus como aliados políticos para um governante que desejasse controlar a Judéia. Nesta mesma obra, Josefo retrocede a influência dos fariseus ao reinado de João Hircano (134-104 a.C.). Na autobiografia de Josefo, intitulada Vida, escrita em torno de 100 d.C., encontra-se a mesma apresentação dos fariseus, mas com algumas referências muito importantes sobre eles. Assim, sabemos que acreditavam na liberdade humana; na imortalidade da alma; em um castigo e uma recompensa eternos; na ressurreição; na obrigação de obedecer à sua tradição interpretativa. Sustentavam, além disso, a crença comum no Deus único e em sua Lei; a aceitação do sistema de sacrifícios sagrados do Templo (que já não era comum a todas as seitas) e a crença na vinda do messias (que tampouco era sustentada por todos). Estavam dispostos, além do mais, a obter influência política na vida de Israel.
O Novo Testamento oferece uma descrição dos fariseus diferente da apresentada por Josefo e nada favorável a eles. Especialmente o evangelho de Mateus apresenta uma forte animosidade contra eles. Se realmente seu autor foi o antigo publicano chamado Levi ou Mateus, ou se foram utilizadas tradições recolhidas por ele mesmo, explica-se essa oposição, recordando o desprezo que ele sofreu durante anos da parte daqueles “que se consideravam justos”. Jesus reconheceu (Mt 23:2-3) que os fariseus ensinavam a Lei de Moisés e que era certo muito do que diziam. Mas também repudiou profundamente muito de sua interpretação específica da Lei de Moisés ou Halaká: a referente ao cumprimento do sábado (Mt 12:2; Mc 2:27), as abluções das mãos antes das refeições (Lc 11:37ss.), suas normas alimentares (Mc 7:1ss.) e, em geral, todas aquelas tradições interpretativas que se centralizavam no ritualismo, em detrimento do que Jesus considerava o essencial da lei divina (Mt 23:23-24). Para Jesus, era intolerável que tivessem “substituído os mandamentos de Deus por ensinamentos dos homens (Mt 15:9; Mc 7:7).
Jesus via, portanto, a especial religiosidade farisaica não como uma ajuda para chegar a Deus, mas como uma barreira para conhecê-lo (Lc 18:9-14) e até como motivo de “uma condenação mais severa” (Mc 12:40). O retrato que os evangelhos oferecem dos fariseus é confirmado, em bom número de casos, por testemunhos das fontes rabínicas e é semelhante, em aspecto doutrinal, ao que encontramos em Josefo. Embora emitidos por perspectivas bastante diversas, os dados coincidem. E, em que pese tudo o que já foi mencionado, foi com os fariseus que Jesus e seus discípulos mais semelhanças apresentaram. Como eles, acreditavam na imortalidade da alma (Mt 10:28; Lc 16:21b-24), num inferno para castigo dos maus (Mt 18:8; 25,30; Mc 9:47-48; Lc 16:21b-24 etc.) e na ressurreição (Lc 20:27-40); e esta última circunstância, em certa ocasião, salvou um seguidor de Jesus dos ataques dos saduceus (At 23:1-11).
As tradições rabínicas a respeito dos fariseus se revestem de especial importância porque foram estes os predecessores dos rabinos. Acham-se recolhidas na Misná (concluída por volta de 200 d.C., embora seus materiais sejam muito anteriores), na Tosefta (escrita cerca de 250 d.C.) e nos do Talmudim, o palestino (escrito entre 400-450 d.C.) e o babilônico (escrito entre 500-600 d. C.). Dada a considerável distância de tempo entre estes materiais e o período de tempo abordado, devem ser examinados criticamente. J. Neusner ressaltou a existência de 371 tradições distintas, contidas em 655 passagens, relacionadas com os fariseus anteriores a 70 d.C. Das 371, umas 280 estão relacionadas com um fariseu chamado Hillel (séc. I a.C.). A escola a ele vinculada, e oposta à de Shamai, converter-se-ia na corrente dominante do farisaísmo (e do judaísmo) nos finais do séc. I d.C.
As fontes rabínicas coincidem substancialmente com o Novo Testamento e com Josefo (não tanto com Qumrán), embora nos proporcionem mais dados quanto aos personagens-chave do movimento.
Também nos transmitiram críticas dirigidas aos fariseus semelhantes às pronunciadas por Jesus. O Talmude (Sota 22b; TJ Berajot - 14b) fala de sete classes de fariseus das quais somente duas eram boas, enquanto as outras cinco eram constituídas por hipócritas. Entre estes, estavam os fariseus que “colocavam os mandamentos nas costas” (TJ Bejarot 14b), o que recorda a acusação de Jesus de que amarravam cargas nas costas das pessoas, mas nem com um dedo eles queriam tocá-las (Mt 23:4). Das 655 passagens ou perícopes estudadas por Neusner, a maior parte refere-se a dízimos, ofertas e questões parecidas e, depois, a preceitos de pureza ritual. Os fariseus concluíram que a mesa das refeições era um altar e que as normas de pureza sacerdotal, somente obrigatórias aos sacerdotes, deviam estender-se a todo o povo. Para eles, essa medida era uma forma de estender a espiritualidade mais refinada a toda a população de Israel, fazendo-a viver em santidade diante de Deus; para Jesus, era acentuar a exterioridade, esquecendo o mais importante: a humildade, o reconhecimento dos pecados e a própria incapacidade de salvação, o arrependimento, a aceitação de Jesus como caminho de salvação e a adoção de uma forma de vida em consonância com seus próprios ensinamentos. Não é estranho que, partindo de posturas tão antagônicas, apesar das importantes coincidências, elas se tornaram mais opostas e exacerbadas com o passar do tempo.
L. Finkelstein, The Pharisees, 2 vols., Filadélfia 1946; Schürer, o. c.; J. Neusner, The Rabbinic Traditions About the Pharisees Before 70, 3 vols., Leiden 1971; Idem, Judaism in the Beginning of Christianity, Londres 1984; Idem, From Politics to Piety: The Emergence of Rabbinic Judaism, Nova York 1979, p. 81; J. Bowker, Jesus and the Pharisees, Cambridge 1973; C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, Los esenios...; Idem, Los Documentos del Mar Muerto...; Idem, El judeo-cristianismo...; H. Maccoby, Judaism in the first century, Londres 1989; E. E. Urbach, o. c.; A. Saldarini, o. c.; P. Lenhardt e m. Collin, La Torá oral de los fariseos, Estella 1991; D. de la Maisonneuve, Parábolas rabínicas, Estella 1985.
Autor: César Vidal Manzanares
Fazer
Dicionário Comum
verbo transitivo direto Desenvolver algo a partir de uma certa ação; realizar. Construir ou produzir algo através da ordenação de seus elementos constituintes: fazer pão, um prédio, uma escola etc. Elaborar alguma coisa através da utilização de variados elementos: faziam roupas. Realizar ou pôr em prática algum ato reprovável: fazia muitas bobagens. Alcançar certa idade: Pedro fará 30 anos amanhã. Dar forma ou vida a; criar: faziam novos vestidos para a coleção. Livrar-se dos dejetos orgânicos: fazer cocô. Demandar esforços para conseguir alguma coisa; esforçar. Ter passado determinado tempo: faz dois meses que ele se foi. Indicar o tempo atmosférico: hoje faz muito calor. Ter o peso idêntico a; equivaler: dez e dez faz vinte. Realizar certo trabalho; ter como ocupação: fez sua faculdade em São Paulo. Passar por determinado trajeto; percorrer: fazer 20 Km de bicicleta. Realizar certo esporte ou ação esportiva: fazer academia. Gramática Possuir como terminação; ter como forma flexionada: troféu faz troféus. Dispor de determinada maneira; arrumar: é preciso fazer a cama. Modificar a aparência para melhor: fazer o cabelo. Ter como constituição; constituir: estampa que faz um vestido horrível. verbo transitivo indireto Ser utilizado de determinada maneira: na escola, a professora fez de diretora. verbo pronominal [Informal] Comportar-se de maneira livre; agir de acordo com seus princípios: o camelô se fez com muito trabalho. Insistir durante certo período; reinar: fez-se barulho no salão de festas. Quebrar ou ficar em partes menores: a garrafa fez-se em cacos. verbo transitivo direto e bitransitivoPreparar ou organizar com antecipação, tendo em conta certo propósito, utilização ou finalidade: fazia as refeições para os alunos. Gerar ou fazer nascer: alguns animais fazem filhotes. Instituir algo através da promulgação de um acordo: fazer um tratado de lei. Criar intelectualmente; compor: fazer uma melodia; o poeta lhe fez uma poesia. Dar seguimento a; executar: fazer caridade; faça-me a bondade de ficar em silêncio. Ser a razão de algo; provocar: os amigos lhe fizeram muito mal. Passar os seus pertences para outra pessoa ou para uma organização; doar. Expressar-se através de gestos ou comportamentos: fazer que sim com o pescoço. Demonstrar por meio de palavras: fez um ótimo texto. Realizar determinada ação: fez uma dança em torno de si próprio. Ter determinada ocupação: ele fica o dia inteiro sem fazer nada. verbo transitivo indireto predicativo e intransitivoAgir de determinada forma; comportar-se: faça o que tiver de fazer. verbo transitivo direto e pronominalAtribuir determinado aspecto a; fingir: faz-se de coitado. verbo transitivo direto e transitivo direto predicativoSer o motivo de que uma pessoa fique de certa maneira: o vício fez o morto; o conhecimento fez o professor. verbo transitivo direto predicativo e transitivo indireto predicativoMudar a essência de: queria fazer do filho um médico. verbo bitransitivo Avaliar ou determinar o valor de: faço este vestido por 10 reais. Utilizar algo de determinada maneira: fazia da inteligência o seu maior trunfo. Etimologia (origem da palavra fazer). Do latim facere.
Fonte: Priberam
Fiel
Dicionário Comum
adjetivoQue guarda fidelidade, que cumpre seus contratos; leal: fiel a suas promessas. Que não trai a pessoa com quem se relaciona: cônjuge fiel. Que possui fé, que acredita em algo ou em alguém. Religião Que acredita nos preceitos de uma religião: fiel católico. Que demonstra constância; constante, perseverante: amigo fiel. Feito ou dito com exatidão, perfeição; exato: história fiel. Que é idêntico a; conforme: cópia fiel. Em que se pode confiar; seguro: guia fiel. substantivo masculino e femininoPessoa que professa os preceitos de uma religião. Empregado que se sujeita sem reclamar; fâmulo. substantivo masculinoAntigo Ajudante de tesoureiro. expressãoFiel da balança. Haste, fio, ponteiro que marca o perfeito equilíbrio da balança. Etimologia (origem da palavra fiel). Do latim fidele, "que guarda fidelidade".
Fonte: Priberam
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Fiel No ensinamento de Jesus, aquele que se mantém firme na fé (Mt 24:45; 25,21; Lc 12:42-46; 16,10-12). Sem essa perseverança, é impossível a salvação (Mt 24:13).
Autor: César Vidal Manzanares
Filho
Dicionário da Bíblia de Almeida
Filho 1) Pessoa do sexo masculino em relação aos pais (Gn 4:17)
Nossos filhos são companheiros de vidas passadas que retornam ao nosso convívio, necessitando, em sua grande maioria, de reajuste e resgate, reconciliação e reeducação. [...] Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19
[...] todo filho é um empréstimo sagrado que, como tal, precisa ser valorizado, trabalhando através do amor e da devoção dos pais, para posteriormente ser devolvido ao Pai Celestial em condição mais elevada. [...] Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 1
O filhinho que te chega é compromisso para a tua existência. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17
[...] os filhos [...] são companheiros de vidas passadas que regressam até nós, aguardando corrigenda e renovação... [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 39
Os filhos são doces algemas de nossa alma. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Os filhos não são almas criadas no instante do nascimento [...]. São companheiros espirituais de lutas antigas, a quem pagamos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias puras, por créditos de outro tempo. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49
Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do mundo maior, de vez que todos nós integramos grupos afins. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vida e sexo• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2
[...] Os filhos são as obras preciosas que o Senhor confia às mãos [dos pais], solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 135
[...] os filhos são associados de experiência e destino, credores ou devedores, amigos ou adversários de encarnações do pretérito próximo ou distante, com os quais nos reencontraremos na 5ida Maior, na condição de irmãos uns dos outros, ante a paternidade de Deus. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Comum
substantivo masculinoO descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho. Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas. Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra. Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento. Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé. Por Extensão A cria de descente de algum animal. Por Extensão O broto e/ou semente da planta. [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques. Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus. adjetivoFigurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância. substantivo masculino pluralFilhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência. Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoO descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho. Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas. Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra. Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento. Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé. Por Extensão A cria de descente de algum animal. Por Extensão O broto e/ou semente da planta. [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques. Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus. adjetivoFigurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância. substantivo masculino pluralFilhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência. Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoO descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho. Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas. Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra. Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento. Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé. Por Extensão A cria de descente de algum animal. Por Extensão O broto e/ou semente da planta. [Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques. Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus. adjetivoFigurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância. substantivo masculino pluralFilhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência. Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.
Fonte: Priberam
Filhós
Dicionário Comum
substantivo masculino e feminino[Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).
Fonte: Priberam
Fim
Dicionário Comum
substantivo masculinoCircunstância que termina outra: fim de um livro. Extremidade no tempo e no espaço: fim do ano. Interrupção de; cessação: o fim de uma luta. Perda da existência; morte, desaparecimento: sentir chegar o fim. Objetivo para o qual se tende; intenção: alcançar seus fins. Parte que está no final de; final: fim de semana. O que motiva ou determina algo; motivo, razão: fins lucrativos. Destino: o fim do homem. expressãoPôr fim a. Terminar, concluir: pôs fim ao casamento. locução prepositivaA fim de. Com a intenção de; para: casou a fim de ser feliz. locução adverbialPor fim. Finalmente: por fim, apresento os resultados da tese. Etimologia (origem da palavra fim). Do latim finis.is.
Fonte: Priberam
Dicionário da FEB
O fim é aquilo que se pretende realizar na vida real, quer no campo empírico, quer no meio social, quer na educação. Por exemplo, o fim do educador espírita é o desenvolvimento da espiritualidade do educando. [...] Referencia: LOBO, Ney• Estudos de filosofia social espírita• Rio de Janeiro: FEB, 1992• -
Fonte: febnet.org.br
For
Dicionário Comum
substantivo masculinoAntigo De acordo com o que está na moda, seguindo o costume; moda, uso, costume. Etimologia (origem da palavra for). Forma reduzida de foro.
Fonte: Priberam
Forca
Dicionário Comum
substantivo femininoJogo em que se deve adivinhar uma palavra pelas letras que a compõem, sendo que cada erro corresponde ao desenho de uma parte de um corpo sendo enforcado. Instrumento usado para executar uma pena de morte por estrangulamento, suspensão de alguém pelo pescoço. Essa pena; o enforcamento: Saddam Huassei foi condenado à forca. Figurado Ação feita para enganar; ardileza. Grafismo. Erro de paginação causada por uma linha que destoa das demais; linha enforcada. Etimologia (origem da palavra forca). Do latim furca.ae.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo femininoJogo em que se deve adivinhar uma palavra pelas letras que a compõem, sendo que cada erro corresponde ao desenho de uma parte de um corpo sendo enforcado. Instrumento usado para executar uma pena de morte por estrangulamento, suspensão de alguém pelo pescoço. Essa pena; o enforcamento: Saddam Huassei foi condenado à forca. Figurado Ação feita para enganar; ardileza. Grafismo. Erro de paginação causada por uma linha que destoa das demais; linha enforcada. Etimologia (origem da palavra forca). Do latim furca.ae.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo femininoJogo em que se deve adivinhar uma palavra pelas letras que a compõem, sendo que cada erro corresponde ao desenho de uma parte de um corpo sendo enforcado. Instrumento usado para executar uma pena de morte por estrangulamento, suspensão de alguém pelo pescoço. Essa pena; o enforcamento: Saddam Huassei foi condenado à forca. Figurado Ação feita para enganar; ardileza. Grafismo. Erro de paginação causada por uma linha que destoa das demais; linha enforcada. Etimologia (origem da palavra forca). Do latim furca.ae.
Fonte: Priberam
Dicionário da Bíblia de Almeida
Forca Armação na qual um condenado morre ESTRANGULADO por uma corda (Et 5:14).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Força
Dicionário da FEB
[...] é apenas o agente, o modo de ação de uma vontade superior. É o pensamento de Deus que imprime o movimento e a vida ao Universo. Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10
A força é ato, que significa compromisso no bem ou no mal. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A força é palavra que edifica ou destrói. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A força é determinação que ampara ou menospreza. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Fonte: febnet.org.br
Fácil
Dicionário Comum
adjetivoQue se faz sem dificuldade: trabalho fácil. Que é claro, simples; que não é difícil de entender: autor fácil. Repleto de tolerância, complacência; complacente, tolerante: indivíduo fácil. [Popular] De honestidade duvidosa; desfrutável: tinha reputação de ser fácil. Que é leve, cheio de espontaneidade; sem afetação; espontâneo. Que não é complicado; brando: fácil de lidar. Que tende a se realizar, a acontecer: fácil de conseguir um emprego. advérbioQue ocorre de maneira natural; naturalmente: ri fácil. [Pejorativo] De modo irresponsável; à toa; irrefletidamente. Etimologia (origem da palavra fácil). Do latim facilis.e.
Fonte: Priberam
Geração
Dicionário Comum
substantivo femininoAto de gerar ou de ser gerado: geração de energia. Função pela qual os seres organizados se reproduzem; concepção. Série de organismos semelhantes que se originam uns dos outros. Parentesco direto; linhagem, ascendência, genealogia. Espaço de tempo que separa cada grau de filiação: cada século compreende cerca de três gerações. Etapa da descendência natural que deve ser seguida por outra; considera-se como período de tempo de cada geração humana cerca de 25 anos: os pais representam uma geração, os filhos representam a geração seguinte. [Biologia] Qualquer fase necessária para manter a sobrevivência de uma espécie. Etimologia (origem da palavra geração). Do latim generatio.onis.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Emprega-se esta palavra no Sl 24 (*veja 6) para designar uma certa classe de povo. Dum modo prático e equivalente a ‘genealogia’ em Mt 1:1 e a ‘história’ em Gn 2:4 (Versão Bras.). Na longa vida patriarcal parece ter sido calculado em 100 anos o tempo de uma geração (Gn 15:16) – mas em cálculos posteriores era esta de 30 a 40 anos (Jó 42:16).
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da FEB
[...] a geração a quem Jesus se dirigia é a geração de Espíritos que, purificados com o auxílio do tempo, das expiações e das reencarnações sucessivas, executarão, nas épocas preditas, as coisas anunciadas. Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2
Geração adúltera Aquela geração, que resistia a todos os esforços empregados para conduzi-la ao caminho era má e adúltera. Era adúltera no sentido de desprezar a fé no seu Deus para se entregar a práticas materiais. Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2
Fonte: febnet.org.br
Dicionário da Bíblia de Almeida
Geração 1) Sucessão de descendentes em linha reta: pais, filhos, netos, bisnetos, trinetos, tataranetos (Sl 112:2); (Mt 1:17)
2) Conjunto de pessoas vivas numa mesma época (Dt 32:5); (Fp 2:15).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Grande
Dicionário Comum
adjetivoDe tamanho maior ou fora do normal: cabeça grande. Comprido, extenso ou longo: uma corda grande. Sem medida; excessivo: grandes vantagens. Numeroso; que possui excesso de pessoas ou coisas: uma grande manifestação; uma grande quantia de dinheiro. Que transcende certos parâmetros: grande profundeza. Que obteve fortes consequências: grande briga; grandes discussões. Forte; em que há intensidade: grande pesar. Com muita eficiência: a água é um grande medicamento natural. Importante; em que há importância: uma grande instituição financeira. Adulto; que não é mais criança: o menino já está grande. Notável; que é eficiente naquilo que realiza: um grande músico. Cujos atributos morais e/ou intelectuais estão excesso: grande senhor. Magnânimo; que exprime um comportamento nobre. Fundamental; que é primordial: de grande honestidade. Que caracteriza algo como sendo bom; positivo: uma grande qualidade. Que é austero; rígido: um grande problema. Território circundado por outras áreas adjacentes: a Grande Brasília. substantivo masculinoPessoa que se encontra em idade adulta. Quem tem muito poder ou influência: os grandes estavam do seu lado. Etimologia (origem da palavra grande). Do latim grandis.e.
Fonte: Priberam
Ha
Dicionário Comum
Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados. Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida. (Etm. Forma alte. de hectare).
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
hebraico: calor, queimado
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados. Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida. (Etm. Forma alte. de hectare).
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados. Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida. (Etm. Forma alte. de hectare).
Fonte: Priberam
Hades
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Hades Vocábulo grego que deriva, literalmente, de “aeidos” (invisível) e que no Novo Testamento corresponde ao sheol. Na tradução do Antigo Testamento para o grego conhecida como Septuaginta ou Tradução dos LXX, encontra-se a origem dessa identificação.
Designa o lugar para onde vão os espíritos dos mortos e jamais deve ser confundido, como já aconteceu, com sepulcro (queber, em hebraico; mnemeion, em grego).
O Antigo Testamento afirma que no sheol ou hades encontram-se conscientes as almas dos defuntos (Is 4:9-10; Ez 32:21 etc.) e no período do Segundo Templo já se afirmava que esse lugar estava dividido em duas regiões: a destinada aos justos (seio de Abraão) e a ocupada pelos condenados (geena).
Referências a esse ponto de vista aparecem no Talmude e em autores judeus como Flávio Josefo (Discurso aos gregos acerca do Hades).
Esse mesmo ponto de vista é o conteúdo do ensinamento de Jesus quando descreve o Hades como um lugar de castigo consciente (Lc 16:21-24) e quando, em repetidas ocasiões, fez referências ao castigo eterno dos condenados (Mt 25:46) expresso em termos de choro e ranger de dentes (Mt 8:12; 13 42:24-51; 25,30; Lc 13:28), trevas (Mt 8:12), fogo (Mt 18:8; Mc 9:47-48) etc.
Essa idéia de tormento eterno dos condenados aparece também no restante do Novo Testamento (Ap 14:11; 20,10 etc.). No Ap 20:13-15, Hades é uma sinédoque: são os espíritos dos mortos que serão lançados no lago de fogo e enxofre (a geena) (Ap 20:13-5).
G. Eldon Ladd, o. c.; J. Grau, Escatología; W. Barcaly, o. c.; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Diccionario de las tres...; m. Gourgues, El más allá en el Nuevo Testamento, Estella 41993.
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Bíblico
Palavra grega que se refere ao local dos mortos, à semelhança da palavra hebraica Seol.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da Bíblia de Almeida
Hades Palavra grega que designa a morada dos mortos, bons e maus. Em quase todos os contextos, hades é equivalente a SHEOL (At 2:31). Possivelmente no seu Evangelho, Lucas (16,23) tenha empregado hades como equivalente de GEENA, num contexto de castigo e tormento, visto que essa era a visão típica dos gregos e dos romanos quanto à situação das pessoas depois de sua morte.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Haver
Dicionário Comum
verbo impessoalTer uma existência real ou abstrata; existir: há livros na sala. Passar a existir num certo tempo; ocorrer: não houve aula hoje. Ter passado ou ocorrido; decorrer: há dois dias parei de beber. Estar presente num local ou circunstância; presenciar: havia uma pessoa na cozinha; havia muitos alunos na sala. Ficar de sobra; restar: não havia o que fazer. verbo transitivo direto Obter de volta; reaver: não conseguiu haver os discos roubados. verbo pronominal Entrar em acordo com: ou paga suas contas ou vai se haver comigo! substantivo masculino pluralReunião de bens ou propriedades; posses: os haveres do juiz. Etimologia (origem da palavra haver). Do latim habere.
Fonte: Priberam
Homem
Dicionário Comum
substantivo masculinoIndivíduo dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio. Espécie humana; humanidade: a evolução social do homem. Pessoa do sexo masculino. Esposo, marido, companheiro. A criatura humana sob o ponto de vista moral: todo homem é passível de aperfeiçoamento. Etimologia (origem da palavra homem). Do latim homo.inis.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
As principais palavras traduzidas por ‘homem’ no A.T. são : (1). Adam (Gn 1:26, etc.) É, também, um termo coletivo, que se emprega ‘por humanidade’, e que se distingue de Deus. (2). ish (Gn 2:24, etc.), um indivíduo do sexo masculino. (3). Enosh (Gn 6:4, etc.), a raça humana, como seres mortais. (4). Geber (Êx 10:11, etc.), homem na sua robustez. No N.T. as principais palavras são (1). Aner (Lc 1:27, etc.), homem da idade madura – (2). Anthropos (Mt 4:4, etc.), homem em oposição a animal.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da Bíblia de Almeida
Homem 1) Qualquer indivíduo pertencente à espécie animal racional (Gn 2:15). O ser humano é composto de corpo e alma. Foi criado à imagem e semelhança de Deus, podendo, por isso, ter comunhão com ele (Gn 1:26); v. IMAGEM DE DEUS).
2) Os seres humanos; a humanidade (Gn 1:26), hebraico adham; (Ef 6:6). 3 Ser humano do sexo masculino (Pv 30:19).
5) “Velho homem” é a nossa velha natureza humana pecadora (Rm 6:6) em contraste com o “novo homem”, que é a natureza espiritual do regenerado (Ef 2:15).
6) “Homem interior” é o eu mais profundo (Rm 7:22) em contraste com o “homem exterior”
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário da FEB
O homem é um pequeno mundo, que tem como diretor o Espírito e como dirigido o corpo. [...] Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 27
O homem compõe-se de corpo e espírito [...]. Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3
H [...] é o filho de suas obras, durante esta vida e depois da morte, nada devendo ao favoritismo: Deus o recompensa pelos esforços e pune pela negligência, isto por tanto tempo quanto nela persistir. Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6
O homem é uma alma encarnada. Antes da sua encarnação, existia unida aos tipos primordiais, às idéias do verdadeiro, do bem e do belo; separa-se deles, encarnando, e, recordando o seu passado, é mais ou menos atormentada pelo desejo de voltar a ele. Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Introd•
Há no homem três coisas: 1º – o corpo ou ser material análogo aos animais e animado pelo mesmo princípio vital; 2º – a alma ou ser imaterial, Espírito encarnado no corpo; 3º – o laço que prende a alma ao corpo, princípio intermediário entre a matéria e o Espírito. Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•
O homem é filho de suas próprias obras; e as diferenças humanas são filhas do uso que cada um faz da sua liberdade. Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 18
[...] é uma obra que glorifica seu incompreensível Autor. Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2
[...] é, desde o princípio, o Verbo fora de Deus, a sucessão eterna, a mutabilidade sem término. Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2
[...] é um ser progressivo e perfectível que sempre girará dentro da instabilidade. [...] Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 1
O homem é, essencialmente, um Espírito imortal, que não desaparece, portanto, com a morte orgânica, com o perecimento do corpo físico. [...] O homem é um Espírito, que se utiliza de vários corpos materiais, os corpos físicos, e de um semimaterial, fluídico, o corpo astral ou perispírito, para realizar, em várias etapas, chamadas encarnações, a evolução, a que está sujeito, por sua própria natureza. Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2
Sabemos hoje que o homem é um anjo nascente e que séculos correrão sobre séculos antes de finda a empresa de seu apuro. Referencia: BÉRNI, Duílio Lena• Brasil, mais além! 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 21
[...] é o homem um ser imortal, evolvendo incessantemente através das gerações de um determinado mundo, e, em seguida, de mundo em mundo, até a perfeição, sem solução de continuidade! Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A progressividade da revelação divina 4
Urge compreendamos que, qualquer que seja a posição em que se achem situados, todos os homens são proletários da evolução e que a diversidade de funções no complexo social é tão indispensável à sua harmonia quanto às variadas finalidades dos órgãos o são ao equilíbrio de nosso organismo. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A lei de igualdade
Contrariando a Teologia tradicional, a Doutrina Espírita nos ensina (no que, aliás, é apoiada pela Ciência) que o homem surgiu neste mundo, não como H H uma criatura perfeita, que veio a decair depois por obra de Satanás, mas como um ser rude e ignorante, guardando traços fortes de sua passagem pela animalidade. Criado, entretanto, à imagem e semelhança de Deus, possui, latentes, todos os atributos da perfeição, inclusive o Amor, carecendo tão-somente que os desenvolva. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 12
[...] cada indivíduo é, espiritualmente, filho de si mesmo, ou melhor, traz, ao nascer, uma bagagem de boas ou más aquisições feitas em outras existências, que lhe constituem o caráter, o modo de ser todo pessoal [...]. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 15
Afirma Esquiros que cada um de nós é o autor e por assim dizer o obreiro de seus destinos futuros. [...] Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 1
[...] O homem é o universo reduzido. Se cada um pudesse deixar-se narrar, teríamos a mais maravilhosa história do mundo. Referencia: DELGADO, América• Os funerais da Santa Sé• Pelo Espírito Guerra Junqueiro• Prefácio de Manuel Quintão• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Guerra Junqueiro
O homem possui dois corpos: um de matéria grosseira, que o põe em relação com o mundo físico; outro fluídico, por meio do qual entra em relação com o mundo invisível. Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10
[...] O homem é [...] o seu próprio juiz, porque, segundo o uso ou o abuso de sua liberdade, torna-se feliz ou desditoso. [...] Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4, cap• 39
Deus é o Espírito Universal que se exprime e se manifesta na Natureza, da qual o homem é a expressão mais alta. Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9
Todo homem é um espelho particular do Universo e do seu Criador. [...] Referencia: DENIS, Léon• O porquê da vida: solução racional do problema da existência• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -
[...] é a síntese de todas as formas vivas que o precederam, o último elo da longa cadeia de vidas inferiores que se desenrola através dos tempos. [...] Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9
[...] a observação dos fatos e a experiência provam que o ser humano não é somente um corpo material dotado de várias propriedades, mas também um ser psíquico, dotado de propriedades diferentes das do organismo animal. Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 2
Preferimos a definição de Bonald: “O homem é uma inteligência servida por órgãos”. Declaremo-lo: o homem é essencialmente espírito, quer o saiba quer o ignore. [...] Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 3
[...] Sois constituídos por uma verdadeira multidão de seres grupados e submetidos pela atração plástica da vossa alma pessoal, a qual, do centro do ser, formou o corpo, desde o embrião, e reuniu em torno dele, no respectivo microcosmo, todo um mundo de seres destituídos ainda de consciência da sua individualidade. Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 5a narrativa
[...] é mordomo, usufrutuário dos talentos de que se encontra temporariamente investido na condição de H donatário, mas dos quais prestará contas. [...] Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 17
Os homens são espíritos em provas, como os vês, como os encontras. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 20
O homem não deve ser considerado como a máquina para o prazer, mas o ser eterno em contínuo processo de crescimento. O corpo é-lhe instrumento por ele mesmo – o Espírito que o habita – modelado conforme as necessidades que o promovem e libertam. A visão global do ser – Espírito, perispírito e matéria – é a que pode dar sentido à vida humana, facultando o entendimento das leis que a regem. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 16
O grande e superior investimento da Divindade é o homem, na inexorável marcha da ascensão libertadora. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 22
[...] o homem é o que pensa, o que faz e deseja. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 7
[...] todos somos a soma dos próprios atos, na contabilidade das experiências acumuladas desde priscas eras que não lobrigamos tão cedo conhecer. [...] Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1
O homem é, na verdade, a mais alta realização do pensamento divino, na Terra, caminhando para a glória total, mediante as lutas e os sacrifícios do dia-a-dia. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio – solução insolvável
[...] O homem é um projetista de si mesmo com plena liberdade de, assim, autoprojetar-se. [...] Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2
[...] é o que ele mesmo pode ou quer ser; por isso, o homem é sempre um problema em si mesmo e também encerra em si a solução. [...] Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2
[...] O homem nasce imperfeito: chega a este mundo trazendo um duplo capital, o de suas faltas anteriores, que lhe cumpre expiar, ou de suas más tendências, que lhe cumpre reprimir; e o das virtudes adquiridas ou de aspirações generosas, que lhe cabe desenvolver. [...] Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 21a efusão
Todos os homens são filhos de Deus, todos estão destinados a tornar-se anjos [...]. Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 29a efusão
[...] O homem, como dínamo psíquico, a que os complexos celulares se ajustam em obediência às leis que governam a matéria perispiritual, ainda é de compreensão muito difícil. Referencia: MICHAELUS• Magnetismo Espiritual• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32
[...] o homem é aquilo que pensa. É a força do seu pensamento que modela os seus atos e, por conseguinte, o seu estado de espírito, sua posição evolutiva, e a melhor ou pior situação humana nas vidas que se encadeiam. [...] Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 21
[...] o homem é, na essência, um Espírito imortal, cuja experiência e sabedoria se acumulam ao cabo de um rosário imenso de vidas, desde que começam a raiar nele os primeiros clarões da consH H ciência até que alcance os mais elevados graus de conhecimento e moral. [...] Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23
[...] Será bom não esquecer que somos essência de Deus [...]. Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Devassando o invisível• Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8
[...] Será necessário que o homem compreenda que, como parcela divina que é, veio ao mundo também para colaborar na obra de aperfeiçoamento do planeta em que vive, e essa colaboração certamente subentenderá auxílio às almas mais frágeis do que a dele, que gravitam ao seu lado nas peripécias da evolução. [...] Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Devassando o invisível• Sob a orientação dos Espíritos-guias da médium• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10
[...] somos o resultado das atividades do nosso passado, como hoje plantamos as sementes do nosso futuro. Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3
O homem, regra geral, é um ser milenarmente viciado em atitudes negativas, assimilando, assim, com lamentável freqüência, vibrações tóxicas que o desajustam espiritualmente, da mesma forma que sofre constantes distúrbios digestivos quem não faz uso de alimentação adequada. Referencia: SIMONETTI, Richard• Para viver a grande mensagem• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Sintonia da atitude
[...] o homem, apesar de sua aparência material, é essencialmente um ser espiritual e, como tal, seu destino não está jungido para sempre à matéria, mas apenas temporariamente. Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 37
Cada criatura humana é uma irradiação da Força Divina, independentemente de seu estágio evolutivo. [...] Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 7
[...] é um Espírito eterno, continuando sua trajetória após o túmulo e voltando a viver neste mesmo mundo de aprendizado e resgates, onde os papéis individuais podem ser invertidos [...]. Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 12
[...] O homem é co-autor dessa entidade misteriosa que é ele mesmo. Nascemos de Deus, fonte inexaurível da vida, e renascemos todos os dias, em nós mesmos, através das transformações por que passamos mediante a influência da auto-educação, cumprindo-se assim aquele célebre imperativo de Jesus: Sede perfeitos como o vosso Pai celestial é perfeito. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 2
[...] O homem é obra viva, inteligente e consciente de si própria. [...] Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• O Mestre na educação• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 15
O homem renovado para o bem é a garantia substancial da felicidade humana. [...] O homem, herdeiro do Céu, refletirá sempre a Paternidade Divina, no nível em que se encontra. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Agenda cristã• Pelo Espírito André Luiz• 42a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Informando o leitor
No mundo assim também é: / O homem, na Humanidade, / É o viajor demandando / As luzes da eternidade. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartilha da Natureza• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - O carro
Todos nós somos dínamos viventes, nos mais remotos ângulos da vida, com o infinito por clima de progresso e com a eternidade por meta sublime. Geramos H raios, emitimo-los e recebemo-los constantemente. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
O homem não é um acidente biológico na Criação. É o herdeiro divino do Pai Compassivo e Todo Sábio que lhe confere no mundo a escola ativa de elevação e aprimoramento para a imortalidade. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] é o legislador da própria existência e o dispensador da paz ou da desesperação, da alegria ou da dor de si mesmo. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] o homem, acima de tudo, é espírito, alma, vibração, e esse espírito, salvo em casos excepcionais, se conserva o mesmo após a morte do corpo, com idênticos defeitos e as mesmas inclinações que o caracterizavam à face do mundo. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 30
[...] Todos somos, por enquanto, espíritos imperfeitos, nos quadros evolutivos do trabalho que nos compete desenvolver e complementar. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4
Cada um de nós é um mundo por si, porque o Criador nos dotou a cada um de características individuais, inconfundíveis. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Encontro Marcado• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9
O homem é inquilino da carne, com obrigações naturais de preservação e defesa do patrimônio que temporariamente usufrui. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Saúde
Lembre-se que você mesmo é: o melhor secretário de sua tarefa, o mais eficiente propagandista de seusideais,a mais clara demonstração de seusprincípios,o mais alto padrão do ensino superiorque seu espírito abraça,e a mensagem viva das elevadas noçõesque você transmite aos outros. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 29
Expurguemos a mente, apagando recordações indesejáveis e elevando o nível de nossas esperanças, porque, na realidade, somos arquitetos de nossa ascensão. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12
Toda pessoa humana é aprendiz na escola da evolução, sob o uniforme da carne, constrangida ao cumprimento de certas obrigações [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Lugar depois da morte
O homem encarnado na Terra [...] é uma alma eterna usando um corpo perecível, alma que procede de milenários caminhos para a integração com a verdade divina [...]. Somos, todos, atores do drama sublime da evolução universal, através do amor e da dor [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13
Depois da morte física, o que há de mais surpreendente para nós é o reencontro da vida. Aqui [no plano espiritual] aprendemos que o organismo perispirítico que nos condiciona em matéria leve e mais plástica, após o sepulcro, é fruto igualmente do processo evolutivo. Não somos criações milagrosas, destinadas ao H H adorno de um paraíso de papelão. Somos filhos de Deus e herdeiros dos séculos, conquistando valores, de experiência em experiência de milênio a milênio. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3
O homem terrestre não é um deserdado. É filho de Deus, em trabalho construtivo, envergando a roupagem da carne; aluno de escola benemérita, onde precisa aprender a elevar-se. A luta humana é sua oportunidade, a sua ferramenta, o seu livro. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - Novo amigo
Cada homem é uma casa espiritual que deve estar, por deliberação e esforço do morador, em contínua modificação para melhor. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 133
[...] é um anjo decaído, em conseqüência do mau uso que fez de seu livre-arbítrio [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Volta Bocage• Sonetos do Espírito de Manuel Maria de Barbosa du Bocage; com apreciação, comentários e glossário pelo prof• L• C• Porto Carreiro Neto• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
Filhos do Eterno, todos somos cidadãos da eternidade e somente elevamos a nós mesmos, a golpes de esforço e trabalho, na hierarquia das reencarnações. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 46
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Comum
substantivo masculinoIndivíduo dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio. Espécie humana; humanidade: a evolução social do homem. Pessoa do sexo masculino. Esposo, marido, companheiro. A criatura humana sob o ponto de vista moral: todo homem é passível de aperfeiçoamento. Etimologia (origem da palavra homem). Do latim homo.inis.
1.
[Biologia]
Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).
2.
Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)
3.
Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).
5.
Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem).
=
HOMEM-FEITO
6.
Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher).
=
CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO
7.
Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje).
=
COMPANHEIRO, PARCEIRO
8.
Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).
9.
Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)
adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros
10.
Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).
abominável homem das neves Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas.
=
YETI
de homem para homem Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).
homem de armas FiguradoAquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção).
=
LUTADOR
AntigoGuerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).
homem de Deus FiguradoO que é bondoso, piedoso.
[Informal, Figurado]
Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).
homem de Estado
[Política]
Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado).
=
ESTADISTA
homem de lei(s) Aquele que é especialista em leis.
=
ADVOGADO, LEGISTA
homem de letras Literato, escritor.
homem de mão Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).
homem de Neandertal
[Antropologia]
Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral.
=
NEANDERTAL
homem de negócios Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem.
=
EMPRESÁRIO
homem de palha
[Depreciativo]
Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.
homem de partido
[Política]
Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).
homem de pé Peão.
homem público Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).
1.
[Biologia]
Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).
2.
Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)
3.
Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).
5.
Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem).
=
HOMEM-FEITO
6.
Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher).
=
CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO
7.
Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje).
=
COMPANHEIRO, PARCEIRO
8.
Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).
9.
Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)
adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros
10.
Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).
abominável homem das neves Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas.
=
YETI
de homem para homem Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).
homem de armas FiguradoAquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção).
=
LUTADOR
AntigoGuerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).
homem de Deus FiguradoO que é bondoso, piedoso.
[Informal, Figurado]
Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).
homem de Estado
[Política]
Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado).
=
ESTADISTA
homem de lei(s) Aquele que é especialista em leis.
=
ADVOGADO, LEGISTA
homem de letras Literato, escritor.
homem de mão Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).
homem de Neandertal
[Antropologia]
Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral.
=
NEANDERTAL
homem de negócios Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem.
=
EMPRESÁRIO
homem de palha
[Depreciativo]
Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.
homem de partido
[Política]
Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).
homem de pé Peão.
homem público Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).
Plural: homens.
Fonte: Priberam
Injustiça
Dicionário da Bíblia de Almeida
Injustiça 1) Ato que não é justo nem direito, e que uma pessoa pratica contra alguém (Dt 25:16); (1Co 6:8)
2) Decisão de juiz contrária àquilo que seria justo e direito (Lv 19:5).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário Comum
injustiças. f. 1. Falta de justiça. 2. Ação injusta.
Fonte: Priberam
Injusto
Dicionário Comum
adjetivoContrário à justiça, à equidade; que privilegia um em detrimento dos demais. [Jurídico] Que viola os direitos de outra pessoa: sentença injusta. Que não se justifica nem tem fundamento; injustificado. substantivo masculinoAlgo ou alguém que é injusto: ter a noção do justo e do injusto. Etimologia (origem da palavra injusto). Do latim injustus.a.um.
Fonte: Priberam
Irmãos
Dicionário Comum
-
Fonte: Priberam
João
Dicionário de Jesus e Evangelhos
João A) Evangelho de João
1. Autoria e datação. O primeiro que relacionou o Quarto Evangelho a João, o filho de Zebedeu, parece ter sido Irineu (Adv. Haer, 3,1,1), citado por Eusébio (HE 5:8,4), o qual menciona Policarpo como fonte de sua opinião. Sem dúvida, o testamento reveste-se de certa importância, mas não deixa de apresentar inconvenientes. Assim, é estranho que outra literatura relacionada com Éfeso (a Epístola de Inácio aos Efésios, por exemplo) omita a suposta relação entre o apóstolo João e esta cidade. Também é possível que Irineu tenha-se confundido quanto à notícia que recebeu de Policarpo, já que destaca que Papias foi ouvinte de João e companheiro de Policarpo (Adv. Haer, 5,33,4). No entanto, conforme o testemunho de Eusébio (HE 3:93,33), Papias foi, na realidade, ouvinte de João, o presbítero — que ainda vivia nos tempos de Papias (HE 3.39,4) — e não do apóstolo. Fica, pois, a possibilidade de que esse João foi o mesmo ao qual Policarpo se referiu.
Outras referências a uma autoria de João, o apóstolo, em fontes cristãs são muito tardias ou lendárias para serem questionadas, seja o caso de Clemente de Alexandria, transmitido por Eusébio (HE 6:14,17) ou o do Cânon de Muratori (c. 180-200). É certo que a tradição existia em meados do séc. II, mas não parece de todo concludente. Quanto à evidência interna, o evangelho reúne referências que podemos dividir nas relativas à redação e nas relacionadas com o discípulo amado (13 23:19-26-27; 20,1-10 e 21:7 e 20-4; possivelmente 18:15-16; 19,34-37 e talvez 1:35-36).
As notícias recolhidas em 21:20 e 21:24 poderiam identificar o redator inicial com o discípulo amado ou talvez com a fonte principal das tradições recolhidas nele, porém, uma vez mais, fica obscuro se esta é uma referência a João, o apóstolo.
Em nenhum momento o evangelho distingue o discípulo amado por nome nem tampouco o apóstolo João. E se na Última Ceia só estiveram presentes os Doze, obviamente o discípulo amado teria de ser um deles; tal dado, contudo, ainda não é seguro. Apesar de tudo, não se pode negar, de maneira dogmática, a possibilidade de o discípulo amado ser João, o apóstolo, e até mesmo existem alguns argumentos que favorecem essa possibilidade. Pode-se resumi-los da seguinte maneira:
1. A descrição do ministério galileu tem uma enorme importância em João, a ponto de a própria palavra “Galiléia” aparecer mais vezes neste evangelho do que nos outros (ver especialmente: 7,1-9).
2. Cafarnaum recebe uma ênfase muito especial (2,12; 4,12; 6,15), em contraste com o que os outros evangelhos designam o lugar de origem de Jesus (Mt 13:54; Lc 4:16). A própria sinagoga de Cafarnaum é mencionada mais vezes neste do que nos outros evangelhos.
3. O evangelho de João refere-se também ao ministério de Jesus na Samaria (c.4), o que é natural, levando-se em conta a relação de João, o de Zebedeu, com a evangelização judeu-cristã da Samaria (At 8:14-17).
4. João fazia parte do grupo de três (Pedro, Tiago e João) mais íntimo de Jesus. É, pois, um tanto estranho que um discípulo tão próximo a Jesus, como o discípulo amado — e não se tratando de João —, não apareça sequer mencionado em outras fontes.
5. As descrições da Jerusalém anterior ao ano 70 d.C. encaixam-se com o que sabemos da permanência de João nessa cidade, depois de Pentecostes. De fato, os dados fornecidos por At 1:13; 8,25 e por Paulo (Gl 2:1-10) indicam que João estava na cidade antes do ano 50 d.C.
6. João é um dos dirigentes judeu-cristãos que teve contato com a diáspora, assim como Pedro e Tiago (Jc 1:1; 1Pe 1:1; Jo 7:351Co 9:5), o que se enquadraria com algumas das notícias contidas em fontes cristãs posteriores e em relação ao autor do Quarto Evangelho.
7. O evangelho de João procede de uma testemunha que se apresenta como ocular.
8. O vocabulário e o estilo do Quarto Evangelho destacam uma pessoa cuja primeira língua era o aramaico e que escrevia em grego correto, porém cheio de aramaísmo.
9. O pano de fundo social de João, o de Zebedeu, encaixa-se perfeitamente com o que se esperaria de um “conhecido do Sumo Sacerdote” (Jo 18:15). De fato, a mãe de João era uma das mulheres que serviam Jesus “com seus bens” (Lc 8:3), como a mulher de Cuza, administrador das finanças de Herodes. Igualmente sabemos que contava com assalariados a seu cargo (Mc 1:20). Talvez alguns membros da aristocracia sacerdotal o vissem com menosprezo por ser um leigo (At 4:13), mas o personagem estava longe de ser medíocre, a julgar pela maneira tão rápida pela qual se tornou um dos primeiros dirigentes da comunidade hierosolimita, logo depois de Pedro (Gl 2:9; At 1:13; 3,1; 8,14 etc.).
Não sendo, pois, João, o de Zebedeu, o autor do evangelho (e pensamos que a evidência a favor dessa possibilidade não é pequena), teríamos de ligá-lo com algum discípulo mais próximo a Jesus (como os mencionados em At 1:21ss., por exemplo) e que contava com uma considerável importância dentro das comunidades judeu-cristãs da Palestina.
Em relação à datação do quarto evangelho, não se duvida porque o consenso tem sido quase unânime nas últimas décadas. Geralmente, os críticos conservadores datavam a obra em torno do final do séc. I ou início do séc. II, enquanto os radicais — como Baur — situavam-na por volta de 170 d.C. Um dos argumentos utilizados como justificativa dessa postura era ler em Jo 5:43 uma referência à rebelião de Bar Kojba. O fator determinante para refutar essa datação tão tardia foi o descobrimento, no Egito, do p 52, pertencente à última década do século I ou à primeira do século II, onde está escrito um fragmento de João. Isso situa a data da relação, no máximo, em torno de 90-100 d.C. Contudo, existem, em juízo de vários estudiosos, razões consideráveis para datar o evangelho em um período anterior. No ponto de partida dessa revisão da data, devem estar os estudos de C. H. Dodd sobre este evangelho. Este autor seguiu a corrente que data a obra entre 90 e 100, atribuindo-a a um autor estabelecido em Éfeso; reconheceu, sem dúvida, que o contexto do evangelho se refere a condições “presentes na Judéia antes do ano 70 d.C., e não mais tarde nem em outro lugar”. De fato, a obra é descrita como “dificilmente inteligível” fora de um contexto puramente judeu anterior à destruição do Templo e até mesmo à rebelião de 66 d.C.
Apesar dessas conclusões, C. H. Dodd sustentou a opinião em voga, alegando que Jo 4:53 era uma referência à missão pagã e que o testemunho de João recordava a situação em Éfeso em At 18:24-19:7. Ambas as teses são de difícil defesa para sustentar uma data tardia, já que a missão entre os pagãos foi anterior a 66 d.C., e At 18:19 narram acontecimentos também anteriores a 66 d.C.
O certo é que atualmente se reconhece a existência de razões muito sólidas para defender uma datação da redação do evangelho anterior a 70 d.C. São elas:
1. A cristologia muito primitiva (ver Mensagem).
2. O pano de fundo que, como já advertiu Dodd, só se encaixa no mundo judeu-palestino anterior a 70 d.C.
3. A existência de medidas de pressão contra os cristãos antes do ano 70 d.C.: as referências contidas em Lc 4:29; At 7:58 e 13:50 mostram que não é necessário mencionar Jo 9:34ss.; 16,2 para episódios posteriores à destruição do Templo.
4. A ausência de referências aos pagãos.
5. A importância dos saduceus no evangelho.
6. A ausência de referências à destruição do templo.
7. A anterioridade ao ano 70 d.C. dos detalhes topográficos rigorosamente exatos.
2. Estrutura e Mensagem. O propósito do evangelho de João é claramente determinado em 20:31: levar a todos os povos a fé em Jesus como messias e Filho de Deus, a fim de que, por essa fé, obtenham a vida. O evangelho está dividido em duas partes principais, precedidas por um prólogo (1,1-18) e seguidas por um epílogo (c. 21).
A primeira parte (1,19-12,50) ou o “Livro dos Sinais”, segundo C. H. Dodd, apresenta uma seleção dos milagres — sinais ou signos — de Jesus.
A segunda parte (13 1:20-31), também denominada “Livro da Paixão” (Dodd) ou da Glória (Brown), inicia-se com a Última Ceia e narra a paixão, morte e ressurreição de Jesus.
Três são os aspectos especialmente centrais na mensagem de João.
Em primeiro lugar, a revelação de Deus através de seu Filho Jesus (1,18). Evidentemente, a cristologia desse evangelho é muito primitiva e assim Jesus aparece como “profeta e rei” (6,14ss.); “profeta e messias” (7,40-42); “profeta” (4,19; 9,17); “messias” (4,25); “Filho do homem” (5,27) e “Mestre da parte de Deus” (3,2). Sem súvida, do mesmo modo que Q, onde Jesus se refere a si mesmo como a Sabedoria, neste evangelho enfatiza-se que o Filho é, pela filiação, igual a Deus (Jo 5:18) e Deus (1,1; 20,28). De fato, o Logos joanino de Jo 1:1 não é senão a tradução grega do termo aramaico Memrá, uma circunlocução para referir-se a YHVH no Targum.
É o próprio Deus que se aproxima, revela e salva em Jesus, já que este é o “Eu sou” que apareceu a Moisés (Ex 3:14; Jo 8:24; 8,48-58). Isso se evidencia, por exemplo, nas prerrogativas do Filho em julgar (5,22,27,30; 8,16.26; 9,39; 12,47-48), ressuscitar os mortos (5,21,25-26.28-29; 6,27; 35,39-40,50-51.54-58; 10,28; 11,25-26) e trabalhar no sábado (5,9-18; 7,21-23).
O segundo aspecto essencial da mensagem joanina é que em Jesus não somente vemos Deus revelado, mas também encontramos a salvação. Todo aquele que crê em Jesus alcança a vida eterna (3,16), tem a salvação e passa da morte à vida (5,24). E a fé é uma condição tão essencial que os sinais pretendem, fundamentalmente, levar as pessoas a uma fé que as salve. De fato, crer em Jesus é a única “obra” que se espera que o ser humano realize para obter a salvação (Jo 6:29). Aceitar ou não Jesus como Filho de Deus, como “Eu sou”, como messias, tem efeitos contudentes e imediatos. A resposta positiva — uma experiência que Jesus denomina “novo nascimento” (3,1ss.) — conduz à vida eterna (3,15) e a ser convertido em filho de Deus (1,12); a negativa leva à condenação (3,19) e ao castigo divino (3,36).
Partindo-se dessas posturas existenciais, dessa separação entre incrédulos e fiéis, pode-se entender o terceiro aspecto essencial da mensagem joanina: a criação de uma nova comunidade espiritual em torno de Jesus e sob a direção do Espírito Santo, o Consolador. Só se pode chegar a Deus por um caminho, o único: Jesus (14,6). Só se pode dar frutos unido à videira verdadeira: Jesus (Jo 15:1ss.). Todos os que assim se unem a Jesus serão perseguidos por um mundo hostil (15,18ss.), todavia serão também objeto da ação do Espírito Santo (16,5ss.), viverão em uma alegria que humanamente não se pode entender (16,17ss.) e vencerão o mundo como Jesus (16,25ss.). Neles também se manifestará um amor semelhante ao de Jesus (Jo 13:34-35), o Filho que voltará, no final dos tempos, para recolher os seus e levá-los à casa de seu Pai (Jo 14:1ss.). É lógico que essa cosmovisão se expresse nesse conjunto de oposições que não são exclusivas de João, mas que são tão explícitas nesse evangelho: lu-Ztrevas, mundo-discípulos, Cristo-Satanás etc. O ser humano vê-se dividido diante de sua realidade — a de que vive nas trevas — e a possibilidade de obter a vida eterna pela fé em Jesus (5,24). O que aceita a segunda opção não se baseia em especulações nem em uma fé cega, porém em fatos que aconteceram na história e dos quais existiram testemunhas oculares (19,35ss.; 21,24). Ao crer em Jesus, descobre-se nele — que na Ressurreição demonstrou a veracidade de suas pretensões — seu Senhor e seu Deus (Jo 20:28) e obtém-se, já nesta vida, a vida eterna (20,31), integrando-se numa comunidade assistida pelo Espírito Santo e que espera a segunda vinda de seu Salvador (Jo 14:1ss.; 21,22ss.).
C. H. Dodd, Interpretation...; Idem, Historical tradition...; R. E. Brown, Evangelio según san Juan, 2 vols., Madri 1975; Idem, La comunidad del discípulo amado, Salamanca 1983; f. Manns, L’Evangile de Jean, Jerusalém 1991; J. A. T. Robinson, Redating...; Idem, The Priority...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; R. Bultmann, The Gospel of John, Filadélfia 1971; C. K. Barrett, The Gospel, according to St. John, Filadélfia, 1978; R. Schnackenburg, The Gospel According to St. John, 3 vols., Nova York 1980-1982; f. f. Bruce, The Gospel of John, Grand Rapids 1983; G. R. Beasley-Murray, John, Waco 1987; J. Guillet, Jesucristo em el Evangelio de Juan, Estella 51990; A. Juabert, El Evangelio según san Juan, Estella 121995.
B - João, o Apóstolo
Pescador, filho de Zebedeu, foi um dos primeiros a ser chamado por Jesus e, por este, constituído apóstolo. Junto com seu irmão Tiago e com Pedro, formava o grupo mais íntimo de discípulos e é sempre mencionado no ínicio das listas apostólicas, junto a Tiago, Pedro e André. Com o seu irmão Tiago, recebeu o apelido de Boanerges, o filho do trovão (Mc 3). Desempenhou um papel de enorme transcendência na 1greja judeu-cristã de Jerusalém (At 1:8; Gl 2:9). É possível que, no final de sua vida, tenha desenvolvido um ministério missionário na Ásia Menor.
Tradicionalmente é identificado como João, o Evangelista, autor do quarto evangelho, e como o autor do Apocalipse.
C. H. Dodd, Interpretation...; Idem, Historical tradition...; R. E. Brown, Evangelio según san Juan, 2 vols., Madri 1975; Idem, La comunidad del discípulo amado, Salamanca 1983; f. Manns, L’Evangile de Jean, Jerusalém 1991; J. A.T. Robinson, Redating...; Idem, The Priority...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...
C - João, o Apóstolo
Tradicionalmente (desde o séc. II), tem-se identificado o autor do Quarto Evangelho com o filho de Zebedeu: João. Embora um bom número de autores modernos recusem essa hipótese, razões têm sido reconsideradas — R. A. T. Robinson, por exemplo — para possibilitar esse ponto de vista. O autor do quarto evangelho conhece mais intimamente o ministério da Galiléia e até nos dá informações sobre ele que não conhecemos através de outros evangelhos. A situação abastada dos filhos de Zebedeu — cujo pai contava com vários assalariados — permite crer que era “conhecido” do Sumo Sacerdote. Além disso, descreve com impressionante rigor a Jerusalém anterior a 70 d.C., o que é lógico em uma pessoa que foi, segundo Paulo, uma das colunas da comunidade judeu-cristã daquela cidade (Gl 2:9). A tudo isso, acrescenta-se o testemunho unânime dos autores cristãos posteriores que atribuem essa autoria a João. Em todo caso, e seja qual for a identidade do quarto evangelista, o certo é que recolhe uma tradição sobre a vida de Jesus muito antiga, fidedigna e independente da sinótica. É bem possível que sua redação seja anterior a 70 d.C., embora alguns autores prefiram situá-la por volta de 90 d.C. O autor do quarto evangelho é o mesmo que o das três epístolas de João, que constam no Novo Testamento, constituindo a primeira um guia interpretativo do evangelho para evitar que este seja lido em clave gnóstica.
C. H. Dodd, Interpretation...; Idem, Historical tradition...; R. E. Brown, Evangelio según san Juan, 2 vols. Madri 1975; Idem, La comunidad del discípulo amado, Salamanca 1983; f. Manns, L’Evangile de Jean, Jerusalém 1991; J. A. T. Robinson, Redating...; Idem, The Priority...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; R. Bultmann, The Gospel of John, Filadélfia 1971; C. K. Barrett, The Gospel according to St. John, Filadélfia 1978; R. Schnackenburg, El evangelio según san Juan, 3 vols., Barcelona 1980:1982; f. f. Bruce, The Gospel of John, Grand Rapids 1983; G. R. Beasley-Murray, John, Waco 1987; J. Guillet, Jesucristo en el Evangelio de Juan, Estella 51990; A. Juabert, El Evangelio según san Juan, Estella 121995.
D - João, o Teólogo
Conforme alguns estudiosos, é o autor do Apocalipse e cujo túmulo estava em Éfeso. Por ser um personagem distinto de João, o evangelista (seja ou não este o filho de Zebedeu), é possível que tenha emigrado para a Ásia Menor, ao eclodir a revolta de 66-73 d.C. contra Roma. Sua obra é, portanto, anterior a 70 d.C. e constitui uma valiosa fonte para estudo da teologia judeu-cristã da época.
K. Stendhal, The Scrolls...; C. Vidal Manzanares, De Pentecostés...; C. H. Dodd, Interpretation...; Idem, Historical tradition...; R.E. Brown, Evangelio según san Juan, 2 vols., Madri 1975; Idem, La comunidad del discípulo amado, Salamanca 1983; f. Manns, L’Evangile de Jean, Jerusalém 1991; J. A. T. Robinson, Redating...; Idem, The Priority...; f. f. Ramos, Evangelio según San Juan, Estella 1989.
Autor: César Vidal Manzanares
Quem é quem na Bíblia?
1. Veja João, o apóstolo.
2. Veja João Batista.
3. Pai de Simão Pedro e de André (chamado de Jonas em algumas traduções: Mt 16:17). Era um pescador que vivia na região da Galiléia. É interessante notar que as três ocasiões registradas nos evangelhos em que Jesus chamou Pedro pelo nome completo, “Simão filho de João (ou Jonas)”, foram momentos que marcaram pontos cruciais na vida desse apóstolo. Na primeira ocasião, André apresentou seu irmão Simão ao “Messias”, Jesus. Cristo olhou para Simão e anunciou profeticamente: “Tu és Simão, filho de João. Tu serás chamado Cefas [que quer dizer Pedro]” (Jo 1:42). Daquele momento em diante, Simão Pedro passou a seguir a Cristo. Na segunda ocasião em que o nome inteiro dele foi usado, ele havia acabado de responder uma pergunta de Jesus, dizendo: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16:16). O significado desta identificação de Jesus como o Cristo era tão grande que Jesus disse: “Bem-aventurado és tu, Simão Barjonas, pois não foi carne e sangue quem to revelou, mas meu Pai que está nos céus” (Mt 16:17). A última ocasião foi depois da ressurreição, quando Cristo testou o amor de Pedro por Ele e o comissionou com as palavras: “Simão, filho de João... Apascenta os meus cordeiros” (Jo 21:15-17).
4. João, um parente do sumo sacerdote Anás; é mencionado apenas em Atos 6. Era um dos anciãos e líderes diante dos quais os apóstolos Pedro e João foram levados para serem interrogados. A pregação deles começava a aborrecer profundamente os líderes e por isso tentaram silenciá-los. Os apóstolos disseram que eram obrigados a obedecer a Deus e não aos homens (v. 19). Finalmente, sentindo o peso da opinião pública, os anciãos decidiram libertar os dois. P.D.G.
Autor: Paul Gardner
Dicionário da Bíblia de Almeida
João 1) O Batista: V. JOÃO BATISTA. 2) Pai do apóstolo Pedro (Jo 1:42); 21:15-17, RA; RC, Jonas).
3) O evangelista e apóstolo: V. JOÃO, APÓSTOLO. 4) João Marcos: V. MARCOS, JOÃO.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário Comum
Nome Hebraico - Significado: Graça divina.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Graça ou favor de Deus. – Aparece, também,em outros lugares com a forma de Joanã. Um parente do sumo sacerdote Anás. Juntamente com Anás e Caifás ele fez inquirições a respeito do ensino dos apóstolos Pedro e João e da cura do coxo (At 4:6). E nada mais se sabe dele. – João Marcos, o evangelista – filho de Maria, e primo (não sobrinho) de Barnabé. Apenas cinco vezes é este evangelista mencionado com o nome de João (At 12:12-25 e 13 5:13-15.37). Nas outras passagens é o nome Marcos que prevalece. (*veja Marcos.) – João Batista, o Precursor. A vinda de João foi profetizada por isaías (40.3), e por Malaquias (4.5 – *veja Mt 11:14), sendo o seu nascimento anunciado aos seus idosos pais por ‘um anjo do Senhor’ (Lc 1:5-23). Seu pai Zacarias era sacerdote, e sua mãe isabel ‘era das filhas de Arão’. A vinda desta criança foi também predita à Virgem Maria, na Anunciação (Lc 1:36). o nascimento de João (Lc 1:57) trouxe novamente, após a circuncisão, a fala a Zacarias, que a tinha perdido, quando o anjo lhe fez saber que havia de ter um filho (Lc 1:20-64). Quanto à infância de João Batista apenas se sabe que ele ‘Crescia e se fortalecia em espírito. E viveu nos desertos até ao dia em que havia de manifestar-se a israel’ (Lc 1:80). E assim, embora tivesse sido consagrado antes do seu nascimento à missão de pregar e ensinar (Lc 1:13-15), ele só deu início à sua obra quando chegou à idade viril, depois de ter passado vários anos isolado, vivendo uma vida de abnegação. A maneira como João Batista apareceu pregando chamou a atenção de toda a gente. o seu vestido era feito de pelos de camelo, e andava cingido de um cinto de couro, sendo a alimentação do notável pregador o que encontrava no deserto gafanhotos e mel silvestre (Lv 11:22 – Sl 81:16 – Mt 3:4). o ministério de João começou ‘no deserto da Judéia’ (Mt 3:1 – Mc 1:4 – Lc 3:3 – Jo 1:6-28). Ele pregava o arrependimento e a vinda do reino dos céus, e todo o país parecia ser movido pela sua palavra, pois vinham ter com ele as multidões para receberem o batismo (Mt 3:5 e Mc 1. S). Em termos enérgicos censurou a falsa vida religiosa dos fariseus e saduceus que se aproximavam dele (Mt 3:7), avisando, também, outras classes da sociedade (Lc 3:7-14) – e chamava a atenção dos ouvintes para Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus (Lc 3:15-17 – Jo 1:29-31), a quem batizou (Mt 3:13-17). o povo quis saber se João era o Cristo prometido (Lc 3:15) – mas ele categoricamente asseverou que não era (Jo 1:20). A importância do ministério de João acha-se claramente indicada nas referências de Jesus Cristo e dos apóstolos ao caráter e obra notável do pregador. Depois de responder aos mensageiros de João (Mt 11:2-6 – Lc 7:19-23), falou Jesus às multidões sobre o caráter e missão do Batista, declarando: ‘Entre os nascidos de mulher, ninguém apareceu maior do que João Batista’ (Mt 11:7-11 – Lc 7:24-28). Mais tarde foi por Jesus, de um modo preciso, identificado com o prometido Elias (Mt 17:10-13 – Mc 9:11-13) – e também o batismo de João foi assunto de que Jesus Se serviu para discutir com ‘os principais sacerdotes e os anciãos do povo’, colocando-os em dificuldades (Mt 21:23-27) – e, pelo fato de estes judeus rejeitarem o apelo de João, fez-lhes sentir o Salvador a sua responsabilidade (Mt 21:32). o batismo de João foi lembrado por Jesus depois da Sua ressurreição (At 1:5) – a ele se referiu também Pedro (At 1:22 – 10.37 – 11.16), e o apóstolo Paulo (At 13:24-25). Apolo conhecia somente o ‘batismo de João’ (At 18:25), e maior conhecimento não havia em certos discípulos de Éfeso (At 19:1-4). Com respeito ao ‘batismo de João’, *veja Batismo. o ministério corajoso de João parece ter alarmado Herodes, o tetrarca da Galiléia, que, segundo conta Josefo (Ant. Xiii, 5.2), o considerava como demagogo e pessoa perigosa. Como João o tivesse censurado por ter casado com Herodias, mulher de seu irmão Filipe, que ainda estava vivo, lançou Herodes o seu censurador numa prisão. (*veja Herodias.) o medo da indignação popular (Mt 14:5) parece tê-lo impedido de matar João Batista – mas a filha de Herodias, baseando-se numa inconsiderada promessa de Herodes, obteve a morte de João (Mt 14:3-12). – o Apóstolo. João, irmão de Tiago, era filho de Zebedeu (Mt 4:21), e de Salomé, sendo esta, provavelmente, irmã da mãe de Jesus (cp. Mt 27:56 com Mc 15:40 – Jo 19:25). Sendo assim, era João primo de Jesus, e por isso foi muito natural que o Salvador entregasse a Sua mãe aos cuidados de João, quando estava na cruz (Jo 19:25-27). João era, como seu pai, pescador de Betsaida, na Galiléia, trabalhando no lago de Genesaré (Mt 4:18-21). A família parece ter vivido em boas circunstâncias, visto como seu pai Zebedeu tinha jornaleiros (Mc 1:20) – a sua mãe era uma das piedosas mulheres, que desde a Galiléia acompanharam Jesus e o serviam com os seus bens (Mt 27:56) – o próprio evangelista era conhecido do sumo sacerdote (Jo 18:15), e tinha casa sua (Jo 19:27). Acha-se identificado com aquele discípulo de João Batista, que não é nomeado, e que com André seguiu a Jesus (Jo 1:35-40). A chamada de João e de seu irmão Tiago está, em termos precisos, narrada em Mt 4:21-22 e em Mc 1:19-20. Foi ele um dos doze apóstolos (Mt 10:2, e ref.). A ele e seu irmão deu Jesus o nome de Boanerges (Mc 3:17). Na sua juventude parece ter sido homem apaixonado, de temperamento impulsivo, dando ocasião a que Jesus o censurasse uma vez por ter proibido certo indivíduo de operar milagres (Mc 9:38-39), outra vez por ter desejado que viesse do céu castigo sobre os inóspitos samaritanos (Lc 9:51-56), e também pela sua pessoal ambição (Mc 10:35-40). Todavia, era ele chamado o discípulo, ‘a quem Jesus amava’ (Jo 21:20), e a quem, juntamente com Tiago e Pedro, deu Jesus Cristo o privilégio de presenciarem tantos e maravilhosos acontecimentos do Seu ministério. João pôde observar a cura da sogra de Pedro (Mc 1:29), a ressurreição da filha de Jairo (Mc 5:37 e Lc 8:51), a pesca miraculosa (Lc 5:10), a transfiguração (Mt 17:1 e refs.), e a agonia no horto de Getsêmani (Mt 26:37, e refs.). É certo que João, como os outros discípulos, abandonou o Divino Mestre, quand
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Bíblico
Felizmente, temos considerável informação acerca do discípulo chamado João. Marcos diz-nos que ele era irmão de Tiago, filho de Zebedeu (Mc 1:19). Diz também que Tiago e João trabalhavam com “os empregados” de seu pai (Mc 1:20). Alguns eruditos especulam que a mãe de João era Salomé, que assistiu a crucificação de Jesus (Mc 15:40). Se Salomé era irmã da mãe de Jesus, como sugere o Evangelho de João (Jo 19:25), João pode ter sido primo de Jesus. Jesus encontrou a João e a seu irmão Tiago consertando as redes junto ao mar da Galiléia. Ordenou-lhes que se fizessem ao largo e lançassem as redes. arrastaram um enorme quantidade de peixes – milagre que os convenceram do poder de Jesus. “E, arrastando eles os barcos sobre a praia, deixando tudo, o seguiram” (Lc 5:11) Simão Pedro foi com eles. João parece ter sido um jovem impulsivo. Logo depois que ele e Tiago entraram para o círculo íntimo dos discípulos de Jesus, o Mestre os apelidou de “filhos do trovão” (Mc 3:17). Os discípulos pareciam relegar João a um lugar secundário em seu grupo. Todos os Evangelhos mencionavam a João depois de seu irmão Tiago; na maioria das vezes, parece, Tiago era o porta-voz dos dois irmãos. Paulo menciona a João entre os apóstolos em Jerusalém, mas o faz colocando o seu nome no fim da lista (Gl 2:9). Muitas vezes João deixou transparecer suas emoções nas conversas com Jesus. Certa ocasião ele ficou transtornado porque alguém mais estava servindo em nome de Jesus. “E nós lho proibimos”, disse ele a Jesus, “porque não seguia conosco” (Mc 9:38). Jesus replicou: “Não lho proibais… pois quem não é contra a nós, é por nós” (Mc 9:39-40). Noutra ocasião, ambiciosos, Tiago e João sugeriram que lhes fosse permitido assentar-se à esquerda e à direita de Jesus na sua glória. Esta idéia os indispôs com os outros discípulos (Mc 10:35-41). Mas a ousadia de João foi-lhe vantajosa na hora da morte e da ressurreição de Jesus. Jo 18:15 diz que João era ” conhecido do sumo sacerdote”. Isto o tornaria facilmente vulnerável à prisão quando os aguardas do sumo sacerdote prenderam a Jesus. Não obstante, João foi o único apóstolo que se atreveu a permanecer ao pé da cruz, e Jesus entregou-lhe sua mãe aos seus cuidados (Jo 19:26-27). Ao ouvirem os discípulos que o corpo de Jesus já não estava no túmulo, João correu na frente dos outros e chegou primeiro ao sepulcro. Contudo, ele deixou que Pedro entrasse antes dele na câmara de sepultamento (Jo 20:1-4,8). Se João escreveu, deveras, o quarto Evangelhos, as cartas de João e o Apocalipse, ele escreveu mais texto do NT do que qualquer dos demais apóstolos. Não temos motivo para duvidar de que esses livros não são de sua autoria. Diz a tradição que ele cuidou da mãe de Jesus enquanto pastoreou a congregação em Éfeso, e que ela morreu ali. Preso, foi levado a Roma e exilado na 1lha de Patmos. Acredita-se que ele viveu até avançada idade, e seu corpo foi devolvido a Éfeso para sepultamento
Fonte: Dicionário Adventista
Lamber
Dicionário Comum
verbo transitivo Passar a língua em alguma coisa: lamber um prato. Figurado Tocar levemente: as ondas lambem os rochedos. Executar com requinte (falando-se de uma obra de arte): lamber um quadro. Lamber os pés de alguém, assumir atitude servil, humilhante. Lamber com os olhos uma coisa, olhá-la com avidez.
substantivo femininoRegra necessária ou obrigatória: submeter-se a uma lei. [Jurídico] Ato da autoridade soberana que regula, ordena, autoriza ou veda: promulgar uma lei. [Jurídico] Conjunto desses atos: a ninguém é lícito ignorar a lei. [Física] Enunciado de uma propriedade física verificada de modo preciso: a lei da gravidade dos corpos. Obrigação da vida social: as leis da honra, da polidez. Autoridade imposta a alguém: a lei do vencedor. expressãoLei divina. Conjunto dos preceitos que Deus ordenou aos homens pela revelação. Leis de guerra. Conjunto das regras (tratamento dispensado a feridos, prisioneiros etc.) admitidas por numerosos Estados que se comprometeram a respeitá-las em caso de guerra. Lei marcial. Lei que autoriza a intervenção armada em caso de perturbações internas. Lei moral. Lei que nos ordena praticar o bem e evitar o mal. Lei natural. Conjunto de normas de conduta baseadas na própria natureza do homem e da sociedade. Lei orgânica. Lei relativa à organização dos poderes públicos, sem caráter constitucional. Etimologia (origem da palavra lei). Do latim lex.legis, "consolidação".
Fonte: Priberam
Dicionário da Bíblia de Almeida
Lei 1) Vontade de Deus revelada aos seres humanos em palavras, julgamentos, preceitos, atos, etc. (Ex 16:28); (Sl 119:2)
4) Os DEZ MANDAMENTOS (Ex 20:2-17); (Dt 5:6-21), que são o resumo da vontade de Deus para o ser humano. Cumprindo a lei, os israelitas mostravam sua fé em Deus. Jesus respeitou e cumpriu a lei e mostrou seu significado profundo (Mt 5:17-48). Ele resumiu toda a lei no amor a Deus e ao próximo (Mt 22:37-39). A lei mostra a maldade do ser humano, mas não lhe pode dar a vitória sobre o pecado (Rom 3—7). Assim, o propósito da lei é preparar o caminho para o evangelho (Gal
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário da FEB
[...] a lei é o amor, que há de continuamente crescer, até que vos tenha levado ao trono eterno do Pai. [...] Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1
[...] A lei é uma força viva que se identifica conosco e vai acompanhando o surto de evolução que ela mesma imprime em nosso espírito. [...] Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pecado sem perdão
A lei é a consciência do delito. [...]A lei [...] é um freio para coibir o mal.[...] A lei personifica a justiça [...]. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Três grandes símbolos
A lei é conjunto eterno / De deveres fraternais: / Os anjos cuidam dos homens, / Os homens dos animais. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Cartilha da Natureza• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Os animais
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Bíblico
A palavra Torah, traduzida por lei, significa propriamente uma direção, que era primitivamente ritual. Usa-se o termo, nas Escrituras, em diversas acepções, segundo o fim e conexão da passagem em que ele ocorre. Por exemplo, algumas vezes designa a revelada vontade de Deus (Sl 1:2 – 19.7 – 119 – is 8:20 – 42.12 Jr 31:33). Também significa a instituição mosaica, como distinta do Evangelho (Mt 11:13 – 12.5 – Jo 1:17 – At 25:8), e por isso freqüentes vezes se considera a lei de Moisés como sendo a religião dos judeus (Mt 5:17 – Hb 9:19 – 10.28). outras vezes, num sentido mais restrito, significa as observâncias rituais ou cerimoniais da religião judaica (Ef 2:15 – Hb 10:1). É neste ponto de vista que o apóstolo S. Paulo afirma que ‘ninguém será justificado diante dele por obras da lei’ (Rm 3:20). A ‘lei gravada nos seus corações’, que Paulo menciona em Rm 2:15, é o juízo do que é mau e do que é justo, e que na consciência de cada homem Deus implantou. (*veja Justificação.) o princípio predominante da lei era a teocracia. o próprio Senhor era considerado como Rei – as leis foram por Ele dadas – o tabernáculo (e depois o templo) era considerado como Sua habitação – ali houve visíveis manifestações da Sua glória – ali revelou a Sua vontade – era ali oferecido o pão todos os sábados – ali recebeu os Seus ministros, e exerceu funções de Soberano. Com Deus tinham relação a paz e a guerra, questões estas determinadas sob todos os governos pela suprema autoridade (Dt 1:41-42 – Js 10:40 – Jz 1:1-2 – 1 Rs 12.24). A idolatria era uma traição. Por conseqüência, em relação aos judeus, era Jeová ao mesmo tempo Deus e Rei. (*veja Rei.) A teocracia tinha as suas externas manifestações. Deste modo, o tabernáculo, onde se realizou o culto público desde o Êxodo até ao reinado de Salomão, era não só o templo de Deus, mas também o palácio do Rei invisível. Era a ‘Sua santa habitação’ – era o lugar em que encontrava o Seu povo e com ele tinha comunhão, sendo portanto ‘o tabernáculo da congregação’. (*veja Tabernáculo.) Depois do tabernáculo veio o templo, harmonizando-se a suntuosidade do edifício e os seus serviços com as determinações divinas, e com o aumentado poder da nação.(*veja Templo.) Mas o Senhor, como Rei, não só tinha o Seu palácio, mas também tinha os Seus ministros e funcionários do Estado. Sacerdotes e levitas eram apartados para o Seu serviço. (*veja Sacerdote, Levitas.) Este governo de Deus era reconhecido por meio dos sacrifícios de várias espécies, realizados sob condições cuidadosamente definidas, exprimindo a propiciação, consagração e comunhão. (*veja Sacrifício.) os direitos divinos eram ainda reconhecidos por meio de certas festividades, que na sua variedade eram o sábado de todas as semanas, as três grandes festas anuais, o ano sabático, e além disso o jubileu, tudo isto levado a efeito com os seus fins espirituais e morais (*veja Festa (Dias de) Sabático (ano), Jubileu.) As especificadas determinações promulgadas em nome de Deus alcançavam plenamente a vida individual e nacional, mas não foi tudo decretado de uma só vez e num só lugar. Houve ordenações feitas no Egito (Êx 12:13) – no Sinai (Êx 19:20) – em Parã (Nm 15:1) – e nas planícies de Moabe (Dt 1:5). As enunciações vinham por vezes do tabernáculo (Lv 1:1). Que as prescrições da Lei tinham caído em desuso, pode provar-se não só pela decadência da religião e da moral no tempo dos reis, porém mais particularmente pela descoberta, no 18? ano do rei Josias, do ‘livro da Lei na casa do Senhor’ (2 Rs 22.8), e pelas reformas que se seguiram. (*veja Deuteronômio.) o sumário das ordenações desta Lei formava para toda a nação um código que, embora rigoroso, era salutar (Ne 9:13 – Ez 20:11 – Rm 7:12), e além disso agradável a uma mentalidade reta (Sl 119:97-100). As instituições cerimoniais, por exemplo, estavam maravilhosamente adaptadas às necessidades, tanto espirituais como materiais, de um povo nas condições do israelita. Porquanto (1). eram, até certo ponto, regulamentos sanitários. E era isto um dos fins daquelas disposições, referentes às várias purificações, à separação dos leprosos, e à distinção de alimentos, etc. (2). Serviam para perpetuar entre os israelitas o conhecimento do verdadeiro Deus, para manter a reverência pelas coisas santas, para a manifestação de sentimentos religiosos na vida de todos os dias, e em todas as relações sociais. Dum modo particular eram as festas sagradas fatores de valor para a consecução destes fins. (3). Tinham, além disso, o efeito de evitar que os israelitas se tornassem estreitamente relacionados com as nações circunvizinhas (Ef 2:14-17). E assim deviam tantas vezes ter guardado o povo israelita da idolatria e corrupção, que campeavam em todo o mundo: deste modo conservou-se a nação inteiramente distinta dos outros povos, até que veio o tempo em que esta barreira já não era necessária. (4). Estas observâncias tinham outros usos na sua simbólica significação. Em conformidade com o estado moral e intelectual do povo que não tinha ainda capacidade para prontamente alcançar as verdades divinas, eram as coisas espirituais representadas por objetos exteriores e visíveis. E assim, as idéias de pureza moral e de santidade divina eram comunicadas e alimentadas pelas repetidas abluções das pessoas e moradas – pela escolha de animais limpos para o sacrifício – pela perfeição sem mácula, que se requeria nas vítimas oferecidas – e pela limitação das funções sacerdotais a uma classe de homens que eram especialmente consagrados a estes deveres, e que se preparavam com repetidas purificações. Além disso, pela morte da vítima expiatória, para a qual o pecador tinha simbolicamente transferido os seus pecados pondo as mãos sobre a cabeça do animal e oferecendo a Deus o sangue que representava a vida, ensinava-se a importante verdade de que o pecado merecia um castigo extremo, que somente podia ser desviado sacrificando-se outro ser em substituição. E desta maneira, por meio de símbolos impressivos, lembravam-se constantemente os piedosos israelitas da justiça e santidade da violada Lei, da sua própria culpa, e de quanto necessitavam da misericórdia divina – e quando eram efe
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
substantivo femininoRegra necessária ou obrigatória: submeter-se a uma lei. [Jurídico] Ato da autoridade soberana que regula, ordena, autoriza ou veda: promulgar uma lei. [Jurídico] Conjunto desses atos: a ninguém é lícito ignorar a lei. [Física] Enunciado de uma propriedade física verificada de modo preciso: a lei da gravidade dos corpos. Obrigação da vida social: as leis da honra, da polidez. Autoridade imposta a alguém: a lei do vencedor. expressãoLei divina. Conjunto dos preceitos que Deus ordenou aos homens pela revelação. Leis de guerra. Conjunto das regras (tratamento dispensado a feridos, prisioneiros etc.) admitidas por numerosos Estados que se comprometeram a respeitá-las em caso de guerra. Lei marcial. Lei que autoriza a intervenção armada em caso de perturbações internas. Lei moral. Lei que nos ordena praticar o bem e evitar o mal. Lei natural. Conjunto de normas de conduta baseadas na própria natureza do homem e da sociedade. Lei orgânica. Lei relativa à organização dos poderes públicos, sem caráter constitucional. Etimologia (origem da palavra lei). Do latim lex.legis, "consolidação".
substantivo masculinoPlanta herbácea da família das lináceas, cultivada na Europa, de excelentes fibras têxteis. Estas fibras também são utilizadas como diurético. Do grão se faz uma farinha que serve para cataplasmas emolientes e um óleo secativo empregado em pintura. Tecido feito com as fibras dessa planta.
Fonte: Priberam
Dicionário da Bíblia de Almeida
Linho Erva de folhas e flores pequenas (Ex 9:31), cujo caule fornece uma fibra usada para fazer fios e tecidos do mesmo nome (Pv 7:16). O tecido era usado para fazer roupas finas (Gn 41:42); (Ex 28:5-42); (2Cr 5:12). O véu do Templo também era de linho fino (2Cr 3.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Linho Planta da qual se extraía fibra destinada à fabricação de roupas luxuosas que ocasionalmente tinham uso litúrgico. Desse material eram as vestimentas usadas pelo protagonista abastado da parábola do homem rico e de Lázaro (Lc 16:19ss.).
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Comum
substantivo masculinoPlanta herbácea da família das lináceas, cultivada na Europa, de excelentes fibras têxteis. Estas fibras também são utilizadas como diurético. Do grão se faz uma farinha que serve para cataplasmas emolientes e um óleo secativo empregado em pintura. Tecido feito com as fibras dessa planta.
Fonte: Priberam
Longe
Dicionário Comum
advérbioA grande distância: 1.º no espaço: arma que atira longe; 2.º no tempo: remontar bem longe na história. Figurado Ir longe, durar muito tempo; atingir alta posição. Ver longe, ser dotado de grande capacidade para prever. locução adverbialAo longe, a grande distância: via-se o barco ao longe. De longe, de grande distância: prever o perigo de longe. De longe em longe, a longos intervalos. locução prepositivaLonge de, a grande distância: morar longe da capital.
Fonte: Priberam
Lugar
Dicionário Comum
substantivo masculinoEspaço que ocupa ou pode ocupar uma pessoa, uma coisa: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. Cargo que se ocupa em; emprego: perder seu lugar. Posição final numa competição, concurso etc.: colocação, ordem: tirou o primeiro lugar no concurso. Posição que uma pessoa ou uma coisa deve ocupar: esse homem não conhece seu lugar. Qualquer local; localidade: lugar fresco. Situação em circunstâncias especiais: em seu lugar, eu teria protestado. Circunstância favorável para o desenvolvimento de; ocasião, ensejo: não me deu lugar para ficar zangado. Maneira como alguma coisa está disposta num dado período; condição, situação, posição. expressãoTer lugar. Ter cabimento, vir a propósito: seu comentário não tem lugar aqui. Lugares santos. Na Palestina, os lugares onde viveu Jesus Cristo. Etimologia (origem da palavra lugar). Do latim localis, de locus.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoEspaço que ocupa ou pode ocupar uma pessoa, uma coisa: um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar. Cargo que se ocupa em; emprego: perder seu lugar. Posição final numa competição, concurso etc.: colocação, ordem: tirou o primeiro lugar no concurso. Posição que uma pessoa ou uma coisa deve ocupar: esse homem não conhece seu lugar. Qualquer local; localidade: lugar fresco. Situação em circunstâncias especiais: em seu lugar, eu teria protestado. Circunstância favorável para o desenvolvimento de; ocasião, ensejo: não me deu lugar para ficar zangado. Maneira como alguma coisa está disposta num dado período; condição, situação, posição. expressãoTer lugar. Ter cabimento, vir a propósito: seu comentário não tem lugar aqui. Lugares santos. Na Palestina, os lugares onde viveu Jesus Cristo. Etimologia (origem da palavra lugar). Do latim localis, de locus.
Fonte: Priberam
Luz
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Luz Símbolo da claridade espiritual, que procede do Evangelho de Jesus (Mt 4:16; Lc 1:79) e não se restringe aos judeus, mas que chega até aos gentios (Lc 2:32). Acompanha algumas manifestações gloriosas de Jesus como a da sua Transfiguração (Mt 17:2-5). Os discípulos devem ser canais dessa luz (Mt 5:14-16; Lc 12:35), evangelizar e atuar na transparência própria da luz (Mt 10:27; Lc 12:3).
3) Cidade cananéia que foi chamada de Betel (Gn 28:19) e, depois, formou a fronteira norte da tribo de Benjamim (Js 18:13).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário da FEB
[...] luz é, em suma, a forma mais sutil da matéria. [...]. Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 2
[...] é um modo de movimento, como o calor, e há tanta “luz” no espaço à meia-noite como ao meio-dia, isto é, as mesmas vibrações etéreas atravessando a imensidade dos céus. [...] Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1
[...] constitui o modo de transmissão da história universal. Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - 4a narrativa
[...] é o símbolo multimilenar do desenvolvimento espiritual. [...] Referencia: MARCUS, João (Hermínio C• Miranda)• Candeias na noite escura• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1
L M Referencia:
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Comum
substantivo femininoClaridade que emana de si mesmo (Sol) ou é refletida (Lua). [Astronomia] Claridade que o Sol espalha sobre a Terra. Objeto que serve para iluminar; lâmpada, lanterna: traga a luz. O que ilumina os objetos e os torna visíveis: luz do poste. [Artes] Efeitos da luz reproduzidos em um quadro: hábil distribuição de luz e sombras. Figurado Tudo que esclarece o espírito: a luz da razão, da fé. Figurado Conhecimento das coisas; inteligência, saber: suas luzes são limitadas. Figurado Pessoa de mérito, de elevado saber: é a luz de seu século. Orifício de entrada e saída do vapor no cilindro de uma máquina. Abertura na culatra de uma arma, pela qual se faz chegar o fogo à carga. Furo que atravessa um instrumento. [Ótica] Nos instrumentos de óptica de pínulas, pequeno orifício pelo qual se vê o objeto observado. [Anatomia] Cavidade de um corpo ou órgão oco: a luz do intestino. expressãoLuz cinzenta. Luz solar refletida pela Terra, a qual permite distinguir o disco completo da Lua quando esta se mostra apenas sob a forma de crescente. Luz negra ou luz de Wood. Raios ultravioleta, invisíveis, que provocam a fluorescência de certos corpos. Vir à luz. Ser publicado, revelado. Século das Luzes. O século XVIII. Dar à luz. Dar vida a um ser. Etimologia (origem da palavra luz). Do latim lucem.
Fonte: Priberam
Lázaro
Dicionário Comum
substantivo masculinoLeproso; quem possui lepra, doença crônica infecciosa causada pelo bacilo de Hansen, definida por lesões na pele e transmitida por contato direto. Lazarento; pessoa cujo corpo está coberto por chagas, por feridas na pele. Figurado Miserável; quem foi excluído de qualquer classe social, da sociedade. adjetivoDiz-se de quem se encontra fora de qualquer categoria social. Etimologia (origem da palavra lázaro). Do antropônimo Lázaro, homem coberto por chagas.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
É a forma grega de Eleazar. l. irmão de Marta e Maria. Ele vivia com suas irmãs em Betânia, perto de Jerusalém. Jesus deu-lhe a honra de Se hospedar em sua casa, quando visitou a cidade. A ressurreição de Lázaro (Jo 11) foi o ato final, que levou os judeus à resolução de quererem matar Jesus Cristo (Jo 11:47 e seguintes). 2. Lázaro é o nome dado ao pobre que na parábola estava sentado junto do palácio do rico (Lc 16:20).
Fonte: Dicionário Adventista
Quem é quem na Bíblia?
1. Em Lucas 16:19-31, Lázaro é o nome de um mendigo, numa parábola contada por Jesus. Foi o único personagem mencionado pelo nome, provavelmente porque “Lázaro” é uma abreviação da expressão hebraica “aquele que Deus ajuda”, justamente a ideia enfatizada nesta narrativa.
Na parábola, a situação calamitosa de Lázaro, de pobreza, enfermidade e fome é claramente contrastada com a vida opulenta do homem rico, que vivia na fartura e no luxo, em cuja porta mendigava o pobre. Depois da morte, porém, revelou-se que Lázaro era um genuíno membro do povo da aliança, quando foi recebido pelos anjos num lugar de honra ao lado de Abraão, num banquete no céu. O homem rico morreu e, na agonia do juízo de Deus, percebeu as conseqüências da falta de arrependimento; suplicou então ao seu ancestral Abraão que enviasse Lázaro para aliviar seu sofrimento, mas depois da morte o juízo era definitivo e o contato, impossível. O homem rico então pediu que ele fosse enviado para advertir seus irmãos ainda vivos da realidade eterna que os aguardava; porém a rejeição deles à Palavra de Deus proferida por meio de Moisés e dos profetas indicava que nem mesmo a ressurreição de um morto os persuadiria ao arrependimento.
A parábola ensina, por meio do exemplo de Lázaro, que a humilhação terrena pode ser a promessa da glorificação eterna para os que são fiéis à Palavra de Deus; os que fracassam em praticar as responsabilidades da aliança de exercer a misericórdia e o amor enfrentarão a punição eterna. A referência à ressurreição era uma antecipação irônica da reação cética que o ressurgimento de Jesus provocaria nos fariseus a quem dirigiu a parábola (Lc 16:14).
2. Lázaro, em João 11:1-12:19, era o irmão de Maria e Marta, os quais viviam em Betânia. Jesus muitas vezes hospedou-se na casa deles (Lc 10:38-42) e tinha uma profunda afeição pelos três irmãos (Jo 11:33-35).
Lázaro ficou gravemente enfermo, e suas irmãs enviaram uma mensagem a Jesus, a fim de que Ele viesse curá-lo. Ao receber a notícia, Cristo falou que aquela enfermidade não resultaria na morte de Lázaro, mas sim na revelação da glória de Deus (Jo 11:4). Assim, apesar de sua preocupação, Jesus, em obediência à vontade do Senhor, retardou a ida para Betânia por dois dias. Ciente de que Lázaro estava morto, Cristo anunciou sua intenção de retornar a Betânia, para “despertar” o amigo (v. 11), apesar de saber que na Judéia correria risco de vida. Seus discípulos não o compreenderam (vv. 12,13), mas Jesus antecipou que a ressurreição de Lázaro os levaria a uma genuína fé nele (v. 15).
Depois de uma longa jornada (Jo 11:17), Jesus foi recebido por Marta quatro dias após o sepultamento de Lázaro. Sua confiança no Mestre, apesar de acreditar que, se Ele estivesse presente, seu irmão não teria morrido, ocasionou a autorrevelação de Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida” (v. 25). Isso confirmou para Marta sua identidade messiânica (v. 27). Depois que Maria foi chamada e encontrou-se com Cristo, este, ao vê-la chorar, ficou profundamente angustiado (v. 33 — implica também ira, e não apenas empatia) com o efeito do pecado e da morte no mundo. Jesus dirigiu-se ao túmulo e ordenou que a pedra que selava a entrada fosse removida. Pela fé, apesar do mau cheiro, obedeceram, e Cristo orou em voz alta para que a ressurreição miraculosa de Lázaro inspirasse a fé nas pessoas. Com uma palavra de comando, dirigida para dentro do túmulo, Lázaro retornou à vida e saiu do túmulo.
O milagre de Jesus inspirou a fé em algumas pessoas (Jo 11:45), mas a notícia provocou um complô no Sinédrio para matar o Filho de Deus (v. 53), bem como Lázaro (Jo 12:10). A plena recuperação do irmão de Marta e Maria é enfatizada pelo fato de que Jesus jantou na companhia dele (Jo 12:2); uma grande multidão foi atraída pela curiosidade (v. 9), a qual aumentou a especulação popular sobre se Jesus era realmente o Messias (vv. 12-15,17).
No ressurgimento de Lázaro, Jesus demonstrou seu poder divino de dar a vida e prefigurou sua autoridade sobre a promessa geral da ressurreição. Lázaro, entretanto, ressuscitou apenas para uma nova vida física, enquanto a posterior ressurreição de Cristo formou o protótipo da ressurreição que os cristãos aguardam. R.M.
Autor: Paul Gardner
Dicionário da Bíblia de Almeida
Lázaro 1) Irmão de Maria e de Marta. Jesus o amava muito e o ressuscitou (Jo 11:1-46).
2) Nome de um mendigo numa PARÁBOLA de Jesus (Lc 16:19-31).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Lázaro Abreviatura de Eleazar (Deus ajuda).
1. Nome do mendigo na narrativa de Lc 16:19-31. O emprego de um nome próprio levou alguns autores a pensarem que a história não seria uma parábola e que com isso Jesus desejaria indicar a literalidade do episódio.
2. Irmão de Marta e Maria, ressuscitado por Jesus (Jo 11:1-44; 12,1-11.17). Em algum caso se tencionou identificá-lo (embora sem muito fundamento) com o discípulo amado (O. Cullmann).
Autor: César Vidal Manzanares
Lã
Dicionário Comum
substantivo femininoPelo macio, espesso e longo, que cobre a pele dos carneiros, ovelhas e de outros animais. Tecido feito com esse pelo: casaco de lã. Botânica Pelo que recobre a casca de certos frutos, folhas ou plantas. Etimologia (origem da palavra lã). Do latim lana.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo femininoPelo macio, espesso e longo, que cobre a pele dos carneiros, ovelhas e de outros animais. Tecido feito com esse pelo: casaco de lã. Botânica Pelo que recobre a casca de certos frutos, folhas ou plantas. Etimologia (origem da palavra lã). Do latim lana.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo femininoPelo macio, espesso e longo, que cobre a pele dos carneiros, ovelhas e de outros animais. Tecido feito com esse pelo: casaco de lã. Botânica Pelo que recobre a casca de certos frutos, folhas ou plantas. Etimologia (origem da palavra lã). Do latim lana.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo femininoPelo macio, espesso e longo, que cobre a pele dos carneiros, ovelhas e de outros animais. Tecido feito com esse pelo: casaco de lã. Botânica Pelo que recobre a casca de certos frutos, folhas ou plantas. Etimologia (origem da palavra lã). Do latim lana.
Fonte: Priberam
Dicionário da Bíblia de Almeida
Lã Pêlo que cobre o corpo de certos animais, como a ovelha, por exemplo. Com a lã se faziam tecidos para a confecção de roupas (Os 2:9). Por causa de sua brancura, a lã tornou-se símbolo de pureza e de santidade (Is 1:18).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Língua
Dicionário Comum
substantivo feminino[Anatomia] Órgão composto por músculos que, localizado no interior da boca até à faringe, auxilia nos processos de mastigação, de degustação, de produção de sons, de percepção dos sabores. [Linguística] Conjunto dos elementos que constituem a linguagem falada ou escrita peculiar a uma coletividade; idioma: a língua portuguesa. [Linguística] Sistema de vocabulário e sintaxe usado em determinada época, por certos escritores, em uma ou outra profissão etc.; linguagem: a língua do séc. XVI. Por Extensão O que tem forma, aparência ou natureza desse órgão: biscoito língua de gato. expressãoTer língua comprida. Não guardar segredo, falar demais. Língua materna. Idioma do local em que se nasce. Língua morta. Que deixou de ser falada por um povo. Má língua. Pessoa maldizente, que fala mal dos outros. Língua solta. Pessoa que fala muito. Dar com a língua nos dentes. Revelar um segredo, falar indiscretamente. Dobrar a língua. Falar com mais respeito. Etimologia (origem da palavra língua). A palavra língua tem sua origem no latim "lingua,ae", com sentido de língua, do órgão, e linguagem.
Fonte: Priberam
Dicionário Etimológico
Do latim Lingua. A raiz grega Glossa deu também origem a numerosos termos médicos referentes à língua, tais como glossite (inflamação da língua).
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus
Dicionário da FEB
[...] as línguas são formas de expressão, caminhando para a expressão única da fraternidade e do amor [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Introd•
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Comum
substantivo feminino[Anatomia] Órgão composto por músculos que, localizado no interior da boca até à faringe, auxilia nos processos de mastigação, de degustação, de produção de sons, de percepção dos sabores. [Linguística] Conjunto dos elementos que constituem a linguagem falada ou escrita peculiar a uma coletividade; idioma: a língua portuguesa. [Linguística] Sistema de vocabulário e sintaxe usado em determinada época, por certos escritores, em uma ou outra profissão etc.; linguagem: a língua do séc. XVI. Por Extensão O que tem forma, aparência ou natureza desse órgão: biscoito língua de gato. expressãoTer língua comprida. Não guardar segredo, falar demais. Língua materna. Idioma do local em que se nasce. Língua morta. Que deixou de ser falada por um povo. Má língua. Pessoa maldizente, que fala mal dos outros. Língua solta. Pessoa que fala muito. Dar com a língua nos dentes. Revelar um segredo, falar indiscretamente. Dobrar a língua. Falar com mais respeito. Etimologia (origem da palavra língua). A palavra língua tem sua origem no latim "lingua,ae", com sentido de língua, do órgão, e linguagem.
1.
O que é mau, ilícito e não é recomendável (ex.: fazer o mal).
≠
BEM
2.
Conjunto de malefícios ou de coisas que provocam consequências negativas (ex.: se tivesse consciência, reparava o mal que fez).
=
DANO, DESVANTAGEM, PREJUÍZO
≠
BEM, PROVEITO, VANTAGEM
3.
Situação desagradável do corpo e do espírito; situação de desconforto ou de insatisfação (ex.: o stress faz um mal terrível).
≠
BEM
4.
Sofrimento psicológico ou moral (ex.: males de amor).
=
AFLIÇÃO, ANGÚSTIA, INQUIETAÇÃO, PESAR, TORMENTO
5.
Facto ou acontecimento negativo (ex.: estou a ler os males do mundo nos jornais).
=
DESGRAÇA, INFELICIDADE, INFORTÚNIO
6.
Grande desgraça ou conjunto de desgraças (ex.: afirmou que o mal do século eram as drogas).
=
CALAMIDADE
7.
Qualidade negativa ou prejudicial (ex.: o mal dele é ser tão intransigente; o mal da equipa foi ter desistido de lutar).
=
DEFEITO, IMPERFEIÇÃO, INCONVENIENTE, PROBLEMA
≠
PERFEIÇÃO, VIRTUDE
8.
O que desabona; conjunto de qualidades negativas (ex.: dizer mal; eu já estava a pensar mal dele, mas estava enganado).
≠
BEM
9.
Doença (ex.: diz que a mezinha lhe curou o mal do fígado; mal incurável).
=
ENFERMIDADE, MOLÉSTIA
10.
Lesão.
11.
Ofensa.
advérbio
12.
De forma indevida, inconveniente ou desapropriada (ex.: acho que reagi mal; o assunto foi mal resolvido).
=
INCONVENIENTEMENTE
≠
BEM, DEVIDAMENTE
13.
De forma imperfeita ou defeituosa (ex.: cantar mal; ser mal avaliado).
=
IMPERFEITAMENTE
≠
BEM
14.
De maneira que desagrada ou não satisfaz (ex.: a reunião correu mal; ficou mal servido).
≠
BEM
15.
Com rudeza ou de forma desagradável (ex.: foi despedido por tratar mal os clientes; falar mal).
≠
BEM
16.
Com pouca saúde ou com a saúde em perigo (ex.: ele está mal e foi internado).
≠
BEM
17.
De forma negativa ou desfavorável (ex.: o público recebeu mal o novo trabalho da artista; ficou mal impressionado com o grupo de trabalho).
=
DESFAVORAVELMENTE, NEGATIVAMENTE, SEVERAMENTE
≠
BEM, POSITIVAMENTE
18.
Com pouca precisão ou certeza (ex.: conheço mal esse assunto).
19.
De modo ligeiro ou em grau baixo (ex.: este ano mal choveu).
=
ESCASSAMENTE, LIGEIRAMENTE, POUCO
≠
BASTANTE, BEM, EXTREMAMENTE
conjunção
20.
Usa-se para indicar uma sequência imediata de acções ou situações (ex.: mal ele abriu a boca, foi mandado calar).
=
ASSIM QUE, LOGO QUE
a mal À força.
cortar o mal pela raiz Ter uma acção preventiva para evitar consequências negativas ou mais negativas.
dividir o mal pelas aldeias Partilhar por várias pessoas, grupos ou instituições um conjunto de resultados negativos, de tarefas difíceis ou de responsabilidades (ex.: tentamos dividir o mal pelas aldeias).
distribuir o mal pelas aldeias O mesmo que dividir o mal pelas aldeias.
do mal, o menos Expressão que indica que, apesar de se estar numa situação problemática, o facto de haver algo mais positivo ou favorável torna a situação mais suportável ou animadora.
fazer mal a Danificar; prejudicar.
fazer o mal e a caramunha Fazer alguma coisa que causa prejuízo e depois queixar-se.
mal dos pezinhos
[Medicina]
Doença crónica e progressiva, hereditária, que se caracteriza por falta de sensibilidade e paralisia dos membros inferiores e superiores, caquexia e alteração de funcionamento dos aparelhos digestivo, respiratório e circulatório, podendo também ocorrer perturbações oculares. [Manifesta-se habitualmente na idade adulta, entre os 25 e os 40 anos, embora possa surgir posteriormente.]
=
PARAMILOIDOSE
mal e porcamente
[Informal]
De maneira imperfeita, apressada e atabalhoada (ex.: o trabalho foi feito mal e porcamente).
Mamom era um dos deuses adorados pelos sírios, na Antigüidade. Representava as riquezas e daí suas estátuas serem fundidas em metal precioso: ouro ou prata. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Ninguém pode servir a dois senhores
[...] Mamom era uma divindade que os povos antigos adoravam, feita de prata ou de ouro, principalmente de ouro, representando mais ou menos o que representava o Júpiter dos romanos, isto é, os vícios da Humanidade com todo o seu cortejo, o que explica o pensamento de Jesus: “Não podeis servir a dois senhores ao mesmo tempo.” Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1
Fonte: febnet.org.br
Dicionário da Bíblia de Almeida
Mamom Palavra aramaica que significa “riquezas”, as quais podem tornar-se um deus para as pessoas (Mt 6:24, RC).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Manda
Dicionário Comum
substantivo femininoChamada, sinal de referência com que se remete o leitor para outro ponto. Antigo Legado, disposição testamentária.
Fonte: Priberam
Marido
Dicionário Comum
substantivo masculinoHomem casado; esposo: estou com o meu marido há 30 anos. Indivíduo que se une em matrimônio a outra pessoa, ou que mantém com ela uma relação semelhante a do casamento; cônjuge. Aquele que se uniu a uma mulher pelo matrimônio. Etimologia (origem da palavra marido). Do latim maritus.i.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Adão foi o primeiro marido (Gn 2:22 – 3,6) – e a lei fundamental que diz respeito às relações entre homem e mulher é primeiramente estabelecida para Adão e Eva (Gn 2:24-25). Segundo a lei judaica, eram dez as obrigações que o marido tinha de cumprir com relação a sua mulher. A três destas obrigações se refere o Pentateuco (Êx 21:9-10). As outras sete compreendiam o seu dote – o seu tratamento em caso de doença – o resgate do cativeiro – o funeral – ser provida em casa do marido pelo tempo que ela ficasse viúva, e enquanto não lhe fosse paga a sua doação – a sustentação das filhas dela até que se casassem – e uma disposição para que seus filhos, além de receberem a parte da herança do pai, pudessem também compartilhar o que para ela estava estabelecido. Ao marido pertenciam todos os ganhos da sua mulher, e também aqueles bens que ela herdasse depois do seu casamento. Todavia, podendo o marido aproveitar-se dos frutos resultantes da administração do dote de sua mulher, era responsável por qualquer perda. Era ele o seu herdeiro universal. os deveres do marido são freqüentemente expostos nas epístolas, por exemplo: 1 Co 7.3 – Ef 5:25 – Cl 3:19 – 1 Pe 3.7. (*veja Casamento.)
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da Bíblia de Almeida
Marido Homem casado em relação à ESPOSA (Gn 3:6); (Ef 5:22).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Maís
Dicionário Comum
substantivo masculinoVariedade de milho graúdo, bem desenvolvido. Não confundir com: mais. Etimologia (origem da palavra maís). Do espanhol maíz.
7.
Ter tento, moderação (ex.: medir as palavras).
=
COMEDIR, MODERAR, REFREAR
8.
[Versificação]
Contar as sílabas de um verso.
=
ESCANDIR
verbo pronominal
9.
Bater-se com outrem.
=
LUTAR
≠
ACOBARDAR
10.
Competir, rivalizar.
me·di·do (particípio de medir)
adjectivo
adjetivo
1.
Que se mediu.
2.
Que revela cuidado, prudência ou adequação (ex.: gestos bem medidos).
=
MODERADO, PONDERADO, PRUDENTE
me·di·da (feminino de medido)
nome feminino
1.
Quantidade fixa que serve para avaliar extensões ou quantidades mensuráveis.
=
BITOLA, CRAVEIRA, GRAU, PADRÃO
2.
Acto ou efeito de medir.
=
MEDIÇÃO
3.
Quantidade ou grandeza apurada por uma medição (ex.: tirar as medidas).
4.
Recipiente usado para medir.
5.
Proporção.
6.
Alcance.
7.
Cálculo.
8.
Regra, norma.
9.
Decisão, determinação.
10.
Providência.
11.
Prudência, cordura.
12.
[Música]
Compasso.
13.
[Versificação]
Número de sílabas de um verso.
à medida Em conformidade.
à medida que Expressão que indica progressão simultânea ou proporção (ex.: à medida que avançava, ia ficando mais cansado).
encher a medida Chegar ao último ponto.
encher as medidas Satisfazer, contentar.
medidas de capacidade As destinadas a medir secos e líquidos.
na medida do possível De acordo com as possibilidades em determinado momento (ex.: devem ser consideradas todas as opiniões, na medida do possível).
na medida em que Numa relação proporcional com.
Expressão que introduz valor causativo.
=
DADO QUE, PORQUANTO
pela medida grande
[Informal]
Em quantidade ou grau elevado (ex.: eles pagaram pela medida grande).
sem medida Excessivamente.
tomar medida Ver quais são as dimensões (de alguma coisa).
tomar medidas Providenciar.
Fonte: Priberam
Dicionário da Bíblia de Almeida
Medidas V. tabela de PESOS, DINHEIRO E MEDIDAS.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário Bíblico
Consulte a tabela de Pesos e medidas.
Fonte: Dicionário Adventista
Mendigar
Dicionário Comum
verbo bitransitivo e intransitivoPedir esmolas; tentar sobreviver da caridade de outrem; esmolar: mendigar comida aos pedestres; saiu do trabalho e decidiu mendigar. verbo bitransitivo Figurado Solicitar alguma coisa com extrema humildade; implorar, suplicar: mendigar atendimento num hospital. Etimologia (origem da palavra mendigar). Do latim mendicare.
Fonte: Priberam
Mendigo
Dicionário Comum
substantivo masculinoAquele que pede esmolas ou vive de esmolas; mendicante, pedinte: mendigos pedem esmolas nos faróis. Etimologia (origem da palavra mendigo). Do latim mendicus,a, muito pobre, indigente.
Fonte: Priberam
Dicionário Etimológico
Do latim mendicus, mendigo, em que o étimo mend procede de mendum, defeito físico. Isto porque os primeiros mendigos não podiam trabalhar por serem deficientes físicos de nascença ou mutilados de guerra ou de acidentes de trabalho e precisavam recorrer à misericórdia alheia para obter os bens essenciais à sobrevivência.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Mendigo Parte da população pobre da Palestina, que tinha de pedir para viver. Socialmente era vergonhoso, principalmente se ocasionado pela perda de fortuna (Lc 16:3). Em algumas ocasiões, a mendicância provinha de uma deficiência física como a cegueira. Os evangelhos relatam curas relacionadas com pessoas que se encontravam nessa situação (Mc 10:46; Lc 18:35).
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário de Sinônimos
mendicidade, mendicância; indigente, indigência; pobre, pobreza. – De pobre e mendigo diz Alv. Pas.: “São sinônimos estes dois termos quando se considera Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 439 o mendigo como um homem reduzido à última pobreza. Porém mendigo não supõe necessariamente a pobreza, e muitos mendigos há por ociosidade e calaçaria. – Pobre é o que tem falta do necessário para viver; mendigo é o que pede esmola. Não devas a rico, e a pobre não prometas. – Mendigo vem de manu dicus, segundo S. Izidoro, porque os pedintes noutro tempo não falavam e só abriam a mão, e com a ação manifestavam a sua necessidade. A pobreza supõe um estado sempre involuntário, e a mendicidade pode ser voluntária. Triste vida é a do pobre: se pede, envergonha-se; se não pede, morre de fome: a necessidade o obriga a mendigar, e o mendigar o torna aborrecido. Em verdade o dizemos: que não é das melhores coisas a pobreza; mas antes ser pobre de bens que de ideias; e quase sempre os que têm riqueza de espírito são os mais faltos de fortuna, porque as duas coisas raramente se agasalham debaixo do mesmo hospício. O corpo místico de Jesus Cristo tem por mãos os reis, e os prelados são os olhos; mas os pobres são as suas entranhas – estão chegados ao seu coração; e quando for tempo de vir ele castigar as injúrias que lhe fizeram, começará por aqueles que o desprezaram na pessoa dos seus pobres... Pelo contrário, o Senhor atenderá os amigos dos pobres naquele dia tremendo... O mendigo que pode trabalhar é um ladrão de profissão, que rouba aos verdadeiros pobres; e aquele que lhe dá esmola por mal-entendida caridade é cúmplice do seu roubo”. – E é por aí que nos devemos guiar para distinguir mendicidade e mendicância. Ambos estes vocábulos designam o ato de mendigar; convindo não esquecer, porém, que a mendicidade é o ato de pedir por necessidade, a vida de mendigar por ser pobre; e como mendigar legitimamente. A mendicância é, por assim dizer, o vício de mendigar, de viver como mendigo, isto é, pedindo sem necessidade, por especulação e manha. – Indigente é vocábulo mais extenso que mendigo, e é tão extenso como pobre, pois tanto este como indigente podem ser aplicados fora dos casos em que têm o sentido restrito e comum de falto de bens, ou carecedor do necessário. Tanto se pode ser simplesmente pobre ou indigente de ideias, de moralidade, de recursos, etc., como indigente ou pobre de bens. – Indigente diz muito mais que pobre: a indigência é a falta do indispensável; enquanto que a pobreza é mais propriamente a escassez que a falta do necessário. Na linguagem vulgar, no entanto, dizemos pobre por mendigo, como já vimos em outro grupo.
substantivo femininoMóvel, em geral de madeira, formado por uma tábua horizontalmente assentada em um ou mais pés. Figurado Alimentação habitual, diária; passadio: mesa frugal. Conjunto de presidentes e secretários de uma assembléia: a mesa do Senado. Geologia Camada plana, horizontal e rodeada de escarpas. [Brasil] Pop. Seção de feitiçaria. Mesa de cabeceira, pequena mesa que se coloca ao lado do leito. Mesa de operação, mesa articulada, na qual se opera o doente. Pôr a mesa, colocar na mesa os alimentos e objetos necessários à refeição.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
1. Rei de Moabe nos reinados de Acabe e de seus filhos Acazias e Jorão, reis de israel. Mesa era vassalo de Acabe, pagando-lhe um tributo de ‘cem mil cordeiros, e a 1ã de cem mil carneiros’ (2 Rs 3.4). Quando Acabe foi morto em Ramote-Gileade, Mesa sacudiu o jugo. Mas Jorão, rei de israel, uniu-se a Josafá, rei de Judá, e ao rei de Edom, numa expedição contra os moabitas, que foram completamente derrotados. Em tais extremos ofereceu Mesa o seu filho primogênito, que havia de suceder no reino, em holocausto a Camos, o desapiedado deus do fogo, adorado em Moabe, resultando deste fato o retirarem-se para as suas terras horrorizados os três exércitos. Em 1868 foi descoberto nas ruínas de Divom um grande fragmento que pertencia a um monumento de pedra, levantado por Mesa (c. 850 a.C.). Na sua inscrição estavam registradas as vitórias de Mesa sobre israel. Essa pedra, restaurada com a adição de outros fragmentos, existe hoje no Museu Britânico. É conhecida pelo nome de Pedra Moabita. 2. Um benjamita (1 Cr 8.9).
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da Bíblia de Almeida
Mesa [Salvação]
Rei MOABITA que reinou no tempo de Acabe, de Acazias e de Jorão, reis de Israel. Mesa ofereceu o seu filho mais velho em sacrifício ao deus QUEMOS (2Rs 3).
2. Banco (Lc 19:23; comp.com Mt 25:27). Mesa de três pés “cabriolé” para as refeições.
Autor: César Vidal Manzanares
Migalhas
Dicionário Comum
migalha
| s. f.
| s. f. pl.
mi·ga·lha (latim hispânico micalea, do latim mica, -ae, migalha)
nome feminino
1.
Pequeno fragmento que se desprende do pão ou de qualquer comida.
2.
[Por extensão]
Pequeníssima porção.
migalhas
nome feminino plural
3.
Sobras que se desprezam.
às migalhas Por várias vezes, e pouco de cada vez.
migalha de gente
[Informal]
Pessoa de pequena estatura ou franzina.
=
CINCO RÉIS DE GENTE
Confrontar: mígala.
Fonte: Priberam
Misericórdia
Dicionário Comum
substantivo femininoSentimento de pesar ou de caridade despertado pela infelicidade de outrem; piedade, compaixão. Ação real demonstrada pelo sentimento de misericórdia; perdão concedido unicamente por bondade; graça. Antigo Local onde os doentes, órfãos ou aqueles que padeciam, eram atendidos. Antigo Punhal que outrora os cavaleiros traziam à cintura no lado oposto da espada que lhes servia para matar o adversário, caso ele não pedisse misericórdia. Misericórdia divina. Atribuição de Deus que o leva a perdoar os pecados e faltas cometidas pelos pecadores. Bandeira de misericórdia. Pessoa bondosa, sempre pronta a ajudar o próximo e a desculpar-lhe os defeitos e faltas. Golpe de misericórdia. O Ferimento fatal feito com o punhal chamado misericórdia; o golpe mortal dado a um moribundo. Mãe de misericórdia. Denominação dada à Virgem Maria para designar a sua imensa bondade. Obras de misericórdia. Nome dado aos quatorze preceitos da Igreja, em que se recomendam diferentes modos de exercer a caridade, como: visitar os enfermos, dar de comer a quem tem fome etc. Estar à misericórdia de alguém. Depender da piedade de alguém. Pedir misericórdia. Suplicar caridade. Etimologia (origem da palavra misericórdia). Do latim misericordia.ae.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Compaixão pela miséria alheia. indulgência, graça, perdão, piedade.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da FEB
A misericórdia é o complemento da brandura, porquanto, aquele que não for misericordioso não poderá ser brando e pacífico. Ela consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. [...] Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10, it• 4
2) Bondade, AMOR e GRAÇA de Deus para com o ser humano, manifestos no perdão, na proteção, no auxílio, no atendimento a súplicas (Ex 20:6; Nu 14:19, RA; Sl 4:1). Essa disposição de Deus se manifestou desde a criação e acompanhará o seu povo até o final dos tempos (Sl 136, RA; Lc 1:50).
3) Virtude pela qual o cristão é bondoso para com os necessitados (Mt 5:7; Jc 2:13).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Misericórdia O termo reúne em si o sentimento de compaixão (Mt 9:36; 14,14; 15,32; 20,34; Mc 9:22; Lc 10:33; 7,13 15:20) e, ocasionalmente, a fidelidade à Aliança. É este último sentido que explica, pelo menos em parte (comp. Jo 3:16), a busca do pecador por parte de Deus (Lc 1:54.72; Mt 5:7; 23,23). Deus é um Deus de misericórida (Lc 1:50) e essa virtude deve ser encontrada também nos discípulos de Jesus (Mt 9:13; 12,7; 18,23-35; Lc 6:36; 10,37).
Autor: César Vidal Manzanares
Moisés
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Moisés Levita da casa de Amram (Ex 6:18.20), filho de Jocabed. Conforme o Antigo Testamento, deveria ser morto como conseqüência do decreto genocida do faraó (provavelmente Tutmósis 3, embora outros apontem Ramsés II) que ordenara a morte dos meninos israelitas. Deixado nas águas do Nilo por sua mãe, foi recolhido por uma irmã do faraó, que o educou (Êx 2). Após matar um egípcio que maltratava alguns israelitas, precisou exilar-se, indo viver na terra de Madiã (Ex 2:11-15). Nesse local foi pastor, teve esposa e filhos e recebeu uma revelação de Deus, que o enviava ao Egito para libertar Israel (Êx 3). Retornou então e, em companhia de seu irmão Aarão, tentou convencer o faraó (possivelmente Amenotep II, Menreptá, segundo outros) para que deixasse o povo sair. O fato aconteceu somente depois de uma série de pragas, especialmente após a última em que morreu seu primogênito (Êx 5:13). A perseguição que o monarca egípcio empreendeu teve um final desastroso no mar dos Juncos. A marcha de Israel pelo deserto levou-o até o Sinai, onde Moisés recebeu os Dez mandamentos, assim como um código de leis para regerem a vida do povo (Ex 20:32-34). Conforme o Talmude, foi também quando receberam a lei oral. A falta de fé do povo — manifestada na adoração de uma imagem em forma de bezerro enquanto Moisés estava no monte — malograria logo mais a entrada na Terra Prometida. Moisés morreu sem entrar nela e o mesmo sucedeu com a geração libertada do Egito, exceto Josué e Caleb.
A figura de Moisés é de uma enorme importância e a ele se atribui a formação de um povo cuja vida centrar-se-ia no futuro, certamente com altos e baixos, mas em torno do monoteísmo.
O judaísmo da época de Jesus considerava-o autor da Torá (Mt 22:24; Mc 7:10; 10,3ss.) e mestre de Israel (Mt 8:4; 23,2; Jo 7:22ss.). Jesus atribui-lhe uma clara importância quando se apresentou como messias (Jo 5:39-47). Lamentou que seu papel tivesse sido usurpado pelos escribas (Mt 23:2ss.) e que muitos citassem Moisés como excusa para sua incredulidade (Jo 7:28ss.). Jesus considerou-se superior a Moisés, a cuja Lei deu uma nova interpretação (Mt 5:17- 48). Essa visão — confirmada pela narrativa da Transfiguração (Mt 17:3) — aparece também no cristianismo posterior (Jo 1:17.45).
J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y...; f. f. Bruce, Acts...; C. Vidal Manzanares, El Hijo de Ra, Barcelona 1992; Idem, El judeo-cristianismo...
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário da Bíblia de Almeida
Moisés Líder escolhido por Deus para libertar os israelitas da escravidão do Egito (Exo 2—18), para fazer ALIANÇA 1, com eles (Exo 19—24), para torná-los povo de Deus e nação independente (Exo 25—) (Num 36) e para prepará-los a fim de entrarem na terra de Canaã (Deu 1—33). Nasceu de pais israelitas, mas foi adotado pela filha do faraó do Egito, onde foi educado (Ex 2:1-10); (At 7:22). Após colocar-se ao lado de seu povo e matar um egípcio, fugiu para MIDIÃ 2, onde se casou com Zípora (Ex 2:11-22) Passados 40 anos, Deus o chamou e o pôs como líder da libertação do povo de Israel (Exo 3) Por mais 40 anos Moisés cumpriu o mandado de Deus e morreu às portas da terra de Canaã, no monte NEBO (Dt 34). Alguns estudiosos colocam a data da morte de Moisés em torno de 1440 a.C., e outros a colocam por volta de 1225 a.C., dependendo da posição sob
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário Bíblico
Salvo das águas. (Êx 2:10) – mais provavelmente, porém, é termo egípcio, significando filho, criança. Foi o grande legislador dos hebreus, filho de Anrão e Joquebede, da tribo de Levi. Ele nasceu precisamente no tempo em que o Faraó do Egito tinha resolvido mandar matar todas as crianças recém-nascidas do sexo masculino, pertencentes à família israelita (Êx 2:1-4 – 6.20 – At 7:20 – Hb 11:23). A sua mãe colocou-o num ‘cesto de junco’, à borda do Nilo. A filha de Faraó, que o salvou, deu-lhe o nome de Moisés, e educou-o como seu filho adotivo, de maneira que pôde ele ser instruído em toda a ciência dos egípcios (Êx 2:5-10 – At 7:21-22). Quando depois é mencionado, já ele era homem. Vendo que um israelita recebia bastonadas de um egípcio, e julgando que ninguém o via, matou o egípcio e enterrou o cadáver na areia. Mas alguém tinha observado o ato, e Moisés, sabendo disto, fugiu para a terra de Midiã, onde casou com Zípora, filha de Jetro, chefe ou sacerdote das tribos midianitas, tornando-se pastor dos rebanhos de seu sogro (Êx 2:11-21 – At 7:29). Foi no retiro e simplicidade da sua vida de pastor que Moisés recebeu de Deus a ordem de ir livrar os filhos de israel. Resolveu, então, voltar para o Egito, acompanhando-o sua mulher e os seus dois filhos – mas não tardou muito que ele os mandasse para a casa de Jetro, permanecendo eles ali até que tornaram a unir-se em Refidim, quando ele estava à frente da multidão dos israelitas. Pouco depois de se ter separado da mulher e dos filhos, encontrou Arão que, em negociações posteriores, foi o orador, visto como Moisés era tardo na fala (Êx 4:18-31). A ofensa de Moisés em Meribá foi três vezes repetida (Nm 20:1-13 – 27,14) – não acreditava que a água pudesse sair da rocha por simples palavras – então, desnecessariamente, feriu a rocha duas vezes, revelando com isto uma impaciência indesculpável – não atribuiu a glória do milagre inteiramente a Deus, mas antes a si próprio e a seu irmão: ‘porventura faremos sair água desta rocha?’ Faleceu quando tinha 120 anos de idade, depois de lhe ter mostrado o Senhor, do cume do monte Nebo, na cordilheira de Pisga, a Terra Prometida, na sua grande extensão. Este ‘ o sepultou num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor – e ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura’ (Dt 34:6). o único traço forte do seu caráter, que em toda a confiança podemos apresentar, acha-se em Nm 12:3: ‘Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.’ A palavra ‘manso’ não exprime bem o sentido – a idéia que a palavra hebraica nos dá é, antes, a de ser ele ‘muito sofredor e desinteressado’. Ele juntou-se aos seus compatriotas, vivendo eles a mais terrível escravidão (Êx 2:11 – 5,4) – ele esqueceu-se de si próprio, para vingar as iniqüidade de que eram vítimas os hebreus (Êx 2:14) – quis que seu irmão tomasse a direção dos atos libertadores em lugar de ele próprio (Êx4,13) -além disso, desejava que toda a gente hebréia recebesse dons semelhantes aos dele (Nm 11:29). Quando lhe foi feito o oferecimento de ser destruído o povo, podendo ele ser depois a origem de uma grande nação (Êx 32:10), pediu, na sua oração a Deus, que fosse perdoado o pecado dos israelitas, ‘ae não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste’ (Êx 32:32). (A respeito da conduta de Moisés na sua qualidade de libertador e legislador dos israelitas, vejam-se os artigos: Lei, Faraó, Pragas (as dez), Mar Vermelho, etc.)
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
substantivo masculinoEspécie de cesta acolchoada que serve de berço portátil para recém-nascidos; alcofa. Religião Profeta que, para cristãos e judeus, foi responsável pela escritura dos dez mandamentos e dos cinco primeiros livros da Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), sendo a junção destes o livro sagrado dos Judeus (a Torá ou Tora); nesta acepção, usar com letras maiúsculas. Etimologia (origem da palavra moisés). Do nome próprio Moisés, do hebraico "Moshe", talvez do termo egípcio "mesu",.
Fonte: Priberam
Quem é quem na Bíblia?
Moisés era filho de Anrão (da tribo de Levi) e Joquebede; era irmão de Arão e Miriã. Nasceu durante os terríveis anos em que os egípcios decretaram que todos os bebês do sexo masculino fossem mortos ao nascer. Seus pais o esconderam em casa e depois o colocaram no meio da vegetação, na margem do rio Nilo, dentro de um cesto de junco. A descoberta daquela criança pela princesa, filha de Faraó, foi providencial e ela salvou a vida do menino. Seu nome, que significa “aquele que tira” é um lembrete desse começo obscuro, quando sua mãe adotiva lhe disse: “Eu o tirei das águas”.
Mais tarde, o Senhor o chamou para ser líder, por meio do qual falaria com Faraó, tiraria seu povo do Egito e o levaria à Terra Prometida. No processo desses eventos 1srael sofreu uma transformação, pois deixou de ser escravo de Faraó para ser o povo de Deus. Os israelitas formaram uma comunidade, mais conhecida como o povo da aliança, estabelecida pela graça e pela soberania de Deus (veja Aliança).
O Antigo Testamento associa Moisés com a aliança, a teocracia e a revelação no monte Sinai. O grande legislador foi o mediador da aliança mosaica [do Sinai] (Ex 19:3-8; Ex 20:18-19). Esse pacto foi uma administração da graça e das promessas, pelas quais o Senhor consagrou um povo a si mesmo por meio da promulgação da Lei divina. Deus tratou com seu povo com graça, deu suas promessas a todos que confiavam nele e os consagrou, para viverem suas vidas de acordo com sua santa Lei. A administração da aliança era uma expressão concreta do reino de Deus. O Senhor estava presente com seu povo e estendeu seu governo especial sobre ele. A essência da aliança é a promessa: “Eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo” (Ex 6:7; Dt 29:13; Ez 11:20).
Moisés foi exaltado por meio de sua comunhão especial com o Senhor (Nm 12:68; Dt 34:10-12). Quando Arão e Miriã reclamaram contra a posição privilegiada que ele ocupava, como mediador entre Yahweh e Israel, ele nada respondeu às acusações (Nm 12:3). Pelo contrário, foi o Senhor quem se empenhou em defender seu servo (Nm 12:6-8).
O Senhor confirmou a autoridade de Moisés como seu escolhido, um veículo de comunicação: “A ele me farei conhecer... falarei com ele...” (v. 6; veja Dt 18:18). Separou-o como “seu servo” (Ex 14:31; Dt 34:5; Js 1:1-2) — uma comunhão de grande confiança e amizade entre um superior e um subalterno. Moisés, de maneira sublime, permaneceu como servo de Deus, mesmo depois de sua morte; serviu como “cabeça” da administração da aliança até o advento da Nova aliança no Senhor Jesus Cristo (Nm 12:7; veja Hb 3:2-5). De acordo com este epitáfio profético de seu ministério, Moisés ocupou um lugar único como amigo de Deus. Experimentou o privilégio da comunhão íntima com o Senhor: “E o Senhor falava com Moisés” (Ex 33:9).
A diferença fundamental entre Moisés e os outros profetas que vieram depois dele está na maneira direta pela qual Deus falava com este seu servo. Ele foi o primeiro a receber, escrever e ensinar a revelação do Senhor. Essa mensagem estendeu-se por todos os aspectos da vida, inclusive as leis sobre santidade, pureza, rituais, vida familiar, trabalho e sociedade. Por meio de Moisés, o Senhor planejou moldar Israel numa “comunidade separada”. A revelação de Deus os tornaria imunes às práticas detestáveis dos povos pagãos, inclusive a adivinhação e a magia. Esta palavra, dada pelo poder do Espírito, transformaria Israel num filho maduro.
A posição e a revelação de Moisés prefiguravam a posição única de Jesus. O grande legislador serviu ao reino de Deus como um “servo fiel” (Hb 3:2-5), enquanto Cristo é “o Filho de Deus” encarnado: “Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa” (Hb 3:6). Moisés, como o Senhor Jesus, confirmou a revelação de Deus por meio de sinais e maravilhas (Dt 34:12; veja também Ex 7:14-11:8; 14:5 a 15:21).
Embora Moisés ainda não conhecesse a revelação de Deus em Cristo, viu a “glória” do Senhor (Ex 34:29-35). O apóstolo Paulo confirmou a graça de Deus na aliança mosaica quando escreveu à igreja em Roma: “São israelitas. Pertencem-lhes a adoção de filhos, a glória, as alianças, a lei, o culto e as promessas. Deles são os patriarcas, e deles descende Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém” (Rm 9:4-5)
Moisés, o maior de todos os profetas antes da encarnação de Jesus, falou sobre o ministério de outro profeta (Dt 18:15-22). Foi testemunha de Deus para Israel de que um cumprimento ainda maior os aguardava: “Moisés, na verdade, foi fiel em toda a casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar” (Hb 3:5). A natureza desse futuro não era nada menos do que o resto que viria (Hb 4:1-13) em Cristo, por causa de quem Moisés também sofreu (Hb 11:26).
A esperança escatológica da revelação mosaica não é nada menos do que a presença de Deus no meio de seu povo. A escatologia de Israel começa com as alianças do Senhor com Abraão e Israel. Moisés — o servo de Deus, o intercessor, o mediador da aliança — apontava para além de sua administração, para uma época de descanso. Ele falou sobre este direito e ordenou que todos os membros da comunidade da aliança ansiassem pelo descanso vindouro na celebração do sábado (heb. “descanso”), o sinal da aliança (Ex 31:14-17) e da consagração de Israel a uma missão sagrada (Ex 31:13), a fim de serem abençoados com todos os dons de Deus na criação (Dt 26:18-19; Dt 28:3-14). Moisés percebeu dolorosamente que o povo não entraria naquele descanso, devido à sua desobediência e rebelião (Dt 4:21-25). Ainda assim, falou sobre uma nova dispensação, aberta pela graça de Deus, da liberdade e da fidelidade (Dt 4:29-31; Dt 30:5-10: 32:39-43). Ele olhou para o futuro, para uma época de paz, tranqüilidade e plena alegria na presença de Deus, de bênção e proteção na Terra Prometida (Dt 12:9-10; Dt 25:19; Ex 33:14; Js 1:13).
Essa esperança, fundamentada na fidelidade de Deus (Dt 4:31), é expressa mais claramente no testemunho final de Moisés, “o Hino do Testemunho” (Dt 32). Nele, o grande legislador recitou os atos do amor de Deus em favor de Israel (vv.1-14), advertiu contra a rebelião e o sofrimento que isso acarretaria (vv.15-35) e confortou os piedosos com a esperança da vingança do Senhor sobre os inimigos e o livramento do remanescente de Israel e das nações (vv. 36-43). Fez até uma alusão à grandeza do amor de Deus pelos gentios! (vv. 36-43; Rm 15:10).
O significado escatológico do Hino de Moisés reverbera nas mensagens proféticas de juízo e de esperança, justiça e misericórdia, exclusão e inclusão, vingança e livramento. A administração mosaica, portanto, nunca tencionou ser um fim em si mesma. Era apenas um estágio na progressão do cumprimento da promessa, aliás, um estágio importantíssimo!
Como precursor da tradição profética, Moisés viu mais da revelação da glória de Deus do que qualquer outro homem no Antigo testamento (Ex 33:18; Ex 34:29-35). Falou sob a autoridade de Deus. Qualquer um que o questionasse desafiava a autoridade do Senhor. Israel encontrava conforto, graça e bênção, porque em Moisés se reuniam os papéis de mediador da aliança e intercessor (Ex 32:1-34:10; Nm 14:13-25). Ele orou por Israel, falou ousadamente como seu advogado diante do Senhor e encorajou o povo a olhar além dele, próprio, para Deus (veja Profetas e Profecias). W.A.VG.
Autor: Paul Gardner
Molhe
Dicionário Comum
substantivo masculinoParedão que se constrói nos portos de mar em forma de cais, para protegê-los da violência das águas; quebra-mar.
Fonte: Priberam
Mordomia
Dicionário Comum
substantivo femininoFunção do mordomo; mordomado. Benefício concedido pelo Estado a altos funcionários, constante de morada, alimentação e serviços gerais.
Mordomo Pessoa encarregada da administração de uma casa; administrador (Gn 39:4-8), RA; (Lc 12:42).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário Comum
substantivo masculinoChefe dos criados de uma grande casa. Administrador dos bens de um estabelecimento. Aquele que trata dos negócios de uma irmandade ou confraria e administra seus bens. Administrador dos interesses internos de um palácio.
ma·tar
-
(latim vulgar *mattare, do latim macto, -are, honrar os deuses, consagrar, imolar uma vítima, punir, destruir, matar)
verbo transitivo e intransitivo
1.
Tirar a vida a; causar a morte a (ex.: foi condenado por matar várias pessoas; a lei pune severamente quem mata; a guerra naquele país já matou milhares de pessoas).
2.
Abater (reses).
3.
Causar aflição ou sofrimento a.
=
AFLIGIR
4.
[Brasil]
[Jogos]
Meter a bola de bilhar no buraco.
verbo transitivo
5.
Causar grande dano ou prejuízo a.
=
ARRUINAR
6.
Causar devastação ou destruição (ex.: as chuvas fortes mataram a plantação).
=
DESTRUIR
7.
Causar grande sofrimento a.
=
AFLIGIR, MORTIFICAR
8.
Importunar; molestar (ex.: vocês matam-me com tantas perguntas).
9.
Fazer perder a qualidade ou o valor (ex.: as cores escolhidas mataram o conjunto das pinturas).
10.
Fazer desaparecer.
=
EXTINGUIR
11.
Saciar (ex.: matar a sede).
12.
Passar (tempo) ociosamente (ex.: matou tempo a ler uma revista).
13.
Levar à exaustão; causar grande cansaço.
14.
Decifrar ou resolver (charadas, enigmas, passatempos, etc.).
15.
[Brasil, Informal]
Não comparecer (no trabalho, nas aulas, etc.).
16.
[Informal]
Esvaziar, gastar ou consumir totalmente ou até ao fim (ex.: perguntou-lhe se podia matar o cigarro).
17.
[Futebol]
Amortecer o impacto (ex.: matar a bola com o peito).
18.
[Angola, Informal]
Vender fora dos circuitos legais a preços elevados.
verbo pronominal
19.
Tirar a própria vida.
=
SUICIDAR-SE
20.
FiguradoSacrificar-se, cansar-se.
21.
FiguradoEntregar-se por completo a uma actividade; esforçar-se muito para alguma coisa (ex.: matou-se para ter boas notas na escola).
a matar Muito bem; na medida certa; na perfeição (ex.: essa roupa fica-lhe a matar).
ma·tar
-
(latim vulgar *mattare, do latim macto, -are, honrar os deuses, consagrar, imolar uma vítima, punir, destruir, matar)
verbo transitivo e intransitivo
1.
Tirar a vida a; causar a morte a (ex.: foi condenado por matar várias pessoas; a lei pune severamente quem mata; a guerra naquele país já matou milhares de pessoas).
2.
Abater (reses).
3.
Causar aflição ou sofrimento a.
=
AFLIGIR
4.
[Brasil]
[Jogos]
Meter a bola de bilhar no buraco.
verbo transitivo
5.
Causar grande dano ou prejuízo a.
=
ARRUINAR
6.
Causar devastação ou destruição (ex.: as chuvas fortes mataram a plantação).
=
DESTRUIR
7.
Causar grande sofrimento a.
=
AFLIGIR, MORTIFICAR
8.
Importunar; molestar (ex.: vocês matam-me com tantas perguntas).
9.
Fazer perder a qualidade ou o valor (ex.: as cores escolhidas mataram o conjunto das pinturas).
10.
Fazer desaparecer.
=
EXTINGUIR
11.
Saciar (ex.: matar a sede).
12.
Passar (tempo) ociosamente (ex.: matou tempo a ler uma revista).
13.
Levar à exaustão; causar grande cansaço.
14.
Decifrar ou resolver (charadas, enigmas, passatempos, etc.).
15.
[Brasil, Informal]
Não comparecer (no trabalho, nas aulas, etc.).
16.
[Informal]
Esvaziar, gastar ou consumir totalmente ou até ao fim (ex.: perguntou-lhe se podia matar o cigarro).
17.
[Futebol]
Amortecer o impacto (ex.: matar a bola com o peito).
18.
[Angola, Informal]
Vender fora dos circuitos legais a preços elevados.
verbo pronominal
19.
Tirar a própria vida.
=
SUICIDAR-SE
20.
FiguradoSacrificar-se, cansar-se.
21.
FiguradoEntregar-se por completo a uma actividade; esforçar-se muito para alguma coisa (ex.: matou-se para ter boas notas na escola).
a matar Muito bem; na medida certa; na perfeição (ex.: essa roupa fica-lhe a matar).
12.
Sentir algo com grande intensidade (ex.: morrer de fome; morrer de saudades).
nome masculino
13.
Acto de morrer.
14.
Morte.
mor·to
|ô|
|ô|
(latim mortuus, -a, -um)
adjectivo e nome masculino
adjetivo e nome masculino
1.
Que ou o que morreu; que ou aquele que deixou de ter vida.
=
DEFUNTO, FALECIDO
≠
VIVO
adjectivo
adjetivo
2.
Desprovido de vida (ex.: as pedras são coisas mortas).
≠
VIVO
3.
Que não tem movimento ou actividade (ex.: a festa estava morta).
=
PARADO
≠
ACTIVO, MOVIMENTADO
4.
Que não tem vigor.
=
DEBILITADO, ENFRAQUECIDO
≠
FORTE, ROBUSTO, VIGOROSO
5.
Que não é utilizado; que caiu em desuso (ex.: tradições mortas).
=
DESUSADO, OBSOLETO
6.
Que já não se fala (ex.: língua morta).
≠
VIVO
7.
Que não tem brilho ou cor (ex.: a pintura da parede está morta).
=
DESBOTADO, ESMAECIDO, PÁLIDO
≠
BRILHANTE, COLORIDO, VIVO
8.
Desprovido de expressão (ex.: ela está com um olhar morto).
=
INEXPRESSIVO, INSÍPIDO
≠
EXPRESSIVO, VIVAZ, VIVO
9.
Que secou ou murchou (ex.: as flores na jarra já estão mortas).
=
MURCHO, SECO
≠
VIÇOSO
10.
Com grande vontade ou avidez (ex.: estava morto por ir viajar).
=
ANSIOSO, DESEJOSO, LOUCO
11.
Que se extinguiu ou apagou (ex.: fogo morto).
=
APAGADO, EXTINTO
≠
ACESO
12.
FiguradoExtremamente fatigado (ex.: estava morto por ter trabalhado o dia inteiro sem parar).
=
EXAUSTO
não ter onde cair morto
[Informal]
Ser muito pobre.
nem morto
[Informal]
De maneira nenhuma (ex.: não faço isso nem morta).
Plural: mortos |ó|.
Fonte: Priberam
Dicionário da Bíblia de Almeida
Mortos EVOCAÇÃO DOS MORTOS
V. NECROMANCIA.
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Mulher
Dicionário Comum
substantivo femininoSer humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio. Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal. Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino. Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher. Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha. Aquela que deixou de ser virgem. Companheira do cônjuge; esposa. Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher? Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo femininoSer humano do sexo feminino, dotado de inteligência e linguagem articulada, bípede, bímano, classificado como mamífero da família dos primatas, com a característica da posição ereta e da considerável dimensão e peso do crânio. Indivíduo cujas características biológicas representam certas regiões, culturas, épocas etc.: mulher mineira; mulher ruiva; as mulheres de Neandertal. Aquela cujas características biológicas definem o ser feminino. Menina que começa a apresentar fatores característicos da idade adulta; mulher-feita: sua filha já é uma mulher. Aquela que atingiu a puberdade; moça, mocinha. Aquela que deixou de ser virgem. Companheira do cônjuge; esposa. Figurado Pessoa indeterminada: quem é essa mulher? Etimologia (origem da palavra mulher). Do latim mulier. mulieris.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Entre os judeus, a igualdade social do homem e da mulher fazia contraste com os costumes que de um modo geral prevaleceram no oriente, especialmente em tempos mais modernos. As mulheres hebraicas ainda assim gozavam de considerável liberdade. Não eram encerradas dentro de haréns, nem eram obrigadas a aparecer de face coberta – misturavam-se com os homens e os jovens nos trabalhos e nas amenidades da vida simples. As mulheres efetuavam todo o trabalho da casa (*veja Mulher casada). iam buscar água e preparavam o alimento (Gn 18:6 – 24.15 – 2 Sm 13,8) – fiavam e faziam a roupa (Êx 35:26 – 1 Sm 2.19). Também se metiam em negócios (Pv 31:14-24). Participavam da maior parte dos privilégios da religião, e algumas chegaram a ser profetisas. (*veja Débora, Hulda, Miriã.) o lugar que as mulheres tomam no N. T. mostra o efeito igualador de um evangelho, no qual ‘não pode haver… nem homem nem mulher’ (Gl 3:28). Serviam a Jesus e a Seus discípulos (Lc 8:1-3 – 23,55) – participaram dos dons do Espírito Santo, no dia de Pentecoste(At2.1a4 – cf. 1,14) – e foram preeminentes em algumas das igrejas paulinas (At 16:14 – 17.4 – cf. Fp 4:2-3). o ponto de vista de S. Paulo a respeito da igualdade dos sexos aparece de um modo especial em 1 Co 7, não sendo inconsistente com isso o ato de reconhecer que a mulher deve estar sujeita a seu marido (Ef 5:21-33 – Cl 3:18-19 – cf. 1 Pe 3.1 a 9). Pelo que se diz em 1 Co 11.5, parece depreender-se que era permitido às mulheres, nas reuniões da igreja, praticar os seus dons de oração e profecia, embora o falar com a cabeça descoberta seja por ele condenado, apelando para a ordenação divina da sujeição da mulher ao homem 1Co 11:3-16). Mas na mesma epístola parece retirar a permissão 1Co 14:34-36) – e em 1 Tm 2.8 a 15 a proibição de ensinar na igreja é feita com maior severidade. Entre as mulheres mencionadas no cap. 16 da epistola aos Romanos, uma pelo menos, Febe, parece ter tido uma posição oficial, a de diaconisa, na igreja de Cencréia. A respeito dos serviços que deviam prestar as viúvas sustentadas pela igreja, vede a palavra Viúva.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da FEB
[...] A mulher sinceramente espírita só poderá ser uma boa filha, boa esposa e boa mãe de família; por sua própria posição, muitas vezes tem mais necessidade do que qualquer outra pessoa das sublimes consolações; será mais forte e mais resignada nas provas da vida [...]. Se a igualdade dos direitos da mulher deve ser reconhecida em alguma parte, seguramente deve ser entre os espíritas, e a propagação do Espiritismo apressará, infalivelmente, a abolição dos privilégios que o homem a si mesmo concedeu pelo direito do mais forte. O advento do Espiritismo marcará a era da emancipação legal da mulher. Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Instruções•••, 10
[...] A instituição da igualdade de direitos entre o homem e a mulher figura entre as mais adiantadas conquistas sociais, sejam quais forem, à parte das desfigurações que se observam nesta ou naquele ponto. É outro ângulo em que se configura claramente a previsão social da Doutrina. Há mais de um século proclama o ensino espírita: “a emancipação da mulher segue o progresso da civilização”. [...] Referencia: AMORIM, Deolindo• Análises espíritas• Compilação de Celso Martins• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36
A mulher de hoje é o mesmo Espírito de mulher do mundo primitivo, da época dos homens das cavernas e que nestes numerosos milênios foi acumulando as qualidades da inteligência e do sentimento, tendo como base de edificação da sua individualidade as funções específicas realizadas principalmente no lar, M junto ao marido e aos filhos. O Espírito feminino também se reencarnou em corpos de homem, adquirindo caracteres masculinos, mas em proporções bem menores. [...] O Espírito feminino, muito mais do que o Espírito masculino, foi adquirindo, através de suas atividades específicas na maternidade, nos trabalhos do reino doméstico, nos serviços e no amor ao marido, aos filhos e à família e nas profissões próprias, na sucessividade dos milênios, as qualidades preciosas: o sentimento, a humildade, a delicadeza, a ternura, a intuição e o amor. Estes valores estão em maior freqüência na mulher e caracterizam profundamente o sexo feminino. As belas qualidades do Espírito feminino no exercício da maternidade, fizeram surgir a imensa falange das “grandes mães” ou “grandes corações”, que é fruto de muitos trabalhos, amor e renúncia, no cumprimento correto de seus sagrados deveres, em milênios. [...] Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4
Analisemos o que Jesus elucidou ao apóstolo Pedro, quando falou sobre a evolução do Espírito feminino. O Espírito Irmão X reporta [no livro Boa Nova]: “Precisamos considerar, todavia, que a mulher recebeu a sagrada missão da vida. Tendo avançado mais do que o seu companheiro na estrada do sentimento, está, por isso, mais perto de Deus que, muitas vezes, lhe toma o coração por instrumento de suas mensagens, cheias de sabedoria e de misericórdia”. [...] Se Jesus disse que a mulher está mais perto de Deus, é porque é do sentimento que nascem o amor e a humildade, e com maior facilidade o Espírito feminino adquiriu preciosos valores do coração para se elevar aos planos iluminados da Vida Superior. [...] Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4
Nos problemas do coração, a mulher sempre ficou com a parte mais difícil, pois sempre foi a mais acusada, a mais esquecida, a mais ferida, a mais desprotegida e a mais sofredora, mesmo nos tempos atuais. [...] Apesar de todas essas ingratidões, perseguições e crueldades, em todos os tempos, para com a mulher, o Divino Mestre Jesus confia e reconhece nelas, mesmo as mais desventuradas e infelizes nos caminhos das experiências humanas, o verdadeiro sustentáculo de regeneração da Humanidade [...]. Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7
[...] A mulher é a alma do lar, é quem representa os elementos dóceis e pacíficos na Humanidade. Libertada do jugo da superstição, se ela pudesse fazer ouvir sua voz nos conselhos dos povos, se a sua influência pudesse fazer-se sentir, veríamos, em breve, desaparecer o flagelo da guerra. Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 55
A mulher é um espírito reencarnado, com uma considerável soma de experiências em seu arquivo perispiritual. Quantas dessas experiências já vividas terão sido em corpos masculinos? Impossível precisar, mas, seguramente, muitas, se levarmos em conta os milênios que a Humanidade já conta de experiência na Terra. Para definir a mulher moderna, precisamos acrescentar às considerações anteriores o difícil caminho da emancipação feminina. A mulher de hoje não vive um contexto cultural em que os papéis de ambos os sexos estejam definidos por contornos precisos. A sociedade atual não espera da mulher que ela apenas abrigue e alimente os novos indivíduos, exige que ela seja também capaz de dar sua quota de produção à coletividade. [...] Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe
[...] Na revista de janeiro de 1866 [Revista Espírita], por exemplo, Kardec afirma que “[...] com a Doutrina Espírita, a igualdade da mulher não é mais uma simples teoria especulativa; não é mais uma concessão da força à franqueza, é um direito fundado nas mesmas Leis da Natureza. Dando a conhecer estas leis, o Espiritismo abre a era de emancipação legal da mulher, como abre a da igualdade e da fraternidade”. [...] Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe
A Doutrina não oferece também respaldo às propostas que promovem a participação da mulher em atividades que possam comprometer a educação dos filhos. A meta do Espiritismo é a renovação da Humanidade, pela reeducação do indivíduo. E, sem dúvida, o papel da mulher é relevante para a obtenção dessa meta, já que é ela que abriga os que retornam à vida terrena para uma nova encarnação na intimidade do seu organismo, numa interação que já exerce marcante influência sobre o indivíduo. É ela também o elemento de ligação do reencarnante com o mundo, e o relacionamento mãe/filho nos primeiros anos de vida marca o indivíduo de maneira bastante forte [...]. Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe
A mulher é um Espírito reencarnado. Aporta a essa vida, trazendo em seu arquivo milhares de experiências pretéritas. São conhecimentos e vivências que se transformam em um chamamento forte para realizações neste ou naquele setor da atividade humana. Privá-la de responder a esse chamamento interior será, mais uma vez, restringir-lhe a liberdade, considerando-a um ser incapaz de tomar decisões, de gerir sua própria vida e, sobretudo, será impedi-la de conhecer-se e de crescer espiritualmente. Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mulher-mãe
[...] A mulher é a estrela de bonança nos temporais da vida. Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 3, cap• 3, it• 3
[...] a mulher dentro [do lar] é a força essencial, que rege a própria vida. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A mulher é a bênção de luz para as vinhas do homem. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] é uma taça em que o Todo-Sábio deita a água milagrosa do amor com mais intensidade, para que a vida se engrandeça. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 39
Fonte: febnet.org.br
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Mulher Jesus tratou as mulheres com uma proximidade e uma familiaridade que chamou a atenção até de seus discípulos (Jo 4:27). São diversas as ocasiões em que falou com elas em público e mesmo em situações bastante delicadas (Mt 26:7; Lc 7:35-50; 10,38ss.; Jo 8:3-11).
Apresentou-as como exemplo (Mt 13:33; 25,1-13; Lc 15:8) e elogiou sua fé (Mt 15:28). Várias mulheres foram objeto de milagres de Jesus (Mt 8:14; 9,20; 15,22; Lc 8:2; 13,11) e se tornaram discípulas dele (Lc 8:1-3; 23,55). Nada conduziu Jesus a um idealismo feminista nem o impediu de considerar que elas podiam pecar exatamente como os homens (Mc 10:12). Também não estão ausentes dos evangelhos as narrativas referentes a mulheres de conduta perversa como Herodíades.
Não são poucos os simbolismos que Jesus emprega partindo de circunstâncias próprias da condição feminina, como a de ser mãe. Os evangelhos reúnem ainda referências muito positivas ao papel das mulheres em episódios como a crucifixão (Mt 27:55; Mc 15:40; Lc 23:49; Jo 19:25), o sepultamento de Jesus (Mt 27:61) e a descoberta do túmulo vazio (Mt 28:1-8).
Mundo 1. O universo, o cosmo (Jo 1:10; 17,5; 21,25).
2. O lugar onde o ser humano habita (Mt 4:8; 16,26; 26,13; Lc 12:30).
3. O gênero humano que está perdido e é mau (Jo 12:31; 14,30), mas a quem Deus ama e manifesta seu amor ao enviar seu Filho, para que todo aquele que nele crê não se perca, mas tenha vida eterna (Jo 3:16; 1,29; 6,51). Jesus vence o mundo entendido como humanidade má e decaída, oposta a Deus e a seus desígnios (Jo 3:17; 4,42; 12,47; 16,11.33). Os discípulos estão neste mundo, todavia não participam dele (Jo 8:23; 9,5; 17,11.15ss.). Sinal disso é que se negam a combater (Jo 18:36).
4. O mundo vindouro é o Olam havah hebraico, o novo tempo, a nova era que se inaugurará após o triunfo definitivo do messias (Mt 12:32; Mc 10:30; Lc 20:35).
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário da FEB
[...] todos esses mundos são as moradas de outras sociedades de almas. [...] Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 14
[...] O mundo é escola, e na sua condição de educandário desempenha papel primacial para a evolução, em cujo bojo encontra-se o objetivo de tornar o Cristo interno o verdadeiro comandante das ações e dos objetivos inarredáveis da reencarnação. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Frustração
[...] cada mundo é um vasto anfiteatro composto de inúmeras arquibancadas, ocupadas por outras tantas séries de seres mais ou menos perfeitos. E, por sua vez, cada mundo não é mais do que uma arquibancada desse anfiteatro imenso, infinito, que se chama Universo. Nesses mundos, nascem, vivem, morrem seres que, pela sua relativa perfeição, correspondem à estância mais ou menos feliz que lhes é destinada. [...] Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 8a efusão
[...] mundos incontáveis são, como disse Jesus, as muitas moradas da Casa do Eterno Pai. É neles que nascem, crescem, vivem e se aperfeiçoam os filhos do criador, a grande família universal... São eles as grandes escolas das almas, as grandes oficinas do Espírito, as grandes universidades e os grandes laboratórios do Infinito... E são também – Deus seja louvado – os berços da Vida. Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2
[...] vasta escola de regeneração, onde todas as criaturas se reabilitam da trai ção aos seus próprios deveres. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Boa nova• Pelo Espírito Humberto de Campos• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 13
O mundo é uma associação de poderes espirituais. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] os mundos [são] laboratórios da vida no Universo [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
O mundo, em todo tempo, é uma casa em reforma, com a lei da mudança a lhe presidir todos os movimentos, através de metamorfoses e dificuldades educativas. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 40
Fonte: febnet.org.br
Dicionário de Sinônimos
universo, orbe. – Tratando de mundo e universo é Roq. mais completo que S. Luiz. “Chama-se mundo e universo” – diz ele – “o céu e a terra considerados como um todo. A palavra universo conserva sempre esta significação; porém a palavra mundo tem muitas acepções diferentes. – Universo é uma palavra necessária para indicar positivamente este conjunto de céu e terra, sem relação com as outras acepções de mundo. – Mundo toma-se particularmente pela terra com suas diferentes partes, pelo globo terrestre; e neste sentido se diz: ‘dar volta ao mundo’: o que não significa dar – volta ao universo. – Mundo toma-se também pela totalidade dos homens, por um número considerável deles, etc.; e em todas estas acepções não se compreende mais que uma parte do universo. – Universo, ao contrário, é uma palavra que encerra, debaixo da ideia de um só ser, todas as partes do mundo, e representa o agregado de todas as coisas criadas, com especial relação à natureza física. Diz-se que Jesus Cristo remiu o mundo; mas não – que remiu o universo; o velho e o novo mundo, e não – o velho e o novo universo; neste mundo, isto é, na terra, nesta vida, e não – neste universo, porque não há senão um e mesmo universo”. – Só figuradamente pode aplicar-se a palavra universo fora dessa rigorosa significação, ou sem atenção a ela. – Dizemos, por exemplo: – o universo moral; em psicologia estamos em presença de um universo novo, para significar, no primeiro caso – a totalidade das leis morais; e no segundo – as novas noções a que ascende a consciência humana à medida que vai desvendando no universo coisas que nos têm parecido misteriosas. – Orbe toma-se pelo mundo, e refere-se mais particularmente à superfície do globo, dando ideia da sua amplitude. Em todo o orbe não se encontrou nunca uma alma em cujo fundo não estivesse a ideia de uma justiça eterna, isto é, superior às contingências do mundo. – Mundo, neste exemplo, significa portanto – a comunhão dos homens, a consciência humana – móvel no tempo e no espaço; enquanto que orbe diz toda a superfície do nosso globo.
Fonte: Dicio
Dicionário Bíblico
Cinco palavras se traduzem por ‘mundo’ no A. T., e quatro no N. T. No A. T. a mais usada, ‘tebel’, implica uma terra fértil e habitada (como no Sl 33:8 – is 27:6). Eretz, usualmente ‘terra’ (como em Gn 1:1), quatro vezes aparece vertida na palavra ‘mundo’. No N. T. o termo que se vê com mais freqüência é Koamoa. Esta palavra implicava primitivamente a ‘ordem’ e foi posta em uso na filosofia de Pitágoras para significar o mundo ou o Universo, no seu maravilhoso modo de ser em oposição ao caos. No evangelho de S. João quer dizer ‘mundo’ nos seus vários aspectos, isto é: a parte dos entes, ainda separados de Deus, a Humanidade como objeto dos cuidados de Deus, e a Humanidade em oposição a Deus (*veja, por exemplo, Jo 1:9 – 3.16 – 14.17 – 1 Jo 2:2-15 – 5.19). Depois de kosmos, a palavra mais usada é aiõn, que originariamente significava a duração da vida, e também eternidade, uma época, ou mesmo certo período de tempo. Emprega-se no sentido de ‘fim do mundo’ (Mt 13:49), ‘Este mundo’ (idade), e o ‘Século vindouro’ (Mt 12:32 – Mc 4:19 – Lc 18:30 – Rm 1L 2) – e em Hebreus 1:2-11.3, é o ‘mundo’, como feito pelo Filho. oikoumene, significando o mundo habitado, especialmente o império Romano, ocorre em Mt 24:14 – Lc 2:1 – At 17:6 – Ap 12:9, etc. Gê, a terra, aparece somente em Ap 13:3.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
substantivo masculinoConjunto de tudo que existe, os astros e planetas; universo. Planeta Terra e tudo o que nele existe; lugar onde vive o homem. Conjunto de indivíduos que formam um agrupamento humano determinado; designação da espécie humana. Figurado Organização, companhia, instituição ou empresa de tamanho notável; em que há abundância: esta loja é um mundo! Seção restrita de um âmbito do conhecimento ou atividade: mundo da música. Religião A vida que não se relaciona aos preceitos religiosos; vida mundana: deixou o mundo pela fé. Figurado Número indefinido de pessoas: um mundo de gente! Conjunto de pessoas notáveis pela sua origem, pela fortuna, pela situação social; classe social: não fazem parte do mesmo mundo. adjetivoExcessivamente limpo; asseado. Etimologia (origem da palavra mundo). Do latim mundus.i.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoConjunto de tudo que existe, os astros e planetas; universo. Planeta Terra e tudo o que nele existe; lugar onde vive o homem. Conjunto de indivíduos que formam um agrupamento humano determinado; designação da espécie humana. Figurado Organização, companhia, instituição ou empresa de tamanho notável; em que há abundância: esta loja é um mundo! Seção restrita de um âmbito do conhecimento ou atividade: mundo da música. Religião A vida que não se relaciona aos preceitos religiosos; vida mundana: deixou o mundo pela fé. Figurado Número indefinido de pessoas: um mundo de gente! Conjunto de pessoas notáveis pela sua origem, pela fortuna, pela situação social; classe social: não fazem parte do mesmo mundo. adjetivoExcessivamente limpo; asseado. Etimologia (origem da palavra mundo). Do latim mundus.i.
Fonte: Priberam
Mínimo
Dicionário Comum
adjetivoExcessivamente pequeno; diminuto. O menor em relação aos demais (num conjunto, numa lista, numa enumeração etc). O que pode ser considerado menor, determinado por norma ou lei: salário mínimo: o carro foi comprado pelo valor mínimo. substantivo masculinoO valor mais baixo; a menor quantidade (de determinada coisa): aquilo era o mínimo que ela deveria ter feito pelo filho; conseguiu o mínimo com a venda do carro. [Matemática] Numa função, o menor valor conseguido por esta, num determinado intervalo; o menor elemento de um conjunto. Designação atribuída ao dedo mínimo; mindinho. Religião Seguidor ou membro da Ordem de São Francisco de Paula (no século XV). Etimologia (origem da palavra mínimo). Do latim minimus.a.um.
Fonte: Priberam
Não
Dicionário Comum
advérbioModo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não. Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados. Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não? Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes? Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não! substantivo masculinoAção de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho. Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
advérbioModo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não. Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados. Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não? Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes? Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não! substantivo masculinoAção de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho. Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.
Fonte: Priberam
O
Dicionário Comum
substantivo masculinoDécima quinta letra que compõe o alfabeto português e sua quarta vogal. apositivoQue, numa série, está após o elemento designado pela letra "n": fileira O. Gramática Como artigo, refere-se aos nomes masculinos, acompanhando-os: o carro; o caderno. Gramática Restringe a referência de um substantivo ao ser, ou coisa, percebido no contexto, situação ou texto: o juiz começará o julgamento. pronome demonstrativoFaz com que qualquer palavra ou expressão se torne um substantivo: o nascer do dia. Gramática Usa-se como sinônimo de: isso, aquilo, quando se referir a um substantivo não determinado: falou o que não devia e foi embora. pronome pessoalDe mesmo sentido que "a ele": insultou-o, mas pediu desculpas. [Símbolo] Representação do Oxigênio (elemento químico), simbolizado por O. Forma abreviada de Oeste (ponto cardeal situado no lado em que o sol se põe), simbolizado por O. Etimologia (origem da palavra o). Do pronome arcaico, lo; pelo latim illu.m.
Fonte: Priberam
Oitenta
Dicionário Comum
numeral cardinalOito vezes dez ou quatro vezes vinte. substantivo masculinoOs algarismos que representam oitenta. O indivíduo ou objeto que numa série ocupa o octogésimo lugar.
Fonte: Priberam
Olhos
Dicionário Comum
-
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoOrgãos externos da visão: meus olhos enxergaram o pôr do sol. Figurado Excesso de zelo, de cuidado, de atenção: estou de olhos nisso! Figurado Aquilo que clarifica; luz, brilho. locução adverbialA olhos vistos. De modo evidente, claro; evidentemente. expressãoAbrir os olhos de alguém. Dizer a verdade sobre alguma coisa. Falar com os olhos. Mostrar com o olhar seus sentimentos e pensamentos. Comer com os olhos. Olhar atenta e interesseiramente; cobiçar. Custar os olhos da cara. Ser muito caro. Ser todo olhos. Olhar muito atentamente. Etimologia (origem da palavra olhos). Plural de olho, do latim oculus.i.
Fonte: Priberam
Oúco
Dicionário Comum
substantivo masculinoBotânica Árvore leguminosa da África central cujas flores exalam um perfume muito agradável. Etimologia (origem da palavra oúco). De origem obsoleta.
Pai Maneira de falar de Deus e com Deus. No AT Deus tratava o povo de Israel como seu filho (Ex 4:22); (Dt 1:31); 8.5; (Os 11:1). Jesus chamava Deus de “Pai” (Jo 5:17). Ele ensinou que todos aqueles que crêem nele são filhos de Deus (Jo 20:17). Ver também (Mt 6:9) e Rm
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário da FEB
Os pais não são os construtores da vida, porém, os médiuns dela, plasmando-a, sob a divina diretriz do Senhor. Tornam-se instrumentos da oportunidade para os que sucumbiram nas lutas ou se perderam nos tentames da evolução, algumas vezes se transformando em veículos para os embaixadores da verdade descerem ao mundo em agonia demorada. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17
Os pais humanos têm de ser os primeiros mentores da criatura. De sua missão amorosa decorre a organização do ambiente justo. Meios corrompidos significam maus pais entre os que, a peso P de longos sacrifícios, conseguem manter, na invigilância coletiva, a segurança possível contra a desordem ameaçadora. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 12
Os pais da Terra não são criadores, são zeladores das almas, que Deus lhes confia, no sagrado instituto da família. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Ser pai é ser colaborador efetivo de Deus, na Criação. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz no lar: seleta para uso no culto do Evangelho no lar• Por diversos Espíritos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 46
[...] [Os pais são os] primeiros professores [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 16
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Bíblico
Esta palavra, além da sua significação geral, toma-se também na Escritura no sentido de avô, bisavô, ou fundador de uma família, embora remota. Por isso os judeus no tempo de Jesus Cristo chamavam pais a Abraão, isaque e Jacó. Jesus Cristo é chamado o Filho de Davi, embora este rei estivesse distante dele muitas gerações. Pela palavra ‘pai’ também se compreende o instituidor, o mestre, o primeiro de uma certa profissão. Jabal ‘foi o pai dos que habitam nas tendas e possuem gado’. E Jubal ‘foi o pai de todos os que tocam harpa e flauta’ (Gn 4:20-21). Também se emprega o termo no sentido de parentesco espiritual bom ou mau – assim, Deus é o Pai da Humanidade. o diabo é cognominado o pai da mentira (Jo 8:44). Abraão é o pai dos crentes. É igualmente chamado ‘o pai de muitas nações’, porque muitos povos tiveram nele a sua origem. Na idade patriarcal a autoridade do pai na família era absoluta, embora não tivesse o poder de dar a morte a seus filhos (Dt 21:18-21).
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
substantivo masculinoAquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor. Indivíduo em relação aos seus filhos. Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa. Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador. [Zoologia] Animal macho que teve filhotes. Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância. Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor. Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade. Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa. substantivo masculino pluralOs progenitores de alguém ou os seus antepassados. expressãoPai Eterno. Deus. Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém. Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoAquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor. Indivíduo em relação aos seus filhos. Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa. Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador. [Zoologia] Animal macho que teve filhotes. Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância. Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor. Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade. Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa. substantivo masculino pluralOs progenitores de alguém ou os seus antepassados. expressãoPai Eterno. Deus. Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém. Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoAquele que tem ou teve filho(s); genitor, progenitor. Indivíduo em relação aos seus filhos. Responsável pela criação de; criador: Corneille é o pai da tragédia francesa. Quem funda uma instituição, cidade, templo; fundador. [Zoologia] Animal macho que teve filhotes. Figurado Algo ou alguém que dá origem a outra coisa ou pessoa: o desconhecimento é o pai da ignorância. Indivíduo que pratica o bem, que realiza ou possui boas ações; benfeitor. Religião Primeira pessoa que, juntamente com o Filho e com o Espírito Santo, compõe a Santíssima Trindade. Religião Título dado aos membros padres de uma congregação religiosa. substantivo masculino pluralOs progenitores de alguém ou os seus antepassados. expressãoPai Eterno. Deus. Pai espiritual. Aquele que dirige a consciência de alguém. Etimologia (origem da palavra pai). Talvez do latim patre-, padre, pade, pai.
Fonte: Priberam
Passar
Dicionário Comum
verbo transitivo direto Ir de um local para outro; atravessar: passamos a cerca para entrar no prédio. Ir através de: passar a água pela peneira. verbo transitivo direto e transitivo indiretoUltrapassar ou transpor algo; exceder um limite: o caminhão passou o carro; ela passou pela criança. verbo bitransitivo Fazer o transporte de: o barco passa as mercadorias pelo rio. Espalhar algo sobre: passou a geleia no pão. Obstruir a passagem de; fechar: passou o cadeado na porta. verbo transitivo direto e bitransitivoFazer com que algo ou alguém chegue a algum lugar: eles passaram pela fronteira; não conseguiu passar sobre a ponte. Causar movimento: passou as páginas da Bíblia; passou os livros para a estante. Fazer com que chegue ao destino: não consegue passar o jogo; passou a bola ao adversário. verbo transitivo indireto e pronominalDeixar de ser uma coisa para se tornar outra: passou da música para a dança; passei-me de história para medicina. verbo transitivo indireto Ir a um local sem permanecer por lá: passaram pelo bairro. Seguir para o interior de; penetrar: o vento passou pela roupa; a cadeira não passa pela porta. verbo pronominal Ter razão de ser; correr: não sei o que se passa com ela. verbo intransitivo Deixar de existir; acabar: a tempestade passou. Sobreviver a: o doente não passa desta semana. Etimologia (origem da palavra passar). Do latim passare; passus.us.
Fonte: Priberam
Pode
Dicionário Comum
substantivo deverbalAção de poder, de ter capacidade, direito ou autoridade para conseguir ou para realizar alguma coisa: ele não pode fazer este trabalho; ele tem todas as condições necessárias e pode se candidatar ao emprego. Ação de estar sujeito a: o atleta pode se machucar durante o jogo. Ação de ter controle sobre: o professor não pode com os alunos. Gramática A grafia "pôde" é usada com o mesmo sentido, mas no passado. Etimologia (origem da palavra pode). Forma Der. de poder. substantivo deverbalAção de podar, de cortar os ramos das plantas ou de aparar suas folhas: preciso que ele pode a videira. Etimologia (origem da palavra pode). Forma Der. de podar.
Fonte: Priberam
Ponta
Dicionário Comum
substantivo femininoParte mais extrema de algo, partindo de seu comprimento; extremidade. Extremidade das coisas que se vão afinando: ponta da saia. Figurado Pequena quantidade: tive uma ponta de arrependimento. Figurado Coisa que denota excelência: artista de ponta. Início e fim de alguma coisa: li o livro de uma ponta a outra. Saliência que aparece em alguma coisa: tecido cheio de pontas. Geografia Faixa de terra que avança no mar. [Teatro] Pequeno papel numa peça de teatro ou filme. [Esporte] Extremidade, esquerda ou direita, da linha dianteira. Posição de quem está à frente dos demais: segue a prova na ponta. Protuberância na cabeça de alguns animais; chifre, corno. Aquilo que sobre de alguma coisa: ponta de estoque. Parte final do cigarro já fumado; bituca, gamba. Canto, ângulo, esquina: sentou na ponta da sala. [Matemática] Qualquer das três extremidades de um triângulo, das quatro de um quadrado etc.; ponto em que se encontram as arestas; extremidade onde se formam os ângulos. [Artes] Atitude da bailarina que se apoia nas pontas das sapatilhas. [Teatro] Papel de pouco ou nenhum destaque na trama: fez uma ponta na novela. [Artes] Parte do bico nas sapatilhas das bailarinas. substantivo masculino[Esporte] Jogador que ocupa a posição mais extrema em relação ao ataque: o ponta-direita, o ponta-esquerda. expressãoEstar na ponta. Estar avançado em primeiro lugar. Saber (ou ter) na ponta da língua. Saber de cor, na memória. Pôr-se na ponta dos pés. Apoiar-se só nos dedos dos pés. Estar de ponta com alguém. Estar aborrecido com essa pessoa. De ponta a ponta. Completamente, do princípio até o fim. A ponta de espada, a fio de espada. Com emprego de espada para ferir ou matar; à força, com violência. Etimologia (origem da palavra ponta). Do latim puncta.ae.
substantivo femininoAbertura através da qual as pessoas entram e saem de um lugar. Peça de madeira ou metal, que gira sobre gonzos, destinada a fechar essa abertura. Prancha móvel usada em uma abertura desse tipo. Essa prancha pode encaixar-se em dobradiças, deslizar em um sulco, girar em torno de um pivô como um eixo vertical, ou dobrar-se como uma sanfona.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
As portas das casas, bem como asdas cidades, eram de madeira, de ferro, ou de cobre (1 Sm 4.18 – At 12:10-13). As portas das cidades eram os lugares de maior afluência do povo para negócios, processos judiciais, conversação, e passatempo na ociosidade (Gn 19:1 – Dt 17:5-25.7 – Rt 4:1-12 – 2 Sm 15.2 – 2 Rs 7.1 – Ne 8:1 – Jó 29:7 – Pv 31:23 – Am 5:10-12,15). Como remanescente do velho costume e linguagem oriental, ainda hoje se chama Sublime Porta ao conselho ou governo de Constantinopla. As portas das cidades continham escritórios à entrada. Eram de dois batentes – cerravam-se com fechaduras e ainda se seguravam com barras de ferro. A porta Formosa do templo (At 3:2) era inteiramente feita de cobre de Corinto, sendo necessários vinte homens para a fechar.
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Porta Abertura que permite a entrada em um edifício. Em sentido simbólico, Jesus é a única porta que nos permite entrar na vida eterna (Jo 10:7-9). Os seres humanos devem evitar as portas largas (Mt 7:13-14), que só conduzem à perdição.
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Comum
substantivo femininoAbertura através da qual as pessoas entram e saem de um lugar. Peça de madeira ou metal, que gira sobre gonzos, destinada a fechar essa abertura. Prancha móvel usada em uma abertura desse tipo. Essa prancha pode encaixar-se em dobradiças, deslizar em um sulco, girar em torno de um pivô como um eixo vertical, ou dobrar-se como uma sanfona.
Fonte: Priberam
Posto
Dicionário Comum
substantivo masculinoLugar que uma pessoa ou coisa ocupa. Qualquer lugar ocupado por um corpo de tropas militares. Cargo que alguém ocupa ou exerce; função: posto de frentista. Mil. Graduação militar: posto de soldado. Lugar destinado a atendimento público: posto de saúde; posto telefônico. Que se decidiu, acordou, combinou; combinado, decidido: assunto posto. conjunçãoPosto que. Com o sentido de apesar de, ainda que, embora, ainda: o preço da gasolina não aumentou, posto que o país está em crise. expressãoPosto de comando. Local onde se estabelece um chefe para exercer seu comando. Posto meteorológico. Estabelecimento onde há um conjunto de instrumentos destinados às observações meteorológicas em determinado lugar, em geral afastado da estação central. Etimologia (origem da palavra posto). Do latim positus, a, um “que se colocou, colocado” e positus, us “posição”.
1.
Estar ao alcance de alguém para ser útil; ter préstimo; aproveitar.
verbo transitivo
2.
Dar; acomodar; emprestar; dispensar.
3.
Dedicar; render.
verbo pronominal
4.
Ajeitar-se; adaptar-se.
Fonte: Priberam
Primeiro
Dicionário de Sinônimos
primário, primitivo, primevo, primordial. – Segundo Lac. – primeiro é, em geral, o ser que está ou se considera à frente de uma série deles; é o que precede a todos em alguma das diferentes circunstân- Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 455 cias de tempo, lugar, dignidade, etc. – Primitivo é o primeiro ser de uma série com relação aos seus diferentes estados, ou com relação a outros seres que daquele se derivaram. – Primevo (como se vê da própria formação do vocábulo) refere-se ao que é da primeira idade, ou das primeiras idades. D. Afonso Henriques foi o primeiro rei de Portugal. A disciplina que se observava nos primeiros séculos da Igreja chama-se disciplina primitiva. As leis por que se regia um povo nos primeiros tempos da sua organização social chamam-se ao depois lei primevas. – Entre primeiro e primário há uma distinção essencial que se pode marcar assim: o primeiro está em primeiro lugar, ou está antes de todos na série; marca, portanto, apenas lugar na ordem, e é por isso mesmo que quase normalmente reclama um completivo: F. é o primeiro na classe; os primeiros homens; o primeiro no seu tempo; o primeiro a falar. Enquanto que primário marca também o que vem antes de todos, o que está em primeiro lugar, mas com relação aos atributos, ou ao modo de ser dos vários indivíduos que formam a série ou que entram na ordem: diz, portanto, primário – “o mais simples, aquele pelo qual se começa”. Ensino primário; noções primárias. – Primordial refere-se à época que precede a uma outra época e que se considera como origem desta. Período geológico primordial é o que precede ao primitivo. Neste já se encontram organismos: o primordial é azoico.
Fonte: Dicio
Dicionário Comum
adjetivoQue precede os outros no tempo, no lugar e na ordem. O melhor, o mais notável: primeiro aluno da classe. Que é indispensável; urgente: primeiras necessidades. Noção básica; rudimentar: adquirir primeiros conhecimentos. Através do qual algo se inicia; inicial: primeiro dia de trabalho. Diz-se de um título ligado a certos cargos: primeiro médico do rei. [Filosofia] Causa que seria a origem do encadeamento de causas e efeitos, isto é, de todo o universo; causa primeira. advérbioAnterior a qualquer outra coisa; primeiramente. substantivo masculinoAlgo ou alguém que está à frente dos demais. numeralNuma sequência, o número inicial; um. Etimologia (origem da palavra primeiro). Do latim primarius.a.um.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
adjetivoQue precede os outros no tempo, no lugar e na ordem. O melhor, o mais notável: primeiro aluno da classe. Que é indispensável; urgente: primeiras necessidades. Noção básica; rudimentar: adquirir primeiros conhecimentos. Através do qual algo se inicia; inicial: primeiro dia de trabalho. Diz-se de um título ligado a certos cargos: primeiro médico do rei. [Filosofia] Causa que seria a origem do encadeamento de causas e efeitos, isto é, de todo o universo; causa primeira. advérbioAnterior a qualquer outra coisa; primeiramente. substantivo masculinoAlgo ou alguém que está à frente dos demais. numeralNuma sequência, o número inicial; um. Etimologia (origem da palavra primeiro). Do latim primarius.a.um.
Fonte: Priberam
Procedido
Dicionário Comum
adjetivoQue tende a se comportar de certa maneira; comportado. Que se consegue realizar; que é resultante; consequente. Etimologia (origem da palavra procedido). Part. de proceder.
Fonte: Priberam
Próprios
Dicionário Comum
próprio
| adj.
| adj. s. m.
| s. m.
| det. dem.
| pron. dem.
| s. m. pl.
1.
Que pertence exclusivamente a alguém (ex.: casa própria; tem carro próprio?).
2.
Que é característica ou atributo de algo ou alguém (ex.: isso é próprio de uma pessoa educada; tem uma maneira muito própria de reagir).
=
CARACTERÍSTICO, ESPECÍFICO, INERENTE, PARTICULAR, PECULIAR
≠
INDIFERENCIADO
3.
Que mais se adequa ou convém ao fim a que se destina.
=
ADEQUADO, APROPRIADO, CONVENIENTE, INDICADO
≠
DESADEQUADO, DESAPROPRIADO, IMPRÓPRIO
4.
Que cita ou refere com fidelidade ou exactidão (ex.: usou as próprias palavras do político).
=
EXACTO, TEXTUAL
5.
GramáticaPrimitivo e natural, não figurado nem translato (ex.: sentido próprio).
6.
GramáticaDiz-se de nome que designa um indivíduo ou uma entidade única e específica e que é geralmente escrito com inicial maiúscula, por oposição a comum.
adjectivo e nome masculino
adjetivo e nome masculino
7.
Que ou quem faz algo sem ser através de outro ou outros (ex.: o próprio presidente respondeu à carta; foi a própria gerente que os veio atender; aqui fala a própria; a encomenda tem de ser entregue em mãos ao próprio).
nome masculino
8.
Qualidade peculiar; carácter ou sinal característico.
=
ESPECIFICIDADE
9.
Aquele que é portador de uma mensagem.
=
ARAUTO, MENSAGEIRO
determinante demonstrativo
10.
Usa-se após pronome pessoal ou outras formas de tratamento de modo enfático (ex.: nós próprios temos responsabilidade; tens de fazer essa pergunta a ti próprio).
=
MESMO
11.
Usa-se antes de um nome para enfatizar (ex.: conseguimos fazer tudo apenas com os nossos próprios recursos; o próprio problema inicial já parece irrelevante; vi com os meus próprios olhos).
pronome demonstrativo
12.
Pessoa que já foi mencionada anteriormente (ex.: o homem provocou o incêndio e foi o próprio que alertou os bombeiros).
=
MESMO
próprios
nome masculino plural
13.
[Direito]
Conjunto de bens pertencentes ao Estado ou a uma entidade pública (ex.: próprios nacionais).
à própria Propriamente; à justa.
mais à própria Para melhor dizer.
Fonte: Priberam
Púrpura
Dicionário Bíblico
Símbolo da riqueza e da realeza. A tinta de púrpura, altamente valorizada no mundo antigo, era obtida de vários moluscos comuns na Fenícia (nome que significa terra da púrpura).
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da Bíblia de Almeida
Púrpura 1) Tecido caro, vermelho-arroxeado, usado pelos antigos como símbolo de riqueza e alta posição social (Ap 18:12).
substantivo femininoCorante de um vermelho escuro, extraído atualmente da cochonilha. Cor vermelha. Estofo tinto com essa cor. Vestimenta régia. Figurado A dignidade real. Dignidade de cardeal.
Fonte: Priberam
Quando
Dicionário Comum
advérbioDenota ocasião temporal; em qual circunstância: disse que a encontraria, mas não disse quando. Numa interrogação; em que momento no tempo: quando será seu casamento? Preciso saber quando será seu casamento. Em qual época: quando partiram? advérbioRel. Em que: era na quadra quando as cerejeiras floriam. conjunçãoGramática Inicia orações subordinadas adverbiais denotando: tempo, proporção, condição e concessão. conjunção[Temporal] Logo que, assim que: irei quando puder. conjunçãoProp. À medida que: quando chegaram ao hotel, tiveram muitos problemas. conjunção[Condicional] Se, no caso de; acaso: só a trata bem quando precisa de dinheiro. conjunçãoConce. Embora, ainda que: vive reclamando quando deveria estar trabalhando. locução conjuntivaQuando quer que. Em qualquer tempo: estaremos preparados quando quer que venha. locução conjuntivaQuando mesmo. Ainda que, mesmo que, ainda quando: iria quando mesmo lho proibissem. Etimologia (origem da palavra quando). Do latim quando.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
quando adv. Em que época, em que ocasião, em que tempo. Conj. 1. Posto que. 2. Mas.
Fonte: Priberam
Regalada
Dicionário Bíblico
Alegrada; regozijada
Fonte: Dicionário Adventista
Reino
Dicionário da Bíblia de Almeida
Reino Território politicamente organizado, governado por um rei ou por uma rainha (1Rs 2:12); 10.1; (2Cr 22:12).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Reino O âmbito de soberania de Deus. No Antigo Testamento e na literatura intertestamentária, a idéia do Reino aparece relacionada à intervenção de Deus na história através de seu messias. Essa mesma idéia permaneceu no judaísmo posterior. A crença na vinda do Reino constitui uma das doutrinas básicas do ensinamento de Jesus, que — não poucas vezes — refere-se a esse Reino em suas parábolas. O Reino já se manifestara com a vinda de Jesus e evidenciou-se em seus milagres e expulsões de demônios (Lc 11:20; 10,8-9). Não é deste mundo (Jo 18:36) e, por isso, não segue seu procedimento. A ética do Reino apresentada, por exemplo, no Sermão da Montanha (Mt 5:7) é totalmente diversa de qualquer norma humana e tem sido considerada, com justiça, inaplicável em uma sociedade civil. Se é possível viver, é graças ao amor de Deus e à sua vivência entre pessoas que compartilham essa mesma visão. O início do Reino é pequeno (Mt 13:31-33), contudo, apesar das dificuldades provocadas pelo Diabo e seus sequazes (13 24:30-36'>Mt 13:24-30:36-43), terá um final glorioso na Parusia de Jesus, após um tempo de grande tribulação e da pregação desse mesmo Reino no mundo inteiro (Mt 24:14). Desaparecerá então o domínio do diabo sobre o mundo e acontecerá a ressurreição, a recompensa dos que se salvaram e o castigo eterno dos condenados (13 1:23-24'>Mt 13:1-23:24-43; Mt 25:41-46). É oportuno ressaltar que todos esses aspectos coincidem com idéias sustentadas pelo judaísmo do Segundo Templo. Desde então, toda a humanidade é convidada a entrar no Reino (Mt 13:44-46). O Reino não pode ser confundido com a Igreja — como o demonstraram desenvolvimentos teológicos posteriores —, ainda que nesta se deva viver a vida do Reino.
G. E. Ladd, El evangelio del reino, Miami 1985; Idem, Theology...; Idem, Crucial questions about the kingdom of God, 1952; J. Grau, Escatología...; J. Bright, The kingdom...; C. H. Dodd, Las parábolas del Reino, Madri 1974; J. Jeremías, Teología..., vol. I; N. Perrin, The Kingdom of God in the teaching of Jesus, Londres 1963; C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo...; Colectivo, Evangelio y Reino de Dios, Estella 1995.
Autor: César Vidal Manzanares
Dicionário Comum
substantivo masculinoNação ou Estado governado por príncipe reinante que tem título de rei ou de rainha; monarquia, reinado: o reino da Dinamarca. Conjunto das pessoas cujas funções estão subordinadas à aprovação do rei ou da rainha. Figurado Domínio, lugar ou campo em que alguém ou alguma coisa é senhor absoluto: esta casa é o reino da desordem. Figurado Conjunto do que ou de quem compartilha particularidades essenciais compondo algo único e homogêneo: aquele habita o reino da mentira! [Biologia] Divisão que enquadra e agrupa seres, sendo considerada a mais elevada de todas as divisões taxonômicas: os reinos são Animalia, Plantae, Fungi, Monera e Protista . [Biologia] Divisão que enquadra seres e coisas por relação de semelhança: reino animal, vegetal, mineral. [Regionalismo: Nordeste] Mistura de aguardente. expressãoReligião Reino de Deus. Expressão evangélica que significa a atualização da realeza eterna de Deus. Religião Reino celeste, Reino eterno, Reino dos céus. Paraíso cristão, o céu. Etimologia (origem da palavra reino). Do latim regnum.
Fonte: Priberam
Rico
Dicionário Comum
substantivo masculinoSujeito endinheirado; quem tem muitos bens materiais, propriedades, riquezas. adjetivoQue tem uma grande quantidade de dinheiro, propriedades, bens materiais. Que é farto; com abundância; abundante: colheita rica. Muito gostoso ou agradável; delicioso. Que se apresenta de modo benéfico; favorável. Figurado Que expressa alegria, felicidade; satisfeito. Figurado Que se apresenta de muitas maneiras; variável. Figurado Muito amado e querido: ficou triste a morte de seu rico filho. De teor magnificente, pomposo; magnânimo: o rico mercado de Veneza. Figurado Com grande capacidade criativa; criativo: aluno rico em ideias! Etimologia (origem da palavra rico). Do gótico reiks, com muito poder, poderoso.
Fonte: Priberam
Dicionário da FEB
é quem perde de si / Na soma da caridade. Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - cap• 89
[O seio maternal] é um vaso anímico de elevado poder magnético ou um molde vivo destinado à fundição e refundição das formas, ao sopro criador da Bondade Divina, que, em toda parte, nos oferece recursos ao desenvolvimento para a sabedoria e para o amor. Esse vaso atrai a alma sequiosa de renascimento e que lhe é afim, reproduzindo-lhe o corpo denso, no tempo e no espaço, como a terra engole a semente para doar-lhe nova germinação, consoante os princípios que encerra. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 28
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Comum
substantivo masculinoParte anterior do peito que corresponde às mamas; mama. [Anatomia] Cada uma das glândulas mamárias. [Anatomia] Designação de diversas cavidades do organismo. Estado que é recurvado; curvatura, volta, sinuosidade: seio da montanha. Figurado Local da concepção; útero: o filho ainda está no seio materno. Figurado Parte interna e central; âmago, cerne: o seio da terra. Figurado Meio de onde algo tem sua origem ou através do qual alguma coisa é produzida: veio do seio da aristocracia. Etimologia (origem da palavra seio). Do latim sinus.us.
Fonte: Priberam
Dicionário Etimológico
Do latim Sinus, espaço oco.
Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus
Senhor
Dicionário Comum
substantivo masculinoProprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto. História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal. Pessoa nobre, de alta consideração. Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você. Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas. Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si. Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui. Pessoa distinta: senhor da sociedade. Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas. Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos. Antigo O marido em relação à esposa. adjetivoSugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel! Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.
Fonte: Priberam
Dicionário da FEB
[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações. Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Bíblico
o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29 – At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário da Bíblia de Almeida
Senhor 1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.
2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.
Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).
Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.
W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...
1.
O que possuía honras ou coutos; o que possuía vassalos; o que tinha autoridade feudal.
=
FIDALGO
2.
Dono da casa em relação aos empregados.
=
PATRÃO
3.
Indivíduo distinto.
4.
Título nobiliárquico.
5.
Tratamento respeitoso ou de cerimónia.
6.
Indivíduo indeterminado, de quem se omite ou desconhece o nome.
7.
Amo.
8.
Deus.
adjectivo
adjetivo
9.
Usa-se antes de nomes comuns para acentuar qualidades ou valor (ex.: um senhor carro; uma senhora feijoada).
=
EXCELENTE, GRANDE, ÓPTIMO
estar senhor de Conhecer perfeitamente alguma coisa (ex.: estava senhor de toda a situação).
estar senhor de si Estar lúcido ou perfeitamente consciente (ex.: ele já não está senhor de si).
ser senhor de si Ser independente.
ser senhor do seu nariz Não querer os conselhos de ninguém; ser soberbo e arrogante.
Fonte: Priberam
Sepultado
Dicionário Comum
sepultadoadj. 1. Que se sepultou; enterrado, sepulto. 2. Inundado. 3. Submergido.
Fonte: Priberam
Ser
Dicionário Comum
verbo predicativoPossuir identidade, particularidade ou capacidade inerente: Antônia é filha de José; esta planta é uma samambaia; a Terra é um planeta do sistema solar. Colocar-se numa condição ou circunstância determinada: um dia serei feliz. Gramática Usado na expressão de tempo e de lugar: são três horas; era em Paris. verbo intransitivo Pertencer ao conjunto dos entes concretos ou das instituições ideais e abstratas que fazem parte do universo: as lembranças nos trazem tudo que foi, mas o destino nos mostrará tudo o que será. Existir; fazer parte de uma existência real: éramos os únicos revolucionários. verbo predicativo e intransitivoPossuir ou preencher um lugar: onde será sua casa? Aqui foi uma igreja. Demonstrar-se como situação: a festa será no mês que vem; em que lugar foi isso? Existir: era uma vez um rei muito mau. Ser com. Dizer respeito a: isso é com o chefe. verbo predicativo e auxiliarUne o predicativo ao sujeito: a neve é branca. Gramática Forma a voz passiva de outros verbos: era amado pelos discípulos. Gramática Substitui o verbo e, às vezes, parte do predicado da oração anterior; numa oração condicional iniciada por "se" ou temporal iniciada por "quando" para evitar repetição: se ele faz caridade é porque isso lhe traz vantagens políticas. Gramática Combinado à partícula "que" realça o sujeito da oração: eu é que atuo. Gramática Seguido pelo verbo no pretérito perfeito composto: o ano é acabado. substantivo masculinoPessoa; sujeito da espécie humana. Criatura; o que é real; ente que vive realmente ou de modo imaginário. A sensação ou percepção de si próprio. A ação de ser; a existência. Etimologia (origem da palavra ser). Do latim sedẽo.es.sẽdi.sessum.sedẽre.
Fonte: Priberam
Dicionário da FEB
O ser é uno mesmo quando no corpo ou fora dele. No corpo, ocorre a perfeita integração dos elementos que o constituem, e, à medida que se liberta dos envoltórios materiais, prossegue na sua unidade com os vestígios da vivência impregnados nos tecidos muito sutis do perispírito que o transmitem à essência espiritual. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento
[...] o ser é fruto dos seus atos passados, para agir com as ferramentas da própria elaboração, na marcha ascendente e libertadora. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 5
[...] cada ser é um universo em miniatura, expansível pelo pensamento e pelo sentimento e que possui como atributo a eternidade. Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 8
[...] o ser é o artífice da sua própria desgraça ou felicidade, do seu rebaixamento ou elevação. [...] Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo
Fonte: febnet.org.br
Servir
Dicionário Comum
verbo transitivo direto e intransitivoPrestar serviços; cumprir determinados deveres e funções: servir a pátria; passou a vida a servir. Ter utilidade; dar auxílio; auxiliar, ajudar: servir um colega; dedicou sua vida à caridade, viveu de servir. verbo bitransitivo Pôr na mesa: servir a sopa; servir o jantar aos filhos. verbo transitivo direto Causar uma sensação prazerosa; satisfazer: servir as paixões. Oferecer algo; dar: servir uísque e salgadinhos. Prover com o necessário; abastecer: bomba que serve o reservatório. Vender algo; fornecer: esta casa serve os melhores produtos. verbo transitivo indireto Ocupar o lugar de; desempenhar as funções de; substituir: servir de pai aos desamparados. verbo intransitivo Ser útil; convir, importar: em tal momento o saber serve muito. Ter serventia, utilidade: estas coisas não servem mais para nada. [Esporte] Lançar a bola no início de um jogo de tênis. verbo pronominal Fazer uso de; usar: servir-se do compasso. Tomar uma porção (comida ou bebida): servir-se do bom e do melhor. Tirar vantagens de; aproveitar-se: servir-se dos ingênuos. Etimologia (origem da palavra servir). Do latim servire.
Fonte: Priberam
Dicionário da FEB
Servir, no sentido cristão, é esquecer de si mesmo e devotar-se amorosamente ao auxílio do próximo, sem objetivar qualquer recompensa, nem mesmo o simples reconhecimento daqueles a quem se haja beneficiado. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Parábolas evangélicas: à luz do Espiritismo• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Parábola dos primeiros lugares
Serve e passa, esquecendo o mal e a treva, / Porque o dom de servir / É a força luminosa que te eleva / Às bênçãos do porvir. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Servir é criar simpatia, fraternidade e luz. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Fonte: febnet.org.br
Dicionário de Jesus e Evangelhos
Servir Os discípulos de Jesus podem servir somente a Deus, já que qualquer outro serviço faria com que deixassem o Senhor (Mt 6:24; Jo 15:20). Quanto a Jesus, sua situação, sem dúvida, não é a desumana do escravo, mas a do amigo (Jo 15:15) e do filho (Jo 8:33-36). Esse relacionamento especial com Deus deve conduzi-los a servir uns aos outros (Mt 20:27; 25,44; Jo 13:1-19), imitando Jesus, o Servo de YHVH (Mc 10:44-45).
Autor: César Vidal Manzanares
Servo
Dicionário Comum
substantivo masculinoQuem não é livre; privado de sua liberdade. Quem age com obediência ou servindo alguém: servo de Deus. História Numa sociedade feudal, quem pertencia a um senhor sem ser escravo. Quem oferece ou realiza serviços; criado. Quem se submete ao poder de um senhor por pressão ou violência. adjetivoQue não é livre; cuja liberdade foi retirada. Que está sujeito aos poderes de um senhor; escravo. Que realiza ou oferece serviços; serviçal. Etimologia (origem da palavra servo). Do latim servus.i.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo masculinoQuem não é livre; privado de sua liberdade. Quem age com obediência ou servindo alguém: servo de Deus. História Numa sociedade feudal, quem pertencia a um senhor sem ser escravo. Quem oferece ou realiza serviços; criado. Quem se submete ao poder de um senhor por pressão ou violência. adjetivoQue não é livre; cuja liberdade foi retirada. Que está sujeito aos poderes de um senhor; escravo. Que realiza ou oferece serviços; serviçal. Etimologia (origem da palavra servo). Do latim servus.i.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Por esta palavra se traduzem duas palavras hebraicas, que ocorrem freqüentemente no A.T., e que significam rapaz, pessoa de serviço, ou um escravo. A palavra é, algumas vezes, empregada a respeito de pessoas humildes (Gn 32:18-20), e também com relação a altos oficiais da corte (Gn 40:20 – 2 Sm 10.2,4). Uma terceira palavra implica aquele que está às ordens de alguém para o ajudar (Êx 33:11). Mas, pela maior parte das vezes, no A.T., trata-se de um escravo. De igual modo, no N.T., a palavra ‘servo’ aparece como tradução das indicadas palavras hebraicas, significando criada da casa (como em Lc 16:13), ou um rapaz (como em Mt 8:6), ou ainda um agente (como em Mt 26:58) – mas na maioria dos casos o termo refere-se a um escravo (Mt 8:9, etc.). Esta palavra aplicavam-na os apóstolos a si mesmos, como sendo os servos de Deus (At 4:29 – Tt 1:1 – Tg 1:1) e de Jesus Cristo (Rm 1:1 – Fp 1:1 – Jd 1). (*veja Escravidão.)
3) Pessoa que presta culto e obedece a Deus (Dn 3:26; Gl 1:10) ou a Jesus Cristo (Gl 1:10). No NT Jesus Cristo é chamado de “o Servo”, por sua vida de perfeita obediência ao Pai, em benefício da humanidade (Mt 12:18; RA: At 3:13; 4.27).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Sois
Dicionário Comum
substantivo deverbalAção de ser; ato de expressar permanentemente uma condição, característica ou capacidade particular: vós sois o melhor amigo que tenho; sois o único Deus acima de todos os outros. Não confundir com: sóis. Etimologia (origem da palavra sois). Forma Der. de ser.
Fonte: Priberam
Somente
Dicionário Comum
advérbioNada mais que: os produtos são entregues somente aos donos. Exclusivamente, só: somente o prefeito foi favorável às demissões. Apenas: falava somente português. Etimologia (origem da palavra somente). Do latim feminino de solus - sola + mente.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
somente adv. Unicamente, apenas, só.
Fonte: Priberam
Sorte
Dicionário Comum
sortes. f. 1. Fado, destino. 2. Acaso, risco. 3. Quinhão que tocou em partilha. 4. Estado de alguém em relação à riqueza. 5. Bilhete ou outra coisa premiada em loteria. 6. Fig. Desgraça. 7. Lote de tecidos.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo femininoForça invencível e inexplicável da qual derivam todos os acontecimentos da vida; destino, fado, fatalidade: queixar-se da sorte. Circunstância feliz; fortuna, dita, ventura, felicidade: teve a sorte de sair ileso. Acaso favorável; coincidência boa: não morreu por sorte. Solução de um problema e situação que está condicionada ao acaso. Maneira de decidir qualquer coisa por acaso; sorteio: muitos magistrados de Atenas eram escolhidos por sorte. Práticas que consistem em palavras, gestos etc., com a intenção de fazer malefícios: a sorte operou de modo fulminante. Figurado Condição de desgraça; infelicidade persistente; azar. Modo próprio; modo, jeito, maneira. Condição da vida, da existência. Maneira através da qual alguém alcança algo; termo. Qualquer classe, gênero, espécie, qualidade: toda sorte de animais. Bilhete ou senha com a declaração do prêmio que se ganhou em jogo de azar; o sorteio em que esse bilhete é atribuído. Porção, quinhão que toca por sorteio ou partilha. expressãoSorte grande. O maior prêmio da loteria. A sorte está lançada. A decisão foi tomada. locução conjuntivaDe sorte que. De maneira que, de modo que, de tal forma que. locução adverbialDesta sorte. Assim, deste modo. Etimologia (origem da palavra sorte). Do latim sors, sortis “sorte”.
Fonte: Priberam
São
Dicionário Comum
sãoadj. 1. Que goza de perfeita saúde, sadio. 2. Completamente curado. 3. Salubre, saudável, sadio. 4. Que não está podre ou estragado. 5. Reto, justo. 6. Impoluto, puro; sem defeitos. 7. Ileso, incólume, salvo. 8. Justo, razoável. 9. Inteiro, intacto, sem quebra ou defeito (objeto). Sup. abs. sint.: saníssimo. Fe.M: sã. S. .M 1. Indivíduo que tem saúde. 2. A parte sã de um organismo.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
adjetivoQue se encontra em perfeito estado de saúde; sadio: homem são. Que não está estragado: esta fruta ainda está sã. Que contribui para a saúde; salubre: ar são. Figurado Concorde com a razão; sensato, justo: política sã. Por Extensão Que não está bêbado nem embriagado; sóbrio: folião são. Sem lesão nem ferimento; ileso, incólume: são e salvo. Que age com retidão; justo: julgamento são; ideias sãs. Em que há sinceridade, franqueza; franco: palavras sãs. substantivo masculinoParte sadia, saudável, em perfeito estado de algo ou de alguém. Aquele que está bem de saúde; saudável. Característica da pessoa sã (sensata, justa, sincera, franca). Condição do que está completo, perfeito. expressãoSão e salvo. Que não corre perigo: chegou em casa são e salvo! Etimologia (origem da palavra são). Do latim sanus.a.um. substantivo masculinoForma abreviada usada para se referir a santo: São Benedito! Etimologia (origem da palavra são). Forma sincopada de santo.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
adjetivoQue se encontra em perfeito estado de saúde; sadio: homem são. Que não está estragado: esta fruta ainda está sã. Que contribui para a saúde; salubre: ar são. Figurado Concorde com a razão; sensato, justo: política sã. Por Extensão Que não está bêbado nem embriagado; sóbrio: folião são. Sem lesão nem ferimento; ileso, incólume: são e salvo. Que age com retidão; justo: julgamento são; ideias sãs. Em que há sinceridade, franqueza; franco: palavras sãs. substantivo masculinoParte sadia, saudável, em perfeito estado de algo ou de alguém. Aquele que está bem de saúde; saudável. Característica da pessoa sã (sensata, justa, sincera, franca). Condição do que está completo, perfeito. expressãoSão e salvo. Que não corre perigo: chegou em casa são e salvo! Etimologia (origem da palavra são). Do latim sanus.a.um. substantivo masculinoForma abreviada usada para se referir a santo: São Benedito! Etimologia (origem da palavra são). Forma sincopada de santo.
advérbioNem; também não: não gosto de laranja, tampouco de tangerina. Muito menos: detesto música eletrônica, tampouco vou aos festivais. Gramática Utiliza-se com o intuito de reforçar e intensificar uma negação. Etimologia (origem da palavra tampouco). Forma contração de tão pouco.
Fonte: Priberam
Tem
Dicionário Comum
substantivo deverbalAção de ter; ato de receber ou de passar a possuir alguma coisa: ele tem uma casa; a empresa tem muitos funcionários. Gramática A grafia têm, com acento, refere-se à forma plural: eles têm uma casa; as empresas têm muitos funcionários. Etimologia (origem da palavra tem). Forma Der. de ter.
Fonte: Priberam
Ter
Dicionário da FEB
Há um fluido etéreo que enche o espaço e penetra os corpos. Esse fluido é o éter ou matéria cósmica primitiva, geradora do mundo e dos seres. [...] Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 10
[...] matéria-prima, o substratum definitivo de todos os movimentos. [...] Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1
[...] O éter do espaço é o elo conector. No mundo material, ele é a realidade fundamental, substancial. No mundo espiritual, as realidades da existência são outras e muito mais elevadas; porém, quanto ao modo por que atua o éter, mal podemos presentemente suspeitar. Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 2
O éter do espaço pode agora ser tido como um grande elo a ligar o mundo da matéria ao do espírito; é a substância comum a ambos esses mundos. Ambos se contêm dentro dela, dela fazendo parte e sendo dela formados. [...] Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 2
[...] fluido que gerou tudo o que existe. Sem ele nada existiria, e com ele tudo pode ser produzido. [...] Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O éter cósmico
O éter, ou fluido cósmico universal, que envolve toda a criação. Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8
Se, como desencarnados, começamos a examiná-lo na sua essência profunda, para os homens da Terra o éter é quase uma abstração. De qualquer modo, porém, busquemos entendê-lo como fluido sagrado da vida, que se encontra em todo o cosmo; fluido essencial do Universo, que, em todas as direções, é o veículo do pensamento divino. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 20
Fonte: febnet.org.br
Dicionário Comum
verbo transitivo direto Passar a possuir; receber: tiveram o contrato da casa. Ser o dono ou usufruir de; possuir: ele tem dois carros; ele não teve herança. Possuir a autoridade ou o domínio sobre: tinha um povo. Deter a posse de alguma coisa para uso próprio: ela não tem computador. Conseguir por meio de pagamento: tive o carro por uma pechincha. Portar, carregar consigo: você tem uma caneta? Passar pela experiência de; experienciar: tive a alegria de conhecê-la. Possuir como elemento; apresentar: certas bicicletas têm amortecedores. Expressar certa quantidade ou comprimento: o prédio de três andares tem 12 metros. Ser composto por: este CD tem 25 músicas. Possuir a ajuda de: não temos muitos funcionários. Medir o tempo de vida ou a idade de: minha filha tem 10 anos. Descrever os que ainda estão vivos ou mortos: não tinha avô paterno; tinha sete filhos para educar. Possuir determinada ocupação; possuir: tinha o cargo de professor. Fazer com que se realize; efetuar: ainda teremos dois convidados. Ser o motivo ou razão de: o professor têm muitos alunos. Usufruir de determinado (s): direito (s): ou benefício(s): não teve seus direitos respeitados; temos o direito de participar. Possuir qualquer tipo de vínculo: o casal têm dois filhos. Receber certa informação: tivemos esta semana avisos de contas. Proceder; comportar-se com: tenha atenção aos obstáculos. Sentir: tinha muita fome! Assumir certa opinião: tinha um ponto de vista irônico. Receber em sua residência: tive-a em minha casa semana passada. verbo transitivo direto e bitransitivoPermanecer em certo local ou posição; conservar: queria ter deitado. Guardar de modo particular; conseguir para si: no futuro, ainda terei um amor; tenho-a nas lembranças. Ser o alvo dos ensinamentos de outrem: nunca teve aulas de inglês. Passar a ter o conhecimento de; sentir: tinha muito amor. verbo transitivo direto e transitivo direto predicativoDemonstrar ou definir-se por: tinha serenidade; tinha um humor horrível. verbo transitivo direto , transitivo direto predicativo e bitransitivoTrazer por um instante: tinha os cabelos presos. verbo transitivo direto , transitivo direto predicativo e pronominalFazer considerações acerca de; julgar-se: tenho que você foi o melhor candidato; sua mãe sempre a tivera como inteligente. verbo transitivo direto e predicativoColocar à disposição de: eu tenho dinheiro a oferecer. verbo bitransitivo Estar relacionado com: o assunto tem a ver com o tema. Obter por meio de transferência; herdar: da mãe teve a sabedoria. Carregar junto de si: tinha um sofrimento imenso. verbo pronominal Estar ou passar a estar em certo local; passar: teve-se em viagens. Demonstrar uma dedicação excessiva a; apegar-se: nunca se teve aos avós. Valer-se de; expressar valor ou interesse por: tem-se em excesso à igreja. substantivo masculino pluralTeres. Aquilo que se possui; bens ou posses. Etimologia (origem da palavra ter). Do latim tenere.
Fonte: Priberam
Terra
Dicionário da FEB
[...] berço de criaturas cuja fraqueza as asas da Divina Providência protege, nova corda colocada na harpa infinita e que, no lugar que ocupa, tem de vibrar no concerto universal dos mundos. Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 23
O nosso mundo pode ser considerado, ao mesmo tempo, como escola de Espíritos pouco adiantados e cárcere de Espíritos criminosos. Os males da nossa Humanidade são a conseqüência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos que a formam. Pelo contato de seus vícios, eles se infelicitam reciprocamente e punem-se uns aos outros. Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3, it• 132
Disse Kardec, alhures, que a Terra é um misto de escola, presídio e hospital, cuja população se constitui, portanto, de homens incipientes, pouco evolvidos, aspirantes ao aprendizado das Leis Naturais; ou inveterados no mal, banidos, para esta colônia correcional, de outros planetas, onde vigem condições sociais mais elevadas; ou enfermos da alma, necessitados de expungirem suas mazelas através de provações mais ou menos dolorosas e aflitivas. Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça
[...] é oficina de trabalho, de estudo e de realizações, onde nos cumpre burilar nossas almas. [...] Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Sede perfeitos
[...] é o calvário dos justos, mas é também a escola do heroísmo, da virtude e do gênio; é o vestíbulo dos mundos felizes, onde todas as penas aqui passadas, todos os sacrifícios feitos nos preparam compensadoras alegrias. [...] A Terra é um degrau para subir-se aos céus. Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 11
O mundo, com os seus múltiplos departamentos educativos, é escola onde o exercício, a repetição, a dor e o contraste são mestres que falam claro a todos aqueles que não temam as surpresas, aflições, feridas e martírios da ascese. [...] Referencia: EVANGELIZAÇÃO: fundamentos da evangelização espírita da infância e da juventude (O que é?)• Rio de Janeiro: FEB, 1987• -
[...] A Terra é um mundo de expiações e provas, já em fase de transição para se tornar um mundo de regeneração. Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4
[...] o Planeta terrestre é o grande barco navegando no cosmo, sacudido, a cada instante, pelas tempestades morais dos seus habitantes, que lhe parecem ameaçar o equilíbrio, a todos arrastando na direção de calamidades inomináveis. Por esta razão, periodicamente missionários e mestres incomuns mergulharam no corpo com a mente alerta, a fim de ensinarem comportamento de calma e de compaixão, de amor e de misericórdia, reunindo os aflitos em sua volta e os orientando para sobreviverem às borrascas sucessivas que prosseguem ameaçadoras. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente
Quando o homem ora, anseia partir da Terra, mas compreende, também, que ela é sua mãe generosa, berço do seu progresso e local da sua aprendizagem. [...] Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1
Assim se compreende porque a Terra é mundo de “provas e expiações”, considerando-se que os Espíritos que nela habitam estagiam na sua grande generalidade em faixas iniciais, inferiores, portanto, da evolução. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pensamento e perispírito
Apesar de ainda se apresentar como planeta de provas e expiações, a Terra é uma escola de bênçãos, onde aprendemos a desenvolver as aptidões e a aprimorar os valores excelentes dos sentimentos; é também oficina de reparos e correções, com recursos hospitalares à disposição dos pacientes que lhes chegam à economia social. Sem dúvida, é também cárcere para os rebeldes e os violentos, que expungem o desequilíbrio em processo de imobilidade, de alucinação, de limites, resgatando as graves ocorrências que fomentaram e praticaram perturbando-lhe a ordem e a paz. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Trilhas da libertação• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cilada perversa
O mundo conturbado é hospital que alberga almas que sofrem anemia de amor, requisitando as vitaminas do entendimento e da compreensão, da paciência e da renúncia, a fim de que entendimento e compreensão, paciência e renúncia sejam os sinais de uma vida nova, a bem de todos. Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Hospital
[...] É um astro, como Vênus, como seus irmãos, e vagueia nos céus com a velocidade de 651.000 léguas por dia. Assim, estamos atualmente no céu, estivemos sempre e dele jamais poderemos sair. Ninguém mais ousa negar este fato incontestável, mas o receio da destruição de vários preconceitos faz que muitos tomem o partido de não refletir nele. A Terra é velha, muito velha, pois que sua idade se conta por milhões e milhões de anos. Porém, malgrado a tal anciania, está ainda em pleno frescor e, quando lhe sucedesse perecer daqui a quatrocentos ou quinhentos mil anos, o seu desaparecimento não seria, para o conjunto do Universo, mais que insignificante acidente. Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 4a efusão
[...] Por se achar mais distante do sol da perfeição, o nosso mundozinho é mais obscuro e a ignorância nele resiste melhor à luz. As más paixões têm aí maior império e mais vítimas fazem, porque a sua Humanidade ainda se encontra em estado de simples esboço. É um lugar de trabalho, de expiação, onde cada um se desbasta, se purifica, a fim de dar alguns passos para a felicidade. [...] Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 8a efusão
[...] A Terra tem que ser um purgatório, porque a nossa existência, pelo menos para a maioria, tem que ser uma expiação. Se nos vemos metidos neste cárcere, é que somos culpados, pois, do contrário, a ele não teríamos vindo, ou dele já houvéramos saído. [...] Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão
Nossa morada terrestre é um lugar de trabalho, onde vimos perder um pouco da nossa ignorância original e elevar nossos conhecimentos. [...] Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• Uma carta de Bezerra de Menezes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• -
[...] é a escola onde o espírito aprende as suas lições ao palmilhar o longuíssimo caminho que o leva à perfeição. [...] Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23
[...] o mundo, para muitos, é uma penitenciária; para outros, um hospital, e, para um número assaz reduzido, uma escola. Referencia: Ó, Fernando do• Alguém chorou por mim• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2
[...] casa de Deus, na específica destinação de Educandário Recuperatório, sem qualquer fator intrínseco a impedir a libertação do homem, ou a desviá-lo de seu roteiro ascensional. Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1
[...] é uma estação de inverno, onde o Espírito vem preparar-se para a primavera do céu! Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pref•
Feito o planeta – Terra – nós vemos nele o paraíso, o inferno e o purgatório.O paraíso para os Espíritos que, emigra-dos de mundos inferiores, encontram naTerra, podemos dizer, o seu oásis.O inferno para os que, já tendo possuí-do mundos superiores ao planeta Terra,pelo seu orgulho, pelas suas rebeldias, pelos seus pecados originais a ele desceram para sofrerem provações, para ressurgirem de novo no paraíso perdido. O purgatório para os Espíritos em transição, aqueles que, tendo atingido um grau de perfectibilidade, tornaram-se aptos para guias da Humanidade. Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1
Antes de tudo, recorda-se de que o nosso planeta é uma morada muito inferior, o laboratório em que desabrocham as almas ainda novas nas aspirações confusas e paixões desordenadas. [...] Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a guerra
O mundo é uma escola de proporções gigantescas, cada professor tem a sua classe, cada um de nós tem a sua assembléia. Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Colegas invisíveis
A Terra é o campo de ação onde nosso espírito vem exercer sua atividade. [...] Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Por que malsinar o mundo?
[...] é valiosa arena de serviço espiritual, assim como um filtro em que a alma se purifica, pouco a pouco, no curso dos milênios, acendrando qualidades divinas para a ascensão à glória celeste. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 1
A Terra inteira é um templo / Aberto à inspiração / Que verte das Alturas [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia da espiritualidade• Pelo Espírito Maria Dolores• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1985• - cap• 4
A Terra é a escola abençoada, onde aplicamos todos os elevados conhecimentos adquiridos no Infinito. É nesse vasto campo experimental que devemos aprender a ciência do bem e aliá-la à sua divina prática. Nos nevoeiros da carne, todas as trevas serão desfeitas pelos nossos próprios esforços individuais; dentro delas, o nosso espírito andará esquecido de seu passado obscuro, para que todas as nossas iniciativas se valorizem. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10
A Terra é uma grande e abençoada escola, em cujas classes e cursos nos matriculamos, solicitando – quando já possuímos a graça do conhecimento – as lições necessárias à nossa sublimação. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53
O mundo atual é a semente do mundo paradisíaco do futuro. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Crônicas de além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• - cap• 25
Servidores do Cristo, orai de sentinela! / Eis que o mundo sangrando é campo de batalha, / Onde a treva infeliz se distende e trabalha / O coração sem Deus, que em sombra se enregela. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
No macrocosmo, a casa planetária, onde evolvem os homens terrestres, é um simples departamento de nosso sistema solar que, por sua vez, é modesto conjunto de vida no rio de sóis da Via-Láctea. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
No mundo terrestre – bendita escola multimilenária do nosso aperfeiçoamento espiritual – tudo é exercício, experimentação e trabalho intenso. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
O orbe inteiro, por enquanto, / Não passa de um hospital, / Onde se instrui cada um, / Onde aprende cada qual. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
O mundo, com as suas lutas agigantadas, ásperas, é a sublime lavoura, em que nos compete exercer o dom de compreender e servir. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
O mundo é uma escola vasta, cujas portas atravessamos, para a colheita de lições necessárias ao nosso aprimoramento. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Apesar dos exemplos da humildade / Do teu amor a toda Humanidade / A Terra é o mundo amargo dos gemidos, / De tortura, de treva e impenitência. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A Terra é o nosso campo de ação. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A Terra é a nossa grande casa de ensino. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A Terra é uma escola, onde conseguimos recapitular o pretérito mal vivido, repetindo lições necessárias ao nosso reajuste. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A Terra, em si mesma, é asilo de caridade em sua feição material. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A Terra é o campo de trabalho, em que Deus situou o berço, o lar, o templo e a escola. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A Terra é a Casa Divina, / Onde a luta nos ensina / A progredir e brilhar. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
O mundo em que estagiamos é casa grande de treinamento espiritual, de lições rudes, de exercícios infindáveis. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] é um grande magneto, governado pelas forças positivas do Sol. Toda matéria tangível representa uma condensação de energia dessas forças sobre o planeta e essa condensação se verifica debaixo da influência organizadora do princípio espiritual, preexistindo a todas as combinações químicas e moleculares. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22
O mundo é caminho vasto de evolução e aprimoramento, onde transitam, ao teu lado, a ignorância e a fraqueza. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71
O mundo não é apenas a escola, mas também o hospital em que sanamos desequilíbrios recidivantes, nas reencarnações regenerativas, através do sofrimento e do suor, a funcionarem por medicação compulsória. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Doenças da alma
O Universo é a projeção da mente divina e a Terra, qual a conheceis em seu conteúdo político e social, é produto da mente humana. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -
O mundo é uma ciclópica oficina de labores diversíssimos, onde cada indivíduo tem a sua parcela de trabalho, de acordo com os conhecimentos e aptidões morais adquiridos, trazendo, por isso, para cada tarefa, o cabedal apri morado em uma ou em muitas existências. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Antíteses da personalidade de Humberto de Campos
A Terra é uma vasta oficina. Dentro dela operam os prepostos do Senhor, que podemos considerar como os orientadores técnicos da obra de aperfeiçoamento e redenção. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 39
A Terra é um plano de experiências e resgates por vezes bastante penosos. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 338
A Terra deve ser considerada escola de fraternidade para o aperfeiçoamento e regeneração dos Espíritos encarnados. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 347
[...] é o caminho no qual a alma deve provar a experiência, testemunhar a fé, desenvolver as tendências superiores, conhecer o bem, aprender o melhor, enriquecer os dotes individuais. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 403
O mundo em que vivemos é propriedade de Deus. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Lembranças
[...] é a vinha de Jesus. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29
[...] é uma escola de iluminação, poder e triunfo, sempre que buscamos entender-lhe a grandiosa missão. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33
[...] abençoada escola de dor que conduz à alegria e de trabalho que encaminha para a felicidade com Jesus. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 28
Não olvides que o mundo é um palácio de alegria onde a Bondade do Senhor se expressa jubilosa. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alegria
[...] é uma vasta oficina, onde poderemos consertar muita coisa, mas reconhecendo que os primeiros reparos são intrínsecos a nós mesmos. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6
A Terra é também a grande universidade. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Do noticiarista desencarnado
Salve planeta celeste, santuário de vida, celeiro das bênçãos de Deus! ... Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 15
A Terra é um magneto enorme, gigantesco aparelho cósmico em que fazemos, a pleno céu, nossa viagem evolutiva. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8
[...] é um santuário do Senhor, evolutindo em pleno Céu. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 12
Agradece, cantando, a Terra que te abriga. / Ela é o seio de amor que te acolheu criança, / O berço que te trouxe a primeira esperança, / O campo, o monte, o vale, o solo e a fonte amiga... Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 33
[...] é o seio tépido da vida em que o princípio inteligente deve nascer, me drar, florir e amadurecer em energia consciente [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Evolução em dois mundos• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 13
Fonte: febnet.org.br
Dicionário de Sinônimos
terreno, solo, campo. – Terra sugere ideia das qualidades, das propriedades da massa natural e sólida que enche ou cobre uma parte qualquer da superfície da terra. – Terreno refere-se, não só à quantidade, ou à extensão da superfície, como ao destino que se lhe vai dar, ou ao uso a que se adapta. – Solo dá ideia geral de assento ou fundamento, e designa a superfície da terra, ou o terreno que se lavra, ou onde se levanta alguma construção. – Campo é solo onde trabalha, terreno de cultura, ou mesmo já lavrado. Naquela província há terras magníficas para o café; dispomos apenas de um estreito terreno onde mal há espaço para algumas leiras e um casebre; construiu o monumento em solo firme, ou lançou a semente em solo ingrato; os campos já florescem; temos aqui as alegrias da vida do campo.
Fonte: Dicio
Dicionário Bíblico
os hebreus tinham vários nomes para terra, especialmente Adama e Eretz. Adama, isto é a terra vermelha (Gn 1:25), denota, muitas vezes, terra arável (Gn 4:2). o termo é, também, empregado a respeito de um país, especialmente a Palestina (Gn 47:19 – Zc 2:12). Quando Naamã pediu uma carga de terra que dois mulos pudessem levar (2 Rs 5.17), ele foi influenciado pela idéia pagã de que o Senhor era um deus local, podendo apenas ser adorado com proveito no seu nativo solo. Eretz é a terra em oposição ao céu, ou a terra seca como distinta do mar (Gn 1:1-10). A palavra é, também, aplicada a toda a terra (Gn 18:18), ou a qualquer divisão dela (Gn 21:32), e mesmo ao chão que uma pessoa pisa (Gn 33:3). A frase ‘profundezas da terra’ (is 44:23) significa literalmente os vales, os profundos recessos, como as cavernas e subterrâneos, e figuradamente a sepultura. No N.T., além do termo vulgar ‘terra’, que corresponde às várias significações já apresentadas, há uma palavra especial que significa ‘ terra habitada’ (Lc 4:5 – Rm 10:18 – etc.), usando-se esta expressão de um modo especial a respeito do império Romano. Terra, num sentido moral, é oposta ao que é celestial e espiritual (*veja Jo 3:31 – 1 Co 15.47 a 49 – Tg 3:15, etc.).
Fonte: Dicionário Adventista
Dicionário Comum
substantivo femininoGeografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida. Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra. Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil. País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira. Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra. Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada. Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra. [Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos. [Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento. expressãoBeijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora. Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção. Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura. Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação. Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina. Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
substantivo femininoGeografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida. Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra. Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil. País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira. Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra. Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada. Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra. [Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos. [Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento. expressãoBeijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora. Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção. Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura. Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação. Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina. Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.
Fonte: Priberam
Testemunho
Dicionário Comum
substantivo masculinoDeclaração feita pela testemunha, pela pessoa que estava presente ou viu algum acontecimento ou crime; depoimento. O que pode ser usado para comprovar a veracidade ou existência de algo; prova. Registro que se faz com o intuito de fundamentar algo, geralmente uma uma passagem da própria vida: testemunho religioso; comprovação. Geologia Os restos ou aquilo que resta de antigas superfícies destruídas pelo efeito da erosão. Ação ou efeito de testemunhar, de manifestar algo por palavras ou gestos. Etimologia (origem da palavra testemunho). Do latim testimonium.
substantivo masculinoSinal ortográfico (~) que indica a nasalação da vogal sobre a qual é posto.
Fonte: Priberam
Dicionário da Bíblia de Almeida
Til Pequeno sinal colocado sobre uma letra (Mt 5:18).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Tinha
Dicionário da Bíblia de Almeida
Tinha Doença da pele (Lv 13; v. NTLH).
Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil
Tira
Dicionário Comum
substantivo femininoRetalho de pano, de couro, de papel etc., mais comprido que largo. Listra; ourela; correia. Franja, renda. Friso, filete. [Comparativo] Pedaço ou tira de microfilme com uma ou mais imagens e identificação codificada. substantivo masculino[Brasil] Agente de polícia, beleguim.
Fonte: Priberam
Dicionário Comum
tiras. f. 1. Retalho de couro, pano, papel etc., mais comprido que largo. 2. Lista, listão. 3. Correia, fita. 4. Filete, friso. 5. Historieta ou fragmento de histórias em quadrinhos, apresentada em uma única faixa horizontal. S. .M Gír. Agente policial.
4.
[Informal]
Indica satisfação, geralmente em relação a uma derrota ou a um revés de alguém (ex.: toma, foi bem feito o que lhe aconteceu).
to·mar
-
(origem duvidosa)
verbo intransitivo
1.
Dirigir-se, encaminhar-se.
verbo transitivo
2.
Pegar em.
3.
Segurar, agarrar.
4.
Conquistar.
5.
Confiscar.
6.
Comprar, ficar com.
7.
Tirar, arrematar, roubar.
8.
Lançar a mão de, servir-se de, utilizar.
9.
Acometer, invadir, assaltar.
10.
Adoptar.
11.
Ocupar.
12.
Atingir, alcançar.
13.
Fazer perder.
14.
Atacar.
15.
Observar.
16.
Surpreender.
17.
Aceitar.
18.
Comer, beber.
19.
Usar, gastar.
20.
Aspirar.
21.
Alugar.
22.
Entrar em.
23.
Contrair.
24.
Ter em conta de.
25.
Receber.
26.
Prover-se de.
27.
Assumir, dar mostras de, apresentar em si.
28.
Encarregar-se de.
29.
Escolher, preferir.
30.
Interpretar.
31.
Considerar.
32.
Atalhar, tolher.
33.
Ser assaltado por.
verbo pronominal
34.
Agastar-se, ofender-se.
35.
Ser assaltado, ser invadido.
36.
Deixar-se dominar ou persuadir.
verbo intransitivo e pronominal
37.
[Regionalismo]
Ingerir bebida alcoólica em excesso (ex.: o sujeito não parece bem, eu acho que ele tomou; tomar-se de rum).
=
EMBEBEDAR-SE, EMBRIAGAR-SE
4.
[Informal]
Indica satisfação, geralmente em relação a uma derrota ou a um revés de alguém (ex.: toma, foi bem feito o que lhe aconteceu).
to·mar
-
(origem duvidosa)
verbo intransitivo
1.
Dirigir-se, encaminhar-se.
verbo transitivo
2.
Pegar em.
3.
Segurar, agarrar.
4.
Conquistar.
5.
Confiscar.
6.
Comprar, ficar com.
7.
Tirar, arrematar, roubar.
8.
Lançar a mão de, servir-se de, utilizar.
9.
Acometer, invadir, assaltar.
10.
Adoptar.
11.
Ocupar.
12.
Atingir, alcançar.
13.
Fazer perder.
14.
Atacar.
15.
Observar.
16.
Surpreender.
17.
Aceitar.
18.
Comer, beber.
19.
Usar, gastar.
20.
Aspirar.
21.
Alugar.
22.
Entrar em.
23.
Contrair.
24.
Ter em conta de.
25.
Receber.
26.
Prover-se de.
27.
Assumir, dar mostras de, apresentar em si.
28.
Encarregar-se de.
29.
Escolher, preferir.
30.
Interpretar.
31.
Considerar.
32.
Atalhar, tolher.
33.
Ser assaltado por.
verbo pronominal
34.
Agastar-se, ofender-se.
35.
Ser assaltado, ser invadido.
36.
Deixar-se dominar ou persuadir.
verbo intransitivo e pronominal
37.
[Regionalismo]
Ingerir bebida alcoólica em excesso (ex.: o sujeito não parece bem, eu acho que ele tomou; tomar-se de rum).
=
EMBEBEDAR-SE, EMBRIAGAR-SE
substantivo masculinoPlanta herbácea anual, da família das gramíneas, que produz o grão (cariopse) de que se extrai a farinha usada especialmente para o fabrico do pão: o trigo é o cereal por excelência, a planta alimentar mais cultivada no mundo.
Fonte: Priberam
Dicionário Bíblico
Cedo aparece o trigo como objetode cultura na Palestina, no Egito, e países circunvizinhos (Gn 26:12 – 27.28 – 30.14). o Egito era afamado pela superabundante produção de cereais (Gn 12:10 e seg.). o trigo que hoje cresce na Palestina, e provavelmente o do tempo da Bíblia, não diferem da espécie, que conhecemos, o triticum vulgare dos botânicos, mas há diferentes variedades. Na Palestina é semeado o trigo em novembro ou dezembro, e recolhido em maio ou junho, segundo o clima e a localidade. No Egito fazia-se a colheita um mês mais cedo, sendo em ambos os países colhida a cevada três ou quatro semanas antes do trigo. o trigo silvestre da Palestina foi há alguns anos reconhecido, mas é apenas uma pequena planta.
1.
Conforme à verdade; que fala verdade; verídico; autêntico; genuíno; real; exacto; certo; fiel; sincero; leal.
nome masculino
2.
A verdade.
3.
O dever.
4.
O mais seguro, o mais conveniente.
Fonte: Priberam
Vergonha
Dicionário Comum
substantivo femininoAto de vexatório, que humilha, desonra; humilhação: perder assim é uma vergonha. Sentimento penoso que resulta desse ato, por se ter cometido alguma falta ou pelo temor da desonra: corar de vergonha. Ato indecoroso que provoca indignação: a corrupção é uma vergonha! Insegurança efetivada pelo medo do julgalmento alheio; decoro. Dor causada pelo sentimento de inferioridade. Rubor das faces causado por acanhamento; timidez. substantivo feminino pluralAs partes pudendas: cobrir as vergonhas com um pano. expressãoPerder toda a vergonha. Não ter pudor, ser insensível à desonra. Ser a vergonha de alguém. Causar vexame pela prática de atos indecorosos. Ter vergonha na cara. Ter dignidade; mostrar respeito: tenha vergonha na cara e pare de fazer papel de bobo! Etimologia (origem da palavra vergonha). Do latim verecundia.ae.
Fonte: Priberam
Dicionário da Bíblia de Almeida
Vergonha 1) Emoção de humilhação causada por consciência de culpa ou fracasso (Sl 44:7-9, RA; 44.15).
substantivo femininoCasaco curto que não se aperta à cintura; jaqueta. [Brasil: Nordeste] Casaco de couro usado por vaqueiros; gibão. Gênero de plantas solanáceas.
Fonte: Priberam
Vida
Dicionário Comum
substantivo femininoConjunto dos hábitos e costumes de alguém; maneira de viver: tinha uma vida de milionário. Reunião daquilo que diferencia um corpo vivo do morto: encontrou o acidentado sem vida; a planta amanheceu sem vida. O que define um organismo do seu nascimento até a morte: a vida dos animais. Por Extensão Tempo que um ser existe, entre o seu nascimento e a sua morte; existência: já tinha alguns anos de vida. Por Extensão Fase específica dentro dessa existência: vida adulta. Figurado Tempo de duração de alguma coisa: a vida de um carro. Por Extensão Reunião dos seres caracterizados tendo em conta sua espécie, ambiente, época: vida terrestre; vida marítima. Figurado Aquilo que dá vigor ou sentido à existência de alguém; espírito: a música é minha vida! Reunião dos fatos e acontecimentos mais relevantes na existência de alguém; biografia: descrevia a vida do cantor. O que uma pessoa faz para sobreviver: precisava trabalhar para ganhar a vida. Figurado O que se realiza; prática: vida rural. Etimologia (origem da palavra vida). Do latim vita.ae.
Fonte: Priberam
Dicionário da FEB
[...] A vida humana é, pois, cópia davida espiritual; nela se nos deparam emponto pequeno todas as peripécias daoutra. Ora, se na vida terrena muitasvezes escolhemos duras provas, visandoa posição mais elevada, porque não ha-veria o Espírito, que enxerga mais lon-ge que o corpo e para quem a vidacorporal é apenas incidente de curtaduração, de escolher uma existênciaárdua e laboriosa, desde que o conduzaà felicidade eterna? [...] Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 266
A vida vem de Deus e pertence a Deus,pois a vida é a presença de Deus emtoda parte.Deus criou a vida de tal forma que tudonela caminhará dentro da Lei deEvolução.O Pai não criou nada para ficar na es-tagnação eterna.A vida, em essência, é evolução. [... Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22
V A vida é uma demonstração palmar de que o homem vem ao mundo com responsabilidades inatas; logo, a alma humana em quem se faz efetiva tal responsabilidade é preexistente à sua união com o corpo. Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 17
[...] é um dom da bondade infinita [...]. Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conclusão
[...] é uma aventura maravilhosa, através de muitas existências aqui e alhures. Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 16
[...] É o conjunto de princípios que resistem à morte. Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2, Postulados e ensinamentos
A vida é uma grande realização de solidariedade humana. Referencia: CASTRO, Almerindo Martins de• O martírio dos suicidas: seus sofrimentos inenarráveis• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -
[...] o conjunto das funções que distinguem os corpos organizados dos corpos inorgânicos. [...] Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 1
[...] É a Criação... [...] Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 2
A vida é uma idéia; é a idéia do resultado comum, ao qual estão associados e disciplinados todos os elementos anatômicos; é a idéia da harmonia que resulta do seu concerto, da ordem que reina em suas ações. Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 2
A vida terrestre é uma escola, um meio de educação e de aperfeiçoamento pelo trabalho, pelo estudo e pelo sofrimento. Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Resumo
Cada vida terrena [...] é a resultante de um imenso passado de trabalho e de provações. Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 18
[...] é um cadinho fecundo, de onde deves [o Espírito] sair purificado, pronto para as missões futuras, maduro para tarefas sempre mais nobres e maiores. Referencia: DENIS, Léon• O grande enigma• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 14
[...] é uma vibração imensa que enche o Universo e cujo foco está em Deus. Referencia: DENIS, Léon• O problema do ser, do destino e da dor: os testemunhos, os fatos, as leis• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8
A vida é o bem maior que nos concede o Criador para o auto-aperfeiçoamento espiritual e somente o risco desse bem pode tornar admissível o sacrifício de uma vida que se inicia em favor de outra já plenamente adaptada à dimensão material e, por isso mesmo, em plena vigência da assunção dos seus compromissos para com a família e com a sociedade. Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 6
[...] é um depósito sagrado e nós não podemos dispor de bens que nos não pertencem. Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8
A vida sem virtudes é lento suicídio, ao passo que, enobrecida pelo cumprimento do dever, santificada pelo amor universal, é o instrumento mais precioso do Espírito para o seu aperfeiçoamento indefinido. Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22
A vida é um sonho penoso, / Do qual nos desperta a morte. Referencia: ERNY, Alfred• O psiquismo experimental: estudo dos fenômenos psíquicos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - cap• 2
[...] é uma força organizadora, que pode contrariar a tendência da matéria à V V desorganização. É uma força organizadora e pensante, que integra a matéria e a organiza, visto que, sem ela, toda matéria fica desorganizada. Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 2
[...] é um turbilhão contínuo, cuja diretiva, por mais complexa que seja, permanece constante. [...] (66, t. 2, cap. 1) [...] é uma força física inconsciente, organizadora e conservadora do corpo. Referencia: FRANCINI, Walter• Doutor Esperanto: o romance de Lázaro Luís Zamenhof, criador da língua internacional• Com cartaprefácio do Dr• Mário Graciotti, da Academia Paulista de Letras• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - 1a narrativa
Considerada a vida uma sublime concessão de Deus, que se apresenta no corpo e fora dele, preexistindo-o e sobrevivendo-o, poder-se-á melhor enfrentar os desafios existenciais e as dificuldades que surgem, quando na busca da auto-iluminação. [...] Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impedimentos à iluminação
[...] é uma sinfonia de bênçãos aguardando teus apontamentos e comentários. Referencia: FRANCO, Divaldo P• Tramas do destino• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 46
[...] é uma grande tecelã e nas suas malhas ajusta os sentimentos ao império da ordem, para que o equilíbrio governe todas as ações entre as criaturas. Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 2, cap• 9
[...] é grande fortuna para quem deve progredir. Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 3, cap• 7
Vidas são experiências que se aglutinam, formando páginas de realidade. Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Pról•
A vida física é oportunidade purificadora, da qual, em regra, ninguém consegue eximir-se. Bênção divina, flui e reflui, facultando aprimoramento e libertação. Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 1
[...] é o hálito do Pai Celeste que a tudo vitaliza e sustenta... Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 5
A vida terrena é um relâmpago que brilha por momentos no ambiente proceloso deste orbe, e logo se extingue para se reacender perenemente nas paragens siderais. Referencia: GIBIER, Paul• O Espiritismo: faquirismo ocidental: estudo histórico crítico, experimental• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - L• 1, Na pista da verdade
[...] a nossa vida é um tesouro divino, que nos foi confiado para cumprir uma missão terrena [...]. Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - L• 9, cap• 1
[...] a vida humana é uma série ininterrupta de refregas e de desilusões... Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - L• 9, cap• 22
[...] a vida humana é uma intérmina cadeia, uma corrente que se compõe de muitos elos, cada qual terminando no sepulcro, para de novo se soldar em ulterior encarnação até que o Espírito adquira elevadas faculdades, ou atinja a perfeição. Referencia: GAMA, Zilda• Na sombra e na luz• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - L• 1, cap• 7
Vida e morte, uma só coisa, / Verdade de toda gente: / A vida é a flor que desponta / Onde a morte é uma semente. Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - cap• 173
[...] Em suas evoluções, a vida nada mais é que a manifestação cada vez mais completa do Espírito. [...] Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão
A vida, portanto, como efeito decorrente de um agente (princípio vital) sobre a matéria (fluido cósmico), tem, por V sustentação, a matéria e o princípio vital em estado de interação ativa, de forma contínua. Decorrente da mesma fonte original – pois reside no fluido magnético animal, que, por sua vez, não é outro senão o fluido vital – tem, contudo, a condição peculiar de veicular o contato com o princípio espiritual. Referencia: MELO, Jacob• O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4
[...] é amor e serviço, com Deus. [...] Referencia: Ó, Fernando do• A dor do meu destino• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 2
A vida é a mais bela sinfonia de amor e luz que o Divino Poder organizou. Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13
Não vivi, pois a vida é o sentimento / De tudo o que nos toca em sofrimento / Ou exalta no prazer. [...] (185, Nova[...] é um combate insano e dolorido / Que temos de vencer. [...] Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sursum
[...] A vida é mesmo ingente aprendizado, / Onde o aluno, por vez desavisado, / Tem sempre ensanchas de recomeçar [...]. Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Renovação
A vida humana não é um conjunto de artifícios. É escola da alma para a realidade maior. Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mostremos o Mestre em nós
[...] é a manifestação da vontade de Deus: vida é amor. Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Sigamo-lo
[...] A vida, na sua expressão terrestre, é como uma árvore grandiosa. A infância é a sua ramagem verdejante. A mocidade se constitui de suas flores perfumadas e formosas. A velhice é o fruto da experiência e da sabedoria. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Boa nova• Pelo Espírito Humberto de Campos• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 9
[...] é a harmonia dos movimentos, resultante das trocas incessantes no seio da natureza visível e invisível. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 8
A vida em si é conjunto divino de experiências. Cada existência isolada oferece ao homem o proveito de novos conhecimentos. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 22
[...] é trabalho, júbilo e criação na eternidade. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 68
A vida é sempre a iluminada escola. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 16
A vida é essência divina [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 17
A vida por toda parte / É todo um hino de amor, / Serve a nuvem, serve o vale, / Serve o monte, serve a flor. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18
Lembrai-vos de que a vida é a eternidade em ascensão [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53
A oportunidade sagrada é a vida. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A vida é um campo divino, onde a infância é a germinação da Humanidade. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] é a gloriosa manifestação de Deus. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
V V A vida é máquina divina da qual todos os seres são peças importantes e a cooperação é o fator essencial na produção da harmonia e do bem para todos. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A vida é um câmbio divino do amor, em que nos alimentamos, uns aos outros, na ternura e na dedicação. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
Patrimônio da criação e divindade de todas as coisas, é a vida a vibração luminosa que se estende pelo infinito, dentro de sua grandeza e de seu sublime mistério. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
[...] é caminho em que nos cabe marchar para a frente, é sobretudo traçada pela Divina Sabedoria. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -
A vida é uma escola e cada criatura, dentro dela, deve dar a própria lição. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 26
[...] é um grande livro sem letras, em que as lições são as nossas próprias experiências. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Evangelho em casa• Pelo Espírito Meimei• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - 3a reunião
A vida é uma corrente sagrada de elos perfeitos que vai do campo subatômico até Deus [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Notícias
A vida não é trepidação de nervos, a corrida armamentista ou a tortura de contínua defesa. É expansão da alma e crescimento do homem interior, que se não coadunam com a arte de matar. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Apreciações
A vida é curso avançado de aprimoramento, através do esforço e da luta. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 54
A vida é processo de crescimento da alma ao encontro da Grandeza Divina. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71
E perceber o sentido da vida é crescer em serviço e burilamento constantes. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 173
[...] é um jogo de circunstâncias que todo espírito deve entrosar para o bem, no mecanismo do seu destino. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1
Lembre-se de que a vida e o tempo são concessões de Deus diretamente a você, e, acima de qualquer angústia ou provação, a vida e o tempo responderão a você com a bênção da luz ou com a experiência da sombra, como você quiser. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 39
[...] é o carro triunfante do progresso, avançando sobre as rodas do tempo [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13
Enquanto no corpo físico, desfrutas o poder de controlar o pensamento, aparentando o que deves ser; no entanto, após a morte, eis que a vida é a verdade, mostrando-te como és. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Espíritos transviados
A vida humana, pois, apesar de transitória, é a chama que vos coloca em contato com o serviço de que necessitais para ascensão justa. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6
[...] afirmação de imortalidade gloriosa com Jesus Cristo! Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 8
[...] é uma longa caminhada para a vitória que hoje não podemos compreender. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Bilhete filial
V Todavia, é preciso lembrar que a vida é permanente renovação, propelindo-nos a entender que o cultivo da bondade incessante é o recurso eficaz contra o assédio de toda influência perniciosa. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Religião dos Espíritos: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 18a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Tentação e remédio
[...] é um cântico de trabalho e criação incessantes. [...] Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 24
[...] é aprimoramento incessante, até o dia da perfeição [...]. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 60
[...] toda a vida, no fundo, é processo mental em manifestação. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 23
A vida constitui encadeamento lógico de manifestações, e encontramos em toda parte a sucessão contínua de suas atividades, com a influenciação recípro ca entre todos os seres, salientando-se que cada coisa e cada criatura procede e depende de outras coisas e de outras criaturas. Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 24
Fonte: febnet.org.br
º
Dicionário Comum
ò
| contr.
ó
| interj.
ó
| s. m.
o
| art. def. m. sing.
| pron. pess.
| pron. dem.
o
| s. m.
| adj. 2 g.
| símb.
ô
| s. m.
ò (a + o)
contracção
contração
[Arcaico]
Contracção da preposição a com o artigo ou pronome o.
1.
Décima quarta letra do alfabeto da língua portuguesa (ou décima quinta, se incluídos o K, W e Y). [É aberto como em avó, fechado como em avô, átono ou mudo como em mudo, e tem o valor de u em o [artigo], etc.]
2.
[Por extensão]
Círculo, anel, elo, redondo.
3.
Quando em forma de expoente de um número, designa que esse número é ordinal, ou significa grau ou graus.
adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros
4.
Décimo quarto, numa série indicada por letras (ou décimo quinto, se incluídos o K, W e Y).
símbolo
5.
Símbolo de oeste.
6.
[Química]
Símbolo químico do oxigénio. (Com maiúscula.)
Plural: ós ou oo.
ô (latim o)
nome masculino
[Brasil]
Palavra usada para chamar ou invocar.
=
Ó
Confrontar: o.
Fonte: Priberam
água
Dicionário Comum
substantivo femininoLíquido incolor, sem cor, e inodoro, sem cheiro, composto de hidrogênio e oxigênio, H20. Porção líquida que cobre 2/3 ou aproximadamente 70% da superfície do planeta Terra; conjunto dos mares, rios e lagos. Por Extensão Quaisquer secreções de teor líquido que saem do corpo humano, como suor, lágrimas, urina. Por Extensão O suco que se retira de certos frutos: água de coco. Por Extensão Refeição muito líquida; sopa rala. [Construção] Num telhado, a superfície plana e inclinada; telhado composto por um só plano; meia-água. [Popular] Designação de chuva: amanhã vai cair água! Botânica Líquido que escorre de certas plantas quando há queimadas ou poda. Etimologia (origem da palavra água). Do latim aqua.ae.
Fonte: Priberam
Dicionário da Bíblia de Almeida
Água Líquido essencial à vida, o qual, por sua escassez, é muito valorizado na Palestina, onde as secas são comuns. Para ter água, o povo dependia de rios, fontes, poços e cisternas (Is 35:6).
Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Lucas 16: 1 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana
E ele dizia também aos seus discípulos: Havia um certo homem rico, o qual tinha um mordomo; e este foi acusado perante ele de estar desperdiçando os seus bens.
Lucas 16: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
jogar a semente a uma considerável distância, ou lançar no ar, aquilo que deve ser separado do palhiço
juntar o trigo, livre da palha, no celeiro
peneirar ou selecionar a semente
εἰμί
(G1510)
eimí (i-mee')
1510ειμι eimi
primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v
ser, exitir, acontecer, estar presente
ἔχω
(G2192)
échō (ekh'-o)
2192εχω echo
incluindo uma forma alternativa σχεω scheo, usado apenas em determinados tempos), verbo primário; TDNT - 2:816,286; v
ter, i.e. segurar
ter (segurar) na mão, no sentido de utilizar; ter (controlar) possessão da mente (refere-se a alarme, agitação, emoção, etc.); segurar com firmeza; ter ou incluir ou envolver; considerar ou manter como
ter, i.e., possuir
coisas externas, tal com possuir uma propriedade ou riquezas ou móveis ou utensílios ou bens ou comida, etc.
usado daqueles unidos a alguém pelos laços de sangue ou casamento ou amizade ou dever ou lei etc, de atênção ou companhia
julgar-se ou achar-se o fulano-de-tal, estar em certa situação
segurar mesmo algo, agarrar algo, prender-se ou apegar-se
estar estreitamente unido a uma pessoa ou uma coisa
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
λέγω
(G3004)
légō (leg'-o)
3004λεγω lego
palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v
dizer, falar
afirmar sobre, manter
ensinar
exortar, aconselhar, comandar, dirigir
apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
esp. um administrador, gerente, superintendente (seja nascido livre ou, como era geralmente o caso, um liberto ou um escravo) para quem o chefe da casa ou proprietário tinha confiado a administração dos seus afazeres, o cuidado das receitas e despesas, e o dever de repartir a porção própria para cada servo e até mesmo para as crianças pequenas
o administrador de um fazenda ou propriedade territorial, um supervisor
o superintendente das finanças da cidade, o tesoureiro da cidade ( ou do tesoureiro ou questor de reis)
metáf. os apóstolos e outros mestres, bispos e supervisores cristãos
ὅς
(G3739)
hós (hos)
3739ος hos incluindo feminino η he, e neutro ο ho
provavelmente, palavra primária (ou talvez uma forma do artigo 3588); pron
quem, que, o qual
οὗτος
(G3778)
hoûtos (hoo'-tos)
3778ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai
de 435 e ops (o semblante, de 3700); com cara de homem, i.e. um ser humano; TDNT - 1:364,59; n m
um ser humano, seja homem ou mulher
genericamente, inclui todos os indivíduos humanos
para distinguir humanos de seres de outra espécie
de animais e plantas
de Deus e Cristo
dos anjos
com a noção adicionada de fraqueza, pela qual o homem é conduzido ao erro ou induzido a pecar
com a noção adjunta de desprezo ou piedade desdenhosa
com referência às duas natureza do homem, corpo e alma
com referência à dupla natureza do homem, o ser corrupto e o homem verdadeiramente cristão, que se conforma à natureza de Deus
com referência ao sexo, um homem
de forma indefinida, alguém, um homem, um indivíduo
no plural, povo
associada com outras palavras, ex. homem de negócios
τὶς
(G5100)
tìs (tis)
5101τις tis
τις (Strong G5100)
Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)
Possui relação com
τíς (Strong G5101)
Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
ser capaz, ter poder quer pela virtude da habilidade e recursos próprios de alguém, ou de um estado de mente, ou através de circunstâncias favoráveis, ou pela permissão de lei ou costume
ser apto para fazer alguma coisa
ser competente, forte e poderoso
ἀκούω
(G191)
akoúō (ak-oo'-o)
191ακουω akouo
uma raiz; TDNT - 1:216,34; v
estar dotado com a faculdade de ouvir, não surdo
ouvir
prestar atenção, considerar o que está ou tem sido dito
entender, perceber o sentido do que é dito
ouvir alguma coisa
perceber pelo ouvido o que é dito na presença de alguém
conseguir aprender pela audição
algo que chega aos ouvidos de alguém, descobrir, aprender
palavra, proferida a viva voz, que expressa uma concepção ou idéia
o que alguém disse
palavra
os ditos de Deus
decreto, mandato ou ordem
dos preceitos morais dados por Deus
profecia do Antigo Testamento dado pelos profetas
o que é declarado, pensamento, declaração, aforismo, dito significativo, sentença, máxima
discurso
o ato de falar, fala
a faculdade da fala, habilidade e prática na fala
tipo ou estilo de fala
discurso oral contínuo - instrução
doutrina, ensino
algo relatado pela fala; narração, narrativa
assunto em discussão, aquilo do qual se fala, questão, assunto em disputa, caso, processo jurídico
algo a respeito do qual se fala; evento, obra
seu uso com respeito a MENTE em si
razão, a faculdade mental do pensamento, meditação, raciocínio, cálculo
conta, i.e., estima, consideração
conta, i.e., cômputo, cálculo
conta, i.e., resposta ou explanação em referência a julgamento
relação, i.e., com quem, como juiz, estamos em relação
razão
razão, causa, motivo
Em João, denota a essencial Palavra de Deus, Jesus Cristo, a sabedoria e poder pessoais em união com Deus. Denota seu ministro na criação e governo do universo, a causa de toda a vida do mundo, tanto física quanto ética, que para a obtenção da salvação do ser humano, revestiu-se da natureza humana na pessoa de Jesus, o Messias, a segunda pessoa na Trindade, anunciado visivelmente através suas palavras e obras. Este termo era familiar para os judeus e na sua literatura muito antes que um filósofo grego chamado Heráclito fizesse uso do termo Logos, por volta de 600 a.C., para designar a razão ou plano divino que coordena um universo em constante mudança. Era a palavra apropriada para o objetivo de João no capítulo 1 do seu evangelho. Ver Gill ou “Jo 1:1”.
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
a respeito de, concernente a, por causa de, no interesse de, em torno de, junto a
σύ
(G4771)
sý (soo)
4771συ su
pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron
tu
τίς
(G5101)
tís (tis)
5101τις tis
τíς (Strong G5101)
Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
Possui relação com
τις (Strong G5100)
Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)
de um pronome reflexivo que caiu em desuso e o caso genitivo (caso dativo ou acusativo) de 846; pron
ele mesmo, ela mesma, a si mesmo, eles ou elas mesmos, a si próprios
ἐγώ
(G1473)
egṓ (eg-o')
1473εγω ego
um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron
Eu, me, minha, meu
αἰσχύνομαι
(G153)
aischýnomai (ahee-skhoo'-nom-ahee)
153αισχυνω aischuno
de aischos (desfiguramento, i.e. vergonha); TDNT - 1:189,29; v
desfigurar
desonrar
cobrir com vergonha, deixar envergonhado, estar envergonhado
ἐν
(G1722)
en (en)
1722εν en
preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep
esp. um administrador, gerente, superintendente (seja nascido livre ou, como era geralmente o caso, um liberto ou um escravo) para quem o chefe da casa ou proprietário tinha confiado a administração dos seus afazeres, o cuidado das receitas e despesas, e o dever de repartir a porção própria para cada servo e até mesmo para as crianças pequenas
o administrador de um fazenda ou propriedade territorial, um supervisor
o superintendente das finanças da cidade, o tesoureiro da cidade ( ou do tesoureiro ou questor de reis)
metáf. os apóstolos e outros mestres, bispos e supervisores cristãos
ὅτι
(G3754)
hóti (hot'-ee)
3754οτι hoti
neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj
que, porque, desde que
οὐ
(G3756)
ou (oo)
3756ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch
τíς (Strong G5101)
Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
Possui relação com
τις (Strong G5100)
Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)
Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}
ἀπό
(G575)
apó (apo')
575απο apo apo’
partícula primária; preposição
de separação
de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
de separação de uma parte do todo
quando de um todo alguma parte é tomada
de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
de um estado de separação. Distância
física, de distância de lugar
tempo, de distância de tempo
de origem
do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
de um pronome reflexivo que caiu em desuso e o caso genitivo (caso dativo ou acusativo) de 846; pron
ele mesmo, ela mesma, a si mesmo, eles ou elas mesmos, a si próprios
ἐγώ
(G1473)
egṓ (eg-o')
1473εγω ego
um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron
Eu, me, minha, meu
εἰς
(G1519)
eis (ice)
1519εις eis
preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep
em, até, para, dentro, em direção a, entre
ἐκ
(G1537)
ek (ek)
1537εκ ek ou εξ ex
preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep
de dentro de, de, por, fora de
ἵνα
(G2443)
hína (hin'-ah)
2443ινα hina
provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj
que, a fim de que, para que
μεθίστημι
(G3179)
methístēmi (meth-is'-tay-mee)
3179μεθιστημι methistemi ou (1Co 13:2) μεθιστανω methistano
τíς (Strong G5101)
Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
Possui relação com
τις (Strong G5100)
Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)
diz-se que Deus chama para si os gentios, que eram estrangeiros para ele, ao convidálos, pela pregação do evangelho para a comunhão com ele mesmo no reino do Messias
diz-se que Cristo e o Santo Espírito chamam para si pregadores do evangelho, a quem decidiram confiar a tarefa que se relaciona com a expansão do evangelho
πρῶτος
(G4413)
prōtos (pro'-tos)
4413πρωτος protos
superlativo contraído de 4253; TDNT - 6:865,965; adj
Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - Masculino no Singular genitivo
Lucas 16: 8 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana
E o senhor elogiou o mordomo injusto, porque ele agiu com sabedoria. Porque os filhos deste mundo são mais sábios na sua geração do que os filhos da luz.
Lucas 16: 8 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
esp. um administrador, gerente, superintendente (seja nascido livre ou, como era geralmente o caso, um liberto ou um escravo) para quem o chefe da casa ou proprietário tinha confiado a administração dos seus afazeres, o cuidado das receitas e despesas, e o dever de repartir a porção própria para cada servo e até mesmo para as crianças pequenas
o administrador de um fazenda ou propriedade territorial, um supervisor
o superintendente das finanças da cidade, o tesoureiro da cidade ( ou do tesoureiro ou questor de reis)
metáf. os apóstolos e outros mestres, bispos e supervisores cristãos
ὅτι
(G3754)
hóti (hot'-ee)
3754οτι hoti
neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj
que, porque, desde que
οὗτος
(G3778)
hoûtos (hoo'-tos)
3778ουτος houtos incluindo masculino plural nominativo ουτοι houtoi , feminino singular nominativo αυτη haute e feminino plural nominativo αυται hautai
aparentemente, palavra primária; TDNT - 8:334,1206; n m
filho
raramente usado para filhote de animais
generalmente usado de descendente humano
num sentido restrito, o descendente masculino (alguém nascido de um pai e de uma mãe)
num sentido amplo, um descendente, alguém da posteridade de outro,
os filhos de Israel
filhos de Abraão
usado para descrever alguém que depende de outro ou que é seu seguidor
aluno
filho do homem
termo que descreve a humanidade, tendo a conotação de fraqueza e mortalidade
filho do homem, simbolicamente denota o quinto reino em Dn 7:13 e por este termo sua humanidade é indicada em contraste com a crueldade e ferocidade dos quatro reinos que o precedem (Babilônia, Média e Pérsia, Macedônia, e Roma) tipificados pelas quatro bestas. No livro de Enoque (séc. II), é usado para Cristo.
usado por Cristo mesmo, sem dúvida para que pudesse expressar sua messianidade e também designar a si mesmo como o cabeça da família humana, o homem, aquele que forneceu o modelo do homem perfeito e agiu para o benefício de toda humanidade. Cristo parece ter preferido este a outros títulos messiânicos, porque pela sua discrição não encorajaria a expectativa de um Messias terrestre em esplendor digno de reis.
usado para descrever aqueles que nasceram outra vez (Lc 20:36) e dos anjos e de Jesus Cristo
daqueles que Deus estima como filhos, que ele ama, protege e beneficia acima dos outros
no AT, usado dos judeus
no NT, dos cristãos
aqueles cujo caráter Deus, como um pai amoroso, desenvolve através de correções (Hb 12:5-8)
aqueles que reverenciam a Deus como seu pai, os piedosos adoradores de Deus, aqueles que no caráter e na vida se parecem com Deus, aqueles que são governados pelo Espírito de Deus, que repousam a mesma tranqüila e alegre confiança em Deus como os filhos depositam em seus pais (Rm 8:14; Gl 3:26), e no futuro na bem-aventurança da vida eterna vestirão publicamente esta dignidade da glória dos filhos de Deus. Termo usado preeminentemente de Jesus Cristo, que desfruta do supremo amor de Deus, unido a ele em relacionamento amoroso, que compartilha seus conselhos salvadores, obediente à vontade do Pai em todos os seus atos
de um pronome reflexivo que caiu em desuso e o caso genitivo (caso dativo ou acusativo) de 846; pron
ele mesmo, ela mesma, a si mesmo, eles ou elas mesmos, a si próprios
ἐγώ
(G1473)
egṓ (eg-o')
1473εγω ego
um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron
Eu, me, minha, meu
εἰς
(G1519)
eis (ice)
1519εις eis
preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep
em, até, para, dentro, em direção a, entre
ἐκ
(G1537)
ek (ek)
1537εκ ek ou εξ ex
preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep
primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v
ser, exitir, acontecer, estar presente
ἐλάχιστος
(G1646)
eláchistos (el-akh'-is-tos)
1646ελαχιστος elachistos
superlativo de elachus (curto); usado como equivalente a 3398; TDNT - 4:648,593; adj
o menor, o mínino
em tamanho
em valor: de administração de negócios
em importância: que é o momento mínimo
em autoridade: de mandamentos
na avaliação de seres humanos: de pessoas
em posição e excelência: de pessoas
ἐν
(G1722)
en (en)
1722εν en
preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep
em, por, com etc.
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v
tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
tornar-se, i.e. acontecer
de eventos
erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
de homens que se apresentam em público
ser feito, ocorrer
de milagres, acontecer, realizar-se
tornar-se, ser feito
εἰ
(G1487)
ei (i)
1487ει ei
partícula primária de condicionalidade; conj
se
ἐν
(G1722)
en (en)
1722εν en
preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep
que tem não apenas o nome do objeto em consideração e semelhança com ele, mas que participa da essência do mesmo, correspondendo em todos os sentidos ao significado da idéia transmitida pelo nome. Real, genuíno, verdadeiro
oposto ao que é fictício, imitação, imaginário, simulado ou pretendido
contrasta a realidade com sua aparência
oposto ao que é imperfeito, frágil, incerto
verdadeiro, verídico, sincero
μαμμωνᾶς
(G3126)
mammōnâs (mam-mo-nas')
3126μαμμωνας mammonas
de origem aramaica (confiança, i.e., riqueza, personificada); TDNT - 4:388,552; n m
Mâmon
tesouro
riqueza (onde personificada e oposta a Deus)
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
οὐ
(G3756)
ou (oo)
3756ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch
de pessoas que mostram-se fiéis na transação de negócios, na execução de comandos, ou no desempenho de obrigações oficiais
algúem que manteve a fé com a qual se comprometeu, digno de confiança
aquilo que em que se pode confiar
persuadido facilmente
que crê, que confia
no NT, alguém que confia nas promessas de Deus
alguém que está convencido de que Jesus ressuscitou dos mortos
alguém que se convenceu de que Jesus é o Messias e autor da salvação
σύ
(G4771)
sý (soo)
4771συ su
pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron
tu
τίς
(G5101)
tís (tis)
5101τις tis
τíς (Strong G5101)
Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
Possui relação com
τις (Strong G5100)
Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)
Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}
ἄδικος
(G94)
ádikos (ad'-ee-kos)
94αδικος adikos
de 1 (como partícula negativa) e 1349; TDNT 1:149,22; adj
descreve alguém que viola ou violou a justiça
injusto
mau, malvado, pecaminoso
de alguém que negocia fraudulentamente com outros, fraudulento
preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep
de pessoas que mostram-se fiéis na transação de negócios, na execução de comandos, ou no desempenho de obrigações oficiais
algúem que manteve a fé com a qual se comprometeu, digno de confiança
aquilo que em que se pode confiar
persuadido facilmente
que crê, que confia
no NT, alguém que confia nas promessas de Deus
alguém que está convencido de que Jesus ressuscitou dos mortos
alguém que se convenceu de que Jesus é o Messias e autor da salvação
σύ
(G4771)
sý (soo)
4771συ su
pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron
tu
τίς
(G5101)
tís (tis)
5101τις tis
τíς (Strong G5101)
Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
Possui relação com
τις (Strong G5100)
Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)
Lucas 16: 13 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana
Nenhum servo pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar um e amar o outro, ou se apegará a um e desprezará o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.
Lucas 16: 13 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
num mau sentido, daqueles que tornam-se escravos de um poder maléfico, sujeitar-se a, entregar-se a
δύναμαι
(G1410)
dýnamai (doo'-nam-ahee)
1410δυναμαι dunamai
de afinidade incerta; TDNT - 2:284,186; v
ser capaz, ter poder quer pela virtude da habilidade e recursos próprios de alguém, ou de um estado de mente, ou através de circunstâncias favoráveis, ou pela permissão de lei ou costume
ser apto para fazer alguma coisa
ser competente, forte e poderoso
δύο
(G1417)
dýo (doo'-o)
1417δυο duo
numeral primário; n indecl
dois, par
εἷς
(G1520)
heîs (hice)
1520εις heis
(incluindo o neutro [etc.] hen); TDNT - 2:434,214; numeral
um
ἕτερος
(G2087)
héteros (het'-er-os)
2087ετερος heteros
de afinidade incerta TDNT - 2:702,265; adj
o outro, próximo, diferente
para número
usado para diferenciar de alguma pessoa ou coisa anterior
o outro de dois
para qualidade
outro: i.e. alguém que não é da mesma natureza, forma, classe, tipo, diferente
que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj
individualmente
cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
coletivamente
algo de todos os tipos
... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)
vir a, portanto estar lá; estar pronto, estar à mão
estar
Φαρισαῖος
(G5330)
Pharisaîos (far-is-ah'-yos)
5330φαρισαιος Pharisaios
de origem hebraica, cf 6567פרושים; TDNT - 9:11,1246; n m
Seita que parece ter iniciado depois do exílio. Além dos livros do AT, os Fariseus reconheciam na tradição oral um padrão de fé e vida. Procuravam reconhecimento e mérito através da observância externa dos ritos e formas de piedade, tal como lavagens ceremoniais, jejuns, orações, e esmolas. Comparativamente negligentes da genuína piedade, orgulhavam-se em suas boas obras.
Mantinham de forma persistente a fé na existência de anjos bons e maus, e na vinda do Messias; e tinham esperança de que os mortos, após uma experiência preliminar de recompensa ou penalidade no Hades, seriam novamente chamados à vida por ele, e seriam recompensados, cada um de acordo com suas obras individuais. Em oposição à dominação da família Herodes e do governo romano, eles de forma decisiva sustentavam a teocracia e a causa do seu país, e tinham grande influência entre o povo comum. De acordo com Josefo, eram mais de 6000. Eram inimigos amargos de Jesus e sua causa; foram, por outro lado, duramente repreendidos por ele por causa da sua avareza, ambição, confiança vazia nas obras externas, e aparência de piedade a fim de ganhar popularidade.
Lucas 16: 15 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana
E ele disse-lhes: Vós sois os que justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece o vosso coração; porque o que entre os homens é elevado perante Deus é abominação.
Lucas 16: 15 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
mostrar, exibir, evidenciar alguém ser justo, tal como é e deseja ser considerado
declarar, pronunciar alguém justo, reto, ou tal como deve ser
ἑαυτοῦ
(G1438)
heautoû (heh-ow-too')
1438εαυτου heautou
(incluindo todos os outros casos)
de um pronome reflexivo que caiu em desuso e o caso genitivo (caso dativo ou acusativo) de 846; pron
ele mesmo, ela mesma, a si mesmo, eles ou elas mesmos, a si próprios
εἰμί
(G1510)
eimí (i-mee')
1510ειμι eimi
primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v
ser, exitir, acontecer, estar presente
ἐν
(G1722)
en (en)
1722εν en
preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep
em, por, com etc.
ἐνώπιον
(G1799)
enṓpion (en-o'-pee-on)
1799ενωπιον enopion
neutro de um composto de 1722 e um derivado de 3700; prep
na presença de, diante
de um lugar ocupado: naquele lugar que está diante, ou contra, oposto, a alguém e para o qual alguém outro volta o seu olhar
θεός
(G2316)
theós (theh'-os)
2316θεος theos
de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m
deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
Deus, Trindade
Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
Cristo, segunda pessoa da Trindade
Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
dito do único e verdadeiro Deus
refere-se às coisas de Deus
seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
representante ou vice-regente de Deus
de magistrados e juízes
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
καρδία
(G2588)
kardía (kar-dee'-ah)
2588καρδια kardia
forma prolongada da palavra primária kar (Latim, cor “coração”); TDNT - 3:605,415; n f
coração
aquele orgão do corpo do animal que é o centro da circulação do sangue, e por isso foi considerado como o assento da vida física
denota o centro de toda a vida física e espiritual
o vigor e o sentido da vida física
o centro e lugar da vida espiritual
a alma ou a mente, como fonte e lugar dos pensamentos, paixões, desejos, apetites, afeições, propósitos, esforços
do entendimento, a faculdade e o lugar da inteligência
da vontade e caráter
da alma na medida em que é afetada de um modo ruim ou bom, ou da alma como o lugar das sensibilidades, afeições, emoções, desejos, apetites, paixões
do meio ou da parte central ou interna de algo, ainda que seja inanimado
λέγω
(G3004)
légō (leg'-o)
3004λεγω lego
palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v
dizer, falar
afirmar sobre, manter
ensinar
exortar, aconselhar, comandar, dirigir
apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
chamar pelo nome, chamar, nomear
gritar, falar de, mencionar
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
ὅτι
(G3754)
hóti (hot'-ee)
3754οτι hoti
neutro de 3748 como conjunção; demonst. aquele (algumas vezes redundante); conj
que, porque, desde que
ἄνθρωπος
(G444)
ánthrōpos (anth'-ro-pos)
444ανθρωπος anthropos
de 435 e ops (o semblante, de 3700); com cara de homem, i.e. um ser humano; TDNT - 1:364,59; n m
um ser humano, seja homem ou mulher
genericamente, inclui todos os indivíduos humanos
para distinguir humanos de seres de outra espécie
de animais e plantas
de Deus e Cristo
dos anjos
com a noção adicionada de fraqueza, pela qual o homem é conduzido ao erro ou induzido a pecar
com a noção adjunta de desprezo ou piedade desdenhosa
com referência às duas natureza do homem, corpo e alma
com referência à dupla natureza do homem, o ser corrupto e o homem verdadeiramente cristão, que se conforma à natureza de Deus
com referência ao sexo, um homem
de forma indefinida, alguém, um homem, um indivíduo
no plural, povo
associada com outras palavras, ex. homem de negócios
σύ
(G4771)
sý (soo)
4771συ su
pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron
de jubilosas notícias da bondade de Deus, em particular, das bênçãos messiânicas
usado no NT especialmente de boas novas a respeito da vinda do reino de Deus, e da salvação que pode ser obtida nele através de Cristo, e do conteúdo desta salvação
boas notícias anunciadas a alguém, alguém que tem boas notícias proclamadas a ele
proclamar boas notícias
instruir (pessoas) a respeito das coisas que pertencem à salvação cristã
θεός
(G2316)
theós (theh'-os)
2316θεος theos
de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m
deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
Deus, Trindade
Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
Cristo, segunda pessoa da Trindade
Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
dito do único e verdadeiro Deus
refere-se às coisas de Deus
seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
João Batista era filho de Zacarias e Elisabete, e o precussor de Cristo. Por ordem de Herodes Antipas, foi lançado na prisão e mais tarde decapitado.
João, o apóstolo, escritor do quarto evangelho, filho de Zebedeu e Salomé, irmão de Tiago. É aquele discípulo (sem menção do nome) chamado no quarto evangelho de “o discípulo amado” de Jesus. De acordo com a opinião tradicional, é o autor do Apocalipse.
João, cognominado Marcos, companheiro de Barnabé e Paulo At 12:12.
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
πᾶς
(G3956)
pâs (pas)
3956πας pas
que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj
individualmente
cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
coletivamente
algo de todos os tipos
... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)
προφήτης
(G4396)
prophḗtēs (prof-ay'-tace)
4396προφητης prophetes
de um composto de 4253 e 5346; TDNT - 6:781,952; n m
nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
alguém que, movido pelo Espírito de Deus e, por isso, seu instrumento ou porta-voz, solenemente declara aos homens o que recebeu por inspiração, especialmente aquilo que concerne a eventos futuros, e em particular tudo o que se relaciona com a causa e reino de Deus e a salvação humana
os profetas do AT, tendo predito o reino, obras e morte, de Jesus, o Messias.
de João, o Batista, o arauto de Jesus, o Messias
do profeta ilustre que os judeus esperavam antes da vinda do Messias
o Messias
de homens cheios do Espírito de Deus, que pela sua autoridade e comando em palavras de relevância defendem a causa de Deus e estimulam a salvação dos homens
dos profetas que apareceram nos tempos apostólicos entre cristãos
estão associados com os apóstolos
discerniram e fizeram o melhor pela causa cristã e previram determinados eventos futuros. (At 11:27)
nas assembléias religiosas dos cristãos, foram movidos pelo Santo Espírito para falar, tendo capacidade e autoridade para instruir, confortar, encorajar, repreender, sentenciar e motivar seus ouvintes
poeta (porque acreditava-se que os poetas cantavam sob inspiração divina)
descender de um lugar mais alto para um mais baixo
(having fallen down)
Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - nominativo masculino Masculino no Plural
γῆ
(G1093)
gē (ghay)
1093γη ge
contraído de um palavra raíz; TDNT - 1:677,116; n f
terra arável
o chão, a terra com um lugar estável
continente como oposto ao mar ou água
a terra como um todo
a terra como oposto aos céus
a terra habitada, residência dos homens e dos animais
um país, terra circundada com limites fixos, uma área de terra, território, região
δέ
(G1161)
dé (deh)
1161δε de
partícula primária (adversativa ou aditiva); conj
mas, além do mais, e, etc.
εἰμί
(G1510)
eimí (i-mee')
1510ειμι eimi
primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v
ser, exitir, acontecer, estar presente
εἷς
(G1520)
heîs (hice)
1520εις heis
(incluindo o neutro [etc.] hen); TDNT - 2:434,214; numeral
usado pelos gramáticos para referir-se aos acentos e pontos diacríticos.
Jesus usou a palavra para referir-se às pequenas linhas ou projeções pelas quais as letras hebraicas diferencivam-se umas das outras; o significado é, “nem mesmo a menor parte da lei perecerá”.
νόμος
(G3551)
nómos (nom'-os)
3551νομος nomos
da palavra primária nemo (parcelar, especialmente comida ou pasto para animais); TDNT - 4:1022,646; n m
qualquer coisa estabelecida, qualquer coisa recebida pelo uso, costume, lei, comando
de qualquer lei
uma lei ou regra que produz um estado aprovado por Deus
pela observância do que é aprovado por Deus
um preceito ou injunção
a regra de ação prescrita pela razão
da lei mosaica, e referindo-se, de acordo ao contexto, ao volume da lei ou ao seu conteúdo
a religião cristã: a lei que exige fé, a instrução moral dada por Cristo, esp. o preceito a respeito do amor
o nome da parte mais importante (o Pentateuco), é usado para a coleção completa dos livros sagrados do AT
passar por (transpor), isto é, negligenciar, omitir, (transgredir)
ser conduzido por, ser levado por, ser afastado
chegar a, adiantar-se, chegar
πίπτω
(G4098)
píptō (pip'-to)
4098πιπτω pipto
forma reduplicada e contraída de πετω peto, (que ocorre apenas como um substituto em tempos determinados), provavelmente semelhante a 4072 pela idéia de desmontar de um cavalo; TDNT - 6:161,846; v
descender de um lugar mais alto para um mais baixo
cair (de algum lugar ou sobre)
ser empurrado
metáf. ser submetido a julgamento, ser declarado culpado
descender de uma posição ereta para uma posição prostrada
cair
estar prostrado, cair prostrado
daqueles dominados pelo terror ou espanto ou sofrimento ou sob o ataque de um mal espírito ou que se deparam com morte repentina
desmembramento de um cadáver pela decomposição
prostrar-se
usado de suplicantes e pessoas rendendo homenagens ou adoração a alguém
decair, cair de, i.e., perecer ou estar perdido
decair, cair em ruína: de construção, paredes etc.
cometer adultério com, ter relação ilícita com a mulher de outro
da mulher: permitir adultério, ser devassa
Uma expressão idiomática hebraica, a palavra é usada daqueles que, pela solicitação de uma mulher, são levados à idolatria, i.e., a comer de coisas sacrificadas a ídolos
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
πᾶς
(G3956)
pâs (pas)
3956πας pas
que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj
individualmente
cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
coletivamente
algo de todos os tipos
... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)
ἀνήρ
(G435)
anḗr (an'-ayr)
435ανερ aner
uma palavra primária cf 444; TDNT - 1:360,59; n m
com referência ao sexo
homem
marido
noivo ou futuro marido
com referência a idade, para distinguir um homem de um garoto
qualquer homem
usado genericamente para um grupo tanto de homens como de mulheres
ἀπό
(G575)
apó (apo')
575απο apo apo’
partícula primária; preposição
de separação
de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
de separação de uma parte do todo
quando de um todo alguma parte é tomada
de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
de um estado de separação. Distância
física, de distância de lugar
tempo, de distância de tempo
de origem
do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
de (com 5610 implicado) um derivado de hemai (descansar, semelhante a raíz de 1476) significando manso, i.e. dócil; TDNT - 2:943,309; n f
o dia, usado do dia natural, ou do intervalo entre o nascer e o pôr-do-sol, como diferenciado e contrastado com a noite
durante o dia
metáf., “o dia” é considerado como o tempo para abster-se de indulgência, vício, crime, por serem atos cometidos de noite e na escuridão
do dia civil, ou do espaço de vinte e quatro horas (que também inclui a noite)
o uso oriental deste termo difere do nosso uso ocidental. Qualquer parte de um dia é contado como um dia inteiro. Por isso a expressão “três dias e três noites” não significa literalmente três dias inteiros, mas ao menos um dia inteiro, mais partes de dois outros dias.
do último dia desta presente era, o dia em que Cristo voltará do céu, ressuscitará os mortos, levará a cabo o julgamento final, e estabelecerá o seu reino de forma plena.
usado do tempo de modo geral, i.e., os dias da sua vida.
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
abundante (rico) nas virtudes cristãs e posses eternas
πορφύρα
(G4209)
porphýra (por-foo'-rah)
4209πορφυρα porphura
de origem latina; n f
peixe púrpuro, espécie de marisco ou mexilhão
tecido colorido com tintura púrpura, veste feita de tecido púrpuro
ἄνθρωπος
(G444)
ánthrōpos (anth'-ro-pos)
444ανθρωπος anthropos
de 435 e ops (o semblante, de 3700); com cara de homem, i.e. um ser humano; TDNT - 1:364,59; n m
um ser humano, seja homem ou mulher
genericamente, inclui todos os indivíduos humanos
para distinguir humanos de seres de outra espécie
de animais e plantas
de Deus e Cristo
dos anjos
com a noção adicionada de fraqueza, pela qual o homem é conduzido ao erro ou induzido a pecar
com a noção adjunta de desprezo ou piedade desdenhosa
com referência às duas natureza do homem, corpo e alma
com referência à dupla natureza do homem, o ser corrupto e o homem verdadeiramente cristão, que se conforma à natureza de Deus
com referência ao sexo, um homem
de forma indefinida, alguém, um homem, um indivíduo
no plural, povo
associada com outras palavras, ex. homem de negócios
τὶς
(G5100)
tìs (tis)
5101τις tis
τις (Strong G5100)
Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)
Possui relação com
τíς (Strong G5101)
Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
Lázaro = “a quem Deus ajuda” (uma forma do nome hebraico Eleazar)
habitante de Betânia, amado por Cristo e ressuscitado da morte por ele
pessoa muito pobre e coitada a quem Jesus se referiu em Lc 16:20-25
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
ὄνομα
(G3686)
ónoma (on'-om-ah)
3686ονομα onoma
de um suposto derivado da raiz de 1097 (cf 3685); TDNT - 5:242,694; n n
nome: univ. de nomes próprios
o nome é usado para tudo que o nome abrange, todos os pensamentos ou sentimentos do que é despertado na mente pelo mencionar, ouvir, lembrar, o nome, i.e., pela posição, autoridade, interesses, satisfação, comando, excelência, ações, etc., de alguém
pessoas reconhecidas pelo nome
a causa ou razão mencionada: por esta causa, porque sofre como um cristão, por esta razão
de πτωσσω ptosso (rastejar, semelhante a 4422 e o substituto de 4098); TDNT - 6:885,969; adj
reduzido à pobreza, mendicância; que pede esmola
destituído de riqueza, influência, posição, honra
humilde, aflito, destituído de virtudes cristãs e riquezas eternas
desamparado, impotente para realizar um objetivo
pobre, indigente
necessitado em todos os sentidos
com respeito ao seu espírito
destituído da riqueza do aprendizado e da cultura intelectual que as escolas proporcionam (pessoas desta classe mais prontamente se entregam ao ensino de Cristo e mostram-se prontos para apropriar-se do tesouro celeste)
parte frontal de um casa, pela qual se entra através do portão, pórtico
τὶς
(G5100)
tìs (tis)
5101τις tis
τις (Strong G5100)
Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)
Possui relação com
τíς (Strong G5101)
Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}
αὐτός
(G846)
autós (ow-tos')
846αυτος autos
da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron
ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
ele, ela, isto
o mesmo
βάλλω
(G906)
bállō (bal'-lo)
906βαλλω ballo
uma palavra primária; TDNT - 1:526,91; v
lançar ou jogar uma coisa sem cuidar aonde ela cai
espalhar, lançar, arremessar
entregar ao cuidado de alguém não sabendo qual será o resultado
descender de um lugar mais alto para um mais baixo
(having fallen down)
Verbo - particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - nominativo masculino Masculino no Plural
voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v
vir
de pessoas
vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
aparecer, apresentar-se, vir diante do público
metáf.
vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
mais ainda, antes, mais propriamente, até mesmo, além do mais
introduz uma transição para o assunto principal
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
κύων
(G2965)
kýōn (koo'-ohn)
2965κυων kuon
palavra raiz; TDNT - 3:1101,; n m
cachorro
metáf. pessoa de mente impura, pessoa impudente
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
πίπτω
(G4098)
píptō (pip'-to)
4098πιπτω pipto
forma reduplicada e contraída de πετω peto, (que ocorre apenas como um substituto em tempos determinados), provavelmente semelhante a 4072 pela idéia de desmontar de um cavalo; TDNT - 6:161,846; v
descender de um lugar mais alto para um mais baixo
cair (de algum lugar ou sobre)
ser empurrado
metáf. ser submetido a julgamento, ser declarado culpado
descender de uma posição ereta para uma posição prostrada
cair
estar prostrado, cair prostrado
daqueles dominados pelo terror ou espanto ou sofrimento ou sob o ataque de um mal espírito ou que se deparam com morte repentina
desmembramento de um cadáver pela decomposição
prostrar-se
usado de suplicantes e pessoas rendendo homenagens ou adoração a alguém
decair, cair de, i.e., perecer ou estar perdido
decair, cair em ruína: de construção, paredes etc.
prolongação e forma da voz média de um verbo primário TDNT - 1:681,117; v
tornar-se, i.e. vir à existência, começar a ser, receber a vida
tornar-se, i.e. acontecer
de eventos
erguer-se, aparecer na história, aparecer no cenário
de homens que se apresentam em público
ser feito, ocorrer
de milagres, acontecer, realizar-se
tornar-se, ser feito
Ἀβραάμ
(G11)
Abraám (ab-rah-am')
11Αβρααμ Abraam
de origem hebraica85 אברהם; TDNT 1:8,2; n pr m
Abraão = “pai de uma multidão”
o filho de Terá e o fundador da nação judaica.
δέ
(G1161)
dé (deh)
1161δε de
partícula primária (adversativa ou aditiva); conj
mas, além do mais, e, etc.
εἰς
(G1519)
eis (ice)
1519εις eis
preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep
em, até, para, dentro, em direção a, entre
θάπτω
(G2290)
tháptō (thap'-to)
2290θαπτω thapto
raíz; v
sepultar, enterrar
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
κόλπος
(G2859)
kólpos (kol'-pos)
2859κολπος kolpos
aparentemente, palavra primária; TDNT - 3:824,452; n m
a frente do corpo entre os braços, colo, regaço
o peito de uma vestimenta, i.e., a concavidade formada pela parte dianteira superior de uma vestimenta ampla, amarrada por uma cinta ou faixa, usada para guardar e carregar coisas (o vinco ou bolso)
uma baía do mar
ἄγγελος
(G32)
ángelos (ang'-el-os)
32αγγελος aggelos
de aggello [provavelmente derivado de 71, cf 34] (trazer notícias); TDNT 1:74,12; n m
um mensageiro, embaixador, alguém que é enviado, um anjo, um mensageiro de Deus
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
abundante (rico) nas virtudes cristãs e posses eternas
πτωχός
(G4434)
ptōchós (pto-khos')
4434πτωχος ptochos
de πτωσσω ptosso (rastejar, semelhante a 4422 e o substituto de 4098); TDNT - 6:885,969; adj
reduzido à pobreza, mendicância; que pede esmola
destituído de riqueza, influência, posição, honra
humilde, aflito, destituído de virtudes cristãs e riquezas eternas
desamparado, impotente para realizar um objetivo
pobre, indigente
necessitado em todos os sentidos
com respeito ao seu espírito
destituído da riqueza do aprendizado e da cultura intelectual que as escolas proporcionam (pessoas desta classe mais prontamente se entregam ao ensino de Cristo e mostram-se prontos para apropriar-se do tesouro celeste)
uma pedra de toque, que é uma pedra silicosa preta usada para testar a pureza do ouro ou
(pains)
Substantivo - Dativo Feminino no Plural
Ἀβραάμ
(G11)
Abraám (ab-rah-am')
11Αβρααμ Abraam
de origem hebraica85 אברהם; TDNT 1:8,2; n pr m
Abraão = “pai de uma multidão”
o filho de Terá e o fundador da nação judaica.
ἐν
(G1722)
en (en)
1722εν en
preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
κόλπος
(G2859)
kólpos (kol'-pos)
2859κολπος kolpos
aparentemente, palavra primária; TDNT - 3:824,452; n m
a frente do corpo entre os braços, colo, regaço
o peito de uma vestimenta, i.e., a concavidade formada pela parte dianteira superior de uma vestimenta ampla, amarrada por uma cinta ou faixa, usada para guardar e carregar coisas (o vinco ou bolso)
vir a, portanto estar lá; estar pronto, estar à mão
estar
ἀπό
(G575)
apó (apo')
575απο apo apo’
partícula primária; preposição
de separação
de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
de separação de uma parte do todo
quando de um todo alguma parte é tomada
de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
de um estado de separação. Distância
física, de distância de lugar
tempo, de distância de tempo
de origem
do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
de origem de uma causa
αὐτός
(G846)
autós (ow-tos')
846αυτος autos
da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron
ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
ele, ela, isto
o mesmo
ᾅδης
(G86)
háidēs (hah'-dace)
86Αδης hades
de 1 (como partícula negativa) e 1492; TDNT 1:146,22; n pr loc
Hades ou Pluto, o deus das regiões mais baixas
Orcus, o mundo inferior, o reino da morte
uso posterior desta palavra: a sepultura, morte, inferno
No grego bíblico, está associado com Orcus, as regiões infernais, um lugar escuro e sombrio nas profundezas da terra, o receptáculo comum dos espíritos separados do corpo. Geralmente Hades é apenas a residência do perverso, Lc 16:23; Ap 20:13,Ap 20:14; um lugar muito desagradável. TDNT.
βάσανος
(G931)
básanos (bas'-an-os)
931βασανος basanos
talvez remotamente do mesmo que 939 (da noção de ir ao fundo); TDNT - 1:561,96; n m
uma pedra de toque, que é uma pedra silicosa preta usada para testar a pureza do ouro ou da prata pela cor da listra que se forma nela ao friccioná-la com qualquer dos dois metais
instrumento de tortura pelo qual alguém é forçado a revelar a verdade
Lucas 16: 24 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana
E, ele gritando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim, e envia a Lázaro para que ele possa molhar a ponta de seu dedo na água e refrescar a minha língua, porque eu estou atormentado nesta chama.
Lucas 16: 24 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep
em, por, com etc.
ἄκρον
(G206)
ákron (ak'-ron)
206ακρον akron
neutro de um adj. provavelmente semelhante a raiz de 188; adj
os limites mais distantes, extremidades, pontas, fim, o mais alto, extremo
da terra
do céu
ἵνα
(G2443)
hína (hin'-ah)
2443ινα hina
provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj
que, a fim de que, para que
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m
gerador ou antepassado masculino
antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
alguém avançado em anos, o mais velho
metáf.
o originador e transmissor de algo
os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
um título de honra
mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
Deus é chamado o Pai
das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
de seres espirituais de todos os homens
de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
de pessoas: chorar, gritar, clamar, falar com voz alta
chamar, chamar a si mesmo, seja pela sua própria voz ou por meio de outro
mandar buscar, intimar
ordenar (i.e., emitir ordem para deixar um lugar e dirigir-se a outro)
convidar
dirigir-se a alguém, interpelar, chamar por nome
αὐτός
(G846)
autós (ow-tos')
846αυτος autos
da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron
ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
ele, ela, isto
o mesmo
βάπτω
(G911)
báptō (bap'-to)
911βαπτω bapto
uma palavra primária; TDNT - 1:529,92; v
mergulhar, mergulhar em, imergir
mergulhar na tinta, tingir, colorir
Não confundir com 907, baptizo. O exemplo mais claro que mostra o sentido de baptizo é um texto do poeta e médico grego Nicander, que viveu aproximadamente em 200 A.C. É uma receita para fazer picles. É de grande ajuda porque nela o autor usa as duas palavras.
Nicander diz que para preparar picles, o vegetal deveria ser primeiro ‘mergulhado’ (bapto) em água fervente e então ‘batizado’ (baptizo) na solução de vinagre.
Ambos os verbos descrevem a imersão dos vegetais em uma solução. Mas o primeiro descreve uma ação temporária. O segundo, o ato de batizar o vegetal, produz uma mudança permanente.
Lucas 16: 25 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana
Mas Abraão disse: Filho, lembra-te de que em tua vida recebeste os teus bens, e Lázaro de igual modo as coisas ruins, mas agora ele é confortado e tu atormentado.
Lucas 16: 25 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Médio - nominativo masculino Singular
Ἀβραάμ
(G11)
Abraám (ab-rah-am')
11Αβρααμ Abraam
de origem hebraica85 אברהם; TDNT 1:8,2; n pr m
Abraão = “pai de uma multidão”
o filho de Terá e o fundador da nação judaica.
δέ
(G1161)
dé (deh)
1161δε de
partícula primária (adversativa ou aditiva); conj
mas, além do mais, e, etc.
ἐν
(G1722)
en (en)
1722εν en
preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep
o estado de alguém que está cheio de vitalidade ou é animado
toda alma viva
vida
da absoluta plenitude da vida, tanto em essência como eticamente, que pertence a Deus e, por meio dele, ao “logos” hipostático e a Cristo, em quem o “logos” assumiu a natureza humana
vida real e genuína, vida ativa e vigorosa, devota a Deus, abençoada, em parte já aqui neste mundo para aqueles que colocam sua confiança em Cristo, e depois da ressurreição a ser consumada por novas bênçãos (entre elas, um corpo mais perfeito) que permanecerão para sempre.
nome transferido para aquele relacionamento íntimo e recíproco formado entre os homens pelos laços do amor, amizade, confiança, da mesma forma que pais e filhos
em atitude amorosa, como usado por patrões, auxiliares, mestres e outros: minha criança
no NT, alunos ou discípulos são chamados filhos de seus mestres, porque estes pela sua instrução educam as mentes de seus alunos e moldam seu caráter
filhos de Deus: no AT do “povo de Israel” que era especialmente amado por Deus. No NT, nos escritos de Paulo, todos que são conduzidos pelo Espírito de Deus e assim estreitamente relacionados com Deus
filhos do diabo: aqueles que em pensamento e ação são estimulados pelo diabo, e assim refletem seu caráter
metáf.
de qualquer que depende de, é possuído por um desejo ou afeição para algo, é dependente de
alguém que está sujeito a qualquer destino
assim filhos de uma cidade: seus cidadãos e habitantes
os admiradores da sabedoria, aquelas almas que foram educadas e moldadas pela sabedoria
filhos amaldiçoados, expostos a uma maldição e destinados à ira ou penalidade de
Lucas 16: 26 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana
E, além destas coisas, está posto um grande abismo entre nós e vós; de modo que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá, passar para cá.
Lucas 16: 26 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
ser capaz, ter poder quer pela virtude da habilidade e recursos próprios de alguém, ou de um estado de mente, ou através de circunstâncias favoráveis, ou pela permissão de lei ou costume
ser apto para fazer alguma coisa
ser competente, forte e poderoso
ἐγώ
(G1473)
egṓ (eg-o')
1473εγω ego
um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron
preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep
em tempos certos θελεω theleo thel-eh’-o e εθελεω etheleo eth-el-eh’-o que são normalmente absoletos aparentemente reforçada pela forma alternativa de 138; TDNT - 3:44,318; v
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
μέγας
(G3173)
mégas (meg'-as)
3173μεγας megas
[incluindo as formas prolongadas, feminino megale, plural megaloi, etc., cf também 3176, 3187]; TDNT - 4:529,573; adj
grande
da forma externa ou aparência sensível das coisas (ou de pessoas)
em particular, de espaço e suas dimensões, com referência a
massa e peso: grande
limite e extensão: largo, espaçoso
medida e altura: longo
estatura e idade: grande, velho
de número e quantidade: numeroso, grande, abundante
de idade: o mais velho
usado para intensidade e seus graus: com grande esforço, da afeições e emoções da mente, de eventos naturais que afetam poderosamente os sentidos: violento, poderoso, forte
atribuído de grau, que pertence a
pessoas, eminentes pela habilidade, virtude, autoridade, poder
coisas altamente estimadas por sua importância: de grande momento, de grande peso, importância
algo para ser altamente estimado por sua excelência: excelente
esplêndido, preparado numa grande escala, digno
grandes coisas
das bênçãos preeminentes de Deus
de coisas que excedem os limites de um ser criado, coisas arrogantes (presunçosas) cheio de arrogância, depreciador da majestade de Deus
que inclue todas as formas de declinação; TDNT - 5:886,795; adj
individualmente
cada, todo, algum, tudo, o todo, qualquer um, todas as coisas, qualquer coisa
coletivamente
algo de todos os tipos
... “todos o seguiam” Todos seguiam a Cristo? “Então, saíam a ter com ele Jerusalém e toda a Judéia”. Foi toda a Judéia ou toda a Jerusalém batizada no Jordão? “Filhinhos, vós sois de Deus”. “O mundo inteiro jaz no Maligno”. O mundo inteiro aqui significa todos? As palavras “mundo” e “todo” são usadas em vários sentidos na Escritura, e raramente a palavra “todos” significa todas as pessoas, tomadas individualmente. As palavras são geralmente usadas para significar que Cristo redimiu alguns de todas as classes — alguns judeus, alguns gentis, alguns ricos, alguns pobres, e não restringiu sua redenção a judeus ou gentios ... (C.H. Spurgeon de um sermão sobre a Redenção Particular)
então, por esta razão, conseqüentemente, conformemente, sendo assim
πατήρ
(G3962)
patḗr (pat-ayr')
3962πατηρ pater
aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m
gerador ou antepassado masculino
antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
alguém avançado em anos, o mais velho
metáf.
o originador e transmissor de algo
os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
um título de honra
mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
Deus é chamado o Pai
das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
de seres espirituais de todos os homens
de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
confirmar algo pelo testemunho, testificar, fazê-lo crível
εἰς
(G1519)
eis (ice)
1519εις eis
preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep
em, até, para, dentro, em direção a, entre
ἔρχομαι
(G2064)
érchomai (er'-khom-ahee)
2064ερχομαι erchomai
voz média de um verbo primário (usado somente no tempo presente e imperfeito, outros tempos provém de formas correlatas [voz média] ελευθομαι eleuthomai el-yoo’-thomahee, ou [ativo] ελθω eltho el’-tho, que não ocorrem de outra maneira); TDNT - 2:666,257; v
vir
de pessoas
vir de um lugar para outro. Usado tanto de pessoas que chegam quanto daquelas que estão retornando
aparecer, apresentar-se, vir diante do público
metáf.
vir a ser, surgir, mostrar-se, exibir-se, achar lugar ou influência
ser estabelecido, tornar-se conhecido, vir a ou até
incluindo uma forma alternativa σχεω scheo, usado apenas em determinados tempos), verbo primário; TDNT - 2:816,286; v
ter, i.e. segurar
ter (segurar) na mão, no sentido de utilizar; ter (controlar) possessão da mente (refere-se a alarme, agitação, emoção, etc.); segurar com firmeza; ter ou incluir ou envolver; considerar ou manter como
ter, i.e., possuir
coisas externas, tal com possuir uma propriedade ou riquezas ou móveis ou utensílios ou bens ou comida, etc.
usado daqueles unidos a alguém pelos laços de sangue ou casamento ou amizade ou dever ou lei etc, de atênção ou companhia
julgar-se ou achar-se o fulano-de-tal, estar em certa situação
segurar mesmo algo, agarrar algo, prender-se ou apegar-se
estar estreitamente unido a uma pessoa ou uma coisa
ἵνα
(G2443)
hína (hin'-ah)
2443ινα hina
provavelmente do mesmo que a primeira parte de 1438 (pela idéia demonstrativa, cf 3588); TDNT - 3:323,366; conj
que, a fim de que, para que
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
μή
(G3361)
mḗ (may)
3361μη me
partícula de negação qualificada (enquanto que 3756 expressa um negação absoluta); partícula
não, que... (não)
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
de 1 (como uma partícula conectiva) e delphus (o ventre);
TDNT 1:144,22; n m
um irmão, quer nascido dos mesmos pais ou apenas do mesmo pai ou da mesma mãe
tendo o mesmo antepassado nacional, pertencendo ao mesmo povo ou compatriota
qualquer companheiro ou homem
um fiel companheiro, unido ao outro pelo vínculo da afeição
um associado no emprego ou escritório
irmãos em Cristo
seus irmãos pelo sangue
todos os homens
apóstolos
Cristãos, como aqueles que são elevados para o mesmo lugar celestial
αὐτός
(G846)
autós (ow-tos')
846αυτος autos
da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron
ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
ele, ela, isto
o mesmo
βάσανος
(G931)
básanos (bas'-an-os)
931βασανος basanos
talvez remotamente do mesmo que 939 (da noção de ir ao fundo); TDNT - 1:561,96; n m
uma pedra de toque, que é uma pedra silicosa preta usada para testar a pureza do ouro ou da prata pela cor da listra que se forma nela ao friccioná-la com qualquer dos dois metais
instrumento de tortura pelo qual alguém é forçado a revelar a verdade
tortura, tormento, dores agudas
das dores de uma enfermidade
daqueles no inferno depois da morte
λέγω Ἀβραάμ ἔχω Μωσῆς καί προφήτης ἀκούω αὐτός
Lucas 16: 29 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana
Disse-lhe Abraão: Eles têm Moisés e os profetas, que os ouçam.
Lucas 16: 29 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear
prestar atenção, considerar o que está ou tem sido dito
entender, perceber o sentido do que é dito
ouvir alguma coisa
perceber pelo ouvido o que é dito na presença de alguém
conseguir aprender pela audição
algo que chega aos ouvidos de alguém, descobrir, aprender
dar ouvido a um ensino ou a um professor
compreender, entender
ἔχω
(G2192)
échō (ekh'-o)
2192εχω echo
incluindo uma forma alternativa σχεω scheo, usado apenas em determinados tempos), verbo primário; TDNT - 2:816,286; v
ter, i.e. segurar
ter (segurar) na mão, no sentido de utilizar; ter (controlar) possessão da mente (refere-se a alarme, agitação, emoção, etc.); segurar com firmeza; ter ou incluir ou envolver; considerar ou manter como
ter, i.e., possuir
coisas externas, tal com possuir uma propriedade ou riquezas ou móveis ou utensílios ou bens ou comida, etc.
usado daqueles unidos a alguém pelos laços de sangue ou casamento ou amizade ou dever ou lei etc, de atênção ou companhia
julgar-se ou achar-se o fulano-de-tal, estar em certa situação
segurar mesmo algo, agarrar algo, prender-se ou apegar-se
estar estreitamente unido a uma pessoa ou uma coisa
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
λέγω
(G3004)
légō (leg'-o)
3004λεγω lego
palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v
dizer, falar
afirmar sobre, manter
ensinar
exortar, aconselhar, comandar, dirigir
apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
chamar pelo nome, chamar, nomear
gritar, falar de, mencionar
Μωσεύς
(G3475)
Mōseús (moce-yoos')
3475Μωσευς Moseus ou Μωσης Moses ou Μωυσης Mouses
de origem hebraica 4872משה; TDNT - 4:848,622; n pr m
Moisés = “o que foi tirado”
legislador do povo judaico e num certo sentido o fundador da religião judaica. Ele escreveu os primeiros cinco livros da Bíblia, comumente mencionados como os livros de Moisés.
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
προφήτης
(G4396)
prophḗtēs (prof-ay'-tace)
4396προφητης prophetes
de um composto de 4253 e 5346; TDNT - 6:781,952; n m
nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
alguém que, movido pelo Espírito de Deus e, por isso, seu instrumento ou porta-voz, solenemente declara aos homens o que recebeu por inspiração, especialmente aquilo que concerne a eventos futuros, e em particular tudo o que se relaciona com a causa e reino de Deus e a salvação humana
os profetas do AT, tendo predito o reino, obras e morte, de Jesus, o Messias.
de João, o Batista, o arauto de Jesus, o Messias
do profeta ilustre que os judeus esperavam antes da vinda do Messias
o Messias
de homens cheios do Espírito de Deus, que pela sua autoridade e comando em palavras de relevância defendem a causa de Deus e estimulam a salvação dos homens
dos profetas que apareceram nos tempos apostólicos entre cristãos
estão associados com os apóstolos
discerniram e fizeram o melhor pela causa cristã e previram determinados eventos futuros. (At 11:27)
nas assembléias religiosas dos cristãos, foram movidos pelo Santo Espírito para falar, tendo capacidade e autoridade para instruir, confortar, encorajar, repreender, sentenciar e motivar seus ouvintes
poeta (porque acreditava-se que os poetas cantavam sob inspiração divina)
Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - Nominativo Masculino no Plural
aparentemente, palavra raiz; TDNT - 5:945,805; n m
gerador ou antepassado masculino
antepassado mais próximo: pai da natureza corporal, pais naturais, tanto pai quanto mãe
antepassado mais remoto, fundador de uma família ou tribo, progenitor de um povo, patriarca: assim Abraão é chamado, Jacó e Davi
pais, i.e., ancestrais, patriarcas, fundadores de uma nação
alguém avançado em anos, o mais velho
metáf.
o originador e transmissor de algo
os autores de uma família ou sociedade de pessoas animadas pelo mesmo espírito do fundador
alguém que tem infundido seu próprio espírito nos outros, que atua e governa suas mentes
alguém que está numa posição de pai e que cuida do outro de um modo paternal
um título de honra
mestres, como aqueles a quem os alunos seguem o conhecimento e treinamento que eles receberam
membros do Sinédrio, cuja prerrogativa era pela virtude da sabedoria e experiência na qual se sobressaíam; cuidar dos interesses dos outros
Deus é chamado o Pai
das estrelas, luminares celeste, porque ele é seu criador, que as mantém e governa
de todos os seres inteligentes e racionais, sejam anjos ou homens, porque ele é seu criador, guardião e protetor
de seres espirituais de todos os homens
de cristãos, como aqueles que através de Cristo tem sido exaltados a uma relação íntima e especialmente familiar com Deus, e que não mais o temem como a um juiz severo de pecadores, mas o respeitam como seu reconciliado e amado Pai
o Pai de Jesus Cristo, aquele a quem Deus uniu a si mesmo com os laços mais estreitos de amor e intimidade, fez conhecer seus propósitos, designou para explicar e propagar entre os homens o plano da salvação, e com quem também compartilhou sua própria natureza divina
por Jesus Cristo mesmo
pelos apóstolos
πορεύομαι
(G4198)
poreúomai (por-yoo'-om-ahee)
4198πορευομαι poreuomai
voz média de um derivado do mesmo que 3984; TDNT - 6:566,915; v
conduzir, transportar, transferir
persistir na jornada iniciada, continuar a própria jornada
τις (Strong G5100)
Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)
Possui relação com
τíς (Strong G5101)
Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}
ἀπό
(G575)
apó (apo')
575απο apo apo’
partícula primária; preposição
de separação
de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
de separação de uma parte do todo
quando de um todo alguma parte é tomada
de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
de um estado de separação. Distância
física, de distância de lugar
tempo, de distância de tempo
de origem
do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
de origem de uma causa
αὐτός
(G846)
autós (ow-tos')
846αυτος autos
da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron
preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep
de dentro de, de, por, fora de
ἀκούω
(G191)
akoúō (ak-oo'-o)
191ακουω akouo
uma raiz; TDNT - 1:216,34; v
estar dotado com a faculdade de ouvir, não surdo
ouvir
prestar atenção, considerar o que está ou tem sido dito
entender, perceber o sentido do que é dito
ouvir alguma coisa
perceber pelo ouvido o que é dito na presença de alguém
conseguir aprender pela audição
algo que chega aos ouvidos de alguém, descobrir, aprender
dar ouvido a um ensino ou a um professor
compreender, entender
καί
(G2532)
kaí (kahee)
2532και kai
aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj
e, também, até mesmo, realmente, mas
λέγω
(G3004)
légō (leg'-o)
3004λεγω lego
palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v
dizer, falar
afirmar sobre, manter
ensinar
exortar, aconselhar, comandar, dirigir
apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
chamar pelo nome, chamar, nomear
gritar, falar de, mencionar
Μωσεύς
(G3475)
Mōseús (moce-yoos')
3475Μωσευς Moseus ou Μωσης Moses ou Μωυσης Mouses
de origem hebraica 4872משה; TDNT - 4:848,622; n pr m
Moisés = “o que foi tirado”
legislador do povo judaico e num certo sentido o fundador da religião judaica. Ele escreveu os primeiros cinco livros da Bíblia, comumente mencionados como os livros de Moisés.
νεκρός
(G3498)
nekrós (nek-ros')
3498νεκρος nekros
aparentemente de uma palavra primária nekus (cadáver); TDNT - 4:892,627; adj
propriamente
aquele que deu o seu último suspiro, sem vida
falecido, morto, alguém de quem a alma esta no céu ou inferno
destituído de vida, sem vida, inanimado
metáf.
espiritualmente morto
destituído de vida que reconhece e é devotada a Deus, porque entreguou-se a transgressões e pecados
inativo com respeito as feitos justos
destituído de força ou poder, inativo, inoperante
ὁ
(G3588)
ho (ho)
3588ο ho
que inclue o feminino η he, e o neutro το to
em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo
este, aquela, estes, etc.
Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.
οὐ
(G3756)
ou (oo)
3756ου ou também (diante de vogal) ουκ ouk e (diante de uma aspirada) ουχ ouch
persuadir, i.e. induzir alguém pelas palavras a crer
fazer amigos de, ganhar o favor de alguém, obter a boa vontade de alguém, ou tentar vencer alguém, esforçar-se por agradar alguém
tranquilizar
persuadir a, i.e., mover ou induzir alguém, por meio de persuasão, para fazer algo
ser persuadido
ser persuadido, deixar-se persuadir; ser induzido a crer: ter fé (em algo)
acreditar
ser persuadido de algo relativo a uma pessoa
escutar, obedecer, submeter-se a, sujeitar-se a
confiar, ter confiança, estar confiante
προφήτης
(G4396)
prophḗtēs (prof-ay'-tace)
4396προφητης prophetes
de um composto de 4253 e 5346; TDNT - 6:781,952; n m
nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
alguém que, movido pelo Espírito de Deus e, por isso, seu instrumento ou porta-voz, solenemente declara aos homens o que recebeu por inspiração, especialmente aquilo que concerne a eventos futuros, e em particular tudo o que se relaciona com a causa e reino de Deus e a salvação humana
os profetas do AT, tendo predito o reino, obras e morte, de Jesus, o Messias.
de João, o Batista, o arauto de Jesus, o Messias
do profeta ilustre que os judeus esperavam antes da vinda do Messias
o Messias
de homens cheios do Espírito de Deus, que pela sua autoridade e comando em palavras de relevância defendem a causa de Deus e estimulam a salvação dos homens
dos profetas que apareceram nos tempos apostólicos entre cristãos
estão associados com os apóstolos
discerniram e fizeram o melhor pela causa cristã e previram determinados eventos futuros. (At 11:27)
nas assembléias religiosas dos cristãos, foram movidos pelo Santo Espírito para falar, tendo capacidade e autoridade para instruir, confortar, encorajar, repreender, sentenciar e motivar seus ouvintes
poeta (porque acreditava-se que os poetas cantavam sob inspiração divina)
de pessoas em posição horizontal, de pessoas deitadas no chão
de pessoas sentadas
daquelas que deixam um lugar para ir a outro
daqueles que se preparam para uma jornada
quando referindo-se aos mortos
surgir, aparecer, manifestar-se
de reis, profetas, sacerdotes, líderes de rebeldes
daqueles que estão a ponto de iniciar uma conversa ou disputa com alguém, ou empreender algum negócio, ou tentar alguma coisa contra outros
levantar-se contra alguém
τὶς
(G5100)
tìs (tis)
5101τις tis
τις (Strong G5100)
Sem acento, é um pronome indefinido, correspondente ao latin (aliquis, quis, quidam)
Possui relação com
τíς (Strong G5101)
Com acento, é um pronome interrogativo. Praticamente todos os pronomes interrogativos das línguas latinas (quis? quid? cur?): Como?, Onde?, Quem?, O Que?, Por que?
Fonte: Miudinho - Mateus 16:8 {Aluizio Elias}
αὐτός
(G846)
autós (ow-tos')
846αυτος autos
da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron